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QFL 5925 Prática de Ensino de Química e Bioquímica Relatório da Proposta de Estágio: Daniela Colevati Ferreira N o USP 4951047 Profª. Dra. Denise Freitas Siqueira Petri São Paulo, dezembro de 2008.

Relatório da Proposta de Estágio - iq.usp.br · no laboratório de espectroscopia molecular (LEM) do IQ-USP utilizando-se um espectrômetro Jobin Yvon U1000 e as condições apresentadas

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QFL 5925 Prática de Ensino de Química e Bioquímica

Relatório da Proposta de Estágio:

Daniela Colevati Ferreira

No USP 4951047

Profª. Dra. Denise Freitas Siqueira Petri

São Paulo, dezembro de 2008.

QQFFLL 55992255 –– RReellaattóórriioo ddaa PPrrooppoossttaa ddee EEssttáággiioo

- 1 -

1. Introdução

A monitoria referente à disciplina Prática de Ensino de Química e Bioquímica (QFL

5925) pertencente ao programa de pós-graduação do Instituto de Química da Universidade

de São Paulo (IQ-USP) foi realizada junto à disciplina de Química Geral (QFL 0605)

ministrada aos alunos do primeiro ano de graduação do Instituto de Física pelo Prof. Dr.

Paulo Sérgio Santos.

Esta disciplina possui carga horária de seis horas semanais e passou por uma

reorganização recentemente, onde as aulas de laboratório foram retiradas do cronograma

do curso. Portanto, as seis horas semanais compreenderam de aulas teóricas, ficando a

monitora responsável pelo auxílio aos alunos na resolução de listas de exercícios e

correção de trabalhos.

Os conteúdos abordados durante o curso foram, principalmente, a estrutura

atômica, propriedades periódicas, teoria de ácidos e bases de Lewis, equilíbrio químico,

termodinâmica e cinética química.

Ao longo do curso os alunos tiveram que redigir dois trabalhos: o primeiro sobre o

espectro do átomo de hidrogênio e o segundo sobre os elementos da tabela periódica.

Verificou-se que mesmo após as aulas ministradas e a redação do trabalho, muitos

alunos persistiam com dúvidas a cerca do procedimento de obtenção do espectro do

átomo de hidrogênio e também sobre conceitos importantes relacionados a este conteúdo

como, por exemplo, orbital, transição eletrônica, absorção e emissão de energia, equação

de Rydberg e outros.

Tendo isso em vista, escolheu-se o assunto espectro do átomo de hidrogênio como

tema para o experimento a ser proposto neste estágio. O experimento proposto foi

baseado no artigo do professor Dr. Oswaldo Sala, publicado em 2007 na revista Química

Nova. [1]

2. Protocolo Experimental

O protocolo proposto para a experiência é apresentado no Anexo 1.

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3. Discussão

O espectro de emissão do átomo de hidrogênio apresentado na Figura 1 foi obtido

no laboratório de espectroscopia molecular (LEM) do IQ-USP utilizando-se um

espectrômetro Jobin Yvon U1000 e as condições apresentadas no protocolo do

experimento (Anexo 1).

15000 16500 18000 19500 21000 22500 24000 25500

0

100000

200000

300000

Inte

ns

idad

e/

unid

. arb

itr.

Número de Onda /cm-1

15000 16500 18000 19500 21000 22500 24000 25500

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

log

(In

tensid

ad

e)

Número de Onda/cm-1

(A)

(B)

Figura 1: Espectro de emissão do átomo de hidrogênio. Os picos marcados pelas flechas

correspondem às linhas de emissão do hidrogênio. (A) como obtido. (B) com o eixo das

ordenadas em escala logarítmica.

Como se pode verificar no espectro apresentado na Figura 1A, a diferença de

intensidade entre os picos é muito grande o que impossibilita a observação de todas as

linhas de emissão presentes no intervalo de número de onda varrido. Para contornar este

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problema utilizou-se uma escala logarítmica no eixo das ordenadas como mostrado na

Figura 1B. Nesta figura é possível constatar que a diferença de intensidade entre os picos

mais e menos intensos é de cerca de duas ordens de grandeza.

O espectro mostrado na Figura 1B apresenta, além dos picos referentes à emissão

do átomo de hidrogênio, bandas cuja estrutura é condizente com bandas de espectro

rotacional. Para facilitar a visualização do espectro de emissão, a intensidade destas

bandas rotacionais foi diminuída utilizando-se o recurso ZAP do programa GRAMS/AI 7.00

(ThermoGalatic). Este novo espectro é apresentado na Figura 2.

16000 18000 20000 22000 240001,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

(410

,2)(434

,1)

(486

,1)15

238

Comprimento de Onda /nm

2437

62303

7

2057

0(656

,2)

log(

Inte

nsid

ade)

Número de Onda / cm-1

650 600 550 500 450

Figura 2: Espectro de emissão do átomo de hidrogênio, modificado pelo recurso de

software ZAP do programa GRAMS/AI 7.00.

No espectro apresentado na Figura 2, as linhas de emissão em 15238, 20570,

23037 e 24376 cm-1 são facilmente distinguidas do ruído e apresenta excelente

concordância com os valores encontrados na literatura: 15237, 20570, 23039 e 24380 cm-

1. [1] Elas referem-se às linhas vermelha (656,2 nm), verde (486,1 nm), azul (434,1 nm) e

violeta (410,2 nm) visualizadas em espectros obtidos em chapas fotográficas.

Examinando este espectro, observa-se que o espaçamento e intensidade das linhas

diminuem do vermelho (menor comprimento de onda) para o violeta (maior comprimento

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de onda). A diminuição da intensidade está relacionada à probabilidade de transição, cuja

teoria é mais complicada e não se adequa aos objetivos deste relatório. Por outro lado,

pode-se encontrar uma equação matemática que descreva a diminuição do espaçamento

entre as linhas. Para encontrar esta equação, deve-se, primeiro numerar as linhas

observadas por números inteiros (1, 2, 3,...), que chamaremos n. Como a diminuição no

espaçamento entre as linhas não é linear, e como elas estão se aproximando, sugere-se

que o número de onda das linhas observadas tenha uma dependência com 1/n2. Portanto,

um gráfico do número de onda em função de 1/n2 pode ser construído e se a hipótese

estiver correta, deve-se obter uma reta. Na Figura 3 é apresentado o gráfico do número de

onda versus 1/n2, para diferentes numerações das linhas. Verifica-se que a reta é obtida

apenas para n partindo de 3.

1 6 0 0 0 1 8 0 0 0 2 0 0 0 0 2 2 0 0 0 2 4 0 0 0

7654

6543

5432

4321

log(

Inte

nsid

ade)

N ú m e r o d e O n d a / c m - 1

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,014000

16000

18000

20000

22000

24000

26000

Núm

ero

de O

nda

/ cm

-1

1/n2

n ≥ 1; R = -0,97582

n ≥ 2; R = -0,9964

n ≥ 3; R = -1

n ≥ 4; R = -0,99893

(A)

(B)

Figura 3: (A) Esquema de numeração das linhas do espectro do átomo de hidrogênio. (B)

Gráfico do número de onda em função de 1/n2. R é o fator de correlação de linear.

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Na Figura 4 é mostrado o gráfico do número de onda em função de 1/n2, com n

partindo de 3 juntamente com a regressão linear e a equação da reta.

0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,1214000

16000

18000

20000

22000

24000

26000

Núm

ero

de O

nda

/ cm

-1

1/n2

Equação da Reta:

Número de Onda = A - (B/n2)

A = 27424 cm-1

B = 109698 cm-1

Figura 4: Gráfico do número de onda em função de 1/n2, onde n ≥ 3, sua regressão linear

e a equação da reta.

Da Figura 4, tem-se que o comportamento das linhas observadas no espectro do

átomo de hidrogênio pode ser descrito pela equação 1:

2n

10969827424Onda de Número −= (1)

O valor do coeficiente linear é 1/4 do valor do coeficiente angular e então a equação

pode ser reescrita da seguinte maneira:

−=−=−=

22222 n

1

2

1109698

n

109698

2

109698

n

109698

4

109698Onda de Número (2)

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A equação 2 é similar à equação de Balmer. Por analogia tem-se que a constante

109698 cm-1, da equação 2, corresponde à constante de Rydberg (R). Este valor

determinado empiricamente apresenta 99,98% de concordância com o valor teórico

(R=109677 cm-1). [1]

Até o momento o termo n foi introduzido de forma arbitrária para que pudéssemos

descrever o comportamento das linhas de emissão observadas no espectro atômico do

hidrogênio. Mas qual seria o seu significado físico?

O modelo mais simples que podemos adotar para o átomo de hidrogênio é o

proposto por Bohr: [2] o elétron ocupa órbitas estacionárias ao redor do núcleo, onde a

energia é constante não havendo absorção ou emissão de radiação eletromagnética, como

esquematizado na Figura 5. Cada uma destas órbitas poderia ser numerada com números

inteiros (1, 2, 3,...) e para que radiação eletromagnética seja emitida, é necessário que o

elétron mude de órbita de maior energia para outra de menor energia, sendo a órbita de

menor energia aquela que está mais próxima do núcleo. Esta mudança entre as órbita é

chamada transição eletrônica.

n = 1

n = 2

n = 3

n = 4

n = 5

Figura 5: Esquema do átomo de hidrogênio. As órbitas circulares foram numeradas

arbitrariamente a partir de 1 (órbita mais interna). As setas indicam algumas transições

possíveis para as órbitas fixadas.

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Na equação 2 vemos que o comportamento das linhas espectrais do átomo de

hidrogênio podem ser descritas como uma diferença entre dois números inteiros, que

chamamos anteriormente de n. Portanto, podemos associar o valor n às diferentes órbitas

estacionárias que o elétron pode ocupar dentro do átomo de hidrogênio, no modelo

introduzido na Figura 5. Desta forma, introduzimos uma quantização empírica, como foi

feito antes da mecânica quântica para analisar os espectros atômicos.

A equação 2, descreve o comportamento das transições cuja órbita final possui n=2,

o conjunto de transições eletrônicas que possuem a mesma órbita final é chamado de

série. A série cujo n final é 2 é chamada de série de Balmer. Se trocarmos o denominador

2 da equação 2 por 1, pode-se descrever o conjunto de linhas observadas na região do

ultravioleta, chamado de série de Lyman e se substituirmos por 3, descrevemos a série de

Paschen observada no infravermelho. Portanto, a equação que descreve todas as séries

do espectro do átomo de hidrogênio é dada na equação 3:

−=

2

2

2n

1

n

1109698Onda de Número

1

(3)

Esta equação mais geral ficou conhecida com equação de Rydberg, onde n2 > n1,

quando se trata de um espectro de emissão e n2 < n1 quando se trata de um espectro de

absorção.

Por conservação de energia, a energia da radiação emitida durante uma transição

eletrônica deve corresponder à diferença de energia entre os níveis de partida e de

chegada do elétron durante a transição. Então os dois termos da equação 3 (109698/ n12 e

109698/n22) devem ser proporcionais à energia das órbitas envolvidas na transição

eletrônica observada. Com isso, pode-se construir um esquema dos níveis de energia do

átomo de hidrogênio, onde a energia de cada nível é proporcional a 109698/n2, como

mostrado na Figura 6. Na Figura 6 também estão representadas algumas das possíveis

transições eletrônicas para o átomo do hidrogênio.

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PaschenPaschenPaschenPaschen

BalmerBalmerBalmerBalmer

LymanLymanLymanLyman

30473047304730474388438843884388685668566856685612189121891218912189

27424274242742427424

cmcmcmcm-1-1-1-1

nnnn

109698109698109698109698

6666555544443333

2222

1111

656,2 nm

486, 1nm

434,1 nm

410,2nm

Figura 6: Esquema dos níveis de energia e algumas das transições das séries de Lyman,

Balmer e Paschen.

Sabendo que a energia de ionização (I) de um átomo é a energia necessária para

retirar do átomo, um elétron do nível de energia mais baixo (nível fundamental) . [3A] E que

o número de onda da radiação emitida durante uma transição eletrônica é proporcional à

energia, podemos calcular a energia de ionização para o átomo de hidrogênio como sendo:

1

22109698cm0)109698(1

1

1

1109698Onda de Número −

=−=

−=

Portanto, para o átomo de hidrogênio, o número de onda associado à energia de

ionização é a própria constante de Rydberg. E a energia é:

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112318

A

18-

18

1-1834

1312kJmolmol10J.6,02214x2,179x10N . J2,179x10 I

J2,179x10I

.109698cmmsx10Js.2,997926,62608x10onda de h.c.número λ

ch hν I

−−−

−−

===

=

====

O valor da energia de ionização calculado está de acordo com o valor encontrado na

literatura de 1310 kJmol-1. [3B]

4. Considerações Finais

A experiência proposta mostrou-se aplicável dentro do cronograma e horários da

disciplina QFL 0605. Os resultados obtidos apresentaram elevada concordância com os

valores da literatura e permitem a discussão de diversos conceitos trabalhados ao longo

desta disciplina e do curso de física como um todo.

A obtenção do espectro requer o uso de equipamento sofisticado e de elevado

preço, mas como pertence a um laboratório de pesquisa no IQ-USP há disponibilidade de

empregá-lo para a aula didática. Uma desvantagem para o uso deste equipamento é que

por se tratar de um equipamento fechado o aluno não tem a oportunidade de visualizar os

diferentes componentes que o constituem.

No protocolo apresentado foi sugerida a entrega de um relatório, mas durante a

redação deste relatório acredita-se que uma discussão em grupo sobre os resultados seria

mais pertinente, pois durante esta discussão o professor teria a oportunidade de guiar os

alunos para a construção do modelo utilizado, chamando a atenção para as conexões a

serem feitas, o que talvez não aconteça durante a redação do relatório. Como o tempo de

obtenção do espectro é relativamente curto, cerca de 1 hora, há tempo disponível para a

realização desta atividade em sala de aula.

Gostaria de agradecer ao Sr. Claudio H. Furukawa coordenador dos laboratórios

didáticos do Instituto de Física da USP por ter cedido a lâmpada de hidrogênio para que

este experimento fosse realizado e ao Prof. Dr. Oswaldo Sala pelo auxílio na obtenção do

espectro e discussão dos resultados.

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5. Referências

1 - SALA, O. Uma Introdução à Espectroscopia Atômica – O Átomo de hidrogênio. Quím,

Nova. 2007; 30 (7):1773-1775.

2 - ATKINS, P., de PAULA, J. – “Físico-Química”. Trad. Edilson C. da Silva, et al. Rio de

Janeiro: LTC Editora, 2004. 7ª. Ed., vol 2, cap. 13.

3 - ATKINS, P., JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio

ambiente. Trad. Ignez Caracelli, et al. Porto Alegre: Bookman, 2001. (A) Pag.146-149, (B)

A22

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6. Anexo 1

EEssppeeccttrroo ddoo ÁÁttoommoo ddee HHiiddrrooggêênniioo

1. Objetivos

� Constatar a quantização da energia em sistemas atômicos através da análise do espectro de

emissão do átomo de hidrogênio.

� Determinar a equação de Balmer, a constante de Rydberg, calcular o potencial de ionização do

átomo de hidrogênio e construir o diagrama de energia dos orbitais atômicos do átomo de

hidrogênio.

2. Procedimento experimental

Para a obtenção do espectro do átomo de hidrogênio será utilizada uma lâmpada de

descarga elétrica preenchida com gás hidrogênio sob baixa pressão. O espectro será registrado

em um espectrômetro Jobin Yvon U1000 com sistema de detecção com duplo monocromador e

fotomultiplicadora. Um esquema dos componentes do espectrômetro é mostrado na Figura 1.

Figura 1: Esquema de um espectrômetro de duplo monocromador com rede de difração. M1 e M2

são espelhos côncavos com focos nas fendas F1 e F2.

Obtenha o espectro entre 14900 e 25800 cm-1 com resolução espectral de 5 cm-1, passo 2,5

cm-1 e tempo de acumulação de 1,5 segundos/ponto.

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4. Orientações para o relatório

� Faça uma breve introdução teórica.

� Discuta, brevemente, o procedimento utilizado para a obtenção do espectro de emissão do

átomo de hidrogênio. O hidrogênio se apresenta na natureza como uma molécula diatômica

(H2). Como você explica a obtenção do espectro atômico de hidrogênio?

� Plote o espectro obtido como o logaritmo da intensidade em função do número de onda. Por

que é necessário utilizar escala logarítmica para a intensidade? Compare os números de onda

das linhas do espectro do hidrogênio observadas neste experimento com os da literatura.

� Numere as linhas observadas, da região de menor número de onda para maior número de

onda, com números inteiros (n = 1, 2, 3 e 4). Faça um gráfico do número de onda versus 1/n2,

considerando que a primeira linha observada possua n = 1. Faça o mesmo considerando que a

primeira linha observada corresponda ao n = 2, 3, 4,... Verifique para qual valor de n obtém-se

uma reta. Determine a equação desta reta. Através do coeficiente angular da reta, determine o

valor da constante de Rydberg. Compare este valor com o da literatura.

� Determine a energia de ionização do átomo de hidrogênio no estado fundamental. Compare

com o valor da literatura. Como este parâmetro está relacionado com a constante de Rydberg?

� No caso de haver discrepâncias mais sérias, procure discutir suas possíveis causas.

� Sabendo que a energia é diretamente proporcional ao número de onda, monte um esquema

dos níveis de energia (T) onde T=R/n2, e R é a constante de Rydberg. Represente em seu

esquema de energia as diferentes séries espectrais observadas para o espectro do hidrogênio.

5. Bibliografia

1. CRUZ-GARRITZ, D, CHAMIZO, J.A., GARRRITZ, A. – “Estructura Atómica: Un enfoque

químico”, Adilson-Wesley Iberoamericana, 1991, cap. 2 e 3.

2. ATKINS, P., JONES, L. – “Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio

ambiente”. Trad. Ignez Caracelli, et al. Porto Alegre: Bookman, 2001. Cap. 1.

3. KOTZ, J.C., TREICHEL Jr, P. – “Química e Reações Químicas”. Trad. José A. P.

Bonapace, et.al. Rio de Janeiro:LTC-livros técnicos e científicos editoras S.A., 1999,

volume 1, 4ª. ed. Cap. 7.