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ÍNDICE RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES DA IBIS MOÇAMBIQUE 2012 1. DADOS GERAIS ..................................................................................................................... 1 2. LISTA DE ACRÓNIMOS .......................................................................................................... 2 3. SUMÁRIO EXECUTIVO .......................................................................................................... 3 4. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 5 5. PRINCIPAIS ACTIVIDADES REALIZADAS POR PROGRAMA TEMÁTICO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................................................ 7 5.1 Programa de Educação (EPAC) .......................................................................................... 7 5.1.2. Centro de Desenvolvimento e Sociedade Civil (CEDESC) .............................................. 8 Análise dos resultados ............................................................................................................. 9 5.2 Programa de Governação - Construindo Cidadania em Moçambique (COCIM) ............. 10 Análise dos resultados ........................................................................................................... 13 5.2.1 Programa de Acesso à Informação (AI) ........................................................................ 14 Gestão Programática ............................................................................................................. 16 Análise dos resultados ........................................................................................................... 17 5.2.2 Projecto Mulheres na Política ....................................................................................... 18 6. PARCERIAS.......................................................................................................................... 20 Análise dos resultados ........................................................................................................... 22 7. DESAFIOS E PERSPECTIVAS ................................................................................................ 22

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ÍNDICE

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES

DA IBIS MOÇAMBIQUE

2012

1. DADOS GERAIS ..................................................................................................................... 1

2. LISTA DE ACRÓNIMOS .......................................................................................................... 2

3. SUMÁRIO EXECUTIVO .......................................................................................................... 3

4. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 5

5. PRINCIPAIS ACTIVIDADES REALIZADAS POR PROGRAMA TEMÁTICO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................................................ 7

5.1 Programa de Educação (EPAC) .......................................................................................... 7

5.1.2. Centro de Desenvolvimento e Sociedade Civil (CEDESC) .............................................. 8

Análise dos resultados ............................................................................................................. 9

5.2 Programa de Governação - Construindo Cidadania em Moçambique (COCIM) ............. 10

Análise dos resultados ........................................................................................................... 13

5.2.1 Programa de Acesso à Informação (AI) ........................................................................ 14

Gestão Programática ............................................................................................................. 16

Análise dos resultados ........................................................................................................... 17

5.2.2 Projecto Mulheres na Política ....................................................................................... 18

6. PARCERIAS .......................................................................................................................... 20

Análise dos resultados ........................................................................................................... 22

7. DESAFIOS E PERSPECTIVAS ................................................................................................ 22

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1. DADOS GERAIS

Nome e endereço da Organização IBIS Moçambique Rua Fernão Melo e Castro, 124 C.P. 1049, Maputo Telf.: 258 21499522/3 – 823095250 Fax: 258 21499536

Tipo de documento Relatório Anual

Período de reportagem Janeiro a Dezembro de 2012

Áreas temáticas de actuação Educação, Cidadania, Participação Política das Mulheres e Acesso à Informação

Áreas geográficas de actuação Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Maputo

Valor da contribuição

EUR € 5.236.532

Nome e função da relatora

Anne Catharina Hoff Directora Nacional

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2. LISTA DE ACRÓNIMOS

EPAC Educação Participativa de Qualidade para o Desenvolvimento da Comunidade

EDEC Educação para o Desenvolvimento da Comunidade

OSCs Organizações da Sociedade Civil

CEs Conselhos de Escola

CLs Conselhos locais

HIV-SIDA Vírus da Imunodeficiência Humana - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

IFPs Institutos de Formação de Professores

ADMs Agentes de Mudança

COCIM Construindo Cidadania em Moçambique

CEDER Centro de Estudos e Desenvolvimento de Recursos

LDH Liga dos Direitos Humanos

PESOD Plano Económico e Social e Orçamento do Distrito

ETDs Equipes Técnicas Distritais

FORASC Fórum das Associações da Sociedade Civil de Cuamba

AMIREMO Associação Mista religiosa para Educação Moral

ADE Apoio Directo às Escolas

CCD Conselho Consultivo Distrital

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

IPAJ Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica

ACABE Associação da Criança Boa Esperança

CPS Centro de Pesquisa e Promoção Social

PJ Parlamento Juvenil

GIG Grupo Informal de Governação

PARP Plano de Acção para Redução da Pobreza

MASC Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil

UCA União de Camponeses de Lichinga

AGIR Acções para uma governação inclusiva e responsável

CCS Centro Cooperativo Sueco

ACDH Associação Centro de Direitos Humanos

IESE Instituto de Estudos Sociais e Económicos

CAICC Centro de Apoio à Informação e Comunicação Comunitária

AMODESE Acção Moçambicana para o Desenvolvimento

CESAB Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança

OAM Ordem dos Advogados de Moçambique

GDI Instituto de Apoio à Governação e Desenvolvimento (Governance and Development Institute)

FORCOM Fórum das Rádios Comunitárias

CEC Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação

AMCS Associação de Mulheres na Comunicação Social

CEDESC Centro de Desenvolvimento e Sociedade Civil

CIP Centro de integridade Pública

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3. SUMÁRIO EXECUTIVO A implementação dos programas temáticos da IBIS está em linha com os princípios da Declaração de Paris sobre a eficácia da Ajuda, que para o caso das organizações internacionais, significa menor intervenção directa e maior apoio às organizações locais. Foi dentro desta conformidade que desde 2008, a IBIS reduziu significativamente a sua modalidade de implementação directa passando a privilegiar uma implementação por via de parceiros locais. Por outro lado, o número de parcerias com organizações locais aumentou e derivado disso uma percentagem significativa do Orçamento global da IBIS Moçambique (cerca de 43%) é gerida directamente pelos parceiros de forma autónoma. Durante o ano de 2012 a IBIS Moçambique desembolsou o montante de €5.236.532 para as actividades dos programas temáticos, sendo €1.080.026 para o programa de Educação e €3.744.215 para o programa de Governação que inclui Cidadania, Acesso à Informação, Mulheres na Política e Africa Against Poverty. Como resultado da intervenção da IBIS nas áreas temáticas de Educação e Governação, existe um número cada vez maior de organizações de base social preocupadas e cometidas com o processo de desenvolvimento. As organizações parceiras dos programas de Educação e Governação da IBIS, tanto ao nível nacional como local, estão mais habilitadas e capacitadas para cumprirem com as suas responsabilidades sociais e políticas de contribuírem para o desenvolvimento nacional. Esta constatação confirma-se através das experiências do engajamento destas, em muitos casos, em actividades de monitoria e advocacia das actividades implementadas pelo governo aos níveis local, provincial e central. O novo Programa Temático de Educação (EPAC), iniciou sua implementação em Janeiro de 2012, sucedendo ao anterior Programa Temático de Educação denominado EDEC - Educação para o Desenvolvimento da Comunidade que vigorou no período de 2008 a 2011. O EPAC dedicou parte do seu tempo no ano 2012 para o estabelecimento e consolidação do seu novo escritório na cidade de Quelimane, a realização do estudo de base e identificação de novos parceiros. Como resultados do programa de educação, refere-se neste relatório, o impacto das actividades do EDEC e das actividades iniciais do EPAC (2012), onde nota-se cada vez mais “Escolas Felizes1”, funcionando democraticamente, com um ambiente escolar atractivo, maior envolvimento das comunidades através de uma participação consciente dos Conselhos de Escola (CEs) nas actividades escolares. A gestão escolar participativa tem contribuído para a redução do absentismo dos professores, o maior acesso de crianças de todas as camadas sociais à escola, incluindo as raparigas e para o melhor desempenho dos professores, o que resulta uma melhoria da qualidade da Educação.

1 Escolas Felizes - Conceito desenvolvido pela IBIS para designar escolas modelo, criado para promover um tipo de escolas

atractivas, agradáveis e seguras para as crianças, onde os professores e os alunos são assíduos, o processo educativo é

democrático, os Conselhos de Escolas são activos, o ambiente escolar é agradável, o professor usa a língua local como recurso para propiciar melhor entendimento nos alunos, a comunidade está envolvida no processo educativo e os

professores oferecem uma educação relevante e de qualidade.

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Ao fim de 5 anos de implementação na província do Niassa, o programa de Governação vai terminar as suas actividades no 1ºtrimestre de 2013 e o seu sucessor está em processo de elaboração. Desta vez a componente de Cidadania vai ser implementada na província da Zambézia onde a IBIS encontra-se a implementar o seu programa de Educação. Enquanto as componentes de Acesso a Informação e Mulheres na Política, vão continuar a sua implementação através de parceiros na província do Niassa. A mudança de enfoque geográfico da componente de Cidadania do Niassa para Zambézia resulta da visão estratégica da IBIS de coordenar as suas acções e sinergias no âmbito dos programas de Educação e Governação, a partir da província da Zambézia e de um único escritório com maior possibilidade de acesso e expansão para outras regiões do país. As mudanças observadas na actuação dos beneficiários do programa de governação, permitem-nos tirar uma ilação positiva em relação ao alcance dos objectivos inicialmente traçados. A capacidade de participação e influência das organizações da sociedade civil e cidadãos nos processos decisórios sobre assuntos de interesse público, melhorou substancialmente a julgar pela qualidade da intervenção destes grupos em áreas chave como sejam, a monitoria dos benefícios sociais da exploração florestal, a participação das comunidades nos processos de planificação e monitoria dos serviços públicos. Por outro lado o nível de debate em relação a questões como transparência na indústria extractiva, participação política da mulher, promoção e defesa dos direitos humanos, incluindo o direito à informação constituíram uma tónica do programa no período em análise, com resultados tangíveis. Quanto ao programa acesso à Informação que na verdade é um programa de Governação que visa o reforço da governação democrática e da prestação de contas através de um maior acesso à informação em Moçambique, previu como principais resultados um maior engajamento da sociedade civil no que concerne a luta em defesa de uma maior abertura dos servidores públicos a cederem informação de carácter público. A criação de uma base legal que permita que as OSC e os demais interessados possam participar na Governação através da monitoria, inclusão nos processos de tomada de decisão torna-se cada vez mais importante, daí que um dos resultados alcançados neste período foi o início dos debates promovidos pela Assembleia da República em torno do anteprojecto de Lei do Direito à Informação. Os Programas de Educação e de Governação confirmam a aposta da IBIS em contribuir para o desenvolvimento de uma cidadania activa e responsável centrada numa relação de diálogo entre o Estado, mercado, organizações e cidadãos com vista a alcançar o desenvolvimento. Há já evidências, no terreno, de iniciativas conduzidas por organizações locais e cidadãos que começam a exercer uma influência significativa na forma de estar e de ser dos gestores públicos, perante os cidadãos e sobretudo, no que respeita a aspectos de participação política no processo governativo. Para tal, tanto a IBIS como os parceiros, fazem uso das oportunidades e espaços legalmente instituídos, para a participação, tais como os Conselhos de Escolas (CEs), Conselhos Locais (CLs), os Observatórios de Desenvolvimento, os Parlamentos Infantis e os Fóruns locais ao nível dos distritos. É importante ressalvar, que ao nível da IBIS, as áreas de Género, HIV-SIDA, Meio Ambiente e Juventude são temas transversais em todos os

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programas e são traçados indicadores claros para assegurar que estes aspectos são tomados em consideração na implementação das actividades. 4. CONTEXTUALIZAÇÃO A IBIS é uma organização não-governamental internacional de origem dinamarquesa que trabalha em Moçambique desde 1976, através de projectos e programas com vista a apoiar o processo de desenvolvimento ora em curso no país. Actualmente, a IBIS está a implementar programas no domínio da Educação e da Governação. Os altos índices de analfabetismo, o limitado acesso à informação, particularmente fora das cidades, o desconhecimento dos seus direitos pelos cidadãos, a marginalização da mulher e do jovem, a fraqueza das organizações da sociedade civil (SC), a fraca qualidade de ensino nas escolas, a fraca participação das comunidades no processo governativo, são alguns dos problemas identificados pela IBIS como prevalecentes, os quais reclamam acções concretas por parte da sociedade para o seu melhoramento. É dentro desta conformidade que a IBIS está a trabalhar com um vasto leque de instituições públicas, organizações da sociedade civil (OSC) e cidadãos individualmente, no sentido de atacar os problemas em alusão. Fazem parte deste grupo, Institutos de Formação de Professores (IFPs), OSC, CEs e os “Agentes de Mudança (ADM)”2. A estratégia de intervenção da IBIS Moçambique no trabalho com os parceiros, nas áreas temáticas (Educação e Governação) centra-se numa abordagem baseada em direitos que visa, essencialmente, empoderar as OSC e os cidadãos, no geral, para que desempenhem um papel activo no desenvolvimento do país, através da sua participação na discussão de políticas e estratégias definidas por cada sector. Com estas acções a IBIS Moçambique acredita estar a contribuir para que os mais desfavorecidos se representem a si próprios, independentemente da sua condição social, exigindo que os seus direitos sejam respeitados, diminuindo desta forma o fosso entre pobres e ricos e as desigualdades prevalecentes entre mulheres e homens, para uma sociedade cada vez mais justa e democrática. Os programas de Educação e Governação são de âmbito nacional e são implementados, com enfoque nas províncias da Zambézia, Maputo, Niassa e Cabo Delgado, visando os seguintes objectivos, respectivamente:

a) Mulheres e homens, raparigas e rapazes das zonas rurais usam a educação de qualidade como veículo do seu desenvolvimento enquanto cidadãos activos, capazes de participar plenamente num sociedade civil representativa promovendo justiça social e mudança sustentável.

2 Agentes de Mudança - Um grupo de cidadãos comprometidos com a causa de desenvolvimento que actuando em várias

áreas de interesse nacional, têm desenvolvido acções que concorrem para a promoção da boa governação no país.

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b) Os cidadãos e as organizações que representam os seus interesses participam e influenciam o processo democrático no sentido do desenvolvimento social, económico e politicamente equitativo da sociedade em Moçambique.

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5. PRINCIPAIS ACTIVIDADES REALIZADAS POR PROGRAMA TEMÁTICO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 5.1 Programa de Educação (EPAC) O programa EPAC - Educação Participativa de Qualidade para o Desenvolvimento da Comunidade é sucessor do programa EDEC - Educação para o Desenvolvimento da Comunidade que vigorou no período de 2008 a 2011. O EPAC iniciou a sua implementação em Janeiro de 2012 e visa, fundamentalmente apoiar os professores do ensino básico na aquisição de habilidades que lhes permite desenvolver um processo educativo participativo; potencializar os gestores escolares em estratégias de monitoria do processo de ensino-aprendizagem e promoção do ensino participativo e inclusivo e empoderamento da comunidade escolar através da capacitação dos Conselhos de Escolas para seu maior engajamento no desenvolvimento da escola. Adicionalmente está integrado no EPAC, o CEDESC-Centro de Desenvolvimento e Sociedade Civil, que visa dar apoio técnico e organizacional às organizações da sociedade civil, realização de pesquisas e debates públicos relevantes ao sector de educação. O EPAC cobre as províncias de Maputo (5 ZIPs do distrito da Matola) e Zambézia (15 ZIPs dos distritos de Alto Molócue, Ile, Maganja da Costa e Cidade de Quelimane) e é implementado através de parcerias com organizações da Sociedade Civil e Instituições Estatais (Institutos de Formação de Professores), bem como através do CEDESC baseado na cidade de Quelimane. Actividades realizadas: A apresentação das actividades e dos resultados, far-se-á tendo como base cada um dos objectivos específicos do programa, a seguir indicados: Objectivo específico 1: Em finais de 2016, as escolas apoiadas pelo EPAC proporcionam aos alunos, educação relevante e de qualidade, e servem de modelo para replicação e advocacia. Os potenciais parceiros que trabalham neste objectivo são os Institutos de Formação de Professores. Ao longo do ano 2012, o EPAC firmou acordos de Parceria com dois IFPs (Alto Molócue e Quelimane), dos 3 previstos no programa. Após o estabelecimento destas parcerias, o EPAC iniciou a capacitação dos mesmos, o que resultou em:

10 Formadores do IFP de Quelimane, 3 do IFP de Alto Molokwe e 5 professores de 2 Escolas Felizes de Alto Molokwe capacitados em Currículo Local;

15 Formadores e 75 Formandos do IFP de Quelimane capacitados em “Escada para a Vida”3;

Por sua vez, os parceiros capacitaram:

20 Professores em metodologias participativas;

70 Professores na produção e utilização de materiais didácticos de ensino.

3 Escada para Vida - Uma metodologia criada pela IBIS para a capacitação em prevenção e combate ao HIV-Sida, com

recurso a jogos e ilustrações.

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Objectivo específico 2: Em finais de 2016, as escolas apoiadas pelo EPAC são geridas por uma Direcção Escolar inclusiva e um Conselho de Escola democraticamente eleito, cujos membros demonstram boa governação interna e influenciam a governação local. Neste objectivo, trabalharam com maior enfoque, organizações da sociedade civil parceiros do programa. Estes empenharam-se durante o ano, na revitalização e fortalecimento dos Conselhos de Escolas. Estas actividades resultaram na capacitação de:

75 Membros dos CEs de Alto Molókwe capacitados em monitoria dos fundos alocados às escolas (ADE);

10 Formadores locais de Alto Molókwe capacitados sobre o papel e o funcionamento dos CEs. O principal papel dos formadores locais é de replicar as acções de formação dos CEs nas escolas onde o programa de educação da IBIS não intervém, para que essas escolas também se beneficiem das experiências do programa;

2 Visitas de troca de experiências entre os CEs do distrito de Alto Molókwe realizadas;

35 Líderes locais capacitados em estratégias de mobilização das comunidades para sua participação em actividades escolares.

Objectivo específico 3: Em finais de 2016, os parceiros da IBIS e as Organizações da Sociedade Civil relevantes influenciam as políticas educativas nacionais. As organizações que trabalham neste objectivo, são todas OSC parceiras da IBIS e possuem como estratégia de actuação, o trabalho em rede visando a monitoria dos serviços prestados pelo sector de educação. Estas organizações enfrentaram alguns desafios na materialização desta estratégia, principalmente a nível distrital e provincial. Contudo 42,8% destes parceiros integrados no MEPT - Movimento de Educação para Todos em Maputo, participaram em diversas reuniões no MINED - Ministério de Educação, onde discutiram questões relacionadas com o progresso do sector da educação. Adicionalmente o MEPT liderou a Campanha de advocacia no âmbito da Semana de Acção Global de Educação, na qual foi apresentado o estudo sobre o mapeamento de serviços da Primeira Infância em Moçambique e o Projecto de Alfabetização Inclusiva. Representantes da IBIS participaram nos encontros dos grupos técnicos do MINED, a saber: Educação Básica e Formação de Professores. 5.1.2. Centro de Desenvolvimento e Sociedade Civil (CEDESC) Ainda ao longo do ano 2012, o programa de educação da IBIS estabeleceu em Quelimane, o CEDESC. Este centro tem como vocação, o apoio e capacitação institucional às organizações da sociedade civil, realização de pesquisas e debates públicos relevantes ao sector de educação. Até ao fim do ano, o CEDESC hospedou:

Quatro reuniões de FEDUZA (Rede Provincial de OSC que trabalham na área de educação);

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Duas reuniões do G20 (Rede de ONGs que trabalham na área de governação), e formou:

20 Jovens de organizações juvenis em conhecimentos de informática. Análise dos resultados Os resultados da monitoria às actividades do programa indicam que maior parte dos professores que beneficiaram das capacitações até 2012, já utilizam métodos participativos nas suas aulas, há melhoramento na relação entre professor e alunos ou seja, os alunos se sentem confortáveis na comunicação com os seus professores, os quais desenvolvem e utilizam materiais didácticos apropriados. Aliado a estas conquistas, o EPAC está consciente de que tem ainda por resolver outros desafios identificados como fundamentais para a melhoria da qualidade do ensino, potenciando aos professores com competências específicas, como por exemplo, de leitura e da escrita, pois aqui ainda há desafios assinaláveis no nível dos alunos do ensino básico. As actividades desenvolvidas no âmbito do objectivo 2, trouxeram um impacto positivo, se levarmos em conta os seguintes resultados: Os gestores escolares e membros do CEs de 4 Escolas Felizes beneficiárias, realizaram actividades de melhoramento do ambiente físico das suas escolas, tais como:

Construção de baloiços;

Promoção de eventos culturais e desportivos;

Promoção de clubes de leitura e escrita;

Desenvolvimento de habilidades para a vida;

A aderência dos alunos nas actividades escolares aumentou nestas escolas motivado pelo novo ambiente escolar criado, pois além de estudar, as crianças começaram a desenvolver outras actividades recreativas;

Os CEs iniciaram debates sobre género com os pais e encarregados de educação e, como resultado, quatro clubes de género foram revitalizados e funcionam como espaços onde se promovem discussões sobre a importância da escola para as meninas, o que está contribuindo para reduzir o abandono escolar das mesmas;

Estes CEs participaram na elaboração dos planos de desenvolvimento escolar, na monitoria do desempenho dos professores nas suas aulas e encetaram diálogo com os gestores escolares para promoverem uma cultura de prestação de contas com as comunidades onde suas escolas funcionam;

12 Líderes locais treinados em mobilização comunitária começaram a dar sessões de conscientização das suas comunidades para a sua participação activa nas actividades das escolas no distrito de Alto Molókwe.

Durante a troca de experiência havida entre membros de CEs de Alto Molókwe, foram partilhadas as boas práticas, tais como a monitoria do desempenho dos alunos, assiduidade dos professores, ambiente físico das escolas, o que permitiu criar modelos de acções a serem replicadas nas escolas onde o EPAC não intervém.

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O desafio enfrentado pelas OSC no trabalho em rede prende-se com as dificuldades de promover a ligação e coordenação vertical das actividades levadas a cabo pelos vários intervenientes nos níveis distrital e provincial de modo a canalizar evidências da base para o foco de advocacia no nível nacional.

Contudo, destaca-se a participação e contribuição das OSC integradas no MEPT em Maputo, na elaboração do novo plano estratégico da educação (2012-2016). Um aspecto assinalável do papel mobilizador do MEPT durante a Campanha de Acção Global de Educação foi a participação activa não só das organizações da sociedade civil, como também do governo, representado pelo Vice-Ministro de Educação e outros quadros do sector, o que demonstrou o reconhecimento do governo central face ao trabalho da sociedade civil neste sector. Na sua participação, o MINED apresentou publicamente, o compromisso do Governo de implementar a estratégia nacional da 1ª Infância, a partir de 2013, uma decisão que trouxe grande satisfação às OSC, pois foi ao encontro da sua luta de ver o pré-escolar integrado no currículo nacional, o que irá contribui para a elevação da qualidade da educação.

A IBIS e outros representantes da SC influenciaram a elaboração dos indicadores de qualidade da educação básica durante a reunião regional em Chimoio, a convite do MINED.

No primeiro ano de seu funcionamento (2012), o CEDESC demonstrou forte potencial para responder a demanda das OSC, quer seja para encontros de preparação das acções de advocacia, como para sua capacitação em matérias do seu desenvolvimento. Este centro, precisa ser mais divulgado e apetrechado para nele se realizarem debates, divulgação de boas práticas do programa e documentação das evidências para qualificar o trabalho de advocacia da sociedade civil em prol de uma educação de qualidade no país. 5.2 Programa de Governação - Construindo Cidadania em Moçambique (COCIM) O COCIM é um programa de governação da IBIS Moçambique que iniciou suas actividades em 2008 e termina em 2013. Este programa enquadra-se na política da IBIS e visa contribuir para o reforço e efectividade da governação através da participação activa dos cidadãos e organizações nos processos governativos. A estratégia de implementação do COCIM está em linha com a Declaração de Paris e o Fórum de Alto nível de Accra sobre a eficácia da ajuda e compreende o estabelecimento de parcerias com organizações locais e um alinhamento com as orientações programáticas do governo moçambicano, no que concerne a governação. Neste domínio, o COCIM possui convênios de parceria com 12 organizações da sociedade civil, das quais 9 estão baseadas nos distritos da província de Niassa e 2 em Maputo. Essencialmente, estas parcerias compreendem apoio técnico nas componentes de governação interna e programática, bem como assistência financeira para os seus planos estratégicos e projectos. Para a operacionalização do COCIM, dois objectivos imediatos foram traçados e actividades específicas estão foram realizadas com vista ao alcance dos resultados previstos. A seguir, apresentam-se os objectivos imediatos mencionados, as principais actividades realizadas, os seus resultados e análises:

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Objectivo 1: Os cidadãos activos usam as suas capacidades e voz para participarem e influenciarem o desenvolvimento social, económico e político das comunidades a que pertencem. Actividades realizadas:

197 Agentes de Mudança (incluindo 89 mulheres) de seis distritos participaram de 2 sessões de formação (2 em cada um dos distritos) sobre advocacia baseada em evidências.

56 Agentes de Mudança (incluindo 09 mulheres) dos distritos de Sanga, Muembe, Majune e Ngauma lideraram iniciativas das comunidades contra as empresas florestais.

27 Jornalistas Locais (dos quais 6 são mulheres) de 6 distritos foram capacitados através do CEDER em matéria de produção de programas sobre governação e assuntos conexos.

34 Jornalistas locais beneficiaram de resumos de PESOD dos seus próprios distritos produzidos pelo pessoal do COCIM e das Equipes Técnicas Distritais (ETDs), os quais foram compartilhados com o público;

Em cada um dos 06 distritos chave do COCIM foram realizados 02 debates públicos sobre o PESOD os quais foram propostos por AM e conduzidos pelas Rádios Comunitárias com a presença de administradores distritais. O primeiro voltado para a avaliação PESOD de 2011 e sobre as actividades chave do PESOD de 2012 e o segundo focando nas análises de desempenho dos PESOD de 2012 e discussão das propostas para o PESOD 2013.

27 ADM membros dos fóruns consultivos em Cuamba e Mecanhelas assistidos pelos parceiros FORASC e AMIREMO respectivamente exigiram reforma na agenda do CCD, a fim de dar mais enfoque ao PESOD em vez de FDD.

22 ADM dos distritos de Sanga, Muembe, e Ngaúma beneficiaram de formação paralegal realizada pela LDH com assistência técnica do IPAJ.

Objectivo 2: As organizações da sociedade civil que são representativas participam, influenciam e monitoram o desenvolvimento ao nível local e nacional em assuntos relacionados a descentralização, equidade de género e políticas económicas sustentáveis

Parceiros e agentes de mudança de 6 distritos de intervenção do COCIM, foram capacitados em matéria do triângulo da mudança, ferramenta de advocacia para uso na implementação das suas actividades;

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Através do CEDER e em parceria com organizações parceiras da sociedade civil a actuarem na província de Niassa, foi realizado o primeiro festival de teatro para a cidadania no qual participaram cerca de 500 pessoas, maioritariamente jovens;

28 CE em Ngauma e Mandimba assistidas pela LDH realizaram duas sessões de monitoria dos fundos de apoio directo as escola (ADE);

O COCIM liderou 2 debates públicos em cada um dos seis distritos chave, envolvendo 786 pessoas, com enfoque para assuntos locais sugeridos pelas comunidades. Os debates abrangeram questões como: gestão do FDD, conflitos homem-animal, gestão de resíduos sólidos e infra-estruturas públicas;

O COCIM apoiou a participação da sociedade civil nos processos de Monitoria e Avaliação da governação local, por via do processo de preparação das organizações locais para a sua participação no Observatório de Desenvolvimento local, com destaque para a fase de recolha de dados ao nível de base;

Foram publicadas e distribuídas (impressão e mailing list) 3 edições do boletim informativo Chitukuku que versa sobre assuntos ligados às actividades do COCIM, com enfoque no trabalho desenvolvido pelos parceiros, Agentes de Mudança e outros programas da IBIS, o qual abrangeu um universo de 950 leitores a nível de Niassa e Maputo;

5 Comités de gestão Comunitária compostos por 30 pessoas cada, em Ngaúma, beneficiaram de três sessões de formação sobre o quadro legal que regula a exploração florestal e os benefícios sociais e econômicos da exploração para as comunidades;

Quatro OSCs apoiadas pelo COCIM, designadamente a ACABE, AMIREMO, CPS e FORASC produziram 4 relatórios resultantes das acções de monitoria de governação local nas áreas de direitos das crianças, HIV-SIDA, infra estruturas e benefícios de exploração florestal ao nível distrital. A produção destes relatórios foi sucedida pela elaboração de planos de advocacia com vista a inverter os cenários actuais nas 4 áreas retro mencionadas.

Com o apoio da IBIS, o Parlamento Juvenil (PJ) organizou uma campanha de âmbito nacional com vista a promover maior democratização e criar oportunidades iguais para os cidadãos, especialmente os jovens. Em Niassa a iniciativa cobriu 05 distritos de mobilizou cerca de 250 participantes;

No contexto do Grupo Informal de Governação4 (GIG), do qual a IBIS faz parte, foram produzidos dois estudos, designadamente, Transparência do Orçamento ao nível local e Participação da Sociedade Civil no processo do PARP. Este último foi oficialmente

4 Grupo Informal de Governação é um fórum constituído por organizações internacionais da sociedade civil, comprometidas

com a causa do desenvolvimento de Moçambique.

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lançado, num evento que contou com a participação da sociedade civil, doadores e instituições governamentais relevantes.

Na área da Indústria extrativa, a IBIS - COCIM em parceria com o MASC organizou uma conferência internacional sobre indústria extrativa e recursos naturais que contou com a presença do governo, sociedade civil e oradores internacionais.

Análise dos resultados A análise das actividades realizadas na sua relação com os objectivos traçados pelo programa de governação, como um todo, permite-nos tirar uma ilação positiva dos resultados. Nos últimos tempos é cada vez mais visível um movimento de cidadãos e organizações da sociedade civil que usam as suas vozes para participar de forma activa e influenciar processos e decisões de cariz política. A OSC tem evidenciado progressos significativos no concernente ao seu desenvlvimento organizacional e temático e conquistaram um espaço previligiado na influência de políticas. Em Niassa através do CEDER e em linha com a estratégia de parcerias da IBIS, o programa COCIM conseguiu influenciar mudanças positivas em várias organizações parceiras, como sejam, o FORASC, a LDH, a AMIREMO e a UCA que são actualmente referências ao nível das suas áreas de intervenção. Por outro lado, o trabalho com os ADMs relevou-se uma estratégia produtiva dado o alcance e a abrangência das acções destes cidadãos quer seja por via dos fóruns consultivos de que fazem parte, como de intervenções isoladas que os mesmos fazem nas diversas áreas de desenvolvimento local. A título de exemplo, em 2012, a ACABE organizou 3 encontros com o sector de educação a nível provincial e outros 5 com o governo ao nível do distrito de Ngaúma, no contexto da divulgação do seu relatório de monitoria baseada em evidências sobre o orçamento para a criança em Ngaúma. Isto mostra quão as organizações civis estão mais pró-activas e com enfoque para advocacia com vista a produção de mudanças concretas nas suas áreas de actuação. A AMIREMO, outro parceiro do COCIM a operar em Mecanhelas produziu um relatório de monitoria baseada em evidências que procurava aferir sobre a qualidade dos serviços públicos prestados no sector da saúde, em particular na área de HIV/SIDA, o qual foi muito bem acolhido por parte das autoridades governamentais locais responsáveis pela áreas de saúde nos distritos, as quais se juntaram a esta organização para a criação de uma plataforma de discussão com a sociedade civil sobre as melhores formas de apoio a pessoas vivendo com HIV/SIDA nos distritos. Ao todo, foram realizdas 05 reuniões onde esta plataforma discutiu as conclusões do relatório, suas recomendações e acções de seguimento. Ao nível central, também é importante destacar o papel desempenhado pelos parceiros-chave do COCIM sobre questões tais como indústrias extractivas, combate à corrupção, bem como a participação política das mulheres e da juventude, através dos parceiros CIP e Fórum Mulher, o que torna o COCIM não apenas relevante a nível local mas também ao nivel de influência política de âmbito nacional . No que respeita ao desenvolvimento organizacional e mecanismos de governação interna (gestão financeira dos parceiros e processos internos de prestação de contas), o COCIM

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continuou a providenciar o seu apoio aos parceiros, tendo estes demonstrado cada vez mais responsabilidade na implementação de actividades bem como uma maior capacidade de absorção de fundos, em conformidade como os padrões estabelecidos. No que respeita ás sinergias dentro do programa, o COCIM conheceu progressos significativos ao nível dos parceiros que consolidaram a sua capacidade de influência por via de um processo mais coordenado, informado e sobretudo legítimo com vista a mudanças positivas. Existem várias experiências positivas de sinergias entre os parceiros e entre a IBIS / COCIM e outras partes interessadas fora do COCIM. A título de exemplo, os parceiros CPS,UCA e LDH colaboraram de forma positiva no período em análise. Estas 3 organizações operam no distrito de Ngaúma e estão engajadas numa iniciativa de advocacia abrangente em favor de uma maior transparência, respeito pelos direitos civis no processo de exploração florestal e de terras. Pela combinação de suas habilidades de mobilização comunitária (UCA), competências de advocacia baseada em evidências (CPS) e domínio da legislação (LDH) foi possível influenciar as empresas para mudança de comportamento em termos de respeito pelos direitos das comunidades no que concerne ao uso e aproveitamento de terras, bem como na responsabilidade social para com estas comunidades. Ao unirem os esforços de cada uma das organizações foi possível alcançar seu objectivo de forma organizada e menos onerosa.

5.2.1 Programa de Acesso à Informação (AI) O programa de AI faz parte do programa AGIR (Acções para uma governação inclusiva e responsável), financiado pela embaixada da Suécia e gerida por quatro Intermediárias nomeadamente Diakonia, IBIS, OXFAM Novib e Centro Cooperativo Sueco. A área de Acesso à Informação, é gerida pela ÍBIS Moçambique. O AI iniciou suas actividades em 2010 e termina em 2014, e o mesmo pretende que os Cidadãos e as OSC possam contribuir nos processos governativos e que haja uma maior transparência através do Acesso à Informação. Actividades realizadas No âmbito do reforço a sociedade civil, um dos seus objectivos, com vista a melhorar a sua capacidade de gestão quer na área programática assim como a financeira, o AI firmou parcerias com 06 OSC que trabalham na área de Governação, Comunicação e Acesso à Informação, perfazendo um total de 16 organizações parceiras. Durante o período em análise a IBIS, depois que afloradas as necessidades de capacitação em finais de 2011, num processo que envolveu as organizações parceiras, levou a cabo acções cobrindo, directa ou indirectamente, a totalidade das áreas identificadas que tem a ver com a visão estratégica das organizações, governação Interna e democrática das OSC, sistemas de Políticas Internas de HIV-SIDA e Género, sistema de gestão de Programas Financeiros e Administrativa. Foram dadas, duas capacitações em simultâneo, tendo sido uma em i) Gestão

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Baseada em Resultados e Metodologias para a Documentação de Mudanças e outra em ii) Princípios de um Procurement Excelent, com recurso à metodologia de roll-up. Em finais de Março, realizou-se, sob coordenação técnica e temática da IBIS, uma capacitação para diversos parceiros do AGIR (IBIS, Oxfam Novib, CCS e Diakonia) sobre Estratégias de Comunicação e Técnicas de Angariação de Fundos, com a qual as organizações participantes habilitaram-se em aspectos básicos sobre como compor um plano de comunicação [para comunicar resultados e influenciar mudanças] e sobre como elaborar um Plano de Angariação de Fundos. Na vertente de capacitações consoante as necessidades dos Parceiros, foram promovidas acções de capacitação que, comparativamente com os demais parceiros, ainda demandavam uma intervenção mais cuidada, ou em virtude do seu estatuto de emergentes ou como resultado de reforço no seu capital humano, que, entretanto, ainda carecia de ser introduzido nas abordagens essencialmente viradas ao trabalho da sociedade civil. Os Parceiros lideraram campanhas de advocacia em prol do agendamento e discussão de uma Proposta de Lei sobre o Direito à Informação em Moçambique. Um dos parceiros da IBIS, a ACDH, é o ponto focal nacional da Lei Modelo do Direito à Informação da União Africana, processo que é coordenada a nível de África pela Comissária dos Direitos Humanos. Como forma de suscitar interesse da Assembleia da República quanto a essa questão, os parceiros do AI elaboraram, no decurso da Semana Mundial da Liberdade de Imprensa e de Expressão (primeira semana de Maio), um documento de posição, que foi distribuído por todos os interessados. A Comissão de Administração Pública, Poder Local e Comunicação Social endereçou um convite aos parceiros, através da intermediária do AGIR (IBIS), para que a proposta de Lei depositada no Parlamento fosse, finalmente, discutida em todas as capitais provinciais, à excepção da capital do país. Parceiros estratégicos, nomeadamente editores, jornalistas seniores, activistas de direitos humanos e líderes de opinião, foram envolvidos nos debates, assumindo, lado a lado com os parceiros, ou a moderação ou a facilitação dos debates. Um dos momentos mais marcantes no trabalho em rede desenvolvido pelos parceiros e que inovou as metodologias de advocacia foi a realização de um espectáculo temático por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e de Expressão (3 de Maio), evento que reuniu parceiros de todas as intermediárias. A Produção de uma peça teatral pela Companhia de teatro Gungu no início de Outubro contribuiu de certa maneira para que muitos cidadãos fossem munidos de conhecimento sobre questões atinentes ao Acesso à Informação.

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Resultados Imediatos As actividades desenvolvidas em 2012 no quadro do Programa Acesso à Informação, nos termos do seu Plano de Actividades, incidiram essencialmente em quatro domínios, designadamente:

i) Engajamento de Parceiros e Capacitação Institucional;

ii) Gestão Programática;

iii) Monitoria e Avaliação;

iv) Harmonização de Parceiros Financiadores.

Seguidamente, e de forma sucinta, apresentamos, infra, os principais resultados alcançados em cada um desses blocos programáticos: Engajamento de Parceiros e Capacitação Institucional

Realizadas sete avaliações profundas a igual número de potenciais parceiros da

sociedade civil (IESE, CAICC, GDI, AMODESE, OAM, KUKUMBI e CESAB) tendo todas

elas, à excepção da AMODESE, sido bem-sucedidas;

Conduzidas avaliações a três parceiros que já eram parte do programa ou na

modalidade “towards core funding” (ACDH) (parceiros que estão em preparação para

receber financiamento ao seu plano estratégico) ou emergentes (CODD e CEC), para

aferir se já se achavam ou não em condições de serem ‘engajadas’ como actores-

chave;

Estabelecidos sete acordos de parceria com igual número de parceiros, entre uns

puramente novos (IESE, CAICC, GDI e OAM) e outros que passaram para actores chave

do programa (ACDH, CEC e CODD);

Apoiadas algumas actividades inovadoras estratégicas, de entre as quais pontificam i)

produção de peça teatral, pela Companhia GUNGU, sobre governação e

transparência; ii) realização de uma Pesquisa sobre Impacto da Migração Digital no

Acesso à Informação em Moçambique e o relatório lançado simultaneamente em

todas as capitais provinciais (7 de Dezembro); iii) facilitada a formação de seis

profissionais da media em jornalismo investigativo no Brasil; iv) parceiros (CODD e PJ)

apoiadas para efeitos de observação das eleições intercalares [em Inhambane] na

perspectiva de acesso à informação.

Gestão Programática

Parceiros (todos) capacitados em gestão financeira e procurement em linha com as

boas práticas internacionais;

Parceiros (todos) treinados em gestão programática na perspectiva de mapeamento e

documentação de resultados;

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Parceiros específicos (AMCS, CODD, CEC e GDI), que tiveram sessões de treino nos

seus escritórios, mormente nas vertentes gestão financeira e programática;

Parceiros (todos) monitorados ordinariamente uma vez por semestre, em termos

programáticos e financeiros, e extraordinariamente sempre que a situação o

justificasse;

Parceiros (AI e AGIR) treinados em estratégias de Comunicação e de Angariação de

fundos, no quadro da visibilidade das suas acções e da promoção da sua

sustentabilidade;

Acordado com o MASC princípios de “gestão comum” de parceiros comuns, em Linha

com os princípios vertidos na Declaração de Paris;

Quanto ao desempenho do AI/AGIR através dos parceiros, destacamos:

Participação activa de todos os parceiros nas discussões nacionais em torno da

Proposta de Ante-Projecto de Lei do Direito à Informação, a convite da Assembleia da

República, através da IBIS/AI/AGIR. Como resultado desses debates, o documento

está a ser revisto e/ou actualizado, havendo fortes indicações de que será aprovado

visto que foi agendado para a primeira sessão da Assembleia da República de 2013.

Parceiros cada vez mais engajados no trabalha em rede, em quase todas as acções que

desenvolvem. Há, em cada caso, um parceiro que assume a coordenação, mas que

sempre envolve os outros como recurso e como estratégia de advocacia e/ou lobby.

Nisso, destacam-se i) Conferência Internacional do FORCOM com a temática

“Reflexões Críticas em Torno das Rádios Comunitárias em África”, ii) Segunda

Conferência Internacional do CEC, sob o lema “Comunicação Social e

Desenvolvimento”, iii) Segunda Feira Anual de Direito à Informação, sob os auspícios

do CODD, iv) Posicionamentos sobre “Caso Rádio Macequece”, “Caso Furancongo”,

“Caso Rádio Gwevane”.

Com a introdução de metodologias inovadoras como o Teatro a Música e os programas radiofónicos, pode-se dizer que vários cidadãos e OSC foram capacitados em matérias inerentes ao género e governação, Acesso à Informação, governação e cidadania. Estima-se que cerca de 177. 200 Cidadãos foram capacitados através deste tipo de metodologia. Análise dos resultados No que respeita ao programa de Acesso a Informação, existe um maior cometimento dos órgãos públicos ligados ao sector de comunicação, especialmente, o Conselho Superior da Comunicação Social, na monitoria das informações difundidas em língua local pelas rádios comunitárias, como resultado da intervenção das OSCs. Por outro lado, a publicação de temáticas de interesse público nos diversos Órgãos de Comunicação Social foi incrementada. De uma forma geral, foi melhorado o conhecimento sobre o nível de abertura das Instituições

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públicas no que concerne à cedência de informação, bem como a compreensão sobre a proposta de anteprojecto de Lei do Direito à Informação por parte dos deputados da Assembleia da República. No período em análise, diversas vezes, através de campanhas de advocacia e documentos de posição, os parceiros do programa do AI manifestaram a sua indignação em relação à morosidade, por parte dos órgãos competentes, no que concerne à aprovação da Lei do Direito à Informação. Estes posicionamentos contribuíram sobremaneira para o reconhecimento, por parte da Assembleia da República, sobre a necessidade do agendamento rápido da discussão desta proposta de anteprojecto de lei. 5.2.2 Projecto Mulheres na Política O projecto Mulheres na política é implementado nas províncias do Niassa, Cabo Delgado e Zambézia em parceria com a organização da sociedade civil moçambicana Fórum Mulher. O objectivo deste projecto é basicamente promover a participação política activa das mulheres eleitas para assembleias provinciais e municipais, através da inclusão de considerações de género na planificação e orçamentação municipal e provincial. A sua principal estratégia de intervenção é através de Grupos de Base, que são grupos compostos por homens e mulheres que interagem com os membros das assembleias municipais e provinciais, em torno da efectivação de uma agenda de género. Actividades realizadas:

Nas três províncias acima referidas, foram realizadas mesas redondas e debates envolvendo presidentes dos conselhos municipais e assembléias, membros dos grupos de base e organizações da sociedade civil para discutir as melhores formas de promover uma participação activa das mulheres nos processos de governação;

30 Activistas representantes de todas as províncias foram capacitadas como formadoras no campo da Participação Política da Mulher, alargando deste modo a rede de formadores sobre a matéria;

03 Fóruns de organizações femininas parceiras do projecto e organizações convidadas foram capacitados em matéria de Gestão Financeira e Administrativa. Estiveram envolvidas nesta actividade 20 pessoas (15 mulheres);

Realizados encontros com as OSC para abordar sobre a implementação do protocolo sobre Género da SADC e para discutir sobre a participação das mulheres nos órgãos de tomada de decisão;

Realização de uma conferência para actualização e adopção do manifesto político das Mulheres, um documento de advocacia que contém as principais demandas das mulheres para influenciar nos próximos anos os pleitos eleitorais. Este evento contou com a participação de representantes das províncias, parceiros e sociedade civil, num total de 150 participantes;

Capacitação dos parceiros de implementação do projecto sobre Gestão baseada em resultados como técnica eficaz a ser usada na implementação das actividades, com envolvimento de 10 participantes;

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Formação contínua dos membros dos grupos de base sobre o seu papel na promoção da participação política da mulher;

Realizadas 6 sessões de diálogo (2 por município) entre mulheres eleitas municipais e membros dos Grupos de Base nos locais abrangidos pelo projecto. Esses diálogos visavam reforçar a ligação entre as mulheres eleitas e seus eleitores, para que as questões levantadas pelos Grupos de Base sejam consideradas no processo de tomada de decisões;

Produzido material didático que incluiu 3 artigos sobre participação política da mulher, os quais vão constar do caderno sobre participação política;

03 Sessões de capacitação sobre orçamentação na óptica do gênero foram administradas a membros das assembléias municipais e provinciais, bem como para os Grupos de Base nas três províncias abrangidas, envolvendo 250 participantes.

13 Planos de acção de género foram elaborados nos 13 municípios cobertos pelo projecto e 3 para os níveis provinciais, através de um processo participativo e inclusivo.

Realizado um debate televisivo em Maputo e 6 debates radiofônicos nas províncias abrangidas em torno da participação política das mulheres, com o envolvimento dos Grupos de Base e mulheres eleitas.

O projecto mulheres na Política apoiou a realização da II reunião nacional da Frente Feminina do Parlamento Juvenil, num evento em que participaram cerca de 150 representantes das associações juvenis de todo o país e foram discutidos os principais problemas que afectam as mulheres, em particular as jovens.

Análise dos resultados

O projecto Mulheres na Política tal como é traduzido num dos momentos de participação dos cidadãos na vida política do país, em particular as mulheres trazendo ao debate a vertente qualitativa da participação das mulheres através da definição de um modelo de tomada de decisões baseada no género. Este projecto para além constituir uma oportunidade real para uma participação efectiva das mulheres na vida política, no geral produziu mudanças no nível de comportamento e atitudes discriminatórias em relação às mulheres. Nota-se hoje uma maior abertura para o diálogo sobre aspectos ligados aos problemas que afectam as mulheres ao nível dos municípios como resultado de um processo de auscultação que envolveu os membros das assembléias municipais e os membros dos Grupos de Base criados no âmbito do projecto. Actualmente é cada vez mais visível a preocupação dos gestores públicos para com as questões que preocupam as mulheres e a articulação entre as mulheres eleitas e seu eleitorado através dos Grupos de Base, melhorou significativamente. Por outro lado, membros dos Grupos de Base em Metangula, Montepuez, Pemba, Mocuba, Alto Molocué e Marrupa, estão a participar como convidados nas sessões das assembléias municipais com contribuições importantes que influenciam a tomada de decisão naqueles órgãos. A título de exemplo, a colaboração entre os Grupos de Base e os membros das assembléias municipais resultou na construção de novas fontes de água que beneficiaram cerca de 2.000 habitantes nos municípios de Montepuez, Alto Molócué e Marrupa.

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6. PARCERIAS Durante o ano 2012, a IBIS Moçambique fez a revisão do Manual de Parcerias e seus instrumentos e partilhou com todos os parceiros, harmonizando assim a linguagem e procedimentos de trabalho conjunto. Adicionalmente, elaborou o guião de categorização dos parceiros visando uma avaliação das capacidades de gestão financeira e programática dos mesmos, o que lhes confere na parceria, uma posição que vai ao encontro das suas potencialidades, sugerindo o desenvolvimento das capacidades identificadas como fracas nas áreas de gestão. Todos os parceiros da IBIS beneficiaram-se de capacitações integradas nos seus planos de desenvolvimento, visando o seu desenvolvimento institucional e organizacional. A tabela a seguir apresenta os parceiros com os quais a IBIS trabalhou ao longo do ano 2012 por área geográfica de actuação:

PARCEIROS DA IBIS - 2012

Parceiro Área Geográfica de Actuação

Programa Temático Tipo de Apoio

01 Fórum Mulher Nacional COCIM Projecto

02 AMIREMO- Associação Mista religiosa para Educação Moral Mecanhelas COCIM Projecto

03 UCA- União de Camponeses de Lichinga. Niassa COCIM Projecto

04 CCM- Conselho Cristão de Moçambique Niassa COCIM Projecto

05 FORASC- Fórum das Associações da Sociedade Civil de Cuamba Cuamba COCIM Projecto

06 ACABE- Associação da Criança Boa Esperança Niassa COCIM Projecto

07 AMOPROC- Associação Moçambicana para Promoção da Cidadania Niassa COCIM Projecto

08 LDH- Liga dos Direitos Humanos Niassa COCIM Projecto

09 APN- Assembleia Provincial de Niassa Niassa COCIM Assistência técnica

10 CPS – Centro de Pesquisa e Promoção Social Niassa- Ngaúma COCIM Projecto

11 CIP- Centro de Integridade Publica Nacional COCIM Plano Estratégico

12 Parlamento Juvenil Nacional COCIM- MP Small Grants

13 FORCOM – Fórum das Rádios Comunitárias de Moçambique Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

14 MISA- Media institute for Southern Africa Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

15 CDH- Centro de Direitos Humanos Nacional Acesso a Plano Estratégico

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Informação

16 AMCS- Associação de Mulheres na Comunicação Social Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

17 COOD – Centro de Estudos e Promoção de Cidadania, Direitos Humanos e Meio Ambiente Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

18 CEC – Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

19 Edit Moz- Editores de Moçambique Nacional

Acesso a Informação Projecto

20 AEJ– Associação dos Editores de Empresas Jornalísticas Nacional

Acesso a Informação Projecto

21 CESC– Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

22 Companhia de Teatro Gungu Nacional

Acesso a Informação Small Grants

23 CESAB-Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

24 Ordem dos Advogados de Mocambique Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

25 CAICC-Centro de Apoio à Informacao e Comunicacao Comunitaria Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

26 Kukumbi Zambezia

Acesso a Informação Plano Estratégico

27 IESE-Instituto de Estudos Sociais e Económicos Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

28 GDI-Instituto de Apoio a Governação e Desenvolvimento. Nacional

Acesso a Informação Plano Estratégico

29 ADDC – Associação dos Defensores dos Direitos da Criança Maputo EPAC Projecto

30 MEPT – Movimento de Educação Para Todos Maputo/nacional

EPAC Plano Estratégico

31 IFP – Instituto de Formação de Professores Alto Molócue

EPAC Projecto

32 IFP – Instituto de Formação de Professores Quelimane

EPAC Projecto

33 ARIAM – Associação da Rádio Infantil de Alto Molócuè Alto Molócue

EPAC Projecto

34 ACEAM – Associação dos Conselhos de Escolas Alto Molócue

EPAC Projecto

35 ACJPD – Associação Centro Juvenil Padre Dehon Alto Molócue

EPAC Projecto

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Análise dos resultados A harmonização da linguagem assim como de procedimentos de gestão dos fundos da IBIS alocados aos parceiros, foi um desafio principalmente para as parcerias iniciadas em 2012. Face às dificuldades assinaladas ao longo das visitas de monitoria e dos relatórios de prestação de contas, o pessoal IBIS da IBIS prestou apoio individualizado aos parceiros, o que trouxe melhoramento na maioria dos mesmos. Contudo, foram integrados nos planos de monitoria de 2013, mais actividades de apoio aos parceiros por ordem do grau das dificuldades que cada um demonstrou na avaliação anual. 15 dos 35 parceiros da IBIS beneficiaram-se cada um, de fundo directo à implementação dos seus planos estratégicos contudo, não superior à 30-50% do orçamento total. Estas organizações integram a categoria dos Parceiros Profissionais, ou seja, organizações que possuem seus planos estratégicos em implementação e que demonstram uma maturidade na gestão dos seus planos e orçamentos, daí que realizam um trabalho mais autónomo, isto é, que não requer tanta supervisão da IBIS. Os restantes 20 parceiros integram as categorias Semi-profissional e de Mãos-dadas, isto é, organizações que estão no processo de elaboração dos seus planos estratégicos, desenvolvimento profissional dos seus colaboradores e melhor focalização dos seus projectos, sendo por isso, aquelas que requerem da IBIS um apoio directo para o desenvolvimento das suas capacidades de gestão programática e financeira. Coube a estes parceiros quantias para financiar seus projectos não superiores a 100.000 Euros/ano para os parceiros Semi-profissional e 50.000 Euros/ano para os de Mãos-dadas. 7. DESAFIOS E PERSPECTIVAS A necessidade de um diálogo contínuo, consistente e estruturado entre as organizações não-governamentais internacionais e os governos provinciais por um lado e entre o Governo, as organizações locais e sector privado a vários níveis, por outro lado, assumem-se como determinantes chave para uma maior efectividade das intervenções das organizações cívicas no desenvolvimento local.

A expectativa para o ano 2013 é de fazer a manutenção e consolidação das parcerias existentes, através do seu desenvolvimento institucional e organizacional;

Alargar cada vez mais o trabalho de advocacia em rede dos parceiros, propiciando mais e melhores oportinidades para ligações verticais entre organizações que operam ao nível local com as que operam a nível nacional para que a sua voz seja capaz de influenciar as políticas governamentais em prol de um desenvolvimento sustentável das camadas mais vulneráveis;

Melhorar as competências pedagógicas dos professores em metodologias específicos de aprendizagem (por exemplo, reforçar a aprendizagem da leitura e escrita dos alunos), uma área considerada ainda crítica no ensino básico;

Sendo o ano de 2013 um ano eleitoral, a IBIS vai dedicar muita atenção a questão da participação política da mulher nos pleitos eleitorais e também na definição da agenda política nacional;

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A necessidade de documentação e divulgação das boas práticas e dos resultados dos programas da IBIS como forma de dar maior visibilidade às suas intervenções e deixar um legado aos parceiros de implementação para intervenções futuras;

A capacitação contínua do pessoal da IBIS para responder cabalmente as desafios do contexto em que a IBIS opera e as necessidades dos parceiros e dos beneficiários dos programas temáticos;

Fortificação das sinergias entre os programas temáticos da IBIS e destes com outras

ONGIs e Actores Governamentais relevantes;

Simplificação dos relatórios de pesquisa para uma linguagem acessível que seja usada

para efeitos de disseminação através das rádios comunitárias e outros medias

convencionais;

Melhor o enquadramento de questões inerentes ao HIV-SIDA, Género e meio

ambiente nos Planos operacionais dos Parceiros.

Maputo, aos 20 de Março de 2013.

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Anne Catharina Hoff (Directora Nacional da IBIS Moçambique)