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Relatório e Contas | 2016 2

Índice

RELATÓRIO DE GESTÃO.......................................................................................................................... 3

II – ACERCA DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO ................................................................................. 5 III – ACERCA DA ATIVIDADE COMERCIAL ..................................................................................................... 9 IV – ACERCA DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO .......................................................................................... 13 V – NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS ................................................................................................ 14 VI – ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO E DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO ..................................................................................................................................... 14

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................... 21

BALANÇO ............................................................................................................................................... 22 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL ..................................................................................... 23 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .............................................................................................. 24 DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO ..................................................................... 25

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................ 26

1. NOTA INTRODUTÓRIA .................................................................................................................. 27 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS ......................................................................................................................... 27 3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO ................................................................................................... 37 4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS ..................................................................... 42 5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ........................................................ 42 6. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA ...................................................................... 42 7. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ................................................................................ 43 8. CRÉDITO A CLIENTES ..................................................................................................................... 44 9. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA ....................................................................... 45 10. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS ......................................................................................................... 47 11. ATIVOS INTANGÍVEIS .................................................................................................................... 48 12. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS ......................... 48 13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO ................................................................................................ 49 14. OUTROS ATIVOS ........................................................................................................................... 50 15. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... 51 16. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS ...................................................................... 51 17. PROVISÕES E IMPARIDADE ........................................................................................................... 52 18. PASSIVOS SUBORDINADOS ........................................................................................................... 53 19. OUTROS PASSIVOS ....................................................................................................................... 53 20. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS ............................................................................. 54 21. CAPITAL ........................................................................................................................................ 54 22. RESERVAS DE REAVALIAÇÃO, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS ........................ 55 23. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES.............................................................................................. 56 24. JUROS E ENCARGOS SIMILARES .................................................................................................... 56 25. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL .......................................................................... 57 26. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES ................................................................................. 57 27. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES .................................................................................... 58 28. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO ...................................................................................... 58 29. CUSTOS COM PESSOAL ................................................................................................................. 59 30. REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO, DE FISCALIZAÇÃO E DO REVISOR OFICIAL DE

CONTAS ........................................................................................................................................ 59 31. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................. 61 32. ENTIDADES RELACIONADAS ......................................................................................................... 61 33. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS – PENSÕES DE REFORMA ........................................................... 63 34. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS .............................. 69

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL ..................................................................................... 71

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS ...................................................................................................... 74

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RELATÓRIO DE GESTÃO

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I – Acerca do CRÉDITO AGRÍCOLA

O Plano de Marketing definido para o Grupo, transversalmente implementado no decurso do

ano de 2016 e orientado para os diversos segmentos de clientes, alcançou níveis de consecução

muito positivos, concorrendo fortemente para o incremento do negócio, nas suas múltiplas

vertentes.

Este trabalho conjunto e de um só sentido – a satisfação atempada e adequada das necessidades

dos nossos associados e clientes – conheceu registos de sucesso, ultrapassando em muitos casos

valores acima das melhores expectativas.

A matriz genética do Crédito Agrícola – o Sector Primário, sobretudo na componente da

Agricultura, conheceu no decurso do ano findo uma abordagem mais cuidada e eficaz, com foco

de incidência na produção e na transformação, tendo evoluído para o tema da modernização do

sector com base na inovação, expressa no conceito “Presentes no Futuro da Agricultura”.

Fomos desde sempre e pretendemos continuar a ser o parceiro de proximidade da Família

Agrícola, que continua a gerar riqueza produtiva, evidenciando sintomas de modernização que

permitem em algumas atividades do sector obter rentabilidades crescentes.

A imagem de marca do Grupo Crédito Agrícola tem vindo a ganhar, ano após ano, maior

preponderância e visibilidade cujo reconhecimento ficou expresso nos diversos galardões

recebidos, em concorrência com os demais ‘players’ que coabitam connosco no mesmo meio

negocial.

Ficou assim de novo confirmada a solidez e hegemonia do Grupo, com a obtenção de níveis de

confiança cada vez mais notórios e generalizados.

Globalmente ao Crédito Agrícola foi atribuída a Certificação “Prémio 5

Estrelas”, na categoria de serviço de atendimento ao cliente, com as mais

altas classificações (superior a 70%) em quatro critérios de relevante

importância para os inquiridos: a satisfação global com a Instituição; a

satisfação com o atendimento que é prestado; a satisfação com a

qualidade dos produtos e a recomendação (i.e. disponibilidade dos

clientes para recomendarem o CA a outros).

Este reconhecimento não se restringe apenas ao negócio bancário. Foi igualmente extensivo às

Seguradoras e à Gestora de Ativos do Grupo, com registos de reconhecida excelência e

confiança.

A CA Seguros foi eleita pela sexta vez em nove

anos, a Melhor Seguradora Não Vida do seu

segmento. Esta distinção foi atribuída com base

em estudos anuais realizados pela revista Exame,

em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

Imagem – Prémio 5 Estrelas

Imagem – Melhor Seguradora Não Vida 2016

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Em paridade, à CA Vida foi-lhe atribuído o prémio de Melhor

Grande Seguradora do Ramo Vida, num estudo elaborado pela

EY e a Ignios. Este reconhecimento junta-se também às distinções

do 1º lugar no ranking de Lealdade do Cliente e do 1º lugar no

ranking de Imagem, obtidas no Índice Nacional de Satisfação do

Cliente do European Customer Satisfaction Index Portugal 2016.

No capítulo das aplicações financeiras, confirmando-se assim a

universalidade do Grupo Crédito Agrícola, três Fundos de Investimento – CA

Alternativo, CA Rendimento e CA Monetário (estes dois últimos pelo quarto

ano consecutivo) obtiveram o 1º lugar de Rentabilidade, atribuído pela

Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património.

II – Acerca das COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO

Em ano de Centenário, incontornável será elencar alguns dos múltiplos eventos concretizados,

pela importância e impacto gerados na melhor divulgação da imagem da nossa Caixa.

Desde logo, o extraordinário e intenso trabalho de Recolha Histórica que permitiu percorrer os

Cem Anos da atividade da Caixa e levou à criação de duas peças essenciais:

O Livro “De Santiago do Cacém à Costa Azul – 100 anos de Crédito Agrícola”, da autoria

do Dr. João Madeira;

Uma Brochura com o resumo histórico dos cem anos de atividade da Caixa, da auditoria

da Dr.ª Raquel Ventura.

Em desafio lançado internamente foi criada a mascote o “Sementinha”, da autoria da

colaboradora Madalena Costa que, em conjunto com o respetivo hino composto pelo

colaborador Fernando Chainho, marcaram presença de grande recetividade do

público em geral, na maioria dos eventos realizados.

Imagens – Livro “De Santiago do Cacém à Costa Azul” e Brochura

Imagem – Prémio “Melhor Grande Seguradora Ramo Vida”

Imagem – 1º Lugar Rendibilidade Fundos em Portugal

Imagem – Sementinha

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Outro dos eventos de inegável sucesso foi aquele em que se promoveu o Programa de Rádio

semanal “Caixa da Costa Azul: Um Centenário de Parcerias”, que decorreu por todo o ano e em

que foram realizadas e divulgadas 58 entrevistas a clientes, cujo testemunho de viva voz falou

por si. Foram nossos parceiros neste evento a Rádio Antena Miróbriga e a Rádio Sesimbra FM.

Exemplo de um testemunho

“É uma relação que é de gerações. São pessoas que nos conhecem, que conhecem a nossa

capacidade e que apostaram em nós”.

É comum ouvir-se dizer que uma imagem vale por mil palavras. Reconhecendo-se a veracidade

da afirmação, disponibilizámos um Concurso de Fotografia “O Crédito Agrícola no Seu

Horizonte”, que reuniu 169 fotografias relacionadas com as temáticas: “Rural”, “Pescas” e

“Turismo”. O júri premiou com € 2.000,00 cada um dos seus autores: Lígia Mendes, José Carlos

Costa e Sílvia Pereira, respetivamente.

A Comunidade Escolar mereceu-nos igualmente uma dedicação muito própria, através da

realização de dois eventos, que congregaram a pronta colaboração de seis Agrupamentos

Escolares, nossos parceiros: Santiago do Cacém, Alvalade, Cercal, Sines, Grândola e Santo André.

O primeiro deles, o “Torneio de Monopólio – Desafio Sementinha”, um jogo exclusivo didático

de tabuleiro com vista a estimular as competências dos alunos do 2º e 3º ciclos, no raciocínio

lógico-matemático e pensamento estratégico, da autoria da Dr.ª Raquel Ventura. Contou com a

participação ativa e interessada de 136 alunos e 19 professores daqueles Agrupamentos. A

prova final realizou-se no decurso da Feira Agrícola – Santiagro, tendo resultado vencedora a

equipa da Escola Secundária Manuel da Fonseca, de Santiago do Cacém.

Outra interação escolar decorreu com alunos do Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém,

para serem criadas “Notas Simbólicas” a partir dos retratos dos 10 Sócios fundadores da Caixa,

inspiradas ainda em imagens, sínteses históricas e no contexto temporal da época – 1916. Nesta

iniciativa estiveram envolvidos 103 alunos e 2 professores.

Imagem – Notas Simbólicas Imagem – Jogo Monopólio – Desafio Sementinha

Imagens – Concurso de Fotografia

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Relatório e Contas | 2016 7

A presença constante e inibidora de “Burocracia” excessiva, no quotidiano nacional, tem-se revelado um dos principais óbices ao desenvolvimento de múltiplas atividades, e encontra-se na génese da desistência/falência de válidos projetos de investimento e de excelentes oportunidades de negócio. Coincidindo com o dia da Fundação da Caixa, 5 de

Maio, promoveu-se no Auditório António Chainho,

em Santiago do Cacém, a Conferência “Crédito

Agrícola: Cem Anos a Simplificar a sua vida” que

registou a presença de mais de 150 clientes.

Intervieram como oradores: o Dr. Manuel Chaveiro

Soares (Presidente do Conselho de Administração da Caixa do Cadaval); o Dr. Rogério Alves

(Advogado e Ex-Bastonário da Ordem dos Advogados); o Dr. Álvaro Beijinha (Presidente da

Câmara Municipal de Santiago do Cacém) e o Sr. Jorge Nunes (Presidente do Conselho de

Administração da Caixa da Costa Azul).

Encerrou a sessão a Dr.ª Graça Fonseca (Secretária de Estado-Adjunta e da Modernização

Administrativa).

O momento festivo – Celebração do Aniversário, ocorreu no dia 7 de Maio, com a realização de

uma cerimónia constituída por uma sessão solene alusiva ao evento, presidida pelo Dr. Luís

Capoulas Santos (Ministro da Agricultura, Florestas e desenvolvimento Rural) e que contou

ainda com as intervenções do Dr. Álvaro Beijinha (Presidente da Câmara Municipal de Santiago

do Cacém), do Eng. Jorge Volante (Presidente da Direção da Fenacam), do Sr. Carlos Courelas

(Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central), do Eng. Licínio Pina (Presidente

do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central), do Dr. Manuel Lemos (Presidente da

União das Misericórdias Portuguesas), do Sr. Horácio Pereira (Presidente da Assembleia Geral

da Caixa da Costa Azul) e do Sr. Jorge Nunes (Presidente do Conselho de Administração da Caixa

da Costa Azul).

Finda a sessão foi servido um almoço a cerca de 800 convidados, incluindo representantes de

diversas Caixas Agrícolas e Empresas do Grupo.

Imagem - Convite conferência sobre Burocracia

Imagem – Celebração do Aniversário Imagem – Celebração do Aniversário

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Relatório e Contas | 2016 8

O continuado apoio à realização de algumas das mais emblemáticas Feiras Locais e/ou

Regionais, conheceu no ano de 2016 um alargamento a outros certames, no âmbito das

comemorações do Centenário, dando-lhes maior ênfase na nossa participação.

Cronologicamente, participámos: na “Feira do Porco Alentejano” realizada em Ourique entre os

dias 18 e 20 de Março; na “Santiagro – Feira Agropecuária e do Cavalo” que decorreu entre 26

e 29 de Maio; nas “Tasquinhas” e “Festival das Músicas

do Mundo” em Sines, no período de 16 de Julho a 7 de

Agosto; na “Feira de Sant’Iago” em Setúbal de 29 de

Julho a 7 de Agosto e na “Feira de Agosto” em Grândola

que decorreu de 25 a 29 de Agosto.

Em contrapartida, recebemos entretanto, em diversos momentos do ano, homenagens de cariz

distinto que muito nos orgulharam e calaram fundo nos sentimentos de toda a estrutura, que

foi disso testemunha.

A todas elas demonstrámos a nossa enorme e coletiva gratidão,

permitindo-nos aqui referir apenas: as homenagens conferidas

pelas Câmaras Municipais de Santiago do Cacém e de Grândola

‘pelos cem anos ao serviço das comunidades, em particular dos

Agricultores, pautando a sua atuação por valores de solidariedade

e entreajuda’ e em especial o “Concerto de Tributo e

Reconhecimento”, promovido pela Banda Filarmónica da

Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, no dia 1

de Outubro.

Cabe aqui, em jeito de epílogo, registar uma justa e merecida homenagem de sentido contrário

à Equipa que cuidou, com extremo labor e dedicação permanente, da boa consecução de todos

os eventos.

Foram essencialmente: a Cátia Pereira (responsável pela equipa) que coordenou e

supervisionou com mestria, acuidade e saber todo o vasto programa das Comemorações, tendo

sido coadjuvada pela Filipa Maia e Raquel Ventura – detentoras de uma inesgotável capacidade

criativa e de superior dedicação, conjugado ainda com o trabalho de incontornável excelência

executado pela jornalista Helga Nobre, a quem se deveu o enorme sucesso alcançado no

programa de rádio e demais trabalhos jornalísticos.

Uma referência também especial para a área técnica da fotografia e do vídeo, concretamente o

Nuno Antunes e respetiva equipa, bem como para o nosso colaborador – Almor Loução.

A todos estes e a muitos outros ‘anónimos’, o preito da nossa enorme gratidão.

Imagem – SMOFG – Concerto de Tributo e Reconhecimento

Imagem – Santiagro 2016

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III – Acerca da ATIVIDADE COMERCIAL

O negócio desenvolvido durante o exercício de 2016 registou um acréscimo generalizado nas

principais rubricas, em linha com o que foi referido no capítulo inicial do presente relatório, com

reflexo igualmente positivo nos principais indicadores prudenciais e de gestão, identificados no

quadro seguinte.

a) RECURSOS DE CLIENTES

Esta variável do negócio registou um incremento significativo na ordem dos 15,7 milhões de

euros, correspondendo a uma taxa de crescimento de 4,2% face ao período homólogo, onde

pontuou o aumento do volume de Depósitos à Ordem em cerca de 18,5 milhões de euros.

RECURSOS 2012 2013 2014 2015 2016

T O T A L 352.651.073 367.324.728 366.631.899 378.122.161 393.870.876

Dep. Ordem 89.630.902 94.364.804 100.492.401 124.337.530 142.831.654

DP / Poupanças 263.020.171 272.959.924 266.139.498 253.784.631 251.039.222

b) CRÉDITO

A principal rubrica do nosso negócio não conheceu, ao invés do que pretendíamos, o

crescimento desejado. Embora em alguns setores da atividade económica se vão reconhecendo

ténues sinais de retoma, persistem todavia em demasiados agentes económicos sentimentos de

incerteza para investir, mau grado as reduzidas taxas de juro em valores historicamente baixos.

Continuamos a tentar contrariar esta tendência, propagando pelos mais diversos meios o facto

de termos muito crédito disponível para apoiar o desenvolvimento económico e social da nossa

região, em todos os setores de atividade.

O débil crescimento de 0,8%, face ao período homólogo, posiciona o rácio de transformação em

apenas 81%, quando deveria ser desejavelmente superior, de forma a melhorar os resultados

de exploração.

RUBRICASVALORES DE

REFERÊNCIACCAM COSTA AZUL

Rácio Common Equity Tier 1 > 6% 10,00%

Rácio de Solvabilidade > 8% 14,00%

Rácio de Crédito Vencido (+90 dias) ≤ 5% 6,64%

Rácio de Crédito Vencido Líquido ≤ 3% 1,96%

Rácio de Eficiência < 60% 66,77%

Rácio Comissões Líquidas / Produto Bancário > 20% 35,58%

Rácio Activo Líquido / Nº Empregados > € 3.000.000 € 5.344.114

Rácio Produto Bancário / Nº Empregados > € 110.000 € 141.468

Rácio de Transformação < 85% 81,33%

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Relatório e Contas | 2016 10

CRÉDITO 2012 2013 2014 2015 2016

T O T A L 302.186.914 287.426.526 283.854.362 317.368.255 320.026.730

Vivo 288.933.219 268.491.039 265.798.459 296.798.884 298.344.958

Atraso 13.253.695 18.935.487 18.055.903 20.569.371 21.681.772

c) APOIO À AGRICULTURA

Na vasta gama dos serviços de apoio prestados à Família Agrícola, relevam-se: a elaboração de

cerca de 900 processos de candidatura das Ajudas ao Rendimento, tendo sido distribuído aos

beneficiários por essa via um montante global superior a vinte milhões de euros; no SNIRA foram

efetuados mais de 5.600 registos e mantidas atualizadas cerca de 50 pastas permanentes, em

conformidade com as normas legais em vigor. Foram ainda apresentados 9 Projetos de

Investimento ao abrigo do PDR 2020, com um investimento total elegível superior a 1,25 milhões

de euros.

Por imposição legal da Comunidade Europeia e a fim de os

agricultores se poderem candidatar às ajudas ao rendimento,

as respetivas parcelas de terreno tiveram que ser corrigidas e

perfeitamente georreferenciadas, com recurso ao Parcelário,

serviço que a nossa Caixa implementou desde o primeiro

momento, ao se aperceber das dificuldades operacionais e da

insuficiência da capacidade de resposta dos serviços oficiais

de tutela. No ano de 2016 foram então tramitados cerca de

600 processos.

Perspetiva-se cada vez mais que, a manutenção atualizada dos

registos nas Bases de Dados do agricultor, da exploração, das

parcelas e dos efetivos pecuários, seja uma condicionante

essencial a corrigir, para uma correta formalização das

candidaturas e para o recebimento das ajudas.

Imagem – Prémio de Mérito e Reconhecimento

Campanha de 2016

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Relatório e Contas | 2016 11

d) ATIVO LÍQUIDO

O Ativo Líquido total obtido em Balanço registou um acréscimo de 10,9% (cerca de 53 milhões

de euros) constituído maioritariamente pelo incremento de duas rubricas: Crédito a Clientes e

Aplicações em Instituições de Crédito (Caixa Central).

e) PRODUTOS FORA DO BALANÇO

Neste capítulo, equivalendo a um peso relativo cada vez maior na Margem Complementar,

registaram-se no conjunto das diversas variáveis, taxas de crescimento significativas, fruto do

continuado trabalho realizado pela equipa comercial da Caixa, em boa sintonia com as

respetivas Empresas do Grupo que tutelam essas áreas de atividade específica, posicionando-

nos como habitualmente na primeira linha de referência, relativamente aos volumes de negócio

alcançados.

Os valores constantes no quadro e gráfico seguintes, refletem o volume acumulado da atividade

de angariação de seguros e de subscrições (líquidas de resgates) de fundos de investimento,

prosseguida pela Caixa para as entidades do Grupo que têm por objeto estas atividades.

Carteira de Seguros (CA Seguros e CA Vida)

A componente do negócio – SEGUROS – continua a registar continuadamente, um peso cada vez

mais significativo nos resultados do exercício através do seu contributo para o produto bancário,

pela via do comissionamento, cujos registos de produção de carteira alcançados se encontram

plasmados no quadro seguinte.

A atitude proactiva da venda de seguros congrega, na sua essência, a intenção de disponibilizar

aos seus subscritores uma proteção complementar com vista a minimizar e/ou colmatar as

ocorrências de sinistralidades imprevistas.

2012 2013 2014 2015 2016

443.214.293 456.854.700 428.348.012486.759.525

539.755.560

Ativo Líquido

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Relatório e Contas | 2016 12

CARTEIRA SEGUROS 2012 2013 2014 2015 2016

CA SEGUROS 3.940.065 3.917.596 3.883.318 3.945.034 4.269.412

CA VIDA - Prod. Nova

7.751.317 10.528.031 11.161.439 5.755.758 4.376.057

Risco 717.614 738.944 760.889 816.878 930.123

Fundos de Pensões 117.085 188.951 179.643 324.313 515.948

Out. Prod. Capitaliz. 6.916.618 9.600.136 10.220.907 4.614.567 2.929.986

CA VIDA - Carteira 32.091.777 37.804.756 48.451.554 52.289.371 50.649.954

CA Gest; CA Dealer; CA Consult

Nesta área de negócio alternativa às aplicações tradicionais (DP e Poupanças), registou-se uma

taxa de crescimento de 19,0% que correspondeu a um acréscimo de 4,6 milhões de euros.

Este crescimento identifica, da parte dos nossos clientes, a procura alternativa aos depósitos

tradicionais (com remuneração residual) por produtos financeiros de melhor rendimento,

optando os mesmos ainda assim preferentemente por aqueles que apresentam menos risco.

Além da angariação de subscrição de fundos de investimento, a Caixa direciona ainda para as

demais entidades do Grupo as atividades de gestão discricionária e de compra e venda de títulos

dos seus clientes.

f) GESTÃO DE RISCO

O Risco de Crédito continua a ser o risco mais relevante da atividade da CCAM da Costa Azul. A

avaliação da exposição a esse risco efetua-se segundo diferentes metodologias, em alguns casos

complementares (análises, alertas, “ratings” e outras). A aprovação específica dos créditos

respeita os preceitos e os procedimentos estabelecidos no manual de processos para os

produtos e serviços em vigor. Estão definidos pela Administração os níveis hierárquicos

competentes para a aprovação de créditos de acordo com as características próprias destes.

2012 2013 2014 2015 2016

10.290.29713.502.460

20.267.40724.169.932

28.761.722Fundos de Investimento

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Relatório e Contas | 2016 13

A CCAM da Costa Azul não tem contratualizados instrumentos derivados. A gestão do seu risco

financeiro, nomeadamente a exposição às variações de taxa de juro tem em consideração a

tipologia das operações desenvolvidas pela Instituição, nomeadamente quanto aos prazos de

maturidade.

É efetuado um acompanhamento regular do nível de liquidez da Instituição, com base no qual

são definidas as suas necessidades a este nível.

IV – Acerca dos RESULTADOS DO EXERCÍCIO

A – FORMAÇÃO DOS RESULTADOS

O resultado contabilístico registado em final de ano, superior a dois milhões e novecentos mil

euros, foi obtido pela concorrência das rubricas seguintes:

+ 3,6 Milhões de euros => Resultados operacionais

+ 1,3 Milhões de euros => Regularização de processos de crédito

+ 10,0 Milhões de euros => Provisões/Imparidades para crédito

- 7,5 Milhões de euros => Provisões/Imparidades para Ativos detidos para venda

- 4,5 Milhões de euros => Impostos

B – PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO

Propomos então que o resultado do exercício de 2016, constante nas demonstrações financeiras

em anexo, de € 2.906.851,72 (dois milhões novecentos e seis mil oitocentos e cinquenta e um

euros e setenta e dois cêntimos), tenha a seguinte distribuição:

Para Reserva Legal

Para Reserva Especial

€ 581.370,35

€ 2.325.481,37

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Relatório e Contas | 2016 14

V – NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS

Como primeira nota, curvamo-nos perante a memória do Sr. António Relvas, falecido no

passado mês de Agosto, que dedicou à Caixa 15 anos enquanto Presidente da Direção da Caixa,

no período de 1976 a 1991, num verdadeiro espírito altruísta de permanente disponibilidade e

de trato afável e cordato, o mesmo acontecendo no exercício do cargo de Vice-Presidente da

Mesa da Assembleia Geral, no período compreendido entre os anos de 1992 e 2000.

A segunda nota refere-se ao processo de eleição dos Órgãos Sociais da Caixa, para o triénio

2016-2018, que obteve a autorização do Banco de Portugal apenas em Agosto último,

culminando com a respetiva tomada de posse no final desse mesmo mês. Face à observação das

novas regras, o Conselho de Administração ficou assim composta por cinco elementos, tendo

sido entretanto extinta a Comissão Executiva que exerceu funções de gestão corrente delegada,

desde Janeiro de 2004.

No âmbito dessa mesma legislação foi criada uma Comissão de Avaliação (constituída por dois

sócios da Caixa e um elemento da Caixa Central), com a incumbência essencial de acompanhar,

analisar e avaliar os processos individuais de candidatura dos Órgãos Sociais, emitindo os

correspondentes pareceres para decisão posterior da Entidade Reguladora Nacional.

Por fim, a imagem de sucesso da Caixa da Costa Azul ainda representa nos inúmeros patamares

do Grupo, um exemplo de boas práticas, que se congrega numa atitude de estreita colaboração

e permanente interação de uma vasta e competente equipa, cujo profissionalismo e principal

preocupação, radica na otimização e consolidação da sua estrutura patrimonial, procurando

sempre melhorar a todo o tempo, o nível global da prestação de serviços aos seus associados e

clientes.

É pois nosso particular privilégio podermos agradecer publicamente a Todos quantos, mais de

perto colaboraram connosco, ajudando de algum modo a engrandecer e divulgar a marca da

Caixa, destacando-se os restantes Órgãos Sociais, no seu apoio permanente, os nossos

Associados e Clientes que sentem esta Instituição como sua, a Caixa Central e demais Empresas

do Grupo pelo natural e frequente sentido de cooperação, os nossos Colaboradores, pela sua

dedicação e zelo demonstrados na execução quotidiana das tarefas que lhes estão acometidas

e os mais diversos Serviços Públicos, com os quais nos relacionamos e que sempre têm

demonstrado um louvável espírito de entreajuda e prestimosa colaboração.

VI – ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO E

DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

A – ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul, C.R.L. adota o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração,

Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia

Geral, para um mandato de três anos.

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Relatório e Contas | 2016 15

2. ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA

3. ASSEMBLEIA GERAL

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário.

3.1.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

Votar o relatório de gestão e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da

Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no

mínimo de três e de um suplente.

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC

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Relatório e Contas | 2016 16

Em conformidade com a alteração estatutária ocorrida em Março de 2016, o Conselho de

Administração é composto por 5 membros, com mandato atual para o triénio 2016/ 2018.

4.1. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em

especial e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e

de orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório de gestão e as contas relativos

ao exercício anterior;

Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.2. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana.

Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração.

5. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial

de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da Lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta do plano de

atividades e orçamento, bem como emitir o relatório/parecer anual sobre o relatório de gestão

e contas elaborados pelo Conselho de Administração.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho

Fiscal.

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Relatório e Contas | 2016 17

B - DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

1. PRINCÍPIOS GERAIS

Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de Remuneração

dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

da Costa Azul, CRL foi definida e elaborada de modo a refletir adequada e proporcionalmente a

dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da

atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o

grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflete, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da

Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza

geográfica à atuação da dita Instituição e também o carácter acessório e complementar de

outras atividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de funções

nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, fatores que determinam que a tais funções

correspondam muitas vezes remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que

são auferidas no resto do Sector Bancário.

Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo da Costa Azul, CRL todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto-Lei nº 104/2007 e

do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a

natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das

demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do

Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no artigo 3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do artigo 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida

pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo

à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano;

b) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos

Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não

sendo a Instituição uma sociedade anónima, é-lhe impossível pagar qualquer

remuneração sob a forma de ações ou de opções;

c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do

Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente

consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em

que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as

tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que tem, em atenção, o

carácter economicamente acessório e complementar de outras atividades económicas

de que se reveste habitualmente o exercício de funções nos Órgãos de Administração e

de Fiscalização;

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Relatório e Contas | 2016 18

d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio

cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em

primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede

de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-se em funções contra a

vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício

das suas competências legais e estatutárias, refletindo tal avaliação não só o

desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente

relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação

estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos

membros sobre o andamento dos negócios sociais.

3. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, consiste em senhas de presença, pela participação que têm nas

reuniões em que participam.

4. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste numa componente fixa,

paga em montante fixo mensal líquido em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral.

Acresce a esta remuneração:

a) Atribuição de cartão de crédito e afetação do mesmo ao pagamento de despesas de

representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de

Administração;

b) Atribuição de telemóvel;

c) Atribuição de viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções;

d) Facilidades de reembolso de despesas não compreendidas na alínea a).

Nos termos e para os efeitos do nº 2 do artigo 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

a) Os órgãos competentes para a avaliação do desempenho individual dos

Administradores Executivos são a Assembleia Geral e o Órgão de Fiscalização, sendo da

competência da Assembleia Geral o controlo da atuação do Órgão de Administração.

b) São inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do artigo 16º do Aviso nº

10/2011;

c) Uma vez que a Instituição possui a natureza jurídica de cooperativa, é-lhe impossível

atribuir remuneração variável em ações ou em opções, pelo que são inaplicáveis as

alíneas f) e g) do nº 2 do artigo 16º do Aviso nº 10/2011;

d) Não são atribuídos quaisquer prémios anuais aos Administradores Executivos, pelo que

é inaplicável a alínea h), parte inicial, do nº 2 do artigo 16º do Aviso nº 10/2011;

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Relatório e Contas | 2016 19

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer

contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de

destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-

aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou

indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo

desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o artigo 10º do Aviso nº 10/2011;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados

como remuneração.

5. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as

condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um

complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na

sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se poderão atribuir uma ou duas horas de Isenção de Horário de Trabalho, às

funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o

justifiquem.

3. Pode ser ainda atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base

num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a

qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de

administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica,

para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida

os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos

colaboradores.

5. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da

avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito

pelas regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de

controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-

se, deste modo, promover a sustentabilidade da Instituição e a criação de valor a longo

prazo.

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Relatório e Contas | 2016 20

6. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base

o desempenho do ano transato.

No capítulo seguinte deste documento, apresentamos as Demonstrações Financeiras e o

correspondente Anexo às Contas referentes ao exercício de 2016.

Santiago do Cacém, 22 de Fevereiro de 2017

O Conselho de Administração

Jorge Nunes António Gamito Calado Pinela Ana Maria Nogueira Garcia Rodrigues Rui Manuel Capelo Gomes António Carneiro de Moura

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Relatório e Contas | 2016 21

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Relatório e Contas | 2016 22

BALANÇO

31.DEZEMBRO.2016 (valores em Euros)

ATIVOVALORES

BRUTOS

AMORT.PROV.

IMPARIDADES

VALORES

LÍQUIDOS

ANO ANTERIOR

(LÍQUIDO)

Caixa e disp. em bancos centrais 1.841.360,79 0,00 1.841.360,79 1.868.227,61

Disp. outras instituições de crédito 3.258.435,22 0,00 3.258.435,22 3.693.180,48

Ativos financ.detidos para negociação 0,00 0,00 0,00 0,00

Out. Ativos financeiros ao justo valor 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos financ.disponíveis para venda 4.339.226,53 385.664,34 3.953.562,19 4.172.836,29

Aplicações em instituições de crédito 154.905.644,76 0,00 154.905.644,76 114.917.598,51

Crédito a clientes 320.720.507,91 22.294.287,84 298.426.220,07 285.236.150,76

Investimentos detidos até à maturidade 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos com acordo de recompra 0,00 0,00 0,00 0,00

Derivados de cobertura 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos ñ correntes detidos para venda 44.458.904,82 12.279.703,67 32.179.201,15 32.856.308,91

Propriedades de investimento 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros ativos tangíveis 16.479.035,80 7.568.102,33 8.910.933,47 8.992.110,87

Ativos intangíveis 24.530,09 24.300,21 229,88 349,88

Investimentos em filiais e associadas 22.308.530,25 25,00 22.308.505,25 22.308.505,25

Ativos por impostos correntes 3.228.978,38 0,00 3.228.978,38 0,00

Ativos por impostos diferidos 5.472.298,57 0,00 5.472.298,57 7.386.174,67

Outros ativos 5.270.191,68 0,00 5.270.190,68 5.328.081,37

TOTAL DO ATIVO 582.307.644,80 42.552.083,39 539.755.560,41 486.759.524,60

PASSIVO ANOANO ANTERIOR

(LÍQUIDO)

Recursos de Bancos Centrais 0,00 0,00

Passivos financ.detidos para neg. 0,00 0,00

Out. Passivos financ.ao justo valor 0,00 0,00

Recursos de outras inst.de credito 68.765.093,41 41.523.528,80

Recursos de clientes e out. Empréstimos 394.659.310,99 379.638.788,98

Responsabilidades representadas por títulos 0,00 0,00

Provisões 5.974.024,08 4.276.211,10

Passivos por impostos correntes 0,00 37.696,44

Passivos por impostos diferidos 110.633,61 23.492,01

Instrumentos representativos de capital 4.775,00 4.775,00

Outros passivos subordinados 18.657.407,96 16.003.441,19

Outros passivos 12.293.848,50 8.712.049,29

TOTAL DO PASSIVO 500.465.093,55 450.219.982,81

Capital 33.939.125,00 33.732.655,00

Reservas de Reavaliação 258.961,10 555.825,00

Outras Reservas e Resultados transitados 2.185.529,04 -5.985.725,85

Resultado do exercício 2.906.851,72 8.236.787,64

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 39.290.466,86 36.539.541,79

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 539.755.560,41 486.759.524,60

(Títulos de Investimento)

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Relatório e Contas | 2016 23

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

31.DEZEMBRO.2016 (valores em Euros)

RUBRICAS ANO ANO ANTERIOR

Juros e rendimentos similares 10.372.350,89 14.514.734,56

Juros e encargos similares 2.556.898,68 4.469.569,56

Margem Financeira 7.815.452,21 10.045.165,00

Rendimentos de instrumentos de capital 512,50 74.252,63

Rendimentos de serviços e comissões 5.545.226,45 5.064.437,99

Encargos com serviços e comissões 461.177,33 457.882,14

Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor 0,00

Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda -44.320,55 0,00

Resultados de reavaliação cambial 4.200,58 4.690,65

Resultados de alienação de outros ativos 111.466,92 -219.244,15

Outros resultados de exploração 1.316.955,86 7.854.114,87

Produto Bancário 14.288.316,64 22.365.534,85

Custos com pessoal 5.631.317,45 4.678.701,33

Gastos gerais administrativos 3.496.001,93 3.107.475,86

Amortizações do exercício 412.625,47 402.820,21

Provisões liquidas de reposições e anulações 1.955.453,85 1.543.494,28

Correções de valor e valores a receber de outros devedores -9.139.995,09 5.384.444,37

Imparidade de outros ativos financeiros 132.239,98 65.604,62

Imparidade de outros ativos 4.337.691,38 40.067,40

Resultado antes de impostos 7.462.981,67 7.142.926,78

Impostos correntes 2.642.253,85 66.858,35

Impostos diferidos 1.913.876,10 -1.160.719,21

Resultado após impostos 2.906.851,72 8.236.787,64

Outro rendimento integral do exercício:

Itens que não serão reclassificados para resultados:Ganhos actuariais 44.606,00 154.696,00

TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO 2.951.457,72 8.391.483,64

O Anexo às demonstrações financeiras faz parte integrante das mesmas

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Relatório e Contas | 2016 24

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

EXERCÍCIO 2016 (valores em Euros)

31-12-2016 31-12-2015

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimento de juros e comissões 15.917.577 19.579.173

Pagamento de juros e comissões -3.018.076 -4.927.452

Pagamentos ao pessoal e fornecedores -8.775.450 -7.755.440

Contribuições para o fundo de pensões -351.869 -30.737

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento -4.556.130 1.093.861

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 1.321.156 7.858.806

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 537.208 15.818.210

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV 0 0

Activos disponíveis para venda 581.037 539.189

Apl icações em insti tuições de crédito 39.988.046 20.225.304

Crédito a cl ientes 4.050.074 34.039.742

Investimentos detidos até à maturidade 0 0

Derivados de cobertura 0 0

Activos não correntes detidos para venda 3.465.719 1.621.726

Outros activos 1.257.212 1.209.384

(…) 0 0

49.342.088 57.635.345

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Pass ivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura 0 0

Recursos de outras insti tuições de crédito 27.241.565 32.966.705

Recursos de cl ientes e outros empréstimos 15.020.522 10.708.157

Outros pass ivos 3.373.604 4.027.617

(…) 0 0

45.635.690 47.702.479

Caixa líquida das actividades operacionais -3.169.189 5.885.344

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Variação de activos tangíveis e intangíveis 414.726 116.900

Recebimento de dividendos -513 -74.253

Variação de partes de capita l em empresas fi l ia is e associadas 0 5.948.901

(…) 0 0

Caixa líquida das actividades de investimento 414.213 5.991.548

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento de capita l 206.470 1.204.215

Diminuição de capita l 0 0

Pagamento de dividendos 0 0

Variação de pass ivos subordinados 2.653.967 0

Reservas -362.397 -275.464

(…) 0 0

Caixa líquida das actividades de financiamento 2.498.040 928.751

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) -1.085.363 822.547

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 5.561.408 4.653.304

(b) 4.476.046 5.475.850Caixa e seus equivalentes no fim do exercício

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Relatório e Contas | 2016 25

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EXERCÍCIO 2016 (valores em Euros)

O Responsável pela Contabilidade

Anabela G. V. R. Rainha de Jesus Silva CC nº 27612

O Conselho de Administração

Jorge Nunes António Gamito Calado Pinela

Ana Maria Nogueira Garcia Rodrigues Rui Manuel Capelo Gomes António Carneiro de Moura

CAPITALRESERVAS DE

REAVALIAÇÃO

RESERVA

LEGAL

OUTRAS

RESERVAS

RESULTADOS

TRANSITADOS

RESULTADO

EXERCÍCIOTOTAL

Saldos em 31-12-2014 32.528.440 750.125 12.962.361 1.279.563 -7.619.972 -12.526.513 27.374.004

Apl icação resultado de 2014: 0 0 0 0 0 0 0

Reserva legal obrigatória 0 0 0 0 0 0 0

Reserva especia l 0 0 0 28.758 0 0 28.758

Resultados trans i tados 0 0 0 0 -12.526.513 12.526.513 0

Distribuição a associados sob a forma de capita l 0 0 0 0 0 0 0

Aumentos de capita l 1.390.660 0 0 0 0 0 1.390.660

Reembolso de capita l -186.445 0 0 0 0 0 -186.445

Regularização da Reserva de Reaval iação 0 -217.204 0 0 0 0 -217.204

Regularização do Imposto Di ferido Pass ivo da Reserva de Reaval iação 0 0 0 0 0 0 0

Ganhos actuaria is em Fundos de Pensões 0 22.904 0 0 0 0 22.904

Uti l i zação da Reserva para formação e educação cooperativa 0 0 0 -16.668 0 0 -16.668

Impacto introdução da IAS 19 0 0 0 0 -63.947 0 -63.947

Outros 0 0 0 -29.308 0 0 -29.308

Resultado l íquido de 2015 0 0 0 0 0 8.236.788 8.236.788

Saldos em 31-12-2015 33.732.655 555.825 12.962.361 1.262.345 -20.210.432 8.236.788 36.539.541

Apl icação resultado de 2015: 0 0 0 0 0 0 0

Reserva legal obrigatória 0 0 0 0 0 -8.236.787 -8.236.787

Reserva especia l 0 0 0 0 0 0 0

Resultados trans i tados 0 0 -12.764.618 0 21.968.078 0 9.203.460

Distribuição a associados sob a forma de capita l 0 0 0 0 0 0 0

Aumentos de capita l 575.520 0 0 0 0 0 575.520

Reembolso de capita l -369.050 0 0 0 0 0 -369.050

Regularização da Reserva de Reaval iação 0 -331.212 0 0 0 0 -331.212

Regularização do Imposto Di ferido Pass ivo da Reserva de Reaval iação 0 0 0 0 0 0 0

Ganhos actuaria is em Fundos de Pensões 0 34.348 0 0 0 0 34.348

Uti l i zação da Reserva para formação e educação cooperativa 0 0 0 -72.203 0 0 -72.203

Impacto introdução da IAS 19 0 0 0 0 -63.947 0 -63.947

Outros 0 0 0 -896.055 0 0 -896.055

Resultado l íquido de 2016 0 0 0 0 0 2.906.852 2.906.852

Saldos em 31-12-2016 33.939.125 258.961 197.743 294.087 1.693.699 2.906.852 39.290.468

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Relatório e Contas | 2016 26

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Relatório e Contas | 2016 27

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM)

é uma instituição de crédito constituída em 5 de Maio de 1916, sob a forma de Cooperativa de

Responsabilidade Limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos

demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado

pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central ou CCCAM) e pelas Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação,

fiscalização e representação das entidades que fazem parte do SICAM.

Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida D. Nuno

Álvares Pereira, Nº2, em Santiago do Cacém, e através de uma rede de 17 agências situadas nos

concelhos de Santiago do Cacém, Grândola, Sines, Ourique, Setúbal e Sesimbra.

A CCAM é uma instituição de crédito sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada

que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo

(RJCAM), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/91, de 11 de Janeiro, e alterado por vários diplomas

subsequentes, nomeadamente pelo Decreto-Lei n.º 142/2009, de 16 de Junho, que veio

introduzir importantes alterações.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA

INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004, nº 9/2005, nº 33/2005 e nº 28/2009 do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro, e pelo Aviso nº 5/2015, de 07 de Dezembro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos reditais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber são, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

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iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. v) Benefícios aos empregados, são registados através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. As demonstrações financeiras da Caixa, a 31 de Dezembro de 2016, serão sujeitas a aprovação pelo Conselho de Administração da CCAM e pelo Conselho Fiscal a 27 de Fevereiro de 2017. Estão ainda pendentes, da aprovação da Assembleia-Geral, agendada para 25 de Março de 2017, sendo convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas, sem alterações significativas. 2.2. Comparabilidade da informação A Caixa prepara as suas demonstrações financeiras, e demais reportes, com base em critérios de comparabilidade que permitem o correto e eficaz acompanhamento da evolução de todos os indicadores que constituem a informação legal e prudencial obrigatória, bem como o quadro de controlo interno da CCAM. 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transações em moeda estrangeira Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transações em divisas têm na posição cambial.

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c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método acima. e) Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. f) Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam

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afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. g) Outros ativos e passivos financeiros Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com as IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como ativos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

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i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao justo valor através de resultados, são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em mercados ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transacionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo de aquisição. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidos diretamente em resultados do período. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

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Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros. No reconhecimento inicial estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes ativos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzidos de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é aquela que é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. v) Recursos de OIC e de clientes Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. vi) Imparidade em ativos financeiros A Caixa efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação de títulos. Para títulos não cotados, é considerada evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

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No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. h) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respetivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado: - Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que respeita a futuros transacionados em mercados organizados); - Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: - As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e - A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor refletidas em resultados. i) Outros ativos tangíveis Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

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A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de Vida útil estimado do bem:

Anos de Vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. j) Ativos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das atividades da Caixa. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos. l) ativos não correntes detidos para venda Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos, não sendo sujeitos a amortizações. m) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito e outros riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com a IAS 37 (Nota 17). n) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos

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são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida – S.A. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida, e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida – S.A., para cada entidade contribuinte, em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção da IAS 19. o) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC).

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Relatório e Contas | 2016 36

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos, de acordo com o previsto na Legislação Fiscal. Esta taxa é acrescida das derramas municipal e estadual. A derrama municipal é calculada sobre o lucro tributável de acordo com as taxas aplicáveis nos municípios onde a Caixa tem estabelecimentos/representações locais, sendo o lucro tributável imputado a cada município com base na proporção da respetiva massa salarial face ao total da massa salarial no território nacional. Não foi contabilizada qualquer derrama estadual pela previsão de prejuízo fiscal. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas, na data de balanço. Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, a taxa utilizada foi de 22,5%. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício. p) Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas. Na elaboração das demonstrações financeiras a Caixa efetuou estimativas e utilizou pressupostos que afetam as quantias relatadas dos ativos e passivos. Estas estimativas e pressupostos são apreciados regularmente e baseiam-se em diversos fatores incluindo expectativas acerca de eventos futuros que se consideram razoáveis nas circunstâncias.

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Relatório e Contas | 2016 37

Utilizaram-se estimativas e pressupostos nomeadamente nas seguintes áreas significativas: Provisões para crédito vencido A Caixa apreciou a sua carteira de crédito no sentido de apurar sobre a necessidade de provisões para crédito adicionais aos limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal, utilizando para o efeito estimativas sobre os fluxos de caixa recuperáveis incluindo os originados pelas eventuais recuperações e realizações de colaterais. Imparidade dos ativos não correntes detidos para venda Os ativos, imóveis, recebidos em dação em cumprimento de operações de crédito, são inicialmente registados pelos valores acordados no acordo de dação, acrescido dos custos inerentes à transação. Estes imóveis são objeto de avaliações periódicas, que têm por base pressupostos e estimativas, que darão lugar a perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações seja inferior ao valor por que se encontram registados (nota 11). As mais-valias potenciais não são reconhecidas. Impostos sobre os lucros A Caixa reconheceu impostos diferidos ativos e passivos tendo por base a legislação fiscal em vigor ou já publicada para aplicação futura. Eventuais alterações futuras na legislação podem influenciar as estimativas expressas nas demonstrações financeiras relativas a impostos diferidos. Benefícios a empregados As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos atuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem diferir das estimativas efetuadas. Prémios de antiguidade A CCAM reconheceu as responsabilidades com prémios de antiguidade utilizando pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) baseados em expectativas à data do balanço para o crescimento dos salários e tábua de mortalidade que se adequa à população da Caixa e uma taxa de desconto de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. q) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Caixa considera como “Caixa e seus equivalentes” os valores registados no balanço de aplicações de muito curto prazo, disponíveis de imediato sem perda de valor, com maturidade inferior a três meses a contar da data de início da aplicação, onde se incluem a caixa, as disponibilidades e as aplicações em instituições de crédito.

3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

3.1 Gestão do risco O Conselho de Administração da CCAM é responsável por definir os objetivos da atividade, princípios e políticas de gestão, bem como as estratégias de risco e assegurar que dispõe de uma estrutura adequada para a sua implementação.

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Relatório e Contas | 2016 38

A CCAM da Costa Azul encontra-se exposta a diversos tipos de riscos financeiros: risco de crédito, risco de liquidez e risco de taxa de juro (fluxos de caixa e justo valor). O programa de gestão de risco da Caixa tem um enfoque na incerteza associada ao risco de crédito e tenta minimizar os potenciais riscos adversos que podem afetar a sua performance financeira. Tendo em conta os montantes envolvidos e a reduzida expressão de operações subjacentes no contexto da atividade da Caixa, consideramos que a sua exposição ao risco de mercado e ao risco de taxa é muito reduzida. Os riscos da atividade da CCAM, nomeadamente os riscos de crédito, de taxa de juro, de câmbio, de liquidez, operacional e de compliance, são analisados e controlados, num primeiro nível, pelo Conselho de Administração da Caixa e, numa fase posterior, pelas áreas técnicas competentes para o efeito. 3.2 Risco de crédito A CCAM assume exposições de risco de crédito, que se traduzem na possibilidade de perda de valor dos ativos da Caixa, em consequência do incumprimento das obrigações contratuais, por motivos de insolvência ou incapacidade da contraparte em assegurar os seus compromissos para com a Caixa. Este risco é inerente aos produtos bancários tradicionais que a CCAM da Costa Azul coloca à disposição dos seus clientes, tais como empréstimos bancários, descobertos autorizados em depósito à ordem, contas correntes caucionadas e garantias financeiras prestadas. A exposição ao risco de crédito é gerida através de uma análise regular da capacidade de mutuários e potenciais mutuários de satisfazer obrigações de pagamento de capital e juros, e por alterar estes limites de empréstimos quando apropriado. Exposições a risco de crédito são também geridas em parte pela obtenção de colaterais e garantias pessoais ou empresariais. Tendo em consideração a dimensão da carteira de crédito, a metodologia utilizada na mensuração do respetivo risco assenta em larga medida na análise individual das operações vivas e vencidas em cada data de apreciação. A CCAM dispõe de políticas e procedimentos orientados para a identificação, mediação e controlo de risco, estando estabelecidas nas diversas fases de gestão de uma operação, sendo de salientar as seguintes: - Análise rigorosa da concessão de crédito efetuada por colaboradores especializados nesta área. Dependendo do tipo de garantias apresentadas e dos montantes em causa, os pedidos de concessão de crédito são aprovados por patamares de decisão, nomeadamente e nesta sequência, em Coordenação de Agência, Departamento de Crédito, Reunião de Comissão Executiva e Reunião de Conselho de Administração; - Gestão do risco de crédito pela obtenção de colaterais e garantias pessoais ou empresariais; - Definição e cumprimento de limites de concentração de risco, quer por entidade, quer por grupo económico (quando aplicável); e, - Após a aprovação, a performance do crédito é monitorizada constantemente permitindo a identificação imediata de incumprimentos. A imediata identificação de incumprimentos pontuais e o diálogo que, nessas circunstâncias, é estabelecido com os mutuários em questão, têm permitido na generalidade dos casos, não só a cabal regularização das moras incorridas, mas ainda o atento acompanhamento das condições

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Relatório e Contas | 2016 39

em que os mesmos se encontram a operar, prevenindo e antecipando as consequências da sua eventual deterioração. Colaterais A CCAM utiliza uma diversidade de políticas e práticas de forma a mitigar o risco de crédito. A mais tradicional é a obtenção de garantias colaterais aquando do adiantamento de fundos. A CCAM da Costa Azul implementa orientações em relação à aceitabilidade de classes específicas de colateral ou de mitigação do risco de crédito. Os principais tipos de colateral para créditos e valores a receber são a hipoteca sobre imóveis e o penhor de aplicações efetuadas na Caixa. Os financiamentos de longo prazo a entidades empresariais e individuais, são geralmente garantidos, sendo que os créditos individuais de baixo valor e recorrentes geralmente não têm garantia real. Adicionalmente, com o intuito de minimizar a perda, no momento em que existem indicadores de imparidade para os créditos e valores a receber, a Caixa procura colaterais adicionais das contrapartes relevantes. Compromissos de concessão de crédito O objetivo principal destes instrumentos é assegurar que os fundos são disponibilizados a um cliente à medida que este os requisite. Os compromissos de extensão de crédito representam partes não utilizadas de autorizações para utilização do crédito na forma de empréstimos, garantias ou letras de crédito e encontram-se registados nas rubricas extrapatrimoniais. Relativamente a risco de crédito em compromissos de extensão de crédito, a CCAM da Costa Azul está potencialmente exposta a uma perda no montante igual ao total dos seus compromissos não utilizados. Contudo, o montante provável de perda é muito menor que a soma dos compromissos não utilizados em virtude dos compromissos de extensão de crédito serem revogáveis e estarem dependentes dos clientes manterem uma qualidade de crédito específica. Mesmo no caso dos compromissos irrevogáveis, a libertação de fundos está dependente da verificação de algumas condições. A Caixa monitoriza o prazo de vencimento de compromissos de crédito pois os compromissos de longo-prazo têm geralmente um maior grau de risco de crédito do que compromissos a curto-prazo.

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Relatório e Contas | 2016 40

Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a exposição máxima ao risco de crédito analisa-se como se segue:

2016 2015

PatrimoniaisDisponibilidades em outras IC's 3.258.435 3.693.180Activos financeiros disponíveis para venda 4.339.227 4.375.645Aplicações em instituições de crédito 154.905.645 114.917.599Crédito a clientes 320.720.508 318.420.114Outros activos 5.270.191 5.328.081

488.494.005 446.734.619ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 9.284.462 13.045.043Compromissos perante terceiros 22.159.964 20.235.862

31.444.425 33.280.905

Total 519.938.431 480.015.524

66% 71% O quadro acima representa o pior cenário a nível de exposição da CCAM a risco de crédito a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no balanço, a exposição acima é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do Balanço. Tal como se pode ver no quadro acima, em 2016 e 2015, 66% e 71%, respetivamente, do total da exposição máxima corresponde a crédito a clientes. Concentração por sector de atividade de ativos financeiros com risco de crédito Relativamente à exposição do crédito por sector de atividade destaca-se no total de crédito às empresas, os empréstimos na área da promoção e atividades imobiliárias. Manteve-se uma concentração significativa no sector, contudo, regista-se uma redução da mesma por força da amortização e liquidação de algumas operações, e também pelo abrandamento drástico na contratação de novas operações. É certo, porém, que a liquidação de algumas das operações foi conseguida mediante a aquisição de imóveis. 3.3 Risco de liquidez O risco de liquidez é o risco de uma instituição de crédito não dispor de fundos necessários para fazer face, a cada momento, às suas obrigações de pagamento, dada a incapacidade de aceder aos mercados em quantidade e custo razoáveis. No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, a caixa apresenta um valor de 81% para o Rácio de Transformação.

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Relatório e Contas | 2016 41

São ainda rotina e diariamente confirmadas as aplicações/recursos realizados de forma a negociar todas as aplicações disponíveis. Estas aplicações são feitas também numa ótica de rentabilização da Margem financeira, mas tendo em consideração as limitações decorrentes da obrigatoriedade de aplicar os excedentes de Tesouraria na Caixa Central, conforme previsto no respetivo Regime Jurídico. 3.4 Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro associado a fluxos de caixa corresponde ao risco dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro variarem devido a alterações nas taxas de juro de mercado. O risco de taxa de juro associado ao justo valor é o risco do justo valor de um instrumento financeiro variar devido a alterações nas taxas de juro de mercado. No âmbito da concessão de crédito à habitação, são negociadas coberturas de taxa de juro através da contratação de operações iguais quanto ao prazo, e de taxa mínima igual, com a Caixa Central. Quando se verifica a existência de diferencial entre as taxas contratadas com os clientes e com a Caixa Central, este valor corresponde ao spread aplicado. 3.5 Risco de câmbio O Risco de câmbio surge como consequência de variações nas taxas de câmbio entre moedas, sempre que existam posições nessas moedas. As posições em moeda diferente do euro, resultado da atividade corrente da Caixa, assumem um carácter de diminuta relevância, tendo em atenção que a atividade é realizada predominantemente em euros. 3.6 Gestão do capital A CCAM Costa Azul gere o seu capital de forma rigorosa, de forma a otimizar a sua alocação e garantir o cumprimento das normas prudenciais. O acompanhamento da evolução da adequabilidade dos fundos próprios e do respetivo rácio de solvabilidade é efetuado de uma forma regular ao longo do ano, em conjunto com a evolução da atividade. No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV/CRR, Regulamento (U.E) nº 575/2013, tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:

31-12-2016 31-12-2015

Fundos Próprios Elegíveis

47.651.730,43 39.640.070.73 Total dos Ativos 582.307.644,80 537.609.318,95 Rácio de Solvabilidade 12,00% 12,00% CET 1 10,00% 8,00% TIER 1 10,00% 8,00%

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Relatório e Contas | 2016 42

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Caixa

Moedas Nacionais 1.614.361 1.838.228

Moedas Estrangeiras - -

Notas em trânsito 227.000 30.000

Outras disponibilidades - -

1.841.361 1.868.228

TOTAL 1.841.361 1.868.228

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE

CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.854.776 2.272.015

Cheques a cobrar 1.403.437 1.420.770

3.258.213 3.692.785

Juros a Receber 222 395

TOTAL 3.258.435 3.693.180

6. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Instrumentos de dívida

Títulos de emissores residentes 884.864 543.453

Outros títulos

Unidades de participação 3.454.362 3.832.192

Imparidade (385.664) (202.808)

3.953.562 4.172.836

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Relatório e Contas | 2016 43

Em 31 de Dezembro de 2016 esta rubrica apresenta o seguinte detalhe:

7. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Em outras instituições de crédito:

Depósitos 153.516.200 113.516.200

Aplicações subordinadas 1.000.000 1.000.000

Outras aplicações 3.021 38

154.519.221 114.516.238

Juros a receber 386.424 401.361

386.424 401.361

154.905.645 114.917.599

Os depósitos são realizados na íntegra junto da Caixa Central. Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos de vencimento das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 3.021 38

De quatro meses a um ano 152.000.000 111.000.000

Entre um e cinco anos - -

Mais de cinco anos 2.516.200 3.516.200

154.519.221 114.516.238

Natureza e espécie dos títulos QuantidadeValor nominal

ImparidadeValor de

balanço

Instrumentos de dívida-Dívida pública

OTRV Agosto 2021 20.000 1,02 - 20.343,00

OTRV Novembro 2021 318.000 1,01 - 321.068,70

341.411,70

Instrumentos de dívida-Dívida subordinada

Obrigações CA Vida 543.452,51

543.452,51

Outros títulos - Unidades de participação

Fundo CA Arrendamento Habitacional 7.136 83,78 102.700,58 698.832

Fundo CA Arrendamento Habitacional 1.084 83,78 15.581,51 106.025

Fundo CA Arrendamento Habitacional 3.693 83,78 53.670,38 365.203

Fundo ImoValorCA 2.278.378 0,91 213.711,85 2.284.302

385.664,32 3.454.362,32

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Relatório e Contas | 2016 44

8. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Crédito interno

Médio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado

Empréstimos à habitação regime geral 65.286.453 63.493.477

Empréstimos com garantia real 151.459.473 161.241.646

Empréstimos sem garantia real 38.801.512 40.339.812

Contratos de locação financeira

Clientes 6.550.479 2.965.602

Curto prazo

Outros créditos

Cartão crédito 1.339.718 1.391.863

Outros créditos 10.837.575 8.140.341

Créditos em conta corrente

Clientes 20.917.537 16.483.976

Empresas do grupo

Descobertos em depósitos à ordem 214.363 227.256

Empresas do grupo

295.407.110 294.283.973

Crédito ao exterior

Crédito à Habitação 813.305 512.218

Cartão de crédito

Descobertos dep.ordem - não residentes

Outros créditos a clientes 91.551 2.693

Outras finalidades 32.991

937.848 514.911

Outros créditos e valores a receber

Títulos de dívida 2.000.000 2.000.000

Juros a receber 1.446.179 1.728.425

Comissões associadas ao custo amortizado:

Despesas com encargo diferido

Receitas com rendimento diferido -752.401 -676.566

-752.401 -676.566

Total crédito não vencido 299.038.736 297.850.743

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 21.390.852 20.160.125

Juros e despesas de crédito vencido 290.920 409.245

Total crédito e juros vencidos 21.681.772 20.569.371

320.720.508 318.420.114

Provisões

Para crédito e juros vencidos -15.909.054 -15.217.668

Para crédito de cobrança duvidosa -6.385.234 -17.966.295

-22.294.288 -33.183.963

298.426.220 285.236.151

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Relatório e Contas | 2016 45

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 2.801.935 euros (2015: 2.957.184 euros), registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 17). Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 18.989.655 13.934.444

Entre três meses e um ano 22.121.192 30.891.137

Entre um ano e cinco anos 68.468.458 68.499.017

Mais de cinco anos 179.639.899 178.313.586

Duração Indeterminada 22.427.472 21.760.172

311.646.676 313.398.356

Durante os exercícios de 2016 e de 2015 não existiram quaisquer operações de crédito concedido a membros dos órgãos sociais da CCAM.

9. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica reflete os valores recebidos de clientes para pagamento de operações de crédito em atraso, e apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 44.458.905 42.982.354

Equipamento - -

Outros - -

44.458.905 42.982.354

Imparidade:

Imóveis (12.279.704) (10.126.045)

32.179.201 32.856.309

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Relatório e Contas | 2016 46

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Dotações de Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações Outras adições imp.(liquido) bruto Imparidade líquido

Imóveis 42.982.354 (10.126.045) 16.109.973 (14.633.422) (2.153.658) 44.458.905 -12.279.704 32.179.20142.982.354 (10.126.045) 16.109.973 (14.633.422) - (2.153.658) 44.458.905 (12.279.704) 32.179.201

Valor Dotações de Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações Outras adições imp.(liquido) bruto Imparidade líquido

Imóveis 42.254.873 (10.768.270) 5.908.243 (5.180.762) 662.341 (20.116) 42.982.354 -10.126.045 32.856.30942.254.873 (10.768.270) 5.908.243 (5.180.762) 662.341 (20.116) 42.982.354 -10.126.045 32.856.309

31-12-2015 31-12-2016

31-12-2014 31-12-2015

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Relatório e Contas | 2016 47

10. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido, durante os exercícios de 2016 e 2015, foi o seguinte:

31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições Transferências do exercício Valor Bruto Amort.Acum. líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 571.924 - - - - - - 571.924

Edificios 9.709.854 3.359.177 - - 189.194 - - 6.161.483

10.281.778 3.359.177 - - 189.194 - - 6.733.407

Equipamento:

Mobiliário e material 830.389 789.328 4.276 - 22.403 - - 22.934

Máquinas e ferramentas 332.316 289.141 19.396 - 18.954 - 0 43.617

Equipamento informático 152.785 131.909 9.806 - 22.442 - - 8.240

Instalações interiores 378.711 342.961 15.324 - 12.287 - - 38.787

Material de transporte 1.139.195 707.697 135.884 - 21.134 259.103 157.175 444.320

Equipamento de segurança 567.294 471.700 - - 28.586 - - 67.008

Outro equipamento 1.240.077 1.222.377 90.821 - 95.726 - - 12.795

4.640.767 3.955.113 275.507 - 221.532 259.103 157.175 637.701

Outros activos tangíveis:

Activos tangíveis em curso 1.357.807 - 155.970 - - - - 1.513.777

Património Artistico 26.048 - - - - - - 26.048

Outros activos 263 263 - - - - - -

1.384.118 263 155.970 0 - - - 1.539.825

16.306.663 7.314.553 431.477 - 410.726 259.103 157.175 8.910.933

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições Transferências do exercício Valor Bruto Amort.Acum. líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 571.924 - - - - - - 571.924

Edificios 9.709.854 3.169.983 - - 189.194 - - 6.350.677

10.281.778 3.169.983 - - 189.194 - - 6.922.601

Equipamento:

Mobiliário e material 832.515 766.201 172 - 25.425 - - 41.061

Máquinas e ferramentas 362.685 333.764 33.923 - 19.304 1.476 1.111 43.175

Equipamento informático 153.215 109.560 - - 22.779 - - 20.876

Instalações interiores 369.381 328.340 9.330 - 14.621 - - 35.750

Material de transporte 1.174.939 709.500 - - 16.430 3.500 (14.010) 431.499

Equipamento de segurança 570.886 446.005 1.907 - 31.194 - - 95.594

Outro equipamento 1.174.805 1.138.514 65.271 - 83.863 - - 17.699

4.638.426 3.831.884 110.603 - 213.616 4.976 (12.899) 685.654

Outros activos tangíveis:

Activos tangíveis em curso 1.342.285 - 15.522 - - - - 1.357.807

Património Artistico 25.048 - 1.000 - - - - 26.048

Outros activos 263 263 - - - - - -

1.367.596 263 16.522 0 0 - - 1.383.85516.287.800 7.002.130 127.125 - 402.810 4.976 (12.899) 8.992.110

31-12-2014

Abates

31-12-2015

Abates

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Relatório e Contas | 2016 48

11. ATIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “ativos intangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício Regularizações e abates líquido

Sist.tratamento aut.dados 360 10 1.780 1.900 - - 230

360 10 1.780 1.900 - - 230

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício Regularizações e abates líquido

Sist.tratamento aut.dados 22.390 22.390 360 10 - - 350

22.390 22.390 360 10 - - 350

31-12-2014

31-12-2015

12. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E

EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 a rubrica “investimentos em filiais e associadas” apresenta a seguinte composição:

Valor de Valor de Activo Situação ResultadoPart. balanço balanço Líquido Líquida Líquido

Empresa Sector % 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2016 31-12-2016 31-12-2016

CA InformáticaBanca e Seguros 0,7% 52.495 52.495 16.832.400 7.230.047 235.720

CA SegurosBanca e Seguros 0,0% 25 25 137.184.439 137.183.231 9.495.152

CA Vida Banca e Seguros 0,0% 13.785 13.785 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836

Fenacam Banca e Seguros 0,0% 0 0 6.948.251 4.798.343 20.639

CCCAM Seguros e Pensões 5,8% 7.982.700 7.982.700 137.184.439 137.183.231 9.495.152

CCCAM Banca e Seguros 6,2% 14.259.525 14.259.525 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.58022.308.530 22.308.530

Imparidade -25 -25

22.308.505 22.308.505

(i) A designação completa das entidades participadas é conforme segue:

CA Serviços – Crédito Agrícola Serviços – Serviços de Informática e de Gestão, ACE

CA Seguros – Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA

CA Vida – Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA

CCCAM – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL

Fenacam – Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo Os valores de Ativo Líquido, Situação Líquida e Resultado Líquido por referência a 31 de Dezembro de 2016 das empresas participadas ainda não se encontram auditados. As empresas participadas integram o Grupo Crédito Agrícola.

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Relatório e Contas | 2016 49

A Administração considera não ser necessário registar imparidades para as participações detidas nas entidades do Grupo Crédito Agrícola.

13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 eram os seguintes:

2016 2015

Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a receber 3.228.978 -

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 0 -37.696

3.228.978 -37.696

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 5.472.299 7.386.175

5.472.299 7.386.175 Em 2015 na estimativa de IRC foram apenas consideradas apenas as tributações autónomas. Não foram, tal como em anos anteriores, calculados impostos diferidos sobre prejuízos transitados, uma vez que a caixa, por força da instabilidade económica e financeira não preparou qualquer plano de recuperação. Os impostos diferidos ativos e passivos foram registados por contrapartida de:

2016 2015

Resultados transitados - -

Reserva de reavaliação 173.861 -

Resultado líquido (2.087.736) 1.160.720

-1.913.876 1.160.720

Os Ativos por impostos correntes respeitam aos pagamentos por conta de IRC efetuados em 2016, que, por existir prejuízo fiscal, corresponde a IRC a receber. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2016 poderão vir ainda a ser objeto de revisão e a matéria coletável sujeita a eventuais correções. Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, em resultado das eventuais revisões, não é previsível que venham a ocorrer alterações com impacto significativo nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2016.

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Relatório e Contas | 2016 50

14. OUTROS ATIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Outros activos

Ouro e Outros metais preciosos 980 980

Sector Público Administrativo 539.501 569.226

(…)

Despesas a debitar a clientes

Bonificações a receber 2.720 1.980

Outros devedores diversos (i) 3.190.459 2.418.643

3.733.660 2.990.829

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões - 63.948

Seguros

(…)

Outras despesas com custo diferido - SAMS (Nota 33) 11.118 18.058

11.118 82.006

Valores a regularizar

Operações cambiais a liquidar - -

Operações activas a regularizar 1.401.154 1.894.611

(…)

Outras 124.258 360.636

1.525.412 2.255.246

5.270.191 5.328.081

O saldo de Outros devedores diversos em 31 de Dezembro de 2016 é composto na quase totalidade por (i) cerca de 2.005 milhares de euros relativos a valores a receber associados a processos de recuperação de crédito, para os quais existe uma provisão de 172 milhares de euros registada na rubrica de provisões para créditos a clientes (Nota 8), e cerca de 1.008 milhares de euros a receber de entidades do Grupo Crédito Agrícola no âmbito das atividades de mediação de seguros. Do montante registado em 31 de Dezembro de 2016 em operações ativas a regularizar €1.401 milhares (2015: €1.894 milhares) referem-se a montantes depositados nas máquinas ATM pertença da CCAM da Costa Azul.

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Relatório e Contas | 2016 51

15. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Os valores desta rubrica dizem respeito a contratos de empréstimo celebrados com a CCCAM e têm a seguinte composição:

2016 2015

Recursos de OIC's 68.765.093 41.523.529

68.765.093 41.523.529

16. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2014

Depósitos

À ordem 142.831.654 124.337.530

A prazo 206.794.576 212.816.377

De poupança 44.244.647 40.968.254

Outros recursos de clientes

Cheques e ordens a pagar 19.543 50.893

Outros recursos de clientes 2.687 3.445

Juros a pagar 766.205 1.462.290

394.659.311 379.638.789

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento é regulamentado pelo Decreto-Lei n.º 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo para que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Como parte integrante do SICAM a CCAM da Costa Azul integra o referido Fundo de Garantia, efetuando contribuições anuais para o mesmo.

31-12-2016 31-12-2015

Até 3 meses

220.702.569

198.178.870

Entre 3 meses e um ano 157.284.960 147.204.970 Entre um ano e três anos 16.671.782 34.254.948

TOTAIS 394.659.311 379.638.788

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Relatório e Contas | 2016 52

17. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte:

MOVIMENTOS DE 2015 31-12-2015 Reforços Anulações Utilizações Transferências 31-12-2016

Provisões para créditos sobre clientes

- Créditos de cobrança duvidosa 17.966.294 4.793.824 -16.374.885 - 6.385.233

- Crédito e juros vencidos 15.217.669 12.283.745 -9.893.294 -1.699.065 - 15.909.054

33.183.963 17.077.569 -26.268.180 -1.699.065 - 22.294.287

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 2.957.185 501.719 -656.968 - 2.801.936

- Outros riscos e encargos - - - - -

- Outras provisões 1.319.027 3.172.089 (1.061.386) (257.641) - 3.172.089

4.276.212 3.673.808 -1.718.354 -257.641 - 5.974.025

Imparidade:

- Imparidade de outros activos financeiros 25 - - - - 25

- Imparidade de outros activos: - -

Activos não correntes detidos para venda 10.126.045 5.612.512 (1.274.820) (2.184.032) - 12.279.704

Outros activos - - - -

10.126.070 5.612.512 (1.274.820) (2.184.032) - 12.279.72947.586.245 26.363.888 -29.261.354 -4.140.739 - 40.548.040

MOVIMENTOS DE 2014 31-12-2014 Reforços Anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes

- Créditos de cobrança duvidosa 17.804.139 13.683.418 -13.521.263 - 17.966.294

- Crédito e juros vencidos 10.820.117 8.785.291 -3.561.209 -826.530 - 15.217.669

28.624.256 22.468.709 -17.082.472 -826.530 - 33.183.963

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 2.732.717 540.113 -315.645 - 2.957.185

- Outros riscos e encargos - - - -

- Riscos bancários gerais - 1.319.027 - 1.319.027

2.732.717 1.859.140 -315.645 0 - 4.276.212

Imparidade:

- Imparidade de outros activos financeiros 25 - - - - 25

- Imparidade de outros activos: - -

Activos não correntes detidos para venda 10.768.270 403.152 (363.085) (682.292) - 10.126.045

Outros activos - - - -

10.768.295 403.152 (363.085) (682.292) - 10.126.07042.125.268 24.731.001 -17.761.202 -1.508.822 - 47.586.245

O montante registado em “Outras provisões” respeita a provisão para perdas potenciais que, por prudência e entendimento do Conselho de Administração, a CCAM reconheceu em adicional aos critérios aplicados aos imóveis incluídos na rubrica “Ativos Não Correntes Detidos para Venda.”

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Relatório e Contas | 2016 53

18. PASSIVOS SUBORDINADOS

À data de 31 de Dezembro de 2016 a rubrica de Instrumentos Representativos de Capital contém 4.775 euros referentes à emissão de títulos de Capital Especial de Entre Tejo e Sado (adquiridos à data da fusão/cisão). Ao abrigo do disposto no artigo 26º, n.º 1 do Código Cooperativo foram subscritos em 27 de Dezembro de 2013, por um período de 5 anos, 32.000 títulos de investimento no total de 16.000.000,00 €. A 30 de Junho de 2016 foi reembolsado 40% desta subscrição. Foi efetuada e subscrita nova emissão (2016) de 18.000 títulos de investimento, a 5 anos, no total de 9.000.000,00 euros, conforme detalhe:

19. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Valor Data de

Número de nominal vencimento Taxa juro Data de Saldo em Saldo em

Descrição titulos Moeda unitário dos juros em vigor vencimento 31.12.2015 30.06.2015

Tit.Investimento/2013 32.000 Euro 500 Semestral 4,00% 30-12-2018 16.000.000 6.400.000 - 9.600.000

Tit.Investimento/2016 18.000 Euro 500 Semestral 1,25% 30-06-2021 - - 9.000.000 9.000.000

16.000.000 6.400.000 9.000.000 18.600.000

Reembolsos Emissões

31-12-2016 31-12-2015

Responsabilidades com pensões e outros benefícios 74.667 94.480

Credores e outros recursos

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 347.338 457.220

Contribuições para a Segurança Social 77.849 78.275

Imposto sobre o Valor Acrescentado 23.849 26.250

Contribuições para outros sistemas de saúde 16.096 15.742

Credores diversos 9.865.877 5.840.619

Encargos a pagar

Por gastos com pessoal

Férias e subsídio de férias 559.543 548.851

Prémio de antiguidade 517.396 526.788

Por gastos gerais administrativos

Outros 15.000 -

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 18.134 37.599

De compromissos irrevogáveis assumidos perante terc 5.313

Valores a regularizar

Posição cambial

Operações sobre valores mobiliários a regularizar

Outras operações passivas a regularizar 772.787 1.086.225

12.293.849 8.712.049

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Relatório e Contas | 2016 54

O saldo de Outras operações passivas a regularizar em 31 de Dezembro de 2016 refere-se essencialmente a (i) cerca de 279 milhares de euros (2015: 217 milhares de euros) de cheques em trânsito emitidos entre clientes da CCAM e que aguardam regularização e (ii) cerca de 330 milhares de euros (2015: 482 milhares de euros) relativos a levantamentos efetuados por clientes da Caixa em ATMs fora de rede do Crédito Agrícola e que aguardam regularização.

20. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária, assim como os compromissos assumidos por terceiros perante a Caixa mediante a prestação de garantias (Garantias recebidas), encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2016 31-12-2015

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 9.196.962 13.045.043

Outros passivos eventuais 87.500

Garantias recebidas 997.554.228 969.871.796

Compromissos perante terceiros

Linhas de crédito irrevogáveis 22.159.964 20.235.862

Linhas de crédito revogáveis 9.657.702 13.496.110

Outros compromissos revogáveis

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 196.971 306.838

Valores recebidos para cobrança 256.161 250.599Outros

1.039.109.488 1.017.206.248

21. CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2016 o Capital Social da CCAM é de €33.939.125 (2015: €33.732.655) representado por 6.787.825 títulos de capital de valor nominal 5€ cada e encontra-se integralmente realizado. Naquela data a Caixa tem 11.187 associados não existindo uma posição dominante ou de influência significativa por parte de qualquer um dos associados.

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Relatório e Contas | 2016 55

22. RESERVAS DE REAVALIAÇÃO, OUTRAS RESERVAS E

RESULTADOS TRANSITADOS

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte decomposição:

31-12-2016 31-12-2015

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor 3411,7 -

Reservas de reavaliação de imóveis 387.296 401.128

Reservas de reavaliação - Fundo Pensões -44.605 154.697

Reservas por impostos diferidos -87.142

258.961 555.825

Reserva legal 197.743 12.962.361

Outras reservas 294.087 1.262.345

Resultados transitados 1.693.699 -20.210.432

2.185.529 -5.985.726 Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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Relatório e Contas | 2016 56

23. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 4.182 5.028Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 1.068.037 1.711.984Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliáriosCrédito interno

Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos 19.803 40.678Empréstimos 4.235.245 5.680.109Créditos em conta corrente 793.214 910.231Descobertos em depósitos à ordem 79.195 104.211Operações de locação financeira

Imobiliária 125.755 90.737Operações de compra com acordo de revendaOutros créditos 2.589 2.400

ParticularesHabitação

Outros créditos 1.108.361 1.108.252Consumo

Outros créditos 808.831 765.793Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 6.065 7.540Empréstimos 1.635.399 1.968.412Créditos em conta corrente 77.319 99.779Descobertos em depósitos à ordem 42.252 65.205Operações de locação financeira 15.919 16.941

Crédito externoEmpresas e administrações públicas Particulares

Habitação 16.785 8.993Operações de locação financeiraOutros créditos

Consumo 1.406 285Juros de activos titularizados não desreconhecidos

Crédito a clientes - titularizadoCrédito internoCrédito ao exteriorOutros créditos e valores a receber - titularizados 59.868 1.863.663

Juros de activos financeiros detidos para venda 16.561 453Juros de crédito vencido 255.565Juros de investimentos detidos até à maturidade

Títulos de dívida emitidos por residentes 64.040Títulos de dívida emitidos por não residentesOutros investimentos detidos até à maturidade

Outros juros e rendimentos similares

10.372.351 14.514.735

24. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país 164.855 131.263

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.824.505 3.698.306

Juros de passivos subordinados 567.540 640.000

Outros juros e encargos similares - -

2.556.899 4.469.570

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Relatório e Contas | 2016 57

25. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica apresenta o valor distribuído, como dividendos, pela CA Vida, em 2016 e 2015 e tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 513 74.253513 74.253

26. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Por garantias prestadas

Garantias e avales 197.162 250.496Fianças e indemnizações (contragarantias)Créditos documentários abertosOutras garantias prestadas

197.162 250.496Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 223.631 210.502Subscrição de títulosOutros compromissos irrevogáveis 8.837 7.097

Compromissos revogáveis232.468 217.600

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valoresCobrança de valores 3.712 4.291Administração de valoresOrganismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestãoComissão de emissão de unidades de participaçãoComissão de resgate de unidades de participação

Transferência de valores 58.999 57.850Gestão de cartões 18.120 19.614Anuidades 266.162 212.110Montagem de operaçõesOperações de crédito

Por operações de factoringOutras operações de crédito 1.018.276 822.672

Outros serviços prestados (i) 2.650.370 2.264.7294.015.639 3.381.265

Outras comissões recebidas (ii) 1.099.958 1.215.077

5.545.226 5.064.438

(i) Em 31 de Dezembro de 2016 esta rubrica inclui essencialmente 889 milhares de euros (2015: 780 milhares) referentes à utilização de ATM’s e pontos de pagamento da CCAM da Costa Azul por clientes de outras instituições bancárias e 1.115 milhares de euros (2015: 1.302 milhares) por comissões recebidas por mediação de seguros (Nota 34) de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola. (ii) Em outras comissões recebidas estão registados, fundamentalmente, os proveitos relacionados com comissões cobradas por cheques e ordens de levantamento, mora e contencioso e manutenção de conta.

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Relatório e Contas | 2016 58

27. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2016 31-12-2015

Por serviços bancários prestados por terceiros

Por garantias recebidas - 132

Depósito e guarda de valores 4.412 4.843

Operações de crédito 8.007 6.371

Cobrança de valores 24.401 13.866

Transferência de valores 107.905 106.835

Cartões 316.203 325.401

Outros 249 434

461.177 457.882

28. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais - 5.948.901

- 5.948.901

- -

Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesas 7.224 40.049

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 144.625 1.748.044

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 1.978.788 1.609.477

Rendimentos da prestação de serviços diversos 461.703 192.773

Outros 184.942 260.269

2.777.281 3.850.612

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos -159.808 -51.180

Contribuições para o FGCAM -88.222 -109.809

Perdas em activos não financeiros -4.638 -2.840

Outros encargos e gastos operacionais -1.022.442 -1.629.092

-1.275.111 -1.792.921

Outros Impostos -185.214 -152.477

-185.214 -152.477

1.316.956 7.854.115

Os outros encargos e gastos operacionais incluem 759.366 euros relativos à anulação de juros vencidos há mais de 90 dias (2014: 1.591.289 euros).

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Relatório e Contas | 2016 59

29. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 232.373 178.110

Empregados 4.038.947 3.539.258

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões (Nota 35) 351.869 30.737

Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social 733.724 707.876

SAMS 166.414 160.989

Outros 34.336 31.458

Outros custos com pessoal:

Indemnizações contratuais

Outros 73.654 30.274

5.631.317 4.678.701

O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição:

2016 2015

Conselho de Administração 5 3

Comissão Executiva 0 3

Chefias e gerência 24 20

Administrativos 81 84

Outros 12 12

Total 122 122

30. REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO, DE

FISCALIZAÇÃO E DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração dos membros dos órgãos de administração é determinada numa base anual pela Assembleia Geral. O montante anual das remunerações ilíquidas auferido pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização nos exercícios de 2016 e de 2015, é o seguinte: Conselho de Administração

2016 2015

Presidente 154.000 112.500 Vogal 176.515 55.080

330.515 167.580

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Relatório e Contas | 2016 60

Conselho Fiscal

2016 2015

Presidente 5.761 3.150 Vogal 6.490 3.510 Suplente - -

12.251 6.660

O aumento verificado deve-se ao novo número de elementos dos órgãos de gestão e fiscalização, bem como, às novas politicas de remuneração aprovadas em anteriores Assembleias Gerais. Consultores e Auditores

2016* 2015 *

Revisão legal das contas

21.600 21.600

Controlo Interno

4.500 4.500

Consultoria fiscal - 13.000

26.100 39.100

* Os valores indicados correspondem aos honorários sem IVA Estes valores encontram-se registados na rubrica de Gastos Gerais Administrativos em Avenças e Honorários (Nota 31). Durante os exercícios de 2016 e de 2015 as remunerações agregadas e por áreas de atividade auferidas pelos colaboradores elegíveis no âmbito do art.º 1º nº 2 do Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal foram conforme segue:

2016 2015

Funções de Controlo previstas no aviso nº5/2008 do Banco de Portugal (Compliance, Auditoria Interna e Gestão de Risco)

126.088

120.825

Funções com responsabilidade na assunção de riscos (Comissão Executiva)

198.305

238.016

324.393 358.841

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Relatório e Contas | 2016 61

31. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 150.012 157.834

Material de consumo corrente 57.434 58.835

Material de higiene e limpeza 7.606 7.653

Publicações 711 217

Outros fornecimentos de terceiros 9.226 8.069

224.989 232.608

Com serviços:

Comunicações 267.989 249.668

Publicidade e edição de publicações 472.239 145.702

Conservação e reparação 209.824 145.978

Deslocações, estadas e representação 140.170 127.676

Seguros 86.098 71.540

Transportes 77.442 81.905

Rendas e alugueres 51.171 51.730

Formação de pessoal 2.219 1.656

Serviços especializados:

Informática 1.198.181 1.205.326

Avenças e honorários 64.195 70.452

Limpeza 41.248 43.774

Judiciais contencioso e notariado 44.468 59.487

Bancos de dados 3.228 5.101

Informações

Outros serviços especializados:

SIBS 240.637 216.710

Consultores e auditores externos 12.651 29.411

Avaliadores externos 59.994 37.261

Outros serviços de terceiros 299.261 331.491 *

3.271.013 2.874.868

3.496.002 3.107.476

32. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas participadas identificadas na Nota 12, a Caixa é integrada junto com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, com a Caixa Central e outras empresas do Grupo na consolidação do Grupo Crédito Agrícola. Nos exercícios de 2016 e de 2015 as transações ocorridas, referem-se na totalidade às empresas acima referidas e ao Fundo de Pensões do Crédito Agrícola (ver Nota 33).

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Relatório e Contas | 2016 62

Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas:

Fundo de Pensões (*)Empresas do Grupo

CATotal

Fundo de Pensões

(*)

Empresas do Grupo

CATotal

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - 1.834.186 1.834.186 - 2.250.961 2.250.961

Activos financeiros disponíveis para venda - 3.612.150 3.612.150 - 4.172.836 4.172.836

Aplicações em instituições de crédito - 154.905.645 154.905.645 - 114.917.599 114.917.599

Investimentos em filiais, associadas e empreend. Conj - 22.308.530 22.308.530 - -

Outros activos 11.118 - 11.118 82.006 - 82.006

Passivos:

Recursos de outras instituições de crédito - 68.764.617 68.764.617 - 41.523.529 41.523.529

Outros passivos 74.667 - 74.667 3.381.392 - 3.381.392

Gastos:

Juros e encargos similares - 164.855 164.855 - 131.263 131.263

Encargos com serviços e comissões - 206.287 206.287 - 92.186 92.186

Gastos gerais administrativos - 851.285 851.285 - 846.195 846.195

Custos com pessoal 351.869 20.387 372.256 30.737 - 30.737

Rendimentos:

Juros e rendimentos similares - 1.088.780 2.177.561 - 1.717.465 1.717.465

Rendimentos de instrumentos de capital - 1.013 1.013 - 74.253 74.253

Rendimentos de serviços e comissões - 1.680.282 1.680.282 - 1.403.063 1.403.063

Outros resultados de exploração - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias recebidas - 3.924.886 3.924.886 - 4.182.231 4.182.231

As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas. Durante os exercícios de 2016 e de 2015 não ocorreram operações com os membros do Conselho de Administração ou com entidades em que estes têm controlo ou influência significativa. As remunerações atribuídas aos membros do Conselho de Administração encontram-se divulgadas na Nota 30.

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Relatório e Contas | 2016 63

33. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS – PENSÕES DE

REFORMA

De acordo com o IAS 19, os pressupostos atuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados de acordo com o Plano de Contas para o sistema bancário, aplicável antes da adoção das NCA’s. Assim decorrente da introdução das NCA’s verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota-parte do valor dos ativos do Fundo. Adicionalmente, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade (Nota 19) e de incorrer em encargos com o SAMS.

Apuramento do impacto de adoção das NCA a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à

“IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos

ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de

reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respetivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 177,721

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 177,650

A.2.1. Tábua de mortalidade 20,083

A.2.2. Pressupostos financeiros 157,567

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 355,371

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 209,252

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. –

A.4.) 146,119

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 550,358

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 101,003

B. Total 651,361

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Relatório e Contas | 2016 64

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 416,730

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 416,730

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades

decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode

ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes

anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de

responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser

reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais

até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as

responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido

através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de

Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de

Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um

período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da CCAM COSTA AZUL prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como

permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

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Relatório e Contas | 2016 65

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos

impactos da adoção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em

resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 17,214 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros 126,054

7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 25,225 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 558,309 9 anos 2016

No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na

adopção da IAS 19, no que respeita a:

- Alteração dos pressupostos financeiros;

- Excesso de cobertura em PCSB.

Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:

- Alteração da tábua de mortalidade;

- Encargos com saúde (SAMS).

Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o

seguinte:

31-12-2016*

A.2.1.2016 Alteração da tábua de mortalidade 1,913

B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 62,034

2016 TOTAL 63,947

TOTAL = A.2.1.2016 + B.2016

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na

adopção da IAS 19.

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Relatório e Contas | 2016 66

1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2016

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM

COSTA AZUL com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:

31/12/2015 31/12/2014 Pressupostos demográficos: Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade de reforma (**) (**)

Método de avaliação “Projected Unit Credit”

“Projected Unit Credit”

Pressupostos financeiros: Taxa de desconto (*) (*) Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40% Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00% Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:

- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% - de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% (*)Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos :

2,30% 2,70%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos:

2,10% 2,30%

Pré-reformados, reformados e pensionistas: 1,75% 2,00% (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o

pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de

saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-

reformados e pensões em pagamento, é o seguinte:

31-12-2016

F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 2,336,891

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 1,581,188

F.2 Com licenças sem vencimento 103,495

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 652,208

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Relatório e Contas | 2016 67

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à

CCAM COSTA AZUL é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 70,760

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 3,356

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 197,461

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

28,031

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

169,430

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

306.654

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 578,231

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM COSTA AZUL foi

o seguinte:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 1,643,455

H.1 (+) Contribuições efectuadas 599,885

H.1.1 Pela CCAM COSTA AZUL 570,984

H.1.2 Pelos empregados 28,901

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 45,802

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 36,189

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 34,348

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 13,605

H.5.1 Por reformas antecipadas 4.071

H.5.2 Outros 9,534

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 11,471

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 2,262,224

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016

(H.7.2016 – A.4.2015) 618,769

O movimento ocorrido durante o exercício de 2016 relativo ao valor atual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 1,737,935

G.1 (+) Custo do serviço corrente 70,760

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 41,859

H.1.2 Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 28,901

G.2 (+) Custo dos juros 44,793

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Relatório e Contas | 2016 68

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 201,825

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 306,654

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 13,605

H.5.1 Por reformas antecipadas 4,071

H.5.2 Outros 9,534

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 11,471

F.2016 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 2,336,891

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) 598,956

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso

12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2016 Valor atual das responsabilidades com serviços passados 2,336,891

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008)* 0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 2,252,657

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 100

*Terminou no final deo exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na

adopção da IAS 19.

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no

exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 154,696

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2016 – Ganhos e

perdas atuariais -199,302

RI.2016 Desvios atuariais em 31-12-2016 44,606

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Relatório e Contas | 2016 69

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade

futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 526,788

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0

N.2015 Total 526,788

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 517,396

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 0

N.2016 Total 517,396

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo -9,392

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total -9,392

34. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Costa Azul está inscrita na Autoridade de

Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de

acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho,

desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo

Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de

Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos

os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se

dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de

seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa

no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a

CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos

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Relatório e Contas | 2016 70

de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas

Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na

Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores

de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão

reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das

presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em

31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas

pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por

Origem 2016

Ramos Não Vida CA Seguros 810.157,38 968.280,32 1.114.883,84 73,3%

Ramo Vida CA Vida 390.505,80 256.005,21 380.560,37 25,0%

Fundos de Pensões CA Vida 9.572,80 11.411,17 24.530,21 1,6%

Total 1.210.235,98 1.235.696,70 1.519.974,42 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a

movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não

há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de

mediação de seguros exercida pela CCAM.

Santiago do Cacém, 20 de Fevereiro de 2017.

O Responsável pela Contabilidade

Anabela G. V. R. Rainha de Jesus Silva CC nº 27612

O Conselho de Administração

Jorge Nunes António Gamito Calado Pinela

Ana Maria Nogueira Garcia Rodrigues Rui Manuel Capelo Gomes António Carneiro de Moura

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Relatório e Contas | 2016 71

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

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Relatório e Contas | 2016 72

Em conformidade com o disposto no artigo 32º dos Estatutos e o artigo 420º do Código das

Sociedades Comerciais vem o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul,

CRL apresentar o seu relatório e dar parecer sobre o Relatório e Contas apresentado pelo

Conselho de Administração respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.

RELATÓRIO

O Conselho Fiscal acompanhou a gestão e a atividade desenvolvida pela Caixa a partir de 31 de

Agosto de 2016, data em que os actuais Órgãos Sociais tomaram posse e iniciaram as suas

funções.

No âmbito das competências e deveres que nos estão atribuídos procedemos ao seguinte:

Verificação do Balanço e Demonstração de Resultados e das notas constantes do Anexo;

Apreciação do Relatório de Gestão e das propostas nele inseridas;

Verificação das políticas contabilísticas e do cumprimento das normas emitidas pelas

autoridades com responsabilidades de supervisão;

Verificação periódica, com a profundidade e a extensão consideradas adequadas, de

vários mapas financeiros e indicadores de relevante interesse tais como os Indicadores

de Estrutura, os Indicadores de Rendibilidade, os Rácios Normativos estabelecidos pela

Caixa Central e os mapas dos maiores mutuários, dos maiores mutuários com crédito

vencido, dos activos não correntes detidos para venda e das provisões / imparidades;

Apreciação da Certificação Legal de Contas elaborada pelo Revisor Oficial de Contas;

Apreciação do Relatório Adicional dirigido ao Órgão de Fiscalização, emitido pelo

Revisor Oficial de Contas, de acordo com o previsto no artigo 24º da Lei nº 148/2015.

No desempenho das nossas funções efectuámos reuniões periódicas com o Conselho de

Administração e com os responsáveis pelos departamentos de contabilidade e auditoria interna,

cuja colaboração e apoio salientamos, tendo obtido todas as informações e esclarecimentos que

solicitámos sobre a actividade e a situação da Caixa.

Acompanhámos o trabalho desenvolvido pelo Revisor Oficial de Contas efectuando as

verificações de natureza contabilística tidas por convenientes.

O ano de 2016 caracterizou-se por uma ligeira melhoria das condições de exploração do

mercado bancário as quais, contudo, continuam a não ser as mais favoráveis. Apesar dos

condicionalismos que persistem, a Caixa tem conseguido ultrapassar as dificuldades mantendo-

se numa posição de destaque no universo das Caixas Agrícolas, em termos de solidez, de

rentabilidade e de volume de operações, prosseguindo a sua estratégia de contribuir de forma

muito activa para o desenvolvimento económico da região em que está inserida continuando a

merecer a confiança dos seus associados e clientes.

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Relatório e Contas | 2016 73

Da análise aos documentos financeiros referidos no presente relatório merece-nos especial

destaque o seguinte:

O rácio de solvabilidade de 14%, bastante acima do valor de referência (8%);

O resultado líquido do exercício, um lucro de € 2.906.852;

O activo líquido, no valor de € 539.755.561, registando um aumento de 10,9% face ao

período homólogo;

A situação líquida, no valor de € 39.290.468, registando um aumento de 7,5% face ao

período homólogo;

O crescimento dos Recursos de Clientes e do Crédito, 4,2% e 0,8%, os quais ascendem

respectivamente a € 393.870.876 e € 320.026.730, situando o rácio de transformação

em 81%.

Em consequência da acção fiscalizadora que desenvolvemos concluímos que:

A Administração exerceu de forma idónea, rigorosa e transparente as suas

competências respeitando o cumprimento da Lei;

O Balanço, a Demonstração de Resultados e as notas constantes do Anexo satisfazem

as disposições legais e estatutárias;

O Relatório de Gestão clarifica o desempenho e a actividade desenvolvida pela Caixa

durante o exercício de 2016 e a sua situação financeira;

A Certificação Legal de Contas merece o nosso acordo;

O Relatório Adicional emitido pelo Revisor Oficial de Contas cumpre os requisitos legais.

PARECER

Face ao exposto, somos de parecer que:

Sejam aprovados o Relatório de Gestão e as contas do exercício de 2016 apresentadas

pelo Conselho de Administração;

Seja aprovada a proposta de aplicação de resultados contida no Relatório de Gestão;

Seja feita, nos termos do artigo 455º do Código das Sociedades Comerciais, uma

apreciação favorável ao Conselho de Administração, propondo que lhe seja transmitido

um voto de louvor e confiança.

Santiago do Cacém, 27 de Fevereiro de 2017

O Conselho Fiscal

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Relatório e Contas | 2016 74

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

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Relatório e Contas | 2016 75

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