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CONTROLE DE QUALIDADE
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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL – FEBAC
CURSO DE FARMÁCIA
DETERMINAÇÃO DO PESO MÉDIO DE UMA PRÁTICA DE CONTROLE DE
QUALIDADE EM CÁPSULA
DAYANNA DAS CHAGAS CUNHA
BACABAL, 2015
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DAYANNA DAS CHAGAS CUNHA
DETERMINAÇÃO DO PESO MÉDIO DE UMA PRÁTICA DE CONTROLE DE
QUALIDADE EM CÁPSULA
BACABAL, 2015
Relatório técnico apresentado como requisito para obtenção de nota parcial na disciplina de Controle de Qualidade de Medicamentos, no Curso de Farmácia da Faculdade de Educação de Bacabal - FEBAC.
Orientador: Me. Roberto Gomes
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2 OBJETIVOS...........................................................................................................................5
2.1 Objetivo Geral.......................................................................................................................5
2.2 Objetivos Específicos............................................................................................................5
3 MATERIAS............................................................................................................................5
4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO............................................................................5
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................................6
6 CONCLUSÃO........................................................................................................................8
REFERÊNCIAS...................................................................................................................9
ANEXO
3
1 INTRODUÇÃO
A manipulação de medicamentos vem crescendo dia após dia, já que a indústria não
tem condições de oferecer ao mercado diferentes tipos de doses de um mesmo medicamento,
procedimento que ficaria extremamente caro e inviável levando-se em consideração que os
pacientes são diferentes entre si. Uma dose de um determinado medicamento pode ser eficaz
para uma pessoa e não ser suficiente para tratar outra. O controle de cada processo na
farmácia com manipulação deve ser tratado com o maior cuidado, desde a aquisição da
matéria-prima até o produto acabado, realizando os testes descritos no Formulário Nacional
da Farmacopéia Brasileira 2º edição (2011), afim de se obter qualidade no produto que chega
ao paciente, garantindo a uniformidade da dose em cada cápsula manipulada e com isso
sucesso no tratamento (CONCEIÇÃO, 2012).
Dentre as formas farmacêuticas manipuladas, as cápsulas de gelatina dura são as mais
utilizadas, devido às inúmeras vantagens que apresenta. Entretanto, há pontos críticos dentro
do processo produtivo, que podem resultar em falta de uniformidade de peso e de teor de
princípio ativo entre as unidades. A variação de dose resulta, em seus extremos, em sub ou
superdosagem, representando risco à saúde do paciente. Assim, o controle de qualidade é
ferramenta indispensável para a dispensação de um produto adequado, que possa garantir
segurança e eficácia ao paciente (FERREIRA, 2008).
Todas as formas farmacêuticas sólidas, como é o caso das cápsulas de gelatina dura,
devem ter os seguintes ensaios realizados na farmácia de manipulação: descrição, aspecto,
caracteres organolépticos e peso médio, sendo este último o ensaio de maior valia para análise
da qualidade deste tipo de formulação (COOL, 2010).
Sabe-se que o ensaio de peso médio não tem o intuito e nem a capacidade de assegurar
o teor de principio ativo da formulação, pois existem para tal necessidade os testes de
doseamento e de uniformidade de dose, também previstos na RDC nº 67/07, que devem ser
realizados periodicamente por amostragem, como forma de monitoramento do processo
magistral, podendo ser executados por laboratórios terceirizados em função de necessitarem
de metodologias complexas e financeiramente inviáveis para as farmácias, como
espectrofotometria e cromatografia. Porém, o teste de peso médio deve ser realizado em todos
os lotes de cápsulas preparados. O ensaio de peso médio apresenta fácil e rápida execução,
permite um controle final das cápsulas manipuladas, sendo importante para assegurar uma
distribuição homogênea do conteúdo entre as doses unitárias. Entretanto, sugerem-se
melhorias no seu desenvolvimento adequando-o as necessidades do ramo magistral, uma vez
4
que, a simples distribuição igualitária de peso entre as cápsulas não assegura um processo sem
perdas de conteúdo.
Como forma de qualificar o controle de qualidade das cápsulas em farmácias, propõe-
se utilizar um método alternativo para determinação do peso médio, baseado no somatório das
quantidades de principio ativo, excipientes e cápsulas, ao invés, de usar o peso de vinte
unidades do produto final como preconizado pelo método farmacopeico. Em vista disso o
presente trabalho teve como objetivo determinar o peso médio de cápsulas produzidas numa
prática de Controle de Qualidade.
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Determinar o peso médio de cápsulas manipuladas.
2.2 Objetivos Específicos
Determinar o tamanho da cápsula e o volume aparente;
Calcular o desvio padrão;
Verificar a qualidade das cápsulas manipuladas.
3 MATERIAIS
Ácido Ascórbico
Amido
Balança analítica
Encapsuladora
Espátula
Grau
Papel filtro
Pistilo
Provetas
Tamis
Vidro relógio
4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Primeiramente foi feita a Determinação do Volume Aparente para fazermos a escolha
do tamanho da cápsula, assim foi pesado 2 g de ácido ascórbico e a mesma quantidade de
amido foi pesado individualmente, depois de pesados foram colocados em duas provetas de
10 mL separadamente, e batemos com o fundo das provetas levemente por 15 segundos e
observamos e anotamos o volume aparente obtido que foi 2mL de ácido ascórbico e 2,3 mL
de amido. Em seguida fizemos os cálculos para verificar o volume aparente:
2g -------- 2mL X= 0,5 mL de ácido ascórbico
X -------- 0,5 g
6
2g --------2,3 mL X = 0,39 mL de amido
X -------- 0,45 mL
Transformando em mL/g resultado foi de 0,5 g de ácido ascórbico e 0,39 g de amido em cada
capsula, dessa forma precisaríamos de 15 g de ácido ascórbico e 11,7 g de amido para
produzir 30 cápsulas. Cada cápsula teria 0,89 g de pó, assim utilizamos uma tabela de
conversão para escolhermos o tamanho da cápsula, a que se enquadrou no nosso volume foi
00, que suporta um volume de 0,95 g, então fizemos o cálculo para saber quanto de excipiente
iriamos precisar pra manipulação:
0,95 mL – 0,5 mL de excipiente
Como já sabíamos o volume e o tamanho das cápsulas, começamos a manipulação,
colocamos primeiro o amido num grau e maceramos para diminuir o tamanho das partículas,
em seguida adicionamos o ácido ascórbico e maceramos ainda mais, até ficar tudo
homogeneizado. Então com um tamis peneiramos os pós para então colocar na encapsuladora
com a ajuda de uma espátula, até todas as cápsulas serem preenchidas. Por fim, depois de
produzidas as cápsulas pesamos 10 delas e tiramos o peso médio que foi de 0,98 g, assim
rotulamos, acondicionamos as cápsulas e limpamos a bancada e lavamos as vidrarias que
foram utilizadas.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para determinar o volume aparente e a quantidade de pós que precisaríamos para
produzir as trinta cápsulas utilizamos a regra de três simples. Assim chegamos à conclusão
que precisaríamos de 15g de ácido ascórbico e 11,7 g de amido que seria utilizado com
excipiente. Depois de fabricadas as cápsulas, pesamos dez e fizemos o cálculo do peso médio
que deu 0,98 g.
AMOSTRA PESO INDIVIDUAL (P) DEVIOS (f – PM)
1 0,979 - 0,002
2 0,994 0,013
3 0,978 - 0,003
4 0,981 0
5 0,968 - 0,013
7
6 0,981 0
7 0,982 0,001
8 0,976 - 0,005
9 0,992 0,011
10 0,987 0,006
TOTAL 0,9818 0,0073
Então através do cálculo de Desvio Padrão, chegamos ao resultado de 0,0073, como o
peso médio pode variar de ± 10,0% para cápsulas com menos de 300 mg, tivemos como
resultados:
6 CONCLUSÃO
Peso Médio = 0,9818
Limite Superior = 1,088
Limite inferior = 0,888
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Conclui-se que todas as cápsulas estão dentro do limite de variação permitido, já que o
peso das mesmas está de acordo com as especificações da Farmacopeia Brasileira. Sabemos
que o peso é uma medida importante, no que se refere à qualidade do medicamento, já que o
mesmo garante ao produto a dose terapêutica e sua eficácia no tratamento. Pesos em
desacordo são perigosos, pois podem gerar menor dosagem (não produzirá a ação terapêutica
esperada, interferindo no tratamento) ou maior dosagem (pode levar a intoxicação). Assim a
aula prática foi proveitosa, pois aprendemos não só a manipular cápsulas, como também
determinar o peso médio para efetuarmos o Controle de Qualidade de cápsulas.
REFERÊNCIAS
9
BORGMANN, S. H. M. Diacereína: Desenvolvimento e validação de métodos de
quantificação e dissolução. 2007.
BRASIL. Resolução RDC n.67 de 08 de Outubro de 2007. A agência Nacional de Vigilância
Sanitária aprova o regulamento técnico que institui as boas práticas de manipulação em
farmácias (BPMF). Diário Oficial da União, Brasília, n195, 09 out. 2007. Disponível
em:http://www.in.gov.br/imprensa/pesquisa/pesquisaresultado.jsp.
FERREIRA, A. e al. Controle de qualidade na Farmácia Magistral. Guia prático da Farmácia
Magistral, v. 2, Pharmabooks, 2008.
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 1988.
PINHEIRO, Gláucia Miranda. Determinação e Avaliação de Indicadores da Qualidade na
Farmácia Magistral – Preparação de Cápsulas Gelatinosas Duras. Rio de Janeiro, 2008.
Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Faculdade de Farmácia, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008