125
1 Relatório de Gestão 2008 Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Brasília-DF, abril de 2009

Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

1

Relatório de Gestão

2008

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

Brasília-DF, abril de 2009

Page 2: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

2

SUMÁRIO

1. Identificação ....................................................................................................... 3

2. Objetivos e Metas Institucionais

2.1. Responsabilidades Institucionais..................................................................... 4

2.2. Estratégia de Atuação....................................................................................... 5

2.3. Programas e Ações....................................................................................... 109

3. Fluxo Financeiro de Projetos financiados com recursos externos ............... 119

4. Desempenho Operacional .................................................................................... 120

4.1. Evolução de Gastos Gerais .......................................................................... 121

5. Determinações do TCU ..................................................................................... 121

6. Informações sobre a composição de recursos humanos ............................... 123

7. Declaração do Contador .................................................................................. 125

Page 3: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

3

1. IDENTIFICAÇÃO

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) é órgão da

Administração Direta do Poder Executivo, vinculada ao Ministério da Saúde e constituída

pelo Decreto nº 5.974, de 29 de novembro de 2006, publicado no Diário Oficial da União de

30 de novembro de 2006.

CNPJ: 00.394.544/0127-87

Nome e Código no SIAFI: Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

(SGTES) - 250100

Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco G, sala 705 – CEP: 70058-900

Fone: 61 – 3315 2224

Endereço na Internet: www.saude.gov.br/sgtes

Situação da Unidade quanto ao funcionamento: em funcionamento

Função de Governo Predominante: SAÚDE

Tipo de Atividade: FIM

Page 4: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

4

2. OBJETIVOS E METAS INSTITUCIONAIS E/OU PROGRAMÁTICA

2.1. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS:

I. promover a ordenação de recursos humanos na área da saúde;

II. elaborar e propor políticas de formação e desenvolvimento profissional para a área

da saúde e acompanhar a sua execução, bem como promover o desenvolvimento da Rede de

Observatórios de Recursos Humanos em Saúde;

III. planejar, coordenar e apoiar as atividades relacionadas ao trabalho e à educação

na área da saúde, bem como a organização da gestão da educação e do trabalho em saúde, a

formulação de critérios para as negociações e o estabelecimento de parcerias entre os gestores

do Sistema Único de Saúde (SUS) e o ordenamento de responsabilidades entre as três esferas

de governo;

IV. promover a articulação com os órgãos educacionais, entidades sindicais e de

fiscalização do exercício profissional e os movimentos sociais, bem assim com entidades

representativas da educação dos profissionais, tendo em vista a formação, o desenvolvimento

e o trabalho no setor da saúde;

V. promover a integração dos setores da saúde e da educação no sentido de fortalecer

as instituições formadoras de profissionais atuantes na área;

VI. planejar e coordenar ações, visando à integração e ao aperfeiçoamento da relação

entre as gestões federal, estaduais e municipais do SUS, no que se refere aos planos de

formação, qualificação e distribuição das ofertas de educação e trabalho na área da saúde;

VII. planejar e coordenar ações, destinadas a promover a participação dos

trabalhadores de saúde do SUS na gestão dos serviços e a regulação das profissões de saúde;

VIII. planejar e coordenar ações, visando à promoção da educação em saúde, ao

fortalecimento das iniciativas próprias do movimento popular no campo da educação em

saúde e da gestão das políticas públicas de saúde, bem como à promoção de informações e

conhecimentos relativos ao direito à saúde e ao acesso às ações e aos serviços de saúde; e

IX. fomentar a cooperação internacional, inclusive mediante a instituição e a

coordenação de fóruns de discussão, visando à solução dos problemas relacionados à

formação, ao desenvolvimento profissional, à gestão e à regulação do trabalho em saúde,

especialmente as questões que envolvam os países vizinhos do continente americano, os

países de língua portuguesa e os países do hemisfério sul.

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) é estruturada

em dois departamentos: da Gestão da Educação na Saúde (DEGES) e da Gestão e da

Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS) e uma Diretoria de Programa.

Esta SGTES vem desenvolvendo ações que buscam assegurar o acesso universal e

igualitário às ações e serviços de saúde, impondo à função da formação e da gestão do

trabalho, a responsabilidade pela qualificação dos trabalhadores e pela organização do

trabalho em saúde, constituindo novos perfis profissionais com condições de responder à

realidade de saúde da população e das necessidades do SUS.

Este Relatório apresenta as principais ações desenvolvidas pela SGTES, no exercício

de 2008.

Page 5: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

5

2.2. ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO

AÇÕES DESENVOLVIDAS NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES) é responsável pela

definição e desenvolvimento de políticas relacionadas à formação de pessoal da saúde, tanto

no nível superior como no nível técnico-profissional.

Cabe ao Departamento coordenar a implantação da Política de Educação

Permanente para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde e planejar, acompanhar e

avaliar estas ações que envolvem as três esferas do governo, na perspectiva do fortalecimento

do Sistema Único de Saúde.

Visando o cumprimento da sua missão institucional de promover o fortalecimento

do sistema formador e do sistema de saúde, o DEGES também promove ações no sentido de

articular e integrar órgãos educacionais, entidades de classe e movimentos sociais. Essas

ações são norteadas pelos eixos estruturantes, que se seguem:

Educação Permanente em Saúde

Cooperação Técnica entre o Ministério da Educação e Ministério da Saúde na

Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Saúde

Fortalecimento da Atenção Primária em Saúde

Para implantar as políticas de formação e desenvolvimento dos profissionais do

setor, o Departamento tem intensificado parcerias com os Ministérios da Educação, de

Ciência e Tecnologia, das Comunicações, além das demais Secretarias do Ministério da

Saúde.

O DEGES desenvolve suas ações por meio de duas Coordenações Gerais:

Coordenação Geral de Ações Estratégicas e Coordenação Geral de Ações Técnicas em

Educação na Saúde. Possui ainda políticas transversais que se organizam em um eixo

estruturante, promovendo maior integração e sustentabilidade às políticas das duas

Coordenações Gerais.

a) COORDENAÇÃO-GERAL DE AÇÕES ESTRATÉGICAS EM EDUCAÇÃO

NA SAÚDE

Esta Coordenação se ocupa especificamente das políticas e ações relacionadas ao

ensino superior e aos profissionais com formação de nível universitário que atuam no SUS.

As ações desenvolvidas no decorrer de 2008 compreendem estratégias que

articulam formação, atenção, gestão e controle social em saúde, sistematizadas a seguir:

Por meio da Coordenação-Geral de Ações Estratégicas em Educação na Saúde, o

DEGES/SGTES vem apoiando, técnica e financeiramente, ações que se potencializam criando

sinergia, e que contemplam a ligação entre educação e trabalho, com a integração ensino -

SUS, caracterizada por estratégias que têm em perspectiva:

A mudança das práticas de formação e de atenção à saúde, do processo de

trabalho e da construção do conhecimento, a partir das necessidades dos

serviços;

Page 6: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

6

O incentivo e apoio às mudanças nos cursos de graduação na área da saúde e

implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN;

O fortalecimento da Atenção Básica em Saúde;

A Educação Permanente dos trabalhadores da área da saúde;

A relevância social da formação;

O aperfeiçoamento da atenção integral à saúde;

A qualificação da gestão;

O conceito ampliado de saúde;

A utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem; e

O trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar.

As ações executadas em 2008:

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde – PRÓ-

SAÚDE

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-SAÚDE

Participação no Grupo de Trabalho “Abertura de Cursos de Graduação na Área

da Saúde” da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos - CIRH, do Conselho

Nacional de Saúde – CNS

Hospitais de Ensino

Residências

Revalidação dos Diplomas de Brasileiros Formados na ELAM-CUBA

Participação no Grupo de Trabalho de Direito Sanitário do Ministério da Saúde

Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde – UNA-SUS

b) COORDENAÇÃO-GERAL DE AÇÕES TÉCNICAS EM EDUCAÇÃO NA

SAÚDE

A Coordenação Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde apresenta as ações

executadas no período de janeiro a dezembro de 2008 substanciadas nas Diretrizes para a

Educação Profissional em que são destaques:

Profissionalização dos trabalhadores do SUS por meio dos itinerários formativos;

Fortalecimento das ETSUS

Desenvolvimento de metodologias de formação e avaliação baseadas em

competência

Incentivo à formação docente – EAD

Desenvolvimento de estudos e pesquisas

Fortalecimento das instâncias formadoras e reguladoras nos estados e municípios

por meio da educação permanente

Mestrado Profissional

Page 7: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

7

Projeto de Pesquisa nas ETSUS

Formação Pedagógica para os docentes das demais categorias profissionais

Educação permanente para profissionais de nível médio

O projeto piloto para Cuidadores de Idosos.

Ações desenvolvidas:

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE

Em continuidade a implementação da Política Nacional de Educação Permanente

em Saúde, conforme Portaria nº 1996/2007, o DEGES/SGTES adotou a estratégia de atender

às demandas estaduais de apoio técnico para execução da Política.

O DEGES/SGTES participou de oficinas de trabalho e reuniões técnicas em 17

estados, conforme tabela abaixo:

UF Evento Nº de Participantes

AL Oficina equipe técnica da SES 80

AM Oficina estadual (2) 160

AP Oficina estadual 60

BA Oficina equipe técnica da SES 60

CE Oficina estadual (2) 120

MA Reunião equipe técnica RH da SES 40

MG Reunião equipe técnica da SES e ESP 40

MS Oficina estadual 80

PA Oficina com a equipe técnica RH da SESPA 40

PB Oficina equipe técnica da SES 120

PE Reunião equipe técnica da SES 06

PI Oficina estadual 80

RJ Seminário CIES/CIB 300

RN Reunião equipe técnica da SES 20

RO Oficina estadual 80

RS Oficina estadual 200

SC Reunião Fórum CIES 30

TO Oficina com a equipe técnica da SES 30

Destacam-se como principais avanços na implementação da Política Nacional de

Educação Permanente em Saúde, no ano de 2008:

Maior autonomia dos estados na gestão dos recursos financeiros;

Agregação do eixo educação em saúde ao planejamento das ações de atenção e

assistência a saúde;

Elaboração dos Planos Estaduais de Educação Permanente em Saúde com a

participação mais efetiva dos gestores municipais e estaduais; e

Ênfase na identificação das necessidades de formação e qualificação baseadas

Page 8: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

8

nos diagnósticos de saúde locais e regionais.

No segundo semestre de 2008, o DEGES/SGTES solicitou dos estados um

levantamento da implementação da Política de Educação Permanente em Saúde, com enfoque

nas ações, metas físicas, potencialidades e dificuldades, visando o acompanhamento do

desempenho dos estados em relação a esta Política.

A partir deste levantamento foi apresentado e pactuado em reunião da CIT,

realizada no dia 30 de outubro de 2008, proposta de repasse de recursos financeiros para

atender às novas ações de Educação Permanente em Saúde.

Os recursos financeiros a serem aplicados no ano de 2009 foram repassados com

base nos Planos Estaduais de Educação Permanente em Saúde para o desenvolvimento de

ações de formação e qualificação dos trabalhadores do SUS, conforme Portaria nº 2.813, de

20 de novembro de 2008 totalizando R$ 85 milhões, repassado Fundo a Fundo, em parcela

única, aos estados e municípios, conforme tabela abaixo:

UF

EDUCAÇÃO

PERMANENTE

(R$)

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

(R$)

Acre 1.423.348,19 2.081.382,25

Alagoas 1.445.893,14 2.065.561,63

Amapá 1.073.945,58 1.605.392,72

Amazonas 903.568,24 1.290.811,78

Bahia 1.534.755,45 2.192.507,78

Ceará 1.425.130,10 2.035.900,14

Distrito Federal 515.390,00 244.650,00

Espírito Santo 1.213.734,65 849.614,26

Goiás 907.579,54 1.296.542,20

Maranhão 1.475.122,50 2.107.317,86

Mato Grosso 1.005.667,28 1.436.667,54

Mato Grosso do Sul 962.955,35 1.375.650,49

Minas Gerais 1.700.747,60 2.429.639,42

Pará 1.073.945,58 1.534.207,98

Paraíba 1.417.634,40 2.025.192,02

Paraná 1.193.919,43 1.705.599,19

Pernambuco 1.263.503,18 1.805.004,55

Piauí 1.319.263,66 1.884.662,38

Rio de janeiro 1.492.662,97 2.132.375,69

Rio Grande do Norte 1.465.190,45 2.093.129,22

Rio Grande do Sul 1.183.405,78 1.690.579,68

Rondônia 1.036.207,58 1.480.296,55

Roraima ------ ------

Santa Catarina 1.139.197,55 1.427.565,84

São Paulo 2.844.975,71 4.064.251,02

Sergipe 1.739.916,50 2.485.595,00

Tocantins 1.197.740,15 1.711.057,36

TOTAL 33.955.400,56 47.051.154,55

Page 9: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

9

O monitoramento da política, no âmbito nacional, no ano de 2009, deverá ter

como base alguns marcadores-chave:

Definição da regionalização para a Educação na Saúde, seguindo os mesmos

princípios da regionalização apresentada no Pacto pela Saúde;

Instituição dos Colegiados de Gestão Regional e das Comissões de Integração

Ensino-Serviço;

Elaboração dos Planos Regionais de Educação Permanente em Saúde a partir

dos diagnósticos de saúde das locorregiões;

Termo de Compromisso de Gestão Estadual e Municipal; e

Relatórios Estaduais de Gestão.

COMISSÃO INTERMINISTERIAL DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE

Subcomissão de Estudos e Avaliação das Necessidades de Médicos Especialistas

Em 18 de setembro de 2007, houve a instalação, pelos ministros da Saúde, José

Gomes Temporão, e da Educação, Fernando Haddad, da Comissão Interministerial de

Gestão da Educação na Saúde, regulamentando o disposto no Artigo 200 da Constituição

Federal, no que se refere à ordenação da formação dos profissionais da saúde, em

conformidade com as políticas nacionais de educação e saúde, e com os princípios e diretrizes

do SUS.

Conforme previsto no Artigo 4º, inciso 1º, do Decreto que cria a Comissão, a

SESu/MEC e a SGTES/MS, por meio da Portaria Conjunta nº 1, de 23 de outubro de 2007,

instituíram a Subcomissão de Estudo e Avaliação das Necessidades de Médicos

Especialistas no Brasil .

Esta Subcomissão, em janeiro de 2008, iniciou seus trabalhos, num primeiro

momento, fazendo uma análise das principais pesquisas encomendadas pelos ministérios

sobre o tema e, através de dados secundários, verificou a distribuição de médicos especialistas

no país e dos programas oferecidos de formação na modalidade Residência Médica. A

Subcomissão também se reuniu com o Secretário Executivo da CNRM e com membros do

Conass e do Conasems, com o objetivo de construir propostas de consenso.

Com isso, a Subcomissão ao analisar a distribuição de médicos especialistas no

país, notou graves desequilíbrios regionais na oferta, sinalizando para uma situação de

suboferta ou escassez de médicos em algumas especialidades nas diversas regiões do país.

Os estudos também confirmaram uma importante transição sociodemográfica e

epidemiológica no país com características marcadas por fortes contrastes regionais e

municipais, em contraste com a escassez de algumas especialidades em geral, e em particular,

de médicos especialistas de áreas relacionadas a este novo cenário. Alguns estudos

preliminares realizados junto aos gestores de saúde, e também analisados por esta

Subcomissão, identificaram reiterados depoimentos apontando sérias dificuldades para

contratação e reposição em determinadas especialidades médicas, a exemplo da

Anestesiologia, da Neurocirurgia, da Psiquiatria, da Medicina de Família e Comunidade, entre

outras.

Page 10: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

10

No que diz respeito à formação nas especialidades médicas, concluiu-se que há

uma distribuição bastante irregular das vagas dos programas de Residência Médica oferecidas

no país. Tal distribuição acompanha, na maioria dos casos, a distribuição dos vínculos dos

médicos especialistas nas regiões, mostrando sempre uma grande concentração nas regiões de

maior desenvolvimento econômico. E outra importante constatação também se refere ao fato

de que há diversos municípios em todas as regiões do país que têm estrutura física

(capacidade instalada) para receber programas de formação, tanto em áreas básicas, quanto

nas especialidades, mas que ainda não os têm.

Com esta análise, em 8 de julho de 2008 foi realizada a 2° Reunião da Comissão

Interministerial da Gestão da Educação na Saúde (CIGES), com a presença dos Ministros da

Educação e da Saúde, além dos demais membros da Subcomissão. Nesta reunião, realizada

em Brasília, foi apresentado o 1° Relatório de Atividades da Subcomissão de estudos e

avaliação das necessidades de médicos especialistas. O relatório foi aprovado por toda a

Comissão, que considerou as propostas iniciais feitas pela Subcomissão como imprescindíveis

e urgentes para o enfrentamento deste problema tão complexo. Entre elas, destacam-se:

a) Dimensionamento da Residência Médica no Brasil;

b) Formação de Grupos de Trabalho em áreas estratégicas;

c) Identificação das necessidades loco-regionais pelos Colegiados de Gestão

Regional (CGR) e Comissões Intergestores Bipartite (CIBs), em articulação com as

Comissões Estaduais de Residência Médica (CEREMs);

d) Certificação e Contratualização com os Hospitais de Ensino como instrumento de

indução; e

e) Política de fixação de profissionais egressos de RM em áreas estratégicas.

Dando prosseguimento às propostas apresentadas na 2° Reunião da CIGES, a

Subcomissão realizou diversas reuniões no início do segundo semestre de 2008, com o

objetivo de propor um cronograma de atividades para o vigente ano. Consideraram-se então

como prioridades a serem trabalhadas pela Subcomissão, a formação imediata de grupos de

trabalho em algumas especialidades e a formação de um grupo para a discussão sobre

Sistemas e fluxos para planejamento de Recursos Humanos, em especial junto a gestores do

Sistema Único de Saúde. Foram consideradas inicialmente para formação de Grupos de

Trabalho (GT) as seguintes áreas: Cancerologia, Geriatria, Medicina Intensiva,

Psiquiatria, Pediatria (Neonatologia) e Medicina de Família e Comunidade.

Para tanto, foi realizada uma reunião denominada “Propostas para o

enfrentamento das necessidades de formação de médicos especialistas”, nos dia 23 e 24 de

setembro de 2008, na cidade de Brasília. Para o evento foram convidadas as Sociedades das

seis especialidades no sentido de colaborarem na discussão sobre a distribuição da

especialidade no país e atuais mecanismos de capacitação na área. Foram também convidadas

as áreas técnicas afins do Ministério da Saúde para exposição das prioridades e principais

desafios, além das entidades médicas (CFM e AMB), Comissão Nacional de Residência

Médica (CNRM), representantes dos gestores municipais e estaduais (CONASEMS e

CONASS) e de gestores da Saúde Suplementar (ANS). Durante o evento houve a

apresentação do primeiro relatório de atividades da Subcomissão e de dados mais precisos

relacionados às Residências Médicas das especialidades anteriormente citadas.

Page 11: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

11

Em outubro de 2008, o Ministério da Saúde recebeu ofício da Associação Médica

Brasileira (AMB) informando a constituição de grupo de trabalho para avaliar as necessidades

de médicos especialistas, composto pela AMB, Conselho Federal de Medicina (CFM) e

Sociedades de especialidades (Cancerologia, Geriatria, Psiquiatria, Medicina Intensiva,

Pediatria, Neonatologia e Medicina de Família e Comunidade).

A Subcomissão privilegiou, então, a organização de dados já coletados pelas

Estações das Redes de Observatórios de Recursos Humanos (OPAS-OMS) e a encomenda de

novas pesquisas na área para um mapeamento mais detalhado do quadro durante este período.

Também como atividade realizada no 2° semestre, a Subcomissão buscou analisar

com maior detalhamento a Resolução nº 4/2005, da Comissão Nacional de Residência

Médica, que prevê a constituição de intercâmbios interinstitucionais para formação de

médicos especialistas entre áreas com expertise na formação e áreas com carência destes

profissionais. Este trabalho encontra-se, atualmente, em desenvolvimento.

TELESSAÚDE BRASIL – Programa Nacional de Telessaúde

O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Gestão da Educação na

Saúde apóia desde 2006 a implantação do Projeto Piloto Nacional de Telessaúde, com o

objetivo de melhorar o atendimento no nível primário de saúde no SUS, usando tecnologias

de informação e comunicação para fomentar a teleducação e teleassistência, criando um

modelo assistencial-educacional. Foram criados nove núcleos universitários nos estados do

Amazonas, Ceará, Goiás, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul, responsáveis pela implantação de 100 pontos de telessaúde em

seu estado.

Desenvolvimento do Projeto em 2008

1. A partir de janeiro de 2008, teve início o segundo ano de implantação do projeto piloto de

telessaúde com a renovação por mais um ano da Carta Acordo dos nove Núcleos

integrantes do Projeto Piloto, visando possibilitar a conclusão de implantação dos 900

pontos previstos pelo projeto.

2. Também foi viabilizado novo repasse de recursos para a BIREME/OPAS, visando a

continuidade do Portal do Telessaúde Brasil. O Portal está em operação regular, com

atualização diária, trazendo notícias em atenção primária, telessaúde e telemedicina, sendo

um portal de acesso a publicações científicas nessas áreas.

3. Com a finalização das Cartas Acordo no início de 2009, o Ministério da Saúde viabilizou

novos repasses de recursos por meio de convênios com as Universidades integrantes do

projeto piloto, visando a manutenção, expansão do projeto e capacitação dos profissionais

de saúde e educação para o Programa de Saúde na Escola - PSE. Como parte da expansão

do Programa Nacional de Telessaúde, previsto para 2009, também foi firmado convênio

com a Secretaria Estadual de Saúde do Acre, para implantação de mais um Núcleo de

Telessaúde na região Norte.

4. O contrato para implantação dos 32 pontos de conexão em diversas instituições nos

estados não contemplado pelo Projeto piloto, realizado entre o Ministério da Saúde e a

Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - RNP do Ministério da Ciência e Tecnologia foi

prorrogado até 31 de dezembro de 2008, visando concluir a instalação dos enlaces,

Page 12: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

12

aquisição e distribuição dos equipamentos e capacitação técnica em videoconferência.

Com a conclusão desta 1ª etapa, estamos viabilizando um Termo de Cooperação técnica

com o Ministério da Ciência e Tecnologia para dar continuidade as atividades a serem

desenvolvidas pelos pontos com apoio dos Núcleos de Telessaúde.

5. Os grupos de trabalho criados para dar suporte e padronização ao projeto continuaram

suas atividades em 2008:

GT de Tecnologia

Após o suporte prestado aos Núcleos na aquisição dos recursos tecnológicos para

implantação do projeto, o grupo vem subsidiando o GT de Avaliação, no sentido de propor e

especificar recomendações mínimas tecnologias para serem usados nos pontos de telessaúde

(como o computador e notebook da saúde adotado por alguns núcleos), características para

ambientes de videoconferências, análise de soluções de webconferências, e a construção de

sistemas unificados e integrados de informações dos Núcleos. Atualmente está sendo testado

o instrumento do FormSUS disponibilizado pelo DATASUS para inclusão dos relatórios da

linha base elaborado pelo GT de avaliação. Foi ainda criado o Portal de vídeo streaming com

disponibilização de 6 eventos sobre Saúde da Família e 35 videoconferências de planejamento

do Projeto de Telessaúde e dos GT

GT de Conteúdos

Este grupo foi criado com o objetivo de elaborar material educacional de

motivação e treinamento de profissionais das ESF, gerando participação ativa desses

profissionais, principalmente buscando a qualificação, disponibilização de materiais

interativos prevenção de doenças e informações relacionadas à atenção primária de saúde.

O desenvolvimento dos multimeios de comunicação conta com as áreas de

medicina, enfermagem, odontologia, nutrição e fonoaudiologia,, permitindo aos profissionais

do Programa de Saúde da Família ter mais acesso e interagir com as universidades.

Inicialmente, foram aprovados os seguintes temas para serem desenvolvidos e

disponibilizados no Telessaúde: Diabetes, Hipertensão Arterial Sistêmica, Câncer de Colo

Uterino, Câncer de Mama, Desnutrição Infantil, Hanseníase, Malária, Diagnóstico

Oftalmológico, Doenças Respiratórias, Eletrocardiograma, Tuberculose, Dependência de

Álcool, Procedimentos Básicos em Cirurgia Ambulatorial e Orientações sobre Saúde e

Higiene Oral.

Foram desenvolvidas 40 seqüências do Homem Virtual (seqüências sobre saúde,

baseado em computação gráfica 3D) que foram disponibilizados para núcleos e centros que

encaminharam solicitações para o DEGES/Ministério da Saúde. Alem disso, outros conteúdos

foram elaborados:

Elaboração de conteúdos para implementação de ambiente educacionais no

Cybertutor em:

a. Medicina: 20 assuntos

b. Telemedicina: 15 assuntos

c. Odontologia: 13 assuntos

d. Enfermagem: 5 assuntos

e. Fonoaudiologia: 2 assuntos

Page 13: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

13

f. Nutrição: 1 assunto

g. Fisioterapia: 1 assunto

h. Saúde Mental: Álcool

Desenvolvimento de unidades de conhecimentos (vídeos dirigidos para fins

educacionais)

i. Vídeo de planejamento de visita domiciliária.

j. Vídeo sobre Diabetes.

k. Vídeo sobre Telessaúde Brasil e Computador da Saúde.

l. Vídeo sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis.

m. Vídeo do Olhar Brasil

n. Vídeos para PROFAE

Foi desenvolvido ainda um curso de treinamento em Telemedicina, com carga

programática equivalente a 60 horas, incluindo aspectos gerais de telemedicina,

telepropedêutica, máquina fotográfica digital, videoconferência, tecnologias portáteis e sem

fio, media training, teleducação interativa, ética, entre outros.

Em atividade com Bireme foi elaborado um modelo para registro e indexação de

materiais educacionais interativos, baseados em tecnologia.

GT de Avaliação

Durante o ano de 2008 o GT Avaliação trabalhou no desenvolvimento dos

indicadores para avaliação do projeto. A proposta de avaliação foi dividida em três fases:

linha de base, avaliação fundamental (monitoramento) e avaliação ampliada (avaliação de

impacto sobre resultados em saúde e orientação à APS).

O instrumento de avaliação contém informações sobre os recursos físicos

existentes nos pontos implantados (municípios/UBS) e sobre a produção de serviços, prévios

ao investimento. O registro dessas informações, que constitui o diagnóstico inicial, foi

denominado Linha de Base. Elas são essenciais como parâmetros para avaliação do

resultado/impacto do investimento realizado pelo Projeto Piloto. Em 2008 os indicadores da

linha de base foram definidos e aplicados pelos Núcleos. Atualmente os dados obtidos estão

sendo consolidados pelos Núcleos, Os indicadores de processo, também definidos, começam

a ser aplicados.

GT de Regulação

O GT Regulação, foi criado com o objetivo de estabelecer sistemática para acesso

a serviços de referência pelo especialista de Atenção Primária em Saúde (teleassistencia),

possibilitando a otimização do sistema de saúde (busca dentre a diversidade de recursos

existentes, aquele mais apropriado para o cuidado ao paciente), identificação das situações

particulares de cada local, entre outros.. Seguindo os princípios da Regulação Médica das

Urgências, operada pelas Centrais de Atendimento do SAMU, o GT Regulação apresentou a

proposta para a Regulação da APS. O GT Regulação foi o último a ser criado e esta proposta

está em processo de discussão com a equipe de profissionais envolvidos com a APS no

Telessaúde.

Page 14: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

14

Articulação com as Escolas Técnicas do SUS – ETSUS, visando promover sua

integração com os Núcleos de Telessaúde, por meio de uma Nota Técnica que formaliza a

inserção. Os principais pontos definidos foram:

Intensificação do processo de articulação entre as Escolas Técnicas do SUS – ETSUS

e os Núcleos de Telessaúde para o desenvolvimento de ações conjuntas. Para tanto,

esse tema foi discutido na 7ª Reunião Geral da Rede de Escolas Técnicas do SUS, em

Cuiabá (MT), no período de 11 a 13 de junho de 2008 na qual participaram as 36

ETSUS e representantes de Núcleos de Telessaúde dos estados do AM, CE, PE, MG,

RJ. A implantação desses pontos está sendo viabilizada pela RNP e se encontra em

fase de distribuição e instalações dos equipamentos.

Os técnicos de informática das Escolas Técnicas do SUS, nos estados de AL, AC, MS,

RR, MT e SE receberam treinamento da equipe da RNP, em Brasília em novembro de

2008. Também as Escolas receberam equipamentos de informática e conexões para o

desenvolvimento das ações de Telessaúde.

Em outubro de 2008 o DEGES realizou uma reunião de trabalho em que participaram

representantes das 36 ETSUS, Comitê Executivo de Telessaúde e representantes dos

Núcleos de PE, GO, SC, CE, MG. Na oportunidade foram discutidas as questões

referentes as ações a serem desenvolvidas durante o biênio 2008/2009, tendo por base

as demandas e necessidades loco regionais.

As ETSUS do Ceará, Montes Claros, Rio de Janeiro e Sergipe apresentaram o Plano

de Trabalho em resposta a reunião realizada em Brasília. Destacam-se nesses planos, o

desenvolvimento de Fóruns de discussões para os coordenadores e instrutores de

Cursos realizados pelas escolas, sobre Educação Profissional em Saúde e Educação

Permanente, bem como, o empenho das escolas na elaboração de conteúdos e

materiais didáticos para uso em processo de capacitação de profissionais de nível

médio com uso de modernas tecnologias.

Integração do Telessaude com outros programas da SGTES: foi feita uma

avaliação dos pontos de interessecção com outros projetos como UNASUS e Pró-Saúde e um

planejamento para a inclusão desses dessas propostas nas visitas aos Núcleos em 2009.

Um protocolo de visitas e encaminhamento aos Núcleos foi criado, assim como

um e-mail próprio: [email protected]

Monitoramento do Projeto Piloto de Telessaúde. Durante o ano de 2008 foram

realizadas diversas reuniões com o Comitê Executivo e os Coordenadores dos nove Núcleos,

para qualificar o processo de implantação e manutenção dos pontos.

No período de 24 de março a 11 de abril de 2008, foram realizadas reuniões

presenciais na SGTES com todos os Núcleos, estando presentes os coordenadores e gerentes

administrativos (exceção de São Paulo e Pernambuco). As reuniões consistiram

sistematicamente em duas partes: (i) discussão financeira: prestação de contas,

remanejamento de rubricas e acertos de forma geral nas planilhas orçamentárias, com a

participação da CGPlan e (ii) discussão técnica: implantação do Projeto e atividades de

teleassistência e teleducação desenvolvidas. Foi também criado um instrumento de

monitoramento para coleta mensal das informações das atividades de implantação,

teleassistência e teleducação desenvolvidas pelos Núcleos, sendo sistematicamente

consolidadas pelo DEGES, visando subsidiar o Ministério da Saúde na implementação das

Page 15: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

15

políticas públicas de telessaúde. Como resultado desse trabalho o ano de 2008 encerra-se com

os seguintes indicadores principais:

Projeto Nacional de Telessaúde

Status Implantação do Projeto

895

729 698591

660

2.960

Pontos Selecionados Pontos Visitados Pontos Treinados Municípios em

Funcionamento

Pontos em

Funcionamento

Equipes de Saúde da

Família Beneficiadas

99%81% 78% 73%

Janeiro 2007 a Dezembro 2008

110%

Figura 1. Status da Implantação do Projeto Nacional de Telessaúde em dezembro 2008

99% dos pontos estão selecionados e 73% em funcionamento. A meta inicial de 2.700 equipes

de saúde da família beneficiadas foi alcançada e ultrapassada. A figura 2 mostra a evolução

dos pontos em funcionamento: um importante crescimento nos primeiros meses do ano,

decrescendo na fase final.

Projeto Nacional de Telessaúde

Pontos em Funcionamento por Núcleo

26

61

96 98

49

38

90

100 102

Amazonas Ceará Goiás Minas

Gerais

Pernambuco Rio de

Janeiro

Rio Grande

do Sul

Santa

Catarina

São Paulo

660Valor Acumulado:

Page 16: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

16

Figura 2. Pontos de telessaúde em funcionamento por Núcleo em dezembro de 2008.

Projeto Nacional de Telessaúde

Equipes de Saúde da Família Beneficiadas por Núcleo

476

720

427

269

145114 125

266

418

Amazonas Ceará Goiás Minas

Gerais

Pernambuco Rio de

Janeiro

Rio Grande

do Sul

Santa

Catarina

São Paulo

2.960Valor Acumulado:

Figura 3. Número de equipes de saúde da família beneficiadas por núcleo em dezembro de

2008.

O número de atividades de teleassistencia desenvolvidas pelo Projeto até dezembro de 2008.

Foram 2.790 teleconsultorias ou segundo opiniões formativas e 67.459 exames de apoio,

representados em sua maioria por eletrocardiogramas.

Projeto Nacional de Telessaúde

Status Atividades de TeleAssistência

2.790

67.459

Segunda Opinião Formativa Exames de Apoio

Page 17: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

17

Projeto Nacional de Telessaúde

Média mensal 2008

Teleconsultoria por Ponto em funcionamento

5,44

0,470,33

0,93

0,200,01

0,77

0,240,38

Amazonas Ceará Goiás Minas Gerais Pernambuco Rio de Janeiro Rio Grande do

Sul

Santa Catarina São Paulo

Figura 4. Atividades de teleconsultoria desenvolvidas pelos núcleos até dezembro de 2008.

Projeto Nacional de Telessaúde

Segunda Opinião Formativa por Núcleo

356

152196

1.017

93

1

658

159 158

Amazonas Ceará Goiás Minas Gerais Pernambuco Rio de Janeiro Rio Grande do

Sul

Santa Catarina São Paulo

Valor Acumulado: 2.790

Page 18: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

18

Projeto Nacional de Telessaúde

Segunda Opinião Formativa por Núcleo

356

152196

1.017

93

1

658

159 158

Amazonas Ceará Goiás Minas Gerais Pernambuco Rio de Janeiro Rio Grande do

Sul

Santa Catarina São Paulo

Valor Acumulado: 2.790

Figura 5. Número de segunda opinião formativa por núcleo até dezembro de 2008.

Projeto Nacional de Telessaúde

Atividades de Teleducação por Núcleo

188

39

9

57

79

43

0

42

151

Amazonas Ceará Goiás Minas Gerais Pernambuco Rio de Janeiro Rio Grande do

Sul

Santa Catarina São Paulo

Valor Acumulado: 608

Figura 6. Atividades de Teleducação desenvolvidas pelos núcleos até dezembro de 2008. O

número de atividades de teleducação desenvolvidas por todos os núcleos, sendo 55 cursos e

553 palestras.

Page 19: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

19

Membros da equipe técnica do DEGES e do Comitê Executivo visitaram alguns núcleos em

2008 para acompanhamentos das atividades e discussão dos pontos críticos, como Amazonas

e Goiás.

Visita de países da América Latina.

Como atividade do Projeto Eurosocial Saúde, Intercâmbio V.I Las Tecnologías de

Información y Comunicación (TIC) aplicadas a la Atención Primaria de Salud (APS) en

Zonas Remotas, Aisladas y/o Marginadas, foi realizada em fevereiro de 2008 visita de

representantes dos Ministérios de Saúde de países latino-americanos ao Brasil para troca de

experiências na utilização de TICs na saúde, em especial a telessaúde. Foram visitados os

núcleos de Minas Gerais e São Paulo, mas todos apresentaram seus trabalhos por

videoconferência. Participaram dessa visita representantes do México, Costa Rica, Panamá,

Equador, Paraguai, Chile, Argentina, Colômbia, além da Espanha e Itália.

Atividades científicas

Apresentação em congressos internacionais, com trabalho completo nos anais:

1. FIGUEIRA, R.M.; ALKMIM, M.B.M.; RIBEIRO, A.L.P.; PENA, M.; CAMPOS,

F.E. Implementation and Maintenance Costs for a Telehealth System in Brazil. Med-e-

Tel 2008 The International Educational and Networking Forum for eHealth,

Telemedicine and Health ICT Global Telemedicine and eHealth Updates: Knowledge

Resources. Vol 1, 2008, p 354-358. Editors: Malina Jordanova, Frank Lievens. ISSN

1998-5509.

Projeto Nacional de Telessaúde

Status Geral Atividades de Teleducação

55

553

Cursos Palestras

Valor Acumulado: 608

Page 20: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

20

2. HADDAD, A.E.; ALKMIM, M.B.M.; WEN,C.L.; ROSCHKES,S. The

Implementation Experience of the National Telehealth Program in Brazil. Med-e-Tel

2008 The International Educational and Networking Forum for eHealth, Telemedicine

and Health ICT Global Telemedicine and eHealth Updates: Knowledge Resources.

Vol 1, 2008, p 365-369. Editors: Malina Jordanova, Frank Lievens. ISSN 1998-5509.

Apresentação em eventos nacionais e internacionais:

1. Curso de Especialização em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde da

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Ministério da Saúde,

Brasília, São Paulo e Recife. Aula Telessaúde aplicado à Atenção Básica: a

capacitação das equipes de saúde da família e a resolubilidade na atenção básica.

2. Oficina de Telessaúde do CONASEMS, Telessaúde: Potencializando a Resolutividade

da Atenção Básica, Belém, Pará, abril 2008. Palestra Estágio de Desenvolvimento da

Telessaúde na América Latina.

3. X Annual International Telemedicine School, Maio 2008, Moscou. Palestra por

videoconferência “Brazilian Telehealth Experience”.

4. IX Workshop da RNP, Rio de Janeiro, maio 2008. Participação dos núcleos Rio de

Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais.

5. ICT 2008, Lyon, Novembro 2008. Demonstração prática por videoconferência dos

núcleos Amazonas, Santa Catarina e Minas Gerais.

Participação em eventos internacionais:

1. Conferência Ministerial sobre a Sociedade da Informação eLAC2007, El Salvador,

fevereiro 2008.

2. Taller para el Diseno de Proyectos Piloto: las Técnicas de Información y

Comunicación aplicadas a la Atención Primaria en Salud, em Bogotá, Colombia,

novembro 2008.

3. Congresso no Canadá

Encontra-se em vias de ser assinado um Memorando de Entendimento entre o

Ministério da Saúde do Canadá e o Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil

para Colaborar no Setor de Saúde. Entre as áreas priorizadas, estão: recursos humanos em

saúde, saúde das populações indígenas, atenção primária em saúde e telessaúde.

Por meio desse Memorando de Entendimento os dois governos concordam em

incentivar e facilitar a aprovação de contatos mutuamente aceitáveis, intercâmbios e

cooperação entre as agências governamentais, instituições de saúde, especialistas, cientistas e

profissionais da área da saúde, mediante a troca de informação, experiências adquiridas e

melhores práticas, por meio da participação em congressos, reuniões, conferências e

simpósios, em ambos os países; bem como intercâmbio de cientistas, clínicos e outros

profissionais da saúde; a cooperação entre as associações e instituições da saúde e a

cooperação entre instituições de pesquisa de ambos os países em assuntos selecionados

mutuamente.

Page 21: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

21

Nesse sentido, após reunião com a delegação canadense no último dia 04 de

agosto de 2008, segunda-feira, das 9h00 às 18h00, no Auditório Emílio Ribas, o Ministério da

Saúde do Canadá, por intermédio da Dra. Debra Gillis, Diretora da Divisão de Atenção

Primária das Comunidades Indígenas do Canadá (First Nations and Inuit) formalizou o

convite para que a Delegação Brasileira participasse da Conferência anual da Sociedade

Canadense de Telessaúde (CST - Canadian Society of Telehealth), realizada na cidade de

Ottawa, província de Ontário, Canadá, no período de 4 a 7 de outubro, com o apoio da

Sociedade Internacional para Telemedicina e e-Saúde (ISfTeH - International Society for

Telemedicine and e-Health).

A participação do Brasil teve por objetivo fazer com que o Brasil conhecesse a

experiência canadense e que o Canadá, por sua vez, também pudesse conhecer a experiência

brasileira em telessaúde e saúde indígena, buscando encontrar o melhor foco para o

desenvolvimento de ações de cooperação.

Bellagio

“Making the eHealth Conection” envolveu uma série de 4 semanas de

conferências com o objetivo de promover a ampla compreensão internacional e incentivar o

pensamento criativo em torno da agenda global em eHealth (eSaúde ou Telessaúde), para

estabelecer princípios comuns no enfrentamento dos desafios de ordem política,

organizacional, técnica, legal, de financiamento e sustentabilidade; promover o

reconhecimento sobre a importância da interoperabilidade e estabelecer padrões em eHealth

para o setor público e privado, explorando as possibilidades de colaboração para uma parceria

global sustentável em eHealth.

Na quarta semana, o tema foi “Política e Mercados para eHealth” , o subtema

“Destrancando o mercado para eHealth”foi coordenado pelo Public Health Institute e o

subtema “Políticas Nacionais em eHealth”, do qual participamos repreentando o Ministério da

Saúde do Brasil, pela World Health Organization (WHO). A eHealth desponta, cada vez mais,

como estratégia de aperfeiçoamento dos sistemas de saúde no mundo. Mas permanecem

incertezas sobre o financiamento e os incentivos para a sua sustentabilidade. A conferência

debateu as oportunidades para o setor privado e as parcerias público-privadas no Hemisfério

Sul. Desafios políticos comuns nos diferentes países para a implementação global da eHealth

foram discutidos, apontando-se para a necessidade da ação coordenada entre os atores no

nível local, nacional, regional e global, com o objetivo de alcançar o alinhamento político para

a ação. A conferência teve por objetivo definir um novo processo para o desenvolvimento da

eHealth nos países, identificar diferentes modelos de regulação para a infra-estrutura em

eHealth no âmbito nacional e global, e traçar um plano de ação para os próximos 5 anos.

No momento em que o Brasil encontra-se numa fase adiantada de implantação do

Telessaúde Brasil, com o objetivo de oferecer a 2ª opinião formativa às Equipes de Saúde da

Família, implementando uma série de ações para o estabelecimento e a consolidação de uma

política de telessaúde aplicada às necessidades do SUS, a participação no “Making the

eHealth Conection” teve importância decisiva, nos permitindo:

- conhecer a realidade da eHealth em vários outros países, as preocupações e

principais elementos que deverão compor as diretrizes globais para esta área;

- obter os dados e as informações necessários para uma análise situacional política

de eHealth no Brasil, os avanços já alcançados e os desafios a serem enfrentados;

Page 22: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

22

- o estabelecimento efetivo de conexões, facilitando o engajamento do Brasil na

ação global de desenvolvimento da eHealth (ou Telessaúde).

Avaliação dos Custos

O projeto “Análise da Gestão Financeira de Serviços de Telessaúde Aplicados na

Atenção Básica” foi proposto para quantificar financeiramente a relação entre custo e

benefício de projetos de telessaúde aplicados a atenção básica, com foco na (i) assistência e

(ii) capacitação de equipes clínicas em 33 municípios das regiões Norte e Nordeste de Minas

Gerais, onde o Projeto Nacional de Telessaúde foi implantado. Para a análise da viabilidade

econômica das atividades assistenciais de telessaúde na atenção básica utilizou-se duas

abordagens:

1. Visto que o objetivo da aplicação assistencial da telessaúde na Atenção Básica é reduzir o

número de encaminhamentos de pacientes a outros níveis de atenção à saúde, determinou-

se o custo das atividades de telessaúde e os gastos municipais com esses

encaminhamentos. Dessa maneira foi possível calcular a redução do número de

encaminhamentos necessária para cobrir os custos de manutenção dessas atividades.

2. Comparou-se o custo das atividades de assistência na atenção básica para duas

alternativas: à distância, via sistema de telessaúde, e pela via convencional, isto é,

atendimento presencial. Tanto no atendimento presencial quanto no atendimento a

distância existe uma consulta presencial prévia que pode resultar em um encaminhamento

ou uma segunda opinião à distância. Para fins desse estudo não se considerou o custo da

consulta prévia presencial, mas somente o custo do encaminhamento e o custo da segunda

opinião a distância.

Os resultados das duas abordagens, referentes aos 33 municípios das regiões

Norte e Nordeste de Minas Gerais, permitem concluir dois pontos importantes:

I. O custo do atendimento presencial na atenção básica, representado nesse estudo como

o custo do encaminhamento, é cerca de 8 vezes maior que o custo da segunda opinião

a distância.

II. A redução em média de 5 encaminhamentos/município/mês, ou 1,5 % dos

encaminhamentos que podem ser impactados pelo sistema de telessaúde, é suficiente

para cobrir os custos das atividades de telessaúde.

Page 23: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

23

Um resumo desses resultados é mostrado na tabela a seguir:

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11 1: 8

79%

83,39

10,14

5

435,74

134

451

51

357

Distância média dos encaminhamentos (km)

Número médio mensal total de encaminhamentos por município

Custo médio do encaminhamento (R$)

Número médio mensal de encaminhamentos por 1.000 habitantes

Número médio mensal de encaminhamentos potencialmente impactáveis

pela telessaúde(1)

por município

% de encaminhamentos potencialmente impactáveis pela telessaúde por

município

Custo médio das atividades de telessaúde (R$)

(1) Encaminhamentos potencialmente impactáveis pela telessaúde: consultas e procedimentos

Custo mensal de manutenção do Sistema de Telessaúde (R$/município)

Redução média do número mensal de encaminhamentos necessária para

cobrir o custo de operação do sistema (8/6)

Percentual médio de redução dos encaminhamentos (9/4)

Relação custo atividades de telessaúde/custo do encaminhamento (7/6)

1,5%

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde - PRÓ-SAÚDE

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde (SGTES) e o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação

Superior (SESU) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(INEP), instituíram por meio da Portaria Interministerial n 2.101 de 03 de novembro de 2005,

o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde). A

estrutura do Programa contempla uma Comissão Executiva, uma Comissão Assessora e um

Conselho Consultivo. Cabe à Comissão Executiva administrar o programa e criar mecanismos

para garantir o adequado apoio técnico e avaliação do desenvolvimento dos projetos

aprovados. A Comissão Assessora tem como atribuição selecionar, acompanhar e avaliar o

desenvolvimento desses Projetos e o Conselho Consultivo atua como instância consultiva.

O objetivo geral do Programa é apoiar as transformações do processo de

formação, geração de conhecimentos e prestação de serviços à população, para uma

abordagem integral do processo de saúde-doença. O Pró-Saúde desenvolve-se na perspectiva

de que a reorientação da formação ocorra simultaneamente em distintos eixos (orientação

teórica, cenários de prática e orientação pedagógica) rumo à integração entre Instituições de

Educação Superior (IES) e serviço público de saúde, com reflexos na formação dos

Page 24: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

24

trabalhadores de saúde, na produção do conhecimento e na prestação de serviços, com vistas

ao fortalecimento do SUS.

Inicialmente, três áreas foram contempladas no Pró-Saúde – Medicina,

Enfermagem e Odontologia, considerando a Estratégia Saúde da Família. Foram selecionados,

por meio de edital público, 90 cursos, com impacto sobre aproximadamente 46 mil estudantes

de graduação da área da saúde. Posteriormente, o Pró-Saúde foi ampliado para os demais

cursos de graduação da área da saúde, por meio da Portaria Interministerial nº 3.019, de 26

de novembro de 2007, conforme recomendação da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e

Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Em 2008 foram selecionados, por meio de edital público, 68 Projetos, incluindo

265 cursos das diversas áreas da saúde. O resultado do processo de seleção dos Projetos (IES

e Secretarias de Saúde) classificados para o Pró-Saúde II foi homologado pela Portaria nº 7,

de 27 de março de 2008.

Page 25: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

25

IES e Secretarias de Saúde selecionadas

1. Centro de Ensino Superior de Valença Secretaria Municipal de Saúde de Valença - RJ

2. Centro Universitário Adventista de

São Paulo

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo - SP

3. Centro Universitário Franciscano Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria -

RS

4. Centro Universitário Metodista Izabela

Hendrix

Secretaria Municipal de Saúde de Belo

Horizonte - MG

5. Escola Superior Ciências da

Saúde/FEPECS

Secretaria de Estado de Saúde - DF

6. Faculdade Arthur Sá Earp Neto Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis -

MG

7. Faculdade de Ciências Médicas da

Santa Casa São Paulo

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo-SP

8. Faculdade de Medicina de São José do

Rio Preto

Secretaria Municipal de Saúde e Higiene de São

José do Rio Preto-SP

9. Faculdade de Medicina do ABC Secretaria Municipal de Saúde de Santo André-

SP/Secretaria Municipal de Saúde de São

Bernardo do Campo - SP/Secretaria Municipal

de Saúde de São Caetano do Sul - SP

10. Fundação Universidade Federal de

Rondônia

Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho-

RO

11. Instituto de Ciências da Saúde

(FUNORTE)

Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros

- MG

12. Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais

Secretaria Municipal de Saúde de Belo

Horizonte - MG

13. Pontifícia Universidade Católica de

São Paulo/Campus Monte Alegre - SP

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo-SP

14. Pontifícia Universidade Católica de

São Paulo/Sorocaba

Secretaria Municipal de Saúde de Sorocaba-SP

15. Pontifícia Universidade Católica do

Rio Grande do Sul

Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre-

RS

16. Universidade Católica de Pelotas Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas-RS

17. Universidade Comunitária Regional

de Chapecó

Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó-SC

18. Universidade da Região de Joinville Secretaria Municipal de Saúde de Joinville-SC

19. Universidade de Brasília Secretaria de Estado de Saúde - DF

20. Universidade de Fortaleza e Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza-CE

21. Universidade de Passo Fundo Secretaria Municipal de Saúde de Passo Fundo -

RS

22. Universidade de Ribeirão Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto

- SP

23. Universidade de Santa Cruz do Sul Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do

Sul - RS

24. Universidade de São Paulo - Ribeirão

Preto

Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto

- SP

25. Universidade de São Paulo - Fac. de Secretaria Municipal de Saúde de Bauru-SP

Page 26: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

26

Odontologia/Bauru

26. Universidade de Uberaba Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba-MG

27. Universidade do Estado do Pará Secretaria Municipal de Saúde de Ananideua -

PA

28. Universidade do Estado do RJ Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

- RJ

29. Universidade do Gde Rio Prof. José

de Souza Herdy

Secretaria Municipal de Saúde de Duque de

Caxias-RJ

30. Universidade do Sagrado Coração Secretaria Municipal de Saúde de Bauru-SP

31. Universidade do Sul de Santa

Catarina

Secretaria Municipal de Saúde de Tubarão - SC

32. Universidade do Vale do Itajaí Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí-SC

33. Universidade Estadual de Campinas Secretaria Municipal de Saúde de Campinas-SP

34. Universidade Estadual de Ciências da

Saúde de Alagoas

Secretaria Municipal de Saúde de Maceió – AL

35. Universidade Estadual de Feira de

Santana

Secretaria Municipal de Saúde de Feira de

Santana-BA

36. Universidade Estadual de Londrina Secretaria Municipal de Saúde de Londrina

PR/Secretaria Municipal de Saúde de Cambe -

PR /Secretaria Municipal de Saúde de Ibiporã -

PR

37. Universidade Estadual de Maringá Secretaria Municipal de Saúde de Maringá-PR

38. Universidade Estadual de Montes

Claros

Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros

- MG

39. Universidade Estadual de

Pernambuco

Secretaria Municipal de Saúde de Camaragibe -

PE

40. Universidade Estadual de Santa Cruz Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus - BA

/Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna-BA

41. Universidade Estadual do Ceará Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza-CE

42. Universidade Estadual Paulista Júlio

de Mesquita Filho

Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu-SP

43. Universidade Federal da Bahia Secretaria Municipal de Saúde de Salvador-BA

44. Universidade Federal da

Bahia/Campus Anísio Teixeira

Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da

Conquista - BA

45. Universidade Federal da Paraíba Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa -

PB

46. Universidade Federal de Alagoas Secretaria Municipal de Saúde de Maceió -

AL/Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca

- AL

47. Universidade Federal de Alfenas Secretaria Municipal de Saúde de Alfenas - MG

48. Universidade Federal de Campina

Grande

Secretaria Municipal de Saúde de Campina

Grande - PB

49. Universidade Federal de Goiás Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia - GO

50. Universidade Federal de Minas

Gerais

Secretaria Municipal de Saúde de Belo

Horizonte - MG

51. Universidade Federal de Pelotas Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas - RS

Page 27: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

27

52. Universidade Federal de Pernambuco Secretaria Municipal de Saúde de Recife - PE

53. Universidade Federal de Roraima Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista-RR

54. Universidade Federal de Santa

Catarina

Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis -

SC

55. Universidade Federal de Santa Maria Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria -

RS

56. Universidade Federal de São Carlos Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos -

SP

57. Universidade Federal de São Paulo Secretaria Municipal de Saúde de São

Paulo/Secretaria Municipal de Saúde Embu - SP

58. Universidade Federal de Uberlândia Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia -

MG

59. Universidade Federal do Ceará Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza –

CE

60. Universidade Federal do Rio Grande

do Norte

Secretaria Municipal de Saúde de Natal -RN

61. Universidade Federal do Rio Grande

do Sul

Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre -

RS

62. Universidade Federal do RJ Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

- RJ/Secretaria Municipal de Saúde do Piraí-RJ

63. Universidade Federal do Triângulo

Mineiro

Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba - MG

64. Universidade Federal do Vale do São

Francisco

Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina-

PE/Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro -

BA

65. Universidade Federal dos Vales do

Jequitinhonha e Mucuri

Secretaria Municipal de Saúde de Diamantina -

MG

66. Universidade Federal Fluminense Secretaria Municipal de Saúde de Niterói - RJ

67. Universidade Regional de Blumenau Secretaria Municipal de Saúde de Blumenau-SC

68. Universidade São Francisco Secretaria Municipal de Saúde de Bragança

Paulista-SP

A fim de dar continuidade ao processo de acompanhamento e avaliação das

atividades dos 89 Projetos selecionados para o Pró-Saúde I, nos dias 29 e 30 de maio de

2008, foi realizado em Brasília o II Seminário Nacional do Pró-Saúde. Para tanto, a SGTES

contou com a parceria do Ministério da Educação, Conselho Nacional dos Secretários

Estaduais de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

(CONASEMS) e OPAS/OMS. A mesa de abertura contou com a presença do Ministro da

Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, dentre outras autoridades.

Participaram do Seminário todos os Projetos do Pró-Saúde I, com representantes

dos docentes e discentes dos Cursos, das Secretarias Municipais de Saúde e dos Conselhos

Municipais de Saúde onde estão sendo desenvolvidos os Projetos, além dos membros da

Comissão Assessora do Programa.

Page 28: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

28

O II Seminário considerou três temas estratégicos para avaliar o andamento dos

projetos, a saber: a gestão local, a mudança nos currículos e no processo de articulação interna

das IES e finalmente, a relação da aprendizagem com os serviços de saúde, além da interação

com os gestores do SUS.

Além das apresentações em mesas, ocorreram trabalhos em grupos, após o que foi

elaborada uma síntese das discussões, sempre envolvendo a construção de propostas de

melhoria dos processos em curso, com a expectativa de que este material se converta em

matéria prima para o estabelecimento de prioridades e organização das ações dos diversos

atores sociais envolvidos neste desafio: de formar profissionais em Saúde que conheçam e

valorizem o Sistema Único de Saúde enquanto patrimônio social e sejam capazes de resolver

os problemas de saúde da população usuária.

Na discussão dos grupos foram destacados os seguintes pontos:

Principais problemas (falhas) identificados:

Alternância de poder e descontinuidade gerencial (SUS e IES);

Assimetria política, de conhecimentos e lógicas organizacionais;

Falta de institucionalização – pouca articulação no SUS;

Academia como “fiscalizadora” sem contrapartida adequada;

Variabilidade do tipo de inserção dos alunos;

Vulnerabilidade social e violência gerando maior resistência dos

alunos;

Inadequação de instalações e recursos técnicos no SUS;

Falta de intercambio entre os diversos projetos;

Variado espectro de medidas estruturantes da formação.

Principais propostas para o aprimoramento dos projetos:

Assessoria do MS mais freqüente aos projetos;

Flexibilização de convênios e orçamento para as 3 profissões;

Reforço da parceria entre SUS e IES;

Aprendizagem integrada na rotina dos serviços;

Articulação com programa de educação permanente - UNASUS;

Comissão Gestora Local Única integrando os vários projetos relacionados à uma IES;

Formulação de matriz conjunta multiprofissional;

Articulação com projetos de pesquisa aplicada;

Melhoria das instalações e recursos dos serviços assistenciais;

Maior comunicação entre os projetos.

No segundo semestre de 2008, iniciaram-se as visitas da Comissão Assessora às

IES e Secretarias de Saúde, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento dos Projetos e

orientar para a próxima fase, além de discutir e atualizar os instrumentos de auto-avaliação

dos Projetos.

Page 29: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

29

Projetos (Universidades e Serviços Públicos de Saúde) visitados pela Comissão Assessora

no ano de 2008

UF Município IES Cursos Data

1 PA Belém Universidade Federal do Pará Enfermagem 19 e 20/11/2008

2 PA Belém Universidade do Estado do Pará Medicina 17 e 18/11/2008

3 AL Maceió Universidade Federal de Alagoas

Medicina - Enfermagem 08 e 09/10/2008

4 BA Salvador Universidade Federal da Bahia Medicina 23/10/2008

5 CE Fortaleza Universidade Federal do Ceará

Medicina - Enfermagem 24 e 25/11/2008

6 CE Sobral Universidade Estadual do Vale do Acaraú Enfermagem 26 e 27/11/2008

7 MA São Luis Universidade Federal do Maranhão Medicina 25/11/2008

8 PB João Pessoa Universidade Federal da Paraíba

Medicina - Enfermagem - Odontologia 10 e 11/11/2008

9 PE Caruaru Faculdade de Odontologia de Caruaru Odontologia 6/11/2008

10 PE Recife Universidade Federal de Pernambuco Medicina 5/11/2008

11 PE Recife Universidade de Pernambuco

Medicina - Enfermagem 17/11/2008

12 PI Teresina Universidade Federal do Piauí Odontologia 7/10/2008

13 RN Mossoró Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Enfermagem 2/11/2008

14 RN Natal Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Medicina - Enfermagem 15/10/2008

15 GO Goiânia Universidade Federal de Goiás

Medicina - Enfermagem - Odontologia 02 e 03/12/2008

16 MS Campo Grande Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Enfermagem 21 e 22/10/2008

17 ES Vitória Universidade Federal do Espírito Santo

Enfermagem - Odontologia 26 e 27/11/2008

18 MG Diamantina

Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri Enfermagem 2/12/2008

19 MG Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais

Medicina - Enfermagem - Odontologia 12/12/2008

Page 30: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

30

20 MG Betim Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Enfermagem 19/11/2008

21 MG Belo Horizonte Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Odontologia 12/12/2008

22 MG Juiz de Fora Universidade Federal de Juiz de Fora

Medicina - Enfermagem - Odontologia 24 e 25/09/2008

23 RJ Barra Mansa Centro Universitário de Barra Mansa Enfermagem 30 e 31/10/2008

24 RJ Vassouras Universidade Severino Sombra

Enfermagem - Odontologia 29 e 30/10/2008

25 RJ Rio de Janeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Medicina - Enfermagem - Odontologia 27/10/2008

26 RJ Duque de Caxias

Universidade do Grande Rio "Professor José de Souza Herdy" Odontologia 28/10/2008

27 RJ Petrópolis Faculdade de Medicina de Petrópolis Medicina 26 e 27/09/2008

28 RJ Teresópolis Faculdades Unificadas Serra dos Órgãos

Medicina - Enfermagem - Odontologia 22 e 23/09/2008

29 SP Campinas Universidade Estadual de Campinas

Medicina - Enfermagem 17/12/2008

30 SP Piracicaba Universidade Estadual de Campinas Odontologia 13/10/2008

31 SP São Paulo Universidade de São Paulo

Medicina - Enfermagem - Odontologia 9/10/2008

32 SP São Paulo

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Medicina 8/10/2008

33 SP Santo André Faculdade de Medicina do ABC Medicina 6/10/2008

34 SP Botucatu

Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho Medicina 02 e 03/12/2008

35 SP São José do Rio Preto

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Medicina 4/11/2008

36 SP São Paulo Universidade Federal de São Paulo

Medicina - Enfermagem 10/10/2008

37 SP Campinas Pontifícia Universidade Católica de Campinas Medicina 7/10/2008

38 PR Maringá Universidade Estadual de Maringá

Medicina - Odontologia 18/11/2008

39 PR Curitiba Pontifícia Universidade Católica do Paraná Odontologia 19/11/2008

40 PR Curitiba Faculdade Evangélica do Paraná Medicina 20/11/2008

Page 31: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

31

41 PR Londrina Universidade Estadual de Londrina

Medicina - Odontologia 17/11/2008

42 RS Caxias do Sul Universidade de Caxias do Sul Medicina 10/12/2008

43 RS Santa Cruz do Sul

Universidade de Santa Cruz do Sul Odontologia 11/12/2008

44 RS Porto Alegre

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Enfermagem 15/12/20008

45 RS Rio Grande Fundação Universidade Federal do Rio Grande Medicina 04 e 05/09/2008

46 RS Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Medicina - Odontologia 16/12/2008

47 RS Passo Fundo Universidade de Passo Fundo Medicina 22 e 23/07/2008

48 SC Florianópolis Universidade Federal de Santa Catarina

Medicina - Enfermagem - Odontologia 08/12/2008

Com os relatórios de visitas apresentados comparamos que, em alguns casos, que

antes haviam sido considerados insuficientes, apresentaram melhoras significativas, como é o

caso da Medicina e Enfermagem da FESO (Teresópolis), da Enfermagem de Juiz de Fora, da

própria Medicina da USP, entre outras.

Em complemento a estas considerações, que tratam de destacar aspectos gerais da

evolução das experiências dos projetos em curso, destacamos as observações mais

importantes que podem merecer ajustes futuros no desenvolvimento desse Programa:

Persiste como comentário freqüente a questão da resistência do corpo docente e, em

alguns casos, também do corpo discente para aceitar as mudanças que um programa

dessa ordem exige. Esta reação é alimentada pela evolução das próprias profissões

da saúde que evidencia um progresso marcado pela tendência à incorporação de alta

tecnologia e especialização, esta última mais favorecida pelo mercado de trabalho;

Em vários casos foi mencionada reação contrária, também dos profissionais dos

serviços de saúde, que consideram não ser sua responsabilidade a orientação de

alunos de graduação. Entretanto, alguns relatórios indicaram satisfação com esta

interação com a academia, inclusive chamando a atenção para o fato de que a

participação dos alunos contribuiu para melhorar o atendimento;

Na maioria dos projetos foi possível identificar uma grande preocupação com a

sensibilização dos grupos envolvidos nessa experiência, incluindo não só a

realização de reuniões e seminários de orientação como também treinamento do

pessoal que participava diretamente nas atividades de orientação dos alunos.

Também em um bom número de projetos se observa a preocupação de apoiar a

integração com o serviço, com uma revisão curricular, em alguns casos orientada a

ajustar um melhor aproveitamento do tempo utilizado. Em alguns outros projetos

aproveitou-se a oportunidade para uma reorientação do enfoque pedagógico,

incorporando práticas ativas de aprendizado, incluindo a utilização de laboratórios

Page 32: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

32

de habilidades, laboratórios multidisciplinares e adoção de aprendizado baseado em

problemas;

Em um bom número de projetos observou-se uma ampliação do número de

Unidades de Atenção Básica e do PSF sendo usadas no programa de estágios,

especialmente nos casos que já haviam participado do PROMED e, que agora

tomaram a iniciativa de envolver mais unidades na integração docente-assistencial;

A participação dos alunos no serviço de saúde obedeceu a uma grande variedade de

orientações, incluindo desde simples observação da atividade ambulatorial (em geral

nos primeiros anos do curso) até a participação direta nas atividades assistenciais

(em anos mais adiantados), passando por distintas modalidades de programação em

atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (como programas de

vacinação), às vezes gerando certa fragmentação da programação;

Persistem nessa etapa de avaliação as limitações no tocante à utilização de sistemas

de referência e contra-referência, como já havia sido notado anteriormente com o

desenvolvimento do PROMED;

Alguns relatórios indicaram uma atuação incipiente do Comitê de Coordenação

Local, inclusive, incluindo casos em que este Comitê não chegou a ser constituído, o

que certamente dificulta uma melhor articulação com o Serviço. No caso específico

da Cidade de S.Paulo foi relatada a “desconstrução” do Sistema de Saúde com o

repasse de toda a gestão para as Organizações Sociais de Saúde, incluindo a partir de

2008 a rede de atenção básica, o que esta sendo apontado como um dos principais

entraves para efetivação das propostas do PRÓ-SAUDE;

A maioria dos projetos indica pouca ou nenhuma coordenação entre as diversas

profissões (quando mais de uma participa do programa), fato que não ajuda um

possível melhor desempenho do programa;

Uma das queixas mais freqüente, dos responsáveis pelos diversos projetos, foi a

dificuldade burocrática na condução das relações com o MS, especialmente em

relação ao manejo orçamentário (aí incluindo também a OPAS) tanto em relação ao

retardo em disponibilização dos recursos como pela pouca flexibilidade aceita na

aplicação desses recursos. Em alguns casos inclusive houve a perda de recursos que

não puderam ser utilizados em tempo útil e, em outros foi indicada algum tipo de

dificuldade no trato com a Fundação de apoio que manejava os fundos;

Também, foi relativamente pouco desenvolvido o componente de pesquisa na área

de atenção básica, o que coincide com uma baixa problematização do processo de

atenção, aspecto que poderia contribuir para um melhor aproveitamento dos

projetos;

Outro comentário, presente em vários relatórios, foi a importância de poder contar

com uma interação mais freqüente com o MS, indicando que, em geral foi muito útil

a visita dos consultores e seria desejável que estes contactos pudessem se repetir

periodicamente e permitissem ainda uma interlocução continua com os responsáveis

por cada projeto. Foi mencionada a possibilidade de que houvesse no MS um

funcionário específico para contatos relativo a cada projeto e interface da comissão

gestora local com a coordenação nacional do PRÓ-SAUDE;

Page 33: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

33

Em uns poucos projetos foi referida alguma interação com outros projetos da

SGTES, incluindo especificamente o Telessaúde e UNASUS, coisa que poderia ser

incentivada pelo Ministério, potencializando as ações do PRÓ-SAUDE.

Outra ação desenvolvida foi a realização do Encontro Nacional de Capacitação

para o Enfrentamento da Dengue. O evento foi realizado em Brasília, nos dias 19 e 20 de

novembro de 2008, e objetivou pactuar o papel das IES no Programa Nacional de Controle

da Dengue. Contou com a participação de aproximadamente 250 profissionais de faculdades

de Medicina e Enfermagem de todo o País, dentre essas, instituições participantes do Pró-

Saúde.

Em 2008 foram repassados, fundo a fundo, para Secretarias de Saúde o montante

de R$ 17.372.747,97 (dezessete milhões, trezentos e setenta e dois mil, setecentos e quarenta

e sete reais e noventa e sete centavos), formalizados 42 convênios com IES num total de R$

21.633.341,00 (vinte e um milhões, seiscentos e trinta e três mil, trezentos e quarenta e um

reais) e 3 cartas acordo num total de R$ 140.898,90 (cento e quarenta mil, oitocentos e

noventa e oito reais e noventa centavos).

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-SAÚDE

A Portaria Interministerial MS/MEC nº. 1.802, de 26 de agosto de 2.008, instituiu

o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde, inspirado no Programa de

Educação Tutorial - PET, do Ministério da Educação, que existe desde 1.979. A base legal

para sua instituição foram as Leis nº 11.129, de 30 de junho de 2.005 e nº 11.180, de 23 de

setembro de 2.005.

O Programa visa fomentar grupos de aprendizagem tutorial nas práticas da

Atenção Básica no Sistema Único de Saúde - SUS. Como uma das ações intersetoriais

direcionadas para o fortalecimento deste nível de atenção e à integração educação-SUS, o

Programa prevê o pagamento de bolsas para tutores acadêmicos, preceptores e estudantes de

graduação da área da saúde. Contribuirá para a Estratégia Saúde da Família, que hoje conta

com aproximadamente 30 mil equipes básicas, visto que uma das principais dificuldades

encontradas para sua consolidação está na formação e qualificação das equipes, cujos

profissionais, em geral, não foram formados para atuar com resolubilidade nesse modelo de

atenção, e em conformidade com os princípios do SUS.

A Educação Tutorial caracteriza-se pela presença de um professor tutor com a

missão de orientar e estimular a aprendizagem ativa dos estudantes a partir de uma prática

fundada em compromissos éticos e sociais. O tutor acadêmico deverá oferecer, além da

orientação aos estudantes de graduação, a capacitação pedagógica ao preceptor e a orientação

voltada à pesquisa e produção de conhecimento relevante para os serviços de saúde. Da

mesma forma, a experiência e realidade dos serviços deverão subsidiar as práticas

acadêmicas.

Neste sentido, o Programa determina que, para a continuidade do financiamento

das bolsas, as Instituições de Educação Superior – IES instituam e mantenham Núcleos de

Excelência Clínica Aplicada na Atenção Básica, constituídos por representantes dos bolsistas,

da direção da faculdade, residentes e estudantes de graduação.

Page 34: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

34

Desta forma, o PET-Saúde constitui-se em um instrumento para viabilizar

programas de aperfeiçoamento e especialização em serviço dos profissionais da saúde, bem

como de iniciação ao trabalho, estágios e vivências, dirigidos aos estudantes da área, de

acordo com as necessidades do SUS.

O Programa tem caráter complementar a outras políticas que visam à integração

entre a graduação e os serviços/sistema de saúde, com ênfase na atenção básica, como o

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde, o PRÓ-SAÚDE.

Cada grupo PET-Saúde é formado por 1 (um) tutor acadêmico, 30 estudantes -

sendo 12 estudantes monitores, que efetivamente farão jus ao recebimento das bolsas de

iniciação ao trabalho – e 6 (seis) preceptores. Os grupos receberão o pagamento de bolsas que

correspondem aos valores pagos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq). Atualmente, o valor para as bolsas de Tutor Acadêmico e de Preceptor é

de R$ 1.045,89 (um mil, quarenta e cinco reais e oitenta e nove centavos) e a bolsa incentivo

para os estudantes é de R$ 300,00 (trezentos reais), correspondente ao valor da bolsa de

iniciação científica.

O PET-Saúde é uma parceria entre a Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde – SGTES e Secretaria de Atenção à Saúde – SAS, do Ministério da Saúde

e a Secretaria de Educação Superior – SESu, do Ministério da Educação. Ao longo de 2.008,

foram realizadas várias reuniões envolvendo técnicos, coordenadores e diretores dessas três

Secretarias, para ajuste e pactuação dos termos da Portaria e Edital de seleção do PET-Saúde.

Assim, em 04 de setembro de 2008 foi publicado, no Diário Oficial da União, o

Edital nº 12, de 03 de setembro de 2008, convidando as IES, em conjunto com as Secretarias

de Saúde, a apresentarem propostas com vistas à participação no Programa. Conforme Edital

nº 15, de 12 de novembro de 2008, os projetos puderam ser encaminhados ao Ministério da

Saúde até 15 de dezembro de 2008. Estes Editais contemplaram projetos para

desenvolvimento no ano letivo de 2009, permitindo a participação dos 14 cursos de graduação

da área da saúde, conforme Resolução CNS nº 297/1.998.

O DEGES/SGTES/MS também realizou, no segundo semestre de 2008, reuniões

com representantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE/MEC, com

o Fundo Nacional de Saúde - FNS/MS e com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior – CAPES/MEC, para tratar da questão da criação de um sistema de gestão

de bolsas e dos mecanismos para o repasse das mesmas no âmbito do PET-Saúde.

Optou-se pela adaptação do Sistema de Gerenciamento do PROFAE, da

SGTES/MS, para o desenvolvimento do chamado SIG-PET-Saúde, que está em fase de

finalização pelos técnicos de informática desta Secretaria, com apoio do DATASUS.

Minutas de Portaria e Resolução que estabelecem orientações e diretrizes técnico-

administrativas para a execução do Programa e para a concessão de bolsas no âmbito do PET-

Saúde estão sendo pactuadas, com o apoio do departamento jurídico da SGTES/MS e do

FNS/MS. A meta é que, a partir de março de 2.009, os repasses estejam sendo realizados pelo

FNS diretamente aos beneficiários, por meio de depósito em conta específica para esse fim e

Page 35: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

35

mediante celebração de termo de compromisso em que constem os correspondentes direitos e

obrigações.

As despesas decorrentes do Programa serão financiadas com recursos da

programação orçamentária do Ministério da Saúde, por meio da Funcional Programática

10.364.1436.8628.0001 - Apoio ao Desenvolvimento da Graduação, Pós-Graduação Stricto e

Latu Sensu em Áreas Estratégicas para o SUS. Os recursos previstos para investimento nos

exercícios de 2009, 2010 e 2011 são da ordem de 40 milhões de reais, numa ação

compartilhada entre a SGTES/MS e a SAS/MS.

Participação no Grupo de Trabalho “Abertura de Cursos de Graduação na Área da

Saúde” da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos - CIRH, do Conselho Nacional

de Saúde – CNS

O Conselho Nacional de Saúde - CNS retomou, em 2007, a emissão de pareceres

para abertura de novos cursos na área da saúde, a princípio, para análise de processos de

autorização e reconhecimento de cursos de psicologia, odontologia e medicina, em

conformidade com o Decreto nº. 5.773, de 9 de maio de 2006, e com a Portaria MEC nº. 147,

de 2 de fevereiro de 2007.

Os pareceres do CNS estão sendo elaborados à luz da sua Resolução nº. 350, de

09 de junho de 2005. Esta Resolução aprova critérios de regulação da abertura e

reconhecimento de novos cursos da área da saúde, considerando as necessidades sociais da

região e a relevância social.

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde - DEGES/SGTES/MS contribui

tecnicamente nas discussões, participando do Grupo de Trabalho “Abertura de Cursos de

Graduação na Área da Saúde” da CIRH/CNS e elaborando Notas Técnicas que subsidiam

seus pareceres.

As Instituições de Educação Superior que tiveram processos de abertura de cursos

avaliados pela CIRH, com pareceres aprovados em plenária do CNS, no ano de 2.008, estão

relacionadas a seguir:

1. ABEU - CENTRO UNIVERSITÁRIO

2. CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ

3. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS

4. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA

5. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAZONAS

6. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ – CEUMAR

7. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO

8. CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO – UNESC

9. CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

10. CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO – UNICEUMA

11. CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

12. CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO

13. CENTRO UNIVERSITÁRIO POSITIVO

14. CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS

15. CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA

Page 36: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

36

16. ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA

17. ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES DA FUNDAÇÃO TÉCNICO-

EDUCACIONAL SOUZA MARQUES

18. ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA – ESAMAZ

19. ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, DIREITO E ECONOMIA –

ESADE

20. FACULDADE AURÉLIO DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE EMBU – FAETE

21. FACULDADE BRASILEIRA – UNIVIX

22. FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

23. FACULDADE DE CIÊNCIAS DE GUARULHOS

24. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA

25. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS

26. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DO PARÁ – FACIMPA

27. FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE – FAEMA

28. FACULDADE DE MEDICINA DR. PAULO PRATA – FAMPAP

29. FACULDADE DE MINAS BH – FAMINAS BH

30. FACULDADE DE SÃO BENTO DA BAHIA

31. FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO

PIAUÍ

32. FACULDADE DE SERGIPE – FASE

33. FACULDADE ESPECIALIZADA NA ÁREA DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO

SUL

34. FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ

35. FACULDADE EXPONENCIAL- FIE

36. FACULDADE INTEGRADA FAUC

37. FACULDADE INTEGRADA TIRADENTES

38. FACULDADE MACHADO SOBRINHO

39. FACULDADE MARIO SCHENBERG

40. FACULDADE MERIDIONAL

41. FACULDADE MOGIANA DO ESTADO DE SÃO PAULO – FAMESP

42. FACULDADE NOBRE DE FEIRA DE SANTANA – FAN

43. FACULDADE SANTA MARCELINA

44. FACULDADE SANTÍSSIMO SACRAMENTO

45. FACULDADE SÃO LUCAS - FSL

46. FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS

47. FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS PORTO

ALEGRE

48. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

49. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

50. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

51. INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ – IESRSA

52. INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO JURENA

53. INSTITUTO BRASILEIRO DE GESTÃO DE NEGÓCIOS

54. INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR PEQUENO PRÍNCIPE – IESPP

Page 37: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

37

55. INSTITUTO FILOSÓFICO TEOLÓGICO NOSSA SENHORA IMACULADA

RAINHA DO SERTÃO

56. INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR E PÓS-GRADUAÇÃO

PADRE GERVÁSIO

57. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

58. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

59. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

60. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

61. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

62. UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE INGÁ – UNINGÁ

63. UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO – UNICASTELO

64. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

65. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS

66. UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO – UNICID

67. UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

68. UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

69. UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

70. UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

71. UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

72. UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

73. UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

74. UNIVERSIDADE DE UBERABA

75. UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY

76. UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

77. UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

78. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

79. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

80. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

81. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

82. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

83. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

84. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

85. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

86. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

87. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

88. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

89. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

90. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

91. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

92. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

93. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

94. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

95. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Page 38: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

38

96. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

97. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

98. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

99. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

100. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

101. UNIVERSIDADE GAMA FILHO

102. UNIVERSIDADE GUARULHOS

103. UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

104. UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

105. UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP

106. UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E

DAS MISSÕES

107. UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA

108. UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA

Tendo em perspectiva aprimorar este processo de trabalho, em 3 de setembro de

2008, a SGTES, em parceria com a CIRH/CNS, organizou a Oficina “Necessidades Sociais

em Saúde”, realizada na Fiocruz/Brasília. O objetivo geral foi contribuir nas discussões sobre

necessidades sociais em saúde, subsidiando, desta forma, a elaboração de pareceres quanto

aos processos de abertura de cursos de graduação na área da saúde, no sentido de aperfeiçoar

os critérios de avaliação e indicadores construídos com base na Resolução CNS nº 350/2005.

Foram convidados a participar dos debates consultores do Programa Nacional de

Reorientação da Formação Profissional em Saúde – PRÓ-SAÚDE, membros da Comissão

Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde – CNRMS, da CIRH/CNS e da SGTES.

Textos relacionados à temática foram pesquisados pelos técnicos do

DEGES/SGTES/MS e encaminhados aos participantes, visando enriquecer os trabalhos

desenvolvidos.

Participaram da abertura do evento Eliane Aparecida da Cruz, então secretária-

executiva do Conselho Nacional de Saúde; Maria Helena Machado, diretora do Departamento

de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde – DEGERTS/SGTES/MS e coordenadora da

CIRH/CNS; e Ana Estela Haddad, diretora do DEGES/SGTES/MS e então coordenadora do

GT Abertura Cursos/CIRH/CNS.

Para debater o tema "Necessidades sociais: definição para o setor saúde", foram

convidados Regina Marta Barbosa Faria, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas, da

Universidade Estadual de Campinas e Luiz Carlos de Oliveira Cecílio, do Departamento de

Medicina Preventiva, da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP.

Na parte da tarde, ocorreram discussões em grupos que tiveram como questão

norteadora: Que critérios e indicadores, fundamentados nas necessidades sociais em saúde da

população, devem ser considerados nos processos regulatórios da educação superior na área

da saúde no Brasil?

Os trabalhos giraram em torno dos critérios e indicadores já construídos com base

na Resolução CNS nº 350/2005, quais sejam:

1. Compromisso com as necessidades, princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde;

Page 39: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

39

2. Demonstração da necessidade de formação de profissionais da saúde, segundo

indicadores epidemiológicos e demográficos, a relação número

profissionais/habitantes e a capacidade da rede pública de serviço instalada, como

campo de prática e aprendizagem;

3. Coerência entre a oferta e demanda de vagas por curso da área da saúde, considerando

a garantia constitucional ao acesso à educação superior e os dados estatísticos e

estudos disponíveis, visando a formação de profissionais em número e distribuição

adequados ao SUS;

4. Existência de programas de extensão universitária que possam contribuir, de forma

interdisciplinar, com as políticas públicas prioritárias para o desenvolvimento regional,

social, urbano e rural;

5. Demonstração do compromisso com a promoção do desenvolvimento social e

tecnológico da região, respeitando os princípios éticos na pesquisa preconizados pelo

Conselho Nacional de Saúde (Resolução CNS 196/96);

6. Demonstração da possibilidade de intervir em agravos à saúde decorrentes de

condições inadequadas do processo produtivo;

7. Demonstração do compromisso com a educação permanente dos docentes e

contribuição na educação permanente dos profissionais dos serviços de saúde, em

consonância com o programa de educação pelo trabalho para a saúde, e com os planos

de ação municipal, regional e estadual de educação permanente em saúde;

8. Demonstração de mecanismos que favoreçam a interiorização e a fixação de

profissionais;

9. Organização do currículo e práticas de aprendizagem orientadas pela aceitação ativa

das diversidades sociais e humanas de gênero, raça, etnia, classe social, geração,

orientação sexual e pessoas com deficiências; e

10. Demonstração da responsabilidade social da Instituição de Educação Superior com o

seu entorno, objetivando o atendimento às necessidades de saúde locais.

Discutiu-se a importância de chegarmos a um consenso no que se refere à

definição de critérios e indicadores mais sintéticos que permitam a construção de pareceres

elaborados de forma cada vez mais consistentes, coerentes e que, efetivamente, representem

os interesses da população no que concerne às necessidades sociais em saúde. Os debates

representaram, portanto, um avanço no processo de elaboração de pareceres que

correspondam aos pressupostos do Artigo 200, inciso III, da Constituição Federal Brasileira

de 1.988, que atribui ao Sistema Único de Saúde a competência de ordenar a formação de

recursos humanos na área da saúde.

Hospitais de Ensino

Por meio da Portaria Interministerial nº. 562/MS/MEC/MCT/MPOG, de 12 de

maio de 2003, foi instituída a Comissão Interinstitucional para a Reestruturação dos Hospitais

de Ensino - HE, com o objetivo de avaliar e diagnosticar a atual situação dos Hospitais

Universitários e de Ensino (HUE) no Brasil, visando reorientar e/ou reformular a política para

o setor.

Page 40: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

40

A Comissão Interinstitucional, atualmente constituída pela Portaria

Interministerial MS-MEC-MCT-MPOG no 2.689, de 19 de outubro de 2007, inicialmente

envolveu duas linhas de ação principais: a certificação como hospital de ensino e a

contratualização dos serviços prestados ao SUS. O processo de Certificação, que é

conduzido conjuntamente pelo Ministério da Educação e da Saúde, resume-se na conferência

dos critérios estabelecidos pelas portarias citadas, através de análise documental e realização

de visita in loco à instituição, com o objetivo de verificar suas reais condições de

funcionamento.

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde no ano de 2008 participou de

diversas visitas de certificação nos Hospitais de Ensino e também esteve presente nas duas

oficinas, organizados pela Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), para avaliação deste

processo (I Oficina sobre o processo de certificação nos HE, realizada nos dias 04 e 05 de

março de 2008, e II Oficina sobre o processo de certificação dos HE, realizada nos dias 15 e

16 de julho de 2008).

Além disso, o DEGES participou da Subcomissão de Acompanhamento e

Avaliação dos Hospitais de Ensino, a fim de se discutir arranjos para o avanço na política de

contratualização. Esta Subcomissão identificou aspectos críticos da contratualização a serem

considerados na definição de estratégias de aperfeiçoamento do processo, dentre os quais se

destaca a existência de uma natural preponderância das metas de atenção à saúde em

relação às metas de ensino, pesquisa e gestão. Para tanto, o Departamento da Gestão da

Educação na Saúde trabalhou no ano de 2008 para que os aspectos relacionados à dimensão

ensino tivessem maior ênfase no processo relacionado à Reestruturação dos HE. Como eixo

norteador, os indicadores de ensino são importantes instrumentos na indução de políticas

públicas relacionadas ao ensino na área da saúde, devendo, portanto, ser pautados nas

Diretrizes Curriculares Nacionais, cujo conteúdo prioriza a “formação de profissionais de

saúde que contemplem as necessidades de SUS em relação ao atendimento integral, universal

e equânime, no âmbito de um sistema regionalizado e hierarquizado, com referência e contra

referência, tendo como base o trabalho em equipe multiprofissional e a atenção integral”.

Após constituição de um grupo de trabalho para discutir tal questão, em reunião

realizada no dia 29 de julho de 2008, na cidade de Brasília, como prosseguimento das

atividades da Subcomissão de Acompanhamento e Avaliação dos Hospitais de Ensino,

encaminhou-se proposta de diretrizes e indicadores de Ensino, visando subsidiar o

aperfeiçoamento do termo de referência para Contratualização, Portaria Interministerial no.

1.006, de 27 de maio de 2004, parte integrante do Programa de Reestruturação dos Hospitais

de Ensino.

Por fim, o DEGES esteve presente em Seminário realizado nos dia 8 e 9 de

dezembro de 2008, organizado pela SAS, para discussão com os gestores sobre o processo de

Contratualização nos HE.

Residência

Residência é uma modalidade de educação profissional pós-graduada lato sensu,

desenvolvida em ambiente de serviço, cujas atividades são supervisionadas por profissionais

de elevada qualificação ética e profissional. O DEGES/SGTES vem apoiando Residências

Multiprofissionais em Saúde e a Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade

como potencialmente indutoras de transformações nas práticas dos profissionais da saúde,

Page 41: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

41

assim como na atenção e gestão do SUS. Em 2008, houve ampliação do financiamento da

Residência Multiprofissional e em Medicina de Família e Comunidade.

Residências Médicas

O DEGES/SGTES é também responsável pela representação do Ministério da

Saúde na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), vinculada à Secretaria de

Educação Superior (SESu), do Ministério da Educação. A representação do MS na CNRM

esteve presente nas reuniões plenárias e extraordinárias, realizadas durante o ano de 2008.

O Departamento tem financiado programas de Residência em Medicina de

Família e Comunidade e defendido o credenciamento desses programas na CNRM.

Inicialmente, havia uma incompreensão desses programas, uma vez que eram vistoriados

conforme o modelo de programas hospitalares. A CNRM entendia que alguns eram

programas de pouca qualidade, pelo fato de ocorrerem dentro e em grande articulação com os

serviços, em particular na Estratégia Saúde da Família. O Departamento, como membro

permanente da CNRM, tem defendido que o grande diferencial desses programas é justamente

o seu desenvolvimento nos serviços de saúde, propiciando a esses profissionais a vivência,

experiência e aprendizagem na realidade dos serviços onde estes residentes irão atuar

posteriormente.

Atividades desenvolvidas em 2008 junto à Comissão Nacional de Residência

Médica (CNRM):

Participação nas 6 (seis) Reuniões Plenárias da Comissão Nacional de Residência

Médica - CNRM, como representação do Ministério da Saúde. A participação busca

sempre defender a necessidade de que a política de educação na saúde e, em especial,

o credenciamento de novas vagas e o aumento da duração dos programas de

residência, que se dá com financiamento público, considere as necessidades do SUS.

Defende também a importância de participação das três instâncias de gestão do SUS

na CNRM;

Discussão junto à CNRM, Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica

Brasileira (AMB) sobre a Política de necessidade de especialistas no país, determinada

pela Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde;

Realização de reunião com o DEREM e a CAPES para construir uma proposta de

articulação entre a Residência Médica e o Mestrado Profissional, em programas

selecionados, que apresentem excelência nos critérios de qualidade estabelecidos.

Residência Multiprofissional em Área Profissional da Saúde

A Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde, criada a partir da

promulgação da Lei 11.129/2005, é orientada pelos princípios e diretrizes do SUS, a partir das

necessidades e realidades locais e regionais, abrangendo as seguintes profissões da área da

saúde: Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia,

Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia,

Serviço Social e Terapia Ocupacional. (Resolução CNS nº 287/1998)

Page 42: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

42

A Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde - CNRMS,

instituída por meio da Portaria Interministerial nº 45, de 12 de janeiro de 2007, é coordenada

conjuntamente pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação, tendo como principais

atribuições: (1) avaliar e acreditar os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e

Residência em Área Profissional da Saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS e

com as necessidades sócio-epidemiológicas da população brasileira; (2) credenciar os

Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e Residência em Área Profissional da

Saúde, bem como as instituições habilitadas para oferecê-lo; e (3) registrar certificados de

Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e Residência em Área Profissional da

Saúde, de validade nacional, com especificação de categoria e ênfase do Programa.

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde tem atuado de forma efetiva na

coordenação da CNRMS, propiciando a realização de várias ações de incentivo aos

Programas de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde, objetivando a

mudança do modelo de atenção à saúde e o fortalecimento do SUS.

Em 2008, foram realizadas 08 (oito) Plenárias da CNRMS, resultando nas

seguintes ações:

Publicação da Portaria Interministerial nº 506, de 24 de abril de 2008, que

altera a carga horária da Residência Multiprofissional e em Área Profissional

da Saúde para 60 (sessenta) horas semanais, acatando, dessa forma, decisão do

Tribunal de Contas da União;

Publicação da Portaria Interministerial nº 593, de 15 de maio de 2008, que

dispõe sobre a estrutura, organização e funcionamento da CNRMS;

Reunião da CNRMS com os Conselhos Federais da Área da Saúde e

Associações de Ensino da Área da Saúde, que teve como objetivos a

apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão desde sua instalação;

apresentação do processo de criação e composição das Câmaras Técnicas;

exposição de sugestões, dúvidas e propostas por parte dos Conselhos e

Associações de Ensino. A reunião contou com a participação de vários

membros da CNRMS, dentre eles os coordenadores da CNRMS Ana Estela

Haddad (Ministério da Saúde) e José Wellington Alves dos Santos (Ministério

da Educação), além de representantes dos Conselhos Federais das áreas de

Biologia, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,

Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia

Ocupacional;

Implantação de sistema informatizado e publicação, em 07 de julho de 2008, de

convocatória para cadastramento dos Programas de Residência

Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde, em todo o Brasil;

Publicação, em agosto de 2008, do resultado da seleção dos 100 visitadores

para realização de avaliação dos Programas de Residência Multiprofissional e

em Área Profissional da Saúde, para posterior credenciamento, com base em

critérios a serem elaborados pela CNRMS. A seleção foi realizada pela

CNRMS, tendo em vista os critérios estabelecidos no Edital de Seleção de

visitadores, publicado em 07 de julho de 2008;

Page 43: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

43

Realização do III Seminário Nacional de Residência Multiprofissional e em

Área Profissional da Saúde e da I Oficina de Capacitação de Avaliadores, no

período de 12 a 16 de outubro de 2008, organizados pelo Ministério da Saúde e

Ministério da Educação, em conjunto com CNRMS e seus parceiros. O evento

contou com a participação de, aproximadamente, 400 pessoas, entre gestores,

coordenadores, tutores, preceptores e residentes vinculados aos Programas de

Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde existentes no

País.

O III Seminário Nacional de Residência Multiprofissional teve como objetivo

dar continuidade à construção coletiva de critérios de acompanhamento e avaliação de

residências multiprofissionais e em área profissional, estimulando a articulação dos vários

atores envolvidos com a formação em serviço de profissionais da saúde, após a implantação

da CNRMS.

A I Oficina de Capacitação de Avaliadores teve como objetivo iniciar a

capacitação dos 100 avaliadores selecionados para realizarem as visitas de avaliação junto aos

programas de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde, com vistas ao

credenciamento pelo Ministério da Educação.

Como parte do processo de capacitação, os avaliadores também participaram do

Seminário para compartilhar conhecimentos e experiências com os demais atores

protagonistas do processo de formação em saúde na área de Residência, tornando o Seminário

um rico espaço de trocas e de aprendizagem.

Além das Residências em Medicina de Família e Comunidade e

Multiprofissionais da Área da Saúde, o DEGES tem financiado Residências na Área

Profissional, como por exemplo, na área de Cirurgia e Traumatologia bucomaxilofacial, cujo

objetivo é potencializar a Política Nacional de Saúde Bucal, por meio do estímulo à

qualificação de dentistas, como estratégia de qualificação do atendimento prestado por

profissionais que atuam nos Centros de Especialidades Odontológicas do Programa Brasil

Sorridente.

Seguem os Quadros I, II e III, demonstrativos das Residências em Medicina de

Família e Comunidade, Residências Multiprofissionais, e Residências em Área Profissional

da Saúde (Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial), com início a partir de 2008:

Quadro I - RESIDÊNCIA EM MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

UF Município Instituição Objeto Meta

física

Total

geral

MG CONTAGEM PREF MUN CONTAGEM CURSO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM

MEDICINA DE FAMÍLIA E

COMUNIDADE

2 219.628,80

MS CAMPO

GRANDE

SES DE MATO GROSSO DO SUL CURSO SOBRE PROJETO DE

RESIDÊNCIA EM MEDICINA DE

FAMÍLIA E COMUNIDADE

2 233.118,04

MT CUIABA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

MATO GROSSO-UFMT

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA

EM MEDICINA DE FAMÍLIA E

COMUNIDADE (2009-2010)

4 494.819,52

Page 44: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

44

PE PETROLINA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE

FEDERAL DO VALE DO SÃO

FRANCISCO

RESIDÊNCIA MÉDICA EM MEDICINA

DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

2 45.994,80

PI TERESINA PREF MUN TERESINA CURSO SOBRE RESIDÊNCIA MÉDICA

EM MEDICINA DA FAMÍLIA E

COMUNIDADE

6 549.570,32

PR CURITIBA PREF MUN CURITIBA RESIDÊNCIA MÉDICA EM MEDICINA

DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

12 886.881,60

SC LAGES PREF MUN LAGES RESIDÊNCIA MÉDICA EM MEDICINA

DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

6 593.429,76

SP CAMPINAS HOSPITAL MUNICIPAL DR

MARIO GATTI

CURSO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM

MEDICINA DE FAMÍLIA E

COMUNIDADE

4 356.084,64

SP MARILIA FACULDADE DE MEDICINA DE

MARILIA FAMEMA

CURSO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM

MEDICINA DE FAMÍLIA E

COMUNIDADE

10 855.537,60

48 4.235.065,08

Page 45: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

45

Quadro II - RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE

UF Município Instituição Objeto Meta

física

Total

geral CE SOBRAL PREF MUN SOBRAL CURSO DE RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA

30 2.704.690,05

GO GOIANIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

GOIAS

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM

SAÚDE DA FAMÍLIA

15 1.659.748,32

MG MONTES

CLAROS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

MONTES CLAROS

CURSO SOBRE RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA

48 3.566.336,40

PB JOAO PESSOA UNIVERSIDADE FEDERAL DA

PARAIBA

CURSO SOBRE RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA E COMUNIDADE

25 2.080.245,60

PE RECIFE INSTITUTO MATERNO INFANTIL

PROFESSOR FERNANDO

FIGUEIRA

CURSO DE RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA

26 1.494.751,20

PR LONDRINA NUCLEO DE ESTUDO EM SAUDE

COLETIVA

CURSO SOBRE RESIDÊNCIA EM SF E

IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE

FORMAÇÃO DE RH PARA A SAÚDE DA

FAMÍLIA

30 2.402.104,32

RJ TERESOPOLIS FESO FUND EDUC SERRA DOS

ORGAOS UBS UNID BAS SAUDE

BEI

RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE

DA FAMÍLIA

12 1.056.646,08

RS PORTO ALEGRE FUNDACAO UNIVERSITARIA DE

CARDIOLOGIA

RESIDÊNCIA MULTINTEGRADA EM

SAÚDE: CARDIOLOGIA

16 364.277,76

RS PORTO ALEGRE UNIAO BRASILEIRA DE

EDUCACAO E ASSISTENCIA H

SAO LUCASPUC

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM

SAÚDE

19 1.661.456,16

RS PORTO ALEGRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO GRANDE DO SUL

TREINAMENTO SOBRE RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE

MENTAL

18 1.519.248,90

SP MARILIA FACULDADE DE MEDICINA DE

MARILIA FAMEMA

CURSO DE RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA E COMUNIDADE

32 2.321.800,32

SP SÃO CARLOS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE

FEDERAL DE SÃO CARLOS

CURSO DE RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA E COMUNIDADE

46 3.590.435,46

SP SAO PAULO FACULDADE SANTA

MARCELINA

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 35 2.720.423,52

SP SÃO PAULO UNIVERSIDADE ESTADUAL

PAULISTA JULIO DE MESQUITA

FILHO

CURSO SOBRE RESIDENCIA

MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA

FAMÍLIA E COMUNIDADE

12 1.088.336,12

368 28.586.584,85

Page 46: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

46

Quadro III - RESIDÊNCIA EM AREA PROFISSIONAL DA SAÚDE

(CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL)

UF Município Instituição Objeto Meta

Física

Total

Geral MG BELO HORIZONTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE

MINAS GERAIS

TREINAMENTO SOBRE RESIDÊNCIA

EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA

BUCO-MAXILO-FACIAL

2 154.200,96

MT CUIABA ASSOCIACAO

MATOGROSSENSE DE

COMBATE AO CANCER

CURSO SOBRE RESIDÊNCIA BUCO

MAXILO FACIAL

1 82.954,80

PR MARINGA FUNDACAO UNIVERSIDADE

ESTADUAL DE MARINGA

RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E

TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-

FACIAL

2 154.739,60

SC FLORIANOPOLIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SANTA CATARINA

RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E

TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-

FACIAL

2 154.200,96

SP CAMPINAS HOSPITAL MUNICIPAL DR

MARIO GATTI

RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E

TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-

FACIAL

2 154.739,60

SP SÃO PAULO SES DE SAO PAULO CURSO DE RESIDÊNCIA EM

CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA

BUCO-MAXILO-FACIAL

2 154.739,60

SP SÃO PAULO UNIVERSIDADE ESTADUAL

PAULISTA JULIO DE

MESQUITA FILHO

RESIDÊNCIA EM CIRURGIA E

TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-

FACIAL

3 154.739,60

14 1.010.315,1

2

Revalidação dos Diplomas de Brasileiros Formados na ELAM-CUBA

Desde 2004, o Governo Federal está trabalhando no sentido de apoiar o processo

de revalidação no Brasil dos diplomas médicos de brasileiros formados na Escola Latino

Americana de Medicina – ELAM, em Havana/Cuba.

A ELAM possui um programa que oferece bolsas de estudo para graduação a

estudantes estrangeiros de baixa renda e membros de minorias culturais.

Os estudantes brasileiros formados pela ELAM são, em sua maioria, vinculados

aos movimentos sociais e a comunidades indígenas, de afro-descendentes e quilombolas,

existindo uma expectativa de que, ao retornarem para seus países, venham a exercer a

profissão junto às suas comunidades de origem.

No Brasil, as normas para revalidação de diplomas estão previstas nas Resoluções

CNE/CES nº 1, de 28 de janeiro de 2002 e nº 08 de 04 de outubro de 2007. De acordo com as

Resoluções: “São competentes para processar e conceder as revalidações de diplomas de

graduação as universidades públicas que ministrem curso de graduação reconhecido na

mesma área de conhecimento ou em área afim”.

O Conselho Federal de Medicina, autarquia federal instituída pela Lei nº 3.268/57,

possui atribuições de fiscalização e normatização do exercício profissional da medicina, e atua

como regulador da profissão em nome do poder público.

Page 47: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

47

A autorização para o exercício da profissão de médicos formados no exterior tem

como requisitos legais o reconhecimento e subseqüente registro do diploma junto aos

Conselhos Regionais de Medicina, precedido da indispensável revalidação do título por

Universidade Pública.

Esse processo, além de moroso, apresenta custos elevados para os estudantes da

ELAM que, sabidamente, são de baixa renda, elevando o custo geral de sua formação.

Do ponto de vista procedimental, o candidato apresenta documentação de seus

estudos a uma Universidade Pública, que instaura uma Comissão designada para este fim,

formada por professores da própria universidade ou de outros estabelecimentos, contanto que

possuam qualificação compatível com a área de conhecimento e com o título a ser revalidado.

A Comissão analisa a compatibilidade dos currículos e sua equivalência. As

eventuais insuficiências constatadas devem ser complementadas.

Poderá a Comissão determinar que o candidato seja submetido a exames e provas,

caso exista dúvida quanto a real equivalência entre os estudos realizados no exterior e os

realizados no Brasil.

As universidades públicas, até então, não demonstravam interesse na oferta da

complementação curricular até porque isto implica num ônus sem a devida compensação.

Algumas, inclusive, chegam a receber mais de 700 pedidos ao ano, e não têm condições de

atender a um contingente como este com a estrutura e recursos que dispõem, dado o volume e

necessidade de análise criteriosa de toda a documentação que instrui cada processo. Soma-se

a isto o fato de que a análise detalhada dos documentos referentes à grade curricular de cada

disciplina é insuficiente para que se possa atestar a qualidade da formação profissional.

Em 24 de janeiro a 05 de fevereiro de 2004, foi realizada a primeira missão à

ELAM, composta por especialistas no tema e por observadores da Comissão Interministerial

composta por membros da Casa Civil, do Ministério das Relações Exteriores – MRE, do

Ministério da Educação – MEC e do Ministério da Saúde - MS e do Conselho Federal de

Medicina, foi enviada a Cuba com o objetivo de conhecer o sistema de formação cubano e

colher subsídios para a elaboração do Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação

Cultural e Educacional Brasil-Cuba.

Do ponto de vista metodológico, o Relatório Oficial da missão ressaltou que o

ensino médico em Cuba é uniforme em todas as escolas, enquanto no Brasil existe uma

grande liberdade das Instituições de Ensino Superior (IES) na composição dos currículos,

tendo como base as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso médico.

Esta homogeneidade em Cuba permitiu que se fizesse a comparação do modelo

cubano as diretrizes curriculares brasileiras, fato que dificilmente ocorrerá com outros países.

O modelo cubano foi avaliado a partir de visitas a instituições em Havana e no

interior – Santa Clara e Cienfuegos, observando em cada uma os vários cenários de ensino –

sala de aula, laboratórios, ambulatórios (consultórios comunitários e de especialidades),

serviços de emergência, maternidades e hospitais, assim como foi observado o ensino à beira

do leito e ambulatorial, com a realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos.

O Relatório demonstra que foi verificado que o sistema de formação cubano é

homogêneo e as conclusões se referem a uma análise global para o país. A missão foi capaz

de confirmar esta homogeneidade e que o sistema de formação enfatiza o médico generalista,

Page 48: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

48

com habilidades eminentemente clínicas, capaz de atuar junto a comunidade, com princípios

éticos e morais sólidos.

O Relatório apresentou as seguintes sugestões:

1. Sistematização da validação curricular através de prova idêntica organizada pelo

MEC com a colaboração de universidades públicas na sua elaboração;

2. Estabelecimento de convênio com a ELAM para aperfeiçoamento do ensino médico

no Brasil e complementação curricular em Cuba levando à validação do diploma por

compatibilidade curricular;

3. Manutenção do processo de validação dos diplomas de pós-graduação stricto sensu

continue sendo realizados conforme prevista na legislação brasileira;

4. Que os convênios com Cuba para a vinda de médicos cubanos colaboradores se

realizem em nível nacional avaliando-se individualmente a compatibilidade curricular para o

registro profissional temporário;

De forma sintética, no Relatório houve a recomendação de realização de cursos de

complementação dos estudos em doenças tropicais e SUS, para alunos que estão cursando a

graduação em Cuba, tendo em vista as diferenças regionais e sociais entre os dois países.

Também houve a recomendação da realização de Exame Nacional para os já

graduados, visando agilizar o processo de revalidação do diploma. Sugeriu, ainda, que o

exame nacional fosse aberto a todos os graduados em Medicina que obtiveram seus títulos no

exterior.

Em outubro de 2007 foi instituído o Grupo de Trabalho Interministerial (MS,

MEC e MRE), por determinação do Ministro da Saúde, com objetivo de construir uma

proposta de solução eficiente e eqüitativa para a questão da Revalidação dos diplomas dos

médicos brasileiros formados na ELAM.

Foi realizada uma nova visita da ANDIFES à ELAM/Cuba, que ocorreu no

período de 11 a 16 de fevereiro de 2008, acompanhada por representantes do Ministério da

Saúde e da ABEM.

O Relatório da missão reconheceu a necessidade de criação de uma Comissão

Nacional que padronize os critérios de avaliação por meio de um exame teórico e prático, pois

é um método abrangente, eqüitativo e objetivo para a revalidação de diplomas de Medicina e

resolveria muitos dos problemas enfrentados pelos brasileiros que se graduaram em Cuba,

assim como a necessidade de implementação de políticas que beneficiem a todos os

envolvidos.

A missão verificou os seguintes aspectos:

- Alto compromisso dos professores com a docência;

- Entusiasmo dos alunos com o Curso;

- Compromisso dos alunos com o exercício da Medicina com responsabilidade social;

- O processo de acompanhamento e avaliação discente, com predomínio de avaliações

práticas;

Page 49: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

49

- Muito boa relação professor/aluno nas atividades práticas;

- Processo de educação no trabalho desde o início do curso, com permanência integral nos

serviços a partir do terceiro ano;

- Metodologia integradora no ensino das disciplinas básicas, iniciada em 2007;

- Presença de laboratórios, mas somente de disciplinas básicas;

- Presença de laboratórios de habilidades;

- Biblioteca e acesso à Internet nas dependências da ELAM; e

- Existência de Internato de um ano.

Observou também, que os Professores da ELAM estão abertos a intercâmbios

para corrigir as falhas verificadas, com o objetivo de melhorar a formação médica dos alunos

brasileiros.

Para tanto, esta missão propôs:

* Maior colaboração na formação médica entre Brasil e Cuba (intercâmbio)

* Estruturação de programas de cooperação bilateral

* Necessidade de levantamento de dados com informações precisas sobre mecanismos de

acesso de estudantes brasileiros à ELAM: Como? Quantos? Quando?

* Necessidade de projeto de cooperação específico – embaixada de Cuba no Brasil

O GT Revalidação nos anos de 2007 e 2008 ouviu os interlocutores e instâncias

envolvidas nesse processo (Associação de pais e amigos dos estudantes brasileiros formados

em Cuba - APAC, representações de estudantes, Instituições Públicas de Ensino Superior,

Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior- ANDIFES,

Associação Brasileira das Universidades Estaduais e Municipais - ABRUEM, órgãos do

Poder Legislativo, Conselho Nacional de Educação, Conselho Nacional de Saúde, Conselho

Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira – AMB, Associação Brasileira de

Educação Médica - ABEM), o que resultou na criação de proposta de construção de um

projeto de revalidação de diplomas que abrangesse todo o contingente de estudantes

brasileiros que se formam no exterior, tendo por base, num primeiro momento, a Escola

Latino-Americana de Medicina - ELAM/Cuba, e construção junto ao CNE um modelo

normativo regulador para a questão, com proposição de apoio do Governo Federal às IES

brasileiras que manifestarem interesse em participarem nas propostas do projeto de

revalidação e na construção de parcerias educacionais com as IES estrangeiras.

Page 50: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

50

Relatam-se, como ações/atividades estratégicas do GT Revalidação, em

2007/2008:

Reuniões realizadas com a ANDIFES, ABRUEM, CFM, órgãos do Poder

Legislativo, AMB, ABEM, IES, representantes de alunos brasileiros formados na

ELAM/Cuba, APAC, com o objetivo de apresentar o projeto de construção do

processo de revalidação de diplomas, tendo como referencial inicial o Ajuste

Complementar ao Acordo de Cooperação Técnica e Educacional Brasil-Cuba, que

culminou na proposição de um projeto piloto ELAM/Cuba, e um projeto ampliado

de revalidação de diplomas médicos para todos os brasileiros formados no

exterior. Esse projeto referencia-se pela observância das seguintes premissas:

- Preservação da soberania nacional e dos princípios de reciprocidade;

- Preservação da autonomia e competência de universidades públicas no

processo de revalidação de diplomas;

- oportunidade de reduzir acentuadas diferenças na condução do processo

nacional de revalidação – acesso, critérios de elegibilidade, parâmetros, oferta de

complementação;

- preservação do papel do CFM como instância reguladora do exercício

profissional;

- emprego de tecnologias educacionais adequadas visando qualificar o

processo de revalidação de diplomas – avaliação de conhecimentos, habilidades e

competências, estabelecidos à luz das DCNs;

- oportunidade para construir e avaliar processo de revalidação isonômico para

todos os graduados por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior;

- inserção do processo de revalidação de diplomas no conjunto de políticas de

Estado para a educação nas profissões de saúde;

- apoio disponibilizado pelos Ministérios da Educação e da Saúde às

universidades participantes;

- estabelecimento de Convênio Educacional a ser firmado com as universidades

públicas que definiriam conjuntamente as necessidades de complementação, que

seriam oferecidas de acordo com programa de estudos e calendário comuns. Este

Convênio terá como objeto central a aproximação curricular entre as

universidades convenentes, através de intercâmbios docentes, estágio para

estudantes, de modo a permitir a redução progressiva das necessidades de

complementação e o melhor preparo dos graduados para o exercício profissional

no Brasil;

- construção de Matriz de Avaliação de Equivalência de Cursos Médicos com

indicadores de duração do curso: cargas horárias, conteúdos de disciplinas,

módulos e das etapas do internato; definição de habilidades e competências a

serem adquiridas durante o curso médico; e

- definição de estratégias para elaboração de instrumentos de avaliação, comum

a todas as universidades – com prova escrita de conhecimentos e prova prática, de

modo a verificar conhecimentos, habilidades e competências definidas na Matriz

de Avaliação de Equivalências de Cursos Médicos, de modo a evitar distorções no

Page 51: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

51

processo, bem como facilitar a supervisão e acompanhamento do processo de

revalidação.

Reunião com a Diretoria da ANDIFES, para apresentação do projeto piloto de

revalidação de diplomas.

Reunião com o órgão Pleno da ANDIFES, para apresentação e aprovação do

projeto piloto de revalidação de diplomas, que culminou com a adesão das IES

por meio de seus respectivos Reitores.

Reunião com a Diretoria da ABRUEM, para apresentação do projeto piloto de

revalidação de diplomas.

Reunião com o órgão Pleno da ABRUEM, para apresentação e aprovação do

projeto piloto de revalidação de diplomas, que resultou na adesão das IES por

meio de seus respectivos Reitores.

Adesão formal das IES no sentido de criar condições técnicas de viabilização do

projeto de revalidação e participar na construção de uma matriz curricular

referencial que servirá de subsídio para a análise de equivalência curricular.

As IES que aderiram formalmente ao projeto são:

Região Norte:

1. Universidade do Estado do Amazonas - UEA;

2. Universidade Federal de Roraima - UFRR;

3. Universidade Federal do Acre – UFAC;

4. Universidade Federal do Pará – UFPA.

Região Nordeste:

5. Universidade Federal de Alagoas - UFAL;

6. Universidade Federal de Sergipe – UFS;

7. Universidade Federal do Maranhão – UFMA;

8. Universidade Federal do Piauí – UFPI;

9. Universidade Federal do Ceará – UFC;

10. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.

Região Sudeste:

11. Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG;

12. Universidade do Rio de Janeiro – UNIRIO;

13. Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

Page 52: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

52

Região Centro-Oeste:

14. Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT;

15. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS.

Região Sul:

16. Universidade Federal de Pelotas – UFPel.

Participação em Seminário realizado pelo Ministério Público do Mato Grosso do

Sul, para discussão da questão e apresentação das propostas de trabalho e

encaminhamentos do GT Revalidação.

Participação em Seminário realizado pelo Conselho Federal de Medicina, para

discussão da questão e apresentação das propostas de trabalho e encaminhamentos

do GT Revalidação.

Reunião com o Conselho Nacional de Saúde, para discussão da questão e

apresentação da proposta do projeto piloto de revalidação de diplomas que

resultou na aprovação do mesmo.

Reunião com as comissões de revalidação de diplomas das 16 Instituições de

Ensino Superior que aderiram ao projeto, para reapresentação do projeto de

revalidação e inserção nos trabalhos de construção da matriz curricular

referencial.

Realização de Oficinas de Trabalho com as comissões de revalidação de diplomas

das 16 IES que aderiram ao projeto para elaboração e construção da matriz

curricular referencial. Esse processo de trabalho junto às comissões de revalidação

objetiva a realização de uma análise conjunta, pelas IES, do projeto político-

pedagógico da ELAM para identificação, segundo as DCNs, das necessidades de

complementação de estudos e construção de uma Matriz de Avaliação de

Equivalência: carga horária, conteúdos e habilidades. Serão elaboradas pelas IES

avaliação escrita de conhecimentos e prova prática de habilidades clínicas e de

comunicação tendo como base as DCNs e a Matriz de Avaliação de Equivalência

a que serão submetidos os graduados no processo de revalidação de diplomas.

Constituição de comissão de consultores do DEGES/SGTES/MS para elaboração

e apresentação do Plano de Estudo e do cronograma de execução do projeto.

Contratação da Universidade de São Paulo-USP, para desenvolvimento do

material pedagógico do Plano de Estudos e de uma plataforma de educação a

distância, orientado por tutoria, a ser disponibilizado aos graduados da

ELAM/Cuba. Com a conclusão do Plano de Estudo na plataforma EAD, os alunos

serão submetidos

Reunião com a Comissão Nacional de representação dos estudantes brasileiros

formados na ELAM/Cuba, para apresentação do projeto piloto de revalidação de

diplomas com a proposição do Plano de Estudos e de uma plataforma de educação

a distância, orientado por tutoria, a ser disponibilizado aos graduados da

ELAM/Cuba.

Page 53: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

53

Em 2009, o GT Revalidação pretende seguir o seguinte cronograma preliminar de

trabalho/atividades do projeto piloto destinado aos brasileiros graduados na ELAM/Cuba:

- Janeiro – Disponibilização do Plano de Estudos em plataforma de EAD;

- Fevereiro – Adesão formal dos brasileiros graduados na ELAM/Cuba ao projeto

piloto e realização do plano de estudos

- Abril – Prova escrita de conhecimentos;

- Maio – Prova prática de habilidades clínicas e de comunicação.

Revalidação de diplomas para os candidatos aprovados;

- Junho – Avaliação do trabalho piloto e apresentação dos resultados à

SESU/MEC, CNE, CNS e ANDIFES.

Participação no Grupo de Trabalho de Direito Sanitário do Ministério da Saúde

Desde 2006, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

(SGTES), juntamente com a Secretaria Executiva (SE), coordenam, conjuntamente, os

projetos e atividades do Grupo de Trabalho de Direito Sanitário, instituído no Ministério da

Saúde pela Portaria MS nº 2.647/2006.

Em 2007 foi elaborado o “Plano de Ação” do GT, em consonância com as bases

estruturantes do Programa “Mais Saúde” para o atendimento estratégico e a orientação

executiva. Foram estabelecidas cooperações técnicas na construção de uma política pública de

defesa e garantia do direito à saúde.

O “Plano de Ação” tem enfoque nas seguintes questões:

- Enfrentamento das medidas judiciais (a chamada “judicialização” na saúde) na matéria de

direito à saúde e defesa do SUS;

- Fortalecimento e ampliação do sistema de Auditoria do SUS, estabelecendo cooperação

técnica com os Tribunais de Contas e os Ministérios Públicos de Contas;

- Regulação da saúde, medicamentos, novas tecnologias em saúde e apoio às políticas de

fomento, por exemplo, às pesquisas sobre a capacidade produtiva e inovação nas indústrias

privadas nacionais de medicamentos, e patentes;

- Participação popular, controle social e direitos dos usuários do SUS, com ações de garantia

dos direitos dos usuários e de estruturação dos conselhos estaduais e municipais de saúde;

- Implementação e fortalecimento de sistemas de ouvidoria e construção de informações em

Direito Sanitário;

- Organização, desenvolvimento e disseminação científica da produção em Direito Sanitário,

produzida pelo setor saúde e direito, como Leis, Portarias, Tratados Internacionais, Julgados,

Jurisprudências, Doutrinas, entre outros;

- Educação para formação em direito à saúde direcionada a gestores e profissionais do SUS,

Juízes, Promotores e Procuradores, Advogados da União e da OAB, Defensores Públicos, e

para o controle social – educação popular;

Page 54: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

54

- Informação qualificada para tomada de decisão em direito à saúde, e inserção na discussão

da temática, nos países de língua portuguesa, em especial os países africanos, em cooperação

técnica com o CPLP e o programa E-Portuguese/OPAS/OMS; e

- Articulação interinstitucional entre os Poderes do Estado, órgãos públicos, instituições

públicas e particulares para a construção técnica-jurídica e social do Direito Sanitário e

Defesa do SUS.

Page 55: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

55

Em 2008, o GT iniciou a execução do seu “Plano de Ação”. Destacam-se como

ações/atividades realizadas:

Eixo Descrição

O DIREITO SANITÁRIO

NA POLÍTICA DE

EDUCAÇÃO

PERMANENTE EM

SÁUDE

- Inserção na Política de Educação Permanente em Saúde, no

âmbito da Portaria MS nº 1.996/2007, no processo pedagógico de

promoção de metodologias e estratégias como o ensino a distância,

a educação popular, e os cursos, seminários e eventos temáticos

para o fortalecimento da matéria de Direito Sanitário;

- Cooperação técnica com setores da formação e capacitação de

profissionais da saúde e do direito, nos cursos regulares de

formação de seus membros e servidores.

ARTICULAÇÃO

INTERINSTITUCIONAL

PARA

FORTALECIMENTO DO

SUS

- Articulação técnico-político nacional, e participação do GT na

Rede de Direito Sanitário – RDS, criada em setembro de 2008, para

estabelecimento de cooperação, desenvolvimento e implementação

de ações e instrumentos de defesa da saúde e do SUS, com:

* Governos dos Estados e Municípios, e respectivas Secretarias

Estaduais e Municipais de Saúde;

* CONASS E CONASEMS;

* ANVISA e FIOCRUZ;

* Os Ministérios Públicos dos Estados e da União;

* Os Tribunais de Justiça dos Estados, Tribunais Superiores e

Tribunais Federais;

* A Defensoria Pública e Advocacia da União;

* As Instituições de Educação Superior e Centros de Estudos e

Pesquisas; e

* Associações de representação de profissionais da Saúde e do

Direito.

- A Rede de Direito Sanitário foi instituída para promover a

discussão qualificada, entre os profissionais da saúde e do direito,

de questões temáticas imprescindíveis para o fortalecimento do

SUS, tais como:

* A regulamentação da EC29 e o Projeto da Lei de

Responsabilidade Social/Sanitária;

* A instituição e a legalização das Fundações Estatais de

Direito Privado;

* Apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público na

consolidação das políticas de promoção e atenção à saúde, como o

planejamento familiar, a saúde do idoso, saúde do homem e da

mulher, saúde e direitos da criança e do adolescente, saúde e

direitos dos portadores de necessidades especiais e saúde prisional,

entre outras;

* Acompanhamento dos contratos de desempenho com as

unidades federativas e dos hospitais filantrópicos;

* Discussão das soluções para qualificação e o

Page 56: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

56

redimensionamento das medidas judiciais em saúde;

* Harmonização e disseminação da Legislação em Saúde;

* Apoio à consolidação da Rede Nacional de Ciência e

Tecnologia em Saúde, assim como à metodologia da Medicina

Baseada em Evidência e sua otimização na produção técnico-

científica nas questões que envolvam decisões jurídicas em saúde;

* A Internacionalização do Direito Sanitário, com a

cooperação internacional em saúde, na área da educação e pesquisa

para a formação de docentes em saúde e direito, notadamente com

os países africanos de língua portuguesa e a Rede Latino-

Americana de Direito à Saúde, entre outros;

* Apoio e realização de eventos de disseminação e

discussão da temática direito à saúde;

* Desenvolvimento e produção de materiais instrucionais,

livros e instituição de uma biblioteca virtual de Direito Sanitário,

assim como disseminação de informação por meio da rádio e TV

Justiça; e

* Organização, desenvolvimento e disseminação da

produção científica em Direito Sanitário, produzida pelo setor

saúde e direito, como Leis, Portarias, Tratados Internacionais,

Julgados, Jurisprudências, Doutrinas, entre outros.

Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde – UNA-SUS

Objetivos

I. Apoiar a implantação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde;

II. Ser fonte de oportunidades de aprendizado para o desenvolvimento profissional dos

trabalhadores;

III. Oportunizar aos trabalhadores da saúde a oferta de cursos adequados à realidade local;

IV. Valorizar cumulativamente os estudos dos trabalhadores do SUS;

V. Promover a incorporação de NTIC aos processos de educação em saúde;

VI. Criar um acervo de materiais educacionais: público, colaborativo e de qualidade

certificada;

Metas do Programa Mais Saúde relacionadas

Especialização em larga escala em saúde da família

Programa Nacional de Capacitação Gerencial

Diretrizes

I. O conhecimento é entendido como um bem público, que deve circular sem restrições e

ser livremente adaptado aos diferentes contextos;

II. A educação permanente entendida como a aprendizagem no trabalho ao longo de toda

vida, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações;

III. É uma universidade aberta, ou seja, os estudantes têm liberdade de escolher suas

oportunidades de aprendizagem e de determinar o ritmo e o estilo de seus estudos

Page 57: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

57

IV. É centrada a aprendizagem, implicando no uso de metodologias ativas e

problematizadoras, que incentivem a busca por soluções aos desafios apresentados

pela realidade de cada estudante

V. Sua gestão é um processo de trabalho em rede, operando de forma descentralizada

para a construção cooperativa de métodos, conhecimentos e ferramentas de

aprendizagem em saúde;

VI. Deve se basear em padrões internacionais abertos, garantindo a interoperabilidade e

granularidade e permitindo, portanto, a máxima visibilidade da contribuição de cada

um;

VII. As oportunidades de aprendizagem serão permanentemente avaliadas, visando a

garantia de sua qualidade;

Apresentação

No mundo contemporâneo, os trabalhadores de todas as áreas têm de se educar

permanentemente para acompanhar o ritmo constante das mudanças em diversos setores. Na

área da saúde essa necessidade é premente dado o dinamismo do setor e as constantes

inovações tecnológicas, que determinam a revisão cotidiana das condutas médicas e dos

processos de trabalho de todos profissionais para prover a melhor atenção à saúde possível.

Em 2008 foi proposta pelo Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação em

Saúde do Ministério da Saúde, Francisco Eduardo de Campos, uma nova lógica para

estruturação das ações de educação permanente, através da Universidade Aberta do Sistema

Único de Saúde (Una-SUS). O principal precedente direto no âmbito do Ministério da Saúde é

a Portaria MS/GM no 1.996, de 20 de agosto de 2007, que descentralizou aos estados poder

de decisão e recursos para gerir as ações de educação permanente de acordo com as

necessidades locais.

Apesar desse avanço, algumas questões permanecem. Com o processo de

descentralização, que ferramentas são necessárias para permitir a integração das ações,

criando uma rede única, coerente, eficaz e econômica de ações para educação em saúde?

Como podemos fazer com que o conhecimento relativo à saúde, distribuído por todo país, em

todo continente americano e em todo mundo esteja disponível a todos os trabalhadores de

saúde, na forma de oportunidades de aprendizagem adaptadas ao seu contexto?

Considerando essas questões sob o olhar do planejamento estratégico em saúde no

nível nacional, como atingir a meta estabelecida no Programa Mais Saúde de oferecer, até

2011, especialização em Saúde da Família para mais de 52 mil profissionais e capacitação

gerencial para 110 mil trabalhadores de saúde?

A Universidade Aberta do SUS visa a responder a essas questões. O pressuposto é

que articulando ações do setor saúde e educação, de modo interfederativo e apoiado na

experiência internacional pode-se atingir uma maior eficácia nas ações de educação

permanente em saúde. Também contribui para isso o surgimento de novas tecnologias de

informação e comunicação, que aplicadas à educação permitem atingir níveis de

produtividade em termos de aprendizado significativo em larga escala, a custos muito

inferiores do que anteriormente.

Para atingir esses objetivos, a UNA-SUS se baseia nas experiências anteriores de

formação em larga escala em saúde em outras experiências desenvolvimento em âmbito

nacional e internacional.

Page 58: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

58

A Organização Pan-Americana de Saúde vem desenvolvendo o Campus Virtual

de Saúde pública, uma estratégia interprogramática de cooperação técnica no campo de

educação em saúde. Os princípios são muito similares aos que agora se propõem para a

Universidade Aberta do SUS: conhecimento como um bem público, trabalho em rede,

solidariedade, garantia de qualidade, educação permanente, fortalecimento das capacidades

locais, sustentabilidade e convergência de padrões.

A Universidade Aberta do Brasil, iniciativa do Ministério da Educação para

formação em áreas prioritárias, já constituiu em parceria com prefeituras municipais mais de

200 pólos municipais de apoio presencial à educação a distância (são previstos 800 até 2010).

Articulou mais de setenta universidades públicas para oferta de cursos a distância, entre eles

de especialização em gestão pública, tendo gestão em saúde como uma das ênfases. A

ampliação do acesso à conexão rápida à Internet e criação de estruturas locais para apoio

ocorre simultaneamente com o projeto Banda Larga nas Escolas, também do MEC, de

inclusão digital, do Ministério das Comunicações e com o Programa Nacional de Telessaúde,

do Ministério da Saúde.

Paralelamente, diversas iniciativas da sociedade civil organizada vêm tentando, de

modo não-coordenado, enfrentar as permanentes necessidades de educação em saúde no

Brasil. Como exemplo, pode-se citar as entidades médicas, que através de ações como o

Projeto Diretrizes e a recertificação dos títulos de especialista têm investido em educação

continuada, esforços esses que vão à mesma direção.

O lançamento da UnaSUS foi realizado nos dias 18 e 19 de junho, no auditório da

Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), em Brasília, com a presença do Ministro da

Saúde, José Gomes Temporão e do Secretário de Educação a Distância do Ministério da

Educação (SEED/MEC), Carlos Eduardo Bielchowsky, do representante da OPAS, Diego

Victoria Mejía, além das representações das ANS, ANVISA, CONASS, CONASEMS, AMB,

CFM, CFO, COFEN, ABEn, e da Andifes (ver glossário de siglas) e de diversas

universidades, fundações e agências da área de saúde.

A principal inovação da proposta da Universidade Aberta do SUS está na maneira

que se dividem e ao mesmo tempo se articulam as atividades, em quatro componentes:

produção de conhecimento, uso de novas tecnologias educacionais, apoio presencial e

certificação educacional.

A produção de conhecimento se materializa na formulação de materiais

instrucionais, que será feita em espaços virtuais e presenciais colaborativos, unindo esforços

das entidades nacionais, universidades e associações profissionais e científicas, tomando

como modelo a experiência do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP) da OPAS-OMS.

Todo material desenvolvido será de acesso livre às instituições e estudantes interessados,

através das bibliotecas virtuais e de outras mídias: CD-ROMs, DVDs, impressos, etc.

Novas tecnologias educacionais serão disseminadas e, se necessário,

desenvolvidas. Estimula-se o intercâmbio de experiências no uso de tecnologias de

informação e comunicação à educação em saúde, por meio de manuais para elaboração e

certificação de conteúdos e de organização de sistema de tutoria, bem como oficinas de

capacitação e outras atividades.

O apoio presencial à aprendizagem pode ser realizado em parceria com qualquer

instituição que possa oferecer a infra-estrutura local, constituindo uma rede extensa de pólos e

pontos de apoio à educação a distância. Essa rede pode incluir pólos da Universidade Aberta

Page 59: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

59

do Brasil, pontos do programa nacional de telessaúde, escolas e centros formadores de saúde

ligados à gestão estadual e municipal e diversas instituições parceiras. A remuneração dos

tutores presenciais será realizada através dos recursos descentralizados da política nacional de

educação permanente em saúde e de programa federal de bolsas de educação pelo trabalho.

A certificação educacional se dará através da supervisão acadêmica dos

estudantes, feita pelas universidades e demais instituições de educação habilitadas para

oferecer especialização na modalidade a distância, garantindo a certificação dos profissionais

ao final do processo.

Do lançamento da UNA-SUS até o presente, muito se avançou na estruturação da

proposta, tendo-se elaborado: um marco conceitual, um marco político pedagógico, um

modelo de funcionamento para o acervo colaborativo de material instrucional, diretrizes para

adesão das instituições a UNA-SUS, entendida como rede; um regime para gestão dos direitos

autorais e revisão da legislação relativa à educação à distância e reflexão sobre seu papel na

educação permanente em saúde. Todos esses textos são anexos deste documento e podem ser

acessados na página do Departamento de Gestão da Educação em Saúde, no portal do

Ministério da Saúde em http://www.saude.gov.br.

A situação atual do projeto é resumida nos quadros-síntese apresentados nas

páginas seguintes.

Justificativa

A justificativa detalhada do projeto encontra-se no Documento de Referência 1

(DR-1). Dela, extraímos os motivos para criação da UNA-SUS, listados a seguir como árvore

de problemas, considerando-se o primeiro motivo como objetivo principal do Programa. Para

cada um deles uma solução é proposta, conforme o Quadro 2, abaixo:

Quadro – UNA-SUS: árvore de problemas e soluções propostas

Objetivo Entraves Soluções

Apoiar a qualificação maciça dos

profissionais da Saúde da Família

e em função gerencial (Metas 4.4

e 4.6 do Programa Mais Saúde)

Falta de mecanismos

institucionalizados de cooperação

entre instituições acadêmicas para

atender às necessidades do SUS

Criar um acervo colaborativo de

material instrucional para formação

em áreas estratégicas para o SUS.

Baixa capacidade instalada para

suprir as necessidades de

capacitações e especializações no

país

Financiar a expansão de oferta de

formação em modelo cooperado

entre as instituições

Falta de protocolos consensuais

para a difusão de condutas

terapêuticas custo-efetivas e

baseadas em evidências

Estabelecer parcerias específicas

para produção de material de alta

qualidade que ficará disponível no

acervo colaborativo.

Falta de monitoramento e

avaliação para tomada de decisões

Criar um Histórico Único de

Educação Permanente em Saúde

para cada trabalhador do SUS.

Baixa valorização e difusão do

conhecimento gerado pelos

serviços

- Cursos inteligentes, com lógica

Web 2.0, que melhoram com o uso

e a contribuição dos estudantes

Page 60: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

60

- Mapeamento e divulgação de

experiências de sucesso, integrando

o acervo colaborativo.

- Programa de bolsas de

aperfeiçoamento profissional

contínuo, criando um fluxo

permanente de valorização e

difusão do conhecimento

produzido nos serviços de saúde

Page 61: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

61

Operacionalização

O planejamento da UNA-SUS divide-se em três linhas de ação, cada uma

correspondendo a um objetivo específico. A primeira linha refere-se a própria implantação do

sistema, e as outras duas referem-se as especialização em saúde da família e capacitação

gerencial.

O objetivo da primeira linha de ação é criar um como conjunto de serviços de

apoio a ações de educação permanente em todo país. O motivo para a criação desses serviços

é apoiar a criação de uma rede de instituições que oferecerão especialização em saúde da

família em todo país de modo colaborativo. Uma vez no ar, porém, nada impede – é até

desejável – que esses serviços sejam utilizados por outras iniciativas de formação e

capacitação do Ministério da Saúde (administração direta, autárquica, fundacional, agências) e

todos os integrantes do Sistema Único de Saúde, incluindo as gestões estaduais e municipais.

Dessa forma a primeira linha de ação tem como objetivos específicos:

1. a criação de um acervo colaborativo de objetos de aprendizagem e módulos auto-

instrucionais;

2. a criação de um serviço de histórico único de educação permanente em saúde.

O acervo colaborativo visa permitir uma maior economicidade e aumento

progressivo de quantidade e qualidade na oferta de oportunidades de aprendizado, sejam

cursos ou capacitações. Dessa forma, todo investimento realizado na produção de cursos na

modalidade educação a distância torna-se patrimônio público, podendo ser utilizado por

iniciativas subseqüentes. Assim espera-se uma progressiva redução nos custos dessas ofertas,

uma vez que menor esforço precisa ser despendido na produção do material instrucional, e um

aumento de qualidade, pois como se trata de um acervo colaborativo, todos integrantes podem

testar a qualidade do material e contribuir para o seu aprimoramento.

Dessa forma, todas as demais Secretarias do Ministério da Saúde, ANVISA, ANS

e FUNASA podem contribuir para a ampliação da qualidade da formação em saúde da família

e gestão do SUS, contratando especificamente a produção de material instrucional para apoiar

esses cursos e capacitações, ou disponibilizando no acervo colaborativo, material de

capacitações já contratadas para sua clientela específica.

No momento estamos em negociação com a Universidade de Brasília – UnB,

avaliando a possibilidade de que, através de um projeto de cooperação técnica, possa

desenvolver e testar as tecnologias necessárias para o funcionamento do acervo colaborativo,

e apoiar a capacitação das demais instituições parceiras no seu uso. Essa escolha se justifica

pela larga experiência dessa Universidade com educação a distância, incluindo a introdução

do Moodle no Brasil, e pela identificação do domínio das tecnologias propostas para

interoperabilidade dos objetos de aprendizado.

O histórico único de educação permanente em saúde visa permitir que cada

trabalhador tenha em um único serviço, informações certificadas quando a seu esforço

investido em se manter atualizado. As informações quanto a cursos e capacitações realizados

poderão ser atestadas pelas instituições de ensino credenciadas, pelas secretarias municipais e

estaduais de saúde ou pelo colegiado regional de gestão. Alternativamente, o trabalhador

poderá comparecer a um pólo ou ponto de apoio da UNA-SUS, identificar-se para um

funcionário e realizar avaliações via internet. Caso atinja o desempenho esperado, poderá

obter imediatamente o certificado para determinado objetivo educacional.

Page 62: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

62

Dessa forma, todos ganham: o estudante ganha um certificado reconhecido pelo

SUS, podendo aderir a programas bolsas de aperfeiçoamento profissional contínuo ou fazer

jus a incentivos por qualificação profissional. As instituições que oferecem cursos e

capacitações ganham visibilidade nacional do seu trabalho, ao terem suas ações credenciadas.

Os patrocinadores de iniciativas de formação e capacitação ganham acesso a informações

detalhadas sobre os resultados dessas ações, podendo inclusive fazer avaliação de egressos e

de impacto de longo prazo.

Foi realizado um convite a Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, para

desenvolver as tecnologias necessárias para a criação do histórico único. Esse convite levou

em consideração a experiência dessa Universidade com a implantação do Sistema de

Informações Gerenciais das Instituições Federais de Ensino Superior (Ping.ifes) e com o

monitoramento das ações de capacitação a distância para manejo clínico da dengue e com a

pesquisa exploratória de gestão da educação em saúde.

O primeiro objetivo específico irá, portanto, apoiar progressivamente a execução

dos dois outros objetivos, permitindo a ampliação e qualificação da formação em saúde da

família e da capacitação gerencial.

Assim, fica claro que, apesar do esforço para constituição da UNA-SUS ter

empuxo inicial na necessidade de formação para saúde da família, ela será progressivamente

aproveitada pelo Programa de Capacitação Gerencial e tem potencial para auxiliar a formação

em qualquer área da saúde, sendo todos esses esforços sinérgicos no sentido de contribuir para

o objetivo geral da UNA-SUS: termos trabalhadores em saúde mais capazes em todo país.

Os quadros-síntese no Anexo 1 resumem o planejamento operacional da UNA-

SUS.

Organograma e Equipe

Coordenação Nacional

A implantação da Universidade Aberta do SUS é supervisionada por uma

Coordenação Nacional, que representa os principais atores institucionais envolvidos no nível

nacional.

A CN simboliza os pactos interfederativos, interministeriais e internacionais que

dão sustentação política ao processo. Funciona como espaço de pactuação diretrizes políticas

e das normas técnicas da UNASUS.

Composição da Coordenação Nacional

I. um representante de cada Secretaria do Ministério da Saúde;

II. dois representantes do Ministério da Educação;

III. um representante do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde -

CONASEMS;

IV. um representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS;

V. dois representantes de instituições de educação superior (IES) participantes;

VI. um representante da Organização Pan-Americana de Saúde;

Page 63: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

63

Funções

Promover a integração entre as ações educativas promovidas pelos Ministérios da

Saúde e da Educação, particularmente com o Sistema Universidade Aberta do Brasil;

Promover a integração entre as ações de educação em saúde realizadas pelo Governo

Federal, Estados e Municípios, de acordo com as diretrizes da política nacional de

educação permanente em saúde, estabelecidos pela portaria MS 1.996;

Promover a colaboração do Brasil com os países da região das Américas e do mundo

em relação à educação em saúde;

Propor diretrizes para implantação de programas de formação em áreas estratégicas

para o SUS, que deverão ser pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite.

Secretaria Executiva

A responsabilidade técnico-financeira do programa compete a Secretaria de

Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (SGTES/MS). No âmbito da SGTES as linhas

de ação estão divididas em 2 departamentos.

As linhas de ação 1 e 2 estão sob responsabilidade do Departamento de Gestão da

Educação em Saúde, sob supervisão da Diretora Ana Estela Haddad e do Diretor-adjunto

Sigisfredo Luís Brenelli.

A linha de ação 3, correspondente ao programa de Capacitação Gerencial está sob

a responsabilidade da diretora de programa Márcia Sakai.

A Organização Pan-Americana de Saúde, através dos Termos de Cooperação 08,

41 e 57, tem descentralizado profissionais nacionais para apoiar a execução e

acompanhamento de políticas do Ministério da Saúde.

O profissional nacional, Vinícius de Araújo Oliveira foi descentralizado

especificamente para apoiar tecnicamente a implantação da Universidade Aberta do SUS,

estando sob a supervisão direta da Diretora do DEGES, Ana Estela Haddad, e do

Coordenador da Unidade Técnica de Políticas de Recursos Humanos da OPAS, José

Paranaguá de Santana.

Equipe Técnica

Até o momento a equipe técnica do DEGES não tem técnicos fixos no

Departamento alocados em dedicação exclusiva para nenhuma das linhas de ação da UNA-

SUS.

Os seguintes consultores técnicos têm trabalhado em interfaces da UNA-SUS com

outras políticas do DEGES:

Denise Mafra – profissional descentralizada OPAS

Definição de objetivos educacionais para formação em saúde da família, residências

multiprofissionais e PNES

Cláudia Marques – consultora técnica

Definição e avaliação de competências profissionais para formação em saúde da família

Page 64: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

64

Patrícia Cury - consultora externa

Articulação da UNA-SUS com o Projeto Piloto Nacional de Telessaúde

Helena Petta

Residência médica e formação em medicina de família e comunidade

Proposta

Pelo menos 1 consultor técnico adicional, fixo no DEGES possa trabalhar, mesmo que em

tempo parcial, acompanhando o Programa de implantação da UNA-SUS como um todo.

Consultores: Até o momento, apenas um consultor externo está trabalhando prioritariamente

com a UNA-SUS, o Prof. Luiz Carlos Lobo.

Resultados

Principais marcos em 2008

18/maio/2008: lançamento da proposta de criação da Universidade Aberta do SUS (UNA-

SUS), no auditório da OPAS-OMS.

17-18/11/2008: oficina com Universidade convidadas para oferta de especialização em

saúde da família do projeto piloto da UNA-SUS

27/11/2008: Minuta da portaria pactuada na reunião da Comissão Intergestores Tripartite

(CIT).

Produtos

Elaboração de documento estabelecendo diretrizes técnico-políticas para implantação da

UNA-SUS, de autoria de Luiz Carlos Lobo e Vinícius de Araújo Oliveira. Encontra-se

disponível no diretório comum do DEGES.

Pactuação da proposta na CIT

Estabelecimento de parcerias oferta de especialização em saúde da família, resultando no

programação de oferta em 2009 equivalente ao dobro do contratado no biênio anterior. O

quadro 1 sumariza a oferta contratada, em negociação e prevista.

Quadro 1- Previsão de oferta de vagas - especialização SF - UNASUS

2009-1 2009-2 2010-1 2010-2 Estado

SES-Ba 300 3.000 BA

SES-MG 2.500 2.500 MG

UNB 300 300 400 DF

UERJ 330 330 340 RJ

UFMG 400 400 400 400 MG

Page 65: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

65

Unicamp 1.000 1.000 SP

UFC 450 550 500 500 CE

UFSC 300 300 400 SC

Fiocruz-CISBAF 1.200 RJ

UFG 300 300 GO

Por semestre 1.450 6.580 5.130 5.540

Por ano 8.030 10.670

Legenda

Contratadas Em negociação Prevista

Profissionalização dos trabalhadores do SUS por meio dos itinerários formativos

Ações PROFAE (Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de

Enfermagem)

Escolarização e Profissionalização

Complementação de Estudos de Auxiliar para Técnico de Enfermagem

Após a homologação da contratação das empresas/instituições para a prestação de

serviços educacionais de Complementação da Qualificação Profissional de Auxiliar de

Enfermagem para Técnico de Enfermagem (CQP), iniciou-se no primeiro semestre de 2008 o

processo para implementação dos cursos nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão,

Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Sergipe, Rondônia, Roraima e Tocantins, cujas etapas

foram: emissão da senha de acesso ao banco de dados dos trabalhadores cadastrados no

PROFAE dos municípios de abrangência do subprojeto, busca pela efetiva matrícula dos

trabalhadores cadastrados pelas contratadas, apresentação da lista completa dos alunos

organizada em turmas. Após esta última etapa, a GGP/DEGES/SGTES emitiu as ordens de

serviço contendo o número de alunos contratados e autorizando o início das aulas, de acordo

com o cronograma de execução aprovado. Abaixo é apresentado um quadro com a situação

do referido processo.

Situação de Execução do curso de CQP- PROFAE

UF Entidade Nº Contrato Prazo de

Execução

Turmas

Alunos

Carga

Horária

Alunos em

sala jan/09

AC Instituto Dom

Moacyr 3003/2007 10 meses 16 500 776 483

AM Centro de Ensino

LITERATUS 3002/2007 8 meses 24 800 650 722

AP

Serviço Nacional de

Aprendizagem

Comercial -

SENAC

3005/2007 7 meses 15 523 600 460

Page 66: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

66

MA

Instituto de

Enfermagem

Florence -

Nightingale Ltda

3011/2007 10 meses 34 1164 800 978

PA

Centro de Educação

Profissional do

Estado do Pará

3010/2007 6 meses 16 500 600 499

PA

Universidade

Estadual do Pará -

UEPA

3009/2007 6 meses 20 500 600 483

PB

Secretaria de Estado

da Saúde da

Paraíba/CEFOR

3007/2007 7 meses 23 769 650 798

PI

Centro Integrado de

Ensino Regular e

Profissionalizante

Ltda - CIERP

3008/2007 10 meses 27 868 800 790

RO

Centro de Educação

Profissional Delta

Ltda

3001/2007 8 meses 22 800 600 784

RR

Secretaria de Estado

da Saúde de

Roraima/ ETSUS

3000/2007 9 meses 4 140 560 128

SE

Serviço Nacional de

Aprendizagem

Comercial -

SENAC

3006/2007 8 meses 18 648 650 688

TO

Serviço Nacional de

Aprendizagem

Comercial -

SENAC

3004/2007 6 meses 19 600 560 558

TOTAL 7371

Fonte: Sistema de informações Gerenciais do PROFAE- SIG/PROFAE

Supervisão, Monitoramento e Avaliação do CQP

Com a implementação dos cursos de Complementação da Qualificação

Profissional de Auxiliar de Enfermagem para Técnico de Enfermagem (CQP) nos estados

citados anteriormente, houve a necessidade de prosseguir com as atividades de supervisão,

monitoramento e avaliação dos cursos. Sendo assim, foi desencadeado um novo processo

seletivo no segundo semestre de 2008 para contratação de supervisores, com o objetivo de

monitorar o desenvolvimento dos cursos nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão,

Pará, Paraíba, Piauí, Sergipe, Rondônia e Tocantins. Visto que no estado de Roraima o

quantitativo de alunos é menor que nos outros estados, a supervisão e monitoramento ficaram

a cargo da equipe técnica do DEGES/SGTES.

Foram selecionados 24 supervisores, porém apenas 22 firmaram contrato.

Ressalta-se que tal medida foi necessária devido ao encerramento dos contratos com as

Agências Regionais (AR), ficando a cargo dos técnicos do Profae/Ministério da Saúde, até a

finalização da execução das novas turmas, a condução das atividades de supervisão,

monitoramento e avaliação dos cursos.

Page 67: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

67

Formação do Agente Comunitário de Saúde

A formação inicial de 400 horas do Agente Comunitário de Saúde deu-se a partir

da Portaria n˚ 2 474/GM de 2004 que possibilitou o financiamento dos cursos por meio do

repasse fundo a fundo. Para atender as novas diretrizes da Política de Educação Permanente

constantes na Portaria 1996/2007 e as determinações da Lei 11.350/2006, fez-se necessária

revisão da Portaria nº 2.474/2004, que foi substituída pela Portaria nº 2.662, de 11 de

novembro de 2008.

Quanto à execução dos cursos, algumas situações demonstram projetos

financiados com alunos em sala de aula ou formados, em quase todos os estados da federação.

Dentre os estados com projetos financiados, alguns irão iniciar novas turmas ainda no

primeiro trimestre de 2009, no caso os estados do AC, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, PA,

PB e SP, de modo a atingir o total de alunos financiados.

Ressalta-se que os estados de AC, CE, PE, PI, RN e SP já executaram um

primeiro projeto, com atendimento da quase totalidade da demanda estimada. Ainda não

apresentaram projetos para financiamento da formação do Agente Comunitário de Saúde o

estado do Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.

O quadro a seguir demonstra o quantitativo de ACS financiados, formados e em

formação, com dados atualizados até dezembro de 2008.

Page 68: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

68

Situação da formação dos Agentes Comunitários de Saúde

Fonte: SGTES/DEGES/MS

Estado Nº de ACS

financiados

Nº de ACS

formados

Nº de ACS em

formação Acre 1.283 441 256

Alagoas 4.611 4.611 0

Amazonas 5.394 4.316 1.116

Amapá 1.370 350 700

Bahia 21.338 6.426 2.895

Ceará 14.070 5.281 5.223

Espírito Santo 4.369 5097 0

Goiás 5.027 2.296 2.522

Maranhão 13.069 0 5.702

Minas Gerais 23.207 10.467 9.124

Mato Grosso do Sul 3.531 3.170 0

Mato Grosso 4.794 3.526 0

Pará 10.244 0 0

Paraíba 7.717 2.284 4.984

Pernambuco 12.975 14.435 0

Piauí 6.915 6.386 0

Paraná 12.128 10.031 0

Rio de Janeiro 5.427 1.221 2.059

Rio Grande do Norte 5.192 5.311 0

Roraima 618 178 440

Rondônia 2.410 120 757

Santa Catarina 3.083 3.083 0

Sergipe 3.455 757 1.078

São Paulo 17.123 18.795 234

Tocantins 3.269 3.202 0

TOTAL 192.619 111.784 37.090

Page 69: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

69

O quadro a seguir ilustra as ETSUS que estão executando a formação dos Agentes

Comunitários de Saúde em todo o país:

UF Beneficiário/Instituição Formadora

Quantitativo

de ACS

financiados AC FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO ACRE - Escola Técnica de Saúde Mª

MOREIRA DA ROCHA

441

842

AL FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE ALAGOAS - Escola Técnica de Saúde

Valéria Hora

4.611

AM FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO AMAZONAS - ETSUS/Centro de Educação

Técnica do Amazonas

5.394

AP FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO AMAPÁ - ETSUS/Centro de Educação

Profissional em Saúde Profª Graziela Reis de Souza

1.370

BA FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA - Escola de Formação

Técnica em Saúde Prof. Jorge Novis

21.338

CE Escola de Saúde Pública do Ceará - 1ª etapa por meio de convênio 5.409

Fundo Estadual de Saúde do Estado do Ceará 8.661

ES FUNDO ESTADUAL - Centro de Formação em Saúde Coletiva 4.061

GO FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO GO - Centro de Educação Profissional em

Saúde – CEP - Saúde

5.027

MA FUNDO ESTADUAL -ETSUS Maria Nazareth Ramos de Neiva 13.069

Escola Técnica de Saúde do SUS em São Luis 1.037

MG FES DE MG-ESC.ESP 25000.010330/2005-57)1º Proj 6.211

Page 70: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

70

FES DE MG-ESC.ESP 25000.167247/2005-59)2º Proj. 3.280

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE - ESP

(25.000.197363/2005-01)

1.200

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS - Escola ETSUS

UNIMONTES (25000.010335/2005-80)

4.118

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS - FHEMIG

(25000.197501/2005-43)

1.504

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS - ETS/UFU

(25000.197472/2005-10)

857

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE - CEFORES/UFTM

(25000.099408/2006-55)

676

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE UBERABA -

CEFORES/UFTM 6156 (25000.137179/2007-65)

166

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS - EE UFMG 1º Projeto

(25000.167728/2005-64)

3.149

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS - EE UFMG 2º Projeto

(25000.198718/2007-32)

879

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE/MG - EE UFMG 2º

Projeto (25000.014690/2006-17)

1.200

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE CONTAGEM/MG - EE UFMG 3º Projeto

(25000.015981/2006-14)

484

MS FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO MATO GROSSO DO SUL - CEFOR 3.531

MT FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE MATO GROSSO - Escola de

Saúde Pública - Núcleo de Formação Técnica

4.138

PA Escola Técnica de Saúde do Pará. 10.244

Page 71: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

71

PB FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DA PB - Centro Formador de RH da Paraíba 5.403

FUNDO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE - Escola de Enfermagem da UEPB 876

FUNDO MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA- Escola de Enfermagem da UFPB 1.438

PE FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO - ESCOLA ETESP 12.975

PI FUNDO ESTADUAL - ETSUS 6.915

PR FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO PARANÁ - INSTITUTO DE SAÚDE DO

PARANÁ - CEFOR Caetano Munhoz da Rocha - 1º Projeto

3.972

2º Projeto (25000.022125/2006-15) 4.974

3º Projeto (25000.072832/2006-52) 1.226

4º Projeto (25000.127942/2006-69) 747

5ª Projeto ( 25000.048321/2007-09) 139

6ª Projeto ( 25000.069976/2007-11) 879

7ª Projeto ( 25000.116918/2007-85) 191

RJ FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO RJ - Escola de Formação Técnica em Saúde

Enfª Izabel dos Santos

5.427

RN FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE -

ESCOLA CEFOPE

5.192

RR FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE RR - Escola Técnica de Saúde do SUS em

Roraima.

618

RO FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE RO - Centro de Educação Técnico

Profissional na Área de Saúde

2.543

SC FUNDO ESTADUAL DA SAÚDE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - EFOS 2.293

Page 72: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

72

FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU - ETS

BLUMENAU

790

SE FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE ARACAJÚ - CENTRO DE

EDUCAÇÃO PERMANENTE DO SUS

840, porém

foram

matriculados

886.

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE SERGIPE - ETSUS 2.615

SP FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO - ESCOLA ETSUS 4.724

FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO - Colegiado

CEFOR

3.583

6.516

2.300

TO FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE DE TOCANTINS - Escola Técnica de Saúde

do Tocantins

3.269

TOTAIS 192.677

Fonte: SGTES/DEGES/MS

Formação na Área de Odontologia

A formação técnica em saúde bucal é prioritária para o SUS, visto que a estratégia

Saúde da Família indica como necessária a equipe de saúde bucal no atendimento integral à

saúde da população. O DEGES/SGTES desde 2004 tem financiado projetos de formação de

Técnicos em Higiene Dental (THD) e de Auxiliares de Consultório Dentário (ACD) e a partir

do ano de 2007 iniciou o apoio aos projetos de formação dos Técnicos em Prótese Dentaria

(TPD).

No ano de 2008 foram iniciados 14 cursos para a Formação de Técnico em

Higiene Dental, Auxiliar de Consultório Dentário e Técnico em Prótese Dentaria atendendo a

demanda em 9 estados conforme tabela abaixo:

Projetos de Técnico de Higiene Dental, Auxiliar de Consultório Dentário e Técnico em

Prótese Dentária com início de execução no ano de 2008

UF Instituição Executora Nº de

Vagas Curso Valor Total

CE ETSUS/Barbalha 22 THD 36.575,00

Page 73: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

73

CE ETSUS/Barbalha 60 THD 205.200,00

PR ETSUS 40 TPD 107.800,00

PR ETSUS 521 THD

1.856.320,00 783 ACD

PR ETSUS 110 ACD 191.840,00

RJ ETSUS 1452 ACD 2.686.200,00

RJ ETSUS 792 THD 3.168.000,00

RN ETSUS 600 THD

3.262.500,00 900 ACD

RO ETSUS 25 THD 90.625,00

SC ETSUS 523 THD 1.587.055,18

SC ETSUS/Blumenau 135 THD 445.312,35

SP ETSUS/São Paulo 130 THD 195.000,00

TO ETSUS 120 THD

815.400,00 240 ACD

TOTAIS

2.928 THD/

14.647.827,53 3.485 ACD

40 TPD

Cuidador de Pessoas Idosas com Dependência

A necessidade de priorizar a capacitação de Cuidador de Idoso com dependência,

tornou-se imprescindível, em vista do significativo crescimento da população idosa e da

escassez de pessoas devidamente qualificadas para o desempenho dessa atividade.

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde – DEGES/SGTES -

Coordenação Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde e a Coordenação Técnica da

Saúde do Idoso - SAS, Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do

Desenvolvimento Social, assume o desafio de discutir uma proposta de Perfil de Competência

para esse profissional visando a contribuir para a sua formação.

Objetivando a construção da proposta o DEGES - Departamento de Gestão da

Educação na Saúde/SGTES/MS realizou uma oficina de Trabalho em Blumenau/SC em abril

de 2007 para discutir com profissionais e estudiosos da área de gerontologia e geriatria,

assistência social, associações e conselhos estadual e municipal da pessoa idosa, uma proposta

de “Perfil de Competência do Cuidador de Pessoa Idosa com Dependência”, dando início a

um projeto piloto, que foi executado nas cinco regiões do país por Escolas Técnicas do SUS.

O objetivo do curso foi capacitar cuidadores de pessoas idosas com dependência

utilizando o perfil de competência profissional construído pelo grupo, buscando a validação

deste perfil de competências.

A meta inicial desse projeto piloto era a capacitação de 210 cuidadores

distribuídos em 6 turmas de 35 alunos cada, sendo 01 turma em cada uma das escolas abaixo

relacionadas:

1. Alagoas - Escola Técnica de Saúde Profª Valéria Hora

2. Acre - Escola Técnica de Saúde Maria Moreira da Rocha

3. Minas Gerais - Centro de Ensino Médio e Fundamental/ Escola

Técnica/Unimontes

4. Rio de Janeiro - Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio

Page 74: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

74

5. Mato Grosso do Sul - Escola Técnica do SUS "Professora Ena de Araújo

Galvão"

6. Santa Catarina, Blumenau - Escola Técnica de Saúde de Blumenau

As seis (6) ETSUS executaram os cursos em 2008, excetuando-se a escola

Politécnica Joaquim Venâncio, que iniciou suas atividades em novembro de 2007. Ao final do

projeto foi realizada uma avaliação que constou de dois momentos:

No primeiro momento, técnicos do DEGES/SGTES/MS, em parceria com a área

do idoso e de uma consultora externa, especialista em gerontologia, elaboraram questionários

específicos para serem aplicados aos alunos, docentes e diretores/coordenadores das escolas,

visando a obter a opinião desses três atores sobre a validade das competências, consonância

dos conteúdos e operacionalização dos cursos.

No segundo momento, realizou-se uma oficina de trabalho em Brasília nas

dependências da SGTES/MS, com as seis escolas, representantes do MDS e Área de Saúde do

Idoso do MS. Na oportunidade, as ETSUS apresentaram sua experiência com a formação do

cuidador de pessoas idosos com dependência e o DEGES apresentou os resultados da

avaliação efetivada em todas as Escolas que participaram do projeto piloto.

Os resultados da avaliação, complementados pelo relato de experiência das

ETSUS revelam que houve consonância entre os conteúdos programáticos ministrados nos

cursos e a aquisição das competências definidas para o cuidador de pessoas idosas com

dependência.

Espera-se assim, ter validado o perfil profissional de competências do Cuidador de

Pessoas Idosas, compreendendo quais as melhores estratégias para o desenvolvimento desta

formação e a partir deste ponto apoiar em todas as ETSUS outras iniciativas para esta

qualificação, ampliando assim a oferta de pessoas qualificadas para o trabalho do cuidar de

pessoas idosas.

Profissionais para a Área da Vigilância

A fim de dar continuidade ao “estudo sobre o perfil de competências para a

formação profissional na área de vigilância” foram realizadas reuniões e oficinas tendo como

objetivo fundamentar-se na contextualização do trabalho e do trabalhador no âmbito do que

se “re”conhece como vigilância e, assim, nesse contexto, identificar os perfis de

competências profissionais que subsidiarão a política de formação profissional para a área

de vigilância.

Nessa linha é que se “acordou” um caminho metodológico que se

operacionalizará por meio de sucessivas aproximações, onde estão considerados:

os resultados da pesquisa sobre as atribuições do pessoal de nível médio que atua na

área de vigilância epidemiológica, ambiental e sanitária1 realizada pelo NESCON-

UFMG;

a realização de levantamentos _ documental e bibliográfico _ sobre o trabalho e os

trabalhadores da área de vigilância, no Brasil;

Page 75: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

75

a análise da sistematização do perfil de ações desenvolvidas na área de vigilância

realizada por grupos de referência básica (GR) e de referência na área de educação e

da saúde constituídos conforme categorias especificadas;

a formulação de um documento onde os perfis de competências profissionais para a

área da vigilância se constituam indicativos a serem examinados e validados.;

Atividades desenvolvidas no ano de 2008

1. Janeiro - Reunião na OPAS com a participação de representantes do CONASS,

CONASEMS, ESPJV, ANVISA, SVS, SGTES com o objetivo de apresentar

os resultados da pesquisa, a proposta metodológica do estudo com suas bases

legais e teóricas, a contextualização da área de Vigilância até a estruturação da

ANVISA e da SVS; e constituir um grupo técnico para aprofundar no estudo e

conduzir os trabalhos.;

2. Fevereiro e Março – Reuniões internas do Grupo Condutor do DEGES/SGTES

para investigação das estruturas das áreas de Vigilância nos Estados e

Municípios e suas bases legais, organização do material e estudos já coletados,

de forma a subsidiar a próxima oficina de Trabalho do Grupo Técnico (GT);

3. Abril – Oficina do GT objetivando analisar o documento sobre as bases e

contexto da área de vigilância em saúde (históricas, jurídicas, técnicas,

políticas) considerando as fontes indicadas; discutir e apontar bases de

organização dos grupos de trabalhadores que participarão das oficinas de

análise do quadro-síntese das ações que foram realizadas na área de vigilância;

4. Maio – Oficina do GT para definir e indicar as bases da composição dos

Grupos de Referência (GR) que examinarão o quadro-síntese das ações que são

realizadas na área de vigilância; e, preparar o guia de demandas e informações

para a implementação dos GR´s;

5. Junho - Reunião Grupo Condutor do DEGES/SGTES para definir a

composição dos GR´s, preparar o termo de referência para o processo

licitatório e organizar os convites para os participantes;

6. Julho – Oficina com 96 trabalhadores da área de vigilância, em Belo Horizonte

com a seguinte composição e desenvolvimento:

Categorias definidoras da composição dos GR’s

a) Região geopolítica e, em cada uma, um estado foco (MG, RS, MT,

AM, BA);

b) Municípios dos estados foco com população até 20.000 e de 50.000 a

100.000; e todas as capitais;

c) Participantes dos GR’s: trabalhadores da área da vigilância

(Ensino Médio e Superior) inseridos em serviços da esfera municipal,

que não estejam na coordenação (ou sejam chefes, supervisores ou

estejam ocupando quaisquer cargos de gerência e/ou direção);

d) Nº de participantes em cada GR: min. 06 trabalhadores/grupo

totalizando 96 participantes;

Page 76: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

76

e) Desenvolvimento das Oficinas dos GR’s: cada GR foi coordenado

por um dos componentes do GT; sendo estabelecido um eixo de

questões a ser desenvolvido em cada GR - o que faz com mais

freqüência, o que não faz, mas deveria fazer, o que você faz, mas

não deveria fazer e quem deveria fazer;

7. Outubro - Oficina, em Cuiabá, com as ETSUS que oferecem ou já ofereceram

cursos técnicos na área de vigilância autorizado pelo Conselho Estadual de

Educação – CEE. Esta oficina teve como objetivo ouvir a voz das instituições

formadoras sobre como estão sendo formados os técnicos para esta área;

8. Novembro – Reunião interna do Grupo Condutor do DEGES para

encaminhamentos Políticos e programação das próximas atividades.

Demanda para Formação/Qualificação – PROFAPS – 2008

O quadro a seguir ilustra as ETSUS que tiveram seus projetos de formação técnica

inseridos no Sistema GESCON e aguardam trâmites para assinatura de convênio:

DEMANDA PARA FORMAÇÃO/QUALIFICAÇÃO - PROFAPS 2008 - GESCON

N UF ETSUS Cadastro FNS Meta Total

1 AL Escola Técnica de Saúde Prof.ª Valéria Hora/UNCISAL

125177930001080-11 360 cuidadores; 60 tec. análises

clínicas

280.000,00

2 MA Escola Técnica de Saúde do SUS Dra. Maria Nazareth Ramos de Neiva

029732400001080-41 105 cuidadores; 36 téc. Radiologia;

72 téc. citologia

292.800,00

3 SC Escola Técnica de Saúde de Blumenau

078212230001080-14 90 THD; 280 cuidadores; 70 téc. vigilância

665.600,00

4 TO Escola Técnica de Saúde de Tocantins

250531170001080-26 120 téc.radiologia; 120 téc. análises

clínicas; 35 cuidadores

702.400,00

5 MS Escola Técnica do SUS Profª Ena de Araújo Galvão

029552710001080-12 350 cuidadores 112.000,00

6 MT Escola de Saúde Pública de Mato Grosso

35074150002080-33 30 téc. análises clínicas;

30 téc. radiologia; 90 ACD;

30 téc. vigilância

321.600,00

7 MT Escola de Saúde Pública de Mato Grosso

35074150002080-12 30 téc. Órtese 244.500,00

8 PA Escola Técnica do SUS Dr.Manoel Ayres

050549290001080-83 350 cuidadores 112.000,00

Fonte: SGTES/DEGES/MS

Page 77: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

77

A situação aqui apresentada demonstra que as escolas aumentaram sua capacidade

de resposta às demandas do setor saúde em relação à formação técnica, ampliaram a oferta de

cursos e tiveram um real incremento de tecnologias educacionais. Os cursos de formação

técnica do Agente Comunitário de Saúde e de Técnico de Higiene Dental, necessários ao

fortalecimento das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) foram implementados e

concluídos na maioria dos estados.

As 11 novas ETSUS estão respondendo de forma satisfatória, sendo que a do AP

está ainda em fase de estruturação e aprovação pelo sistema de ensino.

Embora as ETSUS ainda tenham dificuldade em captar e gerir recursos devido ao

modelo de gestão adotado elas têm apresentado alternativas que minimizam tal problema,

como por exemplo, parceria com fundações.

Fortalecimento e Modernização das Escolas Técnicas do SUS

Os resultados acumulados em 2008 para o Fortalecimento e Modernização das Escolas

Técnicas de Saúde do SUS, no âmbito do PROFAE, foram os seguintes:

Aquisição e entrega de equipamentos referentes ao Projeto de Investimento da

Escola Técnica de Saúde do Pará;

Encaminhamento da solicitação de aquisição dos equipamentos referentes ao

Projeto de Investimento da Escola de Saúde Pública de Rio Grande do Sul;

Aquisição e entrega de equipamentos referentes ao Convênio MEC/PROEP e MS

para as ETSUS: TO, RN, PR, MG, AC;

Aquisição e entrega de equipamentos para 6 ETSUS que compõem o Plano de

Fortalecimento de Modernização das Escolas Técnicas do SUS – Plano Estadual

que têm como objetivo a reforma e ampliação da rede física das escolas.

As Escolas Técnicas dos estados de MG (UNIMONTES), SP (Araraquara) e SC

(Blumenau) tiveram seus convênios assinados e já estão com suas obras em

andamento;

As Escolas Técnicas dos estados da Bahia, Roraima, Rondônia e SC (EFOS), que

não puderam ser atendidas no ano de 2007, inseriram seus projetos de

construção/ampliação no Sistema GESCON e aguardam os trâmites necessários;

Continuidade de apoio técnico e político para a reestruturação da escola técnica do

SUS no estado do Amapá, que teve sua negociação, em 2007, sem avanço;

Das 30 escolas técnicas que apresentaram projetos de pesquisa, 24 tiveram seus

contratos assinados e estão em processo de encerramento de sua execução, com

prazo para entrega de suas prestações de contas até janeiro de 2009;

Das 15 Escolas que manifestaram disponibilidade para dar início a execução de

cursos de formação técnica no ano de 2008 e inseriram seus projetos no Sistema

GESCON, 7 cumpriram o prazo e terão seus convênios assinados;

31 Escolas Técnicas estão executando ou já finalizaram seus projetos de formação

inicial dos Agentes Comunitários de Saúde e 2 estão com seus projetos em análise

para aprovação, contemplando assim, um total de 201.590 profissionais. Destes,

Page 78: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

78

89.160 já concluíram a I Etapa que oferecia uma carga horária mínima de 400

h/a.

Sistema de Certificação de Competências

Uma das estratégias do Profae para assegurar a sustentabilidade das políticas e

estruturas de educação profissional na área de saúde foi a organização de um Sistema de

Certificação de Competências – SCC, cujos objetivos iniciais foram avaliar e validar, por

meio da certificação, as competências profissionais construídas pelos egressos de cursos

implementados pelo Projeto2; subsidiar a sustentabilidade de processos de formação

profissional e de educação permanente em saúde; induzir a implementação de currículos

baseados em competências.

Desse modo, o SCC foi estruturado com a finalidade de desenvolver metodologias

e estratégias de avaliação de competências, com vistas a subsidiar a organização de processos

de avaliação educacional e de certificação profissional na área da saúde.

Esse Sistema estabeleceu, de forma pactuada entre diferentes atores do sistema de

saúde, critérios e procedimentos que permitissem articular as necessidades dos serviços à

oferta de formação de trabalhadores de enfermagem, cujas competências pudessem contribuir

com as mudanças requeridas pelo atual estágio de desenvolvimento do SUS. O enfoque para a

formação de trabalhadores baseado no conceito de competência profissional representou um

grande desafio, uma vez que se tornou imprescindível a identificação de novos âmbitos de

saberes que permitissem constantes adaptações às exigências do mundo do trabalho,

principalmente aquelas decorrentes da introdução de novos referenciais de qualidade e de

novas tecnologias.

Os desafios do SCC, portanto, estavam imersos na problemática da educação

profissional de nível técnico em saúde, que por sua vez, enfrentava os desafios de incorporar e

organizar a formação com base no modelo de competência, sem perder de vista suas

dimensões social, política, ética e pedagógica. Tampouco as dimensões históricas e dialéticas

dos processos de trabalho e de formação.

Ressalta-se que, para o Ministério da Saúde, a formação dos trabalhadores do SUS

é reconhecida e valorizada como um componente do processo de reajuste da força de trabalho,

no sentido de contribuir para a qualificação e a efetivação da política nacional de saúde. Nessa

visão, estão incorporadas as necessidades de elevação da escolaridade e dos perfis de

desempenho profissional dos trabalhadores, sendo este compreendido como: domínio do

conhecimento técnico-científico, capacidade de auto-planejamento, de gerenciar tempo e

espaço de trabalho, de exercitar a criatividade, de trabalhar em equipe, de interagir com os

usuários dos serviços, de ter consciência da qualidade e das implicações éticas do seu trabalho

(Ministério da Saúde, 2000).

O documento acima citado reitera que a formação profissional de nível técnico em

saúde não pode se restringir à dimensão técnico-instrumental, tornando-se simples estratégia

de adaptação às necessidades do processo produtivo. Ao contrário disso, a noção de

competência, enquanto estruturante da formação profissional técnica, deve contribuir para a

renovação do processo de formação, valorizando e promovendo a autonomia e a emancipação

dos trabalhadores e das relações de trabalho.

2 Objetivo repactuado a partir da realização do teste piloto da certificação, em 2002, no Estado do Espírito Santo.

Page 79: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

79

Ressalta-se também que o SCC foi construído num contexto que apresentava as

seguintes características:

Não havia experiência no país, em matéria de sistemas de certificação profissional e

ou de competências, na área da saúde. Havia setores – como turismo e metalmecânica

– que estavam iniciando projetos na área. A experiência internacional também era

escassa quando se tratava da montagem de sistemas para países na escala e

complexidade do Brasil.

Os cursos existentes para formação do auxiliar de enfermagem estavam estruturados

em disciplinas, com foco tecnicista e hospitalocêntrico. Por isso, os próprios cursos

promovidos pelo Profae, que dependiam dessa rede de executores, não estavam

estruturados com base em competências.

Os alunos desses cursos eram trabalhadores adultos das classes populares,

majoritariamente mulheres, com múltiplas jornadas de trabalho e cuja escolaridade

era, em sua maioria, precariamente adquirida. Estimava-se que cerca de 25% não

haviam completado o ensino fundamental.

Diversidade de práticas profissionais, em relação às especificidades clínicas,

cirúrgicas, clientelas especiais, espaços e organizações do trabalho.

A divisão técnica do trabalho em enfermagem restringia e ainda restringe de diversas

formas, a autonomia dos auxiliares de enfermagem. Na prática, contudo, eles

desempenham um rol complexo e diversificado de ações, funcionando como a base do

sistema médico-hospitalar no país.

Diante desse contexto, a organização do SCC baseou-se nos seguintes pressupostos:

O imperativo de profissionalização dos auxiliares de enfermagem, estabelecendo

relações político-pedagógicas entre os fins sociais das áreas de saúde, educação e

trabalho.

A concepção de saúde como qualidade de vida, mediatizada pelo SUS, como

norteadora dos projetos de educação profissional.

A necessidade de identificar as competências formais e políticas que assegurassem a

competência humana necessária ao cuidar em saúde, impulsionando novas práticas

profissionais frente aos espaços e atores envolvidos na promoção, prevenção e

recuperação da saúde.

As crescentes pressões do setor produtivo – que congrega interesse de empresários e

trabalhadores – para adequação do perfil da força de trabalho aos novos requisitos de

desempenho profissional.

O movimento internacional de padronização e normalização das competências em

vários setores ocupacionais, acompanhado da adequação dos cursos, currículos e

programas formativos.

A tendência das instâncias educacionais e de formação profissional ampliarem o

reconhecimento do diploma ou certificado, fazendo-os corresponder à realidade do

mundo do trabalho, incorporando o reconhecimento das competências tácitas do

trabalhador.

Page 80: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

80

O reconhecimento e a valorização da qualificação real do trabalhador, compreendida

como um conjunto de competências que vão além da dimensão cognitiva,

constituindo-se mais no “saber-ser” do que apenas no “saber-fazer”.

A consciência de que as competências que integram o perfil do auxiliar de

enfermagem deveriam ser passíveis de aquisição e demonstração em todo o território

nacional, respeitadas as características e padrões locais ou regionais.

O marco legal da educação profissional no Brasil que, a partir da nova LDB – Lei de

Diretrizes e Bases da Educação (Lei n.º 9.394, de 24/12/96), valoriza a formação e a

avaliação de competências, a oferta de educação flexível, a vinculação oferta/demanda

na formação continuada, direcionada tanto para a expansão e diversificação de

educação profissional como para a reestruturação curricular centrada em

competências.

Considerando o contexto e os pressupostos acima colocados e a natureza político-

pedagógica do SCC, o trabalho desenvolvido caminhou na direção de fortalecer as estratégias

da política de educação profissional desenvolvida pelo Ministério da Saúde, especialmente em

relação à ordenação da formação de recursos humanos para o SUS. Buscou desenvolver

metodologias e estratégias que pudessem se configurar como ferramentas para o cumprimento

dessa responsabilidade político-institucional de ordenar a formação, atribuída ao Ministério da

Saúde pela Constituição Federal de 1988.

O trabalho foi marcado por duas fases. Na primeira, um dos objetivos era avaliar e

validar, por meio da certificação, as competências profissionais construídas pelos egressos dos

cursos/Profae. Este objetivo mostrou-se incompatível com a realidade social e com a

complexidade e implicações que a certificação profissional apresentava, inclusive, em relação

a aspectos jurídico-legais, culturais e econômicos. Na segunda, teve como objetivo

desenvolver estratégias e metodologias de avaliação de competências, com vistas a subsidiar a

organização de processos de avaliação educacional e de certificação profissional na área da

saúde.

Por isso, a implantação do sistema de certificação de competências exigiu

constantes, cuidadosas e ponderadas análises do contexto em que se inserem as práticas de

saúde e de enfermagem no Brasil. Essa mesma exigência se deu em relação à análise do

significado social e cultural que têm o certificado e ou diploma de cursos no país: eles são ao

mesmo tempo prova de terminalidade educativa e de reconhecimento profissional.

Dito de outra forma, a legislação brasileira define que a qualificação é suficiente

para o exercício profissional, retratando a concepção tradicionalmente prevalecente no país.

Com base nessas análises, percebeu-se um descompasso em relação à definição

das metas inicialmente propostas para o SCC, pois estas se revelaram como dito

anteriormente, não compatíveis com a realidade social e com a complexidade e implicações

de uma certificação profissional.

A construção do SCC teve como premissa buscar coerência com os princípios

gerais que regem a prática de todos os trabalhadores de saúde, considerando a relevância dada

aos princípios éticos e de trabalho em equipe, com destaques para as diretrizes políticas do

SUS, as regulamentações sobre a organização do sistema de saúde e para as leis, resoluções e

pareceres que regulam a formação e o exercício profissional do auxiliar de enfermagem, alvo

prioritário do Profae.

Page 81: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

81

Na construção do perfil de competências profissionais do auxiliar de enfermagem

e na organização da metodologia de avaliação, tendo essa premissa como base, foram

enfatizadas as necessidades de considerar o processo de trabalho como eixo estruturante da

organização da educação profissional e de valorizar a autonomia e a emancipação das relações

de trabalho e dos trabalhadores de nível técnico da saúde.

Ao propor um perfil de competências profissionais ampliado, o SCC buscou

demonstrar que a formação técnica em saúde pode e deve ampliar suas dimensões ético-

política, comunicacional, técnica e de inter-relações pessoais, numa perspectiva de possibilitar

aos trabalhadores maior participação no mundo contemporâneo do trabalho em saúde.

O perfil de competências profissionais ampliado demonstra potencial para renovar

o processo formativo de maneira criativa, crítica e emancipadora, com a articulação das

dimensões profissional e sócio-política.

Ademais, com os processos de validação e homologação do perfil, o SCC buscou

demonstrar a possibilidade de uma regulação profissional também ampliada.

Ao propor um processo avaliativo de natureza formativa, objetivou apontar

indicativos de avaliação e de reorientação importantes para a formação, para o setor de

produção de serviços de saúde e para os próprios trabalhadores. A avaliação foi considerada,

portanto, como ferramenta para a gestão política da educação profissional, do currículo e da

auto-gestão.

Ademais, a metodologia de avaliação validada pelo SCC, apontou caminhos para

a otimização de processos avaliativos para amplo uso em território nacional.

No Brasil, as estratégias de certificação profissional estão sendo articuladas à luz

das diferentes demandas e dos distintos interesses que cercam essa iniciativa. As discussões

atuais apontam maior visibilidade e autonomia para a avaliação: avaliar é um recurso quase

imprescindível, enquanto certificar pode não ser requerido.

A certificação é vista como o conjunto das ações “formação – avaliação –

certificação – formação”. A articulação da formação com a certificação tem sido considerada

imprescindível para assegurar a oportunidade de educação permanente para o profissional que

não obtenha a certificação devido a déficits de experiência ou formação. Essa articulação é

um recurso para a não exclusão.

O contexto de implantação de processos de certificação profissional no Brasil

está, em certa medida, apenas começando. O Profae, como projeto pioneiro e inovador,

cumpriu um importante papel no sentido de estimular o debate, apresentar e testar estratégias

e metodologias que possam apontar possibilidades e limites às demais ações pertinentes à

futura implantação da certificação profissional na área da saúde.

O SCC, no contexto possível de sua atuação, trabalhou na perspectiva de

concretizar mais um passo em direção à qualificação da educação profissional técnica e à

melhoria da qualidade dos cuidados em saúde.

Page 82: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

82

Ações Realizadas em 2008

Validação da metodologia de avaliação de competências em Rio Branco, Acre.

Criação de CD ROM de apoio à formação e educação permanente de auxiliares e

técnicos de enfermagem – conteúdos referentes aos procedimentos avaliados na prova

prática simulada.

Concepção e criação da ferramenta/módulo de aprendizagem e ou revisão do

conhecimento integrados ao homem virtual e aos vídeos de simulação clínica.

Construção das rubricas de avaliação.

Elaboração de relatórios logístico e técnico e de consolidação dos resultados da

validação da metodologia de avaliação de competências – utilização da Teoria

Clássica e da Teoria de Resposta ao Item. (Em anexo).

Oficinas de trabalho com as Escolas Técnicas do SUS parceiras na operacionalização

da validação para planejamento das capacitações técnicas para docentes e educação

permanente para os auxiliares e técnicos participantes da validação.

Elaboração do programa das capacitações, considerando a problematização das

práticas.

Diagramação do CD ROM de apoio à formação e educação permanente de auxiliares e

técnicos de enfermagem, para publicação.

Elaboração de roteiros para a produção da unidade de conhecimento sobre os

procedimentos avaliados em ambiente virtual – material de apoio de à formação e

educação permanente de auxiliares e técnicos de enfermagem.

Produção do banco de questões da prova do saber-ser ético-profissional.

Realização do seminário para apresentação dos resultados do processo de avaliação de

competências validado.

Incentivo à Formação docente – EAD

Projeto Piloto Formação Pedagógica de Docente em EAD

Em 2008 foi implementado o Curso de Formação Docente em Educação

Profissional na Área da Saúde, com objetivo de promover a formação de docente envolvendo

diferentes categorias profissionais graduados da área de Saúde e demais profissionais que

integram as equipes docentes locais de educação profissional. Um total de 160 alunos-

docentes, indicados pelas ETSUS a partir de edital específico, nos Estados do Amazonas,

Bahia e Mato Grosso do Sul, no período de janeiro a dezembro de 2008.

O Curso foi desenvolvido a partir de um Projeto Piloto com a finalidade de indicar

a pertinência da organização curricular, do processo pedagógico mediatizado, dos recursos

metodológicos, do material didático, do processo de avaliação, do sistema de

acompanhamento e de gestão acadêmica e de formação de tutoria e de colher subsídios para a

construção de outras estratégias formativas desenvolvidas no âmbito do SUS, tendo como

pano de fundo o fortalecimento das 36 Escolas Técnicas do SUS - ETSUS.

A organização dos componentes curriculares do Curso, de 540 horas, tem como

eixo a necessidade de oferecer elementos que possibilitem a compreensão do processo

Page 83: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

83

histórico de defesa da saúde pública e sua relação com o processo mais amplo da formação da

sociedade brasileira. Abrigados por essa compreensão estarão presentes, nos componentes

curriculares previstos, sob diferentes formas, a análise de questões relativas aos direitos

sociais; modelos de proteção social, cidadania, sanitarismo, saúde, educação e democracia;

movimento sanitário; Reforma Sanitária; SUS; participação e controle social; igualdade,

integralidade e equidade; universalidade, descentralização, humanização e trabalho em Saúde.

Os três Complexos Temáticos do Curso, abrigando um conjunto sistematizado de

conhecimentos interdisciplinares a serem vivenciados são os seguintes:

CT1 – Trabalho, Saúde e Educação

CT2 – O SUS e os Processos de Trabalho em Saúde

CT3 – A Organização Pedagógica do Trabalho Docente

A avaliação também constitui expressão da concepção teórico-metodológica do

Curso, e como parte essencial do processo pedagógico vincula-se, de forma direta, aos

objetivos formativos a serem atingidos, sendo integralmente referenciada nos conteúdos

teórico-práticos de cada um dos Complexos Temáticos. Ao longo do Curso, obedecendo às

normas legais para o funcionamento de cursos de pós-graduação lato sensu à distância3, a

avaliação do desempenho do aluno incluiu um conjunto de atividades realizadas a distância,

atividades presenciais de aferição, práticas pedagógicas e defesa do Trabalho de Conclusão de

Curso.

O Piloto priorizou a inscrição de profissionais que atuavam nas ações formativas

promovidas pelas ETSUS, em virtude da necessidade de qualificação das equipes do SUS.

Estes profissionais têm experiências e expectativas diversas e são comprometidos ética e

politicamente com a defesa da vida dos usuários do SUS.

Relação de alunos-docentes inscritos x vagas ofertadas

Unidade Federada Alunos inscritos Total de vagas

Amazonas 74 60

Bahia 91 61

Mato Grosso do Sul 57 40

TOTAL 222 161

Perfil dos alunos-docentes por status acadêmico e por unidade federada

Status Amazonas Bahia

Mato grosso do sul Total

Não iniciaram 02 03 02 07

Abandono 33 11 06 50

Desistência 03 02 01 05

3 Resolução CNE/CES nº 1 de 03/04/01, que estabelece as normas para o funcionamento dos cursos dos pós-

graduação e Decreto nº 5622/05.

Page 84: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

84

Reprovado 02 - 02 04

Egressos 21 45 29 95

Perfil dos alunos-docentes por graduação e unidade federada

Graduação Amazonas Bahia Mato Grosso do Sul TOTAL

Enfermagem 30 11 12 53

Medicina - - - -

Odontologia 10 23 15 48

Nutrição 2 4 2 8

Fisioterapia 1 - 1

Biologia - 5 1 6

Psicologia 3 1 2 6

Farmácia 3 13 3 19

Serviço Social - 4 2 6

Veterinária - - 1 1

Terapia

Ocupacional

- - 1 1

Engenharia 4 - - 4

Pedagogia 5 - 1 6

Direito 1 - - 1

Administração 1 - - 1

TOTAL 60 61 40 161

Com essa é possível reiterar a importância da etapa de validação de uma proposta

que tenha a magnitude política daquela que desafia esse curso de formação docente: ser um

requisito à efetiva implementação da política de formação nacional, promovida por meio das

ETSUS, contribuindo, também, para o seu fortalecimento; constituir-se como ação política do

Ministério da Saúde (MS) no âmbito do Departamento de Gestão da Educação na Saúde

(DEGES) e complementar o itinerário educativo dos profissionais graduados nas diversas

subáreas da saúde ao tempo em que concretiza a relação intersetorial e interdisciplinar entre

saúde e educação.

Nesse caso, significa experimentar para promover ajustes que podem contribuir

para a consolidação do SUS como conquista das lutas sociais pela saúde, cuja existência

justifica a competência constitucional do Ministério da Saúde, como gestor federal, de

ordenar a formação dos recursos humanos nessa área, na perspectiva da qualidade social do

Page 85: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

85

cuidado produzido; zelar pela utilização adequada e producente de recursos públicos, no

cumprimento do dever do Estado.

É importante ainda destacar que o piloto possibilitou avaliar a pertinência da

proposta do Curso, as etapas prévias à sua execução, ao desvelar “outras especificidades” e/ou

“outros condicionantes” da participação e manutenção da clientela das diferentes regiões no

processo; novos elementos e desafios aos critérios de composição dos diferentes sujeitos do

curso; contradições das estratégias políticas implementadas pela ação do Estado na interface

saúde-educação que potencializam ou enfraquecem os contextos e cenários dessa ação; limites

e possibilidades das parcerias estabelecidas e os recursos disponíveis para a sua superação,

dentre tantos outros que serão mais compreendidos e sistematizados até a Oficina de

Avaliação final do projeto piloto e receberão contribuição.

Mestrado Profissional

O Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde destina-

se aos dirigentes e equipes técnicas das Escolas Técnicas de Saúde – ETSUS e gestores de

recursos humanos das secretarias estaduais de saúde, principais responsáveis pelos processos

educativos para o Sistema Único de Saúde. Visa, ainda, ao aperfeiçoamento profissional

desses profissionais para atuarem como formadores e indutores de processos de mudança em

seus espaços de trabalho, mediante a adoção de novos conceitos, práticas e produtos de alta

aplicabilidade ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde - SUS.

O curso é uma das ações que se encontram no âmbito do contrato de empréstimo

n.º 1215/OC-BR com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), relativo ao Projeto

de Profissionalização de Trabalhadores da Área de Enfermagem – PROFAE, tendo como

órgão executor a Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da

Saúde.

Foram credenciadas por meio de processo licitatório duas instituições formadoras:

a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio

Arouca – ENSP.

Durante o ano de 2008, as ações desenvolvidas neste âmbito podem ser assim

expressas:

UNIVALI

Processo Seletivo dos candidatos inscritos: A seleção aconteceu em fevereiro de

2008 para os candidatos da região norte e da região sul. Os candidatos da região norte

fizeram as provas em Brasília com professores da UNIVALI e apoio de uma técnica

do DEGES/SGTES/MS. Os candidatos da região sul fizeram provas de seleção em

Itajaí/SC na própria UNIVALI, contando, também, com o apoio de duas técnicas do

DEGES/SGTES/MS. Dos 74 inscritos das duas regiões, somente 45 inscrições foram

homologadas, pois, 29 candidatos deixaram de atender as exigências do edital. Dos 45

que fizeram as provas foram selecionados/aprovados 30 candidatos sendo, 22 da

região norte e 8 da região sul. Foi deixada uma lista de espera por ordem de

classificação contendo 5 candidatos.

Publicação dos Resultados e Matrículas na UNIVALI – O Resultado da Seleção foi

publicado em Março, conforme Edital de Seleção nº 08/2008/ProPPEC. As matrículas

Page 86: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

86

foram realizadas no período de 24 a 28 de março de 2008, na Secretaria do Programa

de Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho/UNIVALI.

Início das Aulas – As aulas iniciaram na última semana de Março/2008, mesmo

período das matrículas, tendo sido definido que as aulas presenciais seriam

ministradas durante uma semana por mês, de março a dezembro.

Desenvolvimento do Curso – A finalidade do Mestrado Profissional é formar

profissionais de quadros estratégicos para a gestão da educação profissional. Com o

investimento ora efetivado espera-se gerar conhecimentos científicos, formular

intervenções e soluções de problemas, fortalecendo a construção de saberes e de ações

que se relacionam ao campo da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. O curso

foi ofertado exclusivamente a gerentes e professores das Escolas Técnicas do SUS e

gestores de recursos humanos da Secretarias Estaduais de Saúde das regiões norte e

sul do país. Os estudos iniciaram-se em 2008, devendo encerrar em dezembro/2009. A

estratégia de funcionamento do curso contempla momentos presenciais e a distância.

Os custos de deslocamento e permanência dos profissionais/alunos durante o período

de aulas presenciais ocorrem por conta desta SGTES/MS.

Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP

Contratação da Escola Nacional de Saúde Publica Sergio Arouca - Em

10/03/2008, foi celebrado o Contrato nº 1766/2008 com a ENSP/FIOTEC para atender

a demanda de formação das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Processo Seletivo dos candidatos inscritos na ENSP: A ENSP/FIOTEC realizou o

processo de seleção dos alunos, de acordo com os critérios previstos no Edital da

Convocatória Pública Internacional nº 179/2006. Foram selecionados 30 alunos entre

Gestores Estaduais de Recursos Humanos: 02 (duas) vagas para a Região Centro-

Oeste, 02 (duas) vagas para a Região Sudeste e 03 (três) vagas para a Região Nordeste

do Brasil. Docentes, diretores e coordenadores de Escolas Técnicas do SUS: 08 (oito)

vagas para a Região Centro-Oeste, 05 (cinco) vagas para a Região Sudeste e 10 (dez)

vagas para a Região Nordeste do Brasil.

Publicação dos Resultados da Seleção e Matrícula na ENSP – O resultado foi

divulgado na Plataforma (www.sigass.fiocruz.br) e foram classificados 30 (trinta)

primeiros colocados, conforme média ponderada decrescente, obtida nas etapas do

processo seletivo, mantida a proporcionalidade referida no item 3 do edital de seleção.

As matrículas ocorreram logo após a divulgação dos resultados da classificação dos

alunos.

Início das Aulas: As aulas tiveram início na semana de 14 a 18 de Julho de 2008,

sendo que, a aula inaugural aconteceu nas dependências da ENSP.

Desenvolvimento do Curso – O curso está sendo realizado na cidade do Rio de

Janeiro, nas dependências da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da

Fundação Oswaldo Cruz, localizada na Rua Leopoldo Bulhões 1480, Manguinhos. O

deslocamento dos alunos dos seus locais de origem para o Rio de Janeiro ocorre por

conta desta SGTES/MS. As aulas são ministradas em períodos de concentração de

uma semana a cada mês, em horário integral (manhã e tarde), totalizando 40 horas em

cada período com previsão de encerramento em Dezembro de 2009.

Page 87: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

87

Desenvolvimento de Projeto de Estudos e Pesquisas

O quadro a seguir ilustra as ETSUS que estão em fase final de execução de seus

projetos de pesquisa:

PROJETOS PESQUISA

Item UF Mantenedora ETSUS Valor

Contratado 1 AC Instituto Estadual de Desenvolvimento

da Educação Profissional Dom Moacir

Grechi

ETSUS Maria Moreira da

Rocha

37.825,00

2 AM Centro de Educação Tecnológica do

Amazonas - CETAM

ETSUS Enf.ª Sanitarista

Francisca Saavedra

45.000,00

3 BA Centro de Estudos e Projetos em Saúde

- CEPS

ETSUS Prof.º Jorge Novis 45.000,00

4 CE Escola de Saúde Pública do Ceará Escola de Saúde Pública

do Ceará

39.980,00

5 GO SES CEP Saúde 45.000,00

6 MG FADENOR ETSUS UNIMONTES 45.000,00

7 MG Fundação Ezequiel Dias - FUNED ESP – MG 45.000,00

8 MT Fundo Estadual de Saúde ESP Mato Grosso 45.000,00

9 PE SES ESP Pernambuco 45.000,00

10 PB SES CEFOR 45.000,00

11 RN SES CEFOR Dr. Manoel da

Costa Souza

45.000,00

12 SC Fundo Municipal de Saúde de

Blumenau

ETSUS 45.000,00

13 SC SES EFOS 43.500,00

14 SP SMS ETSUS 45.000,00

15 MG FHEMIG Escola de Formação

Profissional

45.000,00

16 MS SES ETSUS Prof. Ena de

Araújo Galvão

45.000,00

17 PI SES Centro de Ed. Monsenhor

José Luiz Barbosa

45.000,00

18 RR Fundo Estadual de Saúde do Estado de

Roraima

ETSUS 45.000,00

19 RO SES CETAS 38.490,00

20 SE Fundo Especial de Manutenção da

ETSUS - FUNDETSUS/SE

ETSUS 40.000,00

Page 88: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

88

21 TO SES ETSUS 44.970,00

22 PA SES ETSUS Dr. Manoel Ayres 45.000,00

23 MA SES ETSUS 45.000,00

24 RJ SES ETSUS 45.000,00

25 ES SES 45.000,00

26 SP Secretaria Municipal de São Paulo ETSUS 45.000,00

27 RS Fundação Especial de Manutenção da

ETSUS - FAURGS

ESP 45.000,00

Fonte: SGTES/DEGES/MS

Educação Permanente para profissionais de nível médio na Educação Permanente para

os Agentes Comunitários de Saúde

Projeto Olhar Brasil

Para o desenvolvimento do Projeto Olhar Brasil, que envolve articulação intra e

interministerial: DAB e DAE/SAS/MS, DEGES/SGTES e SECAD/MEC em 2008 buscou

desenvolver reuniões no sentido de discutir as estratégias de implantação desse projeto nos

estados e municípios. Também foram promovidas reuniões, oficina e videoconferência com a

finalidade de tratar dos processos de adesão ao Projeto e de capacitação de multiplicadores

para ações de educação permanente dos Agentes comunitários de saúde nos municípios

prioritários da região nordeste e norte de Minas Gerais. Neste sentido, destacam-se:

A Oficina de Trabalho em julho/08 na cidade de Recife/PE em que estiveram

presentes os coordenadores estaduais de atenção básica e especializada das SES,

diretores e coordenadores pedagógicos das Escolas Técnicas do SUS e coordenadores

pedagógicos das SEE dos estados do Nordeste e de Minas Gerais. Estiveram presentes

técnicos representantes das duas áreas dos Ministérios da Saúde e do Ministério da

Educação. Nesse momento foi entregue um kit para a capacitação cujo principal

instrumento é o Manual de Orientações para triagem do Projeto Olhar Brasil.

Em duas oportunidades os técnicos das áreas técnicas dos Ministérios da Saúde e da

Educação participaram de videoconferências voltadas ao processo de adesão dos

municípios ao Projeto ao processo de capacitação dos professores e agentes

comunitários de saúde como triadores de alunos e idosos aos exames oftalmológicos –

triagem para aferição de acuidade visual.

Final de outubro/08 foi realizada uma reunião de trabalho com todas as Escolas

Técnicas do SUS, em Brasília, com objetivo de discutir o papel das Escolas no

processo de capacitação dos ACS e eventualmente de professores na rede publica de

ensino dos municípios em será desenvolvido o Projeto. Também nessa oportunidade

foi entre o Manual de Orientação e discutidos o conteúdo e as estratégias das

capacitações.

Page 89: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

89

Estão disponibilizados R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) pela SGTES destinados

ao financiamento das capacitações dos Agentes Comunitários de Saúde dos

municípios prioritários desse Projeto.

Participação em Eventos

• 7ª Reunião Geral da RET-SUS realizada no período de 11 a 13 de junho de 2008 em

Cuiabá-MT;

• Participação de Videoconferência em Brasília no dia 15/07;

• Participação da Reunião sobre o Programa Olhar Brasil em Recife no dia 22/07/2008;

• Participação no Programa Sisterna em Recife nos dias 23 a 25/07/2008;

• Participação na III Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família em Brasília no

período de 5 a 8/08/2008;

• Reuniões Regionais das ETSUS:

Sudeste – 16 e 17/09/2008, em São Paulo/SP;

Sul – 25 e 26/09/2008, em Curitiba/PR;

Centro Oeste – 29 e 30/09/2008, em Brasília/DF;

Norte - 22 e 23/10/2008, em Rio Branco/AC;

Nordeste – 30 e 31/10/2008, em Maceió/AL.

• Participação de Webconferência do PSE em Brasília no dia 22/09/2008

• Participação no Seminário Nacional de Formação de Cuidadores de Pessoas Idosas

com Dependência no período de 7 a 8/10/2008;

• Participação no Seminário de Certificação de Competências – SCC em Brasília no

período de 27 a 28/10/2008;

• Participação da Reunião sobre o Programa Olhar Brasil em Brasília no dia

29/10/2008;

• Participação no Seminário Internacional – Formação dos Trabalhadores Técnicos em

• Saúde no Brasil e no Mercosul no período de 24 a 26 de novembro de 2008;

• Participação de Webconferência em Brasília no dia 02/12/2008;

• Participação de Webconferência em Brasília no dia 11/12/2008;

• Participação da Oficina de Prioridades de Pesquisa sobre Avaliação de Tecnologia em

Saúde em Brasília.

Page 90: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

90

AÇÕES DESENVOLVIDAS NA GESTÃO E REGULAÇÃO DO TRABALHO EM

SAÚDE - DEGERTS

O Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS) é

responsável pela condução das políticas relacionadas às questões do trabalho em saúde,

objetivando introduzir uma cultura de negociação na área como maneira de redução dos

conflitos, fortalecimento do processo de desprecarização do trabalho, atuando junto a outros

órgãos governamentais na regulação do trabalho em saúde, qualificando a gestão do trabalho

nos estados e municípios e discutindo a questão do exercício profissional da saúde no âmbito

do MERCOSUL, entre outras ações.

O DEGERTS desenvolve suas atividades por meio de duas coordenações gerais: a

Coordenação-Geral da Gestão do Trabalho em Saúde e a Coordenação-Geral da Regulação e

Negociação do Trabalho em Saúde.

Desprecarização do Trabalho no SUS

O Comitê Nacional Interinstitucional de Desprecarização do Trabalho no SUS,

criado pela Portaria GM/MS 2.430, de 23 de dezembro de 2003, é um fórum institucional –

constituído por gestores e trabalhadores – com objetivo de elaborar políticas e formular

diretrizes que qualifiquem as relações e vínculos de trabalho no âmbito do SUS. Em 2008, o

Comitê realizou três reuniões:

22ª Reunião - 4 de março de 2008

Objetivos: Analise da PEC nº 257/1995 – Proposta em questão: dar nova redação ao

inciso II do artigo 37 da Constituição Federal, de forma a possibilitar a investidura

em cargo ou emprego público por meio de promoções efetuadas de acordo com

critérios dos respectivos planos de carreira dos servidores; Encaminhamentos da

reunião. 1) Realizar o Seminário Carreira Única no SUS e as iniciativas do

Congresso Nacional (PECs), em conjunto com a CIRH (CNS), MNNP/SUS,

Congresso Nacional e com a presença de estudiosos que também da Previdência

Social; 2) Realizar o Seminário Alternativas e modalidades de Gestão no SUS e as

exigências constitucionais, com a participação do Ministério Público Federal,

Ministério Público do Trabalho, Casa Civil, Ministério do Planejamento e Tribunal

de Contas da União, em parceria com a CIRH (CNS), MNNP/SUS e Congresso

Nacional.

23ª Reunião - 7 de agosto de 2008

Objetivos: Palestras: A Constituição Federal de 1988, as responsabilidades dos entes

federados e seu financiamento, pelo Assessor Especial da Subchefia de Assuntos

Federativos/ Casa Civil da Presidência da Republica, Olavo Noleto Alves; e Gastos

com saúde e com pessoal da saúde declarados pelos Entes Federados, pela

Coordenadora do Sistema de Informações do Orçamento Público em Saúde – SIOPS,

Clementina Corah Lucas Prado. Encaminhamentos da reunião: 1) Discutir o

Projeto de Lei das terceirizações, de autoria do Deputado Vicentinho; 2) Discutir a

Portaria nº. 1.791 (repasse de recursos financeiros para a Estratégia Saúde da

Família); 3) Realizar pesquisa sobre a terceirização do trabalho no SUS; 4)

Aprofundar o debate sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (incluindo as

contribuições do DIEESE) e agendando, se for mantida a reunião do dia 21 de

Page 91: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

91

agosto, um encontro um dia antes com os pesquisadores Célia Pierantoni

(IMS/UERJ), Roberto Nogueira (UNB) e Sábado Girardi (NESCOM/UFMG), para

que estes desenvolvam pesquisa sobre as limitações impostas pela Lei de

Responsabilidade Fiscal na contratação de pessoal no SUS; 5) Solicitar ao

CONASEMS um levantamento sobre o “Estado da Arte” dos vínculos dos Agentes

Comunitários de Saúde, no Brasil; 6) Solicitar à CNTSS e ao CONACS um

levantamento sobre a situação da implementação da Lei nº. 11.350, de 5 de outubro

de 2006, nos municípios brasileiros; 7) Elaborar um balanço das atividades

realizadas pelo Comitê desde sua implantação até os dias atuais, utilizando os

Relatórios de Gestão anuais e os Resumos Executivos das reuniões anteriores; 8)

Realizar duas reuniões descentralizadas do Comitê: a primeira para o dia 21/08/2008

e a segunda entre os meses de novembro e dezembro.

24ª Reunião - 10 de novembro de 2008

Objetivos: 1) Palestra: Concursos Públicos e balanço das medidas de

Desprecarização no âmbito da Saúde do Governo Federal, pela Coordenadora-Geral

de Recursos Humanos do Ministério da Saúde. Elzira Maria do Espirito Santo

(SAA/SE/MS); e apresentação de pesquisas: CONASEMS, CNTSS/CONACS,

SIOPS e CNES.

PCCS-SUS

A Equipe Técnica continua apoiando, sempre que solicitada, os órgãos e as instituições

integrantes do SUS na elaboração ou na reformulação de Planos de Carreiras, Cargos e

Salários. Outrossim, pretende-se dar continuidade a esse trabalho durante o próximo ano.

Regulação do Trabalho em Saúde

A Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde realizou, no ano de 2008, sete reuniões

ordinárias, que contaram, em média, com a presença de 30 participantes. Foram elas:

12ª Reunião (02 e 03/04/08). Debates sobre o PL nº. 1.722/07 (de autoria do Deputado

Ribamar Alves, que Institui a ultrassonografia como especialidade médica e dá outras

providências); PL nº. 6.042/05 (de autoria do Deputado José Mentor, que Dispõe sobre o

exercício da profissão de podólogo e dá outras providências); PLS nº. 26/07 (de autoria do

Senador Tião Viana, que Altera a Lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a

regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências, para estabelecer

prazo para a concessão de registros aos atendentes, auxiliares e técnicos de enfermagem e

às parteiras, bem como para assegurar a esses profissionais acesso diferenciado aos cursos

de graduação de nível superior de enfermagem). Informes sobre a situação da

regulamentação da Optometria, bem como sobre as últimas deliberações do Grupo de

Trabalho dos Técnicos em Imobilização Ortopédica, criado para discutir a regulamentação

do Técnico de Imobilização Ortopédica, conforme previsto no PL nº. 1.681/1999, de

autoria do Deputado Arnaldo Faria de Sá, que Regula o exercício da profissão de Técnico

em Imobilização Ortopédica e dá outras providências.

13ª Reunião (28 e 29/05/08). Debates sobre o PL nº 1.549/03 (de autoria do Deputado

Celso Russomanno, que Disciplina o exercício profissional de Acupuntura e determina

outras providências, apensado ao PL nº 2.626/03, do Dep. Chico Alencar, que Dispõe

Page 92: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

92

sobre a regulamentação e fiscalização do exercício profissional da Acupuntura, e ao PL

nº 2.284/03, do Dep. Nelson Marquezelli, que Regula o exercício da acupuntura); PL nº

3.16/03 (de autoria do Deputado Luiz Bittencourt, que Dispõe sobre a prática da

acupuntura nos hospitais do Sistema Único de Saúde); PLS nº 480/03 (de autoria da

Senadora Fátima Cleide, que Regulamenta o exercício profissional da acupuntura,

autoriza a criação do Conselho Federal de Acupuntura). Continuação dos debates sobre

o PLS nº 26/07, de autoria do Sen. Tião Viana e PL nº 6.042/05, de autoria do Deputado

José Mentor. Apresentação da Classificação Brasileira de Ocupações - CBO (Ministério do

Trabalho e Emprego);

14ª Reunião (12/08/08). Informações sobre o Seminário das profissões de saúde

(CIRH/CNS; CRTS; Congresso Nacional), previsto para ocorrer em março de 2009; Curso

seqüencial Gestão em Saúde Comunitária da Universidade Estadual do Maranhão -

UEMA; Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos; Carga horária dos cursos superiores da

área da saúde. Apresentação dos Relatórios Finais dos GTs sobre regulamentação de

Podólogos e de Técnicos de Imobilização Ortopédica. Apresentação de Relatório do GT

sobre o PLS nº 480/03, de autoria da Sen. Fátima Cleide, debatido na 13ª Reunião da

Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde.

15º Reunião (30/09/08). Informações sobre o Seminário das Profissões de Saúde;

Regulamentação das profissões de saúde no MERCOSUL; Agendamento de nova reunião

do GT sobre regulamentação dos Podólogos; Tecnólogos (levantamento dos cursos em

pauta no Congresso Nacional). Apreciação parecer sobre Curso Seqüencial de Gestão em

saúde comunitária da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Discussão sobre a

regulamentação da Osteopatia. Continuação do debate sobre o PLS nº 480/03, de autoria da

Senadora Fátima Cleide, com a presença do Relator do Projeto, Senador Flávio Arns.

Debate sobre o PL nº 7.531/06 (de autoria do Deputado Henrique Afonso, que Dispõe

sobre o exercício da atividade de Parteira Tradicional).

16º Reunião (28/10/08). Parecer apresentado pelo COFFITO sobre a regulamentação

da Osteopatia. Continuação dos debates sobre o PLS nº 4.80/03, de autoria da Senadora

Fátima Cleide, com a presença do Relator do Projeto, Senador Flávio Arns; do PL nº

6.042/2005, de autoria do Deputado José Mentor; e do PLS nº. 26/07, de autoria do

Senador Tião Viana.

17 ª Reunião (18 e 19/11/08). Apresentação do Conselho Federal dos Técnicos em

Radiologia (CONTER) com vistas à regulamentação do Tecnólogo em Radiologia. Debate

sobre o PL nº 3.277/04 (de autoria do Deputado Max Rosenmann, que Dispõe sobre os

Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem); PLS nº 437/2007 (de autoria da Senadora

Maria do Carmo Alves, que Altera o artigo 22 da Lei nº 3.268/57, que trata das penalidades

aplicadas aos médicos); PL nº 5.863/2001 (de autoria do Deputado Luciano Zica, que

Altera a Lei n.º 7.394, de 29 de outubro de 1985, que regula o exercício da profissão e

Técnico em Radiologia). Continuação dos debates sobre o PLS nº 4.80/03, de autoria da

Senadora Fátima Cleide, com a presença do Relator do Projeto, Senador Flávio Arns e do

PLS nº. 26/07, de autoria do Senador Tião Viana.

18ª Reunião (17/12/08). Informações sobre a aprovação da Lei que regulamenta a

profissão de Técnico de Higiene Dental e Auxiliar de consultório dentário, apresentação do

quadro dos projetos de lei discutidos pela CRTS. Apresentação do relatório final da CRTS

sobre o PL nº 6.042/2005 que dispõe sobre a regulamentação da profissão de Podólogo.

Apresentação do levantamento dos projetos de Lei sobre Tecnólogos em saúde.

Page 93: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

93

Apresentação do relatório final do PL nº 1.791/07, de autoria da Deputada Maria do

Rosário, que trata da regulamentação da profissão de Optometrista. Debate sobre o PL nº

3.844/2004 (de autoria do Deputado Max Rosenmann, que Define o ato de enfermagem).

Continuação dos debates sobre o PL nº 7.531/06, de autoria do Deputado Henrique

Afonso. Definição da agenda de 2009.

Notas Técnicas Elaboradas

PL nº 5.635/05 - Dep. Onyx Lorenzoni - Regulamenta o exercício da profissão

de Protesista/Ortesista.

Ofício GASEC nº 1441/2007 – Primeiro Termo de Ajuste ao 52º Termo de

Cooperação para o desenvolvimento de ações vinculações ao “Projeto de

Cooperação Técnica Descentralizada à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia

- SESAB”, a ser celebrado entre o Ministério da Saúde, a SESAB e a

Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde.

PLS nº 480/2003 - Senadora Fátima Cleide - Regulamenta o exercício

profissional de Acupuntura, autoriza a criação do Conselho Federal de

Acupuntura e dá outras providências.

PL nº 2295/2000 (PLS nº 161/1999) - Senador Lúcio Alcântara - Dispõe sobre

a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.

PL nº 1.722/2007 - Deputado Ribamar Alves - Institui a ultra-sonografia como

especialidade médica e dá outras providencias.

PL nº 6.042/2005 - Deputado José Mentor - Dispõe sobre a regulamentação da

profissão de Podólogo.

PL nº 1791/07 - Deputada Maria do Rosário - Dispõe regulamentação da

profissão de Optometrista.

PL nº 1681/99 - Deputado Arnaldo Faria de Sá - Dispõe sobre a

regulamentação da profissão dos Técnicos em Imobilização Ortopédica.

Parecer sobre a regulamentação da Osteopátia.

PLS nº 26/2007 - Senador Tião Viana - Altera a Lei nº 7.438/86, que dispõe

sobre o exercício da enfermagem e dá outras providências;

Parecer sobre Curso Seqüencial de Gestão em saúde comunitária da

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

Durante o ano de 2008, os GTs criados para analisar a regulamentação dos

Técnicos em Imobilização Ortopédica, Podólogos e Acupunturistas concluíram seus

trabalhos, tendo apresentado os Relatórios Finais sobre os respectivos temas.

Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em Saúde

O Fórum Permanente MERCOSUL para o trabalho em Saúde realizou, no ano de

2008, três reuniões ordinárias, que contaram, em média, com a presença de 20 participantes.

Foram elas:

Page 94: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

94

18ª Reunião (28/02/08). 1) Informes sobre o XXIX Reunião do SGT nº. 11

“Saúde” MERCOSUL, no Uruguai; 2) Pauta da XXX Reunião do SGT nº. 11; 3)

Metodologia de trabalho para a 19ª Reunião do Fórum Permanente MERCOSUL,

a realizar-se em Curitiba/PR em abril/2008 (SITEn); 4) Participação das

categorias profissionais na XXX Reunião do SGT nº 11 “Saúde”

MERCOSUL/Subcomissão de Desenvolvimento e Exercício Profissional.

19ª Reunião (17 e 18/04/08). 1) Proposta de realização de Manual de

orientação para Profissionais de Saúde sobre a Matriz Mínima de Registro de

Profissionais de Saúde do MERCOSUL; 2) Reunião dos GTs do Fórum -

preparação para a XXX Reunião do SGT nº. 11, em Buenos Aires; 3) Palestra:

Parlamento do Mercosul - Deputado Dr. Rosinha (Vice-presidente do Parlamento

Mercosul), seguido de debate entre os presentes.

20ª Reunião (08/07/08). 1) Informes sobre a XXX Reunião do SGT nº. 11

“Saúde” MERCOSUL, realizada em Buenos Aires/Argentina; 2) Pauta da

próxima reunião do SGT nº. 11 - PPT Brasil; 3) Apresentação versão preliminar

do Manual de orientação para Profissionais de Saúde sobre a Matriz Mínima de

Registro de Profissionais de Saúde do MERCOSUL; 4) Mesa Redonda: Saúde,

Trabalho e Educação no MERCOSUL. Moderador: Luiz Roberto Craveiro

Campos (Associação Brasileira de Odontologia). Palestrantes: Maria Helena

Machado (Diretora do DEGERTS/SGTES/MS e Coordenadora da Subcomissão

de Desenvolvimento e Exercício Profissional/Comissão de Serviços de Atenção à

Saúde – SGT nº. 11 “Saúde”/MERCOSUL); Pedro Amaral (Chefe da Assessoria

Internacional do MTE e Vice-Coordenador Alterno do SGT nº 10 “Assuntos

Trabalhistas, Emprego e Seguridade Social”/MERCOSUL); Paulo Mayall

Guilayn (Assessor Internacional da SESu – MEC), seguido de debates.

Outras atividades realizadas

GT Enfermagem. O GT, que contou com a participação de representantes da

ABEn, COFEN e FNE, concluiu análise sobre a profissão de enfermagem no

Brasil, bem como dos mecanismos de formação, reconhecimento e especialidades

da Enfermagem, que foi apresentada na XXXI Reunião do SGT nº. 11 “Saúde”

MERCOSUL/Subcomissão de Desenvolvimento e Exercício Profissional,

realizada em Porto Alegre, setembro de 2008.

O Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em Saúde concluiu a

proposta de Manual de orientação para Profissionais de Saúde sobre a Matriz

Mínima de Registro de Profissionais de Saúde do MERCOSUL, que será

apresentada e debatida na primeira reunião do Fórum em 2009 para a sua

divulgação.

Também se encontra em fase de revisão a cartilha Fórum Permanente

MERCOSUL para o Trabalho em Saúde, para publicação antes da realização da

XXXII Reunião do SGT nº. 11 “Saúde” MERCOSUL, a realizar-se em Assunção,

Paraguai, em maio de 2009.

Page 95: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

95

Qualidade do Trabalho e Humanização da Gestão

O tema indicado requer a integração entre diferentes áreas do Ministério, e, a

partir de trabalhos conjuntos e de articulação entre as áreas, foi publicada a Portaria

GM/MS nº 1.128, de 5 de junho de 2008 (Boletim de Serviço do dia 16 de junho de 2008),

criando o Grupo de Saúde e Trabalho no Setor Saúde no âmbito do Ministério de Saúde. O

Grupo é composto por três representantes da Coordenação-Geral de Recursos Humanos, da

Subsecretaria de Assuntos Administrativos, da Secretaria Executiva, dois representantes da

Área Técnica de Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Vigilância em Saúde, dois

representantes da Política Nacional de Humanização, da Secretaria de Atenção à Saúde e três

do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde, tendo o Coordenador-

Geral da Regulação do Trabalho em Saúde como seu coordenador. As atribuições do Grupo

são: I - organizar, estimular e propor ações e/ou eventos que, em consonância com as políticas

e os programas do Ministério da Saúde, promovam a saúde dos trabalhadores do Sistema

Único de Saúde - SUS, bem como promover a divulgação e publicação de conhecimento na

área; II - promover a articulação entre as políticas formuladas pelo Ministério da Saúde,

visando mais qualidade de trabalho e de vida dos trabalhadores da saúde; III - estudar e

propor a articulação entre os sistemas de informações para possibilitar o mapeamento das

condições de trabalho e saúde dos trabalhadores da saúde; IV - elaborar propostas para a

normatização do trabalho em saúde, de modo a garantir iguais condições de segurança a todos

os trabalhadores do setor; e V - estabelecer parceria com o Grupo de Trabalho de Saúde do

Trabalhador da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, levantando propostas e

fornecendo subsídios para pactuações entre suas bancadas.

Foram realizadas 7 reuniões do Grupo em 2008, com levantamento de propostas e

a elaboração de documento sobre Saúde do Trabalhador da Saúde, sobre Trabalho Decente e

uma Minuta de Portaria criando a Comissão Local de Saúde do Trabalhador. Esses itens

vêem atender a demandas já formuladas em diversos fóruns com participação de gestores e

trabalhadores da saúde, e foram apresentados (com exceção do documento Saúde do

Trabalhador da Saúde, por falta de tempo) ao GT de Saúde do Trabalhador da MNNP-SUS.

Seguiram-se, à apresentação da Minuta, diversas reuniões a fim de que a proposta

seja pactuada tanto na Mesa Setorial de Negociação Permanente como na Mesa Nacional de

Negociação Permanente do SUS. Há a perspectiva de que essa discussão continue e que sejam

ajustados os pontos de conflito, para possível implantação de COLSATs em estabelecimentos

governamentais do setor saúde.

Outras atividades realizadas:

Participação de reuniões com o Ministério do Planejamento para discussão da

proposta de Sistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS), que

está sendo implantado no serviço público e terá a participação do Ministério da

Saúde.

Participação de reuniões com a FUNASA, a fim de discutir e pactuar o

encaminhamento à situação de conflito devido à demanda de trabalhadores que

alegam contaminação por produtos químicos, o que não vem obtendo

deferimento pela Justiça e perícia. Essa questão foi encaminhada, pactuando-se

entre MS, Estado do Pará e Municípios.

Page 96: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

96

Análise dos dados solicitados à DATAPREV sobre saúde dos trabalhadores do

setor saúde (análise em andamento).

Reuniões (duas) com o Dr. Luis Augusto Facchini, do Programa de Pós-

Graduação em Epidemiologia, Departamento de Medicina Social da Faculdade

de Medicina, da Universidade Federal de Pelotas, para a elaboração de um

projeto de pesquisa Trabalho e Saúde no Setor de Emergência. A pesquisa

estaria baseada em um estudo apresentado durante o I Simpósio sobre

Condições de Trabalho e Saúde no Setor Saúde, em novembro de 2007,

denominado Emprego e Regulação do Trabalho no Setor Saúde e Efeito

sobre os Sistemas de Atenção à Saúde das Populações - O caso da atenção

básica à saúde no sul e nordeste do Brasil, com a perspectiva de

desenvolvimento de pesquisas desse tipo, dessa vez focalizando o trabalhador

do setor de emergências.

Participação no Taller de Validación del Curso Virtual Gestión del Trabajo,

Salud e Seguridad de los Trabajadores de la Salud, em Córdoba, Argentina,

no período de 11 a 13 de novembro. Esse Curso foi concebido e elaborado em

uma parceria entre OPAS, NESCON/UFMG e SGETES/MS e deve ter início

no mês de março de 2009, com a participação de gestores latino-americanos,

10 deles brasileiros, existindo a perspectiva de tradução e adaptação do

material para o português, com realização do Curso no Brasil.

Negociação do Trabalho em Saúde

O eixo Negociação do Trabalho em Saúde atua com o objetivo de propor,

incentivar e acompanhar ações que visem a democratização das relações de trabalho, tratando

os conflitos inerentes às relações de trabalho e garantindo o pleno exercício dos direitos de

cidadania aos trabalhadores da saúde.

Como estratégia para desenvolver a política de democratização das relações do

trabalho, em 2003 foi reinstalada a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS

(MNNP-SUS), representando um espaço democrático de discussão e de pactuação entre

gestores públicos e privados e trabalhadores de saúde, sobre as questões referentes às relações

de trabalho. A MNNP-SUS já realizou até o momento trinta e oito reuniões, sendo que cinco

foram realizadas em 2008.

As decisões da MNNP-SUS são registradas em protocolos, que consolidam as

pactuações realizadas. Foram aprovados, até o momento, sete protocolos: Regimento Interno

(2003), Implantação das Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Permanente do SUS

(2003), Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS – SiNNP-SUS (2005), Processo

Educativo em Negociação do Trabalho no SUS (2005), Cedências no âmbito do Sistema

Único de Saúde (2006) e PCCS-SUS (2006) e o de Instalação de Comitês Estaduais de

Desprecarização do Trabalho (2007).

Em 2008, as ações do eixo voltaram-se especificamente para as seguintes pautas e

temas de trabalho da MNNP-SUS, assessoradas e monitoradas pelo DEGERTS:

a) Saúde do Trabalhador

O Grupo de Trabalho (GT) da MNNP que elaborou pautas para a discussão sobre a

inclusão dos servidores públicos à aplicação da Norma Regulamentadora de Segurança e

Page 97: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

97

Saúde no Trabalho em Estabelecimento de Assistência à Saúde NR-32; discussão e

proposta de organização de trabalhadores por locais de trabalho nas instâncias do SUS. As

demandas desta temática são polêmicas e densas, sendo que atualmente, o GT trabalha em

uma proposta global de Comissões Locais de Saúde do Trabalhador - COLSAT para o

SUS.

b) Implementação do Sistema Nacional de Negociação do Trabalho em Saúde -

SiNNP-SUS e implantação das Mesas Estaduais e Municipais de Negociação

Permanente do SUS.

Definição de estratégias a serem adotadas para sensibilizar gestores e trabalhadores do

SUS a participarem dos processos de instalação de Mesas Estaduais e Municipais de

Negociação. Para monitorar o SiNNP-SUS, o Grupo de Trabalho de Divulgação e

Monitoramento das Mesas se reuniu regularmente ao longo de 2008, com atribuições de

construir estratégias de divulgação e para o acompanhamento das Mesas, onde fechou-se

a realização de seminários estaduais com participação de municípios estratégicos para

fortalecer as mesas existentes e incentivar a implantação de novas mesas. O quadro da

página seguinte apresenta as Mesas de Negociação instaladas e em processo de instalação

por Regiões, Estados e Municípios.

MESAS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS

INSTALADAS

EM PROCESSO DE

INSTALAÇAO

ESTADUAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS

SUL RIO GRANDE DO SUL

SANTA CATARINA

SÃO PAULO SÃO PAULO - SP ALAGOAS MACEIÓ/AL

OSASCO/SP

SUDESTE VITÓRIA/ES

MINAS GERAIS BELO HORIZONTE / MG

JUÍZ DE FORA / MG

RIO DE JANEIRO

MATO G. SUL DOURADOS/MS TOCANTINS

CENTRO-OESTE CUIABÁ/MT

GOIAS GOIANIA/GO

CAMPO GRANDE/MS

AMAZONAS PARÁ

NORTE AMAPA

ACRE

TOCANTINS

PERNAMBUCO RECIFE/PE MARANHÃO JOÃO

PESSOA/PB

Page 98: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

98

CEARA FORTALEZA/CE PIAUI

NORDESTE BAHIA SALVADOR/BA

RIO GRANDE DO NORTE NATAL SERGIPE

Principais temas levados à discussão na Mesa Nacional de Negociação Permanente do

SUS

Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS. O protocolo 04/2005 da Mesa

Nacional de Negociação Permanente do SUS, que cria o Processo Educativo em Negociação

do Trabalho no SUS, define compromissos assumidos entre gestores e trabalhadores do SUS

que assumem solidariamente a responsabilidade de construir uma ação educativa destinada a

formar 2.000 negociadores com habilidades para constituir o Sistema Nacional de

Negociação Permanente do SUS (SiNNP-SUS). Este Sistema é composto pela articulação

entre as Mesas de Negociação Nacional, Estaduais, Municipais e Locais nas quais gestores e

trabalhadores estabelecem acordos que regem as relações de trabalho no âmbito do SUS.

Constituído principalmente a partir da demanda dos trabalhadores e do compromisso de

gestores com a democratização das relações de trabalho no SUS, este Curso de

Aperfeiçoamento é parte de um conjunto de estratégias que qualifica as relações de trabalho e

abre caminho para uma nova realidade para os trabalhadores do SUS, seguindo princípios

constitucionais e da Reforma Sanitária Brasileira. Sendo assim, o curso destina-se a gestores e

trabalhadores do SUS, devidamente indicados por suas representações, compondo e

fortalecendo o SiNNP-SUS.

Em 2008, foram realizadas atividades preparatórias, que viabilizaram o início das turmas.

Esse conjunto de atividades contemplou a finalização do material didático, preparação do

Ambiente Virtual de Aprendizagem, seleção e formação dos tutores, início do trabalho com

referências de prática e seleção dos alunos, possibilitando a implantação das primeiras 26

turmas, totalizando 650 alunos em curso, a saber:

1) Atividades de apoio, acompanhamento e gestão do projeto

Reuniões da coordenação pedagógica: com o objetivo de discutir concepções político-

pedagógicas, fluxo de ações e delineamentos do curso coerentes com o Protocolo

04/2005 e com o Projeto do Curso, foram realizadas 4 reuniões (março, maio, outubro

e dezembro) das quais participaram o Grupo de Trabalho de Acompanhamento do

Processo Educativo (definido pelo protocolo 04/2005). Ainda foram realizadas duas

reuniões mais restritas para operacionalização das atividades, envolvendo somente a

coordenação pedagógica do Curso;

Articulação institucional: para viabilizar o andamento do projeto, vários movimentos

no sentido de viabilizar o curso foram efetivados. Destes, o mais significativo é a

participação da coordenação do Curso nas reuniões da Mesa Nacional de Negociação

Permanente do SUS, a fim de prestar contas sobre o andamento do Curso às entidades

nacionais que compõem a MNNP-SUS.

Page 99: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

99

2) Educação Permanente de Tutores

Realização de uma oficina nacional para formação de tutores: durante os dias 22 a 27

de julho, foi realizada em Brasília uma oficina de formação de tutores para o Curso.

Contando com a presença de 56 dos 70 tutores selecionados, a oficina transcorreu de

acordo com o planejamento e contou com a presença dos quatro orientadores de

aprendizagem (Silvana Pereira, Fábio Zamberlan, Nelci Dias da Silva e Mônica

Vieira), das coordenadoras (Liliana Santos e Márcia Teixeira), da equipe EAD/ENSP

(Suely Rocha, Cleide Leitão, Sheila Nunes, Márcia Scheid e Valéria Fonseca), de

representantes do Ministério da Saúde (Maria Helena Machado e Nelson Santos) e da

Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (Eliana Pontes de Mendonça e

Wellington Mello);

Realização de uma oficina para o acolhimento e planejamento das atividades das

referências de prática (pessoas que, juntamente com os orientadores de aprendizagem,

enriquecerão a formação dos tutores, trazendo sua experiência concreta de negociação

das relações de trabalho). Esta oficina foi realizada durante dois dias de trabalho, no

mês de outubro, no Rio de Janeiro, e contou com a presença das referências de prática

(Eni Carajá, Cleuza Faustino, Miriam Andrade e Célia Regina Costa), orientadores de

aprendizagem (Silvana Pereira, Fábio Zamberlan, Nelci Dias da Silva e Mônica

Vieira), das coordenadoras (Liliana Santos e Márcia Teixeira) e da equipe EAD/ENSP

(Cleide Leitão e Sheila Nunes);

Além dos momentos de encontro presencial, a Educação Permanente dos Tutores

conta com atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem, nas quais tutores,

orientadores e referências de prática exercitaram e curso e seguem discutindo

cotidianamente questões sobre Negociação e especialmente sobre o andamento do

Curso.

3) Adequação e manutenção da Plataforma de ensino

Esta atividade vem sendo desenvolvida pela equipe de suporte tecnológico e

acompanhamento da EAD/ENSP e merece relatório específico, a ser apresentado junto

a este.

4) Elaboração e impressão do material didático

5) Implantação das turmas

A chamada pública para alunos foi publicada em dois momentos: um no início de

2008 e outro em outubro. Mesmo com mobilização das entidades da MNNP na

divulgação do Curso, tivemos pouca adesão (1700 inscritos). Para cumprir com as

recomendações da chamada pública de alunos, os candidatados deveriam encaminhar,

além da inscrição na página virtual da EAD/ENSP um conjunto de documentos,

contemplando inclusive uma carta de indicação de entidades integrantes da MNNP-

SUS. Após análise dos documentos, foram mapeados aproximadamente 900 alunos, na

sua grande maioria gestores.

A etapa seguinte (que ainda está acontecendo) foi a montagem das turmas: após

contato por correio eletrônico, foi estabelecido contato telefônico com os alunos,

confirmando seu interesse em participar do curso.

Atualmente contamos com 26 turmas, totalizando 650 alunos em curso. A equipe de

Page 100: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

100

coordenação ainda está fazendo contato com alunos e prevê para janeiro a montagem

de mais turmas, bem como a abertura de novo edital para preenchimento das vagas

remanescentes, em março de 2009.

Comemoração dos cinco anos de atividades ininterruptas da Mesa Nacional

No dia quatro de junho, comemorou-se o aniversário de cinco anos da MNNP-

SUS com o lançamento, pelos Correios, de Carimbo comemorativo alusivo a data de reinício

do trabalho da Mesa Nacional, um marco importante para Secretaria de Gestão do Trabalho e

para os trabalhadores do SUS.

Desafios no campo da negociação do trabalho em saúde

Os desafios que se colocam no campo da negociação do trabalho em saúde

apresentam-se no âmbito da consolidação de ações que já vêm sendo realizadas:

Implementação e fortalecimento do SiNNP- SUS

Implementação de novas Mesas Estaduais e Municipais

Seminários Estaduais das Mesas de Negociação

Discussão sobre Jornada de Trabalho

Elaboração de Protocolo relativo à Saúde do Trabalhador: NR-32, COLSATs.

Organizar o Seminário sobre Urgências e Emergências no SUS;

Debater e elaborar “protocolo” sobre avaliação de desempenho no SUS;

Colocar em prática o Boletim Eletrônico da MNNP-SUS;

Revisão do Regimento Interno da MNNP-SUS

Outros.

Qualificação da Gestão do Trabalho no SUS

As estruturas responsáveis por operacionalizar as políticas voltadas para a gestão

do trabalho e desenvolvimento dos trabalhadores que atuam na saúde forma, atualmente, um

conjunto importante de órgãos nas esferas federal, estadual e municipal, caracterizadas pela

grande assimetria de objetivos, vocações, condições de funcionamento e de desenvolvimento.

Com o objetivo de melhor qualificar as áreas de Gestão do Trabalho no SUS, o

DEGERTS/SGTES/Ministério da Saúde, em parceria com o CONASS e CONASEMS e

cooperação técnica com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), vem

desenvolvendo diversas ações de fortalecimento da área, destacando-se a criação, em 2006, do

Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do Trabalho e da Educação no SUS

(ProgeSUS), cujos conteúdos, componentes e desenvolvimento foi pactuado na Comissão

Intergestores Bipartite e formalizado por intermédio da Portaria GM/MS nº. 2.261/06, de

acordo com as diretrizes para o setor, contidas no Pacto de Gestão e inscritas na Portaria nº

399/GM de 22 de fevereiro de 2006.

Page 101: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

101

Com o propósito de operacionalizar o referido Programa, foi criada a Comissão

Intergestores do ProgeSUS para o acompanhamento de sua implementação e convidados

núcleos de ensino e pesquisa vinculados à instituições formadoras na área da saúde pública –

mais precisamente no terreno dos recursos Humanos – com o objetivo de que estes

contribuíssem na formulação do material e da metodologia a serem adotados na execução do

componente dedicado à capacitação dos setores de Recursos Humanos.

A Portaria nº. 2.261/06, publicada em 26 de setembro de 2006, principiou a ação de

cooperação financeira para a modernização dos setores de gestão do trabalho e da educação.

Este componente, como fixado na portaria supra, tem como propósito o provimento ou

modernização dos recursos tecnológicos necessários a um adequado funcionamento dos

setores de Recursos Humanos. Em seguimento à Portaria, foram publicados os Editais nº. 03 e

04/2006/SGTES, que convocaram as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e

das Capitais a apresentarem projetos com vistas ao credenciamento de seus setores de Gestão

do Trabalho e Educação na Saúde (Recursos Humanos) no ProgeSUS, isto é, sua habilitação

no Componente I (cooperação financeira) do ProgeSUS resulta no aporte de recursos

financeiros para a aquisição de equipamentos e mobiliários para uso exclusivo das estruturas

de gestão e educação do trabalho no SUS. Posteriormente, através dos Editais nº 01 e

02/2007/SGTES, foram convocadas as Secretarias Municipais de Saúde constantes das Etapas

II e III, cujo processo de análise e homologação dos Projetos também já se encerraram. Em

2008, através do Edital nº. 08/2008/SGTES, feita a convocação das Secretarias Municipais de

Saúde para participação na Etapa IV do Componente I do ProgeSUS.

No que se refere à capacitação de gestores das áreas de Gestão do Trabalho e

Educação na Saúde (Recursos Humanos), através de componente de qualificação dos

profissionais para a melhoria das ações técnicas, administrativas e institucionais, foram

realizados, em 2008, dois Cursos de Atualização, um em Legislação do Ensina na Saúde e

um em Legislação para a Gestão do Trabalho no SUS - três turmas de cada um dos Cursos -

totalizando 120 participantes, concomitante aos Módulos II e III do Curso de Especilaização

em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Este último concluiu suas atividades em

dezembro de 2008, sendo que dos 115 alunos inicialmente inscritos, 105 apresentaram

trabalhos e 4 terão prazo até fevereiro de 2009 para fazê-lo, tendo desistido apenas 6 alunos.

O Curso de Especialização em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde contou com três

turmas de 40 alunos cada, sendo uma no Rio de Janeiro (gestores de Recursos Humanos das

Secretarias de Saúde das Regiões Sudeste e Sul), uma em Recife (gestores de Recursos

Humanos das Secretarias de Saúde da Região Nordeste) e uma em Brasília (gestores de

Recursos Humanos das Secretarias de Saúde das Regiões Norte e Centro-Oeste). Tanto os

cursos de Especialização quanto os de Atualização foram realizados em parceria com a Escola

Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/FIOCRUZ e o Instituto de Medicina Social/UERJ,

responsáveis pela condução do processo de elaboração e desenvolvimento dos mesmos.

Também encontram-se em fase de elaboração novos manuais técnicos da Série

Cadernos do ProgeSUS, versando sobre temas específicos para a gestão do trabalho, como o

Manual de Legislação para a Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Será também

publicado, no próximo número de Cadernos RH Saúde, previsto para o início de 2009,

estudo sobre o perfil dos dirigentes de Recursos Humanos das Secretarias Estaduais e

Municipais de Saúde habilitadas no Componente I do ProgeSUS.

Está previsto, para 2009, a expansão do ProgeSUS, com a extensão das

capacitações aos estados por meio da realização de Cursos de Atualização e de Especialização

Page 102: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

102

em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde; indução do uso das ferramentas da

tecnologia da informação em gestão do trabalho (sistemas de informações gerenciais

específicos para área que estão sendo desenvolvidos pelo Ministério da Saúde); e a extensão

da cooperação técnica e financeira para o fortalecimento dos setores para municípios com

menos de 500 empregos públicos em saúde.

Outras ações realizadas e/ou em andamento

Durante o ano de 2008, os técnicos do DEGERTS foram convidados para realizar

exposições, palestras, conferências etc, relativas às políticas do Ministério da Saúde para a

área. As mesmas não estão aqui listadas, considerando o expressivo número de eventos

realizados, com essa participação.

Elaboração de proposta visando à criação de carreira nacional (vínculos com o

Governo Federal), que inclua médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas, para

provimento em municípios longínquos e de difícil acesso, em especial da Amazônia

Legal, que não conseguem recrutar e fixar esses profissionais em seu território, bem

como sobre a criação de Força de Emergência que atuará em todo o território nacional,

na gestão de situações de crises que impliquem em emergências sanitárias,

caracterizando-se, portanto, pela a rápida mobilização e intervenção em situações de

riscos e (ou) emergências epidemiológicas.

O Grupo de Trabalho Interministerial do Ministério da Saúde/Ministério da Defesa,

criado pela Portaria Interministerial nº 3.319, de 5 de dezembro de 2007 para,

prioritariamente, realizar diagnóstico sobre a prestação de serviços de atenção à saúde

em áreas longínquas, inóspitas e de difícil acesso, encerrou suas atividades, estando

em elaboração proposta de Projeto Piloto sobre a prestação de serviços de atenção à

saúde em áreas longínquas, inóspitas e de difícil acesso por mili tares das

Forças Armadas e delineamento de políticas compensatórias para esses

profissionais, a ser encaminhada no início de 2009 aos Ministros da Saúde e da

Defesa.

AÇÕES DESENVOLVIDAS NA DIRETORIA DE PROGRAMAS

A Diretoria de Programa é co-responsável com o DEGES pela definição e

desenvolvimento de políticas relacionadas à formação de pessoal da saúde, tanto no nível

superior como no nível técnico-profissional.

Para implantar as políticas de formação e desenvolvimento dos profissionais do

setor, a Diretoria tem intensificado parcerias com o Ministério da Educação, as demais

Secretarias do Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e as

Instituições formadoras.

O eixo estruturante da Diretoria é o Programa de Capacitação Gerencial (PCG).

Programa de Capacitação Gerencial

O programa de capacitação gerencial, de caráter nacional, objetiva a qualificação

de profissionais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como pressuposto a

Page 103: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

103

complexidade dos processos de gestão próprios de um sistema de saúde descentralizado no

cenário federativo brasileiro e o processo de reorientação do modelo de atenção à saúde.

O Programa visa qualificar profissionais para exercício da função gerencial em

todos os pontos do SUS, por meio de distintas modalidades de processos de capacitação –

cursos de atualização, aperfeiçoamento, especialização e mestrado profissional e pretende

formar/capacitar 110.000 profissionais que atuam em algum ponto gerencial do SUS, até

dezembro de 2011.

Os pressupostos do Programa de Capacitação Gerencial são:

Desenvolver o programa em estreita articulação com a Política de Educação

Permanente em Saúde (EPS) – Portaria nº 1996/2007.

Estabelecer parcerias com os gestores do SUS para pactuar os processos de formação

adequados às diversas realidades, bem como a clientela alvo do PCG.

Trabalhar na lógica do pacto de gestão.

Buscar integração com as Instituições de Ensino – Universidades, Escolas de Saúde

Pública, Institutos de Saúde Coletiva, entre outras.

Ser articulado com as diversas iniciativas de formação/capacitação

Constituição do grupo de trabalho, coordenado pela SGTES/MS, composto por

representantes do CONASS, CONASEMS, Secretarias do Ministério da Saúde e

ENSP/FIOCRUZ.

Realização das oficinas de trabalho nos estados, visando:

1. Identificar necessidades existentes na área de gestão/gerência de sistemas e serviços

de saúde;

2. Estabelecer pactos visando atender às novas demandas e identificar as instituições

parceiras.

Cooperação técnica e apoio financeiro para o desenvolvimento dos processos de

capacitação priorizados a partir das discussões das oficinas de trabalho

Para tanto, as propostas de formação tem uma concepção sistêmica, que tem por

objetivos: possibilitar compreender a articulação entre planejamento/organização da atenção e

a indissociabilidade entre atenção e seus mecanismos de gestão; proporcionar base conceitual

e instrumental que permita: a problematização da realidade, em que se insere a prática

profissional, possibilite à análise da situação de saúde de um território e elaboração de

propostas de intervenção, a compreensão da complexidade de campos/áreas e saberes a serem

articulados e os requisitos éticos, técnicos e políticos necessários à instituição do espaço de

gestão.

As modalidades dos cursos podem ser desde os de aperfeiçoamento, atualização,

especialização e até os de mestrado profissional; e ofertado de forma presencial,

semipresencial e Educação à Distância, em nível local, estadual e/ou nacional.

A clientela do programa são os profissionais de saúde com formação em nível

médio e superior que atuam desde a atenção básica até a alta complexidade, em algum ponto

da gestão ou gerência do sistema e serviços de saúde.

Page 104: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

104

Atividades desenvolvidas

1. Participação nas Oficinas de Educação Permanente dos estados, que inicialmente havia

sido deliberado pelo GT a organização das oficinas pela SGTES, mas que após a

operacionalização da Bahia, decidiu-se por apoiar os estados a realizarem as suas oficinas,

já que isso seria uma das atividades previstas pela política de EPS (Portaria 1996),

evitando a duplicação e a fragmentação da EPS. Sendo assim, participamos de 7 oficinas

(Ceará, Rio Grande do Sul, Amapá, Paraíba, Amazonas, Alagoas e Piauí), cujo resultado

foi satisfatório.

2. Participação em reuniões técnicas com as Secretarias Estaduais de Saúde de Minas Gerais,

Pernambuco e Rio Grande do Norte

3. Contato com instituições formadoras com experiência reconhecida na área para verificar a

possibilidade de realizar os convênios.

Como resultados, destacaram-se:

a) Curso Nacional de Qualificação de Gestores do SUS, cujo lançamento nacional

ocorreu no período de 13 a 15 de agosto de 2008, na qual foi realizada uma oficina de

trabalho com as instituições formadoras parceiras (Escolas de Saúde Pública e

Universidades). Nesta ocasião, foi apresentado o curso e sua operacionalização, que

ofertará vagas em nível nacional, em um total de 7.500.

b) Projetos recebidos de 4 estados, resultante da participação das Oficinas de Educação

Permanente em Saúde.

c) Curso de Gestão de Redes, uma parceria entre DARAS / ENSP /SGTES, que será em

nível de especialização, sendo uma oferta semipresencial e oferta de 2.000 vagas,

abrangência nacional e a outra oferta para Metro II / Rio, presencial e 50 vagas.

d) Dengue - Oficina de capacitação para gestores em 2009: parceria com a SVS a ser

ofertada em janeiro e fevereiro de 2009 para os secretários municipais de saúde dos 12

estados em situação de risco na primeira fase como parte do Programa Brasil Unido

contra a Dengue. A Capacitação de multiplicadores foi realizada em dezembro de

2008.

Convênios realizados no período 2007 / 2008:

UF Cidade Instituição Atividade

1 BA Salvador Universidade Federal da

Bahia

Curso de gestão de sistemas de saúde visando fortalecer a plataforma da NET Escola

2 MG Belo Horizonte Prefeitura Municipal de

Belo Horizonte

Curso de especialização em gestão da saúde

3 PE Recife FIOCRUZ/ Centro de

Pesquisa Aggeu Magalhães

Capacitação de profissionais na área de saúde pública

Page 105: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

105

UF Cidade Instituição Atividade

4 PR Londrina Núcleo de Estudos em

Saúde Coletiva

Cursos para formação de recursos humanos em educação profissional e de pós-graduação em saúde

5 RJ Rio de Janeiro Fundação Oswaldo

Cruz

Curso de capacitação para profissionais que exercem função gerencial no SUS

6 SC Nova Trento Prefeitura Municipal de

Nova Trento

Curso de capacitação de gestores

7 SP São Paulo Centro de Educação

Permanente em Saúde Pública

Curso de especialização em gerência de unidades básicas de saúde do SUS

8 SP São Paulo SES de São Paulo Curso de gestão pública em saúde

9 SP Campinas Universidade Estadual

de Campinas

Curso de especialização em gestão de sistema e serviços de saúde

10 CE Fortaleza SES do Ceará Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde e Adequação do Curso

11 MA São Luiz Universidade Federal do

Maranhão Curso de Especialização em Gestão de

Sistema e Serviço de Saúde

12 MG Belo Horizonte Prefeitura Municipal de

BH Curso de Especialização em Gestão

13 MG Belo Horizonte Universidade Federal de

Minas Gerais Curso capacitação de Gestores

14 MS Campo Grande SES - Mato Grosso do

Sul

Capacitação Gerencial para Unidades Básicas de Saúde do Estado de Mato

Grosso do Sul

15 MT Mato Grosso UFMT GESTORES Curso sobre desenvolvimento gerencial do

SUS

16 PB João Pessoa Universidade Federal da

Paraíba Curso de gestão em sistema e serviço de

saúde

17 PR Paraná FUNSAUDE - PR -

GESTORES Curso sobre especialização para gestores

e equipes gestoras do SUS

18 RJ Rio de Janeiro FIOCRUZ/ Fundação

Oswaldo Cruz- gestores

Curso Semipresencial de Especialização em Projetos de Intervenção para

Organização de Redes Locorregionais

19 RO Rondônia SES - RONDONIA Cursos para qualificação da gestão do

SUS

20 RS Porto Alegre SES do rio Grande do

Sul Curso de especialização para profissionais

que exercem função gerencial no SUS

21 SE Aracajú Universidade Federal de

Sergipe

Curso de capacitação e qualificação de recursos humanos no programa academia

da cidade.

Page 106: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

106

Metas previstas para 2008:

Orçamento Meta física

Previsto R$ 28.556.752,00 25.000

Executado R$ 24.805.071,00 27.033

AÇÕES TRANSVERSAIS À GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA

SAÚDE

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde coordena duas redes

de instituições acadêmicas que apóiam as atividades de gestão do trabalho e da educação na

saúde: Rede de Observatórios de Recursos Humanos (ROREHS) e a Rede de Ensino para a

Gestão Estratégica do SUS (REGESUS).

Rede de Observatórios de Recursos Humanos em Saúde (ROREHS)

A ROREHS é coordenada pelo Ministério da Saúde com cooperação técnica da

Organização Pan-Americana da Saúde/OPAS, com o objetivo de produzir estudos e pesquisas

propiciando o amplo acesso a informações e análises sobre a área de recursos humanos de

saúde do País, facilitando melhor formulação, acompanhamento e avaliação de políticas e

programas setoriais.

Atividades Desenvolvidas em 2008:

Fortalecimento do processo de Cooperação Técnica Internacional com os

países do MERCOSUL e da Região Andina;

Participação na Oficina: “Encuentro Cono Sur de Observatorios Recursos

Humanos em Salud” - Buenos Aires/Argentina em julho de 2008. Nesta

ocasião, a Rede Observatório – Brasil apresentou sua experiência no trabalho

em Rede, bem como os avanços na área de recursos humanos frente às metas

regionais de recursos humanos para a saúde 2007-2015.

Participação na “IX Reunión Regional de Observatorios de Recursos

Humanos em Salud” – Santiago/Chile em novembro de 2008. O objetivo do

Brasil neste evento foi participar das discussões sobre os progressos

alcançados com as políticas e planos para enfrentar os grandes desafios no

desenvolvimento de recursos humanos em saúde para a consolidação da

Atenção Primária em Saúde. Outro ponto importante foi a apresentação sobre

a experiência da Rede observatório - Brasil no processo de divulgação e troca

de informações sobre RHS.

Em dezembro de 2008, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na

Saúde promoveu a Reunião Nacional da Rede Observatório que contou com a

presença das Estações de Trabalho que compõem a Rede e os Gestores do

Ministério da Saúde. O intuito da oficina foi incrementar a integração entre os

Page 107: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

107

Gestores do Ministério da Saúde e as Estações de Trabalho da Rede, visando

estabelecer diretrizes para os planos de trabalho das Estações, de acordo com

as políticas e prioridades da SGTES e das demais secretarias do Ministério.

Apesar da ROREHS contar com Estações de Trabalho que disponibilizam

informações em seus sites, surgiu a necessidade de se criar uma Home Page

que agregasse essas informações e que fosse gerenciada pela Coordenação

Nacional da Rede. A idéia é divulgar informações atualizadas acerca de

Recursos Humanos, estudos e pesquisas desenvolvidas pelas Estações de

Trabalho de modo que, através de uma divulgação eficiente, essas

informações propiciem aos Gestores um melhor cenário na área de Recursos

Humanos.

Com vistas a implementar uma política de difusão da informação gerada pela

Rede, a SGTES juntamente com a OPAS produziu um Pen Drive com toda a

produção da Rede desde sua criação. São estudos e pesquisas, na área de

recursos humanos, desenvolvidos pelas Estações de Trabalho ao longo dos

anos. Pretendemos assim, difundir o trabalho em Rede, fazendo com que os

gestores se utilizem dessas informações para formulações de políticas e

tomada de decisão.

Foi incorporada à Rede Observatório mais uma Estação de Trabalho: “Estação de

Trabalho do NESC/UFG, perfazendo assim um total de 21 estações de trabalho que são

instituições de ensino, pesquisa e serviço com acumulação na área de Recursos Humanos de

Saúde.

Estações de Trabalho da ROREHS:

1. ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA/ENSPSA/FIOCRUZ

2. OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE DO NESP/CEAM/UNB

3. OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE – CETREDE/UFC

4. OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS – NESC/UFRN

5. ESTAÇÃO DE TRABALHO OBSERVATÓRIO DOS TÉCNICOS EM SAÚDE DA

EPSJV/FIOCRUZ

6. ESTAÇÃO DE TRABALHO DO IMS/UERJ

7. ESTAÇÃO DE TRABALHO DO CPQAM/FIOCRUZ

8. ESTAÇÃO DE PESQUISA DE SINAIS DE MERCADO DO NESCON/UFMG

9. ESTAÇÃO DE TRABALHO DA SES/SP

10. ESTAÇÃO DE PESQUISA DA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE DA UNIMONTES

11. ESTAÇÃO DE TRABALHO DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER/INCA/MS

12. ESTAÇÃO DE PESQUISA DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE BUCAL DA 13.

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO/FOUSP

13. ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – ESP DA

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL – SES/RS

Page 108: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

108

14. OBSERVATÓRIO HISTÓRIA E SAÚDE DA CASA DE OSWALDO CRUZ – COC DA

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ

15. OBSERVATÓRIO DE RECURSO HUMANOS DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE

RIBEIRÃO PRETO – EERP DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP

16. NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE RECURSOS HUMANOS DA

ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO –

NEPRH/EE/USP

17. OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE DO PARANÁ DO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

LONDRINA – UEL

18. ESTAÇÃO SAÚDE, TRABALHO E CIDADANIA DO NÚCLEO DE

DESENVOLVIMENTO EM SAÚDE DO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

19. NÚCLEO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS DA UNIVERSIDADE

ESTADUAL DE CAMPINAS – NEPP/UNICAMP

20. OBSERVATÓRIO DO MERCADO DE TRABALHO EM SAÚDE DO SUS DA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS

21. ESTAÇÃO DE TRABALHO NESC/UFG

Rede de Ensino para a Gestão Estratégica do SUS (REGESUS)

A rede visa estabelecer parcerias e apoiar os processos formativos das diversas

Escolas de Saúde Pública, Instituições Públicas de Ensino Superior com seus Institutos,

Departamentos e Núcleos de Saúde Coletiva e de Gestão em Saúde em praticamente todas as

Unidades Federadas do País, tendo como foco a gestão estratégica do SUS, nos aspectos de

formação de pessoal, cooperação técnica e pesquisa operativa no campo da gestão.

Em 2008 a REGESUS formalizou 2 novas cartas-acordo. De um total de 17 cartas

acordos em desenvolvimento, foram encerradas 4 dos projetos iniciados no período de

2006/2007.

Projetos Novos da REGESUS em 2008

CE Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura - FCPC

Programa da Rede de Ensino para Gestão Estratégica do SUS - REGESUS

MG FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA - FUNDEP

Projeto de Cooperação Técnica e Apoio ao Desenvolvimento do Programa de Capacitação Gerencial

Page 109: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

109

2.3. PROGRAMAS E AÇÕES

Relacionamos, a seguir, as planilhas que evidenciam os objetivos e prioridades

definidos pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, em 2008,

destacando os resultados físicos e financeiros alcançados na implementação do programa

sobre a responsabilidade da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

2.3.1. PROGRAMAS:

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde é responsável pela

implementação do Programa de Aperfeiçoamento do Trabalho e da Educação na Saúde no

Sistema Único de Saúde.

PROGRAMA: 1436 – Aperfeiçoamento do Trabalho e da Educação na Saúde

Dados Gerais

Tipo de programa Finalístico

Objetivo geral Promover a qualificação e a educação permanente

dos profissionais da saúde do Sistema Único de

Saúde, assim promover a desprecarização dos

vínculos de trabalho da saúde e a qualificação da

gestão do trabalho.

Gerente do programa Francisco Eduardo Campos

Gerente executivo Antônio Ferreira Lima Filho

Indicadores ou parâmetros utilizados Taxa de Aperfeiçoamento do Trabalho e da

Educação na Saúde – numero de profissionais de

saúde capacitados e em processo de capacitação

dividido pelo total de profissionais cadastrados no

SUS.

Público-alvo (beneficiários) Gestores federais, estaduais, municipais,

trabalhadores da saúde, sindicatos, entidades

representantes dos trabalhadores da saúde e

estudantes da área da saúde.

Page 110: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

110

Principais ações do Programa

A seguir as ações sob responsabilidade da Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde referente ao programa que listamos acima.

Gestão das Ações

Ação 1436.2272 - Gestão e Administração do Programa

Dados Gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Constituir um centro de custos administrativos

dos programas, agregando as despesas que não

são passíveis de apropriação em ações finalísticas

do próprio programa.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde e Secretaria de Gestão

do Trabalho e da Educação em Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Coordenador nacional da ação Francisco Eduardo de Campos

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

Ação 1436.8612 - Formação de Profissionais Técnicos de Saúde e Fortalecimento

das Escolas Técnicas/Centros Formadores do SUS

Dados Gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Melhorar a qualidade de atendimento nos

serviços de saúde, por meio da formação

profissional dos trabalhadores do SUS.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Coordenador nacional da ação Ana Estela Haddad

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

Page 111: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

111

Ação 1436.8628 - Apoio ao Desenvolvimento da Graduação, Pós-Graduação

Stricto e Latu Senso em Áreas Estratégicas para o SUS.

Dados Gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Aumentar a resolubilidade da atenção à saúde

prestada à população ampliando os cenários

de prática dos estudantes ao longo da sua

formação, a partir da integração entre ensino e

os serviços e gestão do SUS.

Promover a formação e o desenvolvimento

permanente das equipes de saúde por meio de

metodologias pedagógicas inovadoras, tanto

presencial como à distância.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Ana Estela Haddad

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

Ação 1436.8629 – Apoio a Educação Permanente dos Trabalhadores do SUS

Dados Gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Proporcionar a transformação nas práticas

institucionais com vistas a melhorar a

qualidade da atenção, viabilizando a atuação

da equipe de saúde, de forma comprometida

com o processo de trabalho e com a

comunidade.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Ana Estela Haddad

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

Page 112: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

112

Ação 1436.8630 – Apoio a Melhoria da Capacidade de Gestão de Sistemas e

Gerência de Unidades do SUS

Dados Gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Capacitar gestores e gerentes do SUS, com

vistas à melhoria da eficiência, eficácia e

qualidade das ações de saúde do SUS.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Marcia Hiromi Sakai

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

Ação 1436.8631 – Regulação do Trabalho em Saúde e a Modernização e

Qualificação do Trabalho no SUS

Dados Gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Apoiar a estruturação de setores voltados à

Gestão do Trabalho nos estados e municípios,

a desprecarização dos vínculos de trabalho dos

trabalhadores da saúde e a reestruturação e

implantação de Planos de Carreiras, em

conformidade com as definições dos Pactos

pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.

Estabelecer o processo permanente de

pactuação do trabalho no SUS, implantando

Mesas Estaduais e Municipais de Negociação

do Trabalho e a consolidando do Sistema

Nacional de Negociação Permanente –

SiNNP-SUS. Fortalecer a Câmara de

Regulação do Trabalho do SUS como espaço

de interlocução com as diversas corporações

profissionais sobre os temas referentes à

regulação profissional e a criação e novas

profissões. Acompanhar os fóruns

internacionais dos quais o Brasil participa, no

que concerne às discussões referentes ao

exercício profissional, em particular os do

Mercosul. Definir estratégias e ações para a

fixação de profissionais em regiões

Page 113: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

113

desassistidas, particularmente para a

Amazônia Legal.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Maria Helena Machado

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

Page 114: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

114

Resultados Físicos

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizad

a

1436 – Aperfeiçoamento do

Trabalho e da Educação na

saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do

Sistema Único de Saúde, assim

promover a desprecarização dos

vínculos de trabalho da saúde e

a qualificação da gestão do

trabalho.

Gestão e Administração

do Programa

10.122.1436.2272.0001 Sem Produto - -

Formação de

Profissionais Técnicos de

Saúde e Fortalecimento

das Escolas

Técnicas/Centros

Formadores do SUS.

10.128.1436.8612.0001 Profissional

Beneficiado

200.000

* Meta

acumulativ

a de

acordo

com o PPA

2008-2011

220.533 Nesta ação estão sendo executados projetos que

visam à formação de Profissionais Técnicos em

Saúde como, por exemplo: Programa de Formação

na Área de Educação Profissional em Saúde –

PROFAPS, Técnico de Higiene Dental/Auxiliar de

Consultório Dental (THD/ACD), Agente

Comunitário de Saúde – ACS. Abaixo segue lista

referente à quantidade de profissionais capacitados

nos respectivos projetos:

- Continuidade do apoio a formação profissional de

190.433 agentes comunitários de saúde;

- Apoio a convênios de educação técnica,

abrangendo cerca de 12.100 profissionais;

- Finalização de alguns contratos firmados no

âmbito do Projeto PROFAE;

- Compra de equipamentos para diversas escolas

técnicas do SUS;

- Apoio a infra-estrutura da ETSUS de Roraima,

Rondônia, Bahia, Santa Catarina, São Paulo e

Blumenau;

- Apoio a diversos projetos apresentados pelos

estados e municípios (pactuados na CIB), referente

a Portaria de Educação Permanente, os quais

pretendem capacitar cerca de 18 mil profissionais

de saúde do SUS;

- Esta ação sofreu um bloqueio orçamentário no

valor de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais),

mesmo assim conseguiu o alcance da meta física.

Page 115: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

115

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizad

a

1436 – Aperfeiçoamento do

Trabalho e da Educação na

saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do

Sistema Único de Saúde, assim

promover a desprecarização dos

vínculos de trabalho da saúde e

a qualificação da gestão do

trabalho.

Apoio ao

Desenvolvimento da

Graduação, Pós-

Graduação Stricto e Latu

Senso em Áreas

Estratégicas para o SUS.

10.364.1436.8628.0001 Curso

Apoiado

120

* Meta

acumulativ

a de

acordo

com o PPA

2008-2011

312 - Continuidade do apoio a 19 cursos de residências

e especializações firmados em 2006 e 2007,

capacitando 4.189 profissionais;

- Apoio de 47 cursos de residência e

especializações, firmados em 2008, capacitando

2.168 profissionais;

- Continuidade de apoio a 90 cursos do Pro-Saúde I,

abrangendo certa de 46 mil estudantes;

- Apoio a 140 projetos do Pró-Saúde II, abrangendo

certa de 96 mil estudantes;

- Apoio a oficina do Programa Nacional de

Reorientação Profissional - PROSAÚDE;

- Apoio a projeto de Mestrado Profissional em

Odontologia da Universidade Estadual de

Campinas para 30 profissionais;

- Apoio a diversos eventos relacionados à

Formação Superior;

- Apoio a diversos projetos apresentados pelos

estados e municípios (pactuados na CIB), referente

a Portaria de Educação Permanente, os quais

pretendem capacitar cerca de 90 mil profissionais

de saúde do SUS;

- Apoio a 10 projetos do Tele-saúde;

- Apoio a 05 projetos da UNASUS;

- Esta ação sofreu um bloqueio orçamentário no

valor de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de

reais), mesmo assim conseguiu o alcance da meta

física.

Page 116: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

116

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizada

1436 – Aperfeiçoamento do

Trabalho e da Educação na

saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do

Sistema Único de Saúde, assim

promover a desprecarização dos

vínculos de trabalho da saúde e

a qualificação da gestão do

trabalho.

Apoio a Educação

Permanente dos

Trabalhadores do SUS

10.128.1436.8629.0001 Projetos

Implementado

s

400

* Meta

acumulativa

de acordo

com o PPA

2008-2011

27 - Continuidade do apoio a dois projetos da

Universidade Federal Fluminense referente à

implantação da escola de supervisores e a

capacitação de acompanhantes terapêuticos.

- Apoio a projetos diversos em áreas estratégicas

do Ministério da Saúde;

- Apoio ao projeto da Pastoral do Idoso; - Apoio a

projeto da FIOCRUZ, o qual visa à qualificação

de 120 profissionais da saúde;

OBS: O valor de R$ 3.000.000,00 desta ação

refere-se à capacitação de profissionais em

serviços de hemoterapia sob responsabilidade da

SAS;

- Apoio a 15 projetos de capacitação profissional,

apresentados por meio do Pacto Saúde, de

diversos estados.

Obs: Quando do cadastramento da ação no PPA

ocorreu um equívoco em relação ao produto desta

meta. O produto deveria ser PROFISSIONAL

BENEFICIADO e não PROJETO

IMPLEMENTADO. Esta correção já foi

solicitada e acatada pelo Ministério do

Planejamento, mas só constará no orçamento de

2009. Sendo assim, a meta de 2008, é de 27

cursos implementados os quais deverão capacitar

cerca de 800 profissionais.

- Esta ação sofreu um bloqueio orçamentário no

valor de R$ 1.100.000,00 (um milhão e cem mil

reais).

Page 117: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

117

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizada

1436 – Aperfeiçoamento do

Trabalho e da Educação na

saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do

Sistema Único de Saúde, assim

promover a desprecarização dos

vínculos de trabalho da saúde e

a qualificação da gestão do

trabalho.

Apoio a Melhoria da

Capacidade de Gestão de

Sistemas e Gerencia de

Unidades do SUS

10.128.1436.8630.0001 Profissional

Beneficiado

25.000

* Meta

acumulativa de

acordo com o

PPA 2008-2011

27.033 Nesta ação esta sendo apoiados projetos para

melhoria da capacidade de gestão e gerencia das

unidades do SUS.

- Foram firmados diversos convênios com

Instituições de Ensino, Secretarias Estaduais e

Municipais de Saúde e Fundações, os quais

visam a capacitação de cerca de 27.033,

gestores e gerentes do SUS;

- Ocorreu a divulgação do Programa de

Capacitação Gerencial nos Estados Brasileiros e

início do desenvolvimento de projetos voltados

para a solução de problemas da realidade local.

Isto significa e significou a necessidade de

unificar esforços com as instituições

acadêmicas, ampliando as parcerias existentes e

trabalhando as vocações e possibilidades locais

de capacitação. Um dos pressupostos do

Programa de Capacitação Gerencial é que todos

os processos de formação dos gestores e

gerentes do SUS deverá está articulado com a

portaria Ministerial 1996 e ser pactuado com os

Gestores Estaduais e Municipais, nas CIBs;

- Esta ação sofreu um bloqueio orçamentário no

valor de R$ 3.170.000,00 (três milhões e cento e

setenta mil reais).

Regulação do Trabalho

em Saúde e a

Modernização e

Qualificação do Trabalho

no SUS

10.122.1436.8631.0001 Projetos

Implementad

os

150

* Meta

acumulativa de

acordo com o

PPA 2008-2011

165 - Realização de Reuniões da Mesa Nacional

de Negociação Permanente do SUS;

- Apoio aos 99 projetos do PROGESUS em

diversos Estados;

- Apoio a projeto da FIOCRUZ, o qual visa a

Qualificação de Profissionais em Gestão do

Trabalho no SUS;

- Estabelecimento de diretrizes do PCCCS

para diversos estados e municípios.

Page 118: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

118

Resultados Financeiros

APROVADO

A

BLOQUEIO

B

ORÇAMENTO

AUTORIZADO

C=A-B

EXECUTADO

D

%

D/C

LIQUIDADO

E

SALDO

F=C-D

333.171.412,00 31.270.001,00 301.901.411,00 270.726.918,00 0,90 50.373.043,00 31.174.493,00

2272 GAP 0151 5.745.351,00 - 5.745.351,00 4.023.799,00 0,70 3.876.125,00 1.721.552,00

8612Formação

Técnica/ETSUS0151 120.340.896,00 12.000.001,00 108.340.895,00 90.440.294,00 0,83 18.718.712,00 17.900.601,00

8628

Formação

Superior/Mudança da

Graduação

0151 155.096.056,00 15.000.000,00 140.096.056,00 137.433.706,00 0,98 22.968.159,00 2.662.350,00

8629

Educação Permanente

aos Trabalhares do

SUS

0151 14.800.065,00 1.100.000,00 13.700.065,00 9.112.236,00 0,67 510.325,00 4.587.829,00

8630Capacitação de

Gestores0151 31.726.752,00 3.170.000,00 28.556.752,00 24.805.071,00 0,87 2.788.531,00 3.751.681,00

8631Regulação do

Trabalho0151 5.462.292,00 - 5.462.292,00 4.911.812,00 0,90 1.511.191,00 550.480,00

Fonte: SPO

2008

1436

PROG. AÇÕES FONTE

TOTAL GERAL

Page 119: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

119

3. FLUXO FINANCEIRO DE PROJETOS FINANCIADOS COM RECURSOS EXTERNOS

Projeto de profissionalização dos Trabalhadores na Área de Enfermagem

Discriminação (Código do

Projeto, descrição

finalidade e Organismo

financiador

Custo Total Empréstimo

Contratado

(Ingresso Externo)

Contrapartida

Nacional

Valor das Transferências de Recursos Em caso de não ter atingido a

conclusão total ou etapa

Motivo ** Valores em

2008

Valor

acumulado do

Projeto

Motivo que

inpediram ou

inviabilizaram

Providências

adotadas para

correção

Projeto 1215/OC-BR

Profissionalização dos

trabalhadores na Área de

Enfermagem

O Projeto

encontra-se em

vigência

O Projeto

encontra-se em

vigência

Financiador: BID 315.720.988,98 157.860.494,49 157.860.494,49 Amortização 7.291.499,70 27.230.904,23

Juros 6.135.205,59 32.153.649,18

Comissão Comp. 13.268,22 2.503.910,40

Inspeção e Supervisão 0,00 743.000,00

Agencias Regionais,

Operadoras, Unesco

12.309.411,93 290.316.654,47

Totais 25.749.385,44 352.948.118,28 0 0

* Apresentar Individualmente por motivo. ** Amortização, pagamento de juros, comissão de compromisso, outros.

Page 120: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

120

4. DESEMPENHO OPERACIONAL

INDICADORES DE GESTÃO

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES utiliza um

indicador para avaliar o desempenho da gestão e alcance das metas físicas:

-Taxa de Aperfeiçoamento do Trabalho e da Educação na Saúde.

a) Utilidade:

Indica o número de profissionais do SUS que foram capacitados ou qualificados por

meio das diversas ações oferecidas pelo Programa Aperfeiçoamento do Trabalho e da

Educação na Saúde.

b) Tipo: Eficácia

c) Formula de cálculo:

Relação percentual entre o número de profissionais de saúde capacitados e em

processo de capacitação dividido pelo total de profissionais cadastrados no SUS.

d) Método de aferição:

Baseado no quantitativo de profissionais do SUS que receberam algum tipo de

capacitação e em informações do IBGE referente ao número de profissionais do SUS.

e)Área responsável pelo cálculo e/ou medição

Coordenação Geral de Planejamento da Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde

f) Resultado do indicador no exercício:

73%

g) Descrição das disfunções estruturais ou situacionais que impactaram o resultado

obtido neste indicador

Não há

h)Descrição das principais medidas implementadas e/ou a implementar para tratar as

causas de insucesso neste indicador e quem são os responsáveis

Não há

Page 121: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

121

4.1. EVOLUÇÃO DE GASTOS GERAIS

ANO

DESCRIÇÃO 2006 2007 2008

1. PASSAGENS R$ 1.549.996,00 R$ 1.210.000,00 R$ 1.380.000,00

2. DIÁRIAS R$ 522.684,82 R$ 356.896,11 R$ 340.768,85

3. SUPRIMENTO DE FUNDOS A SGTES não utiliza suprimento de fundos

4. CARTÃO DE CRÉDITO

CORPORATIVO

A SGTES não utiliza cartão de crédito corporativo

TOTAL R$ 2.072.680,82 R$ 1.566.896,11 R$ 1.720.768,85

5. DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÕES DO TCU

1. Número do Acórdão:

59/2008

Determinação

Determinar à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do

Ministério da Saúde que providencie, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da ciência desta

deliberação, levantamento específico (pautado na mesma metodologia utilizada na inspeção

feita pela 4ª Secex/TCU), com vistas ao imediato ressarcimento, por parte dos respectivos

beneficiários, das despesas efetuadas indevidamente, nos deslocamentos autorizados no

âmbito da extinta Secretaria de Políticas de Saúde, no período de 01.01.2003 a 09.06.2003,

sem a devida comprovação do interesse do serviço e com ofensa aos princípios

constitucionais da legalidade, da moralidade e da finalidade pública, estatuídos no art. 37,

caput, da Constituição Federal, em especial, para as cidades de origem dos favorecidos ou

para outras localidades, em datas que incluíam finais de semana e/ou feriados, instaurando,

caso necessário, o devido processo de Tomada de Contas Especial.

Setor Responsável pela implementação: Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES/MS.

Providências adotadas:

Foi enviado a 4ª Secex/TCU, ofício nº 885/SGTES/MS, de 13 de junho de 2008,

relatando as providências adotadas e as justificativas pertinentes acerca da determinação

apresentada.

2. Número do Acórdão: 1446/2008

Determinações:

Determinar à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde que

realize, no prazo de 90 dias, levantamento junto aos respectivos beneficiários, com vistas ao

ressarcimento das despesas efetuadas indevidamente, nos deslocamentos autorizados no

Page 122: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

122

âmbito dessa unidade, no exercício de 2003, que se enquadrem nas mesmas condições e

circunstâncias das viagens consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União, sem a

devida comprovação do interesse do serviço e com ofensa aos princípios constitucionais da

legalidade, da moralidade e da finalidade pública, estatuídos no art. 37, caput, da Constituição

Federal, em especial, para as cidades de origem dos favorecidos ou para outras localidades,

em datas que incluíam finais de semana;

Apurar as responsabilidades pela concessão dos deslocamentos realizados pela

colaboradora Leda Zoraide de Oliveira, conforme recomendação emanada do Relatório de

Auditoria de nº 116519/SFC/CGU/PR;

Somente permita a execução de contrato pela empresa vencedora após o término

do devido processo licitatório e a formalização do contrato ou de outro instrumento hábil,

conforme inc. IV do art. 55, c/c o art. 62 da Lei 8.666/93;

Não permita que empresa que não seja a vencedora do processo licitatório execute

o objeto da licitação, a não ser nos casos em que haja previsão expressa no edital e no

contrato, conforme o inc. VI do art. 78 da Lei 8.666/93.

Setor Responsável pela implementação:

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES.

Providências adotadas: Foi enviado a 4ª Secex/TCU, Ofício nº 1048/SGTES/MS, de 11 de agosto de

2008, relatando as providências adotadas e as justificativas pertinentes acerca das

determinações apresentadas.

3. Número do Acórdão: 727/2008

Determinação:

Determinar à Secretaria de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde que:

a) cumpra o disposto no item 8.1 da Portaria/GM/MS n° 2.112/2003 e art. 3° da Portaria/MP

n° 98/2003, que tratam da obrigatoriedade da prestação de contas de viagem, mediante a

apresentação dos cartões de embarque, no prazo máximo de cinco dias, após o retomo da

viagem. Caso o servidor, o contratado e/ou o colaborador eventual não tenha prestado contas

da viagem, dentro do prazo previsto, cumprir também o contido no item 8.5 da Portaria/MS n°

2.112/2003, que trata do bloqueio das viagens no Sipad;

b) observe o disposto no art. 6°, § 3° do Decreto n° 343/91, o qual estabelece que "as

propostas de concessão de diárias, quando o afastamento iniciar-se a partir de sexta-feira, bem

como os que incluam sábados, domingos e feriados, serão expressamente justificadas,

configurando, a autorização do pagamento pelo ordenador de despesas, a aceitação da

justificativa"; e

c) obedeça o que determina o item 5.4 da Portaria GM/MS 2.112, de 31/10/2003, que veda

expressamente a alteração nos trechos previamente marcados e seus respectivos horários de

vôos pelos beneficiários, à execução da estrita necessidade do serviço ou circunstância que o

Page 123: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

123

justifique, devendo constar do processo a devida justificativa, que será analisada pelo setor

competente para que sejam tomadas as devidas providências em caso de não acatamento.

Setor responsável pela implementação:

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES.

Providências adotadas:

Foi comunicado ao Assessor de Controle Interno do Ministério da Saúde, que esta

Secretaria vem cumprindo integralmente o estabelecido nas Portarias nºs 98/2003, 2.112/2003

(revogada pela Portaria GM/MS nº 2.615, de 30 de outubro de 2008) e Decreto nº 343/91

(revogado pelo Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 2006), fato que se pode verificar com

a aprovação, sem ressalvas, dos certificados de auditorias dos exercícios de 2006 e 2007,

exercícios subseqüentes ao julgado pelo Acórdão 727/2008.

4. Número do Acórdão:

2685/2008

Não houve determinação. As contas referentes ao exercício de 2006, foram

julgadas regulares, dando quitação plena aos responsáveis arrolados.

6. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPOSIÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Seguem as informações prestadas pela Coordenação-Geral de Recursos Humanos

do Ministério da Saúde, acerca da composição de recursos humanos da Secretaria de Gestão

do Trabalho e da Educação na Saúde – Exercício 2008.

Ativos Permanentes – 23

Nomeados para Cargo em Comissão – 8

Contrato Temporário da União – 11

Estagiários – 1

Terceirizados – 47

Não foi possível informar o total de despesa por exercício uma vez que o

demonstrativo de despesa de pessoal – DDP, disponível no Sistema Integrado de

Administração de Recursos Humanos – SIAPE, não apresenta as despesas realizadas ao nível

de Secretaria e sim ao nível de Unidade Organizacional – UORG, de Unidade Pagadora –

UPAG ou de Órgão como um todo. Por outro lado, a despesa de pessoal do Ministério da

Saúde teve sua execução orçamentária e financeira registrada no SIAFI de forma centralizada

nesta Unidade Jurisdicionada em obediência ao disposto no artigo 5º do Decreto nº 5.094, de

01 de junho de 2004. Assim as informações relativas a despesa de pessoal deste Ministério

constarão no Processo de Tomada de Contas Anual da Coordenação-Geral de Recursos

Humanos.

Da mesma forma as informações relativas a atos de admissão e desligamentos,

concessão de aposentadoria e pensão, pessoal requisitado com e sem ônus, pessoal cedido

com ou sem ônus constarão, também, no mesmo Processo de Tomada de Contas Anual desta

Page 124: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

124

CGRH por se tratar de informações relativas ao Ministério da Saúde, em Brasília, com um

todo.

Page 125: Relatório de Gestão 2008 - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · Brasília-DF, abril de 2009 . 2 SUMÁRIO 1. ... ações

125

7. DECLARÇÃO DO CONTADOR