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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 6666

ÍNDICE Pág CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA ...................................................................................... 7

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ............. 9

RELATORIOS SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

...................................................................................................................................................... 10

1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ...................................................................... 10

2. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E

FISCALIZAÇÃO ......................................................................................................................... 14

3. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES ............................................. 20

4. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO .................................................................... 21

4.1 ECONOMIA INTERNACIONAL........................................................................................... 21

4.2 ECONOMIA NACIONAL .................................................................................................... 23

4.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL ................................................................................... 25

4.4 MERCADOS FINANCEIROS ............................................................................................... 29

4.5 O ANO 2016: .................................................................................................................... 32

5. PASSIVO E CAPITAL ............................................................................................................ 33

6. ATIVOS ................................................................................................................................... 34

7. ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS ....................................................... 36

8. RESULTADOS, EFICIÊNCIA E RENDIBILIDADE ........................................................... 37

9. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS .................................................................. 38

10. GESTÃO DE RISCOS .......................................................................................................... 40

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 52

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS .................................................................... 53

ANEXO ........................................................................................................................................ 58

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL ............................................................ 94

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS .................................................................................. 55

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CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Relatório de Gestão

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RELATORIOS SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras, CRL adota o modelo de

governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo

Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia-Geral são eleitos pela

Assembleia-Geral, para um mandato de três anos.

Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola de Torres Vedras

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

ROC

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1.1 Assembleia-Geral

A Mesa da Assembleia-Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e

um Secretário.

Composição da Mesa da Assembleia – Geral

Presidente: Alberto Manuel Avelino Sócio nº 5233

Vice-Presidente: Elisabete Antunes Constantino Sócio nº 9840

Secretário: Aníbal José Bernardes Silva Sócio nº 5405

Competência da Assembleia-Geral

A Assembleia-Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os

Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

� Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

� Votar o relatório e contas, e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da

Mesa da Assembleia-Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

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1.2 Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros

efetivos, no mínimo de três e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros efetivos,

com mandato para o triénio 2013 / 2015.

Composição do Conselho de Administração

Presidente: António José dos Santos Sócio nº 6737

Administrador: José Agostinho de Oliveira Alves Sócio nº 2589

Administrador: António de Oliveira Dias Sócio nº 6858

Administrador Executivo: Manuel José Silva M. L. Guerreiro Sócio nº 10948

Administrador Executivo: João Manuel da Cruz Couto Sócio nº 5560

Suplente: José Sebastião Nobre Nunes Sócio nº 5771

Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe,

em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, uma proposta de plano

de atividades e de orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, o relatório e as contas

relativos ao exercício anterior;

� Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da

Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos

e não pagos;

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� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo

realizado um total de sessenta e nove reuniões em 2015.

Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a não distribuição de pelouros entre os seus

membros.

1.3 Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um

Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo,

ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a

proposta de plano de atividade e de orçamento.

1.3.1 Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e um suplente.

Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Tomás Correia da Cunha Góis Figueira Sócio nº 12343

Secretário: José Santos Ferreira Estimado Sócio nº 8468

Vogal: José Eduardo Jorge Eiras Dias Sócio nº 10309

Suplente: Maria Inês Franco dos Santos Sócio nº 12399

Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne de acordo com o seu regulamento interno.

1.3.2 Revisor Oficial de Contas

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se

designado para o cargo:

Efetivo: Oliveira Reis & Associados SROC, Lda.

Representada por: José Vieira dos Reis ROC n.º 359 Suplente: Fernando Marques Oliveira.

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2. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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Seguidamente apresentamos o quadro das remunerações auferidas pelos Órgãos de

Administração, Fiscalização e Revisor Oficial de Contas, de forma individualizada e

agregada:

31-12-2015 31-12-2014 Vencimentos e Salários

Remuneração Órgãos de Gestão e Fiscalização

Conselho de Administração Presidente 24.726 24.727

Dois membros não executivos 49.453 49.453

Dois membros executivos 144.405 144.915

TOTAL 218.584 219.095

Conselho Fiscal

Presidente 3.000 3.000

Restantes membros 6.000 3.750

TOTAL 9.000 6.750

Revisor Oficial de Contas – de acordo com o Artigo 66.º-A do Código das Sociedades Comerciais (Valor sem Iva)

Revisão Legal de Contas 29.000 29.000

Outros Serviços de Garantias de Fiabilidade 5.200 2.500

TOTAL 35.585 31.500

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3. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal

nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal

nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as

condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um

complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na

sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo

nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

em 2011 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso

auferiram as seguintes remunerações:

31-12-2015 31-12-2014 Gerência

Remunerações Fixas GERÊNCIA Gerente 77.591,26 75.934,97

TOTAL 77.591,26 75.633,98

Assessoria

Auditoria 22.391,71 22.722,76 Compliance / Gestão de Riscos 18.917,33 19.032,65

TOTAL 41.309,04 41.755,41

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4. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

4.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional, a economia mundial

registou um crescimento de 3,1% em 2015, representando uma desaceleração do

crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores economias mundiais,

avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Os fatores que contribuíram para esta diferenciação foram a continuação de políticas

monetárias acomodatícias e uma política orçamental menos restritiva nos países

desenvolvidos, assim como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em

algumas economias exportadoras de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e

da Rússia com maior decréscimo das respetivas economias. Na China, a reorientação da

política económica para um modelo mais baseado no mercado interno conduziu a uma

diminuição gradual do respetivo crescimento económico, com impacto na procura mundial de

matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração

em 2015. As flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo

acentuado nos preços das matérias-primas.

Na Zona Euro, a atividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica,

apesar do quadro de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável

deveu-se à evolução do preço das matérias-primas e à política monetária do Banco Central

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Europeu, além da implementação do programa de compra de ativos financeiros pelo BCE

(Expanded Asset Purchase Programme).

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da

depreciação do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro

baixas (fomentada pelo programa alargado de compra de ativos), aos efeitos favoráveis do

nível do rendimento, resultantes dos preços mais baixos dos produtos energéticos

(especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative easing aplicadas pelo BCE. A

maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.

Verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona Euro. O desemprego

prosseguiu uma trajetória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que em

2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por fatores

como o impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de

trabalho, pela retoma económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de

salientar que os elevados valores de 2015 são, em grande parte, explicados pelas economias

periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%).

De forma a combater a pressão deflacionista, foram anunciadas várias medidas por parte do

BCE, em 22 de Janeiro de 2015, de entre as quais: o lançamento de um programa alargado de

compra de ativos, com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de

Setembro de 2016, ou até o Conselho do BCE considerar que se verifica um ajustamento

sustentado da trajetória de inflação, compatível com o seu objetivo de obter taxas de inflação

abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e a alteração da taxa de juro das restantes seis

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de

juro aplicável às futuras ORPA direcionadas será igual à taxa de juro das operações principais

de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA

direcionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de

juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direcionadas.

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro

aplicável às operações principais de refinanciamento, facilidade permanente de cedência de

liquidez e facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -

0,20%, respetivamente.

4.2 ECONOMIA NACIONAL

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior

dinamismo que justifica a perspetiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflete um

crescimento ligeiramente superior ao verificado na média da Zona Euro.

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

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Para a aceleração da atividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das

exportações portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da

evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve

associado à recuperação económica de alguns dos principais parceiros comerciais da Zona

Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da Zona Euro

beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns

parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o

crescimento de 2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspetivas

quanto à evolução do rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de

condições monetárias e financeiras favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em

2014, num contexto de diminuição da população ativa. Não obstante esta diminuição, a

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percentagem de desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência

de um elevado nível de desemprego de longa duração.

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à

resolução do Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas

contas públicas venha a ser de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injeção

de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução),

fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice

orçamental seria de 3% em 2015.

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o

conjunto do ano (2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um

aumento da receita superior ao da despesa.

4.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com

a venda do Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015,

pelo valor de €150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo

Estado português no montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização

incluía, adicionalmente, um aumento de capital por investidores privados de €450 milhões, o

qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter capacidade para reembolsar a

totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014. Com a venda do

banco, a generalidade da atividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta,

tendo-se criado um regime de exceção para os ativos problemáticos (transferência para um

veículo de gestão de ativos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco

Santander Totta e as respetivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição contínua instável, sobretudo

devido à indecisão do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29

de Dezembro de 2015, de transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o

Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o

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processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em linha com o

acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015),

o volume de depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de

2014. Para esse crescimento contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de

particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um crescimento menos acentuado nos depósitos de

empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015.

A quebra foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares

(-3,6%), ambos em termos homólogos.

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De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito

total reduziu 4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento

das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o

crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 60% da quebra

registada no país.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se

essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período

homólogo) que representa 82% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito

vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%, agravado, principalmente, pelo

crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do

crédito a empresas do sector da construção, indústrias extrativas e saúde e apoio social.

Apenas nos sectores da agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível

verificar um aumento do crédito concedido (5,3% e 7,0%, respetivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os

sectores com maior incumprimento continuam a ser a construção, as atividades imobiliárias e

o comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

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4.4 MERCADOS FINANCEIROS

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na atividade

dos Bancos Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das

economias emergentes e na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado

pelas eleições legislativas, pela incerteza em relação à formação do novo Governo, pelas

perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim, pela resolução do Banif com

a alienação da sua atividade e abertura do processo de investigação sobre o auxílio estatal

concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de

Quantitative Easing por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os

níveis de inflação na Zona Euro, e pelo processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE,

CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na economia, o que conduziu a um aumento da

incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um aumento da volatilidade nos

mercados acionistas e de dívida pública.

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O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a

política monetária inalterada, conservando o intervalo objetivo das taxas dos “fed funds” em

0% – 0,25%.

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses

para terreno negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.

No mercado acionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o

índice Shanghai Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após

uma corrida às ações, com os chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como

tal, o Banco Central chinês reduziu por duas vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de

juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado acionista. Como as

desvalorizações registadas pelas ações chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não

estavam a aliviar os receios dos investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com

medidas expansionistas adicionais, principalmente (i) a proibição de venda de ações por

investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a

redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os investidores

para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices

europeus e norte-americanos e também as commodities.

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas

políticas inalteradas nas reuniões de Setembro.

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No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos

Centrais, na evolução das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular:

corte da taxa de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de

referência e a taxa de cedência de liquidez inalteradas; alargamento do programa de compra

de ativos até, pelo menos, Março de 2017 reinvestimento dos juros obtidos com os ativos

comprados e inclusão da dívida dos governos regionais e das administrações locais no âmbito

das aquisições de dívida do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez

desde 2006, passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-

0,50%, justificada com a melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de

desemprego foi de 5% em Dezembro) e a estimativa de subida da inflação no médio prazo.

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro

dos depósitos dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de

reservas de capital dos bancos em 50 p.b. e injetados 150 mil milhões de “yuan” na economia

com o objetivo de elevar o nível de liquidez da banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da

dispersão de votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza

no processo de formação de Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação

desvalorizou cerca de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de

oferta existente no mercado e ao aumento dos conflitos entre os países produtores. Em

relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de 2,4% no último trimestre e de 12% no

ano.

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto direto nos níveis de

inflação dos principais países, a saber: nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro,

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enquanto que a taxa core1 foi de 1,4%; e na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de

0,1% em Dezembro, o mesmo valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal

caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao

EUR, com o EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2%

face ao USD.

4.5 O ANO 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além

da desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada

pelo início da subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respetivas

moedas, e pela acentuada queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais

acentuado do que o esperado da procura interna na China poderá afetar a confiança nos

mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspetivas de muitas outras

economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim

dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de

conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

Fatores como os conflitos no Médio Oriente, atos terroristas e a consequente variação do

preço do petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de

2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating

de Portugal no nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública

por parte do Banco Central Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e

económico-financeira do país em 2016.

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.

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O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências

impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu

(BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de

supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão no risco associado ao

modelo de negócio e à rendibilidade, no risco de crédito, na adequação dos fundos próprios,

na governação do risco e qualidade de dados e nos novos requisitos de liquidez, sendo certo

que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades

elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais

de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

5. PASSIVO E CAPITAL

5.1 – Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

Os Recursos de Clientes, representados pelo conjunto dos depósitos,

registaram, em 2015, um acréscimo de 1,9%, correspondente a uma variação de 6,5

milhões de euros, atingindo um volume global de 344,6 milhões de euros,

constituindo a componente principal dos recursos financiadores da atividade da

CCAMTV (86,3 %).

Os Capitais Próprios, a segunda componente dos recursos financiadores da

atividade, representados pelo Capital, Reservas e Resultados, foram de novo

reforçados com um acréscimo de 5,0%, correspondendo a 12,7 % do total do Passivo

e do Capital.

Quadro 1

Milhões de euros

DESIGNAÇÃO 2015 2014 Variação

Valor % Valor % Valor %

Depósitos à Ordem de Clientes 82,7 20,7 72,4 20,0 10,4 14,3 Depósitos a Prazo de Clientes 242,3 60,7 243,6 59,8 -1,2 -0,5 Depósitos de Poupança de Clientes 18,6 4,7 19,9 6,8 -1,2 -6,3 Juros a Pagar 1,0 0,2 2,4 0,3 -1,4 -60,1

TOTAL DE DEPÓSITOS DE CLIENTES 344,6 86,3 338,2 86,9 6,5 1,9

Outros Passivos 3,9 1,0 4,2 1,7 -0,3 -7,0

TOTAL DO PASSIVO 348,5 87,3 342,4 88,6 6,2 1,5

Capitais Próprios 50,7 12,7 48,3 11,4 2,4 5,0

TOTAL DO PASSIVO E DO CAPITAL 399,2 100,0 390,7 100,0 8,6 2,2

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5.2 – Evolução dos Depósitos

No conjunto dos Recursos de Clientes, em que junta os depósitos à ordem, os

depósitos a prazo e os depósitos de poupança, temos um acréscimo total de 6,5

milhões de euros, em relação a 2014, os depósitos à ordem evoluíram 10,4 milhões

de euros enquanto que os depósitos a prazo diminuíram 1,2 milhões de euros, assim

como os depósitos de poupança diminuíram 1,2 milhões de euros, o valor dos juros a

pagar diminuíram 1,4 milhões de Euros.

Gráfico1

6. ATIVOS 6.1-Evolução do Ativo Líquido

Do conjunto dos ativos que constituem a carteira da CCAMTV, a rubrica,

“Aplicações Financeiras (Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo)”, passou a

ser a principal aplicação na estrutura do Balanço. Em 2015 apresentou um acréscimo

face ao ano anterior, no total do Ativo Líquido, em virtude do aumento das Aplicações

Financeiras, passando de 38,8% para 38,9%, e em termos absolutos representa um

acréscimo de 3,9 milhões de euros, e um decréscimo de 3,8 milhões de euros em

“Aplicações em Ic’s”. No que respeita ao “Crédito a clientes”, líquido de provisões,

houve um decréscimo, passando o seu peso no Ativo de 37,3% para 33,4%, com um

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decréscimo, em termos absolutos, de 12,6 milhões de euros, tal como podemos

observar no Quadro 2.

Quadro 2

Milhões de euros

Tipos de Ativos 2015 2014 Variação

Valor % Valor % Valor %

Caixa e Disponibilidades em Ic’s 32,1 8,0 13,1 3,4 18,9 4,7 Aplicações em Ic’s 60,6 15,2 64,3 16,5 -3,8 -1,3 Credito a Clientes 135,6 34,0 145,8 37,3 -10,2 -3,4 Aplicações Financeiras (Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo) 155,3 38,9 151,4 38,7 3,9 0,2

Diversos Ativos 15,7 3,9 16,0 4,1 -0,3 -0,2

Total do Ativo 399,2 100,0 390,7 100,0 8,5 2,2

6.2 - Evolução do Crédito a Clientes

Apesar da evolução negativa verificada do crédito a clientes, mantêm a sua

influência no conjunto dos ativos que constituem a carteira da CCAMTV, passando

em 2015 a ser a segunda aplicação. No encerramento do exercício de 2015, antes de

provisões, o valor do crédito vincendo eleva-se a 132,1 milhões de euros,

evidenciando um decréscimo de 12,6 milhões de euros relativamente a 2014.

6.3 - Evolução do Crédito a Clientes por Tipo de Situação

O crédito a clientes, sob o ponto de vista da sua situação, evidencia que o

designado crédito vencido ou “mal parado” cresceu aproximadamente 8,0 milhões

euros em relação ao ano transato, o que corresponde, em termos percentuais, a um

acréscimo de 42,9%.

No quadro 3 verificamos as provisões para crédito vencido a crescerem 5,3 milhões

de euros, a taxa de cobertura para o crédito vencido, passou de 91% para 83%

relativamente a 2014.

Quadro 3

Milhões de euros

Situação 2015 2014 Variação

Valor % Valor % Valor %

Crédito Vincendo 132,1 83,1 144,7 88,5 -12,6 -8,7 Crédito Vencido 26,7 16,8 18,7 11,4 8,0 42,9

Valores a Receber 0,2 0,1 0,2 0,1 0,0

Total 158,9 100,0 163,6 100,0 -4,7 -2,9

Provisões Crédito Cobrança Duvidosa 1,2 0,9 0,3 31,1

Provisões para Crédito Vencido 22,2 16,9 5,3 31,1

Cobertura do Credito Vencido 83% 91%

Total liquido de provisões 135,6 145,8

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Gráfico 2

7. ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS 7.1 Evolução das Aplicações em IC’s e Investimento em Títulos

A atividade financeira apresenta um acréscimo de 15,1 milhões euros no Ativo

Total, e um aumento de 3,9 milhões de euros na atividade de investimento. A Caixa e

as Disponibilidades em IC’s registou um acréscimo de 18,9 milhões de euros, e as

Aplicações em Instituições de Crédito decresceram 3,6 milhões de euros. O peso

destas duas rubricas, em termos percentuais, passou de 5,7% para 12,9% e de

27,9% para 24,3%, respetivamente.

O impacto destas variações determinou um acréscimo em 3,5 pontos percentuais do

peso dos ativos financeiros e de investimento no ativo total, que se situava em 58,6%,

em 2014, e passou para 62,1%, em 2015.

Quadro 4

Milhões de euros

Designação 2015 2014 Variação

Valor % Valor % Valor %

1. Atividade Financeira Caixa e Disponibilidades em IC’s 32,1 12,9 13,1 5,7 18,9 7,2 Aplicações em IC’s 60,3 24,3 63,8 27,9 -3,6 -3,6 Juros de aplicações em IC's 0,3 0,5 0,5 0,9 -0,17 -0,3

Total 1 92,6 37,4 77,5 33,9 15,1 3,5

% do Ativo 23,2 19,8 3,4 p.p. 2. Atividade de Investimento Obrigações e Outros títulos de rendimento fixo – de Emissões Públicos 155,3 62,6 151,4 66,1 3,9 -3,5

Total 2 155,3 62,6 151,4 66,1 3,9 -3,5

% do Ativo 38,9 38,8 0,2 p.p.

TOTAL (1+2) 248,0 100,0 228,9 100,0 19,1

% do Ativo 62,1 58,6 3,5 p.p.

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8. RESULTADOS, EFICIÊNCIA e RENDIBILIDADE

8.1 Evolução dos Resultados

A maior contribuição na formação do Produto Bancário continuou a ser

assegurada pela Margem Financeira, principal indicador das atividades de

intermediação, aumentando de 12,1 para 14,6 milhões de euros.

A CCAMTV sentiu um reflexo positivo no seu resultado que passou de 2,4

milhões de euros em 2014, para 2,7 milhões de euros em 2015. O Cash Flow do

exercício, em 2015, passou de 7,1 milhões de euros para 10,0 milhões de euros

mantendo-se a um nível aceitável.

Quadro 6 Milhares de euros

Designação 2015 2014 Variação

Valor Valor Valor %

+ Juros e rendimentos similares (1) 17.563 18.616 -1.053 -5,66

- Juros e encargos similares (2) 3.004 6.467 -3.463 -53,55

= Margem Financeira (3 = 1 - 2) 14.559 12.149 2.410 19,84

Rendimentos de instrumentos de capital (4) 15 15 0 -1,23

Rendimentos de serviços e comissões (5) 1.001 996 5 0,49

Encargos com serviços e comissões (6) -476 -465 -11 2,42

Resultados de ativos e passivos avaliados…(7) 0 0 0

Resultados de ativos financeiros disponíveis. (8) 0 0 0

Resultados de reavaliação cambial (líquido) (9) 4 9 -5 -53,46

Resultados de alienação de outros ativos (10) 0 -1 1 0,00

Outros resultados de exploração (11) 190 39 151 387,26

= Produto bancário (12=3+4+5+6+7+8+9+10+11) 15.293 12.742 2.551 20,02

Custos com pessoal (13) 3.062 3.127 -65 -2,09

Gastos gerais administrativos (14) 1.626 1.578 47 2,98

Depreciações e amortizações (15) 214 203 11 5,41

Provisões líquidas de reposições e anulações (16) -169 -80 -89 111,47

Correções de valor ass. ao crédito a clientes..(17) 6.407 3.449 2.958 85,76

Imparidade de outros ativos financeiros líq..(18) 0 0 0

Imparidade de outros ativos líquida ….. (19) 583 924 -341 = Resultado Antes Impostos (20=12-13-14-15-16-17-18-19 ) 3.571 3.541 30 0,85

- Imposto s/Lucros (21) 884 1.189 -305 -25,68

= Resultado após Impostos (22=20-21) 2.687 2.352 336 14,27

Cash-Flow Global (23=20+15+16+17) 10.023 7.113 2.910 40,91

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9. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS 9.1- Capitalização

A afetação a Reservas do resultado líquido do exercício anterior, nos termos

estatutários, possibilitou que os Capitais Próprios, constituídos pelo Capital, Reservas

e Resultados, ascendam a 50,7 milhões de euros no encerramento do exercício.

Gráfico 4

9.2- Evolução dos Fundos Próprios Totais

Os Fundos Próprios Totais para efeitos do rácio de solvabilidade (Fundos

Próprios de base + Fundos Complementares – Deduções) passaram de 47,4 milhões

em 2014, para 48,4 milhões de euros, em 2015, evidenciando um acréscimo de 1,0

milhões de euros.

O valor dos Requisitos de Fundos Próprios calculado de acordo Instrução nº

23/2007 do Banco de Portugal, cifrou-se em 19,2 milhões de euros, determinando um

montante de Fundos Próprios, que assegura a solidez financeira da instituição e a

capacidade para continuar a suportar o crescimento da atividade.

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Quadro 7

Milhões de euros

Rubricas 2015 2014 Variação

Valor Valor Valor % 1. Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade 48,4 47,4 1,0 2,1%

2. Requisitos de fundos próprios para risco de crédito, risco de crédito de contraparte e transações incompletas

17,2 18,2 -1,0 -5,6%

3. Requisitos de fundos próprios para risco operacional 2,0 1,7 0,3 Total dos requisitos de Fundos Próprios 19,2 19,9 -0,8

5. Rácio de Solvabilidade (1x 8%) / (2+3) 20,2% 19,0% 1,2 pp

9.3 Adequação dos Fundos Próprios na ótica do Banco de Portugal

(Rácio de Solvabilidade)

Do conjunto dos principais rácios, importa destacar o de Solvabilidade, na ótica

do Banco de Portugal, que, no final do ano de 2015, se fixou, em 20,2 %, ligeiramente

superior ao do ano anterior (19,0%), verificando-se assim, que este rácio ultrapassou

o dobro do obrigatório (8%), relativamente aos requisitos de fundos próprios da

Instituição, face ao risco incorrido na ponderação dos ativos patrimoniais e

extrapatrimoniais.

Gráfico 6

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10. GESTÃO DE RISCOS A gestão de riscos é um processo integrado que tem como objetivo identificar, avaliar e

controlar os riscos materialmente relevantes para a instituição. É um Sistema Interno que

assenta no princípio da proporcionalidade, ou seja, os procedimentos implementados são

proporcionais à dimensão, organização interna, natureza, área geográfica e complexidade

das atividades da instituição.

O Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance é a estrutura interna que promove a

implementação destas políticas e ferramentas de forma a controlar as perdas esperadas e

não esperadas que possam por em causa a situação financeira da Caixa.

No exercício de 2015, o Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance deu continuidade ao

desenvolvimento da sua atividade visando assegurar a conformidade (compliance) com os

novos desafios de regulamentação para o sector. Das diversas iniciativas que se

desenvolveram ou iniciaram ao longo de 2015, destacam-se as seguintes:

Testes de Esforço (stress tests) – De acordo com a Instrução n.º 4/2011 o Banco de

Portugal divulga as orientações técnicas para a realização das análises de sensibilidade

promovendo assim um exercício de stress test uniforme para o sector financeiro.

Capital Interno – O cálculo do capital interno e a elaboração do relatório ICAAP (Internal

Capital Adequacy Assessment Process) constitui não apenas uma obrigação regulamentar

mas também um importante instrumento de gestão de risco que permite avaliar e determinar

com rigor o nível de capital interno subjacente ao perfil de risco da Caixa.

Relatório de Disciplina de Mercado – Decorrendo do previsto no Aviso n.º 10/2007 do

Banco de Portugal, é elaborado anualmente o relatório anual Disciplina de Mercado, no

sentido de divulgar informação mais detalhada sobre a solvabilidade da instituição e as

principais políticas e práticas de gestão do risco aos seus sócios, clientes e parceiros

institucionais.

Sistema de Controlo Interno – A estrutura e os princípios do sistema de controlo interno

assentam nos requisitos regulamentares definidos no Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal.

O Gabinete de Gestão Riscos e Compliance em conjunto com o Gabinete de Auditoria

Interna avalia o sistema de controlo interno através da observação, análise, recolha e

tratamento de informação relativa às insuficiências detetadas neste domínio e na produção

dos respetivos relatórios regulamentares.

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RISCO DE CRÉDITO

Consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital,

devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros

perante a instituição.

O indicador interno mais utilizado para a sua medição e acompanhamento é o rácio de

crédito e juros vencidos sobre o crédito total. Este rácio evoluiu de 12,90%, em Dezembro de

2014, para 20,20% em finais de 2015, evidenciando um aumento de 7,3 pontos percentuais.

Gráfico 3

RISCO DE TAXA DE JURO

Consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital,

devido a movimentos adversos das taxas de juro, devido ao desfasamento dos prazos de

refixação das taxas de juro, ou das maturidades, e da ausência de correlação perfeita entre

as taxas recebidas e pagas nos diversos instrumentos.

O Departamento Financeiro analisa mensalmente a exposição da instituição a este tipo de

risco e a sensibilidade da situação financeira para movimentos adversos das taxas de juro.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 42424242

RISCO OPERACIONAL

Consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital,

decorrentes de falhas na análise, processamento ou liquidação das operações, de fraudes

internas e externas, da atividade ser afetada devido à utilização de recursos em regime de

"outsourcing", da existência de recursos humanos insuficientes ou inadequados ou da

inoperacionalidade das infra estruturas.

Em matéria de risco operacional, o Gabinete de Auditoria Interna em conjunto com o

Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance procedem ao registo de eventuais incidentes

que decorram do normal funcionamento da atividade bancária, assegurando, se possível, a

implementação de medidas corretivas.

RISCO DE LIQUIDEZ

Corresponde à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no

capital, decorrentes da incapacidade da instituição dispor de fundos líquidos para cumprir as

suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem.

É avaliada, sistematicamente a capacidade de cumprir com as responsabilidades financeiras

na medida em que estas se vençam. O Departamento Financeiro elabora e reporta

mensalmente o mapa de liquidez ao Banco de Portugal, verificando-se o cumprimento dos

rácios exigidos, incluindo a liquidez imediata e a cobertura de passivos por ativos, que cobre

os passivos da instituição nas diversas bandas temporais inferiores a um ano.

Quadro 5 Euros

POSIÇÕES À DATA DE REFERÊNCIA TOTAL

INTERVALOS TEMPORAIS

Superior a 12 meses À vista e até 1

semana

Superior a 1 semana e até 1 mês

Superior a 1 mês e

até 3 meses

Superior a 3 meses e até

6 meses

Superior a 6 meses e até

12 meses

13 Depósitos de clientes 359.231.506 56.897.864 0 6.511.070 134.218.681 119.584.452 42.019.439

13.1 Depósitos de retalho 359.231.506 56.897.864 0 6.511.070 134.218.681 119.584.452 42.019.439

13.1.1 Depósitos à ordem 82.802.330 41.401.165 41.401.165

13.1.2 Depósitos a prazo 276.429.176 15.496.698,45 0 6.511.070 134.218.681 119.584.452 618.274

13.1.2.1

Sem impedimentos legais/contratuais à movimentação antecipada

276.429.176

15.496.698,45

0

6.511.070

134.218.681

119.584.452

618.274

NOTA: O cálculo para efeitos de situação de liquidez, inclui não só os juros mensualizados como também os juros futuros

considerados para efeitos de depósitos.

RISCO DE COMPLIANCE

Corresponde à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no

capital, decorrentes de violações ou desconformidades relativamente às leis, regulamentos,

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 43434343

contratos, códigos de conduta, práticas instituídas ou princípios éticos que se materializem

em sanções de carácter legal ou regulamentar, na limitação das oportunidades de negócio,

na redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o cumprimento de

obrigações contratuais.

O Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance tem como objetivo minimizar este risco

garantindo a divulgação da informação relevante por todas as unidades de estrutura internas

e acompanhar a sua efetiva aplicação.

RISCO DE REPUTAÇÃO

Corresponde à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no

capital, decorrentes duma perceção negativa da imagem pública da instituição, fundamentada

ou não, por parte de clientes, fornecedores, analistas financeiros, colaboradores,

investidores, órgãos de imprensa ou pela opinião pública em geral.

Embora o risco de reputação seja intangível, difícil de mensurar, uma instituição com uma

reputação sólida tende sempre a apresentar maiores e mais estáveis níveis de rentabilidade.

MENSURAÇÃO DA IMPARIDADE DA CARTEIRA DE CRÉDITO E RESPETIVAS DIVULGAÇÕES (CARTA-

CIRCULAR N.º 02/2014/DSP DO BANCO DE PORTUGAL)

A) Política de gestão de risco de crédito e de concentração

Risco de Crédito - Consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante a instituição.

É o principal risco da atividade bancária, pelo que as políticas de crédito são definidas pelo Conselho de Administração, através de critérios rigorosos de concessão de crédito.

As operações de crédito propostas são analisadas internamente pelo Departamento de Crédito, que atribui um “scoring” específico à operação com base na informação recebida. A referida avaliação é efetuada de acordo com um conjunto de procedimentos internos (inseridos no regulamento de crédito) que agrupam análises quantitativas e qualitativas da operação e do cliente em particular. O scoring atribuído depende também do nível de incidentes conhecidos do cliente recorrendo para o efeito ao seu histórico junto da instituição e à Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal.

Risco de Concentração - Entende-se por risco de concentração uma posição em risco ou grupo de posições em risco com potencial para produzir perdas de tal modo elevadas que coloquem em causa a solvabilidade da instituição ou a capacidade para manter as suas principais operações. Em particular, o risco de concentração decorre da existência de fatores de risco comuns ou correlacionados entre diferentes contrapartes, de tal modo que a

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 44444444

deterioração daqueles fatores implique um efeito adverso simultâneo na qualidade de crédito de cada uma daquelas contrapartes.

Existem três tipos de risco de concentração:

• Exposições significativas a uma contraparte individual ou a um grupo de contrapartes relacionadas (single name concentration risk ou, na terminologia usual, “grandes riscos”);

• Exposições significativas a grupos de contrapartes cuja probabilidade de entrarem em incumprimento resulta de fatores subjacentes comuns, como por exemplo o sector económico, a região geográfica, a moeda e o facto de o seu desempenho económico-financeiro estar dependente da mesma atividade ou mercadoria;

• Exposições de crédito indiretas resultantes da aplicação das técnicas de redução de risco (exposição a um tipo de garantia ou proteção de crédito fornecida por uma contraparte).

O Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola estabelece o âmbito territorial da atividade da instituição, nomeadamente, o seu artigo 12.º, ao concelho de Torres Vedras.

A Caixa tem presente a limitação que este regime lhe impõe ao nível do risco de concentração geográfica e de sector de atividade, estando sujeita a fatores que afetem de modo abrangente a região em que exerce a sua atividade.

Como fatores mitigantes desta realidade devem ser referidas as seguintes situações, a natureza relativamente diversificada da estrutura económica local, não dependendo de forma significativa de uma atividade específica ou de empresas de grande dimensão e o conhecimento da estrutura e realidade local em que se posiciona.

Relativamente ao controlo do risco de concentração, o Departamento Financeiro elabora regularmente o mapa de “grandes riscos”, procedendo à análise destas posições face à totalidade da carteira de crédito. O Gabinete de Gestão Riscos e Compliance elabora anualmente o relatório sobre o risco de concentração de forma a acompanhar este tipo de risco.

B) Política de Write-Off de créditos

O Conselho de Administração define e estabelece os princípios relativos à anulação do registo de dívida no balanço da Caixa. O Gabinete de Jurídico submete à consideração do Conselho de Administração a anulação do registo no balanço, descrevendo os esforços desenvolvidos para a boa cobrança dos créditos no pressuposto da cobrabilidade da dívida ser remota. São apenas abatidos créditos ao ativo as operações que sejam consideradas irrecuperáveis e cujas provisões e imparidades estejam constituídas pelo valor total do crédito.

C) Política de reversão de imparidade

A reversão de imparidade é um conceito contabilístico. Não se encontra definido uma vez que, não se encontrando a instituição sujeita a supervisão em base consolidada o cálculo de imparidade não é objeto de registo contabilístico, sendo o mesmo reportado no âmbito da Instrução n.º 05-2013.

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D) Política de conversão de dívida em capital do devedor

Não se aplica.

E) Descrição das medidas de reestruturação aplicadas e respetivos riscos associados, bem como os mecanismos de controlo e monitorização dos mesmos

Existem diversas soluções de reestruturação, sendo as medidas mais comuns a extensão do prazo da operação ou a inclusão de período de carência.

Internamente compete ao Departamento de Crédito identificar as operações de crédito reestruturadas e classificá-las no sistema informático.

No que se refere ao acompanhamento, estas operações ficam marcadas durante um período de cura de dois anos, em cumprimento com a Instrução n.º 32-2013 do Banco de Portugal.

F) Descrição do processo de avaliação e de gestão de colaterais

A reavaliação periódica de colaterais é efetuada obrigatoriamente de três em três anos conforme instruções do Banco de Portugal.

O Departamento de Crédito é responsável por identificar, analisar e controlar a efetiva reavaliação, recorrendo a avaliadores externos para proceder à respetiva reavaliação dos imóveis hipotecários, a decorrer dentro dos prazos definidos.

G) Natureza dos principais julgamentos, estimativas e hipóteses utilizados na determinação da imparidade

As perdas por imparidade correspondem a estimativas determinadas com base em julgamentos da gestão, tendo por base a informação disponível numa determinada data. Como tal, é expectável que, em alguns casos, eventos e desenvolvimentos futuros confluam num resultado diferente face ao montante estimado.

Tendo em consideração as necessidades de reporte introduzidas pela Instrução n.º 5/2013 do Banco de Portugal, para que o modelo de imparidade tenha a maior adequação possível à carteira de crédito da CCAM, a instituição efetua semestralmente a revisão do cálculo de imparidade quer em base individual, quer em base coletiva.

Ao nível da análise individual, a determinação da imparidade é função da capacidade de reembolso do devedor e/ou respetivos colaterais que o Banco dispõe a garantir as operações de crédito, tendo como base os indícios de imparidade da carteira. Em função dos indícios existentes infere-se uma expectativa de valor de recuperação do crédito, seja pela expectativa de evolução do contrato, seja pela execução do colateral.

No que se refere à análise coletiva da carteira de crédito e, em particular, para a estimativa de LGD’s, são considerados pressupostos, designadamente no que concerne ao período e custos incorridos de recuperação, bem como quanto à taxa de desconto adotada.

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H) Descrição das metodologias de cálculo da imparidade, incluindo a forma como os portefólios são segmentados para refletir as diferentes características dos créditos

A instituição utiliza a metodologia de cálculo de imparidade, nos termos previstos na IAS 39, para avaliação do risco associado à carteira de crédito e quantificação das respetivas perdas incorridas com o objetivo de garantir uma valorização adequada da carteira de crédito.

A Caixa Agrícola de Torres Vedras não procede a qualquer consolidação de contas, por não se encontrar integrada em nenhum grupo financeiro. Desta forma tendo em consideração o disposto no Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal, a instituição não se encontrava até à publicação da Instrução n.º 05-2013 do Banco de Portugal, obrigada à preparação de qualquer informação relativa às imparidades da sua carteira de crédito, a qual não releva para efeitos contabilísticos.

Alternativamente, de acordo com o previsto na Carta Circular n.º 17/2002/DSB, de 14 de Fevereiro, os Auditores Externos da instituição tinham vindo a efetuar a quantificação das provisões económicas adequadas ao risco implícito da carteira de crédito da instituição, a qual consistia nos seus aspetos gerais a uma avaliação coletiva da imparidade.

Atualmente, o processo de cálculo das imparidades inicia-se com a definição das entidades a analisar em base individual, através de critérios internamente definidos.

No que concerne à avaliação coletiva da imparidade procedeu-se à adaptação do modelo de provisões económicas com vista a proceder às adaptações necessárias ao cálculo da avaliação da imparidade em base coletiva de acordo com os requisitos das IAS 39.

Relativamente à segmentação, no que concerne à análise individual, o critério é o dos mutuários com maior peso na carteira, sem considerar uma segmentação adicional. Na análise coletiva os critérios tomados em consideração são: produto financeiro; escalão de valor de exposição; maturidade residual da exposição; tipo de cliente; tipo de garantia recebida e crédito vencido por tipo de produto. Da análise efetuada resulta um único segmento, relativo à carteira de retalho, descriminada entre exposição viva e vencida.

I) Indicação dos indícios de imparidade por segmentos de crédito

A evidência de imparidade de um ativo ou grupo de ativos está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, com impacto na capacidade de cumprimento das suas obrigações, conforme definição da IAS 39. Para apuramento destas situações, a Caixa aferiu os elementos qualitativos de informação existentes internamente e definiu um conjunto de triggers, descritos em documentos internos. A avaliação conjunta desses triggers tem consequência na aferição dos montantes recuperáveis de cada mutuário e consequente quantificação da imparidade.

Os triggers considerados pela instituição são: 1) Crédito vencido na centralização de risco de crédito há mais de 6 meses ou Crédito

abatido, ou crédito reestruturado, sendo a soma dos três superiores a 10% da exposição final.

2) Crédito vencido na Caixa há mais de 6 meses; 3) Decisão do conselho de Administração por execução do colateral. 4) Clientes com baixo nível de scoring; 5) Crédito vencido na Caixa há menos de 6 meses; 6) Ocorrência de atrasos no último semestre; 7) Cliente com Dificuldades Financeiras; 8) Ocorrência de Crédito Reestruturado;

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9) Ocorrência de Crédito Renegociado; 10) Ocorrência de deterioração significativa do scoring do cliente.

A avaliação conjunta desses triggers tem consequência na aferição dos montantes recuperáveis de cada mutuário e consequente quantificação da imparidade.

J) Indicação dos limiares definidos para análise individual

Os critérios definidos para a selecionar créditos significativos a avaliar em base individual são os seguintes: mutuários com exposição superior a 0,5% do total da carteira, tendo subjacente um mínimo de 20% da exposição total.

K) Política relativa aos graus de risco internos, especificando o tratamento dado a um mutuário classificado como em incumprimento

Considera-se como crédito vencido o crédito em incumprimento há mais de 30 dias (critério contabilístico). Para efeito de análise coletiva da imparidade é considerada a exposição vencida o crédito em incumprimento à mais de 90 dias.

A base do incumprimento reflete todas as situações em que se verifique o não cumprimento de uma obrigação de crédito contratualizada, a utilização de crédito sem enquadramento (tendo sido exigida ao cliente a sua liquidação) ou a ultrapassagem a um limite de crédito previamente estabelecido.

L) Descrição genérica da forma de cálculo do valor atual dos fluxos de caixas futuros no apuramento das perdas de imparidade avaliadas individual e coletivamente

De acordo com o modelo, um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está em imparidade se for identificada evidência objetiva de que ocorreu um evento que originou uma perda por imparidade, como resultado de um ou mais acontecimentos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo (um "acontecimento de perda") e se esse acontecimento (ou acontecimentos) de perda tiver um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que possa ser fiavelmente estimado. O valor da perda deverá ser determinado como a diferença entre o valor de balanço e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados Os fluxos de caixa futuros estimados incluídos no cálculo dizem respeito aos montantes contratuais dos créditos, ajustados por eventuais valores que a CCAM espera não recuperar e pelo prazo temporal em que é expectável que os mesmos se venham a concretizar. A forma de cálculo do valor atual dos fluxos de caixa futuros no que concerne à avaliação individual e coletiva carateriza-se em seguida. Na exposição objeto de análise individual importa concluir pela existência ou não de eventos de perda, os quais darão lugar à quantificação de uma eventual perda por imparidade, por via da estimativa dos fluxos de caixa que ainda venham a ser gerados pelo contrato. O modelo prevê duas formas de recuperação do crédito, seja pela evolução natural dos cash-flows contratuais, seja pela execução do colateral. A avaliação da forma e montante de recuperação é efetuada tendo por base a verificação de ocorrência de determinados triggers relacionados com cada mutuário, sendo que caso se verifiquem certos fatores ou conjugação destes, o modo de recuperação do crédito será automaticamente considerado através da execução do colateral. A imparidade é apurada tendo por base o diferencial entre o valor atualizado da dívida do mutuário (tendo como referência o prazo médio de execução judicial e a taxa de juro original do contrato – taxa de desconto) e a avaliação do imóvel, sendo este valor ser afetado pelos haircuts previstos na Carta Circular n.º 02/2014/DSP, do Banco de

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Portugal, em função da data da última avaliação do imóvel. A este montante ainda são acrescidos os custos relacionados com a execução judicial e posterior colocação do imóvel no mercado. No caso da avaliação coletiva de imparidade, o cálculo da estimativa de cash-flows futuros tem por base a exposição para a qual não foi apurada imparidade em base individual, considerando a PD e a LGD, sendo excluídas do apuramento destes parâmetros, as exposições avaliadas em base individual. O cálculo da LGD incorpora um fator de atualização dos cash-flow recuperados, em função dos custos de recuperação e período estimado de recuperação e da taxa de juro média da carteira de crédito na data de referência.

M) Descrição do (s) período (s) emergente utilizado para os diferentes segmentos e justificação da sua adequação.

O período emergente considerado é de um ano, sendo este interpretado como o período de tempo considerado no cálculo da probabilidade, das exposições passarem do estado de cumprimento para incumprimento, traduzindo-se este parâmetro na fórmula de cálculo da probabilidade de default (PD).

N) Descrição detalhada do custo associado ao risco de crédito, incluindo divulgação das PD, EAD, LGD e taxas de cura

O modelo implementado tem por objetivo a quantificação do custo associado ao risco de crédito, estimando para tal os parâmetros do risco de crédito PD (Probability of Default; Probabilidade de Incumprimento) e LGD (Loss given default; Perda económica, percentual, no incumprimento).

A determinação da PD fundamenta-se na observação do número de incumprimentos ocorridos na carteira de crédito ao longo do período em análise (é considerando um histórico de observação trimestral, com início em 2006) e na determinação da correlação destes incumprimentos com a evolução de um determinado índice macroeconómico (driver do risco de crédito). Historicamente, o índice macroeconómico associado tem sido a taxa de desemprego. Tendo em consideração a dimensão e caraterísticas da carteira de crédito da instituição, tem sido considerado um segmento único da carteira de crédito – Crédito a retalho. Para os créditos em default, é considerada uma PD de 100%.

A LGD determina o grau de perda verificada nos créditos em recuperação e contencioso, permitindo também analisar o grau de eficiência (com base em fatores económicos e temporais) da Instituição na gestão do crédito vencido.

O) Conclusões sobre as análises de sensibilidade ao montante de imparidade a alterações nos principais pressupostos

Na análise de sensibilidade, verifica-se que os resultados obtidos demonstram a existência de uma folga das provisões constituídas face à imparidade quantificada, mesmo em situações de maior sensibilidade nas condições envolventes.

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Divulgações quantitativas:

Mapa a)

Segmento Exposição

Total Crédito em

Cumprimento Do Qual

Restruturado Crédito em

incumprimento Do Qual

Restruturado Imparidade

Total

Imparidade do Credito em

Cumprimento

Imparidade do Credito em

incumprimento

Agricultura 31.476.123 € 28.246.939 € 10.455.620 € 3.229.183 € 3.015.767 € 2.347.010 € 1.091.951 € 0 € Comercio por Grosso 23.366.678 € 20.189.748 € 3.129.772 € 3.176.931 € 2.042.972 € 1.877.164 € 791.561 € 0 € Construção e CRE 28.593.952 € 19.159.453 € 10.861.046 € 9.434.499 € 3.196.788 € 4.318.610 € 1.829.511 € 0 €

Habitação 23.392.361 € 22.480.655 € 998.083 € 911.705 € 570.609 € 846.121 € 758.942 € 0 € Outras Empresas 38.020.080 € 29.008.184 € 10.598.354 € 9.011.896 € 8.995.528 € 3.898.132 € 1.493.108 € 0 € Outros Particulares 13.660.735 € 11.624.317 € 2.631.276 € 2.036.418 € 1.342.929 € 573.114 € 396.870 € 0 €

Total 158.509.928 € 130.709.296 € 38.674.152 € 27.800.632 € 19.164.595 € 13.860.150 € 6.361.942 € 0 €

Mapa b)

Ano de Produção

Agricultura Comercio por Grosso Construção e CRE

Número de Operações

Montante Imparidade Número

de Operações

Montante Imparidade Número de Operações

Montante Imparidade

2004 e anteriores 51 2.715.986 € 111.347 € 52 3.817.926 € 151.161 € 39 2.114.746 € 73.917 €

2005 4 869.136 € 42.155 € 5 192.500 € 6.493 € 3 91.899 € 3.100 €

2006 6 937.004 € 39.590 € 11 1.057.189 € 41.769 € 9 3.033.564 € 25.484 €

2007 13 1.813.638 € 1.079.232 € 12 1.440.070 € 58.613 € 12 2.887.891 € 97.265 €

2008 21 4.030.138 € 139.591 € 16 2.732.175 € 1.023.157 € 16 1.541.078 € 156.138 €

2009 26 4.195.606 € 208.943 € 14 1.375.432 € 46.966 € 11 478.338 € 17.167 €

2010 45 3.580.282 € 149.751 € 22 4.293.062 € 189.298 € 14 1.574.270 € 146.079 €

2011 27 3.629.405 € 183.481 € 9 507.650 € 23.043 € 13 2.740.876 € 928.723 €

2012 16 467.538 € 27.096 € 16 823.958 € 57.012 € 15 2.451.589 € 768.858 €

2013 36 3.540.908 € 134.720 € 42 2.555.872 € 108.882 € 21 9.310.945 € 1.940.150 €

2014 53 3.553.041 € 123.642 € 17 702.786 € 24.326 € 19 1.143.504 € 69.854 €

2015 86 2.143.440 € 107.461 € 109 3.868.059 € 146.443 € 39 1.225.253 € 91.874 €

Total 384 31.476.123 € 2.347.010 € 325 23.366.678 € 1.877.164 € 211 28.593.952 € 4.318.610 €

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 50505050

Habitação Outras Empresas Outros Particulares

Ano de Produção

Número de Operações

Montante Imparidade Número de Operações

Montante Imparidade Número de Operações

Montante Imparidade

2004 e anteriores 300 7.360.052 € 279.381 € 61 6.539.805 € 633.171 € 74

2.040.727 € 87.298 €

2005 21 1.045.733 € 35.275 € 10 272.911 € 9.206 € 6 265.963 € 9.321 €

2006 29 1.343.235 € 45.310 € 14 455.516 € 15.398 € 13 440.601 € 15.433 €

2007 35 2.133.792 € 87.665 € 21 4.371.104 € 60.009 € 20 1.070.300

€ 43.676 €

2008 57 3.533.238 € 119.201 € 23 5.299.193 € 558.860 € 26 1.062.876

€ 54.636 €

2009 43 2.876.288 € 107.246 € 35 6.472.139 € 316.886 € 32 902.759 € 37.060 €

2010 26 1.882.593 € 63.513 € 23 1.997.676 € 59.817 € 37 813.863 € 31.966 €

2011 14 722.246 € 24.363 € 14 1.613.643 € 999.121 € 41 530.241 € 17.320 €

2012 9 382.654 € 12.908 € 23 2.416.447 € 130.052 € 49 1.347.586

€ 66.159 €

2013 9 445.115 € 15.015 € 27 1.942.972 € 70.325 € 86 1.401.685

€ 55.986 €

2014 13 1.042.579 € 35.168 € 23 881.292 € 203.154 € 122 964.569 € 39.307 €

2015 10 624.836 € 21.077 € 96 5.757.382 € 842.132 € 254 3.002.383

€ 123.557 €

Total 566 23.392.361 € 846.121 € 370 38.020.080 € 3.898.132

€ 760 13.843.552

€ 581.721 €

Mapa C1)

Agricultura Comercio por Grosso Construção e CRE

Exposição Balanco

Imparidade Exposição Balanco Imparidade Exposição Balanco Imparidade

Avaliação

Individual 7.725.343 € 1.385.582 € 7.431.392 € 1.229.949 € 15.494.749 € 3.802.897 €

Coletiva 23.750.780 € 961.428 € 15.935.286 € 647.215 € 13.099.203 € 515.712 €

Total 31.476.123 € 2.347.010 € 23.366.678 € 1.877.164 € 28.593.952 € 4.318.610 €

Habitação Outras Empresas Outros Particulares Total

Exposição Balanco

Imparidade Exposição Balanco

Imparidade Exposição Balanco

Imparidade Exposição Balanco

Imparidade

Avaliação

Individual 0 € 0 € 12.758.395 € 2.996.014 € 0 € 0 € 43.409.879 € 9.414.443 €

Coletiva 23.392.361 € 846.121 € 25.261.685 € 902.118 € 13.660.735 € 573.114 € 115.100.049 € 4.445.708 €

Total 23.392.361 € 846.121 € 38.020.080 € 3.898.132 € 13.660.735 € 573.114 € 158.509.928 € 13.860.150 €

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 51515151

Mapa C2)

Portugal

Exposição Balanço Imparidade

Avaliação

Individual 43.409.879 € 9.414.443 €

Coletiva 115.100.049 € 4.445.708 €

Total 158.509.928 € 13.860.150 €

Mapa F)

Construção e CRE Habitação

Imoveis Outros Colaterais Reais Imoveis Outros Colaterais Reais

Justo Valor Numero Montante Numero Montante Numero Montante Numero Montante

< 0,5 M € 43 7.525.401 € 555 58.090.414 €

>= 0,5 M € e < 1 M € 8 5.845.166 € 1 540.000 €

>= 1 M € e < 2 M € 2 2.721.440 € 0 0 €

>= 2 M € e < 3 M € 1 2.470.000 € 0 0 €

>= 3 M € e < 4 M € 0 0 € 0 0 €

>= 4 M € e < 5 M € 2 9.289.428 € 0 0 €

>= 5 M € e < 6 M € 0 0 € 0 0 €

>= 6 M € e < 7 M € 0 0 € 0 0 €

Total 56 27.851.435 € 556 58.630.414 €

Mapa G)

Carteira de Retalho

Número de Imoveis

Crédito em Cumprimento

Crédito em Incumprimento Imparidade

Sem colateral N. A. 47.119.457 € 10.260.454 € 6.486.068 €

<60% 15 1.085.040 € 2.612.913 € 1.796.069 €

>=60% e <80% 9 1.620.838 € 306.664 € 84.041 €

>=80% e <100% 17 9.787.409 € 2.002.753 € 2.051.283 €

>=100% 928 72.625.136 € 12.617.848 € 3.442.689 €

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 52525252

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos termos da lei vigente, o Conselho de Administração apresenta o Relatório de

Gestão e Contas, referentes ao exercício de 2015, dando cumprimento à sua

obrigação estatutária de informar as autoridades, os associados, demais clientes e o

público em geral.

O sincero reconhecimento, em primeiro lugar para os nossos associados e clientes e

para todos os que na justa medida do seu contributo puseram em prática a estratégia

definida e proporcionaram os resultados alcançados, nomeadamente, órgãos sociais,

funcionários e demais colaboradores, bem como todos os parceiros na atividade.

Nestas circunstâncias, apresentamos à Assembleia Geral, para apreciação,

discussão e votação, o presente Relatório de Gestão e Contas.

Torres Vedras, 03 de Março de 2016

O Conselho de Administração

António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias Manuel José Silva Martins Leite Guerreiro

João Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 53535353

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

E E E E

NOTASNOTASNOTASNOTAS

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 54545454

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, C.R.L.Sede: Rua Santos Bernardes, 16 A, 2560 362 Torres VedrasCapital Social: 26 534 505 euros (variável) Matriculado na conservatória do Registo Comercial de Torres Vedras sob o nº 501130322

Contribuinte nº 501 130 322

BALANÇO - Modelo III

Ano: 2015

Base de reporte: Individual - NCA Mês: Dezembro Valores em Euros

Ano

No tas

Va lo r antes de pro visões, imparidade e amo rt izações

P rovisõ es, imparidade e amo rt izações

Va lo r lí quido Ano anterio r

1 2 3 = 1 - 2

ActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 5 3 5.285.791 0 5.285.791 4.859.640

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 4 26.766.659 0 26.766.659 8.289.556

Activos financeiros detidos para negociação 7 0 0 0 0

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 0 0 0 0

Activos financeiros disponíveis para venda 9 0 0 0 0

Aplicações em instituições de crédito 10 5 60.583.121 0 60.583.121 64.340.357

Crédito a clientes 11 6 158.916.471 23.326.731 135.589.741 145.789.154

Investimentos detidos até à maturidade 12 7 155.347.507 0 155.347.507 151.399.541

Activos com acordo de recompra 13 0 0 0 0

Derivados de cobertura 14 0 0 0 0

Activos não correntes detidos para venda 15 8 7.210.548 2.059.525 5.151.022 6.528.351

Propriedades de investimento 16 0 0 0 0

Outros activos tangíveis 17 9 8.666.100 4.588.144 4.077.957 4.180.036

Activos intangíveis 18 10 299.966 264.243 35.723 7.527

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos19 11 1.242.862 4.071 1.238.791 1.238.791

Activos por impostos correntes 20 0 0 0 0

Activos por impostos diferidos 20 12 4.794.962 0 4.794.962 3.734.109

Outros activos 21 13 599.402 297.432 301.970 330.181

Total de Activo 429.713.389 30.540.146 399.173.244 390.697.243

Ano Ano anterio r

PassivoRecursos de bancos centrais 0 0

Passivos financeiros detidos para negociação 0 0

Recursos de outras instituições de crédito 25 14 14.336 30.204

Recursos de clientes e outros empréstimos 26 15 344.606.218 338.155.207

Responsabilidades representadas por títulos 0 0

Passivos financeiros associados a activos transferidos 0 0

Derivados de cobertura 0 0

Passivos não correntes detidos para venda 0 0

Provisões 30 16 1.470.075 1.612.608

Passivos por impostos correntes 20 16 401.907 778.799

Passivos por impostos diferidos 20 16 21.102 21.667

Instrumentos representativos de capital 0 0

Outros passivos subordinados 0 0

Outros passivos 33 17 1.984.234 1.836.551

Total de Passivo 348.497.872 342.435.035

CapitalCapital 35 18 33.904.070 32.221.045

Prémios de emissão 0 0

Outros instrumentos de capital 0 0

Reservas de reavaliação 36 18 368.438 525.437

Outras reservas e resultados transitados 36 18 13.715.769 13.163.744

Acções próprias 0 0

Resultado do exercício 36 18 2.687.095 2.351.981

Dividendos antecipados 0 0

Total de Capital 50.675.372 48.262.207

Total de Passivo + Capital 399.173.244 390.697.243

Ano Ano anterio r

Pro memoriaCaixa e disponibilidades face ao Banco de Portugal 5.285.791 4.859.640

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito no país 87.023.778 72.129.854

Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 0 0

Crédito vencido 26.678.577 18.666.908

Recursos do Banco de Portugal 0 0

Recursos de instituições de crédito no país 0 0

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 0 0

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEJoão da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 55555555

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, C.R.L.

Sede: Rua Santos Bernardes, 16 A, 2560 362 Torres Vedras

Capital Social: 26 534 505 euros (variável)

Matriculado na conservatória do Registo Comercial de Torres Vedras sob o nº 501130322

Contribuinte nº 501 130 322

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS - Modelo IV

Ano: 2015

Base de reporte: Individual - NCA Mês: Dezembro Valores em Euros

No tas A no Ano ante rio r

Juros e rendimentos similares 21 17.563.168 18.616.142

Juros e encargos similares 22 3.003.730 6.466.883

Margem financeira 14.559.438 12.149.259

Rendimentos de instrumentos de capital 23 14.523 14.703

Rendimentos de serviços e comissões 24 1.001.280 996.471

Encargos com serviços e comissões 25 -476.363 -465.115

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) 0 0

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 0 0

Resultados de reavaliação cambial (líquido) 26 4.240 9.109

Resultados de alienação de outros activos 27 -21 -1.019

Outros resultados de exploração 28 190.006 39.195

Produto bancário 15.293.103 12.742.602

Custos com pessoal 29 3.061.979 3.127.269

Gastos gerais administrativos 30 1.625.523 1.578.477

Depreciações e amortizações 31 213.986 203.009

Provisões líquidas de reposições e anulações 16 -169.178 -80.362

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)16 6.406.980 3.449.058

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 0 0

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 16 583.032 923.939

Resultado antes de impostos 3.570.781 3.541.212

Impostos 883.686 1.189.231

Correntes 12 1.944.204 1.748.709

Diferidos 12 -1.060.517 -559.477

Resultado após impostos 2.687.095 2.351.981

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas 83.546 92.911

Resultado líquido do exercício 2.687.095 2.351.981

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADEJoão da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 56565656

Ano: 2015

Base de reporte:Individual Mês: DEZEMBRO Valores em Euros

Ano Ano anterio r

31-12-2015 30-12-2014

Fluxos de caixa das actividades operacionaisRecebimento de juros e comissões 18.564.448 19.612.613

Pagamento de juros e comissões -3.480.092 -6.931.998

Pagamentos ao pessoal e fornecedores -4.687.502 -4.705.746

Contribuições para o fundo de pensões 0 0

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento -883.686 -1.189.232

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 194.246 48.304

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 9.707.413 6.833.941

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV 0 0

Activos disponíveis para venda 0 0

Aplicações em instituições de crédito -3.757.235 5.246.709

Crédito a clientes -3.792.434 -7.794.376

Investimentos detidos até à maturidade 3.947.966 30.243.789

Derivados de cobertura 0 0

Activos não correntes detidos para venda -800.486 -80.000

Outros activos 1.032.662 -203.056

(_) 0 0

-3.369.527 27.413.066

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura 0 0

Recursos de outras instituições de crédito -15.868 20.468

Recursos de clientes e outros empréstimos 6.451.011 16.310.267

Outros passivos -203.128 824.113

(_) 0 0

6.232.014 17.154.849

Caixa líquida das actividades operacionais 19.308.954 -3.424.277

Fluxos de caixa de actividades de investimentoVariação de activos tangíveis e intangíveis 140.103 56.144

Recebimento de dividendos -14.523 -14.703

Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 6.190 0

(_) 0 0

Caixa líquida das actividades de investimento 131.770 41.441

Fluxos de caixa das actividades de financiamentoAumento de capital 1.683.025 1.637.530

Diminuição de capital -157.000 58.785

Pagamento de dividendos 0 0

Variação de passivos subordinados 0 0

Variação das Rerservas -1.799.955 -1.775.809

Caixa líquida das actividades de financiamento -273.930 -79.494

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes 18.903.255 -3.545.212

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 13.149.196 17.517.306

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 32.052.450 13.972.095

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Demonstrações Financeiras

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE

João da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE

João da Silva Marques

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

José Agostinho de Oliveira AlvesAntónio de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. GuerreiroJoão Manuel da Cruz Couto

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 57575757

2015 2014

Resultado individual 2.679.908 2.351.981

Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 0 0

Impacto fiscal 0 0

Transferência para resultados por alienação 0 0

Impacto fiscal 0 0

Pensões - regime transitório -1.949 -1.949

Outros movimentos -69.138 -70.000

Total Outro rendimento integral do exercício -71.087 -71.949

Rendimento integral individual 2.608.821 2.280.032

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

João da Silva Marques José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro

João Manuel da Cruz Couto

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

(Montantes expressos em Euros)

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. Pág.Pág.Pág.Pág. 58585858

Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado do

IAS/IFRS Capital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 30.583.515 0 466.653 12.694.744 -71.259 12.623.484 2.316.068 45.983.644

Reservas de Reavaliação/ Alteração de politicas contabilisticas 0 -71.268 -71.268

Transferência para reservas 450.009 450.009 -450.000 9

Incorporação em Capital 1.632.600 0 -1.632.600 0

Aumento de capital por entrada de novos sócios 7.000 0 7.000

Pedidos de exoneração -2.070 -2.070

Reembolso de capital 0 0

Reservas resultantes da valorização de activos financeiros disponiveis para venda 58.785 0 58.785

Reservas por Impostos Diferidos 0 0

Reservas para Formação e Educação Cooperativa 25.000 25.000 -25.000 0

Reservas para Mutualismo 25.000 25.000 -25.000 0

Reserva Especial por Gratificação por Aplicação de Resultados 0 0 0

Reserva para reforço de benefícios 42.200 42.200 -112.200 -70.000

Diferenças resultantes da alteração de politícas contabilísticas -1.949 -1.949 -1.949

Responsabilidades com pensões IAS 19 0 0

Encargos com saúde IAS 19 0 0

Resultado líquido do exercício de 2013 0 2.351.981 2.351.981

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 32.221.045 0 525.437 13.236.953 -73.208 13.163.743 2.351.981 48.256.131

Reservas de Reavaliação/ Alteração de politicas contabilisticas 0 -71.268 -71.268

Transferência para reservas 440.010 440.010 -450.000 -9.990

Incorporação em Capital 1.680.700 0 -1.673.513 7.187

Aumento de capital por entrada de novos sócios 3.900 0 3.900

Pedidos de exoneração -1.575 -1.575

Reembolso de capital 0 0

Reservas resultantes da valorização de activos financeiros disponiveis para venda -157.000 0 -157.000

Reservas por Impostos Diferidos 0 0

Reservas para Formação e Educação Cooperativa 25.000 25.000 -25.000 0

Reservas para Mutualismo 20.000 20.000 -20.000 0

Reserva Especial por Gratificação por Aplicação de Resultados 0 0 0

Reserva para reforço de benefícios 43.062 43.062 -112.200 -69.138

Diferenças resultantes da alteração de politícas contabilísticas 23.953 23.953 23.953

Responsabilidades com pensões IAS 19 0 0

Encargos com saúde IAS 19 0 0

Resultado líquido do exercício de 2011 0 2.687.095 2.687.095

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 33.904.070 0 368.438 13.765.025 -49.255 13.715.769 2.687.095 50.669.296

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio José dos Santos

João da Silva Marques José Agostinho de Oliveira Alves

António de Oliveira Dias

Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro

João Manuel da Cruz Couto

Outras Reservas e resultados transitados

Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EXERCÍCIO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 58

ANEXO NOTA 1 – NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras (adiante designada por CCAMTV) foi constituída em 5 de Junho de 1915, é uma instituição de crédito sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM), aprovado pelo Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho, tendo também obtido autorização para a prática de operações de crédito com não associados (nos termos do nº 2 do art.º 28º do RJCAM) e para a concessão de crédito para fins não agrícolas (nos termos do nº 6 do art.º 36º-A do RJCAM), nos limites e condições previstos no Aviso nº 6/99 e na Instrução nº 15/2009, do Banco de Portugal.

A CCAMTV fez parte do “Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo” (SICAM), tendo o Banco de Portugal comunicado em 20 de Março de 2001 a autorização da exoneração.

A CCAMTV opera uma rede de 16 balcões, distribuídos pelo concelho de Torres Vedras.

NOTA 2 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

A) Bases de Apresentação

Para períodos até 31 de Dezembro de 2005, inclusive, as demonstrações financeiras da CCAM, foram preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de Contas para o Sistema Bancário (“PCSB”) e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação portuguesa através do Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro, as demonstrações financeiras da CCAM passaram a ser preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definidas pelo Banco de Portugal, no Aviso nº1/2005, de 21 de Fevereiro.

Em consequência, para as matérias reguladas no Aviso nº1/2005 e nos Avisos que determinam o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões, não são aplicáveis as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, sendo estas aplicáveis às restantes matérias.

As matérias reguladas no Aviso nº1/2005 são, em síntese, as seguintes:

AA..11 -- CCRRÉÉDDIITTOO AA CCLLIIEENNTTEESS EE VVAALLOORREESS AA RREECCEEBBEERR DDEE OOUUTTRROOSS DDEEVVEEDDOORREESS

Entende-se por crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e contas a receber) os ativos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor, abrangendo a atividade típica da concessão de crédito a clientes, bem como as posições credoras resultantes de operações com terceiros realizadas no âmbito da atividade da instituição e exclui as operações com instituições de crédito.

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ANEXO AS CONTAS Pág. 59

Na valorimetria dos créditos a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e contas a receber), é observado o seguinte:

a) Na data do reconhecimento inicial, os ativos financeiros são registados pelo valor nominal, não podendo, quer nessa data quer em data de reconhecimento subsequente, ser incluídos em reclassificações para as restantes categorias de ativos financeiros;

b) A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados;

c) Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo a regra pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês;

d) Sempre que aplicável as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria são, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo a regra da alínea anterior;

e) Os créditos e valores a receber de outros devedores são objeto de correção de acordo com o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões para risco específico, conforme determina o Banco de Portugal no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, o qual foi alterado pelos Avisos n.º 2/99, n.º 3/99, n.º 7/2000, n.º 8/2003, n.º 9/2003 e n.º 3/2005 todos do Banco de Portugal;

f) Para efeitos da provisão para risco específico os créditos e juros vencidos são classificados por classe de risco, classes I a XII, de 3 a 60 meses, conforme Instrução do Banco de Portugal nº 6/2005, de 21 de Fevereiro. As prestações vencidas e não cobradas relativas a um mesmo contrato são consideradas na classe de risco da que se encontra por cobrar há mais tempo;

g) A provisão para risco específico varia até atingir 100%, sendo que esta cobertura pode ser atingida na classe V ou na classe XII, consoante a natureza do crédito e a garantia adstrita;

h) São também provisionados os créditos de cobrança duvidosa correspondentes a prestações vencidas de uma mesma operação de crédito, nas condições do nº 4º do Aviso nº3/95 do Banco de Portugal;

i) São ainda constituídas provisões genéricas para o total do crédito em carteira, incluindo o representado por aceites, garantias, compromissos irrevogáveis e outros instrumentos de natureza análoga, abatido do sujeito a provisões específicas. As provisões genéricas variam entre 0,5% e 1,5% dos créditos.

AA..22 -- RREESSTTAANNTTEESS AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS

No âmbito da valorização (e cálculo da imparidade) dos restantes ativos financeiros é considerado o quadro mínimo de referência estabelecido no Aviso nº3/95 e na Instrução nº7/2005, 28 de Fevereiro, do Banco de Portugal.

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ANEXO AS CONTAS Pág. 60

AA..33 -- AATTIIVVOOSS TTAANNGGÍÍVVEEIISS

Os ativos tangíveis são mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias daí resultantes serão incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta “Reservas legais de reavaliação”.

AA..44 –– BBEENNEEFFÍÍCCIIOOSS AAOOSS EEMMPPRREEGGAADDOOSS

É previsto o estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS poderia ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011. Posteriormente o aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados por mais três anos.

B) Principais políticas contabilísticas

BB11 –– CCRRÉÉDDIITTOO AA CCLLIIEENNTTEESS

O crédito a clientes (e os valores a receber de outros devedores) é registado de acordo com os critérios acima referidos nas bases de apresentação.

As comissões e outros ganhos e perdas associadas às operações de crédito, por se considerarem imateriais, são diretamente reconhecidos em resultados do exercício.

A anulação contabilística de créditos é feita por utilização das provisões para crédito vencido quando estas correspondam a 100% do valor do crédito.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As garantias prestadas emitidas pela CCAM, são passivos eventuais uma vez que garantem o cumprimento perante terceiros das obrigações dos seus clientes no caso de estes falharem os compromissos assumidos. Os compromissos irrevogáveis, na generalidade, são acordos contratuais de curto prazo para utilização de linhas de crédito que geralmente têm associado prazos fixos, ou outras cláusulas de expiração, e requerem o pagamento de uma comissão. Os compromissos da CCAM com linhas de crédito estão na sua maioria condicionados à manutenção pelo cliente de determinados parâmetros, à data de utilização dessa facilidade. As garantias prestadas e os compromissos irrevogáveis são reconhecidos pelo valor em risco, sendo as comissões ou juros associados a estas operações registados em resultados ao longo da sua vida.

BB22 –– AATTIIVVOOSS EE PPAASSSSIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos no Balanço na data de negociação ou contratação, salvo exceções de carácter contratual, legal ou regulamentar.

No momento inicial são reconhecidos ao justo valor acrescido dos custos de

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ANEXO AS CONTAS Pág. 61

transação diretamente atribuíveis, com exceção dos ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados, em que os custos de transação são de imediato reconhecidos em resultados.

BB22..11 -- AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS DDEE NNEEGGOOCCIIAAÇÇÃÃOO OOUU RREECCOONNHHEECCIIDDOOSS AAOO JJUUSSTTOO VVAALLOORR EEMM

RREESSUULLTTAADDOOSS EE PPAASSSSIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS DDEE NNEEGGOOCCIIAAÇÇÃÃOO

Estas rubricas incluem os ativos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo.

A CCAM regista nesta rubrica os títulos de rendimento fixo ou de rendimento variável transacionados em mercados ativos classificados como de negociação.

Estes ativos e passivos financeiros são avaliados ao justo valor, com os custos e proveitos associados às transações registados em resultados, os ganhos e perdas resultantes das alterações do justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros corridos e não cobrados das obrigações e outros títulos de rendimento fixo são reconhecidos no valor de Balanço.

BB22..22 -- AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS DDIISSPPOONNÍÍVVEEIISS PPAARRAA VVEENNDDAA

Esta rubrica inclui os ativos financeiros não derivados que sejam designados como disponíveis para venda ou não sejam classificados como empréstimos concedidos ou contas a receber, investimentos detidos até à maturidade ou ativos financeiros pelo justo valor através da conta de resultados (i.e. instrumentos financeiros de negociação).

A CCAM regista nesta rubrica os títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação ou de crédito e os títulos de rendimento variável disponíveis para venda.

Os ativos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os respetivos ganhos e perdas são reconhecidos diretamente nos capitais próprios na rubrica “reservas de reavaliação de justo valor” (exceto no caso de perdas de imparidade) até que o ativo seja vendido. Nesse momento o ganho ou perda anteriormente reconhecida no capital próprio é revertido para resultados.

Os juros corridos de obrigações e de outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados de acordo com o método da taxa de juro efetiva.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

BB22..33 –– IINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOSS DDEETTIIDDOOSS AATTÉÉ ÀÀ MMAATTUURRIIDDAADDEE

Esta categoria inclui os ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada que uma entidade tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade, sendo mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo.

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ANEXO AS CONTAS Pág. 62

Os ativos financeiros não são classificados como detidos até à maturidade se a entidade tiver, durante o ano financeiro corrente ou durante os dois anos financeiros precedentes, vendido ou reclassificado mais do que uma quantia insignificante de investimentos detidos até à maturidade antes da maturidade (mais do que insignificante em relação à quantia total dos investimentos detidos até à maturidade) que não seja por vendas ou reclassificações que:

(i) estejam tão próximas da maturidade ou da data de compra do ativo financeiro (por exemplo, menos de três meses antes da maturidade) que as alterações na taxa de juro do mercado não teriam um efeito significativo no justo valor do ativo financeiro;

(ii) ocorram depois de se ter substancialmente recebido todo o capital original do ativo financeiro através de pagamentos escalonados ou de pré-pagamentos; ou

(iii) sejam atribuíveis a um acontecimento isolado que esteja fora do controlo da entidade, não seja recorrente e não pudesse ter sido razoavelmente previsto.

O custo amortizado de um ativo financeiro ou de um passivo financeiro é a quantia pela qual o ativo financeiro ou o passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa usando o método do juro efetivo de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia na maturidade, e menos qualquer redução (diretamente ou por meio do uso de uma conta de abatimento) quanto à imparidade ou incobrabilidade.

BB22..44 –– IIMMPPAARRIIDDAADDEE EEMM AATTIIVVOOSS FFIINNAANNCCEEIIRROOSS

A CCAM efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido no ponto A1.

Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência diretamente de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas

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ANEXO AS CONTAS Pág. 63

em resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

BB33 –– AATTIIVVOOSS NNÃÃOO CCOORRRREENNTTEESS DDEETTIIDDOOSS PPAARRAA VVEENNDDAA

Os ativos não correntes detidos para venda são aqui classificados quando se prevê que o seu valor de Balanço seja recuperado através de alienação. A sua valorização deve ser efetuada ao menor dos valores entre o custo de aquisição e o valor de avaliação periódica; caso exista uma perda por imparidade, na avaliação inicial ou subsequente esta deve ser registada em resultados. As mais-valias potenciais não são reconhecidas no Balanço. Estes ativos não são objeto de qualquer amortização.

Esta rubrica inclui imóveis, equipamento e outros bens recebidos em dação em cumprimento, ou adquiridos em praça, que passaram à posse da CCAM para regularização de crédito concedido.

BB44 –– AATTIIVVOOSS TTAANNGGÍÍVVEEIISS

Os ativos tangíveis são registados ao custo de aquisição e a respetiva depreciação é calculada segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, aplicado ao custo histórico, às taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que se considera não diferirem substancialmente da vida útil estimada dos bens:

Número de anos Imóveis 50 Beneficiações em imóveis arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 12 Viaturas 4

As Beneficiações em edifícios arrendados são amortizadas em 10 anos, dado ser este o período que se considera refletir de forma mais aproximada a vida útil desses investimentos.

BB55 –– AATTIIVVOOSS IINNTTAANNGGÍÍVVEEIISS

Os ativos intangíveis são compostos, essencialmente, por aquisição de software (sistemas de tratamento automático de dados) e outros ativos intangíveis, cujo impacto se repercute para além do exercício em que são gerados. Estes ativos são amortizados no período de 3 anos pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com o critério fiscal aplicável.

BB66 –– OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS

Esta rubrica residual inclui todos os ativos não enquadrados em outras rubricas, não existindo uma valorimetria específica; é observado o princípio definido na Instrução nº7/2005 de que os ativos não financeiros estão em imparidade quando a sua quantia

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 64

escriturada excede a quantia recuperável.

BB77 –– DDEEPPÓÓSSIITTOOSS EE OOUUTTRROOSS RREECCUURRSSOOSS

Os depósitos e recursos financeiros de clientes e instituições de crédito são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva.

A taxa de juro efetiva resulta do desconto dos pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do passivo financeiro para o valor líquido atual de Balanço. O cálculo inclui as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios ou descontos diretamente relacionados com a transação.

As comissões e outros ganhos e perdas associadas aos depósitos e outros recursos, por se considerarem imateriais, são diretamente reconhecidas em resultados do exercício.

BB88 --PPRROOVVIISSÕÕEESS PPAARRAA OOUUTTRROOSS RRIISSCCOOSS EE EENNCCAARRGGOOSS

Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente, processos judiciais e outras perdas expectáveis decorrentes da atividade. O seu reconhecimento efetua-se sempre que exista uma obrigação presente, legal ou construtiva, seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

BB99-- IIMMPPOOSSTTOOSS SSOOBBRREE OOSS LLUUCCRROOSS

O encargo do exercício com impostos sobre os lucros, para a CCAM, é calculado tendo em consideração o disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e os incentivos e benefícios fiscais aplicáveis à Instituição.

Os impostos diferidos ativos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros, resultante de diferenças temporárias entre o valor de um ativo ou passivo no Balanço e a sua base tributável.

Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos diferidos ativos.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja expectável existirem lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis.

As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da CCAM durante um período de quatro anos, podendo por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios ainda suscetíveis de revisão.

BB1100-- RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE CCOOMM PPEENNSSÕÕEESS EE OOUUTTRROOSS BBEENNEEFFÍÍCCIIOOSS AA EEMMPPRREEGGAADDOOSS

BB1100..11 –– FFUUNNDDOO DDEE PPEENNSSÕÕEESS

Face às responsabilidades assumidas para com os seus funcionários, a CCAM aderiu

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 65

ao Fundo de Pensões do Crédito Agrícola Mútuo que se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social, relativamente à totalidade do seu pessoal abrangido pelo Acordo Coletivo de Trabalho Vertical das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ACT), sendo esses complementos calculados, por referência ao ACT, de acordo com: (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma; (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo; (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

De acordo com os estatutos da CCAM, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira,

considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V do ACT na atribuição das

pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de

Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a

considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a

considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT.

A Caixa Agrícola regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela entidade gestora do Fundo para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 66

financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. Posteriormente o aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados por mais três anos, entre 8 e 10 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19.

BB1100..22 –– PPRRÉÉMMIIOOSS DDEE AANNTTIIGGUUIIDDAADDEE

No termos do ACT a CCAM assumiu a responsabilidade de pagar aos seus empregados no ativo que completem os quinze, vinte e cinco e trinta anos de serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respetivamente, a um, dois e três meses de remuneração mensal no ano de atribuição.

No exercício de 2006 a CCAM entendeu reconhecer em Outros Passivos por contrapartida de Resultados Transitados, tendo por base o histórico de permanência do seu quadro de pessoal, as responsabilidades máximas estimadas a 31 de Dezembro de 2006 que ascendiam ao montante de 272.848,23 euros.

De acordo com a Carta Circular 12/06/DSBDR de 20 de Janeiro de 2006 a CCAM reconheceu o acréscimo no exercício daquelas responsabilidades, mantendo consistentemente o mesmo reconhecimento para os exercícios posteriores.

BB1111 –– CCAAPPIITTAALL

Nos termos do artº14º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM) o Capital Social das CCAM é variável não podendo ser inferior a um mínimo fixado por portaria do Ministério das Finanças (i.e. € 7.500.000, Portaria 312/2010); prevê ainda um capital mínimo a subscrever em títulos de capital por cada associado (i.e. € 500 art. 15º do Regime Jurídico do Credito Agrícola Mútuo).

O capital pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos termos do artº17º do RJCAM e restantes condições estatutárias.

BB1122 -- FFUUNNDDOO DDEE GGAARRAANNTTIIAA DDEE DDEEPPÓÓSSIITTOOSS

Na sequência da exoneração do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) a CCAM aderiu ao Fundo de Garantia de Depósitos. Este foi constituído em Novembro de 1994 com o objetivo de garantir o reembolso de depósitos constituídos nas instituições de crédito aderentes. A CCAM suportou em 2001 uma contribuição inicial de 50.000,00 euros, reconhecida como custo do exercício, anualmente é devida uma contribuição para aquele fundo.

Em 2014, a taxa contributiva de base aplicável foi de 0,03% (a taxa efetiva aplicável a CCAM foi de 0,03%), tendo a respetiva contribuição de € 69.738,10 foi reconhecida em custo do exercício.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 67

BB1133 -- EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDOOSS EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS

A CCAM segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras, nomeadamente no que se refere ao reconhecimento contabilístico dos juros das operações ativas e passivas que são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança.

BB1144 –– OOPPEERRAAÇÇÕÕEESS EEMM MMOOEEDDAA EESSTTRRAANNGGEEIIRRAA

A compra e a venda de notas e moedas estrangeiras são convertidas para euros com base no câmbio médio à vista de referência à data de 31 de Dezembro de 2015, divulgados pelo Banco Central Europeu e pelo Banco de Portugal. As restantes operações em moeda estrangeira são realizadas por uma instituição bancária em regime de comissão (prestação de serviços).

BB1155 –– PPAARRTTIICCIIPPAAÇÇÕÕEESS FFIINNAANNCCEEIIRRAASS EEMM EEMMPPRREESSAASS FFIILLIIAAIISS EE AASSSSOOCCIIAADDAASS

As participações financeiras podem ser consideradas empresas filiais, sempre que a CCAM detém o controlo ou o poder para o controlo da gestão da entidade, ou empresas associadas, aquelas em que a CCAM exerce direta ou indiretamente uma influência significativa sobre a sua gestão mas não detém o controlo da empresa. Presume-se que existe influência significativa quando a participação no capital é superior a 20%.

NNOOTTAA 33 –– CCAAIIXXAA EE DDIISSPPOONNIIBBIILLIIDDAADDEESS EEMM BBAANNCCOOSS CCEENNTTRRAAIISS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2015 31-12-2014

Caixa Depósitos à Ordem em Bancos Centrais 100 Caixa 1.530.120 1.504.084

101 Depósitos a Ordem no Banco de Portugal 3.755.670 3.355.556

5.285.791 4.859.640

A rubrica Depósitos à Ordem em Bancos Centrais – Banco de Portugal inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm por objetivo satisfazer os requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas de caixa.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 68

NNOOTTAA 44 –– DDIISSPPOONNIIBBIILLIIDDAADDEESS EEMM OOUUTTRRAASS IINNSSTTIITTUUIIÇÇÕÕEESS DDEE CCRRÉÉDDIITTOO O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Disponibilidade em Outras Instituições de Crédito no País

1100 Depósitos à ordem 25.924.178 7.498.743

1101 Cheques a Cobrar 840.906 788.451 3301 Juros Dispon.Outras Instituições Crédito 1.576 2.362

26.766.659 8.289.556

NNOOTTAA 55 –– AAPPLLIICCAAÇÇÕÕEESS EEMM IINNSSTTIITTUUIIÇÇÕÕEESS DDEE CCRRÉÉDDIITTOO O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Aplicações em Instituições de Crédito no País 13012 Depósitos 60.258.694 63.842.661

Juros e Rendimentos Similares

3303 Juros de Aplicações em Instituições de Crédito 324.427 497.696

60.583.121 64.340.357

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 69

NNOOTTAA 66 –– CCRRÉÉDDIITTOO AA CCLLIIEENNTTEESS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2015 31-12-2014

Credito Interno + Juros Empresas e Administrações Publicas

140000 Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeitos 1.850.820 1.982.208

140001 Empréstimos 51.842.263 60.342.223

140002 Créditos em Conta Corrente 20.135.000 20.410.000

140003 Descobertos em Depósitos a Ordem 20.398 7.169

Particulares 140010 Habitação 22.471.944 23.749.972

140011 Consumo 2.046.431 1.618.569

1400140 Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeito 98.952 363.746

1400141 Empréstimos 25.260.613 26.929.538

1400142 Créditos em Conta Corrente 8.345.000 9.305.000

1400143 Descobertos em Depósitos a Ordem 13.083 10.327

132.084.504

144.718.751

Credito e Juros Vencidos Empresas e Administrações Publicas 1510000 Capital 20.895.187 13.851.302

Particulares 1510010 Habitação 948.851 897.926

1510011 Consumo 58.850 20.082

15100140 Capital 4.764.007 3.792.479

158 Juros Vencidos

11.682 105.120

26.678.577

18.666.908

Juros de Crédito a Clientes Empresas e Administrações Publicas 33040001 Empréstimos 99.795 148.963

Particulares 33040010 Habitação 25.825 28.943

33040011 Consumo 7.064 6.078

330400180 Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeito 55 55

330400181 Empréstimos 46.206 52.573

178.944

236.612

Receitas com Rendimento Diferido 53880 Descobertos em Depósitos a Ordem -25.555 -35.103

-25.555

-35.103

CREDITO A CLIENTES - TOTAL

158.916.471

163.587.169

Provisões Acumuladas 3700 Para Crédito de Cobrança Duvidosa -1.171.920 -893.712

3701 Para Crédito Vencido -22.154.811 -16.904.302

-23.326.731

-17.798.015

135.589.741 145.789.154

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 70

NNOOTTAA 77 –– IINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOSS DDEETTIIDDOOSS AATTÉÉ ÀÀ MMAATTUURRIIDDAADDEE

31-12-2015 31-12-2014

2200 Títulos detidos até à maturidade 155.347.507 151.399.541

155.347.507 151.399.541

Os investimentos detidos até à maturidade apresentaram um crescimento de 3,9

milhões de euros que se decompõem da seguinte forma:

TITULOS

INVESTIMENTO Valor

Contabilístico QUANTIDADE

Preço Mercado

VALOR DE MERCADO

MATURIDADE

2200001 Obrig.Tesouro -Millenium 9.911.806 10.000.000 1,033 10.328.000,00 OT - 2,875% 13-out-2025

2200002 Obrig.Tesouro -Millenium 15.475.625 15.000.000 1,089 16.335.000,00 OT - 3,875% 14-abr-2030

2200003 Obrig.Tesouro -Millenium 11.814.709 11.900.000 1,128 13.422.010,00 OT - 3,85% 15-abr-2021

2200004 Obrig.Tesouro -Millenium 51.612.392 52.950.000 1,163 61.554.375,00 OT - 4,80% 15-jun-2020

2200006 Obrig.Tesouro -Millenium 22.099.825 23.400.000 1,033 24.171.030,00 OT - 4,2% 15-out-2016

2200007 Obrig.Tesouro -Millenium 8.360.166 8.000.000 1,008 8.060.720,00 OT - 6,4% 15-fev-2016

2200008 Obrig.Tesouro -Millenium 11.104.430 11.625.000 1,076 12.511.987,50 OT - 4,35% 16-out-2017

2200009 Obrig.Tesouro -Millenium 24.968.554 26.000.000 1,105 28.717.000,00 OT - 4,45% 15-jun-2018

Total Conta 22 155.347.507 148.875.000 164.772.122,50

NNOOTTAA 88 –– AATTIIVVOOSS NNÃÃOO CCOORRRREENNTTEESS DDEETTIIDDOOSS PPAARRAA VVEENNDDAA O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Ativos Não Correntes Detidos para Venda 2500 Imoveis 7.210.548 8.587.541

Provisões para Imparidade - Ativos Não Financeiros 3580 Ativos Não Correntes Detidos para Venda -2.059.525 -2.059.190

5.151.022 6.528.351

O movimento ocorrido nas provisões desta rubrica:

31-12-2015 31-12-2014

Saldo Inicial

2.059.190 1.610.630

Dotações 944.363 944.363

Utilizações 944.028 495.803

Reversões 0 0

Saldo Final 2.059.525 2.059.190

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 71

NNOOTTAA 99 –– OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS TTAANNGGÍÍVVEEIISS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2015 31-12-2014

Imóveis 2700 De Serviço Próprio 5.676.238 5.676.238

2701 Obras em Imoveis Arrendados 0 0

Equipamento 2710 Mobiliário e Material 476.005 472.307

2711 Máquinas e Ferramentas 621.352 649.412

2712 Equipamento Informático 928.051 905.432

2713 Instalações Interiores 82.964 88.280

2714 Material Transporte 344.369 344.369

2715 Equipamento Segurança 530.120 558.914

2718 Outro Equipamento 707 707

Outros Ativos Tangíveis Diversos

2780 Património Artístico 6.294 6.294

ACTIVOS TANGÍVEIS - TOTAL

8.666.100

8.701.953

Amortizações Acumuladas 360 Ativos Tangíveis -4.588.144 -4.521.917

4.077.957 4.180.036

O movimento ocorrido nesta rubrica:

Imóveis Equipamento

Outros Ativos Tangíveis

Total

Saldo Líquido a 31-12-2014

3.879.534

294.208 6.294

4.180.036

Compras 0 103.264 0 103.264

Abates / Vendas

Amortizações do Exercício -98.363 -106.980 0 -205.343

Transferências

Saldo a 31-12-2015 3.781.171 290.492 6.294 4.077.957

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 72

NNOOTTAA 1100 –– AATTIIVVOOSS IINNTTAANNGGÍÍVVEEIISS Esta rubrica decompõe-se como segue:

31-12-2015 31-12-2014

Outros ativos Intangíveis 29 Outros Ativos Intangíveis 299.966 263.127

Amortizações Acumuladas 361 Ativos Intangíveis -264.243 -255.601

35.723 7.527

NNOOTTAA 1111 –– IINNVVEESSTTIIMMEENNTTOOSS EEMM FFIILLIIAAIISS,, AASSSSOOCCIIAADDAASS EE EEMMPPRREEEENNDDIIMMEENNTTOOSS CCOONNJJUUNNTTOOSS Natureza e espécie Valor de Valor de

Balanço Balanço

Conta 31-12-2015 31-12-2014

Investimentos em Associadas

241010 Em Uniões Regionais (FERECC) 5 5

241011 SIBS 1.217.281 1.217.281 241012 Rural Informática, S.A. 24.276 24.276 241013 Rural Seguros 50 50

241015 AGRIMUTUO, FCRL 1.250 1.250

35701 Provisões para imparidade acumuladas -4.071 -4.071

Total............................................................

1.238.791 1.238.791

NNOOTTAA 1122 –– IIMMPPOOSSTTOO SSOOBBRREE OO RREENNDDIIMMEENNTTOO Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 eram os seguintes: 31-12-2015 31-12-2014

Ativos por impostos diferidos 30000 IRC a Recuperar 0

0

Por diferenças temporárias 30100 Em Ativos 4.457.182 3.395.875 30101 Em Passivos 337.780 338.235

4.794.962

3.734.109

Passivos por impostos correntes 4900 Imposto sobre o rendimento a pagar 401.907

778.799

Passivos por impostos diferidos

491 Por diferenças temporárias 21.102

21.667

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 73

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: 31-12-2015 31-12-2014

650 Impostos correntes 1.944.204

1.748.709

651 Insuficiência/excesso de Estimativa p/Impostos s/Lucros 900 0

Impostos diferidos 74-86 Registo e reversão de diferenças temporárias -1.061.417 -559.477

(1.060.517)

(559.477)

Total de impostos reconhecidos em resultados 883.686 1.189.231

Lucro antes de impostos 3.570.781 3.541.212

Carga fiscal 24,75% 33,58%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções. Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras. NNOOTTAA 1133 –– OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2015 31-12-2014

Outras Disponibilidades 120 Sobre Residentes 3.174 3.332

Devedores e Outras Aplicações 31 Outros Devedores Diversos 320.943 369.088

Outros Ativos

321 Outros Metais Preciosos, Numismática e Meda. 21.612 21.612

Outros Juros e Rendimentos Similares 33080 De Compromissos 9.560 18.918

Devedores com Encargos Diferido 348 Outros Despesas com Encargo Diferido 74.443 131.234

Outras Contas de Regularização 54 Outras Contas a Regularizar 169.670 94.880

Devedores, Outras Aplicações e Outros Ativos

3584 Devedores -297.432 -308.883

301.970 330.181

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 74

NNOOTTAA 1144 –– RREECCUURRSSOOSS DDEE OOUUTTRRAASS IINNSSTTIITTUUIIÇÇÕÕEESS DDEE CCRRÉÉDDIITTOO Esta rubrica decompõe-se como segue:

31-12-2015 31-12-2014

Recursos de Outras Instituições de Crédito 39 Recursos de Outras Instituições de Crédito 14.336 30.204

14.336 30.204

NNOOTTAA 1155 –– RREECCUURRSSOOSS DDEE CCLLIIEENNTTEESS EE OOUUTTRROOSS EEMMPPRRÉÉSSTTIIMMOOSS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2015 31-12-2014

Depósitos de Residentes Do Sector Publico Administrativo 400000 Depósitos à Ordem 858.196 550.369

400002 Depósitos a Prazo 884.201 1.202.240

De Emigrantes 400010 Depósitos à Ordem 0 53.106

400012 Depósitos a Prazo 0 349.281

De Outros Residentes 400020 Depósitos à Ordem 81.828.005 71.707.876

400022 Depósitos a Prazo 241.436.932 242.004.287

Depósitos de Poupança 4000230 Poupança Reformado 18.541.279 19.786.073

4000231 Poupança Outros 70.066 68.983 Outros Recursos de Clientes

4080 Cheques e Ordens a Pagar 35.536 49.850 Encargos a Pagar

Do Sector Publico Administrativo 52020000 Depósitos à Ordem 0 21

52020002 Depósitos a Prazo 914 3.074

De Emigrantes 52020012 Depósitos a Prazo 0 2.957

De Outros Residentes 52020020 Depósitos à Ordem 225 3.239

52020022 Depósitos a Prazo 928.966 2.297.011

Depósitos de Poupança 520200230 Poupança Reformado 21.793 76.521

520200231 Poupança Outros 106 320

344.606.218 338.155.207

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 75

NNOOTTAA 1166 –– PPRROOVVIISSÕÕEESS O valor desta rubrica é composto por:

RUBRICAS DE PROVISÕES

MOVIMENTO ACUMULADO DAS PROVISÕES

SALDO A DOTAÇÕES UTILIZAÇÕES

ANULAÇÕES E SALDO A

31-12-2014 REPOSIÇÕES 31-12-2015

PARA CRÉDITO DE COBRANÇA DUVIDOSA 893.712 1.677.148 1.398.941 1.171.920 PARA CRÉDITO VENCIDO 16.904.302 8.859.889 878.264 2.731.117 22.154.811 PARA RISCOS GERAIS DE CRÉDITO 1.612.608 66.337 208.870 1.470.075 PARA IMPARIDADE EM TÍTULOS E EM PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 4.071 0 0 4.071 PARA IMPARIDADE EM ACTIVOS NÃO FINANCEIROS 2.059.190 576.842 549.862 26.645 2.059.525 DEVEDORES E OUTRAS APLICAÇÕES 308.883 6.190 17.640 0 297.433

TOTAL 21.782.766 11.186.407 1.445.766 4.365.573 27.157.834

Provisões líquidas de reposições e anulações 31-12-2015 31-12-2014

781 PROVISOES PARA RISCOS GERAIS DE CREDITO 66.337 65.199

881 PROVISOES PARA RISCOS GERAIS DE CREDITO -208.870 -107.408

888 OUTRAS PROVISOES -26.645 -38.153

-169.178 -80.362

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores31-12-2015 31-12-2014

78000 CREDITO A CLIENTES N/REPRES.P/VALORES MOBILIARIOS 1.677.148 2.007.994

78010 CREDITO A CLIENTES N/REPRES.P/VALORES MOBILIARIOS 8.859.889 4.847.736

88000 CREDITO A CLIENTES N/REPRESE.P/VALORES MOBILIARIOS -1.398.941 -1.365.526

88010 CREDITO A CLIENTES N/REPRES.P/VALORES MOBILIARIOS -2.731.117 -2.041.147

6.406.980 3.449.058

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 31-12-2015 31-12-2014

769 ACTIVOS NAO FINANCEIROS

576.842 944.363

78012 Devedores e Outras Aplicações

6.190 30.676

878 ACTIVOS NAO FINANCEIROS

0 -51.100

583.032 923.939

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 76

NNOOTTAA 1177 –– OOUUTTRROOSS PPAASSSSIIVVOOSS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: 31-12-2015 31-12-2014

Despesas com Custo Diferido 50 Credores e Outros Recursos 1.781.138 1.557.188

500 Responsabilidades Totais - NOTA 32 Nº 5 1.781.138 1.557.188

501 VALOR PATRIMONIAL DO FUNDO DE PENSOES - NOTA 32 -1.702.132 -1.462.119

502 DESVIOS ACTUARIAIS 0 0 Credores e Outros Recursos

512 Recursos Diversos 31.504 116.125

513 Sector Publico Administrativo 187.888 311.751

514 Cobrança por Conta de Terceiros 3.650 4.008

516 Contribuições para Outros Sistemas Saúde 11.924 12.744

517 Credores Diversos 237.628 216.115

Encargos a Pagar 528 Outros Encargos a Pagar 647.997 670.779

Outras Contas de Regularização 548 Outras Contas de Regularização 784.638 409.960

1.984.234 1.836.551

NNOOTTAA 1188 –– CCAAPPIITTAALL Esta rubrica apresenta a seguinte variação:

Incorporação de reservas

Emissão de títulos de capital Total

Saldo em 31 de dezembro de 2014 31.783.650 437.395 32.221.045

550800 Incorporação de reservas 1.680.700

1.680.700

550801 Emissão de títulos de capital

3.900 3.900

Pedido de Exoneração

-1.575 -1.575

Saldo em 31 de dezembro de 2015 33.464.350 439.720 33.904.070

Em 31 de Dezembro de 2015, o capital da CCAM TORRES VEDRAS, C.R.L. encontra-se disperso por 7.545 associados Ativos, não existindo nenhum associado a deter mais de 500,00 euros (100 títulos de capital) no capital da CCAMTV.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 77

NNOOTTAA 1199 –– RREESSEERRVVAASS,, RREESSUULLTTAADDOOSS TTRRAANNSSIITTAADDOOSS,, OOUUTTRROOSS IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS DDEE CCAAPPIITTAALL EE

LLUUCCRROO DDOO EEXXEERRCCÍÍCCIIOO

Reservas de reavaliação: 31-12-2015 31-12-2014

58 Reservas de reavaliação do imobilizado 368.438 525.437

Outras Reservas

600 Reserva legal 12.600.000 12.160.000

608 Outras reservas 1.165.025 1.076.953

61 Resultados transitados -49.256 -73.209 Outras Reservas e Resultados Transitados

13.715.769

13.163.744

Lucro do exercício 2.687.095 2.351.981

16.771.302

16.041.162

NNOOTTAA 2200 –– CCOOMMPPRROOMMIISSSSOOSS AASSSSUUMMIIDDOOSS Os compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2015 31-12-2014

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

9000 Garantias e avales prestados 5.771.415 7.176.247 Aceites e endossos

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

9203 Compromissos irrevogáveis 24.650.000 25.532.500

Compromissos revogáveis

9206 Por subscrição de títulos 459.390 459.390

30.880.805 33.168.137

NNOOTTAA 2211 – JJUURROOSS EE RREENNDDIIMMEENNTTOOSS SSIIMMIILLAARREESS O valor desta rubrica é composto por: 31-12-2015 31-12-2014

Juros e Rendimentos Similares 7900 Juros de disponibilidades em Bancos Centrais 1.697 5.473

7901 Juros de disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 31.451 29.480

7903 Juros de aplicações em Instituições de Crédito 791.869 1.387.542

7904 Juros de Crédito a Clientes 5.680.456 6.952.683

7905 Juros de Crédito a Vencido 774 762

7906 Juros e Rend. Similares Outros Ativos Financeiros 11.015.870 10.183.378

8120 Operações de Crédito 41.050 56.824

17.563.168 18.616.142

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ANEXO AS CONTAS Pág. 78

NNOOTTAA 2222 – JJUURROOSS EE EENNCCAARRGGOOSS SSIIMMIILLAARREESS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Juros e Encargos Similares 6602 Juros de Recursos de Clientes 3.003.730 6.466.883

3.003.730 6.466.883

NNOOTTAA 2233 –– RREENNDDIIMMEENNTTOO DDEE IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS DDEE CCAAPPIITTAALL Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2015 31-12-2014

82 RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

14.523 14.703

14.523 14.703

NNOOTTAA 2244 –– RREENNDDIIMMEENNTTOOSS DDEE SSEERRVVIIÇÇOOSS EE CCOOMMIISSSSÕÕEESS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Rendimentos de Serviços e Comissões 813 Por serviços prestados 205.317 206.126

818 Outras Comissões Recebidas 795.963 790.345

1.001.280 996.471

NNOOTTAA 2255 –– EENNCCAARRGGOOSS CCOOMM SSEERRVVIIÇÇOOSS EE CCOOMMIISSSSÕÕEESS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Encargos com Serviços e Comissões 683 Por serviços bancários prestados por terceiros -37 -37

684 Por operações realizadas por terceiros 0 0

688 Outras comissões Pagas -476.326 -465.079

-476.363 -465.115

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ANEXO AS CONTAS Pág. 79

NNOOTTAA 2266 –– RREESSUULLTTAADDOOSS DDEE RREEAAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO CCAAMMBBIIAALL O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

690 Perdas em Diferenças Cambiais 0 0 Encargos com Serviços e Comissões

830

Por serviços bancários prestados por terceiros 4.240 9.109

4.240 9.109

NNOOTTAA 2277 –– RREESSUULLTTAADDOO DDEE AALLIIEENNAAÇÇÃÃOO DDEE OOUUTTRROOSS AATTIIVVOOSS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Resultado de Alienação de Outros Ativos 69 PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

-21 -1.019

-21 -1.019

NNOOTTAA 2288 –– OOUUTTRROOSS RREESSUULLTTAADDOOSS DDEE EEXXPPLLOORRAAÇÇÃÃOO O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Outros Proveitos Operacionais 839 Outros Ganhos em Operações Financeiras 0 0 844 Ganhos em Ativos Não Financeiros 84.903 102.448 848 Outros Ganhos e Rendimentos Operacionais 281.487 125.365

(1) 366.390 227.813 Outros Custos Operacionais

75 Outros Impostos 102.867 54.676 721 Quotizações e donativos 20.811 17.775 722 Contribuições para o Fundo de Garantia 12.373 69.738 723 Contribuições para o Fundo de Resolução 9.832 6.812 724 Contribuição para o Banco Central Europeu 3.425 0 726 Perdas em Ativos não financeiros 3.394 9.525 728 Outros encargos e Gastos 23.683 30.092

(2) 176.384 188.618

TOTAL (1-2) 190.006 39.195

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ANEXO AS CONTAS Pág. 80

NNOOTTAA 29 – CCUUSSTTOOSS CCOOMM o PPEESSSSOOAALL O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

Vencimentos e Salários

700 Remuneração Órgãos de Gestão e Fiscalização

Conselho de Administração 70091 Presidente 24.727 24.727

70092 Dois membros não executivos 49.453 49.453

70093 Membros executivos 149.406 144.915

Conselho Fiscal

70094 Presidente 3.000 3.000

70095 Restantes dois membros 6.000 3.750

701 Remuneração Empregados 7010 Remuneração Mensal 1.370.205 1.346.386

7011 Remunerações Adicionais 864.949 903.747 Encargos Sociais Obrigatórios

702 Encargos Sociais Obrigatórios 576.140 635.284 Outros Custos com o Pessoal

708 Outros Custos com Pessoal 14.099 12.258

70096 Outros 4.000 3.750

TOTAL 3.061.979 3.127.269

O número médio de colaboradores da CCAM durante o ano de 2014 foi de 81.

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ANEXO AS CONTAS Pág. 81

NNOOTTAA 3300 –– GGAASSTTOOSS GGEERRAAIISS AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVOOSS O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015 31-12-2014

7100 Água, Energia e Combustíveis 107.888 103.485 7101 Material de Consumo Corrente 49.709 67.063

7102 Publicações 489 84

7103 Material de Higiene e Limpeza 8.006 7.235

7108 Outros Fornecimentos de Terceiros 4.965 3.242 7110 Rendas e Alugueres 14.964 14.864

7111 Comunicações 318.431 305.217

7112 Deslocações Estadas e Representação 145.587 44.524

7113 Publicidade e Edição de Publicações 64.903 67.700 7114 Conservação e Reparação 307.282 354.268

7115 Transportes 7116 Formação com Pessoal 4.473 7.717

7117 Seguros 38.453 39.178 7118 Serviços Especializados 71180 Avenças e Honorários 108.034 86.647

71181 Judiciais Contencioso e Notariado 25.086 32.061

71182 Informática 43.018 40.041 71183 Segurança e Vigilância 9.998 5.595

71184 Limpeza 69.930 62.780

71187 Mão de Obra Eventual 816 3.313

71188 Outros Serviços Especializados 288.758 322.426

7118810401 Certificação Legal de Contas 35.670 36.144

7118810402 Outros Serviços de Garantia de Fiabilidade 8.100 20.310

7119 Outros Serviços de Terceiros 14.735 11.039

TOTAL 1.625.523 1.578.477

NNOOTTAA 3311 –– AAMMOORRTTIIZZAAÇÇÕÕEESS O valor desta rubrica é composto por:

AMORTIZAÇÕES

31-12-2015 31-12-2014

77000 Imóveis de Serviço Próprio 98.363 98.363

77010 Mobiliário e Material 3.745 3.739 77011 Máquinas e Ferramentas 34.792 37.353

77012 Equipamento de Segurança 48.181 37.382

77013 Instalações Interiores 2.733 1.766

77014 Material de Transporte 3.750 4.097 77015 Equipamento de Segurança 13.747 15.100

77018 Outro Equipamento 32 43

7710 Sistema de tratamento automático de dados (Software) 8.643 5.166

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ANEXO AS CONTAS Pág. 82

213.986 203.009

NNOOTTAA 3322 –– PPEENNSSÕÕEESS DDEE RREEFFOORRMMAA

1. INTRODUÇÃO

A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação atuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respetivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM TORRES VEDRAS, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de 2015. O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade. Esta avaliação atuarial contempla os trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizado a informação referente a Outubro de 2015 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2015 para a restante população. Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM). De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo coletivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões totais de reforma e sobrevivência, previstas no ACT independentemente das pensões recebidas de regimes de Segurança Social. No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) passaram a ser financiados através do fundo de pensões. As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adotar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspetos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência. Porém, de acordo com o Aviso nº 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos nº 4/2005, nº 12/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pôde ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014. Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2016. Em 31 de Dezembro de 2013 foram publicados o Decreto-Lei nº 167-E/2013 e a Portaria nº 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos, para 2016 a idade de 66 anos e 2 meses e futuramente a idade normal de

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ANEXO AS CONTAS Pág. 83

reforma vária de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, verificada entre o 2º e 3º ano anteriores ao ano de início da pensão de velhice, na proporção de dois terços. Adicionalmente, o Decreto-lei nº 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do fator de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de reforma por velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do fator de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma. O estudo atuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) 19. 2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte informação sobre a população:

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ANEXO AS CONTAS Pág. 84

3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIAL Nesta avaliação atuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e demográficos:

Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte:

a) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial inferior a 55 anos: 2,70% b) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial igual ou superior a 55 anos: 2,30% c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas: 2,00%

A descida da taxa desconto, face ao ano anterior, aplicada aos vários grupos populacionais, teve por referência o nível dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades do Fundo de Pensões Crédito Agrícola. Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação. Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social. Para efeito da presente avaliação atuarial, nomeadamente para o cálculo da idade normal de reforma de acordo com o Decreto-lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos (EMV65) aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2014 de 19,12 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística). Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Credito Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de acordo com a clausula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à data de reforma definidas na clausula 81ª do mesmo documento.

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ANEXO AS CONTAS Pág. 85

No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do “Projected Unit Credit”. O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor atual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quanto o seu número total de anos de serviço no sector, sendo em cada ano, afetada e financiada uma "unidade". No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio1 (antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respetivas probabilidades de ocorrência em cada ano. A determinação da pensão de sobrevivência efetuou-se somente para os participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respetivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. Não se efetuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no ativo, por falta de elementos. 4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ACTUARIAL 4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Ativo e Licenças sem Vencimento Em 31 de Dezembro de 2015, o valor atual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica:

4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e Pensionistas Relativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de pré-reformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos atuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam:

1 Este rácio é diferente para cada ano em que se estima o custo com o benefício de invalidez, ou seja, no ano da avaliação o rácio é 1 e no ano t é antiguidade/(antiguidade + t).

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ANEXO AS CONTAS Pág. 86

4.3. Custo Normal do plano de pensões Apresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS:

Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal. 4.4. Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade De acordo com a cláusula 127ª do acordo coletivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade. O valor atual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2015):

5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2015:

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ANEXO AS CONTAS Pág. 87

O efeito da alteração da taxa de desconto, em 31 de Dezembro de 2015, foi um aumento de cerca de 134.227€ no valor atual das responsabilidades por serviços passados. 6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES O valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2015:

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS As responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2015, a 1.781.137€. O valor das responsabilidades por amortizar em 31 de Dezembro de 2015, referente ao plano de amortização referido no ponto1., era de 54.126€ (44.180€ referente a serviços passados e9.946€ referente a reformados e pensionistas). Deste modo, de acordo com o Aviso nº 12/2001 do Banco de Portugal (com os serviços passados de pessoal no ativo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor atual das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2015, era de 1.686.474€. O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2015, referente à quota-parte da CCAM TORRES VEDRAS era de 1.702.135€. Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota-parte da CCAM TORRES VEDRAS era o seguinte:

De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e atualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento. 2 Com as alterações dos avisos nº4/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal.

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ANEXO AS CONTAS Pág. 88

Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT. Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projetado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação atuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação atuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente atualizado face aos novos contextos macroeconómicos. Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal. Lisboa, 29 de Janeiro de 2016

Daniel Reis Atuário Responsável

NNOOTTAA 3333 – PPRREESSTTAAÇÇÃÃOO DDEE SSEERRVVIIÇÇOOSS DDEE MMEEDDIIAAÇÇÃÃOO DDEE SSEEGGUURROOSS OOUU DDEE RREESSSSEEGGUURROOSS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Torres Vedras está inscrita no Instituto

de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo

com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho,

desenvolvendo a atividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras

do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros –

Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao

exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito

Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da

atividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de

contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda

aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que

sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas

seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela

colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo

estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 89

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na

Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões.

Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro

de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no Balanço, na rubrica de Outros

Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as

remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015,

encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros,

auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2013 2014 2015 % Por Origem Ramos Não Vida CA Seguros 116.774,60 140.152,04 151.421,45 91,9% Ramo Vida CA Vida 7.547,46 10.687,59 13.141,98

8,0%

Fundos de Pensões CA Vida 0,00 5,94 98.09 0,0% Total 124.322,06 150.845,57 164.661,52 100,0%

A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros, exercida pela CCAM. NNOOTTAA 3344 –– FFUUNNDDOOSS PPRRÓÓPPRRIIOOSS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o detalhe dos fundos próprios da Caixa

Agrícola apresenta-se de seguida:

2015 2014

Fundos Próprios de Base 47.024.904 46.125.479 Fundos próprios Complementares 1.659.697 1.808.740 Deduções (284.730) (546.310) Fundos Próprios Totais 48.399.871 47.387.909 Riscos Ponderados p/ Riscos Crédito 17.242.408 18.212.898 Requisitos Fundos Próprios (*) 19.192.962 19.906.136 Rácio TIER I 19,6% 18,5% Rácio TIER II 0,7% 0,7%

Rácio de Solvabilidade 20,2% 19,0%

(*) Para riscos de crédito e operacional.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 90

Nota: O Rácio TIER I é apurado pela divisão dos Fundos Próprios de Base pelos Requisitos dos Fundos Próprios divididos por

8% (oito por cento é o valor mínimo definido pelo Banco de Portugal para o rácio de capital Tier1); O Rácio de Solvabilidade

apura-se pela divisão dos Fundos Próprios Totais pelo mesmo denominador.

TORRES VEDRAS, 31 de Dezembro de 2015

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O Conselho de Administração

João da Silva Marques António José dos Santos

José Agostinho de Oliveira Alves António Oliveira Dias

Manuel José Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL

ANEXO AS CONTAS Pág. 91

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PARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCAL

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 92929292

PARECER

DO

CONSELHO FISCAL

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RELATÓRIO E RELATÓRIO E RELATÓRIO E RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCAL

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.Pág.Pág.Pág. 94949494

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras (doravante “CCAMTV”) reuniu na sede social desta entidade, a 8 de Março de 2016, pelas 19h00 para, nos termos da legislação e dos estatutos em vigor, elaborar o relatório e emitir o seu parecer sobre o Relatório de Gestão e Contas referentes ao exercício de 2015 e sobre a Proposta de Aplicação de Resultados do mesmo exercício, apresentados pelo Conselho de Administração. Estiveram presentes todos os membros do Conselho Fiscal, o responsável pela Contabilidade da CCAMTV e o responsável pelo Departamento Financeiro da instituição. Ao longo do exercício de 2015, o Conselho Fiscal, no exercício pleno das suas funções, analisou regularmente e acompanhou a evolução da atividade, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do quadro normativo legal e estatutário em vigor, e examinou as demonstrações financeiras da CCAMTV à data de 31 de Dezembro de 2015, que compreendem o Balanço, a Demonstração de Resultados e os respetivos Anexos, os quais foram preparados a partir dos registos contabilísticos e demais documentos de suporte, mantidos e registados em conformidade com as regras legais. No seguimento da análise desta informação, que foi atempadamente colocada à disposição do Conselho Fiscal, e obtidos os esclarecimentos solicitados, nomeadamente junto do Departamento Financeiro, o Conselho Fiscal destaca que, apesar de uma conjuntura macroeconómica que, se bem que mostrando sinais de recuperação, se mantém muito exigente (registando-se um crescimento económico em 2015 de 1,6% que, conjugado com a incerteza, nomeadamente no plano da União Europeia, coloca riscos acrescidos à atividade económica e à continuação do cenário de recuperação da economia portuguesa), foi possível atingir indicadores de balanço e de atividade globalmente positivos neste exercício: - Aumento em 2,2% do total do ativo, com especial destaque para o aumento das aplicações em Obrigações do Tesouro Português; - Aumento do total do capital próprio em 5,0%, em virtude dos resultados positivos alcançados; - Aumento dos recursos dos clientes em 1,9%, que, num cenário de descida de taxas de juro, é revelador da confiança depositada pelos clientes na instituição, e constituindo a principal fonte de financiamento da atividade; - Aumento da margem financeira em 19,8%, resultado da política de taxas de juro adotada e sobretudo do impacto da descida das taxas de juro passivas; - Subida do rácio de solvabilidade (de 19,0% para 20,2%), mantendo-se num patamar muito confortável e revelador da estabilidade e solidez financeira da instituição; Apesar de se ter registado um conjunto de indicadores globalmente positivo, destaca-se também o acréscimo de 42,9% no valor absoluto de crédito e juros vencidos e a subida de 5,4% no rácio Crédito e Juros Vencidos/Crédito Total, para 16,8%, retomando uma tendência ascendente que se havia atenuado em 2014. O valor deste rácio registado no final do exercício de 2015 é elevado e, apesar dos confortáveis

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RELATÓRIO E RELATÓRIO E RELATÓRIO E RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCALPARECER DO CONSELHO FISCAL

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.Pág.Pág.Pág. 95959595

níveis de provisionamento (rácio de cobertura de crédito e juros vencidos por provisões de cerca de 83% no final do ano de 2015), deverá continuar a merecer um cuidado acompanhamento e a tomada das medidas necessárias para reduzir o valor de crédito e juros vencidos para níveis inferiores. Por outro lado, a sensível alteração da estrutura de balanço da CCAMTV, com o aumento do peso relativo das aplicações em títulos de dívida pública, que se reforçou durante 2015, deverá também continuar a ser alvo de acompanhamento apropriado, nomeadamente no que se refere à gestão do risco da taxa de juro. Pelo exposto, o Conselho Fiscal considera ser de realçar: - O resultado líquido atingido no exercício, num montante absoluto superior a 2,68 milhões de euros, que corresponde a um aumento de 13,9% face ao ano anterior. - A manutenção de uma atuação pautada pela prudência, face à conjuntura económica que o país continua a atravessar. Esta atuação traduz-se nomeadamente nos seguintes indicadores: - Rácio de transformação de Recursos de Clientes em Crédito num patamar inferior a 50%, o que protege a solidez da instituição no cenário, que se tem verificado, de aumento dos níveis de incumprimento. - Redução do rácio de eficiência (“Cost Income Ratio”) de 38,7% para 32,1%, fruto sobretudo do significativo aumento do produto bancário (+20,0%), e também da manutenção da política de contenção de gastos administrativos. Pelo exposto, foi deliberado pelo Conselho Fiscal, por unanimidade, e de acordo com as regras estatutárias que regem a atividade da CCAMTV, emitir o seguinte parecer: PARECER - Aprovação do Relatório de Gestão e Contas do Exercício de 2015. - Aprovação da proposta apresentada pelo Conselho de Administração para a aplicação dos resultados líquidos do exercício. Mais, foi deliberada por este Conselho Fiscal a aprovação de um voto de reconhecimento a todos os que contribuíram para este desempenho, nomeadamente o Conselho de Administração e aos colaboradores internos e os prestadores de serviços externos, os Clientes e os Associados da instituição. Por fim, o Conselho Fiscal deliberou igualmente apresentar um voto de agradecimento aos restantes Órgãos Sociais, nomeadamente à Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho de Administração, e aos colaboradores da CCAM de Torres Vedras, pela pronta e eficaz colaboração prestada, sempre que solicitada. Torres Vedras, 8 de Março de 2016

O Conselho Fiscal

Tomás Correia da Cunha Góis Figueira

José Santos Ferreira Estimado

José Eduardo Jorge Eiras Dias

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.Pág.Pág.Pág. 96969696

PONTO NUMERO 2 DA ORDEM DE TRABALHOS

PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA A APLICAÇÃO DO SALDO DA CONTA DE RESULTADOS TRANSITADOS

A Administração da CCAM de Torres Vedras, nos termos dos Estatutos e

demais legislação em vigor, vem propor à Digníssima Assembleia Geral a

manutenção das seguintes reservas, as quais se juntarão às reservas obrigatórias

para a distribuição do saldo da conta de Resultados Transitados:

1 - Reserva Especial para Reforço de Benefícios Sociais (conforme art. 30º dos

Estatutos);

2 - Reserva Especial para Incorporação em Capital (conforme art. 30º dos Estatutos.);

Propõe a Administração que o saldo da conta de Resultados Transitados, no

montante de 2.637.839,47 (dois milhões seiscentos e trinta e sete mil oitocentos e

trinta e nove euros e quarenta e sete cêntimos), cujo saldo inclui o Resultado Liquido

do Exercício de 2015 no valor de 2.687.094,97 euros, o valor de realização da

Reserva de Reavaliação no montante de 6.510,50 euros e a diferença negativa

resultante da alteração de políticas contabilísticas no valor de 55.766,00 euros, tenha

a seguinte aplicação:

DESCRIÇÃO VALOR

Reserva Legal 530.000,00

Reserva para Educação e Formação Cooperativa 30.000,00

Reserva para Mutualismo 30.000,00

Reserva Especial para incorporação em Capital 1.917.839,47

Reserva para Reforço de Benefícios Sociais 130.000,00

Com estas reversões a Reserva Especial para Incorporação em Capital ficará

integrada no montante de 1.917.864,27 euros.

Propõe a Administração que da Reserva Especial seja retirada a verba de

1.917.850,00 euros para incorporação em Capital.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL UO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág.Pág.Pág.Pág. 97979797

Propõe também a Administração transferir o valor 70.000 euros, da Reserva

para Reforço de Benefícios Sociais, de forma a cobrir o valor necessário para garantir

o complemento da reforma durante o ano 2016, de acordo com o nº1, da cláusula 4ª,

do Regulamento do Estatuto Social dos Funcionários.

Com a aprovação das anteriores propostas relativamente à aplicação dos Resultados

Transitados, e após as respectivas movimentações, a estrutura dos capitais próprios

da Caixa Agrícola de Torres Vedras, apresentará a seguinte composição:

DESCRIÇÃO EM

31.12.2015 APÓS

DISTRIBUIÇÃO CAPITAL 33.904.070,00 35.821.920,00

RESERVA LEGAL 12.600.000,00 13.130.000,00

RESERVA PARA EDUC. E FORMAÇÃO COOPERATIVA 270.000,00 300.000,00

RESERVA PARA MUTUALISMO 85.000,00 115.000,00

RESERVA PARA REFORÇO DE BENEFÍCIOS SOCIAIS 810.000,00 940.000,00

RESERVA ESPECIAL 24,80 14,27

RESERVA DE REAVALIAÇÃO – IMÒVEIS 189.621,81 189.621,81

RESERVA DE REAVALIAÇÃO – FUNDO DE PENSÕES 178.816,00 178.816,00

TOTAL DE CAPITAL 48.037.532.61 50.675.327,08

Torres Vedras, 03 de Março de 2016

O Conselho de Administração

António José dos Santos

José Agostinho de Oliveira Alves

António Oliveira Dias

Manuel José Silva Martins Leite Guerreiro

João Manuel da Cruz Couto

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CERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTAS

55

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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CERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTAS

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CERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTASCERTIFICAÇÃO LEGAL CONTAS

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