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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL LOTEAMENTOS SETPAR CAMPO GRANDE RIMA

RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL · CONTATO: Leonardo Carrazzone Lopes EMAIL: [email protected] 1.2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR JMD2 PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA CNPJ: 13.881.971/0001-30

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RELATÓRIO DE

IMPACTO AMBIENTAL

LOTEAMENTOS

SETPAR CAMPO GRANDE

RIMA

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Este trabalho vem apresentar ao públ ico os estudos e levantamentos efetuados na região do Bairro Caiobá com objetivo de esclarecer a todos quanto aos impactos positivos e negativos que esta sofrerá em decorrência do processo de urbanização introduzido pela empresa SETPAR, com a implantação de loteamentos abertos residenciais.

O que se pretende aqui é demonstrar de forma clara, objetiva e em linguagem simples todo o trabalho desenvolvido por nossa equipe técnica para caracterizar as

a t u a i s c o n d i ç õ e s a m b i e n t a i s e socioeconômicas da região.

No primeiro momento o leitor terá um descr i t ivo do empreendimento com detalhes do projeto, plantas, investimentos, tempo de implantação, informações do empreendedor e escritório responsável pelo estudo. Em seguida são demonstradas quais serão as áreas que sofrerão os impactos positivos ou negativos do empreendimento.

Todas as informações das condições atuais da área são citadas de forma clara, de fácil compreensão e aborda os seguintes

APRESENTAÇÃO

temas: vegetação, fauna, solo, ar, clima, ruídos, recursos hídricos, sítios arqueológicos, economia, população, sistema viário, transporte, equipamentos comunitários e uma pesquisa de opinião feita junto aos moradores da região.

O estudo demonstra de maneira objetiva quais serão as transformações esperadas para o local e todos os impactos positivos e negativos que deverão ocorrer e d e q u e m a n e i r a e l e s p o d e r ã o s e r aumentados, diminuídos ou até mesmo eliminados.

A p r e s e n t a t a m b é m t o d o s o s programas que serão desenvolvidos e implantados no local com a nalidade de monitorar as áreas de preservação, de controle da poluição e processos erosivos.

S e g u e - s e a o s p r o g r a m a s a s conclusões e considerações do estudo e uma avaliação da primeira fase implantada denominada Bela Laguna.

Ao nal, apresentamos a equipe técnica responsável pelos estudos com suas qualicações prossionais e informações da empresa JMD2.

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1. INFORMAÇÕES GERAIS ....... 06 1.1. Objeto do estudo

1.2. Identicação do empreendedor 1.3. Responsável pelo estudo

2. JUSTIFICATIVAS DO EMPREENDIMENTO ....... 08 2.1. Alternativas locacionais

2.2. Alternativas tecnológicas 2.3. Alternativa zero

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....... 12 3.1. Localização

3.2. Uso e ocupação do solo 3.3. Descrição geral do empreendimento

3.4. Serviços preliminares

4. ASPECTOS LEGAIS ....... 23

5. COMPATIBILIDADE COM PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS CO-LOCALIZADOS ....... 24

6. ÁREAS DE INFLUÊNCIAS ....... 26

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ....... 32 7.1. Qualidade do Ar

7.2. Qualidade da Água 7.3. Clima

7.4. Solo 7.5. Vegetação

7.6. Fauna 7.7. Recursos hídricos

7.8. Ruídos 7.9. Sítios arqueológicos

7.10. Economia 7.11. População

7.12. Sistema viário 7.13. Transporte

7.14. Equipamentos comunitários 7.15. Pesquisa de opinião

8. IMPACTOS AMBIENTAIS ....... 56

9. PROGRAMAS ....... 58

10. CONCLUSÕES ....... 60

11. EQUIPE TÉCNICA ....... 63

SUMÁRIO

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SETPAR EMPREENDIMENTOS MS LTDA

CNPJ: 09.442.729/0001-92

ENDEREÇO: RUA PENITA, 3155, SALA L, VILA REDENTORA, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP, CEP 15.015-820

TELEFONE: 17-3513-7777

CONTATO: Leonardo Carrazzone Lopes

EMAIL: [email protected]

1.2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

JMD2 PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA

CNPJ: 13.881.971/0001-30

ENDEREÇO: RUA ALAGOAS, 396, SALA 903, EDIFÍCIO ATRIUM, BAIRRO JARDIM DOS ESTADOS, CAMPO GRANDE/MS, CEP 79.020-121

TELEFONE: 67-33054146

EMAIL: [email protected]

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EMPRESA:JOÃO ALBERTO BORGES DOS SANTOSENGENHEIRO CIVIL, CREA/MS 552/D

1.3. RESPONSÁVEL PELO ESTUDO

1. INFORMAÇÕES GERAIS

O objeto do estudo é uma área no Bairro Caiobá constituída pelas glebas 2A, 07, 08, 09, 10, 11, 12S e 17B que juntas totalizam 2.677.846,952m², com sua primeira fase já implantada. No remanescente da área há pequena criação de gado, vegetação tipo gramíneas, ladeada ao leste pelo Córrego Lagoa, ao sul pela Av Zilá Correa Machado, a oeste por glebas desocupadas e ao norte pelos Bairros Portal Caiobá e Rancho Alegre II.

1.1. OBJETO DO ESTUDO

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estão inclusas no planejamento do p rocesso de u rban i zação e se rão parceladas de acordo com projeto atualmente em desenvolvimento e seguirá o regramento previsto no Plano Diretor, com implantação prevista para iniciar em 2021.

O e m p r e e n d i m e n t o , e m s u a t o t a l i d a d e , c o n t r i b u i r á c o m a descentralização da oferta de lotes urbanizados na cidade, com a melhoria da mobilidade da região, a preservação das áreas de interesse ambiental, a eliminação de grande vazio urbano e a consolidação da tendência vocacional da área.

2.1. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS

2. JUSTIFICATIVAS DO EMPREENDIMENTO

O estudo faz uma análise sobre a escolha da área para desenvolvimento do e m p r e e n d i m e n t o j u s t i c a n d o s u a implantação ou a manutenção da mesma nas condições atuais.

Neste sentido a área objeto foi avaliada com grande potencial para projeto de urbanização e assim a empresa iniciou pesquisas de campo quanto aos seus aspectos urbanístico e ambiental com a n a l i d a d e d e p r o m o v e r s e u parcelamento.

A área foi avaliada com condições para o desenvolvimento do projeto de loteamento, haja vista estar localizada em

região urbana contígua a bairros fortemente consolidados, de características residenciais, em grande desenvolvimento e dotada de meios para atender as demandas de serviços públicos de água, esgoto, energia elétrica e transporte necessários para promover sua ocupação.

O início desse processo deu-se com o loteamento denominado Bela Laguna que foi projetado seguindo o regramento previsto na lei complementar 74/05 e já se encontra implantado na gleba 12S sendo entregue aos proprietários desde outubro de 2016, apresentando hoje uma ocupação da ordem de 10%.

A segunda etapa que contempla o loteamento Eparque Campo Grande teve seu projeto desenvolvido em consonância com a lei complementar 263/15 que instituiu o Plano Local para Qualicação Urbanística dos Polos de Desenvolvimento Econômico – PLDE, cujos objetivos entre outros é o fomento a criação e consolidação de subcentros, incentivando o uso habitacional de forma harmônica aos usos comerciais, de serviços e industriais não poluentes e reduzir a distância entre moradia e os centros de empregos. A implantação desta etapa está prevista para inicio no primeiro semestre de 2019.

As glebas 7, 8, 9, 10, 11 e 17B também

O empreendimento descrito neste estudo fundamenta sua implantação na promoção da urbanização qualicada da área, com um projeto

conjugando parâmetros técnicos, sociais, econômicos e ambientais, com o m de ofertar a população lotes residenciais dotados de rede de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, energia elétrica, pavimentação e drenagem, necessária à sua ocupação com as melhores

condições para implantação de moradia.

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2.3. ALTERNATIVA ZERO

Os loteamentos urbanos tem sua concepção denida com base nos estudos de viabilidade econômica do projeto, a s s o c i a d o a s u a s u s t e n t a b i l i d a d e socioambiental, na demanda local e na melhoria dos espaços urbanos que este possa promover. A alternativa tecnológica mais adequada será a que melhor contemplar esse equilíbrio e gerar uma distribuição espacial em consonância com esses parâmetros.

O projeto em desenvolvimento se justica observando os aspectos do ponto de vista urbanístico, ambiental e social.

À luz da legislação urbana o empreend imento fo i p lane jado em obediência a legislação federal 6766/79 que disciplina o parcelamento de glebas, leis municipais 74/05 que regula o uso e ocupação do solo, 341/18 do plano diretor do município e 263/15 que instituiu os planos locais para qualicação urbanística dos polos de desenvolvimento econômico da cidade.

A norma ambiental foi totalmente observada no projeto com o planejamento do arruamento compatível à topograa da área, a identicação dos cursos d'agua, das áreas de veredas, dos remanescentes de oresta e o correto gerenciamento das águas pluviais.

No aspecto social, a Região Lagoa, caracteriza-se por ocupação de população de baixa renda, pouca infraestrutura nos seus bairros e bom adensamento populacional.

Esses aspectos foram importantes no planejamento do loteamento e levaram ao desenvolvimento de um projeto para região focado na mudança da qualidade no seu cenário urbano, oferecendo lotes com condições adequadas a implantação de moradia de qualidade, com toda infraestrutura de água, esgoto, energia elétrica, drenagem, pavimentação e ainda o f e r e c e n d o c o n d i ç õ e s p a r a s e u desenvolvimento socioeconômico com o m de valorar a geração de emprego e renda.

A lei que instituiu a Política Urbana, tem como seu objetivo principal que toda propriedade urbana deve cumprir sua função social e, neste sentido, a não implantação do empreendimento implicaria em romper com seus princípios, uma vez que como demonstrado a área, sua localização, seu uso atual, sua importância para integração dos bairros e o projeto proposto, r e ú n e m t o d a s a s c o n d i ç õ e s p a r a desenvolver o empreendimento.

A alternativa de não implantação do mesmo e a manutenção do seu uso atual implicariam em continuar sendo a área, um obstáculo na região para os bairros circunvizinhos, impedindo a geração de moradia próxima aos centros de emprego, reduzindo a mobilidade e sobrecarregando o sistema viário existente e impedindo a criação de novas rotas de ligação bairro-centro e bairro-bairro.

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2.2. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

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3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Glebas do empreendimentoFonte: Google Earth – Dez.2018. Adaptado JMD2.

O projeto dos loteamentos desenvolvem se nas Glebas 12S, 2A, 07, 08, 09, 10, 11, 17B do Bairro Caiobá em Campo Grande, MS.

As glebas são de propriedade da empresa SETPAR EMPREENDIMENTOS MS LTDA e se situam na região sudoeste da

cidade, entre a Av. Dr. Nasri Siu, Av. Zilá Correa Machado e os Bairros Portal Caiobá II e Rancho Alegre II.

3.1. LOCALIZAÇÃO

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A caracterização atual da

ocupação e uso da área onde será

implantado o empreendimento tem

relevante importância para uma

melhor avaliação de suas condições

ambientais e os efeitos que sofrerá em

decorrência das ações antrópicas.

Levantamentos de campo

foram realizados para identicação

das classes de cobertura do solo e

posterior mapeamento com imagem

de satélite em ambiente SIG.

A área, em sua maior parte, está

ocupada por pastagens introduzidas,

do gênero Brachiaria, onde se

desenvolve pequena atividade de

pecuár ia que encontra-se em

processo de remoção. É ladeada em

sua divisa ao leste pelo córrego Lagoa

onde se observa a presença de

vegetação nativa e porções de

vereda bem preservadas e ainda

algumas espécies de árvores do

cerrado isoladas e distribuídas no

terreno. Parte da área na porção

norte já se encontra urbanizada.

3.2.USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Cobertura do soloFonte: Google - Dez.2018. Adaptado JMD2.

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1ª FaseBela Laguna: 947 lotes para ns residenciais.05 lotes públicos.

Projeto de urbanização proposto trata se de loteamentos aberto com as seguintes fases:

2ª FaseEparque Campo Grande: 1.452 lotes para ns residenciais.09 lotes públicos.

3ª FaseSem denominação: 1.970 lotes para ns residenciais.20% da área para lotes públicos.

4ª FaseSem denominação: 827 lotes para ns residenciais.20% da área para lotes públicos.

Quantidade total de lotes: 5.196 lotes para ns residenciais.

Área total do empreendimento: 2.677.846,952m².

3.3. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO

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O empreendimento foi projetado para ter como acesso principal a conexão com a Av. Nasri Siu e, para tanto, foi executado uma ponte de concreto sobre o córrego Lagoa, já na primeira fase.

O empreendedor realizou investimentos da ordem de R$21.781.000,00(vinte e um milhões setecentos e oitenta e um mil reais) na implantação do loteamento Bela Laguna e nos próximos 4(quatro) anos mais R$97.727.000,00 (noventa e sete milhões setecentos e vinte sete mil reais)serão aplicados na área para conclusão do seu projeto de urbanização.

O c ronograma dos se rv iços de implantação do empreendimento prevê 2

(dois) anos para cada uma de suas fases, sendo que a primeira já se encontra executada e entregue aos proprietários e em processo de ocupação.

Foram gerados na pr imeira fase 56(cinquenta e seis) empregos diretos com contratação de mão de obra local e há previsão de novos postos de trabalho para a implantação da segunda, terceira e quarta fases, da ordem de mais 170 empregos que contribuirão para o aumento da renda das famílias.

Os loteamentos receberão toda infraestrutura de abastecimento de água, coleta de esgoto, energia e lét r ica, pavimentação de vias e rede de drenagem.

3.4. SERVIÇOS PRELIMINARES

Localização do canteiro de obras Fonte: Google Earth 2018 (Adaptado Schettini Engenharia)

O processo de urbanização da área começa com a instalação do canteiro de obras e no caso, este estará localizado em uma edicação já existente no local com as adaptações necessárias.

Este local disporá de espaço adequado para as condições ambientais de trabalho e conterá: refeitório, vestiário, alojamentos, banheiros, almoxarifado, escritório e guarita, além de pátio para estacionamento de máquinas e veículos.

O canteiro será servido com instalações provisórias de rede de água para atender ao consumo dos t rabalhadores e para execução das obras de implantação do loteamento tendo uma previsão de volume da ordem de 16.860 m³. O esgotamento sanitário será com a instalação de banheiros químicos e também haverá fornecimento de energia elétrica para atender todas as demandas da obra.

O início das obras ocorre com a demarcação do arruamento e em seguida o serviço de remoção da camada vegetal numa p ro fund idade de 20cm com estimativa de geração de 125.390,12m³ de bota fora para as fases 2, 3 e 4, considerando a limpeza de testada a testada dos lotes. Lembramos que a 1ª fase já se encontra implantada.

Con juntamente a l impeza se rá também iniciada a execução das bacias de amortecimento de águas pluviais, valas e taludes para direcionamento do deúvio, de modo a prevenir o carreamento de terra e material removido para o córrego e consequentemente sua degradação.

A g u r a a s e g u i r i l u s t r a o p o s i c i o n a m e n t o d a s b a c i a s d e amortecimento para todas as fases do empreendimento.

Bacias de amortecimentoFonte: Google Earth 2018. Adaptado Schettini Engenharia

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REDE DE ENERGIA ELÉTRICA

A região é servida por rede de energia elétrica e os novos loteamentos também terão rede implantada pelo empreendedor e cedida à concessionária Energisa, que responderá por sua manutenção.

Rede elétrica implantada na 1ª faseFonte: Arquivo Setpar.

A concessionária Águas Guariroba é a responsável pelo abastecimento de água e coleta de esgoto em Campo Grande e se manifestou favorável a prestação do serviço para atender as novas moradias dos loteamentos, que tem uma estimativa de consumo de água da ordem de 150l/dia por habitante.

REDE DE ÁGUA E ESGOTO

Implantação da rede água na 1ª faseFonte: Arquivo Setpar.

Drenagem implantada na 1ª faseFonte: Arquivo Setpar

PAVIMENTAÇÃO DAS VIAS

Pavimentação de vias da 1ª faseFonte: Arquivo Setpar.

O empreendimento será entregue com todas as suas ruas pavimentadas e sinalizadas em conformidade com os projetos aprovados pela Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Todas as vias dos loteamentos receberão rede de drenagem e bacias de amortecimento cuja função é retardar o lançamento das águas de chuva nos córregos e contribuir para evitar enchentes.

DRENAGEM

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4. ASPECTOS LEGAIS

A anál ise dos aspectos legais e

institucionais deste estudo de impacto

ambiental e seu relatório de impacto

ambiental têm como principal objetivo

demonstrar a conexão da implantação do

empreendimento com a legislação vigente,

em suas três esferas (federal, estadual e

municipal), as quais disponibilizam os

instrumentos protetivos e os três elementos

de tutela do meio ambiente, quais sejam:

civil, penal e administrativa. A t u t e l a a d m i n i s t r a t i v a a q u i

demonstrada com o estudo de impacto

ambiental e seu respectivo relatório cam

identicados como institutos fundamentais

para a manutenção de um meio ambiente

e c o l o g i c a m e n t e e q u i l i b r a d o e o

a t e n d i m e n t o à f u n ç ã o s o c i a l d a

propriedade. Esses dois institutos são direitos

fundamentais da pessoa humana muito

positivados pela Constituição Federal de

1988 e aqui devidamente respeitados.O empreendimento a ser implantado,

denominado Loteamento Padrão – Tipo L1,

atende as normas vigentes, busca o

equil íbrio e conexão entre homem e

sociedade, a proteção e conservação do

meio ambiente em todas as suas formas.As 4 (quatro) fases do empreendimento

estão em consonância com as normas

vigentes, sendo que a 1ª Fase condescende

à Lei Complementar nº 74/2005; a 2ª Fase, a

Lei Complementar nº 263/2015 – PLDE e as 3ª

e 4ª Fases, a Lei Complementar nº 341/2018.Foram realizados todos os estudos

pertinentes ao caso, ou seja, alternativas,

condições socioeconômicas da região,

características ambientais da área, possíveis

impactos negativos e positivos decorrentes

da implantação dos loteamentos e estes

mostraram-se favoráveis a execução do

projeto. O princípio constitucional da função

social da propriedade foi observado com a

implementação do loteamento, isto é, dá-se

à terra ‘‘nua e crua’’ lugar a lotes e moradias

para a população.A obediência aos Princípios Gerais do

D i r e i t o e à s n o r m a t i v a s d o E s t a d o

Democrático de Direito, também aos

P r i n c í p i o s d o D i r e i t o A m b i e n t a l ,

p rec ipuamente, o da P revenção e

Precaução, nos levaram a concluir que, o

ESTUDO de IMPACTO AMBIENTAL e seu

respect ivo RELATÓRIO de IMPACTO

AMBIENTAL alcançarão o melhor resultado

e m a t e n d i m e n t o a o p r i n c í p i o d o

desenvolvimento sustentável, ou seja, a

prosperidade econômica e social deve estar

em consonância com a preservação e

conservação do meio ambiente para a

presente e futuras gerações.

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5. COMPATIBILIDADE COM PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS CO-LOCALIZADOS

O empreendimento, visando sua

implantação de forma integrada com a

situação atual e futura da região, teve a

preocupação de buscar junto às instituições

públicas informações quanto à existência de

planos, programas e projetos em fase de

planejamento, elaboração e execução para

a localidade, de forma a permitir tomada de

decisão pela equipe técnica responsável

o b j e t i v a n d o s e m p r e h a r m o n i z a r o

empreendimento com as ações do poder

público e o desenvolvimento de um projeto

de urbanização da área que contribua com

essas ações.No planejamento do empreendimento

alguns aspectos foram fundamentais para

concepção do projeto e buscamos não

obstar qualquer ação futura do poder

públ ico e s im oferecer as melhores

c o n d i ç õ e s p a r a o p r o c e s s o d e

desenvolvimento da região. As áreas de preservação permanente

junto ao córrego Lagoa que margeia a

área, foram caracterizadas, delimitadas e

s e r ã o c e r c a d a s p a r a s u a m e l h o r

preservação. No futuro poderão integrar

parques lineares e servir ao convívio da

futura população.O planejamento da malha viária dos

loteamentos, além de seguir as diretrizes do

município, foi pensado para promover a

integração entre os bairros lindeiros e

melhorar sua conectividade com a região e

a cidade. Essa integração em todas as

direções oferecerá condições adequadas

ao gestor público para organização do

tráfego local. permitindo um melhor

planejamento do transporte público para

toda região. A legislação que regula atividade de

loteamento obriga a previsão de áreas

destinadas a equipamentos comunitários e

nosso projeto contempla esta demanda

o f e r t a n d o e s p a ç o s d i s t r i b u í d o s e

dimensionados adequadamente para

futuros investimentos em educação, saúde,

segurança pública, lazer, assistência social,

etc. O projeto como um todo é compatível

com a transformação pela qual passa o

local de sua implantação e pode contribuir

com qualquer plano, programa ou ação do

p o d e r p ú b l i c o q u e b u s q u e o

desenvolvimento da área.

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Os limites das áreas de inuência de um empreendimento são denidos como a região que será afetada, d i reta ou indiretamente, pelas ações a serem desenvo lv idas nas fases p rév ia , de instalação e operação de uma atividade, s o b r e o s m e i o s f í s i c o s , b i ó t i c o s e socioeconômicos.

Nes te es tudo, observaremos os impactos positivos e negativos dos meios físico e biótico agrupados em uma mesma área de inuência e os impactos dos meios

6. ÁREAS DE INFLUÊNCIA

A ADA foi denida em comum para os meios físico, biótico e socioeconômico, sendo a porção territorial representada pelo limite da gleba dos loteamentos e suas vias de acesso. A área reservada para o canteiro de obra está dentro do limite a área da SETPAR.

ÁREA DIRETAMENTE AFETADA - ADAsocioeconômicos destacados por diferirem dos demais pela sua área de abrangência.

Esta divisão dos meios justica-se, pois os impactos no meio físico e biótico tem u m a a b r a n g ê n c i a m a i s r e s t r i t i v a , de l imi tando-se ao máx imo à bacia hidrográca ao qual o empreendimento será instalado. Já os impactos no meio socioeconômico poderão ser observados mais precisamente no bairro onde este estará localizado, como também em todo o município.

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Para os meios físico e biótico o e m p r e e n d i m e n t o p o d e r á c a u s a r modicações diretas, tanto positivas quanto negativas, nas microbacias às quais os loteamentos então inseridos. Para delimitação da AID foram consideradas duas microbacias hidrográcas da bacia do córrego Lagoa onde a área em estudo está inserida, nomeadas de MBH 1 e MBH 2, representadas na Figura abaixo.

MEIOS FÍSICO E BIÓTICO

Do ponto de vista socioeconômico a implantação dos loteamentos deve inuenciar diretamente nos bairros Caiobá, Tarumã, Coophavila II e Batistão. Esses bairros por serem lindeiros ou próximos da área farão c o n e c t i v i d a d e d i r e t a c o m o empreendimento através de novos acessos e permitirá que os novos moradores usufruam das infraestruturas viárias, dos transportes públicos, da educação, saúde, lazer, comércio e serviços já existentes na região. Especicamente a segunda fase do loteamento foi aprovada com base na lei que instituiu o Plano Local para Qualicação dos Polos de Desenvolvimento Econômico –

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA - AID

MEIO SOCIOECONÔMICO

PLDE e portanto também foi considerado o Polo Empresarial Oeste como área de inuência direta, já que um dos objetivos deste plano é a aproximação de mão-de-obra com o polo empresarial.

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Foi considerada toda a área urbana do município de Campo Grande como área de inuência indireta no meio socioeconômico, pois este irá receber os benefícios que surgirão com o projeto e implantação do empreendimento, como por exemplo, geração de emprego, renda e tributos de toda natureza.

MEIO SOCIOECONÔMICO

ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA - AII

Foi adotado o conceito de bacia hidrográca para a delimitação da área em estudo. No entanto foram consideradas somente as área das microbacias do córrego Lagoa, onde o empreendimento está inserido e toda sua extensão, a jusante da área, conforme observado na Figura abaixo.

MEIOS FÍSICO E BIÓTICO

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7.1.QUALIDADE DO AR

7. DIAGNÓSTICO

AMBIENTAL

O padrão de qualidade do ar dene legalmente um limite máximo para a concent ração de um componente atmosférico que garanta a proteção da saúde e do bem estar das pessoas.

São estabelecidos dois tipos de padrões de qualidade: os primários e os secundários. São padrões primários de qualidade do ar as

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c o n c e n t r a ç õ e s d e p o l u e n t e s q u e , ultrapassados, poderão afetar a saúde da população e podem ser entendidos como níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo.

Os padrões secundários de qualidade do ar são as concentrações de poluentes

atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e à ora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo.

A área do empreendimento fo i monitorada nos dias 03 e 04 de novembro de 2018 pela empresa Anantecn-Análise Tecnológica LTDA e os resultados indicaram padrões de qualidade do ar atendendo todos os itens da Resolução CONAMA nº03 de 28 de junho de 1990, que é instrumento regulador da matéria.

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7.2. QUALIDADE DA ÁGUA

O levantamento a campo teve como

objetivo avaliar a qualidade das águas

superciais do córrego Lagoa. As coletas

para as análises laboratoriais das águas

superciais foram realizadas pela empresa

Anambí Anál i ses Ambientais no dia

31/10/2018 sendo avaliados ao total 27

parâmetros entre indicadores de qualidade

físicos, químicos, biológicos e inorgânicos de

dois pontos localizados a montante e jusante

da área.

O s l a u d o s a p r e s e n t a d o s f o r a m

comparados com as legislações vigentes,

Resolução CONAMA 357/2005, e CECA MS

Nº036/12 sendo também calculados o

Índice de Qualidade da Água- IQA, que hoje

é o principal índice de qualidade da água

utilizado no país.

Parâmetros monitorados no córrego Lagoa

Monitoramento das águas superciais

ponto a montante e jusante De todos os parâmetros analisados

para indicador de qualidade química, o

cobre dissolvido, o nitrato e óleos e graxas

apresentaram-se com valores acima do

máximo permitido nos dois pontos. Nos

demais parâmetros avaliados, todos se

encontravam com valores de referência

em conformidade com as legislações

aplicáveis. O IQA do ponto a montante

apresentou valor de 69 e 73 a jusante,

sendo considerados como água de

qualidade boa segundo dados da Cetesb.

Medição de vazão no córrego Lagoa

A medição da vazão foi realizada

pela empresa Anambí Análises Ambientais

no dia 31/10/2018 no córrego Lagoa. Os

resultados apurados foram:

P1 – Córrego Lagoa ponto a montante: Q = 1.859,37 m3/h;

P2 – Córrego Lagoa ponto a jusante. Q = 2.054,24 m3/h;

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O clima é o conjunto de variações do tempo de um local, sendo classicado após longas observações dos fenômenos atmosféricos.

Para determinação dos valores médios, máximos e mínimos da temperatura, umidade, pressão atmosférica, precipitação, velocidade e direção dos ventos foram u t i l i z a d o s o s d a d o s d a E s t a ç ã o Meteorológica Automática de Superfície – EMA de Campo Grande (MS), pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados analisados datam de 11/09/2001 à 31/10/2018.

O v a l o r m é d i o o b s e r v a d o d a temperatura é de 23,7ºC tendo sido registrada a menor temperatura média horária 4ºC em junho de 2011 e a maior foi de 39,8ºC em outubro e 2014.

O município é caracterizado por verões chuvosos e invernos secos, sendo as menores

umidades registradas nos meses de julho, agosto e setembro enquanto que os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março apresentam maiores valores. A umidade média é de 68% tendo seu valor mínimo registrado em setembro de 2017, atingindo 10%.

A média acumulada anual de chuva é superior a 1.400mm ano, porém essa se apresenta com distribuição desuniforme, ocorrendo em maior volume entre os meses de outubro e abril, com menor ocorrência em agosto.

No período de junho até outubro, os valores médios de velocidade do vento são superiores aos demais meses do ano. No mês de setembro obtemos o maior valor médio observado em relação aos demais meses. A direção predominante dos ventos é no quadrante Norte (N), seguido do Nordeste (NE) e Leste (E).

7.3. CLIMA

Direção predominante dos ventos de setembro de 2001 até outubro de 2018

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7.4. SOLO

Os trabalhos empreendidos neste es tudo t i ve ram por base pesqu i sas bibliográcas e cartográcas de caráter regional. Após, mediante a execução de sondagens de investigação de subsolo e trabalhos de campo atingiu-se o nível local, onde o detalhamento geológico permitiu sua integração com os outros p a r â m e t r o s a m b i e n t a i s e c o m a s atividades de implantação e operação do

projeto, possibilitando uma adequada avaliação dos impactos ambientais e seu controle.

Visando um melhor reconhecimento do manto de intemperismo que recobre a área, sua constituição e a determinação dos níveis freáticos, foram realizados pela empresa GEOTEC 25 furos de sondagem, denominadas de Sondagens de Simples Reconhecimento de Subsolo.

Geologia local com contatos inferidos

Em linhas gerais as sondagens atingiram uma profundidade máxima de 15,0 metros, permitindo o reconhecimento do grau de compacidade do material perfurado, bem como sua composição em termos texturais.

Analisando tais sondagens e o material de decomposição foi possível observar que a área do empreendimento é composta por duas litologias diferenciadas: uma inferior que constitui o arcabouço Geológico local, Formação Serra Geral; e outra superior, que recobre a anterior, Grupo Caiuá.

Este fato pode ser deduzido a partir da o b s e r v a ç ã o q u e n a s p o r ç õ e s topogracamente mais elevadas as sondagens perfuraram uma camada Areno-Arg i losa, abaixo da qual fo i encontrada uma camada Argilo-Siltosa. A camada supercial corresponde ao material intemperizado sobre o Arenito do Grupo Caiuá enquanto que a camada infer ior corresponde ao mater ial de decomposição do Basalto da Formação Serra Geral.

GEOLOGIA

Como base nos levantamentos g e o l ó g i c o s , g e o m o r f o l ó g i c o s e d e sondagens, foi possível observar que o manto de decomposição predominante na área do empreendimento apresenta composta por um material Areno-Argiloso, oriundo da decomposição de uma na camada de Arenito.

E s te mater ia l ocor re nos loca i s topogracamente mais elevados e com características planas com suave inclinação para sul e para leste. Apesar desse material apresentar baixa resistência a processos erosivos, o fato de o relevo apresentar-se mais plano reduz essa possibilidade, desde que tomadas medidas de controle.

Nos locais topogracamente mais baixos, onde as declividades são maiores o mater ial do manto de intemperismo apresenta-se mais Argilo-Siltoso, originado a partir da decomposição do Basalto. Estas áreas, apesar de apresentarem maior resistência a processos erosivos, devido à sua declividade podem ser afetadas pelos mesmos.

Com relação à inltração de água, foram realizados oito testes de inltração, os quais demonstraram que o terreno em linhas gerais apresenta inltração vagarosa o que signica que pode ocorrer um aumento do escoamento das águas superc ia i s potencializando processos erosivos.

GEOTECNIA

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HIDROGEOLOGIA

Como descrito no tema geologia, a área de estudo apresenta-se composta por uma na camada do arenito Caiuá, que at inge no máx imo 10 ,45 met ros de profundidade, não se constituindo num aquífero profundo, apenas recebendo as águas consideradas freáticas.

No entanto toda a extensão do

loteamento SETPAR pode atingir dois sistemas aquíferos: um supercial, Serra Geral e outro mais profundo, Guarani. É possível o b s e r v a r q u e a s p r o f u n d i d a d e s predominantes se encontram acima de 4 , 0 m e a b a i x o d e 4 , 5 m , h a v e n d o ocorrências mais profundas, a 6,54m e mais rasas, a 1,64m.

Mapa de profundidades do Lençol FreáticoGeoprocessamento: Nogueira, 2018

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GEOMORFOLOGIA

Em termos locais a área do loteamento está localizada na bacia hidrográca do c ó r r e g o L a g o a e a p r e s e n t a predominantemente um relevo planáltico, com altitudes variando entre 532,0 metros na porção noroeste a 490,0 metros na porção leste, ao longo do córrego Lagoa.

Avaliando a topograa local é possível ident i ca r t rê s un idades de re levo diferenciadas

1 – Relevo de Planalto: predominante n a á r e a , o n d e a s c u r v a s d e n í v e l

apresentam-se d i s tantes ind icando declividades abaixo de 5%.

2 – Relevo de Vertente Inclinada: que ocorre fazendo a ligação entre a porção mais elevada do terreno e a porção mais baixa, onde se localiza o córrego Lagoa. Esta área apresenta declividades maiores e ocorre na porção leste do empreendimento.

3 – Relevo de Fundo de Vale: ou planície aluvial, que corresponde à porção p l a n a o n d e o c o r r e m o s d e p ó s i t o s aluvionares do córrego Lagoa.

Compartimentação topográca local mostrando as unidades de relevoGeoprocessamento: Nogueira, 2018

Os pers demonstram a predominância das áreas mais planas ao lado das áreas com maior declividade, que fazem a l igação com o fundo de vale. Essa visualização permite observar os locais de maior decl iv idade, su je i tos a maior intensidade de processos erosivos e que

devem sofrer intervenção das obras de engenharia com maior cuidado. Devem ser implantados sistemas de captação e escoamento das águas pluviais de forma a não ocorrerem impactos negativos quanto aos aspectos erosivos, bem como sistemas de bacias de contenção dessas águas.

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No levantamento de reconhecimento dos solos das áreas, foram identicados os Latossolos Vermelhos Amarelos, Latossolos Vermelhos e os Neossolos Regolíticos, de acordo com o S is tema Bras i le i ro de Classicação de Solos.

Fo i e fe tuado levantamento da susceptibilidade a processo erosivo do solo e

identicou-se que a classe Moderada ocorre em 53% da paisagem e Moderada a Forte em 43% e a Áreas de Acumulação em 4% .

Tais informações permitem concluir que a respeito da pedologia o loteamento é viável, devendo ter associado um projeto de drenagem de águas pluviais para evitar processos erosivos na fase de implantação.

PEDOLOGIA

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7.5. VEGETAÇÃOA região está inserida no bioma

Cerrado e as formações vegetais ocorrentes na propriedade correspondem a uma tosionomia de vereda, mata ciliar e em sua maior parte é composta por área de pastagem com poucos indivíduos arbóreos.

A área de vereda apresenta os três estratos característicos de tal formação sendo herbáceos, arbustivo-arbóreos, bem conservados, com espécies comumente encontradas neste ambiente.

A presença desses ecossistemas com características naturais, dentro do perímetro urbano, oferece aos habitantes do município um contato maior com a biodiversidade local e confere beleza a paisagem. No planejamento do empreendimento buscou-

se conservar recursos e áreas prioritárias e protegidas de forma a preservar fragmentos vegetais, possibilitando a conexão de corredores ecológico para abrigo de fauna, uma vez que existência destas está restrita a estes fragmentos.

Foram encontradas no levantamento orístico e tossociológico várias espécies arbóreas, dentre elas, Pesseigueiro-do-mato, P a u - p o m b o , B a n a n a - d e - m a c a c o , Burit i ,Marolo-do-cerrado, Pimenta-de-macaco, Assa-peixe, Caraguatá e outras.

Todas as espécies encont radas apresentam importante papel ecológico na comunidade, seguido de potencial uso medicinal, alimentício e econômico, sendo a maioria utilizada em mais de uma categoria.

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N e s t a e t a p a , r e a l i z a m o s o levantamento da Herpetofauna (anfíbios e répteis), Avifauna( aves), Mastofauna (mamíferos) e Ictiofauna (peixes) local, a m de atualizar a lista de espécies existentes e caracterizar o estado atual de ocorrência desses grupos na área de estudo. Nós realizamos junto ao levantamento no campo, a busca por informações e dados de l iteratura sobre as possíveis espécies r e g i s t r a d a s p a r a a á r e a d o empreendimento.

Anfíbios: Sapo Boi (04); Perereca (03).Répteis: Teiú gigante (01); Calango

(abundante).Aves: 37 espécies, dentre elas, João-de

Barro, Pardal, Choca-Barrada, Anu-Branco, Bem-te-vi, Arara-Canindé, Saí-Azul, Sabiá-Laranjeira, Andorinha, Rolinha, Quero-Quero, e outras.

Mamíferos: 07 espécies, dentre elas, Sagui, Capivara, Cutia, Quati e Tatu-Peba.

Peixes: 03 espécies, dentre elas, Mandi, Lambari e Cascudo.

Com o levantamento dos grupos de fauna podemos concluir que apesar de estar inserida em uma área urbana e sofrer constantemente com problemas de antropização, a área de estudo ainda abriga uma considerável diversidade de fauna e não foi identicada nenhuma espécie ameaçada de extinção.

7.6. FAUNA

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7.7.RECURSOS HÍDRICOSOs recursos hídricos próximos às áreas a

serem loteadas são o córrego Lagoa e alguns de seus auentes sem denominação, os quais fazem divisa com a propriedade. Três auentes têm suas nascentes próximas à área da SETPAR e assim como o córrego Lagoa, foram caracterizados e realizadas d e l i m i t a ç õ e s d a s s u a s á r e a s d e preservação permanente e consideradas no projeto do empreendimento.

O enquadramento dos corpos hídricos ocorreu prel iminarmente através da Resolução CONAMA n.º 357, de 17 de março de 2005, Deliberação n.º 036 de junho de 2012 do Conselho Estadual de Cont ro le Ambienta l – CECA/MS e Resolução n.º 18 de dezembro de 2012 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH/MS o qual enquadra o Córrego Lagoa e seus auentes, desde suas nascentes até

s u a c o n u ê n c i a c o m c ó r r e g o s e m denominação na travessia do Macro Anel Rodoviário, cou denido como Classe 2.

O córrego Lagoa apresenta leito bem denido apesar de variação de sua largura, com presença de áreas de veredas, as quais são caracterizadas, segundo o Código Florestal, por tosionomia de s a v a n a , e n c o n t r a d a e m s o l o s hidromórcos, usualmente com a palmeira a r b ó r e a M a u r i t i a e x u o s a - b u r i t i emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas.

Na faixa brejosa, ident ica-se a ocorrência de nascentes difusas de baixa vazão. Essas nascentes não aoram de maneira concentrada, nem formam um c a n a l d e n i d o , m a s d i s p e r s a m n a superfície do terreno e alimentam o uxo d'água do córrego.

A mata ciliar está bem preservada, contudo existem alguns pequenos acessos de pedestres para banho pelo lado da

Avenida Doutor Nasri Siu e também uma área onde houve supressão vegetal para passagem de um emissário de esgoto, que tem como destino uma estação elevatória, e x e c u t a d o s n a p r i m e i r a f a s e d o loteamento (Bela Laguna).

Um auente do córrego Lagoa, além dos limites da área, ao norte, identicamos u m a á r e a d e n a s c e n t e , c o m características de vereda, que, a partir de ce r to t recho , segue fo rmando um pequeno leito, até atingir o curso principal do córrego Lagoa.

A o e s t e d a á r e a d e e s t u d o , identicamos uma extensa área de vereda, cabeceira de nascentes de outro braço do córrego Lagoa, localizada na propriedade vizinha. Essas águas abastecem o córrego Lagoa à jusante, já em área rural do município e ao sul podemos observar uma outra área úmida a qual faz parte de outra nascente, que logo que se forma, atravessa a rodovia e abastece o córrego Lagoa a jusante da área.

Recursos hídricos presentes na área em estudo e nas

propriedades vizinhas

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A região está estrategicamente próxima ao Polo Industrial Oeste Nelson Benedito, que abriga pequenas indústrias, a t a c a d i s t a s e d i s t r i b u i d o r a s , c o m capacidade elevada na geração de emprego e renda.

A Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia (SEDESC), desenvolve sua política econômica no município e tem na

região, em processo de implantação, o Terminal Intermodal de Cargas e o Polo Orgânico que juntos se constituirão em novos centros de emprego.

Possui em sua área de inuência indireta a Unidade II do Frigoríco JBS com capacidade de abate diário de cinco mil c a b e ç a s e a l t o p o t e n c i a l d e empregabilidade.

7.10. ECONOMIA

7.9. SÍTIOS ARQUEOLÓGICOSOs estudos mostraram o rico Patrimônio

Cultural das áreas de inuência direta e indireta sendo este das mais variadas categorias. Ao pesquisarmos sobre os sítios arqueológicos cadastrados no município, temos um total de 36 sítios cadastrados no CNSA (Cadast ro Nacional de S í t ios Arqueológicos) do IPHAN até o ano de 2014.

Na área diretamente afetada pelo

loteamento SETPAR não foi localizado nenhum bem regist rado segundo o levantamento em fontes secundárias. Os resultados poderão se apresentar de forma divers icada a part i r das pesquisas interventivas na área que serão iniciadas após obtenção de portaria a ser publicada pelo IPHAN.

7.8. RUÍDOSO presente relatório busca apresentar

os níveis de pressão sonora nos limites da área da empresa SETPAR, realizados pela empresa Anantecn – Análise Tecnológica, nos dias 03 e 04 de novembro de 2018, em 06 pontos de monitoramento a m de comparação dos resultados com os limites máximos atribuídos pela NBR 10.151/2000, bem como a Lei Municipal Complementar 08/1996.

O s r e s u l t a d o s d a s m e d i ç õ e s comparados com os l imites da NBR 10151/2000 concluiu que quatro dos dois pontos de medição no período diurno atendem à norma. No entanto os resultados de dois pontos, no mesmo período, ultrapassaram os limites previstos, haja vista que estes estão próximos à rodovia e absorvem os ruídos do tráfego de veículos. Já em relação ao período noturno, podemos concluir que os valores obtidos encontram-se todos em conformidade com

a norma.Com relação à Lei Complementar

Municipal 08/1996, dois pontos monitorados no período matutino, três pontos do período vespertino e cinco pontos do noturno apresentaram desconformidade com a legislação. O campo aberto e a existência de insetos noturnos auxiliam na alteração destes valores máximos permitidos.

Podemos observar que a legislação municipal é mais restritiva 5 decibéis nos períodos vespertino e noturno, fazendo com que vários pontos que estavam sendo atendidos na NBR 10151/2000 cassem fora dos limites exigidos pela Lei Complementar Municipal 08/1996.

Concluímos citando que a natureza do empreendimento em estudo não se constitui numa fonte de ruído, sendo os níveis de pressão sonora levantadas já existentes na área em seu estado atual.

7.11. POPULAÇÃOA população de Campo Grande

estimada para 2018 é de 885.711 habitantes e densidade demográca de 97,22 hab/ha . Na região do empreendimento no ano de 2010, nos Bairros Caiobá, Coophavila II, Tarumã e Batistão, a população levantada foi de 34.874 habitantes com densidade de

19,62 hab/ha. O empreendimento vai implantar

aproximadamente 5.196 novos lotes e estima-se um incremento populacional na região, no horizonte de 2035, da ordem de 13.344 novos moradores e uma elevação na densidade para 35,77 hab/ha.

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7.13. TRANSPORTETransporte público é parte essencial de

uma cidade e deve constituir o meio de locomoção primário, garantindo o direito de ir e vir de seus cidadãos, além de contribui para a diminuição da poluição do ar e sonora, do consumo de combustíveis fósseis não renováveis e para a melhoria da qualidade de vida urbana.

A região agrupa uma parcela da população com baixa renda, assentada em bairros com pouca infraestrutura, distante do centro da cidade, convivendo com a difícil necessidade de depender de um transporte público que não faculta boa mobilidade urbana.

A região, como toda a cidade é

ass ist ida pelo S istema Integrado de Transportes – SIT e conta com 1 (um) terminal de transbordo, o Terminal Aero Rancho situado na Av. Guinter Hans.

O empreendimento ofe r ta rá as melhores condições para todos os meios de locomoção público e privado, pois contará com infraestrutura de qualidade e uma malha viária integrada à existente no seu entorno, podendo distribuir o tráfego em todas as direções.

O p r o j e t o c o n t e m p l a e s p a ç o s destinados a equipamentos públicos onde poderão ser implantados novos terminais de transbordo, sinalização viária vertical e horizontal em todas as suas ruas e avenidas.

7.14. EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOSOs equipamentos comunitários são

fundamentais para o ordenamento urbano, criando ambientes de maior qualidade e com coerente distribuição sócio espacial. As c a r a c t e r í s t i c a s d o e n t o r n o , o dimensionamento da capacidade de atendimento das políticas sociais e a acessibilidade desses equipamentos são partes de um planejamento criterioso de ocupação.

Neste estudo foram identicados todos os equipamentos comunitários existentes no

O sistema viário na região é composto por ruas em sua maioria não pavimentadas, porém tem também a presença de vias estruturais pavimentadas que permitem o bom uxo de veículos em todas as direções, servem de linha dos transportes públicos e apresentam bom nível de serviço.

O acesso principal ao empreendimento se dá através da interligação das Av. Mário Madeira e Av. Nasri Siu por ponte em concreto sobre o córrego Lagoa, executada pela empresa SETPAR, integrando o local com vias que permitem o deslocamento de

7.12. SISTEMA VIÁRIO

entorno do empreendimento e avaliadas suas capacidades atuais de atendimento a população, constatando estar essa saturada em todos os itens e sem condições de absorver novas demandas.

O p r o j e t o u r b a n í s t i c o d o empreendimento contempla a doação de áreas públicas sucientes para futuras construções dos equipamentos urbanos sociais como escolas, creches, unidades de saúde, assistência social e lazer.

seus moradores em todas as direções da cidade. Até sua conclusão, acessos como da Rua Poente na porção oeste da área receberão pavimentação no trecho que se conecta com a Rua Cachoeira do Campo e o prolongamento da Av. Nova América estará implantado.

Esses acessos principais são compostos em sua maioria por vias do tipo Arterial Tipo 1, Tipo 2 e Coletoras que possuem caixa de 33m, 23m e 18m respectivamente e com capacidade de tráfego da ordem de 1.300 a 2.600 veículos por hora.

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7.15. PESQUISA DE OPINIÃOCompreender os pontos positivos e

negativos observados pela população local a respeito do empreendimento na região é fundamental para sua implantação em harmonia com o coletivo.

A pesquisa de opinião foi realizada com 53 moradores dos bairros vizinhos, sendo 13

dos Bairros Caiobá, Batistão e Tarumã, totalizando 39 e 14 do Bairro CoophavilaII.

Os entrevistados possuíam entre 16 e 78 anos, sendo o nível de escolaridade 6% analfabeto, 45% de ensino fundamental, 38% ensino médio e 11% nível superior.

O s r e s u l t a d o s d a p e s q u i s a demonstraram de forma ampla a aceitação da primeira fase do empreendimento (loteamento Bela Laguna) pela população

local e suas boas expectativas em relação a continuidade do processo de urbanização da região e a qualicação daquele espaço urbano.

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FP (Fase planejamento) / FI (fase instalação) / FO (fase operação) / POS (Positivo) / NEG (Negativo)

8. IMPACTOS AMBIENTAISImpacto ambiental é o resultado da alteração que ocorre no meio ambiente como um

todo ou de algum dos seus fatores, decorrente da atividade humana.

O EIA/RIMA têm como objetivo identicar os impactos positivos e negativos decorrentes da implantação e operação de um empreendimento, prevenir possíveis danos e potencializar os ganhos ambientais e socioeconômicos.

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9. PROGRAMASOs programas ambientais são instrumentos que visam o acompanhamento e monitoramento dos possíveis impactos ambientais, de forma a permitir intervenções de maximização ou mitigação, caso necessário. A seguir constam os programas que serão apresentados para aprovação na fase da licença de instalação do empreendimento, sendo executados durante e após a implantação das obras.

A implementação deste programa se justica pela necessidade de controlar e

gerenciar os impactos associados às emissões atmosféricas, euentes líquidos e resíduos sólidos gerados na implantação da atividade a ser realizada, sendo fator

determinante nos esforços de preservação da qualidade do ambiente.

Este programa tem por objetivo a revegetação, o enriquecimento e a proteção das áreas de preservação

permanente dos corpos hídricos na área do empreendimento além de recuperar

processos erosivos.

O intuito deste programa ambiental é sensibilizar, conscientizar e capacitar os trabalhadores que atuarão na fase de

instalação do empreendimento, acerca da problemática ambiental realizando orientações sobre a execução de suas

tarefas, que sejam capazes de identicar, prevenir e solucionar problemas

ambientais, com foco na sustentabilidade.

O objetivo principal deste programa é estabelecer e consolidar ações que permitam um efetivo controle dos

processos erosivos realizando a vericação da existência eventual de

indícios de forma a permitir ações imediatas de correção.

Programa de educação ambiental para o canteiro de obras:

Programa de monitoramento e controle dos processos erosivos e assoreamento:

Programa de controle de poluição:Programa de revegetação e controle

de processos erosivos em área de APP

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Page 31: RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL · CONTATO: Leonardo Carrazzone Lopes EMAIL: lcl@emais.com 1.2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR JMD2 PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA CNPJ: 13.881.971/0001-30

10. CONCLUSÕESO empreendimento foi pensado na

qualicação do espaço urbano da região e sua proposta conjuga e harmoniza aspectos sociais, econômicos e ambientais, contemplando um projeto de parcelamento dotado de toda infraestrutura de serviços públicos e espaços de lazer. Essas condições favorecerão a demanda de consumo de bens, serviços e materiais que contribuirão para a geração de emprego, renda e aumento da arrecadação de tributos.

A urbanização da área promoverá transformações estruturais na região e induzirá investimentos públicos e privados em toda sua área de inuência direta e indireta, sendo, em melhorias no sistema viário, na mobilidade urbana, em novas linhas de transporte coletivo, na ampliação dos equipamentos comunitários, no surgimento de novas atividades econômicas e na geração de novas frentes de emprego e renda. Esse último, por interesse de investidores, principalmente do segmento do comércio, para instalação de suas empresas destinadas a suprir as necessidades básicas da população local, ev i tando as s im a necess idade de seu deslocamento para outros bairros.

A primeira fase do empreendimento, o loteamento Bela Laguna, já s inal izou a qualidade da proposta e pode ser observada na infraestrutura de saneamento básico, energia e l é t r i c a , d r e n a g e m e p a v i m e n t a ç ã o implantadas e no processo de ocupação qualicada com moradias planejadas e de padrão popular para médio.

Do ponto de vista do setor imobiliário o diagnóstico traduz os fatores que contribuem para a valoração da área e em decorrência das melhorias previstas e descritas, podemos induzir que ocorrerá a valorização dos imóveis nos bairros circunvizinhos.

A SETPAR tem em suas premissas o desenvolvimento de projetos que conjuguem qualidade com condições acessíveis de

aquisição em consonância com o público alvo e no caso, os estudos apontaram a assertiva do empreendimento com um novo conceito em urbanização de áreas periféricas, com oferta de um produto adequado ao consumo da população.

As condições de urbanização, qualidade de infraestrutura e posição geográca dos loteamentos contribuirão signicativamente para integração do sistema de transporte na região permitindo a implantação de novas linhas e melhoria na conectividade dos bairros existentes com outros e toda a cidade. O poder público tem responsabilidades constitucionais e deve se empenhar na promoção da inclusão social de todas as parcelas da sociedade e o transporte é fundamental neste papel.

A urbanização da área promoverá a oferta de novos meios de acesso a todos os bairros existentes, através de um sistema viário de qualidade, com ruas pavimentadas, sinalizadas e e s t i m u l a r á o d e s e n v o l v i m e n t o socioeconômico da região e ainda ações do poder público quanto a melhorias nas vias lindeiras. Com isso ocorrerá a conectividade c o m t o d o s o s b a i r r o s v i z i n h o s e , consequentemente com a cidade como um todo, rompendo assim o isolamento da região.

O volume de tráfego levantado nas principais vias na área de inuência, comparado a capacidade das vias planejadas para o empreendimento, demonstraram que essas últimas apresentam condições favoráveis para contribuir com a redução do tráfego em determinados pontos da região e de absorver a demanda oriunda daquela localidade.

Quanto ao prognóst ico ambiental , referente aos aspectos físicos, os impactos relativos à movimentação de terra devem ser minimizados de forma a evitar os impactos decorrentes da formação do processo erosivo, os quais devem ser controlados e mitigados.

Na área pedológica os impactos seriam na redução da inltração de água no solo devido a impermeabilização de parte do terreno e a alteração nas dinâmicas das águas pluviais, nas fases de imp lantação e operação do loteamento. A área do loteamento apresenta susceptibilidade moderada a processos erosivos em 53% da gleba e moderada a forte em 43%.Tais informações permitem concluir que a respeito da pedologia o loteamento é viável, devendo ser associado a um projeto de drenagem de águas pluviais para evitar esses processos na fase de sua implantação.

N o t o c a n t e a o s r e c u r s o s h í d r i c o s s u p e r c i a i s , c o n s i d e r a - s e q u e o empreendimento deverá assumir medidas visando evitar que a implantação do mesmo venha a causar impactos irreversíveis.

A área tem na sua divisa leste o córrego Lagoa com previsão de implantação de um Parque Linear pelo poder público como parte do projeto denominado Complexo do Lagoa e este será fator de transformação para região, qualicando a paisagem e propiciando bem estar aos moradores locais. O empreendimento receberá arborização em todas as avenidas que permeiam o loteamento, de modo a oferecer aos futuros moradores espaços com beleza estética, com clima mais ameno, com sombreamento, com proteção contra os ventos, contra o barulho, com melhor absorção de raios solares e controle da poluição atmosférica, promovendo assim o equilíbrio entre espaços urbanizados e os elementos da natureza, gerando uma paisagem urbana de qualidade e preservando o patrimônio natural local.

As áreas de preservação permanente que ladeiam o córrego Lagoa serão cercadas e sinalizadas como orientação aos futuros moradores quanto à importância de sua preservação e também permi t i rá sua regeneração natural e o aumento dos grupos

faun í s t icos ex i s tentes e levantados no diagnóstico.

Em relação às unidades de conservação, não se observa a ocorrência de UC's no interior d a á r e a d i r e t a m e n t e a f e t a d a p e l o empreendimento.

Os estudos arqueológicos ainda estão em fase de autor i zação do IPHAN para o d i a g n ó s t i c o i n t e r v e n t i v o n a á r e a d o empreendimento, os quais posteriormente irão identicar vestígios e/ou sítios arqueológicos na área de pesquisa.

C o m r e l a ç ã o a o s e q u i p a m e n t o s comunitários, de acordo com o diagnóstico apresentado, o empreendimento poderá afetar o atendimento a população existente, apesar da ocupação em longo prazo. Áreas públicas para instalação de tais serviços pelo poder público estão previstas no projeto.

O abastecimento de água potável e a coleta e tratamento de esgotamento sanitário estão previstos conforme projetos a serem aprovados pe la concess ionar ia Águas Guariroba para todos os loteamentos até sua ocupação plena.

O empreendimento foi planejado de forma a atender a legislação vigente e aos interesses da coletividade, promovendo uma adequada ocupação de um espaço privado urbano, garantindo a manutenção dos acessos públicos e incentivando o uso de mão-de-obra local para a implantação dos loteamentos.

Por m considerando o atendimento à legislação, os benefícios e a possibilidade de c o n t r o l e d o s i m p a c t o s , t e m - s e q u e o empreendimento preenche os requisitos de viabilidade ambiental, social e econômica, sendo que sua implantação representa desenvolvimento compatível e sustentado e cumpre de forma legal, a função social urbana da propriedade denida pelo Politica de Desenvolvimento Urbano.

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COORDENAÇÃO João Alberto Borges dos Santos

Engenheiro Civil - CREA/MS 552/D

EQUIPE TÉCNICALaís Berro Gomes

Engenheira Sanitarista e Ambiental - CREA/MS 9377/D

Aline da Conceição Gomes Bióloga - CRBio 106824/01-D

Camila Silveira de Souza Bióloga - CRBio 113912/01-D

Caroline de Araújo PivaEngenheira Sanitarista e Ambiental e de

Segurança do Trabalho - CREA/MS 11553 DEloisa Castro Berro

Assistente Social - CRESS-MS 320Tainá Azeredo Campos Péclat

ArqueólogaJosé Antônio Maior Bono

Engenheiro Agrônomo - CREA/MS 1750 DLuiz Antônio Paiva

Geólogo - CREA/MS 7717 DMárcio Estevam Marques FigueiredoEngenheiro Sanitarista e Ambiental -

CREA/MS 9549/D Michelli Pereira Arantes dos Santos

Advogada - OAB/MS 12.861 Vera Lúcia Giraldelli Peri

Arquiteta e Urbanista - CAU/MS A44033-7Luciane Fernandes Benatti

Bióloga - CRBio 033509/01-DJuliana de Mendonça Casadei

Engenheira Agrônoma - CREA/MS 10800/D

JMD2A empresa JMD2 é especializada no desenvolvimento de projetos de urbanização,

compromissada com soluções técnicas sustentáveis e ecientes. A equipe é formada por prossionais especializados nas áreas de engenharia civil, sanitário e ambiental, arquitetos, biólogos, geólogos, arqueólogos, agrônomos e assistente

social, comprometidos com valores éticos e responsabilidades sociais e ambientais.

11. EQUIPE TÉCNICA

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