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Contábeis Relatório de Indicadores 2012

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Contábeis

Relatório de Indicadores

2012

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Contábeis

Relatório de Indicadores

Maurício Cézar DuqueSecretário de Estado da Fazenda

Subsecretária do Tesouro Estadual

Dineia Silva Barroso

Gerente de Contabilidade

Fernando Hostt Neto

Alan Johanson

Fabiano Peixoto da Silveira Henrique Simberg ValinhosMarcia Galantini da Paixão

Raphael Moreto Neves Silvia Salomão Zanotti

Subgerente de Informações Legais e Gerenciais

Equipe Técnica

Miller Martins Bertolini

O Relatório de Indicadores Contábeis é uma publicação da Subsecretaria do Tesouro Estadual, elaborada pela Subgerência de Informações Legais e Gerenciais (SULEG), da Gerência de Contabilidade (GECON).

2013 - Ano I © Todos os direitos reservados

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04 Balanço Orçamentário

10 Resultado Primário

13 Resultado Nominal

13 Operações de Crédito e Despesas de Capital

14 Educação

21 Saúde

23 Despesa com Pessoal

33 Dívida Consolidada

40 Receitas e Despesas Previdenciárias

52 Receita Corrente Líquida

SUMÁRIO

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RELATÓRIO DE INDICADORES CONTÁBEIS

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Apresentação

F ormalmente, o orçamento público é o instrumento legal no qual se estima a receita e fixa a despesa para determinado ano, exprimindo, desta forma, as alocações dos recursos públicos.

O Balanço Orçamentário é a peça contábil que evidencia a receita orçada e arrecadada, em confronto com a despesa fixada e realizada em determinado período.

Caso as receitas arrecadadas sejam superiores as despesas realizadas, haverá um superávit orçamentário. Por outro lado, caso as receitas arrecadadas sejam inferiores as despesas realizadas haverá um déficit orçamentário.

Os saldos de exercícios anteriores, oriundos de superávit financeiro e a reabertura de créditos adicionais, quando utilizados como fonte de recursos para realização de despesas, são somados às receitas para fins de fechamento com o total da despesa, em virtude destes valores não representarem recursos arrecadados no exercício.

Desta forma, no exercício de 2012, a realização das receitas alcançou o montante de R$ 13.704.041.565,26 contra R$ 12.821.997.736,39 referentes às despesas realizadas, apurando-se, portanto, um superávit orçamentário no montante de R$ 882.043.828,87, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Fonte: GECON/SIAFEM

A seguir, é demonstrado o Balanço Orçamentário evidenciando que no exercício de 2012, houve um superávit corrente no valor de R$ 3.020.371.754,83. Isto significa que a arrecadação das receitas correntes foi superior neste montante à realização das despesas correntes. Por outro lado, houve um déficit de capital no valor de R$ 2.138.327.925,96, demonstrando que esta parcela das despesas de capital foi lastreada por meio de Receitas Correntes arrecadadas de forma superavitária. Estes dois fatores, geraram o superávit orçamentário no valor de R$ 882.043.828,87 conforme é demonstrado no Balanço Orçamentário:

Receitas 2012 Despesas 2012

Receitas Correntes 12.609.019.411,63 Despesas Correntes 9.588.647.656,80

Receita Tributária 6.661.453.459,47 Pessoal e Encargos Gerais 6.596.246.497,26

Receita de Contribuições 1.661.257.712,84 Juros e Encargos da Dívida 157.433.324,24

Receita Patrimonial 385.590929,23 Outras Despesas Correntes 2.834.967.835,30

Receita Agropecuária 139.963,28

Receita Industrial 16.387.011,42 Superávit Corrente 3.020.371.754,83

Receita de Serviços 43.288.835,59

Transferências Correntes 3.544.660.258,05

Outras Receitas Correntes 296.241.241,05

Total de Receitas Correntes 12.609.019.411,63 Total de Despesas Correntes 12.609.019.411,63

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05SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Receitas de Capital 1.095.022.153,63 Despesas de Capital 3.233.350.079,59

Operações de Crédito 917.322.536,91 Investimentos 1.164.716.291,95

Alienação de Bens 4.334.747,09 Inversôes Financeiras 1.572.576.582,49

Amortização de Empréstimos 54.490,75 Amortização da Dívida 496.057.205,15

Transferências de Capital 32.577.920,97

Outras Receitas de Capital 140.732.457,91

Défict de Capital 2.138.327.925,96

Total de Receitas de Capital 3.233.350.079,59 Total das Despesas de Capital 3.233.350.079,59

ResumoReceitas Correntes 12.609.019.411,63 Despesas Correntes 9.588.647.656,80

Receitas de Capital 1.095.022.153,63 Despesas de Capital 3.233.350.079,59

Superávit 882.043.828,87

Total das Receitas 13.704.041.565,26 Total das Despesas 13.704.041.565,26

*As receitas e despesas intraorçamentárias estão incluídas nos valores demonstrados;

** Nas receitas estão deduzidas as transferências constitucionais e legais efetuadas aos municípios.

Análise da Receita Orçamentária Abaixo é demonstrada a análise das receitas realizadas no exercício de 2012 em confronto com o exercício de 2011:

Receitas 2011 AV 2012 AV AH

Receitas Correntes 11.280.370.884,11 97,30% 12.609.019.411,63 92,01% 11,78%

Receita Tributária 6.171.043.565,00 53,23% 6.661.453.459,47 48,61% 7,95%

Receita de Contribuições 1.489.014.026,86 12,84% 1.661.257.712,84 12,12% 11,57%

Receita Patrimonial 376.532.394,88 3,25% 385.590.929,93 2,81% 2,41%

Receita Agropecuária 313.177,65 0,0027% 139.963,28 0,0010% -55,31%

Receita Industrial 13.883.157,05 0,120% 16.387.011,42 0,120% 18,04%

Receita de Serviços 34.281.050,89 0,30% 43.288.835,59 0,32% 26,28%

Transferências Correntes 2.943.706.811,69 25,39% 3.544.660.258,05 25,87% 20,41%

Outras Receitas Correntes 251.596.700,09 2,17% 296.241.241,05 2,16% 17,74%

Receitas de Capital 312.911.332,14 2,70% 1.095.022.153,63 7,99% 249,95%

Operações de Crédito 149.428.129,92 1,29% 917.322.536,91 6,69% 513,89%

Alienação de Bens 2.128.695,11 0,02% 4.334.747,09 0,03% 103,63%

Amortizações de Empréstimos 37.400,49 0,0003% 54.490,75 0,0004% 45,70%

Transferências de Capital 17.430.023,92 0,15% 32.577.920,97 0,24% 86,91%

Outras Receitas de Capital 143.887.082,70 1,24% 140.732.457,91 1,03% -2,19%

Total das Receitas 11.593.282.216,25 100% 13.704.041.565,26 100% 18,21%Fonte: GECON/SIAFEM

Fonte: GECON/SIAFEM

A análise entre os dois períodos demonstra que houve um aumento de 18,21% (R$ 2.110.759.349,01) no total líquido das receitas realizadas.

Na composição dos valores realizados em 2012, a receita tributária representa 48,61% da receita total do Estado, sendo o item de maior representatividade, seguida pelas transferências correntes no percentual de 25,87%.

A composição das receitas tributárias arrecadadas e das transferências correntes recebidas em 2012, em comparação com

Nota: As receitas estão computadas pelos seus valores líquidos, deduzidas as restituições, as transferências constitucionais aos municípios e as transferências ao FUNDEB.

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE06

o exercício anterior, é demonstrada abaixo:

Receita Tributária 2011 AV 2012 AV AH

Impostos 5.807.107.048,93 94,10% 6.223.012.430,44 93,42% 7,16%

ICMS (exceto FUNDAP) 3.586.378.826,10 58,12% 4.165.446.594,76 62,53% 16,15%

ICMS FUNDAP 1.677.626.376,94 27,19% 1.467.459.481,36 22,03% -12,53%

IRRF 385.557.576,33 6,25% 414.485.251,44 6,22% 7,50%

IPVA 137.975.209,96 2,24% 150.602.342,36 2,26% 9,15%

ITCD 19.569.059,60 0,32% 25.018.760,52 0,38% 27,85%

Taxas 363.936.516,07 5,90% 438.441.029,03 6,58% 20,47%

Total das Receitas Tributárias 6.171.043.565,00 100% 6.661.453.459,47 100% 7,95%

Transferências Correntes 2011 AV 2012 AV AH

Participação na Receita da União 2.201.785.443,16 74,80% 2.724.900.543,82 76,87% 23,76%

Cota Parte Fundo de Participação dos Estados 721.052.887,58 24,49% 743.467.287,44 20,97% 3,11%

Cota Parte do Imposto s/ Produtos Industrializados 129.458.087,10 4,40% 155.641.270,99 4,39% 20,23%

Cota Parte Contribuição Intervenção Domínio Econômico 33.690.786,69 1,14% 17.617.890,47 0,50% -47,71%

Cota Parte Compensação Financeira de Recursos Hídricos 1.975.886,85 0,07% 1.931.614,08 0,05% -2,24%

Cota Parte Compensação Recursos Minerais 1.680.853,22 0,06% 1.986.253,03 0,06% 18,17%

Cota Parte Royalties Compensação Financeira - Petróleo 170.767.645,81 5,80% 153.693.747,73 4,34% -10,00%

Cota Parte Royalties Participação Especial 509.240.864,18 17,30% 974.169.186,54 27,48% 91,30%

Cota Parte do Fundo Especial do Petróleo 3.122.288,90 0,11% 3.762.407,92 0,11% 20,50%

Transferências de Recursos do SUS 420.610.996,09 14,29% 429.900.664,69 12,13% 2,21%

Transferências de recursos do FNAS 143.342,00 0,00% - 0,00% -100,00%

Transferências de recursos do FNDE 67.345.127,07 2,29% 73.081.580,17 2,06% 8,52%

ICMS Desoneração de Exportações 49.880.844,00 1,69% 49.880.844,00 1,41% 0,00%

Outras Transferências da União 92.815.833,67 3,15% 119.767.796,76 3,38% 29,04%

Transferências de Recursos do FUNDEB 712.906.098,69 24,22% 788.719.662,89 22,25% 10,63%

Transferências de Instituições Privadas 10.357,06 0,00% 733.320,00 0,02% 6980,39%

Transferências de Convênios 29.004.912,78 0,99% 30.306.731,34 0,85% 4,49%

Total das Transferências Correntes 2.943.706.811,69 100% 3.544.660.258,05 100% 20,41%Fonte: GECON/SIAFEM

A tabela acima demonstra que, em termos gerais, no exercício de 2011 comparado com o exercício de 2012 houve um au-mento de 7,95% nas receitas tributárias e de 20,41% nas transferências correntes.

A análise por linha demonstra algumas reduções expressivas como a ocorrida na Contribuição sobre a Intervenção no Domí-nio Econômico (CIDE) – 47,71% -, tal redução ocorreu especialmente em função das desonerações pertinentes à esta contribuição realizadas pelo governo federal.

Análise da Despesa Orçamentária Através da análise das despesas realizadas (liquidadas) no exercício de 2012, auferem-se os seguintes montantes:

Despesas 2011 AV 2012 AV AH

Despesas Correntes 8.373.316.500,74 73,18% 9.588.647.656,80 74,78% 14,51%

Pessoal e Encargos Sociais 5.904.534.433,37 51,60% 6.596.246.497,26 51,44% 11,71%

Juros e Encargos da Dívida 150.218.656,13 1,31% 157.433.324,24 1,23% 4,80%

Outras Despesas Correntes 2.318.563.411,24 20,26% 2.834.967.835,30 22,11% 22,27%

Nota: As receitas estão computadas pelos seus valores líquidos, deduzidas as restituições, as transferências constitucionais aos municípios e as transferências ao FUNDEB.

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07SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Despesas de Capital 3.069.344.683,02 26,82% 3.233.350.079,59 25,22% 5,34%

Investimentos 1.206.058.538,42 10,54% 1.164.716.291,95 9,08% -3,43%

Inversões Financeiras 1.615.074.183,36 14,11% 1.572.576.582,49 12,26% -2,63%

Amortização da Dívida 248.211.961,24 2,17% 496.057.205,15 3,87% 99,85%

Total 11.442.661.183,76 100,00% 12.821.997.736,39 100,00% 12,05%

No período abrangido pela análise houve um aumento de 12,05% (R$ 1.379.336.552,63) no total das despesas realizadas, portanto, aumento menor que o verificado na realização de receitas (R$ 2.110.759.349,01) entre os períodos analisados, resultando na variação superavitária (variação da receita – variação da despesa) de R$ 731.442.796,38 nos exercícios de 2011 e de 2012.

Análise da Despesa por Subfunção O detalhamento das despesas realizadas em 2012, por função de governo nas respectivas categorias econômicas (Despesas Correntes e Despesas de Capital) é demonstrada na tabela abaixo:

Despesas Correntes AV Despesas de Capital AV Total Realizado 2012 AV

Educação 1.555.185.078,03 16,22% 128.657.089,90 3,98% 1.683.842.167,93 13,13%

Saúde 1.594.250.791,76 16,63% 93.749.686,54 2,90% 1.688.000.478,30 13,16%

Segurança Pública 1.282.761.731,43 13,38% 80.271.576,72 2,48% 1.363.033.308,15 10,63%

Transporte 186.300.665,95 1,94% 467.460.990,93 14,46% 653.761.656,88 5,10%

Assistência Social 132.636.976,85 1,38% 11.471.669,80 0,35% 144.108.646,65 1,12%

Cultura, Esporte e Lazer 57.041.620,25 0,59% 55.633.327,66 1,72% 112.674.947,91 0,88%

Cultura 32.545.339,29 0,34% 2.765.956,83 0,09% 35.311.296,12 0,28%

Desporto e Lazer 24.496.280,96 0,26% 52.867.370,83 1,64% 77.363.651,79 0,60%

Agricultura 124.639.028,05 1,30% 87.247.986,05 2,70% 211.887.014,10 1,65%

Administração 590.298.183,00 6,16% 35.276.520,62 1,09% 625.574.703,62 4,88%

Outras 2.403.409.602,05 25,07% 2.273.581.231,37 70,32% 4.676.990.833,42 36,48%

Trabalho 3.980.699,72 0,04% 577.758,36 0,02% 4.558.458,08 0,04%

Saneamento 82.000,00 0,00% 81.325.396,35 2,52% 81.407.396,35 0,63%

Urbanismo 9.770.978,41 0,10% 142.937.772,65 4,42% 152.708.751,06 1,19%

Habitação 1.430.494,80 0,01% 6.949.114,60 0,21% 8.379.609,40 0,07%

Energia 1.982.209,88 0,02% 5.154,00 0,00% 1.987.363,88 0,02%

Comunicações 37.794.481,31 0,39% 730.700,71 0,02% 38.525.182,02 0,30%

Comércio e Serviço 27.160.622,00 0,28% 73.420.546,14 2,27% 100.581.168,14 0,78%

Indústria 3.897.407,23 0,04% 394.970,00 0,01% 4.292.377,23 0,03%

Direitos da Cidadania 428.840.286,38 4,47% 19.342.284,67 0,60% 448.182.571,05 3,50%

Gestão Ambiental 44.838.935,97 0,47% 9.185.752,26 0,28% 54.024.688,23 0,42%

Ciência e Tecnologia 49.468.178,76 0,52% 2.937.559,28 0,09% 52.405.738,04 0,41%

Encargos Especiais 500.550.225,79 5,22% 1.909.084.719,93 59,04% 2.409.634.945,72 18,79%

Legislativa 225.604.327,94 2,35% 4.371.448,81 0,14% 229.975.776,75 1,79%

Judiciária 782.163.962,27 8,16% 9.744.782,09 0,30% 791.908.744,36 6,18%

Essencial a Justiça 285.844.791,59 2,98% 12.573.271,52 0,39% 298.418.063,11 2,33%

Previdência Social 1.662.123.979,43 17,33% - 0,00% 1.662.123.979,43 12,96%

Total 9.588.647.656,80 100,0% 3.233.350.079,59 100,0% 12.821.997.736,39 100,0%

Fonte: GECON/SIAFEM

Nota: Na coluna 2011, não estão sendo computados os valores das transferências constitucionais aos municípios, a fim de proporcionar melhor comparabilidade com o exercício de 2012, em virtude das transferências em 2012 serem classificadas como dedução da receita orçamentária.

Fonte: GECON/SIAFEM

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE08

Despesas Correntes: são recursos aplicados no custeio geral das atividades governamentais, visando à continuidade das ações do Governo. São os gastos principalmente com folha de pagamento e despesas com materiais e serviços.

Em 2012 foram realizadas despesas de custeio no montante de R$ 9.588.647.656,80, conforme representação no gráfico abaixo:

Previdência SocialEducaçãoSaúdeSegurança PúblicaTransporteAssistência SocialCultura, Esporte e LazerAgriculturaAdministraçãoEncargos EspeciaisOutras

Fonte: GECON/SIAFEM

Despesas de Capital: são os recursos aplicados em projetos que visam à continuidade do Estado no longo prazo, como obras públicas e, também, os financiamentos das ações de governo.

Os valores aplicados em tais ações em 2012 totalizaram o montante de R$ 3.233.350.079,59, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Previdência SocialEducaçãoSaúdeSegurança PúblicaTransporteAssistência SocialCultura, Esporte e LazerAgriculturaAdministraçãoEncargos EspeciaisOutras

0,0% 4,0%2,9%

2,5%

14,5%

11,3%

59,0%

0,4%1,7%2,7%

1,1%

As variações das despesas totais realizadas por subfunção de governo entre o exercício de 2011 e o de 2012 são as seguintes:

2011 2012* Variação

Educação 1.557.880.322,21 1.683.842.167,93 8,09%

Saúde 1.515.733.030,76 1.688.000.478,30 11,37%

Segurança Pública 1.125.175.411,68 1.363.033.308,15 21,14%

Transporte 539.778.687,03 653.761.656,88 21,12%

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09SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Assistência Social 170.259.603,94 144.108.646,65 -15,36%

Cultura 64.078.726,49 35.311.296,12 -44,89%

Desporto e Lazer 46.776.907,63 77.363.651,79 65,39%

Agricultura 187.538.709,69 211.887.014,10 12,98%

Administração 603.103.011,63 625.574.703,62 3,73%

Trabalho 2.066.101,14 4.558.458,08 120,63%

Saneamento 100.103.435,94 81.407.396,35 -18,68%

Urbanismo 130.767.506,23 152.708.751,06 16,78%

Habitação 26.124.828,67 8.379.609,40 -67,92%

Energia 546,20 1.987.363,88 363752,78%

Comunicações 31.894.412,79 38.525.182,02 20,79%

Comércio e Serviço 24.104.157,36 100.581.168,14 317,28%

Indústria 11.827.462,03 4.292.377,23 -63,71%

Direitos da Cidadania 365.341.800,84 448.182.571,05 22,67%

Gestão Ambiental 39.823.134,45 54.024.688,23 35,66%

Ciência e Tecnologia 47.349.967,76 52.405.738,04 10,68%

Encargos Especiais 2.099.128.058,69 2.409.634.945,72 14,79%

Legislativa 200.090.129,65 229.975.776,75 14,94%

Judiciária 697.495.713,80 791.908.744,36 13,54%

Essencial a Justiça 272.771.155,16 298.418.063,11 9,40%

Previdência Social 1.583.448.361,99 1.662.123.979,43 4,97%

Total 11.442.661.183,81 12.821.997.736,39 12,05%Fonte: GECON/SIAFEM

Quocientes Orçamentários Ressalta-se que, para apuração dos quocientes orçamentários, nas receitas e despesas estão deduzidas as transferências constitucionais e legais efetuadas aos municípios e a dedução para o FUNDEB. É importante mencionar, ainda, que a Receita Realiza-da considerada para a apuração dos quocientes orçamentários não computou o montante das Operações de Crédito, no valor de R$ 917.322.537,91.

Quociente de Realização da Receita 2011 2012

Receita Realizada* 11.593.282.216,25 13.704.041.565,26

Previsão Atualizada da Receita* 11.613.857.444,78 12.601.256.599,00

Quociente 0,9982 1,0875

O quociente da execução da Receita apurado em 2012 é de 1,0875, ou seja, a receita realizada superou em 8,75% a previsão atualizada da receita para o exercício de 2012.

Quociente da Execução da Despesa 2011 2012

Despesa Executada (Empenhada) 11.442.661.183,76 12.821.997.736,39

Dotação Atualizada 12.505.361.369,33 14.663.114.878,43

Quociente 0,92 0,87

Fonte: GECON/SIAFEM

Fonte: GECON/SIAFEM

Nota: A coluna de 2011 apresenta um montante de R$ 2.462.552.250,47 a menor do que o demonstrado no relatório publicado por conta da exclusão dos saldos referentes a Transferência aos Municípios, de modo a permitir a comparabilidade em relação aos saldos apurados em 2012, os quais demonstram tais transferências como redução da receita orçamentária.

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE10

O quociente da Execução da Despesa demonstrou uma economia de despesa orçamentária nos dois períodos analisados. Em 2011 o quociente era de 0,92, demonstrando, assim, a economia de despesa orçamentária de 8% em relação à fixação atualizada da despesa do exercício. Em 2012, o quociente apurado foi de 0,87, demonstrando a economia de despesa orçamentária de 13% em relação à fixação atualizada da despesa do exercício.

Quociente da Execução da Despesa 2011 2012

Receita Realizada Corrente 11.280.370.884,11 12.609.019.411,63

Despesa Empenhada Corrente 8.373.316.500,74 9.588.647.657

Quociente 1,35 1,31

Fonte: GECON/SIAFEM

O quociente da execução orçamentária corrente evidenciou superávit em ambos os períodos, sendo que, em 2012, as recei-tas correntes arrecadadas superaram em 17% as despesas correntes empenhadas até o mesmo período.

RESULTADO PRIMÁRIO

Análise Horizontal e Vertical Esse demonstrativo integra o Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO, que conforme estabelecido no art. 165, §3º da Constituição da República Federativa do Brasil, o Poder Executivo o publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bi-mestre. O objetivo dessa periodicidade é permitir que, cada vez mais, a sociedade, por meio dos diversos órgãos de controle, conheça, acompanhe e analise o desempenho da execução orçamentária do Governo Estadual.

O Demonstrativo contém os valores das receitas e despesas primárias, discriminadas em correntes e de capital, o resultado primário, os saldos de exercícios anteriores, e a discriminação da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas Fiscais.

As Receitas Primárias correspondem ao total das receitas orçamentárias deduzidas as operações de crédito, as provenien-tes de rendimentos de aplicações financeiras e retorno de operações de crédito (juros e amortizações), o recebimento de recursos oriundos de empréstimos concedidos e as receitas de privatizações.

As Despesas Primárias correspondem ao total das despesas orçamentárias deduzidas as despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com retorno garantido.

O resultado dessa operação será utilizado para o cálculo do Resultado Primário.

O Resultado Primário indica se os níveis de gastos orçamentários dos entes federativos são compatíveis com a sua arreca-dação, ou seja, se as Receitas Primárias são capazes de suportar as Despesas Primárias.

Representa a diferença entre as receitas e as despesas primárias (não financeiras). Sua apuração fornece uma melhor avalia-ção do impacto da política fiscal em execução pelo ente da Federação. Superávits primários, que são direcionados para o pagamento de serviços da dívida, contribuem para a redução do estoque total da dívida líquida. Em contrapartida, déficits primários indicam a parcela do aumento da dívida, resultante do financiamento de gastos não financeiros que ultrapassam as receitas não financeiras.

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de re-sultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio

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11SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A seguir é demonstrada a composição das Receitas Primárias no exercício de 2012, em confronto com o exercício de 2011:

Receitas PrimáriasReceitas Realizadas Análise

Vertical2012 / 2011

2012 2011

Receitas Primárias Correntes (I) 12.268.501.690,35 10.947.539.769,72 99,74% 12,07%

Receita Tributária 6.661.453.459,47 6.171.043.565,00 54,15% 7,95%

ICMS 5.632.906.076,12 5.264.005.203,04 45,79% 7,01%

(-) Transferências aos Municípios 2.297.170.232,17 2.133.437.161,76 18,67% 7,67%

IPVA 150.602.342,36 137.975.209,96 1,22% 9,15%

(-) Transferências aos Municípios 191.620.500,26 172.471.970,01 1,56% 11,10%

ITCD 25.018.760,52 19.569.059,60 0,20% 27,85%

IRRF 414.485.251,44 385.557.576,33 3,37% 7,50%

Outras Receitas Tributárias 438.441.029,03 363.936.516,07 3,56% 20,47%

Receita de Contribuição 1.661.257.712,84 1.489.014.026,86 13,50% 11,57%

Receita Patrimonial Líquida 45.073.208,65 43.701.280,49 0,37% 3,14%

Transferências Correntes 3.544.660.258,05 2.943.706.811,69 28,82% 20,41%

FPE 743.467.287,44 721.052.887,58 6,04% 3,11%

IPI 155.641.270,99 129.458.087,10 1,27% 20,23%

(-) Transferências aos Municípios 64.850.529,52 53.940.869,53 0,53% 20,23%

Lei 87/96 49.880.844,00 49.880.844,00 0,41% 0,00%

Outras Transferências Correntes 2.565.364.124,28 2.014.310.080,23 20,85% 27,36%

Demais Receitas Correntes 356.057.051,34 300.074.085,68 2,89% 18,66%

Receitas De Capital (II) 1.095.022.153,63 312.911.332,14 8,90% 249,95%

Operações de Crédito (III) 917.322.536,91 149.428.129,92 7,46% 513,89%

Amortizações de Empréstimos (IV) 140.774.797,22 143.924.483,19 1,14% -2,19%

Alienação de Bens (V) 4.334.747,09 2.128.695,11 0,04% 103,63%

Transferências de Capital 32.577.920,97 17.430.023,92 0,26% 86,91%

Outras Receitas de Capital 12.151,44 - - -

Receitas Primárias de Capital (VI) = (II - III - IV - V) 32.590.072,41 17.430.023,92 0,26% 86,98%

Receita Primária Total (VII) = (I + VI) 12.301.091.762,76 10.964.969.793,64 100,00% 12,19%

Fonte: GECON/SIAFEM

A tabela acima demonstra que a Receita Primária Total do ano de 2012, teve um aumento de 12,19% ou seja, um acréscimo de R$ 1.336.121.969,12 em relação ao exercício de 2011.

A seguir é demonstrada a composição das Despesas Primárias realizadas no exercício de 2012 em confronto com as reali-zadas no exercício de 2011:

Despesas Primárias

Despesas Executadas

Vertical2012/ 2011

Em 2012 Em 2011

Liquidadas "Inscritas em Restos a Pagar

Não Processdos"

Liquidadas "Inscritas em Restos a Pagar

Não Processdos"Até o Bimestre Até o Bimestre

Despesas Correntes (VIII) 9.382.586.873,49 206.060.783,31 8.219.881.397,71 153.435.103,03 - 14,51%

Pessoal e Encargos Sociais 6.588.008.316,61 8.238.180,65 5.894.127.467,44 10.406.965,93 61,94% 11,71%

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE12

Juros e Encargos da Dívida (IX) 157.433.324,24 - 150.165.097,77 53.558,36 1,58% 4,80%

Outras Despesas Correntes 2.637.145.232,64 197.822.602,66 2.175.588.832,50 142.974.578,74 24,32% 22,27%

Demais Despesas Correntes 2.637.145.232,64 197.822.602,66 2.175.588.832,50 142.974.578,74 24,32% 22,27%

Despesas Primárias Correntes (X) = (VIII - IX)

9.225.153.549,25 206.060.783,31 8.069.716.299,94 153.381.544,67 86,26% 14,69%

Despesas de Capital (XI) 2.969.750.793,26 263.599.286,33 2.844.702.393,53 224.642.289,49 32,20% 5,34%

Investimentos 901.117.005,62 263.599.286,33 981.538.698,85 224.519.839,57 12,65% -3,43%

Inversões Financeiras 1.572.576.582,49 - 1.615.074.183,36 - 16,94% -2,63%

Concessão de Empréstimos (XII) 1.413.027.514,78 - 1.511.002.291,57 - 15,85% -6,48%

Aquisição de Títulos de Capital já Integralizado (XIII)

- - - - - 0,00%

Demais Inversões Financeiras 159.549.067,71 - 104.071.891,79 - 1,09% 53,31%

Amortização da Dívida (XIV) 496.057.205,15 - 248.089.511,32 122.449,92 2,60% 99,85%

Despesas Primárias de Capital (XV) = (XI - XII - XIII - XIV)

1.060.666.073,33 263.599.286,33 1.085.610.590,64 224.519.839,57 13,74% 1,08%

Reserva de Contingência (XVI) - - - - - -

Reserva do RPPS (XVII) - - - - - -

Despesa Primária Total (XVIII) = (X+XV+XVI+XVII)

10.755.479.692,22 9.533.228.274,82 12,82% 100,00%

Fonte: GECON/SIAFEM

Tem-se que a Despesa Primária Total do ano de 2012, teve um aumento de 12,82% ou seja, um acréscimo de R$ 1.222.251.417,40 em relação ao mesmo período do ano de 2011. Ao se analisar mais detalhadamente, verifica-se que as Despesas Primárias Correntes tiveram um aumento de 14,51% ou seja, um acréscimo de R$ 1.215.331.156,06 bem como um aumento das Despesas Primárias de Capital de 1,08% ou seja, um acréscimo de R$ 14.134.929,45.

Ao se comparar o Demonstrativo do Resultado Primário do exercício de 2012 com o de 2011, aquele apresentou um aumento de 7,95% em relação a este, ou seja, um acréscimo de R$ 113.870.551,72.

2012 2011 2012/2011 Diferença

Receita Primária Total 12.301.091.762,76 10.964.969.793,64 12,19% 1.336.121.969,12

Despesa Primária Total 10.755.479.692,22 9.533.228.274,82 12,82% 1.222.251.417,40

Resultado Primário 1.545.612.070,54 1.431.741.518,82 7,95% 113.870.551,72

Saldo de Exercícios Anteriores - 1.129.488.653,43 - -

Meta Fiscal para o Exercício 188.798.000,00 403.187.000,00 -53,17% -214.389.000,00

Como este demonstrativo tem por objetivo apurar o Resultado Primário realizado pelo ente, com vistas a avaliar o cumpri-mento da meta estabelecida no Anexo de Metas Fiscais, verifica-se que o Resultado Primário superou, em 2012, a meta em 718,66% ou seja, foi maior que esta em R$ 1.356.814.070,54.

A Receita Primária Total apresentou um aumento de 12,19% em relação ao mesmo período de 2011, ou seja, um acréscimo de R$ 1.336.121.969,12 e a Despesa Primária Total teve um aumento de 12,82% em relação ao mesmo período de 2011, ou seja, um acréscimo de R$ 1.222.251.417,40.

Ao se confrontar esses números tem-se que, apesar de o aumento percentual da Despesa Primária Total ter sido maior que o aumento percentual da Receita Primária Total, em termos de valores, no exercício de 2012, apura-se um Superávit Primário no montante de R$ 1.545.612.070,54, representando uma variação positiva de 7,95% em relação ao exercício de 2011.

Fonte: GECON/SIAFEM

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13SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

RESULTADO NOMINAL

Evolução da Dívida Fiscal Líquida O Demonstrativo do Resultado Nominal mede o compor-tamento (evolução) da Dívida Fiscal Líquida.

A Dívida Fiscal Líquida corresponde ao saldo da Dívida Consolidada Líquida somado às receitas de privatizações, dedu-zidos os passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios anteriores, como por exemplo, parcelamento de tributos e contribuições.

Abaixo é demonstrado o comparativo do Resultado No-minal do exercício de 2012 em relação ao de 2011:

2011 2012 %

Dívida Consolidada (I) 3.913.486694.,09 5.095.951.051,09 30,22%

Deduções (II) 2.523.854.274,27 3.462.006.500,49 37,17%

Disponibilidade de Caixa Bruta

2.293.747.362,37 3.179.057.225,04 38,60%

Demais Haveres Financeiros

434.937.489,19 482.864.264,93 11,02%

(-) Restos a Pagar Processados

204.830.577,29 199.914.989,48 -2,40%

Dívida Consolidada Líquida (III) = (I - II)

1.389.632.420,19 1.633.944.550,60 17,58%

Receita de Privatizações (IV)

0,00 0,00 -

Passivos Reconhecidos (V)

165.847.727,96 656.250.093,94 295,69%

Dívida Fiscal Líquida (VI) = (III + IV - V)

1.223.784.692,23 977.694.456,66 -20,11%

Fonte: GECON/SIAFEM

A Dívida Consolidada evidenciou, em 31/12/2012 com-parado a 31/12/2011, já consideradas as amortizações do perío-do, um aumento de 30,22%, (acréscimo de R$ 1.182.464.356,63) onde a maior representatividade em tal variação é a proveniente do parcelamento das contribuições devidas ao Pasep que é fruto de decisão Judicial, transitada em julgado, desfavorável ao Esta-do do Espírito Santo.

Nas Deduções da Dívida Consolidada, houve uma variação positiva de 37,17% entre 31/12/2011 e 31/12/2012, tal variação em valores representa o montante de R$ 938.152.226,22. Deste total, R$ 885.309.862,67 representa a variação positiva ocorrida na Disponibilidade de Caixa Bruta e R$ 47.926.775,74 correspon-

de aos Demais Haveres Financeiros.

O item Restos a Pagar Processados (Exceto Precatóri-os), rubrica na qual é registrado o saldo dos restos a pagar pro-cessados inscritos no exercício de referência, dos restos a pagar processados de exercícios anteriores e dos restos a pagar não processados de exercícios anteriores que foram liquidados no exercício de referência, decorrentes da execução orçamentária da despesa, apresenta uma redução percentual de 2,40%, en-tre 2011 e 2012, em valores equivalente ao montante de R$ 4.915.587,81.

Com isso, apura-se que a Dívida Consolidada Líquida, (Dívida Consolidada - Disponibilidade de Caixa Bruta, - Demais Haveres Financeiros e - Restos a Pagar Processados - Exce-to Precatórios), teve um aumento de 17,58%, isto é, houve um acréscimo na Dívida Consolidada Líquida, no exercício de 2012 em relação ao de 2011, de R$ 244.312.130,41 considerando os períodos analisados.

A variação de 295,69% ocorrida no item “Passivos Reconhecidos”, apresenta uma relação direta com o parcelamen-to da contribuição para o PASEP, cujo débito é oriundo de decisão judicial transitada em julgado em desfavor do Estado do Espírito Santo.

Em decorrência dos itens até aqui relatados, a Dívida Fiscal Líquida, representada, no Demonstrativo, pela Divida Con-solidada Líquida deduzindo-se os Passivos Reconhecidos, apre-sentou entre o exercício de 2011 e o de 2012 uma redução de R$ 246.090.235,57, representado pelo percentual de 20,11%.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESA DE CAPITAL

Regra de OuroO Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Des-pesas de Capital apresenta as receitas de operações de crédito comparadas com as despesas de capital líquidas, com a finali-

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE14

dade de demonstrar o cumprimento da “Regra de Ouro” (que é a vedação constitucional da realização de receitas das operações de crédito excedentes ao montante das despesas de capital, ressalvadas os créditos suplementares ou especiais).

A “Regra de Ouro” tem como objetivo evitar que sejam realizados empréstimos para financiar as despesas correntes, ao impedir que o montante das operações de crédito em um determinado exercício exceda o montante das despesas de capital.

Abaixo é demonstrado o comparativo das Receitas de Operação de Crédito e da Despesa de Capital no ano de 2012 compa-rado ao ano de 2011:

2012 2011 % Variação em R$

Receitas (Realizadas)

Receitas de Operações de Crédito (I) 917.322.536,91 149.428.129,92 513,89 767.894.406,99

Despesas (Executadas) Liquidadas Inscritas em RAP Liquidadas Inscritas em RAP

Despesas de Capital 2.969.750.793,26 263.599.286,33 2.844.702.393,53 224.642.289,49 5,34 164.005.396,57

(-) Incentivos Fiscais a Contribuintes 0,00 0,00 0,00 0,00 - 0,00

(-) Incent Fiscais a Contrib Inst Financ 1.413.027.514,78 0,00 1.511.002.291,57 0,00 -6,48 (97.974.776,79)

Despesa de Capital Líquida (II) 1.556.723.278,48 263.599.286,33 1.333.700.101,96 224.642.289,49 16,81 261.980.173,36

Resultado da “Regra de Ouro” (III) = (I - II) (903.000.027,90) (1.408.914.261,53) -35,91 -505.914.233,63

Fonte: GECON/SIAFEM

As Receitas de Operações de Crédito tiveram um aumento percentual de 513,89% no ano de 2012, comparado ao mesmo período de 2011, ou seja, o acréscimo totalizou o montante de R$ 767.894.406,99, cuja representatividade maior é relativo à criação do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável (PROEDES).

Em relação às Despesas de Capital, houve um aumento de 5,34% no ano de 2012, em relação ao mesmo período de 2011, ou seja, ocorreu um aumento no valor de R$ 164.005.396,57 quando comparados os períodos citados anteriormente.

O Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e das Despesas de Capital mostra que o Estado (Espírito Santo) vem cumprindo na íntegra as diretrizes (Regra de Ouro) estabelecidas pela Constituição Federal.

EDUCAÇÃO

O Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), publicado bimestralmente pelo Poder Executivo Estadual, apresenta os recursos públicos provenientes da receita resultante de impostos e das receitas vincula-das destinadas à educação, as despesas com a MDE por vinculação de receita, além dos acréscimos ou decréscimos nas transferên-cias do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), bem como o cumprimento dos limites constitucionais e outras informações para controle financeiro.

Conforme disposto no art. 212, caput da Constituição Federal, os Estados aplicarão, anualmente, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais provenientes de impostos, em manuten-ção e desenvolvimento do ensino.

Parte dos recursos a serem aplicados em MDE pelos Estados deverá ser destinada à manutenção e desenvolvimento da

Apresentação

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15SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

educação básica e à remuneração condigna dos profissionais do magistério, conforme o preconizado no art. 60, caput, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

Tal destinação é assegurada mediante o Fundo de Ma-nutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valoriza-ção dos Profissionais da Educação (FUNDEB), previsto no art. 60, I, do ADCT e criado pela Lei Federal nº 11.494/2007.

No âmbito estadual, a educação básica contempla os ensinos fundamental e médio (incluídos a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Especial e o Ensino Profissionalizante inte-grado).

Desta forma, para fins de apuração do percentual cons-titucional de 25%, são considerados os recursos totais prove-nientes da Receita Líquida de impostos destinados à MDE. Estes recursos são constituídos pela parcela destinada ao FUNDEB e pelos demais recursos provenientes de impostos aplicados na MDE.

O presente relatório tem por objetivo relatar os indica-dores contábeis pertinentes à MDE no Estado do Espírito Santo, tomando por base todos os recursos destinados ao Ensino no exercício de 2012.

Indicadores das Ações com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) No tocante à apuração do percentual constitucional, o Estado do Espírito Santo aplicou, no ano de 2012 em MDE, levan-do em conta os recursos totais provenientes da receita líquida de impostos, o percentual de 28,79% que corresponde o montante de R$ 2.151.032.803,78, sendo, portanto, R$ 283.193.908,46 a mais que o percentual mínimo de 25% previsto na Constituição Federal.

Quando comparada ao exercício de 2011, a variação ocorrida na aplicação dos recursos provenientes da receita líqui-da de impostos em MDE em 2012 é a seguinte:

Receita Líquida de Impostos aplicada em

MDE

2011 2012 %

2.019.419.334,09 2.151.032.803,78 6,52

Receita Líquida de Impostos aplicada em MDE por subfunção da Despesa A aplicação dos recursos totais provenientes da Receita Líquida de Impostos destinados em MDE, por subfunção de go-verno pertinentes ao Ensino, é demonstrada na tabela abaixo:

SubfunçãoValor Aplicado

em 2012%

Ensino Fundamental e Médio 952.063.429,15 60,56%

Administração Geral 475.927.242,16 30,27%

Educação de Jovens e Adultos 48.360.233,79 3,08%

Educação Especial 44.725.087,32 2,84%

Ensino Profissional 20.134.477,78 1,28%

Alimentação e Nutrição 14.791.899,94 0,94%

Ensino Superior 6.834.647,98 0,43%

Tecnologia da Informação 8.529.385,94 0,54%

Outras Subfunções 696.062,49 0,04%

Sub Total 1.572.062.466,55 100,00%

Adições para Fins do Limite Constitucional 578.970.337,23

Total para Fins do Limite Constitucional 2.151.032.803,78Fonte: GECON/SIAFEM

Dos recursos totais provenientes da Receita Líquida de Impostos aplicados em MDE (inclusive FUNDEB) em 2012, 60,56% foram destinados aos ensinos fundamental e médio re-gular, e 30,27% destinados à administração geral que representa as ações de gerenciamento e controle comuns em todas as mo-dalidades de ensino.

A linha “Adições para Fins do Limite Constitucional” re-presenta a diferença líquida (já deduzidas às despesas custeadas com recursos do superávit financeiro e os cancelamentos de Res-tos a Pagar efetuados no período em análise) entre as Transferên-cias de Recursos do FUNDEB recebidas e as Receitas destinadas ao FUNDEB pelo Estado, tal resultado no caso do Espírito Santo, representa um acréscimo no total dos recursos resultantes de impostos destinados à MDE. Portanto, conforme regulamentado pela Lei nº 11.494/2007, este valor deve ser adicionado ao total dos gastos efetuados para fins de apuração do limite constitucio-nal.

Receita Líquida de Impostos aplicada em MDE “Custeio x Investimentos”

Fonte: GECON/SIAFEM

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE16

A relação “Custeio x Investimentos” das ações típicas em MDE, com recursos da receita líquida de impostos e transfe-rências no exercício de 2012, é a seguinte:

Grupo da Despesa Valor Aplicado

em 2012%

Custeio 1.457.337.712,82 92,70

Investimentos 114.724.753,73 7,30

Subtotal 1.572.062.466,55 100,00

Adições para Fins do Limite Consti-tucional

578.970.337,23

Total para Fins de Limite 2.151.032.803,78Fonte: GECON/SIAFEM

A comparação desta relação com o exercício de 2011 se apresenta da seguinte forma:

Grupo da Despesa Valor Aplicado

em 2011%

Custeio 1.347.614.202,56 92,50

Investimentos 109.208.245,11 7,50

Subtotal 1.456.822.447,67 100,00

Adições para Fins do Limite Constitucional

562.596.886,42

Total para Fins de Limite 2.019.419.334,09

Abaixo, a relação “Custeio x Investimentos” das ações típicas em MDE, é demonstrada de forma distribuída nas seguin-tes modalidades de ensino:

Fonte: GECON/SIAFEM

Subfunção e Grupo da Despesa

Despesa em 2011

Despesaem 2012 ∆H%

Ensino Fundamental e Médio

782.827.660,98 952.063.429,15 21,62

Investimento 93.043.506,03 107.962.721,32 16,03

Outras Despesas Correntes

146.821.568,18 194.056.409,56 32,17

Pessoal 542.962.586,77 650.044.298,27 19,72

Ensino Superior 5.649.757,33 6.834.647,98 20,97

Investimento 16.857,19 0,00 -

Outras Despesas Correntes

1.490.301,24 2.387.063,83 60,17

Pessoal 4.142.598,90 4.447.584,15 7,36

Ensino Profissional 24.683.097,79 20.134.477,78 -18,43

Investimento 1.025.690,11 707.443,61 -41,32

Outras Despesas Correntes

6.332.408,50 3.147.291,71 -50,30

Pessoal 17.144.999,18 16.279.742,46 -5,05

Ensino Especial 36.575.090,71 44.725.087,32 22,28

Investimento 0,00 809.107,37 -

Outras Despesas Correntes

1.110.858,45 2.270.438,28 104,39

Pessoal 35.464.232,26 41.645.541,67 17,43

Educação de Jovens e Adultos

38.797.491,21 48.360.233,79 24,65

Investimento 0,00 7.000,00 -

Outras Despesas Correntes

920.740,82 956.965,29 3,93

Pessoal 37.876.750,39 47.396.268,50 25,13

Administração Geral 541.953.429,54 475.927.242,16 -12,18

Investimento 14.764.058,40 526.637,43 -96,43

Outras Despesas Correntes

62.676.383,58 16.874.571,09 -73,08

Pessoal 464.512.987,56 458.526.033,64 -1,29

Tecnologia da Informação

1.350.093,17 8.529.385,94 531,76

Investimento 176.933,38 4.711.844,00 2.563,06

Outras Despesas Correntes

1.173.159,79 3.817.541,94 225,41

Pessoal 0,00 0,00 -

Alimentação e Nutrição

15.292.988,67 14.791.899,94 -3,28

Investimento 0,00 0,00 -

Outras Despesas Correntes

15.292.988,67 14.791.899,94 -3,28

Pessoal 0,00 0,00 -

Outras Subfunções 9.692.838,27 696.062,49 -92,82

Investimento 1.200,00 0,00 -

Outras Despesas Correntes

9.180.031,11 350.424,70 -96,18

Pessoal 511.607,16 345.637,79 -32,44

Subtotal 1.456.822.447,67 1.572.062.466,55 7,91

Adições para Fins de Apuração do Limite Constitucional

562.596.886,42 578.970.337,23 2,91

Total 2.019.419.334,09 2.151.032.803,78 6,52Fonte: GECON/SIAFEM

Quantitativo de Alunos atendidos pela Rede Pública Estadual de Ensino Conforme dados obtidos junto a Secretaria de Estado da Educação (SEDU), o quantitativo de matrículas efetuadas na rede pública estadual de ensino é o seguinte:

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17SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Modalidade de Ensino Número de Alunos Matriculados

Em 2011 Em 2012

Ensino Fundamental 125.554 124.598

Ensino Médio 112.592 117.746

Educação Profissional 9.938 8.674

Educação de Jovens e Adultos

45.679 48.086

Educação Especial 2.447 2.310

Total 296.210 301.414Fonte: GECON/SIAFEM

Indicadores das ações pertinentes ao FUNDEB Conforme já relatado, parte do percentual mínimo de 25% da receita líquida de impostos deve ser destinada à ma-nutenção da educação básica. Tal destinação é assegurada pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), criado pela Lei Federal nº 11.494/2007.

Em conformidade com o art. 3º da Lei Federal nº 11.494/2007, o FUNDEB, no âmbito estadual, é constituído por 20% (vinte por cento) das seguintes receitas:

a) Produto da arrecadação do imposto sobre transmissão causa mortis e doações (ITCD);

b) Produto da arrecadação do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS);

c) Produto de arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA);

d) Parcelas do produto de arrecadação do imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza (IR) – e do imposto sobre produ-tos industrializados (IPI) – devidas ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE);

e) Parcela o IPI devida aos Estados e ao Distrito Federal propor-cionalmente às respectivas exportações de produtos industriali-zados; e

f) Receitas da dívida ativa tributária relativa aos impostos acima mencionados, bem como juros e multas eventualmente inciden-tes.

Em 2012 foram aplicados, com recursos do FUNDEB, R$ 794.707.153,12 na manutenção e desenvolvimento do ensino, representando um aumento 12,83% quando comparado com o

exercício de 2011, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Aplicações de Recursos do FUNDEB Em reais

Fonte: GECON/SIAFEM

Em 2012

Em 2011

No exercício de 2012, tais recursos estão distribuídos nas seguintes áreas:

SubfunçãoValor Aplicado

em 2012%

Ensino Fundamental e Médio 682.589.795,22 85,89%

Educação de Jovens e Adultos 46.838.457,18 5,89%

Educação Especial 41.490.705,98 5,22%

Administração Geral 23.788.194,74 2,99%

Total 794.707.153,12 100%Fonte: GECON/SIAFEM

Remuneração dos Profissionais do Magistério (Mínimo de 60% do FUNDEB) O art. 22, inciso I, da Lei Federal nº 11.494/07 determina que pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais do FUNBEB serão destinados ao pagamento da remunera-ção dos profissionais do magistério da educação básica em efeti-vo exercício na rede pública.

No demonstrativo da MDE, integrante do Relatório Resu-mido da Execução Orçamentária (RREO) referente ao ano de 2012, o índice apurado do montante dos recursos do FUNDEB destina-dos à Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica é de 85,95%, cujo valor total é de R$ 685.114.078,24 aplicados no exercício de 2012.

A comparação entre os valores aplicados em 2012, em relação aos valores aplicados em 2011, na remuneração do ma-gistério apresenta-se da seguinte forma:

Remuneração dos Profissionais do

Magistério

Em 2011 Em 2012 %

594.830.658,87 685.114.078,24 15,18

Fonte: GECON/SIAFEM

Observa-se que houve um incremento de R$ 90.283.419,37 na aplicação de recursos na remuneração dos profissionais do magistério entre o exercício de 2011 e o de 2012,

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE18

representando uma variação de 15,18% entre os dois períodos.

No gráfico abaixo é apresentado a distribuição destes recursos por subfunção da despesa no exercício de 2012:

Valor Aplicado referente remuneração do Magistério

Fonte: GECON/SIAFEM

Em milhões de R$

Aplicação dos demais Recursos provenientes do FUNDEB Em conformidade com a Lei Federal nº 11.494/07, os recursos do FUNDEB que não forem destinados para o cumpri-mento do percentual mínimo de 60% na remuneração dos profis-sionais do magistério da educação básica deverão ser utilizados nas demais ações pertinentes à manutenção e desenvolvimento da educação básica, tais como aquisição de materiais para con-sumo, serviços voltados para a manutenção da educação básica, a aquisição de equipamentos na realização dos demais investi-mentos na educação básica e também na remuneração de outros profissionais do ensino que não exerçam atividades pertinentes ao magistério.

No exercício de 2012, o montante destes recursos (Des-pesas) totalizou R$ 109.593.074,88, representando 13,75% da totalidade dos recursos (Receitas) do FUNDEB. Tal montante encontra-se distribuído nas seguintes subfunções pertinentes à educação básica:

ModalidadeDespesas Efetuadas

% de Participação

Ensino Fundamental e Médio 78.057.374,22 71,22%

Administração Geral 23.788.194,74 21,71%

Educação Especial 6.022.740,68 5,50%

Educação de Jovens e Adultos 1.724.765,24 1,57%

Total Geral 109.593.074,88 100%Fonte: GECON/SIAFEM

Conforme demonstrado na tabela acima, a maior desti-nação dos recursos é para o ensino fundamental e médio regular com o percentual de 71,22% do total dos recursos remanescen-tes do FUNDEB. O próximo item de maior representatividade é a subfunção “Administração Geral” com o percentual de 21,71%. Convém ressaltar que a subfunção administração geral diz res-peito às atividades de gerenciamento e apoio administrativo e pedagógico comuns em todas modalidades de ensino.

A variação da aplicação dos recursos remanescentes do FUNDEB, entre 2011 e 2012, é demonstrada abaixo:

Aplicação dos Demais Recursos do FUNDEB

2011 2012 %

109.489.648,79 109.593.074,88 0,09

Fonte: GECON/SIAFEM

A tabela acima demonstra que a aplicação dos recursos do FUNDEB se manteve equilibrado, sem variação significativa.

Outras receitas destinadas à MDE (não resultante de impostos) Além dos recursos oriundos da receita resultante de im-postos, o Estado também destina outras receitas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino. Tais receitas, em sua maior par-te, são destinadas à realização de ações específicas tais como: alimentação escolar, transporte escolar, objetos de convênios e etc, as quais não são computadas para efeitos de apuração do percentual mínimo de 25%, conforme previsto na Constituição Federal, visto que estes valores não são oriundos da receita líqui-da de impostos. No exercício de 2012, estes recursos (não provenientes da receita líquida de impostos destinados ao ensino) representa-ram 4,42% dos recursos totais aplicados em MDE.

A discriminação de tais recursos e os respectivos valores aplicados em 2012 são os seguintes:

Fonte de Recurso 2012 %

Cota Parte do Salário Educação 60.276.622,83 60,64%

Recursos Ordinários do Tesouro Estadual 20.303.153,18 20,43%

Programa Nacional de Alimentação Escolar 13.492.267,07 13,57%

Convênios com a União 4.233.021,51 4,26%

Transferências de Instituições Privadas 546.407,28 0,55%

Arrecadação - FAMES 257.159,66 0,26%

Rendimentos de Aplicação Financeira 195.157,14 0,20%

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19SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Programa Nacional Apoio Transp Escolar 89.837,00 0,09%

Total 99.393.625,67 100%Fonte: GECON/SIAFEM

Conforme demonstrado na tabela acima, dos recursos adicionais para financiamento do ensino, a maior participação é por conta da cota parte do salário educação cujo valor é de R$ 60.276.622,83 aplicados em 2012, representando cerca de 60% dos recursos adicionais para financiamento do ensino. Os recursos do salário educação destinam-se às despesas gerais de manutenção da educação básica (com exceção das despesas de pessoal).

Abaixo é demonstrada a variação ocorrida na aplicação dos recursos (não provenientes da receita líquida de impostos) nas ações em MDE (entre 2011 e 2012):

Fonte de Recurso 2011 2012 %

Cota Parte do Salário Educação

45.428.903,09 60.276.622,83 32,68%

Recursos Ordinários do Tesouro Estadual

25.368.582,14 20.303.153,18 -19,97%

Programa Nacional de Alimentação Escolar

12.653.337,83 13.492.267,07 6,63%

Convênios com a União 401.852,56 4.233.021,51 953,38%

Transferências de Instituições Privadas

0,00 546.407,28 -

Arrecadação - FAMES 7.765,98 257.159,66 3211,4%

Rendimentos de Aplicação Financeira

0,00 195.157,14 -

Programa Nacional Apoio Transp Escolar

49.973,00 89.837,00 79,77%

Total 83.910.414,60 99.393.625,67 18,45%

Fonte: GECON/SIAFEM

A tabela acima demonstra uma variação positiva de 18,45% na aplicação dos valores dos recursos (não provenientes da receita líquida de impostos) nas ações da MDE entre os dois períodos, com notoriedade para a aplicação pertinente ao Salário Educação (aumento de 32,68%) e os Convênios com a União des-tinados ao Ensino (aumento de 953,38%).

Comparativo entre os recursos totais destinados à Manutenção e ao Desenvolvimento do Ensino Conforme já demonstrado na presente análise, a MDE é custeada pelas seguintes categorias de recursos:

a) Recursos provenientes da receita de impostos (nela compreen-didas as transferências decorrentes de impostos); b) Recursos Ordinários do Tesouro Estadual; ec) Recursos adicionais para financiamento do ensino.

A participação, de cada categoria de recursos, no total aplicado em ações pertinentes à MDE, está demonstrada abaixo:

Fonte de RecursoDespesa realizada

em 2012%

Recursos da Receita Resultante de Impostos

2.151.032.803,78 95,58%

Receita Resultante de Impostos (exceto FUNDEB)

1.356.325.650,66 60,27%

FUNDEB (Receita resultante de Impostos) 794.707.153,12 35,31%

Receitas Adicionais para Financiamento do Ensino

79.090.472,49 3,52%

Cota Parte do Salário Educação 60.276.622,83 2,68%

Convênios com a União 4.233.021,51 0,19%

Programa Nacional de Alimentação Escolar 13.492.267,07 0,60%

Arrecadação FAMES 257.159,66 0,01%

Transferências de Instituições Privadas 546.407,28 0,02%

Rendimentos MDE 195.157,14 0,01%

Programa Nacional Apoio Transp Escolar 89.837,00 0,00%

Recursos Ordinários do Tesouro 20.303.153,18 0,90%

Total 2.250.426.429,45 100%Fonte: GECON/SIAFEM

Conforme demonstrado acima, o total de recursos apli-cados em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, em 2012, soma o montante de R$ 2.250.426.429,45, sendo que 95,58% deste total são oriundos da receita resultante de impostos, 3,52% oriundos das receitas adicionais para financiamento do ensino e 0,90% oriundos de recursos ordinários do Tesouro Estadual.

Abaixo é demonstrada as variações ocorridas nas apli-cações destes recursos em MDE (entre 2011 e 2012):

Fonte de RecursoDespesa realizada em 2011

Despesa realizada em 2012

%

Ações Custeadas com Recursos da Receita resultante de Impostos

2.019.419.334,09 2.151.032.803,78 6,52%

Receita Resultante de Impostos (exceto FUNDEB)

1.315.099.026,43 1.356.325.650,06 3,13%

FUNDEB (Receita Resultante de Impostos)

704.320.307,66 794.707.153,12 12,83%

Receitas Adicionais para Financiamento do Ensino

58.541.832,46 79.090.472,49 35,10%

Cota Parte do Salário Educação

45.428.903,09 60.276.622,83 32,68%

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE20

Convênios com a União 401.852,56 4.233.021,51 953,28%

Programa Nacional de Alimentação Escolar

12.653.337,83 13.492.267,07 6,63%

Arrecadação FAMES 7.765,98 253.159,66 3211,36%

Transferências de Instituições Privadas

0,00 546.407,28 -

Rendimentos MDE 0,00 195.157,14 -

Programa Nacional Apoio Transp Escolar

49.973,00 89.837,00 79,77%

Recursos Ordinários do Tesouro

25.368.582,14 20.303.153,18 -19,97%

Total 2.103.329.748,69 2.250.426.429,45 6,99%Fonte: GECON/SIAFEM

A análise demonstra que, entre o exercício de 2011 e o de 2012, houve um incremento de 6,99% (representando R$ 147,1 milhões) na aplicação total dos recursos destinados à MDE sendo que os recursos provenientes da Receita Líquida de Impos-tos apresenta a variação (percentual) positiva de 6,52%.

O estado do Espírito Santo no cenário nacional Os gráficos abaixos demonstram a posição do estado do Espírito Santo no cenário nacional, em relação aos montantes da despesas com educação sobre a Receita Líquida de Impostos e das despesas com Remuneração do Magistério sobre as Transferên-cias do FUNDEB, no exercício de 2012.

Despesas com Educação sobre a Receita Líquida de Impostos (%)Em 2012

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21SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Despesas com Remuneração do Magistério sobre as Transferências do FUNDEB (%)Em 2012

Obs: Estados com “ - “: Não forneceram dadosFonte: Portais da Transparência dos Estados e Secretarias de Estado da Fazenda

SAÚDE

Introdução O Demonstrativo das Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde, apresenta a receita de impostos líquida e as transferências constitucionais e legais; as despesas com saúde por grupo de natureza da despesa e por subfunção; as transferências de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), provenientes de outros entes federados, com a finalidade de demonstrar o cumprimento da aplicação dos recursos mínimos, nas ações e serviços públicos de saúde de acesso universal, con-forme disposto no § 2º, do artigo 198 da Constituição.

Para os Estados, os percentuais mínimos de vinculação orçamentária para as ações e serviços públicos de saúde nos ter-mos da Emenda Constitucional (EC) 29/2000, estão estabelecidos na Resolução nº 322/2003 do Conselho Nacional de Saúde, que é de 12% do produto da arrecadação dos impostos de natureza estadual e provenientes de transferência da União deduzidas as

parcelas transferidas aos Municípios. Na metodologia adotada no Estado do Espírito Santo, conforme Resolução TCEES nº 248, de 18/10/2012, do somatório das receitas do Estado deverão ser subtraídos os valores corre-spondentes às transferências financeiras constitucionais e legais aos Municípios e os relativos aos financiamentos efetivamente concedidos no âmbito do Fundo para o Desenvolvimento das Ativ-idades Portuárias (FUNDAP).

Receita Líquida de Impostos aplicada em Ações e Serviços de Saúde No exercício de 2012, o Governo do Estado do Espírito Santo, aplicou em ações e serviços públicos de saúde o percen-tual de 15,47% da Receita Líquida de Impostos (RLI). Este per-centual representou o montante de R$ 1.160.547.533,16. Sendo, portanto, 3,47% maior que o percentual mínimo de 12% estabe-lecido na EC 29/2000.

Quando comparada com o exercício de 2011, a variação ocorrida na aplicação dos recursos provenientes da receita líqui-

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE22

da de impostos em ações e serviços públicos de saúde, no exer-cício de 2012, é a seguinte:

Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde

2011 2012 A H %

1.017.355.072,53 1.160.547.533,16 14,07%

Fonte: GECON/SIAFEM

Receita Líquida de Impostos aplicada em Ações e Serviços Públicos de Saúde por Subfunção da Despesa A aplicação dos recursos provenientes da Receita Líqui-da de Impostos destinados às ações e serviços públicos de saúde, por subfunção da despesa, é demonstrada na tabela abaixo:

Subfunçãoda

Despesa2011 2012 A H %

Assistência Hospitalar e Ambulatorial

520.478.921,89 586.067.259,93 12,60%

Administração Geral

428.356.061,08 490.256.758,71 14,45%

Suporte Profilático e Terapêutico

49.682.828,88 63.967.166,06 28,75%

Atenção Básica 10.464.671,81 10.874.985,70 3,92%

Tecnologia da Informação

7.877.951,19 6.840.300,41 -13,17%

Comunicação Social

278.860,90 1.527.045,67 447,60%

Formação de Recursos Humanos

208.816,78 886.524,84 324,55%

Vigilância Epidemiológica

6.960,00 127.491,84 1731,78%

Total 1.017.355.072,53 1.160.547.533,16 14,07%

Fonte: GECON/SIAFEM

Outras Receitas destinadas às Ações e Serviços Públicos de Saúde (não resultante de impostos)

Além dos recursos oriundos da receita líquida de impos-tos, o Estado também destina outras receitas às ações e serviços públicos de saúde. Tais recursos, em sua maior parte, são trans-ferências efetuadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) destina-do à manutenção de programas específicos da área da saúde. No exercício de 2012, estes recursos atingiram o mon-tante de R$ 489.346.982,89, apresentando uma variação de 1,31% em relação ao exercício de 2011, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Outros Recursos Aplicados em Saúde

Descrição 2011 2012 A H %

Transferência do Sistema Único de Saúde

414.678.591,15 472.943.518,19 14,05%

Recursos de Operação de Crédito

55.497.917,84 11.206.324,57 -79,81%

Recursos Ordinários do Tesouro

10.955.301,75 1.038.252,02 -90,52%

Convênios 1.877.913,06 - -

Superávit Financeiro (Decreto 2829-r)

- 1.769.227,29 100,00%

Arrecadado pelo Órgão - 2.389.660,82 100,00%

Total 483.009.723,80 489.346.982,89 1,31%

Fonte: GECON/SIAFEM

Desta forma, no exercício de 2012, os recursos totais destinados às ações e serviços públicos de saúde alcançaram o montante de R$ 1.649.894.516,05, sendo R$ 1.160.547.533,16 provenientes da receita líquida de impostos e R$ 489.346.982,89 provenientes de outras fontes de recursos.

Na página seguinte, apresenta-se o comparativo do montante aplicado, pelo estado do Espírito Santo em comparação com os demais estados da federação, dos recursos provenientes da Receita Líquida de Impostos em Ações e Serviços Públicos de Saúde, no exercício de 2012.

O estado do Espírito Santo no cenário nacional

O gráfico seguinte demonstra a posição do estado do Espírito Santo no cenário nacional, em relação ao montante da aplicação dos recursos provenientes da Receita Líquida de Im-postos em Ações e Serviços Públicos de Saúde, em 2012.

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23SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Percentual de Aplicação dos Recursos provenientes da Receita Líquida de Impostos em Ações e Serviços Públicos de SaúdeEm 2012

Obs: Estados com “ - “: Não forneceram dadosFonte: Portais da Transparência dos Estados e Secretarias de Estado da Fazenda

DESPESA COM PESSOAL (PODER EXECUTIVO)

Apresentação Segundo a 4ª edição do Manual dos Demonstrativos Fis-cais, o Demonstrativo da Despesa com Pessoal visa à transpar-ência da despesa com pessoal de cada um dos Poderes e órgãos com autonomia administrativa, orçamentária e financeira, quanto à adequação aos limites de que trata a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O demonstrativo da Despesa com Pessoal deverá conter valores da despesa com pessoal do Poder/Órgão executada nos últimos doze meses, com informações sobre a despesa bruta com pessoal, as despesas não computadas para fins de verificação do limite, despesa total com pessoal, percentual da despesa total com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida (RCL), e os limites máximo, prudencial e de alerta estabelecidos conforme a legislação.

Todavia, para efeito de cômputo e cálculo do montante a ser evidenciado no demonstrativo só são consideradas as despesas de caráter remuneratório, conforme previsto no artigo 18 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Não são consideradas - por exemplo - as despesas indenizatórias, as decorrentes de contratos com estagiários, bolsas de trabalho, locação de mão-

de-obra, diárias, auxílio-fardamento, benefícios assistenciais, transporte de servidores, auxílio alimentação, indenizações e restituições trabalhistas. Além dessas, as indenizações por demissão e incentivos à demissão voluntária, as despesas decorrentes de decisão judicial, as despesas de exercícios anteriores, inativos e pensionistas com recursos vinculados já são demonstradas no próprio demonstrativo como não computadas.

Na comparação do exercício de 2012 com o de 2011, pode- se observar um aumento de 11,34% na despesa líquida com pes-soal, não sendo consideradas, nesta análise, as despesas executadas nos últimos 12 meses inscritas em restos a pagar não processados.

Despesa Líquida com Pessoal (em reais)

2012 2011 %

3.957.055.835,17 3.554.089.908,04 11,34%Fonte: GECON/SIAFEM

Itens computados para fins de apuração do Limite da Despesa com Pessoal

Segundo o Manual de Demonstrativos Fiscais (4º edição), a despesa total com pessoal compreende o somatório dos gastos do ente da Federação com ativos, inativos e pensionistas, deduzidos alguns itens exaustivamente explicitados pela própria LRF, não cabendo interpretações que extrapolem os dispositivos legais.

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE24

Sendo assim, são considerados - na apuração da Despe-sa Bruta com Pessoal - os dispêndios com Pessoal Ativo, Pessoal Inativo e Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização.

Os itens de destaque desses gastos seguem abaixo, conforme se propõe a analisar:

Pessoal Ativo A rubrica Pessoal Ativo, na metodologia da LRF, é com-posta pelo montante do grupo Pessoal e Encargos Sociais ex-cluídas as Despesas Indenizatórias, as despesas com Inativo e Pensionistas e as despesas decorrentes dos contratos de Tercei-rização. A análise do montante de pessoal ativo, em 2012, per-mite verificar um aumento de 12,13% (R$ 426,4 milhões), oc-asionado, principalmente, pelas variações a maior das contas abaixo:

Despesa com Pessoal Ativo (em reais)

Natureza 2012 2011 A H %

Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

1.433.378.556,25 1.300.021.664,85 10,26%

Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas

1.292.713.837,28 1.152.802.646,70 12,14%

Obrigacoes Patronais

1.270.530.589,71 1.133.949.770,88 12,04%

Contratação por Tempo Determinado

412.650.176,80 359.064.007,89 14,92%

Demais Despesas com Pessoal Ativo

1.196.833.998,56 1.081.795.090,09 10,63%

(-) Indenizações, Inativos e Terceirização

1.665.234.502,25 1.513.177.074,39 10,05%

Total 3.940.872.656,35 3.514.456.106,02 12,13%

Fonte: GECON/SIAFEM

Vencimentos e Vantagens Fixas do Pessoal Civil

Este grupo de despesas agrega os dispêndios com venci-mentos e salários, subsídios, adicionais devidos (periculosidade, noturno, insalubridade, entre outros), além das ratificações por

exercício de cargos e funções, décimo-terceiro salário e férias.

Conforme demonstrado na tabela vista anteriormente, na comparação entre os exercícios de 2012 e 2011, respectiva-mente, observa-se uma variação percentual da ordem de 10,26% - traduzida em um aumento de R$ 133,4 milhões entre os dois períodos. Para fins de comparação, observa-se, no gráfico abaixo, o comportamento dessa natureza de despesa nos cinco últimos exercícios:

Vencimentos e Vantagens Fixas Pessoal Civil - Em milhões de reais

Fonte: GECON/SIAFEM

No gráfico é possível perceber uma despesa média de R$ 1,134 bilhões por ano, com um aumento entre 2008 e 2012 de R$ 619 milhões (76,11%).

O detalhamento da natureza em análise permite verificar as contas cujas variações foram mais significativas:

Vencimentos e Vantagens Fixas (em reais)

Natureza 2012 2011 A H %

Adicional de Insalubridade

55.082.302,94 380.989,88 14357,68%

Subsídios 202.944.573,09 134.591.812,87 50,79%

Vencimentos e Salários

873.778.781,20 809.208.032,64 7,98%

Outros 301.572.899,02 355.840.829,46 -15,25%

Total 1.433.378.556,25 1.300.021.664,85 10,26%Fonte: GECON/SIAFEM

É de ressaltar a variação expressiva na natureza de des-pesa Adicional de Insalubridade. É considerada insalubre, segun-do a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a atividade em que o trabalhador é exposto a agentes nocivos à saúde acima dos limites definidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

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25SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Ao final dos exercícios de 2012 e 2011, respectivamente, o saldo da conta estava assim distribuído:

Adicional de Insalubridade (em reais)

Unidade Gestora 2012 2011

Secretaria da Casa Civil 12.273,90 11.849,81

Rádio e Tv do Espírito Santo 188.587,71 184.535,30

Secretaria de Agricultura/Pesca - 393,65

Inst. Cap. Pesq. Assist. Tec. Ext. Rural 41.922,80 41.287,00

Ceasa 2.752,20 2.401,00

Departamento Estadual de Trânsito 74.470,32 70.235,18

Secretaria de Estado da Justiça - 54.741,63

Faculdade de Música 12.536,33 -

Fundo Estadual de Saúde 54.736.274,04 -

Instituto Sócio Educativo do ES 13.485,64 12.817,58

Instituo de Previdência (IPAJM) - 2.728,73

Total 55.082.302,94 380.989,88Fonte: GECON/SIAFEM

Como pode ser observado, a maior parte dos gastos com a rubrica encontra-se no Fundo Estadual de Saúde (FES), com R$ 54,7 milhões em Dezembro de 2012.

Já a natureza de despesa Subsídios variou 50,79% entre os dois exercícios, o que representa um total de R$ 68,3 milhões a mais no ano de 2012.

Por fim, importante mencionar os R$ 64,6 milhões despendidos com Vencimentos e Salários em 2012, o que repre-sentou, em termos percentuais, uma variação positiva de 7,98%.

Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas

Este item representa o somatório das apropriações das despesas com pagamento de inativos civis, militares da reserva remunerada e reformados e segurados do plano de benefícios da previdência social.

Na análise do exercício de 2012 em comparação com o de 2011, temos, como principais variações das contas que com-põem esta natureza de despesa, as seguintes:

Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas (em reais)

Natureza 2012 2011 A H %

Proventos – Pessoal Civil

925.250.546,78 821.593.111,16 12,62%

13 Salário - Pessoal Civil

70.490.728,20 62.978.306,10 11,93%

Proventos - Pessoal Militar

252.181.165,50 226.078.732,56 11,55%

Demais Despesas

44.791.396,80 42.152.496,88 6,26%

Total 1.292.713.837,28 1.152.802.646,70 42,35%

Fonte: GECON/SIAFEM

As despesas com aposentadorias, reserva remunerada e reformas apresentam variações percentuais discretas no período analisado, com destaque para os R$ 103,7 milhões a mais com Proventos do Pessoal Civil (12,62% na comparação do ano de 2012 com o exercício de 2011).

Obrigações Patronais (Aplicações Diretas Intraorçamentárias)

A natureza de despesa Obrigações Patronais é destinada aos registros dos valores das despesas resultantes de pagamento de pessoal relativas a encargos que os órgãos e instituições de-verão atender pela sua condição de empregador.

As principais contas que compõem essa natureza de despesa – cujas variações podem ser destacadas – são as se-guintes:

Obrigações Patronais (Aplicações Diretas Intraorçamentárias) - em reais

Natureza 2012 2011 A H %

Fundo Previdenciário

76.147.044,24 54.593.661,80 39,48%

Aporte Financeiro 967.058.929,79 867.272.407,68 11,51%

Fundo Financeiro 227.323.531,72 212.081.688,69 7,19%

Demais Despesas 1.083,96 2.012,71 -46,14%

Total 1.270.530.589,71 1.133.949.770,88 12,04%Fonte: GECON/SIAFEM

A variação de maior relevância pode ser observada no Fundo Previdenciário, com 39,48% e R$ 21,6 milhões a mais do que o mesmo período, em 2011. O Fundo Previdenciário é um sistema estruturado com a finalidade de acumulação de recursos para pagamento dos compromissos definidos no plano de benefícios do RPPS, sendo que seu custeio é calculado atuarialmente segundo conceitos dos regimes financeiros de capitalização, em conformidade com as regras dispostas em Portarias do Ministério da Previdência Social (MPS).

Com um aumento nominal de R$ 99,8 milhões, a Con-tribuição Complementar ao Fundo Financeiro (Aporte) demonstra uma variação percentual de 11,51%,. A evolução gráfica des-

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE26

sa natureza de despesa pode ser melhor visualizada no gráfico seguinte (últimos cinco anos, tendo como referência o terceiro quadrimestre de cada exercício ):

Contribuição Complementar ao Fundo Financeiro para Aporte - Em milhões de reais

Fonte: GECON/SIAFEM

No gráfico pode-se perceber o aumento do montante despendido com a contribuição complementar em R$ 454 milhões entre os anos de 2008 e 2012, uma variação de 88,5%.

Contratação por Tempo Determinado

Essa natureza de despesa registra o valor das despe-sas realizadas com remuneração de pessoal civil, contratado por tempo determinado, para atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público, de acordo com lei complemen-tar nº 46/94. Na análise do exercício de 2012 pode-se observar a se-guinte distribuição:

Contratação por Tempo Determinado (em reais)

Unidade Gestora 2012 A V %

Secretaria de Esportes 418.195,35 0,10%

Fundeb 359.066.408,29 87,01%

Fundo Estadual de Saúde

16.867.586,63 4,09%

Procuradoria Geral do Estado

2.600,43 0,00%

Instituto de Defesa Agro-Florestal do ES

1.303.284,11 0,32%

Secretaria de Estado da Educação

25.230.800,55 6,11%

Instituto Sócio-Educativo do ES

7.009.735,47 1,70%

Faculdade de Música 2.751.565,97 0,67%

Total 412.650.176,80 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

Como pode ser verificado, a maior parte dos valores es-tão relacionados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), com 87,01% dos recursos acumulados na natureza de despesa.

No desdobramento das contas que compõem os saldos de 2012 podem ser observados as naturezas de despesas se-guintes (subdivididas por unidades gestoras):

Contratação por Tempo Determinado (em reais)

Unidade Gestora 2012

Professores Substitutos 280.452.663,29

Secretaria de Esportes 418.195,35

Fundeb 264.751.437,97

Secretaria de Estado da Educação 12.580.464,00

Faculdade de Música do ES 2.702.565,97

Serviço de Apoio Técnico e Operacional 37.727.914,88

Fundo Estadual de Saúde 16.867.586,63

Procuradoria Geral do Estado 2.600,43

Instituto de Defesa Agroflorestal do ES 1.010.442,34

Secretaria de Estado da Educação 5.853.214,29

Inst. Atendimento Sócio-Educativo do ES 2.193.417,39

Fundeb 11.800.653,80

Obrigações Patronais 75.917.902,21

Fundeb 65.570.376,05

Secretaria de Estado da Educação 5.895.412,65

Inst. Atendimento Sócio-Educativo do ES 4.222.388,41

Instituto de Defesa Agroflorestal do ES 229.725,10

Bonificação de Desempenho - Designação Temporária

8.081.369,42

Secretaria de Estado da Educação 494.156,76

Fundeb 7.587.212,66

Abono Provisório 10.470.327,00

Instituto de Defesa Agroflorestal do ES 63.116,67

Secretaria de Estado da Educação 407.552,85

Fundeb 9.356.727,81

Faculdade de Música do ES 49.000,00

Inst. Atendimento Sócio-Educativo do ES 593.929,67

Total 412.650.176,80Fonte: GECON/SIAFEM

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27SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Finalizando este tópico, o gráfico seguinte demonstra a evolução da natureza de despesa nos últimos cinco exercícios:

Contratação por Tempo Determinado - Em milhões de reais

Fonte: GECON/SIAFEM

Despesas Indenizatórias A distinção principal das demais despesas com pes-soal com as de caráter indenizatório está na causa e no seu fato gerador. A indenização tem como função principal ressarcir um dano ou compensar um prejuízo ensejado pelo empregador ao empregado, assim como recompor um bem jurídico ou patrimo-nial despendido nesta relação. Já o salário, por exemplo - espécie de despesa remuneratória - não possui tal finalidade, mas sim a de retribuir o trabalhador pelo serviço prestado.

A distinção entre verbas remuneratórias e indeniza-tórias é de suma importância, uma vez que somente as primeira gerarão reflexos em outras verbas de ordem trabalhistas (13° salários, férias, aviso prévio, etc.). As indenizações, por seu turno, não sofrem quaisquer incidências em outros pagamentos con-sectários.

Em relação ao cálculo do limite dos gastos com pes-soal, não são consideradas despesas de natureza indenizatória, tais como as decorrentes de contratos com estagiários, bolsas de trabalho, locação de mão-de-obra, diárias, auxílio-fardamento, benefícios assistenciais, transporte de servidores, auxílio alimen-tação, indenizações e restituições trabalhistas.

Na comparação entre os exercícios de 2012 e 2011 são observados os seguintes valores:

Despesas Indenizatórias (em reais)

Natureza 2012 2011 A H %

Ajuda de Custo 3.025.028,08 1.410.283,32 114,50%

Indenizações de Ajuda de Custo

387.695,28 357.847,44 8,34%

Auxilio Moradia 3.001.808,01 3.324.669,47 -9,71%

Auxilio Fardamento 8.470,90 - 0,00%

Ressarcimento de Diárias

- 47,50 -100,00%

Total 6.423.002,27 5.092.847,73 26,12%Fonte: GECON/SIAFEM

A variação de 114,50% da natureza de despesa Ajuda de Custo (R$ 1,6 milhão a mais em 2012) é a alteração, no grupo, em que se faz necessária uma análise mais detalhada.

Ajuda de Custo Essa natureza de despesa aloca os gastos com mudança do servidor para um novo local, em caráter permanente, no in-teresse do serviço público, pelo afastamento para cumprimento de missão, também, no interesse do serviço público e, ainda, ao licenciado para tratamento de saúde que se deslocar do Estado para outro ponto do território nacional, por exigência de laudo médico oficial, devendo, em todos os casos, ser paga adianta-damente, conforme previsto na lei complementar n° 46, de 1994 (Regime Jurídico Único para os Servidores Públicos Civis do Esta-do do Espírito Santo).

Para uma melhor visualização da realização dessas des-pesas, segue abaixo a alocação dos gastos por unidades gesto-ras:

Ajuda de Custo (em reais)

Unidade Gestora 2012 2011 A H %

Secretaria de Estado do Governo

1.694,18 2.381,14 -28,85%

Secretaria de Estado da Justiça

3.023.333,90 1.407.902,18 114,74%

Total 3.025.028,08 1.410.283,32 114,50%

Fonte: GECON/SIAFEM

Pode-se notar, pela leitura da tabela, que a maioria dos dispêndios da natureza de despesa Ajuda de Custo – tanto em 2011 quanto em 2012 – estão concentradas na Secretaria de Estado da Justiça (a variação entre os períodos foi de 114,74%).

Inativos e Pensionistas(Recursos Não Vinculados)

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE28

Esta rubrica aloca os montantes relacionados à despesa com pessoal bem como todos os benefícios tipicamente previ-denciários, definidos nas normas gerais de previdência, e as con-tribuições patronais ao RPPS.

Os benefícios previdenciários são as despesas com apo-sentadorias, reformas, pensões, auxílio invalidez, auxílio-reclusão, salário-maternidade, salário família e salário pago quando em licença saúde ou acidente. São registrados como despesas de Inativos e Pensionis-tas, também, as despesas com a contribuição patronal ao RPPS (inclusive com a contribuição suplementar dos inativos e pen-sionistas), segregadas por Poder ou órgão.

A composição dos saldos, em 2012, apresenta-se con-forme abaixo (comparado com o exercício de 2011):

Inativos e Pensionistas (em reais)

Natureza 2012 2011 A H %

Aposentadorias e Reformas

1.292.713.837,28 1.152.802.646,70 12,14%

Pensões 332.713.199,01 307.795.136,39 8,10%

Salário Família - Pensionista Pessoal Civil

- 1.688,10 -100,00%

Inativo Civil 27.237.505,83 35.077.311,13 -22,35%

Inativo Militar 1.290.755,53 3.896.504,40 -66,87%

Pensionista Civil 3.343.910,56 6.652.883,46 -49,74%

Pensionista Militar 1.380.030,87 1.827.621,11 -24,49%

Abono Provisório - Inativo Civil

- 0,26 -100,00%

Outros Benefícios Previdenciários

16.493,84 29.481,51 -44,05%

Pensões 16.571,94 953,60 1637,83%

Outros Benefícios Previdenciários

99.195,12 - 0,00%

Total 1.658.811.499,98 1.508.084.226,66 9,99% Fonte: GECON/SIAFEM

Apesar dos R$ 139,9 milhões de aumento observados na natureza de despesa Aposentadorias e Reformas (variação de 12,14%), digno de nota, também, são as reduções observadas nas alíneas Inativo Civil (22,35%), Inativo Militar (66,87%), Pensionista Civil (49,74%) e Pensionista Militar (24,49%), que, somadas às demais reduções no período, perfazem um total de R$ 14,2 milhões a menos, na comparação do exercício de 2012 com o de 2011.

Aposentadorias e Reformas Nessa natureza de despesa são registradas, segun-do princípio da competência, o somatório das apropriações das despesas com pagamento de inativos civis, militares da reserva remunerada e reformados e segurados do plano de benefícios da previdência social. O montante, no ano de 2012, está alocado conforme abaixo:

Aposentadorias e Reformas (em reais)

Unidade Gestora 2012 A V %

Fundo Financeiro 1.239.953.444,02 95,92%

Fundo Previdenciário 646.355,59 0,05%

Instituto Jones dos Santos Neves 415.287,92 0,03%

Departamento de Estradas e Rodagem do ES

37.884.949,94 2,93%

Departamento de Imprensa Oficial 2.429.984,50 0,19%

Instituto Capixaba Pesq. Assist. Tec. Ext. Rural

3.894.882,37 0,30%

Rádio e Televisão do ES 189.337,54 0,01%

Instituto de Defesa Agro-Florestal do ES 97.330,15 0,01%

Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do ES

145.509,71 0,01%

Administração Geral/SEGER 6.711.117,75 0,52%

Faculdade de Música do ES 345.637,79 0,03%

Total 1.292.713.837,28 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

Embora a quase totalidade dos valores estejam con-centrados nas unidades gestoras relacionadas à gestão dos benefícios previdenciários (Fundos Financeiro e Previdenciário, geridos pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo - IPAJM), observa-se que outras unidades tam-bém apresentam saldos, o que decorre de concessão de apo-sentadorias e benefícios previdenciários regulada por legislações anteriores a Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004, que instituiu o Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo – RPPS.

Para conhecimento da evolução dos dispêndios com a natureza de despesa Aposentadorias e Reformas, segue gráfico com histórico dos últimos cinco anos:

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29SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Aposentadorias e ReformasEm milhões de reais

Fonte: GECON/SIAFEM

Como comentário, apenas a menção do aumento de 63,66% entre 2008 e 2012, o que, em termos monetários, significou R$ 502,8 milhões a maior no período analisado.

Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

No cálculo da despesa com pessoal, conforme previsto na LRF, são incluídas as despesas constantes dos contratos de terceirização relativas à mão de obra empregada em atividade-fim da instituição ou inerentes a categorias funcionais abrangidas pe-los respectivos planos de cargos e salários do quadro de pessoal do ente público.

A LRF não faz referência a toda atividade terceirizada, mas apenas àquela que se relaciona à substituição de servidor ou de empregado público. Sendo assim, são consideradas as atividades terceirizadas que se relacionem a “atividades-meio” (tais como conservação, limpeza, segurança, vigilância, trans-portes, etc.), as que não sejam inerentes a categorias funcionais abrangidas por plano de cargos do quadro de pessoal do órgão ou entidade (salvo expressa disposição legal em contrário), e, ainda, as que não caracterizem relação direta de emprego como, por exemplo, estagiários.

A análise do exercício de 2012 permite apurar os se-guintes valores, relacionados às despesas de pessoal decorrentes dos contratos de terceirização:

Substituição de Mão de Obra 2012 A V %

Servidores e Empregados Públicos 1.408.567,05 0,74%

Serviços de Alimentação 4.233.517,05 2,21%

Serviços de Limpeza 64.857.383,80 33,89%

Serviços Médicos 120.896.435,80 63,17%

Total 191.395.903,70 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

Os itens de maior relevância – respondendo por 97,06% dos dispêndios – estão relacionados à substituição de mão de obra dos serviços médicos e dos serviços de limpeza. O detalhamento das naturezas de despesa permite veri-ficar a alocação dos gastos, como segue:

Substituição de Mão de Obra 2012

Servidores e Empregados Públicos 1.408.567,05

Inst. Est. Meio Ambiente e Recursos Hídricos 1.408.567,05

Serviços de Alimentação 4.233.517,05

Secretaria de Estado da Educação 4.233.517,05

Serviços de Limpeza 64.857.383,80

Fundeb 12.618.669,86

Secretaria de Estado da Educação 52.238.713,94

Serviços Médicos 120.896.435,80

Fundo Estadual de Saúde 120.498.023,80

Instituto de Prev. e Assist. Servidores do ES 398.412,00

Total 191.395.903,70 Fonte: GECON/SIAFEM

As despesas de pessoal decorrentes dos contratos de terceirização com serviços médicos estão basicamente concen-trados no Fundo Estadual de Saúde (FES). Já as despesas com limpeza e alimentação estão centralizadas nas atividades relacio-nadas à educação.

Itens deduzidos (não computados) para fins de apuração do Limite com Despesa de Pessoal As despesas de pessoal decorrentes de indenizações por demissão e com programas de incentivos à demissão voluntária, assim como as despesas com pessoal relacionadas a decisões judiciais, às despesas referentes a exercícios anteriores e, ainda, às despesas com inativos custeadas com recursos vinculados (provenientes da arrecadação de contribuições dos segurados e das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE30

vinculado a tal finalidade) - desde que tenham sido incluídas no montante das despesas de pessoal anteriormente elencadas (pessoal ativo, inativos e pensionistas e decorrentes de contratos de terceirização) - devem ser deduzidas (não computadas) para fins de apuração do limite dos gastos com despesa de pessoal, como previsto na LRF.

Despesas com Pessoal decorrentes de Decisão Judicial

Essa natureza registra valor das apropriações com des-pesas com sentenças judiciárias, em cumprimento ao disposto no artigo 100 da Constituição Federal e no artigo 106 da Consti-tuição Estadual, que estipula, entre outras determinações, que, à exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Estadual ou Municipal e correspondentes autarquias, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclu-sivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatóri-os e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adi-cionais abertos para esse fim.

A composição desses valores e sua variação, nos perío-dos em análise, são as seguintes:

Sentenças Judiciais (em reais)

Natureza 2012 2011 A H %

Pequeno Valor 4.184.972,54 3.211.536,45 30,31%

Acordo Judicial 143,03 52.432,44 -99,73%

Mandado de Sequestro

2.515.070,51 4.812.573,93 -47,74%

Precatórios - EC 62/2009

205.817.812,22 175.857.428,14 17,04%

Ressarcimento - EC 62/2009

1.971.682,23 - 0,00%

Total 214.489.680,53 183.933.970,96 15,54%

Fonte: GECON/SIAFEM

A maior parte desses montantes se referem aos precatórios previstos pela emenda constitucional nº 62, publicada em 2009 e que teve como escopo introduzir um regime especial para o pagamento das condenações impostas contra o Poder Público.

É possível observar reduções significativas nas naturezas de despesa Acordo Judicial (mais de 99%) e, principalmente, na alínea Mandado de Sequestro, onde a redução verificada chegou a R$ 2,3 milhões. É importante relembrar que esses números se

referem à comparação entre os exercícios de 2012 e de 2011.

Para conhecimento da distribuição do montante das despesas decorrentes de decisão judicial, segue quadro com as respectivas unidades gestoras em 2012:

Sentenças Judiciais (em reais)

Unidade Gestora 2012 A V %

Pequeno Valor 4.184.972,54 1,95%

Radio e Televisão do ES 5.130,58 0,00%

Junta Comercial do ES 4.838,45 0,00%

Instituto Jones dos Santos Neves 228.180,34 0,11%

Instituto de Pesos e Medidas do ES 4.023,20 0,00%

Inst Defesa Agrop. Florestal do ES 8.545,32 0,00%

Inst. Capixaba Pesq. Assist. Tec. Ext. Rural 350.143,92 0,16%

Depto Estradas e Rodagem do Estado do ES

148.061,19 0,07%

Departamento Estadual de Trânsito 4.178,49 0,00%

Instituto de Obras Públicas do ES 6.379,32 0,00%

Inst Est de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

9.984,34 0,00%

Inst Atendimento Sócio-Educativo do ES 126.453,61 0,06%

Fundo Financeiro 61.693,17 0,03%

Sentenças Judiciárias 3.227.360,61 1,50%

Acordo Judicial 143,03 0,00%

Inst. Capixaba Pesq. Assist. Tec. Ext. Rural 143,03 0,00%

Mandado de Sequestro 2.515.070,51 1,17%

Radio e Televisão do ES 159.245,90 0,07%

Instituto Jones dos Santos Neves 69.007,41 0,03%

Institituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do ES

373.124,37 0,17%

Agência Desenvolvimento Micro Peq. Emp e Empreendedorismo

8.243,32 0,00%

Instituto de Defesa Agro-Florestal do ES 55.481,61 0,03%

Inst. Capixaba Pesq. Assist. Tec. Ext. Rural 220.724,87 0,10%

Depto. Estradas e Rodagem do Estado do ES

12.693,75 0,01%

Departamento Estadual de Trânsito 23.794,75 0,01%

Instituto de Obras Públicas do ES 894,85 0,00%

Inst. Atendimento Sócio-Educativo do ES 139.243,97 0,06%

Sentenças Judiciárias 1.452.615,71 0,68%

Precatórios - EC 62/2009 205.817.812,22 95,96%

Sentenças Judiciárias 205.817.812,22 95,96%

Ressarcimento - EC 62/2009 1.971.682,23 0,92%

Superintendência de Projetos de Polarização Industrial

202.885,21 0,09%

Departamento de Imprensa Oficial 1.768.797,02 0,82%

Total 214.489.680,53 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

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31SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Conforme já mencionado, a maior parte dos gastos se refere aos precatórios da emenda constitucional nº 62.

As demais naturezas totalizam pouco mais de 3% do to-tal.

Despesas de Exercícios Anteriores

Tais despesas, assim como as despesas de pessoal decorrentes de decisão judicial, também serão deduzidas para fins de apuração do limite com despesa de pessoal, conforme preconiza a LRF.

As despesas de exercícios anteriores a serem deduzi-das referem-se àquelas que, embora tenham sido liquidadas no período de 12 meses considerado pelo demonstrativo, competem a períodos anteriores.

Na apuração do exercício de 2012 foram verificados os seguintes valores (já excluídas as despesas de natureza previ-denciária:

Despesas de Exercícios Anteriores (em reais)

Natureza 2012 2011

Ativo Civil 212.106,84 163.969,71

Inativo Civil 1.642,24 -

Outras Despesas Variáveis - Civil 11,33 -

Obrigações Patronais - Ativo Civil 236.443,21 325.499,15

Contratação por Tempo Determinado - 61,62

Ressarcimento de Despesa de Pessoal Requisitado

296.919,69 457.420,66

Sentenças Judiciais - Obrigação de Pequeno Valor

903.100,62 2.029.367,35

Sentenças Judiciais - Precatórios 11.000.000,00 2.811.673,87

Sentenças Judiciais - Mandado de Sequestro

802.126,55 353.493,07

Indenização e Restituição 1.241,65 1.326.022,09

Multas, Juros e Correção Monetária 53.164,51 238.763,98

Obrigações Patronais 2.178,74 95.868,59

Pensões 16.571,94 953,60

Contratação por Tempo Determinado 25.794,49 -

Outros Benefícios Previdenciários 99.195,12 -

Total 13.650.496,93 7.803.093,69 Fonte: GECON/SIAFEM

Em termos percentuais, a composição desses valores pode ser visualizada no quadro seguinte:

Despesas de Exercícios Anteriores (em %)

Natureza 2012 2011

Ativo Civil 1,55% 2,10%

Inativo Civil 0,01% 0,00%

Outras Despesas Variáveis - Civil 0,00% 0,00%

Obrigações Patronais - Ativo Civil 1,73% 4,17%

Contratação por Tempo Determinado 0,00% 0,00%

Indenização e Restituição 0,01% 16,99%

Ressarcimento de Despesa de Pessoal Requisitado

2,18% 5,86%

Sentenças Judiciais - Obrigação de Pequeno Valor

6,62% 26,01%

Sentenças Judiciais - Precatórios 80,58% 36,03%

Sentenças Judiciais - Mandado de Sequestro

5,88% 4,53%

Multas, Juros e Correção Monetária 0,39% 3,06%

Obrigações Patronais 0,02% 1,23%

Pensões 0,12% 0,01%

Contratação por Tempo Determinado 0,19% 0,00%

Outros Benefícios Previdenciários 0,73% 0,00%

Total 100,00% 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

De início, é possível perceber que a maior composição dos gastos relativos à despesa de pessoal de exercícios anteriores se refere aos precatórios (em Dezembro de 2012, essa natureza de despesa representou mais de 80% do total dessas despesas) cuja definição já foi exposta no tópico anterior. A variação entre os dois quadrimestres foi de 291,23%, o que significa um aumento de R$ 8,2 milhões.

Reduções significativas podem ser observadas nas naturezas de despesa Indenização e Restituição (99,91%), Obrigações de Pequeno Valor, decorrentes de sentenças judiciais (55,50%), e, ainda, Ressarcimento de Despesa de Pessoal Requi-sitado (35,09%).

No geral, as despesas de pessoal decorrentes de exer-cícios anteriores aumentaram, na comparação entre o exercício de 2012 com o de 2011, em 74,94% (R$ 5,8 milhões) conse-quência, em linhas gerais, dos motivos expostos acima, relativos aos precatórios.

Inativos e Pensionistas com Recursos Vinculados

As despesas com pessoal relativas a inativos e pensionistas custeadas com recursos vinculados, ou seja, provenientes da arrecadação de contribuições dos segurados e

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE32

das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade (inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro) também são deduzidas na apuração dos limites dos dispêndios com pessoal. São também receitas vinculadas ao RPPS as provenien-tes do aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS, instituí-do pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em confor-midade com a Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998.

Portanto, as despesas com pessoal inativo e pensionista, custeadas com recursos não vinculados, não serão deduzidas no demonstrativo.

Embora seja uma categoria de despesa cuja análise de-mandaria outras informações de natureza previdenciária, o intuito é demonstrar, em linhas gerais, o comportamento das despesas cujos recursos para pagamentos sejam vinculados a essa finali-dade, sem se aprofundar em interpretações relativas às receitas e despesas previdenciárias.

Nos exercícios de 2012 e de 2011 o total das despesas com inativos e pensionistas com recursos vinculadas tem, su-mariamente, a seguinte composição:

Inativos e Pensionistas com Recursos Vinculados (em reais)

Natureza 2012 2011 A H %

Aposentadorias e Reformas

1.240.599.799,61 1.103.660.470,60 12,41%

Pensões 325.564.904,47 300.883.253,26 8,20%

Inativo Civil 27.235.863,59 35.077.311,13 -22,35%

Inativo Militar 1.290.755,53 3.896.504,40 -66,87%

Pensionista Civil 3.343.910,56 6.652.883,46 -49,74%

Pensionista Militar 1.380.030,87 1.827.621,11 -24,49%

Abono Provisório - Inativo Civil

- 0,26 -100,00%

Total 1.599.415.264,63 1.451.998.044,22 10,15%

Fonte: GECON/SIAFEM

A análise, em termos percentuais, não apresenta variações significativas, embora a verificação em termos financeiros apresente valores expressivos, tais como o aumento de R$ 136,9 milhões na natureza de despesa Aposentadorias e Reformas, alavancado, principalmente, pelas elevações verificadas em Proventos do Pessoal Civil, (R$ 100,7 milhões), os R$ 26,1 milhões a mais com Proventos do Pessoal Militar, e, ainda, os R$ 24,7 milhões com as Pensões, do pessoal civil.

Importante, também, comentar as reduções verificadas em Inativo Civil (R$ 7,8 milhões), Pensionista Civil (R$ 3,3 milhões) e, finalizando, em Inativo Militar (R$ 2,6 milhões).

Aposentadorias e Reformas (custeadas com recursos vinculados)

São despesas previdenciárias custeadas com recursos vinculados a esse fim, não sendo consideradas na apuração dos limites com despesa de pessoal previstos na lei.

Esse item representa o somatório das apropriações das despesas com pagamento de inativos civis, militares da reser-va remunerada e reformados, bem como segurados do plano de benefícios da previdência social.

Aposentadorias e Reformas (Recursos Vinculados) em reais

Natureza 2012 2011 A H %

Proventos - Pessoal Civil

877.584.864,49 776.865.893,95 12,96%

Abono Provisório - Pessoal Civil

17.001.967,68 16.386.098,26 3,76%

13º Salário - Pessoal Civil

69.918.100,63 62.423.102,70 12,01%

Proventos - Pessoal Militar

252.181.165,50 226.078.732,56 11,55%

Abono Provisório - Pessoal Militar Inativo

2.652.440,00 2.557.826,67 3,70%

13º Salário - Pessoal Militar

21.261.261,31 19.348.816,46 9,88%

Total 1.240.599.799,61 1.103.660.470,60 12,41%

Fonte: GECON/SIAFEM

Conforme mencionado, o principal fator de aumento nessa rubrica em 2012, deu-se por conta da elevação dos gastos com Proventos do Pessoal Civil, acarretando R$ 100,7 milhões a mais do que o exercício de 2011.

A seguir, a série histórica dos últimos cinco anos nos permite observar o comportamento dessa natureza de despesa, em termos gráficos, onde se pode observar um aumento de R$ 341 milhões entre os anos de 2008 e 2012, o que corresponde a uma variação de 63,57%.

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33SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Proventos - Pessoal CivilEm milhões de reais

Fonte: GECON/SIAFEM

Finalizando esta análise, a seguir apresenta-se gráfico com o ranking dos percentuais da Despesa Total com Pessoal so-bre a Receita Corrente Líquida de todos os estados da federação, em 2012.

O estado do Espírito Santo no cenário nacional

O gráfico abaixo demonstra a posição do estado do Es-pírito Santo no cenário nacional, em relação ao montante da Des-pesa Total com Pessoal sobre a Receita Corrente Líquida (RCL), no exercício de 2012.

Despesa Total com Pessoal sobre a Receita Corrente Líquida (%)Em 2012

Obs: Estados com “ - “: Não forneceram dadosFonte: Portais da Transparência dos Estados e Secretarias de Estado da Fazenda

DÍVIDA CONSOLIDADA

Apresentação Segundo a 4° edição do Manual de Demonstrativos Fiscais (editado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN) o Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida visa assegurar a transparência das obrigações contraídas pelos entes da Federação e, ainda, evidenciar os limites de endividamento de que trata a legislação, além de outras informações relevantes.

A Dívida Consolidada (ou fundada) corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras, inclusive as decorrentes de emissão de títulos do Ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito para amortização em prazo superior a doze meses, dos precatórios judiciais (emitidos a partir de 05 de maio de 2000 e não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos), e, também, das operações de crédito que, embora de prazo inferior a doze meses, tenham constado como receitas no orçamento.

O demonstrativo não inclui, todavia, as obrigações

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE34

existentes entre as administrações diretas do Ente da Federação e seus respectivos fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes, ou entre essas entidades da administração indireta.

Em parte destacada do demonstrativo são evidencia-dos os valores do Regime Previdenciário. Essa evidenciação é necessária em função da composição e das peculiaridades do patrimônio do Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS). A análise dos pontos de destaque do demonstrativo da Dívida Consolidada é a que se segue, referente ao exercício de 2012, em comparação com o exercício de 2011, conforme se propõe a realizar.

Dívida Consolidada Esse título agrega os montantes da dívida consolida-da do Estado, segregada em mobiliária, contratual, precatórios (posteriores a 05/05/2000, inclusive – vencidos e não pagos) e demais dívidas. Também são alocadas nesse quadro as deduções da Dívida Consolidada, a Dívida Consolidada Líquida e a apuração do cumprimento do limite imposto pelo Senado Federal para está última.

Os valores da dívida previdenciária devem ser excluí-dos desse montante, uma vez que – conforme mencionado – são demonstrados em quadro a parte.

2012 2011 AV (%)

DÍVIDA CONSOLIDADA

5.095.951.051,09 3.859.630.026,45 32,03%

Dívida Mobiliária - - 0,00%

Dívida Contratual 4.330.273.131,28 3.183.635.535,55 36,02%

Interna 3.965.740.588,95 2.850.297.626,83 39,13%

Externa 364.532.542,33 333.337.908,72 9,36%

Precatórios posteriores a 05/05/2000

712.192.783,36 675.993.915,69 5,35%

Demais Dívidas 53.485.136,45 575,21 9298266,94%

DEDUÇÕES 3.462.006.500,49 2.523.854.274,27 37,17%

Disponibilidade de Caixa Bruta

3.179.057.225,04 2.293.747.362,37 38,60%

Demais Haveres Financeiros

482.864.264,93 434.937.489,19 11,02%

(-) Restos a Pagar Processados (Exc.Precatórios)

199.914.989,48 204.830.577,29 -2,40%

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA

1.633.944.550,60 1.335.775.752,18 22,32%

Os 22,32% de variação da Dívida Consolidada Líquida entre os dois períodos (exercícios de 2012 e de 2011) perfazem um montante de R$ 298,2 milhões, e tem, como itens relevantes, os seguintes (já excluídos dos valores referentes às dívidas previdenciárias, demonstradas, conforme mencionado, em quadros a parte).

Dívida Contratual A dívida contratual corresponde ao montante total, apu-rado sem duplicidades, das obrigações financeiras do Ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amor-tização em prazo superior a doze meses. Também são incluídas as operações de crédito, que, embora de prazo inferior a um ano, tenham constado com receitas no orçamento.

Em 2012, apresenta a seguinte composição:

Dívida Contratual (em milhões)

R$ 3.965,7

R$ 364,5

Fonte: GECON/SIAFEM

Interna

Externa

A maior parte do montante da alínea Dívida Contratual – 91,58% - se refere às dívidas contratuais internas, que são aquelas assumidas no território brasileiro e, em regra, em moeda nacional. Os 8,42% restantes são referentes às dívidas assumi-das em moeda estrangeira, no exterior, no montante de R$ 31,2 milhões. A evolução histórica da rubrica nos últimos cinco exer-cícios é a seguinte:

Dívida ContratualEm milhões de reais

Font

e: G

ECON

/SIA

FEM

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35SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Dívida Contratual Interna Conforme já mencionado, são os valores em moeda na-cional correspondente à parcela da dívida contratual assumida dentro do país. A variação entre o exercício de 2012, em comparação com o de 2011, apresenta um aumento de R$ 1,1 bilhão. A composição da Dívida Contratual Interna, no ano de 2012, é a seguinte:

Dívida Contratual Interna 2012 A V (%)

Em contratos 3.309.490.495,01 83,45%

Caixa Econômica Federal 173.499.113,46 4,37%

BNDES 953.320.789,27 24,04%

União 1.960.513.367,74 49,44%

Baneses 222.157.224,54 5,60%

Obrigações Tributárias Renegociadas/Parcelamentos

656.250.093,94 16,55%

Parcelamento INSS 97.500.839,30 2,46%

Parcelamento de FGTS 187.645,84 0,00%

Parcelamento FNDE 296.904,56 0,01%

Parcelamento Receita Federal (lei 10.684/2000)

6.198.089,35 0,16%

Parcelamento de PASEP 552.066.614,89 13,92%

Total 3.965.740.588,95 100,00%

Fonte: GECON/SIAFEM

Conforme pode ser observado no quadro acima, o maior percentual está alocado na rubrica Contratos, com 83,45% de representação no grupo e montante de R$ R$ 3.309 milhões.

Os montantes desses contratos - na comparação dos dois últimos exercícios (de 2012 e de 2011) são os que se seguem:

Dívida Contratual Interna - Em Contratos (milhões)

2012 2011

Caixa Econômica Federal 173,5 15,6

BNDES 953,3 485,7

União 1.960,5 1.948,5

Baneses 222,2 234,7

Total 3.309,5 2.684,5 Fonte: GECON/SIAFEM

A variação percentual entre os dois períodos, em relação à dívida contratual interna oriunda de contratos, é a seguinte:

Dívida Contratual Interna - Variação Percentual

2012/2011

Caixa Econômica Federal 1.012,00%

BNDES 96,27%

União 0,62%

Baneses -5,33% Fonte: GECON/SIAFEM

Como nota, a redução de 5,33% verifica nos contratos com o Baneses, entre os dois quadrimestres em análise, que correspondeu, em valores reais, a R$ 12,5 milhões a menor no exercício de 2012.

Dívida Contratual Externa Compõem essa rubrica os valores em moeda estrangei-ra correspondente à parcela da dívida contratual assumida com credores estrangeiros. Na análise dos valores de 2012 observam-se os se-guintes montantes:

Dívida Contratual Externa 2012 A V (%)

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

171.736.286,84 47,11%

Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

192.796.255,49 52,89%

Total 364.532.542,33 100,00%

Fonte: GECON/SIAFEM

Os montantes desses contratos - na comparação dos dois últimos exercícios (2012 e 2011) são os que se seguem:

Dívida Contratual Externa - Em Contratos (milhões)

2012 2011

BID 171,7 145,8

BIRD 192,8 187,6

Total 364,5 333,4

Fonte: GECON/SIAFEM

A variação percentual entre os dois períodos, em relação à dívida contratual interna oriunda de contratos, é a seguinte:

Dívida Contratual Externa - Variação Percentual

2012/2011

BID 17,81%

BIRD 2,79%

Fonte: GECON/SIAFEM

Com um aumento real de R$ 31,2 milhões no total da rubrica Dívida Contratual Externa, a leitura da tabela permite

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE36

verificar uma variação de 17,81% nas transações com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e de 2,79% para as operações realizadas com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). No exercício de 2012, 47,11% do montante dos R$ 364,5 milhões contratados se referem ao Programa Rodoviário do Es-pírito Santo II (contratados junto ao BID) e os 52,89% restantes, ao Programa Águas Limpas (contratados junto ao BIRD).

Demais Dívidas Essa rubrica agrega os valores referentes a outras es-pécies de dívidas que não estejam relacionadas a contratos de financiamento ou operações de crédito, tais como restituições e outras obrigações que o Estado tenha que saldar.

A variação relevante observada no ano de 2012 se refere aos valores relacionados a obrigações reconhecidas pelo Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCEES). Os demais valores se referem a outras dívidas relacionadas ao regime previdenciário, como segue:

Demais Dívidas 2012 A V (%)

Outras Obrigações a Pagar 53.608.931,93 100,00%

Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo 53.485.136,45 99,77%

( - ) Fundo Financeiro Previdenciário 123.795,48 0,23%

Total 364.532.542,33 -

Fonte: GECON/SIAFEM

Deduções Esse título demonstra os saldos da Disponibilidade de Caixa Bruta e dos Demais Haveres Financeiros, líquidos dos Res-tos a Pagar Processados, conforme definições seguintes.

Disponibilidade de Caixa Bruta Essa alínea traz o valor bruto da disponibilidade de caixa, representada pelo montante contabilizado como Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações Financeiras e Outras Disponibili-dades Financeiras. Na análise do exercício de 2012, comparado com o de 2011, notam-se os valores seguintes (líquidos dos montantes previdenciários e demais recursos vinculados):

Disponibilidade de Caixa Bruta

2012 2011 AV (%)

Bancos Conta Movimento

95.801.427,90 53.637.512,47 78,61%

Aplicações Financeiras

3.083.255.797,14 2.240.109.849,90 37,64%

Total 3.179.057.225,04 2.293.747.362,37 38,60%

Fonte: GECON/SIAFEM

Digno de nota a variação percentual de 38,60% da Dis-ponibilidade de Caixa Bruta – composta pelos saldos dos valores disponíveis em moeda nacional - entre os dois períodos, o que equivale a uma variação real de R$ 885 milhões.

Para conhecimento, segue evolução histórica da Dis-ponibilidade de Caixa Bruta nos últimos cinco exercícios:

Disponibilidade de Caixa BrutaEm milhões de reais

Fonte: GECON/SIAFEM

A composição percentual da Disponibilidade de Caixa Bruta, no 3° quadrimestre de 2012, é a que se segue:

Disponibilidade de Caixa Bruta 2012 AV (%)

Bancos Conta Movimento 95.801.427,90 3,01%

Aplicações Financeiras 3.083.255.797,14 96,99%

Total 3.179.057.225,04 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

Aplicações Financeiras

As Aplicações Financeiras compõem o maior percentual do grupo Disponibilidade de Caixa Bruta. No ano de 2012 to-talizou 96,99% dos recursos alocados na rubrica Disponível em Moeda Nacional.

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37SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

O detalhamento dessa rubrica, no exercício de 2012, permite verificar os seguintes valores (já excluídos dos montantes previdenciários):

Aplicações Financeiras 2012 AV (%)

Conta Única - Tesouro 1.020.265.673,24 33,09%

Aplicações Financeiras Vinculadas 137.170.031,84 4,45%

Aplicações Financeiras - Fundos 28.054.418,39 0,91%

Aplicações Financeiras - Convênios 141.215.014,92 4,58%

Aplicações Financeiras 895.769.702,46 29,05%

Aplicação Financeira Banestes 852.049.556,25 27,63%

Poupanças 8.727.119,89 0,28%

Outras Aplicações 4.280,15 0,00%

Total 3.083.255.797,14 100,00%

Fonte: GECON/SIAFEM

As maiores alocações estão na Conta Única do Tesouro (33,09%) e, ainda, nas Aplicações Financeiras, com 29,05% (na Caixa Econômica Federal - R$ 552,1 milhões e no Banco do Bra-sil - R$ 343,6 milhões) e as aplicações realizadas no Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), com 27,63%. A comparação com o exercício de 2011 segue abaixo:

Aplicações Financeiras (em milhões)

2012 2011 Variação

Conta Única do Tesouro 173,5 15,6 16,75%

Banco do Brasil 953,3 485,7 5,30%

Caixa Econômica Federal 1.960,5 1.948,5 51,09%

Banestes 222,2 234,7 142,74%

Total 3.309,5 2.684,5 44,42%Fonte: GECON/SIAFEM

Demais Haveres Financeiros A rubrica Demais Haveres financeiros evidencia os sal-dos referentes a valores a receber líquidos e certos (devidamente deduzidos das respectivas provisões para perdas prováveis reconhecidas nos balanços) como empréstimos, financiamentos e outros créditos a receber. São excluídos desse montante, todavia, os créditos tributários reconhecidos (pelo princípio da competência do exercício), os valores inscritos em Dívida Ativa e, ainda, os valores que, pela lógica, não representam valores a receber (tais como estoques, ativos permanentes, etc). No período em análise, em comparação com o exercício de 2011, são observados os valores seguintes:

Demais Haveres Financeiros

2012 2011 AV (%)

Créditos a Receber 98.731.453,16 83.822.439,16 17,79%

Empréstimos e Financiamentos

6.251.512,02 6.251.512,02 0,00%

Depósitos Realizáveis a Curto Prazo

1.241.660,97 2.301.076,84 -46,04%

Valores em Transito Realizáveis

- 34.128,77 -100,00%

Outros créditos - 25.918,27 -100,00%

Empréstimos Concedidos

322.805,36 315.714,59 2,25%

Financiamentos Concedidos

387.293.126,17 357.673.491,70 8,28%

Créditos a Receber (Adiantamentos Concedidos)

5.212.636,55 5.334.399,92 -2,28%

Títulos e Valores 17.888.121,97 22.253.277,63 -19,62%

Subtotal 516.941.316,20 478.011.958,90 8,14%

( - ) Créditos Tributários

(34.077.051,27) (43.074.469,71) -20,89%

Total 482.864.264,93 434.937.489,19 11,02%Fonte: GECON/SIAFEM

Como é possível perceber, na maioria das rubricas houve variação percentual negativa, o que acarretou uma redução de R$ 5,6 milhões no exercício de 2012. Variação significativa (positiva) pode ser observada, en-tretanto, no mesmo período, nas alíneas Créditos a Receber, com 17,79% e R$ 14,9 milhões de aumento e, ainda, em Financia-mentos Concedidos – 8,28% e R$ 29,6 milhões.

Os saldos componentes dos Créditos a Receber apre-sentam, no 3° quadrimestre de 2012, os valores seguintes (ex-cluídos os valores previdenciários):

Créditos a Receber 2012 AV (%)

Rede Arrecadadora 18.825.380,51 19,07%

Fornecimentos a Receber 23.423.262,88 23,72%

Créditos Tributários/Contribuições a Receber 34.077.051,27 34,51%

Créditos Diversos a Receber 22.405.758,50 22,69%

Total 98.731.453,16 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

A maior parte do montante dos créditos a receber (des-considerando os créditos tributários) se refere aos devedores por prestação de serviços, no total de R$ 23,4 milhões.

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE38

Detalhamento da Dívida Contratual

Parcelamento de Dívidas

Esse título identifica os detalhamentos da Dívida Consolidada Contratual, que podem ser classificados em dívida de parceiras público-privadas (“PPP”), parcelamento de dívidas, dívida com instituição financeira e demais dívidas contratuais.

Essa rubrica registra os saldos dos parcelamentos de dívidas em prazo superior a doze meses. A comparação entre os exercícios de 2012 e 2011 per-mite verificar os valores seguintes:

Parcelamento de Dívidas

2012 2011 AV (%)

De Tributos 6.198.089,35 4.613.238,24 34,35%

De Contribuições Sociais

649.864.358,75 160.949.912,12 303,77%

Previdenciárias 97.500.839,30 160.602.127,08 -39,29%

PIS/PASEP 552.066.614,89 - 0,00%

Demais Contribuições Sociais

296.904,56 347.785,04 -14,63%

Do FGTS 187.645,84 284.577,60 -34,06%

Total 656.250.093,94 165.847.727,96 295,69%

Fonte: GECON/SIAFEM

O Parcelamento de Dívida de Tributos se refere, no período analisado, aos débitos junto a União, cujo parcelamento é regulado pela lei 10.684, de maio de 2003.

Digno de nota os de 303,77% de variação verificados no exercício de 2012, referente ao parcelamento de dívidas de contribuições sociais. A maior parte do montante responsável por essa variação se refere aos débitos oriundos do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP), assumidos pelo Estado a partir do 2° quadrimestre de 2012 e que representaram uma variação real de R$ 552,1 milhões a mais no ano de 2012, em comparação com o exercício de 2011.

O parcelamento das Dívidas Previdenciárias, referente aos débitos junto ao INSS, representa pouco mais de 14,86%

do total e, em 2012, está assim distribuído (excluído dos valores previdenciários):

Parcelamento de Dívidas 2012 %

Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do ES

1.078.869,66 1,11%

Centrais de Abastecimento do ES 2.181.167,91 2,24%

Encargos Gerais da SEFAZ/ES 94.240.801,73 96,66%

Total 97.500.839,30 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

Dívidas com Instituições Financeiras A análise dos montantes referentes ao detalhamento das dívidas com instituições financeiras foi feita anteriormente, no tópico relacionado ao detalhamento da Dívida Contratual, ao qual remete-se o leitor de modo a evitar repetições desnecessárias.

Outros Valores não Integrantes da Dívida Consolidada

De acordo o Manual de Demonstrativos Fiscais, esse título agrega valores que, embora não estejam consideradas no conceito da dívida consolidada, impactam a situação econômico-financeira do ente, segundo os critérios estabelecidos na legislação vigente.

São obrigações que não deverão compor a Dívida Con-solidada e, consequentemente, a Dívida Consolidada Líquida.

Na análise dos exercícios de 2012 e de 2011 podem ser verificados os seguintes valores:

Outros Valores Não Integrantes da Dívida Consolidada

2012 2011 AV (%)

Precatórios Anteriores a 05/05/2000

278.036.042,23 299.310.887,50 -7,11%

Depósitos 350.193.078,42 182.148.951,61 92,26%

Restos a Pagar Não Processados de Exercícios Anteriores

22.347.244,28 20.941.815,28 6,71%

Total 650.576.364,93 502.401.654,39 29,49%

Fonte: GECON/SIAFEM

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39SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

A alínea Depósitos, que são valores pertencentes a terceiros e decorrentes de outras operações não originadas da execução do orçamento, apresenta a maior variação percentual.

Em 2012, apresentou um aumento real de R$ 168 milhões e a alocação seguinte (excluídos dos valores previdenciários):

Depósitos 2012 2011 AV (%)

Consignações 13.739.044,49 13.830.523,94 -0,66%

Depósitos de Diversas Origens

336.454.033,93 168.318.427,67 99,89%

Total 350.193.078,42 182.148.951,61 92,26%Fonte: GECON/SIAFEM

A maior parte do montante da natureza Depósitos está concentrada em Depósitos de Diversas Origens, que registra os valores recebíveis de terceiros e restituíveis a qualquer tempo, exigíveis no curto prazo.

Para conhecimento, segue abaixo uma tabela com a dis-tribuição do montante da conta Depósitos, no exercício de 2012:

Depósitos de Diversas Origens 2012 AV (%)

Depósitos e Cauções 77.771,77 0,02%

Depósitos Judiciais 111.116.137,73 33,03%

Depósitos para Quem de Direito 225.260.124,43 66,95%

Total 336.454.033,93 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

O maior percentual é constatado na alínea Depósitos para Quem de Direito, rubrica que registra os valores dos de-pósitos vindos de diversas origens, (inclusive origens não identifi-cadas), ou, ainda, valores não classificados em contas próprias.

Finalizando este tópico, e por terem apresentado, em 2012, a maior representatividade, segue quadro com a com-posição dos Depósitos para Quem de Direito:

Depósitos para Quem de Direito 2012 AV (%)

Depósitos de Terceiros 8.542,88 0,00%

Devolução de Valores a Quem de Direito 154.802.859,99 68,72%

Valores a Repassar do FUNDEF/FUNDEB 18.312.579,28 8,13%

Contratantes de Obras 11.667.898,02 5,18%

Pecúlio Presidiário 579.343,64 0,26%

Conversão em Renda (Depósito Tributário Judicial)

733.864,07 0,33%

Multas Recebidas de Outros DETRAN Estaduais

37.093,41 0,02%

Transferência Constitucional aos Municípios

5.398.202,68 2,40%

Valores a repassar – DETRAN 32.721.826,00 14,53%

Outros Depósitos 997.914,46 0,44%

Total 225.260.124,43 100,00%

Fonte: GECON/SIAFEM

Dívida Consolidada Previdenciária

Conforme mencionado, o demonstrativo da Dívida Con-solidada apresenta os montantes do Regime Previdenciário em separado dos demais saldos que compõem a dívida, tendo em vista a composição e as peculiaridades do patrimônio do RPPS.

A análise deste item, na comparação entre os exercícios de 2012 e de 2011, é a seguinte:

Regime Previdenciário

2012 2011 AH (%)

DÍVIDA CONSOLIDADA PREVIDENCIÁRIA

286.746.311,91

215.494.619,15

33,06%

Passivo Atuarial

282.493.208,66

212.020.638,93 33,24%

Demais Dívidas

4.253.103,25

3.473.980,22 22,43%

DEDUÇÕES

829.388.314,97

552.576.250,87 50,09%

Disponibilidade de Caixa Bruta

828.850.227,75

549.780.904,51

50,76%

Demais Haveres Financeiros

768.106,57

2.882.583,51

-73,35%

(-) Restos a Pagar Processados

230.019,35

87.237,15

163,67%

OBRIGAÇÕES NÃO INTEGRANTES DA DC

1.519.459,87

788.845,07

92,62%

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA PREVIDENCIÁRIA

(542.642.003,06) (337.081.631,72) 60,98%

Fonte: GECON/SIAFEM

Importante mencionar, neste tópico, o aumento da Dis-ponibilidade de Caixa Bruta pelas elevações verificadas em Apli-cações Financeiras, de ordem de R$ 278,4 milhões (50,66% de variação).

Os Demais Haveres Financeiros apresentaram, no exercício de 2012, na comparação com o de 2011, uma redução significativa de 73,35% (R$ 2,1 milhões a menos, em 2012).

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE40

Em termos gerais, o aumento da Dívida Consolidada Líquida Previdenciária em 2012, em comparação com o exercício de 2011, se deu por conta do aumento do Passivo Atuarial (33,24% e R$ 70,5 milhões) e das Demais Dívidas (22,43% e R$ 0,8 milhões) e pela redução significativa dos Demais Haveres Financeiros (73,35% e R$ 2,1 milhões), o que, no último caso, influenciou a equação de modo a deduzir a menor os valores da dívida previdenciária do Estado no exercício em análise (2012).

O estado do Espírito Santo no cenário nacional

O gráfico abaixo demonstra a posição do estado do Es-pírito Santo no cenário nacional, em relação ao montante da Dívi-da Consolidada Líquida sobre a Receita Corrente Líquida (RCL), no exercício de 2012.

Obs: Estados com “ - “: Não forneceram dadosFonte: Portais da Transparência dos Estados e Secretarias de Estado da Fazenda

Dívida Consolidada Líquida sobre a Receita Corrente Líquida (%)Em 2012

14,9

RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS

Apresentação

O sistema previdenciário brasileiro é composto por três formas distintas de regime: o Regime Geral de Previdência So-cial – RGPS, o Regime Próprio de Previdência dos Servidores – RPPS (exclusivo dos servidores públicos e constituído em cada ente da Federação) e o Regime de Previdência Complementar – RPC. Em qualquer dessas modalidades, a essência dos regimes previdenciários é a gestão do patrimônio coletivo dos segurados, sob a tutela do Estado, para transformar a poupança presente em benefícios futuros, quando os trabalhadores deixarem de ser ativos.

O Anexo V do Relatório Resumido da Execução Orça-mentária (RREO), Demonstrativo das Receitas e Despesas Previ-

denciárias do Regime Próprio de Previdência dos Servidores, tem a finalidade principal de assegurar a transparência das receitas e despesas previdenciárias do RPPS que o ente da Federação mantiver ou vier a instituir, devendo ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

Existem hoje, no Brasil, quase dois mil Regimes Próprios de Previdência Social, na União, nos Estados e Distrito Federal, em todas as Capitais e em aproximadamente um terço dos Mu-nicípios (nestes incluídos aqueles mais populosos), que assegu-ram a proteção previdenciária a cerca de nove milhões de segu-rados, sendo seis milhões de servidores ativos e três milhões de aposentados e pensionistas.

No estado do Espírito Santo, especificamente, a legislação principal que unifica e reorganiza, na forma da Constituição Federal e da legislação federal aplicável, o Regime Próprio de Previdência dos Servidores é a Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004. Nela está previsto, entre outras regulamentações, que a fonte de custeio da previdência dos servidores dar-se-á, principalmente, mediante contribuição mensal compulsória dos servidores efetivos em atividade (civis

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41SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

e militares), os servidores em disponibilidade, os estáveis no serviço público e dos inativos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como dos servidores efetivos do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público Estadual e, ainda, mediante contribuição mensal compulsória dos três poderes, incidente sobre a totalidade da base de contribuição do respectivo segurado ativo.

Brasil segue modelo próprio

O Brasil desenvolveu um modelo próprio de regulação do RPPS com base nas características históricas, institucionais, legais, no seu modelo federativo e nas restrições políticas e operacionais do contexto brasileiro. É um modelo mais homogêneo e restritivo em relação à autonomia federativa do que o de outros países federativos, como México, onde os estados têm autonomia total para definir as regras de custeio e benefício.

No caso brasileiro, a Constituição Federal, Estados e Municípios podem definir o plano de custeio, método de financiamento e o modelo institucional e organizacional. A vantagem é que este modelo facilita a mobilidade da força de trabalho e as compensações previdenciárias, além de dar mais transparência às contas.

Fonte: Revista dos RPPS, MPAS, Novembro de 2008.

Além das contribuições descritas, ficam responsáveis pela complementação do valor integral das correspondentes folhas de pagamento dos benefícios previdenciários - sempre que as receitas de contribuições forem insuficientes para sua cobertura - o Poder Executivo e demais Poderes e órgãos mencionados anteriormente.

A administração dos recursos arrecadados, dos investi-mentos, das contribuições previdenciárias e a competência para a concessão e gestão dos benefícios previdenciários de aposen-tadorias, pensão por morte e auxílio reclusão, entre outros, cabe ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo (IPAJM).

A lei nº 282 determina, ainda, a instituição de dois fun-dos: um Fundo Financeiro e um Fundo Previdenciário. O primeiro destina-se ao pagamento dos benefícios previdenciários aos se-

gurados que tenham ingressado no serviço público estadual e aos que já recebiam benefícios previdenciários até a publicação da lei complementar, extensivo aos seus respectivos dependentes. É um sistema estruturado somente no caso de segregação da massa, onde as contribuições a serem pagas pelo ente federativo e pelos segurados vinculados (servidores ativos, inativos e pen-sionistas) são fixadas sem objetivo de acumulação de recursos, sendo as insuficiências aportadas pelo ente federativo.

Já o Fundo Previdenciário destina-se, por sua vez, ao pagamento dos benefícios previdenciários aos servidores titu-lares de cargo efetivo que ingressaram no serviço público estadu-al após publicação da lei, também extensivo aos seus respectivos dependentes, sendo, por sua vez, um sistema estruturado com a finalidade de acumulação de recursos para pagamento dos com-promissos definidos no plano de benefícios do RPPS, sendo o seu plano de custeio calculado atuarialmente segundo conceitos dos regimes financeiros de capitalização, repartição de capitais de cobertura e repartição simples e, em conformidade com as regras dispostas na Portaria MPS nº 403/2008.

O Fundo Financeiro é estruturado em regime de repartição simples, enquanto que o Fundo Previdenciário será es-truturado em regime de constituição de reservas de capital.

Metodologia A análise comparativa do RPPS, no exercício de 2012, foi baseada na representatividade de cada rubrica dentro de seu grupo respectivo, onde cada grupo e suas respectivas naturezas de receita e despesa tiveram suas variações destacadas e analisadas individualmente em relação ao ano corrente e ao mesmo período, no ano de 2011.

Esta metodologia visa evidenciar os motivos pelos quais essas variações ocorreram, de modo a proporcionar, desse modo, uma melhor compreensão dos números apresentados, uma vez que esse tipo de análise seria prejudicada pela leitura pura e sim-ples do demonstrativo fiscal (Anexo V, do RREO).

Receitas As receitas demonstradas no Anexo V do RREO são compostas, conforme já mencionado, principalmente pelas con-tribuições dos segurados e das contribuições oriundas dos três poderes. Além disso, também compõem esse montante os sal-dos de contas bancárias vinculados ao IPAJM, os rendimentos das aplicações financeiras e dividendos de ações destinados a esse fim, os rendimentos mobiliário e imobiliário de qualquer na-

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE42

tureza, as receitas decorrentes de compensação financeira com outros regimes de previdência, as doações, subvenções, legados e bens ou direito de qualquer natureza, além de outros ativos financeiros de qualquer natureza transacionados com finalidade previdenciária.

Receitas Previdenciárias (exceto Receitas Intraorçamentárias)

A composição das Receitas Previdenciárias, no exercício de 2012, é a seguinte:

Receitas Previdenciárias (exceto Receitas Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 AV(%)

Receitas Correntes 386.805.736,43 100,03%

Receita de Contribuições dos Segurados 263.985.050,67 68,26%

Pessoal Civil 211.132.273,95 54,60%

Ativo 173.170.750,45 44,78%

Inativo 26.310.695,83 6,80%

Pensionista 11.650.827,67 3,01%

Pessoal Militar 52.852.776,72 13,67%

Ativo 41.142.078,70 10,64%

Inativo 9.572.904,55 2,48%

Pensionista 2.137.793,47 0,55%

Outras Receitas de Contribuições 975.518,18 0,25%

Receita Patrimonial 115.042.351,96 29,75%

Receitas de Valores Mobiliários 115.042.351,96 29,75%

Receitas de Serviços 398.726,84 0,10%

Outras Receitas Correntes 6.404.088,78 1,66%

Compensação Previdenciária entre o RGPS e o RPPS

6.359.768,15 1,64%

Demais Receitas Correntes 44.320,63 0,01%

Receitas de Capital 1.933,00 0,00%

Alienação de Bens, Direitos e Ativos 1.933,00 0,00%

(-) Deduções da Receita 100.862,27 0,03%

Total 386.706.807,16 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

As Receitas Correntes respondem por praticamente 100% dos valores arrecadados deste grupo (o índice de 100,03% é resultante da aplicação do montante das Receitas Correntes sobre o total das Receitas Previdenciárias - total esse já abatido das Deduções da Receita, no valor de R$ 100.862,27).

A análise horizontal – que demonstra a variação entre os dois períodos em estudo (exercícios de 2012 e de 2011) – per-mite a seguinte comparação:

Receitas Previdenciárias (exceto Receitas Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 2011 AV(%)

Receitas Correntes 386.805.736,43 308.676.235,21 100,03%

Receita de Contribuições dos Segurados

263.985.050,67 241.543.524,58 68,26%

Pessoal Civil 211.132.273,95 193.248.870,79 54,60%

Ativo 173.170.750,45 155.343.759,99 44,78%

Inativo 26.310.695,83 26.341.281,16 6,80%

Pensionista 11.650.827,67 11.563.829,64 3,01%

Pessoal Militar 52.852.776,72 47.291.208,49 13,67%

Ativo 41.142.078,70 36.585.910,29 10,64%

Inativo 9.572.904,55 8.752.142,22 2,48%

Pensionista 2.137.793,47 1.953.155,98 0,55%

Outras Receitas de Contribuições

975.518,18 1.003.445,30 0,25%

Receita Patrimonial 115.042.351,96 58.262.428,73 29,75%

Receitas de Valores Mobiliários

115.042.351,96 58.262.428,73 29,75%

Receitas de Serviços 398.726,84 409.742,72 0,10%

Outras Receitas Correntes

6.404.088,78 7.457.093,88 1,66%

Compensação Previdenciária entre o RGPS e o RPPS

6.359.768,15 6.869.362,23 1,64%

Demais Receitas Correntes

44.320,63 587.731,65 0,01%

Receitas de Capital 1.933,00 - 0,00%

Alienação de Bens, Direitos e Ativos

1.933,00 - 0,00%

(-) Deduções da Receita

100.862,27 93.972,95 0,03%

Total 386.706.807,16 307.578.816,96 100,00%

Como destaque, os 25,72% de variação das Receitas Correntes, o que corresponde a R$ 79,1 milhões a mais do que o arrecadado no ano de 2011. A rubrica Receita de Capital apresenta um valor com baixíssima representatividade (0,0005%), com variação nula em virtude de não ter apresentado valores em 2011. Os R$ 1.933,00 apresentados em 2012 referem-se a restituições realizadas no decorrer do ano.

O gráfico seguinte permite acompanhar o histórico de

Fonte: GECON/SIAFEM

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43SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

evolução das Receitas Correntes (excluídas as Receitas Correntes Intraorçamentárias) nos últimos cinco anos:

Fonte: GECON/SIAFEM

Receitas Correntes (exceto Intraorçamentárias)Em milhões

Receitas Correntes

Receitas Correntes (exceto Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 AV(%)

Receitas Correntes 386.805.736,43 100,00%

Receita de Contribuições dos Segurados 263.985.050,67 68,25%

Outras Receitas de Contribuições 975.518,18 0,25%

Receita Patrimonial 115.042.351,96 29,74%

Receitas de Serviços 398.726,84 0,10%

Outras Receitas Correntes 6.404.088,78 1,66%

A composição das Receitas Correntes Previdenciárias, no exercício de 2012, é a demonstrada no quadro abaixo:

Fonte: GECON/SIAFEM

As Receitas Correntes com maior índice de representação, no período, são a Receita de Contribuições dos Segurados, com 68,25%, e a Receita Patrimonial, com 29,74%.

A Receita de Contribuições dos Segurados registra o total das receitas de contribuições sociais dos empregadores, dos tra-balhadores e dos demais segurados.

A comparação com o exercício de 2011 das receitas com-ponentes deste grupo está representada no gráfico seguinte:

Fonte: GECON/SIAFEM

Receitas Correntes (exceto Intraorçamentárias)Em milhões

Receitas de Contribuições dos Segurados As Receitas de Contribuições dos Segurados – que agre-ga as rubricas Pessoal Civil e Pessoal Militar, subdivididas em Ativo, Inativo e Pensionistas, no exercício de 2012, apresenta a seguinte composição:

Receita de Contribuições dos Segurados (exceto Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 AV(%)

Pessoal Civil 211.132.273,95 79,98%

Ativo 173.170.750,45 65,60%

Inativo 26.310.695,83 9,97%

Pensionista 11.650.827,67 4,41%

Pessoal Militar 52.852.776,72 20,02%

Ativo 41.142.078,70 15,59%

Inativo 9.572.904,55 3,63%

Pensionista 2.137.793,47 0,81%

Total 263.985.050,67 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

A alínea Pessoal Civil representa quase 80% do montante do grupo Receita de Contribuições dos Segurados. No detalhamento, observa-se que a maior parte dessas receitas está alocada na rubrica Pessoal Ativo, com 65,60% e R$ 173,2 milhões.

Na comparação entre os dois exercícios – 2012 e 2011 – são observados os seguintes valores:

Receita de Contribuições dos Segurados (exceto Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Pessoal Civil 211.132.273,95 193.248.870,79 9,25%

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE44

Ativo 173.170.750,45 155.343.759,99 11,48%

Inativo 26.310.695,83 26.341.281,16 -0,12%

Pensionista 11.650.827,67 11.563.829,64 0,75%

Pessoal Militar 52.852.776,72 47.291.208,49 11,76%

Ativo 41.142.078,70 36.585.910,29 12,45%

Inativo 9.572.904,55 8.752.142,22 9,38%

Pensionista 2.137.793,47 1.953.155,98 9,45%

Total 263.985.050,67 241.543.524,58 9,29%Fonte: GECON/SIAFEM

A Receita de Contribuições dos Segurados apresenta 9,29% de variação na comparação do exercício de 2012 com o de 2011, o que representa um acréscimo de R$ 22,4 milhões.

Os números da natureza de receita Pessoal Militar permitem verificar um aumento de R$ 5,6 milhões, o que representa 11,76% de variação entre os dois períodos (2012 e 2011). No detalhamento da alínea, observa-se que a maior variação é da alínea Pessoal Militar – Pessoal Ativo, com 12,45% de variação e R$ 4,6 milhões a mais em relação ao exercício de 2011. A representação gráfica desses números pode ser visualizada nos gráficos abaixo:

Receitas de Contribuições dos SeguradosPessoal Civil (em milhões)

Receitas de Contribuições dos SeguradosPessoal Militar (em milhões)

Font

e: G

ECON

/SIA

FEM

Finalizando, a evolução gráfica do montante da Receita de Contribuições de Segurados em 2012 pode ser observada abaixo:

Receitas de Contribuições dos Segurados Em milhões

Fonte: GECON/SIAFEM

Pode-se observar, pelo gráfico, que a arrecadação se mantém constante ao longo dos doze meses de 2012, exceção ao mês de Outubro, por conta da antecipação do recolhimento do mês de Novembro.

Receita Patrimonial Essa natureza de receita registra o somatório das receitas imobiliárias, receitas de valores mobiliários e outras receitas afins.

A análise da Receita Patrimonial permite observar que só houve variação na natureza de receita Receitas de Valores Mo-biliários, na comparação do exercício de 2012 com o exercício de 2011, conforme tabela seguinte:

Receita Patrimonial (exceto Receitas Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Receitas Imobiliárias - - 0,00%

Receitas de Valores Mobiliários

115.042.351,96 58.262.428,73 97,46%

Outras Receitas Patrimoniais

- - 0,00%

Total 115.042.351,96 58.262.428,73 97,46%

Fonte: GECON/SIAFEM

Com 97,46% de variação e um montante de R$ 56,8 milhões a mais na comparação entre os exercícios, essa natureza registra a arrecadação com dividendos, remuneração de depósitos bancários e, ainda, a remuneração dos investimentos realizados pelo próprio RPPS, além de outras remunerações.

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45SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Observadas as limitações e condições estabelecidas em resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), os recursos dos regimes próprios de previdência social devem ser alocados nos seguintes segmentos de aplicação: Renda Fixa, Renda Variável e Imóveis.

No quadro abaixo seguem números que compõem essa rubrica, no exercício de 2012:

Receita de Valores Mobiliários (exceto Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 AV(%)

Dividendos 1.145,77 0,00%

Outros Dividendos 1.145,77 0,00%

Remuneração dos Investimentos do RPPS 115.041.206,19 100,00%

Remuneração dos Investimentos em Renda Fixa

109.102.107,97 94,84%

Remuneração Investimentos em Renda Variável

5.939.098,22 5,16%

Total 115.042.351,96 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

Na tabela pode-se verificar que a natureza de receita com maior representatividade é a Remuneração dos Investimentos do RPPS, com praticamente 100% da totalidade dos valores. Observa-se, também, que os Investimentos em Renda Fixa são os maiores montantes do subgrupo, com 94,84% e R$ 109,1 milhões no exercício de 2012.

A variação dos investimentos em renda fixa, no exercício de 2012, pode ser verificada no gráfico seguinte:

Remuneração dos Investimentos em Renda FixaEm milhões

Fonte: GECON/SIAFEM

Os rendimentos oriundos dos Investimentos em Renda Fixa - tipo de investimento que possui a remuneração ou o retorno do capital investido acertado no momento da aplicação – apre-sentam oscilações diversificadas, uma vez que essas oscilações

ocorrem em função das variações da cotação do título no mer-cado financeiro. Os R$ 1,1 milhões negativos apresentados no gráfico se referem à contabilização de rendimentos negativos apurados pelo Fundo Previdenciário no mês de Junho de 2012.

Para conhecimento, segue distribuição dos rendimentos em Renda Fixa de acordo com sua destinação:

Remuneração dos Investimentos em Renda Fixa(exceto Intraorçamentários)

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

IPAJM 1.175.503,05 649.181,82 81,07%

Fundo Financeiro 4.060.927,75 4.885.056,99 -16,87%

Fundo Previdenciário 103.865.677,17 52.727.983,08 96,98%

Total 109.102.107,97 58.262.221,89 87,26%Fonte: GECON/SIAFEM

Outras Receitas Correntes Nessa rubrica, são registrados os montantes das outras receitas previdenciárias correntes destinadas ao pagamento de benefícios.

A Constituição admite outras fontes para manutenção ou expansão da Seguridade, a serem definidas em lei. Além da re-ceita decorrente da compensação entre os regimes, há as decor-rentes da atividade administrativa da autarquia responsável pelo fundo previdenciário, tais como as receitas de aluguéis ou outros valores provenientes da renda de ativos e bens.

No exercício de 2012, comparado com o de 2011, verifi-ca-se a situação seguinte:

Outras Receitas Correntes (exceto Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Compensação Previdenciária entre o RGPS e o RPPS

6.359.768,15 6.869.362,23 -7,42%

Demais Receitas Correntes

44.320,63 587.731,65 -92,46%

Total 6.404.088,78 7.457.093,88 -14,12%

Fonte: GECON/SIAFEM

As Outras Receitas Correntes, como um todo, apresen-taram uma redução de R$ 1,1 milhão, o que, em termos percen-tuais, representa uma variação negativa de 14,12%.

Apesar da variação expressiva da alínea Demais Receitas Correntes (92,46%), é a natureza de receita Compensação Previdenciária entre o RGPS e o RPPS que possui a maior representatividade no grupo, com 99,31%, no exercício de 2012,

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE46

conforme verificado na tabela seguinte.

Outras Receitas Correntes (exceto Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 AV(%)

Compensação Previdenciária entre o RGPS e o RPPS

6.359.768,15 99,31%

Demais Receitas Correntes 44.320,63 0,69%

Total 6.404.088,78 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

A natureza de receita Compensação Previdenciária entre o RGPS e o RPPS registra os valores brutos das receitas de com-pensação do RGPS em favor do RPPS, relativas aos benefícios de aposentadorias e pensões concedidos a partir da Constituição de 1988.

Na comparação com o exercício de 2011, apresenta variação de R$ 0,5 milhão e 7,42% negativos.

A série histórica da Receita de Compensação Previ-denciária entre o RGPS e o RPPS é a que se apresenta no gráfico seguinte:

Compensação Previdenciária entre o RGPS e o RPPSEm milhões

Fonte: GECON/SIAFEM

Despesas Previdenciárias (exceto Receitas Intraorçamentárias) Segundo a lei complementar nº 282, compete ao IPAJM realizar as despesas de benefícios previdenciários, de pessoal do próprio IPAJM com seus respectivos encargos, de material per-manente e de consumo, como todos os insumos necessários a manutenção do RPPS, de manutenção e de aperfeiçoamento dos

instrumentos de gestão do regime próprio, as despesas com in-vestimentos, com seguro de bens permanentes para proteção do patrimônio do regime próprio e, ainda, as despesas com outros encargos eventuais - desde que vinculados às suas finalidades essenciais.

Despesas Previdenciárias (exceto Despesas Intraorçamentárias) Esse item apresenta o valor das despesas previdenciárias do RPPS líquidas das despesas intraorçamentárias, com a administração e a previdência.

Na comparação do exercício de 2012 com o de 2011, verificam-se os valores seguintes:

Despesas Previdenciárias (exceto Receitas Intraorçamentárias)

Natureza da Despesa

2012 2011 AH(%)

Administração 34.448.846,85 12.253.190,25 181,14%

Despesas Correntes 34.371.058,96 12.148.708,25 182,92%

Despesas de Capital 77.787,89 104.482,00 -25,55%

Previdência 1.602.541.979,63 1.454.804.099,02 10,16%

Pessoal Civil 1.197.350.723,86 1.070.352.042,86 11,87%

Aposentadorias 964.138.409,64 855.278.427,59 12,73%

Pensões 233.212.314,22 215.073.615,27 8,43%

Pessoal Militar 368.813.980,22 334.191.681,00 10,36%

Reformas 276.461.389,97 248.382.043,01 11,30%

Pensões 92.352.590,25 85.809.637,99 7,62%

Outras Despesas Previdenciárias

36.377.275,55 50.260.375,16 -27,62%

Compensação Previdenciária do RPPS para o RGPS

3.126.715,00 2.806.054,80 11,43%

Demais Despesas Previdenciárias

33.250.560,55 47.454.320,36 -29,93%

Total 1.636.990.826,48 1.467.057.289,27 11,58%

Fonte: GECON/SIAFEM

A rubrica Despesas Previdenciárias, como um todo, apresentou um acréscimo de R$ 169,9 milhões, no período, o que representa uma variação, em termos percentuais, de 11,58%.

A composição das Despesas Previdenciárias, em 2012, está assim definida

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47SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Despesas Previdenciárias (exceto Receitas Intraorçamentárias)

Natureza da Despesa 2012 AV(%)

Administração 34.448.846,85 2,10%

Despesas Correntes 34.371.058,96 2,10%

Despesas de Capital 77.787,89 0,00%

Previdência 1.602.541.979,63 97,90%

Pessoal Civil 1.197.350.723,86 73,14%

Aposentadorias 964.138.409,64 58,90%

Pensões 233.212.314,22 14,25%

Pessoal Militar 368.813.980,22 22,53%

Reformas 276.461.389,97 16,89%

Pensões 92.352.590,25 5,64%

Outras Despesas Previdenciárias 36.377.275,55 2,22%

Compensação Previdenciária do RPPS para o RGPS

3.126.715,00 0,19%

Demais Despesas Previdenciárias 33.250.560,55 2,03%

Total 1.636.990.826,48 100,00%Fonte: GECON/SIAFEM

O quadro demonstra que as despesas com a Previdência perfazem a maior parte do montante do grupo das Despesas Previdenciárias, com 97,90% do total do grupo. Essas despesas são os dispêndios previdenciários em si – aposentadorias, pensões e outros benefícios previdenciários, uma vez que as despesas com pessoal do IPAJM estão alocadas na rubrica Administração.

As naturezas de despesas Aposentadorias, do grupo Pessoal Civil, e Reformas, do Pessoal Militar, são as que apresen-tam o maior percentual na composição de seus grupos.

A primeira, com 58,90% de representação no grupo e 12,73% de variação - o que representa, no segundo caso, R$ 108,9 milhões de acréscimo na comparação do ano de 2012 com o de 2011.

Já para a natureza de despesa Reformas, do Pessoal Militar, o percentual de representação é de 16,89% no total do grupo, e, em Dezembro de 2012, a variação foi de 11,30% (R$ 28,1 milhões, comparando-se com o mesmo mês, em 2011).

As Outras Despesas Previdenciárias demonstram, prin-cipalmente, as demais despesas constantes do plano de contas aplicado aos RPPS não classificadas nos itens anteriores e, ainda, a compensação previdenciária de aposentadorias e pensões do RPPS para o RGPS.

Na análise preliminar se observa que a maior parte do montante da natureza de despesa Outras Despesas Previdenciárias está alocada na rubrica Demais Despesas Previdenciárias, com

91,40% de representatividade neste subgrupo (2,03%, todavia, do total das Despesas Previdenciárias). A Compensação Previdenciária do RPPS para o RGPS, com 0,19% de representação no subgrupo Outras Despesas Previdenciárias, é um acerto de contas entre o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e o Regime Próprio de Previdência So-cial (RPPS).

O Estado, ao atender o preceito constitucional instituin-do o RPPS, tem o direito de se compensar financeiramente com o RGPS. Isso porque existem servidores que, anteriormente ao ingresso ao RPPS, eram segurados do RGPS e, portanto, con-tribuíram por algum tempo àquele regime.

Sendo assim, o RPPS fica responsável pelo pagamento integral dos benefícios de aposentadoria e, posteriormente, das pensões por morte dela decorrentes. Por outro lado, é titular do direito de se compensar com o RGPS relativo aos períodos de contribuição a ele vertidos. Essa compensação está prevista na Constituição Federal e regulamentada pela Lei n° 9.796/1999.

Em 2012 a natureza de despesa Compensação Previ-denciária do RPPS para o RGPS demonstrou uma evolução de 11,43% na comparação com os números de 2011. Isso significa um acréscimo de pouco mais de R$ 320 mil entre os dois perío-

Resultado Previdenciário O Resultado Previdenciário é a diferença entre o total das Receitas Previdenciárias e o total das Despesas Previdenciárias, demonstrando, dessa forma, se o equilíbrio financeiro (garantia de equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS em cada exercício financeiro) e atuarial (equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das obrigações projetadas, apuradas atuarialmente, a longo prazo) do sistema está sendo mantido de maneira satisfatória.

Com R$ 53,8 milhões a mais do que o acumulado no exercício de 2011, o Resultado Previdenciário apresentou, em 2012, 66,88% de variação positiva e um montante de R$ 134,4 milhões, o que demonstra que o Espírito Santo tem conduzido sua gestão previdenciária de maneira responsável.

Para comparação, seguem os resultados previdenciários (apurados pela metodologia prevista na LRF) do estado do Espírito Santo nos últimos cinco exercícios:

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GERÊNCIA DE CONTABILIDADE48

Resultado PrevidenciárioEm milhões

Fonte: GECON/SIAFEM

Contribuição Complementar para o Regime Próprio de Previdência do Servidor Conforme já mencionado anteriormente, o Poder Executivo e demais Poderes e órgãos são responsáveis pela complementação do valor integral das correspondentes folhas de pagamento dos benefícios previdenciários, sempre que as receitas de contribuições forem insuficientes para cobrir a folha de pagamento dos inativos e pensionistas no período em questão.

Denomina-se Contribuição Complementar aquela que se destina à cobertura de déficits financeiros ou atuariais do RPPS.

A análise comparativa entre os exercícios de 2012 e de 2011 permite verificar os saldos seguintes:

Aportes de recursos para o Regime Próprio de Previdência do Servidor

Natureza da Despesa

2012 2011 AH(%)

Plano Financeiro 138.463.677,77 116.885.841,84 18,46%

Recursos para Cobertura de Insuficiências Financeiras

138.463.677,77 116.885.841,84 18,46%

Total 138.463.677,77 116.885.841,84 18,46%

Fonte: GECON/SIAFEM

No período analisado, só o Fundo Financeiro apresenta valores; o Fundo Previdenciário é autossustentável, não neces-

sitando, em teoria, de recursos para complementação de seus pagamentos.

A variação em termos gráficos pode ser observada abaixo:

Aportes de recursos para o Regime Próprio de Previdência do ServidorEm milhões

Fonte: GECON/SIAFEM

2012 2011

Não houve variação significativa em relação aos aportes para o Fundo Financeiro na comparação entre os exercícios de 2012 e de 2011. Os números demonstram um crescimento de 18,46% no período, com um montante de R$ 21,6 milhões a mais do que o ano passado.

Bens e Direitos do RPPS

Esse grupo aloca os itens patrimoniais pertencentes ao RPPS, tais como disponibilidades financeiras, investimentos, outros bens e direitos previstos no plano de contas aplicado ao regime próprio.

Por contabilizarem, em sua maior parte, as entradas e saídas da conta bancos conta movimento, a evolução dessa con-ta não apresenta regularidade e a análise, neste caso, não se realizaria de maneira relevante.

A rubrica Investimentos registra as aplicações e resgates dos investimentos realizados na conta de aplicações financeiras e são realizados conforme diretrizes previstas em norma especí-fica ato do Conselho Monetário Nacional (CMN), tendo presentes as condições de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência.

Na análise do exercício de 2012 em comparação com o de 2011, tem-se a seguinte evolução gráfica:

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49SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Receitas de Aplicações Financeiras (IPAJM)Em milhões

Receitas de Aplicações Financeiras (Fundo Financeiro) Em milhões

Receitas de Aplicações Financeiras (Fundo Previdenciário) Em milhões

Font

e: G

ECON

/SIA

FEM

Font

e: G

ECON

/SIA

FEM

Font

e: G

ECON

/SIA

FEM

Digno de nota os montantes elevados em cada início de período – que levam em consideração os saldos acumulados no encerramento do exercício anterior. Como a natureza dessas contas patrimoniais – conforme já mencionado – é de aplicações e resgates, é possível observar vários saldos negativos ao longo do período, o que, necessariamente, não indica um resultado ruim, uma vez que essas ações são realizadas de acordo com o interesse em se manter ou resgatar o capital investido. No caso do Fundo Previdenciário, nota-se uma política relativamente estável de aplicações e resgates.

Receitas Intraorçamentárias Até 2006, as receitas oriundas da transferência de re-cursos referentes à contribuição previdenciária patronal eram registradas como repasses concedidos (interferências passivas), tendo como contrapartida o registro de uma interferência ativa no ente gestor dos recursos previdenciários. A partir de 2007, tais recursos passaram a ser contabilizados pelo ente como Receitas Intraorçamentárias.

As Receitas Intraorçamentárias são, em linhas gerais, as receitas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes do fornecimento de materiais, bens e serviços, recebimentos de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo.

As Receitas Intraorçamentárias, assim como as demais Receitas Previdenciárias, também são subdividas em Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital Intraorça-mentárias.

Receitas Correntes Intraorçamentárias No exercício de 2012, as Receitas Correntes Intraorça-mentárias apresentaram uma variação nominal de 11,91%, to-talizando um montante de R$ 148,6 milhões a mais do que o acumulado em 2011, conforme quadro abaixo:

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE50

Receitas Correntes Intraorçamentárias

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Receita de Contribuições

1.396.297.681,30 1.247.475.316,81 11,93%

Outras Receitas Correntes

3.077,56 224.329,35 -98,63%

Total 1.396.300.758,86 1.247.699.646,16 11,91%Fonte: GECON/SIAFEM

No quadro, nota-se que a maior representação do grupo das Receitas Correntes Intraorçamentárias está na rubrica Receita de Contribuições, com praticamente 100% do total daquela natureza de receita. Ela agrega o somatório das receitas de contribuição patronal, de contribuições para cobertura de déficit atuarial e de contribuições em regime de débitos e parcelamentos.

Na análise comparativa com do exercício de 2012 com o de 2011, observa-se um crescimento na ordem de 11,91% das Receitas de Contribuições, traduzidos em um montante real de R$ 148,6 milhões.

A natureza de receita Outras Receitas Correntes é com-posta, no período em análise, pelas multas e juros de mora das contribuições patronais. Apesar da pouca relevância do mon-tante, é interessante observar a queda expressiva apresentada em 2012, com 98,63% de redução.

Receitas de Contribuições dos Segurados A Receita de Contribuições dos Segurados (intraorça-mentárias) é composta pelas rubricas contribuição Patronal e para Cobertura de Déficit Atuarial (Contribuição Complementar).

Sua composição percentual está assim demonstrada em 2012:

Receita de Contribuições dos Segurados (Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Receita de Contribuições

1.396.297.681,30 1.247.475.316,81 11,93%

Para Cobertura de Déficit Atuarial (Contribuição Complementar)

969.581.546,96 868.198.362,69 11,68%

Total 2.365.879.228,26 2.115.673.679,50 11,83%

Fonte: GECON/SIAFEM

A análise da rubrica Receita de Contribuições Patronais, em 2012 e em 2011, permite verificar os saldos abaixo:

Receita de Contribuições Patronais (Intraorçamentárias)

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Pessoal Civil 344.426.743,84 306.355.378,88 12,43%

Ativo 344.426.743,84 306.355.378,88 12,43%

Inativo - - 0,00%

Pensionista - - 0,00%

Pessoal Militar 82.289.390,50 72.921.575,24 12,85%

Ativo 2.289.390,50 72.921.575,24 12,85%

Inativo - - 0,00%

Pensionista - - 0,00%

Total 426.716.134,34 379.276.954,12 12,51%

Fonte: GECON/SIAFEM

No exercício de 2012 não são observadas variações dignas de nota. Com uma variação de 12,43% - totalizados em um montante de R$ 38,1 milhões a mais em relação ao mesmo período, no ano passado – a natureza de receita Pessoal Civil responde pela maior parte dos valores, com 80,16% do total das Receitas de Contribuições Patronais. A natureza de receita Pessoal Militar apresentou variação praticamente idêntica – 12,85% entre os dois exercícios analisa-dos, resultando em um aumento de R$ 9,4 milhões no acumulado em 2012. Assim como para o grupo Pessoal Civil, só foram regis-trados valores na natureza de receita de Pessoal Ativo.

As receitas intraorçamentárias derivadas das contribuições para cobertura de déficit atuarial representam a maior parte da natureza de receita contribuições dos segurados, com montante de R$ 969,6 milhões em 2012. Registra o valor da arrecadação de receita decorrente da aplicação, durante determinado período, de alíquota suplementar prevista em lei, para amortização do déficit atuarial do RPPS, a fim de equilibrar o plano de previdência. Os números que compõem essa alínea, assim como sua variação, seguem abaixo:

Receita de Contribuição para Cobertura de Déficit Atuarial (Contribuição Complementar)

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Para Cobertura de Déficit Atuarial (Contribuição Complementar)

969.581.546,96 868.198.362,69 11,68%

Total 969.581.546,96 868.198.362,69 11,68%

Fonte: GECON/SIAFEM

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51SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

A totalidade dos valores está lançada no Fundo Finan-ceiro, e com a variação de 11,68% na comparação entre os anos de 2012 e 2011, totalizou um montante de R$ 101,4 milhões a mais no corrente ano.

A evolução gráfica mensal da contribuição complemen-tar, no exercício de 2012, pode ser visualizada a seguir:

Receita de Contribuição para Cobertura de Déficit Atuarial - Em milhões

Fonte: GECON/SIAFEM

Despesas Intraorçamentárias São as despesas previdenciárias intraorçamentárias do RPPS com a administração, representado pelo somatório das despesas decorrentes de operação entre órgãos, fundos e enti-dades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.

Assim como no caso das demais Despesas Previ-denciárias, as Despesas Previdenciárias Intraorçamentárias tam-bém se subclassificam em Administração e Previdência Social, que, por sua vez, estão subdivididas em Despesas Correntes e Despesas de Capital. Pela ausência de dados classificados na alínea Previdência Social, segue-se a análise do item Adminis-tração.

O grupo Administração equivale ao somatório dos valores relativos à categoria corrente (exceto os benefícios previdenciários) e à categoria de capital, executados pela entidade. São os valores das despesas intraorçamentárias com a administração da entidade responsável, exclusivamente, pela gestão do RPPS, observado os limites de gastos estabelecidos em parâmetros gerais. Incluem-se aqui despesas com a manutenção

da entidade e investimentos para melhoria de sua infraestrutura.

Para análise desses valores, se faz necessária sua de-composição de maneira que permita o conhecimento e obser-vação dos saldos assim como sua evolução no período analisado.

Despesas Previdenciárias (Intraorçamentárias)

Natureza da Despesa 2012 AV(%)

Obrigações Patronais 6.795.732,84 95,36%

Fundo Financeiro 555.276,04 7,79%

Fundo Previdenciário 776.211,30 10,89%

Contribuição comp. ao Fundo Financeiro p/ Aporte

5.464.245,50 76,67%

Material de Consumo 8.316,00 0,12%

Material de Expediente 8.010,00 0,11%

Material de Sinalização Visual e Afins 306,00 0,00%

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

319.840,25 4,49%

Assinaturas de Periódicos e Anuidades 3.168,00 0,04%

Serviços de Processamento de Dados 38.661,14 0,54%

Serviços de Publicidade Legal 278.011,11 3,90%

Despesas de Exercícios Anteriores 2.778,50 0,04%

Serviços de Publicidade Geral 2.778,50 0,04%

Total 7.126.667,59 100,00%

Fonte: GECON/SIAFEM

As Obrigações Patronais respondem pela maior parte das Despesas Correntes – Administração, com 95,36%. Des-sas, os valores do aporte financeiro são o maior montante, com 76,67% do total do grupo.

As naturezas de despesa Material de Consumo, Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica e Despesas de Exercícios Anteriores – por apresentarem pouca expressividade ou, em sua maior parte, variações não significativas, dispensam uma análise mais aprofundada de seus números bastando, nesse caso, o conhecimento de suas composições.

A tabela abaixo traz, para efeito de comparação entre os exercícios de 2012 e 2011, os montantes das Despesas Cor-rentes Intraorçamentárias alocadas na alínea Administração:

Despesas Previdenciárias (Intraorçamentárias)

Natureza da Despesa 2012 2011 AH(%)

Obrigações Patronais

6.795.732,84 6.253.674,81 8,67%

Fundo Financeiro 555.276,04 631.582,39 -12,08%

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE52

Fundo Previdenciário 776.211,30 737.881,52 5,19%

Contribuição comp. ao Fundo Financeiro p/ Aporte

5.464.245,50 4.884.210,90 11,88%

Material deConsumo

8.316,00 10.385,00 -19,92%

Material de Expediente

8.010,00 10.385,00 -22,87%

Material de Sinalização Visual e Afins

306,00 - 0,00%

Material, Bem ou Serviço paraDistribuição Gratuita

- 1.578,00 0,00%

Outros Serviços deTerceiros - Pessoa Jurídica

319.840,25 292.110,80 9,49%

Assinaturas de Periódicos e Anuidades

3.168,00 3.168,00 0,00%

Serviços de Processamento de Dados

38.661,14 38.741,24 -0,21%

Seguros em Geral - 201,56 0,00%

Serviços dePublicidade Legal

278.011,11 250.000,00 11,20%

Despesas de Exercícios Anteriores

2.778,50 - 0,00%

Serviços de Publicidade Geral

2.778,50 - 0,00%

Total 7.126.667,59 6.557.748,61 8,68%Fonte: GECON/SIAFEM

Digno de nota a variação de 11,88% do Aporte Financeiro no período - o que significou R$ 580 mil reais a mais de desem-bolso, sendo responsável pela maior parte da variação de 8,68% verificada no total das Despesas Correntes Intraorçamentárias.

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Apresentação O Demonstrativo da Receita Corrente Líquida (RCL) - Anexo III do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), conforme previsto no artigo 53, inciso I, da Lei comple-mentar nº 101, Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - apresenta a apuração da receita corrente líquida no mês em referência, sua evolução nos últimos doze meses e a previsão de seu desem-penho no exercício. Sua publicação, conforme art. 52 da LRF, é realizada até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

A RCL deverá ser apurada somando-se as receitas ar-recadadas no mês de referencia e nos onze meses anteriores.

O objetivo da RCL, segundo Manual dos Demonstrativos Fiscais – 4ª edição, “é servir de parâmetro para o montante da reserva de contingência e para os limites da despesa total com pessoal, da dívida consolidada líquida, das operações de crédito, do serviço da dívida, das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária e das garantias do ente da federação.”

E conforme artigo 2º da LRF, a RCL compreende o so-matório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos, no caso dos es-tados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.

Comparativo O comparativo entre os exercícios de 2012 e 2011 per-mite a seguinte análise:

Receita Corrente Líquida

Natureza da Receita 2012 2011 AH(%)

Receitas Correntes 15.271.304.234,10 13.759.711.178,96 10,99%

Receita Tributária 10.318.433.649,16 9.521.875.509,96 8,37%

ICMS 9.059.642.600,98 8.408.577.494,17 7,74%

IPVA 380.550.828,31 344.942.161,54 10,32%

ITCD 31.425.287,74 24.595.334,11 27,77%

IRRF 414.485.251,44 385.557.576,33 7,50%

Outras Receitas Tributárias

432.329.680,69 358.202.943,81 20,69%

Receita de Contribuições

264.960.031,54 241.538.710,05 9,70%

Receita Patrimonial 385.563.151,18 376.494.408,01 2,41%

Receita Agropecuária

139.963,28 313.177,65 -55,31%

Receita Industrial 8.275.862,24 7.606.522,42 8,80%

Receita de Serviços 35.385.033,56 29.291.036,53 20,80%

Transferências Correntes

3.965.719.764,19 3.325.447.884,47 19,25%

Cota-Parte do FPE 929.334.108,83 901.316.109,10 3,11%

Transferências da LC. 87/1996

62.351.055,00 62.351.055,00 -

Transferencias da L.C. 61/1989

259.402.118,07 215.763.478,19 20,23%

Transferências do FUNDEB

788.719.662,89 712.906.098,69 10,63%

Outras Transferências Correntes

1.925.912.819,40 1.433.111.143,49 34,39%

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53SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

Outras Receitas Correntes

286.676.795,87 251.357.630,98 14,05%

Receitas das Empresas Estatais Dependentes

6.149.983,08 5.786.298,89 6,29%

Deduções (II) 4.355.470.843,86 3.986.713.593,62 9,25%

Transferências Constitucionais e Legais

2.672.602.888,62 2.462.552.250,47 8,53%

Contrib. p/ Plano de Previdência do Servidor

264.960.031,54 241.537.641,39 9,70%

Servidor 263.896.616,07 240.446.106,33 9,75%

Patronal 1.063.415,47 1.091.535,06 -2,58%

Contrib. p/ Custeio Pensões Militares

- - -

Comp. Financ. entre Regimes Previdência

6.359.768,15 6.869.362,23 -7,42%

Dedução de Receita p/ o FUNDEB

1.411.548.155,55 1.275.754.339,53 10,64%

Receita Corrente Líquida (III) = (I - II)

10.915.833.390,24 9.772.997.585,34 11,69%

Fonte: GECON/SIAFEM

Ao se comparar o Demonstrativo da Receita Corrente Líquida do ano de 2012 com o de 2011, tem-se que a RCL apre-sentou uma variação de 11,69% em relação àquele, ou seja, houve um acréscimo de R$ 1.142.835.804,90 na RCL em relação ao exercício anterior.

A composição percentual da RCL em 2012, em relação ao total das Receitas Correntes, é a seguinte:

Transferências da LC. 87/1996 62.351.055,00 0,45%

Transferencias da L.C. 61/1989 259.402.118,07 1,57%

Transferências do FUNDEB 788.719.662,89 5,18%

Outras Transferências Correntes 1.925.912.819,40 10,42%

Outras Receitas Correntes 286.676.795,87 1,83%

Receitas das Empresas Estatais Dependentes

6.149.983,08 0,04%

Deduções (II) 4.355.470.843,86 28,97%

Transferências Constitucionais e Legais

2.672.602.888,62 17,90%

Contrib. p/ Plano de Previdência do Servidor

264.960.031,54 1,76%

Servidor 263.896.616,07 1,75%

Patronal 1.063.415,47 0,01%

Contrib. p/ Custeio Pensões Militares - 0,00%

Comp. Financ. entre Regimes Previdência

6.359.768,15 0,05%

Dedução de Receita p/ o FUNDEB 1.411.548.155,55 9,27%

Receita Corrente Líquida (III) = (I - II) 10.915.833.390,24 71,03%

Receita Corrente Líquida (Análise Vertical comparada ao total das Receitas Correntes)

Natureza da Receita 2012 AV (%)

Receitas Correntes 15.271.304.234,10 100,00%

Receita Tributária 10.318.433.649,16 69,20%

ICMS 9.059.642.600,98 61,11%

IPVA 380.550.828,31 2,51%

ITCD 31.425.287,74 0,18%

IRRF 414.485.251,44 2,80%

Outras Receitas Tributárias 432.329.680,69 2,60%

Receita de Contribuições 264.960.031,54 1,76%

Receita Patrimonial 385.563.151,18 2,74%

Receita Agropecuária 139.963,28 0,00%

Receita Industrial 8.275.862,24 0,06%

Receita de Serviços 35.385.033,56 0,21%

Transferências Correntes 3.965.719.764,19 24,17%

Cota-Parte do FPE 929.334.108,83 6,55%

Fonte: GECON/SIAFEM

Abaixo, a composição percentual da RCL em 2012 em relação ao total de cada subcategoria:

Receita Corrente Líquida (Análise Vertical comparada ao total do subgrupo)

Natureza da Receita 2012 AV (%)

Receitas Correntes 15.271.304.234,10 -

Receita Tributária 10.318.433.649,16 100,00%

ICMS 9.059.642.600,98 87,80%

IPVA 380.550.828,31 3,69%

ITCD 31.425.287,74 0,30%

IRRF 414.485.251,44 4,02%

Outras Receitas Tributárias 432.329.680,69 4,19%

Receita de Contribuições 264.960.031,54 -

Receita Patrimonial 385.563.151,18 -

Receita Agropecuária 139.963,28 -

Receita Industrial 8.275.862,24 -

Receita de Serviços 35.385.033,56 -

Transferências Correntes 3.965.719.764,19 100,00%

Cota-Parte do FPE 929.334.108,83 23,43%

Transferências da LC. 87/1996 62.351.055,00 1,57%

Transferencias da L.C. 61/1989 259.402.118,07 6,54%

Transferências do FUNDEB 788.719.662,89 19,89%

Outras Transferências Correntes 1.925.912.819,40 48,56%

Outras Receitas Correntes 286.676.795,87 -

Receitas das Empresas Estatais Dependentes

6.149.983,08 -

Deduções (II) 4.355.470.843,86 -

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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUAL

GERÊNCIA DE CONTABILIDADE54

Transferências Constitucionais e Legais

2.672.602.888,62 -

Contrib. p/ Plano de Previdência do Servidor

264.960.031,54 100,00%

Servidor 263.896.616,07 99,60%

Patronal 1.063.415,47 0,40%

Contrib. p/ Custeio Pensões Militares - -

Comp. Financ. entre Regimes Previdência

6.359.768,15 -

Dedução de Receita p/ o FUNDEB 1.411.548.155,55 -

Receita Corrente Líquida (III) = (I - II) 10.915.833.390,24 -

Ao se analisar as Receitas Correntes pelos seus totais brutos percebe-se que, na comparação do ano de 2012 com o ano de 2011, houve um aumento de 10,99%, ou seja, um acréscimo de R$ 1.511.593.055,14 no total das Receitas Correntes (antes de efetuadas as respectivas deduções).

Os grandes responsáveis por esse aumento das Re-ceitas Correntes foram as Receitas Tributárias, em específico, a de ICMS que teve um aumento bruto de 7,74% em relação ao mesmo período do ano anterior, ou seja, um aumento de R$ 651.065.106,81 assim como aumento bruto nas Transferências Correntes em 19,25% em relação ao mesmo período do ano an-terior, ou seja, um acréscimo de R$ 640.271.879,72.

Comparando-se as Receitas de Serviços com o ano an-terior obseva-se que esta teve um aumento de 20,80% ou seja, um acréscimo de R$ 6.093.997,03. No entanto, se considerada em relação ao total das Receitas Correntes aquelas representam apenas 0,23% destas.

Apesar de a Receita Agropecuária ter diminuído signifi-cativamente em -55,31% em relação ao mesmo período do ano anterior, ou seja, um decréscimo de R$ -173.214,37 ao se con-siderar o total da Receita Agropecuária em relação ao total das Receitas Correntes, tem-se que aquela pouco influencia no total destas, pois, representa apenas 0,00092% desta.

Ao se analisar as Deduções das Receitas Correntes observa-se que ocorreu um aumento de 9,25% em relação ao mesmo período do ano anterior, ou seja, um acréscimo de R$ 386.757.250,24. Os responsáveis pelo aumento das deduções foram as Transferências Constitucionais e Legais que tiveram um aumento de 61,36% ou seja, um acréscimo de R$ 210.050.638,15 bem como, ainda, a Dedução da Receita para formação do FUNDEB que teve um aumento de 32,41%, ou seja, um acréscimo de R$ 135.793.816,02.

Fonte: GECON/SIAFEM

Frisa-se que a variação verificada nas deduções das Re-ceitas Correntes é reflexo direto da variação positiva ocorrida no total das Receitas Correntes.

Abaixo, segue gráfico com as variações da Receita Cor-rente Total, das Deduções da Receita e da Receita Corrente Líqui-da, respectivamente.

Variação Percentual (%)

Em 2012/2011)

Font

e: G

ECON

/SIA

FEM

Ao se analisar as Deduções das Receitas Correntes observa-se que ocorreu um aumento de 9,25% em relação ao mesmo período do ano anterior, ou seja, um acréscimo de R$ 386.757.250,24. Os responsáveis pelo aumento das deduções foram as Transferências Constitucionais e Legais que tiveram um aumento de 61,36% ou seja, um acréscimo de R$ 210.050.638,15 bem como, ainda, a Dedução da Receita para formação do FUNDEB que teve um aumento de 32,41%, ou seja, um acréscimo de R$ 135.793.816,02.

Frisa-se que a variação verificada nas deduções das Re-ceitas Correntes é reflexo direto da variação positiva ocorrida no total das Receitas Correntes.

Finalizando, seguem abaixo as variações, em termos fi-nanceiros, verificadas na análise do exercício de 2012:

Receita Corrente Líquida

Natureza da ReceitaVariação em R$

Em 2012

Receitas Correntes 1.511.593.055,14

Receita Tributária 796.558.139,20

ICMS 651.065.106,81

IPVA 35.608.666,77

ITCD 6.829.953,63

10,99% 9,25% 11,69%

20122011

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55SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDASUBSECRETARIA DO TESOURO ESTADUALGERÊNCIA DE CONTABILIDADE

IRRF 28.927.675,11

Outras Receitas Tributárias 74.126.736,88

Receita de Contribuições 23.421.321,49

Receita Patrimonial 9.068.743,17

Receita Agropecuária -173.214,37

Receita Industrial 669.339,82

Receita de Serviços 6.093.997,03

Transferências Correntes 640.271.879,72

Cota-Parte do FPE 28.017.999,73

Transferências da LC. 87/1996 -

Transferencias da L.C. 61/1989 43.638.639,88

Transferências do FUNDEB 75.813.564,20

Outras Transferências Correntes 492.801.675,91

Outras Receitas Correntes 35.319.164,89

Receitas das Empresas Estatais Dependentes 363.684,19

Deduções (II) 368.757.250,24

Transferências Constitucionais e Legais 210.050.638,15

Contrib. p/ Plano de Previdência do Servidor 23.422.390,15

Servidor 23.450.509,74

Patronal -28.119,59

Contrib. p/ Custeio Pensões Militares -

Comp. Financ. entre Regimes Previdência -509.594,08

Dedução de Receita p/ o FUNDEB 135.793.816,02

Receita Corrente Líquida (III) = (I - II) 1.142.835.804,90 Fonte: GECON/SIAFEM