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INFRAERO Página 1 RELATÓRIO DE INSTRUÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO Da: Comissão de Licitação Para: Diretor de Operações e Serviços Técnicos Assunto: Instrução de Recurso Administrativo Referente: Licitação nº 017/LALI-1/SBFI/2017 Objeto: Contratação de empresa para elaboração dos projetos básico e executivo, execução das obras de reforma e ampliação do terminal de passageiros e vias de acesso, reforma do pátio de aeronaves, construção de guarita e reforma e ampliação dos sistemas elétricos do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu – Cataratas. Recorrentes: 1. CONSÓRCIO PFS, formado pelas empresas PJJ Malucelli Arquitetura Ltda, constituída sob o CNPJ nº 82.234.691/0001-52, FLJ Empreendimentos Imobiliários Eireli, organizada sob o CNPJ nº 11.233.165/0001-20 e Construtora e Incorporadora Squadro Ltda, formada sob o CNPJ nº 79.340.477/0001-76. 2. CONSÓRCIO RPGE, formado pelas empresas RAC S/A, constituída sob o CNPJ nº 04.392.190/0001-90, Paralelo Engenharia Informática Ltda - EPP, constituída sob o CNPJ nº 01.072.703/0001-98, Geplan Planejamento, Projetos e Gerenciamento de Obras Ltda, organizada sob o CNPJ nº 02.786.257/0001-46 e Enclimar Engenharia de Climatização Ltda, estabelecida sob o CNPJ nº 76.674.704/0001-01 Recorrida: SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA, constituída sob o CNPJ 80.359.771/0001-09 Senhor Diretor, Trata-se de instrução recursal administrativa aos memoriais intercalados pela licitantes acima pautadas contra o ato de “declaração de vencedora do certame” ofertado à arrematante SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA, consoante Parecer da Equipe Técnica - DESPACHO Nº 257/SEMS/SEOR/2017, de 12 de dezembro de 2017, juntado à fl. 486/502 dos autos – PEC nº 34614/02, fundamentado pelas recorrentes em dizer que a recorrida – em breve síntese – não atende requisitos de atestação técnico-profissional e/ou operacional. Narrar-se-á, no decorrer desta instrução administrativa, as arguições positivadas pelas RECORRENTES e RECORRIDA, em breves súmulas; bem como, o exame e opinião deste Colegiado Administrativo observadas as condições necessárias, incisas no Ato Convocatório desta licitação. 1. DA RAZÃO RECURSAL ENTREGUE PELA RECORRENTE – Consórcio PFS (em breve síntese) 1 Alega que para o profissional da recorrida, coordenador de Projetos Eng. Antônio Américo Passos foi apresentado o atestado da Andrade Gutierrez, que é de adequação de projetos e não de gerenciamento e/ou coordenação de projetos, e que este atestado se constituir apenas de projetos executivos e não básicos e executivos. O atestado da Becton Dickinson Industria mostra que o profissional Eng. Antônio Américo foi gerente geral da segunda fase, que era apenas de obras e não de projetos básicos. A recorrente salienta que a indicação de engenheiro para atividade de coordenação de projetos envolvendo projetos de arquitetura é atribuição exclusiva de arquitetos conforme resolução nº 51, art. 2 e 3. 1 O texto completo da petição administrativa da Consórcio PFS encontra-se disponibilizado no site: http://licitacao.infraero.gov.br/portal_licitacao

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INFRAERO Página 1

RELATÓRIO DE INSTRUÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO

Da: Comissão de Licitação Para: Diretor de Operações e Serviços Técnicos Assunto: Instrução de Recurso Administrativo Referente: Licitação nº 017/LALI-1/SBFI/2017 Objeto: Contratação de empresa para elaboração dos projetos básico e executivo, execução

das obras de reforma e ampliação do terminal de passageiros e vias de acesso, reforma do pátio de aeronaves, construção de guarita e reforma e ampliação dos sistemas elétricos do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu – Cataratas.

Recorrentes: 1. CONSÓRCIO PFS, formado pelas empresas PJJ Malucelli Arquitetura Ltda, constituída sob o CNPJ nº 82.234.691/0001-52, FLJ Empreendimentos Imobiliários Eireli, organizada sob o CNPJ nº 11.233.165/0001-20 e Construtora e Incorporadora Squadro Ltda, formada sob o CNPJ nº 79.340.477/0001-76.

2. CONSÓRCIO RPGE, formado pelas empresas RAC S/A, constituída sob o CNPJ nº 04.392.190/0001-90, Paralelo Engenharia Informática Ltda - EPP, constituída sob o CNPJ nº 01.072.703/0001-98, Geplan Planejamento, Projetos e Gerenciamento de Obras Ltda, organizada sob o CNPJ nº 02.786.257/0001-46 e Enclimar Engenharia de Climatização Ltda, estabelecida sob o CNPJ nº 76.674.704/0001-01

Recorrida: SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA, constituída sob o CNPJ nº 80.359.771/0001-09

Senhor Diretor,

Trata-se de instrução recursal administrativa aos memoriais intercalados pela licitantes acima pautadas contra o ato de “declaração de vencedora do certame” ofertado à arrematante SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA, consoante Parecer da Equipe Técnica - DESPACHO Nº 257/SEMS/SEOR/2017, de 12 de dezembro de 2017, juntado à fl. 486/502 dos autos – PEC nº 34614/02, fundamentado pelas recorrentes em dizer que a recorrida – em breve síntese – não atende requisitos de atestação técnico-profissional e/ou operacional.

Narrar-se-á, no decorrer desta instrução administrativa, as arguições positivadas pelas RECORRENTES e RECORRIDA, em breves súmulas; bem como, o exame e opinião deste Colegiado Administrativo observadas as condições necessárias, incisas no Ato Convocatório desta licitação.

1. DA RAZÃO RECURSAL ENTREGUE PELA RECORRENTE – Consórcio PFS (em breve

síntese)1

Alega que para o profissional da recorrida, coordenador de Projetos Eng. Antônio Américo Passos foi apresentado o atestado da Andrade Gutierrez, que é de adequação de projetos e não de gerenciamento e/ou coordenação de projetos, e que este atestado se constituir apenas de projetos executivos e não básicos e executivos. O atestado da Becton Dickinson Industria mostra que o profissional Eng. Antônio Américo foi gerente geral da segunda fase, que era apenas de obras e não de projetos básicos. A recorrente salienta que a indicação de engenheiro para atividade de coordenação de projetos envolvendo projetos de arquitetura é atribuição exclusiva de arquitetos conforme resolução nº 51, art. 2 e 3.

1 O texto completo da petição administrativa da Consórcio PFS encontra-se disponibilizado no site: http://licitacao.infraero.gov.br/portal_licitacao

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Argui que para o Eng. Civil Victor Hugo Peixoto foram

apresentados o atestado e CAT de fiscalização do aeroporto de Curitiba, onde não foi comprovada a elaboração de projetos de fundação e estrutura, trata-se de atestado de fiscalização, contrário ao que diz o edital no item 9.4 letra h, onde se veda a apresentação do mesmo.

Declara que o atestado de infraestrutura apresentado para o Eng.

Civil Paulo Maciel Mayer diz respeito apenas a disciplina de pavimentação e de projeto executivo, faltando o de projeto básico, também não foram apresentados atestados de drenagem, terraplanagem, geometria e sinalização.

A recorrente argumenta que foram apresentados atestados da

empresa META Arquitetura de projetos da sede do INCRA para a Engª. Fernanda Paul Reich, e que os mesmos não atendem a nota 2 do item 9.4 do edital com respeito as características e complexidade similares do terminal, também não atende o edital o atestado da GOS Engenharia, que trata do edifício da sede da 7ª superintendência da Regional da Polícia Rodoviária Federal.

Expõe que para o Eng. Eletricista Haroldo Banzoni Filho, não

está claro que o atestado da JTEKT AUTOMOTIVA trata de projeto básico e executivo. Os atestados apresentados do Palladium Shopping Center são de automação do sistema de iluminação e ar condicionado apenas e não deixa claro se são de Projeto Básico e Executivo, e, ainda, afirma que o atestado da GMAX diz respeito apenas ao projeto executivo.

Menciona que o Eng. Eletricista Rogerio Miyagui possui

somente atestado com ênfase em eletrotécnica, não atendendo inciso I do art. 9º da resolução nº 218 de 29 de junho de 1973 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia que diz respeito da sua atribuição para elaboração de projetos eletrônicos.

Declara que sobre o sistemas eletromecânicos e climatização

foram apresentados dois profissionais, Eng. Mecânico Roberto Toshiaki Shishido, que apresentou o atestado apenas de climatização, faltando o atestado de sistemas eletromecânicos, o atestado da PLAENGE e CATERPILLAR não esclarece ser de projeto Básico e Executivo, e o Eng. Mecânico Luiz Augusto Brunetto apresentou atestado do TECPAR sem carimbo do CREA. A recorrente informa que o atestado da recorrida não atende a nota 2 do edital que diz respeito às características e complexidades similares de um terminal e trata-se apenas de projeto executivos.

O consórcio PFS lembra que a Comissão de Licitação deve

selecionar a empresa que cumpra todos os requisitos do Edital. A recorrente requer que o recurso seja recebido e julgado, a fim de que a empresa recorrida seja inabilitada, e que se convoque o próximo colocado.

2. DA RAZÃO RECURSAL ENTREGUE PELA RECORRENTE - Consórcio RPGE (em breve) resumo)2

A empresa Recorrente apresentou em sua peça recursal os argumentos abaixo listados, em resumo, em forma de itens: (i) alega que a empresa SIAL não possui a qualificação técnica operacional exigida no edital; e (ii) declara a falta de capacitação técnico profissional para habilitação no certame;

2 O texto completo da petição administrativa da Consórcio RPGE encontra-se disponibilizado no site: http://licitacao.infraero.gov.br/portal_licitacao.

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FALTA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL DA SIAL (...)

Está claro que o instrumento convocatório exige a comprovação plena da execução ou

gerenciamento da execução de obras/serviços de construção de Terminal de

Passageiros Aeroportuário (i.3) e da execução ou gerenciamento da execução de

obras/serviços de reforma de Terminal de Passageiros Aeroportuário (i.4).

A SIAL apresentou atestados (Aeroporto de São José dos Pinhais e Rodoferroviária)

que tratam apenas de reforma de terminal de passageiros.

A SIAL não fez a imprescindível comprovação da experiência na construção de

terminal de passageiros.

...

A SIAL revelou-se apenas uma reformadora, sem capacitação para execução ou

gerenciamento da execução de obras/serviços de construção de Terminal de

Passageiros Aeroportuário (i.3)

...

Os atestados juntados pela SIAL não tratam de projeto (básico e executivo) para

construção de terminal de passageiros. Estão limitados a projeto (básico e executivo)

para reforma de terminal de passageiros.

Tal qual na impugnação acima lançada em relação à empreitada (i.3), a SIAL também

não comprovou anterior experiência relativa à elaboração de projeto de construção de

terminal de passageiros.

...

Ainda em relação à experiência em projeto de terminal de passageiros, deve ficar

anotado que o atestado do Aeroporto de São José dos Pinhais certifica uma contratação

em regime de consórcio. Nas atribuições das signatárias, é sabido que os projetos

ficaram inteiramente a cargo da consorciada PJJ MALUCELLI ARQUITETURA

LTDA. Nenhum projeto ficou afeto à SIAL.

De conseguinte, a SIAL, além de não haver elaborado projeto de construção, também

não elaborou projeto de reforma.

[...] o citado contrato foi executado por consórcio em que a SIAL teve 48% de

participação. De acordo com o entendimento consolidado pelo Tribunal de Contas da

União, e se possível a divisão de todas as atividades por todos os participantes, a SIAL

teria titularidade sobre 48% de 3.507,46 m² (três mil, quinhentos e sete metros

quadrados). Algo em torno de 1.700,00 m² (mil e setecentos metros quadrados), tão

somente. Muito abaixo do limite admitido pelo Edital.

(...)

Aponta-se que a recorrida não tem nas atividades do seu objeto

social o exercício da Engenharia Mecânica.

(...)

No seu quadro de responsabilidade técnica, não há nenhum Engenheiro

Mecânico.

A presente licitação envolve relevantíssima atuação de Engenharia e de

Engenheiros Mecânicos.

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Na exata proporção em que a SIAL não tem atividade de Engenharia Mecânica

e não dispõe de responsabilidade técnica no segmento, não se mostra apta para

a contratação com a INFRAERO. Mesmo porque, o Conselho Federal de

Engenharia e Agronomia proíbe esse exercício indevido (Lei nº 5.194/66, art.

24).

(...)

FALTA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL

(...)

À luz das expressas exigências ora transcritas, serão demonstradas as múltiplas

infrações da equipe técnica da SIAL, determinadores da inabilitação.

JEFFERSON LUIZ KELLER - Arquiteto – Elaboração de Projetos de Arquitetura e

Urbanismo. Os atestados CAT’s 2585/2003 (fls. 561), 518/2010 (fls. 564), 2113/2004

(fls. 566) não demonstram a experiência do profissional na elaboração dos Projetos

Básicos e Executivos de Arquitetura e Urbanismo (Edital, 9.4., h.1.2). (...) as CAT’s

também não deixam claro se os projetos básicos e executivos foram efetivamente

elaborados.

VICTOR HUGO PEIXOTO – Engenheiro -Elaboração de Projetos de Fundação e

Estruturas. O atestado CAT 5873/2015 (fls. 577) não demonstra a experiência do

profissional na elaboração dos Projetos de Fundação e Estruturas (Edital, 9.4., h.1.2).

(...) Sobremais, trata-se de acervo de fiscalização que está expressamente vedado pelo

Edital (9.4., h)

PAULO MACIEL MEYER – Engenheiro -Elaboração de Projetos de Infraestrutura. O

atestado CAT 2560/2004 (fls. 587) não demonstra a experiência do profissional na

elaboração dos projetos Básicos e Executivos de Infraestrutura (Edital, 9.4., h.1.2). A

CAT é referentes a Terminal de Transporte Coletivo Urbano, que tem complexidade

bem inferior a Terminal de Passageiro Rodoviário admitido pelo Edital.

FERNANDA PAUL REICH – Engenheira – Elaboração de Projetos Hidrossanitários.

Os atestados CAT’s 1435/2013 (fls. 595) e 1436/2013 (fls. 602) não demonstram a

experiência da profissional, na medida em que os projetos trazidos à colação – sede da

Polícia Rodoviária Federal e sede do INCRA – não guardam qualquer similaridade com

os empreendimentos admitidos pelo ato convocatório (Edital, 9.4.h.1.2, nota 2). Além

disso, dizem respeito a subempreitadas e não se tem conhecimento dos contratos de

empreitada, consoante estabelece o CONFEA, Resolução nº 1.025, art 61).

ROBERTO TOSHIAKI SHISHIDO – Engenheiro – Elaboração de Projetos de

Sistemas Eletromecânicos e Climatização. Os atestados CAT’s 4907/2015 (fls. 644),

19570/2012 (fls. 646) e 22460/2012 (fls. 684) não demonstram a experiência do

profissional na área específica (Edital, 9.4., h.1.2), visto que se referem exclusivamente

a projetos de climatização, sem abranger projetos de sistemas eletromecânicos.

LUIZ AUGUSTO BRUNETTO – Engenheiro – Elaboração de Projetos de Sistemas

Eletromecânicos e Climatização. O atestado CAT 4825/2005 (fls. 651) não demonstra

a experiência do profissional na área específica (Edital, 9.4., h.1.2), visto que se refere

exclusivamente a projetos de climatização, sem abranger projetos de sistemas

eletromecânicos.

EDNO BECKER MICHELS – Engenheiro Eletricista – Equipe de Apoio. Os serviços

atestados (CAT’s 3890/2017 e 5388/2017) não têm mínima similaridade com o objeto

da presente licitação, porquanto tratam de repartições públicas e não de terminais ou

assemelhados (Edital, 9.4., h.2, nota 3). Ainda em desabono à atestação, chama a

atenção o documento do Tribunal de Justiça do Paraná, que é parcial e relata a

ocorrência de pendências técnicas impeditivas do recebimento da obra.

EDISON KENJI KOJO – Engenheiro Eletricista – Equipe de Apoio. Tal qual o

profissional anterior, os serviços atestados (CAT’s 701/2002 e 6385/2017) não têm

mínima similaridade com o objeto da presente licitação, porquanto tratam de repartição

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pública e estabelecimento comercial e não de terminais ou assemelhados (Edital, 9.4.,

h.2, nota 3).

EDENILSON ROSSI – Engenheiro – Responsável Técnico. O profissional não

apresentou a prova de inscrição junto ao Conselho Regional de Engenharia e

Agronomia (CREA) e/ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), afrontando

expressa disposição do Edital (9.4., b).

(...)

3. CONTRADEFESA DA RECORRIDA – Sial Construções Civis Ltda (resumidamente)3

3.1 Razões de defesa ao recurso interposto pelo consórcio PFS

Do cumprimento do item 9.4 h.1.1. Justifica os atestados do coordenador de projetos Antônio Américo Passos. A respeito do atestado emitido pela Andrade Gutierrez, alega que atende a exigência do edital que é coordenador de projeto, gerenciamento e/ou coordenação. Na CAT apresentada fica claro o item de serviço contratado que se trata de projeto de engenharia e no tipo de atividade que se trata de estudo-planejamento-projeto. Neste atestado o profissional desenvolveu além do projeto básico e executivo, os trabalhos anteriores, os estudos e o anteprojeto, a questão se resume a mudança de nomenclatura que na época do serviço não havia diferenciação oficial de projeto básico e executivo.

Complementa ainda mencionando outro atestado não citado pela recorrente, emitido pela própria Infraero e em sua descrição dos serviços coloca que a empresa deverá desenvolver o projeto de arquitetura a partir do anteprojeto fornecido, se os serviços foram feitos a partir do anteprojeto, e tem o objetivo de dar todo subsidio para a execução da obra, então necessariamente foi realizado o projeto hoje chamado de básico. Quanto ao questionamento de apenas arquitetos serem adequados para a escolha de coordenador de projetos, o edital não faz nenhuma vedação dessa seleção, desde que o profissional já tenha executado serviços similares, nesse caso a recorrente deveria ter efetuado a impugnação do edital no momento devido.

Do cumprimento do item 9.4 h.1.2. Confirma a validade do atestado do engenheiro Vitor Hugo Peixoto, ressaltando não se tratar de fiscalização, de acordo com o objeto do mesmo: “Contratação de Empresa para Execução de Serviços Técnicos Especializados para assessoramento e Apoio Técnico ...”.

Salienta ainda que o prazo para execução dos projetos de fundação, estrutura de concreto e estrutura metálica é exíguo, o que exigirá três projetistas distintos. Diante destes fatos o profissional possui plena capacidade para a responsabilidade técnica a que foi designado.

Do cumprimento do item 1.2.2. Declara que o edital não fez a diferenciação citada sobre as atividades exigidas do responsável pelos projetos de infraestrutura como alega a recorrente, mas somente cita “serviços de características técnicas e de complexidade similar ao objeto da presente licitação”. O atestado apresentado pelo profissional Paulo Maciel Meyer engloba todas as fases de um projeto de pavimentação, como pode ser observado na CAT, onde diz “estudo, planejamento, projeto, especificações ”. O atestado mostra ainda a realização de um projeto de implantação e restauração deixando claro a execução de projeto de terraplanagem, por se tratar de implantação de uma via urbana, por óbvio foram realizados os projetos de drenagem, sinalização e geometria. 3 O texto completo da contestação da Sial Construções Civis Ltda encontra-se disponibilizado no site: http://licitacao.infraero.gov.br/portal_licitacao.

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Do cumprimento do item 1.2.3. Contesta a não similaridade do

atestado da profissional Fernanda Paul Reich, pois a recorrente baseou-se em uma cláusula do edital que diz que serão considerados similares ao objeto licitado, terminais, shoppings, hospitais, penitenciarias e industrias. Incide que os prédios governamentais apresentados são mais comparáveis com o objeto licitado do que industrias ou penitenciarias.

Do cumprimento do item 1.2.4. Ratifica os atestados

apresentados pelo engenheiro eletricista Haroldo Banzoni Filho, fornecidos pelas empresas JTEKT Automotiva e FMAX, por possuírem complexidade superior ao objeto licitado. No que concerne ao projeto básico e executivo, nas execuções ao mercado privado, são executados de forma conjunta, por esse motivo não estão separados no atestado.

Do cumprimento do item 1.2.5. Afirma que o profissional Rogério Myiagui Ueno tem atribuição para desenvolver projetos eletrônicos, fundamentando no próprio Conselho de Classe ter permitido a emissão de ART e posterior acervo de serviço, não cabendo a recorrente se basear a uma resolução genérica do referido conselho para questionar essa atribuição.

Do cumprimento do item 1.2.6. Esclarece o questionamento ao atestado do engenheiro Roberto Toshiaki Shishido, se tratar de contratação para o desenvolvimento do projeto e execução do sistema de ar condicionado, não havendo a separação de básico e executivo como às vezes ocorre no poder público. Assim, reforça que este profissional executou as duas fases do projeto, “não está separado no atestado porque a contratação e execução foram realizados de forma conjunta”.

Do cumprimento do item 1.2.7. Legitima o atestado do engenheiro Luiz Augusto Brunetto. A CAT apresentada é exatamente igual ao atestado, trata-se dos mesmos serviços, quantidades, locais e datas de execução, além desta possuir o selo e certificação do CREA, restando por óbvio a veracidade das informações constantes no atestado.

3.2 Razões de defesa ao recurso interposto pelo consórcio RPGE

Das Exigências do Item 9.4.i. Declara que a alegação da Recorrida sobre o não cumprimento

do item 9.4.i não tem fundamentação, pois no Atestado do Aeroporto Internacional Afonso Pena a área de reforma é de 10.483,40m² e a área de ampliação é de 66.496,27 m² e engloba a execução da fundação ao acabamento final. A modalidade do contrato foi consórcio no qual a SIAL era líder com 48% e que todos os serviços foram executados pelas empresas consorciadas de acordo com suas participações societárias em consórcio, contradizendo o que declarou a Recorrente sobre os projetos do supracitado aeroporto terem sido executados pela empresa PJJ Malucelli. Complementa ainda dizendo não saber a origem dos valores de metragem de 1.700m² informados no recurso administrativo, pois se a SIAL detém 48% do contrato, então a mesma detém titularidade de 5.032,03m² de área de reforma. Cumprindo assim as exigências de habilitação referentes a reforma de objeto similar ao objeto contratado.

Assegura que a alegação de não possuir engenheiro mecânico não

merece consideração, visto que o edital permite através de contratos de prestação de serviços inclusão de profissionais para realizarem a função de responsáveis técnicos desta área, e que não há restrição no edital neste sentido.

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Das Exigências do Item 9.4.h Assevera que o responsável técnico pela execução do projeto

arquitetônico, Jefferson Luiz Keller, executou os projetos básicos e executivo; trata-se de questão de nomenclatura, na época do serviço, não existia a diferenciação oficial de projeto básico e executivo. Declara que o conceito de projeto básico e executivo adveio da Decisão normativa nº 106 do CONFEA, 17/05/2015.

Garante que o atestado apresentado para comprovar a

capacidade do engenheiro Vitor Hugo Peixoto não se trata de fiscalização conforme consta o objeto

do mesmo “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS

ESPECIALIZADOS PARA ASSESSORAMENTO E APOIO TÉCNICO ...” sendo assim permitido pelo edital. Relata ainda que o profissional indicado que exerceu a função de coordenador geral na referida obra, função superior em quantidade e complexidade ao objeto licitado. Assim, o profissional Vitor Hugo Peixoto possui a plena capacidade técnica para a responsabilidade técnica referente a elaboração dos projetos de Fundações e Estrutura de concreto e metálica.

Reproduz que Terminal Urbano de Passageiros, é um Terminal

Rodoviário como permite o instrumento convocatório e o atestado apresentado pelo profissional Paulo Maciel Meyer, adequa-se a exigência pretendida pela Infraero, além de especificar todas as fases de um projeto de pavimentação, deixando como óbvio que o mesmo executou os projetos básico e executivo.

Questiona a argumentação da Recorrente quanto a não

similaridade dos edifícios apresentados no atestado da engenheira Fernanda Paul Reich, fundamentando que os prédios governamentais apresentados são muito mais análogos com o objeto licitado do que indústrias ou penitenciárias previstos em edital. Ainda completa com as afirmações de que na ampliação do objeto licitado não está previsto novos sanitários, sendo apenas reformados alguns existentes. Demonstrando que a complexidade exigida para este item é inferior a apresentada pela profissional através de seus atestados. Com relação a subempreitadas, neste caso quem forneceu o atestado foi o contratante da empresa da profissional supracitada, de acordo com o edital e com as regras do Conselho.

Certifica que o Profissional Roberto Shishido indicado como

responsável pelo sistema de climatização devidamente habilitado através de dois atestados apresentados e o profissional Luiz Augusto Brunetto, responsável técnico para sistema eletromecânico, ao contrário do que diz seu concorrente, no atestado e na CAT apresentados está incluída a instalação de elevadores já executado pelo profissional, e não apenas atestado de climatização.

Reafirma quanto ao profissional indicado como responsável

técnico para a execução dos sistemas elétricos, o qual o concorrente contesta que apresentou atestado parcial, não podendo ser aceito, contudo não existe vedação quanto a apresentação de atestados parciais e que os atestados apresentados não são similares com o objeto licitado. Esse Atestado em questão refere se a execução da reforma do Palácio da Justiça do Paraná, obra que possui complexidade muito superior ao objeto licitado, sobretudo na área de instalações elétricas. O outro Atestado refere se a uma obra do SESC, que possui instalações elétricas que demandam também complexidade superior ao objeto licitado. Desta maneira os serviços executados pelo profissional Edno Becker Michels, são largamente mais complexos do que o objeto licitado.

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Acentua a similaridade do objeto licitado ao atestado apresentado

pelo técnico de execução dos sistemas eletrônicos, justificando por também se tratar de um edifício governamental com salas administrativas e com áreas de atendimento ao público, tendo ainda complexidade superior ao objeto desta licitação.

Informa que o profissional Edenilson Rossi não apresentou

inscrição junto ao CREA por não ser engenheiro e não ter sido indicado para nenhum cargo do quadro técnico ou administrativo desta licitação. O profissional Armando Hiroshi Nonose, engenheiro civil, será o responsável técnico pela empresa e comprovou sua qualificação perante o exigido em edital.

Ao final requer que o Recurso seja considerado improcedente,

sendo declarada como vencedora por ter atendido todos os critérios de seleção do chamamento e menor preço.

4. DA TEMPESTIVIDADE

Registre-se que os memoriais recursais foram recebidos conforme os preceitos antecipadas no instrumento convocatório.

Diante da preliminar da recorrida da inadmissão das causas

recursais interposta pela recorrente CONSÓRCIO RPGE, com base no subitem 10.4 do Edital, que

dispõe: “a licitante que desejar apresentar recurso em face dos atos de julgamento da proposta ou da

habilitação deverá manifestar imediatamente, após o término de cada sessão, a sua intenção de recorrer,

mediante motivação com registro em ata pela COMISSÃO, sob pena de preclusão”, esclarece-se que o dispositivo legal antevisto na subcláusula 10.3 prevalece sob o subitem 10.4, em respeito aos princípios do interesse público, da razoabilidade, da legalidade e o da publicidade, dentro outros.

10.3 Divulgada a decisão da COMISSÃO, em face do ato de julgamento (declaração

do vencedor), se dela discordar, a licitante terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis

para interpor recurso, contados a partir da data de intimação ou da lavratura

da ata, conforme o caso;

Demais disso, devem ser observadas, no que couber, o conteúdo firmado pela Comissão de Licitação e aceito/rubricado/assinado pelo representante da SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA (recorrida) – Sr. Felipe Trein Neira – presente na 2ª sessão pública, pelo qual se constituiu a abertura de prazo recursal, em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, senão vejamos:

(...) O Presidente comunicou nos termos do subitem 10.6 do ato convocatório, que os autos

ficam à disposição dos representantes dos licitantes, para vistas e retirada de cópias, se

for o caso, na Gerência de Licitações da INFRAERO visando assegurar a defesa dos

seus interesses. Isto posto, o representante do Consórcio PFS manifestou a intenção de

interpor recurso administrativo, apresentando conforme subitem 10.4 do Edital nos

seguintes termos: “contestação administrativa da atestação profissional/operacional

apresentada pela arrematante”. Na sequência, o Presidente da Comissão de Licitação,

diante da ausência de alguns representantes credenciados das licitantes, em

precaução administrativa, nos termos do previsto no subitem 10.3 e seus subitens,

abriu o prazo recursal de 5 (cinco) dias úteis para apresentação de intenção de

recursos administrativo acompanhado dos memoriais recursais, contados a partir da

data de lavratura desta ata. O prazo para apresentação de contrarrazões começará

imediatamente após o término do prazo recursal nos termos do subitem 10.5 do Edital.

(...)

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A recorrente - CONSÓRCIO RPGE -, no prazo legal, exerceu o

seu direito recursal de argumentação contrária a aprovação documental da recorrida para avaliação da Comissão de Licitação.

Por todas essas considerações e, em hipótese, se a Comissão de

Licitação estabelecesse a preclusão administrativa recursal restaria, ainda, a análise dos memoriais recursais como “DIREITO DE PETIÇÃO”, assegurado no art. 5º, XXXIV da CF/88.

As decisões dos órgãos de controle não admitem a Comissão de

Licitação afastar de plano o cabimento do recurso sob o fundamento de que os motivos indicados pelos licitantes não merecem provimento.

Segundo decisões do Tribunal de Contas da União – TCU, a

análise a ser feita pela Comissão de Licitação deve visar a afastar apenas os recursos manifestamente protelatórios, que não detêm qualquer fundamentação para a sua interposição, o que não é o caso.

Assim à luz dos princípios da LEGALIDADE, da EFICIÊNCIA,

da SEGURANÇA JURÍDICA, da RAZOABILIDADE, da PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DOS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO e da CELERIDADE NA TRAMITAÇÃO DO PROCESSO, de forma que deve prevalecer o conceito administrativo de impessoalidade, decidiu-se, administrativamente, apreciar os motivos contestados entregue pela licitante CONSÓRCIO RPGE.

5. ANÁLISE DOS ARGUMENTOS DE RECURSO ADMINISTRATIVO OFERECIDOS PELAS LICITANTES CONSÓRCIO PFS/RPGE

1. Em breve análise introdutória, vale destacar que, no exame do memorial administrativo interposto pelas RECORRENTES, o colegiado administrativo – Comissão de Licitação - baseou-se nos critérios segundo mandamento do Ato Convocatório, o qual foi e continua sendo o principal alicerce deste colegiado. Portanto, o julgamento será feito em estrita conformidade com os princípios da IMPESSOALIDADE, da MORALIDADE, da IGUALDADE, EFICIENCIA, da PROBIDADE ADMINISTRATIVA, da VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO, conforme dispostos no art. 31 da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016 e, inclusive, observados os princípios da RAZOABILIDADE, COMPETITIVIDADE e PROPORCIONALIDADE, todos consagrados no Direito Administrativo.

Seção II

Disposições de Caráter Geral sobre Licitações e Contratos

(...)

Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e

sociedades de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais

vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em

que se caracterize sobrepreço ou superfaturamento, devendo observar os princípios da

impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da

probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável,

da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do

julgamento objetivo.

6. Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal

Federal/STF e do Superior Tribunal de Justiça/STJ potencializa o PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO em seus julgados, o qual será evidenciado nesta instrução administrativa.

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INFRAERO Página 10

7. As questões mandatórias postas em lide administrativa se constituíram nas exigências adstritas de comprovação de atestação técnico-profissional e operacional.

9.4 O INVÓLUCRO II com os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverá

conter:

...

h) Comprovação da licitante de possuir em seu quadro permanente, na data

prevista no subitem 2.1 deste Edital, profissional(is) de nível superior, ou

outro(s), reconhecido(s) pelo CREA e/ou CAU, detentor de atestado(s)

e/ou registro(s) de responsabilidade técnica, devidamente registrado(s)

no CREA e/ou CAU da região onde os serviços foram executados,

acompanhado(s) da(s) respectiva(s) Certidão(ões) de Acerto Técnico –

CAT, expedidas por estes Conselhos, que comprove(m) ter o(s)

profissional(is) executado para órgão ou entidade da administração pública

direta ou indireta, federal, estaduais, municipal ou do Distrito Federal, ou

ainda, para empresa privada, serviços de características técnicas e de

complexidade similares às do objeto da presente licitação, não se admitindo

atestado(s) de fiscalização da execução de obras e/ou serviços, cujas

parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo são as

seguintes:

h.1) Elaboração de projetos (básico e executivo):

h.1.1) Coordenador de Projetos

Gerenciamento e/ou Coordenação de Projetos de

Engenharia com características e complexidade

similares às do objeto da presente licitação.

h.1.2) Responsáveis Técnicos para cada disciplina:

Arquiteto e Urbanista – Elaboração dos projetos de

Arquitetura e Urbanismo;

Engenheiro Civil – Elaboração de projetos de

Fundações e Estruturas (Concreto/Metálica);

Engenheiro Civil – Elaboração de projetos de

Infraestrutura;

Engenheiro Civil – Elaboração de projetos de Sistemas

Hidrossanitários;

Engenheiro Eletricista – Elaboração dos projetos de

Sistemas Elétricos;

Engenheiro Eletrônico – Elaboração de projetos de

Sistemas Eletrônicos e Redes de Telemática;

Engenheiro Mecânico – Elaboração de projetos de

Sistemas Eletromecânicos e Climatização.

...

i) Atestado(s) de capacidade técnico-operacional (em caso de consórcio, de

quaisquer das empresas que o compõem) que comprove(m) que a licitante

tenha executado, para órgão ou entidade da administração pública direta ou

indireta, federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, ou ainda para

empresa privada, obras/serviços de características técnicas similares às do

objeto da presente licitação, não se admitindo atestados(s) de fiscalização

da execução de obras e/ou serviços, cuja parcela de maior relevância

técnica e de valor significativo é:

...

i.2) Elaboração ou gerenciamento da elaboração de projeto (básico e

executivo) para reforma de Terminal de Passageiros Aeroportuário ou

com complexidade similar, com o mínimo de 6.064 m2 (seis mil e

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sessenta e quatro metros quadrados), sendo a parcela relevante e que

representa aproximadamente 50% (cinquenta por cento) do total dos

serviços estimados, contendo no mínimo as disciplinas de Arquitetura

e Urbanismo, Fundações e Estrutura, Infraestrutura, Sistemas

Hidrossanitários, Sistemas Elétricos, Sistemas Eletrônicos, Rede de

Telemática, Sistemas e Equipamentos Mecânicos;

8. A Comissão Técnica – emitente do expediente administrativo conclusivo pela aceitabilidade documental entregue pela licitante SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA (recorrida) -, diante dos recursos administrativos apresentados, em contraponto a sua decisão inicial referendado no DESPACHO Nº 257/SEMS/SEOR/2017, datado de 12 de dezembro de 2017, juntado às fls. 486/502 dos autos, se propôs a reconstituir a sua análise e, neste momento, emitiu a seguinte proposição técnica:

(...)

Assunto: Resposta aos recursos administrativos dos consórcios PFS e RPGE - SBFI.

Ref.: Licitação Nº 017/LALI-1/SBFI/2017.

Em atenção aos questionamentos técnicos dos recursos administrativos dos Consórcios

PFS e RPGE, esta comissão técnica de engenharia tem a informar:

Recurso Administrativo do Consórcio PFS, formado pelas Empresas PJJ

MALUCELLI Arquitetura Ltda., FLP Empreendimentos Imobiliários Eireli e

Construtora e Incorporadora Squadro Ltda

14.1.1 COORDENADOR DE PROJETOS (...)

√ A comissão técnica realizou consulta por e-mail junto à SIAL, a qual solicitou o

ajuste/substituição de alguns técnicos dentre os que estavam definidos na documentação

inicial do processo. Sendo assim, o Coordenador de Projetos passou a ser Armando

Hiroshe Nonose, conforme CAT. Nº 6142/2017, pág. 122. Conforme Resolução nº 218

de 29 de junho de 1973, em seu art. 7º, inc. I, o Engenheiro Civil pode exercer Atividade

de Coordenação de Projetos.

14.1.2 Fundações e Estruturas (Concreto/Metálica). (...)

√ O documento constante na pág. 578, informa que além da fiscalização de projeto o

mesmo compreende a elaboração e desenvolvimento dos projetos de engenharia. No

entanto o Eng. Victor Hugo Peixoto figura como Coordenador Geral e não como

responsável técnico de projeto de Fundação e Estrutura de Concreto e Metálica. Porém,

conforme dito anteriormente acerca dos ajustes/ substituição de alguns técnicos, a

empresa SIAL, solicitou a inclusão do engenheiro Antônio Américo Requião Passos

como responsável técnico pela elaboração dos projetos de Fundação e Estrutura de

Concreto e Metálica, conforme CATs nº 1394/95, pág. 531 e nº 16165/1999, pág. 550.

Contudo, foi observado que ambas se referem a elaboração de Projeto Executivo,

faltando assim apresentar uma de elaboração de Projeto Básico, assim sendo a SIAL

não atendeu ao definido no edital.

14.1.3 INFRAESTRUTURA. (...)

√ O documento constante na pág. 587, CAT nº 2560/2004 se refere a elaboração de

Projetos Executivos de engenharia de obras viárias e civis. Não foi informado pela

empresa SIAL um documento que comprove a elaboração de Projeto Básico pelo

referido profissional, assim sendo não atendeu ao definido no edital.

14.1.4 HIDRO SANITÁRIO. (...)

√ Os documentos constantes nas págs. 596, CAT nº 1435/2013; 597, CAT nº

1435/2013, 602, CAT nº 1436/2013 referem-se a Projetos Hidráulicos, sendo o primeiro

a sede do Incra em Curitiba e os seguintes a Superintendência Regional da Polícia

Rodoviária Federal. Em todas as situações as CATs apresentadas não atendem a “Nota

2” definido no Edital.

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14.1.5 SISTEMAS ELÉTRICOS. (...)

√ Os documentos constantes nas págs. 607, CAT nº 523/2014; 612, CAT nº 14047/2009

se referem a elaboração de Projetos, não identificando a etapa (Básico ou Executivo)

que estes se referiam. Não foi informado pela empresa SIAL um documento que

comprove a identificação do tipo de projeto elaborado pelo referido profissional, assim

sendo não atendeu ao definido no edital.

14.1.6 SISTEMAS ELETRÔNICOS E REDES DE TELEMÁTICA. (...)

√ O documento constante na pág. 23, Certidão nº 86091/2017 – Certidão de Registro

de Pessoa Física e Negativa de Débitos, expedida pelo CREA/PR, habilita o profissional

a exercer as atividades constantes nos artigos 08 e 09 da Resolução nº 218, de

29/06/1973 do Confea, assim sendo atendeu ao definido no edital.

14.1.7 SISTEMAS ELETOMECÂNICOS E CLIMATIZAÇÃO. (...)

√ Verificamos que nas CATs do profissional apresentado pela SIAL também demonstra

claramente que são atestados de sistema eletromecânicos como, por exemplo, sistema

de bombeamento de água gelada para processos de edificação industrial para a indústria

SIG COMBIBLOC DO BRASIL LTDA, atendendo assim a nota 2 do edital.

O documento constante na pág. 648, CAT nº 22460/2012 se refere a elaboração de

Projetos Executivos do sistema de climatização Não foi informado pela empresa SIAL

um documento que comprove a elaboração de Projeto Básico pelo referido profissional,

apesar de ter indicado na página 644 e 646 respectivamente as CATs de nº 4907/2015

e nº 19570/2012. Assim sendo não atendeu ao definido no edital.

O documento constante nas págs.651 e 652, CAT nº 4825/2005 se refere a serviço de

instalação, não identificando a etapa de projeto, assim sendo não atendeu ao definido

no edital.

Recurso Administrativo do Consórcio RPGE, formado pelas Empresas RAC

Engenharia S/A, Paralelo Engenharia e Informática Ltda, Geplan Planejamento,

Projetos e Gerenciamento de Obras Ltda. e Enclimar Engenharia de Climatização

ltda.

FALTA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL DA SIAL. (...)

√ A comissão técnica realizou consulta por e-mail junto à SIAL, a qual solicitou ajustes

para atender a qualificação técnica operacional, dentre os que estavam definidos na

documentação inicial do processo.

Para atender ao item i.1, a empresa definiu a CAT. nº 6142/2017, pág. 122, referente ao

Aeroporto Afonso Pena com área de reforma de 10.483,40 m² e ampliação de 66.496,27

m².

Para atender ao item i.3 e i.4, foram definidas pela citada empresa as CATs. nº

6142/2017, pág. 122 referente ao Aeroporto Afonso Pena com área de reforma de

10.483,40 m² e ampliação de 66.496,27 m².e a CAT nº 4502/2017, pág. 47, referente a

Rodoferroviária de Curitiba com área de reforma de 20.668,81 m² e ampliação de

3.203,95 m². Diante do exposto a citada empresa atendeu ao definido no edital.

Com relação ao item i.2, informamos que na pág. 122, CAT nº 6142/2017 cujo Atestado

Técnico foi emitido pela Infraero, consta a execução de uma área de 10.483,40 m² de

Reforma. Como o empreendimento foi desenvolvido pelo Consórcio Sial-Jotaele-PJJ,

sendo que a empresa Sial participou com 48% do total do contrato, perfazendo assim

uma área de 5032,03 m² de Reforma. Diante do exposto a citada empresa não atendeu

ao definido no edital.

FALTA DE QUALIFICAÇAO TÉCNICA PROFISSIONAL

JEFFERSON LUIZ KELLER – Arquiteto – Elaboração de Projetos de Arquitetura e

urbanismos (...)

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√ Os documentos constantes nas págs. 561, 564 e 566 CATs nº 2585/2003; CAT nº

518/2010 e CAT nº 2113/2004 se referem a elaboração de Projetos Arquitetônicos, não

identificando a etapa de projeto (Básico ou Executivo) que estes se referiam. Não foi

informado pela empresa SIAL um documento que comprove a identificação do tipo de

projeto elaborado pelo referido profissional, assim sendo não atendeu ao definido no

edital.

VICTOR HUGO PEIXOTO – Engenheiro – Elaboração de Projetos de Fundação e

Estruturas (...)

√ O documento constante na pág. 578, informa que além da fiscalização de projeto o

mesmo compreende a elaboração e desenvolvimento dos projetos de engenharia. No

entanto o Eng. Victor Hugo Peixoto figura como Coordenador Geral e não como

responsável técnico de projeto de Fundação e Estrutura de Concreto e Metálica. Porém,

conforme dito anteriormente acerca dos ajustes/ substituição de alguns técnicos, a

empresa SIAL, solicitou a inclusão do engenheiro Antônio Américo Requião Passos

como responsável técnico pela elaboração dos projetos de Fundação e Estrutura de

Concreto e Metálica, conforme CATs nº 1394/95, pág. 531 e nº 16165/1999, pág. 550.

Contudo, foi observado que ambas se referem a elaboração de Projeto Executivo,

faltando assim apresentar uma de elaboração de Projeto Básico, assim sendo a SIAL

não atendeu ao definido no edital.

PAULO MACIEL MEYER – Engenheiro – Elaboração de Projetos de Infraestrutura

(...)

√ O documento constante na pág. 587, CAT nº 2560/2004 se refere a elaboração de

Projetos Executivos de engenharia de obras viárias e civis. Não foi informado pela

empresa SIAL um documento que comprove a elaboração de Projeto Básico pelo

referido profissional, assim sendo não atendeu ao definido no edital.

FERNANDA PAUL REICH – Engenheira – Elaboração de Projetos Hidrossanitários

(...)

√ Os documentos constantes nas págs. 596, CAT nº 1435/2013; 597, CAT nº

1435/2013, 602, CAT nº 1436/2013 referem-se a Projetos Hidráulicos, sendo o primeiro

a sede do Incra em Curitiba e os seguintes a Superintendência Regional da Polícia

Rodoviária Federal. Em todas as situações as CATs apresentadas não atendem a “Nota

2” definido no Edital.

ROBERTO TOSHIAKI SHISHIDO – Engenheiro – Elaboração de Projetos de

Sistemas Eletromecânicos e Climatização (...)

√ Verificamos que nas CATs do profissional apresentado pela SIAL também demonstra

claramente que são atestados de sistema eletromecânicos como, por exemplo, sistema

de bombeamento de água gelada para processos de edificação industrial para a indústria

SIG COMBIBLOC DO BRASIL LTDA, atendendo assim a nota 2 do edital.

O documento constante na pág. 648, CAT nº 22460/2012 se refere a elaboração de

Projetos Executivos do sistema de climatização Não foi informado pela empresa SIAL

um documento que comprove a elaboração de Projeto Básico pelo referido profissional,

apesar de ter indicado na página 644 e 646 respectivamente as CATs de nº 4907/2015

e nº 19570/2012. Assim sendo não atendeu ao definido no edital.

LUIZ AUGUSTO BRUNETTO – Engenheiro – Elaboração de Projetos de Sistemas

Eletromecânicos e Climatização (...)

√ O documento constante nas págs.651 e 652, CAT nº 4825/2005 se refere a serviço de

instalação, não identificando a etapa de projeto, assim sendo não atendeu ao definido

no edital.

EDNO BECKER MICHELS – Engenheiro Eletricista – equipe de Apoio (...)

√ A comissão técnica realizou consulta por e-mail junto à SIAL, a qual solicitou ajustes

para atender a qualificação técnica profissional, dentre os que estavam definidos na

documentação inicial do processo.

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Em atendimento ao item h.2, a empresa definiu a CAT nº 5388/2017, pág. 258 e a CAT

nº 3890/2017, pág. 346, informando que o profissional faz parte da equipe de apoio de

engenharia.

Diante do exposto a citada empresa atendeu ao definido no edital.

EDISON KENJI KOJO – Engenheiro Eletricista – Equipe de Apoio (...)

√ A comissão técnica realizou consulta por e-mail junto à SIAL, a qual solicitou ajustes

para atender a qualificação técnica profissional, dentre os que estavam definidos na

documentação inicial do processo.

Em atendimento ao item h.2, a empresa definiu a CAT nº 6385/2017, pág. 433 e a CAT

nº 701/2002, pág. 520, informando que o profissional faz parte da equipe de apoio de

engenharia.

Diante do exposto a citada empresa atendeu ao definido no edital.

EDENILSON ROSSI – Engenheiro – Responsável Técnico (...)

√ A comissão técnica realizou consulta por e-mail junto à SIAL, a qual informou que o

referido profissional não apresentou inscrição junto ao CREA porque o mesmo não é

engenheiro, assim não foi indicado para nenhum cargo do quadro técnico ou

administrativo desta licitação, sequer participou ou irá participar desta licitação.

Conclusão

Diante do exposto, a comissão técnica decidiu desclassificar a empresa SIAL

Engenharia por não cumprir todos Itens do Edital.

Em relação aos itens de Qualificação Técnico Profissional, a empresa não cumpriu

com os seguintes itens:

h.1.2 ) A empresa não apresentou documentos que comprovem a elaboração do

Projeto Básico por parte desses profissionais. Arquiteto. Engenheiro Civil

Engenheiro Eletricista. Engenheiro Mecânico

Em relação aos itens de Qualificação Técnico Operacional, a empresa não cumpriu

com o seguinte item:

i.2 ) A SIAL não apresentou documento que comprove a execução de reforma

com área mínima de 6064 m².

(...)

9. Sublinha-se, portanto, em face dos recursos interpostos, os membros técnicos instituídos pelo Atos Administrativos nº 1293 e 2172/LALI(LALI.1)/2017, nominados na sessões públicas - em sede de reavaliação -, ajustaram a reanálise documental inicial e, neste momento, firmaram entendimento de que a recorrida – diante da documentação de habilitação apresentada – não comporta condições necessárias para se manter habilitada no que se refere as exigências antecipadas nas alíneas “h.1.2” e “i.2” do subitem 9.4 do Edital.

10. Em melhor explicação, a licitante SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA não comprovou a experiência técnico-profissional de elaboração de projeto básico para as disciplinas de (a) elaboração dos projetos de arquitetura e urbanismo; (b) elaboração de projetos de fundações e estruturas (concreto/metálica); (c) elaboração de projetos de infraestrutura; (d) elaboração de projetos de sistemas hidrossanitários; (e) elaboração dos projetos de sistemas elétricos; e (f) elaboração de projetos de sistemas eletromecânicos e climatização. De mesmo modo, para a Qualificação Técnico Operacional, não comprovou a expertise de elaboração ou gerenciamento da elaboração de projeto (básico e executivo) para reforma de Terminal de Passageiros Aeroportuário ou com complexidade similar, com o mínimo de 6.064 m2 (seis mil e sessenta e quatro metros quadrados).

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Nota 4: Serão consideradas obras/serviços com complexidade similar a um

Terminal de Passageiros Aeroportuário aqueles referentes à: Terminal de

Passageiros Rodoviário, Portuário ou Metroviário; Shopping Center;

Complexo Hospitalar, Penitenciário ou Industrial.

11. A interpretação finalística do Direito Administrativo

permite a Comissão de Licitação rever seus atos. Destarte, estabelecida a revisão de análise da Documentação de Habilitação, pelos membros técnicos, a Comissão de Licitação, consubstanciada no PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA, anuncia a inabilitação da licitante SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA, por não atender as exigências firmadas nas subalíneas “h.i.2” e “i.2” do subitem 9.4 do Edital, identificadas no § precedente, dos profissionais indicados pela recorrida – Arquiteto e Engenheiro (Civil, Eletricista e Mecânico) nas disciplinas preestabelecidas no Edital.

12. O PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA estabelece que a

Administração Pública – aqui representada pela INFRAERO - possui o poder de controlar os próprios atos. Esse princípio possui previsão em duas súmulas do STF, a 346, que estabelece que “A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos”, e 473, que dispõe o seguinte: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade. Este entendimento encontra-se, também, previsto no art. 53 da Lei 9.784/99 que trata do processo administrativo.

13. A Administração Pública comete equívocos no exercício

de sua atividade, o que não é nem um pouco estranhável em vista das múltiplas tarefas a seu cargo. Defrontando-se com esses erros, no entanto, pode ela mesma revê-los para restaurar a situação de regularidade. Não se trata de apenas de uma faculdade, mas também de um dever, pois que não se pode admitir que, diante de situações irregulares, permaneça inerte e desinteressada. Na verdade, só restaurando a situação de regularidade é que a Administração observa o princípio da legalidade, do qual a autotutela é um dos mais importantes corolários (Carvalho Filho, José dos Santos, 2011, pág. 30).

14. Assim, através da prerrogativa da autotutela é possível

que este Colegiado Administrativo reveja seus próprios atos, podendo a revisão ser firme, para alcançar aspectos de legalidade e de mérito.

15. Nesse contexto e após transcorrido o contraditório e a

ampla defesa, a Comissão de Licitação evoca o PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA na concepção de mérito quanto à sua atuação administrativa, pela qual reexamina ato anterior para desfazimento do Parecer da Equipe Técnica - DESPACHO Nº 257/SEMS/SEOR/2017, de 12 de dezembro de 2017, juntado à fl. 486/502 dos autos – PEC nº 34614/02, que, à época, conclusivo pela aceitação da documentação habilitatória da recorrida.

16. Assim, em revisão ao DESPACHO Nº

257/SEMS/SEOR/2017, esta mesma Equipe Técnica pronuncia rejeição parcial à qualificação técnica-profissional e operacional da recorrida - SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA, nos termos revelados nos §§ precedentes que refletem o arrazoado no DESPACHO Nº 023/EGPE/SEOR/2018, de 02 de fevereiro de 20184, o qual discorre, tecnicamente, rejeição parcial a documentação de habilitação da licitante declarada vencedora do certame.

4 O texto completo do DESPACHO Nº 023/EGPE/SEOR/2018 que reflete a reanálise documental da recorrida - SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA - encontra-se disponibilizado no site: http://licitacao.infraero.gov.br/portal_licitacao.

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17. Diante dos fatos acima expostos, este Colegiado

Administrativo entende que os argumentos das recorrentes foram elucidativos para devolver a releitura da Documentação de Habilitação da recorrida e, assim, oportunizar a Comissão Técnica ratificar ou desconfirmar a análise de mérito proferida anteriormente. Entendemos, portanto, cabíveis os argumentos ventilados pelas recusantes, diante da plausibilidade dos fatos, princípios e fundamentos aqui analisados.

6. CONCLUSÃO

Ante o exposto, com base na análise empregada no item 5 desta instrução administrativa opina-se POR RECONSIDERAR A DECISÃO PROFERIDA POR ESTA COMISSÃO DE LICITAÇÃO QUE HABILITOU A ARREMATANTE SIAL CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA tendo em vista que a Comissão Técnica reorganizou seu entendimento no sentido de desqualificar a recorrida por não atender integralmente às exigências editalícias de qualificação técnico-profissional e operacional.

Para efeito dos entendimentos da Comissão de Licitação,

submete-se o assunto ao crivo do Diretor de Operações e Serviços Técnicos da INFRAERO, autoridade competente deste certame.

Brasília/DF, 07 de março de 2018.

Hércules Alberto de Oliveira Presidente da Comissão de Licitação

Carlos André Lascano Pinto Membro Técnico

Hebert Juliano Moreira Membro Técnico