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RELATORIO DE MONITORIZAÇÃO 2013 JUNHO DE 2013 Monitorização Carta Educativa do Porto

Relatório de monitorização, 2013

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Page 1: Relatório de monitorização, 2013

RELATORIO DE MONITORIZAÇÃO

2013

JUNHO DE 2013

Monitorização Carta Educativa do Porto

Page 2: Relatório de monitorização, 2013

1

Ficha Técnica

Entidade Promotora

Câmara Municipal do Porto

Pelouro do Conhecimento e Coesão Social

Departamento Municipal de Educação

Supervisão

Departamento Municipal de Educação

Ana Maria Magalhães

Equipa Técnica

Divisão Municipal de Gestão Escolar

Paula Pimentel

Divisão Municipal de Ciência e Conhecimento

Manuela Rodrigues

Contactos

Câmara Municipal do Porto

Departamento Municipal de Educação

Rua O Comercio do Porto, 55/59

4050-211 PORTO

Tel 22 206 1750/51

Page 3: Relatório de monitorização, 2013

2

Índice

Pag.

Introdução ………………………………………………………………………………………………… 4

Contextualização …………………………………………………………………………………….. 7

Metodologia ……………………………………………………………………………………………… 18

I - O Território Educativo do Porto de Competência Municipal .... 22

I.1 – A Requalificação da Rede Escolar ……………………………………………………. 26

I.2 – O Reordenamento da Rede Escolar …………………………………………………. 37

I.2.1 – Reconfiguração da Rede Escolar ………………………………………………….. 38

I.2.2 – Áreas de Influência ………………………………………………………………………. 42

I.3 – Dimensão da Oferta e da Procura na Rede Escolar ………………………. 47

I.4 – Apetrechamento e Segurança do Parque Escolar …………………………. 54

II – A Ação Educativa Municipal …………………………………………..……………. 64

II.1– Ação Educativa Municipal no âmbito das Competências Legais……… 69

II.2 – Ação Educativa Municipal de âmbito Inovador ……………………………… 100

II.3– Evolução das Lógicas e Dinâmicas da Ação Educativa

Municipal………………………………………………………………………………………………………. 117

II.4 – Os Atuais Referenciais Normativos e Estratégicos ………………………… 123

III– Sistema Educativo do Porto – alguns contornos …………………….. 146

III.1 – Rede Escolar do Concelho do Porto do pré-escolar ao secundário ….. 147

III.2 - Caracterização da Procura de Educação no Concelho do Porto do

pré-escolar ao secundário ……………………………………………………………………....

161

IV - Quadros Estatísticos no Domínio Demográfico e

Socioeconómico ……………………………………………………………………………………….. 190

Conclusões …………………………………………………………………………………………………. 204

Fontes de informação ………………….……………………………………………………………. 209

Anexos ………………………………………………………………………………………………………… 211

Page 4: Relatório de monitorização, 2013

3

Índice de anexos

ANEXOS QUADROS ASSOCIADOS

ANEXO 1 - Intervenções executadas

por ano em matéria de

Requalificação no período 2007-2013

- Quadro 1 – Estabelecimentos escolares

construídos, reconstruídos e extintos

- Quadro 2 – Requalificações desde 2007

- Quadro 3 – Obras de beneficiação desde 2007

- Quadro 4 – Reserva de terrenos

ANEXO 2 - Evolução da rede escolar

de competência municipal 2007-2013

- Quadro 1 - Rede escolar de competência

municipal em 2007

- Quadro 2 - Rede escolar de competência

municipal em 2013

ANEXO 3 - Oferta/Procura na rede

escolar municipal

- Quadro 1 – Distribuição da oferta e da procura

na rede 1º CEB publica

- Quadro 2 – Distribuição da oferta e da procura

na rede pré-escolar de competência municipal

- Quadro 3 – Distribuição dos recursos humanos

de competência municipal pelos jardins de

infância

ANEXO 4

- Grelha das conclusões dos traços

caracterizadores do sistema educativo do Porto

segundo a CEP,2007

ANEXO 5 - Apoios complementares

associados à ação social escolar

- Quadro 1 – Projeto Escola Solidária

- Quadro 2 – KIT escolar

- Quadro 3 – Regime da fruta e lanche escolar

ANEXO 6 - Oferta educativa do Plano Municipal de

Educação por vetores de atuação, ciclos de

ensino e grupos etários

ANEXO 7 – Quadros Estatísticos –

Censos 2011

- Quadro 1 - População empregada por local de

residência e grupo etário

- Quadro 2 - População desempregada por nível de

escolaridade

Page 5: Relatório de monitorização, 2013

4

Introdução

No presente relatório encontra-se plasmada informação inerente à atualização

da Carta Educativa do Porto em 2013, (adiante designada de CEP)

materializando as opções definidas nesta fase de atualização apresentadas na

metodologia.

Esta informação está estruturada em 3 capítulos que abordam os seguintes

assuntos inerentes à atualização da CEP, 2013:

O primeiro capítulo denominado “O Território Educativo do Porto de

Competência Municipal”, integra informação relativa à primeira matéria em

atualização: a ação da autarquia no sentido da valorização dos

estabelecimentos/espaços escolares apresentando por um lado, os

resultados da intervenção em matéria de requalificação e de

reordenamento da rede escolar ao nível do 1º CEB e pré-escolar com base

nas recomendações da CEP em 2007 e por outro lado, os resultados da

intervenção ao nível de apetrechamento informático e segurança.

Neste capítulo, entendeu-se importante também, apresentar dados sobre a

evolução da dimensão da oferta e da procura na rede de competência

municipal, especificamente nos parâmetros: salas, turmas, alunos (pré-escolar

e 1º CEB) e pessoal não docente do pré-escolar.

No segundo capítulo denominado “A Ação Educativa Municipal” é abordada

a segunda matéria definida como conteúdo a atualizar que respeita à oferta de

projetos e ações socioeducativos e formativos promovidos pela autarquia quer

no âmbito das suas competências em matéria de educação, quer no âmbito da

ação que transpõe o legalmente definido, denominada de ação inovadora.

Page 6: Relatório de monitorização, 2013

5

Neste capítulo apresentam-se os desenvolvimentos das ações caracterizando

sempre que possível a situação presente por relação à situação em 2007 (ano

de publicação da CEP).

Tal como para as ações de competência municipal associadas às

requalificações, reordenamento e apetrechamento da rede escolar segue-se

para as restantes ações de competência municipal a mesma abordagem

analítica – uma abordagem específica por ação que procura identificar os seus

vários componentes e dimensão.

Para as restantes ações educativas, no domínio das designadas ações

inovadoras, é apresentada uma análise global das ações do Departamento da

CMP com conteúdo funcional específico em matéria de Educação

(Departamento Municipal de Educação) e apresentada uma análise das lógicas

e dinâmicas da autarquia em termos de ação conjunta no âmbito da Educação.

Ainda neste capítulo é apresentada a terceira matéria a atualizar, a saber os

referenciais estratégicos e normativos, onde se plasma a legislação atual, as

novas competências, as novas estratégias.

Nos capítulos III e IV apresentam-se alguns dados disponíveis que enformam

traços caracterizadores do Porto ao nível do sistema educativo e no domínio

demográfico e socioeconómico.

Apesar do diagnóstico aprofundado da CEP não ter sido definido como domínio

a atualizar nesta fase de monitorização, pois tal impunha um cronograma mais

dilatado no tempo; uma estrutura técnica multidisciplinar e

interdepartamental; a montagem de um circuito/sistema de comunicação e

informação privilegiado e articulado com as principais fontes de dados (INE;

ME; agrupamentos de escolas; Departamento de Urbanismo…), considerou-se

útil, seguindo a estrutura do Diagnóstico da CEP, perfilar já um conjunto de

informação estatística disponível sobre a atual realidade educativa,

Page 7: Relatório de monitorização, 2013

6

demográfica e socioeconómica do Concelho do Porto, como mote para os

próximos trabalhos de monitorização.

Previamente à apresentação da informação por capítulos, que enforma a

atualização da CEP em 2013, é apresentada a metodologia inerente a este

processo e entendeu-se importante apresentar também uma contextualização

que enquadra o objeto desta atualização: a Carta Educativa do Porto enquanto

produto temporalmente finalizado.

Assim, este relatório de atualização tem uma estrutura própria, não perfilada

com a estrutura da CEP por se tratar de um documento de

monitorização/atualização e não de revisão, no entanto, vai sendo efetuada ao

longo do texto, remissão aos volumes, capítulos e subcapítulos da CEP (objeto

de atualização).

Em suma, o que se apresenta nesta fase de monitorização da CEP, consiste

essencialmente num relato descritivo de informações e dados que atualizam

conteúdos da CEP, relatando o que tem sido a ação da CMP em matéria de

educação desde 2007, ano de publicação da CEP.

Nesta fase, a pretensão não foi avaliar pois, para tal, é necessário um

dispositivo para medição de indicadores pré-definidos e um sistema de

informação integrado que o suporte, mas entendeu-se útil compilar num único

documento informação dispersa, que permita perceber por um lado, como

evoluiu a ação da CMP na Educação tendo em conta as propostas da CEP e

por outro, constituir uma base condensada de dados que forneçam pistas para

futuras análises e para montagem de um sistema integrado e articulado de

avaliação da ação.

Page 8: Relatório de monitorização, 2013

7

Contextualização

Tendo o processo de atualização materializado neste relatório como objeto a

CEP, importa desde logo sintetizar este produto temporalmente finalizado.

Assim, passamos a apresentar uma contextualização relativa à dimensão e

conteúdos da CEP publicada em 2007:

De acordo com o Decreto-lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro, art.º 10.º, o

conceito de Carta Educativa apresenta-se da seguinte forma:

«A Carta Educativa é, a nível municipal, o instrumento de planeamento e

ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no

concelho, de acordo com as ofertas de educação e formação que seja

necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos

educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de

cada município».

Neste conceito está presente a ideia de que as Cartas Educativas devem estar

associadas ao Plano Diretor Municipal (PDM) e a ideia de que constituem um

instrumento fundamental de planeamento dos sistemas de educação e

formação informador de decisão estratégica para:

- Nortear os redimensionamentos do sistema educativo num determinado

território por forma a adequar a rede educativa à dinâmica social e ao

desenvolvimento urbanístico (decidindo quanto à construção, encerramento ou

readaptação física e funcional dos espaços escolares).

Page 9: Relatório de monitorização, 2013

8

Por outro lado, a carta educativa encerra uma conceção dinâmica de

planeamento, não constituindo um documento acabado, apresentando-se

como uma prática sistemática e continuada de análise e intervenção na

realidade educativa. Desenvolve-se baseado na participação de diferentes

entidades envolvidas no processo educativo, as quais, a cada momento, se

deverão disponibilizar para que a Carta Educativa se mantenha como

instrumento permanentemente operacional de desenvolvimento da política

educativa.

Assim, deve ser considerada numa dupla perspetiva: como produto,

temporalmente finalizado e como processo, assumindo-se em permanente

construção e renovação.

Enquanto produto temporalmente finalizado dá-se seguidamente conta, de

forma sinóptica, da dimensão da Carta Educativa do Porto, que é o resultado

de um longo processo (2003-2007) de análise da realidade educativa e de

definição de uma estratégia de desenvolvimento dos sistemas de educação e

de formação. A sua elaboração implicou o trabalho sistemático e contínuo de

uma equipa intersectorial e multidisciplinar composta por um conjunto de 11

elementos e 1 coordenador (9 elementos da Câmara Municipal do Porto: 7 do

Gabinete de Estudos e Planeamento, 2 do Departamento Municipal de

Educação e 1 da Direção Municipal de Urbanismo e 1 elemento da Direção

Regional de Educação do Norte).

Page 10: Relatório de monitorização, 2013

9

Dimensão da Carta Educativa enquanto produto temporalmente

finalizado

A elaboração da Carta Educativa do Porto envolveu um processo de construção

com 3 etapas implicando um trabalho exaustivo de análise de informação de

cariz quantitativo e qualitativo desenvolvido ao longo de cerca de 4 anos.

A tabela seguinte integra uma súmula do trabalho realizado com vista à

construção do diagnóstico dos sistemas de educação e de formação que

contou com a participação efetiva da comunidade educativa em diversos

momentos e em moldes diferenciados (etapa 1).

Page 11: Relatório de monitorização, 2013

10

Etapa 1 – Diagnostico estratégico

Tipos de análise Extensão/explanação das análises Equipa envolvida Fontes/método

Caracterização física

e funcional das

escolas

Foram caracterizadas 58 EB1´s e 14 JI`s e produzidas

fichas de caracterização respetivas.

Levantamento exaustivo do parque escolar do

município que abrange uma caracterização física e

funcional dos diversos equipamentos, bem como o seu

estado de conservação

Trabalho que integra um volume de 219 páginas.

Técnicos do Centro de Estudos

da Faculdade de Arquitetura

da Universidade do Porto, em

colaboração com a Faculdade

de Arquitetura de Pescara da

Universidade de Chieti.

Recolha de

dados direta no

terreno a partir

de parâmetros

pré-definidos.

Estudo de avaliação

do funcionamento

dos agrupamentos

verticais de escolas

(avaliação externa)

Foi produzida informação destinada a conhecer os

resultados alcançados com este modelo organizacional

e equacionar a necessidade de uma eventual

redefinição da estrutura dos agrupamentos. Foi ouvido

o corpo docente destes estabelecimentos de ensino

tendo as suas recomendações sido incorporadas no

trabalho da CEP.

Faculdade de Psicologia e de

Ciências da Educação da

Universidade do Porto

Inquérito dirigido

ao corpo docente

destes

estabelecimentos

de ensino.

Caracterização ao

nível demográfico,

económico, educativo

e urbanístico: análise

de cariz quantitativo

Foi efetuado o tratamento e a análise de informação

pertinente para caracterização do processo de

reestruturação territorial a nível metropolitano, nos

domínios com influência direta sobre os sistemas de

educação e de formação, como é o caso da demografia

e da economia e procedeu-se ao estudo da evolução

da procura e da oferta de ensino e ainda dos principais

fenómenos associados à educação.

Equipa intersectorial e

multidisciplinar composta por

11 elementos e 1 Coordenador

Recolha de

dados junto de

fontes oficiais

(INE; Ministério

da educação) e

junto de

agrupamentos

de escolas.

Page 12: Relatório de monitorização, 2013

11

Tipos de análise

Extensão/explanação das análises Equipa envolvida Fontes/método

Auscultação de

agentes educativos

Sessões de divulgação e de debate sobre a Carta

Educativa que envolveram associações de pais,

associações profissionais e outras, educadores e docentes,

estabelecimentos de ensino privado, restantes municípios

da Área Metropolitana do Porto, comunidades migrantes,

ordens religiosas e universidades seniores.

Equipa intersectorial e

multidisciplinar composta

por 11 elementos e 1

Coordenador

Reuniões e

Fóruns.

Auscultação de

outras opiniões

Foi aberto um espaço próprio no “site” do município para

dar a conhecer o trabalho em curso de elaboração da CEP.

Esta linha de ação tinha também subjacente uma outra

intenção, a de contribuir para que se verificasse uma

apropriação, por parte de todos os atores do processo, do

conhecimento que se ia produzindo ao longo do tempo,

numa lógica de aprendizagem conjunta que se pretendeu

fomentar.

Equipa intersectorial e

multidisciplinar composta

por 11 elementos e 1

Coordenador

Lançamento de

um inquérito on-

line com recurso

à ferramenta de

análise SWOT

Page 13: Relatório de monitorização, 2013

12

Tipos de análise

Extensão/explanação das análises Equipa envolvida Fontes/método

Análise de

perceções diferenciadas

envolvendo a participação de

agentes diversos

Análise de cariz

qualitativo – dimensão1

Envolvimento do CME – recolha do

posicionamento de cada membro do

CME face a um conjunto de aspetos

considerados como as principais

fragilidades, potencialidades,

oportunidades ou ameaças que atingem

os sistemas de educação e de formação

e, ainda, o contexto socioeconómico da

realidade local.

Equipa intersectorial e

multidisciplinar

composta por 11

elementos e 1

Coordenador

Participação do

CME num

exercício SWOT

Análise

qualitativa –

dimensão 2

Participação das escolas, públicas e

privadas - foram entrevistados todos os

Conselhos Executivos dos agrupamentos

verticais de escolas, bem como escolas

secundárias, uma escola profissional,

uma escola artística, uma escola de

música e estabelecimentos de ensino

privado, num total de 26 entidades.

Equipa intersectorial e

multidisciplinar

composta por 11

elementos e 1

Coordenador

Adotou-se o

esquema da

entrevista

semiestruturada.

Page 14: Relatório de monitorização, 2013

13

Tipos de análise Extensão/explanação das análises

Equipa envolvida Fontes/método

Análise de perceções diferenciadas

envolvendo a participação de

agentes diversos

Análise de cariz qualitativo –

dimensão3.

Análise da perceção dos alunos

tendo sido inquiridos 1.850

estudantes. Esta operação contou

com a colaboração dos 55

estabelecimentos de ensino

destes estudantes.

Centro de Estudos e

Sondagens de Opinião

da Universidade

Católica Portuguesa.

Lançamento de

inquéritos.

Os estudantes inquiridos

foram selecionados

aleatoriamente.

Análise

qualitativa –

dimensão 4.

Análise da perceção das famílias

que integrou 800 famílias

representativas da totalidade dos

agregados familiares residentes

no Porto e com filhos

dependentes a estudar na cidade

e em qualquer nível de ensino,

com exceção do ensino superior.

Centro de Estudos e

Sondagens de Opinião

da Universidade

Católica Portuguesa.

O inquérito às famílias

foi realizado por

entrevista direta no

domicílio.

Page 15: Relatório de monitorização, 2013

14

Etapa 2 - Estratégia de Intervenção

A segunda etapa deste processo de elaboração da CEP consistiu na definição

da estratégia e do quadro global de intervenções (estratégia in CEP,2007

Volume III, Cap. VI e VII).

Estratégia de intervenção – registada in CEP,2007:

Ressalve-se, desde já, que todo o trabalho anterior de diagnóstico permitiu

que emergissem e se fossem consolidando algumas ideias força que marcam a

estratégia de intervenção. Isto é, esteve sempre subjacente à forma de

abordagem das questões do diagnóstico não só a caracterização dos problemas

como também a discussão sobre as vias de solução a adotar e mesmo sobre as

ações tipo a implementar. Um desafio que permanentemente era lançado a

todas as entidades com responsabilidades no CME durante as reuniões de

trabalho conjuntas realizadas, tinha a ver com a seguinte pergunta: “o que se

pode fazer melhor e qual o contributo adicional de cada entidade para se

resolverem os problemas detetados?”. Em suma, procurou-se que o

diagnóstico abrisse o caminho para a discussão da estratégia.

Assim os grandes objetivos que presidiram à definição das estratégias de

atuação que consubstanciam a CEP são os seguintes:

Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e de

formação.

Permitir o acesso de todos à educação e à formação “ao longo da

vida”.

Abrir os sistemas de educação e de formação ao mundo.

Page 16: Relatório de monitorização, 2013

15

No contexto específico do Porto, foi efetuado um trabalho de análise e reflexão

no sentido de perceber o que significava cada objetivo concreto, foram

explicitadas as várias dimensões que lhes estão associadas, e discutidas as

estratégias que permitiriam concretizá-los. Ou seja, para cada objetivo

estratégico procurou-se identificar os objetivos intermédios, de natureza mais

operacional, que contribuem para a sua realização e que, por sua vez, foram

materializados em linhas de atuação determinadas. Por fim, a cada objetivo

intermédio associam-se ainda, a título exemplificativo, um conjunto de ações-

tipo e apontam-se as entidades com competências nessas matérias.

Este processo foi desenvolvido por interações sucessivas, trabalho este que

envolveu, em particular, o Conselho Municipal de Educação e os órgãos de

gestão dos Agrupamentos Verticais e das Escolas Secundárias.

O resultado final consubstancia, na prática, um vasto programa de atuação

em matéria de Educação que responsabiliza um conjunto alargado de

entidades tratando-se de uma carta de compromisso, não assinada, que

deveria originar posteriormente um programa de ação concreto.

A CEP registou a consciência de que a opção de se alargar substancialmente o

leque de intervenções a inscrever em quadro estratégico, abarcando-se

matérias que extravasam em muito a competência estrita do município, é

polémica e questionável, e, sobretudo, de eficácia incerta. Mas foi este o

desafio assumido face à leitura que se fez da importância do tema, da sua

oportunidade e do papel que pode desempenhar um município como

catalisador de recursos e de vontades em prol de uma cidade melhor.

Page 17: Relatório de monitorização, 2013

16

Etapa 3 - Proposta de reordenamento da rede escolar

A última etapa deste processo consistiu no desenvolvimento da proposta de

reordenamento da rede escolar da responsabilidade municipal, jardins de

infância e escolas do 1º ciclo, que constitui uma das componentes obrigatórias.

Conforme percebemos, a construção do diagnóstico estratégico da CEP,2007

reflete os resultados de dois tipos de abordagem complementares: uma de

natureza quantitativa, e uma segunda de natureza qualitativa, resultado da

auscultação e participação da comunidade educativa (in CEP,2007,VolumeII,

cap.V,pag.50).

Assim, a visão dos agentes educativos articulada com a análise quantitativa dos

fenómenos revelou-se fundamental para a definição do quadro estratégico

inscrito na CEP onde estão definidas, tendo por base a identificação das áreas

problemáticas a priorizar, as linhas orientadoras e as propostas de ações

exemplificativas/inovadoras associadas, e identificados os agentes com

responsabilidade nas várias matérias a considerar no desenvolvimento da

educação na cidade do Porto.

De salientar ainda, que a própria construção do diagnóstico assentou numa

metodologia de construção partilhada, sendo que, à medida que iam sendo

produzidos relatórios de análise de informação os agentes educativos iam sendo

confrontados com os resultados de forma a obter o seu feedback em termos de

considerações a tecer.

Deste modo, a identificação dos problemas do sistema educativo da cidade do

Porto e das áreas problemáticas a priorizar, espelha as preocupações de todos

os agentes educativos bem como do Conselho Municipal de Educação

(metodologia CEP,2007 - volume I, cap.II).

Page 18: Relatório de monitorização, 2013

17

Assim, tendo por objeto não só a qualificação/valorização do espaço

físico e o seu redimensionamento mas também a ação

educativa/educadora municipal, a Carta Educativa do Porto lançou um

desafio a todos os agentes educativos: Atuarem concertada e

articuladamente em prol de objetivos comuns e segundo linhas de

atuação pré-definidas (volume III, cap.VI, p.1-50).

O desafio foi este!

Page 19: Relatório de monitorização, 2013

18

Metodologia

Tendo por objetivo elaborar um relatório de atualização da Carta Educativa do

Porto em 2013, foi constituída uma equipa técnica composta por dois

elementos: 1 da Divisão Municipal de Gestão Escolar e 1 da Divisão Municipal

de Ciência e Conhecimento, supervisionada pelo Departamento Municipal de

Educação.

As etapas do processo cujo cumprimento culminou no produto documental

materializado neste relatório são as que a seguir se identificam:

ETAPA 1 - Definição dos conteúdos a atualizar

Os conteúdos da CEP a atualizar em 2013, apresentados na introdução deste

relatório, foram definidos em sede de reunião pelo Departamento Municipal de

Educação e validados pelo Pelouro do Conhecimento e Coesão Social da Câmara

Municipal do Porto, sendo que, os aspetos que estiveram na base das opções

inerentes à atualização da Carta Educativa em 2013, são os que a seguir se

apresentam:

1. A estratégia de intervenção da Carta Educativa do Porto (CEP) tem na sua

base um diagnóstico local exigente.

2. Apesar da importância da atualização de dados de diagnóstico (avaliando

tendências e mudanças nos domínios demográfico, educativo, urbanístico e

socioeconómico), os condicionalismos temporais cruzados com o fator da

escassez de informação atual disponível nas fontes oficiais desagregada aos

Concelhos, constituem obstáculos importantes à atualização do diagnóstico da

CEP.

Page 20: Relatório de monitorização, 2013

19

É de salientar, a este propósito, que após pedidos e contactos efetuados,

resultou o entendimento de que era necessário disponibilidade de tempo

aguardando que o Instituto Nacional de Estatística fosse disponibilizando todos

os dados necessários à atualização do diagnostico da CEP referentes aos censos

2011, pois a informação desagregada aos Concelhos, era ainda insuficiente e o

mesmo aconteceu com a Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência

para os dados necessários à atualização integral do capítulo da CEP, 2007

referente aos sistemas de educação e formação.

3. A fase de revisão em que o PDM se encontrava não facilitava a atualização

de informação da CEP ao nível urbanístico.

4. A estratégia CEP apresenta propostas que vão além da

requalificação/redimensionamento do parque escolar, englobando também a

identificação de um conjunto de ações de âmbito educativo alinhadas aos eixos

da estratégia de Lisboa.

5. As viragens nas estratégias europeias – estratégia de Lisboa, 2000 à qual a

estratégia de intervenção da CEP se encontra perfilada em termos de propostas

de ação educativa que é substituída em 2010 pela atual estratégia (estratégia

"Europa 2020").

Assim, face aos aspetos considerados, definiram-se os seguintes

parâmetros da atualização da CEP em 2013:

Apesar de alguns dos fatores apresentados inviabilizarem uma atualização em

extensão e profundidade da CEP, abrangendo os dois domínios de análise

configurados nos processos de monitorização (diagnóstico(s) e intervenção),

decorridos 6 anos da sua publicação e implementação importa dar continuidade

ao seu processo de monitorização iniciado em 2011, congregando e

sistematizando os dados pertinentes e disponíveis que atualizam por um lado

informação respeitante às intervenções no parque escolar e por outro,

informação atinente à oferta educativa (interna) atualizando dados respeitantes

Page 21: Relatório de monitorização, 2013

20

à estratégia de intervenção do volume 3 da CEP; abordar a evolução da ação

educativa da CMP atualizando informação do volume 2 da CEP; informação

relativa aos referenciais, normativos e aspetos concetuais atualizando

informação do volume 1 da CEP.

ETAPA 2 – RECOLHA DE INFORMAÇÃO

Depois de definidos os conteúdos objeto de atualização, inscritos na CEP, que

constituíram a base de partida do trabalho, foram definidas as fontes e criados

os instrumentos de recolha de informação ajustados aos objetivos pré-

definidos.

Assim, foram realizadas reuniões, preenchidas grelhas de informação e

analisados documentos (planos, relatórios globais intermédios – relatórios

trimestrais; relatórios de execução por ação) e foi efetuada pesquisa de

informação em sites oficiais do governo, do ministério da educação, INE, e da

Câmara Municipal do Porto.

ETAPA 3 – SISTEMATIZAÇÃO E ANÁLISE DE INFORMAÇÃO

A recolha e a sistematização de informação foram processos que foram

decorrendo concomitantemente, por uma questão de otimização de tempo,

tendo a análise ficado para uma fase posterior do processo.

A sistematização da informação respeitou uma estrutura pré-definida, de

acordo com o tipo de informação e conteúdos a retratar, o que facilitou a sua

análise subsequente que, procurou sobretudo, realçar aspetos atinentes à

evolução das ações no período 2007-2013.

Page 22: Relatório de monitorização, 2013

21

ETAPA 4 – REVISÃO E VALIDAÇÃO DO PRODUTO

Foram produzidos no âmbito da validação dos trabalhos uma grelha operativa,

pontos de situação mensais e apresentado um relatório preliminar para

exposição dos conteúdos estruturados e da lógica de organização da

informação.

Page 23: Relatório de monitorização, 2013

22

I - O Território Educativo do Porto de Competência Municipal

A escola desempenha um papel basilar na formação do individuo contribuindo

fortemente para a construção dos seus conhecimentos e competências. A

modernização das escolas e a sua adaptação constante às necessidades da

procura são matéria de relevo dada a importância do espaço escolar, qual

cenário de excelência, onde se ministra conhecimento e se criam dinâmicas de

funcionamento e de inter-relação importantes no sucesso educativo.

A requalificação da rede escolar pública, de competência municipal, do Concelho

do Porto, que visa criar as condições ambientais e físicas fundamentais no

sentido de assegurar a qualidade funcional dos estabelecimentos de ensino,

converge na melhoria da educação pré-escolar e na promoção do sucesso

educativo ao nível do 1º CEB.

Não é demais sublinhar a importância da rede escolar, em termos das suas

condições físicas e funcionais, para a qualidade do sistema educativo. O espaço

da escola, como o demonstram os inquéritos e as entrevistas realizados, é um

dos factores valorizados com vista à criação de um ambiente propício ao ensino

e à aprendizagem. Por outro lado, convirá reter que a requalificação da rede

escolar foi apontada como uma das prioridades de intervenção do Município do

Porto, devidamente assinalada, aliás, na estratégia proposta a nível da CEP. A

melhoria das condições de funcionamento dos Jardins-de-infância e das Escolas

do 1º ciclo passa muito, no que compete à esfera de actuação municipal, pela

reabilitação do parque escolar (CEP, 2007, volume II – cap.VII, p.1).

É portanto útil, neste ponto, perceber os métodos que estiveram na base das

propostas da CEP relativamente à matéria valorização do espaço escolar.

Page 24: Relatório de monitorização, 2013

23

A proposta de reordenamento da rede escolar conforme enunciado na

CEP, 2007 - volume I, cap. II, p.9

A proposta de reordenamento da rede escolar da responsabilidade municipal,

jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo centrou-se na análise prospetiva da

evolução da procura relativa à educação pré-escolar e ao 1º ciclo de

escolaridade, a curto e médio prazo, isto é, para um período de 4 e 9 anos (in

CEP, 2007, volume III, cap.VII).

Depois de quantificadas e analisadas as componentes da procura escolar

(caracterização da situação existente em 2001, com base na informação dos

Censos, em termos das taxas de escolarização, dos níveis de insucesso escolar,

do grau de atratividade das escolas do Porto sobre a população residente

noutros concelhos, e ainda quanto à expressão que assume a procura do ensino

público na cidade do Porto, isto é, o seu peso relativo), identificaram-se as

carências atuais de salas de aula, por estabelecimento e por Agrupamento, para

que todos os alunos pudessem usufruir de uma escola a tempo inteiro, com

todas as turmas a funcionarem em regime normal, e traçaram-se cenários

quanto à evolução da procura do ensino público para 2010/11 e para 2015/16,

com base num conjunto de premissas sobre cada uma das componentes

referidas. Como resultado final estimaram-se as necessidades futuras de salas

de aula (idem).

Face a estes resultados, à análise das condições físicas e funcionais das escolas,

e às expectativas de desenvolvimento urbanístico da cidade do Porto definiram-

se propostas de intervenção na rede escolar tendo em vista três objetivos

(idem):

� Alargar a cobertura da educação pré-escolar pública;

� Generalizar a regime normal de funcionamento das EB1;

� Melhorar as condições dos JI e das EB1.

Page 25: Relatório de monitorização, 2013

24

Estas propostas traduzem-se em intervenções de requalificação e

ampliação de escolas, na definição de novos centros escolares a

implantar nas zonas de crescimento urbanístico que estão em fase

adiantada de estudo e, por fim, na utilização de espaços escolares do

Ministério da Educação que resultem da reestruturação da rede dos 2º e

3º ciclos e do ensino secundário (idem)

A concretização destas propostas de valorização do espaço da escola contribui

fortemente para a criação de um ambiente propício ao ensino e à

aprendizagem, como é preocupação do município do Porto (idem).

Page 26: Relatório de monitorização, 2013

25

Componentes da proposta de reordenamento da rede

De salientar a seguinte visão inscrita na CEP, 2007 “Há, contudo, a plena

consciência da necessidade de se vir a dispor de um quadro de referência

a nível metropolitano em matéria de rede escolar, que não resulte da

mera soma das “partes concelhias”, por motivos de racionalização e

otimização dos investimentos a realizar e por razões que se prendem

com a própria realidade deste território. As dinâmicas de funcionamento do

espaço metropolitano, que é uma estrutura territorial cada vez mais complexa e

interdependente, traduzem-se, nomeadamente, na intensificação dos fluxos

diários de estudantes entre concelhos, o que exige uma outra escala espacial de

análise, em termos de rede de equipamentos educativos” (capitulo II, p.9).

Page 27: Relatório de monitorização, 2013

26

I.1 – A Requalificação da Rede Escolar

O diagnóstico da CEP indicando os principais constrangimentos e

potencialidades identificados no concelho do Porto em vários domínios (volume

II, cap.V, pag.1-101 e volume I, cap.IV, p.1-25), proporcionou as bases para a

definição de uma ação estratégica para o desenvolvimento dos sistemas de

educação e formação no domínio dos espaços/equipamentos escolares (rede

de equipamentos) do território educativo e no domínio da ação educativa que

se refletem na política educativa municipal.

No domínio dos espaços escolares da rede educativa, a estratégia de

planeamento e programação dos equipamentos escolares de competência

municipal, encontra-se perspetivada no cap.V da CEP, 2007, com base nas

principais características demográficas do município.

A Câmara Municipal do Porto, tem vindo a desenvolver esforços, no sentido da

melhoria das condições da educação e do ensino da rede pública, respondendo

às necessidades da procura, em sintonia com as propostas da CEP e com as

necessidades que surgiram posteriormente.

Assim, neste ponto do relatório de monitorização, importa dar conta dos

resultados das ações levadas a cabo no sentido da requalificação e

beneficiação dos edifícios e espaços escolares, bem como do

redimensionamento/reorganização da rede de equipamentos de educação de

competência municipal, formando e divulgando o retrato da situação presente

da rede escolar do 1º CEB e pré-escolar pública.

Page 28: Relatório de monitorização, 2013

27

Em matéria de requalificação, a Carta Educativa do Porto inscreve esta ação,

de competência municipal, em quadro estratégico, da seguinte forma:

OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO

Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos

sistemas de educação e de formação - volume III - cap.VI.

Identificação da ação Obras de requalificação

Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de

educação e formação

Objetivo intermedio Requalificar a rede das EB´s

Justificação Estado de conservação das instalações

Requalificação da rede de escolas municipais

OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico (CEP,2007,

volume III, cap.VI), associada às linhas de atuação:

estabelecimento de um plano de intervenção anual.

Integrada no programa escola viva (cap.V, p.111).

Vertente da ação na política municipal de educação

(CEP,2007, volume II, cap.V): Administração dos edifícios escolares

do 1º ciclo do ensino básico, jardins de infância e parques

infantis municipais.

Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e Gestão

Escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)

Page 29: Relatório de monitorização, 2013

28

Antes de passarmos a dar conta dos resultados e dimensão da ação desde a

publicação da Carta Educativa, importa rever o histórico da ação inscrito na

CEP, que retrata os seus desenvolvimentos ocorridos no período (2004-2006).

Ações de requalificação no âmbito do Programa Escola Viva

(Histórico da ação – período:2004-2006)

Tipo de Intervenções por ano civil Intervenções concluídas em 2004

� Grandes Intervenções (Escolas: Fernão Magalhães, Lagarteiro, Constituição,

Vilarinha, Caramila, Pasteleira, Correios);

� Médias Intervenções (Escolas: Lomba);

�Pequenas Intervenções (Escolas: Bom Pastor, Sé, Lordelo, Fontinha);

�Outras intervenções diversas:

- Medidas de segurança com implementação em todas as 57 escolas de sistemas

centralizados de alarme;

- Instalação de água quente e aquecimento nas 57 escolas;

- Colocação de extintores nas 57 escolas;

- Sinalização das 57 escolas.

� Empreitadas de eliminação de barreiras arquitectónicas com vista à dotação de

acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida (Escolas: Condominhas, Torrinha,

Paulo da Gama, Fonte da Moura, Padre Américo, Viso, Praça da Alegria, Costa Cabral, Agra

do Amial, Montebelo, Flores, Ribeiro de Sousa).

Intervenções concluídas em 2005

� Grandes intervenções (Escolas: Corujeira, Monte Aventino, Fonte da Moura,

Cerco do Porto);

� Pequenas intervenções (Escolas: Covêlo, S. Tomé, Falcão, S. Miguel);

� Elaboração e implementação de Planos de Emergência em 3 agrupamentos verticais.

Estes planos traduzem-se na criação de uma organização e de uma estratégia dentro das

escolas, para que em caso de acidente (incêndios, etc.), haja uma evacuação ordenada;

� Grande intervenção na escola de Nª Srª de Campanhã ;

� Empreitadas de eliminação de barreiras arquitectónicas (Escolas: Falcão, Covêlo).

Intervenções concluídas em 2006

� Grande Intervenção na escola João de Deus;

� Obras de requalificação (Escolas: Alegria, Flores, Fontinha, Sé, Ponte, Cruzes).

� Pequenas intervenções em 17 escolas;

� Elaboração e implementação de Planos de Emergência nos restantes 14

agrupamentos verticais.

Instalação provisória de salas pré-fabricadas para funcionamento das

actividades de enriquecimento curricular (Escolas: Cerco, Costa Cabral, Constituição,

S. João da Foz, Bom Sucesso, S. Roque da Lameira, Ribeiro de Sousa e Torrinha)

Fonte: CEP,2007, volume II, cap.V

Notas: Programa “Escola Viva”- O município, através da empresa municipal Domus Social, assumiu de uma forma

organizada e sistemática a sua competência em matéria de realização de investimentos nos domínios da construção,

apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e das escolas do 1º ciclo do

ensino básico, através da implementação de um programa concebido para o efeito designado por Escola Viva. O

Programa Escola Viva tem como finalidade requalificar as escolas públicas da cidade do Porto sob a alçada

municipal, ou seja, melhorar as condições dos espaços escolares, sob o ponto de vista físico e funcional (CEP,

2007, volume II, cap. V, p.111).

Page 30: Relatório de monitorização, 2013

29

Relativamente ao período em análise (2007-2012), em termos de

requalificação do parque escolar e para efeitos de monitorização da Carta

Educativa, interessa desde já reter, em síntese, que foi construído 1 Centro

Escolar e extintas 5 escolas de 1º CEB, 14 edifícios escolares foram objeto

de obras de requalificação, em 8 destas escolas requalificadas foram também

instalados equipamentos de recreio no seu espaço exterior e em 5 edifícios

escolares requalificados, os recreios foram também alvo de

requalificação. Em 14 edifícios escolares, 6 sofreram também obras de

ampliação.

Em termos de obras de beneficiação, 11 escolas foram alvo de operações a

este nível havendo a destacar que em 4 escolas foram criadas salas para

ampliação do Jardim-de-infância (JI); em 3 foi instalado parque infantil e em 2

foi criado JI.

Importa também referir que estão ainda previstas obras de requalificação em 3

escolas neste ano de 2013, a saber, EB Paulo da Gama; EB Fernão Magalhães;

EB Fonte da Moura.

Seguidamente serão apresentados discriminadamente os desenvolvimentos da

ação ocorridos, apresentando por freguesia, as intervenções em matéria de

requalificação e beneficiação dos edifícios e espaços escolares efetuadas na

rede pública pré-escolar e 1º CEB desde 2007, bem como, as novas construções

e extinções.

Assim, nos últimos 5 anos foram realizadas as seguintes intervenções no

edificado e espaços escolares com vista à sua valorização e qualificação física e

funcional tendo em conta as recomendações da Carta Educativa nesta matéria e

Dimensão/resultados da ação

Descritivo de operações executadas no período 2007-2012

Page 31: Relatório de monitorização, 2013

30

com vista à adequação dos espaços à procura resultado quer das dinâmicas

demográficas quer dos novos reordenamentos escolares1.

Foi construído em 2010, um equipamento escolar de raiz, equiparado a

um Centro Escolar - EB das Antas (com JI integrado), localizado na

freguesia de Campanhã e pertencente ao agrupamento de escolas

António Nobre.

O Centro Escolar das Antas teve um investimento na ordem dos 2

milhões de euros.

O Centro Escolar das Antas, construído na denominada zona habitacional das

Antas, responde agora às necessidades identificadas nos estudos realizados no

âmbito do reordenamento escolar constantes na Carta Educativa do Porto.

Este novo equipamento permite não só responder adequada e eficazmente em

termos de oferta educativa ao nível da educação pré-escolar bem assim o

descongestionamento da EB1 de Montebello permitido a passagem do seu

regime de horário para regime normal. Desta forma se potenciará o conceito de

“ Escola a Tempo Inteiro” corporizado no Programa Municipal de Enriquecimento

Curricular “ Porto de Atividades” aumentando a sua taxa de cobertura ao nível

concelhio.

Importa ainda referir que a conceção deste Centro Escolar está imbuído, na sua

essência, de forte carácter inovador quando propõe espaços de uso coletivo

como Gabinete Médico, Sala Polivalente, Biblioteca, Sala de Informática, Sala

de Professores, Gabinete de Atendimento a Pais, Cantina e Refeitório, Sala de

Pessoal não docente e recreio escolar coberto que fomentando a partilha e bem

estar de todos que dele farão uso. A preocupação é conceber um espaço novo,

1 Ver quadros do anexo 1

Page 32: Relatório de monitorização, 2013

31

de recorte inovador e que facilite a atividade letiva, extra curricular bem como o

envolvimento de toda a comunidade educativa.

A sua centralidade favorecida por uma boa rede de acessibilidades, aliada a

fatores tão importantes como corpo docente estável, projetos educativos

inovadores fará deste equipamento um Centro Escolar de referência. De referir,

que todo este processo foi devidamente trabalhado e participado com toda a

comunidade educativa sobretudo no que concerne à aplicação de materiais e

técnicas ao nível da construção que permitam dotar o Centro Escolar de

melhores condições de conforto de ensino/aprendizagem.

CENTRO ESCOLAR DAS ANTAS

Page 33: Relatório de monitorização, 2013

32

É também de destacar, a grande intervenção de requalificação com

construção associada para efeitos de ampliação (Construção com

aproveitamento do edifício pré-existente) realizada em 2011, na EB de S.

Miguel de Nevogilde com JI integrado pertencente ao agrupamento

Garcia de Orta, freguesia de Aldoar. Esta grande intervenção englobou

não só o edifício mas também o recreio.

A intervenção na EB de S. Miguel de Nevogilde teve um investimento na

ordem dos 3 milhões de euros.

EB DE S. MIGUEL DE NEVOGILDE

Page 34: Relatório de monitorização, 2013

33

Para além da construção de raiz mencionada e da grande requalificação

efetuada com construção associada, vejamos como se distribuem as

obras de requalificação nas 14 escolas que foram alvo deste tipo de

intervenção, por ano.

Em 2007, foram alvo de requalificação a EB/JI do Falcão, a EB/JI do

Covelo, e a EB/JI da Torrinha, nas freguesias de Campanhã, Paranhos e

Cedofeita, respetivamente, tendo nestas duas últimas escolas, sido também

instalados equipamentos de recreio.

Em 2008, foram contempladas a EB/JI Campo 24 de Agosto e EB/JI

Viso, nas freguesias do Bonfim e Ramalde respetivamente.

Em 2009, foram requalificadas a EB/JI de S. Tomé, a EB do Bom

Sucesso e a EB/JI de Lordelo (Freguesias de Paranhos, Cedofeita e Lordelo

do Ouro, respetivamente).

Em 2010, nas freguesias de Campanhã e de Ramalde, foram requalificadas

a EB/JI da Noeda e a EB/JI dos Castelos.

A EB da Noeda para além de requalificada, foi também ampliada e alvo de

colocação de equipamentos de recreio. Na EB dos Castelos para além de

requalificada foi também efetuada colocação de equipamentos de recreio.

Em 2011, foram objeto de requalificação a EB/JI Miosótis e a EB Costa

Cabral ambas na freguesia de Paranhos.

A EB/JI Miosótis para além de requalificada foi ampliada tendo sido o recreio

também alvo de requalificação.

Na EB Costa Cabral foi também requalificado o recreio para além do edificado e

em 2012, esta escola, sofreu também ampliação para incorporação do JI que

agora a integra.

Page 35: Relatório de monitorização, 2013

34

Em 2012, foram alvo de requalificação a EB Bom Pastor (JI integrado) e a EB

Campinas (JI integrado)+(unidade especial) nas freguesias de Paranhos e

Ramalde respetivamente.

Na EB Bom Pastor para além do edifício também foi requalificado o recreio, tal

como na EB Campinas, sendo que, esta também foi alvo de ampliação.

O investimento de obra realizado em construções e requalificações no período

de 4 anos (de 2007 a 2011), tendo em conta os dados disponíveis, esteve na

ordem dos 12 milhões de euros2.

Em matéria de valorização e qualificação dos espaços escolares, as escolas, vão

também sendo alvo de beneficiações para promoção de melhorias no seu

funcionamento. Nesta matéria, que também importa dar a conhecer neste

capítulo, foram realizadas de 2007 a 2012 beneficiações3 em 11 escolas (JI

Barbosa du Bocage; EB S. João de Deus (JI integrado); EB Campinas (JI

integrado); EB Bandeirinha (JI integrado); EB Monte Belo (JI integrado); EB

Fernão Magalhães (JI integrado); EB Paulo da Gama (JI integrado); EB Fontinha

(JI integrado); EB Fonte da Moura (JI integrado); EB Augusto Lessa (JI

integrado); EB António Aroso (JI integrado) – ver especificações destes

melhoramentos em anexo 1 – quadro 3.

2 Em próximo relatório de monitorização será possível apresentar os investimentos a partir de 2011

em obras de requalificação bem como as obras por escola realizadas a partir de 2012.

3 A Câmara Municipal do Portal efetua desde 2008 a gestão de pedidos de pequenas e médias intervenções no parque escolar através de uma plataforma eletrónica, designada de Portal Extranet. Este aplicativo de gestão autárquica veio melhorar substancialmente a comunicação entre os vários intervenientes e otimizar custos de funcionamento. Assim, a empresa municipal Domus social assegura a gestão das intervenções e manutenções no parque escolar em plataforma

dinâmica de conexão entre os vários intervenientes.

Page 36: Relatório de monitorização, 2013

35

Relativamente aos recreios, conforme já mencionado, a Câmara Municipal

do Porto tem vindo a proceder à sua requalificação à medida que as escolas

vão sendo objeto de requalificação, sendo de salientar que a CMP

reconhecendo a importância do espaço do recreio, matéria também relevada

na CEP e referenciada enquanto objeto das propostas estratégicas, já tem

planeadas as intervenções de requalificação dos recreios escolares

ainda não requalificados de modo a que estes espaços privilegiados de

atividade física e social cumpram da forma mais otimizada possível os

objetivos associados à sua apropriação e utilização.

A este respeito, Marques, Neto, Angulo, & Pereira (2001)4 defendem que no

contexto da escola, o recreio escolar é reconhecidamente um tempo e um

espaço importante no âmbito da promoção de atividade física em crianças.

Segundo Mota et al (2005)5, o espaço de recreio tem sido referido por

entidades na área da saúde pública como um contexto importante para a

promoção da atividade física bem como uma oportunidade para acumular

atividade física ao longo do dia com importantes benefícios para a saúde.

Wechsler et al (2000)6 salienta ainda, que a apropriação do recreio escolar,

espaço de atividade física não estruturada e jogos, integrada no horário escolar

é uma oportunidade de atividade física para as crianças à qual estão

associados acrescidos benefícios sociais e cognitivos.

Também Telama (1998)7 refere que a manutenção de níveis adequados de

atividade física em idade escolar, por um lado, promove o crescimento e

4 Marques, A. R., Neto, c., Angulo, J. c., & Pereira, B. O. (2001). Um olhar sobre o recreio, espaço de jogo,

aprendizagem e alegria mas também de conflito e medo. Paper presented at the Indiscipline et Violence à L'Ecole, Lis. Universidade de Lisboa. 5 Mota, J., Silva, P., Santos, M. P., Ribeiro, J. c., Oliveira, J.,& Duarte, J. A. (2005). Physical activity and school

recreation time: differences between the sexes and the relationship between children's playground physical activity:habitual physical activity. J Sports Sci, 23(3), 269-275. 6 Wechsler, H., Devereaux, A., Davis, M., & Collins, J. (2000). Using the school to promote physical activity and heathy

eating. Prev Med, 31, 121-137. 7 Telama, R (1998). A saúde e o estilo de vida activo nos jovens. ln Omniserviços (Ed.), A Educação para O papel da

Educação Física na Promoção de Estilos de Vida Saudáveis (pp. 77-89).

Page 37: Relatório de monitorização, 2013

36

desenvolvimento saudável e normal, e por outro lado propicia a criação de

hábitos de atividade física que se irão prolongar ao longo da vida.

Interessa ainda salientar que a requalificação das escolas permitiu dar

continuidade à ação inerente ao programa de bibliotecas escolares (PRBE).

O PRBE foi lançado em 1996, pelos ministérios da Educação e da Cultura. Tem

como objetivo instalar e desenvolver bibliotecas em escolas públicas de todos

os níveis de ensino. A construção da rede processa-se por candidatura, sendo

selecionadas as escolas que apresentam as condições necessárias

à instalação da biblioteca.

O município do Porto aderiu a este programa, desde logo, tendo as primeiras

escolas sido integradas na rede de bibliotecas escolares (RBE) em 1998, sendo

que, até 2012 foram integradas na RBE, um total de 33 escolas do 1º CEB.

A RBE foi alvo de um importante reforço associado à requalificação da rede

escolar no período (2007-2012) tendo sido integradas desde 2007, neste

processo articulado, 6 bibliotecas na rede escolar possibilitando que 33 escolas

estejam integradas na RBE.

Em 2009, foram integradas e equipadas 3 bibliotecas na rede escolar em

escolas inseridas em 3 agrupamentos, na EB da Corujeira (AE do Cerco); na

EB Agra (AE Pêro Vaz de Caminha) e EB Caramila (AE Fontes Pereira de Melo).

Em 2010, foi contemplada com biblioteca a EB do Conservatório de Musica do

Porto.

Em 2011, foi integrada biblioteca escolar na EB das Antas pertencente ao AE

do Cerco e em 2012 o AE Pêro Vaz de Caminha foi novamente contemplado

com a integração de mais 1 biblioteca desta vez na EB Miosótis.

Page 38: Relatório de monitorização, 2013

37

Tendo sido apresentada informação referente às intervenções executadas desde

2007, com vista à requalificação e beneficiação das escolas públicas (pré-

escolar e 1º CEB) do Porto no sentido da valorização e qualificação do espaço

escolar, importa expor os desenvolvimentos em matéria de reordenamento da

rede, apresentando a reconfiguração atual do território educativo bem como

conhecer a sua evolução.

I.2 – O Reordenamento da Rede Escolar

O Território Educativo do Porto encontra-se atualmente reconfigurado por força

do reordenamento da rede escolar consagrada num articulado regulamentar -

Resolução do Conselho de Ministros n.º 44/2010, de 1 de Junho; Portaria n.º

1181/2010, de 16 de Novembro; Despacho n.º 4463/2011, de 11 de Março.

Estes processos de reorganização implicaram a alteração da composição da

rede escolar por agrupamento e das suas áreas de influência que importa

retratar neste ponto de monitorização da CEP.

Page 39: Relatório de monitorização, 2013

38

I.2.1 – Reconfiguração da Rede Escolar

A rede escolar sofreu desde a publicação da CEP em 2007, 2 processos de

reordenamento tendo o ultimo iniciado em 2011, conforme já mencionado.

Na sequência da reorganização da rede dos estabelecimentos educativos

resultaram em alguns casos, a constituição de agrupamentos de escolas que

integram 1 escola secundária e 1 ou mais agrupamentos de escolas.

Importa ainda salientar que houve situações de agrupamentos de escolas e

escolas secundárias que mantiveram a sua organização administrativa, ou seja,

não agruparam.

Neste ponto, retrata-se a composição atual dos agrupamentos, resultado do

recente reordenamento, apresentando informação concernente ao resultado das

agregações e revelando também os agrupamentos que não agregaram neste

processo.

Para ter uma ideia da evolução da rede de escolas (1º CEB e JI), que

compunham em 2007 a rede escolar, e as escolas que a compõem atualmente,

são apresentados, em anexo, quadros com a identificação das escolas que

integravam a rede em 2007 e com as escolas que integram a rede atualmente

(ver anexo 2).

Essa informação constitui uma base para um futuro trabalho de análise a esse

nível, útil em termos de histórico.

Dando continuidade a este trabalho de atualização de informação da rede

escolar do Porto também seria útil a próxima etapa de monitorização incidir

sobre a atualização física e funcional das atuais escolas da rede de competência

municipal agora reconfigurada e redimensionada (e requalificada).

Page 40: Relatório de monitorização, 2013

39

Vejamos então quais as transformações ocorridas nos agrupamentos de escolas

do Porto em matéria de reordenamento, apresentando nominalmente os

resultados da sua nova configuração.

O atual agrupamento de escolas Alexandre Herculano resultou da

agregação desta escola secundária com os agrupamentos de escolas

Ramalho Ortigão e Pires de Lima, que integravam 3º, 2º e 1º ciclo e pré-

escolar. É composto por 1 escola secundária, 3 escolas de 3º ciclo, 2 de 2º ciclo

e 6 escolas de 1º ciclo (todas com pré-escolar integrado).

O atual agrupamento de escolas António Nobre resultou da agregação

desta escola secundária com o agrupamento de escolas das Antas e Areosa

que integravam 3º, 2º e 1º ciclo e pré-escola. É composto por 2 escolas

secundárias, 3 escolas de 3º ciclo, 2 de 2º ciclo e 4 escolas de 1º ciclo (todas

com pré-escolar integrado).

O atual agrupamento de escolas Aurélia de Sousa resultou da agregação

desta escola secundária com o agrupamento de escolas de Augusto Gil, que

integrava 3º, 2º e 1º ciclo. Atualmente é composto por 1 escola secundária,

2 de 3º e 2º ciclo e 4 de 1º ciclo (2 com JI integrado). Integra também 1 JI em

edifício próprio.

O atual agrupamento de escolas do Cerco mantém a sua denominação

anterior sendo a sua composição atual resultado da agregação da escola

secundária do Cerco com o agrupamento anterior de escolas do Cerco

que integravam e integram escolas de 3º, 2º e 1º ciclo. Atualmente é composto

por 1 escola secundária, 1 de 2º e 3º ciclo e 6 escolas de 1º ciclo (todas com JI

integrado). Integra também 1 JI de gestão partilhada.

Page 41: Relatório de monitorização, 2013

40

O agrupamento de escolas Pêro Vaz de Caminha apenas alterou a sua

denominação sendo anteriormente designado de Agrupamento do Amial

contudo, mantém-se inalterado na sua composição (1 escola de 2º e 3º ciclo) e

4 de 1º ciclo (3 com JI integrado).

O agrupamento de escolas do Viso mantém a sua denominação e da sua

composição consta 1 escola de 2º e 3º ciclo, 3 escolas de 1º CEB (todas com JI

integrado) e 1 JI de gestão partilhada.

O atual agrupamento de escolas Fontes Pereira de Melo resultou da

agregação desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de

escolas Maria Lamas com 3º e 2º CEB e 3 escolas de 1º CEB (todas com JI

integrado).

O agrupamento de escolas Eugénio de Andrade mantém a sua

denominação e a mesma composição integrando 1 escola de 2º e 3º ciclo e 3

escolas de 1º ciclo (Todas com JI integrado).

O atual agrupamento de escolas Garcia de Orta resultou da agregação

desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de escolas

Francisco Torrinha com 3º e 2º CEB e 3 escolas de 1º CEB (2 com JI

integrado).

O atual agrupamento de escolas Infante D. Henrique resultou da

agregação desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento

de escolas Gomes Teixeira com 3º e 2º CEB e 1 escola de 1º CEB (com JI

integrado em edifício próprio).

O atual agrupamento de escolas Carolina Michaelis resultou da agregação

desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de escolas

Irene Lisboa com 3º e 2º CEB e 3 escolas de 1º CEB (todas com JI integrado),

sendo de salientar que 2 escolas de 1º CEB funcionam no mesmo edifício.

Page 42: Relatório de monitorização, 2013

41

O agrupamento de escolas Leonardo Coimbra (Filho) mantém a sua

denominação e a mesma composição integrando 1 escola de 2º e 3º ciclo e 3

escolas de 1º ciclo (todas com JI integrado).

O agrupamento de escolas Manoel de Oliveira mantém a sua denominação

e na sua composição integra 1 escola de 2º e 3º CEB e 4 escolas de 1º CEB (3

com JI integrado). Uma das suas escolas foi extinta (EB1 S. Martinho de

Aldoar).

O agrupamento de escolas Clara de Resende mantém a sua denominação e

a mesma composição integrando 1 escola secundária também com 2º e 3º CEB

e 1 escola de 1º CEB.

O atual agrupamento de escolas Rodrigues de Freitas resultou da

agregação desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de

escolas de Miragaia com 3º e 2º CEB e 4 escolas de 1º CEB (2 com JI

integrado). Integra também mais 1 JI de gestão partilhada.

Por fim, é de assinalar que neste processo de reordenamento último, as escolas

TEIP tinham a prerrogativa de não agregar durante o período de vigência do

projeto TEIP.

Assim foi o caso do agrupamento de escolas (AE) do Viso; AE do Amial; AE

Leonardo Coimbra, filho e AE Manoel de Oliveira.

Outros houve que sendo TEIP agregaram (ex - agrupamento da Areosa; ex -

agrupamento Ramalho Ortigão).

O AE do Cerco é TEIP mas agregou dentro do seu próprio Agrupamento inicial

mantendo a mesma freguesia na sua área de influência.

Terminada esta análise, importa agora perceber como cada um dos

agrupamentos se encontram circunscritos em termos de localização geográfica,

tendo em conta o grupo de escolas que o integram – matéria abordada no

ponto seguinte.

Page 43: Relatório de monitorização, 2013

42

I.2.2 – Áreas de Influência

Outra componente importante inerente a estes processos diz respeito às

transformações que ocorrem em termos das áreas de influência dos

agrupamentos, cuja recomposição pode originar alterações em termos de

abrangência ou influência territorial inerente à localização das várias escolas

que cada novo agrupamento congrega por freguesia.

Esta análise descritiva foi efetuada tendo como ponto de partida a realidade da

rede escolar em 2007, ou seja, os agrupamentos iniciais referenciados na CEP e

como ponto de chegada os atuais agrupamentos de escolas (AE).

O AE Clara de Resende não sofreu alterações em relação à sua área de

influência mantendo a abrangência na freguesia de Ramalde.

O AE das Antas e o AE da Areosa extinguiram-se dando lugar a novo

agrupamento: AE António Nobre que passa a abranger as áreas

administrativas respeitantes às freguesias dos agrupamentos iniciais, agora

agregados: Campanhã e Paranhos.

O AE de Augusto Gil reconfigurou-se dando lugar ao AE Aurélia de Sousa,

que abrange as áreas administrativas respeitantes às freguesias do

agrupamento inicial que integra: Bonfim e Santo Ildefonso.

O AE de Miragaia reconfigurou-se ao agregar com o Agrupamento

Rodrigues de Freitas (agrupamento que surgiu depois da publicação da CEP,

2007), fazendo surgir um novo agrupamento, designado AE Rodrigues de

Freitas que abrange uma área administrativa composta pela freguesia do

anterior agrupamento de Miragaia mais 3 freguesias, integrando no total as

freguesias de Miragaia, de Cedofeita, S. Nicolau e Vitória.

Page 44: Relatório de monitorização, 2013

43

O AE do Amial (agora designado Agrupamento Pêro Vaz de Caminha)

não sofreu alterações em relação à sua área de influência mantendo a

abrangência na freguesia de Paranhos.

O AE do Cerco permaneceu inalterado quanto à sua área de influência

continuando a abranger a freguesia de Campanhã, apesar de ter associado

uma escola secundária.

O AE do Viso não sofreu alterações em relação à sua área de influência

mantendo a abrangência na freguesia de Ramalde.

O AE Eugénio de Andrade não sofreu alterações em relação à sua área de

influência mantendo a abrangência na freguesia de Paranhos.

O AE Francisco Torrinha reconfigurou-se dando lugar ao novo agrupamento,

designado AE Garcia de Orta que passa a abranger as áreas administrativas

respeitantes às freguesias do anterior agrupamento mais uma, integrando as

freguesias de Foz do Douro, Nevogilde e Aldoar.

O AE Gomes Teixeira reconfigurou-se emergindo no seu lugar o AE Infante

D. Henrique, cuja área de influência ficou confinada à freguesia de

Massarelos, deixando de integrar as outras duas freguesias do anterior

agrupamento: freguesia da Vitória e freguesia de Cedofeita.

O AE Irene Lisboa reconfigurou-se dando lugar ao AE Carolina Michaelis,

abrangendo a mesma área administrativa do anterior agrupamento: freguesias

de Cedofeita e de Paranhos.

O AE Leonardo Coimbra filho não sofreu alterações em relação à sua área de

influência mantendo a abrangência na freguesia de Lordelo do Ouro.

Page 45: Relatório de monitorização, 2013

44

O AE Manoel de Oliveira não sofreu alterações em relação à sua área de

influência mantendo a abrangência na freguesia de Aldoar.

O AE Maria Lamas reconfigurou-se emergindo o AE Fontes Pereira de Melo

que mantém a área de influência respeitante ao anterior agrupamento

integrando as freguesias de Ramalde e Paranhos.

O AE Pires de Lima e o AE Ramalho Ortigão reconfiguraram-se dando lugar

ao AE Alexandre Herculano passando este a abranger as freguesias relativas

aos anteriores agrupamentos (Bonfim, Sé e Campanhã).

Em suma, quanto às áreas de influência dos atuais 15 agrupamentos escolares

do Concelho do Porto, 12 permaneceram inalterados, mantendo a sua situação

inicial, 2 alargaram a sua área de influência e 1 reduziu. A freguesia de

Paranhos é a que congrega mais agrupamentos de escolas na sua área, seguida

das freguesias de Ramalde e Campanhã (ver quadro 1).

O agrupamento que integra maior nº de freguesias na sua área de influência é

o AE Rodrigues de Freitas, abrangendo 4 freguesias seguido dos AE Garcia

de Orta e Alexandre Herculano abrangendo cada um destes agrupamentos

na sua área de influência, 3 freguesias.

Nos restantes agrupamentos, 8 integram na sua área de influência 1 freguesia

(AE do Cerco; AE do Amial; AE do Viso; AE Eugénio de Andrade; AE Infante D.

Henrique; AE Leonardo Coimbra, filho; AE Manoel de Oliveira; AE Clara de

Resende) e 4 integram 2 freguesias (AE Carolina Micaelis; AE Fontes Pereira de

Melo; AE Amélia de Sousa; AE António Nobre).

Page 46: Relatório de monitorização, 2013

45

Quadro 1 – Evolução das áreas de influência dos agrupamentos (2007-2013)

Agrupamentos em 2007

Agrupamentos em 2013

Áreas de Influencia

Freguesias

Clara de Resende Mantém-se Sem alteração

Ramalde

Pêro Vaz de Caminha (Amial)

Mantém-se Sem alteração

Paranhos

Cerco Mantém-se Sem alteração

Campanhã

Viso Mantém-se Sem alteração

Ramalde

Eugénio de Andrade Mantém-se Sem alteração

Paranhos

Leonardo Coimbra, filho Mantém-se Sem alteração

Lordelo do Ouro

Manoel de Oliveira Mantém-se Sem alteração

Aldoar

Antas Ag. António Nobre Sem alteração Campanhã

Areosa

Paranhos

Augusto Gil Ag. Aurélia de Sousa Sem alteração Bonfim; Santo Ildefonso

Miragaia Ag. Rodrigues de Freitas Alargou a área de

influencia a mais 3 freguesias

Miragaia + Cedofeita;

S. Nicolau; Vitória

Francisco Torrinha Ag. Garcia de Orta Alargou a área de influência a mais

1freguesia

Foz do Douro; Nevogilde +Aldoar

Gomes Teixeira Ag. Infante D. Henrique Reduziu de 3 para 1 freguesia deixando de

integrar Vitória e Cedofeita

Massarelos

Irene Lisboa Ag. Carolina Micaelis Sem alteração Cedofeita; Paranhos

Maria Lamas Ag. Fontes Pereira de Melo

Sem alteração Ramalde; Paranhos

Pires de Lima Ag. Alexandre Herculano Sem alteração Bonfim; Sé

Ramalho Ortigão Campanhã

Page 47: Relatório de monitorização, 2013

46

De salientar que a reconfiguração do território educativo do Porto ao nível de

áreas de influência, está sujeita a novas transformações, pois além dos

reordenamentos escolares cuja configuração foi retratada acima, está previsto

um novo reordenamento do território em termos da organização administrativa

do Concelho por freguesias, o que implicará outras transformações quando o

regulamentado for levado à prática, passando o Porto a integrar 7 freguesias

em vez de 15. (lei nº 11-A/2013 de 28 de janeiro e lei nº 22/2012, de 30 de

maio).

Esta reorganização administrativa do território resultará na agregação das

freguesias de Foz do Douro e Nevogilde na freguesia de Aldoar; Santo Ildefonso,

Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória agregarão a Cedofeita e Massarelos agregará

com Lordelo do Ouro.

Bonfim, Campanhã, Paranhos e Ramalde manterão a mesma organização.

Esquema síntese das agregações

Freguesias antes da agregação

Freguesias pós agregação

Aldoar

Aldoar Foz do Douro

Nevogilde

Cedofeita

Cedofeita

Santo Ildefonso

Miragaia

São Nicolau

Vitória

Lordelo do Ouro Lordelo do Ouro

Massarelos

Bonfim Bonfim

Campanhã Campanhã

Paranhos Paranhos

Ramalde Ramalde

Fonte: lei nº 11-A/2013 de 28 de janeiro

Page 48: Relatório de monitorização, 2013

47

Após esta abordagem aos resultados dos processos de requalificação e

reordenamento da rede escolar de competência municipal, neste capítulo sobre

o território educativo do Porto de competência municipal, apresenta-se também

uma análise relativa aos resultados da adequação da oferta às necessidades da

procura escolar - vertente também associada a estes processos, que resultaram

nas alterações de nível quantitativo que se descrevem no ponto seguinte.

I.3 – Dimensão da Oferta e da Procura na Rede Escolar

Após a apresentação daquilo que tem sido a ação da CMP em matéria de

requalificação e reordenamento da rede escolar é útil divulgar a informação que

dimensiona a oferta e a procura atual no território educativo do Porto de

competência municipal. Oferta em termos de espaços disponíveis (escolas e

salas) e em termos de recursos humanos coordenados e geridos pela autarquia

e procura em termos de número de crianças abrangidas.

Vejamos desde logo, qual a dimensão da rede escolar em termos do nº de

estabelecimentos por agrupamento:

Page 49: Relatório de monitorização, 2013

48

Quadro 2 – Distribuição dos agrupamentos segundo o nº de escolas de 1º CEB e jardins de

infância

Agrupamentos Escolas 1º CEB Escolas 1º CEB

com JI

JI não integrados

em EB

Nº Nº Nº

AE Alexandre Herculano 6 6 0 AE Pêro Vaz de Caminha

Amial

4 3 0 AE António Nobre 4 4 0 AE Aurélia de Sousa 4 2 1 AE Carolina Micaelis 3 3 0 AE Cerco 6 6 1 AE Clara de Resende 1 0 0 AE Leonardo Coimbra

(Filho)

3 3 0 AE Eugénio de Andrade 3 3 0 AE Fontes Pereira de Melo 3 3 0 AE Garcia de Orta 3 2 0 AE Infante D. Henrique 1 0 1 AE Manoel de Oliveira 4 3 0 AE Rodrigues de Freitas 4 2 1 AE Viso 3 3 1

Total 52 43 5 Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar/agrupamentos de escolas. Informação recolhida e

sistematizada em março 2013

Os dados apresentados nas tabelas seguintes espelham um trabalho de

ajustamento na relação espaços-alunos (oferta-procura) desde logo

representada pela inexistência de carências de salas de aula em 13 dos 15

agrupamentos de escolas, verificando-se no entanto, ainda nos agrupamentos

Clara de Resende e Cerco um total de 13 salas a disponibilizar (quadro 3).

Interessa relembrar, nesta matéria, que em 2007, no conjunto de

agrupamentos verticais de escolas (17), haviam sido identificados um total de

90 carências de salas de aula.

Page 50: Relatório de monitorização, 2013

49

Quadro 3 - Identificação de carências de salas na rede escolar de competência municipal

-1º CEB (ano letivo 2012/2013)

Agrupamento de Escolas Carências Sala de aulas

Denominação da Escola

Clara de Resende

EB João de Deus 8

Cerco

EB Corujeira 3

EB Falcão 1

EB S. Roque da Lameira 1

Total 13

Fonte: agrupamentos de escolas (atualização 18/9/2012). Informação sistematizada em

março 2013

Estes dados refletem os resultados do trabalho de requalificação, ampliação,

melhoramentos e reorganização da rede escolar com vista a adequar a oferta à

procura com respostas de qualidade.

A oferta do município ao nível do 1º CEB que totaliza 15 agrupamentos de

escolas e 52 estabelecimentos escolares integra nesta sua composição

distribuída pelo território do Porto, 405 salas de aula servindo um total de 7376

alunos (quadro 4)8

8 Ver também dados desagregados por escola no anexo 3 - quadro 1

Page 51: Relatório de monitorização, 2013

50

Quadro 4 – distribuição de alunos, salas e turmas por agrupamento no ano letivo 2012/2013

Fonte: agrupamentos de escolas (atualização:18-09-2012). Informação agregada e sistematizada em

março 2013

Agrupamento de Escolas

Total de salas Total de

alunos EB

Alunos Alunos Alunos Alunos Total de Turmas

EB1 Turmas

EB1 Carências

de aula

EB1 1. Ano 2 Ano 3. Ano 4. Ano Turmas

EB1 Reg.

Normal Reg

Duplo Sala de aulas

António Nobre 34 509 116 152 107 134 21 21 0 0

Aurélia de Sousa 26 492 116 118 136 122 21 21 0 0

Pêro Vaz de Caminha 21 376 95 101 79 101 19 19 0 0

Clara de Resende 8 399 104 98 101 96 16 0 16 8

Cerco 38 758 185 180 210 183 40 31 9 5

Alexandre Herculano 51 740 136 215 179 210 37 37 0 0

Dr. Leonardo Coimbra Filho 18 235 49 80 47 59 13 13 0 0

Eugénio de Andrade 31 577 141 136 145 155 29 29 0 0

Garcia da Orta 34 697 191 206 136 164 30 30 0 0

Infante D. Henrique 14 258 63 60 65 70 12 12 0 0

Carolina Michaelis 21 387 76 89 109 113 18 18 0 0

Manoel de Oliveira 29 544 132 146 142 124 27 27 0 0

Fontes Pereira de Melo 19 300 74 90 69 67 14 14 0 0

Rodrigues de Freitas 34 649 169 157 166 157 30 30 0 0

Viso 23 363 97 96 81 89 18 18 0 0

Conservatório de Música do Porto 4 92 22 22 23 25 4 4 ---- ----

Totais 405 7376 1766 1946 1795 1869 349 324 25 13

Page 52: Relatório de monitorização, 2013

51

Em termos de oferta e procura ao nível do pré-escolar, estão em funcionamento

nos 15 agrupamentos compostos por 47 Jardins de Infância, 104 salas de

atividades abrangendo 2249 crianças entre os 3-5 anos de idade, sendo que

1969 destas crianças almoçam na escola e 1056 têm prolongamento de horário

(ver quadro 5)9

As atividades de prolongamento que decorrem a partir das 15:30, são

realizadas em espaços diversos dos estabelecimentos de ensino (salas de

atividades, polivalentes, bibliotecas, recreios…), sendo de salientar que em

algumas escolas existem salas específicas para o horário de prolongamento

tendo sido contabilizadas no conjunto das escolas 71 salas para esse efeito.

Em termos de recursos humanos o município disponibiliza 156 Assistentes (66

Assistentes técnicas e 90 Assistentes operacionais) que auxiliam as Educadoras

de Infância na apropriação destes espaços por parte das crianças no

cumprimento dos objetivos da educação pré-escolar durante a componente

letiva e acompanham e dinamizam a componente de apoio à família e os

tempos de prolongamento no sentido do reforço da educação pré-escolar (um

dos eixos prioritários do município do Porto) - ver quadro 610.

9 Dados desagregados por escola (nível pré-escolar) no anexo 3 – quadro 2

10 Dados desagregados por escola no anexo 3 – quadro 3

Page 53: Relatório de monitorização, 2013

52

Quadro 5 - Distribuição dos alunos do pré-escolar por agrupamento no ano letivo

2012/2013

Agrupamento de Escolas Total de alunos

Alunos c_almoço

Alunos c/ prolongamento

António Nobre 199 175 73

Aurélia de Sousa 222 218 92

Pêro Vaz de Caminha 140 101 83

Clara de Resende 0 0 0

Cerco 264 233 38

Alexandre Herculano 218 150 105

Dr. Leonardo Coimbra Filho 100 85 19

Eugénio de Andrade 125 114 97

Garcia da Orta 217 191 134

Infante D. Henrique 79 79 55

Carolina Michaelis 140 119 62

Manoel de Oliveira 118 112 80

Fontes Pereira de Melo 105 87 42

Rodrigues de Freitas 119 117 97

Viso 203 188 79

Total 2249 1969 1056

Fonte: agrupamentos de escolas (atualização:18-09-2012). Informação agregada e sistematizada

em março 2013

Quadro 6 - Distribuição da oferta municipal (salas e recursos humanos) na rede

pré-escolar, por agrupamento no ano letivo 2012/2013

Agrupamento de Escolas

Total de salas atividades

salas de prolongamento

Total assistentes

tecnicas

Total Assistentes

Operacionais

António Nobre 8 5 8 7

Aurélia de Sousa 11 7 5 9

Pêro Vaz de Caminha 7 4 5 6

Clara de Resende 0 0

Cerco 12 7 7 8

Alexandre Herculano 10 8 7 11

Dr. Leonardo Coimbra Filho 5 3 3 6

Eugénio de Andrade 6 5 5 6

Garcia da Orta 10 7 3 9

Infante D. Henrique 4 3 3 3

Carolina Michaelis 6 3 3 5

Manoel de Oliveira 5 5 4 4

Fontes Pereira de Melo 5 4 6 5

Rodrigues de Freitas 6 5 3 3

Viso 9 5 4 8

Total

104 71 66 90

Fonte: agrupamentos de escolas (atualização:18-09-2012). Informação agregada e sistematizada

em março 2013

Page 54: Relatório de monitorização, 2013

53

Os dados que retratam a evolução da oferta e da procura no território

educativo do Porto de competência municipal entre 2007-2013 são de uma

forma global, os seguintes:

Em 2007, a rede escolar era constituída por um total de 17 agrupamentos, 57

escolas de 1º ciclo (37 com JI integrado e 20 sem JI integrado) e 14 jardins de

infância (JI) de gestão partilhada (CMP e Juntas de freguesia), 370 salas de

aula e 448 turmas no 1º ciclo do ensino básico e 99 salas de atividades no

ensino pré-escolar respondendo a um total de 9.111 alunos no 1º ciclo do

ensino básico e a 2.038 crianças do pré-escolar.

Em 2013, a rede escolar integra até ao momento, as mesmas 15 freguesias

(prevendo-se que diminuam para 7), é composta por 15 agrupamentos de

escolas, 48 jardins de infância (43 inseridos em estabelecimentos do 1.º CEB

e 5 em edifícios autónomos), 52 estabelecimentos do 1.º CEB e 1 escola do

ensino artístico especializado (Conservatório de música do Porto) dando

resposta a um total de 9.625 crianças (7376 alunos do 1.º CEB e 2249 do pré-

escolar). Em relação aos JI´s de gestão partilhada mantêm-se 3, a saber, o JI

Falcão, o JI Ferreira de Castro e o JI da Vitória, os restantes foram integrados

nas EB do respetivo agrupamento.

É de referenciar ainda, que a Divisão Municipal de Gestão Escolar encontra-se

no momento a encetar mais uma etapa de análise das necessidades da procura

escolar no sentido de operacionalizar mais um ajustamento na oferta no sentido

da adequação do nº de escolas e do nº de salas por estabelecimento escolar às

necessidades. Interessa pois acompanhar esta operação para efeitos da

próxima atualização de dados da CEP, desde logo quanto aos critérios dos

ajustamentos e quanto à dimensão dos seus resultados por estabelecimento

escolar.

Page 55: Relatório de monitorização, 2013

54

Uma outra componente de competência municipal em matéria de educação diz

respeito ao apetrechamento da rede escolar, sendo todas as escolas do

território educativo do município equipadas com os materiais necessários ao seu

adequado funcionamento.

I.4 – Apetrechamento e Segurança do Parque Escolar

De acordo com o n.º 1, do artigo 19.º, da lei n.º 159/99, de 14 de Setembro é

da competência dos órgãos municipais participar no planeamento e na gestão

dos equipamentos educativos e realizar investimentos em vários domínios, a

saber:

a) Construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de

educação pré-escolar;

b) Construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos das escolas

do ensino básico.

O município do Porto tem dado especial atenção à requalificação do seu parque

escolar, bem como ao seu apetrechamento e segurança no sentido de qualificar

o contexto/ambiente educativo relativo ao pré-escolar e 1º CEB.

O investimento na vasta rede escolar da sua competência inerente à aquisição e

fornecimento de mobiliário e materiais de educação, cultura, recreio encerra os

seguintes objetivos:

- Assegurar o apetrechamento dos materiais e equipamentos necessários à

prossecução dos objetivos dos jardins de infância e escolas do 1º CEB.

- Dotar todas as escolas de equipamento informático multimédia, potenciando

sinergias e rentabilizando recursos.

Page 56: Relatório de monitorização, 2013

55

Neste relatório irá ser apresentada informação específica relativa ao

apetrechamento de equipamento informático multimédia, concretamente

relacionado com o projeto Crescer Interativo, sendo que em relação ao

apetrechamento a outros níveis (mobiliário, materiais…) não possuímos ainda

todos os dados coligidos de modo a efetuar uma análise completa pelo que será

uma componente a apresentar em próximo relatório de monitorização.

Interessa ainda expor a nota de que na concretização de alguns dos objetivos

em matéria de apetrechamento e manutenção dos edifícios escolares, dando

cumprimento ao estipulado na lei 159/99 de 14 de Fevereiro, procede-se à

celebração de protocolos de colaboração entre o município e os agrupamentos

de escolas, no âmbito do Programa Descentralização e Autonomia dos

Agrupamentos (DAA), para fazer face a despesas decorrentes do

funcionamento dos estabelecimentos de ensino (1º CEB e pré-escolar),

nomeadamente: logística (atividades de exterior), consumíveis de informática,

material de desgaste, apoio socioeducativo e outros.

Page 57: Relatório de monitorização, 2013

56

APETRECHAMENTO INFORMATICO – Crescer interativo

Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos

sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.

Componentes e Desenvolvimento da Ação

Denominação da ação

Apetrechamento informático - Crescer Interativo

Enquadramento legal Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro

Objetivos Gerais:

- Disponibilizar a alunos e professores os recursos necessários para o desenvolvimento de aptidões no sentido da utilização do potencial das tecnologias de informação e comunicação (TIC) a

favor da educação. - Apetrechar as escolas com os recursos necessários para que

as capacidades e competências adquiridas no âmbito das TIC sejam exploradas e facilitem o acesso ao conhecimento.

Específicos: - Adquirir, instalar e configurar redes locais estruturadas,

quadros interativos e videovigilância, em estabelecimentos de ensino público do primeiro ciclo básico, do município do Porto.

- Garantir a adequada utilização dos sistemas instalados no contexto pedagógico-didático e colaborativo em contexto de sala de aula e pela comunidade escolar.

Identificação da ação

Apetrechamento informático - Crescer Interativo

Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e formação

Objetivos intermédios

Promoção do acesso de todos às tecnologias de informação e comunicação (TIC)

Justificação Importância da literacia tecnológica

Fosso digital Formação abrangente

OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico (CEP,2007, volume

III, cap.VI), associada às linhas de atuação: Promoção do acesso de todos às TIC Vertente da ação na política municipal de educação (CEP,2007,

volume II, cap.V): Apetrechamento ao nível informático dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo da rede

pública. Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)

Page 58: Relatório de monitorização, 2013

57

Destinatários Todas as crianças de 3º e 4º ano que frequentam as escolas do ensino básico do Porto.

Professores de 1º CEB das escolas públicas.

Fontes de

financiamento Co - financiado pela Câmara Municipal do Porto e pelo Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento (POSC) recorrendo ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Nova candidatura: QREN - Crescer Interativo 2.0.

Ano de implementação

da ação

2008 – 1ª fase 2011 – 2ª fase

Periodicidade da ação O projeto integra uma diversidade de ações de execução técnica variável em termos temporais, sendo que a temporalidade global

está associada aos períodos de realização previstos nas candidaturas.

Síntese Descritiva

O projeto Crescer Interativo nasceu em 2008 após aprovação de candidatura ao QREN - Programa Sociedade do Conhecimento, (1ª candidatura – crescer

interativo subprojecto). Foi alvo de uma segunda candidatura (Crescer Interativo 2.0).

O projeto integrou várias fases de execução contemplando as seguintes ações:

• Aquisição e instalação/montagem de equipamentos informáticos (1 por sala).

• Instalação de infraestruturas de rede.

• Colocação de quadros interativos com ligação à internet e projetor de vídeo

(pelo menos 1 nas salas de 4º ano).

• Disponibilização do software com conteúdos didáticos interativos (os quadros interativos integram softwares com conteúdos curriculares na área da

matemática, estudo do meio, língua portuguesa e inglês).

• Formação a professores integrando duas vertentes – formação básica em TIC e formação específica na utilização dos quadros interativos (estratégias de uso

das plataformas e manuseamento dos softwares educativos.

• Constituição equipa helpdesk da CMP no sentido de prestar apoio técnico aos

utilizadores dos sistemas instalados no âmbito do projeto (PC’s, comunicações telefónicas e Internet, impressoras, endereços eletrónicos e avaliação/resolução

das situações referentes ao quadro interativo respetiva estrutura de suporte, ao vídeo projetor e ao comando).

Page 59: Relatório de monitorização, 2013

58

• Instalação de sistemas de videovigilância.

O projeto integra ainda um âmbito de partilha de boas práticas intra e inter escolas, em rede protegida, através das seguintes plataformas, conteúdos e

colaborativas que aloja:

- MOBIUS – conteúdos curriculares e plataforma de ensino assistido (acesso reservado a professores, alunos e encarregados de educação das EB´s do Porto.

Plataforma moodle de gestão do ensino aprendizagem.

- Turmix - é o protótipo de uma rede social entre alunos, pais e professores que frequentam o 1º ciclo de rede pública da cidade do Porto.

- Escolinhas – plataforma colaborativa para os professores, alunos e encarregados de educação das EB1´s do Porto com acesso reservado (projeto

desenvolvido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que integrou o CI numa fase piloto no ano letivo 2008/2009), O projeto mantem-se

numa versão FREE para as escolas que o pretenderem utilizar. Consiste numa funcionalidade on-line do CI numa lógica de rede intra e/ou interescolas para

partilhas várias entre a comunidade educativa.

Wiki Docentes - avaliar a possibilidade, em parceria com a APD de constituição

de uma WiKi para docentes para criação de um espaço virtual, onde os docentes possam disponibilizar sistematicamente conteúdos produzidos por si, com o

objetivo de constituição de um banco de troca de experiências pedagógicas e de conteúdos.

Principais

intervenientes CMP (Divisão Municipal de Gestão escolar; DMSI; DM Compras; GEP…);

Empresa Teclacolorida; APD; FEUP; Universidade de Aveiro, Associação

Porto Digital; Empresa DOMUS Social.

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar, maio 2013

Page 60: Relatório de monitorização, 2013

59

Dimensão/resultados da ação

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e sistematizada em maio 2013

De 2008 a 2011 verificou-se uma taxa de cobertura de cerca de 38%

de instalação de quadros interativos em salas de aula.

2008 2011

Nº salas de aula 369 383

N.º de QI colocados 114 30

% de salas abrangidas 30,89 7,83

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e sistematizada em maio 2013

Componentes

1ª fase de candidatura

2008

2ª fase de candidatura

2011

Extensão da ação Extensão da ação

Instalação de Quadros interativos

Nº escolas abrangidas: todas

as escolas do 1º ciclo do

ensino básico.

Nº salas de aula abrangidas:

144 salas de aula do 3º e 4º

ano de escolaridade.

Nº escolas abrangidas: 30

escolas do 1º ciclo do ensino

básico. (1 quadro por cada escola do 1º ciclo do Ensino Básico, com 5 ou mais salas de aula até um máximo de 1 quadro interativo por cada 3 salas de aula)

Instalação/disponibilização

de Conteúdos didáticos

Nº escolas abrangidas: todas

as escolas do 1º ciclo do

ensino básico.

Nº salas de aula abrangidas:

144 salas de aula do 3º e 4º

ano de escolaridade.

Nº escolas abrangidas: 30

escolas do 1º ciclo do ensino

básico.

(conteúdos didáticos fornecidos por

cada quadro instalado)

Instalação de sistemas de vídeo-vigilância

Nº escolas abrangidas: 8 (Instalação em escolas do 1º ciclo do Ensino Básico, com 10 ou mais salas de aula)

Instalação de redes locais estruturadas

Nº escolas abrangidas: 38

escolas do 1º ciclo do ensino

básico. (1 instalação de rede por cada escola do 1º ciclo do Ensino Básico, com 5 ou mais salas de aula)

Formação (geral -TIC´s e específica em quadros interativos e conteúdos)

Todos os professores do 3º e 4.º

ano do 1.º ciclo que requisitaram

Page 61: Relatório de monitorização, 2013

60

Em matéria de Segurança têm sido várias as ações que a CMP tem vindo a

realizar nesta área (ver quadro escola viva) no entanto, desde 2010, têm vindo

a ser implementados processos e desenvolvidas ações de forma estruturada

cujas componentes e dimensão se encontra retratada na grelha informativa

seguinte:

SIMULACROS - Projeto Prevenir para Proteger

Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos

sistemas de educação e de formação - Volume III – Cap.VI.

Identificação da ação Simulacros - Projeto Prevenir para Proteger

Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de

educação e formação.

Objetivo intermedio Garantir condições de segurança na escola e na sua envolvente.

Justificação Preocupações reveladas pelos pais no inquérito realizado no âmbito da elaboração da CEP (2007).

OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico (CEP,2007,

volume III, Cap.VI), com a designação Simulacros nas escolas

associada às linhas de atuação: fomento de atitudes de prevenção e de adoção de posturas e regras de segurança.

Vertente da ação na política municipal de educação (CEP,2007 - VOLUME 2 - CAP.V): Administração dos edifícios escolares do 1º ciclo do ensino básico, jardins de infância e parques infantis

municipais. Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e

gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)

Page 62: Relatório de monitorização, 2013

61

Componentes e Desenvolvimento da ação

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar, abril, 2013

Denominação da

ação Simulacros - Projeto Prevenir para Proteger

Enquadramento

legal Decreto-lei 7/2003 de 15 de Janeiro – regula as competências das autarquias nomeadamente em matéria de construção, apetrechamento e

manutenção de estabelecimentos de educação e ensino.

Decreto-lei 220/2008 de 12 de Novembro – regulamenta a segurança

contra incêndios aplicável a todos os edifícios e recintos nomeadamente, escolares.

Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro – regulamento técnico de

segurança contra incêndios em edifícios Objetivos Gerais:

- Prevenir os riscos contra incêndios. - Implementar os planos de segurança.

Específicos:

- Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios. - Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, circunscrevendo e

minimizando os seus efeitos.

Destinatários Todas as escolas da rede pública pré-escolar e 1º CEB

Fontes de

financiamento Município.

Ano de

implementação

da ação

O Projeto Prevenir para Proteger foi criado de uma forma estruturada

em 2010 complementando as ações no domínio da segurança implementadas anteriormente no âmbito do Programa Escola Viva (ver

quadro 7)

Periodicidade da

ação Ação desenvolvida sempre que se verifiquem alterações no edificado e/ou de funcionamento da escola.

Síntese Descritiva

O desenvolvimento deste projeto encontra-se associado às ações de reordenamento

e requalificação da rede escolar, pelo que houve necessidade de

reajustamentos/reelaborações de planos de segurança internos existentes e elaboração de planos para as novas construções escolares.

Em 2010, todas as ações no domínio da segurança contra incêndios passaram a estar inscritas num projeto abrangente que contempla para além dos exercícios de

simulacros de incêndios, ações de sensibilização, prevenção e formação no domínio dos dispositivos de primeira intervenção contra incêndios.

Entre 2010 e 2013 foram realizados um total de 75 simulacros (ver quadro 8)

Principais

intervenientes

CMP (Divisão Municipal de Gestão Escolar; Batalhão Sapadores Bombeiros; PSP

– Escola Segurança; Proteção Civil; INEM).

Page 63: Relatório de monitorização, 2013

62

Quadro 7 - Ações no domínio da segurança no âmbito do programa Escola Viva

Intervenções no âmbito do programa Escola Viva

Intervenções concluídas em 2004 Outras intervenções diversas: - Colocação de extintores nas 57 escolas;

- Sinalização das 57 escolas.

Intervenções concluídas em 2005 Elaboração e implementação de planos de

emergência em 3 agrupamentos verticais. Estes

planos traduzem-se na criação de uma

organização e de uma estratégia dentro das

escolas, para que em caso de acidente (incêndios,

etc.), haja uma evacuação ordenada;

Intervenções concluídas em 2006 Elaboração e implementação de planos de

emergência nos restantes 14 agrupamentos

verticais.

Fonte: CEP,2007,volume II, cap.V

Page 64: Relatório de monitorização, 2013

63

Dimensão/resultados da ação

Quadro 8 - Realizações de simulacros por escola e por ano letivo

Simulacros realizados

2009/2010 2011/2012 2012/2013

EB1 Montebello

EB1 /JI Monte Aventino

EB1/JI S. João de Deus

EB1/JI Lagarteiro

EB1/JI Flores

EB1/JI Lomba

EB1/JI Noêda

EB1/JI Campinas

EB1/JI Correios

EB1/JI Cruzes

EB1/JI Viso

EB1 S. João da Foz

EB1/JI Paulo da Gama

EB1 S. Miguel Nevogilde

EB1 Constituição

EB1 Ribeiro de Sousa

EB1 Fonte da Moura

EB1/JI António Aroso

EB1/JI Vilarinha

EB1/JI Caramila

EB1/JI Castelos

EB1/JI Padre Américo

EB1/JI Campo 24 Agosto

EB1/JI Alegria

EB1/JI Covelo

EB1 S. Nicolau

EB1 Carlos Alberto

EB1 João de Deus

EB1 S. Nicolau

EB1 Carlos Alberto

EB1 /JI Monte Aventino

EB1/JI S. João de Deus

EB1/JI Fontinha

EB1 João de Deus

EB1/JI Cerco do Porto

EB1/JI Corujeira

EB1/JI Falcão

EB1/JI S. Roque da Lameira

EB1/JI Nª Srª Campanhã

EB1/JI Alegria

EB1/JI Condominhas

EB1/JI Pasteleira

EB1 Ponte

EB1/JI Castelos

EB1/JI Torrinha

EB Montebello

EB Miosótis

EB S. Tomé

EB Azenha

EB Agra do Amial

EB Lagarteiro

EB Campo 24 Agosto

EB Alegria

EB Sol

EB Flores

EB Lomba

EB Noêda

EB Condominhas

EB Lordelo

EB Pasteleira

EB Augusto Lessa

EB Costa Cabral

EB Covelo

EB S. João da Foz

EB Bom Sucesso

EB Constituição

EB Fonte da Moura

EB António Aroso

EB Vilarinha

EB Caramila

EB Padre Américo

EB Bandeirinha

EB Carlos Alberto

EB Viso

EB Correios

Nº simulacros executados por ano letivo

2009/2010 2011/2012 2012/2013

30 15 30 Fonte: Divisão municipal de Gestão Escolar, abril 2013

Page 65: Relatório de monitorização, 2013

64

II – A Ação Educativa Municipal

As propostas estratégicas da Carta Educativa do Porto encontram-se ancoradas

no desafio lançado pela estratégia de Lisboa, 2000 com os desenvolvimentos

seguintes de 2005 cuja meta global a alcançar assente em princípios sociais e

económicos era a UE transformar-se, até 2010, na economia baseada no

conhecimento mais dinâmica e competitiva do mundo, capaz de garantir um

crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos e com

maior coesão social (CEP,2007, cap.VI, p.1). A implementação desta estratégia

requeria não só uma transformação radical da economia europeia, mas também

um programa estimulante para (...) modernizar os sistemas (...) de

ensino (idem).

Estes desígnios associados às preocupações decorrentes dos principais

problemas do sistema educativo identificados através do diagnóstico

aprofundado acerca da realidade do Porto comparada com outras unidades

territoriais, designadamente a realidade Portuguesa no seu todo, derivaram

naquilo que são as propostas estratégicas da CEP para o desenvolvimento dos

sistemas de educação e formação.

As considerações finais plasmadas na CEP, 2007 que resultaram do diagnóstico

realizado definem os traços caracterizadores do sistema educativo do Porto

(CEP, 2007, cap.V, p.117)11.

11 Conclusões do diagnóstico CEP,2007 sobre os Sistemas de Educação e Formação -

anexo 4.

Page 66: Relatório de monitorização, 2013

65

Estas propostas de ação encontram-se alinhadas aos objetivos da estratégia de

Lisboa para as áreas de educação e formação, apresentadas no Relatório

sobre os objetivos futuros concretos dos sistemas de educação e de

formação, aprovado no Conselho Europeu de Estocolmo em Fevereiro de 2001

e que têm na sua base o princípio/reconhecimento de que a educação assume

um papel preponderante e privilegiado no fortalecimento da coesão

social e na consolidação da competitividade e do dinamismo europeus.

OBJETIVOS DA CEP, 2007

ALINHADOS À ESTRATÉGIA DE LISBOA:

Objetivos estratégicos Objetivos meio

EIXO1

Aumentar a qualidade e a

eficácia dos sistemas de

educação e de formação

EIXO1 – A

Objetivos e propostas a

dinamizar pelo Município do

Porto

A.1.1-Estimular o interesse pela matemática, pelas

ciências e pelas tecnologias desde uma idade precoce, de

modo a aumentar o número de estudantes que

frequentam cursos nessas áreas.

A.1.2-Identificar e desenvolver novas competências

essenciais à sociedade do conhecimento e harmonizá-las

com as competências tradicionais.

A.1.3-Garantir a melhor ocupação dos tempos dedicados

às atividades extracurriculares.

A.1.4-Desenvolver programas e projetos de combate ao

abandono, absentismo, saídas antecipadas e insucesso

escolar.

A.1.5- Focalizar a atividade dos serviços municipais nas

questões relacionadas com as crianças e os jovens.

A.1.6- Aumentar o interesse pela língua materna.

A.1.7-Generalizar e valorizar os bons Projetos Educativos.

A.1.8- Melhorar a formação dos educadores e professores,

através da formação contínua, numa perspetiva de

aprendizagem ao longo da vida.

A.1.9- Reforçar a coesão interna dos Agrupamentos

Verticais de Escolas.

A.1.10- Requalificar a rede do 1º Ciclo do Ensino Básico.

A.1.11- Garantir condições de segurança na escola e na

sua envolvente.

Page 67: Relatório de monitorização, 2013

66

Fonte: CEP, 2007

Eixo1 - B. Objetivos e

propostas recomendados no

âmbito da CEP

B.1.1-Reforçar a autonomia das escolas.

B.1.2-Assegurar condições para que os professores

possam prestar apoio nas escolas, fora do horário letivo.

B.1.3-Promover a avaliação e a autoavaliação das escolas.

B.1.4- Garantir um forte desenvolvimento do ensino

profissional e profissionalizante.

B.1.5- Flexibilizar o modelo do ensino de segunda

oportunidade

EIXO2

Facilitar o acesso de todos à

educação e à formação

Eixo 2 - A. Objetivos e

propostas a dinamizar pelo

Município do Porto

A.2.1- Tornar a aprendizagem mais atrativa para os jovens

que estão no sistema de ensino, incentivando-os a

prosseguir a sua formação para além da escolaridade

obrigatória.

A.2.2- Generalizar a frequência da educação pré-escolar.

A.2.3- Prestar informações, aconselhamento e orientação

sobre os tipos de aprendizagem disponíveis.

A.2.4- Reforçar a ação social.

Eixo 2 - B. Objetivos e

propostas recomendados no

âmbito da CEP

B.2.1 - Tornar a aprendizagem mais atrativa para os

jovens que estão fora do sistema de ensino, incentivando-

os a retomar a sua formação para além da escolaridade

obrigatória.

B.2.2 – Valorizar a aprendizagem e a formação ao longo

da vida.

B.2.3 – Promover a criação de redes de instituições de

educação e de formação a vários níveis, no contexto da

aprendizagem ao longo da vida.

EIXO3

Abrir os sistemas de educação

e de formação ao mundo

A. Objetivos e propostas a

dinamizar pelo Município do

Porto

3.1- Reforçar as ligações com o mundo do trabalho, a

investigação e a sociedade em geral.

3.2- Reforçar a ligação entre a escola e a comunidade

local.

3.3- Fomentar aprendizagens de cidadania e de

democracia.

3.4- Valorizar a partilha intergeracional de experiências e

de conhecimentos.

Page 68: Relatório de monitorização, 2013

67

Estes objetivos abarcam um conjunto de áreas/vetores de atuação implicando

um conjunto de agentes (Autarquia, Juntas de Freguesia, Ministério da

Educação; Estabelecimentos de Ensino, Empresas; Instituto de Emprego e

Formação profissional; Centros de Formação e Associações de Escolas, Saúde;

ANEFA, Associações de Pais, ARS, União das IPSS, Segurança Social, PSP),

áreas estas que englobam atuações ao nível da educação formal, não formal e

informal numa perspetiva de educação ao longo da vida assente numa lógica de

cidade educadora entendida como uma cidade que considera que a educação

das crianças, dos jovens e da população em geral não é apenas da

responsabilidade das entidades tradicionalmente ligadas a estas matérias

(Estado, escola e família), mas também das associações, das instituições

culturais, das empresas, dos meios de comunicação social, enfim, de todas as

instâncias da sociedade.

O entendimento que presidiu à constituição da rede de Cidades Educadoras é o

de que a cidade tem de tirar proveito do enorme manancial educativo que o seu

património cultural e humano lhe proporciona, colocando-o ao serviço da

construção da sociedade. Estas são cidades que não estão fechadas sobre si

mesmas, que se relacionam com o que as rodeia, com o objetivo de aprender,

trocar experiências e, portanto, enriquecer a vida dos seus habitantes (CEP,

2007, cap.III, p.5).

Neste relatório de monitorização da CEP, iremos apresentar concretamente uma

atualização de informação relativa apenas à ação da autarquia em matéria de

educação retratando muito especificamente os desenvolvimentos das ações

educativas da CMP naquelas que são as suas responsabilidades decorrentes da

lei e que concorrem para a elevação da oferta, para a promoção da igualdade de

oportunidades e da inclusão e que respondem, por seu turno aos objetivos

estratégicos e operativos traçados na CEP, 2007, bem como divulgar as ações

educativas da autarquia que não emergindo do quadro legislativo que enforma a

Page 69: Relatório de monitorização, 2013

68

competência das autarquias em matéria de educação prestam um forte

contributo, reforçando e ampliando a elevação da oferta educativa municipal.

Assim, em termos de metodologia e estrutura apresenta-se primeiramente a

evolução da atividade do Departamento Municipal de Educação (de 2007 a

2013) retratando especificamente as ações de competência municipal em

grelhas de informação uniformizadas.

Relativamente às restantes ações denominadas de ações inovadoras são

retratadas as promovidas pelo Departamento Municipal de Educação e em

quadro geral será apresentada a ação inscrita em Plano Municipal de Educação

que engloba toda a CMP e entidades participadas.

Seria igualmente importante diagnosticar o sentido da ação de todos os agentes

implicados em quadro estratégico da CEP rumo à operacionalização das suas

recomendações, contudo, esta é uma empreitada que carece de um tempo mais

dilatado desde logo para planeamento dos processos de acompanhamento

dessa ação.

Page 70: Relatório de monitorização, 2013

69

II.1 – Ação Educativa Municipal no âmbito das Competências Legais

Este ponto integra informação acerca do desenvolvimento da ação educativa

de competência municipal no período 2007-2013, apresentando a sua

evolução em termos das componentes e respostas que a caracterizam e

expondo a sua dimensão e os seus resultados abrangendo as áreas de

atuação da Politica Municipal de Educação agregadas ao domínio 1 -

Planeamento e gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V).

Assim, neste domínio, cada ação ou área de atuação aparece estruturada

numa moldura de análise de composição uniformizada onde, desde logo, se

apresenta o seu alinhamento no quadro estratégico da CEP, 2007 (volume

III, cap.VI).

Page 71: Relatório de monitorização, 2013

70

ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR

PORTO DE ATIVIDADES

Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento

dos sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.

Identificação da ação Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC)

Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de

educação e formação

Objetivo intermedio Garantir a abertura das EB1 para além do horário letivo e criar

condições para o reforço da componente extracurricular.

Justificação Orientações do governo

OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico com a designação “AEC” associada às linhas de atuação: promoção da prática desportiva; promoção de atividades lúdico-pedagógicas.

Inscrição da ação na política municipal de educação (CEP,2007, volume II, cap.V): Atividades de Enriquecimento Curricular

Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e gestão escolar (CEP, 2007, volume II – cap.V)

Componentes e Desenvolvimento da ação

Denominação atual Programa Municipal de Enriquecimento Curricular -

Porto de Atividades (PA)

Enquadramento legal

Despacho 14460/08 de 26 de maio, alterado e republicado pelo Despacho nº 8683/2011 de 28 de Junho (estabelece as

orientações inerentes à implementação das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) nas escolas de 1.º ciclo da

rede pública). Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro – define a natureza das AEC (artigo 9º)

Objetivos

Gerais

- Garantir a todos os alunos, no espaço da escola e de forma gratuita, a oferta de um conjunto de aprendizagens

enriquecedoras do currículo. - Promover a articulação entre o funcionamento da escola e o fornecimento de respostas úteis no domínio do apoio às famílias.

Específicos - Garantir que os tempos não letivos são pedagogicamente

ricos e contribuem para o desenvolvimento de aprendizagens associadas à aquisição das competências básicas.

Page 72: Relatório de monitorização, 2013

71

- Promover oferta diversificada e global aos alunos. - Promover uma Política de equidade para as crianças e para

as famílias. - Rentabilizar os tempos escolares dos alunos. - Incrementar mudanças organizacionais.

Destinatários Todas as crianças que frequentam o 1º CEB

Fontes de

financiamento

Programa cofinanciado pelo ministério da educação. Anualmente o município do Porto apresenta uma candidatura

ao ministério de educação e ciência para a implementação das atividades de enriquecimento curricular nas escolas do 1º ciclo da rede pública.

Ano de implementação

A ação teve início no ano letivo 2005/2006 resultado da

medida do ministério da educação de alargamento do horário de funcionamento das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, que passaram a desenvolver a sua atividade até às 17h30.

Ação de continuidade anual (decorre todos os anos letivos)

Síntese descritiva

Inscrita na CEP em 2007, mantém a sua essência na sua continuidade até 2013, alargando no entanto as áreas do plano de atividades:

Desenvolvimento de atividades de enriquecimento curricular (AEC) nas escolas do 1º ciclo da rede pública, para assegurar a ocupação do tempo pós letivo de

forma pedagogicamente rica constituindo um complemento às aprendizagens

curriculares.

Pretensão: implementar o conceito de “escola a tempo inteiro”, garantindo

maior compatibilidade dos horários dos estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico público com as necessidades das famílias, a exemplo do que ocorre no

ensino particular.

Áreas abrangidas no plano de atividades Situação em 2007 Situação atual

1 - Inglês

2 - Musica

3 - Atividade física e desportiva

4 - Artes Plásticas

5 - Expressão dramática

6 - Apoio ao Estudo

1 - Inglês

2 - Exp. Musical

3 - Atividades física e desportiva

4 - Exp. Plástica

5 - Exp. Dramática

6 - Apoio ao Estudo

7 - Matemática

8 - Informática

As atividades de enriquecimento curricular visam dar resposta às necessidades

emergentes das famílias face às mudanças da sociedade (tornar os horários

dos estabelecimentos de ensino mais compatíveis com as necessidades das famílias, i.e. dar resposta social indispensável na conciliação entre a vida

Page 73: Relatório de monitorização, 2013

72

familiar, profissional e escolar, bem como proporcionar novas oportunidades de aprendizagem aos alunos deste nível de ensino).

Em todas as escolas do 1º ciclo é proporcionado aos alunos a integração em atividades pedagogicamente ricas e complementares das aprendizagens

associadas à aquisição das competências básicas em horário alargado (após a

atividade letiva até às 17:30)12.

É de salientar que os alunos do 3º e 4º ano das escolas de 1º CEB que

frequentem pela 1ª vez a natação no âmbito das AEC beneficiam de uma

oferta de um Kit desportivo (KIT natação), composto por mochila, toalha,

touca, chinelos e óculos de natação.

Assim, é facultado um equipamento desportivo uniforme indispensável à

prática da natação no âmbito do Porto de Atividades.

Mas para além das atividades do plano desenvolvidas diariamente nas escolas por docentes contratados, este programa tem uma vertente dinâmica

importante a divulgar, apresentando-se as suas componentes inerentes ao desenvolvimento do programa no ano letivo 2011/2012 retratadas no seu

relatório de execução:

Atividades diferenciadas no PA em 2011/2012

O PA é um programa dinâmico e no ano letivo 2011/2012 realizaram-se

diversas iniciativas integradoras e enriquecedoras demonstrando a amplitude

deste projeto.

Projeto Hand by hand – Ciência e Música de mãos dadas

Integrado no Programa Municipal de Enriquecimento Curricular – “Porto de

Atividades”, foram realizados vários concertos pedagógicos em algumas

escolas do 1º CEB da rede pública da cidade do Porto.

O objetivo primordial deste projeto foi sensibilizar para o estudo da música e

da ciência. Foi apresentado um repertório específico que permitiu demonstrar

como a ciência e a música têm estado ligadas de uma forma ou de outra na

história da humanidade.

12 A Câmara Municipal do Porto promove o Programa PA em todos os agrupamentos à exceção dos

Agrupamentos Clara de Resende e Viso, onde as atividades de enriquecimento curricular (AEC) são promovidas

pela junta de freguesia de Ramalde. De mencionar ainda que nas escolas Padre Américo e Castelos,

pertencentes ao AE Fontes Pereira de Melo e na escola da Vilarinha pertencente ao AE Manoel de Oliveira é a

junta de freguesia de Ramalde que desenvolve as AEC no âmbito de protocolo de colaboração com a CMP no

quadro das leis 159/99 de 14 de setembro e 169/99, de 18 de setembro.

Page 74: Relatório de monitorização, 2013

73

Com a colaboração dos professores de música do enriquecimento curricular e

dos docentes das escolas foram realizados trabalhos paralelos e de suporte aos

concertos realizados, tendo constituído um reforço das aprendizagens.

Ainda integrado nesta iniciativa, decorreu um ciclo de conferências abordando

os seguintes temas: “Fatores comuns entre a notação matemática e a notação

musical; Interação entre engenharia de computação, software e música;

Estudo sobre a influência dos sons de baixa frequência na saúde; Ciência e

Música porquê?”.

Sons do mundo

Este projeto foi implementado numa escola tendo em conta as condições sócio

económicas destes alunos e do meio envolvente.

Esta atividade decorreu durante uma semana e consistiu na realização de aulas

específicas e mais dinâmicas, mais apropriadas e de curta duração.

Posteriormente o resultado deste trabalho foi apresentado aos pais e

encarregados de educação, em que as crianças foram excelentes atores,

dramatizando e verbalizando os sons do mundo.

Foi igualmente realizada uma formação aos docentes de música, na qual se

promoveram métodos e ferramentas que permitam a estes, adaptar a

atividade de música aos alunos de 1º ciclo, de forma criativa e distinta.

Judo adaptado

Tendo em conta que a atividade física e desportiva incorpora a oferta das atividades de enriquecimento curricular, e sendo reconhecidos os benefícios da

prática do Judo por crianças invisuais foi incluído o programa “Judo Total” nas AEC como projeto-piloto num estabelecimento escolar de referência na

cegueira congénita. A sua implementação ocorreu no 3º período do ano letivo 2011/2012, uma vez

por semana, numa turma mista (50% invisuais e 50% normo visuais).

As turmas que incluíam crianças invisuais praticaram o atelier do Judo e as

restantes turmas participaram nos ateliers em sistema rotativo, permitindo

assim que estes últimos visualizassem o atelier do Judo. Esta demonstração

pública aos pais e encarregados de educação das 7 crianças invisuais que

estavam integradas em 4 turmas desta escola, permitiu demonstrar que as

modalidades desportivas adaptam-se às capacidades de cada um e que todos

as podem realizar.

Estes ateliers foram dinamizados pelos professores da atividade física e

Page 75: Relatório de monitorização, 2013

74

desportiva das AEC e os professores de Inglês e Música acompanharam

igualmente as suas turmas nas atividades.

Encerramento do Torneio McDonalds Inter Escolas 2012 – Euro CupEdition

O Torneio Mcdonalds – Inter Escolas Euro Cup Edition é considerado o 1º torneio de futebol da vida das crianças, enquanto réplica do Campeonato da

Europa de Futebol onde cada escola representa um dos países presentes no Europeu.

O torneio destinou-se a crianças entre os 7 e os 10 anos, tendo havido

previamente uma inscrição gratuita, de acordo com a disponibilidade relativa ao número de inscrições. Este torneio foi organizado pela entidade “Toda a

Prova”, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, através da Porto Lazer e

participaram várias escolas públicas e privadas do concelho do Porto.

Ténis (O Ténis vai à escola)

Com o apoio da Federação de Ténis do Porto, o projeto “o ténis vai à escola” decorreu em algumas escolas de forma regular. O objetivo foi contribuir para a aquisição de competências fundamentais

potenciando a aprendizagem de jogos desportivos e coletivos, e promover uma

maior mobilização e fidelização das camadas infantis e juvenis da população para a prática desportiva do ténis.

Corta mato

Ainda decorrente das diversas modalidades desportivas que as escolas

poderiam aderir, importa referir a participação de uma EB na atividade Corta-

Mato CAE Porto 2012 - Fase Regional (Santo Tirso).

Principais intervenientes CMP (DMGE); Entidade participada: Porto Lazer;

KnowHow - Soc. Ens. Línguas e Ação Social Uni.

Lda

Fontes: CEP,2007 e Divisão Municipal de Gestão Escolar, março 2013

Page 76: Relatório de monitorização, 2013

75

Dimensão/resultados da ação

Frequências e taxas de cobertura (AEC) – evolução:

Quadro 9 - Distribuição de alunos abrangidos pelo programa (AEC)

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012) - Consulta em março de 2013

Quadro 10 - Taxas de cobertura (AEC)

Ano letivo Taxas

(%)

2006/2007 59,0

2007/2008 64,6

2008/2009 71,9

2009/2010 74,3

2010/2011 74,6

2011/2012 83,0 Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012) - consulta em março

de 2013

Ano letivo Nº total de alunos Nº de alunos abrangidos

2006/2007 8187 5054

2007/2008 7827 5331

2008/2009 7758 5577

2009/2010 7323 5439

2010/2011 7222 5388

2011/2012 6804 5645

Page 77: Relatório de monitorização, 2013

76

Infraestruturação do Programa (dados referentes ao ano letivo

2011/2012)

Quadro 11 - Distribuição dos docentes por atividade no ano letivo 2011/2012

Atividades Nº docentes

Música 67 Inglês 81

Atividades lúdico – expressivas (*) 31

Atividade Física e Desportiva 108

Total 287

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012) - consulta em março de 2013

Nota (*) estão integradas nas atividades lúdico-expressivas: Plástica, Dramática, Matemática e Informática.

Avaliação/conclusões:

Breve síntese de resultados de avaliação – AEC na sua implementação

2011/2012

Da avaliação intercalar realizada no mês de março de 2012, que resultou da

aplicação de questionários efetuados às Direções dos agrupamentos de escola e

do Conservatório de Música e às Coordenações das 46 escolas básicas de 1º CEB

da rede pública, resultou a seguinte conclusão que se salienta:

As atividades de enriquecimento curricular realizaram-se conforme o esperado

para cerca de 83% dos agrupamentos – ver gráfico 1

Page 78: Relatório de monitorização, 2013

77

Gráfico 1 – Resultados da questão sobre a importância das AEC

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012)

As sugestões de melhoria para o ano letivo 2012/2013, apontadas pelos

agrupamentos vão no sentido de haver maior acompanhamento aos docentes

AEC por parte dos fornecedores, maior cuidado na seleção de docentes face ao

público-alvo (adequação do perfil do docente) e maior articulação entre os

prestadores de serviços e as direções de agrupamento.

Destaca-se, entre vários, o seguinte aspeto revelado pela equipa:

Melhoria significativa em 2011/2012 na articulação e colaboração da

comunidade educativa no desenvolvimento do Porto de Atividades. Tal

envolvimento facilitou, não só o arranque do Porto de Atividades na maioria

das escolas no 1º dia letivo, bem como contribuiu quotidianamente para uma

integração efetiva do corpo docente do Projeto na dinâmica das escolas.

Page 79: Relatório de monitorização, 2013

78

Escola a tempo inteiro – outro complemento

No conceito de escola a tempo inteiro na senda da satisfação das necessidades

das famílias também se integra um novo programa “Programa das 8 às 8”

que complementa a resposta das AEC abrangendo outros tempos

associado à componente de apoio à família no 1º ciclo (CAF – 1º CEB).

A componente de apoio à família no 1º ciclo do ensino básico, destina-se a

assegurar o acompanhamento dos alunos antes e depois das atividades

curriculares e de enriquecimento e/ou durante os períodos de interrupção

letiva conforme previsto ponto 26 do Despacho 14460/08 de 26 de Maio,

alterado e republicado pelo Despacho 8683/2011 de 28 de junho.

Constitui uma oferta que visa criar condições de estabilidade e de apoio às

escolas, às famílias e aos alunos, com garantias de igualdade e respeito pela

diversidade, reconhecendo a importância de continuar a adaptar os tempos de

permanência dos alunos na escola.

Neste sentido os alunos que necessitem são acompanhados em horário não

letivo com atividades de animação socioeducativa nos períodos entre as 8:00 e

as 9:00 e das 17:30 às 19:30.

É uma oferta garantida por um conjunto de intervenientes, pelas juntas de

freguesia ao nível da coordenação e do desenvolvimento das atividades e pela

autarquia em articulação estreita com os agrupamentos de escolas através da

cedência/disponibilização de espaços nas instalações escolares sempre que

possível (salas de aula, salas polivalentes, ginásios…) e outros (centros de

recursos…), indo assim de encontro às necessidades das famílias.

Page 80: Relatório de monitorização, 2013

79

De salientar que também as Associações de Pais também assumem um papel

relevante no desenvolvimento deste Programa.

Assim, associadas à componente de apoio à família no 1º CEB, são

desenvolvidas ações pela CMP envolvendo as Associações de Pais por se

considerar que estas desempenham um papel importante nos estabelecimentos

de ensino. Tratam-se de ações de proximidade para reforçar o elo de ligação

entre todos os agentes educativos afetados por esta oferta, no sentido de

contribuir para uma melhor escola e melhor integração dos alunos através da

assunção de compromissos e metodologias de atuação.

A CAF – 1º CEB constitui uma estratégia complementar do sistema educativo

com base na educação não formal concretizando-se essencialmente em

atividades de animação socioeducativa. É uma componente não pedagógica de

Apoio à Família que visa enriquecer o plano pedagógico escolar como um

complemento ocupacional de qualidade no prolongamento de horário escolar.

Atualmente as atividades CAF abrangem a totalidade das EB cobrindo as suas

necessidades na componente de apoio à família a 100%, beneficiando os

alunos, e apoiando os pais.

Page 81: Relatório de monitorização, 2013

80

AÇÃO SOCIAL ESCOLAR

Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos

sistemas de educação e de formação - volume III, cap.VI.

Componentes e Desenvolvimento da ação

Denominação da ação Ação social escolar

Enquadramento legal Decreto-lei nº 399 - A/34 de 28 de dezembro e Lei 159/99, de 14

de setembro – regulamenta a atribuição de competências aos municípios, ao nível da Ação Social Escolar, nomeadamente no que

concerne à rede pública da educação pré-escolar e ensino básico. Despacho nº. 12284/2011 de 19 de setembro e Despacho nº.

11886-A/2012 de 6 de setembro - normativos que estabelecem os valores mínimos a atribuir no ano letivo 2012/2013 (valores

anualmente definidos). Decreto-Lei nº 55/2009 de 2 de março -artigo 10º, e Decreto-Lei

n.º 176/2003, de 2 de agosto - artigos 9.º e 14.º - normativos enquadradores dos escalões de apoio para efeitos de atribuição do

abono de família.

OBS: Têm direito ao subsídio de ação social escolar os agregados que se encontram inseridos nos escalões de apoio - 1.º e 2.º em termos de atribuição do abono de família.

A atribuição e funcionamento dos apoios no âmbito da Ação Social Escolar, rege-se pelos princípios da equidade, coesão e

solidariedade social.

Identificação da ação Ação social escolar

Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e eficácia dos sistemas de educação e formação.

Objetivo intermedio Reforçar a ação social.

Justificação Abandono escolar; educação enquanto instrumento de coesão social; existência de muitas famílias carenciadas.

OBS Inscrita em quadro estratégico com a designação: Prestação de apoios por parte do município associada à linha de atuação:

Disseminação de apoios (saúde, material escolar, transportes, alimentação, etc.) Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e gestão

escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)

Page 82: Relatório de monitorização, 2013

81

Objetivos Geral:

Promover a inclusão social e a igualdade de acesso às oportunidades educativas.

Contribuir para a promoção do sucesso educativo.

Específicos: Contribuir para a redução dos níveis de insucesso e abandono escolar com medidas de apoio social.

Garantir condições para que todas as crianças cumpram a

escolaridade obrigatória consolidando a universalidade do ensino básico.

Garantir o exercício do Direito à ação social escolar às famílias mais carenciadas das crianças que frequentam os JI´s e as escolas do 1º

CEB da rede pública.

Destinatários Crianças que frequentam as EB e JI do concelho e que tenham

direito a beneficiarem deste apoio.

Fontes de financiamento

Município e Ministério da Educação

Ano de implementação da

ação

Entre 1984 e 1999

Periodicidade da

ação

Anual

Síntese Descritiva

A ação mantém a sua essência descrita na CEP 2007, evoluindo na sua

dinâmica.

Respostas no âmbito da ação social escolar in CEP, 2007, volume II, cap. V, p. 102-103), que permanecem:

- Auxílios económicos (subsídios destinados a comparticipar nas despesas

escolares do aluno inerentes à frequência das aulas. O Município procede neste âmbito à comparticipação nos custos, designadamente de aquisição de livros e

material escolar, e garante a gratuitidade das refeições ou 50% do custo das

mesmas às crianças que frequentam as EB1 e JI do concelho e que tenham direito a beneficiarem deste apoio.

Este apoio é dirigido aos alunos inseridos em agregados familiares cuja situação

socioeconómica determine a necessidade de comparticipação nas despesas escolares e de alimentação.

Page 83: Relatório de monitorização, 2013

82

Dinâmica da ação atualmente:

Em termos de ação social escolar o município continua a garantir a continuidade

dos apoios legalmente estabelecidos (subsidio de ação social escolar (SASE) e gestão do serviço de refeições) adotando no SASE as orientações vinculadas

atualmente pelo Ministério da Educação, quer quanto às condições de aplicação, quer aos valores mínimos de comparticipação.

Mas a Autarquia do Porto tem ido mais além reforçando o apoio socioeducativo aos alunos do 1º ciclo dos estabelecimentos da rede pública da cidade

desenvolvendo outros apoios (apoios complementares) com a preocupação de corresponder a algumas das atuais necessidades das famílias

nomeadamente, projeto escola solidária; lanche escolar; Kit escolar.

São apoios complementares que visam assegurar a igualdade de oportunidades

para todas as crianças.

O projeto escola solidária consiste na disponibilização de refeição de almoço completa, em períodos de pausa letiva a todas as crianças que frequentam as

escolas públicas de 1º CEB do Porto e irmãos com idades dos 3 aos 10 anos mediante inscrição prévia (ver especificação no anexo 5 - quadro 1).

O Kit escolar consiste na oferta de um Kit Escolar, composto por um conjunto

diversificado de material escolar (mochila, canetas, lápis (cores) estojo, régua, borracha, aguça, capa de arquivo, cadernos, entre outros), a cada aluno que

frequenta o 1º Ciclo do Ensino Básico da Rede Pública sendo entregue no 1º dia de aulas de cada ano letivo (ver especificação no anexo 5 – quadro 2).

O regime da fruta e lanche escolar consiste no fornecimento de Lanche

Escolar, iniciativa que se cruza com a medida interministerial de Regime de Fruta

Escolar -Portaria nº 1242/2009 - programa de comparticipação de fornecimento

de fruta às crianças do 1º ciclo do ensino básico (2 dias por semana) - (ver

especificação no anexo 5 – quadro 3).

De salientar que em relação ao subsidio de ação social escolar o valor do escalão

A passou a ser diferenciado por frequência do ano escolar de acordo com a especificação do Despacho nº. 12284/2011 de 19 de setembro. Principais

intervenientes Câmara Municipal do Porto (Divisão Municipal de Gestão Escolar);

Agrupamentos de Escolas.

Fontes: CEP, 2007 e Divisão Municipal de Gestão Escolar, abril, 2013

Page 84: Relatório de monitorização, 2013

83

Dimensão/resultados da ação

1. Subsídio de ação social escolar – evolução de valores de atribuição

Situação em 2007 – valores SASE atribuídos no ano letivo 2006/2007

Dois escalões de subsídios, em função do rendimento do agregado familiar, a que correspondiam os seguintes apoios:

Escalão A – 40,00€ para aquisição de livros e material escolar e

acesso gratuito às refeições escolares. Escalão B – 28,50€ para aquisição de livros e material escolar e comparticipação de 50% no custo das refeições escolares.).

Fonte: CEP,2007

Quadro 12 – Valores de SASE atribuídos no ano letivo 2012/2013

Escolaridade Escalão A Escalão B

1º CEB

1º 40,00 28,50

2º 40,00 28,50

3º 45,80 28,50

4º 45,80 28,50

Pré-escolar 40,00 28,50 Fonte: Site CMP – consulta em 6 de Junho 013

Nota: os valores mínimos são estipulados pelo ministério da educação (ME), no entanto, no caso do Porto, os valores atribuídos são superiores por decisão municipal, com exceção do Escalão A 3º e 4ºanos no qual é cumprido o legalmente estabelecido pelo ME.

Page 85: Relatório de monitorização, 2013

84

Quadro 13 – Evolução do nº de crianças abrangidas com SASE segundo o escalão atribuído e

verbas totais

Fonte: CEP,2007 Tabela in cap. V, pag. 103

Notas: As verbas constantes do quadro através do subsídio de ação social escolar dizem respeito exclusivamente ao apoio financeiro na aquisição de livros e material escolar. Será útil em próxima etapa de monitorização dar continuidade a este acompanhamento da ação verificando a progressão/recessão do número de alunos abrangidos.

2 . Apoios complementares ASE – dados disponíveis

Quadro 14 – Abrangência do apoio Escola Solidária por ano letivo

Ano letivo Nº incritos alunos contemplados

2010/2011

294 Alunos do EPE, 1º ciclo da rede

pública e irmãos dos 3-10 anos que

se inscrevem no apoio. 2011/2012 338

2012/2013 164

Total 796

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e organizada em Maio 2013. Nota: será útil em próxima etapa de monitorização avaliar o impacto do apoio tendo em conta os

objetivos a que se destina em termos de apoio socioeducativo às famílias mais carenciadas.

Ano Letivo

Alunos abrangidos

Escalão A Escalão B Total Montante total

atribuído

2003/2004 4.079 386 4.465 174.161,0

2004/2005 3.917 414 4.331 168.479,0

2005/2006 3.762 373 4.135 161.110,5

2006/2007 3.561 392 3.953 153.635,0

2007/2008 3479 353 3.832 149.232,00

2008/2009 3668 1368 5.036 185.708,00

2009/2010 3589 1489 5.078 193.666,50

2010/2011 3180 1494 4.674 176.994,60

2011/2012 2575 1580 4.155 154.456,40

2012/2013 3219 1448 4.667 177.243,00

Page 86: Relatório de monitorização, 2013

85

Quadro 15 – Abrangência do apoio Regime da fruta e lanche escolar em 2012/2013

Dimensões 2012/2013

Totais

Nº alunos abrangidos

7376

Nº de lanches distribuídos

98.000

Nº peças de fruta fornecidas

60.000

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e organizada em Maio 2013 Nota: será útil em próxima etapa de monitorização avaliar a evolução do apoio em termos das suas

dimensões e investimento desde a sua implementação.

Quadro 16 – Abrangência do apoio Kit escolar por ano letivo

Ano letivo Nº Kit´s distribuidos alunos contemplados

2009/2010 8700 Alunos do 1º ciclo da rede pública de

todos os anos de escolaridade. 2010/2011 1500 Alunos do 1º ano do 1º ciclo da rede

pública. 2011/2012 1908

2012/2013 2400

Total 14.508

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e organizada em Maio 2013 Nota: será útil em próxima etapa de monitorização avaliar também o investimento desde a implementação do apoio.

Page 87: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

86

GESTÃO DOS REFEITORIOS ESCOLARES

Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos

sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.

Identificação da ação Gestão dos refeitórios escolares

Objetivo

estratégico Aumentar a qualidade e eficácia dos sistemas de educação e

formação.

Objetivo intermedio Reforçar a ação social.

Justificação Abandono escolar; educação enquanto instrumento de coesão

social; existência de muitas famílias carenciadas.

OBS Inscrita em quadro estratégico com a designação: Prestação de

apoios por parte do município associada à linha de atuação: Disseminação de apoios (saúde, material escolar, transportes,

alimentação, etc.).

Componentes/Desenvolvimento da ação

Denominação da

ação Gestão dos refeitórios escolares

Enquadramento legal Dec.lei 7/2003 de 15 de Janeiro - Artigo 25º

Transição de competências 1 - As competências exercidas pelo Conselho Consultivo de Ação

Social Escolar e pelo Conselho Consultivo dos Transportes Escolares, nos termos, respetivamente, dos Decretos-Leis nºs 399-A/84, de 28 de Dezembro, e 299/84, de 5 de Setembro,

passam a ser exercidas, nos termos do presente diploma, pelos conselhos municipais de educação.

2 - As referências feitas em diplomas normativos, ou outros, ao Conselho Consultivo de Ação Social Escolar e ao Conselho Consultivo dos Transportes Escolares passam a considerar-se

feitas aos conselhos municipais de educação.

Lei nº 159/99 Estabelece o quadro de transferência de atribuições e competências para as autarquias locais - “…Compete aos

órgãos municipais no que se refere à rede pública…Assegurar a gestão dos refeitórios dos estabelecimentos de educação pré-

escolar e do ensino básico”.

Page 88: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

87

Despacho nº22 251/2005 Estabelece o Programa de Generalização do Fornecimento de

Refeições Escolares aos Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico que visa garantir a todas as crianças que frequentam o 1º ciclo do ensino básico uma refeição equilibrada.

Regulamento (CE) nº178/2002 e 852/2004 do Parlamento

Europeu e do Conselho Regulamenta as normas gerais de higiene e segurança alimentar a que estão sujeitos todos os géneros alimentícios e

consequentemente as refeições escolares.

Circular nº14/2007 – Ministério da Educação Orientações emanadas pelo Ministério de Educação (Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular), no que

respeita à alimentação nas escolas, estabelecendo os alimentos autorizados e não autorizadas.

Objetivos Acompanhamento e monitorização da qualidade dos serviços na área da alimentação/nutrição prestados nos refeitórios das escolas do 1ºciclo do Ensino Básico e ensino pré-escolar da

autarquia.

Destinatários Todas as crianças que frequentam os JI´s e 1º CEB da rede

pública

Fontes de

financiamento

Município e Ministério da Educação

Ano de

implementação da

ação

Entre 1984 e 1999

Periodicidade da

ação

Anual com gestão diária

Síntese Descritiva

A ação mantém a sua essência desde 2007 em termos daquilo que é a

gestão do serviço de refeições, no entanto alarga as suas componentes

numa lógica de educação alimentar e para a saúde.

A gestão dos refeitórios engloba a componente material e física relacionada com o espaço, o equipamento e o apetrechamento dos refeitórios escolares; a

componente nutricional relacionada com a qualidade das refeições fornecidas aos alunos e a componente socioeconómica relacionada com o acesso às

refeições e respetivo custo.

Page 89: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

88

O financiamento das refeições escolares foi da exclusiva responsabilidade dos

Municípios até finais de 2005. A partir desta data e com o Programa Nacional de Generalização do Fornecimento de Refeições Escolares aos Alunos do 1º

Ciclo do Ensino Básico, a Administração Central passou a comparticipar esta despesa.

São objetivos do Município do Porto, em matéria do fornecimento de refeições:

- Garantir o fornecimento das refeições escolares a todas as crianças do

primeiro ciclo do ensino básico e dos jardins de infância da rede pública da cidade do Porto;

- Elevar a qualidade dos serviços na área da alimentação/nutrição prestados a

estas crianças;

- Contribuir, por esta via, para o sucesso escolar dos alunos do 1º ciclo do ensino básico.

Para este efeito, o Município do Porto procedeu ao apetrechamento das EB1 e dos JI, da rede pública da cidade, com os equipamentos e materiais

indispensáveis ao bom funcionamento das cantinas.

O fornecimento das refeições está a cargo de uma empresa externa, a quem foi adjudicada a prestação deste serviço.

Sendo a qualidade alimentar das refeições uma preocupação do Município, foi

celebrado, em Maio de 2003, um Protocolo renovado anualmente de Colaboração com a Universidade do Porto – Faculdade de Ciências da Nutrição

e Alimentação, com a finalidade de se garantir um acompanhamento diário do serviço de fornecimento de refeições nas escolas, bem como a avaliação da sua

qualidade nutricional e a monitorização da qualidade dos serviços prestados pela empresa fornecedora de refeições (vol.II-cap.V-pag.103).

Para além do fornecimento de refeições e da monitorização da qualidade

alimentar uma outra ação é basilar no funcionamento adequado deste serviço:

a gestão de palamenta.

A existência de palamenta adequada (material destinado ao funcionamento dos refeitórios e cantinas escolares) é fundamental, sendo que a autarquia solicita

anualmente aos agrupamentos de escolas as carências de unidades de palamenta (exemplos destas unidades: copos, talheres, pratos, panelas…) a

Page 90: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

89

fim de se efetuar a sua reposição geral em tempo útil colmatando as

necessidades identificadas.

Nesta componente da gestão de refeitórios também se vão gerindo pedidos

avulsos ao longo do ano avaliando quebras e necessidades efetivas.

Dinâmicas da ação

A partir de 2008 e no sentido de agilizar e modernizar procedimentos, as

refeições passaram a ser marcadas e geridas online (diariamente) através do Portal Extranet que suporta o aplicativo Escola 3.0, o que permite um maior

controlo no processamento das encomendas e cobranças das refeições aos consumidores.

Em termos da sua lógica, atualmente esta ação surge associada não só à

preocupação de apoiar crianças oriundas de famílias carenciadas (vertente da ação social escolar), mas também de colmatar uma necessidade atual da

maioria das famílias face à sua indisponibilidade para fornecer a alimentação (almoço) às suas crianças devido à falta de retaguarda familiar em conjunto

com a necessidade de cumprimento de horários de trabalho.

Em termos de gestão importa salientar a importância dada ao

acompanhamento e avaliação do serviço prestado numa ótica de melhoria contínua, sendo de acentuar a avaliação qualitativa das ementas; a elaboração

de cláusulas técnicas estabelecidas em Caderno de Encargos da responsabilidade da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da

Universidade do Porto por forma a assegurar o cumprimento dos requisitos legais, bem como, uma oferta alimentar equilibrada e adequada a todas as

crianças; a verificação do cumprimento do Caderno de encargos através de monitorização realizada diariamente; as auditorias de Higiene e Segurança

Alimentar e a avaliação da satisfação com o serviço de refeições – por parte das crianças e escolas.

É de salientar também a oferta de alimentação específica para crianças a

frequentar as escolas públicas do 1º ciclo do ensino básico e do ensino pré-

escolar, que por motivos de saúde ou culturais necessitem de uma alimentação específica.

Page 91: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

90

Mas para além das componentes inerentes à gestão de refeitórios, a ação em

matéria alimentar não fica por aqui, sendo desenvolvidas ações diversas associadas à promoção da saúde através da educação para aquisição de

hábitos alimentares saudáveis.

Como exemplos de ações associadas ao domínio da educação alimentar

salientam-se o Projeto Mundo dos Sabores; Memórias com Sabor e o Projeto BAP

Projeto Mundo dos Sabores

Este projeto visa promover a educação alimentar alertando e sensibilizando para a promoção da saúde e de uma alimentação saudável.

É dirigido a alunos do 2º ciclo do ensino básico, organizado pelo Pelouro do

Conhecimento e Coesão Social da CMP, com a colaboração da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da universidade do Porto (FCNAUP).

Cada turma implicada participa em sessões programadas, desenvolve atividades associadas na escola e o produto do seu trabalho é a apresentação

de um registo em forma de livro de receitas e/ ou produtos únicos criados pelos participantes para decoração de mesas de jantar temáticas. O projeto

culmina com a sessão de encerramento, na qual se desenvolve uma “Feira de sabores”, onde são apresentados os trabalhos desenvolvidos ao longo do

projeto.

Projeto Memórias com sabor

Projeto que promove a educação alimentar envolvendo a participação de

grupos de séniores de centros de dia em diversas atividades em museus, bibliotecas e arquivo municipal. É organizado pelo Pelouro do Conhecimento e

Coesão Social da CMP, e conta com a colaboração da FCNAUP. Desenvolve-se em torno da gastronomia e inscreve a visita da Nutricionista a cada instituição com uma exposição acerca do tema “Comer com gosto e

medida”.

No âmbito desta iniciativa convidam-se todos a produzir receitas e a

reinventar elementos tradicionalmente associados à preparação, confeção e consumo de alimentos.

Page 92: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

91

Fontes: CEP,2007 e Divisão Municipal de Gestão Escolar, abril, 2013

O projeto tem também uma dimensão cultural de registo das memórias

individuais e coletivas, que irão ser recolhidas pelos animadores culturais de cada centro.

Projeto BAP – Bebe Água do Porto

Este projeto tem como objetivos motivar os mais jovens e a respetiva comunidade educativa, a beber a água da rede pública, informando e

formando quanto à sua qualidade e reduzir o uso de produtos descartáveis, minimizando os gastos com energia e matéria-prima bem como diminuindo a

quantidade de resíduos no meio envolvente.

É um projeto promovido pela CMP em parceria com a Ordem dos

Nutricionistas.

Principais

intervenientes

CMP (Divisão Municipal de Gestão escolar); Faculdade de Ciências da

Nutrição e Alimentação da Universidade de Porto; Empresa prestadora

de serviço das refeições escolares.

Page 93: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

92

Dimensão/resultados da ação

1.035.929 Refeições fornecidas no ano letivo 2012/2013 no conjunto dos

estabelecimentos escolares de competência municipal (período de referencia

dos dados: 1/09/2012 a 11/06/2013)

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Aplicativo Escola 3.0.).

Nota: será útil no âmbito da monitorização da CEP ir acompanhando e avaliando esta ação

medindo o nº de refeições fornecidas por escola e agrupamento segundo os utilizadores do

serviço (professores, alunos, outros…) e articular com dados relativos a investimento.

10.225 Unidades de Palamenta distribuídas em 2013 no conjunto dos

estabelecimentos escolares de competência municipal com um investimento total na

ordem dos 5.900 euros.

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (faturas de palamenta adquira para o ano de 2013).

Nota: será útil no âmbito da monitorização da CEP ir acompanhando e avaliando esta ação.

Page 94: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

93

COMPONENTE DE APOIO À FAMILIA

NO CONTEXTO PRÉ-ESCOLAR

Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento

dos sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.

Identificação da ação Componente de Apoio à Família (CAF) – pré-escolar

Objetivos estratégicos Permitir o acesso de todos à Educação e à formação

Objetivo intermedio Generalizar a frequência do ensino pré-escolar

Justificação Revisão dos horários de funcionamento dos JI´s

OBS Inscrição da ação na política municipal de educação

(CEP,2007 - VOLUME II - CAP.V): Administração da componente de apoio à família nos jardins de infância

da rede pública. Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e

gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)

Componentes e Desenvolvimento da ação

Denominação da ação Componente de Apoio à Família (CAF).

Enquadramento legal Lei quadro da educação pré-escolar (lei 5/97 de 10 de

Fevereiro). D.L. 147/97 de 11 de Julho. Portaria 583/97 (horários dos estabelecimentos de

educação pré-escolar). Portaria 1044-A/2008 (rácio dos trabalhadores por J.I e

1º ciclo). Desp. Conjunto 300/97 (normas que regulam as

comparticipações às famílias).

Objetivos - Dar resposta social indispensável na conciliação entre a vida familiar, profissional e escolar.

-Acompanhar as crianças do pré-escolar nos tempos não-

letivos proporcionando momentos lúdicos e ofertas diversificadas.

Page 95: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

94

Destinatários Crianças integradas nos JI´s da rede pública

Fontes de

financiamento

Municipal

Ano de

implementação da

ação

S.I

Periodicidade da ação Ação de continuidade anual (decorre todos os anos letivos)

Síntese Descritiva

Inscrita na CEP em 2007 para a educação pré-escolar mantendo a sua essência na sua continuidade até 2013:

Atendimento à criança em idade pré-escolar no prolongamento do horário letivo

desenvolvendo atividades de carater lúdico de grande grupo por pessoal não

docente coordenado pelo Departamento de Educação sendo a supervisão técnica da responsabilidade dos agrupamentos. São atividades desenvolvidas em horário

não letivo (in CEP,2007).

O serviço da componente de apoio à família compreende o período da manhã anterior ao tempo letivo, o período do almoço, os períodos após as atividades

letivas, assim como o das interrupções letivas.

Dinâmica atual:

Atualmente as atividades CAF abrangem a totalidade dos J.I´s cobrindo as suas necessidades na componente de apoio à família a 100%, beneficiando os alunos,

e apoiando os pais.

Para além das atividades lúdicas passaram a ser promovidas atividades

estruturadas de expressão musical, designadas de “Crescer com a Musica”.

O projeto "Crescer com a Música" tem como principal objetivo promover a

inserção social e o combate à exclusão através do desenvolvimento de um conjunto de ações que criam oportunidades de valorização pessoal através de

diferentes instrumentos de carácter cívico e de promoção da cidadania de caráter cultural, social e de animação.

Page 96: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

95

Deste modo, esta oferta educativa, promove o enriquecimento curricular no

domínio da música em tempo pós letivo.

A música será, um importante elo de ligação entre os adultos e as crianças, promovendo a satisfação das necessidades da criança ao nível lúdico, da

expressão e criação.

A Componente de Apoio à Família (CAF) no pré-escolar integra o Programa de

Desenvolvimento da Educação Pré-escolar resultante de um compromisso da CMP materializado num protocolo com a Associação Nacional de Municípios.

Este programa integra as seguintes ações:

- Colocação de assistentes técnicos e operacionais para desenvolvimento de atividades CAF

- Fornecimento de refeições. - Manutenção das instalações e equipamentos.

A supervisão da CAF é do órgão de gestão.

As Educadoras colaboram na coordenação das atividades procurando assegurar

uma certa continuidade educativa entre os dois momentos garantindo a diversidade.

A CAF não assume a forma de intencionalidade pedagógica, a gestão dos

espaços CAF encerra uma componente lúdica e informal no sentido da satisfação dos destinatários no desenvolvimento das atividades definidas. Constitui um

espaço espontâneo de livre escolha pretendendo-se que haja uma quebra em relação às atividades letivas proporcionando dinâmicas diferentes.

A otimização do espaço do recreio é importante na dinâmica CAF.

A criação de espaços de debate entre todos os profissionais CAF é de extrema

utilidade para avaliar, refletir e partilhar boas práticas.

As Assistentes Técnicas que constituem os recursos humanos que dinamizam as

atividades dos tempos CAF são contempladas com formação de acordo com as

necessidades que vão sendo detetadas. A título de exemplo, em 2011, todas as

funcionárias que integraram de novo a função oriundas de uma prática diferente

tiveram formação inicial especifica na área da educação de infância. As

Assistentes Operacionais também são alvo de formação pois constituem um

Page 97: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

96

apoio importante nos tempos CAF. Em 2012 foi feita formação específica a todas

as técnicas de prolongamento de horário e a todas as Assistentes Operacionais

de enriquecimento e valorização profissional com repercussões na qualidade do

serviço que prestam às crianças, às famílias e à escola.

Ação de melhoria CAF – pré-escolar (iniciada em 2012):

O Porto de Apoio à Família – Projeto que concretiza uma mudança na

estratégia indo além do legalmente estabelecido. Pretende-se promover ações de qualificação do serviço prestado.

Este projeto surge de uma avaliação efetuada à CAF por parte da equipa para introdução de melhorias nas ações e no desempenho.

É um projeto de parceria com a Escola Superior Paula Frassineti que se encontra

em fase de construção e que tem como finalidade: Dinamizar a CAF elevando a

qualidade da educação pré-escolar. Pretende-se desafiar as equipas CAF à construção de um plano de intervenção

fundamentado para 2013/2014

A Escola Paula Frassineti assume neste processo a monitorização e acompanhamento da CAF com os seguintes propósitos:

1- Fazer um diagnóstico desta componente e identificar necessidades 2- Colaborar na definição e implementação de planos de ação adequados a cada

realidade. 3- Disponibilizar acompanhamento técnico e a capacitação das equipas.

4- Avaliar o impacto do trabalho desenvolvido no sentido da promoção de melhorias.

5- Produzir fundamentação para o reconhecimento da CAF tornando visível a sua importância.

Trabalho desenvolvido até ao momento: - Recolha de informação através de visitas aos jardins de infância identificando

potencialidades e constrangimentos da CAF.

- Produção de um diagnóstico preliminar com informação sobre como acontece a CAF (tipo de espaços; tipo de materiais; tipo de atividades; boas práticas;

aspetos a melhorar) Principais intervenientes CMP (Divisão Municipal de Gestão Escolar); Juntas de

Freguesia; Escola Superior Paula Frassineti Fontes: CEP, 2007; Divisão Municipal de Gestão Escolar, Abril de 2013

Page 98: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

97

Dimensão/resultados da ação

Situação 2007

Nº de crianças abrangidas:1600 crianças

Nº colaboradores envolvidos: 113.

Fonte: CEP, 2007

Situação em 2012/2013:

Nº colaboradores envolvidos: 156 (66 Assistentes Técnicos; 90 Assistentes

Operacionais).

Nº crianças abrangidas: 1056 em prolongamento de horário e 1969 com

alimentação num total de 2249 alunos do pré-escolar.

Fonte: Agrupamentos de escolas e Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e sistematizada em maio 2013

Quadro 17 – Alunos com componente de apoio à família

Componentes da procura pré-escolar

%

Total de alunos 2249

Alunos com almoço 1969 87,5

Alunos c/ prolongamento 1056 47,0

Fonte: Agrupamentos de Escolas (atualização:18-09-2012). Informação sistematizada em maio 2013

Page 99: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

98

Porto de Apoio à família – CAF pré-escolar

(Conclusões do diagnóstico preliminar)13

Boas práticas identificadas:

- Planificação conjunta (Educadoras e Assistentes).

- Avaliação conjunta das atividades.

- Articulação com as atividades da componente letiva.

- Feedback positivo dos pais.

- Participação das Educadoras no momento da refeição.

- Espaços adequados.

- Formação dos Assistentes.

- Boa relação entre os intervenientes.

- Assiduidade das equipas.

13

As conclusões deste diagnóstico foram apresentadas pela Escola Superior Paula Frassinetti aos agentes do pré-escolar e técnicos da autarquia em sessão de esclarecimento do Projeto Porto de Apoio à Família promovida pela Divisão Municipal de Gestão Escolar, realizada no Museu do Vinho do Porto no dia 15/05/2013.

Page 100: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

99

Nas informações supra demos conta da evolução da ação educativa da CMP no

âmbito das suas competências/atribuições legais, cuja atualização de

informação articula conteúdos do volume III da CEP, em termos do seu quadro

estratégico e do volume II, cap V, ponto 4, em termos da sua inscrição nos

domínios de ação definidos no âmbito da Política Municipal de Educação em

2007.

Dando continuidade à atualização de informação relativa ao volume II – cap V,

ponto 4 da CEP, passamos a dar conta da evolução da ação educativa da CMP

de âmbito inovador, ou seja a ação que ultrapassa as atribuições legais das

autarquias em matéria educativa.

As autarquias têm vindo a desenvolver um conjunto de projetos e ações de

âmbito social, cultural, desportivo e pedagógico para além das competências

legalmente atribuídas, de iniciativa autárquica ou enquanto parceiras em

articulação com as escolas e outros agentes educativos que representam

situações designadas por Pinhal (1997) como subsidiariedade ao contrário14.

Apresenta-se seguidamente o panorama da ação do Departamento Municipal

de Educação no domínio Programas e Projetos Inovadores que enquadra a

ação educativa de âmbito inovador pois além de ultrapassar o âmbito de

competência municipal em matéria educativa, trespassa a conceção formal de

educação abrangendo âmbitos de educação não formal e informal.

14 Pinhal, J. (1997). Os municípios e a descentralização educacional em Portugal. In A. Luís, J. Barroso, & J.

Pinhal (Org.), A administração da educação: investigação, formação e práticas. Lisboa: Fórum Português de

Administração Educacional.

Page 101: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

100

II.2 – Ação Educativa Municipal de âmbito Inovador

Neste ponto analisaremos a ação educativa do Departamento Municipal de

Educação (DME) – atual unidade orgânica responsável pelo desenvolvimento

das ações legalmente previstas em matéria de educação e das ações de

âmbito educativo que ultrapassam as competências legais, que designaremos

de ação inovadora.

Tal como na ação legalmente atribuída, que como vimos tem vindo a alargar

das suas componentes, em matéria de ação inovadora o DME também tem

vindo a ampliar as suas respostas.

Em 2007, segundo informação da CEP, 2007 este âmbito da ação

inovadora estava enquadrado na área da promoção da infância e

juventude “…a atuação do DMEJ, para além de assegurar o cumprimento das

atribuições legais, caracteriza-se também pelo desenvolvimento de um

conjunto de outras iniciativas de âmbito educativo, materializadas num projeto

educativo que incorpora acções no domínio do planeamento e gestão escolar e

no domínio da promoção da Infância e Juventude” (volume II, cap.V,

p.101)

Analisemos então os projetos e ações educativas municipais extra competência

legal (ação inovadora) pontuando o que se manteve até ao momento e

identificando os projetos implementados pós 2007.

Page 102: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

101

Em 2007, a CEP identifica 3 principais projetos no âmbito da ação inovadora,

…“Ao nível da promoção da infância e da juventude, o DMEJ assume como

principais responsabilidades o desenvolvimento dos Projetos Porto de

Crianças; O Porto a ler e Consegui. (cap.V, p.101), vejamos no quadro

seguinte os que se mantiveram e os que surgiram depois.

Quadro 18 – Evolução da ação inovadora desde 2007

PRINCIPAIS PROJETOS NO AMBITO DA AÇÃO INOVADORA

Identificação Desenvolvimentos

Programa Porto de Crianças

MANTEM

Programa O Porto a Ler

MANTEM

Programa Porto de Futuro NOVO

Programa Educação Para os Valores

NOVO

Page 103: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

102

Passaremos a apresentar a caracterização atual da ação de âmbito

inovador integrando quer os principais programas/projetos quer a

restante atividade de cariz educativo/formativo, com base em

informação do Plano Municipal de Educação do Porto elaborado em

2011.

A sequência das apresentações é efetuada em função do ano de

implementação da ação num sentido crescente, sendo que a mesma vai sendo

identificada e caracterizada independentemente da sua tipologia (programa;

projeto; atividade; iniciativa; recurso…):

Programa Porto de Crianças

Ano de Implementação: 1995

Vetor de Intervenção: Coadjuvação Curricular

Destinatários: alunos/crianças e docentes das escolas do 1º ciclo do ensino

básico e dos jardins de infância da rede pública da cidade do Porto

Objetivos:

- Contribuir para o sucesso escolar e desenvolvimento integral dos

alunos/crianças, criando condições de interação máxima entre a escola/jardim

de infância e restante comunidade educativa, pela articulação de diferentes

contextos de ensino/aprendizagem - sala de aula, espaço escola, laboratório,

cidade/património, expressões artísticas.

Page 104: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

103

- Fomentar uma atitude positiva relativamente à aprendizagem e à escola e

uma visão plural e multifacetada da realidade.

- Fomentar a educação artística, a cultura científica, a formação cívica e para a

cidadania como ferramentas essenciais aos processos de

ensino/aprendizagem.

- Fomentar a Educação Artística, a cultura científica, a formação cívica e para a

cidadania como ferramentas essenciais aos processos de

ensino/aprendizagem.

Breve Síntese Descritiva: O Porto de Crianças é um programa de

coadjuvação curricular, dirigido aos alunos/crianças e docentes das escolas do

1º ciclo do ensino básico e dos jardins de infância da rede pública da cidade do

Porto. Através de práticas transversais e interdisciplinares procura-se inspirar,

nos alunos e professores/educadores, a sensibilidade, a imaginação, a

criatividade, a comunicação, a análise, a capacidade e a capacitação para fazer

escolhas. Promove o enriquecimento contínuo de saberes académicos, de

competências essenciais e de conhecimentos contextualizados no território; da

identidade; das expressões artísticas e da cidadania, ampliando e

enriquecendo a oferta educativa formal pelo reforço dos projetos de turma,

pela coadjuvação curricular com parceiros educativos especialistas em

diferentes áreas artísticas e científicas, a partir de um tema central.

Page 105: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

104

Programa O Porto a Ler

Ano de Implementação: 2006

Vetor de Intervenção: Promoção do Livro, da Leitura e da Escrita.

Destinatários: Escolas Básicas e jardins de infância da rede pública; alunos

do pré-escolar e 1º CEB.

Objetivos:

- Contribuir, a nível local, para a promoção da literacia na população em geral

e especificamente na população infantil do ensino básico (pré-escolar e 1º

ciclo).

- Contribuir para a prossecução dos objetivos e linhas estratégicas do PNL,

pela operacionalização do protocolo assinado entre a CMP e a Comissão do

Plano Nacional da Leitura.

Breve Síntese Descritiva: Programa O Porto a ler pretende dar corpo ao

Plano Nacional da Leitura (PNL) com quem a Câmara Municipal do Porto

mantêm uma parceria formalizada desde novembro de 2006.

Metodologicamente, prevê o planeamento e execução de projetos definidos

anualmente, bem como a manutenção de ações já anteriormente dinamizadas

pelo Município que, pelas suas características e avaliação positiva,

consubstanciam uma mais valia na prossecução dos objetivos e linhas

estratégicas do Plano Nacional de Leitura.

Page 106: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

105

Áreas de intervenção: reforço do fundo documental das escolas do 1º ciclo do

ensino básico e jardins de infância da rede pública do Porto; formação;

concursos; sensibilização / animação.

Plano de Visitas de Interesse Lúdico e Pedagógico

Ano de Implementação: 2006

Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios

Destinatários: Jardins e Infância e Escola Básicas da rede pública do Porto;

(alunos do pré-escolar e 1º ciclo).

Objetivos: Promover o conhecimento mais aprofundado do território local,

regional e nacional respeitando os projetos educativos das escolas e conteúdos

programáticos o Ministério da Educação.

Breve Síntese Descritiva: Plano assegura as visitas de carácter lúdico e

pedagógico, permitindo um contacto direto com a realidade e uma vivência

prática dos conteúdos programáticos abordados em consonância com os

projetos educativos de cada Agrupamento.

OBS: Ação também identificada na CEP, 2007, enquadrada no domínio Planeamento e Gestão Escolar,

embora não seja uma ação de competência municipal, com a denominação Programação de Transporte

para apoio a visitas de estudo dos jardins de infância e das escolas do 1º ciclo da rede pública (volume II,

cap. V , p.101 e 107).

Page 107: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

106

Visitas aos Paços do Concelho

Ano de Implementação: 2007

Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios

Destinatários: Grupos, alunos dos diferentes ciclos de ensino da rede pública

e privada, sendo necessária a marcação prévia.

Objetivos: Dar a conhecer um pouco da história do edifício e aspetos políticos

da cidade contextualizados nos seus diferentes espaços.

Breve Síntese Descritiva: Visitas orientadas aos Paços do Concelho contando

a história dos espaços do Município (sala D. Maria II, Salão Nobre, a Sala de

Reuniões; átrio), e dando a conhecer o seu espólio e de momentos marcantes

do passado da cidade do Porto, dando enfoque ao séc. XIX (Liberalismo) e

Invasões Francesas (cerco do Porto).

Concertos Promenade

Ano de Implementação: 2007

Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios

Destinatários: Escolas da rede pública e privada do pré-escolar e 1º ciclo

Page 108: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

107

Objetivos: Sensibilizar e promover a educação artística e musical dos alunos,

porque a música é um fator importante na formação e desenvolvimento

cultural das crianças e jovens em idade escolar.

Breve Síntese Descritiva: Iniciativa de âmbito educativo e cultural que

divulga a música e proporciona aos alunos e pais/ encarregados de educação,

a oportunidade de participarem em concertos didáticos de elevada qualidade

musical. Contempla a distribuição de bilhetes pelas escolas básicas do 1º ciclo

da rede pública, estabelecimentos de ensino privado.

Circo de Natal

Ano de Implementação: 2007

Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios.

Destinatários: Jardim de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico da rede pública

Objetivos: A Câmara Municipal do Porto proporciona às crianças e seus

pais/encarregados de educação momentos de convívio em família convidando-

os a assistirem ao Circo, agendado durante o período de férias escolares do

Natal.

Breve Síntese Descritiva: A Câmara Municipal do Porto, na época de Nata,

adquire bilhetes para o Circo e distribui pelos Jardim-de-infância e EB1`s da

cidade do Porto bilhetes para as crianças e respetivos Encarregados de

Educação/pais assistirem a um espetáculo de Circo.

Page 109: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

108

Programa Porto de Futuro

Ano de Implementação: 2007

Vetor de Intervenção: Empreendedorismo e Inovação.

Destinatários: Escolas públicas; todos os ciclos de ensino (todos < de 18

anos).

Objetivos:

- Promover uma maior participação da sociedade civil na vida das escolas;

gerar uma cultura do conhecimento baseada no mérito, na criatividade, na

inovação e no empreendedorismo.

- Promover a transferência de boas práticas e conhecimento do mundo

empresarial para as escolas.

Breve Síntese Descritiva: O Programa Porto de Futuro é pioneiro e inédito

no País e surge como resposta à necessidade de uma maior participação da

sociedade civil na vida das escolas, reconhecendo o papel fundamental da

Educação no desenvolvimento sustentado de uma sociedade mais competitiva

e dinâmica.

É um programa educativo que assenta em parcerias entre Escolas e Empresas

que, em conjunto, implementam projetos desenhados em torno de vetores de

atuação estruturantes para o desenvolvimento sustentado de uma sociedade

mais competitiva e dinâmica: consultoria de gestão, empreendedorismo e

cidadania, modelos de referência, prevenção do abandono escolar e promoção

do sucesso escolar, mérito escolar, desenvolvimento vocacional e pessoal,

promoção da saúde juvenil.

Page 110: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

109

Programa Eco-Escolas/Bandeira Azul

Ano de Implementação: 2008

Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios.

Destinatários: Escolas da rede pública e privada; alunos do 1º, 2º, 3º Ciclos

e Secundário.

Objetivos: Pretende reconhecer e encorajar ações de cariz ambiental e

premiar o trabalho desenvolvido pela escola na melhoria do seu ambiente

ambiental, sensibilizando a comunidade.

Breve Síntese Descritiva: O Eco-Escolas é um programa internacional que

pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido

pela escola no âmbito da educação ambiental. Fornece fundamentalmente

metodologia, formação, materiais pedagógicos, apoio e enquadramento ao

trabalho desenvolvida pelas escolas.

Page 111: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

110

Laboratório Aberto

Ano de Implementação: 2009

Vetor de Intervenção: Conhecimento e Divulgação Cientifica e Tecnológica.

Destinatários: Pré-escolar; 1º,2º, 3º Ciclo e Secundário.

Objetivos: Promover o ensino experimental da ciência.

Breve Síntese Descritiva: Atividade composta por um conjunto de

experiências científicas para diferentes faixas etárias, todas relacionadas com

um tema específico, organizadas de modo a oferecerem uma experiência rica,

coerente e interdisciplinar.

O saber fazer-saber é o convite feito aos visitantes, num espaço onde cada um

poderá, com a ajuda dos monitores, descobrir novas formas de pensar e

encontrar respostas para as suas dúvidas científicas.

Page 112: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

111

Sea Life

Ano de Implementação: 2009

Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios

Destinatários: Escolas básicas do 1º ciclo da rede pública do Porto

Objetivos: Melhorar o conhecimento sobre o meio aquático, como a fauna e a

flora marinha, alertando para a importância da proteção dos oceanos e das

espécies em perigo.

Breve Síntese Descritiva: Atribuição de 2500 entrada gratuitas por cada ano

para as crianças do ensino básico, no âmbito do protocolo de colaboração entre

o Município do Porto e o Sea Life.

Todos Somos Escola

Ano de Implementação: 2009

Vetor de Intervenção: sem vetor associado

Destinatários: Direção dos Agrupamentos de Escolas, coordenadores e

docentes dos estabelecimentos de ensino, Associações de Pais e Encarregados

de Educação.

Objetivos:

- Melhorar o relacionamento interinstitucional e reduzir obstáculos

comunicacionais.

Page 113: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

112

- Evidenciar a importância que o município atribui à educação e à relevância

dada a um relacionamento profícuo e de proximidade com a comunidade

educativa do Porto.

Breve Síntese Descritiva: Promoção de Encontro dirigido aos Agrupamentos

de Escolas do Porto

Programa Educação Para os Valores

Ano de Implementação: 2010

Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal.

Destinatários: Escolas da rede pública; turmas do 3.ºciclo do ensino básico -

alunos de 9ºano.

Objetivos:

- Contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

- Sensibilizar e formar jovens de forma a incentivá-los a uma participação

ativa na prossecução da melhoria das suas competências sociais, emocionais

cognitivas, comportamentais e éticas.

Breve Síntese Descritiva: O Programa Educação para os Valores surgiu com

base na constatação de que os constantes desafios verificados na sociedade

moderna, ao nível sociocultural, que exigem respostas cada vez mais eficientes

e eficazes das Instituições. Pretende-se ainda sensibilizar e formar jovens de

forma a incentivá-los a uma participação ativa na prossecução da melhoria das

Page 114: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

113

suas competências sociais, emocionais cognitivas, comportamentais e éticas.

As principais temáticas abordadas nas escolas são: relações interpessoais; a

educação para os direitos humanos; a educação sexual; a educação para a

saúde; a educação para o ambiente e desenvolvimento sustentável; a

educação para a preservação e defesa do património público; a educação para

a cultura, a educação financeira e o empreendedorismo social. A concretização

destes domínios passa pela realização de ações de formação semanais, com

duração de 90 minutos no decorrer no horário letivo, centradas em nove

unidades temáticas.

Educação Financeira – Territórios de educação financeira

Ano de Implementação: 2010

Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal

Destinatários: Escolas públicas; níveis de ensino: 1º, 2º e 3º ciclos.

Objetivos:

- Capacitar os alunos a lidar com o dinheiro.

- Desenvolver competências que contribuam para a formação de uma

sociedade com hábitos de consumo mais responsáveis e seguros.

- Conhecer conceitos no âmbito da gestão financeira.

- Dotar os alunos de competências práticas, como por exemplo, abrir uma

conta bancária, preencher um cheque, usar o cartão de crédito ou ainda

elaborar um plano de gastos.

Breve Síntese Descritiva: Pretende-se o envolvimento das Escolas num

projeto de territorialização de educação financeira, desenvolvendo e

aprofundando conhecimentos que consciencializem os alunos para a

Page 115: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

114

importância do dinheiro na vida quotidiana, bem como a aquisição de

competências que permitam uma correta tomada de decisões, designadamente

fazer escolhas cruzadas com a necessidade de pensar/aprender a fazer

orçamento e a definir objetivos financeiros específicos de acordo com a tarefa.

Bolsas Universidade Lusófona

Ano de Implementação: 2010

Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios

Destinatários: Alunos que concluíram o 12º ano dos Agrupamentos de

Escolas da rede pública do Porto

Objetivos: Promover a igualdade de acesso ao ensino superior de alunos.

Breve Síntese Descritiva: A Universidade Lusófona do Porto em parceria

com a Câmara Municipal do Porto vai atribuir duas bolsas de estudo integrais,

para a frequência dos cursos ministrados no polo do Porto, a estudantes

residentes no Concelho do Porto que cumpram requisitos previstos no

Regulamento próprio.

Page 116: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

115

Projeto Atitudes e Sinais a Aprender para Viver

Ano de Implementação: 2011

Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal

Destinatários: alunos do 1º ciclo.

Objetivos: Promover a reflexão sobre prevenção rodoviária e difundir junto

das Escolas e alunos conceitos e comportamentos sobre a prevenção

rodoviária.

Breve Síntese Descritiva: Implementação de ações de

sensibilização/formação subordinadas a temas específicos, na temática da

prevenção rodoviária e, também, ações de cariz prático em contexto real.

Page 117: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

116

Descobre Outra Cidade

Ano de Implementação: 2011

Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal

Destinatários: Escola Públicas do Porto; alunos do nível secundário

Objetivos: Promover nos jovens o conhecimento e a reflexão sobre o papel

das suas cidades no desenvolvimento do país e no contexto europeu,

destacando aspetos comuns a ambas, bem como características próprias que

as diferenciam.

Breve Síntese Descritiva: Concurso dirigido aos estudantes do ensino

secundário e profissional que decorre em simultâneo nas cidades do Porto e

Lisboa, visando aproximar e promover o intercâmbio e a partilha de

conhecimentos, de ideias e experiencias entre os jovens das duas cidades,

bem como valorizar o seu percurso académico.

Page 118: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

117

Retratada que está a oferta do Departamento Municipal de Educação em

termos da sua ação educativa de âmbito inovador, ou seja no âmbito da ação

que ultrapassa o âmbito das competências legalmente atribuídas, importa

perceber como globalmente esta oferta é reforçada e articulada no conjunto de

estruturas e serviços da CMP e entidades participadas e que integram o Plano

Municipal de Educação atualmente.

II.3 – Evolução das Lógicas e Dinâmicas da Ação Educativa

Municipal

Dando continuidade à atualização do volume II, cap. V – ponto 4, iremos

apresentar uma análise sobre como as lógicas e dinâmicas da ação educativa da

CMP e entidades participadas evoluíram desde 2007.

Convém então contextualizar globalmente a forma como em 2007 a ação

educativa da autarquia foi estruturada na CEP e a forma como atualmente se

encontra formatada, pois tal evidencia a evolução das lógicas e dinâmicas

associadas a esta matéria.

Assim, a Politica Municipal de Educação plasmada na CEP, 2007 no (cap. V, p.

111-117) enquadra a educação como uma área abrangida e desenvolvida por

várias unidades orgânicas da CMP que de acordo com a especificidade dos seus

respetivos conteúdos funcionais, promovem ações de âmbito educativo, daí que

são identificadas um conjunto de projetos e atividades promovidos por um

conjunto de estruturas orgânicas para além da estrutura que integrava as

competências legalmente atribuídas à Autarquia em matéria de educação –

Departamento Municipal de Educação e Juventude.

Page 119: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

118

Estruturas identificadas:

- DOMUS SOCIAL- Programa Escola Viva (intervenções para valorização

do espeço escolar).

- Direção Municipal de Cultura – atividades educativas desenvolvidas

pelos museus e bibliotecas municipais.

- Direção Municipal de Ambiente e Serviços Urbanos (DMASU) – oferta

pedagógica anual da rede municipal de centros de educação ambiental e

programa de oficinas sazonais.

- Fundação Ciência e Desenvolvimento – conjunto de ações educativas e

culturais dos equipamentos lúdico-pedagógicos: Pavilhão da Água e

Planetário e do serviço educativo do Teatro do Campo Alegre.

- Fundação Porto Social – conjunto de projetos e atividades de âmbito

educativo integrados na Casa das Glicínias; no Programa Urban II e no

projeto Porto Cidade de Ciência.

- Porto Lazer (empresa municipal) – conjunto de atividades de âmbito

desportivo, recreativo, e lúdico-pedagógico, dirigidas a vários grupos

específicos: crianças, jovens, adultos e idosos.

Na CEP, volume II, Cap. V, encontram-se descriminadas as ações mais

significativas desenvolvidas pelas estruturas acima identificadas.

Page 120: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

119

Ao analisar a forma como se encontra organizada atualmente a ação

educativa da CMP percebemos que esta lógica sistémica de abrangência

interestrutural da educação não só se mantém como é reforçada, tendo surgido

em 2011 como prova disso um documento organizador da ação educativa de

âmbito municipal que integra em fichas de ação todos os programas, projetos,

ações e atividades de âmbito educativo desenvolvidos pelas diferentes unidades

orgânicas da CMP e participadas.

Este documento foi designado de Plano Municipal de Educação (PME) e

pode ser consultado no site da CMP em:

http://www.cmporto.pt/gen.pl?sid=cmp.sections/1046

http://www.cm-porto.pt/files/pme/planeducacao.htm

Enquanto documento estratégico, o Plano Municipal de Educação pretende

promover o enriquecimento da população a nível educacional, social, ambiental,

desportivo e cultural, sobretudo para as crianças e os jovens dos 3 aos 18 anos,

e que integram o ciclo da escolaridade básica e obrigatória.

O processo de elaboração de um Plano Municipal de Educação, proporcionou

desde logo o repensar da ação educativa que foi organizada não numa lógica de

unidade orgânica mas numa lógica orientada para a ação.

A sua construção é abrangente ao universo da ação educativa no âmbito

municipal, expressando, por conseguinte, uma política educacional aos

diferentes níveis, etapas e modalidades de educação e de ensino, entendendo-

se a sua duração plurianual.

Page 121: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

120

O Plano Municipal de Educação afigura-se, também, como um instrumento de

divulgação das "acções educativas concretas direcionadas para as escolas, que

contribuem para o desenvolvimento global da personalidade dos alunos, o apoio

às práticas pedagógicas dos professores, o progresso social e a democratização

da sociedade." (Guedes G., 2002 in PME, p.9).

Norteada por grandes áreas de atuação, que decorrem de normativos legais e

dos objetivos subjacentes às políticas locais, organiza-se e orienta-se a oferta

educativa do município a partir de vetores de atuação específicos, que

congregam programas, projetos, ações e atividades promovidas por várias

unidades orgânicas e entidades participadas da CMP, dirigidas, não apenas à

educação pré-escolar e ao 1º ciclo do ensino básico da rede pública do Porto,

mas também aos 2º e 3º ciclos do ensino básico e ao ensino secundário, a toda

a rede privada, às famílias e a todos os jovens (até aos 18 anos) que residem

ou estão presentes na cidade – (Quadro de ações por vetores em anexo 6).

Uma outra lógica ganhou força fruto da operacionalização do conceito educação

de cidade em rede inerente ao modelo das Cidades Educadoras que a CEP

enquadra no âmbito do papel dos municípios no desenvolvimento da educação

(CEP, 2007, cap.III, p.4-6), encontrando-se em construção o designado

Projeto Educativo Municipal, que pretende agrupar e integrar não só a ação

intramunicipal (ação da autarquia) mas também a ação educativa

extramunicipal (todos os agentes educativos numa lógica de rede).

Page 122: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

121

A intenção é que todos os municípios da área metropolitana do Porto organizem

a sua intervenção no domínio da educação de forma integrada e integradora

numa perspetiva de educação ao longo da vida abrangendo a educação formal,

não formal e informal.

Analisando o Projeto Educativo Municipal na fase de construção em que se

encontra podemos sistematizar os conteúdos que o enformam da seguinte

maneira:

CONTEÚDO DESCRITIVO – o que é (nesta fase)

Um pré projeto de cidade para a Educação promovido pela Câmara Municipal do

Porto perfilado a uma finalidade mais global ao nível da Área Metropolitana do

Porto que pretende agregar o conjunto de Projetos Educativos Municipais dos

vários Concelhos da AMP.

CONTEUDO DESIDERATIVO – O que pretende ser

Habita já nesta fase de construção do projeto educativo municipal ao nível da

cidade uma vontade que constitui uma expressão de possibilidades:

- De ser um projeto identitário de cidade que pretende referenciar, congregar e

potenciar a ação educativa e formativa do município, fazendo emergir o que

marca, distingue e unifica.

- De ser um projeto potenciador de desenvolvimento de um território.

- De ser um projeto que almeja na sua visão alavancar o nível de participação e

capacitação, pela mobilização e implicação das diversas organizações, agentes e

dos cidadãos na orientação dos variados espaços e diferentes níveis de

Page 123: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

122

intervenção para a prossecução de um projeto educativo comum e

culturalmente corresponsável.

CONTEUDO PROJETIVO – O que pretende concretizar

- Pretende encerrar uma capacidade mobilizadora de vontades, ações e

projetos de forma integrada englobando todos os agentes educativos.

- Pretende contribuir para a consolidação de uma sociedade de conhecimento

inclusiva, estimulando a aprendizagem e a inovação articulando a educação

formal, não formal e informal na promoção do empowerment e do

desenvolvimento integral de crianças, jovens e cidadãos em geral ao longo dos

diferentes ciclos de vida e consensualizando a ação educativa no município do

Porto.

Toda a ação apresentada, representa um conjunto que enforma a atual Politica

Municipal de Educação que é balizada por um quadro normativo legal e por um

quadro de referências estratégicas e concetuais em matéria de educação,

quadros estes retratados na CEP (volume I, cap. III) e que serão atualizados no

próximo ponto.

Page 124: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

123

II.4 – Os Atuais Referenciais Normativos e Estratégicos

Até ao momento, o normativo legal que estabelece o quadro de atribuições e

competências das autarquias locais, nomeadamente em matéria de educação

ainda se mantém: Leis nºs 159/99 de 14 de Setembro e 169/99 de 18 de

setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002 de 11 de janeiro, sendo

que a lista de atribuições inscritas na CEP, 2007 consagradas no artigo 19º da

lei nº 159/99 é atual.

O Decreto-Lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro, alterado pela Lei nº 41/2003, de 22

de Agosto, que tornou mais sólida a efetivação das atribuições definidas, em

várias matérias, nomeadamente, de constituição dos Conselhos Municipais de

Educação substituindo o conceito Conselho local de educação; de elaboração

das Cartas Educativas substituindo o conceito Carta Escolar e de construção,

apetrechamento e manutenção de estabelecimentos de educação e ensino

contínua em vigor.

Assim, as principais matérias da competência dos municípios sistematizadas na

CEP, 2007 mantêm-se atuais (volume II, cap.V – ponto 4, p.101):

- Participação no planeamento e gestão dos equipamentos educativos.

- Ação social escolar.

- Realização de investimentos nos domínios da construção, apetrechamento e

manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e das escolas do

ensino básico.

- Elaboração da Carta Educativa.

- Criação dos Conselhos Municipais de Educação.

- Apoio e desenvolvimento de atividades complementares de ação educativa.

Page 125: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

124

Embora os normativos essenciais que regulam as competências das autarquias

em matéria de educação permaneçam em vigor, há evoluções a registar pois as

competências das autarquias sofreram um reforço a partir de 2008 com a

transferência de novas atribuições:

- Os municípios vêm as suas competências reforçadas através do Decreto-Lei

nº 144/2008, enquadrado no lançamento de uma nova geração de políticas locais e de

políticas sociais de proximidade, assentes em passos decisivos e estruturados no caminho de uma

efectiva descentralização de competências para os municípios.

Assim, no Orçamento do Estado para 2008 o Governo ficou autorizado a

transferir para os municípios as dotações inscritas no orçamento dos ministérios

relativas a competências a descentralizar nos domínios da educação,

designadamente as relativas ao pessoal não docente do Ensino Básico, ao

fornecimento de refeições e apoio ao prolongamento de horário na educação

pré -escolar, às atividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do Ensino

Básico, à gestão do parque escolar e à ação social nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino

Básico.

Neste normativo passou a estar consagrada a transferência efetiva de

competências para os órgãos dos municípios em matéria de educação, no que

diz respeito à educação pré -escolar e ao Ensino Básico. O presente decreto-lei

contempla, ainda, a possibilidade de nas escolas básicas nas quais também é

ministrado o ensino secundário, com a designação escolas básicas e

secundárias, serem exercidas pelos municípios as atribuições a que se refere o

presente decreto-lei, mediante a celebração de um contrato específico com o

Ministério da Educação. Esta transferência efetiva de competências para os

órgãos dos municípios em matéria de educação concretiza-se, agora,

Page 126: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

125

estabelecendo-se mecanismos que visam a salvaguarda da situação jurídico-

funcional do pessoal abrangido.

Assim, de acordo com o seu artigo 1º, cap.I, este decreto -lei desenvolve o

quadro de transferência de competências para os municípios em matéria de

educação, de acordo com o regime previsto na Lei nº 159/99, de 14 de

Setembro, dando execução à autorização legislativa constante das alíneas a) a

e) e h) do nº 1 do artigo 22º do Orçamento do Estado para 2008, aprovado

pela Lei nº 67-A/2007, de 31 de Dezembro.

O artigo 2º, nº 1 do cap.I define as áreas da transferência de atribuições, a

saber:

a) Pessoal não docente das escolas básicas e da educação pré-

escolar;

b) Componente de apoio à família, designadamente o fornecimento

de refeições e apoio ao prolongamento de horário na educação pré-escolar;

c) Atividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do Ensino

Básico;

d) Gestão do parque escolar nos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico;

e) Ação social escolar nos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico;

f) Transportes escolares relativos ao 3.º ciclo do Ensino Básico.

Page 127: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

126

- A partir de 2008, inicia um processo de delegação de competências nos

municípios, em matéria de educação, por via da contratualização, o que

segundo o Conselho Nacional de Educação “não traduz uma orientação clara de

descentralização, envolve um processo de transferência de encargos para as

autarquias, atribuindo -lhes, por vezes, o papel de executores das políticas

definidas pela administração central, nem sempre em sintonia com o princípio

da autonomia do poder local e nem sempre facilitando um efetivo

aproveitamento das reais possibilidades que o princípio da subsidiariedade

comporta”(in Recomendação n.º 6/2012 sobre Autarquias e Educação, do Conselho Nacional de Educação

publicada no Diário da República, 2.ª série — N.º 227 — 23 de novembro de 2012).

- Decreto -Lei nº 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto -Lei

n.º 224/2009, de 11 de Setembro – estabelece o regime jurídico de

autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação

pré -escolar e dos ensinos básico e secundário.

Passam assim a ser constituídos os Conselhos Gerais dos Estabelecimentos de

Ensino que constituem órgãos de direção estratégica, que têm como

responsabilidade definir as linhas orientadoras da atividade da escola.

Nestes órgãos estão representados docentes e não docentes, pais e

encarregados de educação, alunos, autarquia e comunidade local.

- Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de Julho - Revê o Decreto-Lei nº 75/2008,

de 22 de abril, alterado pelo Decreto -Lei nº 224/2009, de 11 de Setembro,

com vista a promover o reforço progressivo da autonomia e a maior

flexibilização organizacional e pedagógica das escolas, referindo que para

tal contribuirá a reestruturação da rede escolar, a consolidação e alargamento

da rede de escolas com contratos de autonomia, a hierarquização no exercício

de cargos de gestão, a integração dos instrumentos de gestão, a consolidação

de uma cultura de avaliação e o reforço da abertura à comunidade.

Page 128: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

127

Este diploma versa entre outras matérias sobre o aprofundamento da

autonomia das escolas; a reorganização da rede escolar através do

agrupamento e agregação de escolas o reforço da competência do conselho

geral.

- Proposta de Lei nº 104/XII – Pretende estabelecer o novo regime jurídico

das autarquias locais; o estatuto das entidades intermunicipais; o regime

jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e

para as entidades intermunicipais, assim como da delegação de competências

do Estado nas autarquias locais e nas entidades intermunicipais e dos

municípios nas entidades intermunicipais e nas freguesias e regime jurídico do

associativismo autárquico.

Proposta que prevê revogar a Lei nº 159/99, de 14 de setembro, alterada pelos

Decretos-Leis nºs 7/2003, de 15 de janeiro, e 268/2003, de 28 de outubro, e

pelas Leis nºs 107-B/2003, de 31 de dezembro, 55-B/2004, de 30 de

dezembro, 60-A/2005, de 30 de dezembro, 53-A/2006, de 29 de dezembro, 67-

A/2007, de 31 de dezembro, 64-A/2008, de 31 de dezembro, 3-B/2010, de 28

de abril, e 55-A/2010, de 31 de Dezembro.

Page 129: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

128

Assim, em jeito de conclusão no esquema seguinte encontram-se sumariadas o

conjunto das atribuições e competências municipais em matéria de educação de

tendo em conta todo o articulado legal:

Competências das autarquias por domínios

Domínio Atribuições e competências

Conceção e planeamento do Sistema Educativo Local

Criar conselhos municipais de educação;

Elaborar a carta educativa a integrar nos planos diretores municipais;

Participar nos Conselhos Gerais dos estabelecimentos escolares;

Participar na promoção da autonomia das escolas.

Construção e gestão de

equipamentos e serviços:

Assegurar a gestão dos refeitórios dos estabelecimentos de educação pré-

escolar e do ensino básico da rede pública;

Proceder à Construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e as escolas do ensino básico da rede pública;

Gerir o pessoal não docente das escolas básicas e da educação pré-escolar.

Gerir o parque escolar nos 2.º e 3.º ciclos15 do Ensino Básico;

Apoio aos estabelecimentos de educação e ensino e aos alunos e famílias:

Assegurar os transportes escolares;

Garantir o alojamento aos alunos que frequentem o ensino básico, quando

deslocados obrigatoriamente da sua zona de residência, como alternativa ao transporte escolar, nomeadamente em residências, centros de alojamento e colocação familiar.

Comparticipar no apoio às crianças da educação pré-escolar e aos alunos do ensino básico, no domínio da ação social escolar;

Apoiar e desenvolver atividades complementares de ação educativa.

Desenvolver a componente de apoio à família em prol do reforço pré-

escolar (fornecimento de refeições e apoio ao prolongamento de horário na educação pré-escolar).

Implementar e desenvolver atividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do Ensino Básico. Ação social escolar nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico;

Transportes escolares relativos ao 2º 3.º ciclo do Ensino Básico.

15

A ação das autarquias no âmbito do 2º e 3º ciclos nas matérias de competência legal é definida por via de

contratualização, sendo que há autarquias em que essa contratualização não se efetivou.

Page 130: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

129

Apresentados os principais normativos que regulam a competência e atribuições

das autarquias em matéria de educação apresentam-se ainda neste ponto do

Relatório as reestruturações internas ao nível organizacional no setor da

educação da Câmara Municipal do Porto pois tal implica alterações aos

conteúdos funcionais e aos referenciais internos que enquadram a Politica

Municipal de Educação no cumprimento do quadro legal em vigor e em

conformidade com as orientações do executivo municipal, atualizando assim as

informações plasmadas na CEP referentes à orgânica, do setor da educação da

CMP (volume II, cap.V, ponto 4).

Desde 2007 até ao momento, a unidade orgânica da CMP responsável por

planear e operacionalizar as atribuições inerentes aos municípios em matéria de

educação bem como as preceituadas pelo Executivo Municipal tem vindo a

sofrer alterações em termos de estrutura e consequentemente em termos de

conteúdos funcionais.

O Departamento Municipal de Educação e Juventude formalmente constituído

em 2003 vinha assegurando o cumprimento da Politica Municipal de Educação

enquanto estrutura única assumindo as seguintes funções (volume II, cap.V,

ponto 4, p.101):

Page 131: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

130

Departamento Municipal de Educação e Juventude

- Apoiar a atividade educativa

- Prestar apoio ao Conselho Municipal de Educação

- Elaborar a Carta Educativa

- Promover politicas de apoio à Juventude - Administrar os edifícios, equipamentos e materiais escolares

- Desenvolver e apoiar programas de formação de mabito infantil e

juvenil - Assegurar os serviços de ação social e de gestão dos refeitórios

escolares

- Assegurar a colaboração com os centros de educação pré-escolar. Fonte: CEP, 2007, volume II, cap.V, ponto 4)

Em 2006 a organização do setor educativo da CMP modifica-se desdobrando-se a

alargando a sua atuação passando a sua configuração estrutural a integrar dois

setores orgânicos associados ao Departamento Municipal de Educação e

Juventude, com os seguintes conteúdos funcionais:

Page 132: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

131

Divisão Municipal de Educação (DME)

1 - Administrar os edifícios, equipamentos e materiais escolares.

2 - Garantir o apetrechamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar

e do 1º ciclo do ensino básico.

3 - Assegurar os serviços de ação social escolar, no âmbito da educação pré-

escolar e do 1º ciclo.

4 - Gerir o pessoal não docente de educação pré-escolar.

5 - Administrar os jardins de infância da rede pública.

6 - Colaborar na elaboração da carta educativa.

7 - Cooperar com o Conselho Municipal de Educação.

8 - Garantir a administração das refeições nos estabelecimentos de educação

pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico.

9 - Implementar o sistema de informação e gestão escolar.

10 - Garantir a representação do município nas Assembleias de Agrupamentos

Verticais de Escolas.

Fonte: CEP, 2007- anexos (p.34 do volume: anexos)

Page 133: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

132

Divisão para a promoção da infância e juventude (DMPIJ)

1 - Promover a política municipal de apoio à juventude.

2 - Caracterizar e atualizar o universo das associações juvenis do Porto.

3 - Propor parcerias com entidades vocacionadas para a juventude.

Realizar eventos com vista à prevenção do abandono e absentismo escolar.

4 - Colaborar em iniciativas de reconhecimento de boas práticas que conciliem

a prossecução dos estudos com a cidadania.

5 - Desenvolver e apoiar programas de formação de âmbito infantil e juvenil.

6 - Participar no apoio à educação extra curricular no 1º ciclo do ensino básico.

7 - Organizar e implementar programas de ocupação de tempo não letivo

direcionados aos alunos do 1º ciclo do ensino básico.

Apoiar e incentivar a rede de bibliotecas escolares, em articulação com a DMC.

8 - Coordenar a participação do município em programas e iniciativas para a

educação e juventude.

Fonte: CEP, 2007- anexos (p.34 do volume: anexos)

Em 2012 é aprovada a estrutura flexível do município do Porto modificando-se a

orgânica e os conteúdos do setor da educação. É criada a Divisão Municipal de

Ciência e Conhecimento, a Divisão Municipal de Educação passa a designar-se

Divisão Municipal de Gestão Escolar modificando-se as suas atribuições e a

Divisão Municipal para a Promoção da Infância e Juventude (que já havia sofrido

alteração na sua denominação para Divisão Municipal para apoio à Infância e

Juventude) é agora designada de Divisão Municipal de Educação cujas

atribuições em matéria de Juventude passam para um novo setor associado ao

Pelouro da Proteção Civil, Fiscalização e Juventude: o Gabinete da Juventude que

passa a ser o responsável pela política municipal de juventude.

Page 134: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

133

A designação do Departamento Municipal de Educação e Juventude conforme

mencionado na CEP, 2007 altera a sua designação para Departamento

Municipal de Educação.

Os Conteúdos funcionais da atual estrutura orgânica da Educação são os que a

seguir se descriminam de acordo com Despacho nº 13315/2012 publicado no

Diário da República, 2.ª série — Nº 196 — 10 de outubro de 2012 - aprovou a

nova estrutura nuclear do Município do Porto e com a Deliberação nº 1409/2012

publicada no Diário da República, 2.ª série — Nº 196 — 10 de outubro de 2012

que aprovou a estrutura flexível:

Departamento Municipal de Educação

a) Assegurar, de forma integrada, os recursos educativos sob

responsabilidade municipal; b) Apoiar na definição da política educativa do município;

c) Desenvolver os projetos definidos pelo município, em matéria de educação; d) Formular estratégias e planos de ação para a implementação de

projetos de educação, à luz das melhores práticas; e) Assegurar a articulação e colaboração com os Agrupamentos de

Escolas, em matérias relativas aos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico; f) Estruturar e criar procedimentos para as iniciativas e projetos em

curso, articulando interna e externamente para a concretização das iniciativas;

g) Prestar apoio e desenvolver ações no âmbito do Conselho Municipal de Educação e de outros Conselhos ou estruturas em que o Município participe;

h) Sensibilizar a sociedade para a ciência, através de um conjunto de ações que visam promover a divulgação do conhecimento.

Page 135: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

134

Divisão Municipal de Educação

a) Desenvolver e apoiar programas de formação e de leitura;

b) Participar no apoio à educação extracurricular, no 1.º ciclo do ensino básico; c) Apoiar e incentivar a rede de bibliotecas escolares, em articulação

com a DMB; d) Garantir a representação do Município nos conselhos gerais das

escolas secundárias; e) Assegurar parcerias entre agrupamentos de escolas e entidades representativas do tecido empresarial;

f) Coordenar a participação do Município em programas e iniciativas para a educação.

Divisão Municipal de Gestão Escolar

a) Administrar os edifícios, equipamentos e materiais escolares sob

responsabilidade municipal; b) Garantir o apetrechamento dos estabelecimentos de educação pré- -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico;

c) Assegurar os serviços de ação social escolar, no âmbito da educação pré -escolar e do 1.º ciclo;

d) Administrar o pessoal não docente de educação pré -escolar; e) Administrar os jardins de infância da rede pública; f) Garantir a execução de atividades de enriquecimento curricular no

1.º ciclo do ensino básico; g) Garantir a administração das refeições nos estabelecimentos de

educação pré -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico; h) Assegurar o sistema de informação e gestão escolar;

i) Garantir a representação do Município nos conselhos gerais dos agrupamentos verticais de escolas.

Page 136: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

135

O referencial estratégico interno ao setor orgânico da Educação da CMP, que a

seguir se apresenta, divulgado na página 35 dos anexos da CEP,2007, que

postula ou integra a assunção entre os domínios Educação e Juventude

atravessa um processo de reajustamento conducente à sua adaptação ao atual

sistema organizativo e funcional do reconfigurado Departamento Municipal de

Educação (Dep.ME) que deixou de abranger na sua atuação o domínio

Juventude.

Divisão Municipal de Ciência e Conhecimento:

a) Colaborar em iniciativas de reconhecimento de boas práticas que conciliem a prossecução dos estudos com a cidadania;

b) Desenvolver novos projetos definidos pela CMP, internamente ou pela AMP; c) Estruturar e criar procedimentos para as iniciativas e projetos em

curso, articulando com os diferentes “clientes” internos e externos para a concretização do projeto a desenvolver;

d) Definir indicadores de controlo e estabelecer objetivos para a educação; e) Colaborar na atualização da Carta Educativa;

f) Sensibilizar a sociedade para a ciência, através de um conjunto de ações que visam promover a divulgação do conhecimento.

Page 137: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

136

Referencial estratégico interno associado ao

Departamento Municipal de Educação e Juventude (DMEJ)

Visão Ser um Departamento Municipal reconhecido como referência na promoção,

desenvolvimento e melhoria da qualidade da Educação e das Iniciativas para

a Juventude, com o qual os seus clientes (internos e externos) e

colaboradores se sintam identificados e valorizados.

Missão Assegurar a qualidade da educação nos jardins de infância e escolas de 1º

ciclo do ensino básico da rede pública, o direito à cidadania dos jovens e à

educação ao longo da vida, contribuindo para o fortalecimento da coesão

social da cidade do Porto. Cooperar interna e externamente com iniciativas

no âmbito educativo, atendendo aos recursos municipais disponíveis e

desenvolvimento das competências dos colaboradores.

Objetivos Estratégicos

- Melhorar a qualidade da Educação na infância, no sentido de aumentar

oportunidades e diminuir desigualdades, contribuindo para alcançar a

coesão social;

- Fomentar atividades pedagógico-didáticas e dinamizar a componente

socioeducativa;

- Promover ações que visem o enriquecimento educativo de crianças, pais,

docentes e discentes;

- Promover atividades dirigidas a jovens, no sentido de proporcionar o

desenvolvimento global da sua educação e integração como cidadãos

intervenientes na construção da cidadania;

- Garantir que o Departamento, em sinergia com as demais Direções

Municipais, alcancem uma perspetiva transversal, a redução de custos e a

otimização da relação qualidade/custo - implementando práticas de

benchmarking. Fonte: CEP, 2007

Page 138: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

137

Em termos de referenciais estratégicos e concetuais tendo como ponto de

partida a informação respeitante a esta matéria que enformava a realidade em

2007 plasmada na CEP (volume I, cap.III – pontos 2 e 3) e que contextualiza ao

nível nacional, europeu e internacional conceções e metas em Educação

fornecendo pistas também para aquilo que é a assunção do papel dos

municípios na educação, percebemos seguindo o rasto da evolução nestas

matérias que há bases concetuais que se mantêm como é o caso do conceito

Cidades Educadoras associado à rede internacional das Cidades Educadoras; a

nível europeu a Estratégia de Lisboa surge alterada pela Estratégia 2020,

importando perceber a este nível o que se mantém e o que é reforçado e o que

é novo em termos de objetivos, prioridades e metas; a nível Nacional verifica-se

a alteração do programa do XVII Governo Constitucional para o Programa do

XIX Governo Constitucional – quadro 19

Quadro 19 – Evolução dos referenciais

Nível 2007 2013

Internacional Cidades Educadoras

Carta Educativa do Porto 2007, Vol.I Cap.III Pág. 5

Ibero-Americano

Programa Educação | 2015

Europeu Estratégia de Lisboa Estratégia 2020

Nacional Programa do XVII

Governo Constitucional

Programa do XIX

Governo Constitucional

Page 139: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

138

Apresenta-se seguidamente uma síntese de cada uma das componentes

estratégicas e concetuais inscritas no quadro 19.

Cidades Educadoras – síntese CEP, 2007

Falar de Cidades Educadoras significa também falar do movimento de cidades,

representadas pelas respetivas autarquias, que se agrupam com o objetivo de

trabalharem conjuntamente em projetos e atividades tendentes a desenvolver o

potencial educativo latente em todos os espaços da cidade, transformando-a

numa escola aberta a toda a comunidade (CEP, 2007, vol I, cap III). Em

Portugal, o Movimento das Cidades Educadoras implantou-se a partir da

participação de Lisboa e Porto na primeira reunião de Barcelona, em 1990.

Estes dois municípios ficaram assim associados à primeira redação da Carta das

Cidades Educadoras e aos trabalhos sequentes de formalização e instalação da

AICE, que se viria a concretizar no III Congresso Internacional, realizado em

Bolonha, em 1994. No entanto, foram sobretudo dois momentos centrais que

fomentaram a sua expansão: em 2000, a realização do VI Congresso

Internacional, em Lisboa, que deu visibilidade à AICE no país, mobilizando, para

além do município de Lisboa, alguns municípios da sua área metropolitana; e

em 2005, a organização da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras

(RTPCE).

Os compromissos assumidos na Carta das Cidades Educadoras e descritos na

CEP 2007, capitulo III volume I, pág. 5 mantêm-se em vigor significando que se

mantêm os princípios da mesma.

Page 140: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

139

Estratégia 2020

Em 2010, concluída a década de vigência da Estratégia de Lisboa (2000-2010),

e após o balanço/avaliação da mesma apurou-se que quatro das cinco metas

traçadas não foram cumpridas por todos os países, embora se tenham registado

progressos muito apreciáveis em quase todos os domínios. Apenas o objetivo do

crescimento do número de licenciados em Matemática, Ciência e Tecnologia foi

atingido pelo conjunto dos 27 países.

Em termos gerais, a Estratégia de Lisboa teve um efeito positivo para a UE,

apesar de os seus objetivos principais (isto é, alcançar uma taxa de emprego de

70 % e afetação de 3 % do PIB a I&D) não terem sido atingidos. A taxa de

emprego da UE atingiu 66 % em 2008 (62 % em 2000), antes de voltar a

baixar devido à crise. No entanto, a UE não conseguiu reduzir o diferencial de

crescimento da produtividade em relação aos principais países industrializados:

a despesa total em I&D na UE expressa em percentagem do PIB teve um

aumento meramente marginal (de 1,82 % em 2000 para 1,9 % em 2008) (in

Documento de Avaliação da Estratégia de Lisboa, 2010).

Com o fim deste período, a União Europeia, através do Conselho

Europeu e com suporte em documentos preparatórios da Comissão,

aprovou uma nova Estratégia para o período 2010-2020, cujo nome

tudo o indica: Europa 2020.

Page 141: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

140

Esta nova estratégia reflete também as mudanças ocorridas na UE desde 2000,

especialmente a necessidade premente de recuperar da crise económica

alinhada à nova estratégia económica para a Europa, orientada por um

crescimento inteligente, sustentável e inclusivo focada em assegurar a saída da

crise e preparar a economia da UE para a próxima década.

Em 2000, a resposta centrou-se na construção da sociedade do conhecimento

(em que as qualificações, a ciência e a tecnologia e a inovação são fatores-

chave de progresso), em 2010 a estratégia Europa 2020 estabelece três

prioridades (vetores de crescimento) que se reforçam mutuamente e 5

grandes objetivos.

Vetores de crescimento (Estratégia 2020)

- Crescimento inteligente: desenvolver uma economia baseada no crescimento e

na inovação.

- Crescimento sustentável: promover uma economia mais eficiente em termos

de utilização dos recursos, mais ecológica e mais competitiva.

- Crescimento inclusivo: fomentar uma economia com níveis de emprego que

assegura a coesão social e territorial.

Page 142: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

141

Objetivos (Estratégia 2020)

75% da população de idade compreendida entre os 20 e 64 anos deve

estar empregada.

3% do PIB deve ser investido em I&D.

Os objetivos em matéria de clima/energia «20/20/20» devem ser

cumpridos (incluindo uma subida para 30% do objetivo para a redução de

emissões, se as condições o permitirem).

A taxa de abandono escolar precoce deve ser inferior a 10% e pelo

menos 40% da geração mais jovem deve dispor de um diploma de

ensino superior.

20 milhões de pessoas devem deixar de estar sujeitas ao risco de pobreza.

Projeto Metas Educativas 2021 de Estados Ibero-americanos

Programa Educação | 2015

Portugal, no ano letivo 2010/11, para além da adesão à Estratégia 2020,

decidiu envolver-se também no Projeto Metas Educativas 2021, que decorre no

âmbito da Organização de Estados Ibero-americanos, da qual Portugal faz

parte. Este programa assume como objetivo central a melhoria da educação nos

países do espaço ibero-americano.

A melhoria das competências básicas e dos níveis de formação decorrem de

medidas destinadas a assegurar a eficiência do sistema educativo que devem

progressivamente traduzir-se em melhores resultados de aprendizagem e no

cumprimento efetivo da escolaridade obrigatória de 12 anos (compromisso que

foi também assumido pelo XIX Governo Constitucional).

Page 143: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

142

Objetivos a atingir até 2015

Melhorar as competências básicas dos alunos portugueses

Assegurar a permanência no sistema de todos os jovens até aos 18 anos,

garantindo o cumprimento da escolaridade obrigatória de 12 anos.

Portugal comprometeu-se a assegurar, até 2020:

- Melhoria nos níveis de competências básicas, mensuráveis pelos resultados

obtidos pelos jovens de 15 anos nas provas de literacia, matemática e ciências

do PISA - Domínios “Competências básicas em leitura, matemática e ciências”

da EF2020 (UE) e “Competências básicas dos alunos” das Metas

Educativas2021 (OEI)

- Redução das taxas de saída precoce do sistema de ensino - Domínios

“Abandono precoce da educação e da formação” da EF2020 (UE)

Programa do XIX Governo Constitucional

No que se refere ao contexto nacional ocorreram alterações ao nível do

Governo e respetivo programa, por força do processo democrático dado que as

legislaturas/mandatos são de quatro (4) anos.

Page 144: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

143

Em 2007 o programa do Governo em vigor era o do XVII Governo

Constitucional -Legislatura 2005-2009 (CEP 2007, vol. I, cap. III, pag. 10)

e, atualmente, está em vigor o programa do XIX Governo Constitucional -

Legislatura 2011-2014. No que se refere à Educação, esta é assumida como

serviço público universal e estabelece como sua missão a substituição da

facilidade pelo esforço, do laxismo pelo trabalho, do dirigismo pedagógico pelo

rigor científico, da indisciplina pela disciplina, do centralismo pela autonomia,

sendo estas as principais criticas apontados pelo atual Governo aos dois

anteriores Governos.

Objetivos estratégicos

- Construir uma visão estratégica para um sistema educativo que permita

cumprir as metas assumidas no Programa 2015-2020;

- Criar consensos alargados sobre o plano estratégico de desenvolvimento

tendo como horizonte temporal o ano de 2030;

- Estabelecer e alargar contratos de autonomia que constituem uma das

políticas essenciais para garantir a diversidade e o prémio do mérito nas

escolas;

- Apostar no estabelecimento de uma nova cultura de disciplina e esforço, na

maior responsabilização de alunos e pais, no reforço da autoridade efetiva dos

professores e do pessoal não docente;

- Desenvolver progressivamente iniciativas de liberdade de escolha para as

famílias em relação à oferta disponível, considerando os estabelecimentos de

ensino público, particular e cooperativo; - Desenvolver um sistema para o

Page 145: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

144

processo digital do aluno, para maior eficácia da gestão, nomeadamente nos

processos de matrícula e de transferência de alunos;

- Reforçar o Programa Escola Segura em zonas urbanas de maior risco criando

incentivos ao voluntariado da comunidade educativa;

- Lançar novas iniciativas que permitam reduzir assimetrias, potenciando os

recursos humanos já existentes nas escolas, autarquias e redes sociais locais,

no âmbito da prevenção do abandono escolar;

- Proceder a uma intensa desburocratização e à avaliação das práticas e dos

processos administrativos aplicados à gestão da Educação;

- Criar condições para a implementação de bolsas de empréstimo de manuais

escolares;

- Implementar modelos descentralizados de gestão de escolas.

Os objetivos de política económica do XIX Governo Constitucional

traduzem-se em reformas estruturais plenamente alinhadas com a Estratégia

Europa 2020. Assim, no que concerne à Educação, o objetivo é MELHOR E

MAIS EDUCAÇÃO, reconhecendo a importância da qualificação da população

para o desenvolvimento sustentável, o Governo pretende, não só, reduzir as

taxas de abandono escolar precoce mas igualmente melhorar os níveis de

educação e formação - a definição de metas de redução do abandono escolar

associada a princípios de qualidade, exigência e rigor na formação e na

avaliação dos resultados.

Page 146: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

145

Chegando a este ponto do relatório e terminados que estão os domínios de

atualização da CEP respeitantes à ação da autarquia do Porto em matéria de

requalificação e reordenamento da rede escolar (matérias basilares da

estratégia da CEP) em matéria de ação educativa e em matéria de referenciais

normativos e estratégicos, iremos no capítulo seguinte abordar temas

associados à componente de diagnóstico da CEP: sistema Educativo na cidade

do Porto (Cap. V, CEP,2007), muito embora o Diagnóstico da CEP não tenha

sido definido como domínio a atualizar nesta fase de monitorização.

Page 147: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

146

III– Sistema Educativo do Porto – alguns contornos

Este capítulo integra informação que dimensiona alguns contornos relativos à

oferta e procura escolar em alinhamento com os dados e informações da CEP,

2007, nessas matérias.

Assim, no primeiro ponto apresentaremos dados e informação que dimensiona

algumas vertentes da Rede Escolar do Porto e no segundo ponto

apresentaremos uma análise sobre a procura escolar inerente ao ensino regular

público e privado nas etapas específicas que vão do ensino pré-escolar ao

secundário.

Assim, e seguindo a lógica da estrutura do diagnóstico da CEP, 2007

apresentar-se-ão os dados possíveis no momento, que permitem perceber já

alguns traços importantes que caracterizam a rede escolar do Porto num âmbito

mais alargado e não apenas a rede de competência municipal, já retratada em

capítulos anteriores deste relatório.

Na caracterização sobre a procura escolar (ponto III.2) são observadas várias

componentes que retratam o sistema de educação e fenómenos associados em

termos quantitativos e qualitativos16.

16 Em termos de metodologia e ficha técnica esta análise foi efetuada no âmbito do Projeto Educativo Municipal – Diagnóstico preliminar, alinhada à

CEP,2007 (Volume II, Cap. V, ponto 2, pag.21-30) por elemento técnico da Divisão Municipal de Gestão Escolar que integra ambas as equipas (monitorização da CEP e PEM).

Page 148: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

147

III.1 – Rede Escolar do Concelho do Porto do pré-escolar ao secundário

A cidade do Porto dispõe, no ano letivo 2012/13, de uma rede escolar

constituída por um total de 238 estabelecimentos de ensino (públicos e

privados), sendo que em 2007 eram 243 estabelecimentos de ensino (CEP

2007, volume II, capítulo V, p.2).

A imagem seguinte ilustra a distribuição da rede escolar (publica e privada) pelo

território da cidade, evidenciando que o Porto está bem equipado do ponto de

vista da oferta de estabelecimentos de ensino.

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação (imagem retirada a 7 de maio de 2013)

Page 149: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

148

No período de 2007 a 2013 ocorreu uma diminuição do número total de

estabelecimentos de ensino da cidade do Porto (menos 5 estabelecimentos de

ensino). No que concerne à rede pública verificou-se uma diminuição de 104

para 91 estabelecimentos de ensino, pese embora tenha aumentado a rede

privada17 (139 para 147 estabelecimentos de ensino) – quadro 20

Quadro 20 - Rede dos estabelecimentos de ensino da cidade do Porto (pública e privada)

Ano Nº Total de

estabelecimentos de ensino

Rede Pública Rede Privada

2007 243

104 139

2013 238

91 147

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol.

II cap V, P.2

No que se refere à distribuição de estabelecimentos de ensino da rede pública e

da rede privada pelas diferentes freguesias da cidade, Paranhos é a freguesia

com maior número de estabelecimentos de ensino (37 estabelecimentos de

ensino públicos e privados); Campanhã é a freguesia que tem maior numero de

estabelecimentos de ensino da rede publica (17) e Cedofeita é a freguesia com

maior numero de estabelecimentos de ensino da rede privada (25). Se em

todas as freguesias o número de estabelecimentos de ensino privado é maior ou

igual à rede pública, na freguesia da Vitoria isso não acontece (2 públicos e 1

privado) – quadro 21

17 O conceito de rede privada integra não só os estabelecimentos de ensino que funcionam em instituições de

ensino particular e cooperativo com fins lucrativos, mas também estabelecimentos da rede solidária (estabelecimentos que funcionam em IPSS’s ou outras instituições sem fins lucrativos).

Page 150: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

149

Quadro 21- Distribuição dos estabelecimentos de ensino pelas freguesias do Concelho do

Porto, em 2013

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013

Focando a análise na oferta da rede pública por ciclo de ensino18, em relação a

estabelecimentos de ensino pré-escolar verificou-se uma diminuição de 6

estabelecimentos (de 2007 para 2013). Na rede privada, no mesmo período

temporal, não se verificou alteração – quadro 22

Quadro 22 - Oferta de educação pré-escolar no Concelho do Porto em 2007 e 2013

Ano Nº Total de

estabelecimentos de

ensino

Rede

Pública

Rede

Privada

2007 162

55 107

2013 156

49 107

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de maio de 2013 e CEP 2007, vol. II, cap V

18

Segundo dados do Ministério da Educação (Roteiro das Escolas) que dizem respeito à realidade

em Janeiro de 2013.

Ano Tipo de Rede Escolar Total

2013

Rede Pública Rede Privada

Aldoar 4 8 12

Bonfim 11 20 31

Campanhã 17 11 27

Cedofeita 7 25 32

Foz do Douro 2 10 12

Lordelo do Ouro 7 7 14

Massarelos 5 10 15

Miragaia 2 2 4

Nevogilde 1 4 5

Paranhos 16 21 37

Ramalde 11 15 25

Santo Ildefonso 4 6 10

S. Nicolau 1 4 5

Sé 1 1 2

Vitória 2 1 3

Page 151: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

150

A freguesia com maior número de estabelecimentos de ensino com oferta de

pré-escolar é Campanhã (23), seguida por Bonfim e Paranhos (ambas com 21).

Em relação à oferta da rede pública, a freguesia de Campanhã é a que tem

maior numero de estabelecimentos com oferta de educação pré-escolar e as

freguesias de Cedofeita e Bonfim as que têm maior número de

estabelecimentos de ensino privados com oferta de educação pré-escolar

(ambas com 15) – quadro 23.

Quadro 23 - Oferta de educação pré-escolar por freguesia em 2013

Ano

Tipo de rede escolar Total

2013 Rede Pública

Pré-escolar

Rede Privada

pré-escolar

Aldoar 2 7 9

Bonfim 6 15 21

Campanhã 13 10 23

Cedofeita 2 15 17

Foz do Douro 0 9 9

Lordelo do Ouro 4 6 10

Massarelos 1 8 9

Miragaia 1 3 4

Nevogilde 1 3 4

Paranhos 9 13 21

Ramalde 7 12 19

Santo Ildefonso 1 1 2

S. Nicolau 0 3 3

Sé 1 1 2

Vitória 1 1 2 Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de maio de 2013

Em relação à oferta relativa ao 1º CEB no período de 2007 a Janeiro de 2013

verificou-se um decréscimo de 7 estabelecimentos de ensino com este ciclo de

ensino, sendo que 4 pertenciam à rede privada 3 pertenciam à rede pública –

quadro 24

Page 152: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

151

Quadro 24 - Estabelecimentos de ensino com oferta do 1º CEB na cidade do Porto em

2007 e 2013

Ano Nº Total de

estabelecimentos de

ensino

Rede

Pública

Rede

Privada

2007 97

57 40

2013 90

54 36

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação, dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II cap V

No que se refere à distribuição dos estabelecimentos de ensino com oferta 1º

CEB (públicos e privados) por freguesia, destaca-se a Freguesia de Paranhos

com 16, seguida por Bonfim e Campanhã, ambas com 12 escolas do 1º CEB.

Relativamente à rede pública de escolas do 1º CEB, a freguesia de Campanhã

ocupa o primeiro lugar com 12, seguida por Paranhos com 10 escolas do 1º

CEB.

No que se refere à rede privada, a freguesia de Cedofeita é a que tem maior

número de estabelecimentos de ensino com o 1º CEB (8), seguida do Bonfim

com 7 estabelecimentos de ensino – quadro 25

Page 153: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

152

Quadro 25 - Distribuição das escolas do 1º CEB por freguesia em 2013

Ano

Tipo de rede escolar Total

2013 Rede Pública

1º ciclo

Rede Privada

1º ciclo

Aldoar 2 2 4

Bonfim 5 7 12

Campanhã 12 0 12

Cedofeita 3 8 11

Foz do Douro 1 3 4

Lordelo do Ouro 6 2 8

Massarelos 2 3 5

Miragaia 1 0 1

Nevogilde 1 1 2

Paranhos 10 6 16

Ramalde 6 1 7

Santo Ildefonso 2 0 2

S. Nicolau 1 0 1

Sé 1 1 2

Vitória 1 0 1 Fonte: Roteiro das Escolas – Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013

No que se refere à evolução da oferta na cidade do Porto do 2º CEB (rede

pública e privada) houve um acréscimo de 3 estabelecimentos, ao contrário do

que ocorreu na oferta do pré-escolar e 1º CEB.

Analisando a evolução da oferta da rede pública, no período de 2007 a janeiro

de 2013 verificou-se um acrescimento de 4 estabelecimentos de ensino do 1º

CEB , sendo que no mesmo período ao nível da rede privada se verificou um

decréscimo (menos 1) – quadro 26

Page 154: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

153

Quadro 26 - Estabelecimentos de ensino com oferta do 2º CEB na cidade do Porto em

2007 e 2013

Ano Nº Total de

estabelecimentos de

ensino

Rede Pública Rede Privada

2007

41 17 24

2013

44 21 23

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II

cap V

No que se refere ao total da oferta do 2º CEB por freguesia, as freguesias de

Paranhos e Bonfim ocupam o primeiro lugar com 7, seguidas por Cedofeita e

Ramalde com 6 e 5 respetivamente.

Em relação à distribuição da oferta de 2º CEB da rede pública, a freguesia de

Ramalde é que tem maior número (4) seguido por Campanhã, Cedofeita e

Paranhos em igualdade de circunstância com 3 e no que se refere à rede

privada, a freguesia do Bonfim tem maior número de estabelecimentos privados

com oferta do 2º CEB, seguida por Paranhos com 4 e Cedofeita e Foz do Douro

ambas com 3 – quadro 27

Page 155: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

154

Quadro 27 - Distribuição das escolas do 2º CEB por freguesia em 2013

Ano

Tipo de rede escolar Total

2013 Rede Pública

2º CEB

Rede Privada

2º CEB

Aldoar 1 1 2

Bonfim 1 6 7

Campanhã 3 0 3

Cedofeita 3 3 6

Foz do Douro 1 3 4

Lordelo do Ouro 1 1 2

Massarelos 2 2 4

Miragaia 1 0 1

Nevogilde 0 1 1

Paranhos 3 4 7

Ramalde 4 1 5

Santo Ildefonso 1 0 1

S. Nicolau 0 0 0

Sé 0 1 1

Vitória 0 0 0 Fonte: Roteiro das Escolas – Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013

No que concerne a estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB,

verificou-se um aumento de 2 escolas que passaram a integrar este ciclo,

no período 2007 a janeiro de 2013 enquanto a rede privada mantém a

mesma oferta.

Page 156: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

155

Quadro 28 - Estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB na cidade do Porto em

2007 e 2013

Ano Nº Total de

estabelecimentos

de ensino

Rede Pública Rede Privada

2007 51

27 24

2013 53

29 24

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II cap V

No que se refere à distribuição da oferta do 3º CEB por freguesia, o quadro

seguinte demonstra que a freguesia do Bonfim é a que tem maior número de

estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB seguida por Paranhos com

9.

Em relação à rede pública, Paranhos é a freguesia com maior número de

estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB seguida por Bonfim e

Cedofeita e Ramalde todas com 4 estabelecimentos.

No que concerne à rede privada, destaca-se a freguesia do Bonfim com 7

estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB, seguida por Paranhos com

4 e Cedofeita com 3. Importa ainda referir que as freguesias de S. Nicolau e

Vitória não dispõem de estabelecimentos de ensino com oferta de 3º CEB.

Page 157: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

156

Quadro 29 - Distribuição das escolas do 3º CEB por freguesia em 2013

Ano

2013

Rede Pública

3º ciclo

Rede Privada

3º ciclo

Total

Aldoar 2 1 3

Bonfim 4 7 11

Campanhã 3 0 3

Cedofeita 4 3 7

Foz do Douro 1 2 3

Lordelo do Ouro 1 1 2

Massarelos 3 2 5

Miragaia 1 0 1

Nevogilde 0 1 1

Paranhos 5 4 9

Ramalde 4 1 5

Santo Ildefonso 1 1 2

S. Nicolau 0 0 0

Sé 0 1 1

Vitória 0 0 0 Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013

Em termos da evolução da oferta ao nível do ensino secundário na cidade do

Porto no período de 2007-2013 a leitura do quadro seguinte permite apurar

que se verificou na rede pública um acréscimo de uma escola com ensino

secundário, enquanto na rede privada se verificou um decréscimo de dois

estabelecimentos com oferta de ensino secundário – quadro 30

Page 158: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

157

Quadro 30 - Estabelecimentos de ensino com oferta do Ensino Secundário na cidade do

Porto em 2007 e 2013

Ano Nº Total de

estabelecimentos de

ensino

Rede

Pública

Rede Privada

2007

33 12 21

2013

32 13 19

Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II cap V

Em relação à distribuição de estabelecimentos de ensino com oferta de ensino

secundário por freguesia, verifica-se que Paranhos é a freguesia com maior

número de estabelecimentos com a referida oferta (9), seguida por Cedofeita

com 7 e Bonfim com 6. Destaca-se ainda que, e tal como aconteceu no 3º CEB,

as freguesias de S. Nicolau e Vitória não dispõem de estabelecimentos com o

oferta de ensino secundário.

Em relação à rede pública verifica-se que a freguesia de Paranhos tem maior

número de estabelecimentos com oferta de ensino secundário (5), seguida por

Bonfim e Massarelos (ambas com 3). Importa evidenciar que há 6 freguesias da

cidade do Porto que não dispões de oferta do ensino secundário da rede pública.

No que se refere à rede de ensino privado, verifica-se que 4 freguesias (Vitória,

S. Nicolau, Miragaia e Campanhã) não dispõem de oferta de ensino secundário

– quadro 31

Page 159: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

158

Quadro 31 - Distribuição das escolas do Ensino Secundário por freguesia em 2013

Ano

2013

Rede Pública

Secundário

Rede Privada

Secundário

Total

Aldoar 1 1 2

Bonfim 3 3 6

Campanhã 1 0 1

Cedofeita 2 5 7

Foz do Douro 0 2 2

Lordelo do Ouro 1 1 2

Massarelos 3 2 5

Miragaia 1 0 1

Nevogilde 0 1 1

Paranhos 5 4 9

Ramalde 2 1 3

Santo Ildefonso 0 1 1

S. Nicolau 0 0 0

Sé 0 1 1

Vitória 0 0 0 Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013

A análise global dos dados referentes à evolução da oferta por ciclos de ensino

no período de 2007-2013 mostra que a situação na cidade do Porto continua, e

tal como referido na CEP 2007, vol II capítulo V pág 2, acima da conhecida a

nível nacional. Este facto significa, pese embora a diminuição da população do

Porto, o volume da oferta não diminuiu na mesma proporcionalidade nem na

sua distribuição e por isso a oferta educativa/formativa é uma grandes mais-

valias da cidade uma vez que abarca todos os níveis e ciclos de ensino.

Page 160: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

159

Em relação à oferta da rede pública e da rede privada o que apraz referir é que,

e por relação à situação em 2007 (CEP 2007 volume II capitulo V) e tendo em

conta a reordenamento da rede, a situação pouco se alterou ou seja, a

distribuição da oferta de ambas as redes pelas freguesias é praticamente a

mesma sendo que continua a ser maior a dispersão espacial da rede pública se

confrontada com o padrão de localização da rede privada - ver mapas

Mapa rede pública

Page 161: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

160

Mapa rede privada

Após ter sido apresentada informação que dimensiona a oferta de

estabelecimentos de ensino do pré-escolar ao nível secundário passamos no

ponto seguinte a apresentar a dimensão da procura escolar abrangendo os

mesmos níveis de ensino.

Page 162: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

161

III.2 - Caracterização da Procura de Educação no Concelho do Porto do pré-escolar ao secundário

Neste ponto é apresentada uma análise sobre a realidade escolar da cidade do

Porto no que concerne ao ensino regular, compreendendo a Educação Pré-

Escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário, procurando atualizar a

informação possível alinhando a análise à CEP, 2007 (Volume 2, Cap. 5 “O

sistema educativo na cidade do Porto” (pág.21), tendo em conta os dados

disponíveis.

Procurou-se assim, efetuar comparações em termos temporais e espaciais de

forma a compreender tendências evolutivas e posições face a outros territórios

tendo sido possível, tendo em conta os dados disponíveis, situar o Concelho do

Porto no contexto do Continente e do Grande Porto e analisar a realidade

recente reportada ao ano letivo 2010/2011.

Apresentam-se também já alguns dados atuais sobre o fenómeno do

sucesso/insucesso escolar através da análise dos dados disponíveis.

Entendendo que a problemática do sucesso/insucesso escolar é complexa e

multifacetada requerendo abordagens analíticas compósitas, neste ponto

encontra-se também um breve apontamento de nível qualitativo tendo como

ponto de partida as perceções de interlocutores privilegiados inscritas na CEP,

2007, articuladas com aquilo que são as principais conceções teóricas atuais

sobre a matéria.

Page 163: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

162

Escolarização no Porto - evolução das frequências escolares.

O volume e extensão do Concelho do Porto enquanto território educativo é

notório tendo em conta os números das frequências escolares no sistema

público e privado. No ano letivo de 2010/2011 frequentaram a educação pré-

escolar um total de 7.816 crianças, o ensino básico 28.511 alunos e o

secundário 8.765.

Importa perceber a expressão do nº de alunos por ciclo de ensino básico

contando o 1º ciclo com 11.986 alunos, o 2º ciclo com 7.083 e o 3º ciclo com

9.442 alunos.

No gráfico seguinte está representada a distribuição dos alunos entre a escola

pública e a escola privada para cada nível de ensino no ano letivo 2010/2011.

Page 164: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

163

Gráfico 2 – Alunos matriculados no ensino público e privado por níveis de ensino

(2010/2011)

Fontes: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011

Em todos os níveis de ensino à exceção do ensino pré-escolar é notório o peso

do ensino público, com uma expressão de 58% face ao total de alunos

matriculados.

No que concerne ao ensino básico, o percentual de alunos matriculados no

sistema público varia entre 64% a 69% (64% no 1º ciclo; 69% no 2º ciclo e

68,8% no 3º ciclo) e no ensino secundário o seu peso é de 60,5%.

Page 165: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

164

Justificando a importância de ambos os subsistemas de ensino revelada pelos

números (do total de 45.092 alunos matriculados, 26.505 frequentam o ensino

publico e 18.587 o ensino privado, absorvendo o privado 41,2% no total dos

alunos matriculados), é de salientar que nesta representatividade do privado

contribui significativamente a educação pré-escolar com um percentual de

72,7% de alunos matriculados face aos 27% de alunos matriculados no

público. Os restantes números referentes aos diferentes níveis e ciclos de

ensino não revelam aproximações entre os dois subsistemas.

Em termos da evolução das frequências escolares segundo os diferentes níveis

de ensino, registou-se em termos de variação entre 2006/2007 e 2010/2011,

uma quebra de população estudantil total de 5,6% no Concelho do Porto, no

conjunto do ensino público e privado.

Percebe-se através da análise do gráfico 3, que as variações da população

estudantil ao longo de 5 anos são pouco significativas em termos globais,

emergindo o 1º ciclo do ensino básico contrariamente a este panorama com

uma tendência decrescente acentuada.

Entre 2006/2007 e 2010/2011, o 1º ciclo do ensino básico surge com uma

taxa de variação da sua população estudantil de (- 13,7%).

Page 166: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

165

Gráfico 3 – Evolução das frequências da população estudantil por níveis de ensino

(público e privado)

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

2006/07 2007/08 2008/09 2009/010 2010/011

ano letivo

População estudantil - evolução

Educação pré-escolar

1º ciclo ensinobásico2º ciclo ensinobásico

3º ciclo ensinobásico

Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011

Em termos de evolução da população escolar em cada um dos sistemas de

ensino (no ensino público e no ensino privado) analisemos a situação ocorrida

entre 2006/2007 e 2010/2011 no Concelho do Porto em termos de taxas de

variação (ver gráfico 4).

Em termos totais regista-se no Concelho do Porto uma diminuição de

população escolar quer no ensino público quer no ensino privado com uma

taxa de variação de (- 9,3 %) no público e de (- 0,1%) no privado.

Em termos das tendências de evolução no período em avaliação por ciclo de

ensino, há a registar uma diminuição pouco significativa no ensino pré-escolar

nos dois sistemas de ensino, uma quebra mais acentuada no 1º ciclo do ensino

básico com uma taxa de variação de (-16%) no público e (-10,9%) no privado,

Page 167: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

166

no 2º ciclo regista-se um aumento de população escolar embora pouco

relevante, com maior representatividade no privado com 3%, seguida do

público com 0,4%.

No 3º ciclo do ensino básico, e no ensino secundário, conforme demonstrado

no gráfico 4, há uma tendência evolutiva inversa nos dois sistemas de ensino,

registando-se um aumento de população escolar no privado e uma diminuição

no público.

Salienta-se que a maior redução de população escolar entre 2006/2007 e

2010/2011 é ao nível do 1º ciclo de ensino básico no sistema público (-16% de

taxa de variação) e o maior aumento regista-se ao nível do ensino secundário

no sistema privado (11,8% de taxa de variação).

Gráfico 4 – Taxas de variação dos alunos no Porto no ensino público e privado

entre 2006/07 e 2010/2011, por nível de ensino.

Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011

Page 168: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

167

O fenómeno do sucesso/insucesso escolar no Porto

Dimensão quantitativa

Após esta breve incursão analítica pelo fenómeno da evolução das frequências

escolares no ensino regular segue-se uma análise aos dados estatísticos

disponíveis que medem o fenómeno do sucesso/insucesso escolar no Porto.

Ressalva-se que a dimensão do insucesso/sucesso escolar requer a

comparação e a análise articulada de um conjunto de indicadores essenciais

para os quais ainda não existem dados disponíveis na sua totalidade

desagregados ao Concelho19.

Com base na informação estatística mais atual, acessível, revelaremos dados

concernentes a taxas de retenção e desistência, de transição/conclusão, de

abandono escolar e de escolarização, que se encontram disponíveis nas fontes

oficiais.

Tendo em conta os dados mais recentes do Ministério da Educação, analisa-se a

realidade recente reportada a 2010/2011, comparada sempre que possível com

a realidade em 2006/2007 (ano de publicação da Carta Educativa) e tendo em

conta dados do INE analisa-se informação de 2011 comparada com informação

de 2001 e de 1991.

19

Indicadores essenciais para medição do insucesso escolar: Taxa de retenção e desistência; Taxa de retenção e desistência

por insucesso; por abandono; por absentismo; Taxa de abandono escolar; Taxa de abandono/saída escolar precoce; Taxa de saída antecipada; Taxa de transição de ano (do 2º ao 12º); Taxa de conclusão de ciclo; Taxa real de pré-escolarização (aos 3, 4 e 5 anos); Taxa bruta de escolarização (ensino básico e ensino secundário) comparada com a Taxa real de escolarização (ensino básico e ensino secundário).

Page 169: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

168

A realidade do Concelho do Porto é comparada com a realidade do Continente

e do Grande Porto.

Taxa de retenção e desistência

O indicador de resultados escolares medido pela taxa de retenção e

desistência20 revela que esta assume em termos globais uma tendência

decrescente entre 2006/2007 e 2010/2011 no Concelho do Porto, no Grande

Porto e no Continente, quer no conjunto do ensino básico em termos totais,

quer no ensino secundário (gráficos 5 e 6).

Gráfico 5 – Taxas de retenção e desistência no ensino básico em 2006/2007 e 2010/2011

Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011

20 Taxas de retenção e desistência: Relação percentual entre o número de alunos que não podem

transitar para o ano de escolaridade seguinte e o número de alunos matriculados, nesse ano letivo

(M.E)

Page 170: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

169

Gráfico 6 - Taxas de retenção e desistência no ensino secundário em 2006/2007 e

2010/2011

Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011

Analisando o fenómeno por ciclo de ensino, a posição do Concelho do Porto em

2010/2011 é na generalidade próxima das realidades do Continente e do

Grande Porto, notando-se alguma disparidade de resultados ao nível do 2º

ciclo, embora pouco significativa, apresentando o Concelho do Porto uma taxa

de retenção mais elevada em 1,6 pontos percentuais face ao Grande Porto e

em 1,1 pontos percentuais face ao Continente (quadro 32).

Situação inversa ocorre nos ciclos de ensino subsequentes, apresentando o

Concelho do Porto, taxas de retenção mais baixas relativamente ao

Continente, em 2,1 pontos percentuais no 3º ciclo e em 2,5 pontos percentuais

no secundário e face ao Grande Porto em 1,2 pontos percentuais, no 3º ciclo e

em 1,0 ponto percentual no secundário (quadro 32).

Page 171: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

170

Quadro 32 - Taxas de retenção e desistência por ciclo de ensino básico e ensino

secundário unidade territorial e ano letivo

Unidades

Territoriais

Ano letivo

2006/07 2010/2011

ciclo

2º ciclo 3º ciclo Sec. 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Sec.

Continente 3,9 10,3 18,4 24,6 3,2 7,1 12,9 20,5

Grande Porto 3,1 10,2 19 22,3 2,8 6,6 12 19

Porto 3 10,1 15,8 20,3 3,2 8,2 10,8 18

Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC,

2010/2011

Observando a evolução do fenómeno em termos temporais entre 2006/2007 e

2010/2011, no Concelho do Porto, percebe-se que a retenção e desistência

escolar assume uma tendência decrescente em quase todos os ciclos de ensino

à exceção do 1º ciclo do ensino básico, que apresenta valores de 3,0 % em

2006/2007 e de 3,2 % em 2010/2011 (gráfico 7), muito embora esta taxa

esteja equiparada à que o Continente apresenta em 2010/2011.

Ressalta-se que é no 3º ciclo do ensino básico que se assinala a maior quebra

de retenção, em 5,0 pontos percentuais, seguida do ensino secundário com

uma diminuição de 2,3 pontos percentuais e do 2º ciclo com uma quebra de

1,9 pontos percentuais (gráfico 7).

Page 172: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

171

Gráfico 7 - Taxas de retenção e desistência no Concelho do Porto entre 2006/2007 e 2010/2011

por ciclo de ensino

3

10,1

15,8

20,3

3,2

8,2

10,8

18

0 5 10 15 20 25

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

Secundário

(%)

Taxas de retenção e desistência no Porto (evolução)

2010/2011

2006/2007

Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011

Comparando tendências temporais entre unidades territoriais, observa-se que

no Continente e no Grande Porto entre 2006/2007 e 2010/2011 a evolução do

fenómeno da retenção e desistência escolar sofre uma quebra em todos os

ciclos de ensino incluindo o 1º ciclo do ensino básico, que no Concelho do Porto

assume tendência oposta, conforme já referido (ver quadro 32).

É de salientar que tal como no Concelho do Porto, no Continente e no Grande

Porto, o decréscimo mais acentuado na taxa de retenção, ocorre no 3º ciclo do

Page 173: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

172

ensino básico com uma quebra respetivamente de 5,5 e 7,0 pontos

percentuais.

Taxa de transição e conclusão

Medindo o sucesso/insucesso escolar através da taxa de transição e

conclusão21 percebemos que este índice em termos totais aumentou do ano

letivo 2006/2007 para o ano letivo 2010/2011 nas três unidades territoriais

analisadas (Concelho do Porto, Grande Porto e Continente), quer no conjunto

do ensino básico, quer no ensino secundário (ver quadros 33; 34, 35 e 36).

Particularizando a análise ao ciclo de estudos face à situação em 2010/2011,

não se verificam disparidades significativas entre a realidade do Porto e as

realidades do Grande Porto e Continente, sendo no entanto de salientar que no

3º ciclo do ensino básico, o Porto apresenta maior taxa de transição e

conclusão que o Grande Porto e o Continente, com 89,2%; 88,0% e 87,1%,

respetivamente (quadro33), ocorrendo situação inversa no 2º ciclo,

apresentando o Porto uma taxa de 91,8%, o Grande Porto 93,4% e o

Continente 92,9%.

No 1º ciclo, as taxas de transição e conclusão surgem muito equiparadas nas 3

unidades territoriais (quadro33).

21

Taxa de transição/conclusão – Relação percentual entre o nº de alunos, que no final de um ano letivo, obtêm aproveitamento (podendo transitar para o ano de escolaridade seguinte), e o nº de alunos matriculados nesse ano letivo (INE)

Page 174: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

173

Quadro 33 - Taxas de transição/conclusão segundo o ciclo de estudos e ano de escolaridade

em 2010/2011 (ensino publico e privado)

Unidades territoriais

Total

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo (1)

Total 1º

ano 2º

ano 3º

ano 4º

ano Total

5º ano

6º ano

Total 7º

ano 8º

ano 9º

ano

Continente 92,7 96,8 100,0 93,6 97,6 96,4 92,9 92,8 92,9 87,1 85,0 90,0 86,4

Grande Porto 93,3 97,2 100,0 95,0 98,0 96,2 93,4 93,9 92,9 88,0 86,4 91,0 86,6

Porto 93,0 96,8 100,0 94,0 97,9 95,5 91,8 92,5 91,1 89,2 87,8 93,0 86,7

Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC

Nota (1) – Inclui os cursos profissionais

Quadro 34 - Taxas de transição/conclusão segundo o ciclo de estudos e ano de escolaridade

em 2006/2007 (ensino publico e privado)

Unidades territoriais

Total

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo (1)

Total 1º

ano 2º

ano 3º

ano 4º

ano Total

5º ano

6º ano

Total 7º

ano 8º

ano 9º

ano

Continente 90,0 96,1 100,0 92,5 96,8 95,5 89,7 90,0 89,5 81,6 79,4 85,9 79,8

Grande Porto 90,1 96,9 100,0 94,4 97,8 95,6 89,8 90,5 89,1 81,0 77,5 86,0 80,1

Porto 91,3 97,0 100,0 95,0 97,4 95,6 89,9 90,7 89,1 84,2 79,4 88,7 85,1

Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC

No ensino secundário a taxa de transição e conclusão em 2010/2011 assume na

generalidade uma tendência mais baixa nas 3 unidades territoriais por

comparação com as taxas inerentes aos 3 ciclos do ensino básico (quadro33 e

quadro 35).

Particularizando a análise das taxas de transição/conclusão no ensino

secundário segundo a orientação curricular percebe-se que o Porto apresenta

uma taxa de transição e conclusão mais elevada que o Grande Porto e

Continente nos Cursos Gerais assumindo um valor acrescido em 3,2 pontos

percentuais em relação ao Grande Porto e 5,0 pontos percentuais em relação ao

Page 175: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

174

Continente (quadro 35). Situação inversa ocorre em relação aos Cursos

Tecnológicos e Profissionais em que o Porto apresenta uma taxa mais baixa em

relação ao Grande Porto e ao Continente em 2,2 e 1,2 pontos percentuais,

respetivamente (quadro 35).

Quadro 35- Taxas de transição/conclusão no ensino secundário segundo a orientação curricular

e o ano de escolaridade em 2010/2011 (ensino publico e privado)

Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC

Quadro 36 - Taxas de transição/conclusão no ensino secundário segundo a orientação

curricular e o ano de escolaridade em 2006/2007 (ensino publico e privado)

Unidades Territoriais

Orientação Curricular

C. Gerais Tecnológicos e Profissionais

Cursos Gerais Cursos Tecnológicos e

Profissionais

Total 10º ano

11º ano

12º ano

Total 10º ano

11º ano

12º ano

Total 10º ano

11º ano

12º ano

Continente 75,4 80,1 84,1 63,3 76,3 82,5 84,0 63,4 71,3 67,4 84,7 62,8

Grande Porto 77,7 81,7 86,0 66,5 78,4 82,8 85,6 67,7 74,9 76,7 87,2 62,3

Porto 79,7 83,4 85,9 71,7 81,2 85,5 86,4 73,3 66,4 60,1 82,5 57,4

Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC

Vejamos em pormenor como a situação evoluiu de 2006/2007 para 2010/2011

no concelho do Porto.

É notório como tanto em 2006/2007 como em 2010/2011 se mantem uma

superioridade em termos de transição/conclusão no conjunto do ensino básico

por comparação com o ensino secundário. Em 2006/2007 as percentagens de

Unidades Territoriais

Orientação Curricular

C. Gerais Tecnológicos e Profissionais

Cursos Gerais Cursos Tecnológicos e

Profissionais

Total 10º ano

11º ano

12º ano

Total 10º ano

11º ano

12º ano

Total 10º ano

11º ano

12º ano

Continente 79,5 82,6 89,2 65,7 78,0 82,5 87,0 63,4 81,9 82,8 92,8 69,5

Grande Porto 81,0 83,0 89,5 70,0 79,8 82,7 87,8 67,9 82,9 83,5 92,1 73,1

Porto 82,0 83,4 89,9 72,4 83,0 85,2 88,8 74,4 80,7 81,0 91,5 69,5

Page 176: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

175

alunos, que no final de um ano letivo, obtiveram aproveitamento podendo

transitar para o ano de escolaridade seguinte no conjunto do ensino básico foi

de 91,3% e de 79,7% no ensino secundário, observando-se uma tendência

equiparada em 2010/2011 com taxas de transição/conclusão de 93% no

conjunto do ensino básico e de 82% no ensino secundário (gráfico 8).

É de salientar a melhoria do índice de transição/conclusão nas realidades

temporais observadas registando-se em 2010/2011 um aumento em 1,7 pontos

percentuais no ensino básico e de 2,3 pontos em relação a 2006/2007.

Gráfico 8 – Evolução da taxa de transição/conclusão no Porto no conjunto do ensino

básico e ensino secundário

Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC

Page 177: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

176

Em termos de disparidades na evolução da taxa de transição/conclusão por

ciclos do ensino básico, verifica-se que nas realidades de 2006/2007 e

2010/2011, a tendência é existirem taxas mais elevadas no 1º ciclo e mais

baixas no 3º ciclo (gráfico 9). É de salientar nesta trajetória temporal a

diminuição embora ligeira de 0,2 pontos percentuais na taxa de

transição/conclusão em 2010/2011 por relação a 2006/2007 contrariamente ao

ocorrido nos restantes ciclos em que se verifica um aumento de 1,9 pontos

percentuais no 2º ciclo e de 5,0 pontos percentuais no 3º ciclo (gráfico 9).

Gráfico 9 – Evolução da taxa de transição/conclusão no Porto segundo os ciclos do ensino

básico

Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC

Page 178: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

177

Em termos de evolução da taxa de transição/conclusão no ensino secundário

por ano de escolaridade comparando 2006/2007 e 2010/2011 é de assinalar a

melhoria ocorrida ao nível do 11º ano onde se regista um aumento na taxa em

4,0 pontos percentuais. Interessa ainda assinalar a melhoria, embora menos

significativa em termos estatísticos, de 0,7 pontos percentuais no 12º ano.

Ao nível do 10º ano, a taxa não sofreu alterações (gráfico 10).

Gráfico 10 – Evolução da taxa de transição/conclusão no Porto no ensino secundário por

ano de escolaridade

Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC

Page 179: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

178

Taxas de escolarização

Analisando o fenómeno da escolarização em termos de participação de alunos

no sistema de ensino, percebe-se que a pré-escolarização no Porto, em termos

brutos,22 é superior no ano de 2011 à pré-escolarização no Continente e no

Grande Porto. Em termos reais23 e ao nível dos 4 anos de idade também se

observa no Porto, uma taxa superior em 4,1 pontos percentuais por relação ao

Grande Porto e em 3,7 pontos percentuais por relação ao Continente. Ao nível

dos 5 anos de idade observam-se taxas equivalentes nas três unidades

territoriais (quadro 37).

Quadro 37- Taxas de pré-escolarização, em 2011

Unidades Territoriais Taxa bruta de pré-escolarização

3-5 anos

Taxa real de pré-escolarização nos

4 anos

Taxa real de pré-escolarização nos 5

anos

Continente 87,3 77,3 83,2

Grande Porto 85,4 76,9 83,7

Porto 94,0 81,0 83,4 Fonte: Dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte, Março 2013 (

anexo2)

22 Taxas brutas de escolarização: Proporção da população residente que está a frequentar um grau de ensino, relativamente ao total da

população residente do grupo etário correspondente às idades normais de frequência desse grau de ensino.

23 Taxa real de escolarização – Relação percentual entre o número de alunos matriculados num determinado ciclo de estudos, em idade

normal de frequência desse ciclo, e a população residente dos mesmos níveis etários.

Page 180: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

179

A participação no sistema de ensino entre os 12 e os 23 anos de idade assume

em 2011 uma tendência decrescente nas três unidades territoriais observadas,

com taxas específicas de escolarização24 equiparadas (ver quadro 38).

No Porto, em 2011, encontravam-se a frequentar a escola 97,6% dos jovens

com idades entre 12-14 anos; 93,5% com idades entre os 15-17 anos e 59,7%

com idades entre os 18-23 anos (quadro 38)

Quadro 38 - Taxas específicas de escolarização por grupo etário, em 2011 e síntese

evolutiva 1991-2011

Unidades Territoriais

Grupos etários Evolução, em pontos percentuais, da taxa de escolarização no grupo etário 15-17 anos (1991-2011)

12-14 anos 15-17 anos 18-23 anos

Continente 97,8 93,2 52,9 30,6

Grande Porto 97,8 93,6 53,6 32,0

Porto 97,6 93,5 59,7 21,0

Fonte: Dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte, Março 2013 (

anexo2)

A evolução da participação no sistema de ensino no Porto tem sido positiva

desde 1991. A taxa específica de escolarização no grupo etário 12-14 anos

sofreu uma melhoria significativa de 1991 a 2001, mantendo-se estável nos

últimos 10 anos. No grupo etário 15-17 anos a evolução da taxa tem sido

contínua no sentido positivo sendo em 1991 de 60%, em 2001 de 79%, e em

2011 de 93,5%. No grupo etário 18-23 anos esta taxa sofreu um aumento

significativo de 18,0 pontos percentuais entre 1991 e 2001 (passando de 29%

para 47%), continuando a aumentar entre 2001 e 2011 em 12,7 pontos

percentuais (passando de 47% para 59,7) – ver gráfico 11

24 Taxa especifica de escolarização: A relação, expressa em percentagem, entre o número de indivíduos de um determinado grupo etário

que frequenta qualquer nível de escolaridade e o número total de indivíduos residentes desse grupo etário.

Page 181: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

180

Gráfico 11 – Evolução da taxa específica de escolarização no Porto

Fontes: Situação 2011 - dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte,

Março 2013 (anexo2) / Situação 1991 e 2001 - dados do INE trabalhados a partir do Relatório Retrato Juvenil do Porto, Gabinete de Estudos e Planeamento, CMP, 2009

Apesar da tendência de melhoria nestas taxas observada ao longo dos anos

retratada no gráfico 11, em 2011, 40,3% dos jovens entre os 18-23 anos de

idade não se encontrava no sistema de ensino, observando-se, uma quebra nas

taxas de escolarização a partir dos 17 anos em 2011 - quadro 38 (refletindo as

saídas antecipada e precoce do sistema de ensino).

Page 182: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

181

Em termos de taxas reais de escolarização25, que refletem situações de

retenção e não transição/conclusão, o percentual de alunos integrados no ciclo

de estudos, correspondente à sua idade, em 2011, no Porto, tinha a seguinte

configuração estatística:

- 75,8% dos alunos do grupo etário 10-11 anos encontrava-se integrado no 2º

ciclo do ensino básico, no Porto (taxa superior ao Continente em 0,9 pontos

percentuais e inferior ao Grande Porto em 1,3 pontos percentuais).

- 75,1% dos alunos do grupo etário 12 -14 anos, frequentava o 3º ciclo do

ensino básico (taxa inferior ao Continente e ao Grande Porto em 1,2 e 2,5

pontos percentuais, respetivamente).

- 61,4% dos alunos do grupo etário 15-17 anos, frequentava o ensino

secundário, no Porto (taxa equiparada ao Continente que apresenta um valor de

61,7% e inferior ao Grande Porto em 2,3 pontos percentuais).

- 36,4% dos alunos do grupo etário 18-23 anos integrados no sistema de

ensino encontravam-se no nível de ensino adequado à sua idade, ou seja,

encontra-se integrado no ensino superior (taxa superior ao Continente e Grande

Porto, em 7,4 e 5,4 pontos percentuais, respetivamente).

25 Taxa real de escolarização – Relação percentual entre o número de alunos matriculados num determinado ciclo de estudos, em idade

normal de frequência desse ciclo, e a população residente dos mesmos níveis etários.

Page 183: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

182

Quadro 39 - Taxas reais de escolarização por grupo etário, em 2011

Unidades Territoriais Grupos etários

10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-23 anos

Continente 74,9 76,3 61,7 29,0

Grande Porto 77,1 77,6 63,7 31,0

Porto 75,8 75,1 61,4 36,4 Fonte: Dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte, Março 2013 (

anexo2)

Taxas de abandono escolar e de saída precoce do sistema de educação e

formação

No que concerne ao indicador abandono escolar26 vejamos qual a sua evolução

entre 2001 e 2011.

Em 2001, no Concelho do Porto, 2,6% dos alunos entre 10 e 15 anos saíram

do sistema de ensino antes da conclusão do 3º ciclo do ensino básico, sendo

de referir que o Concelho do Porto posicionava-se de forma equiparada ao

Continente e Grande Porto em termos de taxas de abandono escolar.

Em 2011, no Concelho do Porto, a taxa de abandono escolar diminuiu um

ponto percentual por relação ao valor em 2001, apresentando um valor de

1,6%.

26 Abandono escolar: Saída do sistema de ensino antes da conclusão da escolaridade obrigatória, dentro dos

limites etários previstos na lei (INE-metainformação). Em 2011 o conceito e a formula de calculo associados ao índice de abandono escolar de acordo com pesquisa efetuada no site do INE contínua a abranger o grupo de alunos entre os 10 e os 15 anos que deveriam estar integrados no sistema de ensino até conclusão do 3º ciclo. Saliente-se que a lei atual prevê outros limites etários para frequência obrigatória do sistema de educação e formação - Decreto-Lei n.º 176/2012 de 2 de agosto – artigo 6 nº1 “Todos os alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos devem frequentar o regime de escolaridade obrigatória”.

Page 184: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

183

Tal como em 2001, a situação do Concelho do Porto é muito semelhante à

situação no Grande Porto e no Continente, com diferenças pouco significativas

(gráfico 12).

Gráfico 12 – Taxa de abandono escolar em 2001 e 2011

Fonte: INE, Censos 2011

Quanto ao abandono/saída precoce do sistema de educação e formação27, no

Porto, em 2001, 29,4% dos indivíduos entre os 18-24 anos não concluíram o

ensino secundário e não se encontravam a frequentar a escola, tendo este

índice diminuído em 10 anos, 6 pontos percentuais apresentando um valor de

23,4% em 2011.

É de referir que em 2001 o Concelho do Porto posicionava-se de forma dispare

em termos de abandono precoce apresentando situações de menor dimensão

27 Saída ou abandono precoce do sistema de educação e formação: Situação dos indivíduos, num escalão etário

(normalmente entre os 18-24 anos), que não concluíram o ensino secundário e não se encontram a frequentar a

escola.

Page 185: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

184

estatística, de expressão significativa em relação ao Continente, situação que se

esbateu em 2011 pelo facto deste índice ter diminuído substancialmente no

Continente (em 18,3 pontos percentuais) passando de 44,8% para 26,5%.

Muito embora em 2011 o Porto se encontre, em relação às unidades territoriais

em análise, numa posição mais equiparada, mantém uma taxa mais baixa de

abandono precoce - ver quadro 40.

Quadro 40 - Taxa de abandono precoce de educação e formação em 2001 e 2011

Unidades Territoriais Ano

2001 2011

(%) (%)

Continente 44,8 26,5

Grande Porto --- 26,2

Porto 29,4 23,4 Fontes: Situação 2011 - dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte,

Março 2013 (anexo2) / Situação 2001 – dados Carta Educativa do Porto, 2007

Legenda: ---- (sem informação)

É de salientar que a matéria abandono escolar nas suas várias dimensões tem

vindo a ser analisada quer no âmbito da Carta Educativa sendo sinalizadas em

2007 como problema a minorar no domínio do insucesso escolar, quer no

âmbito do diagnóstico social do Porto (DSP), ancorado no qual subjaz o plano de

desenvolvimento local inerente à rede social.

O DSP, publicado em 2009, informa na componente de educação e formação

que, “em relação às gerações mais jovens, problemas como o insucesso e o

abandono escolar precoce continuam no topo das preocupações sociais da

cidade que, a este nível, acompanha as tendências verificadas no plano

municipal, como no plano regional” (in DSP, pag.18)28.

28 Diagnóstico Social do Porto (DSP) “Porto Solidário” elaborado pela Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Educação e

Psicologia UCP/FEP), na sequência de um protocolo celebrado com a Câmara Municipal do Porto/Fundação Porto Social (CMP/FPS) e

o Núcleo Executivo do Conselho Local da Acção Social do Porto (CLASP).

Page 186: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

185

Dimensão qualitativa do fenómeno do sucesso/insucesso escolar

No âmbito da elaboração da Carta Educativa do Concelho do Porto foi recolhida

em 2006 informação respeitante ao fenómeno do absentismo e do abandono

escolar enquanto objeto de análise por parte das Comissões de Proteção de

Crianças e Jovens em perigo do Porto (CPCJ), que sendo “... Instituições

oficiais não judiciárias com autonomia funcional que visam promover os

direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis

de afectar a sua segurança, saúde, educação ou desenvolvimento integral”,

exercem a sua intervenção também em todas as dimensões relacionadas com

o absentismo e o abandono escolar, procedendo à avaliação, análise,

acompanhamento, intervenção e encaminhamento (se necessário) das

situações que vão sendo sinalizadas pelas escolas.

Em termos de informação geral há que salientar o seguinte:

- Os casos de absentismo e abandono escolar sinalizados às CPCJ do Porto

inscrevem-se em contextos familiares e sociais desfavorecidos, com problemas de

carácter estrutural difíceis de minorar.

- Há uma relação muito acentuada entre os níveis de absentismo e o insucesso

escolar, traduzido em retenções, por vezes sucessivas.

- A maioria dos processos analisados (62%) refere-se a crianças e jovens do sexo

feminino.

- Nos casos de absentismo escolar sinalizados, destaca-se o grupo etário dos 13 aos

15 anos de idade (48%).

Page 187: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

186

- Uma percentagem significativa de menores sinalizados por abandono escolar tinha

concluído apenas o 1º ciclo do ensino básico (47%).

- Verificou-se uma maior intensidade de sinalizações de abandono escolar em relação

a jovens a frequentar os Agrupamentos Verticais de Escolas Leonardo Coimbra,

Miragaia e Gomes Teixeira.

- A freguesia de Lordelo do Ouro destacou-se pela maior intensidade de sinalizações,

praticamente o triplo das que correspondem às freguesias que se lhe sucediam,

Aldoar e Ramalde.

Em termos da perceção dos técnicos que lidam com a problemática surgiu

como entendimento unânime que a falta de atração destas crianças e jovens

pela escola resulta de diversos fatores associados, alguns de ordem pessoal e

familiar e outros mais relacionados com a escola.

- Nas razões de ordem pessoal/familiar são apontadas as seguintes: A baixa auto-estima.

As dificuldades de traçarem um projeto de vida.

A falta de expectativas em relação ao futuro, alimentadas, na esmagadora

maioria dos casos, pelos restantes membros da sua família que já sentiram as

mesmas dificuldades em relação à escola, identificadas através da análise do seu

discurso e da verificação das suas baixas habilitações literárias.

Os baixos rendimentos familiares.

A desvalorização do papel da escola.

- Nas razões atinentes à realidade da escola, sobressaem:

A falta de identificação com discursos e métodos demasiado abstratos –

massificação do ensino.

A falta de acompanhamento e orientação psicopedagógica.

A falta de proximidade e relação afetiva com a escola.

Page 188: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

187

É interessante notar que a perceção destes interlocutores privilegiados bem

como a informação geral disponibilizada que caracteriza a problemática do

insucesso escolar sinalizada, é coincidente no essencial com as atuais

explicações teóricas que defendem que são vários os fatores que estão na base

deste fenómeno, ou seja que estão na génese e no desenvolvimento da

aprendizagem escolar e das suas dificuldades, vejamos:

Ao analisar a apreciação de vários autores, compreende-se que o insucesso

escolar apresenta as seguintes características (Benavente & Correia, 1980)29;

(Formosinho & Fernandes, 1987)30; Gomes, 1987)31:

- É massivo, constante, precoce, seletivo e cumulativo.

- Estende-se a todos os graus de ensino.

- Surge intensamente nos primeiros anos de escolaridade, concentrando-se

nas classes mais desfavorecidas e qualquer repetição aumenta a probabilidade

de voltar a ocorrer uma segunda retenção.

Fonseca (2004)32, acrescenta, que o insucesso escolar aparece precocemente

no percurso escolar da criança, sendo que, a prevenção do problema deve

ocorrer no início da escolaridade pois se a intervenção retardar, o insucesso

escolar tem fortes probabilidades de se assumir como tendência.

Como menciona Fonseca (2004), o conceito de insucesso escolar é amplo e

não excetua qualquer tipo de causa integrando fatores exógenos e endógenos.

29 - Benavente, A. & Correia, P. A. (1980). Obstáculos ao sucesso na escola primária. Lisboa: Instituto de estudos para o desenvolvimento – caderno 3. 30 - Formosinho, J. & Fernandes, A. S. (1987). A Influência dos Factores Escolares. In O Insucesso Escolar em Questão. Área de Análise Social e Organizacional da Educação (pp.29-34). Braga: Universidade do Minho. 31 - Gomes, C. A. (1987). A interacção selectiva na escola de massas. Sociologia, Problemas e Práticas, 3, 35-49.

32 - Fonseca, V. (2004). Dificuldades de aprendizagem, abordagem neuropsicológica e psicológica ao insucesso escolar. Lisboa: Âncora Editora.

Page 189: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

188

Segundo García et al., (1998)33, o sucesso, ou insucesso, depende do

funcionamento da escola, da sua interação com o meio social e das

características da própria criança.

Através da análise de vários autores percebe-se que quando analisamos o

fenómeno do sucesso/ insucesso escolar, é importante ter em conta três

realidades: o aluno, o meio social e familiar e a instituição escolar (Fonseca,

2004; Almeida, 1998; Benavente, 1976)34. É a partir, portanto, destas

realidades que se evidenciam os fatores de insucesso e a compreensão das

suas causas.

A perspetiva atual observa que não é possível estabelecer uma relação de

causalidade linear, pois o insucesso escolar congrega uma constelação de

variáveis de vários níveis (psicológicas, sociais, ambientais, culturais…) que se

correlacionam num sistema complexo.

Face à complexidade e diversidade de causas que estão na base do

sucesso/insucesso escolar, esta problemática multidimensional requer uma

abordagem multivariada com recurso a vários tipos de estratégias e

intervenções de níveis diferenciados, congregando esforços de toda a

comunidade educativa e de todos os agentes com responsabilidades em

matéria de educação.

33 - Garcia, A. T., et al. (1998). Fracaso escolar y desventaja sociocultural. Una propuesta de intervención. Madrid: Narcea, S. A. Ediciones. 34 - Almeida, L. & Tavares (1998). Conhecer, aprender, avaliar. In Almeida (1998). Aprendizagem escolar – Dificuldades de aprendizagem. Porto: Porto Editora. - Benavente, A. (1976). A escola na sociedade de classes: o professor primário e o insucesso escolar. Lisboa: Livros Horizont .

Page 190: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

189

No capítulo que se segue plasmam-se um conjunto de dados e informações

que dimensionam ao nível quantitativo a realidade do Concelho do Porto no

domínio demográfico e socioeconómico, apresentando-se um elenco de

quadros estatísticos alinhados à estrutura do Diagnóstico da CEP, 2007.

É uma abordagem que não representa uma caracterização e muito menos um

diagnóstico socioeconómico do Porto, mas reúne e ostenta os dados

disponíveis no momento, desagregados ao Concelho e que revelam alguns

traços dessas dinâmicas.

Apesar da impossibilidade de atualização do Diagnóstico da CEP, 2007,

justificada em ponto anterior, e este não ter sido domínio definido como objeto

de atualização, pois tal ainda não é possível, julgou-se no entanto útil, já neste

relatório de monitorização coligir a informação disponível existente no INE no

âmbito dos Censos 2011 no âmbito da informação mais recente disponibilizada

desagregada ao nível de Concelho e Freguesia.

Por um lado, envolvemo-nos desde já no desiderato do conhecimento da

realidade socioeconómica do Porto constituindo uma base de trabalho para

uma próxima etapa no âmbito da monitorização da CEP e por outro lado, esta

sistematização de estatísticas que medem um conjunto de indicadores poderá

ter utilidade para agentes educativos e gentes/interventores sociais.

Page 191: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

190

IV-Quadros Estatísticos no Domínio Demográfico e

Socioeconómico

Neste ponto passamos a dar conta das estatísticas disponíveis que foi possível

recolher, desagregadas ao Concelho que atualizam dados da CEP relativos ao

Capítulo IV. A cidade do Porto, P1. Principais tendências evolutivas.

Saliente-se que para além dos dados possíveis alinhados à CEP, 2007 que

permitem perceber a evolução dos principais traços caracterizadores da

estrutura da população residente, acrescentaram-se outros dados sobre

dinâmicas demográficas e dinâmicas socioeconómicas que se consideraram

complementares.

Page 192: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

191

Dinâmicas demográficas

Quadro 41 - Evolução da População residente por local de residência em 2001 e 2011

Local de residência População residente

Período de referência dos dados

2001 2011

Nº Nº

Portugal 10.356.117 10.562.178

Continente 9869343 10047621

Norte 3687293 3689682

Grande Porto 1.260.680 1.287.282

Porto 263.131 237.591

Fre

gue

sias

do

Po

rto

Aldoar 13957 12843

Bonfim 28578 24265

Campanhã 38757 32659

Cedofeita 24784 22077

Foz do Douro 12235 10997

Lordelo do Ouro 22212 22270

Massarelos 7756 6789

Miragaia 2810 2067

Nevogilde 5257 5018

Paranhos 48686 44298

Ramalde 37647 38012

Santo Ildefonso 10044 9029

São Nicolau 2937 1906

Sé 4751 3460

Vitória 2720 1901 Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

Em termos de evolução da população residente35, contrariamente às tendências

verificadas ao nível do Continente, Zona Norte e Grande Porto onde se verifica aumento

populacional no período 2001-2011, o Concelho do Porto perdeu 25.540 residentes. A

35 POPULAÇÃO RESIDENTE - conjunto de pessoas que, independentemente de estarem presentes ou ausentes num determinado

alojamento no momento de observação, viveram no seu local de residência habitual por um período contínuo de, pelo menos, 12 meses anteriores ao momento de observação, ou que chegaram ao seu local de residência habitual durante o período correspondente aos 12 meses anteriores ao momento de observação, com a intenção de aí permanecer por um período mínimo de um ano. Fonte: INE

Page 193: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

192

CEP; 2007, Capítulo IV – pag.2 indica igual tendência no período decenal antecedente

(entre 1991 e 2001 o Porto perdeu 39.341 residentes).

Verificou-se um decréscimo de população residente em todas as freguesias do Concelho

do Porto entre 2001-2011, com exceção das freguesias de Lordelo do Ouro e Ramalde.

OBS: ver figura 4.1 do Cap. IV, vol I, pag. 2 da CEP 2007

Quadro 42 - População residente por grupo etário segundo local de residência em 2001

e 2011

Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

Em termos de evolução da população residente por grupo etário na década de 2001-2011, de

uma forma geral (nas unidades territoriais selecionadas) verifica-se um decréscimo de

população nos grupos etários dos 0-14 anos e dos 15-24 anos. O grupo etário dos 25-64 anos

surge com tendência de crescimento no Continente, Norte e Grande Porto e de decréscimo no

Porto. Por sua vez, os grupos etários dos 65 e mais anos refletem uma tendência de

crescimento no Continente, Norte, Grande Porto e Porto.

Verifica-se um aumento generalizado de população idosa e uma diminuição de população em

idade ativa, no entanto, a Zona Norte e o Grande Porto no grupo específico dos 25-64 anos (que

constitui uma franja de população em idade ativa) contraria esta tendência.

Local de residência

População residente

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos

Período de referência dos dados

2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Continente 1557934 1484120 1399635 1079493 5283178 5546220 1628596 1937788

Norte 644948 557233 558278 425876 1969309 2075134 514758 631439

Grande Porto 205776 191683 181396 139623 707916 742443 165592 213533

Porto 34584 28379 36850 25017 140694 129112 51003 55083

Page 194: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

193

Quadro 43 - Variação da população residente por local de residência em 2001 e 2011

Local de residência Variação populacional

Período de referência dos dados

2001 2011

Nº Nº

Portugal 63895 -30323

Continente 58876 -27031

Norte 16592 -6361

Grande Porto 7092 -2424

Porto -1761 -4985 Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

Em termos de variação populacional36 no período de 2001-2011, em 2001 no Concelho do

Porto verificava-se uma tendência de crescimento negativa, ao contrário do Continente e

Grande Porto. Em 2011 a tendência de decréscimo da população residente afeta todo o

território nacional.

36

VARIAÇÃO POPULACIONAL - Diferença entre os efetivos populacionais em dois momentos do tempo (habitualmente dois fins de ano

consecutivos) - É a diferença entre os efetivos populacionais em dois momentos de observação, geralmente em 31 de Dezembro de dois

anos consecutivos (entre os momentos "0" e "t"). A variação populacional também pode ser calculada através do somatório do saldo

natural e do saldo migratório. Traduz o "crescimento efectivo da população" (positivo ou negativo). Fonte: INE

Page 195: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

194

Quadro 44 – Taxa de variação da população residente por grupos etários (2001-2011)

Local de residência

Taxa de variação (2001-2011)

Grupo etário

Total 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 - 74 anos 75 e mais anos

% % % % % %

Portugal 1,99 -5,09 -22,46 5,54 5,65 37,15

Continente 1,81 -4,74 -22,87 4,98 5,88 37,50

Norte 0,06 -13,60 -23,72 5,37 9,64 41,86

Grande Porto 2,11 -6,85 -23,03 4,88 16,07 48,87

Porto -9,71 -17,94 -32,11 -8,23 -6,37 27,02 Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

A taxa de variação de população residente37 por grupo etário ao longo de uma década,

evidencia que no total das unidades territoriais selecionadas, a cidade do Porto é o local

com a variação negativa mais elevada e o Grande Porto com a variação positiva mais

elevada. No Concelho do Porto o grupo etário dos 15 aos 24 anos é o que sobressai com

a taxa de variação mais negativa (-32,11%), sendo que, o grupo etário dos 75 e mais

anos é o único que apresenta uma taxa positiva (27,02%).

37 TAXA DE VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE - relação entre o crescimento percentual da população residente por local de residência

entre dois períodos de tempo distintos, podendo este ser negativo ou positivos. A fórmula de cálculo é “(total de indivíduos ano 1 - total de indivíduos ano 0) / total de indivíduos ano 0 * 100” e a unidade de medida é a percentagem (%).

Page 196: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

195

Quadro 45 - Variação da população residente por freguesias do Concelho do Porto e

grupo etário (2001-2011)

Freguesias Taxa de variação (2001-2011)

Grupo etário

Total 0 - 14 anos 15 - 24 anos

25 - 64 anos

65 - 74 anos 75 e mais anos

% % % % % %

Aldoar -7,98 -17,28 -26,54 -6,87 -1,59 37,54

Bonfim -15,09 -20,83 -36,26 -14,72 -13,19 12,49

Campanhã -15,73 -28,86 -34,21 -14,35 -11,68 31,97

Cedofeita -10,92 -17,27 -43,84 -9,43 -4,28 29,33

Foz do Douro -10,12 -22,59 -19,52 -16,29 20,07 39,46

Lordelo do Ouro 0,26 -5,40 -19,65 1,75 3,12 38,26

Massarelos -12,47 -23,86 -40,36 -9,44 -7,50 23,60

Miragaia -26,44 -44,27 -49,62 -20,88 -32,85 3,74

Nevogilde -4,55 -4,77 -25,10 -7,25 6,93 43,75

Paranhos -9,01 -20,62 -36,12 -7,02 -0,02 33,81

Ramalde 0,97 -2,75 -18,63 1,82 -1,56 41,84

Santo Ildefonso -10,11 -13,29 -33,41 -2,70 -25,16 2,94

São Nicolau -35,10 -47,51 -55,06 -30,88 -35,84 -6,32

Sé -27,17 -42,30 -46,13 -21,03 -33,78 -5,38

Vitória -30,11 -42,86 -45,77 -25,27 -38,73 -13,33 Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

Em termos de taxas de variação de população residente por grupo etário, a situação das

freguesias do Porto segue a tendência do Concelho do Porto, pois os valores negativos

mais elevados ocorrem no grupo etário dos 15 aos 24 anos e os valores positivos mais

elevados situam – se no grupo etário dos 75 e mais anos.

Page 197: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

196

Quadro 46 - Variação das famílias clássicas residentes por Concelho e freguesias do Porto

entre 2001 e 2011

Local de residência Taxa de variação das famílias

%

Concelho do Porto 0,13

Fre

gues

ias

do

Po

rto

Aldoar 1,68

Bonfim -7,81

Campanhã -6,03

Cedofeita 1,03

Foz do Douro 2,94

Lordelo do Ouro 10,09

Massarelos -0,81

Miragaia -10,62

Nevogilde 4,92

Paranhos -0,56

Ramalde 11,77

Santo Ildefonso 2,75

São Nicolau -25,21

Sé -15,80

Vitória -20,18 Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

A leitura deste quadro permite aferir que ao longo da década 2001-2011, a evolução da

taxa das famílias clássicas38 no Concelho do Porto é positiva com uma taxa de 0,13%,

embora em algumas freguesias se tenha verificado decréscimo, surgindo a freguesia de

Miragaia com maior decréscimo (-25,21%) seguida da freguesia da Vitória (-20,18%).

No que se refere às freguesias com evolução positiva, destaca-se Ramalde (11,77%) e

Lordelo do Ouro (10,09%).

38 FAMÍLIA CLÁSSICA - Conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto)

entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento. Considera-se também como família clássica qualquer pessoa independente

que ocupe uma parte ou a totalidade de uma unidade de alojamento. Fonte: INE

Page 198: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

197

Quadro 47 - Taxas de natalidade e mortalidade por unidades territoriais em 2001 e

2011

Local de residência Taxa bruta de natalidade (%) Taxa bruta de mortalidade (%)

Período de referência dos dados Período de referência dos dados

2001 2011 2001 2011

% % % %

Portugal 10,9 9,2 10,1 9,7

Continente 10,8 9,1 10,1 9,8

Norte 11,2 8,5 8,7 9,6

Grande Porto 11,2 9,2 8,4 8,3

Porto 9,2 8,4 12,4 12 Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

A natalidade e a mortalidade diminuíram concomitantemente ao longo destes 10 anos. No

que se refere à taxa bruta de natalidade39 verifica-se, de uma forma geral um decréscimo

quer a nível nacional, quer a nível local, seguindo o Concelho do Porto também esta

tendência, e o mesmo acontece com a taxa de mortalidade40 sendo de ressalvar que no

Norte, contrariamente, a taxa de mortalidade aumentou em 0,9 pontos percentuais.

39

TAXA BRUTA DE NATALIDADE - Número de nados vivos ocorrido durante um determinado período de tempo, normalmente um ano

civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa em número de nados vivos por 1000 (10^3) habitantes). Fonte:

INE

40 TAXA BRUTA DE MORTALIDADE - Número de óbitos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil,

referido à população média desse período (habitualmente expressa em número de óbitos por 1000 (10^3) habitantes). Fonte: INE

Page 199: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

198

Dinâmicas Socioeconómicas

Quadro 48 - População empregada por local de residência em 2001 e 2011

Local de residência

População empregada (à data dos Censos 2001)

População empregada (à data dos Censos 2011)

N.º N.º

Portugal 4650947 4361187

Continente 4450711 4150252

Norte 1656103 1501883

Grande Porto 595529 532190

Porto 113593 88452

Fre

gue

sias

do

Po

rto

Aldoar 6164 4809

Bonfim 12254 8799

Campanhã 15380 10319

Cedofeita 11140 8654

Foz do Douro 5493 4429

Lordelo do Ouro 9745 8427

Massarelos 3537 2803

Miragaia 1129 726

Nevogilde 2421 2128

Paranhos 21161 16663

Ramalde 17304 15281

Santo Ildefonso 4028 3212

São Nicolau 1120 601

Sé 1750 1034

Vitória 967 567 Fonte: INE, Censos 2001 e Censos 2011

Nota analítica:

No Concelho do Porto, verifica-se que a diminuição do número de indivíduos empregados de

2001 a 2011 é cerca de três mil. No que se refere às freguesias em todas se verificou uma

diminuição de população empregada, destacando-se a freguesia de S. Nicolau cuja

diminuição aproxima-se dos 50%.

Page 200: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

199

Quadro 49 - População residente empregada segundo o nível de escolaridade em 2011

por local de residência

Nível de escolaridade Nível de escolaridade da população empregada residente à data dos censos 2011

Continente Norte Grande Porto

Porto Lisboa Grande Lisboa

N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Total 4150252 1501883 532190 88452 1223276 898041

Nenhum nível de escolaridade 46623 14345 4633 713 16139 12144

Ensino básico - 1º ciclo 683841 288172 81413 10697 141900 103088

Ensino básico - 2º ciclo 486820 234755 58750 5713 84535 59789

Ensino básico - 3º ciclo 772093 289611 94527 11604 201078 139434

Ensino secundário 1023398 323624 122580 16635 336553 236813

Ensino pós-secundário 57208 17697 7381 996 19925 14528

Bacharelato 95102 26859 14584 3162 36591 27923

Licenciatura 776965 242765 114978 28055 300263 232987

Mestrado 166080 50958 25459 7518 68921 56272

Doutoramento 42122 13097 7885 3359 17371 15063 Fonte: INE, Censos 2011

Nota analítica:

A grande maioria da população empregada residente do Concelho do Porto possui

licenciatura (32%), seguida da população empregada possuindo o ensino secundário que

ocupa o 2º lugar com 19%

No pólo inverso, surge a população empregada sem nenhum nível de escolaridade com

uma representatividade de apenas 0,8% no total de população empregada residente no

Concelho (88.452), seguido da população empregada com ensino pós-secundário com

1,1%.

Ver anexo 7 - quadro 1 - População empregada por local de residência e grupo etário; e o quadro 2 - População desempregada por nível

de escolaridade

Page 201: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

200

Quadro 50 - População residente nas freguesias do Concelho do Porto empregada, por

nível de escolaridade em 2011

Fonte: INE, Censos 2011

Nota: Referência em 2001 - CEP 2007, volume I, capítulo IV, pagina 9.

Local de residência (à data dos

Censos 2011)

População empregada/ Nível de escolaridade

Nível de escolaridade

Nenhum nível de

escolaridade

Ensino básico - 1º ciclo

Ensino básico - 2º

ciclo

Ensino básico - 3º

ciclo

Ensino secundário

Ensino pós-secundário

Bacha relato

Licencia tura

Mes trado

Douto ramento

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Porto 713 10697 5713 11604 16635 996 3162 28055 7518 3359

Aldoar 36 524 302 583 780 41 214 1688 420 221

Bonfim 69 944 582 1233 1838 106 336 2683 711 297

Campanhã 127 2237 1199 2029 2208 120 209 1635 415 140

Cedofeita 65 741 420 912 1590 121 349 3146 881 429

Foz do Douro

29 238 143 309 660 36 222 2002 540 250

Lordelo do Ouro

77 1040 528 1002 1312 74 315 2910 800 369

Massarelos 21 255 139 325 427 32 81 1034 315 174

Miragaia 6 169 66 123 122 13 14 151 37 25

Nevogilde 9 73 23 81 302 14 133 1076 294 123

Paranhos 122 1923 1003 2220 3254 203 551 5301 1456 630

Ramalde 82 1586 887 1901 2917 161 597 5257 1310 583

Santo Ildefonso

32 413 195 454 751 49 110 864 256 88

São Nicolau 8 179 68 121 128 5 5 67 15 5

Sé 22 243 111 215 234 9 19 129 37 15

Vitória 8 132 47 96 112 12 7 112 31 10

Page 202: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

201

Quadro 51 - População empregada por local de residência e por ramo de atividade em

2011

Fonte: Censos 2011

Atividade económica (CAE Rev. 3)

População empregada/Local de residência

Local de residência (à data dos Censos 2011)

Portugal Norte Grande Porto

Porto Lisboa Grande Lisboa

Lisboa

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca

133386 43023 6966 242 8810 3992 685

Indústrias extrativas 12880 4470 369 35 880 483 87

Indústrias transformadoras 713367 362099 86355 8341 113130 75433 12121

Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio

27235 8362 3301 562 7554 5215 1385

Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição

28980 9193 3702 433 8086 5633 810

Construção 372247 149724 33614 3262 73491 52227 9792

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos

753295 261852 104871 15148 204118 148911 29837

Transportes e armazenagem 161258 42913 21999 2589 59636 44359 9588

Alojamento, restauração e similares 291761 80656 34143 5977 88463 65641 16183

Atividades de informação e de comunicação

102359 21841 12866 2849 58301 46158 15424

Atividades financeiras e de seguros 104553 25786 13952 3456 52381 41330 13525

Atividades imobiliárias 26349 7171 4002 983 11185 8747 2974

Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares

179620 52563 27115 7329 76415 61974 23898

Atividades administrativas e dos serviços de apoio

190054 49096 25600 4792 79618 60455 14928

Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória

314631 78663 27265 4769 102196 69953 19259

Educação 376743 128220 49732 11459 98943 72056 21575

Atividades de saúde humana e apoio social

356598 109017 47186 10546 102672 75022 21763

Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas

43726 11563 6034 1346 17022 13281 4463

Outras atividades de serviços 89371 29018 12088 2008 30419 22587 5423

Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de produção das famílias para uso próprio

81585 26558 10954 2294 29152 23898 5577

Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

1189 95 76 32 804 686 269

Page 203: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

202

Quadro 52 - População empregada por local de residência e por ramo de atividade em

2001

Fonte: INE, Censos 2001

Atividade económica (CAE Rev. 2.1)

População empregada /Local de residência (à data dos Censos 2001)

Local de residência

Portugal Continente Norte Grande Porto

Porto Lisboa Grande Lisboa

Lisboa

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Agricultura, produção animal, caça e silvicultura

215598 197766 74780 6717 390 12235 6589 1111

Pesca 16048 13837 3946 3125 30 2429 582 92

Indústrias extrativas 18093 17875 6958 483 56 1528 901 153

Indústrias transformadoras 1009842 994547 527077 146507 17236 171607 117437 21459

Produção e distribuição de eletricidade, gás e água

34446 32168 10267 4465 812 11146 7676 1889

Construção 570257 537086 213777 58449 5980 124935 87726 17271

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico

767210 738588 264496 114854 22071 221675 166042 38330

Alojamento e restauração (restaurantes e similares)

257661 241475 68673 29618 6305 80251 60169 15543

Transportes, armazenagem e comunicações

208584 198963 52142 28289 5497 88307 67546 18177

Atividades financeiras 95985 93294 24449 14606 4459 48695 39289 12563

Atividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas

269596 261991 70779 41712 11631 130699 104124 35231

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória

368517 344619 86173 32419 7346 130373 93341 26887

Educação 325463 308786 107124 43480 12751 89465 67254 22299

Saúde e ação social

262098 249771 75715 37213 10551 84445 63322 20126

Outras atividades de serviços coletivos, sociais e pessoais

117155 112230 33823 16467 3962 47469 37281 11938

Atividades das famílias com empregados domésticos e atividades de produção das famílias para uso próprio

113000 107061 35848 17065 4487 38892 31343 8183

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

1394 654 76 60 29 522 445 192

Page 204: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

203

Quadro 53 - População residente empregada por sector de atividade em 2001 e 2011

Local de residência

População empregada/Sector de atividade económica

População empregada /Sector de atividade económica

Período de referência dos dados Período de referência dos dados

2001 2011

Sector de atividade económica Sector de atividade económica

Sector primário

Sector secundário

Sector terciário (social)

Sector terciário

(económico)

Sector primário

Sector secundário

Sector terciário (social)

Sector terciário

(económico)

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Portugal 231646 1632638 1187627 1599036 133386 1154709 1254273 1818819

Continente 211603 1581676 1123121 1534311 121055 1115357 1179316 1734524

Norte 78726 758079 338759 480539 43023 533848 379768 545244

Grande Porto 9842 209904 146704 229079 6966 127341 151793 246090

Porto 420 24084 39126 49963 242 12633 32226 43351

Lisboa 14664 309216 391166 569627 8810 203141 377982 633343

Grande Lisboa 7171 213740 292986 437170 3992 138991 275104 479954

Lisboa 1203 40772 89625 119844 685 24195 77885 126801 Fonte: INE, Censos 2011 e Censos 2001

Nota analítica:

Os sectores de atividade que abrangem mais população empregada residente no Concelho do

Porto são o sector terciário económico e o sector terciário social quer em 2001 quer em 2011.

Page 205: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

204

Conclusões

A ação municipal em matéria de educação fica assim desenhada num

documento que pretende fornecer a base para que se perspetivem outras

análises e pistas de monitorização, acompanhamento, avaliação da ação numa

lógica de melhoria continua.

A CEP como produto publicado em 2007 constituiu o ponto de partida deste

trabalho tendo as assunções plasmadas no Volume III, Cap. VI (p.48-49)

constituído o mote organizador das lógicas e opções metodológicas intrínsecas a

este documento tendo o foco das análises sido aquilo que é entendido na

CEP como nuclear em termos de atuação municipal em matéria de

educação.

Os constrangimentos temporais não permitiram alavancar uma análise em

extensão e intensidade à atuação de todos os agentes educativos desafiados

pela CEP a organizar os seus projetos em consonância com as linhas de atuação

propostas em quadro estratégico para desenvolvimento dos sistemas de

educação e formação no Porto – o que seria um desafio, desta vez, à equipa de

monitorização da CEP (talvez o próximo…).

A CEP define no seu volume III a estratégia de desenvolvimento do sistema

educativo do Porto que consubstancia, na prática, um vasto programa de

atuação que responsabiliza um conjunto alargado de entidades abrangendo

várias áreas de atuação no domínio educativo e formativo. Trata-se, de facto…,

de uma carta de compromisso, não assinada, que deverá originar

Page 206: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

205

posteriormente um programa de ação concreto (CEP, 2007, Capítulo VI, p.

48).

Apesar do desafio que a CEP lança a todos os agentes educativos da cidade,

salienta que “Há a plena consciência que a CEP contempla várias e distintas

propostas de intervenção ou recomendações quanto a medidas de política ou a

ações concretas, passíveis de virem a ser concretizadas a curto ou a médio

prazo. Tal não quer significar que não se reconheçam as questões tidas

como prioritárias, ou seja, os aspetos nucleares da estratégia

assumida” (idem).

Neste relatório centrámo-nos muito particularmente nas informações relativas

aquilo que a CEP denomina de aspetos nucleares da estratégia

assumida/questões prioritárias no que respeita à intervenção

municipal, sendo que estas ações são identificadas na CEP como integrando

3+1 vetores-chave, inseridos em dois conjuntos. No primeiro conjunto

inserem-se o reforço da educação pré-escolar de modo a se garantir uma

melhor e mais generalizada oferta, a requalificação da rede escolar quanto a

JI e a EB1, e ainda, a continuação de uma aposta forte no desenvolvimento

de atividades extracurriculares em articulação estreita com as escolas.

No segundo conjunto surge o compromisso do Município do Porto de continuar o

trabalho de mobilização e dinamização da comunidade para a valorização

da educação como condição de desenvolvimento (CEP, 2007, Volume III, Cap.

VI, p.49).

Podemos constatar como a ação da autarquia tem vindo a evoluir no sentido da

melhoria nas matérias nucleares mencionadas na Carta Educativa:

Page 207: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

206

No reforço da educação pré-escolar, no tocante aos estabelecimentos

escolares e espaços associados, a requalificação, os melhoramentos, as

ampliações de salas, as beneficiações e requalificações dos recreios retratadas

no capitulo 1 deste relatório revelam a preocupação da autarquia neste

vetor/eixo prioritário. A componente de apoio à família (CAF) no pré-escolar

tem revelando também na sua ação uma lógica de melhoria contínua

comprovada pelo recente projeto Porto de Apoio à família (apresentado no

cap.II).

Na Requalificação da rede escolar, o município tem levado a cabo um

conjunto de intervenções importantes para a valorização do espaço escolar

como fator de desenvolvimento da educação no pré-escolar e 1º CEB.

Estas intervenções que são retratadas no capítulo I deste relatório foram

também indispensáveis ao processo de reordenamento da rede tendo por

base as propostas da CEP e em ajustamento com as posteriores necessidades

identificadas. Acompanhámos e divulgámos as mudanças ocorridas neste

processo em consonância com o Decreto-Lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro, no

seu ponto 3, artigo 11º “A carta educativa deve promover o desenvolvimento

do processo de agrupamento de escolas, com vista à criação nestas das

condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de excelência e de

competências educativas, bem como as condições para a gestão eficiente e

eficaz dos recursos educativos disponíveis”.

O desenvolvimento das atividades extracurriculares tem sido um facto

revelado pelos números apresentados da grelha de ação respetiva (capitulo II),

em articulação estreita com as escolas, sendo de salientar também a lógica da

qualidade que se tem tentado imprimir neste vetor demonstrada pela realização

de um estudo de impacto da ação.

Page 208: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

207

A dinâmica do Programa para o Desenvolvimento das Atividades

Extracurriculares promovido e coordenado pela autarquia, apresentada neste

relatório é o espelho de uma ação concertada em prol da operacionalização do

conceito de Escola a tempo inteiro com qualidade!

O segundo capítulo deste relatório revela também no seu ponto II.2 como o

Município do Porto deu continuidade ao trabalho de mobilização e

dinamização da comunidade para a valorização da educação no sentido

do desenvolvimento e qualificação dos jovens, dos que se encontram e dos que

saíram do sistema formal de ensino.

Têm sido vários os projetos socioeducativos que, quer o Departamento

Municipal de Educação, quer as restantes Unidades Orgânicas e Entidades

Participadas têm vindo a promover nesta linha de atuação identificada na CEP

como o 4º vetor nuclear.

Exemplos disso são o Programa Porto de Futuro; Porto de Crianças; Educação

para os Valores, etc.

Para além dos aspetos nucleares retratados, materializados em intervenções e

projetos concretos, abordados, também conseguimos perceber através duma

análise às lógicas de atuação que as mesmas têm evoluído, no reforço duma

dinâmica que se pretende concertada e articulada em consonância com as

recomendações da CEP.

Page 209: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

208

O Plano Municipal de Educação, elaborado em 2011 consubstanciou um

impulso nesta direção, na qual veio posteriormente a convergir o Projeto

Educativo Municipal, em construção.

O Projeto Educativo Municipal pretende operacionalizar capazmente o conceito

de Cidade Educadora, consensualizando de forma integrada a ação da cidade

em matéria de educação tentando levar à prática o desafio lançado a todos os

agentes educativos na Carta Educativa em 2007, assumindo nesta senda, a

Autarquia um papel de agente mobilizador de vontades em prol do

desenvolvimento dos sistemas de educação e formação da cidade.

Page 210: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

209

Fontes de Informação

Legislação Consultada

- Lei nº159/99 de 14 de Setembro

- Lei nº169/99 de 18 de setembro

- Lei nº5-A/2002 de 11 de janeiro

- Lei nº41/2003, de 22 de Agosto

- Decreto-Lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro

- Decreto -Lei nº 75/2008, de 22 de abril

- Decreto -Lei nº 224/2009, de 11 de Setembro

- Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de Julho

- Proposta de Lei nº 104/XI

- Lei nº 5/97 de 10 de Fevereiro

- Decreto - Lei nº 147/97 de 11 de Julho

- Portaria 583/97

- Portaria 1044-A/2008

- Desp. Conjunto nº 300/97

- Decreto-lei nº220/2008 de 12 de Novembro

- Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro

- Despacho nº14460/08 de 26 de maio

- Despacho nº 8683/2011 de 28 de Junho

- Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro

- Decreto-lei nº 399 - A/34 de 28 de dezembro

- Despacho nº 12284/2011 de 19 de setembro

- Despacho nº 11886-A/2012 de 6 de setembro

- Decreto-Lei nº 55/2009 de 2 de março - artigo 10º

- Decreto-Lei nº 176/2003, de 2 de agosto - artigos 9.º e 14.º

- Despacho nº22251/2005

Page 211: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

210

Sites consultados

http://www.cm-porto.pt/

http://www.dgeec.mec.pt/np4/home

http://www.gepe.min-edu.pt/np4/estatisticas

http://roteiro.min-edu.pt/

http://www.ine.pt/

http://www.portugal.gov.pt/

http://europa.eu/index_pt.htmeurostat

http://ec.europa.eu/portugal/comissao/destaques/20100303_europa_2020_pt.htm

Page 212: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

211

ANEXOS

Page 213: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

212

ANEXO 1

Intervenções executadas por ano em matéria de Requalificação no

período 2007-2013

Quadro 1 – Estabalecimentos escolares construídos, reconstruídos e

extintos

Construções Novas (de raíz)

Estabelecimentos

Construídos

Ano Agrupamento Freguesia OBS

EB das Antas

(com JI integrado) 2010 AE António Nobre Campanhã

Entidade gestora: GOP

(EB – 1º CEB – com

características de Centro

Escolar)

Construção com aproveitamento do edifício pré-existente

EB S. Miguel de

Nevogilde

(JI integrado)

2011 Garcia de Orta Aldoar Entidade gestora: GOP

Foi requalificado e ampliado.

Requalificação do recreio.

Extinções

EB1 Gólgota; EB1 Pinheiro; EB1 das Cruzes; EB1 S. Martinho de Aldoar e EB1 do Aleixo

Fonte: Departamento Municipal de Educação - documento com dados coligidos em Janeiro de 2012 (intervenções até 2010) e Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013- dados recolhidos em reunião com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares

(intervenções a partir de 2010).

Page 214: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

213

Quadro 2 – Requalificações desde 2007

Requalificações desde 2007

Estabelecimentos

requalificados (EB – 1º CEB)

Ano Agrupamento Freguesia da EB OBS

EB Covelo

(JI integrado)

2007 Eugénio de

Andrade

Paranhos Entidade gestora: GOP

Para além de Requalificado

foi também efetuada

colocação de equipamentos

de recreio

EB Falcão

(JI integrado)

2007 Cerco Campanhã Entidade gestora: GOP

EB Torrinha

(JI integrado)

2007 Rodrigues de

Freitas

Cedofeita Entidade gestora: GOP

Para além de Requalificado

foi também efetuada

colocação de equipamentos

de recreio.

EB Campo 24 de Agosto

(JI integrado)

2008 Alexandre

Herculano

Bonfim Entidade gestora: GOP

EB Viso

(JI integrado)

2008 Viso Ramalde Entidade gestora: GOP

Foi requalificado, ampliado

e alvo de colocação de

equipamentos de recreio

EB S. Tomé

(JI integrado)

2009 Amial Paranhos Entidade gestora: GOP

Para além de Requalificado

foi também efetuada

colocação de equipamentos

de recreio

EB Bom Sucesso

2009 Infante D.

Henrique

Cedofeita Entidade gestora: GOP

Foi requalificado, ampliado

e alvo de colocação de

equipamentos de recreio.

EB Lordelo

(JI integrado)

2010 Leonardo

Coimbra

Lordelo do Ouro Entidade gestora: GOP

Para além de Requalificado

foi também efetuada

colocação de equipamentos

Page 215: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

214

Fonte: Departamento Municipal de Educação - documento com dados coligidos em Janeiro de 2012

(intervenções até 2010) e Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013- dados recolhidos em reunião com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares (intervenções a partir de 2010).

de recreio.

EB Noeda

(JI integrado)

2011 Alexandre

Herculano

Campanhã Entidade gestora: GOP

Foi requalificado, ampliado

e alvo de colocação de

equipamentos de recreio.

EB Castelos

(JI integrado)

2010/20

11

Fontes Pereira de

Melo

Ramalde Entidade gestora: GOP

Para além de Requalificado

foi também efetuada

colocação de equipamentos

de recreio

EB Miosótis

(JI integrado)

2011 Amial Paranhos Entidade gestora: GOP

Foi requalificado e

ampliado.

Requalificação do recreio.

EB Costa Cabral

(JI integrado)

2011 Eugénio de

Andrade

Paranhos Entidade gestora: GOP

Foi requalificado e

ampliado.

Requalificação do recreio.

Em 2012 foi integrado JI.

EB Bom Pastor

(JI integrado)

2012 Carolina Micaelis Paranhos Entidade gestora: GOP

Requalificação do edifício.

Requalificação do recreio.

EB Campinas

(JI integrado)+(Unidade especial)

2012 Viso Ramalde Entidade gestora: GOP

Foi requalificado e

ampliado.

Requalificação do recreio.

Page 216: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

215

Quadro 3 – Obras de Beneficiação desde 2007

Obras de Beneficiação

Estabelecimentos (EB –

1º CEB)

Ano Agrupamento atual Freguesia da EB OBS

JI Barbosa du Bocage 2008 Infante D. Henrique Massarelos Entidade gestora: DOMUS

Social

Beneficiação

EB S. João de Deus

(JI integrado)

2009 António Nobre Campanhã Entidade gestora: DOMUS

Social

Beneficiação

EB Campinas

(JI integrado)

2010 Viso Ramalde Entidade gestora: sem

informação

Beneficiação da cantina

EB Bandeirinha

(JI integrado)

2010 Rodrigues de Freitas Miragaia Entidade gestora: DOMUS

Social

Pintura geral.

EB Monte Belo

(JI integrado)

2011 António Nobre Campanhã Entidade gestora: DOMUS

Social.

Criação de mais 2 salas

para ampliação do JI.

EB Fernão Magalhães

(JI integrado)

2012 Aurélia de Sousa Bonfim Entidade gestora: DOMUS

Social

Criação de JI (3 salas)

Instalação de parque

infantil no recreio.

EB Paulo da Gama

(JI integrado)

2012 Garcia de Orta Foz do Douro Entidade gestora: GOP e

DOMUS Social

Criação de mais 2 salas

Page 217: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

216

Fonte: Departamento Municipal de Educação - documento com dados coligidos em Janeiro de 2012 (intervenções até 2010) e Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013- dados recolhidos em reunião

com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares (intervenções a partir de 2010).

para ampliação do JI.

Obras de beneficiação de

2 salas no JI

Instalação de parque

infantil no recreio.

EB Fontinha

(JI integrado)

2012 Aurélia de Sousa Sto Ildefonso Entidade gestora: DOMUS

Social e GOP

Criação de mais 2 salas

para ampliação do JI.

Instalação de parque

infantil no recreio.

EB Fonte da Moura

(JI integrado)

2012 Manoel de Oliveira Aldoar Entidade gestora: DOMUS

Social

Criação de JI (2 salas)

Instalação de parque

infantil no recreio.

EB Augusto Lessa

(JI integrado)

2012 Eugénio de Andrade Paranhos Entidade gestora: DOMUS

Social

Criação de mais 2 salas

para ampliação do JI.

EB António Aroso

(JI integrado)

2012 Manoel de Oliveira Aldoar Entidade gestora: DOMUS

Social

Obras de beneficiação no

edifício a nível interior.

Page 218: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

217

Quadro 4 – Reserva de Terrenos

Fonte: DMGE , Maio 2013- dados recolhidos em reunião com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares

Notas:

- Requalificações – implicam obras gerais no edifício escolar.

- Requalificação dos recreios - implicam obras gerais no espaço de recreio escolar.

- Beneficiação – implica obras de melhoramentos nas escolas.

- Ampliações – Implicam a realização de intervenções destinadas à ampliação do edifício escolar para criação de

novas salas de aula; ginásios; refeitórios e outros espaços.

- Colocação de equipamentos de recreio – implica a instalação no espaço do recreio de equipamentos destinados

a atividades desportivas e de lazer.

- Instalação de parques Infantis – Implica a instalação de equipamentos infantis destinados a crianças dos 3-10

anos)

Reserva de terrenos

Até ao momento encontram-se reservados 2 terrenos para novas construções escolares (UOPG1 e

UOPG17)

Page 219: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

218

ANEXO 2

Evolução da rede escolar de competência municipal (2007-2013)

Quadro 1 - Rede escolar de competência municipal em 2007

Agrupamento

Estabelecimentos Freguesias

Ag. Clara de Resende EB 1 João de Deus (nº 47) Ramalde

Ag. das Antas

EB 1 Montebello (nº 15)

Campanhã EB 1/JI Monte Aventino (nº 22)

JI Dó Ré Mi II (Rua de Contumil)

Ag. da Areosa EB1 /JI S. João de Deus (nº 58) Paranhos

Ag. Augusto Gil

EB1 Fernão de Magalhães (nº 4)

Bonfim

Stº Ildefonso

EB1 Florinhas (nº5)

EB1 José Gomes Ferreira (nº24)

EB1/JI Fontinha (nº 23)

JI Stº Ildefonso (Rua João das Regras) - GP

JI Stº Ildefonso (Travessa da Regeneração) - GP

JI Bonfim (Rua Dr. António de Sousa) - GP

Ag. de Miragaia EB1 de S. Miguel (nº19)

Miragaia EB1/JI da Bandeirinha (nº42)

EB1/JI de S. Nicolau (nº50)

Ag. do Amial EB1 dos Miosótis (nº18)

Paranhos EB1/JI de S. Tomé (nº20)

EB1/JI da Azenha (nº21)

EB1/JI da Agra (nº49)

Ag. do Cerco EB1/JI da Corujeira (nº6)

Campanhã

EB1/JI do Falcão (nº7)

EB1/JI do Cerco do Porto (nº9)

EB1/JI de S. Roque da Lameira (nº12)

EB1/JI Nossa Srª de Campanhã (nº13)

JI Dó Ré Mi I (Rua do Falcão) – GP

Page 220: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

219

Ag. do Viso EB1/JI do Viso (nº 37)

Ramalde

EB1/JI das Cruzes (nº44)

EB1/JI dos Correios (nº48)

EB1/JI das Campinas (nº 54)

JI de Ramalde (Av. Vasco da Gama) - GP

Ag. Eugénio de Andrade EB1 Augusto Lessa (nº 16)

Paranhos EB1 de Costa Cabral (nº17)

EB1/JI do Covelo (nº28)

Ag. Francisco Torrinha EB1 S. João da Foz (nº33)

Foz do Douro

Nevogilde

EB1 S. Miguel de Nevogilde (nº43)

EB1/JI Paulo da Gama (nº32)

JI Nevogilde (Rua de Corte Real)

JI Foz do Douro (Rua Burgal de Cima/Pe. Luís Cunha)

Ag. Gomes Teixeira EB1 Bom Sucesso (nº38)

Massarelos

Vitória

Cedofeita

EB1 de Gólgota (nº40)

EB1 Carlos Alberto (nº51)

EB1 S. Pinheiro (nº55)

EB1/JI Torrinha (nº27)

JI Vitória (Rua de Cedofeita) - GP

JI Massarelos (Rua Barbosa du Bocage) – GP

Ag. Irene Lisboa EB1 da Constituição (nº31)

Cedofeita

Paranhos

EB1/JI Ribeiro de Sousa (nº30)

EB1/JI Bom Pastor (nº57)

JI Miminho (Rua das Águas Férreas)

Ag. Leonardo Coimbra

filho

EB1 Condominhas (nº34)

Lordelo do Ouro

EB1/JI Lordelo (nº35)

EB1/JI Pasteleira (nº46)

EB1/JI Aleixo (nº56)

JI Lordelo do Ouro (Rua do Estoril/Esposende)

Ag. Manoel de Oliveira

EB1 S. Martinho de Aldoar (nº26)

Aldoar

EB1 Ponte (nº36)

EB1 Fonte da Moura (nº52)

EB1/JI Vilarinha (nº39)

EB1/JI António Aroso (nº53)

JI Aldoar (Rua de Angola) – GP

Page 221: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

220

Fonte: CEP, 2007

Ag. Maria Lamas

EB1/JI dos Castelos (nº29) Ramalde

Paranhos EB1/JI da Caramila (nº41)

EB1/JI do Padre Américo (nº45)

Ag. Pires de Lima

EB1/JI do Campo 24 de Agosto (nº1)

Bonfim

EB1/JI da Alegria (nº3)

EB1/JI da Sé (nº25)

JI da Sé (Largo Actor Dias) – GP

Ag. Ramalho Ortigão

EB1/JI das Flores (nº8)

Campanhã EB1/JI do Lagarteiro (nº 10)

EB1/JI da Lomba (nº11)

EB1/JI de Noeda (nº14)

Page 222: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

221

Quadro 2 - Rede escolar de competência municipal em 2013

Agrupamento Escola Ciclo de ensino regular Freguesias do

agrupamento de escolas

Alexandre Herculano

ES Alexandre Herculano Secundário + 3º CEB

Bonfim

campanhã

EB Ramalho Ortigão 2º e 3º CEB

EB Pires de Lima 2º e 3º CEB

EB Flores Pré-escolar + 1º CEB

EB Lomba Pré-escolar + 1º CEB

EB Noeda Pré-escolar + 1º CEB

EB Campo 24 de Agosto Pré-escolar + 1º CEB

EB Alegria Pré-escolar + 1º CEB

EB Sol Pré-escolar + 1º CEB

Pêro Vaz de Caminha

(Amial)

EB Pêro Vaz de Caminha EB 2/3

Paranhos

EB Miosótis Pré-escolar + 1º CEB

EB S. Tomé Pré-escolar + 1º CEB

EB Azenha 1º CEB

EB Agra Pré-escolar + 1º CEB

António Nobre

ES António Nobre Secundário + 3º CEB

Paranhos

Campanhã

EB Nicolau Nasoni 2º e 3º CEB

EB Areosa 2º e 3º CEB

EB Antas (Centro Escolar) Pré-escolar + 1º CEB

EB Montebello Pré-escolar + 1º CEB

EB Monte Aventino Pré-escolar + 1º CEB

EB S. João de Deus Pré-escolar + 1º CEB

Aurélia de Sousa

ES Aurélia de Sousa Secundário + 3º CEB

Bonfim EB Augusto Gil 2º e 3º CEB

EB Fernão de Magalhães Pré-escolar + 1º CEB

Page 223: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

222

EB Florinhas 1º CEB Stº Ildefonso

EB Fontinha Pré-escolar + 1º CEB

EB José Gomes Ferreira 1º CEB

JI Aurélia de Sousa Pré-escolar

Carolina Michaellis

ES Carolina Michaellis Secundário + 3º CEB

Cedofeita

Paranhos

EB Irene Lisboa 2º e 3º CEB

EB Constituição Pré-escolar + 1º CEB

EB Ribeiro de Sousa Pré-escolar +1º CEB

EB Bom Pastor Pré-escolar + 1º CEB

Cerco

ES Cerco Secundário + 3º e 2º CEB

Campanhã

EB Corujeira Pré-escolar + 1º CEB

EB Falcão Pré-escolar + 1º CEB

EB S. Roque da Lameira Pré-escolar + 1º CEB

EB N. Srª. de Campanhã Pré-escolar + 1º CEB

EB Lagarteiro Pré-escolar + 1º CEB

EB Cerco do Porto Pré-escolar + 1º CEB

JI da Rua do Falcão Pré-escolar

Clara de Resende

EB Clara de Resende Secundário + 3º e 2º CEB Ramalde

EB João de Deus 1º CEB

Leonardo Coimbra

(Filho)

EB Leonardo Coimbra Filho 2º e 3º CEB

Lordelo do Ouro EB Condominhas Pré-escolar + 1º CEB

EB Lordelo Pré-escolar + 1º CEB

EB Pasteleira Pré-escolar + 1º CEB

Eugénio de Andrade

EB Paranhos 2º e 3º CEB

Paranhos EB Augusto Lessa Pré-escolar + 1º CEB

EB Costa Cabral Pré-escolar + 1º CEB

EB Covelo Pré-escolar + 1º CEB

Page 224: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

223

Fontes Pereira de

Melo

ES Fontes Pereira de Melo Secundário + 3º CEB

Ramalde

Paranhos

EB Maria Lamas 2º e 3º CEB

EB Caramila Pré-escolar + 1º CEB

EB Castelos Pré-escolar + 1º CEB

EB Padre Américo Pré-escolar + 1º CEB

Garcia de Orta

ES Garcia de Orta Secundário + 3º CEB

Aldoar

Foz do Douro

Nevogilde

EB Francisco Torrinha 2º e 3º CEB

EB S. João da Foz 1º CEB

EB Paulo da Gama Pré-escolar + 1º CEB

EB S. Miguel de Nevogilde Pré-escolar + 1º CEB

Infante D. Henrique

ES Infante D. Henrique Secundário + 3º CEB

Massarelos EB Gomes Teixeira 2º e 3º CEB

EB Bom Sucesso 1º CEB

JI Barbosa du Bocage Pré-escolar

Manoel de Oliveira

EB Manoel de Oliveira Secundário + 3º CEB

Aldoar

EB Fonte da Moura Pré-escolar + 1º CEB

EB António Aroso Pré-escolar + 1º CEB

EB Ponte 1º CEB

EB Vilarinha Pré-escolar + 1º CEB

Rodrigues de Freitas

EB Rodrigues de Freitas Secundário + 3º CEB

Miragaia

Cedofeita

S. Nicolau

Vitória

EB Miragaia 2º e 3º CEB

EB Torrinha Pré-escolar + 1º CEB

EB Bandeirinha Pré-escolar + 1º CEB

EB S. Nicolau 1º CEB

EB Carlos Alberto 1º CEB

JI Vitória Pré-escolar

Page 225: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

224

Viso

EB Viso 2º e 3º CEB

Ramalde

EB do Viso Pré-escolar + 1º CEB

EB Correios Pré-escolar + 1º CEB

EB Campinas Pré-escolar + 1º CEB

JI Ferreira de Castro Pré-escolar + 1º CEB

Escola não agrupada

de ensino artístico Cons. de Música do Porto Secundário + 3º , 2º e 1º CEB Cedofeita

Fonte: Departamento Municipal de Educação, 2013

Page 226: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

225

ANEXO 3

Oferta/Procura Rede Escolar Municipal

Quadro 1 – Distribuição da oferta e da procura na rede 1º CEB publica

Agrupamento de Escolas

Total de salas Total de

alunos EB

Alunos Alunos Alunos Alunos Total de Turmas

EB1 Turmas

EB1 Carências

Denominação da Escola

de aula EB1 1. Ano 2 Ano 3. Ano 4. Ano

Turmas EB1

Reg. Normal

Reg Duplo

Sala de aulas

António Nobre 34 509 116 152 107 134 21 21 0 0

EB Montebello 9 179 26 49 52 52 7 7

EB Monte Aventino 5 97 25 25 23 24 4 4

Centro Escolar Antas 8 197 52 69 26 50 8 8

EB S. João de Deus 12 36 13 9 6 8 2 2

Aurélia de Sousa 26 492 116 118 136 122 21 21 0 0

EB Fernão de Magalhães 7 150 32 39 41 38 6 6

EB Florinhas 4 103 27 26 26 24 4 4

EB José Gomes Ferreira 5 88 20 18 27 23 4 4

EB Fontinha 10 151 37 35 42 37 7 7

JI Aurélia de Sousa 0

Amial 21 376 95 101 79 101 19 19 0 0

EB Miosótis 8 168 45 47 35 41 8 8

EB S. Tomé 5 80 20 22 19 19 4 4

EB Azenha 4 56 13 12 8 23 3 3

EB Agra 4 72 17 20 17 18 4 4

Clara de Resende 8 399 104 98 101 96 16 0 16 8

EB João de Deus 8 399 104 98 101 96 16 0 16 8

Cerco 38 758 185 180 210 183 40 31 9 5

EB Corujeira 5 157 40 38 39 40 8 2 6 3

EB Falcão 6 142 30 42 38 32 8 6 2 1

EB S. Roque da Lameira 4 83 21 22 21 19 4 4 0 1

EB N. Srª. de Campanhã 4 77 23 17 18 19 4 4 0 0

EB Cerco do Porto 8 171 35 42 52 42 9 8 1 0

EB Lagarteiro 11 128 36 19 42 31 7 7 0

JI Rua do Falcão 0 0

Page 227: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

226

Alexandre

Herculano 51 740 136 215 179 210 37 37 0 0

EB Campo 24 de Agosto 11 227 28 68 50 81 10 10

EB Alegria 10 94 17 39 23 15 5 5

EB Sé 7 109 21 27 29 32 5 5

EB Flores 9 156 38 40 41 37 8 8

EB1 Lomba 9 98 18 23 24 33 5 5

EB Noeda 5 56 14 18 12 12 4 4

Dr. Leonardo Coimbra Filho 18 235 49 80 47 59 13 13 0 0

EB Condominhas 7 101 20 35 16 30 5 5

EB Lordelo 5 72 14 28 16 14 4 4

EB Pasteleira 6 62 15 17 15 15 4 4

Eugénio de Andrade 31 577 141 136 145 155 29 29 0 0

EB Augusto Lessa 11 160 37 45 38 40 10 10

EB Costa Cabral 12 271 78 48 63 82 12 12

EB Covelo 8 146 26 43 44 33 7 7

Garcia da Orta 34 697 191 206 136 164 30 30 0 0

EB S.João da Foz 12 261 61 65 70 65 12 12

EB Paulo da Gama 8 87 26 20 20 21 4 4

CE S. Miguel de Nevogilde 14 349 104 121 46 78 14 14

Infante D. Henrique 14 258 63 60 65 70 12 12 0 0

EB Bom Sucesso 14 258 63 60 65 70 12 12

JI Rua Barbosa du Bocage 0 0

Carolina Michaelis 21 387 76 89 109 113 18 18 0 0

EB Constituição 8 124 20 42 41 21 6 6

EB Ribeiro de Sousa 9 204 39 47 43 75 9 9

EB Bom Pastor 4 59 17 0 25 17 3 3

Manoel de Oliveira 29 544 132 146 142 124 27 27 0 0

EB Fonte da Moura 8 148 34 40 33 41 8 8

EB António Aroso 6 75 14 22 20 19 4 4

EB Ponte 7 157 42 40 52 23 7 7

EB Vilarinha 8 164 42 44 37 41 8 8

Fontes Pereira de Melo 19 300 74 90 69 67 14 14 0 0

EB Caramila 6 79 18 19 20 22 4 4

EB Castelos 8 160 46 54 35 25 7 7

EB Padre Américo 5 61 10 17 14 20 3 3

Rodrigues de Freitas 34 649 169 157 166 157 30 30 0 0

EB Bandeirinha 5 105 25 32 30 18 5 5

EB S. Nicolau 7 73 21 16 19 17 4 4

EB Carlos Alberto 6 110 23 23 36 28 5 5

EB Torrinha 16 361 100 86 81 94 16 16

JI da Praça de Carlos Alberto 0 0

Page 228: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

227

Fonte: Agrupamentos de Escolas (atualização:18-09-2012)

Viso 23 363 97 96 81 89 18 18 0 0

EB Viso 8 168 47 40 39 42 7 7

EB Correios 7 116 31 39 20 26 7 7

EB Campinas 8 79 19 17 22 21 4 4

JI Ferreira de Castro Ramalde 0 0

Conservatório de Música do Porto 4 92 22 22 23 25 4 4

TOTAIS 405 7376 1766 1946 1795 1869 349 324 25 13

Page 229: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

228

Quadro 2 – Distribuição da oferta e da procura na rede pré-escolar de competência

municipal

Agrupamento de Escolas

Total de salas

Total de

alunos

Alunos Alunos c/ salas de horário

Denominação da Escola atividades c_almoço prolongamento prolongamento JI

António Nobre 8 199 175 73 5

EB Montebello 3 75 58 9 1

EB Monte Aventino 1 25 21 13 1

Centro Escolar Antas 3 75 74 43 2

EB S. João de Deus 1 24 22 8 1

Aurélia de Sousa 11 222 218 92 7

EB Fernão de Magalhães 4 84 84 35 3

EB Fontinha 3 52 50 27 2

JI Aurélia de Sousa 4 86 84 30 2

Amial 7 140 101 83 4

EB Miosótis 2 43 22 37 2 8:45-17:30

EB S. Tomé 2 41 38 25 1 9:00-17:30

EB Azenha

EB Agra 3 56 41 21 1 9:00-17:30

Clara de Resende 0 0 0 0 0

EB João de Deus

Cerco 12 264 233 38 7

EB Corujeira 2 50 40 9 1

EB Falcão 1 23 17 2 1

EB S. Roque da Lameira 1 25 18 4 1 9:00-18:00

EB N. Srª. de Campanhã 1 25 22 2 1 8:30-18:00

EB Cerco do Porto 2 36 32 5 1

EB Lagarteiro 2 46 45 1 1

JI Rua do Falcão 3 59 59 15 1

Alexandre Herculano 10 218 150 105 8

EB Campo 24 de Agosto 1 25 18 7 1

EB Alegria 1 24 14 1 1

EB Sol 3 56 43 56 3

EB Flores 1 25 13 8 1

EB1 Lomba 2 46 29 19 1

EB Noeda 2 42 33 14 1

Dr. Leonardo Coimbra Filho 5 100 85 19 3

EB Condominhas 2 39 35 10 1

EB Lordelo 2 38 28 3 1

EB Pasteleira 1 23 22 6 1

Eugénio de Andrade 6 125 114 97 5

EB Augusto Lessa 3 59 57 50 2

EB Costa Cabral 2 45 37 32 2

EB Covelo 1 21 20 15 1

Page 230: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

229

Fonte: Agrupamentos de escolas atualização em 23-10-2012

Garcia da Orta 10 217 191 134 7

EB S.João da Foz

EB Paulo da Gama 4 77 63 29 2

CE S. Miguel de Nevogilde 6 140 128 105 5

Infante D. Henrique 4 79 79 55 3

JI Rua Barbosa du Bocage 4 79 789 55 3

Carolina Michaelis 6 140 119 62 3

EB Constituição 4 90 81 45 2

EB Ribeiro de Sousa

EB Bom Pastor 2 50 38 17 1

Manoel de Oliveira 5 118 112 80 5

EB Fonte da Moura 2 47 46 39 2

EB António Aroso 1 21 18 8 1

EB Ponte

EB Vilarinha 2 50 48 33 2

Fontes Pereira de

Melo 5 105 87 42 4

EB Caramila 1 21 18 6 1

EB Castelos 3 64 51 32 2

EB Padre Américo 1 20 18 4 1

Rodrigues de Freitas 6 119 117 97 5

EB Bandeirinha 2 27 27 20 1

EB Torrinha 2 49 47 34 2 8:30-18:30

JI da Praça de Carlos Alberto 2 43 43 43 2

Viso 9 203 188 79 5

EB Viso 1 24 20 8 1

EB Correios 1 25 23 17 1

EB Campinas 5 109 106 37 2

JI Ferreira de Castro Ramalde 2 45 39 17 1

Totais 104 2249 1969 1056 71

Page 231: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

230

Quadro 3 – Distribuição dos recursos humanos de competência municipal pelos jardins de

infância

AGRUPAMENTOS/JI CATEGORIA

Total

AE ALEXANDRE HERCULANO

Assistente

Técnico

Assistente

Operacional

Nº Nº

EB da Alegria 1 1 2

EB do Campo 24 de Agosto 1 1 2

EB das Flores 1 1 2

EB da Lomba 1 2 3

EB de Noêda 1 2 3

EB do Sol 2 4 6

Total 7 11 18

AE AMIAL Nº Nº

EB Agra do Amial 2 2 4

EB dos Miosótis 1 2 3

EB de S. Tomé 2 2 4

Total 5 6 11

AE ANTÓNIO NOBRE Nº Nº

EB das Antas 2 3 5

EB do Monte Aventino 1 1 2

EB de Montebello 4 2 6

EB de S. João de Deus 1 1 2

Total 8 7 15

Page 232: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

231

AE AURÉLIA DE SOUSA Nº Nº

JI Aurélia de Sousa 1 1 2

JI Agostinho de Jesus e Sousa 1 1 2

EB de Fernão Magalhães 1 4 5

EB da Fontinha 3 2 5

Total 6 8 14

AE CAROLINA MICHAELIS Nº Nº Total

EB do Bom Pastor 2 2 4

EB da Constituição 1 3 4

Total 3 5 8

AE CERCO DO PORTO Nº Nº Total

EB do Cerco do Porto 1 2 3

EB da Corujeira 1 2 3

EB do Falcão 1 1 2

EB do Lagarteiro 2 1 3

EB Nª S. Campanhã 1 1 2

EB de S. Roque da Lameira 1 1 2

Total 7 8 15

AE DR. LEONARDO COIMBRA Nº Nº Total

EB das Condominhas 1 3 4

EB da Pasteleira 1 1 2

EB de Lordelo 1 2 3

Total 3 6 9

AE EUGÉNIO DE ANDRADE Nº Nº Total

Page 233: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

232

EB Augusto Lessa 2 3 5

EB de Costa Cabral 1 2 3

EB do Covelo 2 1 3

Total 5 6 11

AE FONTES PEREIRA DE MELO Nº Nº Total

EB da Caramila 1 1 2

EB dos Castelos 4 3 7

EB de Padre Américo 1 1 2

Total 6 5 11

AE GARCIA DE ORTA Nº Nº Total

EB de Paulo da Gama 1 4 5

EB S. Miguel de Nevogilde 2 5 7

Total 3 9 12

AE INFANTE D. HENRIQUE Nº Nº Total

J I Barbosa Du Bocage 3

3 6

AE MANOEL DE OLIVEIRA Nº Nº Total

EB António Aroso 1 1 2

EB da Fonte da Moura 1 2 3

EB da Vilarinha 2 1 3

Total 4 4 8

AE RODRIGUES DE FREITAS Nº Nº Total

EB da Bandeirinha 1 1 2

EB da Torrinha 2 2 4

Total 3 3 6

Page 234: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

233

AE VISO Nº Nº Total

EB das Campinas 2 5 7

EB dos Correios 1 1 2

EB do Viso 1 2 3

Total 4 8 12

Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013

Page 235: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

234

Anexo 4

Grelha das Conclusões dos traços caracterizadores do sistema educativo

do Porto segundo a CEP,2007

Informações da CEP,2007 em termos das conclusões

por domínios de análise

Referencia

5.1 - A oferta e a procura de educação Capítulo V ,

P.118, 119

Na última década, a tendência de evolução das frequências escolares foi marcada por uma diminuição

do número de alunos matriculados em todos os níveis de ensino, embora tenha havido uma ligeira

inversão desta tendência nos dois últimos anos lectivos. O pré-escolar escapa a esta tendência ao

apresentar dois movimentos distintos: até 2001/02 um aumento significativo da frequência dos

jardins-de-infância, a que se seguiu uma redução até ao presente. Não obstante esta diminuição

generalizada, a verdade a que a cidade continua a concentrar uma população escolar de grande

dimensão que muito ultrapassa os seus limites administrativos. Apesar da maior expressão do ensino

público, as escolas particulares têm grande representatividade no Porto, sendo as principais

responsáveis pela atracção exercida sobre a população em idade escolar residente nos concelhos

vizinhos.

Após a escolaridade obrigatória, ou seja, a nível do ensino secundário, a escolha claramente

dominante centra-se nos cursos gerais, havendo uma procura cada vez menor de cursos do ensino

tecnológico. Esta aposta nos cursos gerais, geralmente vocacionados para o prosseguimento de

estudos a nível do ensino superior, justifica em parte a falta acentuada de técnicos e profissionais de

nível intermédio. A valorização deste tipo de ensino, inclusivamente desde o 3º ciclo do ensino básico,

aparece como uma necessidade, sendo mesmo apontada como uma medida fundamental por alguns

dos agentes educativos inquiridos (é o caso, entre outros, dos órgãos de gestão das escolas e de

alguns membros do Conselho Municipal de Educação). Esta aposta passa, também, pela necessidade

de combater uma certa imagem negativa e algo desqualificada que se tem do ensino tecnológico e

profissional, mais vocacionado para a inserção na vida activa. Esta desvalorização ficou bem patente

na opinião recolhida junto dos alunos e das famílias: uma grande maioria aspira à obtenção de um

diploma do ensino superior, sendo muito poucos os que desejam frequentar um curso profissional.

Um corpo docente experiente e com competências diversificadas contribui para tornar o ensino

atractivo e de qualidade. A cidade do Porto beneficia deste capital. As novas condições criadas em prol

de uma maior estabilidade dos professores, essencialmente no caso do 1º ciclo, constitui uma

melhoria muito positiva ao evitar a sua elevada rotatividade e ao permitir um trabalho continuado ao

longo de todo o 1º ciclo.

A melhoria da qualidade e da atractividade da formação profissional é um desafio determinante para o

futuro, conforme é reconhecido a todos os níveis. A oferta de formação profissional no Porto tem

aumentado significativamente e novas modalidades têm sido implementadas. Esta é uma via a

prosseguir. Convém, no entanto, ter presente a reduzida aposta na formação ao longo da vida,

fundamental para se garantir a requalificação dos recursos humanos e a sua adaptação às constantes

transformações da economia e da própria sociedade.

Os indicadores de escolarização no Porto revelam fragilidades que urge resolver. É hoje consensual a

importância fundamental que se atribui à educação pré-escolar pelas mais valias que traz ao nível do

desenvolvimento psicológico, cognitivo e social da criança, ou seja, é absolutamente claro que o

investimento no pré-escolar é uma medida necessária com vista à prevenção do insucesso escolar e à

promoção da inclusão social. A realidade da cidade do Porto fica ainda aquém do que seria desejável

em termos de grau de cobertura da educação pré-escolar, sobretudo em determinadas áreas da

cidade como é o caso do centro histórico e da zona oriental. Ressalve-se, no entanto, a evolução

Page 236: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

235

favorável registada ultimamente, de acordo com os dados obtidos por via dos inquéritos aos alunos e

às famílias.

Mais graves são as elevadas taxas de insucesso escolar que potenciam, frequentemente, situações de

abandono escolar ou de saída do sistema de ensino. Embora globalmente negativo, este fenómeno

assume contornos de maior gravidade quando se regista sobretudo ao nível da escolaridade

obrigatória. É, aliás, no grupo etário que frequenta o 3º ciclo que se registam as sinalizações mais

elevadas de abandono escolar (ao nível das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens). Saliente-

se, ainda, que uma parte considerável destas sinalizações ocorre em escolas da cidade que

concentram alunos de origens sociais desfavorecidas, residentes em áreas problemáticas, onde

fenómenos como a pobreza e a exclusão social estão bem presentes. No Porto, a distribuição dos

alunos segundo os resultados escolares e segundo o número total de anos de escolaridade concluídos,

em função do seu local de residência, segue muito de perto o padrão de disparidades intra-urbanas do

ponto de vista económico e social.

Os fenómenos do insucesso e abandono escolar aparecem, inclusivamente, como dois dos problemas

mais críticos, segundo os próprios responsáveis das escolas do Porto. Atendendo a que a aposta na

qualificação dos recursos humanos é decisiva para se garantir o crescimento económico e a

competitividade, a resolução daqueles problemas é uma prioridade, a nível nacional e a nível local.

A melhoria do rendimento escolar dos alunos e a sua permanência no sistema de ensino após a

escolaridade obrigatória passa, necessariamente, pela diversificação das ofertas educativas e pelo

desenvolvimento de actividades extra-curriculares que tornem a escola mais atractiva. O reforço da

autonomia de gestão das escolas e a aposta na construção de projectos educativos abertos ao meio

envolvente e adaptados à realidade constituem, igualmente, soluções a implementar. O protocolo de

cooperação recentemente assinado entre os Agrupamentos Verticais de Escolas do Porto e um vasto

conjunto de empresas prestigiadas, de diversos sectores empresariais e que estão localizadas na

cidade do Porto, é um bom exemplo do trabalho a desenvolver nesta matéria. Este protocolo,

patrocinado pelo Município do Porto e que contou com a adesão da Direcção Regional de Educação do

Norte, abre perspectivas muito promissoras quanto ao envolvimento da sociedade civil, através dos

seus agentes mais dinâmicos, na vida das escolas, contribuindo muito favoravelmente para a

promoção da qualificação das organizações educativas e para a melhoria dos serviços educativos

prestados.

O combate ao abandono e ao insucesso escolares não pode esquecer outras áreas de intervenção,

nomeadamente o trabalho com as famílias mais carenciadas, no sentido de promover, quer a sua

integração social, quer o desenvolvimento de competências parentais.

A par destes problemas, não poderíamos deixar de chamar a atenção para os fenómenos da saída

precoce e antecipada do sistema de ensino que colocam Portugal claramente atrás dos restantes

países da União Europeia e que conduzem à perpetuação das baixas qualificações da população activa

num mundo cada vez mais competitivo e exigente. Mesmo no caso do Porto, as taxas de saída

precoce e antecipada, apesar de mais favoráveis do que a média nacional, continuam bem acima do

que se regista a nível europeu.

5.2. Problemas e potencialidades das escolas Capítulo V,

P.120, 121

O sucesso dos alunos e o gosto pelo estudo e pela escola (independentemente do tipo de ensino ou

curso que se frequenta) depende, no que extravasa as características eminentemente individuais, das

condições sócio-económicas familiares, como o demonstram inúmeros estudos, e também dos

atributos da própria escola, nomeadamente em termos físicos e em termos pedagógicos. Do ponto de

vista das

infra-estruturas, uma parte considerável das escolas do 2º e 3º ciclos e do ensino secundário tem

problemas estruturais (degradação das instalações, más condições térmicas, entre outros), a exigir

intervenção. Por outro lado, face à importância e ao papel decisivo do professor na aprendizagem e,

como tal, no sucesso escolar, foi salientado nas entrevistas realizadas a necessidade de se apostar

Page 237: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

236

crescentemente na formação contínua dos docentes e de se reforçar o seu envolvimento e a sua

motivação, dado o contexto mais complexo em que decorre a actividade docente. Vejamos os casos

da indisciplina e do mau comportamento na escola, o clima de desautorização com que os docentes se

sentem cada vez mais confrontados, para se perceber as dificuldades crescentes que se põem ao

trabalho de um professor. É de referir, aliás, que este ambiente foi apontado pelos próprios alunos e

pelas famílias como um dos problemas que os preocupa e que penaliza o funcionamento das aulas.

O desenvolvimento das actividades e da oferta educativa extra-curriculares constitui uma aposta forte

das escolas, nomeadamente ao nível das TIC, do desporto e das línguas. É de salientar, igualmente, o

leque muito diversificado de actividades promovidas pelo Município do Porto no âmbito do Projecto

Educativo Municipal e que se podem discriminar em dois eixos: as acções de apoio infantil e juvenil e

de apoio sócio-educativo, e as acções de carácter inovador, com o objectivo de lançar novas

experiências educativas, realizadas em parceria com outras entidades.

São os agrupamentos com maior estabilidade dos órgãos de gestão, aqueles que tendem a apresentar

melhores resultados, o que leva a concluir que a estabilidade é fundamental para que as mudanças se

consolidem, as boas práticas se enraízem e se crie uma verdadeira cultura de escola. A lógica de

funcionamento das escolas em agrupamentos verticais, pese embora as reticências iniciais face ao

modo como foi implementada a medida, não é percepcionada negativamente pelos docentes,

conforme se constatou no inquérito realizado. Porém, a existência de constrangimentos muito

objectivos, como os que se prendem com as dificuldades de comunicação entre docentes de diferentes

níveis de ensino ou com o problema de gestão dos recursos materiais disponíveis, são apontados

como factores que condicionam o correcto funcionamento dos mesmos.

A aposta na auto-avaliação por parte dos estabelecimentos de ensino foi apresentada, nos contactos

estabelecidos com os responsáveis das escolas, como um elemento fundamental para se melhorar o

seu desempenho. A capacidade de equacionar os próprios constrangimentos e de criar planos de

intervenção para os solucionar é um exercício que constitui uma mais-valia para a escola. A

importância atribuída à auto-avaliação não deverá, contudo, descurar o papel complementar e

enriquecedor da avaliação externa. A utilidade da avaliação será tanto mais efectiva quanto maior for

a autonomia da escola quer ao nível da gestão de recursos (humanos e financeiros, por exemplo),

quer ao nível da gestão dos curricula, com vista uma maior flexibilidade na sua adopção.

O sucesso de muitas escolas situadas em zonas problemáticas da cidade mostra à evidência a

importância de factores como a motivação do corpo docente, a atenção a dar à diversidade da

população escolar, a interligação com a comunidade envolvente e a abertura para a realização de

trabalhos conjuntos com outros agentes sociais. Estas são as escolas que mais contribuem para a

integração dos alunos com dificuldades de adaptação a uma cultura escolar frequentemente estranha

à sua cultura de origem.

5.3. A percepção dos agentes educativos Capítulo V , P.

122

Pese embora os problemas detectados no sistema educativo do Porto, que de resto não são muito

distintos dos problemas vividos a nível nacional, é de realçar que a educação é fortemente valorizada

quer pelos alunos, quer pelas famílias. Os níveis de satisfação face à escola são globalmente elevados,

salientando-se apenas pela negativa as instalações, o que aliás vem de encontro ao que já foi referido

anteriormente.

A existência de actividades extracurriculares, bem como de espaços importantes do ponto de vista

lúdico-pedagógico (laboratórios, bibliotecas/ludotecas, salas de informáticas, espaços desportivos) é

bastante valorizada pelos alunos e apontada como um aspecto positivo da escola que frequentam.

Para além disso, a qualidade dos recursos humanos (docentes e não docentes) é também uma mais

valia que é claramente reconhecida pelos alunos e pelas famílias. São sobretudo os problemas que

decorrem da degradação das instalações, da falta de limpeza e de segurança que integram os

aspectos avaliados mais negativamente.

Como foi dito, a população escolar e suas famílias atribuem grande importância à escola e à educação

Page 238: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

237

e manifestam elevadas expectativas quanto ao prosseguimento de estudos superiores. Este discurso,

que deve ser enaltecido, pois marca uma diferença significativa relativamente ao passado, não resiste,

contudo, à evidência dos factos. Há um forte desfasamento entre as aspirações demonstradas e os

resultados que se conhecem. O sucesso escolar é baixo no País e no Porto. E este é um problema

central a resolver. A existência de constrangimentos objectivos por parte das famílias e o próprio

funcionamento do sistema de ensino acabam por gorar as expectativas destes jovens. Se é

necessário, então, criar um “ambiente propício” ao sucesso escolar, conforme tem sido apontado ao

longo destas páginas, é igualmente urgente veicular uma cultura de exigência e de responsabilidade

junto das famílias e, em particular, dos alunos. A interiorização da responsabilidade de cada um pelo

seu sucesso educativo, muito evidente de acordo com os resultados dos inquéritos lançados aos

alunos, se devidamente orientada pela família e pela escola, constitui um elemento importante para a

alteração do actual panorama a nível escolar.

Embora as escolas apontem o desinteresse de algumas famílias pelo percurso escolar dos filhos, a

verdade é que estas continuam a ser um dos suportes fundamentais para os jovens em matéria de

apoio à aprendizagem. Evidentemente que estes dados não invalidam que efectivamente algumas

famílias tenham com a escola uma relação muito pontual e sintam uma certa descrença face à sua

utilidade para a vida dos jovens. Aliás, a fraca participação dos pais nas actividades de carácter

cultural e recreativo promovidas pela escola, mais evidente no ensino público, mostra um pouco esse

desinteresse.

Conclusão final: Ao longo deste capítulo pretendeu-se apontar os principais traços que caracterizam

o sistema educativo na cidade do Porto. A conclusão é clara: trata-se de uma realidade complexa e

muito diversificada, com problemas conhecidos mas que encerra em si as condições necessárias para

que os objectivos de melhoria do seu funcionamento e o sucesso escolar se possam concretizar a bem

de um futuro melhor. A vontade dos agentes educativos e as boas práticas já implementadas são

disso exemplo

Capítulo V –

P.122

CEP, 2007, Cap.V, Pag. 117-122

Nota:

As características do sistema educativo do Porto na CEP 2007 foram equacionadas segundo três

pontos de vista complementares: a oferta e a procura de educação, os problemas enfrentados pelas

escolas e a perceção dos agentes educativos.

Page 239: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

238

ANEXO 5

Apoios complementares associados à ação social escolar

Quadro 1 – Projeto Escola Solidária

Apoios

complementares

Objetivos Escolas

contempladas

Nº Crianças

envolvidas

Caracterização do apoio OBS

Projeto escola

solidária

Promover a

satisfação de

necessidades

humanas

básicas no

sentido do

reforço da ação

social e garantir

que todas as

crianças do 1º

ciclo do ensino

básico possam

ter acesso à

refeição de

almoço

completa, em

períodos de

pausa letiva.

Todas as

escolas

públicas de 1º

ciclo.

Todas as

crianças que

frequentam as

escolas públicas

de 1º CEB do

Porto e irmãos

com idades dos

3 aos 10 anos

mediante

inscrição

prévia.

O apoio tem vindo a ser implementado desde 2010

até à data e materializa-se na abertura dos

refeitórios escolares durante os períodos de pausas

letivas.

Esta medida é também alargada aos irmãos dos

alunos das escolas básicas do 1º ciclo e Jardins de

Infância da rede pública, que têm entre 3 e 10 anos

e que podem usufruir deste serviço mesmo que não

frequentem um estabelecimento de ensino da rede

pública do Porto.

A refeição é gratuita para as crianças com mais

dificuldades económicas abrangidas pelo escalão A

do subsídio de ação social escolar e para as

restantes o valor da refeição é o mesmo do

praticado no ano letivo respetivo.

Entidades intervenientes –CMP (Divisão

Municipal de Gestão escolar); Agrupamentos de

escolas, empresa fornecedora.

Fontes de financiamento – Municipal

Desde 2010

foi efetuado

um

investimento

na ordem dos

10.000€ em 6

pausas letivas

(férias de

natal e

páscoa)

Page 240: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

239

Quadro 2 – KIT escolar

Apoios

complementa

res

Objetivos Escolas

contempladas

Crianças

envolvidas

Caracterização do apoio OBS

KIT escolar Objetivo geral:

Promover a igualdade

de oportunidades, a

inclusão social e

contribuir para a

promoção do sucesso

educativo.

Objetivos específicos:

Promover a equidade

entre os alunos no

que respeita ao

material escolar,

como um contributo

positivo e motivador

do sucesso

académico, no início

de cada ano escolar.

Oferecer um Kit com

material escolar a

alunos com menores

rendimentos.

Todas as

escolas da rede

pública do

Porto ao nível

do 1º CEB

Todas as

crianças que

frequentam

o 1º CEB

das escolas

da rede

pública do

Porto

O Kit Escolar é uma medida de apoio essencial no

âmbito da Ação Social Escolar, que consiste na

oferta de um Kit Escolar, composto por um

conjunto diversificado de material escolar

(mochila, canetas, lápis (cores) estojo, régua,

borracha, aguça, capa de arquivo, cadernos,

entre outros), a cada aluno que frequenta o 1º

Ciclo do Ensino Básico da Rede Pública.

O Kit escolar é entregue no 1º dia de aulas de

cada ano letivo, tendo uma periodicidade anual.

Ciente das políticas educativas que tem vindo a

definir para o concelho do Porto e tendo por base

que a escolaridade obrigatória deve ser

complementada por um serviço gratuito ou de

menor esforço para as famílias, entendeu este

executivo dar continuidade a este serviço já

implementado no ano anterior.

Entidades intervenientes: CMP (Divisão

Municipal de Gestão escolar), Agrupamentos de

escolas, entidade fornecedora.

Fontes de financiamento – Municipal

Decreto-lei nº

399 - A/34 de 28

de dezembro e

Lei 159/99, de

14 de setembro.

No domínio da

ação social

escolar a Câmara

Municipal do

Porto tem

adotado para

além orientações

vinculadas pelo

Ministério da

Educação, outro

tipo de apoios

complementares

nos quais esta

ação se inscreve.

Page 241: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

240

Quadro 3 – Regime da fruta e lanche escolar

Apoios

complementares

Objetivos Destinatários Caracterização do apoio OBS

Regime da fruta e lanche escolar

Objetivo geral:

Promover a

igualdade de

oportunidades e a

inclusão social

diversificando os

apoios sociais e

contribuir para a

aquisição de

hábitos

alimentares

saudáveis em

contexto escolar.

Objetivos

específico:

Disponibilizar aos

alunos das escolas

da rede pública do

1º CEB lanches

saudáveis

compostos por

fruta.

Todas as crianças

que frequentam o

1º CEB das

escolas da rede

pública do Porto.

No domínio da ação social escolar a Câmara Municipal do

Porto tem adotado para além orientações vinculadas pelo

Ministério da Educação, outro tipo de apoios

complementares nos quais esta ação se inscreve.

A concretização da medida prevista pelo Executivo

Camarário relativamente à diversificação e aumento de

apoios às famílias das crianças e alunos que frequentam

as escolas de 1º ciclo da rede pública do concelho do

Porto, diz respeito ao fornecimento de Lanche Escolar,

iniciativa que se cruza com a medida interministerial de

Regime de Fruta Escolar -Portaria nº 1242/2009 -

programa de comparticipação de fornecimento de fruta às

crianças do 1º ciclo do ensino básico (2 dias por semana).

O município suporta a distribuição do lanche escolar nos

restantes 3 dias da semana.

Entidades intervenientes: CMP (Divisão Municipal de

Gestão escolar; Agrupamentos)

Fontes de financiamento – Municipal e co financiado

com fundos comunitários.

Decreto-lei nº 399 -

A/34 de 28 de

dezembro e Lei

159/99, de 14 de

setembro.

Portaria nº

1242/2009.

Page 242: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

241

ANEXO 6

Oferta educativa do Plano Municipal de Educação por vetores de

atuação, ciclos de ensino e grupos etários

Vetores de Intervenção Designação

Grupos alvo

Ciclos Grupos etários

pré 1º 2º 3º Sec 0-3 3-6 6-10 10-

12

12-

15

15-

18 <18 Todos

Ambiente e

Sustentabilidade

Os jardins da Quinta do

Sacramento

Vem Viver os Jardins da

Quinta da Macieirinha

Ecoescolas

Comemorações de dias

temáticos

Concurso “À velocidade do

Sol”

Projeto Fio Condutor

Oficina “à conversa com os

animais”

Oficina “Anfíbios: uma vida

dupla"

Oficina “As árvores do

Parque”

Oficina “As grandes árvores

do Porto”

Oficina “As quatro estações

no Parque”

Oficina ” Ecossistemas na

Cidade”

Page 243: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

242

Oficina “ Faça-se luz!”

Oficina “Granja, Ribeira de

tantos nomes”

Oficina “Historias de

ambientar”

Oficina “Horta pedagógica”

Oficina “Mil e uma patas”

Oficina “O Ambiente na

cozinha”

Oficina “Os 4 elementos”

Oficina “Ovos, bicos e

penas”

Oficina “Percurso

Interpretativo a linhas de

água do Concelho do Porto”

Oficina “Pim, pam, shiuuu !

…que se vai fazer ruído”

Oficina “ Reciclarium”

Oficina “Rochas: suporte da

nossa vida quotidiana”

Oficina “Trilho dos sentidos”

Oficina “Vivo na água, mas

não sou peixe…”

Oficinas Sazonais

Programa de palestras “a

falar é que a gente se

ambienta”

Semana da Energia e do

Ambiente

Animação e Tempos

Livres Férias na Quinta

Page 244: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

243

Os brinquedos

Oficina de Eco-Animação e

Chocolate Biológico –

Projeto Sair da Gaveta

Carnaval na Invicta

Festa da Criança

Missão verão

Arte e Cultura

A ida para a cama - o

quarto de dormir

A moda no séc. XIX

A profissão de pintor na

Casa Oficina António

Carneiro

A Talha Barroca na Coleção

da Casa Oficina António

Carneiro

Ser colecionador na Casa

Museu Guerra Junqueiro

Fantoches & Companhia

Dança

Música

Poesia

Quintas de Leitura

Teatro

À volta de um biombo

pintado por Aurélia de

Souza

Sentir o Porto através da

escultura

O barroco na cidade

Page 245: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

244

A pintora Aurélia de Souza

O álbum das glórias

Aurélia de Souza –

diferentes técnicas de

pintura

Os arquitetos somos nós

Cidadania,

Desenvolvimento

Vocacional e Pessoal

Atendimento aos cidadãos –

Europ Direct Porto

A Europa vai à Escola

Atitudes e Sinais a

Aprender para Viver

Educação Para os Valores

Educação Financeira –

Territórios de Educação

Financeira

Concursos “Descobre Outra

Cidade”

Atendimento Personalizado

- Cidade das Profissões

Club Exploração Vocacional

Cresce a Aparece

Escolas Conscientes,

Escol(h)as Consequentes

(És)tudo

Setor de Atividade em

Análise

Fórum Anual sobre o

Voluntariado

Page 246: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

245

Cidade, Memória e

Património

Percurso na cidade que tem

como ponto de partida

temas das coleções

municipais

Percursos de uma família

portuense

O comércio e as lojas

emblemáticas do Porto

A cidade de Garrett

À descoberta da Sé -

pedipapper

A História da Casa de

Saboia - percurso de uma

família

Acontecimentos no Porto

em 1881

Carlos Alberto de Saboia,

Rei de Piemonte e

Sardenha

O Porto – uma janela aberta

sobre o Porto dos finais do

século XIX

O Porto que o Rei Carlos

Alberto de Saboia viu na 1º

metade do séc. XIX

Os 27 dias de viagem do

Rei Carlos Alberto - de

Navarra a…

Um dia no nº 219 da Rua de

Entre Quintas em 1880

A Lenda dos Tripeiros

Descobrir o porto do Porto

Da Sé à Ribeira -

Pedipapper

Page 247: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

246

Oficina do Escrivão

Os Romanos entre nós

Porto Lúdico

Qual é a Mensagem?

Um dia no Porto

Descida de Barco Rabelo

Aulas na Biblioteca Pública

Municipal do Porto

Coadjuvação

Curricular Porto de Crianças

Conhecimento e

Divulgação Científica e

Tecnológica

A Alma e a procura das

origens – sessão do

Planetário

À Descoberta do Sistema

Solar – Laboratório de

astronomia

A Dinâmica da Terra -

Laboratório de Astronomia

A Impressão Digital dos

Astros

A Nossa Estrela O Sol

A Paralaxe - um método

para medir a distância às

estrelas

Conhecer a Terra, a Lua e o

Sol

Ótica, a nossa janela para o

Universo – Laboratório de

Astronomia

Visões dos Cosmos

Page 248: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

247

Vitor à descoberta do

sistema solar – sessão do

Planetário

Vitor vai à Lua - sessão do

Planetário

Rotas da Ciência

Laboratório Aberto

Ciência e poesia de mãos

dadas

Crescer Interativo

Portal Extranet

Formação em novas

tecnologias de informação e

comunicação - TIC

Desporto e Saúde Estrelas vão à Escola

Kit da higiene

Mundo dos Sabores

Empreendedorismo e

Inovação Porto de Futuro

Enriquecimento

Curricular Crescer com a Música

Porto de Atividades

Ensino Articulado Música para Todos

Promoção do Livro, da

Leitura e da Escrita O Porto a Ler

Kit sobre a leitura no séc.

Page 249: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

248

XIX

A rimar e a adivinhar à casa

de Guerra Junqueiro eu vou

Hora do conto para a

infância

Cartas e Vinhos

História da Dona Uva

Fantasmas de papel

A Casa dos Livros

Comemoração de Dias

Mundiais

Exposições Temáticas -

BPMP

Leitura Animada

Ler também é brincar

O fio da memória –

pesquisa nos catálogos

convencionais da BPMP

Teatro de Sombras

Uma Biblioteca com História

– visita guiada

Visita guiada às exposições

na BPMP

Bibliocarro - Serviço de

Apoio às Escolas sem

Biblioteca

Conta-me um conto

Está-se a ler

Histórias à Lupa

Mistério na Biblioteca

Page 250: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

249

Poesia é fixe

Projeto de Animação

Comum - SABE

Teatro de fantoches

Visita guiada à BMAG

Recursos e Benefícios

Biblioteca de assuntos

portuenses – atendimento

ao público

Cartão Jovem Municipal

(DMAIJ)

Circo de Natal

Concertos Promenade –

distribuição de bilhetes

Espaço Multimédia

Perfis Profissionais e

Sistema de Ensino

Exposições itinerantes

Escola Solidária

Kit Escolar

Plano de Visitas de

Interesse lúdico pedagógico

Protocolo Sea Life

Programa Municipal

Generalização Refeições

Regime de Fruta escolar e

Lanche escolar

Planos de Segurança –

Prevenir para Proteger

Programa Municipal de

Expansão e

Desenvolvimento de

Educação Pré-Escolar

Page 251: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

250

Programa das 8 às 8

Descentralização e

Autonomia dos

Agrupamentos

Vistas ao Parque de Nova

Sintra

Visitas aos Subterrâneos –

Arca de Água

Visita ao Pavilhão da Água

Visitas aos Paços de

Concelho

Page 252: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

251

ANEXO 7

Quadros Estatísticos – Censos 2011

Page 253: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

252

Quadro 1 - População empregada por local de residência e grupo etário

Local de residência População empregada (N.º) por Local de residência e Grupo etário

Grupo etário

Total 15 - 19 anos

20 - 24 anos

25 - 29 anos

30 - 34 anos

35 - 39 anos

40 - 44 anos

45 - 49 anos

50 - 54 anos

55 - 59 anos

60 - 64 anos

65 - 69 anos

70 - 74 anos

75 ou mais anos

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Continente 4150252 38230 255907 470082 593029 629876 572260 545255 468462 337196 172552 43331 14730 9342

Norte 1501883 18399 104277 176641 213784 228241 211570 201928 166081 111718 50958 11503 4031 2752

Grande Porto 532190 4433 31247 61026 75686 82083 73895 71437 60814 43148 20287 5096 1809 1229

Porto 88452 535 4460 10055 11052 11533 10717 12047 11310 9190 4834 1518 676 525

Aldoar 4809 26 236 477 479 604 548 680 712 610 292 81 34 30

Bonfim 8799 69 442 991 1124 1134 1019 1113 1181 870 533 161 102 60

Campanhã 10319 112 757 1180 1062 1192 1250 1437 1443 1125 534 145 50 32

Cedofeita 8654 30 371 1091 1208 1138 971 1025 1012 906 560 177 84 81

Foz do Douro 4429 15 154 340 454 520 614 721 610 492 293 131 50 35

Lordelo do Ouro 8427 56 388 869 994 1151 1065 1262 1106 855 429 131 69 52

Massarelos 2803 12 128 359 394 348 305 394 345 256 167 47 27 21

Miragaia 726 4 57 87 94 76 74 93 88 76 50 17 9 1

Nevogilde 2128 4 51 187 184 265 305 326 273 244 149 67 36 37

Paranhos 16663 96 857 2151 2261 2118 1921 2221 2074 1690 831 260 101 82

Ramalde 15281 71 639 1558 2014 2296 2124 2144 1877 1535 695 202 73 53

Santo Ildefonso 3212 17 219 469 518 432 282 362 317 287 189 68 26 26

São Nicolau 601 2 60 66 66 58 57 73 94 77 37 5 4 2

Sé 1034 17 72 138 124 134 122 132 117 105 47 12 5 9

Vitória 567 4 29 92 76 67 60 64 61 62 28 14 6 4

Page 254: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

253

Quadro 2 – População desempregada por nível de escolaridade e local de residência em 2011

Local de residência (à data dos Censos 2011)

População desempregada /Nível de escolaridade

Nível de escolaridade

Nenhum nível de escolaridade

Ensino básico - 1º ciclo

Ensino básico - 2º ciclo

Ensino básico - 3º ciclo

Ensino secundário

Ensino pós-secundário

Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Portugal 9392 137575 88785 157788 158039 10778 9090 71961 17558 1214

Continente 8916 129593 82874 150217 151820 10196 8915 69893 17099 1188

Norte 2958 63167 38964 59137 52636 3331 2668 24729 6230 362

Grande Porto 1191 23368 14546 24825 22955 1487 1622 11495 2827 232

Porto 206 3416 2468 4483 4062 263 404 2681 805 91

Aldoar 5 197 149 220 179 8 21 140 55 5

Bonfim 30 268 235 419 448 28 42 269 76 8

Campanhã 59 868 555 912 546 43 22 235 45 7

Cedofeita 12 187 160 329 406 37 44 337 109 15

Foz do Douro 1 52 43 82 126 15 37 151 36 5

Lordelo do Ouro 19 355 249 417 313 25 46 228 58 9

Massarelos 1 62 46 97 116 3 9 110 37 3

Miragaia 1 48 31 46 44 3 7 18 11 2

Nevogilde 0 9 2 20 49 4 18 73 24 3

Paranhos 32 565 386 851 796 48 70 507 188 18

Ramalde 27 443 348 653 684 29 61 469 115 10

Santo Ildefonso 7 144 113 212 224 16 23 105 40 5

São Nicolau 1 68 27 71 36 2 0 12 2 1

Sé 10 101 79 97 57 2 2 13 4 0

Vitória 1 49 45 57 38 0 2 14 5 0

Fonte: INE, Censos 2011

Page 255: Relatório de monitorização, 2013

Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013

254