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Relatório crítico da Direcção de Turma (artigo 7.º, alínea f, Decreto Regulamentar n.º 10/99, de 21 de Julho)
Escola Básica Integrada de Pedome Ano letivo 2011/2012
1. Identificação da Diretor de Turma
Nome: Sílvia Maria Laranjeira de Freitas
Direção de Turma: 7.º Ano Turma B Grupo disciplinar: 400 - História
2. Caraterização da turma
Número de alunos: Sexo Feminino:6
Média de idades:12 Sexo Masculino: 17
Alunos que beneficiam dos Serviços de Apoio Socioeconómico:
Escalão A: 8
Escalão B: 8
Alunos com retenção no percurso escolar em anos anteriores
1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo
uma retenção: 3 3
duas retenções:
mais de duas retenções:
Número de alunos
com necessidades educativas especiais: 1
abrangidos pelo Ensino Especial: 1
que excederam o limite legal de faltas: 0
com participações/processos disciplinares: 2
que beneficiaram de apoio pedagógico: 16
para apoio pedagógico no próximo ano: 12
retidos/não aprovados no final do presente ano letivo: 0
Escolaridade obrigatória: 23 Dentro (100 %) Fora 0 ( 0 %)
Números de alunos que frequentam outros planos de estudo, em regime articulado: 0
Curso ___________________________________________ _____ alunos 0
Instituição de ensino: ____________________________________________
Situações especiais (assinalar alunos transferidos, anulações de matrícula, exclusões por faltas,...):
3. Desempenho académico da turma
Disciplinas com maior número de classificações positivas no presente ano letivo
1.ºCN, H, I, EDM, EDF e EDT, EMRC - 100%
2.º EVT, Fr, CFQ - 95 %
3.º GEO, LP - 84%
Disciplinas com mais de 50% de classificações negativas no presente ano letivo
1.º ________________________
2.º ________________________ ______%
3.º ________________________ ______%
No primeiro e segundo períodos o aproveitamento da turma foi satisfatório. Foram elaborados Planos de Recuperação
para nove alunos. No 3º período registou-se uma melhoria dos resultados escolares. De um total de 23 alunos, 13 não
obtiveram níveis inferiores a três em nenhuma disciplina. Todos os alunos transitaram para o 8º ano de escolaridade.
No que se refere ao comportamento, ao longo do ano letivo foi pouco satisfatório, uma vez que a turma apresentou-se
bastante conversadora, irrequieta e revelando imaturidade sobretudo ao nível das intervenções na sala de aula.
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4. Relação DT-Alunos
De início a relação estabelecida com os alunos foi pautada pela descoberta, no sentido
de conhecer os discentes e que estes me conhecessem a mim como Diretora de Turma e como
professora. Foram criados laços de respeito mútuo e confiança, para que os alunos pudessem
sentir o à vontade necessário para expor os seus problemas e dúvidas.
Ao longo do ano letivo, todos os assuntos relacionados com esclarecimento de
dúvidas, reflexões sobre as disciplinas, análises de aproveitamento e comportamento e falta
de assiduidade foram debatidos nas aulas de Formação Cívica. Procurei realçar a importância
do comportamento, da assiduidade, da pontualidade, da organização dos cadernos diários, a
dos trabalhos de casa e do estudo diário. Estive sempre atenta aos problemas dos alunos e
procurei resolvê-los contactando os Encarregados de Educação, os órgãos de gestão ou os
serviços de apoio ao alunos. Fiz várias sinalizações para o Gabinete de Apoio à Família e ao
Aluno.
Na abordagem destas questões, foi sempre dada primazia à honestidade, frontalidade
e franqueza, procurando sempre sensibilizar os discentes para estas problemáticas. Mantive
com a turma um ambiente de diálogo e de cooperação que contribuiu para uma maior
responsabilização e bem-estar tanto dos alunos como do Conselho de Turma.
A turma, de uma forma geral, não apresentou problemas de ordem disciplinar. Alguns
alunos foram sistematicamente apontados por alguns professores como muito conversadores
e perturbadores do bom funcionamento da sala de aula. Os Encarregados de Educação foram
informados do comportamento dos seus educandos. A partir do início do segundo período foi
enviada aos Encarregados de Educação uma grelha informativa sobre os comportamentos e
atitudes incorretos na sala de aula. Nas aulas de Formação Cívica foram sempre discutidas e
analisadas essas situações. Nunca houve situações muito graves pelo que a gestão dos
problemas foi relativamente fácil e os diálogos surtiram algum efeito.
A relação entre a Diretora de Turma e alunos foi boa, baseada na confiança e no
respeito. Penso que a turma chegou ao final sabendo ter uma Diretora de Turma pronta para
os ajudar e apoiar, bem como repreender sempre que necessário.
5. Relação DT-Professores da Turma
A relação entre a Diretora de Turma e os restantes professores do Conselho de Turma
decorreu de forma bastante boa e positiva, havendo uma total interação, diálogo e
cooperação que possibilitou o diagnóstico de dificuldades e a concertação de estratégias que
permitissem o sucesso dos alunos da turma.
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No início do ano letivo foi entregue a todos os professores um documento de
caracterização da turma (aproveitamento e comportamento) com base nas informações do
ano transato e uma outro resultado da análise das fichas socioeconómicas dos alunos. Os
professores da turma eram informados oralmente de todas as situações relativas à turma nas
reuniões de Conselho de Turma. Sempre que necessário a Diretora de Turma contactou
individualmente os docentes. Foi também frequente o contacto via email para partilha de
informação com todo o Conselho de Turma, bem como os intervalos.
Os momentos de interdisciplinaridade foram os que estão contemplados no Projeto
Curricular de Turma nos vários momentos de cumprimento das planificações anuais de cada
disciplina. A constante troca de impressões em Conselho de turma permitiu, também, a
realização das atividades interdisciplinares ao nível da sala de aula.
Como Diretora de Turma coube-me coordenar as reuniões de Conselho de Turma. Essa
coordenação ocorreu sempre da melhor forma, sem ausências anómalas por parte dos
docentes da turma nem da Diretora de Turma. Procurei conduzir as reuniões de Conselho de
Turma de forma organizada e agradável. Preparei todos os documentos atempadamente e
transmiti todas as informações necessárias e pertinentes. Todos os assuntos foram sempre
abordados de forma simples, direta e em cooperação com o Conselho de Turma.
A coordenação passou, essencialmente, pela elaboração de uma ordem de trabalhos
tendo em conta os assuntos urgentes e situações verificadas na turma, tais como: a
assiduidade dos alunos, o comportamento, o aproveitamento, informações dadas pelos
Encarregados de Educação, por outros docentes e pelos próprios alunos. Foram, ainda,
delineadas em cooperação com os professores do Conselho de Turma estratégias e condutas
que promovessem um bom processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
Os colegas que fizeram parte do Conselho de Turma mostraram cooperação na elaboração do
Projeto Curricular de Turma contribuindo para a sua elaboração através do diagnóstico de
situações e problemas a destacar, na seleção de competências a privilegiar, na articulação de
conteúdos nas várias áreas curriculares disciplinares e não disciplinares, no estabelecimento
de critérios de avaliação, na elaboração das planificações das áreas curriculares não
disciplinares, e na proposta de atividades de enriquecimento curricular.
O Conselho de Turma revelou ser bastante cooperante, funcional e assíduo,
privilegiando, acima de tudo, os interesses da turma. O facto deste Conselho de Turma ter
trabalhado em equipa, ajudando a Diretora de Turma na elaboração do Projeto Curricular de
Turma, sugerindo estratégias conjuntas e participando ativamente nas reuniões de Conselho
de Turma, foi primordial para o sucesso escolar dos alunos.
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6. Relação DT-Pais e Encarregados de Educação
Assim que iniciei funções como Diretora de Turma comuniquei aos Encarregados de
Educação o horário de atendimento em que me poderiam encontrar. Em finais de setembro foi
realizada uma reunião destinada a fornecer algumas informações gerais aos Encarregados de
Educação e para que se procedesse à eleição do representante dos Encarregados de Educação
desta turma. Ao longo do ano letivo, foram realizadas mais duas reuniões para entrega dos
Registos de Avaliação e foram estabelecidos contactos via telefone, reuniões, atendimento
individual e comunicação escritas via caderneta.
O contacto telefónico foi efetuado de modo a convocar alguns Encarregados de
Educação para o esclarecimento de certas situações, nomeadamente de comportamento,
assiduidade e aproveitamento, foram o mote destes contactos. Foi necessário convocar
Encarregados de Educação para que tomassem conhecimento dos Planos de Recuperação
elaborados para os seus educandos, bem como da respetiva avaliação.
Os alunos serviram de intermediários entre a Diretora de Turma e os Encarregados de
Educação. Foi frequente a entrega de documentos a dar conhecimento de atividades, datas e
prazos, pedidos de autorização, entre outros, que os alunos fizeram chegar aos Encarregados
de Educação. Também foi utilizada a caderneta escolar para enviar informação e convocar
Encarregados de Educação.
Nas horas destinadas à receção dos Encarregados de Educação, que se realizava à 3ª
feira das 13:15 às 14:00 ou à 6ª feira das 11:30 às 12:15 vários Encarregados de Educação
apresentaram-se na escola para recolherem informações escolares dos seus educandos. A
maioria dos Encarregados de Educação só comparecia quando convocados. Foram poucos os
que por iniciativa própria compareciam na Escola. A maioria deles compareceu, nas reuniões
de final de período letivo. Disponibilizei-me, ainda, para atender Encarregados de Educação
fora do meu horário de atendimento, o que aconteceu muitas vezes.
Todos os Encarregados de Educação foram informados sobre assiduidade,
aproveitamento e comportamentos dos alunos quer presencialmente nas reuniões de
atendimento, quer telefonicamente. No 1º e 2º período foi enviado a todos os Encarregados
de Educação a ficha de avaliação intercalar.
Procurei sensibilizar os Encarregados de Educação para a necessidade de acompanhar
a aprendizagem dos seus educandos em casa, na realização dos trabalhos de casa e no estudo
e na escola, fornecendo estratégias para supervisionar o estudo do educando.
Todos os contactos relevantes entre o Diretora de Turma e Encarregados de Educação
ficaram registados sempre que necessário, nos documentos designados para o efeito.
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Considero que a dinâmica da relação Encarregados de Educação e Diretora de Turma
foi satisfatória. Sem dúvida, que a ligação entre a escola e a família passa, essencialmente,
pelos contactos do Diretor de Turma com os Encarregados de Educação. Nesse sentido,
procurei estimular o contacto regular com os Encarregados de Educação e sensibiliza-los para a
importância e necessidade de um acompanhamento do percurso escolar dos seus educandos.
Tentei sempre que ficassem com a informação mais completa possível sobre o desempenho
dos seus educandos, em termos de aproveitamento, comportamento e assiduidade. O diálogo
com os Encarregados de Educação foi uma mais-valia para compreender atitudes dos alunos e
tentar ultrapassar algumas das dificuldades.
Não posso de deixar de referir alguns obstáculos limitadores ao contacto entre a
Diretora de Turma e Encarregados de Educação nomeadamente a pouca privacidade na sala de
Diretores de Turma
7. Atividades Administrativas
a) Registo de faltas dos alunos:
Procedi ao registo de faltas semanal dos alunos desta turma, estando atenta a faltas
intercalares e ao limite de faltas.
b) Organização e atualização dos processos individuais dos alunos:
Organizei e mantive atualizado o Dossier Individual do Aluno. No final do ano letivo
atualizei os processos dos alunos com os registos de avaliação, participações disciplinares,
relatórios e planos elaborados.
c) Organização e atualização do dossier da turma:
A organização inicial do dossier de turma baseou-se nas indicações fornecidas pela
Coordenadora de Diretores de Turma. Ao longo do ano letivo fui completando e atualizando o
dossier com documentação relevante tais como: ficha biográfica dos alunos, informações dos
Encarregados de Educação, registos dos contactos com estes, cópias de atas de reuniões e de
relatórios, informações de avaliação de todas as disciplinas, informações e participações
diversas relativas à turma, avaliação de final de período e legislação em vigor.
d) Preparação e coordenação das reuniões do conselho de Turma:
Como Diretora de Turma coube-me coordenar as reuniões de Conselho de Turma.
Essa coordenação ocorreu sempre da melhor forma, sem ausências anómalas por parte dos
docentes da turma nem da Diretora de Turma. Procurei conduzir as reuniões de Conselho de
Turma de forma organizada e agradável. Preparei todos os documentos atempadamente e
transmiti todas as informações necessárias e pertinentes.
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A coordenação passou, essencialmente, pela elaboração de uma ordem de trabalhos
tendo em conta os assuntos urgentes e situações verificadas na turma, tais como: a
assiduidade dos alunos, o comportamento, o aproveitamento, informações dadas pelos
Encarregados de Educação, por outros docentes e pelos próprios alunos. Foram, ainda,
delineadas em cooperação com os professores do Conselho de Turma estratégias e condutas
que promovessem um bom processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Verifiquei e assinei
as pautas de final de período, assim como as fichas de registo de avaliação, as quais entreguei
pessoalmente aos Encarregados de Educação.
e) Matrículas
Procedi à recolha de todos os documentos necessários para a renovação de
matrículas, bem como à sua renovação. Considero que as matrículas deverão ser efetuadas
pelos Serviços Administrativos da escola.
Todas as tarefas administrativas inerentes ao cargo foram cumpridas dentro dos
prazos legais. No entanto, torna-se necessário referir que o tempo previsto para esse mesmo
cumprimento, 90 minutos semanais, não é suficiente. Foram muitas as horas para além dos 90
minutos semanais que tive de usar para poder cumprir atempadamente e corretamente todas
as tarefas administrativas, visto que a Direção de Turma não comporta apenas este tipo de
tarefas.
8. Formação Cívica
A Formação Cívica é o "espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação para a
cidadania, visando o desenvolvimento da consciência cívica dos alunos como elemento
fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos, ativos e
intervenientes, com recurso, nomeadamente, ao intercâmbio de experiências vividas pelos
alunos e à sua participação, individual e coletiva, na vida da turma, da escola e da
comunidade" (Decreto-lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro).
Ao longo do ano letivo procurei desenvolver competências necessárias ao exercício de
cidadania; promover atitudes de autoestima, respeito mútuo e regras de convivência que
conduzam à formação de cidadãos autónomos, participativos e civicamente responsáveis;
Promover valores de tolerância e solidariedade; estimular a participação dos alunos na vida da
turma, da escola e da comunidade; debater os problemas da turma e resolver conflitos;
Promover o diálogo e a reflexão sobre as regras de convivência e respeito mútuo na
comunidade educativa, questionando comportamentos, atitudes e valores; Consciencializar os
alunos para a importância das relações humanas e a existência de regras de conduta social;
Adquirir hábitos de participação democrática ao nível do debate de ideias; Aprender a exprimir
opiniões fundamentadas.
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No 2º e 3ºperíodos foi implementado o Projeto Educação Sexual. O balanço do Projeto
Educação Sexual é positivo dado que os objetivos foram atingidos, tendo os alunos gostado e
aderido às temáticas abordadas, mostrando-se interessados, participativos, curiosos e
empenhados na realização das várias atividades propostas. No entanto, dado o tempo
insuficiente de 45 minutos semanais, não foi possível aprofundar as temáticas, uma vez que
muitas das aulas de Formação Cívica foram destinadas a assuntos de Direção de Turma.
9. Reflexão crítica global
Como Diretora de Turma procurei encarar as funções que me foram atribuídas como
mais uma etapa no caminho a percorrer na construção de cidadãos autónomos, conscientes e
ativos, deste modo, procurei ter um papel ativo na construção de futuros cidadãos adultos.
Assim sendo, foi minha preocupação incentivar à responsabilidade, maturidade, espírito
crítico, reflexão, autonomia, defesa dos direitos humanos e das minorias étnicas e religiosas,
multiculturalismo, tolerância e respeito pelos outros, consciência cívica e participação ativa na
sociedade, possibilitando-lhes futuramente ser cidadãos adultos, capazes de exercer
ativamente os seus direitos democráticos e de uma tomada de decisões independente.
Tentei alertar os alunos para a importância da escola, como um dos meios para que
possam aprofundar conhecimentos acerca de si e do meio que os rodeia, mas também para
que vejam a escola como um meio através do qual possam construir um projeto de vida, que
lhes possibilite futuramente obter sucesso no mundo do trabalho.
A Direção de Turma é uma tarefa de muita responsabilidade, mas que permite um
melhor conhecimento dos alunos da turma. Ao longo do ano letivo, cumpri com todas as
atribuições que me competiam, procurando pautar a minha atuação pelo profissionalismo,
pelo rigor e pelo respeito dos princípios deontológicos da profissão de docente.
Em suma, não podemos esquecer que o processo de ensino – aprendizagem não é
imutável e que todos os dias podemos fazer novas aprendizagens no sentido de melhorar a
nossa prática pedagógica. É nesse sentido que me encontro recetiva à partilha de opiniões e
sugestões de outros colegas. Fiz o que me foi pedido, mas certamente muito terei ainda que
aprender ao longo da minha carreira profissional.
Pedome 11 de Julho de 2012
A Directora de Turma do 7º B,
Sílvia Freitas