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Folha 1 RELATÓRIO E CONTAS 1º Semestre 2003 CONSOLIDADO DO GRUPO “A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no nº 3 do artigo 250º do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas semestrais individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta Sociedade”

RELATÓRIO E CONTAS 1º Semestre 2003 CONSOLIDADO DO …web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PCS1469.pdf · Um adequado acompanhamento entre os valores orçamentados e os realizados,

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Folha 1

RELATÓRIO E CONTAS

1º Semestre 2003

CONSOLIDADO DO GRUPO

“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no nº 3 do artigo 250º do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas semestrais individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta Sociedade”

Folha 2

COFACO – Comercial e Fabril de Conservas, S.A.

Consolidado do Grupo

RELATÓRIO DE GESTÃO CONTAS CONSOLIDADAS

1.º SEMESTRE DE 2003 Dando cumprimento ao estabelecido na legislação em vigor e, nomeadamente, ao disposto no art.º 246.º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o Relatório e as Contas Consolidadas do primeiro semestre de 2003. 1. Conjuntura e actividade global Os objectivos de estabilidade financeira consignados no Plano de Reestruturação de 2000 não foram ainda plenamente alcançados.Com efeito o Grupo Cofaco assumiu, no âmbito daquele Plano, diversas obrigações financeiras com o sindicato bancário e apesar dos esforços e iniciativas levadas a cabo pela Administração para conseguir libertar meios financeiros resultantes da alienação de activos não produtivos, a dependência das necessárias autorizações a conceder pelo sindicato bancário têm retardado a pronta concretização das mesmas. Para a resolução destas questões o Conselho de Administração tem apresentado ao sindicato bancário propostas concretas que, uma vez aceites, irão seguramente permitir algum desafogo da tesouraria e a continuação da recuperação económica que se iniciou no ano de 2002. Apesar disso, o produto das operações que foi possível concretizar no decurso do primeiro semestre do ano, embora por montantes pouco significativos, tem sido integralmente direccionado ao pagamento da dívida associada ao crédito bancário. Acresce ainda o facto de se continuar a aguardar o recebimento de diversos apoios comunitários, já contratados e aprovados pelo Governo Regional dos Açores, e que tardam em resolver-se. Em face destas situações, as dificuldades de tesouraria ainda subsistiram no primeiro semestre de 2003, ou seja, o endividamento para com os fornecedores não sofreu grandes oscilações, tendo como referência o final do exercício de 2002. Em resumo, as dificuldades da tesouraria continuam a dever-se, fundamentalmente:

a) aos atrasos na concretização de diversas situações de alienação de activos, muitas delas previstas no referido Plano;

b) à situação de atrasos no recebimento de diversos apoios comunitários e do

Governo Regional dos Açores, já contratados e aprovados; c) ao facto do Plano de Reestruturação não ter previsto a criação de um fundo de

maneio necessário ao financiamento dos negócios correntes do Grupo. A contenção do endividamento para com os fornecedores, foi um dos factores determinantes para evitar a ruptura no abastecimento de matérias-primas e a manutenção dos serviços essenciais que garantem a operacionalidade das fábricas.

Folha 3

COFACO – Comercial e Fabril de Conservas, S.A.

Consolidado do Grupo

A situação de incumprimento dos pagamentos das prestações dos empréstimos e dos juros Plano de Reestruturação de 2000, representava, no final do primeiro semestre de 2003, um total líquido de capital de 3.305.562 Euros, e de juros de 1.159.444 Euros, correspondentes às prestações vencidas entre Junho de 2002 e Junho de 2003. É de salientar a prioridade e o esforço de acompanhamento que a Administração do Grupo tem dedicado a esta situação. É com agrado que destacamos o facto de os resultados alcançados neste primeiro trimestre de 2003, continuarem a confirmar a tendência, já iniciada em 2002, de alguma recuperação financeira no seio do Grupo Cofaco. 2. Área Industrial

As fábricas da Madeira e Vila Real de Santo António mantêm as suas actividades produtivas suspensas pelos mesmos motivos já referidos no exercício anterior: capturas locais de matérias-primas suficientes para a laboração industrial rentável. A redução da capacidade produtiva com a concentração da actividade em 3 das 7 fábricas (Figueira da Foz no Continente, Rabo de Peixe e Madalena nos Açores), motivaram melhores índices de utilização, maior eficiência no planeamento e controlo da produção e na gestão de inventários. Um adequado acompanhamento entre os valores orçamentados e os realizados, permitiu-nos concluir por uma relativa estabilidade verificada no preço do custo do atum, que se manteve no decurso do semestre em referência. Neste primeiro semestre houve um acréscimo de 39% das capturas de atum nos Açores pela Compico, S.A., o que, comparativamente com períodos homólogos anteriores, permitiu a laboração de peixe fresco e, por esta via, o menor recurso à compra de matéria-prima nos mercados internacionais. Apesar disso, importa salientar que este aumento de capturas ainda não é suficiente para a reactivação das fábricas do Grupo que se encontram encerradas.Não obstante, a fábrica de Rabo de Peixe ter passado a dispôr, desde o início de 2002, de um entreposto frigorifico (aumentando a capacidade de armazenamento de matéria-prima e melhorando a qualidade e funcionalidade do aprovisionamento, planeamento e gestão da produção), a escassez de mão-de-obra, o elevado grau de absentismo e a formação de pessoal para “trabalhar o pescado” têm sido a principal dificuldade com que nos deparamos para atingir o objectivo de aumento da produção, ou mesmo a utilização plena da nossa capacidade produtiva nos Açores. A sardinha e a cavala continuam escassas no mercado nacional, com elevado preço de custo, havendo que recorrer à sua importação com as consequentes dificuldades de logística e financiamento. 3. Área Comercial As alterações no perímetro de consolidação do Grupo, já comentadas no Relatório de Gestão Consolidado anual, e continuadas em 2003, não permitem uma comparação directa da actividade comercial registada no 1.º semestre de 2002.

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COFACO – Comercial e Fabril de Conservas, S.A.

Consolidado do Grupo Abstraindo o efeito de tal alteração, o volume de negócios consolidado do primeiro trimestre de 2003 registou um incremento de cerca de 5,5%, quando comparado com o mesmo período de 2002. No mercado nacional os indicadores de consumo das mais prestigiadas empresas de pesquisas indicam um crescimento real nas vendas das marcas Cofaco, principalmente a marca Bom Petisco, com um ganho de quota de mercado dos produtos Cofaco em relação aos produtos concorrentes. Também no mercado Italiano, principal mercado da exportação, tem havido crescimento da marca Ás-do-mar em todos os produtos Cofaco. 4. Análise Económico-Financeira A política criteriosa de controlo de custos já anteriormente iniciada teve continuidade no primeiro semestre de 2003. Mantendo-se a estrutura mais reduzida, com uma substancial melhoria nas performances da equipa, e melhor eficiência na comunicação interna e tomadas de decisão, os custos administrativos centrais continuaram a diminuir. Apesar disso, verifica-se uma redução menos expressiva nos custos globais com o pessoal nos períodos homólogos de 2002 e 2003, o que se justifica pela necessidade de maior recurso ao trabalho industrial em horas extraordinárias. O esforço de racionalização dos custos operacionais em 2002 e 2003, proporcionou uma melhoria dos resultados operacionais do Grupo. Foram mantidos os critérios contabilisticos, os quais respeitam o Plano Oficial de Contabilidade. O impacto dos custos financeiros relacionados com o endividamento bancário do Grupo, cifrou-se, pela primeira vez, abaixo dos 4% do volume de negócios, resultante do abaixamento generalizado das taxas de juro. A redução da rubrica de amortizações está relacionada com o facto de terem deixado de considerar-se amortizações relativamente às fábricas de Vila Real de Santo António e da Madeira, que se encontram com a actividade suspensa. Ao nível das rubricas do balanço há que realçar a situação dos subsídios a receber do Estado, entre os quais se destacam, (1) os relativos ao “Fundo de Garantia” para compensação dos preços de aquisição do atum (Cofaco Açores, S.A.), referente aos anos de 2000 e 2001, e (2) os relativos ao subsídio (constituição da Sociedade Mista) pelo abate de barcos (Compico, S.A.), referente ao ano de 2002. Devido à suspensão dos pagamentos referentes ao “Fundo de Garantia”, decidida pelo Governo Regional dos Açores em 2002, nenhum proveito equivalente foi considerado nas contas de 2002 e do primeiro semestre de 2003. Tendo em conta os montantes elevados de proveitos que estes subsídios normalmente geravam, a sua não consideração em 2002 e 2003 não reflecte uma melhoria ainda mais significativa dos resultados consolidados.

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COFACO – Comercial e Fabril de Conservas, S.A.

Consolidado do Grupo Apesar dos circunstancialismos enunciados, a exploração foi lucrativa e os resultados líquidos consolidados situam-se nos + 137.747 Euros De referir ainda que, em 30 de Junho de 2003, bem como à data da elaboração do presente relatório, não existiam situações em atraso para com a Segurança Social e com o Estado. 5. Perspectivas Tendo em conta a evolução previsível do enquadramento macro-económico e o processo de estabilização financeira em curso, prevemos encerrar o exercício de 2003 com resultados consolidados positivos. Entendemos que seria bastante positivo para a uma melhor estabilidade financeira do Grupo, que fossem estabelecidas condições mais adequadas de pagamento do capital e juros da dívida bancária resultante do último Plano de Reestruturação, tendo em conta as diversas possibilidades de transacções de activos não estratégicos que se encontram em vias de concretização, possibilitando assim uma melhor gestão de tesouraria e um planeamento mais eficaz das compras de matérias-primas, e controlo dos prazos de pagamento a fornecedores. Agradecemos com sinceridade a todos os nossos colaboradores, pela inesgotável capacidade de adaptação às mudanças e aos novos desafios. Agradecemos igualmente aos nossos accionistas, às autoridades e organismos da Administração Regional dos Açores, assim como da Administração Central, e aos nossos fornecedores e clientes, bem como a todos os que colaboraram e participaram em mais um passo seguro em direcção à uma nova realidade para o Grupo Cofaco. Ponta Delgada, 17 de Setembro de 2003

O Conselho de Administração

António Luís M. Tavares (Presidente)

José E. C. Folque Agostinho Ferreira João C. Ventura F. Pires Margarido

Folha 6

COFACO – Comercial e Fabril de Conservas, S.A.

Consolidado do Grupo

ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO (Primeiro semestre de 2003)

Dando cumprimento ao disposto nos Artº.s 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais, informamos que a posição do n.º de acções é a seguinte: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:

NOME Nº Acções Aquisições Vendas Nº Acções 01-01-2003 1º Sem. 2003 1º Sem. 2003 30-06-2003

A. Luís M. Tavares 34.596 - - 34.596

José E. C. Folque - - - -

Agostinho Campos Ferreira - - - -

João C. Ventura 2 240.000 - 240.002

F. Pires Margarido - - - - FISCAL ÚNICO:

NOME Nº Acções Aquisições Vendas Nº Acções 01-01-2003 1º Sem. 2003 1º Sem. 2003 30-06-2003

Carlos Teixeira & Noé Gomes, SROC

Representada por:

Carlos Manuel Duarte Teixeira 0 0 0 0 ENTIDADES COM UMA PARTICIPAÇÃO SUPERIOR A 10% DO CAPITAL:

Cofgesta – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 51%

Representados por 2.039.938 acções, não tendo ocorrido no exercício qualquer transacção. Ponta Delgada, 17 de Setembro de 2003

O Conselho de Administração

António Luís M. Tavares (Presidente)

José E. C. Folque Agostinho Ferreira João C. Ventura F. Pires Margarido

Folha 7

COFACO - COMERCIAL E FABRIL DE CONSERVAS, S.A.

BALANÇO CONSOLIDADO

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Folha 8

COFACO - COMERCIAL E FABRIL DE CONSERVAS, S.A. BALANÇO CONSOLIDADO (Continuação)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Folha 9

COFACO - COMERCIAL E FABRIL DE CONSERVAS, S.A. DEMOSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZA

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Folha 10

COFACO - COMERCIAL E FABRIL DE CONSERVAS, S.A. DEMOSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Folha 11

COFACO - COMERCIAL E FABRIL DE CONSERVAS, S.A. DEMOSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA

Folha 12

COFACO - COMERCIAL E FABRIL DE CONSERVAS, S.A. ANEXO À DEMOSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNO DE 2003

Folha 13

COFACO – COMERCIAL E FABRIL DE CONSERVAS, S.A.

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

30 DE JUNHO DE 2003

0. Introdução A actividade principal do Grupo é a indústria de conservas de peixe e a comercialização das mesmas. As notas que se seguem respeitam a numeração do Plano Oficial de Contabilidade (POC). Relativamente aos pontos omitidos, nada há a referir. O método utilizado na consolidação foi o da consolidação integral. Os valores dos quadros são expressos em euros 1. Empresas incluídas na consolidação a) Nos termos do n.º 1 e n.º 2 do artigo 1.º do Decreto – Lei n.º 238/91 de 2 de Julho, o perímetro da

consolidação inclui as empresas seguintes:

Empresas Sede

Cofaco Açores - Indústria de Conservas, S.A. Ribeira Grande

Cofaco Conservas, SGPS, S.A. Ribeira Grande

Cofaco Continente – Indústria de Conservas, S.A. V. R. Stº António

Cofaco Madeira - Indústria de Conservas, S.A. Santa Cruz

Cofisa - Conservas de Peixe da Figueira, S.A. Figueira da Foz

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. V. R. Stº António

Compico - Companhia de Pescas do Pico, S.A. Madalena do Pico

Copefa - Conservas de Peixe do Faial, S.A. Horta

Durante o 1º Semestre de 2003, a Cofaco, SA, alienou a totalidade das acções que detinha na Copecil, SA, deixando esta empresa de fazer parte do Grupo Cofaco.

b) Proporções do capital detido nas empresas incluídas na consolidação, excluindo a empresa-mãe, pelas empresas incluídas na consolidação:

Folha 14

Empresa Percentagem do capital detido

Detido por

Cofaco Açores - Indústria de Conservas, S.A. 72,5% Cofaco Conservas SGPS, SA

Cofaco Madeira - Indústria de Conservas, S.A.

72% Cofaco Conservas SGPS, SA

Cofisa - Conservas de Peixe da Figueira, S.A. 100% Comalpe – Conservas de Peixe, SA

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. 64,9% Cofaco Conservas SGPS, SA

Compico - Companhia de Pescas do Pico, S.A. 100% Cofaco Açores – Indústria de Conservas, SA

2. Empresas excluídas da Consolidação

Empresa Sede Motivo da Exclusão

(Artº 4º - D.L. 238/91)

%

Detido por

Cofaco España, S.A Madrid - Espanha Nº 1 100% Cofaco Comerc. Fabril Cons. SA

Comisa – Companhia Construt. Imobil., S.A. V. R. Stº António Nºs 1 e 4 100% Cofaco Comerc. Fabril Cons. SA

Continental Ventures Limited Jersey, C.I Nº 1 87,72% Cofaco Comerc. Fabril Cons. SA , Copefa Cons. Peixe Faial, SA e Comalpe Conservas Peixe, SA

Copesa – Comp. Portug. Embalagem, S.A V. R. Stº António Nº 1 64,9% Comalpe Conservas de Peixe, SA

3. Firma e sede de empresas associadas a empresas incluídas na consolidação:

Empresa Sede Proporção no Capital

Detido por

Soconave – Soc. de Construções Navais da Ilha, Lda. Horta 50,00% Copefa Cons. Peixe Faial, SA

7. O número médio de trabalhadores ao serviço das empresa incluídas na consolidação durante o exercício foi de 850 pessoas.

18. As empresas incluídas na consolidação procederam ao ajustamento das suas participações em associadas, pelo método da Equivalência Patrimonial, nos termos do estabelecido no n.º 13.6.1 das normas, excepto quando as percentagens de participação são diminutas e o exercício de controlo sobre a gestão inexistente, caso em que estão valorizadas pelo custo de aquisição.

22. Em 5 de Abril de 2000 ocorreu a assinatura de um novo acordo de reestruturação do passivo bancário das

empresas do GRUPO COFACO, mantendo as hipotecas e penhores do acordo de 1996.

Deste acordo de reestruturação resultaram as seguintes responsabilidades para as empresas incluídas na consolidação:

Folha 15

Penhores Empresa Hipotecas Bens Acções

Total

Cofaco – Comercial e Fabril de Conservas, S.A. 18 455 522,19 18 455 522,19

Cofaco Açores – Indústria de Conservas, S.A. 2 244 590,54 8 270 069,13 10 514 659,67

Cofaco Conservas, SGPS, S:A. 18 954 320,09 18 954 320,09

Cofaco Madeira – Indústria de Conservas, S.A. 997 595,79 1 581 688,14 2 579 283,93

Cofisa - Conservas de Peixe da Figueira, S.A. 1 496 393,69 1 581 189,33 3 077 583,02

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. 2 991 635,16 2 991 635,16

TOTAL 4.738.580,02 14 424 581,76 37 409 842,28 56.573.004,06

As Instituições Financeiras a favor das quais foram constituídas as garantias e penhores acima descritos, encontram-se mencionadas na Nota 33 deste Anexo bem como a respectiva distribuição percentual. À data da elaboração deste Anexo as Garantias Bancárias prestadas eram as seguintes:

Empresa Banco Valor

(Euros)

Cofaco Açores – Indústria de Conservas, S.A. BCA 4 507,04

Cofaco Açores – Indústria de Conservas, S.A. BES 29 927,87

Cofaco Madeira – Indústria de Conservas, S.A. BTA 5 139,61

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. BCP 69 831,71

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. BES 199 519,16

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. BNU 249 398,95

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. BPA 10 068,24

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. CGD 149 639,37

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. BES 51.100,00

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. CGD 10.895,00

TOTAL (Euros) - 780.026,95

(USD)

Comalpe - Conservas de Peixe, S.A. CGD 81.175,00

TOTAL (USD) - 81.175,00

23 Os critérios valorimétricos adoptados são os seguintes:

a) Geral: Os registos contabilisticos que serviram de base às demonstrações financeiras foram elaborados com base nos princípios contabilisticos geralmente aceites, isto é, da consistência, da continuidade, da efectivação das operações, do custo histórico, do conservantismo e da recuperação do custo das existências. b) Imobilizações incorpóreas: As imobilizações incorpóreas são registadas ao custo de aquisição, deduzidas das respectivas amortizações. São amortizadas por dotações semestrais iguais em três exercícios consecutivos. c) Imobilizações corpóreas:

As imobilizações corpóreas são registadas pelos valores de aquisição, ou de reavaliação.

Folha 16

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, ás taxas legais, de acordo com o Decreto Regulamentar 2/90 de 12 de Janeiro, com excepção do equipamento básico do sector conserveiro e pescas, o qual está a ser amortizado a 50% da taxa, de acordo com estudo técnico efectuado.

d) Investimentos financeiros:

i) Empresas participadas - Custo de Aquisição ii) Empresas associadas – Custo de Aquisição corrigido pelo método da Equivalência Patrimonial iii) Outras aplicações financeiras – Custo de aquisição São constituidas provisões para investimentos financeiros, sempre que se constate haver

sérias restrições quanto à recuperação dos valores investidos. e) Existências:

i) Matérias-Primas, Subsidiárias e de Consumo - Custo médio de aquisição. ii) Produtos Acabados - Custo de produção ou valor de realização, dos dois o mais baixo.

f) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira:

Os saldos expressos em moeda estrangeira foram convertidos em Euros, aplicando as cotações de 30 de Junho de 2003, bem como foram utilizadas as taxas de conversão para o EURO das moedas não incluídas no Sistema Monetário Europeu.

As emergentes diferenças de câmbio positivas e negativas, foram registadas em resultados.

g) Acréscimos e diferimentos: - Proveitos e despesas diversas imputáveis a vários exercícios pelo valor proporcional

correspondente. - Proveitos e custos imputáveis a exercícios futuros - Encargos financeiros e outros custos vencidos até ao final do exercício, cuja liquidação

ocorre no exercício seguinte. - Subsídios obtidos para a aquisição de imobilizado corpóreo até à transferência para

resultados, na proporção das amortizações dos bens que lhe deram origem.

24 As cotações utilizadas para conversão em Euros dos elementos incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas expressas originalmente noutra moeda, foram as constantes das cotações oficiais do Banco de Portugal à data de 30 de Junho de 2003, bem como foram utilizadas as taxas de conversão para o EURO das moedas não incluídas no Sistema Monetário Europeu.

25 As "Despesas de Instalação" contemplam as despesas efectuadas com aumentos de capital, estudos e projectos e processo de reestruturação do grupo. As "Despesas de Investigação e Desenvolvimento" dizem respeito, basicamente, a despesas com campanhas publicitárias.

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Rubricas Saldo Inicial

Aumentos Alienações Transf. Abates

Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas

Despesas instalação 12.150,90 12.150,90

Desp. Invest. desenvolvimento

Propr. Industrial e out. direitos 3.564.694,45 3.564.694,45

Trespasses 2.830.186,83 2.830.186,83 Total 6.407.032,18 6.407.032,18

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 2.427.999,69 2.427.999,69

Edifícios e outras construções 24.376.252,11 24.376.252,11

Equipamento básico 45.663.354,00 112.259,56 45.775.613,56

Equipamento de transporte 1.888.481,17 9.329,19 1.897.810,36

Ferramentas e utensílios 1.332.890,32 958,89 1.331.931,43

Equipamento administrativo 1.453.724,30 5.505,00 1.459.229,30

Taras e vasilhame 8.559,79 8.559,79

Outras imobilizações corpóreas 132.624,81 432,38 132.192,43 Imobilizações em curso

Adiant. p/ conta Imob. Corp. Total 77.283.886,19 127.093,75 1.391,27 77.409.588,67

Investimentos financeiros

Partes capital emp. associadas 115.389,65 115.389,65

Partes capital emp. participadas 1..517.256,94 1.995,20 -118.137,79 1.397.123,96

Títulos outras aplic. financeiras 25.417,77 25.417,77 Total 1.658.064,36 1.995,20 -118.137,79 1.537.931,38

Amortizações e Provisões Saldo Inicial

Reforço Regularizações

e Alienações

Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas

Despesas instalação 10.486,44 831,72 11.318,16 Total 10.486,44 831,72 11.318,16

Imobilizações Corpóreas

Edifícios e outras construções 10.705.260,96 426.792,18 11.132.053,14

Equipamento básico 33.806.808,38 863.958,30 18.873,42 34.689.640,10

Equipamento de transporte 1.733.842,19 40.841,17 1.774.683,36

Ferramentas e utensílios 1.273.552,24 27.470,16 -958,89 1.300.063,51

Equipamento administrativo 1.389.788,56 30.808,68 -0,04 1.420.597,20

Taras e vasilhame 8.559,79 8.559,79

Outras imobilizações corpóreas 117.150,03 2.043,66 -432,38 118.761,31 Total 49.034.962,15 1.391.914,15 17.482,11 50.444.358,41

Folha 18

33 As dívidas a terceiros a mais de cinco anos são constituídas pelas dívidas aos diversos bancos e ao Fundo EFTA, de acordo com o processo de reestruturação do passivo, celebrado em 5 de Abril de 2000, como se indica:

BANCO DIVIDA CGD 29,34% 5.010.289,95

BCA 16,57% 2.829.601,38

BCP 10,01% 1.709.372,95

BPA 8,72% 1.489.084,13

BTA 7,82% 1.335.394,26

BPI 7,46% 1.273.918,31

FEFTA 6,50% 1.109.982,44

BES 6,06% 1.034.845,17

BNU 6,06% 1.034.845,17

BBVA 1,46% 249.319,13

TOTAL 100,00% 17.076.652,89

34 O montante global das dívidas a terceiros apresentadas no balanço consolidado, cobertas por garantias reais prestadas pelas empresas incluídas na consolidação, ascendem a 56.573.004,06 euros, conforme discriminado na Nota 22 deste Anexo.

36 O valor líquido consolidado das vendas e prestações de serviços por mercado é o seguinte:

Rubrica Mercado Interno

Mercado Comunitário

Outros Mercados

Total

Vendas 13.404.291,51 8.791.255,92 865.968,42 23.061515,95

Serviços Prestados 788.128,63 788.128,63

Total 14,192.420,14 8.791.255,92 865.968,42 23.849.644,58

39 O montante global das remunerações atribuídas aos membros dos órgãos de administração da empresa-mãe nesta e nas suas filiais foi de 69.093,56 euros.

41 Em exercícios anteriores foram efectuadas para além de reavaliações extraordinárias, diversas reavaliações do imobilizado corpóreo ao abrigo dos seguintes Decretos-Lei:

Folha 19

- D.L. 430/78 de 27 de Dezembro

- D.L. 219/82 de 2 de Junho

- D.L. 399-G/84 de 28 de Dezembro

- D.L. 118-B/86 de 27 de Maio

- D.L. 111/88 de 2 de Abril

- D.L. 049/91 de 25 de Janeiro

- D. L 264/92 de 24 de Novembro

No exercício de 1995 efectuou-se uma Reavaliação Extraordinária dos Terrenos, Edifícios e Equipamento Básico com base num auto de vistoria e avaliação encomendado a um técnico da especialidade.

42 Quadro discriminativo das reavaliações

Rubricas Custo histórico Reavaliações Valores Contab. Reavaliados

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 318 508,56 2 109 491,13 2 427 999,69

Edifícios e outras construções 19 333 089,64 5 775 161,86 25 108 251,50

Equipamento básico 38 655 271,27 10 153 305,53 48 808 576,80

Equipamento de transporte 1 739 352,05 205 175,53 1 944 527,58

Ferramentas e utensílios 1 104 296,23 228 594,09 1 332 890,32

Equipamento administrativo 1 588 481,24 166 084,74 1 754 565,98

Taras e vasilhame 12 602,05 533,71 13 135,76

Outras imobilizações corpóreas 125 047,47 3 566,40 128 613,87 Total 62 876 648,51 18 641 912,99 81 518 561,50

Nota: Os valores apresentados no quadro anterior, tanto dos custos históricos como das reavaliações, não incluem as amortizações consideradas.

43 Foram alienadas as participações detidas pelo Grupo nas sociedades Coresa, SA, em Dezembro de 2002, e Copecil, SA, esta já em 2003, pelo que a comparação das Demonstrações Financeiras deve ser efectuada considerando estes factos.

Folha 20

44 Demonstração Consolidada dos Resultados Financeiros

Exercício Custos e Perdas

30-Jun-03 30-Jun-02 Juros suportados 658.755,57 782.294,34

Diferenças de câmbio desfavoráveis 23.561,92 16.379,82

Descontos de pronto pagamento concedidos 28.582,15 269.958,74

Outros custos e perdas financeiras 78.853,82 222.956,69

Resultados financeiros (784.787,71) (1.276.817,48)

TOTAL 4.965,75 14.772,11

Exercício Proveitos e Ganhos

30-Jun-03 30-Jun-02 Rendimento de alienação de imóveis 356,24

Diferenças de câmbio favoráveis 2.074,78 14.322,30

Descontos de pronto pagamento obtidos 2.890,97 93,57 TOTAL 4.965,75 14.772,11

45 Demonstração consolidada dos resultados extraordinários

Exercício Custos e Perdas 30-Jun-03 30-Jun-02

Donativos 137.235,70

Perdas em existências 644.324,50 149.322,53

Multa e penalidades 614,85 10.235,72

Correcções relativas a exercícios anteriores 79.296,50 732.455,39

Outros custos e perdas extraordinários 55.237,91 1.133.449,93

Resultados extraordinários 660.815,02 538.238,14

TOTAL 1.577.524,48 2.563.701,71

Exercício Proveitos e Ganhos 30-Jun-03 30-Jun-02

Recuperação de dívidas 417,56

Ganhos em existências 483.529,80

Ganhos em imobilizações 504,81 2.500,00

Benefícios de penalidades contratuais 6.100,00

Reduções de amortizações e de provisões 395.240,70 1.265.716,37

Correcções relativas a exercícios anteriores 64.946,89 2.092,49

Outros proveitos e ganhos extraordinários 626.784,72 1.293.3392,85

TOTAL 1.577.524,48 2.563.701,71

Folha 21

46 Movimentos ocorridos no exercício nas contas de provisões acumuladas:

Provisão Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final Riscos e Encargos 2.317.469,78 311.837,99 2.005.631,79

Cobrança Duvidosa 11.526.815,53 99.855,22 11.426.960,31

Depreciação de Existências 1.149.091,03 24.003,41 1.125.087,62

TOTAL 14.993.376,34 435.696,62 14.557.679,72

50 No exercício de 2001, a Cofaco Açores – Indústria de Conservas, S.A. contabilizou como proveitos, o

valor previsto no contrato de constituição do Fundo Especial de Regularização, destinado à compensação de preços na aquisição de tunídeos do ano de 2001, e como proveitos extraordinários o valor correspondente ao ano de 1998 que ainda se encontrava pendente de contabilização.

Com base num despacho do GRA, procedeu-se em 2002 à regularização daquele montante relativo ao ano de 1998, tendo sido igualmente anulado o valor do empréstimo bancário contraído junto do BCA que lhe estava associado.

No entanto, este Fundo que previa um montante máximo anual de compensação de cerca de 1,5 milhões de euros, ainda não foi dotado dos necessários recursos financeiros pelos seus subscritores, motivo pelo qual se encontravam pendentes de recebimento, em 30 de Junho de 2003, os montantes referentes aos exercícios de 2000 (650 mEuros) e 2001 (1.500 mEuros). Devido a dúvidas suscitadas, durante o exercício de 2001, pelo Governo Regional dos Açores quanto à continuidade de atribuição deste subsídio, o montante a receber relativo a 2001 foi integralmente provisionado nas demonstrações financeiras.

Em 2002, e no decorrer do primeiro semestre de 2003, devido à suspensão do “Fundo de Garantia”, decidida pelo Governo Regional dos Açores, nenhum proveito equivalente foi considerado nas contas.

As demonstrações financeiras consolidadas do 1º semestre de 2003 estão também influenciadas pelo abate, no segundo semestre de 2002 (na associada Compico, S.A.) de 2 embarcações e pela contabilização do respectivo apoio financeiro obtido sob a forma de subsídio comunitário de cerca de 1 milhão de Euros que ainda se encontra por receber. O produto desta operação, prevista no “Plano Geral de Reestruturação Financeira e Societária” do grupo Cofaco assinado em Abril de 2000, deverá ser integralmente utilizado, nos termos do mesmo plano, na redução de dívidas bancárias de empresas do grupo para com o consórcio de bancos que o subscreveu.

Folha 22

ACTIVIDADE POR SEGMENTOS

A actividade do Grupo é a indústria de consevas de peixe, com unidades fabris no Continente e Açores. Não existem componentes distinguíveis quer nos produtos, quer nos processos de fabrico que impliquem uma análise em termos de segmento.

Ponta Delgada, 17 de Setembro de 2003

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

A. Luís M. Tavares

J. Eduardo C. Folque

João C. Ventura

F. Pires Margarido

Agostinho C. Ferreira

Folha 23

R E L AT ÓR I O DE R E VI S ÃO L I MI T ADA E L AB OR ADO POR AU DI T OR R E GI S T ADO NA CMVM S OB R E I NF OR MAÇÃO S E ME S T R AL CONS OL I DADA

I nt r odução 1. Para os efeitos do Artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso

Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira consolidada do primeiro semestre do exercício de 2003, de COF ACO – COME R CI AL E F AB R I L DE CONS E R VAS , S .A., incluida no Relatório de Gestão, no Balanço consolidado referente a 30 de Junho de 2003, nas Demonstrações consolidadas dos Resultados por naturezas e por funções e dos fluxos de caixa do semestre então findo e nos respectivos anexos, documentos que evidenciam um total de balanço de 72.009.893 euros e um total de capital próprio negativo de 14.015.246 euros, incluindo um resultado líquido de 137.747 euros.

2. As quantias das demonstrações financeiras consolidadas, bem como as da informação

financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos da Empresa e suas subsidiárias, posteriormente ajustadas com as quantias, ainda sem registo contabilístico (incluindo os ajustamentos de consolidação), que foram objecto do nosso trabalho.

R es pons abi l i dades 3. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) A preparação de informação financeira consolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação e o resultado consolidado das suas operações;

b) a informação financeira consolidada histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;

e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade consolidada, posição financeira consolidada ou resultados consolidados.

4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira consolidada

contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se, em todos os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, baseado no nosso trabalho.

Âmbi to 5. Excepto quanto às limitações descritas nos parágrafos 8 e 9, o trabalho a que

procedemos teve como objectivo obter uma segurança moderada quanto a se a informação consolidada acima referida está isenta de distorções materialmente relevantes. O nosso trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, planeado de acordo com aquele objectivo, e consistiu, principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever:

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- a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira consolidada; - a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as

circunstâncias e a consistência da sua aplicação; - a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; - a apresentação da informação financeira consolidada; - se, em todos os aspectos materialmente relevantes, a informação financeira

consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários.

6. O nosso trabalho abrangeu ainda o Relatório de Gestão Consolidado do Grupo, tendo

incluído a verificação da sua concordância com a informação financeira consolidada divulgada.

7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base aceitável para a emissão do

presente relatório de revisão limitada sobre a informação consolidada do primeiro semestre.

R es er vas 8. A Empresa elaborou as contas consolidadas semestrais na base do pressuposto da

continuidade, assumindo, nos termos do “Plano Geral de Reestruturação Financeira e Societária do Grupo Cofaco” assinado em 2000, o apoio futuro dos seus accionistas e a recuperação económica das empresas participadas, directas e indirectas, que se encontram em situação difícil, algumas das quais têm vindo a operar em condições adversas de mercado e abaixo da sua capacidade produtiva. A adequação deste pressuposto é posta em dúvida pelos indícios de risco que, embora atenuados pelo lucro consolidado apurado no semestre e pelos efeitos das medidas implementadas no âmbito do referido plano, continuam evidenciados nas contas consolidadas, designadamente: os elevados resultados transitados negativos acumulados, no valor de 34.069.267 euros (em 30 de Junho de 2002, negativos em 36.851.064 euros), que traduzem essencialmente o efeito dos avultados resultados negativos acumulados pela Empresa-mãe e por diversas empresas participadas abrangidas pela consolidação; a situação de perda de mais de metade ou da totalidade do capital social por parte da Empresa-mãe e de algumas associadas, que implica a necessidade de observância das medidas e condições definidas no art. 35.º do Código das Sociedades Comerciais; as eventuais responsabilidades associadas à situação de incumprimento perante a banca em que se encontram algumas empresas participadas. As demonstrações financeiras consolidadas não incluem qualquer ajustamento para o caso de se verificar que esta base não foi a mais apropriada.

9. Em “Investimentos financeiros – Partes de capital” mantém-se considerada pelo valor de

1.387.472 euros uma participação financeira em associada com sede fora do território nacional, detida em 100% pelo grupo, a qual, tal como em 2002, não foi possível avaliar por não estarem disponíveis as respectivas demonstrações financeiras auditadas reportadas a 30 de Junho de 2003.

Par ecer 10. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma

segurança moderada, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existissem as limitações referidas nos parágrafos 8 e 9,

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nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira consolidada do semestre findo em 30 de Junho de 2003 não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que, no âmbito acima mencionado, não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ê nfas es 11. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as

situações seguintes:

11.1. Conforme é referido no Anexo às demonstrações financeiras consolidadas, nomeadamente na sua nota 43., na comparabilidade das contas semestrais de 2002 e de 2003 deve atender-se ao facto de as demonstrações financeiras consolidadas semestrais de 2003:

a) estarem influenciadas pelo efeito das operações de liquidação de sociedades do grupo e alienação de participações financeiras realizadas em 2002 e 2003 no âmbito da reestruturação do Grupo Cofaco iniciada em 2000, e que se prevê vir a ser continuada ainda no corrente ano;

b) não considerarem quaisquer amortizações do imobilizado corpóreo das fábricas cuja actividade esteve totalmente suspensa (Vila Real de Santo António – “Comalpe, S.A.” e Madeira – “Cofaco Madeira, S.A.”), nem reconhecerem nos resultados consolidados do semestre a parcela semestral dos correspondentes subsídios ao investimento.

11.2. Conforme é referido no relatório de gestão, algumas empresas

participadas encontram-se em situação de incumprimento no que diz respeito ao pagamento das prestações (3.305.562 euros incluídos na rubrica “Dívidas a terceiros – Curto prazo – Dívidas a instituições de crédito”) e juros (1.159.444 euros incluídos na rubrica “Acréscimos de custos”) vencidos entre Junho de 2002 e Junho de 2003, dos empréstimos bancários contemplados no “Plano Geral de Reestruturação Financeira e Societária do Grupo Cofaco” assinado em Abril de 2000.

11.3. Conforme é referido na nota 50. do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas, o balanço consolidado em 30 de Junho de 2003 evidencia, entre outros, valores ainda por receber:

a) pela “Cofaco – Açores, S. A.”, relativos a subsídios de compensação de preços de aquisição de tunídeos ao abrigo do Fundo Especial de Regularização, num total de 2.150.349 euros, e respeitantes aos exercícios de 2000 (650.349 euros) e 2001 (1.500.000 euros); devido a dúvidas suscitadas em 2001 pelo Governo Regional dos Açores quanto à continuidade da atribuição destes subsídios, o montante a receber relativo a 2001 foi integralmente provisionado nas demonstrações financeiras consolidadas daquele exercício;

b) pela “Compico, S. A.”, relativos a subsídios de abate de duas embarcações correspondente ao apoio financeiro obtido sob a forma de subsídio comunitário de 1.062.400 euros; o produto desta operação, prevista no “Plano Geral de Reestruturação Financeira e Societária” do grupo Cofaco assinado em Abril de 2000, deverá ser integralmente utilizado, nos termos do mesmo plano, na redução de dívidas bancárias de outras empresas do Grupo para com o consórcio financeiro que o subscreveu.

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11.4. Nos resultados consolidados apurados no semestre está incluído um proveito extraordinário líquido de 371.237 euros, em consequência de decisão favorável de uma reclamação de IVA e direitos aduaneiros, interposta em 1995 pela empresa-mãe.

Porto, 18 de Setembro de 2003

Carlos Teixeira, Noé Gomes & Associados, SROC, Lda. (n.º 28) representada por Carlos Manuel Duarte Teixeira, ROC n.º 541

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INFORMAÇÃO

Prevista na alínea d) do n.1 do artº7 do Regulamento n.11/2000 da CMVM.

PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS Lista das Participações Qualificadas, nos termos do artigo 7º do Regulamento CMVM nº11/2000 e artº 20º do CVM.

Parcial Acumulado Parcial Acumulado Parcial AcumuladoCOFGESTA (1) 2.039.938 2.105.858 51,0% 52,7% 51,0% 52,7%João Manuel Chaves de Sousa Ventura e Mulher 240.002 6,0% 6,0%Licia - Soc. De Exploração Turistica, S.A (2) 184.216 4,6% 4,6%João Alexandrino Coquenão Folque 176.792 4,4% 4,4%Maria Alexandrina Coquenão Folque 101.404 2,5% 2,5%João Folque Antunes 180.744 4,5% 4,5%José de Brito Folque 240.458 6,0% 6,0%Luis Antonio Socorro Folque 120.780 3,0% 3,0%Maria Bela E. Cumbrera Tavares (1) 31.324 2.105.858 0,8% 52,7% 0,8% 52,7%Antonio Luis Magalhães Tavares (1) 34.596 2.105.858 0,9% 52,7% 0,9% 52,7%

(1) - Ao accionista e Administrador da Cofaco, António Luis Magalhães Tavares, é-lhe imputado respectivamente as percentagens directa, através dos seus votos, e indirectamente através da empresa Cofgesta da qual é accionista e Administrador e através da sua mulher Maria Bela E. Cumbrera Tavares

(2) - Ao Administrador da Cofaco, Sr. José Eduardo Coquenão Folque , é-lhe imputada a percentagem de direitos de votoatravés da empresa Licia, SA, por este ter uma posição dominante na sociedade

Accionista Acções % Capital % Direitos de Voto