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Universidade Estadual Paulista – Unesp
Faculdade de Ciências – Campus de Bauru
Estudo da Reatividade dos Metais
Docente:
Dra. Beatriz Eleutério Goi
Laboratório de Química
Discente:
Delcides Aparecido Moraes
RA: 921181
1º Termo Noturno
Ciências Biológicas
Abril de 2009
Bauru
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Sumário
Introdução ....................................................................................... 3
Objetivo e Metodologia .................................................................. 5
Objetivo ................................................................................................ 5
Metodologia .......................................................................................... 5
Procedimento Experimental ........................................................... 6
Procedimento nº 1 ................................................................................ 6
Procedimento nº 2 ................................................................................ 7
Procedimento nº 3 ................................................................................ 9
Conclusão ..................................................................................... 10
Referências Bibliográficas ............................................................ 11
2
Introdução
Os Metais
Os metais constituem o grupo de elementos mais numeroso que existe. Em condições ambientais são encontrados na forma sólida, com exceção do mercúrio (Hg), que é encontrado na forma líquida. São brilhantes, bons condutores de calor e eletricidade, se comparados com os demais elementos, e apresentam alta resistência térmica e mecânica.
Uma característica dos metais é o fato de terem um número pequeno de elétrons no último nível energético, e também a baixa força de atração que o núcleo exerce sobre esses elétrons, facilitando a doação dos mesmos.
Reatividade dos Metais
Pode-se chamar de reatividade de um metal a capacidade que ele possui para deslocar outro em uma reação de deslocamento.
Fig.1 – Esquema de deslocamento entre metais.
O metal mais reativo (menos nobre) desloca o menos reativo (mais nobre).
O metal menos reativo (mais nobre) não desloca o mais reativo (menos nobre).
2
As reações de deslocamento, nas quais um elemento A desloca um elemento B, podem ser previstas segundo a série eletroquímica. A série eletroquímica dos metais, escala de nobreza ou fila de reatividade química, coloca os elementos em ordem decrescente de reatividade, e em ordem crescente de nobreza. Quanto mais nobre é o elemento, menos reativo ele é, e vice-versa. Assim, metais nobres como o ouro (Au), a prata (Ag) e a platina (Pt), dificilmente são atacados por substâncias químicas.
Exemplo de reação de deslocamento:
Mg ZnSO4 MgSO4 Zn
O magnésio desloca o zinco porque é mais reativo do que ele, ou seja, o magnésio vem antes do zinco na fila da reatividade. A reação Zn MgSO4 não ocorre porque o Zn, sendo menos reativo que o Mg, não o desloca de seus compostos.
Fig.2 – Fila de reatividade dos metais
Os metais mais nobres (menos reativo) que o hidrogênio não são deslocados por ele, portanto não reagem com ácidos.
Objetivo e Metodologia
FILA DE REATIVIDADE DOS METAIS
Aumenta a reatividade
Li > K > Rb > Cs > Ba > Sr > Ca> Na > Mg > Al > Mn > Zn > Fe > Co > Ni > Sn > Pb > H2 > Cu > Ag > Pd > Pt > Au
Alcalinos e Alcalinos terrosos Metais mais comuns no cotidiano
Metais Nobres
Reagem com HCl Não reagem com HCl
Aumenta a nobreza
2
Objetivo:
Comprovar, experimentalmente, a ocorrência de reações de deslocamento entre metais através da fila de reatividade química ou da tabela de potenciais de oxi-redução.
Metodologia:
Para a realização das atividades experimentais utiliza-se o seguinte material de laboratório:
Tubos de ensaio;
Estantes para tubos de ensaio;
Pipetas de 5 ou 10 ml;
Como reagentes utiliza-se:
Ácido clorídrico a 10% (HCl);
Nitrato de Prata a 2% (AgNO3);
Sulfato de Zinco a 5% (ZnSO4);
Cloreto de Sódio a 5% (NaCl);
Sódio metálico (Na);
Magnésio metálico em aparas ou fita (Mg);
Alumínio metálico em aparas (Al);
Zinco metálico em aparas (Zn);
Ferro metálico em fragmentos ou pregos (Fe);
Cobre metálico em fragmentos (Cu);
Solução de fenolftaleína;
Sulfato de Magnésio a 5% (MgSO4);
Ácido nítrico a 50% (HNO3).
Procedimento Experimental
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Procedimento nº 1 – Reação de sódio metálico com água
Coloca-se água em uma cuba até sua metade, e adiciona-se de 5 a 10 gotas de fenolftaleína. Então corta-se com uma espátula um pequeno fragmento de sódio metálico e o coloca na água com fenolftaleína.
Resultado e discussão: O sódio é um metal muito eletropositivo, e por isso muito reativo. No procedimento ele reage com a água, liberando calor e um gás, provavelmente H2. Microscopicamente o que ocorreu foi o deslocamento dos átomos de hidrogênio pelos átomos de sódio (mais reativo que o hidrogênio), como mostra a reação abaixo:
Fig.3 – Reação de sódio metálico com a água.
Aos poucos o fragmento de sódio vai se “dissolvendo”, e a tonalidade da solução de água com fenolftaleína vai se tornando gradativamente rósea.
Tal coloração é ocasionada pela presença da fenolftaleína, um indicador ácido-base, e leva a conclusão de que a substância final obtida, no caso o hidróxido de sódio, é básica.
Fig.4 – Solução final obtida após a reação de Na metálico com H2O e fenolftaleína.
Procedimento nº 2 - Reações de metais com ácidos
Na + H2O NaOH + H2
+ +
2
Pega-se cinco tubos de ensaio e adiciona-se HCl a 10%, até um terço do volume de cada um
2.1 – Adiciona-se aparas de magnésio a um dos tubos;
Resultado e discussão: Macroscopicamente é possível visualizar a “dissolução” do magnésio, embora se saiba que microscopicamente, seus átomos estão apenas deslocando os átomos de hidrogênio da solução de HCl, e ocupando seu lugar.
É possível observar uma efervescência da solução quando o magnésio é adicionado, e o aquecimento do tubo de ensaio. A reação demonstrada abaixo ocorreu porque o magnésio é mais reativo que o hidrogênio, assim, Mg desloca o H da solução.
2Mg + 2HCl 2MgCl + H2
2.2 – Adiciona-se em outro tubo, aparas de alumínio;
Resultado e discussão: O alumínio demora um pouco mais para reagir se comparado com o magnésio, provavelmente pela sua posição na fila de reatividade química (vide Fig.2). A reação não apresenta uma efervescência grande como no caso do magnésio.
Al + HCl AlCl + H2
2.3 – Adiciona-se aparas de zinco em outro tubo, e espera-se alguns minutos;
Resultado e discussão: O zinco reage e a solução de HCl adquire uma coloração branca, e apresenta uma certa efervescência ocasionada pela liberação de H2.
A reação ocorre porque o zinco, posicionado antes do hidrogênio na fila de reatividade química, consegue deslocar os átomos de hidrogênio da solução de HCl.
Zn + 2HCl ZnCl2 + H2
2
2.4 – Ao quarto tubo contendo HCl, adiciona-se um fragmento de ferro, e espera alguns minutos;
Resultado e discussão: Aparentemente não houve reação, pelo menos que fosse visível macroscopicamente, embora de acordo com a fila de reatividade química (vide fig.2) o ferro esteja situado anterior ao hidrogênio.
2.5 – Ao quinto tubo se adiciona alguns fragmentos de cobre;
Resultado e discussão: Não é possível observar reação, uma vez que o Cu se encontra depois do hidrogênio na fila de reatividade química, logo ele não é capaz de deslocar o hidrogênio do HCl.
Observações relevantes:
Dentre todos os procedimentos listados no item 2, o que apresentou uma maior reatividade com o ácido, foi o magnésio, que por sinal é o primeiro entre os metais utilizados na lista de reatividade. Logo pode-se concluir que a reatividade varia de acordo com a posição do metal na série eletroquímica. Então, todos os metais anteriores ao hidrogênio reagirão com ácido, que apresenta hidrogênio em sua estrutura, e todos os que estão após o hidrogênio não reagirá com ácidos.
Procedimento de reação do Ácido nítrico com Cobre
Coloca-se HNO3 a 50% em um tubo de ensaio até ¼ do seu volume. Com cuidado, adicionam-se algumas aparas de cobre ao ácido.
Resultado e discussão: Há uma grande efervescência, e a coloração da solução se torna azulada. O cobre reage com a solução, fazendo com que parte do NO3 seja liberado em forma de dióxido de nitrogênio.
Procedimento nº 3 – Reações entre Metais
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Coloca-se solução de sulfato de cobre em um tubo de ensaio até 1/3 de seu volume. Adiciona-se então algumas aparas de zinco e espera-se alguns minutos;
Resultado e discussão: É possível perceber uma determinada crosta marrom sobre as aparas de zinco, provavelmente devido ao fato de o zinco deslocar os átomos de cobre da solução. Também é possível perceber que a solução sofre uma leve descoloração, tornando-se mais clara.
Zn + CuSO4 Cu + ZnSO4
Coloca-se mais uma vez sulfato de cobre em um tubo de ensaio até 1/3 de seu volume, adiciona-se algumas aparas de magnésio e espera-se alguns minutos;
Resultado e discussão: A solução apresenta uma efervescência. O magnésio reage com a solução, ocupando o lugar do cobre, uma vez que é mais reativo.
Mg + CuSO4 Cu + MgSO4
Coloca-se sulfato de magnésio em um tubo de ensaio até 1/3 de seu volume, adiciona-se algumas aparas de cobre e observa-se;
Resultado e discussão: Não ocorre reação, pois o cobre não consegue deslocar o magnésio da solução, que é mais reativo.
Coloca-se solução de cloreto de sódio em 3 tubos de ensaio até 1/3 de seu volume. Adiciona-se a um deles aparas de cobre, ao outro, aparas de zinco, e ao último, aparas de alumínio.
Resultado e discussão: Não há reação em nenhum dos casos. Isso ocorre devido a posição do sódio, presente na solução, na série eletroquímica. O Na está em posição anterior aos outros, sendo, portanto mais reativo.
Coloca-se solução de nitrato de prata em um tubo de ensaio até 1/3 de seu volume, adiciona-se aparas de magnésio, e agita-se;
Resultado e discussão: A solução apresenta uma variação na sua coloração, tornando-se marrom. Tal fato nos leva a suposição de uma reação entre o magnésio e a solução, uma vez que o magnésio é mais reativo que a prata.
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Conclusão
O propósito dos procedimentos foi alcançado com sucesso.
A série eletroquímica foi estudada, e entendida, bem como as reações entre metais através de deslocamento. Entretanto foi possível perceber que nem todos os casos seguem as regras, como o caso da reação entre o ácido nítrico e o cobre.
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Referências Bibliográficas
GONÇALVES, Ana Maria Aoki; MESSAROS, Maria. Química I. Edição Experimental. São Paulo, Cetec – Ceeteps, 1998.
CANTO, Eduardo Leite do; PERUZZO, Francisco Miragaia. Química na abordagem do cotidiano – Volume único. Editora Moderna. Dados de editoração não encontrados.