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Relatório Final

PROJETO

Mudanças Ocupacionais:

Trajetórias Virtuosas e Riscos

Valéria PeroIETS

6 de julho de 2006

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Relatório Final

PROJETO

Mudanças Ocupacionais:

Trajetórias Virtuosas e Riscos

Valéria PeroIETS

O projeto de pesquisa sobre mudanças ocupacionais dos trabalhadores indus-triais apresenta um duplo objetivo:

1. Contribuir para a elaboração de um sistema de informações sobre es-colha pro�ssional, a partir de características do trabalhador e de suatrajetória. Para tanto, além das manchas ocupacionais (que mostramas ocupações de destino mais freqüentes), estimou-se a probabilidadede reemprego dependendo do grupo ocupacional em que o trabalhadorfoi desligado, do sexo, da idade e da escolaridade.

2. Entender a dinâmica do mercado de trabalho para os trabalhadoresdesligados da indústria, a partir da análise da chance de reemprego e dain�uência do tempo fora do mercado de trabalho formal. Para tanto, foirealizada uma análise detalhada das características dos trabalhadoresque estão associadas a maior chance de reemprego e ao menor tempofora do mercado de trabalho formal. Isso porque quanto mais tempoo trabalhador passa fora do mercado de trabalho formal, menores aschances de retorno ao emprego formal e maior a queda salarial.

Assim sendo, o relatório �nal compõe-se de duas partes. A primeira apre-senta a análise do reemprego dos trabalhadores desligados da indústria e doganho ou perda salarial associado à volta ao mercado de trabalho formal. Asegunda parte refere-se aos dados sobre as probabilidades de retorno paradeterminados grupos ocupacionais - identi�cados na mancha ocupacional -dependendo da ocupação de origem e das características do trabalhador.

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Sumário

1 Determinantes da Reinserção no Mercado de Trabalho For-mal 3Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.1 Preliminares empíricos e Metodologia . . . . . . . . . . . . . . 5

1.1.1 A base de dados Raismigra . . . . . . . . . . . . . . . . 51.1.2 Universo de Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.1.3 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

1.2 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111.2.1 Transição Setorial e Ocupacional . . . . . . . . . . . . 141.2.2 Determinantes do reemprego e do tempo fora do mer-

cado de trabalho formal. . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2 Probabilidade de Retorno por Subgrupo Ocupacional de Ori-gem. 39

Conclusão 73

Referências 75

Anexo A 75

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Parte 1

Determinantes da Reinserção no

Mercado de Trabalho Formal

Valéria PeroDimitri Szerman

Introdução

A cada ano são desligados da indústria de transformação cerca de 1,5milhão trabalhadores formais, dos quais mais de 30% não retornam ao setorformal num período de até 5 anos após o desligamento. Em outras palavras,quase um terço dos trabalhadores formais desligados da indústria migrampara o setor informal, para o desemprego ou para fora da força de trabalho.Veri�ca-se ainda que o retorno para o setor formal acontece, em média, 18meses após a perda do emprego.

O movimento de transição dos trabalhadores para fora do setor formal, abaixa taxa de retorno ao setor formal e o alto tempo que estes permanecemfora do setor formal têm, potencialmente, efeitos nocivos sobre o agregadoda economia e sobre os trabalhadores egressos. Por exemplo, os postos detrabalho informais são geralmente marcados por uma qualidade inferior a dospostos formais e por baixos investimentos no capital humano dos trabalha-dores (Camargo (1996)). O desemprego tem efeitos negativos sobre a rendae a auto-estima do trabalhador, além de afastar a economia do seu produtopotencial. Estes problemas se a agravam com o aumento do desemprego delongo prazo, uma vez que o tempo durante o qual o trabalhador encontra-sedesempregado afeta mais o seu bem-estar do que o simples fato dele estarna condição de desemprego (Menezes-Filho e Pichetti (2000)). Finalmente,os efeitos de uma menor participação no mercado de trabalho são ambíguos.Por um lado, os trabalhadores podem optar por se afastar do mercado de

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trabalho a �m de adquirem capital humano ou por escolhas intrafamiliares.Por outro lado, uma série de motivos podem levar ao desalento na busca poruma posição no mundo do trabalho, levando à saída da força de trabalho.Estes dois caminhos dependem, em alguma medida, das causas do desliga-mento e do que é realizado pelos trabalhadores enquanto estes permanecemfora do mercado de trabalho.

Os efeitos negativos da saída e do período fora do setor formal justi�cama implementação de políticas públicas que (i) diminuam a transição para forado setor formal; (ii) aumentem a taxa reemprego no setor formal, ou; (iii)diminuam o tempo fora do setor formal gasto pelos trabalhadores egressos.O desenho de políticas para a re-inserção dos trabalhadores no setor formalrequer conhecimento sobre as características dos trabalhadores e das suastrajetórias que apontam para maiores chances de reinserção. Requer tambémo conhecimento sobre o período que os trabalhadores �cam fora do setorformal: qual a sua duração, e o que é feito ao longo deste período. Alémdisso, é importante entender quais as relações que esta variável guarda comoutras variáveis tais como a perda salarial, grupos ocupacionais de origem edestino, entre outras.

Em consonância com o segundo objetivo deste projeto, são analisadosnesta parte do relatório alguns aspectos das transições de entrada e de saídado mercado de trabalho formal. Mais especi�camente, exploram-se as carac-terísticas e os determinantes da reinserção dos trabalhadores desligados daindústria, o que é feito em duas etapas. Primeiro, numa etapa descritiva, sãoconstruídas matrizes de transição, que ajudam a caracterizar as trajetóriasdos trabalhadores e a identi�car manchas ocupacionais. Em seguida, são uti-lizados modelos estatísticos para responder às seguintes perguntas: (i) quaisos determinantes do retorno dos trabalhadores ao setor formal?; (ii) quais osdeterminantes do tempo em que os trabalhadores passam fora do mercado detrabalho formal?. A base de dados utilizada em toda a análise é a Raismigra,do Ministério do Trabalho, a qual é descrita na seção seguinte.

Esta parte conta com duas seções além desta introdução. A seção 1.1apresenta a metodologia, a base de dados e a análise descritiva das variáveisutilizadas para determinar as chances de reemprego no mercado de trabalhoformal. Em seguida, a seção 1.2 analisa as matrizes de transição, com ênfasenas manchas ocupacionais, assim como apresenta os resultados dos modelossobre os determinantes do reemprego.

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1.1 Preliminares empíricos e Metodologia

1.1.1 A base de dados Raismigra

A base de dados utilizada neste trabalho é a Raismigra, a qual é o resul-tado da concatenação dos microdados da Rais (Relação Anual de InformaçõesSociais), coletados pelo Ministério do Trabalho. Por sua vez, a Rais é umregistro administrativo que deve ser preenchido por todas as �rmas formais,sob pena de uma multa, que contém dados sobre trabalhadores e �rmas. Talconcatenação é feita com base no número do PIS/PASEP dos trabalhado-res, de forma que se possa acompanhar o mesmo trabalhador no mercado detrabalho formal ao longo do tempo.

Apesar de possuir vantagens consideráveis em comparação às bases dedados comumente utilizadas pelos pesquisadores, a Raismigra ainda é poucoexplorada pela literatura. Em primeiro lugar, trata-se de um registro admi-nistrativo, livre, portanto, dos problemas enfrentados pelos dados por amos-tragem no que diz respeito à representatividade do universo de análise e aonúmero de observações. Em segundo lugar, é consenso que a qualidade dealgumas variáveis � como a renda � da Raismigra seja superior a outras basesde dados devido a menores erros de mensuração. Finalmente, a Raismigrapermite acompanhar cada trabalhador por todo o tempo enquanto ele possuavínculos formais de trabalho, característica que torna a base única no Brasil.

Por outro lado, a Raismigra possui algumas desvantagens, a maior delastalvez sendo o fato de que apenas �rmas e trabalhadores formais (i.e., comcarteira assinada ou servidores públicos estatutários) sejam contemplados.No entanto, isto deixa de ser um problema no momento em que o foco dapesquisa recaia sobre os trabalhadores formais � como é o caso deste trabalho.Outra desvantagem vem do fato de que a Raismigra não dispõe de dadosacerca do domicílio ou da família do trabalhador, e tampouco sobre certasinformações pessoais, como a cor ou raça. Assim, algumas variáveis que sãopossivelmente importantes para a análise, por exemplo de oferta de trabalho� e.g., número de �lhos e renda familiar � deixam de ser observadas.

1.1.2 Universo de Análise

O universo de análise é composto por 1.395.556 trabalhadores que foramdesligados da indústria de transformação (IT) em 1998. Deste número jáestão excluídos todos os indivíduos cujo desligamento se deu por motivos deaposentadoria ou falecimento1. A partir desse universo, a base de dados foi

1Além destes, estão excluídos os trabalhadores desligados por transferência, isto é, quemudaram de posição dentro da mesma empresa. Quanto à aposentadoria ou falecimento,

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construída com os registros de retorno e de saída destes trabalhadores nomercado de trabalho formal até 2002. Para os cálculos apresentados nesterelatório, foi extraída uma amostra aleatória de 45.000 indivíduos, represen-tando 5% do universo.

As Tabelas 1.1a- apresentam as estatísticas descritivas das principais va-riáveis dos indivíduos na amostra utilizada. A análise da última linha tabelaapresenta as médias do último salário e da idade e revelam o seguinte:

1. idade média dos desligados da indústria é de 31 anos, sendo que paraos readmitidos é um pouco menor (29) e para os que não voltam parao mercado de trabalho formal é maior (35 anos);

2. a média do último salário do emprego em que os trabalhadores foramdemitidos é de (R$ 1.029), sendo maior entre os que �cam fora do setorformal do que para os readmitidos num emprego formal.

A análise por sexo (Tabela 1.1a) revela que os homens representam amaioria dos desligados (69%) e têm uma chance relativamente maior (73%)de retornar a um emprego formal. Em contrapartida, a chance das mulheresde não voltar para um emprego formal é relativamente mais alta (38%) do quea dos homens de voltar um emprego formal (27%). A idade média dos homensdesligados é um pouco mais alta (31 anos) do que a das mulheres (30 anos).Os trabalhadores que voltam têm uma idade média menor - 29 anos tantopara homens quanto para mulheres. Já a idade média dos trabalhadores quenão voltam para um emprego formal é mais elevada: 36 anos para homense 32 anos para mulheres. Percebe-se ainda que o salário médio dos homensé maior que o das mulheres e que, ambos, quando voltam para um empregoformal têm remuneração média menor. Note ainda que a remuneração médiados trabalhadores que não voltam para o mercado de trabalho formal é amais elevada.

A distribuição dos trabalhadores por grau de escolaridade (Tabela 1.1b)revela que a maior parte dos trabalhadores desligados tem entre 4 e 8 anosde estudo. Chama atenção nesta Tabela o fato de que a proporção de anal-fabetos na indústria é próxima da proporção de indivíduos com educaçãoacima do ensino médio (12 anos ou mais de estudo). Para os trabalhadoresreadmitidos no mercado de trabalho formal, a participação dos níveis médiosde escolaridade é mais elevada, enquanto que, para aqueles que não voltam,a participação dos trabalhadores de baixa e alta escolaridade é mais repre-sentativa que entre os desligados. A idade média para todos os grupos de

note que não podemos saber se houve aposentadoria ou falecimento após a perda do vínculocom a IT.

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Tabela 1.1a: Estatísticas Descritivas por SexoComposição Idade Salário

Desligados da ITHomem 69.2 31.4 1133Mulher 30.8 30.4 797

ReadmitidosHomem 72.8 29.5 1027Mulher 27.2 29.0 775

Não ReadmitidosHomem 61.6 36.2 1409Mulher 38.4 32.4 830

Nota: �Salário� se refere ao último salário recebidopelo trabalhador antes da perda do vínculo

escolaridade é menor entre os que voltam e maior entre os que não voltamquando comparada com a idade média dos desligados. Os salários tambémseguem o padrão, isto é, com exceção dos analfabetos, a última remuneraçãomédia dos trabalhadores que não retornam ao mercado de trabalho formal émais elevada do que para aqueles que retornam e do que recebia no empregoem que foi desligado.

As regiões Sudeste e Sul, por concentrarem a maior parte do empregoindustrial, são as que registram as maiores participações no desligamento(78%). Isto pode ser visto na Tabela 1.1c, que mostra ainda que a regiãoSul apresenta uma contribuição relativamente menor entre os que não voltamquando comparada com a distribuição dos desligados. Além disso, os saláriosna indústria apresentam uma dispersão regional considerável: enquanto ostrabalhadores da região Sudeste ganhavam, em média, R$ 1.250 por mês,nas regiões Centro-Oeste e Nordeste o salário médio era cerca de 50% destevalor. E, mais uma vez, a idade e a renda média são mais elevadas entre ostrabalhadores que não voltam para o mercado de trabalho formal.

Finalmente, a Tabela 1.1d mostra que a maioria (72%) dos trabalhado-res desligados da indústria pertencem aos grupos 7, 8 e 9 e representamocupações ligadas à produção industrial. A idade média por grande grupoocupacional segue o padrão descrito anteriormente, ou seja, é menor para osreadmtidos e maior para os não-readmitidos, quando comparada com a dostrabalhadores desligados da indústria. Isso pode explicar em alguma medidao fato dos salários médios dos readmitidos serem inferiores aos dos desligadospara todos os grupos, enquanto que os salários médios dos trabalhadores nãoreadmitidos no mercado de trabalho formal são maiores.

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Tabela 1.1b: Estatísticas Descritivas porEducaçãoComposição Idade Salário

Desligados da IT0 3.2 33.4 588[1, 3] 10.5 34.3 6914 17.0 33.5 859[5, 7] 24.6 29.9 8628 20.6 30.0 972[9, 11] 9.1 27.1 103112 11.0 30.1 1551[12, 16] 1.7 30.5 2226+16 2.3 37.2 3535

Readmitidos0 3.2 31.6 617[1, 3] 10.1 32.4 6334 16.3 31.2 739[5, 7] 25.1 28.5 8288 21.0 28.7 918[9, 11] 9.6 25.9 99612 11.2 28.7 1446[12, 16] 1.7 28.9 2071+16 1.9 34.9 3348

Não Readmitidos0 3.4 37.1 528[1, 3] 11.5 37.9 8024 18.6 37.8 1090[5, 7] 23.6 33.2 9428 19.6 32.9 1098[9, 11] 8.0 30.3 112112 10.5 33.4 1793[12, 16] 1.7 34.1 2582+16 3.1 40.3 3786

Nota: �Salário� se refere ao último salário recebidopelo trabalhador antes da perda do vínculo

1.1.3 Metodologia

Este trabalho apresenta duas abordagens para análise das trajetórias dostrabalhadores desligados da indústria em 1998 no mercado de trabalho for-mal até 2002: (1) matrizes de transição e (2) modelos com determinantesda probabilidade de reemprego e de duração (tempo fora do mercado de tra-balho formal). Vale dizer que o foco de análise para ambas abordagens é oprimeiro reemprego no mercado de trabalho formal. Ou seja, recuperamossempre a informação referente à primeira volta entre 1999 e 2002 após o

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Tabela 1.1c: Estatísticas Descritivas porRegiãoComposição Idade Salário

Desligados da ITCO 5.8 29.3 636NE 13.6 30.9 653NO 2.9 30.2 924SE 54.4 31.5 1249SU 23.2 30.6 847

ReadmitidosCO 6.0 28.6 635NE 12.7 30.0 627NO 2.7 29.1 914SE 53.6 29.5 1153SU 25.0 28.9 789

Não ReadmitidosCO 5.5 31.1 640NE 15.7 32.5 697NO 3.3 32.0 941SE 56.3 35.7 1447SU 19.2 35.2 1012

Nota: �Salário� se refere ao último salário recebidopelo trabalhador antes da perda do vínculo

desligamento em 1998 para estimar as chances de reemprego no mercado detrabalho formal.

As matrizes de transição foram feitas por setor e grande grupo ocupacionale para freqüência, tempo médio fora do setor formal e diferencial de salário.Essas matrizes se dedicam a analisar as transições entre grupos ocupacionaisfeitas pelos trabalhadores desligados da IT em 1998. Em particular, a aná-lise é restrita aos setores (nove níveis) e subsetores (26 níveis) de atividadeeconômica, tais como de�nidos pelo IBGE, e aos grandes grupos (dez níveis)e subgrupos (80 níveis) ocupacionais, tais como de�nidos pelo Ministério doTrabalho. Além disso, a análise foi restrita à primeira volta ao setor formal.

Essas matrizes também foram construídas por grupo de base ocupacional.No entanto, foram selecionados alguns grupos de base - quais sejam, mon-tador eletrônico, padeiro e soldador - para analisar as ocupações de destinocom maior freqüência e alguns indicadores:

1. chance de reemprego no mercado de trabalho formal;

2. chance de permanência no mercado de trabalho formal;

3. chance de permanência no mesmo emprego formal;

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Tabela 1.1d: Estatísticas Descritivas porGrande Grupo

Composição Idade SalárioDesligados da ITGrupo 0 2.0 35 2837Grupo 1 0.4 34 2928Grupo 2 1.1 40 3376Grupo 3 8.6 30 1479Grupo 4 5.2 29 1175Grupo 5 5.6 34 744Grupo 6 4.9 31 503Grupo 7 28.2 31 829Grupo 8 20.6 31 1084Grupo 9 23.4 31 911

ReadmitidosGrupo 0 1.8 32 2722Grupo 1 0.3 31 2602Grupo 2 0.8 37 2914Grupo 3 8.5 28 1367Grupo 4 4.9 28 1150Grupo 5 5.1 31 721Grupo 6 5.3 30 505Grupo 7 27.7 29 762Grupo 8 21.9 29 1014Grupo 9 23.6 29 879

Não ReadmitidosGrupo 0 2.4 38 3027Grupo 1 0.5 38 3435Grupo 2 1.8 43 3844Grupo 3 8.8 34 1717Grupo 4 5.9 31 1221Grupo 5 6.7 38 782Grupo 6 4.0 34 496Grupo 7 29.2 34 967Grupo 8 17.8 36 1272Grupo 9 23.0 34 984

Nota: �Salário� se refere ao último salário recebidopelo trabalhador antes da perda do vínculo

4. chance de permanecer na mesma ocupação;

5. diferencial de salário entre o emprego que foi desligado e o da readmis-são;

6. tempo médio fora do mercado de trabalho formal.

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1.2 Resultados

A Tabela 1.2 mostra a proporção dos que voltam para o setor formal,para a IT e para os mesmos grupos ocupacionais antes do desligamento, em1998. As informações contidas nesta tabela podem ser resumidas da seguinteforma:

1. menos de 70% voltaram para o setor formal;

2. menos de 40% voltaram para a IT, o que representa 57% dos que vol-taram para o setor formal.;

3. menos de 30% voltaram para o mesmo subgrupo em que estavam;

4. cerca de 25% voltaram para o mesmo subsetor;

5. 15% voltaram para a mesma ocupação que tinham antes de perder ovínculo em 1998.

A Tabela 1.3 mostra o tempo passado fora do setor formal (�tempo foraformal� � TFF) pelos trabalhadores desligados da IT em 1998, mas que re-cuperaram o vínculo formal de trabalho. Como se vê, o TFF médio foi de 18meses2, mas quase metade dos egressos volta entre 6 e 18 meses.

A Tabela 1.3 mostra ainda que a proporção dos trabalhadores que têmperda salarial ao voltar para o setor formal cresce à medida em que aumentao TFF. Além disso, a Tabela sugere que os trabalhadores �aproveitam� otempo em que �cam afastados do setor formal para adquirir educação3.

A Figura 1.1 apresenta o efeito da escolaridade, no momento da perda doemprego, sobre o diferencial de salário que o indivíduo terá ao retornar para omercado formal de trabalho por faixas etárias. Podemos observar que o efeitomarginal da educação é igual (e positivo) para as três faixas etárias, isto é,que a perda salarial é, em média, decrescente com o nível de escolaridade.Além disso, essas perdas salariais são menores para as faixas etárias maisvelhas, sugerindo que esses trabalhadores tem um salário de reserva maiorpara retornar ao mercado de trabalho formal.

2Se incluirmos aqueles que não haviam retornado ao setor formal até 31/12/2002, estenúmero sobe para 30.

3No entanto, o fato de que 30% ganham escolaridade em apenas 6 meses chama aten-ção. Duas possibilidades para este resultado são (a) os trabalhadores já estavam adqui-rindo escolaridade antes da perda do vínculo; ou (b) os trabalhadores sobre-reportam asua educação para os seus novos empregadores.

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Tabela 1.2: Proporção dos Desligados da IT em 1998 que voltam para osetor formal, IT, mesmo Subsetor e mesmo Subgrupo ocupacional

VoltaFormal

VoltaIndústria

MesmoSubsetor

MesmoSubgrupo

Mesmo Grde Base

MesmaOcupação

SexoHomem 71.7 40.1 26.3 28.3 23.9 15.67Mulher 60.4 35.8 27.0 28.6 24.8 14.49

Escolaridade0 66.6 42.7 37.5 41.4 39.8 27.44[1, 3] 65.4 39.8 32.3 33.5 30.0 22.564 65.3 39.1 29.4 29.6 25.2 16.53[5, 7] 69.6 41.8 28.4 29.3 25.4 15.888 69.7 39.0 24.5 26.5 21.9 12.89[9, 11] 72.0 38.1 23.6 26.4 21.5 12.7412 69.5 33.7 19.7 24.1 18.9 10.89[13, 16] 68.8 27.6 13.4 20.3 15.2 7.26+16 56.9 26.4 15.6 21.5 16.9 8.10

RegiõesCO 70.1 39.4 31.7 29.3 25.1 16.63NE 63.5 37.2 29.8 30.7 27.1 16.60NO 63.7 34.0 24.4 26.0 21.2 12.66SE 67.2 35.2 22.7 26.5 22.0 13.83SU 73.7 48.4 32.6 31.7 27.6 18.01

Idade−30 75.1 42.3 27.5 28.2 23.6 15.18(30, 45] 66.0 38.1 27.6 31.1 26.8 16.50+45 39.8 22.7 18.6 21.6 19.0 12.36

TUP−6 70.0 38.3 26.3 29.3 25.0 16.64(6, 36] 72.6 42.1 28.9 30.7 26.2 16.57+36 56.9 32.7 22.2 22.5 18.7 10.87

Salário−250 68.4 41.0 30.7 30.3 26.2 16.91(250, 1000] 71.3 40.1 27.4 29.7 25.4 16.65+1000 63.8 34.3 20.3 24.1 19.6 11.19

Média68.3 38.7 26.6 28.4 24.2 15.31

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Tabela 1.3: Distribuição do Tempo Fora Formal e Relação comGanhos de Salário e de Escolaridade

TFF Distribuição Salário EscolaridadeGanha Diferencial Ganha

(0, 6] 14.4 34.7 −5.41 30.1(6, 12] 28.2 30.7 −9.21 35.7(12, 18] 19.7 30.1 −7.94 37.6(18, 24] 12.7 27.8 −9.24 40.4(24, 36] 13.9 26.9 −11.09 43.0+36 11.1 23.5 −15.91 46.7Média 18.3 29.6 −9.26 38.0

Figura 1.1: Perda Salarial vs Escolaridade

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1.2.1 Transição Setorial e Ocupacional

A Tabela 1.4 mostra os setores de destino dos trabalhadores da amos-tra analisada4. Veri�ca-se que metade dos trabalhadores readmitidos voltampara um emprego formal na indústria de transformação, enquanto que 36%tem seu destino no comércio e serviços e 6% na construção civil. A remune-ração média é relativamente menor em todos os setores de destino, sendo quea perda é maior no setor de comércio e de serviços (12%) e está associada auma maior tempo fora do formal (20 meses). Para os trabalhadores da IT, areadmissão no mercado de trabalho formal é mais rápida e a perda salarial émenor (8%).

Tabela 1.4: Setores de Destino

(%) Diferencial Médio TFF Médio

Adm Publica 2.0 −4.1 22.8Agropecuária 4.8 −3.5 18.5Comércio 13.8 −12.2 20.0Constr Civil 6.2 −4.1 20.6Extr Mineral 0.3 −4.0 18.6Ind Transf 50.5 −8.4 16.4Serv Ind Up 0.3 −1.2 17.8Servicos 22.1 −12.9 20.2

As Tabelas 1.5a e 1.5b mostram as probabilidades de transições entre osgrandes grupos ocupacionais. A comparação entre as marginais da matrizde transição da Tabela 1.5a mostra que a participação das ocupações ligadasà produção industrial (grandes grupos 7, 8 e 9) diminuíram, passando de75% entre os desligados e 60% entre os readmitidos. Em contrapartida, asocupações técnico-pro�ssionais (grandes grupos 0, 1 e 2) aumentaram, assimcomo as ocupações de serviços de turismo, limpeza, conservação etc (grandegrupo 5).

Conforme esperado, a matriz de transição da Tabela 1.5b apresenta adiagonal principal com a mais elevada proporção, o que indica que a ocupaçãode origem (do emprego em que foi desligado) determina em alguma medidao destino ocupacional na readmissão do trabalhador. Três pontos merecemdestaque:

1. as ocupações técnico-cientí�cas (Gr 0, 1 e 2) têm uma trajetória mais

4Uma vez que todos estes trabalhadores são egressos da IT esta é a matriz de proba-bilidades de transição entre setores.

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espalhada, apresentando as menores chances de voltar para o mesmogrande grupo ocupacional (entre 34 e 40%);

2. as ocupações agropecuárias são que as que apresentam maior proporçãode voltar para o mesmo grupo (76%);

3. os outros grupos ocupacionais (basicamente de serviços e comércio eligadas à produção industrial) tem proporção intermediária de retornoao grupo de origem, que varia de 44 a 52%;

4. as ocupações do grande grupo 3 (serviços administrativos etc) e 9 (pro-dução industrial e outros) tem alta contribuição na readmissão. Oprimeiro absorve principalmente trabalhadores com origem nas ocupa-ções técnico cientí�cas e o segundo trabalhadores de outros grupos daprodução industrial.

Um importante aspecto refere-se ao TFF e à sua variação de acordo comas transições ocupacionais. A Tabela 1.5c tem o objetivo de mostrar estarelação. Como se vê, o TFF médio é, geralmente, menor na diagonal prin-cipal, ou seja, a volta tende a ser mais rápida quando o reemprego ocorreno mesmo grande grupo ocupacional do desligamento. Outro ponto chamaatenção na comparação das marginais da matriz: os TFFs médios de cadagrupo de origem estão bem concentrados em torno da média, enquanto que osTFFs por grupo de destino são mais dispersos. Em particular, veri�ca-se queos grupos de ocupação técnico-cientí�ca (0 e 1) e o de serviços de turismo,limpeza, conservação (Gr 5) têm TFFs maiores do que a média. Uma possívelinterpretação para este padrão é a de que, no primeiro caso, os trabalhadorespodem investir na sua formação, demorando mais tempo para um empregomais quali�cado; no segundo caso, os trabalhadores esperam para conseguirreemprego no seu grupo ocupacional e a�ns mas, não conseguindo, buscamocupações ligadas ao setor de serviços.

Isso pode ser corroborado pela análise da Tabela 1.5d, em que o reem-prego nas ocupações de serviços de turismo, limpeza, conservação (Gr 5)apresentam a maior perda salarial (14%). Já o reemprego nas ocupaçõestécnico-cientí�cas e da produção industrial registram as menores perdas (en-tre 4% e 8%). Um último aspecto que merece destaque é que a volta parao mesmo grupo ocupacional ocorre sempre com perdas salariais. Algumastransições, no entanto, registram ganhos e referem-se à migração para asocupações técnico-cientí�ca, que em geral representam grandes saltos.

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Tabela 1.5a: Transições entre Grandes Grupos OcupacionaisDestino

Gr 0 Gr 1 Gr 2 Gr 3 Gr 4 Gr 5 Gr 6 Gr 7 Gr 8 Gr 9 TotalOrigemGrupo 0 0.7 0.1 0.0 0.3 0.1 0.1 0.0 0.1 0.1 0.2 1.8Grupo 1 0.0 0.1 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.3Grupo 2 0.1 0.0 0.3 0.1 0.1 0.0 0.0 0.1 0.0 0.1 0.8Grupo 3 0.3 0.2 0.2 4.0 1.0 0.7 0.1 0.5 0.4 1.1 8.5Grupo 4 0.1 0.1 0.1 0.8 2.1 0.6 0.1 0.3 0.2 0.6 4.9Grupo 5 0.0 0.0 0.1 0.4 0.4 2.4 0.2 0.4 0.2 1.0 5.1Grupo 6 0.0 0.0 0.0 0.1 0.1 0.2 4.1 0.1 0.1 0.7 5.3Grupo 7 0.2 0.2 0.1 1.8 1.6 3.0 1.0 12.4 2.0 5.4 27.7Grupo 8 0.3 0.1 0.1 1.2 0.9 1.6 0.5 1.9 11.5 3.9 21.9Grupo 9 0.2 0.1 0.1 1.8 1.4 2.7 1.0 2.6 2.1 11.6 23.6Total 1.9 0.8 0.9 10.5 7.8 11.3 7.0 18.5 16.6 24.6 100.0

Tabela 1.5b: Transições Condicionais entre Grandes Grupos OcupacionaisDestino

Gr 0 Gr 1 Gr 2 Gr 3 Gr 4 Gr 5 Gr 6 Gr 7 Gr 8 Gr 9 TotalOrigemGrupo 0 39.8 4.3 2.6 15.0 4.9 5.4 0.7 7.7 8.0 11.7 100Grupo 1 7.3 33.9 9.2 26.6 5.5 3.7 0.0 4.6 3.7 5.5 100Grupo 2 8.3 3.4 36.4 17.4 13.6 3.4 0.4 6.1 4.5 6.4 100Grupo 3 3.2 2.1 2.3 47.5 11.5 8.1 1.3 6.2 5.2 12.6 100Grupo 4 1.4 1.4 1.4 16.1 44.3 11.6 1.4 6.9 4.0 11.5 100Grupo 5 0.6 0.6 1.1 6.9 8.1 46.1 3.7 7.9 4.5 20.5 100Grupo 6 0.1 0.1 0.0 1.4 0.9 4.4 76.1 2.5 1.3 13.3 100Grupo 7 0.7 0.6 0.3 6.4 5.9 11.0 3.7 44.7 7.1 19.5 100Grupo 8 1.2 0.4 0.4 5.4 4.2 7.1 2.5 8.6 52.4 17.6 100Grupo 9 0.8 0.4 0.3 7.5 5.9 11.6 4.2 11.2 8.7 49.4 100

Tabela 1.5c: TFF Médio Segundo Transições entre Grandes GruposDestino

Gr 0 Gr 1 Gr 2 Gr 3 Gr 4 Gr 5 Gr 6 Gr 7 Gr 8 Gr 9 MédiaOrigemGrupo 0 17.7 17.5 18.1 19.3 18.8 19.4 10.6 17.9 17.0 20.7 18.3Grupo 1 14.2 20.2 14.6 17.8 16.0 33.4 21.5 24.9 20.0 18.9Grupo 2 17.4 23.6 15.1 18.9 15.6 23.5 25.4 28.9 23.4 19.3 18.1Grupo 3 23.2 17.5 18.2 17.4 20.6 20.8 17.7 18.7 20.2 19.6 18.7Grupo 4 26.0 23.4 20.6 20.0 17.7 22.8 21.0 21.3 21.9 20.8 19.7Grupo 5 20.6 27.3 20.2 21.1 19.3 17.3 19.7 17.8 19.6 20.9 18.8Grupo 6 10.2 10.1 20.0 16.4 20.9 16.3 18.7 22.0 20.2 17.2Grupo 7 21.4 24.9 20.8 21.5 20.9 21.2 19.1 16.0 19.2 20.0 18.5Grupo 8 20.4 24.1 19.4 19.1 19.4 20.1 21.3 18.3 15.8 19.3 17.5Grupo 9 20.2 28.4 17.8 19.7 20.0 21.3 21.5 18.6 18.2 16.9 18.4Média 19.9 22.1 17.7 19.1 19.4 20.3 18.0 16.9 16.8 18.5 18.3

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Tabela 1.5d: Diferencial Médio Segundo Transições entre Grandes GruposDestino

Gr 0 Gr 1 Gr 2 Gr 3 Gr 4 Gr 5 Gr 6 Gr 7 Gr 8 Gr 9 MédiaOrigemGr 0 −23.3 −41.1 −35.8 −34.2 −43.1 −48.1 −26.3 −49.4 −26.8 −49.2 −33.5Gr 1 −10.5 6.0 −26.3 −14.0 −62.6 −56.1 −35.7 17.1 −25.9 −11.5Gr 2 −23.1 −41.9 −17.7 −49.8 −16.1 −38.4 −64.4 −30.2 −46.0 −35.4 −28.6Gr 3 21.8 16.0 −11.2 −16.6 −15.3 −8.2 −3.3 −17.8 −27.7 −24.9 −15.3Gr 4 28.6 −40.7 26.1 5.0 −15.8 −10.6 6.8 −1.1 44.7 −0.2 −4.9Gr 5 −3.7 −35.5 −19.2 4.2 −1.6 −16.9 −9.7 23.3 −9.7 −2.2 −7.6Gr 6 −96.2 15.2 20.4 −27.9 18.9 −2.8 −12.8 −31.3 28.0 1.9Gr 7 −19.5 9.1 24.4 −13.3 −8.2 −12.9 −7.2 −7.7 −7.0 −7.4 −8.4Gr 8 11.2 3.1 1.9 −3.4 −15.5 −21.4 −7.8 −10.4 −6.5 −13.2 −9.0Gr 9 1.8 −9.9 −14.9 −12.2 −15.8 −11.3 −15.7 −12.2 0.9 −8.6 −9.4Média −6.4 −4.4 −8.1 −12.1 −13.8 −13.9 −5.9 −8.6 −6.0 −8.7 −25.4

Manchas ocupacionais

As manchas ocupacionais indicam as ocupações mais freqüentes de des-tino dependendo da ocupação de origem selecionada. Para cada transiçãoocupacional é possível coletar uma série de informações sobre empregabili-dade e salário para orientar os trabalhadores na escolha pro�ssional, assimcomo o desenho de programas de formação e de requali�cação pro�ssional.

Os subgrupos ligados à indústria foram selecionados para análise das ta-xas de mobilidade, ou seja, para analisar as chances de ascensão e de quedana hierarquia ocupacional5. Por exemplo, a Tabela 1.6, revela que os extre-mos, em termos de mobilidade descendente, são representados pelos seguintessubgrupos6:

1. menor taxa (0%) é para operadores de estações de rádio, tv, equipa-mentos de sonorização e projeções cinematográ�cas;

2. maior taxa (78%) é para operadores de máquinas �xas e de equipamen-tos similares.

O primeiro caso em que a origem ocorre num emprego de operador derádio, televisão, som e cinema é representativo de mudanças ocupacionaisque representam estabilidade ou ascensão na hierarquia ocupacional. Isso

5Tal hierarquia foi de�nida pela agregação dos subgrupos ocupacionais em seis classes.A estratégia de agregação adotada foi a seguinte: ordenamos os subgrupos pela medianado seu do último salário pago antes das perdas dos vínculos em 1998. Em seguida, ossubgrupos são divididos em seis classes de maneira que cada classe contenha a mesmaquantidade de ocupações. Assim, a primeira classe contém os 13 subgrupos com as menoresremunerações medianas, enquanto a sexta classe contém os 13 subgrupos com as melhoresremunerações medianas.

6No Anexo A, a Tabela A-1 apresenta os mesmos indicadores da Tabela 1.6 para todosos subgrupos de origem.

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por si só já seria interessante como informação para orientar escolha pro�s-sional, na medida em que aponta possibilidades de crescimento pro�ssional.Ao adicionar informações sobre transições mais freqüentes para outras ocu-pações, assim como os ganhos e perdas associados a essas transições e outrosindicadores - como chances de permanecer no mercado de trabalho formal,no mesmo emprego ou na mesma ocupação - podem compor uma lista devariáveis que contribuem para uma escolha pro�ssional e de formação e re-quali�cação.

No outro extremo está uma ocupação de origem em que quase 80% dostrabalhadores são readmitidos em ocupações que em média remuneram me-nos, ou seja, em subgrupos ocupacionais inferiores na hierarquia ocupacional.Essa também pode ser uma informação útil, pois aponta as ocupações compoucas chances de progredir pro�ssionalmente. Nesse caso, as informaçõessobre as manchas ocupacionais apontam caminhos para requali�cação ou re-conversão pro�ssional.

Para construir as manchas ocupacionais foram, então, selecionados osseis subgrupos ocupacionais com menores taxas de mobilidade descendentee alta representatividade no emprego. Assim sendo, a Tabela 1.7 apresentaas manchas ocupacionais e alguns indicadores de empregabilidade e saláriopara os seguintes subgrupos:

1. Sub Grupo 73: Trabalhadores de Tratamento da Madeira, de Fabrica-ção de Papel e Papelão;

2. Sub Grupo 77: Trabalhadores de Preparação de Alimentos e Bebidas;

3. Sub Grupo 79: Trabalhadores de Costuras, Estofadores e Trabalhado-res Assemelhados;

4. Sub Grupo 80: Trabalhadores da Fabricação de Calcados e Artefatosde Couro;

5. Sub Grupo 81: Marceneiros, Operário de Máquinas de Lavrar Madeirae Trabalhadores Assemelhados;

6. Sub Grupo 89: Vidreiros, Ceramistas e Trabalhadores Assemelhados.

Alguns padrões na análise do destino

Quando o destino é igual à origem

Perda Salarial Não é claro o comportamento do diferencial de salário dostrabalhadores que voltam para o mesmo subgrupo ocupacional. Em

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dois dos seis subgrupos analisados, os trabalhadores que retornam parao mesmo subgrupo o fazem com perdas abaixo da média; em outrosdois, as perdas são idênticas às perdas médias; e nos restantes, a perdade salário é superior à perda média. Em todos os casos, há destinosdiferentes da origem em que as perdas são menores.

Tempo Fora Formal Sem exceções, os trabalhadores que voltam para omesmo subgrupo ocupacional de origem têm TFFs bastante abaixo dosTFFs dos demais trabalhadores.

Ganhos de Educação Chama atenção o fato de que, em todos os subgru-pos analisados, os trabalhadores que voltam para o mesmo subgruposão os que menos ganham escolaridade (a exceção é o subgrupo devidraçeiro e ceramista).

Tempo Médio no Reemprego De uma maneira geral, os trabalhadoresreadmitidos no mesmo subgrupo �cam, em média, mais tempo no em-prego do que trabalhadores que buscam empregos em outros subgrupos.

Quando o destino é diferente da origem

Destinos Mais Freqüentes Dois subgrupos se destacam como destinos maisfreqüentes, independentemente da origem: trabalhadores braçais e lim-peza, que aparecem como um dos cinco destinos mais freqüentes emtodos os seis subgrupos de origem analisados. Já a construção civilaparece em quatro dos seis.

Limpeza Chama atenção o fato de que, apesar de ser um destino muitofreqüente, os trabalhadores que migram para serviços de limpeza sãoos que apresentam as maiores perdas salariais. Isto em quatro dosseis subgrupos, enquanto nos outros dois a perda é acima da média.Talvez isto explique o fato de que poucos trabalhadores permanecemneste subgrupo: em quatro dos seis casos, a taxa de permanência ézero, e nos outros dois, de pouco mais de 1%. Apesar disso, a duraçãoda permanência dos trabalhadores que migram para este subgrupo épróxima ou superior à permanência média.

Braçais Este é um destino ainda mais freqüente do que Limpeza, mas comperdas salariais menores, ainda que expressivas. Isto em quatro dosseis subgrupos, enquanto nos outros dois a perda é acima da média.Com isso, a taxa de permanência é próxima à média (exceção: calçadoe couro), mas duração da permanência é inferior à permanência média(exceção: vidraceiro e ceramista).

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Construção Civil Conhecidamente um subgrupo de ala rotatividade, aconstrução civil apresenta baixas durações de reemprego, mas altastaxas de permanência na ocupação. A perda salarial também é, emgeral, superior à perda média. Além disso, as migrações são as que, emmédia, mais demoram para ocorrer.

Tabela 1.6: Taxas de Mobilidade por Subgrupos da Indústria

SubgrupoDescendem

(%)Voltam(%)

Ascendem(%)

Oper. Radio e Tv 0.00 14.29 85.71Fabri. de Charutos Cigarros 0.00 55.70 44.30Vidreiros e Ceramistas 1.38 42.27 56.36Fabri. Papel 1.49 36.82 61.69Fabri. Calcados e Couro 4.35 65.66 29.99Estofadores 6.26 64.81 28.93Trab. de Minas e Pedreiras 12.12 24.24 63.64Marceneiros 14.27 39.45 46.28Joalheiros e Ourives 14.71 32.35 52.94Condutores 28.05 64.25 7.69Braçais 29.00 29.60 41.40Construcao Civil 30.83 47.96 21.21Prepar. de Alim. e Beb. 34.36 35.07 30.57Encan. e Soldad. 36.61 45.90 17.50Confec. de Inst. Musicais 39.36 10.64 50.00Artes Gra�cas 44.09 43.21 12.70Polid. e Gravad. de Pedras 44.93 42.03 13.04Pintores 44.97 34.23 20.81Manip. de Mercad. 45.57 29.11 25.32Confec. de Prod. de Papel 47.75 13.51 38.74Fiand. e Tecel. 48.70 25.95 25.36Fabri. Prod. Borr. e Plast. 49.85 17.81 32.33Eletricistas 50.36 33.99 15.66Curtimen. 56.29 22.16 21.56Metalurg. e Sider. 60.17 18.27 21.56Usin. de Metais 61.34 31.91 6.75Ajustad. Mec. e Montadores 62.44 33.13 4.43Proces. Quim 73.75 13.62 12.62Mestria 74.68 20.17 5.15Operad. de Maq. Fixas 77.78 11.42 10.80

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Tabela 1.7: Manchas OcupacionaisOrigem Destinos mais Frequentes MédiaMestria

Mestria Serv. Adm. Braçais Vendedor LimpezaFrequência Relativa 20.1 6.8 5.1 4.3 4.3Idade Média 40 34 41 28 36 40.1Diferencial Médio de Salário -30.7 -50.5 -55.8 -47.7 -46.7 -42.9TFF médio 14 20 16 24 24 19% dos que ganham educação 28 6 50 50 20 29.5% dos que permanecem no setor formal 59.6 31.2 41.7 30 40 22.5% dos que permanecem na ocupação 13.5 9.1 0 0 0 2.8Tempo médio no emprego 25 23 23 20 20 23

MetalúrgicosMetalúrgicos Braçais Limpeza Cons. Civil Usin. de Metais

Frequência Relativa 18.2 13.2 7.3 6.6 5.4Idade Média 31 28 30 31 29 31.2Diferencial Médio de Salário -24.7 -33.7 -46.3 -30.3 -21 -31.4TFF médio 14 18 22 22 15 18% dos que ganham educação 38 39 28 35 42 39.1% dos que permanecem no setor formal 59.9 49 39.4 27.3 63.7 32.3% dos que permanecem na ocupação 5 5.1 1.4 7.1 5.6 3Tempo médio no emprego 29 21 21 13 24 22

Madei e PapelMadei e Papel Braçais Limpeza Marceneiro Cons. Civil

Frequência Relativa 36.7 14.4 4.5 4.3 3.8Idade Média 29 27 28 27 27 29.5Diferencial Médio de Salário -8.6 -19.7 -16.9 -4.3 1.5 -14.8TFF médio 15 18 22 19 23 18% dos que ganham educação 33 41 39 46 42 40.8% dos que permanecem no setor formal 45.9 43.1 27.8 34.3 29 29.7% dos que permanecem na ocupação 9.5 4.6 0 0 14.3 3.4Tempo médio no emprego 20 18 18 18 13 19

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Tabela 1.7: (continued)

Proc. QuimicoProc. Quimico Braçais Limpeza Serv. Adm. Vendedor

Frequência Relativa 13.6 10.3 8.3 7.3 4.7Idade Média 30 30 31 27 26 31.9Diferencial Médio de Salário -11.3 -39.8 -53.5 -32.3 -18 -35.8TFF médio 11 15 26 21 18 18% dos que ganham educação 32 35 40 32 57 33% dos que permanecem no setor formal 70.7 48.4 16 40.9 50 28.5% dos que permanecem na ocupação 21.2 0 0 0 11.1 3.5Tempo médio no emprego 20 23 15 21 17 20

FiandeiroFiandeiro Braçais Limpeza Cost. Estof. Cons. Civil

Frequência Relativa 25.8 10 8.6 6.9 6Idade Média 30 28 30 28 29 30.2Diferencial Médio de Salário -26.9 -28.8 -32.2 -23.9 -33.8 -28.6TFF médio 17 19 23 19 21 19% dos que ganham educação 33 45 51 48 27 40.8% dos que permanecem no setor formal 51.1 36.5 31.5 49.2 23.5 26.6% dos que permanecem na ocupação 5.2 1.6 0 4.3 0 2.2Tempo médio no emprego 26 18 21 22 12 21

Prep. Alim.Prep. Alim. Braçais Cons. Civil Limpeza Vendedor

Frequência Relativa 34.9 9 6 5.8 4Idade Média 30 28 29 30 25 30Diferencial Médio de Salário -17.1 -31.5 -33.3 -29.4 -16.6 -23.4TFF médio 14 20 22 22 21 18% dos que ganham educação 28 43 29 38 56 37.4% dos que permanecem no setor formal 51.1 32.8 25 27.8 36.7 27.1% dos que permanecem na ocupação 18.7 6.2 10.6 1.1 7 6.2Tempo médio no emprego 19 17 12 18 19 18

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Tabela 1.7: (continued)

Cost. Estof.Cost. Estof. Limpeza Vendedor Braçais Serv. Adm.

Frequência Relativa 64.6 4.2 3.8 3.6 2.8Idade Média 31 31 23 27 24 30.9Diferencial Médio de Salário -15.6 -25.5 -13 -15 -17.3 -15.6TFF médio 17 22 21 22 21 19% dos que ganham educação 36 45 55 50 56 40.4% dos que permanecem no setor formal 43.7 35.9 32.3 35.6 34.3 26.3% dos que permanecem na ocupação 12.4 1.4 4.3 5.3 2 5.5Tempo médio no emprego 22 22 20 18 19 21

Fab. Calc. e Cour.Fab. Calc. e Cour. Braçais Limpeza Serv. Adm. Cost. Estof.

Frequência Relativa 65.5 3.2 2.8 2.7 2.7Idade Média 27 24 29 22 27 27.8Diferencial Médio de Salário -13.9 -8.5 -21.9 -7.6 -17.2 -13.6TFF médio 14 21 23 19 18 16% dos que ganham educação 30 45 38 43 61 34.9% dos que permanecem no setor formal 55.2 32.8 30 49 49 39.7% dos que permanecem na ocupação 24.3 2.2 0 2.6 16.7 13.1Tempo médio no emprego 21 18 20 21 21 20

MarceneiroMarceneiro Braçais Cons. Civil Madei e Papel Limpeza

Frequência Relativa 39.2 10.8 6.5 4 3.9Idade Média 31 27 29 30 27 29.5Diferencial Médio de Salário -17.7 -15.3 -15.6 -13 -17.2 -15.3TFF médio 18 20 25 18 21 19% dos que ganham educação 34 38 40 44 48 39.3% dos que permanecem no setor formal 44.7 39.6 18.2 38.2 36.4 27.6% dos que permanecem na ocupação 12.4 6 7.9 4.2 0 5.1Tempo médio no emprego 22 18 11 15 21 20

23

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Tabela 1.7: (continued)

Usin. de MetaisUsin. de Metais Braçais Metalúrgicos Limpeza Cons. Civil

Frequência Relativa 31.8 10 7.4 4.2 4.2Idade Média 32 29 30 34 31 33.2Diferencial Médio de Salário -36.1 -42 -32.2 -46.6 -47.5 -38.7TFF médio 16 17 16 18 23 18% dos que ganham educação 39 43 53 45 23 40.6% dos que permanecem no setor formal 55 51.8 50 46.7 30 33.9% dos que permanecem na ocupação 10.1 1.6 0 7.7 2.7 3.1Tempo médio no emprego 25 19 26 20 13 23

Ajust. MecânicoAjust. Mecânico Braçais Usin. de Metais Encandor/Soldador Limpeza

Frequência Relativa 33 7.5 6 4.9 4.8Idade Média 32 30 29 35 31 33.9Diferencial Médio de Salário -31.7 -44 -39.5 -40.7 -64.3 -41.3TFF médio 16 17 17 18 21 17% dos que ganham educação 37 27 38 37 38 37.6% dos que permanecem no setor formal 55.2 49.2 50 43.9 42.5 34.6% dos que permanecem na ocupação 8 0 9.8 5.3 0 3.6Tempo médio no emprego 25 19 27 19 26 23

EletricistasEletricistas Braçais Serv. Adm. Ajust. Mecânico Cons. Civil

Frequência Relativa 33.8 9.4 6.2 4.6 3.9Idade Média 30 27 25 29 27 30.2Diferencial Médio de Salário -37.9 -43.9 -27.6 -32.4 -43.7 -35.9TFF médio 16 17 17 16 21 18% dos que ganham educação 36 42 40 31 36 40.6% dos que permanecem no setor formal 54.5 47.2 48.6 57.7 22.7 31% dos que permanecem na ocupação 5.3 2.4 0 0 0 1.9Tempo médio no emprego 26 19 21 21 14 22

24

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Tabela 1.7: (continued)

Encandor/SoldadorEncandor/Soldador Braçais Ajust. Mecânico Usin. de Metais Metalúrgicos

Frequência Relativa 45.8 6.2 5.4 4.6 4.3Idade Média 35 32 32 31 32 34.6Diferencial Médio de Salário -23.9 -47.5 -25.6 -40.2 -39.8 -30TFF médio 16 19 15 20 17 18% dos que ganham educação 38 43 42 44 53 41.1% dos que permanecem no setor formal 53.1 37 50 32.4 50 34.9% dos que permanecem na ocupação 15.3 0 3.1 0 8 6.2Tempo médio no emprego 19 17 18 22 27 19

Vidr. e Ceram.Vidr. e Ceram. Cons. Civil Braçais Limpeza Agropec. Poliv.

Frequência Relativa 42.2 7.8 7.5 5.5 3.8Idade Média 28 30 30 26 26 29.2Diferencial Médio de Salário -16.1 -18.3 -24.8 -26.1 -3.1 -16.1TFF médio 15 22 21 22 23 19% dos que ganham educação 31 47 47 47 16 37.7% dos que permanecem no setor formal 55.4 27.5 38.8 30.6 32 30.6% dos que permanecem na ocupação 19.2 3 5.7 0 4.8 7.2Tempo médio no emprego 22 13 19 19 16 19

Borracha e PlásticoBorracha e Plástico Braçais Limpeza Serv. Adm. Cons. Civil

Frequência Relativa 17.7 12.1 9.3 6 5.6Idade Média 29 26 31 25 28 28.9Diferencial Médio de Salário -24.1 -32.4 -34.2 -26 -31.6 -29.8TFF médio 14 20 21 20 23 19% dos que ganham educação 39 39 37 52 24 41.4% dos que permanecem no setor formal 51.1 40.5 28.9 43.5 27.6 27.9% dos que permanecem na ocupação 11 2 2.8 0 6.1 2.6Tempo médio no emprego 24 18 19 21 12 20

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Tabela 1.7: (continued)

Artes Grá�casArtes Grá�cas Braçais Serv. Adm. Limpeza Vendedor

Frequência Relativa 42.8 6.5 5.6 4.9 3.3Idade Média 31 28 25 29 23 30.6Diferencial Médio de Salário -29 -29.4 -46 -36.1 -25.4 -31.1TFF médio 18 17 15 22 18 19% dos que ganham educação 42 46 28 39 42 40.4% dos que permanecem no setor formal 44.5 48.6 53.1 32.1 42.1 26.5% dos que permanecem na ocupação 6 0 0 0 10 2.6Tempo médio no emprego 24 21 25 19 20 22

Cons. CivilCons. Civil Braçais Limpeza Agropec. Poliv. Segurança

Frequência Relativa 48 8.5 6.5 3.3 2.4Idade Média 33 30 30 33 36 32.9Diferencial Médio de Salário -20.6 -19.1 -29.6 -18.7 4.6 -18.4TFF médio 18 21 22 24 21 20% dos que ganham educação 39 37 40 30 40 39.1% dos que permanecem no setor formal 33.7 23.1 25 30 40 23% dos que permanecem na ocupação 22.1 2.9 6.9 10 0 8.2Tempo médio no emprego 15 16 17 19 26 17

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1.2.2 Determinantes do reemprego e do tempo fora do

mercado de trabalho formal.

Esta Seção é voltada para a análise dos determinantes da probabilidadede volta para o setor formal; do tempo que os trabalhadores passam fora dosetor formal; do efeito da perda salarial sobre o tempo até a readmissão; e dotempo que os trabalhadores permanecem no emprego após sua readmissão nosetor formal. A escolha de quais determinantes testar é dada pelo que estudosteóricos e empíricos sugerem como relevante, bem como pela disponibilidadede dados. Neste ponto, é importante ressaltar que, apesar de suas vantagens,a Raismigra não dispõe de dados sobre variáveis que geralmente são levadasem conta em estudos empíricos que envolvam a decisão de oferta de trabalhodo trabalhador, tais como a posição do trabalhador no domicílio ou a presençade �lhos no domicílio. Por outro lado, as demais variáveis são amplamenteutilizadas nos estudos semelhantes a este (ver, por exemplo, Menezes-Filhoe Pichetti (2000)), e estão descritas na Tabela 1.8.

Tabela 1.8: Descrição das Variáveis

Variável Descriçãosal O último salário recebido antes da perda do vínculoab.idade A idade do trabalhador no momento da perda do vínculoc.exper Há quanto tempo o trabalhador estava empregado no mo-

mento da perda do vínculobd.sexo O sexo do trabalhador.educa Anos de estudo completos pelo trabalhador no momento

da perda do vínculo. A educação é reportada em faixas,e o ponto médio da faixa é utilizado.

justa Indicador de demissão por justa causa.durac tempo fora do setor formal, em meses.dif Diferença percentual entre o último salário recebido an-

tes da perda do vínculo e do salário recebido no ano dareadmissãoa.

Infelizmente, a RAISMIGRA não contém o primeiro salário no vínculo, o quenos permitiria calcular o diferencial de salário mais precisamente.

a Em salários mínimosb Dividido por 100.c Dividido por 10.

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O que afeta a probabilidade do trabalhador voltar para o setorformal?

Para responder a esta pergunta, são utilizados modelos estatísticos quetentam isolar o efeito de cada variável independente sobre a probabilidadede retorno ao setor formal � a variável dependente. A variável dependenteé do tipo binária, assumindo o valor 1 caso o trabalhador volte para o setorformal, e 0 caso contrário. Um modelo amplamente utilizado pela literatura� e adotado neste trabalho � para variáveis binárias é o modelo probit7. Asvariáveis independentes utilizadas são sal, exper, justa, bem como as carac-terísticas dos trabalhadores - educa, idade e sexo (veja a Tabela 1.8 acima).Foram utilizados também termos quadráticos da idade e exper, bem como in-terações entre todas as variáveis, as quais permitem que a in�uência de umavariável sobre a probabilidade de retorno no setor formal varie com outrascaracterísticas do trabalhador8. A seleção �nal de quais interações e termospolinomiais incluir nos modelos se deu com base no método de regressãostepwise utilizando-se o critério de Akaike9. Os resultados estão na Tabela1.9. Após a seleção �nal do modelo (coluna (A)), foram incluídos controlespara região (coluna (B)), subgrupo ocupacional (coluna (C)) e ambos (coluna

7O modelo probit assume que variável dependente segue a distribuição normal. Ométodo de estimação empregado é o de máxima verossimilhança. Para detalhes metodoló-gicos e exemplos de aplicação do modelo probit ver, por exemplo, Maddala (1983). Outrosmodelos bastante utilizados são o logit e o modelo de probabilidade linear. Os resultadosdestes modelos são consistentes com os resultados do modelo probit e serão omitidos.

8Termos quadráticos permitem per�s mais �exíveis das variáveis dependentes. Porexemplo, a inclusão de idade2 permite que a in�uência da idade sobre a volta para o setorformal tenha um per�l em parábola ou em linha reta, caso o termo quadrático não exerçanenhuma in�uência sobre a variável independente. A exclusão de idade2 pressupõe � ouimpõe � que a in�uência da idade tenha um per�l em linha reta. As interações entre duasvariáveis permitem que os per�s das variáveis independentes mudem de acordo com outrascaracterísticas dos indivíduos. Por exemplo, a interação entre uma sexo e educa permiteque a in�uência da educação sobre a probabilidade de retorno para o setor formal sejadiferente para homens e mulheres. A exclusão desta variável pressupõe � ou impõe � queesta in�uência seja igual para ambos os sexos.

9A seleção �nal destas variáveis se deu com base no método de regressão stepwiseutilizando-se o critério de Akaike. Primeiro, incluíram-se todas além de cada uma dasvariáveis pertinentes no modelo, suas as interações duas a duas e termos ao quadrado.Em seguida, foram retirados cada um dos termos e o modelo foi novamente estimado paracada termo retirado. O modelo que resulta no menor valor de AIC é mantido, e os outrosdescartados. Este procedimento é repetido até que não seja possível diminuir o valor doAIC, isto é, o modelo �nal é aquele que, utilizando não mais do que os termos do modeloinicial, dá o menor valor do AIC. O mesmo procedimento foi utilizado nos modelos dasSeções seguintes.

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(D))10.Antes de interpretar os resultados, alguns comentários devem ser feitos.

Em primeiro lugar, uma característica do modelo probit é que, em geral,apenas os sinais das estimativas, e não as suas magnitudes, são diretamenteinterpretáveis. A �m de calcular os efeitos marginais de cada variável, é ne-cessário assumir valores para as demais variáveis independentes, incluí-los naequação estimada e calcularmos as probabilidades através da função de pro-babilidade normal. Segundo, deve-se notar que, devido às inteirações entreas variáveis, o fato de que uma variável apareça com sinal positivo (negativo)não signi�ca, necessariamente, que esta variável esteja positivamente (nega-tivamente) correlacionada com a chance de reemprego no setor formal11.

Para entender melhor estes comentários, vamos analisar o efeito da idadesobre a probabilidade de retorno ao setor formal. Vamos tomar como exemploum indivíduo de 30 anos, do sexo masculino, com sete anos de educação, querecebia 3 salários mínimos antes de ser desligado da IT em 1998, que estavano emprego havia um ano, e que não foi demitido por justa causa. Cincoanos a mais para este indivíduo signi�cam uma redução de cerca de 3,5% deretorno ao mercado formal de trabalho. Fazendo estes cálculos para quatroindivíduos e idades diferentes, chegamos à Figura 1.2. O indivíduo H1 éum homem, que ganhava 10 salários mínimos, com 3 anos de de experiênciano último trabalho, 16 anos de educação, que não foi demitido por justacausa. Já o indivíduo H2 é semelhante, porém ganhava três salários mínimos,tinha um ano de experiência, e quatro anos completos de escolaridade. Osindivíduos M1 e M2 são mulheres com as mesmas características de H1 eH2, respectivamente. A Figura 1.2 mostra que tanto para homens, comopara mulheres, a probabilidade de reemprego no setor formal cai com a idadenão obstante o sinal positivo da variável idade na Tabela 1.9. Além disso,grá�co mostra que essa queda é mais acentuada para indivíduos com altaescolaridade, altos salários e alta experiência (H1 e M1), quando comparadaa indivíduos com características medianas (H2 e M2).

Os mesmos cálculos podem ser feitos variando-se a educação, ao invésda idade. Os resultados estão representado pela Figura 1.3. Nota-se queos efeitos de ganhos educacionais são bastante distintos entre os indvíduos.Para homens de 45 anos, com salários altos (10 salários mínimos) e três anosde experiência, ganhos de educação têm efeitos levemente negativos sobre

10As dummies de região são signi�cativas nos modelos em que foram incluídas. Já asdummies de subgrupo ocupacional não apresentarm signi�cância, com algumas poucasexceções.

11Um terceiro comentário comentário deve ser feito em relação à variável sal. Apesarde não ser estatisticamente signi�cativa, um teste de signi�cância conjunta desta variávelcom as suas interações rejeita a hipótese nula, o que nos leva a deixar a variável no modelo.

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Tabela 1.9: Resultado de Probit para Volta ao SetorFormal

(A) (B) (C) (D)intercepto .672 .604 .912 .842

(8.52)* (7.31)* (3.06)* (2.81)*sal .192 .185 .203 .181

(1.05) (1.01) (1.09) (.973)idade .132 .165 .133 .164

(3.18)* (3.93)* (3.15)* (3.86)*exper .767 .727 .759 .729

(9.09)* (8.57)* (8.85)* (8.48)*sexo -.751 -.816 -.774 -.823

(13.5)* (14.6)* (13.6)* (14.4)*educa .035 .028 .037 .032

(5.51)* (4.40)* (5.70)* (4.94)*justa -.133 -.104 -.134 -.111

(2.74)* (2.12)* (2.73)* (2.26)*idade2 -.036 -.041 -.037 -.042

(6.54)* (7.53)* (6.68)* (7.61)*sal*idade -.115 -.115 -.104 -.103

(2.12)* (2.12)* (1.90) (1.87)sal*exper .158 .151 .108 .107

(1.86) (1.77) (1.26) (1.24)idade*exper -.280 -.275 -.277 -.272

(14.9)* (14.5)* (14.6)* (14.3)*idade*sexo .077 .079 .074 .076

(5.46)* (5.62)* (5.13)* (5.26)*idade*educa -.012 -.011 -.011 -.010

(6.14)* (5.75)* (5.68)* (5.41)*exper*educa .009 .011 .009 .010

(2.35)* (2.92)* (2.35)* (2.60)*sexo*educa .015 .021 .015 .019

(3.98)* (5.47)* (3.95)* (4.91)*Controle Região Não Sim Não SimControle Subgrupo Não Não Sim SimPsedudo-R2 .128 .137 .138 .146Log Verossimilhança -26352 -26170 -26143 -25997% de Acertos .718 .717 .719 .719Observações 45804 45783 45783 45783

Nota: Estatísticas-t entre parênteses. * indica signi�cânciaestatística a 5%.

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a probabilidade de retorno ao setor formal. Já para as mulheres, os efeitossão levemente positivos e, quando se considera as mulheres de salários, idadee experiência medianos (3 salários mínimos, 30 anos, e 12 meses, respec-tivamente), os efeitos de ganhos de educação são bastante positivos. Paraos homens nesta última situação, os ganhos de educação praticamente nãosurtem efeitos.

Outra maneira de ver estas probabilidades é através da Tabela 1.10 quedá, para algumas combinações de idade, salário, sexo, etc, as probabilidadesde reinserção no setor formal. Por exemplo, a primeira linha da Tabela nosinforma que um indivíduo que recebia um salário mínimo ao ser desligadoda IT, com 25 anos de idade, que estava há seis meses no emprego, do sexomasculino, com quatro anos de educação formal, e cujo motivo de desliga-mento não tenha sido por justa causa, tem uma chance de cerca de 79% deser reinserido no setor formal. Por outro lado, uma mulher de 45 anos quepossua os mesmos atributos e que tenha sido demitida com justa causa temuma chance de reemprego no setor formal de menos de 49%.

Tabela 1.10: Probabilidade Predita de Volta para o Setor FormalCaracterísticas do Indivíduos Pr(Volta Formal)

Ult Salário Idade Experiência Sexo Educação Justa Causa1 25 6 H 4 0 62.23 25 6 M 4 0 42.410 25 6 H 16 0 71.310 25 6 H 16 1 66.63 45 36 M 4 1 30.11 45 6 M 4 1 35.2

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Figura 1.2: Per�l da Idade

Figura 1.3: Per�l da Educação

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O que afeta o tempo que o trabalhador �ca de fora do setor formal?

Os resultados anteriores re referem apenas à probabilidade de volta aosetor formal, mas são silenciosos no que diz respeito ao tempo que os tra-balhadores permanecem fora do setor formal. Diversas abordagens podemser utilizadas para modelar a duração do período fora do setor formal, masabordagem utilizada neste trabalho se limita a analisar os determinantes daduração média. Ao fazer isso, temos que levar em conta o fato de que algunstrabalhadores não voltam ao setor formal durante o período observado, isto é,a variável dependente (tempo fora do setor formal) é censurada. Um modeloestatístico que leva em conta a censura da variável dependente é o modeloTobit12.

As variáveis independentes testadas são basicamente as mesmas daquelasutilizadas nos modelos anteriores. Para os trabalhadores que voltam parao setor formal, investiga-se também o papel da perda salarial (dif ) sobre otempo médio fora do setor formal. A idéia é testar se aqueles trabalhadoresque �abrem mão� de um salário próximo ao último salário recebido antesda perda do emprego voltam mais rapidamente para o setor formal. Noteque para incluir esta variável no modelo, deve-se reduzir o universo de análiseàqueles trabalhadores que de fato voltam ao setor formal � caso contrário, nãopodemos observar a variável dif. Com isso, nenhuma observação é censuradae não há necessidade de utilizarmos o modelo Tobit13. Os resultados destesdois modelos estão na Tabela 1.11.

Primeiro, vamos analisar os resultados da primeira coluna da Tabela 1.11,que utiliza a amostra completa. O sinal positivo associado à demissão porjusta causa já era esperado; é provável que trabalhadores que tenham sidodemitidos por justa causa tenham di�culdades de se inserir no mercado, sejapelo efeito puro e simples de uma demissão desse tipo, seja pelo fato de quetal tipo de demissão esteja associada com características indesejadas do pontode vista do empregador. Esta di�culdade, por sua vez, é traduzida por ummaior tempo até a reinserção. Devido ao grande número de interações entreas demais variáveis, é difícil determinarmos os seus efeitos apenas olhandopara as estimativas. O melhor é construir grá�cos análogos àqueles feitos paraa probabilidade de retorno ao setor formal. Estes grá�cos estão representadosnas Figuras 1.4, 1.5 e 1.6.

A Figura 1.4 mostra o tempo fora do setor como uma função da idade,para quatro indivíduos. É interessante notar que o comportamento do tempofora formal em relação à idade é exatamente oposto ao comportamento da

12Para detalhes, ver, por exemplo, Maddala (1983).13Ainda assim, estimaremos a regressão por máxima verossimilhança a �m de que os

resultados sejam comparáveis com os resultados do modelo Tobit.

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Tabela 1.11: Resultados de Tobit para Tempo ForaFormal

Tobit Modelo Linear

intercepto 4.59 3.52(.140)* (.099)*

sal -.177 -.104(.023)* (.016)*

idade -.494 -.218(.050)* (.040)*

exper -1.16 -.440(.121)* (.098)*

sexo .441 -.065(.085)* (.066)

educ -.058 -.010(.010)* (.004)*

justa .189 .142(.045)* (.034)*

dif - -.045- (.005)*

idade2 .054 .012(.005)* (.004)*

expr2 -.072 -.053(.021)* (.019)*

sal*idade .028 .013(.006)* (.005)*

sal*exper .069 .058(.016)* (.013)*

sal*sexo .026 .037(.013)* (.010)*

sal*educa .005 -(.001)* -

idade*exper .328 .076(.021)* (.018)*

idade*sexo -.051 -.029(.014)* (.011)*

idade*educa .012 .005(.002)* (.001)*

exper*sexo .116 .070(.041)* (.035)*

exper*educ -.025 -.012(.004)* (.003)*

sexo*educa -.016 -.005(.004)* (.003)

Psedudo R2 .054 .011Log Verossimilhança -63640 -35231Observações 45724 31110

Nota: Desvios-padrão entre parênteses. * indica signi�-cância estatística a 5%.

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probabilidade de retorno ao mercado formal de trabalho. Isto sugere que,à medida em que �ca longe do mercado formal, o trabalhador tem menoschances de reemprego. A Figura 1.5 mostra o per�l da idade em relaçãoao tempo fora do mercado formal. Ainda que não seja o oposto da Figura1.3, �ca claro que os efeitos da educação são mais positivos � em termos deredução do TFF � para as mulheres e, em especial, para as mulheres com ca-racterísticas medianas. Finalmente, a Figura 1.6 mostra que o último saláriorecebido tem efeitos diferentes sobre diferentes indivíduos. As estimativasindicam que para os trabalhadores mais velhos, mais escolarizados e commais tempo no último trabalho (H1 e M1), há um efeito-salário de reserva,pelo qual um maior salário no emprego anterior faz com que o trabalhador setorne �mais exigente� ao aceitar uma oferta de trabalho. Para os trabalha-dores mais jovens, menos escolarizados e com menos experiência no últimoemprego, salários maiores parecem atraí-los de volta para o mercado formalde trabalho.

As estimativas da segunda coluna da Tabela 1.11 têm o mesmo sinaldas da primeira coluna14. A novidade introduzida nesta coluna é a variáveldif, que aparece afetando negativamente o tempo fora do mercado formalde trabalho. A estimativa de −.045 indica que, ao abrir mão de um pontopercentual, o trabalhador deve esperar que o período fora do setor formalseja encurtado em 4.5%. Note ainda que ao incluirmos esta variável, o últimosalário perde poder explanatório sobre a duração.

14A exceção é a variável sexo, mas note que ela não é estatisticamente diferenete dezero.

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Figura 1.4: Per�l da Idade

Figura 1.5: Per�l da Educação

Figura 1.6: Per�l do Salário

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O que determina o tempo de permanência no 1o emprego após are-inserção?

Para responder a esta pergunta, faz-se uma análise semelhante àquelada Seção 1.2.2 mas a variável dependente agora é o tempo no 1o empregoapós a perda do vínculo em 1998, ao invés do tempo fora do setor formal.Além das variáveis anteriormente utilizadas, foram incluídas uma variávelbinária que toma valor 1 caso o subgrupo ocupacional (em 80 níveis) em quetrabalhador foi re-inserido seja igual ao subgrupo do emprego antigo (sgru),e outra análoga para a ocupação (em 2377 níveis, ocup).

A primeira coluna da Tabela 1.12 traz os resultados do modelo estimadoincluindo-se tanto sgru como ocup. As estimativas sugerem que, ao voltarpara o mesmo subgrupo no qual estava inserido, o trabalhador que volte terá,tudo o mais constante, uma maior permanência no seu novo emprego. Ocoe�ciente de ocup é negativo � o signi�ca que�insistir� na mesma ocupação,pode não ser uma boa idéia do ponto de vista da duração do seu novo emprego� porém não é signi�cativo, o que nos impede de aceitar a existência de talrelação. De fato, ao deixarmos apenas ocup no modelo (coluna (C)), o seusinal muda. Já o modelo apenas com sgru (coluna (B)) rea�rma os resultadosdo modelo completo, o corrobora a existência de uma associação positivaentre o subgrupo de destino e o tempo no reemprego.

Note ainda que, uma vez vencida a barreira da demissão por justa causa,esse variável não parece ser mais de grande relevância. Além disso, apesar determos visto que uma perda salarial maior está associada com uma maior pro-babilidade de re-inserção no mercado de trabalho forma, esta mesma perdaparece diminuir a duração do novo emprego. Finalmente, mais educação,experiência e idade aumentam a permanência no reemprego.

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Tabela 1.12: Resultados de Tobit para Tempono Reemprego

(A) (B) (C)intercepto 5.38 5.38 5.40

(.098)* (.098)* (.098)*educa .049 .049 .049

(.003)* (.003)* (.003)*dif -.041 -.041 -.040

(.010)* (.010)* (.010)*sgru .110 .103 -

(.025)* (.020)* -exper 2.06 2.06 2.06

(.134)* (.134)* (.134)*exper2 -.612 -.612 -.612

(.041)* (.041)* (.042)*idade .187 .188 .191

(.061)* (.061)* (.062)*idade2 -.028 -.028 -.028

(.009)* (.009)* (.009)*ocup -.015 - .066

(.031) - (.025)*idade*exper -.073 -.073 -.075

(.041) (.041) (.041)Pseudo R2 .041 .042 .042Log Verossimilhança -44897 -44897 -44945Observações 30418 30418 30462

Nota: Desvios-padrão entre parênteses. * indica sig-ni�cância estatística a 5%.

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Parte 2

Probabilidade de Retorno por

Subgrupo Ocupacional de Origem.

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Tabela 2.1: Desenhistas: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Desenhistas Mestria Metalurgicos Prep. deAlimentos

Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Eletricistas

25 H 6 25.0 0.6 3.9 3.5 3.5 2.8 4.235 H 6 28.1 1.3 3.6 3.0 3.5 3.5 5.245 H 6 31.5 2.8 3.2 2.5 3.5 4.3 6.325 M 6 22.7 0.1 1.6 5.1 0.6 1.3 3.135 M 6 20.5 0.4 1.2 7.3 1.0 1.2 4.445 M 6 18.4 1.5 0.9 10.1 1.6 1.2 6.125 H 12 34.4 1.2 2.7 1.7 2.0 2.6 4.135 H 12 38.1 1.7 2.7 1.5 1.9 2.6 4.045 H 12 41.9 2.3 2.7 1.3 1.8 2.7 3.825 M 12 29.2 0.2 1.3 1.1 0.3 1.4 3.035 M 12 26.7 0.6 1.1 1.8 0.5 1.1 3.445 M 12 24.3 1.4 0.9 2.9 0.8 0.8 3.725 H 16 41.3 1.9 2.1 1.0 1.3 2.5 4.035 H 16 45.2 2.0 2.3 0.9 1.2 2.2 3.345 H 16 49.2 2.1 2.4 0.8 1.1 1.9 2.625 M 16 33.9 0.4 1.1 0.3 0.2 1.5 3.035 M 16 31.3 0.7 1.1 0.6 0.3 1.0 2.845 M 16 28.8 1.3 1.0 1.0 0.5 0.6 2.6

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Tabela 2.2: Gerentes de Empresas: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Gerentesde Empre-sas

EngenheirosArquitetos

Desenhistas AdministrativoCaixas Supervisoresde Com-pras eVendas

RepresentantesComerci-ais

Vendedores Mestria Estofadores

25 H 6 19.0 0.1 1.6 1.2 0.9 4.2 0.5 7.1 2.2 1.535 H 6 26.7 0.1 1.5 1.3 0.8 4.0 0.7 5.7 3.0 1.345 H 6 35.7 0.2 1.5 1.4 0.7 3.7 1.1 4.5 4.1 1.125 M 6 11.9 0.0 0.9 1.1 2.9 2.6 0.4 18.4 0.2 12.335 M 6 18.6 0.0 0.5 1.9 2.8 2.9 0.5 13.5 0.7 14.945 M 6 27.1 0.0 0.2 3.2 2.7 3.3 0.8 9.6 1.7 17.925 H 12 24.6 0.9 2.0 2.0 1.9 5.4 1.7 6.5 2.0 1.235 H 12 31.2 1.0 2.0 2.2 1.4 5.6 1.7 5.8 2.2 1.145 H 12 38.6 1.1 2.0 2.3 1.0 5.9 1.6 5.2 2.5 0.925 M 12 16.5 0.1 1.2 1.5 4.1 2.6 1.0 11.1 0.4 4.235 M 12 22.7 0.1 0.6 2.5 3.3 3.3 1.0 8.6 0.9 5.445 M 12 30.0 0.0 0.3 4.0 2.7 4.2 0.9 6.5 1.8 6.925 H 16 28.8 3.5 2.3 2.7 3.0 6.3 3.6 6.1 1.8 1.135 H 16 34.5 3.3 2.4 3.0 2.0 7.1 2.8 5.9 1.8 0.945 H 16 40.5 3.1 2.4 3.2 1.2 7.9 2.1 5.7 1.8 0.825 M 16 20.0 1.1 1.4 1.7 5.1 2.7 2.0 7.6 0.6 1.835 M 16 25.7 0.6 0.7 2.9 3.7 3.7 1.5 6.2 1.1 2.445 M 16 32.1 0.3 0.4 4.6 2.6 4.9 1.0 5.0 1.9 3.1

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Tabela 2.3: Vendedores: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Vendedores Supervisoresde Com-pras eVendas

RepresentantesComerci-ais

Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Calcados Usinagemde Metais

Borracha ePlastico

25 H 6 24.5 1.7 1.1 1.4 0.9 4.9 1.3 0.5 1.1 1.035 H 6 30.1 2.2 2.0 0.8 0.8 3.8 0.8 0.4 0.9 0.445 H 6 36.3 2.7 3.4 0.4 0.7 2.9 0.4 0.3 0.8 0.225 M 6 41.7 3.1 0.5 0.3 0.6 2.4 4.2 0.7 0.1 0.435 M 6 43.8 3.8 1.0 0.3 0.8 2.7 5.5 0.6 0.1 0.345 M 6 45.9 4.7 1.8 0.3 1.2 3.0 7.0 0.5 0.1 0.325 H 12 29.3 4.7 5.1 0.5 0.3 2.2 0.8 0.4 0.6 0.635 H 12 35.0 5.9 7.2 0.3 0.2 1.2 0.5 0.2 0.4 0.245 H 12 41.2 7.4 9.9 0.2 0.1 0.7 0.3 0.1 0.3 0.125 M 12 37.5 5.7 1.1 0.3 0.4 1.5 2.4 0.5 0.0 0.335 M 12 39.2 7.1 1.7 0.3 0.3 1.3 3.2 0.2 0.0 0.245 M 12 40.9 8.7 2.6 0.2 0.3 1.1 4.2 0.1 0.0 0.225 H 16 32.7 8.4 11.5 0.2 0.1 1.2 0.6 0.4 0.4 0.435 H 16 38.5 10.5 14.4 0.1 0.0 0.5 0.3 0.1 0.2 0.245 H 16 44.5 12.9 17.6 0.1 0.0 0.2 0.2 0.0 0.1 0.125 M 16 34.7 8.2 1.7 0.3 0.3 1.0 1.6 0.4 0.0 0.335 M 16 36.2 10.2 2.4 0.2 0.2 0.7 2.2 0.1 0.0 0.245 M 16 37.7 12.5 3.2 0.2 0.1 0.5 2.9 0.0 0.0 0.2

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Tabela 2.4: Lavadeiros: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Lavadeiros Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Calcados Borracha ePlastico

25 H 6 21.2 1.7 3.2 1.8 12.0 0.0 1.435 H 6 30.4 1.9 2.7 0.9 7.7 0.0 0.645 H 6 41.1 2.1 2.3 0.4 4.7 0.0 0.325 M 6 29.1 0.3 6.7 0.6 22.9 1.0 0.735 M 6 33.7 0.5 5.2 0.8 24.7 0.9 0.445 M 6 38.4 0.8 4.1 1.0 26.5 0.8 0.225 H 12 16.8 1.7 4.9 5.8 9.2 0.0 1.035 H 12 24.9 0.6 6.2 2.9 8.7 0.0 0.145 H 12 34.7 0.2 7.9 1.3 8.2 0.0 0.025 M 12 26.5 3.1 3.3 0.8 15.9 1.5 0.735 M 12 30.7 1.6 3.8 0.9 23.3 1.0 0.145 M 12 35.1 0.8 4.3 1.0 32.4 0.7 0.025 H 16 14.2 1.6 6.4 11.1 7.6 0.0 0.835 H 16 21.6 0.2 10.1 5.7 9.3 0.0 0.025 M 16 24.8 9.7 1.9 1.0 12.1 1.9 0.735 M 16 28.7 3.2 3.0 1.0 22.5 1.1 0.045 M 16 33.0 0.8 4.5 1.0 36.6 0.6 0.0

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Tabela 2.5: Oper.Maquinas de Agricultura: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Oper.Maquinasde Agri-cultura

AgricolasEspeciali-zados

Madeira,Papel ePapelao

Prep. deAlimentos

Manip. deMerc.

Condutores

25 H 6 48.0 4.5 2.9 1.6 4.7 7.235 H 6 47.7 5.0 3.5 1.1 4.5 7.645 H 6 47.4 5.6 4.1 0.8 4.3 7.925 M 6 10.4 7.3 0.0 0.0 1.2 1.735 M 6 4.6 8.6 0.0 0.0 3.7 1.945 M 6 1.8 10.0 0.0 0.0 9.2 2.225 H 12 40.8 3.3 2.1 2.1 4.3 9.135 H 12 45.1 3.6 3.0 0.6 3.6 8.945 H 12 49.5 3.8 4.2 0.1 3.0 8.625 M 12 6.4 12.3 0.0 0.0 0.8 3.735 M 12 3.4 13.6 0.0 0.0 2.3 3.845 M 12 1.6 15.0 0.0 0.0 5.5 3.825 H 16 36.2 2.7 1.6 2.6 4.0 10.535 H 16 43.4 2.8 2.7 0.4 3.1 9.8

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Tabela 2.6: Mestria: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Mestria Desenhistas Gerentesde Empre-sas

Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Calcados Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Eletricistas Encanador Borracha ePlastico

25 H 6 13.3 1.2 1.0 3.9 4.0 2.6 2.0 6.1 2.7 3.6 2.0 3.0 2.235 H 6 20.6 1.4 1.7 3.5 2.7 3.3 1.2 5.6 3.0 4.4 2.2 3.5 1.645 H 6 29.9 1.7 2.7 3.1 1.7 4.0 0.7 5.2 3.4 5.2 2.4 4.1 1.225 M 6 8.7 0.4 0.4 1.3 3.8 3.1 17.2 11.4 1.3 0.5 0.9 0.5 3.235 M 6 16.0 0.3 1.2 1.0 3.8 3.2 19.7 10.3 1.2 0.3 0.9 0.2 2.045 M 6 26.5 0.3 2.9 0.8 3.7 3.3 22.4 9.2 1.1 0.2 0.9 0.0 1.325 H 12 11.4 4.7 2.9 3.7 3.1 2.2 1.8 3.1 3.4 4.4 2.0 0.7 2.235 H 12 16.4 4.1 4.7 3.4 1.8 2.1 1.3 3.6 3.4 4.7 2.0 1.4 1.745 H 12 22.5 3.7 7.3 3.1 1.0 2.0 0.9 4.2 3.3 5.1 2.1 2.5 1.225 M 12 9.4 2.4 1.1 2.3 1.3 2.8 15.2 6.7 1.4 1.2 1.0 0.3 2.135 M 12 15.4 1.7 2.8 1.9 1.1 2.1 19.1 7.3 1.1 0.6 0.9 0.1 1.345 M 12 23.5 1.2 6.5 1.5 0.9 1.7 23.4 7.9 0.9 0.3 0.8 0.1 0.825 H 16 10.3 9.6 5.2 3.5 2.6 1.9 1.7 1.9 3.9 5.0 2.0 0.2 2.335 H 16 13.9 7.6 8.4 3.3 1.3 1.5 1.3 2.6 3.6 5.0 1.9 0.7 1.745 H 16 18.2 5.9 12.7 3.0 0.6 1.2 1.0 3.6 3.3 5.0 1.9 1.7 1.225 M 16 9.9 6.6 1.9 3.3 0.5 2.5 14.0 4.6 1.4 2.0 1.1 0.2 1.635 M 16 15.0 4.2 4.7 2.7 0.4 1.6 18.6 5.7 1.0 1.0 0.9 0.1 1.045 M 16 21.6 2.6 10.4 2.3 0.3 1.0 24.1 7.1 0.7 0.4 0.8 0.1 0.6

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Tabela 2.7: Minas e Pedreiras: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Minas ePedreiras

Metalurgicos Madeira,Papel ePapelao

Prep. deAlimentos

Marceneiros Cortadores Usinagemde Metais

Vidreiros ConstrucaoCivil

Manip. deMerc.

25 H 6 25.4 1.6 0.6 1.0 0.4 8.0 0.5 1.2 11.3 2.735 H 6 27.9 1.4 0.8 0.9 0.7 7.3 0.7 1.5 12.1 4.045 H 6 30.4 1.2 1.0 0.8 1.3 6.8 0.9 2.0 12.9 5.925 M 6 0.0 0.0 0.0 0.0 2.8 0.0 0.0 0.6 0.1 0.435 M 6 0.0 0.0 0.0 0.0 1.8 0.0 0.0 4.7 0.0 0.145 M 6 0.0 0.0 0.0 0.0 1.2 0.0 0.0 20.3 0.0 0.025 H 12 12.3 3.6 0.1 1.8 0.6 8.3 6.4 0.6 6.8 1.435 H 12 14.5 1.4 1.2 2.8 1.6 7.4 2.8 1.3 10.0 2.845 H 12 17.0 0.5 5.9 4.1 3.7 6.6 1.1 2.6 14.0 5.425 M 12 0.0 0.0 0.0 0.0 0.6 0.0 0.0 0.4 0.0 0.035 M 12 0.0 0.0 0.0 0.0 0.6 0.0 0.0 5.1 0.0 0.045 M 12 0.0 0.0 0.0 0.0 0.5 0.0 0.0 26.7 0.0 0.025 H 16 6.8 6.0 0.0 2.7 0.8 8.5 20.5 0.4 4.7 0.835 H 16 8.5 1.4 1.5 5.3 2.6 7.4 6.2 1.2 8.7 2.2

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Tabela 2.8: Metalurgicos: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Eletricistas Encanador Borracha ePlastico

25 H 6 18.4 0.9 2.2 5.0 2.2 1.7 2.6 2.435 H 6 23.0 0.7 1.4 5.3 2.2 1.4 3.5 2.145 H 6 28.2 0.5 0.9 5.6 2.2 1.2 4.6 1.925 M 6 13.4 1.9 2.1 2.2 1.1 2.1 0.4 3.535 M 6 16.4 1.7 1.6 1.8 1.0 2.1 0.5 3.645 M 6 19.8 1.5 1.1 1.5 1.0 2.1 0.7 3.825 H 12 15.1 1.0 1.8 7.1 3.9 3.1 2.4 2.635 H 12 16.9 0.7 1.5 8.3 4.5 2.9 4.0 2.745 H 12 18.9 0.4 1.2 9.8 5.0 2.8 6.2 2.825 M 12 13.0 1.0 1.9 2.6 1.5 3.0 0.3 2.935 M 12 14.0 0.7 1.7 2.5 1.6 3.4 0.5 3.645 M 12 15.0 0.5 1.6 2.4 1.8 3.8 0.8 4.425 H 16 13.1 1.1 1.6 8.8 5.6 4.5 2.3 2.735 H 16 13.5 0.7 1.5 11.0 6.8 4.6 4.3 3.145 H 16 13.9 0.4 1.5 13.7 8.2 4.6 7.6 3.625 M 16 12.7 0.6 1.7 3.0 1.7 3.8 0.2 2.635 M 16 12.5 0.4 1.9 3.2 2.1 4.5 0.5 3.645 M 16 12.3 0.3 2.0 3.3 2.5 5.4 1.0 4.8

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Tabela 2.9: Madeira, Papel e Papelao: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Madeira,Papel ePapelao

Metalurgicos Prep. deAlimentos

Marceneiros

25 H 6 32.6 1.6 2.4 4.635 H 6 35.1 1.4 1.6 4.745 H 6 37.7 1.3 1.1 4.825 M 6 34.0 0.7 2.2 3.435 M 6 32.9 0.8 2.1 3.745 M 6 31.8 0.8 2.0 4.025 H 12 18.2 2.5 2.6 6.935 H 12 23.2 2.3 1.7 6.645 H 12 28.8 2.2 1.1 6.225 M 12 15.4 1.4 2.0 3.035 M 12 17.2 1.6 1.8 3.045 M 12 19.1 1.7 1.6 3.025 H 16 11.3 3.3 2.8 8.935 H 16 16.7 3.2 1.7 8.145 H 16 23.5 3.0 1.0 7.325 M 16 7.7 2.2 1.9 2.835 M 16 10.0 2.4 1.6 2.645 M 16 12.7 2.7 1.3 2.5

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Tabela 2.10: Oper. Instal. Proc. Quimados: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Oper. Ins-tal. Proc.Quimados

Desenhistas Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Usinagemde Metais

Borracha ePlastico

Oper. deMaquinasFixas

Manip. deMerc.

25 H 6 17.1 0.5 3.5 1.1 3.6 1.1 1.5 2.2 1.2 3.035 H 6 23.6 0.6 2.8 0.6 3.9 0.7 0.9 1.7 1.6 2.445 H 6 31.2 0.7 2.2 0.3 4.3 0.4 0.5 1.3 2.1 1.925 M 6 18.6 0.1 1.8 0.6 3.1 3.3 0.7 2.7 0.5 4.835 M 6 22.3 0.1 1.8 1.0 3.5 4.5 0.6 2.5 0.6 4.245 M 6 26.5 0.1 1.7 1.7 4.0 6.0 0.6 2.4 0.7 3.825 H 12 14.2 3.8 3.4 0.6 2.1 0.8 2.4 2.2 1.6 2.735 H 12 16.7 4.2 3.3 0.6 2.4 0.8 1.8 2.1 1.6 2.545 H 12 19.5 4.7 3.1 0.6 2.7 0.7 1.3 2.0 1.6 2.325 M 12 15.8 2.7 2.3 0.3 1.6 1.3 1.1 1.8 0.9 5.535 M 12 16.1 3.2 2.7 1.0 1.9 2.7 1.4 2.0 0.8 5.645 M 12 16.3 3.8 3.2 2.7 2.3 5.1 1.6 2.3 0.6 5.725 H 16 12.4 10.5 3.3 0.4 1.4 0.6 3.3 2.3 2.0 2.535 H 16 12.9 11.7 3.6 0.6 1.7 0.8 2.8 2.4 1.7 2.645 H 16 13.4 12.9 3.8 0.9 1.9 0.9 2.3 2.5 1.4 2.725 M 16 14.2 13.2 2.6 0.2 1.0 0.7 1.6 1.4 1.3 6.035 M 16 12.6 15.1 3.5 1.0 1.2 1.9 2.2 1.8 0.9 6.745 M 16 11.1 17.2 4.6 3.5 1.5 4.6 2.9 2.2 0.6 7.4

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Tabela 2.11: Fiandeiros: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Fiandeiros Metalurgicos Prep. deAlimentos

Estofadores Usinagemde Metais

Borracha ePlastico

25 H 6 24.4 2.8 2.4 2.4 1.3 1.635 H 6 31.9 2.4 1.6 2.0 1.1 1.145 H 6 40.4 2.0 1.0 1.7 0.9 0.825 M 6 25.6 1.4 2.8 16.2 0.3 1.535 M 6 33.7 1.1 2.2 17.2 0.3 1.045 M 6 42.6 0.8 1.7 18.1 0.3 0.625 H 12 19.9 3.1 2.1 3.6 1.9 1.835 H 12 25.9 2.7 1.3 3.9 1.5 1.445 H 12 32.6 2.3 0.8 4.2 1.1 1.125 M 12 20.5 1.6 2.1 14.1 0.7 1.735 M 12 26.8 1.3 1.5 17.8 0.5 1.245 M 12 34.0 1.0 1.0 22.2 0.4 0.825 H 16 17.2 3.4 2.0 4.5 2.5 2.035 H 16 22.2 2.9 1.1 5.8 1.9 1.745 H 16 27.8 2.4 0.6 7.2 1.4 1.425 M 16 17.4 1.8 1.7 12.8 1.0 1.835 M 16 22.6 1.4 1.1 18.3 0.8 1.345 M 16 28.7 1.1 0.7 25.2 0.6 1.0

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Tabela 2.12: Curtimento: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Curtimento Prep. deAlimentos

Calcados Borracha ePlastico

25 H 6 27.9 4.5 9.7 2.735 H 6 35.0 3.0 7.9 2.445 H 6 42.6 1.9 6.4 2.125 M 6 18.0 4.7 28.3 1.835 M 6 20.8 2.7 21.5 1.645 M 6 23.8 1.5 15.6 1.425 H 12 25.8 2.1 10.3 3.035 H 12 36.6 0.9 7.9 3.645 H 12 48.7 0.3 6.0 4.225 M 12 16.9 1.1 24.9 0.235 M 12 22.8 0.3 17.6 0.245 M 12 29.7 0.1 11.9 0.325 H 16 24.4 1.2 10.6 3.235 H 16 37.8 0.3 7.9 4.625 M 16 16.3 0.3 22.8 0.035 M 16 24.2 0.1 15.3 0.0

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Tabela 2.13: Prep. de Alimentos: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Prep. deAlimentos

Metalurgicos

25 H 6 31.5 1.435 H 6 38.4 1.045 H 6 45.7 0.825 M 6 31.6 0.935 M 6 40.7 0.545 M 6 50.2 0.325 H 12 25.7 1.835 H 12 32.1 1.345 H 12 39.1 0.925 M 12 17.8 0.835 M 12 24.9 0.445 M 12 33.2 0.225 H 16 22.1 2.235 H 16 28.1 1.545 H 16 34.8 1.025 M 16 11.1 0.835 M 16 16.5 0.445 M 16 23.3 0.2

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Tabela 2.14: Estofadores: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Estofadores Fiandeiros Calcados

25 H 6 40.7 2.6 1.735 H 6 45.2 2.4 2.345 H 6 49.7 2.2 2.925 M 6 66.3 2.0 1.635 M 6 75.1 1.6 1.345 M 6 82.5 1.2 1.125 H 12 38.0 2.1 1.335 H 12 46.8 2.2 2.145 H 12 55.8 2.4 3.225 M 12 58.9 1.8 1.335 M 12 72.4 1.6 1.345 M 12 83.2 1.4 1.325 H 16 36.3 1.8 1.135 H 16 48.0 2.2 2.045 H 16 59.8 2.5 3.425 M 16 53.7 1.6 1.235 M 16 70.5 1.6 1.345 M 16 83.7 1.6 1.5

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Tabela 2.15: Calcados: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Calcados Estofadores

25 H 6 64.3 0.935 H 6 69.7 0.945 H 6 74.7 0.925 M 6 71.4 3.535 M 6 71.7 5.545 M 6 71.9 8.325 H 12 57.7 1.435 H 12 68.2 1.545 H 12 77.4 1.525 M 12 56.1 4.735 M 12 61.5 7.845 M 12 66.7 12.225 H 16 53.1 1.735 H 16 67.2 2.045 H 16 79.1 2.225 M 16 45.2 5.835 M 16 54.2 9.745 M 16 63.0 15.4

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Tabela 2.16: Marceneiros: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Marceneiros Metalurgicos Madeira,Papel ePapelao

Prep. deAlimentos

25 H 6 37.4 1.6 4.1 2.135 H 6 45.8 1.3 4.0 1.245 H 6 54.4 1.0 4.0 0.625 M 6 26.7 1.1 4.8 2.835 M 6 27.5 0.6 4.8 3.345 M 6 28.4 0.3 4.7 3.925 H 12 41.2 2.1 1.6 1.835 H 12 55.8 1.5 1.5 0.745 H 12 69.7 1.0 1.4 0.225 M 12 23.2 0.6 2.1 3.535 M 12 29.0 0.3 2.0 3.145 M 12 35.4 0.1 1.8 2.725 H 16 43.8 2.4 0.8 1.735 H 16 62.4 1.6 0.7 0.545 H 16 78.4 1.1 0.6 0.125 M 16 21.0 0.3 1.1 4.135 M 16 30.0 0.1 1.0 2.945 M 16 40.4 0.0 0.9 2.0

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Tabela 2.17: Cortadores: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Cortadores Minas ePedreiras

Metalurgicos Usinagemde Metais

ConstrucaoCivil

25 H 6 41.1 7.3 1.0 1.3 13.235 H 6 46.5 6.8 1.0 1.3 12.845 H 6 52.0 6.3 1.0 1.3 12.525 M 6 20.5 0.0 0.0 5.0 0.035 M 6 20.5 0.0 0.0 5.3 0.045 M 6 20.6 0.0 0.0 5.6 0.025 H 12 40.1 5.0 1.2 1.9 9.135 H 12 43.1 5.6 1.0 1.1 9.045 H 12 46.2 6.3 0.8 0.6 8.825 M 12 13.8 19.0 0.0 0.2 0.035 M 12 12.6 56.2 0.0 0.1 0.045 M 12 11.4 88.3 0.0 0.1 0.025 H 16 39.4 3.8 1.5 2.4 7.025 M 16 10.3 100.0 0.0 0.0 0.0

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Tabela 2.18: Usinagem de Metais: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Usinagemde Metais

Metalurgicos Ajust.Mecanico

Encanador Borracha ePlastico

25 H 6 28.0 7.6 3.6 3.6 2.435 H 6 36.2 7.1 3.8 4.1 1.845 H 6 45.1 6.6 4.0 4.5 1.425 M 6 10.9 4.1 1.1 0.3 4.735 M 6 12.1 5.0 1.8 0.1 4.845 M 6 13.4 6.0 2.9 0.0 5.025 H 12 29.9 6.3 5.3 2.5 2.335 H 12 42.0 5.8 5.2 3.2 1.845 H 12 54.8 5.3 5.1 4.0 1.425 M 12 9.0 3.2 2.6 0.5 2.735 M 12 11.9 3.8 3.8 0.2 2.945 M 12 15.3 4.6 5.4 0.1 3.225 H 16 31.3 5.5 6.7 1.9 2.235 H 16 45.9 5.0 6.4 2.7 1.845 H 16 61.2 4.5 6.1 3.7 1.525 M 16 8.0 2.7 4.3 0.8 1.835 M 16 11.7 3.2 5.9 0.3 2.045 M 16 16.6 3.8 7.9 0.1 2.3

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Tabela 2.19: Ajust. Mecanico: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Ajust.Mecanico

Metalurgicos Prep. deAlimentos

Usinagemde Metais

Eletricistas Encanador Borracha ePlastico

25 H 6 29.7 3.9 1.6 5.9 3.2 5.4 1.835 H 6 38.9 3.0 1.2 5.3 2.8 7.3 1.445 H 6 48.8 2.2 0.9 4.7 2.4 9.6 1.025 M 6 13.0 2.5 2.2 2.1 6.8 0.2 4.235 M 6 15.3 3.2 1.1 2.1 8.4 0.4 3.745 M 6 17.9 3.9 0.5 2.2 10.2 0.5 3.325 H 12 30.6 4.1 1.0 8.1 4.8 2.5 1.535 H 12 40.5 2.9 0.8 6.9 4.4 4.8 1.445 H 12 51.1 2.1 0.7 5.8 4.0 8.4 1.325 M 12 13.2 2.8 1.6 2.1 9.7 0.1 2.235 M 12 15.9 3.3 0.8 2.0 12.2 0.3 2.445 M 12 18.9 3.8 0.4 1.9 15.0 0.7 2.625 H 16 31.3 4.2 0.8 10.0 6.2 1.4 1.335 H 16 41.6 2.9 0.7 8.2 5.8 3.5 1.445 H 16 52.6 1.9 0.5 6.7 5.5 7.7 1.525 M 16 13.4 3.0 1.2 2.2 12.1 0.1 1.435 M 16 16.3 3.3 0.7 2.0 15.3 0.3 1.845 M 16 19.7 3.8 0.3 1.8 18.9 0.8 2.2

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Tabela 2.20: Eletricistas: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Eletricistas Desenhistas Metalurgicos Prep. deAlimentos

Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Encanador Borracha ePlastico

25 H 6 28.8 2.0 3.7 1.4 2.1 4.0 2.6 1.835 H 6 41.5 1.7 2.6 1.0 1.6 4.5 3.5 0.845 H 6 55.1 1.5 1.9 0.7 1.3 5.0 4.6 0.425 M 6 23.6 0.5 3.1 2.7 1.3 2.0 0.5 3.535 M 6 25.9 0.4 3.4 3.1 1.7 1.9 0.7 3.645 M 6 28.3 0.3 3.7 3.4 2.1 1.7 1.0 3.725 H 12 27.8 6.5 2.9 1.1 2.6 4.7 1.3 1.435 H 12 39.4 5.3 2.2 0.9 2.4 6.2 1.9 1.145 H 12 52.2 4.3 1.6 0.7 2.3 8.0 2.6 0.825 M 12 26.0 1.5 2.2 2.8 1.0 4.6 0.3 1.835 M 12 27.7 1.0 2.6 3.5 1.5 5.1 0.4 2.945 M 12 29.3 0.7 3.1 4.4 2.2 5.6 0.7 4.425 H 16 27.1 12.5 2.5 0.9 3.0 5.2 0.8 1.235 H 16 38.1 10.1 2.0 0.8 3.2 7.6 1.2 1.345 H 16 50.2 8.1 1.5 0.7 3.3 10.7 1.8 1.325 M 16 27.7 2.7 1.8 2.9 0.8 7.4 0.2 1.135 M 16 28.9 1.8 2.2 3.9 1.4 8.9 0.3 2.545 M 16 30.1 1.2 2.7 5.1 2.3 10.7 0.5 5.0

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Tabela 2.21: Encanador: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Encanador Metalurgicos Prep. deAlimentos

Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

25 H 6 37.1 4.6 1.5 4.7 5.535 H 6 49.3 3.6 0.8 4.4 6.345 H 6 61.6 2.8 0.4 4.2 7.225 M 6 10.7 4.8 0.6 4.3 2.535 M 6 15.9 3.9 0.3 5.6 3.445 M 6 22.5 3.1 0.2 7.3 4.525 H 12 34.4 4.9 1.0 6.1 6.835 H 12 48.3 3.8 0.5 5.7 7.745 H 12 62.4 2.9 0.2 5.3 8.725 M 12 9.8 3.5 2.2 7.1 2.035 M 12 15.8 2.7 1.2 8.9 2.745 M 12 23.7 2.1 0.6 11.0 3.725 H 16 32.7 5.2 0.8 7.3 7.835 H 16 47.6 3.9 0.3 6.7 8.745 H 16 62.9 3.0 0.1 6.2 9.725 M 16 9.2 2.8 4.8 9.7 1.735 M 16 15.7 2.1 2.6 11.8 2.3

60

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Tabela 2.22: Joalheiros: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Joalheiros Metalurgicos Estofadores Calcados Usinagemde Metais

25 H 6 37.3 4.1 0.0 1.9 3.435 H 6 48.4 2.8 0.0 1.1 5.245 H 6 59.6 1.9 0.0 0.7 7.725 M 6 28.8 4.3 0.2 1.4 1.335 M 6 32.1 4.6 0.0 3.9 1.345 M 6 35.5 5.0 0.0 9.2 1.325 H 12 34.8 1.8 1.4 0.1 2.035 H 12 57.4 0.5 0.0 0.0 2.445 H 12 77.7 0.1 0.0 0.0 2.925 M 12 37.6 2.6 0.0 3.6 0.335 M 12 52.8 1.3 0.0 3.4 0.245 M 12 67.6 0.6 0.0 3.2 0.125 H 16 33.2 1.0 9.1 0.0 1.435 H 16 63.2 0.1 0.4 0.0 1.425 M 16 43.9 1.8 0.0 6.2 0.1

61

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Tabela 2.23: Vidreiros: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Vidreiros Metalurgicos Prep. deAlimentos

25 H 6 39.2 1.6 2.435 H 6 42.5 1.6 1.745 H 6 45.9 1.5 1.225 M 6 45.2 1.4 2.535 M 6 49.2 1.3 1.845 M 6 53.2 1.2 1.325 H 12 24.2 3.0 2.935 H 12 29.6 2.6 2.345 H 12 35.4 2.3 1.925 M 12 33.3 1.5 2.335 M 12 40.0 1.2 1.945 M 12 47.1 1.0 1.525 H 16 16.2 4.4 3.335 H 16 22.1 3.6 2.845 H 16 29.0 2.9 2.425 M 16 26.1 1.7 2.245 M 16 43.0 0.9 1.7

62

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Tabela 2.24: Borracha e Plastico: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Borracha ePlastico

Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Calcados Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Oper. deMaquinasFixas

25 H 6 17.2 3.8 1.1 2.3 1.0 3.2 2.6 1.6 1.135 H 6 21.9 3.3 0.9 1.6 0.7 2.6 2.7 1.6 1.145 H 6 27.3 2.9 0.7 1.1 0.4 2.1 2.8 1.6 1.125 M 6 17.9 2.3 1.4 3.2 5.5 4.7 1.1 0.4 0.735 M 6 20.5 2.4 1.4 2.9 5.6 3.8 1.4 0.4 1.145 M 6 23.4 2.4 1.4 2.6 5.8 3.1 1.7 0.5 1.725 H 12 13.6 4.0 1.3 1.8 1.0 1.3 4.4 1.7 1.235 H 12 17.2 3.4 0.9 1.2 0.9 1.1 4.1 2.3 1.245 H 12 21.5 2.9 0.6 0.8 0.8 0.9 3.8 3.2 1.425 M 12 14.3 2.6 1.4 2.9 4.3 1.6 1.5 0.4 0.635 M 12 16.2 2.5 1.3 2.5 5.5 1.3 1.7 0.7 0.945 M 12 18.3 2.5 1.2 2.3 6.9 1.1 1.9 1.1 1.525 H 16 11.5 4.2 1.4 1.5 1.0 0.7 6.0 1.7 1.235 H 16 14.5 3.5 0.9 1.0 1.1 0.6 5.3 2.9 1.445 H 16 18.0 2.9 0.6 0.6 1.2 0.5 4.7 4.9 1.525 M 16 12.2 2.7 1.4 2.6 3.6 0.7 1.8 0.4 0.535 M 16 13.7 2.6 1.2 2.3 5.4 0.6 1.9 0.9 0.845 M 16 15.3 2.5 1.0 2.1 7.8 0.5 2.1 1.8 1.3

63

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Tabela 2.25: Confec. de Prod de Papel e Papelao: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Confec. deProd dePapel ePapelao

Madeira,Papel ePapelao

Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Calcados Usinagemde Metais

Borracha ePlastico

Artes Gra-�cas

25 H 6 9.9 2.5 1.3 2.5 0.7 2.7 1.5 3.4 3.735 H 6 10.7 1.9 0.8 1.6 0.6 2.4 1.0 3.5 6.345 H 6 11.7 1.4 0.4 1.0 0.5 2.2 0.7 3.7 10.125 M 6 13.0 1.7 0.7 2.1 4.1 8.5 0.6 3.2 0.735 M 6 15.3 2.3 0.4 1.1 3.5 6.9 0.2 3.0 1.545 M 6 17.8 3.2 0.2 0.5 2.9 5.6 0.1 2.8 3.025 H 12 6.9 1.4 1.5 2.1 1.3 2.4 1.7 2.8 4.935 H 12 6.6 1.3 1.0 0.6 1.6 2.2 1.6 4.3 11.145 H 12 6.3 1.3 0.6 0.1 1.8 2.0 1.4 6.4 21.525 M 12 5.9 0.7 0.8 1.6 3.1 12.1 0.1 2.6 0.435 M 12 6.3 1.3 0.5 0.3 3.4 9.9 0.1 3.6 1.545 M 12 6.6 2.3 0.3 0.1 3.7 8.0 0.0 4.8 4.425 H 16 5.3 1.0 1.7 1.8 2.0 2.3 1.9 2.5 5.835 H 16 4.6 1.1 1.2 0.3 2.8 2.1 2.0 5.0 15.445 H 16 4.0 1.2 0.8 0.0 3.8 1.9 2.2 9.0 32.125 M 16 3.2 0.4 0.9 1.4 2.6 14.9 0.1 2.3 0.335 M 16 3.1 0.9 0.6 0.1 3.4 12.4 0.0 4.0 1.545 M 16 2.9 1.8 0.4 0.0 4.4 10.1 0.0 6.8 5.6

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Tabela 2.26: Artes Gra�cas: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Artes Gra-�cas

Metalurgicos Borracha ePlastico

25 H 6 34.3 2.3 2.235 H 6 46.1 2.1 2.245 H 6 58.2 1.8 2.225 M 6 24.2 1.8 2.735 M 6 33.5 1.4 2.245 M 6 43.8 1.0 1.725 H 12 35.9 1.9 1.135 H 12 49.7 1.6 0.945 H 12 63.6 1.4 0.725 M 12 19.3 1.5 0.835 M 12 29.1 1.0 0.545 M 12 40.8 0.7 0.325 H 16 37.1 1.7 0.735 H 16 52.2 1.4 0.545 H 16 67.0 1.1 0.325 M 16 16.3 1.3 0.335 M 16 26.4 0.9 0.245 M 16 38.8 0.6 0.1

65

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Tabela 2.27: Pintores: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Pintores Metalurgicos Prep. deAlimentos

Marceneiros Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Encanador Borracha ePlastico

ConstrucaoCivil

25 H 6 29.4 4.6 1.4 5.3 2.0 2.0 3.1 1.8 6.735 H 6 38.9 4.2 0.8 4.1 2.0 2.4 3.3 1.3 6.145 H 6 49.2 3.9 0.5 3.1 2.0 2.9 3.5 1.0 5.525 M 6 18.3 3.6 1.0 2.7 0.4 1.6 0.0 2.7 2.235 M 6 20.4 1.4 0.2 4.5 0.1 0.2 0.0 3.1 1.645 M 6 22.7 0.5 0.0 7.3 0.0 0.0 0.0 3.6 1.225 H 12 30.6 5.5 1.1 4.3 1.7 2.9 2.4 2.0 3.235 H 12 42.3 5.0 0.3 4.2 1.6 4.5 2.9 1.9 3.845 H 12 54.8 4.5 0.1 4.0 1.5 6.7 3.5 1.9 4.425 M 12 16.0 2.5 0.7 2.4 0.5 1.7 0.5 2.3 0.135 M 12 19.4 0.9 0.1 5.1 0.1 0.3 0.0 3.5 0.145 M 12 23.1 0.3 0.0 9.8 0.0 0.1 0.0 5.2 0.125 H 16 31.4 6.2 1.0 3.8 1.6 3.7 2.0 2.1 1.935 H 16 44.6 5.5 0.2 4.2 1.4 6.6 2.7 2.5 2.745 H 16 58.4 4.9 0.0 4.7 1.3 10.9 3.6 2.9 3.825 M 16 14.6 1.9 0.5 2.2 0.5 1.8 4.7 2.1 0.0

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Tabela 2.28: Inst. Musicais: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Inst. Mu-sicais

Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Calcados Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Encanador Vidreiros Borracha ePlastico

ConstrucaoCivil

Manip. deMerc.

25 H 6 11.7 2.4 0.4 2.8 0.7 0.2 1.4 1.7 0.7 1.5 2.4 15.5 2.435 H 6 13.5 2.2 0.5 2.0 0.5 0.0 1.2 1.9 0.6 0.8 2.4 18.5 2.445 H 6 15.4 2.1 0.5 1.4 0.3 0.0 1.0 2.2 0.6 0.4 2.3 21.9 2.525 M 6 7.2 1.6 1.5 0.7 6.6 1.0 0.6 0.0 0.1 0.0 2.3 0.1 1.335 M 6 6.1 1.8 2.0 0.0 5.2 1.2 0.4 0.0 0.0 0.0 2.4 0.8 0.745 M 6 5.1 2.1 2.8 0.0 4.1 1.6 0.3 0.0 0.0 0.0 2.6 4.8 0.425 H 12 6.6 3.9 0.9 3.2 1.0 0.0 3.2 3.1 0.9 0.7 4.7 7.4 2.235 H 12 9.8 2.1 1.1 2.3 0.8 0.0 3.3 4.6 1.0 0.1 4.8 10.7 2.245 H 12 13.9 1.1 1.4 1.7 0.6 0.0 3.3 6.6 1.0 0.0 4.8 15.0 2.225 M 12 2.6 1.8 0.9 0.3 5.7 1.7 2.6 0.0 0.1 2.0 5.2 0.0 0.435 M 12 2.9 1.1 1.5 0.0 5.1 0.3 2.3 0.0 0.0 0.0 5.7 0.4 0.245 M 12 3.1 0.7 2.5 0.0 4.5 0.0 2.0 0.0 0.0 0.0 6.1 3.3 0.125 H 16 4.3 5.4 1.4 3.4 1.2 0.0 5.4 4.6 1.1 0.4 7.1 4.2 2.135 H 16 7.7 2.1 2.0 2.6 1.1 0.0 6.0 7.7 1.3 0.0 7.2 7.1 2.045 H 16 13.0 0.7 2.8 2.0 0.9 0.0 6.6 12.2 1.4 0.0 7.4 11.3 2.025 M 16 1.2 2.0 0.6 0.2 5.2 2.3 6.1 0.0 0.2 60.2 8.6 0.0 0.235 M 16 1.6 0.8 1.3 0.0 5.0 0.1 6.0 0.0 0.0 8.1 9.3 0.2 0.1

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Tabela 2.29: Construcao Civil: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

ConstrucaoCivil

AgricolasEspeciali-zados

Metalurgicos Madeira,Papel ePapelao

Fiandeiros Prep. deAlimentos

Marceneiros Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Encanador Vidreiros Borracha ePlastico

Manip. deMerc.

25 H 6 37.0 2.3 2.0 1.2 0.5 2.8 1.7 0.9 1.6 1.5 1.3 0.9 2.335 H 6 47.2 2.1 1.5 1.1 0.3 1.6 1.6 0.7 1.2 1.7 1.1 0.6 1.845 H 6 57.6 2.0 1.1 1.0 0.1 0.9 1.4 0.6 0.9 1.8 0.9 0.4 1.425 M 6 12.9 0.7 2.0 1.8 1.5 3.3 1.6 0.3 0.3 0.9 0.1 2.5 1.035 M 6 15.3 1.1 1.1 1.4 0.5 3.6 0.2 0.2 0.1 0.3 0.2 0.9 1.645 M 6 18.0 1.8 0.6 1.1 0.1 3.9 0.0 0.2 0.0 0.1 0.8 0.3 2.425 H 12 26.7 1.1 2.8 1.3 0.7 2.7 3.2 1.6 3.1 2.9 0.6 1.2 2.635 H 12 38.4 1.1 1.7 1.2 0.4 1.4 2.9 1.6 2.5 2.9 0.7 1.0 2.045 H 12 51.2 1.1 1.0 1.1 0.2 0.7 2.7 1.6 1.9 3.0 0.7 0.8 1.625 M 12 6.0 0.6 0.3 1.3 0.4 1.7 0.6 0.0 0.0 2.1 0.0 3.0 3.535 M 12 8.3 1.1 0.1 1.0 0.1 1.6 0.0 0.0 0.0 0.8 0.0 1.4 5.145 M 12 11.2 1.8 0.0 0.8 0.0 1.5 0.0 0.0 0.0 0.3 0.0 0.6 7.225 H 16 20.8 0.7 3.5 1.3 0.7 2.7 4.7 2.3 4.7 4.2 0.4 1.4 2.735 H 16 32.8 0.7 2.0 1.3 0.4 1.3 4.3 2.6 3.9 4.1 0.5 1.3 2.145 H 16 46.9 0.7 1.0 1.2 0.2 0.6 4.0 3.0 3.2 4.0 0.6 1.3 1.625 M 16 3.3 0.6 0.1 1.0 0.2 1.0 0.3 0.0 0.0 3.7 0.0 3.4 7.2

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Tabela 2.30: Oper. de Maquinas Fixas: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Oper. deMaquinasFixas

Madeira,Papel ePapelao

Oper. Ins-tal. Proc.Quimados

Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Calcados Marceneiros Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Eletricistas Borracha ePlastico

Manip. deMerc.

25 H 6 14.6 1.4 0.9 1.2 3.5 1.0 1.4 1.3 3.0 2.0 1.6 3.5 3.335 H 6 19.6 1.8 1.0 1.1 3.2 0.9 1.5 1.4 3.0 2.0 1.2 3.5 3.245 H 6 25.6 2.2 1.2 1.1 3.0 0.8 1.6 1.4 3.0 2.1 0.9 3.4 3.225 M 6 9.7 1.0 0.7 2.2 3.6 6.2 4.6 0.1 1.9 1.4 2.4 5.4 2.735 M 6 10.1 0.7 0.5 2.0 2.7 4.9 6.1 0.1 2.8 0.8 3.3 6.9 2.745 M 6 10.5 0.4 0.4 1.8 1.9 3.9 8.0 0.0 3.9 0.5 4.3 8.8 2.725 H 12 8.7 0.7 1.3 1.1 2.1 0.9 0.8 1.0 5.5 3.7 4.6 4.4 2.035 H 12 12.4 1.2 1.4 1.4 2.1 0.8 1.0 1.1 6.0 4.1 3.3 4.7 2.145 H 12 17.1 2.2 1.5 1.7 2.2 0.7 1.3 1.1 6.6 4.6 2.3 5.0 2.325 M 12 4.8 0.2 1.6 1.5 2.1 3.4 4.6 0.3 1.0 2.4 6.0 5.3 3.135 M 12 5.0 0.2 1.1 1.7 1.7 2.7 6.8 0.2 1.6 1.7 7.0 7.5 3.345 M 12 5.4 0.2 0.8 1.9 1.3 2.2 9.6 0.1 2.6 1.1 8.3 10.2 3.625 H 16 5.9 0.4 1.7 1.1 1.4 0.9 0.6 0.9 7.9 5.4 8.3 5.0 1.435 H 16 8.8 0.9 1.7 1.6 1.6 0.8 0.8 0.9 9.1 6.3 5.8 5.7 1.645 H 16 12.6 2.1 1.6 2.2 1.8 0.7 1.1 1.0 10.3 7.3 4.0 6.4 1.825 M 16 2.8 0.1 2.7 1.1 1.4 2.2 4.7 0.8 0.6 3.4 10.0 5.3 3.435 M 16 3.0 0.1 1.8 1.5 1.2 1.8 7.3 0.5 1.1 2.5 11.0 7.8 3.945 M 16 3.2 0.1 1.2 1.9 1.0 1.4 10.9 0.3 1.9 1.8 12.1 11.1 4.4

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Tabela 2.31: Manip. de Merc.: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Manip. deMerc.

Metalurgicos Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Usinagemde Metais

Vidreiros Borracha ePlastico

Condutores

25 H 6 22.7 2.3 0.9 4.4 0.9 1.7 0.9 1.0 4.735 H 6 31.7 1.9 0.6 3.4 0.4 1.4 0.6 0.8 5.245 H 6 42.0 1.6 0.4 2.5 0.2 1.2 0.3 0.6 5.725 M 6 15.4 1.2 2.4 4.9 7.9 0.6 0.7 2.3 0.235 M 6 18.2 0.6 2.2 3.8 6.6 0.9 0.6 1.8 0.145 M 6 21.4 0.3 2.0 3.0 5.4 1.2 0.6 1.4 0.125 H 12 13.7 3.8 0.9 3.8 1.5 4.0 0.5 1.6 4.935 H 12 23.8 3.1 1.0 3.1 0.9 3.1 0.4 1.8 6.445 H 12 36.9 2.5 1.2 2.5 0.6 2.3 0.3 2.0 8.125 M 12 10.3 1.8 2.1 3.1 5.0 1.8 0.3 2.4 0.135 M 12 14.9 0.9 2.9 2.6 4.9 2.3 0.3 2.8 0.145 M 12 20.6 0.4 3.8 2.1 4.9 2.9 0.4 3.1 0.125 H 16 9.3 5.2 0.9 3.4 2.1 6.6 0.3 2.1 5.135 H 16 19.1 4.1 1.4 2.9 1.5 4.9 0.3 2.9 7.345 H 16 33.6 3.2 2.1 2.4 1.1 3.5 0.3 4.1 10.225 M 16 7.7 2.3 1.9 2.2 3.6 3.6 0.1 2.6 0.135 M 16 12.9 1.1 3.4 1.9 4.0 4.2 0.2 3.7 0.145 M 16 20.0 0.5 5.7 1.7 4.6 4.9 0.3 5.1 0.1

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Tabela 2.32: Condutores: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Condutores Metalurgicos Prep. deAlimentos

Usinagemde Metais

Ajust.Mecanico

Borracha ePlastico

Manip. deMerc.

25 H 6 56.7 0.8 1.8 0.5 1.0 0.7 2.035 H 6 65.2 0.6 1.0 0.5 0.9 0.5 1.945 H 6 73.0 0.5 0.6 0.4 0.8 0.4 1.825 M 6 29.7 2.0 3.2 0.0 0.1 0.9 2.035 M 6 35.0 2.0 2.8 0.0 0.6 1.8 1.945 M 6 40.6 2.1 2.4 0.0 2.6 3.7 1.825 H 12 48.8 0.6 1.8 0.9 1.1 0.6 1.535 H 12 58.8 0.6 0.9 0.5 1.2 0.6 1.545 H 12 68.3 0.6 0.4 0.3 1.4 0.5 1.425 M 12 18.3 3.2 0.7 0.0 1.1 0.1 1.535 M 12 23.4 3.9 0.5 0.0 5.2 0.4 1.445 M 12 29.2 4.6 0.4 0.0 16.3 1.1 1.325 H 16 43.5 0.6 1.9 1.1 1.1 0.6 1.335 H 16 54.4 0.6 0.8 0.5 1.5 0.6 1.245 H 16 65.0 0.7 0.3 0.2 2.1 0.7 1.125 M 16 12.4 4.4 0.2 0.0 4.0 0.0 1.235 M 16 17.0 5.8 0.1 0.0 14.8 0.1 1.1

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Tabela 2.33: Bracais: Probabilidades de Retornos para Subgrupos SelecionadosIdade Sexo Esco-

larida-de

Bracais Metalurgicos Madeira,Papel ePapelao

Fiandeiros Prep. deAlimentos

Estofadores Marceneiros Usinagemde Metais

Vidreiros Borracha ePlastico

25 H 6 27.1 3.1 3.2 0.9 3.2 0.8 1.7 1.8 1.1 1.635 H 6 29.3 2.6 3.1 0.7 2.7 0.4 1.4 1.7 0.9 1.245 H 6 31.6 2.1 3.0 0.6 2.3 0.2 1.1 1.6 0.8 0.925 M 6 32.6 1.6 1.5 1.5 3.4 6.8 0.9 0.5 0.4 1.735 M 6 40.6 1.3 1.1 1.2 3.1 5.5 0.8 0.4 0.2 1.245 M 6 49.0 1.0 0.7 1.0 3.0 4.3 0.7 0.3 0.1 0.925 H 12 20.6 4.4 1.0 1.2 2.9 1.3 1.5 3.7 0.6 2.235 H 12 19.4 3.9 1.2 1.1 2.7 1.2 1.2 3.8 0.6 2.045 H 12 18.2 3.4 1.6 1.0 2.6 1.1 1.0 3.9 0.6 1.725 M 12 17.2 2.0 0.5 1.7 2.8 8.0 0.5 0.8 0.4 2.835 M 12 20.0 1.8 0.5 1.6 2.9 9.3 0.4 0.7 0.2 2.345 M 12 23.0 1.5 0.5 1.5 3.1 10.9 0.4 0.7 0.1 2.025 H 16 16.8 5.5 0.4 1.5 2.8 1.8 1.3 5.6 0.4 2.835 H 16 14.1 5.0 0.6 1.5 2.8 2.3 1.2 6.1 0.4 2.745 H 16 11.6 4.6 1.0 1.5 2.8 2.8 1.0 6.6 0.4 2.525 M 16 10.1 2.4 0.2 1.9 2.5 8.9 0.3 1.0 0.4 3.835 M 16 10.7 2.2 0.3 1.9 2.8 12.9 0.3 1.0 0.2 3.545 M 16 11.3 2.0 0.3 2.0 3.1 18.0 0.3 1.0 0.2 3.1

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Conclusão

O trabalho mostrou que quanto maior o tempo que o trabalhador desli-gado da indústria passa fora do mercado de trabalho formal, menores as suaschances de retorno para um emprego formal, e maiores as perdas salariaisquando readmitidos. Com isso, destacamos os principais resultados sobre asinformações ocupacionais que podem contribuir para facilitar o retorno aomercado de trabalho formal.

Os trabalhadores com escolaridade média-alta tendem a voltar mais ra-pidamente para um emprego formal que os trabalhadores de baixa escola-ridade. Como o tempo de retorno para o mercado de trabalho formal estápositivamente associado a perdas salariais, veri�ca-se que a perda salarial é,em média, decrescente com o nível de escolaridade. Além disso, essas perdassalariais são menores para as faixas etárias mais velhas, sugerindo que essestrabalhadores têm um salário de reserva maior para retornar ao mercado detrabalho formal.

A volta para um emprego industrial também ocorre num tempo menordo que a volta para os setores de comércio e de serviços. A esse padrãotambém está associado uma perda salarial menor na volta para indústria,seja pela maior possibilidade de reemprego numa ocupação que guarda al-guma exigência técnica valorizada pelo setor, seja pelo menor risco de perdade quali�cação fora do mercado de trabalho formal. Assim sendo, para ostrabalhadores desligados da indústria, a readmissão na própria indústria émais rápida e com menor perda salarial.

As informações das matrizes de transição ocupacional e das manchas ocu-pacionais revelam que o tempo fora formal é menor para os trabalhadoresreadmitidos no mesmo grande grupo ou subgrupo ocupacional de origem.No entanto, as perdas salariais não têm uma relação tão direta assim, mos-trando que outros fatores podem estar in�uenciando nesse desempenho. Porexemplo, veri�cou-se a partir das manchas ocupacionais que a proporção detrabalhadores que aumentam escolaridade é menor entre aqueles que voltampara o mesmo subgrupo de origem do que para aqueles que mudam de sub-grupo. Isso pode estar contribuindo para o fato de não se veri�car um padrão

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de volta para mesmo subgrupo em menor tempo e com menor perda salarial.Um outro ponto marcante nas manchas ocupacionais é a trajetória muito

frequente para ocupações de limpeza e braçais, independentemente do sub-grupo de origem na indústria. Essa trajetória descendente no mercado detrabalho poderia ser atenuada a partir de programas que diminuam a pro-babilidade de perda de emprego para trabalhadores com menores chances dereemprego (mais velhosm com baixa escolaridade e salário no útimo emprego,por exemplo). Programas de aperfeiçoamento e atualização tecnológica assimcomo de reconversão pro�ssional podem contribuir à manutenção do empregoe, por conseguinte, diminuir as perdas associadas à saída do emprego formal.

Além disso, vimos que ganhos de escolaridade são mais importantes paraas mulheres e para os indivíduos mais jovens, com baixos salários e menosexperiência. Isto é válido tanto em termos de chances de reemprego, comoem termos de tempo fora do mercado de trabalho formal. Vimos ainda queos indivíduos mais velhos, com escolaridade mais elevada e com salários altosantes da demissão são os que demoram mais para voltar ao mercado formal.Juntando-se a isso o fato de que estes indivíduos são os que possuem me-nores perdas salariais, infere-se que tal demora se deva a uma opção destesindivíduos. Ao contrário, os trabalhadores mais jovens e com menos escola-ridade são os que mais anseiam pela volta ao mercado formal, e os que maisencontram di�culdades. Assim, políticas que visem a melhoria dos indica-dores de reemprego no setor formal e do tempo fora do mercado formal detrabalho serão mais e�cazes quando focalizadas nos mais jovens, com menosexperiência, menores salários e mais baixa escolaridade.

Por �m, os resultados das probabilidades de retorno ao mercado de tra-balho formal de acordo com as características do trabalhador (subgrupo ocu-pacional de origem, escolaridade, idade e sexo) podem se constituir numsistema de informações a ser disponibilizado e utilizado por trabalhadorespara escolha dos caminhos pro�ssionais. Esse sistema também pode orientaros formuladores de políticas de formação pro�ssional e de intermediação demão-de-obra, podendo contribuir para um melhor funcionamento do mercadode trabalho.

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Referências Bibliográ�cas

Camargo, J. M. (1996). Flexibilidade no Mercado de Trabalho no Brasil.Fundação Getúlio Vargas.

Maddala, G. (1983). Limited Dependent Variables and Qualitative Variables

in Econometrics. Econometric Society Monographs. Cambridge UniversityPress.

Menezes-Filho, N. e Pichetti, P. (2000). Os deeterminantes da duração dodesemprego em São Paulo. Pesquisa e Planejamento Econômico, 30(1):23�47.

Anexo A

Tabela A-1: Taxas de Mobilidade por Subgrupos da Indústria

SubgrupoDescendem

(%)Voltam(%)

Ascendem(%)

21 Poder Legislativo,Executivo e Judiciario 0.00 100.00 0.0041 Comerciantes (Atacado e Varejo) 0.00 11.11 88.8961 Produtores Agropecuarios 0.00 0.00 100.0078 Fumo, Charutos e Cigarros 0.00 55.70 44.3086 Oper Estacoes Radio Tv Equipam Sonori-

zacao Projecoes Cinematog0.00 14.29 85.71

63 Trabalhadores Agricolas Especializados 0.80 73.75 25.4565 Trabalhadores Florestais 1.19 42.86 55.9589 Vidreiros e Ceramistas 1.38 42.27 56.3673 Madeira, Papel e Papelao 1.49 36.82 61.6980 Calcados e Artefatos de Couro 4.35 65.66 29.9955 Serv Admin, Conserv. e Limpeza 5.73 28.30 65.9779 Custuras, Estofadores 6.26 64.81 28.9366 Pescadores 11.11 77.78 11.1171 Minas, Pedreiras, Condadores 12.12 24.24 63.6445 Vendedores 12.50 34.84 52.6654 Serv. Transportes de Passageiros 13.51 13.51 72.9781 Marceneiros 14.27 39.45 46.2888 Joalheiros e Ourives 14.71 32.35 52.94

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64 Trabalhadores da Pecuaria 14.81 7.41 77.7849 Trabalhadores de Comercio 17.07 16.77 66.1657 Servicos de Higiene e Embelezamento 18.18 36.36 45.4532 Secretarios, Datilografos, 22.52 19.82 57.6653 Cozinheiros, Garcons, Barmen 26.18 40.36 33.4598 Condutores de Veiculos de Transportes 28.05 64.25 7.6999 Trabalhadores Bracais 29.00 29.60 41.4044 Corretores 30.00 15.00 55.0059 Servico Tur., Hig. e Embelez. 30.77 3.30 65.9395 Construcao Civil 30.83 47.96 21.2177 Alimentos e Bebidas 34.36 35.07 30.5767 Oper. Maq. de Agricultura, Pecuaria Expl

Florest35.92 47.57 16.50

13 Professores. 36.36 27.27 36.3687 Encanador e Soldador 36.61 45.90 17.5016 Escultores Pintores Fotografos 38.46 61.54 0.0094 Instrum. Musicais 39.36 10.64 50.0039 Serv. Administrativos 39.54 28.49 31.9737 Carteiros e Mensageiros 40.00 0.00 60.0006 Médicos, Dentistas, Veterinario, Enferm. 43.33 56.67 0.0092 Artes Gra�cas 44.09 43.21 12.7082 Cortadores, Polidores e Gravadores de Pe-

dras44.93 42.03 13.04

93 Pintores 44.97 34.23 20.8156 Lavadeiros, Tintureiros 45.45 32.47 22.0897 Oper. Maq. Const Civil 45.57 29.11 25.3234 Processamento Automatico de Dados 46.97 24.24 28.7938 Telefonistas, Telegra�stas 47.46 23.73 28.8191 Produtos de Papel e Papelao 47.75 13.51 38.7402 Engenheiros Arquitetos 48.00 52.00 0.0075 Fiandeiros Teceloes Tingidores 48.70 25.95 25.3658 Servicos de Protecao e Seguranca 49.23 36.15 14.6290 Produtos de Borracha e Plastico 49.85 17.81 32.3301 Quimicos Fisicos 50.00 20.00 30.0017 Musicos, Artistas, Empresarios 50.00 25.00 25.0085 Eletricistas Eletronicos 50.36 33.99 15.6608 Estatisticos, Analistas de Sistemas 51.28 43.59 5.1333 Servico de Contabilidade Caixas 52.63 22.49 24.8862 Agropecuarios Polivalente 53.23 33.87 12.9015 Escritores, Jornalistas, Locutores 53.85 33.33 12.8260 Capatazes de Exploracoes Agropecuarias

Florestais53.85 42.31 3.85

76 Trabalhadores de Curtimento 56.29 22.16 21.5650 Gerentes Hoteis, Restaurantes, Bares 57.14 28.57 14.2903 Tecnicos Desenhistas Tecnicos 57.29 32.91 9.8024 Gerentes de Empresas 58.50 33.99 7.5172 Metalurgicos e Siderurgicos 60.17 18.27 21.5683 Usinagem de Metais 61.34 31.91 6.75

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42 Supervisores de Compras e de Vendas 61.90 26.19 11.9084 Ajustador Mecânico 62.44 33.13 4.4331 Agentes de Administracao Publica 64.18 22.39 13.4343 Representantes Comerciais 66.17 27.82 6.0212 Juristas 66.67 33.33 0.0023 Diretores de Empresas 66.67 22.22 11.1130 Chefes Intermediarios Administrativo de

Contabilidade e Financas68.06 19.44 12.50

74 Processamento Quimico 73.75 13.62 12.6270 Agentes de Mestria 74.68 20.17 5.1519 Trab Prof Cient, Tec Artist 77.78 16.67 5.5696 Operadores de Maquinas Fixas 77.78 11.42 10.8009 Economistas e Tecnicos de Administracao 85.71 14.29 0.0035 Chefes de Servicos de Transportes e Comu-

nicacoes100.00 0.00 0.00

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