19
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ISABELLA BORTOLETO DESENVOLVIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE CULTURA DE FUNGOS

RELATORIO MICRO2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RELATORIO MICRO2

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

FACULDADE DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

ISABELLA BORTOLETO

DESENVOLVIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE CULTURA DE FUNGOS

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2012

Page 2: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 2

ISABELA BORTOLLETO

DESENVOLVIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE CULTURA DE FUNGOS

Trabalho apresentado para obtenção de nota no módulo de Estudo do MIP, do curso de Medicina Veterinária, turno matutino, da Universidade Metodista de São Paulo.

Orientação: Profº Ms. Leandro Ribeiro

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2012

Page 3: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 3

RESUMO

Para o procedimento foi entregue a cada aluno uma placa de petris própria para

crescimento de fungos, as quais deveriam ser levadas para casa e trazer após 7 dias. Ao retornar

as placas continham uma serie de cultura de fungos, dos quais foram analisados

macroscopicamente, depois feitos laminas para sua visualização também microscopicamente.

Com as laminas prontas avaliamos em microscópio e classificamos micélio aéreo e micélio

vegetativo também conforme seu crescimento, aspecto e cor.

Palavra chave: Fungo; Classificação; Cultura; Coloração.

Page 4: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 4

Sumário1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................5

1.1 MEIO DE CULTURA............................................................................................................................6

1.1 COLORAÇAO DE GRAM..............................................................................................................7

2 OBJETIVO..............................................................................................................................................8

3 MATERIAIS............................................................................................................................................8

4 MÉTODOS..............................................................................................................................................9

7 CONCLUSÃO....................................................................................................................................11

Page 5: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 5

1 INTRODUÇÃO

1.1 FUNGOS

Os fungos são membros de um grande grupo de organismos eucariotas quediferentemente das plantas e animais obtêm os nutrientes de uma fonte externa. A maiorparte dos fungos cresce sobre um substrato que pode ser solo, madeira, matéria orgânicaem decomposição, do qual absorve os nutrientes como heterotróficos, enquanto que outros são parasitas obrigatórios obtendo nutrientes provenientes dos tecidos animais eplantas. Os fungos são multinucleados, isto é uma célula pode conter dois ou maisnúcleos. Obtêm a sua energia através da respiração da mesma forma que as plantas eanimais superiores. A camada exterior da célula fúngica é uma parede composta porquitina, seguido por uma membrana celular, por baixo da qual está o citoplasma quecontém todos os organelos que são encontrados numa célula animal. Os fungosunicelulares multiplicam-se por fissão binário enquanto que os multicelularesmultiplicam-se pela extensão da hifa apical. O conjunto de hifas chama-se micélio. OsMicélios libertam os seus metabólitos secundários para o ambiente através da membranada celular. Os fungos apresentam uma diversidade na forma de reprodução, unsreproduzem-se exclusivamente pela forma assexual quando outros combinam a forma dereprodução assexual e sexual. No entanto outros usam hormonas na forma de reproduçãosexual.Os fungos são tanto benéficos como prejudiciais. Do ponto de vista ecológico, sãoimportantes como decompositores e recicladores de nutrientes num ecossistema.Economicamente, os fungos são fonte de alimento, como é o caso dos cogumelos. Sãotambém usados para dar diferentes sabores ao queijo. Os fungos são também importantespara a indústria no fabrico de pão, bolos, cerveja e na medicina como fonte de

Page 6: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 6

antibióticos. Nos últimos anos, os fungos tornaram-se um objecto de estudo intenso porcausa da sua aplicação biotecnológica nos processos relacionado à indústria, agricultura eecologia. Os fungos também são uma preocupação, porque promovem a perda de muitosdólares através das perdas de culturas e animais como consequência das doenças por elescausadas. No homem, a infecção fúngica faz parte de muitas doenças crónicas.

1.2 CLASSIFICAÇÃO

O termo micologia provém da palavra grega myke que significa “cogumelo” e logos quesignifica “estudo”. Consequentemente, micologia significa literalmente o estudo decogumelos. Entretanto, o termo é geralmente usado para referir-se ao estudo de um grupode organismos chamado fungos, cujo singular é fungo. Acredita-se que os fungos sejammonofiléticos e que tenham derivado de uma alga que perdeu a sua habilidadefotossintética. Entretanto, com a descoberta de técnicas moleculares para determinarrelações entre os organismos, descobriu-se que os fungos são compostos por grupo deorganismos polifiléticos e que nalguns casos não existe uma relação distante entre eles.Como consequência, os fungos não são agrupados por possuírem uma relação próxima,

Page 7: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 7

mas sim, por possuírem características comuns como se mostra abaixo. Whittaker (1969)propôs um sistema de cinco reinos que é o actual sistema da classificação dos organismosaceite. Este, põe os fungos no seu próprio reino separado. O reino Myceteae (fungos) divide-se em Myxomycota, os fungos falsos e Eumycota, os fungos verdadeiros.

1.3 ESTRUTURA

Existem duas formas estruturais de fungos. Uma forma é unicelular e a outra é compostapor estruturas tubulares. As estruturas tubulares são conhecidas como hifas e o conjuntodelas forma o micélio. O micélio é a fase vegetativa do fungo que origina as estruturasreprodutivas. Quer seja levedura ou um fungo filamentoso, os tipicamente constituídospor uma parede celular externa porosa composta por quitina, ao contrário da parede dacélula das plantas que é composta por celulose. No interior da parede celular existe umamembrana celular apresentando algumas pregas para aumentar a área para as trocas demateriais. Estas estruturas são chamadas de lomassomas. A membrana da célula envolveo citoplasma, que compõe os organelos celulares típicos de uma célula eucariota. Osorganelos são: um núcleo delimitado por uma membrana, aparelho de golgi, retículoendoplasmático e vesículas. Existem dois tipos de hifas que se podem encontrar nosdiferentes grupos de fungos. As hifas dos fungos inferiores não possuem septos e nestas onúcleo encontra-se num citoplasma contínuo. As hifas dos fungos superiores possuemsepto, que dividem o filamento tubular em compartimentos. Os septos possuem um porono centro através do qual o protoplasma flui livremente. Cada compartimento da hifa

Page 8: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 8

contém um ou dois núcleos. Nos segmentos mais antigos caracterizam-se por possuírem vacúolos.

1.4NUTRIÇÃO

Os fungos são aclorofilados, o que significa que não possuem clorofila que lhes permitasintectizar o seu próprio alimento como as plantas. Os fungos dependem de outrosorganismos para obter o carbono, logo são heterotróficos. Heterotróficos podem sersapróbios, simbióticos ou parasitas. Como saprófitos eles obtêm o carbono dos subprodutosde organismos ou de tecido de organismos em decomposição na forma deorgânico- matéria. Quando forem simbióticos os fungos vivem geralmente em associaçãocom um outro organismo numa relação benéfica mútua. Este tipo de relacionamentochama-se simbiose mutualística. Outros fungos são parasitas, estes obtêm o seu alimentodo protoplasma de um outro organismo chamado hospedeiro. Os fungos têm uma formacomum de nutrição, que envolve a liberação de enzimas ao substrato no ambiente. Osubstrato é digerido pela acção da enzima e a absorção é feita através dos poros da paredecelular e pela selectividade da membrana permeável. Vários tipos de enzimas sãoproduzidos dependendo do tipo de fungo e da complexidade do substrato. Para a digestãode dissacarídeos, por exemplo, é necessário um tipo específico de enzima, enquanto quepara a degradação do amido nos seus monómeros constituintes são necessárias duasenzimas e três diferentes enzimas são necessárias para degradar a celulose cristalina. Estetipo de degradação que acontece fora da célula é chamado de digestão extracelular. Paraalém de carbono, os fungos também precisam obter nutrientes minerais para suplementar

Page 9: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 9

o seu metabolismo, assim como os organismos superiores que necessitam de nitrogénio,potássio, fósforo, etc.

1.5 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Os fungos unicelulares multiplicam-se por fissão binário. Os fungos miceliares crescempor extensão apical. O compartimento apical tem uma parede celular muito fina na ponta,que permite a extensão do mesmo através da pressão de turgor no interior do citoplasma.Após ter alcançado o volume máximo, o compartimento apical sofre divisões nucleares e citoplasmáticas resultando em dois compartimentos.

1.6 REPRODUÇÃO

Nos fungos, tanto a reprodução sexual como a assexual resulta na formação de esporos,geralmente em estruturas específicas chamadas conidiósporos que por sua vez possuemconídios ou esporângios, que contêm esporangiósporos, ou várias formas de corposfrutíferos tais como asco, que carregam os ascosporos, ou um outro tipo de conídeos. Asformas de reprodução variam de acordo com tipo de fungo. Entretanto, a forma dereprodução assexual é a mais comum nos fungos quer seja por fragmentação celular,fissão binária ou gemulação. O outro método da reprodução nos fungos é parassexual.Consulte os ciclos de vida dos fungos dos diferentes grupos taxonómicos no Web siterecomendado nas leituras obrigatórias para ver os diferentes métodos reprodutivos existentes nos fungos.

1.1.1 AZUL DE ALGODÃO

Page 10: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 10

Azul de metila, também conhecido como azul algodão,

Page 11: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 11

Desenvolver culturas de bactérias em placa de petri para observação e classificação em

microscópio.

3 MATERIAIS

Placas de Petri;

Suabes;

Estufa á 37ᴼC;

BHI;

Page 12: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 12

Bico de bunsen/Gás;

Lâmina;

Meio de cultivo;

Microscópio;

Óleo de imersão;

Cristal de Violeta;

Luzol;

Álcool/acetona;

Fucsina.

4 MÉTODOS

4.1 MÉTODOS DE MEIOS DE CULTURA

Com alguns suabes foram coletados amostras de bactérias;

Utilizando a técnica do esfregasso foi semeado a amostra de bactérias nos Ágares Sange e

MacConkey.

Incubou-se os meios de cultivo sólidos.

Posteriormente observou-se as características das colônias que cresceram nos dois ágares.

4.2 MÉTODOS DE COLORAÇAO DE GRAN

Page 13: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 13

Cubra o esfregaço com violeta-de-metila e deixe por aproximadamente 60 segundos;

Escorra o corante e lave em um filete de água corrente;

Cubra a lâmina com lugol diluído (1/20) e deixe agir por aproximadamente 60 segundos;

Escorra o lugol e lave em um filete de água corrente;

Adicione álcool etílico (99,5º GL) sobre a lâmina; deixe agir por aproximadamente 15

segundos;

Lave em um filete de água corrente;

Cubra a lâmina com fucsina e deixe agir por aproximadamente 30 segundos;

Lave em um filete de água corrente;

Deixe secar ao ar livre;

Coloque uma gota de óleo de imersão sobre o esfregaço; e

Leia em objetiva de imersão (100 X).

5 RESULTADOS

1º Agar:

Conduto auditivo: Uma colônia de aspecto gelatinoso, transparente. Obs.:

mudou o tom da Agar sangue.

Banheiro masculino: Varias Colônias no Agar sangue de aspetos cremosos

brancos e duas colônias amarelas.

2º Agar:

Mesa de Raios-X: Uma colônia no Agar sangue de aspecto redondo branco

e cremoso, varias colônias agrupadas.

3º Agar:

Mesa de preparo cirúrgico: Negativo

4º Agar:

Ferida da cabra: Duas colônias 1º com aspecto branco transparente

cremoso alta. 2º com aspecto circular achatada amarelado.

Page 14: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 14

Bebedouro do HOVET: Varias colônias de aspecto pequeno esferas

agrupadas.

5º Agar:

Corrimão do HOVET: Negativo

Botão do elevador: Duas colônias Sendo 1º de cor branca redonda, 2º de

cor vermelha redonda.

7 CONCLUSÃO

Após a realização desta actividade pratica, concluímos que os objectos normais, de uso

corrente possuem variados tipos de bactérias que em condições propícias se podem desenvolver e

até provocar doenças.

Recorre-se assim à cultura, em meios apropriados, para se conseguir um elevado número

de microorganismos, de modo que seja possível estudar as suas características.

Somente pela visualização macroscópica não foi possível a identificação

dosmicrorganismos encontrados, sendo necessário fazer uma coloração especial para possível

identificação. Apesar dos ambientes parecerem inócuos, observou-se uma grande quantidade de

microrganismos

Page 15: RELATORIO MICRO2

P á g i n a | 15

BIBLIOGRAFIA

PELAZAR Jr. M; CHAN, E.Z.S; KREIG, N.R, Microbiologia, Conceitos e aplicações. p. 167-169, São Paulo: Pearson Makron Books, 2005.

LEVINSON, W; JAWETZ, E; Microbiologia médica e imunológica. p. 103-115, Porto alegre: Artmed, 2006.

SENBERG, H.D; ROSENTHE,K.S; SMITH, J.W; SEZUK, J.B; SWURKOSZ, E.M; Microbiologia Médica. p. 76,102,116, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.