Relatorio Parcial Estagio i Pedro Antunes de Moraes-CONFORMACAO MECANICA

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ndice1-INTRODUCAO............................................................................................................................. 2 2-OBJETIVOS ................................................................................................................................. 3 3-APRESENTAAO DA EMPRESA .................................................................................................. 4 4-PROCESSOS DE FABRICAO .................................................................................................... 5 4.1-Corte e Dobra ...................................................................................................................... 5 4.2Laminao ............................................................................................................................ 6 5-FUNCINAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DE PRODYUCAO ....................................................... 6 5.1-Maquinas de Laminao ..................................................................................................... 6 5.2-Dobradeiras ......................................................................................................................... 7 5.3-Guilhotina Seis Metros ........................................................................................................ 8 5.4-Guilhotina Trs Metros ....................................................................................................... 9 6-ATIVIDADES REALIZADAS ......................................................................................................... 9 6.1-Acompanhamento da Produo na Dobradeira de Seis Metros ........................................ 9 6.2-Analise dos Boletins de Produo da Dobradeira de Seis Metros ................................ 10

6.3-Elaborao de Uma Ordem de Servio Padronizada ....................................................... 11 6.4-Acompanhamento da Manuteno dos Prticos ............................................................ 11 6.5-Acompanhamento da Manuteno na Dobradeira de Seis Metros ................................. 13 7-CONCLUSO............................................................................................................................. 14 8-REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................................... 15 ANEXO A ORDEM DE SERVIO PADRONIZADA ...................................................................... 16

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1-INTRODUAO.

O estagio oferecido pela empresa AOMETAL, unidade Rondonpolis, uma oportunidade nica para estudantes do curso de engenharia mecnica, que podem vivenciar o dia-a-dia de uma indstria nas suas mais diversas particularidades, desde os processos envolvidos na fabricao dos produtos, manuteno dos equipamentos, gerenciamento da produo e outras atividades relacionadas com a profisso do engenheiro mecnico.

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2-OBJETIVOS.

O objetivo do estagio supervisionado oferecer ao aluno uma oportunidade de obter maiores conhecimentos prticos relacionados sua formao acadmica, por meio das experincias vividas durante o perodo de estagio. Como proposto no plano do estagio sero desenvolvidas atividades relacionadas aos processos de fabricao, manuteno dos equipamentos e gerenciamento da produo na empresa AOMETAL, unidade Rondonpolis, alm disso, sero apresentados os equipamentos e os processos de fabricao utilizados na empresa.

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3-APRESENTAAO DA EMPRESA.

A AOMETAL uma empresa do setor metal-mecnico especializada no corte e dobra de chapas de ao, fabricao de telhas galvanizadas e comercializao de diversos produtos fabricados em ao como tubos de seo circular e quadrada, chapas para calhas, ferros para construo entre outros. A empresa atende principalmente a grandes empresas do crescente setor da construo civil no estado, fornecendo produtos que so utilizados em estruturas metlicas, coberturas industriais, galpes de armazenagem de gros entre outros. A empresa tambm atende a pequenas empresas como serralherias, oficinas mecnicas e diversas outras que utilizam o ao como matria prima.

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4-PROCESSOS DE FABRICAAO.

A empresa AOMETAL trabalha basicamente com dois processos de fabricao por conformao mecnica, o corte e dobra de chapas e a laminao, ambos so processos de conformao a frio em que as operaes no material so realizadas abaixo da temperatura de recristalizao. A empresa conta com maquinas de conformao mecnica para cada um dos tipos de processos de fabricao. 4.1-Corte e Dobra

O corte um processo de fabricao em que uma ferramenta com duas cunhas de corte, matriz e puno, se movem uma contra a outra provocando a separao do material devido a ao de foras cortantes opostas (cisalhamento). Durante o corte o puno pressiona o material contra a matriz, o que inicialmente causa uma deformao elstica seguida de uma deformao plstica em ambos os lados do material. Uma caracterstica do corte que a separao do material acontece sem a formao de cavacos.

Figura 1-Cunhas de Corte.

A dobra um processo de fabricao em que uma ferramenta composta por duas ou mais peas exercem uma forca sobre uma superfcie, causando uma deformao plstica. As operaes de dobras so utilizadas para dar forma a peas ou perfis. O processo de dobramento relativamente simples e tem por objetivo dobrar uma chapa previamente cortada em uma guilhotina, uma mesma dobra pode ser executada de diversas maneiras. A conformao por dobramento semelhantes a outros processos de conformao e considera que o material apresente propriedades de deformabilidade.

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Figura 2-Ferramenta de Dobra.

4.2-Laminao.

A laminao processo de conformao mecnica em que o material submetido a elevadas tenses de compresso, resultado da passagem do material por entre uma serie de cilindros laminadores. A cada para de cilindro que passa, o material vai sendo mod elado ate sua alcanar sua forma final. Na laminao as dimenses e a geometria da matria prima sofrem modificaes ao passarem por entre os cilindros laminadores, estas deformaes so provocadas pelas presso dos cilindros sobre o material. Na AOMETAL so fabricados as telhas(ondulada e trapezoidal) e dois tipos de perfis(U e TERA), em ambas as maquinas a matria prima utilizada so chapas de ao(perfis) e de ao galvanizado(telhas).

5-FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DE PRODUAO.

Na AOMETAL so encontradas as seguintes maquinas de conformao mecnica, duas guilhotinas de corte (trs e seis metros), duas dobradeiras (trs e seis metros), uma laminadora de perfis (U e TERA), uma laminadora de telhas formato ondulado e uma laminadora de telhas formato trapezoidal. a seguir feita uma rpida descrio dos princpios de funcionamento de cada um dos equipamentos citados.

5.1-Maquinas de Laminao (Laminadoras).

As maquinas laminadoras da AOMETAL, unidade Rondonpolis, possuem todas o mesmo principio de funcionamento, o movimento dos cilindros laminadores 6

graas a transmisso de potencia de um motor eltrico para os eixos em que estes so montados. Em todas as maquinas esta transmisso feita por uma associao de correntes ligadas a um eixo principal que sai de um redutor acoplado ao motor eltrico que gera a potencia necessria.

Figura 3-Laminadora de Telhas.

5.2-Dobradeiras.

As dobradeiras de trs e seis metros so do tipo prensa excntrica com o corpo em C. Neste tipo de maquina o movimento do puno devido a um sistema mecnico de bielamanivela, que transforma movimento rotativo em movimento linear. Nas duas maquinas um sistema de embreagem pneumtico responsvel por fazer o acoplamento do eixo principal ao motor, dessa forma o operador consegue controlar a descida do puno por meio de um pedal. Ambas as maquinas so capazes de realizar todo tipo de dobras em chapas de ao de ate 6.35mm(1/4).

Figura 4-Dobradeira

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5.3-Guilhotina Seis Metros.

Esta maquina possui o mesmo funcionamento da prensa excntrica, a lamina de corte realiza um movimento de descida contra mesa, onde esta apoiado o material a ser cortado. Assim como nas dobradeiras esta maquina tambm possui um sistema de embreagem pneumtico, que faz o acoplamento do motor ao eixo principal. Nesta maquina possvel o corte de chapas de ao de ate 6,35mm(1/4).

Figura 5-Guilhotina 6m

5.4-Guilhotina Trs Metros

A guilhotina de trs metros do tipo prensa hidrulica, nesta maquina o movimento das laminas de corte devido ao acionamento de um cilindro hidrulico. Esta maquina possui uma bomba de leo de alta presso, que transmite leo pressurizado para o cilindro atuador por meio de vlvulas de comando. Este tipo de maquina capaz de desenvolver grandes foras de corte, sendo esta capaz de cortar chapas de ao de ate 50,4mm(2).

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Figura 6-Guilhotina 3m

6-ATIVDADES REALIZADAS.

Durante o perodo de estagio foram realizadas atividades relacionadas ao acompanhamento da rotina de produo na dobradeira de seis metros e tambm o acompanhamento das atividades de manuteno nos diversos equipamentos que existem na empresa.

6.1-Acompanhamento da Produo na Dobradeira de Seis Metros.

Nesta atividade foi feito um acompanhamento na rotina de produo da maquina de dobra de 6 metros, de maneira que todos os eventos e aes que influenciavam no tempo de produo neste equipamento eram relatados. Esta atividade era realizada da seguinte maneira, as atividades dos operadores da dobra de seis metros eram acompanhadas assim como tambm eram contabilizados os tempos de maquina em produo e de maquina parada. As atividades realizadas pelos operadores desta mquina so basicamente as seguintes: 1. O operador busca o material para ser dobrado, necessrio o uso dos prticos. 2. O operador realiza as dobras necessrias de acordo com o tipo de produto 3. O operador retira o pacote dos produtos acabados e o coloca na rea de expedio, necessrio o uso dos prticos. Ao final desta atividade foi possvel ver que a quantidade de material processado por esta maquina no era constante durante os dias, durante o perodo de acompanhamento ficou claro que alguns principais motivos causavam uma diminuio9

no volume produzido em funo do tempo, devido basicamente ao aumento no tempo de maquina parada, que os mesmos ocasionavam. A seguir so apresentados estes motivos. Disponibilidade dos prticos: a utilizao dos prticos em outros setores da fabrica causava frequentes paradas na produo da dobra de 6 metros, uma vez que os mesmos so necessrios para abastecer a maquina e retirar os produtos acabados. Procura por matria prima: em muitos casos o material necessria para a confeco de determinado pedido no esta diretamente acessvel, devido a falta de espao para acomodao de material os mesmos costumam ser colocados em pilhas o que dificulta sua localizao. Setup da maquina: a mudana do setup da maquina no chega a ser muito demorada, o que aumentava o tempo de maquina parada era a disponibilidade dos prticos e tempo necessrio para ajuste. Complexidade do produto: as chamadas dobras personalizadas so peas trabalhosas e necessitam um tempo maior para sua produo, este tempo se torna ainda maior quando estas peas so muito pesadas e o operador necessita do prtico para manipula-las.

6.2-Analise dos Boletins de Produo da Dobradeira de Seis metros.

Nesta atividade foi feito uma analise dos boletins de produo da dobra de 6 metros, em um perodo de seis meses, de novembro de 2010 a abril de 2011. As informaes nestes boletins so limitadas, e se resumem a quantidade de material processado em expediente normal e em horas extras. Ao fim desta atividade foi possvel perceber que a produo na dobra no constante ao longo dos meses. Com a analise dos boletins de produo foi possvel identificar os picos de produo, durante o perodo analisado a mxima quantidade de material processado esteve entre dez e treze toneladas, sendo que na maioria dos dias ao longo deste perodo a produo esteve bem abaixo desses limites. Como se pode ver no grfico abaixo ao longo do perodo analisado a mdia de produo em cada ms esteve entre seis e sete toneladas.

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MDIAS DE PRODUAO8000,00 7000,00 6000,00 5000,00 4000,00 3000,00 2000,00 1000,00 0,00

PRODUAO MENSAL MEDIA SEMESTRAL

Figura 7-Grfico das medias de produo

Devido falta de mais informaes nos boletins, no foi possvel identificar nenhum fator principal responsvel por tamanha diferena entre as quantidades produzidas assim como tambm no foi possvel encontrar uma razo para na maioria dos dias a produo estar fora da capacidade mxima de produo (10-13 toneladas).

6.3-Elaborao de uma Ordem de Servio Padronizada.

A falta de um padro nas ordens de servio foi apontada como um problema pelos operadores das maquinas e tambm pelo responsvel por separar matria prima para confeco dos pedidos. Em muitas ocasies as ordens de servio criadas pelos vendedores no ofereciam as informaes necessrias para confeco do produto e tambm no especificavam qual o tipo do produto. Para facilitar a criao de ordens de servio para os vendedores bem como para tornar mais eficiente leitura das mesmas pelos operadores foi desenvolvido um modelo de ordem de produo padronizado. Para elaborar esta ordem foi feita uma analise em cima dos tipos de produtos que eram confeccionados nas maquinas de dobra e chegou-se a concluso que basicamente existem seis tipos. A figura abaixo mostra os tipos de produtos bem como suas principais dimenses. Em anexo se encontra o modelo final para o padro de ordens de produo.

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Figura 8-Tipos de Produtos

6.4Acompanhamento da Manuteno dos Prticos.

Durante o perodo de estagio foram acompanhadas e relatadas as falhas que ocorreram nos prticos. Na primeira ocasio foi acompanhada a manuteno do prtico 4, neste caso o que ocasionou a falha foi o desgaste de uma das buchas de bronze(tipo de mancal) da roda do carro do prtico, o que fazia com que as rodas patinassem sobre os trilhos e em algumas vezes ate provocavam o descarrilamento do mesmo. Ao desmontar a roda verificou-se tambm o desgaste do eixo da roda, os reparos necessrios foram substituio da bucha desgastada e tambm o reparo no eixo da roda, ambos servios que foram mandados para uma tornearia local, que costuma prestar servios para a empresa. O prtico ficou parado por uma tarde inteira mais uma parte da manha do outro dia.

Figura 9-Bucha com desgaste.

Figura 10-Desmontando a roda.

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Figura 11-Desgaste no eixo da roda

Em uma segunda oportunidade foi acompanhada a manuteno no prtico 2, a principio acreditava-se tratar de uma falha eltrica, pois um dos motores do carro do prtico no estavam funcionando, foi chamado um eletricista que ao fazer uma inspeo no motor constatou que a falha era devido ao rompimento da chaveta no eixo que liga o motor ao redutor, o reparo necessrio foi a substituio da chaveta.

Figura 12- Motor com a chaveta rompida

6.5-Acompanhamento da Manutenao na Dobradeira de Seis Metros

Durante o perodo de estagio tambm foram acompanhadas e relatadas as falhas na maquina de dobra de 6 metros. Nesta ocasio aconteceu a ruptura do eixo principal da dobra de 6 metros, este responsvel por acionar o puno dobrador. Devido falta de mo de obra suficiente a retirada o eixo no foi feita de imediato, e s foi possvel com a chegada dos mecnicos da matriz para realizar o servio. Foi efetuado um reparo de carter provisrio, a parte quebrada foi soldada ao resto do eixo como uma espcie de remendo. Ao fazer uma

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analise do tipo de trinca no eixo foi possvel constatar que a falha foi causada por um esforo de toro.

Figura 13- Eixo principal

Figura 14-Local da ruptura

Figura 11-Ruptura no Eixo

Devido a complexidade do reparo a dobra de 6 metros teve que ficar parada por mais de 2 semanas, o que causou um grande acumulo de pedidos a serem produzidos.

7-CONCLUSO.

Como pode se observar durante o perodo de estagio o mtodo de manuteno praticada na empresa AOMETAL do tipo corretiva, e tem como nico objetivo consertar as falhas dos equipamentos quando estas acontecem. Com este tipo de manuteno fica difcil garantir longos perodos de funcionamento para os equipamentos, o que compromete o planejamento da produo, uma vez no que h garantias de o equipamento estar funcionando em determinado perodo.

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Para que as metas estipuladas pelo planejamento da produo no sejam comprometidas por falhas inesperadas nos equipamento faz-se necessrio um mtodo de manuteno mais ativo, que no conserte apenas as falhas, mas que trabalhe de forma a evita-las. Isso pode ser alcanado com a manuteno preventiva, com esse mtodo as atividades da manuteno iro se concentrar em monitorar sistematicamente as principais causas de falhas nos equipamentos, substituio de peas com vida limitada antes que essa chegue ao fim e o treinamento dos operadores dos equipamentos afim de que estes possam identificar e relatar sinais de mau funcionamento do equipamento. A principio a manuteno preventiva pode parecer mais cara do de a corretiva, mas em compensao ira diminuir a ocorrncia de falhas e tambm ira possibilitar um maior domnio sobre as paradas de equipamento quando estas forem necessrias. Qualquer que seja o mtodo de manuteno utilizado este no ira eliminar a ocorrncia de falhas e nem a as paradas indesejadas, dessa forma preciso que o setor da produo e da manuteno trabalhe em conjunto afim de que ambos possam cumprir suas metas sem que um cause prejuzos de tempo ao outro.

8-REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. [1]- G.Xenos, Harilaus. Gerenciando a Manuteno Produtiva. Nova Lima: INDG Tecnologia e Servios Ltda. [2]-Thomazi, Eduardo. Apostila Matrizes de Corte. ETFAR/UCS

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