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FACULDADES INTEGRADAS DE ARACRUZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ANA KATARINA BRAGATO ROCHA BRENO SAVAZINI LEONE CHRISTIAN ZANETTI DA SILVA ISABELA DOS SANTOS DEAMBROZI KAIQUE MOTA SPEROTO WANDERSON FERREIRA BRAZ PRÁTICA 5 PERFIL DE TEMPERATURAS EM SÓLIDOS ARACRUZ 2015

Relatório perfil de temperatura em solidos

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perfil de temperatura em solidos

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  • FACULDADES INTEGRADAS DE ARACRUZ

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA

    ANA KATARINA BRAGATO ROCHA

    BRENO SAVAZINI LEONE

    CHRISTIAN ZANETTI DA SILVA

    ISABELA DOS SANTOS DEAMBROZI

    KAIQUE MOTA SPEROTO

    WANDERSON FERREIRA BRAZ

    PRTICA 5

    PERFIL DE TEMPERATURAS EM SLIDOS

    ARACRUZ

    2015

  • ANA KATARINA BRAGATO ROCHA

    BRENO SAVAZINI LEONE

    CHRISTIAN ZANETTI DA SILVA

    ISABELA DOS SANTOS DEAMBROZI

    KAIQUE MOTA SPEROTO

    WANDERSON FERREIRA BRAZ

    PRTICA 5

    PERFIL DE TEMPERATURAS EM SLIDOS

    ARACRUZ

    2015

    Relatrio cientfico apresentado ao

    departamento de Engenharia Qumica, como

    pr-requisito de avaliao da disciplina de

    Laboratrio de Engenharia Qumica I, do 7

    perodo do curso de Engenharia Qumica das

    Faculdades Integradas de Aracruz.

    Professor: Uara Sarmenghi Cabral M. Sc.

  • SUMRIO

    1. OBJETIVO ..................................................................................................... 4

    2. INTRODUO ............................................................................................... 5

    2.1. TRANSFERNCIA DE CALOR ............................................................... 5

    2.1.1. Transferncia de calor em superfcies estendidas ...................... 5

    2.2. FORMULAO MATEMTICA ............................................................... 6

    3. MATERIAIS E MTODOS ............................................................................. 8

    3.1. MATERIAIS ............................................................................................. 8

    3.2. MTODOS ............................................................................................... 8

    4. RESULTADOS E DISCUSSES ................................................................... 9

    4.1. APRESENTAO DOS DADOS EXPERIMENTAIS ............................... 9

    4.1.1. Avaliao do modelo matemtico .................................................. 9

    5. CONCLUSO .............................................................................................. 16

    6. REFERNCIAS ............................................................................................ 17

  • 4

    1. OBJETIVO

    Determinar experimentalmente os perfis de temperatura em regime

    permanente de trs barras metlicas de materiais e dimenses diferentes e, por

    fim, determinar a condutividade trmica destes materiais.

  • 5

    2. INTRODUO

    A importncia de se conhecer o processo de transferncia de calor

    encontra-se em fatores como custo, viabilidade, e tamanho necessrio de

    equipamentos. Desse modo, as dimenses de caldeiras, aquecedores,

    refrigeradores e trocadores de calor no dependem apenas da quantidade de

    calor transmitidas, mas tambm da taxa de transferncia de calor sob as

    condies dadas.

    Do ponto de vista da engenharia, a determinao da quantidade de calor

    transmitida por unidade de tempo, para uma diferena de temperatura

    especificada, o problema-chave em uma indstria.

    Esta prtica teve como objetivo obter experimentalmente, os perfis de

    temperatura em regime permanente de trs barras metlicas cilndricas de

    materiais e dimetros diferentes e, aos dados experimentais, ajustar as

    equaes comumente encontradas na literatura, possibilitando a determinao

    dos coeficientes mdios de transferncia de calor, bem como o calor trocado

    entre as barras e o ambiente.

    2.1. TRANSFERNCIA DE CALOR

    Transferncia de calor (ou calor) a energia em trnsito devido a uma

    diferena de temperatura. A transmisso de calor a cincia que trata das taxas

    de troca de calor entre um corpo quente denominado fonte e um corpo frio

    denominado receptor.

    H diversos tipos de processos de transferncia de calor, conduo

    quando h um gradiente de temperatura em um meio estacionrio, slido ou

    fluido, conveco quando a transferncia de calor ocorre entre uma superfcie e

    um fluido em movimento em temperaturas diferentes e radiao trmica quando

    h transferncia de calor por radiao entre duas superfcies a diferentes

    temperaturas.

    2.1.1. Transferncia de calor em superfcies estendidas

    O termo superfcies estendidas se refere a um slido onde h

    transferncia de energia por conduo no interior de suas fronteiras e por

    conveco (e/ou radiao) entre suas fronteiras e a vizinhana. A figura 1 ilustra

    o sistema.

  • 6

    2.2. FORMULAO MATEMTICA

    Considerando o fluxo de calor unidimensional (temperatura da barra

    uniforme ao longo de cada uma de suas sees) e desprezando a variao das

    propriedades fsicas dos materiais com a temperatura, a equao do balano

    diferencial de energia em regime permanente fica:

    2( ) = 0 (01)

    Utilizando-se a varivel (temperatura adimensional), definida por:

    = 0

    (02)

    A equao (01) fica:

    2 = 0 (03)

    Sendo que:

    = .

    . (04)

    = 1,32. (

    )

    14

    (05)

    = (06)

    =

    4 (07)

    Onde:

    = Permetro da seo da barra cilndrica;

    = rea da seo transversal da barra cilndrica;

    = Coeficiente mdio de transferncia de calor;

    = raio da seo circular;

    = dimetro da seo circular;

    = Variao de temperatura.

    A soluo da E.D.O. ilustrada na Eq. (03) depende das condies de

    contorno utilizadas, no total so duas condies, devido ordem da E.D.O.

    A primeira condio de contorno, invarivel, :

    C.C.1: T=T0 para x=0

    A segunda condio de contorno pode assumir trs formas:

  • 7

    C.C.2.a: T=T para x (barra semi-infinita);

    C.C.2.b: (barra com extremidade isolada);

    C.C.2.c: (barra com extremidade no isolada).

    So possveis, portanto, trs formulaes diferentes atravs das

    combinaes destas equaes:

    Formulao A: Eq. (03), C.C.1 e C.C.2.a;

    Formulao B: Eq. (03), C.C.1 e C.C.2.b;

    Formulao C: Eq. (03), C.C.1 e C.C.2.c.

    Como a formulao C acrescenta muitas complicaes matemticas, as

    quais no compensam a eventual melhora na predio do perfil de temperaturas,

    o estudo ser limitado s formulaes A e B.

    Para a formulao A:

    = () (08)

    Para a formulao B:

    =cosh[. ( )]

    cosh(. ) (09)

    O calor dissipado por conveco, tambm em regime permanente, pode

    ser calculado de duas maneiras:

    = . . [() ]

    0

    (10)

    = |=0 = . .

    |

    =0 (11)

  • 8

    3. MATERIAIS E MTODOS

    3.1. MATERIAIS

    Banho termosttico;

    Barra de ao;

    Barra de alumnio;

    Barra de cobre;

    Isolante trmico;

    Paqumetro;

    Suporte universal;

    Termmetro digital.

    3.2. MTODOS

    Primeiramente foram medidas, com o auxlio do paqumetro, as

    dimenses de cada barra, bem como as posies dos 4 pontos de medida de

    temperatura, tomando como referncia a extremidade que estava em contato

    com a gua. Mediu-se tambm a temperatura ambiente.

    Aps o banho termosttico alcanar a temperatura aproximada de 90oC,

    a barra metlica foi posicionada de forma que uma de suas extremidades ficasse

    submersa na gua aquecida do banho. Aps 10 minutos no banho tempo

    esperado a fim de atingir estabilizao da temperatura - foram aferidas as

    temperaturas na gua que banhava a aleta, registrada como T0, nos pontos

    marcados no comprimento da aleta e no ar ao redor da outra extremidade da

    aleta. Em seguida, iniciou-se a medida da temperatura nos quatro pontos de

    referncia de cada barra.

  • 9

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

    4.1. APRESENTAO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

    Com os dados experimentais coletados, montaram-se tabelas com a

    temperatura medida em pontos distribudos ao longo das aletas, indicando

    tambm a posio relativa origem da barra na qual a temperatura foi medida.

    A temperatura do ar durante as primeiras medies era de 23C.

    4.1.1. Avaliao do modelo matemtico

    Para a obteno dos coeficientes mdios de transferncia de calor , os

    dados experimentais devem ser ajustados aos resultados tericos dos perfis de

    temperatura, expresso pela equao 08. Foi possvel fazer uma linearizao

    aplicando o logaritmo natural nos dois lados da Equao 08 e em seguida,

    multiplicando por menos 1, obtendo-se assim a equao 12.

    ln() = . (12)

    Desta maneira, com os dados experimentais de ln() em funo de x

    possvel realizar uma regresso linear e obter . Posteriormente, possvel

    determinar a condutividade trmica - - utilizando a equao 04:

    =.

    . (13)

    Substituindo os termos A e P pelas equaes 06 e 07 teremos a equao

    de k para cilindros:

    =.

    . =

    4. . .

    . . =

    4.

    . (14)

    No clculo de para as aletas no formato de prisma retangular cobre e

    alumnio - foram calculados dimetros tericos a partir da rea de suas

    respectivas sees transversais utilizando as equaes a seguir:

    = 1 . 2 (15)

    = 4.

    (16)

    = 1,32. (

    )

    14

    (17)

    Onde:

    1 e 2 = dimenses das laterais da seo das barras retangulares.

  • 10

    O valor de condutividade trmica - nos prismas retangulares sero

    determinados por:

    =.

    . =

    2. ( 1 + 2) .

    ( 1 . 2). (18)

    Ao Carbono (Dimetro: 0,00955 m)

    Tabela 1: Valores de temperatura para diferentes distncias

    Pontos Distncia (m) Temperatura na aleta (C)

    gua 0 81

    1 0,02 70

    2 0,14 42

    3 0,27 32

    4 0,39 26

    Figura 1: Grfico da relao temperatura x distncia

    Tabela 2: Valores da condio de contorno tipo 1 em diferentes distncias

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

    Tem

    per

    atu

    ra (

    C)

    X (m)

    Temperatura x X

    Pontos Distncia (m) -ln()

    gua 0 1 0

    1 0,02 0,810345 0,210295

    2 0,14 0,327586 1,116004

    3 0,27 0,155172 1,863218

    4 0,39 0,051724 2,961831

  • 11

    Figura 2: Grfico da relao -ln x distncia

    Pela equao 5, temos:

    = 1,32. (

    )

    14

    = 1,32. (26 23

    0,00955)

    14

    = 5,56

    Ento, pela equao 14, temos:

    =4.

    .

    =4. 5,56

    0,00955. (7,3273)

    = 43,35

    = 60,5

    Alumnio (Dimenses: 0,00845 m x 0,0066 m)

    Tabela 3: Valores de temperatura para diferentes distncias

    Pontos Distncia (m) Temperatura na aleta (C)

    gua 0 84

    1 0,01 52

    2 0,13 50

    3 0,26 39

    4 0,383 35

    y = 7,3273x + 0,0286R = 0,9946

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

    -ln

    ()

    X (m)

    -ln() x X

  • 12

    Figura 3: Grfico da relao temperatura x distncia

    Tabela 4: Valores da condio de contorno tipo 1 em diferentes distncias

    Pontos Distncia (m) -ln() gua 0 1 0

    1 0,01 0,475410 0,743578

    2 0,13 0,442623 0,815037

    3 0,26 0,262295 1,338285

    4 0,383 0,196721 1,625967

    Figura 4: Grfico da relao -ln x distncia

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

    Tem

    per

    atu

    ra (

    C)

    X (m)

    Temperatura x X

    y = 3,4582x + 0,363R = 0,8327

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    1,6

    1,8

    0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

    -ln

    ()

    X (m)

    -ln() x X

  • 13

    Pela equao 15, temos:

    = 1 . 2 (15)

    = 0,00845 . 0,0066

    = 0,00005577

    Logo:

    = 4.

    (16)

    = 4.0,00005577

    = 0,00843

    Ento:

    = 1,32. (

    )

    14

    (17)

    = 1,32. (35 23

    0,00843)

    14

    = 8,11

    =.

    . =

    2. ( 1 + 2) .

    ( 1 . 2). (18)

    =2. (0,00845 + 0,0066). 8,11

    (0,00845 . 0,0066). (3,4582)

    = 365,93

    = 237

    Cobre (Dimenses: 0,010 m x 0,0062 m)

    Tabela 5: Valores de temperatura para diferentes distncias

    Pontos Distncia (m) Temperatura na aleta (C)

    gua 0 83,6

    1 0,015 75

    2 0,135 45

    3 0,265 42

    4 0,385 39

  • 14

    Figura 5: Grfico da relao temperatura x distncia

    Tabela 6: Valores da condio de contorno tipo 1 em diferentes distncias

    Pontos Distncia (m) -ln() gua 0 1 0

    1 0,01 0,858085809 0,153051174

    2 0,13 0,363036304 1,01325244

    3 0,26 0,313531353 1,159855914

    4 0,383 0,264026403 1,331706171

    Figura 6: Grfico da relao -ln x distncia

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

    Tem

    per

    atu

    ra (

    C)

    X (m)

    Temperatura x X

    y = 3,4334x + 0,1822R = 0,8599

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    1,6

    0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

    -ln

    ()

    X (m)

    -ln() x X

  • 15

    Pela equao 15, temos:

    = 1 . 2 (15)

    = 0,01 . 0,0062

    = 0,000062

    Logo:

    = 4.

    (16)

    = 4.0,000062

    = 0,00888

    Ento:

    = 1,32. (

    )

    14

    (17)

    = 1,32. (39 23

    0,00888)

    14

    = 8,60

    =.

    . =

    2. ( 1 + 2) .

    ( 1 . 2). (18)

    =2. (0,01 + 0,0062). 8,60

    (0,01. 0,0062). (3,4334)

    = 381,17

    = 401

    A barra de ao, por possuir maior dimetro, necessita de maior

    quantidade de calor e de tempo para que sua temperatura aumente. Isto se deve

    ao fato de, por ter um dimetro maior, a massa tambm maior, dificultando a

    passagem de calor por conduo. Ento, apresenta o menor valor de

    condutividade trmica.

    No que diz respeito a maior condutividade trmica, a barra de cobre

    apresentou o maior ndice, pois o material considerado o melhor condutor de

    calor dentre os trs de acordo com a literatura.

  • 16

    5. CONCLUSO

    A conduo de calor pode ser influenciada por vrios aspectos, os

    principais deles so: comprimento e dimetro da barra, material e temperatura.

    Por estarem com a extremidade exposta ao ambiente, pode ter ocorrido, alm

    da conduo, a troca de calor por conveco, dificultando, assim, que as barras

    estabilizassem com a temperatura inicial do banho.

    Alguns erros de medies nas temperaturas podem ter alterado os dados.

    Esses erros ocorreram porque houve uma aproximao do regime transiente

    para o regime permanente, j que necessrio esperar a estabilizao do

    equipamento.

  • 17

    6. REFERNCIAS

    INCROPERA, F.P.; DEWITT, D.P. Fundamentos de Transferncia de

    Calor e de Massa. 4a Ed., Editora LTC- Livros Tcnicos e Cientficos, Rio

    de Janeiro- RJ, 1998.

    KERN, D.Q., Processos de Transmisso de Calor. Rio de Janeiro:

    Guanabara Dois, 1982.

    KREITH, F.; BOHN, M.S. Princpios de Transferncias de calor. 3 edio,

    Editora Edgard Blcher, 2003.