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[Empresa] N.º de tel. [N.º de tel.] Fax [Fax] Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, um Mar de Oportunidades (Avaliação final)

Relatório Portugal Náutico

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[Empresa] N.º de tel. [N.º de tel.]

Fax [Fax]

[Morada] [Localidade, Código Postal]

[Web site]

[Correio Eletrónico]

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, um Mar de Oportunidades

(Avaliação final)

Page 2: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

i

FICHA TÉCNICA

PORTUGAL NÁUTICO: UM MAR DE NEGÓCIOS, UMA MARÉ DE OPORTUNIDADES

Projeto Portugal Náutico

PROMOTOR

AEP – Associação Empresarial de Portugal

PARCEIRO

Oceano XXI – Associação para o Conhecimento e Economia do Mar

COORDENAÇÃO

Maria da Saúde Inácio

Rui Azevedo

COORDENAÇÃO TÉCNICA

Sérgio Ribeiro

EQUIPA TÉCNICA

Elisabete Mota

Rui Azevedo

Sara Neves

Sérgio Ribeiro

DATA

Junho 2015

WEBSITE

http://portugalnautico.aeportugal.pt/

PROJETO COFINANCIADO PELO ESTADO PORTUGUÊS E PELA UNIÃO EUROPEIA

Page 3: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

ii

Índice

1. Introdução .......................................................................................................................... 1

Enquadramento do Estudo no Projeto Portugal Náutico .......................................... 1

2. Análise Externa ................................................................................................................... 3

2.1. Alemanha ........................................................................................................................ 4

2.1.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ......................... 5

2.1.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica ...................................... 8

2.1.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 10

Impacto na Economia ................................................................................................ 11

Planos Nacionais e Estratégias Coletivas ................................................................ 12

A Procura ....................................................................................................................... 15

2.2. Países Escandinavos .................................................................................................... 22

2.2.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 23

2.2.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 26

2.2.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 28

Impacto na Economia ................................................................................................ 30

A Procura ....................................................................................................................... 35

2.3. Reino Unido ................................................................................................................... 40

2.3.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 41

2.3.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 43

2.3.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 45

Impacto na Economia ................................................................................................ 46

A Procura ....................................................................................................................... 47

2.4. Espanha .......................................................................................................................... 50

2.4.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 51

2.4.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 53

2.4.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 59

Page 4: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

iii

O Turismo em Espanha ................................................................................................ 59

Os produtos turísticos na área da náutica ............................................................. 60

Impacto na Economia ................................................................................................ 66

A Procura ....................................................................................................................... 68

2.5. França............................................................................................................................. 73

2.5.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 74

2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 75

2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 82

Impacto na Economia ................................................................................................ 82

Enquadramento Regulamentar da Náutica de Recreio .................................... 84

Planos Nacionais e Estratégias Coletivas ................................................................ 87

A procura ....................................................................................................................... 90

2.6. Croácia (Como mercado de Alternativo) ............................................................. 91

2.6.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 92

2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 94

2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 99

Impacto na Economia .............................................................................................. 102

Planos Nacionais e Estratégias Colectivas ........................................................... 106

Quem Concorre com a Croacia ............................................................................ 107

2.7. Análise à Promoção/comunicação dos Produtos de Nautica de Recreio nos

mercados Alvo ................................................................................................................... 115

2.7.1. Introdução ............................................................................................................ 115

2.7.2. Considerações Metodológicas ........................................................................ 116

2.7.3. Análise dos Resultados ....................................................................................... 117

Atividades de Deslize ................................................................................................ 117

Marítimo-Turísticas ...................................................................................................... 120

Águas Interiores .......................................................................................................... 122

Embarcações de Recreio ........................................................................................ 124

3. Análise Interna ............................................................................................................... 126

Page 5: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

iv

3.1. Condições naturais para a prática de atividades náuticas ......................... 126

3.2. Infraestruturas e equipamentos de apoio à náutica ...................................... 129

Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio ................................................. 129

Centros de Alto Rendimento ................................................................................... 131

Centros Náuticos / Centros de Mar ....................................................................... 134

Surf Camps .................................................................................................................. 139

3.3. A Prática de atividades náuticas em Portugal ................................................ 141

Embarcações de Recreio Registadas ................................................................... 141

Embarcações de Recreio registadas para prática de Atividades

Marítimo-Turísticas ...................................................................................................... 144

Cartas para Navegação de Embarcações de Recreio ................................... 146

Licenças para a prática de Pesca Lúdica ........................................................... 149

Evolução do número de Praticantes Federados em modalidades náuticas151

3.4. As empresas da fileira da náutica ...................................................................... 156

Construção, Manutenção e Reparação de Embarcações ............................. 156

Exploração dos Portos de Recreio – Marinas ....................................................... 161

Empresas de Animação Turística e Operadores Marítimo-Turísticos ............... 162

3.5. Os produtos turísticos na área da náutica ........................................................ 172

Caracterização da Oferta ....................................................................................... 172

Caracterização da Procura .................................................................................... 214

3.6. Síntese conclusiva .................................................................................................. 215

4. Estratégia e Plano de Acção ...................................................................................... 219

4.1 - Principais conclusões da fase de diagnóstico ................................................ 219

4.2 - Cliente Tipo ............................................................................................................. 223

4.3 - Mercados ................................................................................................................ 224

Alemanha .................................................................................................................... 224

Escandinávia ............................................................................................................... 224

Reino Unido ................................................................................................................. 225

Espanha ....................................................................................................................... 225

Page 6: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

v

França .......................................................................................................................... 226

4.4 - Segmentação ........................................................................................................ 227

4.5 - Oferta existente ..................................................................................................... 229

Turismo de Aventura Náutico .................................................................................. 229

Águas interiores .......................................................................................................... 229

Aguas Oceânicas ...................................................................................................... 231

Surf ................................................................................................................................. 231

Vela ............................................................................................................................... 231

Mergulho ...................................................................................................................... 232

Embarcações de recreio ......................................................................................... 233

Estágios Desportivos náuticos .................................................................................. 234

Centros de Alto Rendimento ................................................................................... 234

Centros Náuticos / Centros de Mar ....................................................................... 234

Surf Camps .................................................................................................................. 234

4.6 - Estratégia Produto ................................................................................................. 235

Elementos Facilitadores ............................................................................................ 235

Proposta de Valor ...................................................................................................... 236

Modelo Organizacional ............................................................................................ 237

Estratégia de Marketing ........................................................................................... 238

Elementos Estruturantes da estratégia .................................................................. 244

Construção Reputacional da Marca (destino) ................................................... 245

Qualificação da Oferta ............................................................................................ 248

Promoção Internacional da Marca ....................................................................... 253

5 - Conclusões Finais ......................................................................................................... 256

Bibliografia .......................................................................................................................... 257

Anexos ................................................................................................................................. 268

Promotores .......................................................................................................................... 294

Page 7: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

vi

Índice de Figuras

Figura 1 - A Alemanha no Mapa da Europa ........................................................................ 4

Figura 2 - As Fronteiras da Alemanha Fonte – Elaboração Própria .................................. 5

Figura 3 – Mapa do Mar Frísio (à esquerda) e Ilha de Sylt, a maior das Ilhas Frísias

(à direita) Fonte – Website Germany Travel .......................................................................... 6

Figura 4 - O Lago Bodensee Fonte - Deutschland.de ......................................................... 7

Figura 5 - Temperatura Média (esquerda) e precipitação (direita) durante o

verão (junho-agosto) Fonte - Deutsche Wetterdienst (2010) ............................................ 8

Figura 6 – Evolução do Volume de Negócios para o Total de produtos e serviços

do mercado marítimo (sem os mega iates) em milhões de euros ................................ 11

Figura 7 – População alemã praticante de alguma das atividades nautas

listadas, num contexto diário (coluna azul) ou num contexto de férias e de lazer

(coluna creme). ........................................................................................................................ 17

Figura 8 – Potencial de Procura de Atividades Náuticas ................................................. 18

Figura 9 - Estrutura etária, por tipo de atividade náutica, da população alemã ...... 19

Figura 10 – Número de barcos por comprimento, à vela e a motor, na Alemanha . 20

Figura 11 - Distribuição dos barcos, à vela e a motor, por região geográfica ........... 21

Figura 12- A Península Escandinava no Mapa da Europa Fonte – Elaboração

Própria ......................................................................................................................................... 22

Figura 13 – O Reino Unido no Mapa da Europa................................................................. 40

Figura 14 – Mapa do Reino Unido (esquerda) & Vista Área do Rio Tamisa em

Londres (direita) Fonte – Elaboração Própria (esquerda) & The Guardian / Getty

Images (direita) ......................................................................................................................... 41

Figura 15 - Temperaturas Mínimas e Máximas no Reino Unido (2013) Fonte – World

Weather Online ......................................................................................................................... 42

Figura 16 - Chuva no Reino Unido (Média de Dias e Precipitação em mm) Fonte –

World Weather Online ............................................................................................................. 43

Figura 17 – Mapa do Caminhos Ferroviários (esquerda) e Aeroportos (direita)

Fonte – National Rail & Tourist Net UK ................................................................................... 44

Figura 18 - Top 10 destinos dos Britânicos (2012 e 2013. em milhares de pessoas)

Fonte – Travel Trends (2014) .................................................................................................... 48

Page 8: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

vii

Figura 19 - Gastos dos Turistas Britânicos no Exterior (2013) Fonte – Turismo de

Portugal & UK Tourism Survey ................................................................................................. 48

Figura 20 - Meio de Transporte Utilizado para as Viagens em Férias ao Exterior

(2013) Fonte – Travel Trends 2013 .......................................................................................... 49

Figura 21 - Propriedade de Barco ......................................................................................... 49

Figura 22 - Espanha no Mapa da Europa ............................................................................ 50

Figura 23 - Evolução dos Portos Desportivos e Recreativos em Espanha (2009)

Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos ........................................................ 54

Figura 24 - Evolução dos Postos de Amarração em Espanha (2009) Fonte -

Federación Española de Puertos Deportivos ...................................................................... 54

Figura 25 - Tamanho dos Portos de Recreio Espanhóis Fonte - Federación

Española de Puertos Deportivos ............................................................................................ 55

Figura 26 - Aeroportos Internacionais em Espanha Fonte - Turismo de Espanha, em

Spain.info .................................................................................................................................... 56

Figura 27 - Rede Ferroviária de Alta Velocidade em Espanha ....................................... 58

Figura 28 - Matrículas de Embarcações de Recreio em Espanha (2007 a 2012)

Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas .......................................... 60

Figura 29 - O Mercado da Náutica de Recreio em Espanha, por tipo de

Embarcação (%) Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas .......... 61

Figura 30 - Aluguer de Embarcações (% do total nacional) Fonte - ANEN -

Asociación Nacional de Empresas Náuticas ...................................................................... 63

Figura 31 - As Atividades Nautas em Espanha (evolução das licenças

concedidas, 2003 a 2011) Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas

Náuticas ...................................................................................................................................... 64

Figura 32 - As Atividades Nautas em Espanha (% do total nacional, 2011) Fonte -

ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas ........................................................ 65

Figura 33 - O Efeito da Náutica de Recreio nos Diversos Setores (2009) ....................... 67

Figura 34 – Os Nautas em Espanha Fonte – Departamento de Comercialización e

Investigación de Mercados de la Universidad de Granada ........................................... 69

Figura 35 - Idade dos Turistas Náuticos em Espanha Fonte - Departamento de

Comercialización e Investigación de Mercados de la Universidad de Granada ...... 69

Figura 36 - As Idades e a Escolha do Comprimento do Barco Fonte -

Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada ........................................................................................................ 70

Page 9: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

viii

Figura 37 – O Tipo de Propriedade das Embarcações de Recreio Fonte –

Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada ........................................................................................................ 71

Figura 38 – O Alojamento dos Nautas em Espanha Fonte – Departamento de

Comercialización e Investigación de Mercados de la Universidad de Granada ...... 71

Figura 39 – As Estações do Ano Escolhidas entre os Nautas* Fonte –

Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada (*Possibilidade de resposta múltipla) ..................................... 72

Figura 40 - A França no Mapa da Europa ........................................................................... 73

Figura 41 – Mapa das principais marinas das várias zonas costeiras: mediterrânea,

atlântica e mediterrânea ....................................................................................................... 76

Figura 42 - Respostas ao inquérito por região e departamento (portos marítimos) ... 77

Figura 43 – Repartição por capacidade de acolhimento .............................................. 77

Figura 44 – Repartição das instalações por volume de negócios (euros) .................... 78

Figura 45 – Repartição das instalações por tipo de gestão ............................................ 78

Figura 46 – Repartição das respostas por região e categoria (número de portos) ... 79

Figura 47 – Repartição das instalações por tipo de embarcação ancoradas nos

portos fluviais ............................................................................................................................. 80

Figura 48 – Repartição das embarcações por dimensão e modo de propulsão,

em águas marítimas, 2013 ...................................................................................................... 81

Figura 49 – Repartição das embarcações por região em águas marítimas, 2013 ..... 81

Figura 50 – Região de Languedoque-Rossilhão ................................................................. 87

Figura 51 – Perfil dos turistas náuticos de águas interiores ............................................... 90

Figura 52 - A Croácia no Mapa da Europa ......................................................................... 91

Figura 53 - O Território Croata em Números ........................................................................ 93

Figura 54 - Temperaturas Médias Anuais, Dias de Sol e Dias de Nevoeiro ................... 93

Figura 55 - Mapa das Marinas Croatas Fonte – Croatia Yachting ................................. 95

Figura 56 - Portos Náuticos na Croácia, por Região ......................................................... 96

Figura 57 - Número de Amarrações por Comprimento do Barco Fonte – TOMAS,

2012 ............................................................................................................................................. 97

Figura 58 – Aeroportos Croatas Fonte – Dalmacija.net .................................................... 97

Figura 59 – Número de Camas entre 1980 e 2010 (em milhares) Tourism in Figures

2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ........................................................... 99

Page 10: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

ix

Figura 60 - Número de Turistas na Croácia Fonte - “Tourism in Figures 2013”,

Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ....................................................................... 99

Figura 61 - Número de dormidas na Croácia Fonte - “Tourism in Figures 2013”,

Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ..................................................................... 100

Figura 62 - Chegadas de Turistas, 2012-13, por tipo de localidade Fonte - “Tourism

in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ....................................... 100

Figura 63 - Receita gerada dos Portos Náuticos em 2009 e 2010, sem IVA (em

milhares) Fonte - CBS, 2011 ................................................................................................... 105

Figura 64 - Indicadores de Desenvolvimento na Marina de Frapa (1996 - 2005)

Fonte – Luković, T. ................................................................................................................... 105

Figura 65 - O Mercado dos Barcos de Recreio, em USD, 2011 a 2014 ........................ 106

Figura 66 - Países Concorrentes da Croácia Fonte – Elaboração Própria ................. 108

Figura 67 – Atividades de deslize: entidade e oferta ...................................................... 118

Figura 68 – Atividades de deslize: valorização na comunicação ................................ 118

Figura 69 – Atividades de deslize: segmentação ............................................................ 119

Figura 70 – Marítimo turísticas: valorização na comunicação ...................................... 121

Figura 71 – Marítimo turísticas: segmentação .................................................................. 121

Figura 72 – Águas interiores: entidade e oferta................................................................ 122

Figura 73 – Águas interiores: valorização na comunicação ......................................... 123

Figura 74 – Águas interiores: segmentação ...................................................................... 123

Figura 75 – “Casa Flutuante” ................................................................................................ 124

Figura 76 – Embarcações de recreio: entidade e oferta ............................................... 125

Figura 77 – Embarcações de recreio: valorização na comunicação ........................ 125

Figura 78 – Proposta de Valor .............................................................................................. 236

Figura 79 – Modelo Organizacional .................................................................................... 237

Figura 80 – Estrutura organizativa ........................................................................................ 237

Figura 81 – Marketing Experiencial ...................................................................................... 239

Figura 82 – Produto Composto ............................................................................................ 242

Figura 83 – Processo seleção do local ............................................................................... 242

Figura 84 – Matriz Estratégica ............................................................................................... 243

Figura 85 – Processo de Desenvolvimento ........................................................................ 244

Page 11: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

x

Figura 86 – Construção reputacional ................................................................................. 245

Figura 87 – Qualificação da Oferta .................................................................................... 248

Figura 88 – Promoção Internacional da Marca ............................................................... 253

Page 12: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

xi

Índice de Tabelas

Tabela 1- atividades realizadas por turistas internacionais europeus ........................... 28

Tabela 2 - embarcações de recreio por 1.000 habitantes .............................................. 29

Tabela 3 - tipo de embarcações existentes na Suécia .... Erro! Marcador não definido.

Tabela 4 - produção embarcações na Suécia ................. Erro! Marcador não definido.

Tabela 5 - temperaturas máximas ........................................ Erro! Marcador não definido.

Tabela 6 - principais marinas e portos de Espanha ........................................................... 55

Tabela 7 - províncias espanholas com maior número de licenças sinalizadasErro! Marcador não definido.

Tabela 9: Número de Marinas, Portos de Recreio, Docas de Recreio e Postos de

Amarração registados em Portugal e atribuição de Bandeira Azul às Marinas, por

NUT II, em 2014. Fonte: APPR – Associação Portuguesa de Portos de Recreio e

Programa Bandeira Azul 2014. ............................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 10: Novos registos de Embarcações de Recreio, entre 2009 e 2014, na

DGRM e DGAM. ........................................................................ Erro! Marcador não definido.

Tabela 11: Número de Embarcações registadas em 2013 e 2014 para realização

de atividades Marítimo-Turísticas, por NUT II. FONTE: DGAM – Direção-Geral da

Autoridade Marítima, 13-02-2015. ......................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 12: Evolução do número de cartas emitidas (novas, renovações ou

equiparações) pela DGRM para a condução de Embarcações de Recreio.

FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços

Marítimos (10-02-2015). ............................................................ Erro! Marcador não definido.

Tabela 13: Número de Empresas construtoras de Embarcações de Recreio e de

Desporto, volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE – Instituto

Nacional de Estatística (através da PwC). ........................................................................ 157

Tabela 14: Número de Empresas registadas como Exploração dos portos de

recreio (marinas), volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE- Instituto

Nacional de Estatística. ........................................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 15 e Tabela 16: Registos de Operadores Marítimo-Turísticos, por NUT III, em

2012 e 2013 (a azul os NUT III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal

Turismo de Portugal, I.P. (22-01-2015). .................................. Erro! Marcador não definido.

Tabela 17: Registos de Operadores Marítimo-Turísticas, por NUT III, em 2014. (a azul

os NUT III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal Turismo de

Portugal, I.P. (22-01-2015). ..................................................................................................... 166

Page 13: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

xii

Tabela 18: Lista das regiões NUT III de Portugal (a azul os NUT III costeiros, a branco

os NUT III interiores).................................................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 19: Registo de Empresas de Animação Turística com oferta de atividades

na água, por NUT II, de 2010 a 2014. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-

2015) ............................................................................................ Erro! Marcador não definido.

Tabela 20: Empresas registadas no RNAAT, à data de 22-01-2015, com oferta de

atividades, produtos ou serviços ligados à náutica. FONTE: Portal Turismo de

Portugal, I.P.. (22-01-2015). ...................................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 21: Empresas registadas nos Açores, com serviços relacionados com a

prática de atividades náuticas. FONTE: Guia de Atividades de Animação

Turística 2014|2015. .................................................................. Erro! Marcador não definido.

Tabela 22: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no

RNAAT. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)Erro! Marcador não definido.

Tabela 23: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no

RNAAT. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)Erro! Marcador não definido.

Tabela 24: Oferta de atividades náuticas, disponíveis por OMT e EAT, por NUT II.

FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015) ......... Erro! Marcador não definido.

Tabela 25: Serviços náuticos oferecidos por região NUT II. FONTE: Portal Turismo de

Portugal, I.P.. (22-01-2015) ....................................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 26: Distribuição da disponibilidade de atividades náuticas pelas diferentes

ilhas dos açores. Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.Erro! Marcador não definido.

Tabela 27: Distribuição da oferta de atividades náuticas pelas diferentes ilhas dos

açores. Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.Erro! Marcador não definido.

Tabela 28: Oferta de atividades náuticas, disponíveis pelas empresas dos Açores.

Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015. ... Erro! Marcador não definido.

Tabela 29: Lista dos Paques de Portugal com atividades náuticas representados

no website www. vayacamping.fr. ....................................... Erro! Marcador não definido.

Tabela 30: Oferta náutica em Portugal disponível na plataforma on-line TRIVAGO.Erro! Marcador não definido.

Tabela 31: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line

TRIVAGO, de acordo com o tipo de alojamento. ............ Erro! Marcador não definido.

Tabela 32: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line

tripadvisor, identificado pela busca de atividades náuticas em Sueco.Erro! Marcador não definido.

Tabela 33: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino

Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).Erro! Marcador não definido.

Tabela 34: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino

Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015). ....................................... 207

Page 14: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

xiii

Tabela 35: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de

Espanha (www.google.es) (busca realizada a: 22-06-2015). ........................................ 209

Tabela 36: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de

França (www.google.fr) (busca realizada a: 08-06-2015). ............................................ 211

Page 15: Relatório Portugal Náutico

1. Introdução

Enquadramento do Estudo no Projeto Portugal Náutico

A AEP em conjunto com a Oceano XXI pretendeu, através da presente iniciativa,

traçar uma estratégia coletiva que permitisse dar corpo ao desenvolvimento de

uma fileira de Náutica de Recreio em Portugal. Será, agora, necessário fechar o

ciclo de desenvolvimento deste novo mercado, através de ações de Promoção

de um novo posicionamento do sector do Mar e que integre a Fileira da Náutica

de Recreio que o presente projeto visou desenvolver.

O projeto foi estruturado em torno de 3 grandes eixos

Agregar, caraterizar e avaliar

Criar e capacitar a rede da Náutica de Recreio nacional

Promover e divulgar

Como resultado foram produzidos um conjunto de outputs, que agora estão

disponíveis no Site do Portugal Nautico.

Durante o decurso do projeto foram realizadas inúmeras ações de discussão e

construção da estratégia coletiva, de Norte a Sul de Portugal e nas Ilhas. Foram

envolvidos centenas de atores nacionais e contatados mais de 2000 entidades

internacionais.

Os documentos foram alvo de diversas análises públicas e foram incluídos os

contributos de todos os que quiseram e puderam participar.

Uma das principais coinclusões desta auscultação é a que a oferta nacional

ainda é muito “jovem”, tendo ainda uma maturidade empresarial pouco

estruturada. Os números mostram esta constatação, bem como a opinião dos

que já trabalham neste setor.

Outra conclusão também comummente apontada é a necessidade de mais

cooperação entre os diveros atores envolvidos no setor de modo a torna-lo mais

atrativo, flexível e resiliente, promovendo assim o reforço da sua

competitividade.

Este documento está estruturado em 3 grandes blocos:

Uma análise externa, realizada com o objetivo de compreender os mercados

com potencial de emissão de nautas de recreio, quais os seus perfis e seus

hábitos de consumo. São também analisados países que já possuem oferta

estruturada de modo a percebermos algumas das estratégias seguidas e de que

modo a envolvente as condiciona.

Page 16: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

2

O segundo bloco prende-se com a análise interna, com um levantamento da

oferta nacinal, o respetivo perfil de consumo e os potencial que pode ser

aproveitado.

O último Bloco apresenta uma proposta de estratégia de desenvolvimento da

oferta de náutica de recreio, assim com uma proposta de plano de ação para

os próximos anos, em termos de desenvolvimento da oferta e a sua promoção

internacional.

Page 17: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

3

2. Análise Externa

Page 18: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

4

2.1. Alemanha

Mapa da Alemanha

Figura 1 - A Alemanha no Mapa da Europa

Fonte – Elaboração Própria

Page 19: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

5

2.1.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades

Nauticas

A Alemanha é o sétimo maior país, em área, da Europa e o sexagésimo

segundo maior do mundo (CIA Factbook, 2010). Compreende cerca de 350

000 km² território terrestre e aproximadamente 8 000 km² de território aquático.

O país faz fronteira terrestre com nove países: a Dinamarca, a Holanda, a

Bélgica, o Luxemburgo, a França, a Suíça, a Áustria, a República Checa e a

Polónia.

A costa da Alemanha é banhada pelo Mar do Norte e pelo Mar Báltico. De

acordo com a Comissão Europeia (2010), 50% da costa alemã encontra-se

elevada cerca de 5 metros em comparação com as restantes zonas costeiras

da Europa. Este facto faz com que a Alemanha seja, particularmente,

vulnerável a episódios de tempestades severas e ao risco do aumento do nível

do mar, sendo ainda afetada pela erosão costeira.

Figura 2 - As Fronteiras da Alemanha

Fonte – Elaboração Própria

A costa Alemã do Mar do Norte é caracterizada por praias de areia plana e

pelas acentuadas marés de 2 a 3 metros, duas vezes por dia. Já o Mar Báltico

não tem marés e as tempestades tendem a ser menos prejudiciais do que no

lado do Mar do Norte, contudo esta costa também é afetada pela erosão. O

Mar do Báltico tem um baixo teor de sal e congela facilmente no inverno.

Page 20: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

6

A Alemanha tem uma rede hidroviaria com um comprimento total de cerca de

10 000 km. O litoral tem cerca de 3 500 km de comprimento e a o sistema de

águas interiores é de aproximadamente 7 350 km. Os planos de água interiores

mais longos são o Reno, o Elba e o Danúbio. A Alemanha é, também, um país

rico em lagos, em que o Bodensee, o Müritz e o Chiemsee são os maiores.

Ilhas e Arquipélagos

No Mar do Norte, quando o litoral se afundou durante o século XIII, a sua linha de

dunas costeiras deu origem a um conjunto de ilhas – as ilhas da Frísia Oriental.

Estas ilhas têm elevações máximas inferiores a 35 metros. As ilhas estão

espalhadas ao longo da costa numa linha praticamente reta e paralela à costa,

e em algumas alturas do ano é possível fazer caminhadas pedestres entre as

ilhas.

Figura 3 – Mapa do Mar Frísio (à esquerda) e Ilha de Sylt, a maior das Ilhas Frísias (à

direita)

Fonte – Website Germany Travel

Recursos Costeiros

A costa do Mar do Norte possui grandes extensões de areia, de pântano e

lodaçais, já no lado do Báltico, as seções do norte de Schwerin e

Neubrandenburg são pontilhadas com pântanos e numerosos lagos. A costa de

Schleswig-Holstein, no Mar Báltico, difere marcadamente da costa do Mar do

Norte. Está é recortada por uma série de pequenos fiordes com margens

íngremes e a água profunda e o abrigo dos fiordes proporcionar condições de

navegação seguras. O Parque Nacional Jasmund, ao longo da costa nordeste

do Mar Báltico, é caracterizado por falésias. O ponto mais alto desta costa, o

Königsstuhl, possui 117 metros.

Page 21: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

7

Figura 4 - O Lago Bodensee

Fonte - Deutschland.de

Lagos Interiores

As planícies do norte contêm numerosos lagos, particularmente no nordeste da

Alemanha e nos arredores de Berlim. O lago Müritz, o lago Kummerow, o lago

Plau e o Lago Schwerin são alguns dos lagos que pertencem a esta região.

As colinas dos Alpes são caracterizadas por

inúmeros lagos de água limpa e com as

margens arborizadas. Esta paisagem do sul

da Alemanha é preenchida com os lagos

Ammer, Chiemsee e o Starnberger See. O

Lago de Constança, em alemão Bodensee,

é partilhado com a Suíça e com a Áustria. É

o maior lago da Alemanha, com uma área

de 571,5 quilómetros quadrados, dos quais

305 quilómetros quadrados encontram-se

dentro da Alemanha.

Clima

A Alemanha possui um clima oceânico moderado, com frequentes mudanças

de estado do tempo e de direção e intensidade dos ventos,

predominantemente vindos do oeste. Os invernos no Norte e Noroeste do país

são relativamente amenos e os verões são quentes. A diferença entre o Inverno

e o Verão é maior no Sul da Alemanha, que regista uma média de cerca de -2

°C no Inverno e de 19,4 °C, ou mais elevada, no verão. Em Julho, a temperatura

média encontra-se em torno dos 18 °C nas terras baixas e nos 20 °C nos vales do

sul (Facts about Germany, 2010). A média anual para todo o país é de 9 °C.

Page 22: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

8

Figura 5 - Temperatura Média (esquerda) e precipitação (direita) durante o verão

(junho-agosto)

Fonte - Deutsche Wetterdienst (2010)

2.1.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica

Os países recetores de turistas demonstram uma preocupação crescente com as

condições infraestruturais disponiveis no país, com o objetivo de receber um

grande volume de turistas com qualidade e de forma a proporcionar um bom

grau de satisfação aos visitantes. Assim, os diferentes governos entendem que é

necessário a construção e a manutenção de um conjunto de condições físicas e

de infraestruturas adequadas, nomeadamente, Portos Náuticos, marinas;

aeroportos; Transportes Rodoviários e Ferroviários e Instalações Hoteleiras.

Deve-se realçar que sempre que os turistas viajam para um país estrangeiro,

terão como padrão de avaliação e comparação as condições existentes no seu

país de origem. Uma das maiores dificuldades dos países mais pobres em

infraestruturas é exatamente corresponder aos standards que os países

emissores possuem.

Portos Náuticos, marinas e postos de amarração

As marinas são lugares específicos, na orla costeira ou no interior, onde as

embarcações de recreio podem ficar ancoradas de modo seguro.

As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e

é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta

indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma

associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue

os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar

que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais

de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 pontos de amarração.

Considerando as 600 marinas de água doce, e somando todas as que

pertencem a mercados para os quais não existem dados, estima-se que a

Europa possua mais de 5.000 marinas, com mais de 500.000 pontos de

amarração (ADAC: “Marinaführer, Deutschland, Europe”, 2010). Este mercado,

que agrega deste os portos de atracagem até às instalações de apoio, pode

representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros (Luković, T. & Gržetić, Z.,

2007).

Marinas na Alemanha

Page 23: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

9

A Alemanha apresenta um conjunto elevado de marinas, aproximadamente 230

marinas, e estas encontram-se distribuifdas pela costa do Mar do Norte, do Mar

Báltico e ainda nos lagos interiores (Lista completa em Anexo). Da lista de

marinas, cerca de 60 marinas não apresenta informação online sobre o seu

número de postos de amarração, no entanto, a soma total das que apresentam

informação ultrapassa os 30 500 pontos de amarração.

Aeroportos

A Alemanha é um país influente, com movimento económico e localizado no

centro da Europa. De forma semelhante ao que acontece com o bom

abastecimento de marinas nas zonas ribeirinhas, o seu território é provido de

vários aeroportos, nacionais e internacionais. Estes são alguns dos aeroportos

alemães com maior movimento:

Frankfurt

Munich

Düsseldorf

Berlin Tegel

Hamburg

Stuttgart

Cologne

Berlin

Basel–Mulh.-Freiburg

Hanover

Nuremberg

Hahn

Bremen

Weeze

Leipzig

Dortmund

Dresden

Baden Airpark

Page 24: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

10

2.1.3. A Prática de Atividades Nauticas

A indústria da náutica de recreio e do turismo náutico é uma indústria

relativamente recente. Começo a desenvolver-se a partir de meados dos anos

60, em que as embarcações de recreio começaram a assumir uma estrutura

formal e organizada em torno de uma nova área industrial e económica.

A produção industrial resultou na oferta de preços introdutórios atraentes, nos

anos 70 e 80, originando uma expansão significativa deste mercado. Este

desenvolvimento continua a ter repercussões até aos dias de hoje – um estudo

da Bundesverband Wassersportwirtschaft (Associação Alemã da Indústria dos

Desportos Aquáticos) aponta para que cerca de 500 000 alemães sejam

proprietários de uma embarcação de recreio e que, acrescentando os restantes

tripulantes e as embarcações charter, esse número suba para 1,8 milhões de

pessoas ativas e utilizadoras regulares de embarcações. Sendo que o potencial

de crescimento continua a ser elevado

Um estudo do ADAC de 2008 divulgou que 8 milhões de pessoas têm um

interesse nos desportos ligados a embarcações de recreio, seja a vela ou a

motor. Num outro estudo do mesmo ano, desenvolvido pelo Allensbach Media

Analysis (AWA), foi apontado um valor ligeiramente inferior. Este, ultimo estudo,

avança para que sejam cerca de 5 milhões e meio as pessoas interessadas em

praticar desportos com embarcações de recreio (barco a motor: 2 920 000 e

vela: 2 630 000).

O interesse dos alemães nos desportos náuticos encontra-se distribuído da

seguinte forma:

Barcos a Motor - 47,4%Canoagem & Caiaque

26,6%Houseboat - 26,5% Vela - 25,1%

Mergulho - 20,3% Esqui Aquático - 15,1% Surf / Kite Surf - 11,5%

Page 25: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

11

Impacto na Economia

Receitas de Turismo Náutico e da Náutica de Recreio na Alemanha

O turismo é um sector económico relevante para a Alemanha com um elevado

potencial económico. Envovlendo 2,8 milhões de empregos e um volume de

negócios anual de € 233 mil milhões de euros. O turismo náutico tem verificado

um crescimento positivo nos últimos anos e o número de barcos de recreio tem

registado um aumento continuado. Podem ser identificados alguns fatores,

naturais e sociais, para um aumento geral da prática de desportos náuticos,

designadamente, o aumento do número de desportos praticados, os mais de 10

mil quilómetros de águas interiores navegáveis, os numerosos lagos e os 23 mil

quilómetros quadrados de água salgada.

No entanto, no ano fiscal de 2008/2009 a indústria naval europeia começou a

sentir a extensão da crise económica e o resultado foi o declínio da produção

em torno dos 60% em relação ao período anterior. O total de vendas de bens e

serviços náuticos, de cerca de 25 bilhões de euros em 2007/2008, diminui para

cerca de 18,5 mil milhões de euros (uma redução de 26%). O volume de

exportações de barcos fabricados na Alemanha não foi exceção a esta

contração. No primeiro semestre de 2009 foram exportados 642 barcos à vela

(no valor de 61.500.000€) e 740 barcos a motor (no valor de 56.200.000€),

representado um declínio de 66,5% e 62%, face ao mesmo período do ano

anterior.

Figura 6 – Evolução do Volume de Negócios para o Total de produtos e serviços do

mercado marítimo (sem os mega iates) em milhões de euros

1600

1646

1702

1669

17081733

1684

1757

1877

1843

1669

1400

1500

1600

1700

1800

1900

1990 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Page 26: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

12

As vendas totais de bens e serviços náuticos registaram em 2009 um valor de

1 649 mil milhões de euros (uma redução de cerca 10,5% - 1 843 mil milhões de

euros – face ao ano de 2008). Os sectores com as maiores quedas de receitas

foram o das vendas de barcos, quer novos (diminuição de 33,5% face ao ano

anterior) quer usados (a registar uma redução de 21,5%). A venda de

Combustíveis e Lubrificantes, por consequência, verificou também uma

diminuição nas receitas, de aproximadamente, 15%. As actividades relacionadas

com a venda de Material e de Equipamentos, as atividades de Mergulho, os

Serviços e os Charters também registaram um volume de negócios inferior ao

registado no ano anterior, com valores de redução entre os 0,7% e os 4,5%.

Por outro lado, as Marinas e o Surf não registaram qualquer alteração, mantendo

as receitas de 152 milhões de euros (nas atividades ligadas às marinas) e de 45

milhões de euros no Surf. As Reparações e Serviços registaram um aumento de

4,5%, com receitas de 254 milhões de euros.

Planos Nacionais e Estratégias Coletivas

Os desportos náuticos e a indústria do turismo náutico têm recebido, nos últimos

anos, um apoio político acentuado. Em 2006 foi adotado pelo Governo Federal

Alemão o plano “Attraktivität des Wassertourismus und des Wassersports stärken”

- Fortalecer a Atratividade do Turismo Aquatico e dos Desportos Náuticos –

aprovando a desregulamentação de algumas áreas. Assim, a título de exemplo,

foram simplificados os requisitos para a compra de barcos de recreio e das

licenças para a sua utilização. Com estas medidas o governo alemão acredita

conseguir induzir um aumento na procura de barcos e um crescimento de

vendas na indústria naval.

Em 2009, continuou a aposta alemã neste setor com a criação de um plano

nacional para a melhoria da estratégica de marketing do turismo náutico –

“Infrastruktur und Marketing für den Wassertourismus in Deutschland Verbessern”.

O objetivo do projeto previa uma comunicação entre todos os parceiros do

desporto náutico e do turismo náutico para melhorar, de forma sustentável, este

sector de atividade. O governo Alemão acreditava que o conseguiria através:

Do Fortalecimento das associações entre os parceiros;

De uma transparência dos diferentes interesses, através de um

envolvimento precoce de todas as partes interessadas no processo de

tomada de decisão;

Page 27: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

13

Do planeamento, decisão e avaliação, com abordagens sustentáveis, de

todas as medidas relacionadas com o mar;

Pelo desenvolvimento de estruturas e instrumentos interativos;

Assegurando uma campanha de marketing conjunta – pela

apresentação da Alemanha como um destino turístico nauta.

Este projeto abrangeu seis pilares estruturais, nomeadamente:

Este plano de desenvolvimento analisou os desafios existentes e emergentes e

compreender as soluções e oportunidades futuras. Cada um dos seis pilares

agrupou um conjunto de tarefas, apresentadas abaixo, de forma resumida1:

Estruturas de Decisão

Coordenação e comando de reuniões departamentais;

Criação de um grupo de trabalho interministerial;

Desenvolvimento de uma rede que agrupe todos os órgãos alemães, dos

vários níveis governamentais, com ligações ao mar;

Organização de uma Conferência Nacional da Náutica.

Estratégias Políticas

1 Ver mais em: “Aktionsplan zum «Entwicklungsplan Meer - Strategie für eine integrierte deutsche

Meerespolitik», Bundesministerium für Verkehr, Bau und Stadtentwicklung”

Estruturas de Decisão Estratégias Políticas

Instrumentos e ProjetosRelações Públicas e Trabalhos de Proximidade

Cooperação EstatalDiálogo entre Federações e Associações

Page 28: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

14

Promoção do interesse e requisitos políticos para os assuntos do mar e

verificação das políticas departamentais com impactos nesta indústria;

Acompanhamento e implementação do Plano de Ação;

Verificação junto dos "Corredores Marítimos" de apoios existentes.

Instrumentos e Projetos

Desenvolvimento de uma base de dados para uma “Política Marítima

Integrada”;

Criação de uma base de dados para todos os produtos e serviços

relacionados com o mar;

Suporte e apoio de vários projetos náuticos.

Relações Públicas e Trabalhos de Proximidade

Representação do Governo Federal no evento anual do “Dia Europeu do

Mar”;

Organização do Dia Europeu do Mar 2014, em Bremen;

Preparação da "Semana dos Oceanos e dos Mares" na Alemanha;

Participação ativa nos eventos, feiras, seminários e conferências ligadas à

náutica e ao mar;

Desenvolvimento de materiais e documentos públicos para divulgação

nacional e internacional.

Cooperação Estatal

Grupo de trabalho para a criação da "Política Marítima Integrada",

procurando a participação global de vários países na implementação

de um Plano Conjunto de Desenvolvimento do Mar (continuação dos

objetivos do Conselho Federal de 20 de Janeiro de 2007);

Website de Redes.

Diálogo entre Federações e Associações

Proporcionar o envolvimento das federações e das associações no

desenvolvimento dos planos nacionais e permitir que permaneçam e que

a sua opinião seja relevante nas questões da política marítima integrada.

Page 29: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

15

A Procura

As palavras “água” e “férias” são para, uma grande parte dos, turistas alemães

dois lados da mesma moeda. Um terço das viagens de lazer, a nível nacional,

dirigem-se para o Mar do Norte ou para o Báltico. Na Alemanha cerca de 20

milhões de pessoas fazem anualmente férias ou outras atividades de lazer

aquáticas (Wassertourismus in Deutschland, 2013). O potencial para o turismo em

plano de água é extenso, mais de 80% da população, entre os 14 e os 70 anos,

pratica algum tipo de atividade nautica. Este interesse nas atividades náuticas é

facilmente explicado pelas condições naturais do país. A Alemanha é um país

rico em rios, lagos, com condições para a prática de diversos desportos náuticos

e com envolventes paisagísticas interessantes.

Trata-se de um mercado já maduro na Alemanha, contando com a aposta do

governamental no seu crescimento e que se tem vindo a tornar cada vez mais

uma indústria dominada por entidades e empresas profissionais. Os turistas

náuticos alemães são particularmente exigentes, obrigando as empresas deste

sector a discutir e a analisar com frequência as questões ligadas ao serviço ao

cliente e da qualidade.

O Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha desenvolveu, em 2013, um

inquérito para conhecer melhor o mercado interno de turistas náuticos. De entre

várias as conclusões apresentadas, é possível destacar que:

Em 2010, do total de viagens realizadas em território nacional, com

duração de 5 ou mais dias, 33% da população alemã, com 14 anos ou mais,

dirigiu-se para o Mar do Norte ou para o Báltico;

Sol, Praia e água são o tipo de férias mais comum entre os alemães. Em

2010, as férias de cerca de 42% da população envolveu, no mínimo, um

destes três tipos de lazer;

Criação de um conjunto de Standards de qualidade do turismo náutico

Criação de um Guia para as Marinas e Postos de Amarração

Desenvolvimento de um Portal Online com a Oferta Nacional desta indústria

Presença em várias feiras como "Destino Alemão"

Page 30: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

16

Nos últimos três anos, 60% dos alemães fez com uma frequência regular

férias no mar ou em lagos.

O mesmo estudo analisou a prática de um conjunto de atividades nautas, para

os cinco anos anteriores, as respostas indicaram que a população (entre os 14 e

os 70 anos) pratica com regularidade atividades de lazer ligadas ao mar2, tanto

no seu dia-a-dia, como durante o período de férias.

A figura seguinte apresenta a percentagem da população alemã que pratica

alguma das atividades aquáticas listadas, seja no contexto diário (coluna azul)

ou no contexto de férias e de lazer (coluna creme). A atividade com maior

representatividade é a dos passeios de barcos de passageiros, com 25% da

população alemã a usar, com frequência, nas suas férias. Segue, com uma

representatividade de 10%, a pesca desportiva e os passeios de barco a motor.

O remo e o mergulho são duas atividades que 9% dos alemães gosta de praticar

nos tempos de lazer e de férias. Em relação às outras atividades estas

apresentam as seguintes percentagens de utilização:

Visita a eventos/competições desportivas – 8%

Canoagem – 8%

Jet Esqui – 7%

Vela – 6%

Esqui Aquático – 4%

Surf – 4%

Rafting – 3%

Windsurf – 2%

Kitesurf – 1%

Apenas uma pequena parte da população (cerca de 2%) não praticou

qualquer atividade náutica nos últimos 5 anos.

2 Respostas, em percentagem, para as questões: “Qual das seguintes atividades praticou, nos últimos

cinco anos, numa frequência diária, de lazer ou em férias?”; “Qual destas atividades já tinha

praticado antes?”.

Page 31: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

17

Figura 7 – População alemã praticante de alguma das atividades nautas listadas, num

contexto diário (coluna azul) ou num contexto de férias e de lazer (coluna

creme).

O mesmo estudo analisou, ainda, o potencial de crescimento com base na

intenção dos alemães em praticar uma atividade náutica nos próximos anos. A

variável “Vontade” foi dividida em dois subconjuntos, assim, a coluna mais

escura, representa uma “Certeza que irá praticar nos próximos cinco anos”, já a

coluna mais clara expressa uma opinião de que “considero a possibilidade de

praticar nos próximos cinco anos”.

Os passeios em barcos de passageiros atingiram um total de 67% de intenções,

nos quais 17% correspondem aos alemães que afirmam ter a certeza que irão

fazer este passeio e os restantes 50% acredita que o irá poderá fazer. Visitar

eventos ou competições náuticas (51%), Navegar com um Barco de Recreio a

motor (43%) e o Remo (39%) foram as três atividades que se seguiram na lista das

preferências dos alemães. De seguida, com valores acima dos 30%, encontra-se

o Mergulho (37%), a Pesca Desportiva (35%), a Canoagem (35%), o Jet Esqui

(31%) e a Vela (31%).

Na lista de interesses, verifica-se que a propensão para a prática de desportos

de deslize é inferior às restantes atividades, apesar de que para algumas das

actividades, o valor de interesse é ainda assim alto (figura abaixo).

0

5

10

15

20

25

30

Page 32: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

18

Figura 8 – Potencial de Procura de Atividades Náuticas

A procura de atividades náuticas de lazer é distinta conforme o perfil

sociodemográfico da população. As atividades de lazer náutico que maior

interesse despertaram nos alemães com idades entre os 50 e os 70 anos são os

Passeios de Barcos (com 39% do total de praticantes), as visitas a eventos e

competições marítimas (com 37%) e, por fim, a vela (com 31% do total de

praticantes).

A população entre os 30 e os 49 anos é o grupo com maior expressão, são

aqueles que representam a maior fatia de praticantes na maioria das

modalidades (exceção apenas para o Rafting, o Kitesurf, o Surf e a Vela). Este

grupo representa quase metade dos praticantes de pesca desportiva (47%) e de

Jet Esqui, Mergulho e Canoagem (44%).

Os jovens entre os 14 e os 29 anos são o grupo mais representativo quando nos

referimos a desportos com maior atividade física, tais como o Rafting e o

Canyoning (49% do total de praticantes), o Surf e o Kitesurf (41%) e também, a

Vela (36%).

179 6 6 9 10 7 6 6 4 3 3 2 2 2

50

4237 33 28 25 28 26 25

20 18 18 16 16 12

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Page 33: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

19

Figura 9 - Estrutura etária, por tipo de atividade náutica, da população alemã

O mesmo estudo destaca ainda:

O mercado é dominado pela população masculina;

Cerca de 2% dos homens alemães são proprietários de um barco;

A faixa etária masculina com maior percentagem de barcos é aquela

que se encontra entre os 60 e os 64 anos;

Atualmente, 50% dos proprietários de barcos afirmam ter adquirido o

primeiro barco quando se encontravam na faixa dos 30 anos.

Em 2010, a Bundesverband Wassersportwirtschaft, ou seja, a Associação Alemã

da Indústria dos Desportos Aquáticos, desenvolveu um estudo que, entre outros

objetivos, pretendeu compreender o mercado dos barcos de recreio na

Alemanha. O gráfico abaixo apresenta o número de barcos, por tipo de barco,

que os alemães possuem. O barco mais comum é o barco a motor, com 190 mil

barcos e depois, com 160 mil barcos, encontra-se o iate a motor ou à vela.

Existem mais de 115 mil lanchas a motor na Alemanha e 35 mil barcos à vela.

25

49

41

36

34

36

30

34

30

31

22

22

39

38

38

44

47

33

44

40

44

42

43

40

36

13

21

21

20

31

26

26

26

28

37

39

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Estrutura 14 a 70 anos

Rafting & Canyoning

Kitesurf &Windsurf

Esqui aquático & Jet Esqui

Pesca desportiva

Vela

Mergulho

Remo

Canoagem

Barco a motor

Eventos e Competições

Passeio de Barco

14 a 29 anos 30 a 49 anos 50 a 70 anos

Iate com motor ou à vela Vela Barco a motor Lancha

Page 34: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

20

O tamanho do barco é uma questão relevante para as entidades deste setor,

em especial, das marinas. Na Alemanha os barcos à vela representam 39% do

total de barcos e, por sua vez, os barcos a motor representam os restantes 61%.

Quando considerados os barcos à vela, os alemães têm 90 mil barcos com

menos de 7,50 metros de comprimentos e 105 mil barcos com mais de 7,50

metros.

Nos barcos a motor, o grupo de barcos com menos de 7,50 metros de

comprimento é mais expressivo e totalizando cerca de 160 mil barcos. Por último,

existem na Alemanha 145 mil barcos a motor e com mais de 7,50 metros de

comprimento.

Figura 10 – Número de barcos por comprimento, à vela e a motor, na Alemanha

A distribuição regional dos proprietários dos barcos foi também analisada e as

principais conclusões são que:

Os barcos a motor existem em maior número do que os barcos à vela,

para todas as regiões do país;

Os alemães da região oeste do país são aqueles com maior número de

barcos, aproximadamente 114 mil a motor e 61 mil à vela;

O norte do país tem 79 mil barcos a motor e cerca de 63 mil à vela;

Com valores próximos aos registados pelo norte, o sul apresenta 74 mil

barcos a motor e 45 mil barcos à vela;

A região este do país é a que tem um menor número de barcos, quase

50 mil barcos a motor e 22 mil barcos à vela.

10500090000

145000160000

0

50000

100000

150000

200000

Barcos à Vela > 7,5 m Barcos à Vela < 7,5 m Barcos a Motor > 7,5 mBarcos a Motor < 7,5 m

Page 35: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

21

Figura 11 - Distribuição dos barcos, à vela e a motor, por região geográfica

Page 36: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

22

2.2. Países Escandinavos

Figura 12- A

Península Escandinava no Mapa da Europa

Fonte – Elaboração Própria

Page 37: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

23

2.2.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades

Nauticas

A Escandinávia ou Península Escandinava é uma região geográfica, cultural,

linguística e política do norte da Europa. Localizada entre o Mar do Norte e o

Golfo de Bótnia e o Mar Báltico, constituindo a maior península na Europa. Do

ponto de vista geopolítico, o termo é equivalente a países nórdicos: Dinamarca,

Noruega, Suécia e, por extensão, a Islândia, as Ilhas Faroé, a Finlândia, a

Gronelândia e as Ilhas Åland.

Clima

A Escandinávia é cortada ao meio pelo Círculo Polar Ártico e possui um clima

com as quatro estações bem definidas. Nas áreas mais ao Sul, com um Inverno

muito frio e intensa precipitação de Neve, com temperaturas entre -15 e -5 °C;

um Verão com temperaturas amenas e tempo menos chuvoso, com

temperaturas entre 8 e 22 °C; uma Primavera com temperaturas baixas entre os

meses de Março e Abril, e com gradativa elevação em Maio e Junho, com

médias entre 5 e 12 °C, com gradativa diminuição de Chuva, e o Outono tem

aumento da Chuva conforme o verão se distancia e diminuição das

temperaturas, que ficam entre 0 e 10 °C. No Norte da região, especificamente

nas áreas da Noruega, Suécia e Finlândia que estão acima da latitude 67° e

mais ao interior desses países, temos um inverno longo e muito frio, com

temperaturas entre -35 e -20 °C, com intensa precipitação de Neve, e um Verão

curto e ameno, com diminuição das chuvas e médias entre 5 e 15 °C.

Graças à Corrente do Golfo, a Islândia e cidades do Leste da região, como Oslo,

Trondheim, Copenhaga, e capitais próximas ao Litoral, como Helsínquia e

Estocolmo possuem invernos relativamente amenos, levando em conta a

posição geográfica da região. Reiquejavique, a capital islandesa, raramente

possui temperaturas abaixo dos -5 °C.

Países Integrantes da Península Escandinávia

A Dinamarca é um país da Europa setentrional e membro sénior do Reino da

Dinamarca. É o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e a sul

da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. As fronteiras da Dinamarca estão

no Mar Báltico e no Mar do Norte. O país é composto por uma grande península,

a Jutlândia, e muitas ilhas, sobretudo Zelândia (Sjælland), Funen (Fyn),

Vendsyssel-Thy, Lolland, Falster e Bornholm, assim como centenas de ilhas

menores, muitas vezes referidas como o Arquipélago Dinamarquês.

Page 38: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

24

A Dinamarca partilha uma fronteira de 68 km com a Alemanha no sul e é

cercada por 7.314 quilómetros de mar (incluindo pequenas baías e enseadas).

Desde 2000, a Dinamarca está ligada à Suécia através da Ponte do Øresund.

A Noruega um país do norte da Europa setentrional que ocupa a parte ocidental

da Península Escandinava, a ilha de Jan Mayen e o arquipélago ártico de

Svalbard, através do Tratado de Svalbard. A parte continental do país divide

fronteira a leste com a Suécia e ao norte com a Finlândia e a Rússia. O Reino

Unido e as Ilhas Faroé estão a oeste, através do Mar do Norte, a Islândia e a

Groenlândia estão a oeste, através do mar da Noruega, e a Dinamarca fica

próxima ao extremo sul do país, através do estreito de Skagerrak. A Ilha Bouvet e

a Ilha de Pedro I são territórios dependentes da Noruega, mas não são

considerados parte do Reino.

A extensa linha costeira da Noruega, de frente para o oceano Atlântico Norte e

para o mar de Barents, é a casa de seus famosos fiordes.

Área Total 323,802 Km²

Área Terrestre 304,282 Km²

Área marítima 19,520 Km²

Comprimento da Costa 53,199 km

População 4,722,701

Ilhas 150 000

Área Total 43,094 km²

Área Terrestre 42,434 km²

Área marítima 660 km²

Comprimento da Costa 5,316 km

População 5,556,423

Ilhas 443 ilhas

Page 39: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

25

A Suécia localizada na Península Escandinava na Europa Setentrional. A Suécia

divide fronteiras terrestres com a Noruega, a oeste, e com a Finlândia, a

nordeste, além de estar ligada à Dinamarca através da Ponte do Øresund, no

sul. É o Maior país da Escandinávia por área e população.

Os suecos têm uma relação forte com a água: o país é todo cortado por rios e

canais e possui um litoral cheio de ilhas e penínsulas. A costa da Suécia é

beneficiada por correntes marinhas quentes, que amenizam as temperaturas.

O país oferece ainda uma sucessão de belas paisagens impolutas de lagos e

montanhas praticamente desertas. Lagos, por exemplo, existem milhares deles,

de todos os tamanhos. O maior lago da Suécia é Värnern, que é também um

dos maiores da Europa. Um dos lagos mais bonitos é o Mälaren, perto de

Estocolmo, onde há castelos que podem ser visitados.

Área Total 450,295Km²

Área Terrestre 410,335Km²

Área marítima 39,960 Km²

Comprimento da Costa 3,218 km

População 9,119,423

Ilhas 150 000

A Finlândia faz fronteira com a Suécia a oeste, com a Rússia a leste e com a

Noruega ao norte, enquanto a Estónia está ao sul através do Golfo da Finlândia.

A capital do país é Helsínquia. Cerca de 5,3 milhões de pessoas vivem na

Finlândia, sendo que a maior parte da população está concentrada no sul do

país.

A Finlândia é um país com milhares de lagos e ilhas, 187 888 lagos e 179 584 ilhas,

mais concretamente. Um destes lagos, o Saima, é o 5º maior lago da Europa. A

paisagem finlandesa é predominantemente plana, com algumas colinas e

montes baixos. O ponto mais alto do país, o Halti, com 1328 m, encontra-se no

extremo norte da Lapónia.

A Islândia um país nórdico insular europeu situado no Oceano Atlântico Norte. O

seu território abrange a ilha homónima e algumas pequenas ilham no oceano

Atlântico, localizadas entre a Europa continental e a Gronelândia. O país conta

Page 40: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

26

com uma população de quase 320 mil habitantes numa área de cerca de 103

mil km². A sua capital e maior cidade é Reykjavík, cuja área metropolitana

abriga cerca de dois terços da população nacional. O interior é constituído

principalmente por um planalto caracterizado por campos de areia, montanhas

e glaciares. Aquecida pela corrente do Golfo, a Islândia tem um clima

temperado em relação à sua latitude e oferece um ambiente habitável.

Territórios da Península Escandinava:

Ilhas Faroé - um território autónomo da Dinamarca

Gronelândia- um território autónomo da Dinamarca e membro do

Conselho Nórdico. Geograficamente e culturalmente, é parte da (nativo)

América do Norte.

Svalbard - administrado pela Noruega

Åland - um território autónomo da Finlândia

2.2.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica

Os turistas oriundos de países desenvolvidos, com condições infraestruturais

alargadas a toda a população e à extensão do seu território, tendem a avaliar

os países que visitam com base no standard do seu país. Desta forma, conhecer

as estruturas disponibilizadas pelos países emissores de turistas assume elevada

importância, especialmente para os países que se querem destacar como

potenciais países recetores.

O número de marinas na Suécia e na Finlândia é elevado, com 1.107 e 1.040

respetivamente. A Dinamarca detem 721 marinas, particularmente relevante

pelo tamanho da sua costa, e depois, a Noruega possui 390 marinas.

Os aeroportos na península Escandinava encontram-se distribuídos pelos 5 países

e que servem de ponte para os destinos náuticos escolhidos pelos escandinavos.

Segue a lista dos principais aeroportos internacionais:

Dinamarca: Aalborg Airport

Dinamarca: Aarhus Airport

Dinamarca: Copenhagen International Airport

Dinamarca: Esbjerg Airport

Finlândia: Helsinki Vantaa Airport

Finlândia: Ivalo Airport

Finlândia: Lappeenranta Airport

Finlândia: Tampere Pirkkala Airport

Finlândia: Vaasa Airport

Islândia: Keflavik International Airport

Noruega: Bergen Flesland Airport

Page 41: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

27

Noruega: Oslo Gardermoen Airport

Suécia: Goteborg Landvetter

Suécia: Malmo Sturup Airport

Suécia: Stockholm Arlanda Airport

Page 42: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

28

2.2.3. A Prática de Atividades Nauticas

O Turismo Náutico e a Náutica de Recreio Escandinava

As embarcações constituem um elemento central na história da Escandinávia e

por muito tempo foram o único meio eficaz de transporte devido à abundância

de lagos características em todos os países desta península. Já no início de 1900

existiam barcos a motor.

De acordo com um estudo realizado pela THR (2006), o mercado da náutica de

recreio representa, em termos de procura primária, aproximadamente 3 milhões

de viagens na Europa, sendo a vela e o mergulho as atividades mais procuradas.

Este mercado apresenta uma taxa de crescimento compreendida entre 8% e

10% ao ano, sendo a Alemanha e a Escandinávia os principais mercados

emissores de turistas. Quanto à procura secundária da náutica de recreio, e de

acordo com informação do European Travel Monitor (IPK), o estudo aponta para

7 milhões de viagens/ano, considerando as atividades realizadas por turistas

internacionais europeus.

Tabela 1- atividades realizadas por turistas internacionais europeus

A Finlândia, a Noruega e a Suécia são os países europeus que possuem o maior

índice de embarcações por 1.000 habitantes, ascendendo respetivamente a

139, 169 e 83 embarcações de recreio por 1.000 habitantes.

Mercado

Emissor

Viagens

Totais

(milhares)

% Viagens de

turismo

náutico

Viagens de

Turismo

Náutico

(milhares)

% do total de

Viagens

Europa 245.00 1.15 2.800 100.0

Alemanha 51.685 1.30 679 24.3

Escandinávia 18.571 2.30 423 15.1

Grã-Bretanha 39.349 0.60 249 8.9

Holanda 17.763 1.10 200 7.1

França 18.493 1.00 178 6.4

Espanha 9.103 0.70 65 2.3

Page 43: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

29

Tabela 2 - embarcações de recreio por 1.000 habitantes

Como consequência os cruzeiros, a vela, a navegação de lazer e as regatas são

algumas das actividades realizadas pelos escandinavos, frequentemente.

A Croácia, França, Grécia, Itália e Portugal, países do sul da Europa, apresentam

um rácio de embarcações por 1.000 habitantes bastante reduzidos quando

comparados à realidade dos países Nórdicos.

De notar ainda que no grupo de países do Sul da Europa considerado, Portugal

destaca-se por não ultrapassar as cinco embarcações por 1.000 habitantes o

que corresponde ao valor mais baixo entre os países mediterrânicos.

País População Nº de embarcações de

recreio

Rácio de embarcações

de recreio/1.000 hab.

Alemanha 82.400.000 441.530 5

Croácia 4.442.000 105.00 24

Finlândia 5.277.000 731.200 139

França 61.538.000 483.823 8

Grécia 10.964.020 130.522 12

Holanda 16.570.000 280.00 17

Irlanda 4.062.235 25.830 6

Itália 57.900.000 592.000 10

Noruega 4.681.000 793.000 169

Portugal 10.585.900 55.000 5

Reino Unido 60.209.500 541.560 9

Suécia

9.113.257 753.00 83

Page 44: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

30

Impacto na Economia

O turismo náutico tem apresentado um crescimento positivo e o número de

barcos de recreio tem registado um crescimento contínuo na Escandinava,

segundo as informações disponíveis.

Dos cinco países que compõem a Escandinávia as informações identificadas

são apenas sobre três países: Dinamarca, Noruega e Suécia.

Dinamarca

O mercado de náutica de recreio dinamarquês é um mercado maduro, tal

como as indústrias relacionadas. Como país com uma história de expansão por

atividades em meio marítimo, o mercado de embarcações de lazer

dinamarquês pode funcionar uma porta de entrada para o mercado

escandinavo.

A Dinamarca foi em grande parte construída, e continua a prosperar, em torno

das suas actividades marítimas. Um dos principais motivos são os 5.316 km de

litoral que cercam os 43.094 km2 da principal massa de terra. Uma das

consequências históricas desta geografia foi uma indústria de arenque próspera

na costa da Zelândia, o que ajudou cimentar o comércio e o fluxo de divisas que

ajudou a cidade de Copenhaga crescer e tornar-se a capital do país.

Hoje, as atividades marítimas continuam a suportar o crescimento de

Copenhaga e da Dinamarca.

A Dinamarca, por exemplo, a base de uma das maiores empresas de

navegação do mundo, Maersk Group, que gera mais de 24 mil milhões € de

receitas anuais. Para além desta empresa, Maersk, a indústria de navegação

dinamarquesa inclui mais de 300 empresas de transporte.

Também o sector de actividade da náutica de recreio dinamarquesa é muito

grande face ao tamanho do país, que tem uma população de 5 milhões de

pessoas.

Assim os dados obtidos até à 2010 indicavam:

A existência de 57 000 barcos de recreio em portos dinamarqueses,

sendo que 57% são barcos à vela e 43% barcos a motor.

As pessoas em lista de espera para espaços portuários eram 12 500.

Portos existentes na Dinamarca eram cerca de 320.

Os números de clubes de vela eram 250;

Empresas de aluguer de barco: 50.

Empresas produtoras de barcos de recreio: 30;

Page 45: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

31

Empresas de reparação e manutenção: 150

Os números mostram um mercado ativo e crescente de barcos de lazer. No

entanto, devido ao número de fabricantes, distribuidores existentes, empresas de

manutenção, e as empresas de aluguer, o mercado é também fortemente

competitivo.

Um dos pontos fortes da Dinamarca no mundo desportivo são os desportos

náuticos, em especial a vela e o remo. Como consequência, um dos potenciais

nichos a explorar no mercado dinamarquês é o fornecimento de barcos

profissionais competitivos e respetivos equipamentos.

Os dinamarqueses também gostam de navegar por vários dias de porto para

porto, originando uma procura, estável, de embarcações e equipamentos.

Com mais de 57 mil embarcações de lazer nos portos e 12.500 à espera para se

juntar, existe uma procura continuada de equipamento de vela e canoagem.

Suécia

Com um dos maiores arquipélagos no mundo e inúmeros lagos, rios e canais, a

Suécia é excecionalmente bem dotada para uma atividade náutica

diversificada. A principal força do setor da náutica de recreio da Suécia é a

existência de mais de 1 milhão de barcos, fazendo da Suécia um dos países

líderes na posse de embarcações em todo o mundo.

Os suecos desde sempre foram apaixonados por embarcações e os passeios de

barco são um dos maiores fenómenos populares do país. Um terço da

população adulta realiza um passeio de barco pelo menos uma vez por

temporada/estação.

A Suécia tem uma indústria de construção naval altamente desenvolvida, o que

gera rendimento e proporciona empregos, em particular nas áreas menos

povoadas. Deste modo, não é difícil de entender a importância da náutica no

país.

Não há números exatos de quantos barcos de recreio existem na Suécia,

contudo um inquérito realizado em 2010 revelou que os agregados familiares

suecos com membros com idades entre os 20 e 74 anos possuem 881.000 barcos

de recreio.

A náutica de recreio em 2010 gerou um volume total de vendas de bens e

serviços náuticos, na ordem dos 1,6 mil milhões de euros.

Page 46: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

32

A figura seguinte ilustra o tipo de embarcações existentes na Suécia e a sua

percentagem:

Tipo de embarcações %

Canoas e Caiaques 6.0

Botes e barcos a remos, com ou sem

motores

18.0

Barcos abertos com motores até 10 metros 18.4

Barcos a motor com motores de pelo menos

10 metros sem cabine

32.0

Veleiros e botes sem acomodações para

dormir

2.6

Veleiros com acomodações para dormir

temporariamente

2.2.

Barcos com acomodações para dormir 13.6

Tabela 3 - tipo de embarcações existentes na Suécia

De acordo com com os dados recolhidos, em 2011, foram vendidos na Suécia

cerca de 19.100 barcos e 12 mil motores exteriores para barcos, incluindo 13.000

pequenos barcos, lanchas, 5.700 e 400 veleiros, foram ainda exportados cerca

de 3.700 barcos (no valor de 92.147.000€). Os maiores mercados de exportação

para os barcos suecos são a Noruega, Suécia, Finlândia e Alemanha.

No entanto, foram importados aproximadamente 5.100 barcos (no valor de

209.135.00€), que vieram, maioritariamente, da Finlândia, Noruega, Estados

Unidos e Polónia.

Relativamente à produção foram fabricados na Suécia, em 2011, cerca de 8.200

barcos (no valor de 209.135.00€), incluindo cerca de 7.500 pequenos barcos, 450

lanchas e 250 barcos à vela.

Ano Veleir

os

(Un.)

Veleiros

(M€)

Lanchas

(Un.)

Lanchas

(M€)

Outros

barco

s

(Un.)

Outros

barco

s

(M€)

Totais

(Un.)

Valores

Totais

(M€)

Produção de

Barcos

2008 600 109 1300 76 6100 43 8000 229

2009 520 56 1600 87 5100 33 7220 215

2010 339 76 578 109 8703 42 9620 227

2011 255 59 458 99 7500 42 8213 201

2012 120 38 309 59 5713 37 6142 133

Page 47: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

33

2013 129 34 229 45 5055 38 5413 116

Exportação

2008 401 77 746 71 5242 25 6389 173

2009 285 66 455 40 4535 29 5275 134

2010 254 41 261 41 4306 14 4821 96

2011 174 31 242 40 3288 9 3704 80

2012 86 22 133 22 2565 8 2784 51

2013 148 17 310 26 2278 6 2736 49

Importação

2008 712 33 5487 122 11917 32 17396 188

2009 314 13 2203 50 6730 15 9247 78

2010 272 14 2727 73 8030 12 11029 99

2011 173 12 4135 72 10132 5 14440 90

2012 126 5 2074 47 10226 6 12426 58

2013 79 8 3925 46 6014 3 10018 57

Tabela 4 - produção embarcações na Suécia

Na tabela anterior pode verificar-se que a produção e importação de veleiros foi

diminuindo gradualmente desde 2008 até 2013. Já do lado das exportações e

apesar de ter ocorrido uma diminuição até 2012, verificou-se um aumento no

ano de 2013.

Relativamente às lanchas, verifica-se uma diminuição na produção de 2008 até

2013. No entanto, tanto as exportações, como as importações, apesar de terem

diminuído até 2012, apresentaram um aumento em 2013.

Nos valores totais constata-se o decréscimo do valor gerado pela produção,

exportação e importação entre 2008 e 2013 o que corresponde ao período mais

forte da crise económica vivida na Europa.

Emprego - A produção de barcos de recreio é extremamente importante para a

Suécia por gerar emprego em empresas de todo o país, mas também porque a

produção é frequentemente localizada em áreas mais remotas, que,

tradicionalmente, oferecem pouco emprego. São exemplo: Orust / Tjörn,

Gotland, Värmland, Småland e partes da Norrland.

De acordo com as estatísticas recolhidas, trabalham cerca de 4 000 pessoas

diretamente na produção dos barcos de recreio na Suécia, se contabilizarmos

todos os fornecedores forem também incluídos estamos a falar de

aproximadamente 12 000 pessoas.

Page 48: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

34

Consumo - As despesas dos proprietários de barcos de recreio em comida,

bebida e restaurantes em 2010 ascenderam a cerca de 961,538 milhões de

euros. As despesas de outras atividades associadas à utilização de

embarcações, tais como a visitas a museus ou a outras atrações turísticas não

está incluído neste valor.

Noruega

De acordo com o CIA World Factbook, o litoral norueguês é 126 por cento maior

do que a costa dos Estados Unidos (ilhas e fiordes incluídos). A Noruega tem uma

longa tradição de utilizar o rico ambiente marinho, incluindo as principais

atividades na navegação comercial e de pesca. Os lares noruegueses possuem,

geralmente, rendimentos elevados e podem dar-se ao luxo de investir em

commodities recreativas. Este nível de vida é uniformemente distribuída entre a

população, fazendo a maioria dos cidadãos consumidores capazes.

A maioria dos noruegueses desfruta tipicamente cinco semanas de férias anuais,

fazendo do barco um investimento justificável. Como tal, a temporada de verão

é tipicamente inferior a cinco meses, e o mau tempo afeta, significativamente,

as vendas de material e equipamento náutico.

As vendas de barcos de recreio cresceram significativamente a partir de 2001 e

atingiu o pico em 2007-2008. Neste período, a Noruega foi o segundo maior

mercado europeu de barcos com motor e de motores exteriores de barco, o

que é notável para um país de, apenas, 5 milhões de pessoas como a Noruega.

Após o pico em 2007 /2008, a quota de mercado na Noruega diminuiu mais

rapidamente do que o mercado global. No entanto, em 2011, as vendas

começaram a aumentar novamente, e 2013 foi um ano forte.

Cerca de 25 por cento dos lares noruegueses possuem uma ou mais

embarcações, um aumento de 13 % num período de 10 anos. Anteriormente, a

maioria das pessoas tinha alguma experiência marítima antes de comprar uma

embarcação, mas nos últimos anos um novo segmento de proprietários de

embarcações, a preços mais baixos e custos de produção mais reduzidos. Esta

diversidade de compradores criou algumas fragmentações do mercado, mas

com uma característica que é uniforme, 9 dos 10 proprietários são homens.

Estima-se que existam 800 mil barcos de recreio a flutuar em águas norueguesas.

O segmento das lanchas para além de ser o maior é, também, um dos

segmentos que mais cresce. O número de novos motores vendidos no ano

passado, cerca de 26.000 unidades, enfatiza esta tendência.

Page 49: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

35

A procura de barcos a motor está entre 12,000-15,000 as unidades de,

principalmente no campo das importações.

Os barcos insufláveis (reforçados) são cada vez mais populares como os novos

brinquedos, responsáveis pelo “roubo” da quota de mercado às embarcações

de casco de tradicionais. Os Cascos de alumínio são outro caso de sucesso, pelo

aumento da procura.

As estatísticas mostram que o barco em média está a ficar mais caro. As vendas

anuais ente 2001-20007 aumentaram em 370 % e o número de barcos cresceu

240 %.

A Procura

Os escandinavos são ávidos viajantes, em particular, para países europeus,

como Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Grécia. Os Estados Unidos,

seguidos da Tailândia, são os destinos preferidos para as viagens de longo curso.

O nível de rendimento nos países escandinavos é globalmente muito elevado

sendo que uma boa parte é gasta em viagens. As despesas dos turistas nórdicos

per capita em viagens está entre as mais altos do mundo e viajam mais

frequentemente para o estrangeiro que os turistas de outros países. O turista

nórdico média gasta mais de € 1000 no período de férias (incluindo transporte,

alojamento e consumo).

Por exemplo, em 2006, comparando a média mundial, os escandinavos

gastaram, em média, 1.056€ face ao 600€ da despesa da média mundial. Os

escandinavos gastam 90% mais que a média dos turistas europeus em

alimentação, alojamento e atrações turísticas durante as férias.

Estima-se que 2,3% das viagens realizadas por Escandinavos têm uma motivação

náutica. A Alemanha (24%), a Escandinávia (15%), o Reino Unido (9%), a Holanda

(7%) e a França(6%) são os 5 principais mercados emissores europeus de turismo

náutico.

Países recetores de Turistas Escandinavos - Espanha

Para compreender o perfil de turista náutico escandinavo será importante utilizar

Espanha como referência, pois é considerada o número um dos países recetores

de turismo náutico por parte dos turistas escandinavos.

O relatório Travel Survey publicado pela Statistik Sentralbyrå (SSB) mostra que

noruegueses fizeram em 2013 um total de 7.370.000 viagens ao exterior, dos quais

Page 50: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

36

19% foram destinados para Espanha. Espanha é o segundo mais bem

classificado atrás da Suécia e à frente da Dinamarca. Ocupa a primeira posição

nas viagens de férias mais longas e de turismo náutico.

A Turespaña refere aliás que dentro deste segmento de turismo, a atividade

náutica realizada por turistas escandinavos gerou lucros na ordem dos 960

milhões no ano de 2007.

De entre as atividades preferidas dos turistas náuticos escandinavos, o mergulho

representa 49,3%, as embarcações de trânsito 20,7% e o charter náutico

representam 11,7% do lucro gerado.

A estadia média de cerca de 600 mil turistas estrangeiros que anualmente

usufruem e contratam serviços marítimos nos vários portos espanhóis é em média

11,37 dias.

Os Pacotes turísticos de charter náutico geralmente têm uma duração média de

sete dias, enquanto a média de permanência dos turistas em geral, é de nove

dias. As Baleares, especialmente Palma de Maiorca e Ibiza, e a Catalunha

(Girona e Barcelona) parecem ser os destinos preferênciais dos turistas

escandinavos que procuram fazer atividades náuticas.

As Ilhas Canárias são conhecidas pelas centenas de km de costa e as condições

climáticas ideais durante todo o ano, oferecem todos os ingredientes para ser

um dos locais preferidos para a indústria e turismo náutico mundial.

O progresso em Espanha do sector de barcos de recreio e desportos náuticos e

a relação entre o número de habitantes e o numero de amarações existentes

noutros países europeus é um bom indicador para ilustrar a situação do sector

em Espanha, que se posiciona atrás do Reino Unido. De entre os desportos

náuticos mais populares figuram a vela e o mergulho, que anualmente atraem

milhares de visitantes a vários pontos do mundo.

De acordo com a Consejeria de Turismo del Gobierno de Canárias, este

arquipélago foi eleito em 2009 como o destino preferido do Turismo Náutico na

Europa sendo que suecos, finlandeses e noruegueses são os turistas que mais

viajam para este destino. Segundo os turistas escandinavos as condições

climatéricas durante o ano todo aliada à oferta de diversidade de atividades

náuticas como windsurf, kitesurf, vela, pesca e mergulho são o fator principal.

Segundo as fichas executivas de medida (exploradas abaixo) realizadas pelo

Turismo de Espanha em Setembro de 2014 para cada país nórdico é possível

perceber que em todos a Espanha encontra-se nos três lugares cimeiros de

preferências.

Page 51: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

37

Dinamarca

Em 2010, os dinamarqueses adultos realizaram 6.1 milhões de viagens em lazer,

com pelo menos quatro noites de estadia em 2008; 64% foram visitas externas. O

avião foi o meio de transporte de eleição, com 60% das viagens a serem

realizadas por este meio. Por outro lado, os dinamarqueses optaram pelo carro

em quatro das cinco viagens realizadas na Dinamarca.

Para 43% das viagens realizadas na Dinamarca, o tipo de alojamento

selecionado foi com família e amigos, 20% em habitações de férias próprias e

17% em casas de férias alugadas. Acampar foi também um método popular de

férias na Dinamarca, correspondendo a 11% das viagens totais. O tipo de aloja-

mento mais popular no estrangeiro foi a hotelaria com 53%, enquanto 18% ficou

com amigos/familiares (www.dst.dk).

A Suécia manteve-se o destino mais popular dos dinamarqueses em 2009. Mais

viagens foram registadas devido à fraca moeda sueca, permitindo aos

dinamarqueses comprar intensivamente na Suécia. A Alemanha, a Espanha, a

França, o Reino Unido e a Itália também mantêm a popularidade entre os

dinamarqueses (Euromonitor International, Travel and Tourism in Denmark, 2010).

Os elevados preços do petróleo aumentaram os valores das viagens externas, e

como a Dinamarca é um país que fica a cerca de 6 horas de muitos destinos, o

carro foi uma opção popular. Por outro lado, as viagens externas tornaram-se

mais apelativas devido à valorização da moeda dinamarquesa, que tornou os

produtos internos mais caros. A procura de viagens externas mantém-se forte,

embora as agências tenham cortado mais de 15% na oferta. A categoria dos

charters é a razão principal para os valores positivos nas viagens externas, bem

como a forte moeda dinamarquesa que torna os hotéis e restaurantes

estrangeiros relativamente baratos. Os viajantes continuam a preferir os pacotes

tudo-incluído (Euromonitor International, Tourism Flows Outbound in Denmark,

2010).

Segundo a Danmarks Statisk, em 2013 a Espanha foi o destino líder para férias de

longa duração por parte dos dinamarqueses.

Suécia

De uma forma geral, os suecos viajam com bastante frequência, resultado do

elevado nível de internacionalização e do conhecimento de Inglês e outras

línguas. As viagens para o exterior aumentaram de 9.1 milhões em 2000, para

10.2 milhões em 2009. De acordo com os dados da World Travel and Tourism

Council (WTTC), o número de viagens externas em lazer ou negócios

decresceram 11% no ano de 2009. As viagens de lazer representaram 85%,

Page 52: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

38

enquanto as viagens de negócios representaram 15%. A Finlândia com 10.4 % e

a Espanha com 11% foram os destinos de eleição para os suecos. A Dinamarca

ocupa a terceira posição. Embora estes números tenham aumentado desde

2008, todos os destinos no top 10, com exceção da Península Malaia - incluindo

a Tailândia - experienciaram um decréscimo em 2009, com a Itália, a Dinamarca

e a Finlândia a registarem os decréscimos mais acentuados. Contudo, importa

referir que as viagens para os destinos no top 10 foram responsáveis por 70% das

viagens realizadas em 2009, significando um aumento de 12% desde 2000. De

uma forma geral, a recessão económica afetou negativamente as viagens

externas dos finlandeses. Estima-se que o desemprego continue a subir até ao

final de 2011 na Finlândia, mas as taxas positivas de crescimento e o aumento da

confiança do consumidor irão conduzir ao crescimento das viagens externas em

2011, estimando-se um crescimento de 3% (Euromonitor, 2010).

No primeiro trimestre do ano – 2011 - os finlandeses realizaram um total de 1 204

000 viagens de lazer para o exterior. Viagens, com dormidas no país de destino,

foram 316 000. Destas, 15% foram para a Estónia e 5% para a Suécia.

Segundo o estudo Rese-och Turist Data Basen de Resurs Ab para 2013, Espanha

foi o país mais visitado por os suecos (13,3%) seguido dos Dinamarqueses (9,2%),

Finlandeses (8,5%) e Noruegueses (7,5%). Em viagens de lazer a quota de

mercado de Espanha ascendeu aos 15,3%. Outros destinos do Mediterrâneo

tiveram percentagens menores de viagens: Turquia (5,5%), Itália (4,5%), Grécia

(4,7%) e França (4,3%).

Os principais concorrentes nos destinos do mercado charter para a temporada

de verão são a Grécia - que este ano foi relançado por operadores depois de

alguns anos de estagnação - e Turquia, que perdeu participação de mercado,

depois de ter aumentando gradualmente nos últimos anos. Enquanto isso, Chipre

tende a enfraquecer as vendas e a capacidade oferecidas tanto gravadas,

mas a Croácia continua a crescer.

Noruega

Em 2010, os noruegueses efetuaram 22.9 milhões de viagens, com pelo menos

uma dormida; 33% destas viagens foram para o exterior. Os destinos mais

populares foram a Suécia, a Dinamarca e a Espanha. As mulheres viajaram mais

do que os homens em 2010 (Statistics Norway, 2010). Nesse ano, verificou-se um

crescimento maior do turismo para o exterior do que nas chegadas e no turismo

doméstico. Estes fatores ficam a dever-se, principalmente, à força da moeda

norueguesa, a par de uma economia saudável. Prevê-se que os noruegueses

continuarão a a viajar para a Suécia e para os países vizinhos. De um modo

geral, a crise global financeira causou menos impactos na economia

Page 53: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

39

norueguesa comparativamente à maioria dos outros países e, como

consequência, os números nas chegadas ao país decresceram dramaticamente

em 2009. Mas, se durante 2008 se verificou um aumento no turismo para o

exterior, em 2009 os noruegueses começaram a viajar menos para fora e a

realizar mais viagens domésticas (Euromonitor, 2010).

No que diz respeito às características das viagens, os noruegueses aumentaram

o seu interesse em produtos e serviços relacionados com a saúde e bem-estar e

turismo ativo. As atividades mais populares foram o golf, o mergulho e o ski, mas

também houve um aumento nas viagens de aventura, nomeadamente para

fazer canoagem e safaris em África. Por seu lado, as viagens de curta duração

aumentaram, bem como o turismo ambiental. Este último, não foi impulsionado

pela procura do consumidor, mas sim pelo crescimento de empresas que,

através da sua oferta, estimulam a procura de produtos e serviços que

contribuem para uma sociedade melhor (Euromonitor, 2010).

No que diz respeito às despesas, um viajante sueco em negócios gasta, em

média, 335 Euros por pessoa/por dia, enquanto um viajante em lazer gasta em

média 100 Euros.

Em 2010, o valor da moeda sueca aumentou de novo perante a queda do Euro

durante 2008 e 2009. A estabilização da moeda de troca irá ser positiva para as

viagens internacionais dos suecos.

No que diz respeito ao padrão das viagens, as viagens ao fim-de-semana e os

short-breaks para cidades europeias tendem a aumentar, tendo como objetivo

sentir-se bem, comer bem, fazer compras, etc. A situação económica e

climática irá afetar as viagens de longo curso, enquanto as viagens de curta

duração para a região nórdica irão aumentar (Swedish Agency for Economic

and Regional Growth).

A economia norueguesa é geralmente fiel ao seu destino. Se estão satisfeitos

com o destino regressa. Este emerge das estatísticas oficiais que mostram que

81% destino de repetição. A este respeito, é de salientar que o nível de

satisfação alcançado: 93% dos noruegueses que visitaram Espanha que marcou

mais de 7 pontos (em uma escala de 1 a 10).

Page 54: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

40

2.3. Reino Unido

Mapa

Figura 13 – O Reino Unido no Mapa da Europa

Page 55: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

41

2.3.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades

Nauticas

A Grã-Bretanha é constituída pela Inglaterra, pelo País de Gales e pela Escócia.

Estes três países formam, com a Irlanda do Norte, o Reino Unido. Localizado no

noroeste da Europa, o Reino Unido encontra-se entre o Oceano Atlântico, o Mar

do Norte, o Mar da Irlanda e o Canal da Mancha. A geografia do Reino Unido é

variada, incluindo falésias junto da costa, terras de alta e de baixa altitude e

variadas ilhas ao largo da Escócia. A região desfruta de 12 429 quilómetros de

costa e nenhuma localidade se encontra a mais de 120 km do mar.

Figura 14 – Mapa do Reino Unido (esquerda) & Vista Área do Rio Tamisa em Londres

(direita)

Fonte – Elaboração Própria (esquerda) & The Guardian / Getty Images (direita)

Os dois maiores rios são o Rio Severn e o Rio Tamisa. O Rio Severn é o maior rio da

Grã-Bretanha, com 354 quilómetros de comprimento, e nasce a 610 metros de

altitude perto de Plynlimon, no País de Gales. Este rio desagua no Canal de

Page 56: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

42

Bristol. O rio Tamisa é um rio do sul da Inglaterra, com 346 quilómetros de

extensão, que banha Oxford e Londres e desagua no mar do Norte.

Clima

O Reino Unido é uma ilha composta por outras ilhas de menor dimensão, tendo

assim uma elevada influência marítima no seu clima. O território é também

caracterizado pelas zonas montanhosas do Este do país, incluindo as montanhas

do País de Gales, o Noroeste de Inglaterra e da Escócia.

Figura 15 - Temperaturas Mínimas e Máximas no Reino Unido (2013)

Fonte – World Weather Online

A temperatura mínima, em valores médios, no Reino Unido varia entre os 2°C, nos

meses de Dezembro a Fevereiro, e os 12°C em Julho e Agosto. Já os valores

médios da temperatura máxima encontram-se entre os 7°C (Dezembro) e os

23°C (Agosto).

O Reino Unido é um país chuvoso durante todo o ano, inclusivamente nos meses

de verão, com Julho e Agosto a registarem mais de dez dias de chuva por mês.

Os meses mais rigorosos são Outubro, Novembro, Dezembro e Janeiro, com 15 a

20 dias de chuva por mês.

8 8

1113

17

2022 23

19

15

10

7

2 2 3 4

7

1012 12

10

7

42

0

5

10

15

20

25

Temperatura Máxima (média, em °C)

Temperatura Mínima (média, em °C)

Page 57: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

43

Figura 16 - Chuva no Reino Unido (Média de Dias e Precipitação em mm)

Fonte – World Weather Online

2.3.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica

Os países recetores de turistas têm uma preocupação crescente com as

condições infraestruturais existentes no país. Com o objetivo de receber com

qualidade um grande volume de turistas e, de forma a este ser percebido como

satisfatório para os visitantes, os diferentes governos entendem que é necessário

a construção e a manutenção de um conjunto de condições físicas e de

infraestruturas adequadas, nomeadamente, os Portos Náuticos, marinas e postos

de amarração; os Aeroportos; os Transportes Rodoviários e Ferroviários e as

Instalações Hoteleiras.

Os turistas, quando viajam para um país estrangeiro, têm como padrão de

avaliação e comparação as condições que o seu país de origem oferece. A

dificuldade de alguns países, mais pobres em infraestruturas, é exatamente

corresponder aos standards que esses países emissores apresentam.

As marinas e os postos de amarração são portos náuticos, ou seja, são lugares

específicos, no mar ou em terra, onde as pequenas embarcações podem ficar

ancoradas.

As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e

é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta

indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma

associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue

os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar

que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais

Page 58: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

44

de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 amarrações. Considerando

as 600 marinas de água doce, e somando todas as que pertencem a mercados

para os quais não existem dados, estima-se que a Europa possua mais de 5.000

marinas, com mais de 500.000 amarrações (ADAC: “Marinaführer, Deutschland,

Europe”, 2010). Este mercado, que agrega deste os portos de amarração até às

instalações de apoio, pode representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros

(Luković, T. & Gržetić, Z., 2007).

Figura 17 – Mapa do Caminhos Ferroviários (esquerda) e Aeroportos (direita)

Fonte – National Rail & Tourist Net UK

A Grã-Bretanha têm, no seu total, 84 marinas, das quais 44 localizam-se na

Inglaterra, 36 na Escócia e as restantes 4 no País de Gales (Marina Guide). O Mar

do Norte é aquele com maior número de marinas (61 marinas), correspondendo

a 72,62% das marinas neste território3. O Reino Unido é um dos países europeus

com um melhor sistema de transportes, tem cerca de 30 aeroportos, 16.454

quilómetros de caminho ferroviário e 394.428 quilómetros de rodovias.

3 Informação completa das marinas, portos, portos de amarração e localização em “Anexo – Lista

de Marinas”

Page 59: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

45

2.3.3. A Prática de Atividades Nauticas

O Reino Unido publica, anualmente, o estudo Watersport Participation Survey4 –

que pretende monitorizar a participação da sua população nos desportos

náuticos. Este relatório, baseado numa amostra de cerca de 12 mil entrevistados

em todo o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte),

permite dar uma visão sobre as tendências da atividade nauta ao longo de um

período de 12 anos para as 12 atividades estudadas5.

O sumário das principais conclusões, do estudo de 2013, evidenciam:

28,8% da população participou, durante o ano de 2013, em pelo menos

uma destas atividades;

A taxa de participação em atividades náuticas com barcos de recreio

encontra-se na ordem dos 7,1%, o que corresponde a 3,5 milhões de

pessoas adultas em todo o Reino Unido;

A Canoagem e o Caiaque são as atividades que registaram um maior

crescimento de participação, num total de 3% da população;

Embora as taxas de participação nas atividades tenha registado um

crescimento, o número de eventos com barcos manteve-se semelhante

ao número de eventos registados no ano anterior e a sua taxa de

participação também não registou grandes alterações;

O ano de 2013 assistiu a um aumento dos participantes 'casuais' (menos de

6 vezes durante o ano) e uma diminuição nos participantes regulares;

A participação feminina continua a registar crescimentos constantes

desde 2010,com um volume de participantes próximo dos 40% no ano em

estudo;

A participação do grupo etário com mais de 55 anos continua também a

assinalar aumentos, desde 2002 que esse número aumentou 50%;

4 Este estudo é elaborado por seis organizações britânicas, nomeadamente, British Marine

Federation, Royal Yachting Association, Maritime and Coastguard Agency, Royal National Lifeboat

Institution, British Canoe Union e Marine Management Organisation. 5 As atividades englobadas no estudo foram: Barco à vela; Corridas de Iates; Cruzeiros de Iates;

Barcos a Motor; Cruzeiros; Passeios de Barco em Canais; Outros usos dos Barcos; Remo; Windsurf; Esqui

Aquático; Canoagem; e Outros usos de embarcações pessoais.

Page 60: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

46

O valor em termos de propriedade de barcos, quer a motor que à vela,

diminuiu cerca de 2,7% em comparação ao ano transato. A maior queda

foi registada nas embarcações náuticas de maior tamanho;

Contrariamente ao que acontece com os barcos de recreio, a aquisição

de canoas, de pranchas de windsurf e de outros desportos de deslize

apresentaram um crescimento;

Aproximadamente 35% das atividades náuticas não ocorrem na costa.

Impacto na Economia

Receitas de Turismo Náutico e da Náutica de Recreio no Reino Unido

O estudo Watersport Participation Survey verificou igualmente o impacto

económico das diversas atividades na economia nacional.

Principais conclusões:

O turismo náutico das embarcações de recreio contribuiu com 3.7 biliões

de libras (4.75 mil milhões de euros6) na economia britânica, em 2012-

2013, o que representa 3,2% de todos os gastos com o turismo no Reino

Unido;

Com mais de 2000 empresas no setor do turismo dos passeios de barco –

desde marinas, postos de amarração, venda e reparação de barcos,

aluguer e charter, escolas e formação – gerou um volume de negócios

superior a 783 milhões de euros e mais de 14.900 empregos a tempo

inteiro (diretos e indiretos);

Adicionalmente, os gastos com os serviços complementares durante a

prática das atividades náuticas (que incluem serviços como a

restauração, as viagens e o alojamento) gerarem um Valor

Acrescentado Bruto de 4,24 mil milhões de euros (£ 3,3 mil milhões) para a

economia do Reino Unido;

Estes serviços garantiram também 81 mil postos de trabalho (diretos e

indiretos).

6 Taxa de Conversão para o dia 01 de Outubro de 2014, onde 1£ = 1,285€

Page 61: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

47

A Procura

Em 2013, a população britânica era superior a 64 milhões de pessoas e a faixa

etária mais numerosa é aquela com idades entre os 25 e os 54 anos,

representando 40,7% dos habitantes.

As famílias britânicas têm, em média, rendimentos altos, que os torna no sétimo

país da OCDE com maior riqueza financeira do lar. A renda líquida ajustada

disponível por família per capita é de US$ 25.828,00 (correspondendo a 20.493,53

euros7) por ano, maior que a média da OCDE de US$ 23.938,00

(aproximadamente 18.994 euros8).

Em 2012 e 2013, Portugal esteve nos dez destinos preferenciais dos britânicos,

com 2.111.000 e 1.900.000 visitantes, respetivamente. Existe uma preferência por

países europeus e, o único país na lista dos dez países mais visitados não

europeu, são os Estados Unidos da América. A Espanha e a França lideram a

escolha dos turistas, concentrando 20,1% e 15,1% (Figura abaixo).

7 Taxa de Câmbio ao dia 01 de Outubro, com 1 USD = 0,7935 EURO 8 Taxa de Câmbio ao dia 01 de Outubro, com 1 USD = 0,7935 EURO

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Polónia

Grécia

Holanda

Portugal

Alemanha

Itália

Irlanda

EUA

França

Espanha

2012 2013

Page 62: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

48

Figura 18 - Top 10 destinos dos Britânicos (2012 e 2013. em milhares de pessoas)

Fonte – Travel Trends (2014)

Figura 19 - Gastos dos Turistas Britânicos no Exterior (2013)

Fonte – Turismo de Portugal & UK Tourism Survey

Os gastos dos britânicos nas suas férias ocorreram sobretudo para o Alojamento

(28%) e para a Restauração (26%), que em conjunto representaram 54% do total

dos gastos. As Viagens Internas, as Compras e a Animação desempenharam

17%, 15% e 7% respetivamente.

As viagens de avião representaram, em 2013, a escolha de 79.6% dos britânicos

para o meio de transporte utilizado para chegar ao seu destino de viagem

internacional. Em segundo lugar, os meios de transporte marítimo foram a

escolha de 12.2% dos turistas, expondo um potencial para as atividades náuticas

durante as férias. Por último, as viagens por terra, representaram 8.2% do meio de

transporte utilizado para a deslocação ao exterior (Figura seguinte).

28%

7%

3%

26%

15%

17%

4%Alojamento

Animação

Excursões

Restauração

Ar

80%

Mar

12%

Terra

8%

Page 63: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

49

Figura 20 - Meio de Transporte Utilizado para as Viagens em Férias ao Exterior (2013)

Fonte – Travel Trends 2013

O estudo Watersport Participation Survey 2013 elaborou uma tabela que

apresenta a propriedade de barcos por tipo de atividade:

Figura 21 - Propriedade de Barco

42%

35%

48%

9%

26%

19%

13%

14%

23%

35%

30%

27%

6%

7%

11%

18%

3%

4%

20%

13%

8%

9%

16%

3%

8%

13%

0%

12%

10%

17%

11%

8%

3%

5%

1%

13%

23%

28%

32%

45%

27%

21%

31%

22%

20%

20%

20%

28%

Pequenas corridas de barco à vela…

Pequenas atividades barco à vela -…

Corrida de Iate

Cruzeiro de Iate

Motos de água, Jet Esqui e Similares

Lanchas Rápida

Barco a motor / Cruzeiro

Passeios em canais

Remo

Canoagem

Windsurf

Esqui aquático

EuAgregado familiar

Famíliaoutros)

Amigos

4%

5%

0%

3%

15%

4%

12%

23%

12%

10%

26%

6%

7%

2%

1%

5%

3%

20%

7%

9%

6%

3%

1%

2%

0%

0%

0%

1%

2%

0%

0%

1%

1%

1%

2%

4%

3%

4%

4%

1%

5%

11%

1%

5%

25%

7%

2%

10%

Pequenas corridas de barco à…

Pequenas atividades barco à…

Corrida de Iate

Cruzeiro de Iate

Motos de água, Jet Esqui e…

Lanchas Rápida

Barco a motor / Cruzeiro

Passeios em canais

Remo

Canoagem

Windsurf

Esqui aquático

Charter alugado(sem capitão)

Carter alugado(com capitão)

Charter alugado(com frota)

Proprietário

Page 64: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

50

2.4. Espanha

Mapa

Figura 22 - Espanha no Mapa da Europa

Fonte – Elaboração Própria

Page 65: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

51

2.4.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades

Nauticas

Espanha é um país integrante da Península Ibérica e situado na Europa

meridional. O seu território inclui as Ilhas Baleares, no Mediterrâneo, as Ilhas

Canárias, no Oceano Atlântico, e duas cidades autónomas no norte de África,

Ceuta e Melilla, que fazem fronteira com o Marrocos. Com uma área de 504 030

km², a Espanha é, depois da França, o segundo maior país da Europa Ocidental

e da União Europeia, sendo o quarto maior país da Europa.

A natureza peninsular de Espanha explica também o comprimento do seu litoral

de 7.880 quilómetros, distribuídos no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo.

Assim, as duas costas, a costa norte do Oceano Atlântico e, a costa sul, do Mar

Mediterrâneo, juntamente com o clima, concedem à Espanha uma posição

estratégica e favorável no que concerne à prática de desportos náuticos e à

náutica de recreio.

A Espanha, apesar do um país ser reconhecido mundialmente pelas suas praias

e pelo seu clima, oferece à sua população e aos seus turistas um valor que vai

para além do Turismo de Sol e Praia, de onde se pode destacar:

Uma diversidade de culturas: Espanha é um país heterogéneo;

antigo e moderno; refinado e popular; religioso, etc;

A Espanha é um dos países mais ricos do mundo em património, é

o segundo país do mundo com maior número de declarações de

Património Mundial da UNESCO;

Possuí mais de 20.000 monumentos de interesse no país.

Clima

O clima da Espanha é muito variado devido à posição latitudinal e pelas

próprias características de seu território. Este país possui alguns lugares com

suaves temperaturas, em torno dos 16 °C, e outros que ultrapassam os 40 °C,

durante grande parte do verão. A tabela abaixo apresenta a média mensal das

temperaturas máximas, em graus celsius, registadas no ano de 2013. A Grã

Canária apresentou durante todo o ano uma média mensal das temperaturas

máximas acima dos 20°C. A região de Sevilha apesar de não apresentar valores

altos para todo o ano, foi a região que registou, desde Março e até final de

Novembro, médias entre os 20°C e os 38°C. Todas as regiões espanholas

Page 66: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

52

apresentam, um mínimo de quatro meses, nos quais as temperaturas máximas se

encontram acima dos 20°C.

Cidades Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Barcelona 13 14 16 18 21 25 28 28 25 21 17 13

Corunha 13 13 15 16 17 20 22 23 22 19 15 13

Madrid 9 11 15 19 22 27 31 32 25 18 13 9

Maiorca 14 15 17 19 22 26 29 29 27 23 18 15

Grã

Canária

22 22 22 23 27 25 24 25 26 25 23 21

Santander 12 12 14 15 17 20 22 23 21 18 15 12

Sevilha 15 18 21 24 27 32 36 38 32 26 20 16

Valência 15 16 18 20 23 26 28 29 27 23 19 16

Valladolid 7 10 14 17 20 26 29 29 25 18 12 8

Saragoça 10 12 17 19 23 27 31 30 26 20 14 10

Tabela 5 - temperaturas máximas

Page 67: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

53

2.4.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica

Os países recetores de turistas têm uma preocupação crescente com as

condições infraestruturais existentes no país. Com o objetivo de receber com

qualidade um grande volume de turistas e, de forma a este ser percebido como

satisfatório para os visitantes, os diferentes governos entendem que é necessário

a construção e a manutenção de um conjunto de condições físicas e de

infraestruturas adequadas, nomeadamente, os Portos Náuticos, marinas e postos

de amarração; os Aeroportos; os Transportes Rodoviários e Ferroviários e as

Instalações Hoteleiras.

Por outro lado, os turistas, quando viajam para um país estrangeiro, têm como

padrão de avaliação e comparação as condições que o seu país de origem

oferece. A dificuldade de alguns países, mais pobres em infraestruturas, é

exatamente corresponder aos standards que esses países emissores apresentam.

Portos Náuticos, marinas e postos de amarração

As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e

é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta

indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma

associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue

os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar

que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais

de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 postos de amarração.

Considerando as 600 marinas de água doce, e somando todas as que

pertencem a mercados para os quais não existem dados, estima-se que a

Europa possua mais de 5.000 marinas, com mais de 500.000 postos de

amarração (ADAC: “Marinaführer, Deutschland, Europe”, 2010). Este mercado,

que agrega deste os portos de amarração até às instalações de apoio, pode

representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros (Luković, T. & Gržetić, Z.,

2007).

Marinas em Espanha

Em 2009, a Federación Española de Puertos Deportivos - Federação Espanhola

de Portos de Recreio – contabilizou na sua costa um total de 355 portos, e com

126.963 postos de amarração. A frente mediterrânea é aquela com maior

representatividade, 215 portos e 95.800 postos de amarração (mais de 75% do

total de postos de amarração espanhóis)

Page 68: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

54

Apesar da uma saturação da sua faixa costeira (1 porto por cada 15 quilómetros

de costa), a Espanha continua a registar um crescimento constante do número

de marinas e ancoradouros (Figuras seguintes).

Figura 23 - Evolução dos Portos Desportivos e Recreativos em Espanha (2009)

Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos

Figura 24 - Evolução dos Postos de Amarração em Espanha (2009)

Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos

Entre 2005 e 2009, o número de portos aumentou cerca de 11%, de 321 para 355,

e o número de postos de amarração verificou uma subida igualmente

significativa, de aproximadamente 19%. A Federación Española de Puertos

Deportivos descreve os seus portos espanhóis como sendo de pequena

300

310

320

330

340

350

360

2005 2006 2007 2008 2009

95000

100000

105000

110000

115000

120000

125000

130000

2005 2006 2007 2008 2009

Page 69: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

55

dimensão, com 60% dos portos a apresentarem menos de 300 postos de

amarração.

Figura 25 - Tamanho dos Portos de Recreio Espanhóis

Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos

A Marina-Guide, website de referência, lista as principais marinas e portos de

Espanha:

Tabela 6 - principais marinas e portos de Espanha

Marina Porto Oceano / Mar Postos de

Amarração

Marina Barbate Marina Barbate Oceano Atlântico 314

Marina La Línea Alcaidesa Marina Oceano Atlântico 624

Marina Las

Rehoyas De Las

Palmas

Las Palmas Marina Oceano Atlântico 1130

Marina Playa

Blanca

Playa Blanca Marina

(Lanzarote)

Oceano Atlântico 120

Marina Puerto

Colón

Puerto Colon Marina - Tenerife Oceano Atlântico 344

Marina San Miguel San Miguel Marina Teneriffe Oceano Atlântico 340

Marina Santa Cruz Marina del Atlantico - Tenerife Oceano Atlântico 440

Marina

Empuriabrava

Marina Empuriabrava Mar Mediterrâneo 5000

Marina

Cartagena

Puerto Deportivo Tomás

Maestre

Mar Mediterrâneo 1520

Marina de Mataró Port Mataró Mar Mediterrâneo 1086

Marina Valencia Real Club Náutico de Valencia Mar Mediterrâneo 1211

Marina Andalucia Puerto Deportivo de

Benalmádena

Mar Mediterrâneo 1016

59%

28%

13%Pequenos (< 300 postos de amarração)

Médios (entre 300 e 800 postos de

amarração)

Grande (>800 postos de amarração)

Page 70: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

56

Marina Andalucia Puerto Deportivo Almerímar Mar Mediterrâneo 1100

Marina Baleares Puerto Deportivo Santa Eulalia Mar Mediterrâneo 755

Marina Valencia Port America's Cup Marina Mar Mediterrâneo 700

Aeroportos

Espanha é um país com uma rede de 48 aeroportos, nacionais e internacionais,

distribuídos pelo seu território continental e, também, pelas ilhas.

Figura 26 - Aeroportos Internacionais em Espanha

Fonte - Turismo de Espanha, em Spain.info

Em 2010, a AENA - Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea – listou os vinte

principais aeroportos espanhóis9:

9 Ver mais em: http://www.aena.es/csee/ccurl/333/933/anualDefinitivos_2010.pdf

Page 71: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

57

Madrid-Barajas Airport

Barcelona-El Prat Airport

Palma de Mallorca Airport

Málaga Airport

Gran Canaria Airport

Alicante Airport

Tenerife South Airport (Reina

Sofía)

Ibiza Airport

Lanzarote Airport

Valencia Airport

Girona-Costa Brava Airport

Sevilla Airport (Sevilla)

Fuerteventura Airport

Tenerife North Airport (Los

Rodeos)

Bilbao Airport

Menorca Airport

Santiago de Compostela

Airport

Reus Airport

Asturias Airport

Murcia-San Javier Airport

Page 72: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

58

Transporte Rodoviário e Ferroviário

Espanha tem uma rede rodoviária de mais de 11 000 quilómetros. O plano de

Investimento do Governo propõe aumentar esta rede para 15 000 quilómetros

até ao ano de 2020, convertendo-se numa das mais amplas e modernas do

mundo.

No que se refere ao transporte ferroviário, este país dispõe de uma rede de mais

de 15.000 quilómetros. As linhas de comboio de alta velocidade são uma

prioridade nos planos de infra-estrutura do Governo. A rede de comboios de alta

velocidade contará, nos próximos anos, com 7.200 quilómetros, desta forma,

Madrid estará conectada por este tipo de transporte rápido com a fronteira

francesa, via Saragoça (Aragão), Barcelona (Catalunha) e via Vitoria e Irún no

País Basco (Spain Business).

Figura 27 - Rede Ferroviária de Alta

Velocidade em Espanha

Fonte - ACPRail

Page 73: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

59

2.4.3. A Prática de Atividades Nauticas

O Turismo em Espanha

A Espanha é um país com diversas atrações turísticas, com história e com um

importante património cultural, com 41 lugares classificados como Património

Mundial. No entanto, é a combinação de quatro fatores, designadamente, (1) o

clima, (2) as praias, (3) o preço e (4) a proximidade, que faz do turismo “Sol e

Mar” o maior importador de turistas para este país.

Este modelo tem apresentado, até ao momento, um notável sucesso, com

entradas de receitas estrangeiras elevadas e fazendo da Espanha o terceiro

destino mundial, com 57,3 milhões de chegadas (Organização Mundial de

Turismo, 2008). Os turistas chegam principalmente do Reino Unido, da Alemanha,

da França e dos países escandinávos.

O modelo de "Sol e Mar" começa a apresentar os primeiros sinais de

estagnação, causada em parte:

Pela saturação geográfica, provocada pela concentração do turismo na

costa do Mediterrâneo e nas ilhas;

Pelo baixo uso das infraestruturas e da capacidade de alojamento

turístico, consequência da forte sazonalidade neste produto turístico;

Pelo elevado impacto sobre o meio ambiente;

Pela forte concorrência de outros países do Mediterrâneo,

nomeadamente da Tunísia, Marrocos e, dos países orientais como o Egito,

Croácia, Bulgária, Grécia e, especialmente, da Turquia.

Neste modelo de turismo baseado, fundamentalmente, na proximidade com o

Mar Mediterrâneo, os desportos aquáticos e náuticos ocupam um lugar de

relevo, que se traduz na existência de numerosas infraestruturas relacionadas

com as atividades das embarcações de recreio.

O Turismo em Espanha

- Terceiro lugar no ranking mundial;

- Recebeu 57,3 milhões de turistas internacionais;

- Dos quais 70% para as áreas costeiras;

- Gerou receitas de 61.600 milhões de USD;

Fonte: Organização Mundial do Turismo (2008)

Page 74: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

60

O turismo náutico é também contemplado no Plan Turístico Español 2020, que

afirma uma aposta na "melhoria do quadro jurídico e administrativo,

amplificando a qualidade no domínio do relacionamento com o cliente e na

combinação do turismo náutico com outras atividades turísticas"

Os produtos turísticos na área da náutica

A situação da indústria náutica, em Espanha, entre 2002 e 2006, foi marcada por

uma estabilidade económica e pela continuação dos níveis de crescimento

registados até então. O setor náutico espanhol registrou, nesse intervalo, uma

tendência de crescimento no número de matrículas, alcançando um

crescimento acumulado de 22%. A partir de 2007, a vitalidade da economia

espanhola começa a apresentar os primeiros sinais da crise financeira mundial,

circunstância que originou uma diminuição, gradual, do registas das matrículas

de embarcações náuticas de recreio. O processo registou um agravamento nos

anos subsequentes, em 2008 e em 2009.

As matrículas em 2012, no período entre Janeiro a Junho, registaram uma

diminuição de 8,7%, face ao mesmo período no ano anterior. Neste primeiro

semestre de 2012 foram registadas 2.760 embarcações.

A figura seguinte apresenta o número de licenças de embarcações registadas

entre Janeiro de 2007 e Junho de 2012.

Figura 28 - Matrículas de Embarcações de Recreio em Espanha (2007 a 2012)

Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas

100

300

500

700

900

1100

1300

1500

1700

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Page 75: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

61

Existe um manifesto declínio entre os anos de 2007 e 2008 para os anos seguintes,

de 2009 até 2012. No entanto, o mês de Junho de 2012 registou um número de

licenças (797) superior ao registado no mesmo mês de 2011 (763).

Os pedidos de licença concentram-se sobretudo nos meses entre Abril e

Setembro, com Julho a ser o mês com maior afluência de pedidos.

A ANEN, Asociación Nacional de Empresas Náuticas, analisou o este mercado e

classificou a náutica de recreio pelo tipo de embarcações, nomeadamente:

Os barcos a motor são o tipo de embarcação com maior representatividade no

mercado espanhol da náutica de recreio, totalizando 51,51% em 2011 e 46,49%

em 2012. Apesar de serem a embarcação de preferência, a sua variação de

2011 para 2012 foi negativa, na ordem dos 17,60%. As restantes embarcações,

com percentagens inferiores à registada pelos barcos a motor, assinalaram no

entanto variações positivas entre os dois anos em análise. As lanchas semi rígidas

excederam os 16,80% (2011) para 19,31% (2012) e as lanchas insufláveis, que

representavam 12,47% do mercado em 2011, representaram no ano seguinte

13,33%. Por fim, em 2012, as motos de água e a vela compunham 12,79% e

8,08%, respetivamente, do mercado espanhol.

Figura 29 - O Mercado da Náutica de Recreio em Espanha, por tipo de Embarcação (%)

Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas

O número de embarcações registadas não é uniforme para todo o território

espanhol, algumas províncias assinalam uma maior ocorrência de registos do

Barcos a Motor Barcos à Vela Lanchas insufláveis Lanchas semi rígidas Motos de Água

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Motos de Água Barcos a motor Lanchas

insufláveis

Lanchas semi

rígidas

Vela

% 2011 / Total % 2012/ Total

Page 76: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

62

que outras. Barcelona encontra-se em primeiro lugar, com um total de 424

licenças de embarcações submetidas no primeiro semestre de 2012, um valor

6,27% superior ao registado em 2011. Segue, a figura abaixo, com os dados para

2011 e 2012, de Janeiro a Junho, das dez províncias espanholas com maior

número de licenças sinalizadas.

Província 2011 (Jan a Jun) 2012 (Jan a Jun) % Variação

Barcelona 399 424 6,27

Ilhas Baleares 342 325 -4,97

Cádis 119 196 64,71

Málaga 172 167 -2,91

Girona 136 159 16,91

Alicante 182 153 -15,93

Madrid 220 149 -32,27

Las Palmas 134 134 0,00

Corunha 104 122 17,31

Pontevedra 164 103 -37,20

(Subtotal) 1972 1932 -2,03

Tabela 7 - províncias espanholas com maior número de licenças sinalizadas

Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas

Tanto Barcelona como as Ilhas Baleares encontram-se com registos superiores às

restantes províncias, sendo Cádis a província que segue em terceiro lugar, com

196 pedidos de licenças, no primeiro semestre de 2012. Adicionalmente, Cádis

(64,71%), Corunha (17,31%), Girona (16,91%) e Barcelona (6,27%) foram as quatro

províncias a registar uma variação positiva entre 2011 e 2012.

O aluguer de embarcações, tanto pelo custo financeiro como pela

conveniência que oferecem, é variadas vezes a opção para quem quer praticar

algum desporto com embarcações de recreio. Este mercado, em valor

percentual do número de alugueres, é dominado pelo aluguer das motos de

água, com mais de 80%. Seguem os barcos à vela, os barcos a motor e, por fim,

as lanchas semi rígidas.

Page 77: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

63

Figura 30 - Aluguer de Embarcações (% do total nacional)

Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas

*Valores percentuais do número total de licenças emitidas entre Janeiro e Junho de

2012

As licenças obrigatórias para os barcos, tanto à vela como a motor, são um

indicador da prática da náutica de recreio. Em Espanha, é também necessário

o pedido de licença para a prática de outros desportos náuticos, tais como:

A figura seguinte apresenta a evolução do número de licenças emitidas, pelas

entidades competentes espanholas, durante 2003 e até 2011, para os seis

desportos indicados acima, juntamente, com a vela.

0

20

40

60

80

100

Motos de Água Barcos a motor Lanchas semi rígidas Vela

2011 2012

Ativ. Subaquáticas Esqui Náutico Motonáutica Canoagem Remo Surf

Page 78: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

64

Figura 31 - As Atividades Nautas em Espanha (evolução das licenças concedidas, 2003 a

2011)

Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas

A Canoagem, as Atividades Subaquáticas e a Vela são as três atividades com

uma maior procura no mercado Espanhol. Depois, com menos de 15.000

licenças por ano, encontram-se as restantes atividades, ou seja, o remo, o surf, o

esqui náutico e a motonáutica.

As Atividades Subaquáticas não registaram uma grande oscilação na procura,

em 2003 o número de licenças emitidas foi de 43.170 e, em 2011, desceu para

36.969. A Vela segue uma tendência similar à registada pelas atividades

subaquáticas, com exceção para o ano de 2007 e 2010, que registaram um

crescimento da procura. A Canoagem apresenta valores próximos nos anos 2003

e 2011, no entanto, no intervalo de tempo entre estes dois anos, a sua procura

apresentou níveis distintos. Em 2003, o governo espanhol emitiu 21.455 licenças

para a prática da canoagem, depois, em 2006 esse número aumentou para

67.394 licenças. Já em 2001, a procura deve um declínio, e foram registadas

15.167 licenças, um valor inferior ao registado em 2003.

O Remo, o Surf, o Esqui Náutico e a Motonáutica apresentam uma menor

expressão de valor de mercado. A média anual de licenças emitidas encontra-

se entre as 1.153, para a Motonáutica e, as 8.753 para o Remo. Com 1.427 e

4.983 de licenças médias anuais, para os anos de 2003 a 2011, encontra-se o

Esqui Aquático e o Surf, respetivamente.

Resumidamente, em 2011, a Vela foi o desporto náutico com maior procura em

Espanha (37,17% do total dos desportos náuticos). As atividades subaquáticas

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Atividades subaquáticas Esqui náutico

Motonáutica Canoagem

Remo Vela

Surf

Page 79: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

65

registaram aproximadamente 29% da procura (28,54%) e a Canoagem 11,71%.

Com valores próximos, o Surf representou 10,81% e o Remo 10,25%.

Figura 32 - As Atividades Nautas em Espanha (% do total nacional, 2011)

Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas

28%

1%1%

12%

10%

37%

11% Atividades subaquáticas

Esqui náutico

Motonáutica

Canoagem

Remo

Vela

Surf

As principais feiras e eventos náuticos que Espanha realiza:

Salón Náutico de Barcelona

Expo Náutica – Salón Náutico de Madrid;

Barcelona World Race.

Page 80: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

66

Impacto na Economia

O turismo náutico é um sector com um elevado consumo de serviços e de bens

intermédios, por exemplo, um barco exige motores, geradores, equipamentos

eletrónicos e diversos componente de outras indústrias auxiliares, que sem a

existência da primeira não subsistiriam. Em 2009, o sector da náutica de recreio

em Espanha registou uma Produção Efetiva de 5.690 milhões de euros e 1.079

milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB). No mesmo ano, este setor

gerou 16 mil postos de trabalho (AENB - Asociación de Empresas Náuticas de

Baleares; ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas; MYBA The

Worldwide Yachting Association; AEGY - La Asociacion Española de Grandes

Yates, 2012).

O Impacto Económico e o Emprego da Náutica de Recreio em Espanha (2009)10

Efeito Direto Efeito Total Multiplicador

Produção efetiva (milhões de

euros)

5.690 17.192 3,61

VAB (milhões de euros) 1.079 5.690 5,27

Empregos 16.000 107.434 6,71

O interesse no desenvolvimento deste sector encontra-se, diversas vezes, ligado

aos elevados efeitos multiplicadores que são originados. Assim, o efeito total da

produção efetiva multiplica 3,61 vezes, ou seja, o efeito direito de 5.690 milhões

de euros correspondem a um efeito total de 17.192 milhões de euros. O mesmo

acontece para o Valor Acrescentado Bruto que, em 2009, multiplicou os seus

efeitos totais em 5,27 vezes. O emprego é a variável com um multiplicador de

6,71; os 16 mil empregos diretos correspondem a 107.434 postos de trabalho

indiretos.

Os efeitos do sucesso da náutica de recreio são distintos, dependendo do setor

de atividade. A figura seguinte ilustra o efeito global da náutica entre os

diferentes setores da economia espanhola, nomeadamente, na agricultura, na

energia, na indústria, nos serviços e no próprio sector da náutica. Desta forma, o

setor de serviços é aquele que recebe a maior fração do efeito total do setor

(37,62%), seguido de náutica de recreio (28,78%), claramente influenciado pela

importância do efeito direto. Em terceiro lugar surge o setor industrial, com

10 Instituto Nacional de Estadística

Page 81: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

67

28,05%. Por fim, e com um valor residual, aparece o setor da Energia (4,39) e da

Agricultura (0,71% do efeito total).

Figura 33 - O Efeito da Náutica de Recreio nos Diversos Setores (2009)

Indústria

28%

Energia

4%

Agricultura

1%Serviços

38%

Náutica de

Recreio

29%

CLIPPING

- O Turismo Náutico na Espanha irá crescer 12% durante 2014;

- O turista náutico gasta 30% mais do que outros turistas, de modo a que o setor

exige um plano de marketing específico;

- Em entrevista, o responsável da Estaciones Náutica, Rafael Moreno, destaca que

este aumento na procura é consequência dos novos hábitos da sociedade, que se

encontra cada vez mais atraída para o desporto “tanto no dia-a-dia como no seu

tempo livre”;

Page 82: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

68

A Procura

Em 2010, mais de 2 milhões de turistas estrangeiros realizaram atividades náuticas

em Espanha, e em especial nos meses de Julho e Agosto. O arco entre o Mar

Cantábrico e o Oceano Atlântico é frequentado sobretudo no verão, a zona do

Mediterrâneo é visitada desde a primavera e as Canárias durante todo o ano.

O número de turistas espanhóis que, em 2009, praticaram atividades náuticas foi

superior a 1,2 milhões. A Comunidade Valenciana foi a região eleita por um

maior número de turistas espanhóis para a prática de desportos náuticos (19,3%).

Seguem-se, em importância, as regiões da Catalunha (9,5%), as Ilhas Canárias

(7,1%), Andaluzia (5,7%) e as Ilhas Baleares (5,4%).

Tamanho das embarcações

Considerando a tipologia de embarcações por comprimento, observa-se que a

procura é mais dirigida a embarcações mais pequenas, reforçando o domínio

do mercado deste tipo de embarcações. Nos primeiros nove meses de 2010, os

barcos com menos de 8 metros de comprimento representavam 86% do

mercado total.

Os barcos de 8 a 12 metros, apresentaram um crescimento, ainda que

moderado (+ 1,9%). Por outro lado, as embarcações de comprimento superior

caíram fortemente durante este período, especialmente de 15 a 18 m (- 21,7%).

Também em queda ainda que menos acentuada (-16,7%), encontram-se as

embarcações com mais de 18 metros. Os barcos de maior comprimento, a partir

de 12 metros, representam 3,3% do mercado total.

O comportamento de procura por barcos de recreio responde a fatores sazonais

e está concentrada nos meses de Junho, Julho e Agosto. Em Junho de 2010

foram vendidos mais de metade dos barcos recreio (28,9%) que as vendas

realizadas nos meses anteriores (Abril e Maio). Os meses de Julho e Agosto e

mostram uma situação mais estável, mantendo um crescimento moderado, que

se situou nos 9,5%, em média.

Em Espanha, os nautas das embarcações de recreio estão divididos de forma

uniforme, ou seja, não existe um desequilíbrio significativo nos segmentos que

exibem interesse na sua prática. Os Estudantes são os que mostram uma

representatividade menor, de apenas 3% do total de nautas em Espanha. Os

Profissionais Liberais (20%) e os Empresários em nome individual (19%) são os

grupos com maior representatividade, no entanto, os restantes apresentam

valores próximos. 17% dos nautas são Altos Executivos, já o segmento dos

Empregados por conta de outrem e o segmento dos Reformados compõe, cada

um, 14% dos nautas. Por fim, os Quadros Intermédios representam 13%.

Page 83: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

69

Figura 34 – Os Nautas em Espanha

Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada

O turismo náutico em Espanha é praticado, em mais de 80%, por adultos entre os

31 e os 60 anos. Os dois escalões intermédios, dos 31 aos 45 anos e dos 46 aos 60

anos, apresentam uma expressão muito similar, de 42% e 41%, respetivamente. As

pessoas com mais de 60 anos são o terceiro grupo e representando,

aproximadamente, 10% dos praticantes. Por fim, encontram-se todos aqueles

com menos de 30 anos (7% dos turistas náuticos).

Figura 35 - Idade dos Turistas Náuticos em Espanha

Fonte - Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada

Curiosamente, os dois grupos etários mais expressivos apresentam diferenças na

escolha do comprimento do barco de recreio. Neste caso, os nautas com 31 a

Estudantes

3%

Profissionais

Liberais

20%

Empresários em

nome individual

19%

Altos Executivos

17%

Quadros

Intermédios

13%

Empregados

14%

Reformados

14%

%

0

10

20

30

40

50

Menos de 30 anos 31-45 anos 46-60 anos Mais de 60 anos

Page 84: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

70

45 anos preferem barcos menores, de 6 a 10 metros, já os nautas com 46 a 60

anos preferem os barcos com mais de 10 metros.

Figura 36 - As Idades e a Escolha do Comprimento do Barco

Fonte - Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada

As embarcações de recreio são na sua maioria propriedade privada dos nautas

(67%), complementarmente, o mercado do aluguer representa 23% das

embarcações, em Espanha. É comum verificar uma diferença entre estes dois

tipos de propriedade, e na náutica de recreio a posse de um barco é mais

comum que o seu aluguer. Estatísticas mais recentes destacam uma subida no

aluguer dos barcos, com ou sem tripulação, em comparação ao verificado no

início da década de 1990. Os restantes 10% encontram-se divididos em 9% dos

nautas que viajam em embarcações emprestadas por amigos ou familiares e

em 1% dos que têm uma embarcação em contrato de Time Sharing, ou seja,

com propriedade compartilhada.

6 a 10 m. 10 a 15 m. 15 a 20 m.

31 a 45 anos 51 36 36

46 a 60 anos 33 47 47

0

10

20

30

40

50

60

%

Própria; 67,3

Alugada; 23,1

Amigos-

Familiares; 8,8

Time Sharing;

0,8

Page 85: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

71

Figura 37 – O Tipo de Propriedade das Embarcações de Recreio

Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada

O alojamento dos nautas é feito maioritariamente nos próprios barcos (69%).

Quando o barco assim não o permite ou quando a opção do nauta reside por

outro tipo de alojamento, as opções dividem-se entre: casa própria (11%), casa

arrendada (9%), hotel (6%) ou em casa de amigos e familiares (5%).

Figura 38 – O Alojamento dos Nautas em Espanha

Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada

Conforme já abordado anteriormente, as estações do ano mais quentes são as

preferidas entre os nautas, com especial destaque para o verão, como escolha

principal de aproximadamente 90% dos nautas, seguida da primavera (34,6%).

Os meses mais frios têm também adeptos, no entanto, num número inferior. O

outono agregou a preferência de 26,8% e o Inverno 8,3% dos nautas.

69%

6%

11%

9%5%

Barco

Hotel

Casa própria

Casa arrendada

Casa de amigos-

familiares

Page 86: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

72

Figura 39 – As Estações do Ano Escolhidas entre os Nautas*

Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la

Universidad de Granada

(*Possibilidade de resposta múltipla)

Exemplo - Os Turistas Nautas na Comunidade de Valência

- As atividades náuticas de lazer mais praticadas durante o verão são as

relacionadas com as embarcações de recreio, nomeadamente o com barcos a

motor e os barcos à vela. No entanto, estas são outras atividades com diversos

praticantes:

Windsurf;

Mergulho;

Kitesurf.

- A Internet é o canal mais utilizado para obter informações sobre os destinos de

turismo náutico. As outras fontes são as Recomendações de outros nautas e as

Revistas da Especialidade.

- Os nautas viajam com seu próprio veículo, tendem a ficar nas suas casas de

férias e têm consigo carro, ou outro tipo de veículo rodoviário, para as

deslocações em terra;

- Em geral, as atividades náuticas são realizadas com a companhia de amigos

ou familiares;

- A despesa média diária, por pessoa, para a atividade náutica é de 91 €;

(Agència Valenciana del Turisme. Estudio de la Demanda de Turismo Náutico en

la Comunitat Valenciana. & Conselleria de Turismo, Cultura y Deporte Julio 2011)

34,6

88,8

26,8

8,3

0

20

40

60

80

100

Primavera Verão Outono Inverno

Page 87: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

73

2.5. França

Mapa

Figura 40 - A França no Mapa da Europa

Fonte – Elaboração Própria

Page 88: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

74

2.5.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades

Nauticas

A localização geográfica da França oferece duas grandes vantagens: está

inserida no coração da União Europeia, gozando de uma posição de

encruzilhada, reforçada por uma extensa rede de comunicações. A sua

localização central na Europa faz com que seja um território de passagem. Tem

também um duplo acesso ao mar com quatro linhas de costa no Mar do Norte,

o Canal da Mancha, o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, que estão entre

os mais utilizados mares do mundo.

O litoral da França estende-se por 5.500 km, sendo 7.000 km com os territórios

ultramarinos. Nenhum outro país da União Europeia tem maior número de

quilómetros de costa e oferece mais portos de águas profundas. Possui mais de

500 portos, de comércio, de pesca e de lazer ao longo de sua costa. A França é

a quinta potência europeia portuária, com mais de 360 milhões de toneladas de

carga e 30 milhões de passageiros.

O turismo é um dos sectores mais significativos da França, com enormes

potencialidades em diversas áreas como o turismo urbano, cultural,

gastronómico, destino de compras, turismo de natureza, turismo náutico, entre

outros. Com 85 milhões de turistas em 2013, detém o título de maior destino

turístico do mundo. Tendo em consideração esta vantagem competitiva, o país

considera o sector marítimo como tendo uma importância estratégica

fundamental.

A náutica de recreio beneficia desta “boleia” da estratégia do país para o

turismo e para o mar, em particular da importante estratégia dos portos, através

das infraestruturas, recursos humanos, tecido empresarial de construção de

embarcações, prestação de serviços, entre outros.

Page 89: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

75

2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica

O sector da náutica de recreio em francês caracteriza-se pelo seu dinamismo e

pela grande variedade de produtos oferecidos: embarcações à vela e a motor,

de tamanhos e características muito diferentes; mas também vela ligeira e

diversos desportos; serviços (empresas de aluguer de equipamento, marinas);

assim como a investigação o desenvolvimento de novas formas de lazer.

Os profissionais da náutica de recreio estão agrupados numa federação: a

Federação das Indústrias Náuticas (FIN - Fédération des Industries Nautiques).

Estima-se que o número de velejadores seja de cerca de 4 milhões.

Dada a importância que o sector ocupa no panorama mundial diversos eventos

são realizados anualmente em França, como o Salon Nautique de Paris, um das

maiores eventos do género no mundo recebendo cerca de 260 mil visitantes.

Duas outras exposições são realizadas no outono: O Festival de la Plaisance de

Cannes e o Grand Pavois de la Rochelle.

Marinas

Existem cerca de 470 portos e instalações de recreio no mar para acomodar

navios e 50 portos e abrigos fluviais, agrupados principalmente na federação

francesa de marinas (FFPP - Fédération Française des Ports de Plaisance). Estas

instalações são responsáveis por cerca de 165 mil lugares identificados.

A este parque, devem ser adicionadas os lugares de amarração individuai

coletivos fora dos portos, ao longo da costa, geralmente em estuários

protegidos.

Page 90: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

76

Figura 41 – Mapa das principais marinas das várias zonas costeiras: mediterrânea,

atlântica e mediterrânea

Fonte – Elaboração Própria

Estudo do observatório dos portos de lazer

O Observatório dos Portos de Lazer desenvolveu em 2011 um inquérito que

distribuiu a 408 marinas e portos para proceder a uma caraterização global do

sector.

A taxa de respostas obtida foi de cerca de 54%, com 179 instalações marítimos,

representando 118 792 lugares de amarração e 41 fluviais, representando 8 131

lugares de amarração.

Região Departamento Portos Capacidade Região Departamento Portos Capacidade

Norte 3 1.282 Languedoque-Rossilhão 16 18.753

Norte 1 450 Aude 2 1.812

Pas de Calais 2 832 Gard 2 5.296

Picardia 1 250 Hérault 5 3.952

Somme 1 250

Pirenéus

Orientais 7 7.693

Alta Normandia 2 1.180 Provença -Côte d’Azur 73 46.259

Sena Marítimo 2 1.180

Alpes-

Marítimos 19 13.341

Baixa Normandia 9 4.865

Bocas do

Ródano 26 15.404

Calvados 3 481 Var 28 17.514

Mancha 6 4.384 Córsega 4 1.343

Bretanha 43 25.901 Córsega 4 1.343

Côtes d'Armor 12 7.021 Total Mediterrâneo 93 66.355

Finistère 17 8.905

Ile et Vilaine 1 679

Morbihan 13 9.296

Pais do Loire 6 2.095

Líger-Atlântico 4 70

Page 91: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

77

Vendeia 2 2.025 Territórios ultramarinos 5 2.675

Poitou-Charentes 13 8.407 Territórios ultramarinos 5 2.675

Carântono-

Marítimo 13 8.407

Aquitânia 4 5.782

Gironda 2 4.316

Landes 1 951

Pirenéus

Atlânticos 1 515

Total Mancha /

Atlântico 81 49.762 Total França 179 118.792

Figura 42 - Respostas ao inquérito por região e departamento (portos marítimos)

Fonte: Observatório dos portos de lazer

A tipologia mais comum dos portos de lazer marítimos corresponde a uma

dimensão entre 100 a 499 postos de amarração (36,3%), seguida dos portos com

dimensão entre 500 e 1000 postos. No entanto podem encontrar-se pequenas

marinas, com capacidade inferior a 100 postos (12,8% do total), assim como

marinas de grande dimensão, com capacidades superiores a 1000 postos (19%),

como se pode constatar na figura seguinte.

Figura 43 – Repartição por capacidade de acolhimento

Fonte – Observatório dos Portos de lazer

Já a dimensão das instalações por volume de negócios, apresenta uma grande

variedade de situações, desde valores inferiores a 50 mil euros de volume de

negócios (10% das instalações), até valores superiores a 3 milhões de euros (10%),

conforme se pode ler na figura seguinte.

12,8%

36,3%31,8%

19,0%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

< 100 postos de

amarração

de 100 a 499 postos de 500 a 1000 postos > 1000 postos

Page 92: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

78

Figura 44 – Repartição das instalações por volume de negócios (euros)

Fonte – Observatório dos Portos de lazer

Os principais modelos de gestão das instalações de portos de lazer dividem-se

entre a gestão direta (48%), a delegação por arrendamento (12%) e a

delegação por concessão (40%). Enquanto a gestão direta é feita, na sua

grande maioria, por entidades públicas, a gestão por concessão compreende

um conjunto diversificado de situações: além das instituições públicas (29%),

engloba ainda a gestão feita por associações (7%), Câmaras do Comércio e

Indústria (21%), empresas privadas (16%) e empresas mistas (27%).

Geral Delegação

Figura 45 – Repartição das instalações por tipo de gestão

Fonte – Observatório dos Portos de lazer

Portos interiores

Os portos interiores distribuem-se por todo o território francês, acompanhando o

percurso dos principais rios do território e a localização dos maiores lagos. Na

15%

4%

14%12%

16%

9%

20%

10%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

igual ou

inferior a 50

mil

50 a 100 mil 100 a 300

mil

300 a 500

mil

500 mil a 1

milhão

1 a 1,5

milhões

1 a 3

milhões

igual ou

superior a 3

milhões

Gestão

direta;

48%Delegação

arrendament

o; 12%

Delegação

concessão

; 40%

7%

21%

16%

29%

27%

Associações

Câmaras

Comércio e…

Empresas privadas

Instituições

públicas

Empresas mistas

0% 20% 40%

Page 93: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

79

figura seguinte apresenta-se a distribuição dos portos de águas interiores ao

inquérito do Observatório dos Portos de Lazer.

A frota de embarcações fluviais e lagos interiores estima-se em cerca de 35.000

unidades (muitos dos barcos de recreio registados no mar também podem

navegar no interior).

Fluvial Lacustre

Aquitânia 5

Borgonha 4 1

Bretanha 2

Centro 1

Champagne 2 2

Alta Normandia 1

Languedoque-Rossilhão 4

Lorena 3

Sul-Pirenéus 1

Norte-Pas-de-Calais 3

País do Loire 3

Picardia 1

Provença-Alpes-Côte d’Azur 0

Ilha de França 5

Ródano-Alpes 1

Total 36 3

Figura 46 – Repartição das respostas por região e categoria (número de portos)

Fonte – Observatório dos Portos de lazer

Como seria de esperar o tipo de embarcações ancoradas nos portos interiores

são de porte sensivelmente menos do que as dos portos marítimos. No que

respeita aos portos fluviais, prevalecem as embarcações com dimensão

compreendida entre os 6 e os 10 metros de comprimento, sendo que cerca de

90% do total de embarcações tem até 14 metros. Nos portos lacustres a

dimensão média é ainda menor sendo que mais de metade das embarcações

ancoradas tem mesmo de 6 metros de comprimento.

Page 94: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

80

Figura 47 – Repartição das instalações por tipo de embarcação ancoradas nos portos

fluviais

Fonte – Observatório dos Portos de lazer

A Fileira Náutica

A fileira náutica, nas suas várias componentes - produção, distribuição e serviços

- inclui 4,9 mil empresas, gerou um volume de negócios de 4,16 mil milhões de

euros e mais de 45.000 postos de trabalho em 2007. A França é o segundo maior

fabricante de barcos de recreio do mundo e o maior na Europa (o primeiro no

mundo para a construção de vela com o grupo Beneteau - Jeanneau).

Mais de 63% da produção é exportada, principalmente para a Alemanha, o

Reino Unido, Espanha e Itália para os países da União Europeia e dos Estados

Unidos. Este sector inclui grandes fabricantes como o grupo Jeanneau-Beneteau,

Dufour et Sparks, Fountaine Pajot, Guy Couach, Catana, Hamel.

Frota de navios de lazer

Em 2013 foram efetuadas 14.000 inscrições de novos navios no mar, além das

64.000 embarcações usadas vendidas no mesmo período.

A navegação de lazer no mar representa uma frota total de cerca de 979.918

unidades (31 de agosto de 2013, excluindo territórios ultramarinos), dos quais

74,6% são embarcações a motor, enquanto 20,2% corresponde a embarcações

à vela, conforme se pode ver na figura seguinte.

Três quartos do parque de embarcações de águas marítimas são de

comprimento inferior a 6 metros. Por outro lado cerca de 4,5% correspondem a

embarcações com mais de 10 metros de cumprimento.

0

500

1000

1500

2000

2500

< 6 m 6 a 10 m 10 a 14 m 14 a 18 m 18 a 24 m > 24 m < 6 m 6 a 10 m > 14 m

Fluvial Lacustre

Page 95: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

81

Figura 48 – Repartição das embarcações por dimensão e modo de propulsão, em

águas marítimas, 2013

Fonte – Direction Génerale des Infrastructures, des Transportes et de la Mer

A região de Provença-Alpes-Côte d’Azur (PACA) concentra o maior número de

embarcações em águas marítimas. Em conjunto com Languedoque-Rossilhão e

a Córsega, forma a zona costeira mediterrânea, albergando quase 40% do total

das embarcações. A Bretanha, banhada quer pela costa Atlântica a oeste, quer

pelo Canal da Mancha a Norte, é a segunda região com mais embarcações,

representando 24% do total.

Figura 49 – Repartição das embarcações por região em águas marítimas, 2013

Fonte – Direction Génerale des Infrastructures, des Transportes et de la Mer

564 012

173 295

105 963

46 253 45 87327 831 16 688

731 117

197 826

50 770

205

0

100 000

200 000

300 000

400 000

500 000

600 000

700 000

800 000

28 730

44 801

48 023

54 444

55 561

78 558

84 974

108 564

235 156

241 107

Norte-Pas-de-Calais / Picardia

Alta Normandia

Córsega

Baixa Normandia

Poitou-Charentes

Aquitânia

País do Loire

Languedoque-Rossilhão

Bretanha

Provença-Alpes-Côte d’Azur

Page 96: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

82

Cote d’Azur

Um cartão-de-visita de França em termos de turismo náutico é a região da Cote

d’Azur, a Riviera Francesa. Com mais de 10 milhões de turistas por ano, a esta

região é o segundo principal destino turístico no país, após a região parisiense.

Contudo, no que diz respeito ao turismo náutico, assume um lugar de destaque.

Todos os anos a Cote d'Azur hospeda 50% da frota mundial de iates luxuosos,

sendo que 90% desses iates visitam costa da região pelo menos uma vez na vida.

Alguns fatores contribuem de forma decisiva para criar as condições propícias

para ser um destino de eleição dos turistas náuticos:

2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas

Impacto na Economia

A produção náutica francesa está sobretudo voltada para a exportação, que

corresponde a 72% da produção. O continente americano representa a maior

fatia deste valor, mas também os mercados da Ásia e do Oriente Médio,

continuaram a crescer (+ 13%): atingindo um volume de negócios de €

311.000.000 e representando 42% da produção.

Em 2012/2013 a indústria naval francesa gerou uma receita total de 740,3 milhões

de euros, para 47.131 unidades produzidas, e representando diretamente 6.163

empregados.

A produção de veleiros liderou a indústria com um volume de negócios de cerca

de 422,6 milhões de euros e uma taxa de exportação de 75%.

A França é líder mundial no segmento de casco único, com um volume de

negócios de 252,1 milhões de euros, e no segmento multicascos de cruzeiro com

um volume de negócios de € 163,4 milhões de euros.

300 dias de sol por ano

115 km de litoral18 campos de

golfe14 estações de

esqui3.000 restaurantes

Page 97: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

83

A produção francesa de barcos a motor é representou neste período 298,5

milhões de euros, com as exportações a representarem 68% das vendas.

Alguns números da fileira náutica francesa:

Fonte: Direção Geral das infraestruturas, dos transportes e do mar

O sector do turismo náutico é composto por um conjunto alargado de atores,

entre clientes e fornecedores que, de forma integrada, constituem a sua cadeia

de valor.

Em França, a Federação das Indústrias Náuticas, congrega muitos desses atores

e organiza os seus associados por categoria, segundo a sua intervenção na

cadeia de valor:

90 Fornecedores de equipamentos

75 Empresas de alugueres marítimos

16 Empresas de alugueres fluviais

Page 98: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

84

13 Produtores de Motores

16 Empresas de desportos com prancha

124 Prestadores de serviços náuticos

153 Empresas de comércio e manutenção de

embarcações

38 Empresas de Iates de luxo

10 Empresas de desportos de natureza

30 Instituições públicas e outros atores

Enquadramento Regulamentar da Náutica de Recreio

Um conjunto de normativos regula o funcionamento da náutica de recreio em

França.

Inscrição e Registo

O registo é obrigatório para todas as embarcações motorizadas com mais de

5m ou mais 6cv. As embarcações de recreio com um volume igual ou superior a

10 metros cúbicos, ou cujo peso seja igual ou superior a 10 toneladas devem ser

registrados na França se viajarem habitualmente em França e os seus

proprietários aí tiverem a sua residência habitual ou, o caso das empresas, a

sede dos seus negócios. (artigos 78º e seguintes do Código Fluvial - Decreto de

15 de Outubro de 2009, sobre as condições para o registo, licença e aposição

de marcas de identidade externa de barcos de navegação recreio ou

estacionados em águas interiores).

A escolha é entre o registro "mar" ou inscrição como "águas interiores". O registo

de "mar" é obrigatório para todos os navios que navegam no mar, mesmo que

esporadicamente.

Page 99: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

85

O Certificado Internacional de Barco de Recreio (CIBP) é emitido

automaticamente a qualquer titular de carta de circulação em "águas interiores"

para uma embarcação com menos de 20m. Esta é necessária para navegar

noutros países, especialmente na Alemanha e na Áustria. O CIBP é válido por um

período de 2 anos.

Barcos mais de 20 milhões que naveguem em águas interiores devem possuir o

Certificat Communautaire, válido por cinco anos (Decreto de 19 de Janeiro de

2009). Este certificado é emitido após a inspeção de segurança para

embarcações que não possuam marca CE ou cujo certificado expirou.

Segurança

As embarcações de recreio são obrigadas a ter a bordo equipamentos de

segurança, correspondente a uma lista tipo relativa ao tipo de embarcação e à

sua área de navegação.

Além disso, todas as embarcações de recreio (mar ou rio) colocadas no

mercado comunitário após 16 de junho de 1998, independentemente do seu

tipo e método de propulsão, cujo comprimento se situe entre 2,5 m e 24 m

devem ser estar em conformidade com a Directiva Europeia 94-25 e com o

Decreto 96-611, com a redacção dada pelo Decreto n º 2005-185, de 25 de

Fevereiro de 2005.

Sistema de comunicações VHF

Os equipamentos de voz VHF são opcionais para embarcações de recreio à

vela em águas francesas do interior, exceto em determinadas áreas (por

exemplo, em Paris.) em que são obrigatórios. Quando a embarcação possui esse

tipo de equipamentos, regista-lo na Agence Nationale des Fréquences.

A utilização de um rádio VHF portátil com uma potência máxima de 6 watts, e

desprovido da função ASN é permitida aos titulares de cartas de condução de

mar ou águas interiores. Assim, o CRR (Certificat Restreint de Radiotéléphonie)

não obrigatório para as unidades portáteis VHF, em frança, apesar de continuar

obrigatório noutros países ou em águas internacionais. Além disso, é obrigatório

para a utilização de estações VHF com mais de 6 watts e / ou com a função ASN

(todos os telefones fixos).

Certificado ou licença náutica de lazer

Para os residentes franceses, a autorização náutica de lazer é necessária para

todas as embarcações com uma potência superior a 6cv. Existe a opção

costeira (limitada a seis milhas de navegação de abrigo) ou águas interiores

(limitado a 20m de comprimento de barco). São ainda possíveis extensões para

Page 100: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

86

o exterior (para o primeiro caso) ou para grandes embarcações fluviais (no

segundo caso).

Para os estrangeiros, é aplicada a resolução ICC, Decreto n ° 91-731 de 23 de

Julho de 1991, que estabelece as condições de validade do Certificado

Internacional de Marinheiro, para navios com menos de 15m.

Navegação mista, mar e rio

Desde que o marinheiro tem as devidas licenças, os navios registados como

"mar" podem viajar no mar e em águas interiores. Contudo, as embarcações

registadas em "águas interiores" não devem ultrapassar os "limites do mar",

mencionada em mapas SHOM.

Podem ser concedidas autorizações excecionais mediante pedido a Affaires

Maritimes, para uma única viagem após a inspeção da embarcação. Os navios

que possuam bandeiras estrangeiras e autorizadas no seu país de origem para o

mar, podem também mover-se por mar e águas interiores. Todos os navios

devem ser capazes de apresentar um documento oficial que justifique a sua

bandeira.

Taxas

Todas as embarcações de recreio que circulem por vias navegáveis interiores

geridos por VNF devem pagar o Péage VNF ("vinheta"). Este não é pago nas vias

geridas pelas comunidades locais. O montante da taxa varia em cinco

categorias de acordo com a superfície do navio.

Embarcações registadas como "mar" devem pagar um imposto anual que varia

consoante o comprimento do navio e da sua potência de motor. Uma taxa de

passaporte pelo mesmo valor é aplicada a navios de bandeira estrangeira,

quando o barco está a navegue em águas marítimas, mesmo que

esporadicamente.

Documentos normativos das vias marítimas

O RGP (Regulamento Geral da Polícia – Navegação Interior) e os RPP

(Regulamentos particulares para cada via marítima) estão disponíveis em

formato digital no website do Ministério dos Transportes

Page 101: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

87

Planos Nacionais e Estratégias Coletivas

A náutica de recreio está muito descentralizada, sendo que cada região tem as

suas próprias estratégias de desenvolvimento para este subsector.

A nível nacional pode ser destacada, no entanto, a estratégia nacional de

revitalização portuária, pelo papel de âncora que as estruturas portuárias

desempenham no desenvolvimento de toda a fileira náutica.

Estratégia nacional de revitalização portuária

A estratégia nacional de revitalização portuária é composta por três áreas

principais: a construção de soluções de logísticas integradas; reforço da política

industrial; reforço do papel do desenvolvimento e gestão do espaço.

Com esta nova estratégia, a França pretende manter um lugar de destaque no

comércio internacional como um ponto de entrada ou hub da Europa e

contribuir para o desenvolvimento industrial e económico, e simultaneamente

promover o emprego. Por outro lado tem em vista projetar o interior a nível

europeu e iniciar a cooperação em estruturas costeiras e fluviais.

Exemplos de Estratégias Regionais:

Região Languedoque-Rossilhão

Figura 50 – Região de Languedoque-Rossilhão

Languedoque-Rossilhão é a região central do sul da França, que inclui a parte

mais ocidental da costa mediterrânea da França, estendendo-se desde o vale

do Ródano até à fronteira espanhola. As suas maiores cidades são Marselha e

Montpellier.

Page 102: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

88

Ao contrário da Provença, a leste, esta região é plana, com longas praias de

areia, e uma infraestrutura turística moderna. Em grande parte as áreas até 20

quilômetros da costa têm foram desenvolvidas com forte orientação para o

turismo nos últimos 40 anos.

Anualmente recebe cerca de 5 milhões de turistas estrangeiros, num total de 20

milhões de noites. Os turistas alemães constituem o maior mercado (34%),

seguindo-se os britânicos (22%), holandeses (17%), belgas, suíços e italianos.

Os principais critérios de escolha do destino pelos turistas estrangeiros a

gastronomia (72%), a beleza das paisagens (65%), e os monumentos e museus

(62%).

Nos seus 220 km de costa, conta com 28 portos marítimos, além dos 14 portos

fluviais, albergando o terceiro maior parque de embarcações registadas: 105 mil

unidades.

Alberga uma importante indústria náutica, responsável por 6600 empregos

gerados por 1790 empresas em diversas áreas de atividade :

220 estaleiros / equipamentos / motores

880 empresas comerciais / manutenção / serviços

690 empresas de náutica de recreio

Um dos principais atores na área da promoção económica e do turismo é a

Agência regional de desenvolvimento económico: Invest Sud de France.

A Estratégia regional da região de Languedoque-Rossilhão para a Náutica de

Recreio assenta em 4 eixos de desenvolvimento :

Desenvolvimento económico e comercial das empresas,

Competências nas questões náuticas,

Inovação e a partilha de infraestruturas

Imagem náutica específica na região e criar um evento emblemático

Córsega

A Córsega é uma ilha montanhosa. Com uma área de 8680 km2 é a quarta

maior ilha do mediterrâneo, depois da Sicília, Sardenha e Chipre. Um terço do

seu território é protegido como parque natural e preserva um litoral intacto e sem

construção. O turismo representa, no entanto, uma importante atividade

económica. O território da ilha apresenta uma baixa densidade populacional,

com apenas 31habitantes por km2, que praticamente duplica durante o verão.

A região é servida por uma vasta rede de 19 portos marítimos espalhados ao

longo dos seus 1000 km de costa, uma das mais visitadas da costa Francesa. A

estratégia regional da região da Córsega para a Náutica de Recreio passa por

um conjunto articulado de áreas complementares:

Page 103: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

89

Infraestruturas

Portos (criação, extensão e melhoria)

Gestão ambiental

Produtos turísticos

Organização de 2-3 eventos náuticos

Conceção e comercialização de produtos turísticos micro-

regionais

Marketing online

Pontos de acesso wi-fi nas marinas

Pesca desportiva

Apoio à oferta de bens e serviços relacionados com nautismo

PAC “Córsega Sailing League”

Formação

Programas de apoio a projeto

Page 104: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

90

A procura

Um estudo realizado em parceria pelo RNOF e a ANPEI (ver atores chave) junto

de 14 mil nautas de recreio caraterizou o perfil do nauta de recreio de águas

interiores. Em alguns parâmetros são apresentadas os resultados específicos para

os nautas de nacionalidade francesa.

Turistas náuticos de águas

interiores

Nacionalidade Francesa

Tipo de utilização Meio de lazer (95%)

Residência principal (5%)

Sexo do piloto Masculino (96%)

Idade média 56 anos 53 anos

Estatuto profissional do

condutor

Reformados (41%)

Quadros médios (16%)

Reformados (53%)

Quadros médios (20%)

Idade da embarcação 24 anos

Anos de posse da

embarcação

6 anos 5 anos

Capacidade média 6 lugares, 4 camas 6 lugares, 2 camas

Registo Marítimo (58%), Fluvial (40%)

Habitável 63% 51%

Tamanho médio da

embarcação

9 m comprimento, 3 m

largura,

8m comprimento, 2 m

largura

Número médio de anos de

prática

13 anos 11 anos

Tempo médio de prática

por ano

46 dias 44 dias

Navegação no estrangeiro 56% 39%

As atividades mais

praticadas nas escalas

1 - Visitas aos locais;

2 - Descanso; 3 -

Restauração

Número médio de pessoas

a bordo

2,7 adultos e 0,7 crianças 2,9 adultos e 1 criança

Duração média da escala 5,3 noites

Gasto médio por dia 39 € 33 €

Gasto médio por ano 2.170 € 1.460 €

Figura 51 – Perfil dos turistas náuticos de águas interiores

Fonte – Réseau National d’Observation du Tourisme Fluvial

Page 105: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

91

2.6. Croácia (Como mercado de

Alternativo)

Figura 52 - A Croácia no Mapa da Europa

Fonte – Elaboração Própria

Page 106: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

92

A Croácia não pode ser vista, nem como um mercado emissor, nem como um

mercado concorrente a Portugal. Trata-se no entanto de um importante

mercado alternativo, como o é a Turquia e/ou a Grécia.

A expressão da Croácia como “mercado alternativo” prende-se com o facto

de, embora possuír condições diversas de Portugal - logo não ser concorrente,

ter uma estratégia em curso de atração de Nautas de Recreio para os mesmos

mercados apontados como de maior potencial para Portugal.

Como se verá neste capítulo, as condições naturais são diferentes bem como o

seu posicionamento geográfico em relação aos mercados é distinto. Ainda

assim, considerou-se importante a inclusão da análise a este mercado, uma vez

que a sua orientação em termos de mercados alvo coincide com os

identificados no estudo para Portugal, o que não deixa de ser natural.

Para sermos capazes de ter uma oferta inovadora é imprescidivel conhecer a

concorrência.

2.6.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades

Nauticas

A Croácia, oficialmente República da Croácia, é um país localizado na Europa

Central, no lado oriental do Mar Adriático, e partilha fronteira terrestre com a

Eslovénia, Hungria, Sérvia, Bósnia e Montenegro e também partilha fronteira

marítima com a Itália. A região costeira deste país, com 6.278 km e 1.244 ilhas,

representa mais de um terço do seu território.

As características naturais costeiras deste país da União Europeia torna-o no

terceiro país do Mediterrâneo com maior costa, depois da Grécia (13.676 km) e

da Itália (7.600 km). Do lado contrário, os países com menor litoral, estão a

Turquia (5.191 km), a Espanha (2.580 km), a França (1.703 km), o Montenegro (274

km), e a Eslovénia (32 km). As mais de 1.200 ilhas situam a Croácia situa-se em

segundo lugar, depois da Grécia, que possui mais de 3.000 ilhas.

Consequentemente, quando comparada com outros países mediterrânicos, a

Croácia detém boas condições para a prática do turismo náutico. Este país

possuí uma longa costa recuada, com um grande número de ilhas e de baías

abrigadas, que lhes permite uma navegação agradável, especialmente porque

esta costa croata encontra-se preservada ambientalmente, sem uma

construção habitacional excessiva e com um mar limpo (Horak et al., 2006).

Segue abaixo uma tabela que sumula os principais números caracterizadores

das condições naturais da Croácia:

Page 107: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

93

Área Total 88.073 km²

Área Terreste 56.594 km²

Área Marítima 31.479 km²

População 4.480.043

Comprimento da Costa 6.278 km

- Continental – Comprimento litoral 1.880 km

- Ilhas – Comprimento litoral 4.398 km

Número de Ilhas 1.244

Figura 53 - O Território Croata em Números

Fonte - Ministry of Sea, Transport and Infrastructure (2011)

O clima é igualmente um fator diferenciador na Croácia, este é dominado por

dois géneros distintos, o mediterrânico e o continental. O clima temperado

mediterrânico predomina na faixa litoral do mar Adriático, enquanto o clima

temperado continental abrange as áreas do interior da Croácia.

Cidade Temperatura

Média Anual (°C)

Dias de Sol Dias de

Nevoeiro

Dubrovnik 17,6 162 53

Hvar 17,5 141 64

Makarska 17,6 140 87

Mali Lošinj 16,6 92 56

Pula 16,5 - -

Rijeka 15,2 86 107

Split 17,4 124 67

Šibenik 16,3 129 49

Zadar 16,2 119 56

Figura 54 - Temperaturas Médias Anuais, Dias de Sol e Dias de Nevoeiro

Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia

No decorrer dos meses de junho, julho e agosto, a temperatura média mais

baixa encontra-se nos 24,4°C (em Pula) e a temperatura média mais alta em

28,6°C (em Split).

Apesar do país ser reconhecido mundialmente pelas suas praias e pelo clima, a

Croácia oferece mais e, conta já com sete pontos classificados como Património

Mundial pela UNESCO, nomeadamente:

Complexo Episcopal da Basílica Eufrasiana,

Catedral de São Tiago de Šibenik,

Page 108: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

94

Cidade velha de Dubrovnik,

Núcleo Histórico de Split com o Palácio de Diocleciano,

Planície de Stari Grad,

Palácio de Diocleciano em Split e,

Parque Nacional dos Lagos de Plitvice.

Da lista da UNESCO, o Parque Nacional de Lagos de Plitvice é o único património

natural, no entanto, a natureza é um outro aspeto variado e particular deste

país, as ilhas do litoral são um exemplo de grande beleza, encontrando-se

protegidas em três parques nacionais, nomeadamente, o Parque Nacional de

Brijuni, o Parque Nacional de Mljet e o Parque Nacional das Ilhas Kornati.

“A Croácia tem as condições ideais para o desenvolvimento do

turismo náutico, e tem um grande número de vantagens

comparativamente com a maioria dos outros países do

Mediterrâneo. Estas vantagens são: uma melhor costa litoral; um

maior número de portos, bem distribuídos e protegidos; uma

melhor posição geográfica em relação aos países de origem dos

turistas; uma natureza bem preservada e um mar limpo”

(Favro, S. e Saganić, I.; 2007)

2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica

A Croácia tem uma ligação geográfica e histórica com o mar. A zona costeira é,

pelas razões enunciadas anteriormente, um local atraente para a prática de

turismo náutico, em especial, para os velejadores de embarcações de recreio.

Nos meses de Julho e Agosto, o número médio mensal de licenças de

navegação emitidas encontra-se entre as 16.000 e as 18.000. Com o objetivo de

receber com qualidade este volume de turistas e, de forma a ser percebido

como satisfatório para os visitantes, é necessário a construção e a manutenção

de um conjunto de condições físicas e de infraestruturas adequadas,

nomeadamente:

Portos Náuticos, marinas e postos de amarração;

Aeroportos;

Transportes Rodoviários e Ferroviários;

Instalações Hoteleiras.

Portos Náuticos, marinas e postos de amarração

As marinas e os postos de amarração são portos náuticos, ou seja, são lugares

específicos, no mar ou em terra, onde as pequenas embarcações podem ficar

ancoradas.

Page 109: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

95

As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e

é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta

indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma

associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue

os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar

que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais

de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 leitos. Considerando as 600

marinas de água doce, e somando todas as que pertencem a mercados para

os quais não existem dados, estima-se que a Europa possua mais de 5.000

marinas, com mais de 500.000 leitos (ADAC: “Marinaführer, Deutschland, Europe”,

2010). Este mercado, que agrega deste os portos de amarração até às

instalações de apoio, pode representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros

(Luković, T. & Gržetić, Z., 2007).

Figura 55 - Mapa das Marinas Croatas

Fonte – Croatia Yachting

Na República da Croácia, a 31 de Dezembro de 2013, estava registadas 13.735

embarcações, permanentemente ancoradas, nos portos náuticos, das quais

84,5% em água e as restantes 15,5% utilizaram postos de amarração terrestres

(Croatian Bureau of Statistics, 2014). Quanto ao tipo de embarcações, os barcos

com motor e à vela apresentaram percentagens próximas, de 48.9% e 49%,

respetivamente, os restantes 2.1% pertencem a Outras Embarcações.

A mesma fonte agrega, por regiões, as informações sobre os portos náuticos.

Desta feita, a Croácia conta com vinte e dois ancoradouros, treze postos de

atração, sessenta e uma marinas. A região croata com um maior número de

portos de amarração é o Condado Litoral-Serrano, que tem como sua capital a

Page 110: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

96

cidade de Rijeka, e conta com 32 portos náuticos. Zadar e Split seguem a lista

com vinte e três e dezassete, respetivamente. A região de Ístria é a que

apresenta um maior número de Marinas de 1ª Categoria11.

Marinas

Total Ancor

a-

douro

Atracação Em

terra

Categ

o-ria *

Categ

o-ria *

Categ

o-ria *

Âncoras Outros Região

106 22 13 14 6 24 17 6 4 Croácia

32 10 5 7 1 3 3 3 - Conda

do

Litoral

Serrano

23 9 3 3 - 4 4 - - Zadar

14 1 - 1 2 4 5 - 1 Šilbenik

Knin

17 2 2 2 - 5 3 2 1 Split

Dalmác

ia

14 - 2 - 3 6 2 1 - Istria

6 - 1 1 - 2 - - 2 Dubrov

nik

Neretva

Figura 56 - Portos Náuticos na Croácia, por Região

Fonte: Croatian Bureau of Statistics, 2014

O Ministério do Turismo da Croácia desenvolve, periodicamente, estudos para

melhor compreender o turismo no seu país. TOMAS é o nome de uma dessas

pesquisas, e as mais recentes são TOMAS 2012, TOMAS 2007 e TOMAS 2004. A

tabela apresentada abaixo foi construída com informação constante no TOMAS

2012, e agrega os barcos ancorados em território croata pelo seu comprimento.

Número de amarrações, total (2011) 16 940

Dos quais barcos com:

Menos de 6 metros de comprimento 727

6 a 8 metros 1 446

8 a 10 metros 2 900

10 a 12 metros 4 569

11 As marinas podem ser classificadas em três níveis, ou seja, marinas de 1ª categoria, marinas de 2ª

categoria e marinas de 3ª categoria. As marinas de 1ª categoria denotam uma qualidade padrão

alta, as marinas de 2ª categoria uma qualidade média e as marinas de 3ª categoria revelam uma

qualidade satisfatória.

Page 111: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

97

12 a 15 metros 4 350

15 a 20 metros 2 322

Mais de 20 metros 626

Figura 57 - Número de Amarrações por Comprimento do Barco

Fonte – TOMAS, 2012

Os barcos entre 10 e 12 metros e os barcos com 12 a 15 metros de comprimento

representam mais de metade dos barcos ancorados. Assim, os primeiros, com 4

569 barcos, representam 27% e os segundos, com 4.359 barcos, traduzem uns

expressivos 25,7%. Os barcos com menor representatividade são aqueles que se

enquadram nas duas categorias nas extremidades opostas, ou seja, os barcos

com menos de seis metros (4,3%) e os barcos com mais de vinte metros (3,7%).

Aeroportos

No território croata existem nove aeroportos, sete

ao longo da costa, um na capital e um outro no

interior, na cidade de Osijek. Desta rede de

aeroportos, cinco são aeroportos internacionais,

e estão localizados nas principais cidades,

nomeadamente Zagreb, Zadar, Split, Dubrovnik e

Rijeka. Atualmente, a EasyJet, Flyglobespan,

Germanwings, TUIfly, Ryanair, Thomson e Wizz Air,

são as companhias low-cost a voar para a

Croácia. As companhias aéreas com maior

movimento são a Croatia Airlines (membro da

Star Alliance), a Lufthansa e a British Airways. Em

relação aos voos intercontinentais, de e para a

Croácia, estes não são regulares e apresentam

um caracter sazonal.

Transportes Rodoviários e Ferroviários

Nos últimos anos, o transporte rodoviário na Croácia registou melhorias

significativas, superando, inclusive, a generalidade dos países europeus. Vinte

anos de regime comunista iugoslavo atrasaram o desenvolvimento deste país,

no entanto, depois da queda do mesmo, iniciou-se uma fase de recuperação,

com uma incidência particular na construção de autoestradas, especialmente

depois de 2000. Atualmente, e porque este processo é ainda recente e em

construção, as rodovias croatas são consideradas como uma das mais seguras e

mais modernas da Europa. Em 1991, existiam somente duas autoestradas, uma

que efetuava a ligação entre Zagreb e Karlovac (A1) e outra entre Zagreb e

Figura 58 – Aeroportos Croatas

Fonte – Dalmacija.net

Page 112: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

98

Slavonski Brod (A3). Esta estrada foi posteriormente amplificada e,

presentemente, conecta Zagreb à fronteira com a Sérvia e com a Eslovénia.

O Partido Comunista bloqueou, durante os anos que esteve no poder, a criação

de várias autoestradas mas, especialmente, daquela que conectava as duas

maiores cidades do país, Zagreb e Split. Esta ligação encontra-se agora

concluída e operacional, tal como também se encontra a autoestrada que liga

Zagreb a Rijeka, a autoestrada que une Zagreb ao nordeste (fronteira húngara)

e ainda a que liga a capital ao noroeste (fronteira com a Eslovénia).

Em 2007, foi planeada a construção de onze autoestradas:

Duas A3, com ligações Bregana – Zagreb – Slavonski Brod – Fronteira Com

Sérvia;

Uma A2, unindo Zagreb a Krapina e ainda a Macelj;

Uma A4, de Zagreb até à fronteira húngara, e passando por Varaždin;

Três A6 entre Zagreb e Rijeka, entre outras autoestradas de ampliação da

rede já existente.

A Croácia encontra-se hoje provida de autoestradas de qualidade e com

ligações às principais localidades croatas e também com ligações às fronteiras

com os outros países.

Os caminhos ferroviários não assistiram ao mesmo desenvolvimento e

modernização que os caminhos rodoviários, no entanto, a Croácia conta com

várias rotas ferroviárias, designadamente:

de Zagreb para Vinkovci (e para Belgrado, na Sérvia);

de Zagreb para Osijek, via Koprivnica ou via Strizivojna-Vrpolje;

de Zagreb para Rijeka, e

de Zagreb para Split.

A nível internacional, existem rotas para a Eslovénia, Hungria, Bósnia e

Herzegovina e Sérvia.

Instalações Hoteleiras

A qualidade do alojamento croata evidencia uma tendência de melhoria.

Atualmente, 2,7% dos estabelecimentos têm cinco estrelas, 17,1% são hotéis de

quatro estrelas e 54,8% são instalações de três estrelas. A construção de novos

hotéis, bem como a renovação dos hotéis já existentes, é uma das

preocupações do governo e das entidades locais croatas. A maioria das camas

são em pequenos hotéis familiares e de Bed and Breakfast (B&Bs) que

proporcionam serviços personalizados e adaptados às necessidades dos

hóspedes. Em 2007, os hotéis e os restaurantes croatas empregavam cerca de

86.040 pessoas e, o consumo médio diário para o alojamento, por pessoa,

encontrava-se perto dos 89 Euros (Belgian Trade Office in Zagreb, Tourism in

Croatia, 2013)

Page 113: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

99

Os dados mais recentes do Ministério do Turismo da Croácia, Tourism in Figures

2013, apresentam a evolução do número de camas entre 1980 e 2010 (Figura

10). Assim, a Croácia tem verificado um aumento do número de camas ao

longo destes trinta anos, com exceção do intervalo entre 1985 e 1990, altura em

que o país se viu envolvido numa guerra e onde a destruição de edifícios era

uma realidade. Em 2010 o número de camas em hotéis e outras unidades

hoteleiras situava-se em 910 mil camas, um valor 31,50% superior ao registado em

1980 (692 mil camas).

Figura 59 – Número de Camas entre 1980 e 2010 (em milhares)

Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014

2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas

O Turismo Croata

Este país é um destino turístico que, após a luta pela sua independência na

Guerra Civil da Jugoslávia, conflito que durou entre 1991 e 1995, voltou a registar

um crescimento de entradas de turistas. Em 1995, foi o ano em que se registou

um menor número de turistas, contudo, desde esse ano, o país tem verificado

um crescimento constante. Em 2010, o número de turistas na Croácia foi superior

a 10 milhões.

Figura 60 - Número de Turistas na Croácia

Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014

1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010

Número de Camas

(em milhares)

692 820 863 609 710 909 910

Número de Turistas (em

milhares)

7.929 10,125 8.498 2.438 7.136 9.995 10.604

Número de estadia

(em milhares)

53.600 67.665 52.523 12.885 39.183 51.421 56.416

Page 114: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

100

O crescimento de turistas é acompanhado, na mesma extensão, pelo aumento

do número de dormidas. O ano de 2010 registou quase 60 milhões de noites, um

valor superior ao registado em 2000 e em 2005, no entanto, inferior ao registado

em 1985, de cerca de 70 milhões.

Figura 61 - Número de dormidas na Croácia

Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014

O destino das estadias na Croácia encontra-se concentrada no que se classifica

como “Costa Marítima”, com 84,6% dos turistas. Os restantes 15,4% dividem-se

entre os turistas que visitaram a capital (5,9%), as montanhas (2,5%), os resorts de

saúde (0,9%) e outras localidades turísticas (6,0%).

Chegada de Turistas

(em milhares)

INDEX

2013/12

Estrutura

(em %)

2012 2013 2012 2013

Costa

Marítima

9.978 10.386 104.1 84.6 83.6

Resorts Saúde 106 118 111.3 0.9 0.9

Montanhas 300 320 106.7 2.5 2.6

Outras

localidades

turísticas

708 817 115.4 6.0 6.6

Capital 701 789 112.6 5.9 6.3

TOTAL 11.793 12.430 105.4 100 100

Figura 62 - Chegadas de Turistas, 2012-13, por tipo de localidade

Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014

O Turismo Náutico e a Náutica de Recreio Croata

O turismo náutico croata, como atividade de desenvolvimento económico, teve

o seu início compreendido entre as duas guerras mundiais. Até essa altura, os

navegadores utilizavam os espaços físicos das marinas existentes na costa, no

entanto, estas careciam de condições próprias para receber um turista náutico.

O final da década de 1960 e o início da década de 1970 marcou o surgimento

dos primeiros planos para a construção de portos exclusivos para este tipo de

turista.

Page 115: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

101

Assim, no primeiro período de construção de marinas, entre 1975 e 1984, foram

construídas 19 marinas com aproximadamente 4.466 postos de amarração.

Nessa altura, como a oferta turística náutica não possuía ainda um corpo

formal, era comum assistir-se ao surgimento de iniciativas individuais de

desenvolvimento local. Já o segundo período de construção de marinas foi

marcado por um desenvolvimento planeado onde a fundação do "Adriatic

Club Yugoslavia" em 1983 (mais tarde renomeado ACI - Adriatic Croatia

International Club) estabeleceu um marco no turismo náutico da Croácia.

Consequentemente, mais de 20 marinas com 5.814 postos de amarração foram

construídas entre 1984 e 1990. O ano de 1993 é marcado pelo início das

privatizações das marinas e, em 2006, a costa croata contava com um total de

95 portos de turismo náutico, dos quais 56 eram marinas, com um total de

21.491 postos de amarração (15.973 no mar e 5.518 em terra).

A aposta na construção de marinas está estreitamente relacionada com as

características naturais da costa croata. Com as águas calmas e o clima

favorável, a aposta da Croácia está, desta forma, focada nas embarcações

de recreio, a vela ou a motor, e nos serviços que lhe estão associados,

nomeadamente, a produção, a manutenção, a reparação e o aluguer das

embarcações.

A Croácia também apostou, apesar de ser numa proporção inferior à sua

aposta nas atividades ligadas às embarcações de recreio, no turismo de

mergulho. Este turismo tem registado, desde 1996, um aumento da sua

popularidade e o crescimento anual do número de turistas tem sido entre os

15% e os 20%. O número de centros de mergulho profissionais aumentou nos

locais mais atraentes da costa e em 2011 o país contava com mais de cem

centros de mergulho registados e licenciados, principalmente na região de

Ístria e Kvarner.

A atividade de mergulho é atraente quando o espaço oferece, no mínimo,

uma das duas opções: Beleza natural - com penhasco, grutas, cavernas,

espécies animais e de plantas únicas, entre outros; e caso sejam localidades

arqueológicas e/ou com destroços debaixo de água.

A República da Croácia oferece as duas na maioria das suas regiões. A beleza

natural, a costa recuada e as 1.500 cavernas preenchem o primeiro critério. Já

quanto ao segundo critério, e como consequência das antigas rotas de

comércio, existem destroços de navios afundados que datam desde os tempos

da Antiga Grécia. Ao longo do caminho que ligava ao norte da Itália existiam

diversas colónias nas margens do Adriático, vilas romanas nas ilhas Brijuni e

outros locais utilizados por marinheiros que procuravam refúgio e

ancoradouros.

Dentro da indústria turística croata, o turismo náutico congrega cerca de 8% do

número total de chegadas e de 2% do número total de dormidas. No entanto,

este tem uma taxa de crescimento mais dinâmica que as outras atividades de

turismo.

“O Turismo

Náutico tem o

maior e mais

intenso efeito

multiplicador

que poderia,

num curto

espaço

temporal, torná-

lo no produto

croata mais

competitivo do

mundo”

Kovačić, M. et al.

(2011)

Page 116: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

102

A produção de barcos, já não se encontra no âmbito do turismo náutico, no

entanto, engloba as atividades relacionadas com a náutica de recreio. Neste

ponto, apesar da Croácia ser tradicionalmente um mercado com uma longa

tradição nas questões do mar, a produção de barcos foi até há poucos anos

uma indústria artesanal, com uma infraestrutura deficiente e métodos obsoletos.

Nos últimos anos esta situação alterou-se, os construtores começaram a

desenvolver as suas operações e a produzir barcos a motor e barcos à vela com

boa qualidade. O aumento do número de barcos de lazer que visitam a costa

do Adriático tem, por seu lado, incentivado o crescimento das atividades de

reparação e de manutenção.

A construção de barcos croata é hoje caracterizada por um conjunto de

empresas, de tamanho médio, que procura constantemente o desenvolvimento.

O setor emprega cerca de 2.500 pessoas e tem um rendimento aproximado de

950 milhões de Kunas, ou seja, 125 milhões de euros (Marine Sector Croatia, UK

Trade & Investment, 2008). Este é um mercado com exponencial de crescimento,

porque por um lado, a produção é menor do que a capacidade instalada

existente, e por outro, a procura deste produto continua a ser crescente.

Os dados de 2008 e relativos ao ano precedente indicam que existiam, em

território croata, 83 empresas registadas para a produção de barcos e que estas

empresas produziram, nesse ano, 1.030 barcos, dos quais:

Com menos de 7,5 metros: 520 barcos

Com mais de 7,5 metros: 350

Barcos sem caracter lúdico (barcos de pesca, por exemplo): 10

Barcos de borracha: 150

De forma complementar, existem diversos construtores de barcos com uma

produção substancial, embora apenas alguns deles sejam competitivos no

mercado internacional, tanto em termos de preço, como em qualidade. A

aplicação de materiais de alta tecnologia é já uma tendência global neste

sector, contudo, a Croácia apresenta apenas um pequeno número de

empresas a fazer a sua implementação nos barcos.

A estratégia do governo croata para o aumento da competitividade dos

exportadores nacionais prevê o financiamento e o apoio a seis grupos

exportadores, um dos quais o pequeno grupo de construtores navais.

Impacto na Economia

Receitas de turismo náutico na Croácia

Os esforços da Croácia no desenvolvimento desta indústria têm sido louváveis e

usado como modelo para replicação no turismo náutico sustentável de outros

países e regiões. O princípio básico de gestão do desenvolvimento do turismo

Page 117: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

103

náutico é o do princípio do desenvolvimento sustentável, que pressupõe a

necessidade de se encontrar um compromisso entre a necessidade de

preservação das áreas naturais e da necessidade de desenvolvimento

económico.

Durante o ano de 2007, o turismo náutico (compreende as atividades

desportivas e as feiras e exposições de barcos) gerou uma receita de mais de

700 milhões de euros. Por regiões, o maior volume de negócios veio dos portos

de Zadar (13,5 milhões de euros), Šibenik-Knin (13,4 milhões de euros) e Ístria (11,1

milhões de euros).

Esta estimativa de receitas inclui:

Receitas de embarcações com amarração permanente e anual nos

portos náuticos;

Receitas de amarração em trânsito;

Receitas de amarração sazonal;

Receitas de manutenção e reparação dos barcos e/ou dos motores nos

portos náuticos e em outras lojas de serviços;

Os rendimentos auferidos do aluguer do barco:

Receitas provenientes com os navios de cruzeiro;

Receitas de diversas funções (o registo do navio, a taxa de inscrição,

emissão de vinhetas para os barcos estrangeiros, taxa de turismo, entre

outras);

Receitas das concessões de domínio marítimo;

Lucro na venda de combustível.

O Croatian Bureau of Statistics publicou, em Março de 2011, um press release

com os dados das receitas geradas nos portos náuticos, em 2009 e 2010, sem o

valor de IVA. Após a conversão, verifica-se que em 2009 as receitas totais, dos

portos náuticos da Croácia geraram 71,454 milhões de euros e no ano seguinte

totalizaram 75,484 milhões de euros, um aumento de 5,65%. O aluguer de postos

de amarração é a atividade com uma maior expressão nas receitas dos portos

náutico, representando desde 74,14% das receitas em Zadar, até 81,46% em

Rijeka.

12 Taxa de conversão aplicada, de Kuna Croata para Euros, à data de 09 de Julho de 2014.

2009 (€)12 2010 (€)²

Page 118: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

104

República da Croácia 71. 454 75. 488

Aluguer de Ancoradouros 53. 348 57. 322

Amarrações Permanentes 42. 347 44. 616

Em trânsito 11. 001 12. 706

Serviços aos clientes 6. 119 6. 568

Outras receitas 11. 987 11. 605

Condado Litoral-Serrano - Rijeka 11. 029 11. 503

Aluguer de Ancoradouros 8. 984 9. 428

Amarrações Permanentes 7. 947 8. 065

Em trânsito 1. 037 1. 363

Serviços aos clientes 649 745

Outras receitas 1. 395 1.330

Condado de Zadar 16. 665 17. 218

Aluguer de Ancoradouros 12. 360 12. 886

Amarrações Permanentes 10. 777 11. 222

Em trânsito 1. 583 1. 665

Serviços aos clientes 1. 061 1. 093

Outras receitas 3. 245 3. 247

Condado Šibensko-Knin 17. 274 17. 757

Aluguer de Ancoradouros 11. 192 11. 422

Amarrações Permanentes 8. 890 8. 892

Em trânsito 2. 302 2. 530

Serviços aos clientes 1. 787 2. 245

Outras receitas 4. 296 4. 089

Condado Split-Dalmácia 9. 544 10. 386

Aluguer de Ancoradouros 7. 242 8. 525

Amarrações Permanentes 4. 580 5. 331

Em trânsito 2. 662 3. 194

Serviços aos clientes 1. 228 1. 021

Outras receitas 1. 074 840

Condado de Ístria 13. 283 14. 610

Aluguer de Ancoradouros 10. 767 12. 006

Amarrações Permanentes 8. 777 9. 674

Em trânsito 1. 990 2. 333

Serviços aos clientes 1. 008 822

Outras receitas 1. 508 1. 781

Dubrovnik Neretva 3. 658 4. 014

Aluguer de Ancoradouros 2. 803 3. 054

Amarrações Permanentes 1. 375 1. 433

Em trânsito 1. 428 1. 620

Serviços aos clientes 387 642

Outras receitas 468 318

Page 119: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

105

Figura 63 - Receita gerada dos Portos Náuticos em 2009 e 2010, sem IVA (em milhares)

Fonte - CBS, 2011

A população local, antes da construção da marina, era de 350 pessoas, no ano

de 2005 totalizavam 2000 pessoas. A idade média desta população também se

alterou, tornou-se mais jovem, de 70 anos para aproximadamente 40 anos. O

número de empresas ampliou dez vezes e o número de pessoas empregadas

aumentou de 30 para 800 pessoas. Nestes dez anos cresceu igualmente o

número de restaurantes, de cafés e de lojas, e foram criados dois

escritórios/agências de câmbios, quatro centros médicos e duas escolas

primárias.

Exemplo da marina de Frapa em Rogoznica:

O dono da marina, Franjo Pašalić, visitou a Croácia durante a guerra, no ano

de 1992. Anos mais tarde, decidiu investir na construção de uma marina

numa localidade quase abandonada – Rogoznica - perto de Šibenik. Foi

construída uma ilha artificial e os primeiros barcos foram acomodados em

1996, numa marina ainda inacabada. Ao longo dos últimos 10 anos, a marina

tem desenvolvido atraentes instalações para os marinheiros visitarem, mas

acima de tudo, tem contribuído para o desenvolvimento local.

Figura 64 - Indicadores de Desenvolvimento na Marina de Frapa (1996 - 2005)

Fonte – Luković, T.

Page 120: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

106

Mercado - Barcos de Recreio

Apesar da desaceleração da economia mundial, a procura de barcos e de

equipamentos de lazer tem registado um crescido constante. Conforme referido

anteriormente, a maioria dos barcos e equipamentos são importados, da União

Europeia e dos Estados Unidos, mas a produção local está tornar-se mais

competitiva (Pleasure Boat International Resource Guide, A Reference for U.S.

Exporters, 2014).

Mercado Croata das Embarcações de Recreio

2011 2012 2013 (est.) (2014 (proj.)

Tamanho

Mercado (total)

150.000 160.000 180.000 200.00

Produção Local

(total)

(sem

informação)

40.000 55.000 60.000

Exportações

(total)

20.000 30.000 40.000 50.000

Importações

(total)

130.000 135.000 160.000 180.000

Figura 65 - O Mercado dos Barcos de Recreio, em USD, 2011 a 2014

Fonte - Pleasure Boat International Resource Guide, a Reference for U.S. Exporters, 2014

Planos Nacionais e Estratégias Colectivas

O Turismo Náutico tem um efeito multiplicador intenso que pode, num curto

espaço de tempo, torná-lo no produto croata mais competitivo no mundo

(Kovačić, M. et al.; 2011). Os Planos Nacionais de Desenvolvimento Estratégico

do Turismo Náutico na República da Croácia visam tornar esta atividade num

produto líder do país. A publicação mais recente, com o seu âmbito de atuação

para 2009 e até 2019, definiu como seus objetivos:

1. Gestão e Uso sustentável:

a. Do espaço e do meio ambiente;

b. Das infraestruturas náuticas (portos náuticos, estaleiros, portos

abertos ao público);

c. Dos serviços de turismo náutico;

2. Revisão de documentos de planeamento físico para a construção de

novas capacidades de acolhimento;

3. Aumento das capacidades de acolhimento, através da reabilitação,

reconstrução e renovação de portos existentes;

4. Criação de um sistema de vigilância, de navegação e de gestão

marítima;

5. Prover os portos náuticos com dispositivos e equipamentos para a

proteção das águas marinhas contra a poluição;

Page 121: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

107

6. Criação de uma gestão integral do sistema de turismo náutico (banco

de dados e registo de domínio marítimo);

7. Simplificação dos procedimentos administrativos e harmonização da

legislação;

8. Aumento da produção de embarcação em estaleiros croatas,

apoiado pelo desenvolvimento do Cluster de Turismo Náutico;

9. Criação de novos centros de reparação e de prestação de serviços às

embarcações e atualização dos existentes.

10. Reforço da competitividade de todos os participantes na oferta global

do turismo náutico;

11. Utilização da tecnologia e das normas ambientais emergentes;

Criação de um sistema de educação continuado para os praticantes de turismo

náutico.

Quem Concorre com a Croacia

A concorrência croata encontra-se concentrada em cinco países, a Espanha, a

França, a Itália, a Grécia e a Turquia. Os países mediterrânicos, turisticamente

mais desenvolvidos, são a Itália, a França e a Espanha e estes têm as condições

para a entrega de uma oferta mais desenvolvida. No entanto, não gozam de

um litoral tão atraente, com arquipélagos, como oferece a Croácia, a Grécia e

a Turquia. Portanto, pode-se concluir que a Itália, a França e a Espanha são os

maiores concorrentes no que diz respeito ao desenvolvimento da oferta turística,

e a Grécia e a Turquia no que respeita à beleza do litoral. Tanto a Eslovénia

como o Montenegro não são concorrentes que preocupam a Croácia, a sua

oferta é de baixa qualidade, com fracas infraestruturas e com um comprimento

de costa reduzido.

Page 122: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

108

Figura 66 - Países Concorrentes da Croácia

Fonte – Elaboração Própria

O Turismo da Croácia desenvolveu um conjunto de questões aos seus

navegadores de forma a entender o que estes avaliavam como “Melhor na

Croácia” ou como “Pior na Croácia”, ou seja, se consideram que é melhor no

país concorrente em análise. Esta avaliação da Satisfação incluiu a análise a:

Elementos Sociais:

o Imagem do País

o Sensação de Segurança

o Hospitalidade

Natureza e Preservação:

o Clima

o Beleza da Paisagem

o Preservação da Costa

o Limpeza do Mar

o Limpeza, geral

Oferta Gastronómica

Oferta Náutica:

o Disponibilidade de Postos de Amarração

o Equipamento Marítimo

o Distribuição Espacial da Marinha

o Embarcações

Value for Money da oferta náutica

Elementos sociais

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Imagem do País

Sensação de Segurança

Hospitalidade

Espanha

Melhor na Croácia Pior na Croácia

Page 123: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

109

Algumas conclusões da perceção dos elementos sociais nos diferentes países:

A hospitalidade croata é vista como superior à hospitalidade francesa,

italiana e grega, no entanto, é percecionada como de qualidade inferior

quando comparada com a espanhola e a turca;

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Imagem do País

Sensação de Segurança

Hospitalidade

França

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Imagem do País

Sensação de Segurança

Hospitalidade

Itália

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Imagem do País

Sensação de Segurança

Hospitalidade

Grécia

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Imagem do País

Sensação de Segurança

Hospitalidade

Turquia

Melhor na Croácia Pior na Croácia

Page 124: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

110

A sensação de segurança é uma questão essencial e, neste ponto, a

Croácia destaca-se, pela positiva, em relação à Espanha, Itália, Grécia e

Turquia. Desta forma, é apenas percecionada como inferior quando a

comparação é feita com a França;

A imagem do país não é entendida pelos navegadores nem como pior

nem como melhor em relação aos países mais desenvolvidos, ou seja,

com a Espanha, a França e a Itália. Por seu lado, quando equiparada

com a Grécia ou a Turquia, a imagem da Croácia é entendida como

sendo melhor;

Natureza e Preservação

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Clima

Beleza Paisagística

Preservação Costeira

Limpeza do Mar

Limpeza, em geral

Espanha

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Clima

Beleza Paisagística

Preservação Costeira

Limpeza do Mar

Limpeza, em geral

França

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Clima

Beleza Paisagística

Preservação Costeira

Limpeza do Mar

Limpeza, em geral

Itália

Melhor na Croácia Pior na Croácia

Page 125: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

111

Algumas conclusões da perceção dos elementos da Natureza e Preservação

nos diferentes países em análise:

Em todas as variáveis deste ponto, a Croácia é avaliada como superior

em relação aos seus concorrentes. O clima, a beleza paisagística, a

preservação costeira e a limpeza, quer geral, quer do mar, são a

“Bandeira do Turismo Náutico Croata”, ou seja, são as características que

o distinguem como um destino turístico de excelência;

A limpeza, em relação aos concorrentes, é avaliada como melhor na

Croácia, com mais de 75%. Quando comparada com a França, esse

valor é ainda positivo, no entanto, reduz ligeiramente, 55% dos

navegadores concordam que a Croácia é mais limpa;

A limpeza do mar é efetivamente o que destaca a Croácia dos restantes

cinco concorrentes, mais de 90% dos navegadores considera-a melhor

que em Espanha, 84% quando comparada com a França, 86% com a

limpeza do mar italiano e mais de 75% quando confrontada com a

Grécia e a Turquia;

A preservação costeira é entendida como melhor, com valores entre os

61% (na Turquia) e 88% (em Espanha);

Por fim, tanto a Beleza Paisagística como o Clima são entendidos, em

mais de 70% dos navegadores, como melhor do que na Grécia e

Espanha e, mais de 85% do que em França, Itália e Turquia.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Clima

Beleza Paisagística

Preservação Costeira

Limpeza do Mar

Limpeza, em geral

Grécia

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Clima

Beleza Paisagística

Preservação Costeira

Limpeza do Mar

Limpeza, em geral

Turquia

Melhor na Croácia Pior na Croácia

Page 126: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

112

Oferta Gastronómica

A avaliação da oferta gastronómica croata verifica diferenças dependo do país

com a qual é comparada. A gastronomia croata é melhor do que na Grécia

(65%) e na Turquia (74%), contudo, é avaliada como pior do que a italiana (57%),

francesa (71%) e espanhola (75%).

Oferta Náutica

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Espanha

França

Itália

Grécia

Turquia

Oferta Gastronómica

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Disponibilidade de Postos de…

Equipamento marítimo

Distribuição Espacial da Marinha

Embarcações

Espanha

Melhor na Croácia Pior na Croácia

Page 127: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

113

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Disponibilidade de Postos de…

Equipamento marítimo

Distribuição Espacial da Marinha

Embarcações

França

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Disponibilidade de Postos de…

Equipamento marítimo

Distribuição Espacial da Marinha

Embarcações

Itália

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Disponibilidade de Postos de…

Equipamento marítimo

Distribuição Espacial da Marinha

Embarcações

Grécia

Melhor na Croácia Pior na Croácia

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Disponibilidade de Postos de…

Equipamento marítimo

Distribuição Espacial da Marinha

Embarcações

Turquia

Melhor na Croácia Pior na Croácia

Page 128: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

114

Value for Money da oferta náutica

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Espanha França Itália Grécia Turquia

Value for Money da Oferta Náutica

Melhor na Croácia Pior na Croácia

Page 129: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

115

2.7. Análise à Promoção/comunicação

dos Produtos de Nautica de Recreio nos

mercados Alvo

2.7.1. Introdução

O projeto Portugal Náutico considera fundamental, para o cumprimento dos

objetivos a que se propõe, posicionar Portugal como um destino preferencial

junto dos melhores mercados mundiais. De entre estes mercados destacam-se a

Alemanha, a Espanha, a França, os Países Escandinavos e o Reino Unido.

O posicionamento de uma oferta, suporta-se na comparação com os

referenciais existentes. Deste modo considerou-se essencial identificar como nos

mercados emissores, a oferta é apresentada aos consumidores, como são tidos

em conta os seus desejos e com base de informação se tenta construir a oferta

nesses locais. O objetivo do trabalho foi o de dar uma base de partida para o

desenvolvimento de uma oferta que possua maior valor percecionado, que os

produtos alternativos já presentes nesses mercados, caso contrário, a

sustentabilidade do negócio estará em causa.

Neste capítulo analisa-se um conjunto de variáveis de modo a entender quais os

aspetos mais valorizados pelos atores locais de produtos náuticos nos mercados

alvo identificados.

A análise centrou-se em sitres de quatro tipologias de produtos:

Deslize, onde se incluem atividades como o surf e o windsurf;

Marítimo-turísticas, tais como a observação de aves, os passeios

marítimos, o mergulho, e pesca desportiva;

Águas interiores, incluindo passeios de barco, descidas de rio e outras

atividades associadas;

Embarcações de recreio, com o aluguer de embarcações à vela ou a

motor.

O caminho seguido foi o da análise de um conjunto de websites de entidades

que oferecem produtos náuticos nestes mercados, no sentido de identificar

padrões e a estrutura da sua comunicação/ promoção.

Page 130: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

116

2.7.2. Considerações Metodológicas

Para cada uma das tipologias de produtos selecionadas foram analisados 15

websites, seguindo uma distribuição equilibrada entre as diferentes atividades

existentes e os países definidos.

A abordagem metodológica foi realizada em 3 etapas

A análise de cada site centrou-se em quadro áreas diferentes:

Para cada um dos quadrantes referidos, foram avaliados, numa escala de 1

(mínimo) a 5 (máximo), os seguintes itens:

Local das atividades: descrição dos locais, as suas características,

aspetos diferenciadores, acessos, clima, assim como a presença de

Listagem dos Sites por

atividade e país

Análise de cada site de acordo com

os critérios estabelecidos

Tratamento estatistico dos

dados

Entidade:

•Tipologia

•Atividades desenvolvidas

•Âmbito local / global

•Carácter público / privado

Oferta:

•Oferta do produto core ou em forma de um pack integrado de produtos

•Oferta de alojamento

•Apresentação e divulgação dos preços

Tipo de Segmentação:

•por idade, género ou nível sociocultural

Valorização na comunicação:

• local das atividades;

• produtos complementares;

•regulamentação e segurança.

Page 131: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

117

elementos como mapas, fotografias e vídeo. Pretendeu-se perceber o

grau e profundidade da descrição da envolvente geográfica.

Produtos complementares: descrição de produtos associados às

atividades como ensino e a formação, aluguer e venda de

equipamentos, viagens, alojamento e refeições. O objetivo foi o de

perceber a abordagem se concentra mais no produto ou na experiencia

de consumo.

Segurança: apresentação das principais normas de segurança,

certificações, instrutores, e níveis de prática associados aos locais (de

principiante a especialista). As questões de segurança sempre

acompanharam todos os encontros que se realizaram no âmbito de

constituição da rede, pelo que se pretendeu entender o grau e

profundidade da descrição das preocupações com segurança e a

regulamentação das atividades apresentadas.

Os dados foram coligidos em grelhas de avaliação segundo os critérios

anteriores, tendo-se obtido os resultados que se apresentam de seguida.

2.7.3. Análise dos Resultados

Atividades de Deslize

As atividades náuticas de deslize compreendem um conjunto de práticas

suportadas em pranchas como o surf, o windsurf, o bodyboard entre outras,

porventura menos divulgadas como o Stand Up Paddle. O surf reveste-se de um

particular interesse por ser uma atividade em que Portugal tem registado uma

crescente notoriedade internacional.

Entre as principais iniciativas empresariais relacionadas com as atividades

náuticas de deslize, destacam-se as escolas e os surfcamps. Estes últimos têm um

âmbito mais alargado, correspondendo a espaços integrados concebidos para

prestar apoio aos praticantes, oferecendo um conjunto alargado de serviços. De

entre os serviços prestados destacam-se o (1) ensino da modalidade, (2) a

venda e aluguer de equipamento, (3) o alojamento (sobretudo residências ou

roulottes) e refeições, (4) prestação de informações diversas e (5) transporte

para os locais da prática desportiva.

Na análise, e à semelhança das restantes atividades náuticas analisadas, todas

as entidades de deslize apresentam um carácter privado. Complementarmente,

a grande maioria é de âmbito local, promovendo as atividades de deslize

associadas a um determinado ponto da costa que reúne condições favoráveis à

prática da modalidade. No entanto, 20% assumiam um âmbito mais alargado,

como se pode verificar na seguinteFigura 43.

A grande maioria das entidades proporciona uma oferta alargada de serviços,

sendo o alojamento um dos mais habituais. É também comum a oferta estar

Page 132: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

118

organizada num pacote que engloba diversos serviços, ao invés de serviços

independentes.

Figura 67 – Atividades de deslize: entidade e oferta

Fonte – Elaboração própria

Os websites analisados reforçam essa ideia de serviço alargado, dando ênfase à

descrição das características dos produtos complementares. Conforme se

verificar na figura seguinteFigura 68, mais de 50% dos websites foram avaliados

com uma pontuação igual ou superior a 4, numa escala de 1 a 5.

Também é dada uma particular atenção à apresentação dos locais

envolventes, sendo que em mais de 70% dos websites esta variável recebeu uma

avaliação igual ou superior a 3. Esta conclusão poderá estar relacionada e ser

explicada pelo fator de diferenciação que o local pode conferir, não só pelas

características associadas à ondulação, mas também pela natureza envolvente.

As descrições de regulamentação e de segurança não verificaram uma

importância relevante nos websites, sendo normalmente remetidas para o

conteúdo das formações.

Figura 68 – Atividades de deslize: valorização na comunicação

80%

100%

87%

87%

100%

20%

0%

13%

13%

0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Local / Global

Privada / Pública

Pacote / independente

Alojamento

Preço

7% 7%0%

20%13%

80%

27% 27%

13%

33%40%

0%

13% 13%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Local Prod. Complementares Reg. e segurança

1 2 3 4 5

Page 133: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

119

Fonte – Elaboração própria

A segmentação encontrada é sobretudo de natureza sociocultural, sendo a

oferta direcionada particularmente para um público que valoriza o meio

ambiente e o contacto com a natureza. A segmentação por idades é também

verificada, apesar de uma baixa representatividade, e especialmente as aulas

destinadas a crianças.

Figura 69 – Atividades de deslize: segmentação

Fonte – Elaboração própria

20%

0%

47%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Idade

Género

Sócio Cultural

Page 134: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

120

Marítimo-Turísticas

A tipologia marítimo-turística refere-se às atividades náuticas praticadas no mar,

tais como passeios de barco, mergulho, pesca desportiva ou passeios de

observação. As atividades mais comuns são os passeios de barco e as escolas

de mergulho, que agregadas correspondem a 80% dos websites identificados.

Como se pode verificar na figura, todas as entidades apresentam um carácter

privado e 80% são de âmbito local. Os preços das atividades são apresentados

quase na totalidade das entidades e, apenas 7%, não faz referência ao preços

praticado. Por outro lado, não existe um desequilíbrio entre as entidades que

apresentam o produto de forma independente e as que apresentam pacotes

de produtos, propondo um produto alargado. Cerca de 40% das entidades

proporciona alojamento facultativo aos seus clientes.

As escolas de mergulho associam habitualmente as aulas em cursos, com alguns

em torno de uma certificação. Além das certificações de mergulhador nacional,

existem certificados internacionais de mergulhador que assumem um especial

destaque. Os certificados da PADI, sigla inglesa para Associação Profissional dos

Instrutores de mergulho, são os mais comuns e são habitualmente propostos nas

escolas de mergulho.

No que concerne à intensidade com que são descritos, quer os locais, quer os

produtos complementares, é alterável de entidade para entidade, sendo que

são aspetos habitualmente referidos, mesmo que com maior ou menor

profundidade, conforme se constata na figura seguinte.

80%

100%

53%

40%

93%

20%

0%

47%

60%

7%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Local / Global

Privada / Pública

Pacote / independente

Alojamento

Preço

Page 135: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

121

Figura 70 – Marítimo turísticas: valorização na comunicação

Fonte – Elaboração própria

As escolas de mergulho associam habitualmente, ao produto base, os produtos

complementares, tais como passeios de barco, com sugestões de fotografia e

visita a lugares, destroços, ou observação de animais. Nos passeios de barco é

dado uma maior ênfase à descrição dos locais a visitar, em particular, os de

maior beleza e à observação de animais marinhos.

Os regulamentos e a segurança assumem, sobretudo nas escolas de mergulho,

um particular destaque. Devido ao risco associado à atividade, torna-se

essencial demonstrar ao cliente que as diversas situações estão acauteladas.

Assim, existe uma especial ênfase ao currículo e à apresentação dos instrutores

da escola. Por outro lado, os locais de mergulho são habitualmente catalogados

por níveis de dificuldade e experiência.

Relativamente à segmentação apresentada, verifica-se alguma segmentação

sociocultural, mas sobretudo por idades, com aulas de mergulho destinadas

especificamente a crianças e aulas para adultos.

Figura 71 – Marítimo turísticas: segmentação

Fonte – Elaboração própria

7%

13%

20%

33%

47%

20%20%

33%

47%

27%

7%

13%13%

0% 0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

Local Prod. Complementares Reg. e segurança

1 2 3 4 5

27%

0%

13%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Idade

Género

Sócio Cultural

Page 136: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

122

Águas Interiores

A tipologia águas interiores refere-se às atividades náuticas fluviais ou lacustres,

tais como passeios de barco ou descida de rios. Existem vários tipos de passeios

de barco em águas interiores, com propósitos distintos, desde cruzeiros de

negócios ou de lazer; passeios de um dia, compreendendo animação e

refeições a bordo; passeios destinados à prática da pesca; até aos cruzeiros de

uma semana, com percursos definidos, que podem ser complementados com

passeios de bicicleta ao longo das margens dos cursos de água e de outras

atividades de natureza.

Também as descidas de rios podem assumir vários tipos de atividades. No

entanto, as entidades que se dedicam à sua promoção, oferecem um portfólio

alargado de atividades, habitualmente de natureza mais radical e de aventura,

como rafting, canoying, hidrospeed, bungee jumping, paintball, entre outros.

Na tipologia de águas interiores, destaca-se o facto de um terço das empresas

terem um caráter global. Por outro lado, um pouco mais de 60% oferece a

possibilidade de o cliente adquirir um produto alargado a um conjunto de

produtos associados, como é o caso do alojamento (53%).

Figura 72 – Águas interiores: entidade e oferta

Fonte – Elaboração própria

Como se pode constatar, as empresas dedicam uma atenção especial à

descrição do local, incluindo fotos e vídeos para complementar a descrição.

Esta atenção pode justificar-se pelo tipo de cliente alvo desta tipologia, que

valoriza o contacto com a natureza e o meio ambiente. É também dada

alguma atenção à apresentação dos produtos complementares, principalmente

no caso dos passeios de barco, tais como as refeições a bordo, bicicletas, etc.

A regulamentação e segurança assume um especial destaque sobretudo nas

atividades de descida de rios, por envolverem um risco acrescido. Assim, a

apresentação dos guias e instrutores, as normas e equipamentos de segurança e

a classificação do grau de exigência das atividades são aspetos bastante

valorizados.

67%

100%

60%

53%

100%

33%

0%

40%

47%

0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Local / Global

Privada / Pública

Pacote / independente

Alojamento

Preço

Page 137: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

123

Figura 73 – Águas interiores: valorização na comunicação

Fonte – Elaboração própria

A segmentação sócio cultural assume relevância na tipologia de águas

interiores, com 53% das empresas, sobretudo nas atividades de descida de rios,

mais vocacionada para um segmento de consumidores que procuram

atividades de contacto com a natureza, e mais propensos a correr riscos.

Figura 74 – Águas interiores: segmentação

Fonte – Elaboração própria

0% 0%

40%

7%

33%

0%

27%

53%

20%

53%

13%

27%

13%

0%

13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Local Prod. Complementares Reg. e segurança

1 2 3 4 5

7%

0%

53%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Idade

Género

Sócio Cultural

Page 138: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

124

Embarcações de Recreio

A tipologia de embarcações de recreio corresponde a empresas com

embarcações à vela ou a motor, e que, a pedido do cliente, pode ainda ser

contratado um piloto de embarcações. No entanto, podemos identificar um

subgrupo de empresas a operar sobretudo no Reino Unido, em França, e na

Alemanha, que oferece um produto de características muito específicas.

Usufruindo da rede fluvial e dos canais presentes, acrescenta um conjunto de

serviços que adicionam um valor significativo ao produto.

O conceito é o de propor umas férias fluviais, dentro do barco, realizando um

roteiro proposto. Trata-se de embarcações ligeiras habitáveis, “casas flutuantes”,

que não necessitam de licença e em que poderá ser ainda proposto um

conjunto de atividades lúdicas, formando um pacote de férias, que pode incluir:

bicicletas,

sugestão de rota,

equipamento de pesca,

guias fluviais e de pesca,

internet, álbum de fotografias,

estacionamento,

formação de pilotagem.

Figura 75 – “Casa Flutuante”

http://www.ukboathire.com/

Relativamente à caracterização das empresas analisadas, dois terços das

empresas de aluguer de embarcações são de âmbito local. Um terço das

empresas apresenta uma oferta estruturada em pacote, sobretudo as empresas

de “casas flutuantes”. Por fim, apenas 20% das empresas proporciona

alojamento (exterior à embarcação).

À semelhança das tipologias de atividades anteriores, as entidades são de

âmbito privado e todas apresentam expressamente os preços no website.

Page 139: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

125

Figura 76 – Embarcações de recreio: entidade e oferta

Fonte – Elaboração própria

Não há uma uniformidade de situações no que respeita à intensidade com que

é apresentado o local. A tendência é a de que as empresas de “casas

flutuantes” descrevam os locais com maior detalhe, uma vez que os roteiros

fazem habitualmente parte do seu produto. A profundidade de apresentação

dos produtos complementares é média, tendo sido a maioria dos websites

classificado nos níveis 2 e 3.

Pelo baixo risco relativo que este tipo de atividades representa, também não são

habitualmente aprofundados aspetos referentes à regulamentação de

segurança.

Figura 77 – Embarcações de recreio: valorização na comunicação

Fonte – Elaboração própria

67%

100%

33%

20%

100%

33%

0%

67%

80%

0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Local / Global

Privada / Pública

Pacote / independente

Alojamento

Preço

27%

13%

47%

7%

33% 33%

13%

33%

13%13% 13%

7%

40%

7%

0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

Local Prod. Complementares Reg. e segurança

1 2 3 4 5

Page 140: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

126

3. Análise Interna

O presente capítulo inicia-se com uma caraterização do setor da náutica em

Portugal, elaborada a partir da reunião e da sistematização de informação de

diversas fontes, procede, seguidamente, à identificação do conjunto de recursos

naturais e infraestruturais do País disponíveis para apoio às atividades náuticas e

carateriza sumariamente algumas dessas atividades, inventaria alguns dos

principais produtos turísticos da náutica de recreio e encerra com uma síntese

conclusiva sobre os principais desafios que se colocam ao desenvolvimento do

setor.

3.1. Condições naturais para a prática de atividades

náuticas

Portugal possui uma extensa costa com cerca de 2800 Km dotada de excelentes

condições para o desenvolvimento das atividades náuticas. Situado no SW da

Europa, virado para o Atlântico, a centralidade do País é reforçada pela

posição dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Esta posição

geoestratégica permite-lhe condições para beneficiar dos fluxos de turismo

náutico que se orientam entre o norte e o sul da Europa e entre o continente

americano e o continente europeu.

A costa continental é muito diversa, com diferenças significativas do ponto de

vista morfológico, que determinam condições específicas favoráveis para a

prática de diferentes atividades náuticas como a vela, o surf, o Kitesurf.

A transparência das águas, especialmente nos arquipélagos dos Açores e da

Madeira e a criação de recifes artificiais no Algarve tem suportado o

crescimento de atividades de mergulho, merecendo especial destaque a

Reserva Natural dos Ilhéus das Formigas. Portugal apresenta também uma

diversidade de condições nas águas interiores – rios, lagoas e albufeiras – que

favorecem a prática de atividades de remo, de canoagem, de rafting, de

canyoning, de pesca desportiva, entre outros.

Além dos excelentes recursos naturais de que dispõe, Portugal possui também

condições de clima muito favoráveis para a prática de atividades náuticas ao

longo de todo o ano. Acresce a riqueza do património natural e cultural que o

País em geral apresenta e uma cultura de acolhimento que, associada a preços

moderados e à excelente acessibilidade através da rede de aeroportos

internacionais existente no Continente e nas Regiões Autónomas e à operação

de diversas companhias low cost, criam condições de atratividade do País no

contexto global do turismo náutico.

Portugal tem acolhido, nos últimos anos, alguns eventos internacionais de grande

relevo, quer na vela (por exemplo, a Volvo Ocean Race) quer no surf (Moche Rip

Page 141: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

127

Curl Pro Portugal), que têm contribuído para reforçar a imagem do País

enquanto destino de excelência para a prática destas modalidades.

O aproveitamento destes potenciais, a formação e desenvolvimento de

produtos de turismo náutico que valorizem as especificidades do País e a sua

adequada promoção internacional junto dos mercados e dos públicos-alvo,

constituem objetivos a prosseguir para os quais o projeto Portugal Náutico

pretende contribuir.

Portugal apresenta um conjunto muito diversificado de recursos favoráveis à

prática de atividades náuticas de recreio e de competição que constituem uma

base relevante para o desenvolvimento do turismo náutico.

De forma mais específica destacam-se os seguintes recursos a mobilizar para a

prática de diferentes atividades em águas interiores:

- No Alto Minho, os rios Minho, Lima, Cávado e seus afluentes apresentam

excelentes condições para a prática de diversas atividades desde a canoagem,

o canyoning (rios Laboreiro e Âncora), o Jet-Ski (rio Cávado), a pesca desportiva,

o rafting (rio Minho), o remo;

- O rio Douro e seus afluentes apresentam excelentes condições para a prática

do remo e canoagem (em Melres, Gondomar e em Caldas de Aregos,

Resende), motonáutica e Jet ski (Caldas de Aregos, Resende), rafting (Rio Paiva),

cruzeiros fluviais no vale do Douro. A qualidade de algumas das albufeiras

existentes ao longo do rio, associadas à presença de unidades hoteleiras

equipadas para o apoio às atividades náuticas, constituem fatores de atração

de equipas internacionais de diferentes modalidades para a realização de

estágios durante o período do ano em que, por razões climatéricas, não podem

treinar nos respetivos países;

- A ria de Aveiro apresenta excelentes condições para a prática do remo e da

canoagem e para a realização de atividades marítimo-turísticas,

nomeadamente a observação de aves;

- O rio Mondego e afluentes tem excelentes condições para o remo e a

canoagem (albufeira da Aguieira) e para o rafting (nos rios Alva e Alvoco); a

albufeira da Aguieira é frequentemente utilizada para acolher o treino de

seleções do leste da Europa durante o período de inverno, aproveitando as

excelentes condições naturais, de clima e de acolhimento que oferece.

- O rio Tejo e afluentes, com destaque para o estuário do Tejo com excelentes

condições para as atividades de vela, remo, canoagem e passeios marítimo-

turísticos e para a Barragem de Castelo de Bode (Zêzere), que apresenta

condições excelentes para a prática da motonáutica, do jet-ski e Wakeboard

(vai acolher o Campeonato Mundial em Setembro de 2015) e para o Vale do

Sorraia;

- O estuário do Sado com condições para a prática da vela e para atividades

marítimo turísticas como a observação de aves e observação de golfinhos;

Page 142: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

128

- Diversas barragens presentes no Alentejo, nomeadamente, Avis, Montargil,

Santa Clara que apresentam excelentes condições para atividades de pesca

desportiva, remo e canoagem, motonáutica e wakeboard (Montargil).

- O rio Guadiana e especialmente a barragem do Alqueva, com 250 km2 de

superfície, 83 km de comprimento e 1200 km de margens, apresenta excelentes

condições para a prática das diferentes atividades náuticas e para o

desenvolvimento de atividades turísticas, nomeadamente o aluguer de casas

barco para a realização de percursos na barragem e para a observação de

aves;

As zonas costeiras de Portugal apresentam também excelentes condições para

a prática de diferentes atividades náuticas, nomeadamente as seguintes:

- No que respeita aos desportes de deslize, com destaque para o surf, de acordo

com o “Portugal Surf Guide”, os melhores spots para a prática da modalidade

são: na região Norte de Portugal Continental, as praias de Moledo do Minho, da

Arda, Aguçadoura, Internacional de Matosinhos e Espinho; na região Centro as

praias da Barra, Cabedelo, Buarcos/Tamargueira, Lagido, Cantinho da Baía,

Super Tubos (Peniche), Areia Branca, do Navio (Santa Cruz), Ribeira D’Ilhas e Foz

do Lizandro; na região de Lisboa as praias Grande, Guincho, Carcavelos, São

João Lorosae, Centro Desportivo de Surf e Fonte da Telha; no Alentejo as praias

de São Torpes e Malhão; no Algarve as praias de Arrifana, Amado, Cordoama,

Faro e Sagres. No Arquipélago da Madeira refere-se a praia de Machico (na

costa este), e no Arquipélago dos Açores a praia de Santa Bárbara – Areais (na

costa noroeste da Ilha de São Miguel).

- A prática da Vela é transversal a todo o País, é no entanto na região de Lisboa,

Cascais, Sesimbra, Tróia e também no Algarve e nas Regiões Autónomas, que

decorre o maior número de eventos anuais, não só ao nível de embarcações de

vela ligeira, como de vela de cruzeiro13.

- O mergulho tem condições favoráveis para a sua prática em diversos pontos

do país. No Continente, encontram-se bons locais para mergulho nas Berlengas,

em Sesimbra (local indicado para iniciação ao mergulho), no Cabo de Sines,

passando por Vila Nove de Milfontes, Porto Covo, até à Ilha do Pessegueiro, em

Sagres (sendo os locais mais apelativos o “Vapor das 19”; a caverna de Shadows

Canyon; e a Praia da Carrapateira) e no Algarve (com destaque para o

potencial do Projeto Ocean Revival14, ao largo de Portimão, um Recife Artificial

único no mundo, composto por uma frota representativa dos navios da Marinha

Portuguesa). Nos Açores pratica-se mergulho na ilha de Santa Maria (pelas

13 www.arvc.pt 14 www.oceanrevival.pt

Page 143: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

129

jamantas e pelos tubarões baleia), no Pico e Faial (pelos tubarões azuis), nas

Flores (pelos Meros), no Corvo (pela experiência de estar ao lado de peixes

gigantes) e na Ilha da Graciosa (para a visualização de destroços de

naufrágios). Na Madeira, refere-se os spots Reserva de Garajau e Porto Santo

(principalmente pelas grutas e o “Madeirense”)15.

- Finalmente, as atividades marítimo-turísticas têm expressão um pouco por toda

a costa e em alguns rios interiores, mas principalmente na região do Algarve e

nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, para observação de cetáceos e

aves marinhas e para a prática de pesca lúdica e desportiva.

3.2. Infraestruturas e equipamentos de apoio à náutica

Portugal dispõe de um conjunto de infraestruturas e de equipamentos de apoio

às atividades náuticas com caraterísticas e qualidade variável, com destaque

para as marinas e portos de recreio, centros de alto rendimento, centros

náuticos, centros de mar, surf camps.

Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio

As Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio suportam atividades ligadas à

utilização de embarcações de recreio sendo uma infraestrutura fundamental

para a prática da Vela. Englobam, consoante os casos, além das rampas de

acesso à água, postos de amarração, outros serviços de apoio que podem

variar entre balneários, escolas de formação, áreas comerciais, postos de

turismo, restauração, hotelaria, oficinas de reparação de embarcações, etc..

De acordo com a designação oficial, Marina é um conjunto de infraestruturas

localizadas em plano de água abrigado, exclusivamente destinadas ao turismo,

desporto e lazer, dispondo em terra dos apoios necessários às embarcações e

tripulações, e enquadrado (nas proximidades, não obrigatoriamente integrado

em) por complexos hoteleiro e residencial. Um Porto de Recreio é um conjunto

de infraestruturas marítimas, fluviais e terrestres, num plano de água abrigado,

destinado à náutica de recreio e dispondo dos apoios necessários às tripulações

e embarcações. Por fim, uma Doca de Recreio é apenas uma infraestrutura em

rampa, que permite o acesso das embarcações ao plano de água

(FONTE: Diário da República Eletrónico).

15 http://blog.toprural.pt/seis-lugares-ideais-para-praticar-mergulho-em-portugal/

Page 144: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

130

Portugal possuía em 2014, conforme pode ser verificado pela tabela seguinte, 30

marinas, 15 portos de recreio e 6 docas de recreio totalizando, no conjunto, 13

785 postos de amarração. Os postos de amarração concentram-se, sobretudo,

nas regiões do Algarve e de Lisboa, as regiões do Centro e do Norte, apesar de

concentrarem um número significativo de marinas e de portos de recreio têm um

número de postos de amarração bem inferior, o que reflete a menor dimensão

destas infraestruturas.

Tabela 8: Número de Marinas, Portos de Recreio, Docas de Recreio e Postos de

Amarração registados em Portugal e atribuição de Bandeira Azul às Marinas,

por NUT II, em 2014. Fonte: APPR – Associação Portuguesa de Portos de Recreio e

Programa Bandeira Azul 201416.

As principais marinas no território continental localizam-se, de norte para sul, em

Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Leixões, Douro, Figueira da Foz, Cascais,

Lisboa, Tróia, Lagos, Portimão, Albufeira e Vilamoura. Nas Regiões Autónomas

destacam-se, nos Açores, as marinas de Ponta Delgada, da Horta e de Angra do

Heroísmo e na Madeira as marinas do Funchal e Porto Santo.

A dimensão, condições de acesso, infraestruturas e serviços disponíveis nas

marinas nacionais é muito heterogénea, as marinas de Vilamoura e de Albufeira

foram distinguidas, de entre as marinas de 5 âncoras, com a classificação da

primeira e segunda melhor marina internacional, respetivamente.

Algumas marinas e portos de recreio ostentam a Bandeira Azul principalmente

nos Açores, no Algarve e Alentejo, o que revela a boa qualidade ambiental

local e a aplicação de boas práticas ambientais.

16 http://bandeiraazul.abae.pt/docs/press/2014/BandeiraAzul-2014.pdf

NUT II MarinasPortos de

Recreio

Docas de

Recreio

Postos de

Amarração

Bandeira

AzulNorte 7 1 0 1 555 0

Centro 3 5 0 1 556 0

Lisboa 2 2 5 3 208 2

Alentejo 2 1 0 454 3

Algarve 4 5 1 3 797 4

Madeira 4 1 0 1 260 2

Açores 8 0 0 1 955 6

TOTAL 30 15 6 13 785 17

Page 145: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

131

O estudo apresenta as principais características e serviços disponibilizados nas

marinas nacionais. Numa leitura síntese, é evidente a diversidade de situações

existentes quer do ponto de vista de dimensão (postos de amarração), do

comprimento máximo de embarcações de recreio admitidas, de disponibilidade

de Wifi e de serviços de reparação e ainda de outros serviços de apoio. É

reduzido o número de marinas que oferece serviços de Wifi e serviços de

reparação, bem como é reduzido o número de marinas que oferece outras

atividades de animação e serviços que complementam a oferta turística.

Centros de Alto Rendimento

Os Centros de Alto Rendimento (CAR) são unidades operativas que abrangem

um conjunto específico e diversificado de instalações, equipamentos desportivos

e serviços de apoio multidisciplinar (medicina, psicologia, fisioterapia e

nutrição)17. Estão, normalmente, ao serviço das Federações Desportivas,

possibilitando a realização de estágios e monitorização de resultados, tendo

como finalidade a melhoria e otimização do rendimento desportivo. Atualmente

existem em Portugal três CAR, ligados à prática de atividades náuticas, e estão

em construção mais três. Os três CAR orientados para a prática de atividades

náuticas estão em Viana do Castelo, Montemor-o-Velho e Peniche.

O Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho foi o primeiro CAR Náutico

a ser inaugurado em Portugal, com valências para as áreas da Canoagem e

Remo, apoiando também as modalidades de Triatlo e de Natação em águas

livres. Instalado no Leito Padre Estêvão Cabral, reestruturado e inaugurado em

2010 com o acolhimento de um campeonato europeu de remo, fazem parte

deste CAR o Centro Náutico, ancorado nas margens do vale entre Formoselha e

Montemor, a Pista de Atletismo direcionada para o treino do Triatlo, e a Pousada

da Juventude, já na área de transição para o Centro Histórico18.

17 www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades.aspx 18 www.cm-montemorvelho.pt/centro_alto_rendimento.htm

Page 146: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

132

Imagens CAR MoV @www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades/car-montemor-

o-velho.aspx

O espaço é composto por um pavilhão com uma zona ampla para

arrecadação de barcos, zona de gabinetes, sauna, ginásio e zona de

balneários, e por uma pista de 2 quilómetros, mais canal de “arrefecimento”,

mais canal de retorno e “aquecimento”, com um sistema de funcionamento que

permite que os atletas em competição e os barcos de serviço não se cruzem,

prevenindo a ocorrência de acidentes. A estrutura desportiva está preparada

para receber 90 atletas em regime regular, mas poderá acolher até 700 atletas

durante a realização de eventos. De referir ainda que a Canoagem tem uma

“Residência Universitária”, com capacidade para 10 atletas.

O Centro de Alto Rendimento de Peniche foi inaugurado a 9 de outubro de

2012, momento em que se realizou a etapa portuguesa do Campeonato do

Mundo de Surf – Rip Curl PRO Portugal 2012. Localiza-se próximo das praias de

Supertubos, da Baía, do Molhe Este e do Baleal e tem capacidade para 30

pessoas, entre atletas e técnicos. Está subdividido em quatro áreas: a técnico-

desportiva, a residencial, a social e a administrativa. Na área técnico-desportiva

encontram-se duas salas de aquecimento/laboratório, duas salas polivalentes de

formação, vestiários/balneários/sanitários que integram sauna, sala de

massagens e sala de apoio médico/primeiros socorros, complementado com um

hangar para arrecadação das pranchas e outro material náutico.

Page 147: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

133

Imagem CARP1 @www.cm-peniche.pt/CustomPages/ShowPage.aspx?pageid=91924bd8-b276-

4dc3-8878-c31183974e79&m=b329

Imagem CAR P2 @www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades/car-peniche.aspx

Este CAR acolhe também desportistas de outras modalidades, nomeadamente

de canoagem, que aproveitam a proximidade da albufeira da Barragem de

São Domingos19 para a realização de treinos.

Finalmente, o Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo foi

inaugurado a 5 de abril de 2013 e localiza-se na Praia do Cabedelo. Está

atualmente a ser gerido pelo “Surf Clube de Viana”, representante da Surfrider

Foundation em Portugal. Também com capacidade para 30 pessoas, possui 2

salas de formação, 1 sala de aquecimento, balneários de apoio, gabinete

médico e sala de massagens, para além dos espaços de estadia dos atletas e

técnicos e do hangar para arrecadação de pranchas e outro material.

19 www.cm-peniche.pt/News/newsdetail.aspx?news=59cea31d-5c5f-446d-a440-

9f2a2e9f1b55

Page 148: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

134

Imagens CAR VC @www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades/car-viana-do-

castelo.aspx

Além destes CAR estão em construção o Centro de Alto Rendimento do Surf de

Aveiro, em S. Jacinto, o Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré, ao qual

se associará o nome de Garret Mc-Namara, “padrinho” do projeto e Gráfico

incontornável do Surf mundial. Espera-se que já em 2015 este CAR seja a base de

apoio ao projeto North Canyon20 e o CAR do Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa,

orientado para a prática de Remo.

Centros Náuticos / Centros de Mar

Os Centros Náuticos, ou Centros de Mar, são um conceito global, abrangendo

estruturas diversificadas de apoio a atividades náuticas, tanto para atletas

federados como para praticantes livres ou turistas. Constituem‐se como um polo

agregador da náutica e do turismo náutico através da articulação, em rede, de

um conjunto de atividades e serviços que podem englobar, além das

instalações náuticas, a manutenção e reparação de embarcações de recreio e

atividades de dinamização do turismo náutico que valorizem um conjunto de

elementos patrimoniais e ambientais e potenciem a criação de novas atividades

e empresas. Destacam-se os seguintes:

- O Centro Náutico de Ponte do Lima compreende um conjunto de

infraestruturas como pavilhão para armazém e tratamento de embarcações,

balneários, ginásio, tanques de treino de canoagem, restaurante/bar, parque de

estacionamento, rampa de barcos de recreio e embarcadouro para barcos de

20 www.record.xl.pt/Modalidades/Surf/interior.aspx?content_id=921637

Page 149: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

135

recreio e de desporto21. Através de protocolos com a Câmara Municipal, dá

apoio direto a mais de uma centena de jovens desportistas das escolas

(desporto escolar), prestando também apoio à população em geral que

pretenda praticar atividades ligadas à náutica, em particular à canoagem.

Imagem Centro Náutico de Ponte de Lima @www.cm-pontedelima.pt

- O Centro de Mar de Viana do Castelo é o maior (em termos de área) Centro

de Mar em funcionamento em Portugal, tendo sido inaugurado em 2013. Foram

construídos dois novos edifícios para os centros de Vela e de Canoagem,

recuperado e ampliado o edifício de uma antiga fábrica para o centro de

Remo e adquirido diverso material de apoio e equipamentos necessários para o

funcionamento de cada centro. O Centro de Mar incorpora ainda um Centro de

Interpretação Ambiental e de Documentação do Mar, a funcionar no Navio Gil

Eannes, atracado na antiga doca comercial de Viana do Castelo.

21 www.altominho.pt/gca/index.php?id=938

Page 150: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

136

Imagens Centro de Mar Viana do Castelo, cedidas pela CIM Alto Minho; 1.Centro de

Remo e 2.Centro de Canoagem.

O Centro de Remo foi a primeira estrutura do Projeto a estar concluída, tendo

sido inaugurado a 8 de junho de 2013, conta atualmente com 75 utilizadores. É

composto por pavilhões para guardar embarcações, tanque de aprendizagem,

áreas administrativas, balneários e ainda uma sala de exposição dos troféus dos

clubes.

O Centro de Vela, inaugurado a 3 de agosto de 2013, está a servir 82 atletas

federados, a que acrescem 27 praticantes da vela/recreação. O equipamento,

com 1 140,50 m2, é constituído por dois volumes com dois pisos, articulados

perpendicularmente entre si e implantados de acordo com a orientação e

funcionalidade dos cais da envolvente. No piso térreo está o hangar, a

ferramentaria, gabinete de primeiros socorros, ginásio, balneários e área

comercial, sendo o primeiro piso destinado a hangar, sala de formação,

secretaria, sala de direção, salas de sócios e bar.

O Centro de Canoagem foi inaugurado a 6 de setembro de 2013 e serve 40

atletas federados, a que acrescem 600 praticantes da canoagem/recreação,

um grupo de desporto escolar e 8 técnicos. Com uma área de implantação de

1197 m2, está dividido em três edifícios: o edifício pelo qual se acede ao clube e

que reúne a maior diversidade funcional com receção/secretaria, balneários,

posto médico, sala dos monitores e ginásio, uma sala polivalente, zona de

exposição de troféus, sala da direção e gabinete de trabalho/reuniões; o

edifício para arrumo de embarcações desportivas; e um edifício com garagem,

oficina, hangar de embarcações de lazer e arrumos.

Page 151: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

137

O Centro de Mar de Viana do Castelo tem servido de suporte ao projeto de

Desporto Náutico Escolar, dinamizado pela Câmara Municipal de Viana do

Castelo e com o envolvimento das escolas e dos clubes locais, permitindo aos

alunos dos ensinos básico e secundário a prática de uma modalidade náutica

no âmbito dos respetivos curricula escolar.

De referir que o Centro de Mar de Viana do Castelo foi um dos Projetos Âncora

do Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar, aquando da candidatura

ao processo de reconhecimento de Estratégia de Eficiência Coletiva nacional

em 2009.

- O Centro de Desportos Náuticos do Gramido, localizado a 8 km do Oceano

Atlântico e a 3 km da cidade do Porto, possui um plano de água estável, com

uma extensão de 25 km, favorável para a preparação dos atletas de remo e

canoagem. O Centro de Estágio é composto pela componente de alojamento

e de treino. O alojamento encontra-se dividido em duas secções: uma, para os

atletas, pode alojar 42 pessoas, outra para alojar treinadores e dirigentes. As

equipas poderão optar entre confecionarem as próprias refeições no espaço ou

requisitar o fornecimento das mesmas, podendo a elaboração da ementa ser

coordenada em conjunto com o nutricionista da equipa. A componente de

treino possui um conjunto de equipamentos desportivos integrados,

nomeadamente, hangar para barcos, ginásio de musculação, sala com

ergómetros e tanques para remo. Há também a possibilidade de alugar lanchas

a motor para acompanhamento dos treinos. Na área envolvente, destaca-se

um passadiço ao longo do curso do rio, com cerca de 6 km, indicado para

corrida, bicicleta ou caminhada, proporcionando a realização de atividades

físicas complementares ao treino específico da modalidade náutica. A pequena

distância do posto náutico, os atletas dispõem de uma piscina coberta assim

como pavilhões gimnodesportivos. O Centro disponibiliza um serviço de

acolhimento e transporte a partir do aeroporto.

Imagem Centro de Desportos Náuticos de Gramido @www.cninfante.pt

Page 152: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

138

- O Centro Náutico de Algés (Lisboa) está em funcionamento desde 2012, ainda

em instalações provisórias, dispondo desde já de uma rampa de acesso à

água/terra e de um travel lift para retirar as embarcações do rio Tejo. O

equipamento náutico, ainda em fase de construção, é gerido pela entidade

criada em conjunto pela Marina de Lagos / MSF e Sopromar (vencedora do

concurso público promovido pela Administração do Porto de Lisboa (APL) em

2011). Uma vez em pleno funcionamento, o Centro Náutico de Algés contará

com um edifício de dois pisos, com oficinas, loja náutica, centro de formação,

balneários e escritórios e contará com uma lotação de 300 embarcações,

dando resposta à necessidade de estacionamento de embarcações a seco,

carpintaria, serralharia, fibra, eletrónica, e rigging.

- O Centro Náutico do Zêzere encontra-se no rio Zêzere, mais precisamente em

Palhais, concelho da Sertã. É composto por uma Marina e uma loja náutica,

bem como uma zona de Campismo, Parque Infantil, Restaurante, Bar e

Esplanadas. A Marina tem disponíveis os serviços: rampa de acesso à água,

aluguer de jangadas e motas de água, transporte, subida e descida de

embarcações de recreio, lugares cativos para embarcações, reparação de

cascos, apoio no caso de avaria dentro e fora de água e comercialização de

motas de água. A loja tem disponível diverso material necessário para a prática

de atividades náuticas. Os desportos náuticos mais praticados neste local são o

ski, wakboard, canoagem, banana e moto de água.

Imagem Centro Náutico do Zêzere @ www.centronauticozezere.com

- O Complexo Clube Náutico de Avis está inserido na Albufeira do Maranhão,

sob a Ribeira de Seda, Avis (Alto Alentejo) e é composto por Parque de

Campismo, Praia Fluvial, Piscinas Municipais, zona de solário, Parque Infantil,

Hangar náutico, Parque de merendas e Restaurante.

O Parque de Campismo dispõe de 10 apartamentos totalmente equipados, com

capacidade até 6 pessoas. As infraestruturas envolventes, aliadas à

tranquilidade, clima e espelho de água fazem desde local um dos mais

procurados para a realização estágios de equipas nacionais e internacionais de

Remo.

Page 153: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

139

Imagem Complexo Clube Náutico de Avis @www.cm-avis.pt/complexo-do-clube-nautico

- O Centro Náutico de Monsaraz, localizado a cerca de 4 km do centro de

Monsaraz, possui um ancoradouro para 10 barcos, e disponibiliza serviços como,

passeios de barco, canoagem, ski aquático, gaivotas, sendo também possível

realizar outras atividades como BTT e passeios a cavalo ou charrete. Na sua

envolvente conta também com parque de merendas, parque infantil, parque

estacionamento, casas de banho, duches e serviços de transfer. Este centro já

acolheu (entre os dias 14 e 17 de fevereiro de 2015) a primeira etapa do

Campeonato Europeu de Formula Windsurfing.

Imagem Centro Náutico Monsaraz @ http://centronautico-monsaraz.net/centro-

nautico.php

- Há ainda o Centro Náutico da Barragem da Aguieira, que se encontra descrito

no ponto 3.4. em “Exploração dos Portos de Recreio – Marinas”.

Surf Camps

Os surf camps são constituídos por um conjunto de infraestruturas de apoio à

prática do surf, que tem registado, nos últimos anos, uma grande aposta e

Page 154: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

140

crescimento. Os surf camps destinam-se a praticantes livres de Surf, principiantes

ou mais experientes. São compostos, habitualmente, por estruturas concentradas

num local (ou em locais próximos entre si), com serviços de hotelaria,

restauração, espaços para armazenamento de material ou aluguer de material,

aulas de Surf e transferes para os spots mais interessantes de uma dada região

para a prática da modalidade, sendo apresentado ao público como um

pacote integrado de serviços para utilização individual ou em grupo/famílias,

durante um ou vários dias.

O primeiro Surf Camp registado em Portugal foi o “Baleal Surf Camp – Peniche,

Portugal”22 e iniciou a sua atividade em 1993. Atualmente é uma das escolas de

surf mais conhecidas e apreciadas do Atlântico. Encontra-se no Cantinho da

Baía, próximo do epicentro das melhores praias da região do oeste (Península de

Peniche e Baleal: Porto Batel, Consolação, Supertubos, Molhe Leste, Cerros, Baía,

Prainha, Lagido, Almagreira e Belgas) e possui a componente de alojamento a

cerca de 10 minutos, em conceito de hostal ou apartamento, indicado para

pessoas individuais, grupos de amigos ou famílias.

Desde então foram registados vários surf camps em Portugal. Tem-se como

exemplos, em Lisboa o Lisbon Surf Camp23 e o Lisbon Estoril Coast24, no Algarve o

Algarve Surf School25 e o Wavesensations Surfcamp26, na Região Autónoma da

Madeira o Madeira Surf Camp27 e nos Açores o Azores Surf Center28 na ilha de

São Miguel e Caldeira Surf Camp29 na ilha de São Jorge.

Entre outros Surf Camps registados pelo país, existem alguns integrados em redes

mundiais, como por exemplo, a rede resignada por “United Surf Camps”30 que

integra 28 Surf Camps pelo Planeta, entre Europa, América Central, América do

Sul, África, Ásia e Pacífico. Em Portugal existem três Surf Camps registados nesta

rede no Algarve, em Lisboa e no Porto. No Algarve, a estadia é numa casa

particular, com capacidade para 10 pessoas, situada na zona Vicentina,

próxima das praias de Arrifana, Amoreira e Monte Clérigo. O Surf Camp de

Lisboa encontra-se na Praia das Maçãs (Sintra), onde se realizam as atividades

de Surf e onde se encontra uma casa com quartos para duas a cinco pessoas;

há também a possibilidade de alojamento também numa casa na Ericeira (para

22 www.balealsurfcamp.com 23 http://lisbonsurfcamp.com/location/lx-surf-camp/ 24 http://lisbonsurfcamp.com/location/lisbon-estoril-coast/ 25 www.algarvesurfschool.com 26 www.wavesensations.pt/pt/portugal-algarve-sagres-surfcamp 27 http://madeirasurfcamp.com/ 28 http://azoressurfcenter.com/accomodation 29 www.caldeirasurfcamp.com/ 30 https://unitedsurfcamps.com

Page 155: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

141

grupos até 9 pessoas). No Porto, a acomodação é num hostel no centro da

cidade e a escola e prática de Surf realiza-se na praia de Matosinhos (cerca de

10 min de carro). De notar que nesta rede, na zona europeia, há apenas um

spot registado no Reino Unido (Newquay, região sudoeste), um na Irlanda

(Bundoran, a nordeste), um em França (Hossegor, costa sudeste; considerado

em diversos sites como o melhor local para a prática de surf no país), um na

Noruega (Hoddevik, na zona mais ocidental do país) e dois em Espanha (Conil

de la Frontera, na região de Andaluzia – sul, e Loredo, na região de Santander –

norte).

3.3. A Prática de atividades náuticas em Portugal

Neste capítulo procede-se à apresentação sumária da prática de atividades

náuticas em Portugal através da abordagem de diferentes aspetos como as

embarcações de recreio registadas, as cartas de navegação e licenças

emitidas e os praticantes federados.

Embarcações de Recreio Registadas

Qualquer Embarcação de Recreio (ER – embarcação com comprimento entre

2,5 m e 24 m31) que se pretenda colocar na água para navegar, tem de estar

devidamente registada e obedecer a um conjunto de regras e condições de

navegação. O local e entidade que certifica o registo da ER depende da sua

tipologia.

Existem cinco Tipologias de ER, de acordo com a zona de navegação a que

estão aptas a navegar:

Tipo 1 – embarcações para navegação oceânica (concebidas e

adequadas para navegar sem limite de área),

Tipo 2 – embarcações para navegação ao largo (para navegar ao largo

até 200 milhas de um porto de abrigo),

Tipo 3 – embarcações para navegação costeira (até uma distância não

superior a 60 milhas de um porto de abrigo e 25 milhas da costa),

Tipo 4 – embarcações para navegação costeira restrita (navegação até

uma distância não superior a 20 milhas de um porto de abrigo e 6

milhas da costa) e

31 www.marinha.pt/Conteudos_Externos/lexmar/PGPAT%20100/PGPAT%201000%20-

%20Cap%C3%ADtulos/Cap%C3%

ADtulo%20I%20Identifica%C3%A7%C3%A3o%20e%20opera%C3%A7%C3%A3o%20emb/RG

C/Decreto-lei_329_95(09DEZ95).pdf Decreto-Lei nº 329/95, de 09-12-1995, REGULAMENTO

DA NÁUTICA DE RECREIO.

Page 156: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

142

Tipo 5 – embarcações para navegação em águas abrigadas (autorizadas

a navegar apenas em zonas de fraca agitação marítima, junto à

costa e em águas interiores) 32.

A DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos

tem a seu cargo a responsabilidade de emissão de registos de ER Tipos 1, 2 e 3.

As ER Tipo 4 e 5 têm de ser registadas junto da DGAM – Direção-Geral da

Autoridade Marítima, numa das 46 Capitanias ou Delegações Marítimas

disponíveis no País (Continente e Ilhas). Navegando em águas territoriais sob

domínio das Capitanias Nacionais (Zonas Marítimas), as ER têm de obedecer a

um conjunto de regras de jurisdição da Capitania onde estão registadas. No

caso de navegação em Albufeiras, a ER tem de estar devidamente registada e

deve ainda ser solicitada uma autorização para navegação à Administração da

Região Hidrográfica do local onde se pretende usar a embarcação33.

Através da DGAM, foi possível obter o número de ER Tipo 4 e Tipo 5 ativas, em

cada Capitania ou Delegação Marítima Portuguesa, ao longo dos últimos

11 anos.

Analisando estes dados verifica-se que, mesmo tendo ocorrido períodos com

menor número de novos registos (confrontando com os dados da Erro! A origem

da referência não foi encontrada.), a frota global de ER Tipo 4 e Tipo 5 tem

assistido a um constante crescimento. Estavam registadas no País, no final do

ano de 2014, 6 343 Embarcações do Tipo 4 e 76 152 do Tipo 5 (Gráfico 1 e

Gráfico 2), ou seja, assistiu-se a um crescimento de 322 % e 109 %,

respetivamente, em relação a 2004. De destacar a concentração de

Embarcações na região de Lisboa, Centro e Algarve, sendo estas as NUT II com

maior frota de Embarcações Tipo 4 e Tipo 5.

32 www.portaldomar.pt/NauticadeRecreio/Embarcacoes/index.htm 33 https://dre.pt/application/dir/pdf1s/1998/09/217B00/48654867.pdf Portaria 783/98, de 19

de setembro, REGULAMENTO DA NAVEGAÇÃO EM ALBUFEIRAS.

Page 157: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

143

Gráfico 1 e Gráfico 2 – Número total de Embarcações de Recreio ativas, respetivamente

Tipo 4 e Tipo 5, entre 2004 e 2014, por NUT II. FONTE: DGAM – Direção-Geral da

Autoridade Marítima (13-02-2015).Gráfico 2

Nos últimos anos verificou-se uma grande subida no registo de embarcações

Tipos 4 e 5 (nomeadamente Tipo 4), tipicamente pequenas embarcações, com

menores custos de manutenção. O facto anterior pode-se dever à legislação

publicada em julho de 2013 e em outubro de 2014, que veio facilitar as

condições para a exploração de ER por parte de Operadores Marítimo-Turísticos.

Através da análise da Erro! A origem da referência não foi encontrada.,

facilmente se conclui que, no geral, o número de novos registos de ER tem

diminuído significativamente ao longo dos últimos cinco anos, tendo-se

verificado no entanto uma subida no ano de 2014, principalmente à custa das

embarcações dos tipos 4 e 5. As Embarcações Tipo 2 são, claramente, o tipo

menos procurado nos últimos anos e as ER Tipo 3 registaram uma queda muito

acentuada entre 2009 e 2012, tendo diminuído em 62 % o número de registos

neste período.

Page 158: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

144

Tabela 9: Novos registos de Embarcações de Recreio, entre 2009 e 2014, na DGRM e

DGAM.

(FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços

Marítimos (10-02-2015; Tipo 1, 2 e 3) e DGAM – Direção-Geral da Autoridade

Marítima (28-01-2015, Tipo 4 e 5).

Embarcações de Recreio registadas para prática de Atividades

Marítimo-Turísticas

As Embarcações de Recreio utilizadas para a prática de Atividades Marítimo-

Turísticas (AMT) têm de estar registadas para a prática da navegação, em geral,

e têm de efetuar um outro registo para se passarem a designar por ER-MT. A

entidade a contactar para se efetuar este registo é a DGAM,

independentemente da Tipologia da ER. As Embarcações são registadas de

acordo com as toneladas de arqueação bruta (TAB) sob uma de duas formas:

“menor de 30 TAB” ou “maior ou igual a 30 TAB”.

Através dos serviços da DGAM foram obtidos dados relativos ao registo de

embarcações para AMT em 2013 e 2014, por Capitanias e Delegações

Marítimas.

Segundo os dados obtidos, o número de ER-MT registadas em 2014 foi cerca de

20 % superior ao número registado em 2013. Em 2013 foram registadas 804

embarcações nas Delegações Marítimas Portuguesas, Continente e

Arquipélagos, e em 2014 foram registadas 957 novas ER-MT

REGISTO 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Tipo 1 19 17 11 9 6 8

Tipo 2 5 1 1 0 1 1

Tipo 3 66 62 45 25 17 17

Tipo 4 126 125 84 74 66 88

Tipo 5 1017 911 677 554 490 561

TOTAL 1233 1116 818 662 580 675

Page 159: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

145

Tabela 10: Número de Embarcações registadas em 2013 e 2014 para realização de

atividades Marítimo-Turísticas, por NUT II. FONTE: DGAM – Direção-Geral da

Autoridade Marítima, 13-02-2015.

É importante salientar que cerca de metade dos registos anuais de

Embarcações de Recreio para a prática de atividades Marítimo-Turísticas é

efetuado na região do Algarve.

No Continente, as Capitanias/Delegações Marítimas com mais registos de

embarcações para a realização de atividades Marítimo-Turísticas foram, em

2013, Lagos, Portimão e Peniche, tendo Faro destronado Peniche em 2014.

Funchal tem a terceira Delegação com mais registos a nível do País, nos dois

anos, e na Região Autónoma dos Açores, as Delegações com mais registos

foram, em 2013, Ponta Delgada, Praia da Vitória e Santa Cruz da Graciosa e em

2014, Porta Delgada, Horta e São Roque do Pico.

No ano de 2014, o número de registos aumentou em todas as unidades territoriais

de nível II, exceto na zona Centro, que diminuiu muito ligeiramente. Em Lisboa

ocorreu um aumento global de quase 160 % em relação a 2013. Este

crescimento deveu-se, principalmente, ao forte crescimento do número de

registo de ER-MT com mais de 30 TAB, que equivaleu a 700% em relação ao

registo do ano anterior (o crescimento mais elevado em toda as regiões). A

segunda região com o maior crescimento (400 %) foi o Alentejo. De notar ainda

que o número de embarcações com menos de 30 TAB registadas em 2014 foi

cerca de 160 % superior ao de 2013 no Norte (Erro! A origem da referência não

foi encontrada. e Gráfico 3). Estas variações podem-se explicar devido à

publicação do Decreto-Lei n.º 95/2013 e Decreto-Lei n.º 149/2014, que alteraram

as regras de inscrição das embarcações para a realização de atividades

marítimo-turística (ver mais à frente em “Empresas de Animação Turística e

Operadores Marítimo-Turísticos”).

< 30TAB > 30TAB TOTAL % < 30TAB > 30TAB TOTAL % < 30TAB > 30TAB TOTAL

Norte 9 46 35 81 10% 72 40 112 12% 157 114 138

Centro 5 69 6 75 9% 67 4 71 7% 97 67 95

Lisboa 8 67 5 72 9% 77 36 113 12% 114 720 157

Alentejo 1 17 1 18 2% 15 4 19 2% 88 400 106

Algarve 10 411 19 430 53% 437 30 467 49% 106 158 109

RAMadeira 2 47 2 49 6% 65 2 67 7% 138 100 137

RAAçores 11 71 8 79 10% 103 5 108 11% 145 63 137

TOTAL 46 728 76 804 100% 836 121 957 100% 115 159 119

NUTS II

Embarcações MT registradas

em 2013Capitanias e

Delegações

Marítimas

Variação

2013 - 2014

Embarcações MT registradas

em 2014

Page 160: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

146

Gráfico 3 – Número de Embarcações de Recreio registadas como Marítimo-Turísticas na

DGAM, em 2013 e 2014, por NUT II e por TAB. FONTE: DGAM – Direção-Geral da

Autoridade Marítima (13-02-2015).

Analisando o gráfico, constata-se que a Capitania onde ocorreram mais registos

de ER-MT, em 2013 e em 2014, foi Lagos (com 18% e 15 %, respetivamente, do

total de registos nacional), seguido de Portimão, Funchal, Peniche, Ponta

Delgada, Douro e Faro (cada uma destas com pouco mais de 5 % dos registos).

De salientar que na Horta foram registadas três embarcações com mais de

30 TAB em 2013 e em 2014 foram registadas 29 embarcações com Arqueação

Bruta inferior a 30 toneladas e nenhuma com arqueação superior.

Cartas para Navegação de Embarcações de Recreio

Em Portugal, para a condução de uma qualquer ER é necessário possuir uma

Carta emitida pela DGRM (salvo exceções previstas na legislação).

Existem cinco tipologias de cartas: Principiante, Marinheiro, Patrão Local, Patrão

de Costa e Patrão de Alto Mar, cada uma diferenciando-se da outra,

essencialmente, em características como a potência e comprimento das

embarcações, a distância de navegação em relação ao porto/marina e a

distância de navegação em relação à costa34. Há também uma idade mínima

para inscrição e solicitação da carta, sendo necessário ter pelo menos 8 anos

para a carta de Principiante, 14 anos para a carta de Marinheiro e mais de 18

anos para as seguintes cartas. De referir ainda que a atribuição de cartas é um

processo gradual a partir das cartas de Patrão, isto é, para se obter a carta de

34 www.portaldomar.pt/NauticadeRecreio/CartasdeNavegador/index.htm

Page 161: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

147

Patrão de Costa é necessário possuir a carta de Patrão Local há mais de um

ano, e procedimento idêntico para solicitação da carta de Patrão de Alto Mar

(possuir a carta de Patrão de Costa há mais de 1 ano), salvo exceções por

equiparação, por exemplo, para os oficiais de Marinha.

Ao longo dos últimos cinco anos, tem-se verificado um ligeiro crescimento do

número de cartas emitido35 pela DGRM, embora não constante (Erro! A origem

da referência não foi encontrada.). Em 2014 foram emitidas, renovadas e

equiparadas mais 444 cartas que em 2009 (10 241 cartas no total), o que

corresponde a um crescimento geral de 4,5 %. As cartas mais emitidas são

claramente de Marinheiro e Patrão Local (47 % e 37 %, respetivamente;). No

entanto, a emissão de cartas de Marinheiro tem vindo a decrescer de uma

forma ligeira (em 2014 emitiram-se menos 8 % que o número de cartas emitidas

em 2009) e o número de emissão de cartas de Patrão Local, e Patrão de Costa,

tem vindo a crescer (Gráfico 4, em 2014 registou-se um aumento na emissão

destes dois tipos de cartas em 23 % e 11,5 %, respetivamente, face a 2009). A

emissão de cartas de Patrão de Alto Mar teve também um crescimento de 10%

entre 2009 e 2014.

35 Por cartas emitidas, consideram-se aqui as novas cartas, as renovações e as

solicitações de equiparação.

Page 162: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

148

Gráfico 4 e 5 – Cartas emitidas pela DGRM ao longo dos anos, desde 2009 a 2014, para

as categorias de Marinheiro, Patrão Local, Patrão de Costa e Patrão de Alto

Mar. FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços

Marítimos (10-02-2015). Gráfico 5

Tabela 11: Evolução do número de cartas emitidas (novas, renovações ou

equiparações) pela DGRM para a condução de Embarcações de Recreio.

FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços

Marítimos (10-02-2015).

No universo de cartas emitido anualmente, o número de registos de cartas de

Principiante é quase insignificante, tendo o máximo relativo ocorrido em 2012,

com 0,28 % de representatividade. As cartas de Patrão de Alto Mar solicitadas

são também em número reduzido, mas representam já entre 2,9 a 4,0 % nos anos

Cartas Emitidas Principiante Marinheiro Patrão LocalPatrão de

Motor

Patrão de

Vela e Motor

Patrão de

Costa

Patrão de

Alto MarTOTAL

2009 25 5263 3082 76 242 829 280 9797

2010 13 5663 3329 96 275 916 365 10657

2011 17 5445 3314 95 302 935 336 10444

2012 29 4978 3413 102 328 1001 407 10258

2013 13 5028 3808 134 324 896 385 10588

2014 17 4849 3785 98 260 924 308 10241

Page 163: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

149

de 2009 a 2014. Existem outras duas cartas, Patrão de Motor e Patrão de Vela e

Motor, que atualmente são apenas consideradas para renovação.

Licenças para a prática de Pesca Lúdica

Através do website da DGRM36 recolheram-se dados referentes à prática da

Pesca Lúdica em Portugal Continental, pesca apeada, embarcada ou

submarina. Estão disponíveis, por regiões e a nível nacional desde 2007, o

número de Licenças emitidas para a prática da pesca com fins lúdicos e que se

destinam exclusivamente à prática em águas oceânicas, águas interiores

marítimas e águas interiores não marítimas sob jurisdição da autoridade marítima

do continente.

Desde 23 de janeiro de 2014 que (de acordo com a Portaria n.º 14/201437),

podem ser emitidas licenças por um período diário, mensal ou anual, mas até

esta data não podiam ser emitidas Licenças diárias e podiam ser emitidas

Licenças trianuais. Os valores a pagar pelas Licenças variam consoante o tipo de

Licença (apeada, embarcada ou submarina) e o período de pesca. As Licenças

diárias estão disponíveis apenas para um tipo de pesca isoladamente (apeada

ou embarcada ou submarina).

Analisando o número total de Licenças emitidas para a prática de Pesca Lúdica

em Portugal Continental, de imediato ressalta a quebra acentuada entre o

número de Licenças emitidas em 2007 e em 2008. Este facto pode-se dever à

publicação da Lei n.º 7/2008, de 15 de fevereiro – Lei da pesca nas águas

interiores que, entre outras condicionantes, refere que um dos requisitos para o

exercício da pesca lúdica é a titularidade de carta de pescador (CAPÍTULO IV –

Exercício da pesca, Artigo 23.º), o que não acontecia anteriormente. Assim,

depois desta quebra abrupta inicial (desde o momento que temos registos), no

geral a prática de Pesca Lúdica tem diminuído, tanto na emissão de Licenças

para prática de Pesca a nível Regional como a nível Nacional/Continente

(tendo estas últimas atingido o mínimo de sempre em 2013, com uma descida

de 28% em relação ao numero de 2007, Gráfico 6). Há, no entanto, a exceção

36 www.dgrm.min-

agricultura.pt/xportal/xmain?xpid=dgrm&xpgid=genericPageV2&conteudoDetalhe_v2=17

0345 37

www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0C

CAQFjAA&url=http

%3A%2F%2Fwww.dgrm.min-

agricultura.pt%2Fxeo%2Fattachfileu.jsp%3Flook_parentBoui%3D2459417%26att_

display%3Dn%26att_download%3Dy&ei=A6P0VKeTH4n9UveqgsgJ&usg=AFQjCNFOwc8kzbs

dOIRQejJsw4E1otYMuA&bvm=bv.87269000,d.d24

Page 164: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

150

das regiões de Lisboa e Algarve, que têm vindo a aumentar ligeiramente de ano

para ano, e da região do Centro que aumentou significativamente até 2012

(chegando às 40 616 Licenças), tendo posteriormente descido cerca de 10 % em

2013, voltando ao mesmo milhar registado em 2008.

Gráfico 6 – Licenças emitidas pela DGRM para prática de Pesca Lúdica (apeada,

embarcada ou submarina), entre 2007 e 2013. FONTE: DGRM – Direção-Geral de

Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (10-02-2015).

Analisando os dados de 2013, comparativamente aos dados de 2007, a única

Pesca Lúdica que teve um crescimento positivo, de 16 %, foi a Pesca

Subaquática na região de Lisboa. Por outro lado, o número de Licenças

Nacionais para Pesca por Embarcação e Pesca Submarina decresceram mais

de 40 % (Gráfico 7).

Gráfico 7 – Comparação do número de Licenças emitidas pela DGRM para a prática

de Pesca Lúdica, seja apeada, embarcada ou submarina, entre 2013 e 2007.

FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços

Marítimos (14-01-2015).

Page 165: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

151

Com a nova legislação em vigor, as Empresas de Animação Turística e os

Operadores Marítimo-Turísticos passam a ter de adquirir diretamente à DGRM

licenças, com duração de um dia, para a possibilidade de prática de Pesca

apeada, embarcada ou submarina. De notar que atualmente uma licença

deste tipo pode ser adquirida diretamente num terminal multibanco.

Evolução do número de Praticantes Federados em modalidades náuticas

É comumente aceite que a existência de mais praticantes constitui uma

condição relevante para o desenvolvimento do setor da náutica ao contribuir

para a criação e alargamento do mercado interno e para o desenvolvimento

das condições materiais, imateriais e de contexto necessárias à promoção e

afirmação internacional do setor.

Quem pratica uma atividade náutica fá-lo de uma de duas formas: por recreio

ou por competição.

É difícil contabilizar os praticantes de atividades náuticas em Portugal porque

são muitas e dispersas as atividades e os locais onde se praticam e porque não

há nenhum registo centralizado sobre a prática de atividades náuticas a nível

individual (de forma isolada, em família ou em grupo). Assim, os dados

contabilizados e fiáveis a que temos acesso são os registos dos praticantes de

modalidades náuticas desportivas federadas.

O número de praticantes inscritos nas federações desportivas de atividades

náuticas tem vindo a diminuir nos últimos anos em Portugal.

Através do portal do Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (IPDJ38) é

possível analisar, desde 1996 até 2013, a evolução do número de praticantes

federados inscritos nas Federações Portuguesas de dez modalidades: Atividades

Subaquáticas, Canoagem, Jet Ski, Motonáutica, Pesca de Alto Mar, Pesca

Desportiva, Remo, Ski Náutico, Surf e Vela. (deixou de haver dados relativos ao

Ski Náutico desde 2006, não há dados de Vela para o ano 2010 e em 2013 não

houve dados registados relativamente ao Jet Ski).

Pela análise do Gráfico 8 é possível verificar que entre 1996 e 2013 o

comportamento do número de inscritos nas federações náuticas em Portugal foi

variável, tendo ocorrido o máximo absoluto no ano de 2003, com 15 658

praticantes inscritos. Em termos gerais, entre 1996 e 2013 houve um crescimento

de 5 %, estando em 2013 11 844 atletas inscritos, menos 24 % que em 2003.

38 www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103

Page 166: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

152

Analisando o número de inscritos nas federações desportivas no global (Gráfico

9), tem-se verificado um constante decréscimo da representatividade das

modalidades náuticas. Enquanto em 1996 as modalidades náuticas federadas

representavam 4,3 % dos desportistas inscritos (11 302 atletas federados náuticos

para 254 286 atletas não náuticos), em 2013 representavam apenas 2,3 %, (um

total de 11 844 atletas federados náuticos para 512 151 atletas de outras

modalidades).

Gráfico 8 – Número total de atletas desportivos inscritos nas modalidades náuticas

federadas. FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).

Gráfico 9 – Evolução da representatividade das modalidades náuticas relativamente ao

número total de atletas desportivos federados. FONTE: Instituto Português do

Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).

No período compreendido entre 2003 e 2008, o crescimento global do número

de praticantes desportivos federados foi de quase 35 %, tendo esse crescimento

sido mais reduzido no período 2008-2013, aproximadamente de 7 %.

Entre 2003 e 2013 as quatro modalidades com maior crescimento do número de

praticantes federados foram Voleibol, Basquetebol, Andebol e Rugby, que

cresceram, respetivamente, 162 %, 98 %, 70 % e 65 %. Apenas estas quatro

modalidades registaram em 2013 a inscrição de 134 224 atletas.

Page 167: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

153

Relativamente às atividades náuticas, é de salientar o crescimento lento, mas

constante, ao longo dos últimos anos, da prática federada de Canoagem e de

Remo. Um crescimento de 25% e de 23 %, respetivamente, no período de

10 anos, entre 2003-2013 (Gráfico 10). Em 2013, as modalidades referidas eram a

segunda e a quarta mais praticadas, respetivamente, sendo a primeira a Pesca

Desportiva e a terceira a Vela (apesar da forte queda de inscritos verificada nos

últimos cinco anos, 35%). Até 2011 destaca-se também o crescimento da prática

de Surf, tendo depois decrescido ligeiramente.

A Pesca Desportiva tem sido, desde sempre, a atividade náutica com mais

desportistas federados, no entanto o número tem vindo a decrescer (à exceção

de um ligeiro aumento em 2010) tendo-se registado um decréscimo de 30 %

entre o número de inscrições de 2003 e 2013.

Uma outra informação a reter é o facto de o número de praticantes de

Atividades Subaquáticas, que entre 1998 e 2007 era uma das três atividades com

mais praticantes federados, ter diminuído significativamente, ocupando em 2013

a sexta posição (uma redução de 66 % em relação ao valor verificado no ano

2001, o ano com mais inscritos).

A diminuição geral da prática federada de atividades náuticas contrasta com o

aumento da prática de atividades desportivas em geral. Analisando o Gráfico

11, verifica-se que a percentagem da prática de cada uma das atividades em

relação ao todo tem vindo a diminuir significativamente.

Gráfico 10 – Número de praticantes desportivos inscritos nas atividades náuticas

federadas, entre 1996 e 2013.

FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).

Page 168: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

154

Gráfico 11 – Percentagem global da representatividade dos desportivos náuticos no

total dos desportos federados, entre 1996 e 2013. FONTE: Instituto Português do

Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).

A análise por género permite concluir que, em 2013, os praticantes federados

femininos representavam 25 % do universo desportivo. Nas modalidades

náuticas, o género feminino apenas representou 17 % do total de praticantes

náuticos, que corresponde a 1,5 % do total de mulheres federadas (Gráfico 12).

Gráfico 12 – Número de atletas federados registados em 2013, por género, no global e

nas modalidades náuticas.

FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).

Quanto ao número de clubes náuticos registados nas respetivas federações

existiam, em 2013, 698 clubes, sendo que o desporto náutico com maior número

de clubes era, à semelhança com o número de praticantes, a Pesca Desportiva,

com 39 % dos clubes (Gráfico 13). Entre 2006 e 2011 assistiu-se a um forte

crescimento no registo de Clubes de Surf, representando 26 % dos clubes

Page 169: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

155

registados nesse último ano. Contudo, em 2013 o número de registos decresceu

e a percentagem de representatividade também, passando para 11 % do total.

Gráfico 13 – Número de Clubes Náuticos registados nas Federações das respetivas

atividades, entre 1996 e 2013.

FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P..

No que se refere à comparticipação financeira por Federação Desportiva (1996-

2013) segundo a mesma fonte do IPJ, conclui-se que a componente financeira

atribuída à prática de atividades náuticas federadas nunca ultrapassou os três

milhões de euros/ano e tem vindo, de uma forma geral, a diminuir (Gráfico 14).

O valor máximo absoluto atribuído à náutica ocorreu em 2007, precisamente

após o ano com maior número de triunfos internacionais por parte dos atletas

náuticos Portugueses.

Entre as modalidades náuticas com maior financiamento destaca-se a Vela. No

entanto, nos últimos anos a Vela tem vindo a receber menos financiamento,

embora, em termos relativos, continue a ser o desporto náutico mais financiado.

Durante muito tempo o Remo foi a segunda modalidade com mais apoio

financeiro, lugar ocupado pela Canoagem em 2013.

Page 170: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

156

Gráfico 14 – Valor do financiamento atribuído a projetos náuticos e a percentagem

global de financiamento, entre 1996 e 2013. FONTE: Instituto Português do

Desporto e Juventude, I.P..

3.4. As empresas da fileira da náutica

A fileira da náutica organiza um conjunto de atividades que pertencem a uma

cadeia de valor que engloba desde a construção, manutenção e reparação de

embarcações de recreio e de desporto, construção de equipamento, fabrico

de vestuário e fatos especiais, transportes, agências de viagem, formação,

atividades marítimo-turísticas, serviços, etc. Nos pontos seguintes apresenta-se

uma caraterização sumária de algumas das atividades que integram a fileira da

náutica.

Construção, Manutenção e Reparação de Embarcações

Este setor engloba a construção e reparação de embarcações de recreio e

desporto, sem motor, para diferentes atividades náuticas como a vela, o remo, a

canoagem e o rafting; a construção de embarcações a motor, nomeadamente

para atividades marítimo-turísticas e de embarcações de apoio (como botes e

semirrígidos).

Segundo a Classificação Portuguesa das Actividades Económicas39 (CAE), existe

um código específico para a Construção de Embarcações de Recreio e de

39 www.ine.pt/ine_novidades/semin/cae/CAE_REV_3.pdf

Page 171: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

157

Desporto – CAE 30120. Não está, no entanto, discriminado código relativo à

manutenção ou reparação deste tipo de embarcações.

De acordo com a Tabela 12, o número de empresas ligadas a este setor tem-se

mantido mais ou menos constante ao longo dos últimos quatro anos, após ter

sofrido uma forte quebra, de 17 %, de 2008 para 2009.

Tabela 12: Número de Empresas construtoras de Embarcações de Recreio e de

Desporto, volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE – Instituto

Nacional de Estatística (através da PwC).

CAE 30120

Construção de Embarcações de

Recreio

e de Desporto

2008 2009 2010 2011 2012

Número de Empresas 59 49 50 47 48

Pessoal ao Serviço 618 256 321 299 438

De acordo com os dados apresentados pela AIN – Associação de Indústrias

Navais (num workshop relativo ao setor), o desaparecimento de 10 empresas no

período refletiu-se numa redução de 57 % do Volume de Negócios do setor da

construção de embarcações de recreio e de desporto (Gráfico 15).

Entre 2011 e 2012, o Volume de Negócios teve um crescimento surpreendente

(84 %), o que se refletiu também no aumento de Pessoal ao Serviço (mais 139

pessoas em 2012 que em 2011, Tabela 12). O VAB – Valor Acrescentado Bruto

tem vindo a ter, naturalmente, um comportamento semelhante ao Volume de

Negócios (Gráfico 15 e 16).

Page 172: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

158

Gráfico 15 e Gráfico 16 – Volume de Negócios e Valor Acrescentado Bruto relativo à

Construção de embarcações de recreio e de desporto. FONTE: INE e AIN –

Associação das Indústrias Navais.

Considerando o sistema de classificação dos produtos da União Europeia40, em

particular o estabelecido no Sistema Harmonizado (SH) de Designação e de

Codificação de Mercadorias, foi possível obter informação relativa às

importações e exportações portuguesas dos produtos associados ao CAE 30120.

No SH, os navios, embarcações e estruturas flutuantes estão catalogados com o

código geral 89, sendo depois o código 8903 atribuído a iates e outras

embarcações de recreio ou desportivas, a barcos de remo e a canoas, e o

código 8907 a outras estruturas flutuantes (como balsas, reservatórios, boias de

sinalização e semelhantes).

40http://exporthelp.europa.eu/thdapp/display.htm?page=rt/rt_SistemaDe

ClassificacaoDeProdutosDaEU.html&docType=main&languageId=PT

Page 173: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

159

De acordo com dados disponibilizados pela AIN relativos aos valores

movimentados e destinos/origens, dos produtos41: Barcos insufláveis (8903.10),

Barcos à vela, com ou sem motor auxiliar (8903.91), Barcos a motor, exceto de

motor fora-de-borda (8903.92), Barcos a remo, canoas e outros barcos de recreio

(8903.99), Balsas insufláveis (8907.10), foi efetuado o levantamento dos valores de

importação e exportação para o período de 2004 a 2013, conforme Gráfico 17.

Gráfico 17 – Valores acumulados de importação e exportação de embarcações de

recreio e desporto no período de 2004-2013. FONTE: AIN – Associação das

Indústrias Navais.

O saldo dos movimentos de importação e de exportação, apesar de

globalmente negativo (maior importação), tem sofrido oscilações.

Os produtos com maior peso, quer nas importações quer nas exportações, são,

sem dúvida, os Barcos a motor (exceto de motor fora-de-borda; código 8903.92),

o que se compreende, também devido ao elevado valor comercial em relação

aos demais produtos. O Gráfico 18 apresenta a evolução anual do produto,

onde se constata que, desde 2007, o valor das importações tem sido superior às

exportações, havendo a significativa exceção do ano de 2012, quando se

verificaram os valores anuais mais elevados de sempre (ambos superiores a 50

milhões de euros) e quando as exportações foram superiores 21% em relação às

importações.

41www.wcoomd.org/~/media/WCO/Public/Global/PDF/Topics/Nomencla

ture/Instruments%20and%20Tools/HS%20Nomenclature%20Older%20Edition

/2002/HS%202002/1789E.ashx?db=web

Page 174: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

160

Gráfico 18 – Variação anual das importações e exportações de “Barcos a Motor, exceto

de motor fora-de-agua”. FONTE: AIN – Associação das Indústrias Navais (23-04-

2015).

Relativamente ao produto 8903.10 – Barcos insufláveis observa-se desde 2004 um

saldo comercial positivo, embora decrescente até ao ano 2013, em que as

importações superaram o valor o valor das exportações (Gráfico 19).

Gráfico 19 – Variação anual das importações e exportações de “Barcos insufláveis”.

FONTE: AIN – Associação das Indústrias Navais (23-04-2015).

Outra informação pertinente, relativamente ao mercado da construção de

embarcações, é a identificação dos mercados para onde se destinam as nossas

exportações. Como se pode verificar no gráfico abaixo, para o período entre

2003 e 2013, a maior parte do nosso volume de negócios exportado (29 %) é

para o mercado espanhol, seguindo-se o italiano e o francês.

Page 175: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

161

Gráfico 20 – Variação anual das importações e exportações de “Barcos a Motor, exceto

de motor fora-de-agua. FONTE: AIN – Associação das Indústrias Navais (23-04-

2015).

Exploração dos Portos de Recreio – Marinas

De acordo com dados do INE (Erro! A origem da referência não foi encontrada.),

em 2012 estavam registadas 13 empresas com o CAE 93292, que se refere a

“Exploração dos portos de recreio (marinas)”.

Comparando este número com o da Erro! A origem da referência não foi

encontrada. (existência de 51 Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio em

2014), ressalva-se que esta discrepância se deve ao facto de muitas destas

infraestruturas serem geridas por entidades como as Administrações Portuárias às

quais as Marinas estão associadas, Clubes Náuticos, Associações ou mesmo pelo

Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P. (IPTM) que até 2014 tinha a seu

cargo a gestão dos portos de pesca e alguns dos portos de recreio do território

continental, estando atualmente a ser geridos sob a responsabilidade da

DOCAPESCA, S.A..

Este setor verificou, entre 2008 e 2011, um crescimento de 62,5 % no número de

marinas e um aumento mais modesto do volume de negócios e do pessoal ao

serviço, cerca 8% em ambos os casos, no período considerado. Ao contrário, o

valor acrescentado bruto registou uma diminuição de cerca de 11% entre 2008 e

2012.

Page 176: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

162

CAE 93292

Exploração dos portos de recreio

(marinas)

2008 2009 2010 2011 2012

Número de Empresas 8 7 8 13 13

Volume de Negócios (milhares €) 11.110 10.953 11.345 11.964 12.011

Valor Acrescentado Bruto (VAB)

(milhares €) 6.055 6.505 6.551 5.273 5.370

Pessoal ao Serviço 78 78 78 84 92

Tabela 13: Número de Empresas registadas como Exploração dos portos de recreio

(marinas), volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE- Instituto

Nacional de Estatística.

Empresas de Animação Turística e Operadores Marítimo-Turísticos

Para uma melhor caracterização do setor das atividades marítimo-turísticas em

Portugal é importante abordar a evolução do enquadramento legal da

atividade.

Há cerca de 20 anos atrás, em 1997, a legislação turística foi objeto de profundas

alterações, desencadeando uma forte reestruturação do quadro legislativo

global do sector (Decreto-Lei n.º 167/97, de 4 de julho42) e em 1998, pelo Decreto

Regulamentar n.º 22/98, de 21 de Setembro43, foi regulamentada a declaração

de interesse para o turismo.

Em 2000 foi legislado, pela primeira vez, o enquadramento legal sobre o acesso

e exercício da atividade das Empresas de Animação Turística (Decreto-Lei n.º

204/2000 de 1 de setembro44) e posteriormente, em 2002, foi aprovado o

Regulamento da Atividade Marítimo-Turística (RAMT – Decreto-Lei n.º 21/2002, de

31 de janeiro), que define as regras aplicáveis às embarcações utilizadas por

todos os agentes autorizados a exercer a atividade marítimo-turística, em todo o

território nacional. A 28 de outubro de 2003 foi publicado o Decreto-Lei nº

42 www.oasrn.org/upload/apoio/legislacao/pdf/tur16797.pdf 43 http://dre.tretas.org/pdfs/1998/09/21/dre-97356.pdf 44 www.iapmei.pt/iapmei-leg-03.php?lei=2273

Page 177: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

163

269/200345 que veio trazer alguns ajustamentos ao RAMT, em matérias

respeitantes às regras das embarcações de recreio utilizadas para o exercício da

atividade.

Em 2009 tornou-se a assistir a uma grande mudança política no setor do Turismo,

com a publicação do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio46, que surgiu para

dar seguimento a uma das medidas do Programa SIMPLEX — Programa de

Simplificação Administrativa. Esta alteração da lei provocou o forte aumento no

registo de empresas no setor (Fonte: Turismo de Portugal). Por forma a simplificar

os processos burocráticos relacionados com a atividade, a manter atualizada a

base de contactos dos agentes a operar no mercado e a contribuir para uma

melhor monitorização e acompanhamento da evolução do setor, foi deliberado

(neste Decreto-Lei n.º 108/2009), a criação do Registo Nacional dos Agentes de

Animação Turística (RNAAT), gerido através de um balcão único (portal web):

Turismo de Portugal, I. P.. Desde então é obrigatório que todas as empresas

sediadas no Continente ligadas à animação turística, isto é, Empresas de

Animação Turística (EAT) e Operadores Marítimo-Turísticos (OMT), se registem no

portal.

De notar que uma pessoa singular ou coletiva é considerada EAT caso

desenvolva, com caráter comercial, alguma atividade de animação turística,

como as atividades de turismo de ar livre ou de turismo cultural, e que tenham

interesse turístico para a região em que se desenvolvem, sejam estas

desenvolvidas com ou sem recurso a embarcações. Para ser considerada um

OMT, a pessoa singular ou coletiva, deve recorrer sempre à utilização de

embarcações, com fins lucrativos, para a realização das suas atividades.

Mais recentemente (19 de julho de 2013) o Decreto-Lei n.º 95/201347 veio

introduzir alterações às condições e ao processo de registo, tornando mais

simples e menos oneroso o acesso ao exercício da atividade (atualmente é

possível iniciar uma atividade através de uma mera comunicação prévia, nas

condições previstas, a realizar através de formulário eletrónico disponível no

Portal Turismo de Portugal, I.P. – RNAAT). Estes fatores contribuíram para o

45www.portodelisboa.pt/portal/page/portal/PORTAL_PORTO_LISBOA/AUT

ORIDADE_PORTUARIA/LEGISLACAO/MARITIMO_TURISTICA/DL%20269-

2003%20Actividades%20Mar%EDtimo-Tur%EDsticas.pdf 46

www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/conhecimento/legislacao/licenciamentoe

utilidadeturistica/

empresasdeanimacaoturistica/Anexos/DL108_2009.pdf 47

www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/conhecimento/legislacao/licenciamentoe

utilidadeturistica/

empresasdeanimacaoturistica/Anexos/Altera%C3%A7%C3%A3oRNAAT_DL95_2013.pdf

Page 178: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

164

aumento significativo do número de OMT e ER-MT registadas em, principalmente,

2014, conforme de pode verificar pela análise das Erro! A origem da referência

não foi encontrada., Erro! A origem da referência não foi encontrada. e Erro! A

origem da referência não foi encontrada.8.

Finalmente, em 2014, com o Decreto-Lei n.º 149/2014 de 10 de outubro48 foi

aprovado o Regulamento das Embarcações Utilizadas na Atividade Marítimo-

Turística (REAMT), que revogou o RAMT e viram-se aprovados novos

procedimentos relativos à utilização das embarcações afetas à atividade

marítimo-turística. Desta nova lei, destacam-se duas grandes mudanças: o

alargamento da tipologia das embarcações que podem ser afetas à atividade

(podendo agora ser utilizadas embarcações de comércio, pesca, rebocadores,

tradicionais e barcos típicos, entre outras); e a alteração relativa ao número de

passageiros que podem embarcar, sendo agora possível transportar até 18

passageiros (ao contrário dos anteriores 12), embora obedecendo a algumas

condicionantes.

No que respeita às Regiões Autónomas, empresas com atividades turísticas

sediadas na Madeira passaram a ser obrigadas a registar-se no RNAAT a partir

de 2013, enquanto as empresas sediadas na Região Autónoma dos Açores não

estão, para já, obrigadas ao registo no RNAAT, estando obrigadas ao registo e lei

própria da Região.

48

www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/turismodeportugal/destaque/Documents/at

ividade-maritimo-turistica.pdf

Page 179: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

165

Gráfico 21, Gráfico 22, Gráfico 23 e Gráfico 24 – Registo de Operadores Marítimo-Turísticos no

RNAAT, entre 2011 e 2014. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P. (22-01-2015).

Conforme os Gráficos anteriores ilustram, tem-se verificado um aumento no

número de registos de Operadores Marítimo-Turísticos no RNAAT, bem como a

diversificação da sua localização. Em 2012 decorreram registos apenas em 11

NUT III, em 2013 em 16 NUT III, número que subiu em 2014 para 22 regiões. De

notar que 10% destes registos se localizam em NUT III interiores que dispõem de

lagos, lagoas, albufeiras e rios.

Page 180: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

166

Tabela 14 e Tabela 15: Registos de Operadores Marítimo-Turísticos, por NUT III, em 2012 e

2013 (a azul os NUT III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal Turismo

de Portugal, I.P. (22-01-2015).

Tabela 16: Registos de Operadores Marítimo-Turísticas, por NUT III, em 2014. (a azul os NUT

III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.

(22-01-2015).

Código

NUT IIINUT III

Num. Registos

2014

1 Minho-Lima 4

2 Cávado 3

3 Ave 2

4 Grande Porto 17

5 Tâmega 2

6 Entre Douro e Vouga 1

9 Baixo Vouga 6

10 Baixo Mondego 3

11 Pinhal Litoral 3

14 Dão-Lafões 2

17 Beira Interior Sul 2

19 Oeste 13

20 Grande Lisboa 49

21 Península de Setúbal 9

22 Médio Tejo 3

23 Lezíria do Tejo 1

24 Alentejo Litoral 1

25 Alto Alentejo 1

26 Alentejo Central 1

27 Baixo Alentejo 1

28 Algarve 38

RAM Região Autónoma da Madeira 5

TOTAL 167

Código

NUT IIINUT III

Num. Registos

2012

1 Minho-Lima 2

4 Grande Porto 1

9 Baixo Vouga 3

10 Baixo Mondego 1

19 Oeste 3

20 Grande Lisboa 23

21 Península de Setúbal 3

23 Lezíria do Tejo 1

26 Alentejo Litoral 4

27 Baixo Alentejo 1

28 Algarve 13

TOTAL 55

Código

NUT IIINUT III

Num. Registos

2013

1 Minho-Lima 1

2 Cávado 2

3 Ave 2

4 Grande Porto 2

5 Tâmega 1

7 Douro 3

8 Alto Trás-os-Montes 1

9 Baixo Vouga 5

17 Beira Interior Sul 1

19 Oeste 2

20 Grande Lisboa 27

21 Península de Setúbal 11

23 Lezíria do Tejo 1

25 Alto Alentejo 1

26 Alentejo Central 1

28 Algarve 21

TOTAL 82

Page 181: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

167

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/NUTS_de_Portugal.

1-Minho-Lima 11-Pinhal Litoral 21-Península de Setúbal

2-Cávado 12-Pinhal Interior Norte 22-Médio Tejo

3-Ave 13-Pinhal Interior Sul 23-Lezíria do Tejo

4-Grande Porto 14-Dão-Lafões 24-Alentejo Litoral

5-Tâmega 15-Serra da Estrela 25-Alto Alentejo

6-Entre Douro e Vouga 16-Beira Interior Norte 26-Alentejo Central

7-Douro 17-Beira Interior Sul 27-Baixo Alentejo

8-Alto Trás-os-Montes 18-Cova da Beira 28-Algarve

9-Baixo Vouga 19-Oeste

10-Baixo Mondego 20-Grande Lisboa RAM-Região Autónoma da

Madeira

Tabela 17: Lista das regiões NUT III de Portugal (a azul os NUT III costeiros, a branco os NUT

III interiores).

Page 182: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

168

Há também a considerar os Agentes de Animação Turística que, não sendo

classificados como Operadores Marítimo-Turísticos, também realizam “Atividades

de Água”, “Atividades de Ar” ou “Atividades reconhecidas como turismo de

natureza” com componentes náuticas. Referimo-nos às Empresas de Animação

Turística (EAT) que disponibilizam serviços/produtos para a realização de: Surf ou

Bodyboard, Windsurf, Kitesurf, Skiming ou Padlle, Observação de Aves Marítimas

ou Cetáceos, Cannyoning ou coasteering, Mergulho, snorkeling ou similares,

Pesca Lúdica, Passeios Marítimo Turísticos, Aluguer de Embarcações de Recreio

com ou sem tripulação, Canoagem ou Rafting, Vela ou Remo. Fazem ainda

parte deste grupo as empresas que efetuem/disponibilizem Serviços de reboque

para bananas, paraquedas ou esqui aquático, Serviços efetuados por táxi fluvial

ou marítimo, Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas

embarcações dispensadas de registo, Natação em águas bravas ou hidrospeed,

ou até mesmo Serviços de natureza marítimo-turística prestados mediante a

utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem meios de propulsão

próprios ou selados.

Na tabela seguinte (Erro! A origem da referência não foi encontrada.) observa-se

a evolução do número de registos de EAT em Portugal com oferta de atividades

náuticas, desde 2010. Aparentemente, a alteração da Lei em 2013 não

provocou alteração na forma de registo das organizações, uma vez que a

inscrição como Agente de Animação por meio desta categoria, EAT em vez de

OMT, até aumentou em 2014. As NUT II onde decorreram mais registos de EAT

com atividades na água são Algarve, Centro e, mais recentemente, Lisboa.

Tabela 18: Registo de Empresas de Animação Turística com oferta de atividades na

água, por NUT II, de 2010 a 2014. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-

2015)

Considerando todos os registos disponibilizados através do Portal do Turismo de

Portugal, I.P. à data de 22 de janeiro de 2015, estavam inscritos no RNAAT 619

Operadores Marítimo-Turísticos e 426 Empresas de Animação Turística, sendo que

2010 a 2014

Designação

NUT II

Número

Registos

Designação

NUT II

Número

Registos

Designação

NUT II

Número

Registos

Designação

NUT II

Número

Registos

Designação

NUT II

Número

Registos

Número

Registos

Norte 10 Norte 9 Norte 12 Norte 11 Norte 13 55

Centro 10 Centro 18 Centro 14 Centro 5 Centro 15 62

Lisboa 11 Lisboa 11 Lisboa 16 Lisboa 16 Lisboa 23 77

Alentejo 6 Alentejo 7 Alentejo 10 Alentejo 12 Alentejo 3 38

Algarve 18 Algarve 14 Algarve 6 Algarve 11 Algarve 10 59

R.A.Madeira 0 R.A.Madeira 1 R.A.Madeira 0 R.A.Madeira 0 R.A.Madeira 2 3

TOTAL 55 TOTAL 60 TOTAL 58 TOTAL 55 TOTAL 66 294

2010 2011 2012 2013 2014

Page 183: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

169

83,6% destas (356 empresas) possuía alguma atividade relacionada com a

náutica (Erro! A origem da referência não foi encontrada.).

Tabela 19: Empresas registadas no RNAAT, à data de 22-01-2015, com oferta de

atividades, produtos ou serviços ligados à náutica. FONTE: Portal Turismo de

Portugal, I.P.. (22-01-2015).

O Turismo de Portugal, I.P. realizou em 2013 e em 2014 um inquérito para

caraterização das EAT e dos OMT que se encontravam registados nos anos de

2012 e 2013. Foi efetuada, em cada ano, uma inquirição exaustiva a um universo

de, respetivamente, 1468 e 1507 empresas registadas no RNAAT. A taxa de

resposta foi de 45 % e 43 %, respetivamente para o ano de 2013 e 2014, e deu

origem aos Estudos “Agentes de Animação Turística 2012” (Turismo de Portugal,

I.P., maio de 2013)49 e “ANIMAÇÃO TURÍSTICA EM PORTUGAL 2013 –

Caraterização da Oferta e da Procura”50 (Estudo Turismo de Portugal, I.P.,

dezembro de 2014).

Através das questões colocadas foi possível, para cada ano de estudo, obter

uma caracterização geral dos agentes de animação turística, nomeadamente

informações sobre o número de colaboradores ao serviço, o seu nível de

49www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/ProTurismo/competitividad

eeinovacao/setoresdeatividade/anima%C3%A7%C3%A3otur%C3%ADstic

a/Documents/Carateriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Anima%C3%A7%C3

%A3o%20Tur%C3%ADstica%202012.pdf 50www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/ProTurismo/competitividad

eeinovacao/setoresdeatividade/anima%C3%A7%C3%A3otur%C3%ADstic

a/Documents/Carateriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Anima%C3%A7%C3

%A3o%20Tur%C3%ADstica%202013Vfinal.pdf

NUT II OMT EAT TOTAL

Norte 71 76 147

Centro 96 72 168

Lisboa 200 87 287

Alentejo 35 50 85

Algarve 210 66 276

R.A.Madeira 7 3 10

Internacional - 2 2

TOTAL 619 356 975

Page 184: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

170

formação, a duração do serviço que prestam (tempo total ou parcial) e o

volume de negócios das empresas.

De acordo com os estudos do Turismo de Portugal, I.P. verifica-se que dimensão

das empresas de animação turística em Portugal é bastante variável, no

entanto, em ambos os anos, verifica-se que os OMT são os que apresentam o

menor número de colaboradores. Segundo os mesmos estudos, as EAT tiveram

um número médio de colaboradores igual a 12, em 2012 e 2013, superior ao

registo médio dos OMT que passaram, de uma média de 7 trabalhadores em

2012 para 5 trabalhadores em 2013.

Quanto ao nível de qualificação dos colaboradores dos OMT, os estudos

evidenciam que 58% deles possuía formação superior ou formação técnico-

profissional, enquanto nas EAT a percentagem passou de 51 % para 45 %, no

período em causa. Ainda de acordo com os resultados apresentados pelo

Turismo de Portugal, I.P., apenas cerca de 30 % do global dos colaboradores

com formação superior (EAT e OMT), tinham formação na área de Turismo.

Relativamente ao Volume de Negócios das empresas verifica-se que houve um

decréscimo global no valor movimentado de 2012 para 2013. Entre os OMT

respondentes ao inquérito em 2013, 62 % movimentou menos de 25 mil euros no

ano de 2012, em 2013 foram 68 % os que faturaram menos de 25 mil euros. Este

decréscimo de movimento ocorreu também para os grandes volumes de

negócios: em 2013 apenas 12 % dos OMT movimentaram mais de cem mil euros,

quando em 2012 tinham sido 16 % das empresas a fazê-lo. De notar também

que, comparativamente às EAT, o volume de negócios dos OMT é

significativamente mais baixo. (Gráfico 25).

Gráfico 25 – Volume de Negócios, em média, por Empresas de Animação Turística e

Operadores Marítimo-Turísticos. FONTE: Estudo do Turismo de Portugal, I.P..

Page 185: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

171

Relativamente às empresas dos Açores, não conseguimos obter dados relativos

à evolução do número de entidades registadas, no entanto, a partir de

contactos realizados com a Associação Regional de Turismo (ART) dos Açores

(sediada em Angra do Heroísmo), obtivemos acesso ao documento intitulado

“Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015”. Este Guia apresenta,

minuciosamente em 218 páginas, as atividades aquáticas, terrestres e aéreas a

realizar em cada ilha, informações sobre a duração média da atividade e os

contactos das empresas prestadoras de serviços, registadas aquando da

elaboração do documento (2014)51. De referir que o documento está redigido

em dois idiomas, Português e Inglês.

Eem 2014 estavam registadas nos Açores 99 empresas, com oferta de serviços

para a realização de atividades de animação turística. Dessas, 67 % dispõem de

oferta náutica. É possível analisar na Erro! A origem da referência não foi

encontrada. a distribuição das empresas por cada ilha do Arquipélago, no total

e por atividades náuticas.

De salientar que existem 12 empresas que operam em mais que uma ilha, no

entanto para a distribuição do número de empresas por ilha (dados na tabela) a

empresa foi contabilizada por ilha e não por número de registo.

Tabela 20: Empresas registadas nos Açores, com serviços relacionados com a prática de

atividades náuticas.

FONTE: Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.

51 Este documento deverá constar brevemente

http://pt.artazores.com/downloads.

Ilha dos

Açores

Empresas com

Atividades de

Animação Turística

Empresas com

Atividades Náuticas

Santa Maria 5 4

São Miguel 37 20

Terceira 20 12

Graciosa 4 2

São Jorge 6 5

Pico 14 7

Faial 19 16

Flores 8 6

Corvo 6 4

TOTAL 119 76

Page 186: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

172

3.5. Os produtos turísticos na área da náutica

Caracterização da Oferta

De acordo com os resultados obtidos pelo estudo do Turismo de Portugal, I.P. em

2014, as atividades de Turismo de Ar Livre/Turismo de Natureza e Aventura foram

as atividades mais procuradas em 2012 e 2013 e é de destacar a importância

das atividades marítimo-turísticas, que assumem o maior peso relativo,

correspondendo a 51 % do total do Turismo ao Ar Livre.

Para tal contribui o facto de os passeios marítimo-turísticos e o aluguer de

embarcações de recreio terem sido as duas atividades mais

procuradas/realizadas em 2013. O estudo refere também, de forma particular, a

região do Algarve, em que o peso relativo das atividades marítimo-turísticas

representa 71 % do total de atividades de Turismo de Ar Livre/Turismo de

Natureza e Aventura, o mais elevado do país por regiões.

Em termos gerais (EAT e OMT), e ainda de acordo com os dados recolhidos pelo

Turismo de Portugal, I.P. nos questionários realizados, 66 % e 64 % das empresas

respondentes (respetivamente em 2013 e 2014), disponibilizaram programas com

duração média de apenas umas horas, ou seja, a maior parte das empresas

apresentou serviços/atividades em 2012 e 2013 com duração inferior a um dia.

No total, apenas 34 % das empresas possuem programas com duração de um

dia completo ou até 4 dias e cerca de 10 % oferecem produtos com duração de

cinco a sete dias. Em 2013 não houve sequer registo de oferta de

serviços/atividades com duração superior a 7 dias.

Considerando a análise das atividades náuticas oferecidas pelas 975 empresas

registadas no RNAAT em janeiro de 2015, temos a seguinte distribuição, no

Gráfico e Tabela seguintes:

Page 187: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

173

Gráfico 26: Disponibilidade das atividades segundo as empresas registadas no RNAAT a

22-01-2015. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)

Tabela 21: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no RNAAT.

FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)

A oferta identificada na Erro! A origem da referência não foi encontrada. tem

correspondência nas necessidades da procura, conforme o estudo do Turismo

Atividade náuticaNúmero de

Empresas% OMT % EAT

Passeios Marítimo-Turísticos 506 71% 29%

Aluguer de Embarcações de Recreio, com tripulação 422 71% 29%

Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas

embarcações dispensadas de registo349 57% 43%

Pesca Lúdica 307 69% 31%

Surf, Bodyboard, Windsurf, kitesurf, Skiming e/ou

Stand Up Paddle302 63% 37%

Observação de Aves marinhas e/ou Cetáceos 290 0% 100%

Aluguer de Embarcações de Recreio, sem tripulação 270 68% 32%

Canoagem e/ou Rafting 241 29% 71%

Serviços de reboque de equipamentos, como "bananas"

ou Ski-aquático168 48% 52%

Vela e/ou Remo 149 41% 59%

Serviços efetuados por táxi fluvial ou marítimo 140 64% 36%

Mergulho, Snorkeling ou similares 114 0% 100%

Cannyoning e/ou Coasteering 107 0% 100%

Serviços de natureza marítimo-turística prestados mediante a

utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem

meios de propulsão próprios ou selados

78 54% 46%

Natação em águas bravas e/ou Hidrospeed 47 0% 100%

Marinas, portos de recreio e docas de recreio 9 0% 100%

Page 188: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

174

de Portugal (2013): a maior procura de passeios marítimo-turísticos, corresponde

à maior oferta deste serviço. Entre as 975 empresas com atividades náuticas 52 %

oferecem passeios marítimo turísticos e das 3499 atividades náuticas oferecidas

pelo conjunto dessas empresas, a atividade passeios marítimo turísticos

representa 14 % do total (Erro! A origem da referência não foi encontrada.). As

outras atividades com maior oferta são o “Aluguer de Embarcações de Recreio,

com tripulação” e “Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas

embarcações dispensadas de registo”.

De notar que, entre as empresas registadas no RNAAT, as empresas que

oferecem meios para observação de aves e/ou cetáceos, a prática de

mergulho ou similares, o canyoning e a natação em águas livres são apenas as

Empresas de Animação Turística.

Tabela 22: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no RNAAT.

FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)

Como já referido, há um total de 3499 atividades náuticas oferecidas pelas

empresas registadas no RNAAT, isto é, há empresas que realizam mais que uma

atividade náutica. A Erro! A origem da referência não foi encontrada. (e o

(Gráfico 27) apresenta a distribuição do número de empresas de acordo com o

número de atividades oferecidas. Constata-se que a maior parte (29 %) dos

Atividade náutica% Empresas

no Total

% Oferta

náutica no

Total

Passeios Marítimo-Turísticos 52% 14%

Aluguer de Embarcações de Recreio, com tripulação 43% 12%

Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas

embarcações dispensadas de registo36% 10%

Pesca Lúdica 31% 9%

Surf, Bodyboard, Windsurf, kitesurf, Skiming e/ou Stand Up

Paddle31% 9%

Observação de Aves marinhas e/ou Cetáceos 30% 8%

Aluguer de Embarcações de Recreio, sem tripulação 28% 8%

Canoagem e/ou Rafting 25% 7%

Serviços de reboque de equipamentos, como "bananas" ou

Ski-aquático17% 5%

Vela e/ou Remo 15% 4%

Serviços efetuados por táxi fluvial ou marítimo 14% 4%

Mergulho, Snorkeling ou similares 12% 3%

Cannyoning e/ou Coasteering 11% 3%

Serviços de natureza marítimo-turística prestados mediante a

utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem

meios de propulsão próprios ou selados

8% 2%

Natação em águas bravas e/ou Hidrospeed 5% 1%

Marinas, portos de recreio e docas de recreio 1% 0%

Page 189: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

175

Operadores Marítimo-Turísticos oferece duas atividades náuticas e apenas 27 %

oferece mais de três atividades náuticas. Por outro lado, a maior parte das

Empresas de Animação Turística oferece apenas uma atividade náutica (28 %) e

apenas 10% oferecem duas atividades náuticas.

Tabela 23: Oferta de atividades náuticas, disponíveis por OMT e EAT, por NUT II.

FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)

Número de

OMTPercentagem

Número de

Atividades

Número de

EATPercentagem

150 24% 1 At 100 28%

182 29% 2 At 37 10%

120 19% 3 At 34 10%

68 11% 4 At 31 9%

48 8% 5 At 30 8%

12 2% 6 At 26 7%

16 3% 7 At 14 4%

8 1,3% 8 At 14 4%

5 0,8% 9 At 17 5%

5 0,8% 10 At 12 3%

5 0,8% 11 At 8 2%

619 100% 12 At 13 4%

13 At 7 2%

14 At 6 2%

15 At 5 1%

16 At 2 1%

356 100%

TOTAL

TOTAL

Page 190: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

176

Gráfico 27: Oferta de atividades náuticas, disponíveis por OMT e EAT, por NUT II.

FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)

Ainda relativamente à informação sobre as empresas registadas no RNAAT, entre

os OMT que oferecem duas atividades, constatou-se que a atividade com maior

oferta é o aluguer ou utilização de motas de água ou de pequenas

embarcações dispensadas de registo disponível, que aparece associada à

oferta da atividade Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf, skiming e padlle. Por outro

lado, quem organiza passeios marítimo-turísticos também costuma disponibilizar

o serviço de aluguer de embarcação com tripulação.

Relativamente à distribuição da oferta constata-se que o maior número de

serviços náuticos oferecidos (incluindo todo o tipo de atividades anteriormente

mencionadas) está localizado nas regiões do Algarve e Lisboa, ambas com 29%

da oferta global de atividades náuticas, seguidas com representatividade

bastante inferior, da zona Centro e Norte (Erro! A origem da referência não foi

encontrada.).

Page 191: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

177

Tabela 24: Serviços náuticos oferecidos por região NUT II. FONTE: Portal Turismo de

Portugal, I.P.. (22-01-2015)

Se considerarmos a distribuição da oferta das diversas atividades náuticas por

NUT II, verifica-se que a oferta de Cannyoning e/ou coasteering, Natação em

águas livres e/ou Hidrospeed e a gestão de Marinas por Empresas de Animação

Turística é superior na região Norte e que o Surf e similares, o Mergulho e similares

e a Observação de cetáceos têm maior oferta na região de Lisboa. Pode-se

observar a distribuição, por atividade, no ANEXO III.

Considerando a informação relativa aos Açores, foram contabilizadas 21

diferentes atividades náuticas que, no geral, se relacionam com atividades

ligadas ao mergulho, pesca, vela, observação de cetáceos e aves marinhas,

passeios marítimo-turísticos, canoagem, atividades de praia (como ski-aquático,

wakebord, boias, bananas e gaivotas), surf, paddle, motas de água,

canyoning/cascading e coastering.

Da análise (Erro! A origem da referência não foi encontrada.), constata-se que,

além da atividade “viagem inter-ilhas”, não há nenhuma atividade transversal a

todas as nove ilhas do Arquipélago. As atividades com maior oferta são a saída

de mergulho (que se encontra discriminada do snorkeling, batismos de

mergulho, cursos de mergulho e mergulho com tubarões), os passeios de barco

(passeios marítimo-turísticos) e a pesca de corrico52 e de fundo (havendo

diferença para a pesca grossa, caça submarina e pesca de costa).

Relativamente às atividades náuticas realizadas em águas interiores, existe oferta

52 Pesca de corrico – consiste essencialmente no arrasto de amostras artificiais a diversas

profundidades da coluna de água, mediante a utilização de aparelhos de profundidade ou

profundizadores.

NUT IIOferta de

Atividades Náuticas

% Oferta de

Atividades Náuticas

Norte 530 15%

Centro 569 16%

Lisboa 1006 29%

Alentejo 346 10%

Algarve 1007 29%

RAMadeira 41 1%

TOTAL 3499 100%

Page 192: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

178

para a realização de canyoning e cascading em cinco ilhas, havendo oferta

para coasteering em apenas uma (São Jorge). De notar ainda que existe

apenas uma ilha onde se pode encontrar oferta (registada) para a prática de

atividades de surf (Terceira) e de SUP (São Miguel).

Tabela 25: Distribuição da disponibilidade de atividades náuticas pelas diferentes ilhas

dos açores.

Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.

Por outro lado, pode-se também verificar que é nas Ilhas de São Miguel e

Terceira que ocorre uma maior diversidade de oferta de atividades náuticas

enquanto, claramente, a Ilha do Corvo é a que menor diversidade tem, seguida

por Flores e São Jorge.

Relativamente ao número de oferta de atividades náuticas, e considerando

apenas o par atividade/empresa (excluindo as diversas combinações possíveis

como, por exemplo, duração da atividade, percurso, etc.), existem nos Açores,

no total das nove ilhas, 275 atividades náuticas à disposição do consumidor. Na

tabela seguinte podemos observar a distribuição da oferta segundo a atividade.

Como se pode constatar, é também na Ilha de São Miguel que, além da

diversidade como vimos acima, existe a maior oferta. É nesta ilha que se

encontra a maior oferta para 12 das 21 atividades náuticas referenciadas.

3 7 13 10 7 11 17 18 13

Corvo Flores Faial Pico São Jorge Graciosa TerceiraSão

Miguel

Santa

Maria

Viagens inter-ilhas x x x x x x x x x 9

Saídas de mergulho x x x x x x x x 8

Snorkeling x x x x x x x 7

Batismos de mergulho x x x x x x 6

Cursos de mergulho x x x x x 5

Mergulho com tubarões x x x x 4

Passeios de barco x x x x x x x x 8

Pesca de corrico e de fundo x x x x x x x x 8

Pesca grossa x x x x x x 6

Caça submarina x x x x 4

Pesca de costa x x x 3

Observação de aves marinhas x x x x x x 6

Observação de cetáceos

e Nadar com golfinhosx x x x x 5

Canoagem x x x x x 5

Vela x x x x 4

Atividades de praia (Ski-aquático, Wakebord,

Boias, Bananas e Gaivotas)x x 2

Surf e Bodyboard x 1

Stand Up Paddle (SUP) x 1

Motas de água x 1

Canyoning e Cascading x x x x x 5

Coastering x 1

TOTAL

Presença nas

Ilhas

ATIVIDADES NÁUTICAS

Page 193: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

179

Ainda relativamente à oferta diversificada de atividades, pode-se dizer que é

uma aposta das empresas registadas nos Açores. Segundo os dados da Erro! A

origem da referência não foi encontrada., entre as 66 empresas registadas no

Arquipélago, apesar de 24 % possuir apenas oferta de uma atividade náutica,

48% disponibiliza entre duas a 5 atividades náuticas diferentes.

Tabela 26: Distribuição da oferta de atividades náuticas pelas diferentes ilhas dos

açores.

Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.

Tabela 27: Oferta de atividades náuticas, disponíveis pelas empresas dos Açores.

Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.

Corvo Flores Faial Pico São Jorge Graciosa Terceira São Miguel Santa Maria

Passeios de barco 37 0% 8% 16% 14% 5% 5% 14% 30% 8%

Viagens inter-ilhas 35 9% 9% 20% 14% 6% 6% 14% 17% 6%

Saídas de mergulho 24 8% 4% 21% 13% 0% 8% 8% 21% 17%

Snorkeling 22 0% 5% 14% 14% 0% 9% 18% 23% 18%

Pesca de corrico e de fundo 22 5% 9% 14% 0% 5% 9% 27% 27% 5%

Batismos de mergulho 17 0% 0% 18% 18% 0% 6% 12% 29% 18%

Observação de cetáceos

e Nadar com golfinhos17 0% 0% 24% 24% 0% 6% 18% 29% 0%

Pesca grossa 15 0% 0% 13% 0% 7% 7% 20% 40% 13%

Cursos de mergulho 14 0% 0% 14% 21% 0% 0% 14% 36% 14%

Mergulho com tubarões 14 0% 0% 36% 21% 0% 0% 0% 14% 29%

Vela 12 0% 0% 50% 17% 17% 0% 0% 17% 0%

Canoagem 10 0% 0% 10% 10% 0% 10% 30% 40% 0%

Observação de aves

marinhas8 0% 13% 13% 0% 0% 13% 25% 13% 25%

Canyoning e Cascading 7 0% 14% 0% 0% 14% 0% 14% 43% 14%

Caça submarina 6 0% 0% 0% 0% 0% 33% 33% 17% 17%

Pesca de costa 6 0% 0% 0% 0% 0% 0% 50% 33% 17%Atividades de praia (Ski-

aquático, Wakebord, Boias,

Bananas e Gaivotas)

4 0% 0% 0% 0% 0% 0% 75% 25% 0%

Surf e Bodyboard 2 0% 0% 0% 0% 0% 0% 50% 50% 0%

Stand Up Paddle (SUP) 1 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 0%

Motas de água 1 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 0% 0%

Coastering 1 0% 0% 0% 0% 100% 0% 0% 0% 0%

TOTAL 275 2% 4% 17% 12% 4% 6% 17% 26% 11%

Atividade NáuticaNúm. Total

Oferta

% de Oferta por Ilha

Número de

Atividades

Número de

empresasPercentagem

1 At 16 24%

2 At 12 18%

3 At 5 8%

4 At 10 15%

5 At 5 8%

6 At 6 9%

7 At 4 6%

8 At 3 5%

9 At 3 5%

10 At 0 0%

11 At 0 0%

12 At 2 3%

TOTAL 66 100%

Page 194: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

180

Além do resultado do inquérito do Turismo de Portugal, I.P., da análise das

características das empresas registadas no RNAAT e das empresas registadas nos

Açores em 2014, com o objetivo de avaliar a oferta e a forma como são

promovidos os principais produtos de turismo náutico nas dimensões do Turismo

de Aventura (como o exemplo do Surf, Mergulho e Observação de Cetáceos) e

Aluguer de Embarcações, procedeu-se a um exercício de pesquisa de websites

gerais de agências de turismo, empresas, clubes e escolas náuticas. Na maior

parte dos casos, a apresentação dos serviços/atividades passa pela realização

da atividade de forma direta, isolada e de baixa duração. No entanto também

se encontraram casos em que a oferta de atividades náuticas se encontra

associada a outros serviços/atividades, com duração superior a um dia, e

dirigida a grupos ou famílias.

Temos, como exemplos de oferta integrada, os já referidos Centros Náuticos,

Centros de Alto Rendimento e Surf Camps. Pode-se acrescentar os casos em que

as Marinas ou Portos de Recreio são geridos por organizações hoteleiras (ou

similares) que, aliando aos serviços da marina, disponibilizam serviços de

hotelaria/alojamento, restauração, animação e outros serviços. A título ilustrativo

referem-se as seguintes:

- A “Marina Douro 41” é uma Marina Fluvial instalada em Castelo de Paiva, junto

à margem esquerda do Rio Douro, gerida pelo EUROSTARS Portugal - Hoteis

Turísticos Unidos, LDA53 (CAE 79900) que faz parte de uma cadeia com hotéis em

15 países, entre Europa e América (em Portugal gere mais três hotéis situados no

Porto, Figueira da Foz e Lisboa). O “Eurostars Rio Douro Hotel And Spa” é um hotel

classificado com 4 Estrelas, que se encontra na encosta do rio Douro, com 42

quartos, todos voltados para o rio. Possui também serviços de ginásio, SPA,

restaurante panorâmico, bar/cafetaria e ainda de uma sala para a organização

de reuniões/eventos. A Marina tem capacidade para amarração de

26 embarcações.

- A “Marina Fluvial Montebelo Aguieira”, na albufeira da Aguieira, em Mortágua,

integra-se num complexo turístico de cinco estrelas pertence ao Grupo

Montebelo Hotels & Resorts54, que por sua vez faz parte do GRUPO VISABEIRA

SGPS, S.A.55 (CAE 64202); O Resort da Aguieira é composto por 152 espaços –

apartamentos, moradias e villas – para além de diversas facilidades como SPA,

53 www.eurostarshotels.com.pt/eurostars-rio-douro-hotel-and-spa.html 54 http://montebeloaguieira.pt/content-marina.aspx?pid=0&cid=6;

www.grupovisabeira.pt/ 55 http://montebeloaguieira.pt/content-marina.aspx?pid=0&cid=6;

www.grupovisabeira.pt/

Page 195: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

181

ginásio, aluguer de bicicletas e circuito de manutenção, havendo também nas

proximidades do complexo um campo de golf, um centro hípico, um parque

aquático e ainda um parque radical.. A Marina possui 400 postos de amarração

e um espaço privilegiado para a prática de desportos náuticos como Vela,

Mergulho, Windsurf, Ski-náutico e Wakeboard. Existem também incorporadas no

complexo escolas de Vela e Mergulho.

- A “Troia Marina” está integrada no Troia Resort56, gerido pela Sonae Turismo. O

complexo é composto pela Marina e ainda pelo Troia Golf, Troia Ruinas, Troia

Residence e Aqualuz, estes últimos estruturas hoteleiras (estando o primeiro

mesmo em frente à Marina). O resort tem ainda disponível um Centro de

Eventos, um Centro de Espetáculos, restaurantes e um Casino, além das

atividades golf e visitas guiadas às ruinas de Troia (Monumento Nacional desde

1910). A Marina tem 184 postos de amarração, permitindo a atracagem de

embarcações até 18 m de comprimento e 4 m de calado. Disponibiliza também

serviços de lavandaria e uma loja com venda de material (básico) para

navegação.

- A “Amieira Marina” é gerida pela GESCRUZEIROS – Sociedade para o

aproveitamento da actividade Marítimo-Turística no Grande Lago Alqueva, S.A.57

(CAE 79120), que gere um conjunto de produtos em torno da Barragem do

Alqueva. Gere um Restaurante, uma Cafetaria, um Estaleiro Naval para

embarcações de recreio, organiza passeios marítimo turísticos e disponibiliza o

aluguer de “Barcos Casa”. A Marina possui cais de amarração com capacidade

para 40 embarcações, rampa de acesso à água, serviços de colocação e

retirada de embarcações da água (trator e reboque), um pontão de serviço, um

pontão para barcos de cruzeiro, uma área de ensino e de provas e ainda uma

área para receção de embarcações passantes; O estaleiro permite prestar

serviços de manutenção e de reparação de cascos e motores. A marina

disponibiliza ainda serviços de aluguer de material para a prática de Stand Up

Paddle (SUP), Canoagem e Kayak, o aluguer de embarcações de pesca

desportiva (com piloto). O serviço mais original apresentado por esta empresa

Marítimo turística é a possibilidade de aluguer de “barcos casa”. Qualquer

pessoa com mais de 18 anos, com ou sem carta de marinheiro, pode alugar este

tipo de embarcações, possibilitando a dormida na Albufeira a bordo. É dada ao

piloto uma pequena formação pré-embarque, para obtenção de noções

básicas de leitura de cartas e funcionamento do GPS. Existem sete modelos de

“barcos casa” que podem alojar entre uma a 12 pessoas.

- A “Marina de Vilamoura” foi gerida, até março de 2015, pela empresa

imobiliária Lusort, pertencente ao Grupo Cordobês Prasa e à PROCAM (Grupo

56 www.troiaresort.pt 57 www.gescruzeiros.com; www.amieiramarina.com/pt

Page 196: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

182

Imobiliário da Caixa da Catalunha)5859. Em março foi adquirida pelo fundo norte-

americano Lone Star. A Marina disponibiliza uma enorme variedade de serviços

técnicos especializados, dispõe de um estaleiro, um clube náutico, diferentes

lojas de náutica e tem ainda acesso, para além da praia, a uma enorme

variedade de desportos e atividades de lazer. Está inserida num espaço dotado

com uma grande área comercial envolvente, onde se encontram diversas

esplanadas, bares, restaurantes e hotéis, e com várias infraestruturas desportivas

como campos de golfe, centro de ténis, centro hípico, bowling na relva, campos

de squash, ginásios, circuitos de manutenção e ciclovias. Em local privilegiado, a

realização de acordos com diversas entidades fornecedoras de outros serviços

como, por exemplo, 10 operadores marítimo-turísticos, potencia a realização de

outras atividades náuticas. O Clube Internacional da Marina de Vilamoura

(CIMAV) – clube de vela com a sua sede e centro náutico na área adjacente ao

estaleiro da marina – organiza regatas nacionais e internacionais, sendo uma

das mais relevantes a "Semana Internacional do Carnaval”.

- O “Porto de Recreio Boca do Rio”, localizado no Rio Arade, na margem do

concelho de Lagoa, é gerido pelo Clube Náutico Arade, S.A. (CAE 93192) e está

integrado no Empreendimento Boca do Rio Resort60; O Resort, classificado com 4

Estrelas, é composto por 120 unidades de alojamento (80 quartos duplos, 18

suites e 22 apartamentos) e tem disponíveis serviços de restauração (restaurantes

com especialidades portuguesas, espanholas e italianas), bares, reservas para

golfe (no exterior), health club, campo de ténis e campo de futebol. O Clube

Náutico disponibiliza serviços para realização de atividades como Canoagem,

Vela ligeira, Ski aquático, Wakeboard, Wind Surf e Mergulho. O Porto de Recreio

disponibiliza 96 postos de amarração para embarcações com comprimento

máximo de 15m e ainda espaço para 19 motos de água. Integra um estaleiro

naval, tendo ao dispor uma grua que permite retirar da água embarcações até

6,3 toneladas e o máximo de 2 m de vau.

- A “Marina Quinta do Lorde”, localizada na R. A. da Madeira, é gerida pela

Quinta do Lorde – Promoção e Exploração de Empreendimentos Desportivos e

Turísticos S.A. (CAE 41100), faz parte de um resort de 5 estrelas com 103

apartamentos e 23 moradias. A Marina dispõe de 264 postos de amarração,

possibilitando a entrada de embarcações até 50 m e com um calado até 4,5 m.

O estaleiro, com o nome REPMARÍTIMA – Reparação e Manutenção de

Embarcações, Unipessoal Lda61 (CAE 33150), está localizado por debaixo da

58http://lusort.com/pt/propriedades/empreendimentos 59 www.marinadevilamoura.com/pt/marina-de-vilamoura/actividades-

nauticas/ 60 www.aportugal.com/bocadorioresort/index.htm 61 www.repmaritima.com

Page 197: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

183

pista do Aeroporto Internacional da Madeira. Pode receber até 85

embarcações com, no máximo, 35 toneladas, 16 metros de comprimento e 5,20

metros de boca, realizando diversos serviços de manutenção e mesmo

manutenção.

- A “Marina de Porto Santo”, integrada no porto de Porto Santo é também

gerida pela Quinta do Lorde; A marina é o primeiro ponto de paragem para

todos os navegantes que largam da Europa rumo ao Atlântico sul; o complexo

integra uma Marina com 139 postos de amarração e pode receber

embarcações de recreio até 50 m de comprimento e 3,5 m de calado; Inclui

também um estaleiro naval com uma área de 10.000 m² e capacidade para

receber, a seco, 80 embarcações monocasco, que não excedam os 15 m de

comprimento, 25 toneladas e 4,4 metros de boca; Está equipado para fornecer

serviços de reparação e manutenção de embarcações, reparação de balsas

salva-vidas e serviços especializados ou apenas parqueamento simples.

Para completar a análise da oferta de produtos de turismo náutico em Portugal

e a forma como são apresentados a potenciais consumidores estrangeiros, foi

efetuada uma pesquisa, através o motor de busca Google, para França,

Espanha, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Irlanda e Reino Unido. Foram

analisados diversos endereços de acordo com as localidades: www.google.fr,

www.google.es, www.google.de, www.google.dk, www.google.se,

www.google.ie e www.google.co.uk. Efetuou-se idêntico exercício para Portugal,

www.google.pt.

Foram realizadas diversas buscas, primeiramente com expressões de acordo

com “atividades náuticas em Portugal”, posteriormente com expressões mais

específicas em relação às atividades como “Surf em Portugal”, “Mergulho em

Portugal”, “Aluguer de embarcações à vela em Portugal” e “Observação de

cetáceos em Portugal”. Apresentamos, seguidamente, as primeiras três

propostas de oferta obtidas em cada busca.

Com a expressão Francesa “activités nautiques au Portugal”, surgiram diversas

“respostas”. De referir que em algumas destas, o website tinha também o idioma

Português e vários outros, como Inglês, Castelhano e Alemão.

A primeira resposta foi a plataforma web AZUREVER62 originária de França,

que apresenta diversas atividades (náuticas e não só) em 77 países do Mundo. O

seu website está disponível em seis idiomas: Inglês, Francês, Alemão, Italiano,

62 www.azurever.com/visiter/portugal/croisieres-et-activites-nautiques

Page 198: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

184

Castelhano e Holandês. Esta Plataforma possui um website que permite a

possibilidade de busca de um diverso leque de temas, sobre diversos países e

regiões, como: Artes e Cultura, Excursões e Visitas Guiadas, Gastronomia, Eventos

e Espetáculos, Desporto e Aventura, Atrações, Beleza e Bem-estar”, Transportes e

Transferes, Cruzeiros e atividades náuticas.

Considerando a temática “Cruzeiros e Atividades náuticas”, a plataforma

identifica, em Portugal, a oferta de apenas 4 atividades náuticas,

manifestamente inferior à oferta apresentada em França, 26 atividades,

Espanha, 18, Alemanha, 11, Inglaterra 6 e Holanda 6. A oferta que regista maior

procura em Portugal através deste website (34º lugar das atividades náuticas), é

a realização de um cruzeiro na costa Algarvia, a bordo do “navio pirata

“Leãozinho””. As outras atividades são “Passeio de barco de um dia sobre o Rio

Douro”, “Viagem de 4h sobre o Tio Tejo” (com entrada centro cidade e saída no

Parque das Nações) e “Observação de golfinhos e baleias na Madeira”. De

referir que não apresenta nenhuma atividade náutica classificada como

“Desporto e Aventura”.

Considerando ainda esta temática dos Cruzeiros e das atividades náuticas em

geral, França, por exemplo, tem expostas neste website 26 atividades (e ainda

mais 6 classificadas como “Desporto e Aventura”), enquanto Espanha tem 18

(mais 5), Alemanha 11, Inglaterra 6, Holanda 6, Irlanda 1.

De seguida foi apresentado um link para um website onde se referem

atividades de Surf e outros desportos no Porto e norte de Portugal63, sendo que

este website está indiretamente ligado ao Turismo de Portugal que aparece

também, e de forma mais direta, ligado ao website visitportugal64, que consta

igualmente no TOP 10 das sugestões do google.fr.

VISITPORTOANDNORTH é um website disponível em seis idiomas (Francês,

Espanhol, Português do Brasil, Alemão, Inglês e Italiano), que apresenta uma

larga variedade de atividades náuticas a realizar na região do norte, incluindo

atividades no interior, em albufeiras e rios.

Por outro lado, VISITPORTUGAL é um website65 que se encontra disponível para

consulta em 10 idiomas (Português, Inglês, Francês, Espanhol, Alemão, Italiano,

Holandês, Russo, Japonês e Chinês), apresentando diversas temáticas para

busca de atividades a realizar no país, incluindo as náuticas.

Visitportugal contém diversas atividades e programas a realizar no país,

catalogados sob diversos critérios, possibilitando assim uma busca mais

pormenorizada.

63 http://fr.visitportoandnorth.travel 64 www.visitportugal.com/fr/experiencias/turismo-nautico 65 www.visitportugal.com

Page 199: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

185

Imagem @ www.visitportugal.com

Neste website, a janela “O QUE FAZER?” apresenta um diverso conjunto de

temáticas, entre as quais duas diretamente ligadas à prática de atividades

náuticas: “Surfing” e “Turismo Náutico”. É, no entanto, também possível encontrar

referência a atividades náuticas na secção “Atividades Ar Livre”.

Para cada um destes temas, é apresentado um conjunto de sugestões/locais

para a realização de atividades. Por sua vez, em cada um deles (numa janela

individual), é possível encontrar mais informações, incluindo uma lista de oferta

de serviços como “onde comer” e “onde dormir”.

Na temática “Surfing” são apresentados três subgrupos: Surf e Bodyboard,

Windsurf e Kitesurf e Outras Modalidades. Para cada subgrupo são apresentados

diversos locais do país, continente e ilhas, onde se podem realizar as atividades,

bem como os apoios locais que se podem encontrar (alimentação e estadia).

Na temática “Turismo Náutico” podem-se encontrar resumos gerais e contactos

de locais e atividades diversas como “Best of Algarve”, “Marinas e Portos de

Recreio”, “Relaxar no Alqueva, o Grande Lago”, “Cascais e a Costa do Estoril”,

“À descoberta do Funchal”, “Cruzeiros Portugal”, “Fim-de-semana em Troia”,

“Horta: A marina mais colorida do mundo”, “Marinas e Portos de Recreio do

Algarve”, “Mergulho”, “Navegar na costa algarvia”, “Vela, “Vilamoura e a sua

marina” e “Volvo Ocean Race – a volta ao mundo em vela passa por Lisboa”.

Em “Atividades Ar Livre” podemos encontrar as atividades náuticas ligadas ao

Turismo Aventura. Aparecem referenciadas atividades como Surf (novamente),

Windsurf, Kitesurf, Vela, Rafting, Canyonning, Canoagem, Ski-Aquático e também

atividades como observação de aves e/ou cetáceos e Mergulho. Entre as

subjanelas com informações gerais, é apresentada informação mais específica

relativa aos temas/programas “Surfing”, “Observação de Cetáceos nos Açores”,

“Costa Vicentina”, “Fim-de-semana em Troia” e “Mergulho”.

Page 200: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

186

Imagem @ www.visitportugal.com

Ainda através do website do visitportugal, pela janela “O QUE PROCURA”,

encontramos em “Atividades” uma lista de contactos de diversas entidades

(empresas marítimo-turísticas ou de animação turística), que podemos

selecionar, por região do país, ou localidade, e por cruzamento de atividades.

Assim, é possível escolher entre diversas atividades, sabendo à partida que há

disponibilidade de serviços como: Aluguer de barcos/passeios de barco, Aluguer

de motas de água, Bodyboard, Canoagem, Canyonning, Esqui aquático,

Hidrospeed, Kitesurf, Mergulho, Observação de aves, Observação de cetáceos,

Observação de fauna e flora, Paddlesurf, Parasailing, Passeios de Barco, Pesca,

Rafting, Surf, Vela e Windsurf. Algumas das atividades estão associadas a

empresas de turismo que depois articulam com outras de forma a oferecer o

serviço solicitado.

A entidade que aparece com maior número de referências/respostas no TOP

10 de respostas é a plataforma TRIPADVISOR66 com respostas/identificação de

atividades náuticas em geral mas também referência imediata a atividades

náuticas localizadas especificamente em Albufeira. O website geral desta

plataforma está disponível para 45 países diferentes, sendo 19 deles europeus

(de referir que não consta o idioma “Português de Portugal”, mas existe

“Português do Brasil”). Se para a expressão “Activité Nautiques”, com idioma

francês, aparecem 21 referências, para “Actividades Náuticas”, com a escolha

de website brasileiro, são identificadas apenas 14 respostas, o que leva a

suspeitar da forma como foram registadas as empresas/oferta.

66 www.tripadvisor.com

Page 201: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

187

Outras plataformas de referência encontradas na internet, via busca francesa,

foram o VAYACAMPING67, um website originário de Espanha, que se apresenta

em sete idiomas (Castelhano, Catalão, Inglês, Francês, Italiano, Alemão e

Holandês) e que disponibiliza uma lista com diversos parques de campismo na

Europa e seus serviços, entre os quais oferta náutica; e o TRIVAGO68 cujo website

está disponível para consulta em 51 línguas/países e onde se encontram locais

para estadia em todo o mundo, havendo, para cada país, a possibilidade de

escolha do local segundo diversos critérios, sendo uma das opções “Instalações

Desportivas”.

O website do Vayacamping disponibiliza a busca de parques de campismo

registados em Espanha, França, Portugal, Suíça, Itália e Croácia. Para Portugal

(apenas Continental) este website apresenta 143 parques de campismo (de

notar que em 2013 estavam registados em Portugal Continental 231parques de

campismo69).

No website, escolhendo o país para onde se pretende viajar, é possível escolher

ainda a região e pode-se realizar a procura de acordo com um vasto conjunto

de serviços catalogados como: Animação e Atividades, Bungalows e

Caravanas, Compras, Ciclismo e pistas de BTT, Desportos aéreos, Desportos de

montanha, Desportos náuticos, Praia, Restauração, Admissão de animais,

Internet, Facilidades para pessoas com mobilidade reduzida, Ideal para Grupos,

etc..

Considerando as “Atividades náuticas” tem-se para Portugal, entre os 143

parques de campismo, 21 estão identificados como possuindo este tipo de

oferta, no próprio local ou nas proximidades (Erro! A origem da referência não foi

encontrada.). Além desta catalogação geral, “náutica”, em cada parque

aparece referido exatamente qual o serviço que disponibiliza, nomeadamente a

possibilidade de realizar pesca nas proximidades de 19 parques de campismo,

windsurf em 14, surf em 7, Vela em 6, existe uma Escola de Mergulho próximo a 5

parques de campismo, Ski-aquático em 5, Pesca subaquática em 2 e há ainda 2

parques que estão próximos a Marinas.

67 www.vayacamping.fr/campings-avec-sports-nautiques-en-portugal-fr;

www.vayacamping.net 68 www.trivago.com 69 FONTE: Turismo de Portugal, I.P.

Page 202: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

188

Tabela 28: Lista dos Paques de Portugal com atividades náuticas representados no

website www. vayacamping.fr.

No motor de busca www.trivago.pt há a possibilidade de escolha do local de

dormida segundo diversos critérios, um dos quais a referência a “Instalações

Desportivas”. Numa busca para “Portugal”, independentemente de se tratar

uma ou duas pessoas, ou para famílias, aparecem identificados vários locais de

estadia com possibilidade para “Aluguer de barco” (que acreditamos ser

equivalente a “passeios de barco”), com oferta de “Surf”, “Mergulho", “Vela” e

com oferta de Ski. Cruzando a informação com a classificação dos locais como

“Desportos Aquáticos”, temos a apresentação de diversos produtos com oferta

integrada para “Dormida e realização de atividades náuticas”. No entanto,

estamos cientes que o produto composto tem por vezes em comum o mesmo

serviço relativo à atividade náutica, isto é, para diferentes produtos, a empresa

operadora do serviço náutico é a mesma.

Tabela 29: Oferta náutica em Portugal disponível na plataforma on-line TRIVAGO.

Parques de Campismo NUT II Estrelas Marina PescaEscola de

MergulhoVela Windsurf

Ski-

aquáticoSurf

Pesca

subaquática

Camping Orbitur Caminha Norte ** x

Camping Orbitur Angeiras Norte ** x x x

Camping Orbitur Madalena Norte **** x x

Camping Orbitur Vagueira Centro x x x x x x

Camping Orbitur Gala Centro *** x

Camping Orbitur Mira Centro x x x x x

Camping Orbitur Quiaios Centro x x x x x x

Camping Orbitur Idanha-a-Nova Centro *** x

Camping Municipal de Mira Centro ** x

Camping Vale Paraiso Lisboa *** x x x x x

Camping Orbitur Foz do Arelho Lisboa x x

Camping Orbitur Costa da Caparica Lisboa *** x

Camping Orbitur Guincho Lisboa *** x x x

Camping Land's Hause Bungalows Lisboa *** x

Camping Paredes de Vitória Lisboa *** x

Camping Orbitur Sao Pedro de Moel Lisboa *** x x

Camping Os Anjos Alentejo x x

Camping Orbitur Montargil Alentejo *** x x x x x

Camping Turiscampo Algarve Yelloh Village Algarve **** x x x x x x x

Camping Orbitur Quarteira Algarve *** x x x

Bungalows Orbitur Ilha de Armona Algarve x x

2 19 5 6 14 5 7 2TOTAL

Atividades Náuticas vs

Atividade "Desportos aquáticos"

Número de locais de dormida com

oferta de Atividades Náuticas

Aluguer de barco 395

Surf 475

Mergulho 432

Vela 355

Ski - Desp. Aquáticos 17

Page 203: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

189

Relativamente ao tipo de alojamento, na tabela seguinte pode-se observar a

distribuição dos alojamentos por oferta de atividade náutica. Relativamente ao

Surf, 41% das dormidas encontram-se em Hotéis, seguido dos Aparthotéis e dos

Bed&Breakfast. É também esta a ordem (e percentagem semelhante),

relativamente à oferta de dormida que permite o Aluguer de Embarcações de

Recreio. Relativamente à oferta de Mergulho, verifica-se que a terceira opção

com maior oferta é a Casa ou Apartamento individual. Para a prática de Vela é

de notar que mais de 50% da oferta de dormidas é em Hotéis.

Tabela 30: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line TRIVAGO, de

acordo com o tipo de alojamento.

Considerando esta análise de plataformas, refere-se aqui um caso de “não

sucesso” na divulgação da atividade náutica – o BOOKING. Esta plataforma70 de

busca de estadias, muito conhecida a nível mundial, tem a possibilidade de

escolha do hotel/estadia por temas. No entanto, a busca mais próxima para a

realização de atividades náuticas poderá ser “Hotéis para Turistas de Mochila às

Costas”, “Hotéis para Golfe e Desportos” ou “Hotéis na praia/costa”, não

havendo portanto nada mais concreto para a procura de estadias com oferta,

ou próximas à oferta, de atividades náuticas.

Durante a busca efetuada deparamo-nos também com um website que

contém informação compilada relativa a um TOP 10 de locais para a prática de

Surf em Portugal. O website MOMONDO (disponível em vários idiomas)

apresenta, através de uma imagem gráfica e com descrição textual, 10 spots

70 www.booking.com

TOTAL SURF MergulhoAluguer de

BarcoVela

Ski - Desp.

Aquáticos

Hotel 41% 40% 46% 56% 35%

Aparthotel 18% 19% 14% 17% 24%

Bed & Breakfast 12% 11% 13% 8% 12%

Hostel 11% 8% 6% 5% 12%

Casa / Apartamento 9% 14% 11% 7% -

Resort 3% 3% 2% 2% 12%

Casa Rural 2% 3% 5% 2% 6%

Campismo 1% 1% 1% 1% -

Pensão 0,9% 1% 1% 1% -

Apartamento Privado 0,7% 1% 0,3% 0,2% -

Albergue 0,4% 0,4% 0,2% 0,3% -

Pousada 0,2% 0,4% 0,3% 0,1% -

TOTAL 100% 100% 100% 100% 100%

Page 204: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

190

para a prática de Surf em Portugal. Para cada spot refere o aeroporto mais

próximo, um local de dormida, um local para refeições e uma escola de Surf,

além de informação geral sobre o local, o tipo de vaga na praia, a direção

típica do vento e a classificação da praia como muito ou pouco frequentada.

No texto descritivo, refere ainda a envolvência do local dando conta, por

exemplo, das zonas verdes, do turismo costeiro local, a possibilidade de

realização de outras atividades náuticas. Os locais indicados são, em Portugal

Continental, Espinho, Praia do Cabedelo na Figueira da Foz, Praia do Norte na

Nazaré, Peniche, Ericeira, Praia de Carcavelos, Arrifana na Costa Vicentina, Praia

do Amado na Costa Vicentina e Sagres e, na Madeira, a praia do Paúl do Mar

(também conhecida por Ribeira das Galinhas).

Colocando-nos na posição de um turista Espanhol que pretenda passar férias

em Portugal, com acesso a atividades náuticas, busca respostas à expressão

“deportes nauticos en Portugal”. Para esta procura encontramos as seguintes

primeiras respostas:

– Como primeiro resultado, obtivemos o website associado à plataforma

EASYVIAJAR71 com referências a Portugal, principalmente à costa de Lisboa,

como um local com muitas zonas para a prática de desportos náuticos.

Menciona, em particular, a Praia do Guincho e a Praia Grande, referindo-os

como locais de competições internacionais das modalidades de Surf e Windsurf

e aconselha a visita nos meses de setembro e outubro.

O easyviajar pertence ao grupo francês Easyvoyage mas o website em resposta

à nossa busca apresenta-se apenas em Castelhano, não sendo possível alterar o

idioma. É composto por links para diversos outros websites e funciona como

plataforma de agências de viagens, companhias aéreas e de cruzeiros.

Apresenta diversos destinos turísticos no Mundo sendo que apesenta em Portugal

algumas cidades. Para cada cidade identifica: o que visitar, o que comer, o que

comprar para levar de recordação, etc.. Apresenta ainda diversos produtos

para fins-de-semana e propostas de viagens e estadias.

– O já referido VAYACAMPING aparece como segunda resposta à nossa busca.

– A terceira resposta é portuguesa: estoril-portugal72. O website, pertencente ao

Turismo de Cascais e disponível em três idiomas: Português, Castelhano e Inglês,

dá respostas a questões como “Porquê (a região)”, “O que fazer”, “Onde ficar”,

“O que comer”. A oferta náutica passa pela apresentação do Clube Naval de

71 www.easyviajar.com/portugal/los-deportes-nauticos-3605 72 www.estoril-portugal.com/es/deportes/nauticos

Page 205: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

191

Cascais e da Marina de Cascais e identificação das atividades vela, windsurf,

surf e kitesurf como sendo as mais procuradas na região, referindo também a

pesca lúdica. Apresentam ainda no website os spots mais indicados para a

prática de algumas atividades: na Baía de Cascais, referem a prática da Vela,

na Praia do Guincho, o Windsurf e Kitesurf, na Praia de Carcavelos e na Praia de

São Pedro identificam o Surf e o Bodyboard. O website apresenta ainda, para a

região, informações sobre locais e operadores para a prática de golf ou outras

atividades e desportos, e o Centro de Congressos do Estoril, associando um

conjunto de parceiros para fornecimento de serviços para a organização de

eventos.

Entre outras respostas/ofertas em websites com idioma castelhano, surgem

também os já anunciados “tripadviser” e “visitportoandnorth”.

No que concerne à procura na Alemanha, a expressão equivalente,

“Wassersportarten in Portugal”, apresenta como primeiro resultado o website

oficial do Turismo de Espanha – spain.info73 – referindo na página a expressão

“Espanha, férias dinâmicas à beira-mar”. O website está disponível em diversos

idiomas; no Português a tradução da expressão é “Espanha, espírito jovem no

mar”. Contudo o website não apresenta resultados para Portugal.

– O segundo registo é o de um hotel OZADI TAVIRA HOTEL74 que fica em Tavira e

que apresenta o seu website em cinco idiomas: Alemão, Português, Espanhol,

Inglês e Francês. Relativamente à oferta náutica, refere essencialmente as praias

próximas, identificando as praias Ilha de Tavira e Terra Estreita com

potencialidades para prática de kitesurf, windsurf e vela. Trata-se de hotel de

quatro estrelas, com 77 quartos e suites, rodeado de campo, praia, património,

cultura e golfe. O hotel disponibiliza restaurante, piscina, sala de fitness, um clube

para as crianças e ainda, associado ao golf, promove pacotes especiais e

possibilita reservas diretas para a prática de golf, cujos campos ficam mesmo ao

lado do hotel. Apresenta também outros campos de golf, referindo a

localização e paisagens associadas.

– A terceira resposta do Google alemão é o website do YouGoDo75, disponível

em 3 idiomas: Alemão, Inglês e Francês. Como oferta náutica em Portugal

apresenta cinco entidades com oferta de produtos e serviços na zona de lagos.

O “Extreme Algarve” – um Surf camp que neste website apresenta o seu produto

73 www.spain.info/de/reportajes/espana_espiritu_joven_en_el_mar.html 74 www.ozaditavirahotel.com/m/de/praias.html 75 www.yougodo.com/de/andere-extreme-Wassersportarten-in-

Lagos/Search.aspx?l=2267226&d=100&c=26

Page 206: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

192

geral, promovendo-se também como sendo uma das melhores entidades do

Algarve na formação do Surf e Kitesurf. A empresa “Unique Ocean Adventures” –

disponibiliza equipamentos e meios para a prática de atividades como

coasteering, kayak, mergulho, surf, stand up paddle e pesca na zona do Parque

Natural da Costa Vicentina, oferecendo ainda serviços para organização de

pacotes completos de atividades, com estadia incluída, excluindo aviões (apoio

na organização do alojamento em casas próximas, transporte entre as

atividades e o alojamento, preparação de atividades individualizadas, para

famílias ou grupos escolares, etc.). Na apresentação neste website, a empresa

deixa ainda indicação dos preços por atividade. O “Alentejo Surf Camp” –

apresenta-se como um bom local para grandes grupos, espaçoso, com serviços

(além da acomodação e aulas de surf) que incluem a organização de Surf Trips,

Surf Tours e outras atividades ao ar livre, como por exemplo ensinar a nadar –

essencial para fazer surf. Apresentam também nesta publicação os diferentes

valores, consoante a época, para pacotes de uma ou duas semanas no surf

camp. A quarta oferta é um operador em Lagos que aluga embarcações, com

ou sem skipper. Neste caso não há apresentação do produto – não diz que tipo

de embarcação é, quantas tem disponíveis ou os valores do aluguer. A quinta

referência é a um operador “Global Surfing Holidays” que organiza viagens por

todo o mundo para kitesurfers, não referindo nada em particular sobre Portugal.

O website YouGoDo contém o registo de várias atividades e programas,

compostos e não compostos, apresentados diretamente pelos operadores de

qualquer país, que se podem inscrever gratuitamente e publicitar assim a sua

oferta. O website também apresenta, além das ofertas de atividades, links para

oferta de hotelaria nos locais procurados – associada à votação do tripadvisor –

e para empresas de aluguer de viaturas.

No TOP 10 das respostas obtidas, pode-se ainda referir que a segunda alusão a

uma entidade portuguesa é ao “visitportugal” e que se encontra também um

website alemão, com referência a diversos (mais de 100) Surf Camps76

localizados por todo o mundo, sendo que entre as 15 regiões mundiais

representadas (maioritariamente Europa), aparecem descriminados “Portugal” e

“Madeira”. Neste website estão listados 26 Surf Camps em Portugal Continental,

com seis surf camps registados na Ericeira, quatro no Algarve, dois em Peniche e

dois na zona de Lisboa, entre outros. Na Madeira há apenas dois registos, ambos

em Porto da Cruz (Santana). Este website funciona como uma base de dados da

oferta existente, podendo-se registar um qualquer spot sem necessidade de

associação a uma rede. Associado à apresentação da região onde o surf camp

está localizado existe um mapa com indicação dos meses do ano mais propícios

à prática da atividade.

76 www.wellenreiten.de; wellenreiten significa surf

Page 207: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

193

Na busca a partir da Dinamarca, atividades náuticas a realizar em Portugal –

“vandsport i Portugal”, as primeiras respostas apresentaram websites com o

nome Portugal associado, ou seja, tratam-se de ligações a páginas com diversa

informação relativa a todo o país.

– A primeira resposta encaminha para Portugal.dk77, mais especificamente para

uma janela associada ao Algarve, referindo que possui boas praias para a

prática de surf e kitesurf e que se trata de uma zona em Portugal com muitos

locais para prática de mergulho, a vários níveis de perícia e profundidade.

Apresenta uma breve descrição da costa Algarvia, com referência a diversas

zonas para passeios lúdicos e tem associado um parceiro para procura de

hotelaria na região.

A página Portugal.dk foi criada para a divulgação do país, a partir de

experiências vividas pelos criadores da página e das informações recolhidas

junto dos diversos postos de turismo nacional (tem referência ao Turismo de

Portugal Alentejo, Madeira, Açores, Lisboa e Algarve), além das constantes

atualizações de amigos e exploradores que partilham os comentários (não se

conseguiu descobrir a nacionalidade dos criadores do website).

Tratando-se de um website com janelas tão díspares como Algarve, Açores,

Lisboa, Costa Lisboeta, Madeira, Centro de Portugal e Norte de Portugal e

disponibilizando a função “Procurar”, efetuou-se uma busca dentro do website

por “vandsport” – desportos náuticos. Obtiveram-se 17 respostas, relativas a

diferentes regiões, com identificação de diversas modalidades, que vão desde a

identificação do Algarve (identificado em diferentes janelas) para a prática de

surf, mergulho, vela, esqui aquático, windsurf e pesca desportiva; a referência a

Montargil como local de realização de atividades náuticas (embora não

especifique quais); referência aos Açores principalmente para observação de

golfinhos e baleias, mas também para prática de mergulho, vela, caiaque, surf e

pesca desportiva; e referência à Torreira, propícia para a prática da vela e

windsurf.

Sempre associado a cada localidade/zona está uma breve descrição do local

com identificação de alguns serviços úteis, como a existência de parques ao ar

livre, piscinas, campos de jogos, campos de golf, etc.. Além destes, são

77www.google.dk/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja

&uact=8&ved=0CB8QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.portugal.dk%2Falsidi

ge-algarve&ei=AC2FVZSrBMjkUc-

aqpgB&usg=AFQjCNF4dqlx5UR1OIoiHDrwKBaz-

m8SKw&bvm=bv.96339352,d.ZGU

Page 208: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

194

apresentados diversos locais de Portugal, complementando a oferta turística do

website.

– A segunda referência é dada à prática de desportos náuticos em Lisboa pelo

portal do Portugal-live78. Este website apresenta-se em 13 idiomas e, em Portugal,

refere o Rio Tejo como um local a visitar para prática de atividades náuticas. No

entanto, na mesma página, refere que para uma atividade mais extensa e nas

melhores condições, menciona que o melhor será deslocar-se a Cascais,

especialmente à Praia do Guincho, onde está localizada a escola de Surf:

Moana Surf School, para idades dos 6 aos 60 anos.

A página refere ainda que esta (entre Lisboa e Cascais) é uma região

privilegiada, que contém um vasto leque de atividades a realizar além do Surf –

são apresentadas atividades como golfe, equitação ou passear pela Serra de

Sintra, referindo-se também as vistas sobre as paisagens e a vida noturna de

Cascais, Estoril e Lisboa.

O website contém diversos links para várias zonas de Portugal, todas as regiões

NUT II (incluindo ilhas), mais Douro e Porto mas é a cidade de Lisboa que

apresenta mais detalhe na descrição dos locais, arquitetura, monumentos,

alimentação, atividades, vida noturna. Pela janela de busca disponível,

procurando por “náuticas”, não se obtiveram resultados, mas a palavra

“aquáticas” resultou em quatro respostas: uma referente ao Jardim Botânico da

Ajuda, outra ao Oceanário de Lisboa, uma referente ao Algarve, onde se pode

ler que na primavera, verão e finais do inverno são épocas convidativas para a

prática de vela e de desportos aquáticos, acolhendo por isso o Campeonato

Internacional de Kite-Surfing, no Alvor e os campeonatos mundiais de

Powerboat, em Portimão.

– A terceira resposta à busca de atividades náuticas em Portugal a partir da

Dinamarca é dada pelo website portugalnyt79, que se apresenta em três

idiomas: Dinamarquês, Inglês e Português. O idioma Português serve apenas para

apresentação do contexto da existência da página e para a referência a que

os conteúdos são colocados com a contribuição de promotores de férias, e

78

www.google.dk/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&

uact=8&ved=0CCYQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.portugal-

live.com%2Fdk%2Fportugal%2Flissabon%2Fvandsport.html&ei=AC2FVZSrBM

jkUc-aqpgB&usg=AFQjCNEh4PlIjsEP0277-

SWgtQ8yM9roRQ&bvm=bv.96339352,d.ZGU 79

www.portugalnyt.dk/blogs/nytfraportugal/archive/tags/vandsport+i+Port

ugal/default.aspx

Page 209: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

195

outros parceiros, para a elaboração de uma base de contactos sobre aluguer

de automóveis, passagens de avião, pacotes de férias, apartamentos de lazer e

hotéis. No fundo, este website é um local de encontro em língua dinamarquesa

para todos aqueles que se interessam por Portugal. Atualmente, e devido ao

constante crescimento em Portugal da comunidade escandinava, apesar do

idioma, o website é visitado por Dinamarqueses, Suecos e Noruegueses.

Relativamente às atividades náuticas, apresenta duas referências diferentes,

embora uma delas refira diversos locais e outra um evento, já desatualizado

(data de 2012). Assim, na primeira referência, tendo como ponto de partida a

cidade de Lisboa e deslocação de comboio, são abordadas as praias de

Carcavelos, Parede, Estoril e Cascais. De carro, aconselha a praia do Guincho (5

km de Cascais e a 40 km de Lisboa), Praia da Adraga, Praia Grande e Praia

Maca. E um pouco mais ao norte sugere a Ericeira (a 50 km de Lisboa), Santa

Cruz (a 65 km de Lisboa), Foz do Arelho (a 95 km de Lisboa) e São Martinho do

Porto (a 100 km de Lisboa). Relativamente à Foz do Arelho, é a única que tem

referência à existência de uma escola de surf e possibilidade de realizar outras

atividades náuticas (embora não especificando quais). A segunda referência é

relativa às provas de competição de Bodyboard em Portugal, realizadas em

Sintra (mas já decorreram no ano de 2012).

Na busca ao Google Sueco pela expressão “vattensporter i Portugal” as duas

primeiras referências são relativas à oferta do tripadvisor e a terceira é “madeira-

portugal”.

– Na primeira resposta do tripadvisor80, são apresentadas 30 ofertas, todas com

votação máxima (5 valores), agregadas pela designação “Passeios de barco e

desportos náuticos”, que cobrem quase todo o país, desde norte a sul e ilhas,

litoral e interior, faltando o Alentejo. São disponibilizados serviços para a

realização de atividades como surf, canoagem, passeios de barco, vela, kitesurf,

mergulho, etc. (Erro! A origem da referência não foi encontrada.).

80www.google.se/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja

&uact=8&ved=0CB8QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.tripadvisor.se%2FAttr

actions-g189100-Activities-c55-

Portugal.html&ei=k6qCVe2CJPG1sQTRk6q4Cw&usg=AFQjCNEsciZ6ZmICE8

0BxDi5TkGdlE85mw&bvm=bv.96041959,d.d24

Page 210: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

196

Tabela 31: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line tripadvisor,

identificado pela busca de atividades náuticas em Sueco.

– A segunda resposta obtida81 aparece agregada em “Atividades ao ar livre”,

“Desportos náuticos” e nesta secção aparecem referenciadas 16 entidades,

algumas diferentes das referidas na primeira reposta. As atividades náuticas são

idênticas, embora em menor quantidade e distribuição de oferta, e há também

referência a outras entidades como o Fluviário de Mora e o Sea Life no Porto.

– A terceira resposta refere-se a um aparthotel82, localizado na ilha da Madeira,

mais precisamente em Paul do Mar (Paul do Mar Aparthotel). Com um website

disponível em 13 idiomas, este aparthotel de 4 estrelas, com 57 estúdios e 3

apartamentos de um quarto, 3 piscinas, restaurantes e bares e spa, refere o local

como ótimo para a prática de surf e outros desportos aquáticos, como body

board, windsurf e mergulho, referindo que vários surfistas profissionais europeus

consideram Paul do Mar entre o top dos pontos de surf Europeus. No entanto, as

ofertas do hotel para a realização de atividades náuticas passam apenas pela

realização de passeios no mar, num barco tradicional de pesca. O embarque é

feito na doca em frente ao hotel, que durante muitos anos era a única forma de

acesso à localidade de Paul do Mar. O hotel oferece ainda a possibilidade de

realização de atividades como parapente, Jeep safari, passeios guiados pela

81www.google.se/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja

&uact=8&ved=0CCcQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.tripadvisor.se%2FAttr

actions-g189100-Activities-c61-t184-

Portugal.html&ei=k6qCVe2CJPG1sQTRk6q4Cw&usg=AFQjCNF_i2NBJkKC0

OXYKOyM-SUU-xg_SQ&bvm=bv.96041959,d.d24 82www.google.se/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja

&uact=8&ved=0CC4QFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.madeira-

portugal.com%2Fhotelpauldomar%2Fse%2Fwater.html&ei=k6qCVe2CJPG

1sQTRk6q4Cw&usg=AFQjCNETwPdcyhn0ssyi37ZQXZaBkcF80w&bvm=bv.96

041959,d.d24

Surf CanioningCanoagem

/caiaqueMergulho Paddle

Passeio de barco/

Observação de cetáceos

Windsurf/

Kitesurf

Norte x x x x (vela na Régua)

Centro x x x x

Lisboa x x

Algarve x x x x

Madeira x x

Açores x x

Oferta

NUT II

Page 211: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

197

Levada do Paul, participação em atividades como a vindima ou corte da

banana e a possibilidade de aluguer de bicicletas.

Na busca de oferta de atividades náuticas em irlandês, “spóirt uisce sa

Phortaingéil”, encontra-se em Portugal, como primeira resposta, a empresa de

surf Jah-Shaka Surf – SurfLodge83. Esta empresa é um surf camp que promove o

surf na costa Algarvia. Tem sede em Lagos e apresenta seis possíveis locais para

estadia, desde o campismo até alojamento em apartamentos familiares. Auto

intitula-se como criadora do único Guia digital sobre as praias para a prática de

surf no Algarve. Oferece diversos programas, para casais, famílias, grupos de

amigos ou individuais, que vão desde apenas surf e alojamento, ou com

integração de outras atividades náuticas como mergulho, observação de

cetáceos, passeios de barco à vela, pesca, jet-ski, paddle, caiaque, aulas de

windsurf ou de kitesurf, etc., ou atividades não náuticas, como passeios a cavalo,

para-quedismo, escalada, provas de vinho paintball, etc.. De referir que este

website sita como fontes de apoio o Turismo de Portugal, a Federação

Portuguesa de Surf e a Capitania do Porto de Lagos.

As restantes respostas não revelam nenhuma atividade náutica em Portugal,

apresentam projetos educativos/escolas onde se pretendem promover as

atividades náuticas, outros links para temas marginais. Uma outra referência a

Portugal aparece na quarta resposta, onde há uma nota relativamente à prova

da Volvo Ocean Race84 que teve passagem em Lisboa.

Finalmente, em Inglês, provavelmente o idioma mais usado no motor da Google,

efetuou-se a procura de “Water sports in Portugal” no Google.co.uk.

– Como primeira resposta neste exercício de busca, obteve-se um anúncio da

algarve-seafaris85, uma empresa a operar na Marina de Vilamoura desde 1976 e

que realiza cruzeiros junto costa Algarvia bem como se dedica à organização

de saídas para prática de Pesca Desportiva.

Atualmente dispõem de um catamaran, com 19 metros de comprimento, para

efetuar cruzeiros na costa do Algarve, um iate de cruzeiro com 18,5 metros de

comprimento e ainda um iate com 13,5 metros de comprimento, especialmente

construído para a pesca ao Tubarão e Espadarte na costa algarvia. Além da

utilização para a organização das atividades – passeios marítimo-turísticos ou

83 http://jahshakasurf.com/ga/home/surf-camp-portugal/things-to-do-algarve/ 84 www.tg4.ie/ie/tv-listings/tv-listings.html?date=2015-05-29 85 www.algarve-seafaris.com/portugal-sport-fishing/big-game-

fishing?gclid=CMu23uf3nsYCFUzItAodeBQAJA

Page 212: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

198

pesca desportiva – é possível alugar as embarcações para a realização de

outras atividades como festas de grupo, eventos, congressos e reuniões,

campanhas de marketing e publicidade, workshops ou campeonatos de pesca

desportiva.

Esta empresa tem o website disponível em Português e Inglês, mas tem também

disponível o link para a tradução direta das páginas web para espanhol, francês

ou alemão.

– A segunda referência é da TRIPADVISOR86, para a empresa “Polvo Watersports

Algarve”, que organiza passeios marítimo-turísticos e outras atividades aquáticas

em complexos desportivos e parques aquáticos.

– A referência seguinte é Portugal Sport And Adventure87, um website que atua

como agência de viagens, onde se pode encontrar uma lista vasta de

atividades, náuticas e outras, para se realizar em Portugal, continental ou ilhas,

sendo as atividades dirigidas por diversas empresas, clubes ou associações

locais.

Esta plataforma disponibiliza a apresentação da oferta existente de duas formas:

por atividade ou por região. Entre as várias atividades para escolha, temos as

náuticas: canoagem, mergulho, observação de golfinhos e baleias, pesca

desportiva, vela, stand up paddle e surf. Para cada uma destas atividades é

descrita a atividade em si e onde se pode realizar em Portugal, devido às

próprias características da atividade. Na maior parte dos casos são identificados

locais e entidades de apoio para a realização da atividade, não sendo no

entanto disponibilizado nenhum contacto – todos os pedidos de informação ou

reservas são efetuados através da plataforma.

Por exemplo, escolhendo a opção “Surfing etc” é dada indicação de locais

como Lisboa, Peniche, Nazaré, Vila Nova de Milfontes, Figueira da Foz,

Matosinhos/Porto e Algarve como sendo bons para a prática da atividade.

Ainda incorporado nesta página, são apresentados links para as melhores praias

de surf a norte (Vila Praia de Âncora, Afife, Viana do Castelo, Cabedelo,

Aguçadoura, Vila do Conde, Azurára, Espinho, Praia do Norte, Nazaré); no

centro (em Peniche: Supertubos, Santa Cruz, Molho Leste, Praia do Baleal, Lagide

e a Praia Azul, ideal para principiantes; na Ericeira: Coxos, Pontinha, Backdoor,

Pedra Branca, Ribeira dilhas e Praia do Norte; próximo a Lisboa: Praia Grande –

86www.google.co.uk/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&sqi

=2&ved=0CCYQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.tripadvisor.com.br%2FAttraction_Review-

g227947-d627604-Reviews-Polvo_Watersports_Algarve-

Vilamoura_Faro_District_Algarve.html&ei=Za-FVbT0POqt7AaC54OACQ&usg=AFQjCNE-

39u6c1ICdtQNSDqSR1-CE3d9Bw&bvm=bv.96339352,d.ZGU 87 www.portugal-sport-and-adventure.com/watersports-portugal.html

Page 213: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

199

Sintra, Praia do Guincho, Costa da Caparica, São João, São Pedro, Carcavelos e

Santo Amaro para os mais experientes); e no sul (costa Alentejana: Fonte da

Telha, Cogumelo, Malhão, Cabo de Sines e Zambujeira do Mar; e na costa

Algarvia: Carrapateira, Arrifana, Praia do Amado, Zavial, Tonel, Mareta, Beliche,

Praia do Castelejo, Monte Clérigo e Carriagem). Em cada destas três novas

páginas é apresentada informação sobre o local, exemplos de campeonatos e

surfistas importantes que tenham passado pela zona e, caso seja relevante,

novos links para mais informação como, por exemplo, a referência a surf camps,

a festivais de verão ou outros eventos/atividades importantes na área referida ou

relativos à modalidade.

Na atividade “Diving”/Mergulho, encontramos referenciados muitos locais

interessantes para a prática de mergulho, desde o norte ao sul de Portugal

continental e também nas ilhas. À semelhança do descrito anteriormente, a

página apresenta primeiramente aspetos gerais sobre a prática de mergulho,

“porquê mergulhar em Portugal”, fala da temperatura e condições da água nos

diferentes locais, as melhores alturas do ano para a prática da atividade, etc. e

apresenta páginas individualizadas sobre “descobre mais sobre mergulhar …”

nos Açores, na Madeira, no norte de Portugal, em Lisboa e no centro de

Portugal, no sul de Portugal e tem ainda um link para a apresentação de

diversos centros de mergulho em Portugal, que apoiam na realização da

atividade (para aluguer de material de mergulho e/ou aluguer de embarcações

para a deslocação de terra até aos spots de mergulho). E sucessivamente, em

cada atividade, um leque de informações.

Relativamente à procura por região, em cada janela/cada região é

apresentado um rol de atividades que se podem realizar nas imediações.

Complementando as anteriores, há oferta de escalada, ciclismo, golfe, holística

& yoga, passeios a cavalo, bowling, ténis, caminhadas, etc..

O portal disponibiliza ainda links para serviços gerais como: aluguer de carro,

alojamento, Mapas de Portugal, dicas sobre o país, e informações sobre destas e

eventos, etc..

Está também disponível no website a apresentação de pacotes oferta de

atividades – diversas sugestões de atividades que se podem comprar/oferecer,

para serem realizadas individualmente, a dois ou em família.

Além da atividade em si, independentemente da solicitação de pacotes, ou

não, como agência, os serviços da plataforma permitem o contacto a fim de ser

programado um plano completo, integrado, desde a preparação das

atividades náuticas ao alojamento, passando por dicas sobre a alimentação,

etc..

No Google Português, com a busca da expressão “water sports in Portugal”

apenas a segunda resposta é conhecida – Portugal Sport And Adventure. A

Page 214: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

200

primeira e terceiras respostas são referentes a duas empresas com atividade no

Algarve.

– O primeiro resultado apresentado nesta busca em Inglês, corresponde à

empresa ski molhado88, sediada na Praia da Oura, Algarve, com um website em

Inglês e Português.

Esta empresa promove a prática de modalidades náuticas mais ligadas à

diversão, tais como: “parasailing”, “Jet boat rides”, “Flyfish”, “wakeboard”, esqui

náutico, boias, mota de água, caiaque e gaivota. Organiza também passeios

marítimo-turísticos para visita às grutas e observação de cetáceos.

No website, a empresa apresenta os serviços/produtos de forma direta,

individualizada, sem integração de atividades ou planos de atividades para

grupos ou famílias. Também não disponibiliza informação sobre horários ou

preços. A informação “extra atividades” disponível, é a existência de uma janela

“links” onde se podem encontrar endereços para a Câmara Municipal e do

Posto de Turismo de Albufeira, Turismo do Algarve, Instituto de meteorologia,

Tabela das marés, entre outros.

– A terceira resposta é a empresa Beach Hut Watersports89, sediada na Praia da

Luz, (Lagos) e vocacionada para passeios marítimo-turísticos, para observação

de cetáceos, aves marinhas e grupas, e para a realização de desportos náuticos

como vela, windsurf, ski aquático, wakeboard, insufláveis e moto-de-água.

A página web, em quatro idiomas (Português, Espanhol, Inglês e Francês),

apresenta de uma forma geral as diversas atividades, incluindo os preços

praticados, e disponibiliza também a realização de aulas nas atividades como

vela, Windsurf, ski náutico e wakeboard, para vários níveis de aperfeiçoamento.

Realizando no Google português a procura com a expressão portuguesa,

“atividades náuticas em Portugal”, os primeiros resultados são diferentes dos

anteriores, sendo também diferentes dos resultados da busca por “atividades

náuticas” e ainda de “actividades náuticas” (no antigo acordo ortográfico).

– A primeira resposta à expressão “atividades náuticas em Portugal” é referente

à plataforma MYGON90, que apresenta oito parceiros com oferta de atividades

náuticas. Estavam expostas propostas como: um batismo de padlle na Costa da

Caparica (Waves4life), uma aula de surf na Ericeira (We surf), uma aula de surf

88 www.skimolhado.com/activities/ 89 http://beachhutwatersports.com/ 90 www.mygon.com/#!guia/lazer-e-desporto/actividades-nauticas

Page 215: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

201

na Costa de Caparica (Lufi Surf School), um Jantar Romântico para dois ao Pôr-

do-Sol num veleiro no Rio Tejo (Miguel Mourão – Ocean Skiper), um passeio de

veleiro para duas pessoas com flute de espumante no Douro (Douro 360º), um

passeio num veleiro para seis pessoas em Lisboa (Pypas Cruises), um Pack de

cinco aulas paddle em Carcavelos (69 Slam Surf School) ou um passeio num iate

em Lisboa (Sea Luxor).

A MYGON é uma aplicação móvel onde se anunciam promoções e descontos

“de último minuto”, em resultado de parcerias com diversas entidades desde

restaurantes, spas, empresas de animação, e outras, que se encontram em

Portugal ou em Espanha. Cada entidade que se pretenda registar e anunciar os

seus produtos/serviços paga um fee à plataforma, de acordo com a opção

escolhida: “visualização da promoção” ou “clientes recebidos com o código da

promoção”. Por outro lado, que distingue de outras plataformas como a

Groupon, Odisseias. ou LetsBonus, o cliente regista-se na plataforma, seleciona

uma oferta, recebe o código promocional por sms e só efetua o pagamento se

de facto for usufruir do serviço/produto, pagando diretamente à entidade que

promove a oferta. O cliente tem ainda a vantagem de, por cada atividade que

usufrua, acumular pontos num cartão virtual, podendo vir a obter diferentes

ofertas de acordo com os pontos acumulados (como descontos em futuras

atividades ou mesmo a realização de determinadas atividades de forma

gratuita).

Com website disponível em Português, Castelhano e Inglês, é possível definir um

conjunto de filtros desde país (Portugal ou Espanha), distrito, data para

realização da atividade e Tipo de atividade que se pretende. É assim possível

selecionar entre: Restaurantes, Bares & Cafés, Saúde & Beleza, Produtos &

Serviços, Lazer & Desporto ou Alojamento. Depois de escolhida a temática geral,

é ainda possível escolher subcategorias. As ofertas náuticas encontradas

inicialmente encontram-se na subcategoria “Lazer & Desporto”. Mas, também se

encontraram ofertas náuticas em “Actividades Outdoor em Portugal” – por entre

os 19 contactos de entidades obtidos nesta subcategoria, dois estão ligados à

náutica: Batismo de Paddle Boarding em Almada (Boarder Club Portugal) e

Coasteering na Enseada da Mula, Sesimbra (Vertente Natural). Por vezes, cada

entidade apresenta mais que uma oferta, por exemplo, o aluguer de umas horas

de um veleiro apenas para um casal com jantar incluído, ou o aluguer para 4 a 6

pessoas, em exclusividade, para umas horas de passeio, ou para 2 pessoas, sem

exclusividade, etc..

Page 216: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

202

– A segunda resposta refere-se a um documento91 elaborado para o Turismo de

Portugal em 2006, “10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do Turismo

em Portugal – TURISMO NÁUTICO”. Este documento foi preparado no seguimento

da identificação de 10 produtos a desenvolver pelo Plano Estratégico Nacional

do Turismo (PENT), entre os quais o “Turismo Náutico”, pelo que contém um

balanço sobre as Oportunidades e requisitos do mercado, a análise à

capacidade competitiva de Portugal, ao modelo de negócio e à estratégia de

desenvolvimento.

– O terceiro registo refere-se ao link do Portal do Mar92 onde consta uma lista de

Associações de diversas entidades ligadas à náutica, portuguesas e

internacionais, com os respetivos links para os seus endereços web.

De referir ainda que o quarto e quinto registos são relativos ao Projeto Portugal

Náutico. Primeiro no jornal “Tribuna das Ilhas”93, uma notícia sobre a

apresentação do Projeto no dia 19 na cidade da Horta. Depois no website da

Oceano XXI, na secção dos Projetos em que está envolvida.

Nesta altura, procurar no Google por “atividades náuticas” é diferente de

procurar por “actividades náuticas” (antigo acordo ortográfico). Para a primeira

forma obtemos como respostas links para a Câmara Municipal de Cascais,

Câmara Municipal de Viana do Castelo e para a ADN – Atividades Desportivas

Náuticas de Cascais. Para a segunda forma, “actividades náuticas”, a ADN

Cascais também aparece como terceira resposta, sendo a primeira a Seixalíada

e a segunda a Marina de Vilamoura (tendo já sido descrita atrás a atividade

náutica que oferece).

– A resposta da C.M. de Cascais à busca de “atividades náuticas” é a

apresentação no seu website94 da promoção da iniciação de diversas

atividades náuticas tais como canoagem, surf, vela, bodyboard, windsurf, stand

up paddle e mergulho. As aulas de batismo, a realizar ao longo do ano (em

média, uma vez por mês) e em diversos locais, são promovidas por diferentes

entidades locais, que se associaram ao projeto da câmara (tais como a

91www.turismodeportugal.pt/PORTUGU%C3%8AS/TURISMODEPORTUGAL/P

UBLICACOES/Documents/Turismo%20Nautico%202006.pdf 92

www.portaldomar.pt/NauticadeRecreio/DirectoriodeEntidades/Associac

oes/index.htm 93 http://tribunadasilhas.pt/index.php/local/item/8713-projeto-portugal-

n%C3%A1utico-apresentado-na-horta 94 www.cm-cascais.pt/projeto/atividades-nauticas

Page 217: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

203

Aquacarca Associação de Novos Desporto Aquáticos, o Clube Naval de

Cascais, o Get Up Stand Up – GUSU, o Surfing Clube de Portugal, o Surf

Academia e o ADN – Atividades Desportivas Náuticas), promovendo a

realização de atividades a preços mais económicos.

Esta informação está disponível no website da câmara em CÂMARA, ÁREAS –

Desporto e depois em PROJETOS E INICIATIVAS – Atividades Náuticas. A este nível

encontram-se diversas outros projetos relacionados com o Desporto em geral,

futebol, atletismo, ginástica ao ar livre, etc..

O website da Câmara Municipal de Cascais está disponível em Português e em

Inglês e apresenta uma janela com links e informações relevantes para quem

pretende visitar a cidade, como informações sobre como chegar, onde ficar, o

que fazer, o que visitar, etc..

– A C.M. de Viana do Castelo também apresenta no seu website95 a promoção

de atividades náuticas como o surf, wind surf, kitesurf ou bodyboard nas praias

atlânticas e no rio Lima a prática de desportos como o jet-ski, a vela, o remo, a

canoagem, a pesca ou simplesmente um passeio de barco. Neste caso, é

apresentado, por atividade, uma lista de entidades locais que apoiam na sua

realização. Entidades como escolas, clubes náuticos e empresas que estão

subdivididas em grupos de: Surf, Bodyboard, Longboard e Paddle,

Canoagem/Kayak, Mergulho, Remo, Vela, Kitesurf e Windsurf, Pesca, Passeios de

Barco, Canyoning, Rafting, Aluguer de Embarcações Náuticas, Cruzeiros/Cursos

de Vela.

A informação sobre as atividades náuticas encontra-se, a partir da janela inicial

da página web da Câmara Municipal, no menu principal em “Viver Viana”,

“Turismo e Lazer”, a par de janelas como Festas Sra. da Agonia, Brochuras

Promocionais, Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Postos

de Turismo, Funicular de Stª Luzia, Percursos Culturais, Atividades Desportivas e de

Lazer, Artesanato, Restaurantes, Alojamentos, Marina de Viana do Castelo,

Espaços Noturnos, Gastronomia e Vinhos, Caminhos de Santiago – Caminho

Português da Costa, entre outros.

O website da Câmara Municipal de Viana do Castelo está disponível em

Português e tem associado o serviço do “Google Translate” que efetua

diretamente a tradução para mais nove idiomas (Alemão, Espanhol, Francês,

Holandês, Inglês, Italiano, Polaco, Russo e Sueco).

– O terceiro registo de “atividades náuticas” é do Clube de Praticantes ADN de

Cascais, que tem como objeto exclusivo a promoção e organização da prática

95 www.cm-viana-castelo.pt/pt/atividades-nauticas

Page 218: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

204

e do ensino de atividades náuticas, nomeadamente canoagem e vela. A

resposta do Google é diretamente para a página inicial do clube (apenas

disponível em Português) onde constam informações sobre as atividades a

decorrer ou em agenda. As subjanelas da página referem-se apenas à

informação relativa ao clube, às atividades que organizam e a documentos

associados às atividades, não havendo referência a mais nenhum tipo de

informação.

Em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, o Clube de Praticantes ADN

organiza o programa “Cascais Ativo”, proporcionando semanalmente (sábados

e domingos de manhã) um programa de atividades de Canoagem, Windsurf e

Padle, na Praia dos Pescadores. Ao longo do ano, além das aulas habituais,

organiza também regatas e um programa de férias desportivas para a prática

de canoagem. Outro programa que possui é o EANC – Escola de Atividades

Náuticas de Cascais que, associado à Escola Básica e Secundária de

Carcavelos (escola sede do projeto) e a várias outras escolas de Cascais que

aderiram, desenvolveram o Centro de Formação Desportiva de VELA, integrado

no programa de Desporto Escolar das Escolas, permitindo a formação dos

estudantes em embarcações Optimist e Laser.

– A Seixalíada, organizado anualmente pela Câmara Municipal do Seixal, em

colaboração com as seis freguesias e a Associação das Coletividades do

Conselho do Seixal, é um dos pontos altos do calendário desportivo e social do

Concelho do Seixal, assumindo-se como a grande festa do desporto popular.

Esta iniciativa é o evento emblemático do desporto para todos no País e um

exemplo do trabalho conjunto entre o Movimento Associativo e as Autarquias na

área desportiva. Entre os vários objetivos do evento estão: o desejo de

movimentar o maior número possível de atletas federados e não federados de

todos os escalões etários, sensibilizar a generalidade da população para os

benefícios da prática regular do desporto e a promoção da relação entre o

movimento associativo e da comunidade escolar.

Entre as diversas atividades promovidas nos eventos encontram-se a “Pesca

Desportiva” e “Actividades Náuticas”, dentro das quais se encontram a vela, o

caiaque, o slalom e a canoagem, havendo várias modalidades inseridas em

cada atividade.

Seguindo a procura da oferta náutica em Portugal, pesquisamos no motor de

busca Google do Reino Unido, Espanha e França pelas atividades específicas:

Surf, Mergulho, Aluguer de embarcações e Observação de cetáceos.

No www.google.co.uk procuramos por “Surf in Portugal”, “Diving in Portugal”,

“Rental of sailing boats in Portugal” e “Whale and dolphin watching in Portugal”.

Para a atividade Surf, é apresentada uma análise mais global do País, embora a

praia do Baleal – Peniche, seja a terceira referência. Quanto à prática do

Mergulho, as duas primeiras referências vão para o Algarve e a terceira

apresenta diversos contactos e apresentação de vários spots no país. O Aluguer

Page 219: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

205

de embarcações está disponível em diversos pontos do país, no entanto nesta

busca há que referir que é dada apenas uma referência ao Porto/norte,

havendo apenas oferta de uma ER (um catamaran à vela). A Observação de

cetáceos aparece primeiramente como oferta nos Açores, havendo

posteriormente referência a diversos pontos das ilhas e no continente e reforça

na terceira sugestão com o Algarve, Setúbal e Funchal. É possível encontrar nas

Erro! A origem da referência não foi encontrada. e Tabela 32: Oferta náutica em

Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido (www.google.co.uk)

(busca realizada a: 22-06-2015).

uma melhor caracterização dos primeiros três registos encontrados nesta

pesquisa, para cada atividade.

No www.google.es efetuou-se a procura por “SURF EN PORTUGAL”, “BUCEAR EN

PORTUGAL”, “ALQUILER DE BARCOS EN PORTUGAL” e “AVISTAMIENTO DE

BALLENAS Y DELFINES EN PORTUGAL”. Os primeiros resultados para a atividade

Surf dão conta de oferta na Ericeira e em Peniche, por esta ordem, havendo

depois lugar à revista portuguesa “SURFportugal”, não com contactos de

entidades promotoras da atividade, mas com informações relativas à atividade

em si. Relativamente ao Mergulho aparece como terceira referência uma

empresaem Albufeira, sendo que as duas primeiras apresentam spots gerais

nacionais: a associação PADI que apresenta diversos contactos das empresas

associadas e o Turismo en Portugal refere os locais, deixando apenas o contacto

de uma entidade que aparece em forma de anúncio. O Aluguer de

embarcações ocorre um pouco por todo o país, havendo no entanto a salientar

que a terceira resposta é a disponibilidade de barcos casa – embarcações

fluviais sem necessidade de carta de navegação – que se alugam no Alqueva

(Amieira). Procurando a partir de Espanha de locais em Portugal para a

Observação de cetáceos obtemos os Açores como resposta nos três primeiros

resultados, sendo que um deles apresenta diversas opções no país. A Tabela 33:

Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido

(www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).

contém mais informações sobre os resultados obtidos nesta busca.

No www.google.fr efetuou-se a procura por “SURF AU PORTUGAL”, “PLONGÉE AU

PORTUGAL”, “LOCATION DE VOILIER AU PORTUGAL” e “OBSERVATION DES

CÉTACÉS AU PORTUGAL”. Para o Surf os primeiros resultados referem as zonas de

Peniche, Ericeira e Sagres. Quanto ao Mergulho e ao Aluguer de embarcações

de recreio, as primeiras respostas apresentam oferta em diversos locais em

Portugal, continental e ilhas. Por outro lado, também na busca Francesa, é a

partir dos Açores que existe maior oferta para a Observação de cetáceos. É

possível encontrar na Tabela 34: Oferta náutica em Portugal, em resultado de

buscas a partir de Espanha (www.google.es) (busca realizada a: 22-06-2015).

Page 220: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

206

uma melhor caracterização dos primeiros três registos encontrados na pesquisa

francesa, para cada atividade.

Page 221: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

207

Website Local Total de oferta disponível

1ª sugestão Portugal >

Destinationswww.google.co.uk Geral 48

2ª sugestão

(Anúncio)Jah Shaka Surf Lodge http://jahshakasurf.com Geral 17

Surfing Baleal - Surf Camp And Surf

School

TOP 3 no booking:

'- Bsurf Hostel

- Baleal GuestHouse

- Captains Log House

Website Local Total de oferta disponível

1ª sugestão

(Anúncio)Laka Laka Diving http://lakalaka-diving.com/en Lagos 1 empresa; diversas ofertas

2ª sugestão Algarve Scuba Diving www.algarve-scuba-diving.com Algarve 1 empresa; diversas ofertas

3ª sugestão Portugaldiving http://portugaldiving.com/ Geral1 Plataforma com diversos

contactos

Website Local Oferta (Total ER disponíveis) Tipo OFERTA Oferta Local

barco a motor

barco à vela

catamaran à vela

28

12

1

- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;

- Graciosa Lagos e Porto;

- Porto

2ª sugestão Sea Way Charter http://charter.seaway.co.pt/

Lisboa,

Algarve e

Tróia

9

Catamaran

Barco Casa

Barco a motor

Barco à bela

2

7

9

9

- Lisboa e Lagos

- Alqueva (na Amieira Marina)

- Lagos, Portimão e Vilamoura

- Lagos, Portimão, Lisboa e Albufeira

Website Local Total de oferta disponível Caracterização da oferta

1ª sugestão

(Anúncio)Responsible travel www.responsibletravel.com Açores 8

2ª sugestão Portugal Sport And

Adventure

www.portugal-sport-and-

adventure.comGeral várias

3ª sugestão VIATOR www.viator.com

Algarve +

Setúbal e

Funchal

3 + 2

Surf in Portugal Caracterização da oferta

30 = Surf Camps + hostel +

apartamentos com ref. a Escolas

ou Surfcamps próximos; o

Lista extensa de praias em Portugal Continental e Ilhas para prática de surf, com indicação de alguns serviços e

atividades: Peniche (Surf, Praias, Bodyboard, Pesca, Kitesurf); Ericeira (Surf, Praias, Marisco, Bodyboard); Nazaré (Surf,

Praias, bodyboard, surf de ondas grandes, Canyons); Algarve (Praias, golfe, surf, parques aquáticos, Marinas); Sagres

(Surf, Praias, Faróis, Escalada, Bodyboard); Lagos (Praias, Surf, vida noturna, Marinas, golfe); Costa da Caparica (Praias,

Surf, Bodyboard, Kitesurf); Praia do Guincho ( Praias, Surf, Windsurf); Cascais ( Praias, Surf, cultura, música, Mercados);

Carcavelos (Surf, Praias, Bodyboarding, vinho, desportos); Jardim do Mar (Surf, praias, surfe de ondas grandes); Aljezur (

Praias, Surf, mercados, Yoga, Castelos); Esmoriz ( Praias, Surf, Parques); Odeceixe (Praias, Surf); Figueira da Foz ( Praias,

Casinos, Surf, Marisco, Bodyboard); Matosinhos (Surf, Praias, Mercados, Marisco, Andar a cavalo); Ferrel (Surf, resorts a

beira-mar); Paul do Mar (Surf, Praias, Caminhadas); Buarcos (Praias, Surf, Castelos, Monumento, História); Espinho

(Casinos, Praias, Surf, Poker, Bodyboard); Estoril (Casinos, Golfe, grande prémio de motociclismo, Praias, Fado música);

Praia da Luz (Praias, surf,aividades náuticas, vida nocturna); Sines (Praias, Marinas, Surf, Música, Castelos); Vila Praia de

Âncora (Praias, Surf); Foz do Arelho (Praias, Acampamento, Surf, Kitesurf, Windsurf); Vila Nova de Milfontes (Camping,

Praias, Surf); Ribeira Grande (Surf, cascatas, praias, igrejas, Arquitetura); Raposeira (surf, Capelas, Praias, Arquitectura);

Rabo de Peixe (Pesca, Surf, Tourada, Bodyboard, Literatura); Cortegaça, Ovar (Praias, Surf); Ilha de São Miguel

(observação de baleias, vulcões, Caminhadas, Hot Springs, Praias); Sesimbra (Praias, Surf, Pesca, Castelos, marisco);

Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (praias, parques, Surf, Natureza, Camping); São Vicente (grutas,

vulcões, Surf, Praias, natureza); Leça da Palmeira (Praias, Surf, Andar a cavalo, Faróis, Bodyboard); Viana do Castelo

(Cultura, Monumento, Praias, Surf, teatro); Zambujeira do Mar (Praias, Surf); Alentejo (vinho, praias, cultura, Surf, vinha);

Tocha (Praias, Camping, Esportes, Surf); Lourinhã (Praias, marisco, surf, cultura, música); Aveiro (Praias, Azulejo, Canals,

Surf, Pesca); Vila do Bispo (Praias, Surf, Fado música, Cliffs); Comporta (praias, surf, golfe); Portimão (Praias, Marinas,

lojas, mercados, vida noturna); Ilha de São Jorge (Tourada, Canyoning, vulcões, Surf, Observação de baleias); São

Martinho do Porto (Praias, Acampamento, Surf, Pesca); Altura (Praias, Surf, recreação ao ar livre); Esposende (Kitesurf,

Praias, Surf).

3ª sugestão

(Anúncio)

Hostel Surfing Baleal

Surf Campwww.booking.com/ Peniche

Caracterização da oferta

- Pontuação: 9,3 em 30 comentários; a 400m da praia do Baleal

- Pontuação: 9,3 em 37 comentários; a 75m da praia

- Pontuação: 9,0 em 48 comentários; a 2min a pé da praia

- Pontuação: 7,4 em 25 comentários; a 150m da praia do Baleal

A empresa pertence ao Grupo Siroco, que integra também a empresa Siroco Yacht Brokers - especialista em barcos

usados e Siroco Equipamentos. Pode organizar passeios de barco a pedido, com pacotes personalizados, desde passeios

de um dia, fins-de-semana ou até a percursos mais longos. Estão à disposição uma gama selecionada de catamarans

Lagoon, veleiros e barcos a motor de médio e grande porte. Apresentam programas para: um dia de passeio em Lisboa ou

no Algarve, refeições a bordo, Por do sol, um fim-de-semana romântico; 3 Dias em Tróia; 7 dias no Algarve ou 6 dias nos

Açores; Programas Inverno - como SPA a bordo e provas de vinho).

Já tinha sido referenciada nas atividades náuticas no google irlandês.

Com esta procura, apresenta 17 programas diferentes com diversas ofertas ligadas ao surf, kitesurf, padlle, com duração

variável de dias, sugestões para casais, família, grupos ou individual, para iniciantes ou experientes.

O website está disponível apenas em Inglês e em Russo.

Oferecem as atividades: prática de mergulho, cursos de mergulho, batismos, pesca submarina e pesca apeada.

Apresentam as diversas atividades que oferecem (junto a recifes, naufrágios, cânions e cavernas subaquáticas) assim

como informação detalhada dos preços praticados, para cursos, aluguer de equipamento e enchimento de garrafas,

apresentando também promoções para o aluguer para 3, 5 ou 10 dias. Dispoem do que designam por "Serviços

Especializados": TRANSFERS, não disponibilizam o transporte em si, mas apresentam detalhadamente diversas

possibilidades para chegar a Lagos a partir de Lisboa, disponibilizando links com contactos para taxi, comboios,

autocarros ou aluguer de viaturas; WHERE TO LIVE, são apresentadas 12 possibilidades de estadia, essencialmente

apartamentos e um hotel; e EXCURSIONS, onde se apresentam diversos programas que, não ultrapassando as 24 horas,

consistem na visita (de autocarro) a diversos locais como Silves e Monchique, ao redor do Algarve, às praias algarvias,

ao ponto mas ocidental do Continente Europeu - Cabo de São Vicente, a Évora, Beja ou ainda até Fátima, apresentando

para cada caso o programa detalhado.

Disponibiliza ainda links para apresentação de diversos locais de mergulho na costa algarvia e uma janela com uma

apresentação geral de Portugal, dando relevância às condições do país para a prática de diversas atividades náuticas.

Website disponível em Inglês, Alemão, Português e Holandês.

Centro de mergulho com prémio de 5 estrelas. Apresentam os diversos cursos que oferecem e os preços, apresentando

promoções para grupos de 5 estudantes.

O website apresenta diversos locais, ideais para a prática de mergulho em Portugal, organizados por áreas: Grande

Lisboa (Arrábida e Sesimbra), norte (Matosinhos), centro (Berlengas), sul (Alentejo, Lagos-Portimão-Lagoa, Albufeira e

Sagres), Açores (Santa Maria, Graciosa, Faial, S. Jorge e Pico) e Madeira (Madeira, Porto Santo e Reserva Natural do

Garajau). Apresenta também links para contactos de empresas que fornecem serviços para a prática de mergulho.

Relativamente à oferta complementar, não apresenta pacotes integrados, mas disponibiliza contacto para providenciar

apoio na preparação de uma viagem, assim como diversos links para outras atividades a realizar em Portugal (como a

linha de comboio de Sintra, o Jardim do Buddha Eden, informações sobre o Fado), diversos locais de hotelaria e

restauração e uma página associada a cada região com informações turísticas.

1ª sugestão

(Anúncio)Sailing Europe www.sailingeurope.com Geral 28

Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;

apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia

Diving in Portugal

O website, disponível apenas em Inglês, apresenta uma lista de 197 países, e sobre cada um apresenta um vasto leque

de atividades e programas a realizar, em resultado de pacerias com mais de 400 pequenas empresas de viagens.

Como resultado da nossa busca direta, foram apresentados 62 locais para a observação de baleias, golfinhos e

tartarugas, sendo apenas 8 referentes a Portugal e todos os registos nos Açores. Tratam-se de pacotes integrados,

habitualmente para 6, 7 ou 10 dias, com ou sem voos incluidos, mas com estadia num hotel de 4 estrelas e saídas para

observação de cetáceos. Alguns programas incluem refeições em restaurantes. Encontram-se programas dirigidos a

pessoas individuais e a famílias.

Para cada Embarcação de Recreio disponível, apresenam a ficha técnica, planta, e os serviços detalhados do que inclui

ou não no preço; em alguns casos permite a escolha com ou sem skipper.

Yachtico boat rental

& yacht charterwww.yachtico.com

Geral

(Continente)27

Website disponível em 10 idiomas, estando incluiído o Português (do Brasil).

Trata-se de uma plataforma que funciona como agência de viagens. Apresenta como resposta ao solicitado, 3 contactos

com informação de programas (apenas umas horas) e preços, na zona de Albufeira e Quarteira.

A plataforma permite a procura, por país e/ou região, de diversas atividades, entre elas atividades náuticas. É possível

filtrar por Cruzeiros, viagens de barco e observação de cetáceos. Com uma pesquisa geral, são referenciadas 5 entidades

para observação de cetáceos, as anteriores, mais uma em Setíbal e uma na Madeira (Funchal).

Já referenciado na busca de atividades náuticas no idioma inglês.

Apresenta os locais Açores, Madeira, Algarve (Tavira, Vilamoura, Albufeira e Lagos), Arrábida (Setúbal) e Cascais como

pontos de interesse para a observação de cetáceos.

Apresenta um largo comentário a cada zona e refere ainda que nos Açores podem ser encontradas 21 das 80 espécies de

baleias registadas em todo o mundo. Para cada região apresenta contactos de entidades que apoiam a realização da

atividade. não apresenta programas compostos

3ª sugestão

Whale and dolphin

watching in Portugal

Rental of sailing boats in Portugal

Page 222: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

208

Tabela 32: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).

Page 223: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

209

Website Local Total de oferta disponível

1ª sugestão Portugal >

Destinationswww.google.co.uk Geral 48

2ª sugestão

(Anúncio)Jah Shaka Surf Lodge http://jahshakasurf.com Geral 17

Surfing Baleal - Surf Camp And Surf

School

TOP 3 no booking:

'- Bsurf Hostel

- Baleal GuestHouse

- Captains Log House

Website Local Total de oferta disponível

1ª sugestão

(Anúncio)Laka Laka Diving http://lakalaka-diving.com/en Lagos 1 empresa; diversas ofertas

2ª sugestão Algarve Scuba Diving www.algarve-scuba-diving.com Algarve 1 empresa; diversas ofertas

3ª sugestão Portugaldiving http://portugaldiving.com/ Geral1 Plataforma com diversos

contactos

Website Local Oferta (Total ER disponíveis) Tipo OFERTA Oferta Local

barco a motor

barco à vela

catamaran à vela

28

12

1

- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;

- Graciosa Lagos e Porto;

- Porto

2ª sugestão Sea Way Charter http://charter.seaway.co.pt/

Lisboa,

Algarve e

Tróia

9

Catamaran

Barco Casa

Barco a motor

Barco à bela

2

7

9

9

- Lisboa e Lagos

- Alqueva (na Amieira Marina)

- Lagos, Portimão e Vilamoura

- Lagos, Portimão, Lisboa e Albufeira

Website Local Total de oferta disponível Caracterização da oferta

1ª sugestão

(Anúncio)Responsible travel www.responsibletravel.com Açores 8

2ª sugestão Portugal Sport And

Adventure

www.portugal-sport-and-

adventure.comGeral várias

3ª sugestão VIATOR www.viator.com

Algarve +

Setúbal e

Funchal

3 + 2

Surf in Portugal Caracterização da oferta

30 = Surf Camps + hostel +

apartamentos com ref. a Escolas

ou Surfcamps próximos; o

Lista extensa de praias em Portugal Continental e Ilhas para prática de surf, com indicação de alguns serviços e

atividades: Peniche (Surf, Praias, Bodyboard, Pesca, Kitesurf); Ericeira (Surf, Praias, Marisco, Bodyboard); Nazaré (Surf,

Praias, bodyboard, surf de ondas grandes, Canyons); Algarve (Praias, golfe, surf, parques aquáticos, Marinas); Sagres

(Surf, Praias, Faróis, Escalada, Bodyboard); Lagos (Praias, Surf, vida noturna, Marinas, golfe); Costa da Caparica (Praias,

Surf, Bodyboard, Kitesurf); Praia do Guincho ( Praias, Surf, Windsurf); Cascais ( Praias, Surf, cultura, música, Mercados);

Carcavelos (Surf, Praias, Bodyboarding, vinho, desportos); Jardim do Mar (Surf, praias, surfe de ondas grandes); Aljezur (

Praias, Surf, mercados, Yoga, Castelos); Esmoriz ( Praias, Surf, Parques); Odeceixe (Praias, Surf); Figueira da Foz ( Praias,

Casinos, Surf, Marisco, Bodyboard); Matosinhos (Surf, Praias, Mercados, Marisco, Andar a cavalo); Ferrel (Surf, resorts a

beira-mar); Paul do Mar (Surf, Praias, Caminhadas); Buarcos (Praias, Surf, Castelos, Monumento, História); Espinho

(Casinos, Praias, Surf, Poker, Bodyboard); Estoril (Casinos, Golfe, grande prémio de motociclismo, Praias, Fado música);

Praia da Luz (Praias, surf,aividades náuticas, vida nocturna); Sines (Praias, Marinas, Surf, Música, Castelos); Vila Praia de

Âncora (Praias, Surf); Foz do Arelho (Praias, Acampamento, Surf, Kitesurf, Windsurf); Vila Nova de Milfontes (Camping,

Praias, Surf); Ribeira Grande (Surf, cascatas, praias, igrejas, Arquitetura); Raposeira (surf, Capelas, Praias, Arquitectura);

Rabo de Peixe (Pesca, Surf, Tourada, Bodyboard, Literatura); Cortegaça, Ovar (Praias, Surf); Ilha de São Miguel

(observação de baleias, vulcões, Caminhadas, Hot Springs, Praias); Sesimbra (Praias, Surf, Pesca, Castelos, marisco);

Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (praias, parques, Surf, Natureza, Camping); São Vicente (grutas,

vulcões, Surf, Praias, natureza); Leça da Palmeira (Praias, Surf, Andar a cavalo, Faróis, Bodyboard); Viana do Castelo

(Cultura, Monumento, Praias, Surf, teatro); Zambujeira do Mar (Praias, Surf); Alentejo (vinho, praias, cultura, Surf, vinha);

Tocha (Praias, Camping, Esportes, Surf); Lourinhã (Praias, marisco, surf, cultura, música); Aveiro (Praias, Azulejo, Canals,

Surf, Pesca); Vila do Bispo (Praias, Surf, Fado música, Cliffs); Comporta (praias, surf, golfe); Portimão (Praias, Marinas,

lojas, mercados, vida noturna); Ilha de São Jorge (Tourada, Canyoning, vulcões, Surf, Observação de baleias); São

Martinho do Porto (Praias, Acampamento, Surf, Pesca); Altura (Praias, Surf, recreação ao ar livre); Esposende (Kitesurf,

Praias, Surf).

3ª sugestão

(Anúncio)

Hostel Surfing Baleal

Surf Campwww.booking.com/ Peniche

Caracterização da oferta

- Pontuação: 9,3 em 30 comentários; a 400m da praia do Baleal

- Pontuação: 9,3 em 37 comentários; a 75m da praia

- Pontuação: 9,0 em 48 comentários; a 2min a pé da praia

- Pontuação: 7,4 em 25 comentários; a 150m da praia do Baleal

A empresa pertence ao Grupo Siroco, que integra também a empresa Siroco Yacht Brokers - especialista em barcos

usados e Siroco Equipamentos. Pode organizar passeios de barco a pedido, com pacotes personalizados, desde passeios

de um dia, fins-de-semana ou até a percursos mais longos. Estão à disposição uma gama selecionada de catamarans

Lagoon, veleiros e barcos a motor de médio e grande porte. Apresentam programas para: um dia de passeio em Lisboa ou

no Algarve, refeições a bordo, Por do sol, um fim-de-semana romântico; 3 Dias em Tróia; 7 dias no Algarve ou 6 dias nos

Açores; Programas Inverno - como SPA a bordo e provas de vinho).

Já tinha sido referenciada nas atividades náuticas no google irlandês.

Com esta procura, apresenta 17 programas diferentes com diversas ofertas ligadas ao surf, kitesurf, padlle, com duração

variável de dias, sugestões para casais, família, grupos ou individual, para iniciantes ou experientes.

O website está disponível apenas em Inglês e em Russo.

Oferecem as atividades: prática de mergulho, cursos de mergulho, batismos, pesca submarina e pesca apeada.

Apresentam as diversas atividades que oferecem (junto a recifes, naufrágios, cânions e cavernas subaquáticas) assim

como informação detalhada dos preços praticados, para cursos, aluguer de equipamento e enchimento de garrafas,

apresentando também promoções para o aluguer para 3, 5 ou 10 dias. Dispoem do que designam por "Serviços

Especializados": TRANSFERS, não disponibilizam o transporte em si, mas apresentam detalhadamente diversas

possibilidades para chegar a Lagos a partir de Lisboa, disponibilizando links com contactos para taxi, comboios,

autocarros ou aluguer de viaturas; WHERE TO LIVE, são apresentadas 12 possibilidades de estadia, essencialmente

apartamentos e um hotel; e EXCURSIONS, onde se apresentam diversos programas que, não ultrapassando as 24 horas,

consistem na visita (de autocarro) a diversos locais como Silves e Monchique, ao redor do Algarve, às praias algarvias,

ao ponto mas ocidental do Continente Europeu - Cabo de São Vicente, a Évora, Beja ou ainda até Fátima, apresentando

para cada caso o programa detalhado.

Disponibiliza ainda links para apresentação de diversos locais de mergulho na costa algarvia e uma janela com uma

apresentação geral de Portugal, dando relevância às condições do país para a prática de diversas atividades náuticas.

Website disponível em Inglês, Alemão, Português e Holandês.

Centro de mergulho com prémio de 5 estrelas. Apresentam os diversos cursos que oferecem e os preços, apresentando

promoções para grupos de 5 estudantes.

O website apresenta diversos locais, ideais para a prática de mergulho em Portugal, organizados por áreas: Grande

Lisboa (Arrábida e Sesimbra), norte (Matosinhos), centro (Berlengas), sul (Alentejo, Lagos-Portimão-Lagoa, Albufeira e

Sagres), Açores (Santa Maria, Graciosa, Faial, S. Jorge e Pico) e Madeira (Madeira, Porto Santo e Reserva Natural do

Garajau). Apresenta também links para contactos de empresas que fornecem serviços para a prática de mergulho.

Relativamente à oferta complementar, não apresenta pacotes integrados, mas disponibiliza contacto para providenciar

apoio na preparação de uma viagem, assim como diversos links para outras atividades a realizar em Portugal (como a

linha de comboio de Sintra, o Jardim do Buddha Eden, informações sobre o Fado), diversos locais de hotelaria e

restauração e uma página associada a cada região com informações turísticas.

1ª sugestão

(Anúncio)Sailing Europe www.sailingeurope.com Geral 28

Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;

apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia

Diving in Portugal

O website, disponível apenas em Inglês, apresenta uma lista de 197 países, e sobre cada um apresenta um vasto leque

de atividades e programas a realizar, em resultado de pacerias com mais de 400 pequenas empresas de viagens.

Como resultado da nossa busca direta, foram apresentados 62 locais para a observação de baleias, golfinhos e

tartarugas, sendo apenas 8 referentes a Portugal e todos os registos nos Açores. Tratam-se de pacotes integrados,

habitualmente para 6, 7 ou 10 dias, com ou sem voos incluidos, mas com estadia num hotel de 4 estrelas e saídas para

observação de cetáceos. Alguns programas incluem refeições em restaurantes. Encontram-se programas dirigidos a

pessoas individuais e a famílias.

Para cada Embarcação de Recreio disponível, apresenam a ficha técnica, planta, e os serviços detalhados do que inclui

ou não no preço; em alguns casos permite a escolha com ou sem skipper.

Yachtico boat rental

& yacht charterwww.yachtico.com

Geral

(Continente)27

Website disponível em 10 idiomas, estando incluiído o Português (do Brasil).

Trata-se de uma plataforma que funciona como agência de viagens. Apresenta como resposta ao solicitado, 3 contactos

com informação de programas (apenas umas horas) e preços, na zona de Albufeira e Quarteira.

A plataforma permite a procura, por país e/ou região, de diversas atividades, entre elas atividades náuticas. É possível

filtrar por Cruzeiros, viagens de barco e observação de cetáceos. Com uma pesquisa geral, são referenciadas 5 entidades

para observação de cetáceos, as anteriores, mais uma em Setíbal e uma na Madeira (Funchal).

Já referenciado na busca de atividades náuticas no idioma inglês.

Apresenta os locais Açores, Madeira, Algarve (Tavira, Vilamoura, Albufeira e Lagos), Arrábida (Setúbal) e Cascais como

pontos de interesse para a observação de cetáceos.

Apresenta um largo comentário a cada zona e refere ainda que nos Açores podem ser encontradas 21 das 80 espécies de

baleias registadas em todo o mundo. Para cada região apresenta contactos de entidades que apoiam a realização da

atividade. não apresenta programas compostos

3ª sugestão

Whale and dolphin

watching in Portugal

Rental of sailing boats in Portugal

Page 224: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

210

Tabela 33: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).

Page 225: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

211

Website Local Total de oferta disponível

1ª sugestão

(Anúncio)

Rapture Surfcamp

Portugalwww.rapturecamps.com Ericeira 1

2ª sugestão

(Anúncio)Baleal Surf Camp www.balealsurfcamp.com

Baleal

- Peniche1

3ª sugestão SURF PORTUGAL www.surfportugal.pt Geral 1 revista

Website Local Total de oferta disponível

1ª sugestão PADI www.padi.com Geral 16

2ª sugestão Turismo en Portugal www.turismoenportugal.org Geral 5 spots

3ª sugestão Indigo Divers www.indigo-divers.pt Albufeira 1

Website Local Oferta (Total ER disponíveis) Tipo OFERTA Oferta Local

barco a motor

barco à vela

catamaran à vela

11

21

2

- Cascais, Oeiras, Porto e Lagos;

- Lagos, Lisboa, Portimão, Cascais, Horta e Oeiras;

- Lisboa e Porto

barco a motor

barco à vela

catamaran à vela

28

12

1

- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;

- Graciosa Lagos e Porto;

- Porto

3ª sugestão Nicols Yacht www.turismo-fluvial-nicols.esAmieira /

Alqueva7

Website Local Total de oferta disponível

1ª sugestão Tripadvisor www.tripadvisor.es Açores (Comentário num Forum)

2ª sugestão Tripadvisor www.tripadvisor.es Geral 16

3ª sugestão minube www.minube.com São Miguel (Comentário num Forum)

Auto intitulada como: "A Bíblia do Surf Português", tem o website apenas em Português.

Revista propriedade da Targetocean - Lda., SURFPortugal, revista e respetivas extensões digitais é uma marca de media

dedicada ao surf e a outros desportos praticados em ondas, publicando regularmente artigos, reportagens e colunas de

opinião, dando a conhecer toda a atualidade do surf em Portugal.

Surf en Portugal

Sailing Europe www.sailingeurope.com Geral 28Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;

apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia

Avistamiento de ballenas y delfines

en PortugalColocaram a questão sobre onde se poderia observar mais cetáceos, se na Madeira ou nos Açores; foi identificado os

Açores, ilha de São Miguel, por ser a mais prática de chegar de avião.

Apresenta na sesção "Atividades ao ar livre", "observação de baleias e golfinhos", 16 contactos de empresas que

oferecem esta atividade. Várias no Algarve, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo, Terceira, Funchal e uma em Sesimbra.

MINUBE é uma plataforma espanhola que apresenta diversas ofertas de alojamento, voos, atividades a realizar, … e

informações sobre os locais, de diversos países do mundo. Para Portugal apresenta registadas 4064 ofertas de holetaria,

3607 visitas sugeridas, 883 restaurante. A reposta obtiva é relativa a um forum, onde publicaram uma opinião e fotos

sobre uma visita aos Açores.

Caracterização da oferta

2ª sugestão

(Anúncio)

Website apresentado em Castelhano, Francês, Inglês, Alemão, Italiano, Português, Holandês e Polaco.

É um estaleiro francês construtor de barcos fluviais sem licença , com um painel total de 18 modelos de barcos em quatro

gamas. Existe uma rede de 21 bases Nicols espalhadas ao longo de diversos destinos fluviais de França (18), Alemanha

(2) e Portugal (1). Trabalham em Portugal diretamente com a Amieira Marina, disponibilizando 7 barcos de 3 gamas

diferentes. No grande Lago Alqueva é possível alugar durante por 2, 3 ou 4 dias, ou por 1 ou 2 semanas.

1ª sugestão

(Anúncio)Boatbureau www.boatbureau.es Geral 34

Apenas aluguer de embarcações - não refere skipper; procura promover a divulgação do aluguer de embarcações que já

se encontram no mercado.

Bucear en Portugal Caracterização da oferta

Para Peniche e Berlengas são disponiblizados 8 contactos, uma escola/empresa em Peniche, 3 na zona de Lisboa e 4

pertencentes ao distrito de Setúbal (Coina, Sesimbra e Setúbal); para Algarve 4 locais (Faro, Quarteira e Albufeira); na

Maderia, 1 no Funchal; e nos Açores 3 todos na ilha de São Miguel (2 em Ponta Delgada e 1 em Vila Franca do Campo).

Página construida em parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, disponível em Castelhano,

Português e Inglês. Apresentam muita informação relativa a várias localidades do país, podendo escolher-se região e/ou

atividades a realizar, bem como disponibiliza links para contactos de hotelaria, restauração e aluguer de viaturas. Na

janela "O que fazer", entre as 7 propostas apresenta 3 náuticas: Passeios de barco, Mergulho e Surf. Relativamente à

resposta obtida, apresenta em permanência imagem com publicidade à empresa "Jah Shaka Surf" (já referida no

documento) não apresentando mais contactos. Referem as melhores zonas para a prática de mergulho em: ilha da

Berlenga, costa de Sesimbra, entre Albufeira e Sagres, nos Açores referem que existem mais de 100 spots para mergulho,

podemdo-se inclusive mergulhar com tubarões; e na Madeira os melhores locais são Funchal e Caniço. Apresentam links

diretos para mais informações de: Berlenga, Nazaré e Madeira. Em cada janela apresentam detalhadamente os spots a

visitar, outras atividades náuticas que podem realizar, locais a visitar, onde comer, etc..

Empresa com website disponível em Português, Inglês, Castelhano, Alemão, Francês e Holandês.

Apresenta 5 estrelas atribuidas pela PADI - Professional Association of Diving Instructors. Disponibiliza no website

informação sobre os vários cursos e formações que realizam e sobre os locais onde realizam mergulhos. Disponibilizam

links para informações sobre o Algarve e apresentam também a nova empresa Indigo Walkers que realiza passeios

pedestres pela zona de Albufeira e Algarve no geral, criando assim possíveis programas com atividades conjuntas.

Alquiler de barcos en Portugal

Caracterização da oferta

O website está apenas em Inglês e Alemão. Grande casa situada junto à Praia da Foz do Lizandro e fica a 15 minutos a pé

do centro da cidade. Tem discriminado o preço de cada componente: dormida, aluguer de equipamento, com aula ou sem

aula, transferes,… embora não apresente um pacote integrado.

Website disponível em Português, Inglês, Castelhano e Russo. Foi o primeiro surf camp Portugês, iniciado em 1993. É

composto por um hostel e apartamentos, um Centro e uma Escola de Surf. Apresenta informação sobre preços aplicados

e pacotes como: "Tudo incluído" (alojamento, equipamento e aulas de surf), alojamento e equipamento, apenas

alojamento. Disponibiliza também serviço de massagens e visitas a empresas de pranchas de surf. Encontram-se links

com informação sobre os locais próximos e ainda uma janela onde apresentam uma lista dos eventos da zona e algumas

Page 226: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

212

Tabela 34: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de Espanha (www.google.es) (busca realizada a: 22-06-2015).

Page 227: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

213

Website Local oferta Total de oferta disponível

1ª sugestão Surf Camps em

Penichewww.booking.com Peniche

69 = Surf Camps + hostel & hotéis

com ref. a Escolas ou Surfcamps

próximos

- In My House Baleal ;

- Casa São João;

- Hostel Santa Maria do Mar

2ª sugestão Rapture Surfcamp

Portugalwww.rapturecamps.com Ericeira 1

3ª sugestão Sagres Natura Surf

Campwww.sagres-surfcamp.com Sagres 1

Website Local oferta Total de oferta disponível

1ª sugestão PADI www.padi.com Geral 16

2ª sugestão Mergulho - Visite

Portugalwww.visitportugal.com Geral 1

3ª sugestão Forum de Mergulho

em Portugalwww.routard.com

Arrábida e

Peniche(Comentário num Forum)

Website Local oferta Oferta (Total ER disponíveis) Tipo de oferta ER disponíveis Local oferta

barco a motor

barco à vela

catamaran à vela

11

21

2

- Cascais, Oeiras, Porto e Lagos;

- Lagos, Lisboa, Portimão, Cascais, Horta e Oeiras;

- Lisboa e Porto

barco a motor

barco à vela

catamaran à vela

28

12

1

- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;

- Graciosa Lagos e Porto;

- Porto

3ª sugestão Filovent www.filovent.com Geral 30barco a motor

barco à vela

catamaran à vela

5c/ skipper; 1s/ skipper

22c/ skipper; 21s/ skipper

3c/ skipper; 2s/ skipper

- Portimão, Lisboa, Cascais;

- Tavira, Madeira, Portimão, Lisboa, Cascais, Faial,

São Miguel e Terceira;

- Lisboa e Portimão

Website Local oferta Total de oferta disponível

1ª sugestão Observação Cetáceos -

Visite Portugalwww.visitportugal.com/fr Açores

Diverso

(referem link para website com

vários contactos)

2ª sugestão Espaço talassa (=3ª

sugestão)www.espacotalassa.com Pico - Faial 1 empresa; diversas ofertas

3ª sugestão Grand Nord Grand

Largewww.gngl.com Açores 1 empresa; duas ofertas

Programa para São Jorge, Pico e Faial. Apresentam dois programas para viagem de 8 dias; com atividades nas 3 ilhas.

Um dos programas inclui viagem, estadia num hotel 3 estrelas com piscina, algumas refeições incluídas; a realizar entre

junho e novembro.

Website em Português, Inglês Francês e Alemão.

Passeios para observação de cetáceos; pacotes integrados "8dias 2ilhas"; programa: 4horas visita Faial, 7horas visita

Faial; Subidas ao Pico; Praticam programa turismo eco responsável: cada 10 clientes = plantam 1 arvore.

Apresenta vídeos animados com localização das ilhas de ação: Faial e Pico; dá indicações sobre estadias em Lx antes da

viagem; apresenta concursos de fotografia, investigação e educação ambiental.

Pricipalmente São Miguel (Ponta Delgada e Vila Franca do Campo); Terceira (Angra do Heroísmo e Praia da Vitória);

Triângulo Faial-Pico-S.Jorge. Disponibilizam link "www.visitazores.com/fr/experience-the-azores/whale/structures" para

identificação de empresas que oferecem apoio à prática. Tem link direto para "onde dormir" - 131 locais e "onde comer" -

128 restaurantes nos Açores

Questionaram no Fórum sobre a prática de mergulho em Portugal - responderam: Arrábida e Peniche. Deixaram o

contacto para www.vertigemazul.com.

Esta empresa aluga o Catamaran para mergulhos, passeios, observação de aves, festas a bordo, etc..

Refere 4 locais específicos para mergulho: 1.Açores, 2.Madeira, 3.Berlengas e Peniche e 4.Sesimbra e Costa Alentejana e

Algarve.

Apresenta links para Associação de Turismo dos Açores - Convention and Visitors Bureau ; Direção Regional de Turismo

da Madeira ; Posto de Turismo - Peniche ;

Posto de Turismo - Sesimbra ; Posto de Turismo - Setúbal ; ATA - Associação Turismo do Algarve

PADI - Professional Association of Diving Instructors, a maior organização de mergulho, reconhecida mundialmente.

Apresenta o website em Holandês, Inglês, Francês, Italiano, Espanhol, Chinês e Coreano. Para Portugal, apresenta em

Peniche e Berlengas 8 contactos, uma escola/empresa em Peniche, três na zona de Lisboa e quatro pertencentes ao

distrito de Setúbal (Coina, Sesimbra, e Setúbal); para o Algarve 4 locais (Faro, Quarteira e dois em Albufeira); na Maderia,

1 no Funchal; e nos Açores 3 todos na ilha de São Miguel (2 em Ponta Delgada e 1 em Vila Franca do Campo).

Caracterização da oferta

Caracterização da oferta

- Pontuação: 9,4 em 97 comentários; a 2 Km da Praia do Baleal;

- Pontuação: 9,3 em 48 comentários; a 5min de carro de Peniche;

- Pontuação: 9,2 em 49 comentários; a 2,5 km do centro de Peniche.

Surf au Portugal

Location de voilier au Portugal

Plongée au Portugal

Observation des cétacés au Portugal

O website está apenas em inglês e alemão.

Grande casa situada junto à Praia da Foz do Lizandro e fica a 15 minutos a pé do centro da cidade.

Tem discriminado o preço de cada componente: dormida, aluguer de equipamento, com aula ou sem aula, transferes,…

embora não apresente um pacote integrado.

Possui um Sagres Surf Camp, Surf School e Surf Shop; apresenta pacotes integrados com estadia, transferes para a praia e

aulas de surf para 7 ou 14 dias e pacotes de aulas para 1, 3 e 5 dias.

Apesar de responder a uma busca no idioma francês, o website está apenas em Inglês.

Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;

apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia

2ª sugestão Sailing Europe www.sailingeurope.com 28Geral

1ª sugestão

(Anúncio)

Caracterização da oferta

Apenas aluguer de embarcações - não refere skipper; procura promover a divulgação do aluguer de embarcações que já

se encontram no mercado.

34Geralwww.boatbureau.frBoatbureau

Page 228: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

214

Tabela 35: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de França

(www.google.fr) (busca realizada a: 08-06-2015).

As buscas realizadas sobre o Reino Unido, Espanha e França, vêm de encontro

aos mercados que mais procuram atividades de animação turística em Portugal,

de acordo com o estudo do Turismo de Portugal, I.P. 2013 (análise apresentada

mais à frente).

Com esta pesquisa, simples mas relativamente exaustiva, pudemos constatar

que muita da oferta de atividades náuticas em Portugal se encontra em

plataformas internacionais e, na maior parte dos casos, aparece em forma de

produto único e pontual. Ou seja, é possível encontrar informação sobre

atividades náuticas em Portugal em websites como Trivago, Tripadvisor, Booking,

Sailing Europe, Boatbureau, PADI ou ainda associado às páginas portuguesas do

Visit Portugal, do Turismo de Portugal, sendo contudo apresentados aqui sob

forma individualizada. Há no entanto a referir também que além da página

portuguesa VisitPortugal, encontramos duas outras páginas, desenvolvidas

especificamente para apresentação de oferta turística do país: a página

encontrada pelo Google espanhol “TurismoenPortugal” (que em português é

“feriasemportugal” e em Inglês “portugaltravel”) e a página dinamarquesa

“Portugal.dk”.

Contudo, também encontramos referência a empresas com oferta direta de

atividades náuticas, principalmente nas atividades do Surf, Mergulho e

Observação de cetáceos – passeios marítimo-turísticos, enquanto a oferta de

Aluguer de Embarcações passa essencialmente por plataformas ou agências de

apoio à divulgação de oferta.

A oferta náutica apresentada em pacote integrado – com estadia, programa

de visitas ou realização de outras atividades – até mesmo orientada à

participação de casais ou famílias, pelo que pudemos verificar está mais

associada à oferta de atividades de Surf e Observação de cetáceos. O Surf,

através dos Surf Camps, principalmente na zona de Peniche e Algarve, a

Observação de cetáceos, principalmente nos Açores, através de programas de

agências de viagens já com voos incluídos.

Através desta busca foi ainda possível observar que a maior oferta de atividades

se encontra na zona Oeste/Centro de Portugal (Surf e Mergulho), Lisboa (Surf,

Mergulho, Aluguer de embarcações), Algarve (Surf, Mergulho, Aluguer de

Embarcações e Observação de cetáceos) e Açores (Mergulho, Aluguer de

Embarcações e Observação de Cetáceos). Esta oferta corresponde à maior

concentração de Operadores Marítimo Turísticos e de Empresas de Animação

Turística nestas regiões.

Page 229: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

215

Caracterização da Procura

Relativamente à procura das atividades/número de participantes, mais de

metade das empresas que responderam ao inquérito do Turismo de Portugal I.P.

em 2014 (Empresas de Animação Turística e Operadores Marítimo Turísticos),

mencionou não terem ultrapassado os 500 clientes no ano, enquanto 13 % referiu

ter recebido mais de 10 000 clientes em 2013.

No estudo não há referência ao atributo “género”, no entanto foi analisado o

atributo “idade” dos participantes, sendo apresentada a análise global relativa

a todas as atividades (não havendo indicação da diferenciação de atividades

náuticas). Em 2013 51 % dos participantes em atividades de animação turística

tinham idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos e 13 % tinham idade

superior a 55 anos (Gráfico 28).

Gráfico 28 – Faixa etária dos participantes em Atividades de Animação Turística

FONTE: Estudo do Turismo de Portugal, I.P. 2014.

A maior parte das Empresas referiu que os principais clientes continuam a ser

maioritariamente de base individual (88%) e há 20 % das empresas a referir que

teve a participação de grupos nas suas atividades com inscrição através de

empresas organizadoras de congressos e/ou eventos. Na região do Algarve as

Agências de viagens e turismo são consideradas como a segunda forma mais

importante para a reserva de lugares nas atividades, sendo precedidas pela

procura individual. Outro fator importante são os designados “Grupos de

interesse”, que se caracterizam pela procura de atividades por parte de

empresas, escolas ou colónias de férias e são tidos como o terceiro principal

fator na compra de produtos.

Ainda relativamente à procura, o Turismo de Portugal, I.P. concluiu, segundo o

inquérito efetuado em 2014, que a realização de atividades de Animação

Page 230: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

216

Turística ou Marítimo-Turísticas é claramente uma atividade sazonal, sendo

curioso o facto de, seguido do mês de agosto (claramente com mais procura),

está o mês de junho e maio como os meses com mais atividade junto dos

diversos agentes de animação turística (EAT e OMT).

No que concerne ao mercado, o Nacional continua a ter mais peso que o

Internacional, mas não é muito significativa a diferença, tendo-se mesmo

esbatido entre 2012 e 2013 (de 55 % nacional em 2012, passou para 51 % em

2013). Entre a procura Internacional, o estudo conclui que o mercado que mais

contribuiu para a atividade das nossas empresas em 2013 foi o Reino Unido,

seguido da Espanha e França e, curiosamente, o Brasil que aparece como a

quinta potência que mais atividades de animação turística realizou em 2013,

mais até que o turista holandês (Gráfico 29).

Gráfico 29 – Mercados Internacionais que mais procuram as atividades de Animação

Turística e Marítimo-Turísticas em Portugal. FONTE: Estudo do Turismo de Portugal,

I.P..

No geral as empresas de animação turística e os operadores marítimo-turísticos

(42%) consideram que no ano de 2013 se verificou um aumento na procura de

atividades náuticas, lazer, ar livre e aventura, embora 22 % considere que tenha

diminuído.

3.6. Síntese conclusiva

Nos pontos anteriores apresentamos um conjunto de aspetos de caraterização

do setor da náutica em Portugal e sua evolução recente, que nos evidenciam

potenciais a valorizar e constrangimentos a ultrapassar no sentido da afirmação

Page 231: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

217

do País como um destino náutico a nível internacional. Destacam-se, em síntese,

os seguintes potenciais principais:

A posição geoestratégica muito favorável que Portugal apresenta no

Atlântico, no cruzamento de rotas e fluxos turísticos entre o norte e o sul

da Europa e entre os continentes Europeu e Americano, que a

centralidade do Arquipélago dos Açores reforça. Portugal é, por força

da sua geografia, um ponto de passagem, há que tirar partido desta

posição privilegiada para captar e fixar fluxos de turismo náutico;

As boas condições climatéricas que o País apresenta ao longo de todo o

ano, especialmente se comparadas com a situação de países situados

no norte da Europa;

A boa acessibilidade geral ao País através dos aeroportos internacionais

do continente e das ilhas, bem servidos de ligações aos mercados

emissores de turismo náutico nomeadamente por companhias aéreas

de baixo custo, o que torna Portugal um destino acessível;

Os preços praticados em Portugal que tornam o destino concorrencial

face a outros destinos com custo de vida mais elevado;

Um património natural e cultural relevante e uma cultura de acolhimento

que, associadas a uma imagem e perceção de segurança, favorece a

atratividade turística do País.

Além destes fatores de ordem geral que representam potenciais relevantes para

o desenvolvimento do turismo náutico, mas que podem ser também valorizados

noutros domínios e atividades, Portugal apresenta um outro conjunto de

condições e dinâmicas mais específicas ao setor da náutica e do turismo

náutico que importa valorizar, nomeadamente as seguintes:

A diversidade das costas portuguesas, no continente e ilhas, que

apresentam condições muito favoráveis e diferenciadas para a prática

das diferentes atividades náuticas, num espaço territorial relativamente

reduzido e acessível no decurso do mesmo dia;

A existência de um conjunto de albufeiras e de rios que apresentam

condições excecionais para a prática de modalidades como o remo e a

canoagem, designadamente para o acolhimento de estágios de

equipas internacionais, e para a prática de atividades radicais como o

rafting e o canyoning;

Um conjunto de infraestruturas e de equipamentos de apoio às

atividades náuticas – marinas e portos de recreio, centros de alto

rendimento, surf camps, centros náuticos – que, apesar de

desigualmente distribuídos no território e de possuírem qualidade diversa,

apresentam, nalguns casos, elevada qualidade como se pode

comprovar pelas distinções internacionais recebidas pelas marinas de

Vilamoura e de Albufeira;

A imagem de destino náutico que a associação a eventos de referência

mundial no domínio da náutica proporciona, de que são o exemplo, na

Page 232: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

218

vela, da Volvo Ocean Race, Extreme Sailing Series e, no surf, do Moche

Rip Curl Pro Portugal;

A dinâmica, relativamente recente, de oferta turística na área da

náutica através da criação e desenvolvimento de empresas de

animação turística e de operadores marítimo-turísticos e a

disponibilização de alguns produtos na área do turismo náutico;

Importância crescente das atividades marítimo-turísticas no conjunto de

atividades de “turismo de ar livre”, especialmente no Algarve, e o

aumento da procura internacional deste tipo de atividades.

A caraterização do setor evidencia também um conjunto de fragilidades e de

constrangimentos que importa ultrapassar com vista à afirmação de Portugal

como um destino de turismo náutico. Destacam-se, nomeadamente, os aspetos

seguintes:

Insuficiências nas infraestruturas e serviços de apoio à náutica,

nomeadamente no que respeita a marinas e portos de recreio, que

apresentam qualidade muito heterogénea em termos de serviços

disponibilizados e de condições de funcionamento;

Rede de marinas e portos de recreio insuficientemente articulada,

cobrindo de forma deficiente a costa ocidental de Portugal continental,

especialmente no espaço compreendido entre Tróia e a costa sul do

Algarve;

Enquadramento legislativo ainda pouco favorável ao desenvolvimento

de atividades náuticas, apesar dos progressos verificados,

nomeadamente, em matéria de regulamentação da atividade

marítimo-turística e de alguma simplificação de procedimentos;

persistem, no entanto, dificuldades em matéria de desajustamento de

alguma legislação (como por exemplo o licenciamento de

embarcações), burocracia e dispersão dos serviços responsáveis pelo

tratamento dos assuntos marítimos;

A necessidade de continuar a promover a cultura marítima no seio da

sociedade portuguesa que, apesar dos progressos verificados sobretudo

através de um conjunto de projetos e ações dirigidos à população

estudantil, continua ainda pouco sensível e pouco mobilizada para as

temáticas do Mar;

Diminuição relativa do número de desportistas federados em

modalidades náuticas ao longo dos últimos anos, em comparação com

o que se verifica noutras modalidades desportivas federadas;

A reduzida estruturação e integração da cadeia de valor da náutica,

caraterizada por atividades desenvolvidas maioritariamente por

pequenas e micro-empresas, com reduzido volume de negócios,

deficientemente articuladas entre os seus diferentes segmentos e

atividades, e com pouca projeção ao nível da oferta de produtos finais;

Oferta de produtos turísticos insuficiente e pouco inovadora e valorizada,

maioritariamente de curta duração, pouco integrados e suportados em

redes de atores com ofertas complementares e insuficiente promoção

externa.

Page 233: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

219

Perante o quadro de potenciais e de constrangimentos anteriormente

apresentado considera-se que o desenvolvimento da náutica e do turismo

náutico passa pela resposta a um conjunto de desafios de que se destacam os

seguintes:

A revisão do quadro legislativo e da regulamentação de

enquadramento da náutica de recreio, com vista à sua simplificação e

estímulo ao desenvolvimento das diferentes atividades da náutica e

criação de condições para a adoção de modalidades de “balcão

único”;

O prosseguimento dos esforços em favor do desenvolvimento da cultura

marítima, ampliando os projetos e ações em curso à totalidade da

população estudantil, e promoção de ações de informação e

sensibilização da comunidade em geral para a importância do Mar;

A melhoria da dotação de infraestruturas e de equipamentos de apoio à

náutica e qualificação dos serviços oferecidos, no sentido de promover a

organização de uma rede devidamente equipada e estruturada, com

condições para cobrir de forma adequada o território nacional;

O reforço da integração da cadeia de valor da náutica através da

densificação de relações entre empresas de diferentes segmentos e

atividades náuticas, com vista à organização de uma oferta de produtos

geradora de valor para os diferentes players da cadeia;

A produção dos perfis de competências intrínsecamente necessários ao

desenvolvimento da cadeia de valor do turismo náutico através da

promoção das estratégias de formação adequadas;

A organização de produtos turísticos na área da náutica, diferenciadores

e atrativos, assentes em redes e dinâmicas de cooperação entre atores,

que aproveitem e valorizem as condições de exceção que o País

apresenta, de forma a aumentar a capacidade de atração e de

fidelização de clientes nacionais e estrangeiros;

O prosseguimento de uma estratégia de marketing e de comunicação

que promova os produtos portugueses junto dos principais mercados

emissores de turistas na área da náutica.

A resposta a este último desafio constitui o objeto principal do presente

estudo. O conhecimento do mercado externo, das suas caraterísticas e

dinâmicas é fundamental para a formulação de uma estratégia de

marketing assente no binómio produtos-mercados com possibilidade de

serem suportados por uma rede de atores suficientemente mobilizados para

o efeito. É dessa estratégia que tratam os pontos seguintes.

Page 234: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

220

4. Estratégia e Plano de Acção

4.1 - Principais conclusões da fase de diagnóstico

De acordo com o estudo, âmbito da estratégia da UE destinada a promover o

«crescimento azul», da comissão europeia "O turismo costeiro e marítimo é um

setor turístico importante, que emprega mais de 3,2 milhões de pessoas e gera

um total de 183 mil milhões de euros em valor acrescentado bruto,

representando mais de um terço da economia marítima".

Os dados recolhidos nos estudos realizados, no âmbito do Portugal Náutico,

apontam para que, tendo em conta os valores diretos e indiretos das atividades

de náutica de recreio, o valor desta fileira, na Europa, seja de cerca de 60 mil

milhões de euros (valor de volume de negócios de bens e serviços).

A Náutica de Recreio pode assim representar cerca de 11% do valor total do

volume de negócios do sector do Turismo Europeu (570 mil milhões € volume total

de consumo, para os 28 países Europa ocidental, com base nos dados 2013 do

Eurostat), sendo que em alguns países europeus o peso será, com certeza,

superior, pela especialização turística nas zonas costeiras.

A taxa de crescimento da procura prevista para o setor nos próximos anos, que

se estima que seja de entre 8 a 10%.

Trata-se assim de um mercado que apresenta um conjunto de oportunidades,

que Portugal Poderá aproveitar:

Crescimento da procura mundial por turismo náutico

Tendências no Turismo (Destinos próximos, facilmente acessíveis, seguros,

de natureza, protegidos)

Abertura de novos mercados

Estabilidade esperada na região

Desenvolvimento da construção naval nacional

Desenvolvimento do ecoturismo

Reconhecimento da qualidade da oferta turística

Investimento estrangeiro

Portugal apresenta um conjunto muito diversificado de recursos favoráveis à

prática de atividades náuticas de recreio e de competição que constituem uma

base relevante para o desenvolvimento do turismo náutico. Portugal possui uma

extensa costa com cerca de 2800 Km dotada de excelentes condições para o

desenvolvimento das atividades náuticas. Situado no SW da Europa, virado para

Page 235: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

221

o Atlântico, a centralidade do País é reforçada pela posição dos arquipélagos

dos Açores e da Madeira.

Esta posição geoestratégica potencia as condições para beneficiar dos fluxos

de turismo náutico que se orientam entre o norte e o sul da Europa e entre o

continente americano e o continente europeu.

A costa continental é muito diversa, com diferenças significativas do ponto de

vista morfológico, que determinam condições específicas favoráveis para a

prática de diferentes atividades náuticas como a vela, o surf, o Kitesurf.

Além dos excelentes recursos naturais de que dispõe, Portugal possui também

condições de clima muito favoráveis para a prática de atividades náuticas ao

longo de todo o ano. Acresce a riqueza do património natural e cultural que o

País em geral apresenta e uma cultura de acolhimento que, associada a preços

moderados e à excelente acessibilidade através da rede de aeroportos

internacionais existente no Continente e nas Regiões Autónomas e à operação

de diversas companhias low cost, criam condições de atratividade do País no

contexto global do turismo náutico.

Como principais Pontos Fortes de Portugal para entrar neste Mercado devem-se

destacar:

Posição geoestratégica no cruzamento de rotas e fluxos turísticos entre o

norte e o sul da Europa, os continentes americano e europeu

Boas condições climatéricas

Excelente acessibilidade a preços concorrenciais

Rico património natural e cultural, cultura de acolhimento e perceção de

destino seguro

Diversidade das costas portuguesas em espaço relativamente restrito e

com boa acessibilidade permite a prática de modalidades náuticas em

vários locais durante um mesmo dia

Excelentes condições para a prática de modalidades náuticas em águas

interiores – rios, albufeiras, águas rápidas…

Algumas infraestruturas e equipamentos náuticos de boa qualidade

Imagem de destino náutico a beneficiar da visibilidade de alguns

eventos internacionais

Dinâmica recente de alguma oferta de turismo náutico

Na análise à concorrência efetuada no âmbito do estudo, as atividades

náuticas analisadas apresentam um carácter privado. Complementarmente, a

grande maioria é de âmbito local, promovendo as atividades náuticas

associadas a um determinado ponto da costa que reúne condições favoráveis à

prática da modalidade.

Os websites analisados reforçam essa ideia de serviço alargado, dando ênfase à

descrição das características dos produtos complementares e dada uma

particular atenção à apresentação dos locais envolventes.

Page 236: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

222

As empresas, que foram analisadas no estudo, dedicam uma atenção especial

à descrição do local, incluindo fotos e vídeos para complementar a descrição.

Esta atenção pode justificar-se pelo tipo de cliente alvo desta tipologia, que

valoriza o contacto com a natureza e o meio ambiente. É também dada

alguma atenção à apresentação dos produtos complementares, principalmente

no caso dos passeios de barco, tais como as refeições a bordo, bicicletas, etc.

A segmentação encontrada é sobretudo de natureza sociocultural, sendo a

oferta direcionada particularmente para um público que valoriza o meio

ambiente e o contacto com a natureza.

Esta visão integrada de experiencia náutica envolve um conjunto de ameaças

que importa considerar, designadamente:

Risco de um desenvolvimento descontrolado do turismo náutico (perda

de atratividade do produto)

Conflitos com outros utilizadores dos mesmos recursos (outras formas de

turismo, aquicultura, fairway, etc)

Aumento da poluição ambiental, degeneração da envolvente

Falta de consciência sobre a necessidade de proteção do ambiente e da

biodiversidade

Instabilidade política e económica

Planeamento de novas leis e regulamentos

Estas ameaças enfatizam um conjunto de fragilidades e de constrangimentos

que importa ultrapassar com vista à afirmação de Portugal se possa tornar um

destino de turismo náutico. Para além, do enquadramento legislativo ainda

pouco favorável ao desenvolvimento de atividades náuticas, apesar dos

progressos verificados, existem insuficiências nas infraestruturas e serviços de

apoio à náutica, designadamente em algumas marinas e portos de recreio.

Acresce uma qualidade serviço muito heterogénea, tal como os serviços

disponibilizados e as condições de funcionamento.

Nota-se, anda pouca estruturação empresarial e uma cadeia de valor da

náutica pouco definida. O setor da Náutica de Recreio é maioritariamente

composto por pequenas e micro-empresas, com reduzido volume de negócios.

Esta falta de dimensão cria dificuldades de segmentação e origina atividades

com pouca projeção ao nível da oferta de produtos junto dos destinatários.

Assim interessa ultrapassar rapidamente os seguintes constrangimentos:

Qualidade muito heterogénea das infraestruturas e equipamentos

náuticos e dos serviços disponibilizados;

Rede de portos e marinas ainda insuficientemente articulada e com

cobertura deficiente no espaço compreendido entre Tróia e a costa sul

do Algarve;

Page 237: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

223

Enquadramento legislativo e regulamentar ainda desajustado, burocracia

e dispersão dos serviços responsáveis pelo tratamento de assuntos da

náutica;

Insuficiente cultura marítima apesar dos progressos recentes em matéria

de sensibilização da população jovem para a náutica

Reduzida estruturação e integração da cadeia de valor da náutica, entre

os diferentes segmentos e atividades e com reduzida projeção na oferta

de produtos e serviços de maior valor acrescentado

Estes pontos fracos criam um cenário de oferta insuficiente de produtos turísticos

náuticos, pouco inovadora e valorizada, constituída maioritariamente por

produtos simples, de curta duração e pouco articulados com ofertas

complementares, com uma elevada sazonalidade da procura e como

consequência sem capacidade de realizar a necessária promoção externa de

modo a impulsionar a procura e com isso fazer desenvolver o setor.

Assim a estratégia a desenvolver terá de partir da oferta já existente mais

estruturada (com maior numero de atores e/ou existência de infraestruturas

competitivas internacionalmente), criando o necessário capital reputacional

para sustentar um crescimento de procura que possibilite o desenvolvimento de

massa critica no setor nacional.

Page 238: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

224

4.2 - Cliente Tipo

Não existe muita informação recente sobre os Nautas que potencialmente nos

poderão procurar, com base na informação resultante da caracterização da

procura dos mercados emissores, o “retrato robot” do Consumidor alvo da

náutica de recreio será:

Idade: entre os 30 e os 55 anos

Género: maioritariamente masculino

Educação: Educação Média/Superior

Rendimento: Rendimentos elevados, com uma média de 3.500 euros mensais

Fontes de informação mais utilizadas: viagens anteriores (a sua experiencia) a

internet e recomendações de amigos (testemunhos)

Locais de procura de informação: Internet; opinião de terceiros (confiança);

Callcenter e Agencias de Viagens.

Meio de transporte mais utilizado: Carro; barco; avião (A escolha pelo avião é

feita maioritariamente pelos consumidores que se encontram mais afastados

geograficamente)

Número de viajantes: em grupo (mais que um)

Atividades complementar mais procuradas: Sol/praia; Atividades de suporte

(primeiras necessidades e alimentação); Imersão local (contato direto);

atividades de cultura e lazer; Atividades na natureza e desportos de aventura

incluindo outros náuticos.

Fatores mais valorizados pelos consumidores ( a considerar na comunicação):

Beleza da natureza e paisagem; Segurança; Qualidade dos serviços náuticos

prestados; Riqueza da gastronomia; Disponibilidade de informação sobre

passeios turísticos; Facilidade de transferência e admissão no aeroporto; Oferta

total para os nautas; "Value for Money" da oferta total dos navegadores; Oferta

complementar (cultura e lazer).

Page 239: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

225

4.3 - Mercados

Com base na literatura e no inquérito realizado, no âmbito do Portugal Nautico,

junto dos atores do setor e em termos de procura e mercados alvo, foram

identificados os seguintes mercados no curto prazo: a Alemanha, a Espanha, o

Reino Unido, a Escandinávia e a França, são percebidos, como os mercados

alvo a considerar como potenciais para o turismo náutico português.

ALEMANHA

O potencial de crescimento do Mercado Alemão continua a ser elevado. Um

estudo do ADAC mostra que 8 milhões de pessoas têm um interesse nos

desportos ligados a embarcações de recreio, quer à vela quer a motor. Um

outro estudo do mesmo ano, desenvolvido pelo Allensbach Media Analysis

(AWA), identificou um valor ligeiramente inferior. Este estudo afirma que são

cerca de 5 milhões e meio de pessoas interessadas em praticar desportos com

embarcações de recreio (barco a motor: 2 920 000 e vela: 2 630 000).

A atividade com maior representatividade é a dos passeios de barcos de

passageiros, com 25% da população alemã a usar, com frequência, nas suas

férias. Segue, com uma representatividade de 10%, a pesca desportiva e os

passeios de barco a motor. O remo e o mergulho são duas atividades que 9%

dos alemães gosta de praticar nos tempos de lazer e de férias. Em relação às

outras atividades estas apresentam as seguintes percentagens de utilização:

Visita a eventos/competições desportivas – 8%

Canoagem – 8%

Jet Esqui – 7%

Vela – 6%

Esqui Aquático – 4%

Surf – 4%

Rafting – 3%

Windsurf – 2%

Kitesurf – 1%

Apenas uma pequena parte da população (cerca de 2%) não praticou

qualquer atividade náutica nos últimos 5 anos

ESCANDINÁVIA

O número de marinas na Suécia e na Finlândia é elevado, com 1.107 e 1.040

respetivamente. A Dinamarca soma 721 marinas, particularmente relevante pelo

tamanho da sua costa, e depois, a Noruega tem 390 marinas.

A Finlândia, a Noruega e a Suécia são os países europeus que apresentam o

maior rácio de embarcações por habitante relativamente elevado, ascendendo

respetivamente a 139, 169 e 83 por 1.000 habitantes

Page 240: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

226

Assim, cruzeiros, vela, navegação de lazer e regatas são algumas das atividades

realizadas pelos escandinavos.

Os escandinavos são ávidos viajantes especialmente para os países europeus,

particularmente para Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Grécia. Os

Estados Unidos, seguidos da Tailândia, são os destinos preferidos para as viagens

de longo curso.

REINO UNIDO

A Grã-Bretanha têm, no seu total, 84 marinas, das quais 44 localizam-se na

Inglaterra, 36 na Escócia e as restantes 4 no País de Gales (Marina Guide). O Mar

do Norte é aquele com maior número de marinas (61 marinas), correspondendo

a 72,62% das marinas neste território.

Com mais de 2000 empresas no setor do turismo dos passeios de barco – desde

marinas, postos de amarração, venda e reparação de barcos, aluguer e charter,

escolas e formação – gerou um volume de negócios superior a 783 milhões de

euros e mais de 14.900 empregos a tempo inteiro (diretos e indiretos).

O turismo náutico das embarcações de recreio contribuiu com 3.7 biliões de

libras (4.75 mil milhões de euros) na economia britânica, em 2012-2013, o que

representa 3,2% de todos os gastos com o turismo no Reino Unido.

As famílias britânicas têm, em média, rendimentos altos, o que o torna no sétimo

país da OCDE com maior riqueza financeira do lar.

ESPANHA

A Federación Española de Puertos Deportivos - Federação Espanhola de Portos

de Recreio – contabilizou na sua costa um total de 355 portos, e com 126.963

postos de amarração. A fachada mediterrânea é aquela com maior

representatividade, 215 portos e 95.800 postos de amarração (mais de 75% do

total de postos de amarração espanhóis).

Os barcos a motor são o tipo de embarcação com maior representatividade no

mercado espanhol da náutica de recreio, totalizando 51,51% em 2011 e 46,49%

em 2012. Apesar de serem a embarcação de preferência, a sua variação de

2011 para 2012 foi negativa, na ordem dos 17,60%.

A Canoagem, as Atividades Subaquáticas e a Vela são as três atividades com

uma maior procura no mercado Espanhol. Depois, com menos de 15.000

licenças por ano, encontram-se as restantes atividades, ou seja, o remo, o surf, o

esqui náutico e a motonáutica.

O turismo náutico é um sector com um elevado consumo de serviços e de bens

intermédios, por exemplo, um barco exige motores, geradores, equipamentos

Page 241: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

227

eletrónicos e diversos componente de outras indústrias auxiliares, que sem a

existência da primeira não subsistiriam. O interesse no desenvolvimento deste

sector encontra-se, diversas vezes, ligado aos elevados efeitos multiplicadores

que são originados. Assim, o efeito total da produção efetiva multiplica 3,61

vezes, ou seja, o efeito direito de 5.690 milhões de euros correspondem a um

efeito total de 17.192 milhões de euros.

FRANÇA

A navegação de lazer no mar representa uma frota total de cerca de 979.918

unidades (31 de agosto de 2013, excluindo territórios ultramarinos), dos quais

74,6% são embarcações a motor, enquanto 20,2% corresponde a embarcações

à vela.

A França é líder mundial no segmento de casco único, com um volume de

negócios de 252,1 milhões de euros, e no segmento multicascos de cruzeiro com

um volume de negócios de € 163,4 milhões de euros.

Page 242: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

228

4.4 - Segmentação

A segmentação definida para a estratégia de marketing teve em conta a

procura existente, e a forma como o Mercado se encontra organizado em

termos de canais de distribuição e a oferta que em termos de serviços náuticos

que foi identificada em Portugal.

Assim optou-se pelos seguintes segmentos de produto:

Turismo de Aventura Náutico refere-se a viagens onde a atividade física em

plano de água é combinada com interação com a natureza e/ou

aprendizagem cultural. A intensidade do turismo de aventura varia de suave

a radical.

o Produtos: Surf; Canoagem; Mergulho; Observação de espécies

animais; Pesca desportiva; Passeios Embarcados; Águas brancas.

Estes Nautas procuram:

Os nautas que procuram Aventura Náutica valorizam significativamente

condições de segurança, qualidade de serviço, motivos de interesse para visitar

(p. ex. associados ao património histórico, natural e cultural, eventos desportivos

ligados à náutica), atividades de entretenimento, gastronomia, simplificação

burocrática, competitividade de preços, fáceis acessibilidades ao plano de

água, facilidade e competitividade de deslocações rápidas.

Embarcações de recreio, inclui todas as atividades que envolvem viagens

para longe do lugar de residência e que têm como meio de transporte

embarcações à vela ou a motor seja em águas marítimas ou interiores.

o Produto: Promoção conjunta das marinas, mais qualificadas

Estes Nautas procuram:

Os nautas que procuram soluções competitivas para as suas embarcações,

valorizam significativamente condições de segurança, qualidade de serviço,

atividades complementares, facilidades de manutenção e reparação das

embarcações, simplificação burocrática, competitividade de preços, baixos

níveis de taxas e emolumentos, facilidade e competitividade de deslocações

rápidas entre os locais de amarração e os locais de residência nos países de

origem.

Page 243: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

229

Os Estágios Desportivos náuticos, é um dos componentes do setor do Turismo

de Desporto e inclui a formação de atletas, de preparação da equipa,

estágios de inicio de época ou inverno e envolvem os custos dos

participantes em hotéis e outras despesas relacionadas com o turismo.

o Produto: Oferta existente junto das Federações estrangeiras

Estes Nautas procuram:

Os nautas que procuram condições de prática profissional de desportos ligados

à Náutica de Recreio valorizam significativamente os incentivos à instalação de

equipas de atletas e staff de apoio, excelentes condições naturais para a

prática do desporto em questão, condições de segurança e conforto na prática

desportiva, qualidade de serviço, facilidades de manutenção e reparação das

equipamentos, simplificação burocrática, competitividade de preços, fáceis

acessibilidades ao plano de água, existência de eventos desportivos de renome

internacional, facilidade e competitividade de deslocações rápidas entre os

locais de estágio e os locais de residência habitual.

Page 244: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

230

4.5 - Oferta existente

TURISMO DE AVENTURA NÁUTICO

As empresas marítimo-turísticas, prestadoras dos serviços de Turismo de Aventura

Náutico, têm expressão um pouco por toda a costa e em alguns planos de água

interiores, mas principalmente na região do Algarve e nos arquipélagos dos

Açores e da Madeira, para observação de cetáceos e aves marinhas e para a

prática de pesca lúdica e desportiva.

ÁGUAS INTERIORES

Norte

No Alto Minho, os rios Minho, Lima, Cávado e seus afluentes apresentam

excelentes condições para a prática de diversas atividades desde a

canoagem, o canyoning (rios Laboreiro e Âncora), o Jet-Ski (rio Cávado),

a pesca desportiva, o rafting (rio Minho), o remo;

O rio Douro e seus afluentes apresentam excelentes condições para a

prática do remo e canoagem (em Melres, Gondomar e em Caldas de

Aregos, Resende), motonáutica e Jet ski (Caldas de Aregos, Resende),

rafting (Rio Paiva), cruzeiros fluviais no vale do Douro. A qualidade de

algumas das albufeiras existentes ao longo do rio, associadas à presença

de unidades hoteleiras equipadas para o apoio às atividades náuticas,

constituem fatores de atração de equipas internacionais de diferentes

modalidades para a realização de estágios durante o período do ano

em que, por razões climatéricas, não podem treinar nos respetivos países;

Centro

A ria de Aveiro apresenta excelentes condições para a prática do remo

e da canoagem e para a realização de atividades marítimo-turísticas,

nomeadamente a observação de aves;

O rio Mondego e afluentes tem excelentes condições para o remo e a

canoagem (albufeira da Aguieira) e para o rafting (nos rios Alva e

Alvoco); a albufeira da Aguieira é frequentemente utilizada para acolher

o treino de seleções do leste da Europa durante o período de inverno,

aproveitando as excelentes condições naturais, de clima e de

acolhimento que oferece.

Lisboa e Vale do Tejo

O rio Tejo e afluentes, com destaque para o estuário do Tejo com

excelentes condições para as atividades de vela, remo, canoagem e

passeios marítimo-turísticos e para a Barragem de Castelo de Bode

(Zêzere), que apresenta condições excelentes para a prática da

Page 245: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

231

motonáutica, do jet-ski e Wakeboard (vai acolher o Campeonato

Mundial em Setembro de 2015) e para o Vale do Sorraia;

Alentejo

O estuário do Sado com condições para a prática da vela e para

atividades marítimo turísticas como a observação de aves e observação

de golfinhos;

Diversas barragens presentes no Alentejo, nomeadamente, Avis,

Montargil, Santa Clara que apresentam excelentes condições para

atividades de pesca desportiva, remo e canoagem, motonáutica e

wakeboard (Montargil).

O rio Guadiana e especialmente a barragem do Alqueva, com 250 km2

de superfície, 83 km de comprimento e 1200 km de margens, apresenta

excelentes condições para a prática das diferentes atividades náuticas e

para o desenvolvimento de atividades turísticas, nomeadamente o

aluguer de casas barco para a realização de percursos na barragem e

para a observação de aves;

Page 246: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

232

AGUAS OCEÂNICAS

Surf

No que respeita aos desportos de deslize, com destaque para o surf, de acordo

com o “Portugal Surf Guide”, os melhores spots para a prática da modalidade

são:

Portugal Continental

Norte

Moledo do Minho, Arda, Aguçadoura, Matosinhos e Espinho;

Centro

Barra, Cabedelo, Buarcos/Tamargueira, Lagido, Cantinho da Baía,

Super Tubos (Peniche), Areia Branca, do Navio (Santa Cruz),

Ribeira D’Ilhas e Foz do Lizandro;

Lisboa

Grande, Guincho, Carcavelos, São João Lorosae, Centro

Desportivo de Surf e Fonte da Telha;

Alentejo

São Torpes E Malhão;

Algarve

Arrifana, Amado, Cordoama, Faro e Sagres

Madeira

Machico (na costa este)

Açores

Santa Bárbara, Areais (na costa noroeste da Ilha de São Miguel).

Vela

Destaque:

Lisboa, Cascais, Sesimbra, Tróia, Algarve e nas Regiões Autónomas

Page 247: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

233

Mergulho

DESTAQUES

Centro

Berlengas,

Lisboa e Vale do Tejo

Sesimbra

Alentejo

Cabo de Sines, Vila Nove de Milfontes, Porto Covo, Ilha do Pessegueiro, e

no

Algarve

Sagres e Portimão.

Madeira,

Reserva de Garajau e Porto Santo.

Açores

Santa Maria, no Pico e Faial, Flores, no Corvo e na Graciosa.

Page 248: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

234

EMBARCAÇÕES DE RECREIO

O Turismo Náutico deve, portanto, ser considerado um produto turístico

composto, conjugando atividades de entretenimento em contato com planos

de água, onde podem ter lugar diferentes atividades náuticas, sempre com uma

perspetiva sustentável e de respeito pela natureza, cuja principal característica é

promover o oceano.

As principais marinas localizam-se:

Norte

Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Leixões, Douro

Centro

Figueira da Foz,

Lisboa e Vale do Tejo

Cascais, Lisboa,

Alentejo

Troia,

Algarve

Lagos, Portimão, Albufeira e Vilamoura

Madeira

Funchal e Porto Santo.

Açores

Ponta Delgada, Horta e Angra do Heroísmo.

A dimensão, condições de acesso, infraestruturas e serviços disponíveis nas

marinas nacionais é muito heterogénea, as marinas de Vilamoura e de Albufeira

foram distinguidas, de entre as marinas de 5 âncoras, com a classificação da

primeira e segunda melhor marina internacional, respetivamente.

Algumas marinas e portos de recreio ostentam a Bandeira Azul principalmente

nos Açores, no Algarve e Alentejo, o que revela a boa qualidade ambiental

local e a aplicação de boas práticas ambientais.

Page 249: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

235

ESTÁGIOS DESPORTIVOS NÁUTICOS

CENTROS DE ALTO RENDIMENTO

Atualmente existem em Portugal três CAR, ligados à prática de atividades

náuticas, e estão em construção mais três.

Viana do Castelo - Surf

Aveiro – Surf (construção)

Montemor-o-Velho - Canoagem e Remo

Nazaré – Surf (construção)

Peniche - Surf e canoagem

Vila Nova de Foz Côa – Remo (construção)

CENTROS NÁUTICOS / CENTROS DE MAR

Ponte do Lima

Viana do Castelo

Gramido a 3 km da cidade do Porto

Barragem da Aguieira,

Zêzere (Sertã)

Algés (Lisboa)

Albufeira do Maranhão

Monsaraz

SURF CAMPS

Centro

Baleal Surf Camp – Peniche

Lisboa e Vale do Tejo

Lisbon Surf Camp

Lisbon Estoril Coast

Algarve

Algarve Surf School

Wavesensations Surfcamp

Madeira

Madeira Surf Camp

Açores

Azores Surf Center - São Miguel

Caldeira Surf Camp - São Jorge.

Page 250: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

236

4.6 - Estratégia Produto

ELEMENTOS FACILITADORES

A diversidade das costas portuguesas, no continente e ilhas, que

apresentam condições muito favoráveis e diferenciadas para a prática

das diferentes atividades náuticas, num espaço territorial relativamente

reduzido e acessível no decurso do mesmo dia;

A existência de um conjunto de albufeiras e de rios que apresentam

condições excecionais para a prática de modalidades como o remo e a

canoagem, designadamente para o acolhimento de estágios de

equipas internacionais, e para a prática de atividades radicais como o

rafting e o canyoning;

Um conjunto de infraestruturas e de equipamentos de apoio às

atividades náuticas – marinas e portos de recreio, centros de alto

rendimento, surf camps, centros náuticos – que, apesar de

desigualmente distribuídos no território e de possuírem qualidade diversa,

apresentam, nalguns casos, elevada qualidade como se pode

comprovar pelas distinções internacionais recebidas pelas marinas de

Vilamoura e de Albufeira;

A imagem de destino náutico que a associação a eventos de referência

mundial no domínio da náutica proporciona, de que são o exemplo, na

vela, da Volvo Ocean Race, Extreme Sailing Series e, no surf, do Moche

Rip Curl Pro Portugal;

A dinâmica, relativamente recente, de oferta turística na área da

náutica através da criação e desenvolvimento de empresas de

animação turística e de operadores marítimo-turísticos e a

disponibilização de alguns produtos na área do turismo náutico;

Importância crescente das atividades marítimo-turísticas no conjunto de

atividades de “turismo de ar livre” e o aumento da procura internacional

deste tipo de atividades.

Page 251: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

237

PROPOSTA DE VALOR

Global

“Fazer de Portugal um espaço de prática de atividades náuticas capaz de

oferecer uma experiencia única e distintiva para todos os que nos visitarem”.

Figura 78 – Proposta de Valor

Destino Turistico reconhecido pela integração da oferta de

nautica de recreio com a oferta hoteleira, o contato

com a a natureza e imersão na cultura local, numa

experiencia inesquecivel

Turismo de Aventura

Embarcações de recreio

Destino reconhecido pela qualidade da oferta das infraestruturas de treino e

desenvolvimento da nautica de recreio com integração de

com a oferta hoteleira, e os serviços de suporte às equipas

e ao ser Staff.

Estágios Desportivos

Page 252: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

238

MODELO ORGANIZACIONAL

Figura 79 – Modelo Organizacional

Figura 80 – Estrutura organizativa

Setor Publico

Agregaçãodos vários intervenientes do setor

Facilitaçãolegal, burocrática e suporte ao investimento

Promoçãodedicada e em coordenação com as entidades turisticas e do Cluster

Setor Privado

Reputação Qualidade dos serviços e preservaçõ da envolvente

Comercialização produtos de acordo comm os mercados alvo

Operacionalização Montagem de redes colaborativas para a estruturação de oferta

Orgão de Cordenação

Entidades Turismo

Associações Empresariais

Entidades SCTN

Empresas

Entidades Território

Page 253: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

239

ESTRATÉGIA DE MARKETING

Para ter força uma marca deve provocar emoção nos seus consumidores ou

compradores, pois essa emoção determinará a sua escolha face aos

posicionamentos e/ou preços mais baixos dos seus concorrentes.

O Marketing Experiencial examina as situações de consumo de uma forma mais

abrangente, levando em conta qualquer categoria de produto e empresa que

possa atuar no mesmo setor de atividade e, por vezes, até em setores diferentes,

afastando o “pensamento no produto isolado”.

Elaborar uma experiência de compra para um determinado público tem como

pretensão atravessar a fronteira da comunicação e instalar-se na memória do

consumidor, criando um relacionamento da marca com aquela pessoa,

disseminando muito mais do que apenas a visão e o conceito da empresa,

passando a expressar o sentimento que fez parte da experiência com o que a

marca foi atribuída.

Nesse sentido, o mais importante é criar produtos úteis, utilizáveis e apostar na

criação de experiências inesquecíveis para os consumidores em momentos

relevantes.

O Marketing Experiencial é baseado nas emoções vividas pelo consumidor no

momento da compra. Perceber, sentir, pensar, agir e relacionar-se são tipos

diferentes de experiência. E as decisões emotivas são muito importantes.

Quando se pratica o Marketing Experiencial deve-se começar por decidir que

tipo de experiência se quer fornecer ao cliente, tendo em consideração que

tipos diferentes de experiência afetam o modo como a marca deve desenhar os

produtos, as peças de comunicação, a presença na Internet e nos espaços

físicos das lojas. E todas estas escolhas correspondem a decisões estratégicas.

A gestão do Marketing Experiencial incorpora três elementos que são os

indutores fundamentais do valor do cliente e que servem para medir o sucesso

de uma experiência: “a experiência da marca”, que se reflete na aquisição de

clientes, “o interface do cliente”, que influi na retenção, e “a inovação”, que

constitui a chave para as vendas adicionais ao longo da vida do cliente.

Page 254: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

240

Figura 81 – Marketing Experiencial

A experiência da marca reflete-se na aquisição do cliente porque representa a

perceção, pelo próprio cliente, dos atributos experienciais do produto, o visual e

o sensorial das comunicações experienciais, que, em conjunto, significam uma

perceção do poder de atração da marca. Ou seja, clientes que não vejam

qualquer ponto de atração numa marca jamais comprarão os produtos por ela

identificados, a não ser que não tenham outra escolha ou que a diferença de

preço entre esse produto e os concorrentes seja drástica.

O interface do cliente influi na sua retenção porque as interações que oferece e

terminam se os clientes consideram satisfatório o seu relacionamento com a

empresa e, também, se irão ou não comprar outra vez os seus produtos ou

serviços.

A inovação, que pode acontecer através de uma pequena mudança, de um

lançamento revolucionário ou de uma inovação de marketing, potencia as

vendas adicionais. Os clientes tendem a comprar mais do que pretendiam de

uma empresa que eles conheçam, mas isso não deixa de obrigar a empresa a

oferecer-lhes produtos novos e inovadores. Neste sentido, a investigação e o

desenvolvimento contínuo de novos produtos deve constituir uma aposta

estratégica das empresas.

Os quatro os tipos de experiencias pelas quais os consumidores podem passar:

Entretenimento: São o tipo de experiências onde os clientes participam

passivamente num evento e o seu envolvimento com o mesmo é absorvente. O

“entretenimento é passivamente absorvido pelos sentidos, tato, olfato, visão,

audição e paladar”. Assim, as sensações causam sentimentos de interesse e de

Marketing Experiencial

“a experiência da marca”,

“o interface

do cliente”

“a inovação”

Page 255: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

241

excitação aos consumidores, despertando a sua admiração, espanto, surpresa e

interesse, o que resulta num estímulo da memória com efeito duradouro.

Um exemplo de um destino que possui na sua oferta turística o reino do

entretenimento é Las Vegas, que continua a ser um local cuja principal atração

turística é o jogo, mas que também se encontra associada aos espetáculos ao

vivo.

Educacional: são o tipo de experiências que são obtidas por absorção, onde os

clientes têm uma participação mais ativa no evento, as experiências

educacionais envolvem-se ativamente na mente do consumidor e intriga-os a

aprender algo novo.

O desejo de autoeducar-se é uma das chaves de motivação para as pessoas

viajarem, uma vez que os turistas são motivados a “consumir o extraordinário”

parcialmente devido a um desejo de aprender, o que posteriormente, após o

consumo, se traduz em maiores níveis de satisfação quando os seus desejos são

satisfeitos.

Um exemplo de uma experiência educacional é a participação de um festival

de arte onde se pode aprender a história de tricô e tecelagem através, por

exemplo, de brochuras ou conversas com os artistas. Por outro lado, as

habilidades dos indivíduos pode ser aumentada neste tipo de evento se tiverem

a oportunidade de tecer algo simples através de indicações dos artistas.

Escapistas ou de Evasão: são o tipo de experiências onde os clientes têm uma

participação muito ativa e totalmente envolventes (imersão) no evento. Estas

experiências podem ter uma vertente educacional como o reino das

experiências, ou uma vertente de divertimento como o reino do entretenimento,

mas os consumidores têm um maior envolvimento de imersão.

As experiências de escapismo estão muito presentes no setor do turismo, uma

vez que os turistas procuram frequentemente por outros lugares que lhes

permitam afastar as lembranças da sua rotina diária, fazendo coisas que não

estão habituados a fazer, fugindo das normas e valores pelos quais regem a sua

vida.

Os autores consideram que apesar das experiências escapistas terem uma

grande importância no setor do turismo, ainda há uma grande dificuldade em

avaliar o seu efetivo efeito

Estética: são o tipo de experiências que apenas permitem uma participação

reduzida do cliente (passiva), no entanto, este encontra-se imerso e totalmente

envolvido no ambiente do evento.

Assim, podemos verificar que o ambiente que envolve toda uma experiência é

bastante importante para que esta seja o mais memorável possível, não deve

transmitir a sensação de que estamos numa encenação falsa, deve ser o mais

realista possível para que o consumidor se envolva de uma forma natural.

Page 256: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

242

Diversos autores definem cinco princípios básicos para que as empresas

consigam encenar experiências atrativas e que possam explorar ao máximo as

possibilidades que a economia das experiências tem para oferecer:

Tema da Experiência: a experiência necessita de ter um tema bem

definido para que o consumidor saiba o que o espera. Um tema mal

concebido poderá levar a uma experiência que não produza nenhuma

lembrança duradoura;

Harmonizar impressões com estímulos positivos: os estímulos são sinais

encontrados no ambiente ou no comportamento dos funcionários que

estão em consonância com o tema, por outro lado “fazem as impressões

que criam a experiência na mente do consumidor”. Se estes estímulos

não estiverem de acordo com o tema podem causar uma experiência

desagradável ao consumidor, deixando-o confuso ou perdido o que

poderá implicar no futuro a ausência de lembranças acerca do evento

ou a existência de lembranças negativas.

Eliminar estímulos negativos: a maioria dos espaços contém mensagens

triviais e sem sentido. Segundo os autores estas devem ser eliminadas e

substituídas por outras que sejam mais adequadas à experiência

oferecida.

Jogar com memórias: normalmente as pessoas tendem a comprar

determinados produtos que lhes trazem associadas memórias. Por

exemplo, quando se viaja, os postais ou t-shirts fazem recordar momentos

passados nos destinos onde os viajantes estiveram e essas recordações

permitem os turistas partilhar as suas experiências com amigos, o que

permite às empresas captar novos clientes.

Envolver os cinco sentidos: também os estímulos sensoriais (os cheiros, os

sabores, etc.) que acompanham as experiências devem realçar o tema

de forma que a experiência se torne o mais memorável e inesquecível

para os consumidores.

Os Nautas deixarão de considerar apenas as características e benefícios de um

determinado produto, per si, passando a analisar todo o contexto sociocultural

inerentes à utilização do mesmo pelo consumidor e, promovendo neste sentido

as vendas cruzadas para aperfeiçoar e enriquecer cada momento vivenciado

quando o cliente está a vivenciar e a “consumir” determinada experiência.

Page 257: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

243

Figura 82 – Produto Composto

A estratégia, face à dimensão da oferta nacional, terá de se suportar na

estruturação de uma oferta alargada, estruturada em redes colaborativas, que

junte o que de melhor temos ao nível do território, com a oferta existente no

setor da Náutica de Recreio.

A importância de qualquer setor em termos coletivos depende do território onde

este se realiza. Acresce ainda que a experiencia no setor da Náutica de Recreio

lida com sensações, heranças naturais e culturais, atividades culturais e outras.

Assim, será importante proceder a uma avaliação da oferta de acordo com os

seguintes critérios.:

Figura 83 – Processo seleção do local

Ainda relativamente a este tópico, salienta-se o facto de surgirem novas formas

de abordar e de criar “oportunidades de influenciar o consumidor” através do

serviço pós-venda. Apesar do momento mais importante para estreitar a relação

Avaliação da visibilidade de Mercado

e Performance

Atividades de suporte –Numero de atividades

de suporte e complementares

disponíveis

Benefícios económicos e sociais

Valor e Estado da Envolvente

Estatuto estratégico para o Turismo e

Ligações

Potencial para Desenvolvimento

Sustentado

Valor e Identidade Histórica e Cultural

Page 258: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

244

da marca com o consumidor ser aquele em que este vivencia as suas

experiências, não se deve descorar o pós-experiência. O cliente gosta de ser

tratado com “carinho” e não gosta de sentir que foi “abandonado” pela marca.

Deste modo, a oferta deve focalizar-se nas experiências dos indivíduos, através

de circuitos organizados, como “os percursos de canoagem organizados, os

“percursos de descoberta” na orla marítima, os labirintos vegetais e os parques

de surf”.

No Marketing Experiencial são utilizados métodos e ferramentas ecléticas, o mais

diversificado e multifacetado. Ou seja, trata-se de um tipo de marketing que não

se encontra preso a metodologias e “usa o que parece adequado para

conseguir boas ideias”. O objetivo é conseguir um fator de diferenciação para

as empresas de náutica de recreio .

Esquemáticamente a estratégia pode ser contextualizada do seguinte modo:

Figura 84 – Matriz Estratégica

Produto:

•Construção da reputação internacional da marca

•Qualficação da oferta das entidades envolvidas

•Reconhecimento do mercado

Preço:

•Foco na experiencia Nautica

•Promover como uma aventura exclusiva (value for money)

Distribuição:

•Operadores Turismo de Aventura

•Clubes e Federações de desportos Nauticos

•Marinas e Associações Setoriais

•Packaging da Experiencia Nautica

Promoção:

•Centrada nos praticantes de atividades Nauticas

•Direcionada para Experiencias especificas e Mercados-Alvo identificados

•Centrada na fase inicial na Promoção do Potencial da Marca (destino)

Portugal Nautico

Page 259: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

245

ELEMENTOS ESTRUTURANTES DA ESTRATÉGIA

Figura 85 – Processo de Desenvolvimento

Ativação

Construção Reputacional da Marca (destino)

Construção de Experiencias

Qualificação da Oferta Nautica (Redes de Oferta)

Comunicação

Promoção Internacional do Marca

Page 260: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

246

CONSTRUÇÃO REPUTACIONAL DA MARCA (DESTINO)

Figura 86 – Construção reputacional

Promoção e Coordenação dos Eventos Ligados à Náutica Regionais, Nacionais e

Internacionais

Objetivos;

Desenvolver uma lista abrangente de eventos náuticos e afins, de modo

a identificar as oportunidades e lacunas no calendário

Procurar alinhar os eventos regionais, nacionais e internacionais, de modo

a garantir um maior cross-sell dos eventos e capturar maior impacto e

benefício.

Reter e/ou garantir pelo menos eventos internacionais até 2020 (por

exemplo Campeonato do Mundo de Surf/ Campeonato do mundo de

Moto Nautica / Volvo Ocean Race)

Assegurar a coordenação da grande variedade de eventos regionais e

locais, com foco nos que possuam, um claro potencial de crescimento

Resultado Esperado: Calendário Anual de Eventos, com plano de promoção e

comunicação Conjunto

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Entidades

promotoras de Eventos; Empresas Privadas; Turismo de Portugal, Agencias

regionais de turismo.

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado; sponsorização.

Captação Eventos

Nauticos

Marketing Digital

Presença em Eventos

Internacionais

Contacto Com Prescritores e Federações

Page 261: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

247

Orçamentação: O maior investimento será o necessário para garantir os eventos

internacionais em Portugal (são programas feitos à medida e poderão ser alvo

de convites específicos no âmbito do Portugal 2020)

Já existem diversos eventos náuticos internacionais em Portugal, pelo que o

investimento deverá ser na facilitação de acesso aos mecanismos de

investimenento e na coordenação da promoção.

A iniciativa de recolha, agregação, coordenação e comunicação internacional

dos eventos deverá orçar em 300 mil euros para um período de 4 anos. Que

pode ser enquadrardo num SIAC.

Marketing Digital

Marketing nas redes sociais:

Os posts nas redes sociais permitem ampliar a exposição da marca e o

relacionamento com os potenciais cliente. A ação passará por criar perfis e

publicar partes do conteúdo do website, e outras informações que ajudem a

atrair consumidores.

Deverão ainda ser convidadas figuras públicas das diversas atividades a

contribuir para as redes sociais, através das suas experiencias e

testemunhos.

Além disso, as redes sociais servem como plataforma para as ações de

marketing viral, e para posicionar a marca nas pesquisas on-line.

E-mail marketing:

O e-mail marketing é uma poderosa ferramenta de comunicação. O

website deve possuir uma área própria para registo, e serão lançadas

campanhas temáticas direcionadas para atrair mais inscritos no mailing

da marca.

Serão enviadas newsletters regulares com informação e promoções.

Marketing viral:

O Marketing viral, será utilizado para difundir a marca junto dos

consumidores alvos através de ações que trabalhem as suas emoções e

motivações. Uma das grandes vantagens do marketing viral é o seu

efeito multiplicador da comunicação, permitindo que milhares de

consumidores tenham acesso a marca através da recomendação de

outros consumidores.

Page 262: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

248

Para tal deverão ser produzidos um conjunto de vídeos que incorporem

as experiências na prática das atividades náuticas mais procuradas.

Publicidade on-line:

Na internet a publicidade ajuda a dar maior exposição da marca, com

ações específicas de publicidade, como banner, links patrocinados,

vídeos.

Presença em Eventos Internacionais

Boot Düsseldorf, em 2014 estiveram presentes 1677 expositores na feira

como plataforma de apresentação de seus produtos e serviços. A feira

foi visitada por 248.281 visitantes, dos quais 42208 eram estrangeiros.

Helsinki Boat Show (Vene 15 Båt) é a principal feira náutica nos países

nórdicos, abrangendo todos os aspetos relacionados com embarcações

e atividades marítimas, tais como informações, apresentações e

performances, experiências, ideias, orientação, acessórios para os barcos

e outros

Salon Nautique de Paris, um dos maiores eventos do género no mundo

recebendo cerca de 260 mil visitantes.

The Outdoors Show, Londres apresenta produtos o exterior como:

canoagem, ciclismo ou vela. Grandes promoções do retalho com

apresentação de novos produtos.

Contacto Com Prescritores e Federações

A operacionalização desta atividade será suportada na rede lançada no

projeto Portugal Náutico:

A base de dados inclui 2617 entidades dos seguintes países:

Alemanha;

Espanha;

França;

Países escandinavos;

Reino Unido.

Serão organizados dois tipos de eventos:

1 roadshow em cada mercado alvo: com apresentação da oferta em

clubes náuticos, federações e principais marinas

1 missão inversa por mercado alvo: serão convidados principais

prescritores e operadores dos mercados alvo.

Page 263: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

249

QUALIFICAÇÃO DA OFERTA

Figura 87 – Qualificação da Oferta

Criação de Packs Tematicos e Rotas de Experiencias - Juntar as atividades

nauticas a outras atividades que apresentem as vivencias Portuguesas

Objetivos;

• Mapear, desenvolver e comercializar as principais rotas de Náutica de

Recreio em Portugal e fortalecer mais as ligações com os outros setores

do turismo

• Utilizar a inteligência de informação e dados recolhidos sobre os visitantes

para desenvolver ainda mais os produtos temáticos para os diferentes

segmentos de mercado identificados

• Explorar e aplicar as formas como outros setores se uniram para criar

pacotes de maior valor acrescentado para o visitante, e o impacto

adicional que tal teve para as empresas envolvidas

Qu

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Criação de Packs Tematicos e Rotas de Experiencias - Juntar as atividades

nauticas a outras atividades que apresentem as vivencias Portuguesas

Captação de investimentos Nauticos - Catalogação e promoção dos

investimentos ancora fundamentais para o desenvolvimento da Nautica

de Recreio

Desenvolvimento de Competencias -promoção e Coordenação do plano

de desenviolvimento de competencias necessário ao Setor

Promoção da Cultura Nautica de Qualidade

Montagem Sistema de Governança conjunto para a promoção

atividades nauticas

Manutenção de Bases de dados de Informação para suporte à decisão

Page 264: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

250

• Procurar influenciar as infraestruturas náuticas de modo a facilitar ao

máximo o itinerário do cliente

Resultado: Um conjunto de pack de produtos náuticos e a respetiva promoção

internacional

Minho Atlantico

Rota do Douro

Ria de Aveiro

Estuário do Tejo

Estuário do Sado

Costa Vicentina

Alqueva

Algarve

Madeira

Açores

Outros

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas

Nauticas e reatantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais

de turismo. Associaçoes Setoriais e Empresariais

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 SIAC para o desenvolvimento dos

produtos; e Projetos Conjuntos de Internacionalização para a promoção

internacional.

Orçamentação: A iniciativa de agregação, coordenação das diversas

entidades e desenvolvimento do plano de promoção internacional dos packs

resultantes deverá orçar em 600 mil euros para um período de 4 anos. Que pode

ser enquadrardo num SIAC para desenvolvimento de Redes de cooperação. A

atividade de entrada nos mercados Internacionais tem cabimento nos projetos

conjuntos de internacionalização.

Captação de investimentos Náuticos - Catalogação e promoção dos

investimentos âncora fundamentais para o desenvolvimento da Náutica de

Recreio

Objetivos;

Mapear as instalações e infraestrutura existentes no sector da Náutica de

Recreio e identificar qualquer capacidade crítica ou as falhas de

qualidade

Orientar investimento a todos os níveis que permita desenvolver uma

qualidade elevada e sustentada, um conjunto proporcional e sustentável

de instalações chave de apoio à Náutica de Recreio e maximizar as

oportunidades de crescimento no sector

Page 265: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

251

Influenciar os desenvolvimentos de infraestruturas que permitam

assegurar as expectativas dos clientes e responder aos desejos e à

procura

Resultado Esperado: Reforço da visibilidade de Portugal como um destino de

Náutica de Recreio

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas

Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais

de turismo. Associações Setoriais e Empresariais

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,

coordenação e difusão das boas práticas de marketing digital deverá orçar em

375 mil euros para um período de 4 anos.

Desenvolvimento de Competências - promoção e Coordenação do plano de

desenvolvimento de competências necessário ao Setor

Objetivos;

Implementar uma abordagem coordenada para o desenvolvimento de

competências em todo o setor para atender às necessidades atuais e

emergentes e promover as oportunidades de carreira para Náutica de

Recreio

Trabalhar com as empresas para garantir competências essenciais, como

atendimento ao cliente, cross-selling e meios de comunicação social e as

habilidades de marketing digital

Resultado Esperado: Reforço da das competências para o desenvolvimento da

Náutica de Recreio

Atores a Envolver: Escolas Profissionais, Universidades, Empresas Privadas Náuticas

e restantes serviços e produtos; Associações Setoriais e Empresariais

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,

coordenação e difusão das necessidades de competências e promoção de

ações-piloto a desenvolver deverá orçar em 400 mil euros para um período de 4

anos.

Promoção da Cultura Náutica de Qualidade

Objetivos;

Page 266: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

252

Integrar os aspetos ambientais, económicos e sociais na atividade da

Náutica de Recreio como base da tomada de decisão empresarial de

modo a garantir o sucesso a longo prazo

Colocar em prática mecanismos confiáveis de acreditação que

reconheçam e premeiem uma abordagem de sustentável das empresas

do sector

Resultado Esperado: Reforço da sustentabilidade do destino Portugal para a

Náutica de Recreio

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas

Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais

de turismo. Associações Setoriais e Empresariais; Entidades de acreditação e

certificação

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

Orçamentação: Desenvolvimento das normas e acreditações necessárias,

conjugado com um plano de sensibilização nacional para a importância da

Náutica de Recreio, deverá orçar em 450 mil euros.

Montagem Sistema de Governança conjunto para a promoção das atividades

náuticas

Objetivos;

Estabelecer uma direção e um propósito claros para o sector enquanto

mantendo e encorajando uma liderança coletiva para o sector e uma

direção de desenvolvimento clara e consistente e de acordo com as

prioridades para o setor

Incentivar a inovação e a mudança para a Náutica de Recreio focada

nas necessidades e exigências do cliente

Resultado Esperado: Modelo de Gestão para a Náutica de Recreio Nacional

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação Regionais; Empresas

Privadas Náuticas e restantes serviços e produtos; Entidades Administração

Central; Associações Empresariais e Setoriais

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,

coordenação e difusão Informação do setor da náutica de Recreio, deverá

orçar em 275 mil euros para um período de 4 anos.

Manutenção de Bases de dados de Informação para suporte à decisão

Page 267: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

253

Objetivos;

Desenvolver um conjunto de dados robustos e relevantes de longo prazo

para apoiar a tomada de decisão e para evidenciar a mudança no

setor

Assegurar que todas as empresas reconhecem o papel que

desempenham, tanto a recolher, como a utilizar efetivamente as

informações do Mercado para desenvolver o seu produto e a

experiência que oferecem

Resultado Esperado: Sistema de Monitorização do Consumo e Nível de satisfação

dos Clientes de Náutica de Recreio

Atores a Envolver: Autarquias; Empresas Privadas Náuticas e restantes serviços e

produtos; Agências regionais de turismo. Associações Setoriais e Empresariais

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,

coordenação e difusão da informação de suporte à decisão digital deverá

orçar em 375 mil euros para um período de 4 anos.

Page 268: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

254

PROMOÇÃO INTERNACIONAL DA MARCA

Figura 88 – Promoção Internacional da Marca

Desenvolvimento e/ou Promoção de instrumentos de Reserva Online, que

permitam um atendimento diferenciado a todos os Visitantes Náuticos

Objetivos;

• Estabelecer uma a presença digital e um ponto inicial de acesso único

• Desenvolver e implementar um novo site e de fácil acesso à Náutica de

Recreio em Portugal

• Mapear e reunir as informações e inteligência dos clientes que existe que

permita entender melhor as necessidades e prioridades dos clientes e

compartilhar esta informação com todo o setor

• Garantir que a informação fornecida a todos os clientes é oportuna,

relevante e precisa

Resultado Esperado: Plataformas de Atendimento diferenciado aos clientes

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas

Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais

de turismo. Associações Setoriais e Empresariais

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

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Desenvolvimento e/ou Promoção de instrumentos de Reserva Online, que

permitam um atendimento diferenciado a todos os Visitantes

Nauticos

Acolhimento Nautico - Promoção de instrumentos que facilitem a

captação e acolhimento de nautas

Desenvolvimento Balcão Unico para a Nautica

Desenvolvimento do um sistema de Vistos especifico para a pratica de

atividades Nauticas- Bandeira Portuguesa Mapeamento Digital - Utilização da

tecnologia de modo a manter os utilizadores nautas informados sobre

os que está a acontecer quando estão em movimento.

Page 269: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

255

Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,

coordenação e desenvolvimento da plataforma deverá orçar em 700 mil euros

para um período de 4 anos.

Acolhimento Náutico - Promoção de instrumentos que facilitem a captação e

acolhimento de nautas

Desenvolvimento Balcão Único para a Náutica

Objetivos;

Desenvolver um regime de acreditação e formação de serviço ao cliente

para o setor

Promover um conjunto de Abordagens-piloto para o desenvolvimento de

serviço ao cliente e melhorar a qualidade da experiência do cliente

Desenvolver um Pack de Receção para a Náutica de Recreio, com

formação e acreditação adequada

Incentivar a colaboração em todo o Setor

Resultado Esperado: Um Pack de procedimentos e competências uniformizado

ao nível da Experiencia de consumo de Náutica de Recreio em Portugal

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas

Náuticas; Turismo de Portugal, Associações Setoriais e Empresariais.

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,

coordenação e dos procedimentos e conteúdos formativos deverá orçar em 350

mil euros para um período de 4 anos.

Desenvolvimento do um sistema de Vistos especifico para a pratica de

atividades Náuticas- Bandeira Portuguesa

Objetivos;

Trabalhar para conseguir a possibilidade aos Nautas de Recreio estrangeiros de

requerer uma autorização de entrada e permanência para atividade da pratica

de Náutica de Recreio, a quem tiver entrada regular em território nacional

(portadores de vistos Schengen válidos ou beneficiários de isenção de vistos),

mediante a realização de transferências da bandeira da embarcação, Aluguer

pluri-anual de posto de amarração, criação de emprego ou compra de

embarcações.

Resultado Esperado: Aumento do Volume de negócios nas transações

relacionados com a Náutica de Recreio

Atores a Envolver: Governo; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas

Náuticas, Associações Setoriais e Empresariais.

Page 270: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

256

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de promoção internacional);

Investimento privado.

Orçamentação: Valor relacionado com a comunicação e promoção

internacional

Mapeamento Digital - Utilização da tecnologia de modo a manter os utilizadores

nautas informados sobre os que está a acontecer quando estão em movimento

Objetivos;

Fornecer os meios para se manter o contacto com o cliente durante a

experiência de Náutica de recreio selecionada, procurando,

continuamente, agregar valor à oferta existente

Incentivar as empresas de Náutica de Recreio a procurar as

oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias e meios de

comunicação social

Incentivar os visitantes a partilhar a sua experiência com amigos e

parentes e trabalhar com as empresas para influenciar a utilização eficaz

dos meios de comunicação social, bem como a necessário infraestrutura

Resultado Esperado: Reforço da visibilidade de Portugal como um destino de

Náutica de Recreio

Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas

Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais

de turismo. Associações Setoriais e Empresariais

Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento

nacionais e regionais); Investimento privado.

Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,

coordenação e difusão das boas práticas de marketing digital deverá orçar em

375 mil euros para um período de 4 anos.

Page 271: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

257

5 - Conclusões Finais

A Nautica de recreio é um sector com um elevado consumo de serviços e de

bens intermédios, por exemplo, um barco exige motores, geradores,

equipamentos eletrónicos e diversos componente de outras indústrias auxiliares,

que sem a existência da primeira não subsistiriam. O interesse no

desenvolvimento deste sector encontra-se, diversas vezes, ligado aos elevados

efeitos multiplicadores que são originados. Assim, o efeito total da produção

efetiva multiplica 3,61 vezes.

As empresas marítimo turísticas são de pequena dimensão 62 % movimentou

menos de 25 mil euros no ano de 2012, em 2013 foram 68 % os que faturaram

menos de 25 mil euros. Este decréscimo de movimento ocorreu também para os

grandes volumes de negócios: em 2013 apenas 12 % dos OMT movimentaram

mais de cem mil euros, quando em 2012 tinham sido 16 % das empresas a fazê-

lo.

Assim estas empresas possuem uma reduzida capacidade de investimento, de

modo individual. Pelo que a suloção passará por soluções colaborativas.

De acordo com os atores auscultados ao longo do projeto, a Natureza e a

Segurança são as variáveis mais destacadas como os valores essenciais a

transmitir nas campanhas de comunicação e na estratégia de marketing. A

Localização, ou seja o destacar o local e as raízes da região, é um outro

conceito que deverá entrar em consideração da comunicação.

Das auscultações realizadas ao longo do projeto, Portugal Náutico, resultaram

um conjunto de conclusões, designadamente a necessidade de:

• Reforço da captação de nautas nacionais;

• Uma visão alargada para o sector;

• Coordenação das atuações através de um balcão único;

• Reforço da capacitação dos atores para a abordagem para o negócio;

• Criação de uma visão empresarial;

• Promoção conjunta internacional.

Durante o projeto verificou-se a necessidade de uma aposta efetiva e

continuada para o reforço da capacidade empresarial do setor e a aposta

numa estratégia coletiva. Falta agora continuar.

Page 272: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

258

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arbeidet for bilsamfunnet 1936 – 2002. Hovedfag i etnologi. Oslo: Universite-tet i

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265

Principais websites consultados:

www.abenteuer-flusslandschaft.de

www.about-france.com

www.absolute-yacht.com

www.acprail.com/blog/2014/01/new-renfe-spain-pass

www.adac.de/

www.adac.de/sportschifffahrt

www.anavre.org

www.anemonesbleues.com

www.anen.es/ampiacion-de-las-atribuciones-para-los-titulos-mas-

populares-y-mayor-accesibilidad-la-nautica-de-iniciacion

www.aproache.com

www.aquitaine-navigation.com

www.artsurfcamp.co.uk

www.atarantebuceo.es

www.atmosferis.com/estado-actual-de-la-nautica-de-recreo-en-espana

www.balticsailing.de

www.barcodealquiler.com

www.bateauxparisiens.com

www.bateliers-arcachon.com

www.bmvi.de

www.boot.de

www.bootsurlaub-online.de

www.bretagne-fluviale.com

www.bte.tourismus.de

www.bvww.org

www.cabourg.fi

www.caminav.com

www.canalboatholidays.com/canalbarge_rental/le_boat/germany_rates.

shtml

www.charterworld.com

www.coldhawaiisurfcamp.com

www.croatia.eu

www.croatia.hr

www.crs.hr

www.de.statista.com

www.deep-blue-tauchschule.de

www.deutschland.de/en/topic/life/sports-leisure/water-sports

www.developpement-durable.gouv.fr

www.divingbali.de

www.dreamlines.de

www.dzs.hr

www.ec.europa.eu/eurostat

www.ecoledesurf-quiksilver.com

www.en.sjoarafting.no

www.epirplongee.com

Page 280: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

266

www.escueladesurfonthesea.com

www.estacionesnauticas.info

www.estudiasonavegas.com

www.euromarina.org

www.euromonitor.com/tourism-flows-outbound-in-denmark/report

www.europapress.es/turismo/transportes/navieras/noticia-

embarcaciones-recreo-espana-cayeron-1946-2013-20140109173534.html

www.europeancruisecouncil.com

www.factmonster.com/dk/encyclopedia/scandinavia-and-

iceland.html#id2852521

www.ffports-plaisance.com

www.fin.fr

www.finlandiasailing.fi

www.fomento.gob.es

www.fondear.org

www.freistilreisen.de

www.ghs-dyk.dk

www.goodpeoplesurf.com

www.goscandinavia.about.com

www.gov.uk/government/collections/marine-planning-in-england

www.grancanaria.com

www.hamburger-yachthafen.de/

www.hgk.hr

www.hmma.org

www.homiesurfcamp.com

www.icomia.com

www.ieva.fi

www.innovamar.org

www.jus.uio.no

www.klitmoller.en.westwind.dk

www.kroatien-online.com

www.lakestar.info

www.leboat.de

www.londonschoolofdiving.co.uk

www.marina-guide.net/index.php?id=16&hafen=483

www.marina-guide.net/Marinas-Germany.69.0.html

www.marina-guide.net/Marinas-UK.100.0.html

www.marinas.com/browse/marina/DE/1

www.marinas.info/yachthafen/deutschland

www.midnightsunsailing.fi

www.mint.hr

www.montasurfschool.com

www.mppi.hr

www.my-sea.com

www.nauta360.expansion.com/2014/02/20/de_costa_a_costa/139289633

9.html

www.nautal.es

Page 281: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

267

www.nauticayyates.com/mercado-de-embarcaciones-de-recreo-en-

espana-2012

www.nautilus.es

www.navis-yacht-charter.com

www.neptunosctenerife.com

www.nordlandtouristik.com

www.norge.no/en

www.northernexperiencewildlifetours.co.uk

www.northseafishing.co.uk

www.odit-France.fr

www.oxygene.dk

www.padi.com

www.plaisances.info

www.portbooker.org

www.port-girolata.com

www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/Documents/Revistas_PDFs/Portu

galglobal_n61.pdf

www.portugal-surfcamp.de

www.prnewswire.com/news-releases/global-recreational-boating-

industry-analysis-and-forecast-2014-2019-275444871.html

www.profinautic.com/de/marinas/hafen/?ct=de

www.pt.rendezvousenfrance.com

www.publications.europa.eu/code/pt/pt-5001000.htm

www.rafting-verdon-bsn.com

www.ravensurf.co.uk

www.realliganaval.com

www.rideonretreats.com

www.riverguru.es

www.ruff-bootsreisen.de

www.ruting.es

www.scotland.gov.uk/Topics/marine/marineenergy/Planning

www.scotland.gov.uk/Topics/marine/seamanagement/nmpihome

www.scotland.gov.uk/Topics/marine/seamanagement/nmpihome/nmpi

www.sendasdeagua.es

www.skylinerafting.co.uk

www.spade-anchor.com/-Prices-.html

www.stewa.de

www.surfakademin.se

www.surfcamp-spain.com

www.tauchschule-meersburg.de

www.tbiwwc.com

www.theyachtweek.com

www.thueringen-tourismus.de

www.touristik-flagge.de

www.tourspain.es

www.travelshop.de

www.turisme.gva.es

Page 282: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

268

www.ukboathire.com

www.ukrafting.co.uk

www.unwto.org

www.visitnorway.com/en

www.vnf.fr

www.vosdroits.service-public.fr

www.wassersport-wirtschaft.de

www.wasser-und-urlaub.de

www.waterwaysholidays.com

www.wave-school.com

Page 283: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

269

Anexos

Lista das Principais Entidades, Alemanha

Instituição Website

Instituição Website

Bundesministerium für Verkehr, Bau und Stadtentwicklung

(BMVBS)

www.bmvbs.bund.de

Bundesministerium für Wirtschaft und Technologie (BMWi) www.bmwi.de

Landesregierungen und touristische

Marketingorganisationen der Länder Baden-

Württemberg

www.mlr.baden-wuerttemberg.de

Ministerium für Ländlichen Raum und Verbrauch www.baden-wuerttemberg.de

Tourismus Marketing GmbH Baden-Württemberg (TMBW) www.tourismus-bw.de

Staatsministerium für Wirtschaft, Infrastruktur, Verkehr und

Technologie

www.stmwivt.bayern.de

BAYERN TOURISMUS Marketing GmbH www.bayern.by

Senatsverwaltung für Wirtschaft, Technologie und

Forschung

www.berlin.de

Visit Berlin – Berlin Tourismus & Kongress www.visitberlin.de

Ministerium für Bildung, Jugend und Sport www.mbjs.brandenburg.de

Tourismus-Marketing Brandenburg GmbH www.reiseland-brandenburg.de

Der Senator für Wirtschaft, Arbeit und Häfen www.wirtschaft.bremen.de

Bremer Touristik-Zentrale Gesellschaft für Marketing und

Service

www.bremen-tourismus.de

Behörde für Wirtschaft, Verkehr und Innovation www.hamburg.de

Hamburg Tourismus www.hamburg-tourism.de

Ministerium für Wirtschaft, Verkehr und

Landesentwicklung Hessen

www.wirtschaft.hessen.de

Hessischer Tourismusverband www.hessischertourismusverband.de

Ministerium für Wirtschaft, Bau und Tourismus www.regierung-mv.de

Tourismusverband Mecklenburg-Vorpommern www.auf-nach-mv.de

Ministerium für Wirtschaft, Arbeit und Verkehr mw.niedersachsen.de

TourismusMarketing Niedersachsen GmbH www.reiseland-niedersachsen.de

Ministerium für Wirtschaft, Energie, Bauen, Wohnen und

Verkehr

www.mwebwv.nrw.de

Tourismus NRW www.touristiker-nrw.de

Ministerium für Wirtschaft, Klimaschutz, Energie und

Landesplanung

www.mwkel-rlp.de

Rheinland-Pfalz Tourismus GmbH www.rlp-info.de

Ministerium für Wirtschaft und Wissenschaft www.saarland.de/ministerium_wirtschaft_

wissenschaft.htm

Tourismus Zentrale Saarland GmbH www.tourismus.saarland.de

Staatsministerium für Wirtschaft, Arbeit und Verkehr www.smwa.sachsen.de

Tourismus Marketing Gesellschaft Sachsen mbH www.sachsen-tourismus.de

Page 284: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

270

Ministerium für Wirtschaft und Arbeit www.mw.sachsen-anhalt.de

Investitions- und Marketinggesellschaft Sachsen-Anhalt www.investieren-in-sachsen-anhalt.de

Ministerium für Wissenschaft, Wirtschaft und Verkehr www.wirtschaftsministerium.schleswig-

holstein.de

Tourismusverband Schleswig-Holstein www.tvsh.de

Ministerium für Wirtschaft, Arbeit und Technologie www.thueringen.de

Thüringer Tourismus GmbH www.thueringen-tourismus.de

Allgemeiner Deutscher Automobil-Club e. V. (ADAC) www.ADAC.de

Bundesverband Kanu e. V. (BV Kanu), ehemals

Bundesvereinigung Kanutouristik e. V. (BKT)

www.bvkanu.de

Bundesverband Wassersportwirtschaft www.bvww.org

Facharbeitskreise im BVWW Arbeitskreis Charterboot

(AKC)Fachvereinigung Yachthafenbau

www.wassersportanlagen.de

Vereinigung Deutscher Sporthäfen www.kanu.de

Deutscher Motoryachtverband www.dmyv.de

Deutscher Olympischer Sportbund (DOSB) www.dosb.de

Deutscher Ruderverband www.rudern.de

Deutscher Segler-Verband www.dsv.org

Deutscher Tourismusverband www.deutschertourismusverband.de

Deutsche Zentrale für Tourismus www.deutschland-tourismus.de

Hafentechnische Gesellschaft www.htg-online.de

Kreuzer Yacht Club Deutschland www.kycd.de

Vereinigung Deutscher Yacht-Charterunternehmen www.vdc.de

Wirtschaftsverband Wassersport www.wassersport-verband.de

Lista de Marinas - Alemanha

Nome da Marina Nome do Porto Localizaçã

o

Profundidade

(em metros)

Ancoradour

os

Marina Accumersiel -

Dornumersiel

Yacht Club

Accumersiel

Mar do

Norte

2.5m 250

Marina Altefähr Altefähr Báltico 1.5 - 3 m -

Marina Althagen Ahrenshoop Marina Althagen

Ahrenshoop

Báltico 0.6 m - 2.5 m 28

Marina Amrumer Marina Amrumer

Yacht Club

Mar do

Norte

- -

Marina Arnis Marina Arnis Báltico - -

Marina Baltrum Boat Club Baltrum Mar do

Norte

- 45

Marina Barhöft Harbour Barhoeft Báltico 3.5 m - 5 m 70

Marina Barth City harbour Barth Báltico 2 m - 3 m 85

Marina Barth Yacht service Barth

marina

Báltico 1.4 m - 3 m 127

Marina Berlin City Marina Berlin-

Rummelsburg

Spree - 10

Marina Berlin Berlin Pier 38 Crossinsee 0.2 m - 4 m 70

Page 285: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

271

Marina Berlin Marina Lanke Scharfe

Lanke

1 m - 4 m 420

Marina Berlin NIXE Marina Wannsee - -

Marina Berlin Marina Mariane

Pohlesee

Havel - -

Marina Bockholmwik Foerde Yacht Club

Bockholmwik

Báltico 1.9 m - 3.5 m -

Marina Bodstedt Marina Bodstedt Báltico 0.9 m - 1.2 m 33

Marina Boltenhagen Marina

Boltenhagen

Báltico 4.5 m - 6.4 m 350

Marina Borkum Marina Borkum Mar do

Norte

1.5 m - 1.8 m 250

Marina Borkum Burkana-Harbour

Borkum

Mar do

Norte

5.0 m -

Marina Brandenburg Havel Marin Havel - 120

Marina Breege Marina Breege Báltico 1.6 m - 3 m 30

Marina Bremen Watersport Club

Memelingen

Mar do

Norte

- -

Marina Bremerhaven Lloyd Marina

Bremerhaven

Mar do

Norte

4 m - 6 m 120

Marina Bremerhaven Marina

Bremerhaven

Mar do

Norte

3.0 m 240

Marina Bremerhaven Wulsdorf Water Sport Club

Wulsdorf

Mar do

Norte

3.0 m 127

Marina Brunsbüttel Marina Alter Hafen

- Sailing Club

Brunsbuettel

Mar do

Norte

1.9 m - 3.5 m 30

Marina Burgstaaken Burgstaaken Báltico 1.7 m - 3 m 160

Marina Burgtiefe Burgtiefe Marina Báltico 2.1 m - 3.5 m 600

Marina Büsum Buesum Sailing

Club

Mar do

Norte

2.0 m 100

Marina Cuxhaven City Marina

Cuxhaven

Mar do

Norte

- -

Marina Cuxhaven SVC Marina

Cuxhaven

Mar do

Norte

1.6 m - 3.5 m 230

Marina Düsternbrook Sport harbour

Duesternbrook

Báltico 2 m - 6 m 288

Marina Dabitz Marina Dabitz Báltico 0.5 m - 1 m 10

Marina Dagebüll Harbour Dagebuell Mar do

Norte

- -

Marina Damp Damp Báltico 2 m - 3 m -

Marina Dangast Marina Dangast Mar do

Norte

1.8 m -

Marina Darßer Ort Darsser Ort Báltico 3.5 m -

Marina Dierhagen Marina Dierhagen Báltico 2.0 m -

Marina Dietrichsdorf Sport harbour

Dietrichsdorf

Báltico 3 m - 10 m 172

Marina Ditzum Marina Sailing Club

Boreas Ditzum

Mar do

Norte

- 20

Marina Eckernförde City harbour - Im

Jaich Eckernfoerde

Báltico 2 m - 8 m -

Marina Eckernförde Sailing Club

Eckernfoerde

Báltico 2 m - 4.5 m 320

Marina Eckwardersiel Marina

Eckwardersiel

Mar do

Norte

- -

Page 286: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

272

Marina Emden Yacht Club Emden Mar do

Norte

3.0 m 60

Marina Emden Old Harbour

Emden

Mar do

Norte

1.8 m - 5.5 m -

Marina Eriksberg Eriksberg Marina Báltico 5.3 m - 7 m 100

Marina Fahrensodde Fahrensodde Báltico 1.1 m - 4 m 200

Marina Fedderwardersiel Marina

Fedderwardersiel

Mar do

Norte

2.8 m 160

Marina Fleckeby Marina Fleckeby Báltico 0.6 m - 2.2 m -

Marina Fleckeby Sortboothafen

Fleckeby

Báltico 1.8 m - 2.4 m 100

Marina Flensburg City harbour

Flensburg

Báltico 3.7 m - 4.1 m 127

Marina Flensburg Niro

Petersen

Marina Niro

Petersen

Báltico 2 m - 8 m 120

Marina Flensburg Sonwik Marina Sonwik Báltico 5.6 m - 5.7 m -

Marina Freest Marina Freest Báltico 1.6 m - 1.8 m 10

Marina Friedrichskoog Marina

Friedrichskoog

Mar do

Norte

4.0 m -

Marina Friedrichstadt Old Harbour Eider

Friedrichstadt

Mar do

Norte

1 m - 1.7 m 60

Marina Gager Port Gager Báltico 2.5 m - 4 m 80

Marina Gelting Sport harbour

Gelting-Mole

Báltico 2.5 m - 3.5 m 450

Marina Gelting Marina

Wackerballig

Báltico 2 m - 3.7 m 230

Marina Glowe (Rügen) Harbour Glowe

(Ruegen)

Báltico 2 m - 2.7 m 100

Marina Glücksburg Marina

Gluecksburg

Báltico 0.5 m - 2.6 m 127

Marina Glückstadt Marina Glueckstadt Mar do

Norte

3.0 m 90

Marina Greetsiel Yacht Club

Greetsiel

Mar do

Norte

2.5 m - 4.5 m 60

Marina Greetsiel Leybucht Sport

Boats

Mar do

Norte

- -

Marina Greifswald Yacht centre

Greifswald

Báltico 2.5 m - 3.5 m 220

Marina Grömitz Marina Groemitz Báltico 2.2 m - 2.9 m 780

Marina Grossenbrode Marina

Grossenbrode

Báltico 2.5 m - 2.5 m 40

Marina Grossenbrode Yacht Club

Grossenbrode

Báltico 2.2 m 148

Marina Grossenbrode Marina

Grossenbrode

Báltico 2.0 m 170

Marina Grossenbrode Grossenbrode

Faehre

Báltico 2 m - 2.5 m -

Marina Grossenbrode Yachtwerft Klemens

GmbH

Báltico 6.0 m 220

Marina Gustow Harbour Gustow Báltico 4.5 m - 5 m 157

Marina Hallig Hooge Sailing Harbour

Hooge

Mar do

Norte

1.8 m 25

Marina Hamburg Marina Hamburg

Wedel

Mar do

Norte

2.2 m 1950

Marina Hamburg City Marina Mar do 2.5 m - 4 m 120

Page 287: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

273

Hamburg Norte

Marina Hamburg Harburg Seaman Pier Mar do

Norte

3.0 m 30

Marina Harburg Marina Hamburg

Harburg

Mar do

Norte

5.6 m 70

Marina Harlesiel Marina Harlesiel Mar do

Norte

1.8 m -

Marina Heiligenhafen Heiligenhafen Báltico 2 m - 5.2 m 1000

Marina Heiligenhafen Sailing club

Heiligenhafen

Báltico 2.3 m 100

Marina Heiligenhafen Yacht-yard

Heiligenhafen

Báltico 2.5 m - 2.7 m 96

Marina Helgoland South Marina

Helgoland

Mar do

Norte

2.7 m - 5 m -

Marina Helgoland North East Marina

Helgoland

Mar do

Norte

3.6 m - 4.2 m -

Marina Hohen Neuendorf Marina

Havelbaude

Havel-

Oder-

Channel

- 60

Marina Hohen Wieschendorf Marina Hohen

Wieschendorf

Báltico 5 m - 6 m -

Marina Hooksiel Marina Hooksiel Mar do

Norte

2.5 m 400

Marina Hörnum Harbour Hoernum Mar do

Norte

2.6 m -

Marina Horumersiel Marina Horumersiel Mar do

Norte

- 200

Marina Husum Marina Husum Mar do

Norte

2.3 m -

Marina Immenstaad Marina Schloss

Kirchberg

Lake

Constanc

e

1.8 m - 3.8 m 265

Marina Immenstaad Yacht Club

Immenstaad

Lake

Constanc

e

1.6 m - 2.3 m 100

Marina Itzehoe Marina Itzehoe an

der Stoer

Mar do

Norte

1.2 m - 2.2 m 5

Marina Jemgum Water Sport Club

Luv-Up Jemgum

Mar do

Norte

2.5 m -

Marina Juist Sailing Club Juist Mar do

Norte

1.8 m 150

Marina Kappeln Yacht centre

Kappeln

Báltico - -

Marina Kappeln Marina

Mittelmannswerft

Báltico 0.9 m - 2.3 m -

Marina Kappeln Grauhöft Marina Grauhoeft -

Henningsen und

Steckmest

Báltico 2.2 m - 3 m 150

Marina Kappeln Stadthafen City harbour

Kappeln

Báltico - -

Marina Kiel - Wik Sport harbour Kiel -

Wik

Báltico 3.0 m 185

Marina Kirchdorf Marina Kirchdorf Báltico 2 m - 3.5 m -

Marina Kloster (Hiddensee) Marina Kloster Báltico 1.5 m - 2 m -

Marina Kopperby Marina Kopperby Báltico 1.5 m - 2.5 m 100

Marina Kressbronn Ultramarin, Meichle Lake 3 m - 20 m 1500

Page 288: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

274

+ Mohr Marina Constanc

e

Marina Kröslin Marina Kroeslin Báltico 4.0 m 500

Marina Krummin Krummin Marina Báltico 2.5 m - 2.7 m 150

Marina Kühlungsborn Marina

Kuehlungsborn

Báltico 3.0 m 400

Marina Laboe Marina and Port

Laboe

Báltico 1.5 m - 4 m -

Marina Laboe Baltic Bay Marina Báltico 4.0 m 345

Marina Langballigau Langballigau Báltico 1 m - 3 m 127

Marina Langenargen BMK Marina

Langenargen

Lake

Constanc

e

- -

Marina Langeoog Marina Langeoog Mar do

Norte

1.8 m 208

Marina Lauterbach Marina Lauterbach Báltico 1.5 m - 5 m 300

Marina Leer Marina of Sailing

Club Leer

Mar do

Norte

2 m - 4.5 m 50

Marina Leer City Marina Leer Mar do

Norte

3.0 m 300

Marina Leer Ems Marina Bingum Mar do

Norte

- 70

Marina Lindau Marina Lindau-

Zech

Lake

Constanc

e

1.2 m - 4 m 156

Marina Lindaunis Marina Lindaunis Báltico 2.5 m - 4 m 98

Marina Lippe Weissenhaus Marina Lippe Báltico 1.5 m - 1.5 m 320

Marina List Marina List Mar do

Norte

- 30

Marina Lohme Marina Lohme Báltico 3.0 m 53

Marina Lübeck Luebeck North-East

Marina

Báltico - 120

Marina Lübeck Yacht Club

Luebeck

Báltico - -

Marina Lübeck Passat-Harbour

Luebeck

Travemuende

Báltico 5.0 m 500

Marina Lübeck Hansa Marina

Neugen GmbH -

Luebeck

Báltico 6.0 m 30

Marina Lübeck Museum Marina of

Luebec

Báltico - -

Marina Lübeck Travemünde Marina

Sonnenbruecke

Báltico 4.0 m 60

Marina Lübeck Werft Grell Marina Werft Grell

Luebeck

Báltico 4.5 m 51

Marina Lübeck-Herrenwyk Travemarina Báltico 0.8 m - 4 m 90

Marina Lübeck-Travemünde Fishing Harbour

Travemuende

Báltico - 50

Marina Lübeck-Travemünde Rosenhof Marina

Luebeck

Travemuende

Báltico 3.3 m - 7.6 m 100

Marina Lübeck-Travemünde Boebs-Yard Marina

Luebeck-

Travemuende

Báltico 4.0 m 220

Page 289: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

275

Marina Lübeck-Travemünde Marina Baltica -

Luebeck-

Travemuende

Báltico 2.5 m - 4.5 m -

Marina Lübeck-Travemünde Trave Shipyard -

Luebeck-

Travemuende

Báltico 2.7 m - 3.8 m -

Marina Lubmin Marina Lubmin Báltico 4.0 m 180

Marina Maasholm Marina Maasholm Báltico 2.2 m - 3.3 m 450

Marina Martinshafen Marina

Martinshafen

Sagard

Báltico 2 m - 2.5 m 120

Marina Meersburg Marina

Waschplaetzle

Meersburg

Lake

Constanc

e

- 145

Marina Meersburg Marina Haltnau,

Yacht Club

Meersburg

Lake

Constanc

e

- 80

Marina Meldorf Harbour Meldorf Mar do

Norte

1 m - 2.4 m 70

Marina Midlum Marina Midlum East

Friesland

Mar do

Norte

1.5 m -

Marina Minden Mindener Yacht

Club

Weser 1.8 m 80

Marina Möltenort Heikendorf Marina Möltenort

Heikendorf

Báltico 1 m - 5 m 310

Marina Mönkeberg Marina

Moenkeberg

Báltico 2 m - 8 m 250

Marina Mönkebude Marina

Moenkebude

Báltico 1.5 m - 2 m 93

Marina Munkmarsch Marina

Munkmarsch

Mar do

Norte

- -

Marina Neuendorf Marina Neuendorf

Hiddensee

Báltico 2.3 m - 2.4 m 50

Marina Neufeld Marina Neufeld Mar do

Norte

1.5 m 50

Marina Neuharlingersiel Marina Yacht Club

Neuharlingersiel

Mar do

Norte

1.3 m 35

Marina Neuhof Marina Neuhof Báltico 1.5 m - 3 m 150

Marina Neustadt Ancora Marina Báltico 2 m - 4 m 1400

Marina Neustadt Sportboothafen der

Stadtwerke

Neustadt

Báltico 2 m - 6 m 280

Marina Neustadt Neustaedter Segler-

Verein - Rundhafen

Báltico 2 m - 3 m -

Marina Niendorf Kommunalhafen

Niendorf

Báltico 2 m - 3.5 m -

Marina Niendorf Marina Niendorf

Poel

Báltico 2.3 m -

Marina NOK Marina Borgstedt Schreiber Yacht

Service

Kiel Canal 2 m - 2.8 m 30

Marina Norddeich Marina Yacht Club

Norden

Mar do

Norte

1 m - 1.8 m 250

Marina Norden - Norddeich Yacht Centre

Stoertebeker

Mar do

Norte

1.2 m - 2.1 m 50

Marina Nordenham Marina Nordenham Mar do

Norte

- -

Page 290: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

276

Marina Norderney Marina Norderney Mar do

Norte

2.0 m 230

Marina Nordstrand Suederhafen

(Nordstrander

Wassersportverein)

Mar do

Norte

- 60

Marina Nordstrand Harbour

Strucklahnungshoer

n

Mar do

Norte

- -

Marina Oldersum - Unterems Yacht Club

Unterems

Mar do

Norte

- 41

Marina Orth (Fehmarn) Harbour Orth

GmbH

Báltico 3 m - 3.5 m 150

Marina Orthmühle Marina Orthmuehle Báltico 2.7 m -

Marina Otterndorf Sailing Harbour

Otterndorf

Mar do

Norte

1.6 m 190

Marina Peenemünde Marina

Peenemuende

Báltico - -

Marina Pellworm Marina Pellworm Mar do

Norte

- 43

Marina Potsdam Marina Potsdam Havel - -

Marina Potsdam Marina Potsdam

am Tiefensee

Havel 4.0 m 80

Marina Prerow Marina Prerow Báltico 2.5 m 50

Marina Pruchten Marina Pruchten Báltico 1.2 m - 1.4 m 15

Marina Puddemin Marina Puddemin -

Poseritz

Báltico 1.5 m - 2.5 m 10

Marina Ralswiek Ralswiek Báltico 0.5 m - 2.5 m 70

Marina Rantum Marina Rantum Mar do

Norte

1 m - 1.1 m -

Marina Rerik Marina Rerik Báltico 2 m - 2.5 m 140

Marina Rerik Sailing Club Alt

Gaarz Rerik

Báltico 2.2 m 140

Marina Reventlou (Kiel) Sport harbour

Reventlou

Báltico 3.0 m 42

Marina Ribnitz City harbour Ribnitz Báltico 1 m - 2 m 200

Marina Rüstersiel -

Wilhelmshaven

Harbour Ruestersiel Mar do

Norte

2.5 m - 2.5 m 50

Marina Sassnitz City harbour

Sassnitz

Báltico 1.9 m - 6 m 120

Marina Schaprode Marina Schaprode Báltico 1.2 m - 2 m 170

Marina Schausende Marina

Schausende

Báltico 2.5 m -

Marina Schilksee Olympia harbour

Schilksee

Báltico 3 m - 4 m 860

Marina Schleimünde Marina

Schleimuende

Báltico 2 m - 2.1 m -

Marina Schleswig Marina Wiking

Schleswig

Báltico - 127

Marina Schleswig City Marina

Schleswig

Báltico 2.5 m - 4 m 150

Marina Schlüttsiel Marina Schluettsiel Mar do

Norte

- 25

Marina Seeburg Sport harbour

Seeburg

Báltico 1.5 m - 3 m 29

Marina Seedorf Marina Seedorf Báltico 4 m - 5 m -

Page 291: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

277

Marina Seedorf Seedorf Marina Báltico 4.0 m 55

Marina Spiekeroog Marina Spiekeroog Mar do

Norte

- 125

Marina Sporthafen

Blücherbrücke

Sport harbour at

Bluecherbruecke

Báltico 3.0 m 19

Marina Stagniess Marina Stagniess Báltico 2.4 m - 2.4 m 30

Marina Stahlbrode Marina Stahlbrode Báltico 3 m - 4 m -

Marina Stickenhörn Sport harbour

Stickenhoern

Báltico 3 m - 7 m 460

Marina Stralsund City Marina

Stralsund

Báltico 3.5 m - 5 m 250

Marina Strande Marina Strande Báltico 2 m - 3.6 m 348

Marina Tetenbüllspieker Marina

Tetenbüllspieker

Mar do

Norte

3.0 m 11

Marina Thiessow Thiessow Harbour Báltico 3.8 m 45

Marina Timmendorf (Poel) Marina Timmendorf

(Poel)

Báltico 1.5 m - 3.5 m 40

Marina Tönning Yacht Club

Toenning

Mar do

Norte

- 70

Marina Ueckermünde

Lagunenstadt

Marina

Lagunenstadt

Ueckermuende

Báltico 2.2 m - 2.5 m 384

Marina Varel Marina WSV Varel Mar do

Norte

0.8 m - 2 m 150

Marina Vitte / Hiddensee Marina Vitte -

Lange Ort

Báltico 1.5 m - 2.5 m 150

Marina Vitte / Hiddensee Marina Hidensee Báltico 2 m - 3.1 m -

Marina Wangerooge Yacht club

Wangerooge

Mar do

Norte

- 16

Marina Warnemünde Yachthafen Alter

Strom

Warnemuende

Báltico 2 m - 4 m 65

Marina Warnemünde Marina

Warnemuende -

Hohe Duene

Báltico 3.9 m - 4.5 m 750

Marina Wasserleben Vereinshafen

Wasserleben

Báltico 1 m - 2.5 m -

Marina Wellingdorf Sport harbour

Wellingdorf

Báltico 2 m - 5 m 165

Marina Wendtorf Marina Wendtorf Báltico 2 m - 2.5 m 127

Marina Werder Marina Zernsee Havel - 160

Marina Wieck City Marina Wieck Báltico 1.7 m - 4 m -

Marina Wiek Marina Wiek

Ruegen

Báltico 2.5 m - 3 m 150

Marina Wiek North Marina Wiek Báltico 2.8 m - 3 m 100

Marina Wilhelmshaven Marina Cramer

Wilhelmshaven

Mar do

Norte

10.0 m 70

Marina Wilhelmshaven

Nassauhafen

Marina

Wilhelmshaven

Nassau harbour

Mar do

Norte

- 100

Marina Wismar West harbour

Wismar

Báltico 5.5 m - 8.8 m 10

Marina Wismar Old harbour Wismar Báltico 6.0 m -

Marina Wismar-Wendorf Marina Wismar- Báltico - 140

Page 292: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

278

Lista das Principais Entidades, Países Escandinavos

Instituição Website País

Danske Bådejere (Danish Boat Owners

Association)

www.danskebaadejere.dk Dinamarca

Dansk Sejlunion (Danish Sailing Union), www.sejlsport.dk Dinamarca

Foreningen for lystbådehavne i Danmark (The

Association for Leisure Boat Harbors in Denmark),

www.flidhavne.dk Dinamarca

Sweboat - Swedish Marine Industries Federation www.sweboat.se Suécia

Swedish Agency for Marine and Water

Management (SWAM)

www.havochvatten.se

Suécia

NORBOAT www.norboat.no Noruega

Kongelig Norsk Båtforbund, www.knbf.no Noruega

Norwegian Customs www.toll.no Noruega

Båtbranschens Riksförbund (SweBoat, The

Swedish Leisure boat industry association),

SeglarFörbundet (Swedish Sailing Federation),

sweboat.se/

svensksegling.se/ToppGenva

gar/InEnglish

Suécia

Suécia

Svenska Kryssarklubben (Swedish Cruising

Association),

sxk.se/welcome-swedish-cruising-

association

Suécia

Wendorf

Marina Wittdün Harbour Wittduen Mar do

Norte

- 60

Marina Wittower Fähre Marina Wittower

Faehre

Báltico - -

Marina Wustrow Marina Wustrow Báltico 1 m - 1.8 m 130

Marina Wyk Marina Wyk Mar do

Norte

- 220

Marina Ziemitz Ziemitz Marina Báltico 2.0 m -

Marina Zingst Marina Zingst Báltico 1.9 m 42

Marina Zinnowitz Marina Zinnowitz Báltico 2 m - 2.5 m 90

Page 293: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

279

Lista dos principais portos e marinas, Dinamarca

Nome da Marina Nome do Porto Localiza

ção

Profundidade (em

metros)

Ancoradou

ros

Marina Aarhus Marina Aarhus Báltico 2.5m 330

Marina Aaro Marina Aaro Báltico Máx. 2m

70

Marina Aarosund Marina Aaroesund Báltico 1,5 m - 4 m 49

Marina Albaek Marina Albaek Báltico 2m- 3,2m

75

Marina Allinge Marina Allinge Báltico 4m – 4.5 m

60

Marina Anholt Marina Anholt Báltico 1m- 3.7m

300

Marina Asaa

Baadelaug

Marina Asaa Báltico 0.3m- 2m 175

Marina Asko Marina Asko

Lystbadehavn

Báltico 1.2 m - 3 m 20

Marina Assens Marina Assens Báltico 2 m - 3 m 600

Marina Bagenkop Marina Bagenkop Báltico 3m-3m -

Marina Ballebro Marina Ballebro

Faergebro

Báltico 1.1 m – 2.7 m -

Marina Ballen Marina Ballen

(Samsoe)

Báltico 0.6 m - 3.7 m -

Marina Bandholm Marina Bandholm Báltico 2.5 m - 5.6 m

35

Marina Bisserup Marina Bisserup Sailing

Club

Báltico min. 2 m

-

Marina Blans Marina Blans Báltico 1.7 m - 1.8 m

45

Marina Boderne

Marina Boderne Báltico 1.3 m - 1.8 m -

Marina Bogense Marina Bogense Báltico 1.5 m - 3 m 760

Marina Bogø Marina Bogø Báltico 1.5 m - 1.8 m 50

Marina Bröndby Marina Bröndby Báltico 1.5 m - 3 m

-

Marina Dragor Marina Dragor Báltico max. 3 m

-

Marina Dybvig Havn Marina Dybvig Havn Báltico 2 m - 3.1 m

Page 294: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

280

-

Marina Dyvig

Badelaug

Dyvig Badelaug Báltico 1 m - 3.5 m

-

Marina Ebeltoft Ebeltoft Skudehavn Báltico 2 m - 3 m -

Marina Egå Marina Egaa Báltico 1.5 m - 3 m 600

Marina Egense Marina Egense Báltico min. 2 m 300

Marina Endelave Marina Endelave Báltico 2.5 m - 3 m 120

Marina Esbjerg Esbjerg Sosport Mar do

Norte

min. 0 m -

Marina Faldsled Marina Faldsled Báltico 1.5 m - 2.3 m -

Marina Fanø Marina Fanøe Mar do

Norte

1.1 m - 2 m -

Marina Faxe

Ladeplads

Marina Faxe

Ladeplads

Báltico 1.5 m - 3 m

-

Marina Fjellebroen Marina Fjellebroen Báltico max. 2.3 m 200

Marina Fredericia Marina Fredericia Báltico 1.5 m - 3 m -

Marina Frederikshavn Marina Frederikshavn Lago

Kattegat

2 m - 2.5 m 350

Marina Gåbense

(Falster)

Marina Gåbense Báltico 2 m - 2.5 m

80

Marina Gedser Gedser Lystbadehavn Báltico 2.5 m - 3 m

127

Marina Gilleleje Marina Gilleleje Báltico 2.5 m - 5 m -

Marina Grenaa Marina Grenaa Kattegat 2 m - 3.2 m -

Marina Guldborg Marina Guldborg Báltico 2 m - 2.5 m

75

Marina Haderslev Marina Haderslev Báltico 1.5 m - 3 m 300

Marina

Halsbaadelaug

Marina Halsbaadelaug Mar do

Norte

2.5 m - 4 m -

Marina Hanstholm Porto de Hanstholm Mar do

Norte

3.7 m - 9 m

-

Marina Hasle Marina Hasle Báltico 0.8 m – 3 m -

Marina Havnsø Marina Havnsø Báltico 2 m - 3 m

-

Marina Hellerup Marina Hellerup Báltico 2.2 m - 2.4 m -

Marina Hestehoved Hestehoved Han Mar do

Norte

2.5 m - 3 m

127

Marina Hirsholm Marina Hirsholm Báltico max. 3 m -

Page 295: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

281

Marina Hirtshals Marina Hirtshals Mar do

Norte

2.5 m - 7 m 27

Marina Hou Marina Hou Mar do

Norte

2 m - 3 m 200

Marina Hundested Marina Hundested Báltico 3 m - 5.5 m

160

Marina Hundige Marina Hundige Báltico min. 0 m -

Marina Hvide Sande Marina Hvide Sande Mar do

Norte

min. 0 m -

Marina Juelsminde Marina Juelsminde Báltico max. 3 m 500

Marina Kalvehave Marina Kalvehave Báltico 1 m - 2 m

300

Marina Kaløvig Marina Kaløvig

Báltico 1 m - 3 m 470

Marina Kastrup Marina Kastrup Báltico 1 m - 1.7 m

-

Marina Hjarnoe Bro Marina Hjarnoe Bro Báltico max. 2 m 16

Marina Kerteminde Marina Kerteminde Báltico 1.5 m - 2.5 m -

Marina Klintholm Marina Klintholm Báltico 2.5 m - 3 m 200

Marina Knebelbro Marina Knebelbro Báltico 2 m - 3.7 m 230

Marina Kolby Kås Kolby Kås (Samsoe) Báltico 1.5 m - 5.2 m -

Marina Kolding Marina Kolding Báltico 2.2 m - 3 m -

Marina Kongebro Marina Kongebro Báltico max. 2 m 44

Marina Kragenæs Marina Kragenæs Báltico 1.5 m - 2.5 m 105

Marina Langelinie Marina Langelinie Báltico max. 2.5 m

109

Marina Langø Marina Langø Báltico 0.9 m - 2.8 m 60

Marina Lemvig Marina Lemvig Báltico min. 0 m 759

Marina Lergraven Marina Lergraven Báltico max. 2.8 m 40

Marina Listed Marina Listed Báltico 1.5 m - 2.8 m 25

Marina Lundeborg Marina Lundeborg Báltico 1 m - 3 m -

Marina Lyo Marina Lyo Báltico 2 m - 3 m

-

Marina Marselisborg Marina Marselisborg Báltico 2.5 m - 3.5 m -

Marina Mårup Marina Mårup Báltico 1.5 m - 3 m -

Marina Middelfart Marina Middelfart Báltico 0.4 m - 3 m 505

Page 296: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

282

Marina Mosede Marina Mosede Báltico 2 m - 2.5 m -

Marina Nakskov

(Lolland)

Nakskov Havn Báltico max. 4.5 m 120

Marina Nappedam Marina Nappedam Báltico 2 m - 3 m 200

Marina Nekselø Marina Nekselø Báltico 1.5 m - 2 m -

Marina Norsminde Marina Norsminde Báltico 0.9 m - 2.2 m

-

Marina Nykøbing Marina Nykøbing

Báltico 2 m - 6.1 m 127

Marina Nyord Marina Nyord Báltico 1.5 m - 2 m 55

Marina Nysted Havn Marina Nysted Havn Báltico 0.8 m - 1.8 m 127

Marina Odden Marina Odden Báltico 1.5 m - 3.5 m

141

Marina Odense Marina Odense Báltico 2 m - 4 m

-

Marina Onsevig Marina Onsevig Havn Báltico 2 m - 2.5 m 70

Marina Praesto Marina Praesto Báltico 0.5 m - 4 m

300

Marina Reerso Marina Reesoe Báltico 2 m - 2.5 m -

Marina Rodvig Marina Roedvig Báltico 1.5 m - 3.7 m

-

Marina Ronne Marina Ronne

Báltico 0.5 m - 3 m 100

Marina Ronnerhavnen Roennerhavnen Báltico 1 m - 2 m

-

Marina Rosenvold Marina Rosenvold Báltico max. 2 m 265

Marina Rudkøbing Marina Rudkøbing Báltico 2 m - 2.5 m 280

Marina Rødbyhavn Marina Rødbyhavn Báltico 2.5 m - 4.5 m -

Marina Romo Marina Romo Mar do

Norte

min. 0 m

-

Marina Rørvig Marina Rørvig

Báltico 0.8 m - 3.5 m

200

Marina Sandvig Marina Sandvig Báltico 1 m - 1.5 m

15

Marina Skagen Marina Skagen Báltico 1 m - 7 m

-

Marina Skovshoved Marina Skovshoved Báltico 1.5 m - 4 m 150

Page 297: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

283

Marina Skærbæk Marina Skærbæk Báltico - -

Marina Snaptun Marina Snaptun Báltico 2.4 m - 3 m 72

Marina Sonderburg /

Sønderborg

Marina Sonderburg Báltico 1.5 m - 2.9 m

600

Marina Sortsø Marina Sortsø Báltico 1.3 m - 2 m

-

Marina Stege Marina Stege Báltico 2 m - 3 m -

Marina Strandby Marina Strandby Báltico max. 4.5 m 140

Marina Strib Marina Strib Báltico 2 m - 4.8 m 140

Marina Stubbekøbing Marina Stubbekøbing Báltico 0.5 m - 5 m 127

Marina Stubberup Marina Stubberup Báltico 0.7 m - 1.2 m -

Marina Svaneke Marina Svaneke Báltico 1.5 m - 4.4 m

40

Marina Svanemolle Marina Svanemolle Báltico 1.5 m - 3 m 1100

Marina Tårs Marina Tårs Báltico 1.8 m - 2 m 45

Marina Toreby Marina Toreby Báltico max. 2.1 m

60

Marina Tuborg Marina Tuborg Báltico 5.5 m - 3 m 360

Marina Tunø Marina Tunø Báltico 2.5 m - 3.5 m 200

Marina Udbyhoj Nord Marina Udbyhoj North Báltico 1 m - 3 m 50

Marina Udbyhoj Süd Báltico max. 2 m -

Marina Vejle Marina Vejle Báltico 0.8 m - 2.8 m 100

Marina Vejrø Marina Vejrø Báltico max. 3 m 85

Marina Vesterø Marina Vesterø Báltico 2 m - 3.5 m -

Marina Voers Porto de Voerså Báltico 1.5 m - 2 m 120

Marina Vordingborg Marina Vordingborg

North

Báltico 0.7 m - 2 m -

Marina Øster Hurup Marina Øster Hurup Báltico 1.7 m - 2.8 m 200

Marina Østerby Marina Østerby Báltico 2.5 m - 3.5 m 220

Page 298: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

284

Lista dos principais portos e marinas, Suécia

Nome da Marina Nome do Porto Localiza

ção

Profundidade (em

metros)

Ancorado

uros

Marina Ålabodarna Marina Ålabodarna Báltico max. 2.5 m 200

Marina Almösund Marina Almösund Báltico max. 3 m

15

Marina Ängelholm Marina Ängelholm Báltico max. 2.4 m 487

Marina Björholmens Marina Björholmens Báltico 1 m - 7 m

30

Marina Björlanda Kile Marina Björlanda Kile Báltico 2 m - 2.7 m

2400

Marina Bovallstrand Marina Bovallstrand Báltico 2 m - 5 m

150

Marina Domsten Marina Domsten Báltico max. 1.7 m 175

Marina Dragsmarksvarv Marina

Dragsmarksvarv

Báltico min. 0 m -

Marina Dyrön Marina Dyrön

Báltico 1.5 m - 2.5 m 38

Marina Edshultshall Marina Edshultshall Báltico max. 6 m 10

Marina Ellös Marina Ellös Báltico 2 m - 4 m 30

Marina Engewiken Marina Engewiken

Báltico min. 0 m -

Marina Falkenberg Marina Falkenberg Báltico max. 2.5 m

30

Marina Fjällbacka Marina Fjällbacka Báltico 1.5 m - 5 m

180

Marina Furusund Marina Furusund Báltico 2 m - 8.2 m

144

Marina Göteborg Marina Gothenburg

Guest

Báltico max. 3 m

100

Marina Grebbestad Marina Grebbestad Báltico min. 0 m 200

Marina Grötvik Marina Grötvik Báltico 2 m - 3 m 130

Marina Gullholmen Marina Gullholmen Báltico 1.5 m - 3.5 m

50

Marina Hälleviksstrand Marina

Hälleviksstrand

Báltico 3 m - 6 m

300

Marina Halmstad Marina Halmstad Báltico max. 4.5 m

Page 299: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

285

20

Marina Hamburgsund Marina Hamburgsund Báltico 2 m - 4 m

50

Marina Helsingborg Marina Helsingborg Báltico max. 4 m 300

Marina Henån Marina Henån Báltico 1 m - 2.5 m 30

Marina Hinsholmskilen Marina Hinsholmskilen Báltico max. 2.5 m 1510

Marina Hunnebostrand Marina

Hunnebostrand

Báltico 3 m - 6 m 200

Marina Kalmar Marina Kalmar Báltico min. 0 m -

Marina Käringön Marina Käringön Báltico max. 4 m -

Marina Karlskrona

Tallebryggan

Marina Karlskrona Báltico 3 m - 7 m 66

Marina Killingsholmen Marina Killingsholmen Báltico max. 2.5 m

185

Marina Klövedal Marina Klövedal Báltico 1 m - 6 m 250

Marina Kungshamn Marina Kungshamn Báltico 3 m - 5 m 150

Marina Kyrkosund Marina Kyrkosund

Syd-Koster

Báltico 1.8 m - 2.4 m 60

Marina Landskrona Marina Lundakrakaje Báltico 2.3 m - 5 m

420

Marina Lindholmen Marina Lindholmen Báltico max. 7.5 m

100

Marina Ljungskile Marina Ljungskile Báltico min. 0 m

300

Marina Lyckans Slip Marina Lyckans Slip Báltico 2 m - 6 m

100

Marina Magnarps Marina Magnarps Báltico max. 1 m

-

Marina Malmön Marina Malmön Báltico 4 m - 10 m 100

Marina Mariefred Marina Mariefred Báltico 2 m - 3 m 367

Marina Mölle Marina Mölle Báltico 1 m - 3.2 m

35

Marina Mollösund Marina Mollösund Báltico max. 4 m 100

Marina Mossholmen Marina Mossholmen Báltico 2.5 m - 6 m

50

Marina Norrtälje Marina Norrtälje Báltico 1 m - 4 m 150

Marina Nynäshamn Marina Nynäshamn Báltico 4 m -10 m

300

Page 300: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

286

Marina Oskarshamn Marina Oskarshamn Báltico 2 m - 4 m 80

Marina Oxelösund Marina Oxelösund Báltico 1.2 m - 6 m 1500

Marina Rixö Marina Rixö Báltico min. 0 m 50

Marina Saltholmen Marina Saltholmen Báltico max. 2.5m

155

Marina Sandhamn Marina Sandhamn Báltico 3 m - 25 m

200

Marina Sandö - Vallda Marina Sandö Báltico 2 m - 4 m 450

Marina Skärhamn Marina Skärhamn Báltico 3.5 m - 4 m 100

Marina Smögen Marina Smögen Báltico max. 4 m

180

Marina Stenungsbaden Marina

Stenungsbaden

Báltico max. 3.5 m 20

Marina Stocken Marina Stocken Báltico max. 4 m

10

Marina Storö Marina Storö Báltico min. 0 m 10

Marina Strängnäs Marina Strängnäs Báltico 3 m - 4 m 431

Marina Stromstad Marina Stromstad Báltico 2 m - 6 m 80

Marina Styrsö Marina Styrsö Báltico 0.5 m - 2 m 30

Marina Tjörnekalv Marina Tjörnekalv Báltico max.3m 10

Marina Torekov Marina Torekov Báltico 1 m - 3.1 m -

Marina Torslanda Marina Torslanda Báltico max. 2.5 m 385

Marina Uddevalla Marina Uddevalla Báltico 1.5 m - 2.5 m 105

Marina Viken Marina Viken Báltico max. 2.2 m

-

Marina Vindön Marina Vindön Báltico 2 m - 3.5 m 250

Marina Visby

Marina Visby

Báltico 3 m - 6 m 250

Marina Vrångö Marina Vrångö Báltico 3.5 m - 4.5 m 130

Marina Wallhamn Marina Wallhamn Báltico min. 0 m 250

Page 301: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

287

Lista das Marinas no Reino Unido

Nome da Marina Nome do Porto Localiza

ção

Mar /

Oceano

Nº de

Ancorado

uros

Marina Aberdeen Aberdeen Harbour Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Ardfern Ardfern Yacht Centre Escócia Oceano

Atlântico

100

Marina Argyll Holy Loch Marina Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Banff Banff Harbour Escócia Mar do Norte 92

Marina Bangor Bangor Marina País de

Gales

Mar do Norte 560

Marina Bembridge Bembridge Harbou Inglaterra Mar do Norte -

Marina Boddam Boddam Harbour Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Bressay Bressay Marina Escócia Mar do Norte -

Marina Brighton Brighton Marina Inglaterra Mar do Norte 1600

Marina Brixham - Devon Brixham Marina Inglaterra Mar do Norte 500

Marina Bucklers Hard Bucklers Hard Inglaterra Mar do Norte -

Marina Burghead Burghead Harbour Escócia Oceano

Atlântico

Marina Burnham Burnham Yacht Harbour Inglaterra Mar do Norte -

Marina Catterline Catterline Harbour Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Chichester Chichester Marina Inglaterra Mar do Norte 1100

Marina Chichester,

Birdham Pool

Birdham Pool Marina Inglaterra Mar do Norte 265

Marina Clarence

Gosport

Royal Clarence Marina Inglaterra Mar do Norte 180

Marina Collieston Collieston Harbour Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Conwy Conwy Quays Marina País de

Gales

Mar do Norte 500

Marina Cove Cove Harbour Escócia Mar do Norte -

Marina Cruden Bay Port Erroll Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Cullen Cullen Harbour Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Dartmouth Darthaven Marina Inglaterra Báltico -

Marina Deganwy Deganwy Quays Marina País de

Gales

Mar do Norte -

Marina Dinorwic Dinorwic Marina País de

Gales

Mar do Norte 125

Marina Dorset Poole Quay Boat Haven Inglaterra Mar do Norte 185

Marina Dover Dover Marina Inglaterra Mar do Norte 407

Marina Edinburgh Port Edgar Escócia Mar do Norte -

Marina Essex Essex Marina Inglaterra Mar do Norte 500

Marina Falmouth Falmouth Harbour Inglaterra Mar do Norte 100

Marina Falmouth Port Pendennis Marina Inglaterra Oceano

Atlântico

80

Marina Falmouth Falmouth Marina Inglaterra Mar do Norte 324

Page 302: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

288

Cornwall

Marina Findhorn Findhorn Marina Escócia Mar do Norte -

Marina Findochy Findochy Harbour Escócia Oceano

Atlântico

100

Marina Fortrose Chanonry Sailing Club Escócia Mar do Norte -

Marina Fraserburgh Fraserburgh Harbour Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Gardenstown Gardenstown Harbour Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Gillingham Kent Gillingham Marina Inglaterra Mar do Norte -

Marina Gourdon -

Stonehaven

Gourdon Harbour Escócia Oceano

Atlântico

20

Marina Guernsey Victoria Marina Inglaterra Mar do Norte -

Marina Hamble

Hampshire

Hamble Point Marina Inglaterra Mar do Norte 230

Marina Hamble

Hampshire

Port Hamble Marina Inglaterra Mar do Norte 310

Marina Hants Universal Marina Inglaterra Mar do Norte -

Marina Hartlepool Hartlepool Marina Inglaterra Mar do Norte -

Marina Hythe

Southampton

Hythe Marina Village Inglaterra Mar do Norte 209

Marina Johnshaven Johnshaven Harbou Escócia Oceano

Atlântico

20

Marina Largs Largs Yacht Haven Escócia Mar do Norte 730

Marina London St Katharine Docks Marina Inglaterra Mar do Norte -

Marina Lossiemouth Lossiemouth Marina Escócia Mar do Norte 90

Marina Lymington Berthon Lymington Marina Inglaterra Mar do Norte 280

Marina Lymington Lymington Yacht Haven Inglaterra Mar do Norte 500

Marina Macduff Macduff Harbour Escócia Oceano

Atlântico

40

Marina Mevagissey -

Cornwall

Mevagissey Harbour Inglaterra Mar do Norte -

Marina Moray Hopeman Harbour Escócia Oceano

Atlântico

100

Marina Moray Buckie Marina Moray Buckie Escócia Oceano

Atlântico

-

Marina Norfolk / Suffolk Royal Norfolk / Suffolk Yacht

Club

Inglaterra Mar do Norte 100

Marina Northney

Hampshire

Northney Marina Inglaterra Mar do Norte 228

Marina Penarth Penarth Quays Marina Inglaterra Mar do Norte 340

Marina Pennan Pennan Harbour Escócia Mar do Norte -

Marina Peterhead Peterhead Bay Marina Escócia Mar do Norte -

Marina Plymouth Plymouth Yacht Haven Inglaterra Mar do Norte 450

Marina Portgordon Portgordon Harbour Escócia Mar do Norte -

Marina Portknockie Portknockie Harbour Escócia Oceano

Atlântico

45

Marina Portsmouth Gosport Marina - Portsmouth

Harbour

Inglaterra Mar do Norte 500

Marina Portsoy Portsoy Harbour Escócia Oceano

Atlântico

30

Marina Rhu Helensburgh Rhu Marina Escócia Mar do Norte 270

Page 303: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

289

Marina Rosehearty Rosehearty Harbour Escócia Oceano

Atlântico

20

Marina Sandhaven Sandhaven Harbour Escócia Mar do Norte -

Marina Scarborough Scarborough Harbour Inglaterra Mar do Norte -

Marina Shotley Gate Shotley Marina Inglaterra Mar do Norte 350

Marina Solent -

Hampshire

Port Solent Marina Inglaterra Mar do Norte 500

Marina Southamton Mercury Yacht Harbour Inglaterra Mar do Norte 360

Marina Southsea Southsea Marina Inglaterra Mar do Norte 320

Marina Sovereign

Harbour

Sovereign Harbour Inglaterra Mar do Norte -

Marina Sparkes

Hampshire

Sparkes Marina Inglaterra Mar do Norte 150

Marina Stonehaven Stonehaven Harbour Escócia Oceano

Atlântico

190

Marina Sunderland

Sunderland

Sunderland Marina Inglaterra Mar do Norte -

Marina Sussex Littlehampton Marina Inglaterra Mar do Norte 140

Marina Swanwick Swanwick Marina Inglaterra Mar do Norte -

Marina Troon Troon Yacht Haven Escócia Mar do Norte 400

Marina Walton Walton and Frinton Yacht

Club

Inglaterra Mar do Norte 60

Marina West Mersea West Mersea Marine Inglaterra Mar do Norte -

Marina Whitby Whitby Harbour Inglaterra Mar do Norte -

Marina Whitehills Whitehills Marina Escócia Mar do Norte 47

Lista das Principais Entidades, Espanha

Entidade Website

Comunitat Valenciana ww.comunitatvalenciana.com

Asociación Española de Estaciones Náuticas www.estacionesnauticas.info

Federación Valenciana de Estaciones Náuticas

(FVEENN)

(sem website)

Estación Náutica Benicarló-Peñíscola www.enbenicarlopeniscola.com

Estación Náutica Marina Alta www.estacionnauticamarinaalta.org

Estación Náutica Bahía de Altea www.bahiadealtea.org/

Estación Náutica Valencia (sem website)

Instituto Portuario de Estudios y Cooperación de la

Comunidad Valenciana (FEPORTS)

www.feports-cv.org

Asociación Clubes Náuticos Comunitat Valenciana www.acncv.org

Federación de Vela Comunitat Valenciana www.fvcv.es

Federación de Remo Comunitat Valenciana www.fremocv.org

Page 304: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

290

Federación de Pesca Comunitat Valenciana www.federacionpescacv.com

Federación de Piragüismo de la Comunitat Valenciana www.fepiraguismocv.com

Federación de Actividades Subacuáticas de la

Comunitat Valenciana

www.buceofederado.com

Federación de Motonáutica de la Comunitat

Valenciana

www.federacionvalencianamotonautica.es

Fundación Instituto Tecnológico para el Desarrollo de

las Industrias Marítimas (INNOVAMAR)

www.innovamar.org/

Astilleros Armón, S.A. www.astillerosarmon.com

Astilleros Balenciaga, S.A http://fis.com/balenciaga

Astilleros Canarios, S.A. www.astican.es

Astilleros de Huelva, S.A. www.astihuelva.es

Astilleros de Mallorca, S.A. www.astillerosdemallorca.com

Astilleros de Murueta, S.A. ww.astillerosmurueta.com

Astilleros de Santander, S.A. www.astander.es

Astilleros Gondan, S.A. www.gondan.com

Construcciones Navales P. Freire, S.A. www.freireshipyard.com

Construcciones Navales Del Norte S.L. www.lanaval.es

Factoría Naval de Marín, S.A. www.fnmarin.com

Factorías Vulcano, S.A. www.factoriasvulcano.com/

Hijos de J. Barreras, S.A. www.hjbarreras.es

Metalships& Docks, S.A. www.metalships.com

Naval Gijón, S.A. www.navalgijon.es

Navantia S.A www.navantia.es

Unión Naval Barcelona, S.A www.unbarcelona.com

Unión Naval Valencia, S.A. www.unv.es

Zamakona Shipyards, S.A. www.astilleroszamakona.com

Dirección General de Turespaña www.tourspain.es

Page 305: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

291

Lista das principais entidades, França

Instituição Website

Instituição Website

Association Nationale des Élus du Littoral www.anel.asso.fr

Association Nationale des Plaisanciers en Eaux Intérieures

(ANPEI)

www.anpei.org

Comité pour le développement des capacités d’accueil de

la plaisance (CODCAP)

-

Direction generale des infrastructures, des transports et de la

mer (DGITM)

www.developpement-durable.gouv.fr

Fédération des industries nautiques (FIN) www.fin.fr

Fédération Française des Ports de Plaisance www.ffports-plaisance.com

Fédération française de voile (FFV) www.ffvoile.org

Fédération française de motonautique www.ffmotonautique.com

Fédération française d’études et de sports sous-marin www.ffessm.fr

Fédération française de surf www.surfingfrance.com

Fédération française de vol libre www.ffvl.fr

Fédération français de canoë-kayak www.ffck.org

Institut Français de la Mer - Littoral www.ifmer.org

Ministério do Desenvolvimento Sustentável www.developpement-durable.gouv.fr

Ministério dos Desportos www.sports.gouv.fr

Méditerranée www.premar-mediterranee.gouv.fr

Atlantique www.premar-atlantique.gouv.fr

Manche/Mer du Nord www.premar-manche.gouv.fr

Réseau National d’Observation du Tourisme Fluvial – RNOTF -

Société nationale de sauvetage en mer www.snsm.org

Lista das Principais Entidades, Croácia

NOME Tipo Contacto E-mail Contacto

Telefónico

AnnaLinea Agência Viagem [email protected] +38551737207

Jauntee Agência Viagem [email protected] -

Association of Croatian Travel

Agencies - UHPA

Associação [email protected] +38512304992

Association of employers in

Croatian hospitality

Associação [email protected] +38514836072

Page 306: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

292

Association of family and small

hotels

Associação [email protected] +38521317880

Croatian Camping Association Associação info@camping-

croatia.com

+38514855832

Croatian Association of Travel

Agencies

Associação [email protected] +38514561570

Zagreb Tourist Guide

Association

Associação turisticki.vodici.zagreba

@zg.t-com.hr

+38514817022

Union of Croatian Independent

Travel Agents - UNPAH

Associação [email protected] +38514826377

Croatian Meeting Professionals

Association (CMPA)

Associação [email protected] -

ACI Marinas Associação [email protected] +38551271288

Adria Boat Empresa [email protected] +38598748505

Croatia Tours Empresa [email protected] -

Yacht 4 you Empresa [email protected] +38521222300

Croatia Sailing Holidays Empresa info@croatia-

sailingholidays.com

+385989974089

Croatia Sailing Empresa [email protected] +38598479889

Charter Croatia Empresa [email protected]

t

+385957422000

Katarina Line Empresa [email protected] +38551603400

Croatia Airlines Empresa contact@croatiaairline

s.hr

+38516676555

Ministry of Foreign Affairs and

European Integration

Inst.

Governamental

[email protected] +38514569964

Ministry of Tourism Inst.

Governamental

jasna.vanicekfila@mint.

hr

+38516169111

Tourism Department Inst.

Governamental

[email protected] +38514561555

Agency for Investments and

Competitiveness

Inst.

Governamental

[email protected] +38516286800

Croatian Chamber of Economy Inst.

Governamental

[email protected] +38514606708

Ministry of Maritime Affairs,

Transport and Infrastructure

Inst.

Governamental

glasnogovornica@mpp

i.hr

+38516169111

Kvarner Inst.

Governamental

Local

[email protected] +38551272988

Split and Dalmatia County Inst. [email protected] +38521490032

Page 307: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

293

Tourist Board Governamental

Local

Tourist Board of Split Inst.

Governamental

Local

[email protected] +38521348600

Dubrovnik Tourist Board Inst.

Governamental

Local

[email protected] +38520323887

Tourist board of City of Hvar Inst.

Governamental

Local

[email protected] +38521741059

Zadar Tourist Board Inst.

Governamental

Local

[email protected] +38523212222

Marina Parentium Marina marina.parentium@lag

unaporec.com

+358524522210

ACI Marina Piskera Marina [email protected] +385914700091

Marina Podgora Marina - +38521625222

ACI Marina Pomer Marina [email protected] +385052573162

Marina Porec Marina - +385052451913

ACI Marina Pula Marina [email protected] +38552219142

Marina Punat Marina marina-punat@marina-

punat.hr

+38551654111

ACI Marina Rab Marina [email protected] +38551724023

ACI Marina Rovinj Marina [email protected] +38552813133

Marina Sangulin Marina - +38523385020

ACI Marina Simuni Marina [email protected] +38523697457

ACI Marina Skradin Marina [email protected] +38522771365

ACI Marina Split Marina [email protected] +38521398599

ACI Marina Supetarska Draga Marina m.supdraga@aci-

club.hr

+38651776268

ACI Marina Trogir Marina [email protected] +38521881544

Marina Tucepi Marina dubravka@albatros-

yachtcharter.com

+38521623481

ACI Marina Umag Marina [email protected] +38552741066

Marina Valalta Marina [email protected] +38552811033

Tankerkomerc Marina Veli Iz Marina - +38523277006

Tehnomont Marina Veruda Marina [email protected]

com.hr

+38552224034

Page 308: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

294

Marina Vitrenjak Marina - +38523331076

ACI Marina Vodice Marina [email protected] +38522443086

ACI Marina Vrboska Marina [email protected] +38521774018

Marina Vrsar Marina [email protected] +38552441052

Tankerkomerc Marina Zadar Marina - +38523204850

Marina Zirona Marina - +38521362722

ACI Marina Zut Marina [email protected] +385227860278

Croatian National Tourist Board Organização

Nacional de

Turismo

[email protected] +38514699333

Anexos – Informação Complementar Croácia

Amarrações permanentes Em trânsito

Embarcações * Número total de

dias que as

embarcações

permaneceram

nos portos

náuticos

durante o mês

Embarcações Número total de

dias que as

embarcações

permaneceram

nos portos

náuticos

durante o mês

2013 - 3 392 837 177 254 355 468

Janeiro 11 201 309 370 133 1 303

Fevereiro 11 078 280 187 255 1 571

Março 11 061 293 107 1 209 3 025

Abril 10 961 282 730 4 939 9 679

Maio 10 958 277 180 15 128 29 425

Junho 10 933 262 016 25 260 49 319

Julho 10 762 257 187 44 280 87 345

Agosto 10 693 251 906 53 396 104 753

Setembro 10 998 265 195 24 648 48 773

Outubro 11 288 294 580 6 916 12 316

Novembro 11 492 302 682 776 5 348

Dezembro 11 605 316 697 314 2 611

* – Situação no último dia de cada mês

Page 309: Relatório Portugal Náutico

Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades

295

Promotores

Entidade Promotora

AEP - Associação Empresarial de Portugal

Av. Dr. António Macedo

4450-617 Leça da Palmeira

Tel: 229 981 500

Fax: 229 981 616

http://www.aeportugal.pt/

Entidade Parceira

Oceano XXI

Polo do Mar, Av. da Liberdade s/n

4450-718 Leça da Palmeira

Tel: 220 120 764

http://www.oceano21.org/

Page 310: Relatório Portugal Náutico

PROMOTOR COFINANCIAMENTOPARCEIRO