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Versão Draft Final31 03 2008 Relatório sobre a situação do país – ANGOLA Muitos anos de guerra civil em Angola deixaram as infraestruturas locais e nacionais em ruínas. O Governo de Angola (GdA) está empenhado na reconstrução pósconflito e no desenvolvimento, criando infraestruturas para prestação de serviços básicos e desenvolvendo as competências dos angolanos para contribuírem mais eficazmente para a reconstrução nacional. Embora o país seja dotado de abundantes recursos naturais, 68% dos angolanos vivem actualmente abaixo do limiar da pobreza, com 26% vivendo em pobreza extrema, sobrevivendo com menos de USD 1 por dia. 1 O acesso inadequado e a fraca utilização da água potável e dos serviços de saneamento 2 pela maioria da população angolana continuam a ter graves repercussões, especialmente nas crianças. Todos os dias uma criança em cada quatro morre de diarreia ou de outras doenças relacionadas com a água e o saneamento. O fardo é particularmente pesado nas zonas rurais, onde cerca de 71% dos agregados familiares não tem acesso a água potável para beber e 79% 3 não tem equipamentos e saneamento adequados. O surto de cólera que, em 2006, afectou mais de 85.000 pessoas e ceifou cerca de 3.000 vidas em 16 das 18 províncias de Angola, sublinha a necessidade urgente de se melhorar o acesso aos equipamentos de água e saneamento e de se intensificar a adopção de práticas de higiene, a fim de se retirarem maiores vantagens destes serviços. De facto, os níveis de sensibilização para a importância de boas práticas de higiene, especialmente entre as comunidades periurbanas de Luanda, têm aumentado significativamente, como é ilustrado pelos resultados do inquérito KAP 4 levado a cabo pelo UNICEF em Março de 2007; contudo, a ausência generalizada de serviços básicos de abastecimento de água potável e de saneamento continua a inviabilizar o desejo de pôr estes conhecimentos em prática, abrindo assim caminho para a cólera se espalhar rapidamente à primeira oportunidade. As metas de saneamento e os compromissos consagrados nos acordos internacionais, como a Declaração do Milénio das Nações Unidas, que Angola subscreveu, ainda não estão completamente integrados nas prioridades nacionais para o desenvolvimento do sector social, nomeadamente na Estratégia de Combate à Pobreza (ECP) e nos “Onze Compromissos a favor das Crianças”. A falta de uma “casa institucional” do saneamento é considerada, na generalidade, como um obstáculo significativo às acções cruciais necessárias à aceleração do progresso no sentido do cumprimento do ODM para o saneamento. Em consequência, embora haja recursos significativos destinados pelo GdA ao aumento da cobertura do abastecimento de água para 80% até 2012 no âmbito de planos nacionais bem definidos, ainda não há uma política de base ampla para o sector do saneamento com directrizes para a coordenação da resposta nem um plano estratégico nacional que defina o que é preciso fazer e identifique o que é necessário, em termos de recursos, para o cumprimento dos objectivos de saneamento, tanto ao nível local como internacional. Porém, as recentes iniciativas apoiadas pelo UNICEF e pela União Europeia, visando a resolução destes importantes problemas subjacentes, culminaram em consultas de alto nível envolvendo os actores chave numa análise abrangente da situação do 1 Meta 10 ODM 7, 2005 Millennium Goals Report Summary [Relatório Resumido das Metas de Desenvolvimento do Milénio, 2005], PNUD e Governo de Angola 2 Por saneamento entendese aqui o fornecimento de equipamentos e serviços de eliminação segura de fezes e urina humanas, assim como de manutenção das condições de higiene, por meio de serviços como a recolha do lixo e a eliminação das águas residuais. 3 UNICEF Best Estimates, 2007 [Melhores Estimativas, 2007] 4 UNICEF Knowledge, Attitudes and Practices Survey 2007 [Inquérito aos Conhecimentos, Atitudes e Práticas, 2007] 1

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 Relatório sobre a situação do país – ANGOLA  Muitos  anos de guerra  civil  em Angola deixaram  as  infra‐estruturas  locais  e nacionais  em ruínas.  O  Governo  de  Angola  (GdA)  está  empenhado  na  reconstrução  pós‐conflito  e  no desenvolvimento,  criando  infra‐estruturas  para  prestação  de  serviços  básicos  e desenvolvendo  as  competências dos  angolanos para  contribuírem mais  eficazmente para  a reconstrução nacional. Embora o país seja dotado de abundantes recursos naturais, 68% dos angolanos vivem  actualmente  abaixo do  limiar da pobreza,  com  26% vivendo  em pobreza extrema, sobrevivendo com menos de USD 1 por dia.1  O acesso inadequado e a fraca utilização da água potável e dos serviços de saneamento2 pela maioria  da  população  angolana  continuam  a  ter  graves  repercussões,  especialmente  nas crianças. Todos os dias uma criança em cada quatro morre de diarreia ou de outras doenças relacionadas com a água e o saneamento. O fardo é particularmente pesado nas zonas rurais, onde cerca de 71% dos agregados familiares não tem acesso a água potável para beber e 79%3 não  tem  equipamentos  e  saneamento  adequados. O  surto de  cólera  que,  em  2006,  afectou mais de  85.000  pessoas  e  ceifou  cerca de  3.000  vidas  em  16 das  18  províncias de Angola, sublinha  a  necessidade  urgente  de  se  melhorar  o  acesso  aos  equipamentos  de  água  e saneamento  e  de  se  intensificar  a  adopção  de  práticas  de  higiene,  a  fim  de  se  retirarem maiores vantagens destes serviços. De facto, os níveis de sensibilização para a importância de boas práticas de higiene, especialmente entre as comunidades periurbanas de Luanda,  têm aumentado significativamente, como é ilustrado pelos resultados do inquérito KAP4 levado a cabo pelo UNICEF em Março de 2007; contudo, a ausência generalizada de serviços básicos de abastecimento de água potável e de saneamento continua a  inviabilizar o desejo de pôr estes  conhecimentos  em  prática,  abrindo  assim  caminho  para  a  cólera  se  espalhar rapidamente à primeira oportunidade.  As metas de saneamento e os compromissos consagrados nos acordos internacionais, como a Declaração  do  Milénio  das  Nações  Unidas,  que  Angola  subscreveu,  ainda  não  estão completamente  integrados  nas  prioridades  nacionais  para  o  desenvolvimento  do  sector social, nomeadamente na Estratégia de Combate à Pobreza (ECP) e nos “Onze Compromissos a favor das Crianças”.   A falta de uma “casa institucional” do saneamento é considerada, na generalidade, como um obstáculo significativo às acções cruciais necessárias à aceleração do progresso no sentido do cumprimento  do  ODM  para  o  saneamento.  Em  consequência,  embora  haja  recursos significativos destinados pelo GdA ao aumento da cobertura do abastecimento de água para 80% até 2012 no âmbito de planos nacionais bem definidos, ainda não há uma política de base ampla para o sector do saneamento com directrizes para a coordenação da resposta nem um plano estratégico nacional que defina o que é preciso fazer e  identifique o que é necessário, em  termos de  recursos, para o  cumprimento dos objectivos de  saneamento,  tanto  ao nível local como internacional. Porém, as recentes iniciativas apoiadas pelo UNICEF e pela União Europeia,  visando  a  resolução  destes  importantes  problemas  subjacentes,  culminaram  em consultas de alto nível envolvendo os actores chave numa análise abrangente da situação do  1 Meta 10 ODM 7, 2005 Millennium Goals Report Summary [Relatório Resumido das Metas de Desenvolvimento do Milénio, 2005], PNUD e  Governo de Angola 2 Por saneamento entende‐se aqui o fornecimento de equipamentos e serviços de eliminação segura de fezes e urina humanas, assim como de manutenção das condições de higiene, por meio de serviços como a recolha do lixo e a eliminação das águas residuais. 3  UNICEF Best Estimates, 2007 [Melhores Estimativas, 2007] 4  UNICEF ‐ Knowledge, Attitudes and Practices Survey 2007 [Inquérito aos Conhecimentos, Atitudes e Práticas, 2007] 

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saneamento  ambiental  em  Angola,  que  gerou  consenso  quanto  às medidas  de  correcção chave  a  tomar.  Essas medidas  incluem  a  resolução  da  questão  da  “casa  institucional”  do saneamento, tendo o Ministério do Urbanismo e Ambiente (MINUA) concordado em liderar, como uma prioridade, o tratamento das questões da política do sector e do plano nacional de investimento, de acordo com as recomendações do seminário nacional de saneamento.   

Secção A: Perspectivas   

1. Conseguirá o país cumprir as suas metas de saneamento? 

Requisitos para Cumprir os ODM e as Metas Nacionais de Saneamento   Embora  os  documentos  estratégicos  nacionais  não  abordem  directamente  a  questão  do saneamento básico,  incluem medidas isoladas focando elementos do saneamento ambiental, como  parte  dos  planos  de  investimento  público  (PIP),  tais  como  infra‐estruturas,  saúde, educação e ECP.    1. A estratégia nacional contra a pobreza (ECP)  

Como parte da ECP do país, Angola comprometeu‐se a proceder à:  • Reabilitação dos sistemas de esgotos de Luanda e das capitais provinciais no âmbito 

dos Planos Directores Provinciais aprovados; • Recolha e tratamento dos resíduos sólidos;  • Melhoria dos bairros degradados nas zonas periurbanas;  • Construção  e  reabilitação  para  controlo  da  erosão  e  drenagem  das  águas  de 

escoamento superficial.   2. Onze Compromissos a favor das Crianças 

O GdA apoia os “Onze Compromissos a favor das Crianças”, como parte das actividades programadas  no  Plano  Estratégico  para  Redução Acelerada  da Mortalidade Materno‐Infantil durante o período 2005‐2009. Compromete‐se também a aumentar a esperança de vida  das  crianças  abaixo  dos  cinco  anos  de  idade,  reduzindo  a  mortalidade  e  a morbilidade infantis relacionadas com a água e o saneamento, entre outras medidas. 

 Depreende‐se do acima exposto que não existem planos definidos visando o cumprimento do ODM  7  para  o  saneamento,  que  prevê,  até  2015,  a  redução  para metade  do  número  de pessoas que (dados de 1990) não utilizam meios sanitários de eliminação dos excreta.   Cumprir esta meta exige o seguinte aumento da cobertura de saneamento:  • Urbano e Periurbano de 59% para 80% 4,4 milhões de pessoas • Rural de 26% para 63% 3,3 milhões de pessoas • Média Nacional de 48% para 74% 7,7 milhões de pessoas 5   

Progresso e Medidas visando o cumprimento das Metas Nacionais  

A  atenção  do Governo  tem‐se  inclinado  para  as  questões  do  abastecimento  de  água,  que também  representam  um  importante  elemento  do  saneamento  ambiental  e  uma  grande preocupação para a população em geral. De facto, o Ministério da Energia e Águas (MINEA), com  o  apoio  dos  seus  parceiros  de  desenvolvimento,  formulou  com  êxito  uma  estratégia nacional para o desenvolvimento do sector, a Lei de Águas, promoveu a adopção da legislação 

5 UNICEF Best Estimates, 2007 [Melhores Estimativas, 2007]

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correspondente  e  trabalha  presentemente  nas  reformas  institucionais  que  irão  aumentar  o envolvimento do sector privado no fornecimento e gestão dos recursos de abastecimento de água.    

• Já  foram elaborados Planos Directores para o Abastecimento de Água e Gestão das Águas Residuais para as 18 capitais provinciais, e o Programa Água para Todos definiu objectivos e metas para melhorar a gestão das águas residuais nas pequenas cidades.  

• O MINEA afectou aproximadamente USD 3,0 mil milhões até 2015, o  investimento necessário para  cumprir  as metas nacionais de  abastecimento de  água  traçadas na estratégia  para  o  sector.  Isto  inclui  um  investimento  a  curto  prazo  de  USD  600 milhões, para  reabilitação  e  conservação dos  actuais  sistemas de  abastecimento de água,  de  drenagem  das  águas  residuais/de  escoamento  e  sistema  de  esgotos  nas zonas urbanas (cidades e vilas) em todo o país, e de USD 650 ao abrigo do Programa Água  para  Todos,  visando  aumentar  o  acesso  à  água  potável  para  80%  nas  zonas rurais.6 

 Com  relação  à  gestão  dos  resíduos  sólidos,  o  Departamento  Nacional  do  Ambiente  do Ministério do Urbanismo e Ambiente (DNUA‐MINUA), como parte do Plano Nacional para Gestão dos Resíduos, começou a implementar um projecto piloto em quatro cidades (Luanda, Benguela,  Sumbe  e  Cabinda)  com  financiamento  do  Governo  Chinês.  Paralelamente,  o Ministério da Saúde  (MINSA), através das Direcções Provinciais da Saúde, está a conceber um novo Projecto Cidades Saudáveis para promover práticas de higiene e saneamento básico nas  zonas  periurbanas.  Foi  também  elaborado  um  Plano  Estratégico  para  a  Recolha  de Resíduos Hospitalares que está em processo de implementação.  Um  problema  recorrente  ao  avaliar  os  progressos  feitos  pelo  GdA  no  sentido  do cumprimento das metas nacionais do sector da água e saneamento é a falta de dados fiáveis, ou  de  quaisquer  outros  instrumentos  que  permitam  seguir  o  desempenho  de  Angola. A maioria  dos ministérios  usa  o MICS  20037  do UNICEF  (dados  recolhidos  em  2001)  como ponto  de  referência  para  as  estatísticas  das  políticas  públicas.  Contudo,  as  limitações registadas na  recolha dos dados durante o  trabalho de  campo  tiveram por  consequência o facto de as estatísticas não serem completamente representativas, particularmente nas zonas rurais. Com  os planos para  o  novo MICS  bastante  avançados, prevê‐se  que  o  trabalho de campo  comece  nos  finais  de  2008  e  termine  no  princípio  de  2009;  portanto,  os  resultados deverão estar disponíveis no princípio de 2010.  Em termos de saneamento básico, pode apenas notar‐se a crescente sensibilização por parte do Governo, no  seguimento dos problemas de cólera que  têm sido  recorrentes no país nos últimos anos.   Face ao desafio de contrariar a falta de progresso relacionada com o saneamento básico, em Outubro de 2007 o GdA, através do MINUA, em parceria com o UNICEF e a UE, organizou um seminário nacional sobre o saneamento ambiental, que envolveu todos os intervenientes chave,  incluindo  os Ministérios  implicados,  as  empresas  públicas,  as  ONGs,  s  doadores internacionais  e  o  sistema das Nações Unidas.  Sob  a  recente  liderança do MINUA para  o saneamento  ambiental  que  se  seguiu  a  este  seminário  nacional,  registaram‐se  avanços recentes na coordenação e no lançamento das bases para o desenvolvimento de uma política abrangente  para  o  sector  do  saneamento,  a  ser  seguida  de  imediato  por  um  plano  de investimento. A  política  de  saneamento  irá,  entre  outras  coisas,  traçar metas  e  estratégias  6 Programa Água para Todos, Ministério da Energia e Águas, 2007 7 Multiple Indicator Cluster Surveys [Inquéritos de Indicadores Múltiplos] 

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nacionais  bem  definidas,  bem  como  o  quadro  institucional  necessário  com  papeis  e responsabilidades claros para o cumprimento das metas estabelecidas.   O plano de  investimento nacional proposto para  o  sector do  saneamento  irá,  entre  outras coisas, delinear o calendário para melhorar: 

• o quadro  institucional para gerir a agenda do  saneamento a  todos os níveis,  e um calendário proposto para a sua implementação; 

• o quadro legal actual, para intensificar o envolvimento do sector privado.   Como  recomendado  pelo  seminário  nacional  de  saneamento,  os  planos  para  o desenvolvimento  de  uma  estratégia  integrada  de  marketing  social  e  comunicação  para  a promoção da higiene e do saneamento e sua implementação avançarão paralelamente, a fim de aproveitar a energia gerada pelo seminário.   

2. Principais aspectos críticos Os investimentos significativos vinculados pelo GdA ao abastecimento de água nos próximos anos  farão mudar  radicalmente o  cenário actual, onde os níveis de acesso e qualidade dos serviços de abastecimento de água ainda  são  fracos comparativamente a outros países e às médias africanas.8 Prevê‐se para o sector do saneamento uma vontade política semelhante e compromissos  com  níveis  de  investimento  muito  inferiores  para  igualar  o  progresso  no cumprimento do ODM no  que  se  refere  ao  abastecimento de  água. Para  que  tal  aconteça, foram identificados os seguintes aspectos críticos:  

Desenvolvimento de uma Estratégia Nacional de Saneamento Ambiental   Como  já  foi  referido,  o MINUA,  seguindo  as  recomendações  do  seminário  nacional  de saneamento,  iniciou planos  visando  reforçar  a  capacidade  institucional do Ministério para melhor coordenar as medidas conducentes à formulação/reformulação urgente das políticas do sector e ao processamento do plano nacional de investimento no sector. Para elaborar uma estratégia nacional coerente e eficaz para o sector, ambas as iniciativas deverão ter em conta a necessidade de:  Definir Estratégias Adequadas: As estratégias e investimentos actuais pendem grandemente para os sistemas de gestão dos resíduos sólidos urbanos e de drenagem das águas residuais urbanas,  que  não  são  necessariamente  adequados  para  a  maioria  das  zonas  rurais  e periurbanas, e, pior ainda, ignoram totalmente a questão crítica do saneamento dos excreta a este nível.   Mecanismos  Eficazes  de Coordenação Nacional: Os mecanismos  de  coordenação  a  nível nacional e provincial são elementos chave para garantir a sinergia entre os diferentes esforços dos vários actores, de forma a maximizar o uso eficaz dos recursos.   Avaliar o papel potencial de uma Estratégia Nacional de Marketing Social: Embora uma estratégia  bem  concebida  de  marketing  social  e  comunicação  possa  desempenhar potencialmente  um  papel  significativo  na mobilização  da  acção  colectiva  para  acelerar  o progresso,  tende  a  excluir  os  segmentos  mais  pobres  e  vulneráveis  da  população.  Na 

8 Meta 10 ODM 7, 2005 Millennium Goals Report Summary, PNUD e Governo de Angola [Relatório Resumido das Metas de Desenvolvimento do Milénio, 2005]

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realidade,  as  conclusões  gerais  de  um  estudo  KAP9  feito  recentemente  com  o  apoio  do UNICEF indicavam haver um potencial significativo para o marketing social no saneamento. O  estudo  também  chamava  a  atenção  para  a  necessidade  de  mais  informações  para determinar mais claramente como prosseguir nessa direcção.   Uma Estratégia de  Informação: As políticas  e os planos  estratégicos  existentes geralmente não são suficientemente conhecidos entre as pessoas exteriores aos ministérios de tutela. Na ânsia  de  reconstruir  e  prestar  serviços  à  população,  tem  sido  dada  pouca  atenção  à divulgação  e  à partilha de  informação  sobre os planos  e  suas  estratégias. Reconhecendo o papel essencial das comunidades, especialmente na garantia da sustentabilidade dos serviços e dos bens públicos, deve  ser dada devida atenção  à ampla divulgação da  informação  e à definição dos papeis, tanto dos prestadores como dos beneficiários.       Promover a Higiene e o Saneamento através das Escolas: O Ministério da Educação (MED) desempenha um papel  importante na criação de oportunidades para uma eficaz construção do saber no sistema escolar. Visto existirem indícios óbvios que sugerem a existência de uma estreita  correlação  entre  o  aproveitamento  escolar  e  a  disponibilidade  de  equipamentos melhorados de água e saneamento nas escolas, complementados por uma educação sanitária eficaz,  a  política  nacional do  sector do  saneamento deverá  realçar  a  necessidade do MED assegurar  o  acesso  universal  a  esses  serviços,  com  qualidade  aceitável,  conjugados  com educação  sanitária  a  nível  escolar. A  recente  inclusão  pelo MED  do manual  de  educação sanitária  com  base  em  competências  de  vida  (desenvolvido  com  o  apoio  do  UNICEF  e amplamente  testado) no  currículo  escolar nacional  é vista  como um passo  significativo na direcção correcta.  Concepção  e  Acompanhamento  dos  Programas:  Os  programas  de  saneamento  devem incorporar  componentes  de mobilização  social,  educação  ambiental,  gestão  comunitária  e capacitação  institucional,  assim  como  sistemas  de  acompanhamento  para  avaliar  os progressos relativamente as MDMs.  O MINUA  já solicitou a assistência do UNICEF e da UE para apoiar as  iniciativas visando implementar as recomendações do seminário de saneamento de forma prioritária.     

  

Desigualdades no acesso aos Serviços de Água e Saneamento  

Os  actuais  indicadores  das  tendências  do  abastecimento  de  água  e  do  saneamento  básico mostram  melhorias  em  termos  do  acesso  ao  abastecimento  de  água  potável,  mas  uma estagnação considerável no saneamento básico. É necessário fazer grandes esforços a fim de acelerar o progresso  conducente ao  cumprimento dos MDMs  e à  redução da dimensão do fosso entre os indicadores urbanos e rurais.          9 KAP 2007, Knowledge, Attitudes and Practices on Hygiene, Sanitation and Social Behavior. [KAP 2007, Conhecimentos, Atitudes e Práticas sobre Higiene, Saneamento e Comportamentos Sociais] 

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Indicadores da Cobertura Sanitária, da Saúde e do Desenvolvimento Humano 

Indicadores de saúde Indicadores de 

pobreza População 

(%) População com  

acesso ao saneamento a População com 

acesso a água potável b DDA c 

População Subnutrida 

Mortalidade infantil 

(por 1000 nascimentos) IDH 

Pobreza extrema 

 

20052  20152  19961  20011 ODM  N.G.  19961  20011  N.G.  1998‐20052  2002‐20042  20051  20051   

urbana  53%  60%  60%  55%  85%  53%  68%  67%  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

rural  47%  40%  22%  20%  65%  25%  26%  75%  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

total  16.1%  21.2%  38%  38%*  79%  38%  49%  70%  32%  35%  250 0,446 #162  N/A 

Fontes e comentários:  (Define‐se acesso como a disponibilidade a 500 metros do local de residência) a definido como a existência de equipamentos e serviços para eliminação segura de fezes e urina humanas b definido como acesso e utilização da água potável para beber c incidência de Doenças Diarreicas Agudas nas crianças abaixo dos 5 anos  * Em 2001, os valores do acesso urbano e rural ao saneamento são inferiores aos de1996, mas devido ao crescimento da população urbana, as médias totais de 2001 e de 1996 coincidem.  ¹ UNICEF ‐ Best Estimates: Base de referência dos indicadores sociais actualizada. Tenta avaliar e reconciliar os dados existentes. ² PNUD IDH 2007  ³ UNICEF ‐ Angola 2001 MICS: Devido à situação de guerra, os dados do MICS não reflectem rigorosamente a realidade a nível provincial. 

   Um  estudo  recente  efectuado  pelo MINEA‐DNA  com  apoio  do UNICEF  em  todas  as  18 províncias  revelou  que  apenas  28%  da  população  tinha  acesso  a  equipamentos  de saneamento adequados. O estudo também se debruçou sobre os comportamentos de higiene, e,  enquanto 94% dos  respondentes afirmaram que  lavava as mãos antes de  comer,  só 57% disse que  lavava as mãos depois de defecar, demonstrando pouca compreensão da  relação entre fezes e doença. Isto é ainda mais evidente no tratamento das fezes das crianças: mesmo nas casas onde há  latrina, 19% continuam a  limitar‐se a  lançar as  fezes dos bebés na área à volta da casa.10  No sector da água, tradicionalmente considerado como tendo melhor documentação e dados sobre as  iniciativas de desenvolvimento do  sector, há evidências nítidas das desigualdades geográficas e socioeconómicas, como o mostram a tabela e os gráficos que se seguem. 

10 KAP 2007, Knowledge, Attitudes and Practices on Hygiene, Sanitation and Social Behavior [KAP 2007, Conhecimentos, Atitudes e Práticas sobre Higiene, Saneamento e Comportamentos Sociais]

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Fonte de Obtenção de Água segundo a Distribuição dos Rendimentos 

Fonte de Água  Pobreza Extrema  Pobreza  Não é Pobre  TOTAL 

Torneira no domicílio  7,6  12,9  15,4  12,6 

Torneira for a do domicílio     16,8  21,8  23,8  21,3 

Tanque  16,3  43,5  43,2  36,3 

Chafariz  6,7  5,1  4,5  5,3 

Poço cavado à mão  7,9  2,6  0,5  3,1 

Furo protegido  8,6  1,7  1,2  3,3 

Furo não protegido  13,7  2,3  0,9  4,7 

Outra fonte protegida  0,4  0,3  0,5  0,4 

Outra fonte não protegida  0,8  0,2  0,2  0,4 

Água da chuva  9,9  2,0  0,6  3,5 

Água do rio/lago  8,3  2,5  0,8  3,3 

Camião  0,5  2,8  7,3  4,1 

Outro  2,7  2,2  1,0  1,8 

TOTAL  100,0  100,0  100,0  100,0 

Fonte: IDR 2001 

 

 

 O  abastecimento  de  água  e  a  sua  distribuição  estão  a melhorar,  sobretudo nas  zonas urbanas.  Isto  traduz‐se não  só  num  maior  consumo  de  água  por  parte  da população  urbana,  mas  também  no  facto  de  mais pessoas terem acesso a fontes seguras de água.  

O investimento recente e os projectos em curso tiveram como  consequência  o  aumento  da  capacidade  de abastecimento nominal em 27% nos últimos dois anos. Apesar  deste  excelente  registo,  apenas  10%  deste aumento  chegou de  facto ao grande público, devido à limitada  capacidade  de  armazenamento  de  água  e  à insuficiência das redes de distribuição. 

A  falta  de  planeamento  urbano  nos  povoados periurbanos  torna  necessários  os  chafarizes  e  poços cavados à mão.  

 

Abastecimento Nacional de Água (m³/dia) 

 Fonte: MINEA  

 

% Recursos Seguros % Recursos Não-Seguros  

Fonte: KAP 2007 

 As fontes mais comuns para o abastecimento de água segura são:  Chafarizes  (16%),  furos  protegidos  (12%), cacimbas (6%), etc.  Entre as  fontes não seguras mais usadas para o abastecimento de  água  se  encontram: Água de rios  e  lagunas      (24%),    furos  não  protegidos (12%), etc.  

49%46%

5%

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   72% da população não tem acesso a infraestruturas de saneamento apropriadas. Só um em cada três agregados familiares em Angola usa sanitas. Nas zonas rurais, apenas um em cinco usa sanitas. (MINEA 2004)   

Population Using Different Infrastructure for Excreta Disposal 

36%

36%

13%

15%

Sanita com autoclismo Latrina com laje

Latrina sem laje Sem latrina

Fonte: KAP 2007 

Cobertura de Saneamento Rural Vs Urbana   

 

Rural

36%

49%

11%4%

  

Peri-urban

17%

22%

24%

37%

  Fonte: KAP 2007  

As  urgentes  necessidades  de Angola  em  termos  de  infra‐estruturas  de  colecta  e abastecimento  de  água  e saneamento básico reflectem‐se na alta taxa de mortalidade infantil e nos  altos  custos  físicos  e económicos  suportados  pela população,  que  consume  uma quantia  considerável  de  tempo  e dinheiro para obter água.   As  pobres  condições  de saneamento  são  predominantes em  áreas  rurais,  onde  população local  tem  um  acesso  limitado  a saneamento  básico  e  fontes  de agua  segura.  Estas  condições deficientes  tem  um  impacto prejudicial  nas  áreas  rurais afectando  particularmente  as crianças e as mulheres, pondo em perigo  saúde  humana,  e estruturas  sociais  produtivas  o que  em  muitos  casos  força  a população local a se deslocar para outras áreas mais adequadas.  

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Secção B: Resumo do estado do saneamento

1. Políticas e estratégias 

Qual é a importância dada ao saneamento nas políticas publicas do pais? 

As medidas e programas nacionais para melhorar o sector do saneamento têm sido dispersas e não muito bem coordenadas entre os diferentes actores envolvidos, desde os ministérios à sociedade  civil. Como  atrás mencionado,  o GdA  tem‐se  empenhado  em  desenvolver uma Política Nacional de Saneamento Ambiental, liderada pelo MINUA, durante o ano corrente.  

Existe por  tanto,  a necessidade de uma Política Nacional Abrangente para o Sector  e de Mecanismos de Coordenação.  

Este marco crucial requer o esforço conjunto de todos os ministérios, com a participação total do  sector  privado, das ONGs  e das  comunidades  locais.   Deve  criar‐se  um  organismo de coordenação  multi‐sectorial  a  nível  nacional  e  provincial,  para  tomada  de  decisões  e acompanhamento dos programas de saneamento, assim como definir a sua agenda visando desenvolver e acertar a estratégia a nível nacional. 

As políticas acordadas devem equilibrar os  investimentos nas  infra‐estruturas da água e do saneamento, uma vez que existe actualmente um marcado favorecimento do investimento no abastecimento de água. Devem  também  incorporar  componentes de mobilização  social, de educação ambiental, de gestão comunitária e de reforço da capacidade institucional.  Existem políticas sectoriais e strategias relacionadas com os seguintes aspectos?  

 

• Promoção de Higiene e Educação na Saúde         sim/não • Disposição de dejectos humanos          sim/não • Colecta, tratamento e disposição sanitária de lodos sépticos     sim/não • Tratamento de Águas Residuais          sim/não • Colecta, tratamento e disposição sanitária de resíduos sólidos (lixos)  sim/não  

Qual das políticas sectoriais referidas formam parte da Estratégia de Combate a Pobreza, as políticas de protecção ambiental e as políticas de desenvolvimento economico?   

Os  documentos  estratégicos  nacionais  incluem  referencias  isoladas  e  algumas  medidas parciais  em  relação  ao  Tratamento  de  Aguas  Residuaias  (Planos  Directores  ,  Agua  para Todos) e a Colecta, tratamento e disposição sanitária de resíduos sólidos (lixo).  

Menção de aspectos críticos das políticas e estratégias do saneamento: 

1. A falta de definição de uma Política Nacional de Saneamento Ambiental de base ampla e do seu enquadramento  legal e  institucional  torna extremamente difícil ao Governo abordar adequadamente  todos  os  aspectos  do  saneamento,  incluindo  a  colecta  segura, almacenamento, tratamento e disposição de dejectos humanos (feces e urina), a  drenagem e disposição/reutilização/recliclagem  das  aguas  residuais,  a  drenagem  das  águas  de escoamento superficial, a gestão/reutilização/reciclagem dos resíduos sólidos e industriais,  a gestão de resíduos de risco (resíduos hospitalares, substancias químicas/radiactivas e outras substancias perigrosas).  

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2.  Falta ainda fazer uma análise abrangente da legislação e das políticas existentes no sector, de  forma  a  melhor  avaliar  a  actual  situação  e  a  compreender  na  sua  totalidade  as necessidades  e  dificuldades  do  sector,  antes  de  se  definir  a  Estratégia  Nacional  do Saneamento Ambiental. 

2. Enquadramento legal 

Existe legislação/regulamentação em relação aos seguintes aspectos?  

Apesar da  falta de uma Estratégia Nacional do Sector do Saneamento abrangente,  estão  já previstas,  ou  foram  já  aprovadas  pelo  MINUA,  o  MINEA,  o  MINSA  e  o  MAT,  partes importantes da  legislação.   O Comité de Coordenação Nacional do Saneamento Ambiental que está previsto  terá que  ter em  conta as  competências actuais e as disposições  legais, de forma  a  identificar  lacunas  e  contradições  e  evitar  a  sobreposição  de  competências  e  a duplicação de esforços ao elaborar as novas directrizes.  

Enquadramento Legal Actual  O MINUA tem a Lei de Bases do Ambiente 5/98, que contém directrizes gerais sobre a gestão ambiental. Esta lei é considerada o enquadramento legal dominante de leis mais específicas, incluindo a Lei de Associações de Defesa do Ambiente.  A Lei de Associações de Defesa do Ambiente foi também aprovada em 2006, proporcionando aos cidadãos um enquadramento para comunicarem com as autoridades do governo local ou nacional sobre os problemas ambientais locais.  O MINUA está  também presentemente a conceber o quadro  legal para gestão dos resíduos sólidos, com a elaboração do Projecto de Lei de Resíduos Sólidos que inclui o lixo comercial, o lixo industrial, o lixo residencial, os resíduos perigosos hospitalares, radioactivos, petrolíferos e  químicos,  etc.,  para  os  quais  os  ministérios  correspondentes  devem  elaborar  os regulamentos  relativos  a  cada  sector.  Os  Governos  Provinciais,  contudo,  devem  também elaborar os seus próprios regulamentos e directrizes para gestão dos resíduos sólidos.   O sector da água rege‐se por dois documentos principais: a Lei de Águas, aprovada em 2002, e  a Estratégia para o Desenvolvimento do Sector das Águas,  aprovada  em  2004. A Lei de Águas,  (Decreto Nº 06/02), define os princípios gerais para a gestão  integrada das águas, a participação dos consumidores, a coordenação  institucional e outras questões  relevantes. A Lei de Águas estipulou que os sistemas de abastecimento de água urbanos devem operar na base da  recuperação  total dos  custos,  e  as  comunidades  rurais devem  recuperar  os  custos correntes de operação e manutenção, de forma a que os  investimentos no abastecimento de água possam ser sustentados. A lei define os princípios e a coordenação entre as instituições dos diferentes sectores e os beneficiários.   Contudo, a Lei de Águas define com clareza que a drenagem das águas residuais e das águas pluviais  está  sujeita  a  regulamentações  diferentes.  O  Departamento  Nacional  das  Águas (MINEA‐DNA)  já preparou a regulamentação para o abastecimento de água, o saneamento das  águas  residuais  e  a drenagem das  águas pluviais urbanas, que  aguarda  aprovação do Conselho de Ministros.   A principal legislação do MINSA é a Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde 21‐B/92 e o Regulamento  Sanitário  da  República  de  Angola  5/87.  Este  último  contém  as  normas  e 

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orientações  para  a  promoção  e  aplicação  das medidas  de  higiene,  de  gestão  dos  excreta humanos  e  de  saneamento  básico  para  edifícios,  construções  destinadas  à  habitação, estabelecimentos  do  sector  alimentar,  controlo  de  pragas  como  a  malária,  e  morgues, contando com a participação das autoridades locais.  A Lei dos Órgãos de Administração Local do Estado, Decreto Nº02/07, define as normas e as disposições  organizativas  ao  nível  sub‐nacional,  determinando  papeis  e  responsabilidades bem  definidas.  Estabelece,  entre  outras  competências  dos  Governos  Provinciais,  o fornecimento de serviços públicos e a promoção da protecção e da gestão eficaz dos recursos aquíferos  e  da  conservação  do  solo  nas  províncias. Os  governos  provinciais  têm  também autoridade para fixar e actualizar as tarifas dos serviços de água, o que também inclui a tarifa de tratamento dos resíduos sólidos domésticos.  O Decreto Nº02/07  também  indica que as Administrações Municipais são responsáveis pela manutenção, distribuição e gestão dos serviços de água e energia.  Em relação ao saneamento, são  também  responsáveis  pela  gestão  dos  resíduos  sólidos  e  pela  drenagem  das  águas pluviais. Porém, não foi ainda claramente estipulado que as Administrações Municipais são responsáveis pela gestão das águas residuais e pela promoção do saneamento básico.  

Necessidade de prosseguir a análise da legislação existente  A  tabela  abaixo  resume  parte  da  legislação  existente  relacionada  com  o  saneamento ambiental, por  instituição. É  necessário proceder‐se  a uma  análise detalhada da  legislação existente  a  fim  de  se  identificarem  com  mais  pormenor  as  lacunas  e  as  áreas  onde  há sobreposição, antes de se poder prosseguir com a elaboração de nova legislação.  

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Tabela: Legislação Existente 

Políticas e regulamentos de apoio MiNUA MINEA MINSA Governos Provinciais Administrações Municipais

Leis aprovadas e em processo de aprovação

a) Lei de Bases do Ambiente 5/98; b) Projecto de Lei dos Resíduos Sólidos; c) Lei de Associações de Defesa do Ambiente 03/06; d) Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo 03/04; e) Lei de Terras 9/04

a) Lei de Águas 06/02 a) Lei de Bases do SNS 21-B/92.

a) Lei dos Órgãos de Administração Local do Estado 02/06

a) Lei dos Órgãos de Administração Local do Estado 02/07

Regulamentos aprovados e em processo de aprovação

a) Regulamento Sanitário /71 actualizado 02/07; b) Licenciamento Ambiental 51/04; c) Tarifa de gestão de resíduos sólidos e de consumo de água

a) Regulamento de águas residuais, águas pluviais e gestão da drenagem de águas (aguarda aprovação)

a) Regulamento sanitário 5/87

Estratégias definidas?a) Estratégia de Desenvolvimento do Sector de Águas - PEDESA, 2004

a) Plano Director (18 Províncias)

Há regulamentos técnicos definidos? Ainda não existem

Há directrizes para corrigir eventuais pontos fracos institucionais?

Novo Modelo de Gestão de Resíduos Sólidos para Luanda

Estudo Preliminar da Criação de Empresas Públicas (5 anos)

Planos Estratégicos

Ainda não existem a) Programa Nacional Água para Todos 2007-2012

a) Plano Estratégico para Redução Acelerada da Mortalidade Infantilb) Programa de Saneamento a Baixo Custo

a) Programa Provincial para Melhoria dos Serviços Públicos Básicos

a) Programa Municipal para Melhoria dos Serviços Públicos Básicos

Estratégias Operacionais

a) Planos Directores em quatro cidades (Luanda, Benguela, Cabinda, Sumbe)

a) Assistência médica integrada à infância

a) Directrizes prov. para serviços de limpeza e gestão de resíduos sólidos

a) Directrizes municipais p/serv. de limpeza e gestão de resíduos sólidos

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 Menção de aspectos críticos do enquadramento legal: 

1. Necessidade de  acompanhar  a  aprovação do  enquadramento  regulador do  abastecimento público de  água, das águas  residuais  e  da  gestão  da  drenagem  das  águas  pluviais  urbanas,  que  aguarda  aprovação  do  Conselho  de Ministros. É também importante finalizar e aprovar a Lei de Gestão dos Resíduos Sólidos, que se encontra ainda na fase inicial de projecto, a ser partilhada e comentada pelas partes interessadas. 

2.  A  falta  de  legislação  específica  para  o  saneamento  básico  tem  minado  o  seu  papel  crucial  na melhoria  dos indicadores de saúde pública.     3.  As  Parcerias  com  o  Sector  Privado  para  o  fornecimento  de  serviços  de  saneamento  não  foram  totalmente desenvolvidas para implementação dos Planos Directores Provinciais sobre Gestão das Águas Residuais já elaborados para as capitais provinciais.   4.  É  necessário  fazer  uma  análise  detalhada  da  legislação  existente  a  fim  de  se  identificar  com mais  pormenor potenciais sobreposições de responsabilidades e  lacunas nos actuais mandatos dos ministérios chave envolvidos no saneamento antes de se poder desenvolver nova legislação.   

3. Quadro institucional 

Funções dos intervenientes no sector do Saneamento 

 De  acordo  com  a  Lei  da  Descentralização,  as  Administrações  Nacionais  irão  transferir competências  e  atribuições  para  as  administrações  provinciais  e municipais,  continuando  ao mesmo  tempo  a  prestar  assistência  e  orientação.  A  actual  organização  institucional  entre  os diferentes  actores,  incluindo Ministérios,  Sector  Privado  e  ONGs,  relativamente  aos  diversos componentes do saneamento ambiental, pode resumir‐se da seguinte forma:   • O  MINUA,  através  do  seu  Departamento  Nacional  do  Ambiente,  é  responsável  pela 

formulação de políticas e estratégias relacionadas com a gestão dos resíduos e a protecção do ambiente.  Até  à  data,  não  há  menção  específica  nos  seus  estatutos  a  disposições  sobre saneamento básico, contudo, depois do seminário de Outubro, as autoridades reconhecem a necessidade  de  promover  activamente  legislação  de  apoio  e  actividades  de  auditoria  que tenham impacto na qualidade global da vida e do ambiente;  

• O MINEA, através do seu Departamento Nacional das Águas, é responsável pela definição do  enquadramento  legal,  das  políticas,  pela  formulação  de  estratégias  e  de  planeamento estratégico relativamente à gestão global dos recursos aquíferos,  incluindo o abastecimento de água potável e a gestão das águas residuais e pluviais;  

• O MINSA, através da Direcção Nacional de Saúde Pública, é responsável pela promoção de práticas  de  higiene  melhoradas  e  pela  eliminação  adequada  dos  resíduos  hospitalares, através  de  promotores  de  saúde  e  de  redes  de  voluntários  da  comunidade.  É  também responsável pela verificação de vários aspectos da saúde ambiental (tais como a qualidade da água que se bebe, as condições sanitárias dos tanques sépticos, dos edifícios e ambientes de trabalho) e pela formação sobre promoção da saúde ambiental.  

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 • Ao nível  sub‐nacional,  as várias Direcções Provinciais,  as Administrações Municipais  e  as 

Administrações Comunais são responsáveis pelo planeamento participativo, pela promoção, a  implementação e o acompanhamento das actividades de  saneamento. Os Ministérios  são responsáveis por prestar assistência técnica apropriada às Autoridades Provinciais, em apoio à  elaboração  de  planos  provinciais  baseados  no  enquadramento  estratégico  nacional.  As Autoridades Provinciais, por sua vez, prestam apoio técnico às Autoridades Municipais, no que respeita ao planeamento e à implementação. É este o caso para o sector da água e deveria ser também assim para o sector do saneamento ambiental abrangente.  

• As  empresas  do  Sector  Privado  só  recentemente  começaram  a  participar  na  prestação  de serviços de saneamento; não obstante, todos os interessados reconhecem o papel importante que  elas desempenham  e o potencial que  existe no desenvolvimento de Parcerias Público‐Privadas, em particular com as micro‐empresas que trabalham a nível das comunidades.  

 • No geral,  as ONGs  contribuem para  reforçar  as  instituições a nível das  comunidades  e os 

seus  funcionários,  com  vista  à  sua  participação  eficaz  no  processo  de  desenvolvimento. Numa  escala  limitada,  continuam  a  contribuir  para  a  mobilização  das  comunidades, particularmente dos grupos vulneráveis nas zonas rurais e periurbanas, para a construção e uso  de  latrinas.  As  ONGs  desempenham  um  papel  relevante  como  mediadoras  entre  a comunidade e as autoridades do governo local. Este papel poderia ser alargado, uma vez que os  representantes  das  Autoridades  Municipais  expressaram  interesse  em  iniciativas  de capacitação  e  em  processos  de  planeamento  participativo.  A  possibilidade  das  ONGs trazerem  experiências  de  outros  países  e  testarem  novas  iniciativas  e  novas  opções tecnológicas é também reconhecida como um factor positivo relevante.   

• As agências das Nações Unidas têm parcerias em curso com os ministérios intervenientes.  a. O UNICEF  tem  sido  um  parceiro  chave  da DNA‐MINEA  desde  há  anos,  em muitas 

províncias, sobretudo para o fornecimento de água potável e saneamento básico às zonas rurais.  Actualmente,  o  UNICEF‐DNA  apoia  projectos  dirigidos  às  zonas  rurais  e periurbanas  para  levar  água  potável  a  230.000  pessoas  (reduzindo  a  distância relativamente  ao  ODM  em  6%  nas  províncias‐alvo)  e  saneamento  a  200.000  pessoas (redução em 5% do desfasamento em relação ao ODM em cinco províncias).  

b. O UNICEF  colabora  também,  em  parceria  com  o MED,  no  programa WASH  para  as Escolas, uma componente que visa assegurar a promoção de hábitos de higiene eficazes nas  escolas  e  respectivas  comunidades,  fornecendo,  em  complemento,  equipamentos apropriados de água e saneamento.  

  

Estrutura Organizativa Actual 

Operacionalmente,  a  actual  estrutura  institucional  do  Sector  de  Saneamento  de  Angola caracteriza‐se  pelas  seguintes  dificuldades:  falta  de  directrizes  sobre  o  que  fazer,  e  como, relativamente  ao  saneamento  básico,  falta  de  recursos,  falta  de  clareza  na  divisão  de responsabilidades entre os actores relevantes, falta de coordenação entre os  intervenientes, falta de  partilha  de  informação  e  falta  de  liderança;  e  não  haver  uma  descentralização  de  funções eficaz.  

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A situação exige, portanto, medidas urgentes e prioritárias por parte do GdA para a definição de uma política  abrangente para  o  sector do  saneamento. O  Seminário Nacional de  Saneamento, levado  a  cabo  em Outubro de  2007,  lançou  as bases de medidas  rápidas  e  concertadas,  sob  a liderança do MINUA, conducentes ao cumprimento dos ODM. Como um primeiro passo, deve ser atribuída ao MINUA capacidade de coordenar as acções relevantes. 

 

 

MINUA MINEA MINSA MED

DNA DNA DNSP

MINOP Outros MINFIN MAT MINPLAN

Secção de Saúde mbiental

Secção de Educação

Pública A

Governos Provinciais

Administrações Municipais e Comunais

Operadores do Departamento de SONGs Sector Privado erviços Comunitários

Agregados Familiares

 

Nova Estrutura Organizativa Proposta 

Está  prestes  a  ser  criado  um  conselho  interministerial  para  um  período  de  12‐18  meses, principalmente para  rever o actual quadro  institucional e para definir uma política abrangente para o saneamento ambiental. A longo prazo, poderão ser criados comités multi‐sectoriais a nível nacional, provincial e municipal para garantir que o saneamento continue a ser uma prioridade na agenda de desenvolvimento do país, e para coordenar os debates sobre opções estratégicas, como as escolhas de tecnologia e as estratégias nacionais definidas para acelerar a cobertura de saneamento, etc. 

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Comité Inter-Ministerial

(Comité sobre Saneamento Ambiental)

Comité Inter-Ministerial

(Comité sobre Saneamento Ambiental)

MINUAMINUA MINOPMINOPMEDMEDMINSAMINSAMINEAMINEA MINFINMINFIN MINPLANMINPLANMATMATOutrosOutros

Governos ProvinciaisGovernos Provinciais

Administrações Municipais e ComunaisAdministrações Municipais e Comunais

Agregados Familiares ServidosAgregados Familiares Servidos

Operadores Serviços de SaneamentoOperadores Serviços de Saneamento NGONGO

Conselhos Consultivo Provincial

Conselhos Consultivo Provincial

Grupo Consultivo Multi-sectorialGrupo Consultivo Multi-sectorial

DNADNA DNADNA DNSPDNSP

 

O Processo de Descentralização em Angola 

As profundas assimetrias geográficas, demonstradas pelos indicadores sociais nacionais, tornam necessário o prosseguimento do processo de descentralização iniciado em 1999 com a aprovação da  Lei  da  Descentralização  (Decreto/Lei  17/99:  Orgânica  dos  Governos  Provinciais, Administrações  Municipais  e  Comunais).  As  disposições  introduzidas  pela  nova  Lei  da Administração Local do Estado  (Decreto‐Lei nº2/07) actualizaram o papel e as competências da administração local do Estado. 

% dos Serviços Públicos Prestados a todos os Níveis do Governo 

Presente  Futuro Domínio dos Serviços Públicos 

Prov.  Mun.  Com.  Prov.  Mun.  Com. 

Saneamento Básico  81%  52%  31%  19%  49%  64% 

Fonte: “Desconcentração e Descentralização em Angola” Vol. II, Fevereiro de 2007 

 

A  nova  lei  da  descentralização  visa  reverter  o  padrão  actual,  segundo  o  qual  a maioria  dos serviços  locais  de  saneamento  ainda  é  contratada  e  prestada  pelas  autoridades  provinciais, minando as competências e a autonomia das administrações locais do Estado. 

 

 

 

 

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Parcerias para Prestação de Serviços de Água e Saneamento (%) 

Governo Congregações Religiosas  Nações Unidas  ONGs  Sector Privado  Domínio dos 

Serviços Públicos Prov  Mun  Com  Prov  Mun  Com  Prov  Mun  Com  Prov  Mun  Com  Prov  Mun  Com 

Saneamento e Distribuição de Água 

58%  52%  57%  5%  5%  ‐  11%  7%  3%  21%  34%  40%  5%  2%  ‐ 

Fonte: “Desconcentração e Descentralização em Angola” Vol. II, Fevereiro de 2007 

 

Como se pode ver na  tabela acima, as Parcerias Público‐Privadas  (PPP) na área do saneamento nas  províncias  e municípios  são,  na melhor das  hipóteses, marginais,  e  são  nulas  a  nível das comunidades. Pelo contrário, desde 1990, as ONGs, as organizações religiosas e as agências das Nações Unidas  tornaram‐se os principais prestadores de serviços públicos, particularmente nos sectores da educação, saúde e saneamento. 

Apesar da legislação relevante aprovada pelo GdA no sentido de uma maior descentralização da estrutura do Estado, os passos dados até agora nessa direcção não são suficientes. Os deveres e responsabilidades das administrações locais devem ser acompanhados de disposições financeiras e  fiscais  para  habilitar,  reforçar  e  permitir  a  autonomia  das  Administrações  Municipais  e Comunais. As principais forças e debilidades da nova lei da descentralização são as seguintes: 

 

 Principais Dificuldades e Vantagens do Actual Processo de Descentralização: 

Pontos Fortes  Pontos Fracos 

O  processo  de  descentralização  da  administração  pública aumenta o desenvolvimento local. 

As  autoridades  locais  não  geram  rendimentos  de impostos e não têm recursos financeiros próprios. 

As autoridades locais estão mais perto da população local e mais bem colocadas para responder às suas necessidades 

Fraca  capacidade  de  gestão  e  concentração  dos especialistas técnicos nas principais cidades. 

A modesta descentralização dos recursos financeiros provou dar resultados positivos. 

Devido à falta de especialistas, as autoridades locais não têm  suficiente  capacidade  institucional  para  gerir, seguir,  verificar  e  avaliar  os  programas  de desenvolvimento.  

3.1 Eliminação dos excreta, gestão do lodo séptico e tratamento das águas residuais domésticas  

O MINUA  é  responsável  pelas  políticas,  legislação  e  gestão  globais  dos  sistemas  de  esgotos urbanos, incluindo a gestão do lodo séptico. As responsabilidades operacionais, contudo, cabem à  empresa  para‐estatal  ELISAL,  que  continua  a  ter  uma  limitada  capacidade  operacional, funcionado apenas na zona urbana de Luanda e nas cidades das províncias de Cabinda, Huambo e Benguela, ou seja, em 4 de um total de 18 zonas urbanas.     

O GdA  e o MINEA  tradicionalmente  têm dado mais  atenção  à gestão da água do que ao  seu tratamento. Recentemente, os relatórios nacionais têm em conta o facto de 80% da água fornecida se tornar água residual e precisar de ser tratada, sensibilizando para uma abordagem integrada que  inclua  o  abastecimento  de  água  e  o  tratamento  das  águas  residuais.  As  zonas  rurais  e periurbanas, onde a  falta de ordenamento urbano não permite o desenvolvimento de  redes de saneamento, têm que se limitar, de momento, às latrinas e tirar a água para beber de chafarizes ou poços cavados à mão. 

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Tratamento das Águas Residuais – Principais Intervenientes e Divisão dos Papeis 

Governo Nacional  Governo Regional   

MINUA  MINEA  MINSA  MAT  Provincial  Municipal 

Governo Local   

Sector Privado  

 ONGs 

Comités de Utentes  Utentes 

Elaboração de políticas e estratégias  ●  ●●  ●  ●  ●             

Regulamentação  ●  ●●  ●  ●  ●  ●           

Implementação  de projectos 

        ●  ●  ●  ●●  ●●  ●  ● Gestão de O&M          ●  ●  ●  ●●  ●●  ●●  ● Superintendência          ●●  ●●  ●         

●● Responsável  ● Envolvido  Não envolvido   

Menção de aspectos críticos do enquadramento institucional: 

1. Necessidade de maior  ligação entre as melhorias no  sector das águas e a expansão das actividades de saneamento ambiental, de forma a terem maior impacto na saúde e na mitigação da pobreza.  

2.  O  processo  de  descentralização  não  é  eficaz,  uma  vez  que  falta  à  administração  local  capacidade institucional para implementar os programas em curso e alcançar os resuçtados esperados.    

3.2 Recolha, tratamento e eliminação sanitária dos resíduos sólidos 

O GdA, através do MINUA, tem a seu cargo a recolha, o tratamento e a eliminação dos resíduos sólidos.  Em consequência, é responsável por propor e obter aprovação de legislação assim como orientar  a  implementação  dos  programas  relacionados.  O  MINUA  tem  em  grande  medida delegado a responsabilidade pela gestão e execução dos serviços relacionados com a recolha e o tratamento dos resíduos sólidos à ELISAL, uma empresa de serviços públicos. A ELISAL, assim como as autoridades locais provinciais e municipais, têm entregado, por sua vez, estes serviços a empresas mais pequenas do sector privado.  

Os  principais  desafios  que  o  Plano  Nacional  de  Gestão  dos  Resíduos  enfrenta  são  a implementação  de  uma  abordagem  integrada  da  gestão  dos  resíduos  sólidos,  o  alargamento destes  serviços  aos  aglomerados  periurbanos  e  às  zonas  rurais  e  a  aplicação  de  políticas  de reciclagem e de redução do lixo, particularmente no respeitante a materiais perigosos. 

 

Gestão dos Resíduos Sólidos – Principais Intervenientes e Divisão dos Papeis 

Governo Nacional   Governo Regional   

MINUA  MINEA  MINSA  MAT  Provincial  Municipal 

Governo  Local 

Sector  Privado 

Empresas  Públicas 

Comités  de Utentes  Utentes 

Desenvolvimento de políticas e estratégias  ●●  ●  ●  ●  ●             

Regulamentação  ●●  ●  ●  ●  ●  ●           

Implementação  de projectos 

        ●  ●  ●  ●●  ●●  ●  ● Gestão de O&M          ●  ●  ●  ●●  ●●  ●●  ● Superintendência          ●●  ●●  ●         

●● Responsável  ● Envolvido  Não envolvido   

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Menção de aspectos críticos do enquadramento institucional da gestão de residues sólidos: 

1.  Falta às autoridades locais capacidade institucional, administrativa e técnica para exercer as atribuições que lhes cabem na implementação de programas, conferidas pela lei da descentralização, assim como  capacidade para conseguirem gerir o seu próprio orçamento, incluindo  os recursos financeiros centralizados e descentralizados gerados pelos pagamentos de serviços e medidas fiscais. 

2.  É necessário aumentar a capacidade do sector privado para o fornecimento destes serviços, o que poderia ser conseguido através das Parcerias Público‐Privadas.   

3.3 Promoção da higiene e educação para a saúde 

Não tem sido dada a devida importância à promoção da higiene e à educação para a saúde em termos  de  políticas  específicas  e  legislação  à  parte,  que  as  considerem  uma  área merecendo políticas e legislação próprias; ao invés disso, têm sido incluídas como componente de diferentes planos  de  acção,  tais  como  o  plano  estratégico  para  redução  da  mortalidade  infantil implementado pelo MINSA. A componente de higiene e educação para a saúde  implementada em coordenação com o MED ascende a 2,5 milhões de USD em cinco anos (2005‐2009); e  inclui actividades  como  a  advocacia,  a mobilização  social  e  a  promoção  de  hábitos  de  higiene  e  de saúde.  

Menção de aspectos críticos da promoção da higiene e da educação para a saúde: 

1. O Ministério da Educação  introduziu em 2007 no currículo escolar uma abordagem à educação para a higiene baseada em competências de vida (LSB, sigla em inglês). 

2.   Segundo o estudo KAP de 2007, embora uma proporção significativa da população esteja sensibilizada para  as  boas  práticas  de  higiene,  é  difícil  ver  um  impacto  correspondente  na  saúde  em  geral, particularmente nas zonas privadas de equipamentos de saneamento.    

4. Financiamento 

Devido à falta de uma Política Nacional para o Sector de Saneamento abrangente e do respectivo plano  de  investimento,  é  difícil  avaliar  o  impacto  dos  actuais  níveis  de  investimento  e  a necessidade de  futuros  financiamentos.   Seguem‐se as  iniciativas mais  importantes  financiadas pelo GdA e outros parceiros chave: 

A fim de combater o surto de cólera e evitar novos surtos nos próximos anos, o GdA, os MSF, o UNICEF e outros parceiros  investiram mais de 15 milhões de USD em equipamento, material, campanhas de sensibilização e recursos humanos ao  longo de um período de 18‐meses.11 Estes investimentos  teriam  mais  retornos  se  pudessem  ser  feitos  investimentos  semelhantes  no saneamento. O Ministro da Energia e Águas, num discurso público em Outubro de 2007, também fez  notar  que  o  saneamento  não  tem  recebido  o mesmo  nível de  apoio  financeiro  que  outros sectores.  

Nessa  conformidade, o Ministério da Energia  e Águas  elaborou um programa para garantir o acesso à água potável, sobretudo aos residentes das zonas urbanas e periurbanas e destinou um 

11 UNICEF’s Weekly Cholera Reports [Relatórios Semanais sobre a Cólera] 

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total de 650 milhões de USD, por um período de cinco anos  (2007‐2012), de  forma a cumprir o objectivo nacional (80% da população das zonas rurais com acesso a fontes de água potável). 

A comunidade internacional de doadores contribuiu com aproximadamente 127 milhões de USD, de  2005  a  2007,  para  o  abastecimento  de  água  e  o  saneamento  urbano,  enquanto  que  as instituições bancárias financiaram as mesmas componentes através de linhas de crédito no valor de 240 milhões de USD.  Porém, a maioria destes fundos destina‐se à água, deixando apenas uma pequena percentagem para o saneamento.  

Menção de aspectos críticos do financiamento destinado ao saneamento:  1. A falta de uma Política Nacional abrangente para o Sector do Saneamento e de um Plano de Investimento entrava  a  atribuição  de  fundos  de  investimento  de  fontes  nacionais  e  internacionais,  especialmente destinados ao saneamento básico.  2. A falta de um tarifário estruturado e de regulamentos claros para o saneamento urbano tem um impacto negativo na sustentabilidade dos serviços.  A sustentabilidade financeira é uma preocupação recorrente do GdA relativamente aos serviços públicos de abastecimento de água, electricidade e gestão de resíduos sólidos e líquidos que registam perdas. 3. A falta de autonomia orçamental e de recursos financeiros impede as autoridades locais de prepararem, executarem, controlarem e assumirem a responsabilidade pelo fornecimento de serviços de saneamento.   

5. Acompanhamento e avaliação 

A  falta  de  dados  fiáveis  e  a  escassez  de  informação  reflectem‐se  nos  fracos  níveis  de acompanhamento  e  avaliação,  não  somente  com  respeito  ao  cumprimento  dos  ODM,  como também  com  respeito  ao  impacto  real  dos  programas  e  projectos  implementados.  Em muitos casos, as actividades de A&A incluídas nos programas de saneamento ou noutros programas de desenvolvimento  baseiam‐se  em  dados  incompletos  e  desactualizados,  o  que  tem  como consequência a falta de informação sobre o impacto das actividades levadas a cabo.    Os dados estatísticos sobre os indicadores de desenvolvimento provêm dos inquéritos realizados pelas organizações internacionais, em particular pelas agências das Nações Unidas. De facto, as estatísticas mais citadas são as do MICS 2003, cuja informação data de 2001. Os preparativos para um novo MICS, cujos dados estarão provavelmente disponíveis em 2010, estão já em curso.   

Menção de aspectos críticos do acompanhamento e avaliação do saneamento:  

1. Necessidade de dados de base  sólidos e  fiáveis, que constituam um ponto de  referência  seguro para o futuro acompanhamento e avaliação. 

2.  Devem  ser  incorporadas  nos  planos  e  programas  nacionais  de  saneamento  actividades  de acompanhamento e avaliação. 

3. Falta de um sistema de gestão da  informação capaz de proporcionar  informação analítica destinada ao planeamento e à tomada de decisões.     

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6. Capacidades 

A  prolongada  guerra  civil  teve  consequências  devastadoras  em  termos  de  vidas  humanas,  e enfraqueceu o capital humano, as  infra‐estruturas e a capacidade  institucional. Sendo uma das principais prioridades do Governo, foram feitos esforços significativos com vista a aumentar as competências  da  população,  com  a  criação  de  programas  de  formação,  incluindo  a  formação profissional,  e  a  concessão  de  assistência  técnica  institucional;  foram  feitos  também  outros investimentos  no  sector  da  educação  (educação  primária,  secundária  e  terciária)  e  na administração  pública  (Escola Nacional de Administração Pública). Contudo,  os  frutos dessas iniciativas não poderão ser colhidos a curto prazo.  Muitos dos programas nacionais são implementados com o apoio de assistência técnica externa, das ONGs ou do  sector privado. Porém, o governo  identificou  activamente  as  áreas que mais necessitam de mão‐de‐obra qualificada, como a saúde, a educação e as infra‐estruturas. A falta de capacidade regista‐se a todos os níveis da governação, mas a situação agrava‐se nas zonas rurais, e reflete‐se geralmente no nível de execução do Orçamento Nacional.  Poderão  obter‐se  melhorias  consideráveis  reproduzindo  medidas  de  saneamento  básico apropriadas às zonas rurais e periurbanas, que sofrem até  três vezes mais com a  falta de  infra‐estruturas de  saneamento. Relativamente  às  capacidades  tecnológicas, o governo  tem  acesso  a tecnologias modernas adequadas, através de numerosos contratos com o sector privado.   

Menção de aspectos críticos relativamente às capacidades:  

1.  A  necessidade  de  reforçar  a  capacidade  institucional  é  crucial  para  o  sucesso  da  implementação  de qualquer estratégia ou programa de saneamento. Trata‐se de um problema grave, principalmente nas zonas urbanas, que enfrentam problemas de saneamento mais complexos. 

 2. Falta de conhecimentos e especialização sobre saneamento no sector público e no privado.     

 

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Secção C: Experiências de sucesso, lições aprendidas e recomendações   Modelo Comunitário para Saneamento no Agregado Familiar nos Musseques da Periferia de Luanda.              A ONG Development Workshop (DW) está a implementar um projecto de saneamento ambiental nos musseques, os subúrbios sobrepovoados e não planificados de Luanda. A taxa de mortalidade nos  musseques  pode  ser  20  vezes  superior  à  taxa  no  centro  de  Luanda,  onde  há  melhores condições de abastecimento de água e saneamento.    A Development Workshop  desenvolveu  um modelo  comunitário  para  construção  de  latrinas familiares, ligado a programas de sensibilização e educação para promover a melhoria da higiene pessoal e colectiva. Já foram construídas mais de 4000 latrinas para as famílias mais pobres dos quarteirões. As principais características do modelo comunitário são: - Tecnologias robustas e comprovadamente de baixo custo; - Trabalho  intensivo  em  pequenos  quarteirões‐alvo,  até  se  atingir  80%  da  cobertura  e 

maximizar as vantagens colectivas; - Envolvimento das famílias na construção das suas próprias latrinas com um subsídio parcial 

para as famílias mais pobres. - Educação para a higiene centrada na  família em parceria com organizações  locais como as 

escolas e as igrejas.  Os  dados  de  acompanhamento mostram  que  95%  das  famílias  utilizam  e mantêm  as  latrinas correctamente, e que se atingiu mais de 80% de cobertura nos quarteirões das comunidades alvo. Os  inquéritos demonstram o  impacto nas áreas onde as  latrinas  foram construídas:  tem havido melhorias  consideráveis,  como  a  redução  das  doenças  diarreicas  e,  no  meio  envolvente,  a eliminação de maus cheiros e a diminuição do número de moscas.  Boas Práticas a Repetir:   Trabalhar intensivamente numa pequena zona geográfica (o quarteirão) envolve a capacitação dos Comités de Moradores a esse nível, de forma a envolver os moradores na construção das latrinas. É também disponibilizada formação aos pedreiros locais, que podem ser contratados pelos que desejam construir latrinas, o que ajuda a criar novas oportunidades de trabalho por conta própria. Finalmente, ajuda a formar capital social nas comunidades periurbanas, que pode ser canalizado para outros programas. 

 

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Recomendações para acção: 

1. Políticas e estratégias 

 1.1. A política para o sector do saneamento ambiental, bem como a correspondente  legislação, deve abarcar 

elementos relacionados com a água (bruta, residual, potável), os resíduos sólidos (domésticos, industriais, comerciais,  florestais),  os  resíduos  especiais  (hospitalares,  químicos,  radioactivos),  a  reciclagem  dos resíduos, a protecção do ambiente (poluição atmosférica, poluição sonora), o uso do solo (ordenamento territorial) e o saneamento básico (latrinas uni‐familiares e práticas de higiene). 

 1.2. Esta  Política  Nacional  de  Saneamento  Ambiental  de  base  sectorial  ampla,  assim  como  o  seu 

enquadramento regulamentar, deve ser desenvolvida sob a coordenação do MINUA e com a participação de  todos  os  intervenientes  relevantes  do  Governo, Nações  Unidas,  comunidade  de  doadores,  sector privado, ONGs e representantes da sociedade civil. 

 1.3. O Governo de Angola tem concentrado os seus esforços no abastecimento de água. Deve agora ser dada a 

mesma atenção ao investimento no sector de saneamento, como uma prioridade, a fim de assegurar que os ganhos obtidos com o abastecimento de água tenham o máximo impacto. 

  2. Enquadramento legal  

 

 2.1. Deve  ser  aprovado  com  urgência  o  quadro  regulamentar  da  Lei Nacional  de  Águas,  respeitante  ao 

abastecimento  público  de  água,  ao  saneamento  das  águas  residuais  e  à  gestão  das  águas  de escoamento/pluviais urbanas. 

 2.2. Deve  ser  formulada  e  implementada  regulamentação  específica  cobrindo  todos  os  aspectos  do 

saneamento  básico,  no  âmbito do  amplo  enquadramento da  Política de  Saneamento Ambiental  e das estratégias nacionais. É  também  importante que a Lei de Resíduos Sólidos, que está ainda em  fase de projecto inicial, seja concluída e aprovada com urgência. 

  3. Enquadramento institucional   3.1. Deve ser identificado, com efeitos imediatos, um organismo nacional multi‐sectorial de coordenação do 

saneamento ambiental (com a possibilidade de alargar o mandato ao Conselho Nacional que coordena os  “XI  Compromissos”,  de  forma  a  incluir  o  saneamento);  o  principal  papel  deste  organismo  será presidir  à  elaboração  da  política  nacional  para  o  sector  do  saneamento  e  do  enquadramento regulamentar, bem como do plano de investimento relevante, e acompanhar o seu funcionamento. 

     3.2. Devem ser criados ao nível sub‐nacional organismos de coordenação semelhantes, para acompanharem 

a  implementação do plano de  investimentos do sector, garantindo a adesão aos princípios da política nacional para o sector do saneamento ambiental. A  implementação da estratégia de saneamento deve ser  descentralizada,  com  papeis  e  responsabilidades  bem  definidos  ao  nível  provincial, municipal  e comunal assim como familiar. 

   

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 3.1 Promoção da higiene, gestão do lodo séptico e tratamento das águas residuais  

3.1.1. O processo de elaboração/reformulação da política de saneamento ambiental deve rever cuidadosamente os currículos escolares, para garantir que incorporem adequadamente a educação ambiental, incluindo a higiene. 

3.1.2. O MINSA, em colaboração com os parceiros de desenvolvimento relevantes deve liderar a elaboração de uma estratégia nacional integrada de comunicação e marketing social visando a expansão do saneamento e da higiene e garantindo o seu fornecimento apropriado às famílias mais vulneráveis.   

 3.2 Gestão dos resíduos sólidos   3.2.1. Devem ser atribuídos  papeis e responsabilidades bem definidos a todos os intervenientes, e 

incentivada a participação do sector privado, particularmente como parte dos Planos Directores Provinciais de Gestão das Águas Residuais. 

3.2.2. Será necessário formar recursos humanos, escassos ao nível local, para avaliar os níveis de subsídios necessários aos grupos vulneráveis, e para definir os critérios de identificação dos grupos alvo e os mecanismos de distribuição. 

 4. Financiamento  4.1. Definir o estatuto da cobertura de saneamento a nível nacional e divulgar estrategicamente dados que 

informem sobre o desenvolvimento de planos de investimento no saneamento a todos os níveis. 

4.2. Com base nos dados acima referidos, elaborar planos directores/planos de investimento municipais, provinciais e nacionais definindo prioridades e orçamentos relevantes, sob a liderança dos Administradores Municipais, dos Governadores Provinciais e doVice‐Ministro. 

 5. Acompanhamento e avaliação  5.1. Criar uma base de dados de cobertura sanitária a nível nacional que proporcione dados fiáveis ao 

organismo de coordenação nacional multi‐sectorial e efectuar revisões e avaliações detalhadas bi‐anuais para avaliar os progressos, e, se necessário, implementar acções correctivas. 

5.2. Criar um sistema de gestão da informação visando o acompanhamento e avaliação regulares que assegurem uma implementação eficaz. 

 6. Capacidades  6.1. De forma a proporcionar o impulso necessário para sustentar as acções de promoção do saneamento, o 

organismo nacional multi‐sectorial instituirá um sistema de concessão de prémios a nível nacional, para reconhecer, anualmente, as melhores práticas a serem seguidas. 

6.2. Os recursos humanos são um factor chave. A capacitação dos ministérios relevantes, com o apoio da comunidade internacional, assegurará uma melhor gestão dos recursos ambientais. Os parceiros de desenvolvimento deverão pressionar as multinacionais para cumprirem activa e significativamente as suas responsabilidades sociais, como empresas, relativamente ao ambiente. 

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Siglas  

ECP GdA IDH KAP  MAT MED MICS MINEA MINEA‐DNA MINSA MINUA MINUA‐DNA MDMs  

Estratégia de Combate à Pobreza Governo de Angola Índice do Desenvolvimento Humano  Knowledge, Attitudes and Practices Survey (Inquérito aos Conhecimentos, Atitudes e Práticas) Ministério da Administração do Território  Ministério da Educação Multiple Indicator Cluster Survey (Inquérito de Indicadores Múltiplos) Ministério da Energia e Águas Departamento Nacional de Águas Ministério da Saúde Ministério do Urbanismo e Ambiente Departamento Nacional do Ambiente Metas de Desenvolvimento do Milénio  

 Referências Bibliográficas  Governo de Angola “Balanço da Execução do Programa Geral do Governo de 2005/2006”, Abril de 2007 “Estratégia de Combate à Pobreza, Reinserção social, reabilitação e reconstrução e estabilização económica”, 2004 “Millenium Development Goals Progress Report, 2005” Legislação: 

- Lei das Águas (lei n°6/02) - Lei nº2/07 “Decreto‐Lei nº2/07: Orgânica e Funcionamento da Administração Local do Estado” - Lei de Bases do Ambiente (lei n°5/98) - Decreto sobre a Avaliação do Impacto Ambiental (decreto n°51/04) - Estatuto Orgânico do Ministério do Urbanismo e Ambiente (decreto‐lei n°4/03) 

MAT “Desconcentração e Descentralização em Angola” ” Public Administration Reform and Modernisation  Program”. MINEA “Programa de Desenvolvimento do Sector das Águas” Luanda, Janeiro de 2004 UNDP Human Development Index 2008 UNESCO Water, Sanitation and Sustainable Development: The Challenge of Cities in Developing Countries, 2004 MINUA  Presentation “Site Survey for Preliminare Study, Solid Waste Management in Angola” UNICEF   Relatório do “Workshop Nacional de Saneamento Ambiental, Ocutobro, 2007, Asamblea Nacional, Luanda Angola” MICS 2003 “Inquéritos de Indicadores Múltiplos: Avaliando a Situação das Crianças e das Mulheres Angolanas no Início do Milénio. Relatório Analítico”. Estudo de Conhecimento, Atitudes e Praticas 2007 (“Knowledge, Attitudes and Practices 2007”) UE  Reports and Presentations of NGOs working in the framework of the Programme: “Aprovisionamento e uso comunitário de água e saneamento residual, uni‐familiar, em bairros da cidade de Luanda” Development Workshop Community Model for Household Sanitation: Good Practice in the musseques of Luanda. 

 Agradecimentos  

O UNICEF gostaria de agradecer ao Governo de Angola a cooperação prestada durante o processo de consultas, e, em particular, à Delegação Técnica Angolana composta por funcionários superiores do MINEA, MINUA, MINSA e MAT sob a liderança da Direcção Nacional do Ambiente (MINUA).