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- SUA EXCELÊNCIA FERNANDO DA PIEDADE DIAS DOS SANTOS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL, - SUA EXCELÊNCIA BORNITO DE SOUSA, VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, - EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DEPUTADOS, - VENERANDOS JUÍZES PRESIDENTES DOS TRIBUNAIS CONSTITUCIO- NAL E SUPREMO, - PREZADOS MEMBROS DO EXECUTIVO, DISTINTOS - MEMBROS DO CORPO DIPLOMÁTICO, - ILUSTRES CONVIDADOS, - CAROS COMPATRIOTAS, Permitam-me a partir desta tribuna dirigir uma especial saudação a todo o povo ango- lano e aos dignos Deputados que o representam nesta Casa da Democracia. Cumpriram-se no pas- sado mês de Setembro dois anos do mandato que me foi conferido nas urnas, e em- bora tenha empenhado o melhor dos meus esforços na aplicação do programa de governação que mereceu a confiança da maioria dos eleitores, estou consciente de que muito ainda há por realizar para satisfação das grandes necessidades que o povo enfrenta. O nosso foco continua a ser a boa governação, a de- fesa do rigor e da transpa- rência em todos os actos públicos, a luta contra a cor- rupção e a impunidade, a reanimação e diversificação da economia, o resgate dos valores da cidadania e a moralização da sociedade no seu todo, bases indis- pensáveis para se garantir o progresso social e o de- senvolvimento sustentável do país. Na nossa acção governa- tiva consideramos funda- mental a instauração em Angola de um verdadeiro Estado Democrático de Di- reito e a construção de uma economia de mercado que seja capaz de diversificar efectivamente a economia nacional e alterar em termos definitivos a estrutura eco- nómica de Angola, hoje muito dependente do sector público e das receitas da exportação do petróleo bruto. Ao actuarmos sobre estes dois factores, estamos a introduzir mudanças estru- turais profundas na socie- dade angolana em todos os domínios, desde as áreas económica, financeira, cam- bial e social, até à segurança, à justiça, à educação e qua- lificação das pessoas, pas- sando pela organização do Estado e do território e em todos os domínios com vista a fazer de Angola um destino privilegiado do investimento. São muitas as medidas já tomadas pelo Executivo no sentido de se combaterem práticas erradas e condená- veis e, como consequência disso, a percepção do mundo sobre nós começa a mudar no sentido positivo, o que é bom para Angola. Vamos continuar ao longo do nosso mandato com as reformas estruturais que se impõem, certos de que só com uma efectiva alteração do paradigma de governação do país poderemos ter uma Angola diferente no futuro. Senhor Presidente, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores, A crise económica em Angola não é de hoje, não tem dois anos, ela começou realmente em 2014 e foi-se agudizando não só por força da baixa constante do preço do petróleo no mercado internacional, mas sobretudo pelo facto de o país se ter endividado e estar a honrar o serviço da dívida acordada com os credores com cola- teral petróleo, modalidade penosa e desvantajosa para o devedor porquanto entram cada vez menos receitas lí- quidas em divisas no tesouro nacional porque parte do nosso petróleo está à partida comprometido para honrar a dívida. Como consequência disso, em finais de 2017 a situação económica de Angola era caracterizada por uma forte expansão fiscal, isto é, uma despesa muito superior à receita, de que resultaram sucessivos défices orçamen- tais, por um elevado dife- rencial cambial, sobretudo o registado entre os mercados cambiais primário e informal, por um enfraquecimento da posição externa do país que provocou uma queda signi- ficativa das reservas inter- nacionais líquidas, por um endividamento crescente, verificável na progressão do rácio do stock da dívida sobre o PIB, por taxas de inflação acumulada altas e pela reces- são económica. Na sequência do Progra- ma de Estabilização Macroe- conómica iniciado em Ja- neiro de 2018, nesse mesmo ano e pela primeira vez em três anos, o país registou um saldo orçamental positivo de 2,2% do PIB. Os dados preliminares apontam para um saldo orçamental igual- mente positivo em 2019. De assinalar que no fim do pri- meiro semestre deste ano o saldo orçamental foi positivo em cerca de 1,3% do PIB. O facto de se ter saído de uma situação orçamental deficitária para uma situa- ção superavitária é de uma grande importância, pois tal significa que o país terá menores necessidades de endividamento e pode esca- par-se de uma autêntica armadilha da dívida. Os efeitos deste facto são também positivos no que respeita à diminuição das taxas de juro a serem prati- cadas no mercado nacional pois, como se sabe, quanto maior for o endividamento e as necessidades de finan- ciamento do país, maiores são as taxas de juro exigidas pelo mercado. No corrente ano de 2019, as despesas com o serviço da dívida representam cerca de 51% do total da despesa do Orçamento Geral do Es- tado, o que é uma cifra rela- tivamente alta. Por outro lado, a dívida pública tem estado a rondar os 90% do PIB, estando o Executivo a traba- lhar para colocar a dívida abaixo dos 60% do PIB até ao ano de 2022. Como resultado do des- gaste natural dos campos de petróleo, de problemas ope- racionais mas sobretudo da ausência de investimentos suficientes em tempo opor- tuno na prospecção petro- lífera, a produção física de petróleo tem estado a decres- cer no país. O sector não petrolífero, apesar de ter registado em 2017 uma variação negativa de -2,5%, tem estado a dar sinais de crescimento, em- bora não seja ainda um cres- cimento suficientemente forte para contrabalançar o crescimento negativo do sector petrolífero. Prevê-se para 2020 taxas positivas e a retoma do cres- cimento económico no país, graças ao aumento da taxa de crescimento do sector não petrolífero, não obstante ao abrandamento da redução da produção petrolífera. No domínio monetário, a inflação continua a per- correr uma trajectória des- cendente. Nos últimos 12 meses, a taxa de inflação situou-se em 17,24%, nível inferior em 1,36 pontos per- centuais ao observado em igual período de 2018, que foi de 18,6 %. É de recordar que a taxa de inflação acumulada foi de 42% em 2016 e de 23,7% em 2017.Vamos continuar a conduzir a nossa política fiscal, monetária e cambial de modo que até 2022 Angola possa voltar a ter taxas de inflação anuais de um só dígito. No domínio das contas externas, a conta corrente da Balança de Pagamentos saiu de um défice de 0,5% do PIB em 2017, para um superávit de 7,0% do PIB em 2018, e o saldo da Balança de Pagamentos melhorou ao sair de um défice de 4,0% do PIB em 2017 para um défice de apenas 0,5% do PIB em 2018. Não obstante ter havido em 2018 a regularização de atrasados, as Reservas Inter- nacionais Líquidas tiveram em 2018 uma queda de ape- nas 2 mil e 900 milhões de dólares, quando em 2017 essa queda havia sido de 7 mil e 200 milhões. A solvabilidade externa do país continua assegurada, visto que o nível das reservas internacionais líquidas permite cobrir mais de sete meses de importação de bens e serviços. 2 Quarta-feira 16 de Outubro de 2019 SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Um imperativo constitucional a cada início do ano legislativo, o Presidente da República, João Lourenço, apresentou ontem, no Parlamento, a mensagem sobre o Estado da Nação. O Jornal de Angola oferece hoje, aos leitores, em espaço especial, a íntegra do discurso proferido pelo Chefe de Estado. Vamos continuar ao longo do nosso mandato com as reformas estruturais que se impõem, certos de que só com uma efectiva alteração do paradigma de governação do país poderemos ter uma Angola diferente no futuro O nosso foco continua a ser a reanimação e a diversaificação da economia angolana ESPECIAL MENSAGEM DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SOBRE O ESTADO DA NAÇÃO

SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO O nosso foco …imgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/1382902815_especial.pdfdo país poderemos ter uma Angola diferente no futuro. Senhor Presidente, Senhores

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Page 1: SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO O nosso foco …imgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/1382902815_especial.pdfdo país poderemos ter uma Angola diferente no futuro. Senhor Presidente, Senhores

- SUA EXCELÊNCIA FERNANDO DA PIEDADEDIAS DOS SANTOS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL,- SUA EXCELÊNCIA BORNITO DE SOUSA,VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, - EXCELENTÍSSIMOSSENHORES DEPUTADOS,- VENERANDOS JUÍZES PRESIDENTES DOS TRIBUNAIS CONSTITUCIO-NAL E SUPREMO, - PREZADOS MEMBROS DO EXECUTIVO, DISTINTOS- MEMBROS DO CORPODIPLOMÁTICO, - ILUSTRES CONVIDADOS,- CAROS COMPATRIOTAS,

Permitam-me a partir destatribuna dirigir uma especialsaudação a todo o povo ango-lano e aos dignos Deputadosque o representam nestaCasa da Democracia.

Cumpriram-se no pas-sado mês de Setembro doisanos do mandato que me foiconferido nas urnas, e em-bora tenha empenhado omelhor dos meus esforçosna aplicação do programade governação que mereceua confiança da maioria doseleitores, estou conscientede que muito ainda há porrealizar para satisfação dasgrandes necessidades queo povo enfrenta.

O nosso foco continua aser a boa governação, a de-fesa do rigor e da transpa-rência em todos os actospúblicos, a luta contra a cor-rupção e a impunidade, areanimação e diversificaçãoda economia, o resgate dosvalores da cidadania e a

moralização da sociedadeno seu todo, bases indis-pensáveis para se garantiro progresso social e o de-senvolvimento sustentáveldo país.

Na nossa acção governa-tiva consideramos funda-mental a instauração emAngola de um verdadeiroEstado Democrático de Di-reito e a construção de umaeconomia de mercado queseja capaz de diversificarefectivamente a economianacional e alterar em termosdefinitivos a estrutura eco-nómica de Angola, hoje muitodependente do sector públicoe das receitas da exportaçãodo petróleo bruto.

Ao actuarmos sobre estesdois factores, estamos aintroduzir mudanças estru-turais profundas na socie-dade angolana em todos osdomínios, desde as áreaseconómica, financeira, cam-bial e social, até à segurança,à justiça, à educação e qua-lificação das pessoas, pas-sando pela organização doEstado e do território e emtodos os domínios com vistaa fazer de Angola um destinoprivilegiado do investimento.

São muitas as medidas játomadas pelo Executivo nosentido de se combaterempráticas erradas e condená-veis e, como consequênciadisso, a percepção do mundosobre nós começa a mudarno sentido positivo, o que ébom para Angola.

Vamos continuar ao longodo nosso mandato com asreformas estruturais que seimpõem, certos de que sócom uma efectiva alteraçãodo paradigma de governação

do país poderemos ter umaAngola diferente no futuro.

Senhor Presidente,Senhores Deputados,Minhas Senhoras, MeusSenhores,

A crise económica emAngola não é de hoje, nãotem dois anos, ela começourealmente em 2014 e foi-seagudizando não só por forçada baixa constante do preçodo petróleo no mercadointernacional, mas sobretudopelo facto de o país se terendividado e estar a honraro serviço da dívida acordadacom os credores com cola-teral petróleo, modalidadepenosa e desvantajosa parao devedor porquanto entramcada vez menos receitas lí-quidas em divisas no tesouronacional porque parte donosso petróleo está à partidacomprometido para honrara dívida.

Como consequência disso,em finais de 2017 a situaçãoeconómica de Angola eracaracterizada por uma forteexpansão fiscal, isto é, umadespesa muito superior àreceita, de que resultaramsucessivos défices orçamen-

tais, por um elevado dife-rencial cambial, sobretudoo registado entre os mercadoscambiais primário e informal,por um enfraquecimento daposição externa do país queprovocou uma queda signi-ficativa das reservas inter-nacionais líquidas, por umendividamento crescente,verificável na progressão dorácio do stock da dívida sobreo PIB, por taxas de inflaçãoacumulada altas e pela reces-são económica.

Na sequência do Progra-ma de Estabilização Macroe-conómica iniciado em Ja-neiro de 2018, nesse mesmoano e pela primeira vez emtrês anos, o país registou umsaldo orçamental positivode 2,2% do PIB. Os dadospreliminares apontam paraum saldo orçamental igual-mente positivo em 2019. Deassinalar que no fim do pri-meiro semestre deste ano osaldo orçamental foi positivoem cerca de 1,3% do PIB.

O facto de se ter saído deuma situação orçamentaldeficitária para uma situa-ção superavitária é de umagrande importância, pois talsignifica que o país terámenores necessidades de

endividamento e pode esca-par-se de uma autênticaarmadilha da dívida.

Os efeitos deste facto sãotambém positivos no querespeita à diminuição dastaxas de juro a serem prati-cadas no mercado nacionalpois, como se sabe, quantomaior for o endividamentoe as necessidades de finan-ciamento do país, maioressão as taxas de juro exigidaspelo mercado.

No corrente ano de 2019,as despesas com o serviçoda dívida representam cercade 51% do total da despesado Orçamento Geral do Es-tado, o que é uma cifra rela-tivamente alta. Por outro lado,a dívida pública tem estadoa rondar os 90% do PIB,estando o Executivo a traba-lhar para colocar a dívidaabaixo dos 60% do PIB até aoano de 2022.

Como resultado do des-gaste natural dos campos depetróleo, de problemas ope-racionais mas sobretudo daausência de investimentossuficientes em tempo opor-tuno na prospecção petro-lífera, a produção física depetróleo tem estado a decres-cer no país.

O sector não petrolífero,apesar de ter registado em2017 uma variação negativade -2,5%, tem estado a darsinais de crescimento, em-bora não seja ainda um cres-cimento suficientementeforte para contrabalançar ocrescimento negativo dosector petrolífero.

Prevê-se para 2020 taxaspositivas e a retoma do cres-cimento económico no país,graças ao aumento da taxa

de crescimento do sectornão petrolífero, não obstanteao abrandamento da reduçãoda produção petrolífera.

No domínio monetário,a inflação continua a per-correr uma trajectória des-cendente. Nos últimos 12meses, a taxa de inflaçãosituou-se em 17,24%, nívelinferior em 1,36 pontos per-centuais ao observado emigual período de 2018, quefoi de 18,6 %.

É de recordar que a taxade inflação acumulada foide 42% em 2016 e de 23,7%em 2017.Vamos continuara conduzir a nossa políticafiscal, monetária e cambialde modo que até 2022 Angolapossa voltar a ter taxas deinflação anuais de um sódígito.

No domínio das contasexternas, a conta correnteda Balança de Pagamentossaiu de um défice de 0,5%do PIB em 2017, para umsuperávit de 7,0% do PIBem 2018, e o saldo da Balançade Pagamentos melhorouao sair de um défice de 4,0%do PIB em 2017 para umdéfice de apenas 0,5% doPIB em 2018.

Não obstante ter havidoem 2018 a regularização deatrasados, as Reservas Inter-nacionais Líquidas tiveramem 2018 uma queda de ape-nas 2 mil e 900 milhões dedólares, quando em 2017 essaqueda havia sido de 7 mil e200 milhões. A solvabilidadeexterna do país continuaassegurada, visto que o níveldas reservas internacionaislíquidas permite cobrir maisde sete meses de importaçãode bens e serviços.

2 Quarta-feira16 de Outubro de 2019

SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Um imperativo constitucional a cada início do ano legislativo, o Presidente da República, João Lourenço,apresentou ontem, no Parlamento, a mensagem sobre o Estado da Nação. O Jornal de Angola oferece hoje,

aos leitores, em espaço especial, a íntegra do discurso proferido pelo Chefe de Estado.

Vamos continuar ao longo do nossomandato com as reformas estruturais que

se impõem, certos de que só com umaefectiva alteração do paradigma de

governação do país poderemos ter umaAngola diferente no futuro

O nosso foco continuaa ser a reanimaçãoe a diversaificação

da economiaangolana

ESPECIAL

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SOBRE O ESTADO DA NAÇÃO

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3Quarta-feira16 de Outubro de 2019

Em finais de Julho do cor-rente ano, as Reservas Inter-nacionais Líquidas si-tuavam-se em 10 mil e 290milhões de dólares, tendocontraído 354 milhões e 80mil em relação ao saldo nofinal de 2018.Esta melhoria quer do

saldo da conta corrente querda balança de pagamentos,deveu-se em grande parteà redução das importaçõesde bens e serviços em 8,4%no ano de 2018. O referidoajustamento faz parte doprocesso de reconversãoque a economia angolanacomeça a registar.Os sinais dos referidos

ajustes já começaram a servisíveis. Por exemplo, opeso das importações debens de consumo correntetem vindo a reduzir, a favordo peso das importações debens de capital, propiciandoassim um melhor ambientepara investimentos em for-mação bruta de capital fixo,isto é, em investimentosque garantem o verdadeirodesenvolvimento do país amédio e longo prazo.No domínio cambial,

prossegue a organização domercado cambial, procu-rando-se encontrar a taxade câmbio de equilíbrio domercado e aumentar osníveis de previsibilidade ede transparência do mesmo.Foram eliminados os

atrasados cambiais vindosde 2015 a 2017 e que se en-contravam em posse dosbancos comerciais e pôs-se fim às listas de empresase agentes com acesso pri-vilegiado ao mercado cam-bial, na base de critériossubjectivos. A diferença entre o mer-

cado informal e o paralelode divisas, que em Dezem-bro de 2017 atingia 150%,foireduzida para cerca de 35%.Esse processo permitiudevolver ao circuito formalda economia as transacçõesrealizadas com o mercadoexterno.No mercado cambial,

assiste-se em 2019 a umadepreciação mais brandada moeda nacional em rela-ção ao dólar norte-ameri-cano, numa magnitude de16,01%, depois de se ter re-gistado uma depreciaçãode 46,23% no ano anterior.Está em curso o processo

de revisão das leis estrutu-rantes do Sistema Financeiroangolano, designadamentea Lei de Bases das Institui-ções Financeiras, do Com-bate ao Branqueamento deCapitais e do Financiamentoao Terrorismo, do Sistemade Pagamentos de Angolae a Lei do Banco Nacionalde Angola.Está igualmente em fase

de implementação a ava-liação da qualidade dos acti-vos das 13 maiores institui-ções financeiras bancáriasdo país, que representammais de 90% do total dosactivos do Sistema Finan-ceiro angolano.Trata-se de um exercício

de reconhecida importânciatécnica para o negócio ban-cário, que visa estimar pos-síveis necessidades de re-capitalização, tendo em vistao reforço da estabilidadefinanceira e a protecção dosinteresses dos depositantes,

bem como voltar a dotar osbancos de capacidade definanciar a economia.Com vista ao relança-

mento do crescimento eco-nómico e ao aumento donúmero de empregos nopaís, o Executivo tem con-centrado a sua acção gover-nativa na revitalização dabase produtiva do país.Assim, o Estado vai con-

tinuar a apoiar os empre-sários nacionais, com vistaa tornarem-se cada vez maiscompetitivos e fortes, sobre-tudo no que respeita aosprodutos seleccionados noâmbito do PRODESI, paraque a produção nacionaldos mesmos alcance níveisde auto-suficiência em rela-ção ao consumo interno,diminuindo ou eliminandonos próximos anos a impor-tação destes produtos.O Programa de Apoio ao

Crédito associado ao PRO-DESI já está em implemen-tação, tendo sido assinadoscom 8 bancos comerciais,com o Banco de Desenvol-vimento de Angola e como Fundo de Garantia de Cré-dito, memorandos para aoperacionalização de umalinha de crédito com jurosbonificados no montantede 141 mil milhões de kwan-zas para o ano de 2019.No mesmo sentido, o

BNA fez publicar um nor-mativo que estabelece aobrigatoriedade de os ban-cos comerciais aplicarempelo menos 2% do seu activoà concessão de crédito àeconomia real, para a pro-dução de parte dos produtosseleccionados pelo PRODESIque apresentam défices naoferta interna, bem comode produtos para apoiar asexportações fora do sectorpetrolífero, como as rochasornamentais, o café, a ma-deira, o peixe e marisco, osfrutos tropicais e outros. Os encargos financeiros

no âmbito destes financia-mentos, incluindo juros ecomissões, não devemexceder os7,5%. Avalia-seum potencial de crédito poresta via de cerca de 255,3mil milhões de kwanzas.Com vista a financiar

projectos do sector privado,foram negociadas linhas decrédito com o DeutscheBank no valor de mil mi-lhões de dólares e com oBanco de DesenvolvimentoAfricano (BAD) no valorde 325 milhões de dólares.A primeira tranche destefinanciamento do BAD,correspondente a 120 mi-lhões de dólares, já foi dis-ponibilizada.Foram definidas regras

para a importação dos pro-dutos seleccionados noâmbito do PRODESI demodo a garantir a prioridadena compra dos mesmos aosprodutores internos, pre-tendendo-se, com isso,aumentar a quota de mer-cado da produção internadestes produtos face aosprodutos importados, eassim aumentar os rendi-mentos das empresas nacio-nais, das famílias e geraremprego.As compras do Estado,

com destaque para o abas-tecimento das Forças Arma-das e da Polícia Nacional,vão passar a priorizar a aqui-

sição da produção nacional.Neste momento decorre umconcurso aberto de aquisi-ção de géneros alimentares,produtos de higiene e lim-peza, a produtores nacio-nais, para as Forças ArmadasAngolanas.A pauta aduaneira foi

recentemente ajustada demodo a estabelecer o neces-sário alinhamento entre aimportação dos produtosda cesta básica e de outrosprodutos prioritários e aprodução nacional destesmesmos produtos, conver-tendo-a num instrumentopara apoiar o aumento daprodução nacional.Todas estas medidas con-

tribuirão para apoiar os nos-sos empresár ios , paraaumentar a confiança dosagentes económicos nanossa economia e, por estavia, aumentar a produçãonacional, os níveis de inves-timento privado e o empregono nosso país.Nestes últimos dois anos,

foram regularizadas as dívi-das de algumas companhiaspetrolíferas, acumuladasdesde 2002 no valor de mile 500 milhões de dólares,e o orçamento participativopassou a ser elaborado coma auscultação da sociedadecivil, tendo sido criado oSistema Nacional de Con-tratação Pública e aprovadoo Plano Estratégico de Con-tratação Pública.No final de 2018 foi esta-

belecido um acordo com oFMI para um Programa deFinanciamento Ampliadopara o período 2018-2021com o valor de 3 mil e 700milhões de dólares, dosquais já foram recebidosmil e 248 milhões. Com oBanco Mundial foram assi-nados três acordos de finan-ciamento que totalizam mile 320 milhões de dólares.O Programa das Priva-

tizações prevê a privatiza-ção de 195 empresas ouactivos do Estado, sendo32 c lass i f icadas como

empresas de referência.Foram já privatizadas cincoempresas da Zona Econó-mica Especial. Consideramos este Pro-

grama de privatizaçõescomo uma via importantepara fortalecer o sector pri-vado do país, para tornar anossa economia mais efi-ciente e também para con-solidar o processo de edi-ficação da economia demercado em Angola.Outras medidas tomadas

no âmbito das Finançasforam a aprovação do sub-sídio ao preço da passagemaérea na rota Luanda/Cabindae vice-versa, o novo planotarifário da água potável, oajustamento aos preços daenergia eléctrica e a lei dossubsídios aos combustíveispara os sectores da agricul-tura e pescas. Em coordenação com o

Banco Mundial, está empreparação um Programade Transferências Monetá-rias para as famílias maispobres e de modernizaçãode todo o sistema nacionalde protecção social.Depois de se ter interrom-

pido em 2014 os concursospúblicos para ingresso naadministração pública, nãoobstante a actual conjunturaeconómico-financeira dopaís, foram feitas novas con-tratações na Função Públicaem 2018 e 2019 vão acontecer,particularmente nos sectoresda Saúde e da Educação,tendo sido admitidos 31.875novos agentes do Estado nes-tes dois sectores. Outra medida impor-

tante foi a consignação doequivalente a dois mil mi-lhões de dólares para o Pro-grama Integrado de In-tervenção nos MunicípiosPIIM, cujo arranque foidado há dias no Alto Zam-beze, o qual, ao construirinfraestruturas diversas nosmunicípios, vai tambémgarantir emprego.A implementação do

Plano Integrado de Inter-

venção nos Municípios visaexecutar 1700 projectos emtodo o território nacional,designadamente 4.000 salasde aulas, 275 infraestruturashospitalares, 100 infraes-truturas administrativas eautárquicas, reabilitação devias, construção de pontes,e ainda concluir a primeirafase do campus universitáriode Cabinda.Estamos em crer que a

implementação com ri-gor deste importante pro-grama terá um impactomuito positivo na melhoriadas condições de vida ede bem-estar das nossaspopulações.Em 2019 foram regula-

rizados mais de 250 milmilhões de Kwanzas de dívi-das a fornecedores do Estadoe até ao fim do ano, o Exe-cutivo vai proceder ao paga-mento dos atrasados jáinscritos no Sistema Inte-grado de Gestão Financeirado Estado (SIGFE). Também este ano foi

decretado um perdão fiscalde juros e multas e tornadopossível o encontro de con-tas entre dívidas tributáriase passivos do Estado paracom fornecedores. Foi iniciada a implemen-

tação do Imposto sobre oValor Acrescentado (IVA)emsubstituição do Imposto deConsumo, o que significaum marco importante namodernização, simplifica-ção e aumento da eficiênciado sistema tributário dopaís, facilitando a maisrápida integração da nossaeconomia na economiaregional e mundial.O início deste processo

tem sido difícil, destacando-se a desconfiança, desco-nhe c imen to eaproveitamento de algunssegmentos empresariaisque causaram uma ondaespeculativa no preço debens e serviços oferecidosà população.Esperamos que com

medidas informativas e

punitivas nos casos de rein-cidência, se ponha fim àespeculação artificialmentecriada para prejudicar osclientes, o pacato cidadão.Foi elaborada uma nova

lei do Investimento Privado,que permite, entre outrasmedidas, a realização emAngola de investimentodirecto estrangeiro de qual-quer montante sem a obri-gatoriedade de engajar umparceiro nacional. A AIPEXpassou a ser a janela únicade promoção e captação deinvestimento privado e deapoio ao fomento das expor-tações.Até finais de Agosto de

2019, a AIPEX registou umtotal de 178 intenções deinvestimento, no valor apro-ximado de mil e 650 milhõesde dólares, com a possibi-lidade de gerar 13.900 postosde trabalho directos.Cerca de 25% destas

intenções, correspondendoa 44 projectos com o valorde 789 milhões de dólares,foram efectivamente imple-mentadas e geraram cercade 3.950 postos de trabalhodirectos, na sua maioria naindústria transformadora ena agricultura.No âmbito da estratégia

de atracção e captação deinvestimento privado nacio-nal e estrangeiro, foi igual-mente aprovado o projectode Promoção e Captação doInvestimento Privado (PRO-CIP), de forma a direccioná-lo para sectores prioritáriosda economia.Como resultado das re-

formas implementadas,registou-se a elevação deAngola em duas posiçõesno índice mundial de ava-liação do ambiente de negó-cios do ano de 2018. A melhoria a esse nível

também se deve a medidascomo a automatização dosprocessos da actividadeaduaneira, a implementaçãodo Guichet Único de Empre-sas ‘online’ e a eliminaçãodos custos e redução dotempo para a emissão dasautorizações para impor-tações e exportações.É importante continuar

o processo de implemen-tação de reformas nas áreasque concorrem para a me-lhoria do clima de negóciose de investimentos em An-gola, com compromissosexplícitos na melhoria daimagem do país no exterior,promovendo a sua inserçãocompetitiva no contextointernacional.

Senhor Presidente daAssembleia Nacional, Senhores Deputados, Minhas Senhoras, Meus Senhores,

No concernente à acti-vidade da Procuradoria-Geral da República, importareferir que foi reestruturadae redinamizada a DirecçãoNacional de Prevenção eCombate à Corrupção que,em comparação com os 18processos instaurados de2012 a 2017, instaurou 192processos de inquérito de2017 a 2019,ou seja, instau-rou em dois anos dez vezesmais inquéritos do que nos5 anos anteriores.No período de 2012 a

2017, foram registados na

SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

ESPECIAL

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PGR 288 declarações de benspor parte de servidorespúblicos. Nos últimos doisanos, foram recebidas 1327declarações de bens.

Foi também reestruturadae redinamizada a DirecçãoNacional de Investigação eAcção Penal (DNIAP), quenos últimos dois anos sub-meteu ao Tribunal Supremopara julgamento 11 proces-sos-crime de natureza eco-nómico-financeira.

Destacam-se, entre eles,o processo dos 500 milhõesde dólares retirados das con-tas do BNA para o exterior,enviado pela Procuradoria-Geral da República para oTribunal Supremo em Se-tembro de 2018 e cujo jul-gamento se aguarda passadoque foi exactamente umano, bem como o processodo Conselho Nacional deCarregadores que a Procu-radoria-Geral da Repúbli-ca enviou para o TribunalSupremo apenas em Janeirodo corrente ano de 2019 eque paradoxalmente já foijulgado, para citar apenasestes.

Em Dezembro de 2018,foi criado o Serviço Nacionalde Recuperação de Activos,que desempenhou um papelimportante nas diligênciasque culminaram com a cele-bração de um acordo entreo Fundo Soberano de Angolae a entidade que procedia àgestão dos seus activos, tendopassado para a esfera e dis-ponibilidade directa doFundo Soberano o capitalde 2.350 milhões de dólares,bem como património imo-biliário domiciliado no exte-rior avaliado em mil milhõesde dólares americanos.

O mesmo Serviço recu-perou ainda para o Estadoduas fábricas de medica-mentos, em Luanda e emBenguela, três fábricas têx-teis de grande capacidadenessas duas cidades e noCuanza-Norte, e dois ter-minais portuários em Lu-anda e no Lobito. Deu tam-bém entrada em Tribunalde mais de 45 processos,onde o Estado reivindica adevolução de valores ilici-tamente retirados dos seuscofres superiores a 4 mil e100 milhões de dólares.

Foram igualmente recu-perados a favor do Estadono âmbito de diferentes pro-cessos cíveis 52 imóveis,8bens móveis,15 mil milhõese 681 milhões de Kwanzas,313.000.000 de dólares e9.629.000 euros, e apreen-didos à ordem de processos-crime em curso, 20 imóveise 6 viaturas.

A Procuradoria-Geral daRepública intensificou asrelações de cooperação comentidades congéneres inter-nacionais a fim de procedera um combate efectivo à cri-minalidade económico-financeira, nomeadamentecom as Procuradorias-Geraisdo Reino Unido, da Suíça ede Portugal.

É justo destacar aqui eagradecer o engajamentodas autoridades judiciais ebancárias do Reino Unidonos processos que levaramà recuperação dos 2.350milhões de dólares do FundoSoberano, bem como dos500 milhões de dólares doBNA, revertidos todos a favor

do Estado angolano.No plano da Reforma do

Estado, foram elaboradas esubmetidas à AssembleiaNacional, para apreciação,seis propostas de leis doPacote Legislativo Autár-quico, nomeadamente: Leida Organização e funciona-mento das Autarquias Locais,Lei da Institucionalizaçãodas Autarquias Locais, Leida Tutela Administrativa,Lei das Finanças Locais, Leidas Atribuições e Compe-tências das Autarquias Locaise Lei Orgânica das EleiçõesAutárquicas.

Relativamente ao sectorda Administração Pública,Trabalho e Segurança Social,é de registar que o númerode funcionários ao nível daAdministração Pública cen-tral e local é de 417.298, con-tra 385.423 existentes em2018, verificando-se umincremento de 8,2%.

Entre 2018 e o terceirotrimestre de 2019, foramcriados 161.997 novos em-pregos, cerca de 1/3 dos 500mil de um mandato de 5anos, dos quais 80,3% sereferem a empregos criadosno sector empresarial querpúblico como privado, e19,7% no sector políticoadministrativo, isto é, nafunção pública.

Mesmo assim, a luta pelaredução da taxa de desem-prego através da criação denovos postos de trabalhodeve ser permanente, umaconstante da acção do Exe-cutivo e seus parceiros, nocaso o sector empresarialprivado.

O sector do Comércio foio que gerou mais empregos,seguido da construção eobras públicas, transportes,agricultura e indústria.

O Sistema Nacional deEmprego formou 108.790jovens em 149 especialidadesformativas.

O número de contribuin-tes para o Sistema Nacionalde Segurança Social passoude 142.199 em Dezembro de2017 para 155.012 em Agostode 2019. Nas mesmas datas,o número de segurados pas-sou de 1 . 600 . 000 pa ra1.800.000 e o de pensionistasde 132.000 para 136.000.

O Sistema de ProtecçãoSocial obrigatório arrecadouno período em análise 499mil, 596 milhões, 512 mil e640 Kwanzas, e pagou pres-tações no valor de 402 mil,892 milhões, 358 mil e 166kwanzas.

Senhor Presidente da Assembleia Nacional,Senhores Deputados,Minhas Senhoras, Meus Senhores,

No sector dos RecursosMinerais e Petróleos, estamoscom uma produção médiade 1.401.235 barris/dia como prognóstico de subir para1.436.900 barris/dia em2020.

Foi aprovado o novomodelo de organização dosector, tendo sido criada aAgência Nacional de Petróleoe Gás como concessionárianacional deixando a Sonan-gol de exercer essa função,e também o Instituto Regu-lador dos Derivados doPetróleo com vista a regular,fiscalizar e controlar as acti-

vidades relacionadas comos derivados do petróleo.

Foi também aprovada aestratégia geral de atribuiçãodas concessões petrolíferaspara o período de 2019-2025e iniciada, no passado mêsde Agosto, a implementaçãodo Programa de Licitaçõesprevisto para o ano de 2019.

Em paralelo, foi abertoconcurso público para aconstrução da refinaria doSoyo, para além dos projectosjá aprovados em 2018 rela-tivos à modernização e opti-mização da refinaria de Lu-anda que vai quadriplicar asua capacidade actual deprodução de refinados já apartir de 2021, e a construçãodas refinarias do Lobito e deCabinda.

Foi iniciado o projectopara o transporte de gás asso-ciado de Cabinda até à centralde Ciclo Combinado do Soyoe está em desenvolvimentoo projecto para a conclusãoda construção do terminalpara a grande armazenagemde derivados de petróleo naBarra do Dande e para o re-forço da capacidade de stoc-kagem no leste do país.

Com a liberalização do sec-tor dos derivados do petróleo,abriu-se um espaço para quemais operadores desenvolvama actividade de logística, dis-tribuição e comercializaçãode refinados.

Ao nível do sector mineiroe no âmbito da ‘OperaçãoTransparência’, foi feito umsério combate à imigra-ção ilegal ligada ao garimpode diamantes, com êxitosassinaláveis.

Iniciou-se o processo dereorganização e legalizaçãodas cooperativas de diaman-tes, visando a sua transfor-mação em empresas deexploração semi-industriais,e adoptou-se uma nova polí-tica de comercialização dediamantes, com efeitos po-sitivos na arrecadação dereceitas para as companhiasoperadoras e para o Estado,no aumento do investimentona prospecção e exploração,assim como na lapidaçãocom a abertura de novasfábricas em Luanda e a pers-pectiva de, em breve, se abri-rem outras em Saurimo eem Malanje.

Ao mesmo tempo foi lan-çado o primeiro concursopúblico para a outorga dedireitos aduaneiros para aprospecção, exploração etransformação de fosfatos,ferro e diamantes.

Senhor Presidente,Senhores Deputados,Minhas Senhoras, Meus Senhores,

Continuando na área daeconomia real, no domínioda Agricultura e Florestas,como demonstração daimportância que o Executivopresta à agricultura familiar

e à necessidade da auto-suficiência alimentar, oChefe de Estado abriu a cam-panha agrícola 2017/2018no município de Catchiungo,na província do Huambo.

A incidência do sector novalor global do OGE passoude 0,4% em 2018 para 1,57%em 2019, valor ainda insu-ficiente para a importânciaque esse sector tem para anecessária diversificaçãoda economia, para a auto-suficiência alimentar e paraa melhoria das condiçõesde vida da população.

Durante o ano agrícolade 2018/2019, foi progra-mada a assistência técnicaa um milhão e 300.000 famí-lias camponesas, de um totalde 2.800.000, tendo sidopossível prestar essa assis-tência a 943.000 famílias, oque representa 72% do uni-verso programado.

Para o apoio ao sector agrí-cola foram adquiridos 990tractores que deverão garantira criação e a entrada em fun-cionamento de 70 brigadasde mecanização agrícola e 15de engenharia rural, o quelevará ao incremento da áreatotal trabalhada.

Comparando com a cam-panha agrícola de 2017,registam-se avanços na pro-dução de alguns produtos,nomeadamente de cereais,que passa de uma produçãode 2.878.006 toneladas em2017 para 2.902.643 tone-ladas em 2018; de raízes etubérculos, que passa de10.876.857 toneladas em2017 para 11.136.827 tone-ladas em 2018; de frutas, quepassa de 5.211.593 toneladasem 2017 para 5.314.860 tone-ladas em 2018 e de hortícolas,que passa de 1.889.482 tone-ladas em 2017 para 1.938.791toneladas em 2018.

O país atingiu a auto-sufi-ciência em termos de produçãode ovos com uma produçãoanual de 1.119.058.000 deovos, não carecendo por-tanto de importar este pro-duto de alto consumo fa-miliar e industrial.

No domínio das florestas,foi exportado de Setembrode 2018 a Junho de 2019 umtotal de 75.522 metros cúbi-cos de madeira serrada,sendo que 71.621 em peçase 3.900 em blocos.

O sector e o país no geraldeve prestar particular aten-ção à necessidade da pre-servação das nossas florestasnativas e plantadas, lutandocontra as queimadas sazonaisdo Cacimbo, assim comoexigindo dos empresáriosmadeireiros a reflorestaçãodas áreas de corte.

No que diz respeito aosector das Pescas e do Mar,foi aprovado o Plano deOrdenamento das Pescas eAquicultura para o período2018-2022 e criada a Comis-são Multissectorial para a

Elaboração da Estratégia doMar, no conceito de econo-mia azul.

Foi terminada a constru-ção do Instituto PolitécnicoMarítimo Pesqueiro CEFO-PESCAS nos Ramiros, re-construído o Instituto MédioHélder Neto e concluída asegunda fase da construçãoda Academia de Pescas eCiências do Mar do Namibe.Concluídas foram tambémdiversas infraestruturas deapoio à cadeia de valor dapesca artesanal.

Registou-se a transferên-cia formal de competênciasda pesca artesanal para osmunicípios da orla costeira,no âmbito do processo dedesconcentração adminis-trativa, e foi implementadoo processo de desburocra-tização e licenciamento daactividade de pesca semi-industrial e industrial.

A produção de sal aumen-tou de modo significativo,tendo atingido uma produçãode cerca de 103.000 tone-ladas/ano, o que perfaz 63%da meta estabelecida noPlano Nacional de Desen-volvimento, tendo se regis-tado uma diminuição naimportação de sal grossoiodizado.

Aumentou igualmente aprodução de tilápia na aqui-cultura continental. Na loca-lidade do Missombo, noCuando Cubango, foi cons-truído um Centro de larvi-cultura para produção dealevinos e engorda de tilápia.

Outras acções do sectorforam a aquisição e a inau-guração do navio de inves-tigação oceanográfica “BaíaFarta”, e o apetrechamentodo Centro de Apoio à PescaArtesanal na Ilha de Luandae do mercado de peixe daMabunda.

Ao nível do Comércio, foilançado o concurso públicopara a exploração de insta-lações logísticas e comerciaisdo mercado abastecedor doCentro de Logística e Dis-tribuição de Luanda, comvista a atribuir ao sector pri-vado a operacionalizaçãodas infraestruturas comer-ciais e logísticas.

No que diz respeito àReserva Estratégica Alimen-tar, foi aprovado o ProgramaIntegrado de Desenvolvi-mento do Comércio Rural,para a melhoria do escoa-mento da produção nacionalsobretudo do meio rural efoi aprovada a Reserva Estra-tégica Alimentar com quatroprodutos, sendo arroz, fari-nha de milho, trigo e feijão.

Foi desconcentrada e des-burocratizada a emissão eimpressão do alvará comer-cial das pequenas e médiassuperfícies para as adminis-trações municipais e mantidoo procedimento de vistoriaprévia apenas para a vendade alimentos, medicamentos,combustíveis, viaturas e res-pectivos acessórios.

No que diz respeito aosector da Indústria, é de assi-nalar a realização de diversasfeiras da produção nacionalcom a exibição de váriosprodutos fabricados emAngola, muitos deles comelevada qualidade e compreços iguais ou inferioresaos produtos s imilaresimportados e que já sãoamplamente transacciona-

dos nos nossos mercados,incluindo nas grandes super-fícies comerciais.

Há ainda a registar o au-mento da produção de váriosprodutos, nomeadamente doaçúcar, que passou de umaprodução anual de cerca de58.000 toneladas em 2017para cerca de 73.000 toneladasem 2018; da farinha de trigo,que passou de cerca de 87.000toneladas em 2017 para272.000 em 2018; dos iogur-tes, que passou de cerca de784.000 litros em 2017para2.000.080 litros em 2018, edas massas alimentícias, quepassou de cerca de 400 tone-ladas em 2017para 950 tone-ladas em 2018.

Senhor Presidente,Senhores Deputados,

Os sectores da Energia eÁguas, da Saúde e da Edu-cação, são talvez aquelesque mais preocupação sus-citam junto das famíliasangolanas e é justo e com-preensível que assim seja.

No que diz respeito aosector da Energia e Águas,importa referir que, com-parativamente a 2017, acapacidade instalada do sec-tor eléctrico é hoje de 5.235megawatts, o que representaum incremento de cerca de19%, sendo o número declientes abastecidos pelarede pública de 1.569.554.

No sector das Águas,houve um aumento de17,42% na produção, quepassou de 157,73 milhões demetros cúbicos em 2017 para185,22 milhões em 2018. Nadistribuição verificou-seum aumento de 54,66%,passando-se de 107,83milhões de metros cúbicosde água em 2017 para 166,77milhões em 2018.

Encontra-se já concluídaa construção dos sistemasde abastecimento de águadas vi las do Calueque,Golungo Alto, Gonguembo,Cahama, Rivungo, Cuemba,Cunhinga, Nharea, Jamba eBibala.

Ao nível da Saúde, foraminauguradas nestes dois anosvárias unidades sanitáriasde cuidados primários desaúde, designadamente osHospitais Municipais deMaquela do Zombo e doQuimbele e o Centro deSaúde da Quilemba.

Foram ainda reinaugu-rados o Hospital Ngola-Kim-banda e 8 Centros orto-pédicos de medicina e rea-bilitação física, de um uni-verso de 11 previstos, queaumentaram em grandemedida a capacidade de pro-dução de próteses e ortoses,bem como de consultas etratamento de fisioterapia.

Em curso estão obras deconstrução e apetrecha-mento de hospitais nacionaise provinciais, com previsãode conclusão em 2020,designadamente o HospitalGeral de Cabinda, o HospitalSanatório de Luanda, o Hos-pital Materno-Infantil daCamama em Luanda, o Ins-tituto Hematológico Pediá-trico de Angola e o Institutode Medicina Forense, vulgomorgue de Luanda.

Prevê-se ainda, para 2019,o início da empreitada donovo Hospital de Queimadose a reabilitação do Hospital

Aumentou igualmente a produção de tilápiana aquicultura continental. Na localidade do

Missombo, no Cuando Cubango, foiconstruído um Centro de larvicultura paraprodução de alevinos e engorda de tilápia

4 Quarta-feira16 de Outubro de 2019ESPECIAL

Page 4: SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO O nosso foco …imgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/1382902815_especial.pdfdo país poderemos ter uma Angola diferente no futuro. Senhor Presidente, Senhores

5SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Américo Boavida, ambosem Luanda.Está em execução um

plano de abertura de centrospúblicos de hemodiálise emcinco províncias, que vãoassegurar a redução gradualdos custos com o tratamentoao nível local e a redução radi-cal de evacuações para o exte-rior por insuficiência renal.O Estado angolano vem

suportando ao longo dedécadas as despesas com286 doentes em junta médicaem Portugal, dos quais 48insuficientes renais, partedeles transplantados, e mais152 acompanhantes.Estamos determinados a

reverter esta situação o maisrápido possível por se apre-sentar insustentável, inves-tindo no país em infra-estruturas e recursos huma-nos em vez de continuar agastar os avultados recursostransferidos anualmente.Em termos de unidades

de hemodiálise, para alémdos privados existentes,entraram recentemente emfuncionamento os centrospúblicos de hemodiálise daHuíla e do Hospital PediátricoDavid Bernardino em Luandae a mais recente unidade dohospital provincial do Luena,no Moxico. A perspectiva éabrir mais centros públicosde hemodiálise em Luandae em outras províncias.Depois da realização em

2018 do primeiro concursopúblico de ingresso no sectorda Saúde a partir do qual9.120 profissionais foramcolocados nos municípios,estão a ser criadas as con-dições para um novo con-curso ainda em 2019.Foram aprovados os novos

estatutos das carreiras médi-cas, de enfermagem, de téc-nicos de diagnóstico e deapoio hospitalar com vistaa promover, dignificar, valo-rizar e estimular os profis-sionais de saúde e tambémos estatutos remuneratóriosdas carreiras de saúde, quebeneficiaram para cima de44 mil profissionais.Foi introduzida a Plata-

forma do Sistema Nacionalde Contratação Electrónicapara compras agrupadas demedicamentos e de produtosmédicos e sua aquisição adi-cional às agências das NaçõesUnidas, em especial para osprogramas da malária, datuberculose, do VIH/SIDA,das vacinas, da hipertensãoe dos diabetes. Com esta forma transpa-

rente e sem intermediários,o Estado angolano poupa60% das despesas que tinhanum passado recente coma aquisição de medicamentose de vacinas.Está em curso a regulação

dos preços dos medicamen-tos e foi decretada a isençãode taxas aduaneiras na im-portação de medicamentos,reagentes e equipamentoshospitalares.Ao nível de todo o território

nacional, foi reforçada a vigi-lância epidemiológica, o quepermitiu detectar em tempooportuno e responder deforma adequada às epidemiasde sarampo e de poliomielite,contra as quais foram reali-zadas campanhas nos muni-cípios das províncias da LundaNorte, Lunda Sul, Moxico,Huambo, Huíla, Bié, Cuando

Cubango e Cunene.Acompanhando a evolu-

ção da ciência e da tecnologiapostas à disposição da huma-nidade, foi aprovada a Leidos transplantes de órgãosque também vai reduzir onúmero de evacuações dedoentes para o exterior, logoque sejam criadas as con-dições técnicas e de recursoshumanos adequados no país.Em dois anos - 2018 e

2019 -, o Chefe de Estadovisitou as principais unidadeshospitalares de Luanda,nomeadamente o HospitalSanatório, o Hospital Amé-rico Boavida, o HospitalJosina Machel, o HospitalPediátrico David Bernardino,o Hospital Oncológico, oHospital Neves Bendinha,vulgo dos queimados, oshospitais provinciais e dealguns municípios das pro-víncias visitadas, onde inte-ragiu com os profissionaise doentes para in loco melhorse inteirar dos problemasque vivem.Na sequência dessas visi-

tas, decidiu-se pela cons-trução com carácter de ur-gência de um novo hospitalsanatório cujas obras ter-minam em breve, e de umnovo hospital para queima-dos cujas obras iniciam embreve. Todas unidades visi-tadas receberam em seguidaverbas adicionais extraor-dinárias que permitirammelhorar a qualidade dosserviços.Ao nível da Educação e

no quadro das infraestruturasescolares, registou-se umaumento de aproximada-mente 7,3% no número deescolas, passando de 17.119em 2017 para 18.322 em 2019.Quanto a salas de aulas,

passou-se de 85.143 em 2018para 97.684 salas, desde aeducação pré-escolar até aoensino secundário. Esseaumento de 12.546 salas deaulas possibilitou a matrículade 10.608.415 alunos, o querepresenta um aumento de11,3% de alunos. Foi reduzido na ordem de

37,6% o número de criançasfora do sistema de ensino,passando de 2.044.628 crian-ças em 2018 para 1.275.645em 2019.

No subsistema de Edu-cação pré-escolar, forammatriculadas 930.000 crian-ças e atendidas 31.844 comnecessidades educativasespeciais, quando em 2017o número tinha sido de27.300,o que perfaz umavariação positiva de 16,6%. O número de professores

que em 2017 era de 181.624,conheceu em 2018 umaumento de 10,9% por viado concurso público reali-zado, sendo actualmente de200.674 professores. Comvista a formar professorescom a qualidade requerida,foi inaugurado no ano pas-sado em Luanda o MagistérioMutu ya Kevela, que hojeatende um número de 2.234alunos.Na sequência do recadas-

tramento de professores aonível nacional e por meioda poupança obtida nesteprocesso, foi criado umfundo salarial próprio quevai permitir ainda este anoa realização de um concursopúblico para o ingresso de10 mil novos professores.Relativamente à educação

de adultos, foi aprovado oPlano de Aceleração para aIntensificação da Alfabeti-zação e Educação de JovensAdultos, com o objectivo dealargar a rede de parceirose diversificar as fontes definanciamento para a alfa-betização.Está em curso o Projecto

de Revitalização do EnsinoTécnico e da Formação Pro-fissional com o apoio daUnião Europeia, visandomelhorar a qualidade e arelevância dos currículos edas qualificações obtidasnessas áreas e assim pro-porcionar a inserção dosjovens diplomados no mer-cado de trabalho.Em 2020 serão abertos três

novos cursos de mestrado emmetodologias de ensino espe-cializado para a educação deinfância no ISCED da Huíla,para o ensino primário noISCED de Benguela, e para oensino de línguas no ISCEDde Luanda. Trata-se de um passo

determinante para a elevaçãodo nível de qualificação dosprofessores, que se pretende

a médio prazo vir a ser asse-gurada exclusivamente peloEnsino Superior Pedagógico.Entretanto foi realizado

o Encontro Nacional da Edu-cação, que permitiu a recolhade importantes contribuiçõespara a melhoria do sistemade educação e ensino emAngola. Para atender às crescentes

necessidades do sector, estáem curso o processo de aqui-sição e distribuição de 2milhões e 400 mil cartei-ras,80 mil quadros, 92 milsecretárias para professorese 90 laboratórios de física,química e biologia.No âmbito do Ensino

Superior, Ciência, Tecnologiae Inovação, registou-se umaumento de cerca de 21%no número de estudantesinscritos, que passou de2 54 . 8 1 6 em 20 1 7 p a ra308.309 em 2019. A metado Executivo em atingir 300mil estudantes em 2022 foijá ultrapassada.Registou-se um aumento

de 1.500 bolsas de estudointernas de graduação, pas-sando de 4.000 em 2017 para5.500 em 2019. A meta é atin-gir 6 mil bolsas internas em2022. As bolsas de estudointernas de pós-graduaçãoaumentaram em 233%, tendopassado de 300 para 1.000.No período de 2017 a 2019,

a oferta formativa doutoralao nível do país aumentouem 43%, com os programasde doutoramento em geo-logia, ciências biomédicase saúde pública. O Executivo deu início ao

programa de envio anual de300 licenciados e mestresangolanos com elevadodesempenho e mérito aca-démico para as melhores uni-versidades do mundo. Osprimeiros 68 candidatos foramjá seleccionados, através deum processo rigoroso dirigidopor um júri de prestigiadosacadémicos e especialistas. Note-se que esta impor-

tante acção estratégica parao país consta dos programasde governação desde 2008mas nunca chegou a serimplementada.C om a UNESCO, o

Governo assinou um acordopara a formação de 165 dou-

tores em alguns domíniosda ciência em prestigiadasinstituições estrangeiras deensino superior e de inves-tigação científica.No país foram legalizadas

7 instituições privadas e 104novos cursos de instituiçõesprivadas, o que permitiuaumentar a oferta formativa.Foi aprovado o novo esta-

tuto da carreira docente doensino superior e respectivoestatuto remuneratório,tendo sido possível promover1.050 docentes sendo namaioria para a categoria deprofessor auxiliar, muitosdos quais estavam estagna-dos na carreira há mais de20 anos.No momento decorre um

concurso público para aadmissão de docentes e defuncionários administrativosnum total de 1.223 vagas,para cobrir o défice de pessoalefectivo nas instituições deensino superior públicas.No domínio da Ciência e

Investigação, foi feita aactualização do Estatuto daCarreira de InvestigadorCientífico e do respectivoestatuto remuneratório,tendo-se criado as basespara tornar a carreira maisatractiva. Está também emfase avançada a construçãode um parque de ciência etecnologia em Luanda.Através do Projecto de

Desenvolvimento da Ciên-cia e Tecnologia, estão dis-poníveis cerca de 7.600.000dólares americanos parafinanciar 191 projectos deinvestigação científica até2021.Angola aderiu em 2017

ao Centro Internacional deInvestigação Científica doAtlântico, uma rede para acooperação internacionalde iniciativa governamental,com uma abordagem inte-gradora para o avanço e par-tilha do conhecimento e dedados sobre o espaço, aatmosfera, os oceanos e asalterações climáticas.Em 2018 Angola aderiu

igualmente ao Sistema deInformação sobre Biodiver-sidade Global, uma organi-zação internacional dedicadaà promoção, compilação,vinculação, padronização,

digitalização, divulgação euso global dos dados de bio-diversidade do mundo.Nesse mesmo ano, aderiu

também aos Estatutos doCentro Internacional para aEngenharia Genética e Bio-tecnologia, uma organizaçãointergovernamental queopera no sistema das NaçõesUnidas e que forma umarede interactiva com maisde 60 Estados membros.

Senhor Presidente,Senhores Deputados,Minhas Senhoras, Meus Senhores,

No quadro do sector daConstrução e Obras Públicas,foi elaborado o Plano de Sal-vação de Estradas. Foramreabilitados 935 quilómetrosda rede primária de estradas,160 da rede secundária e 40da rede de vias urbanas asfal-tadas, e reabilitadas 28 pontesrodoviárias.Foram, de entre outras,

reabilitadas as vias secun-dárias da cidade do Kuitonuma extensão de 12 qui-lómetros; reabilitada a EN120no troço Alto Dondo/WakoKungo/Ponte do rio Keve eo lote 2; reabilitada a EN 230no troço Lucala/Malanje/Sa-urimo; reabilitada a EN160no troço Mussolo/Dum-ba/Cabango; concluída aestrada Luanda-Soyo numaextensão de 96,9 quilóme-tros; reabilitada a EN100notroço Cabo Ledo-Lobito;reabilitada a EN 120 do AltoDondo ao desvio da Mu-nenga; reabilitada a estradaAlto Dondo-Canda no troçoSão Pedro da Quilenda/AltoDondo e reabilitada a estradaGabe la-Quilenda, com pre-visão de ligar à EN 120 noQuizoe.Foram construídas 887

casas sociais e o novo Co-mando Provincial da Políciaem Cabinda. Continuam ostrabalhos de construção deinfraestruturas para 10 milfogos habitacionais na cidadedo Kilamba.Relativamente ao sector

do Ordenamento do Terri-tório e Habitação, foi ela-borado o mapa da divisãopolítico-administrativa deAngola e foram aprovadosos planos directores muni-cipais de Benguela, BaíaFarta, Lobito, Cubal, Caim-bambo, Chongorói, Bocoio,Catumbela e Ganda, na pro-víncia de Benguela; Andulo,Camacupa, Catabola, Chi-tembo, Chinguar, Cuemba,Cuito, Cunhinga, na provín-cia do Bié, e Viana, na pro-víncia de Luanda.Para comercialização,

foram disponibilizadas 17.784unidades habitacionais nasseguintes centralidades:No Lobito, 2.000 unida-

des; na Baía Farta, 1.000 uni-dades; na ReconversãoUrbana do Cazenga, 748 uni-dades; Na 5 de Abril, noNamibe, 2.000 unidades; naPraia Amélia, no Namibe,2.000 unidades; no Andulo,Bié, 172 unidades; no Kilo-moso, Uíge, 1.010 unidades;no Zango 5, em Luanda,8.000 unidades; Quilemba,na Huíla, 854 unidades, emais 1023 apartamentos noZango Vida Pacífica, emLuanda, e ainda 2010 casasda Centralidade do Sumbe,ambas com previsão de

Quarta-feira16 de Outubro de 2019ESPECIAL