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Osvaldo Gonçalves Após realizarem testes em estudantes que consumiam regularmente atum enla- tado, os investigadores detectaram a presença nos seus organismos de peque- nas doses de mercúrio, ele- mento químico nocivo à saúde dos seres humanos. Para efectuarem o estudo, os cientistas usaram amostras de cabelos dos alunos, 54 por cento dos quais consumiam atum três vezes por semana, o que já pode estar acima da dose de metilmercúrio considerada segura pela Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Sete dos participantes admitiram comer atum 20 vezes por semana. Myra Finkelstein, professora- adjunta da instituição, afir- mou que os resultados obtidos não significavam necessariamente que os estudantes sofressem os efeitos de toxicidade, mas que a tal nível de consumo é recomendável reduzir a exposição ao mercúrio. A maioria esmagadora dos estudantes (99 por cento) desconhecia os peri- gos da exposição ao mer- cúrio, o que, na opinião dos académicos, demons- tra que grande parte da população em geral não está a par desses riscos. A EPA recomenda que podem ser consumidas duas a três porções de atum enlatado por semana, mas a maioria dos estu- dantes pensava ser seguro ir além disso. O mercúrio pode causar danos neurológicos e tem efeitos na saúde reprodutiva do ser humano, razão pela qual a preocupação com o consumo do atum é maior nas mulheres grávidas e nas crianças. Estudos apontam que, em casos mais graves, o mercúrio pode levar à cegueira, ao impedimento cognitivo e ao mau funcionamento pulmonar. Pesca exaustiva O atum em lata e a sua uti- lização em sushi e sashimi fazem com que o peixe seja cada vez mais valorizado e haja, por isso, mais con- corrência entre os pesca- dores, levando à sua pesca excessiva. Por oca- sião do Dia Mundial do Atum, 3 de Maio, a ONU informou que cerca de sete milhões de toneladas desse peixe são pescadas todos os anos. As variedades representam 20 por cento do valor de todas as capturas no mundo e mais de oito por cento de todo o peixe e marisco comercializado. “O atum e peixes seme- lhantes são muito impor- tantes economicamente, tanto para os países desen- volvidos, quanto para os países em desenvolvi- mento, e representam uma fonte significativa de alimentos”, acrescen- tou a Organização das Nações Unidas. A organização considera a celebração da data “um passo importante para reco- nhecer o papel crítico do atum no desenvolvimento susten- tável, segurança alimentar, oportunidades económicas e meios de subsistência de pessoas em todo o mundo”. O Pacífico Ocidental e Central, regiões que detêm a maior zona pesqueira do atum, é considerado um exemplo de conservação da espécie, assinala a ONU. Recorde de preços A grande procura pelo atum, sobretudo, para a confecção de sushi e sas- himi atinge proporções tão elevadas, que se tor- nam recordes. Em Janeiro deste ano, na primeira venda do ano no tradicional Leilão de Ano Novo, realizado no mercado de peixe de Tóquio, Japão, o proprietário da cadeia de restaurantes japonesa Sushizanmai, Kiyoshi Kimura, pagou 3,1 milhões de dólares por um atum rabilho, de 278 quilogramas. Kimura estabeleceu, assim, um novo recorde naquele que é considerdo o maior leilão de atum do mundo, superando o seu próprio máximo, estabe- lecido em 2013, quando pagou 1,16 milhões por um exemplar pescado na costa de Aomori, no Norte do Japão. No ano passado, o valor mais alto pago foi dez vezes menor do que este. Após a compra, Kimura falou aos jornalistas: “O atum parece gostoso e fresco, mas acho que paguei um pouco demais. Espera- va comprar por 50 ou 60 milhões de ienes, no máximo, mas saiu por cinco vezes mais”, disse. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) alertou, em 2017, que o atum estava a desaparecer dos oceanos e que as suas reservas comerciais poderiam vir a extinguir-se em apenas um ano no Medi- terrâneo e noutras zonas. Até 2050, 25 mil espé- cies de animais e plantas, já em perigo de extinção devido à acção humana, podem deixar de existir. Em 2017, alertava, atra- vés da sua lista vermelha, que mais de 25 mil animais e plantas estão em perigo de extinção e que vão dei- xar de existir até 2050, muitas delas afectadas pela acção humana. O atum rabilho faz parte da lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Este peixe, mais característico dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, corre o risco de extinção devido à sobrepesca. Caso a sua exploração continue ao mesmo ritmo, a espécie pode desaparecer, pois o seu stock disponível caiu mais de 85 por cento de 1973 a 2009. O Japão consome 80 por cento de todo o atum blue- fin (atum azul) pescado ou criado no mundo. 18 DESTAQUE Domingo 11 de Agosto de 2019 ESPÉCIE CORRE RISCOS DE EXTINÇÃO A recente divulgação por investigadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, Estados Unidos da América, que o atum, se consumido em excesso, pode causar danos à saúde poderá ter algum impacto sobre o mercado internacional. Mas é importante ter em conta as tradições que tornam esse peixe dos mais valorizados do mundo “Atum nosso de cada dia” pode causar danos à saúde O atum em lata e a sua utilização em sushi e sashimi fazem com que o peixe seja cada vez mais valorizado e haja, por isso, mais concorrência entre os pescadores, levando à sua pesca excessiva

ESPÉCIE CORRE RISCOS DE EXTINÇÃO “Atum nosso de cada dia ...imgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/384270706_binder1.pdf · Domingo DESTAQUE 11 de Agosto de 2019 19 A marca do maior

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Osvaldo Gonçalves

Após realizarem testes emestudantes que consumiamregularmente atum enla-tado, os investigadoresdetectaram a presença nosseus organismos de peque-nas doses de mercúrio, ele-mento químico nocivo àsaúde dos seres humanos.Pa ra e f e c tua rem o

estudo, os cientistas usaramamostras de cabelos dosalunos, 54 por cento dosquais consumiam atumtrês vezes por semana, oque já pode estar acima dadose de metilmercúrioconsiderada segura pelaAgência de ProtecçãoAmbiental dos EstadosUnidos (EPA).Sete dos participantes

admitiram comer atum 20vezes por semana. MyraFinkelstein, professora-adjunta da instituição, afir-mou que os resultadosobtidos não significavamnecessariamente que osestudantes sofressem osefeitos de toxicidade, masque a tal nível de consumoé recomendável reduzir aexposição ao mercúrio.A maioria esmagadora

dos estudantes (99 porcento) desconhecia os peri-gos da exposição ao mer-cúrio, o que, na opiniãodos académicos, demons-tra que grande parte dapopulação em geral nãoestá a par desses riscos. AEPA re c omenda q u epodem ser consumidasduas a três porções de atumenlatado por semana,mas a maioria dos estu-dantes pensava ser seguroir além disso.O mercúrio pode causar

danos neurológicos e temefeitos na saúde reprodutivado ser humano, razão pelaqual a preocupação com oconsumo do atum é maiornas mulheres grávidas enas crianças. Estudosapontam que, em casosmais graves, o mercúriopode levar à cegueira, aoimpedimento cognitivo eao mau funcionamentopulmonar.

Pesca exaustivaO atum em lata e a sua uti-lização em sushi e sashimifazem com que o peixe sejacada vez mais valorizadoe haja, por isso, mais con-corrência entre os pesca-dores, levando à sua pesca

excessiva.Por oca-

sião do DiaMund i a l d oAtum, 3 de Maio,a ONU informou quecerca de sete milhões detoneladas desse peixe sãopescadas todos os anos. Asvariedades representam20 por cento do valor detodas as capturas no mundoe mais de oito por centode todo o peixe e mariscocomercializado.

“O atum e peixes seme-lhantes são muito impor-tantes economicamente,tanto para os países desen-volvidos, quanto para ospaíses em desenvolvi-mento, e representamuma fonte significativade alimentos”, acrescen-tou a Organização dasNações Unidas. A organização considera

a celebração da data “umpasso importante para

reco-nhecer o

papel crítico do atum nodesenvolvimento susten-tável, segurança alimentar,oportunidades económicase meios de subsistência depessoas em todo o mundo”.O Pacífico Ocidental e

Central, regiões que detêma maior zona pesqueira do

atum, é considerado umexemplo de conservaçãoda espécie, assinala a ONU.

Recorde de preçosA grande procura peloatum, sobretudo, para aconfecção de sushi e sas-himi atinge proporçõestão elevadas, que se tor-nam recordes. Em Janeiro deste ano,

na primeira venda do anono tradicional Leilão de

Ano Novo,real izado nomercado de peixe deTóquio, Japão, o proprietárioda cadeia de restaurantesjaponesa Sushizanmai,Kiyoshi Kimura, pagou3,1 milhões de dólarespor um atum rabilho, de278 quilogramas.Kimura estabeleceu,

assim, um novo recordenaquele que é considerdoo maior leilão de atum domundo, superando o seupróprio máximo, estabe-lecido em 2013, quandopagou 1,16 milhões porum exemplar pescado nacosta de Aomori, no Nortedo Japão.No ano passado, o valor

mais alto pago foi dez vezesmenor do que este. Apósa compra, Kimura falouaos jornalistas: “O atumparece gostoso e fresco,mas acho que paguei umpouco demais. Espera-va comprar por 50 ou 60mi lhões de ienes , nomáximo, mas saiu porcinco vezes mais”, disse.O Fundo Mundial para

a Natureza (WWF) alertou,em 2017, que o atum estavaa desaparecer dos oceanose que as suas reservas

comerciaispoderiam vir

a extinguir-se emapenas um ano no Medi-terrâneo e noutras zonas.Até 2050, 25 mil espé-

cies de animais e plantas,já em perigo de extinçãodevido à acção humana,podem deixar de existir.Em 2017, alertava, atra-

vés da sua lista vermelha,que mais de 25 mil animaise plantas estão em perigode extinção e que vão dei-xar de existir até 2050,muitas delas afectadas pelaacção humana. O atum rabi lho faz

parte da lista vermelhada União Internacionalpara a Conservação daNatureza (IUCN). Estepeixe, mais característicodos oceanos Atlântico,Índico e Pacífico, corre orisco de extinção devidoà sobrepesca. Caso a suaexploração continue aomesmo ritmo, a espéciepode desaparecer, pois oseu stock disponível caiumais de 85 por cento de1973 a 2009.O Japão consome 80 por

cento de todo o atum blue-fin (atum azul) pescado oucriado no mundo.

18 DESTAQUE Domingo11 de Agosto de 2019

ESPÉCIE CORRE RISCOS DE EXTINÇÃO

A recente divulgação por investigadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz,Estados Unidos da América, que o atum, se consumido em excesso, pode causar danosà saúde poderá ter algum impacto sobre o mercado internacional. Mas é importanteter em conta as tradições que tornam esse peixe dos mais valorizados do mundo

“Atum nosso de cada dia”pode causar danos à saúde

O atum em lata e a sua utilização em sushie sashimi fazem com que o peixe seja cada vez mais valorizado e haja, por isso, mais

concorrência entre os pescadores, levandoà sua pesca excessiva

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Domingo11 de Agosto de 2019 19DESTAQUE

A marca do maior fabricantede atum em lata do mundo, oThai Union Group, baseado naTailândia, é a “Chicken of theSea” (Frango do Mar). A com-panhia foi criada em 1914, alturaem que o atum se destinavaprincipalmente à alimentaçãode gatos.

Os seres humanos come-çavam então a consumir maise mais atum, sobretudo nosEstados Unidos, e para con-vencer a clientela, exaltava-se a qualidade do produto,apresentado como carne maciade sabor suave.

Entendidos afirmam que acomparação com os galináceosé uma afronta para o atum,peixe de sangue quente, cujoconsumo cresceu ao longo doséculo XX, até se tornar um favo-rito global. Eles assinalam quea sua carne gorda e suculentaestá presente numa gamaenorme de pratos, desde a laricaimprovisada à alta gastronomia.

O preço do atum var iamuito, sendo as espécies maisvalorizadas a Thunnusmaccoyii,a Thunnusorientalis e a Thun-nusthynnus, conhecidas pelonome genérico bluefin − “bar-batana azul” ou “atum azul”,que pode chegar a cinco metrosde comprimento e cerca de640 quilos.

O maior bluefin já capturadopesava 780 quilos. Devido aotamanho, por norma, são ven-didos aos pedaços. A parte maisapreciada e mais cara encon-tra-se na barriga do peixe, maisconhecida pelo nome em japo-nês (“o-toro”), carne gorda,

rosada e deliciosa.Barbara Block, bióloga mari-

nha da Universidade Stanford,unidade privada situada em PaloAlto, Califórnia, Estados Unidos,chegou a apelidar o bluefin de"Cocaína do Mar", devido aosaltos lucros que podem ser obti-

dos por um único peixe.Richard Ellis, também bió-

logo marinho, refere-se assima esse peixe, que a pesquisadorainglesa Lucy Hawkes chamou“Ferrari do Oceano”: “Para osbiólogos, o atum é o epítomeda excelência hidrodinâmica;

ele é rápido, poderoso e tem odesign ideal”. Os bluefin fazemviagens transoceânicas a 90quilómetros por hora.

A grande procura de atumpara a indústria de conservas epara sushi e sashimi, sobretudo,levou à criação de fazendasaquáticas para garantir reservasde peixe fresco. Embora permi-tam a captura imediata, as ins-talações deixam o peixe maiscobiçado do mundo em riscode extinção.

Currais flutuantes confinamos cardumes, como se fossemmanadas de animais, e estesnada mais fazem além decomer até atingirem o pesoideal para o abate.

Helicópteros ou avionetaslocalizam os cardumes de atunsadolescentes e os pilotos avisamos barcos pesqueiros, que envol-vem os peixinhos com umarede, à qual é arrastada dentrode água até um curral fixo, umaestrutura circular e flutuante,no meio do mar, onde vão moraraté morrer.

Durante vários meses ouaté um ano, são alimentadosde forma intensiva, com peixesmenores, principalmente sar-dinhas, e, quando estão gor-dos o bastante para o leilãode Tsukiji, dois “cowboys deatum” abatem-nos.

As “fazendas de atum” sãoum método cons ide radodanoso para a espécie, pois ospeixes, capturados ainda muitojovens, são impedidos de pro-criar, o que leva a que a popu-lação da espécie caia a umritmo preocupante.

“Bluefin” pode atingir cinco metros de comprimento

O maior bluefin já capturado pesava 780 quilos.Devido ao tamanho, por norma, são vendidos aos pedaços. A parte mais apreciada e mais cara encontra-se na barriga do peixe, maisconhecida pelo nome em japonês (“o-toro”),

carne gorda, rosada e deliciosa

YOSHIKAZU TSUNO/AFP

A “COCAÍNA” DO MAR

Os diferentes grupos deatum (género Thunus) sãodas espécies de peixe maisimportantes para o sector pes-queiro em todo o mundo. Vivemnas regiões tropicais e subtro-picais de todos os oceanos.

De corpo alongado, fusi-forme, boca grande e alongada,possuem duas barbatanasdorsais bem separadas e ajus-táveis a um sulco no dorso,seguidas por grupos de lepi-dotríquias também na regiãodo ventre. A barbatana caudalé bifurcada e, no seu pedún-culo, ostenta duas quilhas dequeratina, uma proteína sin-tetizada.

De acordo com os cientis-tas, um atum pode nadar até170 quilómetros num só dia.Os biólogos marinhos referem

que existem no mundo oitoespécies de atum ou Thunnus(família Scombridae, classeActinopterygii):

Thunnus alalunga -Albacora(do nome em inglês) ou Alva-cora (Açores), Atum-branco,Atum albino ou Avoador(Angola) ou Asinha (por causadas suas longas barbatanaspeitorais), Bandolim e Caro-rocatá (Brasil) e Peixe-mani-nha (Cabo Verde).

Thunnus albacares - Alba-cora, Albacora-da-lage, Alba-cora-cachorra (Brasil), Atum,Atum-amarelo (do inglês “yel-lowfin”), Atum-oledê (S. Tomée Príncipe), Atum-de-galha-à-ré (Cabo Verde), Rabão (Angola)e Rabo-seco (Cabo Verde).

Thunnus atlanticus (endé-mico no Oceano Atlânticoocidental) - Albacora, Alba-cora-preta ou Albacorinha,Atum-barbatana-negra ouAtum-negro.

Thunnus maccoyii (encon-trado apenas na parte sul de todosos oceanos) - Atum-do-Sul.

Thunnus obesus (encontradoapenas em águas com tem-

peraturas entre 13°-29 °C,mas o intervalo óptimo é entre17°-22 °C; tem um valor muitoelevado no mercado, umavez que é processado como"sashimi" no Japão) - Alba-cora, Albacora-cachorra (Bra-sil) ou Albacora-olho-grandeou Atum-de-olho-grande (donome em inglês "bigeyetuna"), Atum, Atum-fogo (S.Tomé e Príncipe), Atum-obeso,Atum-patudo ou simples-mente Patudo.

Thunnus orientalis (endêmicodo Oceano Pacífico Norte) -não se conhecem nomes emportuguês, algo no mínimocurioso, uma vez que a pes-caria de atum da Califórniafoi iniciada por portugueses.

Thunnus thynnus, atum-rabilho (típico do OceanoAtlântico; criado em instala-ções de aquacultura no Japão,onde a sua carne é processadacomo “sashimi”).

Thunnus tonggol - Atum-do-Índico, Atum tongol, Bonito-Oriental (Moçambique)

Outras espécies da mesmafamília também considera-das atum:

Katsuwonus pelamis (umadas principais espécies do pontode vista pesqueiro; forma car-dumes à superfície nas regiõestropicais de todos os oceanos)- atum judeu, atum-bonito,barriga-listada (Brasil), bonitoou bonito-de-ventre-raiado oude barriga-listada (ou listrada)ou apenas listado, cachorrinhaou judeu (Cabo Verde), gaiado,sarrajão ou ainda serra.

Cybiosarda elegans - Atum-dente-de-cão

Allothunnus fallai - Atum-foguete. Em Angola, o atumnão é devidamente valorizado,sendo muitas vezes confundidocom o quimbumbo ou merma(Euthynnus alletteratus).

Oito espéciesdiferentes

Kiyoshi Kimura, dono do restaurante da cadeia de sushi “Sushi Zanmai” no Japão, adquiriu um atum de 200kg