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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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Page 1: relatorio_coelce

R E L A T Ó R I O A N U A L D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 8

Page 2: relatorio_coelce

MISSÃO, VISÃO, VALORES | GRI 4.8 |

Em 2008, a Coelce teve a sua missão reformulada, a fim de deixá-la mais objetiva e clara, para estar mais próxima dos seus clientes, cola-

boradores, acionistas e demais públicos estratégicos. A mensagem também procura ser inspiradora, uma vez que a aspiração da empresa é

desenvolver-se juntamente com a melhoria dos indicadores socioeconômicos do Estado do Ceará.

A Visão permanece a mesma, com foco em três pilares – gente, cliente e resultado –, para ser vista como referência em segurança do trabalho,

em responsabilidade socioambiental e eficiência mundial nas operações.

Com a reestruturação da Endesa Brasil, da qual faz parte, os Valores se modificaram, na busca por objetivos comuns entre as empresas,

capazes de elevar o nível de excelência dos serviços prestados e a satisfação de seus clientes.

Missão

Coelce: Gente e energia para um mundo melhor!

Energia orientada para um relacionamento próximo e transparente com nossos clientes, crescendo junto com o Ceará e gerando valor para os

acionistas, através da satisfação e compromisso de todo o nosso time.

Visão

A Coelce quer ser até 2011:

Gente: A melhor empresa para se trabalhar no Nordeste;

Cliente: A número 1, no Ceará, em atendimento e proximidade com clientes;

Resultado: Uma das três melhores empresas de distribuição de energia elétrica do Brasil.

Valores

Respeitamos a vida

• Segurança em tudo que fazemos

• Compromisso com a sociedade e o meio ambiente

• Respeito às pessoas

gente cliente resultado+ +

Somos Simples

• Simplicidade nas ações

• Transparência e confiança nas relações

Criamos Valor

• Inovação em processos e negócios

• Compromisso e profissionalismo

• Parcerias sustentáveis

Page 3: relatorio_coelce

Perfil institucional

MensageM da adMinistraÇÃo

aPresentaÇÃo do relatório

coMProMissos coM a sustentabilidade

conduta: governanÇa corPorativa e ética

acionistas: criaÇÃo de valor

clientes: atendiMento coM ProxiMidade

Pessoas: desenvolviMento Profissional, saúde e seguranÇa

Meio aMbiente: PreservaÇÃo e consuMo consciente

inovaÇÃo e criatividade: incentivo à eficácia

sociedade: educaÇÃo e resPonsabilidade social

PreMiaÇões e reconheciMentos

balanÇo social anual ibase

suMário de conteúdo gri

deMonstraÇões financeiras

inforMaÇões corPorativas

4

10

12

14

20

32

44

60

78

92

98

108

110

114

122

162

Índice

Page 4: relatorio_coelce

PRINCIPAIS INDICADORES | gri 2.8 |

Mercado 2004 2005 2006 2007 2008

Energia faturada (GWh) 6.260 6.713 6.877 7.327 7.656

Nº de consumidores ativos (milhares) 2.334 2.438 2.543 2.689 2.842

Consumo residencial médio (KWh/ano) 1.079 1.120 1.116 1.184 1.196

Tarifas médias de fornecimento 1 (R$/MWh)

Residencial 2 305,75 482,89 554,10 503,00 516,95

Residencial baixa renda - 178,07 212,54 203,50 255,41

Comercial 364,01 408,96 462,32 422,92 437,47

Industrial 217,72 261,63 332,75 303,84 317,48

Rural 173,44 191,31 207,00 186,55 250,95

Econômico-financeiros 2004 2005 2006 2007 2008

Resultados (R$ mil)

Receita operacional bruta 1.849.892 2.224.753 2.336.960 2.447.849 2.696.537

Receita operacional líquida 1.334.283 1.487.312 1.567.575 1.718.879 1.915.044

EBITDA (R$ mil) 3 223.458 359.859 532.623 476.045 569.646

Resultado do serviço – EBIT 4 94.595 255.314 423.061 351.911 458.909

Resultado financeiro (33.436) (5.666) (10.748) (7.836) (48.916)

Lucro líquido 36.529 189.124 298.258 244.751 338.523

Lucro líquido por ação 5 0,47 2,43 3,83 3,14 4,35

Margens (%) 2004 2005 2006 2007 2008

Margem EBITDA 16,7% 24,2% 34,0% 27,7% 29,7%

Margem EBIT 7,1% 17,2% 27,0% 20,7% 24,0%

Margem líquida 2,7% 12,7% 19,0% 14,2% 17,7%

Financeiro 2004 2005 2006 2007 2008

Ativo total (R$ mil) 6 2.386.481 2.400.409 2.510.593 2.569.250 2.781.587

Patrimônio líquido (R$ mil) 7 1.146.326 733.919 780.464 850.449 917.101

Investimentos (R$ mil) 172.605 251.139 343.098 396.908 473.307

Liquidez (ativo circulante/ passivo circulante) 1,21 0,99 0,75 0,73 0,75

Retorno sobre patrimônio líquido (%) 3,2% 20,1% 39,4% 30,0% 36,9%

Dívida financeira bruta (R$ mil) 6 641.572 622.813 489.001 565.741 845.141

Dívida financeira líquida (R$ mil) 6 555.155 470.180 424.349 * 553.377 829.303

Dívida financeira líquida/ patrimônio líquido 48,4% 64,1% 54,4% 65,0% 60,3%

1 Inclui ICMS2 Em 2004, contempla clientes residenciais normais e baixa renda3 EBITDA reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social, das depreciações e amortizações. O EBITDA é utilizado como medida de desempenho pela administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas4 EBIT reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social. O EBIT é utilizado como medida de desempenho pela administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas5 Os anos de 2004 a 2006 foram ajustados para fins de comparação, devido a grupamento de ações ocorrido em 2007 na proporção de 2 mil ações para uma ação 6 Número de 2007 diferente do publicado no ano anterior, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas 7 Em cumprimento às recomendações da Aneel, em 2005 foi registrada a alteração no processo de contabilização do ágio oriundo da incorporação da controladora

2004 2005 2006 2007 2008

energia faturada (gWh)

6.260 6.713 6.8777.327 7.656

número de clientes ativos (mil)

2.334 2.438 2.543 2.6892.842

2004 2005 2006 2007 2008

2004 2005 2006 2007 2008

receita operacional bruta (r$ milhões)

1.8502.225

2.337 2.448 2.697

223

360

533476

570

2004 2005 2006 2007 2008

ebitda (r$ milhões)

Page 5: relatorio_coelce

Ações8 2004 2005 2006 2007 2008

Valor de mercado das ações PNA (R$/ação) 8 8,24 14,20 22,90 21,50 22,48

Valor de mercado das ações PNB (R$/ação) 8 15,00 12,00 20,46 21,70 19,70

Valor de mercado das ações ON (R$/ação) 8 7,00 14,00 26,80 31,65 18,90

Distribuição de resultados (R$ mil) 34.702 227.768 283.345 244.751 263.130

Valor de mercado companhia (R$ mil) 593.204 1.092.260 1.966.290 2.162.111 1.573.500

Nº de ações PNA (mil) 9 56.237.203 56.237.203 56.245.389 28.123.352 28.131.352

Nº de ações PNB (mil) 9 3.337.522 3.337.522 3.329.337 1.664.010 1.656.010

Nº de ações ON (mil) 9 96.135.875 96.135.875 96.135.875 48.067.937 48.067.937

Nº total de ações (mil) 9 155.710.600 155.710.600 155.710.600 77.855.299 77.855.299

Corpo funcional 2004 2005 2006 2007 2008

Nº de colaboradores próprios 1.337 1.319 1.313 1.297 1.278

Nº de colaboradores parceiros 5.826 5.853 6.376 6.837 7.662

Nº de estagiários 123 184 193 176 186

Nº de menores-aprendizes 3 12 8 21 24

Nº total de colaboradores 7.286 7.356 7.882 8.310 9.150

Produtividade 2004 2005 2006 2007 2008

Consumidores por empregado 1.745 1.848 1.937 2.073 2.224

Energia vendida por empregado (MWh) 4.682 5.089 5.238 5.649 5.991

Custos por cliente (R$) 10 95,68 105,47 107,45 108,13 110,72

Perdas de energia (%) 13,90 14,00 13,00 12,35 11,7

DEC (horas) 11 14,6 12,45 11,42 9,40 8,18

FEC (quantidade) 12 11,95 10,44 9,11 7,87 6,78

Indicadores ambientais (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008

Investimentos em meio ambiente 4.688 7.954 17.029 21.022 27.419

Indicadores sociais (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008

Investimentos sociais internos 46.746 52.139 54.945 55.928 61.879

Total de contribuições para a sociedade 62.032 79.781 154.546 153.314 223.886

Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008

Pessoal e encargos 13 70.477 78.359 75.582 109.386 117.580

Impostos, taxas e contribuições 13 613.735 777.786 858.930 799.097 871.964

Juros e aluguéis 130.291 120.436 112.505 108.761 86.480

Juros sobre capital próprio e dividendos 34.702 179.668 283.345 244.751 263.096

Retenções na companhia (R$ mil)(Incentivos fiscais e reserva de lucros) 8.901 16.958 46.545 69.985 75.427

8 Valores referentes à última cotação do exercício9 Número de ações está representado em milhares de 2004 a 2006. A partir de 2007, com o grupamento na proporção de 200 ações para uma ação, está em unidades10 Pessoal + material + serviços de terceiros + programa de eficiência energética + outras despesas operacionais11 Duração Equivalente da Interrupção por Cliente12 Frequência Equivalente da Interrupção por Cliente13 Número diferente do publicado em 2007, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas

2004 2005 2006 2007 2008

investimentos (r$ milhões)

173251

343397

473

contribuições para a sociedade (r$ milhões)

62 80

155 153

224

2004 2005 2006 2007 2008

2004 2005 2006 2007 2008

37

189

298245

339

lucro líquido (r$ milhões)

2004 2005 2006 2007 2008

energia vendida por empregado (MWh)

4.682 5.089 5.2385.649 5.991

dívida financeira líquida (r$ milhões)

555470 424

553

829

2004 2005 2006 2007 2008

Page 6: relatorio_coelce

Perfil institucional

Page 7: relatorio_coelce

PERFIL INSTITUCIONAL 5

Eleita pelo terceiro ano consecutivo como a melhor

distribuidora do Nordeste, a Companhia Energética

do Ceará (Coelce) se destaca pela qualidade de

desempenho ao ofertar energia para todo o Estado.

Sua área de concessão abrange os 184 municípios

cearenses, que possuem uma população de mais de

8 milhões de habitantes, em um território de 149 mil

quilômetros quadrados. | gri 2.1, 2.2, 2.5 |

Sua sede está localizada na capital, Fortaleza, com

oito unidades principais, entre centros de serviços e de

manutenção, e 201 lojas de atendimento em todo o

Estado. É terceira maior distribuidora do Nordeste em

volume comercializado de energia, com fornecimento para

mais de 2,8 milhões de clientes, dos quais 2,1 milhões são

da classe residencial, 5,9 mil da categoria industrial, 151,3

mil comerciais e 35,7 mil institucionais. | gri 2.7, eu2 |

O destino principal de seus investimentos, em 2008,

foi o Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para

Todos, iniciativa do governo federal para levar energia

elétrica para as comunidades rurais, contribuindo para o

desenvolvimento social e econômico dessas populações.

No encerramento de 2008, empregava mais de 8 mil

pessoas, sendo 1.278 colaboradores próprios, 7.662 de

empresas parceiras, 186 estagiários e 24 jovens-aprendizes.

A extensão das linhas de distribuição e transmissão de

energia era de 114.975 quilômetros, segmentada em alta-

tensão (4.244 km), média-tensão (68.439 km) e baixa-

tensão (42.291 km). Uma nova subestação foi construída,

totalizando 95 no encerramento do ano, com capacidade

instalada de 2.143 MVA. | gri 2.8, eu3, eu1 |

A empresa comemorou a conquistas de excelentes

resultados econômico-financeiros em 2008. Obteve

recorde de lucro líquido acumulado, de R$ 339 milhões,

e patrimônio líquido de R$ 916 milhões. Na comparação

com 2007, registrou queda de 27,2% no seu valor de

mercado, com capitalização de R$ 1,57 bilhão. | gri 2.8 |

Além da receita oriunda da comercialização de energia

elétrica, a Coelce investe em variados produtos, soluções

e serviços, que agregam rentabilidade ao negócio,

tais como consertos de instalações elétricas, seguros,

títulos de capitalização, venda de equipamentos e kits

de energia, montagem e manutenção de subestações,

dentre outros. Mantém, inclusive, um programa

corporativo – o Inova Coelce – para fomentar as ideias

criativas e inovadoras de novos produtos e serviços

comerciais (Mais informações no capítulo Inovação, com

início na página 92).

O fornecimento faturado de energia totalizou 7,6 mil

GWh, 3,9% acima do registrado no ano anterior. A com-

panhia continuou também a sua trajetória de sucesso em

aperfeiçoar os indicadores de qualidade do serviço, com

melhoria significativa na operação do sistema elétrico.

Sociedade anônima de capital aberto desde 1995, é

controlada pela Endesa, por meio da holding Investluz

S.A., que detém 56,6% do capital total e 91,66% do

capital votante. O restante do capital pertence a pessoas

Page 8: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce086

físicas, investidores institucionais nacionais e estrangeiros,

como fundos de pensão, clubes e fundos de investimentos

e outras pessoas jurídicas. A companhia foi privatizada em

1998 e ganhou o direito de concessão pelo prazo de 30

anos, a partir daquela data. Em outubro de 2007, ocorreu

uma reorganização societária da Endesa S.A, sediada na

Espanha, que é controladora indireta da Coelce. Desde

então as empresas Enel e Acciona assumiram o controle

acionário da Endesa S.A. | gri 2.6, 2.9 |

estado do ceará

unidades | gri 2.3 |

• fortaleza

administração central – Abriga as diretorias de Recursos Humanos, Técnica (Planejamento e Engenharia de Alta e Média-Tensão, Operação Técnica, Centro de Controle de Serviços), Comercial (Central de Relacionamento e áreas de combate às perdas, serviços aos clientes, operações comerciais, atendimento a grandes clientes, cobrança e marketing, Jurídica, Institucional e Comunicação, além das áreas de Regulação e Mercado, Planejamento e Controle, e Financeira. Cerca de 740 colaboradores trabalham no prédio, construído com o mínimo impacto ambiental.

Messejana – Centraliza as atividades de atendimento emergencial e de campo referentes à Fortaleza e à Região Metropolitana.

• iguatu – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas relativas à Região Centro-Sul do Ceará.

• sobral – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas e de cobrança relativas à Região Norte do Estado.

• Juazeiro do norte – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, além de comerciais de cobrança relativas à Região Sul.

• itapipoca – Abrange a operação técnica de atendimento emergencial e outras atividades de campo na Região Atlântico.

• canindé – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo referentes à Região Centro-Norte.

• limoeiro do norte – Abriga a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo na Região Leste.

Page 9: relatorio_coelce

PERFIL INSTITUCIONAL 7

ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA | gri 2.6 |

enel accionafinanzasdos s/a outros

100%

67% 5% 20% 8%

100%

60,2%27,7%

21,5% 60,0%

35,3%

endesa

endesa internacional

enersis13,7%

99,0%

chilectraedegelifc

8,8%4,1%2,7%

endesa chile

endesa brasil 31,4%

46,9%100% 99,6% 100% 2,3% 63,6% 46,9%

endesa fortaleza

endesa cachoeira

endesa cien coelce

0,4% 41,1%

56,6%

investluz s/a

36,4%

0,4%

amplainvestimentos e serviços s/a

free float(Mercado) edP

7,7%

0,4%

amplaenergia e

serviços s/a

Page 10: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce088

endesa brasil – Holding das cinco companhias de energia em operação no Brasil, sendo duas distribuidoras (Ampla e Coelce), duas geradoras (Endesa Cachoeira e Endesa Fortaleza) e uma conversora (Endesa Cien). Está hoje entre as cinco maiores empresas privadas do setor elétrico brasileiro. Em 2008, a Endesa Brasil passou por uma reestruturação de suas operações e definiu um novo organograma, criando áreas de apoio que passaram a atuar de forma centralizada como prestadoras de serviço para todas as empresas Endesa, fortalecendo os negócios de geração e distribuição da energia. (Mais informações em Governança Corporativa, na página 21). | gri 2.9 |

A Endesa Brasil, por sua vez, é controlada pela Endesa S.A., uma das dez maiores empresas de energia do mundo e a primeira nos mercados da Espanha e da América do Sul. Atende mais de 23 milhões de clientes em 15 países e atua nos mercados de eletricidade, gás, cogeração e energias renováveis, com instalações eólicas, pequenas centrais hidre létricas, aproveitamento de resíduos e bio-massa. No final de 2008, a composição acionária da Endesa S.A. estava dividida entre a Enel S.P.A., com 67%; a Acciona S.A.(5% direta mente e 20% indiretamente). Os 8% restantes perten ciam a outros acionistas.

Em 20 de fevereiro de 2009, a Enel e a Ac ciona assinaram um acordo por meio do qual a Enel adquirirá a participação da Acciona na Endesa, passando a deter 92% do controle. A Enel é a maior companhia elétrica da Itália e a segunda maior de energia da Europa, com operações de distribuição de energia e gás. Atua também nas Américas do Norte e Latina.

RS

RJ

ES

CE

DF

GO

PRESENÇA DA ENDESA NO BRASIL | gri 2.5 |

distribuiçãoNº de clientes: 2,5 milhõesEnergia faturada: 8.965 GWh

distribuiçãoNº de clientes: 2,8 milhõesEnergia faturada: 7.656 GWh

geraçãoPotência instalada: 346,6 MW

conversão e transmissãoPotência instalada: 2.200 MWExtensão de linhas: 1.000 km

geraçãoPotência instalada: 658,0 MW

Page 11: relatorio_coelce

PERFIL INSTITUCIONAL 9

MARCOS HISTÓRICOS

1960

• Criação da Companhia de Eletricidade do Cariri (Celca)

e da Companhia de Eletrificação Centro-Norte do Ceará

(Cenort).

1962

• Surgem a Companhia Nordeste de Eletrificação de

Fortaleza (Conefor) e a Companhia de Eletrificação

do Nordeste (Cerne).

1971

• É criada a Coelce por meio da Lei Estadual nº.

9.477, de 05/07/1971, com a unificação das quatro

empresas distribuidoras de energia elétrica então

existentes no Ceará.

1995

• A Coelce torna-se uma empresa de capital aberto,

passando a negociar suas ações nas principais bolsas

de valores brasileiras.

1998

• Em leilão público, realizado na Bolsa de Valores do

Rio de Janeiro (BVRJ), a companhia é privatizada. O

Consórcio Distriluz Energia Elétrica S.A. – formado

por Endesa España S.A., Enersis S.A., Chilectra S.A. e

Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj),

atual Ampla – converte-se no operador da empresa.

• Distriluz Energia Elétrica S.A., Coelce, Aneel e governo

do Estado do Ceará assinam o contrato de concessão,

válido por 30 anos, por meio do qual a Coelce assume

a distribuição de energia elétrica no Ceará.

1999

• É concluído o processo de reestruturação societária,

pelo qual incorpora sua controladora Distriluz Energia

Elétrica S.A., passando, então, a ser controlada pela

Investluz S.A., que detém 91,66% do capital votante

e 56,59% do capital total da companhia. A Investluz

S.A é controlada pela Endesa Brasil, com participação

direta em 63,57% de seu capital total.

2000 - 2006

• Período de investimento significativo no reposiciona-

mento de imagem e planejamento estratégico, visando

à contínua expansão e melhoria dos serviços, com foco

no relacionamento com o cliente e no lançamento de

produtos e serviços, em resposta ao crescimento do

mercado e suas necessidades.

• Participação das ações preferenciais classe A no

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa

de Valores de São Paulo (2006).

2007

• Encerramento do plano estratégico intitulado Escalada

Coelce (2004-2007).

• Lançamento da plataforma de imagem A nossa ideia

é conhecer você

• Enel e Acciona assumem o controle acionário da

Endesa S.A.

2008

• Início do plano estratégico Ser Coelce, com duração

de quatro anos e foco em três pilares: gente, cliente

e resultado.

• Reposicionamento de imagem, com o conceito Coelce

– Cada vez mais próxima de você.

• Inauguração do novo conceito das Lojas de Atendimento,

no qual as atendentes ficam lado a lado com os clientes.

• Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio World

Business and Development Awards, que reconhece

a contribuição do setor privado para atingir os

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das

Nações Unidas.

• Lucro recorde da história da companhia: R$ 339 milhões.

• Eleita pelo terceiro ano consecutivo como Melhor

Distribuidora do Nordeste (Abradee) e entre as 150

Melhores para Trabalhar (Guia Exame–Você S.A.).

Desde os anos de 1960, a trajetória da Coelce busca a ampliação da oferta de energia no Estado do Ceará, para dar mais qualidade de vida à sociedade cearense.

Page 12: relatorio_coelce

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO | gri 1.1 |

A qualidade dos serviços prestados pela Coelce e

a excelência crescente no atendimento aos clientes

proporcionaram conquistas surpreendentes em 2008.

Obtivemos o maior lucro da história da companhia, de

R$ 339 milhões, seguindo fortemente a estratégia de

manter boa eficiência operacional com custos baixos,

controle disciplinado da inadimplência e redução

de perdas de energia. Pelo terceiro ano consecutivo,

também fomos eleitos como Melhor Distribuidora de

Energia Elétrica do Nordeste, pela Associação Brasileira

de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Há muito

trabalho duro e dedicação dos colaboradores por trás de

todos esses avanços, que nos conduzem a sonhar cada

vez mais alto, mas mantendo os pés no chão.

Devido ao cenário de instabilidade econômica mun-

dial, agravado a partir do segundo semestre de 2008 por

conta da crise de confiança nas instituições bancárias

norte-americanas, a Coelce adotou uma série de medidas

a fim de mitigar o impacto sobre seus negócios. A princi-

pal delas foi se empenhar para tornar a operação ainda

mais enxuta e eficiente, de forma a reduzir os custos es-

truturais. Isso não significa corte dos empregos e sim um

esforço interno de rever todos os processos com base em

uma metodologia de otimização de custos.

Os investimentos para 2009 continuarão no mesmo

patamar aplicado nos últimos anos, sem readequação

de cronograma. Em 2008, totalizaram R$ 473 milhões,

com ênfase para os R$ 224 milhões investidos no

Programa Luz para Todos, iniciativa do governo fede-

ral para a universalização da energia elétrica na zona

rural. Nesse programa, aplicamos R$ 180 milhões em

recursos próprios, como contribuição da Coelce para

aumentar o desenvolvimento econômico do Ceará e a

qualidade de vida da sociedade.

Para a Coelce, não basta democratizar o acesso à

energia elétrica. É preciso prestar um serviço com me-

lhoria contínua na qualidade. Prova disso é a evolução

de desempenho nos indicadores de qualidade técnica.

Registramos queda de 12,9% no índice de duração das

interrupções do fornecimento (DEC), que ficou em 8,18

horas, nos destacando mais uma vez como a empresa

com o melhor resultado do Nordeste. O índice de fre-

quência (FEC) também evoluiu, ficando em 6,78, núme-

ro consideravelmente inferior ao FEC médio do País, de

11,72 – segundo dados de 2007 divulgados pela Agên-

cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No encerramento de 2008, a Coelce contava com

2,8 milhões de unidades consumidoras, tendo incor-

porado 96 mil novos clientes no ano, além de alcan-

çar 114 mil quilômetros de linhas de distribuição e

inaugurar uma subestação. As perdas (técnicas e co-

merciais) foram reduzidas para 11,7%, e o aumento

da oferta de novos produtos e serviços gerou R$ 97

milhões a mais na receita, fortalecendo nossa imagem

como empresa que oferece soluções que vão além da

distribuição de energia.

Após a reestruturação interna da Endesa Brasil, da

qual fazemos parte, modificamos os valores corporativos, abel alves rochinha

Mario santos

Page 13: relatorio_coelce

PERFIL INSTITUCIONAL 11

a fim de deixá-los em sintonia com os objetivos comuns,

ganhando em sinergia. Nossa visão também foi refor-

mulada, com uma mensagem mais direta e inspiradora:

Coelce: Gente e energia para um mundo melhor! Dessa

forma, reforçamos a busca por maior proximidade no

relacionamento com os nossos públicos estratégicos, ba-

seada em mais confiança, transparência e simplicidade.

Todas as nossas atividades também são planejadas

conforme os Sete Compromissos com o Desenvolvimen-

to Sustentável, assumidos desde 2005 por todos da En-

desa Brasil. Por conta dessas iniciativas, mantivemos as

ações preferenciais no seleto grupo de integrantes do

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa

de Valores de São Paulo.

Visando ao bem-estar do público interno, continua-

mos investindo no desenvolvimento das competências

profissionais do nosso time, dando ênfase nas capacita-

ções envolvendo as lideranças da companhia, que têm a

responsabilidade de incentivar e disseminar as mudan-

ças que queremos para os próximos anos. Com muito

orgulho recebemos a notícia de estarmos, pelo terceiro

ano seguido, na lista das 150 Melhores Empresas para se

Trabalhar, na pesquisa do Guia Exame/Você S.A.

Nosso principal desafio em 2009 envolve a segurança

no trabalho. Em 2008, registramos a lamentável marca

de quatro acidentes fatais entre colaboradores terceiri-

zados. Acompanhamos de perto cada uma das ocorrên-

cias e nos empenharemos para que tudo isso jamais seja

esquecido. Acreditamos que não existe patrimônio mais

valioso que a vida humana e voltaremos a reforçar ao

máximo a necessidade da segurança plena dos colabo-

radores. Infelizmente, os acidentes demonstraram que

ainda existe falta de conscientização sobre a gravidade

dos riscos inerentes a certas funções, como o trabalho

dos eletricistas. Para voltarmos a celebrar a marca zero

de acidentes graves, conquistada e mantida nos anos

anteriores, adotamos um rigoroso programa de inspe-

ção nas empresas parceiras, batizado de Projeto Anjo

da Guarda, detalhado na página 70 deste relatório.

Nossas ações de responsabilidade social corporativa e

proteção ambiental continuaram fortes. O ano de 2008 foi

de reconhecimento máximo para o Ecoelce, o programa

que troca resíduos recicláveis por bônus na conta de

energia, com mais de 100 mil pessoas cadastradas.

A iniciativa inovadora foi uma das dez vencedoras do

World Business and Development Awards, promovido

pela Organização das Nações Unidas (ONU) para

reconhecer as empresas que mais contribuíram para a

obtenção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas

(CDL), também batemos o recorde nacional de plantio

de mudas de árvores em uma hora. Com a participa-

ção de cerca de 300 voluntários, entre colaboradores,

parceiros e familiares, foram plantadas 65 mil mudas

em apenas 23 minutos e 30 segundos. Esse é apenas

um exemplo da força da nossa energia para melhorar a

qualidade de vida dos cearenses, em todos os sentidos.

No âmbito social – alinhado ao nosso principal foco

de atuação, que é a melhoria da educação no Estado

do Ceará –, destacamos a realização do Natal Educar

com Arte. Os estudantes do ensino público foram con-

vidados a participar de um concurso de desenho com

uma mensagem natalina, cujo prêmio para os três pri-

meiros lugares foram bolsas de estudo de R$ 70 mil. O

concurso recebeu mais de 17 mil desenhos de 3,7 mil

escolas inscritas, com imensa aprovação da sociedade,

e pretendemos repeti-lo em 2009.

Todas essas iniciativas estão alicerçadas no planejamento

estratégico Ser Coelce, que norteia nosso caminho em

prol da sustentabilidade nas esferas econômica, social e

ambiental. Continuaremos trabalhando para ampliar o

escopo de certificações de qualidade (ISO 9001), de meio

ambiente (ISO 14001) e de saúde e segurança do trabalho

(OHSAS 18001).

Gostaríamos de agradecer o empenho de todos os

profissionais que se esforçaram ao máximo para alcan-

çarmos a importante missão de distribuir, diariamente,

energia com qualidade e com proximidade no atendi-

mento aos clientes. É dessa forma que queremos conti-

nuar crescendo junto com o Ceará e gerando valor para

os acionistas, por meio da satisfação dos colaboradores

e do respeito ao meio ambiente. Muito obrigado!

abel alves rochinha

Diretor-presidente

Mario santosPresidente do Conselho

de Administração

Page 14: relatorio_coelce

APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO

A estrutura do Relatório Anual de Sustentabilidade Coelce

2008 tem como base os Sete Compromissos para um

Desenvolvimento Sustentável disseminados pela Endesa,

como reforço à estratégia de combinar avanços nos âmbitos

econômico, social e ambiental. Publicado anualmente,

desde 2005, o Relatório segue as diretrizes propostas pela

Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional

que desenvolveu um conjunto de princípios e indicadores

para comunicar o desempenho das empresas e servir como

ferramenta de gestão da sustentabilidade.

A companhia adotou, em 2007, a versão G3 dos indi-

cadores GRI e este ano incluiu os indicadores do suple-

mento setorial de energia (sigla EU). O relatório também

apresenta as práticas em relação aos princípios do Pacto

Global e traz o balanço proposto pelo Instituto Brasilei-

ro de Análise Sociais e Econômicas (Ibase). Segue, ainda,

recomendações de conteúdo da Associação Brasileira das

Companhias Abertas (Abrasca). | gri 3.7, 3.11 |

As demonstrações financeiras e o Balanço Social (Ibase)

foram auditados pela AGN Canarim Auditores Associados,

enquanto os demais indicadores são passíveis de audito-

rias internas periódicas, por intermédio do Sistema de Au-

ditoria Corporativa (SAC). Os dados referentes à qualidade

técnica do sistema elétrico, assim como os programas

subsidiados pelo governo, são monitorados pela Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel). | gri 3.13 |

A Coelce aumentou o grau de transparência das infor-

mações coletadas para responder aos indicadores GRI,

registrando novos padrões de cálculo dos dados, com foco

na melhoria contínua da apuração. Com isso, algumas in-

formações publicadas em 2007 sofreram revisões, devida-

mente explicadas ao longo deste Relatório. O documento

reúne dados e atividades da Coelce, em toda a sua área

de concessão, no período entre 1º de janeiro e 31 de de-

zembro de 2008. De ciclo anual, o relatório anterior foi pu-

blicado em maio de 2008. | gri 3.10, 3.1, 3.2, 3.3, 3.6, 3.8 |

Sempre que possível, os números são acompanhados

de uma base histórica, permitindo visualizar a evolução

de indicadores considerados relevantes para a tomada de

decisão dos públicos estratégicos. Os responsáveis pelas

áreas também incluem uma análise sobre o crescimento

ou a queda de cada indicador, além de citar as metas es-

tabelecidas para 2009, como reforço ao compromisso de

transparência, inclusive em relação aos próximos passos a

serem tomados. | gri 3.9 |

aPlicaÇÃo da Materialidade | gri 3.5 |

Na definição do conteúdo do documento, a empresa

aplicou teste de materialidade, seguindo as orientações

da GRI. Realizado em duas etapas, o processo contou

com apoio de consultoria externa. A primeira fase in-

cluiu a consulta a públicos internos e externos, que

deram sua opinião sobre a relevância de 54 questões,

divididas em sete temas para a avaliação. Os testes

foram aplicados em contato pessoal e por e-mail, de

janeiro a fevereiro de 2009. A consulta abrangeu 49

representantes de público interno (colaboradores pró-

prios e parceiros e diretoria) e 34 de públicos externos

(acionistas, clientes, fornecedores, ONGs, imprensa e

órgãos governamentais).

A alta direção da empresa consolidou o resultado final

da materialidade considerando os Sete Compromissos

para um Desenvolvimento Sustentável da Endesa –

Conduta, Acionistas, Sociedade, Clientes, Pessoas, Meio

Ambiente e Inovação e Criatividade; as orientações da GRI

e os princípios do Pacto Global.

Stakeholders internos e externos tiveram o mesmo peso

na consolidação, exceção feita à Diretoria, que recebeu o

dobro do peso na avaliação inicial. A matriz da materiali-

dade aponta a relevância final dos temas para a inclusão

do Relatório. Por essa análise, os assuntos de menor rele-

vância na consolidação do documento foram: participação

em políticas públicas e lobbies; relações com a concorrên-

cia; contribuições a partidos políticos; planos de aposenta-

doria e direitos indígenas.

Comentários ou pedidos de esclarecimentos sobre

este Relatório podem ser encaminhados para a área de

Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente,

pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone

(85) 3453-4821. | gri 3.4 |

Page 15: relatorio_coelce

PERFIL INSTITUCIONAL 13

Temas/relevância Indicadores GRIMuito importante46. Fornecimento de informações para o uso seguro da energia EU2348. Canais de atendimento ao cliente PR1, PR547. Comunicação com o cliente PR6, PR7, EU2325. Saúde e segurança no trabalho LA6, LA75. Resultados operacionais EU1349. Práticas e pesquisas relacionadas à satisfação de clientes PR513. Eficiência do sistema de distribuição de energia EN6, EU7, EU11, EU13, EU20,

EU27, EU2845. Programa de universalização da energia (acesso amplo) EU2253. Indicadores de qualidade da energia fornecida EU27, EU2836. Investimentos na comunidade (projetos sociais e culturais) EC811. Disponibilidade e segurança na oferta de energia PR1, PR2, EU5, EU24, EU251. Impactos, riscos e oportunidades 1.2, 4.17, SO1, EC1, EU743. Conformidade com leis e regulamentos SO86. Resultados econômico-financeiros 2.8, EC121. Conformidade com leis e regulamentos ambientais EN2839. Práticas anticorrupção SO2, SO3, SO424. Relações dos empregados com a empresa LA4, LA529. Trabalhadores terceirizados LA1, EU16

Temas/relevância Indicadores GRIMuito importante38. Gestão dos impactos das operações da empresa na sociedade SO120. Cuidados ambientais na oferta de produtos e serviços EN26, EN2910. Pesquisa e desenvolvimento EU7, EN62. Governança corporativa 4.1 a 4.7, 4.9, 4.1023. Geração de emprego LA1, LA228. Treinamento e educação LA 10, LA 1152. Conformidade (produtos e serviços) PR6, PR9, EU243. Compromissos com iniciativas externas 4.1250. Saúde e segurança do cliente PR1, PR222. Investimentos e gastos com proteção ambiental EN3032. Não discriminação HR433. Trabalho infantil HR619. Gerenciamento de emissões, efluentes e resíduos EN16 a EN2551. Privacidade do cliente PR834. Trabalho forçado ou escravo HR718. Atenção à biodiversidade EN11 a EN15, EU149. Gerenciamento da demanda de energia EU5, EU6, EU7, EU9, EU22, EU2937. Engajamento de stakeholders 4.14 a 4.17, EU1844. Ações de voluntariado SO116. Consumo de energia EN3, EN4, EN531. Critérios na seleção de fornecedores e em investimentos HR1, HR2, HR5, HR6, HR717. Consumo de água EN8, EN9, EN1054. Indicadores de interrupção do fornecimento por inadimplência EU26

importante37. Engajamento da sociedade nas decisões da empresa 4.17, EU188. Incentivos fiscais e outros subsídios governamentais EC4

Medianamente importante27. Igualdade de oportunidades LA13, LA14, EC57. Novos negócios (seguros e outras facilidades para clientes) PR515. Consumo de materiais EN1, EN212. Presença no mercado 2.5, 2.7, EC9, EU2914. Mercado de capitais (composição acionária e direitos das ações) 2.826. Remuneração e benefícios LA3

Pouco importante40. Participação em políticas públicas e lobbies SO5, SO642. Relações com a concorrência SO741. Contribuições a partidos políticos SO630. Planos de aposentadoria EC335. Direitos indígenas HR9

Matriz de Materialidade

Importante

Pouco Importante

altobaixo

Nív

el d

e im

port

ânci

a pa

ra o

púb

lico

exte

rno

Nível de relevância para a empresa

alto

Medianamente Importante

Muito Importante

127

261441

37

30

35

54

15 27

4240

817 31

11

39

34

5119

332244

1850 2124

25

4947

5

13

22

2

1649

10

484636296

451543

320233

5228

38

Page 16: relatorio_coelce

ACIONISTAS CLIENTES PESSOAS CONDUTA

MEIO AMBIENTE INOVAÇÃO SOCIEDADE

coMProMissos coM a sustentabilidade

Page 17: relatorio_coelce

COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE 15

Sustentabilidade para a Coelce é crescimento responsável,

ou seja, a incorporação de critérios sociais e ambientais

em sua estratégia e modelos de gestão, possibilitando o

alcance dos objetivos do negócio e maximizando a criação

de valor em uma perspectiva de longo prazo, respeitando

as comunidades em que opera.

As conquistas no desempenho operacional e financeiro,

respeitando igualmente os aspectos socioambientais, são

resultantes da adoção dos Sete Compromissos para um

Desenvolvimento Sustentável, disseminados pela Endesa,

que aconteceu oficialmente em 2005. O conjunto de dire-

trizes, resumido no esquema gráfico ao lado, serve como

alicerce às atividades desenvolvidas no plano estratégico,

além de definir a Visão, a Missão e os Valores Corporati-

vos. As empresas parceiras também devem atuar em plena

sintonia com os Sete Compromissos.

Os compromissos com a sustentabilidade são disse-

minados continuamente entre o público interno e divul-

gados externamente. Em 2008, colaboradores da linha

de frente (atendentes, teleatendentes, leituristas e ele-

tricistas) participaram dos encontros Coelce e Sustenta-

bilidade. Ao todo, 705 colaboradores integraram uma

discussão sobre sustentabilidade, como oportunidade

para conhecer e entender melhor o posicionamento da

Coelce acerca do tema, bem como suas práticas de res-

ponsabilidade social e ambiental.

SETE COMPROMISSOS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Page 18: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200816coelce08

INCORPORAÇÃO E APOIOA INICIATIVAS ExTERNAS | gri 4.12 |

Pacto global

Signatária do Pacto Global desde março de 2005, a

Coelce vem incrementando suas ações corporativas

para contribuir com a disseminação e o alcance dos

dez princípios estabelecidos nas áreas de Direitos

Humanos, Direitos do Trabalho, Proteção Ambiental e

Anticorrupção. Promovida pelas Nações Unidas, essa

iniciativa quer engajar o setor empresarial na adoção de

práticas de responsabilidade corporativa, contribuindo

para uma economia global mais sustentável e inclusiva

socialmente.

trabalho escravo

Em janeiro de 2008, a Coelce aderiu ao Pacto Nacional

pela Erradicação do Trabalho Escravo, uma iniciativa

do Instituto Ethos em conjunto com a Organização In-

ternacional do Trabalho (OIT) e a ONG Repórter Brasil.

O pacto busca a articulação de ações para erradicar o

trabalho escravo.

integridade

Desde 2007, a companhia é signatária do Pacto Empre-

sarial pela Integridade e Contra a Corrupção, que de-

fine procedimentos a serem adotados pelas empresas

em seu relacionamento com o poder público, tratando

de temas como sonegação fiscal, corrupção de agentes

públicos, crime organizado e lavagem de dinheiro. A

iniciativa é organizada pelo Instituto Ethos, juntamente

com o Programa das Nações Unidas para o Desenvol-

vimento (PNUD), o Escritório das Nações Unidas contra

Drogas e Crime (UNODC) e o Comitê Brasileiro do Pacto

Global, dentre outras entidades.

Na relação com autoridades do governo, o Código

de Ética Empresarial da Coelce também determina o

não favorecimento direto ou indireto a agentes do

governo. Apesar de não ter realizado nenhum treina-

mento formal sobre as suas políticas e procedimentos

anticorrupção, a companhia aproveitou a proximidade

das eleições municipais, em outubro de 2008, para pro-

mover um debate com os colaboradores situados em

Fortaleza. Foram discutidos temas como a importância

do voto consciente, a política praticada de forma ética,

e questões envolvendo cidadania, como a responsabili-

dade pelo bem-estar social. | gri so3 |

Em 2008, a discussão sobre o combate à corrupção

e outros aspectos que contrariam o Código de Ética

também foi levada às empresas parceiras. No encontro

Ética nas Relações de Trabalho, a companhia estimulou

a reflexão dos participantes sobre atitudes pessoais nas

relações de trabalho e buscou alinhar os comportamen-

tos individuais ao seu Código de Ética. Participaram 49

gestores de empresas parceiras.

Os clientes institucionais são representados principal-

mente por órgãos públicos, como prefeituras e governo

estadual e, por esse motivo, a Coelce exige de seus em-

pregados uma relação profissional transparente, evitan-

do, principalmente, qualquer risco que possa denegrir a

imagem da companhia. | gri so2 |

ParticiPaÇÃo eM associaÇões

Desde 2007, a Coelce é associada ao Instituto Ethos

de Empresas e Responsabilidade Social, com a inten-

ção de contribuir, juntamente com as demais empresas

brasileiras filiadas, na elaboração e no engajamento em

ações que promovam o desenvolvimento sustentável.

Também é uma das filiadas da Associação Brasileira

de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), com

representantes em grupos de trabalho que discutem te-

mas como responsabilidade socioambiental, qualidade

da gestão, avaliação pelo cliente, gestão operacional,

dentre outros. Em 2008, também realizou os preparati-

vos para receber o selo de Empresa Amiga da Criança,

concedido pela Fundação Abrinq, em fevereiro de 2009.

| gri 4.13 |

Politicas Públicas

Para a execução do Programa Luz para Todos, dentre

outras iniciativas decorrentes de políticas públicas,

a Coelce participa da discussão e elaboração e do

Page 19: relatorio_coelce

COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE 17

planejamento das propostas. Em 2008, compareceu

a encontros e seminários para o debate de temas de

infraestrutura para o Estado do Ceará com a participação

de representantes do Comitê Gestor Estadual do

Programa Luz para Todos, da Secretaria de Infraestrutura

do Ceará (Seinfra), da Secretaria de Desenvolvimento

Rural do Ceará, da Agência de Desenvolvimento do Ceará

(Adece) e da Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobrás.

A companhia também esteve presente em reuniões

mensais com a Ouvidoria da agência reguladora, para

tratar de assuntos como frequência e natureza das re-

clamações, tempo de resolução das reclamações, pro-

gramas e projetos adotados para o aprimoramento da

qualidade do atendimento e prestação de serviços aos

consumidores. | gri so5 |

norMas e Padrões de qualidade

ohsas 18001

A Coelce estabeleceu, mantém e melhora continuamen-

te a eficácia do seu Sistema de Gestão de Segurança e

Saúde Ocupacional a partir de rigoroso controle de suas

atividades administrativas e operacionais, para promo-

ver e preservar condições seguras na realização de seus

processos para todas as partes envolvidas com o seu

desenvolvimento.

Os procedimentos seguem os requisitos estabeleci-

dos na norma OHSAS 18001 (Occupational Health and

Safety Assessment Series),conquistada em 2006. Após

intenso treinamento dos colaboradores e adequação

das instalações, até o fechamento de 2008, estavam

certificadas as seguintes atividades:

• Construção e manutenção de redes de distribuição

(13,8KV e 380/220V): processos dos sites de Messe-

jana, Sobral, Canindé, Iguatu;

• Manutenção de linhas de transmissão (69KV) e su-

bestações: processos dos sites de Messejana, Sobral,

Canindé, Iguatu e subestações (Várzea Alegre, Solo-

nópole, Sobral, Coreaú, Viçosa, Tauape, Dias Macedo,

Varjota, Guaramiranga, Inhuporanga); e

• Comercialização de energia elétrica: processos dos sites

de Sobral, Canindé, Iguatu e Administração Central.

iso 14001

Em 2008, a Coelce manteve a certificação de seu siste-

ma de gestão ambiental, conquistada em 2006, e am-

pliou o escopo, atendendo à norma ISO 14001:2004,

emitida pelo Bureau Veritas Certification. O escopo da

certificação compreende construção, operação, manu-

tenção do sistema de transmissão e distribuição de

energia elétrica e suas atividades de apoio, focadas nas

seguintes unidades de negócio:

• Administração Central, Gerência de Distribuição Fortaleza

e Metropolitana

• Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento

Comercial da Loja de Atendimento de Sobral

• Departamento de Distribuição Centro-Norte

• Departamento de Distribuição Centro-Sul Iguatu

• Departamento de Distribuição Centro-Norte Canindé

• Departamento de Distribuição Sul

• Relacionamento Comercial Agência Juazeiro do Norte

iso 9001

O sistema de gestão é certificado pela norma ISO

9001:2000, que abrange as seguintes atividades:

• Operação Técnica

• Normas e Procedimentos

• Planejamento de Alta e Média-Tensão

• Centros de Controle Regionais

• Planejamento e Controle da Manutenção de Linhas

de Alta e Média-Tensão e Subestações

• Projetos e Obras de Baixa e Média-Tensão de Fortale-

za e Região Metropolitana

• Análise e Resposta a Clientes

• Central de Relacionamento

• Faturamento

• Lojas de Atendimento a Clientes do Grupo A

(Grandes Clientes)

• Lojas de Atendimento a Clientes de Baixa-tensão

• Ligação Nova do Grupo B (clientes de Baixa-tensão)

Page 20: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200818coelce08

Práticas de disseminação e cumprimento

Princípios do Pacto Global Práticas adotadas pela Coelce

Direitos Humanos • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados

• Inclusão de cláusulas referentes a direitos humanos nos contratos de fornecedores de materiais e serviços

• Investimento de R$ 636 mil em projetos sociais

• Investimento de R$ 10 milhões em projetos culturais

• Investimento de R$ 618 mil no Fundo para Infância e Adolescência

• Missão, Visão e Valores

• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados

• Missão, Visão e Valores

Direitos do Trabalho • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados

• Acordo coletivo de trabalho

• Bom relacionamento com sindicatos

• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados

• Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores de materiais e de serviços

• Monitoramento de fornecedores

• Índice de Parceria (Inpar) para acompanhamento da gestão de empresas parceiras

• Adesão ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo

• Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores e serviços

• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados

• Investimento de R$ 618 mil no Fundo para a Infância e a Adolescência

• Parceria com a Fundação Abrinq

• Monitoramento de fornecedores

• Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados

• Modelo de Gestão por Competências

• Canais confidenciais de denúncia de irregularidades

• Comissão de Ética

Page 21: relatorio_coelce

COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE 19

Princípios do Pacto Global Práticas adotadas pela Coelce

Proteção Ambiental • Sistema de Gestão Ambiental, que controla e monitora as atividades da companhia

• Certificações ISO 14.001

• Investimentos de R$ 27 milhões em ações de meio ambiente

• Comitê de Sustentabilidade Ambiental

• Política Ambiental

• Campanhas para o uso racional de recursos naturais

• Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

• Comitê Técnico Ambiental

• Origem certificada da madeira utilizada nas cruzetas

• Adubo orgânico

• Programa Troca Eficiente

• Programa de reciclagem Ecoelce

• Óleo ecológico

• Programa para melhorias de processos Deu Certo

• Projetos de P&D com foco em meio ambiente

Contra a Corrupção • Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados

• Canal Ético

• Comissão de Ética

• Auditoria externa para validação dos dados econômico-financeiros

• Auditoria interna

• Adesão ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção

Page 22: relatorio_coelce

conduta: Governança corporativa e ética

Page 23: relatorio_coelce

CONDUTA 21

Pelo terceiro ano consecutivo, a Coelce integra o

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da

BM&FBovespa, composto pelas ações de um grupo de

empresas que demonstram alto grau de comprometi-

mento com o desenvolvimento sustentável dos negó-

cios e do País. Para a empresa, é um reconhecimento

público de seus esforços em promover uma gestão

baseada na transparência e confiança nas relações.

São adotadas várias práticas de governança corporativa,

a exemplo de tratamento igualitário a todos os acionistas,

publicação periódica de relatórios sobre as suas atividades

e aperfeiçoamento de canais de comunicação com os

seus públicos de relacionamento. Elas incluem uma

ampla adequação dos processos internos para atender

às exigências da lei Sarbanes-Oxley – que busca coibir

fraudes e corrupção nos relatos financeiros.

Ao disseminar o seu Código de Ética Empresarial en-

tre colaboradores e empresas parceiras, a companhia

enfatiza a importância do comportamento ético em

todas as etapas da distribuição de energia elétrica. O

funcionamento da estrutura organizacional também é

fortalecido pela adoção de colegiados não obrigatórios,

participação expressiva de conselheiros independentes

(27% dos membros), sem vínculo com o acionista con-

trolador, e cumprimento rigoroso de normas de controle.

O Conselho de Administração e os membros da

Diretoria Executiva apoiam e gerenciam de forma ativa

a adoção de diretrizes e indicadores que promovam

os Sete Compromissos com o Desenvolvimento

Sustentável da Endesa, como os da Global Reporting

Initiative (GRI), o questionário do Instituto Ethos de

Empresas e Responsabilidade Social e o Balanço Social

proposto pelo Ibase.

Por meio de todos esses indicadores, a empresa

consegue mensurar e supervisionar a evolução do

desempenho nos aspectos socioambientais, além do

financeiro, que é validado por auditores independentes.

É dever de todos os colaboradores atuar de forma ética

e contribuir para o aprimoramento das ações norteadas

pelos indicadores de sustentabilidade. | gri 4.9 |

Em 2008, foi adotado um novo organograma das dire-

torias das empresas que compõem a Endesa Brasil. Pelo

novo modelo, as áreas de apoio passam a atuar de forma

centralizada como prestadoras de serviço para todas as

empresas controladas pela holding, fortalecendo os negó-

cios de geração e distribuição da Endesa Brasil, como parte

da estratégia de tornar as operações mais eficientes e com

mais sinergia para crescer fortemente no País.

desafiogarantir relações confiáveis com as partes interessadas, alinhada aos princípios de governança corporativa

Page 24: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200822coelce08

ESTRUTURA DE GOVERNANÇA | gri 4.1 |

asseMbleia de acionistas

Tem a missão de deliberar e verificar a legitimidade e

legalidade das ações realizadas pelos demais órgãos da

Administração. Responsável por eleger os Conselhos de

Administração e Fiscal, reuniu-se duas vezes em 2008,

sendo uma em sessão ordinária e outra extraordinária.

conselho de adMinistraÇÃo

Responsável pela orientação geral dos negócios e pelo

acompanhamento da execução dos programas adota-

dos. Em 2008, o Conselho de Administração era cons-

tituído por dez membros titulares e igual número de

suplentes, sendo um presidente e um vice-presidente.

Os atuais integrantes foram escolhidos em abril de

2007 para um mandato de três anos, sendo permitida a

reeleição. Um dos membros foi indicado pelos acionis-

tas empregados e outro pelos acionistas preferenciais. O

presidente não exerce função executiva. Três conselhei-

ros são independentes. Eles representam públicos estra-

tégicos da Coelce, tais como consumidores, empregados

e acionistas minoritários, e recebem remuneração fixa

por reunião, definida pela Assembleia. | gri 4.2, 4.3 |

Os membros titulares do Conselho não têm participa-

ção nos lucros da companhia ou remuneração vinculada

ao desempenho dos negócios. Os colaboradores rece-

bem remuneração extra, caso consigam cumprir metas

relacionadas aos objetivos estratégicos. | gri 4.5 |

Não é adotado processo formal de qualificação dos

conselheiros, embora todos os membros contem com anos

de experiência profissional e formação educacional, estan-

do aptos a definir as estratégias para o negócio. Até o final

de 2008, não era mantido processo estruturado para au-

toavaliação do desempenho do Conselho. | gri 4.7, 4.10 |

Para evitar conflitos de interesses, o Conselho de Admi-

nistração é responsável por assegurar que normas legais e

regulamentos contratuais, assim como o Código de Ética,

sejam rigorosamente respeitados. | gri 4.6 |

A companhia não possui mecanismos ou política for-

mal para contratação de mulheres, negros ou pessoas

com deficiências para o Conselho de Administração ou

cargos de Diretoria. Todos os conselheiros são homens,

de cor branca, sendo 40% deles com idade entre 30 e

50 anos e 60% com mais de 50 anos. | gri la13 |

conselho de administração

Presidência

conselho fiscal

auditoria interna

diretoria de regulação ouvidoria

diretoria de recursos

humanosdiretoria comercial

área de Perdas

área de operaçõescomerciais

área de grandesclientes

área de cobrança

área de serviçosao cliente

área de operaçãotécnica

área de distribuiçãofortaleza e

Metropolitana

área de distribuiçãonorte

área de distribuiçãosul

área de Planejamentoe engenharia

da at e Mt

assembléia de acionistas

diretoria Jurídica

diretoria técnicadiretoria de finanças

e relações com investidores

diretoria de Planejamento e

controle

diretoria de rel. inst., gov., Meio ambiente e

resp. social corp.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Page 25: relatorio_coelce

CONDUTA 23

Ao final de 2008, um conselheiro titular era executivo da

Coelce (José Alves de Mello Franco, diretor de Regulação),

além de alguns integrarem a Diretoria da Endesa Brasil.

Dentre os membros suplentes, eram diretores da compa-

nhia: José Távora Batista (Técnico); Luiz Carlos Laurens

Ortins Bettencourt (Finanças e Relações com Investidores);

José Nunes de Almeida Neto (Relações Institucionais, Go-

vernamentais, Meio Ambiente e Responsabilidade Social

Corporativa); e José Renato Ferreira Barreto (Organização e

Recursos Humanos).

Os acionistas e colaboradores podem se comunicar

com o Conselho de Administração por meio de corres-

pondências enviadas para a sede da Coelce, em Fortale-

za, ou pelo canal Fale com RI ([email protected]).

Os temas são posteriormente discutidos nas reuniões do

Conselho e na Assembleia Geral Ordinária. | gri 4.4 |

conselho fiscal

É responsável por fiscalizar os atos dos administradores,

inclusive as demonstrações financeiras, dando parecer aos

acionistas. Órgão independente da administração e da

auditoria externa é formado por três membros, com igual

número de suplentes, sendo um representante de acionis-

tas preferenciais que não pertence ao grupo de controle.

O mandato do Conselho Fiscal é de um ano, com pos-

sibilidade de reeleição pela Assembleia Geral. Em 2008,

aconteceram quatro reuniões. Todos os integrantes do

Conselho Fiscal recebem remuneração mensal, que não

está vinculada ao desempenho dos negócios. | gri 4.5 |

diretoria-executiva

Responsável pela administração das operações da com-

panhia, segundo as diretrizes apontadas pelo Conselho

de Administração. É formada pelo presidente e por oito

vice-presidentes, com mandato de três anos, sendo permi-

tida a reeleição. Os nove integrantes são brancos, sendo

sete homens e duas mulheres, com idades de 30 a 50

anos (cinco) e mais de 50 anos (quatro).

coMitês de aPoio à adMinistraÇÃo

Após a definição das diretrizes pelo Conselho de Admi-

nistração, 11 comitês auxiliam na execução e fiscalização

do plano estratégico:

• Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

• Comitê Técnico Ambiental

• Comitê Econômico

• Comitê de Investimentos

• Comitê de Gestão da Marca

• Comitê de Gestão dos Riscos Financeiros

• Comitê Central de Segurança

• Comitê de Segurança da Informação

• Comitê de Gestão de Crises

• Comitê de Novos Negócios

• Comitê de Inovação

Integrantes da alta administração e/ou especialistas

técnicos participam dos comitês, auxiliando para que as

decisões estratégicas sejam tomadas a partir de critérios

técnicos e multidisciplinares.

COMPORTAMENTO ÉTICO | gri 4.8 |

código de ética eMPresarial

O documento, disseminado para todos os colaboradores

próprios e parceiros, reúne as principais diretrizes para

o relacionamento com acionistas, empresas parceiras,

clientes, governo e sociedade. Disponível na intranet e

no site da companhia, o Código considera inaceitáveis as

seguintes práticas:

• Qualquer tipo de discriminação, seja ela política, eco-

nômica, social, de raça, nacionalidade, gênero, idade,

religião ou orientação sexual;

• Receber pagamentos, aceitar ou oferecer favores ou

vantagens de qualquer natureza, que resultem de

relacionamento com a empresa e possam influenciar

decisões de interesse próprios ou de terceiros;

• Favorecimento a agentes do governo;

• Uso ou divulgação de imagens que coloquem qualquer

indivíduo em situação constrangedora, preconceituo-

sa, desrespeitosa ou de risco;

• Uso de mão de obra infantil, trabalho forçado ou aná-

logo ao escravo em sua cadeia produtiva. Apesar de

não identificar atividades sujeitas a esse risco, os con-

tratos com fornecedores incluem proibição do trabalho

infantil e mão de obra escrava. | gri hr6, hr7 |

código de conduta dos eMPregados

Todos os novos empregados recebem o documento, tam-

bém disponível na intranet, que abrange as diretrizes de

Page 26: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200824coelce08

boa conduta profissional. O Código estabelece que o

funcionário deve dar prioridade aos interesses da empre-

sa em detrimento de interesses pessoais ou de terceiros

que possam influir em suas decisões.

código de Postura dos adMinistradores

Aplica-se a todos os diretores, norteando as ações com-

portamentais em nome da ética e do profissionalismo.

canal ético

Por meio do site da Coelce, é possível denunciar más prá-

ticas corporativas. As manifestações são encaminhadas

para uma empresa independente, que analisa a ques-

tão e aciona os órgãos competentes para uma solução,

garantindo confidencialidade ao autor da denúncia. Em

2008, o canal recebeu três denúncias, sendo duas envol-

vendo empregados da companhia (um caso de discrimi-

nação e um de corrupção) e uma relacionada a cliente

(furto de energia). | gri hr4, so4 |

coMissÃo de ética

Zela pelo respeito ao Código de Conduta dos Empregados

e ao Código de Ética Empresarial. Composta pelo presi-

dente, pelos diretores de Recursos Humanos, Jurídico e

Regulação e por representante da Auditoria, analisa casos

de irregularidades e define medidas a serem tomadas.

auditoria indePendente

As demonstrações econômico-financeiras são auditadas

pela AGN Canarim Auditores Associados, contratada até

2009. A AGN não presta nenhum outro serviço para a

Coelce, garantindo o princípio da independência.

auditoria interna

Além da auditoria externa contratada, a Coelce mantém

um programa interno de auditoria, responsável por

fiscalizar o cumprimento de normas e procedimentos, além

de garantir que os sistemas de controle interno estejam

livres de erros e fraudes. O programa é coordenado em

nível corporativo, reforçando sua autonomia em relação

à diretoria de cada empresa Endesa.

unidade de controle interno

Requisito obrigatório pela Lei Sarbanes-Oxley, tem a

função principal de monitorar e garantir a eficácia dos

planos de ação para gerenciamento de riscos.

ouvidoria

Por meio de uma central telefônica gratuita, e-mails e

correspondências, os consumidores podem entrar em

contato com a Coelce para enviar reclamações, comentá-

rios e/ou denúncias. A Ouvidoria atua de forma imparcial,

mediando os conflitos. (Mais informações na página 55).

conselho de consuMidores

Orienta, analisa e avalia questões ligadas às tarifas e ao

fornecimento e aperfeiçoamento dos serviços prestados.

Tem um representante titular e outro suplente das clas-

ses consumidoras – residencial, rural, comercial, indus-

trial e poder público –, além da participação do órgão

de defesa dos consumidores (Decon). Em 2008, foram

realizadas nove reuniões em Fortaleza e duas no interior,

nos municípios de Itapajé e Limoeiro do Norte.

área de relaÇões coM investidores

O mercado de capitais, os acionistas e investidores contam

com uma área de relacionamento pela qual podem obter

informações e esclarecer dúvidas. Há profissionais no Rio

de Janeiro e em Fortaleza aptos a prestar esse atendimen-

to diferenciado. O site http://www.coelce.com.br/ri.htm

divulga periodicamente análises dos indicadores econômi-

co-financeiros e operacionais. Em 2008, a equipe realizou

dois encontros com analistas e investidores na Associação

dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado

de Capitais (Apimec) em São Paulo e dois em Fortaleza.

diretoria Jurídica

Especialistas com conhecimentos técnico-jurídicos

representam a Coelce perante as esferas dos poderes

Judiciário, Executivo e Legislativo.

diretoria de regulaÇÃo e Mercado

Acompanha a regulamentação do setor elétrico brasi-

leiro e as medidas necessárias para a Coelce atender

com qualidade à demanda projetada, minimizando os

riscos e aproveitando ao máximo as oportunidades do

mercado de energia.

Page 27: relatorio_coelce

CONDUTA 25

RELACIONAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS

Para estar mais próxima de seus públicos, a Coelce fez

um investimento recorde em comunicação e marketing,

em 2008. Também finalizou o mapeamento de seus pú-

blicos, para entender as particularidades e necessida-

des de cada segmento e, assim, elaborar ações específi-

cas de comunicação e relacionamento. | gri 4.15, eu18 |

Com isso, espera ampliar o grau de percepção – e

satisfação – em relação às atividades de melhoria de

eficiência do sistema elétrico e aos projetos socioam-

bientais. A convicção é de que a empresa só fica mais

próxima de quem efetivamente conhece, em um esforço

sintonizado à aspiração de ser, até 2011, a número 1 no

Ceará em atendimento e proximidade com os clientes.

Em 2008, a divulgação de informações sobre produ-

tos e serviços seguiu ações específicas para diferentes

públicos: uso racional e seguro da energia elétrica, para

donas de casa; riscos de acidente pela má utilização da

energia, para o público de construção civil; etc.

Outro foco é a regionalização, com reforço a ações

de comunicação no interior do Ceará sobre os progra-

mas institucionais. O objetivo não é apenas comunicar,

mas sim engajar população, imprensa, órgãos públicos

e demais entidades para desenvolver um Estado e um

País melhores. O sucesso da participação dos líderes

comunitários no programa Ecoelce de reciclagem é um

exemplo dessa mobilização.

Para o público interno, o principal canal de notícias,

o Linha Direta, disponível na intranet, ganhou novo sof-

tware de gestão que proporciona mais agilidade e inte-

ratividade. Por meio desse aplicativo, os colaboradores

podem solicitar a divulgação de acontecimentos de sua

área e acompanhar o andamento da solicitação.

A ferramenta permite também maior participação

por meio dos comentários de notícias, além de promo-

ver enquetes sobre diversos assuntos. Em cinco meses,

o novo Linha Direta publicou cerca de 120 notícias, que

receberam mais de 400 comentários.

Em janeiro de 2008, comercial de um minuto no in-

tervalo do Fantástico (Rede Globo) e nas demais emis-

soras da TV aberta marcou o lançamento da platafor-

ma de relacionamento: A curiosidade move o mundo

e a Coelce. O reposicionamento incluiu um estudo de

marca e pesquisas internas e externas com toda a sua

cadeia de relacionamento. Os pilares do novo posicio-

namento de mercado são: Energia Empreendedora,

Aprender Sempre Mais e Saber Ouvir.

Para intensificar a comunicação com todos os seus

públicos, a companhia investiu R$ 2.633 mil em ações

na mídia televisiva. Em setembro de 2008, a empresa

lançou também campanha publicitária estrelada por

Pelé. Assim como o jogador se consagrou tricampeão

mundial de futebol na Copa do Mundo de 70, a Coelce

conquistou, pelo terceiro ano consecutivo, a posição de

Melhor Distribuidora de Energia do Nordeste, segundo

a Abradee. Parte do cachê de Pelé foi doada à Associa-

ção Peter Pan, que cuida de crianças com câncer.

Positiva 80,0%

Negativa 13,3%

Neutra 6,7%

Positiva 67,0%

Negativa 33,0%

Positiva 74,0%

Negativa 26,0%

Page 28: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200826coelce08

Engajamento de stakeholders | GRI 4.14, 4.15, 4.16, EU18 |

Parte interessada Descrição Canais de comunicação Canais de participação

Clientes 2,8 milhões de clientes, divididos em oito

classes de consumo: residencial,

comercial, industrial, rural, poderes

públicos, iluminação pública, serviços

públicos e revenda

Website institucional | Conta de energia | Campanhas na mídia | Folderes

explicativos | Revista Cliente Coelce Plus

Conselho de Consumidores da Coelce (Conerge) | Ouvidoria | Ouvidoria na

Comunidade | Coelce nos Bairros | Agência Interativa Coelce | 201 lojas de atendimento,

sendo duas unidades móveis | Escreva para o Presidente | Central de Relacionamento | Pesquisas de satisfação realizadas pela companhia | Pesquisa Abradee de Satisfação do

Cliente Residencial | Pesquisa Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc)

Acionistas e

InvestidoresAcionistas preferenciais e ordinários | Potenciais investidores e analistas

de mercado

Website institucional | Portal de

Relacionamento com Investidores | Informações financeiras trimestrais | Revista Endesa América | Relatório

Anual de Sustentabilidade

Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões do Conselho

de Administração | Assembleia de Acionistas | Conselho Fiscal | E-mail: [email protected] | Área de Relações com Investidores

Governo Órgãos da administração direta e indireta

nos âmbitos federal, estadual e municipalWebsite institucional | Relatório Anual de

Sustentabilidade | Informações financeiras

trimestrais

Área de Regulação e Mercado | Área de Clientes Institucionais | Área de Coordenação e

Acompanhamento Regulamentar | Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões com gestores da companhia e representantes governamentais

Colaboradores 1.278 empregados | 7.662 parceiros | 86 estagiários | 24 menores-aprendizes

Intranet | Website institucional | Informativos

Linha Direta, Dica Cultural e Dica Ambiental

| Fotorreportagens | Clipping de notícias

| Contracheque | Informativo Ação Coelce | Revista Família Coelce | Campanhas internas

Encontro mensal do Ser Coelce | Pesquisa de clima laboral | Pesquisa de comunicação

interna | Reuniões com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes | RH e Você | Café da Manhã com o Presidente | Times de trabalho para objetivos estratégicos

Comunidade/

Sociedade

Pessoas residentes na área de concessão

da companhiaWebsite institucional |Campanhas em

veículos de comunicação |Relatório Anual

de Sustentabilidade

Coelce nos Bairros | Ouvidoria na Comunidade | Área de projetos nas comunidades | Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social

Fornecedores Supridores de energia | Fornecedores de

materiais | Empresas parceiras

Website institucional | Portal de

Relacionamento com Fornecedores| Relatório Anual de Sustentabilidade | Informativo Ação Coelce

Encontro anual para planejamento estratégico | Área de Gestão do Relacionamento

para a Qualidade dos Serviços Prestados | Encontros com empresas parceiras | Área de

Aprovisionamento | Time de trabalho para o objetivo estratégico de integrar os parceiros ao

negócio da companhia

Entidades sem

fins lucrativos

e organizações

socioambientais

Entidades parceiras em projetos sociais

e de pesquisa e desenvolvimento | Universidades | Entidades de classe | Institutos e fundações relacionados à área

socioambiental

Website institucional | Relatório Anual

de Sustentabilidade

Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corporativa | Pesquisa Indicador de

Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões em órgãos ligados ao meio ambiente (Ibama,

Semace, etc.)

Concorrentes Empresas de distribuição de energia elétrica Website institucional | Relatório Anual de

Sustentabilidade | Publicações Abradee

Seminário Abradee de Melhores Práticas | Seminário Nacional de Distribuição de Energia

Elétrica | Eventos, visitas e reuniões com gestores de empresas de distribuição de energia

Meios de

comunicaçãoRádios | Jornais | Revistas | Emissoras de

televisão | Canais de notícias na internet

Website | Coletivas de imprensa | Releases | Relatório Anual de Sustentabilidade

Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Área de Comunicação | Encontro

de comunicadores | Visitas às redações dos principais veículos de imprensa local

Page 29: relatorio_coelce

CONDUTA 27

Principais temas e preocupações | GRI 4.17 |

Parte interessada Tema/preocupação Medidas adotadas

Clientes Qualidade do atendimento | Qualidade da prestação de

serviços | Falta de segurança com o uso da energia elétrica

| Corte de energia por falta de pagamento | Desperdício no

consumo de energia | Formas de contornar os efeitos

da crise econômica

Nova plataforma de relacionamento com o objetivo de ficar mais próxima do cliente | Busca pela melhoria dos

indicadores de qualidade | Estabelecimento de moderno processo de atendimento emergencial | Melhorias de

processos de cobrança | Participação na Semana de Negociação, que intensifica acordos judiciais, principalmente

em relação ao furto de energia | Campanhas de comunicação (direitos e deveres do cliente, uso eficiente da

energia, riscos e perigos da energia e aviso antecipado do desligamento programado da energia) | Curso de Gestor

de Contas para os grandes clientes optarem por medidas que proporcionam maior economia | Visitas a clientes,

para entender seus planos de expansão e buscar as melhores soluções

Acionistas e investidores Desempenho e acesso a relatórios financeiros Portal de Relações com Investidores | Publicação trimestral de demonstrações financeiras

Colaboradores Empregabilidade | Qualidade de vida | Gestão participativa |

Benefícios | Relacionamento com colaboradores parceiros

Plano de cargos e carreiras | Campanhas de saúde e para a qualidade de vida de colaboradores | Investimentos em

capacitação e desenvolvimento | Plano de benefícios negociado com sindicato | Área de Gestão de Parceiros

Comunidade Falta de infraestrutura em muitas comunidades atendidas Apoio e/ou realização de projetos sociais, ambientais e de geração de renda

Fornecedores Integração com fornecedores | Qualidade da gestão de

empresas fornecedoras de serviços

Realização de seminários técnicos para maior conhecimento sobre materiais elétricos | Estabelecimento do Índice

de Parcerias (Inpar) | Criação da Área de Gestão de Parceiros

Entidades sem fins

lucrativos e organizações

socioambientais

Ausência de sustentação econômica em muitos projetos

| Escassez de recursos para execução de projetos |

Sustentabilidade do planeta

Incentivo ao desenvolvimento de projetos autossustentáveis | Financiamento de projetos sociais, ambientais e

culturais desenvolvidos por ONGs | Compartilhamento de valores praticados por organizações socioambientais

Associações empresariais

e organizações nacionais e

internacionais

Discussão de temas de interesse dos públicos atendidos por

associação/organização.

Compartilhamento de práticas e valores

Meios de comunicação Dúvidas, reivindicações e denúncias de consumidores por meio

de matérias veiculadas na mídia

Campanhas publicitárias nos diversos veículos de comunicação e interação com a mídia por meio de entrevistas e

envio de releases com matérias de interesse da comunidade

Governo Desenvolvimento sustentável do Ceará | Reclamações

em órgãos de defesa do consumidor, Judiciário e

agências reguladoras

Encontros com representantes governamentais para a discussão de políticas públicas | Realização de parcerias

para a universalização do acesso à energia | Cumprimento de legislação e acordos realizados com órgãos das

diferentes esferas governamentais

Parte interessada Descrição Canais de comunicação Canais de participação

Associações

empresariais

e organizações

nacionais e

internacionais

Organização das Nações Unidas | Associações (Distribuidoras de

Energia Elétrica, Sociedades de Capital Aberto, Analistas e Profissionais

de Investimento no Mercado de Capitais, Contadores de Empresas

Elétricas) | Bolsa de Valores de São Paulo | Instituto Brasileiro de

Relações com Investidores | Instituto Brasileiro dos Executivos em

Finanças (Ibef) | Federação das Indústrias do Estado do Ceará | Instituto Ethos | Fundação Abrinq | Ibase

Website institucional | Relatório Anual de

Sustentabilidade

Reuniões com representações de associações

empresariais | Participação em eventos

Page 30: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200828coelce08

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: SER COELCE

O lucro recorde de R$ 339 milhões em 2008 é consi-

derado uma prova do sucesso obtido pelo primeiro ano

de existência do planejamento estratégico Ser Coelce:

Gente no caminho certo. Por meio dessas diretrizes, a

companhia vem investindo fortemente em melhorias

técnicas e operacionais, além de promover ações ainda

Principais desafios do Ser Coelce | gri 1.2 |

2007 Meta 2008 Resultados 2008 Meta 2009 Meta 2011

gente

Taxa de frequência de acidentes de trabalho 3,4 3,3 3,19 2,9 2,0

Taxa de gravidade de acidentes de trabalho 41 190 1.413 92 65

Índice de Parceria (Inpar) 82% 85% 85,2% 75% 90%

Clima laboral Inclusão no ranking das 150 melhores empresas para se trabalhar, do Guia Exame-Você S.A.

Continuar entre as 150 melhores

empresas para se trabalhar

(Exame-Você S.A)

Esteve entre as 150 melhores

empresas para se trabalhar

(Exame-Você S.A)

Continuar entre as 150 melhores

empresas para se trabalhar

(Exame-Você S.A)

A melhor empresa para

se trabalhar no Nordeste

cliente

DEC (horas) 9,4 8,8 8,18 7,96 7,5

FEC (vezes) 7,9 7,5 6,78 6,6 6,4

Índice de perdas 12,3% 12,3% 11,72% 11,5% 11,2%

Índice de arrecadação (cobrabilidade) 100,3% 99,7% 100,5% 99,7% 99,7%

resultados

Remuneração dos acionistas 100% do lucro líquido passível

de distribuição do exercício de 2007

(R$ 244,7 milhões)

Meta atingida.

100% do lucro líquido passível

de distribuição do exercício de 2008

100%

Venda de energia Mais 6,5% Crescer 5% 4,8% 5,7% 5,5%

rante por todas as unidades da companhia, no interior,

expondo pessoalmente as novas metas corporativas,

além de realizar uma grande apresentação na sede, em

Fortaleza, com a presença de quase 800 colaboradores

parceiros de campo e da Central de Relacionamento.

ParticiPaÇÃo

A evolução dos resultados do Ser Coelce é analisada

mensalmente por todos os colaboradores. Por meio de

videoconferência com as principais unidades do interior

do Ceará e de alguns representantes da Ampla, no Rio

de Janeiro, a direção da companhia presta contas so-

bre os avanços conquistados e os pontos de melhoria,

além de fazer um reconhecimento público aos trabalhos

e projetos que se destacaram no mês. Esse encontro

mensal também é um grande avanço em governança

corporativa, pois todos os colaboradores podem dialo-

gar de forma direta com a Presidência, aumentando o

grau de transparência.

Com a reestruturação da Endesa Brasil, incluindo o

alinhamento dos Valores entre todas as empresas, o Ser

Coelce também teve parte de suas metas de planejamen-

to revista em comparação ao que foi publicado em 2007.

Para o seu planejamento, a Coelce utiliza a ferramenta

de gestão Balanced Scorecard, cujos objetivos estratégi-

cos são pautados em três linhas de ação: Gente, Cliente

e Resultado.

mais focadas na aproximação do relacionamento com o

cliente, no desenvolvimento profissional dos colabora-

dores e no fortalecimento das parcerias com as empre-

sas prestadoras de serviços e fornecedoras de materiais.

A estratégia também atende aos Sete Compromissos

para um Desenvolvimento Sustentável adotados global-

mente pela Endesa.

Para que a disseminação do plano ocorresse de for-

ma efetiva, a direção participou de uma caravana itine-

Page 31: relatorio_coelce

CONDUTA 29

GESTÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS

Para a Coelce, o diferencial competitivo na busca da

eficiência operacional e do incremento do valor agre-

gado de suas atividades está fortemente enraizado na

importância de seus ativos intangíveis.

Dentre eles, destacam-se as competências e habilida-

des de seus colaboradores e parceiros, que demonstram

no dia a dia uma enorme capacidade de inovação e

solução de problemas com agilidade. Outro importante

ativo é a infraestrutura de redes do sistema elétrico,

que cresce de forma expressiva em razão do programa

Luz para Todos, sem deixar de lado, no entanto, a má-

xima qualidade.

A identificação desses ativos é feita com base na

avaliação das metas de sustentabilidade, respaldadas

no plano estratégico Ser Coelce.

Gestão de intangíveisAtivo Definição Gestão para desenvolver e manter o ativo

Imagem/marca • Tradição da marca e da reputação em sua área de concessão• Portfólio de produtos e serviços • Qualidade do serviço e do atendimento aos clientes

Forte cultura e valores da organização em relação ao comportamento ético, com a disseminação do Código de Ética e Conduta | Identificação de necessidades e expectativas de clientes por meio de pesquisas | Estudos de impacto da marca Coelce | Investimentos para a melhoria da qualidade do serviço | Aperfeiçoamento de processos de atendimento | Desenvolvimento de projetos socioambientais alinhados às necessidades do público da área de concessão | Cumprimento rigoroso das legislações pertinentes | Participação no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo | 150 Melhores Empresas para se Trabalhar (Guia Exame-Você S.A.)

Processos • Processos principais e de apoio • Sistemas de gestão

Mapeamento de processos | Certificações de normas internacionais (ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001) | Realização de auditorias internas e controles internos em conformidade com a Lei Sarbanes-Oxley | Contratação de auditoria externa para validar os dados econômico-financeiros

Inovação • Capacidade de inovação em processos e produtos Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e outros dois específicos para incrementar a cultura de inovação: Inova Coelce e Deu Certo, além do programa global Novare

Recursos humanos • Conhecimentos e habilidades de colaboradores, que possuem elevados índices de satisfação e de produtividade

• Cultura organizacional

Mapeamento de competências de cada colaborador, a área de RH subsidia treinamentos, cursos, bolsas de estudo e outras iniciativas em prol do desenvolvimento pessoal e profissional | Oferta de plano de benefícios completo | Remuneração variável conforme a obtenção de metas estratégicas | Investimento em saúde e segurança | Formas de avaliar e medir as competências e o nível de satisfação, como avaliação 360o e pesquisas de clima laboral, respectivamente | Cultura de compartilhamento e aprendizagem entre as áreas

Infraestrutura • Tecnologias para uso específico da empresa• Sistemas de informação personalizados• Banco de dados e toda infraestrutura de distribuição

Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento para manter sua infraestrutura eficiente e ambientalmente correta | Investimentos em tecnologia para informatizar e tornar cada vez mais ágeis os processos, como o uso de palm tops para corte e religação, por exemplo, além da fatura imediata entregue aos consumidores em única visita do leiturista

Clientes • Base composta por clientes distribuídos nos 184 municípios do Ceará, sua área de concessão, cujo PIB é o terceiro maior da Região Nordeste

Ampla oferta de canais de comunicação e relacionamento | Inovação do conceito de atendimento em suas lojas, pelo qual as atendentes ficam lado a lado com o cliente, e não mais separados por um balcão, permitindo mais proximidade e transparência | Plataforma estratégica Ser Coelce: gente no caminho certo, com metas de acompanhamento mensal em relação às ações envolvendo melhoria do atendimento aos clientes e da qualidade dos serviços prestados | Ênfase no aviso antecipado do corte, a fim de evitar ao máximo que o cliente seja prejudicado com o corte por falta de pagamento

Page 32: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200830coelce08

GESTÃO DE RISCOS | gri 1.2 |

A Coelce mantém rigorosos procedimentos para miti-

gar os riscos inerentes ao negócio de distribuição de

energia elétrica, tanto na área técnico-operacional,

como administrativa, comercial ou financeira. Conta

com equipes especializadas para atuar no monitora-

mento constante das atividades e investe na ampliação

de estratégias para evitar sua exposição a cada um

dos fatores que apresentem risco potencial. A gestão

também está fundamentada no Princípio de Precaução,

que estabelece como prioritária a prevenção do meio

ambiente e da saúde e segurança dos colaboradores,

empregados parceiros e das comunidades | gri 4.11 |

energéticos

Estimativas sobre o cenário de oferta e demanda de

energia para o Ceará são analisadas e revistas de forma

constante por uma equipe especializada, a fim de prever

de forma mais efetiva o futuro dos negócios no longo

prazo. São aplicados modelos econométricos para definir

a quantidade ótima de contratação, a partir de diversas

estimativas de demanda, incorporando variáveis macroe-

conômicas e setoriais que afetam a evolução do consumo.

Também investe na proximidade do seu relacionamento

com os clientes institucionais e os grandes clientes, a fim

de conhecer os planos de expansão e a necessidade futura

de energia. Dessa forma, a Coelce consegue antecipar po-

tenciais impactos sobre a área de distribuição, de maneira

a assegurar o abastecimento, ampliar a receita e minimi-

zar eventuais prejuízos. Por outro lado, considerando os

níveis atuais dos reservatórios e as simulações efetuadas,

o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não prevê

para os próximos anos um novo programa de racionamen-

to que, em momentos anteriores, como ocorrido em 2001,

ocasionou redução nas receitas da companhia. | gri eu5 |

Mercado

A concessão garante exclusividade na distribuição de

energia elétrica em todos os municípios do Ceará, dimi-

nuindo o impacto real desse tipo de risco. O aumento do

consumo de energia depende, dentre outros fatores, do

comportamento da economia e da renda do consumidor.

Por isso, a empresa procura desenvolver programas em

parceria com o governo estadual para promover o desen-

volvimento sustentável da região. O marco regulatório

do setor energético também dispõe de mecanismos com-

pensatórios, que preservam a manutenção do equilíbrio

econômico-financeiro da concessão.

regulatórios

Como concessionária do serviço público de distribuição

de energia elétrica, a Coelce está sujeita às exigências

estabelecidas em seu contrato de concessão e às normas

definidas pela Aneel. Todas as mudanças na estrutura

regulatória do setor energético brasileiro são acompa-

nhadas e cumpridas integralmente, de modo a evitar o

risco de multas ou outras situações de não conformi-

dade. É mantida, ainda, uma Diretoria de Regulação

para estreitar o relacionamento com o órgão regulador,

acompanhando de forma permanente os aspectos que

podem interferir na continuidade do contrato.

aMbientais

Para estar em conformidade com a legislação ambien-

tal, foi adotado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA),

por meio do qual a Coelce monitora as atividades,

orientando a execução dos processos operacionais com

base nos requisitos exigidos pela certificação ambiental

ISO 14001:2004 e normas técnico-ambientais vigentes.

Na compra de materiais, é levado em conta o cumpri-

mento das especificidades técnicas definidas pela Área

de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corpora-

tiva, ainda que esses produtos sejam mais caros que a

média de mercado.

financeiros

São considerados aqueles fatores operacionais que pro-

movem perdas financeiras, além dos riscos de crédito, de

liquidez e de mercado (inflacionário, de taxa de juros e de

câmbio). O Comitê de Gestão de Riscos Financeiros ava-

lia periodicamente os níveis de exposição da companhia,

recomendando operações financeiras e ações corretivas

para o cumprimento da Norma de Riscos Financeiros e

Patrimoniais, Política, Controle e Gestão. Para evitar o risco

das flutuações de câmbio, foram contratados instrumentos

de proteção, como operações de hedge/swap, encerrando

Page 33: relatorio_coelce

CONDUTA 31

2008 com apenas 1,15% do endividamento em moe-

da estrangeira – a política de risco estabelece o limite

máximo de 20% da dívida exposta à variação cambial.

oPeracionais

O sistema de distribuição está sujeito a interrupções

imprevisíveis e acidentais, resultado de falha ou ina-

dequação de processos, sistemas ou pessoas, além de

efeitos decorrentes de desastres climáticos e roubo de

energia e de infraestrutura.

A Coelce conta com um avançado Centro de Controle

de Sistema, que tem a missão de assumir a operação e

o controle de todo o sistema elétrico do Ceará, moni-

torando a meteorologia e identificando com rapidez as

interrupções do fornecimento de luz. A partir do mais

moderno padrão do Brasil, esse centro opera a rede

de alta-tensão de todas as subestações do Ceará e as

redes de média e baixa-tensão da capital e da Região

Metropolitana de Fortaleza.

O risco de interrupção de fornecimento em razão da

perda de equipamentos é gerido pela ação de equipes

especializadas para manutenção preventiva da rede

(que executam periodicamente ações de lavagem de

isoladores, termoleitura de transformadores, etc.), as-

sim como controle de estoques dos equipamentos es-

senciais, dentre outros.

Além de investimentos em melhorias na operação, é

mantido um Plano de Contingência em casos de ocor-

rências de alto impacto, nos quais um grande número

de clientes é atingido pela suspensão do fornecimento.

A comunicação sobre o problema é intensificada e os

especialistas técnicos e o Comitê de Gestão de Crises

são convocados para gerenciar os procedimentos ime-

diatos. A companhia realiza o devido ressarcimento dos

danos por ocorrências elétricas decorrentes de oscila-

ções no sistema de energia. | gri eu20 |

A empresa também investe na modernização e au-

tomação do sistema e realiza campanhas para diminuir

o furto de energia, reforçando, ainda, a infraestrutura

dos postes com cabos antifurto nas regiões com grande

número de ocorrências.

Os riscos operacionais decorrentes de erros ou frau-

des nos processos de trabalho são controlados por

meio da certificação e do monitoramento de proces-

sos de trabalho considerados críticos, de acordo com

os preceitos da Lei Sarbanes-Oxley, sob a supervisão

da Unidade de Controle Interno (UCI). Os controles dos

processos financeiros relevantes também são monito-

rados segundo as determinações do Projeto Normas y

Procedimientos (NyP), da Endesa.

São realizados investimentos na segurança e na

motivação dos colaboradores e exigido o mesmo das

empresas parceiras, pela convicção de que apenas pro-

fissionais bem dispostos conseguem executar com a

máxima eficiência os serviços solicitados. O Sistema de

Segurança e Saúde Ocupacional está certificado pela

norma OHSAS 18001 e atua na mitigação de riscos de

acidentes e doenças ocupacionais.

PatriMoniais

São seguidas as políticas corporativas da Endesa S.A.

para a proteção de ativos por meio da contratação de

seguros, além de assumir responsabilidade contra ris-

cos de perdas acidentais que possam comprometer sua

rentabilidade e provisionar contingências relacionadas

à responsabilidade civil por acidentes e danos a ter-

ceiros. Todos esses riscos são cobertos por apólices de

seguradoras que atuam no mercado local e em escala

global.

sociais

As atividades da Coelce podem causar impactos, de

forma positiva ou não, às comunidades nas quais atua.

Sua operação representa, intrinsecamente, efeitos so-

ciais positivos, dado que a energia elétrica é considera-

da fator de inclusão socioeconômica.

No entanto, há também impactos negativos, a exem-

plo dos relacionados à interrupção de fornecimento de

energia elétrica, que pode trazer prejuízos diversos,

como perda de produtividade na indústria, comércio e

prestação de serviços, queima de aparelhos eletroele-

trônicos, falta de segurança dos indivíduos com a inter-

rupção temporária da iluminação pública, entre outros.

A companhia adota critérios e procedimentos para

minimizar esses riscos, tais como controle de duração e

frequência das interrupções (ver página 45), cadastro de

pessoas dependentes de aparelhos essenciais à vida, aviso

antecipado de suspensão de fornecimento, entre outros.

Page 34: relatorio_coelce

acionistas: Criação de valor

Page 35: relatorio_coelce

ACIONISTAS 33

CENÁRIO

O longo ciclo de crescimento acelerado da economia

mundial, com expansão do crédito e da renda, foi inter-

rompido em 2008 com o agravamento da crise finan-

ceira iniciada nos Estados Unidos. Desencadeada pelo

setor imobiliário norte-americano, a crise disseminou-

se pelo mercado financeiro e, a partir de setembro,

provocou a retração do crédito e falta de liquidez, com

impactos significativos em todos os países.

O consumo das famílias e os investimentos impul-

sionaram o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que

cresceu 5,1% no ano. A taxa de desemprego apresen-

tou em dezembro o menor nível desde o início de sua

série histórica, em 6,8%.

No Ceará, área de atuação da Coelce, o ritmo dos ne-

gócios continuou forte até o encerramento de 2008, sem

queda considerável de produtividade da indústria, nem

redução da rentabilidade financeira da empresa, que co-

memorou, inclusive, o maior lucro de sua história.

O faturamento da indústria de transformação do Es-

tado encerrou 2008 com aumento de 8,71% na com-

paração com o ano anterior, mostrando que os números

negativos do último trimestre não conseguiram se so-

brepor ao forte crescimento registrado até outubro. De

acordo com a Federação das Indústrias do Estado do

Ceará (Fiec), o total exportado pela indústria cearense

foi de US$ 912.484 milhões, com expansão de 12,76%

em relação a 2007 e recorde histórico.

AMBIENTE REGULATÓRIO

Em abril de 2008, além do reajuste anual tarifário con-

tratual, a Aneel procedeu ao recálculo da revisão tari-

fária ocorrida em 2007, quando foi aprovada a Base de

Remuneração e, consequentemente, também o valor da

Remuneração do Capital e da Quota de Reintegração.

A revisão tarifária acontece a cada quatro anos, para

reavaliar o equilíbrio econômico-financeiro da conces-

são e repassar ao consumidor os ganhos de produti-

vidade das concessionárias por meio do Fator X. Em

razão de algumas metodologias ainda permanecerem

pendentes por parte do órgão regulador, a revisão teve

caráter provisório e foi estabelecido um reposiciona-

mento tarifário médio negativo de 6,35%.

A partir de então, a Aneel passou a reavaliar a me-

todologia usada para o cálculo, principalmente os itens

da parcela B: Custos Operacionais, Remuneração do

Capital e Quota de Reintegração. O processo de revi-

são tarifária, entretanto, ainda permaneceu provisório,

visto que faltou a definição quanto à metodologia para

construção da Empresa de Referência. A estimativa da

Aneel é concluí-la em abril de 2009.

O reajuste tarifário anual contratual de 2008 foi de

8,43%, sendo 6,04% relativos ao processo de reajuste

e 2,39% referente aos componentes financeiros perti-

nentes, correspondendo a um efeito médio de 6,78%

percebido pelos consumidores. A Aneel reconheceu a so-

licitação para recompor custos incorridos devido a não uti-

desafiogarantir a sustentabilidade do negócio, destacando-se como uma das melhores empresas de distribuição de energia elétrica do brasil

Page 36: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200834coelce08

lização dos créditos de Imposto sobre Circulação de Mer-

cadorias e Serviços (ICMS), no período de janeiro e 2003

a março de 2009, que corresponde ao valor atualizado de

R$ 148,4 milhões. Esse montante deverá ser repassado

para as tarifas nos próximos reajustes tarifários.

RESULTADOS OPERACIONAIS

Em 2008, a companhia contratou 8.239 GWh de ener-

gia elétrica para atender à demanda do seu mercado

cativo. Desse total, 57% eram provenientes de hidre-

létricas, 41% de energia de fonte térmica e 2% de eó-

lica. Do total contratado, 73,1% foram adquiridos dos

quatro maiores supridores de energia: Endesa Fortaleza

(32,6%), Furnas Centrais Elétricas (19,5%), Compa-

nhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), com 15%,

e Eletronorte (5,8%). O restante (26,9%) corresponde

a supridores que fornecem menos de 5,5% do total.

O nível de contratação ficou em 102,1%, ou seja,

além do requisito necessário para atendimento ao

mercado e abaixo do limite regulatório, que é de 3%.

Portanto, toda a energia comprada foi integralmente

reconhecida nas tarifas.

Mercado

A energia elétrica distribuída (mercados cativo e livre)

em 2008 na área de concessão foi de 7.571 GWh,

representando expansão de 4,8% em relação aos 7,2

mil GWh do ano anterior. O resultado positivo deve-se,

principalmente, ao bom desempenho apresentado pelas

classes residencial e comercial, que, juntas, responderam

por 52% do crescimento total da energia distribuída.

Em 2008, a classe industrial cativa apresentou cres-

cimento de 9,1%, volume influenciado pela migração

de três grandes clientes do mercado livre para o cativo.

A energia requerida pelo sistema Coelce teve aumento de

3,8% em relação ao ano anterior. O montante foi inferior ao

crescimento do mercado, decorrente da redução das perdas

elétricas de 12,3%, em 2007, para 11,7%, em 2008.

No cenário nacional, o consumo de energia cresceu

3,8% em 2008, de acordo com estatísticas da Empresa

de Pesquisa Energética (EPE). A maior demanda ocorreu

no setor de serviços (mais 6%) e nas famílias (5,3%

acima do registrado no ano anterior).

Entre o fatores de crescimento do comércio e ser-

viço destacaram-se a ligação de novos pontos comer-

ciais na Região Nordeste, o turismo de estrangeiros e

o movimento de portos e aeroportos. O aumento na

classe residencial é consequência do uso de mais ele-

trodomésticos e da incorporação, em 2008, de 2 mi-

lhões de novos consumidores no País, repercutindo o

Programa Luz Para Todos. Do consumo total, 74% cor-

responderam ao mercado cativo das concessionárias

de distribuição (ambiente de contratação regulada de

energia) e 26% ao mercado livre.

Hidráulica 57,0%

Térmica 41,1%

Eólica 1,9%

Balanço de energia2003 2004 2005 2006 2007 2008 Var. (%) 08/07

Demanda de energia (MW) 1.087 1.144 1.172 1.202 1.294 1.333 3,0%

Energia requerida GWh 6.825 7.133 7.653 7.778 8.258 8.575 3,8%

Energia distribuída GWh* 5.905 6.141 6.580 6.769 7.227 7.571 4,8%

Residencial 1.803 1.916 2.074 2.167 2.322 2.510 8,1%

Industrial 1.697 1.774 1.533 1.166 1.167 1.273 9,1%

Consumo próprio 8 18 11 10 11 11 0,8%

Comercial 1.076 1.110 1.191 1.251 1.329 1.422 7,0%

Rural 497 477 554 576 654 692 5,8%

Poderes públicos 280 294 330 350 368 386 5,0%

Iluminação pública 326 335 335 329 348 369 6,2%

Serviços públicos 209 213 232 237 245 236 -3,6%

Revenda 9 4 4 2 0,0%

Consumidores livres 316 681 784 670 -14,5%

Perdas % 13,5% 13,9% 14,0% 13,0% 12,35% 11,7% 0,8 pp

Obs.: * Quantidade de energia efetivamente medida no período

Page 37: relatorio_coelce

ACIONISTAS 35

energia faturada

Em 2008, a Coelce faturou 7.656 GWh, aumento de

4,5% em relação ao ano anterior. Destaca-se o acrés-

cimo de 5,8% do consumo da classe residencial, com

média de 1.196 kWh/consumidor. A participação dos

clientes residenciais corresponde a 33,3% da energia

faturada, sendo 16,3% relativos à categoria baixa ren-

da. As classes industrial e comercial obtiveram partici-

pações de 16,9% e 18,7%, respectivamente. Os consu-

midores rurais totalizaram 9,3% da energia faturada.

controle de Perdas e inadiMPlência

Em 2008, foram intensificados os esforços no combate às

perdas de energia vinculadas ao sistema elétrico (técnicas)

e ao consumo irregular (perdas comerciais). No encerra-

mento de dezembro, as perdas técnicas representaram

10,11% do total da energia comprada, percentual inferior

ao registrado em 2007 (10,63%). Já as perdas comerciais

acumularam 1,61%, abaixo do 1,71% do ano anterior.

O índice de perdas combinado, de 11,72%, apresen-

tou redução de 0,62 ponto percentual em relação a 2007

(12,35%), resultado de várias iniciativas, como:

• Entrada em operação do ponto de entrega em Tauá;

• Construção da subestação de Independência;

• Recondutoramento de alimentadores de 13,8 kV;

• Ampliação, em comunidades carentes, de projetos de

geração de renda (Energia Social, Ecoelce, etc.) como

alternativa de combate ao furto de energia;

• Troca de 16.656 ramais de ligação de clientes de

baixa-tensão, proporcionando melhor qualidade no

fornecimento de energia;

• Consolidação do sistema de telemedição de grandes

clientes, alcançando 4.996 unidades consumidoras;

• Instalação de telemedição em 99 alimentadores, ofe-

recendo monitoramento durante as 24 horas do dia;

• Utilização de novas tecnologias para a melhoria do

processo de inspeção de unidades consumidoras; e

• Mais 5.370 unidades ligadas na rede DAT (antifurto),

com investimentos de cerca de R$ 8,5 milhões, totali-

zando mais de 35 mil clientes conectados.

aÇões de coMbate às Perdas

A Coelce continuou investindo na campanha Sou do

Time que Ganha. Todos Contra o Furto de Energia, que

busca disseminar uma cultura de disciplina de mercado.

Colaboradores próprios e parceiros podem fazer denún-

cias por meio de coletores de leitura e intranet. Devido

ao aumento de denúncias efetivas (de 150 para 2,9 mil

por mês) em 2007, a campanha foi lançada em todas

as regionais em 2008. As premiações trimestrais foram

ampliadas, abrangendo duas categorias: os que mais de-

nunciaram e os maiores termos de ocorrência. O saldo no

ano foi a média de 3,2 mil denúncias efetivas mensais.

Em conjunto com a parceira CAM, foi obtida a certifi-

cação pelo Inmetro (ISO 17025) do Laboratório de Me-

didores. Os medidores com suspeita de fraude, quando

retirados de campo, são lacrados em sacolas especiais e

numerados na presença do cliente. Ao chegar ao labo-

ratório, as sacolas são abertas para que a perícia seja

realizada com o acompanhamento do cliente.

Esses esforços foram complementados por ações já

incorporadas ao dia a dia, sendo as principais:

• Migração do Projeto de Recuperação de Clientes

(PRC) da Área de Combate às Perdas para a Área

de Cobrança, ampliando o enfoque social do projeto,

que inclui meios facilitadores da adimplência, como

cadastramento de clientes no Ecoelce, palestras para

o uso eficiente de energia e lâmpadas ecoeficientes;

• Acionamentos de telecobrança e aviso antecipado de

corte aos clientes inadimplentes, buscando reduzir a

quantidade de suspensões do fornecimento de energia;

normal17,0%

baixa renda16,3%

Residencial 33,3%

Comercial 18,7%

Industrial 16,9%

Outros 13,0%

Rural 9,3%

Livres 8,8%

Perdas de energia | gri eu13 | 2006 2007 2008

Técnicas 10,74% 10,63% 10,11%

Comerciais 2,23% 1,71% 1,61%

Page 38: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200836coelce08

• Intensificação do envio de clientes devedores aos ór-

gãos de proteção ao crédito, viabilizando maior nú-

mero de negociação das causas pelo SPC/ Serasa; e

• Centralização da geração de cortes massivos em For-

taleza, com ação mais rápida para clientes inadim-

plentes cujas dívidas são mais representativas.

Foi também possível recuperar aproximadamente

R$ 16 milhões por meio de ações de cobrança judicial

e extrajudicial com clientes industriais, rurais e hospi-

tais/casas de saúde. Todas essas iniciativas permitiram

manter um elevado índice de arrecadação, que encer-

rou 2008 com 100,5% do total faturado no ano.

Apesar das medidas para evitar a suspensão do for-

necimento de energia elétrica, há casos em que a com-

panhia necessita realizar o corte até que o pagamento

seja efetuado. Em 2006, a média mensal de cortes exe-

cutados foi de 67 mil e, desde então, o montante vem

decaindo, apesar do ingresso de novos consumidores. A

média mensal de cortes reduziu-se de 57 mil, em 2007,

para 48 mil, em 2008.

DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

destaques

• A receita líquida totalizou R$ 1.915 milhões, 11,4%

superior a 2007;

• O EBITDA evoluiu 19,7% em 2008, atingindo

R$ 570 milhões;

• O lucro líquido superou o resultado de 2007 em

38,3%, totalizando R$ 339 milhões;

• Pelo terceiro ano consecutivo, as ações preferenciais

Prazo entre corte e No de clientes

pagamento | gri eu26 | 2006 1 2007 2008

Menos de 48 horas 275.518 248.446 209.683

Entre 48 horas e 1 semana 136.228 105.417 81.935

Entre 1 semana e 1 mês 71.872 59.152 45.656

Entre 1 mês e 1 ano 176 153 121

Mais de um ano - - -

Reconexão após o No de clientes

pagamento | gri eu26 | 20061 2007 2008

Menos de 24 horas 602.458 568.268 472.791

Entre 24 horas e 1 semana 69.143 36.072 30.861

Mais de 1 semana 38 15 13

1 Dados sobre a hora do pagamento passaram a ser disponíveis a partir do mês de julho de 2006. Os indicadores daquele ano, portanto, foram apurados com base na quantidade do segundo semestre multiplicada por dois.

Principais contas de resultado (R$ mil) 2007 2008 Var.% 08/07

Receita operacional bruta 2.447.849 2.696.537 10,2%

Deduções à receita operacional (728.970) (781.493) 7,2%

Receita operacional líquida 1.718.879 1.915.044 11,4%

Custos do serviço e despesas operacionais (1.353.913) (1.461.936) 8,0%

EBITDA* 476.045 569.646 19,7%

Margem EBITDA 27,7% 29,7% 7,4%

Resultado operacional 364.966 453.108 24,2%

Margem operacional 21,2% 23,7% 11,4%

Resultado financeiro (7.836) (48.916) -

Imposto de Renda e Contribuição Social (106.421) (58.591) -44,9%

Participações (5.958) (7.078) 18,8%

Lucro líquido 244.751 338.523 38,3%

Margem líquida 14,2% 17,7% 24,1%

*Resultado do Serviço + Depreciações e Amortizações

classe A (COCE5) integraram a composição da car-

teira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da

BM&F Bovespa;

• Em 18 de março de 2009 foi aprovada pelo Conse-

lho de Administração a proposta de distribuição de

R$ 263.129.829,13 em dividendos (100% do lucro

líquido passível de distribuição), o que representa

R$ 3,3797/ação (evento subsequente).

receita oPeracional bruta

A receita operacional bruta alcançou R$ 2.697 milhões,

incremento de 10,2% em relação a 2007, causado, prin-

cipalmente, pelos seguintes aspectos:

• Evolução de 6,4% no fornecimento de energia em

decorrência do aumento de 5,7% do número de

Page 39: relatorio_coelce

ACIONISTAS 37

consumidores e consequente crescimento da energia

faturada em 6,5%, além do reajuste tarifário da com-

panhia, de 8,43%, a partir de 22 de abril de 2008;

• Evolução de 124,7% no reposicionamento tarifário –

CVA. Em abril de 2008, a Coelce começou a reverter a

provisão constituída entre dezembro de 2007 e março

de 2008 (R$ 13 milhões, sendo R$ 9 milhões em 2007

e R$ 4 milhões em 2008), a ser feita em 12 parcelas

iguais. O objetivo foi cobrir as diferenças de tarifa a

serem devolvidas no reajuste de abril de 2008 pelo

recálculo da cota de reintegração considerada na revi-

são tarifária de 2007, que passou de R$ 111 milhões

para R$ 97 milhões. Entre dezembro de 2006 e março

de 2007, a mesma provisão (sem reversão), foi feita

no valor de R$ 16 milhões (R$ 3 milhões em 2006 e

R$13 milhões em 2007);

• Incremento de 67,1% na recuperação do ativo regulató-

rio, que se refere ao estorno de receitas apropriadas em

outros exercícios para recuperação de perdas oriundas

do racionamento de energia (junho de 2001 e fevereiro

de 2002). Esse estorno foi iniciado em janeiro de 2002

e encerrado em abril de 2008 (76 meses);

• Baixa da Energia Livre (R$ 58 milhões): em maio de

2008 a companhia procedeu a baixa da energia livre

(saldos a receber e a pagar) pela não recuperação no

prazo conforme determinação do Ofício Circular nº

2.409/2007. A energia livre refere-se à energia gerada

e disponibilizada no sistema, não prevista nos contratos

iniciais e apurada entre junho de 2001 e fevereiro de

2002; e

• Aumento de 4,9% em outras receitas, refletindo o

aumento das vendas de novos produtos e serviços.

Destacam-se arrecadação para terceiros e prestação

de serviços (projeto e construção de redes particula-

res, aluguel de infraestrutura, etc.).

O crescimento na receita operacional bruta também

foi parcialmente compensado pela recuperação integral

da Parcela A (-R$ 49 milhões). Com o término do prazo

de 76 meses para recuperar os ativos registrados pelas

perdas do racionamento e a energia livre das geradoras,

teve início a recuperação da parcela A – extraordinária,

por meio do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%.

deduÇões da receita

As deduções da receita aumentaram 7,2% em relação ao ano anterior. Essa variação deve-se, principalmente, a:

• Acréscimo de 5,4% no ICMS, cujo aumento resulta do incremento da receita operacional bruta;

• Aumento de 16,0% e 14,5%, respectivamente, na Cofins e no PIS, também em decorrência do saldo maior da receita operacional bruta; e

Receita Operacional Bruta (R$ mil) 2007 2008 Var.%08/07

Fornecimento de energia 2.216.455 2.358.776 6,4%

Baixa renda 173.359 174.066 0,4%

Suprimento de energia elétrica 11.749 13.245 12,7%

Receita pela disponibilidade da rede elétrica 45.695 55.331 21,1%

Reposicionamento tarifário CVA (22.464) 5.542 -124,7%

Reposicionamento tarifário transmissoras (1.867) 700 -137,5%

Recuperação ativo regulatório (55.685) (18.339) -67,1%

Recuperação energia livre (19.492) (6.429) -67,0%

Recuperação parcela A - (48.866) -

Baixa energia livre - 57.475 -

Outras receitas 100.099 105.036 4,9%

Total 2.447.849 2.696.537 10,2%

Receita bruta (R$ milhões) Índice de Arrecadação (%)

Page 40: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200838coelce08

• Aumento de 29,2% na cota da Reserva Global de Reversão (RGR). Essa cota é destinada à União Fe-deral, para prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços de energia elétrica. O mon-tante equivale a 2,5% dos investimentos em ativos vinculados à prestação do serviço de eletricidade.

custos e desPesas oPeracionais

Os custos e as despesas operacionais em 2008 alcançaram

R$ 1.462 milhões, o que representa aumento de 8% em

relação ao ano anterior, conforme detalhado na tabela ao

lado. Os principais motivos dessa variação foram:• Incremento de 15,7% em custos e despesas não geren-

ciáveis, por:

. Aumento de 6,8% na energia elétrica comprada para

atendimento ao mercado;

. Acréscimo de 41,7% nos encargos do uso de ener-

gia elétrica devidos pela utilização das instalações e

componentes da rede básica, por dois fatores: ajuste

realizado em abril de 2008, de aproximadamente R$

7 milhões, para compensar despesas pagas a maior

para transmissoras em períodos anteriores, e reajuste

das tarifas dos agentes de transmissão, ocorrido em

julho de 2008;

. Baixa da energia livre: em maio de 2008, foi procedida

a baixa de saldos a receber e a pagar pela não recu-

peração no prazo conforme determinação do Ofício

Circular nº 2.409/2007. O montante refere-se à

energia gerada e disponibilizada no sistema, não

prevista nos contratos iniciais, apuradas entre os

meses de junho de 2001 e fevereiro de 2002.

• Melhoria de 6,2% em custos e despesas gerenciá-

veis determinada por:

. Aumento de 10,2% em material e serviços de terceiros,

pelo acréscimo dos investimentos, aliado a reajustes

contratuais e maior volume de serviços prestados por

meio do segmento de novos negócios;

. Melhoria de 257,7% em provisão para créditos de liqui-

dação duvidosa, por dois fatores: baixa do ativo regula-

tório, por não recuperação no prazo estabelecido pela

Custos do serviço e despesa operacional (R$ mil) 2007 2008 Var.% 2008/2007

custos e despesas não gerenciáveis

Energia elétrica comprada para revenda (807.927) (862.684) 6,8%

Taxa de fiscalização da Aneel (4.407) (4.042) -8,3%

Proinfa (13.069) (16.376) 25,3%

Encargo do Uso da Rede Elétrica (50.163) (71.062) 41,7%

Encargo de Serviço do Sistema (ESS) - (8.622) -

Baixa energia livre - (50.482) -

Subtotal (875.567) (1.013.269) 15,7%

custos e despesas gerenciáveis

Pessoal (93.176) (88.620) -4,9%

Material e serviços de terceiros (191.914) (211.505) 10,2%

Depreciação e amortização (140.624) (145.592) 3,5%

Reversão de provisão sobre o ágio 29.545 29.053 -1,7%

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (59.378) 93.522 -257,5%

Baixa ativo regulatório - (106.881) -

Provisões para contingências (6.136) 6.509 -206,1%

Outras despesas operacionais (16.664) (25.156) 51,0%

Subtotal (478.346) (448.667) -6,2%

Total (1.353.913) (1.461.936) 8,0%

Deduções da receita (R$ mil) 2007 2008

Var.% 2008/2007

ICMS (501.577) (528.563) 5,4%

Cofins (96.012) (111.412) 16,0%

PIS (21.421) (24.518) 14,5%

ISS (1.331) (2.037) 53,1%

Cota Reserva Global de Reversão (RGR) (23.156) (29.917) 29,2%

Conta Consumo de Com-bustíveis Fósseis (CCC) (58.160) (55.251) -5,0%

Conta de Desenvol-vimento Energético (CDE) (13.254) (13.526) 2,0%

Programa de Eficiência Energética e P&D (14.055) (16.271) 15,8%

Encargo de capacidade/ aquisição emergencial (4) 2 -156,3%

Total (728.970) (781.493) 7,2%

Page 41: relatorio_coelce

ACIONISTAS 39

Aneel (R$ 107 milhões); e reversão de R$ 21 milhões da

dívida de um grande cliente;

. Evolução de 206,1% em provisão para contingências:

ocasionada principalmente por reversão de provisões,

sendo R$ 9 milhões referentes a processos tributários

(Pasep) e R$ 4,4 milhões relativos a processos cíveis.

Apesar do montante elevado, os advogados da compa-

nhia consideram remota a possibilidade de perdas nes-

ses processos;

. Aumento de 51,0% em outras despesas operacionais:

pela reversão não recorrente do déficit atuarial de R$

16,3 milhões, registrado no primeiro semestre de 2007,

pela alteração de modalidade do plano previdenciário de

benefício para contribuição definida.

ebitda

Com base nas variações das receitas, custos dos serviços

e despesas operacionais ocorridas em 2008, o EBITDA

atingiu R$ 570 milhões, representando incremento de

19,7% em relação ao ano anterior (R$ 476 milhões). A

margem EBITDA encerrou o ano em 29,7%, aumento de

7,4% em relação a 2007 (27,7%).

resultado financeiro

Foi de - R$ 49 milhões, redução de 300% em relação ao

ano anterior (R$ 8 milhões), pelos seguintes fatores:

• Redução de 67,1% nas receitas financeiras por:

. Decréscimo de 74,6% na atualização do ativo regula-

tório (-R$ 14 milhões): finalização do período de recu-

peração do ativo regulatório oriundo do racionamento;

. Redução de 191,6% (-R$ 24 milhões versus R$ 26 mi-

lhões) em outras receitas financeiras (-R$ 50 milhões):

ajuste de correções cambiais de dívida com fornecedor

de energia indexada a três indicadores (petróleo, infla-

ção e dólar), além da CVA.

• Diminuição de 22,6% nas despesas financeiras, por:

. Aumento de 31,6% nos encargos de dívidas: reflexo

da emissão de R$ 245 milhões em notas promissórias;

. Variações monetárias de - R$ 14 milhões: resultantes

da soma do conjunto de variações cambiais (-R$ 4

milhões), mais variação cambial dos bonds, empréstimos

sem hedge (-R$ 4 milhões) e swap do empréstimo no

Banco Europeu de Investimentos (BEI), de -R$ 6 milhões.

Os efeitos foram compensados por:

• Término da cobrança da CPMF (+R$ 10 milhões);

• Outras despesas (+R$ 41 milhões): ajuste de correções

cambiais de dívida com fornecedor de energia e CVA.

IR/CSLL (R$ mil) 2007 2008 Var.% 08/07

IR / CSLL (106.421) (125.224) 17,7%

Incentivo fiscal Sudene - 66.633 -

Participações (5.958) (7.078) 18,8%

Total (112.379) (65.669) -41,6%

Receitas e despesas financeiras (R$ mil) 2007 2008 Var.% 08/07

receita financeira

Renda de aplicações financeiras 10.759 12.288 14,2%

Variações monetárias 174 841 -

Acréscimo moratório sobre conta de energia 34.930 31.006 -11,2%

Atualização ativo regulatório 18.403 4.668 -74,6%

Atualização de CVA de compra e energia 203 872 -

Correção CVAs 778 2.750 253,4%

Correção parcela A 4.579 3.264 -28,7%

Outras 26.301 (24.096) -191,6%

Total 96.127 31.593 -67,1%

despesas financeiras

Encargo de dívidas (44.859) (59.053) 31,6%

Variações monetárias (16.378) (30.468) 86,0%

CPMF (10.862) (667) -93,9%

Parcelamento de tributos (4.844) (4.215) -13,0%

Correção Programa de Eficiência e P&D (1.866) (3.129) 67,7%

Correção CVAs (1.993) (590) -70,4%

Outras (23.162) 17.611 -176,0%

Total (103.962) (80.509) -22,6%

Total (7.836) (48.916) -

Page 42: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200840coelce08

dívida por moeda e hedge

indexadores da dívidair/csll e ParticiPaÇões

As despesas com Imposto de Renda (IR), Contribuição So-

cial sobre o Lucro Líquido (CSLL) e participações foram de

R$ 66 milhões, redução de 41,6% em relação ao ano an-

terior (R$ 112 milhões). Essa variação foi ocasionada pela

aplicação da Instrução CVM 555/08, segundo a qual os

incentivos fiscais passam a ser reconhecidos no resultado

do exercício. Dessa forma, o registro do incentivo fiscal –

Sudene, apurado a partir da Lei nº 11.638/07, foi contabi-

lizado no exercício como redutor da despesa do Imposto

de Renda, e a seguir transferido para a reserva de lucros

(R$ 67 milhões). Esse efeito foi parcialmente compensado

pelo aumento no IR e no CSLL, tendo em vista resultado

antes de impostos apurado em 2008.

lucro líquido

Com base nos efeitos expostos anteriormente, o lucro

líquido foi de R$ 339 milhões, valor 38,3% superior

ao registrado no ano de 2007 (R$ 245 milhões). Ao

analisar a evolução do lucro líquido sem os efeitos da

adoção da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº

449/08 (conforme nota explicativa nº 2 das Demonstra-

ções Financeiras), a companhia teria um incremento de

9,8%. Esses efeitos, em resumo, são:

• Incentivos fiscais que passaram a ser reconhecidos no

resultado do exercício (R$ 66 milhões); e

• Extinção da conta de ativo diferido, que ocasionou

baixa do Balanço Patrimonial (R$ 3 milhões).

endividaMento (dívida financeira)

A dívida financeira bruta (excluindo-se a dívida previ-

denciária) encerrou 2008 em R$ 845 milhões, aumento

de 49,4% em relação ao ano de 2007, que foi de R$ 566

milhões. O acréscimo deve-se, principalmente, à emis-

são de notas promissórias (commercial papers) no valor

de R$ 245 milhões, com remuneração de CDI+0,95%

ao ano, pelo prazo de 360 dias, realizada em julho de

2008. Essa emissão teve o duplo objetivo de cobrir os

atrasos no recebimento dos valores das subvenções dos

programas Baixa Renda e Luz para Todos, e refinanciar

dívidas vincendas de custo mais elevado do que o custo

da emissão das notas promissórias.

investiMentos

Os investimentos totalizaram R$ 473 milhões, evolução de

19,2% em relação ao ano anterior (R$ 397 milhões). Os

recursos foram investidos em obras de expansão, reformas

e manutenção do sistema elétrico, controle de perdas, sis-

temas de informação e atendimento ao cliente, garantindo

Indicadores de endividamento 2004 2005 2006 2007 2008

Dívida bruta (R$ mil) 641.572 622.813 489.001 565.741 845.141

Dívida líquida (R$ mil) 555.155 470.180 424.349 553.377 829.303

Dívida bruta/EBITDA 2,9 1,7 0,9 1,19 1,48

EBITDA/Encargos de dívidas 2,2 3,8 6,9 10,61 9,65

Dívida bruta/(Dívida bruta + PL) 0,36 0,46 0,39 0,40 0,42

Dívida líquida/(Dívida líquida + PL) 0,33 0,39 0,35 0,39 0,41

Page 43: relatorio_coelce

ACIONISTAS 41

MERCADO DE CAPITAIS

Apesar dos efeitos da crise financeira internacional

sobre o mercado de capitais brasileiro, o desempe-

nho da ação preferencial COCE5 apresentou valori-

zação de 4,6% em 2008, saldo mais positivo do que

a queda de 41,6% registrada no Ibovespa no mesmo

período e a desvalorização de 11,6% do Índice de

Energia Elétrica (IEE). Esse comportamento faz com

que o papel se destaque dentre os ativos que com-

põem a carteira do IEE (16 ao total), sendo o terceiro

melhor desempenho em 2008.

No encerramento de dezembro, a Coelce tinha três

papéis negociados na BM&FBovespa, sendo que o

de maior liquidez era a ação preferencial A (COCE5),

com média de 50 negócios diários, em 2008. Os de-

mais papéis, por possuírem baixa liquidez, estavam

expostos a negociações que fugiram à percepção

média do mercado sobre a companhia, o que ocasio-

nou a desvalorização em 2008, na comparação com

o período anterior.

No mercado acionário, 41,1% do capital social da

Coelce está em livre negociação da BM&FBovespa, e

representa o free float, enquanto 58,9% estão nas

mãos do acionista controlador.

a eficiência da rede, elevação dos níveis de confiabilidade

e ampliação da capacidade de atendimento.

O volume mais expressivo no portfólio de investimentos

continuou direcionado ao Programa Luz para Todos, que

representa 47% do total. Excluindo os aportes e subsídios,

os investimentos líquidos atingiram R$ 314 milhões,

14,6% superior ao realizado em 2007.

Em 2009, a Coelce planeja investir R$ 433 milhões,

priorizando a universalização do acesso à energia, a

qualidade do serviço e a confiabilidade do sistema. Des-

se total, aproximadamente R$ 150 milhões devem ser

aplicados em obras do Programa Luz para Todos, com

estimativa de conectar quase 24 mil clientes.

infraestrutura

Em dezembro de 2008, o sistema elétrico da Coelce

era composto por 110.730 quilômetros de rede de dis-

tribuição, 4.244 quilômetros de linhas de transmissão

e 95 subestações, com capacidade instalada de 2.143

MVA. A evolução reflete os investimentos para a exe-

cução dos programas Universalização do Acesso e Luz

para Todos, além dos objetivos de ampliar a eficiência e

a qualidade na prestação dos serviços.

Infraestrutura | gri eu1, eu3 | 2007 2008

Subestações 94 95

Capacidade instalada (MVA) 2.101 2.143

Linhas de transmissão (km) 3.979 4.244

Rede de distribuição (km) 102.161 110.730

Transformadores de distribuição (unid.) 98.738 107.476

Investimentos (R$ mil) 2007 2008

Var.%

08/07

investimentos por demanda 130.642 150.303 15,0%

Novas conexões 100.482 115.302 14,7%

Atendimento à demanda 30.160 35.001 16,1%

Qualidade do sistema elétrico 39.648 49.769 25,5%

Programa Luz para Todos 149.149 223.986 50,2%

Combate às perdas 56.280 28.477 -49,4%

Outros 21.190 20.773 -2,0%

Total 396.908 473.307 19,2%

Page 44: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200842coelce08

Indicadores de mercado 2004 2005 2006 2007 2008 Var.% 08/07

Ação preferencial A (COCE5)

Cotação 8,24 14,20 22,9 21,50 22,48 14,70%

Média diária de negócios 35 22 39 82 50 16,10%

Média diária de volume financeiro (R$ mil) 463 398 1.031 1.950 829 25,50%

Valor de mercado 593 1.092 1.966 2.162 1.574 -27,20%

Enterprise value (EV*) (R$ mil) 1.148 1.562 2.378 2.715 2.403 -11,50%

EV/EBITDA 5,70 4,22 -26,10%

Preço da ação PNA/ lucro por ação (P/L) 17,56 5,85 5,98 6,84 5,17 -24,40%

Dividend yeld da ação PNA 13,54% 3,14% 12,78% 16,9% 14,00% -17,40%

Valor de mercado/ patrimônio líquido 0,52 1,49 2,52 2,54 1,33 -47,60%

*EV = Valor de Mercado + Dívida Líquida

CRIAÇÃO DE VALOR | gri ec1 |

O valor adicionado de 2008 somou R$ 1,4 bilhão, distri-

buído entre governo e sociedade (62%), colaboradores

(8%), acionistas (19%), financiadores (6%) e lucros reti-

dos (5%). O plano estratégico da Coelce está estruturado

para proporcionar um retorno adequado aos acionistas e

para as demais partes interessadas: colaboradores, forne-

cedores de produtos e serviços, financiadores de capital e

governo. Indiretamente, a criação de valor também bene-

ficia clientes e sociedade.

valor Para acionistas

A Coelce distribuiu aos acionistas, a título de dividen-

dos, R$ 245 milhões em 2008. O valor foi equivalente a

100% do lucro líquido passível de distribuição relativo

ao exercício de 2007. Na Assembleia Geral Ordinária de

2009, a Administração proporá que seja atingido 100%

do lucro líquido passível de distribuição do exercício de

2008, pois a soma da reservas legal e de capital já exce-

deu 30% do capital social, conforme exigência da Lei das

Sociedades Anônimas. O montante é de R$ 263 milhões

(R$ 3,38 por ação preferencial ou ordinária).

valor Para eMPregados

Do total da riqueza gerada em 2008, 8% foram des-

tinados aos empregados, por meio de remunerações,

encargos sociais, previdência privada, participação nos

resultados, dentre outros benefícios.

Criação de valor para empregados (R$ mil) 2005 2006 2007 2008

Riqueza total gerada 1.173.207 1.376.907 1.320.980 1.414.547

Valor destinado aos colaboradores 78.359 75.582 109.386 117.580

Valor adicionado (médio) por empregado 889 1.049 1.018 1.107

Criação de valor para a sociedade (R$ mil) 2005 2006 2007 2008

Riqueza total gerada 1.173.207 1.376.907 1.283.814 1.414.547

Riqueza distribuída para o governo 785.288 858.930 788.097 871.964

coce5 x ibovesPa

1/3/00 6/3/00 11/3/00 4/3/01 9/3/01 2/3/02 7/3/02 12/3/02 5/3/03 10/3/03 3/3/04/ 8/3/04 1/3/05 6/3/05 11/3/05 4/3/06 9/3/06 2/3/07 7/3/07 12/3/07 5/3/08 10/3/08 3/3/09

COCE5Ibovespa

Page 45: relatorio_coelce

ACIONISTAS 43

Demonstração do Valor Adicionado (R$ mil) 2006 1 2007 1 2008

receitas 2.330.547 2.809.080 3.138.780

Total de insumos adquiridos de terceiros 940.517 (1.473.148) (1.639.287)

( = ) Valor Adicionado Bruto 1.390.030 1.335.932 1.499.493

( ) Quotas de reintegração (109.563) (111.079) (116.539)

( = ) Valor Adicionado Líquido 1.280.467 1.224.853 1.382.954

( + ) Valor Adicionado recebido em transferência 96.440 96.127 31.593

( = ) valor adicionado a distribuir 1.376.907 1.320.980 1.414.547

1 ReclassificadoA Demonstração do Valor Adicionado detalhada está na página 127

distribuição do valor adicionado

Governo 62,0%

Acionistas 19,0%

Pessoal 8,0%

Financiadores 6,0%

Retido 5,0%

Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil) 2006 1 2007 1 2008 %

Pessoal 75.582 109.386 117.580 8%

Governo 858.930 788.097 871.964 62%

Financiadores 112.505 108.761 86.480 6%

Acionistas 283.345 244.751 263.096 19%

Retido 46.545 69.985 75.427 5%

Total do Valor Adicionado distribuído 1.376.907 1.320.980 100% 100%

1 Reclassificado

valor Para fornecedores

O relacionamento entre a Coelce e seus fornecedores não

é apenas uma troca de compra e venda de serviços. A

companhia realiza várias ações visando à melhoria da

comunicação, principalmente pela importância das ati-

vidades que prestam ao seu negócio. Os colaboradores

parceiros fazem a leitura mensal do consumo de energia,

atendem nas lojas e na Central de Relacionamento, cons-

troem novas linhas e consertam ocorrências no sistema

elétrico, entre outras atividades.

No encerramento de 2008, eram mantidos 736 forne-

cedores ativos, sendo 268 de serviços, 432 de materiais

e 36 de supridores de energia. O valor pago por insumos

adquiridos de terceiros totalizou R$ 1,6 milhão (compra

de energia elétrica e de materiais e serviços, além de en-

cargos sobre o uso da rede elétrica, perda na realização

de ativos e outras despesas operacionais). Materiais e

serviços representaram R$ 211,5 milhões. No ano, foram

adquiridos R$ 472,3 milhões em bens imobilizados (má-

quinas e equipamentos utilizados na rede elétrica). (Mais

informações sobre fornecedores na página 74). | gri ec6 )

valor Para a sociedade

Os 184 municípios da área de concessão são beneficia-

dos, direta ou indiretamente, com os impostos, taxas e

contribuições destinados pela companhia aos governos

federal, estadual e municipal. Esse montante somou R$

872 milhões em 2008, o equivalente a 62% de toda a

riqueza gerada pela Coelce no ano.

Além do benefício indireto, a companhia investe em

programas nas áreas de educação, geração de renda,

inclusão social e cultura, que estão apresentados em

Meio Ambiente (página 78) e Sociedade (página 98).

Fornecedores de materiais por localidade | gri ec6 |

Participação no total

das compras

Fornecedores locais (Ceará) 179 41,44%

Fornecedores nacionais (outros estados) 246 56,94%

Fornecedores globais (outros países) 7 1,62%

Total* 432 100%

*Considera-se para o total, fornecedores de materiais destinados a estoque e forne-cedores que suprem de materiais diretamente as áreas e para uso imediato.

Page 46: relatorio_coelce

clientes: Atendimento com proximidade

Page 47: relatorio_coelce

CLIENTES 45

Ao proporcionar ampliação do acesso à energia elétrica em

todo o Ceará, a Coelce contribui para o desenvolvimento

socioeconômico do Estado. As atividades dos setores

industrial, comercial e de serviços são intensificadas e a

população passa a contar com diversos benefícios sociais

atrelados à chegada da energia elétrica, de forma a

melhorar o nível de qualidade de vida e as oportunidades

de geração de renda.

Além de intensificar a evolução em seus indicadores

de qualidade técnica, a Coelce adota constantemente

novos processos e soluções para deixar mais ágil e pró-

ximo o atendimento aos clientes. Uma delas é a fatura

imediata, por meio da qual, em uma única visita ao

cliente, realiza-se a leitura do medidor, o faturamento,

a impressão e a entrega da conta de energia.

Entre as vantagens, observou-se a economia de

tempo e de custos operacionais com uma visita única

do leiturista, além de o cliente ficar satisfeito com a

possibilidade de conhecer, de forma antecipada, o valor

da fatura e planejar o pagamento. A conta imediata,

introduzida em 2007 como projeto-piloto para todas as

unidades do perímetro urbano, foi ampliada em 2008

para 1,8 milhão de clientes em todo o Estado.

INDICADORES DE QUALIDADE TÉCNICA

A Coelce garantiu mais uma redução histórica dos seus

indicadores de qualidade técnica, que servem como

parâmetro do sistema elétrico. O indicador de Duração

Equivalente de Interrupção por Consumidor (DEC)

atingiu 8,18 horas, em 2008, melhora de 12,9% em

relação ao ano anterior. Além de ser o melhor resultado

dentre as demais distribuidoras da Região Nordeste,

jan fev mar ab

rm

ai jun jul ag

ose

tout

nov dez

evolução da eficiência do ano

0,98

0,71

0,46

0,92

0,55 0,550,44 0,48 0,55 0,45

0,47 0,50,7

0,55

1,13

0,810,69

0,55 0,590,61

0,52

0,650,5 0,61

DEC (horas) FEC (VEZES)

eficiência no fornecimento - dec e fec

DEC (horas) FEC (VEZES)

2004 2005 20072006 Meta 2009

14,6

11,9510,44 9,11 7,87 6,78 6,6

12,45 11,429,40 8,18

7,96

2008

| gri eu27, eu28 || gri eu27, eu28 |

desafioser a empresa mais admirada do ceará

Page 48: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200846coelce08

ele é inferior ao DEC médio no País, que foi de 16,08

minutos (em 2007), segundo dados da Aneel.

O indicador Frequência Equivalente de Interrupção

por Cliente (FEC), que mensura o número de vezes

em que o cliente teve o fornecimento interrompido,

totalizou 6,78 vezes, quase a metade do FEC médio do

País, de 11,72 vezes (em 2007, de acordo com Aneel).

Houve ainda redução do Tempo Médio de

Atendimento Emergencial (TMA), que registra o

intervalo médio de atendimento, expresso em minutos,

desde o ingresso da reclamação até o seu atendimento.

A companhia continuará a trajetória de consolidação

de melhorias e estipulou atingir, em 2009, metas de

7,96 horas (DEC) e 6,6 vezes (FEC).

MonitoraMento

Para que raramente falte energia elétrica nas residên-

cias e nos parques industriais, e, caso ocorra algum

imprevisto que suspenda o abastecimento, ele seja re-

solvido com muita agilidade, a Coelce adota iniciativas

de monitoramento e manutenção preventiva: | gri eu5 |

• Melhoria do processo de inspeção de transformado-

res de distribuição, com a utilização de termovisores,

tornando as inspeções mais eficientes, seguras e pre-

venindo a queima de equipamentos;

• Investimento em equipamentos de automação e pro-

teção nas redes de média-tensão, principalmente

com a instalação de religadores modernos, teleco-

mandados e assistidos pelos centros de controle;

• Pacotes de Melhoria de Qualidade do Serviço (MQS),

que atuam na eficiência das redes de baixa, média e

alta-tensão; instalação de para-raios, reformas com-

pletas dos centros de distribuição de áreas próximas

a hospitais, grandes empresas e de elevado contin-

gente populacional;

• Melhor planejamento dos desligamentos programa-

dos, com a utilização de geradores portáteis que pos-

sibilitam manter o fornecimento aos clientes durante

a manutenção;

• Construção de novas subestações, em 2008, além de

mais 265 quilômetros de rede de alta-tensão e 8.569

quilômetros de redes de distribuição; | gri 2.9 |

• Faseamento das linhas de transmissão, entre as dez

principais subestações da capital cearense, com o ob-

jetivo de tornar mais ágil a operação do sistema nas

transferências de grandes blocos de cargas, evitando

a interrupção de clientes em uma dada contingência.

tempo Médio de atendimento(tMa - minutos)

20072006 Meta 2009

133

109105 105

2008 jan fev mar ab

rm

ai jun jul ag

ose

tout

nov dez

evolução da eficiência do atendimento no ano

141

93

130108

9485 83 81

10597

92111

(tMa - minutos)

A garantia de qualidade nos processos das áreas

Comercial e Técnica é certificada pela norma ISO

9001:2000 desde 2005. A conquista de certifica-

ções demonstra o empenho em expandir a atuação

de forma estruturada e controlada, proporcionando

um grau elevado de satisfação aos clientes.

A unificação de vários processos formou um gran-

de escopo de Operação Técnica, que foi certificado

em dezembro de 2008 com essa norma. A certifica-

ção abrangeu as áreas de Planejamento e Controle

da Manutenção e Planejamento das Redes de Alta-

Tensão e Média-Tensão e o processo do planejamen-

to à execução de obras na rede. Das 67 lojas com

processos certificados, 26 foram obtidos em 2008.

Boas práticas • certificaÇÃo aMPliada

Page 49: relatorio_coelce

CLIENTES 47

meio do Comitê Gestor Estadual, responsável por exa-

minar a demanda e definir as obras que devem ser prio-

rizadas para eletrificação. O programa atende clientes

com baixo poder aquisitivo, que são classificados como

consumidores de baixa renda. Eles têm redução de até

65% no valor de sua tarifa, sendo o repasse do be-

nefício transferido para as outras classes de consumo,

que financiam, em média, 75% do projeto. Os governos

estaduais contribuem com 10% e as empresas distri-

buidoras de energia elétrica, com mais 15%.

De acordo com a Aneel, a Região Nordeste ilustra

bem o impacto da geração de renda no consumo de

energia elétrica. Em maio de 2008, a Empresa de Pes-

quisa Energética (EPE) detectou que, pela primeira vez,

o volume de energia elétrica requerido pelas residên-

cias nordestinas (que abrigam 28% da população na-

cional) superou o da Região Sul que, apesar de reunir

15% da população do País, tem capacidade industrial

mais desenvolvida.

O desempenho deve-se à expansão do consumo mé-

dio por domicílio, em decorrência do aumento de renda

e de programas sociais de transferência de recursos do

governo federal, especialmente o Bolsa Família. Tam-

bém influenciou a evolução do número de domicílios

atendidos, por meio do Luz para Todos.

No Estado do Ceará, o programa atendeu a 112 mil

unidades consumidoras até 2008, sendo 23.410 so-

mente no ano, com investimento de R$ 227 milhões,

dos quais R$ 56 milhões subvencionados pelos gover-

PRINCIPAIS PROGRAMAS

Até o encerramento de 2008, os programas de Univer-

salização do Acesso e Luz para Todos tinham abrangido

98,5% dos consumidores potenciais da área da Coelce.

Tais programas buscam oferecer desenvolvimento so-

cioeconômico, permitindo o acesso a serviços de saúde,

educação, abastecimento de água e saneamento.

universalizaÇÃo | gri eu22 |

No ano, 114.455 novos consumidores foram atendidos

pelo Programa de Universalização do Acesso e Uso da

Energia Elétrica. A iniciativa prevê a ligação de novas

unidades consumidoras, ou aumento de carga, sem ônus

para os interessados. Dos 184 municípios cearenses,

124 haviam sido universalizados até o final de 2008.

Parte dos atendimentos conta com o incentivo do pro-

grama Luz para Todos. Do total de ligações, 10% foram

custeadas pelo governo do Estado do Ceará, 15% pela

Coelce e 75% pelo governo federal. A meta é finalizar a

Universalização em 2010. | gri ec4 |

luz Para todos | gri eu22 |

O Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para

Todos, iniciado em 2004, busca levar energia elétrica

para as comunidades rurais, contribuindo para o de-

senvolvimento social e econômico, o aumento da renda

familiar e a redução da pobreza.

A solicitação é feita em uma das lojas Coelce ou por

Universalização 2006 2007 2008

Metas de atendimento 85.607 75.836 103.288

Atendimentos (n°) 122.798 113.371 114.455

Alcance de metas (%) 143% 149% 111%

Municípios univ. 48 89 124

Municípios univ. (%) 26% 48% 67%

Luz para Todos (2004 a 2008) 1

Benefic. (mil)

Ligações

nº %

Região Norte 1.200 244.300 15,5%

Região Nordeste 3.800 772.800 49,0%

Região Sudeste 1.600 322.200 20,4%

Região Sul 650 129.500 8,2%

Região Centro-Oeste 550 108.900 6,9%

Total 7.800 1.577.700 100%

1 Estimativa do número de novos consumidores ligados à rede elétricaFonte: Ministério de Minas e Energia, 2008 (Valores até maio de 2008).

Luz para Todos – Ceará 2006 2007 2008

Metas de atendimento 33.000 30.000 29.700

Número de atendimentos efetuados 33.965 21.671 23.410

Cumprimento de metas (%) 103% 72% 79%

Origem dos recursos (R$ mil) 2006 2007 2008

Governo federal | gri ec4 | 65.419 46.300 52.843

Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) 54.509 38.583 44.011

Reserva Global de Reversão 10.910 7.717 8.832

Governo estadual | gri ec4 | 13.148 6.457 3.075

Próprios 25.163 102.849 171.143

Total dos recursos aplicados 103.730 155.606 227.061

Operação e Manutenção ND ND ND

Custo médio por atendimento 3,05 7,18 9,70

Page 50: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200848coelce08

Tarifa Baixa Renda 2004 2005 2006 2007 2008

Clientes cadastrados no programa Bolsa Família ND 143.513 410.278 507.518 540.182

Domicílios atendidos como baixa renda 1.339.871 1.415.968 1.486.591 1.385.387 1.558.032

% do total de domicílios atendidos (consumidores residenciais) 72% 73% 74% 68% 73%

a mesma tensão. Já os clientes rurais de baixa-tensão

têm redução de 60% comparativamente aos consumi-

dores das demais classes com o mesmo nível de tensão.

Em 2008, o benefício foi concedido a 1.558.032

clientes residenciais. Desse total, 1.141.384 são vincu-

lados à Resolução Aneel nº 246/02, que estabelece a

tarifa de baixa renda aos clientes com média de consu-

mo mensal inferior a 80 kWh (considerando o prazo de

12 meses anteriores). Essa categoria já recebe o bene-

fício automaticamente.

Os outros 416.648 clientes são vinculados à Resolu-

ção Aneel nº 485/02, que beneficia consumidores com

média de consumo entre 80 kWh e 220 kWh e inscritos

no Cadastro Único para Programas Sociais do governo

federal (Cartão Cidadão, Vale-gás, Bolsa Escola, Bolsa

Alimentação e Bolsa Família).

Em 2008, por exigência da agência reguladora, todos

os consumidores classificados como baixa renda tive-

ram de fazer seu recadastramento, mediante a apresen-

tação do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Dos 400 mil clientes registrados no banco de dados da

Coelce, 300 mil solicitaram o cadastro e continuaram

aptos a receber o benefício de redução do valor mensal

da tarifa de energia.

nos federal e estadual. Nos últimos três anos, o progra-

ma superou as metas estabelecidas pelo governo, totali-

zando 82 mil consumidores, em média – representando

desempenho de 80% no atendimento dessas solicitações.

tarifa social | gri eu22 |

O Programa Tarifa Social Baixa Renda é um benefício

criado pelo governo federal, que concede descontos

na tarifa de energia elétrica às famílias com menores

condições socioeconômicas, conforme disposto na Lei

nº 10.438/2002. Em contrapartida, as distribuidoras

recebem um subsídio mensal do governo.

Até dezembro de 2008, as homologações mensais

foram realizadas conforme cronograma estabelecido na

regulamentação, não existindo atraso no repasse des-

ses recursos pela Eletrobrás. A solicitação do subsídio

complementar referente ao período de março a novem-

bro de 2007, no valor de R$ 16,9 milhões, foi homolo-

gada integralmente pela Aneel. | gri ec4 |

Clientes residenciais e rurais classificados como de

baixa renda podem alcançar redução de 65% do valor

da tarifa residencial tradicional. Os clientes rurais de

nível de alta-tensão possuem tarifa social 10% menor

do que a das demais classes (indústria e comércio) com

A Coelce, em parceria com o fabricante local L.C.

Amaro, desenvolveu o protótipo de um poste de fibra

de vidro, ideal para uso em áreas de intensa con-

centração salina, pois resiste mais à maresia do que

os tradicionais (feitos de concreto). Além de reduzir

o custo de manutenção e ser produzido localmen-

te, contribuindo para a geração de renda no Ceará,

o material proporciona facilidade de transporte, de

instalação, redução do risco de choques elétricos e

vida útil prolongada. Agora estão sendo desenvol-

vidos postes bipartidos de cinco e sete metros, que

possibilitam o transporte em carros pequenos.

Em 2008, a companhia realizou um programa de

inspeção e qualificação de oito fabricantes de pos-

tes de concreto, vigas, anéis e outros acessórios de

concreto armado. Com durabilidade estimada pelas

normas técnicas entre 10 e 20 anos, os postes ad-

quiridos estavam resistindo apenas dois anos.

As áreas de Normas e Procedimentos e de Qua-

lidade da Coelce organizaram visitas às fábricas e

auditoria de infraestrutura e processos de fabrica-

ção, incluindo a qualidade da matéria-prima uti-

lizada. A empresa mais bem qualificada recebeu

certificado de credenciamento.

Boas práticas • Postes resistentes

Page 51: relatorio_coelce

CLIENTES 49

PrograMa de investiMentos esPeciais

O contrato de concessão da Coelce prevê a execução de

obras e serviços contemplados pelo Programa Anual de

Investimentos Especiais do Estado. São previstas obras

de extensão de redes MT/BT, subestações com linhas

de transmissão de 69 kVA, aumento de carga, obras de

suporte, remanejamento de postes e recondutoramento

que sejam solicitados pelo governo estadual. O objetivo

é garantir infraestrutura aos projetos industriais, turís-

ticos, de irrigação, abastecimento de água, iluminação

pública e eletrificação rural e urbana.

De acordo com o Convênio nº 048/98 emitido pelo

governo estadual, a Coelce deve destinar 1% do fatura-

mento líquido de venda de energia para o Programa de

Investimentos Especiais. A liberação das obras se dá após

a entrega do plano de obras pelo governo estadual, o

qual se reflete nos valores investidos pela companhia. Os

valores anuais investidos que não atingem o percentual

do faturamento líquido definido no referido convênio se

acumulam para os anos posteriores. Em 2008 o valor in-

vestido totalizou R$ 2,6 milhões. | gri ec8 |

CATEGORIAS DE CLIENTES

A Coelce alcançou, em 2008, a marca de 2,8 milhões

de clientes – 153.092 novos consumidores, crescimento

de 5,7% em relação ao ano anterior. Desse total, 2,1

milhões de unidades consumidoras referem-se ao seg-

mento residencial (cerca de 1,6 milhão classificado como

baixa renda) e 304 mil são clientes rurais. O acréscimo

está concentrado nas classes residencial e rural.

Essa evolução reflete, em essência, o crescimento ve-

getativo do mercado cativo e os investimentos para a co-

nexão de novos clientes à rede, em especial no Programa

Luz para Todos, que foram responsáveis pelo acréscimo de

23.410 unidades consumidoras.

Programa de investimentos especiais (r$ mil)

Evolução do número de clientes| gr i eu2 | 2004 2005 2006 2007 2008

Var. (%)

(07/08)

Mercado cativo

Residencial 1.871.241 1.943.684 2.020.253 2.036.983 2.132.492 4,7%

Normal 531.370 527.716 533.662 651.596 574.460 -11,8%

Baixa renda 1.339.871 1.415.968 1.486.591 1.385.387 1.558.032 12,5%

Industrial 6.831 6.572 6.455 6.015 5.943 -1,2%

Comercial 136.141 138.696 141.469 146.680 151.276 3,1%

Rural 189.591 208.797 218.162 267.709 303.994 13,6%

Setor Público (inclui Iluminação Pública) 26.248 27.721 29.617 32.608 35.731 9,6%

Subtotal 2.230.052 2.325.470 2.415.956 2.489.995 2.629.436 5,6%

Revenda 2 2 3 2 2 0%

Consumo próprio 216 216 220 241 225 -6,6%

Clientes ativos sem fornecimento 103.320 112.402 127.078 198.508 212.175 6,9%

Total de clientes 2.333.590 2.438.090 2.543.257 2.688.746 2.841.838 5,7%

2004 2005 2006 2007 2008

total de clientes ativos (mil)

2.334 2.438 2.543 2.6892.842

A companhia encerrou 2008 com 14 clientes livres, re-

tração de 26,3% em relação ao final de 2007. Essa varia-

ção se deve pela redução líquida de cinco clientes livres na

base comercial da companhia (basicamente, o retorno de

oito clientes livres ao mercado cativo e a entrada de três

novos clientes livres, ao longo de 2008).

Page 52: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200850coelce08

Produtos e serviços para clientes residenciais

seguros coelcecobrança realizada mensalmente na fatura de energia elétrica

Família Seguro Residencial 3 + 1

Produto que mais se destacou nas vendas em 2008, na carteira de seguros da Coelce. O conjunto de seguros residenciais com coberturas específicas garante a indenização em caso de incêndio, raio e/ou explosão e, dependendo do plano escolhido, cobre riscos de roubo e/ou furto qualificado e responsabilidade civil familiar. Foram registradas 242.808 adesões em 2008, 11% superior a 2007 (218.316).

Seguro Vida Protegida Lançado em 2008, além de oferecer proteção financeira e assistência funeral, possibilita descontos na compra de medicamentos. O titular ainda participa mensalmente de sorteios de R$ 3 mil pela Loteria Federal. Foram registradas 4.054 adesões em 2008.

Seguro Estudo Garantido Lançado em 2008, oferece cobertura por morte natural ou acidental em 24 vezes o valor da mensalidade até o limite máximo de R$ 10 mil por estudante. Também paga R$ 1 mil no caso de morte natural ou acidental do responsável pelo pagamento das mensalidades escolares, por aluno. No caso de desemprego involuntário, pagamento de até cinco mensalidades escolares do mês imediatamente posterior ao sinistro, até o limite máximo de R$ 11,5 mil, entre outras vantagens. Em 2008 a Coelce registrou 196 adesões.

Seguro Emergência Auto Assistência 24 horas em caso de problemas como o carro. Com 176 adesões em 2008, o produto é ideal para quem não tem condições de arcar com um seguro tradicional. Dentre os serviços garantidos estão socorro mecânico, reboque de carro, chaveiro, assistência em caso de falta de combustível, pneu furado ou danificado, meios de transporte alternativo, hospedagem, guarda-carro, motorista amigo, envio de peças e transmissão de mensagens urgentes.

Seguro Domiciliar com Assistência 24 horas

Além da assistência residencial, oferece cobertura de incêndio, raio e explosão com nove serviços disponíveis em caso de sinistro, serviços de emergência (chaveiro, eletricista e encanador) e serviços especiais. Foram registradas 4.329 adesões em 2008, quantidade 90% superior a 2007 (2.278).

Seguro para Diária de Internação Hospitalar

Em caso de internação hospitalar, o cliente recebe R$ 120,00 por diária. Como foi instituído em dezembro de 2008, não registrou adesões.

Título de capitalização Boa Ação, Boa Sorte

O cliente contribui com um valor fixo mensal acessível, de R$ 2,99 (Plano I) ou 4,95 (Plano II) e concorre a prêmios em dinheiro, por meio de sorteios mensais. Do total arrecadado, 10% são destinados para o Instituto Ronald McDonald, que investe em projetos de combate ao câncer infanto-juvenil. Em Fortaleza, o instituto apoia a Associação Peter Pan. Em 2008, o produto registrou 95.355 adesões, quantidade quase quatro vezes maior que em 2007 (19.128).

coelce serviÇos

Kit Energia Conjunto de peças e serviços utilizado para entrada de energia em residências ou empresas, com objetivo de proporcionar qualidade ao serviços de ligação nova, acréscimo/decréscimo de carga, padrão rural irrigante dupla tarifação e mudança de medidor de local. Em 2008 foram vendidos 56.387 kits, 33% acima do ano anterior (42.190).

Coelce Comercial Profissionais qualificados vistoriam o empreendimento do cliente, elaboram orçamento e consertam eventuais problemas em instalações elétricas, com pagamento facilitado pela conta de energia. Em 2008 foram realizados 5.342 serviços (14.763 em 2007).

Cobrança Fácil A conta de energia é colocada à disposição como meio de arrecadação de produtos e serviços oferecidos por empresas parceiras (que em 2008 totalizaram 11). No ano, a quantidade de serviços de cobrança foi de 887.863, 602% maior que em 2007 (126.354).

SERVIÇOS COELCE

A crescente oferta de novas opções em seguros, ser-

viços e parcerias fortalece a imagem da Coelce como

prestadora de soluções capaz de gerar benefícios aos

seus clientes e maior retorno financeiro aos acionistas,

de forma mais ampla do que levar energia elétrica de

qualidade.

Clientes residenciais – Em 2008, foram considera-

dos sucesso de vendas o seguro Família Residencial

3+1, o título de capitalização Boa Ação, Boa Sorte e a

arrecadação de faturas de planos odontológicos, com

total de 542.510 clientes.

Grandes clientes – O pacote de serviços e soluções

Coelce Plus é destinado a clientes ligados às redes de

média e alta-tensão.

Clientes institucionais – Por meio do Coelce Plus

Institucional, são oferecidos os seguintes serviços a

clientes da administração pública:

Coelce Plus Institucional

Clientes

em 2007

Clientes

em 2008

Banco de capacitores 37 41

Construção de subestações 5 10

Iluminação de prédios públicos 209 349

Manutenção de subestações 87 16

Outros 104 127

Total 442 543

Page 53: relatorio_coelce

CLIENTES 51

ATENDIMENTO

Para atingir a sua Visão de ser a empresa número um,

no Ceará, em atendimento e proximidade com os clientes

até 2011, a Coelce investe em tecnologia e melhoria dos

processos internos, além de treinar seus colaboradores

para que entendam cada vez mais as necessidades dos

consumidores, visando estreitar o relacionamento com

esse público estratégico.

clientes residenciais

central de relacionaMento

As novas regras do Código de Defesa do Consumidor

para os serviços de call center foram de fácil adequação

pela Coelce, que desde 2005 desenvolvia o Projeto

Contato. Visando à excelência, essa iniciativa já buscava

solucionar a ocorrência no primeiro contato com o cliente.

Em 2008, isso ocorreu em 82,5% dos atendimentos.

Serviços Coelce Plus para grandes clientesEficiência energética Diagnóstico e elaboração de projeto para tornar as instalações mais ecoeficientes, por meio da troca de

equipamentos de climatização, iluminação e força motriz. Além disso, treina colaboradores do cliente para o consumo eficiente da energia elétrica. Em 2008 seis clientes foram beneficiados e 20 pessoas treinadas (21 empresas, com treinamento de 120 pessoas, em 2007).

Construção de linhas e subestações

Elaboração de projeto elétrico civil e execução da construção e montagem de subestações aéreas e abrigadas, além de redes de distribuição. Foram registrados 271 serviços em 2008, quantidade 198% superior à registrada em 2007 (91).

Manutenção de subestações Manutenção preventiva anual para os clientes que possuem subestações aéreas ou abrigadas. Inclui o serviço da equipe Coelce Plus Empresarial para atendimento emergencial. Em 2008 foram realizados 187 serviços, montante 315% superior ao de 2007 (45).

Correção do fator potência Instalação de bancos capacitores para o equilíbrio do consumo de energia elétrica. Após a contratação do serviço, o cliente economiza o valor da multa por reativo excedente antes cobrada pelo baixo fator de potência. Em geral, o custo da implantação do serviço é pago com a própria economia obtida na conta. Em 2008 foram registrados 351 serviços, quantidade 112% superior a 2007 (165).

Instalações elétricas internas Modernização das instalações elétricas internas por meio de mão de obra especializada em construção e adequação de subestações de média e alta-tensão, construção de rede de loteamentos, rede rural, projetos de iluminação pública, estádios esportivos e atendimento a eventos especiais. Em 2008 foram registrados dois serviços, em comparação a sete no ano anterior.

Venda de equipamentos Oferta de soluções em projeto e equipamentos eficientes (máquinas, motores, transformadores, geradores, etc.), com pagamento facilitado via fatura de energia. Em 2008 aconteceram 57 vendas de equipamentos, quantidade 90% acima de 2007 (30).

Outros Reformas elétricas, adequação de medição, atendimento emergencial, cobertura isolante em baixa e média-tensão, aluguel de equipamentos. Os 292 serviços registrados em 2008 foram superiores aos 257 obtidos no ano anterior.

As exigências determinam que os call centers este-

jam disponíveis 24 horas, sete dias por semana, quando

se tratarem de serviços de fornecimento ininterruptos,

como é o caso da distribuição de energia. O tempo de

espera deve ser de até um minuto para contato direto

com o operador e a ligação só poderá ser transferida

de um atendente para outro uma única vez. O serviço

gratuito de teleatendimento, disponível pelos telefones

0800-285-0196 (ligações originadas de telefones fixos)

e 9090-8811-6000 (de telefones celulares), cumpriu

toda a regulamentação, inclusive com tempo médio de

apenas 0,08 segundos para o início do atendimento.

Outro motivo de comemoração para a Coelce refere-

se ao indicador que verifica o abandono da ligação pelo

Atendimentos 2006 2007 2008

Central de

Relacionamento

3.073.962 3.305.654 2.936.214

Agências 2.555.823 2.832.637 2.732.931

Internet 376.418 751.396 1.257.536

Total 6.006.203 6.889.687 6.926.681

Tempo de espera (min) 2006 2007 2008

Espera até o início de atendimento nas agências 04:47 04:21 05:14

Espera até o início de atendimento na Central de Relacionamento 0,13 0,13 0,08

Tempo de atendimento nas agências 04:40 04:55 04:52

Tempo de atendimento na Central de Relacionamento 04:03 04:20 04:36

Page 54: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200852coelce08

cliente, que em 2008 foi abaixo de 1% (0,87%), signifi-

cando que cada vez menos o cliente fica esperando por

atendimento. Em 2008, os 350 teleatendentes, que se

revezam em três turnos na Central de Relacionamento,

receberam, em média, 250 mil ligações mensais, con-

tabilizando 2,9 milhões de chamadas. A quantidade de

ligações pode ser influenciada por alterações climáticas

e outras ocorrências que impacta o sistema elétrico.

A estrutura da Central de Relacionamento em Fortale-

za passou por completa reforma em 2008, para garantir

mais espaço físico e bem-estar aos atendentes. Foi ainda

instalado um novo sistema para atendimento integral ao

cliente, com plataforma de navegação na web mais dinâ-

mica e moderna. Foram também contratados mais 50 co-

laboradores e reforçadas as campanhas de motivação para

alcance de metas comerciais, recompensadas por meio de

bonificações aos melhores desempenhos. Cuidados com a

postura, alimentação e voz são observados no cotidiano.

Massoterapeutas também atuam diariamente para aju-

dar os funcionários a relaxar possíveis tensões no corpo.

loJas de atendiMento

A Coelce possui 201 lojas de atendimento, sendo duas

unidades móveis. Os 373 atendentes recebem solicita-

ção de serviços e realizam a venda de seguros e demais

produtos e soluções da companhia. Em 2008, houve

2,7 milhões de atendimentos.

Os clientes também podem imprimir a segunda via da

conta de energia, consultar débitos ou solicitar outros

serviços simples por meio de máquinas de autoatendi-

mento. Em 2008 foram registradas 723 mil operações.

A partir de 2007, a Coelce passou a elaborar um

ranking trimestral dos melhores profissionais das lojas de

atendimento, com base em cinco critérios: tempo médio

de atendimento; produtividade; avaliação dos conheci-

mentos sobre os procedimentos da companhia; venda de

produtos e serviços; e satisfação do cliente. Esse último

item recebe a maior ponderação do cálculo, equivalente

a 60%. Os profissionais que se destacaram têm sua foto

divulgada na intranet, e a cada trimestre são convidados

para um jantar com o presidente da Coelce, diretores e

coordenadores de áreas, quando são homenageados.

agência interativa

Acompanhando a tendência global do aumento de usu-

ários de internet, em 2008 foi registrado 1,3 milhão

de atendimentos instantâneos via website (chat), que

oferecem os mesmos serviços disponíveis por telefone

e funcionam como canal de comunicação para receber

reclamações ou sugestões.

O ano de 2008 marcou a inauguração do novo formato

de atendimento. Agora, clientes e atendentes ficam lado

a lado, e não mais separados por um balcão, permitindo

mais interação e transparência. O novo projeto arquite-

tônico das lojas também prevê instalações mais amplas

e espaço exclusivo para exposição e oferta de produtos

e serviços.

“Quando cheguei aqui, me encantei. Todos os clien-

tes esperavam sentados, as atendentes tinham sorriso

no rosto e os clientes eram tratados do mesmo jeito,

não somente os que estavam vestidos de forma mais

vistosa”, conta Helenice Maria Rodrigues Costa, profes-

sora aposentada, que foi à loja do Conjunto Ceará. “O

atendimento foi super-rápido e gostei de acompanhar

na tela do computador o que estava sendo explicado.

No final, ainda perguntaram: a senhora está satisfei-

ta?”, diz Helenice, confirmando ter ficado muito bem-

impressionada com o sistema.

A novidade também foi aprovada pelas atenden-

tes. “O cliente vê que a gente busca fazer o melhor”,

explica Fabíola Siqueira. Seis grandes lojas adotaram

esse modelo em 2008, que será estendido a mais nove

unidades até o final de 2009.

Outra facilidade disponível é o atendimento com

hora marcada, que pode ser agendado por meio de

uma central telefônica 0800 ou no próprio local.

BOAS PRáTICAS • Atendimento mAis próximo

Page 55: relatorio_coelce

CLIENTES 53

O principal motivo das reclamações recebidas via

Central de Relacionamento, lojas de atendimento e

internet é a interrupção de serviços, com 96,7% do

total das solicitações. Em 2008, foram solucionadas

93% das reclamações consideradas procedentes.

coelce nos bairros

O programa busca ser um forte canal de comunicação

entre a empresa e as comunidades, por meio de reuni-

ões e do contato direto com lideranças para entender

suas reais necessidades. Nos encontros, são realizadas

palestras de esclarecimentos sobre o uso eficiente e

seguro da energia elétrica, os canais de atendimento,

produtos, serviços e programas sociais da distribuidora.

A partir das demandas, as demais áreas da empresa

Principais reclamações recebidas 2006 2007 2008

Prazos na execução de serviços 2,80% 0,69% 0,34%

Fornecimento inadequado de energia 0,35% 0,84% 0,80%

Interrupções 90,04% 92,79% 96,70%

Conta não entregue 2,97% 3,05% 1,20%

Valores cobrados na conta 0,17% 0,23% 0,02%

Outros 3,67% 2,40% 0,94%

Total 100% 100% 100%

Reclamações procedentes e improcedentes 2006 2007 2008

Julgadas procedentes em relação ao total de reclamações recebidas 96% 95% 96%

Julgadas improcedentes em relação ao total de reclamações recebidas 4% 5% 4%

Solucionadas em relação ao número de reclamações procedentes 99% 98% 93%

Quantidade de inovações implantadas em razão da interferência do ouvidor e/ou do serviço de atendimento ao consumidor 7 15 19*

* 8 por meio da Ouvidoria e 11 pelas áreas de atendimento comercial

são direcionadas para atender à comunidade em aspectos

como parcelamentos facilitados, aferições de medidores e

cadastro para os programas Ecoelce e Troca Eficiente.

A partir de julho de 2008, a equipe passou a promo-

ver oficinas de teatro com jovens, como um meio de eles

expressarem suas opiniões. Um grupo de voluntários da

Coelce, capacitados pela Casa do Conto, também apro-

veita a reunião da comunidade para contar estórias e

realizar atividades lúdicas com as crianças. De janeiro a

dezembro de 2008, o Coelce nos Bairros realizou 190

reuniões, com a participação de 37.578 pessoas.

carta serviÇo – análise e resPosta

O canal é especializado em controlar o recebimento de re-

clamações e sugestões dos consumidores, de forma escri-

ta ou por intermédio das lojas, Central de Relacionamen-

to, caixa postal e website. Também recebe reclamações

de órgãos de defesa do consumidor e promotorias, além

das análises de recursos de Termo de Ocorrência (TO), que

necessitam de prazo estipulado para resposta. Em 2008,

foram prestados 452.127 atendimentos, incluindo a en-

trega de respostas de correspondências.

Para o desenvolvimento profissional dos colaborado-

res da Área de Análise e Resposta ao Cliente, a Coelce

ofereceu cursos para aperfeiçoar a escrita, atualizar co-

nhecimentos e calcular Termos de Ocorrência.

escreva Para o Presidente

Os clientes podem enviar mensagens diretamente para

o presidente da Coelce, por meio de canal de comunica-

ção disponível nas lojas de atendimento. Em 2008, foram

realizados 74 atendimentos, entre reclamações e suges-

tões, com resposta enviada ao cliente em 24 horas, por

meio de carta. A área responsável pela análise e resposta

aos clientes mantém relacionamento direto com o Decon

Fortaleza, que registrou, em 2008, redução de 32% no

total de reclamações em relação ao ano anterior.

Pontos de arrecadaÇÃo

Os clientes da Coelce podem pagar suas faturas de

energia em 1.562 pontos de arrecadação distribuídos

pelos 184 municípios cearenses, como instituições ban-

cárias, farmácias, supermercados, entre outros. Nas 201

lojas de atendimento, há 131 pontos de arrecadação.

Page 56: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200854coelce08

clientes coM necessidades esPeciais

A Coelce incrementou suas ações inclusivas com a com-

pra de um aparelho que permite o atendimento telefô-

nico a clientes com deficiência auditiva, cujo número é

0800 2801887. Nesse sistema, o cliente insere o apa-

relho monofone (teclado alfanumérico) em um telefone

comum e digita as informações, que são visualizadas

pela atendente da Central de Relacionamento.

Houve também treinamento dos profissionais na

Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Até dezembro

de 2008, nove lojas possuíam atendentes qualificados,

com dez profissionais formados pela Federação Nacio-

nal de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). Já

as pessoas com deficiências visuais podem solicitar a

conta de energia em versão braile, benefício que con-

templou 42 clientes em 2008.

Outra iniciativa é a construção de rampas de acesso

nas lojas de atendimento. Todas as unidades que passam

por reformas recebem essa estrutura, sendo que 39 já

oferecem essa facilidade para pessoas com dificuldades

de locomoção (sendo 14 em Fortaleza e Região

Metropolitana e 25 no interior do Estado). | gri eu23 |

coMunidades de baixa renda

Além do acesso a uma tarifa de energia mais barata,

definida pela Aneel, a Coelce atua de forma proativa

em comunidades com baixos índices de consumo e/ou

poder aquisitivo, com foco na realização de programas

sociais. Essas iniciativas ganharam destaque a partir de

Para manter a certificação ISO 9001 para a Área de

Grandes Clientes, foram realizadas as seguintes ativi-

dades em 2008:

• Atendimento prioritário a grandes clientes pelas equi-

pes de Linha Viva (especialistas técnicos que reali-

zam obras em rede energizada);

• Intensificação das visitas personalizadas: totalizaram

3.864 em 2008, aumento de 59,8% em relação ao

ano anterior. O objetivo é conhecer de perto os pla-

nos de expansão dos clientes, a fim de oferecer solu-

ções diferenciadas para cada caso, e

• Expansão das visitas e vendas de serviços para o in-

terior do Ceará.

clientes institucionais

Uma área exclusiva é destinada ao relacionamento com

os clientes institucionais, sendo dividida em atendimento

e vendas de serviços. Um grupo de seis executivos espe-

cializados e quatro colaboradores de apoio é responsável

pela oferta de serviços de ligações novas ou provisórias,

pedidos de execução de obras de extensão de rede, ve-

rificação de faturas mensais de energia, repasse da Con-

tribuição de Iluminação Pública e outras demandas dos

municípios e governos estadual e federal.

Os clientes institucionais ainda contam com a orien-

tação de 16 profissionais qualificados para facilitar a

contratação dos serviços Coelce Plus Institucional.

2006, com a introdução dos projetos Ecoelce (página

87), Troca Eficiente e Energia Social (página 101), que

promovem a capacidade econômica de uso da energia.

grandes clientes

A parcela de grandes clientes corresponde a 0,2% do

total da carteira atendida pela Coelce. Pela característi-

ca desse segmento, a companhia oferece atendimento

especial, desde o momento da solicitação dos serviços,

com postos exclusivos na Central de Relacionamento,

até a execução e manutenção dos trabalhos.

Uma das principais iniciativas foi a realização do

curso Gestor de Conta de Energia. A fatura destinada

a esse público traz vários elementos, com maior grau

de complexidade que a residencial. Durante oito horas,

os administradores aprendem conceitos tarifários, leitu-

ra técnica da fatura e funcionamento da telemedição,

entre outros. Também visitam o Centro de Controle do

Sistema e a Central de Relacionamento. Em 2008 foram

oferecidos cinco cursos, com 204 participantes. A ini-

ciativa continuará em 2009, de acordo com a demanda.

Outro destaque foi a parceria firmada entre a Coelce

e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec),

no programa Ampliando Possibilidades. A iniciativa

possibilita que empresas contem com atendimento per-

sonalizado da Coelce, na sede da entidade, com acesso

mais rápido à solução de problemas e a produtos e ser-

viços. Parceria semelhante foi firmada com a Câmara

dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza.

Page 57: relatorio_coelce

CLIENTES 55

SATISFAÇÃO DO CLIENTE

Privacidade e ética

O Código de Ética Empresarial da Coelce prevê o ade-

quado manuseio das informações, a fim de garantir a

privacidade dos clientes. Na divulgação de campanhas

e peças publicitárias, a Coelce respeita os padrões éti-

cos de propaganda adotados no Brasil, definidos pelo

Conselho Nacional de Autorregulamentação Publici-

tária (Conar) e não possui registro de violação de re-

gulamentação de propaganda e marketing. A Área de

Comunicação é responsável, em última instância, pela

adequação do conteúdo divulgado. Todas as campa-

nhas são submetidas ao Comitê de Gestão da Marca

para avaliação final. | gri Pr6 |

Os produtos da Coelce não são passíveis de pro-

cedimentos de rotulagem, embora a Aneel estabeleça

alguns itens obrigatórios na conta de energia elétrica,

o que é respeitado e cumprido 100% pela empresa,

que não registrou nenhuma não conformidade nesse

aspecto em 2008.

Em relação à descrição de seus outros produtos,

como seguros e títulos de capitalização, todas as carac-

terísticas e condições particulares de uso são colocadas

de forma clara nos contratos de adesão e materiais de

vendas. No caso de seguros, são consideradas também

informações obrigatórias para comercialização de segu-

ros privados, seguindo as normas da Superintendência

de Seguros Privados (Susep). | gri Pr3 |

negociaÇÃo de dívidas

A Coelce permite a opção de parcelamento de dívidas

dos clientes, oferecendo taxas e prazos mais favoráveis

que os existentes no mercado financeiro. A negociação

de dívida pode ser feita por meio de qualquer canal

de atendimento da empresa. Em todo o ano de 2008

foram realizados 106.082 parcelamentos, quantidade

17,4% menor que em 2007. Do total, 86,4% foram so-

licitações de clientes residenciais.

ouvidoria

Os clientes contam com canais diretos de comunicação

com a Coelce, por meio de Central de Relacionamento

(0800 2804100), pessoalmente (na Rua Padre Valdevi-

no Nº 150, Fortaleza), pelo e-mail ouvidoria@coelce.

com.br e por correspondências. Em 2008, a Ouvidoria

realizou 14.852 atendimentos, entre consultas, recla-

mações e solicitações, atuando de forma imparcial na

mediação dos conflitos. | gri Pr5 |

Em 2008, foram gerados na Ouvidoria 1.227 proces-

sos, dos quais 989 julgados procedentes. Do total de

processos, 8,2% recorreram à Arce. Várias ações foram

adotadas para melhorar o atendimento:

• Ampliação do quadro de colaboradores, de oito para

nove, com disponibilidade de atendimento presen-

cial, inclusive no horário de almoço (12 às 14 horas);

• Expansão do programa Ouvidoria na Comunidade, que

vai até as regiões mais carentes para levar esclareci-

mentos sobre a Coelce e o papel da Ouvidoria, além de

colher reclamações e/ou solicitações dos consumidores.

quantidade de negociação de dívidas

negociação por classe de consumidores

Residencial 86,4%

Rural 6,7%

Comercial 6,6%

Industrial 0,3%

quantidade de atendimentos pela ouvidoria coelce 2004 - 2008

9.063

11.84113.494 12.494

14.852

Page 58: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200856coelce08

Pesquisa gerp de atendimento ao cliente

cliente fantasMa

O objetivo da pesquisa é monitorar a qualidade

dos serviços prestados aos clientes nas lojas de

atendimento. Uma empresa externa avalia, com notas

Pesquisas de satisfaÇÃo do cliente | gri Pr5 |

Pesquisa abradee

A evolução no Índice de Satisfação da Qualidade Per-

cebida (ISQP) para 84,3% contribuiu para a Coelce ser

eleita como a melhor distribuidora de energia elétrica do

Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo. A companhia

também foi a quinta do País no resultado global do Prê-

mio Abradee e a segunda em Responsabilidade Social.

Realizada anualmente, a pesquisa avalia: qualidade

de fornecimento de energia; informação e comunica-

ção com o consumidor; atendimento; conta de luz; e

imagem da distribuidora. O indicador Informação e Co-

municação da Coelce foi o melhor do Brasil entre as

empresas com mais de 500 mil clientes.

A Coelce contratou o Instituto Gerp para promover se-

mestralmente pesquisas de satisfação, utilizando os mes-

mos critérios do modelo Abradee, com o objetivo de iden-

tificar as iniciativas de melhoria contínua prioritárias para

execução. Entre elas destaca-se a necessidade de ampliar

a comunicação dos avisos de desligamento programado

e de divulgar melhor os direitos e os deveres dos clientes.

índice aneel

A companhia também monitora a qualidade de seus

serviços por meio do Índice Aneel de Satisfação do Con-

sumidor (Iasc). O objetivo é registrar a opinião sobre a

qualidade percebida, confiança, fidelidade, valor per-

cebido e satisfação. O resultado de 2008 foi 56,51%.

de 0 a 10, aspectos como abordagem ao cliente,

prontidão no atendimento, competência técnica, entre

outros itens. O resultado da Pesquisa Cliente Fantasma

em 2008 atribuiu média de 9,23 à Coelce, nota superior

à registrada no ano anterior.

outras Pesquisas

A Coelce também contratou outros institutos de pesquisa

em 2008 para realizar sondagens de avaliação de satis-

fação dos consumidores em relação à empresa. O quadro

acima demonstra os resultados registrados pelo Vox Populi.

O desempenho no Estudo de Percepção de Imagem

com Líderes de Opinião (ILO externo) foi excelente, na

comparação com os anos anteriores, ao receber nota

8,7. A metodologia consiste em entrevistas para a co-

leta de depoimentos de formadores de opinião, para a

avaliação de aspectos como a relação da empresa com

o seu entorno e os níveis de transparência no repasse

de informação e responsabilidade social.

fonte: aneel

Cliente Fantasma

2005/jun.

2005/set.

2006/jun.

2006/nov. 2007 2008

Média 8,08 8,86 8,3 9,05 8,5 9,23

Pesquisa de satisfação 2006 2007 2008

Fornecimento 89,1 84,6 85,2

Atendimento 83,9 78,0 82,7

Conta de luz 85,4 83,1 85,4

Informação e comunicação 71,2 68,2 80,4

Imagem 83,6 80,4 86,9

Fonte: Vox Populi

Page 59: relatorio_coelce

CLIENTES 57

número e % de clientes indenizadosNa análise segmentada por público, a Coelce foi mais

bem avaliada pelas autoridades políticas, cuja nota mé-

dia foi 9,1; seguida pela percepção da sociedade (8,8),

imprensa geral (8,7) e veículos da mídia especializados

em economia (8,2).

RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO

A Coelce procura garantir a segurança na distribuição de

energia elétrica ao cumprir de forma rigorosa as normas

e os padrões técnicos estabelecidos pela legislação, além

de investir na manutenção preventiva de instalações e

equipamentos. Além disso, os consumidores são cons-

tantemente informados e lembrados sobre o uso seguro

e racional de energia elétrica. | gri Pr1 |

Para isso, a companhia utiliza os principais veícu-

los de comunicação, além de transmitir as mensagens

na própria conta de energia e em folhetos explicativos

disponíveis nas lojas de atendimento. As comunidades

cearenses participam ainda de projetos de educação,

como o Escola Coelce Caminhos Eficientes, e recebem

orientações por meio do programa Coelce nos Bairros.

Apesar de todas as campanhas de conscientização, ain-

da é registrado um grande número de furtos de cabos con-

dutores de energia elétrica, que em alguns casos acabam

resultando em mortes. Em 2008, foram registrados 41 aci-

dentes com a população, devido a choque elétrico, sendo

19 fatais, em comparação a 31 e 12, respectivamente, em

2007. Grande parte dos acidentes fatais ocorreu durante o

período de campanhas políticas, com a passagem de trios

elétricos e a instalação de palcos. | gri eu24 |

Em conformidade com as decisões judiciais, a com-

panhia indeniza os prejuízos decorridos de acidentes,

tais como invalidez, morte, degradação de instalações,

incêndios e danos ambientais.

Acidentes com a população 2004 2005 2006 2007 2008

Taxa de Frequência 2,84 2,72 3,46 3,83 5,01

Taxa de Gravidade 374 926 2.171 1.738 2.368

aParelhos queiMados

Os danos causados por ocorrências elétricas decor-

rentes de oscilações no sistema elétrico são ressarci-

dos pela Coelce, conforme determinação da Aneel. Em

2008, a companhia registrou 4.618 pedidos de ressar-

cimento em sua área de concessão, quantidade pouco

menor que a de 2007, quando foram registradas 4.896

solicitações. Do total de pedidos de 2008, 3.430 foram

considerados procedentes, determinando um custo de

Sinistros com terceiros 1 | gri eu24 | 2006 2007 2008

Montante reivindicado em processo a partir das reclamações da comunidade 261,99 431,96 783,14

Valor provisionado no passivo (R$ mil) 49,01 45,80 37,62

Número de processos judiciais existentes 2 32 56 69

Número de pessoas vinculadas nos processos 32 56 69

1 Ações judiciais relacionadas a acidentes com energia elétrica, acidente de trânsito e ressarcimento por queima de aparelhos. 2 Processos que permaneciam ativos em 31.12.2008

ressarcimento de R$ 1.381.761. O valor médio das in-

denizações foi de R$ 402,85.

No Estado do Ceará existem 74 lojas de assistência

técnica credenciadas para o atendimento de indeniza-

ção de equipamentos danificados por ocorrências elé-

tricas. Em 2008, a Coelce cumpriu todos os prazos es-

tipulados pela Aneel para o ressarcimento dos clientes,

principalmente o máximo de 90 dias para a devolução

do valor após o deferimento da reclamação.

Page 60: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200858coelce08

Após atuar com os atendentes da Central de Relacio-namento, o Projeto Humanização teve como público-alvo, em 2008, os eletricistas. Os momentos de corte do fornecimento, geralmente motivados por falta de pagamento, e de normalização dos serviços costumam ter forte impacto nos clientes.

Para minimizar o potencial conflito, a Coelce investe na humanização no atendimento, buscando o aumento da percepção dos colaboradores parceiros para enten-der os sentimentos dos clientes e agir de forma mais receptiva. Alinhado aos valores de ser uma empresa simples, transparente e confiável, o projeto investiu na mudança comportamental dos profissionais em campo, para que passem a transmitir esse sentimento de servir com atenção e qualidade.

Em 2008, 400 eletricistas participaram do projeto-piloto em Fortaleza e Região Metropolitana, áreas com maior percentual de reclamações. A iniciativa foi dividida em três fases: humanização no trabalho; atendimento eficaz e padrão Coelce de atendimento. Incluiu o debate de temas como significado do traba-lho, valorização da vida e os cuidados essenciais com a segurança, entre outros.

O número de reclamações por conduta ou serviço mal-executado no corte ou na religação foi usado para mensurar a influência do projeto. O desempenho pontuado nos gráficos a seguir confirma a eficácia. O primeiro aponta reclamações procedentes em áreas nas quais o projeto foi desenvolvido e o segundo de regiões onde ele não ocorreu.

Boas práticas • atendiMento huManizado

Conduta no corte executado

jan fev mar ab

rm

ai jun jul ag

ose

tout

nov dez

23

9 9

13

25

14

2117 15

3 35

jan fev mar ab

rm

ai jun jul ag

ose

tout

nov dez

reclamações em regiões do projeto

Conduta no corte executado

jan fev mar ab

rm

ai jun jul ag

ose

tout

nov dez

45

34

28

50

35

56

91

5049

31 2838

reclamações em outras regiões

conforMidade

A excelência no atendimento e a melhoria da quali-

dade dos serviços prestados ao cliente resultaram na

diminuição de reclamações registradas no Programa

Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon

e Procon). No ranking, a companhia caiu do sétimo

para o nono lugar entre 2007 e 2008, com redução de

32% do número de reclamações, que totalizaram 492.

Dessas, 79% foram consideradas improcedentes.

arce

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados

do Estado do Ceará (Arce) é a responsável pela regu-

lação e fiscalização dos serviços prestados pela Coel-

ce. Em 2008, ingressaram na Arce 925 reclamações de

clientes da empresa (média mensal de 77), quantidade

8,3% inferior à registrada em 2007 (1.009).

Quando o consumidor registra reclamação no órgão

regulador, a Coelce é comunicada e solicitada a manifes-

tar-se e apresentar solução para a situação reclamada.

Em 2008, comparativamente a 2007, houve redução

no número de audiências de mediação realizadas pela

Arce, envolvendo a Coelce e os consumidores recla-

mantes. Foram realizadas 33 audiências, sendo todas

relacionadas a reclamações sobre Termos de Ocorrên-

cias (TO), das quais chegou-se a acordo em 39%, oca-

sionando o encerramento das reclamações. Em 2007

haviam sido realizadas 364 audiências de mediação

pelo órgão regulador estadual. Serviço mal executado no corte ou religação-

-

Serviço mal executado no corte ou religação-

Page 61: relatorio_coelce

CLIENTES 59

Mediação Mudança de titularidade com

liberação de débito

ressarcimento de danos elétricos

consumo abusivo

ligação nova cobrança indevida

Tema Com acordo Sem acordo Total

quant. % quant. % quant. %

Reclamações por Termo de Ocorrência 13 39% 20 61% 33 100%

JustiÇa federal

Há diversas ações questionando o reajuste tarifário, mas

em todos os casos as liminares concedidas foram cassa-

das. Em 2008, a Coelce participou da Semana Nacional

de Conciliação, realizada pelo fórum Clóvis Bevilacqua.

Por meio da iniciativa do Conselho Nacional de Justiça

(CNJ), a empresa firmou acordo em 40% das demandas

e tem interesse em repetir no próximo ano, uma vez que

há redução de custos (logístico e de acompanhamento

das causas), de contingências e do estoque de ações.

JustiÇa estadual

(Juizado esPecial e JustiÇa coMuM)

O estoque de ações foi reduzido em aproximadamente

25,5%, principalmente em razão de avaliação no es-

toque de processos incluídos nos relatórios e que já

deveriam estar baixados. O ingresso de novas ações

diminuiu 19,3% em 2008, na comparação com o ano

anterior. Os principais motivos das ações dizem respei-

to aos temas: medição irregular, corte do fornecimento

de energia elétrica, queima de aparelhos e protesto de

dívidas (SPC e Serasa). | gri Pr9 |

Causas cíveis | gri Pr9 | 2006 2007 2008

Total de processos 5.399 5.878 4.377

Contingência (R$ mil) 31.827 34.357 31.700

Ingresso de ações 1.989 1.683 1.358

Processos arquivados 576 1.145 631

Acordos realizados 44 59 150

Reclamações recebidas e procedentes 2004 2005 2006 2007Meta 2008 2008

Meta 2009

Reclamações registradas no Procon/Decon 1.560 2.327 1.283 724 688 492 467

Reclamações consideradas procedentes (Procon) 1 156 232 205 148 - 105 -

Reclamações de agências reguladoras (Aneel/ Arce) 1.155 1.356 1.610 1.009 - 925 -

1 Foram acrescentados dez processos em 2007 (passando de 138 para 148) em decorrência de análises concluídas em 2008. Além dos 105 em 2008, há 72 em análise

Page 62: relatorio_coelce

Pessoas: Desenvolvimento profissional, saúde e segurança

Page 63: relatorio_coelce

PESSOAS 61

O primeiro pilar da visão corporativa da Coelce refere-

se ao desenvolvimento profissional e pessoal do seu

capital humano. Até 2011, almeja ser a melhor empresa

para se trabalhar no Nordeste e umas melhores do País.

Para alcançar esse objetivo, investe de forma significati-

va em planos de carreira, saúde e segurança, educação

e lazer de seus colaboradores. A Diretoria de Recursos

Humanos contabilizou um número recorde de 184 mil

horas de treinamento em 2008, o que representou a

média de 144 horas por pessoa treinada.

Agir com simplicidade e proximidade, respeito e ética

nas relações de trabalho, de parcerias e no atendimento

aos clientes é a forma de atuação da companhia e de

quem está ligado a esses valores.

Como resultado desses esforços, a Coelce foi eleita,

pelo terceiro ano consecutivo, uma das 150 melhores

empresas para se trabalhar no Brasil pelo Guia Exame –

Você S/A. Ficou na terceira posição na categoria serviços

públicos, destacando-se no aspecto melhor setor para

se trabalhar (no qual se avalia o Índice de Felicidade no

Ambiente de Trabalho). E, pela primeira vez, integrou o

ranking das 500 melhores empresas do Brasil do anuá-

rio As Melhores da Dinheiro, da revista Isto É Dinheiro.

A companhia foi destaque na área energética, ficando

em segundo lugar em dois critérios: Responsabilidade

Social e Recursos Humanos. Ocupou ainda o 43º lugar

no ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar

no Brasil, pela revista Época e The Great Place to Work.

CARREIRA BASEADA EM COMPETÊNCIAS

Os colaboradores conseguem planejar e aprimorar a sua

carreira por meio do Plano de Desenvolvimento Profis-

sional (PDP), baseado num sistema de competências ali-

nhadas à estratégia do negócio. Visualizando de forma

transparente as etapas de ascensão e, principalmente, os

requisitos mínimos para atingir o topo, o próprio funcio-

nário consegue identificar as oportunidades de melhoria

e, além do seu esforço pessoal, conta com o apoio da

área de Recursos Humanos para subsidiar treinamentos

técnicos e comportamentais. | gri eu15 |

O Sistema de Gestão por Competência, iniciado em

2006, funciona de forma integrada com os processos

de recrutamento e seleção e desenvolvimento e remu-

neração. Toda a trajetória do empregado na Coelce está

registrada em seu Mapa de Carreira. Dessa forma, a

empresa procura evitar escolhas subjetivas nas promo-

ções internas de troca de cargos.

A eficácia das ações de desenvolvimento da Gestão

por Competências é verificada, anualmente, com base

na evolução nos níveis de proficiência das competên-

cias nos mapas de carreira dos empregados. Em 2008,

18% dos colaboradores cresceram em média um nível

de proficiência em pelo menos duas competências. Em

2007, esse índice foi 24% e em 2006, de 34%. O maior

percentual de 2006 reflete o empenho para suprir defi-

ciências então existentes em várias competências.

desafioser, até o ano 2011, a melhor empresa para trabalhar na região nordeste

Page 64: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200862coelce08

desenvolviMento

O desenvolvimento dos três tipos de competências

(específicas, comportamentais e técnico-gerais) presentes

no Mapa de Carreira está intrinsecamente relacionado

à conquista dos melhores resultados obtidos pela

Coelce nos últimos anos. Em 2008, 1.134 colaboradores

participaram de 12.332 horas de oficinas e treinamentos,

incluindo cursos de informática, idiomas e projetos (7.984

horas em 2007).

Com o uso da metodologia Dominância, Influên-

cia, Estabilidade e Conformidade (Disc), foi realizada

a correlação dos perfis definidos de cada área com as

avaliações de potencial dos indicados pelos gestores.

Desse grupo, dez ascenderam a cargos de liderança. A

companhia possui 52 candidatos no Banco de Talentos,

que será atualizado em 2009.

Como parte da estratégia para reter os talentos inter-

nos, a empresa é parceira de universidades e escolas de

ensino técnico na formação educacional de seus colabo-

radores nos níveis médio, superior e pós-graduação, com

a oferta de bolsas de estudo.

Anualmente a Coelce realiza a análise do desempenho

de seus empregados em relação ao alcance de objetivos

e metas. O resultado constitui um dos indicadores para a

definição da participação nos resultados da companhia.

Avaliação | gri la12 | 2005 2006 2007 2008

Percentual de empregados avaliados

97% 97% 98% 90%

lideranÇas | gri eu15 |

Os principais responsáveis pelas áreas puderam aper-

feiçoar as suas competências de liderança e gerencia-

mento de trabalho em equipe durante todo o ano de

2008, por meio de vários cursos e treinamentos. No

total, foram 1.199 participações, com 12.698 horas.

PrograMas corPorativos

O Crescer Juntos, um dos vários programas corporativos,

passou por reformulação importante em 2008. Antes de

caráter individual, passou a ser realizado em grupos de até

12 pessoas, da mesma ou de diferentes áreas.

Todos aprendem quais são os macroprocessos da área

escolhida, por meio de um seminário e uma visita guiada.

Em novembro de 2008, por exemplo, a Área de Cobrança

realizou um seminário com o novo formato integrado do

programa Crescer Juntos. Os participantes analisaram os

processos de cobranças especiais, corte e religação, além

de debateram sobre as atividades da gestão da cobrança.

Em novembro de 2008, os gestores da Diretoria Co-

mercial participaram do encontro Superação, no qual

trocaram a rotina do escritório por trilhas ecológicas.

Cerca de 60 pessoas passaram dois dias em imersão

de conhecimentos e para maior integração entre os

responsáveis e suas equipes. A política de gestão de re-

dução de custos também esteve na pauta dos debates.

recrutaMento e seleÇÃo

A companhia procura privilegiar a competência e o talento

do seu público interno nos processos de recrutamento e

seleção. De forma sistemática, a divulgação da vaga é feita

na intranet, sendo os currículos dos candidatos analisados

de acordo com o perfil do cargo e as competências

técnicas e comportamentais. Caso nenhum colaborador

atenda aos requisitos exigidos, são procurados candidatos

do mercado de trabalho. O processo respeita o Código de

Ética, proibindo qualquer discriminação de etnia, gênero,

orientação sexual, religião ou classe social.

Treinamento por função | gri la10 | 2006 2007 2008

categoria funcional horashoras/

empregado horashoras/

empregado ‘horashoras/

empregado

Nível técnico 48.654 172,53 71.770 220,15 50.855 129,73

Nível operacional 43.617 103,36 79.523 220,29 49.601 168,14

Gerentes e supervisores 9.315 136,99 14.552 214,00 11.263 170,65

Administrativo 24.717 107,00 61.633 282,72 37.381 185,05

Profissionais 20.288 70,69 40.051 133,06 32.675 108,20

Diretoria 2.733 118,83 15.465 672,39 1.435 65,23

Page 65: relatorio_coelce

PESSOAS 63

Programa Objetivo Carga horária Beneficiados 2007 Beneficiados 2008

Semear Desenvolver a percepção dos valores

corporativos, a partir dos valores

individuais, para sedimentar a vivência

dos mesmos no ambiente de trabalho.

12 horas/turma,

em sistema de

imersão

- 237 empregados

Valores em Ação Disseminar Missão, Visão e Valores por

meio de atividades teóricas e práticas.

12 horas/turma,

em imersão

142 estagiários Substituído pelo

programa Semear

Crescer Juntos Promover a integração entre

colaboradores para conhecimento dos

processos, melhoria da comunicação e

relação cliente-fornecedor interno.

12 horas/turma 447 empregados 256 empregados

Conhecendo a Coelce Apresentar as atividades desenvolvidas

pela companhia, por meio dos principais

indicadores e eixos estratégicos.

8 horas/turma 452 colaboradores

e 43 estagiários

227 colaboradores

e 40 estagiários

Prevenindo Sempre Educar para análise preventiva de riscos

de acidentes no sistema elétrico,

associando temas comportamentais a

conteúdos técnicos.

Reuniões gerais

de 3 horas/turma

(em média)

Participação média

de 2,5 mil pessoas

Participaram 9.355

pessoas nas três

reuniões gerais

realizadas em 2008

Desenvolvendo a

Inteligência Emocional

Orientar os empregados dos Centros

de Controle de Alta e Baixa-tensão a

administrar o estresse cotidiano.

8 horas/turma 97 participantes 35 participantes com

12 horas/aula

Total de colaboradores | gri la1, eu16 | 2006 2007 2008

Empregados em tempo integral

Por prazo indeterminado ou permanente 1.207 1.201 1.187

Por prazo determinado ou temporário 1 106 96 91

Contratados de terceiros 6.376 6.837 7.662

Profissionais autônomos ou liberais - - -

Estagiários 193 176 186

Jovens-aprendizes 8 21 24

1 Em 31 de dezembro

PERFIL DOS COLABORADORES

No encerramento de 2008, a Coelce mantinha 9.150

colaboradores, aumento de 9,8% quando comparado

a 2007 (8.331), sendo 1.278 empregados, 7.662

terceirizados, 186 estagiários e 24 menores-aprendizes.

Em 2008, 1.187 empregados eram contratados em regime

integral (220 horas) de trabalho e 91 em regime parcial

(180 horas). Os empregados estão classificados nas

seguintes funções: 23 executivos (6 diretores, incluindo

o presidente, e 17 gerentes), 64 gestores de áreas,

322 profissionais (contador, engenheiro, administrador,

Composição do quadro | gri la13 | 2008 2007 2006

categoria funcional

Administrativo 213 231 242

Executivos e supervisores 87 89 91

Produção 1 299 389 419

Profissionais 322 309 298

Técnicos 1 357 279 263

gênero

Homens 1.003 1.020 1.036

Mulheres 275 277 277

cor / raça

Branca 916 930 941

Negra 362 367 372

Amarela/indígena - - -

faixa etária

Até 30 anos 151 135 120

De 30 a 50 anos 894 965 1.010

Mais de 50 anos 233 197 183

1 Inclui eletricistas que passaram à função de eletrotécnicos

economista, entre outros), 357 técnicos (eletrotécnico,

assistente técnico, técnico de segurança do trabalho,

entre outros), 213 administrativos (agente administrativo,

auxiliar de serviço, assistente, secretárias, entre outros)

e 299 na produção (eletricista, operador de subestação,

inspetor de linhas, entre outros). O quadro reunia, em

dezembro de 2008, 916 empregados de raça branca e

362 de raça negra. Não havia registro de pessoas de

raça amarela ou indígena.Do total de empregados, 53 (4,15%) são portadores de

necessidades especiais, dos quais 3% são executivos e ges-tores de área, com salário médio de R$ 6,3 mil. Para os de-mais colaboradores com deficiências, a média salarial é de R$ 2,2 mil. Nos últimos anos, a companhia tem investido de forma significativa em adaptar as estruturas físicas de suas unidades e lojas de atendimento com rampas de acessibilidade e banheiros adequados. | gri la13 |

Page 66: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200864coelce08

Empregados e parceiros por região | gri la1 | 2006 2007 2008

Localidade Empregados Contratados Empregados Contratados Empregados Contratados

Fortaleza e Região Metropolitana 824 2.907 813 3.117 799 3.495

Leste 81 545 80 584 78 654

Norte 166 1.339 166 1.437 161 1.610

Sul 77 838 76 899 75 1.007

Centro-Norte 62 380 63 407 64 456

Centro-Sul 103 367 99 393 101 440

Total 1.313 6.376 1.297 6.837 1.278 7.662

* Em 31 de dezembro

Empregados – Perfil por escolaridade Homens Mulheres Total

Analfabetos 0 0 0

Ensino fundamental incompleto 25 1 26

Ensino fundamental completo 65 3 68

Ensino médio incompleto 0 0 0

Ensino médio completo 488 82 570

Superior incompleto 48 17 65

Superior completo 283 126 409

Pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) 94 46 140

Total 1.003 275 1.278

Empregados com necessidades especiais 2005 2006 2007 2008

Em cargos de gestão 2,02% 1,92% 2% 3%

Salário médio mensal (R$) 1.663,33 1.820,73 1.940,88 2.206,43

Salário médio mensal em cargos de gestão (R$) 4.746,09 4.911,27 5.422,98 6.282,61

EMPREGO

A média de rotatividade de pessoal (turnover) manteve-

se estável em 6% entre 2008 e 2007, com admissão de

68 e desligamento de 87 empregados, sendo que muitos

aderiram ao Programa de Aposentadoria Espontânea.

educaÇÃo de Jovens

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento

socioeconômico do Estado do Ceará, a Coelce oferece

oportunidades de estágio, capacitando os jovens que

ingressam no mercado de trabalho formal. Na empre-

sa, eles encontram um ambiente propício para o apren-

dizado e a troca de experiências com colaboradores

experientes. A dedicação dos jovens é recompensada

com a contratação ao final do período, caso o seu perfil

atenda aos requisitos das vagas abertas. Em 2008, fo-

ram mantidos 24 jovens-aprendizes e 186 estagiários.

Muitos profissionais iniciaram a trajetória na com-

panhia por esse caminho. Um deles é Cláudio Cunha,

que ingressou na empresa há dez anos, quando cursava

a universidade. Fez intercâmbio de um ano na Chilec-

tra, empresa da Endesa no Chile, voltou ao Ceará como

coordenador do Programa Luz para Todos, e posterior-

mente assumiu o processo de planejamento e controle

da empresa. A partir de 2009, passa a ser responsável

pelo Planejamento e Controle da Distribuição da Ende-

sa Brasil, no Rio de Janeiro.

Page 67: relatorio_coelce

PESSOAS 65

Além do programa de estágio, a empresa adota a

política de erradicação do trabalho infantil, não uti-

lizando mão de obra de menores de 14 anos, ou de

maiores de 14 e menores de 16 anos que não estejam

na condição de aprendiz. Todo contrato com fornece-

dores e empresas parceiras tem cláusulas proibitivas

nesses aspectos, cuja transgressão resulta em quebra

imediata do acordo, independentemente de aviso pré-

vio ou notificação judicial. | gri hr6 |

coMPortaMento frente a deMissões

O investimento em cursos e treinamentos para o seu

público interno visa à constante reciclagem de conheci-

mentos desses profissionais, de forma que a demissão

por não atender mais às qualificações exigidas para o

cargo seja sempre a última opção a ser considerada.

São também mantidas parcerias com instituições de

ensino (Universidade sem Fronteiras, Sebrae, Senac,

dentre outros) e financiados cursos de capacitação

Comportamento frente a demissões 2006 2007 2008

Número de empregados ao final do período 1.313 1.297 1.278

Número de admissões durante o período 37 62 68

Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período 44% 14% 100%

Reclamações trabalhistas

Montante reivindicado em processos judiciais (R$ mil) 1.003,5 1.454 4.501,2

Valor provisionado no passivo 300,6 69,4 143,6

Número de processos existentes 16 15 21

Número de empregados vinculados nos processos 16 15 20

Rotatividade | gri la2 | 2006 2007 2008

Número de admitidos 37 62 68

Número de demitidos 1 43 78 87

Taxa de rotatividade – total 3,2 6,0% 6,0%

Por gênero

Homens 28 62 65

Mulheres 15 16 22

Por faixa etária

Até 30 anos 9 7 12

De 30 a 50 anos 28 37 46

Mais de 50 anos 6 34 29

Por região

Fortaleza e Metropolitana 30 57 66

Norte 4 10 7

Sul 2 2 5

Leste 3 1 3

Centro-Norte 2 2 -

Centro-Sul 1 5 2

Atlântico 1 1 4

1 Inclui empregados demitidos sem justa causa, aposentados e outros

para colaboradores aposentados e demitidos sem justa

causa. Ex-executivos da Endesa (responsáveis por ge-

rências e diretorias) têm acesso a programas de reco-

locação profissional por um período de até seis meses.

relaÇões coM sindicatos | gri la4, hr5 |

A Coelce amparou 1.255 empregados por acordos de

negociação coletiva em 2008, representando 98% do

total. A companhia defende a livre associação sindical

de seu público interno e está aberta ao diálogo perma-

nente com as representações sindicais.

Acordos | gri la4 | 2005 2006 2007 2008

Quantidade de empregados amparados por acordo 1.298 1.290 1.276 1.255

Total de empregados da Coelce 1.319 1.313 1.297 1.278

% de empregados amparados por acordo 98% 98% 98% 98%

Segundo estabelecido no acordo do biênio 2006-

2008, bimestralmente os dirigentes da Coelce se reúnem

com o Sindicato dos Eletricitários do Ceará (Sindeletro)

para negociar reivindicações e fornecer informações que

possam subsidiar as discussões.

Durante o período de negociação, o Sindicato tem

permissão de realizar encontros periódicos na empresa,

em contato direto com os colaboradores. Também são

divulgados informativos Por Dentro do Acordo Coletivo.

Dessa forma, até a negociação final os profissionais têm

a oportunidade de esclarecer dúvidas e contribuir para a

elaboração das cláusulas.

Page 68: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200866coelce08

O acordo garante, entre outros itens, a liberação por

oito horas mensais de um empregado com cargo de de-

legado sindical para cada grupo de cem empregados, e

mais 12 diretores da Administração do Sindeletro.O do-

cumento não contempla forma ou periodicidade pre-

viamente estipuladas de notificações sobre mudanças

operacionais significativas da organização. Apesar

disso, a companhia informa periodicamente os rumos

dos negócios por meio dos informativos Linha Direta

e na reunião mensal do planejamento estratégico Ser

Coelce. | gri la5 |

REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS

Todos os colaboradores são contratados conforme a

Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a política de

remuneração oferece salários com valores compatíveis

aos de mercado. O cumprimento de metas estratégicas

prevê remuneração extra, de forma a reconhecer o de-

sempenho e a dedicação dos colaboradores. Em 2008,

a remuneração variável representou menos de 20% da

massa salarial, por conta da atividade que requer adi-

cional de periculosidade e sobreaviso.

Os benefícios independem de gênero, contrato de

trabalho com tempo integral ou parcial e abrangem to-

dos os níveis hierárquicos. Incluem: | gri la3 |

• Auxílio-funeral: despesas funerárias de colaboradores

e dependentes legais até R$ 2,5 mil.

• Creche ou creche-escola e creche especial: apoio a

todos os empregados, homens e mulheres, com filhos

de 2 meses a 7 anos, mediante reembolso das men-

salidades. Para os empregados lotados em municípios

onde não há creche, a empresa concede até R$ 300,00

mensais, por filho com idade entre 2 meses e 3 anos.

Uma líder que faz acontecer, comprometida em

disseminar os valores corporativos de simplicidade

e garantia de resultados. Esse é o reconhecimento

do trabalho desenvolvido por Márcia Sandra Roque

Vieira da Silva, atualmente responsável pela Área de

Serviços ao Cliente. Em 2008, ela participou de for-

ma ativa dos treinamentos e, principalmente, apli-

cou os ensinamentos para aprimorar suas equipes.

Para ela, o importante é estar sempre “desapren-

dendo” e adquirindo conhecimentos. “Não adianta

chegar com vários MBAs se você não está disposto

a conhecer o outro, saber de suas necessidades e

aspirações”, explica.

Formada em engenharia civil, com pós-graduação

em Segurança e Medicina no Trabalho, Márcia pas-

sou a ser colaboradora da Coelce aos 29 anos e, em

quase dez anos, já atuou em diversos setores: gestão

da Área Comercial, em Maracanaú; gestão econômi-

ca da Diretoria Comercial; e gestão da Área de Co-

brança, o que considerou um desafio enorme. “Não

existe área que cause mais impacto no cliente que a

cobrança e o possível corte do fornecimento.”

Nova mudança surgiu em 2008, quando passou

a ser responsável pela Área de Serviços ao Cliente,

com o desafio de melhorar a percepção dos consu-

midores em relação aos serviços da Coelce. “Sempre

digo na Central de Relacionamento que temos de

atender com um sorriso na voz”. No ano, também

liderou a campanha União Solidária, em benefício

de 15 mil crianças de comunidades de baixa renda.

A mensagem aos profissionais que vislumbram

chegar à liderança é de entusiasmo: “Não se con-

quista nada sem entusiasmo e confiança naquilo

que se faz. Se a gente trabalha com dedicação e é

feliz, o resto vem por competência. Acredito que não

exista outra receita se não fazer e fazer bem-feito.”

BOAS PRáTICAS • LiderAnçA com entusiAsmo

Page 69: relatorio_coelce

PESSOAS 67

O benefício é repassado mediante comprovação de

pagamento à babá.

• Incentivo à Educação: valor de R$ 500,00, para cada

filho de empregado que esteja cursando o ensino

fundamental e tenha sido aprovado no ano letivo an-

terior com nota geral igual ou superior a 7,5.

• Plano de Assistência Médica e Odontológica (Pla-

mec): benefício concedido a empregados e depen-

dentes legais, aposentados e pensionistas. A empresa

patrocina de 50% a 90% do valor da mensalidade

do plano. A participação do empregado varia de (de

10% a 50% da mensalidade do plano) e é desconta-

da em folha de pagamento.

• Programa de Participação nos Lucros: anualmente,

beneficia 100% dos empregados, com o pagamento

de parcela do resultado da empresa.

Relações salariais | gri ec5 | 2006 2007 2008

Relação entre a maior e a menor remuneração (vezes) 19,36 19,36 17,44

Divisão do menor salário pelo mínimo vigente 1,75 1,69 1,80

Salário mínimo em moeda local em 31 de dezembro (R$) 350,00 380,00 415,00

Menor salário pago pela organização (R$) 611,64 640,88 748,08

Salário de homens e mulheres (R$)| gri la14 | 2006 2007 2008

categoria funcional homens Mulheres homens Mulheres homens Mulheres

Administrativo 1.758,17 1.501,43 1.874,00 1.599,67 1.920,25 1.737,16

Técnico 2.335,12 2.350,27 2.387,04 2.358,41 2.474,49 2.328,33

Produção 1.763,04 1.172,46 1.855,46 1.434,21 2.006,62 1.673,05

Gerentes e supervisores 6.009,81 6.029,01 6.372,07 5.949,31 7.192,67 6.861,12

Profissionais 3.772,10 3.096,63 4.182,98 3.531,36 4.375,44 3.814,05

• Seguro de vida em grupo: para empregados e côn-

juges. A Coelce contribui com 50% do prêmio men-

sal para os empregados e 100% para estagiários e

executivos. Os aposentados pagam 100% do prêmio.

• Vale-alimentação: concedido a todos os emprega-

dos, independentemente da faixa salarial, para os

afastados por motivo de doença, acidente ou licença

gestante e também durante o período de férias.

• Convênios: descontos em cursos de línguas e infor-

mática, academias de ginástica, atendimento em psi-

cologia e fonoaudiologia, entre outros, por meio de

convênios com 34 instituições.

• Nossa Marca Coelce: espaço de venda de produtos

da companhia, como camisetas e bonés, cadernos,

mochilas, canetas, almofadas, etc., a preço de custo.

• Plano de previdência: a Fundação Coelce de Segu-

rança Social (Faelce) administra planos de benefícios

previdenciários constituídos por contribuições dos

participantes e da empresa, em percentuais médios

de 5,4% a 6,8% da remuneração mensal. Em 2008,

os dois planos beneficiaram 8.840 pessoas, sendo

1.312 participantes ativos. O aporte de recursos pela

Coelce foi R$ 8,3 milhões. | gri ec3 |

O acordo coletivo de trabalho inclui cláusulas espe-

cíficas de segurança e saúde, detalhando critérios para

assistência médica ao empregado, seus dependentes,

agregados, pensionistas, aposentados e dependentes

legais. Além do plano de saúde, destacam-se: | gri la9 |

• Licença-acompanhante: liberação para acompa-

Benefícios sociais em 2008 | la3 |

Nº de

beneficiados

Assistência para acidentados no trabalho 44

Auxílio-funeral 3

Benefício para filhos de empregados, portadores de necessidades especiais 18

Complementação do auxílio-acidentário 6

Incentivo à educação 430

Creches ou creche-escola 301

Licença-acompanhante 29

Assistência médica e odontológica 4.615

Programa de Participação dos Lucros 1.332

Seguro de vida em grupo 1.409

Vale-alimentação 1.270

Vale-transporte 187

Total 9.644

Valores de benefícios estão detalhados no Balanço Social Ibase, na página 110

Page 70: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200868coelce08

nhar dependente legal, cônjuge ou companheiro (a),

pai e mãe, por motivos de doença.

• Apoio ao portador de necessidades especiais:

benefício para tratamento especializado de filho do

colaborador com doença mental, motora, visual ou

auditiva, no valor de 1% do salário nominal.

• Complementação do auxílio-acidente: para aciden-

tados do trabalho ou vítimas de doenças profissio-

nais pelo período de dois anos.

• Periculosidade: pagamento do adicional, conforme

legislação do setor elétrico.

• Apoio ao portador do HIV e de doenças terminais:

programa preventivo da Aids e assistência ao empre-

gado portador do vírus HIV e de doenças terminais

por meio de acompanhamento médico, social e psi-

cológico. | gri la6 |

aPoio à aPosentadoria

Atualmente, a companhia possui cerca de 4% de em-

pregados com idade para se aposentar nos próximos

cinco anos. Desde 2007 é mantido um programa de

apoio a essa fase de transição dos colaboradores. Na-

quele ano, foi promovida palestra com consultores do

INSS e um ciclo de encontros (chamado Você, a Razão

de Tudo), que trabalhou os aspectos comportamentais

inerentes à nova fase de vida, com o objetivo de bene-

ficiar os futuros aposentados. | gri la11 |

Também foi executado o projeto Desenvolvimento na

Aposentadoria, em parceria com a Universidade Sem

Fronteiras (Unisf). Ele inclui cursos direcionados de acordo

com o do perfil do aposentado (aulas de inglês, informá-

tica, empreendedorismo) e cursos livres. Em 2008, essas

atividades beneficiaram 30 empregados que aderiram ao

Plano de Apoio a Aposentadoria Espontânea. | gri la11 |

Além disso, a Fundação Coelce de Segurança Social

(Faelce) mantém as seguintes ações:

• Programa Informática para a Vida: realizado em par-

ceria com a Unisf, registrou a participação de 65 pes-

soas em 2008.

• Pipoca com Guaraná: apresentações mensais de fil-

mes no auditório da Faelce, seguido de discussão so-

bre temas destinados ao autoconhecimento, relações

interpessoais, dentre outros.

• Programa Faelce de Melhoria da Condição Físico-Fun-

cional: sob a orientação de um profissional de edu-

cação física, são oferecidos, duas vezes por semana,

exercícios físicos e orientações para o cuidado com

a saúde de aposentados e dependentes. Ao todo, 48

pessoas participaram em 2008.

SEGURANÇA NO TRABALHO

A gestão de Segurança e Saúde Ocupacional está baseada

em quatro pilares: atendimento à legislação, controle dos

riscos de acidentes, melhoria contínua e direito de recusa

de tarefas caso as medidas de segurança não sejam satis-

fatórias. Os procedimentos e normas são regulamentados

pelo sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional

OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assess-

ment Series), certificação conquistada em 2006. Aborda

temas como equipamentos de proteção individual (EPI),

treinamentos, direito de recusa em trabalhar caso não haja

100% das condições de segurança, entre outros.

coMitês esPeciais de seguranÇa

O Comitê Central de Segurança é formado pelo presidente

da companhia, diretores, gerentes, responsável pela Área

de Segurança do Trabalho, além de especialistas convida-

dos para debater assuntos técnicos específicos. As reuni-

ões acontecem mensalmente, definindo os procedimentos

para que os objetivos estratégicos sejam atingidos com

100% de segurança dos profissionais. Há subcomitês ou

comitês regionais no interior. Nas reuniões mensais, os

gestores locais discutem iniciativas de prevenção com ges-

tores de contrato e empresas parceiras.

ciPa

Acima de 75% dos empregados são representados por

comitês formais de segurança e saúde compostos por

Preparação à aposentadoria | gri la11 | 2006 2007 2008

Investimentos em previdência complementar (R$ mil) 9.167 8.862 9.160

Número de beneficiados pelo programa de previdência complementar 1.266 1.269 1.248

Número de beneficiados pelo programa de preparação para aposentadoria 0 46 30

Page 71: relatorio_coelce

PESSOAS 69

representantes da gestão e dos trabalhadores. Em 2008,

dez Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas)

atuaram para disseminar ações e procedimentos para o

trabalho seguro em todas as unidades, juntamente com os

comitês regionais de segurança. Ao todo, participaram das

Cipas 88 membros, sendo 50% representantes da admi-

nistração e 50% de empregados. | gri la6 |

A Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat)

aconteceu em outubro, na capital e nas unidades de

Canindé, Itapipoca, Sobral, Limoeiro, Iguatu e Juazeiro

do Norte, com a participação de 4.858 colaboradores.

No evento foram discutidos os riscos inerentes ao tra-

balho, saúde ocupacional, entre outros temas.

Plano anual de seguranÇa do trabalho

Foram realizadas várias ações, em 2008, para colocar

em prática a Política de Saúde e Segurança: revisão

de 59 Procedimentos de Execução; oito blitze em em-

presas terceirizadas para verificação de requisitos de

segurança; 8.487 inspeções aos serviços de campo;

reuniões com presidentes das Cipas e técnicos de se-

o ranking das falhas das empresas parceiras, que de-

monstra a situação desses parceiros no que se refere

aos resultados das inspeções de campo.

Inspeções2005 2006 2007

Meta

2008 2008

Meta

2009

Quantidade 5.725 5.679 6.912 5.500 8.501 6.000

rodeio coelce de eletricistas

Após o sucesso da primeira edição, em 2007, quando par-

ticiparam 800 pessoas, o Rodeio de Eletricistas de 2008

reuniu cerca de 2 mil pessoas. Elas presenciaram a com-

petição, que testa o trabalho em equipe, a agilidade nos

serviços executados e, acima de tudo, o comportamento

seguro durante a realização das tarefas. Competiram 116

eletricistas da companhia e de 18 empresas parceiras.

Prevenindo seMPre

O programa corporativo busca a disseminação de uma

cultura comportamental de segurança. A iniciativa é

composta por treinamentos, palestras e uma premiação

baseada em critérios que abrangem avaliações de conhe-

cimento, falha zero nas inspeções de campo e votação

entre os próprios eletricistas. Em 2008, foram realizadas

três reuniões gerais, com total de 9.355 participações;

dois encontros de educadores, com 120 participações;

treinamento a Arte de falar em público, atingindo 70

educadores; e os eventos de premiação, que contaram

em média com 160 participações.

Saúde e segurança Categorias de treinamentos 2008 Participações

Horas/homens treinadas R$ mil

Auditoria interna OHSAS 445 2.070 87.819,33

Cipa 214 2.496 180.427,58

Prevenindo Sempre 160 568 18.158,33

Segurança em instalações e serviços em eletricidade (NR-10) 589 12.004 123.430,28

Outros 645 6.040 207.326,45

TOTAL 2.053 23.178 617.161,97

gurança; realização de Dias D de Segurança nas áreas

operacionais e reuniões semanais com colaboradores

e parceiros sobre um ambiente de trabalho totalmente

livre de acidentes.

WorkshoPs

Foram promovidos quatro workshops de segurança

e saúde com empresas parceiras, com o total de 341

participantes. O objetivo foi apresentar os critérios

de elaboração dos Programas de Prevenção de Riscos

Ambientais (PPRA) e detalhar a metodologia do cálcu-

lo do Índice de Prevenção de Acidentes Laborais (Ipal),

uma vez que a partir de 2009 esse indicador será usado

como ferramenta para avaliação de desempenho das

empresas e áreas gestoras de contratos.

insPeÇões de seguranÇa

Realizadas de forma permanente nos serviços de cam-

po, procuram observar o comportamento dos emprega-

dos e parceiros e o uso adequado dos Equipamentos

de Proteção Individual (EPIs). Também é monitorado

Page 72: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200870coelce08

ProJeto anJo da guarda

A partir de junho de 2008, a Coelce iniciou um rigoroso

programa de inspeção dos trabalhadores em campo, com

punições severas aos colaboradores flagrados sem os de-

vidos equipamentos de proteção ou sendo imprudentes no

exercício da função. Os fiscais agem de forma anônima,

registrando a distância as infrações. Se forem consideradas

leves, o colaborador recebe advertência; caso ofereçam ris-

co fatal, ele é punido com demissão por justa causa.

Nos primeiros meses, o programa detectou eletricistas

trabalhando sem luvas ou cinto de segurança ao subir em

postes, resultando na perda do emprego. A companhia en-

tende que a medida é dura e considerada antipática por

alguns colaboradores, mas avalia que dessa forma conse-

gue avançar de forma ativa na propagação de uma cultura

de segurança no trabalho. No ano, 23.178 horas/homem

treinadas corresponderam ao tema específico de saú-

de e segurança (11.704 horas em 2007).

Cuidado com o excesso de confiança! Essa é uma das recomendações de Alexandre Marques de Oli-veira, que conquistou o prêmio de Destaque 2008 do Programa Prevenindo Sempre. O eletricista con-tratado pela Eficaz Engenharia, empresa parceira da Coelce, tem 26 anos de idade e mais de sete anos de profissão. No ano, participou de todas as pales-tras sobre segurança, além de receber notas altas na avaliação de conhecimento e inspeções de campo. Seu nome também foi o mais votado pelos colegas eletricistas, na eleição do Prevenindo Sempre.

“Tudo o que a gente faz em relação à segurança não é tempo perdido. É um tempo necessário para a garantia da nossa vida. Antes de fazer qualquer trabalho, eu penso na minha segurança e também no amor que tenho pela minha família”, explica.

Muitos acidentes ocorrem, avalia, devido à im-prudência: por terem experiência, os profissionais acabam deixando de lado equipamentos funda-mentais. Alexandre sugere checar de forma rigorosa todos os materiais de segurança e, principalmente, se estão em boas condições de uso. “Quando chega a campo, a pessoa não quer voltar para buscar o equipamento que está faltando. Acaba substituindo por outra coisa e faz do jeito que dá, facilitando a ocorrência de falhas”, diz.

BOAS PRáTICAS • seguranÇa MáxiMa no trabalho

Projeto anjo da guardaquantidade de inspeções x demissões

12

0

45445

indicadores de seguranÇa

Em 2008, a empresa conseguiu avançar em 106% na

sua meta de redução da Taxa de Frequência de Aciden-

tes Global, como estipulado no planejamento Ser Co-

elce. O indicador ficou em 3,19 – melhor que a meta

traçada de 3,30 e o resultado do ano anterior, de 3,30.

Em relação à Taxa de Gravidade de Acidentes, no entan-

to, o avanço foi nulo, por conta de quatro óbitos envolven-

do terceirizados. Os óbitos aconteceram por falta do uso

de EPI obrigatório e de atenção aos riscos.

O índice de absenteísmo foi de 2,5, em 2008, valor

7,4% menor que o apresentado em 2007. Ele foi cal-

culado com base na relação entre a quantidade de dias

perdidos por enfermidades comuns pelo total de dias de

trabalho, multiplicado pelo número de empregados.

Os colaboradores e terceirizados informam as ocor-

rências por meio do formulário de Comunicação de

Acidente de Trabalho (CAT), em caso de acidente sem

Page 73: relatorio_coelce

PESSOAS 71

Acidentes de trabalho | gri la7 |2006 2007 Meta 2008

Realizado 2008 Meta 2009

total de acidentes

Empregados 15 19 15 9 13

Terceirizados 55 54 53 53 53

Acidentes com afastamento

Empregados 5 4 3 6 3

Terceirizados 55 54 53 53 53

Acidentes sem afastamento

Empregados 10 15 12 3 10

Terceirizados 1 ND ND ND ND ND

Percentual dos acidentes que resultaram em mutilação 2

Empregados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Terceirizados 1,82% 0,00% 0,00% 3,77% 0,00%

Percentual dos acidentes que resultaram em morte

Empregados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Terceirizados 3,64% 0,00% 0,00% 7,54% 0,00%

outros indicadores 3

Dias perdidos 1.523 693 1.223 784 1.700

Dias debitados 18.000 0 2.000 25.350 0

Índice de absenteísmo 7 2,9 2,7 2,5 2,3

Lesões típicas 58 58 56 62 55

Óbitos 2 0 0 4 0

taxa de frequência de acidentes

Empregados 1,99 1,64 1,23 2,49 1,23

Terceirizados 4,03 3,71 3,50 3,29 2,99

Global 3,72 3,41 3,30 3,19 2,90

taxa de gravidade de acidentes

Empregados 165 13 74 26 49

Terceirizados 1402 45 209 1.621 98

Global 1209 41 190 1.413 92

1 A Coelce ainda não dispõe do controle de acidentes sem afastamento com terceirizados, pela dificuldade de obtenção desses dados. 2 Danos à integridade física, com afastamento permanente do cargo (incluindo LER)3 Inclui empregados e terceirizados

afastamento, ou mediante Procedimentos de Execu-

ção (PEXs), em acidente com afastamento. Por meio

do sistema informatizado de gerenciamento de não

conformidades, a companhia identifica os motivos das

principais ocorrências e, posteriormente, inicia um

plano de ação para combater as falhas identificadas.

saúde ocuPacional

As atividades de distribuição de energia e manutenção

das redes não registram incidência de doenças relacio-

nadas às funções exercidas, nem marcadores biológicos

ou limites de tolerância de exposição específicos. Mes-

mo assim, a Coelce investiu R$ 617 mil em ações de

medicina preventiva e campanhas, com o objetivo de

contribuir para a saúde ocupacional. | gri la8 |

Monitoramento de saúde 2006 2007 2008

Triglicérides - 13,5% 7,0%

Infecções respiratórias 1,4% 2,7% 1,8%

Doenças osteomusculares 7,8% 6,5% 2,6%

Do total de 1.223 exames periódicos realizados

com empregados de todo o Estado, foi detectado

que: 7% dos colaboradores possuíam taxa de trigli-

cérides alta, podendo ocasionar problemas de circu-

lação sanguínea; 1,8% com infecções respiratórias;

e 2,6% afetados por doenças osteomusculares. Es-

ses colaboradores são orientados por meio das ações

dos Programas Saúde do Homem e da Mulher e recebem

tratamento pelo médico do trabalho.

Page 74: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200872coelce08

6,2%

3,6%2,7%

1,5% 1,6%

Campanhas de saúde | gri la8 | Descrição Beneficiados

Campanha do Carnaval: Folia com segurança traz alegria

Realizada nas vésperas da festividade, busca conscientizar os colaboradores sobre a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), com enfoque em Aids, além dos malefícios de drogas psicoativas e a importância da direção defensiva.

1.054

Vacinação contra a rubéola Em 2008, o foco foi nos homens, que possuíam baixo índice vacinal. 662

Vacinação contra gripe Realizada anualmente, busca imunizar os colaboradores e, com isso, reduzir o absenteísmo por conta de gripe, doença respiratória, pneumonia e internações hospitalares.

1.100

Campanhas das datas pontuais do Ministério da Saúde Colaboradores receberam por e-mail orientações a respeito de diversos temas de prevenção de doenças e qualidade de vida 1.700

Credenciamento para dirigir automóvel e pilotar moto Ênfase na prevenção de acidentes de trânsito. 62

Apoio à Brigada de Incêndio e Primeiros Socorros Reciclagem periódica de primeiros socorros e apoio ao treinamento de brigadistas para a formação de brigadas de incêndio 179

Palestras em comunidades e empresas parceiras Palestras sobre prevenção de DST/Aids e Primeiros Socorros em comunidades, empresas parceiras e hospitais 73

Campanha de doação de sangue Voluntários doaram sangue para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará (Hemoce) 68

Consulta-ação Abordagem individual especial ou em grupos específicos (hipertensos, diabetes, obesos, dislipidêmicos, portadores de necessidades especiais, mulheres) fazendo orientação/educação e encaminhamento.

1.021

Orientação de Imunização 400

Total de beneficiados* 7.305

* Não contabiliza número de pacientes que receberam sangue doado para o Hemoce

Por meio de pesquisas de acompanhamento, realizadas

desde 2003, foi registrada redução de 1,1 ponto do índice

de morbidade de infecções respiratórias. Foram 19 casos

entre os 1.223 exames periódicos examinados (1,6%). Em

2003, o índice foi de 13,5%. A melhoria é resultante das

campanhas anuais de vacinação antigripal.

Ações de saúde | gri la8 | Descrição Beneficiados 2008

Check-up para executivos Acompanhamento de executivos com exames complementares. 21 executivos

Ginástica Laboral Durante 15 minutos, três vezes por semana, profissionais

de educação física conduzem exercícios de alongamento,

no próprio local do trabalho, a fim de prevenir doenças

osteomusculares

1.120 colaboradores

Programa de Controle Médico

de Saúde Ocupacional (PCMSO)

Prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente agravos à saúde

relacionados ao trabalho. As ações de saúde foram baseadas

no relatório anual do PCMSO de 2006, com encaminhamentos e

exames complementares

1.485 colaboradores

Programa de Controle do

Colesterol Alto

Palestras sobre a importância do diagnóstico precoce do

colesterol total e as melhores formas de minimizar o problema,

fatores de risco para doenças cardiovasculares,

acidente vascular cerebral e trombose

747 colaboradores analisados, sendo

que 40 registraram colesterol acima

da média. Em 2007, o número era

maior: 242 dos 514 analisados

Programa Saúde do Homem Orientar sobre fatores de risco para a saúde do homem,

tais como hipertensão, sedentarismo, diabetes, tabagismo,

alcoolismo, cânceres de próstata e peniano

784 colaboradores

Programa Saúde da Mulher Palestras sobre câncer de mama e de colo uterino, mostra de

vídeos educativos e distribuição de folhetos informativos. É

oferecida a Consulta-ação, com atendimento individual para

tratar desses temas. As gestantes receberam orientações sobre

vacinação, cuidados com o recém-nascido, entre outros temas

95 colaboradoras, número 73%

menor que o alcançado em 2007

(356), dado que em 2008 as

atividades foram focadas para a

saúde do homem

Page 75: relatorio_coelce

PESSOAS 73

ração e entrega do Manual do Gestor e do Guia do

Colaborador, continuação da premiação dos times es-

tratégicos e realização de workshops sobre melhoria da

sistemática de avaliação de desempenho.

A Coelce também observa o índice de satisfação da

pesquisa 150 Melhores Empresas para se Trabalhar, do

Guia Exame e Você S/A, que em 2008 foi de 78,7%.

CLIMA ORGANIZACIONAL

O grau de satisfação dos colaboradores, medido por

meio de pesquisas de clima organizacional, é importante

instrumento para avaliar a eficácia da gestão de

pessoas. Com base nos resultados dessas pesquisas,

a companhia elabora seu planejamento estratégico,

estabelecendo novas metas, caso seja necessário, a fim

de proporcionar satisfação e motivação constantes no

ambiente de trabalho.

Pesquisa

A última pesquisa de clima ocorreu em 2007. Como

pontos de destaque foram atingidos índices de 92%

em compromisso e 87% em fidelidade. As seguintes

iniciativas foram executadas em 2008 como parte do

plano de ação de melhorias:

Relações Internas (conhecimento de projetos de

outras áreas e cooperação transversal) – Reformulação

dos programas Crescer Juntos e Conhecendo a Coelce,

lançamento do programa Semear (Semeando valores,

construindo uma vida melhor), realização de Oficinas

de desenvolvimento comportamental, apresentações

do Ser Coelce, times estratégicos e programa Deu Certo.

Desenvolvimento (promoção aos mais competentes)

– Prioridade a seleções internas, promoções verticais,

desenvolvimento com foco no Mapa de Carreira, incen-

tivo a cursos de pós-graduação, coaching.

Compensação (mérito e igualdade interna) – Elabo-

Eventos sociais e culturais Ações Beneficiados em 2008

Campanha do Carnaval Campanha com temáticas do alcoolismo e direção, cuidados com a saúde (exposição ao sol) e DST/Aids, entre outras

1.064 colaboradores

Lançamento do Ser Coelce Grande evento para divulgar as metas estratégicas 3.500 colaboradores

Premiação de incentivo à educação Os melhores alunos, filhos de colaboradores, receberam certificados e um kit com mochila, lápis, régua, borracha, dicionário e gramática

40 filhos de colaboradores

Tarde da criançada Os filhos dos empregados visitaram o local de trabalho dos pais e participaram de uma tarde diferenciada, com exibição de filmes, peças de teatro, pipoca e refrigerante

100 filhos de colaboradores com idade entre 6 e 12 anos

Café da manhã com o presidente Três encontros em Fortaleza e sete no interior do Ceará, com a presença do presidente e diretores para bate-papo com os colaboradores

883 colaboradores

Inauguração de sede nova Festa de inauguração da nova sede administrativa 400 colaboradores

Bolo de aniversário dos colaboradores Homenagem aos aniversariantes 1.340 empregados

Confraternização natalina para colaboradores

Festa anual, com sorteio de brindes 2.900 colaboradores

Concurso anual de desenho Concurso de desenho e apresentação de peças teatrais produzidas pelos filhos de empregados e parceiros, de 6 a 12 anos

272 crianças

Festa das Conquistas Coelce Evento para comemorar as conquistas de 2008 2.200 colaboradores

Datas festivas (Natal, Páscoa, Dia Internacional da Mulher, etc.)

Comemorações, entrega de brindes Todos os colaboradores próprios e parceiros

eventos sociais e culturais internos

A festa de inauguração da nova sede administrativa

da Coelce foi um dos destaques de 2008 nas ações de

incentivo à integração entre os colaboradores de dife-

rentes áreas. Muitos desses eventos contam com a par-

ticipação dos colaboradores parceiros.

A celebração de datas comemorativas, como o Dia In-

ternacional da Mulher, a Campanha da Páscoa e a festa

natalina, dentre outras iniciativas sociais e culturais, são

tradicionais na companhia e buscam promover o bem-

estar e a qualidade de vida.

Melhores para se trabalhar

2004 2005 2006 2007 2008

Índices 79% 86% 70,4% 75,5% 78,7%

Page 76: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200874coelce08

Atividades dos colaboradores parceiros | gri eu16 | 2006 2007 2008

Construção (construção da rede elétrica) ND 1.865 2.211

Operação (leitura e entrega de contas, atendimento em agências, teleatendimento, administrativos, transportes, logística, tecnologia da informação, zeladoria, reprografia, segurança patrimonial e serviços advocatícios)

ND 2.221 2.426

Manutenção (inspeção, manutenção preventiva e corretiva no SEP, normalização, ligação nova, poda, corte e religação)

ND 2.751 3.025

Total 6.376 6.837 7.662

Fornecedores por porte

Valor dos contratos Quantidade

Pequeno porte Até R$ 100 mil 138

Médio porte Entre R$ 100 mil e R$ 500 mil 99

Grande porte Acima de R$ 500 mil 200

Total 437

Parceiros, por região | gri eu16 | No em 2008

Fortaleza e Região Metropolitana 3.495

Leste 654

Norte 1.610

Sul 1.007

Centro-Norte 456

Centro-Sul 440

Total 7.662

PARCEIROS

A Coelce possui 84% de sua força de trabalho terceiriza-

da, com 7.662 colaboradores. A companhia dá prioridade

à contratação de fornecedores de serviço e de materiais

locais, apesar de não ter formalmente uma cláusula espe-

cífica em sua política de contratação. A Coelce possui 268

parcerias para o fornecimento de serviços, num total de

437 contratos. Empresas de grande porte respondem por

46% dos contratos de serviços.

São consideradas fornecedores significativos 65 empre-

sas de serviços, das quais 17 referem-se a investimentos

no Programa Luz para Todos. Mais 23 fornecedores de

materiais são considerados críticos, seja pela natureza ou

volume do produto comercializado (três de transformado-

res, quatro de óleo para transformadores, três de lâmpadas,

oito de postes e cinco de cabos condutores).

Desses 88 fornecedores significativos, 24 foram visto-

riados em 2008 (29%), não sendo registrada nenhuma

ocorrência de trabalho forçado ou infantil. As empresas

foram escolhidas de forma aleatória dentre as que já

tinham essas cláusulas em contrato. Em 2008, dos 437

Tipo de fornecedores Quantidade

Fornecedores críticos de serviços 65

Fornecedores críticos de materiais 23

Óleo para transformador 03

Transformadores 04

Lâmpadas 03

Cabos condutores 05

Postes 08

Total geral 88

contratos de serviços vigentes, 358 possuíam cláusulas de

proibição ao trabalho forçado e infantil – 81% do total.

Esses critérios passaram a ser inseridos a partir de 2005.

Contratos antigos em vigor incluirão a cláusula na próxima

renovação. | gri hr1, hr2 |

As empresas contratadas para a vigilância devem cum-

prir a determinação da Polícia Federal de oferecer curso

aos seguranças, com objetivo de conscientizá-los sobre o

respeito aos direitos humanos, o atendimento adequado

e prioritário a pessoas com deficiência e a importância de

desenvolver hábitos de sociabilidade. Em 2008, recebe-

ram treinamento 89 colaboradores parceiros, num total

de 178 horas-homem treinadas. | gri hr8 |

A Coelce dissemina de forma constante seus valores

e os conceitos de responsabilidade social, mas até o

encerramento de 2008 ainda não contabilizava o total

de horas em treinamento específico em aspectos de di-

reitos humanos relevantes para a operação.

desenvolviMento

Melhorar a prestação dos serviços ao cliente significa

primeiramente apoiar o desenvolvimento das empresas

Contratos de investimento | gri hr1 | 2006 2007 2008

Nº total de contratos de investimento (Ex.: Luz para Todos, Universalização, reforma de redes, projetos de perdas)* 36 14 17

% de contratos com cláusulas de direitos humanos 100% 100% 100%

* Somente contratos considerados significativos, que são os de serviços relacio-nados diretamente à atividade fim da Coelce, a distribuição de energia elétrica.

Page 77: relatorio_coelce

PESSOAS 75

parceiras da Coelce. A companhia possui 83,7% de sua

força de trabalho terceirizada, com 7.662 empregados.

Atividades e projetos feitos conjuntamente entre colabo-

radores e terceirizados têm esse caráter de estabelecer

parcerias duradouras e sustentáveis. O comprometimen-

to dos terceirizados com ações de melhoria contínua é

monitorado periodicamente por meio do Índice Global

de Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep), conforme

detalhado na página 76 deste Relatório.

Também são realizadas inspeções nas empresas

parceiras para verificar o cumprimento de obrigações

previdenciárias, trabalhistas e de saúde e segurança

no trabalho. Dessa forma, busca-se garantir que os

terceirizados tenham os direitos legais respeitados.

Em 2008, nenhum contrato foi reincidido por conta de

irregularidades.

educaÇÃo e treinaMento

Apesar de as empresas parceiras serem responsáveis

pela capacitação e treinamento dos empregados, a

companhia atua de forma ativa e conjunta para a de-

finição de temas relevantes e da qualidade dos cursos

oferecidos. Os colaboradores parceiros participaram

de cursos sobre qualidade no atendimento ao cliente,

desenvolvimento profissional e aspectos de saúde, se-

gurança e meio ambiente, além de apresentações das

metas do plano estratégico Ser Coelce.

As empresas parceiras são incentivadas a capacitar

seus colaboradores por meio da avaliação do número

de horas de treinamento e dos tipos de atividades

desenvolvidas. Em 2008, foram dedicadas a esses

treinamentos 55,75 horas/homens – dado que soma

os treinamentos ofertados pela companhia e pelas

empresas parceiras.

reconheciMentos

Como forma de reconhecer a qualidade de prestação

de serviços dos parceiros, a Coelce instituiu o Programa

de Reconhecimento da Qualidade, que tem como ob-

jetivo avaliar e acompanhar o desempenho em campo

dos melhores leituristas e eletricistas nos serviços de

ligação nova, inspeção, normalização, corte, religação e

atendimento emergencial.

Os colaboradores são avaliados a partir dos seus in-

dicadores operacionais e de uma pesquisa de satisfação

realizada com os clientes que foram atendidos. A cada

quadrimestre, são premiados três profissionais que se

destacaram nas áreas de Fortaleza, Região Metropoli-

tana, Norte e Sul, além da melhor equipe e do melhor

desempenho em todo o processo.

Em 2008, ocorreram 18 encontros, com 1.960 par-

ticipações. Essa iniciativa procura motivar o parceiro a

buscar a excelência em todos os aspectos de seu tra-

balho. Na oportunidade, são promovidos eventos com

palestras motivacionais e muita animação.

A partir de 2008, também passou a ser comemorado

o Dia do Leiturista, em 20 de julho, um reconhecimento

aos profissionais que atuam no contato com os clien-

tes. Durante dois dias, em um hotel em Fortaleza, 450

pessoas participaram de eventos de confraternização.

Além de brindes, foram distribuídos folderes com os 10

mandamentos para um bom atendimento em campo e

O Manual do Leiturista, que envolve informações so-

bre postura, segurança, instalações e configurações de

equipamentos e produtos e serviços da companhia.

avaliaÇÃo de eMPresas

A Coelce intitula de empresa parceira aquela que pres-

ta serviços de forma contínua, cujo acompanhamento

regular de sua gestão se faz necessário para o alinha-

mento à estratégia da companhia, bem como para a

manutenção da qualidade dos serviços prestados.

O engajamento das empresas parceiras em busca

de melhoria contínua de suas atividades foi medido

Treinamento de parceiros Horas Nº participações

Chefe de turma 7.310 43

Ser Coelce 5.000 2.500

Prevenindo Sempre 40.800 3.400

Leituristas 6.400 400

Eletricistas Qualidade 8.000 2.000

Total 67.510 8.343

*Um colaborador pode ter mais de uma participação

Treinamento em saúde e segurança | gri eu17 | 2006 2007 2008

Nº de colaboradores parceiros 6.376 6.837 7.662

% de colaboradores parceiros que receberam treinamento ND ND 100%

Page 78: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200876coelce08

durante todo o ano de 2008 pelo Índice Global de

Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep). A partir de

2009, o conjunto de indicadores passará a se chamar

Índice de Parceria (Inpar), cujos critérios de avaliação

serão disseminados para as demais empresas Endesa. O

novo indicador traz apenas algumas modificações nos

critérios quando comparados aos do Igaep e inclusive

aproveita a metodologia de autoavaliação criada pela

Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).

Esse sistema oferece cinco grandes desafios às em-

presas parceiras:

• Melhorar a qualificação e satisfação dos colaboradores;

• Reduzir os índices de acidentes no trabalho;

• Manter a saúde financeira da parceira e a produtivi-

dade de forma eficiente;

• Melhorar a satisfação do cliente Coelce e a qualidade

dos serviços contratados;

• Realizar programas de alcance social e respeito ao

meio ambiente.

Para cada uma dessas áreas há vários indicadores

mensuráveis. Caso ocorram acidentes fatais no traba-

lho, a parceira será automaticamente desclassificada

para o recebimento de prêmios e vantagens.

Igaep/ Inpar 2006 2007

Meta

2008 2008

Meta

2009

Pontos 80,49% 82,57% 85,0% 85,2% 75,0%

Meta para 2009 prevê redução quando comparada ao valor de 2008, em razão de novos critérios de avaliação no Inpar, que exigem maior qualidade na gestão

A Eficaz Engenharia estipulou como visão corpo-

rativa ser reconhecida pela Coelce como a melhor

parceira até o final de 2009. A empresa, que presta

serviços como inspeção de fraudes e cálculos de ter-

mos de ocorrência, conquistou já em 2008 a primeira

posição no Índice Global de Avaliação das Empresas

Parceiras (Igaep), que a partir de 2009 passa a se

chamar Prêmio Inpar.

“Vemos não somente como indicadores de resultado,

mas como importante ferramenta de gestão. Trata da

parte de segurança, de melhoria de qualidade, res-

peito ao meio ambiente, saúde financeira. É tudo o

que a empresa precisa para administrar bem”, afirma

Benildo Aguiar, diretor Comercial.

Para melhorar em todos os aspectos do negócio,

a Eficaz Engenharia criou times estratégicos, for-

mados por profissionais de diferentes áreas, para

focar em cada um dos cinco critérios de avaliação

do Igaep. Fortaleceu a área de recursos humanos,

investindo em treinamento e desenvolvimento. “Bi-

mestralmente, 100% dos empregados participam

do Papo Eficaz, quando podem conversar sobre seus

sentimentos, planos de carreira, salário, etc.”, expli-

ca João Luís Lopes Pinto, gerente de Recursos Hu-

Boas práticas • qualidade das eMPresas Parceiras

manos. Outro destaque é o Inspetor Nota 10, pro-

grama de avaliação de desempenho em segurança

do trabalho. “Em cem inspeções feitas pela Coelce,

tivemos falha zero no item segurança de trabalho.

Foi uma vitória”, diz Benildo.

A CAM Brasilpassou da 19ª posição, em 2007,

para o segundo lugar, em 2008. Especializada em

soluções tecnológicas no campo metrológico e de au-

tomação, também criou um comitê multidisciplinar

para avançar no Igaep. “Pedimos para a Coelce fazer

uma palestra sobre os critérios de avaliação e per-

cebemos que éramos melhores do que estava sendo

mostrado. O desafio passou a ser divulgar melhor os

nossos eventos, tanto para o público externo quanto

para o interno”, avalia a gestora de Desenvolvimento

de Negócios, Tânia Lima.

O passeio ao Parque do Cocó, reduto verde em

Fortaleza, a distribuição de mudas no Dia do Meio

Ambiente e o programa de Desenvolvimento de Lí-

deres são algumas das ações realizadas. “O melhor

de ser funcionário da CAM é o bom ambiente de tra-

balho, que estimula as pessoas a se desenvolverem

sempre”, acrescenta Katyanny Pontes, assistente de

Desenvolvimento de Pessoas.

Page 79: relatorio_coelce

PESSOAS 77

Metas de 2008 Resultado

Certificação OHSAS 18001: site Administração Central Prorrogada para 2009

5,5 mil inspeções de segurança Meta atingida (8.501 inspeções)

Nenhum óbito por acidentes de empregados ou terceirizados Meta não atingida (4 óbitos)

Taxa de Frequência de Acidentes com empregados de 1,23 Meta não atingida (2,49)

Taxa de Frequência de Acidentes com terceirizados de 3,50 Meta atingida (3,29)

Taxa de Gravidade de Acidentes com empregados de 74 Meta atingida (26)

Taxa de Gravidade de Acidentes com terceirizados de 209 Meta não atingida (1.621)

Aplicar avaliação 360º para os gestores Meta atingida (83 gestores)

Introduzir ferramenta corporativa de e-learning Meta atingida (73 gestores participantes)

Instituir Programa Gestor Coach Meta não atingida

ProJeto enlace

A partir de junho de 2008, foram incorporadas novas

formas de licitação dos serviços operacionais. O Projeto

Enlace é um modelo aplicado pela Endesa S.A., com a

finalidade de garantir mais qualidade dos serviços pres-

tados, excelência no atendimento, segurança dos colabo-

radores, custo competitivo e riscos sob controle.

Como as exigências passaram a ser mais rigorosas,

alinhadas ao objetivo de melhoria contínua de produtos

e serviços, foi promovida uma apresentação da com-

panhia aos interessados em se tornarem fornecedores.

Várias empresas de referência foram estudadas para

chegar nesse modelo licitatório, além da realização de

reuniões prévias para discutir os pontos com as empre-

sas parceiras.

Para segurança dos colaboradores, por exemplo, será

obrigatória a instalação de sistema GPS nos veículos, a

fim de monitorar a velocidade de tráfego, assim como

os cintos de segurança dos eletricistas para subir nos

postes devem ser confeccionados com materiais mais

robustos, dentre muitos outros pontos de melhoria soli-

citados aos parceiros.

O Enlace também prevê um sistema de bonificação

aos fornecedores, de acordo com o cumprimento de ní-

veis de qualidade do serviço prestado. Com as mudan-

ças, as empresas Endesa esperam que seja estimulada a

concorrência e, principalmente, a excelência dos serviços

efetuados pelos colaboradores parceiros. (Mais informa-

ções sobre fornecedores na página 42).

Metas para 2009

Taxa de Frequência de Acidentes de trabalho de 2,9

Taxa de Gravidade de Acidentes de trabalho de 92

Índice de Parceria (Inpar) de 75%

Realizar 6 mil inspeções de segurança

Zerar a quantidade de óbitos por acidentes de trabalho

Page 80: relatorio_coelce

Meio aMbiente: Preservação e consumo consciente

Page 81: relatorio_coelce

MEIO AMBIENTE 79

A inauguração da nova sede administrativa em Fortaleza,

em um prédio construído de forma ecoeficiente, foi um

dos destaques de 2008 relacionados ao compromisso da

Coelce em atuar causando o mínimo impacto ao meio

ambiente. A empresa também comemorou a premiação

do programa de reciclagem Ecoelce pela Organização

das Nações Unidas (ONU), dentre outros reconhecimen-

tos para essa iniciativa que promove de forma inédita a

mudança comportamental da sociedade cearense.

A Coelce comprova na prática que as suas ações vão

além do cumprimento rigoroso da legislação e das normas

ambientais. A companhia procura engajar cada vez mais

colaboradores, empresas parceiras, fornecedores e socie-

dade na busca por um mundo mais sustentável.

Também investe em práticas para o uso racional dos

recursos naturais, programas de gerenciamento de resí-

duos e em pesquisas direcionadas ao desenvolvimento

sustentável do setor elétrico, como a criação do óleo eco-

lógico para transformadores de distribuição e do adubo

orgânico proveniente da biocompostagem do resíduo de

poda da vegetação urbana.

Para ajudar na divulgação de suas atividades, de for-

ma alinhada ao compromisso de garantir cada vez mais

transparência e proximidade no relacionamento com seus

stakeholders, foi lançada em 2008 uma página de Sus-

tentabilidade no website da companhia (www.coelcesites.

com.br/sustentabilidade), com informações sobre as ações

sociais e ambientais e metas para atingir os Sete Compro-

missos para um Desenvolvimento Sustentável.

Os investimentos em meio ambiente totalizaram

R$ 27,4 milhões em 2008, 30,5% acima de 2007

(R$ 21,0 milhões). Os gastos envolveram: manutenção

do sistema de gestão ambiental, arborização urbana,

licenças ambientais, programa de P&D ambiental, ma-

nejo de vegetação, investimento em rede compacta e

educação ambiental.

GESTÃO AMBIENTAL

A Política Ambiental da Coelce é disseminada constan-

temente por meio de campanhas de divulgação interna,

além de estar disponível na intranet e no site institu-

cional. Todos os colaboradores assumem compromisso

com 100% das diretrizes, que são reunidas em quatro

principais vertentes: ética ambiental, educação ambien-

tal, compromisso com a legalidade e gestão de resíduos.

A Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social

desafioser referência, no ceará, em eficiência energética, reciclagem de resíduos e educação ambiental

Page 82: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200880coelce08

• Ética ambientalSer proativa com a comunidade interna e externa, mantendo canal de comunicação aberto para infor-mações quanto a suas ações ambientais, bem como disponibilizando um amplo acervo técnico sobre a gestão ambiental, contribuindo para o desenvolvi-mento sustentável.

• Educação ambientalPromover em todos os níveis hierárquicos a edu-cação ambiental, enfocando o senso de responsa-bilidade individual e o sentido de prevenção com relação ao meio ambiente, por meio de capacitação e conscientização, incluindo terceiros que atuem em seu nome e fornecedores.

• Compromisso com a legalidadeCumprir os requisitos legais aplicáveis e outros requisi-tos subscritos pela empresa, visando melhorar continua-mente o desempenho ambiental do planeta e do entor-no, através da prevenção da poluição, monitoramento e recuperação de eventuais impactos ambientais.

• Gestão de resíduosPromover alternativas para prevenir a poluição através da redução, da reutilização e da reciclagem de resíduos gerados na atividade operacional.

Política aMbiental da coelce

Corporativa é responsável por desenvolver ações que

atendam e promovam essa política, além de ajudar na

fiscalização para combater possíveis irregularidades.

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma impor-

tante ferramenta de melhoria contínua no estabeleci-

mento de objetivos, metas e programas com base nessa

política. Ele é certificado pela norma ISO 14001:2004,

desde outubro de 2006. Em 2008, foi ampliado o escopo

inicial, que abrange as áreas de construção, operação,

manutenção do sistema de transmissão e distribuição de

energia elétrica e suas atividades de apoio nas diversas

unidades de negócio. A certificação foi estendida à nova

sede administrativa, situada em Fortaleza, que inclui a

Diretoria Comercial e todas as suas atividades.

Esse foi um período intenso para treinar quase mil

pessoas nos procedimentos do SGA, como avaliação de

situações de emergência, gerenciamento de resíduos e

qualificação de prestadores de serviços. Em 2009, a meta

será recertificar todo o escopo da ISO 14001.

As responsabilidades do Sistema de Gestão Ambiental

são compartilhadas entre todos os empregados, estagiá-

rios e colaboradores parceiros. Todos recebem o Guia de

Formação Ambiental, que contém explicações detalhadas

sobre os benefícios e as ações do SGA. Para o público

externo, a Coelce distribui nas lojas de atendimento e por-

tarias das sedes administrativas um folheto com a política

ambiental e os canais de comunicação sobre o tema.

Os treinamentos de colaboradores referentes à for-

mação ambiental e aos documentos do SGA totalizaram

2.433,5 horas, com 1.558 participações, em 2008. Um

dos destaques foi a realização do curso, com 24 horas/

aula, para ampliar o número de auditores ambientais

internos, que passaram de 38 para 48.

A Coelce é a única empresa privada integrante da

Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental

do Estado do Ceará (Ciea) e do Fórum de Mudanças

Climáticas do Estado do Ceará, ambos vinculados ao

Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente. Além

de intensificar o relacionamento com o poder público, a

companhia auxilia na elaboração de políticas públicas

direcionadas à educação ambiental no Ceará.

Custos e despesas ambientais| gri en30 | 2007 2008

Relacionados à produção/operação 9.274 19.549

Educação ambiental para colaboradores 49 69

Gerenciamento de resíduos 116 57

Reciclagem de óleo 1 78 0

Licenças e auditorias ambientais 31 802

Pesquisa e desenvolvimento tecnológico e industrial 1.022 864

Arborização urbana 0 26

Manejo de vegetação 2.154 2.683

Rede compacta ou isolada 5.695 14.928

Outros gastos para melhoria contínua 129 120

Prrogramas e/ou projetos externos 11.748 7.870

Educação ambiental 2.250 669

Programa de Eficiência Energética 2 9.498 7.201

Total 21.022 27.419

1 Em 2008, não foram contratados serviços para regeneração do óleo. Foi realizado apenas recondicionamento, com mão de obra e tecnologia próprias2 A redução em 2008 decorre do acúmulo de liberações, em 2007, por parte da agência reguladora, de projetos para execução que eram relativos ao exercício de 2006

Page 83: relatorio_coelce

MEIO AMBIENTE 81

IMPACTOS DA ATUAÇÃO

A Coelce identificou e documentou todos os aspectos

(causas) e impactos (efeitos) ambientais de suas ativi-

dades, elaborando uma série de procedimentos, normas

técnicas e instruções de controle ambiental.

No geral, a distribuição de energia tem baixo impac-

to no meio ambiente e na biodiversidade, que decorre,

principalmente, da supressão vegetal na instalação e

manutenção das linhas, e/ou na utilização e descarte de

equipamentos com óleo mineral isolante, que oferecem

riscos de vazamento.

A fumaça preta emitida pelos carros a diesel é ou-

tro aspecto que pode causar contaminação do ar. Essas

emissões são medidas de acordo com a escala de Rin-

gelmann e monitoradas semestralmente. Outra iniciativa

envolve medições periódicas para avaliar se o nível de

emissão de ruídos das subestações está de acordo com

os parâmetros da legislação e não prejudica a comuni-

dade do entorno. | gri en12 |

As redes da Coelce são descritas, de forma simplifica-

da neste relatório, como linhas de transmissão, apesar

de tecnicamente serem chamadas de linhas de subtrans-

missão (com potência de, no máximo, 75,2 kV). Diferem

das linhas de transmissão propriamente ditas que são

originadas a partir de centrais elétricas e, devido à alta-

tensão transmitida (de 155 a 765 kV), precisam de gran-

des faixas de servidão (áreas de segurança sobre as quais

passam as linhas) e de um controle ambiental maior.

estrutura do sga COMITê ExECUTIVO

Auditores (internos)

48 colaboradores

Comitê executivo

Diretor-presidente e todos os demais diretores

Responsável da área de Responsabilidade Social

Corporativa e Meio Ambiente e Diretoria Jurídica

Comitê técnico

Responsável da área de Responsabilidade Social

Corporativa e Meio Ambiente e pelo menos um

representante de cada uma das áreas envolvidas nos

aspectos técnico-ambientais (manutenção de linhas e

subestações, distribuição, engenharia e obras, normas e

procedimentos e operação) e representantes das áreas

Comercial, Recursos Humanos e Financeiro

área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente

+ MudanÇas cliMáticas

Para a companhia, as mudanças climáticas, causadas

principalmente pelo aquecimento global, podem repre-

sentar tanto riscos quanto oportunidades para os negó-

cios. Uma prolongada escassez de chuvas, por exemplo,

poderá prejudicar as geradoras hidrelétricas, resultando

em racionamento obrigatório do consumo de energia por

parte da população, com impactos nos resultados finan-

ceiros das distribuidoras.

O cenário poderia obrigar a empresa a diversificar o

portfólio de aquisição de energia, com fontes energéticas

de custo mais elevado. Como oportunidade de negócio,

entretanto, surge a oferta de novos produtos e serviços

baseados em programas de ecoeficiência, além da maior

disseminação de temas de sustentabilidade em toda a

sua cadeia de fornecimento, inclusive entre empresas

parceiras. | gri ec2 |

gestÃo dos iMPactos

Como sua área de concessão abrange todo o Estado do

Ceará, a companhia atua em locais ricos em biodiver-

sidade e protegidos por lei. Essas áreas abrangem 11

unidades de conservação administradas pelo governo

Ecotimes10 grupos de

colaboradores que atuam

como agentes ambientais

e multiplicadores em suas

unidades de trabalho.

+

+

Extensão das redes, em km | gri eu3 | 2007 2008

Alta-tensão (75,2 kV) 3.979 4.244

Média-tensão (13,8 kV) 62.597 68.439

Baixa-tensão (380 e 220 volts) 39.564 42.291

Total 106.140 114.974

Page 84: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200882coelce08

federal, 20 pelo governo estadual, 11 por prefeituras e 14

pela iniciativa privada – dessas, nove são reconhecidas

pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e cinco

pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ce-

ará (Semace). Os terrenos de propriedade na Coelce nes-

sas áreas somavam, até o encerramento de 2008, 40.947

metros quadrados. | gri en11 |

Quando não é possível evitar supressão de vegetação

que possam afetar a fauna e flora em Áreas de Preserva-

ção Ambiental (APAs), a Semace exige, como medida com-

pensatória, a destinação de 0,5% do valor da obra para o

próprio órgão ambiental, que é responsável pela aplicação

do recurso no que considerar necessário. Em 2008, foram

destinados R$ 62,2 mil pela construção de quatro linhas

de transmissão. | gri en13 |

cuidados coM a flora

Na expansão das redes de distribuição, a Coelce procura

colocar os postes ao longo de vias e estradas já abertas

pela comunidade, a fim de evitar o corte de árvores em

mata fechada. A medida também facilita o acesso das

equipes de manutenção, contribuindo para a melhoria dos

indicadores de qualidade técnica. | gri en14 |

A interferência dos galhos das árvores no sistema elé-

parceria com a Universidade do Ceará. Os pesquisado-

res ainda analisam as oportunidades do lançamento do

adubo orgânico e da criação de pequenas usinas para um

programa de farmácia viva, que contempla uma das metas

ambientais estratégicas da Coelce para 2009.

Postes e cabos

Os postes tiveram acréscimo na altura para que a rede aé-

rea fique acima da vegetação. Foi criada a cruzeta do tipo

beco e meio beco, artefato de concreto montado no topo

dos postes para sustentação dos cabos. Essa modificação

reduz a necessidade de poda, pois os cabos são instalados

de forma a que a sua posição e faixa ocupada se deem so-

bre a via pública (rua) e não sobre a calçada. A linha verde

de média-tensão é composta por cabos aéreos protegidos

(spacer), o que também proporciona redução de podas.

Desde 2002, tornou-se padrão nas construções da rede

de baixa-tensão a instalação de cabos pré-reunidos (tran-

çados) que oferecem segurança e menor poluição visual,

além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008, foram

construídos 2.956.009 quilômetros em redes trifásicas e

monofásicas. | gri en14 |

Com exceção de uma rede construída em 2005, que uti-

lizou 120 postes de madeira, todos os postes da Coelce

são feitos de concreto. A empresa utiliza cruzetas de ma-

deira apenas nas redes aéreas antifurto (Distribuição Aérea

Transversal – DAT). Até 2006, a companhia desconhecia

a origem da madeira, mas desde 2007 apenas adquire o

recurso com certificação de origem florestal sustentável.

trico é um dos motivos de interrupção do fornecimento

de energia. Os colaboradores parceiros que executam o

serviço de poda são treinados para retirar apenas o neces-

sário, sem comprometer o desenvolvimento das árvores,

com orientações específicas nas diferentes voltagens da

rede (alta, média e baixa-tensão).

Em áreas de subestações, o controle de vegetação é fei-

to manualmente, para evitar o uso de agrotóxicos. Após

instalar uma manta plástica sobre o solo, ela é coberta

com uma camada de brita ou areia proveniente dos rios,

impedindo o crescimento de ervas daninhas. A medida re-

duz o custo das capinas e mantém o controle de vegeta-

ção sem contaminar o solo.

Os galhos e as folhas oriundos da poda urbana são

enviados para aterros municipais e parte dos resíduos ge-

rados em Fortaleza é transformada em adubo orgânico.

Esse é um projeto de P&D desenvolvido desde 2004 em

Propriedades em áreas protegidas / biodiversidade | gri en11 | área (m2) Localização

Tipo de operação

Dentro de áreas 40.947 Guaramiranga, Ibiapina, Inhuçu,Tianguá e Viçosa do Ceará Subestações

Em áreas adjacentes ND ND ND

Total 40.947

Poda 2007 2008

Supressão vegetal 1

(m² por trimestre)

469.688 649.875 2

Resíduos de poda

(m3 média mensal) 1

355 654

1 Considerando 1 ha = 10 mil m2 e 1 t = 1 m3 2 Somatório de desmatamento de linhas de transmissão = 259,95 ha

Page 85: relatorio_coelce

MEIO AMBIENTE 83

cuidados coM a avifauna

Antes do início de construção das obras, são identifica-

das as espécies existentes em cada região. Em 2008, não

foi constatada a existência de animais ameaçados de ex-

tinção de acordo com a listagem da União Internacional

para Conservação da Natureza (UICN). | gri en15 |

Mesmo com o baixo impacto à avifauna que entra em

contato com a rede energizada, a companhia estimula ini-

ciativas de preservação. Um exemplo é o projeto Casaca

de Couro, nome de um pássaro que faz seu ninho em es-

truturas da rede de média-tensão. Colaboradores criaram

eMissÃo de ruídos

De forma preventiva, a Coelce realiza medições de ruídos

em subestações, para garantir que essas instalações es-

tejam plenamente de acordo com os níveis exigidos pela

legislação ambiental. Em linhas de transmissão essas me-

dições são consideradas desnecessárias, segundo conclu-

são de estudo do Instituto de Tecnologia para o Desenvol-

vimento (Lactec) e aprovado pelo órgão ambiental, pois os

ruídos não causam incômodo à comunidade.

caMPos eletroMagnéticos

Em 2005, a Coelce promoveu um projeto de P&D para

estudar os efeitos de campos eletromagnéticos produzidos

na passagem de energia elétrica. Realizada em parceria

com o Lactec, a pesquisa concluiu que esses campos não

apresentam risco à saúde ou à segurança da população

residente nas proximidades de suas linhas de transmissão.

MATERIAIS

A Coelce incentiva o uso de produtos e a busca de

soluções que não agridam o meio ambiente. O óleo

utilizado em transformadores de distribuição e de potência

Materiais usados | gri en1 | 2006 2007 2008

Nº de materiais diretos 2.556.031 2.862.930 3.504.513

Nº de materiais não renováveis

ND ND ND

Principais materiais utilizados | gri en1 | 2006 2007 Meta 2008 2008 Meta 2009

Cabos e fios (metros) 12.791.092 14.964.176 17.387.886 11.861.563 23.114.491

Cabos e fios (kg) 1.499.967 1.849.505 2.149.065 2.478.772 2.992.011

Concretos (unidades) 195.962 228.703 370.135 305.504 380.755

Conectores (unidades) 1.176.331 1.327.591 1.616.786 1.421.204 2.095.550

Disjuntores (unidades) 88.407 115.985 150.004 144.415 195.934

Isoladores (unidades) 678.139 722.859 1.071.922 946.303 1.187.944

Medidores (unidades) 213.837 215.495 255.473 215.260 487.993

Para-raios (unidades) 19.265 24.745 36.460 36.205 37.100

Seccionadores (unidades) 176.816 219.127 465.352 426.375 465.478

Transformadores (unidades) 7.274 8.425 16.154 9.247 11.713

Materiais reciclados | gri en2 | Uso

Papel reciclado Os contracheques e informes de rendimento dos funcionários são feitos em papel reciclado, além de contas de parte dos clientes externos, folderes, blocos de notas e brindes

Papéis sanitários Os papéis toalhas usados na empresa são reciclados

Cartuchos remanufaturados A empresa xerox recicla seus cartuchos de tonners

Madeira certificada As cruzetas de madeira compradas são certificadas pelo Ibama

Biodegradáveis Projeto Adubo Orgânico, que transforma em adubo a poda de árvores em Fortaleza

Materiais de construção Resíduos de postes e cruzetas são transformados em tijolos ecológicos, utilizados na construção de casas populares e em estradas

um equipamento de baixo custo, de cano de PVC, para

colocar sobre as duas cruzetas e impedir que o pássaro

pouse, faça ninhos e provoque curto-circuitos, precisando

ser removidos na manutenção da rede.

Outra iniciativa é o afugentador de abelhas. Col-

meias construídas nas estruturas e na rede ameaçam

a segurança dos eletricistas e provocam interrupção no

fornecimento de energia. Para afugentá-las, passou a ser

borrifado um defensivo natural derivado da mandioca.

Além de não matar as abelhas, o composto evita a con-

taminação dos trabalhadores e do meio ambiente.

Page 86: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200884coelce08

é 100% recondicionado, e totalizou 136.250 litros em

2008. O percentual de faturas de energia impressas

em papel reciclado, no entanto, diminuiu de 48% para

30% do total das contas entregues aos clientes, na

comparação entre 2008 e o ano anterior. Isso se deve à

ampliação do sistema de fatura imediata, uma vez que

os equipamentos que emitem a conta de energia utilizam

papéis eletromagnéticos. O papel reciclado foi empregado

em 100% dos contracheques dos empregados. | gri en2 |

gerenciaMento de óleo e deMais resíduos

O Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) prevê

medidas de controle e prevenção de vazamentos de

óleo isolante durante a manutenção e troca dos trans-

formadores. Cada equipamento contém em média 60

litros (os de distribuição) e 10 mil litros de óleo (os

transformadores de potência).

O resíduo de óleo fica armazenado em tanques na sede

da Coelce em Maracanaú, para regeneração por empresa

licenciada para essa atividade.

Durante o ano, colaboradores próprios e parceiros

foram treinados em procedimentos emergenciais para

casos de vazamento de óleo, com aulas teóricas e si-

mulados práticos periódicos sobre riscos de incidentes.

Desde 2000, a Coelce é livre de ascarel (bifenila poli-

clorada – PCB), óleo isolante usado nos transformadores.

Proibido em 1981, por representar riscos à saúde huma-

na, o uso do ascarel poderia ser mantido até a substitui-

ção dos equipamentos.

Gerenciamento de resíduos | gri en22 | 2007 2008 Destinação

Resíduos perigosos: estopas contaminadas com óleo; pó de madeira contaminado poróleo mineral, transformadores e óleo mineral isolante (kg)

146.000 230.132 Transportados por empresa licenciada e, posteriormente, incinerados. O óleo mineral fica em estoque, para recondicionamento e regeneração

Lâmpadas (unidades) 32.544 22.046 Armazenadas de forma correta até o transporte por empresa licenciada. Posteriormente recebem tratamento de descontaminação

Resíduos orgânicos (kg) 1 579.680 164.701 Transportados por empresa licenciada e destinados a aterro sanitário. Os resíduos gerados no interior do Estado são transportados até os aterros pelas prefeituras municipais

Resíduos de postes (kg) 3.583.032 7.048.944 Recolhidos por uma usina de reciclagem em Fortaleza, que fabrica tijolos ecológicos para utilização em construções de conjuntos residenciais populares para baixa renda

Resíduos de cruzetas (kg) 66.570 215.530

Cartuchos, cilindros e tonners paraimpressoras (unidades)

ND 745 Recolhidos pelo fornecedor, que providencia reutilização. Caso não seja possível o reúso, os resíduos são incinerados

Baterias para celulares e pilhas (kg) ND 338 Armazenados e identificados em recipientes adequados, para posterior destinação final

Papel (kg) 9.886 18.777 Reciclagem

Papelão (kg) 1.822 3.277 Reciclagem

Papel misto (kg) 1.049 7.899 Reciclagem

Plástico – filme (kg) 266 632 Reciclagem

Plástico – gerais (kg) 3.843 2.141 Reciclagem

Plástico – garrafa (kg) 23 398 Reciclagem

Vidro (kg) 1.080 968 Reciclagem

Resíduo metálico – aço (kg) 9.396 3.040 Reciclagem

Resíduo metálico – chumbo (kg) 10 0 Reciclagem

PVC (kg) 10 13 Reciclagem

Ferro (kg) 1.943 8.299 Reciclagem

Jornal (kg) 90 826 Reciclagem

Inox (kg) 17 0 Reciclagem

Cobre (kg) ND 81.554 Reciclagem

Alumínio (kg) 40 30.896 Reciclagem

Porcelana (kg) 1.849 6.634 Aterro

Entulho de construção civil (t) 400 126 Reciclagem1 Somente Fortaleza e área metropolitana

Page 87: relatorio_coelce

MEIO AMBIENTE 85

USO EFICIENTE DOS RECURSOS

Ao incorporar os princípios da construção sustentá-

vel em sua nova sede administrativa, em Fortaleza, a

Coelce reforçou o compromisso com o uso racional e

eficiente dos recursos naturais. As instalações e os equi-

pamentos do prédio são ecoeficientes no consumo de

água e energia. O revestimento é de vidros com baixa

retenção de calor. Na base do edifício foram utilizados

tijolos ecológicos, originados de entulho reciclado de

construção civil, e o painel eletrônico, instalado na fa-

chada para divulgar mensagens educativas, utiliza LED

(Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz), que

consome 20% menos de energia. | gri en7 |

energia

O consumo de energia usada diretamente na atividade de

distribuição refere-se ao combustível que move a frota de

veículos nos diversos serviços de instalação e manutenção

das linhas e redes, assim como em atividades comerciais

(ligação nova e religação, entre outras). Como essas tare-

fas são realizadas por empresas parceiras, a Coelce ainda

não dispõe de inventário centralizado e sistematizado para

o cálculo desse consumo. | gri en3 |

O consumo de energia indireta refere-se ao funcio-

namento de sedes administrativas e pontos de apoio de

subestações. O montante em 2008 foi 11,01 GWh (o

equivalente a 39.600 gigajoules), 1,6% de aumento na

comparação com o ano anterior (10,8 GWh). O acréscimo

deve-se à ampliação de instalações e à contratação de

colaboradores. A companhia tem como meta para 2009 o

consumo de 11,7 GWh, crescimento de 5,8% em relação

ao 2008 por conta da ampliação de instalações. Periodica-

mente, são realizadas campanhas de comunicação interna

para combater o desperdício do insumo. A mudança, em

setembro de 2008, para a nova sede administrativa já re-

sultou em economia de energia por conta das instalações

mais eficientes. | gri en4 |

As fontes de fornecimento de energia indireta são

idênticas à da matriz energética brasileira, que em 2008,

segundo dados do Ministério de Minas e Energia, era

41% oriunda de petróleo e derivados. A energia de fonte

hidráulica representa 72% da matriz elétrica.

Para reduzir os custos financeiros e o impacto ao meio

ambiente, a companhia deu prioridade à realização de

videoconferências em substituição a reuniões presenciais

em outros estados, principalmente no Rio de Janeiro,

onde está localizada a holding Endesa Brasil.

A maresia e os ventos salinos diminuem a vida útil dos equipamentos do sistema de distribuição de energia em municípios litorâneos. Unindo criativida-de e respeito ao meio ambiente, a equipe da Área de Linhas de Transmissão (LTs) e Subestações (SEs) Fortaleza e Metropolitana encontrou uma alternativa para reduzir a força dos ventos sobres os barramen-tos de 72,5kV e 15kV.

Batizado de Barreira Vegetal, o projeto consiste no plantio de vegetação cipreste nos arredores da subestação, uma solução simples, de custo baixo e com viés ecológico. A iniciativa foi executada no município de Beberibe e deverá ser estendida para outras áreas litorâneas a partir de 2009.

barreira natural contra os ventos

Energia contratada (kWh) 2005 2006 2007 Meta 2008 2008 Meta 2009

Hidráulica 4.623.467.976 4.261.874.004 4.431.757.285 4.698.050.338 4.698.050.338 4.854.576.686

Térmica 3.091.884.331 3.220.789.204 3.205.857.839 3.383.664.460 3.383.630.197 3.658.984.214

Eólica 55.464.000 72.143.333 124.952.153 168.455.886 157.348.653 215.795.245

Total 7.770.816.307 7.554.806.541 7.762.567.277 8.250.170.684 8.239.029.188 8.729.356.145

Page 88: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200886coelce08

A empresa distribui energia oriunda de fontes hidráu-

lica, térmica e eólica, sendo a maioria proveniente de

hidrelétricas, um tipo de energia limpa e renovável, que

não emite resíduos tóxicos para a atmosfera. A energia

térmica adquirida provém de gás natural, que, apesar de

ser um combustível fóssil, é menos agressivo à natureza

na comparação com o petróleo e o carvão.

A energia eólica é uma fonte alternativa que recebe

cada vez mais investimentos. No Ceará, o governo esta-

dual conduz o Programa de Desenvolvimento da Cadeia

Produtiva Geradora de Energia Eólica (Pró-eólica), com

investimentos na área de infraestrutura e política de in-

centivos fiscais. Apesar de ainda representar uma pequena

parcela da energia adquirida, na comparação com hidrelé-

trica e térmica, seu uso vem sendo intensificado, passando

de 0,7% do total, em 2005, para 1,9% em 2008.

água

O consumo de água para operar suas unidades adminis-

trativas (uso de sanitários, água para o consumo huma-

no e limpeza das instalações) totalizou 41.498 metros

cúbicos, em 2008, proveniente da Companhia de Água e

Esgoto do Ceará (Cagece) ou Serviço Autônomo de Água

e Esgoto (SAAE), além de poços artesianos.

São realizadas campanhas sistemáticas para evitar o des-

perdício de água, mas a meta de reduzir em 5,2% o consu-

mo em 2008, para 36.154 metros cúbicos, não foi atingida.

O aumento de 8,8% registrado em comparação a 2007

deve-se a reformas de sedes e construções de subestações.

A Coelce não reutiliza água para outras atividades,

como limpeza. Também desconhece se as fontes hídricas

de abastecimento público foram significativamente afeta-

das pela retirada de água que posteriormente será consu-

mida em suas atividades. | gri en9, en10 |

Consumo de água por fonte – m3 | gri en8 | 2006 2007 2008

Poços artesianos 1 ND 83 1.099

Abastecimento municipal 2 44.899 38.057 40.399

Total 44.899 38.140 41.498

Após um período de testes, a Coelce inaugurou ofi-

cialmente, em abril de 2008, o primeiro transforma-

dor de distribuição com óleo vegetal 100% brasileiro.

O equipamento foi desenvolvido em parceria com o

Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec),

vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC). Fei-

to a partir da mistura do líquido da castanha de caju

com óleo de mamona, não oferece riscos ao meio

ambiente em caso de vazamento.

“Esse óleo é completamente biodegradável. Se ele

vazar, em uma semana não existirá mais nada, enquan-

to os de origem mineral permanecerão lá por anos”,

garante o pesquisador que desenvolveu a tecnologia,

Prof. Dr. José Osvaldo Beserra Carioca, um dos pais do

biodiesel no Brasil, químico industrial e professor da

BOAS PRáTICAS • trAnsformAdores com óLeo ecoLógico

UFC. Outra característica do óleo é ser menos infla-

mável do que os derivados do petróleo, diminuindo os

riscos de explosões e acidentes na rede elétrica.

Entre 2007 e 2008, o produto foi utilizado em ca-

ráter experimental pela Coelce em dois transforma-

dores, apresentando excelentes resultados após 10

mil horas de uso. Em 2009, começará a terceira fase

do projeto, com o objetivo de ampliar a utilização

desse óleo para dez transformadores de distribuição

e iniciar a utilização em transformadores de potência.

A companhia iniciou, em março de 2008, o proces-

so de reconhecimento de patente do óleo ecológico,

em que será a primeira brasileira e a quarta no mun-

do (três delas são norte-americanas), marcando sua

posição de liderança no setor elétrico. | gri en26 |

1 A partir da adoção do SGA (em 2007), o indicador passou a incluir a água oriun-da de três poços artesianos (nas subestações de Aquiraz, Coluna e Cascavel). Em 2007, foi utilizado apenas o de Aquiraz. Em 2008, usados os três poços2 O SGA permitiu aperfeiçoar a mensuração do indicador. Por isso, o dado de 2006 diverge do publicado no relatório daquele ano (50.645 m3)

Page 89: relatorio_coelce

MEIO AMBIENTE 87

efluentes

A distribuição de energia elétrica não gera efluentes

a serem tratados. Há apenas os efluentes sanitários

oriundos das sedes administrativas e pontos de apoio

às subestações. A rede de esgoto é interligada às em-

presas de saneamento ou recebe tratamento por meio

de fossa séptica.

As fossas são inspecionadas periodicamente, confor-

me previsto em Norma Técnica Ambiental, para poste-

rior limpeza quando necessário, executada por empresa

devidamente licenciada. A Coelce possui uma dispen-

sa emitida pela Semace, órgão de controle ambiental,

pela qual não é requerido o monitoramento (análises

laboratoriais) dos efluentes cloacais gerados em suas

atividades. | gri en21 |

Descartes de água | en 21 | 2006 2007 2008

Volume total do descarte (m³/ano) 44.899 38.057 40.399

eMissões

A atividade de distribuição de energia elétrica não

constitui fonte primária de emissões de Gases de Efeito

Estufa (GEE). Por essa razão, a companhia não produz

emissões atmosféricas diretas significativas de dióxido

de carbono (CO2). Para o fornecimento de energia elé-

trica, a Coelce também não emite óxidos de nitrogênio

(NOx) e de enxofre (SOx). | gri en16, en20 |

Com as trocas de geladeiras e aparelhos de ar-con-

dicionado realizadas pelo Programa de Eficiência Ener-

gética, a companhia entende que deve tratar o CFC e

o HCFC contidos nos equipamentos substituídos. Para

isso, firmou parceria com empresa cadastrada no Iba-

ma, especializada em recolher esses gases e evitar a

fuga dessas emissões para a atmosfera. Em 2008 foram

recolhidos 386 quilos de clorofluorcarboneto (CFC) e

hidroclorofluorcarboneto (HCFC). | gri en19 |

O inventário de hexafluoreto de enxofre (SF6) em

2008 verificou a existência de 1.138 quilos desse ma-

terial, sendo parte armazenada e outra utilizada em

equipamentos de proteção do sistema elétrico (inter-

ruptores e disjuntores). A estimativa é que em 2008, as

fugas tenham correspondido a 80,8 quilos. | gri en16 |

As emissões indiretas de GEE derivam da frota de veículos

contratada para serviços de poda, medição mensal do

consumo de energia dos clientes, construção e manutenção

preventiva e corretiva do sistema elétrico, transporte de

colaboradores, consumo próprio, dentre outros. A Coelce

ainda não possui um inventário para o cálculo dessas

emissões nem do impacto do transporte. | gri en29 |

Semestralmente é realizado o monitoramento da fu-

maça preta dos veículos movidos a diesel, da sua frota

própria e de empresas parceiras. Caso a densidade da

fumaça não esteja nos padrões exigidos, o veículo é

encaminhado para manutenção. A companhia também

estabelece formalmente nos contratos que os veículos

devem ter, no máximo, dois anos de uso, como forma

de garantir equipamentos mais eficientes e de menor

emissão de gases. | gri en17, en18 |

INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS

ecoelce: Prestígio internacional

Fruto de um bem-sucedido projeto de P&D, o Programa

Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Con-

sumida (Ecoelce) troca lixo reciclável por descontos na

energia consumida. Por meio da coleta seletiva, o ma-

terial levado pelos clientes até os locais credenciados é

pesado e transformado em bônus na conta de energia

elétrica, que pode chegar inclusive ao valor zero.

Até 2008, o programa recolheu 4,5 toneladas de re-

síduos, economizando energia para extrair da natureza

as matérias-primas que seriam necessárias para trans-

formá-las em produtos. De acordo com dados do econo-

mista e advogado Sabetai Calderoni, autor do livro Os

bilhões perdidos no lixo ((USP, 1997), para cada tipo de

material reciclado é possível obter considerável econo-

mia de energia devido ao reprocessamento.

Com investimento de R$ 212 mil em 2008, o programa

contou com 63 pontos de coleta seletiva (35 fixos e 28

móveis), nos seguintes municípios: Fortaleza, Maracanaú,

Maranguape, Caucaia, Farias Brito, Reriutaba, Milagres,

Benefícios do Ecoelce

• Geração de renda

• Educação ambiental

• Incentivo ao fornecimento seguro de energia elétrica, uma vez que as pessoas têm condições de pagar a conta de luz

• Redução dos custos dos municípios no tratamento de resíduos e do volume enviado para aterros sanitários

• Ganho ambiental

Page 90: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200888coelce08

Ecoelce Resíduos recolhidos

Energia economizada(MWh/t) 1 Toneladas recicladas

Economia total (GWh/2008) 2

Metal 5,3 201,30 1,06

Vidro 0,64 215,41 0,13

Papel 3,51 595,02 2,08

Plástico 5,06 263,35 1,33

Totais - 1.275,08 4,6

1 Calderoni, 19972 Ecoelce, set-dez 2008

Ecoelce Resíduos reciclados

2007 2008 Total

Volume (Kg)Valor (R$) Volume (Kg)

Valor (R$) Volume (kg)

Valor (R$)

Papel (papel branco, misto, papelão, jornal) 419.682 39.533 1.513.051 109.834 1.932.733 149.368

Embalagens de vidro 177.262 13.329 544.966 25.532 722.228 38.862

Metais (alumínio, ferro, chumbo, aço) 466.788 60.182 564.060 152.252 1.030.848 212.434

Plásticos 164.262 45.698 658.614 173.421 822.876 219.119

Óleo de cozinha 1 981 290 8.499 2.457 9.480 2.747

Embalagens cartonadas - - 1.100 46 1.100 46

Total 1.228.975 159.031 3.290.290 463.543 4.519.265 622.575

1 A arrecadação de óleo de cozinha começou em março de 2007; os números correspondem ao total de 9 meses.

Sobral, Morada Nova, Campos Sales, Quixadá, Iguatu e Ju-

azeiro do Norte. Para 2009, a introdução do programa está

confirmada nos municípios de Itapipoca e Aquiraz. A meta

para 2008, de 100 mil clientes, foi superada, totalizando

mais de 112 mil clientes, com R$ 622,5 mil em bônus.

reconheciMentos

A qualidade do programa e a sua inovação inspiradora,

capaz de agregar vantagens ambientais, sociais e econô-

micas, renderam prêmios e reconhecimentos em 2008. O

Parte dos resíduos de postes e cruzetas de con-creto são doados pela Coelce para a construção de casas populares. A parceira com a empresa Usifort Ambiental, uma usina de reciclagem de entulho de construção civil, teve início em 2006 e até o en-cerramento de 2008 já havia destinado um volume de sucata correspondente a 4.638 postes e 3.095 vigas de concreto.

Por meio de um convênio com a Secretaria de Justiça do Estado do Ceará, a Usifort emprega em sua força de trabalho presidiários em liberdade condicional, oferecendo oportunidade de geração de renda e inclusão social. Em 2008, eram quatro trabalhadores, mas dependendo do volume de ma-téria-prima recebida, o número pode aumentar. O entulho reciclado é transformado em base asfáltica para corredores de ônibus, estacas de cercas, meio-fio, bueiros e tijolos ecológicos, oriundos 100% de resíduos da construção civil.

A Usifort vende seu material 30% mais barato que o preço do mercado tradicional, com a vanta-gem de utilizar apenas resíduos recicláveis, dimi-nuindo o impacto ambiental na exploração da ma-téria-prima. Parte do prédio da nova sede da Coelce também foi construída com esses tijolos ecológicos provenientes de material reciclado.

reciclageM coM geraÇÃo de renda Para Presidiários

Ecoelce foi um dos dez ganhadores do World Business

and Development Awards (WBDA), promovido pela Or-

ganização das Nações Unidas (ONU), que destaca a con-

tribuição das empresas do setor privado para atingir os

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Cerca de 100

projetos de sustentabilidade de 44 países concorreram à

premiação, concedida somente a dez empresas.

Outros reconhecimentos do Ecoelce em 2008 foram:

• Brasil que Inova, promovido pela revista Exame: uma das

25 maiores inovações brasileiras da última década.

Page 91: relatorio_coelce

MEIO AMBIENTE 89

• Prêmio Von Martius, realizado pela Câmara Brasil-

Alemanha: 2º lugar na categoria Natureza.

• Prêmio Fundação Coge (Comitê de Gestão Empresa-

rial): finalista da categoria de Ações Ambientais.

• Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental: 1º lugar na

categoria Integração com a Sociedade.

• Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil: Res-

ponsabilidade Social Corporativa para os melhores

projetos em benefícios da sociedade brasileira.

A novidade de trocar lixo reciclável por bônus de ener-gia trouxe benefício imediato às comunidades carentes e ao meio ambiente, mas tornou-se um problema para o movimento de recicladores do Ceará. “Nós voltávamos com o carrinho vazio, porque quem doava para a gente estava entregando papel, plástico, jornal, etc. para a Co-elce. Daí fomos na empresa reclamar porque estávamos ficando sem o material”, explica Maria da Conceição da Silva de Souza, presidente da Associação dos Reciclado-res Amigos por Natureza (Aran), que há cinco anos atua na comunidade Bom Sucesso, em Fortaleza.

Foi realizada audiência pública na Câmara dos Vere-adores, com a participação de autoridades e integrantes da Rede dos Recicladores do Ceará – da qual Conceição também é presidente –, seguida de novas negociações, que resultaram em uma parceria bem-sucedida.

BOAS PRáTICAS • pArceriA com cAtAdores de recicLáveis

A Coelce passou a equipar as associações de reci-cláveis com as máquinas que registram os créditos do Ecoelce, permitindo que a população fizesse a troca dos resíduos também nesses pontos. No processo, as asso-ciações conseguem ter uma margem de lucro entre a compra e a venda dos materiais, utilizada para o paga-mento dos salários dos catadores.

“A parceira melhorou muito o negócio. Antes vendía-mos por mês cerca de mil quilos de cada material (papel, papelão, vidro, plástico e metal) e depois conseguimos esse mesmo volume por quinzena”, diz Conceição. São mais de 500 pessoas da comunidade cadastradas no programa. “Além de pagar a conta de luz, o Ecoelce ajudou na educação ambiental, porque antes o pessoal jogava o lixo em qualquer canto. Agora todo mundo se-para e traz o lixo para cá”, diz a líder da Aran.

A Coelce também iniciou uma pesquisa, realizada

em parceria com a Universidade de São Paulo (USP),

para avaliar o potencial do Ecoelce em gerar créditos

de carbono, uma vez que o aumento da reciclagem mi-

nimiza a necessidade de extrair as matérias-primas da

natureza, evitando a emissão de Gases de Efeito Es-

tufa. Esse é o caminho que a companhia planeja para

neutralizar a emissão do gás carbônico na geração de

energia elétrica. | gri eu4 |

educaÇÃo aMbiental

Por meio de palestras, cursos e treinamentos, a compa-

nhia busca disseminar a importância da preservação do

meio ambiente. Várias iniciativas marcam a atuação:

ecotiMes eM aÇÃo

Formados por dez grupos de colaboradores, os Ecotimes

atuam para disseminar as diretrizes da Política Ambiental

e do SGA, além de apoiar e engajar os demais colegas de

trabalho nas campanhas organizadas pela Área de Res-

ponsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente. Em

2008, 88 funcionários integraram os Ecotimes, sendo que

18 deles foram treinados como auditores ambientais.

escola coelce caMinhos eficientes

No programa Escola Ecoelce Caminhos Eficientes, as co-

munidades têm a oportunidade de conhecer, por meio de

maquetes, o processo de geração de energia elétrica até a

sua chegada nas residências. Por meio de uma plataforma

móvel adaptada, mensagens com foco em educação am-

biental são disseminadas de forma itinerante, percorrendo

os municípios cearenses. Os visitantes também recebem

treinamento sobre o uso racional e seguro da energia.

Em 2008, o projeto percorreu 85 comunidades, rece-

bendo aproximadamente 33 mil visitantes, com cerca

de 3.190 turmas formadas e 38.302 multiplicadores

capacitados. Com investimento de R$ 619,6 mil, o pro-

grama ainda realizou a troca de 28 mil lâmpadas fluo-

rescentes nas comunidades. | gri eu6 |

Page 92: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200890coelce08

dia coelce do Meio aMbiente

O Dia Coelce do Meio Ambiente, comemorado em 4 de

outubro, promove eventos que contribuem para despertar

a consciência ambiental de colaboradores e empresas

parceiras. Em 2008, mais de 3 mil pessoas, incluindo

familiares, foram envolvidas em diversas atividades, como

passeios ecológicos e participação no plantio de mudas

de pau-brasil, sessões de cinema, palestras – como

grafitando coM arte

Os muros de subestações são transformados em espaço

de divulgação de dicas e iniciativas ambientais do projeto

Grafitando com Arte, desenvolvido desde 2005. Após rece-

berem treinamento em educação ambiental, os grafiteiros

utilizam o talento para desenhar e inserir mensagens que

remetem ao desenvolvimento sustentável. Em 2008, fo-

ram pintados 15 muros, com investimento de R$ 20 mil.

Mudanças Climáticas – Aquecimento Global no Semiárido

– e exposição de fotos sobre a temática ambiental.

Foram distribuídos, ainda, folderes sobre o uso ra-

cional de água e brindes educativos em todas as uni-

dades da Coelce no Estado do Ceará. Pela internet, os

colaboradores receberam dicas ambientais e lembretes

sobre a importância da certificação ISO 14001:2004 na

qualidade da gestão ambiental.

A Coelce, em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), promoveu o plantio simultâneo de 65 mil árvores em Fortaleza, com a participação de 300 voluntários, entre colaboradores próprios, de empresas parceiras e familiares. O resultado motivou a busca por registro no Guinness Book, o livro dos recordes, ao superar o recorde anterior do município de Indaiatuba, no interior de São Paulo.

A maratona verde começou e, em apenas 23 minutos e 30 segundos, o plantio foi totalmente concluído. Os locais que receberam as mudas de plantas foram o Condomínio Espiritual Uirapuru (50 mil) e o campus da Universidade Estadual do Ceará (15 mil). No evento, os participantes também tiveram a oportunidade de visitar a unidade móvel Escola Coelce Caminhos Eficientes.

uMa luz Para o verde

Atividades de educação ambiental Beneficiados 2007 Beneficiados 2008

Formação ambiental (treinamento geral sobre

benefícios e práticas do SGA)

658 colaboradores e estagiários

e 2.667 parceiros

1.004 colaboradores e estagiários, além de

2.764 empregados de empresas parceiras

Treinamento ambiental sobre procedimentos,

normas técnicas, controle e manual do SGA

2.596 colaboradores próprios e

de empresas parceiras

554 colaboradores próprios e 523 de

empresas parceiras

Formação de auditores ambientais 28 colaboradores próprios 25 colaboradores próprios

Formação de auditores líderes em Sistemas de

Gestão Ambiental, com o objetivo de capacitar

para coordenação das auditorias internas

8 colaboradores próprios -

Curso de gerenciamento de resíduos 50 colaboradores próprios -

Curso de legislação ambiental 37 colaboradores próprios -

Curso de aspectos e impactos ambientais - 20 colaboradores próprios

Curso de avaliação de fornecedores para

Sistema de Gestão Ambiental

- 25 colaboradores próprios

Palestras para escolas e órgãos ambientais 500 alunos de escolas públicas e

privadas e 31 funcionários públicos

247 participantes (alunos e professores de

ensino médio/ fundamental e superior)

Palestras sobre temas ambientais para

colaboradores

76 colaboradores próprios e

parceiros

238 colaboradores próprios e parceiros

Orientações ambientais para público interno

(referentes ao SGA) e externo (coleta seletiva)

1.994 colaboradores, entre próprios

e parceiros, além de abordagens que

atingiram 3 mil pessoas da sociedade

675 funcionários, entre próprios e parceiros,

além de abordagens com o público externo,

que abrangeram mais de 4 mil pessoas.

Page 93: relatorio_coelce

MEIO AMBIENTE 91

Pesquisa e desenvolviMento

Em parceria com universidades e centros de pesquisa nacionais, a Coelce investe em projetos de Pesquisa e Desenvolvimen-

to com foco na área ambiental, buscando tornar as atividades do setor elétrico cada vez mais sustentáveis.

Projetos de P&D ambientais 2008 1 InvestimentoR$ mil

Desenvolvimento de processo biotecnológico de compostagem para a reciclagem dos resíduos de poda das árvores que obstruem redes elétricas urbanas, proporcionando reaproveitamento ecológico desse resíduo 206

Desenvolvimento de produtos à base de compósito fibra de coco em matriz polimérica para aplicação em sistemas de baixa-tensão. Além de buscar economia financeira, ao desenvolver caixas de baixo custo para os medidores de energia, reaproveita os subprodutos do coco, resíduo abundante no Ceará 98

Desenvolvimento de técnicas e sistema de lavagem a seco de isoladores, de forma a aumentar a segurança do processo de limpeza em sistemas energizados 281

Desenvolvimento e implementação de óleo ecológico para transformadores de distribuição 185

Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 94

Total de investimentos em 2008 863

1Mais informações sobre Pesquisa e Desenvolvimento na página 94.

P&D ambientais 2006 2007 2008

Recursos aplicados (R$ mil) 1.375 1.022 863

Metas para 2009 Alcançar 200 mil clientes cadastrados no Ecoelce

Recertificar todo o escopo da ISO 14001

Plantar 12 mil mudas de árvores como parte do projeto Uma Luz para o Verde

Atender a 85 comunidades com o projeto Escola Coelce Caminhos Eficientes

Metas ambientais de 2008 ResultadoManter o consumo de água em até 36 mil m3

Não atingida (somou 43,9 mil m3)

Manter o consumo de energia em 10 GWh

Não atingida (totalizou 11,01 GWh)

Conquistar 100 mil clientes no Ecoelce

Superada em 12% (112 mil clientes)

Desenvolver biocatalizador para a viabilização de adubo orgânico

Realizados estudos para a criação de biocatalisador proveniente de recursos naturais, com o objetivo de tornar o custo do produto mais econômico. Foram encontrados organismos que atendem ao objetivo, porém são necessárias mais pesquisas sobre o metabolismo desses seres

Page 94: relatorio_coelce

inovacÃo e criatividade: Incentivo à eficácia

Page 95: relatorio_coelce

INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE 93

A Coelce procura criar e aperfeiçoar diversos canais de

gestão de ideias e projetos de inovação, com metodo-

logias específicas para que os autores, independente-

mente da função ou cargo na empresa, possam partici-

par ativamente dos processos que signifiquem melhoria

contínua e agregação de valor ao negócio.

Além de proporcionar ganho adicional de competiti-

vidade, esses programas melhoram a qualidade dos ser-

viços e impactam de forma positiva o desenvolvimento

socioeconômico. Como exemplo, uma das boas ideias já

adotadas é o Kit Irrigação, um regulador automático que

permite ao produtor rural irrigar sua plantação no horá-

rio em que a tarifa de energia tem custo menor. Além de

programas corporativos – Inova Coelce e Deu Certo –, há

uma iniciativa global da Endesa, o Novare, e projetos de

melhoria que surgem de Pesquisa & Desenvolvimento e

dos programas de Eficiência Energética. | gri eu7 |

inova coelce

Desde setembro de 2006, o Inova Coelce busca apro-

veitar a capacidade criativa e o potencial inovador dos

colaboradores, tornando-os protagonistas do cresci-

mento da empresa. Ideias enviadas por funcionários de

empresas parceiras também são bem-vindas.

Um das novidades do ano foi a Semana da Inovação

Coelce, realizada de 3 a 7 de novembro de 2008, com

oficinas de inovação comercial para intensificar a cria-

tividade e o empreendedorismo. O evento reuniu 121

participantes de 16 municípios, que trouxeram mais de

175 ideias, originando sete novos conceitos de negócio.

Um deles, de caráter educativo, sugere a criação de um

programa de bolsas e inclusão educacional tendo como

suporte uma plataforma de seguro ou título de capitali-

zação atrelado à conta de energia elétrica.

O outro destaque do ano foi o novo portal na inter-

net (www.inovacoelce.com.br), com mais interatividade

e acesso ao banco de informações sobre a iniciativa.

O cadastro das ideias, com viés comercial, tecnológico

ou de melhoria contínua, passou a ser feito pela web,

dando agilidade ao processo.

novare

Por meio do Projeto Novare, as inovações podem ser

aproveitadas por qualquer companhia Endesa, forta-

lecendo os esforços de melhoria contínua global. As

cinco categorias premiadas são: Distribuição, Geração,

Comercialização, Serviços Corporativos e Ideia mais

Inovadora. O vencedor de cada categoria recebe um

cheque de 2 mil euros. Em 2008, a Coelce recebeu men-

ção honrosa pela iniciativa Desenvolvimento de Óleo

Ecológico para Transformadores.

deu certo

Lançado em 2008, o programa Deu Certo – Gente que

Acredita e Faz foi desenvolvido para incentivar a cria-

ção, o desenvolvimento e a difusão de melhores práti-

cas em todas as áreas da Coelce. A iniciativa reconhece

e premia os projetos de melhoria contínua que já foram

adotados e trouxeram resultados efetivos e mensurá-

veis para a empresa. Foram mais de cem inscrições pela

internet (www.deucertocoelce.com.br), contemplando

ainda fóruns de disseminação para avaliar a possibi-

lidade de acelerar o processo de aplicação das ideias.

Dois projetos foram vencedores do ciclo 2008:

Bloqueador Sinalizador de Chave Fusível e Seccio-

nadora e Troca de Arraias. O primeiro criou um me-

canismo que sinaliza e impede que ocorra um reli-

gamento acidental do circuito, evitando a falta de

energia prolongada em casos de situações transitórias.

Já o segundo envolve uma ação educativa sobre o pe-

rigo e os transtornos de soltar pipas próximo da rede

elétrica, além de estimular a troca dessa brincadeira por

outras mais seguras, como pião e bola.

Ao final do primeiro ano de existência, a Coelce pu-

blicou a edição inaugural da revista Deu Certo, com 77

projetos dos participantes.

desafiocrescer com o uso de tecnologias sustentáveis

Page 96: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200894coelce08

BOAS PRáTICAS • BrincAdeirA segurA

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO | gri eu7 |

A Aneel estabelece que as distribuidoras invistam,

anualmente, 0,5% da sua Receita Operacional Líqui-

da (ROL) em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento

(P&D), com a finalidade de trazer melhorias para o setor

energético. Em 2008, o órgão regulador divulgou novas

regras para elaboração e aprovação do programa de

P&D. A nova metodologia prevê que a avaliação ini-

cial do projeto seja apenas indicativa, ficando a cargo

da empresa decidir pela execução. Já a avaliação final

se tornou obrigatória e foca os resultados alcançados,

seguindo critérios como originalidade, aplicabilidade,

relevância e razoabilidade dos custos.

A Coelce continuará assegurando a qualidade dos

temas pesquisados, além de acompanhar de perto a

busca por resultados que possam contribuir significa-

tivamente para superar os desafios do setor e tornar os

processos mais eficientes e ambientalmente amigáveis.

Em 2008, foram investidos R$ 3,2 milhões em pro-

jetos de P&D para promover a qualidade e confiabili-

dade das áreas técnica, comercial e institucional. (As

pesquisas relativas ao meio ambiente são abordadas na

página 91). Para a realização do programa, a compa-

nhia mantém parcerias com universidades e entidades

de pesquisas, e faz prospecção e análise dos cenários

tecnológicos, estabelecendo diretrizes e ferramentas

que possam ser aplicadas para o aprimoramento da

atuação empresarial.

No Ceará, é comum observar a garotada empinando arraias (ou pipas) como diversão, principalmente nos meses de julho e agosto, época das férias escolares e de boas correntes de vento. Apesar de ser fabricado sem praticamente nenhum custo, o brinquedo causa grandes despesas com limpeza da rede e reparos dos problemas acarretados no sistema elétrico.

Além disso, a segurança da comunidade é ameaça-da com o uso do cerol, uma mistura de cola com vidro moído que é aplicado nas linhas das pipas. Cresce a cada ano o número de vítimas de ferimentos pro-vocados pelo produto, sendo alguns fatais. Um dos dois projetos vencedores do programa Deu Certo quis justamente acabar com esse problema, enfocando o lado social da questão.

Em uma série de ações conjuntas, os colaboradores do Centro de Serviço de Maracanaú conseguiram re-duzir de forma significativa as ocorrências provocadas por arraias. Por meio de blitze de inspeção e parceria com as Lojas de Atendimento, os colaboradores passa-ram a conscientizar os moradores do entorno sobre os perigos de soltar pipas perto da fiação elétrica, distri-buindo panfletos – inclusive informando que o uso de cerol é crime previsto no Código Penal.

Outra ação envolveu a troca de arraias por brin-quedos populares, como pião, bolas de futebol e bila (bola de gude). “Nós antecipamos o período

das férias da criançada, efetuando a troca por esses brinquedos. Todos da equipe se engajaram. Faziam questão de participar, inclusive nos mutirões realiza-dos aos sábados, no dia de folga”, afirma Antonio Ernando Ferreira, o autor da ideia e líder do projeto no programa Deu Certo.

Nessa iniciativa, ao custo de R$ 900,00 foram dis-tribuídos 650 piões, 200 bolas e 6 mil bilas. Como resultado, foi possível retirar de circulação aproxima-damente 500 latas com cerol e centenas de arraias. A unidade de Maracanaú também comemorou a queda de 60% da Duração Equivalente de Interrupção por Cliente (DEC), um dos indicadores que mede a quali-dade do sistema, que passou de 1,49, em 2007, para 0,89, em 2008, após a adoção do projeto batizado como Caçador de Pipas.

“Se a Coelce quiser levar a ideia para toda a empre-sa, sugerimos fazer uma parceria com os fabricantes dos brinquedos, para que não falte material a ser doa-do”, complementa Raimundo Nonato Pereira Lima, ou-tro integrante do projeto. Ele também considera impor-tante engajar as autoridades municipais, mostrando o quanto podem economizar no sistema de saúde, com redução dos gastos decorrentes de atropelamentos e braços quebrados – tipos de acidentes que ocorrem quando as crianças correm para resgatar as pipas –, além das vítimas do cerol. | gri en9 |

Page 97: relatorio_coelce

INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE 95

Projetos P&D 2008 Descrição R$ mil

Avaliação do uso de cabo de alumínio em área de alta agressividade salina

Estudo da resistência à corrosão de cabo condutor em liga de alumínio engraxado, com análise da substituição do cabo de cobre atualmente utilizado

280

Corrosão e degradação atmosférica dos materiais elétricos

Mapeamento do Estado do Ceará para a identificação das zonas de alta agressividade por poluentes atmosféricos e estabelecimento de um modelo de padronização de materiais elétricos para a Coelce, buscando melhor desempenho e vida útil

194

Desenvolvimento e aplicação de software para previsão de atendimento otimizado de emergência ao cliente

Desenvolvimento de um software capaz de operar com dados do Sistema de Informações Geográficas e gerar soluções para alocação de equipes de forma a minimizar tempo e custo no atendimento emergencial aos clientes da Coelce

289

Estudo e validação do inibidor de furto em redes de baixa-tensão

Desenvolvimento de protótipo de equipamento capaz de tornar a energia elétrica indisponível para o uso residencial, inibindo o furto em ramais de baixa-tensão, e realização de testes de aplicação em área piloto do sistema de distribuição

99

Otimização dos aspectos de segurança e comunicação de dados do sistema de fatura imediata

Investigação e proposta de soluções de software que possam ser agregadas ao Sistema de Fatura Imediata, de forma a aperfeiçoar as características de segurança e comunicação de dados via rede GPRS

140

Posto avançado de atendimento ao consumidor por videoconferência

Desenvolvimento de um espaço de atendimento integrado a um terminal de videoconferência, possibilitando ao cliente a interação direta com a Central de Relacionamento por meio de recursos de som e imagem

326

Sistema computacional de detecção e gestão de interrupções de energia integrado ao atendimento emergencial

Desenvolvimento de um sistema de gestão de atendimento de emergência baseado na detecção automática no tratamento de interrupções no fornecimento de energia elétrica antes do registro de reclamações dos clientes afetados

391

Sistema de caracterização de perdas comerciais baseado no perfil de consumidores para otimização de inspeções

Desenvolvimento de um sistema computacional capaz de analisar as informações disponíveis nos medidores de memória da massa e o histórico de eventos relacionados ao processo de aferição de consumo, possibilitando o aumento no índice de acerto das inspeções de fraude

161

Sistema de monitoramento de descargas atmosféricas para o Estado do Ceará

Implantação de uma rede de sensores para a detecção de descargas atmosféricas em tempo real do tipo nuvem-terra sobre o Estado do Ceará, auxiliando o gerenciamento, a manutenção e operação das linhas de distribuição de energia da Coelce

52

Sistema de religamento e corte de unidades consumidoras com tecnologia bluetooth

Desenvolvimento e aplicação de dispositivo para religamento e corte de unidades consumidoras, utilizando tecnologia bluetooth, tendo como base de controle e comunicação a utilização de equipamentos tipo palmtop

98

Sistema para medição e verificação de performance (PIMVP) do PEE Aneel

Desenvolvimento e aplicação de sistema para medição remota e avaliação de resultados obtidos por ações de eficiência energética, colocando à disposição da sociedade um canal de divulgação via web

267

TOTAL 1 2.297

1 Valor exclui P&D ambiental

Um importante projeto de P&D foi concluído em de-

zembro de 2008, cujo benefício está disponível para

toda a sociedade cearense. Trata-se do Sistema de Mo-

nitoramento de Descargas Atmosféricas para o Estado

do Ceará, desenvolvido em parceria com a Universida-

de de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual do

Ceará (Uece). Por meio dessa iniciativa, todas as redes

de distribuição da Coelce foram georreferenciadas e

passaram a transmitir à longa distância dados sobre

a incidência de raios e outras informações relativas à

meteorologia.

Com isso, a companhia pode melhorar o seu aten-

dimento de emergência, deixando as equipes de

sobreaviso em áreas com maior potencial de chu-

vas, que costumam acarretar transtornos na rede

de distribuição elétrica – como a queda de postes

e interrupção de cabos. Em caso de interrupção do

fornecimento, principalmente em zonas rurais mais

isoladas, também consegue agilizar a localização e a

resolução do problema.

O projeto permite a geração de dados em tempo real,

com aplicações em áreas de recursos hídricos (tornando

mais real a estimativa de precipitação), de meteorolo-

gia (melhoria da previsão quantitativa de tempestades)

e inclusive na segurança da aviação.

Apesar de a Coelce ter acesso ao sistema completo

com as informações, parte do monitoramento pode ser

acompanhado pelo público em geral, por meio do por-

tal na internet (http://www.zeus.iag.usp.br).

Page 98: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200896coelce08

menor poder aquisitivo, com a reforma de instala-

ções elétricas e a troca de refrigeradores e lâmpadas.

Além de contribuir com a doação de equipamentos

mais ecoeficientes, a companhia garante o descarte

ambientalmente correto para os resíduos gerados nes-

sa operação. Com investimento de R$ 5,8 milhões no

ano, os benefícios da iniciativa abrangeram:

• 1.440 residências com instalação de padrão de entra-

da e/ou reforma da rede interna;

• 38.500 lâmpadas incandescentes de 60W substituí-

das por fluorescentes compactas de 15W; e

• 6.108 famílias beneficiadas com a troca de geladeira,

sendo 4.439 em Fortaleza e Região Metropolitana e

1.669 em municípios do interior do Ceará.

Além da Troca Eficiente, são realizadas ações edu-

cativas para o uso seguro e consciente da energia

elétrica por meio do programa Escola Coelce de Ca-

minhos Eficientes (mais informações na página 89).

Prédios Públicos | gri en6, eu6 |

A troca de lâmpadas, condicionadores de ar e a re-

forma da rede elétrica interna em prédios podem pro-

porcionar economia mensal de até 15%. Lâmpadas e

equipamentos ineficientes são reciclados, com desti-

nação correta dos resíduos. Técnicos e consultores da

companhia visitaram prédios públicos, como hospitais,

escolas, universidades e centros de pesquisa, para es-

tudar as ações necessárias que possibilitem tornar as

instalações mais modernas.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Os investimentos em eficiência energética constituem

importante alternativa para conter a expansão do

consumo sem comprometer a qualidade de vida da

população e o desenvolvimento econômico do País.

No Brasil, a legislação do setor elétrico determina que

as distribuidoras destinem, anualmente, 0,5% de sua

Receita Operacional Líquida (ROL) a programas carac-

terizados como de eficiência energética.

Todas as iniciativas devem ser aprovadas pela Aneel

e geralmente estão divididas em dois grupos princi-

pais: ações educativas para a população, incluindo a

disseminação do selo de qualidade do Programa Na-

cional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), e

investimentos em equipamentos e instalações.

Nesse sentido, a Coelce desenvolve projetos de

educação para o uso eficiente e seguro da energia,

promove a substituição de geladeiras antigas por mo-

delos mais novos entre a população de baixa renda e

a modernização dos sistemas de iluminação em hospi-

tais e escolas públicas, entre outras ações.

A companhia possui um plano, com investimento

em capacitação de pessoal próprio para a gestão e

execução do Programa de Eficiência Energética, em

ações de marketing e divulgação, em aquisição de

sistemas de gestão informatizados, dentre outros. Em

2008, foram destinados R$ 58 mil a essas iniciativas.

No total, os investimentos em eficiência energética

somaram R$ 7.202 mil, em 2008, e contribuíram para

a economia de energia em diversas classes de consumo,

totalizando 12.991 MWh economizados, o equivalente à

demanda anual de cerca de 5 mil residências.

troca eficiente | gri en6, eu6 |

Devido ao sucesso do seu programa de ecoeficiên-

cia no segmento de baixa renda, a Coelce continuou

em 2008 a atuar em residências de consumidores de

Energia economizada – MWh | gri eu10, eu11 |

Classe de consumo 2006 2007 2008Meta 2009

Residencial (Ecoelce)

- - 4.600 7.189

Residencial Baixa Renda (Troca Eficiente)

- 3.940 6.226 8.287

Comercial 379 - - -

Industrial 3.401 - - -

Poder público (prédios públicos, como escolas, hospitais)

4.047 3.799 2.165 3.031

Serviço público - 1.446 - 1.585

Total 7.827 9.185 12.991 20.092

Benefícios da eficientização | gri eu10 |

Investimento (R$ mil)

Troca de 6.108 refrigeradores 5.804

Doação de 38.500 lâmpadas fluorescentes

Redução na demanda, no horário de ponta, de 1.865,77 kW

Economia de 6.226,38 MWh/ano de energia no sistema de refrigeração e iluminação

Page 99: relatorio_coelce

INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE 97

Projetos de eficiência energéticaBenefícios diretos | gri en6, eu6 | Investimento (R$ mil)

13 hospitais públicos (seis em Fortaleza e sete no interior do Estado)

Modernização de 5.168 pontos de iluminação 500

Troca de 333 condicionadores de ar

Redução na demanda, no horário de ponta, de 371,05 kW

Economia de 836,89 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação

19 escolas públicas (dez estaduais e nove municipais, todas localizadas em Fortaleza)

Modernização de 4.320 pontos de iluminação 318

Troca de 163 condicionadores de ar

Redução na demanda, no horário de ponta, de 261,37 kW

Economia de 822,35 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação

Centro de Educação Tecnológica do Estado do Ceará (Centec)

Modernização de 1.189 pontos de iluminação 121

Troca de 72 condicionadores de ar

Redução na demanda, no horário de ponta, de 86,66 kW

Economia de 194,36 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação

Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado FEAACS (UFC)

Modernização de 486 pontos de iluminação 124

Troca de 81 condicionadores de ar

Redução na demanda, no horário de ponta, de 80,66 kW

Economia de 232,30 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação

Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)

Modernização de 212 pontos de iluminação 55

Troca de 40 condicionadores de ar

Redução na demanda, no horário de ponta, de 34,49 kW

Economia de 79,50 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação

Total 1.118

Metas para 2009 Inova Coelce: inclusão de quatro novos produtos pela metodologia utilizada no programa

Deu Certo: aplicação de 60 projetos de melhoria contínua

Investir R$ 11,6 milhões em projetos de P&D

Investir R$ 13 milhões em projetos de Eficiência Energética

Realizar a troca de 8 mil geladeiras e de 40 mil lâmpadas

Page 100: relatorio_coelce

sociedade: Educação e responsabilidade social

Page 101: relatorio_coelce

SOCIEDADE 99

De forma crescente, a Coelce vem direcionando os seus

investimentos de responsabilidade social para a área de

educação, por acreditar que somente ao desenvolver po-

tencial criativo e massa crítica as pessoas são capazes de

atuar para a transformação social inclusiva e sustentável.

Os programas educacionais apoiados pela companhia en-

volvem principalmente crianças e jovens.

A empresa também é uma das que mais investem no

Estado do Ceará para valorizar e disseminar a cultura

local. Somente em 2008, destinou R$ 11,3 milhões para

financiar projetos sociais e culturais. Somados aos recur-

sos próprios destinados a projetos de inclusão no forne-

cimento de energia – Luz para Todos e Baixa Renda –,

o investimento social externo da companhia totalizou R$

223,9 milhões. Foram beneficiadas 3 milhões de pessoas

em 2008, sendo 1,6 milhão de consumidores enquadrados

como baixa renda e 1 milhão em iniciativas direcionadas a

crianças e adolescentes atendidos por projetos que rece-

bem recursos de Fundos da Infância e Adolescência.

IMPACTOS DA DISTRIBUIÇÃO

A qualidade no atendimento aos clientes e a seguran-

ça no fornecimento de energia representam impactos

positivos para a sociedade, que passa a ter acesso a

outros benefícios sociais, como sistemas de saúde e in-

cremento de atividades para a geração de renda. Algu-

mas iniciativas também estimulam a inclusão social por

meio do acesso formal à rede elétrica. Dessa forma, a

fatura mensal passa a funcionar como comprovante de

residência, o que permite ao consumidor obter linhas

de crédito e financiamento.

Apesar de a construção ou ampliação de infraestru-

turas do sistema elétrico poder resultar no deslocamen-

to de moradores, as atividades da companhia não pro-

vocam retirada involuntária. O contrato com o governo

federal não permite, inclusive, que isso aconteça no

atendimento a solicitações enquadradas no Programa

Luz Para Todos. | gri so1, eu21, eu19 |

Fontes de investimentos sociais e culturais (R$ mil)

| gri ec8 | 2005 2006 2007 2008

Recursos próprios 638 1.301 2.431 1.500

Incentivos fiscais 5.054 7.547 9.273 9.818

Sistema Estadual de Cultura (Siec) 3.185 3.975 2.423 3.027

Lei Rouanet 450 1.700 2.405 2.414

Fundos para a Infância e Adolescência (municipais e estadual) 50 500 601 618

Fundo Estadual para Cultura (FEC) 1.369 1.372 3.588 3.759

Lei de Incentivo ao Esporte 1 não vigente não vigente 256 0

Total 5.692 8.848 11.704 11.318

1 Em 2008 a Coelce não recebeu nenhuma solicitação de projeto esportivo com mecanismo de patrocínio pela Lei nº 11.438/06 (Lei de Incentivo ao Esporte)

desafioser reconhecida pela sociedade como uma empresa parceira no desenvolvimento do ceará

Page 102: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008100coelce08

Gestão de impactos | gri 1.2 | Aspectos Impactos sociais Ações

Variação do nível de tensão da energia distribuída

• Queima de equipamentos elétricos

• Indenização por ocorrência do sistema elétrico• Medições instantâneas e gráficas em subestações e instalações• Instalação de macromedição em centro de distribuição desenergizado• Manutenções preventivas e corretivas

Uso irregular da energia elétrica

• Choque elétrico • Campanhas de combate a furtos de energia e riscos atrelados à rede elétrica• Retirada de gambiarra• Inspeção em redes de média e baixa-tensão• Construção conforme padrão de ligação DAT (redes antifurto)

Uso ineficiente da energia elétrica

• Aumento de despesas

• Troca de geladeiras e lâmpadas ineficientes, Ecoelce• Campanhas para o uso consciente da energia

Uso inseguro da energia • Queima de aparelhos• Incêndios • Choque elétrico

• Campanhas para o uso seguro de energia elétrica

Risco na construção /reforma irregular de instalações elétricas

• Choque elétrico • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica• Oferta de serviços de consertos e manutenção de sistemas elétricos

realizados por profissionais devidamente capacitados pela Coelce

Construção/reforma de prédios próximos à rede elétrica

• Choque elétrico • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica

Interrupção não programada do fornecimento

• Prejuízos financeiros• Insegurança noturna

em vias públicas e desconforto

• Riscos à saúde• Transtornos no

trânsito

• Plano de Contingência para Atendimento Emergencial• Controle da duração e frequência da interrupção do fornecimento• Serviço especial, com informações sobe tempo e causas da interrupção• Restrição de corte nos casos de uso de equipamentos indispensáveis à vida• Geradores em residências com equipamentos indispensáveis à vida• Campanhas de comunicação para não soltar pipas próximas à rede elétrica• Manutenção preventiva

Interrupção programada do fornecimento

• Prejuízos financeiros• Desconforto e

insatisfação • Riscos à saúde

• Comunicação antecipada sobre a interrupção temporária para grandes clientes, hospitais e população em geral

• Informações precisas à população sobre duração e causas da interrupção

• Geradores em residências com equipamento indispensável à vida

Uso de cabos nus em redes de baixa-tensão

• Choque elétrico • Mudança do padrão de construção de rede de baixa-tensão com cabos

cobertos

Suspensão do fornecimento por não pagamento da conta de energia

• Prejuízos financeiros• Desconforto e

insatisfação dos clientes

• Aviso antecipado do corte em conta de energia• Ativação do projeto de aviso antecipado de corte, que consiste na visita aos

clientes inadimplentes cuja comunicação por carta e do acionamento por telefone não foi possível

• Projeto de Humanização do Atendimento, com capacitação de eletricistas e leituristas

• Monitoramento do horário de pagamento de clientes listados para suspender fornecimento, atualizado em tempo real

• Negociação da dívida• Monitoramento dos pagamentos (via palm top) para religação imediata

INICIATIVAS SOCIAIS E CULTURAIS

Desde 2008, de forma inédita, a Coelce oferece a

possibilidade de a comunidade cadastrar on-line os

projetos em busca de patrocínio. O portal http://www.

coelcesites.com.br/sustentabilidade permite aos inte-

ressados enviar ideias e justificar os benefícios a serem

contemplados com os programas.

Com total transparência, a companhia também in-

forma a lista de todos os projetos de apoio à cultura,

ao esporte e aos direitos da criança e do adolescente

desenvolvidos em 2008, inclusive o valor dos investi-

mentos destinados a cada um. Além de reunir notícias

atualizadas do desempenho da empresa no âmbito da

responsabilidade social corporativa, o portal também

dispõe de um canal para receber sugestões.

natal educar coM arte

Com a mensagem Investir em educação é a melhor for-

ma de desejar Feliz Natal para todo o Ceará, a campa-

nha natalina de 2008 consistiu em um bem-sucedido

concurso de desenho entre os estudantes de escolas

públicas. Ao todo foram 17 mil trabalhos de 3,7 mil

escolas inscritas, localizadas em 181 dos 184 municí-

pios do Ceará. Um diferencial foi a participação efetiva

dessas escolas, que selecionaram os cinco melhores

desenhos entre os seus alunos.

As três primeiras colocações foram de Luciana No-

gueira Silva, Francisca Bruna de Souza Martins e Cindy

Page 103: relatorio_coelce

SOCIEDADE 101

móvel de atendimento comercial (Coelce nos Bairros).

Também disseminam o programa de eficiência energéti-

ca (troca de lâmpadas, fiação e geladeiras velhas), Baú

da Leitura, Cine Coelce, Escola Coelce Caminhos Efi-

cientes, que busca combater o desperdício de energia

elétrica, e programa de reciclagem Ecoelce, de troca de

resíduos recicláveis por bônus na conta de energia.

Conhecer – Direcionado para a autopercepção do pú-

blico envolvido em relação ao contexto social em que

está inserido. A partir de vivências individuais, são de-

senvolvidos temas como orçamento familiar, culinária

para aproveitamento integral dos alimentos, responsa-

bilidade socioambiental e orientação para o mercado.

Educar para Crescer – Busca fomentar o artesanato lo-

cal como forma de geração de renda sustentável e va-

lorização da cultura cearense. Essa linha de ação prevê

capacitar a comunidade para o aperfeiçoamento de téc-

nicas artesanais, orientar para a produção de coleções e

apoiar a comercialização das peças, com respeito a bases

regionais e tradições culturais de cada localidade.

Em 2008, foram capacitadas 19 comunidades, que

produziram artigos de qualidade e boa aceitação no

mercado. A Coelce apoiou também a criação de uma

coleção de moda, incluindo desfile na Feira de Respon-

sabilidade Social e um catálogo impresso dos produ-

tos. Em alguns períodos, o alto número de encomendas

determinou a inclusão de comunidades além do raio de

atuação do Programa Energia Social.

O compromisso de reverter 100% do valor arreca-

dado com a venda dos artigos produzidos aos artesãos

proporcionou R$ 155,5 mil em comércio solidário, com

incremento de renda direto para 384 pessoas. O progra-

ma orientou ainda jovens para o mercado de trabalho.

Nesse sentido, embora não seja possível mensurar de

forma precisa o impacto referente a empregos indiretos,

percebeu-se que a maior visibilidade conquistada pelo

Energia Social, em 2008, refletiu-se na contratação de

profissionais (instrutores, monitores, designers, etc.) e na

aquisição de matéria-prima de terceiros. | gri ec9 |

Maria Damasceno Jales, que ganharam bolsa de estu-

dos de R$ 70 mil e computador com impressora. Os

classificados do 4º ao 20º lugares receberam compu-

tadores e impressoras, e as escolas dos 20 estudantes

ganharam kit multimídia contendo notebook, projetor

e tela de projeção. A campanha continuará em 2009.

PrograMa energia social

A partir da necessidade de contribuir com uma aborda-

gem social para a redução de perdas em comunidades

de baixo desenvolvimento socioeconômico, a Coelce

criou o Programa Energia Social. São três linhas de

ação, que reúnem outras iniciativas já desenvolvidas

pela companhia, com a intenção de potencializar o im-

pacto positivo no dia a dia das pessoas, como a negocia-

ção de dívidas e ações de geração de renda, cidadania e

responsabilidade socioambiental.

Para melhor mensurar os impactos do Energia Social,

será realizado um estudo das novas comunidades que

devem ser atendidas, a partir de 2009. Por meio da par-

ceria com a Universidade Federal do Ceará, estudantes

farão o levantamento de indicadores socioeconômicos,

incluindo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),

que servirão como parâmetro de avaliação de resultados.

Ações Coelce – Abrangem as atividades comerciais, a

exemplo do parcelamento de dívidas da fatura de ener-

gia sem juros ou com ampliação do número de parcelas,

para clientes de baixa renda, e a instalação de unidade

• Investimento de R$ 630 mil• 384 pessoas atingiram incremento real no orça-

mento familiar• Geração de R$ 155.513,17 em comércio solidário• 241 pessoas capacitadas em meio ambiente• 288 pessoas receberam orientação sobre orça-

mento familiar• 283 pessoas capacitadas em culinária alternativa

e uso de forno solar• 465 pessoas aprimoraram ou aprenderam técni-

cas artesanais• 91 jovens participaram de oficinas de orientação

para o mercado

energia social eM 2008

Page 104: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008102coelce08

coelce voluntários O Programa Coelce Voluntários encerrou 2008 com uma

ação de enfoque educacional. Por meio do curso As Van-

tagens de Permanecer na Escola, voluntários capacitados

pela Junior Achivement (organização de educação em eco-

nomia e negócios) realizaram diversas atividades lúdicas

para cem alunos das escolas públicas de ensino funda-

mental e médio Jenny Gomes, Maria Stella Cochrane San-

tiago (ambas em Fortaleza) e José de Borba Vasconcelos

(em Maracanaú).

Criado em 2006, com o intuito de reforçar a presença da

companhia na sociedade, o programa contou com a parti-

cipação de 46 voluntários em 2008. Outras iniciativas no

ano, que beneficiaram diretamente 4 mil pessoas, foram:

• Cadastro de doadores de medula óssea.

• Campanha de doação de sangue.

• Arrecadação de donativos e R$ 20 mil em benefício de

vítimas atingidas por chuvas nos municípios de Icó, Au-

rora, Lavras da Mangabeira, Caririaçu, Crateús e Sobral.

• Narração de histórias em comunidades de baixa renda.

• Visitas a instituições carentes, como Associação Peter

Pan, e doação, por parte dos colaboradores, de parte do

Imposto de Renda Pessoa Física devido.

coelce solidária

Em 2008, o Programa Coelce Solidária repassou mais

de R$ 8 milhões para instituições sem fins lucrativos,

além de realizar outras ações direcionadas à qualidade

de vida da população: | gri ec8, ec9 |

• Repasse de verbas – Duas instituições sem fins lucrati-

vos foram beneficiadas com 2,5% dos recursos arreca-

dados pelo Seguro Família Residencial 3+1 e Seguro de

Vida com Assistência Funeral. O Instituto de Prevenção

à Desnutrição e Excepcionalidade (Iprede) e o Hospital

Batista Memorial receberam R$ 44,1 mil cada um.

• Arrecadação de fundos para entidades – Por meio da

doação de uma quantia simbólica por parte de 251 mil

clientes, foram revertidos R$ 8,5 milhões para entidades

sem fins lucrativos. O montante é cerca de 30% maior

que em 2007 (R$ 6,5 milhões). Os clientes podem ir até

Instituições beneficiadas por doações pela conta de energia (R$ mil)

Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal 42

Associação dos Amigos e Pacientes Renais

do Cariri (AAPREC)*

0

Centro Católico de Evangelização Shallon 557

Desafio Jovem do Ceará 49

Diocese de Tianguá – Santuário de Fátima de

São Benedito

36

Entidade Filantrópica Raimundo Costa Sobrinho

(Cidadão e Amor)

257

Escolinha de Futebol do Ceará Sporting Clube 56

Escolinha de Futebol do Ferroviário

Atlético Clube

6

Escolinha de Futebol do Fortaleza Esporte Clube 138

Escolinha de Futebol do Icasa Esporte Clube 132

Federação das Associações de Pais e Amigos

de Excepcionais do Estado do Ceará

1.235

Fraternidade de Aliança Toca de Assis 20

Fundação Especial Permanente Casa Esperança 11

Fundo das Nações Unidas para a Infância

(Unicef)

270

Hospital do Câncer de Fortaleza* 0

Hospital e Maternidade José Pinto do Carmo

(município de Baturité)

4

Instituto de Prevenção à Desnutrição e à

Excepcionalidade (Iprede)

44

Instituto Hesed* 0

Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza 4.701

Legião da Boa Vontade (LBV) 934

Pastoral da Criança* 0

Sociedade Hospitalar São Francisco de Canindé 37

Total arrecadado ** 8.530

* Entidades em início de vigência do convênio, em dezembro de 2008.

** Valor arrecadado, descontados tributos e taxas administrativas.

• Transparência – de forma ética e em sentido amplo

• Diversidade – respeito à sinergia das diferenças culturais

• Desenvolvimento autossustentável – inclusão social de forma digna

• Associação – parcerias com todos os atores sociais

• Complementaridade – não avoca para si as obrigações do governo, mas torna-se parceira

• Inclusão – redução da exclusão social no entorno da entidade

• Participação – ações sociais realizadas pelos colaboradores

Política de resPonsabilidade social

Page 105: relatorio_coelce

SOCIEDADE 103

uma loja da distribuidora, escolher uma das entidades

cadastradas a ser beneficiada e estipular uma quantia

acima de R$ 1,00. Em 2008, a companhia manteve par-

ceria com 22 instituições, sendo que quatro delas esta-

vam em adequação do convênio no final do ano.

• Doação de móveis e equipamentos – Anualmente é

realizada a doação de móveis usados e equipamentos

de informática. Em 2008, foram entregues 741 móveis

a oito instituições e 70 computadores também para oito

entidades de Fortaleza.

• Apoio à busca de crianças desaparecidas – Reservado

um espaço na conta de energia elétrica para a divul-

gação de imagens de crianças desaparecidas, que inte-

gram o cadastro da Secretaria do Trabalho e Desenvol-

vimento Social do Ceará. Desde o início do programa,

em 2004, oito crianças foram encontradas.

incentivo à leitura

Desde 2005, o projeto Baú da Leitura contribui para a

disseminação do conhecimento em comunidades com

baixo desenvolvimento socioeconômico. Cada localida-

de atendida recebe um acervo com 300 livros infantis

e infanto-juvenis das mãos do próprio mascote da Co-

elce, o Lampinha. Em parceria com o grupo Casa do

Conto, as histórias são narradas de maneira lúdica a fim

de estimular ainda mais o gosto pela leitura. Em 2008,

o projeto beneficiou 35 entidades, entre escolas públi-

cas, ONGs e associações comunitárias, com investimen-

to de R$ 28 mil. Os municípios beneficiados pelo Baú

da Leitura foram Canindé, Fortaleza, Icaupuí, Itarema,

Maracanaú, Pacajus, Sobral e Trairi.

A companhia promoveu, ainda, um curso de capa-

citação para contação de histórias, em junho de 2008,

do qual participaram 30 colaboradores. O objetivo é

transformar os voluntários em agentes disseminadores,

para o público infantil, de temas de segurança da rede

elétrica e eficiência energética. Após o treinamento, os

voluntários atuaram com a equipe do programa Coelce

nos Bairros, contando histórias para a comunidade de

São Bernardo, em Messejana.

Mostras-debate de cidadania

A Coelce tem promovido a discussão de temas relevantes

para a sociedade entre seus colaboradores. Destacam-se

os seguintes encontros realizados em 2008:

• Mostra-debate sobre Paternidade Responsável: a inicia-

tiva, intitulada Conversa de Homem, trouxe à discussão

assuntos relacionados à paternidade responsável, bus-

cando a construção de relações mais livres e prazerosas

entre pais e filhos. Antecedendo o evento, foi realizada

uma campanha interna com o título O Que é Ser Pai.

feira coelce de resPonsabilidade social | ec9 |

O resultado da capacitação de profissionais do ar-tesanato pelo programa Energia Social ficou eviden-ciado no desfile de abertura do evento, com modelos apresentando os produtos feitos de renda de filé, cro-chê, dentre outros materiais. Na ocasião, foi assinado convênio com o Ateliê Brasil para comercialização das peças artesanais produzidas pelas comunidades do projeto. A segunda edição da Feira de Responsabilida-de Social da Coelce já está confirmada para 2009.

Mais do que reforçar o seu compromisso com a responsabilidade social corporativa, a Feira busca in-tensificar o diálogo e a transparência entre a Coelce e a sociedade. A companhia aproveitou a ocasião para divulgar o seu Relatório de Sustentabilidade 2007.

Realizada durante três dias no bosque do Marina Park Hotel, em Fortaleza, a Feira Coelce de Responsabilida-de Social ofereceu aos visitantes uma mostra de 11 projetos socioambientais apoiados pela companhia: Baú de Leitura; Cine Coelce; Coelce Solidária com a Saúde Pública; Ecoelce; Energia Social; Escola Coel-ce – Caminhos Eficientes, MidiaCom, Óleo Ecológico, Adubo Orgânico, Promil e Troca Eficiente.

A primeira edição da Feira, que reuniu aproximada-mente 2 mil pessoas, contou ainda com apresentações musicais e uma Arena da Aprendizagem – espaço de oficinas de contação de história, animação, uso eficien-te de energia, brinquedos feitos a partir de material reciclado, horta caseira e customização de camisetas.

Page 106: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008104coelce08

• Mostra-debate sobre Política: o evento reuniu colabo-

radores da empresa, levando os participantes a refletir

sobre política e voto consciente. Foram utilizados recur-

sos de vídeo e música, além de palestra promovida pelo

instituto Fábrica de Imagens, especializado em promo-

ver ações de educação e cidadania.

direitos da crianÇa e do adolescente

Em 2008, foram destinados R$ 617 mil (oriundos de 1%

do Imposto de Renda devido) ao apoio de ações capazes

de proporcionar um futuro melhor a crianças e jovens. A

contribuição beneficiou várias iniciativas, abrangendo edu-

cação, arte, cidadania e inclusão social.

ProJetos culturais

A Coelce recebeu o Selo de Responsabilidade Cultural

2008, conferido pela Secretaria de Cultura do Estado, em

reconhecimento a seus investimentos no setor. Em 2008,

foram aplicados mais de R$ 10 milhões, entre recursos

próprios e oriundos do Sistema Estadual de Cultura (2%

do ICMS a recolher) e da Lei Rouanet (até 4% do Imposto

de Renda a recolher). Os projetos se enquadram nas ca-

tegorias de artes cênicas, audiovisual, literatura, música e

patrimônio imaterial.

artes cênicas

A companhia investiu R$ 425 mil nessa categoria, des-

tacando-se a realização do Festival Nacional de Dança,

em Fortaleza.

Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente

Entidade Descrição (R$ mil)

Centro Pediátrico do Câncer da Associação Peter Pan (APP)

Em 2008, os recursos foram destinados ao término da construção do Centro Pediátrico do Câncer, com quatro pavimentos e 69 leitos.

24.500

Instituto Programa Movimento de Integração Milenar (Promil)

Cursos de instalador-eletricista, instalador-bombeiro e secretariado, para jovens de 14 a 18 anos, bem como egressos do sistema penitenciário. Beneficiou 7 mil pessoas em 2008.

125.000

Tecendo Cidadania com Educação e Arte

Promover a autoestima, o resgate dos valores éticos, o estímulo ao estudo e do exercício da cidadania de 80 crianças e adolescentes em situação de risco social.

10.500

Caminho para a Cidadania Ampliar as oportunidades de aprendizado para 20 crianças e adolescentes especiais. 21.500

Subtotal 181.500

fundo Municipal para a criança e o adolescente

3ª Mostra de Arte da Cultura Cearense (22ª Convenção Estadual do Comércio Lojista)

O objetivo geral é proporcionar mudanças culturais, no sentido de promover a ampliação do conhecimento tecnológico e empresarial da classe lojista, além do desenvolvimento de novos negócios. Foram beneficiadas 1.200 pessoas.

40.000

Arte, Vida e Movimento, do Grupo Bailarinos de Cristo Amor e Doações (BCAD)

Oferece diversas atividades, como dança, teatro, computação, língua estrangeira (inglês) e natação, entre outras, além de alimentação aos participantes. São acompanhadas 380 crianças de 21 comunidades de baixo poder aquisitivo, em vários núcleos de Fortaleza.

23.500

Festival Cariri de Canção – Modalidade Infanto-Juvenil

Mobilizar, incentivar, criar espaços e apoiar a produção musical, artística e cultural, além de favorecer o crescimento das atividades turísticas da região.

20.000

Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga

Apoio à difusão, exibição, circulação e promoção do teatro em Guaramiranga. Ocorrido de 12 a 20 de setembro de 2008, participaram do evento 13,5 mil pessoas.

50.000

MídiaCOM Capacitação em comunicação digital e computação gráfica, além de organização para a geração de renda. Em 2008, beneficiou 120 alunos da rede pública de ensino de Aquiraz.

23.500

Projeto Atos de Aprendiz do Conselho de Integração Social (Integrassol)

Contribuir para o desenvolvimento socioprofissional e educacional de 100 estudantes de escolas públicas (16 e 17 anos) em situação de risco social, com orientação e qualificação profissional, visando à inserção no mercado do trabalho.

15.000

Visagens do Desejo da Companhia de Dança do Ceará (Vidança)

Com foco na dança como agente de transformação social, beneficia 300 crianças e adolescentes de três bairros de Fortaleza. São promovidas aulas gratuitas de dança, percussão e capoeira, inspirados na cultura e nas tradições locais. As famílias se envolvem, participando de palestras e contribuindo na confecção do material usado nos espetáculos.

23.500

Juá Forró Evento junino com duração de 15 dias, em Juazeiro do Norte, com perspectiva de público de 450 mil pessoas. O festival contou com 45 atrações musicais e as apresentações de quadrilhas com a presença de crianças, adolescentes e adultos.

120.000

Festival de Quadrilhas Juninas Infantis de Maracanaú

Ao produzir uma grande festa de São João para a população de Maracanaú, a Coelce buscou fortalecer as raízes culturais, além de atrair turistas e incrementar o comércio local.

120.000

Subtotal 435.500

Total 617.000

Page 107: relatorio_coelce

SOCIEDADE 105

artes visuais

Nessa categoria, foram investidos R$ 203 mil, destacando-

se o projeto Arte Profissionalizante realizado em bairros de

baixo desenvolvimento socioeconômico.

literatura

A iniciativa Fábrica de Leitores foi um dos destaques den-

tre os investimentos em literatura. A empresa patrocinou a

produção de 20 livros infantis sobre a cultura e a história

do Nordeste a serem distribuídos para estudantes da rede

pública do Ensino Fundamental.

Música

Após várias apresentações em eventos natalinos e em ou-

tras datas comemorativas, o Coral das Luzes, formado por

colaboradores e parceiros da Coelce gravou o seu primeiro

CD de músicas, patrocinado pela companhia, que busca

cada vez mais incrementar seus investimentos culturais.

audiovisual

O projeto que recebeu o maior aporte financeiro em 2008

foi o Cine Ceará, Festival Nacional de Cinema e Vídeo, com

R$ 844 mil. O evento é o mais importante do gênero no

Estado e busca projetar o Ceará como difusor e produtor

de cinema e vídeo.

PatriMônio iMaterial

Foram destinados R$ 510 mil para iniciativas que fortale-

cem a cultura e os costumes do povo cearense.

Artes Cênicas (Teatro e Dança) 2008 (R$)

As Sete Irmãs Estimular e difundir a produção teatral das pessoas de terceira idade. 10.300

Divertissiment –

Vida e Arte de Hugo Bianchi

Espetáculo que reuniu o Ballet Hugo Bianchi e companhias Cia. dos Pés Grandes, Cia. Etra

de Dança e Centro de Experimentação em Movimento. As apresentações em Fortaleza

foram gratuitas, com público estimado de 5 mil pessoas.

45.000

Donas do Destino A peça, com atores de terceira idade, buscou promover a integração de várias culturas,

valorizando tradições e crenças. As quatro apresentações foram vistas por 600 pessoas.

10.200

Energia para Desenvolver O projeto é desenvolvido em Groaíras para a inclusão de crianças e adolescentes por

meio de arte-educação. Em 2008, atendeu 50 crianças e jovens. Em 2008 foi produzido

espetáculo itinerante de teatro que percorreu sete municípios (Massapé, Sobral,

Forquilha, Groaíras, Cariré, Acopiara e Crato), atingindo 3,6 mil adolescentes e jovens.

38.650

Estação das Artes – Plano de

capacitação em artes cênicas

Objetiva a produção, capacitação, pesquisa e difusão das manifestações artísticas para

consolidar a Estação Ferroviária de Senador Pompeu (CE) como centro de arte e cultura.

39.325

Festival Nacional de Dança Evento anual dissemina a dança e cultura do Ceará com espetáculos, cursos e palestras. 70.000

Francisco – O homem que

se tornou santo

Espetáculo teatral realizado há dez anos, durante a romaria de São Francisco de Assis.

Em 2008 foram feitas cinco apresentações em Canindé, para um público estimado em 5

mil pessoas. Inclui a promoção de cursos e oficinas, formando profissionais em figurino,

adereços, cenários, cabelo e maquiagem, camareiras, atores e diretores e outros.

135.818

No Nordeste é Assim Espetáculo itinerante, na capital e interior, buscou promover o intercâmbio cultural. Foram

oferecidas oficinas de teatro, mostras de vídeos e palestras sobre a cultura nordestina.

25.000

O Cântico das Criaturas O grupo Jardim de São Francisco apresentou a história da tradição do presépio e o Natal

franciscano para cerca de 15 mil romeiros que foram a Canindé, entre outubro e dezembro.

50.818

Total 425.111

Artes visuais (artes plásticas e fotografia) 2008 (R$)

Arte Profissionalizante Propõe descobrir,formar e desenvolver novos talentos de artes plásticas na comunidade

carente de Fortaleza.Proporciona atendimento sociocultural e capacita para a geração de

renda e a promoção da cultura iconográfica nordestina e brasileira.

159.556

Ceará em Foco – Antenas e Raízes

A temática em que se baseia a proposta é variada. O conjunto de desenhos aborda o

universo nordestino: paisagem, trabalhadores, agricultores, pescadores, rendeiras,

violeiros, personalidades, Lampião, Padre Cícero, Maria Bonita, Antonio Conselheiro,

Beato Lourenço, mulheres, palhaços, animais, naturezas mortas, para reafirmar a

identidade cultural e preservar valores. Também faz uma releitura dos grandes mestres

da pintura com alusão às suas musas, como Aldemir Martins, Botticeli, Da Vinci, Degas,

Di Cavalcante, Klimt, Lautrec, Matisse, Michelangelo, Modiglianni, Renoir, Picasso,

Portinari e Van Gogh.

43.000

Total 202.556

Page 108: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008106coelce08

Audiovisual 2008 (R$)

A Escola vai ao Cinema O projeto realiza sessões gratuitas de cinemas para estudantes da rede pública de ensino da capital cearense e do município de Sobral. Em 2008, foram beneficiadas 8 mil pessoas.

217.000

Ceará em Foco – Antenas e Raízes

O objetivo da iniciativa é reciclar e reutilizar as máquinas caça-níqueis, transformando-as em computadores a serem doadas às bibliotecas comunitárias de Fortaleza.

50.774

Cine Ceará – Festival de Cinema e Vídeo

Mostra anual de cinema nacional, que busca projetar o Ceará como difusor e produtor de cinema e vídeo. Com sessões gratuitas, os oitos dias de evento atraíram 16,8 mil espectadores.

844.203

Cine Coelce Sessões de cinema em locais públicos para comunidades de baixo desenvolvimento socioeconômico, com destaque para produções cearenses. Foram beneficiadas cerca de 15 mil pessoas em 2008, em várias cidades do interior do Estado.

250.000

Cine Itinerante Visa educar por meio do ensino básico da produção audiovisual e difusão de consagradas obras do audiovisual nacional e cearense. Participam comunidades no interior e capital.

180.000

Circuito Rural Curtas-metragens que buscam disseminar a educação ambiental nas comunidades rurais do Sertão Central, realizando também o plantio de espécies nativas em áreas degradadas.

42.580

Dom Fragoso Audiovisual, em formato digital, com duração de aproximadamente 60 minutos, sobre a vida e a obra do bispo católico Antônio Batista Fragoso à frente da diocese de Crateús, entre os anos de 1964 e 1998. Fragoso foi um renomado defensor dos direitos humanos.

62.000

Festival Latino-americano de Curta-metragem de Canoa Quebrada

Realização da 3ª edição do festival, com mostra competitiva de filmes e vídeos de curta metragem, além de viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre produtores do Brasil e do exterior. A programação incluiu oficinas de capacitação profissional.

50.000

Festival Nacional de Cinema e Vídeos Ambientais

Festival que exibiu filmes e vídeos, em mostras competitivas e itinerantes, encontros, oficinas e outras atividades. 3.000

Projeto Megafone Centro de comunicação educativa instalado em três escolas da rede municipal de ensino nos municípios de Maranguape, Maracanaú e Fortaleza.

112.000

O Altar do Cangaço Documentário longa-metragem que tem como tema a história do cangaço. 200.000

O Auto da Camisinha Filme de 40 minutos, com teor educativo sobre a importância de usar o preservativo na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

40.000

O Siri-Ará O filme de longa-metragem aborda o processo de colonização do Ceará e do Nordeste brasileiro, mostrando a dimensão histórica dos encontros das culturas europeias e ameríndias, em uma narrativa épica e original da história.

200.000

Outros Olhares O projeto visa ao desenvolvimento sociocultural e formação profissional em produção e realização audiovisual. Tem como público-alvo 30 jovens de baixa renda e oriundos de escolas públicas em Fortaleza.

160.000

Produção Cultural Audiovisual Cearense

Publicação de edição histórica comemorativa dos 80 anos do jornal O Povo e da edição do Anuário do Ceará, obra que apresenta um retrato do Estado.

185.000

Selva de Pedra: Fortaleza Noiada

O documentário retrata a vida de usuários de crack e as mazelas que o vício traz para a cidade de Fortaleza, promovendo debate sobre fatos, causas e consequências, além da necessidade de políticas públicas eficazes para o enfrentamento dessa questão.

40.000

Total 2.666.557

Música Aniversário de Fortaleza 2008

Show em homenagem aos 282 anos da capital cearense. (R$ 50 mil)

Aprendendo com Arte

Oficinas de música erudita (flauta, violão, percussão e canto coral), em Fortaleza e Orós, para crianças e jovens. (R$ 30 mil)

CD Cartas na Mesa

Produção do artista Silvio Barreira, com músicos e intérpretes cearenses. O CD será distribuído a entidades. (R$ 30 mil)

CD O Retratista CD alusivo à menina-mulher do sertão que sonha com a cidade grande. (R$ 29.685)

Ceará Natal de Luz

Coral infantil de Paracuru, com canções natalinas. (R$ 275 mil)

Feira da Música de Fortaleza

Evento anual para atrair negócios à indústria fonográfica do Nordeste e fomentar o turismo do entretenimento musical. (R$ 125 mil)

Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga

Festival anual realizado na região de Baturité e em Fortaleza, que atraiu público de 20 mil pessoas. (R$ 153 mil)

Festival de Música de Barbalha

Promove a cultura e talento de músicos. Com duração de dois dias de evento, atraiu cerca de 8 mil pessoas em 2008. (R$ 12,6 mil)

Festival de Sanfoneiros de Limoeiro do Norte

Durante quatro dias, a população do Vale do Jaguaribe, no semiárido, assistiu a shows de sanfoneiros, além de oficinas, exposição e venda de instrumentos. (R$ 60 mil)

Festival Eleazar de Carvalho

Dissemina a música clássica, em concertos diários e gratuitos. Tem caráter didático, atendendo 180 alunos em iniciação e reciclagem em música clássica. (R$ 112 mil)

Coral das Luzes Produção do primeiro CD do coral composto por funcionários da Coelce e show itinerante por várias cidades do Ceará. (R$ 250 mil)

Tamboril Fest Mostra multicultural com grupos artísticos no município de Tamboril. (R$ 77.904)

Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho

Formação de plateia em música erudita, de acordo com o Plano Estadual de Música do Estado do Ceará. Inclui concertos de caráter didático e beneficente, com público estimado de 30 mil pessoas em 2008. (R$ 249.696)

Total 1.454.885

Page 109: relatorio_coelce

SOCIEDADE 107

Literatura 2008 (R$)

Bienal Internacional do Livro do Ceará

Contribuição para a 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, cujo tema em 2008 foi A aventura cultural da mestiçagem. O objetivo foi evocar a multiplicidade de culturas e a condição mestiça de suas raízes, incentivando o hábito da leitura e a produção literária.

75.000

Casa do Conto Núcleos de narradores que, utilizando histórias e jogos educativos, despertam em crianças e adolescentes o interesse pela leitura, em vários bairros de Fortaleza e em seis cidades do interior do Estado, tendo como sede as bibliotecas públicas.

15.801

Economia Edição e publicação do livro Ciclos Econômicos do Ceará, desde a pecuária até a indústria. 87.280

Fábrica de Leitores Produção de 20 livros de literatura infantil sobre a cultura e a história do Nordeste, visando ao fortalecimento da formação de leitores nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

107.000

Floresta do Araripe Livro com fotografias e textos sobre as riquezas naturais e culturais desse ecossistema. 45.000

Livro Soldado da Borracha: uma história do Ceará e do Acre

Obra que relata com depoimentos, artigos, fotos e mapas a história da saga dos soldados da borracha, que saíram de Fortaleza para a floresta amazônica, em 1943, alistados pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia.

55.000

Protagonistas da Leitura O projeto visa ao desenvolvimento do prazer pela leitura em escolas públicas. Será executado em Fortaleza, nas escolas: Externato São Vicente de Paulo, Escola de Ensino Fundamental e Médio Antônio Dias Macêdo e Escola de Ensino Fundamental e Médio Edite Braga.

63.918

Total 448.999

Metas em 2008 Resultados

Atender 30 instituições com

o Baú de Leitura

Meta superada, com 34

instituições atendidas

Realizar o projeto Cine Coelce-

Cinema na Praça em

30 comunidades cearenses

Meta superada (40

comunidades visitadas)

Energia Social: Desenvolver

o projeto em 15 comunidades

de Fortaleza e municípios do

interior do Estado

Meta atingida: 15

comunidades atendidas

Realizar treinamento de 600

colaboradores na temática de

sustentabilidade

Meta superada, com 705

colaboradores treinados.

Instituir projeto de educação

profissionalizante com o Corpo

de Bombeiros Militar, para

formação de 500 eletricistas e

bombeiros-hidráulicos

Atingida. Projeto foi

instituído e 7 mil jovens

beneficiados

Metas para 2009

Capacitar 10 novas comunidades no programa Energia Social

Atender 40 instituições com o Baú de Leitura

Treinar 600 colaboradores na temática da sustentabilidade

Patrimônio Imaterial R$ mil Casa de Pedra Criação de um Centro de Cultura Popular, que funcionará com oficinas, cursos e

apresentações, direcionados para o incentivo às artes populares e à tradição oral do Cariri cearense.

30.000

Festival de Quadrilhas Juninas do Ceará

Apoio a grupos de quadrilhas juninas do Ceará, com o objetivo principal de difundir e promover as manifestações populares locais.

160.999

Restauração de imóvel no Centro de Fortaleza

Dar continuidade à restauração de um imóvel, considerado patrimônio histórico de Fortaleza, onde ficarão sediadas a Orquestra Filarmônica, o Memorial da Indústria do Ceará e o Instituto Arquitetos do Brasil. O projeto visa ainda revitalizar a cultura e o centro da capital cearense.

45.000

Riquezas do Ceará Programa veiculado na TV Cidade (afiliada da Record), Traz matérias exclusivas sobre as belezas naturais, culinária, pontos turísticos, artistas locais, tecnologia, artesanato, folclore e outros atrativos do Ceará.

125.000

São João de

Maracanaú 2008 – Festival de Quadrilhas Juninas

Festa de São João realizada para a população do município de Maracanaú, revitalizando as raízes culturais e atraindo turistas dos mais diversos tipos para alavancar a economia local, com geração de empregos, aumento das vendas por parte do comércio local e incentivo ao investimento em equipamentos turísticos locais.

150.000

Total 510.999

Page 110: relatorio_coelce

PreMiaÇões e reconheciMentos 2008 | gri 2.10 |

Page 111: relatorio_coelce

PREMIAÇÕES E RECONHECIMENTOS 2008 109

• Prêmio Abradee 2008 – Melhor distribuidora de ener-

gia elétrica do Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo,

e a quinta do Brasil. Também foi reconhecida como a

2ª melhor distribuidora em Responsabilidade Social, 3ª

melhor em Gestão Operacional do Brasil e a 3ª melhor

distribuidora em Evolução do Desempenho do Brasil.

• Guia Exame/ Você S/A – Pelo terceiro ano consecutivo,

integrou o ranking das 150 Melhores Empresas para se

Trabalhar no Brasil. A Coelce também ficou na terceira

posição na categoria serviços públicos, destacando-se

no item melhor setor para se trabalhar, no qual se avalia

o Índice de Felicidade no Ambiente de Trabalho.

• Great Place to Work 2008 – 43º lugar no ranking das

100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, da

revista Época e do The Great Place to Work.

• As Melhores da Dinheiro – Pela primeira vez, a Coelce

integrou o ranking das 500 melhores empresas do Bra-

sil na edição 2008 do anuário da revista Isto É Dinheiro.

Foi destaque na categoria de empresas da área ener-

gética, ficando em segundo lugar em dois critérios de

gestão: Responsabilidade Social e Recursos Humanos.

• Selo Ibase – Reconhecimento do Instituto Brasileiro de

Análises Sociais e Econômicas pela qualidade das infor-

mações do balanço social, desde 2004.

• Prêmio Fundação Coge 2008 – Finalista em três das

quatro categorias, com os programas Troca Eficiente Co-

elce (Ações de Responsabilidade Social), Ecoelce (Ações

Ambientais) e Prevenindo Sempre (Segurança e Saúde).

• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bo-

vespa – Pelo terceiro ano consecutivo, integra o seleto

grupo de empresas reconhecidas nacionalmente por

seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.

• World Business and Development Awards (WBDA) –

O Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio pro-

movido pela ONU, que reconhece a contribuição das

empresas do setor privado para atingir os Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio.

• Prêmio Von Martius – O programa Ecoelce, de troca de

resíduos por bônus na conta de energia, foi premiado

com o 2º lugar na categoria Natureza, em evento reali-

zado pela Câmara Brasil-Alemanha

• Brasil que Inova – Ecoelce foi considerado uma das 25

maiores inovações brasileiras da última década, reco-

nhecimento promovido pela revista Exame.

• Prêmio Abrasca (Associação Brasileira das Companhias

Abertas), Relatório Anual – 11º posição no ranking na-

cional e a 5ª entre as empresas de energia.

• Rumo a Credibilidade – O Relatório Anual de Sustentabi-

lidade 2007 ficou em 3º lugar no ranking na pesquisa re-

alizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento

Sustentável (FBDS) em parceria com a internacional Sus-

tainAbility. Recebeu o 1º lugar do setor elétrico.

• Comunicação de Progresso – COP Notável – O Rela-

tório de Sustentabilidade 2007 foi reconhecido como

notável pelo Pacto Global da ONU.

• Prêmio Contribuintes do Ceará 2008 – Reconhecimen-

to pela contribuição ao desenvolvimento estadual, por

meio do recolhimento correto e regular do ICMS.

• Prêmio Delmiro Gouveia – Maior Empresa do Ceará e

Melhor Contabilista. Iniciativa da Bovespa e do jornal O

Povo destaca o desempenho das empresas cearenses.

• Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental 2008 – 1ª

colocada na categoria Integração com a Sociedade

(programa Troca Eficiente Coelce), e 3ª colocada em

Produção mais Limpa (projeto Óleo Ecológico).

• Prêmio Top of Quality de Ambientação – Reconheci-

mento da Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB) ao

trabalho de proteção ao meio ambiente.

• Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil –

Prêmio de Responsabilidade Social Corporativa para os

melhores projetos em benefícios da sociedade brasileira.

• Prêmio Consumidor Moderno – Iniciativa do Grupo Pa-

drão, que reconhece a excelência no atendimento ao

cliente. Coelce foi finalista em energia elétrica.

• Prêmio Padrão de Qualidade – Promovida pela revista

Consumidor Moderno, a iniciativa premia as melhores

operações e tecnologias de Contact Center do Brasil. A

Central de Relacionamento da Coelce ficou em primeiro

lugar, da categoria Energia Elétrica.

• Selo de Responsabilidade Cultural 2008 – Promovido

pela Secretaria de Cultura do Estado, que reconhece as

empresas que mais investem nesse setor, no Ceará.

• Medalha Capacete Bombeiro Militar – Reconhecimen

to pelo apoio ao Programa Movimento de Integração

Milenar (Promil), de capacitação profissional.

• Medalha Eloy Chaves – Reconhecimento às ações para

segurança e prevenção de acidentes.

Page 112: relatorio_coelce

1 – Base de cálculo 2008 Valor (mil reais) 2007 Valor (mil reais)Receita líquida (RL) 1.915.044 1.718.879Resultado operacional (RO) 404.192 357.130Folha de pagamento bruta (FPB) 129.421 121.551Valor Adicionado Total (VAT) 1.414.547 1.320.980

2 – Indicadores sociais internos Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL

Alimentação 5.315 4,11% 0,28% 4.770 3,92% 0,28%Encargos sociais compulsórios 24.331 18,80% 1,27% 23.058 18,97% 1,34%Previdência privada 9.160 7,08% 0,48% 8.862 7,29% 0,52%Saúde 6.718 5,19% 0,35% 5.647 4,65% 0,33%Segurança e saúde no trabalho 617 0,48% 0,03% 182 0,15% 0,01%Educação 512 0,40% 0,03% 561 0,46% 0,03%Cultura 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%Capacitação e desenvolvimento profissional 2.610 2,02% 0,14% 2.544 2,09% 0,15%Creches ou auxílio-creche 1.060 0,82% 0,06% 799 0,66% 0,05%Participação nos lucros ou resultados 7.508 5,80% 0,39% 6.409 5,27% 0,37%

Vale-transporte 355 0,27% 0,02% 378 0,31% 0,02%

Esporte 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%Outros 3.693 2,85% 0,19% 2.718 2,24% 0,16%

Total – Indicadores sociais internos 61.879 47,81% 3,23% 55.928 46,01% 3,25%

3 – Indicadores sociais externos Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL

Educação 28 0,01% 0,00% 54 0,02% 0,00%Coelce nas Escolas – Módulo I 0 0,00% 0,00% 11 0,00% 0,00%Baú de Leitura 28 0,01% 0,00% 43 0,01% 0,00%

Cultura 10.056 2,49% 0,53% 9.087 2,54% 0,53%Audiovisual (cinema, TV, vídeo e multimídia) 143 0,04% 0,01% 0 0,00% 0,00%Literatura 0 0,00% 0,00% 5 0,00% 0,00%Música 50 0,01% 0,00% 35 0,01% 0,00%Patrimônio Imaterial (manifestações, saberes e fazeres populares, artes e gastronomia) 45 0,01% 0,00% 30 0,01% 0,00%Fundo Estadual da Cultura 3.759 0,93% 0,20% 3.588 1,00% 0,21%Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente 436 0,11% 0,02% 444 0,12% 0,03%Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente 182 0,05% 0,01% 157 0,04% 0,01%Sistema Estadual de Cultura (Siec) 3.027 0,75% 0,16% 2.423 0,68% 0,14%Lei Rouanet 2.414 0,60% 0,13% 2.405 0,67% 0,14%

Saúde e saneamento 50 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%

Esporte 6 0,00% 0,00% 256 0,07% 0,01%

Lei de Incentivo ao Esporte 0 0,00% 0,00% 256 0,07% 0,01%

Corrida de Rua 6 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%

Outros 213.746 52,88% 11,16% 143.917 40,28% 8,37%

Voluntariado 9 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%Geração de emprego e renda 549 0,14% 0,03% 68 0,02% 0,00%

balanÇo social – ibase

Page 113: relatorio_coelce

BALANÇO SOCIAL 111

3 – Indicadores sociais externos (cont.) Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RLProgramas sociais 182.542 45,16% 9,53% 111.167 31,13% 6,47%

Programa de Investimentos Especiais 2.567 0,64% 0,13% 601 0,17% 0,03%Luz para Todos 179.975 44,53% 9,40% 110.566 30,96% 6,43%

Benefícios para consumidores de baixa renda 30.646 7,58% 1,60% 32.682 9,15% 1,90%

Total das contribuições para a sociedade 223.886 55,39% 11,69% 153.314 42,93% 8,92%Tributos (excluídos encargos sociais) 666.530 164,90% 34,80% 620.340 173,70% 36,09%

Total – Indicadores sociais externos 890.416 220,30% 46,50% 773.654 216,63% 45,01%

4 – Indicadores ambientais Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL

Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa 19.549 4,84% 1,02% 9.274 2,60% 0,54%Educação ambiental para colaboradores 69 0,02% 0,00% 49 0,01% 0,00%Gerenciamento de resíduos 57 0,01% 0,00% 116 0,03% 0,01%Reciclagem de óleo 1 0 0,00% 0,00% 78 0,02% 0,00%Licenças ambientais 750 0,19% 0,04% 3 0,00% 0,00%Auditorias ambientais 52 0,01% 0,00% 28 0,01% 0,00%

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial 864 0,21% 0,05% 1.022 0,29% 0,06%Desenvolvimento e Implementação de Óleo Ecológico 185 0,05% 0,01% 8 0,00% 0,00%Desenvolvimento de Processo Biotecnológico de Compostagem para a Reciclagem dos Resíduos de Podas de Árvores 206 0,05% 0,01% 163 0,05% 0,01%Desenvolvimento de Metodologia para Acompanhamento Contábil do Sistema de Gestão Ambiental da Coelce 0 0,00% 0,00% 238 0,07% 0,01%Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 2 94 0,02% 0,00% 259 0,07% 0,02%Sistema de Gestão e Manejo da Arborização Urbana ao Longo das Redes de Distribuição 0 0,00% 0,00% 95 0,03% 0,01%Desenvolvimento de Produtos à Base de Compósito Fibra de Coco em Matriz Polimérica para Aplicação em Sistemas de Baixa Tensão 98 0,02% 0,01% 216 0,06% 0,01%Desenvolvimento de Técnicas e Sistema de Lavagem a Seco de Isoladores 281 0,07% 0,01% 43 0,01% 0,00%

Arborização urbana 26 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%Manejo de vegetação 2.683 0,66% 0,14% 2.154 0,60% 0,13%Rede compacta ou isolada 14.928 3,69% 0,78% 5.695 1,59% 0,33%Outros gastos para melhoria contínua 120 0,03% 0,01% 129 0,04% 0,01%

Investimentos em programas e/ou projetos externos 7.870 1,95% 0,41% 11.748 3,29% 0,68%Educação ambiental 669 0,17% 0,03% 2.250 0,63% 0,13%

Grafitando com Arte 20 0,00% 0,00% 11 0,00% 0,00%Escola Coelce Caminhos Eficientes 620 0,15% 0,03% 2.239 0,63% 0,13%Outros 29 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%

Programa de Eficiência Energética 3 7.201 1,78% 0,38% 9.092 2,55% 0,53%Consumidores baixa renda 5.803 1,44% 0,30% 5.025 1,41% 0,29%Hospitais públicos 4 500 0,12% 0,03% 1.136 0,32% 0,07%

Universidades e centros de pesquisa 5 245 0,06% 0,01% 657 0,18% 0,04%

Escolas públicas 6 318 0,08% 0,02% 273 0,08% 0,02%

Prédios públicos 0 0,00% 0,00% 1.515 0,42% 0,09%

Entidades associativas e fundações 7 55 0,01% 0,00% 486 0,14% 0,03%

Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 222 0,05% 0,01% 0 0,00% 0,00%

Plano de Gestão do Programa de Eficiência Energética da Coelce 58 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%

Projetos de iluminação pública 8 0 0,00% 0,00% 406 0,11% 0,02%

Total dos investimentos em meio ambiente 27.419 6,78% 1,43% 21.022 5,89% 1,22%

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa:

○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75% ○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100%

○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75% ○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100%

Page 114: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08112

5 – Indicadores do corpo funcional 2008 2007

Nº de empregados(as) ao final do período 1.278 1.297

Nº de admissões durante o período 68 62

Nº de desligamentos durante o período 86 78

Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.662 6.837

Nº de menores-aprendizes 24 21

Nº de estagiários(as) 186 176

Nº de empregados por faixa etária, nos seguintes intervalos:

até 25 anos 36 31

de 26 a 35 anos 244 231

de 36 a 45 anos 416 485

acima de 45 anos 582 550

Nº de empregados por nível de escolaridade, segregada por:

analfabetos 0 0

com ensino fundamental I incompleto 0 0

com ensino fundamental I completo 0 1

com ensino fundamental II incompleto 26 33

com ensino fundamental II completo 68 73

com ensino médio incompleto 0 0

com ensino médio completo 570 587

com ensino superior incompleto 65 75

com ensino superior completo 549 528

Nº de homens que trabalham na empresa 1.003 1.020

% de cargos de chefia ocupados por homens 75% 80%

Nº de mulheres que trabalham na empresa 275 277

% de cargos de chefia ocupados por mulheres 25% 21%

Nº de negros(as) que trabalham na empresa 363 367

% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 21% 20%

Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais (9) 53 50

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 18 18

Número total de acidentes de trabalho 10 75 53

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

( ) direção ( x ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) direção (x) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( x ) todos(as) + Cipa

( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( x ) todos(as) + Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

( ) não se envolve

( ) segue as normas

da OIT

( x ) incentiva e segue a

OIT

( ) não se envolverá

( ) seguirá as normas

da OIT

( x ) incentivará e seguirá

a OIT

Page 115: relatorio_coelce

BALANÇO SOCIAL 113

1 Em 2008 a Coelce não contratou serviços para regeneração (processo químico) do óleo. Apenas realizou recondicionamento (processo físico), utilizando mão de obra e tecnologia próprios, num total de 136.560 litros recondicionados.2 Após a conclusão do projeto de pesquisa em jun/08 o programa foi remetido para análise do órgão regulador sendo aprovado como programa de eficiência energética, por apresentar grande potencial de energia economizada em decorrência da reciclagem dos resíduos coletados.3 A redução do investimento em 2008 quando comparado a 2007 decorre de que em 2007 houve um acumulo de liberações de projetos para execução, relativas ao exercício de 2006, por parte da agência reguladora.4 Foram beneficiados 13 hospitais públicos, 6 localizados em Fortaleza e 7 em municípios do interior do Estado (Iguatu, Maracanaú, Aracati, Maranguape e Limoeiro do Norte).5 Foram beneficiadas duas instituições: Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado (Universidade Federal do Ceará) e Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec).6 Foram beneficiadas 19 escolas públicas, 10 estaduais e 9 municipais, todas localizadas em Fortaleza.7 Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)8 A partir de 2008 projetos de iluminação pública deixaram de ser regulamentados, de acordo com o Manual Aneel do Programa de Eficiência Energética 2008, que dispõe sobre critérios e procedimentos para a elaboração de projetos de eficiência energética.9 Do total de 1.278 empregados da Coelce, 53 são portadores de necessidades especiais. Conforme ata de

audiência nº 838/2007, de 16 de dezembro de 2008, do Ministério Público Federal, agosto de 2009 é o prazo limite para que a Empresa alcance a quota de 64 portadores de necessidades especiais.10 Embora o valor apresentado em 2008 seja o total de acidentes com e sem afastamento, a meta apresentada só revela o valor de acidentes com afastamento. Isso decorre da empresa não estabelecer metas para acidentes sem afastamento.11 Envolve todos os registros de reclamações conforme Resolução Aneel nº 382/98.12 Foram consideradas as reclamações e críticas do período citado. Nos anos anteriores esses quantitativos referiam-se à discussão de mérito e seus respectivos recursos judiciais interpostos em que os números realizados e suas respectivas metas referiam-se ao acúmulo de reclamações e críticas até o referido período.

CNPJ: 07.047.251/0001-70 | Setor Econômico: Energético | Categoria Distribuição UF da sede da empresa: Ceará

Para esclarecimentos sobre as informações declaradas:Maria Enivalda da Silva Oliveira, (85) 3453-4167, [email protected]

“ Esta empresa não utiliza mão de obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual da criança ou adolescente e não está envolvida em corrupção.”“Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.”

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009

A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências

( x ) todos(as) empregados(as)

( ) direção ( ) direção e gerências

( x ) todos(as) empregados(as)

A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências

( x ) todos(as) empregados(as)

( ) direção ( ) direção e gerências

( x ) todos(as) empregados(as)

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são considerados

( ) são sugeridos

( x ) são exigidos

( ) não serão considerados

( ) serão sugeridos

( x ) serão exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

( ) não se envolve

( ) apóia ( x ) organiza e incentiva

( ) não se envolverá

( ) apoiará ( x ) organizará e incentivará

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa11: 373.599

no Procon: 492

na Justiça12: 1.358

na empresa11: 336.239

no Procon: 467

na Justiça12: 1200

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa11: 93%

no Procon: 98%

na Justiça12: 46,5%

na empresa11:93%

no Procon 98%

na Justiça12: 50%

Montante de multas e indenizações a clientes, determinadas por órgãos de proteção e defesa do consumidor ou pela Justiça 2.969 1.042

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2008: 1.414.547 Em 2007: 1.320.980

Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 63% governo 6% pessoal

6% terceiros 19% acionista

5% retido

60,7% governo6,3% pessoal

8,5% terceiros19,1% acionista

5,5% retido

7 - Outras Informações

Page 116: relatorio_coelce

■Correlação com o Pacto Global

Princípio do Pacto Global

Página / Comentário

estratégia e análise

1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização 10

1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 28 a 30, 100

Perfil organizacional

2.1 Nome da organização 5

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 5

2.3 Estrutura operacional, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures 6

2.4 Localização da sede 160

2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas operações são relevantes para as questões de sustentabilidade 5

2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 6, 7

2.7 Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários) 5

2.8 Porte da organização. 2,3, 5

2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária 6, 46

2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório 108

EU1 Capacidade instalada (MW), oferta de energia por tipo e país ou setor regulatório 41

EU2 Número de clientes residenciais, industriais e comerciais 49

EU3 Extensão das linhas de transmissão e distribuição, por voltagem 41, 81

EU4 Licenças de comercialização de CO2, apresentadas por país ou regime regulatório 89

Perfil do relatório

3.1 Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas 12

3.2 Data do relatório anterior mais recente 12

3.3 Ciclo de emissão de relatórios 12

3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo 12

Escopo e limite do relatório

3.5 Processo para definição do conteúdo 12

3.6 Limite do relatório 12

3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório 12

3.8Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações

12

3.9Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório

12

3.10 Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações 12, 129

suMário gri | gri 3.12 |

nível de aPlicaÇÃo gri

C C+ B B+ A A+

Autodeclarado

Examinado por terceiros

Examinado pela GRI

Page 117: relatorio_coelce

SUMÁRIO GRI 115

■Correlação com o Pacto Global

Princípio do Pacto Global

Página / Comentário

3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório 12

3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório 114

Verificação

3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório. 12

governanÇa, coMProMissos e engaJaMento

Governança

4.1Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização

1 a 10 22

4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor-executivo 1 a 10 22

4.3 Declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança 1 a 10 22

4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança 1 a 10 23

4.5Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria-executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental)

1 a 10 22, 23

4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados 1 a 10 22

4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais

1 a 10 22

4.8Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação

1 a 10 contracapa,23

4.9Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios

1 a 10 21

4.10 Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social 1 a 10 22

Compromissos com iniciativas externas

4.11 Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução 7 30

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa 1 a 10 16

4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais 1 a 10 16

Engajamento dos stakeholders

4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 26, 27

4.15 Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar 25

4.16 Abordagens para o engajamento dos stakeholders 26, 27

4.17 Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e quais medidas a organização tem adotado para tratá-los 27

Page 118: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08116

INDICADORES DE DESEMPENHO

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

DESEMPENHO ECONÔMICO

Forma de gestão 21, 28 a 31, 93

Gestão de acesso

Disponibilidade e segurança

SE EU5 Planejamento para assegurar a disponibilidade e segurança na oferta de energia a curto e longo prazos 30, 46

Gerenciamento do consumo

SE EU6 Programas para gerenciamento do consumo, incluindo programas residenciais, industriais e comercias 96 e 97

Pesquisa e desenvolvimento

SE EU7 Atividades de pesquisa e desenvolvimento destinadas ao acesso seguro e confiável aos serviços de eletricidade e à promoção do desenvolvimento sustentável

93 a 95

Suspensão de operação

SE EU8 Provisões para a suspensão de unidades de energia nuclear A Coelce não gera energia

Indicadores de desempenho econômico

Desempenho econômico

ES EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos

42 a 43, 127

ES EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas 7 81

ES EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece 67, 152

ES EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo 47, 48

Presença no mercado

AD EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes 1 67

ES EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes 43

ES EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local 6 Não há políticas formais

Impactos econômicos indiretos

ES EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono

49,99, 102

AD EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos 101, 102

Disponibilidade e segurança

SE EU9 Capacidade planejada (MW) versus demanda projetada de eletricidade em longo prazo, por tipo de fonte de energia e país ou setor regulatório

-

Gerenciamento do consumo

SE EU10 Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo 96

SE EU11 Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo, divididos em clientes residenciais, comerciais e industriais

96

Eficiência do sistema

SE EU12 Média de eficiência na geração, por fonte energética e por país ou regime regulatório A Coelce não gera energia

SE EU13 Eficiência na transmissão e distribuição 35

■ ES - indicador essencial

■ AD - indicador adicional

■ SE - indicador setorial de energia

Page 119: relatorio_coelce

SUMÁRIO GRI 117

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

DESEMPENHO AMBIENTAL

forma de gestão 19, 79 a 82, 87, 89

Materiais

ES EN1 Materiais usados por peso ou volume 8 83

ES EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem 8, 9 83, 84

Energia

ES EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária 8 85

ES EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária 8 85

AD EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência 8, 9 -

AD EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas

8, 9 96, 97

AD EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas 8, 9 85

água

ES EN8 Total de retirada de água por fonte 8 86

AD EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 8 86

AD EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada 8, 9 86

Biodiversidade

ES EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas

8 82

SE EU14 Evolução na biodiversidade de habitats recuperados em comparação com as áreas que precisam ser recuperadas Não há nenhum passivo ambiental a ser gerenciado ou recuperado.

ES EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas

8 81

AD EN13 Habitats protegidos ou restaurados 8 82

AD EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade 8 82

AD EN15 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção

8 83

Emissões, efluentes e resíduos

ES EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso 8 87

ES EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso 8 87

ES EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas 7, 8, 9 87

ES EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso 8 87

ES EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso 8 Não ocorrem na atividade de distribuição de energia.

ES EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação 8 A Coelce não gera efluentes na atividade de distribuição de energia.

ES EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 8 84

Page 120: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08118

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

ES EN23 Número e volume total de derramamentos significativos 8 Não ocorreu nenhum em 2008.

AD EN24 Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basileia13 – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente

8 A empresa não realiza transporte internacional de materiais

considerados perigosos.

AD EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora

8 Os descartes referem-se à água sanitária e de uso em atividades de limpeza e são realizados em

sistemas públicos de saneamento

Produtos e serviços

ES EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos 7, 8, 9 82, 86

ES EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto 8, 9 Não aplicável pela natureza da atividade de distribuição de energia,

que não usa embalagens.

Conformidade

ES EN28 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais

8 Não foram registradas em 2008

Transporte

AD EN29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores

8 87

Geral

AD EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo 7, 8, 9 80

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

PRáTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE

Forma de gestão 61, 62, 68, 69, 73, 75, 76

Emprego

ES LA1 Trabalhadores por tipo de emprego contrato de trabalho e região 63, 64

SE EU15 Processos para garantir a retenção e renovação da força de trabalho qualificada 61 e 62

SE EU16 Total de colaboradores subcontratados 63, 74

SE EU17 Porcentagem de contratados e subcontratados que tenham recebido treinamento relevante em saúde e segurança 75

ES LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região 6 65

AD LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações

66, 67

Relações entre os trabalhadores e a governança

ES LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva 1, 3 65

ES LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva

3 66

■ ES - indicador essencial

■ AD - indicador adicional

■ SE - indicador setorial de energia

Page 121: relatorio_coelce

SUMÁRIO GRI 119

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

Saúde e segurança no trabalho

AD LA6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional

1 69

ES LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região 1 71

ES LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves

1 71 e 72

AD LA9 Temas relativos à segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos 1 67, 68

Treinamento e educação

ES LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional 62

AD LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira

68

AD LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira 62

Diversidade e igualdade de oportunidades

ES LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade

1, 6 22, 64

ES LA14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional 1, 6 67

DIREITOS HUMANOS

forma de gestão 14, 23, 75

Práticas de investimento e de processos de compra

ES HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos

1, 2, 3, 4, 5 e 6 74

ES HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas

1, 2, 3, 4, 5 e 6 74

AD HR3 Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento

1, 2, 3, 4, 5 e 6 Até 2008, a Coelce não registrava o total das

horas de treinamento.

Não discriminação

ES HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas 1,2 e 6 24

Liberdade de associação e negociação coletiva

ES HR5 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito

1, 2 e 3 65

Trabalho infantil

ES HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil

1, 2 e 5 23, 65

Trabalho forçado ou análogo ao escravo

ES HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo

1, 2 e 4 23

Page 122: relatorio_coelce

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08120

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

Práticas de segurança

AD HR8 Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações

1 e 2 74

Direitos indígenas

AD HR9 Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas 1 e 2 No Estado do Ceará existem sete áreas indígenas, segundo a Fundação Nacional do Índio, nas

quais não há instalações da Coelce.

SOCIEDADE

forma de gestão 99 a 102

Comunidade

SE EU18 Processo participativo de tomada de decisões e resultados do engajamento com stakeholders 25 a 27

SE EU19 Procedimentos para gerenciar os impactos indiretos do deslocamento involuntário 99

SE EU20 Planejamento e medidas de contingência em casos desastres/ emergências e programas de treinamento e programas de recuperação/restauração

31

ES SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída.

99

SE EU21 Número de pessoas desalojadas por projetos novos ou de expansão relacionados a melhorias na geração ou linhas de transmissão, divididos por mudanças físicas e econômicas

99

Corrupção

ES SO2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados à corrupção 10 16

ES SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização 10 16

ES SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção 10 24

Políticas públicas

ES SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies 1 a 10 17

AD SO6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país

10 A companhia, não participa de lobbies e não apoia ou financia

candidaturas ou partidos políticos

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

Concorrência desleal

AD SO7 Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados Não foram registradas

Conformidade

ES SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos

Não foram registrados

■ ES - indicador essencial

■ AD - indicador adicional

■ SE - indicador setorial de energia

Page 123: relatorio_coelce

SUMÁRIO GRI 121

■ correlação com o Pacto globalPrincípio do

Pacto GlobalPágina /

Comentário

RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO

forma de gestão 45, 46, 51, 55

Acesso

SE EU22 Programas, incluindo aqueles em parceria com o governo, para a melhoria ou manutenção do acesso a serviços de energia 47, 48

Provisão de informações

SE EU23 Práticas para superar barreiras de acesso e garantir a segurança no uso dos serviços de energia (adequação à linguagem, cultura, baixa instrução, deficiência)

54

Saúde e segurança do cliente

ES PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando à melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos

1 57

AD PR2 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado

1 Não foram registradas

Rotulagem de produtos e serviços

ES PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências

8 55

AD PR4 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado

8 Não foram regostrados

AD PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação 51, 55, 56

Comunicações de marketing

ES PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio

55

AD PR7 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado

Não foram registrados

Conformidade

AD PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes 1 Não houve registro

ES PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços

59

Saúde e segurança pública

SE EU24 Número de acidentes e óbitos de pessoas da comunidade, envolvendo ativos da empresa, incluindo ações judiciais, multas e processos pendentes relacionados a doenças

57

Acesso

SE EU25 Porcentagem da população não atendida em áreas licenciadas de distribuição, divididas por população em áreas urbanas e em áreas rurais

SE EU26 Número de desligamentos residenciais por não pagamento, divididos por duração do desligamento –

SE EU27 Frequência de interrupção de energia 46, 47

SE EU28 Duração média da interrupção de energia 46.47

SE EU29 Disponibilidade média das unidades de geração, divididas por tipo de fontes de energia e país ou regime regulatório A Coelce não gera energia

Page 124: relatorio_coelce

deMonstraÇões financeiras

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

AosAcionistas e Administradores daCompanhia Energética do Ceará – Coelce

1. Examinamos o balanço patrimonial da COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE em 31 de dezembro de 2008 e as correspondentes demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Energética do Ceará – Coelce, em 31 de dezembro de 2008, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Conforme detalhado na Nota Explicativa n° 5 (b), em 31 de dezembro de 2008, a Companhia mantém transações de compra e venda de energia realizadas no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE pendentes de liquidação e de revisão por parte da CCEE. Com relação às transações pendentes de liquidação, a Sociedade possui registrado como contas a receber o montante de R$ 12.917.000 em 31

de dezembro de 2008, sob efeito de liminares judiciais para suspensão dos pagamentos. Esses montantes podem estar sujeitos a alterações, dependendo de decisão de processos judiciais em andamento movidos por empresas do setor, relativos a interpretações das regras do mercado em vigor. Adicionalmente, outros agentes do mercado não honraram seus pagamentos com a Coelce, com efeito de liminares judiciais para suspensão da liquidação financeira desses valores nas datas estabelecidas pela CCEE, resultando em um montante vencido de R$ 2.372.000, em 31 de dezembro de 2008. As demonstrações financeiras da Companhia não incluem nenhuma provisão para perdas em relação a essas contas a receber em atraso.

5. Anteriormente, auditamos as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações do resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, além das informações suplementares compreendendo as demonstrações dos fluxos de caixa e do valor adicionado, sobre as quais emitimos parecer, datado de 29 de fevereiro de 2008, sem ressalvas e com parágrafo de ênfase sobre o assunto mencionado no parágrafo quarto acima. Conforme mencionado na nota explicativa 2, as práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir 1º. de janeiro de 2008. As demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, exceto a demonstração das origens e aplicações de recursos, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações contábeis de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC no 13, que trata da adoção inicial da Lei nº 11.638/07, e da Medida Provisória no 449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios.

Fortaleza, 6 de março de 2009

CANARIM Auditores AssociadosCRC-RJ-003.003/O-5“S”CE

Érico L. CanarimSócio-ResponsávelContador-CRC-RJ-037.512/O-3“S”CE

Page 125: relatorio_coelce

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 123

BALANÇOS PATRIMONIAISLevantados em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)

ATIVONotas

explicativas 20082007

(Reclassificado)CIRCULANTEDisponibilidades 4 15.838 12.364 Consumidores, concessionários e permissionários 5 e 6 416.909 562.830

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 e 6 (93.769) (213.428)

Consumidores baixa renda 7 30.410 26.031 Serviços em curso 7.335 14.525 Estoques 1.471 511 Devedores diversos 4.228 5.770 Tributos a compensar 8 48.821 55.424 Depósitos vinculados 9 18.777 16.967 Tributos diferidos 10 51.975 95.687 Crédito luz para todos 13 181.547 76.234 Despesas pagas antecipadamente 11 87.839 113.530 Outros créditos 12 29.536 25.907

Total do ativo circulante 800.917 792.352

NÃO CIRCULANTERealizável a longo prazoConsumidores, concessionários e permissionários 5 e 6 33.997 36.507 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 e 6 (3.174) - Depósitos vinculados a litígios 13.699 16.555 Tributos a compensar 8 52.834 47.976 Depósitos vinculados 9 14.421 14.987 Tributos diferidos 10 23.100 20.791 Despesas pagas antecipadamente 11 108.620 88.748 Outros créditos 12 280 280

Total do realizável a longo prazo 243.777 225.844

Investimentos 220 235

Intangível 14 13.994 14.671

Imobilizado 13 1.722.679 1.527.355

Diferido - 8.793

Total do não circulante 1.980.670 1.776.898

TOTAL DO ATIVO 2.781.587 2.569.250

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

PASSIVONotas

explicativas 20082007

(Reclassificado)CIRCULANTEFornecedores 16 157.582 241.753 Folha de pagamento 7.233 6.460 Encargos de dívidas 18 19.974 4.291 Empréstimos e financiamentos 18 332.230 204.941 Tributos e contribuições sociais 17 48.356 54.972 Taxas regulamentares 19 17.086 10.294 Participações dos empregados 7.508 6.409 Dividendos a pagar 24 263.927 245.977 Contribuição de iluminação pública arrecadada 20.041 10.454 Obrigações estimadas 8.963 8.958 Provisão para contingências 21 773 769 Obrigações com benefícios pós-emprego 25 11.023 13.987 Partes relacionadas 20 103.792 102.665 Tributos diferidos 10 26.632 69.402 Programa pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética

13 22.329 18.235

Outras obrigações 23 21.189 44.729

Total do passivo circulante 1.068.638 1.044.296

NÃO CIRCULANTETributos e contribuições sociais 17 8.421 8.442 Empréstimos e financiamentos 18 489.945 352.591 Provisão para contingências 22 63.214 69.344 Obrigações com benefícios pós-emprego 26 48.019 49.930 Partes relacionadas 20 104.227 104.546 Tributos diferidos 10 38.603 39.971 Provisão baixa renda 7 22.019 25.788 Provisão luz para Todos 5.257 - Programa pesquisa e desenvolvimento e Eficiência energética

13 14.762 19.946

Outras obrigações 23 1.381 3.947

Total do não circulante 795.848 674.505

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 24

Capital social 442.946 433.057

Reservas de capital 358.671 368.541

Reserva de lucros 115.478 48.845

Recursos destinados a aumento de capital 6 6

Total do patrimônio líquido 917.101 850.449

TOTAL DO PASSIVO 2.781.587 2.569.250

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08124

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADOReferentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais)

Notas explicativas 2008

2007 (Reclassificado)

RECEITA OPERACIONALFornecimento de energia elétrica Consumidores, concessionários e permissionários 28 2.358.776 2.216.455 Baixa renda 28 174.066 173.359 Reposicionamento revisão tarifária 28 5.542 (22.464) Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras 28 700 (1.867) Recuperação perda de receita racionamento 28 (18.339) (55.685) Recuperação energia livre - Geradoras 28 (6.429) (19.492) Recuperação parcela A 28 (48.866) - Suprimento de energia elétrica 28 13.245 11.749 Receita de uso da rede elétrica 28 55.331 45.695 Baixa Energia Livre 28 57.475 - Outras receitas 28 e 29 105.036 100.099 Total de receita operacional 2.696.537 2.447.849 Deduções à receita operacional ICMS 28 (528.563) (501.577) COFINS 28 (111.412) (96.012) PIS 28 (24.518) (21.421) ISS 28 (2.037) (1.331) Quota para reserva global de reversão 28 (29.917) (23.156) Conta de consumo de combustiveis fosséis 28 (55.251) (58.160) Conta de desenvolvimento energético 28 (13.526) (13.254) Programa de eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento

28 (16.271) (14.055)

Encargo de capacidade e aquisição emergencial 28 2 (4)Total de deduções à receita operacional 28 (781.493) (728.970)Total de receita operacional líquida 28 1.915.044 1.718.879 CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com energia elétrica Energia elétrica comprada para revenda 31 (882.853) (815.939) Energia elétrica comprada para revenda-Ativo Transmissoras

31 3.793 (5.057)

Encargos de uso da rede de transmissão 31 (74.492) (57.087) Encargos de uso da rede de transmissão-Ativo Transmissoras

31 (5.193) 6.924

Total do custo com energia elétrica (958.745) (871.159) Custo de operação Pessoal 31 (61.226) (66.730) Entidade de previdência privada 31 (9.160) (8.862) Material 31 (16.097) (9.202) Serviços de terceiros 31 (138.105) (117.196) Depreciação e amortização 31 (99.350) (93.470) Outros 31 (6.138) (5.146) Total do custo da operação (330.076) (300.606)Total do custo do serviço de energia elétrica (1.288.821) (1.171.765)Custo do serviço prestado a terceiros 31 (6.412) (11.356)Lucro operacional bruto 619.811 535.758

Notas explicativas 2008

2007 (Reclassificado)

DESPESAS OPERACIONAISDespesas com vendas 31 (76.348) (28.749)Despesas gerais e administrativas 31 (54.371) (50.289)Amortização/reversão do ágio oriundo da incorporação 31 (14.967) (15.220)Taxa de fiscalização Aneel 31 (4.042) (4.407)Provisão para créditos de liquidação duvidosa 31 (13.351) (59.378)(Provisão) reversão para contingências 31 6.509 (6.136)Outras 31 (10.133) (6.613)Total despesas operacionais (166.703) (170.792)Resultado do serviço público de energia elétrica 31 453.108 364.966 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRASRenda de aplicações financeiras 12.288 10.759 Acréscimo moratório em conta de energia 31.847 35.104 Atualização perda de receita racionamento 4.668 18.403 Encargos de dívidas (59.053) (44.859)Variações monetárias (30.468) (16.378)Outras (8.198) (10.865)Total das receitas(despesas) financeiras 31 (48.916) (7.836)Resultado operacional 404.192 357.130 Lucro antes da contribuição social, do imposto de renda e participações 404.192 357.130 Contribuição social-corrente 25 (34.304) (36.135) Contribuição social diferidos 25 1.102 8.238 Imposto de renda-corrente 25 (94.543) (100.684) Imposto de renda diferidos 25 2.521 22.160 Incentivo Fiscal-Adene 25 66.633 - Lucro líquido antes das partipações 345.601 250.709 Participação nos lucros 33 (7.078) (5.958)

Lucro líquido do exercício 338.523 244.751

Lucro líquido do exercício por ação - R$ 4,35 3,14

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 125

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOReferentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais)

Reservas de capital Reservas de Lucros

Capital social

Reserva de ágio

Remuneração de bens e direitos

constituídos com capital próprio

Incentivo Fiscal -

AdeneReserva

legal

Reserva incentivo

fiscal -Adene

Lucros acumulados Subtotal

Recursos destinados a aumento de

capital Total

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 433.057 221.188 31.160 46.208 - 48.845 - - 780.458 6 780.464

Reserva de capital-incentivo fiscal - - - 69.985 - - - 69.985 - 69.985 Lucro líquido do exercício - - - - - - 244.751 244.751 - 244.751 Proposta de destinação do lucro líquido: - - - - - - - - - - Dividendos propostos (R$ 3,14 por ação) - - - - - - - (244.751) (244.751) - (244.751)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 433.057 221.188 31.160 116.193 - 48.845 - 850.443 6 850.449

Ajustes de exercício anterior: Baixa diferido lei 11.638/2007 - - - - - - (8.794) (8.794) - (8.794) dividendos prescritos - - - - - - 33 33 - 33 Ajuste-incentivo fiscal - - - 19 - - - 19 - 19 Capitalização da reserva 9.889 (9.889) - - - - - - Lucro líquido do exercício - - - - - - 338.523 338.523 - 338.523 Destinação do lucro: Reserva de lucros-incentivo fiscal - Adene - - - - - 66.633 (66.633) - - - Dividendos propostos (R$ 3,38) - - - - - - - (263.129) (263.129) - (263.129)SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 442.946 221.188 31.160 106.323 - 48.845 66.633 - 917.095 6 917.101 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08126

DEMONSTRAÇÕES DO FLUxO DE CAIxA Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)

20082007

(Reclassificado)Lucro líquido do exercício 338.523 244.751 Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o caixa gerado pelas (aplicado nas) Atividades operacionais:

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 13.351 59.378 Baixa RTE/energia livre (6.985) - Depreciação e amortização 122.756 109.526 Depreciação Obrigações vinculadas a concessão (21.184) (13.668)

Amortização do ágio oriundo da incorporação 14.967 15.220 Juros líquidos provisionados 89.521 61.237 Baixas do imobilizado em serviço 3.130 1.591 Tributos diferidos (2.735) (33.341)Provisões para contingências (6.509) 6.136 Recomposição tarifária 31.436 (14.276)Despesas pagas antecipadamente 6.246 35.480 Baixa deficit atuarial - (16.289)Incentivo Fiscal - Adene - 69.985 Outros 3.086 27.032

247.080 308.011 (Aumento) redução nos ativos operacionais:

Consumidores e revendedores (31.895) 41.255

Baixa renda (4.379) 1.781

Serviços em curso 7.190 1.535

Estoque (960) 323

Tributos a compensar 1.745 (21.114)

Despesas pagas antecipadamente (427) (969)

Crédito luz para todos (105.313) (76.234)

Depósitos vinculados (1.244) 5.356

Depósitos vinculados a litígios 1.645 6.199 Outros créditos (2.087) (4.568)

(135.725) (46.436)Aumento (redução) nos passivos operacionais

Fornecedores (26.696) 29.756 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 1.877 1.052 Tributos e contribuições sociais (6.637) 35 Taxas regulamentares 6.792 (8.043)Provisão para contingências 2.584 (16.389)Transações com partes relacionadas (30.557) 16.666 Provisão devolução Baixa Renda (3.769) (34.212)Outras contas a pagar (15.453) (13.870)

(71.859) (25.005)Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 378.019 481.321

20082007

(Reclassificado)Atividades de investimento

Aplicações no imobilizado (472.255) (395.831)Aplicações no diferido - (6.970)Aplicações no intangível (2.325) (3.194)Obrigações vinculadas a concessão 159.543 132.488

Caixa líquido (aplicado nas) atividades de investimento (315.037) (273.507)

Atividades de financiamentoCaptação de empréstimos e financiamentos 518.570 240.727 Pagamento de empréstimos e financiamentos (332.899) (225.887)Dividendos (245.179) (224.947)Juros sobre capital próprio - (49.995)

Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) aticidades de finan-ciamento

(59.508) (260.102)

Disponibilidade geradas no exercício 3.474 (52.288)

Saldo inicial de caixa 12.364 64.652 Saldo final de caixa 15.838 12.364

3.474 (52.288)

Informações adicionais:Juros pagos 60.690 41.398 Imposto de renda e contribuição social pagos 48.538 89.392 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 127

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO (gri ec1)

Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)

2008 %2007

(Reclassificado) %

GERAÇÃO DE RIQUEZAS

ReceitasVenda de energia e serviços 2.638.070 2.431.347 Receitas relativas à construção de ativos próprios

512.877 424.055

Provisão para créditos de liquidação duvidosa

(13.351) (59.378)

Baixa RTE/Energia Livre 6.985 - Outras receitas (5.801) 13.056

Total de receitas 3.138.780 2.809.080

Insumos adquiridos de terceiros Compra de energia (879.060) (820.996)Encargos de uso da rede elétrica (71.063) (50.163)Material e serviços de terceiros (683.759) (587.745)Outras despesas operacionais (5.405) (14.244)

Total de insumos adquiridos de terceiros (1.639.287) (1.473.148)

( = ) Valor adicionado bruto 1.499.493 1.335.932

(-) Depreciação e amortização (116.539) (111.079)

( = ) Valor adicionado líquido 1.382.954 1.224.853

( + ) Valor adicionado recebido em transferência Receita financeira 31.593 96.127

( = ) Valor adicionado a distribuir 1.414.547 100% 1.320.980 100%

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Pessoal Remunerações 74.871 5% 71.882 5%Encargos sociais (exceto INSS) 5.591 0% 5.086 0%Previdência privada 9.160 1% 8.862 1%Auxílio-alimentação 5.315 0% 4.770 0%Convênio assistencial e outros benefícios 15.565 1% 12.828 1%Participação nos resultados 7.078 1% 5.958 0%

117.580 8% 109.386 8%

2008 %2007

(Reclassificado) %

Impostos, taxas e contribuiçõesFederal 407.569 29% 355.018 27%Estadual 528.580 37% 501.595 38%Municipal 2.448 0,2% 1.469 0,1%( - ) Incentivos fiscais (66.633) -5% (69.985) -5%

871.964 62% 788.097 60%

Remuneração de capitais de terceirosJuros e variações cambiais 89.520 6% 61.237 5%Outras despesas financeiras (9.011) -1% 42.726 3%Aluguéis 5.971 1% 4.798 0%

86.480 6% 108.761 8%

Remuneração de capitais própriosDividendos 263.096 19% 244.751 19%Reserva de Incentivo fiscal- Adene 66.633 5% 69.985 5%Ajuste exercício anterior-lei 11638/2007 8.794 1% - -

338.523 24% 314.736 24%

Total do valor adicionado distribuído 1.414.547 100% 1.320.980 100%

Valor adicionado (médio) por empregado 1.107 1.018 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08128

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISReferentes oos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 (Valores em milhares de reais, exceto quando mencionado em contrário)

1. CONTExTO OPERACIONAL

A Companhia Energética do Ceará – Coelce (“Companhia”) é uma sociedade por ações de capital aberto, controlada pela Investluz S/A, e concessionária do serviço público de energia elétrica, destinada a pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a distribuição de energia elétrica, sendo tais atividades regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A Companhia tem como área de concessão todo o Estado do Ceará, atendendo aproximadamente 2.629 mil consumidores (2.490 mil em 2007) e um quadro de 1.278 empregados em 31 de dezembro de 2008 (1.297 em 2007). A concessão do serviço público de distribuição de energia elétrica se deu por meio do Contrato de Concessão de Distribuição nº 01/1998, de 13 de maio de 1998, da Aneel, com prazo de 30 anos, com vencimento para 12 de maio de 2028.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações, conjugada com a legislação específica aplicada às concessionárias do serviço público de energia elétrica, editada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

(a) alteraÇÃo da legislaÇÃo societária brasileiraEm 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que alterou, revogou e

introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matéria contábil, que entrou em vigor a partir do exercício que se iniciou em 1º de janeiro de 2008. Essa Lei teve, principalmente, o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS) e permitir que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM em consonância com os padrões internacionais de contabilidade.

Conforme facultado pela Deliberação CVM nº. 565, de 17 de dezembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC nº 13, a Companhia está adotando pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Lei 11.638/07 e a Medida Provisória nº

449/08. Consequentemente, as seguintes práticas contábeis foram modificadas em relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007:• A Companhia revisou os saldos registrados em ativo diferido e os que não atendiam aos

critérios de reconhecimento como intangível foram baixados no exercício de 2008. Assim, a parcela correspondente a anos anteriores foi registrada, no balanço de abertura, no valor total de R$8.794, líquido dos efeitos fiscais.

• O valor correspondente ao incentivo Adene, apurado a partir da vigência da Lei 11.638/07, no montante de R$ 66.633, foi contabilizado no resultado do exercício como redutora da despesa com imposto de renda e, posteriormente, transferido para a reserva de lucros não distribuíveis, em atendimento à Deliberação CVM nº 555, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 07.

• A Companhia reclassificou o saldo de softwares do ativo imobilizado para o intangível, no montante de R$ 13.994, em atendimento à Deliberação CVM nº 553, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 04.

• A Companhia reclassificou o saldo dos custos incorridos na captação de recursos no montante de R$ 2.993, apresentando-os como redutor das contas de empréstimos e financiamentos, e passou a amortizá-los com base na mesma curva de amortização do empréstimo, em atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 08. Até 31 de dezembro de 2007, tais custos eram contabilizados como despesas antecipadas e amortizados em linha reta pelo prazo do empréstimo.

• Em atendimento a medida provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008, a companhia reclassificou o resultado não operacional para resultado operacional.

• Conforme item 51 do pronunciamento técnico CPC 13, a Companhia não está apresentando a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2008.

• A Companhia já adotava a elaboração da demonstração do fluxo de caixa e da demonstração do valor adicionado, que se tornaram obrigatórias através da Deliberação CVM nº 547 de 13 de agosto de 2008 e Deliberação CVM nº 557, de 12 de novembro de 2008 nesta ordem. Os efeitos no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 e no patrimônio

líquido decorrentes da adoção inicial da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08, líquidos dos efeitos tributários, estão demonstrados a seguir: | gri 3.10 |

Page 131: relatorio_coelce

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 129

Resultado do exercício Patrimônio LíquidoEfeitos da Lei 11.638/07:Baixa ativo diferido 3.118 (8.794)Reserva de incentivo fiscal – Adene 66.633 -

b) reclassificaÇões nas deMonstraÇões financeiras

do exercício anterior:Para fins de melhor apresentação e manutenção da comparabilidade, as demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foram reclassificadas, quando aplicável.

2007Publicado Reclassificado

balanço Patrimonialativocirculante Numerário disponível 12.354 - Aplicações financeiras 10 - Disponibilidades - 12.364 Consumidores, concessionários e permissionários 565.714 562.830 Despesas pagas antecipadamente 115.145 113.530 Outros créditos 23.023 25.907 não circulante Depósitos vinculados a litígios 21.668 16.555 Despesas pagas antecipadamente 90.681 88.748 Imobilizado 1.542.026 1.527.355 Intangível - 14.671 Passivocirculante Empréstimos e financiamentos 206.556 204.941 Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética 38.181 18.235 Provisão Baixa renda 25.788 - Partes relacionadas 101.815 102.665 Outras obrigações 45.579 44.729 não circulante Empréstimos e financiamentos 354.524 352.591 Provisão para contingências 74.457 69.344 Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética - 19.946 Provisão Baixa renda - 25.788 demontração do resultado Outras receitas operacionais 83.597 100.099 Outras despesas operacionais (3.166) (6.613) Receitas não operacionais 16.502 - Despesas não operacionais (3.447) -

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS

(a) Aplicações financeiras – São registradas ao custo, acrescido das remunerações contratadas, reconhecidas proporcionalmente até a data das demonstrações contábeis, não excedendo o valor de mercado (nota 4);

(b) Consumidores, concessionários e permissionários – Referem-se a créditos de fornecimento de energia faturada, não faturada e energia comercializada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE até a data do balanço, contabilizados pelo regime de competência (nota 5);

(c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Calculada com base nos valores a receber de consumidores residenciais vencidos há mais de 90 dias, consumidores comerciais vencidos há mais de 180 dias, consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, bem como através de análise criteriosa para os clientes com débitos relevantes. Está reconhecida em valor julgado pela Administração da Companhia como suficiente para atender às perdas prováveis na realização dos créditos (nota 5);

(d) Estoques – Os materiais em estoques, de operação e manutenção, classificados no ativo circulante, e aqueles destinados a projetos, contabilizados no imobilizado, estão avaliados ao custo médio de aquisição, ajustados por provisão para perda por obsolescência, quando aplicável;

(e) Despesas pagas antecipadamente – São compostas por valores efetivamente desembolsados e ainda não incorridos e incluem a conta de compensação da variação de valores de itens da parcela A (CVA) e respectivos encargos que serão apropriados ao resultado à medida que a receita correspondente for faturada aos consumidores (nota 11);

(f) Imobilizado – Está composto pelo custo de aquisição e/ou construção, deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método linear em conformidade com as taxas de depreciação determinadas pelas Resoluções Aneel nº 02, de 24 de dezembro de 1997, e nº 44, de 17 de março de 1999.

O saldo do imobilizado inclui o valor do ágio oriundo da incorporação de sua controladora Distriluz Energia Elétrica S.A., aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 1999. A amortização do ágio está sendo feita com base no prazo da concessão, em proporções mensais à sua rentabilidade projetada até 31 de dezembro de 2027 (nota 13);

(g) Intangível – Registrado pelo custo de aquisição, composto de software do sistema corporativo, sendo amortização método linear durante cinco anos (nota 14).

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08130

(h) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro – São calculados com base nas alíquotas vigentes de imposto de renda (15% acrescida de 10% sobre o resultado tributável que exceder R$ 240) e contribuição social sobre o lucro líquido (9%) e consideram a absorção de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30%, para fins de determinação das exigibilidades. Os impostos diferidos ativos atribuíveis às diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social são registrados no pressuposto de realização futura, baseada nas projeções de resultados preparadas pela Administração. A Companhia possui direito a redução do imposto de renda a pagar calculado com base no lucro da exploração (nota 25);

(i) Obrigações com benefícios pós-emprego – Referem-se ao passivo atuarial relativo ao plano de previdência complementar oferecido aos empregados registrado em regime de competência com base em avaliação efetuada por atuário externo (nota 26);

(j) Provisões para contingências – São reconhecidas mediante avaliação dos riscos em processos cuja probabilidade de perda é provável e quantificadas com base em fundamentos econômicos e em pareceres jurídicos sobre os processos existentes na data do balanço (nota 22);

(k) Obrigações vinculadas à concessão – Referem-se aos recursos de participação financeira dos consumidores e da União e de doações e subvenções para investimentos, destinados à execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica, depreciados de acordo ofício nº296, de fevereiro de 2007. Estas obrigações foram apresentadas nas demonstrações financeiras como redução do ativo imobilizado em serviço (nota 13).

(l) Atualizações monetárias de direitos e obrigações – Os direitos e obrigações sujeitos às variações monetária e cambial, por força contratual ou dispositivo legal, estão atualizados até a data do balanço. Os passivos pactuados em moeda norte-americana são convertidos para reais pela taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil (US$1 = R$ 2,3370 em 31 de dezembro de 2008 e US$1 = R$1,7713 em 31 de dezembro de 2007);

(m) Apuração do resultado – As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime contábil de competência;

(n) Outros direitos e obrigações – Demais ativos e passivos circulantes e não circulante estão atualizados até a data do balanço, quando legal ou contratualmente exigidos;

(o) Estimativas – A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Companhia se baseie em estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos e passivos, receitas

e despesas, bem como a divulgação de informações sobre dados das suas demonstrações financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes, podem diferir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da:• Provisão para créditos de liquidação duvidosa;• Provisão para contingências e planos de aposentadoria complementar;• Recuperação do imposto de renda e contribuição social diferidos;• Recebimentos no âmbito da CCEE;• Ativo regulatório – Reposicionamento tarifário;• Provisão para devolução de baixa renda;• Crédito luz para todos• Fornecimento não faturado(p) Lucro líquido por ação – Calculado com base no número total de ações na data do

encerramento do balanço.

4. DISPONIBILIDADES

As aplicações financeiras estão relacionados a certificados de depósitos bancários vinculados ao CDI (Certificado de depósito intercalado) e fundos mútuos de renda fixa com remuneração diária. Apesar de algumas aplicações estarem contratadas com vencimento superior a 12 meses, não há restrições para seu resgate imediato.

Banco Tipo Vencimento Taxa 2008 2007Votorantim Fundo de Investimento - Cotas diárias 2 2 Votorantim CDB/DI 10/11/2010 100,80% CDI 9 8 Votorantim CDB/DI 7/24/2010 103,00% CDI 21 - Contas correntes - - - 15.806 12.354 Total disponibilidades 15.838 12.364

5. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIOS E PERMISSIONÁRIOS

A composição das contas a receber de consumidores, concessionários e permissionários, em 31 de dezembro, é como segue:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 131

Descrição 2008 2007 reclassificadoConsumidores 430.917 568.579 Faturados 353.646 328.632 Não faturados 77.271 239.947 Fornecimento 76.804 67.704 Ativos regulatórios 467 172.243 concessionários e permissionários 4.678 11.800 comercialização no âmbito da ccee (b) 15.311 18.958 Total de consumidores, concessionários e permissionários (a) 450.906 599.337 circulante 416.909 562.830 não circulante 33.997 36.507

a) análise das contas a receber e deMonstrativo do saldo da ProvisÃo Para créditos de liquidaÇÃo duvidosa Valor bruto Provisão créditos liq. duv. Total

Classe de consumidores Vincendos Vencidos

até 90 dias Vencidos há

mais de 90 dias 2008 2007

reclassificado 2008 2007 2008 2007

reclassificado

Circulante

Residencial 46.995 31.138 14.104 92.237 79.344 (16.494) (13.938) 75.743 65.406 Industrial 12.642 6.348 4.412 23.402 10.254 (5.608) (3.638) 17.794 6.616 Comercial 13.960 10.355 10.084 34.399 30.943 (11.090) (9.224) 23.309 21.719 Rural 14.136 6.061 1.682 21.879 19.299 (1.792) (1.144) 20.087 18.155 Poder público - - - - Federal 2.333 349 36 2.718 2.125 (6) - 2.712 2.125 Estadual 3.246 328 35 3.609 3.629 (13) (92) 3.596 3.537 Municipal 6.863 3.850 4.085 14.798 15.271 (3.934) (3.975) 10.864 11.296 Iluminação pública 4.426 1.458 729 6.613 6.066 (497) (613) 6.116 5.453 Serviço público 5.596 676 67 6.339 5.991 (622) (42) 5.717 5.949

Subtotal 110.197 60.563 35.234 205.994 172.922 (40.056) (32.666) 165.938 140.256 Comercialização na CCEE (b) 2.394 - - 2.394 5.383 - - 2.394 5.383 Consumidores livres 4.678 - - 4.678 11.800 - - 4.678 11.800 Não faturado 76.804 - - 76.804 67.704 - - 76.804 67.704 Provisão refaturamento Prefeituras - - - - (12.000) - - - (12.000) Parcelamento de débitos 44.946 - - 44.946 45.898 (6.767) (12.776) 38.179 33.122 Outros créditos 11.624 4.026 2.003 17.653 15.723 (778) (687) 16.875 15.036 Encargo emergencial (c) - 1.596 927 2.523 2.587 - - 2.523 2.587 Créditos junto a clientes com ações (d) judiciais 27.937 2.441 31.072 61.450 80.570 (46.168) (64.737) 15.282 15.833 Ativos regulatórios (nota 6) - - - - 170.376 - (102.562) - 67.814 Ativos regulatórios-Transmissoras (nota 6) 467 - - 467 1.867 - 467 1.867

168.850 8.063 34.002 210.915 389.908 (53.713) (180.762) 157.202 209.146

Total Circulante 279.047 68.626 69.236 416.909 562.830 (93.769) (213.428) 323.140 349.402 Não Circulante Comercialização na CCEE (b) * - - 12.917 12.917 13.575 - - 12.917 13.575 Parcelamento de débito 21.080 - - 21.080 22.932 (3.174) - 17.906 22.932

Total não Circulante 21.080 - 12.917 33.997 36.507 (3.174) - 30.823 36.507

Total consumidores, concessionários e permissionários 300.127 68.626 82.153 450.906 599.337 (96.943) (213.428) 353.963 385.909

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08132

b) coMercializaÇÃo no âMbito da cceeCâmara de Comercialização de Energia Elétrica 2008 2007

Valores a receber – setembro/2000 a dezembro/2002 Valor em litígio – Liminares * 12.917 13.575 Valores negociados - 103 Valores com a exigibilidade suspensa ** 2.372 2.560

Valores a receber – Energia curto prazo do período 22 2.720

Total comercialização no âmbito da CCEE 15.311 18.958

Circulante 2.394 5.383

Não circulante 12.917 13.575

* O montante de R$ 12.917 (13.575 em 2007), registrado no não circulante, permanece em aberto, decorrente das liminares para suspensão de pagamento nas datas previstas de liquidação financeira das transações no âmbito da CCEE.** O montante de R$ 2.372 (2.560 em 2007), referente a contas a receber de venda de energia efetuadas na CCEE às empresas AES sul (R$ 2.031) e DFESA (R$ 341), encontra-se com a exigibilidade suspensa.

c) encargo eMergencialCom o objetivo de cobrir os custos com a contratação de capacidade de geração ou de

potência de usinas emergenciais e aquisição de energia das mesmas, foram instituídos o “encargo de capacidade emergencial” e o “encargo de aquisição emergencial”. Estes encargos deveriam ser repassados mensalmente a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE. O “encargo de aquisição emergencial” vigorou temporariamente durante os meses de janeiro e fevereiro de 2004.

O “encargo de capacidade emergencial” foi cobrado desde março de 2002 até 22 de dezembro de 2005. A partir de 23 de dezembro de 2005 o mesmo teve sua cobrança suspensa, conforme Resolução Normativa Aneel nº 204, de 22 de dezembro de 2005.

A companhia repassa mensalmente os valores arrecadados de inadimplência.

d) créditos Junto a clientes coM aÇões JudiciaisO montante de R$ 61.450 (R$ 80.570 em 2007) refere-se a créditos junto a clientes com

ações judiciais. Este montante inclui R$ 22.947 (R$ 22.350 em 2007) relativos às contas a receber de diversos consumidores que questionam a legalidade e pleiteiam a restituição de valores envolvidos na majoração da tarifa de energia elétrica, ocorrida na vigência do Plano Cruzado.

Esses consumidores obtiveram, por meio de medidas judiciais, o direito de compensar os créditos pleiteados com as faturas de energia elétrica, sem, contudo, terem o mérito da questão transitado em julgado. A Companhia constituiu provisão para créditos de liquidação duvidosa em montante julgado suficiente para cobrir eventuais perdas em relação a esses processos.

6. ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS

2008 2007

Descrição CirculanteNão

circulante CirculanteNão

circulanteativos:a. consumidores e revendedores (nota 5)a1. acordo geral do setor elétrico Perda de receita – racionamento - - 120.552 - Energia livre - - 49.824 - Provisão para crédito liquidação duvidosa – RTE

- - (102.562) -

a2. ativo regulatório transmissoras 467 - 1.867 - 467 - 69.681 -

b. despesas pagas antecipadamente – cva (nota 11) Parcela A – Extraordinária - - 43.137 - CVA – Conta consumo de combustível 7.857 7.849 15.041 6.080 CVA – Conta de desenvolvimento energético 83 4 137 15 CVA – Uso da rede elétrica 4.825 2.808 - - CVA – Encargo de serviço do sistema 19.641 6.820 - - CVA – Compra de energia 52.282 89.669 53.303 81.094 CVA – PROINFA 1.239 46 426 134

85.927 107.196 112.044 87.323 Passivos:a. fornecedores – suprimento de energia (nota 16) Energia livre - - 64.030 -

- - 64.030 - b. outros Passivos (nota 22)b1. cva CVA – Uso da rede elétrica - - 5.259 1.278 CVA – Conta consumo de combustível - - 20.790 1.284 CVA – Sobrecontratação – excedente 3% 10.948 - - - b2. Reposicionamento revisão tarifária 3.791 - 9.333 - b3. Passivo regulatório –Transmissoras 1.167 - 1.867 - b4. Passivo regulatório – Parcela A 2.463 - - -

18.369 - 37.249 2.562

a) consuMidores e revendedoresa1. acordo geral do setor elétrico

Em dezembro de 2001, foi firmado o acordo geral do setor elétrico entre o Governo Federal e as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica para a

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 133

retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos existentes e a recomposição de receitas relativas ao período de vigência do programa emergencial de redução do consumo de energia elétrica (1º de junho de 2001 a 1º de março de 2002).

Com base nas disposições contidas na Lei nº 10.438 todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica efetuaram um levantamento do montante da receita não auferida decorrente de redução de consumo de energia elétrica no período do racionamento (Recomposição tarifária extraordinária – RTE) a ser reconhecida com o objetivo de retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.

A referida recomposição tarifária extraordinária ocorreu no período de janeiro de 2002 a abril de 2008, por meio da aplicação às tarifas vigentes à época do acordo do setor elétrico, assim reconhecidas pela Aneel, da seguinte forma:• 2,9% para os clientes residenciais, rurais e iluminação pública, exceto para aqueles

classificados como residenciais baixa renda;• 7,9% para os demais clientes.

Perda de receita – racionaMentoA perda de receita registrada no contas a receber teve os seguintes efeitos reconhecidos contra resultados dos períodos correspondentes:

2008Valor Homologado 210.861 (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 212.323 (+) Atualização monetária em 2008 4.669

Total de atualização 216.992 (-) Recuperação das perdas até 31 de dezembro de 2007 (302.632)(-) Recuperação das perdas de 2008 (18.347)

Total recuperado (320.979)Baixa RTE Ofício – Aneel n.º 2409/07 (106.874)Saldo em 31 de dezembro de 2008 -

O valor de R$ 210.861, homologado pelas Resoluções Aneel nº 480 e n°481, de 29 de agosto de 2002, refere-se à diferença entre a receita estimada, sem os efeitos da redução de consumo decorrente do programa emergencial de redução do consumo de energia elétrica, e a receita auferida pela concessionária para o período de junho de 2001 a fevereiro de 2002.

O saldo apurado de perdas de receita do racionamento sofreu correção monetária pela taxa Selic (acrescida de 1% a.a. até o montante de financiamento liberado pelo BNDES). A remuneração do saldo foi efetuada em conformidade com o Oficio Circular Aneel nº 2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº 074/2006.

A receita auferida a partir de janeiro de 2002, por meio dos reajustes de tarifa mencionados anteriormente (2,9% e 7,9%), foi colocada integralmente como recuperação das perdas de receita do racionamento (ativo regulatório) e de energia livre registrado nas contas a receber.

Essa recomposição tarifária extraordinária vigorou pelo período de 76 meses, a partir de janeiro de 2002, conforme estabelecido na Resolução Normativa Aneel nº 001, de 12 de janeiro de 2004.

Em maio de 2008, a Companhia procedeu a baixa do ativo regulatório e a reversão da provisão para perdas conforme Ofício circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação dentro do prazo de estabelecido pela Resolução Normativa Aneel nº 001/2004.

energia livreO montante relacionado à energia livre refere-se à energia gerada e disponibilizada no

sistema, não prevista nos contratos iniciais apurado entre os meses de junho de 2001 a fevereiro de 2002.

Esse montante foi contabilizado com base na Resolução Aneel nº 483, de 29 de agosto de 2002, no montante de R$ 63.187, ajustado conforme a Resolução Normativa Aneel 001/2004 no montante de R$ 8.643 e majorado pelos valores recuperáveis de PIS e Cofins, no montante de R$ 2.667. O saldo de energia livre sofre correção monetária pela taxa Selic acrescida de 1% para as geradoras que obtiveram financiamento junto ao BNDES.

Para as demais geradoras incide apenas a remuneração pela taxa Selic. Esta remuneração está em conformidade com o Ofício Circular Aneel nº 2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº 074/2006. Através da Resolução Aneel nº 45, de 03 de março de 2004, o percentual aplicado sobre a arrecadação da recomposição tarifária extraordinária a título de repasse de energia livre é de 25,9489%.

Em maio de 2008 a Companhia procedeu a baixa da energia livre pela conforme Ofício circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação no prazo estabelecido pela Resolução Normativa Aneel nº 001/2004.

Os valores contabilizados como ativos e passivos de energia livre têm a seguinte composição:

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08134

2008Ativo Passivo

Valor Homologado 74.497 71.830 (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 62.779 69.143 (+) Atualização monetária em 2008 7.087 2.495 Total de atualização 69.866 71.638

(-) Recuperação/repasse até 31 de dezembro de 2007 (87.452) (76.943)(-) Recuperação/repasse de 2008 (6.429) (8.847)Total recuperado (93.881) (85.790)Baixa da Energia Livre Ofício - Aneel n.º 2409/07 (50.482) (57.678)Saldo em 31 de dezembro de 2008 - -

a2. ativo regulatório transMissoras Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007, a Companhia registrou um ativo regulatório

que se refere a valores recebidos a maior pelas transmissoras em seu processo de revisão tarifária. Tais valores foram considerados como custo na Parcela “A” das distribuidoras. O montante em 31 de dezembro de 2008 é R$ 467.

b. desPesas Pagas anteciPadaMenteParcela A – Extraordinária

A Companhia registrou como despesas antecipadas os incrementos incorridos entre janeiro e outubro de 2001, relacionados aos custos imputáveis à despesa operacional, como:•Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC;•Tarifa de uso das instalações de transmissão, integrantes da rede básica;•Energia comprada estabelecida nos contratos iniciais;•Quota de reserva global de reversão – RGR;•Taxa de fiscalização de serviço de energia elétrica;•Encargos de conexão.Com o término do prazo de 76 meses para recompor a receita das Perdas do

Racionamento e a Energia Livre das Geradoras, iniciou-se a recuperação da parcela A – extraordinária através do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%. De acordo com a Resolução Normativa Aneel nº 001/2008, não existe limitação de prazo para recuperação destes custos. A companhia recuperou todo o valor da parcela A durante o ano de 2008 e reclassificou para o passivo o excedente de recuperação para devolução aos consumidores no próximo reajuste tarifário.

2008Ativo Passivo

Valor Homologado 15.977 - (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 27.160 - (+) Atualização monetária em 2008 3.266 - Total de atualização até 31 de dezembro de 2008 30.426 - Total a recuperar parcela A 46.403 - (-) Recuperação em 2008 (48.866) - Total recuperado até 31 de dezembro de 2008 (48.866) - Valor a devolver no próximo Reajuste Tarifário 2.463 2.463 Saldo em 31 de dezembro de 2008 - 2.463

conta de variaÇÃo de custos da Parcela a-cvaEsta conta destina-se ao registro da compensação de diferenças, calculadas comparando

o valor considerado na tarifa e seu efetivo pagamento do ano em curso. Os itens, cujas variações seriam compensadas, foram:

• Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC;• Tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica; • Encargos de serviços de sistema – ESS;• Conta de desenvolvimento energético – CDE;• Programa de incentivo a fontes alternativas de energia (Proinfa);

coMPra de energiaOs saldos apurados nas CVAs, em obediência à legislação, estão acrescidos de remuneração

financeira baseada na taxa Selic.

cva – coMPra de energiaA CVA sobre os custos de aquisição de energia elétrica, ou seja, de compra de energia

foi instituída através da Portaria Interministerial n° 361, do Ministério da Fazenda, de 26 de novembro de 2004. A Resolução Normativa n° 153, de 14 de março de 2005, estabeleceu critérios e procedimentos para cálculo e repasse, às tarifas de fornecimento de energia elétrica das concessionárias de distribuição.

Por ocasião do reajuste tarifário ordinário da Companhia de abril de 2005, o Grupo Endesa apresentou à Aneel proposta de diferimento de uma parcela do preço da energia do contrato da Central Geradora Termelétrica Fortaleza – CGTF com a Coelce.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 135

Referido diferimento foi proposto visto o reflexo que o reconhecimento dos custos de compra de energia da CGTF geraria no reajuste tarifário de abril-05, e considerando que esse custo poderia ser minimizado com o efeito do crescimento do mercado previsto para os próximos anos.

A proposta apresentada teve aprovação da Aneel e em decorrência desse fato, foi firmado o Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Compra de Energia, conforme condições descritas a seguir:1. Período de diferimento de pagamento de 01/maio/05 a 30/abril/07; 2. CGTF emitirá mensalmente sua fatura com o valor ao preço de contrato (faturamento

sem diferimento de pagamento); 3. O diferimento de pagamento corresponde ao montante de energia mensal contratado

multiplicado pelo valor resultante da diferença do preço do contrato para o valor de 128,00 MWh;

4. O preço a ser reconhecido na tarifa de fornecimento da Coelce será de 123,74 R$/MWh. A diferença entre o preço pago e de repasse para a tarifa mantêm as mesmas condições atuais do contrato;

5. O valor diferido constituirá um passivo da Coelce para com a CGTF que será pago no período de maio/2007 a abril/2012, cinco anos;

6. A companhia constituiria um ativo regulatório a ser repassado aos clientes no mesmo período de recomposição do passivo;

7. O passivo não terá nenhum encargo financeiro, sendo atualizado pelo mesmo percentual de reajuste do preço de compra;

8. Os preços serão atualizados nas condições e data estabelecida no contrato.

cva ProinfaA Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, instituiu o programa de incentivo às fontes

alternativas de energia elétrica – Proinfa, com o objetivo de aumentar a participação no sistema elétrico interligado nacional, da energia elétrica produzida por empreendimentos de produtores independentes autônomos, concebidos com base em fontes eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa.

Através da Resolução Normativa Aneel nº 189, de 06 de dezembro de 2005, foi instituída a CVA Proinfa para apurar e contabilizar os valores decorrentes de variações das quotas de custeio do referido encargo, ocorridas entre reajustes tarifários anuais, a partir de 30 de novembro de 2005.

cva essO encargo de serviço de sistema, por razão de segurança energética, tem a finalidade de

subsidiar a manutenção da confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Interligado Nacional. Segue quadro com a movimentação das CVAs no exercício de 2008.

Descrição 2007 AdiçãoRemu-

neraçãoAmor-

tizaçãoReclas-

sificação 2008Ativos Parcela A 43.137 - 3.266 (48.866) 2.463 - CVA – Conta consumo de combustível

21.121 19.007 647 (6.679) (18.390) 15.706

CVA – Conta de desenvolvimento energético

152 76 10 (151) - 87

CVA – Uso da rede elétrica - 13.253 219 (3.537) (2.302) 7.633 CVA – Encargo de serviço do sistema

- 24.695 1.766 - - 26.461

CVA – Compra de Energia 134.397 42.667 540 (35.653) - 141.951 CVA – Proinfa 560 1.862 110 (1.247) - 1.285

199.367 101.560 6.558 (96.133) (18.229) 193.123 Passivos Parcela A - - - - 2.463 2.463 CVA de Uso da rede elétrica 6.537 - 55 (4.290) (2.302) - CVA – Conta consumo de combustível

22.074 530 202 (4.416) (18.390) -

CVA – Sobrecontratação - 3% excedente

- 10.948 - - - 10.948

28.611 11.478 257 (8.706) (18.229) 13.411

b1. cva – sobrecontrataÇÃo – 3% excedente da coMPra de energiaA Lei nº 10.848/04 e o Decreto nº 5.163/04 definiram as condições de contratação de

energia por parte das distribuidoras de energia elétrica nos leilões regulados e a forma de repasse desses custos às tarifas de fornecimento. Conforme referida legislação, as distribuidoras têm assegurado o direito de recuperar, mediante tarifa, as sobras de energia de até 3% em relação ao total da energia necessária ao atendimento de seu mercado.

b2. rePosicionaMento revisÃo tarifáriaNa revisão tarifária provisória, ocorrida em 22 de abril de 2007, o valor estabelecido

para quota de reintegração foi de R$ 111.446. Em outubro de 2007 a Aneel procedeu a fiscalização da base de remuneração tendo emitido o relatório de fiscalização – R.F 199/07 onde registrou o valor de R$ 97.086 de quota de reintegração. Esta redução foi decorrente

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08136

da retirada dos bens totalmente depreciados na composição do ativo imobilizado em serviço. O saldo em 31 de dezembro é de R$ 3.791 (R$ 9.333 em dezembro de 2007) .

b3. Passivo regulatório – transMissoras Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007 a Companhia registrou um passivo regulatório

que se refere ao ativo financeiro (ver nota a2) que foi contemplado na Parcela “A” da tarifa cobrada de consumidores. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de 1.167 (R$ 1.867 em dezembro de 2007).

7. CONSUMIDORES DE BAIxA RENDA

A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, estabeleceu as diretrizes para enquadramento na subclasse residencial baixa renda, da unidade consumidora com consumo mensal inferior a 80KWh, tendo o Decreto nº 4.336, de 15 de agosto de 2002, ampliado a regulamentação de enquadramento, para unidades consumidoras com consumo mensal entre 80 e 220 KWh, também segundo diretrizes da própria Lei n° 10.438/02.

O crédito a receber de consumidores residenciais baixa renda é calculado pela Companhia e submetido, mensalmente, à apreciação e homologação da Aneel, conforme determina a Resolução n° 089, de 25 de outubro de 2004. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 30.410 (R$ 26.031 em dezembro 2007).

ProvisÃo devoluÇÃo baixa rendaDe acordo com as novas diretrizes estabelecidas pelo Órgão Regulador, a Companhia

mantém provisão de R$ 22.019 para cobrir diferenças de valores homologados e recebidos em períodos anteriores em virtude de reclassificações de consumidores beneficiados com o subsídio.

8. TRIBUTOS A COMPENSAR

2008 2007

CirculanteNão

circulante CirculanteNão

circulanteImposto de renda a compensar 13.896 - 28.193 - ICMS a compensar 30.841 52.834 21.973 47.976 Contribuição social a compensar 2.415 - 3.683 - Pis/Cofins 703 - 701 - Outros tributos 966 - 874 - Total tributos a compensar 48.821 52.834 55.424 47.976

O saldo de imposto de renda a compensar refere-se a valores de imposto de renda retido na fonte – IRRF sobre aplicações financeiras, a retenções de órgãos públicos (Lei n° 9.430/96) e o saldo do imposto de renda antecipado relativo ao ano calendário de 2006, 2007 e 2008.

A partir de janeiro de 2001, a Companhia passou a contabilizar em tributos e contribuições sociais compensáveis os créditos de ICMS vinculados ao ativo permanente, os quais estão sendo compensados mensalmente à razão de 1/48 avos.

Além disso, consta desta conta valores relativos à aquisição de ICMS por meio de transferência de créditos de empresas exportadoras bem como créditos de ICMS das compras de energia e importação.

O saldo de contribuição social a compensar refere-se ao valor do saldo da CSLL antecipado relativo ao ano calendário de 2006 e 2007, além de valores retidos por órgãos públicos, conforme Lei n° 9.430/96.

9. DEPÓSITOS VINCULADOS

2008 2007

Bancos CirculanteNão

circulante CirculanteNão

circulanteBradesco - 11.218 - 1.116 Unibanco - 177 - 10.905 Itaú - 756 - 696 Banco do Brasil 18.777 2.250 16.967 2.250 Outros bancos - 20 - 20 Total depósitos vinculados 18.777 14.421 16.967 14.987

Estes depósitos correspondem a aplicações de valores vinculados aos contratos de aquisição de energia elétrica. Os depósitos do Banco do Brasil referem-se às retenções contratuais de fornecedores de serviços e garantia de contrato de financiamento.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 137

10. TRIBUTOS DIFERIDOS

ativo diferidoA Companhia possui registrado em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 créditos fiscais

diferidos sobre diferenças temporárias, cuja composição está demonstrada a seguir:

PIS/CofinsImposto de

RendaContribuição

Social Total2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007

Diferenças temporáriasProvisão para contingências

- - 13.414 13.411 4.829 4.828 18.243 18.239

Provisão para créditos de liquidação duvidosa

- - 24.236 53.357 8.725 19.209 32.961 72.566

Provisão para obsolescência de estoque

- - 1.010 896 364 323 1.374 1.219

Despesa diferida PIS/Cofins

- - 3.124 4.243 1.381 1.527 4.505 5.770

Provisão baixa renda 3.676 3.864 8.155 10.073 2.935 3.626 14.766 17.563 Outros - - 2.490 824 736 297 3.226 1.121 Total tributos diferidos 3.676 3.864 52.429 82.804 18.970 29.810 75.075 116.478

Circulante 51.975 95.687 Não circulante 23.100 20.791

Atendendo às normas da Instrução CVM nº 371, de 25 de junho de 2002, a Companhia, com base nas projeções de resultados futuros, demonstra as parcelas de realização do ativo fiscal diferido em 31 de dezembro de 2008 para o período de cinco anos como segue:

Anos de realização Montante a realizar2009 51.9752010 8.0852011 8.0852012 4.6202013 2.310

75.075

Passivo diferidoA composição do imposto de renda, da contribuição social, do PIS e Cofins diferidos

passivos, em 31 de dezembro de 2008, por natureza, está demonstrada como segue:

PIS/CofinsImposto de

RendaContribuição

Social Total2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007

Correção monetária especial (CME) e complementar (CMC) - - 1.507 1.739 2.521 2.811 4.028 4.550 Perda de receita – Racionamento - - - 30.138 - 10.850 - 40.988 Reposicionamento revisão tarifária

13.131 12.431 - - - - 13.131 12.431

CVA Compra de energia - - 35.341 37.201 12.735 13.392 48.076 50.593 Provisão baixa renda - - - 596 - 215 - 811 Total passivo diferido 13.131 12.431 36.848 69.674 15.256 27.268 65.235 109.373

Circulante 26.632 69.402 Não Circulante 38.603 39.971

Em consonância com a Instrução CVM 371/02 e a Deliberação CVM nº 273/98, a Companhia tem registrado o imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos calculados sobre o saldo a ser depreciado da correção monetária especial.

11. DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE

2008 2007

CirculanteNão

circulanteCirculante

(Reclassificado)Não circulante

(Reclassificado)Ativos regulatórios (nota 6b-ativos) 85.927 107.196 112.044 87.323 Seguros e outros 1.912 1.424 1.486 1.425 Total de despesas pagas antecipadamente

87.839 108.620 113.530 88.748

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08138

12. OUTROS CRÉDITOS 2008 2007 reclassificado

Alienação de bens e direitos 1.888 1.494 Convênios de arrecadação 4.132 10.794 Desativações em curso 5.486 3.884 Correção energia livre - 5.276 Serviços a terceiros 14.590 2.884 Clientes sem pagamento 1.220 1.229 Outros 2.500 626

29.816 26.187 Circulante 29.536 25.907 Não circulante 280 280

13. IMOBILIZADO2008 2007

Taxas anuais

de deprec. Custo

Deprec. e amort.

acumuladaValor

Líquido

Valor Líquido reclas.

Em serviço: • Distribuição 5,00% Custo histórico 2.874.010 (906.731) 1.967.279 1.577.782 Correção monetária especial 122.183 (116.642) 5.541 6.525

2.996.193 (1.023.373) 1.972.820 1.584.307 • Comercialização 8,00% Custo histórico 21.097 (3.270) 17.827 14.792 Correção monetária especial 508 (508) - -

21.605 (3.778) 17.827 14.792 • Administração 11,00% Custo histórico 18.807 (12.209) 6.598 7.729 Correção monetária especial 5.285 (4.989) 296 316

24.092 (17.198) 6.894 8.045

Atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica

Custo histórico – Ágio 5,66% 520.413 (389.146) 131.267 146.233

Total imobilizado em serviço 3.562.303 (1.433.495) 2.128.808 1.753.377 Em Curso: Distribuição 266.997 - 266.997 301.488 Comercialização 2.176 - 2.176 4.957 Administração 5.526 - 5.526 10.002 Total imobilizado em curso 274.699 - 274.699 316.447

Obrigações especiais vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica 5,00% (715.680) 34.852 (680.828) (542.469)Total do imobilizado 3.121.322 (1.398.643) 1.722.679 1.527.355

As principais taxas anuais de depreciação por macroatividade, de acordo com a resolução Aneel nº240 de 05 de dezembro de 2006, são as seguintes:

DistribuiçãoTaxas anuais de depreciação (%)

Banco de capacitores - tensão < 69KV 6,7%Chave - tensão < 69KV 6,7%Condutor – tensão < 69KV 5,0%Disjuntor 3,0%Estrutura (poste,torre) – tensão < 69KV 5,0%Luminária 7,7%Regulador de tensão – tensão < 69KV 4,8%Sistema de radiocomunicação 7,1%Transformador de distribuição 5,0%Transformador de força 2,5%ComercializaçãoEquipamento geral 10,0%Medidor 4,0%Administração centralEquipamento geral 10,0%Veículos 20,0%

O ativo imobilizado em curso refere-se, substancialmente, a obras de expansão do sistema de distribuição de energia elétrica e das instalações referentes às áreas comercial e administrativa.

Os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária, sem prévia e expressa autorização do órgão regulador, Aneel.

A Resolução Aneel nº 20/99 regulamenta a desvinculação de bens das concessões do serviço público de energia elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando, ainda, que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação na concessão. O montante total de bens associados à concessão é de R$ 1.966.212. Extinta a concessão, os bens vinculados ao serviço serão revertidos a União, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e determinação do montante da indenização devido à concessionária pelo valor residual contábil.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 139

PrograMa de universalizaÇÃoEm 26 de abril de 2002, foi sancionada a Lei Federal nº 10.438 que dispõe sobre a

universalização do serviço público de distribuição de energia elétrica e estabelece que seu atendimento seja regulamentado por Resoluções editadas pela Aneel.

Em 29 de abril de 2003, foi editada a Resolução Aneel nº 223 estabelecendo as condições gerais para elaboração dos planos de universalização de energia elétrica, visando ao atendimento de novas unidades consumidoras ou aumento de carga, sem ônus para os interessados. Pela Resolução, a Companhia tinha o ano de 2013 como limite para que a Companhia atendesse todas as solicitações de pedidos de ligação com extensão de rede, sendo elaborado um cronograma anual por município. Em dezembro de 2005, com a Resolução Aneel nº 175, foi antecipada a universalização do serviço de energia para o ano de 2008, tanto da área rural como urbana.

PrograMa luz Para todosNo dia 11 de novembro de 2003, foi publicado o Decreto Federal nº 4.873 que institui

o programa nacional de universalização do acesso e uso da energia elétrica denominado “Programa luz para todos”.

No dia 25 de abril de 2008, foii publicado o Decreto Federal nº 6.442, alterando o Decreto Federal nº 4.873, prorrogando o prazo do Programa Luz Para Todos até 2010, onde o Ministério de Minas definirá as metas e os prazos de encerramento do programa, em cada Estado ou por área de concessão.

O Programa é coordenado pelo Ministério das Minas e Energia e operacionalizado com a participação da Eletrobrás e das concessionárias de energia. Para realização do programa, a Companhia conta com recursos do Governo Federal (75%), Governo Estadual (10%) e próprios (15%).

Participação das fontes de recursos 2008 2007Concessionária 171.143 102.849Empréstimo Eletrobrás – RGR * 8.832 7.717Subvenção do Governo Federal – CDE * 44.011 38.583

223.986 149.149

* Recursos efetivamente recebidos no respectivo exercício. Em 2008, a Companhia prestará contas de parte dos investimentos realizados em 2007 para recebimento do empréstimo e subvenção.

O valor de R$ 181.547 em 31 dezembro de 2008 (R$ 76.234 em dezembro de 2007) registrado no ativo circulante como crédito luz para todos refere-se a investimentos realizados pela Companhia, os quais ainda não foram repassados pelo Governo Federal. Os recursos permitiram conectar 23.410 clientes em 2008, com expansão de 4.236,09 km da rede de média-tensão e 1.473,48 km de baixa-tensão.

Em virtude do Decreto Federal 6.442, a Companhia apresentou ao Ministério de Minas e Energia proposta para conclusão do Programa Luz para Todos através da realização de 26.000 novas ligações em 2009 e mais 26.000 ligações em 2010.

Os investimentos futuros previstos totalizam R$ 335.226, com o atendimento de 49.766 unidades consumidoras.

ágio de incorPoraÇÃo da controladoraO ágio oriundo da operação de incorporação de sua controladora Distriluz Energia

Elétrica S.A., aprovada em Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 1999 está fundamentado nos resultados futuros durante o prazo de concessão e vem sendo amortizado no prazo compreendido entre a data da incorporação até 31 de dezembro de 2027, em proporções mensais a sua rentabilidade projetada, conforme determinação da Resolução nº 269, de 15 de setembro de 1999, da Aneel, conforme demonstrado abaixo:

AnoFator de

amortização AnoFator de

amortização AnoFator de

amortização2008 0,05673 2016 0,02792 2024 0,01374 2009 0,05192 2017 0,02555 2025 0,01257 2010 0,04752 2018 0,02338 2026 0,01151 2011 0,04349 2019 0,02140 2027 0,01053 2012 0,03980 2020 0,019582013 0,03642 2021 0,017922014 0,03333 2022 0,016402015 0,03051 2023 0,01501

Tal amortização poderá ser revisada anualmente, a critério da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, em função dos resultados realizados comparativamente aos dados projetados. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 131.267. Em abril de 2005, foi constituída uma provisão sobre o ágio a amortizar em contra-partida da reserva de ágio (reserva de capital) no montante que não se constitui benefício fiscal para a Companhia, conforme determina a Instrução CVM nº 349/2001.

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08140

ágio – Ativo imobilizado em serviço 2008 2007Ágio da incorporação 775.960 775.960 Amortização acumulada (389.146) (345.126)Provisão sobre o ágio (429.365) (429.365)Reversão da provisão sobre o ágio 173.818 144.764 Saldo do ágio – Ativo imobilizado 131.267 146.233 Reserva de capital 2008 2007Ágio da incorporação 775.960 775.960(-) Desdobramento e resgate de ações (125.407) (125.407)Provisão sobre o ágio (429.365) (429.365)Saldo reserva de capital 221.188 221.188

obrigaÇões esPeciais vinculadas à concessÃo do serviÇo Público de energia elétrica

Obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica representam os valores da União, dos Estados, dos Municípios e dos consumidores, bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do doador e as subvenções destinadas a investimentos na atividade de distribuição. O prazo de vencimento dessas obrigações é aquele estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final da concessão.

A partir de 1º de janeiro de 1996, essas obrigações não estão sendo mais atualizadas pelos efeitos da inflação.

2008 …Contribuições de Consumidores (256.192) (246.613)Participação da União (15.950) (15.950)Doações e Subvenções (358.070) (283.896)Universalização (84.608) (9.014)Outras (663) (664)(-) Depreciação 34.655 13.668 Total de obrigações especiais (680.828) (542.469)

As contribuições de consumidores se referem aos recursos recebidos para possibilitar a execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica.

A participação da União se refere às verbas federais recebidas para execução de empreendimentos vinculados ao serviço público de energia elétrica.

As doações e subvenções se referem às obras construídas por terceiros e doadas para a Companhia, com vistas à expansão do serviço público de energia elétrica.

De acordo com o Ofício Circular nº 296, de fevereiro de 2007, as concessionárias e permissionárias do serviço público de energia elétrica deverão proceder à anulação dos efeitos da reintegração no resultado contábil, a partir do exercício de 2007, decorrentes de bens constituídos ao longo dos anos com recursos das obrigações especiais registrados nas contas de programa de eficiência energética, pesquisa e desenvolvimento e universalização do serviço público de energia elétrica.

Após a revisão tarifária do 2º ciclo, a companhia iniciou a depreciação dos bens constituídos com os recursos das obrigações especiais, independentemente da sua data de formação, de acordo com o estabelecido no Despacho nº 3.073/2006.

14. INTANGÍVEL O intangível é composto por software do sistema corporativo e está distribuído da seguinte forma:

2008 2007

CustoAmortização

acumuladaValor

LíquidoValor

LíquidoEm serviço: • Distribuição Custo histórico 29,512 (23,914) 5,598 8,025 Correção monetária especial 87 (48) 39 39

29,599 (23,962) 5,637 8,064 • Comercialização Custo histórico 10,410 (9,634) 776 207 Correção monetária especial - - - -

10,410 (9,634) 776 207 • Administração Custo histórico 17,102 (15,103) 1,999 2,820 Correção monetária especial - - - -

17,102 (15,102) 1,999 2,820

Atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica Custo histórico – outros ativos 7,001 (7,001) - -

7,001 (7,001) - - Total intangível em serviço 64,112 (55,699) 8,412 11,091 Em curso: Distribuição 2,271 - 2,271 2,303 Comercialização 2,323 - 2,323 521 Administração 988 - 988 756 Total intangível em curso 5,582 - 5,582 3,580 Total do intangível 69,694 (55,699) 13,994 14,671

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 141

15. INVESTIMENTO REMUNERÁVEL ( NÃO AUDITADO)

O investimento remunerável, também denominado de base de remuneração, constituído pelo Ativo Imobilizado em Serviço – AIS e Almoxarifado de operação, deduzido do saldo das Obrigações Vinculadas ao Serviço Público de Energia Elétrica (Obrigação Especial), sobre o qual foi calculada a remuneração, bem como o AIS que gerou a cota de depreciação, que fazem parte da Parcela “B” da Receita Requerida – RR da Concessionária, homologada pela Resolução Homologatória Aneel nº 640, de 18/04/2008, se atualizados pelo IGPM nos Reajustes Tarifários Anuais já ocorridos, estariam assim formados:

Componentes do investimento remunerávelRevisão abril de

2007Reajuste abril

de2008a) Ativo Imobilizado em Serviço Bruto 2.972.811 3.243.337 b) (-) Depreciação Acumulada (1.182.949) (1.290.597)c) (-) Obrigação Vinculada ao SPEE (440.084) (480.131)

d) Ativo imobilizado em serviço líquido 1.349.778 1.472.609 e) (+) Almoxarifado 473 516

f) Investimento remunerável (base de remuneração) 1.350.251 1.473.125 g) Bens 100% depreciados - 9,10%h) Variação do IGPM (RH Aneel/Reajuste Tarifário nº 640/2008i) Cota de Depreciação – Taxa Média Anual : 4,46%

16. FORNECEDORES

A composição do saldo em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 é como segue:2008 2007

CirculanteCirculante

reclassificadoSuprimento de energia Passivos regulatórios (nota 6a – passivos) - 64.030 Cia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf 13.879 11.266 Furnas Centrais Elétricas S.A. 16.198 14.934 Companhia Energética de São Paulo – Cesp 5.689 4.911 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte 5.196 4.646 Copel Geração S.A – Copel 3.797 3.446 CEMIG – Geração e Transmissão S.A. 3.186 2.751 Duke Energy Inter. Ger. Paranapanema 1.411 1.375 Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE 1.229 1.160 Outros fornecedores 15.420 7.866 Materiais e serviços 91.577 125.368 Total de fornecedores 157.582 241.753

17. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

2008 2007

CirculanteNão

circulante CirculanteNão

circulanteICMS 28.752 - 36.161 - Contribuições sociais 4.779 - 5.458 - PIS 1.905 640 1.380 640 Cofins 9.604 7.758 9.697 7.758 Outros tributos e contribuições 3.316 23 2.276 44

Total de tributos e contribuições sociais 48.356 8.421 54.972 8.442

Os saldos de PIS e Cofins se devem, principalmente, ao fato de ter sido proferida decisão administrativa desfavorável à Companhia em relação ao pedido de compensação de valores de multas pagas espontaneamente com valores de PIS, Cofins e IRPJ no ano de 1999. A partir desta decisão desfavorável, a Companhia optou por parcelar o valor devido, R$ 15.416, em 60 vezes, pagas mensalmente e atualizadas pela taxa Selic.

18. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

As principais informações a respeito dos empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira e nacional são:a. BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2003/2004 da Companhia,

contratado em 08 de abril de 2004 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com repasse de recursos do BNDES. Sobre 15% do valor contratado (subcrédito A) incidiam juros proporcionais de 5,5% ao ano, mais UMBND (cesta de moedas), com vencimentos mensais iniciados juntamente com o período de amortização em 16 de maio de 2005. Para minimizar a exposição à variação cambial desta parcela, foi realizada operação de swap com cobertura parcial do valor contratado, da variação de US$ mais 5,5% ao ano para 103,8% do CDI. Sobre 85% do financiamento (subcréditos B e C), providos com recursos ordinários do BNDES, incidiam juros compostos de 5,5% ao ano mais TJLP, também com vencimentos mensais iniciados em 16 de maio de 2005. A amortização do empréstimo foi realizada mensalmente, tendo iniciado em 16 de maio de 2005 e a última amortização em 15 de outubro de 2008. As garantias constituídas para a operação incluíam recebíveis tarifários e conta-reserva.

b. BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2007/2009 da Companhia, contratado em 28/04/2008 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com repasse de recursos do BNDES, com taxa de juros de 3,70% ao ano, mais TJLP, exigíveis

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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trimestralmente no período de carência de 15/05/2008 à 15/12/2009 e mensalmente a partir de 15/01/2010. A primeira amortização será em 15/01/2010 e a última prevista para 15/12/2014. As garantias constituídas para a operação incluem recebíveis tarifários e conta-reserva. O saldo em 31 de dezembro era de R$ 141.846.

c. Banco Europeu de Investimentos – BEI – Financiamento para o plano de investimentos 2001/2002 da Companhia, contratado em 28 de maio de 2002 conforme Acordo de Cooperação Decreto-Lei nº 1609/95, com vencimento em 15 de junho de 2012 e encargos com base na variação cambial (dólares norte-americanos) mais 5,49% ao ano. A operação tem como garantia fianças bancárias do Banco Bilbao Vizcava Argentaria (BBVA) e Banco Santander Central Hispano. A operação possui swap para 98,80% do CDI. O pagamento de juros e amortização anual foi iniciado em 15 de junho de 2007 e a última amortização está prevista para 15 de junho de 2012. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 80.226.

d. Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008 com captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 24.199, com variação cambial em iene mais taxa de juros de 2,466% a.a, a operação teve um swap para 105% do CDI, com pagamento de juros e amortização realizados em 28 de julho de 2008.

e. Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008 com captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 2.800, com variação cambial em iene mais taxa de juros de 4,207% a.a, a operação teve um swap para 105% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 28 de julho de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 25 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.

f. Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 04 de setembro de 2007 junto ao Unibanco no valor de R$ 79.000, com variação cambial em dólares norte-americanos mais taxa de juros de 2% aa. A operação teve um swap para 109,50% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 29 de agosto de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.

g. Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 20 de fevereiro de 2008 junto ao Unibanco no valor de R$ 37.000, com variação cambial em dólares norte-americanos mais taxa de juros de 2% a.a. A operação teve um swap para 115,50% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 29 de dezembro de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.

h. Eletrobrás – Financiamento de projetos: Empréstimo para financiamento de projetos de expansão do sistema de transmissão com recursos FINEL, contratado em 30 de dezembro de 1998. Os juros são de 8,5% ao ano com taxa de administração de 2% ao ano. A última amortização está prevista para 30 de junho de 2009. Em 31 de dezembro de 2008 era R$ 120.

i. Eletrobrás – Luz no Campo – Empréstimo contratado em 03 de março de 2000, para cobertura financeira dos custos diretos do programa de eletrificação rural – Luz no campo, do Ministério das Minas e Energia, com recursos oriundos da RGR. A primeira amortização foi realizada em 30 de maio de 2002, e a última amortização está prevista para 30 de abril de 2012. Os juros são de 5% ao ano, juntamente com a taxa de administração de 1% ao ano e o principal são exigíveis mensalmente. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 19.774.

j. Eletrobrás – Luz para todos (1ª Tranche)– Empréstimo contratado em 04 de abril de 2004 para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – Luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR. A primeira amortização foi em 30 de outubro de 2006 e o último pagamento está previsto para 30 de setembro de 2016. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de outubro de 2008, o saldo devedor era de R$ 8.455.

k. Eletrobrás – Luz para todos (2ª Tranche) – Empréstimo contratado em 13 de janeiro de 2006, para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – Luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A primeira amortização iniciou em 30 de abril de 2008 e o último pagamento está previsto para 30 de março de 2018. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 12.195.

l. Eletrobrás – Luz para todos (3ª Tranche) - Empréstimo contratado em 09 de maio de 2007 para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A primeira amortização será em 30 de outubro de 2009 e o último pagamento está previsto para 30 de setembro de 2019. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 143

amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 13.400.

m. Eletrobrás – Linha de subtransmissão – Empréstimo contratado em 07 de julho de 2006 para cobertura financeira dos custos para projetos de construção de linhas de transmissão, subestações e reforço de capacidade de subestações, com recursos originários da RGR. Até 30 de junho de 2008, a Companhia recebeu R$ 15.386 provenientes da RGR (empréstimo). A primeira amortização ocorreu em 30 de setembro de 2008 e o último pagamento está previsto para 30 de agosto de 2013. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 2% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 15.279.

n. União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – Eletrobrás – Cessão de crédito, que fez a Eletrobrás à União Federal, em 30 de março de 1994, com vencimentos mensais consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para 01 de março de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação do IGPM mais 10,028% ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 39.338.

o. União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – CEF – Cessão de crédito, que fez a Caixa Econômica Federal à União Federal em 30 de setembro de1994, com vencimentos mensais consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para 01 de março de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação da TR mais 10,028% ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 1.232.

p. Banco do Brasil – Fat Fomentar – A Coelce contratou em 23 de janeiro de 2007, operação de crédito comercial com objetivo de financiar investimentos no valor de R$ 15.000, com taxa de TJLP mais 4,5% ao ano, com prazo de três anos para carência e quatro anos de amortizações mensais e sucessivas. A primeira amortização será em 18 de março de 2010 e o último pagamento está previsto para 18 de fevereiro de 2014. A operação está garantida por fiança bancária. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 16.918.

q. Banco do Nordeste - Proinfra I – A Companhia celebrou contrato, em 29 de dezembro de 2004, com o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas, no valor total de R$ 140.389, sendo R$ 70.195 financiadas com recursos do FNE/PROINFRA e R$ 70.194 com recursos próprios da Companhia. A operação tem um período de duração de oito anos com 36 meses de carência. A taxa de contratação inicial de 14% a.a.(com redução de encargos por adimplência nos pagamentos), foi

reduzida para 11,5% em 01 de janeiro de 2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de janeiro de 2008. A amortização será realizada em 60 parcelas mensais, com pagamentos de juros trimestrais durante a carência e mensais a partir da primeira amortização em 29 de janeiro de 2008, e a última em 29 de dezembro de 2012. O financiamento é garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do Nordeste. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 56.181.

r. Banco do Nordeste – Proinfra II – O contrato foi celebrado em 25 de setembro de 2006, com o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas, no valor total de R$ 216.695, sendo R$ 130.000 financiadas com recursos do FNE/Proinfra e R$ 86.695 com recursos próprios da Companhia. A operação tem duração de 8 (oito) anos com 35 meses de carência. A taxa de contratação inicial de 14%a.a (com redução com redução de encargos por adimplência nos pagamentos), foi reduzida para 11,5% a partir de 01 de janeiro de 2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de janeiro de 2008. A amortização será realizada em 60 parcelas mensais com pagamentos de juros trimestrais durante a carência e mensais a partir da primeira amortização em 25 de outubro de 2009, e a última em 25 de setembro de 2014. O financiamento é garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do Nordeste. No ano de 2008 foi liberada a última parcela de R$ 29.348. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 130.137.

s. Unibanco – Resolução nº 2770 – O contrato foi celebrado em 24 de agosto de 2007 com o Unibanco para captação de recursos no exterior, para empréstimo de capital de giro da Companhia, no valor de R$ 10.101. A operação foi contratada à taxa fixa de 12,7476%aa e teve um swap de taxa de juros para 109% do CDI, com prazo de pagamento de um ano, sendo sua liquidação prevista para 01 de agosto de 2008, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.

t. Emissão de Notas Promissórias – Em 23 de julho de 2008, a Companhia realizou a 8ª emissão de notas promissórias para distribuição pública. Foram emitidas 20 notas promissórias comerciais, em série única, no valor total de R$ 245.000, com remuneração de CDI+ 0,95% a.a, pelo prazo de 360 dias. A emissão não prevê outorga de garantias e possui condições de resgate antecipado facultativo ao emissor, com pagamento de acordo com a remuneração prevista nos termos iniciais da emissão. O processo de emissão foi coordenado pelos Bancos Santander S.A e Banco Safra de Investimento S.A. Com os recursos captados nesta emissão, a Companhia realizou pagamento antecipado das seguintes operações de curto prazo:

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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Operação Res 2770 Taxa InícioData da

LiquidaçãoValor da

liquidaçãoUnibanco 109% CDI 23/ago/07 23/jul/08 11.218Unibanco 109,5% CDI 04/set/07 23/jul/08 87.490Unibanco 115,5% CDI 20/fev/08 23/jul/08 37.289Banco do Brasil 105% CDI 28/jan/08 25/jul/08 2.961Banco do Brasil 105% CDI 28/jan/08 28/jul/08 25.602

164.560

2008 2007 Principal Principal

Moeda estrangeira: Encargos Circulante Não Circulante Encargos Circulante Não Circulante União Federal – DMLP (agente financeiro Banco do Brasil) 110 785 8.860 115 669 7.311 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES FINEM - Subcrédito A (a)

- - - 19 4.089 -

Banco Europeu de Investimentos (c) 2.326 19.475 58.425 2.195 14.761 59.043 Banco do Brasil Resolução 2770 (d,e) - - - 205 22.454 - Unibanco USD x DI (f,g) - - - 469 71.588 - Total moeda estrangeira 2.436 20.260 67.285 3.003 113.561 66.354 Moeda nacional: Eletrobrás (h,i,j,k,l,m) 12 12.045 57.166 273 8.891 55.919

União Federal – Lei 8.727 (Agente financeiro Banco do Brasil) (n,o) 319 7.667 32.584 327 6.632 34.821 Banco do Brasil (Nota de crédito comercial) - - - 26 - 15.847 Banco do Brasil (BB Fat Fomentar) (p) 28 - 16.890 - - - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES FINEM – Subcrédito B e C (a)

- - - 119 28.089 -

Banco do Nordeste – Proinfa (q,r) 161 18.618 167.539 121 14.039 156.809 Unibanco Pré x DI (s) - - - 422 10.101 - BNDES Finem 2007 (Sindicalizado) (a,b) 1.662 - 140.184 Nota Promissória – Safra (t) 7.670 122.500 - - - - - Nota Promissória – Santander (t) 7.670 122.500 - - - - - Conta Garantida Santander 16 26.500 - - - - - Total moeda nacional 17.538 309.830 414.363 1.288 67.752 263.396 Custos de transação - (1.424) (1.569) - (1.615) (1.933) Total moeda nacional líquido dos custos de transação 17.538 308.406 412.794 1.288 66.137 261.463

Total sem efeito do Swap 19.974 328.666 480.079 4.291 179.698 327.817

Resultado das operações de swap - 3.564 9.866 - 25.243 24.774 19.974 332.230 489.945 4.291 204.941 352.591

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 145

Do total de empréstimos e financiamentos, R$ 119.548 estão garantidos por vínculos com a receita de energia elétrica (arrecadação).

Nas operações de empréstimo junto ao Banco Europeu de Investimentos – BEI e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, contratados em 2002 e 2008, a Companhia comprometeu-se a cumprir as seguintes obrigações, durante a vigência dos contratos, as quais foram adequadamente atendidas em 31 de dezembro de 2008:

Obrigações Especiais Financeiras Banco ÍndiceDívida (com swap e fornecedores) / Ativo total (máximo) BEI 0,7EBITDA / Encargos da dívida (mínimo) BEI 3,0Endividamento financeiro líquido / LAJIDA (máximo) BNDES / FINEM 3,5Endividamento financeiro líquido / (Endividamento financeiro líquido + Patrimônio líquido) (máximo)

BNDES / FINEM 0,6

O principal dos empréstimos e financiamentos a longo prazo, exclusive os efeitos da operação de swap tem sua curva de amortização distribuída da seguinte forma:

Curva de amortização2010 108.865 2011 111.137 2012 107.001 2013 79.844 Após 2013 73.232

480.079

Composição original dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador (exclusivo de efeitos das operações de swap contratados):

Moeda (equivalente em R$) / Indexador 2008 % 2007 % Moeda estrangeira Dólares norte-americano 89.981 100,00 156.151 85,37 Ienes - - 22.659 12,39 Cesta de moedas - - 4.108 2,25 Moeda nacional IGP-M 39.338 5,30 40.395 12,15 Finel 120 0,02 479 0,14 TJLP 158.764 21,40 44.081 13,26 CDI/Selic 286.856 38,67 - - RGR 69.103 9,32 64.605 19,43 TR 1.232 0,17 1.384 0,42 R$ 186.318 25,12 181.492 54,59

741.731 100,00 332.436 100,00 Total 831.712 515.354

A Companhia mantém contrato de swap para o empréstimo em moeda estrangeira do BEI, trocando a remuneração desse contrato para taxa pós-fixadas de 98,80% do CDI. Quanto aos contratos DMLP – dívida de médio e longo prazo – com a União Federal, tendo o Banco do Brasil S.A. como agente financeiro, não está vinculado a contratos de swap, mantendo-se, porém, dentro do limite de exposição cambial especificado na política de riscos financeiros da Companhia representando apenas 1,15% da dívida total na posição de 31 de dezembro de 2008. Variação de moedas/indexadores:

Moeda / Indexador 2008 2007 Dólar norte-americano 31,94% -17,15% Cesta de moedas 33,86% -16,79% IGP-M 9,81% 7,75% Finel 1,90% 1,51% TJLP 6,25% 6,37% CDI/Selic 12,37% 11,81% RGR 0,00% 0,00% TR 1,63% 1,45%

Mutação de empréstimos e financiamentos:Moeda Nacional Moeda Estrangeira

Circulante Não circulante Circulante Não circulanteEm dezembro de 2006 70.392 270.909 32.484 115.216 Ingressos 37.100 97.627 106.000 - Encargos 1.288 – 3.003 – Variação Monetária e Cambial - 8.706 - (19.876) Transferências 113.846 (113.846) 8.402 (8.402) Swap 3.956 - 14.083 4.190 Amortizações (149.630) - (22.165) -

Em dezembro de 2007 69.040 263.396 141.807 91.128 Ingressos 272.548 182.023 64.049 - Encargos 24.384 – 4.411 – Variação Monetária e Cambial 994 4.185 5.413 26.520 Transferências 52.158 (52.158) 25.192 (25.192) Swap (24.380) 16.917 (9.778) (15.305) Amortizações (67.376) - (204.834) -

Em dezembro de 2008 327.368 414.363 26.260 77.151

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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19. TAxAS REGULAMENTARES

2008 2007Conta consumo de combustível 7.540 4.242 Reserva global de reversão 3.733 1.561 Conta de desenvolvimento energético 2.966 1.517 Taxa de fiscalização 322 378 Encargos emergenciais 2.525 2.596 Total taxas regulamentares 17.086 10.294

20. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

Na opinião de sua administração, a Companhia não efetua transações com partes relacionadas em bases ou termos menos favoráveis do que aqueles que seriam praticados com terceiros.

A Companhia mantém contrato de compra de energia junto à Central Geradora Térmica de Fortaleza. O total dos gastos no exercício com este contrato montou, até 31 de dezembro de 2008, R$ 414.955 (R$ 425.317 em 2007).

As operações com a Synapsis Brasil S.A referem-se, basicamente, à prestação de serviços de informática e manutenção dos sistemas da Companhia. O total de gastos incorridos em 2008 montou R$ 24.274 (R$ 21.304 em 2007), sendo R$ 18.949 (R$ 17.543 em 2007) como despesa operacional no resultado da Companhia e R$ 5.325 (R$ 3.761 em 2007) capitalizados como investimento.

Os saldos com a CAM Brasil Multiserviços Ltda. advém, basicamente, de contratação desta para fiscalização de obras com aplicação direta no investimento da Companhia. A CAM também prestou serviços de fiscalização de cortes e aparelhos queimados, sendo estes classificados como despesa. O total de custos incorridos no ano de 2008 é de R$ 15.991 (R$ 15.607 em 2007), sendo R$ 14.807 (R$ 15.079 em 2007) como investimento e R$ 1.184 (R$ 528 em 2007) como despesa operacional.

A Synapsis Brasil SA, a CAM Brasil Multiserviços Ltda., e a Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF são subsidiárias dos acionistas controladores.

2008 2007

Passivo circulantePassivo não

circulante Despesa Investimento Passivo circulantePassivo não

circulante Despesa InvestimentoCentral Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF 92.646 104.227 414.955 - 96.958 104.546 425.317 - Synapsis Brasil S.A. 4.397 - 18.949 5.325 2.088 - 17.543 3.761 CAM Brasil Multiserviços Ltda. 5.970 - 1.184 14.807 2.769 - 528 15.079 Fundação Coelce de Seguridade Social – Faelce 779 - 6.926 2.234 850 - 7.412 1.450

103.792 104.227 442.014 22.366 102.665 104.546 450.800 20.290

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 147

21. PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Conforme Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica estão obrigadas a destinar, anualmente, 1% (um por cento) de sua receita operacional líquida para os programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência energética (PEE) distribuído de acordo com os percentuais determinados pela Aneel. Durante o exercício de 2008 foi investido R$ 10.359 (R$ 14.768 em 2007) nos referidos programas.

As resoluções Aneel nº 316, de 13 de maio de 2008 e n° 300 de 12 de fevereiro de 2008 aprova os Manuais do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética, versão 2008, que estabelecem as diretrizes e orientações na elaboração dos projetos de P&D e PEE. As principais mudanças provenientes dos novos manuais são: a possibilidade de submissão de projetos a qualquer época do ano, tornando o processo contínuo; a ênfase na avaliação final dos projetos, aumentando assim a responsabilidade da concessionária na aplicação do investimento; a adoção de um plano de investimento e um plano de gestão dos programas, tendo recursos destinados para tal; além da abertura do programa de P&D para as demais etapas do ciclo de inovação (cabeça-de-série, lote pioneiro e inserção no mercado).

A Companhia contabiliza as despesas referentes aos Programas de Eficiência Energética

e Pesquisa e Desenvolvimento conforme seu período de competência, permanecendo os valores provisionados e corrigidos pela Selic até a efetiva realização.

2008 2007

CirculanteNão

circulante Circulante

Não circulante reclassif.

Programa eficiência energética 12.730 3.123 8.715 13.318 Programa de pesquisa e desenvolvimento 2.867 11.639 3.147 6.628 Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT 4.737 - 4.498 -

Ministério de Minas e Energia – MME 1.995 - 1.875 -

22.329 14.762 18.235 19.946

22. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

A Administração entende que todas as provisões constituídas são suficientes para cobrir eventuais perdas com os processos em andamento. Com base na opinião de seus consultores legais, foram provisionados todos os processos judiciais cuja probabilidade de perda foi estimada como provável para a Companhia.

Segue quadro demonstrativo das contingências e depósitos judiciais em 31 de dezembro de 2008 e 2007:

2008 2007

Provisão paracontingência Provisão para contingência

No exercício Acumulada

Depósitos judiciais

relacionados a contingências

Provisão para

contingências líquidas No exercício Acumulada

Depósitos judiciais

relacionados a

contingências

(Reclassificado)

Provisão para

contingências

líquidas

trabalhistas (a)

Danos morais 739 739 ( 24) 715 ( 59) – – –Diferenças salariais (904) – – – 53 904 (13) 891

Empresas terceirizadas 1.066 3.043 (790) 2.253 473 1.977 (977) 1.000

Horas extras (17) 57 ( 17) 40 13 74 (10) 64

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

coelce08148

2008 2007

Provisão paracontingência Provisão para contingência

No exercício Acumulada

Depósitos judiciais

relacionados a contingências

Provisão para

contingências líquidas No exercício Acumulada

Depósitos judiciais

relacionados a

contingências

(Reclassificado)

Provisão para

contingências

líquidas

Periculosidade 113 2 .032 (23) 2.009 97 1.919 (11) 1.908

Verbas rescisórias 112 204 (35) 169 24 92 (38) 54

Reintegração 2 35 ( 22) 13 ( 330) 33 (17) 16

Ex funcionários - verbas 577 6 .295 (2.936) 3.359 (257) 5.718 (1.385) 4.333

Outros (25) 1 .187 (632) 555 (1.005) 1.212 (18) 1.194

1 .663 1 3.592 ( 4.479) 9.113 ( 991) 11.929 (2.469) 9.460

cíveis (b e d)

Consumidores (1.704) 3 1.079 (3.229) 27.850 6.805 32.783 (1.198) 31.585

Outros 8 .518 8 .518 – 8.518 – – – –6 .814 3 9.597 ( 3.229) 36.368 6.805 32.783 (1.198) 31.585

fiscais ( c )

Funrural e INCRA 806 1 2.486 – 12.486 942 11.680 – 11.680

Impostos compensados – –com medida judicial (9.900) – – – (9.000) 9.900 – 9.900

SEBRAE e FGTS – – – (2.896) – – –Outros (1.468) 7 .466 (1.446) 6.020 – 8.934 (1.446) 7.488

(10.562) 1 9.952 ( 1.446) 18.506 ( 10.954) 30.514 (1.446) 29.068

(2.085) 7 3.141 ( 9.154) 63.987 ( 5.140) 75.226 (5.113) 70.113

a) Contingências trabalhistasReferem-se a diversas ações trabalhistas que questionam, entre outros: danos morais, reintegração ao trabalho, pagamento de horas extras, adicionais de periculosidade, verbas rescisórias e diferenças salariais. Além disso, existem ações relativas a empregados de empresas terceirizadas que questionam o vínculo empregatício com a Companhia bem como equiparação em direitos aos empregados desta.

b) Contingências cíveisA situação jurídica da Companhia engloba processos de natureza cível, nos quais a Companhia é ré, sendo grande parte associada a pleitos de danos morais e materiais.

c) Contingências fiscaisA Companhia possui processo administrativo pendente de julgamento, protocolado junto à Receita Federal, em que solicita a compensação dos valores recolhidos a maior a

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 149

título de PASEP, em face da inconstitucionalidade dos Decretos nºs 2.445/88 e 2.448/88, declarada pelo Supremo Tribunal Federal e ratificada por meio de resolução do Senado Federal. Sustentada na opinião dos consultores legais, a Companhia decidiu compensar os valores envolvidos com os impostos e contribuições vincendos (PIS, Cofins, IRPJ e CSLL). Conservadoramente, a Companhia manteve provisionado o valor dos referidos tributos e contribuições compensadas, no montante de R$ 9.075. Em junho de 2007, apoiada em carta conforto de seus assessores legais, a Companhia procedeu à reversão de R$ 9.000, referente à atualização monetária que vinha sendo reconhecida em relação a este processo. O saldo referente a este processo foi baixado em agosto de 2008. Os valores relativos ao FGTS e Sebrae foram baixados em virtude do julgamento improcedente das causas sendo os valores depositados convertidos em renda da União.

d) TarifaçoA Companhia é ré em ações judiciais em que são questionados os valores pagos por consumidor, provenientes da majoração de tarifas de energia elétrica, com base nas Portarias do DNAEE nºs 38 e 45, de 27 de janeiro e 4 de março de 1986, respectivamente, durante a vigência do Plano Cruzado. A provisão para perdas nessas ações está contemplada no saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Adicionalmente, existem processos de natureza cível, trabalhista e fiscal em andamento

em um montante de R$ 136.532, cuja probabilidade de perda foi estimada como possível e nenhuma provisão foi consignada nas demonstrações financeiras.

Causas PossíveisTrabalhistas 4.081 Cíveis 31.633 Fiscais 94.348 Juizados especiais 6.470

136.532

e) Contingências fiscais – processos com expectativa de perda possívele.1) ICMS – Termo de acordo 035/91A Companhia celebrou Termo de Acordo nº 035/91 com a Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará, onde formalizou a existência de regime especial de recolhimento de ICMS, o qual seria efetuado pelo valor arrecadado (receitas recebidas), em periodicidade decendial. Referido acordo vigorou até 31 de março de 1998, sendo revogado pelo Ato Declaratório nº 02/98.

Não obstante, a Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou 4 autos de infração relativos aos exercícios de 1995, 1996, 1997 e 1998 (período em que o mencionado termo de acordo era vigente) para cobrar débitos de ICMS não recolhidos, no valor atualizado de R$ 9.200. A Companhia aguarda decisão de recurso apresentado (Embargos de Declaração) ao Conselho de Recursos Tributários, contra decisão que julgou os Autos de Infração parcialmente procedentes, determinando o recolhimento do ICMS devido pelos valores nominais, excluídos a penalidade e os juros de mora. e.2) ICMS – Base cadastral de consumidores isentos e imunesA Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração em 29 de dezembro de 2004, no valor atualizado de R$ 9.025, no intuito de exigir créditos de ICMS oriundos de erro na base cadastral de consumidores isentos e imunes (classes comercial, industrial, iluminação pública e serviços públicos) referentes ao período de abril a agosto de 1999. A Companhia impugnou o auto e aguarda decisão de primeira instância administrativa.Adicionalmente, foi lavrado um auto de infração em 29 de dezembro de 2005 com o mesmo objeto do auto acima, no valor atualizado de R$ 4.249, referente ao ano de 2000. A Companhia aguarda decisão de segunda instância administrativa.e.3) ICMS – Diferencial de alíquotaA Companhia recebeu 3 autos de infração para a cobrança de diferencial de alíquota de ICMS sobre as aquisições interestaduais destinadas ao ativo permanente, relativas aos exercícios de 2001, 2002, e 2003 nos valores atualizados de R$ 28.934, R$ 11.941 e de R$ 3.262, respectivamente. A Coelce impugnou os autos e aguarda decisão de primeira instância administrativa.e.4) ICMS – Crédito oriundo da aquisição de bens destinados ao ativo permanenteA Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração para cobrar débitos de ICMS relativos aos anos de 2003 e 2004, no valor atualizado de R$ 2.751, por apropriação a maior de créditos de ICMS oriundos da aquisição de bens destinados ao ativo permanente. A Coelce impugnou o auto, mas foi proferida decisão de primeira instância julgando o auto procedente em 05 de novembro de 2008. A Companhia recorreu e aguarda decisão de segunda instância administrativa. e.5) ICMS – Transferência de CréditosEm 1º de agosto de 2005, a Fazenda Estadual ajuizou Execução fiscal para cobrar débitos de ICMS relativos às operações de transferência de créditos ocorridas durante o exercício de 1999 e 2000, no montante de R$ 1.577. Em 09 de março de 2007 foi proferida

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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sentença favorável à Coelce. A Fazenda Estadual apresentou recurso (Apelação), que está pendente de julgamento.

Em 06 de maio de 2005, a Companhia ajuizou ação anulatória de débitos de ICMS relativos à operação de transferência de créditos ocorrida durante o exercício de 2001, que perfazem o montante de R$ 1.538. A Coelce aguarda decisão de primeira instância judicial.e.6) ISSA Companhia ajuizou em 08 de agosto de 2007 ação anulatória de débitos de ISS cobrados pela prestação de serviços acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia, no valor de R$ 3.332. A companhia aguarda decisão de primeira instância judicial.

Não obstante a Companhia tenha ajuizado ação anulatória, em 10 de outubro de 2007 o Município de Fortaleza ajuizou duas Execuções Fiscais para a cobrança dos mencionados débitos, nas quais a Coelce apresentou defesa e aguarda decisão de primeira instância judicial.

Adicionalmente, o Município de Fortaleza ajuizou 3 Execuções Fiscais, que perfazem o montante de R$ 15.782 para cobrar débitos de ISS cobrados pela prestação de serviços acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia. A Companhia aguarda decisão de segunda instancia judicial nos três processos.e.7) Multa MoratóriaEm 25 de abril de 2003, a Companhia impetrou Mandado de Segurança objetivando a exclusão da multa de mora imposta em decorrência da denúncia espontânea de débitos em atraso. Em 24 de agosto de 2005 foi proferida sentença que julgou o pedido procedente em parte, para que a Receita Federal se abstenha de efetuar o lançamento dos valores supostamente devidos a título de multa moratória até o limite de seus créditos comprovados nestes autos. Com base na decisão, a Coelce efetuou a compensação de créditos no montante de R$ 2.757. A Coelce aguarda o julgamento de recurso (Embargos de Declaração) contra decisão de segunda instância desfavorável à Companhia.

23. OUTRAS OBRIGAÇÕES

2008 2007Passivos regulatórios (nota 6b - passivos) 18.369 39.811 Arrecadação de terceiros 718 2.912 Adiantamento de clientes 1.294 1.159 Empréstimos compulsórios 423 462 Outros 1.766 4.332 Total de outras obrigações 22.570 48.676 Circulante 21.189 44.729 Não circulante 1.381 3.947

24. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008 foi deliberado aumento de capital social no valor de R$ 9.889, mediante capitalização de parte da Reserva de Capital- Subvenções para Investimento e aprovada a conversão de 58 ações preferenciais classe B em ações preferências classe A, nos termos do § 2º do artigo 5º do Estatuto Social.

O capital social está composto de ações sem valor nominal, assim distribuídas:

2008 (Em unidades) 2007 (Em unidades)Ações Ordinárias 48.067.937 48.067.937 Ações Preferenciais A 28.131.352 28.123.352 Ações Preferenciais B 1.656.010 1.664.010

77.855.299 77.855.299

Ações ordinárias (em unidade)

Ações preferenciais (em unidade)

Total (em unidades)

TOTAL (I) Classe A Classe B TOTAL (II) (I) + (II)Investluz S.A 44.061.433 91,67% - 0,00% - 0,00% - 0,00% 44.061.433 56,60%Eletrobrás - 0,00% 3.967.756 14,10% 1.531.141 92,46% 5.498.897 18,46% 5.498.897 7,06%Endesa Brasil S.A - 0,00% 1.770.000 6,29% - 0,00% 1.770.000 5,94% 1.770.000 2,27%Fundos e Clubes de Investimentos 552.120 1,15% 10.530.834 37,44% 24 0,00% 10.530.858 35,35% 11.082.978 14,24%Fundos de pensão 919.403 1,91% 2.998.522 10,66% - 0,00% 2.998.522 10,07% 3.917.925 5,03%Outros 2.534.981 5,27% 8.864.240 31,51% 124.845 7,54% 8.989.085 30,18% 11.524.066 14,80%Total de ações 48.067.937 100% 28.131.352 100% 1.656.010 100% 29.787.362 100% 77.855.299 100%

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 151

As ações preferenciais não têm direito a voto, nem são conversíveis em ações ordinárias. Entretanto, gozam de prioridade no reembolso do capital, tendo o direito a dividendos mínimos não cumulativos de 6% ao ano para as ações de classe “A” e 10% para as ações de classe “B”, calculados sobre o valor proporcional do capital social atribuído à respectiva classe, corrigido ao término de cada exercício social.

As ações preferenciais de classe “B” poderão ser convertidas em ações preferenciais de classe “A”, a requerimento do interessado.

A Companhia está autorizada a aumentar seu capital até o limite de 300.000.000 de ações sem valor nominal, sendo 100.000.000 de ações ordinárias e 193.352.996 mil de ações preferenciais Classe “A” e 6.647.004 mil de ações preferenciais Classe “B”.

dividendos Os dividendos mínimos obrigatórios são calculados conforme a Lei das Sociedades por

Ações, observando-se os percentuais definidos no estatuto social para as ações preferenciais (Nota 23). A partir de 2007, a Companhia deixou de constituir reserva legal por atender ao disposto no art. 193 § 1º da Lei 6.404/76 onde a soma da sua reserva de capital mais a reserva legal excedeu de 30% do capital social.

A remuneração dos acionistas é demonstrada como segue:

2008 2007Lucro líquido do exercício 338.523 244.751 (-) Reserva de Incentivo Fiscal (66.633) - (-) Ajustes de exercícios anteriores (8.761) -

lucro líquido ajustado 263.129 244.751

Os dividendos mínimos são como segue:25% sobre o lucro líquido ajustado

Dividendos mínimos sobre capital social

Dividendos mínimos obrigatórios

2008 2007 2008 2007 2008 2007

Ações ordinárias 40.614 37.777 - - 40.614 37.777 Ações preferenciais classe A 23.769 22.103 9.603 9.386 23.769 22.103 Ações preferenciais classe B 1.399 1.308 942 926 1.399 1.308

Total 65.782 61.188 10.545 10.312 65.782 61.188

A Administração da Companhia irá propor a seguinte distribuição dos resultados na próxima Assembléia Geral de Acionistas:

2008 2007

Dividendos propostos do exercício 263.129 244.751

A referida proposta de distribuição dos dividendos por ação é demonstrada como segue:

2008 2007Ações Ordinárias 162.456 151.110 Ações Preferenciais Classe A 95.076 88.410 Ações Preferenciais Classe B 5.597 5.231 Total de dividendos propostos 263.129 244.751

25. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO

A conciliação entre a alíquota efetiva e a nominal de imposto de renda e contribuição social é como segue:

2008 2007Lucro antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido 404.192 357.130 (-) Participação dos lucros (7.078) (5.958)

397.114 351.172 Alíquota nominal 34% 34%

135.019 119.398 Reversão da provisão sobre o ágio da incorporação (9.878) (10.045)Outros 83 (2.932)Despesas com IR e CSLL antes do benefício fiscal 125.224 106.421 (-)Incentivo fiscal – Adene (66.633) - Despesas com IR e CSLL após o benefício fiscal 58.591 106.421

A Companhia obteve incentivo de redução do imposto de renda por estar situada na área de atuação da Adene (Agência de Desenvolvimento do Nordeste). O reconhecimento do beneficio fiscal foi aprovado pela Adene em agosto de 2007 conforme laudo constitutivo nº. 0170/2007.

O incentivo consiste na redução do imposto de renda devido em 75% do imposto de renda apurado a partir da receita líquida .

O valor do imposto de renda que deixou de ser pago em virtude dos benefícios de redução foi contabilizado de acordo com a Lei nº 11.638/07 e Deliberação CVM nº 555 que aprovou o CPC nº 07 em que determina a contabilização no resultado do exercício

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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e posteriormente a transferência para reserva especial de lucro não distribuível, no qual somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou aumento de capital.

Em virtude do acima exposto, a Companhia deixou de recolher, no ano de 2008, o montante de R$ 66.633 (R$ 60.097 em 2007).

26. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO (gri ec3)

A Companhia é patrocinadora de fundo de pensão, administrado pela Fundação Coelce de Seguridade Social – Faelce, entidade fechada de previdência privada complementar, sem fins lucrativos. A Fundação administra dois planos de benefícios, sendo um na modalidade de benefício definido (Plano BD), que tem por finalidade principal complementar os benefícios a que têm direito auferir, como segurados de previdência social, os empregados da Companhia, e um na modalidade de contribuição definida (Plano CD), que tem por objetivo conceder um benefício em função da reserva acumulada em nome do participante.

O cálculo matemático relativo aos benefícios de complementação de aposentadorias e pensões do Plano BD adota o regime financeiro de capitalização.

Para o Plano BD a Companhia contribui mensalmente com a taxa de 4,45% da folha de remuneração de todos os seus empregados e dirigentes participantes, para cobertura do custo normal e com taxa de 2,84% sobre o quociente (não inferior à unidade) entre o número de empregados e dirigentes participantes da Faelce, existentes em 31 de julho de 1997, e o número de empregados participantes existentes no mês de competência da contribuição suplementar amortizante, estando prevista a vigência dessa contribuição suplementar durante 22 anos e 6 meses, a contar de julho de 1997. Além desse percentual, a patrocinadora é responsável pelo pagamento das despesas administrativas do programa previdencial da referida entidade.

Para o Plano CD a Companhia contribui mensalmente com o mesmo valor que o participante efetua. O valor da contribuição varia em função da remuneração, tendo seu cálculo definido com base nas alíquotas 2,5%, 4,0% e 9,0%, aplicadas “em cascata”.

Em 30 de junho de 1999 foi firmado contrato de dívida consolidando todos os débitos provenientes de retenções e atrasos nos repasses de obrigações e encargos financeiros pela Companhia. Em 30 de junho de 2007 foi assinado um terceiro aditivo, conforme Resolução CGPC Nº 17/96 do Ministério da Previdência e Assistência Social, sob as seguintes condições:

• Prazo para pagamento total: 14 parcelas semestrais e sucessivas, iniciando em 31 de

dezembro de 2007 e terminando em 30 de junho de 2014.

• Pagamento dos juros: mensais e sucessivos, corrigidos pelo INPC.

• Amortização do principal: semestral calculado sobre o saldo devedor de cada mês,

depois da aplicação da correção monetária pelo INPC.

Em 31 de dezembro de 2008, o saldo a pagar a Faelce referente a esse contrato de dívida é de R$ 59.042 (R$ 63.917 em 2007), sendo R$ 11.023 (R$ 13.987 em 2007) classificado no ativo circulante e R$ 48.019 (R$ 49.930 em 2007) no ativo não circulante.

A composição da obrigação atuarial, em 31 de dezembro de 2008, é como segue:

Conciliação dos (ativos) passivos:

Valor presente das obrigações atuariais 460.358Valor justo dos ativos (468.558)

(ativo) Passivo atuarial (8.200)

A companhia não registrou o ativo líquido de pensão devido ao seu plano junto a Faelce não prever redução efetiva das contribuições e não ser reembolsável por sua parte.

Movimentação da obrigação atuarial líquido em 2008:

Valor presente da obrigação atuarial total (549.211)Custo dos serviços correntes (5.719)Custo dos juros (49.278)Ganho atuarial 115.553 Benefícios pagos em 2008 36.105

valor presente da obrigação atuarial total (452.550)

Movimentação do valor justo dos ativos dos planos:

Valor justo dos ativos do plano (2007) 499.241 Contribuições pagas em 2008 22.445 Rendimento real dos ativos (25.223)Benefícios pagos em 2008 (36.105)

valor justo dos ativos do plano (final) 460.358

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 153

Despesa prevista para 2009:

Custo do Serviço Corrente 3.873 Custo dos Juros 51.484 Retorno dos Investimentos (46.258) Contribuição esperada dos empregados (2.338) Total de despesas previstas 6.761

As principais premissas adotadas pelo atuário independente para a avaliação são:

Principais premissas atuariais 2008 2007Taxa de desconto para avaliação do custo de serviço corrente e da obrigação atuarial total

11,80% inflação anual+desconto 7,5%a.a

9,20% inflação anual+desconto 5%a.a

Taxa de rendimento esperada sobre ativos do plano

10,24% inflação anual + juro real 6%a.a

10,24% inflação anual + juro real 6%a.a

Taxa do crescimento salarial 5,84% (empregados participantes)

4% (participantes não empregados)

5,18% (empregados participantes)

4% (participantes não empregados)

Taxa de inflação esperada 4% 4%Reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada

4% 4%

Fator de capacidade do benefício/salário 98% 98%Taxa de rotatividade Nula NulaTábua geral de mortalidade (qx) AT-83 AT-83Tábua de entrada em invalidez (ix) LIGHT-MÉDIA LIGHT-MÉDIATábua de mortalidade de inválidos( ) qx da AT-49 qx da AT-49Tábua de mortalidade de ativos método de Hamza método de Hamza

27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E RISCOS OPERACIONAIS (ATENDIMENTO à DELIBERAÇÃO CVM Nº 566 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008)

consideraÇões geraisA Companhia possui políticas e estratégias operacionais e financeiras visando manter a

liquidez, segurança e rentabilidade de seus ativos. Para tanto, mantém sistemas de controle e acompanhamento gerenciais das transações financeiras e seus respectivos valores, com a finalidade de monitorar os riscos e taxas praticadas pelo mercado.

A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivados com a premissa exclusiva de proteção aos riscos financeiros de variação cambial de suas captações realizadas em moeda

estrangeira, sem nenhum caráter especulativo. Desta forma, a Companhia possui operações de hedge cambial com o objetivo de minimizar sua exposição, nas operações expostas à variação cambial. Essas operações de hedge são swaps de moeda e taxas de juros.

fatores de riscoA linha de negócio da Companhia está concentrada na distribuição de energia elétrica

em toda a área de concessão do Estado do Ceará. Em sintonia com a gestão financeira e melhores práticas para minimização de riscos financeiros, bem como observar os aspectos regulatórios, identifica os seguintes fatores de riscos que podem afetar seus negócios:

a) Risco de taxa de câmbioEsse risco decorre da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de

flutuações nas taxas de câmbio, que aumentem as despesas financeiras e os saldos de passivo de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira captados no mercado. A Companhia, visando assegurar que oscilações significativas nas cotações das moedas a que está sujeito seu passivo em moeda estrangeira não afetem seu resultado e fluxo de caixa, possui em 31 de dezembro de 2008, uma operação de hedge cambial, com fim único de proteção da dívida. Os ajustes a débito e a crédito dessas operações estão registrados na demonstração do resultado. No exercício findo em 31 de dezembro de 2008 a Companhia apurou um resultado negativo não realizado na operação de hedge cambial no montante de R$ 13.430 (nota 18).

Vide abaixo análise de sensibilidade do risco taxa de câmbio, demonstrando os efeitos da variação do dólar sobre a parcela da dívida swapada no resultado da variação nos cenários.

Quadro I – Risco: Alta do USD – Projeção para os próximos 6 meses R$Operação Risco Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto

USD USD +25% USD + 50%2,4529 2,921 3,5055

Dívida BEI USD (83.103) (103.870) (124.655)Swap ponta Ativa – ABN Amro USD 83.103 103.870 124.655

b) Risco de encargos de dívidaEste risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de

flutuações nas taxas de juros ou outros indexadores de dívida, que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado. A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer swap contra este risco. Porém, a Companhia monitora as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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de contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. Minimizando esse risco, a Companhia busca aumentar à participação de empréstimos com taxas pré-fixadas (BNB e Eletrobrás) e atrelados a outros índices menos voláteis às oscilações do mercado financeiro, como a TJLP (BNDES). Abaixo análise de sensibilidade do risco nas variações do CDI na parcela da dívida após o swap, que demonstra os efeitos no resultado.

Quadro II – Risco: Alta do CDI – Projeção para os próximos 6 meses R$Operação Risco Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto

CDI CDI + 25% CDI + 50%13,07 15,46 18,56

Swap ponta passiva – ABN Amro CDI (98.928) (99.548) (100.337)

Conforme demonstrado, a variação do dólar sobre a parcela da dívida coberta pelo swap é compensada pela variação oposta sofrida por sua ponta ativa. Essa parcela da dívida troca de indexação, passando a sofrer a variação do CDI, em reais, e a correr riscos de aumento de encargos, porém reduzindo sua exposição cambial.

Essas análises de sensibilidade têm por objetivo ilustrar a sensibilidade a mudanças em variáveis de mercado nos instrumentos financeiros da Companhia. As análises de sensibilidade acima demonstradas são estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos em relação a eventos futuros. A Administração da Companhia revisa regularmente essas estimativas e premissas utilizadas nos cálculos. Não obstante, a liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados devido à subjetividade inerente ao processo utilizado na preparação dessas análises.c) Risco de Crédito

Esse risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Esse risco é avaliado como baixo, considerando a pulverização do número de clientes. Adicionalmente, a Companhia tem o direito de interromper o fornecimento de energia caso o cliente deixe de realizar o pagamento de suas faturas, dentro de parâmetros e prazos definidos pela legislação e regulamentação específicas. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida em montante julgado suficiente, pela Administração da Companhia, para cobrir possíveis riscos de realização das contas a receber.d) Risco de Escassez de Energia

Corresponde ao risco de escassez na oferta de energia elétrica por parte das usinas hidroelétricas por eventuais atrasos do período chuvoso, associado ao crescimento de demanda acima do planejado, podendo ocasionar perdas para a Companhia em função

do aumento de custos ou redução de receitas com a adoção de um novo programa de racionamento, como o verificado em 2001. No entanto, considerando os níveis atuais dos reservatórios e as simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema Elétrico – ONS não prevê para os próximos anos um novo programa de racionamento.e) Risco de vencimento antecipado

A Companhia possui contratos de empréstimos e financiamentos com cláusulas restritivas que, em geral, requerem a manutenção de índices econômico-financeiros em determinados níveis (“covenants” financeiros). O descumprimento dessas restrições pode implicar em vencimento antecipado da dívida (vide nota explicativa no 18). Essas restrições são monitoradas adequadamente e não limitam a capacidade de condução normal das operações.

valorizaÇÃo dos instruMentos financeirosEm 31 de dezembro de 2008, os principais instrumentos financeiros ativos e passivos,

incluindo-se as operações de derivados, estão assim avaliados:• Disponibilidades: os valores demonstrados nos balanços patrimoniais se aproximam dos

valores de mercado;• Ativos e Passivos Regulatórios: os valores estão registrados conforme critérios definidos

por regras ou orientações da Aneel;• Empréstimos e financiamentos: registrados conforme condições contratuais (nota 16).• Instrumentos financeiros derivativos – a operação com derivativo tem por objetivo a

proteção contra variações cambiais nas captações realizadas em moeda estrangeira e não possui nenhum caráter especulativo. Dessa forma, é considerado como instrumento de hedge e está contabilizado pelo valor de mercado. O valor justo é calculado projetando os fluxos futuros das operações (ativo e passivo) utilizando as curvas da BM&F e trazendo esses fluxos a valor presente com a taxa DI futura da BM&F. Os valores da curva e de mercado do instrumento derivativo (swap) de 31 de dezembro

de 2008 são como segue:

Derivativo Valor da curvaValor de mercado

(contábil) Diferença Swap ABN AMRO 12.290 13.430 1.140

A estimativa do valor de mercado das operações de swaps foi elaborada baseando-se no modelo de fluxos futuros a valor presente, descontados a taxas de mercado apresentadas pela BM&F na data de fechamento do ano.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 155

A Companhia possui instrumentos derivativos com objetivo exclusivo de proteção econômica e financeira contra a variação cambial utilizando, em 31 de dezembro de 2008, apenas swap dólar para CDI, não possuindo derivativos exóticos ou outras modalidades.

As operações de hedge são contratadas apenas como proteção do endividamento em moeda

estrangeira, de forma que os ganhos e perdas dessas operações decorrentes da variação cambial sejam compensados pelos ganhos e perdas equivalentes das dívidas em moeda estrangeira.

Em 31 de dezembro de 2008 e 2007, a Companhia detinha operações de swap, conforme demonstrado a seguir:

Valores de ReferênciaMoeda Estrangeira Moeda Local Valor Justo Efeito Acumulado 2008 Efeito Acumulado 2007

Data dos Contratos

Data de Vencimento Posição 2008 2007 2008 2007 2008 2007

Valor a receber/recebido

Valor a pagar/pago

Valor a receber/recebido

Valor a pagar/pago

USD 30,471 USD 40,027 R$ 69,612 R$ 91,442 -R$ 13,430 -R$ 32,543Dólar + 5,49% a.a. R$ 79,946 R$ 76,987

16/06/06 15/06/12 98,8% do CDI R$ 93,376 R$ 109,530-R$ 13,430 -R$ 32,543

USD 746 R$ 2,278 -R$ 2,219Dólar + 5,5% a.a. R$ 1,573

29/07/04 15/10/08 103,8% do CDI R$ 3,792-R$ 2,219

JPY 1,444,082 R$ 27,000 -R$ 5,419JPY + 2,466% a.a R$ 22,659

20/08/07 15/02/08 103,7% do CDI R$ 28,078-R$ 5,419

R$ 10,101 R$ 10,101 R$ 17

R$ + 12,7476% a.a R$ 10,523

24/08/07 01/08/08 109% do CDI R$ 10,506R$ 17

USD 40,415 R$ 79,000 -R$ 9,854Dólar + 2% a.a. R$ 72,057

04/09/07 29/08/08 109,5% do CDI R$ 81,911-R$ 9,854

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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28. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAA composição do fornecimento de energia elétrica, por classe de consumidores, é como segue:

Nº de consumidores MWh R$ Não auditado Não auditado

2008 2007 2008 2007 2008 2007Fornecimento faturado Residencial Normal 574.460 651.596 1.301.003 1.253.449 647.131 630.204 Residencial Baixa Renda 1.558.032 1.385.387 1.249.971 1.158.663 253.072 235.783 Industrial 5.943 6.015 1.291.747 1.168.320 388.578 353.914 Comércio, serviços e outros 151.276 146.680 1.433.357 1.339.405 600.805 566.455 Rural 303.994 267.709 711.869 660.514 133.370 123.282 Poder público 28.400 27.084 393.434 371.717 159.132 151.200 Iluminação pública 5.697 3.977 367.722 345.548 94.302 89.662 Serviços públicos 1.634 1.547 236.458 244.700 67.286 68.026

2.629.436 2.489.995 6.985.561 6.542.316 2.343.676 2.218.526 (+) Estorno provisão refaturamento Prefeituras - - - - 6.000 - Total do Faturamento - - - - 2.349.676 2.218.526Fornecimento não faturado - - - - 9.100 (2.071)Consumidores, concessionários e permissionários 2.358.776 2.216.455Baixa renda - - - - 174.066 173.359 Reposicionamento Revisão Tarifária - - - - 5.542 (22.464)Reposicionamento Tarifário-Transmissoras - - - - 700 (1.867)Recuperação Perda de Receita 2001 - - - - (18.339) (55.685)Recuperação Energia Livre – Geradoras - - - - (6.429) (19.492)Recuperação parcela A - - - - (48.866) - Suprimento - - - - 13.245 11.749 Receita encargos de uso da rede elétrica - - - - 55.331 45.695 Baixa Energia Livre - - - - 57.475 - Outras receitas - - - - 105.036 100.099 Receita Operacional Bruta 2.696.537 2.447.849 (-) Deduções da Receita ICMS - - - - (528.563) (501.577) Cofins - - - - (111.412) (96.012)

PIS - - - - (24.518) (21.421)

RGR – Quota para Reserva Global de Reversão - - - - (29.917) (23.156) CCC – Conta de Consumo de Combustível - - - - (55.251) (58.160) Outros impostos e contribuições sobre a Receita - - - - (31.832) (28.644)Total de deduções de receita (781.493) (728.970)Total receita operacional líquida 2.629.436 2.489.995 6.985.561 6.542.316 1.915.044 1.718.879

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 157

29. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

2008 2007 (Reclassificado) Inspeção de instalações e serviços vários 5.056 3.780 Renda na prestação de serviços 82.967 63.582 Arrendamento e aluguéis 10.928 9.989 Serviço taxado 4.427 5.218 Reversão déficit atuarial - 16.289 Outros 1.658 1.241 Total de outras receitas operacionais 105.036 100.099

30. COMPRA E VENDA DE ENERGIA NA CCEE

Nos exercícios de 2008 e 2007 a Companhia efetuou a comercialização de energia de curto prazo no âmbito da Câmara de Compensação de Energia Elétrica – CCEE, conforme a seguir demonstrado:

2008 2007

CompraMWh

Não auditadoR$

MWhNão auditado

R$

Compra de energia 18.400 (5.076) 24.245 (2.346)Ajustes 1.012 168 - -

19.412 (4.908) 24.245 (2.346)2008 2007

vendaMWh

não auditadoR$

MWhnão auditado

R$

Venda de energia 215.112 26.679 170.876 11.749CVA Sobrecontratação - (10.948) - - Ajustes (12.133) (2.486) -

202.979 13.245 170.876 11.749

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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31. RESULTADO DO SERVIÇOAs despesas operacionais têm a seguinte composição por natureza de gasto:

Descrição Custo do Serviço

Serviços prestados a

terceirosDespesa de

VendasDepesas Gerais e

Administrativas Outras 20082007

(Reclassificado)Receita operacional líquida 1.915.044 1.718.879

Pessoal (70.386) - - (18.233) - (88.619) (93.176)Material (16.097) (3.091) - (9.990) - (29.178) (27.814)Serviços de terceiros (138.105) (3.321) (25.856) (15.044) - (182.326) (164.100)Energia elétrica comprada para revenda (882.853) - - - - (882.853) (815.939)Energia elétrica comprada para revenda – Ativo transmissoras 3.793 - - - - 3.793 (5.057)Encargos do uso do sistema de transmissão (65.870) - - - - (65.870) (57.087)Encargos do uso do sistema de transmissão – Ativo transmissoras (5.193) - - - - (5.193) 6.924 Encargo serviço de sistema – ESS (33.318) - - - - (33.318)Provisão CVA-ESS 24.695 - - - - 24.695 Depreciação e amortização (99.350) - - (2.207) (15) (101.572) (95.860)Amortização/reversão ágio da incorporação - - - - (14.967) (14.967) (15.220)Provisão saldo a cobrar reajuste tarifário 2005 - - - - - - - Provisões para créditos de liquidação duvidosa - - - - (9.040) (9.040) (14.333)Provisão/Reversão perda de receita – racionamento - - 106.873 - (4.311) 102.562 (45.045)Taxa de fiscalização da Aneel - - - - (4.042) (4.042) (4.407)Baixa ativo regulatório - - (106.881) - (106.881) - Baixa energia livre - - (50.482) - (50.482) - Provisão para contingências - - - - 6.509 6.509 (6.136)Outras despesas operacionais (6.137) - (2) (8.897) (10.118) (25.154) (16.663)

(1.288.821) (6.412) (76.348) (54.371) (35.984) (1.461.936) (1.353.913)Resultado do serviço 453.108 364.966 Resultado financeiro (48.916) (7.836)Resultado operacional 404.192 357.130

Despesa de pessoal 2008 2007 Remunerações (74.870) (71.882) Encargos sociais (24.331) (23.058) Benefícios (30.041) (26.460) Outros 372 568 (-) Transferências para imobilizado em curso

40.251 27.656

Total de despesa de pessoal (88.619) (93.176)

Outras despesas operacionais 20082007

(Reclassificado)Aluguéis (5.971) (4.799)Publicidade e propaganda (5.262) (2.114)Indenizações a terceiros (1.442) (1.320)Doações, contribuições e subvenções (1.367) (1.221)Seguros (987) (836)Tributos (477) (311)Estagiários (1.003) (955)Publicações legais e assinaturas (598) (465)Custos judiciais (290) (254)Perda na alienação de bens (2.212) - Prejuizo na desativação de bens (1.928) (1.311)Material de segurança (2.651) (1.967)Despesas gerais (966) (1.110)Total de despesas operacionais (25.154) (16.663)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 159

Quantidade MWH R$Não auditado

Energia elétrica comprada para revenda 2008 2007 2008 2007Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF 2.690.000 2.690.000 (414.955) (425.317)Centrais Elétricas S.A. – Furnas 1.610.406 1.591.470 (120.173) (116.454)Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf 1.238.004 1.136.151 (89.565) (75.070)Companhia Energética de São Paulo- CESP 602.602 562.172 (46.191) (40.991)Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte 487.530 323.922 (37.314) (33.649)Copel Geração S.A – Copel 418.644 390.065 (29.785) (27.146)Cemig - Geração e Transmissão S.A. 289.922 266.506 (23.392) (20.336)Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) 19.412 24.245 (4.908) (2.346)Programa de Inc. as Fontes Alternativas – Proinfa 121.017 75.676 (18.238) (14.538)CVA Compra de Energia do Período - - 11.231 22.279 CVA – Proinfa - - 1.862 1.469 Amortização CVA - - (35.653) (44.885)Energia comprada – Transmissoras - - - (5.057)Amortização Energia Comprada – Transmissoras - - 3.793 - Contratos por disponibilidade 78.859 - (26.837) - Outros 625.248 470.071 (48.935) (38.955) Total energia comprada para revenda 8.181.644 7.530.278 (879.060) (820.996)

32. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

A Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos resultados, nos moldes da Lei nº 10.101/00 e artigo nº 189 da Lei nº 6.404/76, baseado em acordo de metas operacionais e financeiras previamente estabelecidas com os mesmos. O montante dessa participação para o exercício de 2008 foi de R$ 7.078 (R$ 5.958 em 2007).

33. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES

Os honorários dos administradores foram fixados pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008, no montante global anual de até R$ 6.000 (R$ 5.600 em 2007). Desse total, R$ 3.051 (R$ 2.645 em 2007) foram apropriados em despesas gerais e administrativas durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008

34. SEGUROS

Os principais ativos em serviço da Companhia estão segurados por uma apólice internacional do Grupo Endesa, no montante global de U$ 283.716, correspondendo a R$ 663.044(*), com uma cobertura por eventos de danos materiais combinado a perda de benefícios no montante

de U$ 30.000, correspondendo a R$ 70.110(*). A Companhia também mantém um seguro de responsabilidade civil que faz parte do programa de seguros corporativos do grupo Endesa no valor de U$ 150.000 por sinistro ou agregado anual, correspondendo a R$ 350.550(*). Ambos programas, tem validade no período compreendido de 30 de junho de 2008 a 30 de junho de 2009.

Na tabela abaixo se registra o prêmio total de R$ 1.951, sendo R$ 876 de riscos operacionais e R$ 1.075 de responsabilidade civil. A especificação por modalidade de risco e data de vigência está demonstrada a seguir:

Risco Vigência 2008Danos materiais 30.06.2008 a 30.06.2009 70.110 Responsabilidade Civil 30.06.2008 a 30.06.2009 350.550

* Os valores em reais foram convertidos pela ptax de 2,3370 de 31 dezembro de 2008

35. QUESTÕES AMBIENTAIS

A Coelce, a cada ano, reafirma seu compromisso de levar desenvolvimento socioeconômico ao Estado do Ceará causando o mínimo impacto ao meio ambiente. Para isso cumpre rigorosamente a legislação e as normas ambientais, investe em pesquisa, novas tecnologias, educação ambiental, bem como desenvolve projetos ambientais que beneficiam a sociedade em geral. Para a Coelce, somente com a participação consciente de todos será possível garantir um futuro adequado às próximas gerações. Em 2008, dentre as ações ambientais que merecem destaque, tem-se:

a) Uso de Rede Compacta/ Linha VerdeCom o objetivo de minimizar a necessidade de podas em redes de média-tensão, a Coelce

investe em cabos aéreos protegidos (chamados spacer), que requerem menor supressão vegetal. Nas redes de baixa-tensão, desde 2002, a Coelce adota um padrão de construção de redes com cabos pré-reunidos (trançados), cobertos, que oferecem segurança e menor poluição visual, além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008 foram investidos R$ 14.928.

b) Realização do Programa de Eficiência EnergéticaO combate ao desperdício de energia elétrica é o principal objetivo deste programa. Em

2008 foram investidos R$ 7.822 que, entre outras iniciativas, proporcionou:• Modernização dos sistemas de iluminação e troca de aparelhos de ar condicionado,

ineficientes, por outros modernos e mais eficientes do ponto de vista energético, com

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RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008

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selo de qualidade Procel, em hospitais, escolas, universidades e centros de pesquisa e entidades associativas;

• Substituição de geladeiras antigas, ineficientes, por eficientes, a clientes baixa-renda. Após a substituição a Companhia dá a destinação ambientalmente correta dos resíduos perigosos gerados, cumprindo o Protocolo de Montreal, com referência ao gás clorofluorcarbono (CFC), bem como do óleo do compressor, o qual é recolhido e regenerado;

• Substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas (eficientes) e palestras para o uso eficiente da energia elétrica, beneficiando comunidades de baixa-renda.

c) Manutenção do Sistema de Gestão AmbientalEm 2008 a Coelce manteve a certificação de seu sistema de

gestão ambiental, conquistada em 2006, e ampliou o escopo, atendendo à norma ISO 14001:2004, emitida pelo Bureau Veritas Certification. O escopo da certificação compreende construção, operação, manutenção do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica e suas atividades de apoio, focadas nas seguintes unidades de negócio: Administração Central, Gerência de Distribuição Fortaleza e Metropolitana, Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento Comercial da Loja de Atendimento de Sobral, sede do Departamento de Distribuição Centro Norte, sede do Departamento de Distribuição Centro Sul Iguatú, sede do Departamento de Distribuição Centro Norte Canindé, sede do Departamento de Distribuição Sul e Relacionamento Comercial da Agência de Juazeiro do Norte.

36. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO POR ATIVIDADE (NÃO AUDITADA)

Em atendimento às instruções e orientações da Aneel, apresen-tamos as demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2008, das unidades de negócio: distribuição, comercialização, atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e consolidado.

Demonstração do resultado por atividade Distribuição ComercializaçãoAtividades não

vinculadas2008

ConsolidadoRECEITA OPERACIONALFornecimento de energia elétrica Consumidores, concessionários e permissionários 1.257.083 1.101.693 - 2.358.776 Baixa renda 92.763 81.303 - 174.066 Reposicionamento revisão tarifária 1.845 3.697 - 5.542 Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras 372 328 700 Recuperação perda de receita racionamento (9.811) (8.528) - (18.339) Recuperação energia livre – Geradoras (3.440) (2.989) - (6.429) Recuperação parcela A (26.004) (22.862) - (48.866)Suprimento de energia elétrica - 13.245 - 13.245 Receita de uso da rede elétrica 55.331 - - 55.331 Baixa Energia Livre - 57.475 - 57.475 Outras receitas 12.172 92.864 - 105.036 Total de fornecimento de energia elétrica, bruta 1.380.311 1.316.226 - 2.696.537 Deduções à receita operacional: ICMS (281.695) (246.868) - (528.563) Cofins (60.440) (50.972) - (111.412) PIS (16.884) (7.634) - (24.518) ISS (1.859) (178) - (2.037) Quota para reserva global de reversão (29.917) - - (29.917) Conta consumo combustível (55.251) - - (55.251) Conta de desenvolvimento energético (13.526) - - (13.526) Programas de eficiência energética e P&D (16.271) - - (16.271) Encargo de capacidade/aquisição Emergencial - 2 - 2 Total do fornecimento de energia elétrica, líquida (475.843) (305.650) - (781.493)Receita operacional líquida 904.468 1.010.576 - 1.915.044 Custo do serviço de energia elétrica: Custo com energia elétrica: Energia elétrica comprada para revenda - (882.853) - (882.853) Energia elétrica comprada para revenda-ativo transmissoras 3.793 - 3.793 Encargos de uso da rede de transmissão - (74.492) - (74.492) Encargos de uso da rede de transmissão-ativo transmissoras (5.193) (5.193) Total do custo com energia elétrica - (958.745) - (958.745) Custo de operação: Pessoal (33.926) (27.300) - (61.226) Entidade de previdência privada (5.076) (4.084) - (9.160) Material (10.031) (6.066) - (16.097) Serviços de terceiros (70.515) (67.590) - (138.105) Depreciação e amortização (98.041) (1.309) - (99.350) Outras (2.623) (3.515) - (6.138) Total do custo de operação (220.212) (109.864) - (330.076)

(220.212) (1.068.609) - (1.288.821)Custo do serviço prestado a terceiros: - (6.412) - (6.412)Lucro bruto operacional 684.256 (64.445) - 619.811

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 161

Demonstração do resultado por atividade Distribuição ComercializaçãoAtividades não

vinculadas2008

ConsolidadoDESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas (16.983) (59.365) - (76.348) Despesas gerais e administrativas (32.100) (22.271) - (54.371) Amortização/Reversão do ágio oriundo da incorporação - - (14.967) (14.967) Taxa de fiscalização Aneel (4.042) - - (4.042) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - (13.351) - (13.351) Provisão para contingências 6.867 (358) 6.509 Outras (8.139) (1.979) (15) (10.133)Total das despesas operacionais (54.397) (97.324) (14.982) (166.703)

Resultado do serviço público de energia elétrica 629.859 (161.769) (14.982) 453.108

Receitas (Despesas) financeiras: Renda de aplicações financeiras 12.288 - - 12.288 Acréscimo moratório em conta de energia - 31.847 - 31.847 Atualização Perda de Receita Racionamento - 4.668 - 4.668 Encargos de dívidas (59.053) - - (59.053) Variações monetárias (30.468) - - (30.468) Outras (16.832) 8.634 (8.198)Total receitas (despesas) financeiras (94.065) 45.149 - (48.916)

Resultado Operacional 535.794 (116.620) (14.982) 404.192

Lucro antes da Contribuição Social, do imposto de renda, participações 535.794 (116.620) (14.982) 404.192

Contribuição social (34.304) - (34.304) Contribuição social diferido 1.102 - 1.102 Imposto de renda (94.543) - (94.543) Imposto de renda diferido 2.521 - 2.521 Incentivo Fiscal – IRPJ 66.633 - 66.633

Lucro antes das participações 477.203 (116.620) (14.982) 345.601

Participação nos lucros (3.922) (3.156) - (7.078)

Lucro Líquido do Exercício 473.281 (119.776) (14.982) 338.523

Lucro líquido do exercício por ação - R$ 4,35

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inforMaÇões corPorativas

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMário Fernando de Melo Santos Marcelo Andrés Llévenes Rebolledo Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira Cristóbal Sanchez Romero Cristián Eduardo Fierro Montes Gonzalo Manuel Vial Vial José Alves de Mello Franco José Nunes de Almeida Neto Jorge Parente Frota Júnior 1

Fernando Antônio de Moura Avelino 2

Roberto de Pádua Macieira 3

1 Conselheiro independente2 Conselheiro independente, eleito pelos empregados acionistas3 Conselheiro independente, eleito pelos acionistas minoritários

CONSELHO FISCALAntônio Cleber Uchoa Cunha Antônio Osvaldo Alves Teixeira Sérgio Queiroz Lyra

DIRETORIA-ExECUTIVAAbel Alves Rochinha – Diretor-presidente

Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira – Diretor de Planejamento e Controle de Gestão

José Alves de Mello Franco – Diretor de Regulação

José Nunes de Almeida Neto – Diretor de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente

e Responsabilidade Social Corporativa

José Renato Ferreira Barreto – Diretor de Recursos Humanos

José Távora Batista – Diretor Técnico

Luiz Carlos Laurens Ortins Bettencourt – Diretor de Finanças e Relações com Investidores

Olga Jovanna Carranza Salazar – Diretora Comercial

Sílvia Cunha Saraiva Pereira – Diretora Jurídica

COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCERua Padre Valdevino, 150 – Bairro PiedadeCEP 60.135-040 – Fortaleza – Ceará – Brasil | gri 2.4 |

Fone: 55 85 3453 4800CNPJ/MF: 07.047.251/0001-70Registro na CVM: 01486-9Inscrição Estadual: 06.105.848-3Inscrição Municipal: 112.188-0www.coelce.com.br

RELAÇÕES COM INVESTIDORES Luiz Carlos Bettencourt Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

David Abreu Responsável por Relações com Investidores

+55 21 2613-7094 [email protected] Isabel Alcântara Coordenadora Financeira

+55 85 3453-4029 [email protected]

Hugo Nascimento +55 21 2613-7773 [email protected] [email protected] www.coelce.com.br/ri.htm

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INFORMAÇÕES CORPORATIVAS 163

instituição depositária das açõesBanco Itaú S/AAv. Eng. Armando de Arruda, Nº 707, 9º andar, Jabaquara04.344-902 - São Paulo – SP – Brasile-mail: [email protected] bolsas de valoresCódigos de negociação na BM&FBovespa:Coelce ON – COCE3Coelce PNA – COCE5Coelce PNB – COCE6

auditores independentes AGN Canarim Auditores AssociadosAuditores Independentes

site na internetEncontram-se disponíveis no site www.coelce.com.br/ri.htm

informações detalhadas sobre o desempenho financeiro

da companhia, atos societários, governança corporativa,

indicadores de mercado, relatórios, balanços anuais e

trimestrais, apresentações institucionais, dentre outras.

créditos

COORDENAÇÃO GERALDiretoria de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corporativa – José Nunes de Almeida Neto

Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente – Sérgio Araújo de Sousa

COORDENAÇÃO DE CONTEúDO E EDITORIALDébora Pinho – Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente

CONTEúDO E REDAÇÃOEditora Contadino

PROJETO GRÁFICOFlávia da Matta Design

ILUSTRAÇÕESEstúdio Olga

FOTOSLocal Foto

Esclarecimentos adicionais sobre este relatório podem ser obtidos com:Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio AmbienteE-mails: [email protected].: (85) 3453-4821

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RUA PADRE VALDEVINO 150 PIEDADE FORTALEZA CE 60135-040 | www.coelce.com.br