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R E L A T Ó R I O A N U A L D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 8
MISSÃO, VISÃO, VALORES | GRI 4.8 |
Em 2008, a Coelce teve a sua missão reformulada, a fim de deixá-la mais objetiva e clara, para estar mais próxima dos seus clientes, cola-
boradores, acionistas e demais públicos estratégicos. A mensagem também procura ser inspiradora, uma vez que a aspiração da empresa é
desenvolver-se juntamente com a melhoria dos indicadores socioeconômicos do Estado do Ceará.
A Visão permanece a mesma, com foco em três pilares – gente, cliente e resultado –, para ser vista como referência em segurança do trabalho,
em responsabilidade socioambiental e eficiência mundial nas operações.
Com a reestruturação da Endesa Brasil, da qual faz parte, os Valores se modificaram, na busca por objetivos comuns entre as empresas,
capazes de elevar o nível de excelência dos serviços prestados e a satisfação de seus clientes.
Missão
Coelce: Gente e energia para um mundo melhor!
Energia orientada para um relacionamento próximo e transparente com nossos clientes, crescendo junto com o Ceará e gerando valor para os
acionistas, através da satisfação e compromisso de todo o nosso time.
Visão
A Coelce quer ser até 2011:
Gente: A melhor empresa para se trabalhar no Nordeste;
Cliente: A número 1, no Ceará, em atendimento e proximidade com clientes;
Resultado: Uma das três melhores empresas de distribuição de energia elétrica do Brasil.
Valores
Respeitamos a vida
• Segurança em tudo que fazemos
• Compromisso com a sociedade e o meio ambiente
• Respeito às pessoas
gente cliente resultado+ +
Somos Simples
• Simplicidade nas ações
• Transparência e confiança nas relações
Criamos Valor
• Inovação em processos e negócios
• Compromisso e profissionalismo
• Parcerias sustentáveis
Perfil institucional
MensageM da adMinistraÇÃo
aPresentaÇÃo do relatório
coMProMissos coM a sustentabilidade
conduta: governanÇa corPorativa e ética
acionistas: criaÇÃo de valor
clientes: atendiMento coM ProxiMidade
Pessoas: desenvolviMento Profissional, saúde e seguranÇa
Meio aMbiente: PreservaÇÃo e consuMo consciente
inovaÇÃo e criatividade: incentivo à eficácia
sociedade: educaÇÃo e resPonsabilidade social
PreMiaÇões e reconheciMentos
balanÇo social anual ibase
suMário de conteúdo gri
deMonstraÇões financeiras
inforMaÇões corPorativas
4
10
12
14
20
32
44
60
78
92
98
108
110
114
122
162
Índice
PRINCIPAIS INDICADORES | gri 2.8 |
Mercado 2004 2005 2006 2007 2008
Energia faturada (GWh) 6.260 6.713 6.877 7.327 7.656
Nº de consumidores ativos (milhares) 2.334 2.438 2.543 2.689 2.842
Consumo residencial médio (KWh/ano) 1.079 1.120 1.116 1.184 1.196
Tarifas médias de fornecimento 1 (R$/MWh)
Residencial 2 305,75 482,89 554,10 503,00 516,95
Residencial baixa renda - 178,07 212,54 203,50 255,41
Comercial 364,01 408,96 462,32 422,92 437,47
Industrial 217,72 261,63 332,75 303,84 317,48
Rural 173,44 191,31 207,00 186,55 250,95
Econômico-financeiros 2004 2005 2006 2007 2008
Resultados (R$ mil)
Receita operacional bruta 1.849.892 2.224.753 2.336.960 2.447.849 2.696.537
Receita operacional líquida 1.334.283 1.487.312 1.567.575 1.718.879 1.915.044
EBITDA (R$ mil) 3 223.458 359.859 532.623 476.045 569.646
Resultado do serviço – EBIT 4 94.595 255.314 423.061 351.911 458.909
Resultado financeiro (33.436) (5.666) (10.748) (7.836) (48.916)
Lucro líquido 36.529 189.124 298.258 244.751 338.523
Lucro líquido por ação 5 0,47 2,43 3,83 3,14 4,35
Margens (%) 2004 2005 2006 2007 2008
Margem EBITDA 16,7% 24,2% 34,0% 27,7% 29,7%
Margem EBIT 7,1% 17,2% 27,0% 20,7% 24,0%
Margem líquida 2,7% 12,7% 19,0% 14,2% 17,7%
Financeiro 2004 2005 2006 2007 2008
Ativo total (R$ mil) 6 2.386.481 2.400.409 2.510.593 2.569.250 2.781.587
Patrimônio líquido (R$ mil) 7 1.146.326 733.919 780.464 850.449 917.101
Investimentos (R$ mil) 172.605 251.139 343.098 396.908 473.307
Liquidez (ativo circulante/ passivo circulante) 1,21 0,99 0,75 0,73 0,75
Retorno sobre patrimônio líquido (%) 3,2% 20,1% 39,4% 30,0% 36,9%
Dívida financeira bruta (R$ mil) 6 641.572 622.813 489.001 565.741 845.141
Dívida financeira líquida (R$ mil) 6 555.155 470.180 424.349 * 553.377 829.303
Dívida financeira líquida/ patrimônio líquido 48,4% 64,1% 54,4% 65,0% 60,3%
1 Inclui ICMS2 Em 2004, contempla clientes residenciais normais e baixa renda3 EBITDA reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social, das depreciações e amortizações. O EBITDA é utilizado como medida de desempenho pela administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas4 EBIT reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social. O EBIT é utilizado como medida de desempenho pela administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas5 Os anos de 2004 a 2006 foram ajustados para fins de comparação, devido a grupamento de ações ocorrido em 2007 na proporção de 2 mil ações para uma ação 6 Número de 2007 diferente do publicado no ano anterior, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas 7 Em cumprimento às recomendações da Aneel, em 2005 foi registrada a alteração no processo de contabilização do ágio oriundo da incorporação da controladora
2004 2005 2006 2007 2008
energia faturada (gWh)
6.260 6.713 6.8777.327 7.656
número de clientes ativos (mil)
2.334 2.438 2.543 2.6892.842
2004 2005 2006 2007 2008
2004 2005 2006 2007 2008
receita operacional bruta (r$ milhões)
1.8502.225
2.337 2.448 2.697
223
360
533476
570
2004 2005 2006 2007 2008
ebitda (r$ milhões)
Ações8 2004 2005 2006 2007 2008
Valor de mercado das ações PNA (R$/ação) 8 8,24 14,20 22,90 21,50 22,48
Valor de mercado das ações PNB (R$/ação) 8 15,00 12,00 20,46 21,70 19,70
Valor de mercado das ações ON (R$/ação) 8 7,00 14,00 26,80 31,65 18,90
Distribuição de resultados (R$ mil) 34.702 227.768 283.345 244.751 263.130
Valor de mercado companhia (R$ mil) 593.204 1.092.260 1.966.290 2.162.111 1.573.500
Nº de ações PNA (mil) 9 56.237.203 56.237.203 56.245.389 28.123.352 28.131.352
Nº de ações PNB (mil) 9 3.337.522 3.337.522 3.329.337 1.664.010 1.656.010
Nº de ações ON (mil) 9 96.135.875 96.135.875 96.135.875 48.067.937 48.067.937
Nº total de ações (mil) 9 155.710.600 155.710.600 155.710.600 77.855.299 77.855.299
Corpo funcional 2004 2005 2006 2007 2008
Nº de colaboradores próprios 1.337 1.319 1.313 1.297 1.278
Nº de colaboradores parceiros 5.826 5.853 6.376 6.837 7.662
Nº de estagiários 123 184 193 176 186
Nº de menores-aprendizes 3 12 8 21 24
Nº total de colaboradores 7.286 7.356 7.882 8.310 9.150
Produtividade 2004 2005 2006 2007 2008
Consumidores por empregado 1.745 1.848 1.937 2.073 2.224
Energia vendida por empregado (MWh) 4.682 5.089 5.238 5.649 5.991
Custos por cliente (R$) 10 95,68 105,47 107,45 108,13 110,72
Perdas de energia (%) 13,90 14,00 13,00 12,35 11,7
DEC (horas) 11 14,6 12,45 11,42 9,40 8,18
FEC (quantidade) 12 11,95 10,44 9,11 7,87 6,78
Indicadores ambientais (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008
Investimentos em meio ambiente 4.688 7.954 17.029 21.022 27.419
Indicadores sociais (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008
Investimentos sociais internos 46.746 52.139 54.945 55.928 61.879
Total de contribuições para a sociedade 62.032 79.781 154.546 153.314 223.886
Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008
Pessoal e encargos 13 70.477 78.359 75.582 109.386 117.580
Impostos, taxas e contribuições 13 613.735 777.786 858.930 799.097 871.964
Juros e aluguéis 130.291 120.436 112.505 108.761 86.480
Juros sobre capital próprio e dividendos 34.702 179.668 283.345 244.751 263.096
Retenções na companhia (R$ mil)(Incentivos fiscais e reserva de lucros) 8.901 16.958 46.545 69.985 75.427
8 Valores referentes à última cotação do exercício9 Número de ações está representado em milhares de 2004 a 2006. A partir de 2007, com o grupamento na proporção de 200 ações para uma ação, está em unidades10 Pessoal + material + serviços de terceiros + programa de eficiência energética + outras despesas operacionais11 Duração Equivalente da Interrupção por Cliente12 Frequência Equivalente da Interrupção por Cliente13 Número diferente do publicado em 2007, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas
2004 2005 2006 2007 2008
investimentos (r$ milhões)
173251
343397
473
contribuições para a sociedade (r$ milhões)
62 80
155 153
224
2004 2005 2006 2007 2008
2004 2005 2006 2007 2008
37
189
298245
339
lucro líquido (r$ milhões)
2004 2005 2006 2007 2008
energia vendida por empregado (MWh)
4.682 5.089 5.2385.649 5.991
dívida financeira líquida (r$ milhões)
555470 424
553
829
2004 2005 2006 2007 2008
Perfil institucional
PERFIL INSTITUCIONAL 5
Eleita pelo terceiro ano consecutivo como a melhor
distribuidora do Nordeste, a Companhia Energética
do Ceará (Coelce) se destaca pela qualidade de
desempenho ao ofertar energia para todo o Estado.
Sua área de concessão abrange os 184 municípios
cearenses, que possuem uma população de mais de
8 milhões de habitantes, em um território de 149 mil
quilômetros quadrados. | gri 2.1, 2.2, 2.5 |
Sua sede está localizada na capital, Fortaleza, com
oito unidades principais, entre centros de serviços e de
manutenção, e 201 lojas de atendimento em todo o
Estado. É terceira maior distribuidora do Nordeste em
volume comercializado de energia, com fornecimento para
mais de 2,8 milhões de clientes, dos quais 2,1 milhões são
da classe residencial, 5,9 mil da categoria industrial, 151,3
mil comerciais e 35,7 mil institucionais. | gri 2.7, eu2 |
O destino principal de seus investimentos, em 2008,
foi o Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para
Todos, iniciativa do governo federal para levar energia
elétrica para as comunidades rurais, contribuindo para o
desenvolvimento social e econômico dessas populações.
No encerramento de 2008, empregava mais de 8 mil
pessoas, sendo 1.278 colaboradores próprios, 7.662 de
empresas parceiras, 186 estagiários e 24 jovens-aprendizes.
A extensão das linhas de distribuição e transmissão de
energia era de 114.975 quilômetros, segmentada em alta-
tensão (4.244 km), média-tensão (68.439 km) e baixa-
tensão (42.291 km). Uma nova subestação foi construída,
totalizando 95 no encerramento do ano, com capacidade
instalada de 2.143 MVA. | gri 2.8, eu3, eu1 |
A empresa comemorou a conquistas de excelentes
resultados econômico-financeiros em 2008. Obteve
recorde de lucro líquido acumulado, de R$ 339 milhões,
e patrimônio líquido de R$ 916 milhões. Na comparação
com 2007, registrou queda de 27,2% no seu valor de
mercado, com capitalização de R$ 1,57 bilhão. | gri 2.8 |
Além da receita oriunda da comercialização de energia
elétrica, a Coelce investe em variados produtos, soluções
e serviços, que agregam rentabilidade ao negócio,
tais como consertos de instalações elétricas, seguros,
títulos de capitalização, venda de equipamentos e kits
de energia, montagem e manutenção de subestações,
dentre outros. Mantém, inclusive, um programa
corporativo – o Inova Coelce – para fomentar as ideias
criativas e inovadoras de novos produtos e serviços
comerciais (Mais informações no capítulo Inovação, com
início na página 92).
O fornecimento faturado de energia totalizou 7,6 mil
GWh, 3,9% acima do registrado no ano anterior. A com-
panhia continuou também a sua trajetória de sucesso em
aperfeiçoar os indicadores de qualidade do serviço, com
melhoria significativa na operação do sistema elétrico.
Sociedade anônima de capital aberto desde 1995, é
controlada pela Endesa, por meio da holding Investluz
S.A., que detém 56,6% do capital total e 91,66% do
capital votante. O restante do capital pertence a pessoas
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce086
físicas, investidores institucionais nacionais e estrangeiros,
como fundos de pensão, clubes e fundos de investimentos
e outras pessoas jurídicas. A companhia foi privatizada em
1998 e ganhou o direito de concessão pelo prazo de 30
anos, a partir daquela data. Em outubro de 2007, ocorreu
uma reorganização societária da Endesa S.A, sediada na
Espanha, que é controladora indireta da Coelce. Desde
então as empresas Enel e Acciona assumiram o controle
acionário da Endesa S.A. | gri 2.6, 2.9 |
estado do ceará
unidades | gri 2.3 |
• fortaleza
administração central – Abriga as diretorias de Recursos Humanos, Técnica (Planejamento e Engenharia de Alta e Média-Tensão, Operação Técnica, Centro de Controle de Serviços), Comercial (Central de Relacionamento e áreas de combate às perdas, serviços aos clientes, operações comerciais, atendimento a grandes clientes, cobrança e marketing, Jurídica, Institucional e Comunicação, além das áreas de Regulação e Mercado, Planejamento e Controle, e Financeira. Cerca de 740 colaboradores trabalham no prédio, construído com o mínimo impacto ambiental.
Messejana – Centraliza as atividades de atendimento emergencial e de campo referentes à Fortaleza e à Região Metropolitana.
• iguatu – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas relativas à Região Centro-Sul do Ceará.
• sobral – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas e de cobrança relativas à Região Norte do Estado.
• Juazeiro do norte – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, além de comerciais de cobrança relativas à Região Sul.
• itapipoca – Abrange a operação técnica de atendimento emergencial e outras atividades de campo na Região Atlântico.
• canindé – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo referentes à Região Centro-Norte.
• limoeiro do norte – Abriga a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo na Região Leste.
PERFIL INSTITUCIONAL 7
ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA | gri 2.6 |
enel accionafinanzasdos s/a outros
100%
67% 5% 20% 8%
100%
60,2%27,7%
21,5% 60,0%
35,3%
endesa
endesa internacional
enersis13,7%
99,0%
chilectraedegelifc
8,8%4,1%2,7%
endesa chile
endesa brasil 31,4%
46,9%100% 99,6% 100% 2,3% 63,6% 46,9%
endesa fortaleza
endesa cachoeira
endesa cien coelce
0,4% 41,1%
56,6%
investluz s/a
36,4%
0,4%
amplainvestimentos e serviços s/a
free float(Mercado) edP
7,7%
0,4%
amplaenergia e
serviços s/a
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce088
endesa brasil – Holding das cinco companhias de energia em operação no Brasil, sendo duas distribuidoras (Ampla e Coelce), duas geradoras (Endesa Cachoeira e Endesa Fortaleza) e uma conversora (Endesa Cien). Está hoje entre as cinco maiores empresas privadas do setor elétrico brasileiro. Em 2008, a Endesa Brasil passou por uma reestruturação de suas operações e definiu um novo organograma, criando áreas de apoio que passaram a atuar de forma centralizada como prestadoras de serviço para todas as empresas Endesa, fortalecendo os negócios de geração e distribuição da energia. (Mais informações em Governança Corporativa, na página 21). | gri 2.9 |
A Endesa Brasil, por sua vez, é controlada pela Endesa S.A., uma das dez maiores empresas de energia do mundo e a primeira nos mercados da Espanha e da América do Sul. Atende mais de 23 milhões de clientes em 15 países e atua nos mercados de eletricidade, gás, cogeração e energias renováveis, com instalações eólicas, pequenas centrais hidre létricas, aproveitamento de resíduos e bio-massa. No final de 2008, a composição acionária da Endesa S.A. estava dividida entre a Enel S.P.A., com 67%; a Acciona S.A.(5% direta mente e 20% indiretamente). Os 8% restantes perten ciam a outros acionistas.
Em 20 de fevereiro de 2009, a Enel e a Ac ciona assinaram um acordo por meio do qual a Enel adquirirá a participação da Acciona na Endesa, passando a deter 92% do controle. A Enel é a maior companhia elétrica da Itália e a segunda maior de energia da Europa, com operações de distribuição de energia e gás. Atua também nas Américas do Norte e Latina.
RS
RJ
ES
CE
DF
GO
PRESENÇA DA ENDESA NO BRASIL | gri 2.5 |
distribuiçãoNº de clientes: 2,5 milhõesEnergia faturada: 8.965 GWh
distribuiçãoNº de clientes: 2,8 milhõesEnergia faturada: 7.656 GWh
geraçãoPotência instalada: 346,6 MW
conversão e transmissãoPotência instalada: 2.200 MWExtensão de linhas: 1.000 km
geraçãoPotência instalada: 658,0 MW
PERFIL INSTITUCIONAL 9
MARCOS HISTÓRICOS
1960
• Criação da Companhia de Eletricidade do Cariri (Celca)
e da Companhia de Eletrificação Centro-Norte do Ceará
(Cenort).
1962
• Surgem a Companhia Nordeste de Eletrificação de
Fortaleza (Conefor) e a Companhia de Eletrificação
do Nordeste (Cerne).
1971
• É criada a Coelce por meio da Lei Estadual nº.
9.477, de 05/07/1971, com a unificação das quatro
empresas distribuidoras de energia elétrica então
existentes no Ceará.
1995
• A Coelce torna-se uma empresa de capital aberto,
passando a negociar suas ações nas principais bolsas
de valores brasileiras.
1998
• Em leilão público, realizado na Bolsa de Valores do
Rio de Janeiro (BVRJ), a companhia é privatizada. O
Consórcio Distriluz Energia Elétrica S.A. – formado
por Endesa España S.A., Enersis S.A., Chilectra S.A. e
Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj),
atual Ampla – converte-se no operador da empresa.
• Distriluz Energia Elétrica S.A., Coelce, Aneel e governo
do Estado do Ceará assinam o contrato de concessão,
válido por 30 anos, por meio do qual a Coelce assume
a distribuição de energia elétrica no Ceará.
1999
• É concluído o processo de reestruturação societária,
pelo qual incorpora sua controladora Distriluz Energia
Elétrica S.A., passando, então, a ser controlada pela
Investluz S.A., que detém 91,66% do capital votante
e 56,59% do capital total da companhia. A Investluz
S.A é controlada pela Endesa Brasil, com participação
direta em 63,57% de seu capital total.
2000 - 2006
• Período de investimento significativo no reposiciona-
mento de imagem e planejamento estratégico, visando
à contínua expansão e melhoria dos serviços, com foco
no relacionamento com o cliente e no lançamento de
produtos e serviços, em resposta ao crescimento do
mercado e suas necessidades.
• Participação das ações preferenciais classe A no
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa
de Valores de São Paulo (2006).
2007
• Encerramento do plano estratégico intitulado Escalada
Coelce (2004-2007).
• Lançamento da plataforma de imagem A nossa ideia
é conhecer você
• Enel e Acciona assumem o controle acionário da
Endesa S.A.
2008
• Início do plano estratégico Ser Coelce, com duração
de quatro anos e foco em três pilares: gente, cliente
e resultado.
• Reposicionamento de imagem, com o conceito Coelce
– Cada vez mais próxima de você.
• Inauguração do novo conceito das Lojas de Atendimento,
no qual as atendentes ficam lado a lado com os clientes.
• Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio World
Business and Development Awards, que reconhece
a contribuição do setor privado para atingir os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das
Nações Unidas.
• Lucro recorde da história da companhia: R$ 339 milhões.
• Eleita pelo terceiro ano consecutivo como Melhor
Distribuidora do Nordeste (Abradee) e entre as 150
Melhores para Trabalhar (Guia Exame–Você S.A.).
Desde os anos de 1960, a trajetória da Coelce busca a ampliação da oferta de energia no Estado do Ceará, para dar mais qualidade de vida à sociedade cearense.
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO | gri 1.1 |
A qualidade dos serviços prestados pela Coelce e
a excelência crescente no atendimento aos clientes
proporcionaram conquistas surpreendentes em 2008.
Obtivemos o maior lucro da história da companhia, de
R$ 339 milhões, seguindo fortemente a estratégia de
manter boa eficiência operacional com custos baixos,
controle disciplinado da inadimplência e redução
de perdas de energia. Pelo terceiro ano consecutivo,
também fomos eleitos como Melhor Distribuidora de
Energia Elétrica do Nordeste, pela Associação Brasileira
de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Há muito
trabalho duro e dedicação dos colaboradores por trás de
todos esses avanços, que nos conduzem a sonhar cada
vez mais alto, mas mantendo os pés no chão.
Devido ao cenário de instabilidade econômica mun-
dial, agravado a partir do segundo semestre de 2008 por
conta da crise de confiança nas instituições bancárias
norte-americanas, a Coelce adotou uma série de medidas
a fim de mitigar o impacto sobre seus negócios. A princi-
pal delas foi se empenhar para tornar a operação ainda
mais enxuta e eficiente, de forma a reduzir os custos es-
truturais. Isso não significa corte dos empregos e sim um
esforço interno de rever todos os processos com base em
uma metodologia de otimização de custos.
Os investimentos para 2009 continuarão no mesmo
patamar aplicado nos últimos anos, sem readequação
de cronograma. Em 2008, totalizaram R$ 473 milhões,
com ênfase para os R$ 224 milhões investidos no
Programa Luz para Todos, iniciativa do governo fede-
ral para a universalização da energia elétrica na zona
rural. Nesse programa, aplicamos R$ 180 milhões em
recursos próprios, como contribuição da Coelce para
aumentar o desenvolvimento econômico do Ceará e a
qualidade de vida da sociedade.
Para a Coelce, não basta democratizar o acesso à
energia elétrica. É preciso prestar um serviço com me-
lhoria contínua na qualidade. Prova disso é a evolução
de desempenho nos indicadores de qualidade técnica.
Registramos queda de 12,9% no índice de duração das
interrupções do fornecimento (DEC), que ficou em 8,18
horas, nos destacando mais uma vez como a empresa
com o melhor resultado do Nordeste. O índice de fre-
quência (FEC) também evoluiu, ficando em 6,78, núme-
ro consideravelmente inferior ao FEC médio do País, de
11,72 – segundo dados de 2007 divulgados pela Agên-
cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No encerramento de 2008, a Coelce contava com
2,8 milhões de unidades consumidoras, tendo incor-
porado 96 mil novos clientes no ano, além de alcan-
çar 114 mil quilômetros de linhas de distribuição e
inaugurar uma subestação. As perdas (técnicas e co-
merciais) foram reduzidas para 11,7%, e o aumento
da oferta de novos produtos e serviços gerou R$ 97
milhões a mais na receita, fortalecendo nossa imagem
como empresa que oferece soluções que vão além da
distribuição de energia.
Após a reestruturação interna da Endesa Brasil, da
qual fazemos parte, modificamos os valores corporativos, abel alves rochinha
Mario santos
PERFIL INSTITUCIONAL 11
a fim de deixá-los em sintonia com os objetivos comuns,
ganhando em sinergia. Nossa visão também foi refor-
mulada, com uma mensagem mais direta e inspiradora:
Coelce: Gente e energia para um mundo melhor! Dessa
forma, reforçamos a busca por maior proximidade no
relacionamento com os nossos públicos estratégicos, ba-
seada em mais confiança, transparência e simplicidade.
Todas as nossas atividades também são planejadas
conforme os Sete Compromissos com o Desenvolvimen-
to Sustentável, assumidos desde 2005 por todos da En-
desa Brasil. Por conta dessas iniciativas, mantivemos as
ações preferenciais no seleto grupo de integrantes do
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa
de Valores de São Paulo.
Visando ao bem-estar do público interno, continua-
mos investindo no desenvolvimento das competências
profissionais do nosso time, dando ênfase nas capacita-
ções envolvendo as lideranças da companhia, que têm a
responsabilidade de incentivar e disseminar as mudan-
ças que queremos para os próximos anos. Com muito
orgulho recebemos a notícia de estarmos, pelo terceiro
ano seguido, na lista das 150 Melhores Empresas para se
Trabalhar, na pesquisa do Guia Exame/Você S.A.
Nosso principal desafio em 2009 envolve a segurança
no trabalho. Em 2008, registramos a lamentável marca
de quatro acidentes fatais entre colaboradores terceiri-
zados. Acompanhamos de perto cada uma das ocorrên-
cias e nos empenharemos para que tudo isso jamais seja
esquecido. Acreditamos que não existe patrimônio mais
valioso que a vida humana e voltaremos a reforçar ao
máximo a necessidade da segurança plena dos colabo-
radores. Infelizmente, os acidentes demonstraram que
ainda existe falta de conscientização sobre a gravidade
dos riscos inerentes a certas funções, como o trabalho
dos eletricistas. Para voltarmos a celebrar a marca zero
de acidentes graves, conquistada e mantida nos anos
anteriores, adotamos um rigoroso programa de inspe-
ção nas empresas parceiras, batizado de Projeto Anjo
da Guarda, detalhado na página 70 deste relatório.
Nossas ações de responsabilidade social corporativa e
proteção ambiental continuaram fortes. O ano de 2008 foi
de reconhecimento máximo para o Ecoelce, o programa
que troca resíduos recicláveis por bônus na conta de
energia, com mais de 100 mil pessoas cadastradas.
A iniciativa inovadora foi uma das dez vencedoras do
World Business and Development Awards, promovido
pela Organização das Nações Unidas (ONU) para
reconhecer as empresas que mais contribuíram para a
obtenção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas
(CDL), também batemos o recorde nacional de plantio
de mudas de árvores em uma hora. Com a participa-
ção de cerca de 300 voluntários, entre colaboradores,
parceiros e familiares, foram plantadas 65 mil mudas
em apenas 23 minutos e 30 segundos. Esse é apenas
um exemplo da força da nossa energia para melhorar a
qualidade de vida dos cearenses, em todos os sentidos.
No âmbito social – alinhado ao nosso principal foco
de atuação, que é a melhoria da educação no Estado
do Ceará –, destacamos a realização do Natal Educar
com Arte. Os estudantes do ensino público foram con-
vidados a participar de um concurso de desenho com
uma mensagem natalina, cujo prêmio para os três pri-
meiros lugares foram bolsas de estudo de R$ 70 mil. O
concurso recebeu mais de 17 mil desenhos de 3,7 mil
escolas inscritas, com imensa aprovação da sociedade,
e pretendemos repeti-lo em 2009.
Todas essas iniciativas estão alicerçadas no planejamento
estratégico Ser Coelce, que norteia nosso caminho em
prol da sustentabilidade nas esferas econômica, social e
ambiental. Continuaremos trabalhando para ampliar o
escopo de certificações de qualidade (ISO 9001), de meio
ambiente (ISO 14001) e de saúde e segurança do trabalho
(OHSAS 18001).
Gostaríamos de agradecer o empenho de todos os
profissionais que se esforçaram ao máximo para alcan-
çarmos a importante missão de distribuir, diariamente,
energia com qualidade e com proximidade no atendi-
mento aos clientes. É dessa forma que queremos conti-
nuar crescendo junto com o Ceará e gerando valor para
os acionistas, por meio da satisfação dos colaboradores
e do respeito ao meio ambiente. Muito obrigado!
abel alves rochinha
Diretor-presidente
Mario santosPresidente do Conselho
de Administração
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO
A estrutura do Relatório Anual de Sustentabilidade Coelce
2008 tem como base os Sete Compromissos para um
Desenvolvimento Sustentável disseminados pela Endesa,
como reforço à estratégia de combinar avanços nos âmbitos
econômico, social e ambiental. Publicado anualmente,
desde 2005, o Relatório segue as diretrizes propostas pela
Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional
que desenvolveu um conjunto de princípios e indicadores
para comunicar o desempenho das empresas e servir como
ferramenta de gestão da sustentabilidade.
A companhia adotou, em 2007, a versão G3 dos indi-
cadores GRI e este ano incluiu os indicadores do suple-
mento setorial de energia (sigla EU). O relatório também
apresenta as práticas em relação aos princípios do Pacto
Global e traz o balanço proposto pelo Instituto Brasilei-
ro de Análise Sociais e Econômicas (Ibase). Segue, ainda,
recomendações de conteúdo da Associação Brasileira das
Companhias Abertas (Abrasca). | gri 3.7, 3.11 |
As demonstrações financeiras e o Balanço Social (Ibase)
foram auditados pela AGN Canarim Auditores Associados,
enquanto os demais indicadores são passíveis de audito-
rias internas periódicas, por intermédio do Sistema de Au-
ditoria Corporativa (SAC). Os dados referentes à qualidade
técnica do sistema elétrico, assim como os programas
subsidiados pelo governo, são monitorados pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel). | gri 3.13 |
A Coelce aumentou o grau de transparência das infor-
mações coletadas para responder aos indicadores GRI,
registrando novos padrões de cálculo dos dados, com foco
na melhoria contínua da apuração. Com isso, algumas in-
formações publicadas em 2007 sofreram revisões, devida-
mente explicadas ao longo deste Relatório. O documento
reúne dados e atividades da Coelce, em toda a sua área
de concessão, no período entre 1º de janeiro e 31 de de-
zembro de 2008. De ciclo anual, o relatório anterior foi pu-
blicado em maio de 2008. | gri 3.10, 3.1, 3.2, 3.3, 3.6, 3.8 |
Sempre que possível, os números são acompanhados
de uma base histórica, permitindo visualizar a evolução
de indicadores considerados relevantes para a tomada de
decisão dos públicos estratégicos. Os responsáveis pelas
áreas também incluem uma análise sobre o crescimento
ou a queda de cada indicador, além de citar as metas es-
tabelecidas para 2009, como reforço ao compromisso de
transparência, inclusive em relação aos próximos passos a
serem tomados. | gri 3.9 |
aPlicaÇÃo da Materialidade | gri 3.5 |
Na definição do conteúdo do documento, a empresa
aplicou teste de materialidade, seguindo as orientações
da GRI. Realizado em duas etapas, o processo contou
com apoio de consultoria externa. A primeira fase in-
cluiu a consulta a públicos internos e externos, que
deram sua opinião sobre a relevância de 54 questões,
divididas em sete temas para a avaliação. Os testes
foram aplicados em contato pessoal e por e-mail, de
janeiro a fevereiro de 2009. A consulta abrangeu 49
representantes de público interno (colaboradores pró-
prios e parceiros e diretoria) e 34 de públicos externos
(acionistas, clientes, fornecedores, ONGs, imprensa e
órgãos governamentais).
A alta direção da empresa consolidou o resultado final
da materialidade considerando os Sete Compromissos
para um Desenvolvimento Sustentável da Endesa –
Conduta, Acionistas, Sociedade, Clientes, Pessoas, Meio
Ambiente e Inovação e Criatividade; as orientações da GRI
e os princípios do Pacto Global.
Stakeholders internos e externos tiveram o mesmo peso
na consolidação, exceção feita à Diretoria, que recebeu o
dobro do peso na avaliação inicial. A matriz da materiali-
dade aponta a relevância final dos temas para a inclusão
do Relatório. Por essa análise, os assuntos de menor rele-
vância na consolidação do documento foram: participação
em políticas públicas e lobbies; relações com a concorrên-
cia; contribuições a partidos políticos; planos de aposenta-
doria e direitos indígenas.
Comentários ou pedidos de esclarecimentos sobre
este Relatório podem ser encaminhados para a área de
Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente,
pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone
(85) 3453-4821. | gri 3.4 |
PERFIL INSTITUCIONAL 13
Temas/relevância Indicadores GRIMuito importante46. Fornecimento de informações para o uso seguro da energia EU2348. Canais de atendimento ao cliente PR1, PR547. Comunicação com o cliente PR6, PR7, EU2325. Saúde e segurança no trabalho LA6, LA75. Resultados operacionais EU1349. Práticas e pesquisas relacionadas à satisfação de clientes PR513. Eficiência do sistema de distribuição de energia EN6, EU7, EU11, EU13, EU20,
EU27, EU2845. Programa de universalização da energia (acesso amplo) EU2253. Indicadores de qualidade da energia fornecida EU27, EU2836. Investimentos na comunidade (projetos sociais e culturais) EC811. Disponibilidade e segurança na oferta de energia PR1, PR2, EU5, EU24, EU251. Impactos, riscos e oportunidades 1.2, 4.17, SO1, EC1, EU743. Conformidade com leis e regulamentos SO86. Resultados econômico-financeiros 2.8, EC121. Conformidade com leis e regulamentos ambientais EN2839. Práticas anticorrupção SO2, SO3, SO424. Relações dos empregados com a empresa LA4, LA529. Trabalhadores terceirizados LA1, EU16
Temas/relevância Indicadores GRIMuito importante38. Gestão dos impactos das operações da empresa na sociedade SO120. Cuidados ambientais na oferta de produtos e serviços EN26, EN2910. Pesquisa e desenvolvimento EU7, EN62. Governança corporativa 4.1 a 4.7, 4.9, 4.1023. Geração de emprego LA1, LA228. Treinamento e educação LA 10, LA 1152. Conformidade (produtos e serviços) PR6, PR9, EU243. Compromissos com iniciativas externas 4.1250. Saúde e segurança do cliente PR1, PR222. Investimentos e gastos com proteção ambiental EN3032. Não discriminação HR433. Trabalho infantil HR619. Gerenciamento de emissões, efluentes e resíduos EN16 a EN2551. Privacidade do cliente PR834. Trabalho forçado ou escravo HR718. Atenção à biodiversidade EN11 a EN15, EU149. Gerenciamento da demanda de energia EU5, EU6, EU7, EU9, EU22, EU2937. Engajamento de stakeholders 4.14 a 4.17, EU1844. Ações de voluntariado SO116. Consumo de energia EN3, EN4, EN531. Critérios na seleção de fornecedores e em investimentos HR1, HR2, HR5, HR6, HR717. Consumo de água EN8, EN9, EN1054. Indicadores de interrupção do fornecimento por inadimplência EU26
importante37. Engajamento da sociedade nas decisões da empresa 4.17, EU188. Incentivos fiscais e outros subsídios governamentais EC4
Medianamente importante27. Igualdade de oportunidades LA13, LA14, EC57. Novos negócios (seguros e outras facilidades para clientes) PR515. Consumo de materiais EN1, EN212. Presença no mercado 2.5, 2.7, EC9, EU2914. Mercado de capitais (composição acionária e direitos das ações) 2.826. Remuneração e benefícios LA3
Pouco importante40. Participação em políticas públicas e lobbies SO5, SO642. Relações com a concorrência SO741. Contribuições a partidos políticos SO630. Planos de aposentadoria EC335. Direitos indígenas HR9
Matriz de Materialidade
Importante
Pouco Importante
altobaixo
Nív
el d
e im
port
ânci
a pa
ra o
púb
lico
exte
rno
Nível de relevância para a empresa
alto
Medianamente Importante
Muito Importante
127
261441
37
30
35
54
15 27
4240
817 31
11
39
34
5119
332244
1850 2124
25
4947
5
13
22
2
1649
10
484636296
451543
320233
5228
38
ACIONISTAS CLIENTES PESSOAS CONDUTA
MEIO AMBIENTE INOVAÇÃO SOCIEDADE
coMProMissos coM a sustentabilidade
COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE 15
Sustentabilidade para a Coelce é crescimento responsável,
ou seja, a incorporação de critérios sociais e ambientais
em sua estratégia e modelos de gestão, possibilitando o
alcance dos objetivos do negócio e maximizando a criação
de valor em uma perspectiva de longo prazo, respeitando
as comunidades em que opera.
As conquistas no desempenho operacional e financeiro,
respeitando igualmente os aspectos socioambientais, são
resultantes da adoção dos Sete Compromissos para um
Desenvolvimento Sustentável, disseminados pela Endesa,
que aconteceu oficialmente em 2005. O conjunto de dire-
trizes, resumido no esquema gráfico ao lado, serve como
alicerce às atividades desenvolvidas no plano estratégico,
além de definir a Visão, a Missão e os Valores Corporati-
vos. As empresas parceiras também devem atuar em plena
sintonia com os Sete Compromissos.
Os compromissos com a sustentabilidade são disse-
minados continuamente entre o público interno e divul-
gados externamente. Em 2008, colaboradores da linha
de frente (atendentes, teleatendentes, leituristas e ele-
tricistas) participaram dos encontros Coelce e Sustenta-
bilidade. Ao todo, 705 colaboradores integraram uma
discussão sobre sustentabilidade, como oportunidade
para conhecer e entender melhor o posicionamento da
Coelce acerca do tema, bem como suas práticas de res-
ponsabilidade social e ambiental.
SETE COMPROMISSOS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200816coelce08
INCORPORAÇÃO E APOIOA INICIATIVAS ExTERNAS | gri 4.12 |
Pacto global
Signatária do Pacto Global desde março de 2005, a
Coelce vem incrementando suas ações corporativas
para contribuir com a disseminação e o alcance dos
dez princípios estabelecidos nas áreas de Direitos
Humanos, Direitos do Trabalho, Proteção Ambiental e
Anticorrupção. Promovida pelas Nações Unidas, essa
iniciativa quer engajar o setor empresarial na adoção de
práticas de responsabilidade corporativa, contribuindo
para uma economia global mais sustentável e inclusiva
socialmente.
trabalho escravo
Em janeiro de 2008, a Coelce aderiu ao Pacto Nacional
pela Erradicação do Trabalho Escravo, uma iniciativa
do Instituto Ethos em conjunto com a Organização In-
ternacional do Trabalho (OIT) e a ONG Repórter Brasil.
O pacto busca a articulação de ações para erradicar o
trabalho escravo.
integridade
Desde 2007, a companhia é signatária do Pacto Empre-
sarial pela Integridade e Contra a Corrupção, que de-
fine procedimentos a serem adotados pelas empresas
em seu relacionamento com o poder público, tratando
de temas como sonegação fiscal, corrupção de agentes
públicos, crime organizado e lavagem de dinheiro. A
iniciativa é organizada pelo Instituto Ethos, juntamente
com o Programa das Nações Unidas para o Desenvol-
vimento (PNUD), o Escritório das Nações Unidas contra
Drogas e Crime (UNODC) e o Comitê Brasileiro do Pacto
Global, dentre outras entidades.
Na relação com autoridades do governo, o Código
de Ética Empresarial da Coelce também determina o
não favorecimento direto ou indireto a agentes do
governo. Apesar de não ter realizado nenhum treina-
mento formal sobre as suas políticas e procedimentos
anticorrupção, a companhia aproveitou a proximidade
das eleições municipais, em outubro de 2008, para pro-
mover um debate com os colaboradores situados em
Fortaleza. Foram discutidos temas como a importância
do voto consciente, a política praticada de forma ética,
e questões envolvendo cidadania, como a responsabili-
dade pelo bem-estar social. | gri so3 |
Em 2008, a discussão sobre o combate à corrupção
e outros aspectos que contrariam o Código de Ética
também foi levada às empresas parceiras. No encontro
Ética nas Relações de Trabalho, a companhia estimulou
a reflexão dos participantes sobre atitudes pessoais nas
relações de trabalho e buscou alinhar os comportamen-
tos individuais ao seu Código de Ética. Participaram 49
gestores de empresas parceiras.
Os clientes institucionais são representados principal-
mente por órgãos públicos, como prefeituras e governo
estadual e, por esse motivo, a Coelce exige de seus em-
pregados uma relação profissional transparente, evitan-
do, principalmente, qualquer risco que possa denegrir a
imagem da companhia. | gri so2 |
ParticiPaÇÃo eM associaÇões
Desde 2007, a Coelce é associada ao Instituto Ethos
de Empresas e Responsabilidade Social, com a inten-
ção de contribuir, juntamente com as demais empresas
brasileiras filiadas, na elaboração e no engajamento em
ações que promovam o desenvolvimento sustentável.
Também é uma das filiadas da Associação Brasileira
de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), com
representantes em grupos de trabalho que discutem te-
mas como responsabilidade socioambiental, qualidade
da gestão, avaliação pelo cliente, gestão operacional,
dentre outros. Em 2008, também realizou os preparati-
vos para receber o selo de Empresa Amiga da Criança,
concedido pela Fundação Abrinq, em fevereiro de 2009.
| gri 4.13 |
Politicas Públicas
Para a execução do Programa Luz para Todos, dentre
outras iniciativas decorrentes de políticas públicas,
a Coelce participa da discussão e elaboração e do
COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE 17
planejamento das propostas. Em 2008, compareceu
a encontros e seminários para o debate de temas de
infraestrutura para o Estado do Ceará com a participação
de representantes do Comitê Gestor Estadual do
Programa Luz para Todos, da Secretaria de Infraestrutura
do Ceará (Seinfra), da Secretaria de Desenvolvimento
Rural do Ceará, da Agência de Desenvolvimento do Ceará
(Adece) e da Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobrás.
A companhia também esteve presente em reuniões
mensais com a Ouvidoria da agência reguladora, para
tratar de assuntos como frequência e natureza das re-
clamações, tempo de resolução das reclamações, pro-
gramas e projetos adotados para o aprimoramento da
qualidade do atendimento e prestação de serviços aos
consumidores. | gri so5 |
norMas e Padrões de qualidade
ohsas 18001
A Coelce estabeleceu, mantém e melhora continuamen-
te a eficácia do seu Sistema de Gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional a partir de rigoroso controle de suas
atividades administrativas e operacionais, para promo-
ver e preservar condições seguras na realização de seus
processos para todas as partes envolvidas com o seu
desenvolvimento.
Os procedimentos seguem os requisitos estabeleci-
dos na norma OHSAS 18001 (Occupational Health and
Safety Assessment Series),conquistada em 2006. Após
intenso treinamento dos colaboradores e adequação
das instalações, até o fechamento de 2008, estavam
certificadas as seguintes atividades:
• Construção e manutenção de redes de distribuição
(13,8KV e 380/220V): processos dos sites de Messe-
jana, Sobral, Canindé, Iguatu;
• Manutenção de linhas de transmissão (69KV) e su-
bestações: processos dos sites de Messejana, Sobral,
Canindé, Iguatu e subestações (Várzea Alegre, Solo-
nópole, Sobral, Coreaú, Viçosa, Tauape, Dias Macedo,
Varjota, Guaramiranga, Inhuporanga); e
• Comercialização de energia elétrica: processos dos sites
de Sobral, Canindé, Iguatu e Administração Central.
iso 14001
Em 2008, a Coelce manteve a certificação de seu siste-
ma de gestão ambiental, conquistada em 2006, e am-
pliou o escopo, atendendo à norma ISO 14001:2004,
emitida pelo Bureau Veritas Certification. O escopo da
certificação compreende construção, operação, manu-
tenção do sistema de transmissão e distribuição de
energia elétrica e suas atividades de apoio, focadas nas
seguintes unidades de negócio:
• Administração Central, Gerência de Distribuição Fortaleza
e Metropolitana
• Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento
Comercial da Loja de Atendimento de Sobral
• Departamento de Distribuição Centro-Norte
• Departamento de Distribuição Centro-Sul Iguatu
• Departamento de Distribuição Centro-Norte Canindé
• Departamento de Distribuição Sul
• Relacionamento Comercial Agência Juazeiro do Norte
iso 9001
O sistema de gestão é certificado pela norma ISO
9001:2000, que abrange as seguintes atividades:
• Operação Técnica
• Normas e Procedimentos
• Planejamento de Alta e Média-Tensão
• Centros de Controle Regionais
• Planejamento e Controle da Manutenção de Linhas
de Alta e Média-Tensão e Subestações
• Projetos e Obras de Baixa e Média-Tensão de Fortale-
za e Região Metropolitana
• Análise e Resposta a Clientes
• Central de Relacionamento
• Faturamento
• Lojas de Atendimento a Clientes do Grupo A
(Grandes Clientes)
• Lojas de Atendimento a Clientes de Baixa-tensão
• Ligação Nova do Grupo B (clientes de Baixa-tensão)
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200818coelce08
Práticas de disseminação e cumprimento
Princípios do Pacto Global Práticas adotadas pela Coelce
Direitos Humanos • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Inclusão de cláusulas referentes a direitos humanos nos contratos de fornecedores de materiais e serviços
• Investimento de R$ 636 mil em projetos sociais
• Investimento de R$ 10 milhões em projetos culturais
• Investimento de R$ 618 mil no Fundo para Infância e Adolescência
• Missão, Visão e Valores
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Missão, Visão e Valores
Direitos do Trabalho • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Acordo coletivo de trabalho
• Bom relacionamento com sindicatos
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores de materiais e de serviços
• Monitoramento de fornecedores
• Índice de Parceria (Inpar) para acompanhamento da gestão de empresas parceiras
• Adesão ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo
• Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores e serviços
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Investimento de R$ 618 mil no Fundo para a Infância e a Adolescência
• Parceria com a Fundação Abrinq
• Monitoramento de fornecedores
• Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Modelo de Gestão por Competências
• Canais confidenciais de denúncia de irregularidades
• Comissão de Ética
COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE 19
Princípios do Pacto Global Práticas adotadas pela Coelce
Proteção Ambiental • Sistema de Gestão Ambiental, que controla e monitora as atividades da companhia
• Certificações ISO 14.001
• Investimentos de R$ 27 milhões em ações de meio ambiente
• Comitê de Sustentabilidade Ambiental
• Política Ambiental
• Campanhas para o uso racional de recursos naturais
• Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
• Comitê Técnico Ambiental
• Origem certificada da madeira utilizada nas cruzetas
• Adubo orgânico
• Programa Troca Eficiente
• Programa de reciclagem Ecoelce
• Óleo ecológico
• Programa para melhorias de processos Deu Certo
• Projetos de P&D com foco em meio ambiente
Contra a Corrupção • Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Canal Ético
• Comissão de Ética
• Auditoria externa para validação dos dados econômico-financeiros
• Auditoria interna
• Adesão ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção
conduta: Governança corporativa e ética
CONDUTA 21
Pelo terceiro ano consecutivo, a Coelce integra o
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da
BM&FBovespa, composto pelas ações de um grupo de
empresas que demonstram alto grau de comprometi-
mento com o desenvolvimento sustentável dos negó-
cios e do País. Para a empresa, é um reconhecimento
público de seus esforços em promover uma gestão
baseada na transparência e confiança nas relações.
São adotadas várias práticas de governança corporativa,
a exemplo de tratamento igualitário a todos os acionistas,
publicação periódica de relatórios sobre as suas atividades
e aperfeiçoamento de canais de comunicação com os
seus públicos de relacionamento. Elas incluem uma
ampla adequação dos processos internos para atender
às exigências da lei Sarbanes-Oxley – que busca coibir
fraudes e corrupção nos relatos financeiros.
Ao disseminar o seu Código de Ética Empresarial en-
tre colaboradores e empresas parceiras, a companhia
enfatiza a importância do comportamento ético em
todas as etapas da distribuição de energia elétrica. O
funcionamento da estrutura organizacional também é
fortalecido pela adoção de colegiados não obrigatórios,
participação expressiva de conselheiros independentes
(27% dos membros), sem vínculo com o acionista con-
trolador, e cumprimento rigoroso de normas de controle.
O Conselho de Administração e os membros da
Diretoria Executiva apoiam e gerenciam de forma ativa
a adoção de diretrizes e indicadores que promovam
os Sete Compromissos com o Desenvolvimento
Sustentável da Endesa, como os da Global Reporting
Initiative (GRI), o questionário do Instituto Ethos de
Empresas e Responsabilidade Social e o Balanço Social
proposto pelo Ibase.
Por meio de todos esses indicadores, a empresa
consegue mensurar e supervisionar a evolução do
desempenho nos aspectos socioambientais, além do
financeiro, que é validado por auditores independentes.
É dever de todos os colaboradores atuar de forma ética
e contribuir para o aprimoramento das ações norteadas
pelos indicadores de sustentabilidade. | gri 4.9 |
Em 2008, foi adotado um novo organograma das dire-
torias das empresas que compõem a Endesa Brasil. Pelo
novo modelo, as áreas de apoio passam a atuar de forma
centralizada como prestadoras de serviço para todas as
empresas controladas pela holding, fortalecendo os negó-
cios de geração e distribuição da Endesa Brasil, como parte
da estratégia de tornar as operações mais eficientes e com
mais sinergia para crescer fortemente no País.
desafiogarantir relações confiáveis com as partes interessadas, alinhada aos princípios de governança corporativa
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200822coelce08
ESTRUTURA DE GOVERNANÇA | gri 4.1 |
asseMbleia de acionistas
Tem a missão de deliberar e verificar a legitimidade e
legalidade das ações realizadas pelos demais órgãos da
Administração. Responsável por eleger os Conselhos de
Administração e Fiscal, reuniu-se duas vezes em 2008,
sendo uma em sessão ordinária e outra extraordinária.
conselho de adMinistraÇÃo
Responsável pela orientação geral dos negócios e pelo
acompanhamento da execução dos programas adota-
dos. Em 2008, o Conselho de Administração era cons-
tituído por dez membros titulares e igual número de
suplentes, sendo um presidente e um vice-presidente.
Os atuais integrantes foram escolhidos em abril de
2007 para um mandato de três anos, sendo permitida a
reeleição. Um dos membros foi indicado pelos acionis-
tas empregados e outro pelos acionistas preferenciais. O
presidente não exerce função executiva. Três conselhei-
ros são independentes. Eles representam públicos estra-
tégicos da Coelce, tais como consumidores, empregados
e acionistas minoritários, e recebem remuneração fixa
por reunião, definida pela Assembleia. | gri 4.2, 4.3 |
Os membros titulares do Conselho não têm participa-
ção nos lucros da companhia ou remuneração vinculada
ao desempenho dos negócios. Os colaboradores rece-
bem remuneração extra, caso consigam cumprir metas
relacionadas aos objetivos estratégicos. | gri 4.5 |
Não é adotado processo formal de qualificação dos
conselheiros, embora todos os membros contem com anos
de experiência profissional e formação educacional, estan-
do aptos a definir as estratégias para o negócio. Até o final
de 2008, não era mantido processo estruturado para au-
toavaliação do desempenho do Conselho. | gri 4.7, 4.10 |
Para evitar conflitos de interesses, o Conselho de Admi-
nistração é responsável por assegurar que normas legais e
regulamentos contratuais, assim como o Código de Ética,
sejam rigorosamente respeitados. | gri 4.6 |
A companhia não possui mecanismos ou política for-
mal para contratação de mulheres, negros ou pessoas
com deficiências para o Conselho de Administração ou
cargos de Diretoria. Todos os conselheiros são homens,
de cor branca, sendo 40% deles com idade entre 30 e
50 anos e 60% com mais de 50 anos. | gri la13 |
conselho de administração
Presidência
conselho fiscal
auditoria interna
diretoria de regulação ouvidoria
diretoria de recursos
humanosdiretoria comercial
área de Perdas
área de operaçõescomerciais
área de grandesclientes
área de cobrança
área de serviçosao cliente
área de operaçãotécnica
área de distribuiçãofortaleza e
Metropolitana
área de distribuiçãonorte
área de distribuiçãosul
área de Planejamentoe engenharia
da at e Mt
assembléia de acionistas
diretoria Jurídica
diretoria técnicadiretoria de finanças
e relações com investidores
diretoria de Planejamento e
controle
diretoria de rel. inst., gov., Meio ambiente e
resp. social corp.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
CONDUTA 23
Ao final de 2008, um conselheiro titular era executivo da
Coelce (José Alves de Mello Franco, diretor de Regulação),
além de alguns integrarem a Diretoria da Endesa Brasil.
Dentre os membros suplentes, eram diretores da compa-
nhia: José Távora Batista (Técnico); Luiz Carlos Laurens
Ortins Bettencourt (Finanças e Relações com Investidores);
José Nunes de Almeida Neto (Relações Institucionais, Go-
vernamentais, Meio Ambiente e Responsabilidade Social
Corporativa); e José Renato Ferreira Barreto (Organização e
Recursos Humanos).
Os acionistas e colaboradores podem se comunicar
com o Conselho de Administração por meio de corres-
pondências enviadas para a sede da Coelce, em Fortale-
za, ou pelo canal Fale com RI ([email protected]).
Os temas são posteriormente discutidos nas reuniões do
Conselho e na Assembleia Geral Ordinária. | gri 4.4 |
conselho fiscal
É responsável por fiscalizar os atos dos administradores,
inclusive as demonstrações financeiras, dando parecer aos
acionistas. Órgão independente da administração e da
auditoria externa é formado por três membros, com igual
número de suplentes, sendo um representante de acionis-
tas preferenciais que não pertence ao grupo de controle.
O mandato do Conselho Fiscal é de um ano, com pos-
sibilidade de reeleição pela Assembleia Geral. Em 2008,
aconteceram quatro reuniões. Todos os integrantes do
Conselho Fiscal recebem remuneração mensal, que não
está vinculada ao desempenho dos negócios. | gri 4.5 |
diretoria-executiva
Responsável pela administração das operações da com-
panhia, segundo as diretrizes apontadas pelo Conselho
de Administração. É formada pelo presidente e por oito
vice-presidentes, com mandato de três anos, sendo permi-
tida a reeleição. Os nove integrantes são brancos, sendo
sete homens e duas mulheres, com idades de 30 a 50
anos (cinco) e mais de 50 anos (quatro).
coMitês de aPoio à adMinistraÇÃo
Após a definição das diretrizes pelo Conselho de Admi-
nistração, 11 comitês auxiliam na execução e fiscalização
do plano estratégico:
• Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
• Comitê Técnico Ambiental
• Comitê Econômico
• Comitê de Investimentos
• Comitê de Gestão da Marca
• Comitê de Gestão dos Riscos Financeiros
• Comitê Central de Segurança
• Comitê de Segurança da Informação
• Comitê de Gestão de Crises
• Comitê de Novos Negócios
• Comitê de Inovação
Integrantes da alta administração e/ou especialistas
técnicos participam dos comitês, auxiliando para que as
decisões estratégicas sejam tomadas a partir de critérios
técnicos e multidisciplinares.
COMPORTAMENTO ÉTICO | gri 4.8 |
código de ética eMPresarial
O documento, disseminado para todos os colaboradores
próprios e parceiros, reúne as principais diretrizes para
o relacionamento com acionistas, empresas parceiras,
clientes, governo e sociedade. Disponível na intranet e
no site da companhia, o Código considera inaceitáveis as
seguintes práticas:
• Qualquer tipo de discriminação, seja ela política, eco-
nômica, social, de raça, nacionalidade, gênero, idade,
religião ou orientação sexual;
• Receber pagamentos, aceitar ou oferecer favores ou
vantagens de qualquer natureza, que resultem de
relacionamento com a empresa e possam influenciar
decisões de interesse próprios ou de terceiros;
• Favorecimento a agentes do governo;
• Uso ou divulgação de imagens que coloquem qualquer
indivíduo em situação constrangedora, preconceituo-
sa, desrespeitosa ou de risco;
• Uso de mão de obra infantil, trabalho forçado ou aná-
logo ao escravo em sua cadeia produtiva. Apesar de
não identificar atividades sujeitas a esse risco, os con-
tratos com fornecedores incluem proibição do trabalho
infantil e mão de obra escrava. | gri hr6, hr7 |
código de conduta dos eMPregados
Todos os novos empregados recebem o documento, tam-
bém disponível na intranet, que abrange as diretrizes de
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200824coelce08
boa conduta profissional. O Código estabelece que o
funcionário deve dar prioridade aos interesses da empre-
sa em detrimento de interesses pessoais ou de terceiros
que possam influir em suas decisões.
código de Postura dos adMinistradores
Aplica-se a todos os diretores, norteando as ações com-
portamentais em nome da ética e do profissionalismo.
canal ético
Por meio do site da Coelce, é possível denunciar más prá-
ticas corporativas. As manifestações são encaminhadas
para uma empresa independente, que analisa a ques-
tão e aciona os órgãos competentes para uma solução,
garantindo confidencialidade ao autor da denúncia. Em
2008, o canal recebeu três denúncias, sendo duas envol-
vendo empregados da companhia (um caso de discrimi-
nação e um de corrupção) e uma relacionada a cliente
(furto de energia). | gri hr4, so4 |
coMissÃo de ética
Zela pelo respeito ao Código de Conduta dos Empregados
e ao Código de Ética Empresarial. Composta pelo presi-
dente, pelos diretores de Recursos Humanos, Jurídico e
Regulação e por representante da Auditoria, analisa casos
de irregularidades e define medidas a serem tomadas.
auditoria indePendente
As demonstrações econômico-financeiras são auditadas
pela AGN Canarim Auditores Associados, contratada até
2009. A AGN não presta nenhum outro serviço para a
Coelce, garantindo o princípio da independência.
auditoria interna
Além da auditoria externa contratada, a Coelce mantém
um programa interno de auditoria, responsável por
fiscalizar o cumprimento de normas e procedimentos, além
de garantir que os sistemas de controle interno estejam
livres de erros e fraudes. O programa é coordenado em
nível corporativo, reforçando sua autonomia em relação
à diretoria de cada empresa Endesa.
unidade de controle interno
Requisito obrigatório pela Lei Sarbanes-Oxley, tem a
função principal de monitorar e garantir a eficácia dos
planos de ação para gerenciamento de riscos.
ouvidoria
Por meio de uma central telefônica gratuita, e-mails e
correspondências, os consumidores podem entrar em
contato com a Coelce para enviar reclamações, comentá-
rios e/ou denúncias. A Ouvidoria atua de forma imparcial,
mediando os conflitos. (Mais informações na página 55).
conselho de consuMidores
Orienta, analisa e avalia questões ligadas às tarifas e ao
fornecimento e aperfeiçoamento dos serviços prestados.
Tem um representante titular e outro suplente das clas-
ses consumidoras – residencial, rural, comercial, indus-
trial e poder público –, além da participação do órgão
de defesa dos consumidores (Decon). Em 2008, foram
realizadas nove reuniões em Fortaleza e duas no interior,
nos municípios de Itapajé e Limoeiro do Norte.
área de relaÇões coM investidores
O mercado de capitais, os acionistas e investidores contam
com uma área de relacionamento pela qual podem obter
informações e esclarecer dúvidas. Há profissionais no Rio
de Janeiro e em Fortaleza aptos a prestar esse atendimen-
to diferenciado. O site http://www.coelce.com.br/ri.htm
divulga periodicamente análises dos indicadores econômi-
co-financeiros e operacionais. Em 2008, a equipe realizou
dois encontros com analistas e investidores na Associação
dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado
de Capitais (Apimec) em São Paulo e dois em Fortaleza.
diretoria Jurídica
Especialistas com conhecimentos técnico-jurídicos
representam a Coelce perante as esferas dos poderes
Judiciário, Executivo e Legislativo.
diretoria de regulaÇÃo e Mercado
Acompanha a regulamentação do setor elétrico brasi-
leiro e as medidas necessárias para a Coelce atender
com qualidade à demanda projetada, minimizando os
riscos e aproveitando ao máximo as oportunidades do
mercado de energia.
CONDUTA 25
RELACIONAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS
Para estar mais próxima de seus públicos, a Coelce fez
um investimento recorde em comunicação e marketing,
em 2008. Também finalizou o mapeamento de seus pú-
blicos, para entender as particularidades e necessida-
des de cada segmento e, assim, elaborar ações específi-
cas de comunicação e relacionamento. | gri 4.15, eu18 |
Com isso, espera ampliar o grau de percepção – e
satisfação – em relação às atividades de melhoria de
eficiência do sistema elétrico e aos projetos socioam-
bientais. A convicção é de que a empresa só fica mais
próxima de quem efetivamente conhece, em um esforço
sintonizado à aspiração de ser, até 2011, a número 1 no
Ceará em atendimento e proximidade com os clientes.
Em 2008, a divulgação de informações sobre produ-
tos e serviços seguiu ações específicas para diferentes
públicos: uso racional e seguro da energia elétrica, para
donas de casa; riscos de acidente pela má utilização da
energia, para o público de construção civil; etc.
Outro foco é a regionalização, com reforço a ações
de comunicação no interior do Ceará sobre os progra-
mas institucionais. O objetivo não é apenas comunicar,
mas sim engajar população, imprensa, órgãos públicos
e demais entidades para desenvolver um Estado e um
País melhores. O sucesso da participação dos líderes
comunitários no programa Ecoelce de reciclagem é um
exemplo dessa mobilização.
Para o público interno, o principal canal de notícias,
o Linha Direta, disponível na intranet, ganhou novo sof-
tware de gestão que proporciona mais agilidade e inte-
ratividade. Por meio desse aplicativo, os colaboradores
podem solicitar a divulgação de acontecimentos de sua
área e acompanhar o andamento da solicitação.
A ferramenta permite também maior participação
por meio dos comentários de notícias, além de promo-
ver enquetes sobre diversos assuntos. Em cinco meses,
o novo Linha Direta publicou cerca de 120 notícias, que
receberam mais de 400 comentários.
Em janeiro de 2008, comercial de um minuto no in-
tervalo do Fantástico (Rede Globo) e nas demais emis-
soras da TV aberta marcou o lançamento da platafor-
ma de relacionamento: A curiosidade move o mundo
e a Coelce. O reposicionamento incluiu um estudo de
marca e pesquisas internas e externas com toda a sua
cadeia de relacionamento. Os pilares do novo posicio-
namento de mercado são: Energia Empreendedora,
Aprender Sempre Mais e Saber Ouvir.
Para intensificar a comunicação com todos os seus
públicos, a companhia investiu R$ 2.633 mil em ações
na mídia televisiva. Em setembro de 2008, a empresa
lançou também campanha publicitária estrelada por
Pelé. Assim como o jogador se consagrou tricampeão
mundial de futebol na Copa do Mundo de 70, a Coelce
conquistou, pelo terceiro ano consecutivo, a posição de
Melhor Distribuidora de Energia do Nordeste, segundo
a Abradee. Parte do cachê de Pelé foi doada à Associa-
ção Peter Pan, que cuida de crianças com câncer.
Positiva 80,0%
Negativa 13,3%
Neutra 6,7%
Positiva 67,0%
Negativa 33,0%
Positiva 74,0%
Negativa 26,0%
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200826coelce08
Engajamento de stakeholders | GRI 4.14, 4.15, 4.16, EU18 |
Parte interessada Descrição Canais de comunicação Canais de participação
Clientes 2,8 milhões de clientes, divididos em oito
classes de consumo: residencial,
comercial, industrial, rural, poderes
públicos, iluminação pública, serviços
públicos e revenda
Website institucional | Conta de energia | Campanhas na mídia | Folderes
explicativos | Revista Cliente Coelce Plus
Conselho de Consumidores da Coelce (Conerge) | Ouvidoria | Ouvidoria na
Comunidade | Coelce nos Bairros | Agência Interativa Coelce | 201 lojas de atendimento,
sendo duas unidades móveis | Escreva para o Presidente | Central de Relacionamento | Pesquisas de satisfação realizadas pela companhia | Pesquisa Abradee de Satisfação do
Cliente Residencial | Pesquisa Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc)
Acionistas e
InvestidoresAcionistas preferenciais e ordinários | Potenciais investidores e analistas
de mercado
Website institucional | Portal de
Relacionamento com Investidores | Informações financeiras trimestrais | Revista Endesa América | Relatório
Anual de Sustentabilidade
Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões do Conselho
de Administração | Assembleia de Acionistas | Conselho Fiscal | E-mail: [email protected] | Área de Relações com Investidores
Governo Órgãos da administração direta e indireta
nos âmbitos federal, estadual e municipalWebsite institucional | Relatório Anual de
Sustentabilidade | Informações financeiras
trimestrais
Área de Regulação e Mercado | Área de Clientes Institucionais | Área de Coordenação e
Acompanhamento Regulamentar | Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões com gestores da companhia e representantes governamentais
Colaboradores 1.278 empregados | 7.662 parceiros | 86 estagiários | 24 menores-aprendizes
Intranet | Website institucional | Informativos
Linha Direta, Dica Cultural e Dica Ambiental
| Fotorreportagens | Clipping de notícias
| Contracheque | Informativo Ação Coelce | Revista Família Coelce | Campanhas internas
Encontro mensal do Ser Coelce | Pesquisa de clima laboral | Pesquisa de comunicação
interna | Reuniões com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes | RH e Você | Café da Manhã com o Presidente | Times de trabalho para objetivos estratégicos
Comunidade/
Sociedade
Pessoas residentes na área de concessão
da companhiaWebsite institucional |Campanhas em
veículos de comunicação |Relatório Anual
de Sustentabilidade
Coelce nos Bairros | Ouvidoria na Comunidade | Área de projetos nas comunidades | Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social
Fornecedores Supridores de energia | Fornecedores de
materiais | Empresas parceiras
Website institucional | Portal de
Relacionamento com Fornecedores| Relatório Anual de Sustentabilidade | Informativo Ação Coelce
Encontro anual para planejamento estratégico | Área de Gestão do Relacionamento
para a Qualidade dos Serviços Prestados | Encontros com empresas parceiras | Área de
Aprovisionamento | Time de trabalho para o objetivo estratégico de integrar os parceiros ao
negócio da companhia
Entidades sem
fins lucrativos
e organizações
socioambientais
Entidades parceiras em projetos sociais
e de pesquisa e desenvolvimento | Universidades | Entidades de classe | Institutos e fundações relacionados à área
socioambiental
Website institucional | Relatório Anual
de Sustentabilidade
Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corporativa | Pesquisa Indicador de
Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões em órgãos ligados ao meio ambiente (Ibama,
Semace, etc.)
Concorrentes Empresas de distribuição de energia elétrica Website institucional | Relatório Anual de
Sustentabilidade | Publicações Abradee
Seminário Abradee de Melhores Práticas | Seminário Nacional de Distribuição de Energia
Elétrica | Eventos, visitas e reuniões com gestores de empresas de distribuição de energia
Meios de
comunicaçãoRádios | Jornais | Revistas | Emissoras de
televisão | Canais de notícias na internet
Website | Coletivas de imprensa | Releases | Relatório Anual de Sustentabilidade
Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Área de Comunicação | Encontro
de comunicadores | Visitas às redações dos principais veículos de imprensa local
CONDUTA 27
Principais temas e preocupações | GRI 4.17 |
Parte interessada Tema/preocupação Medidas adotadas
Clientes Qualidade do atendimento | Qualidade da prestação de
serviços | Falta de segurança com o uso da energia elétrica
| Corte de energia por falta de pagamento | Desperdício no
consumo de energia | Formas de contornar os efeitos
da crise econômica
Nova plataforma de relacionamento com o objetivo de ficar mais próxima do cliente | Busca pela melhoria dos
indicadores de qualidade | Estabelecimento de moderno processo de atendimento emergencial | Melhorias de
processos de cobrança | Participação na Semana de Negociação, que intensifica acordos judiciais, principalmente
em relação ao furto de energia | Campanhas de comunicação (direitos e deveres do cliente, uso eficiente da
energia, riscos e perigos da energia e aviso antecipado do desligamento programado da energia) | Curso de Gestor
de Contas para os grandes clientes optarem por medidas que proporcionam maior economia | Visitas a clientes,
para entender seus planos de expansão e buscar as melhores soluções
Acionistas e investidores Desempenho e acesso a relatórios financeiros Portal de Relações com Investidores | Publicação trimestral de demonstrações financeiras
Colaboradores Empregabilidade | Qualidade de vida | Gestão participativa |
Benefícios | Relacionamento com colaboradores parceiros
Plano de cargos e carreiras | Campanhas de saúde e para a qualidade de vida de colaboradores | Investimentos em
capacitação e desenvolvimento | Plano de benefícios negociado com sindicato | Área de Gestão de Parceiros
Comunidade Falta de infraestrutura em muitas comunidades atendidas Apoio e/ou realização de projetos sociais, ambientais e de geração de renda
Fornecedores Integração com fornecedores | Qualidade da gestão de
empresas fornecedoras de serviços
Realização de seminários técnicos para maior conhecimento sobre materiais elétricos | Estabelecimento do Índice
de Parcerias (Inpar) | Criação da Área de Gestão de Parceiros
Entidades sem fins
lucrativos e organizações
socioambientais
Ausência de sustentação econômica em muitos projetos
| Escassez de recursos para execução de projetos |
Sustentabilidade do planeta
Incentivo ao desenvolvimento de projetos autossustentáveis | Financiamento de projetos sociais, ambientais e
culturais desenvolvidos por ONGs | Compartilhamento de valores praticados por organizações socioambientais
Associações empresariais
e organizações nacionais e
internacionais
Discussão de temas de interesse dos públicos atendidos por
associação/organização.
Compartilhamento de práticas e valores
Meios de comunicação Dúvidas, reivindicações e denúncias de consumidores por meio
de matérias veiculadas na mídia
Campanhas publicitárias nos diversos veículos de comunicação e interação com a mídia por meio de entrevistas e
envio de releases com matérias de interesse da comunidade
Governo Desenvolvimento sustentável do Ceará | Reclamações
em órgãos de defesa do consumidor, Judiciário e
agências reguladoras
Encontros com representantes governamentais para a discussão de políticas públicas | Realização de parcerias
para a universalização do acesso à energia | Cumprimento de legislação e acordos realizados com órgãos das
diferentes esferas governamentais
Parte interessada Descrição Canais de comunicação Canais de participação
Associações
empresariais
e organizações
nacionais e
internacionais
Organização das Nações Unidas | Associações (Distribuidoras de
Energia Elétrica, Sociedades de Capital Aberto, Analistas e Profissionais
de Investimento no Mercado de Capitais, Contadores de Empresas
Elétricas) | Bolsa de Valores de São Paulo | Instituto Brasileiro de
Relações com Investidores | Instituto Brasileiro dos Executivos em
Finanças (Ibef) | Federação das Indústrias do Estado do Ceará | Instituto Ethos | Fundação Abrinq | Ibase
Website institucional | Relatório Anual de
Sustentabilidade
Reuniões com representações de associações
empresariais | Participação em eventos
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200828coelce08
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: SER COELCE
O lucro recorde de R$ 339 milhões em 2008 é consi-
derado uma prova do sucesso obtido pelo primeiro ano
de existência do planejamento estratégico Ser Coelce:
Gente no caminho certo. Por meio dessas diretrizes, a
companhia vem investindo fortemente em melhorias
técnicas e operacionais, além de promover ações ainda
Principais desafios do Ser Coelce | gri 1.2 |
2007 Meta 2008 Resultados 2008 Meta 2009 Meta 2011
gente
Taxa de frequência de acidentes de trabalho 3,4 3,3 3,19 2,9 2,0
Taxa de gravidade de acidentes de trabalho 41 190 1.413 92 65
Índice de Parceria (Inpar) 82% 85% 85,2% 75% 90%
Clima laboral Inclusão no ranking das 150 melhores empresas para se trabalhar, do Guia Exame-Você S.A.
Continuar entre as 150 melhores
empresas para se trabalhar
(Exame-Você S.A)
Esteve entre as 150 melhores
empresas para se trabalhar
(Exame-Você S.A)
Continuar entre as 150 melhores
empresas para se trabalhar
(Exame-Você S.A)
A melhor empresa para
se trabalhar no Nordeste
cliente
DEC (horas) 9,4 8,8 8,18 7,96 7,5
FEC (vezes) 7,9 7,5 6,78 6,6 6,4
Índice de perdas 12,3% 12,3% 11,72% 11,5% 11,2%
Índice de arrecadação (cobrabilidade) 100,3% 99,7% 100,5% 99,7% 99,7%
resultados
Remuneração dos acionistas 100% do lucro líquido passível
de distribuição do exercício de 2007
(R$ 244,7 milhões)
Meta atingida.
100% do lucro líquido passível
de distribuição do exercício de 2008
100%
Venda de energia Mais 6,5% Crescer 5% 4,8% 5,7% 5,5%
rante por todas as unidades da companhia, no interior,
expondo pessoalmente as novas metas corporativas,
além de realizar uma grande apresentação na sede, em
Fortaleza, com a presença de quase 800 colaboradores
parceiros de campo e da Central de Relacionamento.
ParticiPaÇÃo
A evolução dos resultados do Ser Coelce é analisada
mensalmente por todos os colaboradores. Por meio de
videoconferência com as principais unidades do interior
do Ceará e de alguns representantes da Ampla, no Rio
de Janeiro, a direção da companhia presta contas so-
bre os avanços conquistados e os pontos de melhoria,
além de fazer um reconhecimento público aos trabalhos
e projetos que se destacaram no mês. Esse encontro
mensal também é um grande avanço em governança
corporativa, pois todos os colaboradores podem dialo-
gar de forma direta com a Presidência, aumentando o
grau de transparência.
Com a reestruturação da Endesa Brasil, incluindo o
alinhamento dos Valores entre todas as empresas, o Ser
Coelce também teve parte de suas metas de planejamen-
to revista em comparação ao que foi publicado em 2007.
Para o seu planejamento, a Coelce utiliza a ferramenta
de gestão Balanced Scorecard, cujos objetivos estratégi-
cos são pautados em três linhas de ação: Gente, Cliente
e Resultado.
mais focadas na aproximação do relacionamento com o
cliente, no desenvolvimento profissional dos colabora-
dores e no fortalecimento das parcerias com as empre-
sas prestadoras de serviços e fornecedoras de materiais.
A estratégia também atende aos Sete Compromissos
para um Desenvolvimento Sustentável adotados global-
mente pela Endesa.
Para que a disseminação do plano ocorresse de for-
ma efetiva, a direção participou de uma caravana itine-
CONDUTA 29
GESTÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS
Para a Coelce, o diferencial competitivo na busca da
eficiência operacional e do incremento do valor agre-
gado de suas atividades está fortemente enraizado na
importância de seus ativos intangíveis.
Dentre eles, destacam-se as competências e habilida-
des de seus colaboradores e parceiros, que demonstram
no dia a dia uma enorme capacidade de inovação e
solução de problemas com agilidade. Outro importante
ativo é a infraestrutura de redes do sistema elétrico,
que cresce de forma expressiva em razão do programa
Luz para Todos, sem deixar de lado, no entanto, a má-
xima qualidade.
A identificação desses ativos é feita com base na
avaliação das metas de sustentabilidade, respaldadas
no plano estratégico Ser Coelce.
Gestão de intangíveisAtivo Definição Gestão para desenvolver e manter o ativo
Imagem/marca • Tradição da marca e da reputação em sua área de concessão• Portfólio de produtos e serviços • Qualidade do serviço e do atendimento aos clientes
Forte cultura e valores da organização em relação ao comportamento ético, com a disseminação do Código de Ética e Conduta | Identificação de necessidades e expectativas de clientes por meio de pesquisas | Estudos de impacto da marca Coelce | Investimentos para a melhoria da qualidade do serviço | Aperfeiçoamento de processos de atendimento | Desenvolvimento de projetos socioambientais alinhados às necessidades do público da área de concessão | Cumprimento rigoroso das legislações pertinentes | Participação no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo | 150 Melhores Empresas para se Trabalhar (Guia Exame-Você S.A.)
Processos • Processos principais e de apoio • Sistemas de gestão
Mapeamento de processos | Certificações de normas internacionais (ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001) | Realização de auditorias internas e controles internos em conformidade com a Lei Sarbanes-Oxley | Contratação de auditoria externa para validar os dados econômico-financeiros
Inovação • Capacidade de inovação em processos e produtos Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e outros dois específicos para incrementar a cultura de inovação: Inova Coelce e Deu Certo, além do programa global Novare
Recursos humanos • Conhecimentos e habilidades de colaboradores, que possuem elevados índices de satisfação e de produtividade
• Cultura organizacional
Mapeamento de competências de cada colaborador, a área de RH subsidia treinamentos, cursos, bolsas de estudo e outras iniciativas em prol do desenvolvimento pessoal e profissional | Oferta de plano de benefícios completo | Remuneração variável conforme a obtenção de metas estratégicas | Investimento em saúde e segurança | Formas de avaliar e medir as competências e o nível de satisfação, como avaliação 360o e pesquisas de clima laboral, respectivamente | Cultura de compartilhamento e aprendizagem entre as áreas
Infraestrutura • Tecnologias para uso específico da empresa• Sistemas de informação personalizados• Banco de dados e toda infraestrutura de distribuição
Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento para manter sua infraestrutura eficiente e ambientalmente correta | Investimentos em tecnologia para informatizar e tornar cada vez mais ágeis os processos, como o uso de palm tops para corte e religação, por exemplo, além da fatura imediata entregue aos consumidores em única visita do leiturista
Clientes • Base composta por clientes distribuídos nos 184 municípios do Ceará, sua área de concessão, cujo PIB é o terceiro maior da Região Nordeste
Ampla oferta de canais de comunicação e relacionamento | Inovação do conceito de atendimento em suas lojas, pelo qual as atendentes ficam lado a lado com o cliente, e não mais separados por um balcão, permitindo mais proximidade e transparência | Plataforma estratégica Ser Coelce: gente no caminho certo, com metas de acompanhamento mensal em relação às ações envolvendo melhoria do atendimento aos clientes e da qualidade dos serviços prestados | Ênfase no aviso antecipado do corte, a fim de evitar ao máximo que o cliente seja prejudicado com o corte por falta de pagamento
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200830coelce08
GESTÃO DE RISCOS | gri 1.2 |
A Coelce mantém rigorosos procedimentos para miti-
gar os riscos inerentes ao negócio de distribuição de
energia elétrica, tanto na área técnico-operacional,
como administrativa, comercial ou financeira. Conta
com equipes especializadas para atuar no monitora-
mento constante das atividades e investe na ampliação
de estratégias para evitar sua exposição a cada um
dos fatores que apresentem risco potencial. A gestão
também está fundamentada no Princípio de Precaução,
que estabelece como prioritária a prevenção do meio
ambiente e da saúde e segurança dos colaboradores,
empregados parceiros e das comunidades | gri 4.11 |
energéticos
Estimativas sobre o cenário de oferta e demanda de
energia para o Ceará são analisadas e revistas de forma
constante por uma equipe especializada, a fim de prever
de forma mais efetiva o futuro dos negócios no longo
prazo. São aplicados modelos econométricos para definir
a quantidade ótima de contratação, a partir de diversas
estimativas de demanda, incorporando variáveis macroe-
conômicas e setoriais que afetam a evolução do consumo.
Também investe na proximidade do seu relacionamento
com os clientes institucionais e os grandes clientes, a fim
de conhecer os planos de expansão e a necessidade futura
de energia. Dessa forma, a Coelce consegue antecipar po-
tenciais impactos sobre a área de distribuição, de maneira
a assegurar o abastecimento, ampliar a receita e minimi-
zar eventuais prejuízos. Por outro lado, considerando os
níveis atuais dos reservatórios e as simulações efetuadas,
o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não prevê
para os próximos anos um novo programa de racionamen-
to que, em momentos anteriores, como ocorrido em 2001,
ocasionou redução nas receitas da companhia. | gri eu5 |
Mercado
A concessão garante exclusividade na distribuição de
energia elétrica em todos os municípios do Ceará, dimi-
nuindo o impacto real desse tipo de risco. O aumento do
consumo de energia depende, dentre outros fatores, do
comportamento da economia e da renda do consumidor.
Por isso, a empresa procura desenvolver programas em
parceria com o governo estadual para promover o desen-
volvimento sustentável da região. O marco regulatório
do setor energético também dispõe de mecanismos com-
pensatórios, que preservam a manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro da concessão.
regulatórios
Como concessionária do serviço público de distribuição
de energia elétrica, a Coelce está sujeita às exigências
estabelecidas em seu contrato de concessão e às normas
definidas pela Aneel. Todas as mudanças na estrutura
regulatória do setor energético brasileiro são acompa-
nhadas e cumpridas integralmente, de modo a evitar o
risco de multas ou outras situações de não conformi-
dade. É mantida, ainda, uma Diretoria de Regulação
para estreitar o relacionamento com o órgão regulador,
acompanhando de forma permanente os aspectos que
podem interferir na continuidade do contrato.
aMbientais
Para estar em conformidade com a legislação ambien-
tal, foi adotado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA),
por meio do qual a Coelce monitora as atividades,
orientando a execução dos processos operacionais com
base nos requisitos exigidos pela certificação ambiental
ISO 14001:2004 e normas técnico-ambientais vigentes.
Na compra de materiais, é levado em conta o cumpri-
mento das especificidades técnicas definidas pela Área
de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corpora-
tiva, ainda que esses produtos sejam mais caros que a
média de mercado.
financeiros
São considerados aqueles fatores operacionais que pro-
movem perdas financeiras, além dos riscos de crédito, de
liquidez e de mercado (inflacionário, de taxa de juros e de
câmbio). O Comitê de Gestão de Riscos Financeiros ava-
lia periodicamente os níveis de exposição da companhia,
recomendando operações financeiras e ações corretivas
para o cumprimento da Norma de Riscos Financeiros e
Patrimoniais, Política, Controle e Gestão. Para evitar o risco
das flutuações de câmbio, foram contratados instrumentos
de proteção, como operações de hedge/swap, encerrando
CONDUTA 31
2008 com apenas 1,15% do endividamento em moe-
da estrangeira – a política de risco estabelece o limite
máximo de 20% da dívida exposta à variação cambial.
oPeracionais
O sistema de distribuição está sujeito a interrupções
imprevisíveis e acidentais, resultado de falha ou ina-
dequação de processos, sistemas ou pessoas, além de
efeitos decorrentes de desastres climáticos e roubo de
energia e de infraestrutura.
A Coelce conta com um avançado Centro de Controle
de Sistema, que tem a missão de assumir a operação e
o controle de todo o sistema elétrico do Ceará, moni-
torando a meteorologia e identificando com rapidez as
interrupções do fornecimento de luz. A partir do mais
moderno padrão do Brasil, esse centro opera a rede
de alta-tensão de todas as subestações do Ceará e as
redes de média e baixa-tensão da capital e da Região
Metropolitana de Fortaleza.
O risco de interrupção de fornecimento em razão da
perda de equipamentos é gerido pela ação de equipes
especializadas para manutenção preventiva da rede
(que executam periodicamente ações de lavagem de
isoladores, termoleitura de transformadores, etc.), as-
sim como controle de estoques dos equipamentos es-
senciais, dentre outros.
Além de investimentos em melhorias na operação, é
mantido um Plano de Contingência em casos de ocor-
rências de alto impacto, nos quais um grande número
de clientes é atingido pela suspensão do fornecimento.
A comunicação sobre o problema é intensificada e os
especialistas técnicos e o Comitê de Gestão de Crises
são convocados para gerenciar os procedimentos ime-
diatos. A companhia realiza o devido ressarcimento dos
danos por ocorrências elétricas decorrentes de oscila-
ções no sistema de energia. | gri eu20 |
A empresa também investe na modernização e au-
tomação do sistema e realiza campanhas para diminuir
o furto de energia, reforçando, ainda, a infraestrutura
dos postes com cabos antifurto nas regiões com grande
número de ocorrências.
Os riscos operacionais decorrentes de erros ou frau-
des nos processos de trabalho são controlados por
meio da certificação e do monitoramento de proces-
sos de trabalho considerados críticos, de acordo com
os preceitos da Lei Sarbanes-Oxley, sob a supervisão
da Unidade de Controle Interno (UCI). Os controles dos
processos financeiros relevantes também são monito-
rados segundo as determinações do Projeto Normas y
Procedimientos (NyP), da Endesa.
São realizados investimentos na segurança e na
motivação dos colaboradores e exigido o mesmo das
empresas parceiras, pela convicção de que apenas pro-
fissionais bem dispostos conseguem executar com a
máxima eficiência os serviços solicitados. O Sistema de
Segurança e Saúde Ocupacional está certificado pela
norma OHSAS 18001 e atua na mitigação de riscos de
acidentes e doenças ocupacionais.
PatriMoniais
São seguidas as políticas corporativas da Endesa S.A.
para a proteção de ativos por meio da contratação de
seguros, além de assumir responsabilidade contra ris-
cos de perdas acidentais que possam comprometer sua
rentabilidade e provisionar contingências relacionadas
à responsabilidade civil por acidentes e danos a ter-
ceiros. Todos esses riscos são cobertos por apólices de
seguradoras que atuam no mercado local e em escala
global.
sociais
As atividades da Coelce podem causar impactos, de
forma positiva ou não, às comunidades nas quais atua.
Sua operação representa, intrinsecamente, efeitos so-
ciais positivos, dado que a energia elétrica é considera-
da fator de inclusão socioeconômica.
No entanto, há também impactos negativos, a exem-
plo dos relacionados à interrupção de fornecimento de
energia elétrica, que pode trazer prejuízos diversos,
como perda de produtividade na indústria, comércio e
prestação de serviços, queima de aparelhos eletroele-
trônicos, falta de segurança dos indivíduos com a inter-
rupção temporária da iluminação pública, entre outros.
A companhia adota critérios e procedimentos para
minimizar esses riscos, tais como controle de duração e
frequência das interrupções (ver página 45), cadastro de
pessoas dependentes de aparelhos essenciais à vida, aviso
antecipado de suspensão de fornecimento, entre outros.
acionistas: Criação de valor
ACIONISTAS 33
CENÁRIO
O longo ciclo de crescimento acelerado da economia
mundial, com expansão do crédito e da renda, foi inter-
rompido em 2008 com o agravamento da crise finan-
ceira iniciada nos Estados Unidos. Desencadeada pelo
setor imobiliário norte-americano, a crise disseminou-
se pelo mercado financeiro e, a partir de setembro,
provocou a retração do crédito e falta de liquidez, com
impactos significativos em todos os países.
O consumo das famílias e os investimentos impul-
sionaram o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que
cresceu 5,1% no ano. A taxa de desemprego apresen-
tou em dezembro o menor nível desde o início de sua
série histórica, em 6,8%.
No Ceará, área de atuação da Coelce, o ritmo dos ne-
gócios continuou forte até o encerramento de 2008, sem
queda considerável de produtividade da indústria, nem
redução da rentabilidade financeira da empresa, que co-
memorou, inclusive, o maior lucro de sua história.
O faturamento da indústria de transformação do Es-
tado encerrou 2008 com aumento de 8,71% na com-
paração com o ano anterior, mostrando que os números
negativos do último trimestre não conseguiram se so-
brepor ao forte crescimento registrado até outubro. De
acordo com a Federação das Indústrias do Estado do
Ceará (Fiec), o total exportado pela indústria cearense
foi de US$ 912.484 milhões, com expansão de 12,76%
em relação a 2007 e recorde histórico.
AMBIENTE REGULATÓRIO
Em abril de 2008, além do reajuste anual tarifário con-
tratual, a Aneel procedeu ao recálculo da revisão tari-
fária ocorrida em 2007, quando foi aprovada a Base de
Remuneração e, consequentemente, também o valor da
Remuneração do Capital e da Quota de Reintegração.
A revisão tarifária acontece a cada quatro anos, para
reavaliar o equilíbrio econômico-financeiro da conces-
são e repassar ao consumidor os ganhos de produti-
vidade das concessionárias por meio do Fator X. Em
razão de algumas metodologias ainda permanecerem
pendentes por parte do órgão regulador, a revisão teve
caráter provisório e foi estabelecido um reposiciona-
mento tarifário médio negativo de 6,35%.
A partir de então, a Aneel passou a reavaliar a me-
todologia usada para o cálculo, principalmente os itens
da parcela B: Custos Operacionais, Remuneração do
Capital e Quota de Reintegração. O processo de revi-
são tarifária, entretanto, ainda permaneceu provisório,
visto que faltou a definição quanto à metodologia para
construção da Empresa de Referência. A estimativa da
Aneel é concluí-la em abril de 2009.
O reajuste tarifário anual contratual de 2008 foi de
8,43%, sendo 6,04% relativos ao processo de reajuste
e 2,39% referente aos componentes financeiros perti-
nentes, correspondendo a um efeito médio de 6,78%
percebido pelos consumidores. A Aneel reconheceu a so-
licitação para recompor custos incorridos devido a não uti-
desafiogarantir a sustentabilidade do negócio, destacando-se como uma das melhores empresas de distribuição de energia elétrica do brasil
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200834coelce08
lização dos créditos de Imposto sobre Circulação de Mer-
cadorias e Serviços (ICMS), no período de janeiro e 2003
a março de 2009, que corresponde ao valor atualizado de
R$ 148,4 milhões. Esse montante deverá ser repassado
para as tarifas nos próximos reajustes tarifários.
RESULTADOS OPERACIONAIS
Em 2008, a companhia contratou 8.239 GWh de ener-
gia elétrica para atender à demanda do seu mercado
cativo. Desse total, 57% eram provenientes de hidre-
létricas, 41% de energia de fonte térmica e 2% de eó-
lica. Do total contratado, 73,1% foram adquiridos dos
quatro maiores supridores de energia: Endesa Fortaleza
(32,6%), Furnas Centrais Elétricas (19,5%), Compa-
nhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), com 15%,
e Eletronorte (5,8%). O restante (26,9%) corresponde
a supridores que fornecem menos de 5,5% do total.
O nível de contratação ficou em 102,1%, ou seja,
além do requisito necessário para atendimento ao
mercado e abaixo do limite regulatório, que é de 3%.
Portanto, toda a energia comprada foi integralmente
reconhecida nas tarifas.
Mercado
A energia elétrica distribuída (mercados cativo e livre)
em 2008 na área de concessão foi de 7.571 GWh,
representando expansão de 4,8% em relação aos 7,2
mil GWh do ano anterior. O resultado positivo deve-se,
principalmente, ao bom desempenho apresentado pelas
classes residencial e comercial, que, juntas, responderam
por 52% do crescimento total da energia distribuída.
Em 2008, a classe industrial cativa apresentou cres-
cimento de 9,1%, volume influenciado pela migração
de três grandes clientes do mercado livre para o cativo.
A energia requerida pelo sistema Coelce teve aumento de
3,8% em relação ao ano anterior. O montante foi inferior ao
crescimento do mercado, decorrente da redução das perdas
elétricas de 12,3%, em 2007, para 11,7%, em 2008.
No cenário nacional, o consumo de energia cresceu
3,8% em 2008, de acordo com estatísticas da Empresa
de Pesquisa Energética (EPE). A maior demanda ocorreu
no setor de serviços (mais 6%) e nas famílias (5,3%
acima do registrado no ano anterior).
Entre o fatores de crescimento do comércio e ser-
viço destacaram-se a ligação de novos pontos comer-
ciais na Região Nordeste, o turismo de estrangeiros e
o movimento de portos e aeroportos. O aumento na
classe residencial é consequência do uso de mais ele-
trodomésticos e da incorporação, em 2008, de 2 mi-
lhões de novos consumidores no País, repercutindo o
Programa Luz Para Todos. Do consumo total, 74% cor-
responderam ao mercado cativo das concessionárias
de distribuição (ambiente de contratação regulada de
energia) e 26% ao mercado livre.
Hidráulica 57,0%
Térmica 41,1%
Eólica 1,9%
Balanço de energia2003 2004 2005 2006 2007 2008 Var. (%) 08/07
Demanda de energia (MW) 1.087 1.144 1.172 1.202 1.294 1.333 3,0%
Energia requerida GWh 6.825 7.133 7.653 7.778 8.258 8.575 3,8%
Energia distribuída GWh* 5.905 6.141 6.580 6.769 7.227 7.571 4,8%
Residencial 1.803 1.916 2.074 2.167 2.322 2.510 8,1%
Industrial 1.697 1.774 1.533 1.166 1.167 1.273 9,1%
Consumo próprio 8 18 11 10 11 11 0,8%
Comercial 1.076 1.110 1.191 1.251 1.329 1.422 7,0%
Rural 497 477 554 576 654 692 5,8%
Poderes públicos 280 294 330 350 368 386 5,0%
Iluminação pública 326 335 335 329 348 369 6,2%
Serviços públicos 209 213 232 237 245 236 -3,6%
Revenda 9 4 4 2 0,0%
Consumidores livres 316 681 784 670 -14,5%
Perdas % 13,5% 13,9% 14,0% 13,0% 12,35% 11,7% 0,8 pp
Obs.: * Quantidade de energia efetivamente medida no período
ACIONISTAS 35
energia faturada
Em 2008, a Coelce faturou 7.656 GWh, aumento de
4,5% em relação ao ano anterior. Destaca-se o acrés-
cimo de 5,8% do consumo da classe residencial, com
média de 1.196 kWh/consumidor. A participação dos
clientes residenciais corresponde a 33,3% da energia
faturada, sendo 16,3% relativos à categoria baixa ren-
da. As classes industrial e comercial obtiveram partici-
pações de 16,9% e 18,7%, respectivamente. Os consu-
midores rurais totalizaram 9,3% da energia faturada.
controle de Perdas e inadiMPlência
Em 2008, foram intensificados os esforços no combate às
perdas de energia vinculadas ao sistema elétrico (técnicas)
e ao consumo irregular (perdas comerciais). No encerra-
mento de dezembro, as perdas técnicas representaram
10,11% do total da energia comprada, percentual inferior
ao registrado em 2007 (10,63%). Já as perdas comerciais
acumularam 1,61%, abaixo do 1,71% do ano anterior.
O índice de perdas combinado, de 11,72%, apresen-
tou redução de 0,62 ponto percentual em relação a 2007
(12,35%), resultado de várias iniciativas, como:
• Entrada em operação do ponto de entrega em Tauá;
• Construção da subestação de Independência;
• Recondutoramento de alimentadores de 13,8 kV;
• Ampliação, em comunidades carentes, de projetos de
geração de renda (Energia Social, Ecoelce, etc.) como
alternativa de combate ao furto de energia;
• Troca de 16.656 ramais de ligação de clientes de
baixa-tensão, proporcionando melhor qualidade no
fornecimento de energia;
• Consolidação do sistema de telemedição de grandes
clientes, alcançando 4.996 unidades consumidoras;
• Instalação de telemedição em 99 alimentadores, ofe-
recendo monitoramento durante as 24 horas do dia;
• Utilização de novas tecnologias para a melhoria do
processo de inspeção de unidades consumidoras; e
• Mais 5.370 unidades ligadas na rede DAT (antifurto),
com investimentos de cerca de R$ 8,5 milhões, totali-
zando mais de 35 mil clientes conectados.
aÇões de coMbate às Perdas
A Coelce continuou investindo na campanha Sou do
Time que Ganha. Todos Contra o Furto de Energia, que
busca disseminar uma cultura de disciplina de mercado.
Colaboradores próprios e parceiros podem fazer denún-
cias por meio de coletores de leitura e intranet. Devido
ao aumento de denúncias efetivas (de 150 para 2,9 mil
por mês) em 2007, a campanha foi lançada em todas
as regionais em 2008. As premiações trimestrais foram
ampliadas, abrangendo duas categorias: os que mais de-
nunciaram e os maiores termos de ocorrência. O saldo no
ano foi a média de 3,2 mil denúncias efetivas mensais.
Em conjunto com a parceira CAM, foi obtida a certifi-
cação pelo Inmetro (ISO 17025) do Laboratório de Me-
didores. Os medidores com suspeita de fraude, quando
retirados de campo, são lacrados em sacolas especiais e
numerados na presença do cliente. Ao chegar ao labo-
ratório, as sacolas são abertas para que a perícia seja
realizada com o acompanhamento do cliente.
Esses esforços foram complementados por ações já
incorporadas ao dia a dia, sendo as principais:
• Migração do Projeto de Recuperação de Clientes
(PRC) da Área de Combate às Perdas para a Área
de Cobrança, ampliando o enfoque social do projeto,
que inclui meios facilitadores da adimplência, como
cadastramento de clientes no Ecoelce, palestras para
o uso eficiente de energia e lâmpadas ecoeficientes;
• Acionamentos de telecobrança e aviso antecipado de
corte aos clientes inadimplentes, buscando reduzir a
quantidade de suspensões do fornecimento de energia;
normal17,0%
baixa renda16,3%
Residencial 33,3%
Comercial 18,7%
Industrial 16,9%
Outros 13,0%
Rural 9,3%
Livres 8,8%
Perdas de energia | gri eu13 | 2006 2007 2008
Técnicas 10,74% 10,63% 10,11%
Comerciais 2,23% 1,71% 1,61%
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200836coelce08
• Intensificação do envio de clientes devedores aos ór-
gãos de proteção ao crédito, viabilizando maior nú-
mero de negociação das causas pelo SPC/ Serasa; e
• Centralização da geração de cortes massivos em For-
taleza, com ação mais rápida para clientes inadim-
plentes cujas dívidas são mais representativas.
Foi também possível recuperar aproximadamente
R$ 16 milhões por meio de ações de cobrança judicial
e extrajudicial com clientes industriais, rurais e hospi-
tais/casas de saúde. Todas essas iniciativas permitiram
manter um elevado índice de arrecadação, que encer-
rou 2008 com 100,5% do total faturado no ano.
Apesar das medidas para evitar a suspensão do for-
necimento de energia elétrica, há casos em que a com-
panhia necessita realizar o corte até que o pagamento
seja efetuado. Em 2006, a média mensal de cortes exe-
cutados foi de 67 mil e, desde então, o montante vem
decaindo, apesar do ingresso de novos consumidores. A
média mensal de cortes reduziu-se de 57 mil, em 2007,
para 48 mil, em 2008.
DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
destaques
• A receita líquida totalizou R$ 1.915 milhões, 11,4%
superior a 2007;
• O EBITDA evoluiu 19,7% em 2008, atingindo
R$ 570 milhões;
• O lucro líquido superou o resultado de 2007 em
38,3%, totalizando R$ 339 milhões;
• Pelo terceiro ano consecutivo, as ações preferenciais
Prazo entre corte e No de clientes
pagamento | gri eu26 | 2006 1 2007 2008
Menos de 48 horas 275.518 248.446 209.683
Entre 48 horas e 1 semana 136.228 105.417 81.935
Entre 1 semana e 1 mês 71.872 59.152 45.656
Entre 1 mês e 1 ano 176 153 121
Mais de um ano - - -
Reconexão após o No de clientes
pagamento | gri eu26 | 20061 2007 2008
Menos de 24 horas 602.458 568.268 472.791
Entre 24 horas e 1 semana 69.143 36.072 30.861
Mais de 1 semana 38 15 13
1 Dados sobre a hora do pagamento passaram a ser disponíveis a partir do mês de julho de 2006. Os indicadores daquele ano, portanto, foram apurados com base na quantidade do segundo semestre multiplicada por dois.
Principais contas de resultado (R$ mil) 2007 2008 Var.% 08/07
Receita operacional bruta 2.447.849 2.696.537 10,2%
Deduções à receita operacional (728.970) (781.493) 7,2%
Receita operacional líquida 1.718.879 1.915.044 11,4%
Custos do serviço e despesas operacionais (1.353.913) (1.461.936) 8,0%
EBITDA* 476.045 569.646 19,7%
Margem EBITDA 27,7% 29,7% 7,4%
Resultado operacional 364.966 453.108 24,2%
Margem operacional 21,2% 23,7% 11,4%
Resultado financeiro (7.836) (48.916) -
Imposto de Renda e Contribuição Social (106.421) (58.591) -44,9%
Participações (5.958) (7.078) 18,8%
Lucro líquido 244.751 338.523 38,3%
Margem líquida 14,2% 17,7% 24,1%
*Resultado do Serviço + Depreciações e Amortizações
classe A (COCE5) integraram a composição da car-
teira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da
BM&F Bovespa;
• Em 18 de março de 2009 foi aprovada pelo Conse-
lho de Administração a proposta de distribuição de
R$ 263.129.829,13 em dividendos (100% do lucro
líquido passível de distribuição), o que representa
R$ 3,3797/ação (evento subsequente).
receita oPeracional bruta
A receita operacional bruta alcançou R$ 2.697 milhões,
incremento de 10,2% em relação a 2007, causado, prin-
cipalmente, pelos seguintes aspectos:
• Evolução de 6,4% no fornecimento de energia em
decorrência do aumento de 5,7% do número de
ACIONISTAS 37
consumidores e consequente crescimento da energia
faturada em 6,5%, além do reajuste tarifário da com-
panhia, de 8,43%, a partir de 22 de abril de 2008;
• Evolução de 124,7% no reposicionamento tarifário –
CVA. Em abril de 2008, a Coelce começou a reverter a
provisão constituída entre dezembro de 2007 e março
de 2008 (R$ 13 milhões, sendo R$ 9 milhões em 2007
e R$ 4 milhões em 2008), a ser feita em 12 parcelas
iguais. O objetivo foi cobrir as diferenças de tarifa a
serem devolvidas no reajuste de abril de 2008 pelo
recálculo da cota de reintegração considerada na revi-
são tarifária de 2007, que passou de R$ 111 milhões
para R$ 97 milhões. Entre dezembro de 2006 e março
de 2007, a mesma provisão (sem reversão), foi feita
no valor de R$ 16 milhões (R$ 3 milhões em 2006 e
R$13 milhões em 2007);
• Incremento de 67,1% na recuperação do ativo regulató-
rio, que se refere ao estorno de receitas apropriadas em
outros exercícios para recuperação de perdas oriundas
do racionamento de energia (junho de 2001 e fevereiro
de 2002). Esse estorno foi iniciado em janeiro de 2002
e encerrado em abril de 2008 (76 meses);
• Baixa da Energia Livre (R$ 58 milhões): em maio de
2008 a companhia procedeu a baixa da energia livre
(saldos a receber e a pagar) pela não recuperação no
prazo conforme determinação do Ofício Circular nº
2.409/2007. A energia livre refere-se à energia gerada
e disponibilizada no sistema, não prevista nos contratos
iniciais e apurada entre junho de 2001 e fevereiro de
2002; e
• Aumento de 4,9% em outras receitas, refletindo o
aumento das vendas de novos produtos e serviços.
Destacam-se arrecadação para terceiros e prestação
de serviços (projeto e construção de redes particula-
res, aluguel de infraestrutura, etc.).
O crescimento na receita operacional bruta também
foi parcialmente compensado pela recuperação integral
da Parcela A (-R$ 49 milhões). Com o término do prazo
de 76 meses para recuperar os ativos registrados pelas
perdas do racionamento e a energia livre das geradoras,
teve início a recuperação da parcela A – extraordinária,
por meio do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%.
deduÇões da receita
As deduções da receita aumentaram 7,2% em relação ao ano anterior. Essa variação deve-se, principalmente, a:
• Acréscimo de 5,4% no ICMS, cujo aumento resulta do incremento da receita operacional bruta;
• Aumento de 16,0% e 14,5%, respectivamente, na Cofins e no PIS, também em decorrência do saldo maior da receita operacional bruta; e
Receita Operacional Bruta (R$ mil) 2007 2008 Var.%08/07
Fornecimento de energia 2.216.455 2.358.776 6,4%
Baixa renda 173.359 174.066 0,4%
Suprimento de energia elétrica 11.749 13.245 12,7%
Receita pela disponibilidade da rede elétrica 45.695 55.331 21,1%
Reposicionamento tarifário CVA (22.464) 5.542 -124,7%
Reposicionamento tarifário transmissoras (1.867) 700 -137,5%
Recuperação ativo regulatório (55.685) (18.339) -67,1%
Recuperação energia livre (19.492) (6.429) -67,0%
Recuperação parcela A - (48.866) -
Baixa energia livre - 57.475 -
Outras receitas 100.099 105.036 4,9%
Total 2.447.849 2.696.537 10,2%
Receita bruta (R$ milhões) Índice de Arrecadação (%)
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200838coelce08
• Aumento de 29,2% na cota da Reserva Global de Reversão (RGR). Essa cota é destinada à União Fe-deral, para prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços de energia elétrica. O mon-tante equivale a 2,5% dos investimentos em ativos vinculados à prestação do serviço de eletricidade.
custos e desPesas oPeracionais
Os custos e as despesas operacionais em 2008 alcançaram
R$ 1.462 milhões, o que representa aumento de 8% em
relação ao ano anterior, conforme detalhado na tabela ao
lado. Os principais motivos dessa variação foram:• Incremento de 15,7% em custos e despesas não geren-
ciáveis, por:
. Aumento de 6,8% na energia elétrica comprada para
atendimento ao mercado;
. Acréscimo de 41,7% nos encargos do uso de ener-
gia elétrica devidos pela utilização das instalações e
componentes da rede básica, por dois fatores: ajuste
realizado em abril de 2008, de aproximadamente R$
7 milhões, para compensar despesas pagas a maior
para transmissoras em períodos anteriores, e reajuste
das tarifas dos agentes de transmissão, ocorrido em
julho de 2008;
. Baixa da energia livre: em maio de 2008, foi procedida
a baixa de saldos a receber e a pagar pela não recu-
peração no prazo conforme determinação do Ofício
Circular nº 2.409/2007. O montante refere-se à
energia gerada e disponibilizada no sistema, não
prevista nos contratos iniciais, apuradas entre os
meses de junho de 2001 e fevereiro de 2002.
• Melhoria de 6,2% em custos e despesas gerenciá-
veis determinada por:
. Aumento de 10,2% em material e serviços de terceiros,
pelo acréscimo dos investimentos, aliado a reajustes
contratuais e maior volume de serviços prestados por
meio do segmento de novos negócios;
. Melhoria de 257,7% em provisão para créditos de liqui-
dação duvidosa, por dois fatores: baixa do ativo regula-
tório, por não recuperação no prazo estabelecido pela
Custos do serviço e despesa operacional (R$ mil) 2007 2008 Var.% 2008/2007
custos e despesas não gerenciáveis
Energia elétrica comprada para revenda (807.927) (862.684) 6,8%
Taxa de fiscalização da Aneel (4.407) (4.042) -8,3%
Proinfa (13.069) (16.376) 25,3%
Encargo do Uso da Rede Elétrica (50.163) (71.062) 41,7%
Encargo de Serviço do Sistema (ESS) - (8.622) -
Baixa energia livre - (50.482) -
Subtotal (875.567) (1.013.269) 15,7%
custos e despesas gerenciáveis
Pessoal (93.176) (88.620) -4,9%
Material e serviços de terceiros (191.914) (211.505) 10,2%
Depreciação e amortização (140.624) (145.592) 3,5%
Reversão de provisão sobre o ágio 29.545 29.053 -1,7%
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (59.378) 93.522 -257,5%
Baixa ativo regulatório - (106.881) -
Provisões para contingências (6.136) 6.509 -206,1%
Outras despesas operacionais (16.664) (25.156) 51,0%
Subtotal (478.346) (448.667) -6,2%
Total (1.353.913) (1.461.936) 8,0%
Deduções da receita (R$ mil) 2007 2008
Var.% 2008/2007
ICMS (501.577) (528.563) 5,4%
Cofins (96.012) (111.412) 16,0%
PIS (21.421) (24.518) 14,5%
ISS (1.331) (2.037) 53,1%
Cota Reserva Global de Reversão (RGR) (23.156) (29.917) 29,2%
Conta Consumo de Com-bustíveis Fósseis (CCC) (58.160) (55.251) -5,0%
Conta de Desenvol-vimento Energético (CDE) (13.254) (13.526) 2,0%
Programa de Eficiência Energética e P&D (14.055) (16.271) 15,8%
Encargo de capacidade/ aquisição emergencial (4) 2 -156,3%
Total (728.970) (781.493) 7,2%
ACIONISTAS 39
Aneel (R$ 107 milhões); e reversão de R$ 21 milhões da
dívida de um grande cliente;
. Evolução de 206,1% em provisão para contingências:
ocasionada principalmente por reversão de provisões,
sendo R$ 9 milhões referentes a processos tributários
(Pasep) e R$ 4,4 milhões relativos a processos cíveis.
Apesar do montante elevado, os advogados da compa-
nhia consideram remota a possibilidade de perdas nes-
ses processos;
. Aumento de 51,0% em outras despesas operacionais:
pela reversão não recorrente do déficit atuarial de R$
16,3 milhões, registrado no primeiro semestre de 2007,
pela alteração de modalidade do plano previdenciário de
benefício para contribuição definida.
ebitda
Com base nas variações das receitas, custos dos serviços
e despesas operacionais ocorridas em 2008, o EBITDA
atingiu R$ 570 milhões, representando incremento de
19,7% em relação ao ano anterior (R$ 476 milhões). A
margem EBITDA encerrou o ano em 29,7%, aumento de
7,4% em relação a 2007 (27,7%).
resultado financeiro
Foi de - R$ 49 milhões, redução de 300% em relação ao
ano anterior (R$ 8 milhões), pelos seguintes fatores:
• Redução de 67,1% nas receitas financeiras por:
. Decréscimo de 74,6% na atualização do ativo regula-
tório (-R$ 14 milhões): finalização do período de recu-
peração do ativo regulatório oriundo do racionamento;
. Redução de 191,6% (-R$ 24 milhões versus R$ 26 mi-
lhões) em outras receitas financeiras (-R$ 50 milhões):
ajuste de correções cambiais de dívida com fornecedor
de energia indexada a três indicadores (petróleo, infla-
ção e dólar), além da CVA.
• Diminuição de 22,6% nas despesas financeiras, por:
. Aumento de 31,6% nos encargos de dívidas: reflexo
da emissão de R$ 245 milhões em notas promissórias;
. Variações monetárias de - R$ 14 milhões: resultantes
da soma do conjunto de variações cambiais (-R$ 4
milhões), mais variação cambial dos bonds, empréstimos
sem hedge (-R$ 4 milhões) e swap do empréstimo no
Banco Europeu de Investimentos (BEI), de -R$ 6 milhões.
Os efeitos foram compensados por:
• Término da cobrança da CPMF (+R$ 10 milhões);
• Outras despesas (+R$ 41 milhões): ajuste de correções
cambiais de dívida com fornecedor de energia e CVA.
IR/CSLL (R$ mil) 2007 2008 Var.% 08/07
IR / CSLL (106.421) (125.224) 17,7%
Incentivo fiscal Sudene - 66.633 -
Participações (5.958) (7.078) 18,8%
Total (112.379) (65.669) -41,6%
Receitas e despesas financeiras (R$ mil) 2007 2008 Var.% 08/07
receita financeira
Renda de aplicações financeiras 10.759 12.288 14,2%
Variações monetárias 174 841 -
Acréscimo moratório sobre conta de energia 34.930 31.006 -11,2%
Atualização ativo regulatório 18.403 4.668 -74,6%
Atualização de CVA de compra e energia 203 872 -
Correção CVAs 778 2.750 253,4%
Correção parcela A 4.579 3.264 -28,7%
Outras 26.301 (24.096) -191,6%
Total 96.127 31.593 -67,1%
despesas financeiras
Encargo de dívidas (44.859) (59.053) 31,6%
Variações monetárias (16.378) (30.468) 86,0%
CPMF (10.862) (667) -93,9%
Parcelamento de tributos (4.844) (4.215) -13,0%
Correção Programa de Eficiência e P&D (1.866) (3.129) 67,7%
Correção CVAs (1.993) (590) -70,4%
Outras (23.162) 17.611 -176,0%
Total (103.962) (80.509) -22,6%
Total (7.836) (48.916) -
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200840coelce08
dívida por moeda e hedge
indexadores da dívidair/csll e ParticiPaÇões
As despesas com Imposto de Renda (IR), Contribuição So-
cial sobre o Lucro Líquido (CSLL) e participações foram de
R$ 66 milhões, redução de 41,6% em relação ao ano an-
terior (R$ 112 milhões). Essa variação foi ocasionada pela
aplicação da Instrução CVM 555/08, segundo a qual os
incentivos fiscais passam a ser reconhecidos no resultado
do exercício. Dessa forma, o registro do incentivo fiscal –
Sudene, apurado a partir da Lei nº 11.638/07, foi contabi-
lizado no exercício como redutor da despesa do Imposto
de Renda, e a seguir transferido para a reserva de lucros
(R$ 67 milhões). Esse efeito foi parcialmente compensado
pelo aumento no IR e no CSLL, tendo em vista resultado
antes de impostos apurado em 2008.
lucro líquido
Com base nos efeitos expostos anteriormente, o lucro
líquido foi de R$ 339 milhões, valor 38,3% superior
ao registrado no ano de 2007 (R$ 245 milhões). Ao
analisar a evolução do lucro líquido sem os efeitos da
adoção da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº
449/08 (conforme nota explicativa nº 2 das Demonstra-
ções Financeiras), a companhia teria um incremento de
9,8%. Esses efeitos, em resumo, são:
• Incentivos fiscais que passaram a ser reconhecidos no
resultado do exercício (R$ 66 milhões); e
• Extinção da conta de ativo diferido, que ocasionou
baixa do Balanço Patrimonial (R$ 3 milhões).
endividaMento (dívida financeira)
A dívida financeira bruta (excluindo-se a dívida previ-
denciária) encerrou 2008 em R$ 845 milhões, aumento
de 49,4% em relação ao ano de 2007, que foi de R$ 566
milhões. O acréscimo deve-se, principalmente, à emis-
são de notas promissórias (commercial papers) no valor
de R$ 245 milhões, com remuneração de CDI+0,95%
ao ano, pelo prazo de 360 dias, realizada em julho de
2008. Essa emissão teve o duplo objetivo de cobrir os
atrasos no recebimento dos valores das subvenções dos
programas Baixa Renda e Luz para Todos, e refinanciar
dívidas vincendas de custo mais elevado do que o custo
da emissão das notas promissórias.
investiMentos
Os investimentos totalizaram R$ 473 milhões, evolução de
19,2% em relação ao ano anterior (R$ 397 milhões). Os
recursos foram investidos em obras de expansão, reformas
e manutenção do sistema elétrico, controle de perdas, sis-
temas de informação e atendimento ao cliente, garantindo
Indicadores de endividamento 2004 2005 2006 2007 2008
Dívida bruta (R$ mil) 641.572 622.813 489.001 565.741 845.141
Dívida líquida (R$ mil) 555.155 470.180 424.349 553.377 829.303
Dívida bruta/EBITDA 2,9 1,7 0,9 1,19 1,48
EBITDA/Encargos de dívidas 2,2 3,8 6,9 10,61 9,65
Dívida bruta/(Dívida bruta + PL) 0,36 0,46 0,39 0,40 0,42
Dívida líquida/(Dívida líquida + PL) 0,33 0,39 0,35 0,39 0,41
ACIONISTAS 41
MERCADO DE CAPITAIS
Apesar dos efeitos da crise financeira internacional
sobre o mercado de capitais brasileiro, o desempe-
nho da ação preferencial COCE5 apresentou valori-
zação de 4,6% em 2008, saldo mais positivo do que
a queda de 41,6% registrada no Ibovespa no mesmo
período e a desvalorização de 11,6% do Índice de
Energia Elétrica (IEE). Esse comportamento faz com
que o papel se destaque dentre os ativos que com-
põem a carteira do IEE (16 ao total), sendo o terceiro
melhor desempenho em 2008.
No encerramento de dezembro, a Coelce tinha três
papéis negociados na BM&FBovespa, sendo que o
de maior liquidez era a ação preferencial A (COCE5),
com média de 50 negócios diários, em 2008. Os de-
mais papéis, por possuírem baixa liquidez, estavam
expostos a negociações que fugiram à percepção
média do mercado sobre a companhia, o que ocasio-
nou a desvalorização em 2008, na comparação com
o período anterior.
No mercado acionário, 41,1% do capital social da
Coelce está em livre negociação da BM&FBovespa, e
representa o free float, enquanto 58,9% estão nas
mãos do acionista controlador.
a eficiência da rede, elevação dos níveis de confiabilidade
e ampliação da capacidade de atendimento.
O volume mais expressivo no portfólio de investimentos
continuou direcionado ao Programa Luz para Todos, que
representa 47% do total. Excluindo os aportes e subsídios,
os investimentos líquidos atingiram R$ 314 milhões,
14,6% superior ao realizado em 2007.
Em 2009, a Coelce planeja investir R$ 433 milhões,
priorizando a universalização do acesso à energia, a
qualidade do serviço e a confiabilidade do sistema. Des-
se total, aproximadamente R$ 150 milhões devem ser
aplicados em obras do Programa Luz para Todos, com
estimativa de conectar quase 24 mil clientes.
infraestrutura
Em dezembro de 2008, o sistema elétrico da Coelce
era composto por 110.730 quilômetros de rede de dis-
tribuição, 4.244 quilômetros de linhas de transmissão
e 95 subestações, com capacidade instalada de 2.143
MVA. A evolução reflete os investimentos para a exe-
cução dos programas Universalização do Acesso e Luz
para Todos, além dos objetivos de ampliar a eficiência e
a qualidade na prestação dos serviços.
Infraestrutura | gri eu1, eu3 | 2007 2008
Subestações 94 95
Capacidade instalada (MVA) 2.101 2.143
Linhas de transmissão (km) 3.979 4.244
Rede de distribuição (km) 102.161 110.730
Transformadores de distribuição (unid.) 98.738 107.476
Investimentos (R$ mil) 2007 2008
Var.%
08/07
investimentos por demanda 130.642 150.303 15,0%
Novas conexões 100.482 115.302 14,7%
Atendimento à demanda 30.160 35.001 16,1%
Qualidade do sistema elétrico 39.648 49.769 25,5%
Programa Luz para Todos 149.149 223.986 50,2%
Combate às perdas 56.280 28.477 -49,4%
Outros 21.190 20.773 -2,0%
Total 396.908 473.307 19,2%
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200842coelce08
Indicadores de mercado 2004 2005 2006 2007 2008 Var.% 08/07
Ação preferencial A (COCE5)
Cotação 8,24 14,20 22,9 21,50 22,48 14,70%
Média diária de negócios 35 22 39 82 50 16,10%
Média diária de volume financeiro (R$ mil) 463 398 1.031 1.950 829 25,50%
Valor de mercado 593 1.092 1.966 2.162 1.574 -27,20%
Enterprise value (EV*) (R$ mil) 1.148 1.562 2.378 2.715 2.403 -11,50%
EV/EBITDA 5,70 4,22 -26,10%
Preço da ação PNA/ lucro por ação (P/L) 17,56 5,85 5,98 6,84 5,17 -24,40%
Dividend yeld da ação PNA 13,54% 3,14% 12,78% 16,9% 14,00% -17,40%
Valor de mercado/ patrimônio líquido 0,52 1,49 2,52 2,54 1,33 -47,60%
*EV = Valor de Mercado + Dívida Líquida
CRIAÇÃO DE VALOR | gri ec1 |
O valor adicionado de 2008 somou R$ 1,4 bilhão, distri-
buído entre governo e sociedade (62%), colaboradores
(8%), acionistas (19%), financiadores (6%) e lucros reti-
dos (5%). O plano estratégico da Coelce está estruturado
para proporcionar um retorno adequado aos acionistas e
para as demais partes interessadas: colaboradores, forne-
cedores de produtos e serviços, financiadores de capital e
governo. Indiretamente, a criação de valor também bene-
ficia clientes e sociedade.
valor Para acionistas
A Coelce distribuiu aos acionistas, a título de dividen-
dos, R$ 245 milhões em 2008. O valor foi equivalente a
100% do lucro líquido passível de distribuição relativo
ao exercício de 2007. Na Assembleia Geral Ordinária de
2009, a Administração proporá que seja atingido 100%
do lucro líquido passível de distribuição do exercício de
2008, pois a soma da reservas legal e de capital já exce-
deu 30% do capital social, conforme exigência da Lei das
Sociedades Anônimas. O montante é de R$ 263 milhões
(R$ 3,38 por ação preferencial ou ordinária).
valor Para eMPregados
Do total da riqueza gerada em 2008, 8% foram des-
tinados aos empregados, por meio de remunerações,
encargos sociais, previdência privada, participação nos
resultados, dentre outros benefícios.
Criação de valor para empregados (R$ mil) 2005 2006 2007 2008
Riqueza total gerada 1.173.207 1.376.907 1.320.980 1.414.547
Valor destinado aos colaboradores 78.359 75.582 109.386 117.580
Valor adicionado (médio) por empregado 889 1.049 1.018 1.107
Criação de valor para a sociedade (R$ mil) 2005 2006 2007 2008
Riqueza total gerada 1.173.207 1.376.907 1.283.814 1.414.547
Riqueza distribuída para o governo 785.288 858.930 788.097 871.964
coce5 x ibovesPa
1/3/00 6/3/00 11/3/00 4/3/01 9/3/01 2/3/02 7/3/02 12/3/02 5/3/03 10/3/03 3/3/04/ 8/3/04 1/3/05 6/3/05 11/3/05 4/3/06 9/3/06 2/3/07 7/3/07 12/3/07 5/3/08 10/3/08 3/3/09
COCE5Ibovespa
ACIONISTAS 43
Demonstração do Valor Adicionado (R$ mil) 2006 1 2007 1 2008
receitas 2.330.547 2.809.080 3.138.780
Total de insumos adquiridos de terceiros 940.517 (1.473.148) (1.639.287)
( = ) Valor Adicionado Bruto 1.390.030 1.335.932 1.499.493
( ) Quotas de reintegração (109.563) (111.079) (116.539)
( = ) Valor Adicionado Líquido 1.280.467 1.224.853 1.382.954
( + ) Valor Adicionado recebido em transferência 96.440 96.127 31.593
( = ) valor adicionado a distribuir 1.376.907 1.320.980 1.414.547
1 ReclassificadoA Demonstração do Valor Adicionado detalhada está na página 127
distribuição do valor adicionado
Governo 62,0%
Acionistas 19,0%
Pessoal 8,0%
Financiadores 6,0%
Retido 5,0%
Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil) 2006 1 2007 1 2008 %
Pessoal 75.582 109.386 117.580 8%
Governo 858.930 788.097 871.964 62%
Financiadores 112.505 108.761 86.480 6%
Acionistas 283.345 244.751 263.096 19%
Retido 46.545 69.985 75.427 5%
Total do Valor Adicionado distribuído 1.376.907 1.320.980 100% 100%
1 Reclassificado
valor Para fornecedores
O relacionamento entre a Coelce e seus fornecedores não
é apenas uma troca de compra e venda de serviços. A
companhia realiza várias ações visando à melhoria da
comunicação, principalmente pela importância das ati-
vidades que prestam ao seu negócio. Os colaboradores
parceiros fazem a leitura mensal do consumo de energia,
atendem nas lojas e na Central de Relacionamento, cons-
troem novas linhas e consertam ocorrências no sistema
elétrico, entre outras atividades.
No encerramento de 2008, eram mantidos 736 forne-
cedores ativos, sendo 268 de serviços, 432 de materiais
e 36 de supridores de energia. O valor pago por insumos
adquiridos de terceiros totalizou R$ 1,6 milhão (compra
de energia elétrica e de materiais e serviços, além de en-
cargos sobre o uso da rede elétrica, perda na realização
de ativos e outras despesas operacionais). Materiais e
serviços representaram R$ 211,5 milhões. No ano, foram
adquiridos R$ 472,3 milhões em bens imobilizados (má-
quinas e equipamentos utilizados na rede elétrica). (Mais
informações sobre fornecedores na página 74). | gri ec6 )
valor Para a sociedade
Os 184 municípios da área de concessão são beneficia-
dos, direta ou indiretamente, com os impostos, taxas e
contribuições destinados pela companhia aos governos
federal, estadual e municipal. Esse montante somou R$
872 milhões em 2008, o equivalente a 62% de toda a
riqueza gerada pela Coelce no ano.
Além do benefício indireto, a companhia investe em
programas nas áreas de educação, geração de renda,
inclusão social e cultura, que estão apresentados em
Meio Ambiente (página 78) e Sociedade (página 98).
Fornecedores de materiais por localidade | gri ec6 |
Nº
Participação no total
das compras
Fornecedores locais (Ceará) 179 41,44%
Fornecedores nacionais (outros estados) 246 56,94%
Fornecedores globais (outros países) 7 1,62%
Total* 432 100%
*Considera-se para o total, fornecedores de materiais destinados a estoque e forne-cedores que suprem de materiais diretamente as áreas e para uso imediato.
clientes: Atendimento com proximidade
CLIENTES 45
Ao proporcionar ampliação do acesso à energia elétrica em
todo o Ceará, a Coelce contribui para o desenvolvimento
socioeconômico do Estado. As atividades dos setores
industrial, comercial e de serviços são intensificadas e a
população passa a contar com diversos benefícios sociais
atrelados à chegada da energia elétrica, de forma a
melhorar o nível de qualidade de vida e as oportunidades
de geração de renda.
Além de intensificar a evolução em seus indicadores
de qualidade técnica, a Coelce adota constantemente
novos processos e soluções para deixar mais ágil e pró-
ximo o atendimento aos clientes. Uma delas é a fatura
imediata, por meio da qual, em uma única visita ao
cliente, realiza-se a leitura do medidor, o faturamento,
a impressão e a entrega da conta de energia.
Entre as vantagens, observou-se a economia de
tempo e de custos operacionais com uma visita única
do leiturista, além de o cliente ficar satisfeito com a
possibilidade de conhecer, de forma antecipada, o valor
da fatura e planejar o pagamento. A conta imediata,
introduzida em 2007 como projeto-piloto para todas as
unidades do perímetro urbano, foi ampliada em 2008
para 1,8 milhão de clientes em todo o Estado.
INDICADORES DE QUALIDADE TÉCNICA
A Coelce garantiu mais uma redução histórica dos seus
indicadores de qualidade técnica, que servem como
parâmetro do sistema elétrico. O indicador de Duração
Equivalente de Interrupção por Consumidor (DEC)
atingiu 8,18 horas, em 2008, melhora de 12,9% em
relação ao ano anterior. Além de ser o melhor resultado
dentre as demais distribuidoras da Região Nordeste,
jan fev mar ab
rm
ai jun jul ag
ose
tout
nov dez
evolução da eficiência do ano
0,98
0,71
0,46
0,92
0,55 0,550,44 0,48 0,55 0,45
0,47 0,50,7
0,55
1,13
0,810,69
0,55 0,590,61
0,52
0,650,5 0,61
DEC (horas) FEC (VEZES)
eficiência no fornecimento - dec e fec
DEC (horas) FEC (VEZES)
2004 2005 20072006 Meta 2009
14,6
11,9510,44 9,11 7,87 6,78 6,6
12,45 11,429,40 8,18
7,96
2008
| gri eu27, eu28 || gri eu27, eu28 |
desafioser a empresa mais admirada do ceará
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200846coelce08
ele é inferior ao DEC médio no País, que foi de 16,08
minutos (em 2007), segundo dados da Aneel.
O indicador Frequência Equivalente de Interrupção
por Cliente (FEC), que mensura o número de vezes
em que o cliente teve o fornecimento interrompido,
totalizou 6,78 vezes, quase a metade do FEC médio do
País, de 11,72 vezes (em 2007, de acordo com Aneel).
Houve ainda redução do Tempo Médio de
Atendimento Emergencial (TMA), que registra o
intervalo médio de atendimento, expresso em minutos,
desde o ingresso da reclamação até o seu atendimento.
A companhia continuará a trajetória de consolidação
de melhorias e estipulou atingir, em 2009, metas de
7,96 horas (DEC) e 6,6 vezes (FEC).
MonitoraMento
Para que raramente falte energia elétrica nas residên-
cias e nos parques industriais, e, caso ocorra algum
imprevisto que suspenda o abastecimento, ele seja re-
solvido com muita agilidade, a Coelce adota iniciativas
de monitoramento e manutenção preventiva: | gri eu5 |
• Melhoria do processo de inspeção de transformado-
res de distribuição, com a utilização de termovisores,
tornando as inspeções mais eficientes, seguras e pre-
venindo a queima de equipamentos;
• Investimento em equipamentos de automação e pro-
teção nas redes de média-tensão, principalmente
com a instalação de religadores modernos, teleco-
mandados e assistidos pelos centros de controle;
• Pacotes de Melhoria de Qualidade do Serviço (MQS),
que atuam na eficiência das redes de baixa, média e
alta-tensão; instalação de para-raios, reformas com-
pletas dos centros de distribuição de áreas próximas
a hospitais, grandes empresas e de elevado contin-
gente populacional;
• Melhor planejamento dos desligamentos programa-
dos, com a utilização de geradores portáteis que pos-
sibilitam manter o fornecimento aos clientes durante
a manutenção;
• Construção de novas subestações, em 2008, além de
mais 265 quilômetros de rede de alta-tensão e 8.569
quilômetros de redes de distribuição; | gri 2.9 |
• Faseamento das linhas de transmissão, entre as dez
principais subestações da capital cearense, com o ob-
jetivo de tornar mais ágil a operação do sistema nas
transferências de grandes blocos de cargas, evitando
a interrupção de clientes em uma dada contingência.
tempo Médio de atendimento(tMa - minutos)
20072006 Meta 2009
133
109105 105
2008 jan fev mar ab
rm
ai jun jul ag
ose
tout
nov dez
evolução da eficiência do atendimento no ano
141
93
130108
9485 83 81
10597
92111
(tMa - minutos)
A garantia de qualidade nos processos das áreas
Comercial e Técnica é certificada pela norma ISO
9001:2000 desde 2005. A conquista de certifica-
ções demonstra o empenho em expandir a atuação
de forma estruturada e controlada, proporcionando
um grau elevado de satisfação aos clientes.
A unificação de vários processos formou um gran-
de escopo de Operação Técnica, que foi certificado
em dezembro de 2008 com essa norma. A certifica-
ção abrangeu as áreas de Planejamento e Controle
da Manutenção e Planejamento das Redes de Alta-
Tensão e Média-Tensão e o processo do planejamen-
to à execução de obras na rede. Das 67 lojas com
processos certificados, 26 foram obtidos em 2008.
Boas práticas • certificaÇÃo aMPliada
CLIENTES 47
meio do Comitê Gestor Estadual, responsável por exa-
minar a demanda e definir as obras que devem ser prio-
rizadas para eletrificação. O programa atende clientes
com baixo poder aquisitivo, que são classificados como
consumidores de baixa renda. Eles têm redução de até
65% no valor de sua tarifa, sendo o repasse do be-
nefício transferido para as outras classes de consumo,
que financiam, em média, 75% do projeto. Os governos
estaduais contribuem com 10% e as empresas distri-
buidoras de energia elétrica, com mais 15%.
De acordo com a Aneel, a Região Nordeste ilustra
bem o impacto da geração de renda no consumo de
energia elétrica. Em maio de 2008, a Empresa de Pes-
quisa Energética (EPE) detectou que, pela primeira vez,
o volume de energia elétrica requerido pelas residên-
cias nordestinas (que abrigam 28% da população na-
cional) superou o da Região Sul que, apesar de reunir
15% da população do País, tem capacidade industrial
mais desenvolvida.
O desempenho deve-se à expansão do consumo mé-
dio por domicílio, em decorrência do aumento de renda
e de programas sociais de transferência de recursos do
governo federal, especialmente o Bolsa Família. Tam-
bém influenciou a evolução do número de domicílios
atendidos, por meio do Luz para Todos.
No Estado do Ceará, o programa atendeu a 112 mil
unidades consumidoras até 2008, sendo 23.410 so-
mente no ano, com investimento de R$ 227 milhões,
dos quais R$ 56 milhões subvencionados pelos gover-
PRINCIPAIS PROGRAMAS
Até o encerramento de 2008, os programas de Univer-
salização do Acesso e Luz para Todos tinham abrangido
98,5% dos consumidores potenciais da área da Coelce.
Tais programas buscam oferecer desenvolvimento so-
cioeconômico, permitindo o acesso a serviços de saúde,
educação, abastecimento de água e saneamento.
universalizaÇÃo | gri eu22 |
No ano, 114.455 novos consumidores foram atendidos
pelo Programa de Universalização do Acesso e Uso da
Energia Elétrica. A iniciativa prevê a ligação de novas
unidades consumidoras, ou aumento de carga, sem ônus
para os interessados. Dos 184 municípios cearenses,
124 haviam sido universalizados até o final de 2008.
Parte dos atendimentos conta com o incentivo do pro-
grama Luz para Todos. Do total de ligações, 10% foram
custeadas pelo governo do Estado do Ceará, 15% pela
Coelce e 75% pelo governo federal. A meta é finalizar a
Universalização em 2010. | gri ec4 |
luz Para todos | gri eu22 |
O Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para
Todos, iniciado em 2004, busca levar energia elétrica
para as comunidades rurais, contribuindo para o de-
senvolvimento social e econômico, o aumento da renda
familiar e a redução da pobreza.
A solicitação é feita em uma das lojas Coelce ou por
Universalização 2006 2007 2008
Metas de atendimento 85.607 75.836 103.288
Atendimentos (n°) 122.798 113.371 114.455
Alcance de metas (%) 143% 149% 111%
Municípios univ. 48 89 124
Municípios univ. (%) 26% 48% 67%
Luz para Todos (2004 a 2008) 1
Benefic. (mil)
Ligações
nº %
Região Norte 1.200 244.300 15,5%
Região Nordeste 3.800 772.800 49,0%
Região Sudeste 1.600 322.200 20,4%
Região Sul 650 129.500 8,2%
Região Centro-Oeste 550 108.900 6,9%
Total 7.800 1.577.700 100%
1 Estimativa do número de novos consumidores ligados à rede elétricaFonte: Ministério de Minas e Energia, 2008 (Valores até maio de 2008).
Luz para Todos – Ceará 2006 2007 2008
Metas de atendimento 33.000 30.000 29.700
Número de atendimentos efetuados 33.965 21.671 23.410
Cumprimento de metas (%) 103% 72% 79%
Origem dos recursos (R$ mil) 2006 2007 2008
Governo federal | gri ec4 | 65.419 46.300 52.843
Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) 54.509 38.583 44.011
Reserva Global de Reversão 10.910 7.717 8.832
Governo estadual | gri ec4 | 13.148 6.457 3.075
Próprios 25.163 102.849 171.143
Total dos recursos aplicados 103.730 155.606 227.061
Operação e Manutenção ND ND ND
Custo médio por atendimento 3,05 7,18 9,70
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200848coelce08
Tarifa Baixa Renda 2004 2005 2006 2007 2008
Clientes cadastrados no programa Bolsa Família ND 143.513 410.278 507.518 540.182
Domicílios atendidos como baixa renda 1.339.871 1.415.968 1.486.591 1.385.387 1.558.032
% do total de domicílios atendidos (consumidores residenciais) 72% 73% 74% 68% 73%
a mesma tensão. Já os clientes rurais de baixa-tensão
têm redução de 60% comparativamente aos consumi-
dores das demais classes com o mesmo nível de tensão.
Em 2008, o benefício foi concedido a 1.558.032
clientes residenciais. Desse total, 1.141.384 são vincu-
lados à Resolução Aneel nº 246/02, que estabelece a
tarifa de baixa renda aos clientes com média de consu-
mo mensal inferior a 80 kWh (considerando o prazo de
12 meses anteriores). Essa categoria já recebe o bene-
fício automaticamente.
Os outros 416.648 clientes são vinculados à Resolu-
ção Aneel nº 485/02, que beneficia consumidores com
média de consumo entre 80 kWh e 220 kWh e inscritos
no Cadastro Único para Programas Sociais do governo
federal (Cartão Cidadão, Vale-gás, Bolsa Escola, Bolsa
Alimentação e Bolsa Família).
Em 2008, por exigência da agência reguladora, todos
os consumidores classificados como baixa renda tive-
ram de fazer seu recadastramento, mediante a apresen-
tação do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).
Dos 400 mil clientes registrados no banco de dados da
Coelce, 300 mil solicitaram o cadastro e continuaram
aptos a receber o benefício de redução do valor mensal
da tarifa de energia.
nos federal e estadual. Nos últimos três anos, o progra-
ma superou as metas estabelecidas pelo governo, totali-
zando 82 mil consumidores, em média – representando
desempenho de 80% no atendimento dessas solicitações.
tarifa social | gri eu22 |
O Programa Tarifa Social Baixa Renda é um benefício
criado pelo governo federal, que concede descontos
na tarifa de energia elétrica às famílias com menores
condições socioeconômicas, conforme disposto na Lei
nº 10.438/2002. Em contrapartida, as distribuidoras
recebem um subsídio mensal do governo.
Até dezembro de 2008, as homologações mensais
foram realizadas conforme cronograma estabelecido na
regulamentação, não existindo atraso no repasse des-
ses recursos pela Eletrobrás. A solicitação do subsídio
complementar referente ao período de março a novem-
bro de 2007, no valor de R$ 16,9 milhões, foi homolo-
gada integralmente pela Aneel. | gri ec4 |
Clientes residenciais e rurais classificados como de
baixa renda podem alcançar redução de 65% do valor
da tarifa residencial tradicional. Os clientes rurais de
nível de alta-tensão possuem tarifa social 10% menor
do que a das demais classes (indústria e comércio) com
A Coelce, em parceria com o fabricante local L.C.
Amaro, desenvolveu o protótipo de um poste de fibra
de vidro, ideal para uso em áreas de intensa con-
centração salina, pois resiste mais à maresia do que
os tradicionais (feitos de concreto). Além de reduzir
o custo de manutenção e ser produzido localmen-
te, contribuindo para a geração de renda no Ceará,
o material proporciona facilidade de transporte, de
instalação, redução do risco de choques elétricos e
vida útil prolongada. Agora estão sendo desenvol-
vidos postes bipartidos de cinco e sete metros, que
possibilitam o transporte em carros pequenos.
Em 2008, a companhia realizou um programa de
inspeção e qualificação de oito fabricantes de pos-
tes de concreto, vigas, anéis e outros acessórios de
concreto armado. Com durabilidade estimada pelas
normas técnicas entre 10 e 20 anos, os postes ad-
quiridos estavam resistindo apenas dois anos.
As áreas de Normas e Procedimentos e de Qua-
lidade da Coelce organizaram visitas às fábricas e
auditoria de infraestrutura e processos de fabrica-
ção, incluindo a qualidade da matéria-prima uti-
lizada. A empresa mais bem qualificada recebeu
certificado de credenciamento.
Boas práticas • Postes resistentes
CLIENTES 49
PrograMa de investiMentos esPeciais
O contrato de concessão da Coelce prevê a execução de
obras e serviços contemplados pelo Programa Anual de
Investimentos Especiais do Estado. São previstas obras
de extensão de redes MT/BT, subestações com linhas
de transmissão de 69 kVA, aumento de carga, obras de
suporte, remanejamento de postes e recondutoramento
que sejam solicitados pelo governo estadual. O objetivo
é garantir infraestrutura aos projetos industriais, turís-
ticos, de irrigação, abastecimento de água, iluminação
pública e eletrificação rural e urbana.
De acordo com o Convênio nº 048/98 emitido pelo
governo estadual, a Coelce deve destinar 1% do fatura-
mento líquido de venda de energia para o Programa de
Investimentos Especiais. A liberação das obras se dá após
a entrega do plano de obras pelo governo estadual, o
qual se reflete nos valores investidos pela companhia. Os
valores anuais investidos que não atingem o percentual
do faturamento líquido definido no referido convênio se
acumulam para os anos posteriores. Em 2008 o valor in-
vestido totalizou R$ 2,6 milhões. | gri ec8 |
CATEGORIAS DE CLIENTES
A Coelce alcançou, em 2008, a marca de 2,8 milhões
de clientes – 153.092 novos consumidores, crescimento
de 5,7% em relação ao ano anterior. Desse total, 2,1
milhões de unidades consumidoras referem-se ao seg-
mento residencial (cerca de 1,6 milhão classificado como
baixa renda) e 304 mil são clientes rurais. O acréscimo
está concentrado nas classes residencial e rural.
Essa evolução reflete, em essência, o crescimento ve-
getativo do mercado cativo e os investimentos para a co-
nexão de novos clientes à rede, em especial no Programa
Luz para Todos, que foram responsáveis pelo acréscimo de
23.410 unidades consumidoras.
Programa de investimentos especiais (r$ mil)
Evolução do número de clientes| gr i eu2 | 2004 2005 2006 2007 2008
Var. (%)
(07/08)
Mercado cativo
Residencial 1.871.241 1.943.684 2.020.253 2.036.983 2.132.492 4,7%
Normal 531.370 527.716 533.662 651.596 574.460 -11,8%
Baixa renda 1.339.871 1.415.968 1.486.591 1.385.387 1.558.032 12,5%
Industrial 6.831 6.572 6.455 6.015 5.943 -1,2%
Comercial 136.141 138.696 141.469 146.680 151.276 3,1%
Rural 189.591 208.797 218.162 267.709 303.994 13,6%
Setor Público (inclui Iluminação Pública) 26.248 27.721 29.617 32.608 35.731 9,6%
Subtotal 2.230.052 2.325.470 2.415.956 2.489.995 2.629.436 5,6%
Revenda 2 2 3 2 2 0%
Consumo próprio 216 216 220 241 225 -6,6%
Clientes ativos sem fornecimento 103.320 112.402 127.078 198.508 212.175 6,9%
Total de clientes 2.333.590 2.438.090 2.543.257 2.688.746 2.841.838 5,7%
2004 2005 2006 2007 2008
total de clientes ativos (mil)
2.334 2.438 2.543 2.6892.842
A companhia encerrou 2008 com 14 clientes livres, re-
tração de 26,3% em relação ao final de 2007. Essa varia-
ção se deve pela redução líquida de cinco clientes livres na
base comercial da companhia (basicamente, o retorno de
oito clientes livres ao mercado cativo e a entrada de três
novos clientes livres, ao longo de 2008).
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200850coelce08
Produtos e serviços para clientes residenciais
seguros coelcecobrança realizada mensalmente na fatura de energia elétrica
Família Seguro Residencial 3 + 1
Produto que mais se destacou nas vendas em 2008, na carteira de seguros da Coelce. O conjunto de seguros residenciais com coberturas específicas garante a indenização em caso de incêndio, raio e/ou explosão e, dependendo do plano escolhido, cobre riscos de roubo e/ou furto qualificado e responsabilidade civil familiar. Foram registradas 242.808 adesões em 2008, 11% superior a 2007 (218.316).
Seguro Vida Protegida Lançado em 2008, além de oferecer proteção financeira e assistência funeral, possibilita descontos na compra de medicamentos. O titular ainda participa mensalmente de sorteios de R$ 3 mil pela Loteria Federal. Foram registradas 4.054 adesões em 2008.
Seguro Estudo Garantido Lançado em 2008, oferece cobertura por morte natural ou acidental em 24 vezes o valor da mensalidade até o limite máximo de R$ 10 mil por estudante. Também paga R$ 1 mil no caso de morte natural ou acidental do responsável pelo pagamento das mensalidades escolares, por aluno. No caso de desemprego involuntário, pagamento de até cinco mensalidades escolares do mês imediatamente posterior ao sinistro, até o limite máximo de R$ 11,5 mil, entre outras vantagens. Em 2008 a Coelce registrou 196 adesões.
Seguro Emergência Auto Assistência 24 horas em caso de problemas como o carro. Com 176 adesões em 2008, o produto é ideal para quem não tem condições de arcar com um seguro tradicional. Dentre os serviços garantidos estão socorro mecânico, reboque de carro, chaveiro, assistência em caso de falta de combustível, pneu furado ou danificado, meios de transporte alternativo, hospedagem, guarda-carro, motorista amigo, envio de peças e transmissão de mensagens urgentes.
Seguro Domiciliar com Assistência 24 horas
Além da assistência residencial, oferece cobertura de incêndio, raio e explosão com nove serviços disponíveis em caso de sinistro, serviços de emergência (chaveiro, eletricista e encanador) e serviços especiais. Foram registradas 4.329 adesões em 2008, quantidade 90% superior a 2007 (2.278).
Seguro para Diária de Internação Hospitalar
Em caso de internação hospitalar, o cliente recebe R$ 120,00 por diária. Como foi instituído em dezembro de 2008, não registrou adesões.
Título de capitalização Boa Ação, Boa Sorte
O cliente contribui com um valor fixo mensal acessível, de R$ 2,99 (Plano I) ou 4,95 (Plano II) e concorre a prêmios em dinheiro, por meio de sorteios mensais. Do total arrecadado, 10% são destinados para o Instituto Ronald McDonald, que investe em projetos de combate ao câncer infanto-juvenil. Em Fortaleza, o instituto apoia a Associação Peter Pan. Em 2008, o produto registrou 95.355 adesões, quantidade quase quatro vezes maior que em 2007 (19.128).
coelce serviÇos
Kit Energia Conjunto de peças e serviços utilizado para entrada de energia em residências ou empresas, com objetivo de proporcionar qualidade ao serviços de ligação nova, acréscimo/decréscimo de carga, padrão rural irrigante dupla tarifação e mudança de medidor de local. Em 2008 foram vendidos 56.387 kits, 33% acima do ano anterior (42.190).
Coelce Comercial Profissionais qualificados vistoriam o empreendimento do cliente, elaboram orçamento e consertam eventuais problemas em instalações elétricas, com pagamento facilitado pela conta de energia. Em 2008 foram realizados 5.342 serviços (14.763 em 2007).
Cobrança Fácil A conta de energia é colocada à disposição como meio de arrecadação de produtos e serviços oferecidos por empresas parceiras (que em 2008 totalizaram 11). No ano, a quantidade de serviços de cobrança foi de 887.863, 602% maior que em 2007 (126.354).
SERVIÇOS COELCE
A crescente oferta de novas opções em seguros, ser-
viços e parcerias fortalece a imagem da Coelce como
prestadora de soluções capaz de gerar benefícios aos
seus clientes e maior retorno financeiro aos acionistas,
de forma mais ampla do que levar energia elétrica de
qualidade.
Clientes residenciais – Em 2008, foram considera-
dos sucesso de vendas o seguro Família Residencial
3+1, o título de capitalização Boa Ação, Boa Sorte e a
arrecadação de faturas de planos odontológicos, com
total de 542.510 clientes.
Grandes clientes – O pacote de serviços e soluções
Coelce Plus é destinado a clientes ligados às redes de
média e alta-tensão.
Clientes institucionais – Por meio do Coelce Plus
Institucional, são oferecidos os seguintes serviços a
clientes da administração pública:
Coelce Plus Institucional
Clientes
em 2007
Clientes
em 2008
Banco de capacitores 37 41
Construção de subestações 5 10
Iluminação de prédios públicos 209 349
Manutenção de subestações 87 16
Outros 104 127
Total 442 543
CLIENTES 51
ATENDIMENTO
Para atingir a sua Visão de ser a empresa número um,
no Ceará, em atendimento e proximidade com os clientes
até 2011, a Coelce investe em tecnologia e melhoria dos
processos internos, além de treinar seus colaboradores
para que entendam cada vez mais as necessidades dos
consumidores, visando estreitar o relacionamento com
esse público estratégico.
clientes residenciais
central de relacionaMento
As novas regras do Código de Defesa do Consumidor
para os serviços de call center foram de fácil adequação
pela Coelce, que desde 2005 desenvolvia o Projeto
Contato. Visando à excelência, essa iniciativa já buscava
solucionar a ocorrência no primeiro contato com o cliente.
Em 2008, isso ocorreu em 82,5% dos atendimentos.
Serviços Coelce Plus para grandes clientesEficiência energética Diagnóstico e elaboração de projeto para tornar as instalações mais ecoeficientes, por meio da troca de
equipamentos de climatização, iluminação e força motriz. Além disso, treina colaboradores do cliente para o consumo eficiente da energia elétrica. Em 2008 seis clientes foram beneficiados e 20 pessoas treinadas (21 empresas, com treinamento de 120 pessoas, em 2007).
Construção de linhas e subestações
Elaboração de projeto elétrico civil e execução da construção e montagem de subestações aéreas e abrigadas, além de redes de distribuição. Foram registrados 271 serviços em 2008, quantidade 198% superior à registrada em 2007 (91).
Manutenção de subestações Manutenção preventiva anual para os clientes que possuem subestações aéreas ou abrigadas. Inclui o serviço da equipe Coelce Plus Empresarial para atendimento emergencial. Em 2008 foram realizados 187 serviços, montante 315% superior ao de 2007 (45).
Correção do fator potência Instalação de bancos capacitores para o equilíbrio do consumo de energia elétrica. Após a contratação do serviço, o cliente economiza o valor da multa por reativo excedente antes cobrada pelo baixo fator de potência. Em geral, o custo da implantação do serviço é pago com a própria economia obtida na conta. Em 2008 foram registrados 351 serviços, quantidade 112% superior a 2007 (165).
Instalações elétricas internas Modernização das instalações elétricas internas por meio de mão de obra especializada em construção e adequação de subestações de média e alta-tensão, construção de rede de loteamentos, rede rural, projetos de iluminação pública, estádios esportivos e atendimento a eventos especiais. Em 2008 foram registrados dois serviços, em comparação a sete no ano anterior.
Venda de equipamentos Oferta de soluções em projeto e equipamentos eficientes (máquinas, motores, transformadores, geradores, etc.), com pagamento facilitado via fatura de energia. Em 2008 aconteceram 57 vendas de equipamentos, quantidade 90% acima de 2007 (30).
Outros Reformas elétricas, adequação de medição, atendimento emergencial, cobertura isolante em baixa e média-tensão, aluguel de equipamentos. Os 292 serviços registrados em 2008 foram superiores aos 257 obtidos no ano anterior.
As exigências determinam que os call centers este-
jam disponíveis 24 horas, sete dias por semana, quando
se tratarem de serviços de fornecimento ininterruptos,
como é o caso da distribuição de energia. O tempo de
espera deve ser de até um minuto para contato direto
com o operador e a ligação só poderá ser transferida
de um atendente para outro uma única vez. O serviço
gratuito de teleatendimento, disponível pelos telefones
0800-285-0196 (ligações originadas de telefones fixos)
e 9090-8811-6000 (de telefones celulares), cumpriu
toda a regulamentação, inclusive com tempo médio de
apenas 0,08 segundos para o início do atendimento.
Outro motivo de comemoração para a Coelce refere-
se ao indicador que verifica o abandono da ligação pelo
Atendimentos 2006 2007 2008
Central de
Relacionamento
3.073.962 3.305.654 2.936.214
Agências 2.555.823 2.832.637 2.732.931
Internet 376.418 751.396 1.257.536
Total 6.006.203 6.889.687 6.926.681
Tempo de espera (min) 2006 2007 2008
Espera até o início de atendimento nas agências 04:47 04:21 05:14
Espera até o início de atendimento na Central de Relacionamento 0,13 0,13 0,08
Tempo de atendimento nas agências 04:40 04:55 04:52
Tempo de atendimento na Central de Relacionamento 04:03 04:20 04:36
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200852coelce08
cliente, que em 2008 foi abaixo de 1% (0,87%), signifi-
cando que cada vez menos o cliente fica esperando por
atendimento. Em 2008, os 350 teleatendentes, que se
revezam em três turnos na Central de Relacionamento,
receberam, em média, 250 mil ligações mensais, con-
tabilizando 2,9 milhões de chamadas. A quantidade de
ligações pode ser influenciada por alterações climáticas
e outras ocorrências que impacta o sistema elétrico.
A estrutura da Central de Relacionamento em Fortale-
za passou por completa reforma em 2008, para garantir
mais espaço físico e bem-estar aos atendentes. Foi ainda
instalado um novo sistema para atendimento integral ao
cliente, com plataforma de navegação na web mais dinâ-
mica e moderna. Foram também contratados mais 50 co-
laboradores e reforçadas as campanhas de motivação para
alcance de metas comerciais, recompensadas por meio de
bonificações aos melhores desempenhos. Cuidados com a
postura, alimentação e voz são observados no cotidiano.
Massoterapeutas também atuam diariamente para aju-
dar os funcionários a relaxar possíveis tensões no corpo.
loJas de atendiMento
A Coelce possui 201 lojas de atendimento, sendo duas
unidades móveis. Os 373 atendentes recebem solicita-
ção de serviços e realizam a venda de seguros e demais
produtos e soluções da companhia. Em 2008, houve
2,7 milhões de atendimentos.
Os clientes também podem imprimir a segunda via da
conta de energia, consultar débitos ou solicitar outros
serviços simples por meio de máquinas de autoatendi-
mento. Em 2008 foram registradas 723 mil operações.
A partir de 2007, a Coelce passou a elaborar um
ranking trimestral dos melhores profissionais das lojas de
atendimento, com base em cinco critérios: tempo médio
de atendimento; produtividade; avaliação dos conheci-
mentos sobre os procedimentos da companhia; venda de
produtos e serviços; e satisfação do cliente. Esse último
item recebe a maior ponderação do cálculo, equivalente
a 60%. Os profissionais que se destacaram têm sua foto
divulgada na intranet, e a cada trimestre são convidados
para um jantar com o presidente da Coelce, diretores e
coordenadores de áreas, quando são homenageados.
agência interativa
Acompanhando a tendência global do aumento de usu-
ários de internet, em 2008 foi registrado 1,3 milhão
de atendimentos instantâneos via website (chat), que
oferecem os mesmos serviços disponíveis por telefone
e funcionam como canal de comunicação para receber
reclamações ou sugestões.
O ano de 2008 marcou a inauguração do novo formato
de atendimento. Agora, clientes e atendentes ficam lado
a lado, e não mais separados por um balcão, permitindo
mais interação e transparência. O novo projeto arquite-
tônico das lojas também prevê instalações mais amplas
e espaço exclusivo para exposição e oferta de produtos
e serviços.
“Quando cheguei aqui, me encantei. Todos os clien-
tes esperavam sentados, as atendentes tinham sorriso
no rosto e os clientes eram tratados do mesmo jeito,
não somente os que estavam vestidos de forma mais
vistosa”, conta Helenice Maria Rodrigues Costa, profes-
sora aposentada, que foi à loja do Conjunto Ceará. “O
atendimento foi super-rápido e gostei de acompanhar
na tela do computador o que estava sendo explicado.
No final, ainda perguntaram: a senhora está satisfei-
ta?”, diz Helenice, confirmando ter ficado muito bem-
impressionada com o sistema.
A novidade também foi aprovada pelas atenden-
tes. “O cliente vê que a gente busca fazer o melhor”,
explica Fabíola Siqueira. Seis grandes lojas adotaram
esse modelo em 2008, que será estendido a mais nove
unidades até o final de 2009.
Outra facilidade disponível é o atendimento com
hora marcada, que pode ser agendado por meio de
uma central telefônica 0800 ou no próprio local.
BOAS PRáTICAS • Atendimento mAis próximo
CLIENTES 53
O principal motivo das reclamações recebidas via
Central de Relacionamento, lojas de atendimento e
internet é a interrupção de serviços, com 96,7% do
total das solicitações. Em 2008, foram solucionadas
93% das reclamações consideradas procedentes.
coelce nos bairros
O programa busca ser um forte canal de comunicação
entre a empresa e as comunidades, por meio de reuni-
ões e do contato direto com lideranças para entender
suas reais necessidades. Nos encontros, são realizadas
palestras de esclarecimentos sobre o uso eficiente e
seguro da energia elétrica, os canais de atendimento,
produtos, serviços e programas sociais da distribuidora.
A partir das demandas, as demais áreas da empresa
Principais reclamações recebidas 2006 2007 2008
Prazos na execução de serviços 2,80% 0,69% 0,34%
Fornecimento inadequado de energia 0,35% 0,84% 0,80%
Interrupções 90,04% 92,79% 96,70%
Conta não entregue 2,97% 3,05% 1,20%
Valores cobrados na conta 0,17% 0,23% 0,02%
Outros 3,67% 2,40% 0,94%
Total 100% 100% 100%
Reclamações procedentes e improcedentes 2006 2007 2008
Julgadas procedentes em relação ao total de reclamações recebidas 96% 95% 96%
Julgadas improcedentes em relação ao total de reclamações recebidas 4% 5% 4%
Solucionadas em relação ao número de reclamações procedentes 99% 98% 93%
Quantidade de inovações implantadas em razão da interferência do ouvidor e/ou do serviço de atendimento ao consumidor 7 15 19*
* 8 por meio da Ouvidoria e 11 pelas áreas de atendimento comercial
são direcionadas para atender à comunidade em aspectos
como parcelamentos facilitados, aferições de medidores e
cadastro para os programas Ecoelce e Troca Eficiente.
A partir de julho de 2008, a equipe passou a promo-
ver oficinas de teatro com jovens, como um meio de eles
expressarem suas opiniões. Um grupo de voluntários da
Coelce, capacitados pela Casa do Conto, também apro-
veita a reunião da comunidade para contar estórias e
realizar atividades lúdicas com as crianças. De janeiro a
dezembro de 2008, o Coelce nos Bairros realizou 190
reuniões, com a participação de 37.578 pessoas.
carta serviÇo – análise e resPosta
O canal é especializado em controlar o recebimento de re-
clamações e sugestões dos consumidores, de forma escri-
ta ou por intermédio das lojas, Central de Relacionamen-
to, caixa postal e website. Também recebe reclamações
de órgãos de defesa do consumidor e promotorias, além
das análises de recursos de Termo de Ocorrência (TO), que
necessitam de prazo estipulado para resposta. Em 2008,
foram prestados 452.127 atendimentos, incluindo a en-
trega de respostas de correspondências.
Para o desenvolvimento profissional dos colaborado-
res da Área de Análise e Resposta ao Cliente, a Coelce
ofereceu cursos para aperfeiçoar a escrita, atualizar co-
nhecimentos e calcular Termos de Ocorrência.
escreva Para o Presidente
Os clientes podem enviar mensagens diretamente para
o presidente da Coelce, por meio de canal de comunica-
ção disponível nas lojas de atendimento. Em 2008, foram
realizados 74 atendimentos, entre reclamações e suges-
tões, com resposta enviada ao cliente em 24 horas, por
meio de carta. A área responsável pela análise e resposta
aos clientes mantém relacionamento direto com o Decon
Fortaleza, que registrou, em 2008, redução de 32% no
total de reclamações em relação ao ano anterior.
Pontos de arrecadaÇÃo
Os clientes da Coelce podem pagar suas faturas de
energia em 1.562 pontos de arrecadação distribuídos
pelos 184 municípios cearenses, como instituições ban-
cárias, farmácias, supermercados, entre outros. Nas 201
lojas de atendimento, há 131 pontos de arrecadação.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200854coelce08
clientes coM necessidades esPeciais
A Coelce incrementou suas ações inclusivas com a com-
pra de um aparelho que permite o atendimento telefô-
nico a clientes com deficiência auditiva, cujo número é
0800 2801887. Nesse sistema, o cliente insere o apa-
relho monofone (teclado alfanumérico) em um telefone
comum e digita as informações, que são visualizadas
pela atendente da Central de Relacionamento.
Houve também treinamento dos profissionais na
Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Até dezembro
de 2008, nove lojas possuíam atendentes qualificados,
com dez profissionais formados pela Federação Nacio-
nal de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). Já
as pessoas com deficiências visuais podem solicitar a
conta de energia em versão braile, benefício que con-
templou 42 clientes em 2008.
Outra iniciativa é a construção de rampas de acesso
nas lojas de atendimento. Todas as unidades que passam
por reformas recebem essa estrutura, sendo que 39 já
oferecem essa facilidade para pessoas com dificuldades
de locomoção (sendo 14 em Fortaleza e Região
Metropolitana e 25 no interior do Estado). | gri eu23 |
coMunidades de baixa renda
Além do acesso a uma tarifa de energia mais barata,
definida pela Aneel, a Coelce atua de forma proativa
em comunidades com baixos índices de consumo e/ou
poder aquisitivo, com foco na realização de programas
sociais. Essas iniciativas ganharam destaque a partir de
Para manter a certificação ISO 9001 para a Área de
Grandes Clientes, foram realizadas as seguintes ativi-
dades em 2008:
• Atendimento prioritário a grandes clientes pelas equi-
pes de Linha Viva (especialistas técnicos que reali-
zam obras em rede energizada);
• Intensificação das visitas personalizadas: totalizaram
3.864 em 2008, aumento de 59,8% em relação ao
ano anterior. O objetivo é conhecer de perto os pla-
nos de expansão dos clientes, a fim de oferecer solu-
ções diferenciadas para cada caso, e
• Expansão das visitas e vendas de serviços para o in-
terior do Ceará.
clientes institucionais
Uma área exclusiva é destinada ao relacionamento com
os clientes institucionais, sendo dividida em atendimento
e vendas de serviços. Um grupo de seis executivos espe-
cializados e quatro colaboradores de apoio é responsável
pela oferta de serviços de ligações novas ou provisórias,
pedidos de execução de obras de extensão de rede, ve-
rificação de faturas mensais de energia, repasse da Con-
tribuição de Iluminação Pública e outras demandas dos
municípios e governos estadual e federal.
Os clientes institucionais ainda contam com a orien-
tação de 16 profissionais qualificados para facilitar a
contratação dos serviços Coelce Plus Institucional.
2006, com a introdução dos projetos Ecoelce (página
87), Troca Eficiente e Energia Social (página 101), que
promovem a capacidade econômica de uso da energia.
grandes clientes
A parcela de grandes clientes corresponde a 0,2% do
total da carteira atendida pela Coelce. Pela característi-
ca desse segmento, a companhia oferece atendimento
especial, desde o momento da solicitação dos serviços,
com postos exclusivos na Central de Relacionamento,
até a execução e manutenção dos trabalhos.
Uma das principais iniciativas foi a realização do
curso Gestor de Conta de Energia. A fatura destinada
a esse público traz vários elementos, com maior grau
de complexidade que a residencial. Durante oito horas,
os administradores aprendem conceitos tarifários, leitu-
ra técnica da fatura e funcionamento da telemedição,
entre outros. Também visitam o Centro de Controle do
Sistema e a Central de Relacionamento. Em 2008 foram
oferecidos cinco cursos, com 204 participantes. A ini-
ciativa continuará em 2009, de acordo com a demanda.
Outro destaque foi a parceria firmada entre a Coelce
e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec),
no programa Ampliando Possibilidades. A iniciativa
possibilita que empresas contem com atendimento per-
sonalizado da Coelce, na sede da entidade, com acesso
mais rápido à solução de problemas e a produtos e ser-
viços. Parceria semelhante foi firmada com a Câmara
dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza.
CLIENTES 55
SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Privacidade e ética
O Código de Ética Empresarial da Coelce prevê o ade-
quado manuseio das informações, a fim de garantir a
privacidade dos clientes. Na divulgação de campanhas
e peças publicitárias, a Coelce respeita os padrões éti-
cos de propaganda adotados no Brasil, definidos pelo
Conselho Nacional de Autorregulamentação Publici-
tária (Conar) e não possui registro de violação de re-
gulamentação de propaganda e marketing. A Área de
Comunicação é responsável, em última instância, pela
adequação do conteúdo divulgado. Todas as campa-
nhas são submetidas ao Comitê de Gestão da Marca
para avaliação final. | gri Pr6 |
Os produtos da Coelce não são passíveis de pro-
cedimentos de rotulagem, embora a Aneel estabeleça
alguns itens obrigatórios na conta de energia elétrica,
o que é respeitado e cumprido 100% pela empresa,
que não registrou nenhuma não conformidade nesse
aspecto em 2008.
Em relação à descrição de seus outros produtos,
como seguros e títulos de capitalização, todas as carac-
terísticas e condições particulares de uso são colocadas
de forma clara nos contratos de adesão e materiais de
vendas. No caso de seguros, são consideradas também
informações obrigatórias para comercialização de segu-
ros privados, seguindo as normas da Superintendência
de Seguros Privados (Susep). | gri Pr3 |
negociaÇÃo de dívidas
A Coelce permite a opção de parcelamento de dívidas
dos clientes, oferecendo taxas e prazos mais favoráveis
que os existentes no mercado financeiro. A negociação
de dívida pode ser feita por meio de qualquer canal
de atendimento da empresa. Em todo o ano de 2008
foram realizados 106.082 parcelamentos, quantidade
17,4% menor que em 2007. Do total, 86,4% foram so-
licitações de clientes residenciais.
ouvidoria
Os clientes contam com canais diretos de comunicação
com a Coelce, por meio de Central de Relacionamento
(0800 2804100), pessoalmente (na Rua Padre Valdevi-
no Nº 150, Fortaleza), pelo e-mail ouvidoria@coelce.
com.br e por correspondências. Em 2008, a Ouvidoria
realizou 14.852 atendimentos, entre consultas, recla-
mações e solicitações, atuando de forma imparcial na
mediação dos conflitos. | gri Pr5 |
Em 2008, foram gerados na Ouvidoria 1.227 proces-
sos, dos quais 989 julgados procedentes. Do total de
processos, 8,2% recorreram à Arce. Várias ações foram
adotadas para melhorar o atendimento:
• Ampliação do quadro de colaboradores, de oito para
nove, com disponibilidade de atendimento presen-
cial, inclusive no horário de almoço (12 às 14 horas);
• Expansão do programa Ouvidoria na Comunidade, que
vai até as regiões mais carentes para levar esclareci-
mentos sobre a Coelce e o papel da Ouvidoria, além de
colher reclamações e/ou solicitações dos consumidores.
quantidade de negociação de dívidas
negociação por classe de consumidores
Residencial 86,4%
Rural 6,7%
Comercial 6,6%
Industrial 0,3%
quantidade de atendimentos pela ouvidoria coelce 2004 - 2008
9.063
11.84113.494 12.494
14.852
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200856coelce08
Pesquisa gerp de atendimento ao cliente
cliente fantasMa
O objetivo da pesquisa é monitorar a qualidade
dos serviços prestados aos clientes nas lojas de
atendimento. Uma empresa externa avalia, com notas
Pesquisas de satisfaÇÃo do cliente | gri Pr5 |
Pesquisa abradee
A evolução no Índice de Satisfação da Qualidade Per-
cebida (ISQP) para 84,3% contribuiu para a Coelce ser
eleita como a melhor distribuidora de energia elétrica do
Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo. A companhia
também foi a quinta do País no resultado global do Prê-
mio Abradee e a segunda em Responsabilidade Social.
Realizada anualmente, a pesquisa avalia: qualidade
de fornecimento de energia; informação e comunica-
ção com o consumidor; atendimento; conta de luz; e
imagem da distribuidora. O indicador Informação e Co-
municação da Coelce foi o melhor do Brasil entre as
empresas com mais de 500 mil clientes.
A Coelce contratou o Instituto Gerp para promover se-
mestralmente pesquisas de satisfação, utilizando os mes-
mos critérios do modelo Abradee, com o objetivo de iden-
tificar as iniciativas de melhoria contínua prioritárias para
execução. Entre elas destaca-se a necessidade de ampliar
a comunicação dos avisos de desligamento programado
e de divulgar melhor os direitos e os deveres dos clientes.
índice aneel
A companhia também monitora a qualidade de seus
serviços por meio do Índice Aneel de Satisfação do Con-
sumidor (Iasc). O objetivo é registrar a opinião sobre a
qualidade percebida, confiança, fidelidade, valor per-
cebido e satisfação. O resultado de 2008 foi 56,51%.
de 0 a 10, aspectos como abordagem ao cliente,
prontidão no atendimento, competência técnica, entre
outros itens. O resultado da Pesquisa Cliente Fantasma
em 2008 atribuiu média de 9,23 à Coelce, nota superior
à registrada no ano anterior.
outras Pesquisas
A Coelce também contratou outros institutos de pesquisa
em 2008 para realizar sondagens de avaliação de satis-
fação dos consumidores em relação à empresa. O quadro
acima demonstra os resultados registrados pelo Vox Populi.
O desempenho no Estudo de Percepção de Imagem
com Líderes de Opinião (ILO externo) foi excelente, na
comparação com os anos anteriores, ao receber nota
8,7. A metodologia consiste em entrevistas para a co-
leta de depoimentos de formadores de opinião, para a
avaliação de aspectos como a relação da empresa com
o seu entorno e os níveis de transparência no repasse
de informação e responsabilidade social.
fonte: aneel
Cliente Fantasma
2005/jun.
2005/set.
2006/jun.
2006/nov. 2007 2008
Média 8,08 8,86 8,3 9,05 8,5 9,23
Pesquisa de satisfação 2006 2007 2008
Fornecimento 89,1 84,6 85,2
Atendimento 83,9 78,0 82,7
Conta de luz 85,4 83,1 85,4
Informação e comunicação 71,2 68,2 80,4
Imagem 83,6 80,4 86,9
Fonte: Vox Populi
CLIENTES 57
número e % de clientes indenizadosNa análise segmentada por público, a Coelce foi mais
bem avaliada pelas autoridades políticas, cuja nota mé-
dia foi 9,1; seguida pela percepção da sociedade (8,8),
imprensa geral (8,7) e veículos da mídia especializados
em economia (8,2).
RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
A Coelce procura garantir a segurança na distribuição de
energia elétrica ao cumprir de forma rigorosa as normas
e os padrões técnicos estabelecidos pela legislação, além
de investir na manutenção preventiva de instalações e
equipamentos. Além disso, os consumidores são cons-
tantemente informados e lembrados sobre o uso seguro
e racional de energia elétrica. | gri Pr1 |
Para isso, a companhia utiliza os principais veícu-
los de comunicação, além de transmitir as mensagens
na própria conta de energia e em folhetos explicativos
disponíveis nas lojas de atendimento. As comunidades
cearenses participam ainda de projetos de educação,
como o Escola Coelce Caminhos Eficientes, e recebem
orientações por meio do programa Coelce nos Bairros.
Apesar de todas as campanhas de conscientização, ain-
da é registrado um grande número de furtos de cabos con-
dutores de energia elétrica, que em alguns casos acabam
resultando em mortes. Em 2008, foram registrados 41 aci-
dentes com a população, devido a choque elétrico, sendo
19 fatais, em comparação a 31 e 12, respectivamente, em
2007. Grande parte dos acidentes fatais ocorreu durante o
período de campanhas políticas, com a passagem de trios
elétricos e a instalação de palcos. | gri eu24 |
Em conformidade com as decisões judiciais, a com-
panhia indeniza os prejuízos decorridos de acidentes,
tais como invalidez, morte, degradação de instalações,
incêndios e danos ambientais.
Acidentes com a população 2004 2005 2006 2007 2008
Taxa de Frequência 2,84 2,72 3,46 3,83 5,01
Taxa de Gravidade 374 926 2.171 1.738 2.368
aParelhos queiMados
Os danos causados por ocorrências elétricas decor-
rentes de oscilações no sistema elétrico são ressarci-
dos pela Coelce, conforme determinação da Aneel. Em
2008, a companhia registrou 4.618 pedidos de ressar-
cimento em sua área de concessão, quantidade pouco
menor que a de 2007, quando foram registradas 4.896
solicitações. Do total de pedidos de 2008, 3.430 foram
considerados procedentes, determinando um custo de
Sinistros com terceiros 1 | gri eu24 | 2006 2007 2008
Montante reivindicado em processo a partir das reclamações da comunidade 261,99 431,96 783,14
Valor provisionado no passivo (R$ mil) 49,01 45,80 37,62
Número de processos judiciais existentes 2 32 56 69
Número de pessoas vinculadas nos processos 32 56 69
1 Ações judiciais relacionadas a acidentes com energia elétrica, acidente de trânsito e ressarcimento por queima de aparelhos. 2 Processos que permaneciam ativos em 31.12.2008
ressarcimento de R$ 1.381.761. O valor médio das in-
denizações foi de R$ 402,85.
No Estado do Ceará existem 74 lojas de assistência
técnica credenciadas para o atendimento de indeniza-
ção de equipamentos danificados por ocorrências elé-
tricas. Em 2008, a Coelce cumpriu todos os prazos es-
tipulados pela Aneel para o ressarcimento dos clientes,
principalmente o máximo de 90 dias para a devolução
do valor após o deferimento da reclamação.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200858coelce08
Após atuar com os atendentes da Central de Relacio-namento, o Projeto Humanização teve como público-alvo, em 2008, os eletricistas. Os momentos de corte do fornecimento, geralmente motivados por falta de pagamento, e de normalização dos serviços costumam ter forte impacto nos clientes.
Para minimizar o potencial conflito, a Coelce investe na humanização no atendimento, buscando o aumento da percepção dos colaboradores parceiros para enten-der os sentimentos dos clientes e agir de forma mais receptiva. Alinhado aos valores de ser uma empresa simples, transparente e confiável, o projeto investiu na mudança comportamental dos profissionais em campo, para que passem a transmitir esse sentimento de servir com atenção e qualidade.
Em 2008, 400 eletricistas participaram do projeto-piloto em Fortaleza e Região Metropolitana, áreas com maior percentual de reclamações. A iniciativa foi dividida em três fases: humanização no trabalho; atendimento eficaz e padrão Coelce de atendimento. Incluiu o debate de temas como significado do traba-lho, valorização da vida e os cuidados essenciais com a segurança, entre outros.
O número de reclamações por conduta ou serviço mal-executado no corte ou na religação foi usado para mensurar a influência do projeto. O desempenho pontuado nos gráficos a seguir confirma a eficácia. O primeiro aponta reclamações procedentes em áreas nas quais o projeto foi desenvolvido e o segundo de regiões onde ele não ocorreu.
Boas práticas • atendiMento huManizado
Conduta no corte executado
jan fev mar ab
rm
ai jun jul ag
ose
tout
nov dez
23
9 9
13
25
14
2117 15
3 35
jan fev mar ab
rm
ai jun jul ag
ose
tout
nov dez
reclamações em regiões do projeto
Conduta no corte executado
jan fev mar ab
rm
ai jun jul ag
ose
tout
nov dez
45
34
28
50
35
56
91
5049
31 2838
reclamações em outras regiões
conforMidade
A excelência no atendimento e a melhoria da quali-
dade dos serviços prestados ao cliente resultaram na
diminuição de reclamações registradas no Programa
Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon
e Procon). No ranking, a companhia caiu do sétimo
para o nono lugar entre 2007 e 2008, com redução de
32% do número de reclamações, que totalizaram 492.
Dessas, 79% foram consideradas improcedentes.
arce
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados
do Estado do Ceará (Arce) é a responsável pela regu-
lação e fiscalização dos serviços prestados pela Coel-
ce. Em 2008, ingressaram na Arce 925 reclamações de
clientes da empresa (média mensal de 77), quantidade
8,3% inferior à registrada em 2007 (1.009).
Quando o consumidor registra reclamação no órgão
regulador, a Coelce é comunicada e solicitada a manifes-
tar-se e apresentar solução para a situação reclamada.
Em 2008, comparativamente a 2007, houve redução
no número de audiências de mediação realizadas pela
Arce, envolvendo a Coelce e os consumidores recla-
mantes. Foram realizadas 33 audiências, sendo todas
relacionadas a reclamações sobre Termos de Ocorrên-
cias (TO), das quais chegou-se a acordo em 39%, oca-
sionando o encerramento das reclamações. Em 2007
haviam sido realizadas 364 audiências de mediação
pelo órgão regulador estadual. Serviço mal executado no corte ou religação-
-
Serviço mal executado no corte ou religação-
CLIENTES 59
Mediação Mudança de titularidade com
liberação de débito
ressarcimento de danos elétricos
consumo abusivo
ligação nova cobrança indevida
Tema Com acordo Sem acordo Total
quant. % quant. % quant. %
Reclamações por Termo de Ocorrência 13 39% 20 61% 33 100%
JustiÇa federal
Há diversas ações questionando o reajuste tarifário, mas
em todos os casos as liminares concedidas foram cassa-
das. Em 2008, a Coelce participou da Semana Nacional
de Conciliação, realizada pelo fórum Clóvis Bevilacqua.
Por meio da iniciativa do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), a empresa firmou acordo em 40% das demandas
e tem interesse em repetir no próximo ano, uma vez que
há redução de custos (logístico e de acompanhamento
das causas), de contingências e do estoque de ações.
JustiÇa estadual
(Juizado esPecial e JustiÇa coMuM)
O estoque de ações foi reduzido em aproximadamente
25,5%, principalmente em razão de avaliação no es-
toque de processos incluídos nos relatórios e que já
deveriam estar baixados. O ingresso de novas ações
diminuiu 19,3% em 2008, na comparação com o ano
anterior. Os principais motivos das ações dizem respei-
to aos temas: medição irregular, corte do fornecimento
de energia elétrica, queima de aparelhos e protesto de
dívidas (SPC e Serasa). | gri Pr9 |
Causas cíveis | gri Pr9 | 2006 2007 2008
Total de processos 5.399 5.878 4.377
Contingência (R$ mil) 31.827 34.357 31.700
Ingresso de ações 1.989 1.683 1.358
Processos arquivados 576 1.145 631
Acordos realizados 44 59 150
Reclamações recebidas e procedentes 2004 2005 2006 2007Meta 2008 2008
Meta 2009
Reclamações registradas no Procon/Decon 1.560 2.327 1.283 724 688 492 467
Reclamações consideradas procedentes (Procon) 1 156 232 205 148 - 105 -
Reclamações de agências reguladoras (Aneel/ Arce) 1.155 1.356 1.610 1.009 - 925 -
1 Foram acrescentados dez processos em 2007 (passando de 138 para 148) em decorrência de análises concluídas em 2008. Além dos 105 em 2008, há 72 em análise
Pessoas: Desenvolvimento profissional, saúde e segurança
PESSOAS 61
O primeiro pilar da visão corporativa da Coelce refere-
se ao desenvolvimento profissional e pessoal do seu
capital humano. Até 2011, almeja ser a melhor empresa
para se trabalhar no Nordeste e umas melhores do País.
Para alcançar esse objetivo, investe de forma significati-
va em planos de carreira, saúde e segurança, educação
e lazer de seus colaboradores. A Diretoria de Recursos
Humanos contabilizou um número recorde de 184 mil
horas de treinamento em 2008, o que representou a
média de 144 horas por pessoa treinada.
Agir com simplicidade e proximidade, respeito e ética
nas relações de trabalho, de parcerias e no atendimento
aos clientes é a forma de atuação da companhia e de
quem está ligado a esses valores.
Como resultado desses esforços, a Coelce foi eleita,
pelo terceiro ano consecutivo, uma das 150 melhores
empresas para se trabalhar no Brasil pelo Guia Exame –
Você S/A. Ficou na terceira posição na categoria serviços
públicos, destacando-se no aspecto melhor setor para
se trabalhar (no qual se avalia o Índice de Felicidade no
Ambiente de Trabalho). E, pela primeira vez, integrou o
ranking das 500 melhores empresas do Brasil do anuá-
rio As Melhores da Dinheiro, da revista Isto É Dinheiro.
A companhia foi destaque na área energética, ficando
em segundo lugar em dois critérios: Responsabilidade
Social e Recursos Humanos. Ocupou ainda o 43º lugar
no ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar
no Brasil, pela revista Época e The Great Place to Work.
CARREIRA BASEADA EM COMPETÊNCIAS
Os colaboradores conseguem planejar e aprimorar a sua
carreira por meio do Plano de Desenvolvimento Profis-
sional (PDP), baseado num sistema de competências ali-
nhadas à estratégia do negócio. Visualizando de forma
transparente as etapas de ascensão e, principalmente, os
requisitos mínimos para atingir o topo, o próprio funcio-
nário consegue identificar as oportunidades de melhoria
e, além do seu esforço pessoal, conta com o apoio da
área de Recursos Humanos para subsidiar treinamentos
técnicos e comportamentais. | gri eu15 |
O Sistema de Gestão por Competência, iniciado em
2006, funciona de forma integrada com os processos
de recrutamento e seleção e desenvolvimento e remu-
neração. Toda a trajetória do empregado na Coelce está
registrada em seu Mapa de Carreira. Dessa forma, a
empresa procura evitar escolhas subjetivas nas promo-
ções internas de troca de cargos.
A eficácia das ações de desenvolvimento da Gestão
por Competências é verificada, anualmente, com base
na evolução nos níveis de proficiência das competên-
cias nos mapas de carreira dos empregados. Em 2008,
18% dos colaboradores cresceram em média um nível
de proficiência em pelo menos duas competências. Em
2007, esse índice foi 24% e em 2006, de 34%. O maior
percentual de 2006 reflete o empenho para suprir defi-
ciências então existentes em várias competências.
desafioser, até o ano 2011, a melhor empresa para trabalhar na região nordeste
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200862coelce08
desenvolviMento
O desenvolvimento dos três tipos de competências
(específicas, comportamentais e técnico-gerais) presentes
no Mapa de Carreira está intrinsecamente relacionado
à conquista dos melhores resultados obtidos pela
Coelce nos últimos anos. Em 2008, 1.134 colaboradores
participaram de 12.332 horas de oficinas e treinamentos,
incluindo cursos de informática, idiomas e projetos (7.984
horas em 2007).
Com o uso da metodologia Dominância, Influên-
cia, Estabilidade e Conformidade (Disc), foi realizada
a correlação dos perfis definidos de cada área com as
avaliações de potencial dos indicados pelos gestores.
Desse grupo, dez ascenderam a cargos de liderança. A
companhia possui 52 candidatos no Banco de Talentos,
que será atualizado em 2009.
Como parte da estratégia para reter os talentos inter-
nos, a empresa é parceira de universidades e escolas de
ensino técnico na formação educacional de seus colabo-
radores nos níveis médio, superior e pós-graduação, com
a oferta de bolsas de estudo.
Anualmente a Coelce realiza a análise do desempenho
de seus empregados em relação ao alcance de objetivos
e metas. O resultado constitui um dos indicadores para a
definição da participação nos resultados da companhia.
Avaliação | gri la12 | 2005 2006 2007 2008
Percentual de empregados avaliados
97% 97% 98% 90%
lideranÇas | gri eu15 |
Os principais responsáveis pelas áreas puderam aper-
feiçoar as suas competências de liderança e gerencia-
mento de trabalho em equipe durante todo o ano de
2008, por meio de vários cursos e treinamentos. No
total, foram 1.199 participações, com 12.698 horas.
PrograMas corPorativos
O Crescer Juntos, um dos vários programas corporativos,
passou por reformulação importante em 2008. Antes de
caráter individual, passou a ser realizado em grupos de até
12 pessoas, da mesma ou de diferentes áreas.
Todos aprendem quais são os macroprocessos da área
escolhida, por meio de um seminário e uma visita guiada.
Em novembro de 2008, por exemplo, a Área de Cobrança
realizou um seminário com o novo formato integrado do
programa Crescer Juntos. Os participantes analisaram os
processos de cobranças especiais, corte e religação, além
de debateram sobre as atividades da gestão da cobrança.
Em novembro de 2008, os gestores da Diretoria Co-
mercial participaram do encontro Superação, no qual
trocaram a rotina do escritório por trilhas ecológicas.
Cerca de 60 pessoas passaram dois dias em imersão
de conhecimentos e para maior integração entre os
responsáveis e suas equipes. A política de gestão de re-
dução de custos também esteve na pauta dos debates.
recrutaMento e seleÇÃo
A companhia procura privilegiar a competência e o talento
do seu público interno nos processos de recrutamento e
seleção. De forma sistemática, a divulgação da vaga é feita
na intranet, sendo os currículos dos candidatos analisados
de acordo com o perfil do cargo e as competências
técnicas e comportamentais. Caso nenhum colaborador
atenda aos requisitos exigidos, são procurados candidatos
do mercado de trabalho. O processo respeita o Código de
Ética, proibindo qualquer discriminação de etnia, gênero,
orientação sexual, religião ou classe social.
Treinamento por função | gri la10 | 2006 2007 2008
categoria funcional horashoras/
empregado horashoras/
empregado ‘horashoras/
empregado
Nível técnico 48.654 172,53 71.770 220,15 50.855 129,73
Nível operacional 43.617 103,36 79.523 220,29 49.601 168,14
Gerentes e supervisores 9.315 136,99 14.552 214,00 11.263 170,65
Administrativo 24.717 107,00 61.633 282,72 37.381 185,05
Profissionais 20.288 70,69 40.051 133,06 32.675 108,20
Diretoria 2.733 118,83 15.465 672,39 1.435 65,23
PESSOAS 63
Programa Objetivo Carga horária Beneficiados 2007 Beneficiados 2008
Semear Desenvolver a percepção dos valores
corporativos, a partir dos valores
individuais, para sedimentar a vivência
dos mesmos no ambiente de trabalho.
12 horas/turma,
em sistema de
imersão
- 237 empregados
Valores em Ação Disseminar Missão, Visão e Valores por
meio de atividades teóricas e práticas.
12 horas/turma,
em imersão
142 estagiários Substituído pelo
programa Semear
Crescer Juntos Promover a integração entre
colaboradores para conhecimento dos
processos, melhoria da comunicação e
relação cliente-fornecedor interno.
12 horas/turma 447 empregados 256 empregados
Conhecendo a Coelce Apresentar as atividades desenvolvidas
pela companhia, por meio dos principais
indicadores e eixos estratégicos.
8 horas/turma 452 colaboradores
e 43 estagiários
227 colaboradores
e 40 estagiários
Prevenindo Sempre Educar para análise preventiva de riscos
de acidentes no sistema elétrico,
associando temas comportamentais a
conteúdos técnicos.
Reuniões gerais
de 3 horas/turma
(em média)
Participação média
de 2,5 mil pessoas
Participaram 9.355
pessoas nas três
reuniões gerais
realizadas em 2008
Desenvolvendo a
Inteligência Emocional
Orientar os empregados dos Centros
de Controle de Alta e Baixa-tensão a
administrar o estresse cotidiano.
8 horas/turma 97 participantes 35 participantes com
12 horas/aula
Total de colaboradores | gri la1, eu16 | 2006 2007 2008
Empregados em tempo integral
Por prazo indeterminado ou permanente 1.207 1.201 1.187
Por prazo determinado ou temporário 1 106 96 91
Contratados de terceiros 6.376 6.837 7.662
Profissionais autônomos ou liberais - - -
Estagiários 193 176 186
Jovens-aprendizes 8 21 24
1 Em 31 de dezembro
PERFIL DOS COLABORADORES
No encerramento de 2008, a Coelce mantinha 9.150
colaboradores, aumento de 9,8% quando comparado
a 2007 (8.331), sendo 1.278 empregados, 7.662
terceirizados, 186 estagiários e 24 menores-aprendizes.
Em 2008, 1.187 empregados eram contratados em regime
integral (220 horas) de trabalho e 91 em regime parcial
(180 horas). Os empregados estão classificados nas
seguintes funções: 23 executivos (6 diretores, incluindo
o presidente, e 17 gerentes), 64 gestores de áreas,
322 profissionais (contador, engenheiro, administrador,
Composição do quadro | gri la13 | 2008 2007 2006
categoria funcional
Administrativo 213 231 242
Executivos e supervisores 87 89 91
Produção 1 299 389 419
Profissionais 322 309 298
Técnicos 1 357 279 263
gênero
Homens 1.003 1.020 1.036
Mulheres 275 277 277
cor / raça
Branca 916 930 941
Negra 362 367 372
Amarela/indígena - - -
faixa etária
Até 30 anos 151 135 120
De 30 a 50 anos 894 965 1.010
Mais de 50 anos 233 197 183
1 Inclui eletricistas que passaram à função de eletrotécnicos
economista, entre outros), 357 técnicos (eletrotécnico,
assistente técnico, técnico de segurança do trabalho,
entre outros), 213 administrativos (agente administrativo,
auxiliar de serviço, assistente, secretárias, entre outros)
e 299 na produção (eletricista, operador de subestação,
inspetor de linhas, entre outros). O quadro reunia, em
dezembro de 2008, 916 empregados de raça branca e
362 de raça negra. Não havia registro de pessoas de
raça amarela ou indígena.Do total de empregados, 53 (4,15%) são portadores de
necessidades especiais, dos quais 3% são executivos e ges-tores de área, com salário médio de R$ 6,3 mil. Para os de-mais colaboradores com deficiências, a média salarial é de R$ 2,2 mil. Nos últimos anos, a companhia tem investido de forma significativa em adaptar as estruturas físicas de suas unidades e lojas de atendimento com rampas de acessibilidade e banheiros adequados. | gri la13 |
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200864coelce08
Empregados e parceiros por região | gri la1 | 2006 2007 2008
Localidade Empregados Contratados Empregados Contratados Empregados Contratados
Fortaleza e Região Metropolitana 824 2.907 813 3.117 799 3.495
Leste 81 545 80 584 78 654
Norte 166 1.339 166 1.437 161 1.610
Sul 77 838 76 899 75 1.007
Centro-Norte 62 380 63 407 64 456
Centro-Sul 103 367 99 393 101 440
Total 1.313 6.376 1.297 6.837 1.278 7.662
* Em 31 de dezembro
Empregados – Perfil por escolaridade Homens Mulheres Total
Analfabetos 0 0 0
Ensino fundamental incompleto 25 1 26
Ensino fundamental completo 65 3 68
Ensino médio incompleto 0 0 0
Ensino médio completo 488 82 570
Superior incompleto 48 17 65
Superior completo 283 126 409
Pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) 94 46 140
Total 1.003 275 1.278
Empregados com necessidades especiais 2005 2006 2007 2008
Em cargos de gestão 2,02% 1,92% 2% 3%
Salário médio mensal (R$) 1.663,33 1.820,73 1.940,88 2.206,43
Salário médio mensal em cargos de gestão (R$) 4.746,09 4.911,27 5.422,98 6.282,61
EMPREGO
A média de rotatividade de pessoal (turnover) manteve-
se estável em 6% entre 2008 e 2007, com admissão de
68 e desligamento de 87 empregados, sendo que muitos
aderiram ao Programa de Aposentadoria Espontânea.
educaÇÃo de Jovens
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento
socioeconômico do Estado do Ceará, a Coelce oferece
oportunidades de estágio, capacitando os jovens que
ingressam no mercado de trabalho formal. Na empre-
sa, eles encontram um ambiente propício para o apren-
dizado e a troca de experiências com colaboradores
experientes. A dedicação dos jovens é recompensada
com a contratação ao final do período, caso o seu perfil
atenda aos requisitos das vagas abertas. Em 2008, fo-
ram mantidos 24 jovens-aprendizes e 186 estagiários.
Muitos profissionais iniciaram a trajetória na com-
panhia por esse caminho. Um deles é Cláudio Cunha,
que ingressou na empresa há dez anos, quando cursava
a universidade. Fez intercâmbio de um ano na Chilec-
tra, empresa da Endesa no Chile, voltou ao Ceará como
coordenador do Programa Luz para Todos, e posterior-
mente assumiu o processo de planejamento e controle
da empresa. A partir de 2009, passa a ser responsável
pelo Planejamento e Controle da Distribuição da Ende-
sa Brasil, no Rio de Janeiro.
PESSOAS 65
Além do programa de estágio, a empresa adota a
política de erradicação do trabalho infantil, não uti-
lizando mão de obra de menores de 14 anos, ou de
maiores de 14 e menores de 16 anos que não estejam
na condição de aprendiz. Todo contrato com fornece-
dores e empresas parceiras tem cláusulas proibitivas
nesses aspectos, cuja transgressão resulta em quebra
imediata do acordo, independentemente de aviso pré-
vio ou notificação judicial. | gri hr6 |
coMPortaMento frente a deMissões
O investimento em cursos e treinamentos para o seu
público interno visa à constante reciclagem de conheci-
mentos desses profissionais, de forma que a demissão
por não atender mais às qualificações exigidas para o
cargo seja sempre a última opção a ser considerada.
São também mantidas parcerias com instituições de
ensino (Universidade sem Fronteiras, Sebrae, Senac,
dentre outros) e financiados cursos de capacitação
Comportamento frente a demissões 2006 2007 2008
Número de empregados ao final do período 1.313 1.297 1.278
Número de admissões durante o período 37 62 68
Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período 44% 14% 100%
Reclamações trabalhistas
Montante reivindicado em processos judiciais (R$ mil) 1.003,5 1.454 4.501,2
Valor provisionado no passivo 300,6 69,4 143,6
Número de processos existentes 16 15 21
Número de empregados vinculados nos processos 16 15 20
Rotatividade | gri la2 | 2006 2007 2008
Número de admitidos 37 62 68
Número de demitidos 1 43 78 87
Taxa de rotatividade – total 3,2 6,0% 6,0%
Por gênero
Homens 28 62 65
Mulheres 15 16 22
Por faixa etária
Até 30 anos 9 7 12
De 30 a 50 anos 28 37 46
Mais de 50 anos 6 34 29
Por região
Fortaleza e Metropolitana 30 57 66
Norte 4 10 7
Sul 2 2 5
Leste 3 1 3
Centro-Norte 2 2 -
Centro-Sul 1 5 2
Atlântico 1 1 4
1 Inclui empregados demitidos sem justa causa, aposentados e outros
para colaboradores aposentados e demitidos sem justa
causa. Ex-executivos da Endesa (responsáveis por ge-
rências e diretorias) têm acesso a programas de reco-
locação profissional por um período de até seis meses.
relaÇões coM sindicatos | gri la4, hr5 |
A Coelce amparou 1.255 empregados por acordos de
negociação coletiva em 2008, representando 98% do
total. A companhia defende a livre associação sindical
de seu público interno e está aberta ao diálogo perma-
nente com as representações sindicais.
Acordos | gri la4 | 2005 2006 2007 2008
Quantidade de empregados amparados por acordo 1.298 1.290 1.276 1.255
Total de empregados da Coelce 1.319 1.313 1.297 1.278
% de empregados amparados por acordo 98% 98% 98% 98%
Segundo estabelecido no acordo do biênio 2006-
2008, bimestralmente os dirigentes da Coelce se reúnem
com o Sindicato dos Eletricitários do Ceará (Sindeletro)
para negociar reivindicações e fornecer informações que
possam subsidiar as discussões.
Durante o período de negociação, o Sindicato tem
permissão de realizar encontros periódicos na empresa,
em contato direto com os colaboradores. Também são
divulgados informativos Por Dentro do Acordo Coletivo.
Dessa forma, até a negociação final os profissionais têm
a oportunidade de esclarecer dúvidas e contribuir para a
elaboração das cláusulas.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200866coelce08
O acordo garante, entre outros itens, a liberação por
oito horas mensais de um empregado com cargo de de-
legado sindical para cada grupo de cem empregados, e
mais 12 diretores da Administração do Sindeletro.O do-
cumento não contempla forma ou periodicidade pre-
viamente estipuladas de notificações sobre mudanças
operacionais significativas da organização. Apesar
disso, a companhia informa periodicamente os rumos
dos negócios por meio dos informativos Linha Direta
e na reunião mensal do planejamento estratégico Ser
Coelce. | gri la5 |
REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS
Todos os colaboradores são contratados conforme a
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a política de
remuneração oferece salários com valores compatíveis
aos de mercado. O cumprimento de metas estratégicas
prevê remuneração extra, de forma a reconhecer o de-
sempenho e a dedicação dos colaboradores. Em 2008,
a remuneração variável representou menos de 20% da
massa salarial, por conta da atividade que requer adi-
cional de periculosidade e sobreaviso.
Os benefícios independem de gênero, contrato de
trabalho com tempo integral ou parcial e abrangem to-
dos os níveis hierárquicos. Incluem: | gri la3 |
• Auxílio-funeral: despesas funerárias de colaboradores
e dependentes legais até R$ 2,5 mil.
• Creche ou creche-escola e creche especial: apoio a
todos os empregados, homens e mulheres, com filhos
de 2 meses a 7 anos, mediante reembolso das men-
salidades. Para os empregados lotados em municípios
onde não há creche, a empresa concede até R$ 300,00
mensais, por filho com idade entre 2 meses e 3 anos.
Uma líder que faz acontecer, comprometida em
disseminar os valores corporativos de simplicidade
e garantia de resultados. Esse é o reconhecimento
do trabalho desenvolvido por Márcia Sandra Roque
Vieira da Silva, atualmente responsável pela Área de
Serviços ao Cliente. Em 2008, ela participou de for-
ma ativa dos treinamentos e, principalmente, apli-
cou os ensinamentos para aprimorar suas equipes.
Para ela, o importante é estar sempre “desapren-
dendo” e adquirindo conhecimentos. “Não adianta
chegar com vários MBAs se você não está disposto
a conhecer o outro, saber de suas necessidades e
aspirações”, explica.
Formada em engenharia civil, com pós-graduação
em Segurança e Medicina no Trabalho, Márcia pas-
sou a ser colaboradora da Coelce aos 29 anos e, em
quase dez anos, já atuou em diversos setores: gestão
da Área Comercial, em Maracanaú; gestão econômi-
ca da Diretoria Comercial; e gestão da Área de Co-
brança, o que considerou um desafio enorme. “Não
existe área que cause mais impacto no cliente que a
cobrança e o possível corte do fornecimento.”
Nova mudança surgiu em 2008, quando passou
a ser responsável pela Área de Serviços ao Cliente,
com o desafio de melhorar a percepção dos consu-
midores em relação aos serviços da Coelce. “Sempre
digo na Central de Relacionamento que temos de
atender com um sorriso na voz”. No ano, também
liderou a campanha União Solidária, em benefício
de 15 mil crianças de comunidades de baixa renda.
A mensagem aos profissionais que vislumbram
chegar à liderança é de entusiasmo: “Não se con-
quista nada sem entusiasmo e confiança naquilo
que se faz. Se a gente trabalha com dedicação e é
feliz, o resto vem por competência. Acredito que não
exista outra receita se não fazer e fazer bem-feito.”
BOAS PRáTICAS • LiderAnçA com entusiAsmo
PESSOAS 67
O benefício é repassado mediante comprovação de
pagamento à babá.
• Incentivo à Educação: valor de R$ 500,00, para cada
filho de empregado que esteja cursando o ensino
fundamental e tenha sido aprovado no ano letivo an-
terior com nota geral igual ou superior a 7,5.
• Plano de Assistência Médica e Odontológica (Pla-
mec): benefício concedido a empregados e depen-
dentes legais, aposentados e pensionistas. A empresa
patrocina de 50% a 90% do valor da mensalidade
do plano. A participação do empregado varia de (de
10% a 50% da mensalidade do plano) e é desconta-
da em folha de pagamento.
• Programa de Participação nos Lucros: anualmente,
beneficia 100% dos empregados, com o pagamento
de parcela do resultado da empresa.
Relações salariais | gri ec5 | 2006 2007 2008
Relação entre a maior e a menor remuneração (vezes) 19,36 19,36 17,44
Divisão do menor salário pelo mínimo vigente 1,75 1,69 1,80
Salário mínimo em moeda local em 31 de dezembro (R$) 350,00 380,00 415,00
Menor salário pago pela organização (R$) 611,64 640,88 748,08
Salário de homens e mulheres (R$)| gri la14 | 2006 2007 2008
categoria funcional homens Mulheres homens Mulheres homens Mulheres
Administrativo 1.758,17 1.501,43 1.874,00 1.599,67 1.920,25 1.737,16
Técnico 2.335,12 2.350,27 2.387,04 2.358,41 2.474,49 2.328,33
Produção 1.763,04 1.172,46 1.855,46 1.434,21 2.006,62 1.673,05
Gerentes e supervisores 6.009,81 6.029,01 6.372,07 5.949,31 7.192,67 6.861,12
Profissionais 3.772,10 3.096,63 4.182,98 3.531,36 4.375,44 3.814,05
• Seguro de vida em grupo: para empregados e côn-
juges. A Coelce contribui com 50% do prêmio men-
sal para os empregados e 100% para estagiários e
executivos. Os aposentados pagam 100% do prêmio.
• Vale-alimentação: concedido a todos os emprega-
dos, independentemente da faixa salarial, para os
afastados por motivo de doença, acidente ou licença
gestante e também durante o período de férias.
• Convênios: descontos em cursos de línguas e infor-
mática, academias de ginástica, atendimento em psi-
cologia e fonoaudiologia, entre outros, por meio de
convênios com 34 instituições.
• Nossa Marca Coelce: espaço de venda de produtos
da companhia, como camisetas e bonés, cadernos,
mochilas, canetas, almofadas, etc., a preço de custo.
• Plano de previdência: a Fundação Coelce de Segu-
rança Social (Faelce) administra planos de benefícios
previdenciários constituídos por contribuições dos
participantes e da empresa, em percentuais médios
de 5,4% a 6,8% da remuneração mensal. Em 2008,
os dois planos beneficiaram 8.840 pessoas, sendo
1.312 participantes ativos. O aporte de recursos pela
Coelce foi R$ 8,3 milhões. | gri ec3 |
O acordo coletivo de trabalho inclui cláusulas espe-
cíficas de segurança e saúde, detalhando critérios para
assistência médica ao empregado, seus dependentes,
agregados, pensionistas, aposentados e dependentes
legais. Além do plano de saúde, destacam-se: | gri la9 |
• Licença-acompanhante: liberação para acompa-
Benefícios sociais em 2008 | la3 |
Nº de
beneficiados
Assistência para acidentados no trabalho 44
Auxílio-funeral 3
Benefício para filhos de empregados, portadores de necessidades especiais 18
Complementação do auxílio-acidentário 6
Incentivo à educação 430
Creches ou creche-escola 301
Licença-acompanhante 29
Assistência médica e odontológica 4.615
Programa de Participação dos Lucros 1.332
Seguro de vida em grupo 1.409
Vale-alimentação 1.270
Vale-transporte 187
Total 9.644
Valores de benefícios estão detalhados no Balanço Social Ibase, na página 110
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200868coelce08
nhar dependente legal, cônjuge ou companheiro (a),
pai e mãe, por motivos de doença.
• Apoio ao portador de necessidades especiais:
benefício para tratamento especializado de filho do
colaborador com doença mental, motora, visual ou
auditiva, no valor de 1% do salário nominal.
• Complementação do auxílio-acidente: para aciden-
tados do trabalho ou vítimas de doenças profissio-
nais pelo período de dois anos.
• Periculosidade: pagamento do adicional, conforme
legislação do setor elétrico.
• Apoio ao portador do HIV e de doenças terminais:
programa preventivo da Aids e assistência ao empre-
gado portador do vírus HIV e de doenças terminais
por meio de acompanhamento médico, social e psi-
cológico. | gri la6 |
aPoio à aPosentadoria
Atualmente, a companhia possui cerca de 4% de em-
pregados com idade para se aposentar nos próximos
cinco anos. Desde 2007 é mantido um programa de
apoio a essa fase de transição dos colaboradores. Na-
quele ano, foi promovida palestra com consultores do
INSS e um ciclo de encontros (chamado Você, a Razão
de Tudo), que trabalhou os aspectos comportamentais
inerentes à nova fase de vida, com o objetivo de bene-
ficiar os futuros aposentados. | gri la11 |
Também foi executado o projeto Desenvolvimento na
Aposentadoria, em parceria com a Universidade Sem
Fronteiras (Unisf). Ele inclui cursos direcionados de acordo
com o do perfil do aposentado (aulas de inglês, informá-
tica, empreendedorismo) e cursos livres. Em 2008, essas
atividades beneficiaram 30 empregados que aderiram ao
Plano de Apoio a Aposentadoria Espontânea. | gri la11 |
Além disso, a Fundação Coelce de Segurança Social
(Faelce) mantém as seguintes ações:
• Programa Informática para a Vida: realizado em par-
ceria com a Unisf, registrou a participação de 65 pes-
soas em 2008.
• Pipoca com Guaraná: apresentações mensais de fil-
mes no auditório da Faelce, seguido de discussão so-
bre temas destinados ao autoconhecimento, relações
interpessoais, dentre outros.
• Programa Faelce de Melhoria da Condição Físico-Fun-
cional: sob a orientação de um profissional de edu-
cação física, são oferecidos, duas vezes por semana,
exercícios físicos e orientações para o cuidado com
a saúde de aposentados e dependentes. Ao todo, 48
pessoas participaram em 2008.
SEGURANÇA NO TRABALHO
A gestão de Segurança e Saúde Ocupacional está baseada
em quatro pilares: atendimento à legislação, controle dos
riscos de acidentes, melhoria contínua e direito de recusa
de tarefas caso as medidas de segurança não sejam satis-
fatórias. Os procedimentos e normas são regulamentados
pelo sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional
OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assess-
ment Series), certificação conquistada em 2006. Aborda
temas como equipamentos de proteção individual (EPI),
treinamentos, direito de recusa em trabalhar caso não haja
100% das condições de segurança, entre outros.
coMitês esPeciais de seguranÇa
O Comitê Central de Segurança é formado pelo presidente
da companhia, diretores, gerentes, responsável pela Área
de Segurança do Trabalho, além de especialistas convida-
dos para debater assuntos técnicos específicos. As reuni-
ões acontecem mensalmente, definindo os procedimentos
para que os objetivos estratégicos sejam atingidos com
100% de segurança dos profissionais. Há subcomitês ou
comitês regionais no interior. Nas reuniões mensais, os
gestores locais discutem iniciativas de prevenção com ges-
tores de contrato e empresas parceiras.
ciPa
Acima de 75% dos empregados são representados por
comitês formais de segurança e saúde compostos por
Preparação à aposentadoria | gri la11 | 2006 2007 2008
Investimentos em previdência complementar (R$ mil) 9.167 8.862 9.160
Número de beneficiados pelo programa de previdência complementar 1.266 1.269 1.248
Número de beneficiados pelo programa de preparação para aposentadoria 0 46 30
PESSOAS 69
representantes da gestão e dos trabalhadores. Em 2008,
dez Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas)
atuaram para disseminar ações e procedimentos para o
trabalho seguro em todas as unidades, juntamente com os
comitês regionais de segurança. Ao todo, participaram das
Cipas 88 membros, sendo 50% representantes da admi-
nistração e 50% de empregados. | gri la6 |
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat)
aconteceu em outubro, na capital e nas unidades de
Canindé, Itapipoca, Sobral, Limoeiro, Iguatu e Juazeiro
do Norte, com a participação de 4.858 colaboradores.
No evento foram discutidos os riscos inerentes ao tra-
balho, saúde ocupacional, entre outros temas.
Plano anual de seguranÇa do trabalho
Foram realizadas várias ações, em 2008, para colocar
em prática a Política de Saúde e Segurança: revisão
de 59 Procedimentos de Execução; oito blitze em em-
presas terceirizadas para verificação de requisitos de
segurança; 8.487 inspeções aos serviços de campo;
reuniões com presidentes das Cipas e técnicos de se-
o ranking das falhas das empresas parceiras, que de-
monstra a situação desses parceiros no que se refere
aos resultados das inspeções de campo.
Inspeções2005 2006 2007
Meta
2008 2008
Meta
2009
Quantidade 5.725 5.679 6.912 5.500 8.501 6.000
rodeio coelce de eletricistas
Após o sucesso da primeira edição, em 2007, quando par-
ticiparam 800 pessoas, o Rodeio de Eletricistas de 2008
reuniu cerca de 2 mil pessoas. Elas presenciaram a com-
petição, que testa o trabalho em equipe, a agilidade nos
serviços executados e, acima de tudo, o comportamento
seguro durante a realização das tarefas. Competiram 116
eletricistas da companhia e de 18 empresas parceiras.
Prevenindo seMPre
O programa corporativo busca a disseminação de uma
cultura comportamental de segurança. A iniciativa é
composta por treinamentos, palestras e uma premiação
baseada em critérios que abrangem avaliações de conhe-
cimento, falha zero nas inspeções de campo e votação
entre os próprios eletricistas. Em 2008, foram realizadas
três reuniões gerais, com total de 9.355 participações;
dois encontros de educadores, com 120 participações;
treinamento a Arte de falar em público, atingindo 70
educadores; e os eventos de premiação, que contaram
em média com 160 participações.
Saúde e segurança Categorias de treinamentos 2008 Participações
Horas/homens treinadas R$ mil
Auditoria interna OHSAS 445 2.070 87.819,33
Cipa 214 2.496 180.427,58
Prevenindo Sempre 160 568 18.158,33
Segurança em instalações e serviços em eletricidade (NR-10) 589 12.004 123.430,28
Outros 645 6.040 207.326,45
TOTAL 2.053 23.178 617.161,97
gurança; realização de Dias D de Segurança nas áreas
operacionais e reuniões semanais com colaboradores
e parceiros sobre um ambiente de trabalho totalmente
livre de acidentes.
WorkshoPs
Foram promovidos quatro workshops de segurança
e saúde com empresas parceiras, com o total de 341
participantes. O objetivo foi apresentar os critérios
de elaboração dos Programas de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) e detalhar a metodologia do cálcu-
lo do Índice de Prevenção de Acidentes Laborais (Ipal),
uma vez que a partir de 2009 esse indicador será usado
como ferramenta para avaliação de desempenho das
empresas e áreas gestoras de contratos.
insPeÇões de seguranÇa
Realizadas de forma permanente nos serviços de cam-
po, procuram observar o comportamento dos emprega-
dos e parceiros e o uso adequado dos Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs). Também é monitorado
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200870coelce08
ProJeto anJo da guarda
A partir de junho de 2008, a Coelce iniciou um rigoroso
programa de inspeção dos trabalhadores em campo, com
punições severas aos colaboradores flagrados sem os de-
vidos equipamentos de proteção ou sendo imprudentes no
exercício da função. Os fiscais agem de forma anônima,
registrando a distância as infrações. Se forem consideradas
leves, o colaborador recebe advertência; caso ofereçam ris-
co fatal, ele é punido com demissão por justa causa.
Nos primeiros meses, o programa detectou eletricistas
trabalhando sem luvas ou cinto de segurança ao subir em
postes, resultando na perda do emprego. A companhia en-
tende que a medida é dura e considerada antipática por
alguns colaboradores, mas avalia que dessa forma conse-
gue avançar de forma ativa na propagação de uma cultura
de segurança no trabalho. No ano, 23.178 horas/homem
treinadas corresponderam ao tema específico de saú-
de e segurança (11.704 horas em 2007).
Cuidado com o excesso de confiança! Essa é uma das recomendações de Alexandre Marques de Oli-veira, que conquistou o prêmio de Destaque 2008 do Programa Prevenindo Sempre. O eletricista con-tratado pela Eficaz Engenharia, empresa parceira da Coelce, tem 26 anos de idade e mais de sete anos de profissão. No ano, participou de todas as pales-tras sobre segurança, além de receber notas altas na avaliação de conhecimento e inspeções de campo. Seu nome também foi o mais votado pelos colegas eletricistas, na eleição do Prevenindo Sempre.
“Tudo o que a gente faz em relação à segurança não é tempo perdido. É um tempo necessário para a garantia da nossa vida. Antes de fazer qualquer trabalho, eu penso na minha segurança e também no amor que tenho pela minha família”, explica.
Muitos acidentes ocorrem, avalia, devido à im-prudência: por terem experiência, os profissionais acabam deixando de lado equipamentos funda-mentais. Alexandre sugere checar de forma rigorosa todos os materiais de segurança e, principalmente, se estão em boas condições de uso. “Quando chega a campo, a pessoa não quer voltar para buscar o equipamento que está faltando. Acaba substituindo por outra coisa e faz do jeito que dá, facilitando a ocorrência de falhas”, diz.
BOAS PRáTICAS • seguranÇa MáxiMa no trabalho
Projeto anjo da guardaquantidade de inspeções x demissões
12
0
45445
indicadores de seguranÇa
Em 2008, a empresa conseguiu avançar em 106% na
sua meta de redução da Taxa de Frequência de Aciden-
tes Global, como estipulado no planejamento Ser Co-
elce. O indicador ficou em 3,19 – melhor que a meta
traçada de 3,30 e o resultado do ano anterior, de 3,30.
Em relação à Taxa de Gravidade de Acidentes, no entan-
to, o avanço foi nulo, por conta de quatro óbitos envolven-
do terceirizados. Os óbitos aconteceram por falta do uso
de EPI obrigatório e de atenção aos riscos.
O índice de absenteísmo foi de 2,5, em 2008, valor
7,4% menor que o apresentado em 2007. Ele foi cal-
culado com base na relação entre a quantidade de dias
perdidos por enfermidades comuns pelo total de dias de
trabalho, multiplicado pelo número de empregados.
Os colaboradores e terceirizados informam as ocor-
rências por meio do formulário de Comunicação de
Acidente de Trabalho (CAT), em caso de acidente sem
PESSOAS 71
Acidentes de trabalho | gri la7 |2006 2007 Meta 2008
Realizado 2008 Meta 2009
total de acidentes
Empregados 15 19 15 9 13
Terceirizados 55 54 53 53 53
Acidentes com afastamento
Empregados 5 4 3 6 3
Terceirizados 55 54 53 53 53
Acidentes sem afastamento
Empregados 10 15 12 3 10
Terceirizados 1 ND ND ND ND ND
Percentual dos acidentes que resultaram em mutilação 2
Empregados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Terceirizados 1,82% 0,00% 0,00% 3,77% 0,00%
Percentual dos acidentes que resultaram em morte
Empregados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Terceirizados 3,64% 0,00% 0,00% 7,54% 0,00%
outros indicadores 3
Dias perdidos 1.523 693 1.223 784 1.700
Dias debitados 18.000 0 2.000 25.350 0
Índice de absenteísmo 7 2,9 2,7 2,5 2,3
Lesões típicas 58 58 56 62 55
Óbitos 2 0 0 4 0
taxa de frequência de acidentes
Empregados 1,99 1,64 1,23 2,49 1,23
Terceirizados 4,03 3,71 3,50 3,29 2,99
Global 3,72 3,41 3,30 3,19 2,90
taxa de gravidade de acidentes
Empregados 165 13 74 26 49
Terceirizados 1402 45 209 1.621 98
Global 1209 41 190 1.413 92
1 A Coelce ainda não dispõe do controle de acidentes sem afastamento com terceirizados, pela dificuldade de obtenção desses dados. 2 Danos à integridade física, com afastamento permanente do cargo (incluindo LER)3 Inclui empregados e terceirizados
afastamento, ou mediante Procedimentos de Execu-
ção (PEXs), em acidente com afastamento. Por meio
do sistema informatizado de gerenciamento de não
conformidades, a companhia identifica os motivos das
principais ocorrências e, posteriormente, inicia um
plano de ação para combater as falhas identificadas.
saúde ocuPacional
As atividades de distribuição de energia e manutenção
das redes não registram incidência de doenças relacio-
nadas às funções exercidas, nem marcadores biológicos
ou limites de tolerância de exposição específicos. Mes-
mo assim, a Coelce investiu R$ 617 mil em ações de
medicina preventiva e campanhas, com o objetivo de
contribuir para a saúde ocupacional. | gri la8 |
Monitoramento de saúde 2006 2007 2008
Triglicérides - 13,5% 7,0%
Infecções respiratórias 1,4% 2,7% 1,8%
Doenças osteomusculares 7,8% 6,5% 2,6%
Do total de 1.223 exames periódicos realizados
com empregados de todo o Estado, foi detectado
que: 7% dos colaboradores possuíam taxa de trigli-
cérides alta, podendo ocasionar problemas de circu-
lação sanguínea; 1,8% com infecções respiratórias;
e 2,6% afetados por doenças osteomusculares. Es-
ses colaboradores são orientados por meio das ações
dos Programas Saúde do Homem e da Mulher e recebem
tratamento pelo médico do trabalho.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200872coelce08
6,2%
3,6%2,7%
1,5% 1,6%
Campanhas de saúde | gri la8 | Descrição Beneficiados
Campanha do Carnaval: Folia com segurança traz alegria
Realizada nas vésperas da festividade, busca conscientizar os colaboradores sobre a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), com enfoque em Aids, além dos malefícios de drogas psicoativas e a importância da direção defensiva.
1.054
Vacinação contra a rubéola Em 2008, o foco foi nos homens, que possuíam baixo índice vacinal. 662
Vacinação contra gripe Realizada anualmente, busca imunizar os colaboradores e, com isso, reduzir o absenteísmo por conta de gripe, doença respiratória, pneumonia e internações hospitalares.
1.100
Campanhas das datas pontuais do Ministério da Saúde Colaboradores receberam por e-mail orientações a respeito de diversos temas de prevenção de doenças e qualidade de vida 1.700
Credenciamento para dirigir automóvel e pilotar moto Ênfase na prevenção de acidentes de trânsito. 62
Apoio à Brigada de Incêndio e Primeiros Socorros Reciclagem periódica de primeiros socorros e apoio ao treinamento de brigadistas para a formação de brigadas de incêndio 179
Palestras em comunidades e empresas parceiras Palestras sobre prevenção de DST/Aids e Primeiros Socorros em comunidades, empresas parceiras e hospitais 73
Campanha de doação de sangue Voluntários doaram sangue para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará (Hemoce) 68
Consulta-ação Abordagem individual especial ou em grupos específicos (hipertensos, diabetes, obesos, dislipidêmicos, portadores de necessidades especiais, mulheres) fazendo orientação/educação e encaminhamento.
1.021
Orientação de Imunização 400
Total de beneficiados* 7.305
* Não contabiliza número de pacientes que receberam sangue doado para o Hemoce
Por meio de pesquisas de acompanhamento, realizadas
desde 2003, foi registrada redução de 1,1 ponto do índice
de morbidade de infecções respiratórias. Foram 19 casos
entre os 1.223 exames periódicos examinados (1,6%). Em
2003, o índice foi de 13,5%. A melhoria é resultante das
campanhas anuais de vacinação antigripal.
Ações de saúde | gri la8 | Descrição Beneficiados 2008
Check-up para executivos Acompanhamento de executivos com exames complementares. 21 executivos
Ginástica Laboral Durante 15 minutos, três vezes por semana, profissionais
de educação física conduzem exercícios de alongamento,
no próprio local do trabalho, a fim de prevenir doenças
osteomusculares
1.120 colaboradores
Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional (PCMSO)
Prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente agravos à saúde
relacionados ao trabalho. As ações de saúde foram baseadas
no relatório anual do PCMSO de 2006, com encaminhamentos e
exames complementares
1.485 colaboradores
Programa de Controle do
Colesterol Alto
Palestras sobre a importância do diagnóstico precoce do
colesterol total e as melhores formas de minimizar o problema,
fatores de risco para doenças cardiovasculares,
acidente vascular cerebral e trombose
747 colaboradores analisados, sendo
que 40 registraram colesterol acima
da média. Em 2007, o número era
maior: 242 dos 514 analisados
Programa Saúde do Homem Orientar sobre fatores de risco para a saúde do homem,
tais como hipertensão, sedentarismo, diabetes, tabagismo,
alcoolismo, cânceres de próstata e peniano
784 colaboradores
Programa Saúde da Mulher Palestras sobre câncer de mama e de colo uterino, mostra de
vídeos educativos e distribuição de folhetos informativos. É
oferecida a Consulta-ação, com atendimento individual para
tratar desses temas. As gestantes receberam orientações sobre
vacinação, cuidados com o recém-nascido, entre outros temas
95 colaboradoras, número 73%
menor que o alcançado em 2007
(356), dado que em 2008 as
atividades foram focadas para a
saúde do homem
PESSOAS 73
ração e entrega do Manual do Gestor e do Guia do
Colaborador, continuação da premiação dos times es-
tratégicos e realização de workshops sobre melhoria da
sistemática de avaliação de desempenho.
A Coelce também observa o índice de satisfação da
pesquisa 150 Melhores Empresas para se Trabalhar, do
Guia Exame e Você S/A, que em 2008 foi de 78,7%.
CLIMA ORGANIZACIONAL
O grau de satisfação dos colaboradores, medido por
meio de pesquisas de clima organizacional, é importante
instrumento para avaliar a eficácia da gestão de
pessoas. Com base nos resultados dessas pesquisas,
a companhia elabora seu planejamento estratégico,
estabelecendo novas metas, caso seja necessário, a fim
de proporcionar satisfação e motivação constantes no
ambiente de trabalho.
Pesquisa
A última pesquisa de clima ocorreu em 2007. Como
pontos de destaque foram atingidos índices de 92%
em compromisso e 87% em fidelidade. As seguintes
iniciativas foram executadas em 2008 como parte do
plano de ação de melhorias:
Relações Internas (conhecimento de projetos de
outras áreas e cooperação transversal) – Reformulação
dos programas Crescer Juntos e Conhecendo a Coelce,
lançamento do programa Semear (Semeando valores,
construindo uma vida melhor), realização de Oficinas
de desenvolvimento comportamental, apresentações
do Ser Coelce, times estratégicos e programa Deu Certo.
Desenvolvimento (promoção aos mais competentes)
– Prioridade a seleções internas, promoções verticais,
desenvolvimento com foco no Mapa de Carreira, incen-
tivo a cursos de pós-graduação, coaching.
Compensação (mérito e igualdade interna) – Elabo-
Eventos sociais e culturais Ações Beneficiados em 2008
Campanha do Carnaval Campanha com temáticas do alcoolismo e direção, cuidados com a saúde (exposição ao sol) e DST/Aids, entre outras
1.064 colaboradores
Lançamento do Ser Coelce Grande evento para divulgar as metas estratégicas 3.500 colaboradores
Premiação de incentivo à educação Os melhores alunos, filhos de colaboradores, receberam certificados e um kit com mochila, lápis, régua, borracha, dicionário e gramática
40 filhos de colaboradores
Tarde da criançada Os filhos dos empregados visitaram o local de trabalho dos pais e participaram de uma tarde diferenciada, com exibição de filmes, peças de teatro, pipoca e refrigerante
100 filhos de colaboradores com idade entre 6 e 12 anos
Café da manhã com o presidente Três encontros em Fortaleza e sete no interior do Ceará, com a presença do presidente e diretores para bate-papo com os colaboradores
883 colaboradores
Inauguração de sede nova Festa de inauguração da nova sede administrativa 400 colaboradores
Bolo de aniversário dos colaboradores Homenagem aos aniversariantes 1.340 empregados
Confraternização natalina para colaboradores
Festa anual, com sorteio de brindes 2.900 colaboradores
Concurso anual de desenho Concurso de desenho e apresentação de peças teatrais produzidas pelos filhos de empregados e parceiros, de 6 a 12 anos
272 crianças
Festa das Conquistas Coelce Evento para comemorar as conquistas de 2008 2.200 colaboradores
Datas festivas (Natal, Páscoa, Dia Internacional da Mulher, etc.)
Comemorações, entrega de brindes Todos os colaboradores próprios e parceiros
eventos sociais e culturais internos
A festa de inauguração da nova sede administrativa
da Coelce foi um dos destaques de 2008 nas ações de
incentivo à integração entre os colaboradores de dife-
rentes áreas. Muitos desses eventos contam com a par-
ticipação dos colaboradores parceiros.
A celebração de datas comemorativas, como o Dia In-
ternacional da Mulher, a Campanha da Páscoa e a festa
natalina, dentre outras iniciativas sociais e culturais, são
tradicionais na companhia e buscam promover o bem-
estar e a qualidade de vida.
Melhores para se trabalhar
2004 2005 2006 2007 2008
Índices 79% 86% 70,4% 75,5% 78,7%
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200874coelce08
Atividades dos colaboradores parceiros | gri eu16 | 2006 2007 2008
Construção (construção da rede elétrica) ND 1.865 2.211
Operação (leitura e entrega de contas, atendimento em agências, teleatendimento, administrativos, transportes, logística, tecnologia da informação, zeladoria, reprografia, segurança patrimonial e serviços advocatícios)
ND 2.221 2.426
Manutenção (inspeção, manutenção preventiva e corretiva no SEP, normalização, ligação nova, poda, corte e religação)
ND 2.751 3.025
Total 6.376 6.837 7.662
Fornecedores por porte
Valor dos contratos Quantidade
Pequeno porte Até R$ 100 mil 138
Médio porte Entre R$ 100 mil e R$ 500 mil 99
Grande porte Acima de R$ 500 mil 200
Total 437
Parceiros, por região | gri eu16 | No em 2008
Fortaleza e Região Metropolitana 3.495
Leste 654
Norte 1.610
Sul 1.007
Centro-Norte 456
Centro-Sul 440
Total 7.662
PARCEIROS
A Coelce possui 84% de sua força de trabalho terceiriza-
da, com 7.662 colaboradores. A companhia dá prioridade
à contratação de fornecedores de serviço e de materiais
locais, apesar de não ter formalmente uma cláusula espe-
cífica em sua política de contratação. A Coelce possui 268
parcerias para o fornecimento de serviços, num total de
437 contratos. Empresas de grande porte respondem por
46% dos contratos de serviços.
São consideradas fornecedores significativos 65 empre-
sas de serviços, das quais 17 referem-se a investimentos
no Programa Luz para Todos. Mais 23 fornecedores de
materiais são considerados críticos, seja pela natureza ou
volume do produto comercializado (três de transformado-
res, quatro de óleo para transformadores, três de lâmpadas,
oito de postes e cinco de cabos condutores).
Desses 88 fornecedores significativos, 24 foram visto-
riados em 2008 (29%), não sendo registrada nenhuma
ocorrência de trabalho forçado ou infantil. As empresas
foram escolhidas de forma aleatória dentre as que já
tinham essas cláusulas em contrato. Em 2008, dos 437
Tipo de fornecedores Quantidade
Fornecedores críticos de serviços 65
Fornecedores críticos de materiais 23
Óleo para transformador 03
Transformadores 04
Lâmpadas 03
Cabos condutores 05
Postes 08
Total geral 88
contratos de serviços vigentes, 358 possuíam cláusulas de
proibição ao trabalho forçado e infantil – 81% do total.
Esses critérios passaram a ser inseridos a partir de 2005.
Contratos antigos em vigor incluirão a cláusula na próxima
renovação. | gri hr1, hr2 |
As empresas contratadas para a vigilância devem cum-
prir a determinação da Polícia Federal de oferecer curso
aos seguranças, com objetivo de conscientizá-los sobre o
respeito aos direitos humanos, o atendimento adequado
e prioritário a pessoas com deficiência e a importância de
desenvolver hábitos de sociabilidade. Em 2008, recebe-
ram treinamento 89 colaboradores parceiros, num total
de 178 horas-homem treinadas. | gri hr8 |
A Coelce dissemina de forma constante seus valores
e os conceitos de responsabilidade social, mas até o
encerramento de 2008 ainda não contabilizava o total
de horas em treinamento específico em aspectos de di-
reitos humanos relevantes para a operação.
desenvolviMento
Melhorar a prestação dos serviços ao cliente significa
primeiramente apoiar o desenvolvimento das empresas
Contratos de investimento | gri hr1 | 2006 2007 2008
Nº total de contratos de investimento (Ex.: Luz para Todos, Universalização, reforma de redes, projetos de perdas)* 36 14 17
% de contratos com cláusulas de direitos humanos 100% 100% 100%
* Somente contratos considerados significativos, que são os de serviços relacio-nados diretamente à atividade fim da Coelce, a distribuição de energia elétrica.
PESSOAS 75
parceiras da Coelce. A companhia possui 83,7% de sua
força de trabalho terceirizada, com 7.662 empregados.
Atividades e projetos feitos conjuntamente entre colabo-
radores e terceirizados têm esse caráter de estabelecer
parcerias duradouras e sustentáveis. O comprometimen-
to dos terceirizados com ações de melhoria contínua é
monitorado periodicamente por meio do Índice Global
de Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep), conforme
detalhado na página 76 deste Relatório.
Também são realizadas inspeções nas empresas
parceiras para verificar o cumprimento de obrigações
previdenciárias, trabalhistas e de saúde e segurança
no trabalho. Dessa forma, busca-se garantir que os
terceirizados tenham os direitos legais respeitados.
Em 2008, nenhum contrato foi reincidido por conta de
irregularidades.
educaÇÃo e treinaMento
Apesar de as empresas parceiras serem responsáveis
pela capacitação e treinamento dos empregados, a
companhia atua de forma ativa e conjunta para a de-
finição de temas relevantes e da qualidade dos cursos
oferecidos. Os colaboradores parceiros participaram
de cursos sobre qualidade no atendimento ao cliente,
desenvolvimento profissional e aspectos de saúde, se-
gurança e meio ambiente, além de apresentações das
metas do plano estratégico Ser Coelce.
As empresas parceiras são incentivadas a capacitar
seus colaboradores por meio da avaliação do número
de horas de treinamento e dos tipos de atividades
desenvolvidas. Em 2008, foram dedicadas a esses
treinamentos 55,75 horas/homens – dado que soma
os treinamentos ofertados pela companhia e pelas
empresas parceiras.
reconheciMentos
Como forma de reconhecer a qualidade de prestação
de serviços dos parceiros, a Coelce instituiu o Programa
de Reconhecimento da Qualidade, que tem como ob-
jetivo avaliar e acompanhar o desempenho em campo
dos melhores leituristas e eletricistas nos serviços de
ligação nova, inspeção, normalização, corte, religação e
atendimento emergencial.
Os colaboradores são avaliados a partir dos seus in-
dicadores operacionais e de uma pesquisa de satisfação
realizada com os clientes que foram atendidos. A cada
quadrimestre, são premiados três profissionais que se
destacaram nas áreas de Fortaleza, Região Metropoli-
tana, Norte e Sul, além da melhor equipe e do melhor
desempenho em todo o processo.
Em 2008, ocorreram 18 encontros, com 1.960 par-
ticipações. Essa iniciativa procura motivar o parceiro a
buscar a excelência em todos os aspectos de seu tra-
balho. Na oportunidade, são promovidos eventos com
palestras motivacionais e muita animação.
A partir de 2008, também passou a ser comemorado
o Dia do Leiturista, em 20 de julho, um reconhecimento
aos profissionais que atuam no contato com os clien-
tes. Durante dois dias, em um hotel em Fortaleza, 450
pessoas participaram de eventos de confraternização.
Além de brindes, foram distribuídos folderes com os 10
mandamentos para um bom atendimento em campo e
O Manual do Leiturista, que envolve informações so-
bre postura, segurança, instalações e configurações de
equipamentos e produtos e serviços da companhia.
avaliaÇÃo de eMPresas
A Coelce intitula de empresa parceira aquela que pres-
ta serviços de forma contínua, cujo acompanhamento
regular de sua gestão se faz necessário para o alinha-
mento à estratégia da companhia, bem como para a
manutenção da qualidade dos serviços prestados.
O engajamento das empresas parceiras em busca
de melhoria contínua de suas atividades foi medido
Treinamento de parceiros Horas Nº participações
Chefe de turma 7.310 43
Ser Coelce 5.000 2.500
Prevenindo Sempre 40.800 3.400
Leituristas 6.400 400
Eletricistas Qualidade 8.000 2.000
Total 67.510 8.343
*Um colaborador pode ter mais de uma participação
Treinamento em saúde e segurança | gri eu17 | 2006 2007 2008
Nº de colaboradores parceiros 6.376 6.837 7.662
% de colaboradores parceiros que receberam treinamento ND ND 100%
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200876coelce08
durante todo o ano de 2008 pelo Índice Global de
Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep). A partir de
2009, o conjunto de indicadores passará a se chamar
Índice de Parceria (Inpar), cujos critérios de avaliação
serão disseminados para as demais empresas Endesa. O
novo indicador traz apenas algumas modificações nos
critérios quando comparados aos do Igaep e inclusive
aproveita a metodologia de autoavaliação criada pela
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
Esse sistema oferece cinco grandes desafios às em-
presas parceiras:
• Melhorar a qualificação e satisfação dos colaboradores;
• Reduzir os índices de acidentes no trabalho;
• Manter a saúde financeira da parceira e a produtivi-
dade de forma eficiente;
• Melhorar a satisfação do cliente Coelce e a qualidade
dos serviços contratados;
• Realizar programas de alcance social e respeito ao
meio ambiente.
Para cada uma dessas áreas há vários indicadores
mensuráveis. Caso ocorram acidentes fatais no traba-
lho, a parceira será automaticamente desclassificada
para o recebimento de prêmios e vantagens.
Igaep/ Inpar 2006 2007
Meta
2008 2008
Meta
2009
Pontos 80,49% 82,57% 85,0% 85,2% 75,0%
Meta para 2009 prevê redução quando comparada ao valor de 2008, em razão de novos critérios de avaliação no Inpar, que exigem maior qualidade na gestão
A Eficaz Engenharia estipulou como visão corpo-
rativa ser reconhecida pela Coelce como a melhor
parceira até o final de 2009. A empresa, que presta
serviços como inspeção de fraudes e cálculos de ter-
mos de ocorrência, conquistou já em 2008 a primeira
posição no Índice Global de Avaliação das Empresas
Parceiras (Igaep), que a partir de 2009 passa a se
chamar Prêmio Inpar.
“Vemos não somente como indicadores de resultado,
mas como importante ferramenta de gestão. Trata da
parte de segurança, de melhoria de qualidade, res-
peito ao meio ambiente, saúde financeira. É tudo o
que a empresa precisa para administrar bem”, afirma
Benildo Aguiar, diretor Comercial.
Para melhorar em todos os aspectos do negócio,
a Eficaz Engenharia criou times estratégicos, for-
mados por profissionais de diferentes áreas, para
focar em cada um dos cinco critérios de avaliação
do Igaep. Fortaleceu a área de recursos humanos,
investindo em treinamento e desenvolvimento. “Bi-
mestralmente, 100% dos empregados participam
do Papo Eficaz, quando podem conversar sobre seus
sentimentos, planos de carreira, salário, etc.”, expli-
ca João Luís Lopes Pinto, gerente de Recursos Hu-
Boas práticas • qualidade das eMPresas Parceiras
manos. Outro destaque é o Inspetor Nota 10, pro-
grama de avaliação de desempenho em segurança
do trabalho. “Em cem inspeções feitas pela Coelce,
tivemos falha zero no item segurança de trabalho.
Foi uma vitória”, diz Benildo.
A CAM Brasilpassou da 19ª posição, em 2007,
para o segundo lugar, em 2008. Especializada em
soluções tecnológicas no campo metrológico e de au-
tomação, também criou um comitê multidisciplinar
para avançar no Igaep. “Pedimos para a Coelce fazer
uma palestra sobre os critérios de avaliação e per-
cebemos que éramos melhores do que estava sendo
mostrado. O desafio passou a ser divulgar melhor os
nossos eventos, tanto para o público externo quanto
para o interno”, avalia a gestora de Desenvolvimento
de Negócios, Tânia Lima.
O passeio ao Parque do Cocó, reduto verde em
Fortaleza, a distribuição de mudas no Dia do Meio
Ambiente e o programa de Desenvolvimento de Lí-
deres são algumas das ações realizadas. “O melhor
de ser funcionário da CAM é o bom ambiente de tra-
balho, que estimula as pessoas a se desenvolverem
sempre”, acrescenta Katyanny Pontes, assistente de
Desenvolvimento de Pessoas.
PESSOAS 77
Metas de 2008 Resultado
Certificação OHSAS 18001: site Administração Central Prorrogada para 2009
5,5 mil inspeções de segurança Meta atingida (8.501 inspeções)
Nenhum óbito por acidentes de empregados ou terceirizados Meta não atingida (4 óbitos)
Taxa de Frequência de Acidentes com empregados de 1,23 Meta não atingida (2,49)
Taxa de Frequência de Acidentes com terceirizados de 3,50 Meta atingida (3,29)
Taxa de Gravidade de Acidentes com empregados de 74 Meta atingida (26)
Taxa de Gravidade de Acidentes com terceirizados de 209 Meta não atingida (1.621)
Aplicar avaliação 360º para os gestores Meta atingida (83 gestores)
Introduzir ferramenta corporativa de e-learning Meta atingida (73 gestores participantes)
Instituir Programa Gestor Coach Meta não atingida
ProJeto enlace
A partir de junho de 2008, foram incorporadas novas
formas de licitação dos serviços operacionais. O Projeto
Enlace é um modelo aplicado pela Endesa S.A., com a
finalidade de garantir mais qualidade dos serviços pres-
tados, excelência no atendimento, segurança dos colabo-
radores, custo competitivo e riscos sob controle.
Como as exigências passaram a ser mais rigorosas,
alinhadas ao objetivo de melhoria contínua de produtos
e serviços, foi promovida uma apresentação da com-
panhia aos interessados em se tornarem fornecedores.
Várias empresas de referência foram estudadas para
chegar nesse modelo licitatório, além da realização de
reuniões prévias para discutir os pontos com as empre-
sas parceiras.
Para segurança dos colaboradores, por exemplo, será
obrigatória a instalação de sistema GPS nos veículos, a
fim de monitorar a velocidade de tráfego, assim como
os cintos de segurança dos eletricistas para subir nos
postes devem ser confeccionados com materiais mais
robustos, dentre muitos outros pontos de melhoria soli-
citados aos parceiros.
O Enlace também prevê um sistema de bonificação
aos fornecedores, de acordo com o cumprimento de ní-
veis de qualidade do serviço prestado. Com as mudan-
ças, as empresas Endesa esperam que seja estimulada a
concorrência e, principalmente, a excelência dos serviços
efetuados pelos colaboradores parceiros. (Mais informa-
ções sobre fornecedores na página 42).
Metas para 2009
Taxa de Frequência de Acidentes de trabalho de 2,9
Taxa de Gravidade de Acidentes de trabalho de 92
Índice de Parceria (Inpar) de 75%
Realizar 6 mil inspeções de segurança
Zerar a quantidade de óbitos por acidentes de trabalho
Meio aMbiente: Preservação e consumo consciente
MEIO AMBIENTE 79
A inauguração da nova sede administrativa em Fortaleza,
em um prédio construído de forma ecoeficiente, foi um
dos destaques de 2008 relacionados ao compromisso da
Coelce em atuar causando o mínimo impacto ao meio
ambiente. A empresa também comemorou a premiação
do programa de reciclagem Ecoelce pela Organização
das Nações Unidas (ONU), dentre outros reconhecimen-
tos para essa iniciativa que promove de forma inédita a
mudança comportamental da sociedade cearense.
A Coelce comprova na prática que as suas ações vão
além do cumprimento rigoroso da legislação e das normas
ambientais. A companhia procura engajar cada vez mais
colaboradores, empresas parceiras, fornecedores e socie-
dade na busca por um mundo mais sustentável.
Também investe em práticas para o uso racional dos
recursos naturais, programas de gerenciamento de resí-
duos e em pesquisas direcionadas ao desenvolvimento
sustentável do setor elétrico, como a criação do óleo eco-
lógico para transformadores de distribuição e do adubo
orgânico proveniente da biocompostagem do resíduo de
poda da vegetação urbana.
Para ajudar na divulgação de suas atividades, de for-
ma alinhada ao compromisso de garantir cada vez mais
transparência e proximidade no relacionamento com seus
stakeholders, foi lançada em 2008 uma página de Sus-
tentabilidade no website da companhia (www.coelcesites.
com.br/sustentabilidade), com informações sobre as ações
sociais e ambientais e metas para atingir os Sete Compro-
missos para um Desenvolvimento Sustentável.
Os investimentos em meio ambiente totalizaram
R$ 27,4 milhões em 2008, 30,5% acima de 2007
(R$ 21,0 milhões). Os gastos envolveram: manutenção
do sistema de gestão ambiental, arborização urbana,
licenças ambientais, programa de P&D ambiental, ma-
nejo de vegetação, investimento em rede compacta e
educação ambiental.
GESTÃO AMBIENTAL
A Política Ambiental da Coelce é disseminada constan-
temente por meio de campanhas de divulgação interna,
além de estar disponível na intranet e no site institu-
cional. Todos os colaboradores assumem compromisso
com 100% das diretrizes, que são reunidas em quatro
principais vertentes: ética ambiental, educação ambien-
tal, compromisso com a legalidade e gestão de resíduos.
A Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social
desafioser referência, no ceará, em eficiência energética, reciclagem de resíduos e educação ambiental
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200880coelce08
• Ética ambientalSer proativa com a comunidade interna e externa, mantendo canal de comunicação aberto para infor-mações quanto a suas ações ambientais, bem como disponibilizando um amplo acervo técnico sobre a gestão ambiental, contribuindo para o desenvolvi-mento sustentável.
• Educação ambientalPromover em todos os níveis hierárquicos a edu-cação ambiental, enfocando o senso de responsa-bilidade individual e o sentido de prevenção com relação ao meio ambiente, por meio de capacitação e conscientização, incluindo terceiros que atuem em seu nome e fornecedores.
• Compromisso com a legalidadeCumprir os requisitos legais aplicáveis e outros requisi-tos subscritos pela empresa, visando melhorar continua-mente o desempenho ambiental do planeta e do entor-no, através da prevenção da poluição, monitoramento e recuperação de eventuais impactos ambientais.
• Gestão de resíduosPromover alternativas para prevenir a poluição através da redução, da reutilização e da reciclagem de resíduos gerados na atividade operacional.
Política aMbiental da coelce
Corporativa é responsável por desenvolver ações que
atendam e promovam essa política, além de ajudar na
fiscalização para combater possíveis irregularidades.
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma impor-
tante ferramenta de melhoria contínua no estabeleci-
mento de objetivos, metas e programas com base nessa
política. Ele é certificado pela norma ISO 14001:2004,
desde outubro de 2006. Em 2008, foi ampliado o escopo
inicial, que abrange as áreas de construção, operação,
manutenção do sistema de transmissão e distribuição de
energia elétrica e suas atividades de apoio nas diversas
unidades de negócio. A certificação foi estendida à nova
sede administrativa, situada em Fortaleza, que inclui a
Diretoria Comercial e todas as suas atividades.
Esse foi um período intenso para treinar quase mil
pessoas nos procedimentos do SGA, como avaliação de
situações de emergência, gerenciamento de resíduos e
qualificação de prestadores de serviços. Em 2009, a meta
será recertificar todo o escopo da ISO 14001.
As responsabilidades do Sistema de Gestão Ambiental
são compartilhadas entre todos os empregados, estagiá-
rios e colaboradores parceiros. Todos recebem o Guia de
Formação Ambiental, que contém explicações detalhadas
sobre os benefícios e as ações do SGA. Para o público
externo, a Coelce distribui nas lojas de atendimento e por-
tarias das sedes administrativas um folheto com a política
ambiental e os canais de comunicação sobre o tema.
Os treinamentos de colaboradores referentes à for-
mação ambiental e aos documentos do SGA totalizaram
2.433,5 horas, com 1.558 participações, em 2008. Um
dos destaques foi a realização do curso, com 24 horas/
aula, para ampliar o número de auditores ambientais
internos, que passaram de 38 para 48.
A Coelce é a única empresa privada integrante da
Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental
do Estado do Ceará (Ciea) e do Fórum de Mudanças
Climáticas do Estado do Ceará, ambos vinculados ao
Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente. Além
de intensificar o relacionamento com o poder público, a
companhia auxilia na elaboração de políticas públicas
direcionadas à educação ambiental no Ceará.
Custos e despesas ambientais| gri en30 | 2007 2008
Relacionados à produção/operação 9.274 19.549
Educação ambiental para colaboradores 49 69
Gerenciamento de resíduos 116 57
Reciclagem de óleo 1 78 0
Licenças e auditorias ambientais 31 802
Pesquisa e desenvolvimento tecnológico e industrial 1.022 864
Arborização urbana 0 26
Manejo de vegetação 2.154 2.683
Rede compacta ou isolada 5.695 14.928
Outros gastos para melhoria contínua 129 120
Prrogramas e/ou projetos externos 11.748 7.870
Educação ambiental 2.250 669
Programa de Eficiência Energética 2 9.498 7.201
Total 21.022 27.419
1 Em 2008, não foram contratados serviços para regeneração do óleo. Foi realizado apenas recondicionamento, com mão de obra e tecnologia próprias2 A redução em 2008 decorre do acúmulo de liberações, em 2007, por parte da agência reguladora, de projetos para execução que eram relativos ao exercício de 2006
MEIO AMBIENTE 81
IMPACTOS DA ATUAÇÃO
A Coelce identificou e documentou todos os aspectos
(causas) e impactos (efeitos) ambientais de suas ativi-
dades, elaborando uma série de procedimentos, normas
técnicas e instruções de controle ambiental.
No geral, a distribuição de energia tem baixo impac-
to no meio ambiente e na biodiversidade, que decorre,
principalmente, da supressão vegetal na instalação e
manutenção das linhas, e/ou na utilização e descarte de
equipamentos com óleo mineral isolante, que oferecem
riscos de vazamento.
A fumaça preta emitida pelos carros a diesel é ou-
tro aspecto que pode causar contaminação do ar. Essas
emissões são medidas de acordo com a escala de Rin-
gelmann e monitoradas semestralmente. Outra iniciativa
envolve medições periódicas para avaliar se o nível de
emissão de ruídos das subestações está de acordo com
os parâmetros da legislação e não prejudica a comuni-
dade do entorno. | gri en12 |
As redes da Coelce são descritas, de forma simplifica-
da neste relatório, como linhas de transmissão, apesar
de tecnicamente serem chamadas de linhas de subtrans-
missão (com potência de, no máximo, 75,2 kV). Diferem
das linhas de transmissão propriamente ditas que são
originadas a partir de centrais elétricas e, devido à alta-
tensão transmitida (de 155 a 765 kV), precisam de gran-
des faixas de servidão (áreas de segurança sobre as quais
passam as linhas) e de um controle ambiental maior.
estrutura do sga COMITê ExECUTIVO
Auditores (internos)
48 colaboradores
Comitê executivo
Diretor-presidente e todos os demais diretores
Responsável da área de Responsabilidade Social
Corporativa e Meio Ambiente e Diretoria Jurídica
Comitê técnico
Responsável da área de Responsabilidade Social
Corporativa e Meio Ambiente e pelo menos um
representante de cada uma das áreas envolvidas nos
aspectos técnico-ambientais (manutenção de linhas e
subestações, distribuição, engenharia e obras, normas e
procedimentos e operação) e representantes das áreas
Comercial, Recursos Humanos e Financeiro
área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente
+ MudanÇas cliMáticas
Para a companhia, as mudanças climáticas, causadas
principalmente pelo aquecimento global, podem repre-
sentar tanto riscos quanto oportunidades para os negó-
cios. Uma prolongada escassez de chuvas, por exemplo,
poderá prejudicar as geradoras hidrelétricas, resultando
em racionamento obrigatório do consumo de energia por
parte da população, com impactos nos resultados finan-
ceiros das distribuidoras.
O cenário poderia obrigar a empresa a diversificar o
portfólio de aquisição de energia, com fontes energéticas
de custo mais elevado. Como oportunidade de negócio,
entretanto, surge a oferta de novos produtos e serviços
baseados em programas de ecoeficiência, além da maior
disseminação de temas de sustentabilidade em toda a
sua cadeia de fornecimento, inclusive entre empresas
parceiras. | gri ec2 |
gestÃo dos iMPactos
Como sua área de concessão abrange todo o Estado do
Ceará, a companhia atua em locais ricos em biodiver-
sidade e protegidos por lei. Essas áreas abrangem 11
unidades de conservação administradas pelo governo
Ecotimes10 grupos de
colaboradores que atuam
como agentes ambientais
e multiplicadores em suas
unidades de trabalho.
+
+
Extensão das redes, em km | gri eu3 | 2007 2008
Alta-tensão (75,2 kV) 3.979 4.244
Média-tensão (13,8 kV) 62.597 68.439
Baixa-tensão (380 e 220 volts) 39.564 42.291
Total 106.140 114.974
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200882coelce08
federal, 20 pelo governo estadual, 11 por prefeituras e 14
pela iniciativa privada – dessas, nove são reconhecidas
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e cinco
pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ce-
ará (Semace). Os terrenos de propriedade na Coelce nes-
sas áreas somavam, até o encerramento de 2008, 40.947
metros quadrados. | gri en11 |
Quando não é possível evitar supressão de vegetação
que possam afetar a fauna e flora em Áreas de Preserva-
ção Ambiental (APAs), a Semace exige, como medida com-
pensatória, a destinação de 0,5% do valor da obra para o
próprio órgão ambiental, que é responsável pela aplicação
do recurso no que considerar necessário. Em 2008, foram
destinados R$ 62,2 mil pela construção de quatro linhas
de transmissão. | gri en13 |
cuidados coM a flora
Na expansão das redes de distribuição, a Coelce procura
colocar os postes ao longo de vias e estradas já abertas
pela comunidade, a fim de evitar o corte de árvores em
mata fechada. A medida também facilita o acesso das
equipes de manutenção, contribuindo para a melhoria dos
indicadores de qualidade técnica. | gri en14 |
A interferência dos galhos das árvores no sistema elé-
parceria com a Universidade do Ceará. Os pesquisado-
res ainda analisam as oportunidades do lançamento do
adubo orgânico e da criação de pequenas usinas para um
programa de farmácia viva, que contempla uma das metas
ambientais estratégicas da Coelce para 2009.
Postes e cabos
Os postes tiveram acréscimo na altura para que a rede aé-
rea fique acima da vegetação. Foi criada a cruzeta do tipo
beco e meio beco, artefato de concreto montado no topo
dos postes para sustentação dos cabos. Essa modificação
reduz a necessidade de poda, pois os cabos são instalados
de forma a que a sua posição e faixa ocupada se deem so-
bre a via pública (rua) e não sobre a calçada. A linha verde
de média-tensão é composta por cabos aéreos protegidos
(spacer), o que também proporciona redução de podas.
Desde 2002, tornou-se padrão nas construções da rede
de baixa-tensão a instalação de cabos pré-reunidos (tran-
çados) que oferecem segurança e menor poluição visual,
além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008, foram
construídos 2.956.009 quilômetros em redes trifásicas e
monofásicas. | gri en14 |
Com exceção de uma rede construída em 2005, que uti-
lizou 120 postes de madeira, todos os postes da Coelce
são feitos de concreto. A empresa utiliza cruzetas de ma-
deira apenas nas redes aéreas antifurto (Distribuição Aérea
Transversal – DAT). Até 2006, a companhia desconhecia
a origem da madeira, mas desde 2007 apenas adquire o
recurso com certificação de origem florestal sustentável.
trico é um dos motivos de interrupção do fornecimento
de energia. Os colaboradores parceiros que executam o
serviço de poda são treinados para retirar apenas o neces-
sário, sem comprometer o desenvolvimento das árvores,
com orientações específicas nas diferentes voltagens da
rede (alta, média e baixa-tensão).
Em áreas de subestações, o controle de vegetação é fei-
to manualmente, para evitar o uso de agrotóxicos. Após
instalar uma manta plástica sobre o solo, ela é coberta
com uma camada de brita ou areia proveniente dos rios,
impedindo o crescimento de ervas daninhas. A medida re-
duz o custo das capinas e mantém o controle de vegeta-
ção sem contaminar o solo.
Os galhos e as folhas oriundos da poda urbana são
enviados para aterros municipais e parte dos resíduos ge-
rados em Fortaleza é transformada em adubo orgânico.
Esse é um projeto de P&D desenvolvido desde 2004 em
Propriedades em áreas protegidas / biodiversidade | gri en11 | área (m2) Localização
Tipo de operação
Dentro de áreas 40.947 Guaramiranga, Ibiapina, Inhuçu,Tianguá e Viçosa do Ceará Subestações
Em áreas adjacentes ND ND ND
Total 40.947
Poda 2007 2008
Supressão vegetal 1
(m² por trimestre)
469.688 649.875 2
Resíduos de poda
(m3 média mensal) 1
355 654
1 Considerando 1 ha = 10 mil m2 e 1 t = 1 m3 2 Somatório de desmatamento de linhas de transmissão = 259,95 ha
MEIO AMBIENTE 83
cuidados coM a avifauna
Antes do início de construção das obras, são identifica-
das as espécies existentes em cada região. Em 2008, não
foi constatada a existência de animais ameaçados de ex-
tinção de acordo com a listagem da União Internacional
para Conservação da Natureza (UICN). | gri en15 |
Mesmo com o baixo impacto à avifauna que entra em
contato com a rede energizada, a companhia estimula ini-
ciativas de preservação. Um exemplo é o projeto Casaca
de Couro, nome de um pássaro que faz seu ninho em es-
truturas da rede de média-tensão. Colaboradores criaram
eMissÃo de ruídos
De forma preventiva, a Coelce realiza medições de ruídos
em subestações, para garantir que essas instalações es-
tejam plenamente de acordo com os níveis exigidos pela
legislação ambiental. Em linhas de transmissão essas me-
dições são consideradas desnecessárias, segundo conclu-
são de estudo do Instituto de Tecnologia para o Desenvol-
vimento (Lactec) e aprovado pelo órgão ambiental, pois os
ruídos não causam incômodo à comunidade.
caMPos eletroMagnéticos
Em 2005, a Coelce promoveu um projeto de P&D para
estudar os efeitos de campos eletromagnéticos produzidos
na passagem de energia elétrica. Realizada em parceria
com o Lactec, a pesquisa concluiu que esses campos não
apresentam risco à saúde ou à segurança da população
residente nas proximidades de suas linhas de transmissão.
MATERIAIS
A Coelce incentiva o uso de produtos e a busca de
soluções que não agridam o meio ambiente. O óleo
utilizado em transformadores de distribuição e de potência
Materiais usados | gri en1 | 2006 2007 2008
Nº de materiais diretos 2.556.031 2.862.930 3.504.513
Nº de materiais não renováveis
ND ND ND
Principais materiais utilizados | gri en1 | 2006 2007 Meta 2008 2008 Meta 2009
Cabos e fios (metros) 12.791.092 14.964.176 17.387.886 11.861.563 23.114.491
Cabos e fios (kg) 1.499.967 1.849.505 2.149.065 2.478.772 2.992.011
Concretos (unidades) 195.962 228.703 370.135 305.504 380.755
Conectores (unidades) 1.176.331 1.327.591 1.616.786 1.421.204 2.095.550
Disjuntores (unidades) 88.407 115.985 150.004 144.415 195.934
Isoladores (unidades) 678.139 722.859 1.071.922 946.303 1.187.944
Medidores (unidades) 213.837 215.495 255.473 215.260 487.993
Para-raios (unidades) 19.265 24.745 36.460 36.205 37.100
Seccionadores (unidades) 176.816 219.127 465.352 426.375 465.478
Transformadores (unidades) 7.274 8.425 16.154 9.247 11.713
Materiais reciclados | gri en2 | Uso
Papel reciclado Os contracheques e informes de rendimento dos funcionários são feitos em papel reciclado, além de contas de parte dos clientes externos, folderes, blocos de notas e brindes
Papéis sanitários Os papéis toalhas usados na empresa são reciclados
Cartuchos remanufaturados A empresa xerox recicla seus cartuchos de tonners
Madeira certificada As cruzetas de madeira compradas são certificadas pelo Ibama
Biodegradáveis Projeto Adubo Orgânico, que transforma em adubo a poda de árvores em Fortaleza
Materiais de construção Resíduos de postes e cruzetas são transformados em tijolos ecológicos, utilizados na construção de casas populares e em estradas
um equipamento de baixo custo, de cano de PVC, para
colocar sobre as duas cruzetas e impedir que o pássaro
pouse, faça ninhos e provoque curto-circuitos, precisando
ser removidos na manutenção da rede.
Outra iniciativa é o afugentador de abelhas. Col-
meias construídas nas estruturas e na rede ameaçam
a segurança dos eletricistas e provocam interrupção no
fornecimento de energia. Para afugentá-las, passou a ser
borrifado um defensivo natural derivado da mandioca.
Além de não matar as abelhas, o composto evita a con-
taminação dos trabalhadores e do meio ambiente.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200884coelce08
é 100% recondicionado, e totalizou 136.250 litros em
2008. O percentual de faturas de energia impressas
em papel reciclado, no entanto, diminuiu de 48% para
30% do total das contas entregues aos clientes, na
comparação entre 2008 e o ano anterior. Isso se deve à
ampliação do sistema de fatura imediata, uma vez que
os equipamentos que emitem a conta de energia utilizam
papéis eletromagnéticos. O papel reciclado foi empregado
em 100% dos contracheques dos empregados. | gri en2 |
gerenciaMento de óleo e deMais resíduos
O Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) prevê
medidas de controle e prevenção de vazamentos de
óleo isolante durante a manutenção e troca dos trans-
formadores. Cada equipamento contém em média 60
litros (os de distribuição) e 10 mil litros de óleo (os
transformadores de potência).
O resíduo de óleo fica armazenado em tanques na sede
da Coelce em Maracanaú, para regeneração por empresa
licenciada para essa atividade.
Durante o ano, colaboradores próprios e parceiros
foram treinados em procedimentos emergenciais para
casos de vazamento de óleo, com aulas teóricas e si-
mulados práticos periódicos sobre riscos de incidentes.
Desde 2000, a Coelce é livre de ascarel (bifenila poli-
clorada – PCB), óleo isolante usado nos transformadores.
Proibido em 1981, por representar riscos à saúde huma-
na, o uso do ascarel poderia ser mantido até a substitui-
ção dos equipamentos.
Gerenciamento de resíduos | gri en22 | 2007 2008 Destinação
Resíduos perigosos: estopas contaminadas com óleo; pó de madeira contaminado poróleo mineral, transformadores e óleo mineral isolante (kg)
146.000 230.132 Transportados por empresa licenciada e, posteriormente, incinerados. O óleo mineral fica em estoque, para recondicionamento e regeneração
Lâmpadas (unidades) 32.544 22.046 Armazenadas de forma correta até o transporte por empresa licenciada. Posteriormente recebem tratamento de descontaminação
Resíduos orgânicos (kg) 1 579.680 164.701 Transportados por empresa licenciada e destinados a aterro sanitário. Os resíduos gerados no interior do Estado são transportados até os aterros pelas prefeituras municipais
Resíduos de postes (kg) 3.583.032 7.048.944 Recolhidos por uma usina de reciclagem em Fortaleza, que fabrica tijolos ecológicos para utilização em construções de conjuntos residenciais populares para baixa renda
Resíduos de cruzetas (kg) 66.570 215.530
Cartuchos, cilindros e tonners paraimpressoras (unidades)
ND 745 Recolhidos pelo fornecedor, que providencia reutilização. Caso não seja possível o reúso, os resíduos são incinerados
Baterias para celulares e pilhas (kg) ND 338 Armazenados e identificados em recipientes adequados, para posterior destinação final
Papel (kg) 9.886 18.777 Reciclagem
Papelão (kg) 1.822 3.277 Reciclagem
Papel misto (kg) 1.049 7.899 Reciclagem
Plástico – filme (kg) 266 632 Reciclagem
Plástico – gerais (kg) 3.843 2.141 Reciclagem
Plástico – garrafa (kg) 23 398 Reciclagem
Vidro (kg) 1.080 968 Reciclagem
Resíduo metálico – aço (kg) 9.396 3.040 Reciclagem
Resíduo metálico – chumbo (kg) 10 0 Reciclagem
PVC (kg) 10 13 Reciclagem
Ferro (kg) 1.943 8.299 Reciclagem
Jornal (kg) 90 826 Reciclagem
Inox (kg) 17 0 Reciclagem
Cobre (kg) ND 81.554 Reciclagem
Alumínio (kg) 40 30.896 Reciclagem
Porcelana (kg) 1.849 6.634 Aterro
Entulho de construção civil (t) 400 126 Reciclagem1 Somente Fortaleza e área metropolitana
MEIO AMBIENTE 85
USO EFICIENTE DOS RECURSOS
Ao incorporar os princípios da construção sustentá-
vel em sua nova sede administrativa, em Fortaleza, a
Coelce reforçou o compromisso com o uso racional e
eficiente dos recursos naturais. As instalações e os equi-
pamentos do prédio são ecoeficientes no consumo de
água e energia. O revestimento é de vidros com baixa
retenção de calor. Na base do edifício foram utilizados
tijolos ecológicos, originados de entulho reciclado de
construção civil, e o painel eletrônico, instalado na fa-
chada para divulgar mensagens educativas, utiliza LED
(Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz), que
consome 20% menos de energia. | gri en7 |
energia
O consumo de energia usada diretamente na atividade de
distribuição refere-se ao combustível que move a frota de
veículos nos diversos serviços de instalação e manutenção
das linhas e redes, assim como em atividades comerciais
(ligação nova e religação, entre outras). Como essas tare-
fas são realizadas por empresas parceiras, a Coelce ainda
não dispõe de inventário centralizado e sistematizado para
o cálculo desse consumo. | gri en3 |
O consumo de energia indireta refere-se ao funcio-
namento de sedes administrativas e pontos de apoio de
subestações. O montante em 2008 foi 11,01 GWh (o
equivalente a 39.600 gigajoules), 1,6% de aumento na
comparação com o ano anterior (10,8 GWh). O acréscimo
deve-se à ampliação de instalações e à contratação de
colaboradores. A companhia tem como meta para 2009 o
consumo de 11,7 GWh, crescimento de 5,8% em relação
ao 2008 por conta da ampliação de instalações. Periodica-
mente, são realizadas campanhas de comunicação interna
para combater o desperdício do insumo. A mudança, em
setembro de 2008, para a nova sede administrativa já re-
sultou em economia de energia por conta das instalações
mais eficientes. | gri en4 |
As fontes de fornecimento de energia indireta são
idênticas à da matriz energética brasileira, que em 2008,
segundo dados do Ministério de Minas e Energia, era
41% oriunda de petróleo e derivados. A energia de fonte
hidráulica representa 72% da matriz elétrica.
Para reduzir os custos financeiros e o impacto ao meio
ambiente, a companhia deu prioridade à realização de
videoconferências em substituição a reuniões presenciais
em outros estados, principalmente no Rio de Janeiro,
onde está localizada a holding Endesa Brasil.
A maresia e os ventos salinos diminuem a vida útil dos equipamentos do sistema de distribuição de energia em municípios litorâneos. Unindo criativida-de e respeito ao meio ambiente, a equipe da Área de Linhas de Transmissão (LTs) e Subestações (SEs) Fortaleza e Metropolitana encontrou uma alternativa para reduzir a força dos ventos sobres os barramen-tos de 72,5kV e 15kV.
Batizado de Barreira Vegetal, o projeto consiste no plantio de vegetação cipreste nos arredores da subestação, uma solução simples, de custo baixo e com viés ecológico. A iniciativa foi executada no município de Beberibe e deverá ser estendida para outras áreas litorâneas a partir de 2009.
barreira natural contra os ventos
Energia contratada (kWh) 2005 2006 2007 Meta 2008 2008 Meta 2009
Hidráulica 4.623.467.976 4.261.874.004 4.431.757.285 4.698.050.338 4.698.050.338 4.854.576.686
Térmica 3.091.884.331 3.220.789.204 3.205.857.839 3.383.664.460 3.383.630.197 3.658.984.214
Eólica 55.464.000 72.143.333 124.952.153 168.455.886 157.348.653 215.795.245
Total 7.770.816.307 7.554.806.541 7.762.567.277 8.250.170.684 8.239.029.188 8.729.356.145
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200886coelce08
A empresa distribui energia oriunda de fontes hidráu-
lica, térmica e eólica, sendo a maioria proveniente de
hidrelétricas, um tipo de energia limpa e renovável, que
não emite resíduos tóxicos para a atmosfera. A energia
térmica adquirida provém de gás natural, que, apesar de
ser um combustível fóssil, é menos agressivo à natureza
na comparação com o petróleo e o carvão.
A energia eólica é uma fonte alternativa que recebe
cada vez mais investimentos. No Ceará, o governo esta-
dual conduz o Programa de Desenvolvimento da Cadeia
Produtiva Geradora de Energia Eólica (Pró-eólica), com
investimentos na área de infraestrutura e política de in-
centivos fiscais. Apesar de ainda representar uma pequena
parcela da energia adquirida, na comparação com hidrelé-
trica e térmica, seu uso vem sendo intensificado, passando
de 0,7% do total, em 2005, para 1,9% em 2008.
água
O consumo de água para operar suas unidades adminis-
trativas (uso de sanitários, água para o consumo huma-
no e limpeza das instalações) totalizou 41.498 metros
cúbicos, em 2008, proveniente da Companhia de Água e
Esgoto do Ceará (Cagece) ou Serviço Autônomo de Água
e Esgoto (SAAE), além de poços artesianos.
São realizadas campanhas sistemáticas para evitar o des-
perdício de água, mas a meta de reduzir em 5,2% o consu-
mo em 2008, para 36.154 metros cúbicos, não foi atingida.
O aumento de 8,8% registrado em comparação a 2007
deve-se a reformas de sedes e construções de subestações.
A Coelce não reutiliza água para outras atividades,
como limpeza. Também desconhece se as fontes hídricas
de abastecimento público foram significativamente afeta-
das pela retirada de água que posteriormente será consu-
mida em suas atividades. | gri en9, en10 |
Consumo de água por fonte – m3 | gri en8 | 2006 2007 2008
Poços artesianos 1 ND 83 1.099
Abastecimento municipal 2 44.899 38.057 40.399
Total 44.899 38.140 41.498
Após um período de testes, a Coelce inaugurou ofi-
cialmente, em abril de 2008, o primeiro transforma-
dor de distribuição com óleo vegetal 100% brasileiro.
O equipamento foi desenvolvido em parceria com o
Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec),
vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC). Fei-
to a partir da mistura do líquido da castanha de caju
com óleo de mamona, não oferece riscos ao meio
ambiente em caso de vazamento.
“Esse óleo é completamente biodegradável. Se ele
vazar, em uma semana não existirá mais nada, enquan-
to os de origem mineral permanecerão lá por anos”,
garante o pesquisador que desenvolveu a tecnologia,
Prof. Dr. José Osvaldo Beserra Carioca, um dos pais do
biodiesel no Brasil, químico industrial e professor da
BOAS PRáTICAS • trAnsformAdores com óLeo ecoLógico
UFC. Outra característica do óleo é ser menos infla-
mável do que os derivados do petróleo, diminuindo os
riscos de explosões e acidentes na rede elétrica.
Entre 2007 e 2008, o produto foi utilizado em ca-
ráter experimental pela Coelce em dois transforma-
dores, apresentando excelentes resultados após 10
mil horas de uso. Em 2009, começará a terceira fase
do projeto, com o objetivo de ampliar a utilização
desse óleo para dez transformadores de distribuição
e iniciar a utilização em transformadores de potência.
A companhia iniciou, em março de 2008, o proces-
so de reconhecimento de patente do óleo ecológico,
em que será a primeira brasileira e a quarta no mun-
do (três delas são norte-americanas), marcando sua
posição de liderança no setor elétrico. | gri en26 |
1 A partir da adoção do SGA (em 2007), o indicador passou a incluir a água oriun-da de três poços artesianos (nas subestações de Aquiraz, Coluna e Cascavel). Em 2007, foi utilizado apenas o de Aquiraz. Em 2008, usados os três poços2 O SGA permitiu aperfeiçoar a mensuração do indicador. Por isso, o dado de 2006 diverge do publicado no relatório daquele ano (50.645 m3)
MEIO AMBIENTE 87
efluentes
A distribuição de energia elétrica não gera efluentes
a serem tratados. Há apenas os efluentes sanitários
oriundos das sedes administrativas e pontos de apoio
às subestações. A rede de esgoto é interligada às em-
presas de saneamento ou recebe tratamento por meio
de fossa séptica.
As fossas são inspecionadas periodicamente, confor-
me previsto em Norma Técnica Ambiental, para poste-
rior limpeza quando necessário, executada por empresa
devidamente licenciada. A Coelce possui uma dispen-
sa emitida pela Semace, órgão de controle ambiental,
pela qual não é requerido o monitoramento (análises
laboratoriais) dos efluentes cloacais gerados em suas
atividades. | gri en21 |
Descartes de água | en 21 | 2006 2007 2008
Volume total do descarte (m³/ano) 44.899 38.057 40.399
eMissões
A atividade de distribuição de energia elétrica não
constitui fonte primária de emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEE). Por essa razão, a companhia não produz
emissões atmosféricas diretas significativas de dióxido
de carbono (CO2). Para o fornecimento de energia elé-
trica, a Coelce também não emite óxidos de nitrogênio
(NOx) e de enxofre (SOx). | gri en16, en20 |
Com as trocas de geladeiras e aparelhos de ar-con-
dicionado realizadas pelo Programa de Eficiência Ener-
gética, a companhia entende que deve tratar o CFC e
o HCFC contidos nos equipamentos substituídos. Para
isso, firmou parceria com empresa cadastrada no Iba-
ma, especializada em recolher esses gases e evitar a
fuga dessas emissões para a atmosfera. Em 2008 foram
recolhidos 386 quilos de clorofluorcarboneto (CFC) e
hidroclorofluorcarboneto (HCFC). | gri en19 |
O inventário de hexafluoreto de enxofre (SF6) em
2008 verificou a existência de 1.138 quilos desse ma-
terial, sendo parte armazenada e outra utilizada em
equipamentos de proteção do sistema elétrico (inter-
ruptores e disjuntores). A estimativa é que em 2008, as
fugas tenham correspondido a 80,8 quilos. | gri en16 |
As emissões indiretas de GEE derivam da frota de veículos
contratada para serviços de poda, medição mensal do
consumo de energia dos clientes, construção e manutenção
preventiva e corretiva do sistema elétrico, transporte de
colaboradores, consumo próprio, dentre outros. A Coelce
ainda não possui um inventário para o cálculo dessas
emissões nem do impacto do transporte. | gri en29 |
Semestralmente é realizado o monitoramento da fu-
maça preta dos veículos movidos a diesel, da sua frota
própria e de empresas parceiras. Caso a densidade da
fumaça não esteja nos padrões exigidos, o veículo é
encaminhado para manutenção. A companhia também
estabelece formalmente nos contratos que os veículos
devem ter, no máximo, dois anos de uso, como forma
de garantir equipamentos mais eficientes e de menor
emissão de gases. | gri en17, en18 |
INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS
ecoelce: Prestígio internacional
Fruto de um bem-sucedido projeto de P&D, o Programa
Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Con-
sumida (Ecoelce) troca lixo reciclável por descontos na
energia consumida. Por meio da coleta seletiva, o ma-
terial levado pelos clientes até os locais credenciados é
pesado e transformado em bônus na conta de energia
elétrica, que pode chegar inclusive ao valor zero.
Até 2008, o programa recolheu 4,5 toneladas de re-
síduos, economizando energia para extrair da natureza
as matérias-primas que seriam necessárias para trans-
formá-las em produtos. De acordo com dados do econo-
mista e advogado Sabetai Calderoni, autor do livro Os
bilhões perdidos no lixo ((USP, 1997), para cada tipo de
material reciclado é possível obter considerável econo-
mia de energia devido ao reprocessamento.
Com investimento de R$ 212 mil em 2008, o programa
contou com 63 pontos de coleta seletiva (35 fixos e 28
móveis), nos seguintes municípios: Fortaleza, Maracanaú,
Maranguape, Caucaia, Farias Brito, Reriutaba, Milagres,
Benefícios do Ecoelce
• Geração de renda
• Educação ambiental
• Incentivo ao fornecimento seguro de energia elétrica, uma vez que as pessoas têm condições de pagar a conta de luz
• Redução dos custos dos municípios no tratamento de resíduos e do volume enviado para aterros sanitários
• Ganho ambiental
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200888coelce08
Ecoelce Resíduos recolhidos
Energia economizada(MWh/t) 1 Toneladas recicladas
Economia total (GWh/2008) 2
Metal 5,3 201,30 1,06
Vidro 0,64 215,41 0,13
Papel 3,51 595,02 2,08
Plástico 5,06 263,35 1,33
Totais - 1.275,08 4,6
1 Calderoni, 19972 Ecoelce, set-dez 2008
Ecoelce Resíduos reciclados
2007 2008 Total
Volume (Kg)Valor (R$) Volume (Kg)
Valor (R$) Volume (kg)
Valor (R$)
Papel (papel branco, misto, papelão, jornal) 419.682 39.533 1.513.051 109.834 1.932.733 149.368
Embalagens de vidro 177.262 13.329 544.966 25.532 722.228 38.862
Metais (alumínio, ferro, chumbo, aço) 466.788 60.182 564.060 152.252 1.030.848 212.434
Plásticos 164.262 45.698 658.614 173.421 822.876 219.119
Óleo de cozinha 1 981 290 8.499 2.457 9.480 2.747
Embalagens cartonadas - - 1.100 46 1.100 46
Total 1.228.975 159.031 3.290.290 463.543 4.519.265 622.575
1 A arrecadação de óleo de cozinha começou em março de 2007; os números correspondem ao total de 9 meses.
Sobral, Morada Nova, Campos Sales, Quixadá, Iguatu e Ju-
azeiro do Norte. Para 2009, a introdução do programa está
confirmada nos municípios de Itapipoca e Aquiraz. A meta
para 2008, de 100 mil clientes, foi superada, totalizando
mais de 112 mil clientes, com R$ 622,5 mil em bônus.
reconheciMentos
A qualidade do programa e a sua inovação inspiradora,
capaz de agregar vantagens ambientais, sociais e econô-
micas, renderam prêmios e reconhecimentos em 2008. O
Parte dos resíduos de postes e cruzetas de con-creto são doados pela Coelce para a construção de casas populares. A parceira com a empresa Usifort Ambiental, uma usina de reciclagem de entulho de construção civil, teve início em 2006 e até o en-cerramento de 2008 já havia destinado um volume de sucata correspondente a 4.638 postes e 3.095 vigas de concreto.
Por meio de um convênio com a Secretaria de Justiça do Estado do Ceará, a Usifort emprega em sua força de trabalho presidiários em liberdade condicional, oferecendo oportunidade de geração de renda e inclusão social. Em 2008, eram quatro trabalhadores, mas dependendo do volume de ma-téria-prima recebida, o número pode aumentar. O entulho reciclado é transformado em base asfáltica para corredores de ônibus, estacas de cercas, meio-fio, bueiros e tijolos ecológicos, oriundos 100% de resíduos da construção civil.
A Usifort vende seu material 30% mais barato que o preço do mercado tradicional, com a vanta-gem de utilizar apenas resíduos recicláveis, dimi-nuindo o impacto ambiental na exploração da ma-téria-prima. Parte do prédio da nova sede da Coelce também foi construída com esses tijolos ecológicos provenientes de material reciclado.
reciclageM coM geraÇÃo de renda Para Presidiários
Ecoelce foi um dos dez ganhadores do World Business
and Development Awards (WBDA), promovido pela Or-
ganização das Nações Unidas (ONU), que destaca a con-
tribuição das empresas do setor privado para atingir os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Cerca de 100
projetos de sustentabilidade de 44 países concorreram à
premiação, concedida somente a dez empresas.
Outros reconhecimentos do Ecoelce em 2008 foram:
• Brasil que Inova, promovido pela revista Exame: uma das
25 maiores inovações brasileiras da última década.
MEIO AMBIENTE 89
• Prêmio Von Martius, realizado pela Câmara Brasil-
Alemanha: 2º lugar na categoria Natureza.
• Prêmio Fundação Coge (Comitê de Gestão Empresa-
rial): finalista da categoria de Ações Ambientais.
• Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental: 1º lugar na
categoria Integração com a Sociedade.
• Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil: Res-
ponsabilidade Social Corporativa para os melhores
projetos em benefícios da sociedade brasileira.
A novidade de trocar lixo reciclável por bônus de ener-gia trouxe benefício imediato às comunidades carentes e ao meio ambiente, mas tornou-se um problema para o movimento de recicladores do Ceará. “Nós voltávamos com o carrinho vazio, porque quem doava para a gente estava entregando papel, plástico, jornal, etc. para a Co-elce. Daí fomos na empresa reclamar porque estávamos ficando sem o material”, explica Maria da Conceição da Silva de Souza, presidente da Associação dos Reciclado-res Amigos por Natureza (Aran), que há cinco anos atua na comunidade Bom Sucesso, em Fortaleza.
Foi realizada audiência pública na Câmara dos Vere-adores, com a participação de autoridades e integrantes da Rede dos Recicladores do Ceará – da qual Conceição também é presidente –, seguida de novas negociações, que resultaram em uma parceria bem-sucedida.
BOAS PRáTICAS • pArceriA com cAtAdores de recicLáveis
A Coelce passou a equipar as associações de reci-cláveis com as máquinas que registram os créditos do Ecoelce, permitindo que a população fizesse a troca dos resíduos também nesses pontos. No processo, as asso-ciações conseguem ter uma margem de lucro entre a compra e a venda dos materiais, utilizada para o paga-mento dos salários dos catadores.
“A parceira melhorou muito o negócio. Antes vendía-mos por mês cerca de mil quilos de cada material (papel, papelão, vidro, plástico e metal) e depois conseguimos esse mesmo volume por quinzena”, diz Conceição. São mais de 500 pessoas da comunidade cadastradas no programa. “Além de pagar a conta de luz, o Ecoelce ajudou na educação ambiental, porque antes o pessoal jogava o lixo em qualquer canto. Agora todo mundo se-para e traz o lixo para cá”, diz a líder da Aran.
A Coelce também iniciou uma pesquisa, realizada
em parceria com a Universidade de São Paulo (USP),
para avaliar o potencial do Ecoelce em gerar créditos
de carbono, uma vez que o aumento da reciclagem mi-
nimiza a necessidade de extrair as matérias-primas da
natureza, evitando a emissão de Gases de Efeito Es-
tufa. Esse é o caminho que a companhia planeja para
neutralizar a emissão do gás carbônico na geração de
energia elétrica. | gri eu4 |
educaÇÃo aMbiental
Por meio de palestras, cursos e treinamentos, a compa-
nhia busca disseminar a importância da preservação do
meio ambiente. Várias iniciativas marcam a atuação:
ecotiMes eM aÇÃo
Formados por dez grupos de colaboradores, os Ecotimes
atuam para disseminar as diretrizes da Política Ambiental
e do SGA, além de apoiar e engajar os demais colegas de
trabalho nas campanhas organizadas pela Área de Res-
ponsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente. Em
2008, 88 funcionários integraram os Ecotimes, sendo que
18 deles foram treinados como auditores ambientais.
escola coelce caMinhos eficientes
No programa Escola Ecoelce Caminhos Eficientes, as co-
munidades têm a oportunidade de conhecer, por meio de
maquetes, o processo de geração de energia elétrica até a
sua chegada nas residências. Por meio de uma plataforma
móvel adaptada, mensagens com foco em educação am-
biental são disseminadas de forma itinerante, percorrendo
os municípios cearenses. Os visitantes também recebem
treinamento sobre o uso racional e seguro da energia.
Em 2008, o projeto percorreu 85 comunidades, rece-
bendo aproximadamente 33 mil visitantes, com cerca
de 3.190 turmas formadas e 38.302 multiplicadores
capacitados. Com investimento de R$ 619,6 mil, o pro-
grama ainda realizou a troca de 28 mil lâmpadas fluo-
rescentes nas comunidades. | gri eu6 |
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200890coelce08
dia coelce do Meio aMbiente
O Dia Coelce do Meio Ambiente, comemorado em 4 de
outubro, promove eventos que contribuem para despertar
a consciência ambiental de colaboradores e empresas
parceiras. Em 2008, mais de 3 mil pessoas, incluindo
familiares, foram envolvidas em diversas atividades, como
passeios ecológicos e participação no plantio de mudas
de pau-brasil, sessões de cinema, palestras – como
grafitando coM arte
Os muros de subestações são transformados em espaço
de divulgação de dicas e iniciativas ambientais do projeto
Grafitando com Arte, desenvolvido desde 2005. Após rece-
berem treinamento em educação ambiental, os grafiteiros
utilizam o talento para desenhar e inserir mensagens que
remetem ao desenvolvimento sustentável. Em 2008, fo-
ram pintados 15 muros, com investimento de R$ 20 mil.
Mudanças Climáticas – Aquecimento Global no Semiárido
– e exposição de fotos sobre a temática ambiental.
Foram distribuídos, ainda, folderes sobre o uso ra-
cional de água e brindes educativos em todas as uni-
dades da Coelce no Estado do Ceará. Pela internet, os
colaboradores receberam dicas ambientais e lembretes
sobre a importância da certificação ISO 14001:2004 na
qualidade da gestão ambiental.
A Coelce, em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), promoveu o plantio simultâneo de 65 mil árvores em Fortaleza, com a participação de 300 voluntários, entre colaboradores próprios, de empresas parceiras e familiares. O resultado motivou a busca por registro no Guinness Book, o livro dos recordes, ao superar o recorde anterior do município de Indaiatuba, no interior de São Paulo.
A maratona verde começou e, em apenas 23 minutos e 30 segundos, o plantio foi totalmente concluído. Os locais que receberam as mudas de plantas foram o Condomínio Espiritual Uirapuru (50 mil) e o campus da Universidade Estadual do Ceará (15 mil). No evento, os participantes também tiveram a oportunidade de visitar a unidade móvel Escola Coelce Caminhos Eficientes.
uMa luz Para o verde
Atividades de educação ambiental Beneficiados 2007 Beneficiados 2008
Formação ambiental (treinamento geral sobre
benefícios e práticas do SGA)
658 colaboradores e estagiários
e 2.667 parceiros
1.004 colaboradores e estagiários, além de
2.764 empregados de empresas parceiras
Treinamento ambiental sobre procedimentos,
normas técnicas, controle e manual do SGA
2.596 colaboradores próprios e
de empresas parceiras
554 colaboradores próprios e 523 de
empresas parceiras
Formação de auditores ambientais 28 colaboradores próprios 25 colaboradores próprios
Formação de auditores líderes em Sistemas de
Gestão Ambiental, com o objetivo de capacitar
para coordenação das auditorias internas
8 colaboradores próprios -
Curso de gerenciamento de resíduos 50 colaboradores próprios -
Curso de legislação ambiental 37 colaboradores próprios -
Curso de aspectos e impactos ambientais - 20 colaboradores próprios
Curso de avaliação de fornecedores para
Sistema de Gestão Ambiental
- 25 colaboradores próprios
Palestras para escolas e órgãos ambientais 500 alunos de escolas públicas e
privadas e 31 funcionários públicos
247 participantes (alunos e professores de
ensino médio/ fundamental e superior)
Palestras sobre temas ambientais para
colaboradores
76 colaboradores próprios e
parceiros
238 colaboradores próprios e parceiros
Orientações ambientais para público interno
(referentes ao SGA) e externo (coleta seletiva)
1.994 colaboradores, entre próprios
e parceiros, além de abordagens que
atingiram 3 mil pessoas da sociedade
675 funcionários, entre próprios e parceiros,
além de abordagens com o público externo,
que abrangeram mais de 4 mil pessoas.
MEIO AMBIENTE 91
Pesquisa e desenvolviMento
Em parceria com universidades e centros de pesquisa nacionais, a Coelce investe em projetos de Pesquisa e Desenvolvimen-
to com foco na área ambiental, buscando tornar as atividades do setor elétrico cada vez mais sustentáveis.
Projetos de P&D ambientais 2008 1 InvestimentoR$ mil
Desenvolvimento de processo biotecnológico de compostagem para a reciclagem dos resíduos de poda das árvores que obstruem redes elétricas urbanas, proporcionando reaproveitamento ecológico desse resíduo 206
Desenvolvimento de produtos à base de compósito fibra de coco em matriz polimérica para aplicação em sistemas de baixa-tensão. Além de buscar economia financeira, ao desenvolver caixas de baixo custo para os medidores de energia, reaproveita os subprodutos do coco, resíduo abundante no Ceará 98
Desenvolvimento de técnicas e sistema de lavagem a seco de isoladores, de forma a aumentar a segurança do processo de limpeza em sistemas energizados 281
Desenvolvimento e implementação de óleo ecológico para transformadores de distribuição 185
Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 94
Total de investimentos em 2008 863
1Mais informações sobre Pesquisa e Desenvolvimento na página 94.
P&D ambientais 2006 2007 2008
Recursos aplicados (R$ mil) 1.375 1.022 863
Metas para 2009 Alcançar 200 mil clientes cadastrados no Ecoelce
Recertificar todo o escopo da ISO 14001
Plantar 12 mil mudas de árvores como parte do projeto Uma Luz para o Verde
Atender a 85 comunidades com o projeto Escola Coelce Caminhos Eficientes
Metas ambientais de 2008 ResultadoManter o consumo de água em até 36 mil m3
Não atingida (somou 43,9 mil m3)
Manter o consumo de energia em 10 GWh
Não atingida (totalizou 11,01 GWh)
Conquistar 100 mil clientes no Ecoelce
Superada em 12% (112 mil clientes)
Desenvolver biocatalizador para a viabilização de adubo orgânico
Realizados estudos para a criação de biocatalisador proveniente de recursos naturais, com o objetivo de tornar o custo do produto mais econômico. Foram encontrados organismos que atendem ao objetivo, porém são necessárias mais pesquisas sobre o metabolismo desses seres
inovacÃo e criatividade: Incentivo à eficácia
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE 93
A Coelce procura criar e aperfeiçoar diversos canais de
gestão de ideias e projetos de inovação, com metodo-
logias específicas para que os autores, independente-
mente da função ou cargo na empresa, possam partici-
par ativamente dos processos que signifiquem melhoria
contínua e agregação de valor ao negócio.
Além de proporcionar ganho adicional de competiti-
vidade, esses programas melhoram a qualidade dos ser-
viços e impactam de forma positiva o desenvolvimento
socioeconômico. Como exemplo, uma das boas ideias já
adotadas é o Kit Irrigação, um regulador automático que
permite ao produtor rural irrigar sua plantação no horá-
rio em que a tarifa de energia tem custo menor. Além de
programas corporativos – Inova Coelce e Deu Certo –, há
uma iniciativa global da Endesa, o Novare, e projetos de
melhoria que surgem de Pesquisa & Desenvolvimento e
dos programas de Eficiência Energética. | gri eu7 |
inova coelce
Desde setembro de 2006, o Inova Coelce busca apro-
veitar a capacidade criativa e o potencial inovador dos
colaboradores, tornando-os protagonistas do cresci-
mento da empresa. Ideias enviadas por funcionários de
empresas parceiras também são bem-vindas.
Um das novidades do ano foi a Semana da Inovação
Coelce, realizada de 3 a 7 de novembro de 2008, com
oficinas de inovação comercial para intensificar a cria-
tividade e o empreendedorismo. O evento reuniu 121
participantes de 16 municípios, que trouxeram mais de
175 ideias, originando sete novos conceitos de negócio.
Um deles, de caráter educativo, sugere a criação de um
programa de bolsas e inclusão educacional tendo como
suporte uma plataforma de seguro ou título de capitali-
zação atrelado à conta de energia elétrica.
O outro destaque do ano foi o novo portal na inter-
net (www.inovacoelce.com.br), com mais interatividade
e acesso ao banco de informações sobre a iniciativa.
O cadastro das ideias, com viés comercial, tecnológico
ou de melhoria contínua, passou a ser feito pela web,
dando agilidade ao processo.
novare
Por meio do Projeto Novare, as inovações podem ser
aproveitadas por qualquer companhia Endesa, forta-
lecendo os esforços de melhoria contínua global. As
cinco categorias premiadas são: Distribuição, Geração,
Comercialização, Serviços Corporativos e Ideia mais
Inovadora. O vencedor de cada categoria recebe um
cheque de 2 mil euros. Em 2008, a Coelce recebeu men-
ção honrosa pela iniciativa Desenvolvimento de Óleo
Ecológico para Transformadores.
deu certo
Lançado em 2008, o programa Deu Certo – Gente que
Acredita e Faz foi desenvolvido para incentivar a cria-
ção, o desenvolvimento e a difusão de melhores práti-
cas em todas as áreas da Coelce. A iniciativa reconhece
e premia os projetos de melhoria contínua que já foram
adotados e trouxeram resultados efetivos e mensurá-
veis para a empresa. Foram mais de cem inscrições pela
internet (www.deucertocoelce.com.br), contemplando
ainda fóruns de disseminação para avaliar a possibi-
lidade de acelerar o processo de aplicação das ideias.
Dois projetos foram vencedores do ciclo 2008:
Bloqueador Sinalizador de Chave Fusível e Seccio-
nadora e Troca de Arraias. O primeiro criou um me-
canismo que sinaliza e impede que ocorra um reli-
gamento acidental do circuito, evitando a falta de
energia prolongada em casos de situações transitórias.
Já o segundo envolve uma ação educativa sobre o pe-
rigo e os transtornos de soltar pipas próximo da rede
elétrica, além de estimular a troca dessa brincadeira por
outras mais seguras, como pião e bola.
Ao final do primeiro ano de existência, a Coelce pu-
blicou a edição inaugural da revista Deu Certo, com 77
projetos dos participantes.
desafiocrescer com o uso de tecnologias sustentáveis
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200894coelce08
BOAS PRáTICAS • BrincAdeirA segurA
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO | gri eu7 |
A Aneel estabelece que as distribuidoras invistam,
anualmente, 0,5% da sua Receita Operacional Líqui-
da (ROL) em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento
(P&D), com a finalidade de trazer melhorias para o setor
energético. Em 2008, o órgão regulador divulgou novas
regras para elaboração e aprovação do programa de
P&D. A nova metodologia prevê que a avaliação ini-
cial do projeto seja apenas indicativa, ficando a cargo
da empresa decidir pela execução. Já a avaliação final
se tornou obrigatória e foca os resultados alcançados,
seguindo critérios como originalidade, aplicabilidade,
relevância e razoabilidade dos custos.
A Coelce continuará assegurando a qualidade dos
temas pesquisados, além de acompanhar de perto a
busca por resultados que possam contribuir significa-
tivamente para superar os desafios do setor e tornar os
processos mais eficientes e ambientalmente amigáveis.
Em 2008, foram investidos R$ 3,2 milhões em pro-
jetos de P&D para promover a qualidade e confiabili-
dade das áreas técnica, comercial e institucional. (As
pesquisas relativas ao meio ambiente são abordadas na
página 91). Para a realização do programa, a compa-
nhia mantém parcerias com universidades e entidades
de pesquisas, e faz prospecção e análise dos cenários
tecnológicos, estabelecendo diretrizes e ferramentas
que possam ser aplicadas para o aprimoramento da
atuação empresarial.
No Ceará, é comum observar a garotada empinando arraias (ou pipas) como diversão, principalmente nos meses de julho e agosto, época das férias escolares e de boas correntes de vento. Apesar de ser fabricado sem praticamente nenhum custo, o brinquedo causa grandes despesas com limpeza da rede e reparos dos problemas acarretados no sistema elétrico.
Além disso, a segurança da comunidade é ameaça-da com o uso do cerol, uma mistura de cola com vidro moído que é aplicado nas linhas das pipas. Cresce a cada ano o número de vítimas de ferimentos pro-vocados pelo produto, sendo alguns fatais. Um dos dois projetos vencedores do programa Deu Certo quis justamente acabar com esse problema, enfocando o lado social da questão.
Em uma série de ações conjuntas, os colaboradores do Centro de Serviço de Maracanaú conseguiram re-duzir de forma significativa as ocorrências provocadas por arraias. Por meio de blitze de inspeção e parceria com as Lojas de Atendimento, os colaboradores passa-ram a conscientizar os moradores do entorno sobre os perigos de soltar pipas perto da fiação elétrica, distri-buindo panfletos – inclusive informando que o uso de cerol é crime previsto no Código Penal.
Outra ação envolveu a troca de arraias por brin-quedos populares, como pião, bolas de futebol e bila (bola de gude). “Nós antecipamos o período
das férias da criançada, efetuando a troca por esses brinquedos. Todos da equipe se engajaram. Faziam questão de participar, inclusive nos mutirões realiza-dos aos sábados, no dia de folga”, afirma Antonio Ernando Ferreira, o autor da ideia e líder do projeto no programa Deu Certo.
Nessa iniciativa, ao custo de R$ 900,00 foram dis-tribuídos 650 piões, 200 bolas e 6 mil bilas. Como resultado, foi possível retirar de circulação aproxima-damente 500 latas com cerol e centenas de arraias. A unidade de Maracanaú também comemorou a queda de 60% da Duração Equivalente de Interrupção por Cliente (DEC), um dos indicadores que mede a quali-dade do sistema, que passou de 1,49, em 2007, para 0,89, em 2008, após a adoção do projeto batizado como Caçador de Pipas.
“Se a Coelce quiser levar a ideia para toda a empre-sa, sugerimos fazer uma parceria com os fabricantes dos brinquedos, para que não falte material a ser doa-do”, complementa Raimundo Nonato Pereira Lima, ou-tro integrante do projeto. Ele também considera impor-tante engajar as autoridades municipais, mostrando o quanto podem economizar no sistema de saúde, com redução dos gastos decorrentes de atropelamentos e braços quebrados – tipos de acidentes que ocorrem quando as crianças correm para resgatar as pipas –, além das vítimas do cerol. | gri en9 |
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE 95
Projetos P&D 2008 Descrição R$ mil
Avaliação do uso de cabo de alumínio em área de alta agressividade salina
Estudo da resistência à corrosão de cabo condutor em liga de alumínio engraxado, com análise da substituição do cabo de cobre atualmente utilizado
280
Corrosão e degradação atmosférica dos materiais elétricos
Mapeamento do Estado do Ceará para a identificação das zonas de alta agressividade por poluentes atmosféricos e estabelecimento de um modelo de padronização de materiais elétricos para a Coelce, buscando melhor desempenho e vida útil
194
Desenvolvimento e aplicação de software para previsão de atendimento otimizado de emergência ao cliente
Desenvolvimento de um software capaz de operar com dados do Sistema de Informações Geográficas e gerar soluções para alocação de equipes de forma a minimizar tempo e custo no atendimento emergencial aos clientes da Coelce
289
Estudo e validação do inibidor de furto em redes de baixa-tensão
Desenvolvimento de protótipo de equipamento capaz de tornar a energia elétrica indisponível para o uso residencial, inibindo o furto em ramais de baixa-tensão, e realização de testes de aplicação em área piloto do sistema de distribuição
99
Otimização dos aspectos de segurança e comunicação de dados do sistema de fatura imediata
Investigação e proposta de soluções de software que possam ser agregadas ao Sistema de Fatura Imediata, de forma a aperfeiçoar as características de segurança e comunicação de dados via rede GPRS
140
Posto avançado de atendimento ao consumidor por videoconferência
Desenvolvimento de um espaço de atendimento integrado a um terminal de videoconferência, possibilitando ao cliente a interação direta com a Central de Relacionamento por meio de recursos de som e imagem
326
Sistema computacional de detecção e gestão de interrupções de energia integrado ao atendimento emergencial
Desenvolvimento de um sistema de gestão de atendimento de emergência baseado na detecção automática no tratamento de interrupções no fornecimento de energia elétrica antes do registro de reclamações dos clientes afetados
391
Sistema de caracterização de perdas comerciais baseado no perfil de consumidores para otimização de inspeções
Desenvolvimento de um sistema computacional capaz de analisar as informações disponíveis nos medidores de memória da massa e o histórico de eventos relacionados ao processo de aferição de consumo, possibilitando o aumento no índice de acerto das inspeções de fraude
161
Sistema de monitoramento de descargas atmosféricas para o Estado do Ceará
Implantação de uma rede de sensores para a detecção de descargas atmosféricas em tempo real do tipo nuvem-terra sobre o Estado do Ceará, auxiliando o gerenciamento, a manutenção e operação das linhas de distribuição de energia da Coelce
52
Sistema de religamento e corte de unidades consumidoras com tecnologia bluetooth
Desenvolvimento e aplicação de dispositivo para religamento e corte de unidades consumidoras, utilizando tecnologia bluetooth, tendo como base de controle e comunicação a utilização de equipamentos tipo palmtop
98
Sistema para medição e verificação de performance (PIMVP) do PEE Aneel
Desenvolvimento e aplicação de sistema para medição remota e avaliação de resultados obtidos por ações de eficiência energética, colocando à disposição da sociedade um canal de divulgação via web
267
TOTAL 1 2.297
1 Valor exclui P&D ambiental
Um importante projeto de P&D foi concluído em de-
zembro de 2008, cujo benefício está disponível para
toda a sociedade cearense. Trata-se do Sistema de Mo-
nitoramento de Descargas Atmosféricas para o Estado
do Ceará, desenvolvido em parceria com a Universida-
de de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual do
Ceará (Uece). Por meio dessa iniciativa, todas as redes
de distribuição da Coelce foram georreferenciadas e
passaram a transmitir à longa distância dados sobre
a incidência de raios e outras informações relativas à
meteorologia.
Com isso, a companhia pode melhorar o seu aten-
dimento de emergência, deixando as equipes de
sobreaviso em áreas com maior potencial de chu-
vas, que costumam acarretar transtornos na rede
de distribuição elétrica – como a queda de postes
e interrupção de cabos. Em caso de interrupção do
fornecimento, principalmente em zonas rurais mais
isoladas, também consegue agilizar a localização e a
resolução do problema.
O projeto permite a geração de dados em tempo real,
com aplicações em áreas de recursos hídricos (tornando
mais real a estimativa de precipitação), de meteorolo-
gia (melhoria da previsão quantitativa de tempestades)
e inclusive na segurança da aviação.
Apesar de a Coelce ter acesso ao sistema completo
com as informações, parte do monitoramento pode ser
acompanhado pelo público em geral, por meio do por-
tal na internet (http://www.zeus.iag.usp.br).
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 200896coelce08
menor poder aquisitivo, com a reforma de instala-
ções elétricas e a troca de refrigeradores e lâmpadas.
Além de contribuir com a doação de equipamentos
mais ecoeficientes, a companhia garante o descarte
ambientalmente correto para os resíduos gerados nes-
sa operação. Com investimento de R$ 5,8 milhões no
ano, os benefícios da iniciativa abrangeram:
• 1.440 residências com instalação de padrão de entra-
da e/ou reforma da rede interna;
• 38.500 lâmpadas incandescentes de 60W substituí-
das por fluorescentes compactas de 15W; e
• 6.108 famílias beneficiadas com a troca de geladeira,
sendo 4.439 em Fortaleza e Região Metropolitana e
1.669 em municípios do interior do Ceará.
Além da Troca Eficiente, são realizadas ações edu-
cativas para o uso seguro e consciente da energia
elétrica por meio do programa Escola Coelce de Ca-
minhos Eficientes (mais informações na página 89).
Prédios Públicos | gri en6, eu6 |
A troca de lâmpadas, condicionadores de ar e a re-
forma da rede elétrica interna em prédios podem pro-
porcionar economia mensal de até 15%. Lâmpadas e
equipamentos ineficientes são reciclados, com desti-
nação correta dos resíduos. Técnicos e consultores da
companhia visitaram prédios públicos, como hospitais,
escolas, universidades e centros de pesquisa, para es-
tudar as ações necessárias que possibilitem tornar as
instalações mais modernas.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Os investimentos em eficiência energética constituem
importante alternativa para conter a expansão do
consumo sem comprometer a qualidade de vida da
população e o desenvolvimento econômico do País.
No Brasil, a legislação do setor elétrico determina que
as distribuidoras destinem, anualmente, 0,5% de sua
Receita Operacional Líquida (ROL) a programas carac-
terizados como de eficiência energética.
Todas as iniciativas devem ser aprovadas pela Aneel
e geralmente estão divididas em dois grupos princi-
pais: ações educativas para a população, incluindo a
disseminação do selo de qualidade do Programa Na-
cional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), e
investimentos em equipamentos e instalações.
Nesse sentido, a Coelce desenvolve projetos de
educação para o uso eficiente e seguro da energia,
promove a substituição de geladeiras antigas por mo-
delos mais novos entre a população de baixa renda e
a modernização dos sistemas de iluminação em hospi-
tais e escolas públicas, entre outras ações.
A companhia possui um plano, com investimento
em capacitação de pessoal próprio para a gestão e
execução do Programa de Eficiência Energética, em
ações de marketing e divulgação, em aquisição de
sistemas de gestão informatizados, dentre outros. Em
2008, foram destinados R$ 58 mil a essas iniciativas.
No total, os investimentos em eficiência energética
somaram R$ 7.202 mil, em 2008, e contribuíram para
a economia de energia em diversas classes de consumo,
totalizando 12.991 MWh economizados, o equivalente à
demanda anual de cerca de 5 mil residências.
troca eficiente | gri en6, eu6 |
Devido ao sucesso do seu programa de ecoeficiên-
cia no segmento de baixa renda, a Coelce continuou
em 2008 a atuar em residências de consumidores de
Energia economizada – MWh | gri eu10, eu11 |
Classe de consumo 2006 2007 2008Meta 2009
Residencial (Ecoelce)
- - 4.600 7.189
Residencial Baixa Renda (Troca Eficiente)
- 3.940 6.226 8.287
Comercial 379 - - -
Industrial 3.401 - - -
Poder público (prédios públicos, como escolas, hospitais)
4.047 3.799 2.165 3.031
Serviço público - 1.446 - 1.585
Total 7.827 9.185 12.991 20.092
Benefícios da eficientização | gri eu10 |
Investimento (R$ mil)
Troca de 6.108 refrigeradores 5.804
Doação de 38.500 lâmpadas fluorescentes
Redução na demanda, no horário de ponta, de 1.865,77 kW
Economia de 6.226,38 MWh/ano de energia no sistema de refrigeração e iluminação
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE 97
Projetos de eficiência energéticaBenefícios diretos | gri en6, eu6 | Investimento (R$ mil)
13 hospitais públicos (seis em Fortaleza e sete no interior do Estado)
Modernização de 5.168 pontos de iluminação 500
Troca de 333 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 371,05 kW
Economia de 836,89 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação
19 escolas públicas (dez estaduais e nove municipais, todas localizadas em Fortaleza)
Modernização de 4.320 pontos de iluminação 318
Troca de 163 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 261,37 kW
Economia de 822,35 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação
Centro de Educação Tecnológica do Estado do Ceará (Centec)
Modernização de 1.189 pontos de iluminação 121
Troca de 72 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 86,66 kW
Economia de 194,36 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação
Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado FEAACS (UFC)
Modernização de 486 pontos de iluminação 124
Troca de 81 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 80,66 kW
Economia de 232,30 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)
Modernização de 212 pontos de iluminação 55
Troca de 40 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 34,49 kW
Economia de 79,50 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação
Total 1.118
Metas para 2009 Inova Coelce: inclusão de quatro novos produtos pela metodologia utilizada no programa
Deu Certo: aplicação de 60 projetos de melhoria contínua
Investir R$ 11,6 milhões em projetos de P&D
Investir R$ 13 milhões em projetos de Eficiência Energética
Realizar a troca de 8 mil geladeiras e de 40 mil lâmpadas
sociedade: Educação e responsabilidade social
SOCIEDADE 99
De forma crescente, a Coelce vem direcionando os seus
investimentos de responsabilidade social para a área de
educação, por acreditar que somente ao desenvolver po-
tencial criativo e massa crítica as pessoas são capazes de
atuar para a transformação social inclusiva e sustentável.
Os programas educacionais apoiados pela companhia en-
volvem principalmente crianças e jovens.
A empresa também é uma das que mais investem no
Estado do Ceará para valorizar e disseminar a cultura
local. Somente em 2008, destinou R$ 11,3 milhões para
financiar projetos sociais e culturais. Somados aos recur-
sos próprios destinados a projetos de inclusão no forne-
cimento de energia – Luz para Todos e Baixa Renda –,
o investimento social externo da companhia totalizou R$
223,9 milhões. Foram beneficiadas 3 milhões de pessoas
em 2008, sendo 1,6 milhão de consumidores enquadrados
como baixa renda e 1 milhão em iniciativas direcionadas a
crianças e adolescentes atendidos por projetos que rece-
bem recursos de Fundos da Infância e Adolescência.
IMPACTOS DA DISTRIBUIÇÃO
A qualidade no atendimento aos clientes e a seguran-
ça no fornecimento de energia representam impactos
positivos para a sociedade, que passa a ter acesso a
outros benefícios sociais, como sistemas de saúde e in-
cremento de atividades para a geração de renda. Algu-
mas iniciativas também estimulam a inclusão social por
meio do acesso formal à rede elétrica. Dessa forma, a
fatura mensal passa a funcionar como comprovante de
residência, o que permite ao consumidor obter linhas
de crédito e financiamento.
Apesar de a construção ou ampliação de infraestru-
turas do sistema elétrico poder resultar no deslocamen-
to de moradores, as atividades da companhia não pro-
vocam retirada involuntária. O contrato com o governo
federal não permite, inclusive, que isso aconteça no
atendimento a solicitações enquadradas no Programa
Luz Para Todos. | gri so1, eu21, eu19 |
Fontes de investimentos sociais e culturais (R$ mil)
| gri ec8 | 2005 2006 2007 2008
Recursos próprios 638 1.301 2.431 1.500
Incentivos fiscais 5.054 7.547 9.273 9.818
Sistema Estadual de Cultura (Siec) 3.185 3.975 2.423 3.027
Lei Rouanet 450 1.700 2.405 2.414
Fundos para a Infância e Adolescência (municipais e estadual) 50 500 601 618
Fundo Estadual para Cultura (FEC) 1.369 1.372 3.588 3.759
Lei de Incentivo ao Esporte 1 não vigente não vigente 256 0
Total 5.692 8.848 11.704 11.318
1 Em 2008 a Coelce não recebeu nenhuma solicitação de projeto esportivo com mecanismo de patrocínio pela Lei nº 11.438/06 (Lei de Incentivo ao Esporte)
desafioser reconhecida pela sociedade como uma empresa parceira no desenvolvimento do ceará
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008100coelce08
Gestão de impactos | gri 1.2 | Aspectos Impactos sociais Ações
Variação do nível de tensão da energia distribuída
• Queima de equipamentos elétricos
• Indenização por ocorrência do sistema elétrico• Medições instantâneas e gráficas em subestações e instalações• Instalação de macromedição em centro de distribuição desenergizado• Manutenções preventivas e corretivas
Uso irregular da energia elétrica
• Choque elétrico • Campanhas de combate a furtos de energia e riscos atrelados à rede elétrica• Retirada de gambiarra• Inspeção em redes de média e baixa-tensão• Construção conforme padrão de ligação DAT (redes antifurto)
Uso ineficiente da energia elétrica
• Aumento de despesas
• Troca de geladeiras e lâmpadas ineficientes, Ecoelce• Campanhas para o uso consciente da energia
Uso inseguro da energia • Queima de aparelhos• Incêndios • Choque elétrico
• Campanhas para o uso seguro de energia elétrica
Risco na construção /reforma irregular de instalações elétricas
• Choque elétrico • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica• Oferta de serviços de consertos e manutenção de sistemas elétricos
realizados por profissionais devidamente capacitados pela Coelce
Construção/reforma de prédios próximos à rede elétrica
• Choque elétrico • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica
Interrupção não programada do fornecimento
• Prejuízos financeiros• Insegurança noturna
em vias públicas e desconforto
• Riscos à saúde• Transtornos no
trânsito
• Plano de Contingência para Atendimento Emergencial• Controle da duração e frequência da interrupção do fornecimento• Serviço especial, com informações sobe tempo e causas da interrupção• Restrição de corte nos casos de uso de equipamentos indispensáveis à vida• Geradores em residências com equipamentos indispensáveis à vida• Campanhas de comunicação para não soltar pipas próximas à rede elétrica• Manutenção preventiva
Interrupção programada do fornecimento
• Prejuízos financeiros• Desconforto e
insatisfação • Riscos à saúde
• Comunicação antecipada sobre a interrupção temporária para grandes clientes, hospitais e população em geral
• Informações precisas à população sobre duração e causas da interrupção
• Geradores em residências com equipamento indispensável à vida
Uso de cabos nus em redes de baixa-tensão
• Choque elétrico • Mudança do padrão de construção de rede de baixa-tensão com cabos
cobertos
Suspensão do fornecimento por não pagamento da conta de energia
• Prejuízos financeiros• Desconforto e
insatisfação dos clientes
• Aviso antecipado do corte em conta de energia• Ativação do projeto de aviso antecipado de corte, que consiste na visita aos
clientes inadimplentes cuja comunicação por carta e do acionamento por telefone não foi possível
• Projeto de Humanização do Atendimento, com capacitação de eletricistas e leituristas
• Monitoramento do horário de pagamento de clientes listados para suspender fornecimento, atualizado em tempo real
• Negociação da dívida• Monitoramento dos pagamentos (via palm top) para religação imediata
INICIATIVAS SOCIAIS E CULTURAIS
Desde 2008, de forma inédita, a Coelce oferece a
possibilidade de a comunidade cadastrar on-line os
projetos em busca de patrocínio. O portal http://www.
coelcesites.com.br/sustentabilidade permite aos inte-
ressados enviar ideias e justificar os benefícios a serem
contemplados com os programas.
Com total transparência, a companhia também in-
forma a lista de todos os projetos de apoio à cultura,
ao esporte e aos direitos da criança e do adolescente
desenvolvidos em 2008, inclusive o valor dos investi-
mentos destinados a cada um. Além de reunir notícias
atualizadas do desempenho da empresa no âmbito da
responsabilidade social corporativa, o portal também
dispõe de um canal para receber sugestões.
natal educar coM arte
Com a mensagem Investir em educação é a melhor for-
ma de desejar Feliz Natal para todo o Ceará, a campa-
nha natalina de 2008 consistiu em um bem-sucedido
concurso de desenho entre os estudantes de escolas
públicas. Ao todo foram 17 mil trabalhos de 3,7 mil
escolas inscritas, localizadas em 181 dos 184 municí-
pios do Ceará. Um diferencial foi a participação efetiva
dessas escolas, que selecionaram os cinco melhores
desenhos entre os seus alunos.
As três primeiras colocações foram de Luciana No-
gueira Silva, Francisca Bruna de Souza Martins e Cindy
SOCIEDADE 101
móvel de atendimento comercial (Coelce nos Bairros).
Também disseminam o programa de eficiência energéti-
ca (troca de lâmpadas, fiação e geladeiras velhas), Baú
da Leitura, Cine Coelce, Escola Coelce Caminhos Efi-
cientes, que busca combater o desperdício de energia
elétrica, e programa de reciclagem Ecoelce, de troca de
resíduos recicláveis por bônus na conta de energia.
Conhecer – Direcionado para a autopercepção do pú-
blico envolvido em relação ao contexto social em que
está inserido. A partir de vivências individuais, são de-
senvolvidos temas como orçamento familiar, culinária
para aproveitamento integral dos alimentos, responsa-
bilidade socioambiental e orientação para o mercado.
Educar para Crescer – Busca fomentar o artesanato lo-
cal como forma de geração de renda sustentável e va-
lorização da cultura cearense. Essa linha de ação prevê
capacitar a comunidade para o aperfeiçoamento de téc-
nicas artesanais, orientar para a produção de coleções e
apoiar a comercialização das peças, com respeito a bases
regionais e tradições culturais de cada localidade.
Em 2008, foram capacitadas 19 comunidades, que
produziram artigos de qualidade e boa aceitação no
mercado. A Coelce apoiou também a criação de uma
coleção de moda, incluindo desfile na Feira de Respon-
sabilidade Social e um catálogo impresso dos produ-
tos. Em alguns períodos, o alto número de encomendas
determinou a inclusão de comunidades além do raio de
atuação do Programa Energia Social.
O compromisso de reverter 100% do valor arreca-
dado com a venda dos artigos produzidos aos artesãos
proporcionou R$ 155,5 mil em comércio solidário, com
incremento de renda direto para 384 pessoas. O progra-
ma orientou ainda jovens para o mercado de trabalho.
Nesse sentido, embora não seja possível mensurar de
forma precisa o impacto referente a empregos indiretos,
percebeu-se que a maior visibilidade conquistada pelo
Energia Social, em 2008, refletiu-se na contratação de
profissionais (instrutores, monitores, designers, etc.) e na
aquisição de matéria-prima de terceiros. | gri ec9 |
Maria Damasceno Jales, que ganharam bolsa de estu-
dos de R$ 70 mil e computador com impressora. Os
classificados do 4º ao 20º lugares receberam compu-
tadores e impressoras, e as escolas dos 20 estudantes
ganharam kit multimídia contendo notebook, projetor
e tela de projeção. A campanha continuará em 2009.
PrograMa energia social
A partir da necessidade de contribuir com uma aborda-
gem social para a redução de perdas em comunidades
de baixo desenvolvimento socioeconômico, a Coelce
criou o Programa Energia Social. São três linhas de
ação, que reúnem outras iniciativas já desenvolvidas
pela companhia, com a intenção de potencializar o im-
pacto positivo no dia a dia das pessoas, como a negocia-
ção de dívidas e ações de geração de renda, cidadania e
responsabilidade socioambiental.
Para melhor mensurar os impactos do Energia Social,
será realizado um estudo das novas comunidades que
devem ser atendidas, a partir de 2009. Por meio da par-
ceria com a Universidade Federal do Ceará, estudantes
farão o levantamento de indicadores socioeconômicos,
incluindo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
que servirão como parâmetro de avaliação de resultados.
Ações Coelce – Abrangem as atividades comerciais, a
exemplo do parcelamento de dívidas da fatura de ener-
gia sem juros ou com ampliação do número de parcelas,
para clientes de baixa renda, e a instalação de unidade
• Investimento de R$ 630 mil• 384 pessoas atingiram incremento real no orça-
mento familiar• Geração de R$ 155.513,17 em comércio solidário• 241 pessoas capacitadas em meio ambiente• 288 pessoas receberam orientação sobre orça-
mento familiar• 283 pessoas capacitadas em culinária alternativa
e uso de forno solar• 465 pessoas aprimoraram ou aprenderam técni-
cas artesanais• 91 jovens participaram de oficinas de orientação
para o mercado
energia social eM 2008
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008102coelce08
coelce voluntários O Programa Coelce Voluntários encerrou 2008 com uma
ação de enfoque educacional. Por meio do curso As Van-
tagens de Permanecer na Escola, voluntários capacitados
pela Junior Achivement (organização de educação em eco-
nomia e negócios) realizaram diversas atividades lúdicas
para cem alunos das escolas públicas de ensino funda-
mental e médio Jenny Gomes, Maria Stella Cochrane San-
tiago (ambas em Fortaleza) e José de Borba Vasconcelos
(em Maracanaú).
Criado em 2006, com o intuito de reforçar a presença da
companhia na sociedade, o programa contou com a parti-
cipação de 46 voluntários em 2008. Outras iniciativas no
ano, que beneficiaram diretamente 4 mil pessoas, foram:
• Cadastro de doadores de medula óssea.
• Campanha de doação de sangue.
• Arrecadação de donativos e R$ 20 mil em benefício de
vítimas atingidas por chuvas nos municípios de Icó, Au-
rora, Lavras da Mangabeira, Caririaçu, Crateús e Sobral.
• Narração de histórias em comunidades de baixa renda.
• Visitas a instituições carentes, como Associação Peter
Pan, e doação, por parte dos colaboradores, de parte do
Imposto de Renda Pessoa Física devido.
coelce solidária
Em 2008, o Programa Coelce Solidária repassou mais
de R$ 8 milhões para instituições sem fins lucrativos,
além de realizar outras ações direcionadas à qualidade
de vida da população: | gri ec8, ec9 |
• Repasse de verbas – Duas instituições sem fins lucrati-
vos foram beneficiadas com 2,5% dos recursos arreca-
dados pelo Seguro Família Residencial 3+1 e Seguro de
Vida com Assistência Funeral. O Instituto de Prevenção
à Desnutrição e Excepcionalidade (Iprede) e o Hospital
Batista Memorial receberam R$ 44,1 mil cada um.
• Arrecadação de fundos para entidades – Por meio da
doação de uma quantia simbólica por parte de 251 mil
clientes, foram revertidos R$ 8,5 milhões para entidades
sem fins lucrativos. O montante é cerca de 30% maior
que em 2007 (R$ 6,5 milhões). Os clientes podem ir até
Instituições beneficiadas por doações pela conta de energia (R$ mil)
Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal 42
Associação dos Amigos e Pacientes Renais
do Cariri (AAPREC)*
0
Centro Católico de Evangelização Shallon 557
Desafio Jovem do Ceará 49
Diocese de Tianguá – Santuário de Fátima de
São Benedito
36
Entidade Filantrópica Raimundo Costa Sobrinho
(Cidadão e Amor)
257
Escolinha de Futebol do Ceará Sporting Clube 56
Escolinha de Futebol do Ferroviário
Atlético Clube
6
Escolinha de Futebol do Fortaleza Esporte Clube 138
Escolinha de Futebol do Icasa Esporte Clube 132
Federação das Associações de Pais e Amigos
de Excepcionais do Estado do Ceará
1.235
Fraternidade de Aliança Toca de Assis 20
Fundação Especial Permanente Casa Esperança 11
Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef)
270
Hospital do Câncer de Fortaleza* 0
Hospital e Maternidade José Pinto do Carmo
(município de Baturité)
4
Instituto de Prevenção à Desnutrição e à
Excepcionalidade (Iprede)
44
Instituto Hesed* 0
Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza 4.701
Legião da Boa Vontade (LBV) 934
Pastoral da Criança* 0
Sociedade Hospitalar São Francisco de Canindé 37
Total arrecadado ** 8.530
* Entidades em início de vigência do convênio, em dezembro de 2008.
** Valor arrecadado, descontados tributos e taxas administrativas.
• Transparência – de forma ética e em sentido amplo
• Diversidade – respeito à sinergia das diferenças culturais
• Desenvolvimento autossustentável – inclusão social de forma digna
• Associação – parcerias com todos os atores sociais
• Complementaridade – não avoca para si as obrigações do governo, mas torna-se parceira
• Inclusão – redução da exclusão social no entorno da entidade
• Participação – ações sociais realizadas pelos colaboradores
Política de resPonsabilidade social
SOCIEDADE 103
uma loja da distribuidora, escolher uma das entidades
cadastradas a ser beneficiada e estipular uma quantia
acima de R$ 1,00. Em 2008, a companhia manteve par-
ceria com 22 instituições, sendo que quatro delas esta-
vam em adequação do convênio no final do ano.
• Doação de móveis e equipamentos – Anualmente é
realizada a doação de móveis usados e equipamentos
de informática. Em 2008, foram entregues 741 móveis
a oito instituições e 70 computadores também para oito
entidades de Fortaleza.
• Apoio à busca de crianças desaparecidas – Reservado
um espaço na conta de energia elétrica para a divul-
gação de imagens de crianças desaparecidas, que inte-
gram o cadastro da Secretaria do Trabalho e Desenvol-
vimento Social do Ceará. Desde o início do programa,
em 2004, oito crianças foram encontradas.
incentivo à leitura
Desde 2005, o projeto Baú da Leitura contribui para a
disseminação do conhecimento em comunidades com
baixo desenvolvimento socioeconômico. Cada localida-
de atendida recebe um acervo com 300 livros infantis
e infanto-juvenis das mãos do próprio mascote da Co-
elce, o Lampinha. Em parceria com o grupo Casa do
Conto, as histórias são narradas de maneira lúdica a fim
de estimular ainda mais o gosto pela leitura. Em 2008,
o projeto beneficiou 35 entidades, entre escolas públi-
cas, ONGs e associações comunitárias, com investimen-
to de R$ 28 mil. Os municípios beneficiados pelo Baú
da Leitura foram Canindé, Fortaleza, Icaupuí, Itarema,
Maracanaú, Pacajus, Sobral e Trairi.
A companhia promoveu, ainda, um curso de capa-
citação para contação de histórias, em junho de 2008,
do qual participaram 30 colaboradores. O objetivo é
transformar os voluntários em agentes disseminadores,
para o público infantil, de temas de segurança da rede
elétrica e eficiência energética. Após o treinamento, os
voluntários atuaram com a equipe do programa Coelce
nos Bairros, contando histórias para a comunidade de
São Bernardo, em Messejana.
Mostras-debate de cidadania
A Coelce tem promovido a discussão de temas relevantes
para a sociedade entre seus colaboradores. Destacam-se
os seguintes encontros realizados em 2008:
• Mostra-debate sobre Paternidade Responsável: a inicia-
tiva, intitulada Conversa de Homem, trouxe à discussão
assuntos relacionados à paternidade responsável, bus-
cando a construção de relações mais livres e prazerosas
entre pais e filhos. Antecedendo o evento, foi realizada
uma campanha interna com o título O Que é Ser Pai.
feira coelce de resPonsabilidade social | ec9 |
O resultado da capacitação de profissionais do ar-tesanato pelo programa Energia Social ficou eviden-ciado no desfile de abertura do evento, com modelos apresentando os produtos feitos de renda de filé, cro-chê, dentre outros materiais. Na ocasião, foi assinado convênio com o Ateliê Brasil para comercialização das peças artesanais produzidas pelas comunidades do projeto. A segunda edição da Feira de Responsabilida-de Social da Coelce já está confirmada para 2009.
Mais do que reforçar o seu compromisso com a responsabilidade social corporativa, a Feira busca in-tensificar o diálogo e a transparência entre a Coelce e a sociedade. A companhia aproveitou a ocasião para divulgar o seu Relatório de Sustentabilidade 2007.
Realizada durante três dias no bosque do Marina Park Hotel, em Fortaleza, a Feira Coelce de Responsabilida-de Social ofereceu aos visitantes uma mostra de 11 projetos socioambientais apoiados pela companhia: Baú de Leitura; Cine Coelce; Coelce Solidária com a Saúde Pública; Ecoelce; Energia Social; Escola Coel-ce – Caminhos Eficientes, MidiaCom, Óleo Ecológico, Adubo Orgânico, Promil e Troca Eficiente.
A primeira edição da Feira, que reuniu aproximada-mente 2 mil pessoas, contou ainda com apresentações musicais e uma Arena da Aprendizagem – espaço de oficinas de contação de história, animação, uso eficien-te de energia, brinquedos feitos a partir de material reciclado, horta caseira e customização de camisetas.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008104coelce08
• Mostra-debate sobre Política: o evento reuniu colabo-
radores da empresa, levando os participantes a refletir
sobre política e voto consciente. Foram utilizados recur-
sos de vídeo e música, além de palestra promovida pelo
instituto Fábrica de Imagens, especializado em promo-
ver ações de educação e cidadania.
direitos da crianÇa e do adolescente
Em 2008, foram destinados R$ 617 mil (oriundos de 1%
do Imposto de Renda devido) ao apoio de ações capazes
de proporcionar um futuro melhor a crianças e jovens. A
contribuição beneficiou várias iniciativas, abrangendo edu-
cação, arte, cidadania e inclusão social.
ProJetos culturais
A Coelce recebeu o Selo de Responsabilidade Cultural
2008, conferido pela Secretaria de Cultura do Estado, em
reconhecimento a seus investimentos no setor. Em 2008,
foram aplicados mais de R$ 10 milhões, entre recursos
próprios e oriundos do Sistema Estadual de Cultura (2%
do ICMS a recolher) e da Lei Rouanet (até 4% do Imposto
de Renda a recolher). Os projetos se enquadram nas ca-
tegorias de artes cênicas, audiovisual, literatura, música e
patrimônio imaterial.
artes cênicas
A companhia investiu R$ 425 mil nessa categoria, des-
tacando-se a realização do Festival Nacional de Dança,
em Fortaleza.
Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente
Entidade Descrição (R$ mil)
Centro Pediátrico do Câncer da Associação Peter Pan (APP)
Em 2008, os recursos foram destinados ao término da construção do Centro Pediátrico do Câncer, com quatro pavimentos e 69 leitos.
24.500
Instituto Programa Movimento de Integração Milenar (Promil)
Cursos de instalador-eletricista, instalador-bombeiro e secretariado, para jovens de 14 a 18 anos, bem como egressos do sistema penitenciário. Beneficiou 7 mil pessoas em 2008.
125.000
Tecendo Cidadania com Educação e Arte
Promover a autoestima, o resgate dos valores éticos, o estímulo ao estudo e do exercício da cidadania de 80 crianças e adolescentes em situação de risco social.
10.500
Caminho para a Cidadania Ampliar as oportunidades de aprendizado para 20 crianças e adolescentes especiais. 21.500
Subtotal 181.500
fundo Municipal para a criança e o adolescente
3ª Mostra de Arte da Cultura Cearense (22ª Convenção Estadual do Comércio Lojista)
O objetivo geral é proporcionar mudanças culturais, no sentido de promover a ampliação do conhecimento tecnológico e empresarial da classe lojista, além do desenvolvimento de novos negócios. Foram beneficiadas 1.200 pessoas.
40.000
Arte, Vida e Movimento, do Grupo Bailarinos de Cristo Amor e Doações (BCAD)
Oferece diversas atividades, como dança, teatro, computação, língua estrangeira (inglês) e natação, entre outras, além de alimentação aos participantes. São acompanhadas 380 crianças de 21 comunidades de baixo poder aquisitivo, em vários núcleos de Fortaleza.
23.500
Festival Cariri de Canção – Modalidade Infanto-Juvenil
Mobilizar, incentivar, criar espaços e apoiar a produção musical, artística e cultural, além de favorecer o crescimento das atividades turísticas da região.
20.000
Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga
Apoio à difusão, exibição, circulação e promoção do teatro em Guaramiranga. Ocorrido de 12 a 20 de setembro de 2008, participaram do evento 13,5 mil pessoas.
50.000
MídiaCOM Capacitação em comunicação digital e computação gráfica, além de organização para a geração de renda. Em 2008, beneficiou 120 alunos da rede pública de ensino de Aquiraz.
23.500
Projeto Atos de Aprendiz do Conselho de Integração Social (Integrassol)
Contribuir para o desenvolvimento socioprofissional e educacional de 100 estudantes de escolas públicas (16 e 17 anos) em situação de risco social, com orientação e qualificação profissional, visando à inserção no mercado do trabalho.
15.000
Visagens do Desejo da Companhia de Dança do Ceará (Vidança)
Com foco na dança como agente de transformação social, beneficia 300 crianças e adolescentes de três bairros de Fortaleza. São promovidas aulas gratuitas de dança, percussão e capoeira, inspirados na cultura e nas tradições locais. As famílias se envolvem, participando de palestras e contribuindo na confecção do material usado nos espetáculos.
23.500
Juá Forró Evento junino com duração de 15 dias, em Juazeiro do Norte, com perspectiva de público de 450 mil pessoas. O festival contou com 45 atrações musicais e as apresentações de quadrilhas com a presença de crianças, adolescentes e adultos.
120.000
Festival de Quadrilhas Juninas Infantis de Maracanaú
Ao produzir uma grande festa de São João para a população de Maracanaú, a Coelce buscou fortalecer as raízes culturais, além de atrair turistas e incrementar o comércio local.
120.000
Subtotal 435.500
Total 617.000
SOCIEDADE 105
artes visuais
Nessa categoria, foram investidos R$ 203 mil, destacando-
se o projeto Arte Profissionalizante realizado em bairros de
baixo desenvolvimento socioeconômico.
literatura
A iniciativa Fábrica de Leitores foi um dos destaques den-
tre os investimentos em literatura. A empresa patrocinou a
produção de 20 livros infantis sobre a cultura e a história
do Nordeste a serem distribuídos para estudantes da rede
pública do Ensino Fundamental.
Música
Após várias apresentações em eventos natalinos e em ou-
tras datas comemorativas, o Coral das Luzes, formado por
colaboradores e parceiros da Coelce gravou o seu primeiro
CD de músicas, patrocinado pela companhia, que busca
cada vez mais incrementar seus investimentos culturais.
audiovisual
O projeto que recebeu o maior aporte financeiro em 2008
foi o Cine Ceará, Festival Nacional de Cinema e Vídeo, com
R$ 844 mil. O evento é o mais importante do gênero no
Estado e busca projetar o Ceará como difusor e produtor
de cinema e vídeo.
PatriMônio iMaterial
Foram destinados R$ 510 mil para iniciativas que fortale-
cem a cultura e os costumes do povo cearense.
Artes Cênicas (Teatro e Dança) 2008 (R$)
As Sete Irmãs Estimular e difundir a produção teatral das pessoas de terceira idade. 10.300
Divertissiment –
Vida e Arte de Hugo Bianchi
Espetáculo que reuniu o Ballet Hugo Bianchi e companhias Cia. dos Pés Grandes, Cia. Etra
de Dança e Centro de Experimentação em Movimento. As apresentações em Fortaleza
foram gratuitas, com público estimado de 5 mil pessoas.
45.000
Donas do Destino A peça, com atores de terceira idade, buscou promover a integração de várias culturas,
valorizando tradições e crenças. As quatro apresentações foram vistas por 600 pessoas.
10.200
Energia para Desenvolver O projeto é desenvolvido em Groaíras para a inclusão de crianças e adolescentes por
meio de arte-educação. Em 2008, atendeu 50 crianças e jovens. Em 2008 foi produzido
espetáculo itinerante de teatro que percorreu sete municípios (Massapé, Sobral,
Forquilha, Groaíras, Cariré, Acopiara e Crato), atingindo 3,6 mil adolescentes e jovens.
38.650
Estação das Artes – Plano de
capacitação em artes cênicas
Objetiva a produção, capacitação, pesquisa e difusão das manifestações artísticas para
consolidar a Estação Ferroviária de Senador Pompeu (CE) como centro de arte e cultura.
39.325
Festival Nacional de Dança Evento anual dissemina a dança e cultura do Ceará com espetáculos, cursos e palestras. 70.000
Francisco – O homem que
se tornou santo
Espetáculo teatral realizado há dez anos, durante a romaria de São Francisco de Assis.
Em 2008 foram feitas cinco apresentações em Canindé, para um público estimado em 5
mil pessoas. Inclui a promoção de cursos e oficinas, formando profissionais em figurino,
adereços, cenários, cabelo e maquiagem, camareiras, atores e diretores e outros.
135.818
No Nordeste é Assim Espetáculo itinerante, na capital e interior, buscou promover o intercâmbio cultural. Foram
oferecidas oficinas de teatro, mostras de vídeos e palestras sobre a cultura nordestina.
25.000
O Cântico das Criaturas O grupo Jardim de São Francisco apresentou a história da tradição do presépio e o Natal
franciscano para cerca de 15 mil romeiros que foram a Canindé, entre outubro e dezembro.
50.818
Total 425.111
Artes visuais (artes plásticas e fotografia) 2008 (R$)
Arte Profissionalizante Propõe descobrir,formar e desenvolver novos talentos de artes plásticas na comunidade
carente de Fortaleza.Proporciona atendimento sociocultural e capacita para a geração de
renda e a promoção da cultura iconográfica nordestina e brasileira.
159.556
Ceará em Foco – Antenas e Raízes
A temática em que se baseia a proposta é variada. O conjunto de desenhos aborda o
universo nordestino: paisagem, trabalhadores, agricultores, pescadores, rendeiras,
violeiros, personalidades, Lampião, Padre Cícero, Maria Bonita, Antonio Conselheiro,
Beato Lourenço, mulheres, palhaços, animais, naturezas mortas, para reafirmar a
identidade cultural e preservar valores. Também faz uma releitura dos grandes mestres
da pintura com alusão às suas musas, como Aldemir Martins, Botticeli, Da Vinci, Degas,
Di Cavalcante, Klimt, Lautrec, Matisse, Michelangelo, Modiglianni, Renoir, Picasso,
Portinari e Van Gogh.
43.000
Total 202.556
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008106coelce08
Audiovisual 2008 (R$)
A Escola vai ao Cinema O projeto realiza sessões gratuitas de cinemas para estudantes da rede pública de ensino da capital cearense e do município de Sobral. Em 2008, foram beneficiadas 8 mil pessoas.
217.000
Ceará em Foco – Antenas e Raízes
O objetivo da iniciativa é reciclar e reutilizar as máquinas caça-níqueis, transformando-as em computadores a serem doadas às bibliotecas comunitárias de Fortaleza.
50.774
Cine Ceará – Festival de Cinema e Vídeo
Mostra anual de cinema nacional, que busca projetar o Ceará como difusor e produtor de cinema e vídeo. Com sessões gratuitas, os oitos dias de evento atraíram 16,8 mil espectadores.
844.203
Cine Coelce Sessões de cinema em locais públicos para comunidades de baixo desenvolvimento socioeconômico, com destaque para produções cearenses. Foram beneficiadas cerca de 15 mil pessoas em 2008, em várias cidades do interior do Estado.
250.000
Cine Itinerante Visa educar por meio do ensino básico da produção audiovisual e difusão de consagradas obras do audiovisual nacional e cearense. Participam comunidades no interior e capital.
180.000
Circuito Rural Curtas-metragens que buscam disseminar a educação ambiental nas comunidades rurais do Sertão Central, realizando também o plantio de espécies nativas em áreas degradadas.
42.580
Dom Fragoso Audiovisual, em formato digital, com duração de aproximadamente 60 minutos, sobre a vida e a obra do bispo católico Antônio Batista Fragoso à frente da diocese de Crateús, entre os anos de 1964 e 1998. Fragoso foi um renomado defensor dos direitos humanos.
62.000
Festival Latino-americano de Curta-metragem de Canoa Quebrada
Realização da 3ª edição do festival, com mostra competitiva de filmes e vídeos de curta metragem, além de viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre produtores do Brasil e do exterior. A programação incluiu oficinas de capacitação profissional.
50.000
Festival Nacional de Cinema e Vídeos Ambientais
Festival que exibiu filmes e vídeos, em mostras competitivas e itinerantes, encontros, oficinas e outras atividades. 3.000
Projeto Megafone Centro de comunicação educativa instalado em três escolas da rede municipal de ensino nos municípios de Maranguape, Maracanaú e Fortaleza.
112.000
O Altar do Cangaço Documentário longa-metragem que tem como tema a história do cangaço. 200.000
O Auto da Camisinha Filme de 40 minutos, com teor educativo sobre a importância de usar o preservativo na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
40.000
O Siri-Ará O filme de longa-metragem aborda o processo de colonização do Ceará e do Nordeste brasileiro, mostrando a dimensão histórica dos encontros das culturas europeias e ameríndias, em uma narrativa épica e original da história.
200.000
Outros Olhares O projeto visa ao desenvolvimento sociocultural e formação profissional em produção e realização audiovisual. Tem como público-alvo 30 jovens de baixa renda e oriundos de escolas públicas em Fortaleza.
160.000
Produção Cultural Audiovisual Cearense
Publicação de edição histórica comemorativa dos 80 anos do jornal O Povo e da edição do Anuário do Ceará, obra que apresenta um retrato do Estado.
185.000
Selva de Pedra: Fortaleza Noiada
O documentário retrata a vida de usuários de crack e as mazelas que o vício traz para a cidade de Fortaleza, promovendo debate sobre fatos, causas e consequências, além da necessidade de políticas públicas eficazes para o enfrentamento dessa questão.
40.000
Total 2.666.557
Música Aniversário de Fortaleza 2008
Show em homenagem aos 282 anos da capital cearense. (R$ 50 mil)
Aprendendo com Arte
Oficinas de música erudita (flauta, violão, percussão e canto coral), em Fortaleza e Orós, para crianças e jovens. (R$ 30 mil)
CD Cartas na Mesa
Produção do artista Silvio Barreira, com músicos e intérpretes cearenses. O CD será distribuído a entidades. (R$ 30 mil)
CD O Retratista CD alusivo à menina-mulher do sertão que sonha com a cidade grande. (R$ 29.685)
Ceará Natal de Luz
Coral infantil de Paracuru, com canções natalinas. (R$ 275 mil)
Feira da Música de Fortaleza
Evento anual para atrair negócios à indústria fonográfica do Nordeste e fomentar o turismo do entretenimento musical. (R$ 125 mil)
Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga
Festival anual realizado na região de Baturité e em Fortaleza, que atraiu público de 20 mil pessoas. (R$ 153 mil)
Festival de Música de Barbalha
Promove a cultura e talento de músicos. Com duração de dois dias de evento, atraiu cerca de 8 mil pessoas em 2008. (R$ 12,6 mil)
Festival de Sanfoneiros de Limoeiro do Norte
Durante quatro dias, a população do Vale do Jaguaribe, no semiárido, assistiu a shows de sanfoneiros, além de oficinas, exposição e venda de instrumentos. (R$ 60 mil)
Festival Eleazar de Carvalho
Dissemina a música clássica, em concertos diários e gratuitos. Tem caráter didático, atendendo 180 alunos em iniciação e reciclagem em música clássica. (R$ 112 mil)
Coral das Luzes Produção do primeiro CD do coral composto por funcionários da Coelce e show itinerante por várias cidades do Ceará. (R$ 250 mil)
Tamboril Fest Mostra multicultural com grupos artísticos no município de Tamboril. (R$ 77.904)
Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho
Formação de plateia em música erudita, de acordo com o Plano Estadual de Música do Estado do Ceará. Inclui concertos de caráter didático e beneficente, com público estimado de 30 mil pessoas em 2008. (R$ 249.696)
Total 1.454.885
SOCIEDADE 107
Literatura 2008 (R$)
Bienal Internacional do Livro do Ceará
Contribuição para a 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, cujo tema em 2008 foi A aventura cultural da mestiçagem. O objetivo foi evocar a multiplicidade de culturas e a condição mestiça de suas raízes, incentivando o hábito da leitura e a produção literária.
75.000
Casa do Conto Núcleos de narradores que, utilizando histórias e jogos educativos, despertam em crianças e adolescentes o interesse pela leitura, em vários bairros de Fortaleza e em seis cidades do interior do Estado, tendo como sede as bibliotecas públicas.
15.801
Economia Edição e publicação do livro Ciclos Econômicos do Ceará, desde a pecuária até a indústria. 87.280
Fábrica de Leitores Produção de 20 livros de literatura infantil sobre a cultura e a história do Nordeste, visando ao fortalecimento da formação de leitores nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
107.000
Floresta do Araripe Livro com fotografias e textos sobre as riquezas naturais e culturais desse ecossistema. 45.000
Livro Soldado da Borracha: uma história do Ceará e do Acre
Obra que relata com depoimentos, artigos, fotos e mapas a história da saga dos soldados da borracha, que saíram de Fortaleza para a floresta amazônica, em 1943, alistados pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia.
55.000
Protagonistas da Leitura O projeto visa ao desenvolvimento do prazer pela leitura em escolas públicas. Será executado em Fortaleza, nas escolas: Externato São Vicente de Paulo, Escola de Ensino Fundamental e Médio Antônio Dias Macêdo e Escola de Ensino Fundamental e Médio Edite Braga.
63.918
Total 448.999
Metas em 2008 Resultados
Atender 30 instituições com
o Baú de Leitura
Meta superada, com 34
instituições atendidas
Realizar o projeto Cine Coelce-
Cinema na Praça em
30 comunidades cearenses
Meta superada (40
comunidades visitadas)
Energia Social: Desenvolver
o projeto em 15 comunidades
de Fortaleza e municípios do
interior do Estado
Meta atingida: 15
comunidades atendidas
Realizar treinamento de 600
colaboradores na temática de
sustentabilidade
Meta superada, com 705
colaboradores treinados.
Instituir projeto de educação
profissionalizante com o Corpo
de Bombeiros Militar, para
formação de 500 eletricistas e
bombeiros-hidráulicos
Atingida. Projeto foi
instituído e 7 mil jovens
beneficiados
Metas para 2009
Capacitar 10 novas comunidades no programa Energia Social
Atender 40 instituições com o Baú de Leitura
Treinar 600 colaboradores na temática da sustentabilidade
Patrimônio Imaterial R$ mil Casa de Pedra Criação de um Centro de Cultura Popular, que funcionará com oficinas, cursos e
apresentações, direcionados para o incentivo às artes populares e à tradição oral do Cariri cearense.
30.000
Festival de Quadrilhas Juninas do Ceará
Apoio a grupos de quadrilhas juninas do Ceará, com o objetivo principal de difundir e promover as manifestações populares locais.
160.999
Restauração de imóvel no Centro de Fortaleza
Dar continuidade à restauração de um imóvel, considerado patrimônio histórico de Fortaleza, onde ficarão sediadas a Orquestra Filarmônica, o Memorial da Indústria do Ceará e o Instituto Arquitetos do Brasil. O projeto visa ainda revitalizar a cultura e o centro da capital cearense.
45.000
Riquezas do Ceará Programa veiculado na TV Cidade (afiliada da Record), Traz matérias exclusivas sobre as belezas naturais, culinária, pontos turísticos, artistas locais, tecnologia, artesanato, folclore e outros atrativos do Ceará.
125.000
São João de
Maracanaú 2008 – Festival de Quadrilhas Juninas
Festa de São João realizada para a população do município de Maracanaú, revitalizando as raízes culturais e atraindo turistas dos mais diversos tipos para alavancar a economia local, com geração de empregos, aumento das vendas por parte do comércio local e incentivo ao investimento em equipamentos turísticos locais.
150.000
Total 510.999
PreMiaÇões e reconheciMentos 2008 | gri 2.10 |
PREMIAÇÕES E RECONHECIMENTOS 2008 109
• Prêmio Abradee 2008 – Melhor distribuidora de ener-
gia elétrica do Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo,
e a quinta do Brasil. Também foi reconhecida como a
2ª melhor distribuidora em Responsabilidade Social, 3ª
melhor em Gestão Operacional do Brasil e a 3ª melhor
distribuidora em Evolução do Desempenho do Brasil.
• Guia Exame/ Você S/A – Pelo terceiro ano consecutivo,
integrou o ranking das 150 Melhores Empresas para se
Trabalhar no Brasil. A Coelce também ficou na terceira
posição na categoria serviços públicos, destacando-se
no item melhor setor para se trabalhar, no qual se avalia
o Índice de Felicidade no Ambiente de Trabalho.
• Great Place to Work 2008 – 43º lugar no ranking das
100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, da
revista Época e do The Great Place to Work.
• As Melhores da Dinheiro – Pela primeira vez, a Coelce
integrou o ranking das 500 melhores empresas do Bra-
sil na edição 2008 do anuário da revista Isto É Dinheiro.
Foi destaque na categoria de empresas da área ener-
gética, ficando em segundo lugar em dois critérios de
gestão: Responsabilidade Social e Recursos Humanos.
• Selo Ibase – Reconhecimento do Instituto Brasileiro de
Análises Sociais e Econômicas pela qualidade das infor-
mações do balanço social, desde 2004.
• Prêmio Fundação Coge 2008 – Finalista em três das
quatro categorias, com os programas Troca Eficiente Co-
elce (Ações de Responsabilidade Social), Ecoelce (Ações
Ambientais) e Prevenindo Sempre (Segurança e Saúde).
• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bo-
vespa – Pelo terceiro ano consecutivo, integra o seleto
grupo de empresas reconhecidas nacionalmente por
seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
• World Business and Development Awards (WBDA) –
O Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio pro-
movido pela ONU, que reconhece a contribuição das
empresas do setor privado para atingir os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio.
• Prêmio Von Martius – O programa Ecoelce, de troca de
resíduos por bônus na conta de energia, foi premiado
com o 2º lugar na categoria Natureza, em evento reali-
zado pela Câmara Brasil-Alemanha
• Brasil que Inova – Ecoelce foi considerado uma das 25
maiores inovações brasileiras da última década, reco-
nhecimento promovido pela revista Exame.
• Prêmio Abrasca (Associação Brasileira das Companhias
Abertas), Relatório Anual – 11º posição no ranking na-
cional e a 5ª entre as empresas de energia.
• Rumo a Credibilidade – O Relatório Anual de Sustentabi-
lidade 2007 ficou em 3º lugar no ranking na pesquisa re-
alizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento
Sustentável (FBDS) em parceria com a internacional Sus-
tainAbility. Recebeu o 1º lugar do setor elétrico.
• Comunicação de Progresso – COP Notável – O Rela-
tório de Sustentabilidade 2007 foi reconhecido como
notável pelo Pacto Global da ONU.
• Prêmio Contribuintes do Ceará 2008 – Reconhecimen-
to pela contribuição ao desenvolvimento estadual, por
meio do recolhimento correto e regular do ICMS.
• Prêmio Delmiro Gouveia – Maior Empresa do Ceará e
Melhor Contabilista. Iniciativa da Bovespa e do jornal O
Povo destaca o desempenho das empresas cearenses.
• Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental 2008 – 1ª
colocada na categoria Integração com a Sociedade
(programa Troca Eficiente Coelce), e 3ª colocada em
Produção mais Limpa (projeto Óleo Ecológico).
• Prêmio Top of Quality de Ambientação – Reconheci-
mento da Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB) ao
trabalho de proteção ao meio ambiente.
• Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil –
Prêmio de Responsabilidade Social Corporativa para os
melhores projetos em benefícios da sociedade brasileira.
• Prêmio Consumidor Moderno – Iniciativa do Grupo Pa-
drão, que reconhece a excelência no atendimento ao
cliente. Coelce foi finalista em energia elétrica.
• Prêmio Padrão de Qualidade – Promovida pela revista
Consumidor Moderno, a iniciativa premia as melhores
operações e tecnologias de Contact Center do Brasil. A
Central de Relacionamento da Coelce ficou em primeiro
lugar, da categoria Energia Elétrica.
• Selo de Responsabilidade Cultural 2008 – Promovido
pela Secretaria de Cultura do Estado, que reconhece as
empresas que mais investem nesse setor, no Ceará.
• Medalha Capacete Bombeiro Militar – Reconhecimen
to pelo apoio ao Programa Movimento de Integração
Milenar (Promil), de capacitação profissional.
• Medalha Eloy Chaves – Reconhecimento às ações para
segurança e prevenção de acidentes.
1 – Base de cálculo 2008 Valor (mil reais) 2007 Valor (mil reais)Receita líquida (RL) 1.915.044 1.718.879Resultado operacional (RO) 404.192 357.130Folha de pagamento bruta (FPB) 129.421 121.551Valor Adicionado Total (VAT) 1.414.547 1.320.980
2 – Indicadores sociais internos Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL
Alimentação 5.315 4,11% 0,28% 4.770 3,92% 0,28%Encargos sociais compulsórios 24.331 18,80% 1,27% 23.058 18,97% 1,34%Previdência privada 9.160 7,08% 0,48% 8.862 7,29% 0,52%Saúde 6.718 5,19% 0,35% 5.647 4,65% 0,33%Segurança e saúde no trabalho 617 0,48% 0,03% 182 0,15% 0,01%Educação 512 0,40% 0,03% 561 0,46% 0,03%Cultura 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%Capacitação e desenvolvimento profissional 2.610 2,02% 0,14% 2.544 2,09% 0,15%Creches ou auxílio-creche 1.060 0,82% 0,06% 799 0,66% 0,05%Participação nos lucros ou resultados 7.508 5,80% 0,39% 6.409 5,27% 0,37%
Vale-transporte 355 0,27% 0,02% 378 0,31% 0,02%
Esporte 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%Outros 3.693 2,85% 0,19% 2.718 2,24% 0,16%
Total – Indicadores sociais internos 61.879 47,81% 3,23% 55.928 46,01% 3,25%
3 – Indicadores sociais externos Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL
Educação 28 0,01% 0,00% 54 0,02% 0,00%Coelce nas Escolas – Módulo I 0 0,00% 0,00% 11 0,00% 0,00%Baú de Leitura 28 0,01% 0,00% 43 0,01% 0,00%
Cultura 10.056 2,49% 0,53% 9.087 2,54% 0,53%Audiovisual (cinema, TV, vídeo e multimídia) 143 0,04% 0,01% 0 0,00% 0,00%Literatura 0 0,00% 0,00% 5 0,00% 0,00%Música 50 0,01% 0,00% 35 0,01% 0,00%Patrimônio Imaterial (manifestações, saberes e fazeres populares, artes e gastronomia) 45 0,01% 0,00% 30 0,01% 0,00%Fundo Estadual da Cultura 3.759 0,93% 0,20% 3.588 1,00% 0,21%Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente 436 0,11% 0,02% 444 0,12% 0,03%Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente 182 0,05% 0,01% 157 0,04% 0,01%Sistema Estadual de Cultura (Siec) 3.027 0,75% 0,16% 2.423 0,68% 0,14%Lei Rouanet 2.414 0,60% 0,13% 2.405 0,67% 0,14%
Saúde e saneamento 50 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%
Esporte 6 0,00% 0,00% 256 0,07% 0,01%
Lei de Incentivo ao Esporte 0 0,00% 0,00% 256 0,07% 0,01%
Corrida de Rua 6 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%
Outros 213.746 52,88% 11,16% 143.917 40,28% 8,37%
Voluntariado 9 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%Geração de emprego e renda 549 0,14% 0,03% 68 0,02% 0,00%
balanÇo social – ibase
BALANÇO SOCIAL 111
3 – Indicadores sociais externos (cont.) Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RLProgramas sociais 182.542 45,16% 9,53% 111.167 31,13% 6,47%
Programa de Investimentos Especiais 2.567 0,64% 0,13% 601 0,17% 0,03%Luz para Todos 179.975 44,53% 9,40% 110.566 30,96% 6,43%
Benefícios para consumidores de baixa renda 30.646 7,58% 1,60% 32.682 9,15% 1,90%
Total das contribuições para a sociedade 223.886 55,39% 11,69% 153.314 42,93% 8,92%Tributos (excluídos encargos sociais) 666.530 164,90% 34,80% 620.340 173,70% 36,09%
Total – Indicadores sociais externos 890.416 220,30% 46,50% 773.654 216,63% 45,01%
4 – Indicadores ambientais Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL
Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa 19.549 4,84% 1,02% 9.274 2,60% 0,54%Educação ambiental para colaboradores 69 0,02% 0,00% 49 0,01% 0,00%Gerenciamento de resíduos 57 0,01% 0,00% 116 0,03% 0,01%Reciclagem de óleo 1 0 0,00% 0,00% 78 0,02% 0,00%Licenças ambientais 750 0,19% 0,04% 3 0,00% 0,00%Auditorias ambientais 52 0,01% 0,00% 28 0,01% 0,00%
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial 864 0,21% 0,05% 1.022 0,29% 0,06%Desenvolvimento e Implementação de Óleo Ecológico 185 0,05% 0,01% 8 0,00% 0,00%Desenvolvimento de Processo Biotecnológico de Compostagem para a Reciclagem dos Resíduos de Podas de Árvores 206 0,05% 0,01% 163 0,05% 0,01%Desenvolvimento de Metodologia para Acompanhamento Contábil do Sistema de Gestão Ambiental da Coelce 0 0,00% 0,00% 238 0,07% 0,01%Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 2 94 0,02% 0,00% 259 0,07% 0,02%Sistema de Gestão e Manejo da Arborização Urbana ao Longo das Redes de Distribuição 0 0,00% 0,00% 95 0,03% 0,01%Desenvolvimento de Produtos à Base de Compósito Fibra de Coco em Matriz Polimérica para Aplicação em Sistemas de Baixa Tensão 98 0,02% 0,01% 216 0,06% 0,01%Desenvolvimento de Técnicas e Sistema de Lavagem a Seco de Isoladores 281 0,07% 0,01% 43 0,01% 0,00%
Arborização urbana 26 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%Manejo de vegetação 2.683 0,66% 0,14% 2.154 0,60% 0,13%Rede compacta ou isolada 14.928 3,69% 0,78% 5.695 1,59% 0,33%Outros gastos para melhoria contínua 120 0,03% 0,01% 129 0,04% 0,01%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 7.870 1,95% 0,41% 11.748 3,29% 0,68%Educação ambiental 669 0,17% 0,03% 2.250 0,63% 0,13%
Grafitando com Arte 20 0,00% 0,00% 11 0,00% 0,00%Escola Coelce Caminhos Eficientes 620 0,15% 0,03% 2.239 0,63% 0,13%Outros 29 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%
Programa de Eficiência Energética 3 7.201 1,78% 0,38% 9.092 2,55% 0,53%Consumidores baixa renda 5.803 1,44% 0,30% 5.025 1,41% 0,29%Hospitais públicos 4 500 0,12% 0,03% 1.136 0,32% 0,07%
Universidades e centros de pesquisa 5 245 0,06% 0,01% 657 0,18% 0,04%
Escolas públicas 6 318 0,08% 0,02% 273 0,08% 0,02%
Prédios públicos 0 0,00% 0,00% 1.515 0,42% 0,09%
Entidades associativas e fundações 7 55 0,01% 0,00% 486 0,14% 0,03%
Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 222 0,05% 0,01% 0 0,00% 0,00%
Plano de Gestão do Programa de Eficiência Energética da Coelce 58 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%
Projetos de iluminação pública 8 0 0,00% 0,00% 406 0,11% 0,02%
Total dos investimentos em meio ambiente 27.419 6,78% 1,43% 21.022 5,89% 1,22%
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa:
○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75% ○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100%
○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75% ○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100%
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce08112
5 – Indicadores do corpo funcional 2008 2007
Nº de empregados(as) ao final do período 1.278 1.297
Nº de admissões durante o período 68 62
Nº de desligamentos durante o período 86 78
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.662 6.837
Nº de menores-aprendizes 24 21
Nº de estagiários(as) 186 176
Nº de empregados por faixa etária, nos seguintes intervalos:
até 25 anos 36 31
de 26 a 35 anos 244 231
de 36 a 45 anos 416 485
acima de 45 anos 582 550
Nº de empregados por nível de escolaridade, segregada por:
analfabetos 0 0
com ensino fundamental I incompleto 0 0
com ensino fundamental I completo 0 1
com ensino fundamental II incompleto 26 33
com ensino fundamental II completo 68 73
com ensino médio incompleto 0 0
com ensino médio completo 570 587
com ensino superior incompleto 65 75
com ensino superior completo 549 528
Nº de homens que trabalham na empresa 1.003 1.020
% de cargos de chefia ocupados por homens 75% 80%
Nº de mulheres que trabalham na empresa 275 277
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 25% 21%
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 363 367
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 21% 20%
Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais (9) 53 50
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 18 18
Número total de acidentes de trabalho 10 75 53
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:
( ) direção ( x ) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
( ) direção (x) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:
( ) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
( x ) todos(as) + Cipa
( ) direção e gerências
( ) todos(as) empregados(as)
( x ) todos(as) + Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:
( ) não se envolve
( ) segue as normas
da OIT
( x ) incentiva e segue a
OIT
( ) não se envolverá
( ) seguirá as normas
da OIT
( x ) incentivará e seguirá
a OIT
BALANÇO SOCIAL 113
1 Em 2008 a Coelce não contratou serviços para regeneração (processo químico) do óleo. Apenas realizou recondicionamento (processo físico), utilizando mão de obra e tecnologia próprios, num total de 136.560 litros recondicionados.2 Após a conclusão do projeto de pesquisa em jun/08 o programa foi remetido para análise do órgão regulador sendo aprovado como programa de eficiência energética, por apresentar grande potencial de energia economizada em decorrência da reciclagem dos resíduos coletados.3 A redução do investimento em 2008 quando comparado a 2007 decorre de que em 2007 houve um acumulo de liberações de projetos para execução, relativas ao exercício de 2006, por parte da agência reguladora.4 Foram beneficiados 13 hospitais públicos, 6 localizados em Fortaleza e 7 em municípios do interior do Estado (Iguatu, Maracanaú, Aracati, Maranguape e Limoeiro do Norte).5 Foram beneficiadas duas instituições: Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado (Universidade Federal do Ceará) e Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec).6 Foram beneficiadas 19 escolas públicas, 10 estaduais e 9 municipais, todas localizadas em Fortaleza.7 Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)8 A partir de 2008 projetos de iluminação pública deixaram de ser regulamentados, de acordo com o Manual Aneel do Programa de Eficiência Energética 2008, que dispõe sobre critérios e procedimentos para a elaboração de projetos de eficiência energética.9 Do total de 1.278 empregados da Coelce, 53 são portadores de necessidades especiais. Conforme ata de
audiência nº 838/2007, de 16 de dezembro de 2008, do Ministério Público Federal, agosto de 2009 é o prazo limite para que a Empresa alcance a quota de 64 portadores de necessidades especiais.10 Embora o valor apresentado em 2008 seja o total de acidentes com e sem afastamento, a meta apresentada só revela o valor de acidentes com afastamento. Isso decorre da empresa não estabelecer metas para acidentes sem afastamento.11 Envolve todos os registros de reclamações conforme Resolução Aneel nº 382/98.12 Foram consideradas as reclamações e críticas do período citado. Nos anos anteriores esses quantitativos referiam-se à discussão de mérito e seus respectivos recursos judiciais interpostos em que os números realizados e suas respectivas metas referiam-se ao acúmulo de reclamações e críticas até o referido período.
CNPJ: 07.047.251/0001-70 | Setor Econômico: Energético | Categoria Distribuição UF da sede da empresa: Ceará
Para esclarecimentos sobre as informações declaradas:Maria Enivalda da Silva Oliveira, (85) 3453-4167, [email protected]
“ Esta empresa não utiliza mão de obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual da criança ou adolescente e não está envolvida em corrupção.”“Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.”
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009
A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
( ) direção ( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
( ) direção ( ) direção e gerências
( x ) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:
( ) não são considerados
( ) são sugeridos
( x ) são exigidos
( ) não serão considerados
( ) serão sugeridos
( x ) serão exigidos
Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:
( ) não se envolve
( ) apóia ( x ) organiza e incentiva
( ) não se envolverá
( ) apoiará ( x ) organizará e incentivará
Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa11: 373.599
no Procon: 492
na Justiça12: 1.358
na empresa11: 336.239
no Procon: 467
na Justiça12: 1200
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa11: 93%
no Procon: 98%
na Justiça12: 46,5%
na empresa11:93%
no Procon 98%
na Justiça12: 50%
Montante de multas e indenizações a clientes, determinadas por órgãos de proteção e defesa do consumidor ou pela Justiça 2.969 1.042
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2008: 1.414.547 Em 2007: 1.320.980
Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 63% governo 6% pessoal
6% terceiros 19% acionista
5% retido
60,7% governo6,3% pessoal
8,5% terceiros19,1% acionista
5,5% retido
7 - Outras Informações
■Correlação com o Pacto Global
Princípio do Pacto Global
Página / Comentário
estratégia e análise
1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização 10
1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 28 a 30, 100
Perfil organizacional
2.1 Nome da organização 5
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 5
2.3 Estrutura operacional, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures 6
2.4 Localização da sede 160
2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas operações são relevantes para as questões de sustentabilidade 5
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 6, 7
2.7 Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários) 5
2.8 Porte da organização. 2,3, 5
2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária 6, 46
2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório 108
EU1 Capacidade instalada (MW), oferta de energia por tipo e país ou setor regulatório 41
EU2 Número de clientes residenciais, industriais e comerciais 49
EU3 Extensão das linhas de transmissão e distribuição, por voltagem 41, 81
EU4 Licenças de comercialização de CO2, apresentadas por país ou regime regulatório 89
Perfil do relatório
3.1 Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas 12
3.2 Data do relatório anterior mais recente 12
3.3 Ciclo de emissão de relatórios 12
3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo 12
Escopo e limite do relatório
3.5 Processo para definição do conteúdo 12
3.6 Limite do relatório 12
3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório 12
3.8Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações
12
3.9Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório
12
3.10 Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações 12, 129
suMário gri | gri 3.12 |
nível de aPlicaÇÃo gri
C C+ B B+ A A+
Autodeclarado
Examinado por terceiros
Examinado pela GRI
�
SUMÁRIO GRI 115
■Correlação com o Pacto Global
Princípio do Pacto Global
Página / Comentário
3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório 12
3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório 114
Verificação
3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório. 12
governanÇa, coMProMissos e engaJaMento
Governança
4.1Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização
1 a 10 22
4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor-executivo 1 a 10 22
4.3 Declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança 1 a 10 22
4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança 1 a 10 23
4.5Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria-executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental)
1 a 10 22, 23
4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados 1 a 10 22
4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais
1 a 10 22
4.8Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação
1 a 10 contracapa,23
4.9Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios
1 a 10 21
4.10 Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social 1 a 10 22
Compromissos com iniciativas externas
4.11 Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução 7 30
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa 1 a 10 16
4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais 1 a 10 16
Engajamento dos stakeholders
4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 26, 27
4.15 Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar 25
4.16 Abordagens para o engajamento dos stakeholders 26, 27
4.17 Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e quais medidas a organização tem adotado para tratá-los 27
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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INDICADORES DE DESEMPENHO
■ correlação com o Pacto globalPrincípio do
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DESEMPENHO ECONÔMICO
Forma de gestão 21, 28 a 31, 93
Gestão de acesso
Disponibilidade e segurança
SE EU5 Planejamento para assegurar a disponibilidade e segurança na oferta de energia a curto e longo prazos 30, 46
Gerenciamento do consumo
SE EU6 Programas para gerenciamento do consumo, incluindo programas residenciais, industriais e comercias 96 e 97
Pesquisa e desenvolvimento
SE EU7 Atividades de pesquisa e desenvolvimento destinadas ao acesso seguro e confiável aos serviços de eletricidade e à promoção do desenvolvimento sustentável
93 a 95
Suspensão de operação
SE EU8 Provisões para a suspensão de unidades de energia nuclear A Coelce não gera energia
Indicadores de desempenho econômico
Desempenho econômico
ES EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos
42 a 43, 127
ES EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas 7 81
ES EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece 67, 152
ES EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo 47, 48
Presença no mercado
AD EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes 1 67
ES EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes 43
ES EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local 6 Não há políticas formais
Impactos econômicos indiretos
ES EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono
49,99, 102
AD EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos 101, 102
Disponibilidade e segurança
SE EU9 Capacidade planejada (MW) versus demanda projetada de eletricidade em longo prazo, por tipo de fonte de energia e país ou setor regulatório
-
Gerenciamento do consumo
SE EU10 Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo 96
SE EU11 Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo, divididos em clientes residenciais, comerciais e industriais
96
Eficiência do sistema
SE EU12 Média de eficiência na geração, por fonte energética e por país ou regime regulatório A Coelce não gera energia
SE EU13 Eficiência na transmissão e distribuição 35
■ ES - indicador essencial
■ AD - indicador adicional
■ SE - indicador setorial de energia
SUMÁRIO GRI 117
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DESEMPENHO AMBIENTAL
forma de gestão 19, 79 a 82, 87, 89
Materiais
ES EN1 Materiais usados por peso ou volume 8 83
ES EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem 8, 9 83, 84
Energia
ES EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária 8 85
ES EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária 8 85
AD EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência 8, 9 -
AD EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas
8, 9 96, 97
AD EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas 8, 9 85
água
ES EN8 Total de retirada de água por fonte 8 86
AD EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 8 86
AD EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada 8, 9 86
Biodiversidade
ES EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
8 82
SE EU14 Evolução na biodiversidade de habitats recuperados em comparação com as áreas que precisam ser recuperadas Não há nenhum passivo ambiental a ser gerenciado ou recuperado.
ES EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
8 81
AD EN13 Habitats protegidos ou restaurados 8 82
AD EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade 8 82
AD EN15 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção
8 83
Emissões, efluentes e resíduos
ES EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso 8 87
ES EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso 8 87
ES EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas 7, 8, 9 87
ES EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso 8 87
ES EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso 8 Não ocorrem na atividade de distribuição de energia.
ES EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação 8 A Coelce não gera efluentes na atividade de distribuição de energia.
ES EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 8 84
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ES EN23 Número e volume total de derramamentos significativos 8 Não ocorreu nenhum em 2008.
AD EN24 Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basileia13 – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente
8 A empresa não realiza transporte internacional de materiais
considerados perigosos.
AD EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora
8 Os descartes referem-se à água sanitária e de uso em atividades de limpeza e são realizados em
sistemas públicos de saneamento
Produtos e serviços
ES EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos 7, 8, 9 82, 86
ES EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto 8, 9 Não aplicável pela natureza da atividade de distribuição de energia,
que não usa embalagens.
Conformidade
ES EN28 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais
8 Não foram registradas em 2008
Transporte
AD EN29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores
8 87
Geral
AD EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo 7, 8, 9 80
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PRáTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE
Forma de gestão 61, 62, 68, 69, 73, 75, 76
Emprego
ES LA1 Trabalhadores por tipo de emprego contrato de trabalho e região 63, 64
SE EU15 Processos para garantir a retenção e renovação da força de trabalho qualificada 61 e 62
SE EU16 Total de colaboradores subcontratados 63, 74
SE EU17 Porcentagem de contratados e subcontratados que tenham recebido treinamento relevante em saúde e segurança 75
ES LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região 6 65
AD LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações
66, 67
Relações entre os trabalhadores e a governança
ES LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva 1, 3 65
ES LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva
3 66
■ ES - indicador essencial
■ AD - indicador adicional
■ SE - indicador setorial de energia
SUMÁRIO GRI 119
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Saúde e segurança no trabalho
AD LA6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional
1 69
ES LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região 1 71
ES LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves
1 71 e 72
AD LA9 Temas relativos à segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos 1 67, 68
Treinamento e educação
ES LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional 62
AD LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira
68
AD LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira 62
Diversidade e igualdade de oportunidades
ES LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade
1, 6 22, 64
ES LA14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional 1, 6 67
DIREITOS HUMANOS
forma de gestão 14, 23, 75
Práticas de investimento e de processos de compra
ES HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos
1, 2, 3, 4, 5 e 6 74
ES HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas
1, 2, 3, 4, 5 e 6 74
AD HR3 Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento
1, 2, 3, 4, 5 e 6 Até 2008, a Coelce não registrava o total das
horas de treinamento.
Não discriminação
ES HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas 1,2 e 6 24
Liberdade de associação e negociação coletiva
ES HR5 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito
1, 2 e 3 65
Trabalho infantil
ES HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil
1, 2 e 5 23, 65
Trabalho forçado ou análogo ao escravo
ES HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo
1, 2 e 4 23
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Práticas de segurança
AD HR8 Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações
1 e 2 74
Direitos indígenas
AD HR9 Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas 1 e 2 No Estado do Ceará existem sete áreas indígenas, segundo a Fundação Nacional do Índio, nas
quais não há instalações da Coelce.
SOCIEDADE
forma de gestão 99 a 102
Comunidade
SE EU18 Processo participativo de tomada de decisões e resultados do engajamento com stakeholders 25 a 27
SE EU19 Procedimentos para gerenciar os impactos indiretos do deslocamento involuntário 99
SE EU20 Planejamento e medidas de contingência em casos desastres/ emergências e programas de treinamento e programas de recuperação/restauração
31
ES SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída.
99
SE EU21 Número de pessoas desalojadas por projetos novos ou de expansão relacionados a melhorias na geração ou linhas de transmissão, divididos por mudanças físicas e econômicas
99
Corrupção
ES SO2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados à corrupção 10 16
ES SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização 10 16
ES SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção 10 24
Políticas públicas
ES SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies 1 a 10 17
AD SO6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país
10 A companhia, não participa de lobbies e não apoia ou financia
candidaturas ou partidos políticos
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Concorrência desleal
AD SO7 Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados Não foram registradas
Conformidade
ES SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos
Não foram registrados
■ ES - indicador essencial
■ AD - indicador adicional
■ SE - indicador setorial de energia
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RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
forma de gestão 45, 46, 51, 55
Acesso
SE EU22 Programas, incluindo aqueles em parceria com o governo, para a melhoria ou manutenção do acesso a serviços de energia 47, 48
Provisão de informações
SE EU23 Práticas para superar barreiras de acesso e garantir a segurança no uso dos serviços de energia (adequação à linguagem, cultura, baixa instrução, deficiência)
54
Saúde e segurança do cliente
ES PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando à melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos
1 57
AD PR2 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado
1 Não foram registradas
Rotulagem de produtos e serviços
ES PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências
8 55
AD PR4 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado
8 Não foram regostrados
AD PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação 51, 55, 56
Comunicações de marketing
ES PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio
55
AD PR7 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado
Não foram registrados
Conformidade
AD PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes 1 Não houve registro
ES PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços
59
Saúde e segurança pública
SE EU24 Número de acidentes e óbitos de pessoas da comunidade, envolvendo ativos da empresa, incluindo ações judiciais, multas e processos pendentes relacionados a doenças
57
Acesso
SE EU25 Porcentagem da população não atendida em áreas licenciadas de distribuição, divididas por população em áreas urbanas e em áreas rurais
–
SE EU26 Número de desligamentos residenciais por não pagamento, divididos por duração do desligamento –
SE EU27 Frequência de interrupção de energia 46, 47
SE EU28 Duração média da interrupção de energia 46.47
SE EU29 Disponibilidade média das unidades de geração, divididas por tipo de fontes de energia e país ou regime regulatório A Coelce não gera energia
deMonstraÇões financeiras
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
AosAcionistas e Administradores daCompanhia Energética do Ceará – Coelce
1. Examinamos o balanço patrimonial da COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE em 31 de dezembro de 2008 e as correspondentes demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Energética do Ceará – Coelce, em 31 de dezembro de 2008, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. Conforme detalhado na Nota Explicativa n° 5 (b), em 31 de dezembro de 2008, a Companhia mantém transações de compra e venda de energia realizadas no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE pendentes de liquidação e de revisão por parte da CCEE. Com relação às transações pendentes de liquidação, a Sociedade possui registrado como contas a receber o montante de R$ 12.917.000 em 31
de dezembro de 2008, sob efeito de liminares judiciais para suspensão dos pagamentos. Esses montantes podem estar sujeitos a alterações, dependendo de decisão de processos judiciais em andamento movidos por empresas do setor, relativos a interpretações das regras do mercado em vigor. Adicionalmente, outros agentes do mercado não honraram seus pagamentos com a Coelce, com efeito de liminares judiciais para suspensão da liquidação financeira desses valores nas datas estabelecidas pela CCEE, resultando em um montante vencido de R$ 2.372.000, em 31 de dezembro de 2008. As demonstrações financeiras da Companhia não incluem nenhuma provisão para perdas em relação a essas contas a receber em atraso.
5. Anteriormente, auditamos as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações do resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, além das informações suplementares compreendendo as demonstrações dos fluxos de caixa e do valor adicionado, sobre as quais emitimos parecer, datado de 29 de fevereiro de 2008, sem ressalvas e com parágrafo de ênfase sobre o assunto mencionado no parágrafo quarto acima. Conforme mencionado na nota explicativa 2, as práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir 1º. de janeiro de 2008. As demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, exceto a demonstração das origens e aplicações de recursos, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações contábeis de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC no 13, que trata da adoção inicial da Lei nº 11.638/07, e da Medida Provisória no 449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios.
Fortaleza, 6 de março de 2009
CANARIM Auditores AssociadosCRC-RJ-003.003/O-5“S”CE
Érico L. CanarimSócio-ResponsávelContador-CRC-RJ-037.512/O-3“S”CE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 123
BALANÇOS PATRIMONIAISLevantados em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)
ATIVONotas
explicativas 20082007
(Reclassificado)CIRCULANTEDisponibilidades 4 15.838 12.364 Consumidores, concessionários e permissionários 5 e 6 416.909 562.830
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 e 6 (93.769) (213.428)
Consumidores baixa renda 7 30.410 26.031 Serviços em curso 7.335 14.525 Estoques 1.471 511 Devedores diversos 4.228 5.770 Tributos a compensar 8 48.821 55.424 Depósitos vinculados 9 18.777 16.967 Tributos diferidos 10 51.975 95.687 Crédito luz para todos 13 181.547 76.234 Despesas pagas antecipadamente 11 87.839 113.530 Outros créditos 12 29.536 25.907
Total do ativo circulante 800.917 792.352
NÃO CIRCULANTERealizável a longo prazoConsumidores, concessionários e permissionários 5 e 6 33.997 36.507 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 e 6 (3.174) - Depósitos vinculados a litígios 13.699 16.555 Tributos a compensar 8 52.834 47.976 Depósitos vinculados 9 14.421 14.987 Tributos diferidos 10 23.100 20.791 Despesas pagas antecipadamente 11 108.620 88.748 Outros créditos 12 280 280
Total do realizável a longo prazo 243.777 225.844
Investimentos 220 235
Intangível 14 13.994 14.671
Imobilizado 13 1.722.679 1.527.355
Diferido - 8.793
Total do não circulante 1.980.670 1.776.898
TOTAL DO ATIVO 2.781.587 2.569.250
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
PASSIVONotas
explicativas 20082007
(Reclassificado)CIRCULANTEFornecedores 16 157.582 241.753 Folha de pagamento 7.233 6.460 Encargos de dívidas 18 19.974 4.291 Empréstimos e financiamentos 18 332.230 204.941 Tributos e contribuições sociais 17 48.356 54.972 Taxas regulamentares 19 17.086 10.294 Participações dos empregados 7.508 6.409 Dividendos a pagar 24 263.927 245.977 Contribuição de iluminação pública arrecadada 20.041 10.454 Obrigações estimadas 8.963 8.958 Provisão para contingências 21 773 769 Obrigações com benefícios pós-emprego 25 11.023 13.987 Partes relacionadas 20 103.792 102.665 Tributos diferidos 10 26.632 69.402 Programa pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética
13 22.329 18.235
Outras obrigações 23 21.189 44.729
Total do passivo circulante 1.068.638 1.044.296
NÃO CIRCULANTETributos e contribuições sociais 17 8.421 8.442 Empréstimos e financiamentos 18 489.945 352.591 Provisão para contingências 22 63.214 69.344 Obrigações com benefícios pós-emprego 26 48.019 49.930 Partes relacionadas 20 104.227 104.546 Tributos diferidos 10 38.603 39.971 Provisão baixa renda 7 22.019 25.788 Provisão luz para Todos 5.257 - Programa pesquisa e desenvolvimento e Eficiência energética
13 14.762 19.946
Outras obrigações 23 1.381 3.947
Total do não circulante 795.848 674.505
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 24
Capital social 442.946 433.057
Reservas de capital 358.671 368.541
Reserva de lucros 115.478 48.845
Recursos destinados a aumento de capital 6 6
Total do patrimônio líquido 917.101 850.449
TOTAL DO PASSIVO 2.781.587 2.569.250
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce08124
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADOReferentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais)
Notas explicativas 2008
2007 (Reclassificado)
RECEITA OPERACIONALFornecimento de energia elétrica Consumidores, concessionários e permissionários 28 2.358.776 2.216.455 Baixa renda 28 174.066 173.359 Reposicionamento revisão tarifária 28 5.542 (22.464) Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras 28 700 (1.867) Recuperação perda de receita racionamento 28 (18.339) (55.685) Recuperação energia livre - Geradoras 28 (6.429) (19.492) Recuperação parcela A 28 (48.866) - Suprimento de energia elétrica 28 13.245 11.749 Receita de uso da rede elétrica 28 55.331 45.695 Baixa Energia Livre 28 57.475 - Outras receitas 28 e 29 105.036 100.099 Total de receita operacional 2.696.537 2.447.849 Deduções à receita operacional ICMS 28 (528.563) (501.577) COFINS 28 (111.412) (96.012) PIS 28 (24.518) (21.421) ISS 28 (2.037) (1.331) Quota para reserva global de reversão 28 (29.917) (23.156) Conta de consumo de combustiveis fosséis 28 (55.251) (58.160) Conta de desenvolvimento energético 28 (13.526) (13.254) Programa de eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento
28 (16.271) (14.055)
Encargo de capacidade e aquisição emergencial 28 2 (4)Total de deduções à receita operacional 28 (781.493) (728.970)Total de receita operacional líquida 28 1.915.044 1.718.879 CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com energia elétrica Energia elétrica comprada para revenda 31 (882.853) (815.939) Energia elétrica comprada para revenda-Ativo Transmissoras
31 3.793 (5.057)
Encargos de uso da rede de transmissão 31 (74.492) (57.087) Encargos de uso da rede de transmissão-Ativo Transmissoras
31 (5.193) 6.924
Total do custo com energia elétrica (958.745) (871.159) Custo de operação Pessoal 31 (61.226) (66.730) Entidade de previdência privada 31 (9.160) (8.862) Material 31 (16.097) (9.202) Serviços de terceiros 31 (138.105) (117.196) Depreciação e amortização 31 (99.350) (93.470) Outros 31 (6.138) (5.146) Total do custo da operação (330.076) (300.606)Total do custo do serviço de energia elétrica (1.288.821) (1.171.765)Custo do serviço prestado a terceiros 31 (6.412) (11.356)Lucro operacional bruto 619.811 535.758
Notas explicativas 2008
2007 (Reclassificado)
DESPESAS OPERACIONAISDespesas com vendas 31 (76.348) (28.749)Despesas gerais e administrativas 31 (54.371) (50.289)Amortização/reversão do ágio oriundo da incorporação 31 (14.967) (15.220)Taxa de fiscalização Aneel 31 (4.042) (4.407)Provisão para créditos de liquidação duvidosa 31 (13.351) (59.378)(Provisão) reversão para contingências 31 6.509 (6.136)Outras 31 (10.133) (6.613)Total despesas operacionais (166.703) (170.792)Resultado do serviço público de energia elétrica 31 453.108 364.966 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRASRenda de aplicações financeiras 12.288 10.759 Acréscimo moratório em conta de energia 31.847 35.104 Atualização perda de receita racionamento 4.668 18.403 Encargos de dívidas (59.053) (44.859)Variações monetárias (30.468) (16.378)Outras (8.198) (10.865)Total das receitas(despesas) financeiras 31 (48.916) (7.836)Resultado operacional 404.192 357.130 Lucro antes da contribuição social, do imposto de renda e participações 404.192 357.130 Contribuição social-corrente 25 (34.304) (36.135) Contribuição social diferidos 25 1.102 8.238 Imposto de renda-corrente 25 (94.543) (100.684) Imposto de renda diferidos 25 2.521 22.160 Incentivo Fiscal-Adene 25 66.633 - Lucro líquido antes das partipações 345.601 250.709 Participação nos lucros 33 (7.078) (5.958)
Lucro líquido do exercício 338.523 244.751
Lucro líquido do exercício por ação - R$ 4,35 3,14
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 125
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOReferentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais)
Reservas de capital Reservas de Lucros
Capital social
Reserva de ágio
Remuneração de bens e direitos
constituídos com capital próprio
Incentivo Fiscal -
AdeneReserva
legal
Reserva incentivo
fiscal -Adene
Lucros acumulados Subtotal
Recursos destinados a aumento de
capital Total
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 433.057 221.188 31.160 46.208 - 48.845 - - 780.458 6 780.464
Reserva de capital-incentivo fiscal - - - 69.985 - - - 69.985 - 69.985 Lucro líquido do exercício - - - - - - 244.751 244.751 - 244.751 Proposta de destinação do lucro líquido: - - - - - - - - - - Dividendos propostos (R$ 3,14 por ação) - - - - - - - (244.751) (244.751) - (244.751)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 433.057 221.188 31.160 116.193 - 48.845 - 850.443 6 850.449
Ajustes de exercício anterior: Baixa diferido lei 11.638/2007 - - - - - - (8.794) (8.794) - (8.794) dividendos prescritos - - - - - - 33 33 - 33 Ajuste-incentivo fiscal - - - 19 - - - 19 - 19 Capitalização da reserva 9.889 (9.889) - - - - - - Lucro líquido do exercício - - - - - - 338.523 338.523 - 338.523 Destinação do lucro: Reserva de lucros-incentivo fiscal - Adene - - - - - 66.633 (66.633) - - - Dividendos propostos (R$ 3,38) - - - - - - - (263.129) (263.129) - (263.129)SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 442.946 221.188 31.160 106.323 - 48.845 66.633 - 917.095 6 917.101 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce08126
DEMONSTRAÇÕES DO FLUxO DE CAIxA Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)
20082007
(Reclassificado)Lucro líquido do exercício 338.523 244.751 Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o caixa gerado pelas (aplicado nas) Atividades operacionais:
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 13.351 59.378 Baixa RTE/energia livre (6.985) - Depreciação e amortização 122.756 109.526 Depreciação Obrigações vinculadas a concessão (21.184) (13.668)
Amortização do ágio oriundo da incorporação 14.967 15.220 Juros líquidos provisionados 89.521 61.237 Baixas do imobilizado em serviço 3.130 1.591 Tributos diferidos (2.735) (33.341)Provisões para contingências (6.509) 6.136 Recomposição tarifária 31.436 (14.276)Despesas pagas antecipadamente 6.246 35.480 Baixa deficit atuarial - (16.289)Incentivo Fiscal - Adene - 69.985 Outros 3.086 27.032
247.080 308.011 (Aumento) redução nos ativos operacionais:
Consumidores e revendedores (31.895) 41.255
Baixa renda (4.379) 1.781
Serviços em curso 7.190 1.535
Estoque (960) 323
Tributos a compensar 1.745 (21.114)
Despesas pagas antecipadamente (427) (969)
Crédito luz para todos (105.313) (76.234)
Depósitos vinculados (1.244) 5.356
Depósitos vinculados a litígios 1.645 6.199 Outros créditos (2.087) (4.568)
(135.725) (46.436)Aumento (redução) nos passivos operacionais
Fornecedores (26.696) 29.756 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 1.877 1.052 Tributos e contribuições sociais (6.637) 35 Taxas regulamentares 6.792 (8.043)Provisão para contingências 2.584 (16.389)Transações com partes relacionadas (30.557) 16.666 Provisão devolução Baixa Renda (3.769) (34.212)Outras contas a pagar (15.453) (13.870)
(71.859) (25.005)Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 378.019 481.321
20082007
(Reclassificado)Atividades de investimento
Aplicações no imobilizado (472.255) (395.831)Aplicações no diferido - (6.970)Aplicações no intangível (2.325) (3.194)Obrigações vinculadas a concessão 159.543 132.488
Caixa líquido (aplicado nas) atividades de investimento (315.037) (273.507)
Atividades de financiamentoCaptação de empréstimos e financiamentos 518.570 240.727 Pagamento de empréstimos e financiamentos (332.899) (225.887)Dividendos (245.179) (224.947)Juros sobre capital próprio - (49.995)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) aticidades de finan-ciamento
(59.508) (260.102)
Disponibilidade geradas no exercício 3.474 (52.288)
Saldo inicial de caixa 12.364 64.652 Saldo final de caixa 15.838 12.364
3.474 (52.288)
Informações adicionais:Juros pagos 60.690 41.398 Imposto de renda e contribuição social pagos 48.538 89.392 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 127
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO (gri ec1)
Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)
2008 %2007
(Reclassificado) %
GERAÇÃO DE RIQUEZAS
ReceitasVenda de energia e serviços 2.638.070 2.431.347 Receitas relativas à construção de ativos próprios
512.877 424.055
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(13.351) (59.378)
Baixa RTE/Energia Livre 6.985 - Outras receitas (5.801) 13.056
Total de receitas 3.138.780 2.809.080
Insumos adquiridos de terceiros Compra de energia (879.060) (820.996)Encargos de uso da rede elétrica (71.063) (50.163)Material e serviços de terceiros (683.759) (587.745)Outras despesas operacionais (5.405) (14.244)
Total de insumos adquiridos de terceiros (1.639.287) (1.473.148)
( = ) Valor adicionado bruto 1.499.493 1.335.932
(-) Depreciação e amortização (116.539) (111.079)
( = ) Valor adicionado líquido 1.382.954 1.224.853
( + ) Valor adicionado recebido em transferência Receita financeira 31.593 96.127
( = ) Valor adicionado a distribuir 1.414.547 100% 1.320.980 100%
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Pessoal Remunerações 74.871 5% 71.882 5%Encargos sociais (exceto INSS) 5.591 0% 5.086 0%Previdência privada 9.160 1% 8.862 1%Auxílio-alimentação 5.315 0% 4.770 0%Convênio assistencial e outros benefícios 15.565 1% 12.828 1%Participação nos resultados 7.078 1% 5.958 0%
117.580 8% 109.386 8%
2008 %2007
(Reclassificado) %
Impostos, taxas e contribuiçõesFederal 407.569 29% 355.018 27%Estadual 528.580 37% 501.595 38%Municipal 2.448 0,2% 1.469 0,1%( - ) Incentivos fiscais (66.633) -5% (69.985) -5%
871.964 62% 788.097 60%
Remuneração de capitais de terceirosJuros e variações cambiais 89.520 6% 61.237 5%Outras despesas financeiras (9.011) -1% 42.726 3%Aluguéis 5.971 1% 4.798 0%
86.480 6% 108.761 8%
Remuneração de capitais própriosDividendos 263.096 19% 244.751 19%Reserva de Incentivo fiscal- Adene 66.633 5% 69.985 5%Ajuste exercício anterior-lei 11638/2007 8.794 1% - -
338.523 24% 314.736 24%
Total do valor adicionado distribuído 1.414.547 100% 1.320.980 100%
Valor adicionado (médio) por empregado 1.107 1.018 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISReferentes oos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 (Valores em milhares de reais, exceto quando mencionado em contrário)
1. CONTExTO OPERACIONAL
A Companhia Energética do Ceará – Coelce (“Companhia”) é uma sociedade por ações de capital aberto, controlada pela Investluz S/A, e concessionária do serviço público de energia elétrica, destinada a pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a distribuição de energia elétrica, sendo tais atividades regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A Companhia tem como área de concessão todo o Estado do Ceará, atendendo aproximadamente 2.629 mil consumidores (2.490 mil em 2007) e um quadro de 1.278 empregados em 31 de dezembro de 2008 (1.297 em 2007). A concessão do serviço público de distribuição de energia elétrica se deu por meio do Contrato de Concessão de Distribuição nº 01/1998, de 13 de maio de 1998, da Aneel, com prazo de 30 anos, com vencimento para 12 de maio de 2028.
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações, conjugada com a legislação específica aplicada às concessionárias do serviço público de energia elétrica, editada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
(a) alteraÇÃo da legislaÇÃo societária brasileiraEm 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que alterou, revogou e
introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matéria contábil, que entrou em vigor a partir do exercício que se iniciou em 1º de janeiro de 2008. Essa Lei teve, principalmente, o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS) e permitir que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM em consonância com os padrões internacionais de contabilidade.
Conforme facultado pela Deliberação CVM nº. 565, de 17 de dezembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC nº 13, a Companhia está adotando pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Lei 11.638/07 e a Medida Provisória nº
449/08. Consequentemente, as seguintes práticas contábeis foram modificadas em relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007:• A Companhia revisou os saldos registrados em ativo diferido e os que não atendiam aos
critérios de reconhecimento como intangível foram baixados no exercício de 2008. Assim, a parcela correspondente a anos anteriores foi registrada, no balanço de abertura, no valor total de R$8.794, líquido dos efeitos fiscais.
• O valor correspondente ao incentivo Adene, apurado a partir da vigência da Lei 11.638/07, no montante de R$ 66.633, foi contabilizado no resultado do exercício como redutora da despesa com imposto de renda e, posteriormente, transferido para a reserva de lucros não distribuíveis, em atendimento à Deliberação CVM nº 555, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 07.
• A Companhia reclassificou o saldo de softwares do ativo imobilizado para o intangível, no montante de R$ 13.994, em atendimento à Deliberação CVM nº 553, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 04.
• A Companhia reclassificou o saldo dos custos incorridos na captação de recursos no montante de R$ 2.993, apresentando-os como redutor das contas de empréstimos e financiamentos, e passou a amortizá-los com base na mesma curva de amortização do empréstimo, em atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 08. Até 31 de dezembro de 2007, tais custos eram contabilizados como despesas antecipadas e amortizados em linha reta pelo prazo do empréstimo.
• Em atendimento a medida provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008, a companhia reclassificou o resultado não operacional para resultado operacional.
• Conforme item 51 do pronunciamento técnico CPC 13, a Companhia não está apresentando a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2008.
• A Companhia já adotava a elaboração da demonstração do fluxo de caixa e da demonstração do valor adicionado, que se tornaram obrigatórias através da Deliberação CVM nº 547 de 13 de agosto de 2008 e Deliberação CVM nº 557, de 12 de novembro de 2008 nesta ordem. Os efeitos no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 e no patrimônio
líquido decorrentes da adoção inicial da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08, líquidos dos efeitos tributários, estão demonstrados a seguir: | gri 3.10 |
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 129
Resultado do exercício Patrimônio LíquidoEfeitos da Lei 11.638/07:Baixa ativo diferido 3.118 (8.794)Reserva de incentivo fiscal – Adene 66.633 -
b) reclassificaÇões nas deMonstraÇões financeiras
do exercício anterior:Para fins de melhor apresentação e manutenção da comparabilidade, as demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foram reclassificadas, quando aplicável.
2007Publicado Reclassificado
balanço Patrimonialativocirculante Numerário disponível 12.354 - Aplicações financeiras 10 - Disponibilidades - 12.364 Consumidores, concessionários e permissionários 565.714 562.830 Despesas pagas antecipadamente 115.145 113.530 Outros créditos 23.023 25.907 não circulante Depósitos vinculados a litígios 21.668 16.555 Despesas pagas antecipadamente 90.681 88.748 Imobilizado 1.542.026 1.527.355 Intangível - 14.671 Passivocirculante Empréstimos e financiamentos 206.556 204.941 Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética 38.181 18.235 Provisão Baixa renda 25.788 - Partes relacionadas 101.815 102.665 Outras obrigações 45.579 44.729 não circulante Empréstimos e financiamentos 354.524 352.591 Provisão para contingências 74.457 69.344 Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética - 19.946 Provisão Baixa renda - 25.788 demontração do resultado Outras receitas operacionais 83.597 100.099 Outras despesas operacionais (3.166) (6.613) Receitas não operacionais 16.502 - Despesas não operacionais (3.447) -
3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS
(a) Aplicações financeiras – São registradas ao custo, acrescido das remunerações contratadas, reconhecidas proporcionalmente até a data das demonstrações contábeis, não excedendo o valor de mercado (nota 4);
(b) Consumidores, concessionários e permissionários – Referem-se a créditos de fornecimento de energia faturada, não faturada e energia comercializada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE até a data do balanço, contabilizados pelo regime de competência (nota 5);
(c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Calculada com base nos valores a receber de consumidores residenciais vencidos há mais de 90 dias, consumidores comerciais vencidos há mais de 180 dias, consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, bem como através de análise criteriosa para os clientes com débitos relevantes. Está reconhecida em valor julgado pela Administração da Companhia como suficiente para atender às perdas prováveis na realização dos créditos (nota 5);
(d) Estoques – Os materiais em estoques, de operação e manutenção, classificados no ativo circulante, e aqueles destinados a projetos, contabilizados no imobilizado, estão avaliados ao custo médio de aquisição, ajustados por provisão para perda por obsolescência, quando aplicável;
(e) Despesas pagas antecipadamente – São compostas por valores efetivamente desembolsados e ainda não incorridos e incluem a conta de compensação da variação de valores de itens da parcela A (CVA) e respectivos encargos que serão apropriados ao resultado à medida que a receita correspondente for faturada aos consumidores (nota 11);
(f) Imobilizado – Está composto pelo custo de aquisição e/ou construção, deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método linear em conformidade com as taxas de depreciação determinadas pelas Resoluções Aneel nº 02, de 24 de dezembro de 1997, e nº 44, de 17 de março de 1999.
O saldo do imobilizado inclui o valor do ágio oriundo da incorporação de sua controladora Distriluz Energia Elétrica S.A., aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 1999. A amortização do ágio está sendo feita com base no prazo da concessão, em proporções mensais à sua rentabilidade projetada até 31 de dezembro de 2027 (nota 13);
(g) Intangível – Registrado pelo custo de aquisição, composto de software do sistema corporativo, sendo amortização método linear durante cinco anos (nota 14).
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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(h) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro – São calculados com base nas alíquotas vigentes de imposto de renda (15% acrescida de 10% sobre o resultado tributável que exceder R$ 240) e contribuição social sobre o lucro líquido (9%) e consideram a absorção de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30%, para fins de determinação das exigibilidades. Os impostos diferidos ativos atribuíveis às diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social são registrados no pressuposto de realização futura, baseada nas projeções de resultados preparadas pela Administração. A Companhia possui direito a redução do imposto de renda a pagar calculado com base no lucro da exploração (nota 25);
(i) Obrigações com benefícios pós-emprego – Referem-se ao passivo atuarial relativo ao plano de previdência complementar oferecido aos empregados registrado em regime de competência com base em avaliação efetuada por atuário externo (nota 26);
(j) Provisões para contingências – São reconhecidas mediante avaliação dos riscos em processos cuja probabilidade de perda é provável e quantificadas com base em fundamentos econômicos e em pareceres jurídicos sobre os processos existentes na data do balanço (nota 22);
(k) Obrigações vinculadas à concessão – Referem-se aos recursos de participação financeira dos consumidores e da União e de doações e subvenções para investimentos, destinados à execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica, depreciados de acordo ofício nº296, de fevereiro de 2007. Estas obrigações foram apresentadas nas demonstrações financeiras como redução do ativo imobilizado em serviço (nota 13).
(l) Atualizações monetárias de direitos e obrigações – Os direitos e obrigações sujeitos às variações monetária e cambial, por força contratual ou dispositivo legal, estão atualizados até a data do balanço. Os passivos pactuados em moeda norte-americana são convertidos para reais pela taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil (US$1 = R$ 2,3370 em 31 de dezembro de 2008 e US$1 = R$1,7713 em 31 de dezembro de 2007);
(m) Apuração do resultado – As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime contábil de competência;
(n) Outros direitos e obrigações – Demais ativos e passivos circulantes e não circulante estão atualizados até a data do balanço, quando legal ou contratualmente exigidos;
(o) Estimativas – A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Companhia se baseie em estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos e passivos, receitas
e despesas, bem como a divulgação de informações sobre dados das suas demonstrações financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes, podem diferir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da:• Provisão para créditos de liquidação duvidosa;• Provisão para contingências e planos de aposentadoria complementar;• Recuperação do imposto de renda e contribuição social diferidos;• Recebimentos no âmbito da CCEE;• Ativo regulatório – Reposicionamento tarifário;• Provisão para devolução de baixa renda;• Crédito luz para todos• Fornecimento não faturado(p) Lucro líquido por ação – Calculado com base no número total de ações na data do
encerramento do balanço.
4. DISPONIBILIDADES
As aplicações financeiras estão relacionados a certificados de depósitos bancários vinculados ao CDI (Certificado de depósito intercalado) e fundos mútuos de renda fixa com remuneração diária. Apesar de algumas aplicações estarem contratadas com vencimento superior a 12 meses, não há restrições para seu resgate imediato.
Banco Tipo Vencimento Taxa 2008 2007Votorantim Fundo de Investimento - Cotas diárias 2 2 Votorantim CDB/DI 10/11/2010 100,80% CDI 9 8 Votorantim CDB/DI 7/24/2010 103,00% CDI 21 - Contas correntes - - - 15.806 12.354 Total disponibilidades 15.838 12.364
5. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIOS E PERMISSIONÁRIOS
A composição das contas a receber de consumidores, concessionários e permissionários, em 31 de dezembro, é como segue:
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 131
Descrição 2008 2007 reclassificadoConsumidores 430.917 568.579 Faturados 353.646 328.632 Não faturados 77.271 239.947 Fornecimento 76.804 67.704 Ativos regulatórios 467 172.243 concessionários e permissionários 4.678 11.800 comercialização no âmbito da ccee (b) 15.311 18.958 Total de consumidores, concessionários e permissionários (a) 450.906 599.337 circulante 416.909 562.830 não circulante 33.997 36.507
a) análise das contas a receber e deMonstrativo do saldo da ProvisÃo Para créditos de liquidaÇÃo duvidosa Valor bruto Provisão créditos liq. duv. Total
Classe de consumidores Vincendos Vencidos
até 90 dias Vencidos há
mais de 90 dias 2008 2007
reclassificado 2008 2007 2008 2007
reclassificado
Circulante
Residencial 46.995 31.138 14.104 92.237 79.344 (16.494) (13.938) 75.743 65.406 Industrial 12.642 6.348 4.412 23.402 10.254 (5.608) (3.638) 17.794 6.616 Comercial 13.960 10.355 10.084 34.399 30.943 (11.090) (9.224) 23.309 21.719 Rural 14.136 6.061 1.682 21.879 19.299 (1.792) (1.144) 20.087 18.155 Poder público - - - - Federal 2.333 349 36 2.718 2.125 (6) - 2.712 2.125 Estadual 3.246 328 35 3.609 3.629 (13) (92) 3.596 3.537 Municipal 6.863 3.850 4.085 14.798 15.271 (3.934) (3.975) 10.864 11.296 Iluminação pública 4.426 1.458 729 6.613 6.066 (497) (613) 6.116 5.453 Serviço público 5.596 676 67 6.339 5.991 (622) (42) 5.717 5.949
Subtotal 110.197 60.563 35.234 205.994 172.922 (40.056) (32.666) 165.938 140.256 Comercialização na CCEE (b) 2.394 - - 2.394 5.383 - - 2.394 5.383 Consumidores livres 4.678 - - 4.678 11.800 - - 4.678 11.800 Não faturado 76.804 - - 76.804 67.704 - - 76.804 67.704 Provisão refaturamento Prefeituras - - - - (12.000) - - - (12.000) Parcelamento de débitos 44.946 - - 44.946 45.898 (6.767) (12.776) 38.179 33.122 Outros créditos 11.624 4.026 2.003 17.653 15.723 (778) (687) 16.875 15.036 Encargo emergencial (c) - 1.596 927 2.523 2.587 - - 2.523 2.587 Créditos junto a clientes com ações (d) judiciais 27.937 2.441 31.072 61.450 80.570 (46.168) (64.737) 15.282 15.833 Ativos regulatórios (nota 6) - - - - 170.376 - (102.562) - 67.814 Ativos regulatórios-Transmissoras (nota 6) 467 - - 467 1.867 - 467 1.867
168.850 8.063 34.002 210.915 389.908 (53.713) (180.762) 157.202 209.146
Total Circulante 279.047 68.626 69.236 416.909 562.830 (93.769) (213.428) 323.140 349.402 Não Circulante Comercialização na CCEE (b) * - - 12.917 12.917 13.575 - - 12.917 13.575 Parcelamento de débito 21.080 - - 21.080 22.932 (3.174) - 17.906 22.932
Total não Circulante 21.080 - 12.917 33.997 36.507 (3.174) - 30.823 36.507
Total consumidores, concessionários e permissionários 300.127 68.626 82.153 450.906 599.337 (96.943) (213.428) 353.963 385.909
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce08132
b) coMercializaÇÃo no âMbito da cceeCâmara de Comercialização de Energia Elétrica 2008 2007
Valores a receber – setembro/2000 a dezembro/2002 Valor em litígio – Liminares * 12.917 13.575 Valores negociados - 103 Valores com a exigibilidade suspensa ** 2.372 2.560
Valores a receber – Energia curto prazo do período 22 2.720
Total comercialização no âmbito da CCEE 15.311 18.958
Circulante 2.394 5.383
Não circulante 12.917 13.575
* O montante de R$ 12.917 (13.575 em 2007), registrado no não circulante, permanece em aberto, decorrente das liminares para suspensão de pagamento nas datas previstas de liquidação financeira das transações no âmbito da CCEE.** O montante de R$ 2.372 (2.560 em 2007), referente a contas a receber de venda de energia efetuadas na CCEE às empresas AES sul (R$ 2.031) e DFESA (R$ 341), encontra-se com a exigibilidade suspensa.
c) encargo eMergencialCom o objetivo de cobrir os custos com a contratação de capacidade de geração ou de
potência de usinas emergenciais e aquisição de energia das mesmas, foram instituídos o “encargo de capacidade emergencial” e o “encargo de aquisição emergencial”. Estes encargos deveriam ser repassados mensalmente a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE. O “encargo de aquisição emergencial” vigorou temporariamente durante os meses de janeiro e fevereiro de 2004.
O “encargo de capacidade emergencial” foi cobrado desde março de 2002 até 22 de dezembro de 2005. A partir de 23 de dezembro de 2005 o mesmo teve sua cobrança suspensa, conforme Resolução Normativa Aneel nº 204, de 22 de dezembro de 2005.
A companhia repassa mensalmente os valores arrecadados de inadimplência.
d) créditos Junto a clientes coM aÇões JudiciaisO montante de R$ 61.450 (R$ 80.570 em 2007) refere-se a créditos junto a clientes com
ações judiciais. Este montante inclui R$ 22.947 (R$ 22.350 em 2007) relativos às contas a receber de diversos consumidores que questionam a legalidade e pleiteiam a restituição de valores envolvidos na majoração da tarifa de energia elétrica, ocorrida na vigência do Plano Cruzado.
Esses consumidores obtiveram, por meio de medidas judiciais, o direito de compensar os créditos pleiteados com as faturas de energia elétrica, sem, contudo, terem o mérito da questão transitado em julgado. A Companhia constituiu provisão para créditos de liquidação duvidosa em montante julgado suficiente para cobrir eventuais perdas em relação a esses processos.
6. ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS
2008 2007
Descrição CirculanteNão
circulante CirculanteNão
circulanteativos:a. consumidores e revendedores (nota 5)a1. acordo geral do setor elétrico Perda de receita – racionamento - - 120.552 - Energia livre - - 49.824 - Provisão para crédito liquidação duvidosa – RTE
- - (102.562) -
a2. ativo regulatório transmissoras 467 - 1.867 - 467 - 69.681 -
b. despesas pagas antecipadamente – cva (nota 11) Parcela A – Extraordinária - - 43.137 - CVA – Conta consumo de combustível 7.857 7.849 15.041 6.080 CVA – Conta de desenvolvimento energético 83 4 137 15 CVA – Uso da rede elétrica 4.825 2.808 - - CVA – Encargo de serviço do sistema 19.641 6.820 - - CVA – Compra de energia 52.282 89.669 53.303 81.094 CVA – PROINFA 1.239 46 426 134
85.927 107.196 112.044 87.323 Passivos:a. fornecedores – suprimento de energia (nota 16) Energia livre - - 64.030 -
- - 64.030 - b. outros Passivos (nota 22)b1. cva CVA – Uso da rede elétrica - - 5.259 1.278 CVA – Conta consumo de combustível - - 20.790 1.284 CVA – Sobrecontratação – excedente 3% 10.948 - - - b2. Reposicionamento revisão tarifária 3.791 - 9.333 - b3. Passivo regulatório –Transmissoras 1.167 - 1.867 - b4. Passivo regulatório – Parcela A 2.463 - - -
18.369 - 37.249 2.562
a) consuMidores e revendedoresa1. acordo geral do setor elétrico
Em dezembro de 2001, foi firmado o acordo geral do setor elétrico entre o Governo Federal e as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica para a
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 133
retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos existentes e a recomposição de receitas relativas ao período de vigência do programa emergencial de redução do consumo de energia elétrica (1º de junho de 2001 a 1º de março de 2002).
Com base nas disposições contidas na Lei nº 10.438 todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica efetuaram um levantamento do montante da receita não auferida decorrente de redução de consumo de energia elétrica no período do racionamento (Recomposição tarifária extraordinária – RTE) a ser reconhecida com o objetivo de retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.
A referida recomposição tarifária extraordinária ocorreu no período de janeiro de 2002 a abril de 2008, por meio da aplicação às tarifas vigentes à época do acordo do setor elétrico, assim reconhecidas pela Aneel, da seguinte forma:• 2,9% para os clientes residenciais, rurais e iluminação pública, exceto para aqueles
classificados como residenciais baixa renda;• 7,9% para os demais clientes.
Perda de receita – racionaMentoA perda de receita registrada no contas a receber teve os seguintes efeitos reconhecidos contra resultados dos períodos correspondentes:
2008Valor Homologado 210.861 (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 212.323 (+) Atualização monetária em 2008 4.669
Total de atualização 216.992 (-) Recuperação das perdas até 31 de dezembro de 2007 (302.632)(-) Recuperação das perdas de 2008 (18.347)
Total recuperado (320.979)Baixa RTE Ofício – Aneel n.º 2409/07 (106.874)Saldo em 31 de dezembro de 2008 -
O valor de R$ 210.861, homologado pelas Resoluções Aneel nº 480 e n°481, de 29 de agosto de 2002, refere-se à diferença entre a receita estimada, sem os efeitos da redução de consumo decorrente do programa emergencial de redução do consumo de energia elétrica, e a receita auferida pela concessionária para o período de junho de 2001 a fevereiro de 2002.
O saldo apurado de perdas de receita do racionamento sofreu correção monetária pela taxa Selic (acrescida de 1% a.a. até o montante de financiamento liberado pelo BNDES). A remuneração do saldo foi efetuada em conformidade com o Oficio Circular Aneel nº 2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº 074/2006.
A receita auferida a partir de janeiro de 2002, por meio dos reajustes de tarifa mencionados anteriormente (2,9% e 7,9%), foi colocada integralmente como recuperação das perdas de receita do racionamento (ativo regulatório) e de energia livre registrado nas contas a receber.
Essa recomposição tarifária extraordinária vigorou pelo período de 76 meses, a partir de janeiro de 2002, conforme estabelecido na Resolução Normativa Aneel nº 001, de 12 de janeiro de 2004.
Em maio de 2008, a Companhia procedeu a baixa do ativo regulatório e a reversão da provisão para perdas conforme Ofício circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação dentro do prazo de estabelecido pela Resolução Normativa Aneel nº 001/2004.
energia livreO montante relacionado à energia livre refere-se à energia gerada e disponibilizada no
sistema, não prevista nos contratos iniciais apurado entre os meses de junho de 2001 a fevereiro de 2002.
Esse montante foi contabilizado com base na Resolução Aneel nº 483, de 29 de agosto de 2002, no montante de R$ 63.187, ajustado conforme a Resolução Normativa Aneel 001/2004 no montante de R$ 8.643 e majorado pelos valores recuperáveis de PIS e Cofins, no montante de R$ 2.667. O saldo de energia livre sofre correção monetária pela taxa Selic acrescida de 1% para as geradoras que obtiveram financiamento junto ao BNDES.
Para as demais geradoras incide apenas a remuneração pela taxa Selic. Esta remuneração está em conformidade com o Ofício Circular Aneel nº 2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº 074/2006. Através da Resolução Aneel nº 45, de 03 de março de 2004, o percentual aplicado sobre a arrecadação da recomposição tarifária extraordinária a título de repasse de energia livre é de 25,9489%.
Em maio de 2008 a Companhia procedeu a baixa da energia livre pela conforme Ofício circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação no prazo estabelecido pela Resolução Normativa Aneel nº 001/2004.
Os valores contabilizados como ativos e passivos de energia livre têm a seguinte composição:
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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2008Ativo Passivo
Valor Homologado 74.497 71.830 (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 62.779 69.143 (+) Atualização monetária em 2008 7.087 2.495 Total de atualização 69.866 71.638
(-) Recuperação/repasse até 31 de dezembro de 2007 (87.452) (76.943)(-) Recuperação/repasse de 2008 (6.429) (8.847)Total recuperado (93.881) (85.790)Baixa da Energia Livre Ofício - Aneel n.º 2409/07 (50.482) (57.678)Saldo em 31 de dezembro de 2008 - -
a2. ativo regulatório transMissoras Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007, a Companhia registrou um ativo regulatório
que se refere a valores recebidos a maior pelas transmissoras em seu processo de revisão tarifária. Tais valores foram considerados como custo na Parcela “A” das distribuidoras. O montante em 31 de dezembro de 2008 é R$ 467.
b. desPesas Pagas anteciPadaMenteParcela A – Extraordinária
A Companhia registrou como despesas antecipadas os incrementos incorridos entre janeiro e outubro de 2001, relacionados aos custos imputáveis à despesa operacional, como:•Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC;•Tarifa de uso das instalações de transmissão, integrantes da rede básica;•Energia comprada estabelecida nos contratos iniciais;•Quota de reserva global de reversão – RGR;•Taxa de fiscalização de serviço de energia elétrica;•Encargos de conexão.Com o término do prazo de 76 meses para recompor a receita das Perdas do
Racionamento e a Energia Livre das Geradoras, iniciou-se a recuperação da parcela A – extraordinária através do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%. De acordo com a Resolução Normativa Aneel nº 001/2008, não existe limitação de prazo para recuperação destes custos. A companhia recuperou todo o valor da parcela A durante o ano de 2008 e reclassificou para o passivo o excedente de recuperação para devolução aos consumidores no próximo reajuste tarifário.
2008Ativo Passivo
Valor Homologado 15.977 - (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 27.160 - (+) Atualização monetária em 2008 3.266 - Total de atualização até 31 de dezembro de 2008 30.426 - Total a recuperar parcela A 46.403 - (-) Recuperação em 2008 (48.866) - Total recuperado até 31 de dezembro de 2008 (48.866) - Valor a devolver no próximo Reajuste Tarifário 2.463 2.463 Saldo em 31 de dezembro de 2008 - 2.463
conta de variaÇÃo de custos da Parcela a-cvaEsta conta destina-se ao registro da compensação de diferenças, calculadas comparando
o valor considerado na tarifa e seu efetivo pagamento do ano em curso. Os itens, cujas variações seriam compensadas, foram:
• Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC;• Tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica; • Encargos de serviços de sistema – ESS;• Conta de desenvolvimento energético – CDE;• Programa de incentivo a fontes alternativas de energia (Proinfa);
coMPra de energiaOs saldos apurados nas CVAs, em obediência à legislação, estão acrescidos de remuneração
financeira baseada na taxa Selic.
cva – coMPra de energiaA CVA sobre os custos de aquisição de energia elétrica, ou seja, de compra de energia
foi instituída através da Portaria Interministerial n° 361, do Ministério da Fazenda, de 26 de novembro de 2004. A Resolução Normativa n° 153, de 14 de março de 2005, estabeleceu critérios e procedimentos para cálculo e repasse, às tarifas de fornecimento de energia elétrica das concessionárias de distribuição.
Por ocasião do reajuste tarifário ordinário da Companhia de abril de 2005, o Grupo Endesa apresentou à Aneel proposta de diferimento de uma parcela do preço da energia do contrato da Central Geradora Termelétrica Fortaleza – CGTF com a Coelce.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 135
Referido diferimento foi proposto visto o reflexo que o reconhecimento dos custos de compra de energia da CGTF geraria no reajuste tarifário de abril-05, e considerando que esse custo poderia ser minimizado com o efeito do crescimento do mercado previsto para os próximos anos.
A proposta apresentada teve aprovação da Aneel e em decorrência desse fato, foi firmado o Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Compra de Energia, conforme condições descritas a seguir:1. Período de diferimento de pagamento de 01/maio/05 a 30/abril/07; 2. CGTF emitirá mensalmente sua fatura com o valor ao preço de contrato (faturamento
sem diferimento de pagamento); 3. O diferimento de pagamento corresponde ao montante de energia mensal contratado
multiplicado pelo valor resultante da diferença do preço do contrato para o valor de 128,00 MWh;
4. O preço a ser reconhecido na tarifa de fornecimento da Coelce será de 123,74 R$/MWh. A diferença entre o preço pago e de repasse para a tarifa mantêm as mesmas condições atuais do contrato;
5. O valor diferido constituirá um passivo da Coelce para com a CGTF que será pago no período de maio/2007 a abril/2012, cinco anos;
6. A companhia constituiria um ativo regulatório a ser repassado aos clientes no mesmo período de recomposição do passivo;
7. O passivo não terá nenhum encargo financeiro, sendo atualizado pelo mesmo percentual de reajuste do preço de compra;
8. Os preços serão atualizados nas condições e data estabelecida no contrato.
cva ProinfaA Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, instituiu o programa de incentivo às fontes
alternativas de energia elétrica – Proinfa, com o objetivo de aumentar a participação no sistema elétrico interligado nacional, da energia elétrica produzida por empreendimentos de produtores independentes autônomos, concebidos com base em fontes eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa.
Através da Resolução Normativa Aneel nº 189, de 06 de dezembro de 2005, foi instituída a CVA Proinfa para apurar e contabilizar os valores decorrentes de variações das quotas de custeio do referido encargo, ocorridas entre reajustes tarifários anuais, a partir de 30 de novembro de 2005.
cva essO encargo de serviço de sistema, por razão de segurança energética, tem a finalidade de
subsidiar a manutenção da confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Interligado Nacional. Segue quadro com a movimentação das CVAs no exercício de 2008.
Descrição 2007 AdiçãoRemu-
neraçãoAmor-
tizaçãoReclas-
sificação 2008Ativos Parcela A 43.137 - 3.266 (48.866) 2.463 - CVA – Conta consumo de combustível
21.121 19.007 647 (6.679) (18.390) 15.706
CVA – Conta de desenvolvimento energético
152 76 10 (151) - 87
CVA – Uso da rede elétrica - 13.253 219 (3.537) (2.302) 7.633 CVA – Encargo de serviço do sistema
- 24.695 1.766 - - 26.461
CVA – Compra de Energia 134.397 42.667 540 (35.653) - 141.951 CVA – Proinfa 560 1.862 110 (1.247) - 1.285
199.367 101.560 6.558 (96.133) (18.229) 193.123 Passivos Parcela A - - - - 2.463 2.463 CVA de Uso da rede elétrica 6.537 - 55 (4.290) (2.302) - CVA – Conta consumo de combustível
22.074 530 202 (4.416) (18.390) -
CVA – Sobrecontratação - 3% excedente
- 10.948 - - - 10.948
28.611 11.478 257 (8.706) (18.229) 13.411
b1. cva – sobrecontrataÇÃo – 3% excedente da coMPra de energiaA Lei nº 10.848/04 e o Decreto nº 5.163/04 definiram as condições de contratação de
energia por parte das distribuidoras de energia elétrica nos leilões regulados e a forma de repasse desses custos às tarifas de fornecimento. Conforme referida legislação, as distribuidoras têm assegurado o direito de recuperar, mediante tarifa, as sobras de energia de até 3% em relação ao total da energia necessária ao atendimento de seu mercado.
b2. rePosicionaMento revisÃo tarifáriaNa revisão tarifária provisória, ocorrida em 22 de abril de 2007, o valor estabelecido
para quota de reintegração foi de R$ 111.446. Em outubro de 2007 a Aneel procedeu a fiscalização da base de remuneração tendo emitido o relatório de fiscalização – R.F 199/07 onde registrou o valor de R$ 97.086 de quota de reintegração. Esta redução foi decorrente
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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da retirada dos bens totalmente depreciados na composição do ativo imobilizado em serviço. O saldo em 31 de dezembro é de R$ 3.791 (R$ 9.333 em dezembro de 2007) .
b3. Passivo regulatório – transMissoras Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007 a Companhia registrou um passivo regulatório
que se refere ao ativo financeiro (ver nota a2) que foi contemplado na Parcela “A” da tarifa cobrada de consumidores. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de 1.167 (R$ 1.867 em dezembro de 2007).
7. CONSUMIDORES DE BAIxA RENDA
A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, estabeleceu as diretrizes para enquadramento na subclasse residencial baixa renda, da unidade consumidora com consumo mensal inferior a 80KWh, tendo o Decreto nº 4.336, de 15 de agosto de 2002, ampliado a regulamentação de enquadramento, para unidades consumidoras com consumo mensal entre 80 e 220 KWh, também segundo diretrizes da própria Lei n° 10.438/02.
O crédito a receber de consumidores residenciais baixa renda é calculado pela Companhia e submetido, mensalmente, à apreciação e homologação da Aneel, conforme determina a Resolução n° 089, de 25 de outubro de 2004. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 30.410 (R$ 26.031 em dezembro 2007).
ProvisÃo devoluÇÃo baixa rendaDe acordo com as novas diretrizes estabelecidas pelo Órgão Regulador, a Companhia
mantém provisão de R$ 22.019 para cobrir diferenças de valores homologados e recebidos em períodos anteriores em virtude de reclassificações de consumidores beneficiados com o subsídio.
8. TRIBUTOS A COMPENSAR
2008 2007
CirculanteNão
circulante CirculanteNão
circulanteImposto de renda a compensar 13.896 - 28.193 - ICMS a compensar 30.841 52.834 21.973 47.976 Contribuição social a compensar 2.415 - 3.683 - Pis/Cofins 703 - 701 - Outros tributos 966 - 874 - Total tributos a compensar 48.821 52.834 55.424 47.976
O saldo de imposto de renda a compensar refere-se a valores de imposto de renda retido na fonte – IRRF sobre aplicações financeiras, a retenções de órgãos públicos (Lei n° 9.430/96) e o saldo do imposto de renda antecipado relativo ao ano calendário de 2006, 2007 e 2008.
A partir de janeiro de 2001, a Companhia passou a contabilizar em tributos e contribuições sociais compensáveis os créditos de ICMS vinculados ao ativo permanente, os quais estão sendo compensados mensalmente à razão de 1/48 avos.
Além disso, consta desta conta valores relativos à aquisição de ICMS por meio de transferência de créditos de empresas exportadoras bem como créditos de ICMS das compras de energia e importação.
O saldo de contribuição social a compensar refere-se ao valor do saldo da CSLL antecipado relativo ao ano calendário de 2006 e 2007, além de valores retidos por órgãos públicos, conforme Lei n° 9.430/96.
9. DEPÓSITOS VINCULADOS
2008 2007
Bancos CirculanteNão
circulante CirculanteNão
circulanteBradesco - 11.218 - 1.116 Unibanco - 177 - 10.905 Itaú - 756 - 696 Banco do Brasil 18.777 2.250 16.967 2.250 Outros bancos - 20 - 20 Total depósitos vinculados 18.777 14.421 16.967 14.987
Estes depósitos correspondem a aplicações de valores vinculados aos contratos de aquisição de energia elétrica. Os depósitos do Banco do Brasil referem-se às retenções contratuais de fornecedores de serviços e garantia de contrato de financiamento.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 137
10. TRIBUTOS DIFERIDOS
ativo diferidoA Companhia possui registrado em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 créditos fiscais
diferidos sobre diferenças temporárias, cuja composição está demonstrada a seguir:
PIS/CofinsImposto de
RendaContribuição
Social Total2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007
Diferenças temporáriasProvisão para contingências
- - 13.414 13.411 4.829 4.828 18.243 18.239
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
- - 24.236 53.357 8.725 19.209 32.961 72.566
Provisão para obsolescência de estoque
- - 1.010 896 364 323 1.374 1.219
Despesa diferida PIS/Cofins
- - 3.124 4.243 1.381 1.527 4.505 5.770
Provisão baixa renda 3.676 3.864 8.155 10.073 2.935 3.626 14.766 17.563 Outros - - 2.490 824 736 297 3.226 1.121 Total tributos diferidos 3.676 3.864 52.429 82.804 18.970 29.810 75.075 116.478
Circulante 51.975 95.687 Não circulante 23.100 20.791
Atendendo às normas da Instrução CVM nº 371, de 25 de junho de 2002, a Companhia, com base nas projeções de resultados futuros, demonstra as parcelas de realização do ativo fiscal diferido em 31 de dezembro de 2008 para o período de cinco anos como segue:
Anos de realização Montante a realizar2009 51.9752010 8.0852011 8.0852012 4.6202013 2.310
75.075
Passivo diferidoA composição do imposto de renda, da contribuição social, do PIS e Cofins diferidos
passivos, em 31 de dezembro de 2008, por natureza, está demonstrada como segue:
PIS/CofinsImposto de
RendaContribuição
Social Total2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007
Correção monetária especial (CME) e complementar (CMC) - - 1.507 1.739 2.521 2.811 4.028 4.550 Perda de receita – Racionamento - - - 30.138 - 10.850 - 40.988 Reposicionamento revisão tarifária
13.131 12.431 - - - - 13.131 12.431
CVA Compra de energia - - 35.341 37.201 12.735 13.392 48.076 50.593 Provisão baixa renda - - - 596 - 215 - 811 Total passivo diferido 13.131 12.431 36.848 69.674 15.256 27.268 65.235 109.373
Circulante 26.632 69.402 Não Circulante 38.603 39.971
Em consonância com a Instrução CVM 371/02 e a Deliberação CVM nº 273/98, a Companhia tem registrado o imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos calculados sobre o saldo a ser depreciado da correção monetária especial.
11. DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE
2008 2007
CirculanteNão
circulanteCirculante
(Reclassificado)Não circulante
(Reclassificado)Ativos regulatórios (nota 6b-ativos) 85.927 107.196 112.044 87.323 Seguros e outros 1.912 1.424 1.486 1.425 Total de despesas pagas antecipadamente
87.839 108.620 113.530 88.748
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce08138
12. OUTROS CRÉDITOS 2008 2007 reclassificado
Alienação de bens e direitos 1.888 1.494 Convênios de arrecadação 4.132 10.794 Desativações em curso 5.486 3.884 Correção energia livre - 5.276 Serviços a terceiros 14.590 2.884 Clientes sem pagamento 1.220 1.229 Outros 2.500 626
29.816 26.187 Circulante 29.536 25.907 Não circulante 280 280
13. IMOBILIZADO2008 2007
Taxas anuais
de deprec. Custo
Deprec. e amort.
acumuladaValor
Líquido
Valor Líquido reclas.
Em serviço: • Distribuição 5,00% Custo histórico 2.874.010 (906.731) 1.967.279 1.577.782 Correção monetária especial 122.183 (116.642) 5.541 6.525
2.996.193 (1.023.373) 1.972.820 1.584.307 • Comercialização 8,00% Custo histórico 21.097 (3.270) 17.827 14.792 Correção monetária especial 508 (508) - -
21.605 (3.778) 17.827 14.792 • Administração 11,00% Custo histórico 18.807 (12.209) 6.598 7.729 Correção monetária especial 5.285 (4.989) 296 316
24.092 (17.198) 6.894 8.045
Atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica
Custo histórico – Ágio 5,66% 520.413 (389.146) 131.267 146.233
Total imobilizado em serviço 3.562.303 (1.433.495) 2.128.808 1.753.377 Em Curso: Distribuição 266.997 - 266.997 301.488 Comercialização 2.176 - 2.176 4.957 Administração 5.526 - 5.526 10.002 Total imobilizado em curso 274.699 - 274.699 316.447
Obrigações especiais vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica 5,00% (715.680) 34.852 (680.828) (542.469)Total do imobilizado 3.121.322 (1.398.643) 1.722.679 1.527.355
As principais taxas anuais de depreciação por macroatividade, de acordo com a resolução Aneel nº240 de 05 de dezembro de 2006, são as seguintes:
DistribuiçãoTaxas anuais de depreciação (%)
Banco de capacitores - tensão < 69KV 6,7%Chave - tensão < 69KV 6,7%Condutor – tensão < 69KV 5,0%Disjuntor 3,0%Estrutura (poste,torre) – tensão < 69KV 5,0%Luminária 7,7%Regulador de tensão – tensão < 69KV 4,8%Sistema de radiocomunicação 7,1%Transformador de distribuição 5,0%Transformador de força 2,5%ComercializaçãoEquipamento geral 10,0%Medidor 4,0%Administração centralEquipamento geral 10,0%Veículos 20,0%
O ativo imobilizado em curso refere-se, substancialmente, a obras de expansão do sistema de distribuição de energia elétrica e das instalações referentes às áreas comercial e administrativa.
Os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária, sem prévia e expressa autorização do órgão regulador, Aneel.
A Resolução Aneel nº 20/99 regulamenta a desvinculação de bens das concessões do serviço público de energia elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando, ainda, que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação na concessão. O montante total de bens associados à concessão é de R$ 1.966.212. Extinta a concessão, os bens vinculados ao serviço serão revertidos a União, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e determinação do montante da indenização devido à concessionária pelo valor residual contábil.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 139
PrograMa de universalizaÇÃoEm 26 de abril de 2002, foi sancionada a Lei Federal nº 10.438 que dispõe sobre a
universalização do serviço público de distribuição de energia elétrica e estabelece que seu atendimento seja regulamentado por Resoluções editadas pela Aneel.
Em 29 de abril de 2003, foi editada a Resolução Aneel nº 223 estabelecendo as condições gerais para elaboração dos planos de universalização de energia elétrica, visando ao atendimento de novas unidades consumidoras ou aumento de carga, sem ônus para os interessados. Pela Resolução, a Companhia tinha o ano de 2013 como limite para que a Companhia atendesse todas as solicitações de pedidos de ligação com extensão de rede, sendo elaborado um cronograma anual por município. Em dezembro de 2005, com a Resolução Aneel nº 175, foi antecipada a universalização do serviço de energia para o ano de 2008, tanto da área rural como urbana.
PrograMa luz Para todosNo dia 11 de novembro de 2003, foi publicado o Decreto Federal nº 4.873 que institui
o programa nacional de universalização do acesso e uso da energia elétrica denominado “Programa luz para todos”.
No dia 25 de abril de 2008, foii publicado o Decreto Federal nº 6.442, alterando o Decreto Federal nº 4.873, prorrogando o prazo do Programa Luz Para Todos até 2010, onde o Ministério de Minas definirá as metas e os prazos de encerramento do programa, em cada Estado ou por área de concessão.
O Programa é coordenado pelo Ministério das Minas e Energia e operacionalizado com a participação da Eletrobrás e das concessionárias de energia. Para realização do programa, a Companhia conta com recursos do Governo Federal (75%), Governo Estadual (10%) e próprios (15%).
Participação das fontes de recursos 2008 2007Concessionária 171.143 102.849Empréstimo Eletrobrás – RGR * 8.832 7.717Subvenção do Governo Federal – CDE * 44.011 38.583
223.986 149.149
* Recursos efetivamente recebidos no respectivo exercício. Em 2008, a Companhia prestará contas de parte dos investimentos realizados em 2007 para recebimento do empréstimo e subvenção.
O valor de R$ 181.547 em 31 dezembro de 2008 (R$ 76.234 em dezembro de 2007) registrado no ativo circulante como crédito luz para todos refere-se a investimentos realizados pela Companhia, os quais ainda não foram repassados pelo Governo Federal. Os recursos permitiram conectar 23.410 clientes em 2008, com expansão de 4.236,09 km da rede de média-tensão e 1.473,48 km de baixa-tensão.
Em virtude do Decreto Federal 6.442, a Companhia apresentou ao Ministério de Minas e Energia proposta para conclusão do Programa Luz para Todos através da realização de 26.000 novas ligações em 2009 e mais 26.000 ligações em 2010.
Os investimentos futuros previstos totalizam R$ 335.226, com o atendimento de 49.766 unidades consumidoras.
ágio de incorPoraÇÃo da controladoraO ágio oriundo da operação de incorporação de sua controladora Distriluz Energia
Elétrica S.A., aprovada em Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 1999 está fundamentado nos resultados futuros durante o prazo de concessão e vem sendo amortizado no prazo compreendido entre a data da incorporação até 31 de dezembro de 2027, em proporções mensais a sua rentabilidade projetada, conforme determinação da Resolução nº 269, de 15 de setembro de 1999, da Aneel, conforme demonstrado abaixo:
AnoFator de
amortização AnoFator de
amortização AnoFator de
amortização2008 0,05673 2016 0,02792 2024 0,01374 2009 0,05192 2017 0,02555 2025 0,01257 2010 0,04752 2018 0,02338 2026 0,01151 2011 0,04349 2019 0,02140 2027 0,01053 2012 0,03980 2020 0,019582013 0,03642 2021 0,017922014 0,03333 2022 0,016402015 0,03051 2023 0,01501
Tal amortização poderá ser revisada anualmente, a critério da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, em função dos resultados realizados comparativamente aos dados projetados. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 131.267. Em abril de 2005, foi constituída uma provisão sobre o ágio a amortizar em contra-partida da reserva de ágio (reserva de capital) no montante que não se constitui benefício fiscal para a Companhia, conforme determina a Instrução CVM nº 349/2001.
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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ágio – Ativo imobilizado em serviço 2008 2007Ágio da incorporação 775.960 775.960 Amortização acumulada (389.146) (345.126)Provisão sobre o ágio (429.365) (429.365)Reversão da provisão sobre o ágio 173.818 144.764 Saldo do ágio – Ativo imobilizado 131.267 146.233 Reserva de capital 2008 2007Ágio da incorporação 775.960 775.960(-) Desdobramento e resgate de ações (125.407) (125.407)Provisão sobre o ágio (429.365) (429.365)Saldo reserva de capital 221.188 221.188
obrigaÇões esPeciais vinculadas à concessÃo do serviÇo Público de energia elétrica
Obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica representam os valores da União, dos Estados, dos Municípios e dos consumidores, bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do doador e as subvenções destinadas a investimentos na atividade de distribuição. O prazo de vencimento dessas obrigações é aquele estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final da concessão.
A partir de 1º de janeiro de 1996, essas obrigações não estão sendo mais atualizadas pelos efeitos da inflação.
2008 …Contribuições de Consumidores (256.192) (246.613)Participação da União (15.950) (15.950)Doações e Subvenções (358.070) (283.896)Universalização (84.608) (9.014)Outras (663) (664)(-) Depreciação 34.655 13.668 Total de obrigações especiais (680.828) (542.469)
As contribuições de consumidores se referem aos recursos recebidos para possibilitar a execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica.
A participação da União se refere às verbas federais recebidas para execução de empreendimentos vinculados ao serviço público de energia elétrica.
As doações e subvenções se referem às obras construídas por terceiros e doadas para a Companhia, com vistas à expansão do serviço público de energia elétrica.
De acordo com o Ofício Circular nº 296, de fevereiro de 2007, as concessionárias e permissionárias do serviço público de energia elétrica deverão proceder à anulação dos efeitos da reintegração no resultado contábil, a partir do exercício de 2007, decorrentes de bens constituídos ao longo dos anos com recursos das obrigações especiais registrados nas contas de programa de eficiência energética, pesquisa e desenvolvimento e universalização do serviço público de energia elétrica.
Após a revisão tarifária do 2º ciclo, a companhia iniciou a depreciação dos bens constituídos com os recursos das obrigações especiais, independentemente da sua data de formação, de acordo com o estabelecido no Despacho nº 3.073/2006.
14. INTANGÍVEL O intangível é composto por software do sistema corporativo e está distribuído da seguinte forma:
2008 2007
CustoAmortização
acumuladaValor
LíquidoValor
LíquidoEm serviço: • Distribuição Custo histórico 29,512 (23,914) 5,598 8,025 Correção monetária especial 87 (48) 39 39
29,599 (23,962) 5,637 8,064 • Comercialização Custo histórico 10,410 (9,634) 776 207 Correção monetária especial - - - -
10,410 (9,634) 776 207 • Administração Custo histórico 17,102 (15,103) 1,999 2,820 Correção monetária especial - - - -
17,102 (15,102) 1,999 2,820
Atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica Custo histórico – outros ativos 7,001 (7,001) - -
7,001 (7,001) - - Total intangível em serviço 64,112 (55,699) 8,412 11,091 Em curso: Distribuição 2,271 - 2,271 2,303 Comercialização 2,323 - 2,323 521 Administração 988 - 988 756 Total intangível em curso 5,582 - 5,582 3,580 Total do intangível 69,694 (55,699) 13,994 14,671
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 141
15. INVESTIMENTO REMUNERÁVEL ( NÃO AUDITADO)
O investimento remunerável, também denominado de base de remuneração, constituído pelo Ativo Imobilizado em Serviço – AIS e Almoxarifado de operação, deduzido do saldo das Obrigações Vinculadas ao Serviço Público de Energia Elétrica (Obrigação Especial), sobre o qual foi calculada a remuneração, bem como o AIS que gerou a cota de depreciação, que fazem parte da Parcela “B” da Receita Requerida – RR da Concessionária, homologada pela Resolução Homologatória Aneel nº 640, de 18/04/2008, se atualizados pelo IGPM nos Reajustes Tarifários Anuais já ocorridos, estariam assim formados:
Componentes do investimento remunerávelRevisão abril de
2007Reajuste abril
de2008a) Ativo Imobilizado em Serviço Bruto 2.972.811 3.243.337 b) (-) Depreciação Acumulada (1.182.949) (1.290.597)c) (-) Obrigação Vinculada ao SPEE (440.084) (480.131)
d) Ativo imobilizado em serviço líquido 1.349.778 1.472.609 e) (+) Almoxarifado 473 516
f) Investimento remunerável (base de remuneração) 1.350.251 1.473.125 g) Bens 100% depreciados - 9,10%h) Variação do IGPM (RH Aneel/Reajuste Tarifário nº 640/2008i) Cota de Depreciação – Taxa Média Anual : 4,46%
16. FORNECEDORES
A composição do saldo em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 é como segue:2008 2007
CirculanteCirculante
reclassificadoSuprimento de energia Passivos regulatórios (nota 6a – passivos) - 64.030 Cia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf 13.879 11.266 Furnas Centrais Elétricas S.A. 16.198 14.934 Companhia Energética de São Paulo – Cesp 5.689 4.911 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte 5.196 4.646 Copel Geração S.A – Copel 3.797 3.446 CEMIG – Geração e Transmissão S.A. 3.186 2.751 Duke Energy Inter. Ger. Paranapanema 1.411 1.375 Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE 1.229 1.160 Outros fornecedores 15.420 7.866 Materiais e serviços 91.577 125.368 Total de fornecedores 157.582 241.753
17. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
2008 2007
CirculanteNão
circulante CirculanteNão
circulanteICMS 28.752 - 36.161 - Contribuições sociais 4.779 - 5.458 - PIS 1.905 640 1.380 640 Cofins 9.604 7.758 9.697 7.758 Outros tributos e contribuições 3.316 23 2.276 44
Total de tributos e contribuições sociais 48.356 8.421 54.972 8.442
Os saldos de PIS e Cofins se devem, principalmente, ao fato de ter sido proferida decisão administrativa desfavorável à Companhia em relação ao pedido de compensação de valores de multas pagas espontaneamente com valores de PIS, Cofins e IRPJ no ano de 1999. A partir desta decisão desfavorável, a Companhia optou por parcelar o valor devido, R$ 15.416, em 60 vezes, pagas mensalmente e atualizadas pela taxa Selic.
18. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
As principais informações a respeito dos empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira e nacional são:a. BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2003/2004 da Companhia,
contratado em 08 de abril de 2004 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com repasse de recursos do BNDES. Sobre 15% do valor contratado (subcrédito A) incidiam juros proporcionais de 5,5% ao ano, mais UMBND (cesta de moedas), com vencimentos mensais iniciados juntamente com o período de amortização em 16 de maio de 2005. Para minimizar a exposição à variação cambial desta parcela, foi realizada operação de swap com cobertura parcial do valor contratado, da variação de US$ mais 5,5% ao ano para 103,8% do CDI. Sobre 85% do financiamento (subcréditos B e C), providos com recursos ordinários do BNDES, incidiam juros compostos de 5,5% ao ano mais TJLP, também com vencimentos mensais iniciados em 16 de maio de 2005. A amortização do empréstimo foi realizada mensalmente, tendo iniciado em 16 de maio de 2005 e a última amortização em 15 de outubro de 2008. As garantias constituídas para a operação incluíam recebíveis tarifários e conta-reserva.
b. BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2007/2009 da Companhia, contratado em 28/04/2008 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com repasse de recursos do BNDES, com taxa de juros de 3,70% ao ano, mais TJLP, exigíveis
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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trimestralmente no período de carência de 15/05/2008 à 15/12/2009 e mensalmente a partir de 15/01/2010. A primeira amortização será em 15/01/2010 e a última prevista para 15/12/2014. As garantias constituídas para a operação incluem recebíveis tarifários e conta-reserva. O saldo em 31 de dezembro era de R$ 141.846.
c. Banco Europeu de Investimentos – BEI – Financiamento para o plano de investimentos 2001/2002 da Companhia, contratado em 28 de maio de 2002 conforme Acordo de Cooperação Decreto-Lei nº 1609/95, com vencimento em 15 de junho de 2012 e encargos com base na variação cambial (dólares norte-americanos) mais 5,49% ao ano. A operação tem como garantia fianças bancárias do Banco Bilbao Vizcava Argentaria (BBVA) e Banco Santander Central Hispano. A operação possui swap para 98,80% do CDI. O pagamento de juros e amortização anual foi iniciado em 15 de junho de 2007 e a última amortização está prevista para 15 de junho de 2012. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 80.226.
d. Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008 com captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 24.199, com variação cambial em iene mais taxa de juros de 2,466% a.a, a operação teve um swap para 105% do CDI, com pagamento de juros e amortização realizados em 28 de julho de 2008.
e. Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008 com captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 2.800, com variação cambial em iene mais taxa de juros de 4,207% a.a, a operação teve um swap para 105% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 28 de julho de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 25 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
f. Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 04 de setembro de 2007 junto ao Unibanco no valor de R$ 79.000, com variação cambial em dólares norte-americanos mais taxa de juros de 2% aa. A operação teve um swap para 109,50% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 29 de agosto de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
g. Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 20 de fevereiro de 2008 junto ao Unibanco no valor de R$ 37.000, com variação cambial em dólares norte-americanos mais taxa de juros de 2% a.a. A operação teve um swap para 115,50% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 29 de dezembro de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
h. Eletrobrás – Financiamento de projetos: Empréstimo para financiamento de projetos de expansão do sistema de transmissão com recursos FINEL, contratado em 30 de dezembro de 1998. Os juros são de 8,5% ao ano com taxa de administração de 2% ao ano. A última amortização está prevista para 30 de junho de 2009. Em 31 de dezembro de 2008 era R$ 120.
i. Eletrobrás – Luz no Campo – Empréstimo contratado em 03 de março de 2000, para cobertura financeira dos custos diretos do programa de eletrificação rural – Luz no campo, do Ministério das Minas e Energia, com recursos oriundos da RGR. A primeira amortização foi realizada em 30 de maio de 2002, e a última amortização está prevista para 30 de abril de 2012. Os juros são de 5% ao ano, juntamente com a taxa de administração de 1% ao ano e o principal são exigíveis mensalmente. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 19.774.
j. Eletrobrás – Luz para todos (1ª Tranche)– Empréstimo contratado em 04 de abril de 2004 para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – Luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR. A primeira amortização foi em 30 de outubro de 2006 e o último pagamento está previsto para 30 de setembro de 2016. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de outubro de 2008, o saldo devedor era de R$ 8.455.
k. Eletrobrás – Luz para todos (2ª Tranche) – Empréstimo contratado em 13 de janeiro de 2006, para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – Luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A primeira amortização iniciou em 30 de abril de 2008 e o último pagamento está previsto para 30 de março de 2018. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 12.195.
l. Eletrobrás – Luz para todos (3ª Tranche) - Empréstimo contratado em 09 de maio de 2007 para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A primeira amortização será em 30 de outubro de 2009 e o último pagamento está previsto para 30 de setembro de 2019. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 143
amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 13.400.
m. Eletrobrás – Linha de subtransmissão – Empréstimo contratado em 07 de julho de 2006 para cobertura financeira dos custos para projetos de construção de linhas de transmissão, subestações e reforço de capacidade de subestações, com recursos originários da RGR. Até 30 de junho de 2008, a Companhia recebeu R$ 15.386 provenientes da RGR (empréstimo). A primeira amortização ocorreu em 30 de setembro de 2008 e o último pagamento está previsto para 30 de agosto de 2013. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 2% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 15.279.
n. União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – Eletrobrás – Cessão de crédito, que fez a Eletrobrás à União Federal, em 30 de março de 1994, com vencimentos mensais consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para 01 de março de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação do IGPM mais 10,028% ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 39.338.
o. União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – CEF – Cessão de crédito, que fez a Caixa Econômica Federal à União Federal em 30 de setembro de1994, com vencimentos mensais consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para 01 de março de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação da TR mais 10,028% ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 1.232.
p. Banco do Brasil – Fat Fomentar – A Coelce contratou em 23 de janeiro de 2007, operação de crédito comercial com objetivo de financiar investimentos no valor de R$ 15.000, com taxa de TJLP mais 4,5% ao ano, com prazo de três anos para carência e quatro anos de amortizações mensais e sucessivas. A primeira amortização será em 18 de março de 2010 e o último pagamento está previsto para 18 de fevereiro de 2014. A operação está garantida por fiança bancária. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 16.918.
q. Banco do Nordeste - Proinfra I – A Companhia celebrou contrato, em 29 de dezembro de 2004, com o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas, no valor total de R$ 140.389, sendo R$ 70.195 financiadas com recursos do FNE/PROINFRA e R$ 70.194 com recursos próprios da Companhia. A operação tem um período de duração de oito anos com 36 meses de carência. A taxa de contratação inicial de 14% a.a.(com redução de encargos por adimplência nos pagamentos), foi
reduzida para 11,5% em 01 de janeiro de 2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de janeiro de 2008. A amortização será realizada em 60 parcelas mensais, com pagamentos de juros trimestrais durante a carência e mensais a partir da primeira amortização em 29 de janeiro de 2008, e a última em 29 de dezembro de 2012. O financiamento é garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do Nordeste. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 56.181.
r. Banco do Nordeste – Proinfra II – O contrato foi celebrado em 25 de setembro de 2006, com o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas, no valor total de R$ 216.695, sendo R$ 130.000 financiadas com recursos do FNE/Proinfra e R$ 86.695 com recursos próprios da Companhia. A operação tem duração de 8 (oito) anos com 35 meses de carência. A taxa de contratação inicial de 14%a.a (com redução com redução de encargos por adimplência nos pagamentos), foi reduzida para 11,5% a partir de 01 de janeiro de 2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de janeiro de 2008. A amortização será realizada em 60 parcelas mensais com pagamentos de juros trimestrais durante a carência e mensais a partir da primeira amortização em 25 de outubro de 2009, e a última em 25 de setembro de 2014. O financiamento é garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do Nordeste. No ano de 2008 foi liberada a última parcela de R$ 29.348. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 130.137.
s. Unibanco – Resolução nº 2770 – O contrato foi celebrado em 24 de agosto de 2007 com o Unibanco para captação de recursos no exterior, para empréstimo de capital de giro da Companhia, no valor de R$ 10.101. A operação foi contratada à taxa fixa de 12,7476%aa e teve um swap de taxa de juros para 109% do CDI, com prazo de pagamento de um ano, sendo sua liquidação prevista para 01 de agosto de 2008, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
t. Emissão de Notas Promissórias – Em 23 de julho de 2008, a Companhia realizou a 8ª emissão de notas promissórias para distribuição pública. Foram emitidas 20 notas promissórias comerciais, em série única, no valor total de R$ 245.000, com remuneração de CDI+ 0,95% a.a, pelo prazo de 360 dias. A emissão não prevê outorga de garantias e possui condições de resgate antecipado facultativo ao emissor, com pagamento de acordo com a remuneração prevista nos termos iniciais da emissão. O processo de emissão foi coordenado pelos Bancos Santander S.A e Banco Safra de Investimento S.A. Com os recursos captados nesta emissão, a Companhia realizou pagamento antecipado das seguintes operações de curto prazo:
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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Operação Res 2770 Taxa InícioData da
LiquidaçãoValor da
liquidaçãoUnibanco 109% CDI 23/ago/07 23/jul/08 11.218Unibanco 109,5% CDI 04/set/07 23/jul/08 87.490Unibanco 115,5% CDI 20/fev/08 23/jul/08 37.289Banco do Brasil 105% CDI 28/jan/08 25/jul/08 2.961Banco do Brasil 105% CDI 28/jan/08 28/jul/08 25.602
164.560
2008 2007 Principal Principal
Moeda estrangeira: Encargos Circulante Não Circulante Encargos Circulante Não Circulante União Federal – DMLP (agente financeiro Banco do Brasil) 110 785 8.860 115 669 7.311 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES FINEM - Subcrédito A (a)
- - - 19 4.089 -
Banco Europeu de Investimentos (c) 2.326 19.475 58.425 2.195 14.761 59.043 Banco do Brasil Resolução 2770 (d,e) - - - 205 22.454 - Unibanco USD x DI (f,g) - - - 469 71.588 - Total moeda estrangeira 2.436 20.260 67.285 3.003 113.561 66.354 Moeda nacional: Eletrobrás (h,i,j,k,l,m) 12 12.045 57.166 273 8.891 55.919
União Federal – Lei 8.727 (Agente financeiro Banco do Brasil) (n,o) 319 7.667 32.584 327 6.632 34.821 Banco do Brasil (Nota de crédito comercial) - - - 26 - 15.847 Banco do Brasil (BB Fat Fomentar) (p) 28 - 16.890 - - - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES FINEM – Subcrédito B e C (a)
- - - 119 28.089 -
Banco do Nordeste – Proinfa (q,r) 161 18.618 167.539 121 14.039 156.809 Unibanco Pré x DI (s) - - - 422 10.101 - BNDES Finem 2007 (Sindicalizado) (a,b) 1.662 - 140.184 Nota Promissória – Safra (t) 7.670 122.500 - - - - - Nota Promissória – Santander (t) 7.670 122.500 - - - - - Conta Garantida Santander 16 26.500 - - - - - Total moeda nacional 17.538 309.830 414.363 1.288 67.752 263.396 Custos de transação - (1.424) (1.569) - (1.615) (1.933) Total moeda nacional líquido dos custos de transação 17.538 308.406 412.794 1.288 66.137 261.463
Total sem efeito do Swap 19.974 328.666 480.079 4.291 179.698 327.817
Resultado das operações de swap - 3.564 9.866 - 25.243 24.774 19.974 332.230 489.945 4.291 204.941 352.591
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 145
Do total de empréstimos e financiamentos, R$ 119.548 estão garantidos por vínculos com a receita de energia elétrica (arrecadação).
Nas operações de empréstimo junto ao Banco Europeu de Investimentos – BEI e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, contratados em 2002 e 2008, a Companhia comprometeu-se a cumprir as seguintes obrigações, durante a vigência dos contratos, as quais foram adequadamente atendidas em 31 de dezembro de 2008:
Obrigações Especiais Financeiras Banco ÍndiceDívida (com swap e fornecedores) / Ativo total (máximo) BEI 0,7EBITDA / Encargos da dívida (mínimo) BEI 3,0Endividamento financeiro líquido / LAJIDA (máximo) BNDES / FINEM 3,5Endividamento financeiro líquido / (Endividamento financeiro líquido + Patrimônio líquido) (máximo)
BNDES / FINEM 0,6
O principal dos empréstimos e financiamentos a longo prazo, exclusive os efeitos da operação de swap tem sua curva de amortização distribuída da seguinte forma:
Curva de amortização2010 108.865 2011 111.137 2012 107.001 2013 79.844 Após 2013 73.232
480.079
Composição original dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador (exclusivo de efeitos das operações de swap contratados):
Moeda (equivalente em R$) / Indexador 2008 % 2007 % Moeda estrangeira Dólares norte-americano 89.981 100,00 156.151 85,37 Ienes - - 22.659 12,39 Cesta de moedas - - 4.108 2,25 Moeda nacional IGP-M 39.338 5,30 40.395 12,15 Finel 120 0,02 479 0,14 TJLP 158.764 21,40 44.081 13,26 CDI/Selic 286.856 38,67 - - RGR 69.103 9,32 64.605 19,43 TR 1.232 0,17 1.384 0,42 R$ 186.318 25,12 181.492 54,59
741.731 100,00 332.436 100,00 Total 831.712 515.354
A Companhia mantém contrato de swap para o empréstimo em moeda estrangeira do BEI, trocando a remuneração desse contrato para taxa pós-fixadas de 98,80% do CDI. Quanto aos contratos DMLP – dívida de médio e longo prazo – com a União Federal, tendo o Banco do Brasil S.A. como agente financeiro, não está vinculado a contratos de swap, mantendo-se, porém, dentro do limite de exposição cambial especificado na política de riscos financeiros da Companhia representando apenas 1,15% da dívida total na posição de 31 de dezembro de 2008. Variação de moedas/indexadores:
Moeda / Indexador 2008 2007 Dólar norte-americano 31,94% -17,15% Cesta de moedas 33,86% -16,79% IGP-M 9,81% 7,75% Finel 1,90% 1,51% TJLP 6,25% 6,37% CDI/Selic 12,37% 11,81% RGR 0,00% 0,00% TR 1,63% 1,45%
Mutação de empréstimos e financiamentos:Moeda Nacional Moeda Estrangeira
Circulante Não circulante Circulante Não circulanteEm dezembro de 2006 70.392 270.909 32.484 115.216 Ingressos 37.100 97.627 106.000 - Encargos 1.288 – 3.003 – Variação Monetária e Cambial - 8.706 - (19.876) Transferências 113.846 (113.846) 8.402 (8.402) Swap 3.956 - 14.083 4.190 Amortizações (149.630) - (22.165) -
Em dezembro de 2007 69.040 263.396 141.807 91.128 Ingressos 272.548 182.023 64.049 - Encargos 24.384 – 4.411 – Variação Monetária e Cambial 994 4.185 5.413 26.520 Transferências 52.158 (52.158) 25.192 (25.192) Swap (24.380) 16.917 (9.778) (15.305) Amortizações (67.376) - (204.834) -
Em dezembro de 2008 327.368 414.363 26.260 77.151
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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19. TAxAS REGULAMENTARES
2008 2007Conta consumo de combustível 7.540 4.242 Reserva global de reversão 3.733 1.561 Conta de desenvolvimento energético 2.966 1.517 Taxa de fiscalização 322 378 Encargos emergenciais 2.525 2.596 Total taxas regulamentares 17.086 10.294
20. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
Na opinião de sua administração, a Companhia não efetua transações com partes relacionadas em bases ou termos menos favoráveis do que aqueles que seriam praticados com terceiros.
A Companhia mantém contrato de compra de energia junto à Central Geradora Térmica de Fortaleza. O total dos gastos no exercício com este contrato montou, até 31 de dezembro de 2008, R$ 414.955 (R$ 425.317 em 2007).
As operações com a Synapsis Brasil S.A referem-se, basicamente, à prestação de serviços de informática e manutenção dos sistemas da Companhia. O total de gastos incorridos em 2008 montou R$ 24.274 (R$ 21.304 em 2007), sendo R$ 18.949 (R$ 17.543 em 2007) como despesa operacional no resultado da Companhia e R$ 5.325 (R$ 3.761 em 2007) capitalizados como investimento.
Os saldos com a CAM Brasil Multiserviços Ltda. advém, basicamente, de contratação desta para fiscalização de obras com aplicação direta no investimento da Companhia. A CAM também prestou serviços de fiscalização de cortes e aparelhos queimados, sendo estes classificados como despesa. O total de custos incorridos no ano de 2008 é de R$ 15.991 (R$ 15.607 em 2007), sendo R$ 14.807 (R$ 15.079 em 2007) como investimento e R$ 1.184 (R$ 528 em 2007) como despesa operacional.
A Synapsis Brasil SA, a CAM Brasil Multiserviços Ltda., e a Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF são subsidiárias dos acionistas controladores.
2008 2007
Passivo circulantePassivo não
circulante Despesa Investimento Passivo circulantePassivo não
circulante Despesa InvestimentoCentral Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF 92.646 104.227 414.955 - 96.958 104.546 425.317 - Synapsis Brasil S.A. 4.397 - 18.949 5.325 2.088 - 17.543 3.761 CAM Brasil Multiserviços Ltda. 5.970 - 1.184 14.807 2.769 - 528 15.079 Fundação Coelce de Seguridade Social – Faelce 779 - 6.926 2.234 850 - 7.412 1.450
103.792 104.227 442.014 22.366 102.665 104.546 450.800 20.290
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 147
21. PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Conforme Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica estão obrigadas a destinar, anualmente, 1% (um por cento) de sua receita operacional líquida para os programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência energética (PEE) distribuído de acordo com os percentuais determinados pela Aneel. Durante o exercício de 2008 foi investido R$ 10.359 (R$ 14.768 em 2007) nos referidos programas.
As resoluções Aneel nº 316, de 13 de maio de 2008 e n° 300 de 12 de fevereiro de 2008 aprova os Manuais do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética, versão 2008, que estabelecem as diretrizes e orientações na elaboração dos projetos de P&D e PEE. As principais mudanças provenientes dos novos manuais são: a possibilidade de submissão de projetos a qualquer época do ano, tornando o processo contínuo; a ênfase na avaliação final dos projetos, aumentando assim a responsabilidade da concessionária na aplicação do investimento; a adoção de um plano de investimento e um plano de gestão dos programas, tendo recursos destinados para tal; além da abertura do programa de P&D para as demais etapas do ciclo de inovação (cabeça-de-série, lote pioneiro e inserção no mercado).
A Companhia contabiliza as despesas referentes aos Programas de Eficiência Energética
e Pesquisa e Desenvolvimento conforme seu período de competência, permanecendo os valores provisionados e corrigidos pela Selic até a efetiva realização.
2008 2007
CirculanteNão
circulante Circulante
Não circulante reclassif.
Programa eficiência energética 12.730 3.123 8.715 13.318 Programa de pesquisa e desenvolvimento 2.867 11.639 3.147 6.628 Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT 4.737 - 4.498 -
Ministério de Minas e Energia – MME 1.995 - 1.875 -
22.329 14.762 18.235 19.946
22. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS
A Administração entende que todas as provisões constituídas são suficientes para cobrir eventuais perdas com os processos em andamento. Com base na opinião de seus consultores legais, foram provisionados todos os processos judiciais cuja probabilidade de perda foi estimada como provável para a Companhia.
Segue quadro demonstrativo das contingências e depósitos judiciais em 31 de dezembro de 2008 e 2007:
2008 2007
Provisão paracontingência Provisão para contingência
No exercício Acumulada
Depósitos judiciais
relacionados a contingências
Provisão para
contingências líquidas No exercício Acumulada
Depósitos judiciais
relacionados a
contingências
(Reclassificado)
Provisão para
contingências
líquidas
trabalhistas (a)
Danos morais 739 739 ( 24) 715 ( 59) – – –Diferenças salariais (904) – – – 53 904 (13) 891
Empresas terceirizadas 1.066 3.043 (790) 2.253 473 1.977 (977) 1.000
Horas extras (17) 57 ( 17) 40 13 74 (10) 64
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce08148
2008 2007
Provisão paracontingência Provisão para contingência
No exercício Acumulada
Depósitos judiciais
relacionados a contingências
Provisão para
contingências líquidas No exercício Acumulada
Depósitos judiciais
relacionados a
contingências
(Reclassificado)
Provisão para
contingências
líquidas
Periculosidade 113 2 .032 (23) 2.009 97 1.919 (11) 1.908
Verbas rescisórias 112 204 (35) 169 24 92 (38) 54
Reintegração 2 35 ( 22) 13 ( 330) 33 (17) 16
Ex funcionários - verbas 577 6 .295 (2.936) 3.359 (257) 5.718 (1.385) 4.333
Outros (25) 1 .187 (632) 555 (1.005) 1.212 (18) 1.194
1 .663 1 3.592 ( 4.479) 9.113 ( 991) 11.929 (2.469) 9.460
cíveis (b e d)
Consumidores (1.704) 3 1.079 (3.229) 27.850 6.805 32.783 (1.198) 31.585
Outros 8 .518 8 .518 – 8.518 – – – –6 .814 3 9.597 ( 3.229) 36.368 6.805 32.783 (1.198) 31.585
fiscais ( c )
Funrural e INCRA 806 1 2.486 – 12.486 942 11.680 – 11.680
Impostos compensados – –com medida judicial (9.900) – – – (9.000) 9.900 – 9.900
SEBRAE e FGTS – – – (2.896) – – –Outros (1.468) 7 .466 (1.446) 6.020 – 8.934 (1.446) 7.488
(10.562) 1 9.952 ( 1.446) 18.506 ( 10.954) 30.514 (1.446) 29.068
(2.085) 7 3.141 ( 9.154) 63.987 ( 5.140) 75.226 (5.113) 70.113
a) Contingências trabalhistasReferem-se a diversas ações trabalhistas que questionam, entre outros: danos morais, reintegração ao trabalho, pagamento de horas extras, adicionais de periculosidade, verbas rescisórias e diferenças salariais. Além disso, existem ações relativas a empregados de empresas terceirizadas que questionam o vínculo empregatício com a Companhia bem como equiparação em direitos aos empregados desta.
b) Contingências cíveisA situação jurídica da Companhia engloba processos de natureza cível, nos quais a Companhia é ré, sendo grande parte associada a pleitos de danos morais e materiais.
c) Contingências fiscaisA Companhia possui processo administrativo pendente de julgamento, protocolado junto à Receita Federal, em que solicita a compensação dos valores recolhidos a maior a
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 149
título de PASEP, em face da inconstitucionalidade dos Decretos nºs 2.445/88 e 2.448/88, declarada pelo Supremo Tribunal Federal e ratificada por meio de resolução do Senado Federal. Sustentada na opinião dos consultores legais, a Companhia decidiu compensar os valores envolvidos com os impostos e contribuições vincendos (PIS, Cofins, IRPJ e CSLL). Conservadoramente, a Companhia manteve provisionado o valor dos referidos tributos e contribuições compensadas, no montante de R$ 9.075. Em junho de 2007, apoiada em carta conforto de seus assessores legais, a Companhia procedeu à reversão de R$ 9.000, referente à atualização monetária que vinha sendo reconhecida em relação a este processo. O saldo referente a este processo foi baixado em agosto de 2008. Os valores relativos ao FGTS e Sebrae foram baixados em virtude do julgamento improcedente das causas sendo os valores depositados convertidos em renda da União.
d) TarifaçoA Companhia é ré em ações judiciais em que são questionados os valores pagos por consumidor, provenientes da majoração de tarifas de energia elétrica, com base nas Portarias do DNAEE nºs 38 e 45, de 27 de janeiro e 4 de março de 1986, respectivamente, durante a vigência do Plano Cruzado. A provisão para perdas nessas ações está contemplada no saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Adicionalmente, existem processos de natureza cível, trabalhista e fiscal em andamento
em um montante de R$ 136.532, cuja probabilidade de perda foi estimada como possível e nenhuma provisão foi consignada nas demonstrações financeiras.
Causas PossíveisTrabalhistas 4.081 Cíveis 31.633 Fiscais 94.348 Juizados especiais 6.470
136.532
e) Contingências fiscais – processos com expectativa de perda possívele.1) ICMS – Termo de acordo 035/91A Companhia celebrou Termo de Acordo nº 035/91 com a Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará, onde formalizou a existência de regime especial de recolhimento de ICMS, o qual seria efetuado pelo valor arrecadado (receitas recebidas), em periodicidade decendial. Referido acordo vigorou até 31 de março de 1998, sendo revogado pelo Ato Declaratório nº 02/98.
Não obstante, a Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou 4 autos de infração relativos aos exercícios de 1995, 1996, 1997 e 1998 (período em que o mencionado termo de acordo era vigente) para cobrar débitos de ICMS não recolhidos, no valor atualizado de R$ 9.200. A Companhia aguarda decisão de recurso apresentado (Embargos de Declaração) ao Conselho de Recursos Tributários, contra decisão que julgou os Autos de Infração parcialmente procedentes, determinando o recolhimento do ICMS devido pelos valores nominais, excluídos a penalidade e os juros de mora. e.2) ICMS – Base cadastral de consumidores isentos e imunesA Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração em 29 de dezembro de 2004, no valor atualizado de R$ 9.025, no intuito de exigir créditos de ICMS oriundos de erro na base cadastral de consumidores isentos e imunes (classes comercial, industrial, iluminação pública e serviços públicos) referentes ao período de abril a agosto de 1999. A Companhia impugnou o auto e aguarda decisão de primeira instância administrativa.Adicionalmente, foi lavrado um auto de infração em 29 de dezembro de 2005 com o mesmo objeto do auto acima, no valor atualizado de R$ 4.249, referente ao ano de 2000. A Companhia aguarda decisão de segunda instância administrativa.e.3) ICMS – Diferencial de alíquotaA Companhia recebeu 3 autos de infração para a cobrança de diferencial de alíquota de ICMS sobre as aquisições interestaduais destinadas ao ativo permanente, relativas aos exercícios de 2001, 2002, e 2003 nos valores atualizados de R$ 28.934, R$ 11.941 e de R$ 3.262, respectivamente. A Coelce impugnou os autos e aguarda decisão de primeira instância administrativa.e.4) ICMS – Crédito oriundo da aquisição de bens destinados ao ativo permanenteA Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração para cobrar débitos de ICMS relativos aos anos de 2003 e 2004, no valor atualizado de R$ 2.751, por apropriação a maior de créditos de ICMS oriundos da aquisição de bens destinados ao ativo permanente. A Coelce impugnou o auto, mas foi proferida decisão de primeira instância julgando o auto procedente em 05 de novembro de 2008. A Companhia recorreu e aguarda decisão de segunda instância administrativa. e.5) ICMS – Transferência de CréditosEm 1º de agosto de 2005, a Fazenda Estadual ajuizou Execução fiscal para cobrar débitos de ICMS relativos às operações de transferência de créditos ocorridas durante o exercício de 1999 e 2000, no montante de R$ 1.577. Em 09 de março de 2007 foi proferida
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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sentença favorável à Coelce. A Fazenda Estadual apresentou recurso (Apelação), que está pendente de julgamento.
Em 06 de maio de 2005, a Companhia ajuizou ação anulatória de débitos de ICMS relativos à operação de transferência de créditos ocorrida durante o exercício de 2001, que perfazem o montante de R$ 1.538. A Coelce aguarda decisão de primeira instância judicial.e.6) ISSA Companhia ajuizou em 08 de agosto de 2007 ação anulatória de débitos de ISS cobrados pela prestação de serviços acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia, no valor de R$ 3.332. A companhia aguarda decisão de primeira instância judicial.
Não obstante a Companhia tenha ajuizado ação anulatória, em 10 de outubro de 2007 o Município de Fortaleza ajuizou duas Execuções Fiscais para a cobrança dos mencionados débitos, nas quais a Coelce apresentou defesa e aguarda decisão de primeira instância judicial.
Adicionalmente, o Município de Fortaleza ajuizou 3 Execuções Fiscais, que perfazem o montante de R$ 15.782 para cobrar débitos de ISS cobrados pela prestação de serviços acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia. A Companhia aguarda decisão de segunda instancia judicial nos três processos.e.7) Multa MoratóriaEm 25 de abril de 2003, a Companhia impetrou Mandado de Segurança objetivando a exclusão da multa de mora imposta em decorrência da denúncia espontânea de débitos em atraso. Em 24 de agosto de 2005 foi proferida sentença que julgou o pedido procedente em parte, para que a Receita Federal se abstenha de efetuar o lançamento dos valores supostamente devidos a título de multa moratória até o limite de seus créditos comprovados nestes autos. Com base na decisão, a Coelce efetuou a compensação de créditos no montante de R$ 2.757. A Coelce aguarda o julgamento de recurso (Embargos de Declaração) contra decisão de segunda instância desfavorável à Companhia.
23. OUTRAS OBRIGAÇÕES
2008 2007Passivos regulatórios (nota 6b - passivos) 18.369 39.811 Arrecadação de terceiros 718 2.912 Adiantamento de clientes 1.294 1.159 Empréstimos compulsórios 423 462 Outros 1.766 4.332 Total de outras obrigações 22.570 48.676 Circulante 21.189 44.729 Não circulante 1.381 3.947
24. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008 foi deliberado aumento de capital social no valor de R$ 9.889, mediante capitalização de parte da Reserva de Capital- Subvenções para Investimento e aprovada a conversão de 58 ações preferenciais classe B em ações preferências classe A, nos termos do § 2º do artigo 5º do Estatuto Social.
O capital social está composto de ações sem valor nominal, assim distribuídas:
2008 (Em unidades) 2007 (Em unidades)Ações Ordinárias 48.067.937 48.067.937 Ações Preferenciais A 28.131.352 28.123.352 Ações Preferenciais B 1.656.010 1.664.010
77.855.299 77.855.299
Ações ordinárias (em unidade)
Ações preferenciais (em unidade)
Total (em unidades)
TOTAL (I) Classe A Classe B TOTAL (II) (I) + (II)Investluz S.A 44.061.433 91,67% - 0,00% - 0,00% - 0,00% 44.061.433 56,60%Eletrobrás - 0,00% 3.967.756 14,10% 1.531.141 92,46% 5.498.897 18,46% 5.498.897 7,06%Endesa Brasil S.A - 0,00% 1.770.000 6,29% - 0,00% 1.770.000 5,94% 1.770.000 2,27%Fundos e Clubes de Investimentos 552.120 1,15% 10.530.834 37,44% 24 0,00% 10.530.858 35,35% 11.082.978 14,24%Fundos de pensão 919.403 1,91% 2.998.522 10,66% - 0,00% 2.998.522 10,07% 3.917.925 5,03%Outros 2.534.981 5,27% 8.864.240 31,51% 124.845 7,54% 8.989.085 30,18% 11.524.066 14,80%Total de ações 48.067.937 100% 28.131.352 100% 1.656.010 100% 29.787.362 100% 77.855.299 100%
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 151
As ações preferenciais não têm direito a voto, nem são conversíveis em ações ordinárias. Entretanto, gozam de prioridade no reembolso do capital, tendo o direito a dividendos mínimos não cumulativos de 6% ao ano para as ações de classe “A” e 10% para as ações de classe “B”, calculados sobre o valor proporcional do capital social atribuído à respectiva classe, corrigido ao término de cada exercício social.
As ações preferenciais de classe “B” poderão ser convertidas em ações preferenciais de classe “A”, a requerimento do interessado.
A Companhia está autorizada a aumentar seu capital até o limite de 300.000.000 de ações sem valor nominal, sendo 100.000.000 de ações ordinárias e 193.352.996 mil de ações preferenciais Classe “A” e 6.647.004 mil de ações preferenciais Classe “B”.
dividendos Os dividendos mínimos obrigatórios são calculados conforme a Lei das Sociedades por
Ações, observando-se os percentuais definidos no estatuto social para as ações preferenciais (Nota 23). A partir de 2007, a Companhia deixou de constituir reserva legal por atender ao disposto no art. 193 § 1º da Lei 6.404/76 onde a soma da sua reserva de capital mais a reserva legal excedeu de 30% do capital social.
A remuneração dos acionistas é demonstrada como segue:
2008 2007Lucro líquido do exercício 338.523 244.751 (-) Reserva de Incentivo Fiscal (66.633) - (-) Ajustes de exercícios anteriores (8.761) -
lucro líquido ajustado 263.129 244.751
Os dividendos mínimos são como segue:25% sobre o lucro líquido ajustado
Dividendos mínimos sobre capital social
Dividendos mínimos obrigatórios
2008 2007 2008 2007 2008 2007
Ações ordinárias 40.614 37.777 - - 40.614 37.777 Ações preferenciais classe A 23.769 22.103 9.603 9.386 23.769 22.103 Ações preferenciais classe B 1.399 1.308 942 926 1.399 1.308
Total 65.782 61.188 10.545 10.312 65.782 61.188
A Administração da Companhia irá propor a seguinte distribuição dos resultados na próxima Assembléia Geral de Acionistas:
2008 2007
Dividendos propostos do exercício 263.129 244.751
A referida proposta de distribuição dos dividendos por ação é demonstrada como segue:
2008 2007Ações Ordinárias 162.456 151.110 Ações Preferenciais Classe A 95.076 88.410 Ações Preferenciais Classe B 5.597 5.231 Total de dividendos propostos 263.129 244.751
25. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO
A conciliação entre a alíquota efetiva e a nominal de imposto de renda e contribuição social é como segue:
2008 2007Lucro antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido 404.192 357.130 (-) Participação dos lucros (7.078) (5.958)
397.114 351.172 Alíquota nominal 34% 34%
135.019 119.398 Reversão da provisão sobre o ágio da incorporação (9.878) (10.045)Outros 83 (2.932)Despesas com IR e CSLL antes do benefício fiscal 125.224 106.421 (-)Incentivo fiscal – Adene (66.633) - Despesas com IR e CSLL após o benefício fiscal 58.591 106.421
A Companhia obteve incentivo de redução do imposto de renda por estar situada na área de atuação da Adene (Agência de Desenvolvimento do Nordeste). O reconhecimento do beneficio fiscal foi aprovado pela Adene em agosto de 2007 conforme laudo constitutivo nº. 0170/2007.
O incentivo consiste na redução do imposto de renda devido em 75% do imposto de renda apurado a partir da receita líquida .
O valor do imposto de renda que deixou de ser pago em virtude dos benefícios de redução foi contabilizado de acordo com a Lei nº 11.638/07 e Deliberação CVM nº 555 que aprovou o CPC nº 07 em que determina a contabilização no resultado do exercício
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e posteriormente a transferência para reserva especial de lucro não distribuível, no qual somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou aumento de capital.
Em virtude do acima exposto, a Companhia deixou de recolher, no ano de 2008, o montante de R$ 66.633 (R$ 60.097 em 2007).
26. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO (gri ec3)
A Companhia é patrocinadora de fundo de pensão, administrado pela Fundação Coelce de Seguridade Social – Faelce, entidade fechada de previdência privada complementar, sem fins lucrativos. A Fundação administra dois planos de benefícios, sendo um na modalidade de benefício definido (Plano BD), que tem por finalidade principal complementar os benefícios a que têm direito auferir, como segurados de previdência social, os empregados da Companhia, e um na modalidade de contribuição definida (Plano CD), que tem por objetivo conceder um benefício em função da reserva acumulada em nome do participante.
O cálculo matemático relativo aos benefícios de complementação de aposentadorias e pensões do Plano BD adota o regime financeiro de capitalização.
Para o Plano BD a Companhia contribui mensalmente com a taxa de 4,45% da folha de remuneração de todos os seus empregados e dirigentes participantes, para cobertura do custo normal e com taxa de 2,84% sobre o quociente (não inferior à unidade) entre o número de empregados e dirigentes participantes da Faelce, existentes em 31 de julho de 1997, e o número de empregados participantes existentes no mês de competência da contribuição suplementar amortizante, estando prevista a vigência dessa contribuição suplementar durante 22 anos e 6 meses, a contar de julho de 1997. Além desse percentual, a patrocinadora é responsável pelo pagamento das despesas administrativas do programa previdencial da referida entidade.
Para o Plano CD a Companhia contribui mensalmente com o mesmo valor que o participante efetua. O valor da contribuição varia em função da remuneração, tendo seu cálculo definido com base nas alíquotas 2,5%, 4,0% e 9,0%, aplicadas “em cascata”.
Em 30 de junho de 1999 foi firmado contrato de dívida consolidando todos os débitos provenientes de retenções e atrasos nos repasses de obrigações e encargos financeiros pela Companhia. Em 30 de junho de 2007 foi assinado um terceiro aditivo, conforme Resolução CGPC Nº 17/96 do Ministério da Previdência e Assistência Social, sob as seguintes condições:
• Prazo para pagamento total: 14 parcelas semestrais e sucessivas, iniciando em 31 de
dezembro de 2007 e terminando em 30 de junho de 2014.
• Pagamento dos juros: mensais e sucessivos, corrigidos pelo INPC.
• Amortização do principal: semestral calculado sobre o saldo devedor de cada mês,
depois da aplicação da correção monetária pelo INPC.
Em 31 de dezembro de 2008, o saldo a pagar a Faelce referente a esse contrato de dívida é de R$ 59.042 (R$ 63.917 em 2007), sendo R$ 11.023 (R$ 13.987 em 2007) classificado no ativo circulante e R$ 48.019 (R$ 49.930 em 2007) no ativo não circulante.
A composição da obrigação atuarial, em 31 de dezembro de 2008, é como segue:
Conciliação dos (ativos) passivos:
Valor presente das obrigações atuariais 460.358Valor justo dos ativos (468.558)
(ativo) Passivo atuarial (8.200)
A companhia não registrou o ativo líquido de pensão devido ao seu plano junto a Faelce não prever redução efetiva das contribuições e não ser reembolsável por sua parte.
Movimentação da obrigação atuarial líquido em 2008:
Valor presente da obrigação atuarial total (549.211)Custo dos serviços correntes (5.719)Custo dos juros (49.278)Ganho atuarial 115.553 Benefícios pagos em 2008 36.105
valor presente da obrigação atuarial total (452.550)
Movimentação do valor justo dos ativos dos planos:
Valor justo dos ativos do plano (2007) 499.241 Contribuições pagas em 2008 22.445 Rendimento real dos ativos (25.223)Benefícios pagos em 2008 (36.105)
valor justo dos ativos do plano (final) 460.358
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 153
Despesa prevista para 2009:
Custo do Serviço Corrente 3.873 Custo dos Juros 51.484 Retorno dos Investimentos (46.258) Contribuição esperada dos empregados (2.338) Total de despesas previstas 6.761
As principais premissas adotadas pelo atuário independente para a avaliação são:
Principais premissas atuariais 2008 2007Taxa de desconto para avaliação do custo de serviço corrente e da obrigação atuarial total
11,80% inflação anual+desconto 7,5%a.a
9,20% inflação anual+desconto 5%a.a
Taxa de rendimento esperada sobre ativos do plano
10,24% inflação anual + juro real 6%a.a
10,24% inflação anual + juro real 6%a.a
Taxa do crescimento salarial 5,84% (empregados participantes)
4% (participantes não empregados)
5,18% (empregados participantes)
4% (participantes não empregados)
Taxa de inflação esperada 4% 4%Reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada
4% 4%
Fator de capacidade do benefício/salário 98% 98%Taxa de rotatividade Nula NulaTábua geral de mortalidade (qx) AT-83 AT-83Tábua de entrada em invalidez (ix) LIGHT-MÉDIA LIGHT-MÉDIATábua de mortalidade de inválidos( ) qx da AT-49 qx da AT-49Tábua de mortalidade de ativos método de Hamza método de Hamza
27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E RISCOS OPERACIONAIS (ATENDIMENTO à DELIBERAÇÃO CVM Nº 566 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008)
consideraÇões geraisA Companhia possui políticas e estratégias operacionais e financeiras visando manter a
liquidez, segurança e rentabilidade de seus ativos. Para tanto, mantém sistemas de controle e acompanhamento gerenciais das transações financeiras e seus respectivos valores, com a finalidade de monitorar os riscos e taxas praticadas pelo mercado.
A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivados com a premissa exclusiva de proteção aos riscos financeiros de variação cambial de suas captações realizadas em moeda
estrangeira, sem nenhum caráter especulativo. Desta forma, a Companhia possui operações de hedge cambial com o objetivo de minimizar sua exposição, nas operações expostas à variação cambial. Essas operações de hedge são swaps de moeda e taxas de juros.
fatores de riscoA linha de negócio da Companhia está concentrada na distribuição de energia elétrica
em toda a área de concessão do Estado do Ceará. Em sintonia com a gestão financeira e melhores práticas para minimização de riscos financeiros, bem como observar os aspectos regulatórios, identifica os seguintes fatores de riscos que podem afetar seus negócios:
a) Risco de taxa de câmbioEsse risco decorre da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de
flutuações nas taxas de câmbio, que aumentem as despesas financeiras e os saldos de passivo de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira captados no mercado. A Companhia, visando assegurar que oscilações significativas nas cotações das moedas a que está sujeito seu passivo em moeda estrangeira não afetem seu resultado e fluxo de caixa, possui em 31 de dezembro de 2008, uma operação de hedge cambial, com fim único de proteção da dívida. Os ajustes a débito e a crédito dessas operações estão registrados na demonstração do resultado. No exercício findo em 31 de dezembro de 2008 a Companhia apurou um resultado negativo não realizado na operação de hedge cambial no montante de R$ 13.430 (nota 18).
Vide abaixo análise de sensibilidade do risco taxa de câmbio, demonstrando os efeitos da variação do dólar sobre a parcela da dívida swapada no resultado da variação nos cenários.
Quadro I – Risco: Alta do USD – Projeção para os próximos 6 meses R$Operação Risco Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto
USD USD +25% USD + 50%2,4529 2,921 3,5055
Dívida BEI USD (83.103) (103.870) (124.655)Swap ponta Ativa – ABN Amro USD 83.103 103.870 124.655
b) Risco de encargos de dívidaEste risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de
flutuações nas taxas de juros ou outros indexadores de dívida, que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado. A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer swap contra este risco. Porém, a Companhia monitora as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade
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de contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. Minimizando esse risco, a Companhia busca aumentar à participação de empréstimos com taxas pré-fixadas (BNB e Eletrobrás) e atrelados a outros índices menos voláteis às oscilações do mercado financeiro, como a TJLP (BNDES). Abaixo análise de sensibilidade do risco nas variações do CDI na parcela da dívida após o swap, que demonstra os efeitos no resultado.
Quadro II – Risco: Alta do CDI – Projeção para os próximos 6 meses R$Operação Risco Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto
CDI CDI + 25% CDI + 50%13,07 15,46 18,56
Swap ponta passiva – ABN Amro CDI (98.928) (99.548) (100.337)
Conforme demonstrado, a variação do dólar sobre a parcela da dívida coberta pelo swap é compensada pela variação oposta sofrida por sua ponta ativa. Essa parcela da dívida troca de indexação, passando a sofrer a variação do CDI, em reais, e a correr riscos de aumento de encargos, porém reduzindo sua exposição cambial.
Essas análises de sensibilidade têm por objetivo ilustrar a sensibilidade a mudanças em variáveis de mercado nos instrumentos financeiros da Companhia. As análises de sensibilidade acima demonstradas são estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos em relação a eventos futuros. A Administração da Companhia revisa regularmente essas estimativas e premissas utilizadas nos cálculos. Não obstante, a liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados devido à subjetividade inerente ao processo utilizado na preparação dessas análises.c) Risco de Crédito
Esse risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Esse risco é avaliado como baixo, considerando a pulverização do número de clientes. Adicionalmente, a Companhia tem o direito de interromper o fornecimento de energia caso o cliente deixe de realizar o pagamento de suas faturas, dentro de parâmetros e prazos definidos pela legislação e regulamentação específicas. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida em montante julgado suficiente, pela Administração da Companhia, para cobrir possíveis riscos de realização das contas a receber.d) Risco de Escassez de Energia
Corresponde ao risco de escassez na oferta de energia elétrica por parte das usinas hidroelétricas por eventuais atrasos do período chuvoso, associado ao crescimento de demanda acima do planejado, podendo ocasionar perdas para a Companhia em função
do aumento de custos ou redução de receitas com a adoção de um novo programa de racionamento, como o verificado em 2001. No entanto, considerando os níveis atuais dos reservatórios e as simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema Elétrico – ONS não prevê para os próximos anos um novo programa de racionamento.e) Risco de vencimento antecipado
A Companhia possui contratos de empréstimos e financiamentos com cláusulas restritivas que, em geral, requerem a manutenção de índices econômico-financeiros em determinados níveis (“covenants” financeiros). O descumprimento dessas restrições pode implicar em vencimento antecipado da dívida (vide nota explicativa no 18). Essas restrições são monitoradas adequadamente e não limitam a capacidade de condução normal das operações.
valorizaÇÃo dos instruMentos financeirosEm 31 de dezembro de 2008, os principais instrumentos financeiros ativos e passivos,
incluindo-se as operações de derivados, estão assim avaliados:• Disponibilidades: os valores demonstrados nos balanços patrimoniais se aproximam dos
valores de mercado;• Ativos e Passivos Regulatórios: os valores estão registrados conforme critérios definidos
por regras ou orientações da Aneel;• Empréstimos e financiamentos: registrados conforme condições contratuais (nota 16).• Instrumentos financeiros derivativos – a operação com derivativo tem por objetivo a
proteção contra variações cambiais nas captações realizadas em moeda estrangeira e não possui nenhum caráter especulativo. Dessa forma, é considerado como instrumento de hedge e está contabilizado pelo valor de mercado. O valor justo é calculado projetando os fluxos futuros das operações (ativo e passivo) utilizando as curvas da BM&F e trazendo esses fluxos a valor presente com a taxa DI futura da BM&F. Os valores da curva e de mercado do instrumento derivativo (swap) de 31 de dezembro
de 2008 são como segue:
Derivativo Valor da curvaValor de mercado
(contábil) Diferença Swap ABN AMRO 12.290 13.430 1.140
A estimativa do valor de mercado das operações de swaps foi elaborada baseando-se no modelo de fluxos futuros a valor presente, descontados a taxas de mercado apresentadas pela BM&F na data de fechamento do ano.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 155
A Companhia possui instrumentos derivativos com objetivo exclusivo de proteção econômica e financeira contra a variação cambial utilizando, em 31 de dezembro de 2008, apenas swap dólar para CDI, não possuindo derivativos exóticos ou outras modalidades.
As operações de hedge são contratadas apenas como proteção do endividamento em moeda
estrangeira, de forma que os ganhos e perdas dessas operações decorrentes da variação cambial sejam compensados pelos ganhos e perdas equivalentes das dívidas em moeda estrangeira.
Em 31 de dezembro de 2008 e 2007, a Companhia detinha operações de swap, conforme demonstrado a seguir:
Valores de ReferênciaMoeda Estrangeira Moeda Local Valor Justo Efeito Acumulado 2008 Efeito Acumulado 2007
Data dos Contratos
Data de Vencimento Posição 2008 2007 2008 2007 2008 2007
Valor a receber/recebido
Valor a pagar/pago
Valor a receber/recebido
Valor a pagar/pago
USD 30,471 USD 40,027 R$ 69,612 R$ 91,442 -R$ 13,430 -R$ 32,543Dólar + 5,49% a.a. R$ 79,946 R$ 76,987
16/06/06 15/06/12 98,8% do CDI R$ 93,376 R$ 109,530-R$ 13,430 -R$ 32,543
USD 746 R$ 2,278 -R$ 2,219Dólar + 5,5% a.a. R$ 1,573
29/07/04 15/10/08 103,8% do CDI R$ 3,792-R$ 2,219
JPY 1,444,082 R$ 27,000 -R$ 5,419JPY + 2,466% a.a R$ 22,659
20/08/07 15/02/08 103,7% do CDI R$ 28,078-R$ 5,419
R$ 10,101 R$ 10,101 R$ 17
R$ + 12,7476% a.a R$ 10,523
24/08/07 01/08/08 109% do CDI R$ 10,506R$ 17
USD 40,415 R$ 79,000 -R$ 9,854Dólar + 2% a.a. R$ 72,057
04/09/07 29/08/08 109,5% do CDI R$ 81,911-R$ 9,854
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
coelce08156
28. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAA composição do fornecimento de energia elétrica, por classe de consumidores, é como segue:
Nº de consumidores MWh R$ Não auditado Não auditado
2008 2007 2008 2007 2008 2007Fornecimento faturado Residencial Normal 574.460 651.596 1.301.003 1.253.449 647.131 630.204 Residencial Baixa Renda 1.558.032 1.385.387 1.249.971 1.158.663 253.072 235.783 Industrial 5.943 6.015 1.291.747 1.168.320 388.578 353.914 Comércio, serviços e outros 151.276 146.680 1.433.357 1.339.405 600.805 566.455 Rural 303.994 267.709 711.869 660.514 133.370 123.282 Poder público 28.400 27.084 393.434 371.717 159.132 151.200 Iluminação pública 5.697 3.977 367.722 345.548 94.302 89.662 Serviços públicos 1.634 1.547 236.458 244.700 67.286 68.026
2.629.436 2.489.995 6.985.561 6.542.316 2.343.676 2.218.526 (+) Estorno provisão refaturamento Prefeituras - - - - 6.000 - Total do Faturamento - - - - 2.349.676 2.218.526Fornecimento não faturado - - - - 9.100 (2.071)Consumidores, concessionários e permissionários 2.358.776 2.216.455Baixa renda - - - - 174.066 173.359 Reposicionamento Revisão Tarifária - - - - 5.542 (22.464)Reposicionamento Tarifário-Transmissoras - - - - 700 (1.867)Recuperação Perda de Receita 2001 - - - - (18.339) (55.685)Recuperação Energia Livre – Geradoras - - - - (6.429) (19.492)Recuperação parcela A - - - - (48.866) - Suprimento - - - - 13.245 11.749 Receita encargos de uso da rede elétrica - - - - 55.331 45.695 Baixa Energia Livre - - - - 57.475 - Outras receitas - - - - 105.036 100.099 Receita Operacional Bruta 2.696.537 2.447.849 (-) Deduções da Receita ICMS - - - - (528.563) (501.577) Cofins - - - - (111.412) (96.012)
PIS - - - - (24.518) (21.421)
RGR – Quota para Reserva Global de Reversão - - - - (29.917) (23.156) CCC – Conta de Consumo de Combustível - - - - (55.251) (58.160) Outros impostos e contribuições sobre a Receita - - - - (31.832) (28.644)Total de deduções de receita (781.493) (728.970)Total receita operacional líquida 2.629.436 2.489.995 6.985.561 6.542.316 1.915.044 1.718.879
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 157
29. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
2008 2007 (Reclassificado) Inspeção de instalações e serviços vários 5.056 3.780 Renda na prestação de serviços 82.967 63.582 Arrendamento e aluguéis 10.928 9.989 Serviço taxado 4.427 5.218 Reversão déficit atuarial - 16.289 Outros 1.658 1.241 Total de outras receitas operacionais 105.036 100.099
30. COMPRA E VENDA DE ENERGIA NA CCEE
Nos exercícios de 2008 e 2007 a Companhia efetuou a comercialização de energia de curto prazo no âmbito da Câmara de Compensação de Energia Elétrica – CCEE, conforme a seguir demonstrado:
2008 2007
CompraMWh
Não auditadoR$
MWhNão auditado
R$
Compra de energia 18.400 (5.076) 24.245 (2.346)Ajustes 1.012 168 - -
19.412 (4.908) 24.245 (2.346)2008 2007
vendaMWh
não auditadoR$
MWhnão auditado
R$
Venda de energia 215.112 26.679 170.876 11.749CVA Sobrecontratação - (10.948) - - Ajustes (12.133) (2.486) -
202.979 13.245 170.876 11.749
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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31. RESULTADO DO SERVIÇOAs despesas operacionais têm a seguinte composição por natureza de gasto:
Descrição Custo do Serviço
Serviços prestados a
terceirosDespesa de
VendasDepesas Gerais e
Administrativas Outras 20082007
(Reclassificado)Receita operacional líquida 1.915.044 1.718.879
Pessoal (70.386) - - (18.233) - (88.619) (93.176)Material (16.097) (3.091) - (9.990) - (29.178) (27.814)Serviços de terceiros (138.105) (3.321) (25.856) (15.044) - (182.326) (164.100)Energia elétrica comprada para revenda (882.853) - - - - (882.853) (815.939)Energia elétrica comprada para revenda – Ativo transmissoras 3.793 - - - - 3.793 (5.057)Encargos do uso do sistema de transmissão (65.870) - - - - (65.870) (57.087)Encargos do uso do sistema de transmissão – Ativo transmissoras (5.193) - - - - (5.193) 6.924 Encargo serviço de sistema – ESS (33.318) - - - - (33.318)Provisão CVA-ESS 24.695 - - - - 24.695 Depreciação e amortização (99.350) - - (2.207) (15) (101.572) (95.860)Amortização/reversão ágio da incorporação - - - - (14.967) (14.967) (15.220)Provisão saldo a cobrar reajuste tarifário 2005 - - - - - - - Provisões para créditos de liquidação duvidosa - - - - (9.040) (9.040) (14.333)Provisão/Reversão perda de receita – racionamento - - 106.873 - (4.311) 102.562 (45.045)Taxa de fiscalização da Aneel - - - - (4.042) (4.042) (4.407)Baixa ativo regulatório - - (106.881) - (106.881) - Baixa energia livre - - (50.482) - (50.482) - Provisão para contingências - - - - 6.509 6.509 (6.136)Outras despesas operacionais (6.137) - (2) (8.897) (10.118) (25.154) (16.663)
(1.288.821) (6.412) (76.348) (54.371) (35.984) (1.461.936) (1.353.913)Resultado do serviço 453.108 364.966 Resultado financeiro (48.916) (7.836)Resultado operacional 404.192 357.130
Despesa de pessoal 2008 2007 Remunerações (74.870) (71.882) Encargos sociais (24.331) (23.058) Benefícios (30.041) (26.460) Outros 372 568 (-) Transferências para imobilizado em curso
40.251 27.656
Total de despesa de pessoal (88.619) (93.176)
Outras despesas operacionais 20082007
(Reclassificado)Aluguéis (5.971) (4.799)Publicidade e propaganda (5.262) (2.114)Indenizações a terceiros (1.442) (1.320)Doações, contribuições e subvenções (1.367) (1.221)Seguros (987) (836)Tributos (477) (311)Estagiários (1.003) (955)Publicações legais e assinaturas (598) (465)Custos judiciais (290) (254)Perda na alienação de bens (2.212) - Prejuizo na desativação de bens (1.928) (1.311)Material de segurança (2.651) (1.967)Despesas gerais (966) (1.110)Total de despesas operacionais (25.154) (16.663)
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 159
Quantidade MWH R$Não auditado
Energia elétrica comprada para revenda 2008 2007 2008 2007Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF 2.690.000 2.690.000 (414.955) (425.317)Centrais Elétricas S.A. – Furnas 1.610.406 1.591.470 (120.173) (116.454)Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf 1.238.004 1.136.151 (89.565) (75.070)Companhia Energética de São Paulo- CESP 602.602 562.172 (46.191) (40.991)Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte 487.530 323.922 (37.314) (33.649)Copel Geração S.A – Copel 418.644 390.065 (29.785) (27.146)Cemig - Geração e Transmissão S.A. 289.922 266.506 (23.392) (20.336)Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) 19.412 24.245 (4.908) (2.346)Programa de Inc. as Fontes Alternativas – Proinfa 121.017 75.676 (18.238) (14.538)CVA Compra de Energia do Período - - 11.231 22.279 CVA – Proinfa - - 1.862 1.469 Amortização CVA - - (35.653) (44.885)Energia comprada – Transmissoras - - - (5.057)Amortização Energia Comprada – Transmissoras - - 3.793 - Contratos por disponibilidade 78.859 - (26.837) - Outros 625.248 470.071 (48.935) (38.955) Total energia comprada para revenda 8.181.644 7.530.278 (879.060) (820.996)
32. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS
A Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos resultados, nos moldes da Lei nº 10.101/00 e artigo nº 189 da Lei nº 6.404/76, baseado em acordo de metas operacionais e financeiras previamente estabelecidas com os mesmos. O montante dessa participação para o exercício de 2008 foi de R$ 7.078 (R$ 5.958 em 2007).
33. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES
Os honorários dos administradores foram fixados pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008, no montante global anual de até R$ 6.000 (R$ 5.600 em 2007). Desse total, R$ 3.051 (R$ 2.645 em 2007) foram apropriados em despesas gerais e administrativas durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008
34. SEGUROS
Os principais ativos em serviço da Companhia estão segurados por uma apólice internacional do Grupo Endesa, no montante global de U$ 283.716, correspondendo a R$ 663.044(*), com uma cobertura por eventos de danos materiais combinado a perda de benefícios no montante
de U$ 30.000, correspondendo a R$ 70.110(*). A Companhia também mantém um seguro de responsabilidade civil que faz parte do programa de seguros corporativos do grupo Endesa no valor de U$ 150.000 por sinistro ou agregado anual, correspondendo a R$ 350.550(*). Ambos programas, tem validade no período compreendido de 30 de junho de 2008 a 30 de junho de 2009.
Na tabela abaixo se registra o prêmio total de R$ 1.951, sendo R$ 876 de riscos operacionais e R$ 1.075 de responsabilidade civil. A especificação por modalidade de risco e data de vigência está demonstrada a seguir:
Risco Vigência 2008Danos materiais 30.06.2008 a 30.06.2009 70.110 Responsabilidade Civil 30.06.2008 a 30.06.2009 350.550
* Os valores em reais foram convertidos pela ptax de 2,3370 de 31 dezembro de 2008
35. QUESTÕES AMBIENTAIS
A Coelce, a cada ano, reafirma seu compromisso de levar desenvolvimento socioeconômico ao Estado do Ceará causando o mínimo impacto ao meio ambiente. Para isso cumpre rigorosamente a legislação e as normas ambientais, investe em pesquisa, novas tecnologias, educação ambiental, bem como desenvolve projetos ambientais que beneficiam a sociedade em geral. Para a Coelce, somente com a participação consciente de todos será possível garantir um futuro adequado às próximas gerações. Em 2008, dentre as ações ambientais que merecem destaque, tem-se:
a) Uso de Rede Compacta/ Linha VerdeCom o objetivo de minimizar a necessidade de podas em redes de média-tensão, a Coelce
investe em cabos aéreos protegidos (chamados spacer), que requerem menor supressão vegetal. Nas redes de baixa-tensão, desde 2002, a Coelce adota um padrão de construção de redes com cabos pré-reunidos (trançados), cobertos, que oferecem segurança e menor poluição visual, além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008 foram investidos R$ 14.928.
b) Realização do Programa de Eficiência EnergéticaO combate ao desperdício de energia elétrica é o principal objetivo deste programa. Em
2008 foram investidos R$ 7.822 que, entre outras iniciativas, proporcionou:• Modernização dos sistemas de iluminação e troca de aparelhos de ar condicionado,
ineficientes, por outros modernos e mais eficientes do ponto de vista energético, com
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
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selo de qualidade Procel, em hospitais, escolas, universidades e centros de pesquisa e entidades associativas;
• Substituição de geladeiras antigas, ineficientes, por eficientes, a clientes baixa-renda. Após a substituição a Companhia dá a destinação ambientalmente correta dos resíduos perigosos gerados, cumprindo o Protocolo de Montreal, com referência ao gás clorofluorcarbono (CFC), bem como do óleo do compressor, o qual é recolhido e regenerado;
• Substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas (eficientes) e palestras para o uso eficiente da energia elétrica, beneficiando comunidades de baixa-renda.
c) Manutenção do Sistema de Gestão AmbientalEm 2008 a Coelce manteve a certificação de seu sistema de
gestão ambiental, conquistada em 2006, e ampliou o escopo, atendendo à norma ISO 14001:2004, emitida pelo Bureau Veritas Certification. O escopo da certificação compreende construção, operação, manutenção do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica e suas atividades de apoio, focadas nas seguintes unidades de negócio: Administração Central, Gerência de Distribuição Fortaleza e Metropolitana, Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento Comercial da Loja de Atendimento de Sobral, sede do Departamento de Distribuição Centro Norte, sede do Departamento de Distribuição Centro Sul Iguatú, sede do Departamento de Distribuição Centro Norte Canindé, sede do Departamento de Distribuição Sul e Relacionamento Comercial da Agência de Juazeiro do Norte.
36. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO POR ATIVIDADE (NÃO AUDITADA)
Em atendimento às instruções e orientações da Aneel, apresen-tamos as demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2008, das unidades de negócio: distribuição, comercialização, atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e consolidado.
Demonstração do resultado por atividade Distribuição ComercializaçãoAtividades não
vinculadas2008
ConsolidadoRECEITA OPERACIONALFornecimento de energia elétrica Consumidores, concessionários e permissionários 1.257.083 1.101.693 - 2.358.776 Baixa renda 92.763 81.303 - 174.066 Reposicionamento revisão tarifária 1.845 3.697 - 5.542 Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras 372 328 700 Recuperação perda de receita racionamento (9.811) (8.528) - (18.339) Recuperação energia livre – Geradoras (3.440) (2.989) - (6.429) Recuperação parcela A (26.004) (22.862) - (48.866)Suprimento de energia elétrica - 13.245 - 13.245 Receita de uso da rede elétrica 55.331 - - 55.331 Baixa Energia Livre - 57.475 - 57.475 Outras receitas 12.172 92.864 - 105.036 Total de fornecimento de energia elétrica, bruta 1.380.311 1.316.226 - 2.696.537 Deduções à receita operacional: ICMS (281.695) (246.868) - (528.563) Cofins (60.440) (50.972) - (111.412) PIS (16.884) (7.634) - (24.518) ISS (1.859) (178) - (2.037) Quota para reserva global de reversão (29.917) - - (29.917) Conta consumo combustível (55.251) - - (55.251) Conta de desenvolvimento energético (13.526) - - (13.526) Programas de eficiência energética e P&D (16.271) - - (16.271) Encargo de capacidade/aquisição Emergencial - 2 - 2 Total do fornecimento de energia elétrica, líquida (475.843) (305.650) - (781.493)Receita operacional líquida 904.468 1.010.576 - 1.915.044 Custo do serviço de energia elétrica: Custo com energia elétrica: Energia elétrica comprada para revenda - (882.853) - (882.853) Energia elétrica comprada para revenda-ativo transmissoras 3.793 - 3.793 Encargos de uso da rede de transmissão - (74.492) - (74.492) Encargos de uso da rede de transmissão-ativo transmissoras (5.193) (5.193) Total do custo com energia elétrica - (958.745) - (958.745) Custo de operação: Pessoal (33.926) (27.300) - (61.226) Entidade de previdência privada (5.076) (4.084) - (9.160) Material (10.031) (6.066) - (16.097) Serviços de terceiros (70.515) (67.590) - (138.105) Depreciação e amortização (98.041) (1.309) - (99.350) Outras (2.623) (3.515) - (6.138) Total do custo de operação (220.212) (109.864) - (330.076)
(220.212) (1.068.609) - (1.288.821)Custo do serviço prestado a terceiros: - (6.412) - (6.412)Lucro bruto operacional 684.256 (64.445) - 619.811
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 161
Demonstração do resultado por atividade Distribuição ComercializaçãoAtividades não
vinculadas2008
ConsolidadoDESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas (16.983) (59.365) - (76.348) Despesas gerais e administrativas (32.100) (22.271) - (54.371) Amortização/Reversão do ágio oriundo da incorporação - - (14.967) (14.967) Taxa de fiscalização Aneel (4.042) - - (4.042) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - (13.351) - (13.351) Provisão para contingências 6.867 (358) 6.509 Outras (8.139) (1.979) (15) (10.133)Total das despesas operacionais (54.397) (97.324) (14.982) (166.703)
Resultado do serviço público de energia elétrica 629.859 (161.769) (14.982) 453.108
Receitas (Despesas) financeiras: Renda de aplicações financeiras 12.288 - - 12.288 Acréscimo moratório em conta de energia - 31.847 - 31.847 Atualização Perda de Receita Racionamento - 4.668 - 4.668 Encargos de dívidas (59.053) - - (59.053) Variações monetárias (30.468) - - (30.468) Outras (16.832) 8.634 (8.198)Total receitas (despesas) financeiras (94.065) 45.149 - (48.916)
Resultado Operacional 535.794 (116.620) (14.982) 404.192
Lucro antes da Contribuição Social, do imposto de renda, participações 535.794 (116.620) (14.982) 404.192
Contribuição social (34.304) - (34.304) Contribuição social diferido 1.102 - 1.102 Imposto de renda (94.543) - (94.543) Imposto de renda diferido 2.521 - 2.521 Incentivo Fiscal – IRPJ 66.633 - 66.633
Lucro antes das participações 477.203 (116.620) (14.982) 345.601
Participação nos lucros (3.922) (3.156) - (7.078)
Lucro Líquido do Exercício 473.281 (119.776) (14.982) 338.523
Lucro líquido do exercício por ação - R$ 4,35
inforMaÇões corPorativas
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOMário Fernando de Melo Santos Marcelo Andrés Llévenes Rebolledo Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira Cristóbal Sanchez Romero Cristián Eduardo Fierro Montes Gonzalo Manuel Vial Vial José Alves de Mello Franco José Nunes de Almeida Neto Jorge Parente Frota Júnior 1
Fernando Antônio de Moura Avelino 2
Roberto de Pádua Macieira 3
1 Conselheiro independente2 Conselheiro independente, eleito pelos empregados acionistas3 Conselheiro independente, eleito pelos acionistas minoritários
CONSELHO FISCALAntônio Cleber Uchoa Cunha Antônio Osvaldo Alves Teixeira Sérgio Queiroz Lyra
DIRETORIA-ExECUTIVAAbel Alves Rochinha – Diretor-presidente
Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira – Diretor de Planejamento e Controle de Gestão
José Alves de Mello Franco – Diretor de Regulação
José Nunes de Almeida Neto – Diretor de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente
e Responsabilidade Social Corporativa
José Renato Ferreira Barreto – Diretor de Recursos Humanos
José Távora Batista – Diretor Técnico
Luiz Carlos Laurens Ortins Bettencourt – Diretor de Finanças e Relações com Investidores
Olga Jovanna Carranza Salazar – Diretora Comercial
Sílvia Cunha Saraiva Pereira – Diretora Jurídica
COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCERua Padre Valdevino, 150 – Bairro PiedadeCEP 60.135-040 – Fortaleza – Ceará – Brasil | gri 2.4 |
Fone: 55 85 3453 4800CNPJ/MF: 07.047.251/0001-70Registro na CVM: 01486-9Inscrição Estadual: 06.105.848-3Inscrição Municipal: 112.188-0www.coelce.com.br
RELAÇÕES COM INVESTIDORES Luiz Carlos Bettencourt Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
David Abreu Responsável por Relações com Investidores
+55 21 2613-7094 [email protected] Isabel Alcântara Coordenadora Financeira
+55 85 3453-4029 [email protected]
Hugo Nascimento +55 21 2613-7773 [email protected] [email protected] www.coelce.com.br/ri.htm
INFORMAÇÕES CORPORATIVAS 163
instituição depositária das açõesBanco Itaú S/AAv. Eng. Armando de Arruda, Nº 707, 9º andar, Jabaquara04.344-902 - São Paulo – SP – Brasile-mail: [email protected] bolsas de valoresCódigos de negociação na BM&FBovespa:Coelce ON – COCE3Coelce PNA – COCE5Coelce PNB – COCE6
auditores independentes AGN Canarim Auditores AssociadosAuditores Independentes
site na internetEncontram-se disponíveis no site www.coelce.com.br/ri.htm
informações detalhadas sobre o desempenho financeiro
da companhia, atos societários, governança corporativa,
indicadores de mercado, relatórios, balanços anuais e
trimestrais, apresentações institucionais, dentre outras.
créditos
COORDENAÇÃO GERALDiretoria de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corporativa – José Nunes de Almeida Neto
Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente – Sérgio Araújo de Sousa
COORDENAÇÃO DE CONTEúDO E EDITORIALDébora Pinho – Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente
CONTEúDO E REDAÇÃOEditora Contadino
PROJETO GRÁFICOFlávia da Matta Design
ILUSTRAÇÕESEstúdio Olga
FOTOSLocal Foto
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