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Relatório, Balanço e Contas

Relatório, Balanço e Contas · RELATÓRIO E CONTAS 2016 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA AZAMBUJA . ... no primeiro semestre de 2016, ... tendo crescido apenas 0,9% em termos

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Caixa de Azambuja

Relatório, Balanço e Contas

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RELATÓRIO E CONTAS – 2016

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, C.R.L.

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CCAM AZAMBUJA

2 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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CCAM AZAMBUJA

3 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Índice CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ................................................................... 5 CORPOS SOCIAIS ........................................................................................................... 6

i)Enquadramento Económico Economia Internacional ............................................................................................................................... 8 Economia Nacional .................................................................................................................................... 11 Mercado Bancário Nacional ...................................................................................................................... 14 Mercados Financeiros ............................................................................................................................... 18 Principais Riscos e Incertezas para 2017 ................................................................................................. 22 ii) Crédito Agrícola: Evolução Recente

Resultado e Balanço, Analise Financeira do SICAM ................................................................................ 24 Outros Fatos Relevantes ........................................................................................................................... 30 iii) Marketing de Segmentos Segmentos e Campanhas ......................................................................................................................... 36 Preçário ..................................................................................................................................................... 42 Campanhas de Marketing ......................................................................................................................... 44 Outras Iniciativas ....................................................................................................................................... 49

RELATÓRIO DE GESTÃO

Estrutura do Governo Societário ............................................................................................................... 58 Recapitulativo Politica de Remuneração ................................................................................................... 61 Evolução Económico-Financeira ............................................................................................................... 67

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Balanço ...................................................................................................................................................... 74 Demostração de Resultados ..................................................................................................................... 76 Demonstração de Fluxos de Caixa ........................................................................................................... 77 Demonstração de alterações no Capital Próprio ...................................................................................... 78 Demonstração do Rendimento Integral ..................................................................................................... 78 Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados .................................................................................. 79

MOVIMENTAÇÃO DE ASSOCIADOS ........................................................................... 153 MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO .................................................. 155 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................ 157 PARECER DO CONSELHO FISCAL ............................................................................ 159 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS .......................................................................... 161

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4 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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5 RELATÓRIO E CONTAS 2016

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA AZAMBUJA

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Azambuja, C.R.L., pessoa colectiva nº. 500948445, com sede na Rua Eng.º. Moniz da Maia, 57 A, em Azambuja, matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Azambuja, sob o mesmo número, com o capital social realizado de €5.000.000,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 18 de Março de 2017, pelas 14:00 horas, na sede desta CCAM, com a seguinte:

Ordem de Trabalhos

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2016 e do Relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação dos Resultados. 3. Apreciação geral sobre a Administração e fiscalização da Caixa Agrícola. 4. Apresentação e apreciação do Relatório com os resultados da avaliação

anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Azambuja, 23 de Fevereiro de 2017

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Dr. Amaro Teófilo Ferreira Camilo

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6 RELATÓRIO E CONTAS 2016

CORPOS SOCIAIS

Assembleia Geral

Presidente - Dr. Amaro Teófilo Ferreira Camilo Vice-Presidente - Eng.º. João Francisco Dias da Silva Secretário - Sr. José Rodrigues Onofre

Conselho de Administração

Efectivos

Presidente - Eng.º. Francisco João Bernardino da Silva Vogal - Sr. António da Silva Vogal - Sr. José da Silva Rocha Vogal - Dra. Sónia Maria Lemos Real Vogal - Sr. Lourenço José Silva Luzio Suplente - Sr. Fernando Alves Pereira

Conselho Fiscal

Efectivos

Presidente - Dra. Ana Madalena Marques Aparício Vogal - Dra. Eulália Romana da Silva Patrício Vogal - Dra. Ana Maria da Silva Sousa

Suplentes - Eng.º. João Carlos Franco Narciso

- Dr. Alexandre Amaro da Silva Sécio Revisores Oficiais de Contas

- Diz & Associados, SROC, Lda. Representado por: Dr. Rui Manuel Tavares Leitão

Suplente

- Dr. José Joaquim Afonso Diz

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7 RELATÓRIO E CONTAS 2016

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

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8 RELATÓRIO E CONTAS 2016

i. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo – a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).

Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos).

A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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9 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados.

Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.

1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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10 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica.

A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing.

Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços ao consumidor.

O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas.

Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos.

Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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11 RELATÓRIO E CONTAS 2016

1.2 ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%).

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro).

Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.

2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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12 RELATÓRIO E CONTAS 2016

O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas).

No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%.

Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em 2015.

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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13 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€ face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização.

A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.

A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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14 RELATÓRIO E CONTAS 2016

1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

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15 RELATÓRIO E CONTAS 2016

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país.

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16 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente).

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

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17 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

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18 RELATÓRIO E CONTAS 2016

1.4 MERCADOS FINANCEIROS Mercados accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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19 RELATÓRIO E CONTAS 2016

O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016. Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre.

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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20 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016. No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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21 RELATÓRIO E CONTAS 2016

A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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22 RELATÓRIO E CONTAS 2016

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017

A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para 2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles:

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam

recuperar a confiança dos stakeholders; e iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos

clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de:

i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do

“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade

de todos os stakeholders. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

3 European Securities and Markets Authority

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23 RELATÓRIO E CONTAS 2016

CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

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24 RELATÓRIO E CONTAS 2016

ii. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO

2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

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25 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%4, valor aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF5 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal (Dez.2016). 5 Sociedades não financeiras.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

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26 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente.

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo.

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

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27 RELATÓRIO E CONTAS 2016

É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Valores em milhões de eurosMargem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

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28 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se: i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal

(de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais. As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

­ na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e

­ nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

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29 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de

recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de

recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

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30 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

2.1.2 Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário6, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A

6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (l íquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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31 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola.

A cerimónia de inauguração da Agência, realizada em Outubro de 2016, contou com a presença de diversas entidades locais, entre elas o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque. Dada a importância que a nova Agência representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

7 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

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32 RELATÓRIO E CONTAS 2016

No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016.

O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de 2015. No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497 para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções. Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; ENERGIE – Energia solar termodinâmica; CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de

Associado.

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33 RELATÓRIO E CONTAS 2016

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016. Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000 telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no

Rali Dakar 2016, em motociclismo; João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro

Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;

34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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34 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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35 RELATÓRIO E CONTAS 2016

1.1. MARKETING DE SEGMENTOS

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36 RELATÓRIO E CONTAS 2016

iii. Marketing de Segmentos

3.1 SEGMENTOS E CAMPANHAS 3.1.1.1. Planeamento de Marketing

O Planeamento de Marketing de 2016 garantiu que as campanhas, acções e diferentes iniciativas fossem implementadas e desenvolvidas de acordo com o calendário previsto o que permitiu, através das vendas realizadas e do posicionamento que se atingiu, alcançar a maior parte dos objectivos comerciais previsto para o ano.

As diferentes iniciativas foram planeadas de forma detalhada no que se refere aos principais aspectos da sua operacionalização. As iniciativas partilhadas com as diferentes Unidades de Negócio foram planeadas e devidamente articuladas por forma a ocorrerem na data prevista.

Noutra vertente do planeamento foram definidos os objectivos comerciais para o Grupo, apresentados na IGC, com base nos macro-objectivos estratégicos. Estes objectivos foram ainda repartidos por Caixa e por Agência nos negócios de Banca, Investimento e Segurador a partir de um único modelo que caracteriza as Agências em função de variáveis como a dimensão, capacidade comercial, produtividade, margem e potencial de mercado.

Marketing Analítico Na preparação e implementação de campanhas, em articulação com as Áreas de Segmentos Empresas e Particulares, foi produzida informação relevante para análise dos segmentos-alvo, por forma a desenvolver, para cada uma das campanhas, a segmentação dos Clientes alvo e a identificação de um conjunto de oportunidades a serem disponibilizadas no CA GPS.

Nos Data Marts foram desenhadas as segmentações sobre a base de dados, selecionados os Clientes dos segmentos-alvo, calculados os objectivos e desenvolvidos os modelos de acompanhamento das diversas iniciativas, através da produção de informação para rankings, relatórios de produção por contrato e respectivos angariadores para todas as campanhas, programas de vinculação, acções de recuperação de objectivos e 3 acções de colocação de Cartões de Crédito através da Linha Directa.

No âmbito do processo de definição dos objectivos comerciais anuais foi extraída a informação necessária para popular a metodologia de distribuição dos objectivos por Agência.

Na implementação do projecto dos Gestores de Clientes Empresa foi preparada toda a informação para o encarteiramento de Clientes nos Gestores e para a definição dos objectivos comerciais anuais.

Ao longo do ano foi produzida informação para diferentes Direcções da Caixa Central, destacando-se, por ser mais regular, a informação de Clientes disponibilizada à DBD, a informação para a DNI relativa a Clientes importadores e para os escritórios de representação no exterior.

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37 RELATÓRIO E CONTAS 2016

No âmbito do Projecto CA Target foi assegurada a participação do Marketing Analítico em todas as actividades que foram realizadas desde a fase conceptual, passando pela fase de desenvolvimento e pela fase de validação dos eventos já desenvolvidos para o piloto, que decorreu no último trimestre de 2016.

Ainda no âmbito do Projecto CA Target releva-se também a participação do Marketing Analítico em temas importantes e estruturais como a definição do modelo conceptual, a análise do catálogo de eventos, a construção do novo Data Mart de Clientes e a definição dos modelos analíticos de propensão de produto e churn de Cliente que vão permitir identificar as melhores ofertas.

3.1.1.1.1. SEGMENTOS E PRODUTOS

No decorrer do ano de 2016 foi dada continuidade à diferenciação e melhoria das propostas de valor dirigidas aos macro segmentos de Particulares e de Empresas, destacando-se as iniciativas concretizadas no âmbito de cada segmento, com particular relevo para aqueles que se identificam como prioritários para a estratégia e posicionamento do Grupo Crédito Agrícola

Segmento ENI, Micro e Pequenas Empresas

No segmento ENI, Micro e Pequenas Empresas foi implementado um preçário específico de taxas e spreads para Empresários em Nome Individual, devido ao maior risco deste segmento, diferenciando-o das empresas.

Segmento Médias Empresas

Este ano foi desenvolvido um particular esforço na elevação do nível de serviço proposto pelo crédito Agrícola a estes clientes, nomeadamente através da concretização das fases I e II do projecto de Gestor de Clientes Empresa.

O protocolo estatal de adesão à “Linha de Crédito com Garantia Mútua, IFD 2016 – 2020” entre a IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento, as Sociedades Portuguesas de Garantia Mútua (SGM) e o CA reforçou a proposta de valor para o segmento com as soluções de capacitação empresarial e de desenvolvimento de bens e serviços dirigidos à exportação, assim como de manutenção e criação de emprego.

Segmento Agricultura Este segmento define a matriz de identidade do Crédito Agrícola e em 2016. De modo a reforçar a abordagem ao mercado e tornar mais eficaz a comunicação para o Agro-negócio, manteve-se uma continuidade no posicionamento, imagem e comunicação em relação aos últimos 2 anos, que se focalizaram primeiro na produção e depois na transformação e evoluiu para o tema da modernização do sector com base na inovação, expresso no conceito “Presentes no Futuro da Agricultura”.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM e para continuar a criar uma maior fidelização e incrementar a angariação de Clientes para o Crédito Agrícola, deu-se o apoio necessário às parcerias estabelecidas com diversas entidades e implementaram-se novas parcerias.

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38 RELATÓRIO E CONTAS 2016

O Crédito Agrícola esteve presente em sessões técnicas de divulgação / formação sobre o novo PDR 2020, aproveitando-se a presença para apresentar a oferta comercial do CA para o Sector Agrícola.

Para a divulgação de cada Protocolo e dos benefícios oferecidos, foram produzidos materiais publicitários específicos que foram disponibilizados às CCAM e aos parceiros.

Segmento Comércio e Serviços A actuação no segmento visou o aumento do grau de fidelização dos Clientes CA e a captação de novos Clientes, incrementando a vinculação em produtos essenciais ao negócio do Segmento de ENI, Micro e Pequenas Empresas do Sector cujo Código de Actividade Económica (CAE) seja o do Comércio e Serviços, e os sub-sectores Turismo/Alojamento, Saúde e Restauração. A carteira de Clientes Empresa do Crédito Agrícola continua a ter um peso crescente nos sectores de actividades acima mencionados, sendo que a estratégia comercial passou pela concretização de iniciativas que criaram um maior envolvimento creditício nestes sectores.

Segmento Internacional

No âmbito da dinamização do segmento Negócio Internacional, foi definida uma proposta de valor para o mesmo. Foram desenvolvidos produtos e estabelecidas parcerias estratégicas que complementam a oferta integrada para as Empresas com actividade internacional. Destacam-se, entre outras, as parecerias estabelecidas pela DNI com a Transitex, empresa de transportes internacionais, e com a Crédito y Caucion, que disponibiliza seguros de crédito.

Segmento Institucional

A actuação e interacção do Crédito Agrícola neste segmento tem-se focado essencialmente na concretização de protocolos e parcerias junto de organismos federativos e associativos com o intuito de, através das suas estruturas de associação, proporcionar condições favoráveis à concretização dos seus objectivos e políticas associativas que, tal como o próprio Crédito Agrícola, pretendem ter através dos seus associados uma forte intervenção social, empresarial e ambiental, consoante a natureza de cada uma das entidades.

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39 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Segmento Associados Reforçou-se a diferenciação positiva do estatuto de cliente Associados através da implementação de condições diferenciadas para este segmento em todas as campanhas de marketing realizadas.

Macro-Segmento Particulares

Foi feita a reorganização da oferta relativa a alguns segmentos, o que determinou, entre outras alterações, que as Poupanças Cristas, Futuro e Geração Jovem passaram a estar disponíveis nos subsegmentos Juniores, Jovens e Jovem Adulto, respectivamente.

Segmento Jovem

Subsegmento CA Jovens

O objectivo estratégico para o macro-segmento Particulares continua a ser

o rejuvenescimento da carteira de Clientes, tendo o Crédito Agrícola vindo a

investir nos segmentos mais jovens com o intuito de vincular os Clientes

actuais e, acima de tudo, aumentar a captação de novos Clientes.

Neste sentido, em 2016 deu-se continuidade ao Programa CA Nota 20, que

premeia os melhores alunos a nível nacional entre o 7º e o 12º ano. Foi

preparada uma cerimónia tipo igual para todas as CCAM com o intuito de lhe

dar um carácter nacional, por forma a melhor posicionar o Crédito Agrícola no segmento Jovem.

Ainda no sub-segmento dos 13 aos 17 anos foi criado um Programa de Fidelização, CA Faz Por

Ti, em que os jovens ganham vouchers no valor de €50 para concertos, espectáculos ou

exposições através de aberturas e reforços na conta Poupança Futuro. Para gerir este Programa

foi utilizado o microsite CA Jovens (desenvolvido em 2015), que permite aos jovens acompanhar

o resultado das suas poupanças e saber a posição em que se encontram no ranking que apura os

elegíveis para atribuição de prémios.

Foi lançado o cartão pré-pago com nova imagem “GR8” no período da

Campanha CA Jovens. Este cartão substitui o anterior BeFree, tendo o

produto as mesmas características e benefícios, em que se destaca a

isenção da anuidades e a possibilidade de os jovens dos 13 aos 17 anos

poderem gerir a sua mesada com segurança e facilidade.

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40 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Foi finalizado o período de implementação do Programa de Fidelização CA Destino, lançado em

2015 e que terminou em Setembro de 2016, com a entrega dos prémios: 50 passagens aéreas

duplas.

Subsegmento CA Juniores

Dando continuidade à promoção da mascote “Cristas”, foram distribuídos este ano, como contrapartida de reforços efectuados no produto Poupança Cristas, os óculos e a prancha do Cristas, acessórios desenvolvidos e criados em 2015 para o mealheiro “Cristas”.

Com o objectivo de se continuar a reforçar a notoriedade do CA junto dos mais novos e de se mostrar modernidade e dinamismo do Grupo, foi criado o “Clube do Cristas”, uma comunidade digital infanto-juvenil com diversas funcionalidades lúdicas, mas com a principal função de ensinar estes jovens a poupar de forma divertida e continua.

Este clube foi lançado na campanha dos Juniores em 2016, com um jogo “As Aventuras do Cristas”, para 2 versões em tablet: iOS e Android.

Segmento Jovem Adulto

Tendo como objectivo reter os Clientes deste segmento e tendo em consideração que uma parte dos mesmos sai do seu local de residência quando entra para a universidade, foi iniciado este ano um programa de iniciativas com o intuito de manter a ligação destes Clientes ao Crédito Agrícola e que será lançado no decurso do ano de 2017 – “CA Universitário +”. Este programa de fidelização visa o aumento do vínculo com os Clientes Jovens em idade universitária e pretende premiá-los pela sua permanência e relacionamento com o Crédito Agrícola.

Segmentos Portugueses no Mundo e Residentes não habituais

Foi criada uma página na rede social Facebook dedicada aos “portugueses no mundo”, que pretende aproximar esses portugueses do Crédito Agrícola e ser a génese de uma comunidade virtual dedicada à emigração portuguesa.

Já no âmbito nacional foi feita uma acção de comunicação nas Agências do Crédito Agrícola que promoveu a oferta para este segmento.

Foi igualmente lançada uma oferta bilingue para os residentes Não habituais que visa atrair negócio para o Crédito Agrícola, sobretudo no estrangeiro e especialmente no ramo imobiliário.

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41 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Segmento CA Vida Activa Pretendeu-se continuar a apostar numa oferta competitiva para este segmento, tendo em conta as suas necessidades principais e os produtos que são mais valorizados. Foi assegurada a continuidade dos produtos de Crédito Habitação e Crédito ao Consumo entre os que têm os pricings mais competitivos do mercado.

Complementarmente, tem vindo a ser desenvolvida uma comunicação digital regular focada nestes Clientes através das redes sociais.

Tendo em conta que estes Clientes esperam cada vez mais eficiência, rapidez e facilidade na subscrição de produtos, especialmente nos canais digitais, foi desenvolvido um novo produto de Crédito ao Consumo com um montante pré-aprovado e de contratação imediata através do Online que será disponibilizado no início de 2017.

Segmento CA Dedicado

Foi dada continuidade à utilização de uma linha de comunicação diferenciada que expressa os valores mais relevantes para os Clientes do segmento e à sua utilização no canal digital, através

das redes sociais, para a realização de acções de comunicação.

Foram criados dois Fundos de Investimento específicos para este segmento, o CA Dedicado Valorização e o CA Dedicado Acumulação. Para apoiar a dinamização destes produtos, em articulação com a CA Gest, foram também desenvolvidos materiais de comunicação específicos, que as CCAM podem oferecer aos seus Clientes.

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42 RELATÓRIO E CONTAS 2016

3.1.1. Preçário O ano de 2016 regista uma recuperação dos valores cobrados em comissões com um crescimento de 14% face ao ano anterior.

O crescimento da concessão de crédito, a inclusão de novas comissões e a actualização parcial do preçário, que ocorreu entre Junho e Novembro de 2016, constituíram os factos mais relevantes que contribuíram para o acréscimo verificado.

A actualização e as novas comissões criadas praticamente só tiveram impacto no último trimestre de 2016, mas contribuíram para um acréscimo de 690.000 euros.

Em 2016 efectuaram-se 18 actualizações ao folheto de comissões e despesas e 19 ao folheto de taxas de juro, destacando-se, entre outras, as seguintes:

- Foram criadas as comissões de alteração de titularidade para o segmento de Particulares e de gestão de descoberto para o segmento de Empresas e ENI;

- A cobrança da comissão de gestão das contas correntes caucionadas para “Outros Clientes” passou a ser cobrada mensalmente, em vez de ser cobrada no momento da prestação. Desta forma, em vez de se assumir como uma comissão de processamento passou a representar o custo do serviço de gestão do contrato de crédito.

- A comissão de imobilização, que sempre esteve no sistema IBS, foi migrada para a Ferramenta de Gestão de Preçário, permitindo uma maior flexibilidade na gestão do preçário de cada uma das Caixas e facilitando em processos futuros a actualização desta comissão;

- Ao longo do ano foram efectuadas actualizações às taxas de juro passivas e activas reflectindo as tendências evidenciadas pelo mercado, mas procurando sempre posicionar o crédito Agrícola como um dos preçários mais atractivos:

As taxas passivas foram actualizadas ao longo do ano, por forma a reflectir uma tendência de baixas taxas passivas no mercado, para melhorar o desempenho da margem financeira, mas procurando manter a atractividade das taxas, nomeadamente no segmento jovem, no sentido de prosseguir com a captação de Clientes Jovens e melhorar o indicador de rejuvenescimento da carteira;

Nas taxas activas foram actualizadas as taxas do Crédito Pessoal e do Crédito à Habitação, mantendo o posicionamento mais recente, que é estar entre os melhores do mercado para

84.847.021 83.938.313

95.574.793

2014 2015 2016

Comissões de Preçário de Produtos e Serviços Bancários Cobradas no SICAM

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maior captação do segmento jovem. Esta estratégia tem contribuído de forma decisiva para melhorar o desempenho comercial e consequente ganho de quota de mercado;

Foi criada uma tabela específica para descontos comerciais em taxa variável com base em taxas diferenciadas por rating.

No que se refere a novas comissões automatizadas destacam-se as seguintes:

Comissão de alteração de titularidade; Comissão de créditos sindicados; Comissão de garantias; Comissões de ordens de pagamento recebidas; Comissão de extractos TPA; Comissão de gestão de descobertos.

Foram efectuadas melhorias no sistema e alterados os processos de cobrança de modo a permitir uma melhoria de cobrança da:

Comissão de imobilização;

E da comissão de gestão das contas correntes.

As comissões de avaliação e autos de medição foram desagregadas no folheto de comissões e despesas para passarem a ser cobradas em função da área bruta dos terrenos ou imóveis em vez de serem cobradas em função do valor da respectiva avaliação.

Na actualização anual do preçário, com prestação de deveres de informação, foram aprovadas alterações que se estimam poderem contribuir para um acréscimo de 7,5 milhões de euros, reflectidos entre o último semestre de 2016 e ao longo do ano de 2017, partindo do pressuposto que todas as CCAM actualizam o preçário em sintonia com o preçário do SICAM.

Na sequência deste processo de actualização do preçário, com deveres de informação, foram efectuadas as devidas parametrizações a nível do SICAM e preparada toda a documentação de apoio às CCAM, para efectuarem as suas próprias parametrizações, assim como toda a preparação de envio da informação nos extractos em papel, informação digital no On Line e cartas mailing para os Clientes sem extracto no mês em que a informação é comunicada aos Clientes.

Ao longo do ano foi dado o apoio às Caixas em diversas parametrizações próprias e específicas de cada uma e dados os necessários esclarecimentos às diferentes questões colocadas.

No âmbito da gestão do preçário é ainda assegurada a disponibilização de ficheiros mensais de reporte para as Caixas, com detalhe por Agência das cobranças mensais de todas as comissões efectuadas nos vários sistemas.

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3.1.2. Campanhas de Marketing

Macrosegmento Empresas

No âmbito do plano de Marketing de 2016, realizaram-se quatro campanhas de marketing dirigidas aos segmentos prioritários da Agricultura, Pequenas e Médias Empresas, Empreendedores e Comércio e Serviços, cada uma com uma duração de 10 semanas.

Estas campanhas tiveram como objectivo principal a captação de crédito, a subscrição de capital e angariação de novos Clientes e Associados e o incremento da oferta complementar, nomeadamente, produtos de Seguros Vida e Não Vida direccionados para os segmentos em foco, o que contribuiu para a vinculação e fidelização de Clientes actuais e novos.

Estas campanhas contribuíram de forma significativa para o aumento do Crédito de boa qualidade, ajudando a ampliar o produto bancário do Grupo.

Segmento Agricultura

A campanha da Agricultura atingiu no Crédito a Empresas um Grau de Realização do Objectivo (GRO) de 132%, correspondendo a cerca de 335 milhões de euros. Nos produtos complementares da oferta atingiram-se GRO de 271% e 107%, correspondendo a 242 mil e a 226 mil euros, em produtos de Seguros Não Vida e em produtos de Seguros Vida.

Segmento Pequenas e Médias Empresas Sendo prioritário e estratégico o crescimento do negócio com Clientes Empresa, a campanha de Marketing para o segmento de Pequenas e Médias Empresas decorreu sobre o mote “Connosco, tem tudo para crescer”, fazendo apelo á identificação do CA como o banco capaz de responder às necessidades de suporte à actividade e ao crescimento das Empresas.

Esta campanha foi lançada em paralelo com a implementação da função de Gestores de Clientes Empresa, posicionando o CA no mercado com um amplo e competitivo leque de soluções e com um nível de serviço de maior especialização, proximidade e dedicação.

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Apesar de o grau de concretização global não ter alcançado os resultados esperados, os objectivos de crédito e de capital registaram um forte contributo para o crescimento da rúbrica de crédito às Empresas e ainda para a captação de novos Associados e Capital Social das Caixas de Crédito Agrícola, cumprindo assim alguns dos principais objectivos da campanha.

Segmento Empreendedores

Os Empreendedores são um segmento estratégico para o Crédito Agrícola e para o qual a instituição desenvolveu acções comerciais com o objectivo de promover o reconhecimento como Banco de apoio ao Empreendedor, com particular preocupação no apoio ao Jovem Empreendedor.

A campanha desenrolou-se sob o mote “Se a vida te dá limões…” reconhecendo as dificuldades com que os Empreendedores se deparam e às quais o Crédito Agrícola se propõe responder com soluções focadas nas necessidades financeiras de quem pretende concretizar projectos de negócio.

No âmbito da campanha foram reforçadas as soluções disponíveis no CA Espaço 2020, continuando os Empreendedores a contar com um vasto leque de opções os auxiliam desde a fase inicial de projecto ao início e gestão corrente da sua actividade.

Com um grau de concretização próximo dos 100% face aos objectivos propostos, esta campanha contribuiu de forma substancial para o crescimento da concessão de crédito às Pequenas e Micro Empresas e aos ENI e ainda para a captação de novos Associados e Capital Social das Caixas de Crédito Agrícola, atingindo assim os principais objectivos.

Segmento Comércio e Serviços

A Campanha dirigida ao segmento do Comércio e Serviços, que é o

sector de actividade com maior representatividade de Clientes, só

termina em 2017 e mostra uma tendência em que se perspectiva que os

objectivos sejam atingidos ou superados, com um volume de crédito a

atingir 208 milhões de euros. Nos produtos complementares os TPA

atingiram o objectivo, o Seguro Não Vida Comércio e Serviços alcançou

os 77% de GRO e o Seguro Vida CA Negócios cerca de 52% de GRO.

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Macrosegmento Particulares No âmbito do Plano de Marketing de 2016, realizaram-se oito campanhas de marketing destinadas ao macro segmento de Clientes Particulares, cada uma com uma duração de 6 semanas.

Segmento Jovem A campanha para o subsegmento dos Jovens entre os 13 e os 17 anos teve como oferta a Poupança Futuro, o Cartão GR8 e os Seguros CA Acidentes Pessoais Protecção Jovem e o CA Protecção Universitário (nas vertentes Protecção e Capital), utilizou na comunicação a imagem da jovem Teresa Almeida, Campeã Mundial de Bodyboard de 2014.

A campanha contou ainda com a inovação criada na proposta de valor do Programa de Fidelização designado CA Faz Por ti e deu-se continuidade a mais uma edição do Programa CA Nota 20.

Em termos de resultados a Poupança Futuro alcançou um volume de depósitos de 5,5 milhões de euros, com um GRO de 115%. O Seguro

Não Vida CA Acidentes Pessoais atingiu um GRO de 130% e o Seguro Vida CA Universitário um GRO de 75%.

Esta campanha contribuiu de forma significativa para a melhorar o objectivo estratégico do rejuvenescimento da carteira de Clientes através da captação de novos Clientes neste segmento.

A campanha dos Juniores, subsegmento para Clientes até aos 12 anos, deu sequência à promoção da mascote Cristas e à oferta do mealheiro Cristas e, por cada reforço adicional nas novas ou nas actuais Poupanças Cristas, foi oferecido como acessório os óculos ou a prancha do Cristas.

Na campanha foi feito o lançamento do “Clube do Cristas”, uma aplicação digital onde os representantes legais e os nossos Clientes mais novos (até aos 12 anos) podem registar-se para acederem a um conjunto de áreas com diferentes temas de interesse como, por exemplo, jogos do Cristas, agenda cultural de eventos, espectáculos e outras iniciativas para os mais jovens, galerias/álbuns personalizáveis com imagens, criação de convites para festas de aniversário e outras funcionalidades específicas para os mais jovens.

Os representantes legais dos Clientes CA também podem convidar outros jovens (Clientes CA ou não), através dos pais, para participarem no “Clube do Cristas” e desta forma incentivar os pais dos jovens que ainda não sejam Clientes CA a passarem a sê-lo. Os não Clientes só têm algumas funcionalidades disponíveis, de forma a ganharem interesse e a quererem tornar-se Clientes.

Nesta campanha a Poupança Cristas alcançou um volume de depósitos de 9,4 milhões de euros, obtendo um GRO de 153%. Abriram-se 4.209 novas contas de Poupança Cristas, o que corresponde a um GRO de 117%. O Seguro Não Vida CA Acidentes Pessoais atingiu um GRO de 118% e o Seguro Vida CA Universitário um GRO de 35%.

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Segmento Jovem Adulto, Vida Activa, Dedicado e CA 55+ A campanha de angariação de novas activações do serviço Online Particulares com comunicação digital foi dirigida ao macrosegmento particulares, mas com enfoque nos segmentos CA Jovem Adulto e CA Vida Activa, uma vez que são os Clientes mais propensos à utilização deste serviço. Foi promovida a oferta aos Clientes da primeira anuidade de uma apólice do Seguro de Responsabilidade Civil Familiar e de um novo seguro de Protecção Hospitalar. Para dinamizar esta oferta foram feitos 6 sorteios publicitários semanais de iphones.

Os objectivos da campanha foram atingidos em todos os produtos e serviços com um GRO de 190% no On-Line, com mais 15.330 adesões, um GRO de 190% na Responsabilidade Civil Familiar e um GRO de 131% no seguro vida Protecção Hospitalar.

A primeira campanha de crédito pessoal, destinou-se aos segmentos CA Jovem Adulto, CA Vida Activa e CA Dedicado. Apresentou como oferta o Crédito Pessoal, os Seguros Não Vida CA Automóvel e CA Habitação e os Seguros Vida de Protecção ao Crédito Pessoal.

Nesta campanha foram concedidos cerca de 34 milhões de euros de crédito, que corresponderam a um GRO de 328%, no Seguro de Vida Protecção Crédito Pessoal foi atingido um GRO de 126% e no Seguro Automóvel um GRO de 93%.

A campanha de Crédito Habitação destinou-se aos segmentos CA Jovem Adulto e CA Vida Activa. Teve como oferta o Crédito Habitação e os Seguros Protecção Crédito Habitação, CA Habitação

e CA protecção Financeira Credor Hipotecário.

Em termos de resultados o Crédito à Habitação obteve um GRO de 127%, com cerca de 46 milhões de euros concedidos e o Seguro Vida Protecção Crédito à Habitação e o Seguro Não Vida CA Habitação atingiram 58% e 57% de GRO, respectivamente.

A campanha CA Protecção Família, destinada aos segmentos CA Jovem Adulto, CA Vida Activa e CA 55+, teve lugar em

Julho e Agosto, e teve como oferta 3 Seguros de protecção (CA Vida Plena, CA Mulher e CA Saúde) e um Fundo de Investimento Imobiliário (CA Curto Prazo).

O CA Vida Plena e o CA Mulher atingiram um GRO de 102%, com 167 mil euros, o CA Saúde alcançou 386 mil euros e 75% de GRO e os Fundos de Investimento um GRO de 93%, com 22 milhões de euros. A campanha de Crédito Pessoal realizada em Setembro e Outubro teve também

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como oferta o Crédito Pessoal, os Seguros de Vida de protecção ao crédito e os Seguros Não Vida CA Automóvel e CA Habitação, igualmente com condições especiais de subscrição para os

Clientes.

Para os resultados da campanha em muito contribuiu o pricing muito atractivo do Crédito Agrícola na oferta de crédito.

Na campanha foram concedidos 25 milhões de euros de Crédito Pessoal, atingindo um GRO de 197%. O Seguro de Vida Protecção Crédito Pessoal realizou um montante de 223 mil euros, com um GRO de 80% e os Seguros Automóvel e Habitação em conjunto realizaram 994 mil euros com um GRO de 86%.

A campanha exclusiva para o segmento CA Dedicado teve como foco o Investimento e a Protecção. Na vertente de investimento a

oferta integrava os novos Fundos de Investimento especificamente criados para este segmento, o CA Dedicado Valorização e o CA Dedicado Acumulação.

Na vertente de protecção a oferta centrou-se nos Seguros Protecção Família, CA Mulher e CA Saúde Particulares com atribuição de descontos, sendo ainda oferecidos vales para viagens.

Os Fundos de Investimento específicos para este segmento atingiram um volume de 2,3 milhões de euros, com um GRO de 117%, o Seguro de Saúde obteve 390 mil euros, correspondendo a 84% de GRO e os Seguros de Vida risco CA Mulher e Protecção Família atingiram 144 mil euros e 89% de GRO.

Acções de Recuperação

De forma a apoiar as CCAM que apresentaram um desvio na concretização dos objectivos comerciais anuais em famílias de produtos foram implementadas a partir de Setembro Acções de Recuperação de objectivos.

As três Acções realizadas foram determinantes para os resultados que se alcançaram nos produtos CA CliniCard e CA Saúde, nos Fundos Mobiliários e principalmente nos produtos de Vida Risco.

Desafios Comerciais

Foi efectuada a dinamização do Desafio ao Cubo na aplicação do sistema de incentivos, utilizando os períodos que estavam planeados ao longo do ano, sempre em paralelo com as campanhas de crédito que estavam a decorrer.

Estes desafios contribuíram de forma muito relevante para o resultado alcançado no crédito, principalmente no crédito a Empresas.

Programas de Vinculação

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Estes programas têm como objectivo conseguir um primeiro grau de vinculação de Clientes quando estes só têm uma Conta de Depósitos à Ordem, fomentando a venda dos produtos que integram a oferta CA Express.

Decorreram 4 programas ao longo do ano, com a duração de cerca de 12/13 semanas com a oferta dos Serviço On-Line e Mobile, um Cartão de Débito, o Seguro de Vida CA Express Vida e o Seguro Não Vida Acidentes Pessoais CA Vinculação.

3.1.3. Outras iniciativas Além das campanhas de marketing que foram implementadas, foram realizadas um conjunto de acções e iniciativas de dinamização e promoção de produtos e serviços, assim como implementados alguns projectos, destacando-se os seguintes:

Solução CA Empresas Premium

O Crédito Agrícola reforçou a sua aposta na parceria com o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) e com o Turismo de Portugal na consagração das empresas suas clientes com o estatuto PME Líder e PME Excelência, acentuando o seu apoio à obtenção destas certificações. Em resultado, no ano de 2016 o Crédito Agrícola registou um aumento significativo de Clientes com certificação PME Líder.

Ainda em 2016 considerou-se ser relevante a actualização dos diversos suportes de comunicação, para dar maior visibilidade às Soluções CA Empresas Premium, oferta específica direccionada para as PME Líder e PME Excelência distinguindo-as com condições preferenciais de acesso à oferta do GCA.

Espaço 2020

O Crédito Agrícola disponibilizou uma área que pretende facilitar o acesso a informação sobre o Acordo Portugal 2020 a Associados, Clientes e potenciais Clientes do CA.

As iniciativas relativas ao CA Espaço 2020 realizadas procuraram dar continuidade aos objectivos “Apoiamos os seus projectos no Portugal 2020” “Em todos os passos” e à divulgação do Crédito Agrícola como um Banco especializado no acordo com soluções específicas para os empresários.

Projectos

Implementação e Suporte à função de Gestor de Clientes Empresa (GCE)

O crescimento do negócio no segmento de Empresas, em particular junto das de pequena e média dimensão, é um objectivo prioritário para o Grupo Crédito Agrícola.

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Tendo em conta a competitividade crescente e o nível de experiência dos concorrentes é preciso dotar o Crédito Agrícola de uma maior especialização e capacidade para trabalhar o segmento das PME.

Neste sentido, no primeiro trimestre ano de 2016 foi o momento de arranque efectivo da função de Gestor de Clientes Empresa tendo sido assegurados nesta primeira fase um conjunto de procedimentos essenciais e disponibilizado um leque de instrumentos de suporte à função. Destacamos entre estes, aqueles que se revelaram essenciais

para o sucesso da implementação da função:

Manual do Gestor de Clientes Empresa; Apresentação Institucional do GCA; Constituição das carteiras de clientes e sua caracterização; Disponibilização de sistemas de informação de suporte à mobilidade da função; Criação da função do Interlocutor Regional com o objectivo de dar suporte aos GCE.

No segundo semestre de 2016 procedeu-se à execução da segunda fase de implementação da função, assegurando a disponibilização de novas funcionalidades nos Sistemas de informação existentes, direccionadas em exclusivo para o suporte à actuação dos GCE:

Módulo Pipeline de gestão de Clientes Empresa no CA GPS;

Mapas de acompanhamento diário de incidências; Actualização do Portal de Informação de Negócio.

Concluído o ano de 2016, a função de Gestor de Clientes Empresas está capacitada para uma actuação comercial moderna, dinâmica e de proximidade, capaz de corresponder às expectativas dos Clientes Empresa com as necessidades mais complexas e sofisticadas.

Simplificação do processo de venda

No projecto de simplificação do processo de venda iniciou-se a implementação da primeira fase, que se focou nas finalidades de Crédito ao Consumo e em que foram definidas as características de um novo produto de Crédito ao Consumo com aprovação automática, o CA Crédito Flash. Foi também definido o processo de subscrição do novo produto e restantes finalidades de Crédito ao Consumo.

CA Target

Este projecto iniciou-se este ano, pretendendo contribuir para uma maior dinâmica comercial através da implementação de uma infra-estrutura que permite a identificação e disponibilização de oportunidades às Caixas comerciais baseadas na identificação de eventos que ocorrem no ciclo de vida do Cliente e no ciclo de relacionamento que este tem com o Crédito Agrícola. Pretende-se que permita aumentar o grau de contactabilidade com Clientes e reforçar a relação com os mesmos, gerando mais vendas.

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Protocolos

No âmbito da estratégia de estabelecimento de protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, foram concretizados diversos acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais:

ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; ENERGIE – Energia solar termodinâmica; CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; AGROPORTAL – a porta do mundo rural; Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de

Associado.

Em algumas parcerias acima referidas foram realizadas Acção de Comunicação juntamento com as CCAM e com as entidades parceiras, assim como desenvolvidos suportes de comunicação específicos para assegurar a divulgação das mesmas.

Participação em seminários ou congressos para o segmento Empresas e ENI

Participação em diversos seminários e conferências dedicadas a temáticas relevantes para o segmento empresas e empresários:

I Feira Nacional da Floresta – Workshop “Oportunidades de Financiamento para o desenvolvimento florestal”;

Academia do Centro de Frutologia Compal;

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal;

Acções de Comunicação Periódicas e Especializadas

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Em 2016, foi dada continuidade às acções de comunicação/dinamização dirigidas ao macro-segmento empresas e ENI procurando marcar presença através de meios ou suportes especializados:

Newsletter CA Empresas; Newsletter Clube A; Redes Sociais (facebook, linkedin, Instagram e You Tube); Revistas e jornais especializados.

Atribuição da Certificação “Prémio 5 Estrelas” O CA candidatou-se à atribuição do prémio 5 estrelas na categoria de serviço de atendimento ao cliente. Esta certificação é atribuída com base numa metodologia suportada em critérios auditados por um comité técnico e também com a realização de estudos de mercado feitos a Clientes e não Clientes, sendo necessária a obtenção de uma avaliação positiva superior a 70% para que seja atribuída. Este prémio contribuiu para reforçar o posicionamento do Crédito Agrícola como instituição bancária de referência no mercado. Estudo Basef-Banca Marktest

De acordo com os resultados do BASEF Banca, o Crédito Agrícola foi em 2015 e na primeira vaga de 2016 do estudo, realizada no primeiro quadrimestre, o Banco que teve as pontuações mais altas do mercado em quatro critérios de grande importância para os Clientes:

- A satisfação global com a instituição; - A satisfação com o atendimento que é prestado; - A satisfação com a qualidade dos produtos; - e a recomendação (i.e. disponibilidade dos Clientes para recomendarem o seu Banco a outros).

Implementação da presença do Crédito Agrícola nas Redes Sociais. Foi realizado o projecto que pretende implementar a presença do Crédito Agrícola nas Redes Sociais (numa primeira fase no Facebook, Youtube e Instagram), com coordenação da DBD e participação do GCRI, que

implica o envolvimento no planeamento de conteúdos relativos a segmentos e a produção/validação de conteúdos a divulgar. Foi também iniciada a criação de uma página para

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os portugueses no Mundo, que continuará a ser dinamizada de modo a aproximar o Crédito Agrícola de todas as comunidades de portugueses. Desenvolvimento / Implementação de infra-estrutura de comunicação digital Foi desenvolvida e implementada uma infra-estrutura de Marketing Digital que vai permitir comunicar com os Clientes através de Email Marketing, SMS e através de Newsletters com o objectivo de dinamizar as campanhas e as diversas acções e iniciativas de Marketing, bem como o envio de mensagens ou outras comunicações a Clientes.

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RELATÓRIO DE GESTÃO

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ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

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58 RELATÓRIO E CONTAS 2016

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DAS CCAM´S

1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, CRL, adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa de Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice- Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Dr. Amaro Teófilo Ferreira Camilo

Vice-Presidente: Eng.º. João Francisco Dias da Silva

Secretário: Sr. José Rodrigues Onofre

3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC

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59 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de Acão cível ou penal contra o revisor oficial de

contas, administradores, gerente, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número impar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. Atualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros, com mandato para o triénio de 2016/2018.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Eng.º. Francisco João Bernardino da Silva Vogal: Sr. António da Silva Vogal: Sr. José da Silva Rocha Vogal: Dra. Sónia Maria Lemos Real Vogal: Sr. Lourenço José Silva Luzio

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de

atividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior; Adotar as medidas necessárias á garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola; Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não

pagos;

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 51 reuniões em 2016.

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CCAM AZAMBUJA

60 RELATÓRIO E CONTAS 2016

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividades e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e por dois suplentes.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Dra. Ana Madalena Marques Aparício Vogal: Dra. Eulália Romana da Silva Patrício Vogal: Dra. Ana Maria da Silva Sousa Suplente: Eng.º. João Carlos Franco Narciso Suplente: Dr. Alexandre Amaro da Silva sécio

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2016, um total de seis reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o cargo:

Efetivo: Diz & Associados, SROC, Lda. Representado por: Dr. Rui Manuel Tavares Leitão Suplente: Dr. José Joaquim Afonso Diz

6. Política de Remunerações DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRL Aprovado em Assembleia Geral de 19/12/2015.

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61 RELATÓRIO E CONTAS 2016

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRL

Recapitulativo das Remunerações aprovadas em Assembleia Geral de 19 de Dezembro de 2015

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE

FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRL

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redação que

lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração

da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA),

submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos

de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a refletir

adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o

âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos

assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da

mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado

qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo

que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria

das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela

atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a atual redação do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d. A Diretiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Diretiva de Requisitos de

Capital); e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de

Requisitos de Capital).

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CCAM AZAMBUJA

62 RELATÓRIO E CONTAS 2016

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade

na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como

a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica

à atuação da dita Instituição, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas

vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores

da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação

com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insuscetíveis de levar à

assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a

sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as

disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se

considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas

revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas

das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do

nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente

Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objetivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objetivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-

la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4

do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

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63 RELATÓRIO E CONTAS 2016

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor

das remunerações pagas aos Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização

e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer

remuneração sob a forma de ações ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF,

não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de

Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o

desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de

uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica

do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de

Assembleia Geral, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas

também outros critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa,

incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da

informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, consiste em:

O presidente do Conselho Fiscal auferirá um valor correspondente a um décimo da verba fixada para o Presidente do Conselho de Administração e os vogais do Conselho Fiscal um décimo da verba fixada para os Vogais do mesmo Conselho, por cada reunião do Conselho Fiscal em que participem.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES

A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em:

O Presidente do Conselho de Administração auferirá uma verba mensal correspondente a 50% do Nível 18 do Anexo II da Tabela Salarial do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para as Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM) e os vogais 40% do referido Nível 18, incluindo Subsídio de Férias, de Natal e outras retribuições pelo desempenho das suas funções de membros do Conselho de Administração, sendo este valor atualizável em função da atualização das remunerações fixadas para o referido Nível 18

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CCAM AZAMBUJA

64 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Os membros efetivos do Conselho de Administração têm ainda direito à inscrição e à comparticipação como beneficiários dos SAMS – Serviços de Assistência Médico-Social dos Bancários.

6. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS EXECUTIVOS DO ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

A remuneração dos Membros executivos do Orgão de Administração, consiste em:

Uma remuneração líquida mensal pelo exercício do cargo de Administração equivalente ao valor da retribuição líquida que os mesmos receberiam enquanto trabalhadores, sofrendo as mesmas atualizações que se verificariam em sede de contarto de trabalho como sejam diuturnidades, e aumentos da tabela salarial, diuturnidades, subsídios de Férias e de Natal e Férias remuneradas entre outros.

A remuneração será assim paga catorze vezes por ano sendo que a décima terceira e décima quarta prestações serão pagas respetivamente aquando do subsídio de Natal e Férias aos trabalhadores da Instituição.

Os trabalhadores eleitos, continuarão a beneficiar de Seguro de Acidentes de Trabalho nos termos da lei (artigo 2º da Lei 100/99 de 13 de Setembro) e deverão manter na listagem de colaboradores abrangidos pela apólice relativamente ao Seguro de Acidentes Pessoais.

SAMS – manter o benefício dos SAMS sendo que o desconto da contribuição de: 1,5% a cargo do Membro do Orgão Social 6,5% a cargo da CCAM.

7. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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65 RELATÓRIO E CONTAS 2016

REMUNERAÇÕES EM 2016

DOS ORGÃOS SOCIAIS

Conselho de Administração Eng. Francisco João Bernardino da Silva Sr. António da Silva Sr. José da Silva Rocha Dra. Sónia Maria Lemos Real Sr. Lourenço José da Silva Luzio

Remuneração agregada Conselho Fiscal

Eng. Isidro Luís Alexandre Sr. Josué Marques Rosa Sr. Manuel Pires Henriques

Remuneração agregada

€ 19.061,84 €10.812,65 € 15.249,36

€7.228,06 €15.249,36 € 67.600,27

€680,80 €544,60 €544,60

€ 1.770,00

A remuneração dos Administradores Executivos do Sr. António da Silva e da Dra. Sónia Maria Lemos Real correspondem às remunerações auferidas a partir de 07/11/2016, data da sua tomada de posse como Administradores Executivos.

DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

Remuneração estabelecida com base nas práticas de mercado e pré-definida com base no contrato de Prestação de Serviços de Revisão de Contas.

DOS COLABORADORES

Os colaboradores são remunerados com base nas tabelas remuneratórias do ACTV para as ICAM’s e não contém parte variável. A Instituição não emite instrumentos financeiros que possam ser usados para as finalidades descritas na carta circular nº 2/2010/DSB.

DOS COLABORADORES COM FUNÇÕES DE CONTROLO

São remunerados, independentemente do desempenho das áreas sob seu controlo, em função das respectivas funções. Atento no disposto nº. 3 – art.º 17º do aviso nº. 10/2011 do BdP em 2016 os colaboradores abrangidos pelo nº. 2do art.º 1º auferiram a seguinte remuneração agregada de € 108.575,40.

O Conselho de Administração

Eng. Francisco João Bernardino da Silva Sr. António da Silva Sr. José da Silva Rocha Dra. Sónia Maria Lemos Real Sr. Lourenço José Silva Luzio

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66 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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67 RELATÓRIO E CONTAS 2016

EVOLUÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA

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CCAM AZAMBUJA

68 RELATÓRIO E CONTAS 2016

A CCAM DE AZAMBUJA EM 2016

Em 2016 registou-se um aumento de 12,60% na margem financeira do Grupo relativamente a 2015 (245M€ vs 276M€), esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações). Assim o Grupo apresentou no ano de 2016 resultados positivos superiores ao ano transacto em 15,7 milhões de Euros (72 M€ vs 56,3 M€).

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente. A economia portuguesa continua a ressentir-se dos efeitos da crise e das medidas de correcção dos desequilíbrios existentes na esfera das contas públicas.

É neste cenário de dificuldades que tem vindo a afectar particulares e empresas a nível global que, com particular incidência, se tem manifestado em toda a actividade económica do concelho já de si bastante débil.

Concluído o exercício de 2016 a Caixa de Azambuja embora mantendo os seus principais rácios num patamar confortável, apresenta um resultado negativo de € 96.549,34, após impostos, explicável pela necessidade de substancial reforço de provisões.

As perspectivas para 2016 de recuperação de créditos entretanto já cobrados, não chegaram às contas da CCAM, ao que supomos por dificuldades burocráticas o que teve um impacto negativo nos resultados da Caixa.

No entanto, perspectivamos para 2017 uma recuperação que nos permitirá anular o resultado negativo de 2016.

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CCAM AZAMBUJA

69 RELATÓRIO E CONTAS 2016

BALANÇO

Evolução dos Principais Agregados Patrimoniais

ATIVO 2014 2015 ∆ 14/15 2016 ∆ 15/16

Disponibilidades 2.026.496 1.296.108 -36,0 1.709.057 31,9

Aplicações Instituições Crédito 29.612.398 33.814.608 14,2 33.815.742 0,0

Crédito a Clientes 34.859.964 33.150.701 -4,9 33.028.856 -0,4

Ativos não correntes detidos para venda 205.282 224.945 9,6 181.340 -19,4

Participações Financeiras 1.190.585 1.361.842 14,4 1.361.842 0,0

Ativos Intangíveis e Tangíveis 317.279 303.634 -4,3 327.278 7,8

Ativos diversos 1.128.817 1.207.581 7,0 1.285.489 6,5

69.340.821 71.359.419 71.709.604

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

2014 2015 2016

Disponibilidades Aplicações Instituições Crédito

Crédito a Clientes Ativos não correntes detidos para venda

Participações Financeiras Ativos Intangíveis e Tangíveis

Ativos diversos

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CCAM AZAMBUJA

70 RELATÓRIO E CONTAS 2016

BALANÇO

Evolução dos Principais Agregados Patrimoniais

PASSIVO 2014 2015 ∆ 14/15 2016 ∆ 15/16

Recursos Instituições Crédito 158.355 1.822.376 1.050,8 3.430.912 88,3

Recursos Clientes 61.132.254 61.632.778 0,8 60.570.593 -1,7

Provisões 313.215 290.913 -7,1 289.868 -0,4

Passivos Diversos 495.540 464.751 -6,2 394.953 -15,0

TOTAL CAPITAL 7.241.458 7.148.601 -1,3 7.023.279 -1,8

TOTAIS 69.340.822 71.359.419 71.709.604

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

2014 2015 2016

Recursos Instituições Crédito Recursos Clientes Provisões Passivos Diversos TOTAL CAPITAL

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71 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Demonstração de Resultados por Funções

2014 2015 Δ14/15 2016 Δ15/16

Margem Financeira 1.565.560 1.361.619 -13,0 1.207.082 -11,3

Produto Bancário 2.109.715 2.065.170 -2,1 1.781.627 -13,7

Custos Administrativos 1.526.208 1.490.994 -2,3 1.519.992 1,9

Resultado Bruto Exploração 583.507 574.176 -1,6 261.635 -54,4

Amortizações e Provisões 27.894 555.670 1892,1 542.704 -2,3

Resultados Antes de Impostos 555.613 18.506 -96,7 -281.069 -1618,8

Resultado Liq. Exercício 437.872 -51.018 -111,7 -96.549 89,2

-500.000

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2014 2015 2016

Margem Financeira Produto BancárioCustos Administrativos Resultado Bruto ExploraçãoAmortizações e Provisões Resultados Antes de ImpostosResultado Liq. Exercício

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72 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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73 RELATÓRIO E CONTAS 2016

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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74 RELATÓRIO E CONTAS 2016

BALANÇO em 31/12/2016 e 2015

(Montantes expressos em Euros) ACTIVO

Notas

Valor antes de

provisões,

imparidade e

amortizações

Provisões,

imparidade e

anortizações

Valor líquido

1 2 3 = 1 - 2

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 610.704 610.704 553.185

Disponibilidades em outras instituições de

crédito6 1.098.353 1.098.353 742.923

Activos financeiros detidos para negociação 7

Outros activos financeiros ao justo valor

através de resultados8

Activos financeiros disponíveis para venda 9 421 421 50

Aplicações em instituições de crédito 10 33.815.742 33.815.742 33.814.608

Crédito a clientes 11 37.395.693 4.366.837 33.028.856 33.150.701

Investimentos detidos até à maturidade 12 90.000 90.000

Activos com acordo de recompra 13

Derivados de cobertura 14

Activos não correntes detidos para venda 15 240.163 58.823 181.340 224.945

Propriedades de investimento 16

Outros activos tangíveis 17 1.198.765 871.487 327.278 303.634

Activos intangíveis 18

Investimentos em filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos19 1.361.842 1.361.842 1.361.842

Activos por impostos correntes 20 40.113 40.113 63.539

Activos por impostos diferidos 20 702.669 702.669 515.986

Outros activos 21 480.602 28.316 452.286 628.006

Total de Activo 77.035.067 5.325.462 71.709.604 71.359.419

Ano anterior

Ano

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CCAM AZAMBUJA

75 RELATÓRIO E CONTAS 2016

PASSIVO + CAPITAL

Notas

PassivoRecursos de bancos centrais 22

Passivos financeiros detidos para negociação 23

Outros passivos financeiros ao justo valor através de

resultados24

Recursos de outras instituições de crédito 25 3.430.912 1.822.376

Recursos de clientes e outros empréstimos 26 60.570.593 61.632.778

Responsabilidades representadas por títulos 27

Passivos financeiros associados a activos transferidos 28

Derivados de cobertura 14

Passivos não correntes detidos para venda 29

Provisões 30 289.868 290.913

Passivos por impostos correntes 20

Passivos por impostos diferidos 20

Instrumentos representativos de capital 31

Outros passivos subordinados 32

Outros passivos 33 394.953 464.751

Total de Passivo 64.686.325 64.210.818

CapitalCapital 35 5.792.230 5.776.525

Prémios de emissão 35

Outros instrumentos de capital 36

Reservas de reavaliação 36 144.520 165.387

Outras reservas e resultados transitados 36 1.183.078 1.257.707

Resultado do exercício 36 (96.549) (51.018)

Dividendos antecipados

Total de Capital 7.023.279 7.148.601

Total de Passivo + Capital 71.709.604 71.359.419

Ano Ano anterior

O Responsável pela Contabilidade, OO Conselho de Administração,

Dr. João Silva Marques

Eng.º. Francisco João Bernardino da Silva Sr. António da Silva Sr. José da Silva Rocha Dra. Sónia Maria Lemos Real Sr. Lourenço José Silva Luzio

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76 RELATÓRIO E CONTAS 2016

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

em 31/12/2016 e 2015

(Montantes expressos em Euros)

2016 2015Notas

Juros e rendimentos similares 37 1.393.592 1.796.237Juros e encargos similares 38 186.510 434.618

Margem financeira 1.207.082 1.361.619

Rendimentos de instrumentos de capital 39 15 2.004Rendimentos de serviços e comissões 40 650.025 627.166Encargos com serviços e comissões 41 100.537 99.473Resultados de activ e passiv avalia ao justo valor através de result 42Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43Resultados de reavaliação cambial 44 6.155 (1)Resultados de alienação de outros activos 45Outros resultados de exploração 46 18.888 173.855

Produto bancário 1.781.627 2.065.170

Custos com pessoal 47 870.062 882.477Gastos gerais administrativos 48 649.930 608.517Amortizações do exercício 17 e 18 13.857 15.339Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (1.045) (22.302)Correcções de valor assoc ao créd a clientes e val a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 462.856 521.164Imparidade de outros activos financ líquida de reversões e recup 30 10.932 41.469Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 56.105

Resultado antes de impostos (281.069) 18.506

Impostoscorrentes 20 2.163 69.273diferidos 20 (186.682) 251

Resultado após impostos (96.549) (51.018)

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas

Resultado líquido do exercício (96.549) (51.018)

RUBRICA

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77 RELATÓRIO E CONTAS 2016

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA em 31/12/2016 e 2015

(Montantes expressos em Euros) 2016 2015

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimento de juros e comissões 2.043.617 2.423.403Pagamento de juros e comissões (287.047) (534.091)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (1.510.009) (1.481.743)Contribuições para o fundo de pensões (9.983) (9.251)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento 184.519 (69.524)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 25.043 173.854

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais446.139 502.649

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV- -Activos disponíveis para venda 11.303 41.469Aplicações em instituições de crédito 1.134 4.202.210Crédito a clientes 341.010 (1.188.099)Investimentos detidos até à maturidade 90.000 -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda - 19.663Outros activos (12.463) 78.764

430.985 3.154.007Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura- -Recursos de outras instituições de crédito 1.608.536 1.664.021Recursos de clientes e outros empréstimos (1.062.185) 500.524Outros passivos (69.799) (30.788)

476.553 2.133.756

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimentoImpostos pagos

Caixa líquida das actividades operacionais 491.707 749.012

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Variação de activos tangíveis e intangíveis 50.000 1.694Recebimento de dividendos (15) (2.004)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 171.257

Caixa líquida das actividades de investimento 49.985 170.948

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 15.705 341.315Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - -Reservas (44.478) (383.154)

Caixa líquida das actividades de financiamento (28.773) (41.839)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 412.949 536.225

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 412.949 2.026.497Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 1.296.108 1.296.108

O Responsável pela Contabilidade, O Conselho de Administração,

Dr. João Silva Marques

Eng.º. Francisco João Bernardino da Silva Sr. António da Silva Sr. José da Silva Rocha Dra. Sónia Maria Lemos Real Sr. Lourenço José Silva Luzio

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78 RELATÓRIO E CONTAS 2016

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL em 31/12/2016 e 2015

(Montantes expressos em Euros)

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 5.435.210 197.759 1.193.736 (23.119) 1.170.617 437.872 7.241.458

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - - - - -Aplicação do resultado do exercício de 2013: - -

Transferência para resultados transitados - - - 23.119 23.119 - 23.119Constituição de reservas - (32.372) 87.583 - 87.583 - 55.211Distribuição de dividendos - - - - - - -(…) (437.872) (437.872)Alteração de polÍtica contabilÍstica (IAS 19) - - - -

Aumento de capital 342.775 - - - - - 342.775Reembolso de capital (1.460) - - - - - (1.460)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2015: - - - (23.612) (23.612) (51.018) (74.630)

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.776.525 165.387 1.281.319 (23.612) 1.257.707 (51.017) 7.148.602

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - - - - -Aplicação do resultado do exercício de 2015: - -

Transferência para resultados transitados - - - (51.018) (51.018) - (51.018)Constituição de reservas - (20.867) - - - - (20.867)Distribuição de dividendos - - - - - - -(,,,) 51.018 51.018Alteração de polÍtica contabilÍstica (IAS 19) - - - -

Aumento de capital 19.205 - - - - - 19.205Reembolso de capital (3.500) - - - - - (3.500)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2016 - - - (23.611) (23.611) (96.549) (120.160)

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 5.792.230 144.520 1.281.319 (98.241) 1.183.078 (96.549) 7.023.278

Outras Reservas e resultados transitados

2016 2015

Resultado individual (96.549) (51.018)Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (23.611) (23.612)Outros movimentos - -Total Outro rendimento integral do exercício (23.611) (23.612)Rendimento integral individual (120.160) (74.630)

A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CO NSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Dr. João Silva Marques Eng.º. Francisco João Bernardino da Silva

Sr. António da Silva

Dra. Sónia Maria Lemos RealSr. Lourenço José Silva Luzio

Sr. José da Silva Rocha

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CCAM AZAMBUJA

79 RELATÓRIO E CONTAS 2016

ANEXO ÀS CONTAS

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CCAM AZAMBUJA

80 RELATÓRIO E CONTAS 2016

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM AZAMBUJA) é uma instituição de crédito constituída em 15 de Dezembro de 1927 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Eng. Moniz da Maia n.º 57-A, em Azambuja e através de uma rede de cinco balcões situados no concelho de Azambuja. As Notas cujos números não são indicados neste anexo não têm aplicação por inexistência de valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a

receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os rendimentos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos

níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange

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CCAM AZAMBUJA

81 RELATÓRIO E CONTAS 2016

ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste

modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do

impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego (SAMS), para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013. As demonstrações financeiras da caixa em 31 de Dezembro de 2016, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação

Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96 do Banco de Portugal.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes:

a)Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

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CCAM AZAMBUJA

82 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Os rendimentos e gastos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo

são registadas na posição cambial. c)Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e gastos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros rendimentos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações

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CCAM AZAMBUJA

83 RELATÓRIO E CONTAS 2016

introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;

. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação

acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de

locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

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CCAM AZAMBUJA

84 RELATÓRIO E CONTAS 2016

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. e)Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o

custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na

data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como rendimentos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

ii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos gastos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

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CCAM AZAMBUJA

85 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

iii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção

de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as

perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de

desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a

perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

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Anos de Vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente gastos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como gastos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

g) Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

h) Provisões Esta rubrica do passivo não inclui quaisquer provisões constituídas para fazer face riscos

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fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

i) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI

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do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A.. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

j) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de gastos ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em

transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e

associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é

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igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31de Dezembro de 2016 e 2015, a segmentação dos resultados da Caixa Agrícola por linhas de negócio corresponde na sua totalidade à Banca de Retalho. A qual é desenvolvida unicamente em Portugal. Desta forma, não é divulgada informação por segmentos. 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2016 31-12-2015

Caixa:Moedas nacionais 606.245 550.080 Moedas estrangeiras 4.458 3.105

610.704 553.185

6.DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 1.098.292 742.468Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

1.098.292 742.468

Juros a Receber 61 454

1.098.353 742.923 7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não apresenta qualquer valor. 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não apresenta qualquer valor. 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

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90 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2016 31-12-2016 31-12-2015

FERECC Consultores Bombarral 0,0005% 50,00 50,00F. Compensação 370,92

Provisões 0,00 0,00

420,92 50,00

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Aplicações em Instituições de Crédito no País:Em outras instituições de crédito:

Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - CCCAM 33.750.000 33.705.000Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - Direitos Adicionais de Crédito - -

33.750.000 33.705.000Juros a receber 65.742 109.608

33.815.742 33.814.608 Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 7.250.000 9.205.000Entre três meses e um ano 26.500.000 24.500.000Entre um ano e cinco anos - -Mais de cinco anos - -Duração indeterminada - -

33.750.000 33.705.000Juros a receber 65.772 109.608

33.815.772 33.814.608

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91 RELATÓRIO E CONTAS 2016

11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais de crédito a clientes apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 3.252.392 3.287.272Entre três meses e um ano 792.474 1.216.861Entre um ano e cinco anos 4.296.615 3.300.528Mais de cinco anos 23.618.969 23.575.255Duração indeterminada 5.435.242 5.669.591

37.395.693 37.049.507Juros a receber 189.231 175.448

37.584.924 37.224.955

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de

31-12-2016 31-12-2015

Crédito interno

Médio e longo prazos 31.804.124 30.885.532Empréstimos à habitação bonificado 455.390 1.545.149

Empréstimos à habitação regime geral 14.799.324 14.035.659

Empréstimos com garantia real 7.538.539 6.451.788

Empréstimos sem garantia real 8.321.483 8.050.005

Contratos de locação financeira 189.388 302.932

Clientes 189.388 302.932

CCAM - -

Empresas do grupo - -

Empréstimos subordinados (CA Seguros) - -

Papel Comercial 500.000 500.000

Curto prazo 960.115 1.383.379Créditos em conta corrente 794.856 1.177.171

Empresas residentes 725.358 1.158.977

Particulares residentes 69.498 18.194

Descobertos em depósitos à ordem 24.986 58.314Empresas residentes 6.330 20.116

Particulares residentes 18.656 38.198

Cartão crédito 140.272 147.894Empresas residentes 1.943 2.198

Particulares residentes 138.329 145.695

Desconto e Outros creditos titulados efeitos - -

32.764.239 32.268.911

Juros a receber 189.231 175.448

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -

Receitas com rendimento diferido (102.438) (91.288)

(102.438) (91.288)

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 32.851.031 32.353.072

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 4.364.528 4.499.316

Juros vencidos 180.134 170.644

Total crédito e juros vencidos 4.544.662 4.669.961

37.395.693 37.023.032

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92 RELATÓRIO E CONTAS 2016

289.868,00 Euros e 290.913,01 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Quantidade Valor de Valor deObrigações balanço balanço

Empresa 31-12-2016 31-12-2016 31-12-2015

OTRV NOVEMBRO 2021 90 90.000,00 0,00

0,00 0,00

90.000,00 0,00

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não apresenta qualquer valor. 14. DERIVADOS DE COBERTURA Não apresenta qualquer valor. 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 240.163 240.163Equipamento - -Outros - -

240.163 240.163

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

240.163 240.163Provisões:

Imóveis (58.823) (15.218)Equipamento - -Outros - -

181.340 224.945

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93 RELATÓRIO E CONTAS 2016

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Provisões líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 220.500 - - - - - - 220.500 (58.823) 161.678Equipamento - - - - - - - - - -Outros 19.663 - - - - - - 19.663 - 19.663

240.163 - - - - - - 240.163 (58.823) 181.340

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Provisões líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 220.500 - - - - - - 220.500 (15.218) 205.282Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - 19.663 - - - - 19.663 - 19.663

220.500 - 19.663 - - - - 240.163 (15.218) 224.945

31-12-2015 31-12-2016

31-12-2014 31-12-2015

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Não apresenta qualquer valor. 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

31-12-2016Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 43.089 - - - - - 2.500 - - 40.589Edificios 422.629 271.512 - - - 8.442 - - 142.676Outros 31.076 7.251 - - - 621 - - 23.204

Obras em imóveis arrendados 55.218 14.449 - - - 1.104 - - 39.665 Outros imóveis - - - 50.000 - 333 10.000 - - 39.667

552.012 293.211 - 50.000 - 10.501 12.500 - - 285.800

Equipamento: Mobiliário e material 159.266 159.266 - - - - - - - Máquinas e ferramentas 47.135 39.836 - - - 2.462 - 4.837 Equipamento informático 147.574 147.574 - - - - - - - Instalações interiores 99.253 96.246 - - - 469 - - 2.539 Material de transporte 47.993 41.242 - - - 324 - - - 6.427 Equipamento de segurança - - - - - - - - - - Outro equipamento 67.857 67.756 - - - 101 - - 0

569.078 551.920 - - - 3.356 - - - 13.802

Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 27.675 - - - - - - - - 27.675

1.148.765 845.131 - 50.000 - 13.857 12.500 - - 327.278

31-12-2015

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94 RELATÓRIO E CONTAS 2016

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS Não apresenta qualquer valor. 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2016 31-12-2016 31-12-2015

CAIXA CENTRAL, CRL Banca Lisboa 0,446% 1.136.785,00 1.136.785,00CA Seguros & Pensões, SGPS Lisboa 0,169% 216.205,00 216.205,00CA Vida, SA Seguros Lisboa 0,00006% 50,00 50,00CA Seguros, SA Seguros Lisboa 0,00005% 25,00 25,00CA Informática, SA Informática Damaia 0,12% 8.757,45 8.757,45Fenacam, FCRL Consultores Lisboa 0,0004% 20,00 20,00

Provisões 0,00 0,00

1.361.842,45 1.361.842,45

Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado

Empresa líquido líquida líquido

CAIXA CENTRAL, CRL 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580 *CA Seguros & Pensões, SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152 *CA Vida, SA 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836 *CA Seguros, SA 205.395.852 45.875.934 3.824.365 *CA Informática, SA 16.832.400 7.230.047 235.720 *Fenacam, FCRL 6.948.251 4.798.343 20.639 *

* todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Adicionalmente, a Caixa Azambuja é membro de um Agrupamento Complementar de

Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo

com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal

imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE

podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.

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95 RELATÓRIO E CONTAS 2016

No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante

ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um

pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE,

sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos

elegíveis realizados por um ACE.”

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, eram os seguintes:

2016 2015

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar 40.113 63.539

40.113 63.539

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar - -

- -

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 549.228 515.986Por prejuízos fiscais reportáveis 95.084 -

644.312 515.986

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 58.357 -

58.357702.669 515.986

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2016 2015

Impostos correntesImposto s/lucros do exercicio 2.163 69.273Prejuízos fiscais reportáveis - -

2.163 69.273Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias (186.682) 251Prejuízos fiscais reportáveis - -

(186.682) 251

Total de impostos reconhecidos em resultados (184.519) 69.524

Resultados antes de impostos (281.069) 18.506

Carga fiscal 65,65% 375,68% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2011 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

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CCAM AZAMBUJA

96 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos (281.069) 18.506

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 24,50% 2.163 24,50% 69.273

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 0,00% - 0,00% -Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% -Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% -Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% -Impostos Diferidos 66,42% (186.682) (0,09%) 251(…)Diferenças permanentesMais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% -Correcções relativas exerc anteriores 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais negativas 0,00% - 0,00% -Outras diferenças permanentes 0,00% - 0,00% -Deduções à colecta 0,00% - 0,00% -Tributações autónomas 0,00% - 0,00% -(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício (184.519) 69.524

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,00% 0,00%

Custo com imposto do exercício 90,92% (184.519) 24,41% 69.524

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores

Impostos correntes sobre os lucros (184.519) 69.524

2016 2015

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CCAM AZAMBUJA

97 RELATÓRIO E CONTAS 2016

21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Outros activosOutros metais preciosos - -Devedores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -Reembolsos pedidos - IMT - -

Despesas a debitar a clientes 26.475 26.475Bonificações a receber 689 811Outros devedores diversos 113.205 121.198

140.369 148.484

Outros rendimentos e receber 753 41753 41

Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões - 23.611Seguros 5.143 5.216Outras - * -

Fornecedores - -Sams - -CA Informatica - -

5.143 28.827

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar 3.564 -(…) - -Outras

Rejeitados DO 114 278ATM Caixa Automatica 329.720 480.760ATM a regularizar 918 1.000Rotina PCSB-FMS 20 10PSC - Acordos Protocolares - 23.397

334.337 505.444

Despesas de Crédito em ContenciosoDevedores -Desp. Cred. Contencioso (28.316) (28.316)

- -(28.316) (28.316)

452.286 654.481

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não apresenta qualquer valor. 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não apresenta qualquer valor. 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não apresenta qualquer valor. 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO O saldo existente em 2016 no montante de 3.430.603,80 euros refere-se à conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM, tendo gerado juros a pagar no valor de 292,52 euros (taxa anual fixa de 0,18%). Esta conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM foi criada no âmbito das Linhas de refinanciamento TLTRO do BCE ao SICAM com o objetivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento. As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018 e são remuneradas a uma taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com reembolso antecipado obrigatório em Setembro de 2017 caso a evolução do crédito elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE. As CCAM terão acesso a esta linha de financiamento por intermédio de operações com a CCCAM, através das quais serão efetuadas transferências de fundos de acordo com o

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CCAM AZAMBUJA

98 RELATÓRIO E CONTAS 2016

crédito concedido por cada CCAM e com um limite inicialmente estabelecido de acordo com o Ponderador de Carteira de Crédito Total (PCCT) de cada uma.

2016 2015

Recursos Out. Inst. Credito - CCCAM 2.986.037 1.822.204Recursos Out. Inst. Credito - CCCAM 444.567Juros a pagar 308 172

3.430.912 1.822.376 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Depósitos À ordem 23.279.593 21.895.038A prazo 25.567.927 28.748.539De poupança 11.628.832 10.806.433

Outros recursos de clientes - -Cheques e ordens a pagar 1.196 846Outros - -

60.477.548 61.450.856Juros a pagar 93.044 181.921

60.570.593 61.632.778

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 35.936.460 34.789.636Entre três meses e um ano 21.681.376 22.693.580Entre um ano e três anos 2.612.712 3.815.737Entre três e cinco anos 58.018 49.928Mais de cinco anos 188.981 101.974

60.477.547 61.450.855

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não apresenta qualquer valor. 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não apresenta qualquer valor. 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Não apresenta qualquer valor.

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99 RELATÓRIO E CONTAS 2016

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2016

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 18.416 335.960 125.994 - - 228.380- Crédito e juros vencidos 3.880.390 1.594.544 1.330.721 5.757 - 4.138.455- Risco-país - - - - - -

3.898.806 1.930.504 1.456.716 5.757 - 4.366.837Provisões: - Riscos gerais de crédito 290.913 77.511 78.556 - - 289.868 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

290.913 77.511 78.556 - - 289.868

Imparidade- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 43.534 56.105 - - - 99.639Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos - - - - - -

43.534 56.105 - - - 99.639

4.233.254 2.064.119 1.535.272 5.757 - 4.756.344 31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não apresenta qualquer valor. 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Não apresenta qualquer valor.

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CCAM AZAMBUJA

100 RELATÓRIO E CONTAS 2016

33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Responsabilidades com Pensões e Outros Benefícios 16.003 34.328Credores e outros recursosRecursos diversosSector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 24.655 30.004Contribuições para a Segurança Social 15.589 16.505Imposto sobre o Valor Acrescentado 814 664

Cobranças por conta de terceiros 960 1.127Contribuições para outros sistemas de saúde 3.448 4.169Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -Outros credores 58.207 * 75.260 *

Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 87.525 112.721Prémio de antiguidade 40.719 38.479Subsídio de morte - -Remunerações variáveis - -Outros - -

Por gastos gerais administrativos - -Outros 5.346 - Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 1.885 1.846Outras 700 710 Valores a regularizarPosição cambial - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -Outras operações a regularizar 139.102 * 148.939 *

394.953 464.751

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se

registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2016 31-12-2015

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 470.249 390.734Aceites e endossos - -Créditos documentários abertos - -Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 2.396.922 2.453.698Compromissos revogáveis 4.285.932 5.153.441

Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 90.550 134.553Valores recebidos para cobrança - -Valores administrados pela instituição - -Outras - -

7.243.653 8.132.426

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CCAM AZAMBUJA

101 RELATÓRIO E CONTAS 2016

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura associativa da Caixa é a seguinte:

N º de N º de N º de N º deassociados titulos Capital associados titulos Capital

Associados:(…) 2.019 1.158.446 5.792.230 1.930 1.155.305 5.776.525

2.019 1.158.446 5.792.230 1.930 1.155.305 5.776.525

20152016

Nota: 1 Título capital = € 5,00

36.RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E

1LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2015

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidosDe activos financeiros disponíveis para venda(…)

- -Outros instrumentos de capital

Reserva legal 1.273.348 1.273.348Outras reservas 7.972 7.972Resultados transitados (98.241) (23.612) 1.183.078 1.257.707Resultado do exercício -96.549 -51.018 1.086.529 1.206.689

Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados. Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

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CCAM AZAMBUJA

102 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de disponibilidades em bancos centrais

Depósitos à ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.032 3.074

Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 240.661 551.948

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno 0,0

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - 121

Empréstimos 449.519 506.650

Créditos em conta corrente 62.613 96.742

Descobertos em depósitos à ordem 7.203 8.514

Créditos tomados - factoring - -

79040005 Operações de locação financeira 11.003 13.209

Operações de compra com acordo de revenda - -

79040008 Outros créditos 82 89

Particulares

Habitação

79040010 Operações de locação financeira -

Outros créditos 244.514 * 272.153 *

Consumo

79040011 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 176.840 * 179.000

790400118 Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos 100.376 101.528

Créditos em conta corrente 3.765 4.851

Descobertos em depósitos à ordem 10.820 11.659

Operações de locação financeira 1.326 1.803

Outros créditos 15.644 16.010

Outros juros e rendimentos similares 68.195 28.886

1.393.592 1.796.237

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CCAM AZAMBUJA

103 RELATÓRIO E CONTAS 2016

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 5.667 3.526no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 180.800 431.092Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares 44 -

186.510 434.618

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais 15 2.003Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

Outros instrumentos de capital - -

15 2.003

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CCAM AZAMBUJA

104 RELATÓRIO E CONTAS 2016

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-16 31-12-15Por garantias prestadas

Garantias e avales 19.000 36.136Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -

19.000 36.136Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 29.630 23.703Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis - 1.774

Compromissos revogáveis - -29.630 25.477

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 545 191Administração de valores - -Transferência de valores 7.073 6.211Gestão de cartões 515 215Anuidades 62.357 47.371Operações de crédito

Outras operações de crédito 110.782 * 95.877 *Outros serviços prestados 312.818 * 306.255 *

494.091 456.120Por operações realizadas por conta de terceiros

Outras operações realizadas por conta de terceiros - * - *- -

Outras comissões recebidas 107.304 * 109.433 *

650.025 627.166 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 60 -Operações de crédito 332 443Cobrança de valores 79 62Administração de valores - -Outros 90.352 * 94.140 *

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 9.715 4.828

100.537 99.473

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS

DE RESULTADOS Não apresenta qualquer valor.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Não apresenta qualquer valor.

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CCAM AZAMBUJA

105 RELATÓRIO E CONTAS 2016

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Perdas em diferenças cambiais (701) (1.479)Ganhos em diferenças cambiais 6.856 1.478

6.155 (1)

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Não apresenta qualquer valor.

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - 171.282Ganhos não realizados - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

Outros activos não financeiros - * -- 171.282

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 20 63Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 11.076 6.816Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 107.261 51.137

Rendimentos da prestação de serviços diversos 41.054 7.735Outros 599 3.902

160.010 69.652

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (5.200) (10.143)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (508) (6.217)Contribuições para o Fundo de Resolução (11.653) (8.298)Outros encargos e gastos operacionais (96.263) (30.299)

(113.623) (54.958)

Outros ImpostosImpostos indirectos (13.069) (8.462)Impostos directos (14.430) (3.659)

(27.499) (12.121)

18.888 173.855

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106 RELATÓRIO E CONTAS 2016

47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 47.381 51.092Empregados 621.611 634.397

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões 9.983 9.251Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 144.326 142.364SAMS 34.800 35.186Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 6.682 6.564

Outros - -

Encargos sociais facultativos

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Outros 5.280 3.623

870.062 882.477

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, apresenta a seguinte composição:

2016 2015

Conselho de Administração 5 3Gerência 0 2Chefias Intermédias 3 5Técnicos 4 4Administrativos 12 10Outros 5 5 A política de remunerações em vigor para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja é a seguinte: Assembleia-geral e Conselho Fiscal A forma de remuneração adoptada consiste no pagamento de uma remuneração variável, a título de senhas presença por cada reunião do Órgão a que estiverem presentes. Conselho de Administração A remuneração fixada decorre de deliberação da Assembleia-geral, no âmbito das atribuições que lhe estão estatutariamente cometidas. Essa remuneração consiste na atribuição de um montante fixo mensal, pago doze vezes por ano e actualizável, anualmente,

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CCAM AZAMBUJA

107 RELATÓRIO E CONTAS 2016

nos mesmos termos e percentagem em que o forem os salários dos trabalhadores do Crédito Agrícola, fixados em Acordo Colectivo de Trabalho. Atendendo a que a CCAM, enquanto cooperativa, não tem fins lucrativos, não existe politica de remuneração variável, anual ou plurianual, baseada em objectivos assentes em lucros do exercício. Os membros do Conselho de Administração não recebem quaisquer outras compensações adicionais às acima referidas, nomeadamente as relativas ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo. Não são atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste órgão de gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações associáveis a remunerações, nomeadamente, pagamentos desfasados de componente variável ou qualquer outra forma directa ou indirecta de remuneração. De notar que os dois Administradores executivos iniciaram as suas funções em Novembro de 2016. No exercício de 2016, o detalhe das remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais apresenta-se de seguida: Assembleia Geral: 0,00 0,00

Conselho de Administração:Presidente 19.061,84 19.061,84

Vogal 15.249,36 15.249,36Vogal 15.249,36 15.249,36Vogal 10.812,65 10.812,65Vogal 7.228,06 7.228,06

67.601,27 67.601,27

Conselho Fiscal:Presidente 680,80 680,80

Vogal 544,60 544,60Vogal 544,60 544,60

1.770,00 1.770,00

Certificação Legal das Contas - ROC 8.778,0078.149,27 €

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108 RELATÓRIO E CONTAS 2016

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 26.765 24.755Material de consumo corrente 12.730 11.094Publicações - -Material de higiene e limpeza 2.688 2.810Outros fornecimentos de terceiros 6.366 * 6.906 *

48.550 45.565Com serviços:

Rendas e alugueres 18.520 18.656Comunicações 61.930 56.718Deslocações, estadas e representação 2.005 2.136Publicidade e edição de publicações 46.874 34.052Conservação e reparação 20.603 19.040Transportes 13.123 11.598Formação de pessoal - -Seguros 8.903 8.768Serviços especializados:

Avenças e honorários 22.538 23.168Judiciais contencioso e notariado 6.145 2.383Informática 244.623 242.002Segurança e vigilância 4.288 3.935Limpeza 2.967 3.765Informações 5.265 3.758Bancos de dados - -Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 28.995 23.475Tratamento de valores 41.051 36.604Avaliadores externos 22.815 18.210(…)Outros serviços de terceiros 50.736 54.686

601.381 562.953

649.930 608.517

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109 RELATÓRIO E CONTAS 2016

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo

Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo

TotalActivos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.098.353 - - 1.098.353 742.923 - - 742.923Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -Aplicações em instituições de crédito 33.815.742 - - 33.815.742 33.814.608 - - 33.814.608Crédito a clientes - - - - - - - -Outros activos - - - - - - - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -Recursos de outras instituições de crédito - - - - - - - -Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -Passivos subordinados - - - - - - - -Outros passivos - - - - - - - -

Custos:

Juros e encargos similares 5.667 - - 5.667 3.526 - - 3.526Encargos com serviços e comissões - - - - - - - -Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - - - -Gastos gerais administrativos - - - - - - - -

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 241.693 - - 241.693 555.022 - - 555.022Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -Rendimentos de serviços e comissões - - - - - - - -Outros resultados de exploração - - - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -Garantias recebidas - - - - - - - -Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

2016 2015

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

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110 RELATÓRIO E CONTAS 2016

50. PENSÕES DE REFORMA Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A.. De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo. Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS.

1. INTRODUÇÃO

A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação actuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respectivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM AZAMBUJA, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de 2016. O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade. Esta avaliação actuarial contempla os trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizado a informação referente a Dezembro de 2016 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2016 para a restante população.

Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM).

De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo colectivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões totais de reforma e sobrevivência, previstas no ACT independentemente das pensões recebidas de regimes de Segurança Social.

No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) passaram a ser financiados através do fundo de pensões.

As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adoptar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspectos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência. Porém, de acordo com o Aviso nº 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos nº 4/2005, nº 12/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pôde ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014.

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111 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pôde ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2016.

Em 31 de Dezembro de 2013 foram publicados o Decreto-Lei nº 167-E/2013 e a Portaria nº 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos, para 2016 a idade de 66 anos e 2 meses e futuramente a idade normal de reforma varia de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, verificada entre o 2º e 3º ano anteriores ao ano de início da pensão de velhice, na proporção de dois terços.

Adicionalmente, o Decreto-lei nº 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do factor de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de reforma por velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do factor de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma. O estudo actuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) 19.

2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

A partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte

informação sobre a população:

Trabalhadores no Activo e Licenças sem vencimento

Número de Participantes 24

Idade média 55,1

Antiguidade média na Banca 25,7

Salário médio anual 25.654€

Folha anual de salários 615.694€

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112 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Pré-reformados

Número de Participantes 0

Idade média N/A

Antiguidade média na Banca N/A

Salário médio anual N/A

Folha anual de salários N/A

N/A – Não aplicável

Reformados e pensionistas

Número de Beneficiários 7

Idade média 64,3

Pensão média anual a cargo do Fundo 1.580€

N/A – Não aplicável

3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIAL

Nesta avaliação actuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e

demográficos:

Pressupostos Financeiros

Taxa de crescimento salarial futura 1,40%

Taxa de crescimento do Salário Mínimo Nacional 2,50%

Taxa de desconto (Ver descrição abaixo)

Taxa de crescimento das pensões 1,0%

Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social – (nº2 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007)

1,40%

Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social (nº1 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007)

1,40%

Pressupostos Demográficos

Tábua de mortalidade TV 88/90

Tábua de invalidez EVK 80

Idade normal de reforma De acordo com o Decreto-Lei nº 167-E/2013

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113 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte: a) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial inferior a 55

anos: 2,30% b) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial igual ou

superior a 55 anos: 2,10% c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas: 1,75%

A descida da taxa desconto, face ao ano anterior, aplicada aos vários grupos populacionais, teve por referência o nível dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades do Fundo de Pensões Crédito Agrícola. Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação. Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social. Para efeito da presente avaliação actuarial, nomeadamente para o cálculo da idade normal de reforma de acordo com o Decreto-lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos (EMV65) aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2016 de 19,31 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística). Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Credito Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de acordo com a clausula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à data de reforma definidas na clausula 81ª do mesmo documento. No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do “Projected Unit Credit”. O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor actual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quantas o seu número total de anos de serviço no sector, sendo em cada ano, afectada e financiada uma "unidade". No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio9 (antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respectivas probabilidades de ocorrência em cada ano. A determinação da pensão de sobrevivência efectuou-se somente para os participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respectivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. Não se efectuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no activo, por falta de elementos.

9 Este rácio é diferente para cada ano em que se estima o custo com o benefício de invalidez, ou seja, no ano da avaliação o rácio é 1

e no ano t é antiguidade/(antiguidade + t).

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114 RELATÓRIO E CONTAS 2016

4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ACTUARIAL

4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Activo e Licenças sem vencimento

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor actual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no activo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica: Valores em Euros

Valor actual das Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016 Por serviços passados 378.633

Por serviços futuros 148.535 4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e Pensionistas Relativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de pré-reformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos actuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam: Valores em Euros

Pré-reformados 0 Reformados e pensionistas 176.063

4.3. Custo Normal do plano de pensões Apresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS: Valores em Euros

a) Valor do custo normal para 2017 14.981

b) Massa salarial anual 615.694

c) Taxa de contribuição normal a)/[b)x1,014] 2,4% Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal.

4.4. Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade

De acordo com a cláusula 127ª do acordo colectivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade.

O valor actual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2016):

Valores em Euros

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CCAM AZAMBUJA

115 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Valor actual das Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016 Por serviços passados 40.717

Por serviços futuros 23.569

5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES

O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2016: Valores em Euros

Responsabilidades no início do exercício 523.676 (+) Custo do serviço corrente: 14.286

Custo da Entidade 9.027

Contribuições efectuadas pelos empregados 5.259

(+) Custo dos Juros 12.082

(+/-) (Ganhos) e Perdas actuariais nas responsabilidades 20.101

(+) Acréscimos de responsabilidades de reformas antecipadas 0

(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.060

(-) Contribuições pagas aos SAMS 4.390 Responsabilidades no fim do exercício 554.696

O efeito da alteração de pressupostos, em 31 de Dezembro de 2016, foi um aumento de cerca de 24.814€ no valor actual das responsabilidades por serviços passados. 6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES

O valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2016: Valores em Euros

Valor do fundo no início do exercício 489.350

(+) Contribuições 54.434

Contribuições da CCAM AZAMBUJA 49.175

Contribuições dos empregados 5.259

(+) Capitais de Seguro recebidos 0

(+) Rendimento líquido 13.638

(-) Prémio de Seguro pago 8.946 (+) Participação de resultados de Seguro 5.669 (-) Pensões de reforma e sobrevivência pagas 11.060 (-) Contribuições pagas para o SAMS 4.390

Valor do fundo no fim do exercício 538.695 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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CCAM AZAMBUJA

116 RELATÓRIO E CONTAS 2016

As responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2016, a 554.696€. O valor das responsabilidades por amortizar em 31 de Dezembro de 2016, referente ao plano de amortização referido no ponto1., era de 0€. Deste modo, de acordo com o Aviso nº 12/2001 do Banco de Portugal (com os serviços passados de pessoal no activo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor actual das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2016, era de 535.764€. O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2016, referente à quota-parte da CCAM AZAMBUJA era de 538.695€. Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota-parte da CCAM AZAMBUJA era o seguinte:

Nível de Financiamento Global 97,1%

Nível de Financiamento Aviso 12/200110 100,5%

De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e actualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento. Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT.

Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projectado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação actuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação actuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente actualizado face aos novos contextos macro-económicos.

Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal.

Lisboa, 31 de Janeiro de 2017

Daniel Reis Actuário Responsável

10 Com as alterações dos avisos nº4/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal.

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117 RELATÓRIO E CONTAS 2016

DOCUMENTO EXPLICATIVO DE CONTABILIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS (IAS 19) E RESPECTIVOS IMPACTOS FISCAIS

ADICIONALMENTE, OS REGISTOS CONTABILÍSTICOS APRESENTADOS NESTE DOCUMENTO, TÊM COMO PRESSUPOSTOS: •QUE DE 2007 A 2015 A CCAM AZAMBUJA EFECTUOU DE FORMA CORRECTA OS REGISTOS APRESENTADOS NO MEMORANDO DO ANO PASSADO; •NÃO TENHAM OCORRIDO REGISTOS CONTABILÍSTICOS RELATIVAMENTE À MATÉRIA APRESENTADA NESTE DOCUMENTO, EXCEPTO NO QUE SE REFERE ÀS

CONTRIBUIÇÕES EFECTUADAS EM 2016 PARA O FUNDO DE PENSÕES E AO PAGAMENTO DOS PRÉMIOS DE ANTIGUIDADE. DESTE MODO, A RESPONSABILIDADE QUANTO AOS SALDOS REGISTADOS NAS VÁRIAS RUBRICAS RELACIONADAS COM OS BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS É DA CAIXA CENTRAL DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO. 1) IMPACTO CONTABILÍSTICO

1.i) OBJECTIVO Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo, o Crédito Agrícola assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma antecipada (regime da Segurança Social de flexibilização da idade de reforma), reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Foi constituído um fundo de pensões destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pósemprego. O presente documento destina-se a explicar e documentar os movimentos contabilísticos associados à contabilização dos benefícios aos empregados (Fundo de Pensões, SAMS e prémio de antiguidade) de acordo com a norma “IAS 19 Revisto – Benefícios aos empregados”. 1.ii) ENQUADRAMENTO A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos

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118 RELATÓRIO E CONTAS 2016

empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013. Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista. As principais alterações foram:

Reconhecimento

• Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas atuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas atuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem;

• Eliminação do conceito "retorno esperado dos ativos". Apresentação

•Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos

serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;

•Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo

passivo (ativo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de

relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (ativo) líquido de benefícios

definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios);

•Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da

remensuração das responsabilidades por serviços passados e ativos do plano.

1.iii) CONTABILIZAÇÃO EM NCA 1.iii.a) Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007 Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006. Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007 Fundo de pensões A.1. Responsabilidades PCSB 203.922

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 51.167

A.2.1. Tábua de mortalidade 19.303

A.2.2. Pressupostos financeiros 31.864

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 255.089

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CCAM AZAMBUJA

119 RELATÓRIO E CONTAS 2016

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-

2006

240.101

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.)

14.988

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS): B.1. Com trabalhadores no ativo e extrabalhadores 197.489

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 31.135

B. Total 228.624

1-01-2007

Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 111.883

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 111.883 De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades

decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode

ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes

anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM AZAMBUJA prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

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CCAM AZAMBUJA

120 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora são reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de

mortalidade

16.545 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros

25.491 7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em

PCSB

28.943 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde

(SAMS)

195.963 9 anos 2016

No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS 19, no que respeita a: - Alteração dos pressupostos financeiros;

- Excesso de cobertura em PCSB.

Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a: - Alteração da tábua de mortalidade; - Encargos com saúde (SAMS). Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte: 31-12-2016*

A.2.1.2016 Alteração da tábua de

mortalidade

1.838

B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 21.774

2016 TOTAL 23.612 TOTAL = A.2.1.2016 + B.2016 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.

1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2016

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CCAM AZAMBUJA

121 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM AZAMBUJA com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:

Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Idade de reforma Método de avaliação

Pressupostos financeiros: Taxa de desconto Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios Taxa de crescimento das pensões

Taxa de revalorização de salários para a Segurança

Social: -de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 -de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007

31/12/2016

TV – 88/90 EVK 80

(**)

“Projected Unit

31/12/2015

TV – 88/90 EVK 80

(**)

“Projected

Unit Credit”

(*)

1,40% 1,00%

1,40%

1,40%

2,70%

2,30%

2,00%

Credit”

(*)

1,40% 1,00%

1,40%

1,40%

2,30%

2,10%

1,75%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da

população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55

anos : Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55

anos : Pré-reformados, reformados e pensionistas :

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM AZAMBUJA, é o seguinte:

31-12-2016 F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços

passados 554.696

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 355.072

F.2 Com licenças sem vencimento 23.561

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 176.063

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CCAM AZAMBUJA

122 RELATÓRIO E CONTAS 2016

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pósemprego referente à CCAM AZAMBUJA é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 14.286

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 956

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 17.591

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os

valores realizados

-7.224

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e

nas condições dos planos

24.814

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de

reformas antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 32.832

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM AZAMBUJA foi o seguinte:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-

12-2015

489.350

H.1 (+) Contribuições efectuadas 54.434

H.1.1 Pela CCAM AZAMBUJA 49.175

H.1.2 Pelos empregados 5.259

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões

(liquido)

13.638

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 8.946

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 5.669

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.060

H.5.1 Por reformas antecipadas 3.391

H.5.2 Outros 7.669

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.390

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-

12-2016

538.695

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões

em 2016

(H.7.2016 – A.4.2015)

49.345

O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

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CCAM AZAMBUJA

123 RELATÓRIO E CONTAS 2016

F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro

de 2015

523.676

G.1 (+) Custo do serviço corrente 14.286

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 9.027

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos

empregados

5.259

G.2 (+) Custo dos juros 12.082

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas

responsabilidades

20.101

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de

reforma antecipadas

s 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.060

H.5.1 Por reformas antecipadas 3.391

H.5.2 Outros 7.669

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.390

F.2016 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2016 554.696

K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 – F.2015)

31.020

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços

passados

554.696

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso

7/2008)*

0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso

12/2001)

535.764

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19. Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

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CCAM AZAMBUJA

124 RELATÓRIO E CONTAS 2016

No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 165.387

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2016 –

Ganhos e perdas atuariais

-20.867

RI.2016 Desvios atuariais em 31-12-2016 144.520

Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-015

N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 38.477

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0

N.2015 Total 38.477

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 40.717

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 0

N.2016 Total 40.717

Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no ativo 2.240

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total 2.240

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CCAM AZAMBUJA

125 RELATÓRIO E CONTAS 2016

REGISTOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2016

Registo do impacto da adopção do IAS 19 no Fundo de pensões:

a) Pela amortização do impacto da alteração dos pressupostos financeiros e atuariais

Alteração da tábua de

mortalidade

A.2.1.2016

Db: # 612.000.000.000.000 Resultados

transitados -

Alteração de políticas contabilísticas

1.83

8

A.2.1.2016

Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com

encargos diferidos - Outras despesas com

encargo diferido -

Fundo de pensões – Encargos a diferir

1.83

8

Registo da variação anual com o SAMS: a) Pela amortização do impacto da transição

B.2016 Db: # 612.000.000.000.000 Resultados

transitados -

Alteração de políticas contabilísticas

21.774

B.2016 Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com

encargos diferidos - Outras despesas com

encargo diferido -

Fundo de pensões – Encargos a diferir

21.774

•Registo do impacto da adopção do IAS 19 Revisto no Fundo de pensões:

a) Pelo movimento das responsabilidades totais e dos ativos do Fundo

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CCAM AZAMBUJA

126 RELATÓRIO E CONTAS 2016

G.1.1 Db: #

702.100.000.000.000

Gastos com pessoal -

Encargos sociais

obrigatórios - Fundos

de pensões

9.027 Custo do serviço

corrente

G.3. Db: # #

702.100.000.000.000

Gastos com pessoal -

Encargos sociais

obrigatórios - Fundos

de pensões

956 Custo dos juros

líquidos

“Net Interest”

G.5. Db: #

702.100.000.000.000

Gastos com pessoal -

Encargos sociais

obrigatórios - Fundos

de pensões

0 Custo com

reformas

antecipadas

G.4.Ano Db: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

17.591 (Ganhos) e perdas

atuariais

H.8 Db: #

501.000.000.000.000 –

Responsabilidades com

pensões e outros

benefícios - Valor

patrim. do fundo de

pensões

49.345 Variação na quota-

parte do

Fundo de Pensões

H.4 Db: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

8.946 Pelo pagto do

prémio de seguro

efectuado pelo

Fundo Pensões

K. Cr: #

500.000.000.000.000 -

Responsabilidades com

pensões e outros

benefícios -

Responsabilidades

totais

31.020 Variação nas

responsabilidades

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CCAM AZAMBUJA

127 RELATÓRIO E CONTAS 2016

H.1.1 Cr: #

548.080.000.000.000 -

Outras operações

activas a regularizar

49.175 Contribuições

efectuadas pela

CCAM

H.2 Cr: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

0 Capital recebido de

seguro

H.9 Cr: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

5.669 Participação no

resultado do

seguro

Nota: Por interpretação do ROC às contas consolidadas, a partir do exercício de 2015, os prémios de seguros pagos e o rendimento seguro não devem afetar a demonstração de resultados dos participantes no fundo. Assim, para efeitos de registo e apresentação entende-se que estes valores devem ser considerados como remensurações, pelo que passam a ser registados na rubrica 588.000.000.000.001 – Fundo de Pensões – Ganhos e perdas atuariais.

b) Pelo registo de impostos diferidos ativos referentes ao acréscimo de

responsabilidades com reformas antecipadas

G.5.a Db: # 301.010.000.000.000 Ativos por impostos

sobre o rendimento - Ativos por impostos

diferidos - Por diferenças temporárias - Em

passivos

0

G.5.a Cr: # 860.100.000.000.000 Rendimentos por

impostos diferidos – Por diferenças temporárias

– Em passivos

0

c)Pelo registo da utilização de impostos diferidos ativos referentes ao pagamento de

pensões referentes a reformas antecipadas

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CCAM AZAMBUJA

128 RELATÓRIO E CONTAS 2016

H.5.1.a Db: # 740.100.000.000.000 Encargos por

impostos diferidos – Por diferenças

temporárias – Em passivos

763

H.5.1.a Cr: # 301.010.000.000.000 Ativos por impostos

sobre o rendimento - Ativos por impostos

diferidos - Por diferenças temporárias - Em

passivos

763

•Registo da variação anual com o Prémio de antiguidade: a) Pelo acréscimo de responsabilidades com o prémio de antiguidade

O. Db: # 701121000000000 - Gastos com pessoal -

Remunerações adicionais - Prémio de

antiguidade -

Estimativa IAS 19

2.240

O. Cr: # 528508020000000 - Encargos a pagar –

Outros encargos a pagar – Por gastos com

pessoal - Prémio de antiguidade

2.240

Nota: Se o valor indicado em O. (#701121000000000) for negativo, o mesmo deve

ser registado a crédito na conta “#848890004000000 - Redução responsabilidades-

Prémio Antiguidade-Estimativa IAS 19" por contrapartida do débito na conta

“#528508020000000 - Encargos a pagar – Outros encargos a pagar – Por gastos

com pessoal - Prémio de antiguidade”.

b) Pelos impostos diferidos ativos referentes ao acréscimo das responsabilidades

com o prémio de antiguidade

O.a Db: # 301.010.000.000.000 Ativos por impostos

sobre o rendimento - Ativos por impostos

diferidos - Por diferenças temporárias - Em

passivos

504

O.a Cr: # 860.100.000.000.000 Rendimentos por

impostos diferidos – Por diferenças temporárias –

Em passivos

504

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CCAM AZAMBUJA

129 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Nota: Se o valor indicado em O.a (#860100000000000) for negativo, o mesmo deve

ser registado a débito na conta “#740100000000000 - Encargos por impostos

diferidos-Por diferenças temporárias em passivos"." por contrapartida do crédito na

conta “#301010000000000 Ativos por impostos sobre o rendimento - Ativos por

impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos”.

NOTA GENÉRICA: Para o cálculo dos impostos diferidos por simplificação usou-se

uma taxa agregada de 22,5% (IRC + derrama municipal). A taxa indicada tem em

consideração a taxa de imposto para o exercício de 2017, constante do Orçamento

de Estado para 2017. A Caixa Agrícola deverá utilizar e somar à taxa a aplicar, as

taxas de derrama estadual, caso considere aplicáveis, confirmando igualmente a

taxa de derrama municipal considerada (1,5%).

2) ENQUADRAMENTO E IMPACTO FISCAL

Tendo em conta o enquadramento contabilístico relevante, procedemos ao enquadramento e respectivo impacto fiscal das realidades respeitantes à aplicação da IAS 19. Por forma a simplificar a nossa análise, optámos por separar o enquadramento/impacto fiscal associado a cada uma das realidades em questão, nomeadamente:

Reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões

Enquadramento fiscal das responsabilidades com o Fundo de Pensões (excepto as

relacionadas com as Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007);

Enquadramento fiscal das responsabilidades com Reformas Antecipadas acordadas a partir

de 1 de Janeiro de 2007;

Regime transitório – Responsabilidades com o SAMS pós-emprego até 31.12.2007; Impacto fiscal no exercício de 2016.

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CCAM AZAMBUJA

130 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade

Enquadramento fiscal dos prémios de antiguidade; Impacto fiscal no exercício de 2016. Cumpre referir que, na parte respeitante ao impacto fiscal no exercício de 2016, de cada uma das realidades acima referidas, e tendo em vista uma maior clareza na respectiva análise, optámos por reproduzir determinados quadros contendo os registos contabilísticos que irão ser efectuados relativamente à matéria em apreço. De notar que todas as referências aos artigos do Código do IRC dizem respeito à respectiva redacção em vigor a 31 de Dezembro de 2016. 2.i) Reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões

2.i).a) Enquadramento fiscal das responsabilidades com o Fundo de Pensões

(excepto as relacionadas com Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007)

(i) Perda líquida no exercício (somatório dos montantes registados em gastos do exercício, variações patrimoniais e

resultados transitados)

Em conformidade com a actual e conhecida posição das autoridades fiscais sobre esta matéria (enquadramento fiscal respeitante à temática do Fundo de Pensões), são genericamente considerados gastos fiscalmente dedutíveis os encargos com contribuições para Fundos de Pensões e equiparáveis ou para quaisquer regimes complementares de segurança social que garantam, exclusivamente, o benefício de reforma, pré-reforma, complemento de reforma, benefícios de saúde pós-emprego, invalidez ou sobrevivência a favor dos respectivos trabalhadores, desde que (1.º requisito): (i) os mesmos se encontrem contabilizados como gasto do exercício ou nas rubricas de

variações patrimoniais ou de resultados transitados; e

(ii)tenha havido uma entrega efectiva ao Fundo de Pensões, no mesmo exercício ou em

exercícios anteriores, daquelas importâncias contabilizadas.

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CCAM AZAMBUJA

131 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Por outro lado, tais encargos apenas configurarão, na sua totalidade, gastos fiscalmente dedutíveis no caso de não ser ultrapassado o limite previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, que fixa como limiar máximo de dedução a importância correspondente a 15% da massa salarial – 2.º requisito - (entendendo-se por massa salarial as despesas com pessoal escrituradas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao exercício). Tal limite não será, contudo, aplicável às contribuições suplementares destinadas à cobertura de responsabilidades por encargos com Pensões, em resultado da aplicação das normas internacionais de contabilidade, quando efectuadas por determinação do Banco de Portugal durante o período transitório fixado por esta instituição (cfr. alínea a) do nº 13 do artigo 43.º do Código do IRC). No entanto, neste caso, tais contribuições deverão ser enquadradas no âmbito do artigo 92.º do Código do IRC (resultado da liquidação). Em face do exposto, passaremos de seguida a explicitar os procedimentos a serem adoptados no âmbito do 1.º e do 2.º requisitos atrás mencionados, bem como no âmbito do regime previsto no mencionado artigo 92.º do Código do IRC. Por fim é apresentado um exemplo prático no qual tais realidades se encontram determinadas.

1.º Requisito

Tendo em vista confirmar o 1.º dos requisitos enunciados (i.e., que o valor das contribuições efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2016 é superior ao valor total dos montantes registados, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições), foi preparado um ficheiro em Excel a ser preenchido pela CCAM para o efeito (o referido ficheiro será enviado em conjunto com o presente documento). Após o respectivo preenchimento, o ficheiro contendo a correspondente análise deverá ser incluído no dossier fiscal. A este respeito, e partindo do pressuposto que as dotações efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2016 (inclusive) foram superiores ao somatório ao valor total dos montantes registados, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições, esse 1.º requisito estará cumprido, existindo, neste caso, uma “folga” acumulada correspondente à diferença positiva entre (i) o valor das contribuições efectuadas pela CCAM para o Fundo de Pensões nesses exercícios e (ii) o montante total registado, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições. Existindo a referida “folga” acumulada restará à CCAM confirmar a aplicação do 2.º requisito, considerando, para o efeito, o valor total dos custos do exercício, das variações patrimoniais e dos resultados transitados contabilizados em 2016. Contudo, na eventualidade desta condição não se verificar, a CCAM, para além dos ajustamentos fiscais a serem efectuados a constar do ficheiro em Excel em anexo relativo ao 1.º requisito, deverá, no âmbito da aplicação das regras infra descritas (vide 2.º requisito), considerar, como valor a ser comparado com o limite de 15% aí mencionado, a diferença positiva (a haver) entre o valor total das contribuições efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2016 e o valor já registado em gastos do exercício, variações

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patrimoniais e resultados transitados, nos exercícios de 2007 a 2015, referente ao reconhecimento de responsabilidades com o Fundo de Pensões e que foi, nesses exercícios de 2007 a 2015, fiscalmente reconhecido.

2.º Requisito

Adicionalmente, e tendo em vista a determinação do valor referente ao reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões que configurará um gasto fiscalmente dedutível no exercício de 2016, há ainda que atender ao 2.º requisito acima mencionado (limite previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC). Assim, e tal como sucedia no passado, os montantes relativos a contribuições para o Fundo de Pensões, destinados à cobertura de encargos com Pensões, que forem contabilizados em gastos do exercício de 2016 (nas rubricas de gastos com o pessoal) e em variações patrimoniais decorrentes de perdas actuariais (na rubrica # 588) e que configurem gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito, e que não excedam, conjuntamente com os demais gastos registados no exercício previstos no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC (tais como, a título de exemplo, gastos suportados com contratos de seguros de doença, de acidentes pessoais e de vida enquadráveis nesse preceito legal), o referido limite de 15%, serão considerados gastos fiscalmente dedutíveis. Por outro lado, os montantes registados no exercício de 2016 na rubrica de resultados transitados (# 612) referentes ao impacto da alteração dos pressupostos decorrente da adopção da IAS 19 no Fundo de Pensões e que configurem gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito têm enquadramento no número 13 do artigo 43.º do Código do IRC, anteriormente referido (ou seja, não é aplicado, neste caso, o referido limite de 15%, como expressamente referido neste preceito legal), devendo, consequentemente, o saldo dos montantes registados a débito dessa rubrica # 612 e dos montantes registados a crédito da mesma rubrica, ser inscrito no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC do exercício de 2016.

Regime previsto no artigo 92.º do Código do IRC – Resultado da liquidação

Não obstante o disposto no parágrafo anterior, e no que diz respeito, unicamente, aos montantes reconhecidos, a débito e/ou a crédito, na rubrica # 612, referentes ao Fundo de Pensões, no âmbito da adopção das NCA (i.e. somatório dos montantes indicados em A.2.1.2016 e B.2016 do presente documento), enquadráveis no regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC, importa ainda atender ao disposto no artigo 92.º do Código do IRC (resultado da liquidação), tendo em vista a determinação, em conjunto com outras realidades aí enquadradas, do valor a ser eventualmente considerado no campo 371 do quadro 10 da declaração modelo 22. Para efeitos da determinação do valor a ser considerado como tendo enquadramento no regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC e, consequentemente, no artigo 92.º do mesmo Código, importará, em primeiro lugar, confirmar se a importância correspondente a

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15% da massa salarial (limite mencionado no âmbito do 2.º requisito), é, ou não, superior ao valor dos gastos do exercício de 2016 que configuram gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito. Isto porque, apenas deverão ser enquadradas no referido regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC e, como tal, no âmbito do disposto no artigo 92.º do mesmo Código, as contribuições suplementares para Fundos de Pensões resultantes da adopção das NCA, reflectidas contabilisticamente na rubrica #612, que não “couberem”, em conjunto com os gastos do exercício fiscalmente dedutíveis, no mencionado limite de 15% da massa salarial. Assim, e caso o referido limite de 15% (já considerando os montantes registados na rubrica # 612 relativos a esta matéria) não seja excedido, não existirá qualquer outro tipo de controlo/procedimento adicional que tenha que ser efectuado para efeitos fiscais, nomeadamente no que respeita à aplicação do artigo 92.º do Código do IRC. Inversamente, caso esse limite de 15% seja excedido, e mesmo não pondo em causa a sua dedutibilidade enquanto gasto fiscal, a parte da variação patrimonial que exceder/não couber dentro do referido limite deverá, então, ser considerada para efeitos do cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do Código do IRC.

Exemplo prático

O exemplo prático a seguir apresentado pretende demonstrar o enquadramento fiscal das várias realidades acima descritas - saldo devedor / (saldo credor): 1.º Requisito

"Folga" acumulada (contribuição > gasto fiscal) 4.000

# 7021 - Gastos com pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) (1) 350

Outras rubricas de custos enquadráveis no n.º 2 do artº 43º do CIRC (2) 20

Total dos montantes reconhecidos em gastos do exercício (3) = (1) +

(2) 370

# 5880 – (Ganhos) e perdas actuariais (4) 30

Total dos montantes reconhecidos em variações patrimoniais (5) = (4) 30

# 612 - Fundo de Pensões (A.2.1.2016, B.2016) (6) 3.500

Total dos montantes reconhecidos em Resultados Transitados (7) = (6) 3.500

Total dos gastos do exercício, variações patrimoniais e Resultados Transitados <= à "Folga" acumulada

(8) = (3) +

(4) + (6) 3.900

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134 RELATÓRIO E CONTAS 2016

2.º Requisito

Massa salarial (9) 5.000

Taxa definida no n.º 2 do art. 43.º do CIRC (10) 15%

Limite nos termos do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (11) = (9) x

(10) 750

Valores a serem considerados como gasto fiscal (1.º e 2.º Requisitos) e valor para o artigo 92.º do CIRC

a)

b)

c) a) Na medida em que o limite de 15%, previsto no n.º 2 do artigo 43.º do CIRC, não se encontra ultrapassado, o valor de 370, reconhecido em resultados, não deverá ser objecto de qualquer ajustamento no quadro 07, e o valor de 30, reconhecido em variações patrimoniais, deverá ser deduzido no quadro 07, ambos da declaração modelo 22 de 2016. b) Este montante (saldo devedor) encontra-se reconhecido em resultados transitados, pelo que o mesmo deverá ser deduzido no quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC do exercício de 2016. c)Este montante deverá ser considerado no cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do CIRC. Deste modo, esse valor deverá ser considerado no campo com o descritivo “Custo fiscal reconhecido relacionado com as contribuições extraordinárias para o Fundo de Pensões derivadas das NIC (art. 43º n.º 13 do CIRC), na parte que exceda o(s) limite(s) previsto(s) no(s) número(s) 2 e 3 do artigo 43º do CIRC” . (ii) Ganho líquido no exercício (somatório dos montantes registados em gastos do exercício, variações patrimoniais e

resultados transitados)

Caso seja apurado um ganho líquido, o mesmo não deverá ser sujeito a tributação em sede de IRC, pelas seguintes razões: •Uma vez que a dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões está dependente de realização de contribuições para o fundo, igualmente a tributação dos ganhos deverá estar dependente do reembolso de montantes; •O ganho líquido deve-se ao apuramento de ganhos actuariais. Conceptualmente, os ganhos

actuariais reduzem a necessidade de efectuar contribuições para o fundo de pensões.

Gastos do exercício e variações patrimoniais – valor considerado fiscal no âmbito do 1.º Requisito (12) = (3) + (4) 400

Gastos do exercício e variações patrimoniais - Dentro do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC

(2.º Requisito) (13) 400

Gastos do exercício e variações patrimoniais - Fora do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (14) = (13) – (12) 0

Resultados Transitados – valor considerado fiscal no âmbito do 1.º Requisito (15) = (6) 3.500

Resultados Transitados - Dentro do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (16) = (11) - (13) 350

Resultados Transitados - Fora do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (Artigo 92.º CIRC) (17) = (6) - (16) 3.150

Valores a serem considerados para efeitos fiscais - 1.º e 2.º Requisitos (18) = (13) + (15) 3.900

Valor a ser considerado para efeitos do artigo 92.º do CIRC (19) = (17) 3.150

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135 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Atendendo a que a dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões está condicionada à

realização de contribuições, essa redução traduz-se numa diminuição de deduções fiscais;

•O reconhecimento dos ganhos actuariais em capitais próprios resulta de uma mera “reclassificação” contabilística, não se traduzindo, por isso, num efectivo incremento patrimonial. O ganho líquido deverá consumir, no respectivo montante, o eventual custo não fiscal acumulado apurado em exercícios anteriores. Estando em causa um ganho líquido, deverá ser acrescido ao resultado do exercício o valor respeitante aos gastos registados no exercício.

2.i).b) Enquadramento fiscal das responsabilidades com Reformas Antecipadas acordadas a partir

de 1 de Janeiro de 2007 Em nossa opinião, nas situações de reforma antecipada (por doença ou invalidez ou na situação de invalidez presumível por acordo), o enquadramento tributário das dotações efectuadas para Fundos de Pensões destinadas à cobertura de responsabilidades geradas por situações de reforma antecipada não deve ser efectuado à luz do artigo 43.º do Código do IRC, mas antes nos termos do artigo 23.º do mesmo Código (de acordo com o qual se consideram gastos os que forem suportados para obter ou garantir os rendimentos sujeitos a IRC, nomeadamente os encargos de natureza administrativa, tais como remunerações, pensões ou complementos de reforma, contribuições para fundos de poupança-reforma, contribuições para fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares de segurança social). Com efeito, estamos perante encargos decorrentes de acordos celebrados com os trabalhadores e que constituem verdadeiros direitos adquiridos destes últimos. Ou seja, não estamos no domínio das meras expectativas e da incerteza quanto à efectividade dos custos, que caracterizam as situações enquadráveis naquele artigo 43.º, mas sim perante encargos efectivos que geram rendimentos tributáveis em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) na esfera do respectivo beneficiário. Assim, os encargos com as contribuições para o Fundo de Pensões por responsabilidades com reformas antecipadas, em obediência ao disposto no n.º 12 do artigo 18.º do Código do IRC, devem ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que as reformas são pagas pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente. De referir que o anteriormente exposto se encontra em conformidade com a posição já expressa pela Autoridade Tributária quanto a esta problemática. Desta forma, os valores registados em gastos do exercício, relativos às reformas antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007, deverão ser expurgados para efeitos de apuramento do lucro tributável, mediante a respectiva inclusão no campo 715 do quadro 07 da declaração modelo 22 de 2016, sendo que os montantes pagos a este título pelo Fundo de Pensões aos

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136 RELATÓRIO E CONTAS 2016

reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007 deverão ser deduzidos no campo 761 do mesmo quadro 07. Este último montante será dado a conhecer à CCAM pela respectiva sociedade gestora.

2.i).c) Regime transitório – Responsabilidades com o SAMS pós-emprego até 31.12.2007 Com a introdução das NCA passou a ser obrigatório o reconhecimento do valor actual das responsabilidades por serviços passados relativos ao SAMS. A partir do exercício de 2008, inclusive, o financiamento das responsabilidades com o SAMS da CCAM passou a ser assegurado pelo Fundo de Pensões, pelo que, a partir dessa data, tais responsabilidades passaram a ter enquadramento no número 2 desse artigo 43.º do Código do IRC previstas (vide ponto 1.i.).a) supra). Contudo, até à aprovação da Lei do Orçamento do Estado para 2007 (OE 2007), os encargos relativos a responsabilidades com o SAMS, em obediência ao princípio da especialização dos exercícios constante do artigo 18.º do Código do IRC e ao disposto no artigo 23.º do mesmo Código, deviam ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que eram efectuados os respectivos pagamentos pelo Fundo de Pensões para o SAMS. Assim, e tomando em consideração o tratamento fiscal que foi conferido a esta realidade no exercício de 2007 à luz das regras então em vigor, e atendendo a que não foi criado qualquer regime fiscal transitório relativo à realidade em apreço, somos da opinião que deverá ser apurado o valor que, à data de 31 de Dezembro de 2007, correspondia à “folga”/diferença positiva existente entre (i) os montantes contabilizados como gastos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS (os quais não relevaram para efeitos do apuramento do respectivo resultado fiscal) e (ii) os montantes transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS (os quais foram considerados como gasto fiscal), por forma a apurar o valor a deduzir em futuras declarações modelo 22 de IRC. Salientamos, a este respeito, que, apesar de, como acima referido, não estar previsto na legislação aplicável o tratamento fiscal a conferir aos valores que foram, no passado, entregues ao Fundo de Pensões relativos aos SAMS e que, a 31 de Dezembro de 2007, não haviam ainda sido fiscalmente considerados, entendemos que a CCAM terá legitimidade para deduzir fiscalmente tais encargos (“folga” anteriormente referida) até à concorrência do valor que, em cada exercício, o Fundo de Pensões transferir para o SAMS (relativamente ao exercício de 2016, vide valor inscrito em H.6.do presente documento). De referir que o exposto no parágrafo anterior é apenas aplicável nas situações em que se verifique existir a referida “folga”, ou seja, nas situações em que, com referência a 31 de Dezembro de 2007, os montantes contabilizados como custos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS sejam superiores aos valores transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS. É que, caso não exista “folga” [o que poderá suceder nos casos em que, ao invés de um acréscimo de responsabilidades, se tenha antes verificado, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2007, uma diminuição das responsabilidades (registada como um menos custo/proveito) de montante superior ao reconhecimento, no exercício de 2007, na rubrica de resultados transitados, de um nono das responsabilidades referente a SAMS], a diferença positiva entre estas duas realidades (menos custo/proveito registado no exercício de 2007 subtraído do valor registado em resultados transitados nesse mesmo exercício) já deverá ter

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137 RELATÓRIO E CONTAS 2016

sido relevada para efeitos fiscais nos exercícios de 2008 e/ou 2009, não existindo, portanto, qualquer valor a recuperar/deduzir adicionalmente relativamente a esta matéria. Vejam-se os seguintes exemplos que pretendem ilustrar as duas situações anteriormente comentadas: Exemplo 1:

Montantes reconhecidos em rubricas de resultados do exercício/Resultados Transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007:

Custos do exercício

Aumento (Diminuição) das responsabilidades com o SAMS (custo acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de 2007) (a)

5.000

Resultados Transitados

Reconhecimento anual em Resultados Transitados relacionados com as responsabilidades com SAMS (variação patrimonial negativa ocorrida em 2007 que não relevou para efeitos fiscais) (b)

10.000

Total da variação anual com SAMS reconhecida em 2007 (1) 15.000

Montante total transferido pelo Fundo de pensões nos exercícios de 2008 a 2015

para o SAMS (2) 11.000

"Folga " a 31/12/2015 (3) = (1) - (2) 4.000

Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2016 (c) (4) 1.000

Valor a ser deduzido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de 2016 (5) = menor entre (3) e (4) 1.000

Valor a deduzir em exercícios futuros (6) = (3) - (5) 3.000

(a)Este montante encontra-se reconhecido em custos do exercício de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em M. do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007. (b)Este montante encontra-se reconhecido em resultados transitados de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em B. 2007 do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007. (c)Valor indicado em H.6. do presente documento.

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138 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Exemplo 2: Montantes reconhecidos em rubricas de resultados do exercício/Resultados Transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007:

Custos do exercício

Aumento (Diminuição) das responsabilidades com o SAMS (custo acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de 2007) (a)

(40.000)

Resultados Transitados

Reconhecimento anual em Resultados Transitados relacionados com as responsabilidades com SAMS (variação patrimonial negativa ocorrida em 2007 que não relevou para efeitos fiscais) (b)

36.000

Total da variação anual com SAMS reconhecida em 2007 (1) (4.000)

Valor do proveito líquido que foi/deveria ter sido relevado na declaração modelo 22 de IRC de 2008 (c) (4) = (1) (4.000)

(a)Este montante encontra-se reconhecido em custos do exercício de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em M. do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007. (b)Este montante encontra-se reconhecido em resultados transitados de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em B. 2007 do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007. (c)O valor indicado - (4.000) - deverá ter sido acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente a 2008.

2.i).d) Impacto fiscal no exercício de 2016

Seguidamente iremos apresentar o impacto fiscal em IRC, no exercício de 2016, decorrente dos movimentos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões quer em Resultados Transitados, quer em gastos do exercício. Notamos que, no que diz respeito ao reconhecimento de impostos diferidos, tal como apresentado neste documento, os mesmos não são relevantes para efeitos fiscais, ou seja, tais gastos ou rendimentos deverão ser desconsiderados para efeitos do apuramento do resultado fiscal de 2016 (sendo acrescidos no campo 725 ou deduzidos no campo 766 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2016, respectivamente).

(1) Registo do impacto da adopção do IAS 19 no Fundo de Pensões

Pela amortização do impacto da alteração dos pressupostos financeiros e actuariais

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139 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Alteração da tábua de mortalidade

A.2.1.2016

Db: # 612.000.000.000.000 Resultados

transitados - Alteração de políticas

contabilísticas

1.838

A.2.1.2016

Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com

encargos diferidos - Outras despesas com

encargo diferido -

Fundo de pensões – Encargos a diferir

1.838

(2) Registo da variação anual com o SAMS

Pela amortização do impacto da transição B.2016

Db: # 612.000.000.000.000 Resultados

transitados -

Alteração de políticas contabilísticas

21.774

B.2016

Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com

encargos diferidos - Outras despesas com

encargo diferido -

Fundo de pensões – Encargos a diferir

21.774

Impacto fiscal: Caso se encontre cumprido o 1.º requisito enunciado no ponto 1.i).a) supra, o montante das variações patrimoniais, registadas na rubrica # 612, inscritas em A.2.1.2016 e B.2016, relevam para efeitos fiscais, pelo que o valor líquido das mesmas (variação patrimonial negativa) deverá ser deduzido no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2016 (cfr. número 13 do artigo 43.º do Código do IRC). Caso contrário, dever-se-á atender às regras atrás enunciadas (vide ficheiro em Excel em anexo com o título “Anexo ao Documento Explicativo - IAS 19 - 1.º requisito relacionado com a dedutibilidade fiscal dos encargos relativos ao Fundo de Pensões – 2016”). Contudo, o montante global dessas variações patrimoniais, o qual terá um saldo devedor, deverá ser adicionado aos restantes gastos com o pessoal reconhecidos no exercício, enquadráveis no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, bem como às variações patrimoniais por ganhos e perdas actuarias, por forma a aferir se o somatório daí resultante excede ou não o limite de 15% da massa salarial previsto nesse preceito legal (vide exemplo a este respeito no ponto 1.i).A) supra). Apenas no caso do referido limite ser excedido, a parte

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140 RELATÓRIO E CONTAS 2016

da variação patrimonial que exceder/não couber dentro do mesmo deverá ser considerada para efeitos do cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do Código do IRC (cf. exemplo previsto no ponto 1.i).A) supra). Caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H.4, -H2, -H9) e com os resultados transitados (A.2.1.2016, e B.2016) resulte num ganho líquido, o valor destes resultados transitados não poderá ser deduzido no quadro 07 da declaração Modelo 22.

(3) Registo em gastos/variações patrimoniais do exercício

Pelo movimento das responsabilidades totais e dos activos do Fundo

G.1.1 Db: #

702.100.000.000.000

Gastos com pessoal -

Encargos sociais

obrigatórios - Fundos

de pensões

9.027 Custo do serviço

corrente

G.3. Db: # #

702.100.000.000.000

Gastos com pessoal -

Encargos sociais

obrigatórios - Fundos

de pensões

956 Custo dos juros

líquidos

“Net Interest”

G.5. Db: #

702.100.000.000.000

Gastos com pessoal -

Encargos sociais

obrigatórios - Fundos

de pensões

0 Custo com

reformas

antecipadas

G.4.Ano Db: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

17.591 (Ganhos) e perdas

atuariais

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141 RELATÓRIO E CONTAS 2016

H.8 Db: #

501.000.000.000.000 –

Responsabilidades com

pensões e outros

benefícios - Valor

patrim. do fundo de

pensões

49.345 Variação na quota-

parte do

Fundo de Pensões

H.4 Db: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

8.946 Pelo pagto do

prémio de seguro

efectuado pelo

Fundo Pensões

K. Cr: #

500.000.000.000.000 -

Responsabilidades com

pensões e outros

benefícios -

Responsabilidades

totais

31.020 Variação nas

responsabilidades

H.1.1 Cr: #

548.080.000.000.000 -

Outras operações

activas a regularizar

49.175 Contribuições

efectuadas pela

CCAM

H.2 Cr: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

0 Capital recebido de

seguro

H.9 Cr: #

588.000.000.000.001 –

Fundo de Pensões –

Ganhos e perdas

atuariais

5.669 Participação no

resultado do

seguro

Impacto fiscal: Para além do cumprimento do 1.º requisito enunciado no ponto 2.i).a) supra, os montantes inscritos em G.1.1. e G.3 deverão ser considerados para efeitos de cálculo do limite de 15% previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, cálculo este que se encontra

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142 RELATÓRIO E CONTAS 2016

demonstrado através de um exemplo no ponto 1.i).A) supra (caso contrário, dever-se-á atender às regras atrás enunciadas). Para o cumprimento do 1º requisito (entregas efectivas de contribuições para o Fundo de Pensões no exercício ou em exercício anterior), aos montantes do parágrafo anterior devem ser adicionados os valores dos resultados transitados (A.2.1.2016 e B.2016) bem como das variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H.4, -H.2 e -H.9). Perda líquida Assim, caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H4, -H2, -H9) e com os resultados transitados (A.2.1.2016 e B.2016) resulte numa perda líquida (valor positivo na célula assinalada a vermelho), a mesma será fiscalmente dedutível, de acordo com os requisitos que têm sido seguido de dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões: a.Dedução dos encargos na medida das contribuições efectuadas para o fundo de pensões

Corresponde ao cumprimento do 1.º requisito enunciado no ponto 2.i).a) acima, ou seja, que

esse valor tenha cobertura nas contribuições efectivamente entregues ao Fundo em 2016 ou

em exercícios anteriores;

b.Até ao limite de 15% da massa salarial do exercício. Tendo em conta os condicionalismos descritos em a. e b., a diferença positiva entre o valor da perda líquida e o gasto registado em resultados (somatório de G.1.1. + G.3) poderá ser inscrita no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2016. Caso o valor da perda líquida seja inferior ao valor do gasto registado em resultados (somatório de G.1.1. + G.3.), a diferença positiva entre o valor desse gasto e a perda líquida deverá ser acrescida no campo 723 do Quadro 07 da declaração Modelo 22. Ganho líquido Caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H4, -H2, -H9) e com os resultados transitados (A.2.1.2016 e B.2016) resulte num ganho líquido (valor negativo na célula assinalada a vermelho), esse ganho líquido não será objecto de quaisquer ajustamentos no quadro 07 da declaração Modelo 22.

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143 RELATÓRIO E CONTAS 2016

No entanto, uma vez que está em causa um ganho líquido, deverá ser acrescido no campo 723 do Quadro 07 o valor respeitante ao gasto registado em resultados, que corresponde ao somatório de G.1.1.+ G.3. Este ganho líquido consumirá eventual saldo de custo não fiscal acumulado apurado em anos anteriores. Por outro lado, o montante inscrito em G.5. deverá ser acrescido para efeitos de apuramento do lucro tributável referente ao exercício de 2016 (vide a este respeito os comentários constantes do ponto 1.i).B) supra). Cumpre referir que, caso o campo H.5.1. se encontre preenchido, esse valor (que respeitará ao pagamento, pelo Fundo de Pensões, de reformas a colaboradores reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007) deverá ser deduzido ao quadro 07 para efeitos de apuramento do lucro tributável (vide a este respeito os comentários constantes do ponto 1.i).B) supra). Este valor deverá coincidir com o montante que será dado a conhecer à CCAM pela respectiva sociedade gestora como sendo respeitante aos pagamentos efectuados em 2016 pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007. Por fim, o montante inscrito em H.6. deverá ser deduzido para efeitos de apuramento do lucro tributável referente ao exercício de 2016 caso exista ainda uma “folga”/diferença positiva existente entre (i) os montantes contabilizados como custos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007 (os quais não relevaram para efeitos do apuramento do respectivo resultado fiscal) e (ii) os montantes transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS nos exercícios de 2008 a 2016 (os quais foram considerados como custo fiscal) - vide a este respeito os comentários constantes do ponto 2.i).C) supra). 2.ii) Reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade

Seguidamente iremos apresentar o impacto fiscal em IRC, no exercício de 2016, decorrente dos movimentos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade. Notamos que, no que diz respeito ao reconhecimento de impostos diferidos, tal como apresentado neste documento, os mesmos não são relevantes para efeitos fiscais, ou seja, tais custos ou proveitos deverão ser desconsiderados para efeitos do apuramento do resultado fiscal de 2016 (sendo acrescidos no campo 725 ou deduzidos no campo 766 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2016, respectivamente). 2.ii).a) Enquadramento fiscal Com a introdução das NCA passou a ser obrigatório o reconhecimento do valor actual das responsabilidades por serviços passados relativos a prémios de antiguidade. Os encargos relativos a responsabilidades com prémios de antiguidade, em obediência ao princípio da especialização dos exercícios constante do artigo 18.º do Código do IRC, bem como ao disposto no artigo 23.º do mesmo Código e no n.º 12 do referido artigo 18.º, apenas

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144 RELATÓRIO E CONTAS 2016

devem ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que os prémios são pagos aos colaboradores. Em face do exposto, e no caso concreto da CCAM, os custos registados na rubrica # 701121000000000 (vide O. do presente documento, se o valor for positivo), relativos ao acréscimo, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, das responsabilidades referentes a prémios de antiguidade, não deverão relevar para efeitos fiscais, ou seja, tal valor deverá ser acrescido para efeitos da determinação do lucro tributável de 2016. Inversamente, caso seja verificada uma diminuição dessas responsabilidades, a qual originará o registo de um proveito na rubrica # 848890004000000 (vide O. do presente documento, se o valor for negativo), tal valor deverá ser deduzido para efeitos da determinação do lucro tributável de 2016. Adicionalmente, dever-se-ão considerar como custos fiscalmente dedutíveis os montantes efectivamente entregues aos respectivos beneficiários (registados na rubrica # 701120000000000). Dado que estes montantes já se encontram relevados em custos do exercício, não existirá qualquer ajustamento a ser efectuado para efeitos de apuramento do lucro tributável a este título.

2.ii).b) Impacto fiscal no exercício de 2016

Pelo acréscimo de responsabilidades com o prémio de antiguidade

O. Db: # 701121000000000 - Gastos com pessoal -

Remunerações adicionais - Prémio de

antiguidade -

Estimativa IAS 19

2.240

O. Cr: # 528508020000000 - Encargos a pagar –

Outros encargos a pagar – Por gastos com

pessoal - Prémio de antiguidade

2.240

Nota: Se o valor indicado em O. (#701121000000000) for negativo, o mesmo deve

ser registado a crédito na conta “# 848890004000000 - Redução responsabilidades

- Prémio Antiguidade-Estimat.IAS 19" por contrapartida do débito na conta “#

528508020000000 - Encargos a pagar – Outros encargos a pagar – Por gastos com

pessoal - Prémio de antiguidade”.

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145 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Impacto fiscal: O montante indicado em O., se for positivo (gasto), deverá ser acrescido no Campo 715 do Quadro 07 da declaração Modelo 22 do IRC do exercício de 2016. Inversamente, se o montante indicado em O. for negativo (rendimento), deverá ser deduzido no Campo 761 do Quadro 07 da declaração Modelo 22 do IRC do exercício de 2016. 51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Azambuja está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Segurador

a

2014 2015 2016 % por

Origem 2016

Ramos Não Vida CA Seguros

70.776,05 68.932,15 86.855,89 64,1%

Ramo Vida CA Vida 67.782,29 71.201,76 47.272,25 34,9% Fundos de Pensões CA Vida 904,54 1.324,05 1.315,83 1,0% Total 139.462,88 141.457,96 135.443,97 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

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146 RELATÓRIO E CONTAS 2016

NORMA REGULAMENTAR N.º 15/2009-R, DE 30 DE DEZEMBRO

RELATO FINANCEIRO DOS MEDIADORES DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

Nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, compete ao Instituto de Seguros de Portugal estabelecer as regras de contabilidade aplicáveis à actividade de mediação de seguros ou de resseguros. O Plano Oficial de Contabilidade (POC), que tem vindo a ser aplicado na actividade de mediação, foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, sendo criado em sua substituição o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) que entra em vigor no primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010. O SNC incorpora um corpo de regras coerentes com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), sendo a sua aplicação pela actividade de mediação potenciadora de uma maior transparência e rigor, o que, necessariamente, terá também reflexos positivos ao nível concorrencial no mercado. Contudo, sendo o SNC um plano de aplicação generalizada, o mesmo não atende a algumas especificidades da actividade de mediação de seguros ou de resseguros, pelo que se julga adequado estabelecer alguns requisitos específicos de relato adicionais. Refira-se que tendo sido ponderada a possibilidade de desenvolvimento, em alternativa, de um plano completo e específico de contabilidade para o sector da mediação, considerou-se que tal criaria mais uma sectorização no plano de normalização contabilística nacional, em sentido contrário ao da convergência internacional em sede das NIC. Acerca da aplicação das NIC, sublinha-se que a Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, veio já prever a possibilidade das sociedades de mediação de seguros poderem adoptar essas normas internacionais quer nas contas consolidadas, quer nas individuais, em linha com o processo de aproximação aos princípios de contabilização internacionais. Refira-se também que a presente reformulação, embora decorra directamente da revogação do POC, era igualmente uma necessidade premente face à evolução da actividade de mediação. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 2.

Assim, o Instituto de Seguros de Portugal, nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto- -Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e do n.º 3 do artigo 4.º do seu Estatuto, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 289/2001, de 13 de Novembro, emite a seguinte Norma Regulamentar:

CAPÍTULO I

Disposições gerais Artigo 1.º

Objecto

Não dispensa a consulta da

Norma Regulamtar publicada

em Diário da República

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147 RELATÓRIO E CONTAS 2016

A presente Norma Regulamentar tem por objectivo estabelecer os princípios aplicáveis ao relato financeiro dos mediadores de seguros ou de resseguros, designadamente no que se refere ao respectivo regime contabilístico e requisitos de divulgação adicionais, bem como ao reporte ao Instituto de Seguros de Portugal.

Artigo 2.º

Âmbito A presente Norma Regulamentar aplica-se aos mediadores de seguros ou de resseguros que possuam ou devam possuir contabilidade organizada nos termos legais.

CAPÍTULO II

Regime Contabilístico

Artigo 3.º

Princípio geral

1 — Os mediadores de seguros ou de resseguros que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, podem optar por elaborar as respectivas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), desde que estas sejam objecto de certificação legal de contas.

2 — Os mediadores de seguros ou de resseguros incluídos no âmbito da consolidação, quer das entidades abrangidas pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, quer das entidades que optem por elaborar as respectivas contas consolidadas de acordo com as NIC, podem optar por elaborar as respectivas contas individuais em conformidade com as NIC, desde que estas sejam objecto de certificação legal de contas.

3 — Os mediadores de seguros ou de resseguros, que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 e que não tenham optado pela adopção das NIC nos termos dos números anteriores, com excepção dos sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, devem aplicar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o qual compreende também a Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE).

CAPÍTULO III

Requisitos de divulgação adicionais

Artigo 4.º

Anexo

1 — Sem prejuízo do regime contabilístico adoptado nos termos do artigo anterior, os mediadores de seguros ou de resseguros devem ainda incluir no Anexo uma nota específica e separada das restantes notas, a denominar “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”, que deve conter, como mínimo, a seguinte informação respeitante à actividade de mediação de seguros ou de resseguros: a) Descrição das políticas contabilísticas adoptadas para reconhecimento das remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para determinar, nos termos da Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 20 ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável, a fase de acabamento de transacções que envolvam a prestação de serviços ao longo do período de vigência do contrato de seguro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada;

b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza (numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações);

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148 RELATÓRIO E CONTAS 2016

c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si intermediados desagregadas por Ramo “Vida”, Fundos de Pensões e conjunto dos ramos “Não vida”, e por origem (por empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira;

e) Valores das contas “clientes” no início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentem fundos relativos a contratos de seguros;

f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro, empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar segregados por: i) Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;

ii) Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro;

iii) Fundos que lhe foram confiados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro, segurados ou beneficiários;

iv) Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar;

v) Outras quantias com indicação da sua natureza; h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem imparidade e das contas a receber individualmente consideradas com imparidade, bem como os factores que o mediador de seguros ou de resseguros considerou na determinação dessa imparidade;

i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor;

j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o exercício, com indicação dos valores envolvidos;

k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela;

l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada. 2 — No caso dos corretores de seguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no número anterior, quando aplicável, a seguinte informação: a) Indicação das empresas de seguros cujas remunerações pagas ao corretor de seguros representem, cada uma, pelo menos 5% do total das remunerações auferidas pela sua carteira, com indicação das respectivas percentagens;

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149 RELATÓRIO E CONTAS 2016

b) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios relativamente aos quais as mesmas não lhe tenham outorgado poderes para o recebimento em seu nome. 3 — No caso dos mediadores de resseguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no n.º 1, quando aplicável, a seguinte informação: a) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para os resseguradores para pagamento de prémios relativamente aos quais não lhe foram outorgados poderes de cobrança;

b) O valor total dos fundos que lhe foram confiados pelos resseguradores com vista a serem transferidos para as empresas de seguros cedentes que não lhe hajam outorgado poderes de quitação das quantias recebidas.

CAPÍTULO IV

Publicação dos documentos de prestação de contas

Artigo 5.º

Contas anuais

Sem prejuízo da publicação dos documentos de prestação de contas nos termos previstos na legislação comercial, os mediadores de seguros ou resseguros devem proceder à publicação integral dos seguintes documentos de prestação de contas anuais: a) Relatório de gestão;

b) Balanço, conta de ganhos e perdas/demonstração de resultados e anexo às contas;

c) Certificação legal de contas, quando aplicável;

d) Parecer do órgão de fiscalização, quando exista. Artigo 6.º

Meios a utilizar

1 — A publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efectuada no sítio da Internet do respectivo mediador de seguros ou resseguros.

2 — Se o mediador de seguros ou resseguros não dispuser de sítio autónomo na Internet, pode efectuar a publicação referida no número anterior em área expressamente reservada e devidamente assinalada em sítio institucional de grupo empresarial do qual faça parte, aplicando-se a essa publicação, com as devidas adaptações, o regime constante do presente capítulo.

3 — No caso de o mediador de seguros ou resseguros não dispor de sítio da Internet nos termos dos números anteriores, deve manter os documentos previstos no artigo anterior nos respectivos estabelecimentos, facultando o acesso imediato e sem custos a qualquer interessado.

4 — Tratando-se de mediador de seguros ou de resseguros sujeito à supervisão de outra autoridade de supervisão do sector financeiro, a publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efectuada mediante utilização dos meios exigidos na respectiva legislação ou regulamentação sectorial aplicável.

Artigo 7.º

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150 RELATÓRIO E CONTAS 2016

Termos da publicação

1 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet deve ser efectuada em área devidamente assinalada em local de fácil acessibilidade ao utilizador e de forma que permita a respectiva reprodução em boas condições de legibilidade.

2 — Os documentos de prestação de contas anuais devem manter-se acessíveis no sítio da Internet, ou disponíveis nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros, no mínimo durante três anos após a respectiva publicação.

3 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet não deve ser efectuada de forma a que esses possam ser confundidos com mensagens de natureza publicitária. Artigo 8.º Prazo

O prazo máximo para a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet ou para disponibilização nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros é de seis meses após o termo do exercício económico.

Artigo 9.º

Divulgação da publicação

1 — No prazo máximo de quinze dias após a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais ou da disponibilização nos estabelecimentos, o mediador de seguros ou resseguros deve, consoante o caso, informar o Instituto de Seguros de Portugal qual a hiperligação para o sítio da Internet em que se encontram publicados, ou remeter-lhe um ficheiro com os documentos em causa.

2 — No caso de mediadores de seguros ou de resseguros sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, o dever previsto no número anterior restringe-se à nota do Anexo a que se refere o artigo 4.º.

3 — O Instituto de Seguros de Portugal divulga no seu sítio da Internet, consoante o caso, a informação relativa à hiperligação para o sítio da Internet em que podem ser consultados os documentos de prestação de contas, ou o ficheiro com os documentos em causa.

4 — Os deveres previstos nos números anteriores aplicam-se aos corretores de seguros e aos mediadores de resseguros, bem como aos restantes mediadores de seguros que aufiram remunerações anuais de montante igual ou superior a 1 milhão de euros.

CAPÍTULO V

Reporte

Artigo 10.º

Reporte para efeitos de supervisão

1 — Os corretores de seguros e mediadores de resseguros devem enviar anualmente ao Instituto de Seguros de Portugal, até 15 dias após a aprovação das contas, em relação à actividade exercida no ano imediatamente anterior, o relatório e contas anuais, o parecer do órgão de fiscalização e o documento de certificação legal de contas emitido pelo revisor legal de contas, o mais tardar até 15 de Abril, mesmo que o relatório e contas não se encontrem aprovados.

2 — Os ficheiros utilizados, pelos corretores de seguros e mediadores de resseguros, para efeitos de reporte devem ser remetidos ao Instituto de Seguros de Portugal, através do portal ISPnet residente em www.isp.pt.

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CCAM AZAMBUJA

151 RELATÓRIO E CONTAS 2016

CAPÍTULO VI

Disposições transitórias e finais

Artigo 11.º

Revogações

Com a entrada em vigor da presente Norma Regulamentar são revogadas as seguintes disposições: a) O artigo 41.º da Norma Regulamentar n.º 17/2006-R, de 29 de Dezembro, alterada pelas Normas Regulamentares n.º 8/2007-R, de 31 de Maio, n.º 13/2007-R, de 26 de Julho, n.º 19/2007-R, de 31 de Dezembro e 17/2008-R, de 23 de Dezembro;

b) O artigo 4.º da Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, alterada pela Norma Regulamentar n.º 4/2006-R, de 15 de Maio.

Artigo 12.º

Aplicação

A presente Norma Regulamentar é aplicável a partir do primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010.

Artigo 13.º

Entrada em vigor

A presente Norma Regulamentar entra em vigor no dia imediato ao da respectiva publicação.

O CONSELHO DIRECTIVO

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152 RELATÓRIO E CONTAS 2016

52. FUNDOS PRÓPRIOS / RÁCIOS PRUDENCIAIS No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:

Até 31 de Dezembro de 2016, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Azambuja

Em euros 2013 2014 2015 2016 Δ

15/16

Fundos Próprios totais 5.943.378 6.989.879 7.344.323 6.948.846 -5,4%

Common equity tier 1* --- 6.729.025 7.092.680 6.948.846 ---

Tier 1* 6.001.917 6.729.025 7.092.680 6.948.846 -2,0%

Tier 2 6.911 260.855 251.643 0 -

100,0%

Posição em risco de activos e equivalentes 68.750.029 75.979.339 76.108.349 76.527.857 0,6%

Requisitos de fundos próprios 29.604.888 33.073.462 29.757.100 30.669.277 3,1%

Crédito 24.979.625 28.695.349 25.766.796 26.750.774 3,8%

Operacional 4.625.263 4.378.113 3.990.303 0 -

100,0%

CVA --- 0 0 0 0,0 P.P

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* --- 20,0% 24,0% 22,7% -1,3 P.P

Tier 1 * 20,1% 20,0% 24,0% 22,7% -1,3 P.P

Tier 2 0,0% 0,8% 0,8% 0,0% -0,8 P.P

Total* 21,2% 21,0% 25,0% 22,7% -2,3 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

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153 RELATÓRIO E CONTAS 2016

MOVIMENTAÇÃO DE ASSOCIADOS

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154 RELATÓRIO E CONTAS 2016

MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2016

Sócios Existentes

em 31 de Dezembro de 2015 ..................................................... 1.930 Sócios Admitidos durante o ano de 2016 ..................................................................... 95

Sócios Falecidos durante o ano de 2016 ....................................................................... 0 Sócios demitidos a pedido durante o ano de 2016 ....................................................................... 6 ________ Soma…………………………………………………..2.019

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Azambuja

31 de Dezembro de 2016

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155 RELATÓRIO E CONTAS 2016

MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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156 RELATÓRIO E CONTAS 2016

AGRADECIMENTO

Não pode a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, CRL, deixar de realçar todo o trabalho

desempenhado com profissionalismo e entrega pela equipa competente e dedicada, que ano após

ano, vem consolidando financeira e patrimonialmente esta Instituição e expressar o seu vivo

agradecimento público a todos quanto, vem ajudando a divulgar e engrandecer a imagem da

Caixa, com especial enfoque para os Clientes e Associados, Serviços Públicos em particular à

Câmara Municipal de Azambuja e a todos os Colaboradores pela sua dedicação e zelo na

execução das tarefas que lhes são cometidas, sem esquecer o apoio e a cooperação da Caixa

Central e das Empresas do Grupo.

Azambuja, 24 de Fevereiro de 2017

Conselho de Administração

O

Eng.º. Francisco João Bernardino da Silva Sr. António da Silva Sr. José da Silva Rocha Dra. Sónia Maria Lemos Real Sr. Lourenço José Silva Luzio

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157 RELATÓRIO E CONTAS 2016

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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158 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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159 RELATÓRIO E CONTAS 2016

PARECER DO CONSELHO FISCAL

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160 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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161 RELATÓRIO E CONTAS 2016

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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162 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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163 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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164 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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165 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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166 RELATÓRIO E CONTAS 2016

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Caixa de Azambuja

Relatório, Balanço e Contas