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Décima segunda ronda de negociações para a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) Relatório público Março de 2016 RELATÓRIO DA DÉCIMA SEGUNDA RONDA DE NEGOCIAÇÕES

Relatório da 12.ª ronda de negociações TTIPtrade.ec.europa.eu/doclib/docs/2016/may/tradoc_154535.pdf · Durante a 12.ª ronda de negociações sobre a Parceria Transatlântica

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Décima segunda ronda de negociações

para a Parceria Transatlântica de Comércio e

Investimento (TTIP)

Relatório público – Março de 2016

RELATÓRIO DA DÉCIMA SEGUNDA RONDA DE NEGOCIAÇÕES

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PARA A PARCERIA TRANSATLÂNTICA DE COMÉRCIO E INVESTIMENTO

(Bruxelas, 22-26 de fevereiro de 2016

Índice

1.1 Comércio de mercadorias: direitos aduaneiros e acesso ao mercado ......................... 4

1.2. Contratos públicos .......................................................................................................... 5

1.3. Comércio de serviços e investimento ............................................................................ 6

1.4. Regras de origem ............................................................................................................ 7

2.1. Coerência regulamentar ................................................................................................ 8

2.2. Obstáculos técnicos ao comércio ................................................................................... 8

2.3. Questões sanitárias e fitossanitárias ........................................................................... 10

As discussões setoriais são extremamente técnicas devido à novidade e à

complexidade do exercício. É apresentado a seguir um relatório mais

pormenorizado sobre os desenvolvimentos registados por setor durante a

12.ª ronda de negociações. .......................................................................................... 10

Produtos farmacêuticos ............................................................................................. 10

Produtos cosméticos ................................................................................................... 11

Automóveis ................................................................................................................. 12

Dispositivos médicos .................................................................................................. 13

TIC ..................................................................................................................... 14

Engenharia ................................................................................................................ 15

Produtos químicos ..................................................................................................... 15

Pesticidas .................................................................................................................... 15

3.1. Desenvolvimento sustentável ....................................................................................... 16

3.2. Comércio de energia e matérias-primas ..................................................................... 17

3.3. Pequenas e médias empresas ....................................................................................... 17

3.4. Alfândegas e facilitação do comércio .......................................................................... 18

3.5. Direitos de propriedade intelectual, incluindo indicações geográficas .................... 18

3.6. Concorrência ................................................................................................................. 19

3.7. Proteção dos investimentos .......................................................................................... 20

3.8. Resolução de litígios entre Estados ............................................................................. 21

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RESUMO

Durante a 12.ª ronda de negociações sobre a Parceria Transatlântica de Comércio e

Investimento (TTIP), efetuada em Bruxelas entre 22 e 26 de fevereiro, foram discutidos

os três pilares do acordo: o acesso ao mercado, o pilar regulamentar e as regras. A

intensificação global das negociações levou as Partes a prolongar a ronda por mais uma

segunda semana, tendo os EUA e a UE trocado propostas em matéria de contratos

públicos e prosseguido as discussões sobre as regras de origem e os direitos de

propriedade intelectual.

No decurso desta ronda, foram realizados progressos particularmente importantes em

dois dos três pilares da TTIP, nomeadamente a cooperação regulamentar e as regras.

No que respeita ao pilar regulamentar, a UE e os EUA apresentaram novas propostas

em matéria de cooperação regulamentar, com vista a afinar ideias sobre como criar um

sistema no âmbito da TTIP para facilitar a cooperação regulamentar atual e futura, tanto

na indústria transformadora como nos serviços. As Partes debateram igualmente o

projeto de capítulo revisto da UE sobre boas práticas regulamentares, bem como todas

as outras questões regulamentares, ou seja, obstáculos técnicos ao comércio (OTC),

medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) e os nove setores industriais em causa.

No que respeita às regras, ambas as Partes apresentaram as suas respetivas propostas em

matéria de proteção dos investimentos. A UE apresentou a sua nova e reformada

abordagem sobre a proteção dos investimentos e a resolução de litígios em matéria de

investimento pela primeira vez durante esta ronda. As discussões decorreram num

ambiente aberto e construtivo. No que respeita ao desenvolvimento sustentável, os

Estados Unidos apresentaram as suas propostas em matéria de trabalho e ambiente, em

resposta à anterior proposta da UE de um capítulo sobre o desenvolvimento sustentável,

tendo os negociadores centrado a sua atenção numa análise pormenorizada de cada

proposta. As Partes também mantiveram discussões produtivas sobre outros aspetos das

regras, como concorrência, alfândegas e facilitação do comércio, resolução de litígios

entre Estados e PME, entre outros.

Por último, mas não menos importante, a UE e os EUA discutiram o acesso ao mercado,

nomeadamente os serviços, os direitos aduaneiros e os contratos públicos. Em matéria

de contratos públicos, houve uma troca de propostas, tendo as equipas de negociação

debatido durante dois dias e meio ambas as propostas e o texto do capítulo.

Por último, as Partes acordaram em acelerar os trabalhos entre as rondas de

negociações, a fim de aumentar o ritmo das negociações em geral. Estão previstas duas

rondas adicionais de negociações propriamente ditas até às férias do verão. O principal

objetivo geral é negociar um acordo TTIP ambicioso e de alto nível que responda tanto

aos interesses da UE como dos EUA. A UE reiterou a sua intenção de garantir

progressos substanciais em todos os três pilares do acordo até às férias do verão.

1. Acesso ao mercado

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1.1 Comércio de mercadorias: direitos aduaneiros e acesso ao mercado

Produtos não agrícolas

No que respeita aos direitos aduaneiros, as Partes discutiram os produtos que podem ser

sujeitos a diferentes calendários de eliminação progressiva devido à sua natureza

diferente.

Os negociadores prosseguiram também as discussões sobre os artigos do acordo

relativos ao comércio de mercadorias, os quais têm por base as regras do comércio

internacional que regem o comércio de mercadorias entre as partes. Tanto a UE como os

EUA já partilham muitos princípios importantes. Durante a 12.ª ronda, os trabalhos

centraram-se em assegurar a compatibilidade de certas propostas de texto,

nomeadamente no que se refere à classificação de mercadorias para efeitos aduaneiros,

à proibição de restrições à importação e exportação e ao comércio de produtos

remanufaturados, com as respetivas legislações nacionais.

Numa reunião conjunta com o grupo de negociação Alfândegas e Facilitação do

Comércio, as equipas de negociação discutiram as possibilidades de assegurar um

âmbito de aplicação similar para os respetivos sistemas de cada Parte em matéria de

tratamento de mercadorias devolvidas após a reparação e de isenção de direitos de

mercadorias importadas a título temporário.

Produtos agrícolas

As discussões realizadas durante esta ronda incidiram, essencialmente, sobre três

elementos: direitos aduaneiros, texto sobre a agricultura e questões não pautais.

No que respeita aos direitos aduaneiros, foram discutidos interesses de exportação

específicos, tendo sido apresentados pedidos de redução dos períodos de escalonamento.

Os produtos identificados como mais sensíveis não foram examinados. A UE assinalou

que o grau de ambição em matéria de direitos aduaneiros irá depender desta questão

para o acordo no seu conjunto.

No que respeita ao capítulo agrícola, foi efetuado um primeiro exame substancial, o que

permitiu identificar as principais áreas de convergência e divergência. Nesse contexto, a

UE recordou a sua intenção de incluir regras sobre os vinhos e as bebidas espirituosas

com base nos acordos bilaterais existentes, que abrangem, nomeadamente, a proteção

das denominações dos vinhos e bebidas espirituosas da UE e dos EUA (incluindo a

utilização exclusiva para os produtores da UE de 17 denominações consideradas

semigenéricas pelos EUA), práticas enológicas, regras de rotulagem e certificação.

Além disso, a UE apresentou uma proposta de texto sobre disposições regulamentares

específicas em matéria de rotulagem de bebidas espirituosas.

Por último, ambas as Partes debateram questões não pautais específicas relacionadas

com a agricultura e as possíveis soluções.

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1.2. Contratos públicos

Os contratos públicos são um dos principais domínios de interesse ofensivo e prioridade

para a UE na TTIP. Trata-se de uma oportunidade única para aumentar

substancialmente as oportunidades de acesso ao mercado dos contratos públicos dos

EUA tanto a nível federal como estatal, e para garantir que as empresas da UE são

tratadas de uma forma equitativa e não discriminatória aquando da apresentação de

propostas para contratos públicos.

Durante a 12.ª ronda de negociações, a contratação foi debatida durante dois dias e meio

e a UE continuou a envidar esforços para alcançar o objetivo comum partilhado entre a

UE e os EUA desenvolvido no Grupo de Trabalho de Alto Nível UE-EUA sobre

Emprego e Crescimento (HLWG). O objetivo em matéria de contratação é criar «um

acesso substancialmente melhorado a oportunidades de contratos públicos em todos os

níveis de governo com base num tratamento nacional». As discussões durante esta

ronda cobriram tanto o acesso ao mercado como as disposições do texto do capítulo

relativo aos contratos públicos (os procedimentos aplicados pelas entidades públicas

aquando da contratação). No que respeita ao acesso ao mercado, as discussões

incidiram, em especial, sobre as primeiras propostas em matéria de contratos públicos

que tinham sido trocadas entre a UE e os EUA.

Para além das primeiras propostas sobre o acesso ao mercado, a discussão sobre o

acesso ao mercado foi prosseguida com base nas questões colocadas pela UE sobre os

seguintes temas, nomeadamente: restrições recentemente introduzidas nos EUA que

afetam o acesso ao mercado para os fornecedores europeus (como o FAST Act no

domínio do Ministério dos Transportes dos EUA), a expansão dos compromissos de

acesso ao mercado, tanto a nível federal como estatal, bem como o quadro jurídico para

o financiamento federal dos contratos infraestruturais dos EUA (que é objeto de

preferências nacionais nos EUA).

No que respeita aos procedimentos de contratação, a proposta de texto em discussão

contém propostas apresentadas tanto pela UE como pelos EUA. Houve uma discussão

específica sobre as possibilidades de facilitar a participação das PME nas oportunidades

de contratação pública, por exemplo, através de uma melhoria da transparência das

oportunidades de contratos públicos e da exploração de mecanismos destinados a ajudar

as empresas mediante a criação de um serviço de assistência (help desk) ou de um ponto

de contacto para denúncias informais. A UE continuou a sublinhar a necessidade de

melhorar o acesso aos contratos públicos nos Estados Unidos. A UE dispõe de um único

ponto de acesso eletrónico a oportunidades de contratos públicos e, desde 15 de janeiro

de 2016, dispõe também de uma ferramenta automática para a tradução de anúncios de

concurso em língua inglesa e em todas as outras línguas.

Em geral, as discussões sobre a proposta de texto permitiram clarificar mais as posições

e identificar áreas de interesse comum com vista às próximas etapas. Por exemplo, a UE

sublinhou de novo a importância de os procedimentos de contratação refletirem

adequadamente as considerações ambientais. O ponto de partida para as discussões é o

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texto do Acordo da OMC sobre Contratos Públicos (GPA) de que tanto a UE como os

EUA são signatários.

1.3. Comércio de serviços e investimento

No decurso da 12.ª ronda, a UE e os EUA trataram os seguintes domínios: comércio

transfronteiras de serviços, liberalização dos investimentos e regras relacionadas com:

serviços financeiros, serviços postais e de correio expresso, venda direta,

reconhecimento das qualificações profissionais, regulamentação nacional,

telecomunicações e comércio eletrónico. Houve ainda uma breve troca de pontos de

vista sobre o seguimento de questões relacionadas com o acesso ao mercado, tendo a

UE e os EUA reconhecido que determinados serviços, incluindo os serviços públicos,

desempenham um papel especial para os cidadãos.

No que se refere à liberalização dos investimentos, os negociadores tiveram um dia de

discussões centradas em definições, acesso ao mercado, tratamento nacional, requisitos

de desempenho e quadros superiores e conselhos de administração. Ambas as partes

empenharam-se numa comparação aprofundada das respetivas abordagens, com vista a

identificar domínios em que seria necessária uma discussão mais aprofundada nas

próximas rondas.

Houve ainda outros intercâmbios relacionados com a consolidação do capítulo relativo

ao comércio transfronteiras de serviços. As discussões incidiram sobre a circulação

das pessoas singulares, bem como sobre o transporte marítimo e a aviação.

No que respeita aos serviços financeiros, a UE e os EUA chegaram a acordo quanto à

arquitetura do capítulo sobre os serviços financeiros. Além disso, foram iniciados os

trabalhos sobre o texto consolidado. Os negociadores realizaram progressos no tocante a

definições, âmbito de aplicação, bem como regras e exceções relacionadas com os

serviços financeiros

A UE e os EUA debateram também a abordagem da regulamentação nacional. A UE

tem em vista apresentar a proposta antes da próxima ronda de negociações da TTIP.

Com base nas propostas apresentadas pela UE e os EUA nesta ronda, foram discutidos

os serviços de entrega. Tendo em conta os interesses comuns da UE e dos EUA neste

setor, os dois textos têm muitas coisas em comum, o que deverá facilitar a consolidação

dos mesmos.

Os EUA apresentaram a sua proposta sobre a venda direta e salientaram os seus

benefícios para as PME. A UE manifestou um interesse preliminar em incluir

disposições sobre a venda direta na TTIP, insistindo, porém, na necessidade de

continuar as consultas sobre a proposta.

A UE e os EUA fizeram progressos nas negociações relativas ao quadro para o

reconhecimento mútuo das qualificações profissionais. O objetivo era encontrar um

mecanismo adequado para assegurar que o quadro acordado é compatível com os

sistemas regulamentares da UE e dos EUA, respetivamente.

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As Partes discutiram todas as propostas sobre os serviços de telecomunicações e

centraram-se, em especial, nas obrigações dos principais fornecedores e no âmbito de

aplicação do capítulo sobre as telecomunicações (por exemplo, a questão de saber se as

novas telecomunicações devem ser contempladas, e sob que forma).

Os debates sobre o comércio eletrónico abrangeram todas as disposições propostas,

exceto os fluxos de dados e a localização de dados em relação a que a UE não

apresentou uma proposta. Houve discussões aprofundadas, em especial, sobre as

assinaturas eletrónicas, os procedimentos de autorização para os serviços em linha, a

não discriminação de conteúdos transmitidos digitalmente, as informações de marketing

direto (spam), os direitos aduaneiros sobre as transmissões eletrónicas e a proteção dos

consumidores em linha.

1.4. Regras de origem

O principal objetivo deste grupo é definir as regras de origem dos produtos que

beneficiam de tratamento preferencial no âmbito do acordo. Foram discutidas as

seguintes questões:

i) Proposta dos EUA sobre os «Procedimentos de origem» (Secção B)

Os EUA apresentaram a sua proposta sobre a secção B, seguindo-se uma sessão de

perguntas e respostas. As Partes discutiram a necessidade de encontrar compromissos

para aproximar a posição das Partes, tendo sido consideradas diferentes opções.

ii) Parte sobre as «Disposições gerais» (Secção A)

A UE apresentou algumas propostas de textos de compromisso sobre disposições em

relação a que ambas as Partes partilham abordagens semelhantes, como a regra do

transporte direto / regra de não alteração, acessórios, peças sobressalentes e ferramentas,

materiais de acondicionamento e embalagem, etc.

iii) Regras específicas dos produtos (PSR)

As Partes prosseguiram a comparação no que respeita aos textos sobre as regras

específicas dos produtos trocados na ronda anterior.

iv) Discutiu-se também brevemente a abordagem da UE em matéria de casos de

fraudes.

Regras de origem dos produtos têxteis:

Foram tratadas as seguintes questões:

i) as abordagens normalizadas de ambas as Partes em matéria de regras de origem

específicas dos produtos e alguns outros elementos horizontais dos respetivos sistemas

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das Partes, como tolerâncias (valor/peso máximo das matérias não originárias que não

pode exceder os requisitos da regra específica do produto), derrogações aos

contingentes de origem (regras de origem menos estritas aplicadas a produtos

específicos dentro de um limite) e cumulação (a possibilidade de utilizar fios ou tecidos

provenientes da zona de comércio livre ou de países terceiros específicos).

ii) as disposições em matéria de «antievasão» e «partilha de informações» para o setor

têxtil e do vestuário (cooperação das Partes no que respeita à verificação de origem e

assistência mútua contra infrações e fraudes em matéria de legislação sobre questões de

origem – origem preferencial e não preferencial).

As Partes manter-se-ão informadas sobre a possibilidade de trocar textos em matéria de

regras específicas dos produtos para a próxima ronda.

2. Cooperação regulamentar

2.1. Coerência regulamentar

As Partes debateram tanto o texto das disposições dos EUA sobre a cooperação

regulamentar como os projetos dos capítulos revistos da UE sobre a cooperação

regulamentar e as boas práticas regulamentares, respetivamente. Em matéria de

cooperação regulamentar, a UE considerou as propostas como uma base sólida para

futuras negociações. Ambas as Partes colocaram uma série de questões, nomeadamente

sobre os objetivos e o âmbito da cooperação, bem como sobre a participação das

entidades reguladoras e das partes interessadas. Em matéria de boas práticas

regulamentares, a UE apresentou o seu projeto de capítulo revisto explicando a sua

principal motivação: identificar práticas comuns em matéria de elaboração regulamentar

para manter níveis elevados de proteção, facilitando simultaneamente o comércio e o

investimento. Ambas as Partes acordaram em intensificar os trabalhos antes da próxima

ronda de negociações com vista a esclarecer as questões pendentes e a consolidar os

respetivos textos.

2.2. Obstáculos técnicos ao comércio

As discussões realizadas durante esta ronda abordaram um conjunto de questões

relacionadas com: i) a transparência dos procedimentos seguidos pelas autoridades

públicas aquando da seleção de normas para utilização em apoio da regulamentação

técnica, ii) a cooperação entre as organizações responsáveis pela elaboração de normas

da UE e dos EUA, a fim de facilitar a participação de peritos técnicos da outra Parte, iii)

a utilização de normas da outra Parte aquando da elaboração de novas normas ou

quando se coloca a questão de novas normas para incorporação na regulamentação

técnica, iv) a possibilidade de as pessoas interessadas apresentarem propostas para a

elaboração de normas comuns para os EUA e a UE, e v) papéis e funções do Comité dos

Obstáculos Técnicos ao Comércio no âmbito da TTIP.

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Transparência na definição das normas

A UE e os EUA debateram o modo de aumentar a transparência nos procedimentos

utilizados para incorporar as normas por referência, no caso dos EUA, e nos

procedimentos para solicitar às organizações de normalização a elaboração de uma

norma em apoio da regulamentação, no caso da UE.

Cooperação entre as organizações de normalização da UE e dos EUA, a fim de

aumentar a participação das partes interessadas na definição das normas

A UE apresentou a ideia de encorajar a cooperação entre as organizações responsáveis

pela elaboração de normas da UE e dos EUA, a fim de facilitar o acesso de peritos da

outra Parte às organizações de normalização relevantes.

Consideração das normas da outra Parte na elaboração de novas normas e para a

incorporação por referência na regulamentação técnica

Os EUA e a UE partilham o objetivo de considerar mutuamente as normas da outra

Parte: no caso da UE, ao solicitar aos organismos europeus de normalização para

elaborarem normas harmonizadas e, no caso dos EUA, ao referenciar as normas nas

regulamentação técnicas das agências.

Propostas das partes interessadas sobre a cooperação em matéria de normas

A UE apresentou a ideia de criar um processo pelo qual as partes interessadas poderiam

avançar as suas ideias que, no caso de serem consideradas adequadas pelas entidades

reguladoras competentes, desencadeariam os trabalhos destinados a elaborar normas

comuns.

Papel e funções do Comité OTC, cooperação e resolução das questões comerciais

Os EUA e a UE assinalaram interesses comuns no que respeita ao papel e às funções do

Comité OTC no âmbito da TTIP e também ao fomento da cooperação entre

organizações governamentais e não governamentais no domínio da regulamentação

técnica, avaliação da conformidade, acreditação, normas e metrologia

O resultado mais importante da ronda foi o acordo de ambas as Partes no sentido de

trabalharem na consolidação dos textos sobre normalização, cooperação em matéria de

obstáculos técnicos ao comércio, avaliação da conformidade e papéis e funções do

Comité dos Obstáculos Técnicos ao Comércio.

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2.3. Questões sanitárias e fitossanitárias

Durante esta ronda, os negociadores discutiram os artigos propostos sobre a

regionalização, auditorias, certificação e resistência antimicrobiana para definir os

objetivos e as possíveis vias a seguir. As discussões permitiram aprofundar a análise de

alguns anexos, nomeadamente sobre a regionalização, as auditorias e a certificação. As

Partes concentraram-se largamente em explicar os respetivos textos e os objetivos e

conceitos subjacentes. Foi acordada a realização de um debate entre sessões antes da

próxima ronda.

2.4 Setores

Foram identificados nove setores para estudar como se poderia melhorar a

compatibilidade regulamentar e que poderiam representar benefícios significativos para

a indústria, as entidades reguladoras e os cidadãos. As discussões são conduzidas pelas

respetivas autoridades reguladoras da UE e dos EUA nestes setores. O objetivo geral

declarado é definir mais concretamente o que pode ser alcançado em termos de maior

compatibilidade regulamentar em cada um dos nove setores.

As discussões setoriais são extremamente técnicas devido à novidade e à complexidade

do exercício. É apresentado a seguir um relatório mais pormenorizado sobre os

desenvolvimentos registados por setor durante a 12.ª ronda de negociações.

Produtos farmacêuticos

Em matéria de inspeções das boas práticas de fabrico (BPF), as entidades reguladoras

de ambas as Partes forneceram informações atualizadas sobre os trabalhos realizados

pelo grupo de trabalho encarregado de avaliar a equivalência dos sistemas de inspeção

BPF da UE e dos EUA. As discussões permitiram identificar tarefas a efetuar nos

próximos meses e acordou-se em prosseguir os esforços no sentido do reconhecimento

mútuo das respetivas inspeções BPF.

A UE apresentou uma proposta no sentido de reforçar a colaboração no domínio

regulamentar e os esforços de harmonização em matéria de medicamentos genéricos1,

o que implica os seguintes objetivos: 1) a participação da UE e dos EUA em atividades

de cooperação regulamentar internacional, nomeadamente o projeto piloto para a

partilha de informações iniciado no âmbito do programa IGDRP (International Generic

Drug Regulatory Program), 2) a harmonização das orientações que permitem reduzir o

número de estudos de bioequivalência in vivo e 3) uma maior harmonização dos

requisitos em matéria de dados clínicos para genéricos complexos que requerem a

realização de testes pré-clínicos e de ensaios clínicos para a sua autorização. As

1 http://trade.ec.europa.eu/doclib/docs/2016/january/tradoc_154172.pdf.

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oportunidades de colaboração identificadas na proposta da UE serão debatidas em mais

profundidade nas próximas rondas.

No que respeita às normas comuns para os identificadores únicos, a UE forneceu

informações atualizadas sobre o ato delegado da UE, publicado em 9 de fevereiro de

2016, que estabelece regras pormenorizadas para os dispositivos de segurança que

figuram nas embalagens dos medicamentos para uso humano. Foi acordada a troca de

informações técnicas sobre esta matéria antes da próxima ronda.

No que respeita ao intercâmbio de informações confidenciais entre as autoridades

reguladoras, prosseguirão os debates sobre os meios para estabelecer um quadro

jurídico que permita o intercâmbio de informações confidenciais, incluindo segredos

comerciais, entre as entidades reguladoras.

Foram apresentadas pequenas informações atualizadas relativamente aos seguintes

temas: desenvolvimentos recentes e atividades futuras no âmbito do Conselho

Internacional para a Harmonização dos Requisitos Técnicos para o Registo de

Medicamentos para Uso Humano (ICH), aconselhamento científico paralelo pela EMA

e a FDA, biossimilares, incluindo o desenvolvimento de orientações da FDA sobre

denominação e rotulagem e pediatria.

Produtos cosméticos

Os peritos continuaram a discutir o interesse mútuo numa cooperação reforçada no

âmbito do processo de cooperação internacional em matéria de regulamentação dos

produtos cosméticos (ICCR). A proposta da UE no sentido de uma estratégia para uma

cooperação internacional reforçada em matéria de regulamentação dos produtos

cosméticos, apresentada no âmbito da ICCR em novembro de 2015, continuará a ser

discutida durante o ano de 2016. Os EUA ocupam atualmente a Presidência da ICCR.

No que respeita à cooperação em matéria de avaliação dos riscos, em novembro de

2015, a US Food and Drug Administration (FDA) publicou dois projetos de

documentos de orientação de relevância para os produtores de cosméticos «Over-the-

Counter Sunscreens: Safety and Effectiveness Data, Guidance for Industry» e

«Nonprescription Sunscreen Drug Products – Content and Format of Data Submissions

to Support a GRASE Determination Under the Sunscreen Innovation Act». As

abordagens da UE e dos EUA são fundamentalmente diferentes, mas ambas as Partes

estão a discutir o modo de prosseguir os debates a nível de peritos sobre os métodos de

avaliação da segurança dos ingredientes cosméticos da UE e dos EUA .

No que respeita às alternativas aos ensaios em animais (AEA), o texto relativo aos

produtos cosméticos na Parceria Transpacífica (TPP) indica que a utilização de AEA é

recomendada sempre que estiverem disponíveis. Nos EUA, porém, as AEA não são

suficientes para demonstrar a segurança dos ingredientes de protetores solares (são

recomendados estudos de carcinogenicidade).

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Não se discutiu em pormenor a rotulagem dos produtos cosméticos (sobretudo porque é

autorizado a rotulagem dupla).

Produtos têxteis

A reunião sobre a regulamentação em matéria de produtos têxteis foi construtiva, tendo

sido identificadas áreas de interesse comum (etiquetagem de produtos têxteis, aspetos de

segurança e normas).

No que respeita à etiquetagem das denominações das fibras, o objetivo último

continua a ser que ambas as administrações coordenem os pontos de vista nos respetivos

processos para a designação das denominações das novas de fibras, a fim de dar, na

medida do possível, a mesma denominação à mesma fibra (para reduzir as adaptações

em matéria de etiquetagem).

No que se refere à etiquetagem sobre o tratamento, a UE solicitou informações

atualizadas sobre a proposta da Comissão Federal do Comércio (FTC) de 2012 relativa

à etiquetagem sobre o tratamento (que permitiria aos fabricantes utilizar quer os

símbolos de tratamento ASTM quer, em alternativa, os símbolos de tratamento ISO).

No que se refere aos ensaios de inflamabilidade, a UE solicitou informações

atualizadas sobre a notificação prévia em matéria de regulamentação proposta da CPSC

(Comissão de Segurança dos Produtos de Consumo) que inquiria se se deveria alterar o

método de ensaio de inflamabilidade (ou seja, o acondicionamento das amostras)

definido na legislação dos EUA (16 CFR part 1610). O programa de trabalho da CPSC

para 2016, aprovado em 24 de fevereiro2, prevê que a CPCS elabore um «dossiê

informativo sobre a Petição relativa à Seda». O dossiê informativo inclui normalmente

diferentes opções a considerar pela Comissão CPSC (uma das opções poderá ser

avançar com a notificação em matéria de regulamentação proposta).

Foi discutido o objetivo de promover a cooperação sobre normas comerciais não

regulamentares, com vista a atingir um nível mais elevado de convergência neste

domínio. Tal poderia incluir a promoção da cooperação entre as organizações de

normalização relevantes da UE e dos Estados Unidos, ao nível mais adequado.

Podem ainda ser identificadas áreas adicionais de cooperação para o futuro.

Automóveis

No que respeita a eventuais ações a adotar em relação a medidas regulamentares

específicas, a UE e os EUA mantiveram discussões técnicas e pormenorizadas

2 http://www.cpsc.gov/Global/About-CPSC/Budget-and-Performance/2016OpPlan.pdf.

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Relatório da 12.ª ronda de negociações TTIP

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construtivas com base na proposta da UE sobre a equivalência, a equivalência mais e/ou

resultados de harmonização acelerada com base em casos de ensaio e discussões

ulteriores (aspetos de segurança da regulamentação no setor automóvel). As Partes

trocaram informações detalhadas sobre cada uma das questões, tendo acordado na

necessidade de mais trabalhos sobre pormenores técnicos entre as sessões. De um modo

geral, houve um certo nível de uniformidade na avaliação fornecida, continuando a

capacidade de resistência à colisão a ser a questão mais complexa. Houve também uma

troca de pontos de vista sobre o processo de Acordo das Nações Unidas de 1998,

mostrando-se a UE disposta a melhorar os aspetos de transparência.

As duas Partes forneceram informações atualizadas sobre as áreas propostas para a

harmonização bilateral acelerada:

Iluminação frontal adaptável – trabalho comum a desenvolver com base na

investigação da NHTSA

Sistema de travagem automática de emergência – foi lançado o processo na UE

com vista a uma proposta da Comissão. Há espaço para o intercâmbio de

informações e trabalho em comum (acordo voluntário nos EUA)

Dispositivos de bloqueio de cintos de segurança – a prosseguir o intercâmbio de

informações

No que respeita aos trabalhos no âmbito da UNECE, as duas Partes trocaram

informações sobre o estado de avanço do livro branco trilateral e do processo de

Genebra, que deverá ser aprovado na sessão do WP29 de março de 2016. Em

relação ao processo de implementação, as Partes irão preparar uma avaliação da

implementação dos atuais regulamentos técnicos globais e dos trabalhos em

curso sobre regulamentos técnicos globais e debater as prioridades para o

trabalho futuro (com o Japão).

Dispositivos médicos

Peritos da Comissão Europeia e peritos de Estados-Membros (Reino Unido, Irlanda)

continuam a observar o programa-piloto internacional do MDSAP (Medical Device

Single Audit Programme). A Polónia também irá aderir. Uma análise da experiência

da UE no projeto-piloto será efetuada no final de 2016 para ponderar a adoção de novas

medidas. A UE foi convidada a tomar novas medidas para implementar o Fórum

Internacional de Reguladores de Dispositivos Médicos (IMDRF — International

Medical Device Regulators Forum)3, os documentos do IMDRF e a auditoria única

4.

3 O Fórum Internacional de Reguladores de Dispositivos Médicos (IMDRF) é um fórum internacional

para discutir as orientações futuras no domínio da harmonização regulamentar dos dispositivos

médicos.

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Relatório da 12.ª ronda de negociações TTIP

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A UE prevê disposições em matéria de identificação única do dispositivo (UDI)

(sistema de rastreabilidade) em sintonia com as Orientações da UDI do Fórum

Internacional de Reguladores de Dispositivos Médicos (IMDRF) no âmbito da revisão

da legislação em matéria de dispositivos médicos. São efetuados intercâmbios técnicos a

fim de assegurar a compatibilidade e a interoperabilidade das bases de dados UDI da

UE e dos EUA.

No que respeita à apresentação de produtos regulamentados (RPS), têm vindo a ser

envidados esforços no sentido de um formato de modelo harmonizado para a

apresentação de dados no Fórum Internacional de Reguladores de Dispositivos Médicos

(IMDRF). Ambas as Partes estão atualmente a implementar um projeto-

piloto/verificação do índice acordado no IMDRF. Em função do resultado desta fase de

verificação, as Partes irão decidir sobre novas medidas.

A UE forneceu informações atualizadas aos EUA sobre o processo de revisão da

legislação da UE (projeto de regulamentos sobre os dispositivos médicos e sobre o

diagnóstico in vitro) e as próximas etapas do processo legislativo.

TIC

As discussões sobre as TIC foram positivas, tendo ambas as Partes assinalado

progressos em vários domínios. Em especial, as Partes continuaram a trocar

informações sobre as diferentes iniciativas TIC em curso na UE e nos EUA nos

domínios da saúde em linha, cifragem, rotulagem eletrónica, cooperação no âmbito da

fiscalização do mercado, sistemas rádio definidos por software, taxas de absorção

específica para telemóveis e acessibilidade eletrónica. No que respeita aos sistemas

rádio definidos por software, às taxas de absorção específica e à rotulagem eletrónica, as

Partes discutiram medidas para facilitar um diálogo regulamentar que, em última

análise, poderá resultar em regulamentos mais convergentes. Em matéria de cifragem,

os EUA explicaram os seus objetivos neste domínio, em especial no que se refere aos

princípios do Conselho Mundial dos Semicondutores (WSC) e ao texto da Parceria

Transpacífica. No tocante à saúde em linha, as Partes continuaram a acompanhar a

evolução na implementação do roteiro sobre a saúde em linha/TI na saúde, entre a

Comissão Europeia e o ministério da Saúde dos EUA. Em matéria de fiscalização do

mercado, foi discutida a forma de intensificar a cooperação nas atividades de

fiscalização do mercado para os produtos TIC.

4 O programa-piloto MDSAP destina-se a permitir que as organizações de auditoria reconhecidas pelo

MDSAP efetuem uma auditoria única dos fabricantes de dispositivos médicos que cumpra os

requisitos pertinentes das autoridades reguladoras dos dispositivos médicos que participam no

programa-piloto.

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Engenharia

A UE e os EUA continuaram a discutir sobre como identificar os domínios de

cooperação regulamentar no setor das máquinas, tendo em conta, nomeadamente, os

contributos recebidos da indústria. Ambas as Partes acordaram em que tal se deveria

verificar em setores ou subsetores muito específicos, a fim de evitar sobreposições com

as discussões nos capítulos gerais. A UE assinalou uma vez mais a importância deste

setor.

Produtos químicos

Tal como nas rondas anteriores, foram examinados os progressos alcançados com os

projetos-piloto sobre produtos químicos prioritários e a classificação e rotulagem de

substâncias. Vários Estados-Membros estão agora ativamente empenhados em

intercâmbios com peritos técnicos dos EUA sobre determinados produtos químicos

prioritários. Até à data, os Estados-Membros indicaram que consideram estes

intercâmbios úteis e confirmaram que tal não deu origem a trabalhos adicionais ou a

eventuais atrasos no planeamento e execução das suas próprias atividades.

Foi igualmente acordado analisar o potencial interesse em facilitar o intercâmbio de

dados entre autoridades reguladoras, incluindo os formatos para um tal intercâmbio,

tendo simultaneamente em conta a necessidade de proteção de informações comerciais

confidenciais.

Desde a última ronda, devido à concentração noutras prioridades, não se verificaram

quaisquer progressos no projeto-piloto no que respeita às diferenças nas classificações

que figuram nas fichas de dados de segurança.

Pesticidas

A UE e os EUA discutiram os objetivos comuns de cooperação reforçada e uma maior

compatibilidade regulamentar neste domínio. Numa primeira discussão, foram

identificadas, a título experimental, abordagens comuns na aplicação das disposições

regulamentares – em especial, em pequenas culturas – e na cooperação em instâncias

internacionais, como o CODEX ou a OCDE. As Partes estudaram a possibilidade de

partilhar informações científicas e fontes de dados.

3. Regras

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3.1. Desenvolvimento sustentável

Durante a 12.ª ronda de negociações, o grupo que trabalha sobre o Comércio e

Desenvolvimento Sustentável discutiu de uma forma construtiva, durante toda uma

semana, o trabalho, o ambiente e questões identificadas pela UE na sua proposta em

matéria de desenvolvimento sustentável. O grupo concentrou-se em debater

pormenorizadamente as propostas de cada uma das partes.

Do lado da UE, tal constituiu a oportunidade para explicar melhor a proposta de texto

jurídico, apresentada na 11.ª ronda (outubro de 2015). Esta proposta da UE avança com

disposições abrangentes e ambiciosas sobre questões relativas ao trabalho e ambiente

relevantes num contexto comercial e de investimento. Prevê, nomeadamente: o respeito

dos princípios e normas internacionais fundamentais em matéria de direitos dos

trabalhadores e governação ambiental; o direito de cada uma das Partes definir leis

ambiciosas em matéria laboral e ambiental e a obrigação de não concorrer no sentido da

baixa; o estabelecimento de níveis elevados de higiene e segurança no trabalho e de

condições dignas de trabalho, em conformidade com a Agenda do Trabalho Digno da

OIT; a conservação e a gestão sustentável da biodiversidade, incluindo os principais

recursos naturais, como a vida selvagem, a silvicultura e as pescas; a gestão respeitadora

do ambiente dos produtos químicos e dos resíduos; a promoção do comércio e do

investimento em tecnologias e produtos ecológicos; a adoção de práticas de conduta

responsáveis por parte das empresas da UE e dos EUA; a promoção de regimes de

comércio justos e éticos; e as possibilidades de iniciativas conjuntas em países terceiros

com vista a promover os direitos dos trabalhadores e a proteção do ambiente.

A UE também recordou que, numa fase posterior, irá desenvolver disposições em

matéria de alterações climáticas, aspetos institucionais e processuais, incluindo a

resolução de litígios. Isso deve-se ao facto de que, para discutir sobre a implementação e

os procedimentos de execução aplicáveis às obrigações laborais e ambientais, é

necessário saber o que se pretende aplicar e executar. Gostaríamos também de evitar

que as discussões sobre questões processuais desviassem a atenção do conteúdo das

obrigações, que queremos sejam ambiciosas. Relativamente às alterações climáticas, a

UE está a analisar a apresentação de uma proposta que tenha em conta o Acordo de

Paris recentemente celebrado.

Os EUA, por seu lado, fizeram uma primeira apresentação das suas próprias propostas

de texto para o trabalho e o ambiente nesta ronda. Forneceram também informações

atualizadas sobre os resultados obtidos em matéria de trabalho e ambiente na Parceria

Transpacífica, assim como sobre os procedimentos nacionais relacionados.

As discussões permitiram compreender melhor as semelhanças e diferenças entre os

textos da UE e dos EUA, bem como identificar domínios para novos intercâmbios. As

Partes irão proceder agora à elaboração de um texto consolidado.

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3.2. Comércio de energia e matérias-primas

Garantir um acesso mais aberto, diversificado, estável e sustentável à energia e às

matérias-primas é um dos principais desafios da Europa. A UE crê que a TTIP constitui

uma oportunidade única para criar um conjunto sólido de regras para facilitar o acesso

transparente e sustentável à energia e às matérias-primas, bem como para diversificar o

acesso aos fornecedores de energia e matérias-primas.

Durante a 12.ª ronda de negociações, a UE e os EUA trocaram informações sobre vários

desenvolvimentos no domínio das matérias-primas e da energia, centrando-se

prioritariamente na energia. A UE apresentou o ponto da situação sobre a União da

Energia e ambas as Partes compararam os resultados das negociações comerciais com o

Vietname (UE) e a Parceria Transpacífica (EUA), respetivamente. Os EUA assinalaram

as disposições relacionadas com a energia da legislação Omnibus dos EUA promulgada

em dezembro de 2015, incluindo a revogação da proibição de exportação de petróleo

bruto.

Além disso, ambas as Partes mantiveram uma discussão construtiva sobre as ligações

entre potenciais disposições específicas em matéria de energia e matérias-primas

apoiadas pela UE e certas disposições que estão atualmente a ser debatidas no contexto

do capítulo Comércio de mercadorias, como os preços de exportação e as restrições à

exportação.

3.3. Pequenas e médias empresas

Em relação às PME, a UE e os EUA continuaram a discussão da ronda anterior sobre

principalmente duas questões: as disposições em matéria de «partilha de informação» e

a dimensão institucional.

No que respeita à «partilha de informações», a UE e os EUA concordaram com a

necessidade de garantir que são fornecidas informações completas e atualizadas por

cada uma das Partes às PME de ambos os lados de uma forma convivial, prosseguindo

as discussões sobre a forma como a informação pode ser apresentada.

Além disso, houve discussões construtivas no Comité para as PME, tendo as Partes

chegado a acordo quanto ao papel da Comissão, mas a redação do texto ainda tem de ser

trabalhada. Em especial, será importante assegurar uma forte interação com as partes

interessadas e relações de cooperação entre o Comité para as PME e outros futuros

comités do TTIP para abordar questões específicas das PME em todos os domínios

cobertos pela TTIP.

A sessão constituiu ainda a oportunidade para debater a cooperação em curso sobre o

apoio às PME entre as duas administrações e para planear futuros trabalhos conjuntos

(por exemplo, seminário UE-EUA sobre as PME em Taline, em junho).

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3.4. Alfândegas e facilitação do comércio

No domínio das Alfândegas e Facilitação do Comércio, a UE está a procurar regras que

facilitem e acelerem as operações de exportação e importação entre a UE e os EUA,

assegurando simultaneamente que as mercadorias objeto de intercâmbio estão sujeitas

aos controlos e verificações aduaneiros necessários. Durante a 12.ª ronda de

negociações, a UE e os EUA conseguiram realizar progressos significativos em relação

ao texto do capítulo.

A UE apresentou várias novas propostas, nomeadamente: uma proposta relativa a

atividades relacionadas com assuntos que beneficiarão de um processo de reforço da

cooperação aduaneira entre a UE e os EUA (por exemplo, harmonização de dados,

programas de operadores de confiança, sistemas de balcão único, informações

vinculativas ou normas internacionais), a fim de chegar a uma convergência

transatlântica gradual nestes domínios.

Foi discutida ainda a admissão temporária e devolução de mercadorias após a reparação

numa reunião conjunta do grupo Alfândegas e Facilitação do Comércio e do grupo

Comércio de mercadorias.

3.5. Direitos de propriedade intelectual, incluindo indicações geográficas

Dada a eficácia dos respetivos sistemas, a intenção da UE neste campo das negociações

não é lutar pela harmonização, mas identificar questões de interesse comum em que é

possível resolver as divergências. As últimas discussões continuaram a explorar os

elementos que poderia incluir um capítulo da TTIP sobre os direitos de propriedade

intelectual (DPI).

As discussões sobre os DPI prolongaram-se por dois dias inteiros. Os Estados Unidos

apresentaram duas propostas de texto em matéria de DPI. Uma era uma reação ao texto

inicial da UE em matéria de acordos internacionais relacionados com DPI e tinha

muitos pontos em comum com o nosso texto. A outra era um primeiro projeto sobre

disposições comuns, em consonância com o texto equivalente da TPP. As duas Partes

discutiram a forma de aumentar o ritmo das negociações em matéria de DPI nas

próximas rondas. Outras secções em que as discussões estão bastante avançadas são a

execução e a cooperação aduaneiras.

Em matéria de direitos de autor e segredos comerciais, as Partes trocaram informações

atualizadas sobre os respetivos processos legislativos nacionais. De igual modo, no que

respeita aos acordos internacionais em matéria de DPI, tanto os EUA como a UE

apresentaram o ponto da situação em matéria de ratificação do Tratado de Marraquexe

para facilitar o acesso a obras publicadas por parte das pessoas cegas, com deficiência

visual ou com outras dificuldades de acesso a textos impressos e o Tratado de Pequim

sobre as interpretações e execuções audiovisuais.

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No tocante à execução em matéria civil e às medidas técnicas de proteção/gestão dos

direitos digitais, os EUA apresentaram uma análise comparativa entre os capítulos

pertinentes da TPP e os recentes ACL da UE (CETA e Vietname) e salientaram a

semelhança de abordagem de ambas as Partes na maior parte das disposições.

No que se refere à execução aduaneira, os Estados Unidos adotaram recentemente o

diploma Trade Facilitation and Trade Enforcement Act (lei sobre a facilitação do

comércio e a execução do comércio), que contém elementos positivos que permitem

uma maior cooperação e intercâmbio de informações com países terceiros.

No que respeita aos segredos comerciais, a UE apresentou os elementos-chave do texto

resultante do acordo entre o Conselho e o Parlamento Europeu sobre o que deveria

constituir a futura diretiva relativa aos segredos comerciais e os EUA informaram sobre

os progressos registados no seu projeto de lei equivalente.

Para a UE, a futura secção sobre a cooperação deve refletir, em grande medida, o que já

está a ser feito hoje, nomeadamente pelo Grupo de trabalho transatlântico sobre DPI.

No que respeita à futura secção sobre os princípios acordados, poderia inspirar-se nas

recentes comunicações e documentos de estratégia da UE, bem como nos documentos

equivalentes dos EUA. Deveria abordar interesses e sensibilidades diferentes (e

opostos) de uma forma equilibrada e incluir elementos relevantes para as PME.

As discussões sobre as indicações geográficas incidiram sobre a preparação de um

debate entre sessões antes da próxima ronda.

3.6. Concorrência

A UE e os EUA prosseguiram as negociações no que respeita ao capítulo Concorrência.

As discussões têm por base as propostas de texto apresentadas por ambas as Partes. Na

sequência de diversas rondas de negociações e de intercâmbios entre as sessões, as

posições das Partes sofreram uma evolução em quase todos os domínios.

Durante esta ronda, a UE e os EUA continuaram a explorar novas possibilidades para

encontrar um terreno comum, tendo identificado um certo número de domínios em que

as respetivas posições se aproximaram. Tais domínios incluem: os princípios gerais, a

referência ao quadro jurídico e o comportamento anticoncorrencial, a cooperação, a

cláusula de revisão e a resolução de litígios. Nestes domínios, a UE e os EUA

alcançaram, em grande medida, um acordo de princípio sobre o conteúdo das futuras

disposições e trabalharam com vista à sua precisa formulação.

O principal domínio em que é preciso trabalhar ainda mais é a equidade processual.

Inclui questões como a transparência dos procedimentos e dos direitos de defesa.

Ambas as Partes manifestaram um claro empenho em encontrar uma linguagem que

tenha em conta as suas respetivas preocupações e se adeque aos respetivos sistemas

jurídico e administrativo, por exemplo, a linguagem em processos de resolução

voluntária de problemas de concorrência. Outra área de discussão é a questão das

isenções na aplicação do direito da concorrência quando se trata de empresas do Estado.

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Empresas do Estado e subvenções

A UE e os EUA realizaram discussões substanciais sobre as respetivas propostas de

texto em matéria de empresas do Estado. As conversações foram construtivas e, mais

uma vez, permitiram às Partes alinhar ainda mais as suas posições em termos de

definições e disposições. A UE reiterou a importância de assegurar que as disposições

em matéria de empresas do Estado se aplicam igualmente a nível subfederal.

No que respeita às subvenções, as Partes discutiram as propostas de texto tanto dos

EUA como da UE. As discussões permitiram identificar e compreender, mais em

pormenor, as diferenças de abordagem.

3.7. Proteção dos investimentos

Na sequência de alterações substanciais na proposta da UE sobre a proteção dos

investimentos em reação a um processo de consulta com as partes interessadas da

sociedade civil, os Estados-Membros e o Parlamento Europeu ao longo de 2014 e 2015,

a UE avançou, em novembro de 2015, com uma nova abordagem reformada da proteção

dos investimentos e da resolução de litígios em matéria de investimento para a TTIP,

apresentada em pormenor aos EUA, pela primeira vez, durante esta ronda.

A proposta da UE visa salvaguardar o direito de regular e criar um sistema semelhante

ao de um tribunal com um mecanismo de recurso baseado em regras claramente

definidas, com juízes qualificados e processos transparentes. A proposta também inclui

melhorias adicionais em matéria de acesso ao novo sistema por parte das pequenas e

médias empresas.

Uma vez apresentadas as propostas de texto de ambas as Partes, foi realizada a primeira

discussão numa atmosfera aberta e construtiva.

Em matéria de proteção dos investimentos, o debate incidiu sobre as definições e sobre

os artigos relativos às regras substantivas. A UE e os EUA empenharam-se numa

comparação aprofundada das suas respetivas abordagens, com vista a identificar

domínios em que será necessário mais debate de fundo em futuras rondas de

negociações (nomeadamente as normas de tratamento).

No que respeita à resolução de litígios em matéria de investimento, a troca de pontos de

vista sobre as respetivas propostas de texto incidiu principalmente sobre a compreensão

das respetivas abordagens e a identificação das áreas de convergência. Os EUA

colocaram questões factuais e exploratórias sobre as intenções e os objetivos da UE

subjacentes às novas disposições da proposta da UE. Os tópicos de discussão incluíram

as disposições sobre a mediação e consulta, os requisitos de divulgação em caso de

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financiamento de terceiros, a lei aplicável e as regras de interpretação, as disposições

para evitar processos paralelos e múltiplos, bem como as disposições que permitem a

rejeição rápida de denúncias infundadas. Os EUA forneceram igualmente explicações

sobre a abordagem adotada em várias disposições ao abrigo do tratado bilateral de

investimento (TBI) reformado de 2012 dos EUA e a sua experiência com processos no

âmbito do acordo NAFTA.

As Partes identificaram algumas áreas de convergência, nomeadamente a abordagem

adotada no que respeita à transparência e acesso público aos processos, a possibilidade

de as Partes Contratantes controlarem a interpretação do Acordo, a prevenção de

processos paralelos e múltiplos, bem como a possibilidade de permitir rejeições rápidas

de denúncias infundadas.

Globalmente, registaram-se progressos satisfatórios no sentido de compreender os

objetivos perseguidos por cada Parte no âmbito das disposições discutidas. As Partes

acordaram em prosseguir o intercâmbio de pontos de vista em preparação para a

próximo ronda.

3.8. Resolução de litígios entre Estados

Este capítulo visa estabelecer um mecanismo eficaz para resolver eventuais litígios

entre as Partes quanto à interpretação e aplicação do Acordo. Uma vez que as propostas

de texto de ambas as Partes se baseiam, em certa medida, no mecanismo de resolução

de litígios da OMC, existe já um elevado grau de convergência neste domínio.

Prosseguiram as discussões construtivas, tendo-se registado bons progressos no sentido

de uma maior consolidação das respetivas propostas num texto comum. As discussões

desta ronda incidiram mais uma vez sobre a fase de conformidade, a fase após a

publicação de um relatório do painel sobre um determinado litígio, com uma análise

aprofundada dos possíveis elementos de compromisso nos aspetos em que ambas as

propostas de texto diferem substancialmente. Embora se tenha progredido

consideravelmente na consolidação do texto, ainda subsistem algumas diferenças

conceptuais.