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Relatório de Gestão Embrapa - 2003

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Brasília, DF2004

Documentos 9

Relatório de GestãoEmbrapa – 2003

ISSN 1679-4680

Agosto, 2004

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaSecretaria de Gestão e EstratégiaMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaSecretaria de Gestão e Estratégia

Edifício SedeParque Estação Biológica - PqEBVia W3 Norte (final)70770-901 Brasília - DFCaixa Postal 040315Fone (61) 448.4433, fax (61) 347.1041 e telex (61) [email protected]

Comitê de Publicações da Sede

Presidente: Maria Luiza Falcão SilvaSecretária-Executiva: Maria Helena KuriharaMembros: Antônio Maria Gomes de Castro

Assunta Helena SicoliEdson Junqueira LeiteGuarany Carlos GomesJosé Geraldo Eugênio de FrançaLevon YeganiantzOrlando Campelo RibeiroRosa Maria Alcebíades RibeiroMaria da Conceição Guanieri Leite

Coordenadoria Técnico Administrativo: Antônio Eduardo Guimarães dos ReisCoordenadora de Desenvolvimento Institucional: Paule Jeanne Vieira MendesCoordenadoria de Estudos Estratégicos: Rita de Cássia Milagres Teixeira VieiraCoordenadoria de Planejamento e Gestão: Antonio de Freitas Filho

Elaboração do Relatório de Gestão

Editoria técnica e redação: Antonio Eduardo Guimarães dos ReisElias de Freitas JúniorRicardo Soares CohenJosé Amauri de SouzaElizabeth Arante

Colaboração técnica: Antonio de Freitas FilhoFlávio PopinigisPaule Jeanne Vieira MendesRita de Cássia Milagres Teixeira Vieira

André Carlos Cau dos Santos

Revisão técnica e de metodologia: CTA, CPG, CEE, COI e Chefia SGE

Apoio administrativo: Aline Amorim MendesJaqueline Aparecida Corsolini

Revisão de texto: Maria Guanieri Leite

Normalização bibliográfica: Rosângela Galon Arruda

Ilustração da capa: “Campos de trigo”. Óleo sobre tela

de Jacob Isacky, 1670.

Editoração eletrônica: José Batista Dantas

Embrapa 2004

Embrapa. Secretaria de Gestão e Estratégia.

Relatório de Gestão Embrapa 2003 / Embrapa, Secretaria de Gestão eEstratégia. — Brasília, DF : Embrapa-SGE, 2004.

113 p.

1. Gestão – relatório. I. Título

CDD 658 (21. ed.)

Todos os direitos reservadosA reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constituiviolação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP.Secretaria de Gestão e Estratégia

©

Antônio Eduardo Guimarães dos ReisEngenheiro Agrônomo, M.Sc. e Ph.D. em Ciência eEngenharia de Águas – Pesquisador IIICoordenador Técnico AdministrativoSecretaria de Gestão e Estratégia – SGEE-mail: [email protected]

Elias de Freitas JúniorEngenheiro Agrônomo, M.Sc. em Energia Nuclear paraAgriculturaPh.D. em Física de Solos – Pesquisador IIISecretaria de Gestão e Estratégia – SGEE-mail: [email protected][email protected]

Elizabeth Arantes de OliveiraAdministradora, Especialista em Planejamento deRecursos Humanos – Técnico de Nível Superior IIISecretaria de Gestão e Estratégia – SGEE-mail: [email protected]

Autores

José Amauri de SousaAdministrador, M.Sc. em Administração e Especialista emGestão de Pessoas – Técnico de Nível Superior IIISecretaria de Gestão e Estratégia – SGEE-mail: [email protected]

Ricardo Soares CohenZootecnista, Especialista em Produção AnimalTécnico de Nível Superior IISecretaria de Gestão e Estratégia – SGEE-mail: [email protected]

Apresentação

O processo de globalização vem exigindo um esforçosuplementar das nações em desenvolvimento nosentido de ampliarem a sua competitividade. Nestadireção, o Governo Brasileiro tem investido namodernização de suas instituições de pesquisas,procurando reduzir as diferenças existentes comrelação às nações mais desenvolvidas, elevar ascondições de vida da população e assegurar umdesenvolvimento sustentável.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –Embrapa, como agente importante neste cenário, veminvestindo de forma objetiva na administraçãoestratégica, ferramenta primordial das empresas demelhor desempenho do mundo, buscando aumentar acompetitividade do agronegócio com sustentabilidadeambiental.

O Relatório da Gestão – Embrapa 2003, em sua quartaedição, preparado com base nos Sete Critérios deExcelência, ajusta-se ao Modelo de Avaliação daGestão Pública estabelecido pelo Programa de

Qualidade no Serviço Público, colocando em relevo oesforço desenvolvido para projetar a Empresa em umpatamar mais elevado de ciência, tecnologia einovação para o agronegócio.

O documento divulga os principais resultados dapesquisa agrícola, pecuária e florestal da Empresa,buscando fundamentar o aumento da competitividadedo agronegócio, reduzir os níveis de pobreza einstabilidade ainda presentes em algumas zonas rurais,promover a sustentabilidade dos sistemas de produçãoe contribuir para uma maior eqüidade social.

Pretende-se também com a divulgação destesresultados, prestar contas à sociedade brasileira dosrecursos que tem sido alocados à Embrapa e dacontribuição que se tem dado aos avanços da inovaçãotecnológica nas diferentes regiões do País.

Clayton CampanholaDiretor Presidente

Sumário

INTRODUÇÃO .............................................................................................. 9

LIDERANÇA............................................................................................... 10Sistema de Liderança ............................................................................... 10Responsabilidade Pública e Cidadania .......................................................... 14

ESTRATÉGIAS E PLANOS ............................................................................ 17Formulação das Estratégias ....................................................................... 17Operacionalização das Estratégias .............................................................. 21

CLIENTES .................................................................................................. 27Conhecimento Mútuo ............................................................................... 27Relacionamento com o Cliente ................................................................... 31

INFORMAÇÃO ........................................................................................... 33Gestão das Informações da Organização ..................................................... 33Gestão das Informações Comparativas ....................................................... 36Análise Crítica do Desempenho Global ........................................................ 37

PESSOAS .................................................................................................. 39Sistemas de Trabalho .............................................................................. 39Educação, Capacitação e Desenvolvimento .................................................. 42Qualidade de Vida ................................................................................... 45

PROCESSOS .............................................................................................. 47Gestão de Processos Finalísticos ............................................................... 47Gestão dos Processos de Apoio ................................................................. 50Gestão de Processos Relativos aos Fornecedores .......................................... 51

RESULTADOS ORGANIZACIONAIS ............................................................... 53Resultados Relativos aos Clientes ............................................................... 53Resultados Orçamentários/ Financeiros ........................................................ 55Resultados Relativos às Pessoas ................................................................. 61Resultados Relativos aos Fornecedores ........................................................ 62Resultados Relativos aos Serviços/Produtos e aos Processos Organizacionais ...... 62

Anexo: Exemplos de Tecnologias Geradas em 2003 .......................................... 69

Glossário ..................................................................................................108

Siglas ......................................................................................................109

Introdução

O Relatório da Gestão – Embrapa 2003 é preparadocom base nos Sete Critérios de Excelência e ajusta-seao Modelo de Avaliação da Gestão Públicaestabelecido pelo Programa de Qualidade no ServiçoPúblico, colocando em relevo o esforço desenvolvidopara projetar a Empresa em um patamar mais elevadode ciência, tecnologia e inovação para o agronegócio.

O Relatório de Gestão, muito mais que um documentoobrigatório à prestação de contas junto ao Tribunal deContas da União, é um dos principais instrumentos de

acompanhamento de atividades que a Embrapa dispõee que permite à Empresa ajustar-se a novasproposições colocadas pelo mercado cada vez maiscompetitivo, além de fornecer subsídios à correção defalhas e fraquezas.

Para melhor entendimento de seu conteúdo, esteRelatório de Gestão dispõe de um glossário explicativoque apresenta as principais expressões e verbetesutilizados no âmbito da Empresa e nas instituições deP&D.

Liderança

Sistema de Liderança

a) Estrutura e identificação de líderes

Na estrutura formal da Embrapa, o sistema deliderança é constituído pelo Conselho deAdministração; Diretoria-Executiva; Chefias dasUnidades Centrais e Descentralizadas e colegiadosdeliberativos e executivos.

O órgão de administração superior da Embrapa é oConselho de Administração, que é presidido peloSecretário Executivo do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, senhor José AmauriDimarzio, e tem o Diretor–Presidente da Embrapa, osenhor Clayton Campanhola, como seu Vice-Presidente.

São membros do Conselho: os senhores Alexandre KalilPires, do Ministério do Planejamento, Orçamento eFinanças; Hélio Tollini, da Sociedade Civil, ErnestoPaterniani, da Sociedade Civil, e Luis Fernando RigatoVasconcellos, do Ministério da Fazenda.

A Diretoria-Executiva da Embrapa é constituída peloDiretor-Presidente Clayton Campanhola, e trêsDiretores-Executivos, Gustavo Kauark Chianca,Herbert Cavalcanti de Lima e Mariza Marilena T. LuzBarbosa.

As Unidades Descentralizadas são dirigidas por chefiase assessoradas por colegiados internos e externos. Oprocesso de recrutamento e avaliação de candidatosao cargo de chefe-geral de Unidade Descentralizada foiimplantado na Embrapa, em 1996, por intermédio daResolução Normativa 44/1996. Desde a suaimplantação, esse processo tem sido aperfeiçoadocontinuamente, com ajustes que variam desde aadequação de procedimentos à ampliação dos critériosde avaliação. A importância deste processo tem sidoreconhecida inclusive externamente, podendo destacar

a premiação, em 1996, no concurso de inovaçãogerencial, promovido pela Escola Nacional deAdministração Pública – ENAP.

Algumas características do processo como: critériosobjetivos de avaliação, responsabilidades bemdefinidas, participação de colegiados comrepresentação externa e interna e avaliação deaspectos comportamentais por especialistas têmpermitido à Embrapa selecionar, para o seu quadrogerencial, reconhecidas competências nas áreastécnico-científica e gerencial.

Em 2003, esse processo foi revisado, tendo sidoincluído um novo item de avaliação dos candidatos,denominado avaliação do perfil gerencial. Esta etapa éfeita por especialistas externos à Embrapa e consistena avaliação da capacidade e potencial gerencial.

Assim a seleção ao cargo de chefe-geral de UnidadeDescentralizada segue a orientação da Tabela 1.

Dentro da programação de pesquisa e desenvolvimentoda Embrapa, os mecanismos para a gestão de P&Dincluem a mobilização de líderes e equipes, qualificadoscom base no mérito técnico-científico e habilidadesgerenciais.

A qualidade técnica e o mérito estratégico dos projetospassam pela análise dos seguintes colegiados técnicos:Comitês Técnicos Internos – CTIs, Comitê Técnico daSede - CTS, Comissão Técnica dos Macroprogramas -CTMP e Comitê Geral da Programação - CGP. Essasinstâncias representam as lideranças técnicas queasseguram a coerência e a aderência dasprogramações de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D,Transferência de Tecnologia - TT, ComunicaçãoEmpresarial - CE e Desenvolvimento Institucional – DIà missão da Empresa.

b) Modo de atuação da alta administração

O Conselho de Administração organiza, controla eavalia as atividades da Embrapa e direciona para aEmpresa as visões do governo e da sociedade quanto

11Relatório de Gestão 2003

ao seu papel institucional, assessorando-a quanto àdefinição de suas macropolíticas bem como nanegociação dos meios para implementá-las. A funçãocontrole é exercida pelo Conselho de Administraçãocom suporte da Auditoria Interna – AUD e ConselhoFiscal.

A Diretoria-Executiva planeja, coordena e controla asatividades compreendidas nos objetivos da Embrapa,incluindo a formulação das respectivas políticastécnico-administrativas e, junto com as UnidadesDescentralizadas, coordena, programa e executa asatividades da Empresa.

A preocupação com as orientações estratégicas daorganização e com os valores organizacionais motivouuma análise do ambiente externo da Embrapa,incluindo as tendências mundiais. Após ampla consultaaos segmentos do setor produtivo, orgãos de extensãoe a membros do quadro técnico da Empresa, a altaadministração decidiu ajustar a ação da Embrapa àsdemandas da sociedade, redefinindo sua missão combase em sua visão de futuro e em seus valores

culturais. Esse processo de mudança que teve início nofinal da decáda de 80, utilizando os instrumentos emétodos de planejamento e administração estratégica,contribuiu significativamente para que a Embrapa seconsolidasse como uma instituição de referência emsua área de atuação no País e no exterior. Essainiciativa evoluiu conduzindo a Embrapa aos seus PlanoDiretor II e Plano Diretor III e, mais recentemente, naproposta do Plano Diretor IV. A visão, a missão e osvalores definidos no III Plano Diretor da Embrapa1999/2003 são descritos nos quados abaixo.

No sentido de internalizar sua nova missão, a visão defuturo, os valores organizacionais e as orientaçõesestratégicas da Empresa entre os colaboradores, aDiretoria-Executiva da Embrapa atua pessoalmente pormeio de reuniões com as chefias de todas as Unidades,de reuniões especiais por meio de teleconferências ede reuniões com os chefes das Unidades Centrais erepresentantes regionais.

A Tabela 2 sintetiza o fluxo de comunicação dadireção da Empresa com diferentes níveis operacionaise vice-versa.

Visão

Ser uma empresa de referência no Brasil e no exterior, reconhecida pela:

• excelência de sua contribuição técnico-científica;

• capacidade de catalisar e viabilizar parcerias e novos negócios de base tecnológica;

• capacidade de oferecer soluções adequadas e oportunas para o mercado e para asociedade; e

• estrutura leve e ágil, concentrada na atividade fim.

Missão

• Viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro pormeio de geração, adaptação e transferência de conhecimentos e tecnologias, embenefício da sociedade.

• A missão será cumprida levando–se em conta a promoção do agronegócio brasileiroem consonância com as políticas governamentais e as expectativas do mercado.

Valores

• Criatividade; eficiência e eficácia; parceria; perspectiva global; rigor científico; trabalhoem equipe, foco no cliente; liderança; ética e estratégia.

12 Relatório de Gestão 2003

Na busca de novas oportunidades de negócios para aEmbrapa, a alta administração realiza contatos cominstituições e autoridades em âmbito nacional einternacional. Para coordenar esse processo emâmbito nacional, a Embrapa criou a EmbrapaInformação Tecnológica e a Embrapa Transferência deTecnologia e, em âmbito internacional existia aSecretaria de Cooperação Internacional, substituídaem 2003 pela Coordenação de CooperaçãoInternacional, vinculada à Superintendência dePesquisa e Desenvolvimento – SPD.

Visando orientar o trabalho para os objetivos globais daEmpresa e para o foco no cliente, a Diretoria-Executivanegocia as metas de desempenho e de melhoriadefinidas nos Planos Diretores e no Plano Anual deTrabalho – PAT para que sejam desdobradas na formade macroprogramas, projetos e subprojetos e/ou planosde ação de pesquisa. Esses, somente depois deaprovados nos Comitês Técnicos Internos (CTIs) e daSede (CTS), e nas Comissões Técnicas de

Macroprogamas (CTMPs) têm a sua dotação anualassegurada.

A atuação desses colegiados estimula a busca deinovações e melhorias constantes, assegura a relaçãodos projetos com a solução dos problemas dasociedade brasileira, priorizados no PDE e promove aqualidade científica dos trabalhos desenvolvidos,atributos determinantes para a aprovação de seusprojetos ou subprojetos e/ou planos de ação depesquisa e desenvolvimento para o agronegócio.

c) Definição e desenvolvimento dashabilidades de liderança

Para coordenar as funções gerenciais, especificadas naestrutura organizacional da Empresa, o Conselho deAdministração e a Diretoria-Executiva estão investindona identificação de novas lideranças, em função doperfil básico previsto para cada função no Plano deCargos e Salários da Empresa.

Tabela 1. Etapas de processo para seleção de chefes-gerais de Unidades Descentralizadas.

Ações

- Abertura do processo e início das inscrições(Resolução Normativa)

Elabora e divulga o editalEfetua inscriçõesVerifica documentação

Avalia requisitosRecebe, analisa e julga recursos

Define/valida indicadoresAvalia proposta de trabalhoElabora relatório sobre a avaliação daproposta de trabalho

Informa aos candidatosAnalisa e julga recursosElabora relatório conforme item 11.9 destaNormaDivulga nome dos candidatos habilitados

Realiza a avaliação da formação profissional(1ª parte do perfil gerencial)Recebe, analisa e julga recursos

Realiza a avaliação da capacidade epotenciais gerenciais (2ª parte do perfilgerencial)

Analisa e julga recursosElabora relatório conforme item 13.9desta Norma

Característica/Pontuação

Desabilitatória por nãoapresentação dosdocumentos

Desabilitatória por nãoconformidade

Desabilitatória por pontos(mínimo 175 em 350pontos)

Desabilitatória por pontos(mínimo 90 em 300pontos)

Desabilitatória por pontos(mínimo 210 em 350pontos)

Responsável

Diretor-Presidente

CTI

CTI

CAPT

CTI

CAP

Consultores

CAP

Fonte: SGE 2004.

Etapa

Abertura

RecrutamentoeInscrição

AvaliaçãodeRequisitos

Avaliação daproposta detrabalho

Perfil Gerencial

20dias

6dias

14dias

20dias

13Relatório de Gestão 2003

Tabela 2. Dinâmica do Sistema de Liderança da Embrapa.

Objetivo

Analisar e aprovar assuntosrelativos ao ativo permanente,recursos humanos, processos decompras e contratações, eserviços de terceiros.

Analisar assuntos ligados àadministração da Empresa emcaráter emergencial.

Definir as macro políticas,propor alocação de recursos,analisar e avaliar a execução doPDE e avaliar as ações daEmpresa quanto às metaspropostas e alcançadas.

Acompanhar e fiscalizar, opinare analisar os atos de gestão daEmpresa.

Deliberar sobre assuntos edecisões da Diretoria-Executiva.

Discussão de assuntosgerenciais técnicos eadministrativos.

Nivelamento e intercâmbio deinformações e discussõesproativas

Implantação da Agenda de P&D.

Discussão de assuntosgerenciais e informativos denivelamento, e intercâmbio.

Transmitir orientações daDiretoria Executiva

Discussão de assuntosgerenciais e informativos denivelamento, e intercâmbio.

Transmitir orientações daDiretoria Executiva

Analisar e aprovarpreliminarmente os anteprojetosquanto ao atendimento damissão da Unidade e dademanda da clientela. Analisartécnica e orçamentariamente osprojetos e planos de ação dasUnidades.

Auxiliar a Diretoria-Executiva natomada de decisões em relaçãoà informação e informática.

Esse conselho foi reestruturado em 2003, tanto em suas atribuições como em sua composição, com a inclusão de representantesde segmentos sociais não contemplados anteriormente.

Fonte: SGE 2003.

Freqüência

Ordinárias(bimestrais)

Extraordinárias(atendimento dedemandas)

Anuais

Mensais

Semanais

Semestrais

Semestrais

Mensais

Trimestrais

CTIs: Ordinárias –(trimestrais)Extraordinárias – (pordemanda).CTMPs: Ordinárias –(anuais).Extraordinárias – (pordemanda).

Bimestrais

Reuniões

Conselho deAdministração

Conselho AssessorNacional - CAN(*)

Conselho Fiscal

Diretoria-Executiva

Chefes das UnidadesDescentralizadas daEmbrapa

Chefes das UnidadesCentrais

RepresentantesRegionais

CTS, CGPCTIs e CTMPs(ordinárias eextraordinárias)

Comitê Consultivode Informação eInformática - COINF

Participantes

Todos os membros do Conselho,Chefia da Auditoria e SecretárioGeral

Membros natos emembros com mandato

Um membro representante doTesouro Nacional e doisrepresentantes do MAPA

Membros da Diretoria

Chefes das UnidadesDescentralizadas, UnidadesCentrais, e Diretoria-Executiva

Chefes das Unidades Centrais,Embrapa Informação Tecnológica,Embrapa Transferência deTecnologia, Embrapa Café,Diretoria-Executiva

Chefes das Unidades Centrais,Embrapa Informação Tecnológica,Embrapa Transferência deTecnologia, Embrapa Café,Diretoria-Executiva e cincorepresentantes regionais

Todos os membros indicados eeleitos internos dos CTIs e chefe deP&D; todos os membros internos eexternos das CTMPs

DTI, SCT, SPD, CNPTIA, CNPUV,CNPF, CNPDIA, CNPMS, Presidenteda Embrapa e dois membros daDiretoria-Executiva

14 Relatório de Gestão 2003

Para garantir a escolha do perfil mais adequado àssuas necessidades, a Empresa definiu critérios quebalizam os processos de seleção e escolha de chefes, etambém as ações de capacitação.

Em 2003, com o objetivo de fortalecer ascompetências gerenciais, um grupo de trabalho internoelaborou uma proposta de Programa deAcompanhamento e Apoio à Gestão das UnidadesDescentralizadas. Este Programa constitui umainiciativa da atual Diretoria e tem por objetivo avaliar aeficiência e a eficácia da atuação da equipe gerencial,realçando suas responsabilidades e procurandoaumentar sua efetividade, tendo em vista melhorar osresultados da pesquisa e aumentar as vantagenscompetitivas da Embrapa.

As necessidades de treinamento na Embrapa sãoidentificadas por meio do Sistema de Planejamento,Acompanhamento e Avaliação de Resultados doTrabalho Individual– SAAD-RH. Por meio desteSistema, os colaboradores (lideranças formais einformais), definem seus planos de trabalho eidentificam as necessidades de capacitação, as quaissão consolidadas pelas áreas de gestão de pessoas, esubsidiam a elaboração dos programas de capacitação.Dessa forma, as habilidades das lideranças sãodesenvolvidas por meio de treinamentos específicos.Nos últimos três anos, as ações de capacitaçãogerencial envolveram uma média de 500 gerentes porano. Para auxiliar no monitoramento das habilidades deliderança, a Diretoria-Executiva implantou projetosgerenciais como o Sistema de Avaliação e Premiaçãopor Resultados – SAPRE.

d) Verificação dos padrões detrabalho das práticas de gestão

A verificação das práticas do Sistema de Liderança érealizada por meio de reuniões da Diretoria-Executivacom as chefias de Unidades Descentralizadas eUnidades Centrais, onde são discutidas as ações daprópria Diretoria. Essas ações são também verificadasde forma indireta pelo Conselho de Administração daEmpresa, que emite recomendações para a suamelhoria. Um exemplo de melhoria introduzida foi aadoção de novo instrumento de comunicação – a Redede Comunicação Via Satélite da Embrapa –EmbrapaSat, que funcionou em caráter experimental, apartir de 1997, e em definitivo a partir de 1999, sendousado, entre outros objetivos, na divulgação do modelodo PQGF e instruções e coletas de dados para aelaboração dos Relatórios de Gestão da Embrapa e desuas Unidades.

e) Avaliação e melhoria das práticas e dospadrões de trabalho do sistema de liderança

O processo de acompanhamento e avaliação daslideranças está normatizado na Embrapa desde 1996,mediante Sistema de Avaliação e Premiação porResultados. As chefias das Unidades são avaliadasanualmente por meio do índice de desempenhoinstitucional, o qual avalia aspectos como:cumprimento de metas, eficiência relativa,atendimento aos clientes. Nesse processo deavaliação, as chefias que apresentam os melhoresdesempenhos são agraciadas com um bônus dereconhecimento.

Além dessa avaliação, a Diretoria-Executiva daEmbrapa realiza, periodicamente, reuniões deplanejamento, acompanhamento e realinhamento comas chefias. Essas reuniões gerenciais, ocorrem em doisníveis: individuais entre o Diretor Supervisor e a chefiae reuniões gerais, entre a Diretoria e todos os chefesde Unidade.

Adicionalmente a esses mecanismos, em 2003, foidesenvolvido o Programa de Acompanhamento e Apoioà equipe gerencial. Um dos procedimentos que fazemparte desse Programa é o acompanhamentosistemático da equipe gerencial, tendo como base umconjunto de indicadores técnicos, gerenciais ecomportamentais. A proposta é fazer uma análisecrítica da gestão e promover realinhamentos dasações, sempre que necessário.

É importante destacar que todos esses procedimentose mecanismos estão afinados e representam umacontinuidade da avaliação feita durante o processo deseleção de chefes o que possibilita que os pontosfortes identificados na avaliação inicial sejamconstantemente reforçados, ao mesmo tempo em quealguma deficiência pode ser trabalhada, com o objetivode desenvolver o potencial gerencial.

Responsabilidade Públicae Cidadania

a) Identificação das necessidades da sociedade

O Conselho de Administração, o Conselho AssessorNacional e os Conselhos Assessores Externos dasUnidades Descentralizadas se constituem emmecanismos de interação entre a Empresa, o mercadoe a sociedade, de modo que os programas de trabalhoreflitam as reais necessidades dos diversos agentesque compõem a sua clientela.

15Relatório de Gestão 2003

A preocupação com a degradação acelerada dosrecursos naturais e a necessidade imperiosa dareversão deste processo em propriedades rurais, levoua Embrapa, que sempre considerou a importãncia dodesenvolvimento sustentável, a explicitar, em suamissão, o seu compromisso com a preservaçãoambiental, promovendo a responsabilidade pública deseus empregados e gestores.

A Embrapa atua ativamente na formulação de políticaspúblicas em articulação com vários ministérios. AEmpresa participou, em 2003, de reuniões do ConselhoNacional do Meio Ambiente - CONAMA para discussãode questões relativas ao Código Florestal Brasileiro, naMata Atlântica, Área de Preservação Permanente,Biorremediação, entre outros temas e do ConselhoNacional de Recursos Hídricos. Participou também deaudiências públicas na Câmara dos Deputados sobrediversos temas como transgênicos e biocombustíveis econtribuiu com Grupos Interministeriais.

Todas as Unidades da Empresa são estimuladas arealizar ações públicas e de cidadania. Destaca-se quehá 4 anos a comunidade de empregados da Embrapa esuas organizações representativas, com apoio daEmpresa, têm se mobilizado e recolhido donativos parao Natal sem Fome.

A Embrapa preocupa-se, ainda, em orientar e estimulara sociedade a controlar seus resultados. Nesse mister,trabalha na conscientização, principalmente do públicojovem, quanto à importância dos conceitos deconservação ambiental, agricultura ecológica equalidade alimentar. A concretização desse objetivo ésuprida mediante a realização de eventos conhecidospelo nome de “Embrapa Portas Abertas”, quando oscentros da Empresa recebem estudantes para visitasacompanhadas por instrutores que enfatizam osdiversos aspectos do uso da terra, de acordo com oconceito da sustentabilidade. Em algumas Unidades,trilhas são providas com a identificação das espéciesnativas mais importantes. Esta programaçãogeralmente contempla palestras e filmes educativos.

O “Projeto Saúde Brasil – Evento Leite”, que em 2003chegou a sua sétima edição, atende milhares de alunosde primeiro grau. As crianças recebem orientação eexplicações sobre as etapas da produção de leite esobre suas qualidades nutritivas. Os alunos têm aoportunidade de ver a ordenha mecânica, higiênica,sem nenhum contato manual, bem como brincar combezerros e observar a alimentação dos animais.Experiências como esta vêm sendo multiplicadas pelasUnidades Descentralizadas.

A Embrapa em 2003 ofereceu um forte apoio aoPrograma Fome Zero, considerando como prioridades osemi-árido nordestino, assentamentos rurais, periferiasurbanas e comunidades indígenas.

b) Avaliação e gerenciamento do impacto daatuação da Embrapa em relação à sociedade

Todas as ações de cidadania da Empresa constam doBalanço Social, relatório que contém as principaisações de interesse social nos campos da agriculturafamiliar, reforma agrária, apoio às comunidadesindígenas e assentamentos, segurança alimentar, meioambiente e educação ambiental, educação e formaçãoprofissional externas e internas, bem-estar, segurançae medicina do trabalho.

O Balanço Social apresentou alguns ganhos que asociedade brasileira obteve com as atividades daEmbrapa no ano de 2003, e que geraram um lucrosocial de R$ 11,6 bilhões de reais proporcionado pelapesquisa.

A Embrapa antecipa-se às questões sociais, legais e/ouambientais, buscando minimizar os riscos de suaatuação, por meio dos seguintes mecanismos:

• Interação da Embrapa Meio Ambiente e demaisUnidades Descentralizadas da Embrapa, com oMinistério do Meio Ambiente em questões depreservação da natureza, prestando assessoramento edefinindo indicadores de sustentabilidade ambiental.Desde o ano de 2000, todas as UnidadesDescentralizadas avaliam anualmente os impactoseconômicos, ambientais e sociais das suas tecnologiase conhecimentos. Essa avaliação de impacto é um doscomponentes do Sistema de Avaliação de Unidades –SAU.

• Atuação da Assessoria Jurídica para prevenirpossíveis questões legais.

• Adoção de um ciclo de desenvolvimento de produtos,consubstanciado na política de P&D focada nodesenvolvimento de tecnologias relevantes para asociedade, que compreende:

1. diagóstico de demandas da clientela e suapriorização;

2. elaboração de projetos para atender às demandasprioritárias;

3. execução dos projetos de pesquisa até a obtençãode protótipos, os quais são testados pela clientela;

16 Relatório de Gestão 2003

4. transferência de produtos para atender às demandaslevantadas.

Para satisfazer aos requisitos da sociedade em termosdas questões ambientais, a Embrapa desenvolve linhasde pesquisa orientadas para a minimização do uso deinsumos e da emissão de gases poluentes pelaagricultura; do aumento do seqüestro de gás carbônico(CO2) e da recuperação de áreas degradadas por açõesantrópicas, em consonância com os preceitos da ECO-92, da Convenção da Biodiversidade e das Normas daISO 14000.

c) Promoção da responsabilidadepública do colaborador

Um dos valores defendidos pela cultura da Embrapa é aética. Atualmente, o comportamento ético vem sendoorientado pelo Código de Ética do Servidor PúblicoFederal, de cartas circulares internas, e pelaparticipação dos empregados da Embrapa emseminário externo, tendo sido formados setemultiplicadores de ética pública, em 2002.

Em 2003, foi constituído um grupo de trabalho com oobjetivo de elaborar uma proposta de Código de Éticapara a Embrapa, tendo a sua versão inicialencaminhada para apreciação da Diretoria-Executiva.

d) Estímulo ao exercício público da cidadania

Para fortalecer as suas interações com a sociedade ecom a natureza física de regiões específicas, aEmbrapa desenvolve trabalhos em áreas geográficasbem definidas, como em bacias hidrográficas e emmunicípios. Atualmente, a Embrapa monitora mais de100 sub-bacias hidrográficas no Nordeste, de forma aprevenir problemas de contaminação dos recursos

hídricos e de salinização. Nessa linha, a Empresadisponibiliza tecnologias de recuperação da qualidadedas águas e organiza bancos de dados para programasde manejo de solo, água e culturas. No caso do ProjetoSilvânia, por exemplo, a Embrapa, além domapeamento dos recursos naturais do município,identifica e organiza os usuários para reverter oprocesso de degradação ambiental em curso e apoiar odesenvolvimento da agricultura familiar.

Outro compromisso com a sociedade, a ser destacado,é a manutenção e o gerenciamento de uma dasmaiores redes de bancos de germoplasma do mundo.São 163 bancos ativos, instalados nos centros depesquisa Embrapa e das Organizações Estaduais dePesquisa Agropecuária de todo o País, reunindo, nomínimo, 152 gêneros e 221 espécies vegetais eanimais, incluindo as domésticas e silvestres, emicrorganismos. Este material é usado em pesquisas eem manejo de recursos genéticos, conciliando osesforços de conservação da biodiversidade com odesenvolvimento agrícola sustentável.

e) Verificação dos padrões de trabalho

O caráter social da Empresa é claramente destacadoem seus objetivos globais, particularmente norelacionado com a promoção da saúde e da melhoriado nível nutricional e da qualidade de vida dapopulação.

Os Conselhos de Administração, Fiscal e AssessorNacional - CAN, e os Comitês Assessores Externos –CAEs, bem como a Ouvidoria, as Comissões Técnicasde Macroprogramas e o SAC – Serviço deAtendimento ao Cidadão são mecanismos de controledas ações e asseguram a participação da sociedade naverificação dos padrões de trabalho da Empresa.

Estratégias e Planos

Formulação das Estratégias

Desde o ínicio dos anos 90, a Embrapa vemintroduzindo um processo permanente de formulaçãode estratégias, de forma a disseminar entre asUnidades Descentralizadas as diretrizes estabelecidaspela alta administração.

a) Foco na visão e na missão da Organização

O realinhamento estratégico da Embrapa para operíodo 1999-2003, foi condensado no III PDE.

Os temas estratégicos de que trata o III PDE,consubstanciados na missão e na visão daOrganização, foram desdobrados segundo ametodologia do Balanced Scorecard em 19 ObjetivosEstratégicos, conforme Tabela 3.

A Fig. 1. ilustra as interrelações entre os ObjetivosEstratégicos.

Para estes objetivos estratégicos foram definidosindicadores, que orientam a Empresa a medir quantodos objetivos foram alcançados, assim como as ações

Fonte: Embrapa/DOD

Tabela 3. Modelo de Gestão Estratégica da Embrapa.

Perspectivas

Financeiro

Relação como Mercado

ProcessosInternos

Desenvolvimentode Pessoas

Estar orientadapara o Mercado

Atingir inovação equalidade em pesquisa edesenvolvimento

Administrar o negócio compadrões de excelência

Obter reconhecimentoinstitucional

Temas estratégicos

Objetivos estratégicos

1-Aumentar o valor agregadodos produtos e serviços daEmpresa

6-Desenvolver e oferecerprodutos e serviços dequalidade5-Firmar maior número deparcerias com organizaçõesnacionais e internacionais9-Gerar projetos que atendamàs demandas do mercado

11-Aumentar a integraçãoentre as Unidades14-Aprimorar a gestão decustos

17-Disseminar informaçõesestratégicas entrefuncionários da Empresa demodo a facilitar a tomada dedecisões

7-Melhoraradministraçãode marketing8-Melhorardistribuição detecnologiasdesenvolvidas

10-Aperfeiçoarmecanismos queprotejam aproduçãointelectual daEmpresa

4-Buscar novas formas definanciamento de pesquisas

12-Melhorar integração entre asáreas de pesquisa, negócios ecomunicação13-Melhorar comunicação interna15-Conquistar eficiênciaoperacional16-Administrar com eficiência osbens patrimoniais da Empresa

18-Desenvolver competências ehabilidades19-Motivar e valorizar osfuncionários

2-Buscar melhoria daimagem da Empresa3-Aumentar a contribuiçãona formulação de políticaspúblicas

18 Relatório de Gestão 2003

prioritárias da Empresa para vencer os novos desafiosprovocados pelas mudanças que estão ocorrendo noscenários nacional e mundial.

A necessária sinergia entre as unidades operacionaisrealiza-se com a participação de todos os segmentosdas UDs (técnico e administrativo) nos comitêsresponsáveis pela avaliação de projetos e subprojetos.Também é realizada por meio de reuniões semestraisdos presidentes dos CTIs e gestores das CTMPs, dereuniões dos gerentes dos Objetivos Estratégicos doMGE e; finalmente, de reuniões da Diretoria-Executivacom as chefias de Unidades.

Esse Modelo de Gestão concebido e implementado pelaEmbrapa procura focalizar os esforços da Empresa naschamadas competências essenciais e nos ObjetivosEstratégicos mais importantes para os quais aOrganização deve dirigir atenção e recursos, criandoas bases da gestão estratégica.

O modelo traduz a visão e a estratégia num conjuntode objetivos, com seus respectivos indicadores dedesempenho. Esse modelo permite o monitoramento eos ajustes na implementação das estratégias de ação,

podendo gerar mudanças. Ademais, permite aindavincular metas institucionais com metas pessoais,criando um vínculo e um comprometimento maior porparte dos colaboradores e gerentes.

O exercício de formulação do referido modelo contoucom a participação de um grupo de técnicos deUnidades Centrais e Descentralizadas.

Inicialmente foi formada uma equipe executivaencarregada da formulação do modelo, com a tarefade compartilhar o processo com todo o grupo funcionalno momento da implementação em cada Unidade.Compreendendo os Objetivos Estratégicos e suasiniciativas, os esforços e ações da Empresa se alinhamaos processos prioritários e essenciais para ofuncionamento da Organização. Assim, cada indivíduoo entende como sua atuação específica e contribuirápara a realização desses Objetivos. O Modelo deGestão da Embrapa é constituído pelos MGECorporativo e MGE das Unidades Descentralizadas.

Após a consolidação do processo de implementação doMGE, foi iniciado, em 2002, o processo deacompanhamento do modelo nas Unidades

Fig. 1. Objetivos Estratégicos.

Fonte: SGE 2003

Imagem deExcelência

Institucional

2

3Formulaçãode Políticas

Públicas

ReconhecimentoInstitucional

Excelência emGestão Institucional

Inovação eQualidade de P&D

Orientação parao mercado

Orie

ntaç

ão p

ara

o m

erca

doC

lient

esPr

oces

sos

Inte

rnos

Apr

endi

zage

m e

Con

heci

men

to

1817Gestão daInformação

12Integração P&D

/Negócios/Comunicação

1514Gestão de

CustosEfetividadeOperacional

Competência& Habilidades

7

8Transferência,Distribuição e

Promoção

10ProteçãoIntelectual

4 Captaçãode Recursos

1 Impacto, Social,Econômico e

Ambiental

6 Impacto, Social,Econômico e

Ambiental

11Integração

entre Unidades

5Parcerias

9Projetos P&DLocados no

Mercado

13

16

19

ComunicaçãoInterna

Gestão daInfra-estrutura

Motivação/Valorização RH

Administraçãode Marketing

19Relatório de Gestão 2003

Descentralizadas. Para esse fim, foi desenvolvida ametodologia para o acompanhamento, formalizado em2003, com a publicação na Série Documentos deTrabalho, Metodologia para Acompanhamento daImplementação do Balance Scorecard – BSC naEmbrapa.

O realinhamento estratégico incorporou asmacroorientações do governo brasileiro referente aoperíodo 1999/2002, ajustando toda a programaçãotécnico-administrativa da Empresa ao Plano Plurianualde Investimentos (PPA 2000/03), conformeestabelecido no Decreto 2.829, de 11/10/1998.

Tendo como referência os objetivos e as diretrizes doIII PDE, todas as Unidades da Embrapa elaboraramseus Planos Diretores, visando delinear as estratégiaspara o período relatado.

Para o cumprimento de sua programação, no exercíciode 2003, foi autorizado uma dotação orçamentária deR$ 807.826.955,00 (oitocentos e sete milhões,oitocentos e vinte e seis mil e novecentos e cinqüentae cinco reais), dos quais foram executados cerca de96,4%, conforme Tabela 4.

As necessidades dos clientes são contempladas nosprojetos de pesquisa da Embrapa. As demandas de

órgãos de desenvolvimento, organizações não-governamentais, e instituições de preservação do meioambiente e demais partes interessadas são levantadaspor meio dos mecanismos de representação nosConselhos de Administração, Conselho AssessorNacional e Comitês Assessores Externos das UnidadesDescentralizadas da Empresa. Além disso, nos fórunsde discussão como na Sociedade Brasileira deEconomia e Sociologia Rural – SOBER, SociedadeBrasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, entreoutras, essas necessidades são reconhecidas,analisadas e eventualmente incorporadas naprogramação da Empresa.

Para assegurar o estabelecimento e a comunicaçãodos novos arranjos institucionais, inclusive dasestratégias, bem como o entendimento e ainternalização dos valores e diretrizes da Empresa, aEmbrapa utiliza importantes instrumentos, entre osquais, destacam-se:

- Rede de comunicação da Embrapa Via Satélite –EmbrapaSat, que facilita a difusão dos sistemas decontroles internos (Sistema de Informação de RecursosHumanos - SIRH, Sistema Embrapa de Gestão - SEG,Sistema de Planejamento, Acompanhamento eAvaliação dos Resultados do Trabalho Individual -SAAD-RH, Plano Anual de Trabalho - PAT) e otimiza a

Tabela 4. Orçamento Aprovado mais Créditos Recebidos e Executados, por Natureza de Despesa - exercício de2003.

Grupo de despesa

Orçamento autorizado p/EmbrapaDespesas

Crédito Orçamentário autorizado LOADespesas correntes

Pessoa e encargos sociaisJuros / Encargos da dívidaOutras despesas correntes

Despesas de capitalInvestimentosAmortização da dívida

Movimentação de créditoCréditos recebidos / ExecutadosDespesas

Despesas correntes:Outras despesas correntes

Despesas de capitalInvestimentos

Subtotal ...................................................

Subtotal ...................................................

Total ........................................................

Orçamento

807.826.955807.826.955

725.343.261563.574.76622.036.695

139.731.800

82.483.69424.865.03757.618.657

807.826.955

13.658.46813.658.46810.999.23810.659.2302.659.2302.659.230

13.658.468

821.485.423

778.680.483778.680.483

710.521.708563;562.33517.879.331

129.080.042

68.158.77512.175.28055.983.495

778.680.483

10.952.65510.952.6558.552.1098.552.1092.400.5462.400.546

10.952.655

789.633.138

%

96,39

97,96100,0081,1392,38

82,6348,9797,18

96,39

80,1977,7577,7590,2790,27

80,19

96,12

Fonte: DAF/COP - 30.1.2004.

OrçamentoExecutado

20 Relatório de Gestão 2003

comunicação, por meio de teleconferências, as quaisrepresentam um canal de comunicação da Diretoria-Executiva com os demais colaboradores, na média deuma reunião por mês.

• Encontros gerenciais semestrais da Diretoria-Executiva da Empresa com as chefias de todas asUnidades para avaliação de processos, definição deestratégias e estabelecimento/alinhamento dediretrizes e reuniões regionais de chefes de Unidades.

• Reunião mensal com chefes de UCs e trimestral comrepresentantes regionais de UnidadesDescentralizadas.

• Aplicativo SISPAT - Sistema de Gerenciamento dosPlanos Anuais de Trabalho, disponibilizados na Intranetpara as Unidades Centrais e Descentralizadas, quepermite o planejamento e o acompanhamento dasmetas, e a elaboração de relatórios gerenciais, entreoutros objetivos.

• Eventos, seminários, workshops para apresentação ediscussão de novas propostas de trabalho.

• Manual de Atendimento ao Cliente - cartilha que tempor objetivo divulgar a política de qualidade voltadapara o atendimento ao cliente dentro da Empresa. Asinformações disponibilizadas por esses instrumentossão analisadas em reuniões da Diretoria-Executiva e doConselho de Administração, alimentando a formulaçãode novas estratégias ou o ajuste das existentes.

O uso das informações na identificação eaproveitamento de novas oportunidades para aEmpresa tem início desde o planejamento das ações.Em cada uma das Unidades Descentralizadas tem sidoimplementada, avaliada e aprimorada uma novaestrutura organizacional semiflexível.

Entre as informações utilizadas para estruturar o PDE eos PDUs, encontram-se às relativas à análise dosdesenvolvimentos que vêm ocorrendo em âmbitomundial quanto à pesquisa agropecuária.

Dados recentes mostram que a relação entre osinvestimentos feitos em pesquisa agropecuária e o PIBagrícola, calculados para o Brasil, já o colocam emposição muito próxima daquela verificada em paísesdesenvolvidos, como Irlanda, Itália, Portugal eEspanha. Dados estimados por Beintema, Avila ePardey (2001) mostram que essa relação mais do quedobrou entre 1976 e 1996, passando de 0,8 para1,7%. Esta taxa é bem mais alta que a obtida paraoutros países em desenvolvimento, onde a mesma temgirado em torno de 0,4%, em média.

Na formulação das estratégias da Embrapa, sãoconsiderados princípios que conduzem a soluçõestecnológicas visando a sustentabilidade das atividadeseconômicas com equilíbrio ambiental. Um exemplodisso foi a criação de um Centro Nacional de Pesquisasobre meio ambiente que internaliza, na Empresa, asdiretrizes governamentais e da sociedade, no que serefere à preservação do meio ambiente.

As práticas relativas à formulação das estratégias sãomelhoradas por meio do Sistema de Avaliação dasUnidades, realizado de forma permanente e pelaavaliação de projetos, via CTI, CTS e CTMP. Salienta-se,como relevante, o Sistema de Premiação de Unidades,via SAPRE, que prevê o reconhecimento dos chefes deUnidades e de suas equipes com melhor desempenho.

No final dos anos 80 e nos primeiros anos da décadade 90, foram realizados estudos de cenários futuros esuas possíveis mudanças. No ano de 2003, novoestudo foi realizado para o período 2002-2012, quesubsidiou a elaboração do IV PDE que contempla avisão do atual governo.

b) Participação interna na formulação das estratégias

O III PDE, incorporou as diretrizes do PPA egovernamentais, inclusive a Agenda Científica doGoverno, contou com a participação de trintarepresentantes, inclusive das UnidadesDescentralizadas e Unidades Centrais, para discussãoinicial dos grandes temas a considerar. Foi entãoelaborado um primeiro esboço do PDE para ampladiscussão na Empresa e na alta administração, cujassugestões e recomendações, decorrido seis meses,permitiram que o III PDE fosse formalmente aprovadopelo Conselho de Administração.

A exemplo dos PDE’s anteriores, a elaboração daproposta do IV PDE contou com o envolvimento diretode 36 técnicos, além de ser aberto a sugestões a todosos empregados da Embrapa.

De forma mais ampla, no esforço de administraçãoestratégica da Empresa, tem havido expressivaparticipação das pessoas, desde o trabalho deconstrução de cenários (1ª e 2ª edições) até aformulação do PDE e dos PDUs.

c) Coerências entre as estratégias e asnecessidades de todas as partes interessadas

A coerência entre as estratégias da Embrapa e anecessidade das partes interessadas estão sendoverificadas e aferidas por meio dos 31 Comitês

21Relatório de Gestão 2003

Assessores Externos – CAEs, já instalados nasUnidades Descentralizadas, e que contam comrepresentantes tanto das Unidades da Embrapa comoda sociedade beneficiária das ações de pesquisa.Ressalta-se também o papel do Conselho AssessorNacional, constituído por representantes dos diversossegmentos da sociedade brasileira e que representa aspartes interessadas, influenciando no estabelecimentoe na operacionalização das estratégias.

d) Verificação dos padrõesdo trabalho das práticas de gestão

A avaliação dos processos relativos à formulação dasestratégias é uma atividade exercitada continuamentepela Embrapa, de forma a poder acompanhar astransformações da sociedade e sua cada vez maiorvelocidade de mudança. Essa avaliação foi sistematizadaa partir de 1990, durante o seminário de gerentes sobredesenvolvimento organizacional e institucional quando seenfatizou essa necessidade de evolução. O documentoCenários para a Pesquisa Agropecuária – aspectosteóricos e aplicação na Embrapa, resultado de intensaparticipação dos quadros da Empresa com o suportemetodológico da USP, constituiu um marco na melhoriado processo de formulação das estratégias que, no IPDE, se limitava ao atendimento das finalidadesestatutárias. Assim, o II PDE, para o período 1994/98, jáhavia incorporado essa metodologia. Outra melhoria foirelativa à missão da Embrapa, que foi ampliada. Alémdisso, o Plano Diretor passou a abranger a Sede e asUnidades Descentralizadas.

Essas práticas continuam passando por evolução, deforma a integrá-las ao modelo de gestão da Empresa. OIII PDE incorporou as inovações decorrentes dessaevolução e o Sistema Embrapa de Gestão – SEG – combase no III PDE, na Agenda Institucional e no MGECorporativo, gerencia e integra as atividades da Embrapade gestão, no aspecto estratégico, tático e operacional.

e) Avaliação e melhoria das práticase dos padrões de trabalho

Estudos desenvolvidos mostram que o esforço dasociedade brasileira em pesquisa agropecuária,principalmente por meio da Embrapa, tem sidocompensador pois, em geral, as taxas de retorno dosinvestimentos em pesquisa agropecuária estimados noBrasil têm apresentado valores acima dos 30%, jáconsiderados pela literatura econômica como bastanterentáveis neste setor. Essas taxas são comparáveisàquelas obtidas em outras regiões do mundo, conformemostrado na Fig. 2. e apresentadas em recente informedo Banco Mundial.

Nessa figura, vale destacar que as taxas obtidas noBrasil são, em média, superiores àquelas estimadaspara os centros internacionais de pesquisaagropecuária e similares às da América Latina.

Outras informações usadas na formulação dasestratégias referem-se à atuação da concorrência,em particular com relação ao arroz e, especialmente,ao feijão.

A Embrapa conta, ainda, com o Conselho AssessorNacional, criado em 1992 para, entre outrasatividades, avaliar as suas macropolíticas comoinstituição e o seu papel de coordenadora do SNPA.

O Conselho Assessor Nacional é composto por quatromembros natos: o Secretário Executivo do Ministériode Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; oDiretor-Presidente da Embrapa, o Diretor-Presidente daEmbrapa da gestão imediatamente anterior e a Chefiada Secretaria de Adminstração e Estratégia, hojeSecretaria de Gestão e Estratégia – SGE, da Embrapa,e mais vinte e quatro membros com mandato,integrados por representantes de setores do Governo,do agronegócio e de áreas de pesquisa edesenvolvimento agropecuário.

Operacionalização das Estratégias

Para a operacionalização das estratégias previstas noIII PDE, vigente ao longo do ano de 2003, a Empresaatualizou o seu sistema de planejamento, definindouma política global de administração, composta por:Pesquisa e Desenvolvimento, Negócios paraTransferência de Tecnologia e ComunicaçãoEmpresarial, e Desenvolvimento Institucional.

Fig. 2. Taxa de Retorno de Investimentos em PesquisaAgropecuária.

Fonte: Banco Mundial.

22 Relatório de Gestão 2003

Os “Projetos em rede” foram os instrumentosutilizados na indução da integração institucional eatendimento aos grandes objetivos estratégicos daEmpresa. Os temas transcendem a missão dasUnidades e programas isolados, o que exigiu, para suaimplementação, negociações internas e externas paracomposição das redes de pesquisa.

Os projetos priorizados estão direcionados à busca desoluções para as principais vulnerabilidades dos setoragroindustrial brasileiro, visando ao atendimento deobjetivos instituicionais e de políticas de Governo, alémdo estabelecimento de parcerias estratégicas cominstituições congêneres, nacionais e internacionais. Oprincipal objetivo é a busca de ação concentada esinérgica para aumento da oferta de soluções, daprodu-tividade e da visibilidade da Embrapa junto àsociedade.

Os temas priorizados nos Projetos em Rede em 2003foram:

1. Biologia Avançada: aplicada a vegetais, animais emicroorganismos (genoma funcional, proteoma, etc.).

2. Carne, couro e peles de qualidade.

3. Zoneamentos agroecológicos.

4. Manejo sustentável dos recursos florestais nativos.

5. Qualidade, manejo e conservação de recursoshídricos para a agropecuária.

6. Modelos, tecnologias e processos para consolidaçãoe inovação no plantio direto.

7. Rotas tecnológicas inovadoras na agropecuária eagroindústria: estratégias, modelos e tecnologiasinovadoras de produção agropecuária (sistemas deprodução: leite de qualidade, plantio direto,diversificação, mecanização, fertilização alternativa,etc.).

8.Estratégias, modelos e tecnologias para acompetitividade e sustentabilidade da aqüicultura.

9.Desenvolvimento de conhecimentos e tecnologiasagroecológicas e estabelecimento de práticasconservacionistas no agronegócio e em sistemas deprodução em pequena escala.

10.Estratégias, modelos e tecnologias para odesenvolvimento competitivo e sustentável daprodução de pequenos animais, da caprinocultura e daovinocultura no Brasil.

11. Estratégias, modelos e tecnologias para odesenvolvimento competitivo e sustentável daprodução florestal e agroflorestal no Brasil.

12. Tecnologias para a sustentabilidade econômica,social e ambiental da agricultura familiar e deempreendimentos de pequeno porte.

13. Estratégias e tecnologias para prevenção e manejode pragas e doenças (MIP, imunologia e epidemiologiana agropecuária, controle biológico, ecologia químicaaplicada, etc.).

14. Modelos, processos e tecnologias inovadoras parapós-colheita, processamento e agregação de valor àsmatérias-primas agropecuárias.

15. Estratégias, modelos e tecnologias avançadas paracaracterização e monitoramento do clima, dosecossistemas, dos serviços ambientais, dos recursosnaturais e da ocupação dos espaços geográficos.

16. Estudos sócioeconômicos, mercadológicos, e degestão relacionados com o avanço técnico-científico, acompetitividade, a sustentabilidade e os impactossociais de produtos, cadeias produtivas, setores e doagronegócio como um todo.

17. Alimentos funcionais e nutracêuticos.

18. Plantas ornamentais, medicinais e produtosnaturais.

19. Conservação ambiental e recuperação de áreasdegradadas.

20. Biossegurança de OGMs.

21. Pecuária e fruticultura de precisão.

22. Caracterização e usos inovadores dabiodiversidade da flora, da fauna e da microbiota.

23. Mudanças Globais: commodities ambientais eadaptação de sistemas de produção.

24. Estratégias, modelos e tecnologias para odesenvol-vimento competitivo e sustentável daprodução animal.

25. Estratégias, modelos e tecnologias para odesenvolvimento competitivo e sustentável daprodução florestal e agroflorestal no Brasil.

26. Conservação ambiental e recuperação de áreasdegradadas.

23Relatório de Gestão 2003

27. Modelos, tecnologias e instrumentos paramonitoramento e automação de sistemas, processos eprocedimentos nas atividades do agronegócio.

28. Modelagem e simulação de sistemas naturais,agroecossistemas e sistemas sócioeconômicos.

A integração do modelo de gestão de P&D à estruturade gestão da Embrapa pode ser visualizada no SistemaEmbrapa de Gestão – SEG, conforme Fig. 3.

Na elaboração do SEG foram consideradas asseguintes premissas:

• o ciclo completo da gestão, que compreende asações de planejamento, execução, acompanhamento/monitoramento, avaliação e retroalimentação;

• uma visão sistêmica da gestão da Empresa, adotandoinstrumentos de gestão específicos e que sejamimplementados de forma integrada, em umaperspectiva holística da Instituição;

• a maior flexibilidade organizacional permitindo àEmbrapa a correção de rumos em função dasmudanças do ambiente;

• a integração gerencial e operacional das atividadesessenciais da Embrapa (P&D) Transferência de

Tecnologia, Comunicação Empresarial eDesenvolvimento Institucional nos níveis de gestãoestratégico, tático e operacional;

• o compartilhamento de recursos, as competênciashumanas e a infra--estrutura interna e de parceiros,para tratar temas estratégicos de interesse dasociedade;

• os projetos e processos como formas de organizaçãodo trabalho, os quais possuem característicasdiferenciadas e requerem enfoques de gestão distintos;

• os mecanismos para gestão continuada de carteirasde projetos e processos e redes de pesquisa,garantindo ampla participação de atores internos eparceiros da Empresa;

• a participação de atores internos, parceiros erepresentantes de grupos de interesse na formulação edefinição de prioridades na pesquisa e na gestão daprogramação da Empresa.

O Sistema Embrapa de Gestão é composto pelossubsistemas de Gestão Estratégica, Gestão Tática eGestão Operacional, conforme descrição a seguir:

Gestão estratégica: que formula, revisa e integra asagendas de P&D, Transferência de Tecnologia,

Fig. 3. Sistema Embrapa de Gestão – SEG.

Fonte: SGE 2003.

24 Relatório de Gestão 2003

Comunicação Empresarial e DesenvolvimentoInstitucional para compor a Agenda Institucional daEmbrapa e subsidiar a atualização do Modelo deGestão Corporativo da Empresa. Desse processoresultam as diretrizes estratégicas que orientam aprogramação das áreas essenciais da Embrapa.

Gestão tática: que incorpora as medidas de gestãopara orientar ações e induzir a organização daprogramação da Empresa para cumprimento das metasinstitucionais de P&D, transferência de tecnologia,comunicação empresarial e desenvolvimentoinstitucional, negociadas com a Diretoria-Executiva.Envolve a interpretação das metas institucionais emtermos de metas técnicas para os Macroprogramas; aalocação de recursos para cada uma das carteiras deprojetos e processos; e a decisão sobre necessidade deindução de projetos, tanto mediante sistemacompetitivo próprio, como por articulação de equipesde redes em torno de temas estratégicos.

Gestão operacional: que objetiva compor e gerir acarteira de projetos e processos no âmbito dasUnidades da Embrapa e seus parceiros, alinhada aosdirecionadores institucionais e estratégias setoriais,regionais e temáticas.

O SEG conta com os seguintes colegiados:

• Comitê Gestor da Estratégia - CGE, atua nosubsistema de gestão estratégica do SEG e tem asseguintes atribuições:

• instalar um processo contínuo de prospecçãoestratégica;

• definir e implementar processos que permitam aelaboração, revisão e validação de prioridades noâmbito das atividades essenciais da Embrapa.

• consolidar os resultados do processo prospectivo naforma de diretrizes estratégicas da AgendaInstitucional e dos objetivos estratégicos do Modelo deGestão Estratégica Corporativo, para orientação doprocesso de produção e de gestão da Empresa.

• Comitê Gestor da Programação - CGP, atua nosubsistema de gestão tática do SEG e tem asatribuições de coordenar, balancear e alinhar oconjunto de carteiras de projetos e processos dosmacroprogramas do SEG às diretrizes estratégicas daEmpresa.

• Comissão Técnica de Macroprograma - CTMP, atuano subsistema de gestão tática do SEG e tem a

atribuição de realizar a avaliação inicial,acompanhamento e avaliação final do desempenho edo mérito técnico dos projetos e processos referentesaos macroprogramas do SEG.

• Comitê Técnico Interno – CTI das UnidadesDescentralizadas e Comitê Técnico da Sede – CTS,atuam no subsistema de gestão operacional do SEG etêm as atribuições de avaliar, aprovar e acompanhar aprogramação das Unidades, verificando especialmentea qualidade técnica dos projetos e processos e suacoerência com os Planos Diretores da Empresa e daUnidade, com a Agenda Institucional da Embrapa ecom os Modelos de Gestão Estratégica Corporativo eda Unidade.

• Comitê de Gerentes de Objetivos Estratégicos dasUnidades – CGOE, atua no subsistema de gestãooperacional do SEG e tem a atribuição de assessorar oCTI/CTS na gestão de carteira de projetos e processosdas Unidades, visando garantir a integração daprogramação da Empresa com os objetivosestratégicos do MGE.

A execução e o gerenciamento dos direcionamentosestratégicos, bem como o fornecimento dosindicadores de desempenho da Instituição, vêm sendooperacionalizados, em todas as UnidadesDescentralizadas com o auxílio do MGE, baseado nométodo do “Balance Scorecard” - BSC.

O estabelecimento das prioridades, dos planos de açãoe alcance de metas, nas Unidades de pesquisa daEmpresa, realiza-se por meio do Plano de Gestão daEmbrapa. Neste contexto, situa-se a Plano de AçãoEstratégica da Embrapa - PAE, elaborado com o apoioda equipe de gerentes do MGE corporativo.

O PAE é composto pelas iniciativas e ações que visama consecução dos dezenove Objetivos Estratégicosexplicitados na Fig. 1., que são gerenciados pelasUnidades centrais e incorporados no aplicativo PAT2003 daquelas Unidades.

A compatibilização das políticas de Governo, com amobilização em torno dos temas estratégicos, vemsendo definida por meio de uma Agenda Institucionalque se pretende seja um instrumento dinâmico deaferição e síntese das grandes tendências e demandaspor onde deve transitar o desenvolvimento científico-tecnológico do agronegócio e, portanto, um norteadorpara o direcionamento do foco de P&D da Empresa.

25Relatório de Gestão 2003

a) Envolvimento dos colaboradores nadefinição e execução dos planos de ação

Toda a programação da Embrapa é incluída no PPAcom base nas prioridades de pesquisa constantes nosrespectivos Planos Diretores e nas demandaslevantadas pelos órgãos de fomento e extensão rural.

As metas são estabelecidas após ampla discussãointerna e com os parceiros do SNPA, tendo passadopor avaliações de consultores ad hoc e pelo ComitêTécnico Interno quanto à sua adequação aos PDUs e àqualidade técnica.

A Embrapa vem participando de 22 Programas (20finalísticos e 2 administrativos) e de 47 Ações (40 deP&D e 7 administrativas) do Governo Federal. Cincodos 20 Programas finalísticos: Produtividade deCereais, de Oleaginosas, de Olerícolas, deCaprinocultura- Ovinocultura e Agricultura de Precisãotêm gerentes procedentes do quadro de empregadosda Embrapa, correlacionando cada programa com asações do PPA a partir dos quais foram desdobrados.

A Tabela 5 exprime a síntese de tal programação.Destaca-se que os responsáveis técnicos das açõesprevistas nessa tabela são todos da Embrapa.

Com a criação do SEG, em 2002, a programação deP&D em execução no SEP foi reagrupada noMacroprograma de Transição do novo Sistema,incluindo todas as ações de P&D e de transferênciatecnológica, inclusive aquelas do Projeto de Apoio aoDesenvolvimento de Tecnologia Agropecuária para oBrasil - PRODETAB, e reorientada com foco no clientee com enfoque de sistemas, trabalho de equipe,projetos multidisciplinares e otimização de recursos. Osdados de 2003 mostram que a Embrapa, apesar dasdificuldades orçamentárias, obteve boa eficiênciaoperacional.

A disciplina dos programas de trabalho e açõesfinalísticas foi orientada à luz do Plano Plurianual deInvestimentos (PPA 2000/03).

b) Avaliação das práticas e dos padrões de trabalho

Um exemplo de melhoria contínua nos aspectos táticoe operacional é o aumento progressivo da padronizaçãodos programas das 40 Unidades Descentralizadas.

Além disso, os 19 programas anteriores (SEP) foramconsolidados em cinco macroprogramas no SEG, deforma a aprimorar seu gerenciamento.

Tabela 5. Programas e Ações do PPA.

Continua...

Ação PPA

Desenvolvimento de Metodologias Avançadas para o Agronegócio;Desenvolvimento Tecnológico para Automação de Processos na ProduçãoAgropecuária;Desenvolvimento de Sistemas de Rastreamento e de Tomada de Decisão para oAgronegócio.

Pesquisas Tecnológicas para a Agricultura Familiar.

Estudos de Monitoramento das Águas de Superfície e Subterrânea.

Pesquisa e Desenvolvimento de Genes para a Agricultura e Pecuária;Pesquisa e Desenvolvimento em Biotecnologia para Segurança Alimentar de Ambiental;Enriquecimento e Conservação de Recursos Genéticos;Estudos e Pesquisas para a caracterização, Prospecção e Uso da Biodiversidade;Caracterização e Avaliação de Recursos Genéticos;Estudos em Biotecnologia para o Agronegócio;Estudo em biotecnologia para o agronegócioPublicidade e utilidade pública

Avaliação da qualidade e produtividade na pesquisa agropecuária

Pesquisa e Desenvolvimento em Manejo e Conservação de Solo e Água.Publicidade de utilidade pública

Pesquisa e Desenvolvimento em Aqüicultura.

Pesquisa de Flores e Plantas Ornamentais.

Pesquisa e Desenvolvimento em Fruticultura;Inovação Tecnológica para a Fruticultura Irrigada no Semi-Árido Nordestino.

Programa

1. Agricultura de Precisão

2. Agricultura Familiar – PRONAF

3. Águas do Brasil

5. Biotecnologia e Recursos Genéticos –Genoma

6. Ciência e tecnologia para oagronegócio

8. Conservação de Solosna Agricultura

11. Desenvolvimento da Aqüicultura

13. Desenvolvimento da Floricultura ePlantas Ornamentais - PROFLORES

14. Desenvolvimento da Fruticultura

26 Relatório de Gestão 2003

Continuação da Tabela 5.

Fonte: SPD 2003.

Ação PPA

Pesquisa e Desenvolvimento em Conservação, Manejo, Transformação e Utilização deFlorestas e Agroflorestas.

Desenvolvimento de Técnicas de Manejo de Ecossistemas Brasileiros

Pesquisa e Desenvolvimento em Avicultura.

Pesquisa e Desenvolvimento em Bovinocultura de corte

Pesquisa e Desenvolvimento em Caprinocultura;Pesquisa e Desenvolvimento em Pequenos Animais;Pesquisa e Desenvolvimento em Ovinocultura..

Pesquisa e Desenvolvimento em Suínocultura.

Pesquisa e Desenvolvimento em Cereais.Publicidade de utilidade pública

Pesquisa e Desenvolvimento em Oleaginosas.

Pesquisa e Desenvolvimento em Olerícolas.

Pesquisa e Desenvolvimento em Cotonicultura;Pesquisa e Desenvolvimento em Fibras Vegetais.

Pesquisa e Desenvolvimento em Beneficiamento, Processamento e Preservação deProdutos Pecuários;Pesquisa e Desenvolvimento em Beneficiamento, Processamento e Preservação deProdutos Agrícolas.

Capacitação de servidores públicos federais em processos de qualificação erequalificaçãoAssistência pré-escolar aos dependentes dos servidores e empregadosAuxílio transporte aos servidores e empregadosAuxílio alimentação aos servidores e empregadosAssistência médica e odontológica aos servidores, empregados e seus dependentes

Contribuição previdência privadaRemuneração pessoal ativo da União e encargos sociaisAdministração da unidade

Programa

19. Florestar

21. Parques do Brasil

25. Produtividade da Avicultura

26. Produtividade da Bovinocultura

27. Produtividade da Caprinoculturae da Ovinocultura

29. Produtividade da Suínocultura

30. Produtividade de Cereais

31. Produtividade de Oleaginosas

32. Produtividade de Olerícolas

33. Produtividade do Algodão e de outrasFibras

37. Segurança e Qualidade de Alimentose Bebidas

39. Valorização do servidor público

42. Programa de apoio administrativo

Clientes

O grande negócio da Embrapa é a informação colocadanas mais diversas formas de conhecimentos e detecnologias. Trata-se do trabalho de qualificar eorganizar a informação, dando a ela conteúdo e formaadequados aos diferentes públicos.

Conhecimento Mútuo

a) Identificação de clientes atuais e potenciais

A Embrapa possui um universo de clientesextremamente amplo, abrangendo desde o cidadãocomum até os órgãos governamentais, comoministérios, passando por ONGs e empresas agrícolas,incluindo clientes/parceiros internacionais.

A partir de 1990, quando a Embrapa adotou oplanejamento estratégico, a Empresa passou atrabalhar com ênfase no atendimento da demanda desua vasta gama de clientes. Para isso, a Embrapautiliza um grande número de instrumentos/mecanismos/canais para ouvir suas necessidades,expectativas e preferências, como por exemplo:

• Visitas de clientes às Unidades Descentralizadas e àsUnidades Centrais da Embrapa.

• Serviço de Atendimento ao Cidadão- SAC

• Correio eletrônico

• Reuniões técnicas

• Congressos, seminários etc

• Pesquisas sobre satisfação dos clientes

• Reuniões informais

• Conselhos Assessores Externos

Dessa forma é possível definir quais as característicase atributos dos produtos/serviços, utilizando-se de

diferentes formas de coleta de informações paradiferentes grupos de clientes. Por exemplo: O pequenoagricultor é visitado por pesquisadores de uma UD,enquanto uma grande empresa agrícola vem àEmbrapa solicitar suporte para suas atividades.

Visando ampliar a disponibilização de suas informaçõesvia Internet, a Embrapa criou sua home page em 1997,que passou por uma reorganização e atualização deconteúdo, contando com uma nova programaçãovisual, disponível desde setembro de 2003, no qual osclientes podem acessar informações de acordo comsuas necessidades (em português, espanhol e inglês):

• “Procurar na Embrapa”: Serviço de Atendimento aoCidadão , Ouvidoria, Opinião sobre o site.

• Informações corporativas: Organograma. Direção,Localização (Sede e Unidades), Estatuto, DadosCadastrais, Unidades Centrais, UnidadesDescentralizadas, Pesquisadores da Embrapa,Laboratórios no Exterior, Escritórios de Negócios,Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária – SNPA,Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento doCafé – CBP&D/Café, Pesquisa & Desenvolvimento,Cooperação Internacional, Licitações e Concursos.

• Notícias: Banco de Notícias, Notícias da Diretoria,Embrapa na Mídia, Artigos, Assessoria deComunicação e Guia de Fontes.

• Linhas de Ação; Programas e Projetos; Calendário deEventos; Fóruns; Publicações; Biblioteca Virtual;Livraria Virtual; Dia de Campo na TV; Receitas e Links.

b) Identificação das necessidadesdos clientes atuais e potenciais

O levantamento das demandas dos clientes tem ganhoimpulso a partir da criação do Conselho deAdministração da Embrapa, composto por pessoas

28 Relatório de Gestão 2003

experientes e representativas do Governo Federal e dasociedade civil usuária das tecnologias, produtos eserviços produzidos pela Embrapa.

Entre as medidas do Conselho, destaca-se a instituição,junto às Unidades Descentralizadas, dos ComitêsAssessores Externos-CAEs, que objetiva promover ainteração entre a pesquisa e os usuários, de modo queos programas de trabalho daquelas Unidades reflitamas reais necessidades dos diversos agentes quecompõem a clientela da Embrapa.

A partir da Resolução Nº 002/98, os CAEs já foraminstituídos e estão reunindo-se duas vezes por ano,ordinariamente e, de forma extraordinária, tantasvezes quantas necessárias, mediante convocação deseu Presidente (Chefe da Unidade), ou por maioriasimples de seus oito membros. Os CAEs podem contarainda com a participação de convidados,representantes dos diferentes segmentos da cadeiaprodutiva e da clientela da Unidade.

A atuação junto às Unidades Descentralizadas, dosComitês Assessores Externos – CAEs, tem promovidoa interação entre a pesquisa agropecuária e omercado. A atuação das equipes de socioeconomia ede comunicadores, os Projetos Estratégicos e asdemandas diretas, procedentes de médios e grandesprodutores, conduzem no mesmo sentido.

Outro grande esforço feito na área de pesquisa edesenvolvimento diz respeito à prospecção das reaisnecessidades da sociedade, usando-se instrumentospara identificar claramente aquilo que é problema e oque deve merecer o esforço da pesquisa. A análise doambiente externo é uma atividade contínua, mas queassume uma importância maior por ocasião doprocesso de revisão dos PDUs, envolvendo todas asinstituições e setores do negócio agrícola que, diretaou indiretamente, influenciam as Unidades de Pesquisae/ou são por elas influenciados. Consiste naidentificação dos atores mais relevantes, definição dosfatores mais críticos e suas respectivas tendências,para finalmente identificar e avaliar oportunidades eameaças num contexto de futuro.

A idéia é que a Empresa se antecipe aos problemaspotenciais que ameaçam o agronegócio, detectandosua possível ocorrência e desenvolvendo tecnologias eprocessos capazes de superá-los ou minimizá-los. Porexemplo, o mal da Sigatoka-negra que ataca e dizimaos bananais foi detectado na Amazônia, propagando-sea partir da Colômbia. Cultivares resistentes foramgeradas pela Embrapa antes de sua chegada àsregiões produtoras do Nordeste e Sudeste do País,

permitindo a substituição preventiva das cultivaressuscetíveis e evitando o colapso da produção nacional.

Entre os métodos utilizados para a identificação dasexpectativas dos clientes, salientamos os estudos decadeias produtivas e de sistemas ambientais, bemcomo a realização de seminários, mesas-redondas,palestras e conferências nos quais indivíduos dereconhecida competência apresentam e discutem, como corpo técnico e gerencial das Unidades, suas visõesde futuro, analisando fatores críticos à atuação dasmesmas.

O envolvimento de pesquisadores em comitês técnicos,em coordenadorias de órgãos de fomento e, mesmo,em consultorias ad hoc, além de contribuir para aevolução da política de fomento desses órgãos, temmantido a Embrapa atualizada quanto às necessidadesdesse segmento. Essas informações são utilizadas noprocesso de revisão dos PDUs e orientam naelaboração de projetos de pesquisa na busca dodesenvolvimento de tecnologias sustentáveis.

A participação do corpo técnico das Unidades daEmbrapa em congressos e similares é outra fonte deatualização constante da Empresa com relação àsmudanças de cenários, tendências de mercado edemandas da sociedade.

c) Avaliação do atendimento douniverso potencial de clientes

Para a gestão de sua imagem institucional, a Embrapaestabeleceu o seu posicionamento em 2002 e, paraavaliar o seu desempenho utiliza-se dos seguintesinstrumentos: pesquisa de imagem, pesquisa desatisfação do cliente e análise de matérias veiculadasna mídia impressa, que objetiva avaliar mensalmentecomo a imagem da Embrapa é posicionada pelaimprensa.

O relatório de clipping do noticiário possui além dostradicionais elementos (quantitativo de citações,assuntos divulgados, espaços ocupados etc.), um índiceespecífico, tendo em vista identificar em que posição amídia impressa situa a Embrapa e como, sob essalente, influencia a percepção da sociedade sobre aEmpresa. Para tanto, foi eleito um conjunto de seisatributos e um geral, denominado outros, a saber:Excelência Tecnológica (referência à qualidade dosprodutos desenvolvidos pela Embrapa na condição deempresa de vanguarda tecnológica); Excelência emGestão (Administração da Embrapa ou modernidadeadministrativa); Atuação em Parceria (referência àsparcerias estabelecidas pela Embrapa); Benefício ao

29Relatório de Gestão 2003

Agronegócio ou Mercado (referência à capacidade daEmbrapa de causar impacto no agronegócio/mercado,assim como proporcionar soluções para o agronegócioou exportações); Benefício do Cidadão, Consumidor ouSociedade (preocupação da Embrapa com a qualidadede vida dos cidadãos e consumidores; alimentos maisnutritivos, menos tóxicos e mais baratos; saúde,segurança alimentar e meio ambiente); Benefício doPaís (referência à contribuição da Embrapa para odesenvolvimento regional e nacional e a independênciatecnológica do País; geração de emprego e renda); eOutros (quaisquer relacionamentos que não seenquadram nos itens descritos). O método consiste naleitura da matéria jornalística, buscando identificarelementos que possam classificá-la em uma ou maisposições.

Nessa relação com seus públicos, a Embrapa produz edisponibiliza informação técnico-científica em trêssistemas que contemplam a obtenção, seleção edistribuição de produtos de informação voltados paraapoiar o processo de transferência de tecnologias, asaber: mídia impressa, mídia eletrônica e mídia digital.

A produção de informação técnico-científica daEmbrapa é obtida e organizada a partir de resultadosde pesquisas capazes de viabilizar soluções para oagronegócio brasileiro. Procura-se identificarnecessidades de informação dos ambientes de pesquisae desenvolvimento, de formação escolar em todos osseus níveis, de produção agropecuária, agroindustrial eflorestal e da sociedade em geral. Essas informaçõessão qualificadas em formatos e conteúdos queatendem às expectativas da clientela. Qualificar ainformação significa tratá-la adequadamente com oemprego de recursos da engenharia de informação, demodo que ela possa ser acessada, entendida eassimilada pelo público a que se destina.

Nesse sentido, as informações são classificadas nasseguintes linhas editoriais:

A linha Técnico-científica voltada para atender,sobretudo, à demanda de pesquisadores interessadosem acompanhar o progresso da ciência por meio deperiódicos, nos quais são publicados trabalhos técnico-científicos originais e inéditos, resultantes de pesquisasligadas à agropecuária.

A linha Transferência de Tecnologia voltada para supriras demandas básicas do setor produtivo porinformação qualificada e atualizada nos segmentosinteressados em práticas agropecuárias, agroindustriaise florestais.

A linha Ensino e Aprendizagem criada para suprir ademanda de estudantes de terceiro grau e deprodutores especializados e estudiosos, porinformações atualizadas sobre a realidade brasileira,nos setores agropecuário, agroindustrial e florestal.

d) divulgação dos serviços/produtose ações aos clientes e à sociedade

A questão da transferência de tecnologia sempre foiuma grande preocupação da Embrapa, no sentido deter a informação organizada e agilizada para alcançarum número cada vez maior de produtores, no momentooportuno e com baixo custo.

Nas estruturas das Unidades Descentralizadas, constaa atuação como unidades de negócios para atransferência de tecnologias, produtos e serviçospróprios ou em parceria com outras organizações.

Com base nos mecanismos mais comuns detransferência de tecnologia e promoção de imagem,como a participação em eventos, incluindo exposiçõese feiras, a promoção de dias de campo, de palestras,de cursos, de unidades demonstrativas e deobservação, a Emprapa vem conhecendo melhor osseus clientes e, com base nestes contatos, lançou umprograma de maior alcance, visando fortalecer atransferência de tecnologia, que pode ser traduzidopela elaboração de vídeos, de matérias jornalísticas,além de programas de televisão e rádio.

Esses meios, apesar de não proporcionarem o contatodireto, têm a grande vantagem de aumentaremsubstancialmente o número de técnicos e deprodutores com acesso às informações da Empresa, eisso com menor custo. O programa Dia de Campo naTV vem se revelando como um mecanismo importantepara agilizar esse processo.

A TV a cabo e as redes de comunicação como aInternet, vêm facilitando o acesso de técnicos dequalquer parte do País aos centros de pesquisa daEmbrapa, a fim de obterem rapidamente informaçõesatualizadas. A Empresa pretende ampliar os seuspontos de venda comercial, utilizando cooperativas,empresas privadas, escritórios técnicos, e os maisdiversos pontos nos quais os produtores tenhamcontato, para colocar os produtos Embrapa, tais como,publicações, CD-Roms, vídeos e outros.

Um grande esforço está sendo feito na implementaçãodo “Portal da Embrapa” cujo objetivo principal épermitir que a sociedade tenha acesso em tempo realàs informações técnico científicas disponíveis.

30 Relatório de Gestão 2003

Uma outra importante iniciativa nas relações daEmbrapa com a sociedade é a Vitrine de Tecnologias,exposição de 30.000 m² que ocorre há oito anos, comuma mostra de aproximadamente quinhentastecnologias entre plantas, animais, máquinas,implementos, controle biológico e sistemas auto-sustentáveis, procurando relacioná-las ao dia-a-dia decada um dos visitantes.

Anualmente, durante um período de cinco meses, aEmbrapa, literalmente, abre as suas portas para ostécnicos, autoridades, produtores, pesquisadores,público ligado ao agronegócio, segmentos da sociedadecivil e, principalmente para os estudantes querecebem, no local, noções sobre a importância dapesquisa agropecuária para o País.

Trata-se de um evento que consiste na mostra detrabalhos desenvolvidos pela Embrapa ao longo de trêsdécadas de sua existência, como forma de prestaçãode contas para a sociedade.

Outro exemplo é o Programa Embrapa & Escola, noque concerne ao processo de urbanização ocorrido nasúltimas três décadas, fazendo com que os cidadãosurbanos perdessem cada vez mais o contato com omundo rural. Ao encontrar os produtos prontos nasprateleiras dos supermercados, o cidadão nãoconsegue visualizar todo o processo decorrido para aprodução daquele bem. O cidadão, em especial ascrianças, recebe atualmente um volume inadequado deinformações sobre ciência, tecnologia e agricultura, oque não possibilita a percepção do processotecnológico que permite a elaboração edesenvolvimento de um produto. Neste contexto, oProjeto Embrapa & Escola tem prestado relevantecontribuição. Por fim, há a necessidade de divulgar aEmbrapa, o que ela faz, sua missão e os resultados jáalcançado nos seus 30 anos deexistência.

Nesse sentido, foi instituído na Sede e nas UnidadesDescentralizadas o programa anual de palestras emescolas públicas e particulares; criou-se um “kit” parapalestra em escolas contendo: cartilhas para seremdistribuídas entre os alunos, vídeo para utilização emsala de aula e conjunto de transparências, distribuídoentre todas as Unidades da Embrapa e implantou-se umprograma de visita de estudantes a feiras eexposições, promovidas pela Empresa ou nas quais aEmbrapa esteja presente.

Foram também incorporadas ao programa, as ações doprojeto Saúde Brasil, voltado para a sensibilização decrianças quanto à alimentação.

Para essas visitas, os alunos são previamentetrabalhados em salas de aula, criando-se expectativafavorável ao que irão viver e presenciar nas atividadesposteriormente realizadas na Embrapa. Tambémrecebem materiais didáticos como cartilhas, livrosinfantis, brindes promocionais, etc.

Como resultado das atividades, os alunos realizaramredações e desenhos (de acordo com a idade escolar)para concorrer ao concurso no livro de Redações eDesenhos, editado anualmente.

Foram realizadas, também em 2003, medianteparcerias, ações como: treinamentos sobre cuidadosalimentares, destinado a mães de estudantes carentes,sobre preservação do ambiente e palestras paraadministradores de hortas, em pequenos espaços deInstituições de Ensino. Também foram desenvolvidasna Embrapa, hortas-modelo para apresentação dehortaliças pouco conhecidas, onde os alunos ajudam aplantar e a colher.

Após a visita, ocorre uma avaliação de resultados dasatividades, feita por meio de questionários dirigidos aosalunos e professores.

No ano de 2003, muitas Unidades Descentralizadastiveram dificuldades em cumprir sua meta tendo emvista os cortes orçamentários. Esse fato refletiu napossibilidade de oferta de transporte para estudantescarentes.

Algumas Unidades, em 2003, priorizaram aparticipação de alunos do 3º grau, oferecendo cursos epalestras. Como exemplo citam-se a EmbrapaInstrumentação Agropecuária, Embrapa Trigo e aEmbrapa Semi-Árido, essa última, com palestras naSemana do Estudante Universitário 2003, cujos temasforam: A água, as Matas Ciliares e os ImpactosAmbientais – Biodiversidade da Caatinga e suasPotencialidades e Diversificação no Nordeste.

e) Avaliação e melhoria das práticas de gestão

A avaliação dos processos relativos ao conhecimentomútuo compreende dois aspectos:

• O conhecimento das necessidades da clientela pelaEmbrapa se faz por meio da ação das UnidadesDescentralizadas, com informações adicionaiscoletadas pelas Unidades Centrais e pela Diretoria-Executiva; e avaliadas com base em reuniões oumanifestações do seu pessoal.

• O conhecimento da Embrapa e seus produtospelos clientes, que se faz tanto a partir da Sede como

31Relatório de Gestão 2003

das Unidades Descentralizadas . Nesse caso aavaliação em termos de imagem global ocorreprincipalmente por meio de pesquisa específica,coordenada pela Sede.

Entre os exemplos de melhorias introduzidas,destacam-se:

Realização da pesquisa de satisfação do cliente.

A passagem do processo de P&D, antes mais centradona oferta, para atendimento com ênfase na demandados clientes.

Relacionamento com o Cliente

Os desafios das organizações públicas como aEmbrapa, cuja finalidade é servir ao cidadão econtribuir para o seu desenvolvimento social eeconômico, demandam não só capacidade de gerarvalores, mas de atrair e conquistar a fidelidade de seupúblico, ou seja, clientes que percebam a excelênciados produtos e serviços e no atendimento querecebem.

Podem ser citados, como exemplo, os encontros daEmbrapa com produtores de vários Estados sobre aintrodução do componente florestal na propriedaderural. Por meio de palestras, os produtores passaram acompreender melhor os benefícios das tecnologias,além de aprenderem sobre a gestão da propriedade e autilização da informática como ferramenta de gestão.

Nesse sentido, a Embrapa vem interagindo com asociedade, mostrando os principais resultadosalcançados pela pesquisa agropecuária e como estesestão efetivamente inseridos no cotidiano doconsumidor brasileiro, criando oportunidades para quea população tenha clara a idéia que investir emtecnologia é a alternativa para o País enfrentar acompetição acirrada da globalização dos mercados, daeconomia e das comunicações.

A experiência recente da Embrapa, participando dediscussões regionalizadas promovidas pelo Ministérioda Ciência e Tecnologia, merece destaque. Consisteem discutir, nos Estados, quais os entraves em ciênciae tecnologia e mobilizar a comunidade produtiva paraprocurar soluções junto às instituições de pesquisa.

Um dos pontos levantados nas discussões dos fórunsfoi a distância entre os centros tecnológicos nacionaise as estruturas produtivas da Amazônia. Com o uso doEmbrapaSat, essas instituições passaram a fazervideoconferências interativas, permitindo que os

produtores de madeiras e industriais não somenteouvissem o que há de mais moderno em tecnologiaflorestal, mas que interagissem com perguntas paraespecialistas localizados em lugares distantes comoBrasília/DF, Colombo/PR ou Bento Gonçalves/RS. Esteprojeto foi institucionalizado por meio do SistemaEmbrapa de Planejamento – SEP.

a) Canais de acesso para os clientescomunicarem suas sugestões ou reclamações

A necessidade de se dotar a Empresa de ummecanismo para aprimorar o seu relacionamento comclientes e usuários e com a sociedade em geral, levouo Conselho de Administração da Embrapa, por meio desua Resolução n° 08, de 19/04/1999, a criar a funçãode confiança de Ouvidor da Embrapa.

Instalada já em 1999, teve no ano de 2003 a suaconsolidação, firmando-se junto aos clientes internos eexternos como o canal adequado e eficente parasolução de conflitos. Associada aos outros meiosdisponibilizados pela Empresa para comunicação comclientes, a Ouvidoria procurou ganhar credibilidade pormeio de ações ágeis e transparentes, envolvendo deforma isenta os gestores responsáveis pela tomada dedecisões. Neste periodo, contando com o total apoio daDireção da Empresa, a Ouvidoria pode levar a efeitovarias ações de esclarecimento e divulgação daOuvidoria, explicitando de forma didática o seu realpapel e função. Foi feito um trabalho de aprendizadogradual no qual ficou claro o que a Ouvidoria faz emprol dos clientes e em colaboração com os gestores detodos níveis, tornando-se um mecanismo paraaprimorar o relacionamento da Empresa com clientes eusuários e com a sociedade em geral, para poderatender de forma satisfatória as demandas dos que acontatam.

A ouvidoria realiza, entre outras, as seguintesatividades: recebe e apura as demandas dos clientese busca soluções para eventuais desvios na prestaçãode serviços e na disponibilização de tecnologias deprodutos e de processos da Embrapa, acatando eanalisando denúncias, reclamações, sugestões,elogios, perguntas, opiniões e problemas observados.

Os procedimentos da Ouvidoria implicam as seguintesformas de atuação:

• Coleta, analisa e interpreta os dados e asinformações necessários ao processamento dasdemandas recebidas.

32 Relatório de Gestão 2003

• Acompanha, até a solução, os processos origináriosde denúncias, reclamações e outros, e comunica odesfecho às partes envolvidas.

• Propõe ao diretor-presidente, quando necessário, aadoção de providências visando melhorar odesempenho da Empresa e de seus colaboradores.

• Classifica por assunto e origem todas as demandasrecebidas para apoiar a Direção da Empresa sobrequestões relevantes.

É importante registrar que houve em 2003 umcrescimento muito significativo nas demandas dirigidasà Ouvidoria, as quais totalizaram 944 processos.Desses, 88% foram de origem externa, fato que semdúvida demonstra a forte relação da Embrapa com acomunidade.

Nos últimos anos, foram realizadas várias ações paraestimular os colaboradores a internalizar e colocar emprática atitudes, posturas e padrões decomportamento desejáveis em cada modalidade deatendimento, tais como:

• Palestras para chefes de Unidades e gerentes decomunicação empresarial e negócios tecnológicos.

• Treinamentos em qualidade de serviços para,motoristas, telefonistas e recepcionistas.

• Elaboração de manuais operacionais para essascategorias.

• Campanha de excelência em atendimento para toda aEmpresa.

• Avaliação de atendimento por meio de auditorias dequalidade no atendimento, via clientes misteriosos.

• Palestras via videoconferências e instituição doreconhecimento às Unidades que se destacaram noatendimento ao cliente.

O Projeto de Implantação da Central deRelacionamento Embrapa, iniciado em outubro de2001, foi paralisado em junho de 2003 em decorrênciadas restrições orçamentárias.

b) Gestão das sugestões e reclamações

O enfoque colocado na missão da Empresa, deviabilizar soluções, vem incentivando a aproximação damesma com os mais diferentes públicos da sociedade,não se restringindo apenas ao público do setor rural,agricultores e técnicos, mas também com o setorurbano, pela inclusão dos diversos segmentos sociaisem seus eventos, com destaque para estudantes naárea de educação ambiental. As sugestões ereclamações recebidas são encaminhadas aos setorescompetentes da Empresa para que sejam tomadas asdecisões necessárias.

c) Avaliação da satisfação/insatisfação dos clientes

A Embrapa realiza avaliação da satisfação do clientedas Unidades Centrais e Descentralizadas de dois emdois anos, cujo resultado compõe o Índice deDesempenho Institucional do Sistema de Avaliação ePremiação por Resultado da Embrapa– SAPRE.

d) Verificação dos padrões de trabalho

O atendimento por e-mail da Empresa é centralizadono SAC – Serviço de Atendimento ao Cidadão. Paraisso, a Embrapa disponibiliza na Sede e nas UnidadesDescentralizadas, endereços eletrônicos(“[email protected]”) e(“[email protected]”) para os quais sãoencaminhadas todas as consultas feitas à Empresa.

Na avaliação da satisfação do cliente, é mensurado ograu de satisfação da clientela em relação àstecnologias, serviços e produtos gerados pelasUnidades da Embrapa, por meio de questionáriosenviados aos usuários registrados no banco de clientesde cada uma delas.

e) Avaliação e melhoria das práticase padrões de trabalho

A avaliação e melhoria dos processos relativos àgestão do relacionamento com os clientes ocorrem deforma semelhante ao do Conhecimento Mútuo. Comoexemplos de melhoria, destacam-se:

• a instituição do SAC

• a instituição da Ouvidoria

Informação

A informação é fundamental para a implementação domodelo público de gestão empreendedora, e um dosprincipais alicerces de uma organização orientada pararesultados. Oferece aos dirigentes e servidorespúblicos subsídios para melhorar as decisões quenecessitam ser tomadas, contribuindo para tornar aadministração pública mais transparente, ágil eeficiente.

Gestão das Informaçõesda Organização

a) Obtenção e seleção de informações

A Embrapa possui o processo de Planejamento eGestão da Estratégia, estruturado segundo métodos,regras e calendário aprovados pela Diretoria-Executiva.Esse processo é operado com a finalidade de coletar,avaliar, tratar e validar informações por meio degrupos técnicos multidisciplinares e intersetoriais daEmpresa, e também dos Conselhos AssessoresExternos – CAEs e do Conselho Assessor Nacional –CAN, instâncias de consulta à sociedade e aos grandesgrupos de clientes da Empresa.

Como resultado do processo, são produzidos os PlanosDiretores: PDE e PDUs que, aprovados pela DE,passam a vigorar para um período de quatro anos, e,na forma de uma Agenda Institucional, norteiam asações das instâncias operacionais da Empresa.

As informações para a gestão da estratégia naEmpresa são coletadas, organizadas, trabalhadas evalidadas no Modelo de Gestão Estratégica – MGE,concebido para o gerenciamento e a operacionalizaçãoda estratégia organizacional. No momento, estão emimplantação o CGE - Comitê Gestor da Estratégia e oNúcleo de Inteligência Competitiva da Embrapa.

No tocante à programação de P&D, a seleção deinformações para a melhoria dos programas é realizada

mediante a operacionalização de Macroprogramas dePesquisa, com assessoramento das CTMP (ComissãoTécnica de Macroprograma), integradas por CGP(Comitê Gestor de Programação) constituído porrepresentantes da sociedade civil e do agronegócioque, em reuniões periódicas, subsidiam a tomada dedecisão para a gestão dos programas técnico-científicos.

Em assuntos táticos e/ou operacionais de maiormagnitude, a informação é coletada, tratada eorganizada por analistas e/ou grupos técnicos, queproduzem estudos e textos como subsídios para atomada de decisão dos gestores. Esse é o caso dosgrupos técnicos que analisam e sugerem as regras e osmétodos estruturadores e/ou reestruturadores dosistema de programação e gestão da atividade depesquisa e desenvolvimento – P&D da Empresa e desuas organizações-parceiras; do grupo técnico-científico que define e sugere as linhas estratégicas,macrocompetências e competências específicas doprograma de pós-graduação; e dos grupos técnicos quefazem análises e sugerem regras e normas para aseleção de chefes e gerentes, avaliação, seleção epromoção de pessoas dentro das carreiras funcionais,especialmente nos cargos que exigem a formação denível superior.

Especialmente nas relações com a sociedade, osclientes e o mercado, a Empresa conta com umaOuvidoria que canaliza sugestões, denúncias ereclamações de clientes externos e de membros daequipe de trabalho, e também com o Serviço deAtendimento ao Cidadão – SAC, além da entrada desugestões por meio da mídia eletrônica (páginaeletrônica).

A Empresa também realiza, periodicamente, pesquisasde satisfação de clientes e de clima organizacional,quando são captadas informações relevantes para agestão e a gerência da instituição e de seus programas.

34 Relatório de Gestão 2003

As informações relativas à execução orçamentária efinanceira são gerenciadas pelo SIAFI – SistemaIntegrado de Administração Financeira e pelo SIAPE –Sistema Integrado de Administração de Pessoal. Pormeio de sistema próprio de apropriação de custos, sãocontabilizadas as despesas realizadas por programas,projetos e subprojetos e/ou planos de ação.

O Sistema de Acompanhamento Orçamentário eFinanceiro- “Dotação” é capaz de atender as diferentesdemandas exigidas pelo Governo Federal e anecessidade de um maior controle dos recursosinternos da Empresa.

Os dados bibliográficos são administrados pelo sistemaAINFO, que gerencia o patrimônio bibliográfico daEmpresa e permite consultas por meio de palavras-chave, e pelo programa Reference Manager, acessívelpor meio da Intranet. Outros sistemas de informaçãoem uso são os referentes às pessoas jurídicas (SIPJ),aos contratos (SAIC) e ao controle e gestão dedocumentos (SIGED).

As tecnologias e informações técnico-científicasgeradas pela área de pesquisa, são previamenteavaliadas pelo presidente do Comitê de PropriedadeIntelectual de cada Unidade Descentralizada queidentifica a necessidade de tratamento confidencialpara informações consideradas estratégicas.

b) Organização e atualização de informações

No âmbito estratégico, as informações são atualizadas,mediante permanentes estudos e pesquisas conduzidaspor áreas técnicas e por grupos multidisciplinares einterinstitucionais.

Uma importante linha de ação estruturada e operadapela Empresa é a construção de cenários para apesquisa agropecuária. No final da década de 80, foifeito o primeiro esforço de estudos prospectivos, coma geração de cenários alternativos que pautaram aformulação dos planos estratégicos da década de 90.Houve em 2002, o segundo esforço de construção decenários, em conjunto com o CGEE do Ministério daCiência e Tecnologia, envolvendo especialistas epessoas de referência em diferentes campos doconhecimento. Esses cenários devem balizar e orientara gestão estratégica da atividade de Pesquisa eDesenvolvimento na Embrapa, para os próximos anos.

No âmbito tático, a Empresa possui dois sistemas degestão da programação de trabalho, que contemplammecanismos de atualização e registro das informaçõesgerenciais, e de acompanhamento e avaliação:

O Sistema Embrapa de Gestão - SEG e o Sistema deInformações Gerenciais dos Planos Anuais de Trabalho- SISPAT. Cada um desses sistemas é operadosegundo normas definidas pela alta administração daEmpresa e permanentemente avaliados em seusmecanismos e métodos por técnicos e especialistasinternos e externos à Embrapa. Cada projeto depesquisa, enquadrado em um dos macroprogramas daEmbrapa e suas organizações-parceiras, é formulado eacompanhado no âmbito do SEG, por meio demecanismos próprios num processo que dura entre3 e 4 anos.

As informações são validadas e melhoradas na medidaem que esses projetos são avaliados pela ComissãoTécnica do Macroprograma, com o intuito de aferiratualidade e validade (mérito técnico-científico) dasinformações bem como o cumprimento dos objetivospropostos. Em uma segunda instância, o Comitê Gestorda Programação – CGP, avalia os projetos e aprogramação quanto ao seu mérito estratégico(potencial de geração de impactos positivos). Os planosanuais de trabalho das Unidades técnico-administrativas e de pesquisa da Empresa, sãoformulados dentro do PAT, no qual são consignadas asmetas quantitativas e qualitativas que a Unidade devecumprir ao longo do exercício. Esse sistema, operadosegundo norma própria e estabelecida pela Diretoria-Executiva, prevê que as informações sobre arealização das atividades e a geração dos resultadosdevem ser registradas, e permite a consulta porUnidade ou agregada para a Organização. A segurançae confiabilidade das informações sobre o cumprimentodas metas é assegurada por procedimentos deauditoria previstos na norma que rege o sistema.

No âmbito das pessoas o Plano Anual de Trabalho éfeito pelo do Sistema de Planejamento,Acompanhamento e Avaliação do Trabalho Individual –SAAD/RH, operado anualmente, segundo normasestabelecidas pela Diretoria-Executiva. Para aformulação dos planos individuais de trabalho, asUnidades consideram as metas que devem cumprir noexercício, distribuindo-as entre o seu quadro depessoal. As informações são atualizadas medianteacompanhamento periódico e a avaliação final após otérmino de cada exercício. A confiabilidade do sistemaé dada por auditorias feitas segundo as normaspreviamente estabelecidas. Centralizadamente, oSAAD/RH permite uma análise agregada das atividadesindividuais da Empresa.

As informações técnico-científicas, originadas depesquisas experimentais, observações ou outrasformas de apreensão do conhecimento, são

35Relatório de Gestão 2003

organizadas sob a forma de redação consoante ascaracterísticas mais adequadas de atendimento aopúblico-alvo. Obedecendo as característicasconceituais da Embrapa sobre linhas de produtoseditoriais, definidas em manual próprio de editoração,os textos são submetidos ao Comitê de Publicações daUnidade que procede a avaliação técnica do conteúdoe a validação das informações, propondo ao editortécnico, no caso de obra coletiva, ou ao autor, assugestões que julgar pertinente à melhoria da obra e asua adequação à linha de produto editorial da Embrapa,e consulta ao Comitê de Propriedade Intelectual sobreeventual restrição na divulgação da obra. Apósaprovação, é autorizada a publicação das informaçõese seu registro no Cadastro Geral de Publicações daEmbrapa - CGPE.

c) Disseminação e diponibilização das informações

As práticas adequadas e exemplares são amplamentedisseminadas e utilizadas de maneira contínua eininterrupta na Embrapa.

As informações disponibilizadas têm sua confiabilidadeassegurada uma vez que são originadas de pesquisasexperimentais, observações e outras formas deapreensão do conhecimento; são submetidas a umconjunto de especialistas, atualizadas e melhoradas acada evolução tecnológica; e são informações inéditasque atendem ao princípio da inovação em cadaconteúdo. A qualidade é padronizada pelacentralização em órgão especializado no tratamento dainformação.

Nessa relação com seus públicos, a Embrapa produz edisponibiliza informação técnico-científica utilizandopara sua divulgação meios que incluem: televisão,mídia impressa, mídia eletrônica e mídia digital.

A Embrapa mantém uma Unidade Descentralizada deserviço, responsável pela organização e publicação deinformações: a Embrapa Informação Tecnológica.

As informações são classificadas nas linhas editoriais:

• Técnico-científica;

• Transferência de Tecnologia;

• Ensino e Aprendizagem.

A produção de informação técnico-científica daEmbrapa é obtida e organizada a partir de resultadosde pesquisas capazes de viabilizar soluções para asociedade e para o agronegócio brasileiro,

identificando necessidades de informação dosambientes de pesquisa e desenvolvimento, deformação escolar em todos os seus níveis, de produçãoagropecuária, agroindustrial e florestal. Assim, essasinformações são da clientela e tratadas com oemprego de recursos de engenharia de informação, demodo que elas possam ser acessadas, entendidas eassimiladas pelo público a que se destinam.

A Embrapa vem disponibilizando continuamenteinformações técnicas e científicas em paginaseletrônicas.

No âmbito interno, as principais informaçõesadministrativas da Embrapa encontram-sedisponibilizadas em sistemas automatizados, podendoser selecionadas e utilizadas para atender asnecessidades das chefias das UnidadesDescentralizadas e Unidades Centrais. Sua utilização éparticularmente importante para a confecção dosdiferentes relatórios gerenciais da Empresa.

A Embrapa implantou e utiliza, desde 1998, uma redede comunicação corporativa via satélite, aEmbrapaSat, que permite que a comunicação internaseja feita pela rede de computadores, viavideoconferência ou telefonia, a um custo fixo mensal.Essa rede foi estruturada com topologia em estrela,com centro na sede da Empresa em Brasília.

d) Verificação dos padrões de trabalho

As informações da Empresa são integradas eestruturadas num conjunto de critérios e indicadoresde desempenho que compõe o IDI – Índice deDesempenho Institucional, do Sistema de Avaliação deUnidades, um dos componentes do SAPRE – Sistemade Avaliação e Premiação por Resultados da Embrapa.

O SAPRE é um dos principais projetos estratégicos daDiretoria. O seu modelo básico vem sendo mantido emfunção da experiência dos anos anteriores e emdecorrência de sugestões apresentadas pelasUnidades. E nesse processo, novos ajustes estão sendointroduzidos para que a Empresa cumpra sua missão eobjetivos. A distribuição dos prêmios do SAPRE entreequipes e empregados é feita através do Sistema dePremiação - SISPEM, software desenvolvido pelo DTI,em conjunto com a SGE e o DGP.

e) Avaliações e melhorias do sistema de informação

A avaliação e melhoria das práticas relativas à gestãodas informações da Embrapa é coordenada peloDepartamento de Tecnologia de Informação - DTI, que

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realiza levantamentos, recebe e analisa continuamentesolicitações de Unidades Centrais e UnidadesDescentralizadas, adequando as demandas aomovimento do mercado, da indústria tecnológica e napesquisa em informática. São exemplos de avaliações:projetos alternativos de rede corporativa decomunicação com base em “links” terrestres, paranortear análise de custo/benefício do sistema atual, viasatélite; estudo comparativo de ferramentas “OpenSource” para substituir soluções proprietárias comopor exemplo o Postgresql e o TomCat; instalação eteste de ferramenta Desktop “Open Source” pararegistro e acompanhamento de demandas de serviçosdo departamento; e participação na Semana deSoftware Livre do Legislativo.

São exemplos de melhoria introduzidas: a migração desistemas de informação de tecnologia proprietária parasoftware livre (linguagem Java), assim como porexemplo: SIPJ (Sistema de Pessoa Jurídica),SIPF(Sistema de Pessoa Física), SIEVE (Sistema deEventos) e SAIC (Sistema de Contratos); acontratação de aumento da capacidade de troca dedados com a Internet de 2Mbps para 4 Mbps; acontratação de aumento da capacidade de troca entrea Sede e 18 UDs de 64 Kbps para 128 Kbps e asubstituição de impressoras deskjet por númeroreduzido de impressoras a laser, minimizando em tornode 50% do custo de impressão.

Gestão das InformaçõesComparativas

a) Definição das informações comparativas

As informações relativas à Embrapa e a cada um dosseus centros de pesquisa foram incorporadas ao bancode informações coordenado pela ABIPTI, permitindoassim uma comparação das informações da Embrapacom outros institutos de pesquisa tecnológica.

b) Forma de seleção e usodas informações comparativas

O Sistema de Avaliação das Unidades – SAU e oSistema de Premiação Nacional de Equipes de Projetos(ambos inclusos no SAPRE) e o SAAD-RH constituemsistemas de indicadores correlacionados que permitema avaliação de desempenho dos centros de pesquisa,dos colaboradores e de equipes de projeto,estabelecendo as bases para o sistema de premiaçãoem todos esses níveis, ao mesmo tempo que gerainformações comparativas entre os Centros daEmbrapa. A Empresa tem procurado informaçõessimilares em outras organizações e está envidando

esforços para estabelecer, entre os segmentos dasinstituições de pesquisa, estudos de benchmarking.

c) Utilização das informações comparativas

Preocupada com a produtividade do seu quadrotécnico, que é universalmente avaliado como fazem asinstituições de pesquisa, principalmente pelapublicação de artigos em periódicos referenciados, aEmbrapa dispõe de uma série histórica relativa a essesindicadores, desde que a equipe de cada Unidade dePesquisa foi estruturada.

A partir de 1996, com a implantação do SAU, esteprocesso vem proporcionando informaçõescomparativas entre as diversas Unidades Centrais eDescentralizadas da Embrapa. Essas informações, queincluem, também, o índice de percepção de imagem,são usadas pelo SAPRE.

Entre os indicadores institucionais selecionados paraavaliar as atividades das Unidades entre si e com outrasinstituições de pesquisa, destacam-se os artigospublicados em revistas referenciadas, as publicaçõestécnicas, as participações em congressos comapresentação de trabalhos e a captação de recursos.Além disso, as informações comparativas, relativas aosistema de avaliação e premiação nacional de projetos,nas categorias criatividade, qualidade técnica, captaçãode recursos e melhorias de processos, são tambémusadas pela Embrapa em seu processo de gestão.

No âmbito individual, as informações comparativas sãofornecidas pelo SAAD-RH e os seus valores, usados nosistema de premiação individual e no sistema depromoção por mérito dos empregados. Ospesquisadores concorrem também à premiação porequipes, por meio de avaliação de subprojetos feitapelos membros do CTI, utilizando informações deprodutividade, captação de recursos, criatividade equalidade técnica.

d) Verificação dos padrões detrabalho das práticas de gestão

Por intermédio de serviços de avaliação do grau desatisfação ou de auditoria da imagem, a Embrapacoleta informações relativas à aceitabilidade dosprodutos, serviços e processos pelos seus clientes,usuários e parceiros das suas Unidades Centrais eDescentralizadas.

Todas as informações obtidas são utilizadas paraaumentar o conhecimento sobre os processosorganizacionais e promover melhorias no desempenhoinstitucional, por meio de negociação de metas

37Relatório de Gestão 2003

diretamente com a Diretoria-Executiva. Essas práticassão avaliadas pelos trabalhos de melhoria deprocessos, pelos sistemas de avaliação institucional epela avaliação de empregados.

e) Avaliação e melhoria daspráticas e padrões de trabalho

Cumpre ressaltar que a Embrapa é consideradareferência na área de P&D agropecuária em todo oHemisfério Sul, transferindo conhecimento para muitospaíses da América Latina e África, e recebendo grandenúmero de visitantes destes continentes. A Fig. 4ilustra os principais países interessados em mantercooperação com a Embrapa.

Análise Crítica doDesempenho Global

a) Definição do sistema de indicadores-critériose como é elaborada a proposta orçamentária

Buscando ajustar-se ao padrão de fragmentação dosProgramas do PPA, a Embrapa definiu um conjunto deindicadores próprios, utilizados no seu Sistema deAvaliação das Unidades – SAU, parte integrante do

Sistema de Avaliação e Premiação por Resultados daEmbrapa - SAPRE, no acompanhamento dodesempenho do Modelo de Gestão Estratégica – MGEe na execução dos Planos Anuais de Trabalho – PATs.

O sistema que mensura os resultados da Embrapa éconstituído dos seguintes indicadores: eficiênciarelativa, satisfação do cliente, impacto socioeconômicoe ambiental, metas técnicas, organização dainformação para base de dados, qualidade do relatóriode gestão, cumprimento de prazos, racionalização decustos, não-conformidade de auditoria, melhoria deprocessos, ações de parceria, receita própria ecrescimento de produtividade.

b) Classificação, correlação e integração dosindicadores para apoiar a análise crítica dodesempenho global

Esses indicadores são tratados segundo pesosatribuídos por grau de importância e demandas,gerando o Índice de Desempenho Institucional - IDI dasUnidades que integram a Empresa. O IDI concorre paraacompanhamento e gestão do desempenho daEmbrapa em termos gerais e nos Programas do PPA.

Fig. 4. Demandas externas de cooperação com a Embrapa.

Fonte: SPD/CCI 2003.

38 Relatório de Gestão 2003

A gestão do desempenho no âmbito da Empresapropicia o reconhecimento dos melhores resultadosobtidos por meio do Sistema de Premiação da Embrapa- SISPEM, parte integrante do SAPRE. Essereconhecimento se faz de modo institucional, porequipes e individual, tanto na atividade de P&D quantono âmbito de apoio à pesquisa.

Com vistas à redução de custos e à melhoria daqualidade dos serviços da Instituição, da produtividade,bem como do planejamento de recursos disponíveis, agerência da Empresa se apóia em indicadores dedesempenho institucional. Entre esses, figura o Índicede Eficiência Relativa (IEF) de cada Unidade, queverifica a relação existente entre a produção e osinsumos utilizados pela Embrapa. Na apuração domesmo, são considerados as produções técnico–científicas; as publicações técnicas; o desenvolvimentode tecnologias, produtos e processos; e, finalmente, asações de transferência de tecnologias e promoção daimagem.

Na avaliação das Unidades Descentralizadas, utilizou-setambém o componente produtividade, que representa oincremento de eficiência (produção/custo) de cadaUnidade, em relação ao ano anterior.

A grande inovação no processo de avaliação, a partirde 2001, foi a utilização do componente relativo aoimpacto das pesquisas desenvolvidas pelas UnidadesDescentralizadas. Esse componente foi iniciado depoisde um intenso processo de desenvolvimentometodológico e de treinamento concluído em 2001. Apartir desse ano, os Centros já elaboraram relatóriosde avaliação de impacto econômico, social e ambientalde suas principais tecnologias. O processo prossegue

de forma experimental até 2003, quando os PlanosDiretores desses Centros estarão cumpridos e aprópria metodologia de avaliação de impacto poderáser ajustada e consolidada.

c) Avaliação e melhoria das práticas e padrõesreferentes ao desempenho

Avaliação dos processos relativos à análise crítica dodesempenho global é realizada pela SGE, inclusive porser responsável pelo processo de elaboração dosrelatórios gerenciais internos para o Governo, bemcomo da avaliação de desempenho das UnidadesDescentralizadas, cujos dados são coletadosanualmente. Além disso, a SGE acompanhasemestralmente as informações enviadas pelasUnidades Descentralizadas. Essas informações estãodisponíveis, via Intranet, a todos os empregados.Grupos de trabalho revisam anualmente as normassobre o SAPRE.

A disponibilidade de conhecimento e tecnologias quetenham real interesse para a sociedade é o principalindicador para aferir os resultados obtidos pelaEmbrapa. Os indicadores operacionais relativos àsinformações disponibilizadas ao público e aos clientessão:

1. Quantidade de produtos de informação científica etecnológica disponibilizados para a sociedade.

2. Quantidade de produtos de informação científica etecnológica comercializados.

3. Premiações concedidas a produtos de informaçãocientífica e tecnológica.

Pessoas

A política de gestão de pessoas na Embrapa sempreesteve explícita nas ações do Departamento deAdministração de Pessoal (DAP) e do Departamento deOrganização e Desenvolvimento (DOD) e emdocumentos que expressam, de forma clara, os valoresque orientam a gestão dos colaboradores na Empresa.

Em 2003 o Departamento de Gestão de Pessoas –DGP, resultante da fusão do DAP e do DOD,observando os valores oriundos das universidades e deoutras instituições da comunidade científica que porlongo tempo apoiaram a gestão dos recursos humanosda Empresa, tem revisto as necessidades de umaempresa de P&D, na contemporaneidade. Asmudanças que ocorrem no cenário mundial e nacionaldo campo político, econômico, social e especialmenteno mercado de trabalho e nas relações trabalhistas,exigem das organizações uma profunda revisão deparadigmas que inevitavelmente repercuta naspolíticas de gestão de seus colaboradores.

Sistemas de Trabalho

a) Estrutura de cargos e funçõese organização dos colaboradores

A estrutura dos cargos e funções na Embrapa estádefinida no seu Plano de Cargos e Salários – PCS.Nesse documento são estabelecidos, entre outros,parâmetros relativos à seleção, capacitação eavaliação, progresso funcional, remuneração ebenefícios concedidos às pessoas na Empresa.

O Plano de Cargos e Salários em vigor foi aprovado em1998. Durante o ano de 2003, esse documentocontinuou na pauta de atualização e revisão de algunsdos seus conceitos. A revisão tem por finalidadeajustes a novos dispositivos normativos, servir de apoioàs políticas estratégicas da Empresa e aodesenvolvimento de competências e contribuições doscolaboradores. Esse processo é conduzido por um

grupo de trabalho que, inicialmente, conta com aparticipação de representantes da administraçãosuperior, dos colaboradores e do sindicato. Odocumento preliminar encontra-se disponibilizado naIntranet para apreciação de todos os colaboradoresnas diversas Unidades Centrais e Descentralizadas daEmpresa. Com base nas críticas e sugestões, o grupoelaborará a versão final que será submetida àaprovação da Diretoria-Executiva e do Conselho deAdministração. Em seguida, será submetida aoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentoque a submeterá ao Departamento de Coordenação eControle das Empresas Estatais (DEST). Somente apósa aprovação por aquele Departamento é que o PCSentrará em vigor, o que deverá ocorrer em 2004.

b) Seleção de colaboradores para cargos e funções

A admissão em cargos de provimento efetivo doquadro de pessoal ocorre mediante aprovação emconcurso público, com contrato estabelecido nostermos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Aestrutura de cargos de provimento efetivo, em vigor,se compõe de duas carreiras às quais se vinculamquatro cargos cuja formação e requisito deescolaridade variam do grau superior com exigênciasde mestrado e doutorado até o 1º grau incompleto. Aadmissão em cargos gerenciais, de assessoramento ede supervisão ocorre mediante designação, por livreescolha, do Diretor-Presidente. Esses cargosclassificam–se em três níveis: cargos em comissão,funções de confiança e funções de supervisão.

Para os cargos em comissão, é adotado contrato detrabalho de ocupação temporária. Nesta situação, aEmpresa, desde 1996, estabeleceu um Sistema deSucessão Gerencial que formaliza o processo públicode recrutamento e avaliação de candidatos ao cargode Chefe-Geral de Unidade Descentralizada, cujacoordenação do processo é feita pelo Comitê TécnicoInterno – CTI, em cada Unidade.

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A primeira etapa do processo consiste na avaliação detítulos e é conduzida por um Comitê de Avaliação(CAT), responsável por essa atividade para todas asUnidade Descentralizadas.

A segunda etapa é a avaliação da proposta de trabalhoe de um memorial do candidato, enfatizando asprincipais atividades desenvolvidas e aspectosqualitativos de sua vida profissional. A coordenaçãodessa etapa é realizada por um Comitê de Avaliaçãoconstituído por colaboradores da Unidade, sendo partedestes, eleitos por colegas e parte indicada pelo CTI. Ocomitê conta ainda com profissionais externos àEmpresa, com reconhecida competência técnica eadministrativa.

A terceira etapa consiste em entrevista, avaliaçãopsicológica e avaliação gerencial dos candidatos.

Atualmente, todas Unidades Descentralizadas possuemchefias recrutadas mediante esse procedimento. Em2003, doze chefias foram substituídas, sendo, todos osnovos chefes, empregados da Embrapa.

As funções de confiança incluem cargos como Chefede Departamento, Chefe e Gerente Adjunto,Coordenador Administrativo e Secretário Executivo dePrograma. Esse tipo de função é ocupadaexclusivamente por pessoal efetivo da Embrapa,mediante indicação do Chefe ou do Gerente-Geral daUnidade e designação do Diretor-Presidente.

A organização do trabalho nas Unidades é realizada poráreas, setores, temas, objetivos, projetos e processos.Os responsáveis pelas equipes de trabalho, nessasformas de organização, podem exercer, a critério dachefia da Unidade, funções de supervisão que sãoocupadas apenas por pessoal efetivo da Empresa.

Além dessa organização formal estabelecida no PCS, aEmbrapa, para auxiliar na gestão da Empresa como umtodo e das Unidades em particular, conta com comitêse grupos de trabalho, entre os quais destacam-se:

• Comitê Consultivo do SAAD-RH, responsável pelaproposição e melhorias ao sistema. Esse comitê éconstituído por pessoas das Unidades Descentralizadase designadas pelo Diretor-Presidente.

• Comitê Local do SAAD-RH, criado em cada UnidadeDescentralizada. É constituído, preferencialmente, porsupervisores indicados pela Chefia Geral da Unidade. Ocomitê consultivo, o comitê local e outros mecanismos,fazem parte do ciclo de monitoramento do SAAD-RH,na Embrapa.

• Comitê Técnico Interno – CTI, criado em cada umadas Unidades Descentralizadas, e o Comitê Técnico daSede – CTS, constituído para atender a todas asUnidades Centrais, são compostos por colaboradoreseleitos pelos colegas e indicados pelas chefias, sendoresponsáveis pela análise, crítica e avaliação dosanteprojetos, projetos e subprojetos da Unidade e daSede.

• Comitê Gestor das Estratégias – CGE, formado peloDiretor-Presidente, pelos Diretores- Executivos,Secretário Executivo do CGP, Gerente do Modelo deGestão Estratégica Corporativo, Chefe da SGE e porrepresentantes de Unidades Centrais eDescentralizadas.

• Comitê Gestor da Programação – CGP, é compostopor 13 membros, designados pelo Diretor-Presidente:sendo 5 natos e 8 convidados, todos com direito avoto.

São membros natos do CGP:

a) três membros da Diretoria Executiva;

b) o Chefe da Superintendência de Pesquisa eDesenvolvimento – SPD;

c) o Chefe da Secretaria de Gestão e Estratégia –SGE.

• Comissões Técnicas de Macroprogramas – CTMP,constituídas por empregados da Embrapa (UnidadeCentral, Unidade Descentralizada e profissionaisexternos de acordo com as características da CTMP).

Outra modalidade de gestão são os grupos de trabalhossão constituídos anualmente em cada Unidade paracoordenarem, em nível local, processos, como o depromoção e progressão salarial dos colaboradores e/oude seleção das equipes a serem nacionalmentepremiadas pelas melhores contribuições em análise emelhoria de processos e melhores projetos em termosde criatividade, qualidade técnica, parceria e captaçãode recursos.

c) Avaliação, remuneração e reconhecimentoao trabalho dos colaboradores

A necessidade de se avaliar e recompensar acontribuição dos empregados que mais se destacam naEmpresa impulsionou o desenvolvimento do Sistema dePlanejamento, Acompanhamento e Avaliação deResultados do Trabalho Individual – SAAD-RH. AEmbrapa conta hoje com um sistema de avaliação e

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dois processos que visam o desenvolvimento nacarreira e uma bonificação pecuniária em razão dosresultados obtidos (promoção e premiação,respectivamente).

O SAAD-RH é um instrumento gerencial utilizado peloempregado e supervisor para definição daprogramação de trabalho individual a partir das metase objetivos organizacionais constantes do PDE, PDU ePAT. Na qualidade de processo de avaliação, incluifases de planejamento, acompanhamento e avaliação.

Como instrumento gerencial é também a principalfonte de dados para os processos de promoção epremiação. Dessa forma, faz-se necessário arealização de auditorias freqüentes nos dados dosistema para a garantia da efetividade dos mesmos,bem como identificar as necessidades de melhorias nosistema informatizado e do gerenciamento do processode avaliação.

No ano de 2003, a equipe gestora do SAAD-RHrealizou auditoria nos dados de todas as UnidadesCentrais e Descentralizadas à época da migração dosdados que ocorreu após a fase de avaliação do ano de2002.

Os dados apontaram para problemas de descrição dasatividades (muitas vezes confundidas com tarefas);inadequada distribuição dos empregados poragrupamento, por não utilizar os critérios desimilaridade e complexidade das atividades; avaliaçõesincompletas e ainda fraco gerenciamento do processo.Encontrou-se, ainda, a dificuldade de operacionalizaçãodo sistema informatizado que precisa passar poralterações que permitam melhor utilização desseinstrumento.

Outra atividade realizada no ano de 2003 diz respeitoà criação de Grupo de Trabalho para avaliar ossistemas gerenciais da Empresa, coordenado pelaSecretaria de Gestão e Estratégia – SGE.

Os resultados gerados pela coleta de dadosdesenvolvida por esse grupo reforçaram a existênciade alguns dos problemas já citados, indicando tambéma necessidade premente de capacitação dos gerentes,além de mudanças de alguns pressupostos básicos doatual processo de avaliação.

Com essas informações, a Equipe do SAAD-RH listoualgumas ações a serem desenvolvidas, em 2004, taiscomo: centralização da base de dados informatizada,capacitação dos gerentes e criação de um grupo detrabalho para repensar a base conceitual do sistemavigente.

Com relação ao processo de promoção e progressãosalarial, cabe ressaltar que o mesmo é realizado sobdiferentes classificações:

Para a promoção, tem-se a seguinte configuração:

Por mérito – baseada no escore recebido no SAAD-RH(EAF) e também na Avaliação de AspectosComportamentais – AAC e por término de curso depós-graduação stricto sensu.

Para a progressão salarial, são identificadas asseguintes modalidades:

Por mérito – baseada no escore recebido no SAAD-RH(EAF) e também na Avaliação de AspectosComportamentais – AAC e por antigüidade – baseadaem critérios determinados em norma própria.

Durante o ano de 2003, foi designada uma equiperesponsável para reformular o documentonormatizador da reavaliação salarial. Foi elaboradauma proposta que visou, entre outros objetivos,eliminar o aspecto subjetivo da avaliação salarial dosempregados prevista no item 23, seção V, do Plano deCargos e Salários em vigor. Essa proposta foi enviada atodas as Unidades da Empresa para críticas esugestões.

Quanto à progressão e promoção por mérito, foidesenvolvido em parceria com o Departamento deTecnologia da Informação - DTI um sistemainformatizado que visa aperfeiçoar e agilizar arealização do processo, denominado Sistema deRecompensa – SISREC, com previsão paraimplementação em 2004.

A base de dados do SISREC será alimentada pelo SIRHe pelo SAAD-RH. O ambiente é interativo e funcionaráem tempo real, via WEB. A concepção do sistema vaipermitir maior transparência ao processo, efetividadedas informações e agilidade na realização dostrabalhos.

Quanto às modalidades de premiação estas seclassificam em:

Premiação por Excelência

Na premiação por excelência, são reconhecidos oscolaboradores que apresentaram contribuiçãorelevante no processo de trabalho de P&D gerencial oude suporte à pesquisa, que resulte na melhoria dodesempenho da Empresa.

42 Relatório de Gestão 2003

São três categorias de prêmio nessa modalidade:a) Destaque Excelência no Atendimento ao Cliente;b) Destaque de Unidades; c) Destaques Individuais daEmbrapa (pesquisadores). Nessa modalidade depremiação, não há bônus em pecúnia. Os premiadosrecebem um objeto-prêmio.

Na categoria Destaque Individual da Embrapa,específica para pesquisadores, foi feita uma publicaçãona qual constam os premiados no período de 1996 a1999. Nesse documento consta toda a vidaprofissional do pesquisador premiado-agraciado noperíodo mencionado.

Premiação Nacional de Equipes

A premiação nacional de equipes 2003, ano base2002, apresentou as cinco categorias de prêmios:Criatividade; Qualidade Técnica; Parceria; Captação deRecursos; e Análise e Melhoria de Processos

Cada participante das equipes premiadas nessascategorias recebeu um diploma e bônus financeiro deacordo com o percentual de participação na equipepremiada.

d) Verificação dos padrões epráticas relativas ao sistema de trabalho

Grupos de trabalhos multifuncionais analisamperiodicamente os processos e, considerando a opiniãodos usuários, propõem ações de melhoria. Nos últimosdois anos foram revisados e aperfeiçoados os seguintesprocessos relativos aos sistemas de trabalho:

Organização e funcionamento do CTI e do CTS

Promoção e progressão salarialpor mérito e por antigüidade

Sistema de Planejamento, Acompanhamento eAvaliação de Resultados do Trabalho Individual –SAAD-RH

Plano de Cargos e Salários

Sistema de Sucessão Gerencial, visando orecrutamento e avaliação de candidatos ao cargo deChefe Geral de Centros da Embrapa

Sistema de Avaliação e Premiação por Resultados daEmbrapa (SAPRE)

e) Avaliação e melhoria dosprocessos relativos ao sistema de trabalho

A avaliação dos processos relativos ao sistema detrabalho se desenvolve continuamente em nível dedireção e de comportamento. Em reuniões e discussõesentre diretores, chefias e técnicos, por exemplo,concluiu-se que havia necessidade de “desengessar” aEmpresa, o que resultou na implementação de umasérie de ações de melhorias, entre os quais sedestacam:

• Implementação da estrutura organizacionalsemiflexível, em substituição à hierarquizada e comoetapa de transição para a gestão por processos. Issofacilitará a formação de equipes e a expansão dosnúcleos de gestão tecnológicas (NGTs)

• Introdução dos sistemas de avaliação – Sistema deAvaliação e Premiação por Resultados – SAPRE, e,em particular, do Sistema de Avaliação das Unidades(SAU)

• Sistematização do estágio probatório, inclusive aintrodução de programa de imersão com a duração deduas semanas e meia, que inclui a avaliação do recém-admitido

• Aumento do rigor do concurso para pesquisadores

• Introdução do bônus por resultados, ou seja, dapremiação por resultados via SAPRE.

Educação, Capacitaçãoe Desenvolvimento

a) avaliação e melhoria das práticas decapacitação e desenvolvimento

A implantação do conceito de Educação Corporativa ea estruturação desse processo, na Empresa, foi ogrande foco de atuação na área de desenvolvimentoem 2003, indo ao encontro do compromisso decapacitação inovadora e contínua da Embrapa emrelação aos seus empregados.

A Educação corporativa na Embrapa é entendida comoum “processo de construção e reconstruçãopermanente e contínua do conhecimento, que atendeàs competências ligadas à área de atuação doempregado, buscando soluções corporativas dedesenvolvimento dos talentos humanos, vinculadas aosobjetivos estratégicos da Empresa”.

A Educação Corporativa abrange as ações deformação, incluindo o nível fundamental e médio,

43Relatório de Gestão 2003

graduação e pós-graduação Stricto Sensu e as açõesde aperfeiçoamento que englobam cursos, congressos,visitas técnicas e outras ações de capacitaçãocontinuada, que podem ser realizadas tanto no Paísquanto no exterior, presencial ou a distância, conformeé apresentado na Fig. 5.

Visando à implantação desse processo, oDepartamento de Gestão de Pessoas realizou, em2003, a atualização e revisão normativa referente aosprogramas de Pós-Graduação Stricto Sensu e licençasabática. Também foi proposta a normatização dosprocessos de formação em nível fundamental e médio,de aperfeiçoamento Lato Sensu e de capacitaçãocontinuada no país e no exterior.

Todo esse processo de revisão e análise culminou naelaboração do Manual de Educação Corporativa daEmbrapa, enviado para aprovação da Diretoria emdezembro/2003. Essa reestruturação teve como basetrês objetivos principais: 1) a atualização das Normas eInstruções Normativas, incluindo critérios dedesenvolvimento, aperfeiçoamento e formação; 2) arevisão de procedimentos antigos, alinhando-os com asituação atual e às novas estratégias da Embrapa e,finalmente, 3) a inclusão de demandas comuns àsUnidades Centrais e Descentralizadas referentes aosprocedimentos das atividades de Educação Corporativada Empresa.

Concomitante a essa ação, o programa deAperfeiçoamento – Capacitação continuada noexterior treinou 237 empregados, por meio departicipação em 352 eventos entre os quais destacam-se visitas técnicas, seminários internacionais eestabelecimento de parcerias com instituições depesquisas, Universidades, empresas públicas e privadasde diversos países. Foram investidos nesta modalidadede capacitação U$ 252.623,85.

Considerando o programa de Aperfeiçoamento –capacitação continuada no País, a Embrapa teve cercade 4.594 participações de empregados em eventosdiversos, entre pesquisadores e técnicos, investindo,aproximadamente, dois milhões de reais para esse fim.

No início de 2003, por meio da Educação a Distância(EAD), utilizando exclusivamente a Web, 109empregados da Embrapa concluíram o Curso “O papeldo Gerente na Gestão de Pessoas”. As avaliaçõesrealizadas permitiram inferir que o curso, em geral,teve boa aceitação junto ao público-alvo. Os resultadosindicaram que o processo de implantação da EAD vemencontrando terreno fértil no âmbito da Embrapa,sinalizando boas oportunidades para a consolidaçãodesse novo instrumento da Educação Corporativa. Issorepresenta um grande passo no sentido de legitimar ecomeçar a desenvolver na Empresa uma cultura de

Fig. 5. Quadro de Desenvolvimento da Educação Corporativa na Embrapa.

Fonte: DGP 2004.

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aprendizagem contínua e intercâmbio de conhecimentoque tem, na Educação a Distância, um de seus maisimportantes vetores. Também foi realizada a análise dediferentes softwares gratuitos destinados àdisponibilização e ao acompanhamento das ações deeducação a distância.

No ano de 2003, cinquenta e sete empregados foramliberados para realização de cursos de formação de pósgraduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado)noPaís e 11 empregados foram liberados para o exterior.Um total de 292 empregados estavam realizando seuscursos em 2003, com investimento anual de R$2.345.000,00.

Ainda em 2003, foi elaborado o plano de elevação deescolaridade para os níveis de formação fundamental emédio, com a finalidade de promover açõescoordenadas em todas as suas Unidades. Com esseplano, em um período de quatro anos, a Embrapapretende reduzir a zero o percentual atual de mais de18% dos empregados, do seu quadro de pessoal, semnível mínimo de escolaridade preconizado pelaConstituição. Além de promover a melhoria daqualidade de vida dos empregados que se encontramem situação de baixa escolaridade, as ações previstasproduzirão, a médio e longo prazo, um significativoaprimoramento dos serviços prestados pela Embrapaaos seus clientes internos e à comunidade em geral.

b) Proteção e materialização do pensamento inovador

A gestão do conhecimento passível de proteçãorepresenta um grande diferencial em termos decompetitividade para qualquer área de inovaçãotecnológica, não podendo ser diferente naquelasrelacionadas ao agronegócio.

Dentro de um sistema competitivo, o conhecimentodas regras que regem a propriedade intelectual éfundamental para propiciar a correta proteção dosdireitos dela advindos, assim como evitar a inadvertidaviolação dos mesmos. A experiência mundial temmostrado que a segurança e a proteção propiciadaspela propriedade intelectual tem contribuídoconsideravelmente para o progresso tecnológico.

As negociações da Rodada Uruguai, que culminaramcom a criação da Organização Mundial de Comércio –OMC, forçaram uma ampla redefinição no marco legalde Propriedade Intelectual do País durante a década de90, de forma a adequar a legislação brasileira àsexigências do Acordo sobre Aspectos dos Direitos dePropriedade Intelectual relacionados ao Comércio,incorporado ao direito pátrio pelo Decreto n.º 1.355,de 30 de dezembro de 1994.

Após esta data, o Brasil revisou e promulgou as suasleis de Propriedade Intelectual: Lei n.º 9.279, de 14 demarço de 1996 (Código de Propriedade Industrial), Lein.º 9.456, de 14 de abril de 1997 (Proteção deCultivares), Lei n.º 9.609, de 19 de fevereiro de 1998(Proteção de Programa de Computador), Lei n.º 9.610,de 19 de fevereiro de 1998 (Direitos Autorais econexos), Lei n.º 10.603, de 17 de dezembro de 2002(Proteção de Informação Não Divulgada), no intuito deadequá-las às novas exigências internacionais.

Desde sua criação, a Embrapa vem se preocupandocom o fortalecimento de seu capital intelectual.Entretanto, a partir de 1996, com a edição de novasregras relativas à proteção à Propriedade Intelectualno País, observou-se na empresa a necessidade de umagestão criteriosa deste capital intelectual, de acordocom as novas prerrogativas legais existentes. Estapreocupação visava otimizar a “função estímulo”embutida nos direitos relativos à PropriedadeIntelectual e neutralizar possíveis ameaças à missãosocial da Embrapa, como empresa pública.

Em resposta a tal necessidade, a Embrapa formulou,neste mesmo ano, a sua política institucional de gestãoda propriedade intelectual, definindo orientações geraispara a gestão das várias formas de propriedadeintelectual na Empresa e estabelecendo mecanismosoperacionais para a aplicação da legislação nacionaldesse tema.

Por entender a necessidade da Embrapa preparar-separa atender às exigências e usufruir das prerrogativaslegais pertinentes à legislação de propriedadeintelectual, a Diretoria-Executiva, pela Deliberação n.º22/96, de 2 de julho de 1996, aprovou a PolíticaInstitucional de Gestão de Propriedade Intelectual naEmbrapa.

A formulação dessa Política Institucional teve emconta que a gestão da Propriedade Intelectual, emempresas de pesquisa como a Embrapa, não pode estardissociada da preocupação constante de buscar umarelação de equilíbrio entre a missão social da empresa,como instituição pública, e a adesão a uma lógica deapropriação privada dos frutos da pesquisa, na formade resultados financeiros e altos padrões decompetitividade no mercado de tecnologias. A soluçãosatisfatória desse dilema passa forçosamente porconsiderações sobre o que deve ser protegido, de queforma e com que objetivos.

Reconhecendo a crescente importância da PropriedadeIntelectual no desenvolvimento de novas tecnologias, oConselho de Administração da Embrapa, por

45Relatório de Gestão 2003

intermédio da Resolução do Conselho n.º 06, de 14 desetembro de 1998, criou a Secretaria de PropriedadeIntelectual – SPRI para coordenar, acompanhar,avaliar e participar da implementação da PolíticaInstitucional de Gestão de Propriedade Intelectual naEmbrapa.

Posteriormente, a Diretoria-Executiva determinou, porintermedio da Deliberação no 6 de 05/05/2003, atransferência das atribuições e das equipe técnica daSecretaria de Propriedade Intelectual – SPRI para aEmbrapa Transferência de Tecnologia, principalmentepor entender que a Propriedade Intelectual estáfortemente vinculada à Transferência de Tecnologia,sendo ferramenta de fundamental importância para aefetivação desta.

c) Avaliação e melhoria das práticasde capacitação e desenvolvimento

Quanto à melhoria de processos na área decapacitação e desenvolvimento de pessoal, cabedestacar a automação do processo da pós-graduação.Nesse processo a metodologia de trabalho passa porum momento de transição, no qual ações identificadascomo rotineiras e repetitivas estarão migrando paraum sistema automatizado. Esse sistema se encontraem fase de testes, devendo muito em breve servalidado e adotado institucionalmente. Entre as muitasvantagens, sobressaem a diminuição do tempo detramitação de documentos, reduzindo prazos de 15dias para 10 minutos, como também a circulação deimpressos em aproximadamente 70%.

Qualidade de Vida

a) Promoção de ambiente de trabalho seguro e agradável

Ações relativas ao projeto de qualidade de vida é outrafrente fundamental com diagnóstico do estado atual daqualidade de vida dos colaboradores da Embrapa econseqüente implementação de ações que visamminimizar ou sanar os problemas identificados.

Constou da programação de trabalho a realização de novapesquisa de clima organizacional para 2003, o que nãofoi possível em função da redução de recursosfinanceiros, além de mudanças no corpo gerencial daEmpresa. A metodologia de pesquisa que é usada envolvea participação de todas as Unidades Centrais eDescentralizadas, considerando os diferentes perfis deprofissionais na Empresa.

O principal fator observado na última pesquisa, realizadaem 2000, foi o elevado nível de comprometimento doscolaboradores com a Embrapa, demonstrando umsentimento de orgulho em pertencer à Organização.

b) Forma de promoção do bem-estare satisfação dos colaboradores

A Embrapa realizou vários eventos em 2003, dos quaispodemos destacar o Projeto Respirando Ar Puro noAmbiente de Trabalho que teve como objetivoconscientizar os empregados sobre os males causadospelo tabaco. Naquela oportunidade, foi oferecidotratamento para os que desejassem parar de fumar, alémda criação de áreas próprias para fumantes (fumódromo).

Outro projeto que também foi destaque foi o“Brincalhando na Embrapa” que teve como objetivopossibilitar às crianças de cinco a quatorze anos,conhecer o trabalho de seus pais, passando um dia naEmpresa.

Para promover o bem-estar e satisfação de sua equipe detrabalho, a Embrapa disponibiliza, para os colaboradores,diversos serviços e benefícios como:

Plano de Assistência Médica – PAM: no PAM a Embrapasubsidia o atendimento médico de acordo com a tabela daAssociação Médica Brasileira e do Comitê de Integraçãode Entidades Fechadas de Assistência Médica à Saúde. Ocolaborador custeia 30% das despesas até o limite de20% de seu salário. Os exames médicos periódicos,admissionais e demissionais são custeados 100% pelaEmpresa.

Vale Alimentação ou Vale Refeição: vale alimentação ourefeição aos colaboradores e aos estagiários, deconformidade com as normas internas vigentes e com ajornada de 40 horas semanais. Os valores do valealimentação/refeição são definidos, anualmente, sendoque a participação dos colaboradores, no custeio dosmesmos, varia conforme nível salarial e porcentualajustado no Acordo Coletivo de Trabalho. Atualmente sãoconcedidos mensalmente, para cada colaborador, R$242,00 em vales, sendo que a contribuição deste variade 2,5%, 5% ou 7,5%. Os estagiários recebemmensalmente R$ 92,40.

Transporte: as Unidades da Embrapa com localizaçãoafastada do perímetro urbano, disponibilizam serviço detransporte para os colaboradores e estagiários. Oscolaboradores que não são atendidos pelas linhas deônibus disponibilizadas recebem mensalmente valetransporte, conforme determinação legal.

Serviço de engenharia de segurança do trabalho: é umserviço estruturado com o objetivo de prevenir os fatoresde riscos ambientais no local de trabalho do colaborador.Em 2003, todas as Unidades realizaram O Programa dePrevenção de Riscos Ambientais – PPRA e a SemanaInterna de Prevenção de Acidente de Trabalho – SIPAT,com palestras sobre temas atuais.

46 Relatório de Gestão 2003

A Sede e as UDs possuem suas respectivas ComissõesInternas de Prevenção de Acidentes - CIPAs. Aelaboração de mapas de riscos ambientais, conformedefinido nas NRs do MTE (PPRA) vem abrangendoprogressivamente todas as UDs, o mesmo ocorrendocom o PCMSO. A disponibilização de Equipamentos deProteção Individual - EPIs vem sendo feita utilizando-serecursos de outras rubricas, dada a inexistência deverba específica, o que evidencia a prioridade dadapela Empresa à saúde e segurança no trabalho.

Serviço de Medicina do Trabalho: que inclui Ginásticana Empresa, Recuperação de Dependentes Químicos eCampanhas de Vacinação, encontra-se integrado coma Engenharia de Segurança no qual forma o serviçoespecializado em Engenharia de Segurança e emMedicina do Trabalho – SESMT. O serviço médicorealizou o Programa de Controle de Médico de SaúdeOperacional - PCMSO em todas as Unidades daEmbrapa.

Associação recreativa: todas as Unidades da Embrapapossuem uma Associação de Empregados, sendo que27 dessas associações possuem espaço físico e quatrodispõem de sede recreativa própria, com opções delazer para os colaboradores e seus dependentes;

Auxílio–creche e excepcional: desde o acordo coletivode 1996/97 tem sido concedido o auxílio creche, em

pecúnia, aos colaboradores com dependentes em idadede amamentação (até seis meses). Em 2003, 262colaboradores tiveram direito a este benefício cujovalor é de R$ 250,00 por dependente. O auxílio-excepcional (Deliberação nº 02/96, de 23/02/1996) éconcedido aos colaboradores que possuem filhosportadores de alguma anomalia ou distúrbio mental queos incapacitem para o exercício de atividades normais.O valor desse benefício é de R$ 250,00, e foiconcedido a 79 pessoas no ano de 2003.

Plano de Seguridade Social: a Tabela 6 apresenta omontante repassado em 2003, das contribuiçõesefetuadas pelos patrocinadores e seus colaboradoresparticipantes da Fundação de Seguridade Social dosSistemas Embrapa e Embrater – CERES, bem como dequaisquer outros recursos repassados, inclusiveadiantamentos e empréstimos.

Ainda em relação a serviços e benefíciosdisponibilizados pela Embrapa para promover o bem-estar e a satisfação do colaborador no ambiente detrabalho, pode-se citar o Seguro de Vida em Grupo,para todos os colaboradores e estagiários; os postos deserviços bancários e os restaurantes em Unidadesafastadas do perímetro urbano e o Posto Médico, naSede da Empresa, durante todo o horário deexpediente.

Tabela 6. Demonstrativo das Contribuições Devidas pelos Colaboradores Participantes e pela Empresa à Fundação deSeguridade CERES.

Observações:1) Os valores apresentados neste demonstrativo, foram extraídos das FAP´s encaminhadas à Tesouraria para pagamento na época

devida.É possível que alguns desses valores não tenham sido repassados à Fundação de Seguridade CERES, na época devida, face à falta

de recursos financeiros.2) Os recolhimentos de 13° se referem aos meses de novembro e dezembro, visto que o 13º salário é pago nesses meses.

Fonte: DGP 2003.

Processos

Os processos e/ou programas da Embrapa convergempara o cumprimento da missão institucional, definidasegundo os desafios do negócio agrícola eagroindustrial brasileiro.

A Empresa tem mapeado os seus processos detrabalho para analisar e promover melhorias queatendam às necessidades e expectativas dos clientes emelhorem seus resultados organizacionais. Paraacompanhar o desempenho dos processos, indicadoresde desempenho têm sido construídos e adotados eestão permitindo fazer medições e o acompanhamentodas melhorias.

A metodologia constituída para promover aidentificação, análise e melhoria dos processos naEmbrapa prevê três etapas: planejamento eorganização; acompanhamento e controle; e avaliacão.É com base nos resultados da avaliação que novosavanços são possibilitados, visando à melhoriacontínua.

Gestão de Processos Finalísticos

Após um momento no qual a Empresa diagnosticou osseus ambientes externo e interno e construiu cenáriosprospectivos, foram formulados projetos estratégicosque deram início a um novo modelo de administraçãona Empresa, o qual, em essência, significa gestão porresultados. A implementação do modelo organizacionalcom base nos processos finalísticos foi iniciada com aidentificação dos macroprocessos nas Unidades depesquisa, com a participação de todas as UnidadesDescentralizadas.

Os processos de Pesquisa e Desenvolvimento – P& D,de Transferência de Tecnologia e ComunicaçãoEmpresarial formam o macroprocesso de centrais donegócio. Esse macroprocesso tem início na prospecçãode demandas do mercado e termina na disponibilizaçãode conhecimentos e tecnologias para atendimento

dessas demandas. O segundo grupo demacroprocessos compreende os processos quefornecem o suporte às centrais de negócio, conforme aFig. 6.

Assim, a primeira iniciativa voltada para a mudança deestrutura, foi a identificação dos processos-chave daEmpresa. Essa etapa foi realizada com a participaçãode técnicos de todas as Unidades, por meio darealização de oficinas de trabalho.

Para um melhor entendimento desses processos, foifeita a descrição dos mesmos definindo informaçõescomo nome, objetivo, conteúdo, produto, indicadoresde desempenho e clientes. Atualmente, há indicaçõesque sinalizam a existência de outros processos naestrutura de trabalho da Empresa.

Paralelamente à identificação e à descrição dosprocessos na Embrapa, iniciou-se o esforço dereestruturação das Unidades, propondo a estruturadenominada “semi-flexível”. Nessa forma deorganização, são definidas, no organograma daUnidade, as chefias geral e adjuntas e as áreas decomunicação e negócios. No nível das supervisões sãodefinidos os processos de trabalho, em substituição aossetores tradicionais. Esta nova forma de organizaçãopermite maior flexibilidade às chefias na distribuição deatividades, adequando seu quadro gerencial conformeprioridades internas.

Para apoiar esse direcionamento da gestão, foidesenvolvido um Modelo de Gestão Estratégica quebusca operacionalizar os objetivos e metas definidosnos Planos Diretores da Empresa e de suas UnidadesDescentralizadas (PDE e PDUs), a implementaçãodeste modelo inclui um trabalho de integração ecapacitação de pessoal em todos os níveis.

A metodologia do MGE preconiza a visão integrada detodas as atividades e busca aumentar os níveis de

48 Relatório de Gestão 2003

efetividade das Unidades, em particular, e da Empresa,como um todo, na medida em que privilegia aspectossobre como as diversas equipes podem executarmelhor as atividades dos processos sob suaresponsabilidade.

No âmbito da cooperação com países desenvolvidos,foi dada continuidade aos projetos implementados emparceria com os EUA (NASA, Cornell University, EPA eMacknight Foundation), Reino Unido (DFID), França(CIRAD), Alemanha (GTZ), Suíça (Potash Institute) eJapão (JICA e JIRCAS), destacando-se o projeto“Manejo sustentável de florestas de produção emescala comercial na Amazônia brasileira”, apoiado peloITTO, do Japão. Ressalve-se ainda a consolidação doprojeto Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior –Labex, implantado nos Estados Unidos e na França.

O Labex – EUA participa ativamente do controleintegrado de pragas e participou do evento organizadopela Embaixada do Brasil em Washington-DC, intituladoScience and Technology for Agribusiness: U.S.–BrazilCooperation, assim como da missão brasileira chefiadapelo Ministro de Ciência e Tecnologia aos EstadosUnidos.

O Labex-França, em Montpellier, tem atuado emUnidades Mistas de Pesquisa, incluindo a participaçãode instituições-membros da Agrópolis, especificamentenas áreas de Tecnologias Agroalimentares eAgroindustriais, Gestão de Recursos Naturais eBiologia Avançada – Biotecnologia. A cooperação coma França tem por base uma nova estratégia decooperação aprovada pelo CIRAD e a Embrapa, queinclui a cooperação tripartite com países menosdesenvolvidos.

Os programas regionais PROCISUR e PROCITRÓPICOStiveram continuidade com novas ações nas áreas derecursos genéticos e biotecnologia, desenvolvimentoinstitucional, agroindústria, recursos naturaisrenováveis, biodiversidade, manejo de recursosnaturais e produção e disseminação da informação,incluindo o lançamento de três PlataformasTecnológicas nas áreas de genômica funcional,qualidade de cadeias produtivas e sustentabilidadeambiental no âmbito do PROCISUR.

Quanto à avaliação e melhoria dos processosfinalísticos da Empresa, considera-se que: na Pesquisae Desenvolvimento (P&D), existem modelos de gestão

Fig. 6. Modelo de Macroprocessos da Embrapa.

Fonte: SGE. 2003.

49Relatório de Gestão 2003

que orientam a formulação de sistemas de gestão e oseu aprimoramento contínuo. A evolução dessesmodelos é representada na Fig. 7.

A indicação é que os modelos de gestão de P&D sãoevolutivos, iniciando-se por aglomerados de projetosdisciplinares, sem muita conexão com o mercado, eavançando para modelos mais integrados, nos quais osprojetos passam a servir a uma lógica mais vinculadaàs necessidades da sociedade.

A gestão de P&D na Embrapa tem evoluído de acordocom este modelo. No início da Empresa, a gestão depesquisa era organizada com base no modelo circular,que poderia ser enquadrada nos dois patamares iniciais

da Fig. 8. Após o processo de Planejamento Estratégicoadotado no início da década de 90, constatou-se que aEmpresa havia atingido um grau de maturidade ecomplexidade que impunha evolução nos modelos degestão. Nesse momento, era importante alinhar aEmpresa com seus clientes, usuários e beneficiários e omodelo preconizado era o de programas temáticos, quepode caracterizar um modelo de P&D de 3a geração eque foi traduzido pela criação do SEP (Sistema Embrapade Planejamento). Entre outras inovações importantes, oSEP introduziu o foco no cliente, a prospecção dedemandas, a pesquisa interdisciplinar e interinstitucionale a gestão pela qualidade.

Fig. 7. Evolução dos modelos de gestão de P&D nas instituições de Pesquisa.

Fonte: SPD 2003.

Fig. 8. Novo modelo de gestão de P&D da Embrapa.Fonte: SGE 2003.

50 Relatório de Gestão 2003

Todavia, reconhecendo que o processo de gestão deP&D é evolutivo e deve avançar concomitantementecom as transformações da sociedade, oaperfeiçoamento contínuo do modelo de gestão deP&D na Embrapa aponta para a adoção de P&D de 4a e5a geração, o que é representado na Fig. 3, pelaformação de redes nacionais e internacionais. Dessaforma, um novo ciclo de aprimoramento contínuo foideflagrado, gerando um modelo revisado de gestão deP&D que está representado na figura a seguir.

O novo modelo de gestão em implantação atualiza aEmbrapa para as novas formas de articulaçãointerinstitucionais, preconizando a formação de redespara a realização de pesquisa em temas maiscomplexos. Introduz a idéia de agendas de P&D e ofomento a pesquisa em temas estratégicos para odesenvolvimento do agronegócio, utilizando chamadase editais.

Quanto à avaliação dos processos finalísticos, amesma é realizada de maneira criteriosa, por meio dosComitês Técnicos Internos e das Comissões Técnicasde Macroprogramas. No que se refere às práticasrelativas à gestão dos processos finalísticospropriamente ditas, estas são avaliadas e melhoradaspor meio de revisões sucessivas do Sistema Embrapade Gestão – SEG e do Sistema de Avaliação ePremiação por Resultados – SAPRE.

Gestão dos Processos de Apoio

Os processos de apoio são desenvolvidos em cadaUnidade operacional da Embrapa, de acordo comprocedimentos gerenciais previamente estabelecidos eaprovados, com foco no cliente e em resultados,visando otimizar o desempenho dos processosfinalísticos.

Nesse sentido, a gestão de processos de apoio fazparte de um esforço maior de direcionamento dagestão da Empresa, que busca comunicar a estratégiapara toda a Organização, alinhar objetivos e metas econduzir revisões para a melhoria de seu desempenho.Foi publicado um documento contendo orientaçõestécnicas sobre processos, evidenciando a inter-relaçãodo macroprocesso de produção de inovaçãotecnológica com o macroprocesso de suporte.

Os processos de apoio, em fase de revisão, de umamaneira geral, podem ser desdobrados em vinte itens:

1. Gestão de Campo Experimental

2. Gestão de Laboratórios

3. Comunicação Administrativa

4. Compras

5. Gestão do Almoxarifado

6. Controle Patrimonial

7. Vigilância e Segurança

8. Manutenção e Conservação de Bases Físicas

9. Manutenção de Máquinas, Móveis e Equipamentos

10. Controle e Manutenção de Máquinas Agrícolas eVeículos

11. Concessão e Controle de Viagens a Serviço

12. Administração Orçamentária e Financeira

13. Planejamento e Provimento de Recursos Humanos

14. Administração de Recursos Humanos

15. Capacitação de Curta Duração

16. Treinamento de Pós Graduação

17. Bem-estar de Recursos Humanos

18. Segurança no Trabalho

19. Avaliação de Recursos Humanos

20. Estágio de Complementação Educacional

O gerenciamento dos processos de apoio conta com arealização de pesquisas internas para avaliar o nível desatisfação dos clientes. São também avaliados pormeio de indicadores da descrição dos processos deacompanhamento, sendo que a avaliação dessesindicadores realiza-se no âmbito do Sistema deAvaliação das Unidades.

No que concerne a avaliação de melhorias, com aimplantação progressiva do SIAFI em sua totalidade,desde janeiro de 1992, foram reduzidossignificativamente os custos operacionais da Embrapa.Algumas melhorias ao longo do tempo foram:

• A contabilidade era centralizada na Sede. Todas asUnidades enviavam, via malote, a documentação fiscale contábil para análise, conferência e consolidaçãopelo sistema interno da Empresa. No presente, com o

51Relatório de Gestão 2003

SIAFI, todas as Unidades são gestoras, integrando asáreas orçamentária, financeira, fiscal e contábil.

• As informações gerenciais, que eram fornecidasmensalmente, são atualmente extraídas do SIAFI emtempo real.

• A execução orçamentária e financeira tornou-se maisfácil de ser entendida, tanto para controle internoquanto para o externo. A qualquer momento pode-seacessar o Órgão para verificação dos atos e fatosadministrativos ocorridos.

• Atualmente as informações são precisas e ágeis. Osfatos ocorridos nas Unidades são detectadosinstantaneamente pelo DAF e pela administraçãofederal.

• A avaliação do impacto financeiro do ICMS nascontas da Empresa redundou em gestões para a suaisenção em 1995 e em 1998; no primeiro caso quantoàs importações e no último quanto às transferênciasentre Unidades e compras em outros Estados.

• A avaliação realizada pela equipe do Departamentode Administração Financeira resultou na implantação,em 1992, de manuais de convênios, fiscal e tributário.Com a revisão anual e sua implantação nas UnidadesCentrais e Descentralizadas, houve uma mudançasubstancial na melhoria da prestação do serviço. Taismanuais consolidam a Legislação Federal com oalcance dos seguintes objetivos:

– documentar o sistema de normas e procedimentos, afim de orientar o usuário para a correta aplicação daLegislação;

– cumprir a função de caráter normativo,caracterizando-se como um registro de informaçãopara utilização permanente;

–institucionalizar e padronizar os procedimentosfinanceiros; e

— contribuir para aumentar a eficiência e a qualidadedos serviços.

• Modernização dos procedimentos financeiros.Periodicamente o DAF vem revisando, com base emavaliações internas, consolidando e simplificando asnormas internas da Empresa. Tal fato gera diminuiçãonos custos operacionais, tais como menor volume dedocumentos para geração, conferência e análise.

Gestão de ProcessosRelativos aos Fornecedores

A Embrapa, por ser uma empresa pública, cumprerigorosamente o Plano Plurianual de Investimento e asdeterminações das leis de diretrizes orçamentárias: oseu orçamento é executado via SIAFI, obedecendo,desta forma, toda a legislação que regulamenta aexecução orçamentária das entidades públicasfederais.

No que concerne aos processos de aquisição daEmbrapa, todos obedecem à legislação específica doGoverno Federal, Lei de Licitações e Contratos n.º8.666/93.

A disponibilização na Internet de informações sobrelicitações, também tem ocorrido para garantir um bomrelacionamento com os fornecedores, bem como ummelhor desempenho desses.

A Embrapa procura assegurar o melhor atendimentoaos seus requisitos, por parte dos fornecedores, pormeio da definição de normas para os procedimentosadministrativos, como por exemplo: Comissão derecebimento de bens de informática a qual é definidaem Edital, de acordo com os dispositivos legais, comoaqueles contidos da Lei n.º 8.666/93.

Com o advento da modalidade de Pregão, as licitaçõesrealizadas para o abastecimento do almoxarifadoforam reduzidas para, no máximo, três certamesanuais, com a previsão de entregas futuras, resultandonuma economia processual considerável, além daagilidade no suprimento das necessidades de materiaisestocáveis.

A Embrapa utiliza as seguintes tecnologias paragerenciamento dos bens patrimoniais e materiais:

• Sistema de Patrimônio: controla a movimentação(incorporação, baixa, transferência) de todos os benspatrimoniais da Embrapa, bem como emite relatórios etermos de responsabilidade dos bens.

• Gestão do Almoxarifado: controla física, financeira econtabilmente os bens de consumo da Embrapa,podendo ser utilizado, também, para controle deprodutos e publicações. A ferramenta foi concebida edesenvolvida por gerentes, técnicos e analistas da áreade administração de material, dentro de um esforço deAMP premiado na Empresa.

Os fornecedores da Embrapa são cadastrados noSistema Integrado de Cadastramento de Fornecedoresda Administração Pública Federal – SICAF do Governo

52 Relatório de Gestão 2003

Federal, o qual disponibiliza um número significativo defornecedores, abrangendo todos os grupos de materiaise serviços, atendendo plenamente as necessidades daEmbrapa.

Com a utilização do SICAF, os processos licitatóriosdentro da Embrapa se tornaram mais ágeis e seguros,

no que diz respeito à documentação apresentada pelosfornecedores. Após análise da regularidade dosfornecedores junto à fiscalização oficial, processa-se aanálise de preço ou de técnica e preço, se for o caso.Se o fornecedor não estiver cadastrado no SICAF, omesmo poderá participar da licitação, desde queapresente toda a documentação exigida no Edital.

ResultadosOrganizacionais

Resultados Relativos aos Clientes

A Embrapa busca aprimorar a imagem de excelênciainstitucional, com ênfase em P&D, desenvolvendoestratégias de comunicação visando construir, reforçarou modificar a percepção de diferentes segmentos depúblicos sobre a Empresa. Entre ações praticadas em2003, destacam-se:

· Promoção de ações em comemoração ao 30ºaniversário da Embrapa.

· Exposição de livros “Embrapa 30 anos”.

· Realização da Campanha Nacional “SemanaSolidária”.

· Outorga do Prêmio Frederico de Menezes Veiga.

· Outorga do Prêmio Embrapa de Reportagem 2003.

· Participação em 77 Exposições Nacionais,Internacionais e Eventos Técnicos, entre eles aExpointer, Amazontech, Agrishow e Coopavel.

· Campanha de Produção de Sementes eDesenvolvimento Humano em Comunidades Rurais.

A Embrapa também desenvolve projetos especiaisvisando interação com a comunidade, a exemplo de:

· Vitrine de Tecnologia.

· Programa Embrapa & Escola.

· Impressão do Livro de Redações referente ao projetoTV Escola, em parceria com o MEC.

Referente ao Programa Embrapa & Escola, no ano de2003, muitas Unidades Descentralizadas tiveramdificuldades em cumprir sua meta tendo em vista os

cortes orçamentários. Esse fato refletiu napossibilidade de oferta de transporte para estudantescarentes. Na Tabela 7 é apresentada a evolução doPrograma desde a sua criação.

Tabela 7. Evolução Global do Programa – Período: 1997 a2003.

Fonte: Relatórios da Sede e Unidades Descentralizadas 2003.* É importante observar que, no total de alunos registrados em

2003, não foram computadas as visitas não agendadas deestudantes à exposição ou Unidades da Empresa, daí a quedanos valores apresentados.

1997199819992000200120022003*

Ano

19112273687

1.8231.3591.362

Nº de escolas

52144294

1.8244.0743.1842.788

Nº de palestras

3.55817.27420.111207.659390.474401.612173.862*

Nº de alunos

O Serviço de Atendimento ao Cidadão da Embrapa,com pontos de atendimentos em todas as suasUnidades Descentralizadas e na Assessoria deComunicação Social da Sede registrou, em 2003, orecebimento de mais de 52.000 mensagenseletrônicas (e-mails), sendo as UDs mais acionadas poresse canal a Embrapa Recursos Genéticos eBiotecnologia, Embrapa Gado de Leite, EmbrapaMandioca e Fruticultura, Embrapa Suínos e Aves,Embrapa Hortaliças, Embrapa Soja, Embrapa MeioAmbiente e Embrapa Milho e Sorgo com mais de 2000mensagens no ano, e a Sede que recebeu mais de7000 mensagens, encaminhando 83% destas àsUnidades.

Foram computadas, ao longo do ano de 2003, ascitações na mídia impressa totalizando 7.099 artigos,cuja freqüência pode ser vista no Tabela 8. Ressalta-se que mais da metade das matérias publicadas nosveículos impresso foram de iniciativa da Embrapa.

54 Relatório de Gestão 2003

No que concerne aos resultados alcançados por meioda Ouvidoria, que busca representar os clientes junto àInstituição, em 2003 foram registrados 944 processos,conforme a Fig. 9, os resultados relativos às atividadesda Ouvidoria revelaram um crescimento significativonas demandas, o que permite inferir que, em setornando mais conhecido pelo público externo einterno, esse canal vem crescendo em credibilidade.Para a Empresa é importante constatar que sua gestãoé transparente e que os públicos estão participandocom sugestões e críticas.

Observa-se que a relação com os públicos interno eexterno tem sido constante desde 1999, com umagrande tendência para o público externo, o que maisuma vez tem a ver com o nível de conhecimento demais esse canal de comunicação Empresa/público. AFig. 10 mostra que em 2003, a participação do públicoexterno nesses eventos foi de 88%.

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunho

Mês

510378505464573744

JulhoAgosto

SetembroOutubro

NovembroDezembro

Mês

861675625707560497

7.099

Fonte: relatórios da Sede e Unidades Descentralizadas, SPD2003.

* É importante observar que no total de alunos registrados em2003, não foram computadas as visitas não agendadas deestudantes a exposição ou Unidades da Empresa, daí a quedanos valores apresentados.

Total

Tabela 8. Distribuição das citações ao longo do ano de2003.

Fig. 9. Posição das demandas encaminhadas à Ouvidoriade 2000 a 2003Fonte: Ouvidoria 2003.

Fig. 11. Evolução da Ouvidoria quanto à natureza dasdemandas.

Fonte: Ouvidoria 2003.

DenúnciaReclamaçãoSugestãoOpiniãoQuestionamentosElogioProblema ObservadoTotal

Natureza da demanda

44102

367

7291016

944

Quantidade

41131

7812

100

%

Fig. 10. Participação dos públicos interno e externo noseventos entre 1999/2003.Fonte: Ouvidoria 2003.

A Fig. 11 apresenta a natureza das demandas.Em 2003, 78% das demandas foram dequestionamentos. Desses, 4% foram denúncias, 11%reclamações, 3% sugestões, 1% opiniões expressadas,1% elogios e 2% problemas em geral observados.

A Fig. 12 apresenta a evolução das demandas quantoà forma de comunicação. Essa figura revela que 657das demandas ocorridas em 2003 (71%) chegaram pore-mail e 262 pela home page (26%).

Os dados da Tabela 9 demonstram a participação daEmbrapa & Parceiros nas áreas cultivadas comalgodão, arroz, feijão, milho, soja e trigo. Esses dadosretratam os plantios realizados no País, em 1998,1999, 2000, 2001 e 2002 e já refletem influência daLei de Proteção de Cultivares.

55Relatório de Gestão 2003

adoção, por parte dos agricultores, com o plantio de18,5 milhões de hectares. Estes bons resultados foramtambém conseguidos graças a estreita colaboração dosparceiros e produtores de semente com a Embrapa.

Em relação à fruticultura, a estruturação da oferta depropágulos e sementes com boa origem genética efitossanitária, visando a produção de mudascertificadas, constitui a base para o desenvolvimentode uma fruticultura competitiva. Ela é concebida combase nos sistemas integrados de produção,sustentabilidade ambiental e segurança alimentar, comvista à expansão da produção e renda, que atenda aomercado externo e interno. Essas atividades, aEmbrapa Transferência de Tecnologia vem cumprindocom êxito. Exemplos de ações realizadas são acapacitação de técnicos, viveiristas e fruticultores emmanejo de culturas, fitossanidade, colheita, pós –colheita, e produção de mudas de qualidade, com arealização de 108 cursos, sendo 75 sobre sistemas deprodução frutícola e 33 sobre técnicas de produção demudas e manejo de viveiros, totalizando 3.649técnicos treinados. Esses profissionais assumem ocompromisso de atuar como multiplicadores edifusores dessas tecnologias.

Resultados Orçamentários/Financeiros

A Embrapa, no período de 1998 a 2003, aplicou umtotal de R$ 5,06 bilhões de reais, conforme mostradona Tabela 10. Os recursos financeiros executados pelaEmpresa têm se mantido relativamente estáveis, comligeiro declínio em 2002 e uma pequena recuperaçãoem 2003, o que evidencia um continuado apoio doGoverno Federal, apesar da crise financeira dosúltimos anos. Ela é uma série histórica dos recursosfinanceiros executados, e representa um acréscimode 4,5% com relação aos recursos 2002.

A evolução da execução do orçamento vem tambémmantendo-se estável em torno de 96%. Em 2003, aEmbrapa executou 96,12% de sua dotaçãoorçamentária, conforme se pode verificar naTabela 11. – Demonstração do Orçamento da Embrapaaprovado na Lei Orçamentária Anual – LOA.

Fig. 12. Evolução das demandas quanto à forma decomunicação.Fonte: Ouvidoria 2003.

(A)

(a)

40,534,598,549,516.049,523,043,9

Espécie

AlgodãoArroz irrigadoArroz sequeiroFeijãoMilhoSojaTrigoTotal das médias

(B)

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Var. (%)

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Var. (%)

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Tabela 9. Participação das cultivares da Embrapa/Parceirosna dsponibilidade de sementes: A) Média 1997/98 -1998/99, (B) 1999/01, Safra 2001/02.

Fonte: SNT 2003.

Do primeiro biênio para o segundo, as cultivares dealgodão tiveram um avanço de 8%, na área cultivada;trigo, 8%; soja, 4,5%; e milho, 1%. Em contraste, aparticipação das cultivares de arroz de sequeiro,tiveram uma redução de 11,5%; arroz irrigado, 6% efeijão, 3%. Na média global das sete lavourasconsideradas, ocorreu um acréscimo de 0,2% ou aárea ocupada ficou estável nos quatro anoscomputados.

A comparação do biênio 1999-2000, com a safra200l/02, por sua vez apresentou as seguintesvariações no aumento da participação: trigo, 15%;arroz irrigado, 12,5%; e feijão, 2,5%. As reduções daparticipação das cultivares da Embrapa & Parceiros,neste comparativo, foram soja, 12%; em algodão,11,5%; arroz de sequeiro, 7%; e milho, 3%. Na médiaglobal, a redução da área foi de apenas 0,5%, o queconfigura uma participação uniforme nos cinco anosanalisados.

Considerando-se o grande número de obtentorespúblicos e privados (16), que colocaram sementes nomercado no último plantio de 2002, avalia-se que têmsido excelentes os resultados da pesquisa demelhoramento da Embrapa, orientada para a oferta dasmelhores cultivares para a agricultura brasileira. Osdados confirmam a preferência por esse material e sua

Tabela 10. Evolução dos Recursos Financeiros Executadospela Embrapa.

Exercício

198819992000200120022003Total geral

917870862865756790

5.060

Fonte: DAF 2003.

Total (R$ milhões)

56 Relatório de Gestão 2003Tab

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57Relatório de Gestão 2003Tab

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2

58 Relatório de Gestão 2003

As ações menos expressivas na execução dasdespesas foram: a)3991 - Avaliação da Qualidade eProdutividade de Decisão para o Agronegócio(39,47%); c)3666 Inovação Tecnológica para aFruticultura Irrigada no Semí-Árido Nordestino(59,00%).

Quanto às receitas arrecadadas diretamente, medianteprestação de serviços e venda de produtos, a Fig. 13revela uma estabilidade nos recursos provenientes dafonte 0-250 (Receita Própria), entre 1998 e 2003.

Observa-se nessa figura um crescente esforço daEmpresa na busca de alternativas para viabilizar asações de pesquisa, por meio da captação de recursosindiretos, proveniente de doações de bens, produtos e/ou serviços, principalmente a partir de 2001.

Foi identificado pela SPD, conforme “Relatório deReceita Própria - Consolidado”, captações no montantede R$ 75.815.934,90. Observa-se, também, nessafigura um crescente esforço da Empresa na busca dealternativas para viabilizar as ações de pesquisas, pormeio de captação de recursos indiretos, proveniente dedoações de bens, produtos e/ou serviços,principalmente a partir de 2001 até 2003.

Considerando os resultados positivos alcançados naexpansão da produção agrícola devido o aporte àagricultura brasileira, de modernas e eficientestecnologias geradas no âmbito da Embrapa, esta vemsendo continuamente demandada a implementarprogramas bilaterais e multilaterais de cooperaçãotécnica. Com o apoio do Banco Interamericano deDesenvolvimento – BID, mediante aporte de US$ 1,6milhão, foi dado início ao desenvolvimento do Projetode Apoio às Empresas de Base Tecnológica – Proeta,projeto que conta com a coordenação técnica doEmbrapa Transferência de Tecnologia (SNT) daEmbrapa e tem como meta principal o desenvolvimentode mecanismos que permitam a incubação deempresas. Trata-se de uma experiência piloto a serexecutada, inicialmente, em cinco Unidades depesquisa da Empresa.

A Tabela 12 apresenta o demonstrativo de fluxofinanceiro de recursos externos na Embrapa noExercício 2003.

As tabelas 13 e 14 apresentam o demonstrativo doLOA aprovado e executado pela Embrapa.

Fig. 13. Orçamento. Evolução da Receita de Serviços e Produtos.Fonte: DAF 2003.

RECEITA DIRETA => É aquela cujos recursos são diretamente arrecadados pela Empresa, por meio da comercialização de produtose serviços.

RECEITA INDIRETA => É aquela proveniente de doações de bens, produtos ou serviços, ou seja, não entra recursos financeiros naEmpresa.

59Relatório de Gestão 2003

Tab

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12.

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2

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6 -

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179.8

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01.4

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2

Am

ortiza

ção

2.9

65.1

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0

4.6

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44,0

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0

1.2

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8 -

3.6

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1.4

09.7

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2

14.6

55.0

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2

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1

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00,0

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-

5

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1

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-

-

-

-

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-

-

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0

25.5

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42.3

04.2

70,0

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44.3

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0

188.1

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7

Con

trap

arti

da

2.3

62.7

27,0

2 - - - - - - -

2.3

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Acu

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32.1

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190.6

21.1

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7

Ingr

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Age

nte

60.0

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0

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0

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Age

nte

7.0

35.5

38,9

7

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- -

-

- -

-

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Con

trap

arti

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Val

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1

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Empr

ésti

mo

BIR

D 4

169/B

R

BID

671-O

C/B

R

BID

878-S

F/BR

BID

760-S

F/BR

BID

139-IC

/BR

CA

RL

ZEI

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TO

TA

L

(PRO

DET

AB)

(PRO

MO

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O)

(PRO

CEN

SUL

II)

Font

e: Em

brap

a-D

AF.

60 Relatório de Gestão 2003

Em R$ 1,00

1 - Pessoal- Orçamento da Embrapa- Créditos Recebidos

3 - Outros Custeios- Orçamento da Embrapa- Créditos Recebidos

4 - Investimentos- Orçamento da Embrapa- Créditos Recebidos

2 e 6 - Dívida e Encargos2 - Juros / Encargos da Dívida6 - Amortização da Dívida

TOTAL

Natureza de DespesaOrçamento

TotalA

563.574.766563.574.766

-

150.731.038139.731.80010.999.238

27.524.26724.865.0372.659.230

79.655.35222.036.69557.618.657

821.485.423

ExecutadoLei+Créd. Rec.

B563.562.335563.562.335

-

137.632.151129.080.0428.552.109

14.575.82612.175.2802.400.546

73.862.82617.879.33155.983.495

789.633.138

Percentual deExecuçãoC = B / A

100,00100,00

91,3192,3877,75

52,9648,9790,27

92,7381,1397,16

96,12

563.562.335

137.632.151

14.575.826

73.862.826

789.633.138

Orç. ExecutadoDesc. Crédito

D-

8.552.109

2.400.546

10.952.655

(B) ............................

(B) ............................

(B) ............................

(B) ............................

(B) ............................

1 - Pessoal .................

3 - Outros Custeios .....

4 - Capital ..................

2 e 6 - Dívida .............

Total Orçamento Executado ..........................

Total Orçamento Executado ..........................

Total Orçamento Executado ..........................

Total Orçamento Executado ..........................

Total Geral do Orçamento Executado .................................................

Tabela 13. Orçamento aprovado LOA + créditos recebidos e executados por natureza de despesa. Exercício de 2003 atédezembro 2003.

A B C

0351

0354

0356

0359

0361

0363

0364

0367

0368

0369

0371

0372

0374

0377

0466

0470

0497

0499

0505

8008

0750

0791

09010906

D EAgricultura Familiar - PRONAF

Desenvolvimento da Fruticultura - PROFRUTA

Segurança e Qualidade de Alimentos e Bebidas

Produtividade da Bovinocultura

Produtividade de Cereais

Produtividade de Oleaginosas

Agricultura de Precisão

Produtividade da Suinocultura

Conservação de Solos na Agricultura

Produtividade de Olerícolas

Produtividade da Avicultura

Desenvolvimento da Aquicultura

Produtividade do Algodão e de Outras Fibras

Produtividade da Caprinocultura e da Ovinocultura

Biotecnologia e Recursos Genéticos - GENOMA

Ciência e Tecnologia para o Agronegócio

Águas do Brasil

Parques do Brasil

Florestar

Desenv. da Floric. e Plantas Ornamentais - PROFLORESTA

Apoio Administrativo

Valorização do Servidor Público

Operações Especiais: Cumprimento de Sentenças Judiciais

Operações Especiais: Serv. da Dívida Exerna (Juros e Amora)

Subtotal

Créditos Recebidos / Executados

TOTAL

Em R$ 1,00

Atividade/ProjetoNomenclatura

Dotação

autorizada

A

11.291.720

13.558.300

9.933.100

8.282.400

10.083.600

3.459.500

9.796.100

550.000

6.892.300

5.406.150

1.175.000

380.000

1.170.000

1.585.000

35.936.468

200.000

400.000

400.000

6.358.000

2.848.000

566.730.536

27.054.722

4.680.707

79.655.352

807.826.955

13;658.468

821.485.423

Orçamento

remanejado

B

-

240.000

288.200

-

815.400

-

98.400

-

-

-

-

-

-

-

(11.401.718)

-

-

-

-

-

-

9.961.718

-

-

-

-

-

Crédito

autorizado

C=A-B

11.291.720

13.798.300

10.219.300

8.282.400

10.899.000

3.459.500

9.894.500

550.000

6.892.300

5.406.150

1.175.000

380.000

1.170.000

1.585.000

24.534.750

200.000

400.000

400.000

6.358.000

2.848.000

566.730.536

37.016.440

4.680.707

79.655.352

807.826.955

13.658.468

821.485.423

% de

execução

E=D/A*100

80,44

79,78

80,03

99,37

97,79

98,40

57,92

97,80

74,00

98,88

98,09

95,57

95,38

86,79

68,53

38,07

91,94

92,61

76,81

97,92

99,98

99,71

99,94

92,73

96,39

80,19

96,12

Tabela 14. Demonstração do orçamento LOA da Embrapa aprovado e executado até dezembro de 2003 por programa.

Pires

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Progr.

Crédito

autorizado

C=A-B

9.083.601

11.008.132

8.178.747

8.230.257

10.658.605

3.404.221

5.730.656

537.905

5.100.587

5.345.721

1.152.531

363.153

1.15.959

1.375.660

16.814.639

76.149

367.740

370.445

4.883.401

2.788.870

566.643.089

36.909.633

4.677.956

73.862.826

778.680.483

10.952.655

789.633.138

Descentralização de Crédito

25 progr.

61Relatório de Gestão 2003

Resultados Relativos às Pessoas

A promoção de programas de capacitação paraadequar seus empregados às necessidades da Empresae realinhar o perfil profissional dos segmentosgerencial, técnico–científico e de suporte é umcompromisso assumido pela Embrapa desde a suacriação e está expresso no seu III Plano Diretor. Poresse compromisso, dos 8.501 colaboradores daEmpresa, 2.209 são pesquisadores. Destes, 50% sãodoutores, 7% tem pós-doutorado; 41% são mestres e3% são bacharéis Fig. 14. A formação dos seustécnicos de nível superior, outra carreira para pessoalde nível superior na Embrapa, é mostrada na Fig.15.

Os dados apresentados na Fig. 16 permitem observaruma queda relativamente sistemática para os efetivosda Empresa, no período de 1998/2001, com elevaçãoem 2002. Em 2003, os dados mostram uma reduçãoquantitativa no número de empregados no cargo desuporte à pesquisa na ordem de 2% e um pequenoacréscimo no número de pesquisadores.

A dinâmica verificada no fluxo de demissões (Fig. 17)e de admissões (Fig. 18) mostra que em 2002 houveuma inversão na relação demissão/admissão quando,pela primeira vez, em cinco anos, os totais de admissõessuperaram os de demissões, voltando-se a relaçãoexistente em anos anteriores com relação à 2003.

Os resultados sobre saúde e segurança no trabalho,apresentados nas Fig. 19 a 22, a seguir, evidenciam oempenho da empresa com relação a esse importanteaspecto da qualidade de vida.

Fig. 16. Evolução do quadro de pesquisadores e desuporte à pesquisa na Embrapa.

Fonte: DGP 2003.

Fig. 17. Evolução do Quadro de Pessoal: Demissões -Período 1998/2003.

Fonte: DGP 2003.

Fig. 15. Nível Acadêmico dos Técnicos de Nível Superiorda Embrapa.

Fonte: DGP 2003.

Fig. 14. Nível Acadêmico dos Pesquisadores da Embrapa.

Fonte: DGP 2003.

Fig. 18. Evolução do Quadro de Pessoal - Fluxo deAdmissões - Período 1998/2003.

Fonte: DGP 2003.

62 Relatório de Gestão 2003

Resultados Relativosaos Fornecedores

Como resultado da gestão de processos com osfornecedores: introdução da centralização parcial decompras para as Unidades localizadas no DistritoFederal, e com a adoção da modalidade de pregão, aEmpresa vem alcançando redução nos gastosrelacionados com a aquisição de materiais, bens eserviços.

A adoção do pregão redundou, além de economia detempo no processamento das compras e contratações,numa resposta mais ágil no sentido de suprir asnecessidades da Embrapa e apresentou ganhosconsideráveis em todas as Unidades da Empresa.

Resultados Relativos aos Serviços/Produtos e aos ProcessosOrganizacionais

Na busca de uma maior competitividade para oagronegócio, a Embrapa teve um papel fundamental noaporte de novas tecnologias, produtos e processos, em2003. Os mesmos destinaram-se à redução dos custosde produção, ao aumento dos rendimentos dos insumose das produtividades dos produtos nacionais, com anecessária preservação dos ecossistemas brasileiros.O Anexo, Exemplos de Tecnologias Geradas em 2003,apresenta algumas tecnologias, produtos e processos.

No período 1996-2002 destaca-se a evoluçãoexpressiva do índice de eficiência da Embrapa,estimado com base nos seus indicadores de produção ede custos.

De acordo com os dados obtidos, a eficiência daEmbrapa, medida em seus 37 centros de pesquisa,cresceu no período, com uma taxa real de 144%,conforme ilustrado na Fig. 23.

Fig. 20. Laudos Técnicos de Condições Ambientais(Insalubridade e Periculosidade).

Fonte: DGP 2003.

Fig. 22. Acidentes de Trabalho: Coeficiente de Gravidadede 2000 a 2003.

Fonte: DGP 2003.

Fig. 19. Técnicos de Segurança do Trabalho - 2000 a2003.

Fonte: DGP 2003.

Fig. 21. Programa de Controle Médico de SaúdeOcupacional - PCMSO – 2001/2003.

Fonte: DGP 2003.

Fig. 23. Comercialização de sementes básicas de 2000 a2003.Fonte: SNT 2003.

63Relatório de Gestão 2003

A verificação de uma redução no Coeficiente deVariação, associada ao crescimento da eficiência aolongo do período, indica uma variação positiva em doiscomponentes importantes de desempenho: melhora daprodutividade e maior homogeneidade entre os Centrosde Pesquisa e evidencia uma atuação mais eficiente daadministração como um todo, no sentido de reduzirdiferenças entre os Centros. Este esforço secaracteriza pela alocação mais equitativa de recursos,melhoria do suporte administrativo da Sede e,fundamentalmente, pelo maior entendimento eparticipação no processo de avaliação da produção dasUnidades Descentralizadas.

A Embrapa, por meio de seu Sistema de Avaliação ePremiação por Resultados (SAPRE), desenvolveu emantém em funcionamento um processo deplanejamento, acompanhamento e avaliação de umconjunto de indicadores de desempenho da produçãode seus Centros de Pesquisa, envolvendo a produçãotécnico-científica, a produção de publicações técnicas,o desenvolvimento de tecnologias, produtos e serviçose as ações de transferência de tecnologia. Partedestes indicadores são mostrados nas Tabelas 1, 2 e 3,com os respectivos dados do período 1998/2002.

Na Tabela 15, os indicadores de desempenho daProdução Técnico–Científica, revelam uma evoluçãomédia de 21,6%, em 2003, com relação à média doperíodo 1998/2002.

Os dados da Tabela 14 revelam, também, umaevolução em teses concluídas de 39%, passando de179, na média dos últimos cinco anos, para 249 teses,em 2003.

No que tange as atividades de pós-graduação, aEmbrapa coopera em cursos de pós-graduação emuniversidades, encoraja e apóia a participação de seuspesquisadores na orientação de teses, bem como naparticipação em bancas examinadoras de teses demestrado e doutorado.

A Empresa julga também relevante a participação deseus técnicos como editores associados, revisores econsultores em conselhos, comitês e corpos editoriaisde periódicos e revistas não pertencentes a mesma. Noindicador Artigos em Anais de Congressos/NotaTécnica, a evolução foi de 53%.

Em termos de Publicações Técnicas, destacadas naTabela 16, a modalidade Artigos de Divulgação naMídia, obteve um crescimento de 139%. Merecedestaque a Organização/Edição de Livros, que passoude 84, na média dos últimos quatro anos, para 155,em 2002, com um crescimento de 85%, no período.A evolução nos Boletins de Pesquisa teve umdesempenho 88% acima da média.

A Embrapa teve um crescimento no número de artigosde divulgação na mídia de 101,7%, passando de

Indicador de desempenho

Artigos em Anais de Congressos/NTArtigos em Periódicos IndexadosCapítulo em Livro Técnico CientíficosOrientação de Teses de Pós-GraduaçãoResenhas em Anais de Congresso

Tabela 15. Produção Técnico Científica.

1998

9401.495

394135

2.413

Fonte: SGE e SISPAT – Relatório Consolidado de Metas Quantitativas 16/03/2004.

(*) Indicadores auditados.

1999

1.1331.090

514132

2.849

2000

1.6991.087

858188

3.254

Var 2003/media

58,311,853,741,713,4

2001

1.5531.152

657199

3.057

2002

2.0891.243

739242

3.730

2003

2.3471.357

972254

3.470

Tabela 16. Produção de Publicações Técnicas.

Indicador de desempenho

Artigos de Divulgação na MídiaBoletim de P&DCircular TécnicaCom/Rec TécnicasOrganização/Edição de LivrosSérie Documentos (Periódicos)Sistemas de Produção

Fonte: SGE e SISPAT – Relatório Consolidado de Metas Quantitativas 16/03/2004.

(*) Indicadores auditados.

1998

49712411462120

2640

1999

44612013172751

3050

2000

1.088145183680134364

0

2001

1.613156197711132406

0

2002

2.17425621157415546177

2003

2.51621115556414547446

Var 2003/media

116,231,7-7,3

-14,947,431,7

198,7

64 Relatório de Gestão 2003

Tabela 18. Transferência de Tecnologia da Embrapa.

Indicador de desempenho

Curso OferecidoFolder ProduzidoOrganização de EventosMatéria JornalísticaVídeo Produzido

1998

20.178358726

1.67436

Fonte: SGE e SISPAT – Relatório Consolidado de Metas Quantitativas 16/03/2004.

1999

20.540383903

2.09797

2000

20.996328

1.0144.836

300

Var 2003/media

44,827,636,0221,473,7

2001

36.040372

1.1807.173

401

2002

26.230515

1.32710.148

703

2003

33.007499

1.40116.667

534

1.063, na média de 1998/2002, para 2.347, em2003.

Com relação à edição de livros, a Embrapa editou, em1998, o livro “Amazônia: Meio Ambiente eDesenvolvimento Agrícola” e “Capsicum – Pimentas ePimentões no Brasil” em 2000, os quais foramvencedores do Prêmio Jabuti, considerado o principalprêmio literário do País.

Nessa mesma linha, a Empresa lançou o livro “Terra eAlimento – Panorama dos 500 Anos de Agricultura noBrasil”. O livro recebeu o prêmio Aberje Centro-Oeste/Leste, em 2000, na categoria publicação especial. E,em 2001, foi a vez do “Animais do Descobrimento –Raças Domésticas da História do Brasil”, receber omesmo prêmio.

No que tange ao Desenvolvimento de Tecnologia,Produtos e Processos, a Embrapa gerou e lançou 76cultivares inéditas, bem como testou e recomendou111 cultivares em 2003, totalizando 821 cultivareslançadas/recomendadas, no período 1998-2003.

Em 2003 foram geradas/recomendadas 181 novascultivares, correspondendo a um incremento de 47,5%em relação à média dos últimos cinco anos, sendoeste também o melhor resultado alcançado no período,conforme pode ser observado na Tabela 17.

A produção de publicações técnicas cresceram23,2% passando de 4.627, média dos últimos cincoanos, para 5.703, em 2003.

A satisfação dos clientes da Embrapa, no entanto, estámais em função das tecnologias adotadas por eles doque da geração tecnológica propriamente dita. Nestesentido, com relação à Transferência de Tecnologia ePromoção da Imagem – a Embrapa vem ampliando suainteração direta com os produtores rurais. Realizou,nos últimos seis anos, mais de 146.000 horas decursos de treinamento, produziu 2.424 folders,organizou 6.486 eventos, fez mais de 38.000 matériasjornalísticas e 2.071 vídeos, que se encontramdistribuídos, por ano, na Tabela 18.

No ano de 2003, a Embrapa, por meio de seu Serviço deNegócios para Transferência de Tecnologia, colocou nomercado 5.046,71t de sementes básicas, sendo2.018,43t de sua produção direta e 3.028,28t deprodução de terceiros, mediante contrato delicenciamentos de sementes básicas. Assim,assegurou-se o nível de suprimento de sementes básicasaos produtores de sementes das cultivares da Embrapa.Foram disponibilizados ao mercado 177 cultivares, entresementes e linhagens de milho e sorgo.

No mesmo período, o Serviço disponibilizou também,ao mercado, 1.610.951 propágulos, sendo 1.333.820

Indicador de desempenho

Cultivar Gerada/Recomendada

Estirpe

Insumos Agropecuários

Máq./Equip./Instalação

Metodologia Científica

Monitoramento Zoneamento

Prática/Prcesso Agropecuários

Prática/Processo Agroindustriais

Software

Tabela 17. Desenvolvimento de Tecnologia, Produtos e Processos.

1998

137

11

19

15

93

251

187

31

43

Fonte: SGE e SISPAT – Relatório Consolidado de Metas Quantitativas 16/03/2004.

(*) Indicadores auditados.

1999

128

43

50

17

109

702

233

48

36

2000

112

11

54

15

132

411

366

50

27

Var 2003/media

42,5

9,4

17,2

-35,9

30,6

-39,9

66,4

-5,6

31,6

2001

100

18

59

15

189

416

370

45

48

2002

158

13

74

16

185

417

340

59

55

2003

181

21

60

10

185

264

498

44

55

65Relatório de Gestão 2003

provenientes de sua produção direta, representado por605.736 sementes pré-germinadas de dendê e728.084 de espécies frutíferas( acerola, ameixa,banana, caju, coco, figo, goiaba, laranja, limão, maçã,manga, maracujá, mexerica, nectarina, pêra, pêssego,tangerina e uva), florestais e ornamentais, e 277.131propágulos de caju, manga, guaraná e florestais,produzidos por terceiros, mediante contrato delicenciamento.

O faturamento obtido com a produção própria desementes básicas e propágulos foi de R$6.996.120,00e os royalties provenientes da produção licenciada desementes básicas e propágulos foi de R$721.208,81,totalizando R$7.717.328,81. Licenciou-se a produçãode sementes básicas de algodão, arroz, batata,cevada, feijão, milho, soja, sorgo, trigo e vigna, epropágulos de caju, manga, guaraná e florestais. NaFigura 7.5.1, é apresentado o desempenho dacomercialização de sementes básicas, no período de2000 a 2003.

A comercialização de sementes de classessubsequentes à básica de cultivares protegidas daEmbrapa para o ano de 2003, alcançou o total de329.515,8 toneladas, proporcionando um faturamentode royalties de R$8.235.394,09. As principaisespécies licenciadas foram algodão, arroz, feijão,milho, soja, sorgo e trigo.

Em 2003, o Serviço faturou também, R$1.189.090,00com subprodutos e serviços.

Entre os anos de 1996 a 2003, a Embrapa protegeu98 patentes, 129 marcas, 25 softwares e 192cultivares no Brasil e, 65 patentes, 1 marca e 19cultivares no exterior, o que significa dizer, entreoutros, que em sete anos a Embrapa realizou cerca deoito vezes mais pedidos de depósito que nos 19 anosanteriores à implementação da política de PropriedadeIntelectual na Instituição.

Entre 1998 e 2003, das 523 cultivares protegidas,128 cultivares são de titularidade exclusiva daEmbrapa e mais 36 são protegidas em regime de co-titularidade entre a Embrapa e parceiros, num total de164 cultivares protegidas com a participação daEmbrapa, representando 31,36% do total de cultivaresprotegidas, o equivalente a soma do número decultivares protegidas do 2º ao 6º colocados na mesmalista (respectivamente: MONSOY LTDA. 12,81%,COODETEC - Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola7,46.%, Cooperativa de Produtores de Cana, Açúcar eálcool do Estado de São Paulo Ltda. – COPERSUCAR

5,54%, Naturalle Agromercantil S/A 3,06% eFundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de MatoGrosso 2,49%).

Proteção e materializaçãodo penamento inovador

A Embrapa possui desde 1996, uma PolíticaInstitucional de Gestão da Propriedade Intelectual,fruto de esforço de capacitação institucional para otema desde o início dos anos 90. Esta política instituiudiretrizes e mecanismos operacionais para implementaras ações de proteção ao conhecimento gerado pelaatividade de pesquisa da Empresa. Um dos mecanismosfoi a criação da Secretaria de Propriedade Intelectual -SPRI, vinculada diretamente ao Diretor-Presidente daEmbrapa. A SPRI tinha a função de preparar eacompanhar junto aos órgãos de proteção (INPI eSNPC) os processos de pedidos de patentes, processosde proteção de cultivares, registro de marcas e desoftwares.

Em 2003, essa Secretaria perdeu a condição deUnidade Central e passou a ser uma Gerência Adjuntada Embrapa Transferência de Tecnologia. A Empresapossui também norma própria sobre direitos do autor, ecompartilha, com o autor/colaborador de obracientífica ou audiovisual, os direitos autoraisdecorrentes da comercialização desses produtos.Atualmente prepara norma de compartilhamento deresultados econômicos financeiros com os inventoresdas patentes.

A evolução dos pedidos de proteção de patentes,marcas, softwares e cultivares ao longo da história daEmbrapa, está detalhada na Tabela 19.

Em decorrência de sua política de propriedadeintelectual a Empresa vem arrecadando royalties deforma crescente conforme apresentado na Fig. 24.

A agricultura familiar, responsável por 35% daprodução agrícola nacional e por 25% das terrascultivadas do País, ocupa mais de 14 milhões depessoas, que tiram da terra a subsistência das famíliase comercializam a produção excedente.

A Embrapa, nos últimos anos, desenvolveu váriasações, juntamente com outros órgãos do Governo,proporcionando apoio tecnológico para mais de ummilhão dessas famílias, transferindo tecnologias,realizando treinamentos, distribuindo mudas esementes, planejando projetos de assentamentos e deprocessamento de produtos, com geração de empregosdiretos e indiretos.

66 Relatório de Gestão 2003

As Unidades da Empresa estão apoiando comtecnologias mais de 600 assentamentos de reformaagrária.

Só na II Campanha Nacional de Produção de Sementesem comunidades rurais, atualmente, cerca de 500 milprodutores rurais, de 15 mil comunidades dos maisdiversos pontos do Brasil, principalmente os de basefamiliar, estão recebendo gratuitamente sementesmelhoradas de cultivares de feijão e milho,desenvolvidas pela Embrapa. Estima-se que 40% dosprojetos em andamento na Empresa gerem tecnologiasque atendam demandas do pequeno agricultor.

A Embrapa participou da coordenação de 18 OficinasRegionais para a construção de políticas públicas de

segurança alimentar e desenvolvimento sustentáveldos povos indígenas, em parceria com outrasinstituições e organizações indígenas.

O trabalho com com povos tradicionais requer umcuidado adicional quando a pesquisa envolve o acessoa recursos genéticos e conhecimento tradicionalassociado. Para garantir transparência no processo esegurança aos detentores desses recursos, foiconstruído o processo de anuência prévia para acessoa recursos genéticos e conhecimento tradicional juntoaos povos indígenas Krahô, Kaiabi e Yawalapti.

A necessidade de reforças as bases de segurançaalimentar desses povos levou ao desenvolvimento demetodologias de conservação “on farm” de suasvariedades tradicionais e à multiplicação de sementesde milho tradicional para reintrodução junto aos povosKrahô, Maxacali, Bororo e Xavante.

Com o objetivo de avaliar a adoção de tecnologias esua transferência, foram introduzidas fruteiras diversase sistemas agroflorestais visando o enriquecimento dosquintais e das roças Krahô, para tal foram capacitadostécnicos de entidades parceiras no processo emultiplicadores indígenas.

Fig. 24. Arrecadação de Royalties.

Fonte: SPRI 2003.

Brasil

32

7

12111

113454

83121083

140

Tabela 19. Pedidos de Proteção de Patentes, Marcas, Softwares e Cultivares, até 31 de dezembro de 2003.

Fonte: SPRI 2003.

Ano

197719781979198019811982198319841985198619871988198919901991199219931994199519961997199819992000200120022003Totais

Brasil

12

124112214

13198

121412128

116

Exterior

117

1414235

65

Patentes

Total

12

124112214

13209

1928263513

181

Exterior

1

1

Patentes

Total

32

7

12111

113454

83121093

141

Brasil

7263322

25

Exterior

0

Patentes

Total

7263322

25

Brasil

303150302427

192

Exterior

856

19

Patentes

Total

303158353027

211

67Relatório de Gestão 2003

Foram implementadas também, parcerias com aAssociação de Trabalhadores Indígenas de Caarapó/MS, com a Agência de Desenvolvimento do MS/Campogrande/MS; ONG Ecologia em Ação/Ecoa/CampoGrande MS; Associação 24 de julho/Assentamento SulBonito; Assentamentos de Itaquirai; Associação dePequenos Produtores do Projeto Assentamento LuaBranca em Itaquirai/MS, com os Assentamentos deItacira/Imperatriz e Sol Brilhante/Cidelândia/MA, comos Assentamentos Tabuleirão/Buritirana/MA, tendocomo objetivos, fornecer mudas frutíferas e toda atecnologia de produção, instalar unidades deobservação de fruteiras, matrizeiros e distribuição demudas, fornecer apoio técnico quanto à manutenção,tratos culturais e controle fitossanitário nasComunidades Núcleos I,II e III do Perímetro Irrigado deSão Gonçalo/Souza/PB, Comunidade Sítio São Vicente/Souza/PB, Comunidade Sítio Caraíbas/Aparecida/PB,Comunidade Sítio Serra Azul/Aparecida/PB,Comunidades Sítio Saco/Nazarezinho e Sitio Cordeiro/PB.

Foram implantadas as atividades do Projeto Salada deFrutas, desenvolvido com a Comunidade Riacho Doce/Porto Franco/MA, com atendimento a 30 famílias e aAldeia Juçaral/Amarante/MA.

Foi realizada a capacitação em Assentamentos, nasculturas de mangueira, coqueiro, cajueiro e bananeiraem produção de mudas – Petrolina – PE, contemplando736 famílias, com implantação de 05 viveiros cobertosde produção de mudas e 5 viveiros a campo deprodução de mudas.

A Embrapa apoiou o Programa Fome Zero contribuindopara a ampliação das oportunidades de trabalho erenda, através das seguintes ações, iniciadas em2003:

• Transferência de tecnologia e apoio aodesenvolvimento das ações produtivas em Acauã eGuaribas-PI.

• Diagnóstico qualitativo das águas subterrâneas esuperficial dos municípios de Acauã e Guaribas-PI.

• Organização de redes de comercialização dosprodutos da agricultura familiar do Estado do Piauí.

• Levantamento de solo em municípios do semi-áridonordestino.

• Melhoria do processo de comercialização comoestratégia para o combate à pobreza e à fome no meiorural.

• Agregação de valor da matéria-prima da agriculturafamiliar.

• Industrialização da mandioca e de frutas tropicais.

• Introdução da cultura do sisal em áreas deassentamentos rurais, por meio de um sistema deprodução sustentável.

• Verticalização das culturas do gergelim e doamendoim.

• Implantação de Unidades artesanais deprocessamento de carnes caprinas e ovinas, noterritório dos Inamuns-CE.

• Implantação de sistema de produçãoagrossilvopastoril em assentamentos rurais, noterritório do Vale do Curu-CE.

• Ações integradas de capacitação visando aodesenvolvimento sustentável do território da bacia doCuru-CE.

• Capacitação de agentes multiplicadores, visandoatender à demanda de informação técnica de produtosda agricultura familiar.

· Diagnóstico agrosocioeconômico da área deabrangência do Programa Fome Zero no semi-áridosergipano.

· Resgate e valorização da cultura alimentar do semi-árido brasileiro.

• Caracterização das perdas associadas aos principaissistemas de produção familiares do semi-áridonordestino.

• Estudo da logística da oferta e da demanda dealimentos para o Programa Fome Zero.

• Coleta, multiplicação e avaliação das espécies usadaspelos agricultores no semi-árido nordestino.

• Implantação de programa de rádio orientado para adifusão de tecnologias aos jovens rurais no semi-áridonordestino.

• Produtos de informação de mídia eletrônica paraagricultura familiar no semi-árido nordestino.

68 Relatório de Gestão 2003

• Implantação da Escola Digital Integrada na Educaçãoda Família Rural (EDIR), com instalação deminibibliotecas para disponibilização de produtos deinformação da Embrapa.

• Uso de tecnologias para combate à miséria e àpobreza em Pernambuco.

• Fortalecimento da agricultura familiar em basetecnológica para o Programa Fome Zero nos territóriosdo Cariri e do Brejo, na Paraíba.

• Uso de tecnologias disponíveis para odesenvolvimento sustentável do semi-árido do RioGrande do Norte.

Anexo: Exemplosde Tecnologia Geradasem 2003

A listagem a seguir apresenta os melhores trabalhosproduzidos pela Embrapa no ano de 2003 nas áreas deprodução de cultivares, desenvolvimento deequipamentos, desenvolvimento de processos,zoneamento agrícola, práticas agrícolas e pecuárias,desenvolvimento de novas estirpes, desenvolvimentode base de dados e outros trabalhos.

Cultivar

Algodão BRS MUCURIPE CNPA 97.1682: Materialobtido para as condições do Cerrado brasileiro comexcelentes qualidades de fibra, alta produtividade, boaprodução de fibra, boa fiabilidade e um bom peso decapulho, em média 6,5 gramas, ciclo de cultivo entre170 a 180 dias.

Algodão BRS VERDE: Obtido do cruzamento daArkansas Green de fibra verde com a cultivar de fibrabranca CNPA 7H, de ampla adaptabilidade à regiãoNordeste e de fibra de boa qualidade. Destina-sepreferencialmente para o Nordeste, este algodão faráparte de um sistema de produção (sequeiro e irrigado)em pequenas e médias propriedades. Seu ciclo é de130 a 140 dias. É menos produtiva que a CNPA 7H,porém na média produz acima de 2000 kg/ha. Estacoloração natural valoriza os novos produtos.

Algodão BRS CNPA 97.7663: Cultivar desenvolvidapara o cerrado do Mato Grosso, Goiás e Bahia, quetem um ciclo de 170 dias aproximadamente, apresentaresistência múltipla para doenças, é adaptada acolheita mecânica e produz 8% a mais que a CNPAITA 90.

Aveia FUNDACEP-FAPA 43: Cultivar de aveiaforrageira para cobertura de solo. Com base no ensaiocom aveia para cobertura de solo realizado anualmentena Embrapa Pecuária Sudeste, é feita a recomendaçãode cultivares para a região Sudeste. Em 2003, passoua ser recomendada para cobertura de solo a cultivar

FUNDACEP-FAPA 43, que apresentou média derendimento de matéria seca de oito locais no períodode 2000 a 2002 de 6.757 kg/ha, 2% superior aorendimento da cultivar FAPA 2 (6.647 kg/ha). Público-alvo: Produtores da região Sudeste que usam o sistemade plantio direto. Benefícios esperados: Produtoresencontram disponibilidade de cultivares de aveia paracobertura de solos, adequadas para os locais da regiãoSudeste que não necessitem de irrigação, o que implicamaior produção de matéria seca para cobertura de soloem sistema de plantio direto. Impactos esperados(ambientais, sociais e econômicos). Impactosambientais: Espera-se maior proteção do solo noperíodo de inverno, pois possibilita que o solopermaneça com cobertura vegetal durante a maiorparte do ano; o seu cultivo assegura também adiversificação na produção agrícola. Impactoseconômicos: Ao aumentar o número de cultivaresrecomendadas, possibilita-se o aumento da diversidadedas espécies vegetais, o que propiciará redução deperdas de produção de forragem provocadas peloataque de pragas e doenças, com conseqüentediminuição do prejuízo. Impactos sociais: A garantia daestabilidade em sistemas de produção, traz maissustentabilidade econômica no sistema, o quepossibilita a garantia do emprego do trabalhador rural.

Aveia para a produção de grãos no Estado de SãoPaulo: UFRGS 14, OR 3, URS 20, FAPA 4, IAC 7.Quatro cultivares de aveia, UFRGS 14, OR 3, URS 20e FAPA 4 são recomendadas para plantio no Estado deSão Paulo, pois apresentam rendimento de grãossuperiores a 4000 kg/ha, grãos com peso do hectolitrosuperior a 50 e não apresentam acamamento deplantas. Também é recomendada a cultivar IAC 7,que, embora apresente rendimento de grãosligeiramente inferior a 4000 kg/ha, tem outrascaracterísticas favoráveis, sendo muito precoce e suassementes são de fácil obtenção no Estado de SãoPaulo. Estas cultivares apresentam, portanto, maiorprodutividade e grãos de melhor qualidade do que as

70 Relatório de Gestão 2003

demais cultivares comerciais de aveia. Público-alvo:Agricultores de alto nível tecnológico, que usamirrigação no inverno. Impactos esperados: Sãoesperados impactos ambientais, econômicos e sociaispositivos, pois a utilização destas cultivares deverátrazer vantagens econômicas a quem as produzir. Suamaior produtividade poderá fazer com que o produtofinal tenha preço menor. Sua lucratividade poderátrazer a adesão de novos produtores, com aconseqüente redução da área de terra descoberta noinverno.

Banana Maravilha e Banana Preciosa: Variedades tipoPrata resistentes à sigatoka-negra e ao mal-do-panamá. A produção de banana é uma das principaisfontes de renda para o agricultor familiar no Estado doAcre. A doença da Sigatoka-negra foi disseminada portoda a Região Norte e vem reduzindosignificativamente a produção, aproximadamente 42%em 2003, e afetando a qualidade dos frutos. Devido àconstatação da ocorrência da doença, os produtoresficaram impedidos de vender sua produção para outrosestados. As variedades foram avaliadas em diferentesecossistemas, destacando-se por suas característicasagronômicas, entre elas, principalmente, a qualidadedos frutos e a elevada produtividade. Diante de suacomprovada resistência às doenças, principalmente àSigatoka-negra, as variedades constituem-se emexcelente alternativa para o produtor, atingindo umaprodutividade 50% superior à das cultivares das quaissão originárias.

Seleção de clones precoces de café Conilon (Coffeacanephora Pierre ex. Froehner): Os clones CPAFRO-199, CPAFRO-194, CPAFRO-193, CPAFRO-77,CPAFRO-167, CPAFRO-100 e CPAFRO-54,apresentaram elevada produção de café beneficiadopor planta, demonstrando que são fontes potenciaispara a obtenção de novas variedades. O melhoramentogenético do café Conilon, visando a obtenção de clonesprodutivos, poderá ser realizado por meio da seleçãode plantas que apresentem ramos mais compridos,com maior número de frutos por roseta e maiornúmero de rosetas por ramo.

Canola PFB-2: O cultivo de canola é uma alternativapara diversificação e geração de renda no período deinverno, nos sistemas de rotação de culturas dasregiões tritícolas da Região Sul do Brasil . A EmbrapaTrigo registrou em 2003 a cultivar PFB 2. Trata-se decanola de primavera, da espécie Brassica napus L. var.oleifera, desenvolvida por melhoramento genéticoconvencional, através de seleção em população dacultivar Niklas, realizada na Embrapa Trigo.Experimentos comprovaram o potencial e a adaptação

dessa cultivar no Rio Grande do Sul. Apresenta ciclomais longo (8 a 21 dias) e maturação menos uniformedo que híbridos, como o Hyola 401. Sua maiorprodutividade no RS compensa perdas de colheitadeterminadas pela desuniformidade. Por permitir aprodução de sementes na propriedade apresenta custode sementes muito menor que o de híbridosimportados.

Seleção de genótipos de Centrosema: Os genótiposmais promissoras para a formação e/ou renovação depastagens nas condições edafoclimáticas deAriquemes, considerando-se os rendimentos, aqualidade e a distribuição estacional de forragem,foram C. acutifolium CIAT-5277 e CIAT-5234, C.macrocarpum CIAT-5062, CIAT-5064 e C. brasilianumCIAT-5247.

Cevada BRS Borema: BRS Borema descende docruzamento MN 606/PFC 85107//Alexis, realizado emPasso Fundo em 1990. As plantas de Borema são deciclo curto (média de 142 dias) e de altura média-alta(média 95 cm). Apresenta ampla adaptação comdesempenho agronômico superior ao das cultivaresatuais (BR 2, MN 698, Embrapa 127), nas principaisregiões produtoras de cevada cervejeira do RS, SC ePR. Além de produtiva, BRS Borema apresentamoderada resistência ao acamamento e as principaismoléstias da cultura no país (mancha reticulada, oídio eferrugem da folha). Destaca-se ainda pela excelentequalidade de malte superando em alguns parâmetros asmelhores cultivares em qualidade (MN 698 e Embrapa127). No nome Borema, bo, re e ma significam boa,rendimento e malte, respectivamente.

Cultivar de Citros ‘Ortanique’: A região sul do RioGrande do Sul está despontando como de grandepotencial para a produção de citros de mesa, tantopara abastecimento do mercado interno como externo.Buscando adaptar o conhecimento disponível tanto noBrasil como no Exterior, bem como introduzir materialgenético de qualidade para a formação dos pomares, aEmbrapa Clima Temperado introduziu a cultivar decitros ‘Ortanique’ que, em parceria com a Secretariade Agricultura do Rio Grande do Sul vem formandoplantas produtoras de borbulhas visando a produção demudas. Esta cultivar vem sendo cultivada nosprincipais países produtores de citros e mostrouexcelente adaptação às condições edafoclimáticas dosul do Rio Grande do Sul. Os frutos não apresentamsemente, são muito doces, abundantes em suco(superior a 50% do peso total) e de coloração intensa,sabor exótico e produção coincidindo com período depreços mais altos para o produto. A produtividade é deaproximadamente 40 t./ha. Estão sendo produzidas 20

71Relatório de Gestão 2003

mil mudas/ano desta cultivar para atender a umademanda crescente estimada, atualmente, em mais de100 mil mudas. Em 2004 três novos viveiristas serãotreinados visando suprir a demanda.

Caracterização de nove cultivares apirênicas de citrosde mesa, por marcadores morfológicos: Apesar dacitricultura brasileira ser das mais desenvolvidas nomundo, sendo o país, o maior exportador de sucoconcentrado no mundo, não possui tradição naprodução de frutas para o consumo “in natura”.Contando com condições ambientais adequadas, essaprodução poderá vir a constituir-se em vasto mercadointerno e externo. Entre as principais limitações àcitricultura de mesa, está a falta de material genéticoselecionado. Ultimamente, a Embrapa ClimaTemperado vem introduzindo, através do programa decertificação uruguaio, material genético de grandeaceitação no mercado internacional. Uma etapaessencial para um programa de certificação,melhoramento e conservação de germopolasma é acaracterização das cultivares, visando omonitoramento da qualidade genética. Este trabalho foifeito na Embrapa Clima Temperado, identificando-se 4laranjas (Lane Late, Navelate, Navelina, Salustiana); 3tangerinas (Clemenules, Marisol, Okitsu) e 2 híbridos(Nova e Ortanique). Em função da simplicidade, baixocusto e eficiência, optou-se pelo método decaracterização morfológica, sabidamente eficaz,mesmo com as laranjas doces, e está sendorotineiramente utilizada em pomares do R.G.do Sulpara identificar eventuais misturas de cultivares, quecomprometeria a produção de frutas sem sementes.

Produção de mudas de citros em ambiente protegido,no R.G.do Sul: A região sul do Rio Grande do Sul estádespontando com grande potencial para a produção decitros de mesa, tanto para abastecimento do mercadointerno como externo. O agravamento dos problemasfitossanitários desta cultura no país, especialmente osrelacionados à clorose variegada, à gomose dePhytophthora e ao cancro cítrico, está obrigando auma mudança drástica no sistema de produção demudas. Estes são problemas ainda não limitantes nessaregião, mas que exigem uma série de cuidados epráticas que minimizem o risco para os pomares quevenham a ser implantados. Assim, foram realizadaspesquisas na Embrapa Clima Temperado, buscandoadaptar o conhecimento disponível para o Estado deSão Paulo às condições edafoclimáticas do Rio Grandedo Sul. Foi desenvolvido um conjunto de práticas paraa produção de mudas em viveiro-telado, equacionando-se o uso de sementes certificadas; semeadura deporta-enxertos em tubetes utilizando substratos;sistema de irrigação, adubação e controle

fitossanitário; metodos para a condução dos porta-enxertos, enxertia de borbulas certificadas, formaçãodas mudas; e transporte das mudas para o plantio nopomar. Este sistema está implantado em áreas de trêsviveiristas, nesta nova região O agravamento dosproblemas fitossanitários da cultura dos citros no país,especialmente os relacionados à clorose variedada, àgomose de Phytophthora e ao cancro cítrico, obrigou auma mudança drástica no sistema de produção demudas citrícola, produzindo 150 mil mudas/ano. Estatecnologia, além de garantir uma muda certificada,reduz do custo de produção da muda em até 25%, secomparado ao sistema tradicional de produção àcampo.

Feijão Talismã - Nova cultivar de feijoeiro para Minas:A cultivar de feijão BRS MG Talismã foi recomendadapara plantio no Estado de Minas Gerais, principalmentedevido ao tipo de grão carioca dentro do padrãoexigido pelo mercado, boa produtividade de grãos eresistência aos patógenos de C. lindemuthianum queocorrem com maior freqüência no estado.

Forrageiras para áreas montanhosas Juiz de Fora: Asgramíneas forrageiras Brachiaria brizantha, cv.Marandu, Brachiaria decumbens, cv. Australiana eSetaria Sphacelata, cv. Kazungula e Nandi,apresentam bom potencial para produção de forragem,principalmente no período da seca, além deproporcionarem boa cobertura vegetal do solo. Emrazão disso, constituem boa opção para a formação depastagens em áreas montanhosas e que apresentamum período de estiagem durante boa parte do ano.Para a formação de pastagens em regiões frias e dealtitude elevada são indicadas as espécies Hemarthriaaltíssima, cv. Flórida e Setaria sphacelata, cv.Kazungula e Nandi, que proporcionam boa coberturavegetal do solo e são resistentes às baixastemperaturas. Dessas cultivares, a Marandu é daEmbrapa Gado de Corte e a Flórida, do Iapar. Asdemais são de outras instituições parceiras.

Milho Saracura: Variedade de milho de polinizaçãoaberta , tem demonstrado bom comportamentoprodutivo e boa estabilidade de produção em váriasoportunidades na região Nordeste do Brasil,justificando sua recomendação para exploraçãocomercial nos sistemas de produção dos pequenos emédios produtores rurais da região.

Híbrido de Milho BRS 1001: O híbrido de milho BRS1001, desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo, é umhíbrido simples, de ciclo precoce, porte médio e tipo degrão duro alaranjado. BRS 1001 foi indicado,inicialmente, para cultivo nas regiões centro-oeste e

72 Relatório de Gestão 2003

sudeste e nos estados da Bahia, do Piauí, doMaranhão, do Tocantins e do Paraná. Apresenta comoprincipais características: alta produtividade, amplaadaptação tecnológica e geográfica, estabilidade deprodução e resistência à cercospora. Com o objetivode avaliar o desempenho do híbrido BRS 1001 no RioGrande do Sul, visando à extensão de uso para oestado, o mesmo vem sendo avaliado nos ensaios deavaliação de híbridos “Rede Embrapa Sul”, conduzidospela Embrapa Trigo, como parte das atividadesprevistas no plano de ação 2 do projeto SEG 344/02(“Rede de desenvolvimento de cultivares e recursosgenéticos de milho tolerantes aos estresses, comqualidade de grãos e adaptados às diferentes regiõesdo país”).

Milho para silagem: Resultados das safras 2000/2001e 2001/2002. Considerando o critério adotado dasuperioridade de produção de leite, são recomendadaspara a Região Sudeste as cultivares P3OF80, FORT,P3O21, VALENT, STRIKE, DKB333B, DAS8550 eTORK; para a Região Sul as cultivares P3021,CD3121, AS3477 e DAS766 e para a Região Brasil-Central TORK, 8420, 8550 e FORT.

Milho BRS 2020: É de ciclo precoce, tem porte baixo,excelente empalhamento e grãos do tipo semi duro,alaranjados e de ótima sanidade, características quevêm sendo requeridas pelo mercado. A cultivar érecomendada para as regiões Sudeste, Centro-Oeste,norte do Paraná e os estados da Bahia, Piauí,Maranhão e Tocantins. A época de plantiorecomendada para o BRS 2020 é a safra de verão; eleapresenta também bom desempenho na safrinha noParaná, no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e emSão Paulo. A densidade populacional indicada pelaEmbrapa é de 55.000 plantas por hectare.

Estabilidade de cultivares de milho-pipoca emdiferentes ambientes, no estado de Minas Gerais: Ascultivares de milho pipoca Zélia, IAC 112 e Ames-4198 foram superiores quanto à produção de grãos e àcapacidade de expansão, apresentando os menoresriscos de baixa produtividade e capacidade deexpansão, no Estado de Minas Gerais.

Soja BRS 239 - Recomendação: Cultivo na região suldo estado de Mato Grosso do Sul, em solos de média àalta fertilidade, para semeadura de 20 outubro a 15 dedezembro. Caracterização: É do grupo de maturaçãoprecoce e apresenta tipo de crescimento determinado.Possui flor roxa, pubescência e vagem de cor marrommédia. A semente é esférica achatada, comtingimento de cor amarela, bilho intermediário e hilopreto imperfeito. A reação à peroxidade é positiva e

negativa. Apresenta boa resistência ao acamamento eà deiscência de vagens. É resistente às doenças cancroda haste, mancha “olho-de-rã” e fústula bacteriana. Émoderadamente resistente ao Meloidogyne javanica eresistente ao M. incognita. A altura média das plantasé de 77cm e de inserção nas primeiras vagens de15cm. O peso médio de 100 sementes é 15.2 g. Namédia dos 14 ambientes em que foi avaliada,apresentou produtividade média de 3.490 kg/ha, sendo11.6 e 7.28 % superior, respectivamente às cultivaresBR 16 e CD 201. Impacto esperado: - Aumento daprodutividade média de grãos da região de indicação.;Possibilidade de aproveitamento de área infestada comnematóide de galhas; Fortalecimento de setor deprodução de sementes, uma vez que na próxima safrapoderemos ocupar 0,5% da área para a qual estarecomendada.

Soja BRS 240 - Recomendação: Cultivo na região suldo estado de Mato Grosso do Sul, em solos de altafertilidade, para semeadura de 25 de outubro a 15 dedezembro. Caracterização: É uma cultivar do grupo dematuração precoce, tipo de crescimento determinado.Possui flor branca, pubescência cinza e vagem de corcinza clara. A semente é esférica achatada, comtingimento amarelo, brilho intermediário e hilo de cormarrom clara. A reação à peroxidase é positiva.Apresenta boa resistência ao acamamento e àdeiscência de vagem. É resistente às doenças cancroda haste, mancha “olho-de-rã” e pústula bacteriana. Émoderadamente resistente aos nematóides formadoresde galhas. Apresenta 68cm de altura média dasplantas e 12 cm de inserção das primeiras vagens. Opeso médio de 100 sementes é 13.3 g. Na média dos14 ambientes em que foi avaliada , apresentouprodutividade média de 3.311 kg/ha, sendo 5,9 e1,7% superior, respectivamente, às cultivada BR 16 eCD 201.Impacto esperado: - Aumento daprodutividade média de grãos da região de indicação; -Possibilidade nas áreas de alta fertilidade; em funçãodo seu ciclo precoce, viabilizará melhor resultado nasucessão soja/milho.

Soja BRS 241 - Recomendação: Cultivo na região suldo estado de Mato Grosso do Sul, em solos de média ealta fertilidade, para semeadura entre 01 de novembroa 05 de dezembro. Caracterização: A BRS 241 é dotipo de crescimento determinado e do grupo dematuração semiprecoce. Possui flor branca,pubescência cinza e vagem de cor cinza clara. Asemente é esférica achatada, com tegumento de coramarela, com alta intensidade de brilho e hilo marromclaro. A reação à peroxidade é positiva. Apresenta boaresistência ao acamamento e à deiscência de vagens.É resistente às doenças cancro da haste, mancha do

73Relatório de Gestão 2003

“olho-de-rã” e pústula bacteriana. É moderadamenteresistente ao meloidogyne javanica e suscetível ao M.incognita. A altura média das plantas é 76 cm e deinserção das primeiras vagens de 14cm. O peso médiode 100 sementes é 13,2g. Nos ambientes onde jáavaliada apresentou produtividade média de 3.407 kg/ha, sendo 8,9, 4,6 e 3,9% superior, respectivamente,às cultivares BR 16, CD 201 e FT Abyar. Impactoesperado: Possibilidade escalonamento de plantio/colheita; Diminui risco uma vez que apresenta altaestabilidade de produção; Fortalecimento das empresasprodutoras de sementes, tendo em vista que napróxima safra, poderá ocupar em torno de 0,5% daárea de soja da região sul de Mato Grosso do Sul.

Soja BRS Candiero: Indicada para regiões brasileiraslocalizadas ao sul do paralelo 24°S. A cultivar de sojaBRS Candiero é oriunda do cruzamento BRS 66 xHartwig. É de ciclo semi-tardio, com tipo decrescimento determinado. É resistente ao cancro dahaste, a podridão parda da haste e a mancha olho-de-rã e tem moderada resistência ao oídio. A média derendimento de grãos de BRS Candiero, em 21ambientes, no RS, foi 2,3% superior ao da Fepagro RS-10; em 8 ambientes, em SC, foi 3,7% superior ao deM-Soy 7501; em 14 ambientes, no PR, foi 5,7%superior ao de M-Soy 7501; em cinco ambientes, emSP, foi 1,6% superior ao de BRS 134 e BRSMGConquista; e no MS, em quatro ambientes, foi 4,9%superior ao de FT-2000.

Soja BRS Guapa: Indicada para regiões brasileiraslocalizadas ao sul do paralelo 24°S. A cultivar de sojaBRS Guapa é oriunda do cruzamento BRS 66 xHartwig. É de ciclo semi-tardio, com tipo decrescimento determinado. É resistente ao cancro dahaste, a podridão parda da haste, a mancha olho-de-rã,ao oídio e ao vírus do mosaico comum da soja. A médiade rendimento de grãos de BRS Guapa, em 14ambientes, no RS, foi 4,7% superior ao da Fepagro RS-10; em 7 ambientes, em SC, foi 8,1% superior ao deM-Soy 7501; em 12 ambientes, no PR, foi 6,4%superior ao de M-Soy 7501; em cinco ambientes, emSP, foi 4,1% superior ao de BRS 134 e BRSMGConquista; e no MS, em três ambientes, foi 2,6%superior ao de FT-

Soja BRS Invernada: Indicada para PR e SP - Ano2003. A cultivar de soja BRS Invernada é oriunda docruzamento Stonewall x Delsoy 4710. É de cicloPrecoce, com tipo de crescimento indeterminado. Éresistente ao cancro da haste, a mancha olho-de-rã eao nematóide de cisto da soja, raça 3. A média derendimento de grãos de BRS Invernada, em 17ambientes, no PR, foi 5,8% superior ao da CD 202; e

em sete ambientes, em SP, foi 1,6% superior a CD201.

Soja BRS Cambona: Indicada para regiões brasileiraslocalizadas ao sul do paralelo 24°S . A cultivar de sojaBRS Cambona é oriunda do cruzamento PF 912 xEmbrapa 19. É de ciclo semi-tardio, com tipo decrescimento determinado. É resistente ao cancro dahaste, a podridão parda da haste, a mancha olho-de-rãe ao oídio. A média de rendimento de grãos de BRSCambona, em 14 ambientes, no RS, foi 6.8% superiorao da Fepagro RS-10; em 10 ambientes, em SC, foi6.2% superior ao de M-Soy 7501; em 12 ambientes,no PR, foi 9.4% superior ao de M-Soy 7501; em cincoambientes, em SP, foi 15.0% superior ao de BRS 134e BRSMG Conquista; e no MS, em três ambientes, foi15.7% superior ao de FT-2000.

Soja BRS Querência: Indicada para RS e SC. A cultivarde soja BRS Querência é oriunda do cruzamento BRS66 x Hartwig. É de ciclo tardio, com tipo decrescimento determinado. É resistente ao cancro dahaste, a podridão parda da haste e a mancha olho-de-rã. A média de rendimento de grãos de BRS Querência,em 23 ambientes, no RS, foi 3,5% superior ao daFepagro RS-10; e em oito ambientes, em SC, foi 7,2%superior ao de BRS 134.

Soja Tebana: Indicada para o RS, SC e centro-sulsudoeste do PR. Ano 2003. A cultivar de soja BRSTebana é oriunda do cruzamento (PFBR 8817007 x RS6-Guassupi) x FT-Abyara. É de ciclo médio, com tipo decrescimento determinado. É resistente ao cancro dahaste, a podridão parda da haste, a mancha ôlho-de-rã eao vírus do mosaico comum da soja. A média derendimento de grãos de BRS Tebana, em 22 ambientes,no RS, foi 4,8% superior ao de BRS 66; em oitoambientes, em SC, foi 4,8% superior ao da Embrapa 48;e em 12 ambientes, no PR, nas regiões centro-sul esudoeste foi 1,7% superior ao Embrapa 48.

Soja BRS Raiana: Indicada para PR e SP. A cultivar desoja BRS Raiana é oriunda do cruzamento PFBR8818890 x BR 89-9591. É de ciclo precoce, com tipode crescimento determinado. É resistente ao cancro dahaste, a podridão parda da haste, a mancha ôlho-de-rãe ao vírus do mosaico comum da soja e émoderadamente resistente ao oídio. A média derendimento de grãos de BRS Raiana, em 13 ambientes,no PR, foi 2,9% superior ao de CD 202; e em seteambientes Cultivar MN 721. Ano 2003. MN 721descende do cruzamento MN 657/BR 2, realizado emEncruzilhada do Sul, RS, em 1988 pela Brahma(atualmente AmBev). MN 721 tem origem na linhagemCEV 96033, desenvolvida através da parceria

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(convênio) entre Brahma, Embrapa Trigo, Antárctica,Kaiser e Cooperativa Agrária. Apresenta ciclo curto eporte alto. Apresenta performance agronômicasuperior ao das cultivares atuais nas principais regiõesprodutoras de cevada no RS, estado para qual seucultivo foi indicado em 2003. Destaca-se também pelasuperior qualidade de grão (classificação) e de malte epela moderada resistência a ferrugem da folha 10., emSP, foi 4,7% superior ao de CD 201.

Soja BRS Torena: Indicada para o RS, SC e centro-sulsudoeste do PR. Ano 2003. A cultivar de soja BRSTorena foi desenvolvida pela Embrapa Trigo. Foiindicada para cultivo no Rio Grande do Sul em 2002 epara Santa Catarina e sul-sudoeste do Paraná, em2003. Tem, como características, flor roxa,pubescência cinza, vagem com pubescência cinza-escuro, tegumento da semente amarelo-fosco, hilomarrom-claro e tipo de crescimento determinado.Apresenta planta de estatura de média a alta, comconsiderável resistência ao acamamento. Tem ciclo dematuração semi-tardio para as condições do RioGrande do Sul. Apresenta elevado potencial derendimento de grãos e resistência ao cancro da haste,à podridão parda da haste, à mancha olho-de-rã, e àpústula bacteriana. Rendeu, na média de 18ambientes, no RS, 10% mais que Fepagro RS-10; em 8ambientes de SC, 3,6% mais que M-Soy 7501; e nasregiões centro-sul e sudoeste do PR, em seteambientes, 11,4% mais que M-Soy 7501. (Cultivargerada/extendida). BRS Torena lançada em 2002 paraRS e extendida, em 2003, para SC e para as regiõescentro-sul e sudoeste do PR.

Soja BRS Macota: Indicada para RS, SC, PR e SP. Acultivar de soja BRS Macota é oriunda do cruzamentoOcepar 4 x Ocepar 3. É de ciclo precoce, com tipo decrescimento indeterminado. BRS Macota é resistenteao acamamento e a debulha. BRS Macota é resistenteao cancro da haste, a podridão parda da haste, àmancha olho-de-rã e à pústula bacteriana. BRS Macotatem moderada resistência a nematóide de galhas. Amédia de rendimento de grãos, de BRS Macota, no RS,em 24 ambientes, foi 3,0% superior a de IAS 5; emSC, em nove ambientes, foi 11% superior; e no PR, em17 ambientes, foi 8,7% superior. Em SP, em seteambientes, foi 4.9% superior a CD 201. (Cultivargerada/extendida). BRS Macota lançada em 2002 parao RS e SC e extendida, em 2003, para PR e SP.

Soja BRS 230: A cultivar de soja BRS 230 provém doretrocruzamento BR85-18565 (5) x (Embrapa 4 xTracy-M), realizado pela Embrapa Soja, em Londrina,PR. A BRS 230 é do tipo de crescimento determinado,possui flor roxa, pubescência cinza, vagem cinza clara

e semente com tegumento amarelo de brilhointermediário, hilo marrom claro e peso de 17,4 g /100 sementes. Pertence ao grupo de maturaçãoprecoce (120 dias), apresenta porte médio de planta(70 cm), resistência ao acamamento e à deiscênciadas vagens. É resistente ao cancro e à podridão pardada haste, à mancha “olho-de-rã”, ao vírus do mosaicocomum da soja e ao nematóide de galha Meloidogyneincognita; é moderadamente resistente ao nematóideM. javanica. Testada como linhagem BR97-21277 nasAvaliações Preliminar III e Final nos estados do Paraná,de Santa Catarina e de São Paulo, em 70 ambientes,durante os últimos quatro anos agrícolas (1999/2000 a2002/03), com o apoio técnico e financeiro daFundação Meridional, apresentou rendimento médio de3.744 kg/ha, ou 6,2 % superior ao da CD 202 e 11,6% ao da IAS 5.

Soja BRS 231: A cultivar de soja BRS 231 provém docruzamento Sharkey x (Hartwig x BR92-31814). ABRS 231 é do tipo de crescimento determinado, possuiflor branca, pubescência cinza, vagem cinza clara esemente com tegumento amarelo com brilho, hilomarrom claro e peso de 15,6 g / 100 sementes.Pertence ao grupo de maturação semiprecoce (129dias), apresenta porte médio a alto de planta (85 cm),resistência ao acamamento e à deiscência das vagense boa qualidade fisiológica da semente. É resistente aocancro da haste, à mancha “olho-de-rã” e aonematóide de cisto ? raça 3. Testada como linhagemBR96-18671 na Avaliação Final nos estados doParaná, de Santa Catarina e de São Paulo, em 63ambientes, durante os últimos três anos agrícolas(2000/01 a 2002/03), com o apoio técnico efinanceiro da Fundação Meridional, apresentourendimento médio de 3.542 kg/ha, ou 2,5 % inferiorao da Embrapa 48 e 1,4 % ao da Embrapa 59.Efetivamente, sua superioridade se expressa nas áreascontaminadas pelo nematóide de cisto.

Soja BRS 232: A cultivar de soja BRS 232 provém docruzamento BR85-18565 (3) x [Embrapa 4 (3) x Tracy-M]. A BRS 232 é do tipo de crescimento determinado,possui flor roxa, pubescência cinza, vagem cinza clarae semente com tegumento amarelo com brilho, hilomarrom claro e peso de 18,5 g / 100 sementes.Pertence ao grupo de maturação semiprecoce (124dias), apresenta porte médio de planta (78 cm),resistência ao acamamento e à deiscência das vagens.É resistente ao cancro e à podridão parda da haste, àmancha “olho-de-rã” e ao vírus do mosaico comum dasoja e ao nematóide de galha Meloidogyne incognita; émoderadamente resistente ao nematóide M. javanica.Testada como linhagem BR96-27029 nas AvaliaçõesPreliminar III e Final nos estados do Paraná, de Santa

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Catarina e de São Paulo, em 69 ambientes, durante osúltimos quatro anos agrícolas (1999/2000 a 2002/03),com o apoio técnico e financeiro da FundaçãoMeridional, apresentou rendimento médio de 3.907 kg/ha, ou 9,8 % superior ao da Embrapa 48 e 11,0 % aoda Embrapa 59.

Soja BRS 233: A cultivar de soja BRS 233 provém docruzamento Bragg (2) x BR93-32091. A BRS 233 é dotipo de crescimento determinado, possui flor branca,pubescência marrom, vagem marrom clara e sementecom tegumento amarelo com brilho, hilo marrom epeso de 15,6 g / 100 sementes. Pertence ao grupo dematuração médio (132 dias), apresenta porte médio aalto de planta (82 cm), resistência ao acamamento e àdeiscência das vagens e boa qualidade fisiológica desemente. É resistente ao cancro da haste, à mancha“olho-de-rã” e aos nematóides de galha Meloidogyneincognita e M. javanica. É moderadamente resistenteao oídio. Testada como linhagem BR97-20798 nasAvaliações Preliminar III e Final nos estados do Paraná,de Santa Catarina e de São Paulo, em 66 ambientes,durante os últimos quatro anos agrícolas (1999/2000 a2002/03), com o apoio técnico e financeiro daFundação Meridional, apresentou rendimento médio de3.507 kg/ha, ou 2,0 % superior ao da BRS 134 e 8,6% ao da M-SOY 7501.

Soja BRS 239: A cultivar de soja BRS 239 provém docruzamento OCEPAR 4 x Braxton, realizado em 1989/90, pela Embrapa Soja, em Londrina, PR. A BRS 239 édo tipo de crescimento determinado, possui flor roxa,pubescência e vagem de cor marrom média e sementecom tegumento amarelo com brilho intermediário, hilopreto imperfeito e peso de 15,2 g / 100 sementes.Pertence ao grupo de maturação precoce, apresentaporte médio de planta (77 cm), resistência aoacamamento e à deiscência das vagens. É resistenteao cancro da haste, à mancha “olho-de-rã” e aosnematóides de galha Meloidogyne incognita e M.javanica. Testada como linhagem BR93-11595 nasAvaliações Preliminar III e Final na região sul do Estadode Mato Grosso do Sul, em 14 ambientes, durantequatro anos agrícolas (1998/99 a 2001/02), com oapoio financeiro parcial da Fundação Vegetal,apresentou rendimento médio de 3.490 kg/ha, ou 11,6% superior ao da BR 16 e 7,2 % ao da CD 201.

Cultivar de Soja BRS 240: A cultivar BRS 240 provémdo cruzamento OCEPAR 4 x [BR 16 (4) x IAC 12]. ABRS 240 é do tipo de crescimento determinado, possuiflor branca, pubescência cinza, vagem cinza clara esemente com tegumento amarelo com brilhointermediário, hilo marrom claro e peso de 13,3 g /100 sementes. Pertence ao grupo de maturação

precoce, apresenta porte médio de planta (68 cm),resistência ao acamamento e à deiscência das vagens.É resistente ao cancro da haste e à mancha “olho-de-rã” e moderadamente resistente aos nematóides degalha Meloidogyne incognita e M. javanica. Testadacomo linhagem BR94-7257 nas Avaliações PreliminarIII e Final na região sul do Estado de Mato Grosso doSul, em 14 ambientes, durante quatro anos agrícolas(1998/99 a 2001/02), com o apoio financeiro parcialda Fundação Vegetal, apresentou rendimento médio de3.311 kg/ha, ou 5,9 % superior ao da BR 16 e 1,7 %ao da CD 201.

A cultivar de soja BRS 241: Provém do cruzamento BR16 x BR85-16140, A BRS 241 é do tipo decrescimento determinado, possui flor branca,pubescência cinza, vagem cinza clara e semente comtegumento amarelo brilhante, hilo preto imperfeito epeso de 13,2 g / 100 sementes. Pertence ao grupo dematuração semiprecoce, apresenta porte médio deplanta (76 cm), resistência ao acamamento e àdeiscência das vagens. É resistente ao cancro da hastee à mancha “olho-de-rã”. É moderadamente resistenteao nematóide de galha Meloidogyne javanica. Testadacomo linhagem BR93-4313 nas Avaliações PreliminarIII e Final na região sul do Estado de Mato Grosso doSul, em 14 ambientes, durante quatro anos agrícolas(1998/99 a 2001/02), com o apoio financeiro parcialda Fundação Vegetal, apresentou rendimento médio de3.407 kg/ha, ou 8,9 % superior ao da BR 16, 4,6 % aoda CD 201 e 3,9 % ao da FT Abyara.

Soja BRS Aline: A cultivar de soja BRS Aline originou-se do cruzamento Stonewal x (Hartwig x BR90-6979)e foi indicada, em 2003, para cultivo em Goiás e noDistrito Federal. Esta cultivar possui tipo decrescimento determinado, é de ciclo semitardio (139dias) e apresenta boa resistência ao acamamento e àdeiscência das vagens. Apresenta flor branca,pubescência marrom e semente com tegumentoamarelo brilhante, hilo preto e peso de 17,0 g / 100sementes. É resistente ao cancro da haste e à mancha,ao olho-de-rã e moderadamente resistente ao oídio.Nos testes de Valor de Cultivo e Uso, realizadosdurante dois anos (1999/00 e 2000/01) em 17 locais,com o apoio financeiro da Fundação Cerrados, alinhagem BRAS95-30005 (sigla original da cv. BRSAline) alcançou produção média de 3.351 kg/ha, ou11,0 % superior às de MG/BR 46 (Conquista) eEMGOPA 315 e 2,0 % à da M-SOY 8411.

Soja BRS Diana: A cultivar de soja BRS Aline originou-se do cruzamento (FT 2 x BR80-6989) x FT Abyara efoi indicada, em 2003, para cultivo em Goiás e noDistrito Federal. Esta cultivar possui tipo de

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crescimento determinado, é de ciclo tardio (142 dias) eapresenta boa resistência ao acamamento e àdeiscência das vagens. Apresenta flor roxa,pubescência cinza e semente com tegumento amarelofosco, hilo marrom claro e peso de 15,0 g / 100sementes. É resistente ao cancro da haste, à mancha,ao olho-de-rã e ao nematóide de galha Meloidogynejavanica e moderadamente resistente ao oídio. Nostestes de Valor de Cultivo e Uso, realizados durantedois anos (1998/99 e 1999/00) em 17 locais, com oapoio financeiro da Fundação Cerrados, a linhagemBR95-20408 (sigla original da cv. BRS Diana) alcançouprodução média de 3.176 kg/ha, ou 6,0 % superior àde BRSMT Uirapuru, 3,0 % à da FT 104 e 1,0 % à daDM 339.

Soja BRS Eva: A cultivar de soja BRS Eva originou-sedo cruzamento MG/BR 48 Garimpo (4) x Dourados efoi indicada, em 2003, para cultivo em Goiás e noDistrito Federal. Esta cultivar possui tipo decrescimento determinado, é de ciclo semiprecoce (120dias) e apresenta boa resistência ao acamamento e àdeiscência das vagens. Apresenta flor branca,pubescência marrom e semente com tegumentoamarelo brilhante, hilo preto e peso de 13,0 g / 100sementes. É resistente ao cancro da haste, à mancha,ao olho-de-rã e ao nematóide de galha Meloidogynejavanica. Nos testes de Valor de Cultivo e Uso,realizados durante dois anos (1998/99 e 1999/00) em19 locais, com o apoio financeiro da FundaçãoCerrados, a linhagem BR95-2448 (sigla original da cv.BRS Eva) alcançou produção média de 3.174 kg/ha, ou28,0 % superior à de EMGOPA 302, 24,0 % à da M-SOY 6101 e 6 % à da EMGOPA 316.

Soja BRS Marina: A cultivar de soja BRS Marinaoriginou-se do cruzamento Vernal x Hartwig e foiindicada, em 2003, para cultivo em Goiás e no DistritoFederal. Esta cultivar possui tipo de crescimentodeterminado, é de ciclo tardio (142 dias) e apresentaboa resistência ao acamamento e à deiscência dasvagens. Apresenta flor branca, pubescência marrom esemente com tegumento amarelo brilhante, hilo pretoe peso de 18,0 g / 100 sementes. É resistente aocancro da haste e aos nematóides de galhaMeloidogyne javanica e M. javanica e moderadamenteresistente ao oídio. Nos testes de Valor de Cultivo eUso, realizados durante dois anos (1999/00 e 2000/01) em 16 locais, com o apoio financeiro da FundaçãoCerrados, a linhagem BRAS95-30080 (sigla original dacv. BRS Marina) alcançou produção média de 3.315kg/ha, igual à da M-SOY 8800 e superando às de DM339 e BRSMT Uirapuru em 10,0 % e 12,0 %,respectivamente.

Soja BRS Serena: A cultivar de soja BRS Serenaoriginou-se do cruzamento FT Jatobá x BR89-11989-De foi indicada, em 2003, para cultivo em Goiás e noDistrito Federal. Esta cultivar possui tipo decrescimento determinado, é de ciclo semitardio (138dias) e apresenta boa resistência ao acamamento e àdeiscência das vagens. Apresenta flor roxa,pubescência marrom e semente com tegumentoamarelo e brilho intermediário, hilo preto e peso de15,0 g / 100 sementes. É resistente ao cancro dahaste, à mancha, ao olho-de-rã e moderadamenteresistente ao oídio. Nos testes de Valor de Cultivo eUso, realizados durante dois anos (1999/00 e 2000/01) em 17 locais, a linhagem BRAS97-0082 (siglaoriginal da cv. BRS Serena) alcançou produção médiade 3.298 kg/ha, ou 7,7 % superior à da MG/BR 46(Conquista) e 9,2 % à da EMGOPA 315.

Soja BRS Corisco: A cultivar de soja BRS Corisco foiindicada, em 2003, para cultivo no Estado da Bahia. Éproduto do cruzamento BR/EMGOPA 314 x [EMGOPA306 (5) x BR92-31910] e selecionada como linhagemBABR99-2111. Apresenta tipo de crescimentodeterminado, flor roxa, pubescência e vagem marromclara, semente amarela com brilho intermediário e hilomarrom. Possui ciclo médio de maturação (125 a 130dias). É resistente à mancha olho-de-rã, ao cancro dahaste e aos nematóides de galha Meloidogyne javanicae M. arenaria e moderadamente resistente ao M.incógnita. Os testes de Valor de Cultivo e Uso foramrealizados nas safras 2001/02 e 2002/03 em 13ambientes, abrangendo os estados da Bahia, deTocantins, do Maranhão , do Piauí e de Goiás. Aprodutividade média foi de 2.987 kg/ha, representando10,0 % superior à da cv. M-SOY 8411 e 8,0 % à daMG/BR 46 (Conquista).

Soja BRS Sinuelo: A cultivar de soja BRS Sinuelooriginou-se do cruzamento Sharkey x {FT 5 x[Dourados-1 (8) x OCEPAR 9 SS-1]} e foi indicada, em2003, para cultivo nos estados de Rio Grande do Sul eSanta Catarina e nas regiões centro-sul e sudoeste doParaná. Esta cultivar possui tipo de crescimentodeterminado, porte médio de planta (83 cm), é de ciclomédio (146 dias) e apresenta boa resistência aoacamamento e à deiscência das vagens. Apresenta florbranca, pubescência marrom, vagem marrom clara esemente com tegumento amarelo fosco, hilo marrom epeso de 18,3 g / 100 sementes. É resistente ao cancroe à podridão parda da haste, à mancha ?olho-de-rã?,ao oídio e ao vírus do mosaico comum da soja. Nostestes de Valor de Cultivo e Uso, realizados durantetrês anos (2000/01 a 2002/03) em 37 ambientesrepresentativos do RS, de SC e do PR (Centro-Sul eSudoeste), com o apoio financeiro da Fundação Pró-

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Sementes, a linhagem PF 98 1217 (sigla original da cv.BRS Sinuelo) alcançou as seguintes produções médias:RS - 3.247 kg/ha (5,9 % superior à BRS 66 e 7,8 % àRS 7 Jacuí); SC - 3.273 kg/ha (3,3 % superior àEmbrapa 48 e 5,0 % à Embrapa 59; PR - 3.314 kg/ha(2,4 % superior à Embrapa 48 e 7,0 % à da Embrapa59).

Soja BRS FEPAGRO 24: A cultivar de soja BRSFEPAGRO 24 originou-se do cruzamento Sharkey xBR92-31845 e foi indicada, em 2003, para cultivo nosestados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.Esta cultivar possui tipo de crescimento determinado,porte médio a alto de planta (84 cm), é de ciclo médioe apresenta boa resistência ao acamamento.Apresenta flor branca, pubescência cinza e sementecom tegumento amarelo de brilho intermediário, hilomarrom claro e peso de 16,9 g / 100 sementes. Éresistente à mancha, ao olho-de-rã, ao cancro e àpodridão parda da haste. Nos testes de Valor deCultivo e Uso, realizados durante três anos (2000/01 a2002/03) em 23 locais, com o apoio financeiro daFundação Pró-Sementes, a linhagem JCBR 9720155(sigla original da cv. BRS FEPAGRO 24) alcançouprodução média de 2.995 kg/ha, ou 4,0 % superior àde BRS 66 e 5,0 % à da RS 7 Jacuí.

Soja BRSGO Amaralina: A cultivar de soja BRSGOAmaralina originou-se do cruzamento Vernal x Hartwige foi indicada, em 2003, para cultivo em Goiás e noDistrito Federal. Esta cultivar possui tipo decrescimento determinado, é de ciclo tardio (143 dias) eapresenta boa resistência ao acamamento e àdeiscência das vagens. Apresenta flor branca,pubescência marrom e semente com tegumentoamarelo e brilho intermediário, hilo preto e peso de17,0 g / 100 sementes. É resistente ao cancro dahaste, à mancha, ao olho-de-rã e ao oídio. Nos testesde Valor de Cultivo e Uso, realizados durante dois anos(2000/01 e 2001/02) em 16 locais, a linhagem BR95-409-01 (sigla original da cv. BRSGO Amaralina)alcançou produção média de 3.212 kg/ha, ou 14,0 %superior à da BRSMT Uirapuru, 6,0 % às de M-SOY8800 e DM 339 e 3,0 % à da BRSGO Jataí.

Soja BRSGO Indiara: A cultivar de soja BRSGOIndiara originou-se do cruzamento MS/BR 19 (Pequi) xBR94-23293 e foi indicada, em 2003, para cultivo emGoiás e no Distrito Federal. Esta cultivar possui tipo decrescimento determinado, é de ciclo médio (127 dias)e apresenta ótima resistência ao acamamento e boa àdeiscência das vagens. Apresenta flor roxa,pubescência marrom clara e semente com tegumentoamarelo brilhante, hilo marrom e peso de 16,0 g / 100sementes. É resistente ao cancro da haste, à mancha,

ao olho-de-rã e ao oídio. Nos testes de Valor de Cultivoe Uso, realizados durante dois anos (2001/02 e 2002/03) em 18 locais, a linhagem BRAS97-6705 (siglaoriginal da cv. BRSGO Indiara) alcançou produçãomédia de 3.307 kg/ha, igual à de M-SOY 8411, 1,0 %superior à da BRSMG 68, 5,0 % à de BRSMT Pintadoe 10,0 % à de MG/BR 46 (Conquista).

Soja BRSMG Nobreza: A cultivar de soja BRSMGNobreza originou-se do cruzamento [Sharkey x (Averyx Padre)] x Stonewall e foi indicada, em 2003, paracultivo em Minas Gerais. Esta cultivar possui tipo decrescimento determinado, é de ciclo médio (125 dias),estatura baixa a média (71 cm) e apresenta moderadaresistência ao acamamento, boa à deiscência dasvagens e sementes com boa qualidade fisiológica.Apresenta flor branca, pubescência marrom, vagemmarrom clara e semente com tegumento amarelobrilhante, hilo preto e peso de 17,5 g / 100 sementes.É resistente ao cancro da haste e à mancha, ao olho-de-rã, porém destaca-se pela resistência ao nematóidede cisto, raça 3. Nos testes de Valor de Cultivo e Uso,realizados durante dois anos (2001/02 e 2002/03), alinhagem MGBR97-2545 (sigla originalda cv. BRSMG Nobreza) alcançou produção média de3.316 kg/ha ou 8,0 % superior à de M-SOY 8001.Em áreas com alta infestação de nematóide de cisto,os rendimentos desta cultivar foram semelhantes aosobtidos na ausência do patógeno, sendo, em algunscasos, superior a 3.600 kg/ha.

Soja para cultivo em áreas de reforma de canavial nosestados de São Paulo e Paraná: Aproximadamente 500000 ha de cana são reformados por ano no PR e SP.No intervalo de reforma são cultivadas leguminosas,principalmente soja. Há demanda constante sobre quecultivares de soja são indicadas para essas condições.Em experimentos conduzidos em áreas de reforma dosdois estados, nas safras 2000/01 e 2001/02 Foramavaliadas 10 cultivares, comparadas com as maisutilizadas nesse sistema. Destacaram-se as cv. BRSMG68, BRS 133, BSR 156 e CD 202.

Soja BRS 231: Redução das perdas de produtividade dasoja causadas por H. glycines através da utilização decultivares resistentes. Em áreas infestadas por H.glycines, em cinco locais, em três estados (PR, SP eRS), comparou-se a produtividade média de um grupode cinco cultivares suscetíveis e de cinco resistentes.A produtividade das cultivares resistentes foi superiorem todos os locais, com 173 a 710 kg/ha mais que amédia do grupo de cultivares suscetíveis. A cultivarBRS 231, indicada para cultivo no Paraná e em SãoPaulo, foi destaque entre as resistentes, comprovandoser uma boa opção para áreas infestadas.

78 Relatório de Gestão 2003

Soja BRSGO Chapadões: A cultivar BRSGO Chapadõesprovém do cruzamento Hartwig (4) x (BR90-7063 xBR90-7213). Essa cultivar foi testada e indicada, em2002, para o Estado de Goiás e o Distrito Federal.Testes de Adaptação Local da cv. BRSGO Chapadões,realizados no Estado de Minas Gerais, nas safras2000/01 e 2001/02, apresentaram rendimento médiode 2.722 kg/ha para essa cultivar, valor superior em0,5 % ao da cv. DM 339 e 1,5 % superior ao daBRSMT Uirapuru.

Soja BRSGO Ipameri: A cultivar BRSGO Ipameriprovém do cruzamento Leflore (4) x BR90-7057. Essacultivar foi testada e indicada, em 2002, para o Estadode Goiás e o Distrito Federal. Testes de AdaptaçãoLocal da cv. BRSGO Ipameri, realizados no Estado deMinas Gerais, nas safras 2000/01 e 2001/02,apresentaram rendimento médio de 2.713 kg/ha paraessa cultivar, valor igual ao da cv. DM 339 e 1,5 %superior ao da BRSMT Uirapuru.

Soja BRS 216: A cultivar BRS 216 provém docruzamento BR79-15807 x (Embrapa 4 x IAC 13).Essa cultivar foi testada e indicada, em 2001, apenaspara o Estado do Paraná. Testes de Adaptação Local,realizados em 12 ambientes no Estado de São Paulo,nas safras 2001/02 e 2002/03, com o apoio técnico efinanceiro da Fundação Meridional, apresentourendimento médio de 2.862 kg/ha, valor 9,4 % e 3,4% inferior aos das cvs. Embrapa 58 e Embrapa 48,respectivamente. Apesar do rendimento inferior, aextensão de recomendação da BRS 216 é justificávelpor tratar-se de cultivar de soja com característicasespecíficas para consumo humano.

Soja BRS Candeia: A cultivar BRS Candeia provém docruzamento [BR 27 (4) x Cristalina] x Braxton. Essacultivar foi testada e indicada, em 2002, para osestados de Tocantins, Maranhão e Piauí. Testes deAdaptação Local da cv. BRS Candeia, realizados naregião de Paragominas, Estado do Pará, nos anos de1998 a 2002, apresentaram rendimento médio de3.975 kg/ha para essa cultivar, valor 12,0 % ao da cv.BRS Sambaíba.

Soja BRS Macota: A cultivar BRS Macota provém docruzamento Ocepar 4 Iguaçu x Ocepar 3 Primavera.Essa cultivar foi testada e indicada, em 2002, para osestados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.Testes de Adaptação Local da cv. BRS Macota,realizados nos estados do Paraná e de São Paulo, nassafras 2001/02 e 2002/03, possibilitaram a suaextensão de recomendação para esses estados.

Soja BRS Sambaíba: A cultivar BRS Sambaíba provémdo cruzamento FT-5 x [Dourados-1 (4) x OCEPAR 9-

SS1]. Essa cultivar foi testada e indicada, em 1997,para os estados de Tocantins, Maranhão e Piauí e,posteriormente, para Bahia, Pará e Roraima. Testes deAdaptação Local da cv. BRS Sambaíba, realizados noEstado de Goiás, nas safras 2001/02 e 2002/03,apresentara rendimento médio de 3.641 kg/ha paraessa cultivar, valor 4,0 % superior ao da cv. EMGOPA315 e 14,0 % ao da EMGOPA 313.

Soja BRS Sambaíba: A cultivar BRS Sambaíba provémdo cruzamento FT-5 x [Dourados-1 (4) x OCEPAR 9-SS1]. Essa cultivar foi testada e indicada, em 1997,para os estados de Tocantins, Maranhão e Piauí e,posteriormente, para Bahia, Pará e Roraima. Testes deAdaptação Local da cv. BRS Sambaíba, realizados noEstado do Mato Grosso, nas safras 2001/02 e 2002/03, apresentaram rendimento médio de 5.617 kg/hapara essa cultivar, valor 22,0 % superior ao da cv.EMGOPA 313 e 32,0 % ao da EMGOPA 315.

Soja BRSGO 204: A cultivar BRSGO 204 provém docruzamento [BR 13(3) x (BR 16 x OCEPAR 9 SS-1)] xBraxton. Essa cultivar foi testada e indicada, em 1999,para os estados de Minas Gerais, Goiás, DistritoFederal e Mato Grosso e, posteriormente, para Bahia eSão Paulo. Testes de Adaptação Local da cv. BRSGO204, realizados no Estado de Tocantins, nas safras1998/99 e 1999/00, apresentaram rendimento médiode 2.874 kg/ha para essa cultivar, valor igual ao da cv.FT 109 e 1,5 % superior ao da MG/BR 46 (Conquista).

Soja BRSGO Chapadões: A cultivar BRSGO Chapadõesprovém do cruzamento Hartwig (4) x (BR90-7063 xBR90-7213). Essa cultivar foi testada e indicada, em2002, para o Estado de Goiás e o Distrito Federal.Testes de Adaptação Local da cv. BRSGO Chapadões,realizados no Estado do Mato Grosso, nas safras 2000/01 e 2001/02, apresentaram rendimento médio de2.884 kg/ha para essa cultivar, valor superior em 5,0% ao da cv. M-SOY 8800 e 8,5 % superior ao daBRSMT Uirapuru.

Soja BRSGO Chapadões: A cultivar BRSGOChapadões provém do cruzamento Hartwig (4) x(BR90-7063 x BR90-7213). Essa cultivar foi testada eindicada, em 2002, para o Estado de Goiás e o DistritoFederal. Testes de Adaptação Local da cv. BRSGOChapadões, realizados no Estado de Tocantins, nassafras 2000/01 e 2002/03, apresentaram rendimentomédio de 2.850 kg/ha para essa cultivar, valor igual aoda cv. M-SOY 8800.

Soja BRSGO Goiatuba: A cultivar BRSGO Goiatubaprovém do cruzamento EMGOPA 305 (6) x Doko. Essacultivar foi testada e indicada, em 1998, para o Estado

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de Goiás e o Distrito Federal. Testes de AdaptaçãoLocal da cv. BRSGO Goiatuba, realizados no Estado deTocantins, nas safras 1998/99 e 1999/2000,apresentaram rendimento médio de 2.346 kg/ha paraessa cultivar, valor igual ao da cv. FT 104 e 3,0 %superior ao da BR/EMGOPA 314 (Garça Branca).

Soja BRSGO Goiatuba: A cultivar BRSGO Goiatubaprovém do cruzamento EMGOPA 305 (6) x Doko. Essacultivar foi testada e indicada, em 1998, para o Estadode Goiás e o Distrito Federal. Testes de AdaptaçãoLocal da cv. BRSGO Goiatuba, realizados no Estado daBahia, nas safras 1998/99 e 1999/2000,apresentaram rendimento médio de 3.258 kg/ha paraessa cultivar, valor 7,0 % superior ao da BR/EMGOPA314 (Garça Branca).

Soja BRSGO Ipameri: A cultivar BRSGO Ipameriprovém do cruzamento Leflore (4) x BR90-7057. Essacultivar foi testada e indicada, em 2002, para o Estadode Goiás e o Distrito Federal. Testes de AdaptaçãoLocal da cv. BRSGO Ipameri, realizados no Estado deMato Grosso, nas safras 2000/01 e 2001/02,apresentaram rendimento médio de 2.747 kg/ha paraessa cultivar, valor superior em 2,0 % ao da cv. M-SOY 8800 e 3,5 % ao da BRSMT Uirapuru.

Soja BRSGO Ipameri: A cultivar BRSGO Ipameriprovém do cruzamento Leflore (4) x BR90-7057. Essacultivar foi testada e indicada, em 2002, para o Estadode Goiás e o Distrito Federal. Testes de AdaptaçãoLocal da cv. BRSGO Ipameri, realizados no Estado deTocantins, nas safras 2001/02 e 2002/03,apresentaram rendimento médio de 3.110 kg/ha paraessa cultivar, valor superior em 9,0 % ao da cv. M-SOY 8800.

Soja BRSGO Ipameri: A cultivar BRSGO Ipameriprovém do cruzamento Leflore (4) x BR90-7057. Essacultivar foi testada e indicada, em 2002, para o Estadode Goiás e o Distrito Federal. Testes de AdaptaçãoLocal da cv. BRSGO Ipameri, realizados no Estado daBahia, nas safras 2000/01 e 2002/03, apresentaramrendimento médio de 2.265 kg/ha para essa cultivar,valor equivalente ao da cv. BR/EMGOPA 314 (GarçaBranca).

Soja BRSGO Paraíso: A cultivar BRSGO Paraísoprovém do cruzamento BR 13 x {Braxton (3) x [BR27(4) x Cristalina]}. Essa cultivar foi testada eindicada, em 2001, para o Estado de Goiás e o DistritoFederal e, posteriormente, para Minas Gerais, MatoGrosso e Bahia. Testes de Adaptação Local da cv.BRSGO Ipameri, realizados no Estado de Tocantins,nas safras 1999/00 e 2000/01, apresentaram

rendimento médio de 2.382 kg/ha para essa cultivar,valor superior em 4,0 % ao dacv. FT 104.

Sorgo BRS 801 - sorgo de corte e pastejo: Ele éresultado do cruzamento do sorgo sudão com o sorgogranífero e recomendado para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. O BRS 801 é resistenteao acamanento, apresenta alto nível de produtividadede massa verde e estabilidade de produção. Alémdisso, é resistente ao míldio e à helmintosporiose, duasdas principais doenças que atacam a cultura do sorgono país. O Plantio do BRS 801, na região Sul. deve serfeito durante a primavera ou no início do verão; noSudeste e no Centro-Oeste, ele pode ser plantadodurante praticamente o ano inteiro, evitando-se apenaso plantio nas baixas temperaturas do inverno. O BRS801 apresenta alto potencial de produção de matériaseca em cortes ou rebrotas sucessivas, podendoalcançar produtividades superiores a 20 toneladas dematéria seca ou 100 toneladas de matéria verde porhectare. Ele é um sorgo que adapta-se facilmente adiversos sistemas de produção de forragem e deintegração agricultura/pecuária, sendo muito útil para aprodução de cobertura morta para o plantio direto.

Avaliação da resistência de cultivares de sorgo aoataque de Sitophilus zeamais Mots. Coleoptera,Curculionidae: As cultivares de sorgo C 52, CMSXS213, CS 822, CMSXS 376 e BR 304 se destacamcomo as menos atacadas pelo gorgulho do milho S.zeamais, enquanto que as cultivares A 6304, AG2005 E e CMSXS 371, AG 3001 eCS 111.

Trigo BRS Umbu: A cultivar de trigo BRS Umbu foirecomendada em 2003 para o estado do Rio Grandedo Sul. Caracteriza-se por apresentar ciclo semitardio,porte médio e boa sanidade geral, relativamente aoídio, ferrugem da folha, mancha da gluma e giberela.Tem potencial elevado de rendimento em semeadurasantecipadas e resultados promissores em épocarecomendada. Representa alternativa de diversificaçãode ciclo e época de semeadura, favorecendo aminimização de riscos para o produtor. Foi classificadopreliminarmente como Trigo Brando e/ou Melhorador.

Trigo BRS Buriti: A cultivar de trigo BRS Buriti, lançadaem 2003, destaca-se pela precocidade e amplaadaptação. È indicada para cultivo no Rio Grande doSul, tendo revelado bom desempenho nas regiões Sul eCentro-sul-brasileira de trigo. Tem pelo ciclo curto ealtura média/alta de planta. É moderadamentesuscetível à ferrugem da folha, à giberela e àseptoriose da gluma. Nos testes iniciais mostrou força

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de glúten ao redor de 170 x 10-4J e foi classificada,preliminarmente, como trigo da classe comercialBrando. É indicada para a fabricação de produtos deconfeitaria, uso doméstico em geral e mesclas comtrigo classe Pão e/ou Melhorador.

Trigo BRS Camboatá: A cultivar de trigo BRSCamboatá, indicada para cultivo em 2003, no estadodo Rio Grande do Sul, tendo revelado melhordesempenho nas regiões mais frias e de maior altitude,como do Planalto e Serra. Destaca-se pelo tipoagronômico e pelo rendimento de grãos. Tem pelo cicloprecoce e porte baixo de planta, com boa resistênciaao acamamento. É resistente ao vírus do mosaico dotrigo (VMT) e ao oídio; moderadamente resistente àferrugem da folha e moderadamente suscetível àgiberela e à septoriose da gluma. Com força de glútenao redor de 180 x 10-4J, foi classificada,preliminarmente, como trigo da classe comercialBrando, podendo apresentar amostras classificadas naclasse Pão. É indicada para a fabricação de produtosde confeitaria, uso doméstico em geral e mesclas comtrigo classe Pão e/ou Melhorador

Trigo BRS Guabiju: A cultivar de trigo BRS Guabiju,indicada para cultivo em 2003, no estado do RioGrande do Sul, destaca-se pela sua qualidade de grão,superior força de glúten e aptidão panificativa.Caracteriza-se pelo ciclo precoce e altura média deplanta. É moderadamente resistente ao oídio, àferrugem da folha e ao vírus do mosaico do trigo(VMT) e tem apresentado moderada suscetibilidade àgiberela. Pela elevada força de glúten (média de 270 x10-4J), foi classificado como trigo da classe comercialPão. É indicada para a fabricação de pães, folheados,massas alimentícias e uso doméstico em geral.

Trigo BRS Louro: A cultivar de trigo BRS Louro,indicada para cultivo em 2003 no estado do RioGrande do Sul, destaca-se pelo tipo agronômico, pelorendimento de grãos e pela ampla adaptação.Apresenta ciclo precoce, altura média de planta e boaresistência ao acamamento. É moderadamenteresistente à giberela e à septoriose da gluma,apresentando moderada suscetibilidade ao oídio e àferrugem da folha. Com força de glúten ao redor de 80x 10-4J, foi classificado como trigo da classecomercial Brando e apresentou farinha de coloraçãobranca nos primeiros testes realizados. É indicada paraa fabricação de produtos de confeitaria, uso domésticoem geral e mesclas com trigo classe Pão e/ouMelhorador.

Trigo BRS 220: A cultivar BRS 220 originou-se docruzamento Embrapa 16 x TB 108 e foi indicada, em2003, para cultivo em todas as regiões tritícolas doEstado do Paraná (Regiões 6, 7 e 8). Esta cultivarpossui resistência à ferrugem da folha, a todas as

raças que, atualmente, representam a virulência dapopulação patogênica no Brasil. É moderadamenteresistente à bruzone, às manchas foliares, manchasdas glumas e ao vírus do mosaico. Nas avaliações derendimento de grãos, realizadas durante cinco anos(1998 a 2002), em 54 locais no Paraná, a linhagemWT 98108 (sigla original da cv. BRS 220) alcançou asseguintes produções médias por região: 4.853 kg/ha naRegião 6 (5,0 % superior às cultivares testemunhas);3.794 kg/ha na Região 7 (11,0 % superior àstestemunhas; e 4.039 kg/ha na Região 8 (6,0 %superior às testemunhas. Os grãos dessa cultivarproporcionam bom rendimento de farinha: pesohectolítrico de 78,8 kg/hl; peso de mil grãos de 36,2 g;e 60,0 % de extração de farinha. As característicasindustriais da farinha são de boa força de glúten (W =259.10-4 j), boa capacidade de expansão da massa (G= 21,5) e glúten bem balanceado entre tenacidade eextensibilidade da massa (P/G = 3,2), sendoenquadrada na classe trigo Pão.

Uva BRS Morena: Nova cultivar de uva preta de mesasem semente. É uma cultivar de vigor moderado, bemadaptada ao cultivo nas regiões tropicais onde foitestada. Os cachos são soltos, exigindo manejoespecífico para obtenção de boa fecundação. Podechegar à produtividade da ordem de 20 a 25 t/ha desdeque convenientemente manejada. A uva BRS Morenatem bom equilíbrio entre açúcar e acidez, o que lheconfere ótimo sabor, muito elogiado pelos consumidoresdurante os testes de validação. Também é destaque emqualidade pela textura firme e crocante da polpa.Apresenta um elevado potencial glucométrico, chegandoa mais de 20ºBrix, porém é recomendável que sejacolhida com 18 a 19ºBrix, quando a relação açúcar/acidez(SST/ATT) já é superior a 24.

Uva BRS Linda: Nova cultivar de uva branca de mesasem semente. É uma cultivar vigorosa que mostroumuito boa adaptação e fertilidade nas regiões onde foiestada. Durante o período de validação, chegou aproduzir o equivalente a 47 t/ha, porém, com estevolume de produção, a qualidade da uva ficaprejudicada em aparência e sabor. A uva BRS Lindatem coloração verde, tonalidade preferida em certosmercados como o inglês. Apresenta limitado potencialglucométrico, normalmente na faixa de 14ºBrix a15ºBrix, e baixa acidez. O sabor é neutro, bem aceitopelo consumidor brasileiro que, normalmente, preferefrutas menos ácidas.

Equipamentos

Adaptação de máquina forrageira para produção deraspas de mandioca: É uma tecnologia de baixo custo,

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pois aproveita um equipamento já disponível napropriedade agrícola. O custo da adaptação fica emtorno de R$ 180,00 (cento e oitenta reais) incluindo asduas polias para o motor diesel e da máquina forrageirae as lâminas com perfil de corte ondulado. No caso demotores elétricos, o ideal é utilizar motores de menorpotência (1 a 1,5 CV), pois o custo das polias diminuipara R$ 80,00 (oitenta reais). Além disso, a economiano consumo de energia paga o investimento nasprimeiras 100 horas de trabalho. A versatilidadeproporcionada às máquinas forrageiras convencionais,com a adaptação para a produção de raspas demandioca, será de grande valia para os pecuaristas daregião semi-árida, pela garantia de viabilidade doprocesso de produção de raspas e aproveitamento deprodutos como abóbora, melancia forrageira,garantindo a conservação dessas forragens e ofornecimento de energia de alta qualidade aosrebanhos (bovinos, caprinos e ovinos) nos períodosmais críticos do ano.

Rolador de frascos para cultivo de células, tecidos eembriões vegetais: O cultivo de células, tecidos eórgãos vegetais pode ser conduzido em meiosgelificados com substâncias do tipo Agar-agar ousimilares. O cultivo em meio líquido pode ser feito emfrascos de Erlenmeyer em agitadores orbitais ou emfrascos de biorreatores, os quais apresentam os maisdiferentes tipos de aeração, sendo os mais comuns osque utilizam o insuflamento de ar estéril sob pressãoassociado ou não a agitação mecânica. Os agitadoresorbitais, bem como os biorreatores, apresentamexcelentes resultados no cultivo dos mais diferentestipos de explantes vegetais. Entretanto, essesequipamentos são geralmente sofisticados e de altocusto. O cultivo em meio líquido pode ser igualmenteconduzido em frascos que são rolados sobre seus eixosem equipamento denominado Rolador de Frascos. Esteequipamento apresenta bons resultados em termos decrescimento de células e embriões vegetais, em umambiente de agitação suave, o que constitui uma desuas principais vantagens. Além do mais, a suaconstrução é relativamente barata, como foidemonstrado pelo rolador de frascos que foidesenvolvido na Embrapa Recursos Genéticos eBiotecnologia e que está sendo utilizado para cultivo decélulas e embriões somáticos de café. O Roladorconsiste de uma armação em tubo quadrado de25x25mm (Metalón), com cinco cilindros roladores dePVC, sobre os quais podem ser acomodados até quatrofrascos de 2 litros cada um. Cada cilindro de PVC foimontado em eixo de aço inox (5/16), conectado viaengrenagem de nylon a um eixo mestre comtransmissão sem-fim. A transmissão do motor ao eixomestre é feita igualmente via eixo sem-fim. Neste

protótipo, a velocidade de rotação é constante, sendode 1,2 voltas/minuto. O equipamento pode serconstruído de modo a comportar diferentes númerosbem como diferentes volumes de frascos. Estasdimensões podem variar de acordo com o número etamanho dos frascos. A largura pode variar de 750mm a vários metros, o que permite ajustar acapacidade do rolador às necessidades do laboratório.Os testes com cultivo de células embriogênicas eembriões somáticos de café mostraram resultadossimilares aos obtidos com frascos de Erlenmeyersmantidos em agitadores orbitais, na velocidade de100 rpm.

Processos

Determinação de carbofuran por CG-DNP: Aquantificação de resíduos de carbofuran (carbamato)em banana foi feita utilizando extração com acetato deetila e análise por CG-DNP. A análise de carbofurangeralmente é feita por cromatografia líquida de altaeficiência (CLAE). Aproveitando-se da inércia químicados injetores nos cromatógrafos gasosos atuais e daalta sensibilidades, foi estudado o método de análise decarbofuran por cromatografia gasosa com detetor denitrogênio e fósforo. A vantagem desse método é porser mais econômico por não gastar tanto solvente,como o método convencional efetuado porCromatografia Líquida de Alta Eficiência.

Determinação de organofosforados por MEFS: Ummétodo de análise de organofosforados presentes emamostras líquidas foi estabelecido por cromatografiagasosa com detetor de Nitrogênio e Fósforo (CG-DNP),usando-se a técnica de microextração em fase sólida.A recuperação de resíduos foi satisfatória nestesistema CG-DNP. O método mostrou ser mais rápido eeconômico, por não utilizar solvente orgânicos paraextração, e não gera resíduos de solventes que devamser descartados como acontece nos métodosconvencionais.

Processo de clarificação de suco de maracujá pormicrofiltração associada a tratamento enzimático:Trata-se de um processo de clarificação e estabilizaçãode suco de maracujá à temperatura ambiente pormicrofiltração associada a hidrólise enzimática. Oprocesso de microfiltração foi realizado em umsistema piloto com membranas tubulares de tamanhode poro equivalente a 0,3m. O suco foi obtido dodespolpamento do fruto, sendo previamente hidrolisadoutilizando-se duas enzimas comerciais (pectinases eamilases). O suco hidrolisado foi alimentado ao sistemade microfiltração a uma vazão controlada, àtemperatura de 25ºC, com pressão transmembrana

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mantida a 1,5 Bar, obtendo-se um fluxo médio de sucopermeado de 15 L/hm2. O suco permeado foienvasado em garrafas de vidro e de PET e mantidossob refrigeração por até 3 meses. A qualidademicrobiológica do suco esterilizado por microfiltraçãomanteve-se dentro dos padrões exigidos pela legislaçãobrasileira. Uma vantagem diferencial é que aestabilização não se faz termicamente, sendo oprocesso conduzido a temperatura ambiente, o quepermite a manutenção da qualidade sensorial doproduto. Por outro lado, a clarificação é obtida semutilização de agentes de filtração (terras diatomáceas),o que elimina a formação de resíduos e minimiza oimpacto ambiental.

Processo de concentração de suco de maracujá porosmose reversa: Suco de maracujá, previamentecentrifugado (11ºBrix), foi concentrado em umaunidade de osmose inversa, do tipo quadro e placas,com área de filtração de 0,72m2, utilizandomembranas de filme composto. Nos testes para adeterminação da permeabilidade do suco, verificou-seque, a partir de 54 bar, o fluxo do processo manteve-se constante e igual a 25 /h.m2. Nos experimentosconduzidos sob três pressões transmembrana (20, 40 e60 bar), tanto em regime contínuo como em batelada,foram obtidos fatores de concentração na ordem de1,3; 2,7 e 3,7, e teores de sólidos solúveis de 15,0,22,8 e 32,0º Brix, respectivamente. Em modobatelada, o processo foi limitado pelo valor do fluxopermeado extremamente baixo, da ordem de 5 L/h.m2.No processo contínuo, os fluxos médios obtidos foramde 25, 15 e 5 L/h.m2, a 60, 40 e 20 bar,respectivamente. Comparando os produtosconcentrados com o suco integral, verifica-se que nãohouve alteração nos valores de pH, enquanto a acideztitulável, o teor de sólidos solúveis, a viscosidadeaparente e o teor de vitamina C apresentaramaumento proporcional ao fator de concentração. Osuco concentrado apresentou-se mais escuro do que osuco integral devido ao aumento da intensidade da corvermelha. A principal vantagem diferencial doprocesso é que a concentração é efetivada atemperatura ambiente, sob condições brandas e,portanto, com poucas alterações sensoriais ounutricionais no produto.

Processo de obtenção de “leite” de soja hidrossolúvelpasteurizado, aromatizado e não aromatizado, commelhores características sensoriais: o processamentoconvencional de elaboração do leite de soja temalcançado baixa aceitabilidade no ocidente, devido àscaracterísticas de aroma, sabor e sensação na bocadesenvolvidas durante o processo. Vários métodos einúmeras modificações vêm sendo realizados para

melhorar a aceitabilidade deste produto. o processopara obtenção do leite de soja hidrossolúvel,aromatizado ou não, consiste no cozimento dos grãosde soja descascados em solução de bicarbonato desódio, desintegração centrifugação para separação doresíduo insolúvel (okara), tratamento térmico a 95°/98°c por 10 minutos e formulação (açúcar, sal,aromas ou não). Devido à inativação enzimática queocorre durante o processo de obtenção do leite de sojahidrossolúvel, além da adição de adoçantes e outrosingredientes, o produto final apresenta sabor suave,sensorialmente agradável e adequado ao paladarocidental, contribuindo, assim, para aumentar aaceitação do produto pelo consumidor. A vantagemdiferencial deste produto é que o mesmo possui umsabor suave e adequado para servir de base paraproduto formulado com polpa de frutas, cereais etc. Oleite aromatizado alcançou pontuação superior à debebidas à base de soja disponíveis no mercado, quandosubmetido ao teste de preferência com consumidoresdo produto.

Fracionamento de proteína: Aplicação de procedimentopara o fracionamento das proteínas presentes emamostras de alimento animal, a partir de diferentesprocedimentos de extração química. Público-alvo:Laboratórios de nutrição animal. Benefícios esperados:Informações nutricionais importantes para o corretofornecimento de alimento aos animais; informaçõesutilizadas em melhoramento vegetal, paracaracterização de seu potencial nutricional. Impactosesperados: Conhecimento das características doalimento - evita gastos desnecessários.

Método para a extração de DNA do solo emonitoramento ambiental: A utilização de DNAextraído diretamente do solo é uma das tecnologiasmais promissoras para caracterização da diversidademicrobiana dos solos. Isto deve-se ao fato de 70% dosmicroorganismos não serem cultiváveis em meioartificial. O DNA extraído é submetido a técnicas comoDGGE ou ARDRA e servem como bioindicadores demonitoramento ambiental ou para prever o impacto deatividades agrícolas. O método de extração maiscitado na literatura requer o uso de um aparelhohomogeneizador (“bead beater”) produzido naAlemanha ao custo de quase US $ 3.000,00.Formulou-se a hipótese de que homogeneizadoresmanuais utilizados como utensílios domésticos no Brasilao custo de apenas US $ 30,00 poderiam ter a mesmautilização. Experimentalmente, após algumasmudanças no protocolo, obteve-se extração de DNAsem o uso do “bead beater”. Um trabalho foidesenvolvido onde a extração de DNA do soloutilizando um homogeneizador “bead beater” (Biospec

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Products - Alemanha) foi comparado com a extraçãode DNA utilizando um homogeneizador manual(Moulinex - Brasil). O homogeneizador manual que temcusto 100 vezes menor revelou-se mais eficiente que o“bead beater”, extraindo sete vezes mais DNA.

“Metodologia do teste de imunofluorescência indiretapara o diagnóstico da Tripanosomose”: Vários métodosparasitológicos têm sido empregados no diagnóstico datripanosomose eqüina, porém todos requerem avisualização do parasita. O método parasitológico maisempregado é o do microhematocrito (MMH). O MMHrequer a visualização do parasita vivo. Usualmenteesta situação é difícil devido às distâncias das fazendasaté os laboratórios de diagnóstico. A viabilidade doparasita, quando as amostras sangüíneas sãoacondicionadas em gelo, é de aproximadamente 6horas. A utilização de testes sorológicos pode facilitaro diagnóstico, pois o seu princípio esta baseou se napesquisa de anticorpos e não na presença do parasita.Dentre os testes mais utilizados no diagnósticosorológico da tripanosomose eqüina, o teste daimunofluorescência indireta (TIFI), destaca-se pelasimplicidade e acuracia. O método de TIFI têmlimitações na sua utilização como diagnóstico datripanosomose causada pelo T. evansi pelo seguintemotivo: após o tratamento os anticorpos permanecempor mais de um ano, o que dificulta saber se trata-sede uma nova infecção ou são anticorpos residuais deuma infecção passada e já curada. Porém ele éexcelente para estudos epidemiologicos.

Sistema de Cálculo de probabilidades climáticas: Oaplicativo Estatísticas de Clima (versão para Internet) éuma ferramenta de auxílio à tomada de decisõesrelacionadas com os elementos climáticos e suasaplicações em agricultura. Eles servem para o cálculode probabilidade de níveis de ocorrência de variáveisclimáticas, especificamente para aquelas relacionadascom os regimes térmico e hídrico, definidas pelousuário interativamente (período, época do ano, níveisetc.). Para os cálculos são utilizados dados diários devários anos, permitindo, para o local em questão, quesejam disponibilizadas informações probabilísticassobre os elementos climáticos temperatura,precipitação e graus-dia. É um aplicativo dinâmico quepermite ao usuário escolher, conforme a suanecessidade, diversas opções de consultas estatísticase gráficas. Esse aplicativo está disponível no siteAgritempo (www.agritempo.gov.br).

Sistema de análise dos impactos da variabilidadeclimática associada ao fenômeno El Niño-Oscilação doSul (ENSO): A sistematização de informaçõesclimáticas em âmbito probabilístico e a incorporação

de projeções climáticas estacionais (com base nofenômeno El Niño - Oscilação do Sul, hoje factíveispara algumas regiões do país, por exemplo), podepossibilitar a produção agrícola sob riscos climáticosconhecidos, permitindo, com isso, reduzir o impacto decondições adversas e otimizar o aproveitamento desituações favoráveis. O aplicativo de estatísticas dechuvas para o Sul do Brasil e relações com as fases dofenômeno El Niño-Oscilação do Sul foi implantado napágina do Agritempo (www.agritempo.gov.br) em umaparceria entre o Laboratório de meteorologia Aplicadaà Agricultura da Embrapa Trigo e a EmbrapaInformática Agropecuária, sendo chamado El niño/Laniña. Além de cálculos relacionados com estatísticasde chuva, tabelas e gráficos, o sistema permiteavaliação da distribuição estacional de precipitaçãopluvial com base no comportamento de indicadores dofenômeno El Niño-Oscilação do Sul, como o Índice deOscilação do Sul (IOS) e a Temperatura da Superfíciedo Mar (TSM).

Sistema de simulação de crescimento edesenvolvimento de trigo: O Sistema deMonitoramento de Trigo (versão para Internet) e oSisTrigo (versão desktop) são importantes ferramentaspara a estimativa das fases e estádios de crescimentoe desenvolvimento do trigo. Já que o crescimento edesenvolvimento de trigo é influenciado principalmentepela temperatura, o sistema utiliza o conceito desomas térmicas e temperaturas basais livres deestresses hídrico, onde cada estádio fenológico de trigo(Emergência, Duplo anel, Espigueta terminal, Antese eMaturação Fisiológica) são determinados por um valorde soma térmica (graus-dia). Logo, a planta de trigocompletará cada estádio fenológico, quando foracumulado este valor. O sistema pode ser acessadooperacionalmente no site Agritempo(www.agritempo.gov.br), servindo como umaimportante ferramenta para tomadas de decisões naárea de manejo da cultura e análise de impactos deadversidades meteorológicas.

Métodos para determinar alfa-amilase e o NQ antes doprocesso de germinação da semente: Situaçãoanterior: A indução de GA alfa-amilase degradando oamido de cereais durante a embebição da semente écrucial para a qualidade de farinha de trigo.Acreditava-se, que esse processo somente ocorriaquando havia umidade suficiente para iniciar aprotusão. Recomendação: Em sementes nãodormentes, a produção de alfa-amilase ocorre comníveis de água inferior ao exigido para germinação,portanto, para as novas cultivares BRS 208, BRS 220e BRS 229, o produtor precisa colher os grãos de trigoantes da primeira chuva para preservar a qualidade(entre 22 a 18%).

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Determinação da biodiversidade das populações dopercevejo marrom em nível de Brasil mediante astécnicas de RAPD: Foram determinadas as diferençasentre raças geográficas do percevejo marrom e seufluxo gênico, mediante a técnica de RAPD o quepermite inferir o potencial da resistência a inseticidas ebioinseticidas e avaliar os produtos seletivoscompatíveis com o fungo Nomuraea rileyi, importanteagente de controle natural da lagarta da soja Foideterminado que a formulação comercial dosagroquímicos que apresentaram maior seletividade(não afetaram) ao fungo benéfico Nomuraea rileyiforam os fungicidas Impact (flutriafol) e Derosal(carbendazim).

Determinação da biodiversidade das populações dalagarta da soja em âmbito nacional mediante astécnicas de RAPD: A técnica de RAPD foi adequadapara avaliar a variabilidade genética da lagarta da soja,A. gemmatalis, permitindo estabelecer os índices defluxo gênico e caracterizar as populações geográficasdesta espécie.

Disponibilização da base DRIS para avaliação doequilíbrio nutricional da soja: A base DRIS foiatualizada e disponibilizada aos técnicos e produtorescomo ferramenta para avaliar o equilíbrio nutricional dasoja e recomendação de adubação através de consultavia e-mail.

Determinação da diversidade genética de patógenos desoja: Determinou-se que a diversidade genética entreisolados de Macrophomina phaseolina, Corynesporacassiicola, Cercospora kikuchii e Fusarium solanidiferiram de acordo com a região de coleta. Ainformação pode ser usada como método para aescolha de isolados mais patogênicos para testes deseleção de genótipos resistentes.

Modelo simplificado de avaliação do risco ambiental nareciclagem dos dejetos de suínos como fertilizante dosolo: A percepção da poluição causada pelos dejetosde suínos, têm pressionado instituições governamentaise os diferentes setores dessa cadeia produtiva, abuscarem soluções que permitam a continuidade daatividade, sem causar danos irreversíveis ao ambiente.Na pressa de buscar informações para a tomada dedecisão e solução do problema, são lançadosprogramas contendo ações de alto custo, que poderiamser dispensadas, mediante o uso de dados facilmentedisponíveis, de custos significativamente menores erápida resposta. O modelo apresentado constitui-senuma alternativa simplificada para a avaliação dacapacidade de determinada região ou propriedaderural, para a reciclagem dos dejetos na forma de

fertilizante do solo, dentro dos conceitos deconservação ambiental. As informações para uso domodelo envolvem os seguintes dados e critérios: 1.Área total e área agrícola da região ou propriedadeconsiderada. 2. Número de animais e sistemas decriação de todas as espécies existentes na região oupropriedade específica. 3. Cenários relativos àcondição de uso dos dejetos, em função do tipo desolo, de culturas e do nutriente de referência para ocálculo da quantidade de dejetos a utilizar por unidadede área. 4. Excreção média diária dos animais (EMDA),por espécie, fase e tipo de alimentação. A EMDA parauma determinada espécie ou sistema, poderá serobtida em dados de literatura ou mediante a análise deuma mistura de fezes e urina coletadas na condiçãoespecífica a considerar no modelo. 5. Cálculo daquantidade de nitrogênio excretado via fezes e urina naregião ou propriedade considerada, a partir da EMDA eo total de animais da região ou propriedade. A validadedo modelo tanto no âmbito de região quanto depropriedade individualizada, foi testada usando-se osdados cadastrais do município de Jaborá - SC, emfunção da diversidade da sua pecuária, uma vez quedas 492 propriedades rurais existentes, 388desenvolvem a suinocultura e, dentre estas, 28,9%também produzem aves e 58,5% exploram o gado decorte e ou de leite em escala comercial.

Sistemática de avaliação do impacto de dejetos deanimais, na qualidade bacteriológica da água de rios: Aqualidade da água do meio rural do Oeste de SCmostra-se um fator de crescente preocupação tantopara a população rural quanto à urbana, a partir doaumento dos relatos de contaminação pormicrorganismos de risco para a saúde do homem e dosanimais, em áreas de pecuária intensiva. Mesmodispondo-se de metodologias analíticas mundialmenteaceitas para a avaliação da qualidade da água, como éo caso do Teste Indicador de Coliformes, poucasinformações estão disponíveis sobre os critérios deamostragem das águas a campo. Em função disso,propõe-se critérios para a seleção dos pontos de coletade água, de maneira que a amostragem se tornerepresentativa da qualidade das águas em regiões depecuária intensiva. Os pontos de coleta sãoestrategicamente distribuídos em: 1. Cabeceiras derios onde comprovadamente não há influência dedespejos e ou vazamentos de dejetos e uso dessesresíduos como fertilizante; 2. Pontos intermediários derios, com e sem as influências descritas em 1 e demaneira a representar os principais sistemas intensivosde criação, tanto confinados quanto a campo; 3.Pontos finais de rios, com e sem as influênciasdescritas em 1, tanto confinados quanto a campo; 3.Em cada um dos pontos selecionados são coletadas

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amostras de água seguindo-se os procedimentospadrões de assepsia e conservação para as análisesbacteriológicas. A estratégia proposta foi validada nomunicípio de Jaborá - SC, onde foi possível associarcausa/efeito.

Teste de ELISA polivalente com lipopolissacarídeos doactinobacillus pleuropneumoniae sorovares 1 e 5b:Teste de ELISA indireto para o diagnóstico da infecçãopor Actinobacillus pleuropneumoniae em suínos,identificado como polivalente A, foi produzido a partirde antígeno lipopolissacarídeo dos sorovares 1 e 5b,apresenta reação cruzada para os sorovares 5a, 9 e11 detectando a infecção também destes sorovares.Foi determinada uma curva padrão de soros controles(4 pontos) obtida pela repetição das leituras em diasdiferentes. O controle intra-teste é feito pelocoeficiente de variação entre as tréplicas de sorotestadas e pelo coeficiente de correlação entre a curvapadrão e a leitura dos controles do dia. Os resultadosdo teste são corrigidos por regressão linearcomparando a curva padrão dos controles e a curvaobtida no dia do teste. O ponto de corte foi calculadopela análise de dispersão de uma populaçãocomprovadamente negativa, pela mediana dadensidade ótica mais quatro desvios padrões.

Teste de ELISA polivalente com lipopolissacarídeos doactinobacillus pleuropneumoniae sorovares 2, 3 e 7:Teste de ELISA indireto para o diagnóstico da infecçãopor Actinobacillus pleuropneumoniae em suínos,identificado como polivalente B, foi produzido a partirde antígeno lipopolissacarídeo dos sorovares 2, 3 e 7,apresenta reação cruzada para os sorovares 4, 6 e 8detectando a infecção também destes sorovares. Foideterminada uma curva padrão de soros controles (4pontos) obtida pela repetição das leituras em diasdiferentes. O controle intra-teste é feito pelocoeficiente de variação entre as tréplicas de sorotestadas e pelo coeficiente de correlação entre a curvapadrão e a leitura dos controles do dia. Os resultadosdo teste são corrigidos por regressão linearcomparando a curva padrão dos controles e a curvaobtida no dia do teste. O ponto de corte foi calculadopela análise de dispersão de uma populaçãocomprovadamente negativa, pela mediana dadensidade ótica mais quatro desvios padrões.

Teste de ELISA polivalente com lipopolissacarídeos doactinobacillus pleuropneumoniae sorovares 10 e 12:Teste de ELISA indireto para o diagnóstico da infecçãopor Actinobacillus pleuropneumoniae em suínos,identificado como polivalente C, foi produzido a partirde antígeno lipopolissacarídeo dos sorovares 10 e 12.Foi determinada uma curva padrão de soros controles

(4 pontos) obtida pela repetição das leituras em diasdiferentes. O controle intra-teste é feito pelocoeficiente de variação entre as tréplicas de sorotestadas e pelo coeficiente de correlação entre a curvapadrão e a leitura dos controles do dia. Os resultadosdo teste são corrigidos por regressão linearcomparando a curva padrão dos controles e a curvaobtida no dia do teste. O ponto de corte foi calculadopela análise de dispersão de uma populaçãocomprovadamente negativa, pela mediana dadensidade ótica mais quatro desvios padrões.

Teste de ELISA para o monitoramento da infecção porsalmonella em suínos: Teste de ELISA indireto para omonitoramento da infecção por Salmonella em suínosproduzido com a finalidade de monitorar rebanhosquanto a infecção pelos sorovares de Salmonella maisprevalentes em suínos no sul do Brasil. Este teste foiproduzido a partir de antígeno lipopolissacarídeo deSalmonella Typhimurium e apresenta reação cruzadapara os sorovares Agona, Derby, Bredney e Panamá,detectando a infecção também destes sorovares. Foideterminada uma curva padrão de soros controles (4pontos) obtida pela repetição das leituras em diasdiferentes. O controle intra-teste é feito pelocoeficiente de variação entre as tréplicas de sorotestadas e pelo coeficiente de correlação entre a curvapadrão e a leitura dos controles do dia. Os resultadosdo teste são corrigidos por regressão linearcomparando a curva padrão dos controles e a curvaobtida no dia do teste. O ponto de corte foi calculadopela análise de dispersão de uma populaçãocomprovadamente negativa, pela mediana dadensidade ótica mais quatro desvios padrões.

Utilização de materiais alternativos como cama deaviário em substituição à maravalha: O objetivo do usoda cama de aviário é evitar o contato direto da avecom o piso, servir de substrato para a absorção daágua, incorporação das fezes e penas e contribuir paraa redução das oscilações de temperatura no galpão. Omaterial normalmente utilizado na criação intensiva defrangos de corte no Brasil tem sido a maravalha. Noentanto, periodicamente, tem-se observado escassezdo produto no mercado e conseqüente aumento nospreços praticados, trazendo dificuldades aosprodutores em muitas regiões do país. A reutilizaçãodas camas desde que adequadamente manejadas, temcontribuído para reduzir o custo e minimizar a falta damaravalha. Contudo, a procura por materiaisalternativos que permitam obter a mesma eficiênciatécnica da maravalha tem sido uma constante nosúltimos anos. Nesse sentido, entre maio de 1992 aabril de 1993, foi conduzido um experimento em umagranja experimental no município de Videira, Santa

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Catarina para testar materiais disponíveis naquelaregião. Os materiais utilizados nos testes foram:maravalha, casca de arroz, sabugo de milho, capimcameron, resto da cultura de soja, resto da cultura demilho e serragem. A análise de sensibilidade, quelevou em conta o custo de dezembro de 2002, até omaterial estar disponível para utilização no aviário,mostrou que o preço da maravalha teria que ser cercade 50% mais baixo para superar a palhada de milho,considerando os preços praticados no mercada naqueladata. Observou-se também, que mesmo havendoalterações significativas (até 75%) no preço pago peloquilo do frango vivo, a palhada de milho continuou aapresentar vantagens comparativas perante os demaistipos de cama analisados, quando considerado oresultado por quilo de frango produzido. Salienta-seque, dados os preços por m3 e o desempenho de cadatipo de cama, a diferença observada no resultado porquilo de frango produzido entre as camas foi menor doque 2%. Através dos resultados foi possível concluirque é justificado o uso de qualquer um dos materiaistestados, de forma que a maior preocupação doprodutor deve estar na disponibilidade do material napropriedade ou na região para ser utilizado como camano aviário.

Protocolo de ações técnicas para controle dadisseminação da doença de Aujeszky a partir derebanhos que comercializam reprodutores: A doençade Aujeszky (DA) é uma enfermidade infecto-contagiosa de notificação oficial, pertencente a lista Bda OIE, existe no Brasil desde 1912. Acomercialização e distribuição de suídeos destinados areprodução no Brasil, somente é permitida por Granjasde Reprodutores Suídeos Certificadas (GRSC) comolivres para várias doenças, incluindo a DA (InstruçãoNormativa/DAS/Mapa No 19 de 15 de fevereiro de2002). O vírus da doença de Aujeszky (VDA) é umherpesvírus, sendo a espécie suína consideradareservatório natural e a única capaz de estabelecerinfecção latente, com eliminação eventual do vírusquando sofrem estresse, se constituindo em potencialdisseminador da doença. Com o objetivo de evitar adisseminação do VDA a partir de granjas dereprodutores suínos que comercializam animais parareprodução e que tiveram surto da DA, desenvolveu-seuma estratégia de ação epidemiológica a partir dorebanho infectado. A estratégia consiste em: 1) Assimque for constatada a infecção no rebanho, suspenderimediatamente as vendas, interditar a granja e tomaras medidas de controle com vacinação imediata doplantel; 2) Rastrear todos os suínos comercializadosnos últimos 30 dias, retirá-los das propriedadesimediatamente, colher sangue para realização de testesorológico para o VDA e destinar os animais para

abate; 3) Caso lotes de suínos vendidos a mais tempoapresentaram animais positivos continuar oprocedimento acima em data regressiva até encontrar2 a 3 lotes vendidos e que não apresentaram suínoscom anticorpos para o VDA; 4) Os rebanhos quereceberam suínos com sorologia positiva para o VDAdevem ser submetidos a uma investigaçãoepidemiológica: Cerca de 10 dias após a retirada dosanimais, colher sangue dos suínos que tiveram emcontato ou das baias vizinhas onde os animais do loteadquirido (positivos) foram alojados e realizar examesorológico para o VDA. Caso algum animal apresenteresultado positivo significa que houve disseminação dainfecção, o rebanho deve ser considerado contaminadoe deve-se implementar um programa de controle/erradicação no rebanho. O procedimento acimadescrito foi aplicado em para duas granjas GRSC quese contaminaram com o VDA. Na investigação derastreabilidade dos animais comercializados, 49produtores haviam recebido pelo menos um animalcom sorologia positiva para o VDA e destes 42(85,7%) não se contaminaram com o vírus, indicando osucesso do protocolo adotado. A ocorrência da DA emgranjas que comercializam reprodutores suínosrepresenta um potencial enorme para disseminação dadoença. A rastreabilidade dos animais comercializadosnum período anterior ao diagnóstico da DA, comimediata remoção dos suínos positivos, pode evitar adisseminação da infecção nos rebanhos que adquiriramos animais.

Planejamento da produção de suínos em lotes comvazio sanitário entre lotes: Nos sistemas de produçãode suínos em escala, um dos aspectos importantes naprevenção de doenças e na melhoria do desempenhodos animais é o planejamento e o manejo dasinstalações. Isto é possível através da utilização dosistema de produção em lotes, com vazio sanitárioentre cada lote (sistema “todos dentro, todos fora”),pelo menos nas fases de maternidade, creche ecrescimento-terminação. Este sistema é fundamentalem criações com mais de 35 matrizes para reduzir apressão infectiva, a transmissão de agentespatogênicos entre animais de diferentes idades e pararacionalizar o uso da mão-de-obra nas atividades demanejo. Para ser possível a adoção deste sistema demanejo, é necessário planejar a construção dasinstalações em salas visando o atendimento de umdeterminado fluxo de produção. Para maior eficiênciado vazio sanitário, as salas devem ser independentes,tendo apenas uma porta de acesso. Considerando queeste sistema ainda é pouco praticado nas criações desuínos no Brasil, exceto em granjas de porte industrial,e a importância da sua utilização para o controle dedoenças e para redução no uso de medicamentos para

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fins de prevenção ou cura, elaborou-se osprocedimentos necessários para subsidiar técnicos eprodutores no planejamento para implantação de novasgranjas ou para readequação de granjas já implantadas.Inicialmente deve-se calcular o número de salasnecessárias para cada fase de produção e o número delotes de matrizes. Para poder fazer estes cálculos énecessário definir as seguintes variáveis:

- Intervalo entre lotes: 7, 14 ou 21 dias.

- Idade ao desmame: 21 ou 28 dias.

- Idade de saída dos leitões da creche: 63 ou 70 dias.

- Idade de venda dos suínos: deve ser definida emfunção das características de mercado que sepretende atender.

- Intervalo desmama cio: média 7 dias.

- Duração da gestação: 114 dias.

- Duração do vazio sanitário entre lotes: recomenda-se7 dias (um dia para lavagem da sala + um dia paradesinfecção + cinco dias de descanso). Os intervalosentre lotes de 7, 14 ou 21 dias são os mais utilizadospor facilitarem as atividades de manejo, masteoricamente pode-se utilizar qualquer período commenos de 35 dias. Antes de adotar determinadointervalo entre lotes, devem ser avaliadas asvantagens e desvantagens para cada rebanho que sãofornecidas na publicação de referência. Em granjas emprodução e que não usam o sistema de produção emlotes com vazio sanitário, a determinação desteintervalo deve se adequar às características dasinstalações e do rebanho existentes. Para realizar oscálculos do número de salas em cada fase de produçãoe o número de lotes de matrizes para atender ointervalo entre lotes pretendido, são fornecidas asfórmulas e exemplos de como proceder.

Ganhos em produção e qualidade dos ovos durante avida das aves explorando o aumento da variânciagenética com a idade, em ambiente comercialsimulado: Embora a seleção de aves de postura sejabaSGEda em registros individuais, as poedeirascomerciais são mantidas duas ou três por gaiola.Assume-se que a expressão de parâmetros genéticosutilizados no melhoramento animal, tais comovariâncias, herdabilidades e heterose são constantesdurante a vida do indivíduo e independem do meio ondeestes são criados. Entretanto, sabe-se que algunsgenes podem atuar em períodos distintos, podendoestes serem ativados ou desativados por meio de

estímulos externos. Observaram-se mudanças nosparâmetros genéticos para duas medidas de produçãoe três de qualidade dos ovos durante o primeiro ciclode postura de aves White Leghorn comerciais criadascom 3 aves por gaiola. Isso tem implicação práticaimportante quando se deseja melhorar o desempenhoprodutivo durante a vida dos animais domésticoslevando em conta o ambiente em que são criados etambém auxilia no entendimento dos processos deenvelhecimento em outras espécies, incluindohumanos. A heterose para uma das medidas deprodução de ovos diminuiu com a idade fisiológica,sugerindo efeito negativo da mortalidade e morbidadena expressão da heterose no final do ciclo de produçãoquando criadas com 3 aves por gaiola. Isso demonstragrande impacto do ambiente na expressão desseefeito, já que o oposto ocorreu com uma ave porgaiola. O aumento na magnitude da heterose,associado ao aumento dos efeitos aditivos somático eligados ao sexo com o avanço da idade podem serexplorados como um balanço contrário aos efeitos doenvelhecimento sobre a produção de ovos no final dociclo de postura. Melhorias no desempenho produtivodurante a vida da ave pode ser obtida através daseleção em idades mais avançadas, o que favoreceriaindivíduos com melhor capacidade de reparo de DNAou aqueles com maior número de genes favoráveisativados, ou de genes deletérios desativados, durante oprocesso de envelhecimento. Por outro lado, melhoriasna qualidade do ovo durante a vida da ave podem serobtidas pela avaliação do material genético no início dociclo de postura, já que o aumento relativo da variânciaaditiva foi menor para características de qualidadequando comparadas com as de produção

Uso da densitometria para monitorar a integridadeósSGE como indicador de osteoporose em poedeirasvivas: A perda de massa ósSGE ou o decréscimo daquantidade de osso estrutural completamentemineralizado, conhecido como osteoporose, é umproblema comum em poedeiras comerciais e tambémem humanos em idades mais avançadas. Aosteoporose aumenta a fragilidade e a susceptibilidadea fraturas. Em poedeiras, a osteoporose tornou-se maiscomum com o aumento das criações em gaiolas,possivelmente devido a dificuldade das aves em seexercitarem. Outra causa possível da osteoporose empoedeiras inclui a seleção genética para maturidadesexual precoce, baixo peso corporal para melhorar aeficiência alimentar e a alta taxa de postura. A altaincidência de fraturas tem causado preocupação naindústria de alimentos processados, pois os resquíciosde ossos que acabam embutidos nos alimentospreparados com base na carne de aves podem causarproblemas de segurança alimentar. A taxa de

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mortalidade das aves também aumentou devido aosteoporose, causando perdas econômicas, além deser considerado também um problema de bem-estaranimal. Uma forma de reverter esta situação seria aseleção para fortalecer a integridade do ossos.Entretanto, as mudanças na integridade ósSGE emaves têm sido avaliadas utilizando-se técnicas invasivascomo a análise mineral dos ossos, cinzas e força deresistência a quebra, que requerem o abate de umnúmero grande de animais para serem mensurados. Adensitometria ósSGE tem sido utilizada em humanoscomo técnica não invasiva no diagnóstico paramonitorar a osteoporose. Entretanto, essa tecnologianão foi adaptada para monitorar a integridade ósSGEem aves. Portanto, este estudo investigou a habilidadedo densitômetro para detectar mudanças naintegridade ósSGE de aves vivas alimentadas comdiferentes dietas variando em Ca e também ascorrelações entre os resultados densitométricos e osoutros métodos invasivos com características deprodução sensíveis a variação na concentração de Cana dieta. O uso do densitômetro foi efetivo emdetectar diferenças no conteúdo e na densidade demineral do osso em poedeiras alimentadas com dietasque variaram na concentração de Ca. Dessa forma, adensitometria pode ser utilizada em aves vivas comouma ferramenta de diagnóstico para acessar aintegridade óssea.

Associação de mutações identificadas no gene RYR3com carne pse em frangos.: Uma das principaisbarreiras para a evolução da qualidade da carne nomundo é a existência da carne PSE (pálida, flácida,exudativa). O PSE ocorre quando há uma rápidaglicólise no músculo onde o pH final da carne é atingidoquando a temperatura da carcaça ainda está acima doideal, promovendo a desnaturação protéica e aconseqüente perda de qualidade. A principal causarelacionada com o desencadeamento do processo é oestresse causado nas aves nos momentos queprecedem ao abate. Não se sabe, atualmente, seexiste fundamentação genética para a predisposiçãoao estresse nas aves, mas em suínos este fato estácomprovado, o que pode indicar a possibilidade domesmo ocorrer com as aves. Desta forma, iniciou-seum estudo que avalia a possibilidade da predisposiçãogenética das aves ao PSE, em nível molecular. Tal linhade pesquisa poderá contribuir com o aumento dacompetitividade da agroindústria avícola nacional, quemovimenta bilhões de dólares anualmente, garantindodividendos e empregos para milhares de brasileiros,bem como, cientificamente, colaborar na compreensãodo fenômeno bioquímico e fisiopatológico da ocorrênciado estresse pré-abate e da carne PSE em aves. Emsuínos, foi comprovada uma relação direta da

ocorrência de PSE com uma mutação no gene quecodifica a proteína receptora da rianodina tipo 1(RYR1), que é responsável pelo controle do fluxo decálcio entre o retículo sarcoplasmático e osarcoplasma. Em aves, além de RYR1, a proteínareceptora tipo 3 (RYR3) também é fundamental nocontrole do fluxo de cálcio nas fibras musculares.Dessa forma, 3 regiões do gene receptor da rianodina3 (RYR3) foram seqüenciadas em busca de mutaçõesque pudessem estar relacionados com a ocorrência decarnes PSE. Não foram identificadas deleções ouinserções nos fragmentos de DNA estudados.Entretanto, 4 mutações de ponto foram identificadas,sendo que algumas delas causaram alterações naseqüência de aminoácidos de RYR3. Estas, porém, nãoalteraram a função da proteína. Nos fragmentos dogene RYR3 analisados não foi possível encontrardiferenças entre grupos que deram origem a carne PSEe normal. Portanto, o fenômeno PSE em carnes defrango não está associado com as mutaçõesidentificadas nos fragmentos do gene ryr3 analisadosaté o momento.

Detecção de circovírus suíno tipo 2 (PCV2) em sêmende suínos: A circovirose suína é uma doençaemergente na suinocultura e é causada pelo circovírussuíno tipo 2 (PCV2), um vírus patogênico para suínos,bastante resistente a desinfetantes e de difícilcontrole. O PCV2 já foi identificado no Brasil pelaEmbrapa Suínos e Aves como causador da SíndromeMultisistêmica do Definhamento dos Suínos ou SMD. OPCV2 pode ser transmitido de suínos infectados paranão-infectados de forma horizontal e vertical, sendoque a transmissão vertical já foi demonstradaexperimentalmente. O contato com suínos infectados,instalações, equipamentos, pessoal contaminado efômites são fatores de transmissão horizontal do vírus .A associação do PCV-2 com abortos e natimortosindica que a transmissão transplacentária tambémpode importante se matrizes soronegativas foreminfectadas durante a prenhez . Recentemente o DNAde PCV2 foi detectado em sêmen de machos suínosinfectados experimentalmente através de nested-PCR(reação em cadeia da polimerase - interna). Porémainda não se sabe se o vírus no sêmen é infecciosomas tudo indica que o macho suíno é importante nadisseminação do PCV2 dentro do plantel,principalmente através do sêmen contaminado. Destaforma é interessante especular que PCV2, assim comooutros vírus de transmissão genital, pode infectarcélulas do sistema reprodutivo do macho, manter umaprodução viral eficiente capaz de ser transmitido pelosêmen, infectar fêmeas e consequentemente levar àpatologia reprodutiva. Buscou-se neste trabalhoimplantar um método de diagnóstico (nested-PCR) para

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identificar a ocorrência de PCV2 em amostras desêmen de machos suínos oriundos de centrais deinseminação. Sendo assim, o DNA de PCV2 foiamplificado por nested-PCR de amostras de sêmen desuíno adulto de central de inseminação, sugerindo quea transmissão vertical através do sêmen infectadopara fêmeas susceptíveis pode ocorrer. No exameclínico nenhum animal apresentou sintomatologiacaracterística de circovirose suína.

Mapeamento de seqüências expressas etiquetadasobtidas da pituitária anterior: O mapeamento de genesé uma forma de se identificar genes que sãoimportantes para a produção animal sendo ferramentaindispensável na análise genomas. Esta abordagemgenômica visou a identificação de qualquer gene, sejaconhecido ou desconhecido, que pudesse estarassociado ao controle genético da reprodução desuínos. O mapeamento regional dos genes foi realizadoatravés do uso de um painel de células somáticas dosuíno que foram fusionadas com células decamundongo ou de hamster. Para a identificação dalocalização dos genes com maior precisão no genomautilizou-se células somáticas de suíno irradiadas eposteriormente fusionadas com células de hamster.Utilizando varredura do transcriptoma da pituitáriaanterior através de display diferencial vários genesforam identificados através de seqüenciamento ealguns destes escolhidos para o mapeamento. Oresultado deste mapeamento de alta resolução foi queum gene (SPACL1) foi identificado na regiãoresponsável pelo controle da puberdade suínos. Estesresultado nos fornecem importantes subsídios paraselecionar suínos com menor idade a puberdadeatravés da utilização de seleção genética assistida pormarcadores moleculares.

Estimativa das temperaturas máximas médias emínimas mensais para o Brasil: Método para estimativadas temperaturas mensais e anuais para todas asregiões brasileiras, baSGEdo na latitude, longitude ealtitude do local de interesse. Contribui nacaracterização climática de qualquer local do Brasilpela possibilidade de obtenção dos valores detemperatura mesmo em regiões onde não existeminformações climatológicas. Dados de temperatura, porsua vez, são imprescindíveis em estudos de viabilidadeagrícola, projetos de irrigação e no planejamento desistemas de produção agropecuária.

Utilização do corante toluidina na determinação deparâmetros radiculares pelo software Siarcs 3.0.: Autilização de parâmetros radiculares tem sidoconsiderada relevante na medida do crescimentovegetal. A medição da área e comprimento radicular

foi facilitada pelo uso do software Siarcs. Entretanto, acaptação de imagens de raízes de plântulas crescidasem sistemas in vitro é impossibilitada pelatransparência das mesmas. A utilização do corantetoluidina (solução estoque a 1%) diluído em partesiguais com água destilada colore as raízes de azul,permitindo a captura da imagem pelo scanner. Destaforma, as imagens obtidas são salvas no formatobitmap (bpm) utilizando a resolução de 200 dpi e tipode saída desenho em preto e branco. Utilizando estasconfigurações do software, a determinação dosparâmetros radiculares é realizada com sucesso. Estametodologia expande a aplicação para raízes deplantulas cultivadas in vitro, que antes não seriapossível a sua visualização.

Gota D’água - Método rápido para visualização deflagelos em bactérias: Também foi desenvolvido ummétodo de visualização de flagelos em bactériasfixadoras de nitrogênio, uma vez que a presença ouausência dos mesmos é um fator importante nacaracterização e identificação de novas bactérias. Oobjetivo deste documento é permitir ao usuário que,através de procedimentos rápidos e simples, obtenhauma boa qualidade de imagens no que se refere avisualização de flagelos. Este método tem início com atransferência das colônias das placas contendo meiode cultivo utilizando um tubo de vidro. As colôniastransferidas migram para uma gota de água estérilcolocada ao lado. Uma pequena alíquota desta mistura(bactéria + água) é transferida para o filme deformvar e a seguir são visualizadas utilizando omicroscópio eletrônico de transmissão.

Sistema integrado para avaliação dos impactosambientais de atividades agropecuárias - Indicadoresde sustentabilidade em agroecossistemas: Trata-se demetodologia de avaliação de impacto ambiental deatividades agrícolas, utilizando-se de técnicas desistemas informações geográficas (SIG), sistemasespecialistas (SE) e modelagem matemática de formaintegrada.

Produção de leite em economia familiar: algumasquestões de teoria e método: Alternativastecnológicas, processuais e de políticas públicas para aprodução de leite em bases sustentáveis. A articulaçãode métodos qualitativos e quantitativos para estudar aagricultura familiar é um estudo inovador no contextobrasileiro. Procura-se modelar um métodomultidimensional que proporciona mecanismos deobtenção de informações e arranjos institucionais,capazes de elaborar e indicar caminhos para aimplementação de políticas de caráter local para odesenvolvimento da economia leiteira decaracterísticas familiares.

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Reflectância a partir do número digital de imagensETM: É estabelecido um método simples para atransformação do número digital (ND) em reflectância,para imagens obtidas por sensoriamento remoto. Emmuitas situações é necessária a obtenção dos valoresde reflectância dos alvos presentes em uma cena, nãobastando apenas o valor do ND de cada pixel quecompõem a imagem. Isso acontece quando se estuda ocomportamento espectral dos alvos, quando secomparam imagens obtidas por diferentes sensores ouem variadas datas, entre outros motivos. O métodomostra que, para cada imagem, basta ajustar o ND deum pixel a um modelo de regressão linear simples, comapenas dois parâmetros constantes, para se obter ovalor em reflectância correspondente. O caminhopasso a passo, partindo do ND, passando pela radiânciae chegando à reflectância, considerando ou não acorreção atmosférica, é descrito na forma de umalgoritmo simples. Outros textos que descrevem atransformação de ND em reflectância, por seremabrangentes e de aplicação geral, apresentam oprocesso de forma mais complicada e menos eficientedo ponto de vista computacional.

Uniformização de imagens landsat para previsão desafras agrícolas: É apresentado um método parapadronizar uma série multitemporal de imagens digitaisobtidas por satélites de sensoriamento remoto orbital,tomando- se uma única imagem como referência. Esseé um procedimento necessário em numerosasaplicações nas quais a dinâmica temporal é um fatorimportante, como no caso do monitoramento agrícolaou ambiental. O método utiliza as bandas 3, 4 e 5 deimagens do satélite Landsat. Dentre o conjunto deimagens a serem padronizadas, uma é escolhida comoreferência, sendo esta corrigida atmosfericamente pelométodo da subtração do pixel escuro SPE. Sãoescolhidos na imagem de referência alvos claros eescuros, pseudo-invariantes quanto à reflectância, esão extraídos os valores de número digital (ND)correspondentes a eles em cada banda. As demaisimagens são padronizadas por meio de equações deregressão ajustadas aos valores de ND dos alvospseudo-invariantes. O método apresenta comovantagem, em relação à aplicação do SPE em cadaimagem da série multitemporal, a obtenção de valoresde reflectância mais estáveis e, portanto,comparáveis.

Processamento de imagens obtidas com câmara digitalpara a determinação da fração de vegetação emparcelas de cana-de-açúcar: É proposto um métodoque descreve o processamento de imagens obtidas porcâmaras digitais visando determinar a fração devegetação em parcelas experimentais. Em diversas

aplicações da pesquisa agropecuária e ambiental énecessária a quantificação da proporção da superfíciedo solo que está recoberta pela vegetação em um dadoinstante. O método preconiza a obtenção das imagenssempre à uma mesma altura do solo. As imagens sãoobtidas em RGB e importadas para o ProgramaSPRING, no qual é feita a transformação IHS. Apenasa componente H (de hue em inglês, tonalidade) éutilizada, servindo como a variável na qual serábaSGEdo o critério de classificação automática. Antesda classificação é feita a segmentação da imagem,utilizando-se o segmentador por crescimento deregiões, do SPRING. A seguir, a imagem é classificadaautomaticamente usando-se o procedimento ISOSEG,do SPRING. A vantagem do método é sua simplicidadee rapidez, permitindo a obtenção, o tratamento e ainterpretação de um grande número de imagens emcurto espaço de tempo.

Toxicidade do paclobutrazol em ambiente aquáticoimpacto ambiental do regulador de crescimentovegetal paclobutrazol: É apresentado um método paraavaliar a atividade das enzimas TGO, LDH e GST, empeixe (pacu prata) para verificar a presença depaclobutrazol em corpos de água, bem como suabioconcentração em peixes. Essas informações sãoimportantes para ampliar o conhecimento sobre a açãode pesticidas usados no Brasil, sobre organismos nãoalvo. Uma das vantagens dessa avaliação é que amedida das atividades enzimáticas poderá ser utilizadacomo um biomarcador associado à contaminaçãoaquática por paclobutrazol.

Utilização de colunas de solo para avaliação dalixiviação de agrotóxicos: A metodologia aqui descrita,utilizando-se colunas de solo, tem a vantagem derepresentar o transporte de agrotóxicos em condiçõesnaturais de campo, em relação à metodologia deavaliação de pequenas amostras de solo em soluçõesequilibradas, comumente empregada. Assim, ascolunas grandes de solo também representam melhoras condições correntes em campo, uma vez que não énecessária a agitação intensa da mistura solo-.solução,nem são necessárias as elevadas relações solução-soloempregadas na metodologia do equilíbrio 24 horas emlaboratório. Assim, a utilização de colunas grandes desolo permite avaliações mais realistas com ascondições naturais de campo, e adequadas àmodelagem do transporte de agrotóxicos em perfis desolos, uma vez que, em condições de fluxo de soluçãode solo no perfil, grande parte dos sítios de adsorçãonão estão acessíveis aos pesticidas. No entanto, ocomportamento sortivo pode ser melhor entendidodispondo-se de dados obtidos com a utilização deambas as metodologias, a serem utilizados

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conjuntamente em estudos de simulações de riscoambiental. As colunas de solos possibilitam tambémestudos do movimento de agrotóxicos ao longo dotempo, bem como avaliações de biodegradação e/ouvolatilização.

Educação ambiental para o desenvolvimentosustentável: A capacitação de agentes multiplicadoresnos diversos setores e instâncias da sociedade é umaestratégia da formação de sociedade/comunidadessustentáveis e viabilização de um modelo deDesenvolvimento Sustentável, conforme o Tratado daEducação Ambiental para a Sociedade Sustentável eResponsabilidade Social e o artigo 36 da Agenda 21.Em geral, as metodologias são voltadas ao meioambiente e não ao ser humano, dirigidas a temasespecíficos, como gestão de recursos hídricos e deresíduos sólidos. No cumprimento de sua função socialde contribuir para a melhoria da qualidade de vida noespaço rural a Embrapa Meio Ambiente disponibiliza àsinstituições competentes, a proposta metodológica demacroeducação (educação para um público diverso)que desenvolveu e que se fundamenta em cincopremissas: 1. Planejamento participativo ao orientarsobre o uso de métodos e técnicas de moderação dedebate para a busca de resoluções consensuais eredução de conflitos em comunidades. 2.Contextualização local ao auxiliar no reconhecimentoda situação e das potencialidades da realidadeambiental local, chamada de ambiente próximo. Oreconhecimento espacializado das bacias hidrográficaspossibilita o aprimoramento do estudo daterritorialidade (das relações de fluxo de informação,energia e matéria no espaço geográfico). 3. Temagerador ao fornecer procedimentos de hierarquizaçãode ações e reconhecimento das competências deacordo com a função social das instituições e dasempresas (responsabilidade social). 4. Inserção dasquestões agrícolas normalmente desconsideradas daanálise ambiental ao facultar que os resultados depesquisa subsidiem não só a compreensão pelasociedade do papel do setor agrícola no contexto dodesenvolvimento sustentável de : - segurançaalimentar para garantir um futuro sustentável, comalimentos para todos, e - fornecimento de informaçõese tecnologia atualizadas, aprimoradas para viabilizar aagricultura sustentável e a mitigação dos impactosinevitavelmente ocasionados. 5. Práxis socioambientalver-julgar-agir associada a técnicas de diagnóstico,avaliação de impacto e gestão ambiental,respectivamente, para auxiliar o desenvolvimento dapercepção ambiental e, consequentemente, facilitar oprocesso de conscientização. Um aspecto que lhefacilita a aplicação é organizar e sistematizar, para ummesmo fim, vários métodos e técnicas muito

conhecidos, como o Metaplan e o diagnósticoambiental. E um outro diferencial (mérito) técnico-científico da estrutura metodológica demacroeducação proposta está, nos dois últimos itenssupracitados (4 e 5), por considerarem a produção dealimentos uma premissa de sustentabilidade,considerando que a humanidade depende dela paragarantir sua sobrevivência no planeta; e porfornecerem uma lógica de pensar ambiental, quepermite o auto-desenvolvimento da percepçãoambiental, com a internalização de novos valores pelosatores sociais e responsáveis (público-alvo potencial)pela: - Formulação e implementação das políticaspúblicas: leis, regulamentos, políticas institucionais,etc. - Adoção de processos e pelo desenvolvimento deprodutos para o estabelecimento de um mercadoverde. - Colaboração das comunidades, aoincorporarem novos padrões comportamentais e deconsumo. Respeitando as devidas proporções ediferenças, a possibilidade de se utilizar os mesmosconceitos para todos os atores sociais dos diversossetores, instâncias e comunidades atribui objetividadee clareza ao processo de educação ambiental, além dedimensionar, adequadamente, a importância do setoragrícola para a sociedade. Diante do exposto, aEmbrapa se apresenta apta a capacitar e orientaragentes multiplicadores das diversas instituiçõescompetentes a desenvolver programas e projetos deinternalização da questão ambiental, para o plenoexercício da transversalidade amplamente repetidapelos Ministérios do Meio Ambiente e Educação.

Método simples e confiável de separação de plantastransgênicas de fumo: Os métodos mais comuns dedetecção do transgene em plantas transformadasainda são demorados e de alto custo. O objetivo desteestudo foi testar um método simples de avaliação deplantas de fumo transgênicas. Para isso. 100 mg/ml decanamicina foi infiltrada em folhas de fumo, resultandono aparecimento de manchas cloróticas nas folhas deplantas não-transgênicas e nenhuma mancha nasfolhas de plantas transformadas. Essa reação ocorreuindependentemente da idade das plantas testadas eevidenciou a simplicidade, rapidez, confiabilidade ebaixo custo do método. Os resultados foramcomparavéis aos obtidos por amplificações dotransgene, utilizando-se primers específicos, por meioda reação da polimerase em cadeia (PCR)..

Desenvolvimento e calibração de guias de onda paraTDR: A medição da umidade do solo é crucial para apesquisa e o manejo de irrigação. Entre os métodosmais recentes de determinação da umidade está o dareflectometria no domínio do tempo (TDR) que sebaseia na correlação entre a capacidade dielétrica do

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solo e a sua umidade. A obtenção do perfil de umidadedo solo requer a utilização de um grande número deguias de onda, cujo custo ainda é elevado. Por outrolado, as curvas de calibração relacionando umidadecom a capacidade dielétrica do solo foramdesenvolvidas para outros meios porosos, solosdesestruturados e solos de países com climatemperado. O objetivo deste trabalho foi construir umaguia de onda com materiais facilmente encontrados nomercado nacional e calibrá-la para solos tropicais. Ascurvas de calibração para o Neossolo Quartzarênico eLatossolo Vermelho são distintas e diferentes dosmodelos apresentados na literatura. A modificação deum modelo matemático, fisicamente embasado, permitiua geração de curvas de calibração com ajuste adequado,porém independentes para cada tipo de solo.

Uso de redes neurais artificiais para a estimativa daevapotranspiração de referência (Eto) do método dePenman-Monteith: Com um número de reduzidovariáveis: O processo de modelagem utilizando asredes neurais artificiais mostrou-se eficiente para aestimativa da Eto de Penman-Monteith e permitiu autilização de um número reduzido de variáveis de fácilobtenção. Como as variáveis mais relacionadas com aEto foram os meses do ano e a insolação, conclui-seque a aplicação dos resultados limita-se a condiçõesclimáticas similares às da região analisada e asextrapolações devem ser precedidas de testes devalidação.

Método para seleção de genótipos e indicação de fontede resistência de soja a Sternechus subsignatus: Doismétodos (confinamento e livre-escolha) foram testadospara selecionar genótipos de soja resistentes a S.subsignatus. O método de livre-escolha se mostrou-semais adequado para a seleção de fontes de resistênciade soja a esse inseto. S. subsignatus discriminou maisos genótipos em situação de livre-escolha sugerindoque a não preferência é um dos mecanismos deresistência da soja a essa praga.

Zoneamento

Zoneamento Agrícola do Milho - Rio Grande do Sul,safra 2003/2004: O cultivo de milho, que épraticamente viabilizado em todo o estado do RioGrande do Sul, tem na deficiência hídrica a principalvariável meteorológica determinante das variações norendimento de grãos entre anos e entre regiões. Ozoneamento agrícola do milho objetiva delimitar áreascom menor risco de ocorrência de deficiência hídricapor época de semeadura. A identificação de períodosfavoráveis à semeadura para o cultivo de milho foirealizada com base em balanços hídricos diários,

considerando a interação local (clima) x ciclo dosgenótipos x período de semeadura x tipo de solo. Ozoneamento evidencia a existência de áreas commenor risco climático para a cultura, demonstrandovariações em função do ciclo do genótipo, tipo de soloe época de semeadura.

Zoneamento Agrícola do Feijão - Rio Grande do Sul,safra 2003/2004: O cultivo do feijão, que épraticamente viabilizado em todo o estado do RioGrande do Sul, tem nas oscilações climáticas e naépoca de semeadura as principais variáveisdeterminantes das variações no rendimento de grãosentre regiões e entre anos. A temperatura baixa, comocorrência de geadas tardias nos meses de agosto esetembro constitui variável de interferência negativana produtividade da cultura, embora em menor grau. Ozoneamento agrícola do feijão para o estado do RioGrande do Sul objetiva delimitar áreas com menoresriscos climáticos (deficiência hídrica, principalmente),por época de semeadura. A identificação dos períodosfavoráveis à semeadura foi realizada com base embalanços hídricos diários, considerando a interaçãolocal (clima) x ciclo da cultivar x período de semeadurax tipo de solo. O zoneamento evidencia que o RioGrande do Sul apresenta áreas com menores riscosclimáticos para semeadura da cultura de feijão, e queessas áreas são variáveis, tanto para feijão dito safra,quanto para feijão safrinha, em função do ciclo dacultivar, do tipo de solo e da época de semeadura.

Zoneamento Agrícola do Feijão - Rio Grande do Sul,safra 2004: em as áreas de aptidão do zoneamentopara a cultura de feijão, aplicou-se o que se chamou deÍndice de Risco Complementar (IRC). Este índice tem afinalidade de detectar períodos que apresentammenores riscos de ocorrência de deficiência hídrica,durante o período de semeadura do feijão safrinha, noestado. O IRC baseia-se na interação entredisponibilidade hídrica e período crítico dedesenvolvimento do feijão, como o principal fatordeterminante do rendimento econômico da cultura noRio Grande do Sul. Foram realizadas simulações dobalanço hídrico para o feijão, ciclos precoce e normal,considerando semeaduras nos dias 05, 15 e 25 decada mês. Pelo módulo Sarrazon, usou-se o Índice deSatisfação das Necessidades de Água (ISNA) dosubperíodo 3 de desenvolvimento de feijão (floração-enchimento de grão) como principal índice dezoneamento. Os valores de ISNA, calculados para umafreqüência mínima de 80 %, foram espacializados como Sistema de informações Geográficas SPRING v. 3.4,definindo-se três categorias: favorável (ISNA 0,55),intermediária (ISNA entre 0,45 e 0,55) e desfavorável(ISNA 0,45). Os períodos de semeadura foram

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estabelecidos com base nas áreas delimitadas pelafaixa de valores favoráveis de ISNA.

Zoneamento Agroecológico do Estado do Rio deJaneiro - 2003, escala 1:250.000: Identificação dezonas agroeológicas diferenciadas por característicasfísicas, químicas e biológicas dos solos e por clima,vegetação, relevo, aspectos sociais e econômicos paraplanejamento dos diferentes tipos de ocupação.

Revisar e reformular o zoneamento agroclimático dacultura da soja para os estado de Mato Grosso: Oestado do Mato Grosso é hoje o principal produtorbrasileiro de soja. Face as recentes mudanças eobjetivando melhorar a precisão das indicaçõesanteriores, o zoneamento agroclimático da cultura dasoja para o estado do Mato Grosso foi totalmenterevisto, reformulado e atualizado, com base em dadosmais atuais, corrigindo-se falhas e elaborando-se novastabelas com as indicações das épocas de semeaduracom menor probabilidade de risco à exploração dacultura da soja.

Revisar e reformular o zoneamento agroclimático dacultura da soja para os estados de Goiás, Mato Grossodo Sul, Minas Gerais, Paraná e Tocantins: OZoneamento agroclimático da cultura da soja para oestado do Goiás foi revisto e atualizado, com base eminformações e dados meteorológicos mais recentes,corrigindo-se falhas e gerando-se novos mapas etabelas com períodos de semeadura com menoresriscos de déficit hídrico durante as fases críticas dacultura. As tabelas obtidas foram publicadas peloMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,para subsidiar a política de financiamento e deseguridade agrícola

Zoneamento Agroclimático da cultura do sorgo para oestado do Paraná: Foram definidos os riscos hídricos àcultura do sorgo no estado do Paraná, para oito épocasde semeadura, para cultivar com ciclo de 120 dias etrês tipos de solos em função da capacidade dearmazenamento de água.

Zoneamento da Aptidão Climática da Heveicultura noBrasil: Regionalização das zonas aptas, restritas einaptas para o cultivo da seringueira no Brasil,avaliando o efeito das condições climáticas sobre odesenvolvimento e produção da cultura e sobre odesenvolvimento do principal patógeno da seringueira.O trabalho permite identificar as regiões brasileirascom maior aptidão climática para a heveicultura,orientando investimentos e indicando as áreas com osriscos de prejuízos para a cultura. O estudo contribuipara minimização de perdas com a cultura, orientando

sua implantação em zonas aptas para o cultivo,favorecendo os produtores na obtenção de melhoresresultados. Por ser cultura perene e por ter baixanecessidade de adubos e defensivos, a seringueiracontribui para a sustentabilidade do sistema deprodução e serve como habitat para diversos espéciesda fauna.

Zoneamento agroclimático para as culturas do arroz deterras altas e feijão no Estado de Minas Gerais: OZoneamento define de forma precisa e atualizada osperíodos e áreas mais apropriadas ao cultivo do arrozde terras altas e feijão no Estado de Minas Gerais. Estebanco de dados consiste em um conjunto de arquivosestruturados de forma a facilitar o acesso a váriasinformações que descrevem por municípios, osperíodos que apresentam menor risco climático para asculturas de arroz e feijão no Estado de Minas Gerais.Neste processo é possível acessar de forma maisrápida todas as informações compiladas,principalmente, por meio de internet.

Zoneamento agroclimático para a cultura do feijão noEstado da Bahia: O zoneamento define de formaprecisa e atualizada os períodos e áreas maisapropriadas ao cultivo do feijoeiro no Estado da Bahia.Este banco de dados consiste em um conjunto dearquivos estruturados de forma a facilitar o acesso avárias informações que descrevem por municípios, osperíodos que apresentam menor risco climático para acultura do feijão no Estado da Bahia. Neste processo épossível acessar de forma mais rápida todas asinformações compiladas, principalmente, por meio deinternet.

Zoneamento: dos Índices do Perfil Econômico, doÍndice de Ausência de Cobertura Vegetal, do Índice deDensidade Urbana, do Índice de Degradação Potencialdos Solos, dos Índices de Qualidade da ÁguaSuperficial , da localização dos pontos de amostragemdos respectivos Índices de Qualidade da ÁguaSuperficial, dos municípios da Sub-bacia do BaixoPardo, SP.

Zoneamento: Dos Índices do Perfil Ecológico e dosÍndices de Sustentabilidade do Uso da Água, dosMunicípios da Sub-bacia do Baixo Pardo.

Zoneamento Recomendação dos Pontos deMonitoramento da Qualidade Físico-Química eBacteriológica das Águas Superficiais na Sub-bacia doBaixo Pardo: Zoneamento resultante da metodologiaISA-ÁGUA, indicando os pontos de monitoramento daqualidade físico-química das águas superficiais na Sub-bacia do Baixo Pardo, de acordo com a periodicidade

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de amostragem devido ao risco e potencial decontaminação.

Zoneamento: Dos Índice de Sustentabilidade Ambientalda Produção Integrada de Citros, dos Índices deSustentabilidade Ambiental e Recomendação dosPontos de Monitoramento da Qualidade das Águas dasEmpresas Citrícolas com PIC em São Paulo

Zoneamento na Região de Picos(PI): Zoneamentorealizado mediante a integração, classificação eavaliação dos dados de qualidade físico-química daságuas subterrâneas em SIG, obtidos em cada ponto decoleta (poços tubulares), através de tratamentoestatístico multivariado. Permite a rápida avaliação daqualidade do manancial pelo IQA-SUB da região doAqüífero Serra Grande - PI.

Zoneamento Qualidade das Águas Subterrâneas e dasÁguas Superficiais na Região de Aracajú (SE), Análisesde Salinidade: Zoneamento realizado mediante aintegração, classificação e avaliação dos dados dequalidade físico-química das águas subterrâneas emSIG, obtidos em cada ponto de coleta (poços), atravésde tratamento estatístico multivariado. Permite arápida avaliação da qualidade do manancial pelo IQA-SUB da região do Rio Poxim - SE.

Zoneamento: Índices do Perfil Econômico, dos Índicesdo Perfil Social, dos Índices do Perfil Ecológico, dosÍndices de Sustentabilidade Ambiental do Uso da Água,dos Municípios da Região de Aracajú (SE).

Zoneamento Agrícola da cultura do milho no Estado deAlagoas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso doSul e Minas Gerais, - Safra 2003/2004: O presentetrabalho teve como principal objetivo caracterizaráreas de menor risco climático para cultura do milhoassim como definir as melhores épocas de plantio paraesses estados. Portanto, conhecer os fatores de riscosviabiliza reduzir as perdas de produção e obter maioresrendimentos Definiu-se os riscos climáticos para asdiferentes regiões por meio de uma análise dedistribuição frequencial das chuvas e do balançohídrico para períodos de 5 dias. Nos modelos usados,foram considerados os seguintes dados. a) precipitaçãopluvial diária onde utilizou series históricas de nomínimo 15 anos de 54 estações pluviométricas; b)evapotranspiração de referência pelo método Penman-Monteith; c) coeficientes culturais determinados apartir da pesquisas desenvolvidas em diversas regiõese de dados apresentados na literatura assumindo acultura com um ciclo de 110 dias. Foi consideradoapenas um ciclo uma vez que, no período em que sefez a simulação, a diferença entre cultivares era

extremamente variável e pouco significativa; c)disponibilidade de água :sendo os solos agrupadosquanto ao seu armazenamento de água em 40 e 60mm. As classe de solos que se enquadram nessesgrupos estão apresentados no quadro em anexo.Simulou-se as épocas de plantio para cada 10 diasentre 10 de abril e 10 de junho. Para especializaçãodos resultados cada valor do índice de satisfação danecessidade de água (ISNA) foi associado à localizaçãogeográfica da respectiva estação pluviométrica, e naelaboração dos mapas utilizou-se o Sistema deProcessamento de Informações Georreferenciadas(SPRING) desenvolvido pelo INPE. Três classes deISNA foram definidos para diferenciaragroclimáticamente o Estado: ISNA > 0,55 = regiãoagroclimática favorável com pequeno risco climático;0,55> ISNA > 0,45 = região agroclimáticaintermediaria com médio risco climático e ISNA <0,45 = região agroclimática desfavorável com altorisco climático. Uma vez que é um modeloagroclimático, assume-se que não há limitações quantoà fertilidade e danos por pragas e doenças. As data deplantio estão relacionadas na tabela correspondente.

Zoneamento Agrícola da cultura do sorgo safrinha nosEstados do Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grossodo Sul, Minas Gerais e Distrito Federal - Safra 2003/2004: O sorgo é uma cultura normalmente plantadaapós uma cultura de verão e a sua data de plantiodepende da época do plantio da cultura antecessora ede seu ciclo. Consequentemente, para a tomada dedecisão quanto à época de plantio, é importanteconhecer os fatores de riscos que podem serminimizados quanto mais eficiente for o planejamentodas atividades relacionadas à produção. Objetivou-secom esse trabalho, reduzir as perdas de produção eobter maiores rendimentos por meio da identificaçãodos riscos climáticos das diferentes regiões dentro doEstado, definir as melhores épocas de plantio para acultura do sorgo nos Estados de Goiás e Mato Grossodo Sul. Definiu-se os riscos climáticos para asdiferentes regiões através de uma análise dedistribuição frequëncial das chuvas e do balançohídrico para períodos de 10 dias. Foram consideradasas seguintes variáveis no processo de análise: a)precipitação pluvial diária onde utilizou séries históricasde, no mínimo, 15 anos de 121 estações; b)evapotranspiração de referência pelo método Penman-Monteith; c) coeficientes culturais determinados apartir da pesquisas desenvolvidas em diversas regiõese de dados apresentados na literatura assumindo acultura com um ciclo de 120 dias. Foi consideradoapenas um ciclo uma vez que no período em que se feza simulação, a diferença entre cultivares eraextremamente variável e pouco significativa; c)

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disponibilidade de água, sendo os solos agrupadosquanto ao seu armazenamento de água em 20, 40 e60 mm. Simulou-se as épocas de plantio para cada 10dias entre 01 de fevereiro e 31 de março. Naespecialização dos resultados cada valor do índice desatisfação da necessidade de água (ISNA) foiassociado à localização geográfica da respectivaestação pluviométrica, e na elaboração dos mapasutilizou-se o Sistema de Processamento deInformações Georreferenciadas (SPRING) desenvolvidopelo INPE. Foram definidos três classes de ISNA para odiferencial agroclimático do Estado: ISNA > 0,55 =região agroclimática favorável com pequeno riscoclimático; ISNA < 0,55 > 0,45 = regiãoagroclimática intermediaria com médio risco climáticoISNA < 0,45 = região agroclimática desfavorávelcom alto risco climático. Uma vez que é um modeloagroclimático, assume-se que não limitações quanto àfertilidade e danos por pragas e doenças. As datas deplantio estão relacionadas na tabela correspondente.

Zoneamento Agrícola da cultura do sorgo verão nosEstados do Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grossodo Sul, Minas Gerais e Distrito Federal - Safra 2003/2004: O cultivo do sorgo de sequeiro pode serconsiderado como uma alternativa para osagricultores, constituindo, portanto, uma opção a maisprincipalmente no que se refere a regiões onde odéficit hídrico é mais acentuado. Mesmo sendo o sorgouma cultura mais adaptada a condições de déficithídrico, o seu crescimento e desenvolvimento ficamcondicionados às condições edafoclimáticasdominantes. Consequentemente, para a tomada dedecisão quanto à época de plantio, é importanteconhecer os fatores de riscos, que podem serminimizados quanto mais eficiente for o planejamentodas atividades relacionadas à produção. Portanto,objetivou-se com esse trabalho, reduzir as perdas deprodução e obter maiores rendimentos por meio daidentificação dos riscos climáticos das diferentesregiões dentro do Estado, estabelecendo dessa formaas melhores épocas de plantio para a cultura do sorgono Estado. Definiram-se os riscos climáticos para asdiferentes regiões por meio de uma análise dedistribuição frequencial das chuvas e do balançohídrico para períodos de 5 dias. Nos modelos usadosforam considerados os seguintes dados: a) precipitaçãopluvial diária onde se utilizou séries históricas de nomínimo 15 anos de 216 estações; b)evapotranspiração de referência pelo método Penman-Monteith; c) coeficientes culturais determinados apartir das pesquisas desenvolvidas em diversas regiõese de dados apresentados na literatura, assumindo acultura com um ciclo de 110 dias. Foi consideradoapenas um ciclo, uma vez que, no período em que se

fez a simulação, a diferença entre cultivares eraextremamente variável e pouco significativa.Considerando não haver diferença significativa entresorgo forrageiro e granífero no que ser refere àfenologia, não foram diversificadas as culturas noperíodo das simulações; c) disponibilidade de água:sendo os solos agrupados quanto ao seuarmazenamento de água em 20, 40 e 60 mm.Simularam-se as épocas de plantio para cada 10 dias apartir de outubro até o ultimo decêndio de dezembro,observando-se que, a partir dessa data, o plantio passaa ser considerado safrinha. Para a especialização dosresultados, cada valor do índice de satisfação danecessidade de água (ISNA) foi associado à localizaçãogeográfica da respectiva estação pluviométrica, e naelaboração dos mapas utilizou-se o Sistema Geográficode Informações (SGI) desenvolvido pelo INPE. Trêsclasses de ISNA foram definidas para diferenciaçãoagroclimática do Estado: ISNA > 0,65 = regiãoagroclimática favorável com pequeno risco climático;0,65> ISNA > 0,50 = região agroclimáticaintermediária com médio risco climático e ISNA <0,50 = região agroclimática desfavorável com altorisco climático. Uma vez que é um modeloagroclimático, assume-se que não há limitações quantoà fertilidade e danos por pragas e doenças. As datasde plantio estão relacionadas na tabelacorrespondente.

Zoneamento de riscos climáticos para a cultura dosorgo nos estados do Mato Grosso do Sul: O plantio dosorgo safrinha no Mato Grosso do Sul não deve serfeito em solos com baixa retenção de água, o que sedeve, além da má distribuição, à quantidade de chuvasque reduzem à medida que se atrasa o plantio. Nossolos de retenção média de água, os plantios devemser feitos no máximo até 20 de março, embora amaioria do estado sugere-se que está data seja até 10de março. Nos solos de retenção elevada, o plantiocorre pouco risco se for feito até 20 de março.

Zoneamento de riscos climáticos para a cultura dosorgo no Estado de Goiás: O plantio do sorgo safrinhaem Goiás, em solos com baixa retenção de água, oplantio do sorgo safrinha deverá ser no máximo até 20de fevereiro. Nos solos de retenção média de água, osplantios devem ser feitos no máximo até o final defevereiro e, em alguns municípios , esta data podeestender-se até 10 de março. Nos solos de retençãoelevada, o plantio pode chegar até 20 de março,embora a época de menor probabilidade de risco seja10 de março.

Zoneamento de riscos climáticos para a cultura dosorgo no Estado de Minas Gerais: O plantio do sorgo

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safrinha em Minas Gerais, em solos com baixaretenção de água, o plantio do sorgo safrinha deveráser no máximo até 20 de fevereiro. Nos solos deretenção média de água, os plantios devem ser feitosno máximo até o final de fevereiro e, em algunsmunicípios, esta data pode estender-se até 10 demarço. Nos solos de retenção elevada, o plantio podechegar até 20 de março, embora a época de menorprobabilidade de risco seja 10 de março.

Uso e cobertura da terra da Região Noroeste do Estadodo Rio de Janeiro: Mapas, escala 1:100.000.Identificação e mapeamento das áreas de uso atualcom o uso potencial das terras.

Manejo sustentável de recursos naturais emmicrobacias do Norte-Noroeste Fluminense – GEF:Mapas morfoecológicos e de zonas agroecológicas dabacia hidrográfica do Rio Imbé, Quitingute eGuaxindiba. Escala 1:250.000. Identificação de zonasagroeológicas diferenciadas por características físicas,químicas e biológicas dos solos e por clima, vegetação,relevo, aspectos sociais e econômicos paraplanejamento dos diferentes tipos de ocupação.

Estudos Agroecológicos da Bacia do rio Taquari: Mapasde solos, geologia, geomorfologia, de clima, de uso dasterras, escala 1:50.000.

Levantamento de reconhecimento dos solos do estadode Minas Gerais: Escala 1:1.000.000. Distribuição dasdiferentes classes de solos para diferenciação do uso,manejo e recuperação.

Caracterização dos Solos do Município de Tibagi:Informações georeferenciadas para a base de dadospara disponibilização no servidor de mapa de solos, viainternet, do município de Tibagi, PR.

Mapa da cobertura vegetal do Estado de Goiás:Mapeamento da cobertura vegetal do estado de Goiása partir de imagens SPOT-Vegetation do ano 2000,emescala 1:1.500.000. Permite subsidiar políticaspúblicas relativas ao zoneamento das atividadesagrícolas. Fornece um conhecimento circunstanciadoda cobertura vegetal no Estado de Goiás e oferece acartografia e quantificação da cobertura vegetal doEstado de Goiás em 2000, tanto em relação àsatividades agrícolas com em áreas naturais.

Monitoramento Ambiental das Águas da Lavoura deArroz: A atividade orizícola incorpora o uso intenso deagrotóxicos, para o controle de pragas, fator que oneraos custos de produção e aumenta os riscos de impactoambiental negativo nas áreas de produção. O

monitoramento realizado indicou a necessidade dosprodutores adotarem boas práticas agrícolas (BPA’s),minimizando o uso dos agrotóxicos (impacto econômicopositivo) detectados, visando diminuir os resíduos naságuas de drenagem e, consequentemente, o impactoambiental negativo sobre a qualidade da águasuperficial, em especial do arroio Sarandi e da LagoaMirim, e os riscos de perda de biodiversidade, nesteagroecossistema orizícola. O impacto social serárefletido na sustentabilidade deste sistema deprodução, com a adoção de BPA’s, que irá garantirrenda para muitas famílias.

Sistema de alerta para uso no manejo integrado depragas e doenças da macieira: O grupo de pesquisa doprojeto SISALERT desenvolve atividades relacionadas àsimulação e previsão de ocorrência de epidemias emfrutas de clima temperado, com ênfase na maçã. Entreos resultados obtidos temos: a) uma base de dadoscom informações importadas de 8 coletores de dadosclimáticos (em tempo real) no município de Vacaria eFlores da Cunha; b) a implementação e validação demodelos de doenças da para a sarna, mancha foliar epodridão branca; c) modelo de predição doaparecimento da primeira geração de adultos deGrapholita spp. considerando o número de graus dias;d) desenvolvimento de softwares modulares eindependentes de plataforma que rodam emequipamentos portáteis como Palms e celulares, alémde computadores convencionais; entre outros. Oendereço é:http://inf.upf.br:8080/sisalert/index.jsp.

Levantamento de solos e avaliação da aptidão agrícoladas terras da microbacia Janela da Andorinhas, RJ:Mapa de solos e aptidão agrícola das terras e uso dasterras escala 1:20.000.

Qualidade da água de rios numa região de pecuáriaintensiva de Santa Catarina: Apesar de váriaspesquisas desenvolvidas por Universidades e Órgãos dePesquisa e dos relatos já divulgados em revistascientíficas e, também, nos jornais, rádios e TV daregião sobre a qualidade da água no meio rural, poucasainda são as informações associando causa e efeito.Por outro lado, no caso dos dejetos de animais,algumas opiniões ainda consideram que se essesresíduos forem utilizados como fertilizante do solo, nãohaverá riscos para o ambiente. No entanto, já seconhece de longa data, que além do excedente deminerais e matéria orgânica, as excreções animaispodem conter alguns organismos patogênicos, que aoatingirem os rios ou reservatórios de águas, poderãocausar doenças como as diarréias e gatroenterites.Uma das análises mais utilizadas para avaliar se a águaestá contaminada por microrganismos de risco para asaúde do homem e dos animais, é o Teste Indicador de

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Coliformes. Esse teste é capaz de indicar se na águaanalisada estão presentes algumas bactérias comunsnas fezes de humanos e animais, sendo, por isso,mundialmente aceito como um dos indicadores daqualidade da água para consumo humano e de animais.Para avaliar se os dejetos de animais representamriscos de contaminação microbiana das águas dos rios,foi monitorada a qualidade da água em alguns rios deregiões de pecuária intensiva no município de JaboráSC. As águas foram coletadas em três épocas paracada um de 15 pontos de quatro rios e alguns de seuscontribuintes no município de Jaborá - SC, localizadosem áreas de suinocultura, bovinocultura e aviculturaintensivas e uso de dejetos e camas desses animaiscomo fertilizante do solo. Os resultados indicaram queem 93% dos locais para Coliformes totais e em 87%dos locais para Coliformes Fecais, em pelo menos umadas três amostragens realizadas, foram ultrapassadosos padrões para águas doces de classe 1 estabelecidospelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).Confirmou-se que os dejetos de suínos não são asúnicas fontes de contaminação dos rios do meio rural,mas o seu uso como fertilizante do solo representarisco de poluição microbiana das águas, da mesmaforma que os dejetos de bovinos criados em pastagense bovinos manejados em tambos.

Monitoramento de pontos georreferenciados:Envolvendo 29 municípios para avaliação da qualidadede água do aqüífero Serra Grande, dos Índices do PerfilEconômico, dos Índices do Perfil Ecológico, dos Índicesdo Perfil Social, dos Índices de SustentabilidadeAmbiental, do uso da água e da Qualidade das ÁguasSubterrâneas , na região de Picos - PI.

Diagnóstico bioclimático para produção de aves namesorregião centro sul, centro norte, extremo-oestebaiano e metropolitana de Salvador : As variáveis doclima ditam os níveis necessários de controle artificial nosistema de manejo e, consequentemente, no custoeconômico do manejo microambiental. Temperaturasambientais (TA) muito elevadas, associadas a altosvalores de umidade relativa do ar (UR), causam reduçãona performance produtiva, mas o distanciamentos datemperatura ambiente dos valores próximos à regiãotermoneutra dos animais perturbam o mecanismotermodinâmico que as aves possuem para se protegeremde extremos climáticos, levando ao desperdício deenergia, em seu conceito mais amplo.

Práticas

Recomendação de adubação de aveia, em LatossoloVermelho-Amarelo Distrófico típico, em sistema de

plantio com cobertura morta (palha de milho: As dosesrecomendadas de nitrogênio e fósforo em LatossoloVermelho-Amarelo distrófico típico, para a máximaprodução econômica de forragem da linhagem de aveiaUPF 87111 (8.111 kg/ha), em solo coberto com9.115 kg/ha de palha de milho (cobertura morta), são:200 kg/ha de N, 120 kg/ha de P2O5 e 95 kg/ha deK2O. Público-alvo: Produtores de aveia forrageira daregião Sudeste. Benefícios esperados: Adubação maisadequada ao solo e ao sistema de plantio possibilitará aotimização da produção de forragem de aveia. Semadubo, a produção obtida foi 3130 kg/ha, havendoportanto aumento de rendimento de forragem de4.981 kg/ha (160%). Impactos esperados (ambientais,sociais e econômicos). Impactos ambientais: Espera-semaior produção de forragem de aveia com doses defertilizantes adequadas, que não causarão problemasde contaminação do lençol freático. Impactoseconômicos: Espera-se aumentar a produtividade deforragem, justificando o uso de irrigação, usando-sedoses para a máxima produção econômica. Impactossociais: O aumento da produtividade se refletediretamente nos índices produtivos de sistemas deprodução, tanto de leite como de carne, possibilitandomaior estabilidade na oferta desses produtos aoconsumidor, o que irá baratear os seus preços,beneficiando os consumidores, e também possibilitarámaior capacitação da mão-de-obra envolvida.

Adubação com nitrogênio em pastagem de Brachiariabrizantha sob manejo rotacionado - produtividade:Onde o preço da terra é elevado, a pecuária deve serintensificada. Para que ocorra assimilação adequada decarbono pelas gramíneas forrageiras tropicais, elasnecessitam de oferta adequada de nitrogênio. Estudoque utilizou uréia e nitrato de amônio como fontes de Ndemostrou que podem ocorrer aumentos de 150 a930%, com a dose máxima de N utilizada em sistemasintensivos de produção, ou 100 kg/ha/corte de N, comrelação à pastagem não adubada, dependendo dadistribuição de chuvas e de condições estruturais daforrageira para a rebrota. A eficiência agronômica dauréia foi similar à do nitrato de amônio em condiçõesde clima mais seco e levemente inferior em condiçõesmais favoráveis ao desenvolvimento vegetal. Público-alvo: Pecuaristas das regiões Sudeste e Centro-Oeste.Benefícios esperados: É possível aumentarconsideravelmente a oferta de forragem tropical parapastejo no período das chuvas, utilizando-se adubaçõesparceladas com nitrogênio. Com 100 kg/ha/corte de N,a produção de matéria seca de forragem aumentou emmédia de 472 kg/ha/período (sem N) para 2.628 kg/ha/período, variando de 1.259 a 4.607 kg/ha/período dematéria seca. Impactos esperados. 1) Ambientais:Aumento de lotação animal, aumento no retorno de

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material orgânico ao solo e conservação do solo,redução na necessidade de reforma de pastagem ouampliação de área de pastagem com destruição deambientes naturais, redução na área de manejo depastagem, e, por causa de maior oferta de alimento demelhor qualidade, ocorre redução na emissão demetano (CH4) ruminal por quilograma de leite ou carneproduzido. 2) Sociais: Uso de N em pastagens exigeincorporação de tecnologia no manejo e maiorcapacitação do gerente e da mão-de-obra, e, em razãoda maior produtividade por unidade de área ecapacitação tecnológica, ocorre melhoria dos salários.3) Econômicos: Maior produtividade de forragem demelhor qualidade aumenta produção por animal e porunidade de área, aumentos que são traduzidos emganhos, por causa da redução nos custos fixos daterra. Vantagens em relação ao não-uso de N: O usodo N mostrou ser uma ferramenta estratégica paraaumentar a produtividade de pastagens comforrageiras tropicais, permitindo liberação de área depastagem para outras atividades agrícolas, semameaça de destruição de ambientes naturaisestratégicos para a modulação climática favorável aatividades agrícolas. Cada quilograma aplicado de Npermitiu produzir mais 8 a 41 kg de matéria seca deforragem de capim-marandu, ou média de 22 kg amais, na dose máxima recomendada.

Peso adequado de abate de bovinos não-castradosBlonde d´Aquitaine x Nelore para produção do bovinojovem: Bovinos cruzados não-castrados Blonded´Aquitaine x Nelore, com 268 kg de peso vivo emjejum e 12,5 meses de idade, confinados por 133 dias,com dieta à base de 50% de silagem de milho e 50%de concentrado, atingem o peso vivo de abate de 471kg, o rendimento de carcaça quente de 58,3% e opeso de carcaça de 274 kg, ou 18,3 arrobas, aos 16,7meses de idade de abate, apresentando rendimento dedesossa do traseiro especial de 73,6%. A rentabilidademensal do confinamento dos bovinos Blonded´Aquitaine x Nelore até atingirem 18,3 arrobasapresentou resultado positivo de 1,3%, custo daarroba produzida no confinamento de 38,58 reais ecusto total da arroba vendida de 39,52 reais, tomandocomo base o preço dos insumos do ano de 2001.Público-alvo: Produtores de bovinos de corte. Impactosesperados e vantagens: As inovações apresentadasnesta prática agropecuária dizem respeito ao usoadequado de técnicas de nutrição e manejo de bovinoscruzados em confinamento, contribuindo para melhorar(reduzir para a metade) a idade de abate e aumentar opeso dos bovinos vendidos para abate (dois fatores quecontribuem para aumentar a renda do produtor). Asmudanças nas técnicas de nutrição e manejopermitiram concluir que a utilização destas práticas

pelos criadores contribuirão para melhorar a qualidadeda carcaça e da carne produzida e reduzir asazonalidade da produção, uma vez que, dentro doproposto pela pesquisa, os animais estarão prontospara abate, aos 16,7 meses de idade, durante aestiagem, período de maior escassez do produto nomercado. A prática agropecuária acima é de fáciladoção pelos criadores, uma vez que utilizou animaisproduzidos por parceiros que desconheciam o potencialde uso dos animais, naquela idade, para produção decarne bovina em confinamento.

Peso de abate de bovinos não-castrados Nelore paraprodução do bovino jovem: Bovinos não-castradosNelore, com 214 kg de peso vivo em jejum e 11,8meses de idade, confinados por 181 dias, com dieta àbase de 50% de silagem de milho e 50% deconcentrado, atingem o peso vivo de abate de 400 kg,o rendimento de carcaça quente de 57,0% e o peso decarcaça de 228 kg, ou 15,2 arrobas, aos 16,8 mesesde idade de abate, apresentando rendimento dedesossa do traseiro especial de 71,7%. A rentabilidademensal do confinamento dos animais Nelore atéatingirem 15,2 arrobas apresentou resultado negativode 1,1%, custo da arroba produzida no confinamentode 49,11 reais e custo total da arroba vendida de44,86 reais, tomando como base o preço dos insumosdo ano de 2001. Público-alvo: Produtores de bovinosde corte. Impactos esperados e vantagens: Asinovações apresentadas nesta prática agropecuáriadizem respeito ao uso adequado de técnicas denutrição e manejo de animais Nelore em confinamento,contribuindo para melhorar (reduzir para a metade) aidade de abate (um dos fatores que contribuem paraaumentar a renda do produtor). As mudanças nastécnicas de nutrição e manejo permitiram concluir quea utilização destas práticas pelos criadores contribuirãopara melhorar a qualidade das carcaças e da carneproduzida e reduzir a sazonalidade da produção, umavez que, dentro do proposto pela pesquisa, os bovinosestarão prontos para abate aos 16,8 meses de idade,durante o período de estiagem, período de maiorescassez do produto no mercado. A esta práticaagropecuária demonstrou que o peso de abate obtidonão foi o desejado pelo mercado frigorífico e que arentabilidade do confinamento foi negativa, em razãodo baixo ganho de peso pelos animais Nelore e longoperíodo de confinamento.

Recuperação de pastagens degradadas via leguminosasforrageiras: A introdução da leguminosa,independentemente da adubação fosfatada, mostrou-se uma prática tecnicamente viável para arecuperação de pastagens de B. brizantha cv.Marandu. Os rendimentos de MS da gramínea e da

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leguminosa foram significativamente incrementadospela adubação fosfatada, ocorrendo o inverso emrelação às plantas invasoras. Considerando-se adisponibilidade total de forragem e a composiçãobotânica da pastagem, o plantio com matraca e aroçagem, associadas à aplicação de fósforo, foram osmétodos mais eficientes para a introdução daleguminosa em pastagens degradadas de B. brizanthacv. Marandu.

Práticas agronômicas de recuperação de pastagensdegradadas de Brachiaria brizantha cv. Marandu: Autilização de métodos físicos, associados à adubaçãofosfatada, mostrou-se uma prática tecnicamente viávelpara a recuperação de pastagens de B. brizantha cv.Marandu. Os rendimentos de MS da gramínea e daleguminosa foram incrementados pela adubaçãofosfatada, ocorrendo o inverso com relação às plantasinvasoras. Considerando-se a disponibilidade total deforragem, a gradagem, aração + gradagem, com ousem leguminosa, associadas à adubação fosfatada,foram os métodos mais eficientes para a recuperaçãode pastagens degradadas de B. brizantha cv. Marandu.

Manejo necessário no rebanho leiteiro para uma boaordenha: Principais vantagens em relação à tecnologiaanterior, em termos de seus impactos econômicos,sociais e/ou ambientais: Grande parte da produção deleite do Estado do Acre é oriunda de sistemas deprodução de pequenos e médios produtores, os quaisutilizam o processo da ordenha manual. Verifica-seainda que grande parte do leite produzido no Estadoainda é vendido à população de forma in natura. Nesteprocesso, esta prática introduz melhorias na infra-estrutura e manejo dos rebanhos nos aspectossanitários, nutricionais, reprodutivos e, principalmente,no processo de ordenha, oferecendo assim um produtode qualidade à população. Aproveitamento de resíduosdas indústrias de serraria do Acre para finsenergéticos. Principais vantagens em relação àtecnologia anterior, em termos de seus impactoseconômicos, sociais e/ou ambientais. No Estado doAcre a questão energética sempre foi um assunto emdiscussão, dada a importância estratégica para seudesenvolvimento socioeconômico. A implementação deprogramas de expansão das atividades econômicas, emespecial industrial, invariavelmente esbarra nainsuficiência de energia elétrica necessária. Isto ocorrepor causa da pequena potencialidade do Estado degerar energia elétrica a partir de seus recursoshídricos, aliada a uma oferta limitada e cara da geradapor usinas termelétricas movidas a óleo diesel. Estaprática enfoca a questão energética do Acre e aomesmo tempo oferece alternativa de melhorar a ofertade energia por meio do aproveitamento de rejeitos dassuas indústrias de base florestal.

Construção de terraços para controle da erosão pluvialno Estado do Acre: Principais vantagens em relação àtecnologia anterior, em termos de seus impactoseconômicos, sociais e/ou ambientais: A exploraçãoagrícola das terras no Estado do Acre até pouco tempocaracterizou-se pela agricultura migratória (derrubadae queima) em escala de subsistência e pela pecuáriaextensiva, com as pastagens sendo formadas emsucessão à floresta primária. Fatores recentes,entretanto, indicam mudanças nesse quadro: emalgumas regiões cresce o número de produtores queestão se especializando na agricultura empresarial,utilizando máquina agrícolas para operações de preparodo solo, plantio, tratos culturais e colheitaintensificando o uso da terra e sua degradação. Outraconstatação é o esgotamento da capacidade produtivade parte das pastagens plantadas, principalmentenaqueles solos de baixo fertilidade, o que tem exigidosua renovação e a recuperação da fertilidade. Estascondições favorecem o agravamento dos problemasambientais, principalmente com alterações no ciclohidrogeológico, além da perda mais rápida dafertilidade do solo, podendo aumentar ainda mais apressão para expandir a fronteira agrícola com aincorporação de novas áreas ocupadas por florestasnaturais. A prática proposta incentiva medidaspreventivas para conciliar as necessidades dedesenvolvimento regional com a conservação dosrecursos hídricos e florestais da região orientandoainda sobre técnicas de construção de terraços e seudimensionamento.

Controle químico da antracnose (Glomerella cingulata)em pessegueiro: A antracnose é uma doença fúngica,que se constitui em sério problema para o pessegueiro.Ataca as flores infectando as sépalas e extende suaação até a colheita. É crítica entre a plena floração eos frutos até ± 50 mm de diâmetro, e na pré-colheita.A temperatura ideal para a infecção ocorre entre os26ºC e 28ºC, temperaturas estas verificadasnormalmente na principal região produtora, no sul doBrasil, no período de desenvolvimento dos frutos e pré-colheita. A ocorrências dessas temperaturas comperíodos de elevada umidade relativa do ar, ocasionaelevados índices de perdas na produção, inviabilizandoa exploração. Além dessas, os prejuízos se extendemao período de comercialização no mercado atacadistae varejista ou nas indústrias processadoras. Tambémas plantas contaminadas vão disseminando a doençanos pomares e em áreas próximas, numa velocidadeexponencial. Pesquisa desenvolvida na Embrapa ClimaTemperado avaliou a eficácia de 9 fungicidas, sendoque Delan, Folicur, Amistar e Flint, nas dosagens de125, 125, 40 e 40 ml/100 litros de água,respectivamente, foram eficazes no controle da

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antracnose. Isto permite que outros fatores comopreço, disponibilidade no mercado e ação sobre outrasdoenças possam ser incorporados na seleção, peloprodutor.

Redução de acamamento em trigo: uso de redutor decrescimento: a utilização de doses elevadas denitrogênio na cultura de trigo, pode maximizar opotencial de rendimento de grãos. Contudo, tal práticana maioria das situações implica maiores riscos, umavez que a grande parte das cultivares disponíveis sãosuscetíveis ao acamamento. Nesse contexto, autilização de redutor de crescimento poderia melhorara resistência da planta ao acamamento, comconseqüente aumento do potencial de rendimento degrãos. O efeito da aplicação de redutor de crescimentono aumento do rendimento de grão, também tem sidoatribuído ao aumento do número de espigas por área eao número de grãos por espiga. Assim, o objetivo dopresente estudo foi avaliar as causas primárias doefeito do redutor de crescimento (2,0 1/ha de Cycocel500 A) em combinação com doses de nitrogênio norendimento de grãos. Para tal, avaliou-se, em novecultivares de trigo, o índice de acamamento, a estaturade plantas, o número de grãos por espiga e o númerode espigas por área. Para as cultivares estudadas, osresultados não indicaram que com uso do redutor decrescimento, juntamente com doses de nitrogênio de60 e 120 kg ha, pode-se maximizar a produtividade degrãos. Com relação aos componentes de rendimento,não se observou efeito do Cycocel no aumento donúmero de grãos por espiga ou no número de espigaspor área, em todas as cultivares estudadas. O redutorde crescimento Cycocel reduziu, significativamente, aestatura das cultivares de trigo e conferiu diminuiçãosignificativa do acamamento nas cultivares de trigo(CEP 7672, CEP 14, CNT 8, Minuano 82, RS 4 e BR4), independentemente da dose de nitrogênio usada.

Uso de linhas pareadas como estratégia para reduzir aestatura de plantas e aumentar o rendimento de grãosde cevada: O arranjo de plantas pode influenciar odesenvolvimento e o crescimento de plantas e, dessaforma, afetar o rendimento e a qualidade de grãos.Neste sentido, como demostrado por TEIXEIRA et al.(2003), em estudo de doses de nitrogênio (N) emcobertura, arranjo de plantas e de redutor decrescimento em variedades de cevada normalmentecultivadas no sul do Brasil, foi constatado que o uso delinhas pareadas reduziu a estatura de cevadaindependentemente da dose de nitrogênio aplicada oudo uso de redutor de crescimento, tendo reflexospositivos no aumento do rendimento de grãos e dopeso de grãos. A cevada em arranjo de linhas pareadasapresentou rendimento de grãos 16,8% superior ao da

de linhas normais. Essa diferença resultou,principalmente, do aumento do rendimento de grãosmaiores (retidos na peneira de 2,8 mm), não ocorrendodiferenças significativas nos grãos retidos nas peneirasde 2,5 e 2,2 mm. A maior contribuição dos grãosmaiores para o estabelecimento do rendimento degrãos em linhas pareadas pode ser explicada,possivelmente, pelo aumento da radiação luminosa nointerior da cultura durante a fase de enchimento degrãos. A maior disponibilidade de radiação luminosa nointerior da cultura durante o enchimento de grãos podemelhorar as condições para a realização defotossíntese nas folhas inferiores e de afilhos férteis e,dessa forma, incrementar o peso de grãos de formageral. O peso de grãos de linhas pareadas foi 2,7%superior, não ocorrendo diferenças significativas nonúmero de espigas/m2 e no número de grãos porespiga.

Controle químico de doenças em ervilha: os danos pordoenças, predominantemente fungos do complexoAscochyta, são a maior limitante à produção deervilha no Sul do Brasil. Esses fungos são altamentedestrutivos nas condições de inverno úmido, típico daregião. A ascoquitose constitui no maior problemasanitário em ervilha, em âmbito mundial, pois nãoexiste resistência genética a esses fungos. A soluçãodesenvolvida pela Embrapa Trigo para essas condiçõesé o uso integrado de época de semeadura, paracoincidir com condições climáticas menos favoráveisàs doenças, o uso de cultivares com característicasmorfológicas adequadas, arranjo de plantas, somado aocontrole químico. Experimentos conduzidos em 2001 e2002 permitiram evidenciar claramente asuperioridade do fungicida Ópera na dosagem de 0,75 lde produto comercial /ha (equivalente a Epoxiconazole50 g/l + Pizaclostrobin 133 g/l) no controle daAscoquitose e de outras doenças foliares como aantracnose. No melhor de nosso conhecimento, essesresultados são inéditos em nível mundial.

Consorciação de culturas para tutoramento de ervilhano Rio Grande do Sul: O caule das plantas de ervilha éfrágil e freqüentemente ocorre acamamento,favorecendo danos por doenças. Culturas tutoraspodem reduzir o acamamento, elevar o fuste,aumentar a captação de radiação solar, favorecer asanidade de plantas e sementes, aumentando aprodução de biomassa e o rendimento de grãos. Odesempenho de ervilha solteira, de dois tipos, foicomparado com ervilha consorciada com trigo, comcevada, com triticale ou com nabo forrageiro. Asplantas de cevada mostram-se frágeis como tutor. Onabo forrageiro apresentou crescimento excessivo,abafou a ervilha e apresentou maturação bem mais

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tardia. Em todos aspectos a consorciação com triticalefoi mais favorável do que o uso de trigo, de cevada ede nabo forrageiro. O triticale é mais indicado paratutoramento tanto de ervilha destinada à colheita degrãos secos (cultivar Maria) como para a produção desementes de cultivar de ervilha destinada a coberturade solo (BRS Forrageira). A consorciação com trigoconstituiu-se na segunda melhor opção.

Cultivo intercalar de nabo forrageiro entre milho etrigo: O cultivo de nabo forrageiro, no período entre acolheita de milho e a semeadura de trigo, favorece odesenvolvimento de trigo. Esta prática é viável quandoo período entre a semeadura de nabo e de trigo écerca de 90 dias. Devido à ciclagem de N do solo pelonabo, é possível reduzir a dose de N indicada paratrigo, desde que se obtenha quantidade de fitomassasuperior a 3 t/ha de peso seco. Para o sucesso dessaprática, é indispensável realizar a análise sanitária dasemente de nabo forrageiro quanto à presença deesclerotínea. A prática não é indicada quando naboforrageiro foi cultivado precedendo o milho. Essaprática facilita a organização de rotação de culturas deverão tendo em vista o cultivo posterior de trigo, poispermite condições de cultivo de trigo após milhosemelhantes às deixadas pelo cultivo da soja, emtermo de disponibilidade de nitrogênio.

Manejo integrado e controle de doenças em cereais deinverno: As doenças em trigo podem causar perdas naprodutividade de grãos em até 46 % e,tradicionalmente, são controladas pela pulverização defungicidas na parte aérea da cultura. A resposta aouso de fungicidas é dependente do ano agrícola(ocorrência ou não de doenças) e da suscetibilidade docultivar usado. O teste de novas moléculas defungicidas é importante para minimizar essas perdas.Resultados experimentais evidenciam que o fungicidadenominado Stratego (propiconazole +tryfloxystrobin), usado na dose de 750 ml do produtocomercial/ha mostrou-se eficiente no controle do oídio,da ferrugem da folha e das manchas foliares na parteaérea de trigo, podendo ser indicado pela ComissãoSulbrasileira de Pesquisa de Trigo para uso na cultura.

Conservação do solo e recuperação de áreasdegradadas em aeroportos brasileiros: O Aeroportointernacional de Campo Grande, Aeroportointernacional Tancredo Neves, Aeroporto internacionalMarechal Rondon, Aeroporto internacional de Foz doIguaçú, Aeroporto internacional Gov. André FrancoMontoro (Guarulhos), Aeroporto Presidente CastroPinto, Aeroporto internacional Eduardo Gomes,Aeroporto internacional Antonio Carlos Jobim,Aeroporto de Santarém, Aeroporto Marechal Cunha

Machado, nas Escalas 1:10.000 e 1:15.000. Plantasdos aeroportos e delimitação das áreas degradadas.Identificação das áreas degradadas por uso antrópicopara recuperação ambiental por metodologiasespecíficas.

Utilização de sementes enriquecidas em Mo porsojicultores em geral: A utilização de sementesenriquecidas em Mo aumenta a eficiência da FBN,aumentando os rendimentos da soja em 6 a 12%. Essanova tecnologia não dispensa a aplicação do Co e Mo,nas sementes ou via pulverização foliar, antes dafloração.

Aplicação de micronutrientes nas sementes: Osmicronutrientes Co e o Mo são indispensáveis para aeficiência da FBN, para a maioria dos solos onde a sojavem sendo cultivada. As indicações técnicas atuaisdestes nutrientes são para aplicação de 2 a 3 g de Coe 12 a 30 g de Mo/ha. Contudo, a aplicação de Co eMo nas sementes poderá reduzir a sobrevivência doBradyrhizobium e, consequentemente, a nodulação e aFBN. Nesse caso, a aplicação de Co e Mo, nas mesmasdoses recomendada via sementes, poderá ser efetuada,em pulverização foliar, entre os estádios V3 - V5. 3)Aplicação de fungicidas e micronutrientes nas sementesjunto com o inoculante A aplicação dos micronutrientesjuntamente com os fungicidas, antes da inoculação,reduz o número de nódulos e a eficiência da FBN. Assim, quando se utilizar fungicidas no tratamento desementes, como alternativa, pode-se aplicar o Co, 2 a 3g/ha e o Mo 12 a 30g/ha, por pulverização foliar entre osestádios vegetativos V3 - V5.

Inoculação com inoculante líquido no sulco desemeadura: Essa é uma nova tecnologia que osprodutores poderão utilizar na safra que se aproxima.Método alternativo de inoculação, aplicação doinoculante por aspersão no sulco de semeadura, porocasião da semeadura. Esse método pode ser utilizadoem solos com ou sem população de Bradyrhizobiumestabelecida. A desvantagem do método é que a dosede inoculante a ser utilizada deve ser, no mínimo, seisvezes superior à dose indicada para as sementes. Ovolume de líquido (inoculante mais água) usado nosexperimentos não foi inferior a 50 l/ha. Por outro lado,esse método tem a vantagem de reduzir os efeitostóxicos do tratamento de sementes com fungicidas eda aplicação dos micronutrientes cobalto (Co) emolibdênio (Mo) nas sementes sobre a bactéria.

Qualidade e quantidade dos inoculantes: Narecomendação técnica anterior a quantidade mínimade inoculante a ser utilizada deveria ser a quefornecesse 300.000 bactérias/semente.

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Recomendação técnica atual à quantidade mínima deinoculante a ser utilizada deve ser a que forneça600.000 bactérias/semente. Entretanto, os resultadosde pesquisa indicam benefícios crescentes à nodulaçãoe à FBN pela utilização de 1.200.000 bactérias/semente. A base de cálculo do número de bactérias/semente é a concentração registrada no MAPAconstante na embalagem.

Compatibilidade de micronutrientes disponíveis nomercado em relação às estirpes comerciais deBradyrhizobium: Os resultados em dois locaisdemonstraram que os produtos comerciais contendoMo e Co com menor incompatibilidade com otratamentos de sementes foram: CoMofix, Biocrop eComosol BR4.

Aplicação de Co nas semente juntamente com oinoculante e foliar: As fontes de Co, Sulfato de Co eCloreto de Co, quando aplicadas nas sementes,reduziram a nodulação. O mesmo não ocorreu quandoaplicadas via foliar, portanto, esta forma de aplicaçãodeve ser preferida.

Eficiência da aplicação de Mo via foliar e nassementes: Os resultados médios das 15 fontes de Motestadas via aplicação foliar e nas sementes mostrouque a aplicação de Mo via foliar, antes da floração, foimais eficaz do que a aplicação nas sementes, porapresentar maior rendimento.

Aplicação de inseticidas nas sementes de soja juntocom o inoculante: Verificou-se que os inseticidasStandak, Gaúcho e Cruiser, quando aplicados nassementes não reduzem a nodulação e a eficiência defixação biológica da soja.

Enriquecimento de sementes com molibdêniorecomendação para produtores de sementes de soja:Como enriquecer as sementes de soja com molibdênio.Para produtores de semente. Fazer duas aplicações de400 g de Mo, utilizando-se uma fonte solúvel em água,entre os estádios reprodutivos R3 e R5-4, comintervalo de no mínimo 10 dias. Essa prática deve serexecutada exclusivamente pelos produtores desemente. Sementes enriquecidas com Mo não devemser utilizadas na alimentação animal.

Manejo de resistência de plantas daninhas: Foiconfirmada a resistência do picão preto aos herbicidasinibidores da enzima ALS e definidas alternativas parao manejo destas populações por meio de produtos commecanismos de ação diferenciado.

Controle de lesmas atacando lavouras de soja, atravésda aplicação de substâncias químicas: Os tratamentos

mais eficientes no controle das lesmas foram o fungicidasulfato de cobre, na concentração de 5%, e o inseticidacarbamato metomil, na dose de 172 g i.a./ha.

Recomendação de adubação com enxofre para a culturada soja: Foi alterada a indicação de adubação decorreção e de manutenção com enxofre conforme faixasde S no solo a duas profundidades no perfil do solo.

Recomendação para controle de corós em sojaorgânica: Deve-se procurar manter um sistemaheterogêneo, em função de um esquema de rotação deculturas no verão e no inverno, para diminuir apossibilidade de aparecimento e picos populacionais decorós rizófagos, associando, ainda, medidas de manejoque reduzem a população de larvas de corós rizófagose favoreçam as espécies detritívoras. Pode-seaumentar a tolerância das plantas às larvas de corósatravés de medidas que favoreçam o crescimentoradicular (inoculação, coreção da fertilidade do soloetc).

Recomendação para plantio de milho em áreasinfestadas por P. cuyabana: As plantas de milho noinício do desenvolvimento são bastante suscetíveis aoataque das larvas de 3º instar. Assim, no cultivo desafrinha que coincide com a presença de larvas de 3ºinstar, pode haver grande redução no estande eportanto o plantio de milho nessa época deve serevitado. Já o milho semeado de setembro até o iníciode outubro é tolerante aos ataques de P. uyabana.

Manejo de corós na região Centro-Oeste do Paranáépoca de semeadura: Na região Centro-Oeste doParaná, a semeadura da soja em outubro, ou no iníciode novembro, pode evitar a sincronia dos estádios maissuscetíveis da soja com os instares mais vorazes daslarvas, diminuindo o potencial de danos à lavoura.

Manejo de P. cuyabana subsídios para escolha deespécies vegetais para plantio em áreas infestadas: Asfêmeas que ingerem folhas após o acasalamentoovipositam mais que aquelas que não se alimentam.Girassol (Helianthus annus) e Crotalaria juncea sãoimportantes fontes de alimento para os adultos de P.cuyabana, portanto deve-se evitar seu cultivo, naépoca das revoadas, em áreas altamente infestadaspor corós.

Manejo de corós: associação de cultura armadilha einseticidas no controle de P. cuyabana: Os adultos deP. cuyabana têm vôo sincronizado durante um curtoperíodo de tempo e tendem a se agregar em sítiosespecíficos para ao acasalamento. A associação dealimentos, preferências como girassol, pode ser usada

103Relatório de Gestão 2003

como estratégias de manejo desse inseto, comoculturas armadilhas semeadas antes da soja para atrairos adultos para sitíos específicos e potencializar a açãode inseticidas químicos ou biológicos. Faixas de soja oumilho semeadas 20 a 30 dias antes da semeadura dacultura principal podem se constituir em focos paraatração de adultos e facilitar seu controle químico,reduzindo o impacto ambiental dessa medida decontrole.

Geração de informações para o controle de doençasfúngicas em sistema de semeadura direta: A palha dacultura de inverno dificulta a liberação e disseminaçãode propágulos de patógenos que atacam a parte aéreadas plantas, reduzindo a curva de progresso da doença.

Seletividade de herbicidas graminicidas e o controle deplantas voluntárias de milho na cultura do girassol: Ohaloxyfop-methyl e o clethodim, em aplicação com 1/4das doses recomendadas, foram os tratamentos maiseficientes, quando comparados com os demaisherbicidas nas mesmas doses. Todos os herbicidasaplicados nas doses recomendadas, em Chapadão doCéu, foram seletivos à cultura do girassol, nãoapresentando nenhum sintoma visual de injúria, nemmesmo redução de produtividade.

Biologia e manejo do Cardiospermum halicacabum: Asmaiores quantidades de matéria seca estão alocadasnos ramos, seguidos das folhas, e das raízes. Obalãozinho apresenta a seguinte seqüência decrescentede recrutamento de nutrientes N, K, Ca, Mg, S e P. Háemergência de plantas de balãozinho em todas asprofundidades de semeadura, desde a superfície dosolo até 12 cm. Os tratamentos 2,4-D (1005 g e.a./ha), paraquat (400 g i.a./ha), amônio-glufosinate (300g i.a./ha), lactofen (144 g i.a./ha), carfentrazone-ethyl(12 g i.a./ha), sulfentrazone (600 g i.a./ha) eglyphosate (960 g i.a./ha) são eficazes no controle dobalãozinho no estádio até quatro folhas.

Influência da armadilha com urina bovina+sal decozinha na captura dos percevejos da soja: Armadilhacom urina bovina+sal de cozinha capturou, em geral,1,8 e 1,3 vezes mais percevejos que as demaissubstâncias (água+sal e urina). Capturou até 85percevejos/armadilha/7 dias, coletando 5,2 vezes maisfêmeas que machos de percevejos da famíliaPentatomidae. Aparentemente a captura não estárelacionada à curiosidade dos percevejos no diferente,pois os resultados mostraram um crescimento nonúmero desses insetos que foram coletados nasarmadilhas após 1, 2, 4 e 8 dias de instalação nocampo.

Seletividade de produtos químicos ao parasitóide deovos Trissolcus basalis: Os produtos Monocrotofós,Endossulfan e Acefato foram altamente agressivos aosadultos do parasitóide T. basalis (100% de mortalidadeem 24 h), mas foram todos seletivos ao parasitóide emdesenvolvimento no interior do ovo hospedeiro

Seletividade de extratos vegetais ao parasitóide deovos Trissolcus basalis: O produto Dalneem (**)apresentou seletividade mediana aos adultos doparasitóide de ovosT. basalis (mortalidade de 46,2%) e altamente seletivoàs formas imaturas do parasitóide. (**) Produto aindanão registrados no Ministério da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento.

Eficiência de extratos vegetais no controle depercevejos da soja: O produto Biorgânico + Sal (**)foi eficiente no controle dos percevejos da soja,enquanto o Nim (**) teve maior eficiência sobre asformas jovens. (**) Produtos ainda não registrados noMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Determinação do efeito da rotação com milho sobre apopulação de H. glycines em Pejuçara, RS: O cultivo demilho reduz a população de nematóide. Observou-se,na safra 2001/2002, baixa taxa de crescimento dapopulação do nematóide nas parcelas cultivadas comsoja suscetível e 92 % de redução da sua populaçãonas parcelas cultivadas com milho.

Determinação de períodos de interferência de picão-preto Bidens sp. na produtividade da cultura dogirassol: A convivência do girassol com o picão-pretoaté 21 DAE (dias após a emergência)) não causouefeito sobre o rendimento da cultura. O período totalde prevenção à interferência é de 29 DAE, sendo operíodo crítico de prevenção à interferência dos 21 aos29 dias após a emergência da cultura do girassol, ouseja, o controle da planta daninha deve ser feita nesseperíodo.

Recomendação para controle de Sternechus em sojaorgânica: Em sistema de produção orgânica o controlede Sternechus deve ser feito com rotação com espécienão hospedeira (ex: gramíneas) ou hospedeira nãopreferencial circundada por uma faixa de 23 a 30m deuma espécie hospedeira preferencial (soja, feijão,guandu) como cultura armadilha associada ao controlemecânico, através da eliminação das plantas, comroçadeira, antes das larvas saírem do caule e entraremem hibernação.

Manejo de corós em cultura de soja- safrinha: Aprática de cultivo de soja, milho ou girassol de safrinha

104 Relatório de Gestão 2003

nos talhões infestados por corós deve ser evitada, nãosó pela suscetibilidade das plantas às larvas, .mas,principalmente, porque contribui para o aumento depopulação de corós na soja de um ano para outro.

Utilização de compostagem no tratamento dos dejetosde suínos: O desenvolvimento de tecnologiasalternativas para o manejo e o tratamento de dejetossuínos por meio da compostagem, foi introduzida emresposta aos problemas de poluição química, orgânica,de odores e dos custos e distribuição como adubaçãoorgânica, ocasionados pelo manejo dos dejetos líquidos.O processo de compostagem desenvolve-se em duasfases, sendo o processo mais lento na primeira, devidoà incorporação lenta dos dejetos líquidos a resíduossólidos (maravalha, serragem, palha, casca de arroz)até a obtenção de uma massa com umidade e relaçãoC/N adequadas. A segunda fase caracteriza-se poruma aceleração do processo de compostagem emdecorrência da adequação das característicasfavoráveis à degradação microbiológica da matériaorgânica. Neste processo, os nutrientes presentes nosdejetos são concentrados, sendo promovida adegradação da matéria orgânica, estabilização docomposto e evaporação d’água contida nos dejetos pormeio da geração de calor desenvolvida nacompostagem. O objetivo deste trabalho foidesenvolver um sistema de tratamento dos dejetosbrutos de suínos, utilizando-se maravalha e serragem,visando a produção de um composto passível de serutilizado como fertilizante orgânico. Os resultadosobservados demonstraram a possibilidade deincorporação dos dejetos de suínos brutos aossubstratos a uma taxa total de 11,6 e 5,9 litros dedejetos por kg de substrato, respectivamente paramaravalha e serragem. As variações da umidadeobservadas na massa antes e após as aplicaçõesevidenciam a ocorrência da evaporação da águacontida nos dejetos, em virtude da geração de calordecorrente do processo de compostagem. Osresultados de N - Total e C - orgânico após cadaaplicação demonstraram diminuição da relação C/N,evidenciando-se a incorporação de maiores taxas dedejeto aos substratos e a conseqüente ocorrência dadegradação da matéria orgânica. Com este trabalho,demonstrou-se a possibilidade de utilização do processode compostagem para o tratamento dos dejetos desuínos, tendo como vantagens a redução de odores,custos de implantação e a possibilidade decomercialização do produto final como adubo orgânico.

Exigências de energia metabolizável e lisina digestivados 25 aos 50 kg de peso vivo para a progênie dosmachos Embrapa ms60 cruzados com fêmeas f1 large- white x landrace: Esta prática agropecuária define os

níveis de energia metabolizável e lisina digestível aserem utilizados em rações para suínos, criados dos 25aos 50kg de peso vivo, produzidos a partir docruzamento dos machos Embrapa MS60 com fêmeasF1 Large White x Landrace, visando explorar toda acapacidade produtiva desses animais. A ração queproporcionou o melhor desempenho e melhorescaracterísticas de carcaça e, portanto, recomendadapara esses animais deve conter 3450 kcal/kg deEnergia Metabolizável e 1,06% de lisina digestível.

Exigências de energia metabolizável e lisina digestivados 50 aos 75 kg de peso vivo para a progênie dosmachos Embrapa ms60 cruzados com fêmeas f1 large- white x landrace: Define os níveis de EnergiaMetabolizável e Lisina Digestível a serem utilizados emrações para suínos, criados dos 50 aos 75kg de pesovivo, produzidos a partir do cruzamento dos machosEmbrapa MS60 com fêmeas F1 Large White xLandrace, visando explorar toda a capacidadeprodutiva desses animais. A ração que proporcionou omelhor desempenho e melhores características decarcaça e, portanto, recomendada para esses animaisdeve conter 3450 kcal/kg de Energia Metabolizável e0,96% de lisina digestível.

Exigências de energia metabolizável e lisina digestivados 75 aos 100 kg de peso vivo para a progênie dosmachos Embrapa ms60 cruzados com fêmeas f1 large- white x landrace: Define os níveis de energiametabolizável e lisina digestível a serem utilizados emrações para suínos, criados dos 75 aos 100 kg de pesovivo, produzidos a partir do cruzamento dos machosEmbrapa MS60 com fêmeas F1 Large White xLandrace, visando explorar toda a capacidadeprodutiva desses animais. A ração que proporcionou omelhor desempenho e melhores características decarcaça e, portanto, recomendada para esses animaisdeve conter 3450 kcal/kg de Energia Metabolizável e0,79% de lisina digestível.

Época de plantio e desempenho de cultivares de cebolasob manejo orgânico no estado do Rio de Janeiro:Objetiva avaliar o cultivo da cebola sob manejoorgânico buscando definir épocas de semeadura ecultivares para o estado do Rio de Janeiro. Foramefetuados 2 experimentos e área diferentes a anosconsecutivos: Experimento I - testadas duas cultivares:Alfa tropical e Baia Periforme plantadas em maio ejunho (área 1) e junho, julho, agosto e setembro (área2). Experimento II: cultivares testadas foram AlfaTropical, Baia periforme, IAC Solaris e RoxaFranciscana (IPA-10), Vale Ouro (IPA-11) e Crioulasendo avaliado apenas 1 data de plantio. Os resultadosmostraram que para as regiões avaliadas o plantio

105Relatório de Gestão 2003

antecipado para os meses de maio e junho sãorecomendados uma vez que plantios tardiosprejudicaram a bulbificação. As cultivares de verãosobressaíram quando plantadas na Baixada Fluminense:IAC Solaris, Roxa Franciscana, Alfa tropical e ValeOuro. Esta tecnologia permitiu a seleção de cultivarespara o Estado do Rio de Janeiro que não havia seleçãoindicada. Desta forma tem-se o melhor aproveitamentodo potencial genético da planta resultando em maiorprodutividade.

Manejo da adubação verde com Crotalária noconsórcio com quiabeiro sob manejo orgânico:Resultados de pesquisa relacionados à adubação verdepara a cultura do quiabeiro sob manejo orgânico têmdemonstrado a viabilidade de cultivo desta hortaliçaem consórcio com a crotalária. Contudo ajustestornam-se necessários a fim de eliminar possíveisefeitos de competição provocados pela leguminosa emaximizar o benefício da adubação verde. Esta práticavisou avaliar o impacto da poda e da roçada deCrotalaria juncea cultivada em consórcio com oquiabeiro no desempenho produtivo desta hortaliça sobmanejo orgânico. Os tratamentos constaram de 3sistemas de cultivo: monocultivo do quiabeiro,consórcio do quiabeiro com crotalária. Os resultadosmostraram que o consórcio foi benéfico àprodutividade do quiabeiro aumentando o número defrutos sendo que o maior benefício foi observadoquando a leguminosa foi podada e posteriormenteroçada. Maior produtividade, maior receita o que épositivo sob o ponte de vista econômico e social.Ambientalmente tem-se uma maior diversidade deplantas sendo que a Crotalária também tem efeitobenéfico no controle de nematóides de solo.

Controle de plantas daninhas na cultura do milhoutilizando leucena (Leucaena leucocephala): Apresençade leucena (Leucaena leucocephala) inibe odesenvolvimento de plantas daninhas, sem causarefeito fitotóxico no milho. Em condições de campo, 40t ha-2 de leucena em cobertura controlam odesenvolvimento das plantas daninhas, sem prejudicaro rendimento de grãos de milho.

Recomendação de adubação nitrogenada com uréiapara capim-coastcross: Em solos com textura média eníveis de fertilidade de média a alta em P, K, Ca e Mg,as doses recomendadas de nitrogênio para capim-coastcross são de 250 a 500 kg/ha/ano com uréia.Público alvo: pecuaristas que usam sistema intensivode produção de bovinos. Benefícios esperados:Adubação nitrogenada mais adequada ao solo e aomanejo da forrageira possibilitará a otimização da

produção de forragem, que, com 500 kg/ha/ano de N,foi de 14.428 kg/ha, 256% maior do que a produçãode forragem da testemunha (não recebeu N), que foide 4.051 kg/ha. Impactos esperados (ambientais,sociais e econômicos). Impactos ambientais: Comdoses adequadas de fertilizantes nitrogenados, espera-se maior produção de forragem de capim-coastcross,sem o perigo de causar problemas de contaminação dolençol freático. Impactos econômicos: Espera-seaumentar a produtividade de forragem e, com isso,aumentar a lucratividade do sistema de produção.Impactos sociais: O aumento da produtividade sereflete diretamente nos índices produtivos de sistemasde produção, tanto de leite como de carne,possibilitando maior estabilidade na oferta dessesprodutos ao consumidor, o que irá baratear os seuspreços, beneficiando os consumidores, e tambémpossibilitará maior capacitação da mão-de-obraenvolvida.

Estirpes

Estirpe: CEPA CPATC57 de Beauveria bassiana: Acepa CPATC57 de Beauveria bassiana, usada nocontrole biológico da broca-do-pedúnculo-floral-do-coqueiro (Homalinotus coriaceus). utilizada naconcentração 109 conídios/ml consegue atingir oinseto adulto na axila da folha, penetrar no seu corpoe causar infecção. A eficiência desse agente naturalde controle tem sido comprovada em laboratório ecampo. Uma redução acima de 50% da população dapraga é esperada em campo quando se utilizar volumesde calda superior a 3L/planta da composição fungo +água e de 1L/planta da composição fungo formuladoem óleo + água. O tempo de armazenamento doformulado (fungo+óleo) não deverá ultrapassar aosquatro meses de estocagem, em condições ambiente,de forma a garantir a viabilidade do fungo. Osresultados são considerados satisfatórios,principalmente se for levado em conta fatores como alocalização do adulto na planta e sua própria estruturamorfológica, o que de certa forma tem limitadobastante a adoção das medidas de controle disponíveisno mercado.

Obtenção de estirpes de rizóbio para leguminosasflorestais (aproximação de 2004): No ano de 2003,foram selecionadas estirpes de rizóbio para mais 5leguminosas arbóreas com potencial para seremutilizadas em projetos de recuperação de áreasdegradadas. As espécies de leguminosas e as 10estirpes selecionadas são apresentadas a seguir:Calliandra macrocalyx Harms - BR 4305 e BR 4306,Chamaecrista flexuosa - BR 3808 e BR 3809,Chamaecrista nictitans var. praetesta - BR 3813 e BR

106 Relatório de Gestão 2003

3814, Chamaecrista desvauxii var. desvauxii - BR3810 e BR SMF 673-2 e Piptadenia moniliformis - BR4812 e SMF 553-2. A inoculação de leguminosasarbóreas com estirpes de rizóbio apropriadas permiteum melhor desenvolvimento da planta pelo maiorfornecimento de N derivado da fixação biológica de N2(FBN). Dessa forma, as estirpes de rizóbio eficientesproporcionam uma economia de fertilizantenitrogenado, o que não só diminui o custo doestabelecimento destas espécies arbóreas, mastambém eliminam os riscos de contaminaçãoambiental. O N derivado do processo de FBN é 100%utilizado pela planta, ao contrário do que é constatadopara os fertilizantes nitrogenados, que na melhor dashipóteses, apresentam uma eficiência próxima a 50%,gerando um excedente com potencial para poluiçãoambiental. (Comunicado Técnico 61). Sob o ponto devista econômico, a utilização destas estirpes substitui ouso da adubação nitrogenada que é o adubo mais caro.O impacto social é relativo ao uso de mão de obra paraimplantação das mudas e condução destas nosprimeiros anos de cultivo. Esta tecnologia é superior aanterior que refere-se a adubação nitrogenada deespéces arbóreas pois permite a economia denitrogênio mineral, adubo necessário para odesenvolvimento de plantas. A obtenção destasestirpes permite aumentar a diversidade vegetal nosplantios feitos para recuperação ambiental. Isto implicana possibilidade de se estabelecer uma externalidadeeconômica, pois este aumento de diversidadeproporciona uma melhoria da paisagem e emconseqüência do valor cênico, além dos aspectospositivos de se realizar plantios com maior diversidadetais como: maior atração de fauna, maior trocagenética (fluxo gênico) e garantia de que estasespécies possam ser melhor estudas quanto aopotencial de uso.

Base de dados

Base de dados da cadeia produtiva de pecuária decorte no Estado do Acre: Dados armazenados em Excele Access; Dados referentes a cada elo principal dacadeia da pecuária de corte: Dados de produção: -Cadastro de propriedades e proprietários; - Efetivobovino cadastrado e vacinado; Preços mensais daarroba do boi; - Áreas de pastagens; - Mão de obraocupada com a atividade; Dados da industria: produçãode couro e derivados do abate; - número de animaisabatidos; Dados do comércio e distribuição: Frota decaminhões; comércio varejista e atacadista; Dados demercado e da economia do setor: consumo per capita;variação do consumo mensal; - valor estimado bruto daprodução do setor Impacto: Possibilitou um melhorconhecimento macroeconomico do setor pecuário do

Acre e subsidiou a elaboração da publicação sobre acadeia da pecuária de corte no Acre (ainda nãopublicada), dentre outras.)

Disponibilização de duas bases de dados das cepas defungos entomopatogênicos: Informação sobre fungosdepositados na coleção da Embrapa Soja, disponívelpara pesquisadores e empresas com interesse emdesenvolver inseticidas biológicos.

Disponibilização de duas bases de dados das cepas defungos entomopatogênicos e bactériasentomopatogênicas: Informação sobre bactériasdepositadas na coleção da Embrapa Soja disponívelpara pesquisadores e empresas com interesse emdesenvolver inseticidas biológicos.

Base de dados do Sistema de Gestão de Dados eMetadados Espaciais - Módulo Gestor do

Banco de Dados: Organizar o acervo de informaçõesgeográficas da Embrapa Monitoramento por Satélite,com a disponibilização de dados sobre uso e coberturadas terras e outras variáveis agroecológicas esocioeconômicas do território nacional. Espera-se que,com as informações geradas pelo projeto contribua-separa o desenvolvimento das bibliotecas digitais demapas e informações geográficas de modo a integraras geotecnologias às bibliotecas. Os impactosesperados da execução deste projeto podem serconsiderados diretos quando relacionados àsfacilidades e benefícios que a operacionalidade dosistema pode trazer, como ferramenta de apoio aprojetos de pesquisa, implantada em instituições quegeram ou utilizam dados georeferenciados e Indiretos.

Outros

Hylaseptina P1 (HSP1) - um peptídeo antimicrobianocatiônico encontrado na secreção da pele do anuro(sapo) Hyla punctata: É um peptídeo de 14 resíduos deaminoácidos, que apresentou atividade antimicrobianacontra bacterias Gram-positivas (Staphylococcusaureus)e Gran negativas (Pseudomonas aeroginosa eEscherichia coli)e contra a levedura Candida albicans.HSP1 não causou toxicidade nas células vermelhas ebrancas do sangue humano. Ensaios utilizandomicroscopia de força atômica (AFM) revelaram quecélulas de E. coli tratadas com HSP1 sofremalterações morfológicas na membrana, indicando comisso oprincipal modo de ação do peptídeo. Este insumoagropecuário poderá ser utilizado como antibactericidae antifúngico no controle de importantes doenças deinteresse pecuário.

107Relatório de Gestão 2003

Isolamento, síntese e caracterização de trêsdermaseptinas com propriedades antimicrobianas eantitripanosomatídicas: Dermaseptinas são uma classede peptídeos antimicrobianos presentes em trêsespécies de sapos do gênero Phylomedusa. Sãomoléculas catiônicas de 28 a 34 resíduos de amino-ácidos que permeabilizam a membrana de bactériasGram positivas e Gram negativa, leveduras e fungosmiceliais e que apresentam pouca ou nenhumaatividade hemolítica. Foram isolados e/ou sintetizadas

três moléculas de dermaseptinas, chamadas de DS01,DDK e DDL que mostraram boa atividade anti-microbiana. Entretanto, a principal característicadessas moléculas é a alta atividade contraTrypanosoma cruzi, o agente causal da doença deChagas. Estas substâncias poderão ser utilizadas comoantibióticos ou, principalmente, comoantitripanosomatídeos, uma vez que não apresentamatividade tóxica contra as células brancas nem contraas vermelhas do sangue.

Glossário

Agenda Institucional: Conjunto de objetivos a serematingidos dentro de um horizonte de tempo, devendoorientar e priorizar ações, permitindo concentrar aação naquilo que é estratégico para a Embrapa.

Agronegócio: Engloba os fornecedores de bens eserviços à agricultura, os produtores agrícolas, osprocessadores, os transformadores e os distribuidoresenvolvidos na geração e no fluxo dos produtosagrícolas até o consumidor final. Participam tambémdo agronegócio os agentes que coordenam o fluxo dosprodutos, tais como o governo, os mercados, asentidades comerciais, financeiras e de serviços.

Benchmarking: Atitude de comparar processos,práticas, funções e resultados com os líderesreconhecidos para identificar as oportunidades paramelhoria do desempenho. Trata-se de um processocontínuo, que pode incluir a comparação e estratégias,produtos, serviços, operações, processos eprocedimentos. Essa comparação pode ser feitainclusive com líderes de ramos de atuação diferentesda organização.

Cliente: É o adquirente do produto da Organização, ouo destinatário/receptor imediato do produto.

Clientes Potenciais: Compõem o conjunto de pessoasfísicas e/ou jurídicas (públicas ou privadas), que nãodemandam ou utilizam diretamente serviços/produtosda Organização mas que integram o universo declientes que a Organização, em decorrência de suamissão e da sua visão de futuro, deveria atender.

Desempenho global: É o desempenho da organizaçãocomo um todo, explicitado por meio de resultados querefletem as necessidades de todas as partesinteressadas. Está relacionado com os resultadosplanejados na estratégia da Organização.

Desenvolvimento sustentável: Arranjo político, sócio-econômico, cultural, ambiental e tecnológico que

permite satifazer as aspirações e necessidades dasgerações atuais e futuras.

Gestão Pública Empreendedora: Representa o estilo degestão caracterizado pela inovação e orientação pararesultados em termos de aumento do nível desatisfação dos usuários do serviço público, deracionalização do gasto público e de atingimento dasmetas governamentais.

Processos Finalísticos: São os processos que compõemas atividades-fim da Organização, diretamenteenvolvidos no atendimento às necessidades dos seusclientes.

Portal: Trata-se de um conceito em construção,exercício paralelo com o próprio desenvolvimento doportal. Entende-se por Portal Embrapa o sítio na redemundial de computadores cujo objetivo é ser o únicoponto de acesso do público externo às informaçõesproduzidas e/ou adaptadas pela Empresa e, assim,possibilitar negócios, oferecer produtos, prestarserviços. Enfim, propiciar um atendimento direcionadoe eficiente ao usuário.

Sinergia: Ato ou esforço simultâneo de váriasorganizações, unidades ou pessoas na realização deuma atividade ou projeto. Combinação da ação de doisou mais agentes que usualmente gera resultados

Sistema de Liderança: Refere-se à forma como aliderança é exercida por toda a Organização, de modoa captar as necessidades das partes interessadas eusar as informações para a tomada de decisão e suacomunicação e condução em todos os níveis daOrganização. Para se entender o sistema de liderançaé preciso entender a sua composição e a sua estruturade funcionamento.

Valores Organizacionais: Entendimentos e expectativasque descrevem como os profissionais da organizaçãose comportam e sobre os quais todas as relações edecisões organizacionais estão baseadas.

Siglas

ABAG: Associação Brasileira de Agribusiness

ABC/MRE: Agência Brasileira de Cooperação/Ministério das Relações Exteriores

ACS: Assessoria de Comunicação Social

AINFO: Área de Informação (sistema)

AJU: Assessoria Jurídica

AMP: Análise e Melhoria de Processo

ARP: Análise de Risco de Pragas

ASP: Assessoria Parlamentar

AUD: Assessoria de Auditoria Interna

BAG: Banco Ativo de Germoplasma

BDPA: Base de Dados da Pesquisa Agropecuária

BRS: sigla de identificação de variedades e cultivareslançadas pela EMBRAPA, cujo emprego estádisciplinado na Norma de Denominação de Cultivaresda EMBRAPA (DD nº 18/2000, de 05/05/2000, BCAnº 23/2000)

BSC: Balanced Scorecard. Metodologia degerenciamento da estratégia proposta por R. Kaplan eD. Norton e apresentada em seu “A Estratégia emAção: balanced scorecard. Rio de Janeiro: Campus,1997. 344p.”

CAA: Coordenadoria de Acompanhamento e Avaliação

CAD: Coordenadoria de Apoio ao Desenvolvimento

CAE: Comitê Assessor Externo

CAI: Coordenadoria de Administração Imobiliária

CAL: Coordenadoria de Atualização Legislativa e deControle de Contratos

CAN: Conselho Assessor Nacional

CAT: Comitê de Avaliação de Títulos

CAP: Coordenadoria de Apoio a Projetos

CAT: Coordenadoria de Articulação Técnica

CBE: Coordenadoria de Bem-estar de Pessoal

CCE: Coordenadoria de Controle de Convênios eEmpréstimo

CCG: Coordenadoria de Contabilidade Geral

CCO: Coordenadoria de Compras

CCP: Coordenadoria de Cadastro de Pessoal

CCT: Coordenadoria de Contencioso

CDH: Coordenadoria de Desenvolvimento Humano

CDI: Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional

DNA: DNA codificante

CDP: Coordenadoria de Política de Pesquisa eDesenvolvimento

CEE: Coordenadoria de Estudos Estratégicos

CEN: Coordenadoria de Engenharia e Arquitetura

CENARGEN: Centro Nacional de Pesquisa de RecursosGenéticos e Biotecnologia.

110 Relatório de Gestão 2003

CFI: Coordenadoria de Financiamento Internacional

CFT: Coordenadoria Fiscal e Tributária

CGC: Coordenadoria de Contabilidade Geral

CGE: Comitê Gestor da Estratégia

CGEE: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

CGIAR: Consultive Group ou International AgriculturalReserch (Grupo Consultivo de Pesquisa AgrícolaInternacional)

CGOE: Comitê de Gerentes de Objetivos Estratégicos

CGP: Comitê Gestor da Programação

CGPD: Comitê Gestor de Pesquisa e Desenvolvimento

CGS: Coordenadoria de Gestão do Sistema Embrapade Planejamento

CIAT: Centro Internacional de Agricultura Tropical

CID: Coordenadoria de Informação e Documentação

CIFOR: Center for International Forestry Reserch(Sistema CGIAR, Indonésia)

CIM: Coordenadoria de Importação e DespachoAduaneiro

CIMMYT: Centro Internacional de Mejoramiento deMaíz y Trigo (Centro Internacional de Melhoramentode Milho e Trigo)

CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CIRAD: Centre de Coopération Internacionale enRecherche Agronomique pour le Dévelopment (França)

CJO: Coordenadoria de Jornalismo

CLN: Coordenadoria de Licenciamento e Negócios

CLT: Consolidação das Leis do Trabalho

CNPA: Centro Nacional de Pesquisa de Algodão

CNPH: Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças

CNPMF: Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca eFruticultura

COF: Coordenadoria de Orçamento e Finanças

COINF: Comitê Consultivo de Informação eInformática

COM: Coordenadoria de Cooperação Multilateral

CONECOM: Comitê de Negócios e Comunicação

CORPOICA: Corporación Colombiana de InvestigaciónAgropecuaria

CPA: Coordenadoria de Programação e Avaliação

CPC: Coordenadoria de Política e Desenvolvimento daComunicação

CPC: Coordenadoria de Processos Computacionais

CEE: Coordenadoria de Estudos Estratégicos

CPI: Coordenadoria de Proteção Intelectual

CPL: Coordenadoria de Planejamento

CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

CPM: Coordenadoria de Patrimônio e Material

CPR: Coordenadoria de Pagamento e Recebimento

CQP: Coordenadoria de Qualidade de Pesquisa eDesenvolvimento

CRC: Coordenadoria de Recursos Computacionais

CRM: Customer Relationiship Management

CRP: Coordenadoria de Relações Públicas

CRS: Coordenadoria de Relações Trabalhistas eSeleção

CSA: Coordenadoria de Serviços Auxiliares

CTI: Comitê Técnico Interno

CTMP: Comissão Técnica de Macroprograma

CTP: Comissão Técnica de Programa

CTS: Comitê Técnico da Sede

DAF: Departamento de Administração Financeira

DAP: Departamento de Administração de Pessoal

DEST: Departamento de Coordenação e Controle dasEmpresas Estatais

111Relatório de Gestão 2003

DFID: Department for International Development(Reino Unido)

DGP: Departamento de Gestão de Pessoas

DNA: Ácido Desoxirribo Nucléico

DOD: Departamento de Organização eDesenvolvimento

DPD: Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento

DRM: Departamento de Administração de Materiais eServiços

DTI: Departamento de Tecnologia da Informação

EGFAR: Eletronic Global Forum on Agricultural Reserch

EMATER: Empresa de Assistência Técnica e ExtensãoRural

EMCAPER: Empresa Capixaba e PesquisaAgropecuária e Extensão Rural

EMEPA: Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuáriada Paraíba

EMPARN: Empresa de Pesquisa Agropecuária do RioGrande do Norte

EPA: Environmental Protection Agency (USA)

EPI: Equipamento de Proteção Individual

ERP: Enterprise Resource Planning

ESR: Embriogênese Somática Repetitiva

FAO: Food and Agriculture Organization of the UnitedNations

FBTS: Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem

FORAGRO: Foro da Américas para Pesquisa eDesenvolvimento Tecnológico Agropecuário

FUB: Fundação Universidade de Brasília

GECIN: Grupo Corporativo de Integração de Sistemasde Informação da Embrapa

GECODES: Grupo Corporativo de Desenvolvimento deSistemas de Informação da Embrapa

GEREDES: Grupo de Trabalho de Engenharia eOperação de Redes da Embrapa

GFAR: Global Forum on Agricultural Reserch

GPR : Gabinete do Diretor-Presidente

GTZ: Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit(Agência Alemã de Cooperação Técnica)

IAPAR: Instituto Agronômico do Paraná

IBM: International Business Machine

IBQN: Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear

IDI: Índice de Desempenho Institucional

INTERNET: Rede Internacional de Comunicação deDados

IPA: Empresa Pernambucana de PesquisaAgropecuária

IPT: Instituto de Pesquisa Tecnológica

IRRI: International Rice Reserch Institute (SistemaCGIAR, Filipinas)

ISO: International Organization for Standardization

ITTO: International Tropical Timber Organization(Japão)

JICA: Japanese International Cooperation Agency

JIRCAS: Japan International Reserch Center forAgricultural Sciences

MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento

MFA: Microscopia de Força Atômica

MGE: Modelo de Gestão Estratégica

MP: Macroprograma

NASA: National Aeronautics and Space Administration

NGT: Núcleo de Gestão Técnológica

NR: Norma Regulamentadora

OEPA: Organização Estadual de Pesquisa Agropecuária

OGM: Organismo Geneticamente Modificado

ONG: Organização Não-Governamental

PAB: Pesquisa Agropecuária Brasileira

PAE: Plano de Ação Estratégica

PALOP: Países Africanos de Língua Portuguesa

PAM: Plano de Assistência Médica

PAT: Plano Anual de Trabalho

PCMSO: Programa de Controle Médico SaúdeOcupacional

PCS: Plano de Cargos e Salários

PD: Plano Diretor

PDE: Plano Diretor da Embrapa

PDU: Plano Diretor da Unidade

PESAGRO: Empresa de Pesquisa Agropecuária doEstado do Rio de Janeiro

PPA: Plano Plurianual de Investimentos da Agenda doGoverno Federal

PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PQGF: Programa de Qualidade do Governo Federal

PROAGRI: Projeto de Desenvolvimento Agrícola, doGoverno de Moçambique

PRODECA: Projeto de Desenvolvimento de CulturasAlimentares da Região Norte de Angola

PRODETAB: Projeto de Apoio ao Desenvolvimento deTecnologia Agropecuária para o Brasil

Projeto RECA: Projeto de Reflorestamento EconômicoConsorciado Adensado

PRONAF: Programa Nacional de Fortalecimento daAgricultura Familiar

PRONAPA: Programa Nacional de Pesquisa eDesenvolvimento da Agropecuária

P&D: Pesquisa e Desenvolvimento

PQSP: Programa de Qualidadee no Serviço Público

QPAP: Programa de Qualidade e Participação naAdministração Pública

RG: Relatório da Gestão

SAAD-RH: Sistema de Planejamento,Acompanhamento e Avaliação de Resultados deTrabalho Individual

SAC: Serviço de Atendimento ao Cidadão

SAEG: Secretaria Estadual de Agricultura do EspíritoSanto

SAPC: Serviço de Apoio ao Programa Café

SAPRE: Sistema de Avaliação e Premiação porResultados

SAU: Sistema de Avaliação de Unidades

SBPC: Sociedade Brasileira para o Progresso daCiência

SCI: Secretaria de Cooperação Internacional

SCT: Serviço de Comunicação para Transferência deTecnologia

SGE: Secretaria de Gestão e Estratégia

SEG: Sistema Embrapa de Gestão

SEP: Sistema Embrapa de Planejamento

SERPRO: Serviço Federal de Processamento de Dados

SGBD: Sistema Gerenciador de Bancos de Dados

SIAF: Sistema Integrado de Administração Financeira

SIAPE: Sistema Integrado de Administração de Pessoal

SIC: Sistema de Informação de Contratos (RN nº 005/88, de 28/07/88), hoje operado com uso do SAIC –Sistema de Acompanhamento de InstrumentosContratuais

SICAF: Sistema Integrado de Cadastramento deFornecedores da Administração Pública Federal

SIGED: Sistema de Gerenciamento de Documentos

SIPAT: Semana Interna de Prevenção de Acidentes doTrabalho

SIRH: Sistema de Informação de Recursos Humanos

SISPAT: Sistema de Gerenciamento do Plano de Anualde Trabalho da Embrapa

SISPEM: Sistema de Premiação da Embrapa

SISPJ: Sistema de Informaçao de Pessoa Jurídica

SNPA: Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária

SNT: Serviço de Negócios para a Transferência deTecnologia

SOBER: Sociedade Brasileira de Economia e SociologiaRural

SPD: Suprintendência de Pesquisa e Desenvolvimento

SPRI: Secretaria de Propriedade Intelectual

SSE: Secretaria de Apoio aos Sistemas Estaduais

UC: Unidade Central

UD: Unidade Descentralizada

UEL: Universidade Estadual de Londrina

UEM: Universidade Estadual de Maringá

UESB: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

UFG: Universidade Federal de Goiás

UFLA: Universidade Federal de Lavras

UFU: Universidade Federal de Uberlândia

UNESP: Universidade Estadual Paulista “Júlio deMesquita Filho”

UNIUBE: Universidade de Uberaba