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Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
Superintendência Regional do Sudeste
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Form. 02.02.01 - NI - 2.02/E (GDI)
RELATÓRIO
DE
INSTRUÇÃO
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 025/ADSE/SRSE/2012
ASSUNTO: IMPUGNAÇÃO DO EDITAL
IMPUGNANTE: MAC ID COMÉRCIO SERVIÇOS E TECNOLOGIA DA
INFORMÁTICA LTDA EPP
REF: PREGÃO ELETRÔNICO N.º 025/ADSE/SRSE/2012
OBJETO: “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA
FORNECIMENTO DE SOLUÇÃO DE IMPRESSÃO CORPORATIVA
(OUTSOURCING) PARA A SUPERINTENDENCIA REGIONAL DO
SUDESTE E AEROPORTOS VINCULADOS, PELO SISTEMA DE
REGISTRO DE PREÇOS.”
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Form. 02.02.01 - NI - 2.02/E (GDI)
HISTÓRICO
A Mac Id Comércio, Serviços e Tecnologia da Informática Ltda - EPP, inscrita no CNPJ sob
o no 11.427.054/0001-54, sediada na Rua Reverendo Armando Ferreira, 350- sala 202, Largo da
Batalha, Niterói – RJ, por seu representante, que esta subscreve, vem pelo presente, com amparo e
observância integral da CF/88 Lei Nº 10.520/02 com aplicação subsidiária da Lei nº 8.666/93, e
decretos correlatos, a esta Douta Comissão de Licitação, impugnar tempestivamente o edital supra,
na modalidade Pregão Eletrônico, pelas razões, fatos e direitos que passa a expor:
DA EXIGÊNCIA DO ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA, DA IDENTIFICAÇÃO DA
LICITANTE, DA FALTA DE CLAREZA NA INFORMAÇÃO, DAS INFORMAÇÕES
DIVERGENTES, DA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, DA EXIGÊNCIA DA
DECLARAÇÃO DE VISTORIA TÉCNICA, DA EXIGÊNCIA DA DECLARAÇÃO DO
FABRICANTE, DA EXIGÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO SEM AMPARO LEGAL PARA FINS
DE HABILITAÇÃO, DA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE, DA
INDETERMINAÇÃO DO OBJETO E DAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
IRRELEVANTES E EXIGÊNCIAS DESCABIDAS
Em vista de resguardar os princípios das licitações públicas, previstos no art. 3º da Lei
8.666/93, de forma íntegra, garantir a observância do princípio constitucional da isonomia entre
todos os interessados a participar do certame licitatório, e garantir a obtenção da proposta mais
vantajosa para a Administração, corroboramos que o presente ato de impugnação tempestiva, do
edital em epígrafe, ocasiona-se pelas razões fático-jurídicas expostas a seguir:
I – DOS FATOS
O processo licitatório trata-se de “Contratação de empresa especializada para
fornecimento de solução de impressão corporativa (outsourcing) para a Superintendência
Regional do Sudeste e Aeroportos vinculados, pelo sistema de registro de preços.”, conforme
estipulado no edital supracitado.
Sabe-se que o edital é um documento fundamental da licitação. Com efeito, abaixo da
legislação pertinente à matéria, é o edital que estabelece as regras específicas de cada licitação, mas
seguindo de forma restrita e imutável a Lei 8.666/93.
Por falta de amparo legal, consideram-se ilícitas as exigências tratadas no caput, com base
nas razões e direitos a seguir:
II – DAS RAZÕES E DIREITOS
DA EXIGÊNCIA DO ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
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Reproduzimos abaixo, trecho do Edital:
“10.1 c) atestado(s) ou certidão(ões) de capacidade técnica, emitido(s) por órgãos ou entidades da
Administração Pública direta ou indireta, federal, estadual ou municipal ou do Distrito federal, ou
ainda por empresas privadas, comprovando que a licitante executou fornecimento de solução de
impressão corporativa (Outsourcing);” (Edital)
Bem entendemos que o inciso II, art.30, da lei nº 8.666/93, lavra que para fins de
comprovação de desempenho da atividade do objeto da licitação, necessitar-se-á de uma
comprovação de aptidão para exercê-la, comprovação essa conhecida comumente como “atestado de
capacidade técnica”. Segue destaque da redação:
“...II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em
características, quantidades e prazos com o objeto da licitação ...”
Lavra posteriormente o §1º do art. 30, que a comprovação de aptidão referida no inciso II, nas
licitações pertinentes a obras e serviços, será feita através de atestados devidamente registrados nas
entidades competentes, sendo limitada a exigência, conforme lavra o inciso I, §1º, do mesmo artigo,
estritamente a profissional detentor de atestado de responsabilidade técnica responsável pela
execução dos serviços, não havendo a obrigatoriedade da licitante ser portadora de um atestado de
capacitação técnica, expedido em seu nome, pessoa jurídica, que seja registrado em órgão
competente. Segue destaque das redações:
“...I- capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro
permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro
devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade
técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas
exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas
as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;...”
Destaquemos o final da redação do §1º: “..limitadas as exigências a: ...”
Conforme visto, a Administração Pública somente poderá se ater à exigência de atestado de
capacidade técnica registrado em órgão competente em nome do profissional reconhecido pela
douta entidade, eximindo a licitante da posse de atestado registrado em seu nome. Corrobora
também esse entendimento o TCU no acórdão 3053/2006 – Primeira Câmara. Segue na íntegra:
“...Interessada: 2MM Eletro Telecomunicações Comércio e Representação Ltda.
Entidade(s)/Orgão(s): Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Determinar à Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel que se abstenha de exigir, para fins de
comprovação da capacitação técnico-profissional, que os atestados de capacidade técnica sejam
“...§ 1o
A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das
licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas
de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes,
limitadas as exigências a:...”
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apresentados em nome da empresa licitante, considerando que o art. 30, § 1º, icniso I, da Lei nº
8.666/93, estabelece que tal comprovação deverá se dar com relação ao profissional de nível
superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, que, na data prevista para
entrega da proposta, componha o quadro permanente da licitante.”
Considerando que o objeto da licitação não integra o grupo de atividades que necessitam
de fiscalização de órgão regulador de exercício da profissão, não se vislumbra a possibilidade de sua
exigência.
Corrobora esse entendimento o TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1º REGIÃO –
3º TURMA SUPLEMENTAR, no Acórdão nº AMS 1999.01.00.111785-1/DF de 24/12/2002, ,
que determinou a desnecessidade da Administração Pública, como exigência editalícia, a
inscrição de funcionários/empregados no CREA/CRA, não sendo lícito haver tal exigência, pelo
simples fato da atividade do objeto da presente licitação não necessitar de fiscalização dos referidos
conselhos.
Trazemos, em destaque, o assunto em especial abordado pelo TRF-1º Região, que
determinou:
“(...)1. Os serviços prestados pela impetrante (em consonância com seu objetivo social) podem ser
realizados por funcionários sem a habilitação legal de engenharia, administração e formação
superior.
2. Desnecessário o registro no CREA e no CRA dos empregados da impetrante (técnicos de nível
médio) para a execução do objeto da licitação, que, nos termos do edital, é a "prestação de serviços
de reprografia, encadernação, impressão gráfica, tratamento de documentos com fornecimento de
equipamentos e pessoal para a sua operação e manutenção, bem como o fornecimento de peças de
reposição de todo o material de consumo necessário", e tal atividade não exige fiscalização dos
referidos conselhos.
3. Apelação e remessa oficial improvidas(...)”
Com base no que lavra o art. 1º da Lei 6.389/80, o qual dispõe sobre o registro de empresas
nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões, e com a não observância na lide em
comento, o não enquadramento da atividade profissional referente ao objeto da licitação, considerar-
se-á inapropriada a exigência da licitante possuir registro em dito órgão, uma vez que o mesmo não
possui responsabilidade na fiscalização dos serviços a serem prestados.
DA IDENTIFICAÇÃO DA LICITANTE
O ato convocatório exige, sob pena de desclassificação da proposta de preços, o envio de
anexo, conforme reproduzido abaixo:
“8.1.2 b) manuais, catálogos e/ou folders, em língua portuguesa, com nível de informação suficiente
para avaliação pelo Pregoeiro e sua Equipe, tendo como requisitos as condições indicadas no
Termo de Referência (Anexo II);” (Edital)
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“9.3. Observado o estabelecido no subitem precedente, e nos subitens 19.5 a 19.8 deste Edital será
desclassificada a proposta que:
a) deixar de apresentar qualquer documento exigido ou apresentá-lo em desacordo com qualquer
exigência deste Edital e seus Anexos;” (Edital)
“19.2 Prospectos dos equipamentos oferecidos para os tipos descritos no Termo de Referência, em
idioma português ou com a devida tradução, que possibilitem a comprovação das especificações
técnicas exigidas no ANEXO I deste Termo de Referência. Caso os prospectos técnicos não sejam
suficientes para comprovar todas as exigências, a CONTRATADA poderá apresentar declaração do
fabricante das impressoras que ateste o atendimento dos requisitos a serem comprovados.” (Termo
de Referência)
Como veremos, a amplitude das características exigidas para os equipamentos é tal que se
torna obrigatório o envio de declaração do fabricante dos mesmos, com fins de comprovação dessas
características. Tal declaração acabaria por identificar o participante por intermédio de seu parceiro
fabricante do equipamento.
A identificação da ”Proposta de Preços” deve ser evitada, por ensejar a possibilidade de
conluio entre os participantes, antes da etapa de lances. Reproduzimos abaixo a vedação da
identificação dos fornecedores existente na norma específica que regulamenta o pregão, Decreto nº
5.450/05:
“Art. 24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os
licitantes poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.
(...) § 5o Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do
menor lance registrado, vedada a identificação do licitante.”
DA FALTA DE CLAREZA NA INFORMAÇÃO
O Edital estabelece condições ilegais por confusas, ferindo o caráter constitucional da
impessoalidade, conforme reproduzimos com grifo nosso:
“10.4 b) solicitação à(s) licitante(s) vencedora(s) da etapa de lances - Arrematante(s), por meio do
sistema eletrônico, o atendimento do que segue:”(Edital)
“11.4. Constatado o pleno atendimento das exigências editalícias, a(s) licitante(s) será(ão)
declarada(s) a vencedora(s) do certame, e, não havendo interposição de recurso, o PREGOEIRO
adjudicará o objeto deste Edital à(s) licitante(s) vencedora(s) e, após encerrada a sessão,
encaminhará o processo à autoridade competente para fins de homologação da licitação;” (Edital)
Considerando o critério de julgamento de menor preço global (Item 3.4 do edital), de
qual forma pode ocorrer mais de uma vencedora?
“14.5. A prestação dos serviços será feita à(s) vencedora(s), mediante a celebração do contrato
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anexo V deste Edital, e desde que esta(s) esteja(m) com sua situação jurídica/fiscal regular;”
(Edital)
Além da questão exposta anteriormente afinal, quem prestará o serviço, e para quem?
“3.3 O ANEXO II descreve os locais, e quantitativos estimados, e pode ser utilizado como
referência para a formação dos preços dos itens.” (Termo de Referência)
Não existe o Anexo II.
“13.4 O não cumprimento dos itens acima dará direito à CONTRATANTE para cobrar multa
calculada pela seguinte equação:
Onde:
NTC = Número Total de Chamados Técnicos do Mês.
NTII = Número Total de Postos de Impressão Instalados.
VTPI =Valor Total dos Postos de Impressão” (Termo de Referência)
O que são Postos de Impressão? Cada um dos equipamentos? Os acessórios seriam
considerados novos postos de impressão?
“14.10 Esclarecer, em tempo hábil, eventuais dúvidas e indagações da CONTRATANTE, conforme
item13. 1.” (Termo de Referência)
A afirmação contida no subitem reproduzido acima não guarda sentido algum. O item (sic)
13.1 trata do “Acordo de Níveis de Serviço”.
“14.26 Caberá a CONTRATADA fornecer toda a infraestrutura de hardware e software necessária
para a implantação da solução proposta, conforme as seguintes premissas:” (Termo de Referência)
Como não existem, na estrutura do documento, subitens ao 14.26, não existem as referidas
premissas.
“17.1 Para o faturamento dos serviços, serão sempre considerados os volumes de impressão
registrados nos contadores dos hardwares, conforme item 3.14 deste Termo de Referência”.(Termo
de Referência)
Não existe o referido item (sic) 3.14.
“9.8 Nos casos relacionados nos subitens 8.3.1 a 8.3.3 destas Condições Contratuais, a
CONTRATADA será ressarcida dos eventuais prejuízos sofridos, desde que regularmente
comprovados, tendo, ainda, direito a: “ (Minuta do Contrato)
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Não existem os referidos subitens 8.3.1 a 8.3.3
“9.9 A rescisão do Contrato, efetivada pela CONTRATANTE, com base no ajuste constante nos
subitens 8.2.1 a 8.2.15 destas Condições Contratuais acarreta as seguintes conseqüências, sem
prejuízo da aplicação das sanções previstas neste Contrato e em lei: “ (Minuta do Contrato)
Não existem os subitens 8.2.5 ao 8.2.15, além de os subitens 8.2.1 ao 8.2.4 tratarem de sanções
a que a CONTRATADA estaria sujeita.
“11.1.1.2 O “chamado técnico para manutenção corretiva”, ou Suporte Técnico será efetuado pelo
representante da CONTRATANTE por meio de telefone, fax, e-mail, sistema web e web chat, que
neste momento preencherá o documento Acompanhamento de Abertura de Chamados Técnicos
fornecido à CONTRATADA, para fins de abertura do chamado técnico, no mínimo, as seguintes
informações:” (Termo de Referência)
O representante da CONTRATANTE efetuará a abertura do chamado por TODOS os meios?
É imperativo que se estabeleça a clareza na definição dos serviços objeto do edital.
Faz-se necessário a divulgação de tais informações, sob pena de vício do procedimento
licitatório e caracterização de desvio de poder. A falta de tais informações privilegia o detentor da
real informação.
Sendo o Edital não um balizador, mas um determinante da conduta do Administrador, há que
se dirimir tais dubiedades. Não pode a condução do certame, por determinação legal, estar maculada
por incertezas.
DAS INFORMAÇÕES DIVERGENTES
O ato convocatório e seus anexos, além de incorrerem na falta de clareza das sentenças,
conforme demonstrado, apresentam afirmações contraditórias e divergentes, conforme se reproduz
abaixo, com grifo nosso:
“3.2. Tipo de Licitação: MENOR PREÇO;
3.3. Regime de Contratação: PREÇO GLOBAL
3.4. Critério de julgamento: MENOR PREÇO GLOBAL”(Edital)
“11.4. Constatado o pleno atendimento das exigências editalícias, a(s) licitante(s) será(ão)
declarada(s) a vencedora(s) do certame, e, não havendo interposição de recurso, o PREGOEIRO
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adjudicará o objeto deste Edital à(s) licitante(s) vencedora(s) e, após encerrada a sessão,
encaminhará o processo à autoridade competente para fins de homologação da licitação;” (Edital)
“12.3.1. a declaração do vencedor compreende a aceitabilidade da proposta classificada em
primeiro lugar e o julgamento de habilitação, de acordo com as exigências previstas neste edital.”
(Edital)
“14.1. Após a homologação da licitação pela autoridade competente, a INFRAERO visando a
execução dos serviços, na forma estabelecida neste Edital, efetuará o registro dos preços ofertados,
na Ata de Registro de Preços Anexo IV deste Edital, a ser firmada entre a INFRAERO e a(s)
vencedora(s);“(Edital)
Estabelece-se a ocorrência de apenas um e, simultaneamente, de vários vencedores.
“4.4. Não poderá participar da presente licitação:
a) consórcio de empresas, sob nenhuma forma;” (Edital)
“17.3.3 quando se tratar de consórcio, a garantia poderá ser apresentada integralmente pela
empresa líder do consórcio, ou por cada uma das empresas integrantes deste, com os valores
proporcionais à sua participação no consórcio.” (Edital)
O Edital impede a participação de consórcios e prevê condição para que esses apresentem
garantia.
“13.7. Não havendo êxito nas negociações com a primeira colocada, a INFRAERO poderá
convocar as demais licitantes classificadas, nas mesmas condições ou revogar a Ata de Registro de
Preços ou parte dela”; (Edital)
“14.6.1. na hipótese dos novos preços apresentados pelas vencedoras permanecerem superiores aos
da pesquisa, o Fiscal deverá solicitar as aquisições por meio de novos processos licitatórios; “
(Edital)
Quando apresenta a possibilidade de readequação dos preços da ata, o Edital, mais uma vez,
admite a ocorrência de uma ou mais empresas vencedoras, além de estabelecer obrigação de novo
processo licitatório e, simultaneamente, a convocação das demais classificadas.
“3.10 Todos os equipamentos fornecidos deverão possuir interface de rede nativa. Os ativos de rede
necessários para ativação dos equipamentos, bem como o devido fornecimento de energia, ficarão a
cargo da CONTRATANTE.” (Termo de Referência)
“14.26 Caberá a CONTRATADA fornecer toda a infraestrutura de hardware e software necessária
para a implantação da solução proposta, conforme as seguintes premissas:” (Termo de Referência)
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O Termo de Referência, nos subitens reproduzidos acima, mistura as obrigações de
fornecimento de hardware necessário à implantação da solução. Ora o fornecimento dos ativos de
rede é de responsabilidade da CONTRATANTE, ora TODA a infraestrutura de hardware é de
responsabilidade da CONTRATADA.
“8.4. Ressalvados os casos de força maior devidamente comprovados e aceitos pela
CONTRATANTE, caso a CONTRATADA atrase o atendimento a chamados de suporte técnico, sem
justificativa aceita pela CONTRATANTE, ficará sujeita às seguintes multas:
8.4.1. multa de 2% (dois por cento) ao dia do valor do bem assistido, até o quinto dia de atraso;
8.4.2. o atraso superior a 5 (cinco) dias, será considerado como recusa de atendimento a chamados
de suporte técnico, ensejando a instauração de processo administrativo para rescisão do Contrato,
por justa causa, e aplicação de multa de dez por cento do valor global do contrato, com o
conseqüente impedimento do direito de licitar ou contratar com a CONTRATANTE, podendo,
ainda, ser declarada inidônea para licitar ou contratar com a Administração Pública, enquanto
perdurarem os motivos. “ (Minuta do Contrato)
“8.8 O não cumprimento dos itens acima dará direito à CONTRATANTE para cobrar multa
calculada pela seguinte equação:
Onde:
NTC = Número Total de Chamados Técnicos do Mês.
NTII = Número Total de Postos de Impressão Instalados.
VTPI =Valor Total dos Postos de Impressão” (Minuta do Contrato)
No contrato são estabelecidas duas formas, totalmente díspares, para a cobrança de multa por
não cumprimento aos prazos de atendimento de chamados de suporte técnico.
DA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Não pode a Administração Pública, subverter a ordem jurídica através de mero ato
administrativo. O ato convocatório não pode impor proibições, estabelecer obrigações ou conceder
direitos sem amparo na lei.
Contudo, não é o que se vê nos documentos supracitados, conforme reproduzimos abaixo:
“12.8. Não serão conhecidas as impugnações e os recursos apresentados fora do prazo legal e/ou
subscritos por representante não habilitado legalmente ou não identificado no processo para
responder pela proponente;” (Edital)
Não existe previsão legal para tal gama de restrições, em verdade, o legislador primou por
estabelecer exatamente o contrário:
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“Art. 18. Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa
poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.”(Decreto nº 5.450/2005)
“8.2.1. multa de 10% (dez por cento) do valor da Ata de Registro de Preços, quando rescindi-la ou
der causa à sua rescisão, sem prejuízo de indenizar a CONTRATANTE em perdas e danos, com o
conseqüente impedimento do direito de licitar e contratar com a INFRAERO, bem como
descredenciamento junto ao SICAF, podendo, ainda, ser declarada inidônea para contratar e licitar
com a INFRAERO e toda a Administração Pública Federal;” (Minuta do Contrato)
É compreensível a intenção de a Administração proteger-se contra ações prejudiciais do
fornecedor. Contudo, não há amparo legal para a aplicação da penalidade estabelecida pelo subitem
reproduzido. Reproduzimos abaixo com grifo nosso trecho da Regulamentação
do Sistema de Registro de Preços que apresenta a possibilidade de revogação da ata, sem penalidade
para o fornecedor.
“Art. 12. A Ata de Registro de Preços poderá sofrer alterações, obedecidas as disposições
contidas no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
(...)
§ 3º Quando o preço de mercado tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor,
mediante requerimento devidamente comprovado, não puder cumprir o compromisso, o órgão
gerenciador poderá:
I - liberar o fornecedor do compromisso assumido, sem aplicação da penalidade, confirmando
a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados, e se a comunicação ocorrer antes do
pedido de fornecimento; e
II - convocar os demais fornecedores visando igual oportunidade de negociação.
§ 4º Não havendo êxito nas negociações, o órgão gerenciador deverá proceder à revogação
da Ata de Registro de Preços, adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais
vantajosa.” (Decreto nº 3.931/2001)
DA EXIGÊNCIA DA DECLARAÇÃO DE VISTORIA TÉCNICA
Prevista no artigo 30, III, da Lei no 8666/93, a vistoria prévia das condições do local
enquadra-se entre os requisitos exigidos para habilitação técnica dos licitantes. O referido inciso
arrola como documento referente à qualificação técnica a "comprovação, fornecida pelo órgão
licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas
as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação".
Tal vistoria deve ser considerada como um direito do licitante. Nesse sentido o Processo no TC-
006.059/2006-4 do TCU:
"LICITAÇÃO. EXIGÊNCIA DE VISTORIA NO LOCAL. MEDIDA CAUTELAR PARA
SUSPENSÃO DE PREGÃO. CONCESSÃO.”
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- 1. Presentes a plausibilidade do direito invocado e a urgência, cabe a adoção de medida cautelar
para sustar procedimento licitatório em curso.
- 2. Eventual direito dos licitantes não pode se transmudar em obrigação, em especial se dela
decorrem ônus às interessadas e se existem meios alternativos que permitem obter o mesmo
resultado, caso em que fica configurada a desnecessidade da exigência".
Assim se manifestou o Relator do Processo:
"as empresas que exercerem o direito de vistoria disporão de condições muito superiores para
quantificação do valor do serviço, mas deve ficar à escolha da interessada decidir se prefere arcar
com o ônus de tal operação ou assumir os riscos de uma avaliação menos acurada. O direito à
opção é mais relevante no caso de empresas não localizadas em Brasília, para as quais os custos
envolvidos em uma vistoria in loco podem ser significativos em relação ao total do serviço. (...) Em
todo caso, a empresa que decidir não realizar a vistoria e eventualmente, subestimar sua proposta
estará incorrendo em risco típico do seu negócio, não podendo, futuramente, opô-lo contra a
Administração para eximir-se de qualquer obrigação assumida ou para rever os termos do contrato
que vier a firmar".
Ademais, exatamente por ser um direito é que poderia o licitante escolher entre não realizar a
vistoria ou exigir que a Administração lhe permita a visita, para que possa absorver a maior
quantidade de dados necessários para a elaboração de sua proposta, respeitando assim os
princípios da isonomia e da competitividade. O TJ/SP, ao se manifestar acerca do tema no Processo
n° 745 138 5/0-00, assim decidiu:
"Contudo, alega a apelante que depois de assinar o Termo de Permissão de Uso constatou que o
número de vagas existentes na área reservada para estacionamento de veículos não correspondia ao
número que constava no edital, quais sejam novecentas vagas. A apelante, como lhe foi facultado,
realizou a visita técnica programada e pôde verificar a distribuição das vagas e o espaço disponível.
Não impugnou o edital no momento oportuno, não sendo lícito contestar os critérios então fixados
nesta fase, inexistindo, inclusive qualquer elemento nos autos que indique irregularidade no
procedimento de licitação".
A vistoria técnica deve ser entendida como um direito dos licitantes, visto que ao mesmo
tempo em que transfere o ônus da escolha de realizar a vistoria prévia aos particulares, que não
poderão posteriormente alegar desconhecimento das condições para a
execução do serviço, continua a resguardar a Administração de possíveis inexecuções contratuais,
desde que não deixe o administrador de requerer dos licitantes a declaração de visita ao local do
serviço objeto da licitação ou termo de compromisso assumindo a responsabilidade de eventual
erro em sua proposta, decorrente da falta de visita ao local.
Logo, percebe-se que a exigência presente nos subitens “10.1 e)” do edital e “18.1” do Termo
de Referência do instrumento convocatório é ilegal e descabida.
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DA EXIGÊNCIA DA DECLARAÇÃO DO FABRICANTE
Os subitens “3.7” e “19.2” do Termo de Referência do edital em epígrafe exigem Declaração
do Fabricante.
Trazemos, na íntegra, o destaque do assunto em especial, que já foi abordado pelo TCU na
Decisão nº 486/200 – Plenário, que determinou aos órgãos licitantes:
“8.5.12. não incluam a exigência, como condição de habilitação, de declaração de co-
responsabilidade do fabricante do produto ofertado, por falta de amparo legal, além de constituir
uma cláusula restritiva do caráter competitivo das licitações, por não ser, em princípio, uma
condição indispensável à garantia do cumprimento das obrigações advindas dos contratos a serem
celebrados (cf. art. 3º § ,1º, inciso I, da Lei nº 8.666/93, e art. 37, inciso XXI, parte final, da
Constituição Federal ;”
Assim, entende-se que a exigência da declaração do fabricante citada acima implica na
restrição ao caráter competitivo do certame, violando o art. 3º, § 1º, inciso I, da Lei 8.666/93.
Segue o trecho do § 1º, art 3, inciso I :
“... I – admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que
comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou
distinções...”
Pondere-se que a relação existente entre o fabricante e o comerciante poderá consistir em um
contrato de compra e venda ou em um contrato de representação comercial, etc..., o qual se regerá
por regras do direito comercial, dependendo do caso. Logo, não há como a Administração interferir
diretamente nessa relação, pois simplesmente é tida como mero consumidor.
Aliás, o art. 3º do CDC preceitua que “fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades
de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição
ou comercialização de produtos ou prestação de serviços” . Como a responsabilidade é solidária para
o CDC, em regra, não existe diferença entre o fornecedor e o fabricante.
DA EXIGÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO SEM AMPARO LEGAL PARA FINS DE
HABILITAÇÃO
Em decorrência, o art. 27 da Lei nº 8.666/93 preceitua que para fins de habilitação exigir-se-á
dos interessados, exclusivamente, documentação relativa à habilitação jurídica, qualificação
técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e prova de cumprimento do disposto
no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
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Ainda: os arts. 28 a 31 apontam os documentos a serem exigidos para demonstrar a
regularidade em relação a essas situações. Então, conclui-se que aqueles são os únicos documentos
passíveis de serem solicitados para a habilitação em certame licitatório.
Corrobora esse entendimento o Tribunal de Contas da União, na Decisão nº 523/97, de
20.8.97, publicada no DO nº 167, de 01.09.97, que determinou a obrigatoriedade de a
Administração Pública, para fins de habilitação, ater-se ao rol dos documentos dos arts. 27 a 31 da
Lei nº 8.666/93, não sendo lícito exigir nenhum outro documento que não esteja ali elencado.
Assim, entende-se que a exigência constante no Item “10.1 a)” do edital em epígrafe, implica
na restrição ao caráter competitivo do certame, violando o art. 3º, § 1º, inciso I, da Lei nº 8.666/93.
DA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
No momento em que permeia o instrumento convocatório com exigências mutáveis ao
próprio sabor, a Administração fere de morte o princípio constitucional da impessoalidade,
conforme reproduzimos, com nosso grifo:
“b.1) encaminhamento, via fax, ou via e-mail (digitalizado), da(s) Planilha(s) de Preços,
ajustada(s) ao(s) novo(s) valor(es) unitário(s) e global final ofertado(s) na fase de lances e os
documentos exigidos para habilitação listados nos subitens 10.1 e dos listados no subitem 10.2.2, no
caso de licitante não inscrito no SICAF, bem como da comprovação prevista no subitem 9.16, se for
o caso, no prazo de até 4 (quatro) horas, salvo justificativas prévias aceitas pela INFRAERO, com
posterior encaminhamento dos originais ou cópias autenticadas destes documentos, no prazo de 3
(três) dias úteis, contado a partir do 1º (primeiro) dia útil subseqüente à data de realização do
PREGÃO;” (Edital)
“19.6.1 os licitantes intimados para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais deverão fazê-lo
no prazo determinado pelo PREGOEIRO ou à autoridade superior, sob pena de
desclassificação/inabilitação.“(Edital)
“13.5 Durante a execução do contrato, a CONTRATANTE poderá, sem aumentar o valor do
contrato e de comum acordo com a CONTRATADA, alterar os parâmetros de atendimento, para se
adequar à realidade das localidades atendidas.” (Termo de Referência)
DA INDETERMINAÇÃO DO OBJETO
O Edital em epígrafe, e seus anexos, pela falta de clareza e fornecimento de informações
divergentes, conduz a indeterminação do objeto, conforme reproduzimos abaixo:
“3.4 Durante a execução do contrato, a CONTRATANTE poderá, sem aumentar o valor do contrato
e de comum acordo com a CONTRATADA, alterar os tipos de equipamentos designados para cada
localidade caso sejam necessárias adequações às mudanças ocorridas nestas localidades. “ (Termo
de Referência)
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“11.1.2.4 Para atender às necessidades da CONTRATANTE e desde que não altere o valor do
contrato, este horário poderá ser alterado durante a vigência do contrato, tendo a CONTRATADA,
o prazo de 15 (quinze) dias para realizar os ajustes necessários à implantação da mudança de
horário. Não estarão previstas atividades nos feriados e nos finais de semana, exceto se houver
solicitação expressa da CONTRATANTE para atender necessidades eventuais, com antecedência
mínima de 72 horas, antes da prestação dos serviços. “(Termo de Referência)
“14.25 O fornecimento de estabilizadores fica a critério da CONTRATADA, em virtude da
existência de apenas poucos locais com rede estabilizada.” (Termo de Referência)
“Sistemas Operacionais suportados: Windows 2000, XP, Windows 7, Vista e Windows Server 2003
e superiores” (ANEXOI do Termo de Referência, equipamentos dos tipos I,II,III,IV,V,VI e VII)
“8.9 Durante a execução do contrato, a CONTRATANTE poderá, sem aumentar o valor do contrato
e de comum acordo com a CONTRATADA, alterar os parâmetros de atendimento, para se adequar
à realidade das localidades atendidas.“ (Minuta do Contrato)
É imperativo que se estabeleça a clareza na definição dos serviços objeto do edital.
Reproduzimos manifestação do TCU acerca do tema presente no Acórdão nº 284/2003 – Plenário:
“9.6.2. nenhuma compra ou serviço sejam licitados/contratados sem a prévia emissão de
solicitação do setor competente com a adequada caracterização de seu objeto, conforme exigem o
inciso III do §2º do art. 7º e art. 14 todos da Lei 8.666/93;”
DAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS IRRELEVANTES E EXIGÊNCIAS DESCABIDAS
Em seu Termo de Referência e Minuta do Contrato, o ato convocatório em referência
estabelece exigências de características restritivas e irrelevantes. Trata-se de desfile de exigências
sem qualquer pertinência ao real objeto da licitação. Abaixo reproduzimos alguns exemplos com
grifo nosso:
“3.11 Somente serão aceitos no máximo dois fabricantes de equipamentos, visando à padronização
do parque de impressão, facilitando assim, a utilização de drivers e equipamentos pelos usuários.
Todos os equipamentos deverão ser entregues acondicionados adequadamente, em caixas lacradas,
de forma a permitir completa segurança durante o transporte. “ (Termo de Referência)
“3.12 Todos os equipamentos deverão ter, obrigatoriamente, tecnologia laser ou led de impressão,
recurso de contabilização de páginas impressas e copiadas pelo próprio hardware, para
comparação com os resultados obtidos pelo sistema de contabilização e aferição dos volumes
efetivamente impressos, possibilitando a auditagem dos serviços, bem como a liberação das
impressões através de senhas, assegurando ao usuário o sigilo do seu trabalho a ser impresso.“
(Termo de Referência)
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Não existe motivo que justifique a exclusão de equipamentos com tecnologia de impressão de
Cera Sólida.
“8.1 O sistema de gestão dos serviços deverá ser em rede, via WEB, e possuir as seguintes
capacidades:
Monitorar os equipamentos on-line, possibilitando, no mínimo, gerenciar remotamente, via
rede TCP/IP, os equipamentos instalados, permitindo efetuar alterações de configuração,
checagem do status de impressão, nível dos suprimentos de impressão, etc.
Realizar inventário automático dos equipamentos.
Permitir a definição de custos de página impressa por impressora/multifuncional,
diferenciando custos para impressão em cores e preto e branco.
Permitir a administração de custos por grupos de impressoras/multifuncionais.
Permitir a definição de centros de custo para usuários e a geração de relatórios a partir dos
mesmos.
Permitir a definição de custos de página impressa por modelo de equipamento,diferenciando
custos para impressão monocromática e poli-cromática e o formato do papel.
Fornecer histórico de utilização dos consumíveis com vida útil real, por equipamento.
Realizar atualizações, visualizações e alterações remotas nas configurações dos componentes
das impressoras/multifuncionais/copiadoras.
Possibilitar agendamento e automação de tarefas relacionadas ao gerenciamento e
manutenção das impressoras/multifuncionais.
Disponibilizar o sistema que permita ao gestor a definição de perfis de utilização por
usuário.
Permitir que o usuário, conforme perfil e permissões, possa localizar através de sua estação,
impressoras/multifuncionais com base em campos como: localização, capacidade, color etc.
Requisitos Mínimos do Sistema:
Deverá rodar em plataforma Windows, além da Linux, devendo ser compatível com os
navegadores utilizados por estes sistemas operacionais (IE e Firefox);
Deverá fazer uso do protocolo SNMP para captura de informações das impressoras;
Deverá realizar monitoramento específico para impressoras com interface de rede nativa, a
partir de locais remotos, conforme normas de acesso da CONTRATANTE;
Deverá emitir alertas, em tempo-real, com relação aos insumos (toner, etc) com possível
aplicação de filtros;
Deverá controlar acesso às impressoras através da configuração de Contas e Grupos de
Usuários;
Deverá gerenciar impressoras de diversos fabricantes;” (Termo de Referência)
As exigências relativas aos pontos 3, 4, 5 e 6 devem fazer, ao menos, referência ao sistema
descrito no item 9 do mesmo Termo de Referência. A exigência de utilização de determinado
protocolo de comunicação não guarda a menor pertinência com o real objeto da licitação.
“9.5 O sistema informatizado de contabilização deverá atender aos seguintes requisitos mínimos:
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(...)
Os dados deverão residir em ambiente de Banco de Dados Relacional desenvolvido com qualquer
software que venha a ser fornecido na prestação de serviço, desde que acompanhado pelas licenças
de uso e acesso, sem ônus para a CONTRATANTE;” (Termo de Referência)
A exigência de sistemas de gerenciamento de Banco de Dados baseados no modelo Relacional,
não mantém a mínima relação com o objeto da licitação, além de impedir a oferta SGBDs
Orientados a Objetos, com tecnologia mais moderna.
“5.1. Para os equipamentos especificados, podem ser contratados os seguintes acessórios
compatíveis:
Tipo VIII - Dispositivo Automático de Separação de Trabalhos (escaninho) em Jogos:
Compatível com o Tipo II;
Separação dos trabalhos para o mínimo de 4 bandejas.“(Termo de Referência)
A quantidade limitada de fornecedores de equipamentos de impressão, compatíveis com as
características exigidas e que possuem a possibilidade de acoplar-se a opcional de escaninhos é tão
pequena, quanto a relação mantida entre tal exigência e a funcionalidade pretendida. A separação em
jogos pode se dar de forma eletrônica, além da impressão mediante senha permitir que os trabalhos
não se misturem na saída de impressão. Exigir o fornecimento de escaninhos só limita o número de
participantes, sem nenhum benefício à Administração.
“- Digitalização via porta USB, rede Twain, email, FTP, PC “(ANEXO I do Termo de Referência,
equipamentos dos tipos III, IV, VI e VII)
Considerando que os destinos de digitalizações realizadas através de driver Twain ou do
protocolo FTP são sempre um computador (inclusive PC) o que a Administração pretendeu ao exigir
o destino de digitalização PC? Qual a relevância dessa especificação para o serviço a ser prestado?
“Capacidade para atender em média de 4 a 10 usuários. “(ANEXO I do Termo de Referência,
equipamentos do tipo V)
Além da relevância duvidosa, a exigência não está estabelecida em patamares mínimos
conforme determinação legal. Vale resaltar que, por não estar disponível de forma corriqueira nos
materiais de marketing ou técnicos emitidos pelos fabricantes, a comprovação de tal exigência
estaria restrita a carta emitida para esse fim, que conforme demonstrado não deve ser admitida.
“6.1.8. fornecer versões em português, de todos os manuais originais de manutenção, operação e
catálogo de peças, inclusive em meio eletrônico;” (Minuta do Contrato)
Manuais de manutenção e catálogo de peças em português são irrelevantes na medida em que
os serviços de manutenção serão prestados pela CONTRATADA de forma exclusiva.
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O decreto nº 5.450/05 preceitua que a licitação na modalidade pregão deva ser conduzida
considerando o princípio da razoabilidade e competitividade, conforme reprodução do seu artigo 5º,
abaixo (grifo nosso):
“(...) A licitação na modalidade de pregão é condicionada aos princípios básicos da legalidade,
impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administrativa,
vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princípios
correlatos da razoabilidade, competitividade e proporcionalidade. (...)
Lavra posteriormente o § 5º do art. 7º, que não se permita a realização de licitação cujo objeto
inclua bens ou serviços de marcas exclusivas. Segue destaque da redação (grifo nosso):
“...§ 5o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou
de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente
justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de
administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório...”
Reproduzimos abaixo o Art. 3º, inciso II da Lei 10.520/2002 que é claro em sua determinação:
“II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição.”
Bem entendemos que o inciso I, art.3º, § 1º da lei nº 8.666/93, lavra que é vedado aos agentes
públicos permitir a existência de fatores que restrinjam o caráter competitivo do certame. Segue
destaque da redação (grifo nosso):
“§ 1o É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que
comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou
distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;”
III – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como se viu à exaustão, muitas são as disposições constantes do Edital Pregão Eletrônico
nº 025/ADSE/SRSE/2012 que devem ser excluídas ou modificadas, sob pena de restarem violados
os mais comezinhos princípios norteadores das licitações públicas, inclusive de cunho
constitucional, prejudicando, de um lado, a Administração, e, de outro, os interessados no certame.
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Tais exigências - quesito do tema da presente impugnação - limitam a obtenção da proposta
mais vantajosas de empresa que encontre-se apta a desempenhar, e cumprir integralmente com fido,
todas as condições técnicas para a perfeita harmonia entre as partes.
Conforme exposto, esta empresa assume total responsabilidade por eventual erro em sua
proposta, decorrente de falta de vista ao local e solicita a exclusão da exigência descabida de visita
prévia.
No tocante à descrição das exigências técnicas dos equipamentos, alertamos para a
determinação de características realmente relevantes e estritamente necessárias ao atendimento das
necessidades da Administração.
Por fim, sugerimos que haja o imediato adiamento do referido certame, com a republicação
do edital informando suas significativas alterações, possibilitando a participação de empresas que
foram prejudicadas ao se depararem com tais exigências inapropriadas e ilegais. Sanando os
princípios feridos da isonomia e da impessoalidade, restabelecendo o caráter competitivo, a ampla
participação e a busca pela oferta mais vantajosa para o órgão, com base em todas as razões e
direitos supracitados.
TEMPESTIVIDADE DA IMPUGNAÇÃO
Tendo sido recebida e protocolada em 11/04/2012, ciente da data de abertura da licitação -
16/04/2012 - TEMPESTIVA é a peça impugnativa.
Portanto, esta Pregoeira CONHECE a impugnação formulada.
ANÁLISE DAS ARGUMENTAÇÕES
DA EXIGÊNCIA DO ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
Inicialmente transcrevemos texto do acórdão 607/2008:
“É necessária a exigência pela Administração de atestado que
demonstre haver o licitante executado objeto com
caracteristicas similares ao da licitação.”
Transcrevemos ainda o acórdão 265/2010 Plenário:
“Abstenha-se de exigir, no caso de contratação de serviços de
informática, o registro de licitantes ou profissionais, bem assim
a emissão de atestados, por quaisquer conselhos profissionais,
uma vez que as atividades de tecnologia da informação não são
regulamentadas por lei, em obediência ao principio da
legalidade e ao contido no art. 30, inciso I, da Lei no
8.666/1993.”
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Fica claro o entendimento de que é dever da Administração exigir atestados de capacidade
técnica que comprovem que a licitante executou, a contento, serviços similares ao do objeto da
licitação, o que é vetado é exigir que os atestados para contratação de serviços de informática sejam
registrados em conselho profissional. A exigência não se restringe apenas a serviços que podem ser
registrados em órgão competente, como afirma a impugnante.
O acórdão citado na peça impugnativa diz respeito à contratação de serviços de engenharia
(acórdão 3053/2006 Primeira Câmara) e a abordagem do TRF 1ª Região é sobre a exigência de
registro no CREA ou CRA para prestação de serviços gráficos, nenhum dos dois é condizente com o
objeto da presente licitação, que segue a orientação do acórdão 265/2010 Plenário, de não exigir
registro em conselhos profissionais para prestação de serviços de informática.
DA IDENTIFICAÇÃO DA LICITANTE
A exigência de manuais, catálogos e/ou folders não implica na identificação da licitante,
implica somente na descrição dos equipamentos ofertados de maneira que a equipe técnica possa
analisar se são ou não compatíveis com as exigências do Termo de Referência. Não é prática desta
Administração realizar julgamentos subjetivos acerca de propostas e equipamentos ofertados, seja
nesta análise preliminar ou já na fase de habilitação e classificação da proposta final.
DA FALTA DE CLAREZA NA INFORMAÇÃO
Diz o parágrafo 7º, do inciso II do art. 23 da Lei 8666/93
“Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja
prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação
de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a
ampliação da competitividade, podendo o edital fixar
quantitativo mínimo para preservar a economia de escala”
Visto que os editais são padronizados, sendo alteradas somente as informações específicas
de cada licitação, essas informações nao sofrem alterações. Considerando que o critério de
julgamente é “menor preço GLOBAL”, que não foi fixado quantitativo mínimo para proposta e
principalmente porque nao é uma licitação para bens de natureza divisível, obviamente esta licitação
só terá uma empresa vencedora.
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Será disponibilizado TERMO DE REFERÊNCIA RETIFICADO, contendo as alterações
necessárias, a informações faltantes e também os devidos adendos.
Postos de impressão são os equipamentos utilizados para a impressão de documentos,
devem possuir processamento, a multa será calculada considerando todos os equipamentos
contratados. Os acessórios não são classificados como postos de impressão, justamento por nao
possuírem a característica descrita acima.
A minuta de contrato será alterada em Errata.
O correto entendimento do Item 11.1.1.2 do TR é que pode ser utilizado qualquer dos
meios informados. O objetivo é agilizar a comunicação entre a contratante e a contratada, afim de
que seja atendido o Acordo de Nível de Serviço.
DAS INFORMAÇÕES DIVERGENTES
Se não é permitida a participação de consórcios basta desconsiderar o subitem 17.3.3. Tal
informação não tem nenhuma interferência na elaboração da proposta ou na execução dos serviços.
O item 8.4.1 da minuta de contrato será alterado em Errata.
DA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
É fato a alegação de que qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório da licitação
eletrônica, porém para interpor recursos deverá esta ser habilitada legalmente ou identificada no
processo para responder pela empresa que interpõe o recurso, visto ser a empresa uma participante
do certame.
A impugnante questiona o subitem 8.2.1 da minuta de contrato onde diz:
“multa de 10% (dez por cento) do valor da Ata de Registro de
Preços, quando rescindi-la ou der causa à sua rescisão”
Não é um texto de difícil compreensão. Quando a empresa contratada rescindir o contrato
ou der causa à sua rescisão (por descumprimento de cláusulas contratuais) estará sujeita a multa e
impedimento de licitar, como em qualquer outro contrato. As cláusulas de um contrato oriundo de
uma Ata de Registro de Preços são as mesmas de qualquer outro contrato. O § 3º do art. 12 do
Decreto 3931, citado pela impugnante, discorre sobre a possibilidade de o preço de mercado tornar-
se superior ao preço registrado, ficando a contratada impossibilitada de cumprir o compromisso. O
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Decreto prevê a possibilidade de liberar o fornecedor do compromisso assumido, se devidamente
comprovada a veracidade dos motivos, sem aplicação de penalidade. No entanto, qualquer
descumprimento de cláusulas contratuais motivam as aplicações de multa e penalidade.
DA EXIGÊNCIA DA DECLARAÇÃO DE VISTORIA TÉCNICA
Alterado conforme Errata e Termo de Referência Retificado.
DA EXIGÊNCIA DA DECLARAÇÃO DO FABRICANTE O impugnante está correto, não será exigida conforme Errata.
DA EXIGÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO SEM AMPARO LEGAL PARA FINS DE HABILITAÇÃO
Ato discricionário da Administração. O documento exigido no subitem 10.1 alínea a) é
uma simples Carta de Apresentação dos Documentos, onde são relacionados os documentos
apresentados e onde a empresa declara estar ciente das cláusulas editalícias e em cumprimento com
a Lei. Não é passível de impugnação.
DA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Não existe nenhuma afronta ao princípio constitucional da impessoalidade na alínea b.1) do
subitem 10.4 do Edital. Após a fase de lances, o vencedor deve enviar no prazo de 04 horas, via fax
ou e-mail, a proposta ajustada ao valor do lance final e os documentos não constantes no SICAF,
devendo os originais ou cópias autenticadas serem entregue no prazo máximo de 03 (três) dias úteis.
DA INDETERMINAÇÃO DO OBJETO
Também nao há indeterminação do objeto, apenas existem cláusulas contratuais que
garantem que em virtude do desenvolvimento tecnológico os equipamentos não ficarão obsoletos ou
incompatíveis com os sistemas operacionais que substituirão os existentes no mercado atual durante
a vigência contratual. As alterações nos tipos de equipamentos ou nos parâmetros de atendimento
serão feitas em comum acordo com a contratada, como descrito no subitem 3.4 do Termo de
Referência e no subitem 8.9 da minuta de contrato.
I N F R A E R O
Fl.22/23
Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária Superintendência Regional do Sudeste
Aeroporto Internacional Tancredo Neves CEP 33500-900 - Confins - MG Fone: (31) 36892298
HOME PAGE:www.infraero.gov.br Fax: (31) 36892542 E-MAIL: [email protected]
Form. 02.02.01 - NI - 2.02/E (GDI)
O item 14.25 do TR é claro em informar que infraestrutura elétrica fornecida pela
contratante não é em sua totalidade estabilizada, deixa a decisão de instalar ou nao estabilizadores
por conta da contratada, uma vez que, a manutenção é realizada por ela.
DAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS IRRELEVANTES E EXIGÊNCIAS DESCABIDAS
Todas as informações são relevantes tendo e vista que no Termo de Referência deve ter o
máximo de especificações possível para que o licitante elabora sua proposta em total acordo com a
necessidade da Administração.
Item 3.11 do TR – a contratante permite até dois fabricantes, uma vez que o serviço deve
ser executado com qualidade e mantendo a padronização, aumentando assim a eficiência
administrativa.
Item 8.1 do TR – corrigido no Termo de Referência Retificado, com exceção do protocolo
SNMP, que é o padrão aberto utilizado para o gerenciamento remoto de equipamentos de
informática.
Item 9.5 do TR – estabelece padrões mínimos requeridos para o bom funcionamento da
solução, a utilização de Banco de Dados Relacional é imprescindível para a garantia de segurança,
robustez e facilidade na extração dos relatórios.
Item 5.1 do TR – é requerida a separação física em bandejas, uma vez que é um requisito
estabelecido pela área de negócios da contratante.
As demais especificações enumeradas são características básicas de equipamentos que
atentem à qualidade, robustez e confiabilidade requeridas pela contratante, além de possibilitar
melhor gestão sob o serviço contratado, dessa forma, em hipótese alguma podem ser consideradas
características técnicas irrelevantes, e estão pautadas pelos princípios da razoabilidade e
competitividade.
I N F R A E R O
Fl.23/23
Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária Superintendência Regional do Sudeste
Aeroporto Internacional Tancredo Neves CEP 33500-900 - Confins - MG Fone: (31) 36892298
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CONCLUSÃO
Ante o exposto, tal como previsto no subitem 12.1.2 do instrumento convocatório, este
Pregoeiro decide ACOLHER PARCIALMENTE as argumentações esposadas na peça impugnativa,
adiando a data de abertura do certame para o dia 27/04/2012.
Confins-MG, 12 de abril de 2012.
MARTA SIBÉRIA SALOMÃO MARTINS
Pregoeira
(AA 130/SRSE(ADSE)/2012)