54
GOVERNO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA BALANÇO GERAL DO ESTADO RELATÓRIO DO CONTADOR VOLUME – I EXERCÍCIO DE 2003 Abril de 2004

RELATÓRIO DO CONTADOR

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RELATÓRIO DO CONTADOR

GOVERNO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

BALANÇO GERAL DO ESTADO

RELATÓRIO DO CONTADOR

VOLUME – I

EXERCÍCIO DE 2003

Abril de 2004

Page 2: RELATÓRIO DO CONTADOR

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

BLAIRO BORGES MAGGI

Governador do Estado

WALDIR JÚLIO TEIS

Secretário de Estado de Fazenda

AUGUSTINHO MORO

Secretário Adjunto de Política Fiscal

SÍRIO PINHEIRO DA SILVA

Auditor Geral do Estado

AVANETH ALMEIDA DAS NEVES

Superintendente do Sistema Integrado de Administração Financeira

LUIZ MARCOS DE LIMA

Superintendente Adjunto de Gestão da Contabilidade Pública

Contador CRC-MT 007836/0-1

2

Page 3: RELATÓRIO DO CONTADOR

ÍNDICE

ÍNDICE............................................................................................................................... 3 Apresentação .......................................................................................................... 4

POLÍTICA DE RESULTADOS ....................................................................................... 4 Introdução ............................................................................................................... 5 Cap. 1 - Apresentação e análise das metas fiscais................................................. 7 Das Metas Fiscais ................................................................................................... 7 Análise dos resultados .......................................................................................... 10 Resultados da Receita tributária ........................................................................... 10 Resultado da Receita de Transferência ................................................................ 21 Resultado do Equilíbrio Fiscal ............................................................................... 22 Resultado Operacional.......................................................................................... 22 Cap. 2 - Apresentação e análise dos resultados contábeis................................... 25 Balanço orçamentário ........................................................................................... 25 Resultado Orçamentário ....................................................................................... 25 Receita Prevista e Realizada ................................................................................ 27 Despesa Fixada e Realizada................................................................................. 30 Balanço Financeiro................................................................................................ 35 Resultado Financeiro ............................................................................................ 36 Balanço Patrimonial .............................................................................................. 39 Resumo do Balanço Patrimonial ........................................................................... 40 Resultado e Demonstração das Variações Patrimoniais....................................... 41 Restos a Pagar...................................................................................................... 42 Quadro Explicativo do Realizável.......................................................................... 44 Ativo Permanente.................................................................................................. 45 Dívida Ativa ........................................................................................................... 46 Notas Explicativas ................................................................................................. 47 Cap. 3 - Apresentação e análise dos resultados dos Fundos ............................... 49 Análise dos Fundos Estaduais. ............................................................................. 49 Aplicação na Educação e na Saúde...................................................................... 50 Aplicação na Educação......................................................................................... 51 Perdas do FUNDEF .............................................................................................. 52 Aplicação na Saúde .............................................................................................. 53

LUIZ MARCOS DE LIMA.............................................................................................. 54 Contador CRC Nº MT 007836/0-1 .............................................................................. 54

3

Page 4: RELATÓRIO DO CONTADOR

Apresentação

POLÍTICA DE RESULTADOS O ano de 2003 foi marcado por uma série de mudanças políticas, tanto em

âmbito estadual como federal. No caso específico de Mato Grosso, assumimos o Estado com a responsabilidade de governar com honestidade, transparência, ousadia e eficiência.

Nesse sentido, tivemos avanços importantes, principalmente na questão da gestão pública, cumprindo rigorosamente as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal e as metas do Tesouro Nacional.

Na busca constante do equilíbrio fiscal fazemos uma avaliação bastante positiva do exercício anterior, considerando que assumimos o governo com déficit.

Com uma administração austera e acompanhamento periódico do fluxo de caixa, conseguimos fechar o ano com as contas equilibradas.

No entanto, nossa eficiência foi além, e pagamos 14 folhas salariais, inclusive o 13º salário de 2003, visto que quitamos em janeiro o salário de dezembro de 2002, deixado pelo governo anterior.

Essa política de resultados se deve à transparência do governo na aplicação dos recursos públicos, permitindo à sociedade condições de acreditar novamente na administração pública de qualidade, e no esforço de todos os servidores públicos que assimilaram a nossa filosofia de trabalho.

A meta é continuar lutando em busca de um desempenho fiscal cada vez mais eficiente. Conseguimos muitos avanços e temos certeza que nosso Estado tem capacidade suficiente para ampliar ainda mais esses resultados.

BLAIRO BORGES MAGGI GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO

4

Page 5: RELATÓRIO DO CONTADOR

Introdução

Em cumprimento ao que dispõe a Lei 4.320, de 17 de março de 1964 e demais dispositivos legais pertinentes, o Governo do Estado de Mato Grosso apresenta o Balanço Geral do Estado, relativo ao exercício financeiro de 2003. Além dos anexos definidos na forma da referida Lei, estão inclusos demonstrativos, gráficos e anexos complementares, referentes às Execuções Orçamentária, Financeira e Patrimonial. Esta peça de Prestação de Contas é composta de 03 (três) volumes assim estruturados: Volume I Relatório do Contador. Nele consta o resultado comentado

das metas e prioridades da área fiscal da administração pública estadual para o exercício de 2003, além dos resultados contábeis convencionais.

Volume II Anexos da Lei 4.320/64. Os 17 anexos exigidos pela Lei são apresentados em forma de relatório.

Volume III Demonstrativos Analíticos da Execução Orçamentária e Relatórios de Inscrições em Restos a Pagar, ambos por Unidade Orçamentária, atendendo exigência do Tribunal de Contas de Mato Grosso.

O Volume I apresenta os resultados obtidos em três capítulos:

• Capitulo 1: Apresentação e análise dos resultados relacionados com as metas fiscais do Estado: Nele são apresentados os resultados obtidos com as metas relacionadas às Receitas Totais, com destaque para as Receitas Tributárias e de Transferência Federais, a Despesa Total, o Resultado Primário, o Resultado Nominal, e Dívida Pública sob o ponto de vista do estoque e dos pagamentos de juros e amortizações, estabelecidas de acordo com o artigo 2º da Lei 7.711 de 28/08/2002 (LDO/2003).

• Capítulo 2: Apresentação e análise dos resultados contábeis: Resultados Orçamentário, Financeiro e Patrimonial.

• Capítulo 3: Apresentação e análise dos resultados da execução orçamentária dos diversos Fundos instituídos pelo Poder Executivo do Estado:

Atenção especial foi dada aos demonstrativos de aplicação nas áreas de Educação e Saúde.

5

Page 6: RELATÓRIO DO CONTADOR

CAPÍTULO 1

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS RELACIONADOS COM AS METAS FISCAIS DO ESTADO

6

Page 7: RELATÓRIO DO CONTADOR

Cap. 1 - Apresentação e análise das metas fiscais

Das Metas Fiscais

As metas para o exercício de 2003 foram estabelecidas a partir dos objetivos e das metas constantes no PPA (Plano Plurianual) do Estado de Mato Grosso, e constam em anexo da Lei 7.711/2002 – LDO de 28/08/2002, conforme especifica seu artigo segundo:

“Art. 2º Em consonância com o art. 162, § 2º, da Constituição Estadual, as metas e as prioridades para o exercício financeiro de 2003 são as especificadas no Anexo de Metas e Prioridades, que integra esta lei, a serem observadas na elaboração e execução da Lei Orçamentária e de seus créditos adicionais”.

Neste relatório analisamos somente as metas fiscais, classificadas, na LDO,

como meta estratégica nº 6, assim descrita: “Assegurar que a relação despesa/receita seja igual ou menor que um, até dez. 2003”.

Todas as Secretarias de Administração Sistêmica estabeleceram metas anuais específicas para sua área com base nesta meta nº 6. Contudo, analisaremos aqui as que possuem dimensão financeira e sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Fazenda.

Três foram às metas derivadas trabalhadas pela SEFAZ. Abaixo, além de relacioná-las, destacamos as principais ações planejadas para atingir os resultados almejados:

1. Realizar R$2.320 milhões de reais de receita tributária, até dez.2003. 1.1. Implementação das ações da Política Tributária Estadual; 1.2. Implantação de Fórum de Discussão e Aprovação da Política Tributária

Estadual; 1.3. Implementação da Sistemática de Revisão da Legislação Tributária, de

acordo com a Política Tributária; 1.4. Acompanhamento da Receita Tributária Projetada; 1.5. Implementação da Sistemática para o Combate à Sonegação/Evasão

Estimada; 1.6. Acompanhamento da Renúncia Fiscal Estimada; 1.7. Implementação da Sistemática para atuação junto ao Governo do

Estado no sentido de reverter o avanço da União na base de tributação do Estado.

2. Aumentar o valor do ingresso das transferências da União em 4,3% em

relação aos valores reais acumulados em dezembro de 2002, até dez. 2003.

7

Page 8: RELATÓRIO DO CONTADOR

2.1. Acompanhamento de valores das transferências não voluntárias da União;

2.2. Implementação da Sistemática de Acompanhamento e Recuperação dos Valores das Transferências Voluntárias da União.

3. Garantir superávit operacional de 1,56% de receita corrente líquida

(LC. 101/00), até dez. 2003; 3.1. Apuração dos resultados primário e operacional; 3.2. Administração de ativos e passivos das empresas em liquidação do

Estado 3.3. Superávit primário do Estado; 3.4. Estoque da dívida pública do Estado; 3.5. Implementação do programa consciência fiscal no Estado.

Antes de apresentamos os resultados obtidos com metas específicas da

SEFAZ, cabe-nos a realização de duas tarefas básicas: 1. Recompor a meta da receita tributária; 2. Compor, em valor nominal, as metas sobre transferências federais e

superávit operacional.

É comum no processo de apreciação da proposta orçamentária, pela Assembléia Legislativa, a adequação de alguns valores de previsão de receita e de fixação de despesa. Análise simples, por comparação, entre o valor declarado na tabela de metas da LDO e o valor estimado na Lei Orçamentária Anual – LOA para a fonte de receita denominada “Receita Tributária” evidencia que houve alteração. A tabela nº 1 demonstra, analiticamente, a composição final do valor da receita tributária estimada, conforme especifica o artigo 3º da LOA:

Tabela nº 1 PREVISÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA AV

1112.04.30.00 IMPOSTO DE RENDA 102.589.229,00 4,50% 1112.05.00.00 IPVA 99.000.000,00 4,34% 1112.07.00.00 ITCD 1.244.655,00 0,05% 1113.00.00.00 ICMS 2.055.627.580,00 90,09% 1120.00.00.00 TAXAS 23.336.350,00 1,02%

TOTAL 2.281.797.814,00 100%

O resultado obtido com a receita tributária deve ser analisado considerando os valores ajustados, que representa a previsão real estabelecida na LOA - R$ 2,28 milhões; e não os R$ 2,32 milhões constantes no anexo de metas da LDO.

A meta referente às “Transferências da União” é composta por quatro tipos

de receitas, sendo dois pertencentes à categoria econômica Receitas Correntes e dois a Receitas de Capital. Os dados disponíveis, à época da elaboração da LOA, projetaram, em valor nominal, o montante de R$ 742.326.616,00. Esse é o valor

8

Page 9: RELATÓRIO DO CONTADOR

que consideraremos para efeito de avaliação do alcance da meta e sua composição está demonstrada na tabela nº 2:

Tabela nº 2 PREVISÃO DA RECEITA - TRANSFERÊNCIA FEDERAIS

RECEITA PREVISÃO AV TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 625.405.396,00 84,25% 1721.00.00.00 PARTICIPAÇÃO NA RECEITA DA UNIÃO 578.284.658,00 77,90% 1761.00.00.00 CONVÊNIOS 47.120.738,00 6,35% TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 116.921.220,00 15,75% 2421.00.00.00 TRANSFERÊNCIAS DA UNIÃO 58.198.213,00 7,84% 2461.00.00.00 CONVÊNIOS 58.723.007,00 7,91%

TOTAL 742.326.616,00 100,00%

A meta referente ao Superávit Operacional foi elaborada com base em um

indexador denominado “Receita Corrente Líquida - RCL”. Esse indexador foi criado pela Lei Complementar nº 101/2000, popularmente conhecida por Lei de Responsabilidade Fiscal. A “RCL” é publicada bimestralmente sob o título de “anexo III” no conjunto de relatório da LRF e é usada, principalmente, nos relatórios de publicação quadrimestrais denominados “Relatórios de Gestão”. O Governo de Mato Grosso passou a usá-lo como referência para fixação de suas metas de natureza econômica. A tabela nº 3 demonstra o procedimento de cálculo da RCL, nos termos regulamentados pela Secretaria do Tesouro Nacional - STN:

Tabela nº 3

CÁLCULO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (Art. 53, inciso I - Anexo III)

RCL 2003 (Previsão)

RECEITAS CORRENTES (I) 3.290.453.729,00 Receita Tributária 2.281.797.814,00 Outras Receitas Tributárias 127.170.234,00 Receita de Contribuição 170.104.103,00 Receita Patrimonial 11.362.002,00 Receita Agropecuária 223.459,00 Receita Industrial 4.604.097,00 Receita Serviços 128.071.222,00 Transferências Correntes 626.529.136,00 Outras Receitas Correntes 67.761.896,00 DEDUÇÕES (II) 700.331.592,00 Transferências Constitucionais e Legais 570.603.997,00 Contribuição para o Plano de Seguridade do Social Servidor 51.717.545,00 Contribuição para o Custeio Pensões Militares - Compensação Financeira entre Regimes Previdenciária - Dedução da Receita para Formação do FUNDEF 78.010.050,00

9

Page 10: RELATÓRIO DO CONTADOR

Contribuições p/ PIS/PASEP - RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (I-II) 2.590.122.137,00

O valor da RCL apurada na LOA, monta em R$ 2.590.122.137,00. Como a

meta fixada para o superávit operacional é o valor correspondente a 1,56% da RCL, o valor nominal desta meta é de R$ 40.405.905,34.

O Resultado Operacional pode ser definido como o valor resultante da

dedução das despesas com o Serviço da Dívida (principal + juros e encargos) do Resultado Primário. Representa a “poupança” gerada pelo Governo.

Além do Resultado Operacional, o Governo de Mato Grosso monitora

também o Resultado Primário. Conceitualmente, Resultado Primário representa o valor resultante da sobra de receita depois de deduzidas as despesas com pessoal, custeio e investimento. Esse indicador costuma representar o montante de recurso reservado para bancar a despesa com a dívida pública.

Análise dos resultados

Resultados da Receita tributária

A Receita Tributária projetada ajustada (LOA) para o ano de 2003 foi de R$ 2.281 milhões. A arrecadação efetiva atingiu o montante de R$ 2.623 milhões, R$ 342 milhões (15%) acima da previsão, como demonstra a tabela nº 4:

Tabela nº 4 Valor NominalREALIZAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA

RECEITA PREVISTO AV REALIZADO AV AH 1112.04.30.00 IRRF 102.589.229,00 4,50% 138.253.291,76 5,27% 35% 1112.05.00.00 IPVA 99.000.000,00 4,34% 89.516.223,33 3,41% -10% 1112.07.00.00 ITCD 1.244.655,00 0,05% 4.551.232,15 0,17% 266% 1113.00.00.00 ICMS 2.055.627.580,00 90,09% 2.372.078.065,92 90,41% 15% 1120.00.00.00 TAXAS 23.336.350,00 1,02% 19.373.051,04 0,74% -17%

TOTAL 2.281.797.814,00 100% 2.623.771.864,20 100% 15% Fonte: Relatório do SIAF: SIA840 - Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), o Imposto Sobre Transmissão, Causa Mortis e Doação – ITCD, as Taxas representam 6,18% da arrecadação tributária total realizada do Estado. A SEFAZ tem concentrado esforços de melhoria contínua em desenvolvimento de métodos de projeção e acompanhamento para as receitas de ICMS e de IPVA, que são as mais representativas nesta fonte de receita orçamentária (93,82%).A estimativa de arrecadação feita em abril de 2002, para

10

Page 11: RELATÓRIO DO CONTADOR

essas receitas de baixa representatividade, foi realizada com base na tendência histórica do seu comportamento.

O IRRF trata-se de receita tributária por força da Portaria STN nº 212, de 04/06/2001, que estabelece para os Estados, Distrito Federal e Municípios, que a arrecadação do imposto descrito nos incisos I dos artigos 157 e 158, da Constituição Federal sejam contabilizados como receita tributária, a partir do exercício de 2002. O artigo 158 trata dos Municípios. O artigo 157 trata dos Estados e Distrito Federal, dispondo:

“Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;”

O IRRF excedeu em 35% o valor previsto. Contudo, pelos motivos já

expostos, esse resultado não pode ser atribuído a um conjunto de ações planejadas pelas áreas tributária e de fiscalização da SEFAZ. Elas não dispõem de mecanismos próprios para planejar ações específicas que resultem em alteração de valores arrecadados ou aumento de eficácia. Não se pode esquecer que a competência de legislar sobre esse imposto é da União e não dos Estados.

O ITCD excedeu em 266% o valor previsto. Segundo informação contida no Relatório de Análise da Receita Tributária, de autoria da SAET – Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária, a realização de R$ 3,3 milhões acima do projetado em abril de 2002 deve-se, provavelmente, à edição da Lei nº 7.850, de 18/12/2002, que introduziu mudanças na alíquota, que passou de 2% para alíquotas escalonadas de 2% a 4%. As Taxas, como no exercício de 2002, continuam sendo impactadas pelo programa de modernização da SEFAZ que proporcionou a implantação, dentre outras facilidades aos contribuintes, o da emissão do documento de arrecadação via Internet, sem pagamento da Taxa de Serviços Estaduais – TSE, reduzindo a receita. Foram arrecadados apenas R$ 19,3 milhões (83%) do total de R$ 23,3 milhões previsto na LOA.

O Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, apesar de ser o segundo tributo mais representativo do conjunto de receitas que compõem as Receitas Tributárias, como as taxas, apresentou um resultado negativo no exercício, não alcançando os valores da previsão fixada na LOA.

A área tributária da SEFAZ comenta em seu Relatório de Análise da Receita

Tributária que, “na projeção da receita de IPVA, trabalhou-se com uma eficácia de 91%, contra 87% realizados em 2002. A arrecadação 10% (9,48 milhões) inferior à projetada indica que a eficácia alcançada em 2003 permaneceu exatamente nos mesmos 87% de 2002”.

11

Page 12: RELATÓRIO DO CONTADOR

A arrecadação de ICMS superou a previsão em exatos 15,39 %. Os R$ 316,45 milhões de excesso de arrecadação são frutos de árduo e detalhado trabalho sobre a principal fonte de receita do Estado. Todos os esforços da SEFAZ voltam-se para este imposto. A busca pela melhoria contínua de métodos de projetar, executar e controlar as ações de arrecadação e fiscalização é incessante.

Aí se concentram os esforços dos servidores que atuam nesta área. O nível de

exigência com a qualidade dos resultados obtidos é tão alto, que apesar do resultado obtido, e considerando o modelo de controle adotado, há o seguinte registro no Relatório de Análise da Receita Tributária:

“A arrecadação do ICMS em 2003, de R$ 2.372 milhões, representa um incremento nominal de 27,23% em relação a 2002. Comparada com o período anterior, esse desempenho revela-se positivo. Entretanto, quando o comparamos com a receita projetada à luz do desempenho real da economia, a conclusão é a de que ainda há espaço para a arrecadação avançar. Isto porque a receita analisada para esse período é de R$ 2.523 milhões, significando que a receita realizada está 6% abaixo do patamar compatível com o desempenho econômico do Estado no ano”.

Bem diferente das demais receitas, onde a previsão é elaborada com base em

tendência histórica de comportamento da arrecadação, a metodologia de estimativa da receita de ICMS, adotada pela SEFAZ/MT, em março de 2001, considerou a dinâmica macroeconômica atual e futura da base produtiva do Estado.

Entendeu-se que o ritmo e a trajetória do ICMS de hoje não guarda aderência com o verificado nos últimos 10 anos. Assim, a previsão deu-se a partir de informações sobre o potencial de consumo e de estimativas do comportamento do PIB setorial, em agrupamentos denominados SEGMENTOS.

A abordagem de controle da arrecadação por segmentos admite duas possibilidades de execução: 1) sob a ótica do produto; ou 2) da sua cadeia produtiva.

A SEFAZ tem preferência pela segunda opção, por englobar em cada Segmento, preferencialmente todas as atividades referentes à sua cadeia produtiva. Mas apesar desse entendimento, não foi possível enquadrar todos os Segmentos no conceito de cadeia produtiva, de modo que alguns ainda permanecem sob a ótica do produto. Em Mato Grosso adotou-se, portanto, o conceito misto, conforme demonstrado no Quadro1.

Quadro nº 1 SEGMENTO CONCEITO MISTO

1. Algodão Produção, Indústria, Comercialização. 2. Arroz Produção, Indústria, Comercialização (exclusive comercialização alcançada por

outros segmentos) 3. Atacado Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos 4. Bebidas Indústria, Distribuição e Comercialização. 5. Combustíveis Diesel, Álcool, Gasolina, GLP, GNV, Querosene. 6. Comunicação Telefonia, Rádio Difusão, TV, TV a Cabo, Correios, Internet

12

Page 13: RELATÓRIO DO CONTADOR

7. Energia Elétrica Consumo 8. Madeira Extração, Beneficiamento, Indústria Moveleira. 9. Medicamentos Distribuidores e Farmácia 10. Pecuária Produção, Indústria, Exportação, Comercialização (inclusive frigoríficos, casas de

carnes, etc). 11. Soja Produção, Indústria, Exportação e Comercialização Mercado Interno 12. Supermercados Hiper, Super, Produtos Alimentícios, bebidas, fumos, outros (inclusive substituição

tributária). 13. Transportes Aéreo, rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário, fluvial. 14. Varejo Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos e inclusive substituição

tributária 15. Veículos Automóveis, Motos, Ônibus, Caminhões, Auto-Peças, Pneus e Acessórios. 16. Outros Outras receitas de ICMS (inclusive outros produtos agrícolas não alcançados pelos

segmentos) Fonte: SAET - Relatório de Avaliação das Receitas Tributárias – 2003.

Os critérios para definir produto ou cadeia produtiva como Segmento foram sua representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado, de modo que o conjunto dos Segmentos representasse, no mínimo, 90% da arrecadação total.

A metodologia atual de gestão de arrecadação por segmentos confere as seguintes vantagens:

• Eliminou o modelo de projeção por tendência histórica do comportamento da receita;

• Permitiu ainda identificar um importante indicador de desempenho da receita pública, que é o de eficácia tributária, o qual estabelece uma relação entre a receita efetiva e a potencial, revelando o espaço ainda existente para avançar em termos de arrecadação;

• Permitiu incorporar à análise, a partir do 2º quadrimestre de 2003, mais um indicador, que é índice de evasão, que informa quanto, percentualmente, a evasão estimada representa sobre o ICMS efetivo.

Comentado os critérios de previsão e o modelo de monitoramento, passemos a avaliar os resultados obtidos, com base nos dados da tabela nº 5:

Tabela nº 5

Comparativo da Arrecadação do ICMS por Segmento 2002/2003SEGMENTO VALORES 2002 2003 VARIAÇÃO %

Nominal 22.502.381,47 20.252.793,80 -10,001. Algodão Corrigido 28.168.067,51 20.691.663,56 -26,54Nominal ND 19.548.115,26 ND2. Arroz Corrigido ND 19.887.218,08 NDNominal 79.894.908,09 108.820.014,67 36,203. Atacado Corrigido 101.147.994,85 110.766.248,98 9,51Nominal 77.588.634,52 81.843.058,71 5,484. Bebidas Corrigido 98.671.068,78 83.429.369,23 -15,45

13

Page 14: RELATÓRIO DO CONTADOR

Nominal 475.455.508,10 620.734.943,56 30,565. Combustíveis Corrigido 601.112.162,91 631.616.207,47 5,07Nominal 215.417.390,97 256.945.713,23 19,286. Comunicação Corrigido 273.533.050,29 261.736.749,54 -4,31Nominal 154.006.024,21 222.506.943,18 44,487. Energia Elétrica Corrigido 194.185.793,57 226.611.708,76 16,70Nominal 81.418.603,15 85.702.688,25 5,268. Madeira Corrigido 103.330.129,80 87.278.083,55 -15,53Nominal 26.835.895,47 34.918.555,94 30,129. Medicamentos Corrigido 33.909.598,58 35.576.642,05 4,92Nominal 69.467.784,61 99.632.586,67 43,4210. Pecuária Corrigido 88.067.599,26 101.482.918,21 15,23Nominal 74.136.228,17 135.359.700,50 82,5811. Soja Corrigido 92.176.307,36 138.208.637,80 49,94Nominal 120.154.506,99 85.033.902,68 -29,2312. Supermercados Corrigido 152.492.404,55 86.764.405,09 -43,10Nominal 88.432.413,97 102.707.022,49 16,1413. Transportes Corrigido 111.754.287,72 104.523.411,18 -6,47Nominal 207.129.465,54 269.578.123,80 30,1514. Varejo Corrigido 262.831.530,00 274.532.782,30 4,45Nominal 83.342.994,40 125.167.125,23 50,1815. Veículos Corrigido 105.708.127,89 127.331.962,87 20,46Nominal 88.526.355,52 103.287.317,11 16,6716. Outros Corrigido 112.397.185,89 104.996.766,18 -6,58Nominal 1.864.309.095,18 2.372.038.605,08 27,23TOTAL Corrigido 2.359.485.308,96 2.415.434.774,85 2,37

Fonte: SAET - Relatório de Avaliação da Receita Tributária; Nota: Valor corrigido correspondente a valores reais de abr/2003, atualizados pela variação IGP-DI mensal.

A análise da tabela evidencia três tipos de resultados:

• Resultado bom – representado pela superação da receita nominal e corrigida, quando comparada com a do exercício de 2002.

Estão nesta categoria oito do total de dezesseis segmentos monitorados:

atacado, combustível, energia, medicamentos, pecuária, soja, varejo e veículos. Destaque especial deve ser dado aos segmentos de soja e veículos que apresentaram um excelente resultado de crescimento real – 49,94% e 20,46% respectivamente.

• Resultado regular – representado pela superação da receita

nominal, mas sem apresentar crescimento real.

Os segmentos de bebidas, comunicação, madeira, transporte e outros se comportaram desta forma.

• Resultado ruim – representado pela perda de receita nominal e

corrigida, quando comparada com a do exercício de 2002.

14

Page 15: RELATÓRIO DO CONTADOR

Dois são os segmentos com este resultado: algodão e supermercados. O resultado final, representado pelos valores nominais e corrigidos

acumulados, foi bom. A receita de ICMS, no exercício de 2003, apresentou um crescimento nominal de 27,23% e um crescimento real de 2,37%.

Considerando que a avaliação da receita projetada consta como uma das

ações declaradas no anexo de metas, reproduzo na íntegra o resultado da avaliação de eficácia, por segmento, elaborada pela equipe da Secretaria Adjunta de Política Econômica e Tributária, divulgada no Relatório de Avaliação da Receita Tributária referente o exercício de 2003:

Análise da Eficácia Tributária por Segmento – Receita de ICMS. 1. Algodão

Realizou-se uma revisão do faturamento do segmento algodão com revisão das hipóteses: a produção para 2003, inicialmente estimada em 393,5 mil toneladas, foi ajustada para 413 mil toneladas, conforme dados recentes (agosto 2003) da CONAB. A exportação e a comercialização no mercado interno foram ajustadas de 75,01 para 96 mil toneladas e de 318,52 para 316 mil toneladas, respectivamente. O principal ajuste, no entanto, verificou-se no preço, inicialmente projetado em R$ 1.901,01/t, e agora ajustado para R$ 3.856/t, conforme o comportamento efetivo do mercado. Dessa forma, o faturamento tributável anual passou de R$ 620 milhões para R$ 1.221 milhões, o que provocou a elevação da expectativa de arrecadação anual, de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões.

Assim sendo, o ICMS realizado mostra-se compatível com o valor resultante da análise do comportamento da economia no período. A baixa eficácia do segmento (14%) é explicada pelo expressivo volume de renúncia fiscal (cerca de 4,7 vezes superior à receita do segmento).

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 26,54% inferior a 2002.

2. Arroz

Realizou-se também uma revisão no faturamento do segmento arroz, pois a produção, inicialmente projetada para 2003 foi de 1.513,9 mil toneladas, Na realidade, os dados da CONAB de agosto de 2003 indicam uma produção de 1.289,6 mil toneladas. Com esse ajuste e o a ponderação dos preços efetivamente praticados (maiores que os inicialmente previstos) pela sazonalidade da comercialização o faturamento anual passou de R$ 696 milhões para R$ 740 milhões e a expectativa de arrecadação anual resultou em R$ 32 milhões, com

15

Page 16: RELATÓRIO DO CONTADOR

eficácia de 36%. A arrecadação efetiva, no período, foi de R$ R$ 20 milhões, 39% abaixo daquela que seria possível realizar, reduzindo a eficácia do segmento para 22%. 3. Atacado

Para o comércio atacadista promoveu-se apenas um ajuste no índice esperado de inflação, passando de 8% (inicial) para 7,66% (variação do IGP-DI); realizou-se ainda um ajuste no índice de eficácia, que inicialmente foi projetado em 81%, contra 58% realizado em 2002. Passou-se, então a eficácia para 68%, o que corresponde a um incremento de 17% em relação ao ano anterior. Dessa forma, o faturamento anual do segmento passou de R$ 905 milhões, para R$ 1.136 milhões. A arrecadação realizada demonstrou uma eficácia efetiva de 68%, colocando a arrecadação num patamar compatível com o comportamento real da economia.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2003 uma arrecadação 9,51% superior a 2002.

4. Bebidas

Manteve-se todas as hipóteses iniciais desse segmento: crescimento conforme o PIB (8%) e população (2,21%), com incremento na eficácia de 3%. Resultou daí o crescimento no faturamento de 10,85%, porém agora aplicado sobre a arrecadação efetiva de 2002, o que resultou no faturamento anual de R$ 575 milhões, contra R$ 591 milhões projetado em abril de 2002.

A receita anual inicialmente prevista para o setor de R$ 91 milhões foi revisada para R$ 88 milhões,

No ano, a arrecadação de R$ 82 milhões ficou 7% abaixo da arrecadação possível, de R$ 88 milhões.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 15,45% inferior a 2002.

5. Combustíveis

A receita anual inicialmente projetada para o segmento foi de R$ 479 milhões, em função do crescimento de consumo (8%) e de reajuste de preços (8% = IGP-DI). Na revisão das hipóteses, considerou-se que o reajuste de preços poderá atingir 14,78%, além do crescimento do consumo em 8%, o que resulta numa elevação de faturamento de 25%. Dessa forma, o faturamento anual foi estimado em R$ 4.231 milhões, contra R$ 2.890 milhões, inicialmente previstos.

Ajustes realizados pela SARET/SEFAZ, com mudança na destinação da receita de código anteriormente contabilizado no segmento Supermercados (1538), resultou em 9,4% de aumento no faturamento deste segmento.

16

Page 17: RELATÓRIO DO CONTADOR

A arrecadação do período ficou 5% abaixo daquele que seria possível diante do efetivo comportamento da economia, considerando uma eficácia tributária de 83%, mesmo índice alcançado em 2002.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2003 uma arrecadação 5,07% acima de 2002. 6. Comunicação

A hipótese inicial (abril de 2002) para o comportamento do faturamento do setor era de crescimento de 16,64% no ano de 2003, decorrente de 8% de incremento nos preços e 8,0% de expansão no consumo.

A hipótese ajustada considera o mesmo crescimento de preços (8%) e 6% de crescimento referente à expansão, totalizando 14,64% de incremento sobre o faturamento efetivo de 2002 (R$ 848 milhões). Assim, o faturamento anual passou de R$ 851 milhões da projeção inicial, para R$ 979 milhões – projeção analisada.

A arrecadação realizada de R$ 257 milhões mostra-se compatível com aquela que poderia ter sido realizada.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 4,31% inferior a 2002.

7. Energia Elétrica

As hipóteses iniciais, de abril de 2002, indicavam um incremento no consumo de 8% e aumento de preços de 8%.

No ajuste das hipóteses manteve-se o incremento de consumo (8%), mas o aumento de preços foi ajustado para 19,5%, devido ao reajuste da tarifa de 26% a partir de 08/04/2003.

Assim, em 2003 a arrecadação de R$ 223 milhões ficou acima da projeção inicial (R$ 178 milhões), e compatível com o efetivo comportamento da economia.

Registre-se que houve ganho de eficácia que passou dos 71% inicialmente previstos, para 84%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2003 uma arrecadação 16,7% superior a 2002. 8. Madeira

Ajustou-se o faturamento do segmento ao mesmo critério utilizado para a projeção da receita pública – LDO 2004: corresponde a 6% do PIBpm (R$ 26.989) do Estado (SAET, abril 2003, p. 97).

17

Page 18: RELATÓRIO DO CONTADOR

Incorporou-se à análise o valor das exportações efetivamente realizadas e, com isso, a arrecadação efetiva mostra-se compatível com aquela que poderia ter sido realizada, com eficácia de 76%, idêntica à projeção inicial.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 16,73% inferior a 2002, o que indica um declínio dessa atividade econômica no Estado.

9. Medicamentos

A hipótese inicial, de crescimento no faturamento anual de 5%, decorrente do aumento de consumo, foi ajustada na análise como segue: crescimento desse faturamento, de 18,06%, decorrente de aumento de consumo (1,79% = crescimento da população; 8% = crescimento do PIB e 7,66% aumento de preços = IGP-DI).

Assim, o faturamento anual foi ajustado de R$ 403 milhões (abril de 2002), para R$ 416 milhões.

A análise indica que a arrecadação foi compatível com a esperada, com eficácia de 93%, contra 86% da projeção inicial.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2003 uma arrecadação 4,92% superior a 2002.

A implantação do ICMS GARANTIDO INTEGRAL sugerido pelos segmentos empresariais (FOREMAT, CDL, FECOMERCIO, AECC e Representantes dos setores específicos) e debatido em conjunto com uma comissão integrada por servidores da SEFAZ, aponta resultado positivo de ganho de eficácia. A receita superou pela primeira vez o ano de 1997 quando o segmento estava sujeito à substituição tributária.

10. Pecuária

O segmento pecuária engloba toda a cadeia produtiva dos bovinos, aves e suínos.

Recalculou-se o valor bruto da produção do segmento, que resultou no faturamento anual de R$ 3.975 milhões. Excluindo-se as exportações efetivamente realizadas – R$ 410 milhões - obteve-se o faturamento tributável, de R$ 3.565 milhões, contra R$ 3.430 milhões da projeção inicial.

A arrecadação obtida mostra-se compatível com aquela que poderia ser realizada, com uma eficácia tributária de 24%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta pra 2003 uma arrecadação 15,23% superior a 2002.

18

Page 19: RELATÓRIO DO CONTADOR

11. Soja O segmento soja abarca a cadeia produtiva (soja em grão, farelo e óleo).

Para esta análise também recalculou-se o Valor Bruto da Produção do segmento (proxy do faturamento), com base nos volumes de produção e nível de preços atualizados. Descontando-se as exportações - 61,24% do faturamento – resultou um faturamento anual tributável de R$ 3.320 milhões.

A arrecadação anual resulta num incremento significativo em relação a 2002, pois passou de R$ 86 milhões para R$ 135 milhões. Esse incremento resulta do aumento do faturamento tributável, devido ao maior direcionamento da comercialização ao mercado interno, em decorrência do Decreto nº 768/2003 que concedeu crédito presumido para operações interestaduais com farelo e óleo, no período de julho a dezembro de 2003.

Diante da concessão de benefício fiscal ao segmento – crédito presumido para farelo e óleo nas operações interestaduais entre julho e dezembro - através do Decreto nº 768/2003, a eficácia tributária atingiu apenas 41%, contra 48% inicialmente projetado. Caso o valor dessa renúncia fiscal fosse arrecadado, a eficácia tributária do segmento atingiria 57%.

Por outro lado, certamente essa medida resultou numa maior comercialização interestadual, com alguma arrecadação de imposto, em detrimento de exportações, sem arrecadação alguma. De fato, as exportações, que em 2002 representaram 76,5% do faturamento do segmento, passaram a representar apenas 61,24% em 2003.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 49,94% superior a 2002.

12. Supermercados

Para esse segmento foi revista a hipótese inicial que previa o crescimento do faturamento correspondente à variação do IGP-DI, de 8% e 1,79% da população.

Ajustando-se a variação do IGP-DI para 7,66% (variação efetiva em 2003) e mantendo-se a expectativa de crescimento da população (1,79%), corrigiu-se o faturamento efetivo de 2003 em 9,58%. Obteve-se, assim, um faturamento anual de R$ 1.689 milhões, contra 1.427 milhões projetados em abril de 2002.

A arrecadação em 2003 (R$ 85 milhões), ficou abaixo daquela projetada em abril de 2002 (R$ 138 milhões) e 34% abaixo daquela que seria possível realizar (R$ 129 milhões). A perda de eficácia foi significativa: passou de 57% - realizada em 2002 – para 37% em 2003.

19

Page 20: RELATÓRIO DO CONTADOR

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 43,10% inferior a 2002.

13. Transportes

Neste segmento também fez-se necessário o ajuste da hipótese de crescimento do PIB de 5% (adotada em abril de 2002) para 8%. Assim, o faturamento anual para 2003 passou de R$ 799 milhões, projetado com base na previsão do faturamento de 2002, para R$ 936 milhões, calculado com base no faturamento efetivo de 2002.

A arrecadação em 2003 (R$ 103 milhões) ficou acima da projeção inicial (R$ 90 milhões), e abaixo (2%) daquela que poderia ter sido realizada: R$ 105 milhões.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 6,47% inferior a 2002.

14. Varejo

Ajustou-se apenas a hipótese inicial, de abril de 2002, que se refere à variação do IGP-DI, resultando crescimento de 16,27% no faturamento, em relação a 2002. O faturamento anual para 2003 passou de R$ 2.714 milhões, projetado com base na previsão do faturamento de 2002, para R$ 2.615 milhões, calculado com base no faturamento efetivo de 2002.

A arrecadação em 2003 ficou próxima à da projeção inicial e também e compatível com aquela que poderia ter sido realizada. A eficácia, para a qual havia a expectativa de 81%, contra 77% em 2002, ficou, no período, em 86%.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 4,45% superior a 2002.

A implantação do ICMS GARANTIDO INTEGRAL sugerido pelos

segmentos empresariais (FOREMAT, CDL, FECOMERCIO, AECC e Representantes dos setores específicos) e debatido em conjunto com uma comissão integrada por servidores da SEFAZ, aponta resultado positivo de ganho de eficácia. A receita superou pela primeira vez o ano de 1997 quando o segmento estava sujeito a substituição tributária.

15. Veículos/Pneus

A projeção inicial de faturamento anual para o setor de R$ 1.913 milhões,

foi revisada para R$ 2.138 milhões, considerando o comportamento real das variáveis econômicas.

20

Page 21: RELATÓRIO DO CONTADOR

Inicialmente considerou-se a elevação do faturamento unicamente em função da expectativa de crescimento do PIB (5%). Na revisão, considerou-se um crescimento do PIB, de 8% e também incluiu-se a variável IGP-DI, com variação de 7,66% em 2003.

A arrecadação no período foi compatível com aquela que poderia ter sido realizada.

Comparando-se a arrecadação efetiva do segmento com o ano anterior, em valores reais de dezembro de 2003, atualizados pela variação do IGP-DI mensal, resulta para 2003 uma arrecadação 20,46% superior a 2002.

Resultado da Receita de Transferência As Receitas de Transferências Federais apresentaram um excesso de arrecadação no valor de R$ 11,97 milhões (1,61%) sobre a previsão. Contudo, a tabela nº 6 nos mostra que não há o que comemorar. Tabela nº 6

REALIZAÇÃO DA RECEITA - TRANSFERÊNCIA FEDERAIS RECEITA PREVISÃO AV REALIZAÇÃO AV AH

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 625.405.396,00 84,25% 744.379.862,73 98,71% 19,02%1721.00.00.00 PART. REC. UNIÃO 578.284.658,00 77,90% 721.248.001,68 95,64% 24,72%1761.00.00.00 CONVÊNIOS 47.120.738,00 6,35% 23.131.861,05 3,07% -50,91% TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 116.921.220,00 15,75% 9.926.362,66 1,32% -91,51%2421.00.00.00 TRANSF. DA UNIÃO 58.198.213,00 7,84% 1.339.038,34 0,18% -97,70%2461.00.00.00 CONVÊNIOS 58.723.007,00 7,91% 8.587.324,32 1,14% -85,38%

TOTAL 742.326.616,00 100,00% 754.306.225,39 100% 1,61%

Este grupo de receita continua com um baixíssimo nível de eficácia. Das

duas modalidades possíveis de ingresso de recursos federais nos cofres do Governo de Mato Grosso, apenas a que compõe o FPE (transferência corrente) apresentou resultado satisfatório. Assim mesmo, todos sabem que a participação de Mato Grosso no FPE está longe de ser justa. O critério vigente de distribuição deste recurso para os Estados Membros penaliza todos os Estados que compõem a Região Centro-Oeste.

Não bastasse esta realidade, os números mostram que não temos sido

eficientes também na captação dos recursos de convênios – os chamados recursos voluntários.

Realizarmos apenas 49% (transferências correntes) e 14,6% (transferência de

capital) do total previsto para convênios é no mínimo lamentável. O governo deve repensar a sua prática de elaboração e execução de projetos que são financiados por esses recursos.

21

Page 22: RELATÓRIO DO CONTADOR

Resultado do Equilíbrio Fiscal

O exercício de 2003 encerrou com uma Relação Despesa/Receita de 1,009, o que representa um déficit no montante de R$ 36.051.358,54, como pode ser validado na tabela nº 7:

Tabela nº 7

DEMONSTRATIVO DO EQUILÍBRIO FISCAL

Receita Realizada 3.984.960.816,70

Despesa Realizada 4.021.012.175,24

DESPESA / RECEITA 1,009 Fonte: Relatórios do SIAF - Balanço Orçamentário

Esse resultado não pode ser considerado ruim, nem significar que o Estado

está com desequilíbrio fiscal. Na verdade, não fosse absorção integral da despesa da folha de pessoal de dezembro/2002 (empenho, liquidação e pagamento), neste exercício, o resultado seria exatamente o contrário, teríamos tido um superávit superior a R$ 45 milhões.

Nas diversas reuniões da Câmara Fiscal, discutimos internamente qual é a margem ideal a ser considerada para efeito de avaliação de resultados da gestão fiscal do Estado. Todos sabemos que ao Estado não é permitido gerar poupança. Ocorrendo esta situação, necessariamente teríamos que provocar uma revisão das alíquotas aplicadas nos tributos de nossa competência, com vista a sua redução, pois não podemos exigir da sociedade um sacrifício maior do que as necessidades de gasto do Governo.

A questão que se impõem então é: qual é à margem de variação, para mais e para menos, que podemos usar como referência sem considerar que houve superávit ou déficit? A meta do Governo está centrada no equilíbrio: “Assegurar que a relação despesa/receita seja igual ou menor que um”. Mas obter o índice “um” é muito difícil, para não dizer impossível.

O Desfecho destes debates foi à aprovação do índice de ±1% da Receita Realizada do período em análise, como índice de variação. O resultado obtido encontra-se nessa faixa. Daí concluirmos que alcançamos a meta fixada para o exercício, uma vez que nas despesas de pessoal estão contabilizadas e pagas 14,33 folhas de pagamento dos três Poderes.

Resultado Operacional

Este exercício encerrou com um Déficit Operacional de 1,45% da RCL realizada, o que representa um montante de R$ 45.534.060,79.

22

Page 23: RELATÓRIO DO CONTADOR

Este item de controle guarda uma similaridade muito grande com o item de

controle do equilíbrio fiscal. Enquanto num avaliamos a relação despesa/receita; no outro o resultado positivo ou negativo da dedução da despesa da receita.

O resultado, em valor nominal, é diferente um do outro apenas por questão metodológica de composição da receita e despesa considerada na equação. Para apuração do Resultado Operacional, partimos do Resultado Primário apurado nos anexo VII da LRF. A STN quando regulamentou a apuração do resultado primário, expurgou do montante da receita realizada as resultantes de Operação de Crédito, de Alienação de Bens e de Amortização de Empréstimos e da despesa expurgou a de Concessão de Empréstimos. Estes ajustes são os responsáveis pela diferença entre o Déficit Orçamentário – R$ (36.051.358,54) e o Déficit Operacional – R$ (45.534.060,79), como expõe a tabela nº 8: Tabela nº 8

DEMONSTRATIVO DA RELAÇÃO RESULTADO OPERACIONAL E ORÇAMENTÁRIO

Déficit Orçamentário 36.051.358,54 Receita de Operação de Crédito 5.344.000,00 Receita de Alienações de Bens 3.996.542,83 Receita de Amortização de Empréstimos 1.561.700,59

10.902.243,42

(-) Ajustes de Despesa na apuração da RCL (expurgadas) Concessão de Empréstimos (1.419.541,17)

Resultado Operacional (=) Déficit Orçamentário Ajustado 45.534.060,79 Assim sendo, os comentários realizados sobre a meta do equilíbrio fiscal, aplicam-se na íntegra para o Resultado Operacional. Voltaremos a analisar a despesa no próximo capítulo, quando apresentaremos o balanço orçamentário.

23

Page 24: RELATÓRIO DO CONTADOR

Capítulo 2 Apresentação e análise dos resultados contábeis

24

Page 25: RELATÓRIO DO CONTADOR

Cap. 2 - Apresentação e análise dos resultados contábeis

Balanço orçamentário

O Balanço Orçamentário demonstra o resultado da execução orçamentária confrontando a receita e a despesa prevista com a receita e a despesa realizada. A despesa realizada é representada pelo montante empenhado no exercício. Esse confronto de previsão e realização possibilita conhecer o resultado Orçamentário do Exercício, sob a forma de Superávit ou Déficit Orçamentário, conforme o disposto no artigo 102, da Lei nº 4.320/64.

Resultado Orçamentário Findamos o exercício 2003 com um déficit orçamentário no valor R$

36.051.358,54, como evidencia o Balanço Orçamentário representado pela tabela nº 9:

Tabela nº 9 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO CONSOLIDADO DO ESTADO - ANEXO XII – LEI 4.320/64

R E C E I T A S T Í T U L O S PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA

RECEITAS CORRENTES 3.290.453.729,00 3.962.295.363,59 671.841.634,59 RECEITAS TRIBUTÁRIAS 2.281.797.814,00 2.623.771.864,20 341.974.050,20 RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES 170.104.103,00 283.111.153,87 113.007.050,87 RECEITA PATRIMONIAL 11.362.002,00 33.879.168,70 22.517.166,70 RECEITA AGROPECUÁRIA 223.459,00 131.705,81 -91.753,19 RECEITA INDUSTRIAL 4.604.097,00 5.425.251,49 821.154,49 RECEITA DE SERVIÇOS 128.071.222,00 139.460.669,12 11.389.447,12 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 626.529.136,00 760.299.575,67 133.770.439,67 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 67.761.896,00 116.215.974,73 48.454.078,73RECEITAS DE CAPITAL 138.053.726,00 22.665.453,11 -115.388.272,89 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 10.698.260,00 5.344.000,00 -5.354.260,00 ALIENAÇÃO DE BENS 6.616.468,00 3.996.542,83 -2.619.925,17 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 3.739.437,00 2.137.664,36 -1.601.772,64 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 116.999.561,00 9.938.362,66 -107.061.198,34 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0,00 1.248.883,26 1.248.883,26SUBTOTAL 3.428.507.455,00 3.984.960.816,70 -556.453.361,70DÉFICIT 900.462.949,00 36.051.358,54 864.411.590,46T O T A L 4.328.970.404,00 4.021.012.175,24 307.958.228,76

D E S P E S A S T Í T U L O S FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA

CRÉDITOS ORÇ. E SUPLEMENTARES 4.312.910.423,00 4.016.284.090,57 -296.626.332,43CRÉDITOS ESPECIAIS 16.059.981,00 4.728.084,67 -11.331.896,33SUBTOTAL 4.328.970.404,00 4.021.012.175,24 -307.958.228,76SUPERÁVIT - - -T O T A L 4.328.970.404,00 4.021.012.175,24 307.958.228,76

25

Page 26: RELATÓRIO DO CONTADOR

Esse resultado é em conseqüência da execução da Lei nº 7.880 de 30 de dezembro de 2002, Lei Orçamentária Anual que estima a receita e fixa a despesa para o ano de 2003 no montante de R$ 3.428.507.455,00 (três bilhões, quatrocentos e vinte e oito milhões, quinhentos e sete mil, quatrocentos e cinqüenta e cinco reais).

Para facilitar a análise e entender melhor o resultado obtido, vamos

reproduzir na tabela nº 10 o “Anexo I” da Lei 4.320/63, que demonstra o mesmo resultado, porém sob o ponto de vista da categoria econômica – receita/despesa corrente e capital, com a vantagem de apresentar a despesa por grandes grupos:

Verifica-se no demonstrativo, que os R$ 3.962 milhões de receitas corren

desempenho das receitas de capital, como nos exercícios anteriores, contin

RECEITAS CORRENTES DESPESAS CORRENTES RECEITAS TRIBUTÁRIAS 2.623.771.864,20 PESSOAL E ENCARGOS 1.690.961.036,19 RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES 283.111.153,87 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 247.858.138,93 RECEITA PATRIMONIAL 33.879.168,70 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 1.525.361.897,53 RECEITA AGROPECUÁRIA 131.705,81 SUB-TOTAL 3.464.181.072,65 RECEITA INDUSTRIAL 5.425.251,49 RECEITA DE SERVIÇOS 139.460.669,12 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 760.299.575,67 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 116.215.974,73 TOTAL DAS RECEITAS CORRENTES 3.962.295.363,59 TOTAL DAS DESPESAS CORRENTES 3.962.295.363,59

DESPESAS DE CAPITAL OPERAÇÕES DE CRÉDITO 5.344.000,00 INVESTIMENTOS 310.964.213,05 ALIENAÇÃO DE BENS 3.996.542,83 INVERSÕES FINANCEIRAS 3.719.246,22 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 2.137.664,36 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA INTERNA 242.147.643,32 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 9.938.362,66 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 1.248.883,26 SUBTOTAL 22.665.453,11 DÉFICIT 534.165.649,48 T O T A L 556.831.102,59 TOTAL DAS DESPESA DE CAPITAL 556.831.102,59

RECEITAS CORRENTES 3.962.295.363,59 DESPESAS CORRENTES 3.464.181.072,65 RECEITAS DE CAPITAL 22.665.453,11 DESPESAS DE CAPITAL 556.831.102,59 DÉFICIT 36.051.358,54 T O T A L 4.021.012.175,24 4.021.012.175,24

RECEITAS DE CAPITAL

RESUMO

Tabela nº 10DEMONSTRATIVO CONSOLIDADO DA RECEITA E DA DESPESA SEGUNDO AS CATEGORIAS ECONÔMICAS

R E C E I T A S DESPESAS

SUPERÁVIT 498.114.290,94

tes financiaram todas as despesas correntes e com seu superávit de R$ 498,11 milhões, ainda acobertou 89,45% das despesas de capital.

O

ua baixo, em relação a previsão da LOA. Já sobre a despesa não se pode dizer o mesmo. Além de incorporar os investimentos efetuados pelo Estado, aí contabiliza-se também a amortização do principal da dívida pública.

26

Page 27: RELATÓRIO DO CONTADOR

Receita Prevista e Realizada

A tabela nº 11 demonstra que houve um excesso de arrecadação sobre todas as fontes de receita da ordem de 16%.

Tabela nº 11 DEMONSTRATIVO DA RECEITA PREVISTA X REALIZADA

T Í T U L O S PREVISÃO EXECUÇÃO VARIAÇÃO RECEITAS CORRENTES 3.290.453.729,00 3.962.295.363,59 20% RECEITAS TRIBUTÁRIAS 2.281.797.814,00 2.623.771.864,20 15% RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES 170.104.103,00 283.111.153,87 66% RECEITA PATRIMONIAL 11.362.002,00 33.879.168,70 198% RECEITA AGROPECUÁRIA 223.459,00 131.705,81 -41% RECEITA INDUSTRIAL 4.604.097,00 5.425.251,49 18% RECEITA DE SERVIÇOS 128.071.222,00 139.460.669,12 9% TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 626.529.136,00 760.299.575,67 21% OUTRAS RECEITAS CORRENTES 67.761.896,00 116.215.974,73 72% RECEITAS DE CAPITAL 138.053.726,00 22.665.453,11 -84% OPERAÇÕES DE CRÉDITO 10.698.260,00 5.344.000,00 -50% ALIENAÇÃO DE BENS 6.616.468,00 3.996.542,83 -40% AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 3.739.437,00 2.137.664,36 -43% TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 116.999.561,00 9.938.362,66 -92% OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0,00 1.248.883,26 -

TOTAL 3.428.507.455,00 3.984.960.816,70 16% Fonte: Balanço Orçamentário 2003.

As receitas correntes apresentaram uma excelente performance de

realização e fecharam o ano com registro de excesso de arrecadação médio de 20%. A única exceção ficou por conta da Receita Agropecuária que contabilizou uma realização negativa de 41% em relação à previsão.

As receitas de capital, sem exceção, não se realizaram conforme previsto na LOA. O resultado final foi uma média negativa de 84% de realização.

No conjunto das receitas correntes, merecem destaques, as receitas patrimoniais e as de contribuições, considerando que as receitas tributárias já foram comentadas no capítulo das metas fiscais.

As receitas de contribuições tiveram um crescimento muito bom, tanto dentro do exercício com relação à previsão quanto ao crescimento real tendo como parâmetro o exercício de 2002.

Analisemos os dados da tabela nº 12. Nela foram apresentados os valores

finais da contribuição previdenciária – que registrou excesso de arrecadação no exercício de 36% e crescimento real de 13%. Esse crescimento deve-se ao aumento de contingente de servidores efetivos decorrente de ingressos em função dos concursos das Secretarias de Justiça e Segurança Pública, através de suas vinculadas: Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Judiciária Civil;

27

Page 28: RELATÓRIO DO CONTADOR

Secretaria de Estado de Saúde e dos Órgãos de Administração Indireta: AGER, INDEA. Tabela nº 12

DEMONSTRATIVO DO DESEMPENHO DA RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 2003 2002

Receitas Previsto Realizado

AV Realizado (Corrigido)

Cresc.

Contribuições 170.104.103,00 283.111.153,87 66% 197.121.028,19 44% Previdênciária 52.803.100,00 71.780.921,04 36% 63.364.742,01 13% FETHAB 111.447.179,00 201.438.520,79 81% 122.315.395,02 65% FETHAB Soja 34.566.628,00 48.572.534,34 41% 37.431.410,73 30% FETHAB Gado 12.471.491,00 16.478.648,31 32% 15.664.762,44 5% FETHAB Combustível 64.409.060,00 123.722.740,00 92% 69.219.221,85 79% FETHAB Algodão - 1.055.237,57 - - - FETHAB Madeira - 11.609.360,57 - - - Outras Contribuições 5.853.824,00 9.891.712,04 69% 11.440.891,16 -14% Já as receitas de contribuições ao FETHAB tiveram um desempenho ainda melhor. O excesso médio de arrecadação de 81% foi altamente impactado pelo segmento “combustível” que superou a previsão em R$ 59,31 milhões (92%) e apresentou crescimento real de 79% em relação a 2002. A tabela nº 13 demonstra um dos efeitos da implantação, em 2003, do Sistema de Conta Única. Este sistema, além de otimizar a gestão das disponibilidades do Estado, trouxe melhoria na qualidade das informações contábeis e propiciou aumento da receita de aplicação financeira, contabilmente denominada por “juros e títulos de renda”.

Tabela nº 13 DEMONSTRATIVO DO DESEMPENHO DA RECEITA PATRIMONIAL

2003 2002 Receitas

Previsto

Realizado

AV Realizado

(Corrigido)

Cresc.

Patrimonial 11.362.002,00 33.879.168,70 198% 7.138.161,16 375%Juros e Titulos de Renda 7.491.337,00 31.049.633,73 314% 5.042.873,25 516%Outras Rec. Patrimoniais 3.870.665,00 2.829.534,97 -27% 2.095.287,91 35%

Arrecadou-se 23,55 milhões acima do previsto (314%). Esse recurso extra ajudou muito na manutenção do custeio dos Órgãos que dependem da receita do tesouro para executarem suas ações de governo.

Concluindo a avaliação da realização das receitas de 2003, mas agora verificando se houve crescimento real, a tabela nº 14 demonstra o crescimento da receita realizada de 2003 em comparação com a receita realizada de 2002, corrigida.

28

Page 29: RELATÓRIO DO CONTADOR

Houve um crescimento real médio de 16% com o seguinte desdobramento:

17% positivo para receitas correntes e 52% negativo para receitas de capital. Tabela nº 14

DEMONSTRATIVO DE CRESCIMENTO DA RECEITA REALIZADA RECEITA 2002 -

ATUALIZADA 2003 -

REALIZADA CRES

C. RECEITA CORRENTE 3.387.375.595,46 3.962.295.363,59 17% TRIBUTÁRIA 2.189.764.919,95 2.623.771.864,20 20% REC. CONTRIBUIÇÕES 197.121.028,19 283.111.153,87 44% REC. PATRIMONIAL 7.138.161,16 33.879.168,70 375% REC. AGROPECUÁRIA 108.122,85 131.705,81 22% REC. INDUSTRIAL 4.663.171,88 5.425.251,49 16% REC. SERVIÇO 99.220.715,58 139.460.669,12 41% TRANS. CORRENTE 790.995.494,40 760.299.575,67 -4% OUTRAS REC. CORRENTES 98.363.981,45 116.215.974,73 18% RECEITA CAPITAL 46.835.823,02 22.665.453,11 -52% OPERAÇÕES DE CREDITO 3.814.393,80 5.344.000,00 40% ALIENAÇÃO DE BENS 2.031.114,62 3.996.542,83 97% AMORTIZAÇÃO EMPREST. 9.018.602,78 2.137.664,36 -76% TRANS. CAPITAL 30.547.660,57 9.938.362,66 -67% OUTRAS REC. CAPITAL 1.424.051,25 1.248.883,26 -12% TOTAL GERAL 3.434.211.418,48 3.984.960.816,70 16% O Valor de 2002 foi corrigido pelo IGP-DI do ano de 2003 de 7,66, fonte FGV

Observe que a receita agropecuária, apesar do baixo desempenho no exercício, registrou um crescimento real de 22%. Isto indica frustração de alguma expectativa usada que influenciou a projeção desta receita.

A receita patrimonial, projetada para 2003 em função de média histórica, confirma o crescimento expressivo em 2003 em função da adoção da Conta Única, passando a estabelecer um novo padrão de arrecadação para a fonte. As receitas de capital demonstram que, no exercício, houve mais captação de receitas de operações de crédito do que em 2002. Não se trata de qualquer empréstimo novo. Os valores registrados referem-se a parcelas dos recursos que financiam a modernização das Secretarias Sistêmicas – SEFAZ, SEPLAN, SAD e AGE, executadas projeto PNAFE.

29

Page 30: RELATÓRIO DO CONTADOR

Despesa Fixada e Realizada

Apesar de não estarem textualmente declaradas, nos anexos da LDO/2003, metas para despesas, a Equipe Econômica do governo monitora rigorosamente a realização de gasto público pelos grandes grupos: pessoal, juros e encargos da dívida pública, outras despesas correntes (custeio), investimento, inversão financeira e amortização da dívida pública. Assim, as metas referentes a estes itens de controle, neste exercício, devem ser obtidas de forma indireta, pela leitura dos anexos da LOA publicados pela Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral – SEPLAN. A tabela nº 15 reproduz o “resumo geral da despesa” divulgada por esta Secretaria, em valores nominais e indexado a RCL da LRF.

Tabela nº 15

PREVISÃO DA DESPESA POR GRUPO GRUPO DE DESPESA VALOR AV AV - RCL

Despesas Correntes 2.859.126.441,00 83,39% 110,39% Pessoal e Encargos Sociais 1.316.956.437,00 38,41% 50,85% Juros e Encargos da Dívida Pública 124.748.946,00 3,64% 4,82% Outras Despesas Correntes 1.417.421.058,00 41,34% 54,72% Despesas de Capital 517.642.166,00 15,10% 19,99% Investimento 254.579.545,00 7,43% 9,83% Inversão Financeira 3.159.700,00 0,09% 0,12% Amortização da Dívida Pública 259.902.921,00 7,58% 10,03% Reserva de Contigência 51.738.848,00 1,51% 2,00%

TOTAL 3.428.507.455,00 100% RCL PREVISTA 2.590.122.137 100%

No decorrer do exercício são feitos monitoramento através de gráficos de

gestão à vista, tendo como parâmetro os valores percentuais indexados à RCL (4ª coluna da tabela 15).

A despesa de pessoal montou em R$ 1.691 milhão, conforme apresentado na tabela nº 16. Houve realização de 3,06% da RCL superior ao planejado inicialmente. Isto se deu em função das nomeações de servidores realizadas no período, conforme comentado no tópico sobre o desempenho da receita de contribuição previdenciária.

Tabela nº 16 PREVISÃO x REALIZAÇÃO DA DESPESA DE PESSOAL

GRUPO DE DESPESA PREVISTO AV REALIZADO AV Pessoal e Encargos Sociais 1.316.956.437,00 50,85% 1.690.961.036,19 53,91%

RCL 2.590.122.137 100% 3.136.451.735 100%

30

Page 31: RELATÓRIO DO CONTADOR

Abaixo apresentamos o gráfico nº 1, onde podemos analisar o resultado final da execução da despesa de pessoal e sua dinâmica. O valor expressivo registrado no mês de janeiro é resultante da contabilização das despesas referentes aos meses de dezembro/2002 e janeiro/2003. As demais flutuações mensais, explicam-se pela falta de constância do registro das despesas referentes ao Poderes Legislativo e Judiciário que não executam tempestivamente seus orçamentos no SIAF. Esses registros ficam postergados para momentos futuros e quando ocorrem, resultam nas anomalias visualizadas graficamente.

Quanto à despesa de investimento, o Governo executou o previsto. Foram aplicados R$ 310,96 milhões em aquisição de bens duráveis e em obras. Apesar de ter aplicado R$ 56 milhões acima do previsto, em valor indexado, a variação estabeleceu-se num padrão normal, não chegando a caracterizar “superação” de meta.

Tabela nº 17 PREVISÃO x REALIZAÇÃO DA DESPESA DE INVESTIMENTO

GRUPO DE DESPESA PREVISTO AV REALIZADO AV Investimento 254.579.545,00 9,83% 310.964.213,05 9,91%

RCL 2.590.122.137 100% 3.136.451.735 100%

31

Page 32: RELATÓRIO DO CONTADOR

O gráfico nº 2 deixa evidente que as aplicações em investimentos ocorreram com normalidade apenas no segundo semestre do exercício.

Os meses com maior execução de investimentos são os de setembro a dezembro. A grande variação apresentada no mês de dezembro reflete as decisões do Conselho Econômico, que ao ter certeza das condições do fluxo de caixa, autorizou a realização das despesas com maior volume. Apesar do grande esforço para manter o equilíbrio fiscal, o governo de Mato Grosso tem conseguido manter uma média de investimento da ordem de 9,5% da RCL anual. Este é considerado um bom índice de aplicação. Os valores, previsto e realizado, da despesa de “Inversões Financeiras” são de R$ 3.159.700,00 e 3.719.246,22 respectivamente. Esse grupo de despesa é inexpressivo quando comparado com o Orçamento Total. Contudo, ele também representa gastos de capital como as com aquisição de bens imóveis já em utilização, o que na linguagem leiga, também significa investimento.

Se somássemos ao valor realizado do grupo de investimento os valores aplicados sob o título de Inversões Financeiras, o percentual de aplicação passaria a ser de 10,03%.

32

Page 33: RELATÓRIO DO CONTADOR

A tabela nº 18 contém informações sobre o custeio geral do Estado:

Tabela nº 18 PREVISÃO x REALIZAÇÃO DA DESPESA DE CUSTEIO

GRUPO DE DESPESA PREVISTO AV REALIZADO AV Outras Despesas Correntes 1.417.421.058,00 54,72% 1.525.361.897,53 48,63%

RCL 2.590.122.137 100% 3.136.451.735 100%

Durante o transcorrer do exercício mais de R$ 284,87 milhões incorporaram

o valor da fixação, elevando a previsão final para 65,72% da RCL constante na LOA. No entanto, todo o movimento de créditos adicionais deste grupo de despesa, que chegou a representar 11% da RCL prevista, não resultou em nada, visto que foram realizados apenas 48,63% da RCL realizada.

Dois foram os contingenciamentos executados no ano. O primeiro no

primeiro trimestre e o segundo no terceiro quadrimestre. Apesar deles terem alcançado somente o poder executivo e mais especificamente os recursos da fonte 100 (tesouro) o efeito se fez presente na manutenção do equilíbrio fiscal projetado. Graças a essas medidas, foi possível, não só pagar a despesa da folha de dezembro de 2002 e a de dezembro de 2003, como também a retomada planejada de pagamentos de precatórios e cartas de créditos, neste primeiro momento, ainda restrita às de pequeno valor.

Finalizando a análise das despesas realizadas em 2003, a tabela nº 19 nos

permite conhecer os detalhes do pagamento do serviço da dívida. O serviço da dívida deve ser entendido como o gasto total do estado com amortização de principal e pagamento de juros da dívida pública.

Tabela nº 19

PREVISÃO x REALIZAÇÃO DA DESPESA COM O SERVIÇO DA DÍVIDA GRUPO DE DESPESA PREVISTO AV REALIZADO AV

Juros e Encargos da Dívida 124.748.946,00 4,82% 247.858.138,93 7,90% Amortização da Dívida 259.902.921,00 10,03% 242.147.643,32 7,72% Serviço da Dívida 384.651.867,00 14,85% 490.005.782,25 15,62%

RCL 2.590.122.137, 20,76% 3.136.451.735 100%

A meta do Governo de Mato Grosso, definida na Lei de Diretrizes

Orçamentárias para o exercício de 2003, era garantir o serviço da dívida em 14,85% da RCL até dezembro/2003. A Tabela n.º 19, demonstra que o comprometimento do serviço da dívida com a RCL atingiu percentual de 15,62%, maior que a meta, porque consta incluso no total do pagamento realizado o montante de R$ 24,2 milhões de dívida do exercício anterior, valor esse que não previsto quando da elaboração da LDO.

33

Page 34: RELATÓRIO DO CONTADOR

O gráfico n.º 3 demonstra a realização do serviço da dívida mês a mês em relação RCL. No mês de fevereiro/2003 foi regularizado o pagamento das despesas do exercício anterior, o que fez com que a previsão de desembolso não se tornasse linear conforme planilha de previsão de pagamento elaborado pela Superintendência Adjunta de Endividamento Público, aprovada pelo Governador do Estado.

O gráfico nº 3 demonstra a realização mês a mês em RCL.

Situação Atual:

Situação Desejada:Responsável:

Serviço da Dívida

META: Garantir o pagamento da Dívida Pública em 14,85% da RCL,

até Dez/2003 15,62%14,85%

Inês Stringheta

Des

pesa

(%)

14,3

9%

24,6

9%

18,1

8%

16,0

7%

13,7

4%

12,0

7%

13,2

4%

13,6

5%

19,0

3%

15,3

8%

13,3

2% 15,6

2%

13,2

7%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

2002 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2003

Valor Previsto Realizado

20,0

7%

18,1

1%

14,5

3%

14,3

9%

10,4

4% 12,5

8%

18,8

9%

17,3

1%

9,62

%

14,8

5%16,3

6%14

,66%

13,5

6%

14,1

1%

34

Page 35: RELATÓRIO DO CONTADOR

Balanço Financeiro

O Balanço Financeiro demonstra a Receita Orçamentária e a Despesa Orçamentária realizada, conjugadas com as disponibilidades provenientes do exercício anterior e com as que são transferidas para o exercício seguinte, conforme preceitua o artigo 103 da Lei nº 4.320. A tabela nº 20 reproduz os dados do Balanço Financeiro: Tabela nº 20

BALANÇO FINANCEIRO CONSOLIDADO - DEZEMBRO/2003

RECEITAS DESPESAS TITULO ACUMULADO TITULO ACUMULADO

RECEITA ORÇAMENTÁRIA 3.984.960.816,70 DESPESA ORÇAMENTÁRIA 4.021.012.175,24 RECEITA CORRENTE 3.962.295.363,59 LEGISLATIVA 148.844.246,34 RECEITA TRIBUTÁRIA 2.623.771.864,20 JUDICIARIA 236.209.726,54 RECEITA CONTRIBUIÇÕES 283.130.053,87 ESSENCIAL A JUSTIÇA 45.499.700,76 RECEITA PATRIMONIAL 36.047.691,26 ADMINISTRAÇÃO 246.512.971,60 RECEITA AGROPECUARIA 131.705,81 SEGURANÇA PÚBLICA 328.778.119,70 RECEITA INDUSTRIAL 5.425.251,49 ASSISTENCIA SOCIAL 14.389.514,06 RECEITA DE SERVIÇOS 137.273.246,56 PREVIDÊNCIA SOCIAL 469.415.257,41 TRANSFERENCIAS CORRENTES 760.299.575,67 SAÚDE 369.584.366,13 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 116.215.974,73 EDUCAÇÃO 481.586.458,13

CULTURA 3.599.828,78 CIDADANIA 10.061.223,15 RECEITA DE CAPITAL 22.665.453,11 HABITAÇÃO 32.044.457,55 OPERAÇÕES DE CREDITO 5.344.000,00 GESTÃO AMBIENTAL 18.935.770,39 ALIENAÇÃO DE BENS 3.996.542,83 CIÊNCIA E TECNOLOGIA 4.089.788,64 AMORTIZAÇÃO DE EMPRESTIMOS 2.137.664,36 AGRICULTURA 51.409.334,51 TRANSFERENCIAS DE CAPITAL 9.938.362,66 ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA 7.721.603,11 OUTRAS RECEITAS DE CAPITA 1.248.883,26 INDUSTRIA 16.178.922,88

COMÉRCIO E SERVIÇOS 5.761.221,66 COMUNICAÇÕES 7.485.572,57 TRANSPORTE 190.878.622,36 DESPORTO E LAZER 5.953.914,92 ENCARGOS ESPECIAIS 1.326.071.554,05

RECEITA EXTRA ORÇAMENTÁRIA 548.598.956,45 DESPESAS EXTRA ORÇAMENTÁRIA 421.472.451,46 RESTOS A PAGAR PROCESSADO 24.475.060,70 RESTOS A PAGAR 25.442.891,64 RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADO 119.697.845,67 DIVERSAS ENTIDADES DEVEDORAS 88.959.063,37 DIVERSAS ENTIDADES DEVEDORAS 42.207.365,57 CHEQUES EM COBRANÇA 697.341,85 CHEQUES EM COBRANÇA 421.390,70 PREFEITURAS DEVEDORAS 508.759,01 PREFEITURAS DEVEDORAS 475.955,49 CREDORES DIVERSOS 47.192.595,72 CREDORES DIVERSOS 87.824.455,49 CONSIGNAÇÕES 207.435.225,52 CONSIGNAÇÕES 193.000.205,25 DEPOSITO DIVERSAS ORIGENS 18.722.326,25 DEPOSITO DIVERSAS ORIGENS 12.858.672,26 SALARIOS A PAGAR 454.981,57 SALARIOS A PAGAR 221.471,22 RESTITUIÇÃO REC.ORÇAMENTÁRIA 377.397,53 RESTITUIÇÃO REC.ORÇAMENTÁRIA 359.879,50 DIVERSOS RESPONSAVEIS 780,16 DIVERSOS RESPONSAVEIS 780,16 DESPESAS A REGULARIZAR 20.324.265,98 DESPESAS A REGULARIZAR 53.434.720,89 DESINCORPORA SALDO BANCÁRIO 10.975.444,89 RECURSOS A RECEBER 1.404.131,75 DESPESAS A PAGAR-CEPROMAT 381.377,97 INCORPORA SALDO BANCÁRIO 12.066.691,17 DESPESAS A PAGAR-CEPROMAT 150.330,63 TOTAL RECEITA 4.533.559.773,15 TOTAL DESPESA 4.442.484.626,70

35

Page 36: RELATÓRIO DO CONTADOR

SALDO ANO ANTERIOR SALDO ANO SEGUINTE DISPONÍVEL DISPONÍVEL EM BANCOS 51.257.958,88 EM BANCOS 142.351.682,84 BANCOS CONTA ESPECIAL 180.748,68 BANCOS CONTA ESPECIAL 1.555,39 BANCOS CONTA MOVIMENTO 51.077.210,20 BANCOS CONTA MOVIMENTO 63.232.152,39 BANCOS CONTA ARRECADAÇÃO 0,00 BANCOS CONTA ÚNICA 79.087.971,06 EM CAIXA 3.132,10 BANCOS CONTA ARRECADAÇÃO 30.004,00 CAIXA GERAL 3.132,10 SUB-TOTAL DISPONIBILIDADE ANTERIOR

51.261.090,98 EM CAIXA 1.227,90

AJUSTE DE INCORP. EXERC. ANTERIOR

16.673,31 CAIXA GERAL 1.227,90

TOTAL DISPONIBILIDADE ANTERIOR 51.277.764,29 TOTAL DISPONIBILIDADE SEGUINTE 142.352.910,74 TOTAL GERAL 4.584.837.537,44 TOTAL GERAL 4.584.837.537,44

Resultado Financeiro

O Resultado Financeiro é obtido através do Balanço Financeiro, que tem por objetivo demonstrar as receitas e despesas orçamentárias e os ingressos e saídas de natureza extra-orçamentária, que conjugados com os saldos existentes no inicio e no final do exercício, evidenciará o resultado financeiro.

O Exercício de 2.003, apresentou um Resultado Financeiro superavitário de R$ 91,07 milhões, conforme apurado na tabela nº 21:

Tabela nº 21 RESULTADO FINANCEIRO

TOTAL RECEITA ORÇAMENTÁRIA 3.984.960.816,70 TOTAL REC. EXTRAORÇAMENTÁRIA 548.598.956,45 TOTAL DAS ENTRADAS 4.533.559.773,15

TOTAL DESPESA ORÇAMENTÁRIA 4.021.012.175,24 TOTAL DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA 421.472.451,46 TOTAL DAS SAÍDAS 4.442.484.626,70

RESULTADO FINANCEIRO 91.075.146,45

Houve uma inversão no resultado, quando comparado com o do exercício de 2002. Neste, a receita total não foi suficiente para cobrir as despesas, fechando o exercício com um déficit de R$ 22,26 milhões. Mas o resultado orçamentário foi superavitário em R$ 55 milhões.

Agora, obtivemos um resultado total superavitário, mas com desempenho da execução orçamentária negativa em R$ 36 milhões. Neste caso em particular,

36

Page 37: RELATÓRIO DO CONTADOR

houve a necessidade de recorrer ao saldo de disponibilidade da receita orçamentária transferida de 2002.

O exercício foi encerrado com saldo de disponibilidade, que se transfere para o exercício de 2004, no valor total de R$ 142.352.910,74. Deste, apenas nove Órgãos são detentores de 85,58%, como demonstra a tabela nº 22:

Tabela nº 22 DEMONSTRATIVO DO SALDO DE DISPONIBILIDADE EM 31/12/2003

ÓRGÃO SALDO AV 21601 Fundo Estadual de Saúde 54.099.575,35 38,00%30101 Recursos Sob a Supervisão da SAD 19.806.993,83 13,91%3601 Fundo apoio Judiciário 11.381.921,44 8,00% 25101 Secretaria de Transporte 8.885.311,43 6,24% 19601 Fundo Especial Segurança 8.403.727,82 5,90% 14301 Fundo Estadual de Educação 6.164.581,56 4,33% 17601 Fundo Desenvolvimento Ind. Comercial. 4.614.120,99 3,24% 3101 Tribunal de Justiça 4.489.401,98 3,15% 16601 Fundo de Gestão Fazendária 3.974.002,34 2,79%

PARTICIPAÇÃO TOTAL SOBRE R$ 142.352.910,74 121.819.636,74 85,58%

O Balanço Financeiro propicia também, a análise da destinação dos recursos arrecadados como contraprestação de serviços à sociedade. Aqui a despesa é demonstrada por função de governo. No exercício de 2003, executamos ações envolvendo 22 funções (vide tabela nº 20).

A tabela nº 23 demonstra dentre as funções executadas, as mais favorecidas com recurso público e o seu percentual na composição da Despesa Total realizada:

Tabela nº 23 DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR FUNÇÃO DE GOVERNO

FUNÇÃO DE GOVERNO VALOR AV ENCARGOS ESPECIAIS 1.326.071.554,05 32,98% EDUCAÇÃO 481.586.458,13 11,98% PREVIDÊNCIA SOCIAL 469.415.257,41 11,67% SAÚDE 369.584.366,13 9,19% SEGURANÇA PÚBLICA 328.778.119,70 8,18% ADMINISTRAÇÃO 246.512.971,60 6,13% JUDICIARIA 236.209.726,54 5,87% TRANSPORTE 190.878.622,36 4,75% LEGISLATIVA 148.844.246,34 3,70%

SUB-TOTAL 3.797.881.322,26 94,45% DEMAIS FUNÇÕES 223.130.852,98 5,55%

37

Page 38: RELATÓRIO DO CONTADOR

TOTAL 4.021.012.175,24 100,00%

A função “Encargos Especiais” acumula os desembolsos efetuados em programas/operações especiais, que conceitualmente são classificadas como despesas que não geram contraprestação de serviço a sociedade. Incluem-se aí despesas com o serviço da dívida, inativos (inclusive as resultantes da divisão do Estado) e outras. Percebe-se claramente que ações de educação, saúde, segurança pública e transporte continuam sendo os serviços públicos mais executados e disponibilizados à sociedade.

38

Page 39: RELATÓRIO DO CONTADOR

Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial retrata a situação estática do Patrimônio do Estado, sob aspectos quantitativos, compondo-se dos grupos de contas representadas na Tabela nº 24.

ATIVO R$ PASSIVO R$ATIVO FINANCEIRO 737.606.134,40 PASSIVO FINANCEIRO 766.959.555,49

DISPONÍVEL 142.352.910,74 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 171.173.773,34 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 94.545.028,09 Restos a Pagar Não Proc. Exerc. Anterior 1.297,60

Banco Conta Especial 1.555,39 Restos a Pagar proc. Exercícios Anterior 98.015,75 Banco Cta Mov imento 15.455.501,64 Depósito de Div . Origens 17.559.521,34 Conta Única 79.087.971,06 Consignações 439.531,98

Credores Diversos 102.301.198,12 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 47.807.882,65 Restos a Pagar proc. do Exercício 14.564.400,62

Agentes Pagadores 1.227,90 Restos a Pagar Não proc. do Exercício 36.209.807,93 Banco Cta Mov imento 47.806.654,75

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 595.785.782,15 Restos a Pagar Não Proc. Exercício Anterior 76.458,74

REALIZÁVEL 595.253.223,66 Restos a Pagar Proc. Exercício Anterior 164.850,54 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 202.787.013,25 Despesas a pagar - CEPROMAT 1.656.148,25

Diversas Entidades Devedoras 190.187.099,76 Depósito de Div . Origens 923.381,12 Prefeituras Devedoras 312.338,69 Consignações 223.114,42 Diversos Responsáveis 8.057,00 Credores Diversos 499.342.813,96 Despesas a Regularizar 10.950.569,74 Restit. Rec. Orçamentária 317,30 Cheques em Cobrança 1.328.948,06 Restos a Pagar Proc. do Exercício 9.910.660,08

Restos a Pagar Não Proc.-do Exercício 83.488.037,74 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 392.466.210,41

Diversas Entidades Devedoras 27.202.507,54 Adiantamento de Férias 266,00 Despesas a Proc. CEPROMAT 2.125,81 Diversos Responsáveis 2.480,30 Despesas a Regularizar 4.658.695,25 Recursos a Receber 360.328.940,39 Cheques em Cobrança 271.195,12

ATIVO PERMANENTE 2.959.534.947,40 PASSIVO PERMANENTE 7.331.842.198,50 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 2.589.894.244,74 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 7.140.098.781,30

Bens Móveis 110.012.153,44 Div ida Fundada Interna - Bens Imóveis 392.769.830,43 Div . Fund. Interna p/ Contrato 4.126.778.196,61 Outros créditos 135.347.691,93 Resíduos Parcelamento de Dív idas 1.513.788.213,75 Dív ida Ativa 1.937.697.361,27 Dív ida Fundada Externa 221.447.468,75 Valores 7.405.735,75 Obrigações Diversas 1.278.084.902,19 Almoxarifado 6.661.471,92

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 191.743.417,20 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 369.640.702,66 Dív ida Fundada Interna p/ Contrato 156.147.233,35

Bens Móveis 175.251.817,88 Obrigações Diversas 35.596.183,85 Bens Imóveis 122.595.190,91 Bens Intangíveis 106.742,45 Outros créditos 20.419.804,13 Valores 26.193.955,93 Almoxarifado 24.948.615,52 Bens para Revenda 124.575,84

SOMA DO ATIVO REAL 3.697.141.081,80 SOMA DO PASSIVO REAL 8.098.801.753,99 SALDO PATRIMONIAL

PASSIVO REAL DESCOBERTO 4.401.660.672,19 SOMA ATIVO REAL+ PASSIVO R. DESC. 8.098.801.753,99

ATIVO COMPENSADO 108.371.519,26 PASSIVO COMPENSADO 108.371.519,26 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 85.061.071,45 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 85.061.071,45

Valores em Poder de Terceiros 32.098.375,76 Contrapartida de Valores P. de Terceiros 32.098.375,76 Valores e Obrigações Diversas 52.962.695,69 Contrapartida de Val. e Obrigações Diversas 52.962.695,69

Contrap. Valores Terceiros em nosso pode 55.800,00 Valores de Terceiros em nosso poder 55.800,00 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 23.310.447,81 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 23.310.447,81

Valores em Poder de Terceiros 9.194.285,91 Contrapartida de Valores P. de Terceiros 9.194.285,91 Valores Nominais em itidos 7.000,00 Contrapartida de Valores Nominais Emitidos 7.000,00 Valores e Obrigações Diversas 14.109.161,90 Contrapartida de Val. e Obrigações Diversas 14.109.161,90

TOTAL GERAL 8.207.173.273,25 TOTAL GERAL 8.207.173.273,25

GOVERNO DO ESTADO DE M ATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE MATO GROSSO

BALANÇO PATRIM ONIAL - EXERCÍCIO - 2003

CONSOLIDADO DO ESTADO

SUPERINTENDÊNCIA DO SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRASIAFMT-SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Anexo 14 - Lei 4.320/64

39

Page 40: RELATÓRIO DO CONTADOR

Analisando os números apresentados, verifica-se certo equilíbrio entre os direitos e as obrigações de curto prazo, representadas pelo “Ativo Financeiro” - R$ 737,61 milhões e o “Passivo Financeiro” - R$ 766,96 milhões, visto que representam 9,11% e 9,47% do passivo real. Esta análise indica também o limite para inscrição em Restos a Pagar, analisado mais adiante.

O mesmo já não acontece quando analisamos a participação do Ativo

Permanente – 36,54% e do Passivo Permanente – 90,53% com o Passivo Real. A obrigação que mais pesa no grupo é a do estoque da dívida, cujo saldo quase não varia de um exercício para o outro, apesar das amortizações efetuadas.

Resumo do Balanço Patrimonial O passivo descoberto apresentou uma razoável redução passando dos R$

5.220,57 milhões registrados em 31/12/02 para os atuais R$ 4.401,66 milhões.

A composição do passivo real descoberto está demonstrada na tabela nº 25:

Tabela nº 25 RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO FINANCEIRO 737.606.134,40 ATIVO PERMANENTE 2.959.537,947,40 PASSIVO A DESCOBERTO 4.401.660.672,19 TOTAL 8.098.801.753,99

PASSIVO FINANCEIRO 766.959.555,49 PASSIVO PERMANENTE 7.331.842.198,50 TOTAL 8.098.801.753,99

SALDO PATRIMONIAL RESULTADO PATRIMONIAL – 2002 (Déficit) (5.220.578.229,78) RESULTADO PATRIMONIAL – 2003 (Superávit) 818.917.557,59 PASSIVO REAL A DESCOBERTO (4.401.660.672,19)

40

Page 41: RELATÓRIO DO CONTADOR

Resultado e Demonstração das Variações Patrimoniais O Resultado Patrimonial do exercício de 2003 foi superavitário em R$

818.917.557,59, conforme se verifica na tabela nº 26 que reproduz os dados da Demonstração das Variações Patrimoniais:

TÍTULO R$ TÍTULO R$RESULTANTES EXEC. ORÇAMENTÁRIA 3.984.960.816,70 RESULTANTES EXEC. ORÇAMENTÁRIA 4.021.012.175,24

RECEITAS CORRENTES 3.962.295.363,59 DESPESAS CORRENTES 3.464.181.072,65 Receita Tributária 2.623.771.864,20 Pessoal e Encargos Sociais 1.690.961.036,19 Receita de Contribuições 283.111.153,87 Juros e Encargos da Dívida 247.858.138,93 Receita Patrimonial 33.879.168,70 Outras Despesas Correntes 1.525.361.897,53 Receita Agropecuária 131.705,81 Receita Industrial 5.425.251,49 Receita de Serviços 139.460.669,12 Transferências Correntes 760.299.575,67 Outras Receitas Correntes 116.215.974,73

RECEITAS DE CAPITAL 22.665.453,11 DESPESAS DE CAPITAL 556.831.102,59

Operações de Crédito 5.344.000,00 Investimentos 310.964.213,05 Alienação de Bens 3.996.542,83 Inversões Financeiras 3.719.246,22 Amortização de Empréstimos 2.137.664,36 Amortização da Dívida 242.147.643,32 Transferências de Capital 9.938.362,66 Outras Receitas de Capital 1.248.883,26

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS 489.795.504,91 MUTAÇÕES PATRIMONIAIS 24.269.582,83

ADMINISTRAÇÃO DIRETA 316.982.834,16 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 20.502.747,08 Aquisição de Bens Móveis 26.137.994,41 Venda de Bens Móveis 160.388,72 Aquisição de Bens Imóveis 21.851.593,38 Venda de Bens Imóveis 112.020,86 Aquisição Tiulos e Valores 30.000,00 Empréstimos Tomados 5.344.000,00 Resgate Emp. Tomados 225.332.482,01 Recebimento Emprétimos Concedidos 1.608.658,19 Resgate Precatório-PGTO. 821.268,56 Cobrança da Dívida Ativa 12.630.298,60 Aquisição Material de Consumo 27.351.222,75 Vendas d eTítulos eValores 423.664,04 Resgate correção Monetário Contra 15.458.273,05 Outras Mutações Patrimoniais Passivas 223.716,67

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 172.812.670,75 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 3.766.835,75 Aquisição de Bens Móveis 56.356.106,25 Alienação de Bens Móveis 3.222.806,40 Aquisição e Construção de Bens Imóveis 25.599.098,71 Recebimento de Empréstimos Concedidos 511.463,35 Resgate de Empréstimos Tomados 1.447.294,34 Vendas de Títulos e Valores 4.001,04 Empréstimos Concedidos 1.419.541,17 Outras Mutações Patrimoniais Passivas 28.564,96 Aquisição de Material de Consumo 87.990.630,28

INDEPENDENTE EXEC. ORÇAMENTÁRIA 1.656.313.026,94 INDEPENDENTE EXEC. ORÇAMENTÁRIA 1.266.870.032,89 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 1.528.834.986,40 ADMINISTRAÇÃO DIRETA 591.955.418,58

Inscrição da Dívida Ativa 555.436.302,71 Cancelamento de Outros Créditos 5.556,00 Inscrição de Outros Créditos 91.527.984,50 Emcampanção Dívidas Passivas 69.388.789,89 Incorporação de Bens Móveis 11.298.380,54 Desincorporação de Bens Móveis 3.529.040,39 Cancelamento de Dívidas Passivas 857.185,96 Dívida Fundada 98.886.453,22 Out.Var. Ind. Ex. Orc. Ativa 527.658.540,97 Dívida Flutuantes 4.045.239,75 Incorporação Saldo Balanço 337.896.991,20 Outras Variações Ind. Exec. Orç. Passiva 364.650.102,11 Cancelamento Obrigações 4.159.600,52 Fornecimento para Consumo 37.733.361,79

Incorporação Saldo Balanço-Passivo 13.716.875,43 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 127.478.040,54 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 674.914.614,31

Inscrição de Outros Créditos 40.608.304,84 Cancelamento de Outros Créditos 416.252,69 Incorporação de Bens Móveis 12.310.154,91 Encampação da Dívida Passiva 10.396.324,77 Cancelamento de Dívidas Passivas 5.295.046,85 Desincorporação de Bens Móveis 24.902.172,22 Outras Var. Ind. Ex. Orc. Ativa 62.065.000,76 Dívida Fundada 5.698.480,14 Incorporação Saldo Balanço 7.199.533,18 Outras Var. Ind. Exec. Orc. Passiva 467.889.100,31

Fornecimento para Consumo 62.800.913,94 Incorporação Saldo Balanço - Passivo 98.151.021,05 Desvalorização de Bens 4.660.349,19

TOTAL DAS VARIAÇÕES ATIVAS 6.131.069.348,55 TOTAL DAS VARIAÇÕES PASSIVAS 5.312.151.790,96 DÉFICIT DO EXERCÍCIO - SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 818.917.557,59

TOTAL GERAL 6.131.069.348,55 TOTAL GERAL 6.131.069.348,55

Tabela nº 26DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS - EXERCÍCIO 2003

CONSOLIDADO DO ESTADOVARIAÇÕES ATIVAS VARIAÇÕES PASSIVAS

41

Page 42: RELATÓRIO DO CONTADOR

O superávit obtido reflete dois resultados da execução ocorrida no exercício: mutações patrimoniais positivas no valor de R$ 465,52 milhões – adquiriu-se mais do que se alienou; e pelo resultado também positivo das variações independentes da execução orçamentária no valor de R$ 389,44 milhões. Neste particular pesaram mais a inscrição de dívida ativa – R$ 555,43 milhões e a incorporação de saldo de balanço do CEPROMAT, que passou a executar no SIAF.

Restos a Pagar O Decreto Nº 1.851 de 14/11/2003, que dispõe sobre o encerramento do exercício de 2003, em seu artigo 4º, fixou como principais regras para inscrição em Restos a Pagar:

• Inscrição das despesas processadas e não processadas desde que haja a devida comprovação de disponibilidade financeira ou que tenha ingresso de recursos assegurados até 31/01/2004, por fonte de recurso e obedecidos os prazos fixados no artigo 2°;

• Comprovação da existência de disponibilidade de caixa obedecerá aos critérios definidos na regulamentação da Lei Complementar 101/2000.

A aplicação deste dispositivo resultou na inscrição de restos a pagar, no

exercício, no valor total de R$ 144,17 milhões. A tabela nº 27 demonstra os valores inscritos em 2003 desdobrados por tipo de administração e compõe o saldo atual desta obrigação, evidenciando também o saldo remanescente dos Restos a Pagar, inscritos em 2002, e que não foram pagos. Os gestores dos Órgãos que mantiveram obrigações de Restos a Pagar referente ao exercício de 2002 apresentaram como justificativa a obrigatoriedade de cumprir o disposto no Decreto nº 17/2003, que fixou as regras para pagamento de despesas de exercícios anteriores. O argumento tem por base o prazo de conclusão da avaliação dos processos de despesas. O deferimento pelo pagamento das obrigações ocorreu, no final de dezembro/2003, quando já não havia mais tempo hábil para processar o pagamento.

ADMINISTRAÇÃO PROCESSADO NÃO PROCESSADO TOTALDIRETA 14.564.400,62 36.209.807,93 50.774.208,55

INDIRETA 9.910.660,08 83.488.037,74 93.398.697,82 SUB-TOTAL 24.475.060,70 119.697.845,67 144.172.906,37

SUB-TOTAL 262.866,29 77.756,34 340.622,63 TOTAL QUE PASSA PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE 24.737.926,99 119.775.602,01 144.513.529,00

RESTOS A PAGAR 2003INSCRIÇÕES EM 2003

SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR

Tabela nº 27

42

Page 43: RELATÓRIO DO CONTADOR

A tabela nº 28 demonstra com detalhe a composição dos Restos a Pagar inscritos:

Tabela nº 28 RESTOS A PAGAR 2003

ÓRGÃO SIGLAS PROCESSADO NÃO PROCESSADO

TOTAL

01.101 AL 43.496,17 - 43.496,17 01.303 ISPL - 62.625,14 62.625,14 02.101 TCE 4.379.566,51 - 4.379.566,51 03.101 TJ 936.726,32 9.488.931,62 10.425.657,94 03.601 FUNAJURIS - 10.430.671,34 10.430.671,34 04.101 C.CIVIL 63.811,60 23.089,04 86.900,64 04.201 PROSOL 2.918,31 2.730,55 5.648,86 04.202 FEMA 373.398,21 60.740,49 434.138,70 04.301 AGER 99.552,09 4.239,00 103.791,09 04.601 FUNLESADOS 1,50 - 1,50 04.603 FEAS 177,65 91.096,65 91.274,30 05.101 C.MILITAR 4.837,84 - 4.837,84 06.101 AGE 7.094,16 - 7.094,16 07.101 GABVICE 3.318,44 - 3.318,44 08.101 PGJ - 2.121.810,71 2.121.810,71 08.601 MP - 2.100,00 2.100,00 09.101 PGE 12.952,50 58.000,00 70.952,50 09.601 FUNJUS - 31.651,60 31.651,60 10.101 DEFENS 4.153,21 - 4.153,21 11.101 SAD 66.530,36 - 66.530,36 11.303 MT SAUDE 4.041,76 - 4.041,76 11.601 FUNDESP 101,20 - 101,20 12.101 SAAF 31.552,85 - 31.552,85 12.301 INTERMAT 28.118,28 - 28.118,28 12.302 INDEA 12.367,61 650.224,73 662.592,34 12.501 EMPAER 292.789,73 90.590,10 383.379,83 13.101 SECOM 21.085,06 700.699,58 721.784,64 14.101 SEDUC 1.161.687,41 - 1.161.687,41 14.301 FEE 280.654,92 4.339.894,26 4.620.549,18 15.101 SEEL 14.056,03 2.500,30 16.556,33 15.601 FUNDED 490,00 340.411,80 340.901,80 16.101 SEFAZ 33.461,17 - 33.461,17 16.601 FUNGEFAZ 501.532,10 6.884.008,08 7.385.540,18 17.101 SICM 30.457,31 22.139,14 52.596,45

43

Page 44: RELATÓRIO DO CONTADOR

17.301 JUCEMAT 654,00 47.122,21 47.776,21 17.501 METAMAT 800,00 20.301,24 21.101,24 17.601 FUNDEIC - 921.080,62 921.080,62 19.101 SSP 223.279,80 753.482,33 976.762,13 19.102 PM 6.436,47 225.379,23 231.815,70 19.103 PC 4.133,24 - 4.133,24 19.104 CB 3.896,89 13.551,90 17.448,79 19.301 DETRAN 1.745.015,57 5.429.873,15 7.174.888,72 19.601 FESP 3.018.679,38 8.129.787,24 11.148.466,62 19.602 FUNPEN 6.316,50 - 6.316,50 19.603 FREEBOM 635,00 161.640,78 162.275,78 20.101 SEPLAN 123.986,67 165.587,09 289.573,76 20.401 CEPROMAT 2.229.396,79 62.282,18 2.291.678,97 21.101 SES 141.762,27 2.808,79 144.571,06 21.201 FRCDAC 107.934,05 491.635,47 599.569,52 21.601 FES 1.053.461,11 44.768.957,24 45.822.418,35 22.101 SETEC/MT 82.732,68 541.915,03 624.647,71 22.603 FIA - 654,48 654,48 22.604 FEDC - 11.400,00 11.400,00 23.101 SEC 24.526,60 - 24.526,60 23.601 FUNDEC 43.472,69 - 43.472,69 24.101 SEDTUR 14.718,85 23.118,47 37.837,32 25.101 SEET 897.818,55 21.751.914,95 22.649.733,50 26.101 SECITES 25.252,58 - 25.252,58 26.201 FUNEMAT 108.151,63 404.519,39 512.671,02 26.202 FAPEMAT - 47.800,00 47.800,00 30.101 EGE/SAD 37.756,19 - 37.756,19 30.102 EGE/SEFAZ 6.163.312,89 314.879,75 6.478.192,64

TOTAL GERAL 24.475.060,70 119.697.845,67 144.172.906,37

Não fosse a abertura deixada pelo inciso V do artigo 4º do Decreto de Encerramento de Exercício, não teria sido possível a efetivação da inscrição demonstrada, pois a relação entre o ativo e o passivo financeiro foi deficitária em R$ 29,35 milhões. Como já foi demonstrado, o Ativo Financeiro montou em R$ 737,61 milhões e o Passivo Financeiro totalizou R$ 766,96 milhões.

Quadro Explicativo do Realizável A Tabela nº 29 demonstra o Quadro Explicativo do Realizável, e tem por

objetivo demonstrar a movimentação das contas deste grupo, evidenciando os acréscimos e as baixas ocorridas, recompondo o saldo vigente em 31/12/2003:

44

Page 45: RELATÓRIO DO CONTADOR

SALDO

INDEPENDENTE DA EXECUÇÃO

ORÇAMENTÁRIA

RESULTANTE DA EXECUÇÃO

FINANCEIRAQUITAÇÃO CANCELAMENTO

DESPESAS A REGULARIZAR 48.719.786,79 - 20.324.265,98 53.434.720,89 66,89 15.609.264,99 -

DIVERSOS RESPONSÁVEIS - 18.437,38 780,16 780,16 7.900,08 10.537,30 -

ENTIDADES DEVEDORAS 449.262.234,33 60.309.836,92 88.959.063,37 42.207.365,57 338.934.161,75 217.389.607,30

PREFEITURAS DEVEDORAS 279.535,17 - 508.759,01 475.955,49 - 312.338,69

CHEQUES EM COBRANÇA 1.328.037,03 - 697.341,85 421.390,70 3.845,00 1.600.143,18 RECURSOS A RECEBER 361.067.611,74 37.205.156,78 1.404.131,75 36.539.696,38 360.328.940,39

ADIANT. FÉRIAS - - 89.042,86 88.776,86 - 266,00

DESP. A PROCESSAR - 2.125,81 - - - 2.125,81

TOTAL 860.657.205,06 97.535.556,89 110.579.253,23 98.033.121,42 375.485.670,10 595.253.223,66

BAIXA

QUADRO EXPLICATIVO REALIZÁVEL 2003

CONTAS SALDO ANTERIOR

MOVIMENTO DO EXERCÍCIOINSCRIÇÃO

2003

Tabela nº 29

Ativo Permanente

O Ativo Permanente tem apresentado um crescimento ascendente de um exercício para o outro. Em valores nominais, cresceu 10% de 2001 para 2002, e deste para 2003 o crescimento foi de 32%.

A tabela nº 30 nos fornece uma visão global sobre a evolução dos saldos

que compõem este grupo de direitos. Tabela nº 30

COMPARATIVO DO SALDO ATIVO PERMANENTE - 2002 x 2003 ESPÉCIE SALDO 2002 AV SALDO 2003 AV AH

BENS MÓVEIS 207.736.782,03 9,29% 285.263.971,32 9,64% 37,32%BENS IMÓVEIS 485.555.753,45 21,72% 515.365.021,34 17,41% 6,14%BENS INTANGIVEIS - - 106.742,45 0,00% - CONCESSÃO DE EMPRESTIMOS 73.404.571,76 3,28% 92.897.470,79 3,14% 26,56%DIVIDA ATIVA 1.394.891.357,16 62,40% 1.937.697.361,27 65,47% 38,91%EMPRESTIMO COMPULSORIO - - 60.155,47 0,00% - OUTROS CRÉDITOS - - 535.703,75 0,02% - OUTROS DEVEDORES A L. PRAZO. 25.333.040,26 1,13% 62.274.166,05 2,10% 145,82%VALORES 32.173.153,37 1,44% 33.599.691,68 1,14% 4,43%ALMOXARIFADO 16.243.449,41 0,73% 31.610.087,44 1,07% 94,60%BENS PARA REVENDA 153.140,80 0,01% 124.575,84 0,0% -18,65%TOTAL 2.235.491.248,24 100% 2.959.563.512,36 100% 32,39%

Verifica-se, pela análise dos dados da tabela, que os bens móveis apresentaram um crescimento nominal de valor de 37,32%, mas mantém um equilíbrio de composição, quando comparado com o valor total da conta em

45

Page 46: RELATÓRIO DO CONTADOR

análise. Comportamento equivalente pode ser detectado também nas contas representativas de Concessão de Empréstimos, Dívida Ativa e Valores. Os Bens Imóveis, apesar de registrar um crescimento nominal de 6%, apresentou uma significativa perda de influência sobre o montante do grupo, visto que caiu de 21,72% (2002) para 17,41% (2003). Explica esse comportamento a baixa alienação no valor de R$ 3,3 milhões e a desincorporação no valor de R$ 80,54 milhões. O crescimento de 145,82% (R$ 36,94 milhões) registrados na conta Outros Devedores de Longo Prazo refere-se a bônus caucionados em espécie do principal da dívida de médio e longo prazo. Esta conta representa o direito do Tesouro Estadual junto ao Tesouro Nacional. O saldo da conta de Almoxarifado praticamente dobrou o seu valor. No período a diferença entre o montante resultante de aquisição (R$ 115,34 milhões) e a soma das baixas por consumo (R$ 100,53) foi de R$ 14,81 milhões. Basta esta evidencia para justificar o crescimento. Praticamente não houve uso do saldo existente em 31/12/2002.

Dívida Ativa

A Dívida Ativa é uma conta representativa de direito integrante do grupo Ativo Permanente, e tem apresentado, como ele, crescimento ascendente entre os exercícios.

A tabela nº 31 demonstra a evolução do saldo atual da Dívida Ativa que

monta em R$ 1.937,69 milhão, contra R$ 1.394,89 milhão registrados em 31/12/2002.

Tabela nº 31 EVOLUÇÃO DO SALDO DA DÍVIDA ATIVA

SALDO EM 31/12/2002 1.394.891.357,16 AQUISIÇÕES/INSCRIÇÕES 555.436.302,71 DESINCORPORAÇÃO E COBRANÇA 12.630.298,60 ATUALIZAÇÃO 0,00 SALDO EM 31/12/2003 1.937.697.361,27 Fonte: Relatório fornecido pela PGE

Depreende-se da análise dos dados apresentados, que a política de cobrança deste direito não tem apresentado os resultados desejados. Todos os esforços empregados através de incentivos como redução de multas e juros, além

46

Page 47: RELATÓRIO DO CONTADOR

da aceitação de cartas de créditos de servidores, não têm sido suficientes para gerar respostas positivas na redução deste estoque.

Notas Explicativas A execução contábil de 2003 ocorreu com um bom nível de normalidade. Contudo, merecem destaque, por sua relevância, as notas abaixo relacionadas, para que se registrem as alterações de procedimentos: • Neste exercício não foram efetuadas as correções das cartas de créditos

salariais. • Por necessidade de prestação de contas de recursos de convênios, foram

mantidos Restos a Pagar de alguns Órgãos como Fundo Estadual de Segurança Pública – FESP e Secretaria de Estado de Segurança Pública, entre outros;

• Foi desincorporada da Dívida Fundada Interna e registrada no Sistema

Compensado, a importância de R$ 11.914.850,48, relativa aos contratos de “auto financiamento”, conforme estabelecido na Portaria Circular SEFAZ nº 142/2003, publicada no Diário Oficial de 03/12/2003;

• Foi efetuada compensação entre direitos e obrigações do extinto IPEMAT com

o Tesouro Estadual.

47

Page 48: RELATÓRIO DO CONTADOR

Capitulo 3 Apresentação e análise dos resultados dos Fundos

48

Page 49: RELATÓRIO DO CONTADOR

Cap. 3 - Apresentação e análise dos resultados dos Fundos

Análise dos Fundos Estaduais.

Um total de 21 Fundos executou orçamento no Governo de Mato Grosso, neste exercício, conforme pode ser analisado na Tabela nº 32.

A execução de gasto público via Fundos de um lado permite ao Governo a

ÓRGÃO DISPONIBILIDADE RECEITA DESPESA RESULTADO01.302 - FAP - 6.920.405,28 6.095.591,85 824.813,43 03.601 - FUNAJURIS 2.882.519,35 26.131.423,26 28.094.535,32 919.407,29 04.601 - FUNLESADOS 18.847,66 32.792,00 3,00 51.636,66 04.603 - FEAS 1.273.560,71 4.573.463,43 5.589.247,69 257.776,45 08.601 - MP - 156.515,64 121.840,20 34.675,44 09.601 - FUNJUS - 2.268.184,51 927.810,63 1.340.373,88 11.601 - FUNDESP 159.154,16 3.523.211,34 2.455.396,88 1.226.968,62 12.601 - FAEMAT - 415.000,00 115.000,00 300.000,00 12.603 - FUNCAFÉ 18.101,21 1.809,57 70,00 19.840,78 14.301 - FEE 3.651.905,69 299.633.406,07 308.401.500,85 (5.116.189,09) 15.601 - FUNDED 92.930,14 4.427.446,09 4.557.832,48 (37.456,25) 16.601 - FUNGEFAZ 857.790,41 38.572.528,12 31.856.477,96 7.573.840,57 17.601 - FUNDEIC 77.270,63 6.618.672,27 3.045.394,51 3.650.548,39 19.601 - FESP 5.123.544,64 62.992.795,74 72.340.148,46 (4.223.808,08) 19.602 - FUNPEN 9.263,67 4.628,22 6.316,50 7.575,39 19.603 - FREEBOM¹ 26.343,20 3.202.437,67 3.423.804,10 (195.023,23) 21.601 - FES 8.526.426,51 272.872.881,74 266.582.932,74 14.816.375,51 22.603 - FIA 8.834,79 163.362,67 159.436,56 12.760,90 23.601 - FUNDEC 82.442,65 331.824,68 425.112,08 (10.844,75) 25.101 - FETHAB 1.366.485,74 255.639.222,01 252.400.323,26 4.605.384,49 22.605 - Fundo Est. Amparo Trabalhador - 70.797,86 23.790,00 47.007,86

TOTAL 24.175.421,16 988.552.808,17 986.622.565,07 26.105.664,26

RECEITAS E DESPESAS DOS FUNDOS - 2003Tabela nº 32

otimização de aplicação em área de grande interesse da sociedade, como é o caso das ações de educação, saúde, segurança, transporte e habitação.

49

Page 50: RELATÓRIO DO CONTADOR

Aplicação na Educação e na Saúde

No exercício de 2002, a Secretaria do Tesouro Nacional criou, no conjunto de relatórios bimestrais de publicação obrigatória da Lei de Responsabilidade Fiscal, os anexos X e XVI, com o objetivo de facilitar a publicidade dos valores destinados à Educação e à Saúde. Estes relatórios demonstram aplicação sob a ótica da despesa efetivamente realizada – a despesa liquidada. Na execução orçamentária, diz-se, que este é o segundo estágio da despesa, pois, aí o fornecedor já cumpriu com a sua parte no contrato: executou o serviço ou entregou o produto.

Tendo em vista, que os demonstrativos criados pela STN são utilizados por

todos os Estados Brasileiros, deliberamos por adotá-los para comprovar o cumprimento do preceito constitucional que os instituíram, o que evidencia, se o Governo cumpriu ou não, com o percentual definido em Lei para aplicação na Educação e Saúde, conforme demonstram os anexos X e XVI, respectivamente.

50

Page 51: RELATÓRIO DO CONTADOR

Aplicação na Educação O anexo X demonstra que o Governo de Mato Grosso cumpriu com suas obrigações constitucionais, ao aplicar 25,62% na Educação:

51

Page 52: RELATÓRIO DO CONTADOR

Perdas do FUNDEF

O valor apurado foi influenciado pelas Perdas do Fundef. Esta expressão representa a diferença entre o valor efetivamente depositado pelo Governo de Mato Grosso na conta do Fundo e o valor que foi recebido pelo Fundo Estadual de Educação – FEE, após a aplicação, pelo Banco do Brasil, dos critérios de distribuição dos recursos depositados ao Estado e aos Municípios.

A tabela nº 34 demonstra a composição dos valores contabilizados sob o

título de perdas de Fundef: Tabela nº 34

DEMONSTRATIVO DO FUNDEF 2003 RECEITAS DE IMPOSTOS / DEPÓSITOS VALOR

IMPOSTOS 350.509.619,30 ICMS 266.820.577,99 FPE 75.173.903,27 IPI 1.479.275,02 DESONERAÇÃO ICMS - LEI KANDIR 7.035.863,02 DEPÓSITOS EFETUADOS NO FUNDO BB 350.509.619,30 RECEBIMENTO DO FEE (251.972.852,45) PERDAS APURADAS EM 2003 98.536.766,85

52

Page 53: RELATÓRIO DO CONTADOR

Aplicação na Saúde O anexo XVI demonstra que, sob o ponto de vista da aplicação, ou seja, realização da despesa, Mato Grosso aplicou 7,74%.

53

Page 54: RELATÓRIO DO CONTADOR

A tabela nº 35 compõe os valores repassados para o Fundo Estadual de Saúde obedecendo estritamente os valores constantes na LOA. Sob o ponto de vista do repasse financeiro o Governo cumpriu com o limite fixado.

Tabela nº 35 REPASSES DO TESOURO PARA O FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE

RECEITA BASE DE CÁLCULO P/SAÚDE (LOA) 2.339.479.374,27 VALOR DEVIDO À SAÚDE - 10,33% 241.668.219,36

VALOR DISPONIBILIZADO À SAÚDE 245.497.988,74 % DO VALOR DISPONIBILIZADO 10,49%

REPASSE A MENOR (-) / REPASSE A MAIOR (+) 3.829.769,38 A não aplicação efetiva dos recursos disponibilizados tem justificativa em dois fatores básicos: 1) alteração de gestores – três Secretários comandaram a pasta durante o exercício; 2) aplicação das regras do Decreto nº 17/2003, que obrigou a todos os órgãos do poder executivo a efetuarem uma revisão rigorosa das obrigações com terceiros de despesas de exercícios anteriores, evidenciando com o presente dispositivo o zelo pelo dinheiro público. Contudo, todas as necessidades emergenciais e preventivas foram atendidas. Muitas obrigações foram assumidas, mas não consideradas no anexo divulgado, visto que trabalha com o conceito de despesa liquidada. Observando a tabela nº 28, fica evidente que houve o comprometimento de R$ 44.768.957,24 por serviços contratados, mas ainda não finalizados. Valor esse que consta no balanço financeiro como Restos a Pagar Não Processados.

Estas são as considerações que tínhamos a fazer.

LUIZ MARCOS DE LIMA Contador CRC Nº MT 007836/0-1

54