134
1 RELATÓRIO E CONTAS 2015 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO RIBATEJO NORTE E TRAMAGAL, CRL

RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

1

RELATÓRIO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO RIBATEJO NORTE E TRAMAGAL, CRL

Page 2: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

2

Page 3: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

3

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO RIBATEJO NORTE, CRL

Do Conselho de Administração

O Conselho de Administração acompanhou em permanência a actividade global e de cada agência em particular, ao longo de todo o exercício, tendo-lhe sido facultada toda a informação em tempo real, permitindo o conhecimento profundo de todas as áreas de intervenção. O conhecimento obtido através do contacto e diálogo com todos os responsáveis da Caixa, bem como dos relatórios semanais sobre todas as áreas e sectores, permitiu a tomada de decisões e orientações mais ajustadas às exigências do mercado com especial relevo para a assunção de riscos.

Tratando-se do segundo ano de vida da nova Caixa, resultante da fusão operada e iniciada em 1 de Janeiro de 2014, entre as ex-Caixas do Ribatejo Norte e do Tramagal, há que reconhecer o esforço e o avanço no ajustamento de procedimentos, bem como no clima social da Instituição, com mérito reconhecido a todos os trabalhadores/colaboradores.

Confirmaram-se as expectativas relativamente ao resultado final do exercício, fruto do esforço e profissionalismo de todos os colaboradores, a quem o Conselho de Administração agradece.

Igualmente uma palavra de agradecimento a todos os sócios e clientes que continuam a confiar na sua Caixa, bem como às empresas do Grupo com a disponibilização de serviços e produtos que permitem uma oferta e resposta ajustada e completa às necessidades dos nossos clientes.

Num ambiente extremamente complexo, com incertezas e por vezes hostil, acreditamos que o futuro confirmará as nossas melhores expectativas na concretização dos objectivos propostos para 2016, cientes das potencialidades da nossa região, da capacidade empreendedora das nossas gentes, bem como do profissionalismo dos nossos colaboradores.

Bem hajam a todos!

Page 4: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

4

Enquadramento histórico A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL, foi fundada em 01 de Janeiro de 2014 e resultou da fusão por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Tramagal, CRL, na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte, CRL. A Ex-Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte, CRL, foi fundada em 15 de Novembro de 1995 e resultou da fusão por integração das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Novas, Tomar e Riachos e detinha 6 agências, designadamente em Entroncamento, Linhaceira, Riachos, Tomar, Tomar – Santa Maria dos Olivais e Torres Novas.

Destas: A ex-Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Tomar, era a mais antiga, datava de 1 de Março de 1914, tendo a sua publicação oficial ocorrido na II Série do Diário do Governo nº 252, de 31 de Outubro de 1949. A ex-Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Riachos, foi constituída em 14 de Agosto de 1920, tendo a sua publicação oficial ocorrido na II Série do Diário do Governo nº 224, em 11 de Outubro de 1920. A ex-Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Novas, foi constituída em 14 de Dezembro de 1928, tendo a sua publicação oficial ocorrido na II Série do Diário do Governo nº 1, em 2 de Janeiro de 1929.

A Ex-Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Tramagal, CRL, foi fundada em 10 de Fevereiro de 1988 e detinha 5 agências, designadamente em Abrantes, Bemposta, Pego, Sardoal e Tramagal.

Page 5: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

5

Enquadramento geográfico No centro do país, abrangendo as Regiões Ribatejo Norte e Ribatejo Interior, situa-se a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL, cuja área de acção abrange os concelhos de Entroncamento, Tomar, Torres Novas, Abrantes e Sardoal.

A sua área de acção estende-se por uma área total de 1.437 quilómetros quadrados, 280 correspondentes ao concelho de Torres Novas, 14 ao de Entroncamento, 351 ao concelho de Tomar, 700 ao concelho de Abrantes e 92 ao concelho de Sardoal, onde coexistem áreas urbanas, rurais e industriais. Verdadeiro eixo de mobilidade da região centro, a região do Ribatejo Norte e Tramagal beneficia de uma óptima rede viária e ferroviária, sendo servida por três auto estradas, A1, A23 e A13, que facilitam o acesso a esta região. É igualmente servida por uma excelente rede ferroviária sendo o concelho do Entroncamento privilegiado nesta matéria, pelo entroncamento das linhas do Norte, ramal de Tomar e linhas da Beira Baixa e Leste. Foi aliás este factor, o grande motor de desenvolvimento da cidade do Entroncamento.

Demografia A população residente nos cinco concelhos servidos pela Caixa do Ribatejo Norte e Tramagal é da ordem dos 140.000 habitantes, que segundo os Sensos de 2011 correspondem 40.677 a Tomar, 20.206 a Entroncamento, 36.717 a Torres Novas, 39.325 a Abrantes e 3.939 a Sardoal. Em termos etários 43 % da população enquadra-se na idade activa entre os 25 e os 65 anos.

Page 6: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

6

A natalidade média nos concelhos abrangidos é inferior à da Região Centro, com o Entroncamento nesta matéria a destacar-se pela positiva, com uma média superior quer à Região Centro, quer mesmo em relação à média Nacional. Ainda na última década, segundo os Censos de 2011, todos os concelhos perderam população, à excepção do Entroncamento que registou um crescimento, sendo este superior a 11 %. Esta população distribui-se por quatro centros populacionais de alguma concentração, nomeadamente nas cidades de Torres Novas, Tomar, Entroncamento e Abrantes e, por povoamentos dispersos ao longo de lugares localizados nas várias freguesias de cada concelho.

Actividade económica A actividade económica na área de abrangência da Caixa do Ribatejo Norte e Tramagal, desenvolve-se ao longo dos diferentes sectores de actividade:

Concelho de Torres Novas Neste concelho tem-se registado uma progressiva diminuição da população activa do sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais representativo. Nas actividades extractivas, o valor bruto da produção é liderado pela agricultura, sobretudo a figueira, a oliveira, a vinha, o milho e os produtos hortícolas, estes últimos principalmente na zona sul do concelho. Algumas destas culturas, que no passado tiveram um papel relevante na economia do concelho, têm vindo a perder gradualmente importância como é o caso da figueira. A pecuária é representada maioritariamente pela criação de gado suíno e bovino. No capítulo das actividades transformadoras, regista-se a importância das unidades agro-industriais (alimentares, aguardentes, azeites), metalúrgicas, metalomecânicas, papel, madeiras e têxteis. As actividades terciárias têm vindo a registar um crescimento assinalável, cobrindo praticamente todas as áreas do seu âmbito e ultrapassará o quadro geral característico das localidades de província, sobretudo no que diz respeito à diversidade dos serviços implantados.

Page 7: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

7

Concelho de Entroncamento O concelho do Entroncamento é o segundo mais pequeno do país, em área geográfica, com apenas duas freguesias dentro da própria cidade. É reconhecida como uma cidade dormitório atendendo à sua distância relativa principalmente a Lisboa, atendendo às privilegiadas acessibilidades e meios de transporte de que é servida. É um concelho cuja actividade económica se resume praticamente a dois sectores: O secundário e o terciário, encontrando a grande maioria da sua população activa neste último a sua ocupação. No sector secundário, foi determinante no passado para o desenvolvimento da cidade, o facto de nela estarem instaladas as maiores oficinas dos Caminhos de Ferro Portugueses a nível nacional, com elevados níveis de empregabilidade, o que tem vindo a perder importância num passado mais recente. No capítulo das actividades transformadoras encontram-se metalúrgicas, metalomecânicas, cerâmicas e marcenarias.

Page 8: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

8

Concelho de Tomar A estrutura económica do concelho de Tomar centra-se na actividade industrial, sendo as principais indústrias, as de papel e artes gráficas, madeira e mobiliário, cerâmica, calcários, agro-alimentares e produtos minerais não metálicos. No entanto, o concelho dispõe também de uma considerável aptidão agrícola, sendo o trigo, o milho, o tomate, a vinha, os pomares e a oliveira as suas principais produções. Na produção florestal, o pinheiro bravo e a resina constituíam as principais produções de uma actividade com pouco peso económico no tecido produtivo do concelho. A produção pecuária possui uma relativa expressão. O sector terciário está sobretudo ligado ao turismo religioso e monumental, comércio a retalho, serviços e administração pública, sendo este o sector que, em termos económicos, ocupa a maior percentagem da população activa.

Page 9: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

9

Concelho de Abrantes

No concelho as indústrias transformadoras assumem um grande peso, quer em volume de emprego, quer em volume de negócios, sendo as indústrias de alimentação, automóvel e de madeiras as mais importantes. Seguem-se os sectores do comércio, da construção e da produção e distribuição de electricidade, por via da Central do Pego. No sector primário, nos solos mais férteis pratica-se uma agricultura intensiva que consta de culturas arvenses regadas, pomares e horticultura. Nos outros tipos de solos encontram-se culturas arvenses de sequeiro, olivais e vinha. No tipo de culturas, nas chamadas temporárias, o maior destaque vai para as culturas forrageiras, cerealíferas (milho, aveia) e horticultura. Nas culturas permanentes a mais predominante é o olival, seguido dos pomares (pessegueiros, laranjeiras e macieiras), e também de alguma vinha. A silvicultura tem uma considerável expressão no concelho, sendo as espécies mais comuns o sobreiro, o pinheiro bravo e o eucalipto. Na estrutura produtiva concelhia do sector primário a produção vegetal contribui com 66%, a produção florestal com 24% e o produto animal não ultrapassa os 10%.

Page 10: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

10

O sector terciário tem um peso preponderante na economia local, ultrapassando os 51 % na responsabilidade do emprego.

Concelho de Sardoal

O concelho do Sardoal é um concelho com fracas potencialidades económicas, sendo muito reduzida a actividade no sector secundário. O comércio e os serviços ainda mantêm alguma actividade. No que respeita ao sector primário a actividade que o suporta está, na sua maioria relacionada com a floresta.

Page 11: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

11

Presença da CCAM A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL, dispõe na sua área de acção de 10 agências abertas ao público, duas no concelho de Tomar (Tomar e Linhaceira), servindo 2.730 clientes, um no concelho do Entroncamento, servindo 1.216 clientes, dois no concelho de Torres Novas, nomeadamente em Torres Novas e Riachos, servindo 5.960 clientes, quatro no concelho de Abrantes, nomeadamente em Tramagal, Abrantes, Bemposta e Pego, servindo 4.062 clientes e um no concelho do Sardoal, servindo 708 clientes. Para além desta presença, a Caixa tem instalados 21 ATM dispersos pelo seu território, para melhor servir a população residente, principalmente fora dos maiores centros urbanos.

Page 12: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

12

Agência de Torres Novas

(Praça 5 de

Outubro)

Agência de Entroncamento

(Av. Dr. José

Eduardo Vítor das

Neves)

Page 13: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

13

Agência de Riachos

(Largo da Igreja velha)

Agência de Linhaceira

(Rua Conde Nova

Goa)

Page 14: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

14

Agência de Tomar

(Rua Cor. Garcês

Teixeira)

Agência de Tramagal

(EN Nº 118)

Page 15: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

15

Agência de Abrantes

(Av 25 de Abril)

Agência de Sardoal

(Av Bivar Salgado)

Page 16: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

16

Agência de Bemposta

(Rua Dr Manuel

Rodrigues)

Agência de Pego

(EN Nº 118)

Page 17: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

17

Índi

ce

Page 18: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

18

Page 19: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

19

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 3

CORPOS SOCIAIS EM EXERCÍCIO 21

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 23

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 27

ECONOMIA MUNDIAL 29

ECONOMIA PORTUGUESA 31

MERCADO BANCÁRIO NACIONAL 32

MERCADOS FINANCEIROS 33

RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016 35

CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO RECENTE 36

EVOLUÇÃO DA CCAM 45

PERSPECTIVAS FUTURAS 46

ACTIVIDADE DA CAIXA EM 2015 46

INDICADORES DA ACTIVIDADE 47

DEPÓSITOS À ORDEM 47

DEPÓSITOS A PRAZO 48

CRÉDITO CONCEDIDO 49

CRÉDITO VENCIDO 50

SEGUROS REAIS 51

SEGUROS DE VIDA 52

FUNDOS DE INVESTIMENTO 53

RESULTADOS 54

CASH FLOW 55

RÁCIO DE SOLVABILIDADE 56

FUNDOS PRÓPRIOS 57

QUADRO DE PESSOAL 58

MOVIMENTO DE SÓCIOS 59

BALANÇO 64

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 65

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 66

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO

CAPITAL PRÓPRIO 67

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL 68

ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE

RESULTADOS 69

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 109

PARECER DO CONSELHO FISCAL 115

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 119

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO

SOCIETÁRIO 123

Page 20: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

20

Page 21: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

21

Cor

pos

Soc

iais

Page 22: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

22

CORPOS SOCIAIS EM EXERCÍCIO MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Rui Fernando Roboredo Alonso Consciência Fernando Rui Linhares Corvelo de Sousa Álvaro Augusto de Andrade Pires

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Arnaldo Filipe Rodrigues dos Santos José Jacinto Freire Rodrigues Carlos António Barroso Mendes José Valente de Castro Vidal João Nuno Rodrigues Maia Alcaravela José Luís Rodrigues Jacinto Basílio Miguel Conceição Pereira António Manuel Coelho Grosso

CONSELHO FISCAL João Carlos Maurício Santos Ilídio Manuel Simplício de Matos José Carlos Duque Rodrigues Pedro

Page 23: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

23

Con

voca

tória

da

A

ssem

blei

a G

eral

Page 24: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

24

Page 25: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

25

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL

Nos termos do disposto no nº 2 do artº 23º e artº 25º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL, para reunião Ordinária no próximo dia 30 de Março de 2016, às 17H00, na sede social, sita na Praça 5 de Outubro, nº 37 em Torres Novas, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e Contas da CCAM do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL relativo ao exercício de 2015 e do Relatório Anual do Conselho Fiscal;

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados; 3. Apresentação e apreciação de relatório com os resultados da avaliação

anual da implementação das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;

4. Apreciação Geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola; 5. Fixação do valor de reembolso dos Títulos de Capital; 6. Exoneração de Associados; 7. Discussão e aprovação da Política de Remuneração da Caixa Agrícola

para o ano de 2016; 8. Discussão e aprovação da Política de Selecção e Avaliação da

Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola;

9. Discussão e aprovação da Política de Selecção e Avaliação da Adequação dos Titulares de Funções Essenciais da Caixa Agrícola;

10.Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

De acordo com o disposto no nº 2 do artº 26º dos Estatutos, se à hora marcada para o início da Assembleia não estiver presente número suficiente de associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois.

Torres Novas, 09 de Março de 2016

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Dr. Rui Fernando Roboredo Alonso Consciência

Page 26: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

26

Page 27: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

27

Enq

uadr

amen

to

Mac

roec

onóm

ico

Page 28: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

28

Page 29: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

29

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

ECONOMIA MUNDIAL

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World

Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015,

representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores

economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas

monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim

como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras de

matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respectivas

economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado

interno conduziu a uma diminuição gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura

mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em

2015.

Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado nos

preços das matérias-primas.

Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro

de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução do preço

das matérias-primas e à política monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa

de compra de ativos financeiros pelo BCE.

Relatório e Contas 2013

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Page 30: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

30

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação

do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo

programa alargado de compra de activos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos

preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative

easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.

Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona Euro.

O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que em

2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o impacto

favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma económica e

pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de 2015 são, em

grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia

(26,8%).

De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de

Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de activos, com

compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho do

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Page 31: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

31

BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação, compatível com o seu

objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa de

juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA). Desta forma, a

taxa de juro aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa de juro das operações principais de

refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA direccionada é conduzida,

anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas duas primeiras

ORPA direccionadas.

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i)

operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade

permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente.

ECONOMIA PORTUGUESA

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica a

perspectiva de crescimento de 1,6 % em 2015, o que reflecte um crescimento ligeiramente superior ao

verificado na média da Zona Euro.

Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações portuguesas,

que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura externa dirigida à

economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de alguns dos principais

parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As exportações para países fora da

Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da procura externa oriunda de alguns

parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de 2,1%

registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspectivas quanto à evolução do rendimento

permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num

contexto de diminuição da população activa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

Page 32: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

32

desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de

desemprego de longa duração.

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do Banif

ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser de

2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na

transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que,

excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano

(2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao da

despesa.

MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do

Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de €150

milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no montante de

€1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento de capital por

investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif revelou não ter

capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em Dezembro de 2014.

Com a venda do banco, a generalidade da actividade do Banif foi transferida para o Banco Santander Totta,

tendo-se criado um regime de excepção para os activos problemáticos (transferência para um veículo de

gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco Santander Totta e as

respectivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão do

processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de transferir a

dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de Janeiro de 2016, o

Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução do Novo Banco, em

linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro

2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de

depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de 2014. Para esse crescimento

contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um

crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2015)

Page 33: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

33

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi

mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos

homólogos.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu

4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões

autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de

euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país.

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à

diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do total

do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 4,2%,

agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado

de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde e apoio social. Apenas nos sectores da

agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito

concedido (5,3% e 7,0%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser a construção, as actividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada

representatividade no total do crédito a empresas.

MERCADOS FINANCEIROS

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na actividade dos Bancos

Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e na

cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza em

relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e, por fim,

pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo de investigação sobre o

auxílio estatal concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing

por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo

processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na

economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um

aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou

as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p.

O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política

monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas dos “fed funds” em 0% – 0,25%.

Page 34: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

34

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno

negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.

No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai

Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às acções, com os

chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas

vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as desvalorizações

registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos

investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais, principalmente

(i) a proibição de venda de acções por investidores com posições qualificadas, (ii) a desvalorização do “yuan”

em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas medidas alertaram os

investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo contagiando os índices europeus e

norte-americanos e também as commodities.

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas

inalteradas nas reuniões de Setembro.

No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução

das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa

de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência de

liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017 (iiI)

reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos regionais e

das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006,

passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a melhoria

significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro) e a

estimativa de subida da inflação no médio prazo.

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos dos

bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos em 50

p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez da

banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de votos

pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação de

Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca de

18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao

aumento dos conflitos entre os países produtores. Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca de

2,4% no último trimestre e de 12% no ano.

Page 35: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

35

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis de inflação dos

principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa core1

foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo valor

registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o

EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da

desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da

subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada queda

dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura interna

na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as perspectivas

de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados estará assim

dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de conciliar este tema

com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente variação do preço do

petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no

nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central

Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016.

PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector

financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional

por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das

instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à

rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e

qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas

iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de

algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras

estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de

capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares. 2 European Securities and Markets Authority

Page 36: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

36

requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo

Crédito Agrícola.

CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

ANÁLISE FINANCEIRA DO SICAM (NEGÓCIO BANCÁRIO DO GRUPO CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas

Associadas), referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 -80.584 -16,1%

Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%

Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%

Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 -529.195 -12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%

Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%

Total Activo 13.266.600 13.056.712 -209.888 -1,6%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 -490.565 -43,9%

Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%

Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 -22.125 -15,5%

Outros Passivos 219.011 168.118 -50.893 -23,2%

Total Passivo 12.098.264 11.884.166 -214.098 -1,8%

Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 -209.887 -1,6%

Balanço

2014 2015Variação

Page 37: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

37

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 -56.833 -12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 -53.737 -25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 -69.778 -40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 -146 -0,1%

Amortizações 14.190 13.170 -1.021 -7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015Variação

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase de

recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para 2016

e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das

famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de -

3,6% e nas empresas de -5,0%.

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio

bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros), para

o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Page 38: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

38

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário

registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa

dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-valias, que em

2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que representa um

decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos outros resultados de

exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas Associadas no capital da

CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora (CA SeP), operação que

resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada em termos consolidados nas

contas do Grupo.

Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%

Comissões l íquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%

Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014 para

245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a

empresas;

ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela

redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito

(Euribor), em particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos

das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem

Page 39: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

39

financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às

praticadas no mercado.

De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016, o que

implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%

1,89% 1,78%1,66%

1,53%1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12%

dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o

resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros, resultante

fundamentalmente de dois factores: (i) da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida e CA seguros

à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%) das provisões

e imparidades do exercício.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central -18 22 98 116 100

SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento

justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo foi

atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações

centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela redução das

amortizações em 7,2%.

Page 40: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

40

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1%

Amortizações 15 14 13 -1,0 -7,2%

Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 106 160 101 -59 -37%

Imparidade de outros activos 44 40 26 -14 -36%

Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. -

Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no

valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em relação

ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014 para 130,8%

em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros vencidos 658 672 668 -4 -0,5%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total do SICAM que passou

de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 2015. Em 2015 apesar do aumento do

crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no valor

das aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

Page 41: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

41

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a

particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa um

aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros (4,3%).

Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco

Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de

euros.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219

Caixa Central 6.020 5.765 255

SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou um

crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de

transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior ao

valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos bastante

abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.

Page 42: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

42

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do “Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada. O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL, em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”;

• A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015,

sido desenvolvida uma acção de formação e apoio à instalação frutícola destinada a

empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração

agrícola.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções

em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela revista

britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em

Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais.

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.

Page 43: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

43

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA

Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest),

foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos

de Investimento Colectivo”, na categoria “Fundos de

Obrigações de Taxa Indexada”.

Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de transacções realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de 2014. No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de 1.465 máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em 2015. A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva, verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do número de transacções efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento automático do Crédito Agrícola. Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7 p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções com cartões (+8,1%), assim como, um aumento do volume de transacções em valor (+6,3%). No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de 2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos 400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis. Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções juntos dos meios de comunicação

social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais concedidas pelo

Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação. Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:

• “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objectivo promover as soluções de

crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

• “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas

duplas para a Europa. O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao target mais jovem e ao público dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página oficial de Facebook.

Page 44: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

44

Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014),

o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o

patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de

Economia”. Tratando-se de um programa sobre a actualidade financeira com um

formato diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido impactar

mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a

alguns desportistas, modalidades e eventos, como: • Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;

• 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;

• Entre outros eventos e atletas. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris.

Page 45: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

45

EVOLUÇÃO DA CAIXA

As condições atrás descritas influenciaram todo o sistema bancário em 2015 e naturalmente também a Caixa do Ribatejo Norte e Tramagal na sua actividade, contudo verificou-se uma evolução bastante positiva na actividade bancária, quer na actividade complementar, com particular incidência nas seguintes rubricas:

� Na carteira de crédito verificou-se um crescimento interessante quando

comparado com os anos anteriores com consequências positivas ao nível da margem financeira;

� No crédito vencido verificou-se um aumento durante o ano de 2015 na ordem

dos 2 %, com consequências negativas na margem financeira; � Na carteira de recursos verificou-se um forte crescimento, com impacto

positivo ao nível da margem financeira, dado o diferencial de remunerações entre o pago e o recebido por aplicação em depósitos a prazo na Caixa Central;

� Nos resultados que se ressentiram dos efeitos, quer do grande volume de

crédito vencido, que por um lado deixa de contribuir para a margem financeira e por outro lado obriga a aumento da dotação para provisões, quer do efeito das taxas de juro praticadas em consequência da manutenção em níveis mínimos do indexante Euribor em todas as suas maturidades, verificou-se uma inversão da tendência negativa que se vinha registando ao longo dos últimos anos.

No que respeita à carteira de recursos, esta registou um expressivo aumento em 2015, tendo para isso contribuído de alguma forma os acontecimentos verificados no Sector Bancário, permitindo um aumento dos recursos sem ser por força da taxa de juro praticada. Para além do aumento referido é de realçar que a Caixa continuou a redirecionar recursos para produtos fora do balanço como forma de manutenção dos recursos no Grupo Crédito Agrícola.

Page 46: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

46

PERSPECTIVAS FUTURAS

As perspectivas para o ano de 2016 são de algum optimismo, comparativamente ao ano de 2015, muito embora se reconheçam algumas dificuldades na actividade económica, o que terá inevitavelmente reflexos negativos ao nível da actividade do sector onde estamos inseridos.

A manutenção de taxas historicamente baixas, designadamente ao nível da

Euribor continua a ser motivo de grande preocupação, pois tem reflexos muito negativos nas contas de exploração por via da margem financeira.

O crédito vencido continuará a pesar fortemente no balanço da Caixa, mesmo

perspectivando-se que ele sofra uma diminuição com alguma expressão durante o ano de 2016, com consequências positivas ao nível dos resultados.

ACTIVIDADE DA CAIXA EM 2015

Neste exercício procurámos dar especial atenção à dinamização do negócio com particular incidência na manutenção/captação de Recursos sem contudo recorrer a remunerações a taxas proibitivas, à concessão de Crédito, ao combate ao Crédito Vencido e à alienação de imóveis detidos para venda.

O grau de cobertura do crédito vencido, por provisões, registou neste exercício um

aumento, passando a estar coberto a 94,23 %, quando no ano transato a cobertura era de 85,60 %.

O crédito concedido em situação regular aumentou em 2015, este aumento

situou-se na ordem dos 5,61 %. Na actividade complementar, onde se inclui entre outros a venda de seguros, o

leasing e os fundos, a Caixa apresentou bons resultados. Registou-se durante o ano de 2015 a entrada de 174 novos associados. A Caixa, apesar da conjuntura menos favorável, continuou a apoiar um grande

número de eventos de natureza social, cultural e desportiva em diversas localidades da sua área de intervenção.

O Rácio de Solvabilidade apresentou em 2015, o valor de 15 %. Os Fundos Próprios atingiram no final de 2015 o montante de 12.632.037 Euros.

Page 47: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

47

INDICADORES DE ACTIVIDADE DEPÓSITOS DEPÓSITOS À ORDEM Verificou-se nesta rubrica um acréscimo de 17,17 % relativamente ao exercício anterior. No final deste exercício os Depósitos à Ordem representavam 27,04 % do total dos Depósitos.

DEPÓSITOS À ORDEM

( Euros)

2012 ∆∆∆∆%%%% 2013 ∆∆∆∆%%%% 2014 ∆∆∆∆%%%% 2015

29.862.559 -4,65 28.473.768 6,21 30.240.964 17,17 35.432.314

05000000

10000000150000002000000025000000300000003500000040000000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS À ORDEM

Page 48: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

48

DEPÓSITOS A PRAZO No saldo destas contas, que incluem as Poupanças, no período em apreço verificou-se um acréscimo de 9,29 % comparativamente com o ano anterior.

DEPÓSITOS A PRAZO ( Euros)

2012 ∆∆∆∆%%%% 2013 ∆∆∆∆%%%% 2014 ∆∆∆∆%%%% 2015

92.522.998 -6,02 86.953.142 0,58 87.454.886 9,29 95.580.726

0100000002000000030000000400000005000000060000000700000008000000090000000

100000000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS A PRAZO

Page 49: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

49

CRÉDITO CONCEDIDO Verificou-se um acréscimo no Crédito Concedido Vivo de cerca de 1,64 %. O Rácio de Transformação no final do ano situou-se nos 73,61 %.

CRÉDITO CONCEDIDO ( Euros)

2012 ∆∆∆∆%%%% 2013 ∆∆∆∆%%%% 2014 ∆∆∆∆%%%% 2015

81.022.018 -7,39 79.422.237 -1,97 80.721.419 1,64 85.334.386

0

20000000

40000000

60000000

80000000

100000000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO

Page 50: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

50

CRÉDITO E JUROS VENCIDOS Constata-se um aumento no Crédito e Juros Vencidos na ordem dos 2,11 % comparativamente ao ano anterior. O Rácio Crédito Vencido/Crédito Total passou a situar-se nos 11,54 % contra os 11,88 % do ano anterior. O Crédito Vencido Líquido de provisões representa 1,76 % do Crédito Total.

CRÉDITO E JUROS VENCIDOS ( Euros)

2012 ∆∆∆∆%%%% 2013 ∆∆∆∆%%%% 2014 ∆∆∆∆%%%% 2015

11.109.561 5,40 11.709.409 -6.89 10.902.946 2,11 11.133.361

0

2000000

4000000

6000000

8000000

10000000

12000000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO VENCIDO

Page 51: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

51

SEGUROS REAIS A produção nova em Seguros Reais, atingiu no final deste exercício de 2015 o montante de 217.911,00 €, tendo registado uma variação positiva de 17,44 %, quando comparada com o ano anterior.

SEGUROS REAIS ( Euros)

2012 2013 2014 2015

247.770 182.272 185.551 217.911

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DOS SEGUROS REAIS

Page 52: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

52

SEGUROS DE VIDA A produção nova em Seguros de Vida, nomeadamente Vida Risco e Vida Investimento, atingiu no final do ano de 2015 o montante de 2.471.926 Euros, tendo-se registado uma variação negativa da ordem dos -32,14 %, quando comparada com o ano anterior.

SEGUROS DE VIDA ( Euros)

2012 2013 2014 2015

4.088.103 3.975.652 3.642.481 2.471.926

0500000

10000001500000200000025000003000000350000040000004500000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DOS SEGUROS DE VIDA

Page 53: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

53

FUNDOS DE INVESTIMENTO A carteira em Fundos de Investimento durante o ano de 2015 situou-se nos 7.854.562 €, tendo-se registado uma variação positiva de 16,18 %, em comparação com o ano anterior.

FUNDOS DE INVESTIMENTO ( Euros)

2012 2013 2014 2015

3.045.491 3.888.734 6.760.613 7.854.562

0100000020000003000000400000050000006000000700000080000009000000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO

Page 54: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

54

RESULTADOS Apurou-se um Resultado Liquido no final deste exercício de 602.849 Euros, devido essencialmente à Regularização de Crédito Vencido com a correspondente anulação de provisões e ainda às mais valias decorrentes da alienação de participações financeiras nas seguradoras do grupo.

RESULTADOS ( Euros)

2012 2013 2014 2015

-687.977 -1.067.469 -441.2399 602.849

-1000000

-800000

-600000

-400000

-200000

0

200000

400000

600000

800000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS

Page 55: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

55

CASH FLOW No que se refere ao Cash Flow Bruto (Resultado Bruto do Exercício + Amortizações + Provisões), verifica-se que o mesmo atingiu um valor de 1.483.403 Euros, o que em termos relativos resultou numa variação positiva de 3,10 % quando comparado com o ano anterior.

CASH FLOW ( Euros)

2012 ∆∆∆∆%%%% 2013 ∆∆∆∆%%%% 2014 ∆∆∆∆%%%% 2015

1.261.787 -33,39 840.433 71.19 1.438706 3.10 1.483.403

0200.000400.000600.000800.000

1.000.0001.200.0001.400.0001.600.000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DO CASH FLOW

Page 56: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

56

RÁCIO DE SOLVABILIDADE O Rácio de Solvabilidade registou uma variação de -6,3%, apresentando o valor de

15 %.

RÁCIO DE SOLVABILIDADE

( Euros)

2012 ∆∆∆∆%%%% 2013 ∆∆∆∆%%%% 2014 ∆∆∆∆%%%% 2015

16,5 -1.4 15,1 1,1 16 -6.3 15

02468

1012141618

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DO RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Page 57: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

57

FUNDOS PRÓPRIOS

Os Fundos Próprios, registaram uma variação de -0.62 %, atingindo no final do exercício o valor de 12.632.037 Euros.

FUNDOS PRÓPRIOS

( Euros)

2012 ∆∆∆∆%%%% 2013 ∆∆∆∆%%%% 2014 ∆∆∆∆%%%% 2015

12.809.326 -11,97 11.276.478 12,70 12.710.259 -0,62 12.632.037

0

2000000

4000000

6000000

8000000

10000000

12000000

14000000

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DOS FUNDOS PRÓPRIOS

Page 58: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

58

EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL O Quadro de Pessoal no ano de 2015, manteve-se inalterado, comparativamente

ao ano anterior.

QUADRO DE PESSOAL

(Unidades) 2012 2013 2014 2015

53 53 53 53

05

1015202530354045505560

2012 2013 2014 2015

EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL

Page 59: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

59

MOVIMENTO DE SÓCIOS Sócios demitidos : - A seu pedido

Nº 53900000626 ISAURA JESUS HENRIQUES ALVES BENTO

Nº 53900001049 MANUEL GONCALVES DIAS

Nº 53900001094 MANUEL PASSARINHO RIBEIRO

Nº 53900001137 CELSO DIAS MARIANO

Nº 53900001289 LAURA FERNANDES DINIS DUARTE

Nº 53900001396 JORGE MANUEL ROSA FRANCISCO

Nº 53900001725 GEORGETE MARIA TOMAS GONCALVES

Nº 53900001770 JOSE RICARDO MATOS

Nº 53900001878 FERNANDA VIEIRA BARRALE

Nº 53900002065 JOAO JOSE SILVA MARQUES

Nº 53900002067 ELIAS MENDES FELIX

Nº 53900002078 SECO & VIEIRA, LDA

Nº 53900002109 ABRANFLOR - GESTAO DE ESPACOS VERDES LDA

Nº 53900002111 ANTONIO JOSE MARQUES NARCISO

Nº 53900002116 MANUEL VITORIA SIMAO

Nº 53900002206 PEDRO ALEXANDRE PEREIRA MARQUES MARCHANTE

Nº 53900002218 ARMANDO MANUEL SERRANO ALVES-UNIPESSOAL, LDA.

Nº 53900002232 SARNOVA-SOC. DE PAPELARIAS-SOC.UNIPESSOAL,LDA

Nº 53900002364 MARCO JOSE RIBEIRO SERRAS

Nº 53900002487 LILIANA ISABEL ALVES VITORIA

Nº 53900002501 CRISTIANO MANUEL CATARINO BERNARDO

Nº 53900002511 ACADEMIA NA PALMA DA MAO, LDA

Nº 54300004435 ANTONIO SEBASTIAO PRAZERES

Nº 54300004793 EDUARDO OLIVEIRA SARAIVA

Nº 54300004809 JOAO MARIA CORREIA PACHECO

Nº 54300005391 ANTONIO ANTUNES LUZ

Nº 54300005569 ANTONIO AUGUSTO BARROSO FERREIRA

Nº 54300005608 FERREIRA & DOMINGUES,LDA.

Nº 54300005894 AGOSTINHO CARMO ANTONIO

Nº 54300006028 M.I.E.X.-MANUT E INST DE EXTINTORES LDA

Nº 54300006037 MANUEL CABELEIRA TOMAZ

Nº 54300006082 NELSON RENATO DOMINGUES VIEIRA

Nº 54300006155 PERISCOPIA - SERVICOS DE COPIA E SISTEMAS INFORMATIC

Nº 54300006180 FILIPA CATARINA SILVA CARDOSO

Nº 54300006187 JOSE MANUEL BRANCO SOARES

Nº 54300006192 MARCO ALEXANDRE FERNANDES MOITAS FOJO

Nº 54300006209 CRISTINA MARIA CARVALHO REBELO MIRA

Page 60: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

60

Nº 54300006223 JOAQUIM JOSE LUIS ROQUE

Nº 54300006230 JG- SOCIEDADE DE MEDIACAO DE SEGUROS LDA

Nº 54300006248 CARLOS GONCALVES BENTO

Nº 54300200870 JOAQUIM DA FONSECA LUIS

Nº 54300200877 MANUEL DUARTE DE OLIVEIRA

Nº 54300201038 JOAQUIM OLIVEIRA LOPES

Nº 54300201137 MARIA LOPES SIMOES GONCALVES

Nº 54300201181 FERNANDO MANUEL OLIVEIRA GRACA

Nº 54300201287 MARIA FILIPA CORTE REAL DE LEMOS MACEDO

Nº 54300201466 GUILHERME JULIO MATOS DA COSTA

Nº 54300201619 HORACIO DA COSTA FERREIRA ATALAIA

Nº 54300201640 ROSIL DA ROSA SANTOS

Nº 54300201641 ANA MARIA FONSECA SANTOS PINTO

Nº 54300201896 REINOLAR - COMÉRCIO DE UTILIDADES DOMESTICAS LDA

Nº 54300201921 PEDRO JOSÉ FLORES RIBEIRO CORREIA

Nº 54300202009 ABILIO VIEIRA BATISTA

Nº 54300300889 ANTONIO RAMOS PINHEIRO

Nº 54300301625 PAULA CRISTINA AMADO BANITO

Nº 54300301643 JULIA GRACA GARCIA

Nº 54300301851 RUI MANUEL CARVALHO PINTO DORIA

Nº 54300401669 MODENOR - MOVEIS E DECORACOES DO NORTE LDA

Nº 54300401805 MARCO JOSE PIMENTA TONDELA

Nº 54300401838 NELIO JOSE DA SILVA LOPES

Nº 54300401845 JOSE MANUEL MESTRE DA GLORIA

Nº 54300401880 BARROSO & TAVARES - CONSTRUÇÕES SOC. UNIPESSOAL LDA

Nº 54300401895 MANUEL SILVA CARVALHO

Nº 54300401931 VITOR MIRA & CRISTINA, LDA.

Nº 54300402018 CESAR BRUNO VIEIRA BRANCO

Nº 54300402094 MARIA RAFAELA PIRES ALCOBIA

Nº 54300402102 CAFE A TALHA LDA

Nº 54300402151 NATALIA DIAS JORGE

Nº 54300402160 RUI ANTONIO MARTINS BARRETO

Nº 54300402205 TRANSPORTES-A J L -SALGUEIRO UNIPESSOAL LDA

Nº 54300402209 MARIA OTILIA COSME DIAS

Nº 54300402319 VITOR MANUEL DO CARMO ANTUNES

Nº 54300402435 PAULO ALEXANDRE B. P. R.SANTOS

Nº 54300402496 PAULA SALVADOR, UNIPESSOAL, LDA

Nº 54300402533 ANTÓNIO MENDES ANTUNES, LDA

Nº 54300402558 MARIA CONCEIÇÃO DAMASO

Nº 54300402569 ALBERTO ANTUNES

Nº 54300402640 MARCO ANDRE COSTA REIS

Nº 54300402682 CACHADO & CORREIA-ACTIV.DE HOTELARIA E IMÓVEIS,LDA

Nº 54300402694 CARLOS ALBERTO MENDES FREITAS DE SOUSA

Nº 54300402739 CESALTINA SOUSA PEREIRA ANCI

Nº 54300402768 JOAO SILVA

Nº 54300402778 PAULO JORGE REIS SANTOS

Page 61: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

61

Nº 54300402781 GRACINDA DUARTE LOPES RODRIGUES

Nº 54300402847 EXPRESSO VESTE, UNIPESSOAL LDA.

Nº 54300402850 CARINA GONCALVES FERNANDES

Nº 54300402859 PAPELARIA TERMINAL LDA

Nº 54300402994 PARCELALFAZEMA SOCIEDADE AGRICOLA,LDA

- Por falecimento

Nº 53900000045 JOSE OLIVEIRA JESUS

Nº 53900000300 ISMAEL MARQUES COUTO SOARES

Nº 53900000390 JOSE MANUEL SANTOS MOEDAS

Nº 53900001138 LAURA SILVA NOVO DIAS MARIANO

Nº 53900001382 JOAQUIM NORDESTE OLIVEIRA

Nº 54300004523 EDUARDO CARVALHO CALCAS

Nº 54300005030 JOAO NEVES

Nº 54300006137 JOSE RAMOS ESTEVES

Nº 54300200761 JORGE MANUEL MARQUES LOPES

Nº 54300201561 JOSE MARIA PIMPAO

Nº 54300201968 JAIME DA CRUZ FRANCISCO

Nº 54300300722 JOAO MANUEL MENDES DIAS

Nº 54300301860 JOSE FERNANDES

Nº 54300402580 ANTONIO NETO JUNIOR

Nº 54300402581 JOAO MARQUES BACALHAU Nº 54300402637 CARLOS VIEIRA SILVA PINHEIRO

MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2015

EXISTENTES INICIO ANO

ADMISSÕES DEMISSÕES EXISTENTES

FIM ANO

SÓCIOS 8.544 174 104 8.614 Torres Novas, 26 de Fevereiro de 2016

O Conselho de Administração

Page 62: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

62

Page 63: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

63

Map

as

Page 64: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

64

Page 65: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

65

Page 66: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

66

CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO RIBATEJO NORTE E TRAMAGAL, CRL

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 31-12-2015 31-12-2014

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimento de juros e comissões 6.171.214 6.709.695 Pagamento de juros e comissões (1.191.332) (1.740.989) Pagamentos ao pessoal e fornecedores (3.814.365) (3.798.466) Contribuições para o fundo de pensões (8.770) (4.944) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (156.741) (63.306) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 519.586 302.052

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 1.519.593 1.404.043

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - - Activos disponíveis para venda 398.345 (71.795) Aplicações em instituições de crédito 13.494.330 (3.943.080) Crédito a clientes 4.774.648 557.594 Investimentos detidos até à maturidade - - Derivados de cobertura - - Activos não correntes detidos para venda 1.152.591 540.488 Outros activos (232.092) 1.761 (…) - -

19.587.821 (2.915.031)

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - - Recursos de outras instituições de crédito 8.261.173 (5.977.620) Recursos de clientes e outros empréstimos 13.021.652 2.170.179 Outros passivos (35.781) (134.810) (…) - -

21.247.044 (3.942.251)

Caixa líquida das actividades operacionais 3.178.815 376.823

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Variação de activos tangíveis e intangíveis 11.833 385.889 Recebimento de dividendos (2.107) (2.106) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 177.150 - (…) - -

Caixa líquida das actividades de investimento 186.877 383.783

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento de capital - 27.560 Diminuição de capital (103.370) - Pagamento de dividendos - - Variação de passivos subordinados - - Reservas (139.323) 89.549 (…) - -

Caixa líquida das actividades de financiamento (242.693) 117.109

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) 2.749.246 110.148

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.581.585 3.471.437

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (b) 6.330.831 3.581.585

Page 67: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

67

Page 68: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

68

Page 69: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

69

An

exo

às

Co

nta

s

Page 70: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

70

Page 71: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

71

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ribatejo Norte e Tramagal, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Ribatejo Norte e Tramagal) é uma instituição de crédito constituída em 15 de Novembro de 1995 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada, tendo em 1 de Janeiro de 2014 efectuado uma fusão por integração com a Caixa de Crédito Agricola Mútuo do Tramagal, CRL.. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Praça 5 de Outubro n.º 37, em Torres Novas e através de uma rede de 10 balcões situados nos concelhos de Torres Novas, Entroncamento, Tomar, Abrantes e Sardoal. No decorrer da introdução da IAS 32, alteração das políticas contabilísticas, o Capital Especial considerado como Capital Próprio no PCSB, foi reconhecido no passivo em “Instrumentos representativos de Capital”. As notas cujos números não são indicados neste anexo não tem aplicação por inexistência de valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e

contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo

definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo

deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações

Page 72: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

72

extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento

do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso 7/2008, de 14

de Outubro de 2008), o qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos

impactos de transição tal como permitido no Aviso 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. 2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como

as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

Em 30 de Junho de 2015 a comparabilidade das rubricas de balanço é feita com 31/12/2014.

Nas rubricas de resultados é feita com o mês homólogo ou seja 30/06/2014. 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no

período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo

são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas

Page 73: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

73

decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações

introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a

créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

Page 74: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

74

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos

mas inferior a dez anos; . Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos

da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a

classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a

riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou

operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e

dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao

Page 75: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

75

custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o

custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na

data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

ii) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

iii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

iv) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com

excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros,

as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação

de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para

Page 76: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

76

títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas

por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade,

a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2007 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

Page 77: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

77

g) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

h) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida Companhia de Seguros, S.A. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões,

assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

Page 78: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

78

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela CA Vida – Companhia de Seguros, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 7 e 9 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

i) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e

passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por

empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

Page 79: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

79

4. RELATO POR SEGMENTOS No exercício de 2015 e de 2014, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos

resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal. Nos exercícios de 2015 e 2014, a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio é a

seguinte:Ano 2015

Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total

Margem financeira - - - 3.359.581 3.359.581

Rendimentos de instrumentos de capital - - - 2.107 2.107

Resultados de serviços e comissões - - - 1.620.302 1.620.302

Outros resultados de exploração e outros - - - 481.289 481.289

Produto bancário - - - 5.463.279 5.463.279

Custos com pessoal e gastos gerais administrativos - - - (3.823.135) (3.823.135)

Amortizações do exercício - - - (200.853) (200.853)

Provisões e imparidade - - - (679.701) (679.701)

Resultado antes de impostos - - - 759.590 759.590

Impostos - - - (156.741) (156.741)

Resultado líquido do exercício - - - 602.849 602.849

Activos financeiros detidos para negociação - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - 407.389 407.389

Aplicações em instituições de crédito - - - 46.533.918 46.533.918

Crédito a clientes - - - 86.015.543 86.015.543

Recursos de outras instituições de crédito - - - 8.899.606 8.899.606

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - 131.409.529 131.409.529

Ano 2014Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total

Margem financeira - - - 3.377.450 3.377.450

Rendimentos de instrumentos de capital - - - 2.106 2.106

Resultados de serviços e comissões - - - 1.591.256 1.591.256

Outros resultados de exploração e outros - - - 271.303 271.303

Produto bancário - - - 5.242.116 5.242.116

Custos com pessoal e gastos gerais administrativos - - - (3.803.410) (3.803.410)

Amortizações do exercício - - - (190.507) (190.507)

Provisões e imparidade - - - (1.626.132) (1.626.132)

Resultado antes de impostos - - - (377.933) (377.933)

Impostos - - - (63.306) (63.306)

Resultado líquido do exercício - - - (441.239) (441.239)

Activos financeiros detidos para negociação - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - 50 50

Aplicações em instituições de crédito - - - 33.039.588 33.039.588

Crédito a clientes - - - 81.769.323 81.769.323

Recursos de outras instituições de crédito - - - 638.434 638.434

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - 118.387.893 118.387.893

Page 80: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

80

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Caixa:Moedas nacionais 1.559.197 1.288.931 Moedas estrangeiras 46.451 15.027

1.605.649 1.303.958

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem Caixa central 2.786.754 1.400.171Depósitos à ordem OIC 1.008.253 398.204Cheques a cobrar 929.510 478.630Outras disponibilidades -

4.724.517 2.277.004

Juros a Receber 665 623

4.725.182 2.277.627

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Títulos

Emitidos por residentesInstrumentos de dívida 407.389 50

407.389 50

Em 18 de Dezembro de 2015, a Caixa Agrícola subscreveu Obrigações da CA Vida no valor de 407 000 Euros, referente a 407 Obrigações. A remuneração no primeiro semestre é de 3%, sendo que, nos semestres seguintes o valor está indexado à Euribor a 12 meses, acrescido de 3 pontos percentuais. A taxa de juro nominal nunca será inferior ao Spread. O prazo da operação é indeterminado, com reembolso, parcial ou total, por iniciativa do emitente, decorridos não menos de cinco anos.

Page 81: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

81

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Em outras instituições de crédito:

Depósitos Caixa Central 46.533.918 33.039.588

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 7.950.000,00 6.091.637Entre três meses e um ano 38.403.000 26.756.405Entre um ano e três anosEntre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

46.353.000 32.848.042Juros a receber 180.918 191.546

46.533.918 33.039.588

Page 82: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

82

11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Crédito interno

Médio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 1.256.232 1.499.733

Empréstimos à habitação regime geral 26.963.803 25.691.183

Empréstimos com garantia real 33.161.826 33.740.795

Empréstimos sem garantia real 8.218.033 7.089.623

Curto prazo

Outros créditos

Cartões Crédito 428.732 435.925Outros créditos 8.003.032 5.649.283

Créditos em conta corrente

Clientes 7.174.225 6.483.001

Descobertos em depósitos à ordem

Outros residentes 128.503 131.876

85.334.386 80.721.420

Juros a receber 321.006 365.666

Comissões associadas ao custo amortizado:Receitas com rendimento diferido (281.541) (248.476)

(281.541) (248.476)

Total crédito não vencido 85.373.851 80.838.609

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 11.077.050 10.841.559

Juros vencidos 56.311 61.387

Total crédito e juros vencidos 11.133.361 10.902.946

96.507.212 91.741.555

Provisões

Para crédito e juros vencidos (9.632.020) (9.332.460)Para crédito de cobrança duvidosa (859.655) (639.772)

(10.491.675) (9.972.232)

86.015.537 81.769.323

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 766.474,04 Euros e 708.324,95, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 8.838.535 7.435.463

Entre três meses e um ano 6.331.174 5.158.100

Entre um ano e cinco anos 10.027.056 10.898.642

Mais de cinco anos 60.041.884 57.174.698

Indeterminada 11.268.564 11.074.652

96.507.212 91.741.555

Page 83: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

83

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 5.937.291 4.812.909Outros Imóveis - -Equipamento 4.557 4.557Outros a) 44.892 44.892

5.986.740 4.862.358

Imparidade:Imóveis (239.392) (174.646)EquipamentoOutros a) (44.892) (44.892)

(284.284) (219.538)

a) Corresponde a 300 acções da Ribacarne, SA, recebidas em Dacção

O movimento desta rubrica durante o exercício de 2015 e o exercício de 2014 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 4.812.909 (174.646) 1.456.591 (332.208) - (71.417) 6.671 5.937.291 (239.392) 5.697.899Equipamento 4.557 - - - - - 4.557 - 4.557Outros 44.892 (44.892) - - - 44.892 (44.892) (0)

4.862.358 (219.538) 1.456.591 (332.208) - (71.417) 6.671 5.986.740 (284.284) 5.702.456

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 4.303.171 (176.646) 1.589.988 (1.080.250) - 2.000 4.812.909 (174.646) 4.638.263Equipamento 4.557 - - - - - 4.557 - 4.557Outros 44.892 (44.892) - - - 44.892 (44.892) (0)

4.352.620 (221.538) 1.589.988 (1.080.250) - - 2.000 4.862.358 (219.538) 4.642.820

01-01-2015 31-12-2015

01-01-2014 31-12-2014

Page 84: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

84

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante o exercício de 2015 e no exercício de 2014:

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 624.909 - - - - 624.909

Edificios 3.074.674 (821.819) (59.974) - - - 2.192.881

Outros 503.048 (138.201) 266.748 (19.617) - - - 611.978

Obras em imóveis arrendados 88.827 (62.919) (8.883) - - - 17.025

Outros imóveis - - - - - - - - -

4.291.458 (1.022.940) - - 266.748 (88.473) - - - 3.446.794

Equipamento:

Mobiliário e material 355.698 (279.709) 66.333 (30.159) - - - 112.164

Máquinas e ferramentas 246.010 (234.713) (10.209) - - - 1.088

Equipamento informático 428.144 (417.181) (1.575) - - - 9.388

Instalações interiores 367.543 (263.274) 35.217 (35.160) - - - 104.326

Material de transporte 310.325 (215.501) 20.609 (8.372) - - (13.090) 93.971

Equipamento de segurança 472.479 (340.302) (26.580) - - 105.597

Outro equipamento 110.669 (110.262) (325) - - - 81

2.290.868 (1.860.942) - 20.609 101.550 (112.380) - - (13.090) 426.616

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 515.357,10 - - - (368.297,91) - - (5.773,99) 141.285

7.097.684 (2.883.882) - 20.609 0 (200.853) - (5.774) (13.090) 4.014.694

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 624.909 - - - - - - - - 624.909

Edificios 3.074.674 (761.846) - - - (59.974) - - - 2.252.854

Outros 503.048 (128.111) - - - (10.090) - - - 364.847

Obras em imóveis arrendados 88.827 (54.037) - - - (8.883) - - - 25.908

Outros imóveis - - - - - - - - - -

4.291.458 (943.993) - - - (78.946) - - - 3.268.519

Equipamento:

Mobiliário e material 355.698 (257.477) - - (22.233) - - - 75.989

Máquinas e ferramentas 245.182 (218.659) - 828 - (16.054) - - - 11.297

Equipamento informático 417.153 (416.347) - 10.990 - (834) - - - 10.963

Instalações interiores 367.543 (231.195) - - - (32.079) - - - 104.269

Material de transporte 310.325 (207.042) - - - (8.459) - - - 94.824

Equipamento de segurança 490.747 (327.309) - - - (31.261) - - 132.177

Outro equipamento 110.669 (109.622) - - - (640) - - - 407

2.297.318 (1.767.650) - 11.818 - (111.560) - - - 429.926

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 141.285 - - 374.072 - - - - 515.357

6.730.061 (2.711.643) - 385.890 - (190.507) - - - 4.213.802

31-12-2014

31-12-2013

Page 85: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

85

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante o exercício de 2015 e no exercício de 2014 foi o seguinte:

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas ImparidadeAquisiçõesTransferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 382.624 82.624 - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

382.624 82.624 - - - - - - - -

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas ImparidadeAquisiçõesTransferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 382.624 382.624 - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

382.624 382.624 - - - - - - - -

01-01-2015

01-01-2014

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014

CA Informática Informática Damaia 0,34 22.710 22.710CA Vida Seguros Lisboa 0,00 127 50.014CA Seguros Seguros Lisboa 0,00 64 122Fenacam Cooperativo Lisboa 0,08 394 394Caixa Central Banca Lisboa 1,01 3.059.540 3.059.540

CA Seguros & Pensões SGPS Seguros Lisboa 0,18 227.095 0

3.309.930 3.132.780

Os dados financeiros conhecidos não auditados, mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464

Fenacam 7.269.121 4.917.483 -346.093

CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282

CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298

CA Informatica 18.573.279 7.017.874 395.900

CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 -186

Em Dezembro de 2015 alienou a quase totalidade da sua participação no capital das seguradoras ao valor de mercado, tendo adquirido com o produto da venda a participação na CA Seguros e Pensões SGPS ao valor nominal.

Page 86: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

86

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 30 de Junho de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 eram os seguintes:

31-12-2015 31-12-2014Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.075.495 992.367Por prejuízos fiscais reportáveis 274.720 427.304

1.350.214 1.419.671Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias (9.638) (9.916)

1.340.577 1.409.755

Activos por impostos correntesPagamentos por conta 39.980 10.844Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar - -

39.980 10.844Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 47.583 10.541

87.563 21.385

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2015 foi o seguinte:

31-12-2015

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015

. Activos tangíveis e imparidade - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 55.314 - 808 - 56.121

. Encargos com saúde 5.575 - - 5.575

. Provisões não aceites fiscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa 140.772 - 6.497 - - 147.269

Provisões para crédito vencido Garantia Hipotecária 686.561 - (22.444) - 664.117

Provisões para crédito vencido S/Garantia Hipotecária - -

Provisões para riscos gerais de crédito 78.331 - 13.084 - 91.414

Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para outras aplicações 25.814 - 85.184 - - 110.998

Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -

. Pensões

Reformas antecipadas - - - - - -

Desvios actuariais - - - - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente 9.916 - (278) - 9.638

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis 427.304 - (152.584) - - 274.720

. Comissões - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(…) -

1.429.587 - (69.734) - - 1.359.852

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

Page 87: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

87

31-12-2015 31-12-2014

Impostos correntes 87.563 13.585 Imposto Exercicio 87.563 13.585 IRC Anos Anteriores

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 69.179 49.721Prejuízos fiscais reportáveis (152.584) -

156.742 63.306

Total de impostos reconhecidos em resultados 156.742 63.306

Resultado antes de impostos 759.590 (377.933) De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015. A Caixa Crédito Agrícola Mútuo Ribatejo Norte e Tramagal é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros. No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um ACE.

Page 88: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

88

21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Outros activosOutros metais preciosos 3.884 3.884Devedores por operações sobre futurosSector Público Administrativo

IVA a recuperarReembolsos pedidos IMT 109.478 80.135

Despesas a debitar a clientesBonificações a receber 424 5.700Outros devedores diversos 234.236 402.494Outros Juros e Rendimentos Similares 238.305 217.887Outros Rendimentos a Receber 4.529 8.952Devedores Outras Aplicações

590.856 719.052Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 32.437 64.881Seguros 21.019 21.028Outras Despesas a Diferir - SAMSOutras 0 0

53.456 85.909

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar 0 -Operações activas a regularizar 743.604 635.853Responsabilidades c/Pensões 72.373Outras

743604 708.226

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos (121.899) (84.533)(…) - -

(121.899) (84.533)

1.266.018 1.428.654

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Recursos de instituições de crédito no paísDepósitos 8.898.766 638.387

8.898.766 638.387

Juros a pagar 839 46

8.899.606 638.434

Page 89: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

89

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 8.899.606 638.434Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

8.899.606 638.434

Os valores acima mencionados, referem-se à conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM, tendo gerado juros a pagar a uma taxa fixa anual de 0,20%, no valor de 46 euros em 2014 e de 840 euros em 31/12/2015. Esta conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM foi criada no âmbito das Linhas de refinanciamento TLTRO do BCE ao SICAM com o objetivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento. As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018 e são remuneradas a uma taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com reembolso antecipado obrigatório em Setembro de 2016 caso a evolução do crédito elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE. As CCAM terão acesso a esta linha de financiamento por intermédio de operações com a CCCAM, através das quais serão efetuadas transferências de fundos de acordo com o crédito concedido por cada CCAM e com um limite inicialmente estabelecido de acordo com o Ponderador de Carteira de Crédito Total (PCCT) de cada uma.

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Depósitos À ordem 35.432.314 30.240.964A prazo 68.366.794 61.427.513De poupança 27.213.931 26.027.373

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 43.705 68.205Outros 1.339 3.031

Juros a pagar 351.462 620.807

131.409.546 118.387.893

Page 90: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

90

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 67.704.000 64.423.386Entre três meses e um ano 61.848.477 52.034.733Entre um ano e três anos 1.578.752 1.891.400Entre três e cinco anos 50.784 10.657Mais de cinco anos 227.533 27.717

131.409.546 118.387.893

30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante o exercício de 2015 e o

exercício de 2014 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 30-06-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 639.772 264.992 (45.110) - 859.655- Crédito e juros vencidos 9.332.460 5.686.953 (5.387.395) - 9.632.018- Risco-país - - - - - -

9.972.227 5.951.945 (5.432.505) - - 10.491.672Provisões: - Riscos gerais de crédito 708.325 224.093 (165.945) - - 766.473 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

708.325 224.093 (165.945) - - 766.473

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 219.538 71.417 (6.671) - - 284.284Outros activos tangíveis - - - -Outros activos 84.533 37.600 (234) - - 121.899

304.071 109.017 (6.905) - - 406.182

10.984.623 6.285.055 (5.605.354) - - 11.664.328

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 272.640 547.337 (180.205) - 639.772- Crédito e juros vencidos 8.083.515 3.453.725 (2.203.963) (822) - 9.332.455- Risco-país - - - - - -

8.356.155 4.001.062 (2.384.168) (822) - 9.972.227Provisões: - Riscos gerais de crédito 700.824 114.610 (107.109) - - 708.325 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

700.824 114.610 (107.109) - - 708.325

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 221.538 (2.000) - - 219.538Outros activos tangíveis - - -Outros activos 80.796 57.999 (54.262) - - 84.533

302.334 57.999 (56.262) - - 304.071

9.359.313 4.173.671 (2.547.539) (822) - 10.984.623

Page 91: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

91

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo:Acções preferenciais

Emitidos - -Readquiridos - -

Outros instrumentos Emitidos 162.155 190.670Readquiridos - -

162.155 190.670

Correcções de valor de passivos - -que sejam objecto de operações de cobertura

162.155 190.670

Este valor diz respeito a Capital Extraordinário reconhecido em 2006 na rubrica de Capital (PCSB)e reclassificado em 2007 de acordo com as NCA, para Instrumentos representativos de Capital

Page 92: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

92

33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Credores e outros recursosCredores por operações sobre futuros -Recursos Diversos 57.265 89.055Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 70.279 104.308Contribuições para a Segurança Social 39.442 38.740Imposto sobre o Valor Acrescentado 5.008 12.745Tributos Autarquias Locais 18.212 15.767

Cobranças por conta de terceiros 3.054 2.925Contribuições para outros sistemas de saúde 9.850 9.460Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões 43.276Adiantamentos recebidos de Imóveis 109.500 -Outros Fornecedores 53.703 53.961Outros credores 69.727 135.591 *

Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros -Por gastos com pessoal

Provisão para férias, subsídio de férias e de Natal - OSProvisão para férias, subsídio de férias e de Natal 252.018 250.420Prémio de antiguidade 249.428 245.838SAMSSubsídio de morteRemunerações variáveisOutros

Por gastos gerais administrativos 1.329 1.245Outros Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 6.625 8.130Outras 1.750 1.740 Valores a regularizarPosição cambial -Operações sobre valores mobiliários a regularizar -Transito Cheques DL 18/2007 29.671 46.920Real Time Cartão Visa Electron 187.674 208.634Carteira Cobradora Efeitos em TransitoIRC Pagamentos por ContaOutras operações a regularizar 18.022 7.016

1.225.834 1.232.498*

Page 93: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

93

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2015 31-12-2014

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 1.883.837 2.608.482Aceites e endossosCréditos documentários abertosOutros passivos eventuaisGarantias reais (activos dados em garantia) 42.417.596

Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 6.682.973 4.413.215Compromissos revogáveis 3.208.644 1.129.292

Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 196.330 208.062Valores recebidos para cobrança 715.035 528.363Valores administrados pela instituiçãoOutras - -

12.686.820 51.305.010

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a estrutura de Capital da Caixa é a

seguinte:

N º de N º deacções % acções %

Associados:Titulos Capital 2.362.726 100% 2.383.400 100%

2.362.726 1 2.383.400 1

31-12-201431-12-2015

Os Títulos próprios obtidos pela Caixa por Incorporação de Reservas representam 83,94% do total do Capital e nos restantes 16,06% não existe nenhum associado com 1% do total do Capital. Os Títulos de Capital têm um valor nominal de 5€.

Page 94: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

94

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Reservas de reavaliação:Reservas de reavaliação do imobilizado 107.087 110.175Outras Reservas reavaliação (Ganhos e Perdas actuariais (30.953) 75.926Outros instrumentos de capital

Reserva legal 1.776.645 1.776.645Outras reservas 47.627 47.632Resultados transitados (1.906.740) (1.436.144) (82.468) 388.133Resultado do exercício 602.849 -441.239 596.515 132.995

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo

Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o

capital.

Page 95: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

95

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 11.538 7.286

Juros de aplicações em instituições de créditoAplicações em instituições de crédito no país 711.995 828.454

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 14.063 13.622Empréstimos 1.578.886 1.502.028Créditos em conta corrente 269.339 345.527Descobertos em depósitos à ordem 26.388 25.391Outros Créditos 1.061 1.154

ParticularesHabitação

Outros créditos 423.123 457.198Consumo

Outros créditos 478.319 * 493.983Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 913 155Empréstimos 563.500 621.245Créditos em conta corrente 81.222 90.562Descobertos em depósitos à ordem 33.307 32.785Outros créditos

Crédito externoEmpresas e administrações públicas

Descobertos em depósitos à ordem 5Particulares Habitação 7.417 6.293 Consumo 2.894

Outras finalidadesDescobertos em depósitos à ordem 4.880Outros Créditos ao Consumo 161 84

Outros Créditos e valores a receber 6.354Emitidos por residentes

De Outros residentesDivida não subordinada 32.020 37.163

Juros de Crédito Vencido 137.092 487.113Juros e Rendimentos similares de outros activos Financeiros

TitulosEmitidos por residentes 339 1

Outros juros e rendimentos similares4.378.462 - 4.956.397

Page 96: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

96

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 12.091 2.857

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.006.790 1.576.090Outros juros e encargos similares

1.018.880 1.578.947

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No paísInvestimentos em filiais 2.107 2.106

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31/12/2015 31/12/2014Por garantias prestadas

Garantias e avales 53.122 63.38853.122 63.388

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 93.943 94.04693.943 94.046

Por serviços prestadosDepósito e Guarda de valoresCobrança de valores 1.765 1.600Transferência de valores 9.798 17.651Gestão de cartões 2.388 4.990Anuidades 86.729 86.757Operações de crédito

Outras operações de crédito 349.442 335.568Outros serviços prestados 778.109 719.560

1.228.231 1.166.127Por operações realizadas por conta de terceiros

Outras operações realizadas por conta de terceiros- -

Outras comissões recebidas 417.456 429.737

1.792.753 1.753.298

Page 97: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

97

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Por garantias recebidas -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 2.199 2.649Operações de crédito - -Cobrança de valores 636 590Administração de valores - -Outros

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 169.617 158.803

172.451 162.042

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Operações cambiais à vista 1.883 1.549Operações cambiais a prazo - -

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveisActivos Não Correntes Detidos para Venda (38.296) (30.749)

Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

(38.296) (30.749)

Page 98: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

98

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Ganhos em activos não financeirosOutros activos tangíveis

Locação operacional - Outros activos tangíveis

Ganhos realizados 177.150Ganhos não realizados (reversão de menos valias) -

177.150 - Outros rendimentos de exploraçãoReembolso de despesas 16.558 12.508Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 175.218 42.632Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 364.531 443.767

Rendimentos da prestação de serviços diversos 35.381 39.715Outros 16.837 35.908

608.526 574.529

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (16.667) (16.380)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (13.046) (47.940)Contribuições para o Fundo de Resolução (12.303) (1.446)Outros encargos e gastos operacionais (180.106) (164.175)Outros Impostos (45.851) (44.085)

(267.974) (274.027)

517.703 300.503

Page 99: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

99

47. GASTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 190.757 206.396Empregados 1.553.873 1.540.413

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões 8.770 31.357Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de FamíliaSegurança Social 348.108 355.723SAMS 89.164 90.046Outros 15.271 16.000

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morteOutros

Outros 9.978 12.473

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuaisOutros - -

2.215.921 2.252.409

O número médio de colaboradores da Caixa em 30 de Junho de 2015 e 30 de Junho de 2014, apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Direcção 1 1Chefias e gerência 13 13Quadros técnicos 39 39AdministrativosOutros 3 3

A política de remunerações em vigor para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte é a seguinte: Assembleia-geral e Conselho Fiscal A forma de remuneração adoptada consiste no pagamento de uma remuneração variável, a título de senhas presença por cada reunião do Órgão a que estiverem presentes. Conselho de Administração A remuneração fixada decorre de deliberação da Assembleia Geral, no âmbito das atribuições que lhe estão estatutariamente cometidas. Essa remuneração consiste na atribuição de um montante fixo

Page 100: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

100

mensal, pago catorze vezes por ano e actualizável, anualmente, nos mesmos termos e percentagem em que o forem os salários dos trabalhadores do Crédito Agrícola, fixados em Acordo Colectivo de Trabalho. Atendendo a que a CCAM, enquanto cooperativa, não tem fins lucrativos, não existe política de remuneração variável, anual ou plurianual, baseada em objectivos assentes em lucros do exercício. Os membros do Conselho de Administração não recebem quaisquer outras compensações adicionais às acima referidas, nomeadamente as relativas ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo. Não são atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste órgão de gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações associáveis a remunerações, nomeadamente, pagamentos desfasados de componente variável ou qualquer outra forma directa ou indirecta de remuneração. No ano de 2015, o detalhe das remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais apresenta-se de seguida:

Assembleia Geral e Conselho Fiscal Fixa Variável Total Presidente Assembleia Geral 1048,86 1.048,86 Vice Presidente Assembleia Geral 400,21 400,21 Secretário Assembleia Geral 800,42 800,42 Presidente Conselho Fiscal 3146,58 3.146,58 Vogal Conselho Fiscal 2401,26 2.401,26 Vogal Conselho Fiscal 2401,26 2.401,26

0,00 10.198,59

Conselho de Administração Presidente 44.321,04 44.321,04 Vice Presidente 20.977,20 20.977,20 Vogal 19.210,08 19.210,08 Vogal 19.210,08 19.210,08 Vogal 19.210,08 19.210,08 Vogal 19.210,08 19.210,08 Vogal 19.210,08 19.210,08 Vogal 19.210,08 19.210,08

180.558,72 180.558,72

Revisor Oficial de Contas Serviços de Auditoria 13.878,50

Remuneração

Page 101: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

101

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 86.378 90.967Material de consumo corrente 23.885 33.295Publicações 43Material de higiene e limpeza 1.110 1.235Outros fornecimentos de terceiros 35.943 23.760

147.315 149.300Com serviços:

Rendas e alugueres 30.095 27.175Comunicações 141.490 123.238Deslocações, estadas e representação 25.012 20.908Publicidade e edição de publicações 41.838 39.910Conservação e reparação 78.104 70.892Transportes 8.370 8.047Formação de pessoal 14.133 7.793Seguros 41.244 41.422Serviços especializados:

Avenças e honorários 265.176 182.542Judiciais contencioso e notariado 11.514 81.008Informática 518.367 521.533Segurança e vigilância 10.170 3.664Limpeza 17.523 16.256InformaçõesBancos de dados 4.346 5.130Mão de obra eventualOutros serviços especializados:

Estudos e consultas 203Consultores e Auditores Externos 40.001 38.064Recrutamento de Pessoal 166Serviços Compensação 11.035 11.475Avaliadores externos 24.139 23.781SIBS 74.960 73.871Serviços Suporte Negócio 47.395 46.586Outros serviços de terceiros 53.512 57.980

Gastos Gerais Admi. Exercicio Ant 1.106 4251.459.899 1.401.701

1.607.214 1.551.001

Page 102: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

102

49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - 3.692.977 3.692.977 - 1.841.488 1.841.4880Activos financeiros detidos para negociação - - - -0Activos financeiros disponíveis para venda 407.339 407.339 - -0Aplicações em instituições de crédito - 46.533.918 46.533.918 - 33.039.588 33.039.5880Crédito a clientes - - - -0Outros activos 239.889 1.507 241.396 - 218.207 3.772 221.9790

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - -0Recursos de outras instituições de crédito - 8.898.958 8.898.958 - 637.786 637.7860Recursos de clientes e outros empréstimos - - - -0Responsabilidades representadas por títulos - - - -0Passivos subordinados - - - -0Outros passivos 35.383 10.975 46.358 - 33.610 1.392 35.0020

Custos:

Juros e encargos similares - 12.091 12.091 - 2.857 2.8570Encargos com serviços e comissões - 73.405 73.405 - 68.086 68.0860Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - -0Gastos gerais administrativos 886.718 15.527 902.245 - 677.649 20.828 698.4770

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - 723.533 723.533 - 835.740 835.7400Rendimentos de instrumentos de capital 2.100 2.100 - 2.106 2.1062100Rendimentos de serviços e comissões 398.034 41.751 439.785 - 360.094 40.082 400.176147459,7Outros resultados de exploração 177.143 177.143 - 321 3210

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

31-12-2015 31-12-2014

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

Page 103: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

103

50. PENSÕES DE REFORMA Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM RIBATEJO

NORTE E TRAMAGAL com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 foram os seguintes:

31/12/2015 31/12/2014Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade normal de reforma (**) (**)Método de financiamento atuarial “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,00% 2,25%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de

complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego

(SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em

pagamento, é o seguinte:

31-12-2015

F.2015 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 1,038,985

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 642,772

F.2 Com licenças sem vencimento 0

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 396,214

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM

RIBATEJO NORTE E TRAMAGAL é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 29,816

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” -1,486

Page 104: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

104

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais 96,729

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

9,674

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

87,055

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 125,059

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM Ribatejo Norte e Tramagal,

CRL foi o seguinte:

A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 1,008,489

H.1 (+) Contribuições efectuadas 19,560

H.1.1 Pela CCAM RIBATEJO NORTE E TRAMAGAL 0

H.1.2 Pelos empregados 19,560

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 3,938

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 27,163

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 17,013

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 17,194

H.5.1 Por reformas antecipadas 1,830

H.5.2 Outros 15,364

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 8,935

H.7.2015 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 995,708

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015

(H.7.2015 – A.4.2014) -12,781

Page 105: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

105

O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 936,118

G.1 (+) Custo do serviço corrente 29,816

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 10,256

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 19,560

G.2 (+) Custo dos juros 26,159

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 73,022

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 17,194

H.5.1 Por reformas antecipadas 1,830

H.5.2 Outros 15,364

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 8,935

F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 1,038,985

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) 102,868

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com o Aviso 12/2001

do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2015 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 1,038,985

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) 31,490

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 976,620

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 102

A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões

em 31 de Dezembro de 2015 era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ASF) 628,168

I.5 Nível de cobertura (ASF) (%) 159

Page 106: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

106

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2015, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2014 Desvios atuariais em 31-12-2014 75,925

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e

perdas atuariais -106,878

RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 -30,953

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros,

com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

N.1.2014 Com trabalhadores no ativo 245,840

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 0

N.2014 Total 245,840

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 249,430

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0

N.2015 Total 249,430

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo 3,590

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total 3,590

Page 107: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

107

51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Ribatejo Norte e Tramagal está inscrita no Instituto de

Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea

a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de

intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a

Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao

exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida –

Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo

Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de

adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento

das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM

recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões

as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de

Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar

pelas Seguradoras, à data de 30 de Junho de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço,

na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as

remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2015, encontram-se já

integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidos pela

CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2013 2014 2015 % por Origem 2014

Ramos Não Vida CA Seguros 155.406,29 194.527,68 258.903,71 65,05%

Ramo Vida CA Vida 141.659,36 161.377,57 134.281,85 33,74%

Fundos de Pensões CA Vida 1.179,05 2.083,15 4.848,64 1,22%

Total 298.244,70 357.988,40 398.034,20 100,00%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

Page 108: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

108

52. FUNDOS PRÓPRIOS

2014 2015

Fundos próprios de base 12.710.259 12.632.037Fundos próprios complementaresDeduções

Fundos Próprios Totais 12.710.259 12.632.037

Riscos Ponderados Totais 78.307.618 83.043.509

Rácio Tier I 15,00% 14,00%Rácio Tier II 16,00% 15,00%Rácio Solvabilidade 16,00% 15,00%

Torres Novas, 26 de Fevereiro de 2016

O Técnico Oficial de Contas O Conselho Administração

António José Gouveia da Luz, Dr Arnaldo Filipe Rodrigues Santos, Prof. José Jacinto Freire Rodrigues

Carlos António Barroso Mendes José Valente Castro Vidal João Nuno Rodrigues Maia Alcaravela, Eng.

José Luís Rodrigues Jacinto, Dr. Basílio Miguel Conceição Pereira António Manuel Coelho Grosso, Eng.

Page 109: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

109

Cer

tifi

caçã

o L

egal

d

e C

on

tas

Page 110: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

110

Page 111: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

111

Page 112: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

112

Page 113: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

113

Page 114: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

114

Page 115: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

115

Par

ecer

do

C

on

selh

o F

isca

l

Page 116: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

116

Page 117: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

117

Page 118: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

118

Page 119: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

119

Ap

licaç

ão d

e R

esu

ltad

os

Page 120: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

120

Page 121: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

121

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral que, o Resultado de

2015 da CCAM do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL, no valor de 570.405,31 € (quinhentos

e setenta mil, quatrocentos e cinco euros e trinta e um cêntimos), constituído por

Resultado Líquido do Exercício de 602.849,31 Euros e diferenças resultantes da alteração

de políticas contabilísticas – NCA no montante de -32.444,00 Euros, seja levado à rubrica

de Resultados Transitados.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Arnaldo Filipe Rodrigues dos Santos

José Jacinto Freire Rodrigues

Carlos António Barroso Mendes

José Valente de Castro Vidal

João Nuno Rodrigues Maia Alcaravela

José Luís Rodrigues Jacinto

Basílio Miguel Conceição Pereira

António Manuel Coelho Grosso

Page 122: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

122

Page 123: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

123

Est

rutu

ra e

Prá

tica

de

Go

vern

o S

oci

etár

io

Page 124: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

124

Page 125: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

125

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL adopta o modelo de

governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de

Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia

Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Page 126: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

126

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Dr. Rui Fernando Roboredo Alonso Consciência

Vice-Presidente: Dr. Fernando Rui Linhares Corvelo de Sousa

Secretário: Álvaro Augusto de Andrade Pires

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os

Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os

seus Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola

para o exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e

de organismos cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor

oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou

membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos;

� Atribuir a qualidade de sócio honorário.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração, excepto no mandato resultante da fusão, é constituído no

máximo por sete membros efectivos e dois suplentes.

Page 127: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

127

Actualmente o Conselho de Administração é composto por oito membros, com mandato

para o triénio 2014/2016.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Prof Arnaldo Filipe Rodrigues dos Santos

Vice-Presidente: José Jacinto Freire Rodrigues

Vogal: Carlos António Barroso Mendes

Vogal: José Valente de Castro Vidal

Vogal: Eng. João Nuno Rodrigues Maia Alcaravela

Vogal: Dr José Luís Rodrigues Jacinto

Vogal: Basílio Miguel Cwonceição Pereira

Vogal: Eng. António Manuel Coelho Grosso

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe,

em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de

actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas

relativos ao exercício anterior;

� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da

Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e

não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, quinzenalmente, tendo realizado um

total de 56 reuniões em 2015.

Page 128: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

128

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de

Administração

O Conselho de Administração, tendo em conta a estrutura organizacional da Caixa,

deliberou não distribuir pelouros entre os seus membros.

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor

Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda,

ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano

de actividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Dr João Carlos Maurício Santos

Vogal: Ilídio Manuel Simplício de Matos

Vogal: Dr José Carlos Duque Rodrigues Pedro

Suplente: João Rodrigues Brás

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne sempre que entende necessário, tendo realizado, em 2015,

um total de 7 reuniões.

Page 129: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

129

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2014 a 2016, encontrando-se

designados para o cargo:

Efectivo: Dr José Joaquim Afonso Diz

Suplente: Dr Rui Manuel Tavares Leitão

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

6. Política de remuneração

A) Política de remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização 6.1. A Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2014 foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária reunida em 26 de Fevereiro de 2014, nos termos da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº 104/2007, de 3 de Abril, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 88/2011, de 30 de Julho, e do Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, tendo sido aprovada.

6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

1 – PRINCÍPIOS GERAIS

Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de

Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL foi definida e elaborada de

modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a

natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a

natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e

delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflecte, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da

Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de

natureza geográfica à actuação da dita Instituição e também o carácter acessório e

complementar de outras actividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o

exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, factores que

determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão

Page 130: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

130

simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por

conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são

auferidas no resto do Sector Bancário.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Ribatejo Norte e Tramagal, CRL todas as disposições da Lei nº 28/2009,

do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às

mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que

ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da

proporcionalidade ínsito no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no

artº 3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011.

2 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida

pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo

à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a

compõem, quando exista, consta das secções seguintes da presente Declaração; vistas

a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros

dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a

Instituição uma sociedade anónima, é-lhe impossível pagar qualquer remuneração sob

a forma de acções ou de opções, decidiu-se não diferir o pagamento de qualquer parte

da mesma remuneração;

c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros

do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é

igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na

medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado,

compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que,

sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos Administradores executivos,

tem em atenção o carácter economicamente acessório e complementar de outras

actividades económicas de que se reveste habitualmente o exercício de funções nos

órgãos de Administração e de Fiscalização.

d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o

princípio cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de

Administração é em primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia

Geral, maxime em sede de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-

se em funções contra a vontade expressa dos Associados, bem como pelo órgão de

Fiscalização, no exercício das suas competências legais e estatutárias, reflectindo tal

avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios

Page 131: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

131

directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade

da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada

aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

3 – REMUNERAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL

A remuneração dos Membros da Assembleia Geral, tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, consiste em:

------ Presidente: Senha de presença no valor correspondente a 30 % do Nível 13 do ACT,

por reunião; ------ Vice-Presidente e Secretário: Senha de presença no valor correspondente

a 25 % do Nível 12 do ACT, por reunião;

------ Todos os Membros da Assembleia Geral, quando em serviço da Caixa, têm direito a

despesas de deslocação e estadia, pagas de acordo com os valores de custo facturados.

------ Todos os Membros da Assembleia Geral têm ainda direito, quando em serviço da

Caixa fora do concelho de residência e quando em viatura própria, ao pagamento de Km’s

do valor calculado com base na tabela do Ministério das Finanças em vigor para

funcionários públicos.

4 – REMUNERAÇÃO DO CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, consiste em:

------ Presidente: Senha de presença no valor correspondente a 30 % do Nível 13 do ACT,

por reunião;

------ Secretário e Vogal: Senha de presença no valor correspondente a 25 % do Nível 12 do

ACT, por reunião;

------ Todos os Membros do Conselho Fiscal, quando em serviço da Caixa, têm direito a

despesas de deslocação e estadia, pagas de acordo com os valores de custo facturados.

------ Todos os Membros do Conselho Fiscal têm ainda direito, quando em serviço da Caixa

fora do concelho de residência e quando em viatura própria, ao pagamento de Km’s do

valor calculado com base na tabela do Ministério das Finanças em vigor para funcionários

públicos.

5 – REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

A remuneração dos Membros Executivos do Conselho de Administração, que constituem a

totalidade do mesmo, consiste em:

- Remuneração Fixa: Os Membros da Administração recebem uma remuneração

fixa a título de vencimento, indexada aos níveis salariais do Acordo Colectivo de

Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola.

Page 132: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

132

Acresce a esta remuneração:

- Atribuição ao Presidente do Conselho de Administração de telemóvel com

plafond de 75,00 € mensais e viatura de serviço da Caixa Agrícola, para uso no

exercício das suas funções;

- Atribuição a todos os Membros do Conselho de Administração de telemóvel

com plafond de 25,00 € mensais. Têm direito, quando em serviço da Caixa fora

do concelho de residência e quando em viatura própria, ao pagamento de Km’s

do valor calculado com base na tabela do Ministério das Finanças em vigor para

funcionários públicos e quando a distância de deslocação for superior a 50 Km’s.

Têm ainda direito a ajudas de custo com base no custo com a apresentação da

respetiva fatura.

Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

a) O Órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Membros do

Conselho de Administração é a Assembleia Geral;

b) A remuneração dos Membros do Conselho de Administração não inclui uma

componente variável, pelo que são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i)

do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

c) A remuneração fixa dos Membros do Conselho de Administração é calculada da

seguinte forma:

- Presidente do Conselho de Administração: Remuneração fixa mensal

correspondente ao valor do Nível 17 do Acordo Colectivo de Trabalho das

Instituições de Crédito Agrícola, pago 12 vezes por ano, acrescido de 50 % do

valor pela função de Administrador Delegado;

- Vice-Presidente do Conselho de Administração: Remuneração fixa mensal

correspondente ao valor do Nível 13 do Acordo Colectivo de Trabalho das

Instituições de Crédito Agrícola, pago 12 vezes por ano;

- Restantes Membros do Conselho de Administração: Remuneração fixa mensal

correspondente ao valor do Nível 12 do Acordo Colectivo de Trabalho das

Instituições de Crédito Agrícola, pago 12 vezes por ano;

d) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas

funções.

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração

qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em

caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um

período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais

compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais

aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do

Aviso nº 10/2011.

Page 133: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

133

f) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer

remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a

Instituição.

g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de

reforma antecipada.

h) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser

considerados como remuneração.

i) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de

remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura

de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas

modalidades de remuneração.

6 – REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de

mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

6.3 Remunerações Pagas

No ano de 2015, o detalhe das remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais apresenta-se de seguida:

Conselho de Administração Montante Anual Presidente Vice-Presidente

44.321,04 20.977,20

Administrador 19.210,08 Administrador 19.210,08 Administrador 19.210,08 Administrador 19.210,08 Administrador 19.210,08 Administrador 19.210,08

Conselho Fiscal Montante Anual Presidente 3.146,58 Vogal 2.401,26 Vogal 2.401,26

Revisor Oficial de Contas Montante Anual Serviços de Auditoria 13.878,50 €

Page 134: RELATÓRIO E CONTAS 2015 · sector primário (cerca de 6,2 %) e uma terciarização gradual consolidada, absorvendo mais de 52% da população activa, sendo por isso o sector mais

134

- Não foram efectuados pagamentos de remunerações variáveis.

- Não foi efectuado qualquer diferimento de remunerações ainda não pago.

- Não foram efectuados pagamentos de quaisquer valores em virtude da cessação

antecipada de funções.

B) Política de Remuneração de Colaboradores

1 - Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração dos colaboradores:

a) Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola.

b) Também se atribui até 2 horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

c) Não existe qualquer componente variável na remuneração dos colaboradores. d) Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, em 2012 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações.

2 - Remunerações pagas

- O Montante anual das componentes fixa e variável pagas foi no montante de 48.616,75€,

sendo 1 o número de beneficiários;

- Não foi paga qualquer remuneração variável;

- Não foi diferida qualquer remuneração não paga;

- Não foram efectuadas novas contratações no ano de 2015;

- Não foi efectuado qualquer pagamento em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores.

- Informação quantitativa agregada, discriminada por área de actividade (ou seja, montantes pagos à totalidade dos Colaboradores integrados numa determinada área de actividade e abrangidos pelos deveres do Aviso nº 10/2011).

Área de Compliance 48.616,75 €