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Exercício findo em 31 de Dezembro de 2017
RELATÓRIOE CONTAS2016/17
GARANTA O SEU NEGÓCIO E CRESÇA COM ANGOLA
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO01
RELATÓRIOE CONTAS
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 02
INDÍCE
MENSAGEM DO PRESIDENTE 03
04
10
11
17
17
27
28
ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO
ESTRUTURA ORGÂNICA
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRA
1. NOTA INTRODUTÓRIA
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
3. DISPONIBILIDADES
4. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ
29
31
32
33
5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
6. OUTROS VALORES
7. IMOBILIZAÇÕES
8. OUTRAS CAPTAÇÕES
339. ADIANTAMENTO DE CLIENTES
34
35
36
38
10. OUTRAS OBRIGAÇÕES
11. PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS
12. FUNDOS PRÓPRIOS
13. CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
4014. MARGEM FINANCEIRA
40
41
41
42
15. RESULTADOS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS
16. RESULTADOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FINANCEIROS
17. PESSOAL
18. FORNECIMENTOS DE TERCEIROS
43
43
44
44
19. IMPOSTOS E TAXAS NÃO INCIDENTES SOBRE O RESULTADO
20. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS
21. RESULTADO NÃO OPERACIONAL
22. IMPOSTOS CORRENTES
45
45
23. BALANÇO POR MOEDA
24. EVENTOS SUBSEQUENTES
47
50
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
PARECER DO CONSELHO FISCAL
O ano de 2017 foi marcado pelo espectro da crise económica e financeira no país que teve um grande impacto na actividade do
Fundo de Garantia e Crédito (FGC).
Este evento marca uma nova realidade, que começa por revisitar questões que podem ser melhoradas, com principal enfoque a
necessidade de o país não depender apenas de um sector, o petrolífero. Sendo assim, é imperativo que o processo de
diversificação da economia tome um curso célere e que impulsione e crie uma nova dinâmica nos sectores produtivos do país.
O caminho incontornável da diversificação garantirá que nos próximos tempos o
país possa se tornar auto-suficiente na produção de bens e serviços, disfrutando de
uma produção interna capaz de reduzir os fortes níveis de importação desses
mesmos bens e por conseguinte gerando empregos que contribuirão para o
aumento do consumo das famílias.
Neste sentido, o Fundo reconhece o quanto é pertinente o seu contributo no
percurso de diversificação da economia e a importância do apoio às micro,
pequenas e médias empresas para o sucesso dessa empreitada.
Em parceria com as instituições bancárias, o Fundo mantém um estreito acompanhamento e suporte a todos os beneficiados das
garantias públicas, com vista a garantir o bom desempenho dos seus negócios. Por isso mesmo, dos resultados alcançados até
ao momento e dos que pretendemos alcançar nos próximos tempos, não descuramos de enfatizar o capital humano, força motriz
de qualquer organização, pelo profissionalismo e dedicação no cumprimento das responsabilidades a si atribuídas assegurando
que as actividades decorram sem grandes desvios ou sobressaltos. Acreditamos que a aposta na formação e contínua superação
dos quadros do Fundo, irão determinar a avanço firme do Fundo.
Logo, encaramos o futuro com fortes aspirações e cientes de que os ganhos alcançados no passado são certeza de que estamos
no caminho desejado.
MENSAGEM DO PRESIDENTE
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO03
O Fundo reconhece o quanto é pertinente o seu contributo no percurso de diversificação da economia e a importância do apoio às micro, pequenas e médias empresas para o sucesso dessa empreitada.
ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 04
Espera-se que a produção global mundial tenha crescido
3,7% em 2017, que é 0,1 ponto percentual mais rápido do que
o previsto no outono e ½ ponto percentual superior ao de
2016. O aumento do crescimento tem sido amplo, com
surpreendentes surpresas positivas na Europa e na Ásia. As
previsões de crescimento global para 2018 e 2019 foram
revisadas para cima em 0,2 ponto percentual para 3,9%. A
revisão reflete o aumento do impulso do crescimento global
e o impacto esperado das mudanças recentemente aprova-
das na política tributária dos EUA.
Os riscos para a previsão de crescimento global parecem
amplamente equilibrados no curto prazo, mas continuam
distorcidos com a desvantagem no médio prazo. No lado
positivo, a recuperação cíclica pode se tornar mais forte no
curto prazo, já que a recuperação da atividade e as condi-
ções financeiras mais fáceis se reforçam. Na contrapartida,
as altas avaliações de ativos e os prêmios com prazo muito
comprimido aumentam a possibilidade de uma correção do
mercado financeiro, o que poderia diminuir o crescimento e
a confiança. Um possível gatilho é um aumento mais rápido
do que o esperado na inflação subjacente da economia
avançada e as taxas de juros à medida que a demanda
acelera. Se o sentimento global permaneça forte e a inflação
muda, as condições financeiras podem permanecer soltas
no médio prazo, levando a um acúmulo de vulnerabilidades
financeiras em economias de mercado avançadas e emer-
gentes. As políticas voltadas para o exterior, as tensões
geopolíticas e a incerteza política em alguns países também
representam riscos negativos.
O atual aumento cíclico proporciona uma oportunidade
ideal para as reformas. As prioridades compartilhadas em
todas as economias incluem a implementação de reformas
estruturais para aumentar a produção potencial e tornar o
crescimento mais inclusivo. Em um ambiente de otimismo
ECONOMIA INTERNACIONAL
do mercado financeiro, garantir a resiliência financeira é
imperativo. A inflação fraca sugere que a folga permanece
em muitas economias avançadas e a política monetária deve
continuar a ser restritiva. No entanto, o impulso de cresci-
mento melhorado significa que a política fiscal deve ser
cada vez mais projetada com um olhar em metas de médio
prazo - garantindo a sustentabilidade fiscal e reforçando o
resultado potencial. A cooperação multilateral continua a
ser vital para garantir a recuperação global.
O aumento cíclico em curso desde meados de 2016
continuou a se fortalecer. Cerca de 120 economias, que
representam os três quartos do PIB mundial, registaram um
aumento no crescimento em termos homólogos em 2017, o
maior crescimento global sincronizado do crescimento
desde 2010. Entre as economias avançadas, o crescimento
no terceiro trimestre de 2017 foi maior do que projetado no
outono, principalmente na Alemanha, Japão, Coreia e
Estados Unidos. O mercado emergente e as economias em
desenvolvimento, incluindo Brasil, China e África do Sul,
também registraram crescimento do terceiro trimestre mais
forte FMI -World Economic Outlook Update, January 2018 do
que as previsões de outono. Os dados rígidos de alta frequ-
ência e os indicadores de sentimento apontam para uma
continuação do forte impulso no quarto trimestre. O comér-
cio mundial cresceu fortemente nos últimos meses, apoiado
por uma recuperação do investimento, particularmente
entre as economias avançadas, e o aumento da produção
industrial na Ásia no início do lançamento de novos modelos
de smartphones. Os índices dos gerentes de compras
indicam a atividade de fabricação firme, consistente com a
forte confiança do consumidor apontando para uma deman-
da final saudável.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO05
A melhoria das perspectivas de crescimento global, os
eventos climáticos nos Estados Unidos, a extensão do
acordo da OPEP + para limitar a produção de petróleo e as
tensões geopolíticas no Oriente Médio têm permitido preços
do petróleo bruto. Estes aumentaram cerca de 20 por cento
entre agosto de 2017 (o período de referência para o WEO de
outubro de 2017) e meados de dezembro de 2017 (o período
de referência para a atualização WEO de janeiro de 2018),
para mais de US $ 60 por barril, com algum aumento
adicional desde o início Janeiro de 2018. Os mercados
esperam que os preços diminuam gradualmente nos
próximos 4-5 anos - a meio de dezembro, os futuros de
preços de médio prazo ficaram em cerca de US $ 54 por
barril, modestamente superior ao de agosto. O aumento dos
preços dos combustíveis aumentou a inflação geral nas
economias avançadas, mas a inflação dos preços dos
salários e do núcleo permanece fraca. Entre as economias de
mercado emergentes, a inflação principal e básica influiu
ligeiramente nos últimos meses depois de terem declínio no
início de 2017.No início de janeiro de 2018, o dólar e o euro permanecem
próximos do seu nível de agosto de 2017 em termos efetivos
reais. O iene japonês desvalorizou-se 5 por cento no
aumento dos diferenciais de juros, enquanto a libra
esterlina tem apreciado em cerca de 4 por cento, já que o
Banco da Inglaterra elevou as taxas de juros em novembro e
as expectativas de um acordo da Brexit aumentaram. Através
das moedas do mercado emergente, o renminbi apreciou
cerca de 2 por cento, o ringgit da Malásia recuperou cerca de
7 por cento em uma perspectiva de crescimento melhorada
e preços de commodities mais fortes, e o rand sul-africano
em cerca de 6 por cento sobre as percepções de incertezas
políticas reduzidas. Em contrapartida, o peso mexicano se
depreciou em 7% devido à incerteza renovada associada às
negociações em curso do NAFTA e à lira turca em 4,5% em
maiores leituras de inflação. Os fluxos de capital para as
economias emergentes permaneceram resilientes até o
terceiro trimestre de 2017, com força contínua nos fluxos de
portfólio de não residentes.
As expectativas de mercado do caminho das taxas de
política do Federal Reserve dos EUA se deslocaram desde
agosto, refletindo a elevação bem antecipada da taxa de
dezembro, mas continuam a baixar em um aumento gradual
em 2018 e 2019. O Banco da Inglaterra elevou sua taxa de
política para a primeira vez desde 2008, em vista da
diminuição da folga na economia e da inflação acima do
objetivo, impulsionada pela depreciação da última libra
esterlina; o Banco Central Europeu anunciou que diminuirá
suas compras líquidas de ativos a partir de janeiro. O BCE
pretende, no entanto, manter as taxas de política nos níveis
historicamente baixos atualmente até que a flexibilização
quantitativa termine e, se a inflação for inferior ao
desempenho, estender o programa de compra de ativos em
quantidade e duração. A reação do mercado de títulos a
essas mudanças foi diminuída, com as curvas de rendimento
MERCADORIAS E INFLAÇÃO
MERCADOS DE TÍTULOS E AÇÕES
EXCHANGE RATES AND CAPITAL FLOWS.TAXAS DE CÂMBIO E FLUXOS DE CAPITAL
tendendo a achatar à medida que as taxas de curto prazo
aumentaram mais do que as taxas de longo prazo (por
exemplo, nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá),
consistente com o mercado ainda moderado expectativas
de surpresas sustentadas na inflação. Os preços das ações
nas economias avançadas continuaram a se reunir,
impulsionados pelo sentimento geralmente favorável em
relação às perspectivas de lucro, expectativas de um
caminho de normalização muito gradual para a política
monetária em um ambiente de inflação fraca e baixa
volatilidade esperada nos fundamentos subjacentes. Os
índices de mercado emergente do mercado aumentaram
ainda mais desde agosto, levantados pela melhoria das
perspectivas de curto prazo para os exportadores de
commodities. Em alguns casos, os rendimentos a longo
prazo aumentaram nos últimos meses, mas geralmente
permanecem baixos e os spreads de taxa de juros
permanecem comprimidos.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 06
ÁSIA
Emergente e em desenvolvimento crescerá em torno de 6,5%
em relação a 2018-19, amplamente o mesmo ritmo que em
2017. A região continua a representar mais da metade do
crescimento mundial. Espera-se que o crescimento se
aumente gradualmente na China (embora com uma leve
revisão ascendente da previsão para 2018 e 2019 em relação
às previsões de queda, refletindo a demanda externa mais
forte), recomeça na Índia e permaneça amplamente estável
na região ASEAN-5.
EUROPA
Emergente e em desenvolvimento, onde o crescimento em
2017 já foi estimado em mais de 5%, a atividade em 2018 e
2019 deverá continuar sendo mais forte do que o antecipado
anteriormente, levantada por uma maior previsão de
crescimento para a Polônia e especialmente para a Turquia.
Essas revisões refletem um ambiente externo favorável, com
condições financeiras fáceis e demanda de exportação mais
forte da área do euro e, para a Turquia, uma posição de
política acomodatícia.
AMÉRICA LATINA
Espera-se que a recuperação se fortaleça, com crescimento
de 1,9 por cento em 2018 (como previsto no outono) e 2,6 por
cento em 2019 (uma revisão ascendente de 0,2 pontos
percentuais). Essa mudança reflete principalmente uma
perspectiva melhorada para o México, que se beneficia da
demanda mais forte dos EUA, uma recuperação mais firme
no Brasil e os efeitos favoráveis de preços de commodities
mais fortes e condições de financiamento mais fáceis em
alguns países exportadores de commodities. Essas revisões
ascendentes mais que compensaram as revisões mais
baixas para a Venezuela.
ORIENTE MÉDIO, ÁFRICA DO NORTE, AFEGANISTÃO E
REGIÃO DO PAQUISTÃO
PREVISÃO GLOBAL DE CRESCIMENTO PARA OS MERCADOS EMERGENTES E AS ECONOMIAS EMDESENVOLVIMENTO PARA 2018 E 2019.
Deverão crescer em 2018 e 2019, mas continua moderado em
cerca de 3½ por cento. Embora os preços do petróleo mais
fortes ajudem a recuperar a demanda interna nos
exportadores de petróleo, incluindo a Arábia Saudita, o
ajuste fiscal que ainda é necessário é projetado para pesar
as perspectivas de crescimento.
AFRICA SUBSAARIANA
O crescimento nesta zona (de 2,7% em 2017 para 3,3% em
2018 e 3,5% em 2019) é amplamente previsto no outono, com
uma modesta atualização para a previsão de crescimento
para a Nigéria, mas perspectivas de crescimento mais
moderadas no Sul África, onde o crescimento agora deverá
permanecer abaixo de 1 por cento em 2018-19, uma vez que
o aumento da incerteza política pesa sobre a confiança e o
investimento.
COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES
O crescimento deste ano e próximo deverá permanecer
acima de 2%, apoiado por uma leve revisão ascendente das
perspetivas de crescimento para a Rússia em 2018.
ECONOMIA NACIONAL
Angola registou em 2016 uma estagnação no crescimento do
seu Produto Interno Bruto face a 2015. Em 2017 é
perspectivado, segundo dados do FMI, o regresso a um
crescimento moderado. A desaceleração da taxa de
crescimento do PIB em 2016 é explicada pela ainda
significativa dependência da actividade petrolífera. Com o
ajustamento do preço do petróleo, o governo de Angola
registou uma diminuição nas suas receitas fiscais,
diminuindo os seus investimentos e, consequentemente, a
procura interna. De acordo com o actual contexto
macroeconómico, caracterizado pelo baixo preço do
petróleo, é evidente a necessidade de continuar a
implementar reformas que visem alcançar uma maior
diversificação da actividade económica do país.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO07
PRODUTO INTERNO BRUTO
Em virtude da circunstância actual de baixos preços do
petróleo no mercado internacional, registou-se uma
desaceleração da economia angolana em 2016. Contudo,
segundo a Proposta de Orçamento Geral do Estado, estão
previstas para 2017 taxas de crescimento superiores às
registadas no ano anterior para ambos os sectores,
petrolífero e não petrolífero.
Não obstante a estagnação do Produto Interno Bruto
observado em 2016, alguns sectores de actividade
registaram evoluções positivas, destacando-se a melhoria
da performance dos sectores da agricultura (7%) e energia
(20%).
Entre outros factores que contribuíram para a deterioração
do crescimento económico de Angola, importa referir o
decréscimo do consumo privado e investimento público, a
escassez de divisas e a dificuldade na obtenção de crédito
bancário.
ESTRUTURA DA ECONOMIA
Sendo uma das necessidades e prioridades para o alcance
da sustentabilidade do crescimento em Angola, a
diversificação da actividade económica ao longo dos últimos
anos é evidente.
Esta evidência é comprovada pela redução do peso do
sector petrolífero na estrutura da economia durante os anos.
Contudo, torna-se imperativo a continuidade deste processo
de diversificação, aproveitando os recursos e oportunidades
que Angola detém e que proporcionem uma menor
exposição à actividade petrolífera.
TAXA DE INFLAÇÃO
Apesar de se ter mantido a tendência de aumento da taxa de
inflação registada em 2015, o ritmo de aumento dos preços
foi mais acentuado em 2016, estimando que tenha atingido
PRINCIPAL INDICADORES MACROECONÓMICOS 32,4%. Segundo dados disponibilizados pelo FMI,
perspectiva-se uma diminuição da taxa de inflação para
2017 e 2018.
A desvalorização do Kwanza face ao Dólar norte-americano
levou a um aumento do custo das importações.
Adicionalmente, a despesa pública e a recuperação parcial
dos preços globais dos produtos contribuíram para o
aumento da taxa de inflação verificada em 2016.
As tendências perspectivadas pelo FMI para 2017 e 2018 são
justificadas com o anúncio do governo sobre a
implementação de medidas para combater a inflação, como
a introdução de limites de preços em alguns bens e a
definição de um novo regime de tarifação aduaneira que
reduza os direitos de importação sobre produtos
alimentares e outros.
TAXA DE CÂMBIO
Tal como registado em anos anteriores, também em 2016 se
observou uma desvalorização cambial, sendo esta
desvalorização tão acentuada quanto a observada em 2015.
Contudo, nos primeiros 7 meses de 2017 verificou-se um
controlo substancial da taxa oficial do Kwanza face ao Dólar
norte-americano, tendo esta mantido os mesmos valores
desde Dezembro 2016.
Contudo, a escassez de Dólares norte americanos é uma
realidade e a diferença cambial entre o mercado oficial e
omercado paralelo continua a ser substancial.
A capacidade do BNA de suportar o Kwanza através de
intervenções no mercado dependerá do nível de reservas
internacionais disponíveis.
RESERVAS INTERNACIONAIS LÍQUIDAS
De acordo com a tendência observada desde Setembro de
2013, as reservas internacionais líquidas continuaram a
diminuir até 2016. Esta quebra verificou-se também nos
primeiros cinco meses de 2017.
Com o objectivo de reduzir a escassez de moeda estrangeira,
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 08
o governo continua a manter um conjunto de medidas
implementadas em 2015 para a manutenção favorável de
reservas externas.
Estas medidas incluem a introdução de critérios de
prioridade no acesso a divisas, alteração das regras
operacionais das casas de câmbio e redução da quantidade
máxima permitida de moeda transportada para o exterior do
país.
TAXAS DE JURO
De acordo com o Ministério das Finanças, em resposta ao
aumento da inflação e às condições monetárias que
permanecem menos favoráveis, o BNA procedeu ao
ajustamento das taxas directoras do Banco Central,
aumentando a taxa BNA (12% em Janeiro) para 16%, ao ano,
em Junho de 2016. Consequentemente, observaram-se
também aumentos na taxa de cedência de liquidez dos
bancos. A formação das taxas de juro do mercado monetário
interbancário são influenciadas por este tipo de
instrumentos que tiveram um papel determinante no
aumento da taxa LUIBOR em 2016.
Prosseguindo a tendência crescente observada em 2015,
também em 2016 verificou-se uma ligeira subida da taxa de
juro de empréstimos a sociedades não financeiras, bem
como a particulares. Por sua vez, os depósitos a prazo
mantiveram-se relativamente estáveis.
MASSA MONETÁRIA
Em 2016, verificou-se um aumento da massa monetária de
14% face ao valor registado em 2015.A variação dos
diferentes agregados monetários registou alguma
homogeneidade com variações de 12% no agregado M1 e
14% nos agregados M2 e M3.
Em sentido inverso ao observado nos últimos anos, de
acordo com o BNA registou-se nos primeiros 5 meses de 2017
uma redução da massa monetária.
CRÉDITO À ECONOMIA POR SECTOR DE ACTIVIDADE
Apesar de se ter mantido a tendência de crescimento do
crédito concedido à economia observada nos últimos anos,
o ritmo de crescimento foi menos acentuado em 2016, tendo
sido observado um aumento de 4% face ao valor registado
em 2015.
O sector da Agricultura e Pecuária foi o que registou um
maior aumento na concessão de crédito em 2016, com um
aumento de 30% face a 2015. Ainda assim, tal como
verificado em 2015, o sector do comércio continuou a ser a
rúbrica com maior expressão em 2016, tendo registado um
peso de 23% no total dos empréstimos concedidos.
BALANÇA COMERCIAL
A balança comercial manteve um saldo positivo,
aumentando de 1.437 mil milhões de Kwanzas em2015 para
2.779 mil milhões de Kwanzas em 2016. Esta evolução deve-se
ao aumento de 19% do volume de exportações e diminuição
de 22% das importações. Relativamente à taxa de cobertura,
esta aumentou 53%, passando de 155% em 2015 para 237%
em 2016.Devido ao peso do sector petrolífero no Produto
Interno Bruto, as exportações são maioritariamente
combustíveis e derivados, representando 93% do total das
exportações em 2016, um ponto percentual abaixo do
registado no ano transacto.
Por outro lado, os principais bens importados em 2016 foram
máquinas, equipamentos e aparelhos (25%), bens agrícolas
(10%) e metais comuns (10%). Dado o peso da China na
economia Angolana, regista-se um elevado grau de
exposição ao mercado chinês.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística,
relativamente ao destino ou origem das transacções, a China
é o principal parceiro comercial de Angola, representando
52% das exportações em 2016. Quanto às importações, estas
são mais diversificadas, sendo Portugal (15%) e China (13%)
os países de onde provieram mais produtos, tal como se
sucedeu em 2015.
1.3 ALTERAÇÕES REGULAMENTARES
Na qualidade de regulador e supervisor do sistema financeiro, durante o ano 2017, o Banco Nacional Angola emitiu os seguintes
avisos, instrutivos e directivas, além dos despachos e decretos presidenciais, com impacto nas operações do Banco Mais, SA:
Teste de EsforçoINSTRUTIVO N.º 02/17 de 30 de Janeiro
SISTEMA DE PAGAMENTOSLimite de Valor de emissão de cheques, subsistemas de compensação e liquidação
INSTRUTIVO N.º 03/17 de 30 Janeiro PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE LIMITES PRUDENCIAIS AOS GRANDES
AVISO N.º 01/2017 de 03 de Fevereiro
POLÍTICA MONETÁRIAIsenção de comissões no âmbito dos serviços mínimos bancários
Realização de investimentos no mercado de valores Mobiliários por entidades não residentes cambiais
POLITICA CAMBIALEnvio de Informação sobre Necessidades e Operações Submetidas e Executadas
Março
Maio
Lei N.º 8/17 de 13 de Março LEI DA ADVOCACIA
REGULAMENTAÇÃO CAMBIALAbertura e movimentação de contas de depósito tituladas por não residentes cambiais
DIRECTIVA N.º 02/DMA/2017
Junho
TAXA BÁSICO DE JURO Do BNA – Taxa BNA, AVISO N.º 10.2011, DE OUTUBRO.
AVISO N.º 04-2017 de 28 de Junho
AVISO N.º 05-2017
Regime Cambial sobre Exportação de Mercadoria
Regulamentação de cartões de pagamento e rede Multicaixa
NÍVEIS DE SERVIÇOOperação em tempo real
SISTEMAS DE PAGAMENTOS DE ANGOLAPrestação de Serviços de Pagamentos
SISTEMA DE PAGAMENTOS DE ANGOLAClassificação dos Subsistemas
Outubro Decreto Executivo n.º 456-17 de 2 de Outubro
Diploma Novos Modelos Declarativos
SISTEMA DE PAGAMENTOS DE ANGOLAPrazos de Execução e de Disponibilização de Fundos Aplicáveis aos Movimentos de Depósitos à Ordem, Transferências e Remessas de Valores
Janeiro
POLÍTICA CAMBIALRevogação do Instrutivo n.º 12/15 e dos pontos 4.1.4, 4.1.5, 4.1.6 e 4.1.7 do Instrutivo n.º 10/2015, de 04 de Junho
POLÍTICA MONETÁRIAReservas Obrigatórias
Decreto legislativo presidencial 1/17 de 20 de Junho
AGT ao abrigo do Regime de Reporte Fiscal de informações Financei-ras no Âmbito do Cumprimento Foreign Account Tax Compliance Act, para 31 de Julho de 2017
DIRECTIVA N.º 01/2017 de 03 de Fevereiro
INSTRUTIVO N.º 01/17 de 10 Janeiro
Adopção FATCA - Regime de Reporte Fiscal de informações Financei-ras no Âmbito do Cumprimento Foreign Account Tax Compliance Act
Despacho 290/17 de 4 de Julho
INSTRUTIVO N.º 04/17 de 27 de Março
Julho
OPERAÇÕES DE MERCADORIAS - Suspensão temporária da aplicação dos números 3 e 5 do artigo 14.º do Aviso n.º 19-12, de 25 de Abril
CRITÉRIOS PARA A VENDA DE DIVIDSAS A PARTICULARES E CARTÕES DE MARCA INTERNACIONAL
Dezembro
Novembro DIRECTIVA Nº 07/DMA/2017
TAXA BÁSICA DE JURO DO BNA – TAXA BNA, TAXAS DE JURO DAS OPERAÇÕES DE FACILIDADES PERMANENTES DE CEDÊNCIA E DE ABSORÇÃO DE LIQUIDEZ
INSTRUTIVO N.º 05/2017 de 01 de Dezembro
INSTRUTIVO N.º 06/2017 de 01 de Dezembro
DIRECTIVA Nº 08/DMA/2017
AVISO N.º 09-2017
AVISO N.º 03/2017Fevereiro
Agosto
AVISO N.º 06-2017
AVISO N.º 02/2017 de 03 de Fevereiro
AVISO N.º 07-2017
AVISO N.º 08-2017
MÊS TEMAREFERÊNCIA
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO09
ESTRUTURA ORGÂNICA
Divisão deInformática
Divisão doPatrimínio e
Serviços
Divisão deRecursos Humanos
e Secretariado
Divisão de Gestãode Lojas
Divisão de Vendas
Divisão de Apoioao Negócio
Divisão deAssessoria Legal
Divisão deRecuperação
Divisão deAcompanhamento
Divisão deAvaliação e Gestão
do Risco
DivisãoOperacional
Divisão deContabilidade
Divisão deFinanças
DepartamentoComercial
DepartamentoJurídico
Departamento deGestão deGarantias
DepartamentoFinanceiro
DepartamentoAdministrativo
Gabinete deAuditoria
Gabinete dePlaneamento eComunicação
Conselho Fiscal
Conselho deAdministração
ORGANIGRAMA
COLABORADORES POR GÉNERO
1132%
2368%
Homens
Mulheres
ESCOLARIDADE DOS COLABORADORES
Frequência Média
Médio
Frequência Universitária
Licenciatura
Mestrado/Pós Graduação
4 3
6
9
12
Setembro 2017 34 Colaboradores
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 10
DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO11
NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016(Montantes expressos em milhares de Kwanzas – mAOA – excepto quando expressamente indicada outra moeda)
13
13
8
9
10
11
12
12
12
NOTAS 2017 2016
NOTAS 2017 2016
3
4
5
6
7
7
FUNDO DE GARANTIA DE CREDITOBALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas - mAOA)
NOTAS 2017 2016
Disponibilidades 1 093 708 1 032 486
Aplicações de liquidez 22 671 036 22 200 223
Títulos e valores mobiliários 10 299 440 5 368 853
Outros valores 576 104 232 230
Imobilizações
Imobilizações corpóreas 2 592 480 2 329 913
Imobilizações incorpóreas 49 341 53 140
2 641 821 2 383 053
Total do Activo 37 282 108 31 216 845
PASSIVO E FUNDOS PRÓPRIOS
Outras captações 1 529 238 1 474 629
Adiantamentos de clientes 2 627 2 497
Outras obrigações 306 271 296 899
Provisões para responsabilidades prováveis 10 313 645 8 859 829
Total do Passivo 12 151 781 10 633 854
Capital Social 20 000 000 19 539 300
Reservas e Fundos 4 748 039 191 228
Resultados transitados 834 952 764 908
Resultado líquido do exercício (452 663) 87 555
Total dos Fundos Próprios 25 130 328 20 582 991
Total do Passivo e dos Fundos Próprios 37 282 108 31 216 845
CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
Garantias prestadas 43 422 879 34 248 636
Compromissos assumidos 21 633 690 17 574 604
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 12
ACTIVO
13
13
8
9
10
11
12
12
12
3
4
5
6
7
7
NOTAS 2017 2016
NOTAS 2017 2016
FUNDO DE GARANTIA DE CREDITOBALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas - mAOA)
Disponibilidades 1 094 118 1 032 486
Aplicações de liquidez 22 671 036 22 200 223
Títulos e valores mobiliários 10 299 440 5 368 853
Outros valores 575 693 232 230
Imobilizações
Imobilizações corpóreas 2 592 478 2 329 913
Imobilizações incorpóreas 49 343 53 140
2 641 821 2 383 053
Total do Activo 37 282 108 31 216 845
PASSIVO E FUNDOS PRÓPRIOS
Outras captações 1 529 238 1 474 629
Adiantamentos de clientes 2 627 2 497
Outras obrigações 306 271 296 899
Provisões para responsabilidades prováveis 10 131 988 8 859 829
Total do Passivo 11 970 123 10 633 854
Capital Social 20 000 000 19 539 300
Reserva legal 4 748 039 191 228
Resultados transitados 834 952 764 908
Resultado líquido do exercício (373 002) 87 555
Total dos Fundos Próprios 25 209 989 20 582 991
Total do Passivo e dos Fundos Próprios 37 180 112 31 216 845
CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
Garantias prestadas 43 422 879 34 248 636
Compromissos assumidos 21 633 690 17 574 604
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras
NOTAS 2017 2016ACTIVO
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO13
14
14
14
15
16
11
17
18
19
7
20
21
Proveitos de instrumentos financeiros activos
Proveitos de aplicações de liquidez
Proveitos de títulos e valores mobiliários
Custos de instrumentos financeiros passivos
Custos de outras captações
MARGEM FINANCEIRA
Resultados de operações cambiais
Resultados de prestação de serviços financeiros
Provisões para garantias prestadas
RESULTADO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Pessoal
Fornecimentos de terceiros
Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado
Depreciações e amortizações
Custos administrativos e de comercialização
Outros proveitos e custos operacionais
RESULTADO OPERACIONAL
Resultado não operacional
RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E OUTROS
ENCARGOS
Impostos correntes
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
959 711
433 239
(135 602)
1 257 347
(99 866)
778 587
(1 453 817)
482 252
(479 887)
(223 908)
(103 293)
(99 108)
(906 195)
37 451
(386 493)
(66 170)
(452 663)
(452 663)
-
1 005 338
209 115
(134 557)
1 079 896
2 727 701
603 580
(3 603 244)
807 933
(321 295)
(246 254)
(117 119)
(68 290)
(752 958)
33 177
88 152
(597)
87 555
87 555
-
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITODEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016(Montantes expressos em milhares de Kwanzas - mAOA)
NOTAS 2017 2016ACTIVO
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 14
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO15
13
13
13
13
FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITODEMONSTRAÇÕES DE MUTAÇÕES NOS FUNDOS PRÓPRIOS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016(Montantes expressos em milhares de Kwanzas - AOA )
Saldos em 31 de Dezembro de 2015
Aplicação do resultado líquido 2015
Aumento de capital 2016
Resultado líquido do exercício de 2016
Saldos em 31 de Dezembro de 2016
Aplicação do resultado líquido 2016
Aumento de capital 2017
Fundo Estatutário 2017Resultado líquido do exercício de 2017
Saldos em 31 de Dezembro de 2017
CapitalSocial
Reservas eFundos
Resultadostransitados
Resultado líquidodo exercícioNotas Total
14 359 300 111 090 444 357 400 689 15 315 436
5 180 000
19 539 300
460 700
20 000 000
-
-
80 138
-
-
191 228
17 511
-
4 539 300-
4 748 039
320 551
-
-
764 908
70 044
-
-
834 952
(400 689)
-
87 555
87 555
(87 555)
-
(452 663)
(452 663)
-
5 180 000
87 555
20 582 991
-
460 700
4 539 300(452 663)
25 130 329
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 16
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITODEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas - mAOA)
Recebimentos de proveitos de aplicações de liquidezRecebimentos de proveitos de títulos e valores mobiliários
Recebimentos de proveitos de instrumentos financeiros activos
Pagamentos de custos de outras captações
Pagamentos de custos de instrumentos financeiros passivos
FLUXOS DE CAIXA DA MARGEM FINANCEIRA
Recebimento de comissões de garantiaPagamento de despesas e comissões bancárias
FLUXO DE CAIXA DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
RecebimentosOutros recebimentos operacionais
PagamentosFornecimentos e serviços de terceirosDespesas com pessoalImpostos e taxas não incidentes sobre resultados
RECEBIMENTOS E PAGAMENTOS DE OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS
FLUXO DE CAIXA DAS OPERAÇÕES
Fluxo de caixa dos investimentos em aplicações de liquidezFluxo de caixa dos investimentos em títulos e valores mobiliários activos
FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Fluxo de caixa dos investimentos em imobilizações
FLUXO DE CAIXA DAS IMOBILIZAÇÕES
FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS
Fluxo de caixa dos financiamentos com outras captações
FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS
VARIAÇÕES EM DISPONIBILIDADES
SALDO EM DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO
SALDO EM DISPONIBILIDADES NO FINAL DO EXERCÍCIO
875 479 1 017 917392 652 130 261
1 268 131 1 148 178
( 135 663) ( 142 854)
( 135 663) ( 142 854)
1 132 468 1 005 324
588 854 542 889( 17 772) ( 4 295)
1 703 550 1 543 918
37 451 33 177
( 206 785) ( 248 224)( 462 988) ( 317 633)( 234 381) 1 923
( 866 703) ( 530 757)
836 847 1 013 161
( 488 898) 175 646433 239 ( 188 853)
( 55 659) ( 13 207)
( 357 876) ( 324 262)
( 357 876) ( 324 262)
( 413 535) ( 337 469)
( 362 091) ( 39 288)
( 362 091) ( 39 288)
( 362 091) ( 39 288)
61 222 636 404
1 032 486 396 082
1 093 708 1 032 486
2017 2016
1. NOTA INTRODUTÓRIA
O Fundo de Garantia de Crédito (adiante designado por “Fundo” ou ”FGC”) foi constituído pelo Decreto Presidencial n.º 78/12 de
4 de Maio, publicado em Diário da República, I Série, nº 84 de 4 de Maio de 2012, revogado pelo Decreto Presidencial nº 197/2015
de 16 de Outubro, que aprova o Estatuto Orgânico do Fundo de Garantia de Crédito, tendo iniciado a sua actividade em Setembro
de 2012.
O Fundo é uma pessoa colectiva dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira e tem por objecto:
a) Garantir o cumprimento das obrigações assumidas pelos agentes económicos no âmbito do mecanismo de garantias públicas;
b) Servir de contragarantia às garantias prestadas pelas sociedades de garantia de crédito, destinadas a assegurar o
cumprimento de obrigações contraídas por beneficiários.
O Fundo foi constituído com um capital inicial de mAOA 20.000.000, o qual se encontra realizado na totalidade pelo Estado
Angolano através do Ministério das Finanças, a 31 de Dezembro de 2017.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras do Fundo foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros
e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios contabilísticos consagrados no Plano Contabilístico das
Instituições Financeiras (CONTIF), nos termos do Instrutivo n.º 9/2007, de 19 de Setembro, emitido pelo Banco Nacional de Angola.
O CONTIF tem como objectivo a uniformização dos registos contabilísticos e das divulgações financeiras numa aproximação às
práticas internacionais, através da convergência dos princípios contabilísticos para as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IFRS – International Financial Reporting Standards).
As demonstrações financeiras anexas do Fundo em 31 de Dezembro de 2017 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em
01 de Outubro de 2018 e estão pendentes de aprovação pelo Ministério das Finanças, accionista único. No entanto, é convicção
do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
As demonstrações financeiras do Fundo em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 encontram¬ se expressas em Kwanzas, tendo os
activos e passivos denominados em outras divisas sido convertidos para moeda nacional, com base nas taxas de câmbios médias
indicativas publicados pelo Banco Nacional de Angola naquelas datas. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as taxas de câmbio
médias do Kwanza (AOA) face ao Dólar dos Estados Unidos (USD),
ao Euro (EUR) e ao Rande (ZAR) eram as seguintes:
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO17
1 EUR1 USD1 ZAR
185,400165,924
13,397
185,379165,903
12,167
2017 2016
2.2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
a) Especialização dos exercícios
Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio
contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados à medida que são gerados, independentemente do momento do
seu pagamento ou recebimento.
b) Prestação de serviços financeiros
Os proveitos resultantes dos serviços prestados são reconhecidos ao longo do período da operação ou de uma só vez, se
resultarem da execução de actos únicos.
c) Transações em moeda estrangeira
As operações em moeda distinta da moeda funcional e da moeda de apresentação são registadas de acordo com os princípios
do sistema "multi-currency", sendo cada operação registada em função das respectivas moedas de denominação. Os activos e
passivos expressos em moeda distinta da moeda de apresentação são convertidos para Kwanzas com base nas taxas de câmbio
médias publicadas pelo Banco Nacional de Angola à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais,
realizadas ou potenciais, são registados na demonstração dos resultados do exercício em que ocorrem, na rubrica “Resultados
de operações cambiais” (Nota 15).
d) Crédito e garantias
Garantias de crédito
As garantias de crédito são operações através das quais o Fundo garante a liquidação de uma obrigação assumida por um cliente
junto de um terceiro (beneficiário), assumindo a responsabilidade da obrigação se a entidade faltar ao seu cumprimento.
As responsabilidades por garantias prestadas são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco (Nota 14).
Neste contexto, as garantias emitidas pelo Fundo sobre os créditos concedidos pelos Bancos Operadores no âmbito do
Mecanismo de Garantias Públicas constituem responsabilidades futuras potenciais que, de acordo com a política contabilística
definida pelo Conselho de Administração do Fundo, são registadas como uma responsabilidade extrapatrimonial. Os valores
relativos às garantias prestadas são registados pelo Fundo da seguinte forma:
É registada na rubrica extrapatrimonial “Garantias prestadas” a parte das garantias prestadas correspondente aos
valores já desembolsados dos créditos concedidos pelos Bancos Operadores; e
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 18
É registada na rubrica extrapatrimonial “Compromissos assumidos” a parte das garantias prestadas correspondente aos
valores ainda não desembolsados dos créditos concedidos pelos Bancos Operadores, os quais são revogáveis até ao
momento do seu desembolso.
As garantias prestadas e os compromissos assumidos representam valores que podem ser exigíveis no futuro cuja
existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estão sob o controlo do
Fundo. Assim, estes valores são apenas registados em contas extrapatrimoniais.
Os Bancos Operadores são as instituições financeiras activas em território nacional que comparticipam no Mecanismo de
Garantias Públicas, através da concessão de crédito a clientes ao abrigo do programa. Para o efeito, o banco assina compromissos
com os Ministérios das Finanças e da Economia e com o Fundo.
No âmbito da emissão de garantias de crédito, o Fundo cobra ao cliente comissões à taxa anual de 2% sobre o valor em risco, as
quais são recebidas pelos Bancos Operadores e posteriormente transferidas para o Fundo.
Os fluxos de comissões ou outros proveitos associados às garantias prestadas são registados em rubricas de resultados ao longo
do período a que respeitam, independentemente do momento em que são cobradas ou pagas (Notas 7, 10 e 17).
O Fundo procede ao registo de provisões para as comissões vencidas com atraso superior a 90 dias e não reconhece proveitos
com comissões ou juros a partir dessa data até ao momento em que o cliente liquide os valores vencidos (Nota 12).
Créditos
Os créditos são activos financeiros, com pagamentos fixados ou determináveis, que não estão cotados no mercado activo e são
registados pelos valores pagos pela execução de garantias de crédito concedidas pelo Fundo. Os créditos (excluindo garantias de
crédito) são registados em rubricas de activo. Este registo é efectuado após o Fundo anular o registo em contas extrapatrimoniais
das responsabilidades por garantias prestadas.
Os fluxos de comissões e juros ou outros custos e proveitos associados às operações de crédito são reconhecidos em resultados
ao longo do período de vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO19
As eventuais garantias recebidas associadas ao crédito são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo justo valor que
representam.
Em 31 de Dezembro de 2017, o Fundo tinha emitido 426 garantias de crédito a clientes e 375 em 31 de Dezembro de 2016, as quais
se encontram registadas em contas extrapatrimoniais (Nota 14). Até 31 de Dezembro de 2017 foram accionadas Quatro (4)
garantias emitidas pelo Fundo e em 31 de Dezembro de 2016 não foram accionadas garantias pelo Fundo.
Assim, em 31 de Dezembro de 2017, o Fundo tem quatro (4) créditos concedidos a clientes registado no seu balanço resultante do
accionamento de garantias.
As operações de crédito, incluindo as garantias prestadas, são submetidas à constituição de provisões de acordo com os Avisos
n.º 11/2014 e n.º 12/2014 e o Instrutivo nº 09/2015, do Banco Nacional de Angola (“BNA”), relativos a metodologia para a
constituição de provisões.
As operações de crédito e as garantias prestadas são classificadas por ordem crescente de risco, de acordo com os seguintes
níveis:
Nível Risco
A MínimoB Muito baixoC BaixoD ModeradoE ElevadoF Muito elevadoG Máximo
A classificação das operações de crédito e garantias prestadas concedidas a um mesmo cliente ou grupo económico é efectuada
na classe que apresentar maior risco.
Provisão para créditos e garantias prestadas
Os níveis de provisionamentos são calculados de acordo com a tabela seguinte:
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 20
Nível de risco A B C D E F G% da Provisão 1% a 5% 5% a 30% 30% a 50% 50% a 70% 70% a 100% 100%0%
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO21
As garantias prestadas são provisionadas de acordo com a classificação dos níveis de risco resultante da análise periódica de
risco de crédito dos clientes das operações garantidas efectuada pelo Fundo, em conformidade com os requisitos previstos nos
Avisos n.º 11/2014 e n.º 12/2014 e no Instrutivo nº 09/2015 do BNA. A classificação de risco atribuída pelo Fundo considera as
seguintes fontes de informação principais:
Níveis de risco das operações garantidas pelo FGC que são reportados pelos Bancos Operadores na Central de
Informação e Risco de Crédito (“CIRC”) do BNA. Estes níveis de risco devem ser definidos pelos Bancos Operadores com base
nos requisitos dos Avisos n.º 11/2014 e n.º 12/2014 e do Instrutivo nº 09/2015 e reportados ao Banco Nacional de Angola,
entidade de supervisão dos Bancos operadores. Relativamente aos níveis de risco da CIRC, o Fundo analisa os dados dos
níveis de risco reportados pelos Bancos Operadores que estão sujeitos aos ao risco de crédito daquelas operações para o
período de relato das demonstrações financeiras e até ao período da sua aprovação.
Os níveis de risco da CIRC são complementados com análises internas efectuadas pelo Fundo, em relação ao risco de
crédito das operações garantidas, as quais resultam das informações obtidas directamente pelo Fundo para avaliar a
viabilidade das operações garantidas através de visitas de acompanhamento dos projectos e interacções com os
respectivos promotores. No âmbito desta análise, o Fundo considera a informação sobre eventuais operações garantidas
que tenham sido totalmente reembolsadas após a data de relato financeiro.
Assim, a classificação dos clientes nos níveis de risco e consequentemente as provisões constituídas resultam da análise
efectuada pelo Fundo e reflectem a melhor estimativa do Conselho de Administração na data de aprovação das
demonstrações financeiras quanto às perdas a incorrer para cumprimento das garantias prestadas pelo Fundo no âmbito
do Mecanismo de Garantias Públicas, que em alguns casos não coincide com os níveis de risco disponibilizados na CIRC para
os respectivos clientes. Neste contexto, o apuramento das provisões para garantias prestadas está condicionado pela
tempestividade e qualidade da informação reportada pelos Bancos Operadores.
A última informação da CIRC considerada nas análises de risco de crédito dos clientes efectuada pelo Fundo no âmbito da
preparação das suas demonstrações financeiras do exercício de 2017 reporta-se a Março de 2018.
As provisões para garantias prestadas são registadas no passivo, na rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis –
Provisões para garantias prestadas” (Nota 12).
O Fundo não constitui provisões sobre o saldo da rubrica “Compromissos perante terceiros” (Nota 14), que representam a parte
das garantias emitidas cujos financiamentos não foram desembolsados pelos bancos comerciais aos seus clientes, por se
tratarem de compromissos revogáveis até ao momento do seu desembolso.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 22
e) Títulos e valores mobiliários
A classificação dos investimentos financeiros é determinada pelo Conselho de Administração no reconhecimento inicial,
atendendo às características dos títulos e ao objectivo da sua aquisição. Os títulos e valores mobiliários podem ser classificados
nas categorias de títulos para negociação, títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até ao vencimentot.
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 o Conselho de Administração classificou a totalidade dos títulos e valores mobiliários detidos
pelo Fundo na categoria de títulos mantidos até ao vencimento, considerando que são títulos para os quais é sua intenção que
se mantenham até à maturidade e sua convicção que, com base na informação disponível na data de preparação destas
demonstrações financeiras, que o Fundo tem capacidade financeira para mantê-los em carteira até ao seu vencimento.
Pela intenção:
Após análise da tipologia dos títulos, o Conselho de Administração do Fundo realizou pesquisas de mercado e consultas
com alguns Bancos comerciais, com o Banco Nacional de Angola e com a Comissão do Mercado de Capitais (“CMC”) sobre a
possibilidade de os mesmos serem entregues como colateral em operações de obtenção de liquidez, tendo neste contexto
o Conselho de Administração deliberado o seguinte de acordo com a Acta n.º 06/2017 de 21 de Agosto de 2017:
i. “As Obrigações do tesouro detidas pelo Fundo deverão manter-se na carteira do FGC até ao seu vencimento salvo se
verifiquem alterações no mercado;
ii. As Obrigações do tesouro poderão ser utilizadas como garantia para obtenção de liquidez junto dos Bancos
comerciais.”
Pela capacidade financeira:
Feita uma análise criteriosa da carteira de garantias emitidas, sua evolução nos últimos anos e o nível de incumprimento
actual, considerando que além dos títulos o Fundo possui disponibilidades relevantes nas rubricas “Disponibilidades” (Nota
3) e “Aplicações de liquidez” (Nota 4) que considera suficientes para honrar com os compromissos junto dos beneficiários
da garantia pública em caso de accionamento de garantia.
Com base na análise da carteira de garantias prestadas, sua evolução nos últimos anos e nível de incumprimento actual e
esperado dessas garantias, o Conselho de Administração considera que as disponibilidades que possui nas rubricas
“Disponibilidades” (Nota 3) e “Aplicações de liquidez” (Nota 4), bem como os títulos que podem ser dados como colateral
em captações de liquidez (Nota 5), são suficientes para honrar os compromissos junto dos beneficiários das garantias
públicas prestadas pelo Fundo em caso do seu acionamento.
Os títulos classificados na categoria de títulos mantidos até ao vencimento são registados pelo respectivo custo de aquisição,
acrescidos dos rendimentos auferidos pela fluência dos seus prazos, reconhecendo-se eventuais lucros ou prejuízos apurados
na data do resgate pela diferença entre o preço de resgate e o seu valor contabilístico.
No caso de eventual venda dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos mantidos até ao vencimento antes
da sua maturidade, devem ser registados os eventuais lucros ou prejuízos apurados na data da venda pela diferença entre o
preço de venda e o seu valor contabilístico.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO23
De acordo com o CONTIF, o Fundo não poderá classificar qualquer título e valores mobiliários na categoria de “títulos mantidos
até ao vencimento” se, durante o exercício económico corrente ou em alguns dos dois exercícios económicos anteriores, vendeu
ou reclassificou parte substancial deles antes de seu vencimento, exceptuados os casos em que o valor de custo de aquisição
dos títulos, acrescido dos rendimentos auferidos, não apresente diferença significativa em relação ao valor de mercado.
As transferências de títulos entre categorias apenas ocorrem por motivo isolado, não usual, não recorrente e que não pudesse
ter sido razoavelmente antecipado, e que tenha ocorrido após a data da classificação inicial. Adicionalmente, a venda ou
reclassificação de títulos classificados na categoria de mantidos até ao vencimento apenas é possível nos casos em que o valor
de custo de aquisição dos títulos, acrescido dos rendimentos auferidos, não apresente diferença significativa em relação ao valor
de mercado.
Com referência à data de preparação das demonstrações financeiras, o Fundo avalia a existência de situações de evidência
objectiva que os activos financeiros registados na categoria de mantidos até ao vencimento estejam em situação de perda de
caracter permanente.
As perdas de caracter permanente em títulos mantidos até ao vencimento são registadas directamente em resultados, quando
existe evidência objectiva dessa perda. O valor das perdas de caracter permanentes nos títulos mantido até ao vencimento é
determinado pela diferença entre o valor de balanço do investimento e o valor actual dos fluxos de caixa que se espera receber,
descontados a taxa original do activo. Se num período subsequente o montante das perdas de caracter permanente diminui, e
essa diminuição pode se objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento das perdas de caracter
permanente, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.
Os Bilhetes do Tesouro são emitidos a valor descontado e registados pelo custo de aquisição. A diferença entre este e o valor
nominal, que constitui a remuneração do Fundo, é reconhecida contabilisticamente como proveito ao longo do período
compreendido entre a data de compra e a data de vencimento dos títulos, na própria conta com a especificação “Proveitos a
receber” (Nota 5).
As Obrigações do Tesouro são registadas pelo custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal destes
títulos, que corresponde ao desconto / prémio verificado no momento da compra, é especializada durante o período de vida do
título com a especificação “Proveitos a receber”. Os juros corridos relativos a estes títulos são igualmente contabilizados com a
especificação “Proveitos a receber”.
f) Imobilizações incorpóreas e corpóreas
As imobilizações incorpóreas correspondem, essencialmente, às obras em edifícios arrendados e investimentos nos sistemas de
informação (software) que suportam a actividade do Fundo. Estas são registadas pelo seu custo de aquisição, incluindo os custos
indispensáveis para a sua colocação em funcionamento, e amortizadas linearmente ao longo de um período de três anos, com
excepção das benfeitorias em imóveis de terceiros, as quais são amortizadas de acordo com a vida útil estimada das mesmas ou
pelo período de vigência do contrato de arrendamento celebrado.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 24
As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição, incluindo os custos indispensáveis para a sua colocação em
funcionamento, e depreciadas pelo método das quotas constantes de acordo com as vidas úteis estimadas dos respectivos
activos, as quais correspondem a taxas de amortização similares àquelas que se encontram definidas no Código do Imposto
Industrial:
g) Propriedades de investimento
O Fundo classifica como propriedades de investimento os imóveis, ou partes deles, detidos para arrendamento.
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo os custos de transacção
directamente relacionados, sendo posteriormente mantidos ao custo histórico e objecto de testes de imparidade periódicos, os
quais são suportados por avaliações imobiliárias elaboradas por peritos externos independentes.
As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com a vida útil estimada dos imóveis subjacentes que não variam
das consideradas para imóveis semelhantes registados na rubrica “Imobilizações corpóreas”, conforme a política divulgada na
Nota 2.2 f).
h) Dotação orçamental
O Regulamento do Fundo de Garantia de Crédito, publicado pelo Decreto Presidencial nº 78/12 de 4 de Maio revogado pelo
Decreto Presidencial nº 197/2015 de 16 de Outubro, prevê a possibilidade de existirem dotações, provenientes do Orçamento
Geral do Estado, as quais correspondem a subsídios com vista à cobertura das suas despesas operacionais. A aprovação destas
dotações é condicionada à apresentação, por parte do Fundo, de orçamentos que justifiquem e discriminem a natureza dos
custos para os quais é requerido o subsídio.
O Fundo disponibiliza trimestralmente ao Ministério das Finanças a análise da execução orçamental, sendo que os valores
recebidos da dotação orçamental são utilizados na medida em que o Fundo entende que as despesas estão directamente
relacionadas com a sua actividade correntes, independentemente dos valores indicados por rubrica no orçamento inicialmente
aprovado pelo Ministério das Finanças, e da sua alocação entre despesas operacionais e despesas com a remuneração dos
Órgãos de Administração do Fundo.
Equipamento:
Mobiliário e material
Máquinas de uso administrativo
Equipamento informático
Instalações interiores
Viaturas de transporte
Outro equipamento
Anos de vida útil
10
6 a 10
6
5 a 10
4
3 a 10
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO25
As dotações orçamentais que não sejam totalmente utilizadas num exercício são transferidas para o exercício seguinte.
Quando devidamente comprovada a correlação directa entre o subsídio e os custos que pretende compensar, e desde que
satisfeitas todas as condições impostas pelo Estado para a atribuição do subsídio, as dotações orçamentais são reconhecidas
como proveito do Fundo durante os períodos necessários para balanceá-los com os custos relacionados que se pretende
compensar, numa base sistemática. Desta forma, estas dotações não são directamente registadas nos fundos próprios, mas sim
nas rubricas do passivo “Outras obrigações – Investimento realizados com a dotação orçamental” e “Outras obrigações – Dotação
orçamental” (Nota 11), sendo posteriormente transferidas para as rubricas da demonstração de resultados “Outros proveitos e
custos operacionais – Dotação orçamental (imobilizações) ” (Nota 21), na medida em que os custos que lhes estão associados
sejam incorridos e registados.
i) Compensação de reforma
Nos termos do Artigo n.º 262 da Lei n.º 02/2000 (Lei Geral do Trabalho) o Fundo constituía provisões para a cobertura de
responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma”, as quais eram determinadas multiplicando 25% do salário mensal
de base praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma
data. O valor destas responsabilidades está registado na rubrica do passivo “Provisões para compensação de reforma” (Nota 11).
Nos exercícios de 2015 e 2016 o Fundo não efectuou qualquer reforço desta provisão uma vez que a Nova Lei Geral do Trabalho
(Lei n.º 07/2015, de 15 de Junho), que entrou em vigor em Setembro de 2015, eliminou o carácter obrigatório da mesma. Não
obstante, o Conselho de Administração encontra-se a estudar a possibilidade de afectar esta provisão a um programa
complementar de pensões de reforma e sobrevivência para os colaboradores do Fundo.
j) Provisões para responsabilidades prováveis
A política relativa à constituição de provisões para garantias prestadas é apresentada na Nota 2.2 d)
As provisões para outras responsabilidades prováveis são constituídas quando existe uma obrigação presente (legal ou
construtiva) resultante de eventos passados, relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser
determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a
responsabilidade na data do balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de uma contingência passiva. As contingências passivas são
apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.
k) Impostos sobre o rendimento
Com a entrada em vigor do novo Código de Imposto Industrial, em 1 de Janeiro de 2015, o Fundo obteve esclarecimentos junto da
Administração Geral Tributária - AGT sobre a sua sujeição a impostos sobre o rendimento e sobre o património. Por via de um
esclarecimento feito pela AGT datado de 27 de Outubro de 2015, o Fundo foi classificado como instituição pública e, nesses
termos, estaria isento de tributação sobre o rendimento e sobre o património.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 26
Posteriormente, a AGT prestou um novo esclarecimento por carta datada de 25 de Agosto de 2016, no qual estabelece a obrigação
do Fundo de pagar impostos a partir de 27 de Maio de 2016. Com base nas referidas cartas e em confirmações obtidas em
contactos mantidos pelo Conselho de Administração com a AGT, é entendimento do Conselho de Administração que
relativamente à actividade desenvolvida no exercício de 2015 e no exercício de 2016 até 27 de Maio de 2016 o Fundo de Garantia
de Crédito se encontra isento de tributação em sede de qualquer imposto sobre o rendimento e sobre o património,
nomeadamente imposto industrial e imposto sobre a aplicação de capitais, tendo as demonstrações financeiras de 2017 e de
2016 sido preparadas com base nesse pressuposto.
Imposto Industrial
O Fundo é considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A, sujeito a uma taxa de imposto de 30%.
O imposto corrente engloba o Imposto Industrial, o qual é calculado com base no resultado fiscal do exercício, podendo
este ser diferente do resultado contabilístico devido a ajustamentos nos termos do Código do Imposto Industrial, bem como
o Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”) e o Imposto Predial Urbano (“IPU”).
De acordo com o disposto no Código do Imposto Industrial os proveitos sujeitos a IAC são dedutíveis para efeitos de
determinação do lucro tributável, não consubstanciando o IAC um custo aceite fiscalmente.
Apresenta-se na Nota 23 a reconciliação entre o resultado fiscal e o resultado contabilístico.
Imposto Sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”)
O Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/11, de 30 de Dezembro, veio introduzir diversas alterações legislativas ao Código do
Imposto sobre a Aplicação de Capitais, tendo sido, entretanto, alterado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14. O IAC
incide, genericamente, sobre os rendimentos provenientes das aplicações financeiras do Fundo, nomeadamente
rendimentos resultantes de aplicações de liquidez e rendimentos de títulos. A taxa varia entre 5% (no caso de rendimentos
de títulos de dívida admitidos à negociação em mercado regulamentado e que apresentem uma maturidade igual ou
superior a três anos) e 15%.
Imposto Predial Urbano (IPU)
Incide IPU, à taxa de 0,5%, sobre o valor patrimonial dos imóveis próprios que se destinem ao desenvolvimento da
actividade normal do Fundo quando o seu valor patrimonial for superior a mAOA 5.000.
Incide IPU à taxa de 15%, sobre o valor da renda mensal cobrada pelo Fundo, retido na fonte pelos inquilinos sob fracções
do edifício sede do Fundo arrendadas por estes.
l) Outros impostos
O Fundo está sujeito a impostos indiretos, nomeadamente, impostos aduaneiros e imposto de consumo.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO27
3. DISPONIBILIDADES
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2017 2016
Caixa
Notas e moedas em moeda nacional
Notas e moedas em moeda estrangeira
Notas e moedas em Euros
Notas e moedas em Dólares
Notas e moedas em Rands
Disponibilidades em instituições financeiras
Disponibilidades à ordem em moeda nacional
Banco de Poupança e Crédito
Banco Económico
Banco de Fomento Angola
Banco BIC
Banco Angolano de Investimentos
Banco Sol
Banco de Negócios Internacional
Banco Millennium Atlântico
Banco Keve
Banco de Investimento Rural
Banco Caixa Geral Angola
Banco Prestígio
BCI
Finibanco Angola
Banco Yetu
Banco Angolano de Negócios e Comércio
Banco Crédito Sul
Disponibilidades à ordem em moeda estrangeira
Banco de Poupança e Crédito
Banco de Negócios Internacional
Banco Millennium Atlântico
Banco Caixa Geral Angola
Banco Económico
Disponibilidades em instituições financeiras em trânsito
1 315
2 517
1 398
205 251
339 799
105 149
35 925
35 282
30 180
18 536
12 445
11 693
9 145
9 090
3 890
2 947
2 200
1 986
1 487
744
80
620 579
466 144
1 310
48
6
-
467 508
370
1 088 457
1 093 708
1 810
51
3 701
185 580
54 686
22 976
6 174
10 828
24 845
19 513
210 574
3 501
22 166
1 000
2 132
-
338
290
1 500
4 469
-
384 992
604 635
7 429
48
21
29 781
641 914
-
1 026 906
1 032 486
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 28
As disponibilidades em instituições financeiras mantidas pelo Fundo não são remuneradas e encontram-se denominadas em
Kwanzas, Dólares dos Estados Unidos e Euros.
4. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, as aplicações de liquidez, excluindo juros a receber, apresentam a seguinte estrutura, por
prazos residuais de vencimento:
2017 2016
Operações no mercado monetário financeiro
Depósitos a prazo em moeda nacional
Banco de Poupança e Crédito
Banco de Negócio Internacional
Banco Prestígio
Banco de Investimento Rural
Banco Económico
Banco Millennium Atlântico
Banco Caixa Geral Angola
Depósitos a prazo em moeda estrangeira
Banco de Poupança e Crédito
Banco de Negócio Internacional
Proveitos a receber
4 888 481 4 820 000
500 000 225 000
300 000 209 000
100 000
2 500 2 500
2 100 152 100
5 793 081 5 408 600
16 592 400 16 590 300
16 592 400 16 590 300
22 385 481 21 998 900
285 555 201 323
22 671 036 22 200 223
-
- -
0
Até um mês
Entre um e três meses
Entre três e seis meses
Entre seis meses e um ano
Superior a um ano
4 789 981 209 000
801 000 250 000
16 792 400 21 535 300
2 100 2 100
2 500
22 385 481 21 998 900
2017 2016
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, as aplicações de liquidez vencem juros às seguintes taxas médias anuais, ponderadas pelo
respectivo valor nominal das aplicações:
As Obrigações do Tesouro, no montante nominal de mAOA 10.180.000 em 31 de Dezembro de 2017, foram emitidas pelo Ministério
das Finanças em Março de 2016 e em Maio de 2017 respectivamente para realização do capital social e capitalização do Fundo
(Nota 13).
Estas Obrigações do Tesauro são denominadas em moeda nacional, sem ajuste do valor nominal (não indexadas a taxa de
câmbio de qualquer moeda estrangeira), vencem juros a taxa anual de 5% e tem data de reembolso em Março de 2040 e Maio de
2041 respectivamente (prazos de 24 anos).
O Conselho de Administração do Fundo entendeu adequado registar estas Obrigações do Tesouro na rubrica de "Títulos e valores
mobiliários mantidos até ao vencimento" do Activo pelo custo de aquisição (custo de entrada), correspondente ao respetivo valor
nominal de mAOA 10.180.000, tendo em consideração que o CONTIF não inclui nenhuma norma que defina o registo contabilístico
das realizações de capital em espécie. De referir que, apesar de não ter sido possível apurar uma estimativa fiável do justo valor
das referidas Obrigações do Tesouro, e entendimento do Conselho de Administração do Fundo que face as suas características
(remuneração e maturidade) e as actuais condições de mercado, o justo valor das mencionadas Obrigações do Tesouro será
significativamente inferior ao respectivo valor nominal pelo qual estão registadas no Activo do Fundo em 31 de Dezembro de 2017
e 2016.
5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO29
2017 2016
Em Kwanzas 11,91% 8,02%
Em Dólares dos Estados Unidos 2,50% 3,50%
2017 2016
Mantidos até o Vencimento:
Obrigações do Tesouro em moeda nacional
Bilhetes de Tesouro
Proveitos a receber
Obrigações do Tesouro em moeda nacional
Bilhetes de Tesouro
10 180 000
-
10 180 000
119 440
-
119 440
10 299 440
5 180 000
110 000
75 217
3 636
78 853
5 368 853
5 290 000
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 30
Os Bilhetes do Tesouro são emitidos ao valor descontado e registados pelo seu custo de aquisição de mAOA 110.000 (valor
descontado) e têm maturidade entre um e seis meses.
Com base nas análises efectuadas, o Conselho de Administração do Fundo tem a intenção e entende que o Fundo tem
capacidade, de acordo com a informação disponível na data de aprovação das demonstrações financeiras, para manter estes
títulos até ao seu vencimento, não sendo sua intenção proceder a sua alienação antecipada (Nota 2.2 e)).
Após as análises efectuadas, o Conselho de Administração entende que não se verificou nenhuma perda de caracter permanente
nos títulos classificados na categoria de títulos mantidos até ao vencimento.
A rubrica "Proveitos a receber" corresponde aos juros corridos das Obrigações do Tesouro e ao acréscimo do desconto entre o
valor de aquisição e o valor nominal dos Bilhetes do Tesouro.
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, os títulos e valores mobiliários, excluindo juros a receber, apresentam a seguinte estrutura,
por prazos residuais de vencimento:
2017 2016
Obrigações do Tesouro
Vinte e Quatro anos
Bilhetes do Tesouro
Entre Um e Três meses
Entre Três e Seis meses
10 180 000 5 180 000
- 60 000
- 50 000
10 180 000 5 290 000
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os títulos e valores mobiliários vencem juros às seguintes taxas médias anuais, ponderadas
pelo respectivo valor nominal das aplicações:
2017 2016
Obrigações do Tesouro
Em Kwanzas 5% 5%
Bilhetes do Tesouro
Em Kwanzas 18%
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO31
6. OUTROS VALORES
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2017 2016
Devedores diversos - Rendas
Outros Valores de Natureza Fiscal
Imposto Apl. De Capitais 2013
IPU - Renda Dolce Vita
Lei 19/14 (CII) - Clientes
IRT - Avençados
II - Imposto Industrial
Devedores por prestação de serviços
Comissões de garantias a receber
Despesas com custos diferidos
Seguros
Adiantamentos e antecipações de salários
Adiantamentos a fornecedores
Taxa de condomínio
Comunicação
Rendas
-
-
16 427
5 828
91
-
-
22 345
378 136
378 136
16 285
14 084
13 275
1 976
376
-
45 996
446 477
43
43
35 939
2 498
-
-
-
38 437
168 003
168 003
11 533
4 389
1 524
7 680
621
-
25 747
232 230
Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo da rubrica "Outros valores de natureza fiscal - Imposto de aplicação de capitais 2013"
corresponde ao crédito de imposto, aprovado pela AGT em 2016, relativo ao Imposto sobre a aplicação de capitais (IAC) que foi
indevidamente retido por alguns dos Bancos onde o Fundo mantinha aplicações de liquidez no exercício de 2013, período durante
o qual se encontrava isento em sede de qualquer imposto sobre o rendimento e sobre o património. Os valores de IAC que, no
entendimento do Fundo, foram indevidamente retidos por alguns dos Bancos onde o Fundo mantinha aplicações de liquidez
durante os exercícios de 2014, 2015 e 2016 (até 27 de Maio) não foram registados como crédito de imposto por não terem ainda
sido aprovados pela AGT.
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o saldo da rubrica "Comissões de garantias a receber" corresponde ao valor de comissões
reconhecidas em resultados no presente exercício, que ainda não foram recebidas pelo Fundo.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 32
7. IMOBILIZAÇÕES
O movimento nas rubricas de imobilizações incorpóreas, corpóreas e em curso durante os exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2017 e de 2016 foi o seguinte:
Amortizaçõesdo exercício
Saldo em 31-12-2017
Imobilizações corpóreasImoveis de UsoPropriedade de InvestimentoEquipamento administrativoEquipamento de transporteImobilizado em curso
Imobilizações incorpóreasSistemas de Tratatamento de DadosBenfeitorias em Imoveis de terceiros
Abates,alienações e
outros
Regularização deamortizaçõesde exercícios
anterioresValor bruto Amortizaçõesacumuladas Valor líquido
Aumentos TransferênciasValor bruto Amortizações
acumuladas Valor líquido
Saldo em 31-12-2016
1 910 478132 99088 176
136 036216 827
2 484 507
72 27221 40793 679
2 578 186
(66 441)(2 660)
(20 162)(65 331)
-(154 594)
(19 132)(21 407)(40 539)
(195 133)
1 844 037130 33068 01470 705
216 8272 329 913
53 140-
53 140
2 383 053
--
112 412143 500101 964357 876
---
357 876
------
---
-
------
---
-
------
---
-
(40 869)-
(16 712)(37 727)
-(95 309)
(3 799)-
(3 799)
(99 108)
1 910 478 (107 310) 1 803 168132 990 (2 660) 130 330200 588 (36 874) 163 714279 536 (103 058) 176 478318 791 - 318 791
2 842 383 (249 903) 2 592 480
72 272 (22 931) 49 34121 407 (21 407)93 679 (44 338) 49 341
2 936 062 (294 241) 2 641 821
2 043 468
50 61866 79765 849
2 226 732
-2 226 732
27 37821 40837 59186 377
2 313 109
(12 835)(48 973)
-(90 039)
-(90 039)
(15 526)(21 405)
-(36 931)
(126 970)
(28 231) 2 015 237
37 78317 82465 849
2 136 693
-2 136 693
11 8523
37 59149 446
2 186 139
--
37 55773 928
210 036321 522
-321 522
--
7 3027 302
328 824
(132 990)
---
(132 990)
132 990-
--
-
(132 990)
-
-(4 689)
(59 058)(63 747)
-(63 747)
--
-
(63 747)
-
127--
127
-127
--
-
127
(38 210)-
(7 454)(16 358)
-(62 022)
(2 660)(64 682)
(3 605)(3)
(3 608)
(68 290)
1 910 478-
88 176136 036216 827
2 351 517
132 9902 484 507
27 37821 40844 89393 679
2 578 186
(66 441)-
(20 162)(65 331)
-(151 934)
(2 660)(154 594)
(19 131)(21 408)
(40 539)
(195 133)
1 844 037-
68 01470 705
216 8272 199 583
130 3302 329 913
8 247-
44 89353 140
2 383 053
Amortizaçõesdo exercício
Saldo em 31-12-2016Abates,alienações e
outros
Regularização deamortizaçõesde exercícios
anterioresValor bruto Amortizaçõesacumuladas Valor líquido
Aumentos TransferênciasValor bruto Amortizações
acumuladas Valor líquido
Saldo em 31-12-2015
Imobilizações corpóreasImóveisPropriedade de InvestimentoEquipamento administrativoEquipamento de transporteImobilizado em curso
Propriedades de InvestimentoPropriedades de Investimento
Imobilizações incorpóreas
Sistemas de tratatamento de dadosBenfeitorias em imóveis de terceirosImobilizado em curso
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "imóveis de uso próprio" respeita ao valor de aquisição do novo edifício
sede do Fundo, adquirido em Novembro de 2014 e para o qual os serviços do Fundo se transferiram no final de 2016.
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "lmobilizações Corpóreas - lmobilizado em curso" respeita
maioritariamente ao valor das obras de remodelação do novo edifício sede do Fundo.
Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo da rubrica "Propriedade de investimento" respeita ao valor da fração 3BQ Direito do novo
edifício sede do Fundo que se encontra arrendada a uma entidade terceira até 2018. O valor da renda ascende a
aproximadamente 1.850 mAOA mensais que são pagos trimestralmente.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO33
8. OUTRAS CAPTAÇÕES
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, a rubrica “Empréstimos obtidos” corresponde maioritariamente a um financiamento de
mútuo com hipoteca junto do Banco Económico, destinado à aquisição do novo edifício sede. O contrato de mútuo encontra-se
denominado em Kwanzas indexadas ao Dólar dos Estados Unidos, tem um prazo de 23 anos e vence juros à taxa fixa anual de 9%.
09. ADIANTAMENTO DE CLIENTES
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica tem a seguinte composição:
2017 2016
Empréstimos obtidos
Banco Económico
BE c/ Financiamento
Banco Económico C/Leasing
Juros a pagar
1 446 157
79 465
3 615
1 529 238
1 470 953
-
3 676
1 474 629
2017 2016
Adiantamento de clientes
Rendas antecipadas
Comissões de garantias antecipadas
Comissões a regularizar
1 850
415
363
2 628
1 850
556
91
2 497
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 34
10. OUTRAS OBRIGAÇÕES
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "IAC - Imposto Sobre a Aplicação de Capitais", refere-se ao imposto a
pagar relativo aos juros a receber de "Aplicações de liquidez" (Nota 4) e de “Títulos e valores mobiliários" (Nota 5).
Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo da rubrica “II-Imposto industrial” corresponde ao imposto apurado e pago em Julho de 2017
sobre o balancete provisório a 31 de Dezembro de 2016 reclassificado após ajustamentos efectuados.
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "Prémio de desempenho" corresponde ao montante do prémio de
desempenho referente aos exercícios de 2016 e 2017 estimados pelo Conselho de Administração, a liquidar em exercícios futuros.
O custo relativo a este prémio é registado na demonstração de resultados na rubrica "Pessoal - Prémio de desempenho" (Nota
18).
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "investimentos realizados com a dotação orçamental" corresponde ao
valor líquido dos investimentos realizados com utilização da dotação orçamental em equipamentos de transporte, equipamentos
administrativos, e sistemas de tratamento de dados, deduzido das depreciações e amortizações praticadas pelo uso dos
mesmos. Este saldo é registado na demonstração de resultados na rubrica "Outros proveitos e custos operacionais - Dotação
orçamental (imobilizações) " (Nota 21) durante a vida útil dos bens, de acordo com o registo das respectivas amortizações.
2017 2016
Obrigações de natureza fiscal
IAC - Imposto sobre a Aplicação de Capitais
IRT - Pessoal
Imposto Predial Urbano
Lei 19/14 - Fornecedores
IRT - Imposto Sobre o Rendimento do Trabalho - Avençados
II - Imposto Industrial
Obrigações de natureza cível
Credores diversos
Obrigações de natureza administrativa e de comercialização
Pessoal - salários e outras remunerações
Prémio de desempenho (Nota 17)
Férias e subsídio de férias
Investimentos realizados com dotação orçamental
Segurança Social INSS
Dotação orçamental
67 067
13 570
9 013
1 710
(95)
(81 518)
9 747
44 424
44 424
156 210
52 607
32 460
10 822
-
252 100
306 271
56 696
2 094
422
105
-
59 317
16 748
16 748
148 107
26 013
44 893
1 669
153
220 834
296 899
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO35
11. PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS
Os movimentos das provisões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016 foi o seguinte:
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016 as "provisões para garantias prestadas" destinam-se a fazer face ao risco de incumprimento
nas operações de crédito concedidas pelos Bancos Operadores que são garantidas pelo Fundo e são constituídas de acordo com
a política divulgada na Nota 2.2.d).
Em 31 de Dezembro de 2017 não foram constituídas as provisões para comissões de garantias a receber, e em Dezembro de 2016,
a "Provisão para comissões de garantias a receber" corresponde ao montante de comissões registadas na rubrica "Comissões de
garantias a receber'' (Nota 7) com antiguidade superior a 90 dias.
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o montante das provisões para garantias prestadas segregado por nível de risco detalhe-se
da seguinte forma:
Saldo em31-12-2016
Saldo em31-12-2017 Reforço Reversões
Provisões para garantias prestadasProvisões Comissões Garantias a receberProvisões para compensação de reforma (Nota 17)Provisões para garantias accionadas
8 702 745 1 604 409 (131 519) 10 175 635148 700 (148 700) -
8 384 - - 8 384131 519 (1 892) 129 627
8 859 829 1 735 928 (282 110) 10 313 645
Saldo em31-12-2015
Saldo em31-12-2016Reforço Reversões
Provisões para garantias prestadasProvisões Comissões Garantias a receber (Nota 5)Provisões para compensação de reforma (Nota 17)
5 206 193 3 496 55242 008 110 780 (4 087)
8 384 -
5 256 585 3 607 332 (4 087)
8 702 745148 700
8 384
8 859 829
-
-
A
B
C
D
E
F
G
20162017
Nível de riscoGarantiasprestadas(Nota 13)
Provisões paragarantiasprestadas
Garantiasprestadas(Nota 13)
Provisões paragarantiasprestadas
348 726
14 211 427
10 603 791
5 398 482
5 910 163
1 251 090
5 699 200
43 422 879
( 137 635)
( 530 190)
( 1 055 030)
( 1 855 439)
( 777 016)
( 5 951 843)
( 10 307 153)
- -
12 302 596
9 873 720
2 527 747
2 100 324
844 289
6 599 960
34 248 636
-
( 123 026)
( 337 540)
( 505 549)
( 630 097)
( 506 573)
( 6 599 960)
( 8 702 745)
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 36
12. FUNDOS PRÓPRIOS
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica tem a seguinte composição:
O Fundo foi constituído com um capital inicial de mAOA 20.000.000, tendo sido totalmente subscrito e realizado pelo Estado em
31 de Dezembro de 2017 (mAOA 19.539.300 em 31 de Dezembro de 2016).
Segundo o artigo 17º do Decreto Presidencial nº 78/2012, substituído pelo Decreto Presidencial
Nº 197/2015 de 16 de Outubro, o Conselho de Administração elabora o Relatório e contas da actividade do Fundo, sendo a
aplicação do resultado do Fundo definida pelo seu Conselho de Administração e aprovada pelo Ministério das Finanças.
Os aumentos de capital são decididos pelo Ministério das Finanças, de acordo com a avaliação do Relatório e contas anual, e
podem ser efectuados com entradas em dinheiro, em títulos emitidos pelo Estado ou através da incorporação de reservas.
Nos termos da legislação vigente, o Fundo constitui uma reserva legal até a concorrência do seu capital social. Para tal, e
anualmente transferido para a rubrica "Reserva legal" um mínimo de 20% do resultado líquido do exercício anterior, mediante a
decisão do Conselho de Administração referente a distribuição dos resultados. Esta reserva só pode ser utilizada para a
cobertura de prejuízos acumulados, quando esgotadas as demais reservas constituídas.
Em Março de 2016 o Ministério das Finanças realizou capital social do Fundo no montante de mAOA 5.180.000 através da emissão
de Obrigações do Tesouro (Nota 5); de igual modo em Maio de 2017 o Ministério das Finanças realizou o capital social do Fundo
num total mAOA 5.000.000.000 através da emissão de Obrigações do Tesouro (Nota 5). Deste último um montante de mAOA
460.700 foi registado na conta “Capital a Realizar” realizando assim na totalidade o Capital subscrito, sendo a diferença mAOA
4.539.300 registada na rubrica “Fundos Estatutário” representando capital adicional do Fundo.
Estas Obrigações do Tesouro são denominadas em moeda nacional, sem ajuste do valor nominal (não indexadas a taxa de
câmbio de qualquer moeda estrangeira), vencem juros a taxa anual de
5% e têm data de reembolso em Março de 2040 e Maio de 2041 respectivamente (prazo de 24 anos).
2017 2016
Capital Social
Fundo estatutário - Estado
Capital a realizar
Reservas e Fundos
Reserva Legal
Outros Fundos (Fundo estatutário)
Resultados transitados
Resultado líquido do exercício
20 000 000 20 000 000
- (460 700)
20 000 000 19 539 300
208 739 -
4 539 300 191 228
834 952 764 908
5 582 991 956 136
(452 663) 87 555
25 130 328 20 582 991
No contexto do registo destas realizações de capital social em espécie, após as análises efectuadas pelo Conselho de
Administração do Fundo e a consulta efectuada ao advogado que o apoiou, o Conselho de Administração concluiu que o
despacho que autoriza a realização do capital social
é um documento bastante para o efeito de mensuração jurídica referente a realização do capital
Social, cujo acto não é notarial pois é previamente apreciado em Conselho de Ministros e aprovado pelo Titular do Poder
Executivo. Assim, concluiu que a realização do aumento do capital social do FGC não segue o regime previsto na Lei das
Sociedades Comerciais, nem a alteração dos seus estatutos e um acto a ser realizado em Cartório Notarial.
Adicionalmente, concluiu não ser aplicável ao Fundo a Lei das Sociedades Comerciais uma vez que o FGC é um património
autónomo, e não uma Sociedade. Após consulta dos Estatutos do Fundo, da Lei das Instituições Financeiras e do Diploma que
regula a organização e funcionamento dos fundos autónomos, o Conselho de Administração entende não ser aplicável ao Fundo
o requisito que obriga a obtenção de um relatório de perito contabilista para suportar a valorização das Obrigações do Tesouro
recebidas para realização do seu capital social no montante de mAOA 10.180.000.
Conforme divulgado na Nota 2, as demonstrações financeiras do Fundo foram preparadas de acordo com os princípios
contabilísticos consagrados no CONTIF.
Após análise detalhada do CONTF, o Conselho de Administração concluiu que não existe nenhuma norma que defina o registo
contabilístico das realizações de capital em espécie.
Neste sentido, o Conselho de Administração efectuou a análise desta realização de capital em espécie através da entrega pelo
Ministério das Finanças de Obrigações do Tesouro com base na entrada de um instrumento financeiro activo, o qual foi
classificado pelo Fundo na carteira de "Títulos e valores mobiliários - Mantidos até ao vencimento".
Assim, de acordo com as regras previstas no CONTIF para os activos financeiros classificados na categoria de "Títulos e valores
mobiliários - Mantidos até ao vencimento", as referidas Obrigações do Tesouro foram registadas no Activo do Fundo pelo seu
custo de aquisição (custo de entrada), correspondente ao respectivo valor nominal de mAOA 10.180.000.
De referir que, apesar de não ter sido possível apurar uma estimativa fiável do justo valor das referidas Obrigações do Tesouro,
é entendimento do Conselho de Administração do Fundo que faces as suas características (remuneração e maturidade) e as
actuais condições de mercado, o justo valor das mencionadas Obrigações do Tesouro será significativamente inferior ao
respectivo valor nominal pelo qual estão registadas no Activo do Fundo em 31 de Dezembro de 2017 e 2016.
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO37
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 38
13. CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o valor das garantias prestadas pelo Fundo ascende a mAOA 43.422.879 e mAOA 34.248.636,
respectivamente. Para fazer face ao risco de crédito associado as garantias prestadas bem como as garantias accionadas, em 31
de Dezembro de 2017 e 2016, o Fundo tem constituídas provisões no montante de mAOA 10.307.153 e mAOA 8.702.745,
respectivamente (Nota 13).
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, os compromissos assumidos, no valor de mAOA 21.633.690 e mAOA 17.574.604, representam
a parte das garantias emitidas pelo Fundo cujos financiamentos não haviam sido desembolsados pelos Bancos Operadores aos
clientes até 31 de Dezembro de 2017 e 2016, respectivamente. Conforme descrito na nota 2.2 d), o Fundo não constitui provisões
sobre o saldo dos compromissos perante terceiros por se tratarem de compromissos revogáveis até ao momento do seu eventual
desembolso pelos Bancos Operadores aos seus clientes.
As garantias prestadas pelo Fundo no âmbito do mecanismo de garantias públicas são concedidas em moeda nacional a favor
dos Bancos Operadores e tem subjacentes financiamentos a empresas e empresários em nome individual que se enquadram nos
critérios de elegibilidade definidos, não estando prevista a concessão de garantias aos Bancos Operadores sobre financiamentos
a particulares.
2017 2016
Garantias prestadas
Clientes Banco Millennium Atlântico
Clientes Banco Angolano de Investimento
Clientes Banco BIC
Clientes Banco Económico
Clientes Banco Fomento Angola
Clientes Banco Keve
Clientes Banco de Poupança e Crédito
Clientes Banco SOL
Clientes Banco Caixa Geral Angola
Clientes Banco de Comércio Indústria
Clientes Banco Angolano de Negócio e Comércio
Clientes Finibanco
Clientes Banco de Negócios Internacional
Clientes Banco de Investimento Rural
Compromissos assumidos
Compromissos perante terceiros
12 217 361
7 264 726
6 842 040
3 581 950
3 526 926
2 491 980
2 362 222
1 957 087
1 128 326
964 722
500 238
323 528
112 493
149 280
43 422 879
21 633 690
21 633 690
65 056 570
10 410 444
7 283 801
4 790 439
1 537 536
2 629 257
1 998 223
1 200 782
1 384 228
1 373 644
458 004
501 113
401 461
279 704
34 248 636
17 574 604
17 574 604
51 823 240
-
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO39
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, a composição da carteira de garantias prestadas por sectores de actividade, é a seguinte:
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, a composição da carteira de garantias prestadas por província, é a seguinte:
2017 2016
Indústria Transformadora, geologia e minas
Agricultura, Pecuária e Pescas
Serviços de apoio ao sector produtivo
Materiais de construção
18 622 243
17 365 181
4 317 339
3 118 116
43 422 879
14 829 774
13 781 547
2 683 714
2 953 601
34 248 636
2017 2016
Luanda
Benguela
Huambo
Huíla
Bengo
Kwanza - Sul
Namibe
Malange
Bié
Zaire
Uíge
Kwanza - Norte
Cunene
Lunda - Sul
Kuando - Kubango
Cabinda
Lunda - Norte
Moxico
28 622 959
4 371 890
2 112 864
1 589 376
1 486 493
1 333 138
1 107 043
658 337
605 545
508 651
332 347
303 580
129 327
101 170
65 297
48 166
42 000
4 695
43 422 879
25 696 387
3 111 912
265 358
1 569 181
776 927
1 162 706
451 034
63 086
6 806
568 561
181 973
192 516
26 611
30 729
74 933
64 720
-
5 196
34 248 636
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 40
14. MARGEM FINANCEIRA
Em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, esta rubrica tem a seguinte composição:
O saldo da rubrica “Proveitos de aplicações de liquidez” corresponde aos juros das aplicações a prazo realizadas pelo Fundo
junto de Bancos comerciais residentes.
O saldo da rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários” é composto pelos juros das Obrigação do Tesouro e dos Bilhetes
de Tesouro detidos pelo Fundo.
15. RESULTADOS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Os resultados de operações cambiais correspondem à variação cambial das contas activas e passivas tituladas em moeda
estrangeira. Importa referir que parte relevante dos resultados de variações cambiais de 2017 e de 2016 corresponde a resultados
potenciais, não realizados.
2017 2016
Proveitos de instrumentos financeiros activosProveito de aplicações de liquidez
Depósitos a prazo em moeda nacionalDepósitos a prazo em moeda estrangeira
Proveito de Titulos e Valores MobiliáriosTítulo e valores mobiliários em moeda nacional
Custos de instrumentos financeiro passivoJuros de outras captações
811 993 602 232147 718 403 106959 711 1 005 338
433 239 209 1151 392 949 1 214 453
(135 602) (134 557)
1 257 347 1 079 896
2017 2016
Diferenças de câmbio favoráveis
Diferenças de câmbio desfavorável
1 806 3 207 379
(101 672) (479 678)
(99 866) 2 727 701
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO41
16. RESULTADOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FINANCEIROS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
17. PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
No âmbito da emissão de garantias de crédito, o Fundo cobra ao cliente comissões à taxa anual de 2% sobre o valor em risco, as
quais são recebidas pelos Bancos Operadores e posteriormente transferidas para o Fundo. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o
saldo da rubrica “Comissões de garantias prestadas” corresponde às comissões referentes aos exercícios de 2017 e 2016,
respectivamente.
2017 2016
Proveitos de serviços financeiros e comissões
Comissões de garantias prestada
Custos de serviços financeiros e comissões
Despesas com serviços bancários
Outros Custos Financeiros
796 359 607 944
(8 345) (4 364)
(9 427) -
(17 772) (4 364)
778 587 603 580
2017 2016
Remuneração base
Orgãos de Gestão e Fiscalização
Funcionários
Outros custos
Prémio de desempenho (Nota 11)
Férias e subsídio de férias
Seguros
Segurança social
Formação
124 640
159 857
284 497
77 183
51 455
25 586
20 604
20 563
195 390
479 887
64 357
121 419
185 776
79 027
26 256
9 000
14 053
7 183
135 519
321 295
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 42
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o número de colaboradores do Fundo ascende a 41 e 32,
respectivamente, dos quais 3 são os membros do Conselho de Administração e 3 são os membros do Conselho Fiscal.
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "Remuneração base" corresponde aos salários dos
colaboradores e dos membros do Conselho de Administração e Fiscal. Os custos suportados pelo Fundo relativos às
contribuições para a segurança social encontram-se registadas na rubrica "Outros custos - Segurança social".
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "Prémio de desempenho" corresponde ao
montante do prémio de desempenho referente aos exercícios de 2017 e 2016 estimados pelo Conselho de Administração, que
serão liquidados em exercícios futuros. Estes prémios serão liquidados após a aprovação do Accionista - Ministério das Finanças.
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica "Férias e subsídio de férias" refere-se ao
reconhecimento do direito de férias e subsídio correspondente, previsto na Lei Geral do Trabalho em vigor, que normalmente são
gozadas no ano seguinte.
18. FORNECIMENTOS DE TERCEIROS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2017 2016
Auditoria, consultoria e outros serviços especializados
Segurança, conservação e reparação
Limpeza, higiene e conforto
Deslocações e estadias
Alimentação
Comunicações
Seguros
Despesas de representação
Outros
Publicações, publicidade e propaganda
Combustivel
Materiais diversos
Alugueres
Electricidade
Água
Assistência técnica
Multas e Transgressões
Emolumentos notariais
Livros e documentos ténica
81 812 51 050
35 650 44 559
22 863 10 268
15 675 18 455
13 319 15 523
10 316 5 518
9 844 15 920
8 662 12 989
7 307 5 619
5 989 6 149
5 818 4 384
3 226 1 932
1 402 47 740
979 934
787 671
245 -
13 11
- 4 528
- 4
223 908 246 254
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO43
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica “Auditoria, consultoria e outros serviços
especializados” corresponde, essencialmente, aos serviços de auditoria as demonstrações financeiras do Fundo.
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2016, o saldo da rubrica “Alugueres” corresponde, essencialmente, às rendas
suportadas no âmbito do contrato de arrendamento do escritório sede do Fundo, o qual terminou no final de 2016 com a
transferência dos serviços do Fundo para o novo edifício sede (Nota 8).
19. IMPOSTOS E TAXAS NÃO INCIDENTES SOBRE O RESULTADO
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016, o saldo da rubrica “Imposto sobre Aplicação de Capitais” corresponde
as retenções e pagamento de IAC sobre os depósitos a prazos e obrigações do tesouro do Fundo domiciliados nos bancos
comerciais (Notas 4 e 5).
20. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o saldo da rubrica "Rendas de propriedades de investimento" corresponde
essencialmente ao valor recebido pelo arrendamento, a partir de 2016, do 8º piso do Edifício sede do Fundo.
2017 2016
Imposto sobre Aplicação de Capitais
Imposto Predial Urbano
Taxa de Circulação
Outras Taxas
Imposto de Selo s/Renda
Contribuição Especial Sobre Operações Bancaria
88 545 110 867
14 270 5 810
233 9
139 22
105 -
- 411
103 293 117 119
2017 2016
Rendas de Propriedade de Investimento
Dotação orçamental
Venda de Mercadorias/Bens
Outros proveitos e custos operacionais
24 861 17 225
12 586 15 952
102 000 -
(101 996) -
37 451 33 177
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 44
21. RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
22. IMPOSTOS CORRENTES
Conforme divulgado na (Nota 2.2. k), é entendimento do Conselho de Administração que relativamente a actividade desenvolvida
no exercício de 2015 e a actividade desenvolvida até 27 de Maio de 2016 o Fundo de Garantia de Credito se encontrava isento de
tributação em sede de qualquer imposto sobre o rendimento e sobre o património, nomeadamente Imposto Industrial e Imposto
sobre a Aplicação de Capitais, tendo as demonstrações financeiras de 2017 e de 2016 sido preparadas com base nesse
pressuposto.
A estimativa de imposto industrial do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017 pode ser apresentada conforme segue:
2017 2016
Ajuste de exercícios anteriores 66 170 597
66 170 597
2017
Resultado antes de imposto
A acrescer:
Amortizações excessivas [Art. 40.º do CII]
Imposto Industrial [Art. 18.º do CII]
Imposto Predial Urbano [Art. 18.º do CII]
Imposto sobre a Aplicação de Capitais [Art. 18.º do CII]
Multas e encargos sobre infracções [Art. 18.º do CII]
Despesas indevidamente documentadas [Art. 17.º do CII]
Correcções relativas a exercícios anteriores e extraordinárias [Art. 18.º do CII]
A deduzir:
Rendimentos sujeitos a IAC [Art. 47.º do CII]
Rendimentos sujeitos a IPU [Art. 47.º do CII]
Prejuízo fiscal
(452 663 298)
17 570 854
91 000
5 827 500
88 544 991
13 200
8 661 907
101 995 823
222 705 274
(1 392 949 429)
(22 200 000)
(1 415 149 429)
(1 645 107 453)
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO45
23. BALANÇO POR MOEDA
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os balanços por moeda apresentam a seguinte estrutura:
24. EVENTOS SUBSEQUENTES
Até à data de aprovação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017, foram accionadas sete (7)
garantias emitidas pelo Fundo.
Importa referir que teve início no dia 01 de Janeiro de 2018 conforme a verba nº 16.2.3 do Anexo A que refere o Artigo 1º do Decreto
Legislativo Presidencial nº 3/14 de 21 de Outubro, a cobrança do Imposto de Selo sobre as Comissões de Garantias Prestadas.
À data da aprovação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017, foi deliberado em sede da
reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientado pelo Presidente da República, o cancelamento do Programa
Angola Investe a partir do dia 31 de Outubro de 2018, mantendo-se os compromissos com a bonificação e garantia pública dos
financiamentos já aprovados e em curso até à data da sua extinção.
Estas Demonstrações Financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em sessão realizada em 01 de Outubro de
2018, pelo que são assinadas pelos seus membros.
31/12/2017 31/12/2016
Disponibilidades
Aplicações de liquidez
Títulos e valores mobiliários
Outros valores
Imobilizações
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Total do Activo
Outras Captações
Outras obrigações
Adiantamento de Clientes
Provisões para responsabilidades prováveis
Total do Passivo
Activo (Passivo) Líquido
Moedanacional
Moedanacional
indexada aoUSD
Moedasestrangeiras Total Moeda
nacional
Moedanacional
indexada aoUSD
Moedasestrangeiras Total
622 264
5 884 724
119 440
576 104
2 592 480
49 341
2 641 821
9 844 352
-
306 271
2 627
10 313 645
10 622 543
(778 191)
-
-
-
-
-
-
-
-
1 529 238
-
-
-
1 529 238
(1 529 238)
471 443
16 702 080
-
-
-
-
-
17 173 524
-
-
-
-
-
17 173 524
1 093 708
22 586 804
119 440
576 104
2 592 480
49 341
2 641 821
27 017 876
1 529 238
306 271
2 627
10 313 645
12 151 781
14 866 095
386 802
5 500 242
5 368 853
232 230
2 329 913
53 140
2 383 053
13 871 180
-
296 899
2 497
8 859 829
9 159 225
4 711 955
-
-
-
-
-
-
-
-
1 474 629
-
-
-
1 474 629
(1 474 629)
645 684
16 699 981
-
-
-
-
-
17 345 665
-
-
-
-
-
17 345 665
1 032 486
22 200 223
5 368 853
232 230
2 329 913
53 140
2 383 053
31 216 844
1 474 629
296 899
2 497
8 859 829
10 633 854
20 582 990
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO 46
Silvano Araújo
Membro da Administração
João Júlio Fernandes
Presidente do Conselho de Administração
Manuel Passos
Membro da Administração
RELATÓRIODO AUDITORINDEPENDENTE
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO47
FGC - FUNDO DE GARANTIA DE CRÉDITO50
PARECERCONSELHOFISCAL
Via S8, Condomínio Dolce Vita,Edifício 3B - 1ATalatona - Luanda
+244 915 506 512 [email protected] www.fgc.gv.ao
RELATÓRIOE CONTAS2016/17