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Relatório e Contas 2017 Porto Novo Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (em Liquidação)

Relatório e Contas 2017 - CMVM...2016. Em termos trimestrais, o PIB cresceu a um ritmo anualizado de 1,2% no 1º trimestre, tendo acelerado para 3,1% e 3,2% no 2º e 3º trimestre,

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Relatório e Contas

2017

Porto Novo Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (em Liquidação)

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RELATÓRIO DE GESTÃO

31 DE DEZEMBRO DE 2017

PORTO NOVO

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (em Liquidação)

O Porto Novo - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (em Liquidação), adiante designado

por Porto Novo, Fundo ou OIC, é um Fundo Investimento Imobiliário Fechado de Subscrição

Particular, gerido pela Profile – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.,

anteriormente designada por Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de

Investimento Mobiliário, S.A. e a entidade depositária do Fundo é o Banif Banco de Investimento,

S.A..

A constituição do Fundo foi autorizada pela Comissão de Mercados de Valores Mobiliários em 18

de Outubro de 2007, por um período de 7 anos, sem prejuízo da eventual prorrogação, por

períodos subsequentes de três anos e iniciou a sua actividade em 13 de Novembro de 2007.

Em Assembleia de Participantes realizada em 10 de Novembro de 2014 foi deliberada a

prorrogação do período de duração do Fundo por mais um ano, ou seja, até 13 de Novembro de

2015.

A Sociedade Gestora em 13 de Novembro de 2015 procedeu à liquidação do Fundo por decurso

do prazo pelo qual tinha sido constituído, com a expectativa que o reembolso das unidades de

participação ocorresse no prazo máximo de 12 meses, a contar da data de início da liquidação do

Fundo, o que não sucedeu.

Em 11 de Novembro de 2016, a Sociedade Gestora solicitou à CMVM, por pedido devidamente

fundamentado, a prorrogação do prazo de liquidação do Fundo por mais um ano, ou seja, até 13

de Novembro de 2017, o qual foi autorizado.

Por pedido devidamente fundamentado a Sociedade Gestora, em 27 Outubro 2017, solicitou a

prorrogação do prazo de liquidação do Fundo por mais um ano.

Em reunião de 01 de Março de 2018, o Conselho de Administração da CMVM deliberou, nos

termos e para os efeitos do disposto no artigo 45.º, n.º 2 do Regime Geral dos Organismos de

Investimento Colectivo (“RGOIC”) e do artigo 122.º do Código do Procedimento Administrativo

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(“CPA”), notificar a Profile - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. do

projecto de decisão de indeferimento do pedido de autorização para a prorrogação do prazo de

liquidação do Fundo Porto.

A Sociedade Gestora, com o intuito de defender os interesses dos participantes, irá desenvolver as

acções necessárias para concretizar a liquidação do Fundo de forma ordenada, assegurando a

realização dos activos.

1 | ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO

Enquadramento Internacional

De acordo com o FMI, a economia global terá crescido 3,7% em 2017, um desempenho acima das

expectativas iniciais e do ritmo registado no ano anterior (3,2%), representando o maior

crescimento global e sincronizado desde 2010. Esta recuperação foi impulsionada pelo

crescimento acima do esperado da Europa e da Ásia, reflectindo um acréscimo no investimento e

no comércio internacional. A consolidação do crescimento das economias Desenvolvidas foi

acompanhada por um maior ritmo de crescimento dos países Emergentes.

A manutenção de políticas monetárias acomodatícias tem contribuído para a aceleração do ritmo

de crescimento global. Mesmo num contexto de solidez da actividade económica, aumento do

preço do petróleo na segunda metade do ano e melhoria do mercado de trabalho em diversos

países, os principais Bancos Centrais mantiveram os seus estímulos monetários, face à ausência de

pressões inflacionistas, tanto nas economias Desenvolvidas como na maioria dos países

Emergentes.

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Evolução do Crescimento Global

Fonte: OCDE, Economic Outlook, Volume 2017 Issue 2, Novembro de 2017 A economia americana terá crescido 2,3% em 2017, segundo o FMI, acima de 1,7% registado em

2016. Em termos trimestrais, o PIB cresceu a um ritmo anualizado de 1,2% no 1º trimestre, tendo

acelerado para 3,1% e 3,2% no 2º e 3º trimestre, respectivamente. Esta recuperação robusta foi

liderada pelo consumo privado e pelo investimento não residencial. Pese embora os furacões que

atingiram o Texas e a Flórida no final de Agosto e início de Setembro, no 3º trimestre assistiu-se a

uma forte recuperação do consumo (2,3%) e do investimento fixo (2,4%), sendo que a

componente “máquinas e equipamentos” cresceu 10,4%, após uma expansão de 8,8% no 2º

trimestre. A robustez do mercado de trabalho (a taxa de desemprego recuou para 4,1% no final do

ano, o menor nível desde Dezembro de 2000), aliada à recuperação do mercado imobiliário e à

valorização expressiva do mercado accionista, sustentaram o aumento progressivo do consumo.

No 4º trimestre, a discussão sobre a reforma fiscal, centrada no corte de impostos das empresas e

na alteração de regras para famílias, contribuiu para a melhoria de confiança dos agentes

económicos, na medida em que se antecipa que esta reforma tenha um impacto positivo, ainda

que temporário, sobre o crescimento da economia americana em 2018. Neste contexto benigno, a

Reserva Federal Americana (FED) viu as condições reunidas para prosseguir a normalização da sua

política monetária, tendo elevado a taxa directora em 75 pontos base para 1,50% e, a partir de

Outubro, encetou medidas no sentido da redução da dimensão do seu balanço.

Na Europa, consolidou-se a retoma de crescimento que se havia iniciado em meados de 2016. De

acordo com as previsões do FMI, a Zona Euro registou em 2017 o maior crescimento desde 2010

(2,4%), tendo acelerado do crescimento de 1,8% registado em 2016. Este desempenho foi

suportado pelas várias componentes da despesa. O consumo privado foi o principal contribuidor,

beneficiando da melhoria generalizada do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores,

o investimento privado beneficiou dos baixos custos de financiamento e a despesa pública

registou também um crescimento positivo.

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Média 2005-2014

2015 2016 2017 2018 2019

WorldOECDNon-OECD

(%)

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O padrão de crescimento na Zona Euro foi mais homogéneo, sendo a recuperação sincronizada

entre os diversos países membros, com os níveis de dispersão de crescimento a atingir níveis

mínimos. Segundo as estimativas do FMI, Espanha (3,1%) e Alemanha (2,5%) mantiveram

crescimentos acima da média da região (2,4%), enquanto a procura interna sustentou um

crescimento moderado em França (+1,8%) e na Itália (+1,6%). O Reino Unido cresceu apenas 1,7%,

menos 2 pontos percentuais que em 2016, condicionado pela incerteza política decorrente do

processo de saída do país da União Europeia.

Não obstante a recuperação económica na Zona Euro, a inflação manteve-se estável e até

diminuiu ao longo do ano. Após atingir 1,8% no 1º trimestre, recuou a partir de Maio, tendo

terminado o ano em 1,4%. Retirando as componentes mais voláteis do cabaz de consumo, a

alimentação e a energia, a inflação cifrou-se em 0,9%, valor exactamente idêntico ao final de 2016

e ainda muito aquém do objectivo do BCE (inferior, mas perto de 2%). A ausência de inflação

obrigou o BCE a manter uma postura cautelosa, realçando a necessidade de manter a taxa

directora a níveis historicamente reduzidos, mesmo depois do término do programa de compra de

activos, e advertindo que poderá prolongar e/ou aumentar o programa, caso a inflação

decepcione.

O Japão registou um crescimento de 1,8% em 2017, de acordo com o FMI, após uma subida de

0,9% em 2016, com a procura interna a beneficiar do suporte das políticas monetária e fiscal. A

persistente ausência de inflação (0,1%, excluindo alimentação e energia) motivou o Banco do

Japão a manter a taxa de depósito em -0,10% e o programa de compra de activos em 80 biliões de

ienes, na reunião de Dezembro, com o objectivo de manter a taxa das obrigações soberanas a dez

anos próxima de zero, até a inflação ultrapassar o nível de 2% de forma sustentada.

De acordo com o FMI, o crescimento das economias emergentes acelerou para 4,7% em 2017, face

a 4,4% em 2016, em resposta à retoma económica no Brasil e na Rússia, suportada pela subida

generalizada do preço das commodities. O preço do petróleo, em particular, subiu de 42

dólares/barril em Junho para 60 dólares/barril no final do ano, consequência de um maior

crescimento económico global, condições climatéricas adversas nos EUA, tensões geopolíticas no

Médio Oriente e sucesso da implementação e quotas de produção pelos países da Organização

dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia a partir do início de 2017 - acordo estendido no

início de Dezembro para vigorar até ao final de 2018.

Na China, o ritmo de crescimento manteve-se forte (6,8%, de acordo com o FMI) e acima do

objectivo oficial de 6,5%, definido pelas autoridades. No seguimento do XIX Congresso do Partido

Comunista Chinês, realizado em Outubro, foi reforçada a política económica assente no

rebalanceamento da economia, no sentido de maior peso do consumo privado e do sector

terciário, em detrimento do investimento e da indústria. O Banco Central da China também tem

aumentado a regulação sobre os sectores bancário e não bancário, de forma a reduzir a

velocidade de expansão do crédito e melhorar a posição de capital das instituições financeiras. Ao

longo do ano, assistiu-se a um abrandamento da actividade do mercado imobiliário: após crescer

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17% no 1º trimestre, as vendas do segmento residencial caíram para -2% no 3º trimestre. As

autoridades colocaram restrições à venda de segundas habitações, demonstrando um menor

suporte na recuperação de favelas, medidas que deverão limitar o investimento residencial nos

próximos trimestres. Ainda assim, algumas vulnerabilidades subsistem, como sejam o forte

crescimento do endividamento privado e a dependência do investimento público. No Brasil, após dois anos de recessão (-3,5% em 2016 e -3,8% em 2015), a economia cresceu 1,1%

em 2017, de acordo com o FMI. Esta recuperação económica foi resposta ao forte estímulo

monetário, tendo o Banco Central cortado a taxa directora, por oito vezes, de 14% para 7%. No

mesmo sentido, a Rússia evidenciou sinais de retoma económica, com o PIB a crescer 1,8% em

2017, de acordo com o FMI, face a -0,2% em 2016. A subida do preço das commodities, em

particular do petróleo e dos metais, num contexto de ampliação do comércio internacional, terá

contribuído para esta melhoria económica. Na Índia, por seu turno, o crescimento desacelerou

para 6,7% em 2017, face a 7,1% em 2016, tendo assim perdido o estatuto de grande economia

global com o maior crescimento, a favor da China.

Enquadramento Nacional

De acordo com o Boletim Económico do Banco de Portugal de Dezembro, a economia portuguesa

terá registado um crescimento de 2,6% em 2017, face a 1,5% no ano anterior, representando um

diferencial positivo de crescimento face à Zona Euro (2,4%) e interrompendo, assim, um longo

período de diferenciais negativos observados entre 2000 e 2016 (exceptuando o ano de 2009).

O ritmo de expansão foi muito influenciado pelo dinamismo do investimento, das exportações e

do consumo privado.

A evolução do PIB teve subjacente uma ligeira aceleração do consumo privado, que cresceu 2,2%

face a 2,1% no ano anterior. Num contexto de aumento do rendimento disponível real, de

melhoria progressiva das condições do mercado de trabalho e de manutenção de condições

favoráveis de financiamento, os níveis de confiança dos consumidores mantiveram um perfil

ascendente ao longo do ano, sendo que o consumo privado apresentou no 3º trimestre um

crescimento superior ao observado no 1º semestre, em particular na componente de bens

duradouros. A taxa de desemprego desceu para 8,1% no 4º trimestre, o que compara com 10,5%

no final de 2016 e o máximo 17,5%, atingido no 1º trimestre de 2013, sendo que a população

activa registou um crescimento de 0,8%, o que contrasta com as taxas de variação anuais negativas

observadas entre 2011 e 2016.

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Evolução do PIB – Taxas de Variação em Volume

Fonte: INE, BBI. A FBCF foi a componente mais dinâmica da despesa, ao registar um crescimento de 8,3% em 2017,

face a 1,6% em 2016. O crescimento forte de 10% registado no 1º semestre, após 3,9% no 2º

semestre de 2016, reflectiu um elevado dinamismo nas componentes de construção, máquinas e

equipamentos e material de transporte. No 3º trimestre, registou-se um abrandamento

generalizado dos principais tipos de investimento, estando patente nos indicadores de importação

de máquinas e equipamentos e de vendas de cimento.

No que respeita às exportações, registou-se uma forte aceleração do crescimento para 7,7%, face

a 4,1% no ano anterior (estimativas do Banco de Portugal). De entre as componentes de bens

exportadores, assinale-se o forte contributo dos bens de consumo, dos combustíveis e de serviços,

donde se destaca o forte dinamismo do turismo. Por seu turno, as importações aceleraram 7,5%

em 2017, face a 4,1% em 2016. Neste contexto, a procura externa terá tido um contributo

marginalmente positivo para o crescimento do PIB. O saldo da balança corrente e de capital em percentagem do PIB reduziu-se ligeiramente para

1,5% em 2017, face a 1,7% em 2016, reflectindo a redução do excedente da balança de bens e

serviços (1,8% do PIB em 2017, face a 2,2% em 2016). O agravamento do saldo da balança de bens

e serviços decorreu de um aumento do défice da balança de bens, associado ao forte crescimento

dos preços energéticos.

A melhoria inequívoca das perspectivas de evolução da actividade, bem como a favorável

execução orçamental e a dissipação dos riscos relativos à condição financeira do sistema bancário,

conjugado com uma maior estabilidade dos mercados financeiros internacionais, conduziram à

melhoria de rating da República Portuguesa pelas agências de rating Standard & Poor´s (1

notação para BBB-) e Fitch (2 notações para BBB). Neste contexto benigno e de crescente

confiança relativamente às metas económicas e orçamentais definidas pelo Governo, o índice

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Trimestral Homóloga

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bolsista PSI 20 valorizou 15,2% no ano, ao mesmo tempo que se assistiu a uma diminuição

expressiva dos prémios de risco dos títulos de dívida pública e privada.

Evolução dos preços

A inflação, medida pela taxa de variação do IHPC, aumentou significativamente em 2017,

projectando a OCDE uma taxa anual de 1,5%. Para a aceleração dos preços em 2017 contribuíram

tanto a componente energética (aumento de 4% em 2017, após uma queda de 1,8% em 2016)

como a componente não energética (acréscimo de 1,4%, face a 0,9% em 2016), destacando-se os

preços dos serviços, principalmente nas actividades ligadas ao turismo. A aceleração dos preços

em 2017 reflecte o aumento dos preços de importação, de bens energéticos e não energéticos, e

um aumento dos custos unitários do trabalho, em larga medida resultantes de uma redução na

produtividade.

Evolução da Inflação

(%)

Fonte: INE No que respeita à inflação subjacente, ou seja, retirando as componentes voláteis dos bens

energéticos e alimentares não transformados, verificou-se uma tendência de ligeira subida,

passando de uma variação de 0,9% em 2016 para 1,2% em 2017, de acordo com as projecções da

OCDE.

Mercados Financeiros

No que respeita aos mercados financeiros, o ano de 2017 ficou marcado pela valorização

generalizada dos activos de risco, num contexto de expectativa de crescimento sustentado da

economia mundial, dissipação dos riscos em torno dos países exportadores de matérias-primas,

-1,5-1,0-0,50,00,51,01,52,02,53,0

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IPC (tx var homóloga) IPC harmonizado

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ausência de pressões inflacionistas e manutenção de políticas monetárias acomodatícias, tanto nas

economias Desenvolvidas como na maioria dos países Emergentes.

Os índices de volatilidade atingiram mínimos históricos, não obstante o aumento do risco político

decorrente da maior instabilidade em torno da governação do presidente americano Donald

Trump, das eleições em França, do referendo para a independência na Catalunha e dos

desenvolvimentos em torno do Brexit. No que respeita à política monetária, continuou a verificar-se um cenário de ampla liquidez

proporcionada por políticas monetárias acomodatícias protagonizadas pelos principais Bancos

Centrais. Nos Estados Unidos, a FED prosseguiu o processo de normalização da política monetária,

procedendo a três subidas da sua taxa directora para 1,50% e iniciou a reversão da expansão do

seu balanço, ocorrida depois de 2009, através da aquisição de títulos públicos e hipotecários de

agências governamentais. A FED anunciou que o reinvestimento do capital que vai vencendo

reduzir-se-á em 10.000 milhões de dólares (6.000 milhões de dólares de obrigações e 4.000

milhões de dólares de mortgage-backed securities) nos primeiros três meses, aumentando 10.000

milhões de dólares, por mês, em cada um dos trimestres seguintes, até que os reinvestimentos se

reduzam em 50.000 milhões de dólares, por mês, no 4º trimestre de 2018.

Na Zona Euro, o BCE anunciou, no final de Outubro, a redução do programa de compra mensal de

activos de 60 mil milhões de euros para 30 mil milhões de euros, com efeito a partir de Janeiro de

2018 e até Setembro de 2018, mantendo em aberto a continuidade e a intensidade do programa a

partir desta data. Pese embora a evolução favorável da economia europeia e a estabilização do

euro face às principais divisas internacionais, a ausência de sinais inflacionistas levou o Presidente

Mario Draghi a manter uma postura cautelosa, realçando a necessidade de manter a taxa directora

a níveis historicamente reduzidos mesmo depois do término do programa de compra de activos.

No Reino Unido, com uma taxa de inflação que se encontra claramente acima do objectivo do

Banco Central, Mark Carney elevou a taxa directora em 25 pontos base para 0,5%, pela primeira

vez após a crise financeira de 2008 (último movimento havia sido em Julho 2007). No entanto, o

Governador manteve um discurso muito cauteloso, face às previsões de crescimento ténue,

pautado pelas incertezas económicas em torno do Brexit,

Os mercados accionistas registaram valorizações assinaláveis, num contexto de crescimento global

e sincronizado, aumento dos indicadores de confiança quanto à perspectiva de resultados de

empresas, ambiente de inflação baixa e expectativa de normalização muito gradual da política

monetária nas principais economias desenvolvidas. O mercado norte-americano registou novos

máximos (S&P obteve ganhos de 19,4%), enquanto o mercado japonês (Nikkei) e o mercado

europeu (MSCI Europe) encerraram o ano com valorizações de 19,1% e 7,2%, respectivamente. Em

Portugal, o índice PSI-20 evidenciou ganhos de 15,2% e, em Espanha, a valorização foi de 7,4%. O

índice da MSCI para os mercados emergentes registou um assinalável ganho de 34,3% em doláres,

beneficiando da estabilização cambial e do crescimento económico da região.

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No que respeita ao mercado monetário, a política de injecção de liquidez sem precedentes

encetada pelo BCE, no âmbito do seu programa de compra de activos, conduziu as taxas Euribor

para valores ainda mais negativos em todos os prazos.

Na dívida pública, assistiu-se a dinâmicas distintas em ambos os lados do Atlântico. Nos Estados

Unidos, os yields de dívida pública a dez anos recuaram ligeiramente de 2,44% para 2,40%,

enquanto na Alemanha os yields para o mesmo prazo subiram de 0,20% para 0,42%, reflexo da

perspectiva de melhoria de crescimento económico e de normalização gradual da política

monetária. Em Portugal, a tendência foi de crescente descida do prémio de risco, face à retoma

económica e consolidação orçamental superiores ao inicialmente estimado, sendo que os yields

de dívida pública a dez anos recuaram fortemente de 3,8% para 1,9%. Por fim, a classe de

obrigações de crédito acumulou ganhos ao longo do ano, sobretudo nos segmentos de maior

risco.

Em termos cambiais, o ano foi marcado pela apreciação do euro face ao dólar (14,1%) e pela

desvalorização das moedas emergentes (-5,7%, medida pelo índice JP Morgan Emerging Market

Currency Index). A libra valorizou 9,5% no ano, recuperando assim parcialmente da forte queda

(16,3%) registada em 2016, na sequência dos desenvolvimentos em torno do Brexit. Relativamente

às moedas emergentes, a Lira turca depreciou 7,8%, o Real brasileiro desvalorizou 1,8%, enquanto

o Rublo russo valorizou 5,9%, o Peso mexicano apreciou 5,1% e o Rand da África do Sul recuperou

9,9%, beneficiando da menor incerteza política.

No que respeita às commodities, a generalidade os preços tem acompanhado a retoma do

crescimento do comércio internacional e da actividade económica mundial, com especial destaque

a China. No entanto, enquanto o preço das commodities energéticas subiu 23,1% em 2017, donde

se destaca a valorização de 12,5% do petróleo, as commodities agrícolas, depois de uma

recuperação relativamente forte entre o início e a metade de 2016, registaram uma valorização

menos expressiva (ganho de 6,5%).

Mercado Imobiliário

O investimento imobiliário voltou a crescer no ano 2017 atingindo um total de 1,9 mil milhões de

euros transaccionados, e com o segundo melhor registo após o ano recorde de 2015. Este

crescimento foi superior a 45%, sendo os mercados de escritórios e de retalho aqueles que mais

contribuíram para este crescimento nas transacções de investimento imobiliário.

Os investidores internacionais continuaram a ser os mais activos, com um peso de 80% do total do

investimento. Já os investidores nacionais dividem-se pelos Fundos de Investimento Imobiliário e

Investidores Privados, com destaque para os Family Offices.

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Registou-se ainda uma redução das yields, em que os escritórios atingiram 4,50% e o retalho

4,90% nos centros comerciais prime e 4,50% no comércio de rua. A yield prime da logística atingiu

6,25% e a dos hotéis 6,50%.

O mercado de escritórios cresceu significativamente em 2017, em cerca de 13%, e registou uma

absorção de 165.000 m² (com maior destaque para o 4º trimestre de 2017), ao contrário do ano

anterior que registou uma absorção muito equivalente a 2015, na ordem dos 146.000 m². O

dinamismo ocorrido em 2017 deveu-se à expansão de muitas empresas que implicou algumas

mudanças e à entrada no mercado de novas empresas multinacionais, tendo esta procura

incindido mais nas cidades de Lisboa e Porto, que regista, no entanto, uma reduzida oferta de

edifícios de escritórios novos e de qualidade que está já a limitar os níveis de actividade.

O mercado de retalho registou também uma trajectória crescente em 2017, com um crescimento

das rendas de 24% e 11%, em Lisboa e Porto, respectivamente. Os principais impulsionadores

deste mercado foram o aumento do turismo e a confiança crescente dos consumidores

portugueses. A introdução de conceitos inovadores, associada ao dinamismo que se sente em

Lisboa e Porto, mas também em cidades mais pequenas, com a reabilitação de edifícios tem

provocado um aumento da procura, onde surgiram novas marcas internacionais, e aumento das

rendas, que atingiu um valor máximo no Chiado (prime) de € 120,00/m²/mês.

O mercado industrial e de logística obteve um forte crescimento face ao ano anterior, com uma

ocupação superior a 250.000 m², 2,6 vezes mais do que a ocupação registada em 2016. Esta

procura deveu-se essencialmente às necessidades de optimização de eficiência operacional e

reavaliação das estratégias de localização dos operadores face aos seus principais mercados e

clientes. À semelhança de outros mercados este também se caracteriza por uma reduzida oferta

nova.

O mercado de turismo continuou a crescer em 2017, com o número de hóspedes a superar os 20

milhões e o número de dormidas a atingir os 57,4 milhões, a representar um crescimento de 8,7%

e 7,2%, respectivamente. As receitas turísticas foram de 3.230 milhões de euros, representando um

crescimento semelhante ao do ano anterior, 17%. Portugal, Lisboa, Porto e Madeira receberam

prémios internacionais, que permitiram atingir uma taxa de ocupação no mercado português de

70%, destacando-se como principais mercados emissores o Reino Unido, Alemanha, França e

Espanha, e os mercados de maior crescimento o Brasil e EUA.

Também o mercado residencial teve um ano muito positivo, pois tanto os clientes nacionais como

os estrangeiros adquiriram mais residências em Portugal, com destaque para Lisboa e Porto,

cidades de destino internacional. Os clientes nacionais, que representam 43% da procura,

beneficiaram da evolução do crédito à habitação que registou um aumento de 44%,

comparativamente com o ano anterior.

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Em 2018 prevê-se que o mercado imobiliário continue quente e muito atractivo para os

investidores estrangeiros nos diferentes segmentos de mercado. Estes investidores internacionais

deverão continuar a liderar a procura no mercado imobiliário.

2 | ACTIVIDADE DO FUNDO

Política de investimento do OIC

O Fundo tem orientado a sua política de investimento por princípios de rigor, rendibilidade e

diversificação de risco, visando a maximização do valor das unidades de participação, através de

uma criteriosa selecção dos valores, predominantemente imobiliários, que constituem, a cada

momento, a sua carteira.

Pelo facto de se constituir como fundo de investimento imobiliário, os participantes do Fundo

usufruirão da aplicação do respectivo património maioritariamente em activos imobiliários,

advindo a sua rendibilidade de três factores: as rendas dos imóveis explorados, a valorização dos

imóveis ao longo do tempo e a concretização de mais-valias imobiliárias.

Como forma de atingir o objectivo definido, o Fundo privilegiou o desenvolvimento de projectos

de urbanização e construção de imóveis preferencialmente na região do Grande Porto para sua

posterior venda ou arrendamento, isoladamente ou em associação, pela forma que se mostre mais

adequada à melhor rentabilização do investimento, a parceiros com reconhecido know how no

mercado imobiliário.

O Fundo poderá ainda orientar a sua política de investimento nas seguintes vertentes:

Aquisição de imóveis urbanos ou suas fracções autónomas destinados a logística,

comércio, habitação, serviços, entre outras funções imobiliárias;

Promoção de projectos de construção/reabilitação de imóveis destinados a comércio,

habitação, logística e serviços com objectivo da sua posterior venda ou arrendamento;

Arrendamento dos imóveis que façam parte do Fundo, com vista ao melhor

aproveitamento das condições do mercado de arrendamento;

Promoção de programas de loteamento para construção, em terreno situado em solo

urbano, considerando-se como tal aquele para o qual esteja reconhecido vocação para o

processo de edificação de acordo com o estabelecido em Plano Municipal de

Ordenamento do Território, destinados a posterior venda, construção ou promoção pelo

Fundo;

Aquisição de imóveis em regime de compropriedade com outros organismos de

investimento alternativo ou com fundos de pensões, no âmbito do desenvolvimento de

projectos de construção de imóveis, e desde que exista um acordo sobre a constituição da

propriedade horizontal ou sobre a repartição dos rendimentos gerados pelo imóvel.

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O Fundo privilegiou o investimento em imóveis mas na prossecução do seu objectivo de

investimento, o Fundo poderia ainda investir em sociedades imobiliárias cujos activos se

enquadrem no mesmo e respeitem a política de investimento definida.

A título acessório, o Fundo poderá investir a sua liquidez em depósitos bancários, certificados de

depósito, unidades de participação de organismos de investimento do mercado monetário ou do

mercado monetário de curto prazo e instrumentos financeiros emitidos ou garantidos por um

Estado membro com prazo de vencimento residual inferior a 12 meses.

Evolução da composição da carteira do OIC

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a repartição do património do Fundo e

peso sobre o valor global líquido do Fundo era a seguinte:

No que se refere ao empréstimo (Contrato de Abertura de Crédito), actualmente registado com o

valor de 2.532.298 Euros, a entidade mutuante passou a ser a Oitante S.A., em resultado da medida

de resolução de 20 de Dezembro de 2015 aplicada ao Banif - Banco Internacional do Funchal S.A..

O Fundo não tem vindo a conseguir gerar a liquidez necessária para o pagamento das suas

obrigações correntes, nomeadamente no que se refere aos custos suportados com a Sociedade

Gestora e com o Banco Depositário e outros custos gerais de funcionamento, bem com para fazer

face ao cumprimento do serviço da dívida, mais concretamente o pagamento dos juros vencidos

(Ver Nota 14 do Anexo às Demonstrações Financeiras).

Os activos imobiliários do Fundo são todos terrenos destinados a projectos que se destinam

maioritariamente ao mercado de habitação, 3 dos quais foram dados em garantia do

2017 2016

ACTIVOActivos imobiliários 8.327.250 8.682.650Depósitos à ordem e a prazo 96.653 15.574Outros valores activos 20.485 27.090

8.444.388 8.725.314PASSIVO

Provisões acumuladas 34.328 3.321Comissões a pagar 222.311 196.388Empréstimos 2.532.298 2.313.094Outros valores passivos 227.337 345.365

3.016.274 2.858.168VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO 5.428.114 5.867.146Nº DE UP'S 105.179 105.179VALOR DA UP 51,6083 55,7825

Designação

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financiamento acima referido sob a forma de hipoteca, conforme decomposição da carteira de

imóveis detalhada na Nota 3, 10 e 13 do Anexo às Demonstrações Financeiras.

Durante o ano de 2017, o Fundo, não efectuou quaisquer transacções de compra ou de venda de

imóveis.

Em Março de 2017, a Sociedade Gestora assinou um contrato de subcontratação (“Servicing

Agreement”), para prestação de serviços de gestão e venda de imóveis do fundo (Ver Nota 19 do

Anexo às Demonstrações Financeiras).

Nos termos do contrato celebrado, o Fundo recebeu em Dezembro o valor de 74.953 Euros (Up-

Front Fee), ao qual acresceu IVA à taxa normal, que permitirá ao Fundo, realizar alguns

investimentos de requalificação e de readaptação dos imóveis, os quais se demonstram essenciais

à alienação ou arrendamento dos mesmos.

Valorização dos activos do OIC

Os activos encontram-se valorizados de acordo com as regras de valorimetria estabelecidas no

ponto 4 do Capítulo II do Regulamento de Gestão do Fundo, as quais se encontram descritas na

Nota 6 do Anexo às Demonstrações Financeiras, que fazem parte do presente Relatório e Contas.

Evolução da actividade do OIC - Informação financeira e performance

O Fundo foi constituído com um capital inicial de 8.156.600 Euros em 13 de Novembro de 2007,

dividido em 81.566 Unidades de Participação, com o valor inicial de subscrição de 100 Euros cada e

posteriormente procedeu-se a dois aumentos de capital, conforme demonstrado no seguinte

quadro:

Data OperaçãoQuantidade

Up´sValor unitário

da Up Valor Total

13-05-2009 1º Aumento Capital 22.393 94,6281 2.119.007

21-12-2012 2º Aumento Capital 1.220 87,6648 106.951

Total 23.613 2.225.958

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No exercício de 2017, os proveitos e custos ascenderam a 271.799 Euros e 710.831 Euros,

respectivamente. O quadro que se apresenta de seguida demonstra, a evolução nos últimos três

anos, dos proveitos e custos do OIC, e respectivo Resultado líquido:

Do valor de 201.055 Euros registado na rubrica de Outros Proveitos, 125.966 Euros dizem respeito

ao registo do recebimento por parte do Fundo da Garantia Bancária emitida pelo Banco Santander

Totta S.A., a favor da J.Gomes – Sociedade de Construções, S.A., como garante da boa execução da

obra, destinada à construção do edifício de habitação Porta do Parque.

O quadro seguinte apresenta o volume sob gestão, n.º unidades de participação (UP´s), em

circulação e o seu valor unitário, bem como as subscrições e resgates referentes aos dados

verificados no final dos últimos 5 exercícios:

No final de 2017, Porto Novo detinha 105.179 unidades de participação em circulação, totalizando

o seu valor líquido global 5.428.114 Euros e o valor líquido da unidade de participação era de

51,6083 Euros.

2017 2016 2015PROVEITOSCARTEIRA DE IMÓVEIS

Rendimentos de activos imobiliários 580 7.950 - Reposição e/ou anulação de provisões 10.164 - - Outros 261.055 223.111 14.612

271.799 231.061 14.612CUSTOSCARTEIRA DE IMÓVEIS

Menos valias de activos imobiliários - - 219.419Perdas em activos imobiliários 355.400 740.086 201.372Comissões de transacções - - 39.744Juros de empréstimos 121.052 133.757 150.359Fornecimentos e serviços externos 75.130 65.003 129.447Comissão gestão 43.032 45.579 52.946Provisões do exercício 41.171 2.214 1.107Impostos 62.421 57.787 152.173Comissão depósito 8.607 9.116 10.589Outros 4.018 5.398 103.757

710.831 1.058.940 1.060.913RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (439.032) (827.879) (1.046.301)

ExercícioDesignação

2017 2016 2015 2014 2013

Volume sob gestão 5.428.114 5.867.146 6.695.025 7.741.326 9.257.392 Nº UP’s 105.179 105.179 105.179 105.179 105.179 Valor das UP’s (EUR) 51,6083 55,7825 63,6536 73,6014 88,0156 Subscrições (totais) / Aumento Capital - - - - - Resgates (totais) / Redução Capital - - - - -

Exercício

Designação

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A Sociedade Gestora em 27 Outubro 2017, por pedido devidamente fundamentado, solicitou a

prorrogação do prazo de liquidação do Fundo por mais um ano cuja apreciação encontra-se em

análise pela CMVM à data da publicação deste Relatório e Contas.

Das actividades desenvolvidas destacam-se:

O pedido de prorrogação do prazo de liquidação do Fundo. No dia 27 Outubro 2017, a

Sociedade Gestora solicitou à CMVM a prorrogação do prazo de liquidação do Fundo por

mais 1 ano, cuja apreciação encontra-se em análise pela CMVM à data da publicação deste

Relatório e Contas;

A divulgação dos activos do Fundo para venda, junto de vários mediadores e operadores

de mercado. Nesta abordagem ao mercado procurou-se nivelar os preços de venda pelos

valores que resultaram das avaliações efectuadas, procurando preservar valor para os

participantes. Tendo presente que o mercado imobiliário local tem privilegiado o

investimento na zona da baixa portuense, com especial ênfase para o sector da

reabilitação urbana, como forma de dar resposta a uma crescente procura que deriva do

crescimento do turismo na cidade, os imóveis localizados fora desta localização e com um

ciclo de transformação longo (como é o caso dos terrenos do Porto Novo), acabam por

não beneficiar de alguma dinâmica que se sente no mercado;

Recebimento da Garantia Bancária emitida pelo Banco Santander Totta S.A., a favor da

J.Gomes – Sociedade de Construções, S.A., como garante da boa execução da obra,

destinada à construção do edifício de habitação Porta do Parque, no valor

de 125.966 Euros;

A contratação dos serviços de servicing à Proteus, em Dezembro de 2017, permitirá que,

através da sua rede de contactos seja possível aceder a um maior leque de investidores

com interesse neste tipo de activos, permitindo ainda o recurso aos seus serviços

especializados na gestão, mediação e optimização de imóveis, uma maior probabilidade

de sucesso na colocação dos mesmos.

No âmbito da actividade de promoção imobiliária desenvolvida pelo fundo, mais concretamente

no desenvolvimento do projecto habitacional Porta do Parque, o fundo foi demandado

judicialmente para proceder a um conjunto de reparações quer nas zonas comuns do edifício, quer

em diversas fracções. Na generalidade, as questões reclamadas encontram-se abrangidas pela

garantia de obra, não devendo ser alheio a este facto, a adesão da empresa construtora ao

Processo de Especial de Revitalização Empresas durante a execução da obra e as inerentes

dificuldades financeiras por que passou.

Todas as reclamações efectuadas pelo condomínio ou pelos moradores, têm vindo a ser

analisadas pela Sociedade Gestora e, na medida da sua legitimidade e da liquidez que o fundo vai

tendo, têm vindo a ser satisfeitas e realizadas. Não obstante, o fundo tem vindo a reafirmar junto

dos interessados que, no âmbito deste processo, não deixará de cumprir com todas as suas

obrigações.

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Política de rendimentos

De acordo com a política de rendimentos estabelecida no ponto 6 do Capítulo II do Regulamento

de Gestão do Fundo, o Porto Novo caracteriza-se por ser um Fundo de capitalização até final do

segundo ano de actividade e a partir do terceiro ano a Entidade Gestora poderá proceder à

distribuição total ou parcial dos rendimentos gerados do Fundo, numa base anual.

Durante o exercício de 2017, não se verificou qualquer distribuição de rendimentos.

3 | EVENTOS SUBSEQUENTES RELEVANTES E PERSPECTIVAS DA ACTIVIDADE DO OIC

Em 27de Outubro de 2017, a Sociedade Gestora solicitou à CMVM, por pedido devidamente

fundamentado, a prorrogação do prazo de liquidação do Fundo por mais um ano, ou seja, até 13

de Novembro de 2018.

Em resposta ao pedido de prorrogação, a CMVM em 6 de Março de 2018, nos termos e para os

efeitos do disposto no artigo 45.º, n.º 2 do Regime Geral dos Organismos de Investimento

Colectivo (“RGOIC”) e do artigo 122.º do Código do Procedimento Administrativo (“CPA”),

notificou a Profile do projecto de decisão de indeferimento do pedido de autorização para a

prorrogação do prazo de liquidação do Porto Novo, para que, em sede de audiência dos

interessados, a Profile se pronunciasse sobre o mesmo.

Considerando o projecto de decisão de indeferimento do pedido de autorização para a

prorrogação do prazo de liquidação do Fundo, a Sociedade Gestora irá iniciar um conjunto de

acções com vista à liquidação em espécie dos principais activos e passivos do Fundo.

A Sociedade Gestora, com o intuito de defender os interesses dos participantes, irá desenvolver as

acções necessárias para concretizar a liquidação do Fundo de forma ordenada, assegurando a

realização dos activos.

Relativamente à acção judicial em que Fundo foi demandado, a decisão proferida pelo tribunal em

23 de Janeiro veio confirmar a posição que desde sempre foi defendida pelo Fundo, confirmando

a necessidade de executar um conjunto de reparações, já anteriormente assumidas, que se revelou

ser bastante inferior ao que foi reclamado no âmbito da acção.

No que diz respeito à acção judicial em que o Fundo demandou a Caixa Económica Montepio

Geral para honrar o pagamento de uma garantia bancária first demand no valor 292.500 Euros, o

tribunal proferiu sentença favorável ao Fundo Porto Novo, tendo em Fevereiro de 2018 transitado

em julgado a referida sentença. Já foi solicitado ao agente de execução a prossecução do

processo, designadamente para pagamento dos valores penhorados no âmbito do mesmo.

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O Fundo não tem vindo a conseguir gerar liquidez necessária para cumprir com as suas obrigações

nomeadamente no que se refere ao pagamento do financiamento junto da Oitante, S.A. bem

como os custos suportados com a Sociedade Gestora e com o Banco Depositário.

A Sociedade Gestora, tendo em consideração o impacto dos encargos financeiros na tesouraria do

Fundo, já de si bastante limitada pelo facto de não dispor de activos geradores de rendimento que

permitam fazer face ao serviço da dívida, pretende iniciar um processo de negociação com o

credor hipotecário, com vista a incorporar os juros vencidos no capital em dívida.

4 | OUTRAS INFORMAÇÕES

Em Dezembro de 2015, o Banco de Portugal deliberou a aplicação de uma medida de resolução ao

Banif-Banco Internacional do Funchal, SA (BANIF), entidade comercializadora do Fundo e único

detentor do capital (embora de forma indirecta) da Profile – Sociedade Gestora de Fundos de

Investimento Mobiliário, S.A., anteriormente designada por Banif Gestão de Activos – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A..

Independentemente dos impactos que possam ter resultado da referida resolução na esfera das

diversas entidades do ex-Grupo Banif, na qual a Profile se inseria, o Fundo é um património

autónomo, sem personalidade jurídica, mas dotado de personalidade judiciária, pertencendo ao

conjunto dos titulares das respectivas unidades de participação. Neste sentido, no exercício de

2017 e durante o exercício de 2018, conforme previsto no Regime Geral dos OIC, a entidade

gestora, continuará a actuar no sentido da protecção dos legítimos interesses dos titulares das

unidades de participação, mantendo a sua actividade em conformidade com as exigências

previstas na lei.

5 | ENTIDADES CONTRATADAS

Em Março de 2017, a Sociedade Gestora assinou um contrato de subcontratação (“Servicing

Agreement”) com a Proteus Asset Management, Unipessoal, Lda. (Servicer), participada da

Altamira Asset Management, S.A., para prestação de serviços de gestão e venda de imóveis dos

fundos imobiliários em que a Oitante ou as suas participadas são participantes únicos ou

maioritários (Ver Nota 17 do Anexo às Demonstrações Financeiras).

A contratualização do Servicer permitirá corrigir ineficiências actualmente existentes na estrutura

da Sociedade Gestora, evitando a duplicação de custos, profissionalizando ainda mais serviços e

departamentos que poderão obter um maior grau de especialização e eficiência, permitindo

agilizar e optimizar a recuperação de créditos e rendas, bem como incrementar o ritmo de venda

dos activos imobiliários, maximizando o respectivo valor, ao mesmo tempo que assegura uma

maximização de sinergias na gestão global dos activos do Fundo.

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A subcontratação de quaisquer entidades não exime a Sociedade Gestora das suas próprias

competências e responsabilidades, nos termos da lei e do presente Regulamento, o que não

prejudica a responsabilidade de qualquer subcontratada pelo cumprimento das respectivas

obrigações.

Lisboa, 08 de Março de 2018

PROFILE - S.G.F.I.M., S.A.

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(valores em euros) 31-12-2017

ACTIVO PASSIVOCÓDIGO DESIGNAÇÃO 2016 CÓDIGO DESIGNAÇÃO Período Período

Bruto Mv/Af mv/ad Líquido Líquido 2017 2016ACTIVOS IMOBILIÁRIOS CAPITAL DO FUNDO

31 Terrenos 9.639.862 0 1.312.612 8.327.250 8.682.650 61 Unidades de Participação 10.517.900 10.517.90032 Construções 0 0 0 0 0 62 Variações Patrimoniais -135.342 -135.34233 Direitos 0 0 0 0 0 64 Resultados Transitados -4.515.412 -3.687.53334 Adiantamento por compras de imóveis 0 0 0 0 0 65 Resultados Distribuidos 0 035 Outros activos 0 0 0 0 0 66 Resultados Líquidos do Período -439.032 -827.879

TOTAL DE ACTIVOS IMOBILIÁRIOS 9.639.862 0 1.312.612 8.327.250 8.682.650TOTAL DO CAPITAL DO FUNDO 5.428.114 5.867.146

CARTEIRA TÍTULOS e PARTICIPAÇÕESOBRIGAÇÕES

211+2171 Títulos da Dívida Pública 0 0 0 0 0212+2172 Outros Fundos Públicos Equiparados 0 0 0 0 0

213+214+2173 Obrigações diversas 0 0 0 0 0 AJUSTAMENTOS E PROVISÕES22 Participações em sociedades imobiliárias 0 0 0 0 0 47 Ajustamentos de dívidas a receber 9.057 3.32124 Unidades de Participação 0 0 0 0 0 48 Provisões Acumuladas 25.271 026 Outros títulos 0 0 0 0 0 TOTAL PROVISÕES ACUMULADAS 34.328 3.321

TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS E PARTICIPAÇÕES 0 0 0 0 0

CONTAS DE TERCEIROS411 Devedores por crédito vencido 0 0 0 0 0 CONTAS DE TERCEIROS412 Devedores por rendas vencidas 0 0 0 0 0 421 Resgates a Pagar a Participantes 0 0

413+..+419 Outras Contas de Devedores 19.328 0 0 19.328 24.695 422 Rendimentos a Pagar a Participantes 0 0TOTAL DOS VALORES A RECEBER 19.328 0 0 19.328 24.695 423 Comissões e outros encargos a pagar 222.311 196.388

424+..+429 Outras Contas de Credores 57.052 133.776DISPONIBILIDADES 431 Empréstimos Titulados (UP-comp.variável) 0 0

11 Caixa 0 0 0 432 Empréstimos Não Titulados 2.532.298 2.313.09412 Depósitos à ordem 96.653 96.653 15.574 44 Adiantamentos por venda de imóveis 0 013 Depósitos a prazo e com pré-aviso 0 0 0 TOTAL DOS VALORES A PAGAR 2.811.661 2.643.25814 Certificados de depósito 0 0 018 Outros meios monetários 0 0 0

11+18 TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 96.653 96.653 15.574

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS51 Acréscimos de Proveitos 0 0 0 53 Acréscimos de custos 95.912 211.58952 Despesas com Custo Diferido 1.157 1.157 2.395 56 Receitas com Proveito Diferido 74.373 058 Outros Acréscimos e Diferimentos 0 0 0 58 Outros Acréscimos e Diferimentos 0 059 Contas Transitórias Activas 0 0 0 59 Contas Transitórias Passivas 0 0

TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIF.ACTIVOS 1.157 1.157 2.395 TOTAL DAS REGULARIZAÇÕES PASSIVAS 170.285 211.589

TOTAL DO ACTIVO 9.757.000 0 1.312.612 8.444.388 8.725.314 TOTAL DO PASSIVO 8.444.388 8.725.314

Total do Número de Unidades de Participação 105.179 105.179 Valor Unitário da Unidade de Participação 51,6083 55,7825Abreviaturas: Mv - Mais valias; mv - Menos valias; Af - Ajustamentos favoráveis ad - ajustamentos desfavoráveis

O Contabilista Certificado A Administração da Sociedade Gestora

PORTO NOVO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO EM LIQUIDAÇÃO

BALANÇO

2017

Page 21: Relatório e Contas 2017 - CMVM...2016. Em termos trimestrais, o PIB cresceu a um ritmo anualizado de 1,2% no 1º trimestre, tendo acelerado para 3,1% e 3,2% no 2º e 3º trimestre,

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(valores em euros) 31-12-2017

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

CÓDIGO DESIGNAÇÃO 2017 2016 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 2017 2016

CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTESJUROS E CUSTOS EQUIPARADOS JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS

711+718 De Operações Correntes 121.052 133.756 812 Da Carteira de Títulos e Participações 0 0719 De Operações Extrapatrimoniais 0 0 811+818 Outras, de Operações Correntes 0 0

COMISSÕES 819 De Operações Extrapatrimoniais 0 0722 Da Carteira de Títulos e Participações 0 0 RENDIMENTOS DE TÍTULOS723 Em Activos Imobiliários 0 0 822…825 Da Carteira de Títulos e Participações 0 0

724+..+728 Outras, de Operações Correntes 54.038 57.095 828 De Outras Operações Correntes 0 0729 De Operações Extrapatrimoniais 0 0 829 De Operações Extrapatrimoniais 0 0

PERDAS OPER.FINANCEIRAS e ACT.IMOBILIÁRIOS GANHOS EM OPER.FINANCEIRAS E ACT.IMOBILIÁRIOS732 Na Carteira de Títulos e Participações 0 0 832 Na Carteira de Títulos e Participações 0 0733 Em Activos Imobiliários 355.400 740.086 833 Em Activos Imobiliários 0 0

731+738 Outras, de Operações Correntes 0 0 831+838 Outras, de Operações Correntes 0 0739 Em Operações Extrapatrimoniais 0 0 839 Em Operações Extrapatrimoniais 0 0

IMPOSTOS7411+7421 Impostos sobre o rendimentos 0 8.015 REVERSÕES E AJUSTAMENTOS DE PROVISÕES7412+7422 Impostos Indirectos 7.429 20.209 851 De ajustamentos de dívidas a receber 10.164 07418+7428 Outros Impostos 54.992 29.564 852 De Provisões para encargos 0 0

PROVISÕES DO EXERCÍCIO 86 RENDIMENTOS DE ACTIVOS IMOBILIÁRIOS 0 7.950751 Ajustamentos de dívidas a receber 15.900 2.214 87 OUTROS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES 580 0752 Provisões para encargos 25.271 0 TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES (B) 10.744 7.95076 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 75.130 65.00377 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES 1.619 2.661

TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 710.831 1.058.603 PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS881 Recuperação de Incobráveis 0 0

CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS 882 Ganhos Extraordinários 206.161 199.575781 Valores Incobráveis 0 0 883 Ganhos de Exercicios Anteriores 54.894 23.536782 Perdas Extraordinárias 0 337 884…888 Outros Ganhos Eventuais 0 0783 Perdas de Exercicios Anteriores 0 0 TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) 261.055 223.111

784…788 Outras perdas Eventuais 0 0TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) 0 337

0 0 66 439.032 827.879TOTAL 710.831 1.058.940 TOTAL 710.831 1.058.940

8x2-7x2-7x3 Resultados da Carteira Títulos 0 0 D-C Resultados Eventuais 261.055 222.7748x3+86-7x3-76 Resultados de Activos Imobiliários -375.636 -773.603 B+D-A-C+741 Resultados Antes de impostos s/o Rendimento -439.032 -819.864

8x9-7x9 Resultados de Operações Extrapatrimoniais 0 0 B+D-A-C Resultados Líquidos do Período -439.032 -827.879B-A+741 Resultados Correntes -700.087 -1.042.638

O Contabilista Certificado A Administração da Sociedade Gestora

PORTO NOVO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO EM LIQUIDAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se < 0)RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se > 0)

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OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO

RECEBIMENTOS:

Subscrição de unidades de participação 0

… 0 0

PAGAMENTOS:

Resgates de unidades de participação 0

Rendimentos pagos aos participantes 0

… 0 0

Fluxo das operações sobre as unidades do fundo 0 0

OPERAÇÕES COM ACTIVOS IMOBILIÁRIOS

RECEBIMENTOS:

Alienação de activos imobiliários 0

Rendimentos de activos imobiliários 92.192

Adiantamentos por conta de venda de activos imobiliários 0

Outros recebimentos de activos imobiliários 0 92.192 0

PAGAMENTOS

Aquisição de activos imobiliários 0

Grandes reparações em activos imobiliários

Comissões em activos imobiliários 0

Despesas correntes (FSE) com activos imobiliários 95.964 66.298

Adiantamentos por conta de compra de activos imobiliários 0

…..

Outros pagamentos de activos imobiliários 0 95.964 66.298

Fluxo das operações sobre activos imobiliários -3.772 -66.298

OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS

RECEBIMENTOS:

Venda de títulos-Participações em sociedades imobiliárias 0

Reembolso de títulos 0

Resgates de unidades de participação 0

Rendimento de títulos 0

Juros e proveitos similares recebidos

Vendas de títulos com acordo de recompra

…..

Outros recebimentos relacionados com a carteira 0 0 0

PAGAMENTOS:

Compra de títulos-Participações em sociedades imobiliárias 0

Subscrição de unidades de participação 0

Juros e custos similares pagos

Vendas de títulos com acordo de recompra

Outras taxas e comisões

…..

Outros pagamentos relacionados com a carteira 0 0 0

Fluxo das operações da carteira de títulos 0 0

PORTO NOVO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO EM LIQUIDAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS MONETÁRIOS

( Valores em euros )

DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 31-12-2017 31-12-2016

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OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS

RECEBIMENTOS:

Juros e proveitos similares recebidos

Recebimentos em operações cambiais

Recebimentos em operações de taxa de juro

Recebimentos em operarações sobre cotações

Comissões em contratos de opções

Outras comissões

Outros recebimentos op.a prazo e de divisas 0 0

PAGAMENTOS:

Juros e custos similares pagos

Pagamentos em operações cambiais

Pagamentos em operações de taxa de juro

Pagamentos em operações sobre cotações

Margem inicial em contratos de futuros

Comissões em contratos de opções

Outros pagamentos op.a prazo e de divisas 0 0

Fluxo das operações a prazo e de divisas 0 0

OPERAÇÕES GESTÃO CORRENTE

RECEBIMENTOS:

Cobranças de crédito vencido

Compras com acordo de revenda

Juros de depósitos bancários 0

Juros de certificados de depósito

Contracção de empréstimos 219.204 348

Reembolso de depósitos a prazo 0

Impostos (IVA) 0

Outros recebimentos correntes 7.914 227.118 348

PAGAMENTOS:

Comissão de gestão 21.745

Comissão de depósito 4.325

Despesas com crédito vencido

Juros devedores de depósitos bancários 211.381 1.358

Compras com acordo de revenda

Impostos e taxas 106.376 84.624

Taxa de Supervisão 2.200 3.400

Reembolso de empréstimo 0 5.039

Constituição de depósito a prazo 0

Outros pagamentos correntes 5.034 351.061 2.113 96.534

Fluxo das operações de gestão corrente -123.943 -96.186

PORTO NOVO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO EM LIQUIDAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS MONETÁRIOS

( Valores em euros )

DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 31-12-2017 31-12-2016

Page 24: Relatório e Contas 2017 - CMVM...2016. Em termos trimestrais, o PIB cresceu a um ritmo anualizado de 1,2% no 1º trimestre, tendo acelerado para 3,1% e 3,2% no 2º e 3º trimestre,

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OPERAÇÕES EVENTUAIS

RECEBIMENTOS:

Ganhos extraordinários 208.794 178.318

Ganhos imputáveis a exercícios anteriores 0

Recuperação de incobráveis 0

…..

Outros recebimentos de operações eventuais 0 208.794 178.318

PAGAMENTOS:

Perdas extraordinárias 0 337

Perdas imputáveis a exercícios anteriores 0

…..

Outros pagamentos de operações eventuais 0 0 337

Fluxo das operações eventuais 208.794 177.981

Saldo dos fluxos monetários do período…(A) 81.079 15.497

Disponibilidades no início do período…….(B) 15.574 77

Disponibilidades no fim do período……….(C) = (B)+-(A) 96.653 15.574

O Contabilista Certificado A Administração da Sociedade Gestora

PORTO NOVO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO EM LIQUIDAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS MONETÁRIOS

( Valores em euros )

DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 31-12-2017 31-12-2016

Page 25: Relatório e Contas 2017 - CMVM...2016. Em termos trimestrais, o PIB cresceu a um ritmo anualizado de 1,2% no 1º trimestre, tendo acelerado para 3,1% e 3,2% no 2º e 3º trimestre,

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

PORTO NOVO

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (em Liquidação)

Nota introdutória

O Porto Novo – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (em Liquidação), adiante designado

por Porto Novo, Fundo ou OIC, é um Fundo de Investimento Imobiliário Fechado de Subscrição

Particular, de acordo com a legislação aplicável, em particular com o n.º2 do artigo 214.º do

Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo, gerido pela Profile – Sociedade Gestora

de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., anteriormente designada por Banif Gestão de Activos

– Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. e a entidade depositária do Fundo

é o Banif Banco de Investimento, S.A..

A constituição do Fundo foi autorizada pela Comissão de Mercados de Valores Mobiliários em 18

de Outubro de 2007, por um período de 7 anos, sem prejuízo da eventual prorrogação, por

períodos subsequentes de três anos e iniciou a sua actividade em 13 de Novembro de 2007.

Em Assembleia de Participantes realizada em 10 de Novembro de 2014 foi deliberada a

prorrogação do período de duração do Fundo por mais um ano, ou seja, até 13 de Novembro de

2015.

A Sociedade Gestora em 13 de Novembro de 2015 procedeu à liquidação do Fundo por decurso

do prazo pelo qual tinha sido constituído, com a expectativa que o reembolso das unidades de

participação ocorresse no prazo máximo de 12 meses, a contar da data de início da liquidação do

Fundo, o que não sucedeu.

Em 11 de Novembro de 2016, a Sociedade Gestora solicitou à CMVM, por pedido devidamente

fundamentado, a prorrogação do prazo de liquidação do Fundo por mais um ano, ou seja, até 13

de Novembro de 2017, o qual foi autorizado.

Por pedido devidamente fundamentado a Sociedade Gestora, em 27 Outubro 2017, solicitou a

prorrogação do prazo de liquidação do Fundo por mais um ano.

Em reunião de 01 de Março de 2018, o Conselho de Administração da CMVM deliberou, nos

termos e para os efeitos do disposto no artigo 45.º, n.º 2 do Regime Geral dos Organismos de

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Investimento Colectivo (“RGOIC”) e do artigo 122.º do Código do Procedimento Administrativo

(“CPA”), notificar a Profile - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. do

projecto de decisão de indeferimento do pedido de autorização para a prorrogação do prazo de

liquidação do Fundo Porto.

A Sociedade Gestora, com o intuito de defender os interesses dos participantes, irá desenvolver as

acções necessárias para concretizar a liquidação do Fundo de forma ordenada, assegurando a

realização dos activos.

Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas

Bases de apresentação

As Demonstrações Financeiras foram preparadas de acordo com o Plano Contabilístico dos

Fundos de Investimento Imobiliários (PCFII), conforme previsto no Regulamento da

CMVM n.º2/2005 e tendo em atenção a regulamentação complementar emitida pela Comissão do

Mercado de Valores Mobiliários.

As Notas que se seguem no presente Anexo, respeitam a numeração sequencial definida no PCFII

e as que se encontram ausentes, não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a

leitura das Demonstrações Financeiras anexas.

Princípios contabilísticos adoptados

a) Continuidade

Considera-se que o fundo de investimento opera continuamente, com duração ilimitada,

entendendo-se que não tem intenção nem necessidade de entrar em liquidação, sem

prejuízo de os fundos fechados terem duração limitada.

b) Consistência

O fundo de investimento não altera as suas regras, princípios, critérios e políticas

contabilísticas de um período para o outro. Se o fizer e o efeito for materialmente

relevante, tal facto é referido no Anexo.

c) Materialidade

As Demonstrações Financeiras do fundo de investimento evidenciam todos os elementos

que sejam de interesse relevante (qualitativa e quantitativamente) e que possam afectar

avaliações ou decisões pelos utilizadores interessados.

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d) Substância sobre a forma

As operações são contabilizadas atendendo à sua substância, isto é, à realidade dos factos

e não apenas à sua forma documental ou legal.

e) Especialização

Os elementos patrimoniais do Fundo são valorizados e reconhecidos de acordo com a

periodicidade do cálculo do valor das unidades de participação, independentemente do

seu recebimento ou pagamento, incluindo-se nas Demonstrações Financeiras do período

a que dizem respeito, bem como os seus ajustamentos de valor daqui decorrentes.

f) Prudência

Significa que é possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer estimativas

exigidas em condições de incerteza sem, contudo, permitir a criação de reservas ocultas

ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos por defeito

ou de passivos e custos por excesso.

g) Independência

A elaboração, aprovação e execução das informações contabilísticas do fundo são

independentes das de qualquer outra entidade, incluindo as respectivas entidades

gestoras.

h) Unidade

As Demonstrações Financeiras, compostas pelo balanço, pela demonstração dos

resultados pela demonstração dos fluxos monetários e pelo anexo, formam um todo

coerente, constituindo um só conjunto de informação financeira.

Principais políticas contabilísticas

a) Unidades de Participação

O valor da Unidade de Participação (UP) é calculado dividindo o valor líquido global do

Fundo (VLGF) pelo número de unidades de participação emitidas, conforme descrito na

Nota 6 do presente Anexo.

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b) Imóveis

No que diz respeito ao critério valorimétrico dos imóveis, estes são registados pelo valor

de aquisição, acrescido dos custos associados às escrituras, registos e eventuais obras de

melhoramento ou reconversão, sendo valorizados de acordo com as regras estabelecidas

no Regulamento Gestão do Fundo, as quais são descritas na Nota 6 do presente Anexo.

c) Comissão de gestão

De acordo com o Regulamento de Gestão do Fundo, a Profile – Sociedade Gestora de

Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., anteriormente designada por Banif Gestão de

Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., cobra uma

comissão anual de gestão de 0,50% (taxa nominal). Esta comissão é calculada diariamente

sobre o activo total do Fundo.

d) Comissão de depósito

Conforme estipulado no Regulamento de Gestão do Fundo, o Banif Banco de

Investimento, como remuneração das suas funções de depositário, cobra uma comissão

anual 0,10% (taxa nominal). Esta comissão é calculada diariamente sobre o activo total do

Fundo.

e) Taxa de supervisão

A taxa de supervisão cobrada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)

é um encargo do Fundo, sendo calculada por aplicação da taxa mensal de 0,00266%, sobre

o valor líquido global do Fundo conforme estipulado em Regulamento da CMVM, com um

limite mensal mínimo e máximo de 200 Euros e 20.000 Euros.

f) Contas de terceiros

As dívidas de terceiros reflectem o valor que se espera efectivamente receber, sendo os

ajustamentos para dívidas vencidas a receber calculados com base na expectativa da sua

cobrança (ver Nota 11 do presente Anexo).

g) Distribuição de rendimentos

De acordo com a política de rendimentos estabelecida no ponto 6 do Capítulo II do

Regulamento de Gestão do Fundo, o Porto Novo caracteriza-se por ser um Fundo de

capitalização até final do segundo ano de actividade e a partir do terceiro ano a Entidade

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Gestora poderá proceder à distribuição total ou parcial dos rendimentos gerados do

Fundo, numa base anual.

h) Impostos sobre o património

Os bens imóveis adquiridos pelo Fundo encontram-se sujeitos ao pagamento de Imposto

Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), imposto do selo, previsto na

verba 1.1 da Taxa Geral Imposto Selo e de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

i) Impostos sobre o rendimento

Com a publicação do Decreto-Lei n.º 7/2015, de 13 de Janeiro, foi aprovado o novo

regime fiscal aplicável aos organismos de investimento colectivo, incluindo os fundos de

investimento imobiliário.

Neste sentido, o Fundo foi tributado de acordo com regras estipuladas na nova redacção

do referido artigo 22.º do EBF, que prevê, a tributação, à taxa de 21%, do lucro tributável

apurado em cada exercício, o qual corresponde ao resultado líquido do exercício, apurado

de acordo com as normas contabilísticas legalmente aplicáveis, sem prejuízo dos

seguintes ajustamentos:

Exclusão dos rendimentos referidos no artigo 5.º, 8.º e 10.º do CIRS (rendimentos de

capitais e mais-valias), excepto quando estes rendimentos provenham de entidades

com residência ou domicílio em país, território ou região sujeito a um regime

claramente mais favorável constante de lista aprovada em portaria do membro do

Governo responsável pela área das finanças e dos gastos ligados àqueles rendimentos;

Exclusão dos gastos previstos no artigo 23.º A do CIRC.

Os prejuízos fiscais apurados em determinado período de tributação nos termos do

disposto nos números anteriores são deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um

ou mais dos 12 períodos de tributação posteriores, aplicando-se o disposto no n.º 2 do

artigo 52.º do Código do IRC.

De acordo com o disposto na a) do n.º 6 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 7/2015, no

apuramento do resultado tributável dos OII de períodos de tributação que se iniciem em

ou após 1 de Julho de 2015 deverá considerar-se que as mais-valias e as menos-valias

resultantes da alienação de imóveis adquiridos antes de 1 de Julho de 2015 são tributadas,

nos termos da redacção do artigo 22.º do EBF em vigor até àquela data, na proporção

correspondente ao período de detenção daqueles activos até 1 de Julho de 2015, sendo a

parte remanescente tributada nos termos da redacção do artigo 22.º do EBF dada pelo

presente diploma.

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j) Imposto do selo dos OIC

O Fundo está sujeito a Imposto do Selo, sobre o valor líquido global do Fundo,

correspondente à medida dos valores comunicados à CMVM ou divulgados pelas

entidades gestoras, com excepção do valor correspondente aos activos relativos a

unidades de participação ou participações sociais detidas em organismos de investimento

colectivo abrangidos pelo regime estabelecido no artigo 22.º do EBF, no último dia de

cada mês do trimestre, à taxa de 0,0125% por cada trimestre.

Nota 1 | Imóveis - Valor de Balanço

A 31 de Dezembro de 2017, o valor contabilístico e a média aritmética simples das avaliações dos

imóveis, era a seguinte:

Conforme se verifica pela análise do quadro acima, não existia a 31 de Dezembro de 2017,

diferença entre o valor contabilístico e a média aritmética simples das avaliações dos imóveis,

dando cumprimento às regras valorimétricas em vigor no RGOIC e descritas na Nota 6 do presente

Anexo.

Nota 2 | Variação do valor global líquido do OIC e das unidades de participação

Discriminação das variações ocorridas durante o período no valor líquido global e unitário do OIC,

bem como das unidades de participação:

Valor Média dos Valores Diferença

Contabilístico (A) das Avaliações (B) (B) - (A)

Parcela 8.3 1.216.500 1.216.500 0

Parcela 9.1 2.412.400 2.412.400 0

Parcela 8.2 1.211.150 1.211.150 0

Parcela 8.4 2.446.200 2.446.200 0

Terreno Lopo Soares Albergaria 1.041.000 1.041.000 0

TOTAL 8.327.250 8.327.250 0

Imóvel

Descrição No Início Subscrições ResgatesDistribuição

de Resultados OutrosResultado do

Período No Fim

Valor base 10.517.900 0 0 0 0 0 10.517.900

Diferença em subs.resgates -135.342 0 0 0 0 0 -135.342

Resultados distribuídos 0 0 0 0 0 0 0

Resultados acumulados -3.687.533 0 0 0 -827.879 0 -4.515.412

Ajustamentos em imóveis 0 0 0 0 0 0 0

Resultados do período -827.879 0 0 0 827.879 -439.032 -439.032

SOMA 5.867.146 0 0 0 0 -439.032 5.428.114

Nº unidades participação 105.179 0 0 105.179

Valor unidades participação 55,7825 0,0000 0 51,6083

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O resultado líquido apurado pelo Fundo, para o período findo em 31 de Dezembro de 2017, deve-

se essencialmente ao registo de mais e menos valias potenciais (ver nota 3 do presente Anexo), na

sequência das reavaliações efectuadas do património em 2017, realizadas por dois peritos

avaliadores independentes e registados na CMVM, conforme disposto no n.º 1, alínea a), do artigo

144.º do RGOIC, e dando cumprimento às regras valorimétricas em vigor no RGOIC e descritas na

Nota 6 do presente Anexo.

Nota 3 | Inventário dos activos do Fundo

A 31 de Dezembro de 2017, a carteira de imóveis do Fundo decompõe-se da seguinte forma:

Os movimentos na carteira de imóveis do Fundo, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de

2017, discriminam-se da seguinte forma:

Durante o exercício de 2017, foram efectuadas reavaliações do património realizadas por dois

peritos avaliadores independentes e registados na CMVM, conforme disposto no n.º 1, alínea a),

do artigo 144.º do RGOIC, tendo sido apurado as mais e menos valias potenciais, apresentadas no

quadro acima, dando cumprimento às regras valorimétricas em vigor no RGOIC e descritas na

Nota 6 do presente Anexo.

Área Preço Data da Valor da Data da Valor da Valor

(m2) Aquisição Avaliação 1 Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 2 do Imóvel País Município

1 - IMÓVEIS SITUADOS EM ESTADOS DA UNIÃO EUROPEIA

1.1.1. Urbanizados

Não arrendados

Parcela 8.3-Parcela 8.3 414 1.389.552 21-07-2017 1.198.000 21-07-2017 1.235.000 1.216.500 Portugal Porto

Parcela 9.1-Terreno 1.542 2.487.524 21-07-2017 2.339.800 21-07-2017 2.485.000 2.412.400 Portugal Porto

Parcela 8.2-Parcela 8.2 411 1.238.532 21-07-2017 1.195.000 21-07-2017 1.227.300 1.211.150 Portugal Porto

Parcela 8.4-Parcela 8.4 450 2.551.974 21-07-2017 2.389.000 21-07-2017 2.503.400 2.446.200 Portugal Porto

Terreno Lopo Soares Albergaria-Terreno Lopo Soares 1.573 1.005.397 21-07-2017 1.025.500 21-07-2017 1.056.500 1.041.000 Portugal Porto

8.672.979 8.147.300 8.507.200 8.327.250

Descrição dos Imóveis

Localização

Designação Terrenos Contruções Direitos

Adiantamentos por compra

imóveis TotalSaldo inicial 8.682.650 0 0 0 8.682.650

Aquisições 0 0 0 0 0Alienações 0 0 0 0 0Mais valias potenciais 0 0 0 0 0Menos valias potenciais 355.400 0 0 0 355.400

Saldo final 8.327.250 0 0 0 8.327.250

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Nota 6 | Critérios de valorização dos activos do OIC:

Momento de referência da valorização

a) O valor da unidade de participação é calculado diariamente nos dias úteis e determina-se

pela divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação

em circulação. O valor líquido global do Fundo é apurado deduzindo à soma dos valores

que o integram o montante de comissões e encargos suportados até ao momento da

valorização da carteira;

b) O momento de referência para a valorização dos activos da carteira do Fundo ocorre às

dezassete horas, hora de Portugal Continental.

Regras de valorimetria e cálculo do valor da UP

Com a entrada em vigor do RGOIC, os activos do Fundo passaram a ter que obedecer às seguintes

regras de valorização:

a) Os imóveis acabados devem ser valorizados pela média simples dos valores atribuídos

pelos dois peritos avaliadores de imóveis. Caso os valores atribuídos pelos dois peritos

avaliadores de imóveis difiram entre si em mais de 20%, por referência ao valor menor, o

imóvel é novamente avaliado por um terceiro perito avaliador de imóveis. Sempre que

ocorra uma terceira avaliação, o imóvel é valorizado pela média simples dos dois valores

de avaliação que sejam mais próximos entre si ou pelo valor da terceira avaliação caso

corresponda à média das anteriores;

b) Em derrogação do disposto na alínea anterior, os imóveis são valorizados pelo respectivo

custo de aquisição desde o momento em que passam a integrar o património do Fundo

até que ocorra uma nova avaliação;

c) Os imóveis adquiridos em regime de compropriedade com outros organismos de

investimento alternativo ou com fundos de pensões, no âmbito do desenvolvimento de

projectos de construção de imóveis, e desde que exista um acordo sobre a constituição da

propriedade horizontal ou sobre a repartição dos rendimentos gerados pelo imóvel, são

inscritos no activo do Fundo na proporção da parte por este adquirida, respeitando as

regras constantes nas alíneas anteriores;

d) Os imóveis adquiridos em regime de permuta são valorizados no activo do Fundo pelo seu

valor de mercado, sendo a responsabilidade decorrente da contrapartida respectiva,

inscrita no passivo do Fundo, registada ao seu preço de custo ou de construção. A

contribuição dos imóveis adquiridos nestes termos para efeitos do cumprimento dos

limites previstos na lei, deve ser aferida pela diferença entre o valor inscrito no activo e

aquele que figura no passivo;

e) Os imóveis prometidos vender são valorizados ao preço constante do contrato-promessa

de compra e venda, actualizado pela taxa de juros adequada ao risco da contraparte,

quando, cumulativamente: 1º) O Fundo: i) Receba tempestivamente, nos termos do

contrato-promessa, os fluxos financeiros associados à transacção; ii) Transfira para o

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promitente-comprador os riscos e vantagens da propriedade do imóvel; ii) Transfira a

posse para o promitente adquirente; 2º) O preço da promessa de venda seja

objectivamente quantificável; 3º) Os fluxos financeiros em dívida, nos termos do contrato-

promessa, sejam quantificáveis;

f) Os projectos de construção e os imóveis devem ser avaliados mediante os métodos de

avaliação definidos em regulamento da CMVM;

g) Os projectos de construção deverão ser reavaliados sempre que exista uma alteração

significativa do valor do imóvel, considerando-se para o efeito uma incorporação de valor

superior a 20% relativamente ao custo inicial estimado do projecto, de acordo com o auto

de medição da situação da obra, elaborado pela empresa de fiscalização;

h) Os imóveis que integrem o património do Fundo serão ainda avaliados, sempre que

ocorram indícios de uma alteração significativa do respectivo valor;

i) As unidades de participação de organismos de investimento imobiliário são avaliadas ao

último valor divulgado ao mercado pela respectiva entidade gestora, excepto no caso de

unidades de participação admitidas à negociação em mercado regulamentado às quais se

aplica o disposto no número seguinte;

j) Os restantes valores mobiliários, designadamente as participações em sociedades

imobiliárias, são avaliados através dos seguintes critérios definidos no Regulamento da

CMVM 2/2015: i) valor de aquisição, até 12 meses após a data de aquisição; ii) transacções

materialmente relevantes, efectuadas nos últimos seis meses face ao momento da

avaliação; iii) múltiplos de sociedades comparáveis, designadamente, em termos de sector

de actividade, dimensão e rendibilidade; iv) fluxos de caixa descontados.

Nota 7 | Discriminação da liquidez

O movimento de liquidez do Fundo, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2017,

discrimina-se da seguinte forma:

Contas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final

Numerário 0 0

Depósitos à ordem 15.574 96.653

Depósitos a prazo e com pré-aviso 0 0 0 0

Certificados de depósito 0 0 0 0

Outras contas de disponibilidades 0 0 0 0

TOTAL 15.574 0 0 96.653

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Nota 8 | Dívidas de cobrança duvidosa

A 31 de Dezembro de 2017, a rubrica de devedores para outras contas de devedores, com o saldo

de 9.057 Euros, apresentava as seguintes dívidas, consideradas como sendo de cobrança duvidosa:

Para o valor de 9.057 Euros de dívidas, consideradas como sendo de cobrança duvidosa, o Fundo,

a 31 de Dezembro de 2017, regista provisões no valor de 9.057 Euros (ver Nota 11 do presente

Anexo).

Nota 10 | Dívidas a terceiros cobertas por garantias reais

A 31 de Dezembro de 2017, o Fundo apresentava as seguintes dívidas a terceiros cobertas por

garantias reais:

O Fundo apresentava, a 31 de Dezembro 2017, um empréstimo obtido, com as seguintes

condições:

Na sequência da aplicação da medida de resolução ao Banif – Banco Internacional do Funchal S.A.

(Banif), por deliberação do Banco de Portugal de 20 de Dezembro de 2015, aquele banco deixou

de exercer a sua actividade bancária, tendo parte dos direitos e obrigações que constituíam

activos, passivos e elementos extrapatrimoniais sob gestão do Banif sido alienados ao Banco

Santander Totta S.A. e ou transferidos para a Oitante S.A.

O empréstimo obtido pelo Fundo, actualmente com a Oitante S.A. e registado pelo valor de

2.313.094 Euros, é o resultado da aplicação da referida medida, sendo que foi durante o ano de

2017 capitalizado juros em dívida no valor de 219.204 Euros.

EntidadesDevedores p/

rendas vencidasOutros

devedores Soma

Armazém de Arquitectura, I. D. e Decoração, Unip., Lda 0 7.950 7.950

Manuel Ventura Arquitecto, Lda 0 1.107 1.107TOTAL 0 9.057 9.057

Natureza Valor

Empréstimos não titulados (Descoberto Bancário) 2.532.298 Hipoteca 4.873.850

Rubrica do Balanço Valores

Garantias Prestadas

Entidade Tipo Contrato Taxa ValorOitante S.A. Conta Caucionada 4,78% 2.532.298

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Nota 11 | Ajustamentos de dívidas a receber e provisões

O Fundo apresentava, a 31 de Dezembro de 2017, o seguinte desdobramento das contas de

ajustamentos de dívidas a receber e das provisões acumuladas:

O montante de 9.057 Euros respeita ao valor provisionado relativo às dívidas consideradas de

cobrança duvidosa, conforme Nota 8 do presente Anexo.

Do valor registado de 25.271 Euros, 15.000 Euros dizem respeito ao valor estimado a pagar pelo

Fundo, no decorrer da Acção Declarativa com o n.º 8570/14.0T8PRT, que corre termos na 1.ª

Secção Cível da Instância Central do Porto da Comarca do Porto, movida contra o Fundo conforme

detalhado na Nota 17 do presente Anexo.

Nota 13 | Responsabilidade com e de terceiros

O Fundo apresentava, a 31 de Dezembro de 2017, a seguinte discriminação das responsabilidades

com e de terceiros:

A 31 de Dezembro de 2017, o Fundo apresenta Valores Cedidos em Garantia no montante de

4.873.850 Euros conforme detalhado na Nota 10 do presente Anexo.

Contas Saldo inicial Aumentos Reduções Outros Saldo final

471 – Ajustamentos para crédito vencido 3.321 15.900 10.164 9.057

482 – Provisões para encargos 0 25.271 0 0 25.271

Total 3.321 41.171 10.164 0 34.328

No início No fim

Subscrição de títulos 0 0

Operações a prazo de compra – Imóveis 0 0

Operações a prazo de compra – Outras 0 0

Operações a prazo de venda – Imóveis 0 0

Operações a prazo de venda – Outras 0 0

Valores recebidos em garantia 0 0

Valores cedidos em garantia 5.143.250 4.873.850

Outras 0 0

TOTAL 5.143.250 4.873.850

Montantes

Tipo de responsabilidade

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Nota 14 | Contas a pagar de terceiros

O Fundo apresentava, a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o seguinte

desdobramento das contas de comissões e outros encargos a pagar e outras contas de credores:

O Fundo não tem vindo a conseguir gerar a liquidez necessária para o pagamento das suas

obrigações correntes, nomeadamente no que se refere aos custos suportados com a Sociedade

Gestora e com o Banco Depositário e outros custos gerais de funcionamento, bem com para fazer

face ao cumprimento do serviço da dívida, mais concretamente o pagamento dos juros vencidos

(Ver Nota 7, 10 e 13 do presente Anexo), no entanto a Sociedade Gestora continuará em 2018 a

promover as negociações com os diversos credores do Fundo, por forma a resolver a sua situação

financeira.

A Sociedade Gestora, com o intuito de defender os interesses dos participantes, irá desenvolver as

acções necessárias para concretizar a liquidação do Fundo de forma ordenada, assegurando a

realização dos activos.

Nota 15 | Outras informações de divulgação obrigatória

Dando cumprimento ao disposto no Regime Geral dos Organismos de Investimento Colectivo,

informa-se que:

a) Erros de valorização (n.º 7 do artigo 161.º)

Durante o ano de 2017 não ocorreram erros na valorização do Fundo.

b) Montantes Compensatórios (n.º 7 do artigo 161.º)

Durante o ano de 2017 não ocorreram pagamentos ao Fundo ou a participantes com

caracter compensatório no decorrer de erros na valorização do Fundo.

Entidades 2017 2016

Comissões e outros encargos a pagar 0 0

Profile S.A. 185.905 164.490

Autoridades de Supervisão 200 0

Banif Banco de Investimento, S.A. 36.206 31.898

Outras contas credoras 0 0

Profile S.A. 31.972 76.338

Fornecedores gerais 7.841 57.187

Impostos por pagar 17.239 251

TOTAL 279.363 330.164

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Nota 16 | Activos contingentes Por incumprimento do contrato de empreitada para a construção do empreendimento

habitacional Porta do Parque, celebrado entre o Fundo e a sociedade J. Gomes – Sociedade de

Construções do Cávado, SA (J. Gomes), o Fundo interpelou e exigiu junto daquela sociedade o

pagamento de 3.766.001 Euros por não cumprimento dum conjunto de cláusulas do referido

contrato.

Para garantia da boa execução do processo de reparações solicitadas ao abrigo da garantia de

obra que é responsabilidade do Fundo proprietário, e que implicou a assunção de custos

acrescidos, o Fundo Porto Novo desencadeou os mecanismos adequados tendentes à execução

das Garantias Bancárias de que era beneficiário, e que tinham por objectivo garantir a execução do

denominado projecto Porta do Parque.

No decurso deste processo, o Banco Santander, honrou em Abril de 2016, o pagamento da

Garantia Bancária que tinha emitido no valor de 178.318 Euros e igualmente honrou, em 10 de

Janeiro de 2017, o pagamento da Garantias Bancária que tinha sido anteriormente emitida pelo

Banif S.A. no valor de 125.966 Euros. Ainda no âmbito deste processo, a Sociedade Gestora está a

monitorizar a execução de outra garantia emitida pela Caixa Económica Montepio Geral, no valor

292.500 Euros (Ver Nota 17 do presente Anexo).

Nota 17 | Processos em contencioso relevantes

Processo n.º 8570/14.0T8PRT

Acção Declarativa com o n.º 8570/14.0T8PRT, que corre termos na 1.ª Secção Cível da Instância

Central do Porto da Comarca do Porto, movida contra Fundo, em que é Autora Arco do Triunfo –

Consultoria e Administração de Condomínios, Lda. e, com o valor de € 324.230,00.

Trata-se de uma questão relacionada com defeitos de obra que, atendendo aos elementos

constantes dos autos, é entendimento dos consultores legas da Sociedade Gestora a possibilidade

de condenação.

Da análise interna realizada pela Sociedade Gestora, concluiu-se que, na generalidade, as questões

reclamadas estão abrangidas pelas garantias de obra, cujo accionamento da Garantia Bancária de

que o Fundo é beneficiário no valor 292.500 Euros, será destinado à realização das obras

requeridas pelos moradores (Ver Notas 11 e 16 do presente Anexo).

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Processo accionamento garantia bancária (Acção Executiva n.º 7428/16.1T8LSB)

Processo conexo com o supra referido, no âmbito do qual foi accionado judicialmente a Caixa

Económica Montepio Geral com vista ao recebimento da Garantia Bancária de que o Fundo é

beneficiário no valor 292.500 Euros, na sequência da recusa injustificada do referido banco em

proceder ao pagamento dos valores correspondentes à garantia por si emitida (Ver Notas 11 e 16

do presente Anexo).

Neste sentido e na ausência de melhor alternativa, o Fundo procedeu à execução da mesma, a

correr termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, Juízo de Execução de Lisboa - Juiz 5.

No âmbito da referida execução, a Caixa Económica Montepio Geral deduziu embargos de

executado, os quais foram contestados e, depois da realização do julgamento, foi proferida

sentença (em 12 de Dezembro de 2017) a julgar os mesmos improcedentes. A referida sentença

transitou em julgado em 06 de Fevereiro de 2018, aguardando-se na presente data o pagamento

da quantia exequenda por parte do Agente de Execução.

Nota 18 | Outras informações

Em Dezembro de 2015, o Banco de Portugal deliberou a aplicação de uma medida de resolução ao

Banif-Banco Internacional do Funchal, SA (BANIF), entidade comercializadora do Fundo e único

detentor do capital (embora de forma indirecta) da Profile – Sociedade Gestora de Fundos de

Investimento Mobiliário, S.A., anteriormente designada por Banif Gestão de Activos – Sociedade

Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A..

Independentemente dos impactos que possam ter resultado da referida resolução na esfera das

diversas entidades do ex-Grupo Banif, na qual a Profile se inseria, o Fundo é um património

autónomo, sem personalidade jurídica, mas dotado de personalidade judiciária, pertencendo ao

conjunto dos titulares das respectivas unidades de participação. Neste sentido, no exercício de

2017 e durante o exercício de 2018, conforme previsto no Regime Geral dos OIC, a entidade

gestora, continuará a actuar no sentido da protecção dos legítimos interesses dos titulares das

unidades de participação, mantendo a sua actividade em conformidade com as exigências

previstas na lei.

Nota 19 | Entidades contratadas

Em Março de 2017, a Sociedade Gestora assinou um contrato de subcontratação (“Servicing

Agreement”) com a Proteus Asset Management, Unipessoal, Lda. (Servicer), participada da

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Altamira Asset Management, S.A., para prestação de serviços de gestão e venda de imóveis dos

fundos imobiliários.

A Sociedade Gestora está convicta que este contrato será benéfico para o Fundo dado que

permitirá: (a) maximização dos preços de venda dos activos; (b) celeridade na venda dos activos;

(c) redução dos encargos gerais do fundo, em virtude da redução acentuada dos activos sob

gestão; (d) optimização dos processos de liquidação dos fundos; (e) redução dos encargos gerais

do fundo por alienação da generalidade dos seus activos; (f) redução dos custos generalizados de

exploração dos activos, através da negociação centralizada com os prestadores de serviços.

Nos termos do contrato celebrado com o Servicer, prevê-se que este venha a actuar com

exclusividade durante a duração do mesmo, i.e., durante 5 anos prorrogáveis por dois anos

adicionais, salvo no caso de extinção anterior do Fundo, e sem prejuízo de recorrer a terceiros na

prestação dos serviços à Sociedade Gestora e ao Fundo, sempre com absoluto respeito por todas

as disposições legais aplicáveis.

A contratualização do Servicer prevê ainda um valor inicial a ser pago ao Fundo (Up-Front Fee),

que permitirá a este, realizar alguns investimentos de requalificação e de readaptação dos imóveis,

os quais se demonstram essenciais à alienação ou arrendamento dos mesmos.

CONTABILISTA CERTIFICADO PROFILE - S.G.F.I.M., S.A.

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INFORMAÇÕES

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017

PORTO NOVO

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (em Liquidação)

Informações de acordo com o disposto no nº 2 do artigo 161º do Regime Geral dos

Organismos de Investimento Colectivo (Regime Geral ou RGOIC)

No exercício de 2017, a sociedade gestora pagou as seguintes remunerações:

(1) A Sociedade Gestora suportou um custo total (incluindo equipa dos Fundos Mobiliários e Fundos Imobiliários) no montante referido

independentemente do vínculo contratual do colaborador ser com a Sociedade Gestora ou com outra entidade do Grupo. Esse valor inclui custos

suportados com direcções que desenvolvem a sua actividade no contexto corporativo e/ou serviços partilhados, no entanto os trabalhadores dessas

direcções não foram considerados no número de colaboradores uma vez que a percentagem de valor imputada é residual.

(2) A Sociedade Gestora suportou um custo total no montante referido, com os colaboradores responsáveis pela gestão dos Fundos Imobiliários.

Nº Valor (Euros)

Colaboradores:

Remuneração fixa (1) 27 1.273.273

Remuneração variável

Orgãos sociais:

Membros executivos 3 394.500

Colaboradores responsável pela gestão:

Com impacto no perfil de risco do Fundo (2) 8 378.500

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Rua Coronel Bento Roma, n.º 4 - 4A

1700 – 122 Lisboa Portugal Tel. (351) 213 847 625

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