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Relatório e Contas a 30 de Junho de 2016

Relatório e Contas - EDIA,S.A.€¦ · naturalmente, de fundamental importância para o planeamento global das atividades a desenvolver pela Empresa num futuro imediato. ... de abril,

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Relatório e Contasa 30 de Junho de 2016

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3 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

ÍNDICE

NOTA PRÉVIA ............................................................................................................................................................................... 5

1. APRESENTAÇÃO DA EDIA ................................................................................................................................................. 7

2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO 1.º SEMESTRE DE 2016 ........................................................................... 11

3. APLICAÇÃO DAS NORMAS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA ................................................................................... 19

4. INVESTIMENTO DO EMPREENDIMENTO .................................................................................................................. 21

5. FINANCIAMENTO DO EMPREENDIMENTO.............................................................................................................. 27

6. PERSPETIVAS PARA O 2.º SEMESTRE DE 2016 ................................................................................................. 29

7. ANÁLISE FINANCEIRA ....................................................................................................................................................... 31

8. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2016 .................................................................... 39

Declaração de Conformidade do Conselho de Administração ................................................................ 115

Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre

Informação Semestral ....................................................................................................................................................... 117

Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral (Auditoria Contratual) ........... 123

SIGLAS E ABREVIATURAS .................................................................................................................................................. 130

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NOTA PRÉVIA

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) é o Projeto estruturante do Sul de Portugal, sendo a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) a entidade de capitais exclusivamente públicos mandatada pelo Estado, enquanto gestora, para conceber, executar, construir e explorar o Empreendimento. Sendo a EDIA, desde 1995, a entidade responsável pela execução do programa de investimento do EFMA, e tendo em consideração o natural desenvolvimento do Projeto, na linha de que sempre foi objetivo constituir um grande Empreendimento de Fins Múltiplos, num contexto mais amplo do que unicamente o benefício hidroagrícola, a EDIA tem vindo a desenvolver uma estratégia de promoção e incremento do regadio através da infraestruturação de áreas limítrofes do Empreendimento, sinalizadas num contexto mais amplo de proteção e adaptação às alterações climáticas. O término da 1.ª fase do Emprendimento concretiza uma realização infraestrutural de contornos inéditos no País, com a materialização de cerca de 120 mil hectares de área beneficiada já na campanha de rega de 2016. É neste contexto que a promoção do regadio se assume, naturalmente, de fundamental importância para o planeamento global das atividades a desenvolver pela Empresa num futuro imediato. Assim, e tendo em conta a implementação da 2.ª fase do regadio de Alqueva, foram identificadas áreas potenciais de regadio em zonas contíguas ao Empreendimento, numa área que perfaz cerca de 45.000 hectares, sendo o desenvolvimento dos estudos no âmbito dos projetos de execução das áreas limítrofes uma das prioridades da Empresa em 2016, com o acompanhamento dos circuitos hidráulicos de Reguengos de Monsaraz, Póvoa – Moura, Cuba- Odivelas, Évora, Viana do Alentejo, São Bento e respetivos blocos. Em 2016 cabe ainda destacar a aprovação, até à data, de dois aumentos de capital que totalizaram 20.973.322,77€, passando o capital social da EDIA de 407.975.580,00€ para 428.948.902,77€. Por último, referencie-se a manifestação de interesse junto do Banco Europeu de Investimentos (BEI) para financiamento dos investimentos a realizar no âmbito do Programa Nacional de Regadio 2020, fundamentada pela complementaridade com os recursos disponibilizados pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PRD 2020), designadamente, através do seu enquadramento nas ações 3.4.1 – Desenvolvimento do Regadio Eficiente e 3.4.2 – Melhoria da Eficiência dos Regadios Existentes, sendo expectável a conclusão do respetivo processo de decisão até ao final de 2016.

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1. APRESENTAÇÃO DA EDIA

Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora, a EDIA, empresa de capitais exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e exploração do EFMA e a promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo. Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos ao Empreendimento.

Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica, por um período de 75 anos. Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem:

A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade; A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de

energia elétrica; e Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a

instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito.

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No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação de infraestruturas de produção de energia elétrica. A entrada em exploração dos primeiros perímetros de abastecimento de água veio manifestar a necessidade de harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária. O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado ao uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. Em 2013, o tarifário para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (2,75%). Em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA. Em 2014, com as alterações verificadas no âmbito do Setor Empresarial do Estado, a EDIA foi reclassificada como “Entidade Pública Reclassificada”, ficando obrigada a um novo conjunto de normas e procedimentos. Na sequência destes ajustamentos, e face às novas necessidades de reporte de informação, procedeu-se a um desenvolvimento do sistema informático SAP, no sentido de responder, na íntegra, às novas necessidades sentidas pela Empresa neste domínio.

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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO 1.º SEMESTRE DE 2016

O EFMA é o principal projeto estruturante da região do Alentejo, beneficiando de um conjunto de infraestruturas que potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multidisciplinar. Com cerca de 120 mil hectares de área beneficiada na campanha de rega de 2016, e tendo em consideração que os compromissos assumidos pela EDIA passam por aumentar a taxa de adesão ao regadio e os níveis de investimento em produção agrícola e agroalimentar na região, potenciando o crescimento económico da área beneficiada pelo projeto e a maximização da evolução do EFMA destaca-se, naturalmente, no âmbito do planeamento global das atividades a levar a cabo no decurso de 2016, a promoção de novos regadios. Enquanto entidade a quem foi consignada a exploração de todo o Sistema Global de Abastecimento de Água do EFMA através da gestão integrada das redes primária e secundária de Alqueva, evidenciando os seus serviços, a sua competência e eficiência, ao mesmo tempo que se integra na sociedade da sua área de intervenção, interagindo com os diversos públicos com quem se relaciona, a EDIA definiu, ao longo dos últimos anos, uma estratégia de desenvolvimento que ultrapassa a vertente agrícola e tire partido das múltiplas mais-valias geradas pelo Projeto, assente em áreas potenciadas pelo EFMA, designadamente, o turismo, as energias renováveis e os serviços. A finalização da 1.ª fase do Empreendimento dá corpo a uma realização hidráulica única e sem precedentes em Portugal. Relativamente ao Sistema Global de Abastecimento de Água de Alqueva, particularize-se, na componente infraestrutural, no primeiro semestre de 2016, o término das seguintes empreitadas da rede secundária: blocos de Beringel e Álamo, blocos de Beja e os blocos de Barras, Torrão, e Baronia Baixo e, no final do semestre, os outros blocos do perímetro de Vale de Gaio (blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo), do subsistema Alqueva. No primeiro semestre deste ano realce-se ainda a finalização da empreitada de construção do circuito hidráulico de Caliços–Machado e do bloco de Pias, no subsistema Ardila. Teve igualmente lugar a conclusão dos blocos 3 e 4 de São Matias, do subsistema de Pedrógão. No decurso de 2016 realce-se igualmente a entrada em exploração dos perímetros de Beringel- Beja, Vale de Gaio, do subsistema Alqueva, de Caliços-Machados, Amoreira-Caliços e Pias, integrados no subsistema Ardila e, no subsistema Pedrógão, de parte do perímetro de São Matias. Realce-se que a implementação de uma área de regadio constitui uma das mais importantes valias de Alqueva e é um dos objetivos que mais contribui para a visibilidade e relevância do Projeto. A evolução das taxas de adesão ao regadio nos últimos quatro anos é bastante significativa e optimista quanto ao sucesso do Empreendimento: os perímetros de Alqueva, apoiados em sistemas de telegestão, garantem à EDIA informação atualizada e oferecem ao agricultor a garantia de água que necessita para a sua atividade.

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Assim, com o aumento da área beneficiada sob a gestão da EDIA, no primeiro semestre de 2016, com a conclusão e entrada em exploração, dos perímetros de Beringel-Beja, Vale de Gaio (subsistema Alqueva), de Caliços-Machados, Amoreira - Caliços e Pias (subsistema Ardila) e parte do perímetro de São Matias (subsistema Pedrógão), este ano prevê-se atingir uma adesão efetiva ao regadio de 70.959 ha, o que indica o considerável acréscimo da área em exploração face a anos anteriores (40.749 ha em 2013, 41.270 ha em 2014 e 54.482 ha em 2015). Por outro lado, e comparando a adesão e os consumos de água entre junho de 2015 e junho de 2016, regista-se um aumento na adesão de 26,47% (11.426 ha) e no consumo de água, um decréscimo de 4.422.290 m3, cerca de 10%, que em igual período passou de 44 hm3 para cerca de 40 hm3, situação essencialmente justificada pela pluviosidade registada ao longo do 1.º semestre de 2016, com valores acima dos verificados no período homólogo, período hidrologicamente muito seco.

No terreno, a EDIA dispõe ainda de equipas multidisciplinares que garantem a total operacionalidade do sistema. O contacto com o agricultor é feito de uma forma direta, com base numa política de proximidade e de procura de soluções que garantam o uso eficiente da água.

Área

Benificiada (ha)

Área Inscrita

(ha)

Consumo

(m3)

Área

Benificiada (ha)

Área Inscrita

(ha)

Consumo

(m3)

Monte Novo 7.714 5.776 9.514.733 7.777 6.592 7.214.292

Alvito - Pisão 8.452 5.743 6.998.948 9.154 5.948 4.165.816

Pisão 2.588 1.253 1.553.857 2.569 1.267 1.499.758

Alfundão 4.216 2.426 2.435.880 4.069 1.526 1.915.659

Ferreira, Figueirinha e Valbom 5.118 2.326 2.360.564 4.935 2.964 2.685.242

Orada - Amoreira 2.522 2.271 1.633.607 2.705 2.488 1.143.936

Brinches 5.463 2.180 1.754.513 5.517 3.068 1.365.949

Brinches - Enxoé 4.698 3.636 5.143.207 5.091 3.493 2.872.811

Serpa 4.400 2.882 5.030.544 4.649 3.013 2.589.979

Loureiro - Alvito 1.050 541 1.176.930 1.119 495 681.554

Ervidel 8.228 3.660 3.527.263 7.809 3.759 3.011.556

Pedrógão Margem Direita 4.016 1.983 2.340.328 3.377 2.088 1.380.413

Pias - - - 4.797 1.382 -

S. Matias - - - 5.798 2.313 -

Vale de Gaio - 80 - 3.950 391 401.052

Cinco Reis - Trindade 5.600 1.314 1.226.970 5.370 2.501 2.894.176

Baleizão - Quintos 6.035 4.753 - 7.971 4.206 3.210.366

São Pedro - Baleizão 7.999 2.341 - 6.008 4.943 3.242.495

Beringel - Beja - - - 5.081 534 -

Caliços - Machados - - - 4.645 1.163 -

Caliços - Moura - - - 1.697 457 -

Total 78.099 43.165 44.697.344 104.088 54.591 40.275.054

Perímetros

2015 2016

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A fixação de investimentos com ações que incluem o acompanhamento de potenciais investidores agrícolas e agroindustriais nacionais e internacionais, e a sensibilização ativa dos produtores agrícolas e agroalimentares para a utilização de práticas de produção mais responsáveis, constitui outra das vertentes que visam a exploração do potencial económico da agricultura potenciada pelo regadio de Alqueva efetuadas em 2016. Neste particular, referencie-se a disponibilização do Sistema de Apoio à Determinação Cultural (SISAP) e a continuação do trabalho de caracterização das áreas regadas e não regadas dos blocos em exploração. No âmbito da promoção do regadio, e da dinamização, captação e fixação de investimento na zona de influência do EFMA, de forma a dar a conhecer o potencial de desenvolvimento da região, agregue-se ainda a realização, em 2016, de mais uma missão empresarial ao Alqueva, que contou com a presença de mais de 40 investidores nacionais e internacionais, a realização do ciclo de conferências técnicas denominadas por Alqueva – “Criar Valor na Mudança”, e a participação da EDIA no evento AGROIN dedicado à Eficiência na Agricultura, dando a conhecer o trabalho realizado pela Empresa nesta área. O acompanhamento de potenciais investidores agrícolas e agroindustriais na região, fornecendo elementos a entidades que pretendem investir ou continuar a investir na zona de implantação do Empreendimento, identificando terrenos e equipamentos públicos e privados existentes na zona de influência de Alqueva, com potencial de instalação de negócios decorrentes do Projeto, foi outra das ações levadas a cabo para a concretização destes objetivos, no âmbito do apoio ao desenvolvimento de projetos agroindustriais. Responsável pela operação de todo o sistema de distribuição de água de Alqueva (constituído pelas redes primária e secundária), nesta componente, e em termos de rede primária, foram asseguradas as transferências de água entre albufeiras e reservatórios, garantindo a continuidade e qualidade do abastecimento à rede secundária e a clientes finais, e foi assegurada a manutenção, em boas condições de funcionamento, dos órgãos de drenagem transversal e longitudinal de vias de acesso e de canais. Na rede secundária tiveram lugar atividades inerentes à realização das próprias campanhas, designadamente, ações de operação e manutenção (preventiva, corretiva, curativa), de gestão de garantias associadas e ainda de acompanhamento técnico junto dos agricultores, de acordo com as respetivas necessidades. O acréscimo dos níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA, a redução do consumo energético e emissões da operação, a incorporação de novas tecnologias e produtos de investigação, a realização de algumas obras ao nível do ajustamento da adução de água às reais necessidades dos perímetros de rega e o incremento da eficiência da infraestrutura do EFMA têm constituído outras prioridades da Empresa levadas a cabo no decurso de 2016. Assim, e de forma a maximizar a natural evolução do EFMA na sequência da conclusão da 1.ª fase do Empreendimento, dando um contributo decisivo para o desenvolvimento regional e para a economia nacional, a EDIA desenvolveu uma estratégia de promoção e incremento do regadio de Alqueva, de modo a otimizar o benefício das vantagens competitivas proporcionadas pelo Projeto e total aproveitamento dos recursos hídricos disponíveis afetos ao mesmo.

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Desta feita, e atendendo ao considerável aumento da extensão de intervenção da Empresa que se tem vindo a assistir recentemente, o desenvolvimento de estudos no âmbito dos projetos de execução de várias áreas limítrofes, foi outra das vertentes de gestão preconizadas e desenvolvidas pela EDIA ao longo de 2016, tendo em conta a necessidade de otimizar a gestão de água para rega, otimizar a eficiência do seu uso e minimização dos efeitos das alterações climáticas no território de implementação de Alqueva. Neste sentido, foram identificadas áreas potenciais de regadio em zonas contíguas ao mesmo, de mais de 45.000 hectares, sendo o acompanhamento dos respetivos estudos uma das principais prioridades a continuar a desenvolver no decurso de 2016. No primeiro semestre de 2016 efetuou-se o acompanhamento dos estudos dos circuitos hidráulicos de Reguengos de Monsaraz, Póvoa – Moura, Cuba- Odivelas, Évora, Viana do Alentejo e São Bento e respetivos blocos. A implementação de novos sistemas hidráulicos no âmbito do Programa Nacional de Regadio 2020, vêm garantir e maximizar a disponibilidade de recursos hídricos em zona contíguas à área de implantação do Projeto Alqueva, conferindo uma maior robustez na prevenção e mitigação dos efeitos das alterações climáticas. Refira-se ainda que no âmbito do impacte das alterações climáticas em Alqueva, a EDIA aprovou a realização de um Master Plan que permita estruturar as diversas atividades a levar a cabo neste domínio. A EDIA tem tido, desde a sua criação, como princípios de base da sua política do ambiente, o fomento de estudos e monitorizações sobre temas ambientais que atenuem as ações provocadas pela construção e exploração do Empreendimento. Para tal, estão previstas medidas de gestão ambiental, acompanhamento ambiental da fase de construção da empreitada e auditorias internas na fase de pós-avaliação do projeto, para além do cumprimento de todas as medidas constantes na DIA e nas decisões de conformidade do projeto de execução com a DIA, resultantes dos demais procedimentos de AIA. A sustentabilidade do Empreendimento assenta igualmente numa lógica integrada de compromisso pela minimização e compensação dos impactes do Projeto Alqueva, aumento do conhecimento e potenciação dos impactes positivos gerados pelo mesmo. Ao longo de 2016 o desempenho da EDIA a nível ambiental, social e económico continuou a confluir para a promoção e qualificação do território da sua zona de influência, designadamente através dos quatro eixos principais: (i) gestão da água, (ii) gestão da infraestrutura, (iii) promoção do regadio, (iv) desenvolvimento regional, e da assunção, sempre presente, do papel incorporador de gestão sustentável ao nível do seu posicionamento e forma de operacionalizar a sua gestão. No decorrer do 1.º semestre foram promovidas, internamente, e no relacionamento com as partes interessadas, as políticas de responsabilidade social, económica e ambiental assumidas pela EDIA enquanto empresa gestora de Alqueva. Em paralelo com os principais eixos de políticas de gestão desenvolvidas ao longo de 2016 pela EDIA, e complementarmente aos investimentos com a construção, foram ainda realizadas todo um conjunto de ações complementares indispensáveis à implementação dos diversos projetos, como sejam, as aquisições e indemnização de terrenos, gestão e fiscalização das obras, minimização de impactes sobre o ambiente e o património natural e cultural.

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Sendo a monitorização ambiental uma importante ferramenta de gestão que permite caracterizar a situação de referência e acompanhar a evolução dos diferentes descritores ambientais, a EDIA continuou ainda a assegurar a monitorização de um conjunto de descritores ambientais durante as diferentes fases do EFMA, designadamente, no que respeita ao estado das massas de água superficiais e subterrâneas, fauna e flora e vegetação e solos, através da promoção de diversos programas de monitorização (em curso) para o sistema Alqueva – Pedrógão, rede primária e rede secundária. Foram igualmente assegurados os trabalhos associados à manutenção das estações automáticas integradas na rede específica de monitorização do sistema Alqueva – Pedrógão. Os trabalhos de monitorização promovidos pela EDIA têm vindo também a permitir o acompanhamento da evolução de variáveis ambientais na área de influência do EFMA e a avaliar a eficácia das medidas de mitigação implementadas neste domínio. Com a entrada em exploração das diversas infraestruturas que constituem o EFMA, a EDIA tem prosseguido a promoção e implementação de um conjunto de programas de monitorização ambiental que visam, no seu conjunto, recolher os dados de suporte à tomada de decisão, tendo em consideração as disposições de monitorização resultantes dos diplomas legais em vigor, bem como as responsabilidades e competências atribuídas à Empresa ao nível da gestão exploração do EFMA. No que respeita aos Projetos Especiais, o Museu da Luz continuou a apostar na projeção, na divulgação e realização de diversas iniciativas interpretativas e expositivas, prosseguindo, de igual modo, a sua aposta em programas e parcerias de cooperação a nível nacional e internacional, e a continuação de vários projetos de investigação e a implementação e divulgação dos programas de ligação às comunidades do Museu, junto a segmentos de públicos específicos. No Parque de Natureza de Noudar as atividades levadas a cabo em 2016 focaram-se na consolidação da exploração pecuária e à diversificação da oferta turística, nomeadamente, na área do turismo de natureza, visando o aumento da sua rentabilidade. Ainda em termos de Projetos Especiais, mas na área de aplicações e sistemas, destaquem-se as atividades de desenvolvimento da aplicação de disponibilização de dados geográficos gratuitos para a área do EFMA, o suporte à exploração e faturação e a disponibilização de uma ferramenta de apoio ao cliente de regadio do Empreendimento, permitindo a consulta das componentes financeira, exploração e agrícola. Continuou igualmente a ser efetuado o fornecimento de produtos e serviços inovadores no domínio da produção de informação geográfica, estando associado a projetos que envolvem a produção de cartografia, topografia, geodesia e cadastro predial. No âmbito da infraestruturação tecnológica da EDIA, saliente-se, por outro lado, a conclusão do projeto de gestão documental, que tinha como principais objetivos dotar a EDIA de um sistema de gestão documental mais adaptado às necessidades atuais da Empresa, com a implementação de novas funcionalidades, o Projeto da Lei dos Compromisso e Pagamentos em Atraso (LCPA), o início da implementação do projeto Sistema de Normalização Contabilística para as

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Administrações Públicas (SNC-AP). Referencie-se também o projeto para recolha de dados da rede de rega utilizando o iOT e a implementação de uma firewall interna que permite ir de encontro a uma melhor arquitetura ao nível de segurança das infraestruturas de sistemas de informação, possibilitando o acréscimo da monitorização e prevenção do tráfego na rede interna da EDIA. À semelhança de anos anteriores, a EDIA deu seguimento às medidas de contenção definidas pelo Acionista, bem como às orientações estabelecidas noutros contratos em vigor, em consonância com os pressupostos macroeconómicos existentes, e em respeito pelas orientações sectoriais, objetivos financeiros e restrições orçamentais a vigorar no decurso deste período. Realce-se ainda a realização de estudos no âmbito da atualização do custo de água para rega, sua tarificação e impacte na rentabilidade das culturas, tendo em consideração os diferentes impactos do desenvolvimento da componente agrícola do Projeto na economia regional e nacional, com a consolidação da implementação do regadio. No 1.º semestre de 2016 o investimento realizado, sem capitalizações, atingiu M€ 19,0, dos quais M€ 9,3 incidiram na rede primária e M€ 9,7 na rede secundária. O aumento do volume de negócios projetado, deverá passar de 20,8 milhões de euros alcançados em 2015 para 21,1 milhões de euros estimados para o ano de 2016. Relativamente a origens de fundos, para fazer face à realização de investimento, destaque-se, neste período, o financiamento comunitário em cerca de M€ 4,2. Neste período, cabe ainda destacar a aprovação de dois aumentos de capital que totalizaram 20.973.322,77€, passando o capital social da EDIA de 407.975.580,00€ para 428.948.902,77€. Por orientação do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (MADRP), a EDIA foi incumbida de otimizar o financiamento dos investimentos elegíveis referentes a regadios coletivos no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente 2014-2020 (PDR 2020). Analisadas as alternativas existentes, e tendo em conta as iniciativas recentes das Instituições Europeias para promover o investimento produtivo e as respetivas condições de financiamento, considerou-se dever privilegiar a concretização de um empréstimo junto do BEI, enquadrado, designadamente, no “Plano Juncker”. Na manifestação de interesse ao BEI, e tendo em conta a reação obtida, esta possibilidade de financiamento é encarada com bastante otimismo, sendo expetável a conclusão de todo o processo de análise e decisão até ao final do ano de 2016. Por último, na persecução dos seus objetivos, a 30 de junho de 2016, a EDIA contava nos seus quadros com 186 colaboradores, maioritariamente originários da região e divididos pelas diversas áreas técnicas da Empresa.

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3. APLICAÇÃO DAS NORMAS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA

Em termos da aplicação das Normas de Contratação Pública, a EDIA está sujeita à aplicação do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, n.º 2, alínea a). Na aplicação das normas da contratação pública a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade, da não discriminação e da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva n.º 2004/18/CE (Comunidade Europeia), do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores igualmente relevantes como sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos públicos e a seleção da proposta mais conveniente para o interesse público. As decisões que autorizam a realização de despesa suportam-se em informações onde é justificada a necessidade de contratar e proposto o procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP e as regras de procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade de desagregar funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da definição do respetivo critério de adjudicação.

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4. INVESTIMENTO DO EMPREENDIMENTO

4.1. Investimento Contratualizado

No 1.º semestre de 2016 a EDIA assumiu compromissos na ordem dos € 2.811.874 com incidência nos programas rede primária e rede secundária, nos montantes de € 877.274 e 1.927.603, respetivamente. Este resultado deveu-se sobretudo à adjudicação de trabalhos a mais nas empreitadas de construção dos circuitos hidráulico Amoreira – Caliços, São Pedro – Baleizão (na rede primária) e na empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Beringel e Álamo, Roxo-Sado e São Matias (1 e 2), da rede secundária. As revisões de preços incidiram nas empreitadas de construção do circuito hidráulico Roxo – Sado, instalação de tamisação no circuito hidráulico de Penedrão-Roxo, circuitos hidráulicos de São Matias, S. Pedro-Baleizão, Caliços-Machados, Amoreira – Caliços (rede primária), blocos de Beja, São Matias (3 e 4), Moura Gravitico, e gestão e fiscalização do bloco de Beringel e Álamo. Para o valor obtido em termos contratuais neste período, referencie-se a ligação à rede elétrica da estação elevatória dos Caliços, a ligação à rede elétrica em baixa tensão da estação de filtração do bloco de Baronia Baixo, a empreitada de construção das linhas de média tensão para a estação elevatória de Pias, Moura-Pias, monte Guedelha, Monte Velho e para a estação elevatória dos Almeidas, o prolongamento da fiscalização dos blocos 1 e 2 de São Matias, a empreitada de construção das linhas de média tensão para a estação elevatória de Pias, assim como a realização da componente das expropriações. Nota ainda para o valor dos trabalhos a menos, verificado na empreitada de construção do circuito hidráulico São Pedro – Baleizão, na rede primária.

POR PROGRAMAS Investimento (%) POR NATUREZA Investimento (%)

Barragem de Alqueva 466 0% Contrato 2.121.789 75%

Central de Alqueva 0 0% Revisão de Preços -149.992 -5%

Barragem e Central Pedrógão 6.532 0% Trabalhos a Mais 1.229.777 44%

Estação Elevatória Alqueva - Álamos 0 0% Trabalhos a Menos -389.700 -14%

Rede Primária 877.274 31% Encargos Adicionais 0 0%

Rede Secundária de Rega 1.927.603 69% Indemnizações 0 0%

Desenvolvimento Regional 0 0% Multas 0 0%

Prémios 0 0%

Total 2.811.874 100% 2.811.874 100%

Compromissos assumidos no 1.º Semestre de 2016

(desagregado por Programas e por Natureza)

Unid: Euro

RESUMO DO COMPROMISSOS ASSUMIDOS

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Os compromissos acumulados desde o início da implementação do EFMA até ao final de junho de 2016, foram de € 2.378.407.185. Destes, os valores relativos à rede secundária correspondem a 33,1% do total, seguidos pelos da rede primária, com 29,2%, e pela barragem de Alqueva, com 25,9%. Do investimento contratualizado falta realizar € 35.178.344, que incidem, fundamentalmente, nas redes secundária (€ 13.327.379) e primária (€ 9.996.702).

Contrato

Revisão de Preços

Trabalhos a Mais

Trabalhos a Menos

Encargos Adicionais

Indemnizações

Multas

Prémios

Compromissos assumidos no 1.º Semestre de 2016(desagregado por Natureza)

Investimento (%) Investimento (%)

Barragem de Alqueva 616.410.709 25,9 609.588.213 6.822.496 19,39

Central de Alqueva 131.945.223 5,5 130.944.620 1.000.603 2,84

Barragem e Central de Pedrógão 89.246.214 3,8 87.790.424 1.455.789 4,14

Estação Elevatória dos Álamos 44.800.569 1,9 43.654.394 1.146.174 3,26

Rede Primária 694.466.023 29,2 684.469.320 9.996.702 28,42

Rede Secundária 788.383.189 33,1 775.055.810 13.327.379 37,89

Desenvolvimento Regional 13.155.259 0,6 11.726.059 1.429.199 4,06

Total 2.378.407.185 100,0 2.343.228.842 35.178.344 100,00

Por Realizar

Compromissos assumidos e realização desde o início das atividades (ano 1995) até ao final do 1.º Semestre de 2016

(desagregado por Programas)

Unid: Euro

ProgramasContratualizado Realizado até

30/06/2016

Barragem de Alqueva

Central de Alqueva

Barragem de Pedrógão

Estação Elevatória dosÁlamosRede Primária

Rede Secundária

Desenvolvimento Regional

Investimentos por realizar no final do 1.º Semestre de 2016 (desagregado por Programa)

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4.2. Investimento Realizado

O investimento realizado até ao final de junho de 2016, não incluindo as capitalizações de encargos de estrutura e financeiros, atingiu o montante de m€ 18.968,02, elevando o total do investimento no EFMA, desde 1995 até ao final do primeiro semestre, para m€ 2.343.228,85.

Na avaliação dos investimentos “por Sistemas” verificou-se que os investimentos globais incidiram nas infraestruturas do sistema primário, seguidos, com uma diferença significativa, das infraestruturas secundárias. No primeiro semestre de 2016 o investimento incidiu nas infraestruturas da rede primária e da rede secundária.

Na análise “por Projetos” verificou-se a continuidade de incidência no projeto de “Sistema Global de Abastecimento de Água”, que corresponde às redes primária e secundária do Empreendimento.

Até 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Barragem de Alqueva 611.109,62 1.959,15 -11.380,12 2.181,30 5.656,15 61,65 0,47 609.588,22

Central Hidrolétrcia de Alqueva 130.869,62 75,00 130.944,62

Barragem e Central de Pedrógão 87.775,07 3,10 4,74 0,82 0,17 6,53 87.790,43

Estação Elevatória Alqueva-Álamos 43.523,85 2,54 0,34 52,22 75,43 43.654,39

Rede Primária 462.840,80 49.058,77 31.215,14 22.847,02 53.953,69 55.263,16 9.290,73 684.469,31

Rede Secundária de Rega 465.372,50 43.602,84 38.204,23 26.396,95 66.888,88 124.920,12 9.670,30 775.055,81

Desenvolvimento Regional 13.994,12 -2.985,16 660,83 74,57 -25,10 6,80 11.726,06

TOTAL 1.815.485,58 91.641,24 58 .779,82 51.501,01 126.525,85 180.327,33 18 .968 ,02 2.343.228 ,85

Investimento Realizado "por Programa" até ao final do 1.º Semestre de 2016

PROGRAMAS Total

Unidade: Milhares de Euros

Anos

Até 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Infraestruturas do Sistema Primário 1.331.855,01 50.847,23 19.914,76 25.029,49 59.662,06 55.400,41 9.297,73 1.552.006,70

Infraestruturas Secundárias 465.372,50 43.602,84 38.204,23 26.396,95 66.888,88 124.920,12 9.670,30 775.055,80

Promoção e Desenvolvimento Regional 18.258,07 -2.808,82 660,83 74,57 -25,10 6,80 16.166,35

TOTAL 1.815.485,59 91.641,24 58 .779,82 51.501,01 126.525,85 180.327,33 18 .968 ,02 2.343.228 ,85

Anos

Investimento Realizado "por Sistema" até ao final do 1.º Semestre de 2016

Unidade: Milhares de Euros

SISTEMAS Total

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24 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Até 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Escalão Hidroelétrico de Alqueva 633.146,14 1.817,89 -11.341,16 2.152,66 5.639,04 23,13 0,04 631.437,74

Escalão Hidroelétrico de Pedrógão 84.297,52 3,10 4,74 0,82 0,17 6,53 84.312,88

Sistema Global de Abastecimento de Água 970.253,45 92.598,45 69.399,37 49.214,49 120.864,65 180.233,07 18.954,25 1.501.517,72

Ambiente e Património 105.078,36 3,43 36,05 28,64 17,12 38,51 0,43 105.202,53

Promoção e Desenvolvimento Regional 18.258,07 -2.808,82 660,83 74,57 -25,10 6,80 16.166,35

Ações de Apoio 4.452,04 27,20 20,00 29,83 30,15 25,64 6,78 4.591,64

TOTAL 1.815.485,59 91.641,24 58 .779,82 51.501,01 126.525,85 180.327,33 18 .968 ,02 2.343.228 ,85

Anos

PROJETOS Total

Investimento Realizado "por Projeto" até ao final do 1.º Semestre de 2016

Unidade: Milhares de Euros

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5. FINANCIAMENTO DO EMPREENDIMENTO

Para cobertura do investimento realizado até ao final de 30 de junho de 2016, obteve-se financiamento comunitário e PIDDAC no montante de m€ 4.230. Cabe ainda destacar a aprovação de dois aumentos de capital que totalizaram 20.973.322,77€, passando o capital social da EDIA de 407.975.580,00€ para 428.948.902,77€, e o reembolso de parte do Empréstimo do BEI (m€ 3.368) e do empréstimo da Direção – Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) (m€ 15.767).

Até 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Capital Social 387.268 20.708 20.973

Fundos Comunitários 765.002 65.328 104.648 21.186 127.007 137.096 4.230

PIDDAC 111.951 11.288 13.654 768 13.018 2.101 0

Empréstimos de Médio/Longo Prazo 596.394 -37.852 -6.685 -6.685 182.524 -6.685 -19.135

Obrigacionista 481.696 -31.167

BEI 114.698 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685 -3.368

DGTF 0 189.209 -15.767

Empréstimos a Curto Prazo 30.000 62.685 39.614 34.205 -166.504

Total 1.890.616 101.449 151.231 49.474 156.045 153.219 6.068

Anos

Financiamento do Empreendimento

Unidade: Milhares de Euros

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29 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

6. PERSPETIVAS PARA O 2.º SEMESTRE DE 2016

No 2.º semestre de 2016 está prevista a conclusão das seguintes empreitadas de construção:

Circuito hidráulico de São Matias; Circuito hidráulico Roxo – Sado; Tamisador no adutor Penedrão – Roxo; Bloco de Caliços – Machados; e Blocos do Roxo – Sado.

Está ainda previsto o lançamento do concurso público para a realização do seguinte projeto de execução:

Cabeça Gorda – Trindade.

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31 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

7. ANÁLISE FINANCEIRA

Conta de Resultados Nesta análise considera-se apenas os gastos e rendimentos não capitalizados, isto é, foram retirados os gastos e rendimentos relativos a trabalhos para a própria empresa, bem como ao investimento da rede secundária, que se anula por meio da variação de produção (investimento realizado nas obras integrantes da rede secundária do EFMA que são propriedade do Estado à exceção da Infraestrutura 12 e do perímetro da aldeia da Luz).

O 1.º semestre de 2016 apresentou um Resultado Líquido negativo de M€ 9,72, com uma variação de M€ -3,48 face ao período homólogo de 2015.

No caso particular dos rendimentos verificou-se um aumento na ordem dos M€ 0,33, que corresponde a um aumento de 2,5% face ao ano anterior. As Vendas e as Prestações de serviços, apresentam uma evolução positiva na ordem M€ 0,59, cerca de +6,03%, essencialmente por um aumento de rendimentos referente à distribuição de água.

Milhares de Euros

2016 2015

Gastos Não Capitalizados 23.171 19.364

Custo Mercadorias Vendidas/Matérias Consumidas 13 0

Fornecimentos e Serviços Externos 4.316 4.357

Gastos com o Pessoal 1.559 1.399

Gastos de Depreciação e de Amortização 2.815 2.837

Imparidades 8.899 5.625

Provisões Exercicio 2.635 2.303

Outros Gastos e Perdas 197 128

Gastos e Perdas de Financiamento 2.686 2.667

Imposto sobre o Rendimento 52 46

Rendimentos Não Capitalizados 13.450 13.123

Vendas 19 79

Prestações de Serviços 10.375 9.725

Variações nos Inventários de Produção 0 0

Trabalhos para a Própria Entidade 0 0

Subsídios à Exploração 16 126

Reversões 0 50

Outros Rendimentos e Ganhos 3.040 3.143

Juros e Rendimentos Similares 0 0

Resultado Líquido Exercício -9.721 -6.241

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32 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Os gastos não capitalizáveis apresentam um acréscimo de M€ 3,81, mais 19,66% face ao ao mesmo período do ano anterior, sendo justificada essencialmente pelas seguintes rubricas:

“Imparidade” relativa ao negócio água, com desvio positivo de M€ 3,27 (+58,20%) face ao período homólogo; e

“Provisões” no 1.º semestre de 2016 reconheceu-se um montante M€ 2,64, mais M€ 0,33 face ao mesmo período 2015, essencialmente relacionado com o aumento das provisões para grandes reparações e substituições futuras, nos termos da IFRIC 12. Este acréscimo deu-se devido à entrada em exploração em 2016 de novas infraestruturas e equipamentos.

Demonstração da Posição Financeira

No 1.º semestre de 2016, a EDIA atingiu um Ativo líquido de M€ 645,74, verificando-se uma diminuição de cerca de M€ 69,51, face aos valores a 31 de dezembro de 2015.

Milhares de euros

Rubricas 30-Jun-16 31-Dez-15

Ativo Não Corrente

Ativos Fixos Tangíveis 14.657 14.826

Ativos Intangíveis 348.094 350.731

Participações Financeiras 152 152

Outros Ativos Financeiros 0 0

Depósitos Cativos 8.315 8.102

371.218 373.812

Ativo Corrente

Inventários 44.799 129.999

Clientes 9.116 9.562

Adiantamentos a Fornecedores 608 624

Estado e Outros Entes Públicos 836 1.183

Acionistas/sócios 1 1

Outras Contas a Receber 215.698 185.418

Diferimentos 453 480

Caixa e Depósitos Bancários 3.014 13.965

274.525 341.231

TOTAL 645.743 715.043

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33 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Esta diminuição, resultou, essencialmente, das seguintes variações:

No ativo corrente a rubrica de “Inventários” apresenta uma diminuição de M€ 85,20

decorrente essencialmente, dos investimentos na rede secundária que ainda estavam em fase de construção e que ficaram substancialmente concluídos, entrando assim em exploração. O valor de investimento deduzido do financiamento comunitário e PIDDAC foi registado na rubrica de “Outras Contas a Receber”;

No que diz respeito à rubrica “Outras Contas a Receber”, o aumento de M€ 30,28 resulta

essencialmente do acréscimo de M€ 33,00 dos investimentos da Rede Secundária substancialmente concluídos referidos no ponto anterior e pela diminuição do saldo de financiamentos comunitários (M€ 3,41) que a EDIA estima com elevado grau de certeza vir a receber; e

A variação negativa no montante de M€ 10,95 na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” justifica-se pelo maior volume de pagamentos de investimento a fornecedores.

O “Capital próprio” apresentou uma variação positiva na ordem dos M€ 11,25 decorrente de aumentos de capital realizados, efetuado ao longo do semestre no montante de M€ 20,97 e resultado líquido no final de junho do corrente ano (M€ -9,72).

Milhares de Euros

CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 30-Jun-16 31-Dez-15

CAPITAL PRÓPRIOCapital 428.949 407.976

Outras Reservas 9.203 9.203

Resultados Transitados -878.334 -867.430

Ajustamentos em Activos Financeiros 1 1

Resultado Líquido do Exercício -9.721 -10.903

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO -449.903 -461.155

PASSIVOPassivo Não Corrente

Provisões 27.826 25.191

Financiamentos Obtidos 659.886 682.171

Diferimentos 322.891 395.616

1.010.603 1.102.978

Passivo CorrenteFinanciamentos Obtidos 50.080 46.711

Fornecedores e Outras Contas a Pagar 17.050 9.649

Outros Passivos Correntes 17.913 16.860

85.043 73.220

TOTAL DO PASSIVO 1.095.645 1.176.198

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 645.743 715.043

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34 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O passivo registou as seguintes variações:

Redução do Passivo Não Corrente na ordem dos M€ 92,38, essencialmente justificado:

Redução na rubrica de “Financiamentos obtidos”, pela transferência para passivo

corrente dos reembolsos a liquidar até ao final de 2016 relativos aos financiamentos do BEI e DGTF; e

Variação negativa da rubrica de “Diferimentos” é justificada, tal como referido na

rubrica de Inventários pela transferência dos fundos recebidos para a conta “Outras Contas a Receber”, fruto dos investimentos da Rede Secundária se apresentarem substancialmente concluídos e a entrar em exploração.

No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M€ 11,82, resultante de:

A rubrica de “Financiamentos obtidos” pela transferência do passivo não corrente do montante dos reembolsos dos financiamentos do BEI e DGTF a acorrer a curto prazo; e

“Fornecedores” e “Outras contas a pagar” apresentam um aumento de M€ 7,40, fruto da atividade de investimento e exploração da EDIA.

Indicadores Financeiros Este conjunto de indicadores tem como base todos o gastos e rendimentos, sem o efeito da Rede secundária:

No 1.º semestre de 2016, a EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de M€ 9,7 enquanto no mesmo período de 2015 o resultado negativo foi de M€ 6,24, sendo de destacar que:

M ilhares de euros

Volume de Negócios 10.395 9.804

EBITDA 4.970 4.996

EBIT -6.984 -3.520

Resultados Financeiros -2.686 -2.675

Resultados Líquidos -9.721 -6.241

Meios Libertos Líquidos 4.757 4.580

Investimento 11.356 22.432

Indicadores Financeiros 30-06-2016 30-06-2015

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35 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O EBITDA apresenta-se estável com uma ligeira redução de cerca de M€ 0,03 (-0,53%)

face ao período homólogo. O aumento dos gastos em Fornecimentos e Serviços Externos em M€ 0,33 (gastos sem efeito da rede secundária), dos Gastos com o Pessoal em M€ 0,23, das Provisões em 0,33 M€ e dos Outros Gastos e Perda em M€ 0,08, foram compensados com o aumento do volume de negócios de M€ 0,6;

A rubrica Perdas/reversões de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis

apresenta um acréscimo de cerca M€ 3,44, resultado do reconhecimento de perdas por imparidade em 2016 no valor de 9,61 M€, contribuído para a variação negativa do EBIT de 3,46 M€; e

Os Resultados Financeiros apresentam um ligeiro acréscimo M€ 0,01 resulta

essencialmente da diminuição de capitalizações de encargos financeiros, pela entrada em exploração de novas infraestruturas em exploração, mantendo-se as taxas de juros em mínimos históricos.

Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram-se igualmente estáveis com um ligeiro aumento de 0,17 M€ face ao mesmo período do ano anterior.

A EDIA apresenta um investimento total de 11,35 M€, sem rede secundária e com capitalizações.

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36 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

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37 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Beja, 30 de agosto de 2016

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema (Presidente)

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo (Vogal)

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez

(Vogal)

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38 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

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39 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

8. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2016

Demonstração da Posição Financeira

A Contabilista Certificada O Conselho de Administração

Euros

ATIVOAtivo Não CorrenteAtivos Fixos Tangíveis 6 14.656.722 14.826.458Ativos Intangíveis 7 e 18 348.093.813 350.730.997Participações Financeiras - Outros Métodos 8 152.033 152.033Outros Ativos Financeiros 332 280Depósitos Cativos 10 8.314.786 8.101.822

371.217.686 373.811.590Ativo CorrenteInventários 11 44.798.574 129.999.228Clientes 12 9.115.966 9.561.824Adiantamentos a Fornecedores 13 608.312 624.097Estado e Outros Entes Públicos 14 836.389 1.183.261Acionistas/Sócios 1.050 1.050Outras Contas a Receber 15 215.697.896 185.417.815Diferimentos 16 453.240 479.561Caixa e Depósitos Bancários 4 3.013.722 13.964.548

274.525.148 341.231.384

Total do A tivo 645.742.834 715.042.973

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCapital P róprioCapital Realizado 17 428.948.903 407.975.580Outras Reservas 17 9.202.700 9.202.700Resultados Transitados 17 e 18 (878.333.700) (867.430.452) Ajustamentos em Ativos Financeiros 571 571Resultado Líquido do Período (9.721.115) (10.903.248)

Total do Capital P róprio (449.902.641) (461.154.849)

Passivo Não CorrenteProvisões 19 27.826.067 25.191.312Financiamentos Obtidos 20 659.886.094 682.171.044Diferimentos 16 322.890.809 395.615.505

1.010.602.970 1.102.977.861Passivo CorrenteFornecedores 21 2.723.282 592.198Adiantamento de Clientes 16.429 5.072Estado e Outros Entes Públicos 14 392.449 274.501Financiamentos Obtidos 20 50.079.533 46.711.317Outras Contas a Pagar 21 14.326.420 9.056.788Diferimentos 16 17.504.391 16.580.086

85.042.505 73.219.961

Total do Passivo 1.095.645.475 1.176.197.822

Total do Capital P róprio e do Passivo 645.742.834 715.042.973

Demonstração da Posição Financeira Notas 31-Dez-1530-Jun-16

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40 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Demonstração do Rendimento Integral

A Contabilista Certificada O Conselho de Administração

Euros

Demonstração do Rendimento Integral Notas 30-Jun-16 30-Jun-15

Vendas e Prestações de Serviços 12 10.394.692 9.803.605

Subsídios à Exploração 15.875 125.509

Variação nos Inventários da Produção 22 10.478.528 60.959.890

Trabalhos para a Própria Entidade 23 1.321.641 1.198.753

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (12.544) (25)

Fornecimentos e Serviços Externos 24 (14.443.562) (64.937.057)

Gastos com o Pessoal 25 (3.128.865) (2.896.453)

Provisões (Aumentos/Reduções) 19 (2.634.754) (2.302.939)

Imparidades de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 18 162.147 (5.535)

Imparidades de Investimentos (Perdas/Reversões) 18 - 50.000

Outros Rendimentos e Ganhos 26 3.039.622 3.143.486

Outros Gastos e Perdas 27 (222.664) (142.765)

Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos 4.970.116 4.996.470

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 29 (2.892.408) (2.896.867)

Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 18 (9.061.230) (5.619.679)

Resultado Operacional (Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) (6.983.521) (3.520.076)

Juros e Gastos Similares Suportados 28 (2.685.544) (2.674.853)

Resultado Antes de Impostos (9.669.065) (6.194.930)

Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (52.050) (45.983)

Resultado Líquido do Período (9.721.115) (6.240.912)

Outros Rendimentos e Gastos Reconhecidos em Capital Próprio

Outro Rendimento Integral do Período - -

Rendimento Integral do Período (9.721.115) (6.240.912)

Resultado Líquido por Ação

Básico -0,113 -0,079

Diluído -0,113 -0,079

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41 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Euros

Capital Realizado

Ajustamentos em

Ativos

Financeiros

Outras ReservasResultados

Transitados

Resultado Líquido

do PeríodoTOTAL

Saldo em 31 de dezembro de 2013 387.267.750 413.273 9.202.700 (859.323.196) (14.498.923) (476.938.396)

Resultado Líquido do Período 5.978.394 5.978.394

Outros Rendimentos e Gastos Reconhecidos em Capital Próprio 0

Total do Rendimento Integral do Período 0 0 0 0 5.978.394 5.978.394

Aplicação do Resultado Líquido de 2013 (14.498.923) 14.498.923 0

Efeito da Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial (413.273) 413.273 0

Outras Alterações Reconhecidas no Capital Próprio 571 571

Saldo em 31 de dezembro de 2014 387.267.750 571 9.202.700 (873.408.846) 5.978.394 (470.959.431)

Resultado Líquido do Período (10.903.248) (10.903.248)

Outros Rendimentos e Gastos Reconhecidos em Capital Próprio 0

Total do Rendimento Integral do Período 0 0 0 0 (10.903.248) (10.903.248)

Aplicação do Resultado Líquido de 2014 5.978.394 (5.978.394) 0

Aumento do Capital Realizado 20.707.830 20.707.830

Saldo em 31 de dezembro de 2015 407.975.580 571 9.202.700 (867.430.452) (10.903.248) (461.154.849)

Resultado Líquido do Período (9.721.115) (9.721.115)

Outros Rendimentos e Gastos Reconhecidos em Capital Próprio 0

Total do Rendimento Integral do Período 0 0 0 0 (9.721.115) (9.721.115)

Aplicação do Resultado Líquido de 2015 (10.903.248) 10.903.248 0

Aumento do Capital Realizado 20.973.323 20.973.323

Saldo em 30 de junho de 2016 428.948.903 571 9.202.700 (878.333.700) (9.721.115) (449.902.641)

Demonstração das Alterações no Capital Próprio

Demonstração das Alterações no Capital Próprio

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42 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Demonstração de Fluxos de Caixa

Euros

Atividades Operacionais:

Recebimentos de Clientes 6.247.097 5.780.195

Pagamentos a Fornecedores (13.255.527) (48.680.730)

Pagamentos ao Pessoal (2.300.873) (2.097.323)

Caixa Gerada Pelas Operações (9.309.302) (44.997.858)

Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento (103.800) (84.978)

Outros Recebimentos/Pagamentos Relativos à At. Operacional 899.719 (250.413)

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais (8.513.383) (45.333.249)

Atividades de Investimento:

Recebimentos Provenientes de:

Ativos Fixos Tangíveis 40.967

Subsídios ao Investimento 4.230.850 55.778.243

Juros e Rendimentos Similares

4.230.850 55.819.210

Pagamentos Respeitantes a:

Ativos Fixos Tangíveis (4.428) (303.266)

Ativos Intangíveis (5.384.059) (22.298.342)

(5.388.487) (22.601.608)

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento (1.157.637) 33.217.602

Atividades de Financiamento:

Recebimentos Provenientes de:

Realizações de Capital 3.611.325 6.275.135

Financiamentos Obtidos

3.611.325 6.275.135

Pagamentos Respeitantes a:

Financiamentos Obtidos (3.218.599) (3.218.599)

Contratos de Locação Financeira

Juros e Gastos Similares (1.671.106) (2.711.997)

(4.889.705) (5.930.596)

Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento (1.278.380) 344.539

Variações de Caixa e seus Equivalentes (10.949.400) (11.771.108)

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 13.920.337 37.960.350

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 2.970.937 26.189.242

Demonstração dos Fluxos de Caixa 30-Jun-16 30-Jun-15

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43 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

1. Breve Caraterização da Empresa

A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante “EDIA”, “Empresa” ou “Entidade”) foi constituída através do Decreto - Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da DGTF. A 30 de junho de 2016, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%. Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social:

A utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, em representação do Estado;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;

A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; e

A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA.

No seguimento da consolidação do potencial de exploração energético, que não exclusivamente hidroelétrico, que constitui uma importante fonte potencial de receitas bem como um importante complemento à componente de regadio, foi publicado, em 17 de setembro, o Decreto-Lei N.º 313/2007, que aprovou as bases do contrato de concessão a celebrar entre a EDIA e o Estado concedente. Este Decreto veio estabelecer a concessão dos direitos de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão, respeitando os direitos adquiridos por terceiros atribuídos ao abrigo de legislação anterior. Face à legislação em vigor que regulamenta o sector dos recursos hídricos, a EDIA surge como a entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e também como titular, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica. Em 17 de outubro de 2007, a Empresa celebrou o contrato de concessão com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvimento Regional, que regula a utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada à rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA. Neste contrato, foi conferido à EDIA a gestão e exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento.

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44 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Em 24 de outubro de 2007, foi celebrado um contrato entre a EDIA e a EDP, que atribuiu, durante 35 anos, à EDP, a exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial. Este contrato estabelece ainda, os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico, tendo potenciado a valia elétrica do sistema Alqueva-Pedrógão. Em abril de 2013, a EDIA celebrou com a DGADR um “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA”, que vigorará até 31 de dezembro de 2020, este contrato estabelece que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente), representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, e das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA. No 1.º semestre de 2016 desenvolveram-se as atividades necessárias para se cumprir o compromisso de infraestruturar até à presente campanha de rega, cerca de 120.000 ha de área de novo regadio. Em termos de investimento, no 1ºsemestre de 2016, verificou-se a definição da estratégia de investimento e financiamento do Programa Nacional de Regadio 2020. Este programa congrega todos os investimentos previstos no médio prazo para o regadio público português, totalizando cerca de M€ 426; inclui a infraestruturação de 55 mil hectares de novas áreas (M€ 308) e a melhoria de 39 mil hectares de regadios existentes (M€ 118). Estes valores incluem os investimentos das áreas limítrofes do EFMA e do reforço de potência das estações elevatórias (cerca de M€ 217). A estratégia definida para financiamento destes investimentos passa pela obtenção de um empréstimo no BEI que alavancará o propiciado pelos FEEI. O investimento total será assim financiado, em partes iguais, pelo BEI e pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (FEADR). Relativamente à 1.ª fase do EFMA os valores globais dos principais programas de investimento (barragem de Alqueva; central de Alqueva; barragem e central de Pedrógão; estação elevatória dos Álamos; rede primária; rede secundária e desenvolvimento regional) estão estabilizados. Nas áreas limítrofes, cerca de 7% do investimento total, o investimento está numa fase de estudos, apresentando-se assim as melhores estimativas possíveis face à informação atualmente disponível. A reprogramação plurianual que contempla os valores executados até 2015 e as previsões de investimento dos anos seguintes, está em curso, mantendo-se assim em vigor, a reprogramação que foi aprovada pelo Conselho de Administração na reunião de 11 de novembro de 2014, no montante global de M€ 2.556,49. Este investimento inclui os montantes realizados e previstos da rede secundária (M€ 898,49), cuja propriedade (com exceção da Infraestrutura 12, que tem um regime de concessão excecional) pertence ao MAFDR. Deste valor está por realizar entre 2016 e 2020 um montante de cerca de M€ 123,43 a financiar no âmbito do programa de regadio nacional.

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45 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

A principal fonte de financiamento dos investimentos do EFMA têm sido os fundos comunitários, tendo-se recebido verbas de FEDER, Fundo de Coesão, FEOGA-O, FEADER e FSE, com origem em três períodos de perspetivas comunitárias (1994-1999, 2000-2006 e 2007-2013). O FEOGA-O e o FEADER têm apoiado na sua maioria os investimentos da rede secundária do EFMA; o FEDER e o Fundo de Coesão têm financiado essencialmente as infraestruturas primárias e de energia. Em 2014, após revisão dos programas POVT e INALENTEJO contemplou-se nesses programas o apoio das últimas empreitadas da rede secundária, via FEDER. Indica-se ainda que do investimento total previsto para o EFMA (exceto capitalizações), de M€ 2.556,49, até ao final de 2015 tinham-se realizado M€ 2.324,26, aproximadamente 91% do total. No âmbito das candidaturas a financiamentos comunitários a EDIA obteve, até essa data, M€ 1.220 de fundos comunitários, cerca de 53% do investimento realizado. Para fazer face à contrapartida nacional dos investimentos apoiados pelo FEOGA-O e pelo FEADER, no âmbito do QCA III e do PRODER, obteve-se M€ 153 de PIDDAC. O financiamento necessário tanto para a restante contrapartida nacional dos projetos apoiados pelos fundos comunitários, como para as restantes despesas (funcionamento e encargos financeiros), teve origem em dotações de capital (M€ 428,95) e empréstimos bancários (M€ 709,97). A Empresa, com sede social em Beja, conta em 30 de junho de 2016, com 186 colaboradores. 2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras

2.1. Bases de Apresentação As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores. As presentes demonstrações financeiras intercalares foram preparadas de acordo com o disposto na IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar. Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração formulou julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das politicas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos incorridos, relativos ao período reportado. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Todas as estimativas efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu conhecimento, à data de 30 de junho, dos eventos e das transações em curso.

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Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão no dia 30 de agosto de 2016. 3. Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras são expressas em euros, moeda funcional da Empresa. Os rendimentos e gastos são registados de acordo com o regime do acréscimo, pelo que são reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. Os rendimentos e os gastos reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral que ainda não tenham sido faturados ou cuja fatura de aquisição ainda não tenha sido rececionada são registados por contrapartida de “Devedores por Acréscimos de Rendimentos” ou de “Credores por Acréscimos de Gastos” relevados nas rubricas de Demonstração da Posição Financeira de “Outras Contas a Receber” e “Outras Contas a Pagar”, respetivamente. Os rendimentos recebidos e os gastos pagos antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos” do Passivo e do Ativo, respetivamente. Não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras de exercícios anteriores. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

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As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as abaixo mencionadas: 3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis Os ativos fixos tangíveis estão valorizados ao custo de aquisição, acrescido das despesas de transporte e montagem necessárias para os colocar em funcionamento e deduzido das respetivas depreciações acumuladas e das perdas por imparidade acumuladas. Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens estejam substancialmente concluídos. Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos da Empresa são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de “Trabalhos para a Própria Entidade”. No âmbito da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, os bens afetos à “concessão” estão evidenciados na rubrica de “Ativos Intangíveis”. As depreciações dos bens do ativo fixo tangível, i.e. dos bens não afetos à concessão, são calculadas segundo o método das quotas constantes e por duodécimos, tendo por base as taxas máximas aceites fiscalmente, que a Administração considera que refletem aproximadamente a vida útil dos ativos detidos pela EDIA.

A EDIA efetua testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis sempre que sejam identificados eventos ou alterações nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado pode não ser recuperável. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração do rendimento integral na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões)”. A quantia recuperável corresponde ao valor mais alto entre o preço de venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação) e o valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil).

(Anos)

Terrenos e Recursos Naturais -

Edifícios e Outras Construções 50

Equipamento Básico 2 - 32

Equipamento de Transporte 2 - 8

Equipamento Administrativo 1 - 16

Outros Ativos Fixos Tangíveis 1 - 24

Conta Vida Útil

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A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. 3.1.b. Ativos Intangíveis Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das respetivas amortizações acumuladas e das perdas por imparidade acumuladas. Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída. A EDIA adotou, no exercício de 2010, a interpretação IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, aplicável às atividades de produção de energia e de distribuição de água desenvolvidas ao abrigo do contrato de concessão celebrado com o Estado. Assim, no exercício de 2010, a Empresa:

Transferiu todo o investimento associado a essas atividades da rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” para a de “Ativos Intangíveis”;

Ajustou a política de depreciação/amortização desses investimentos e de reconhecimento em rendimentos dos respetivos subsídios, que passaram todos a ser amortizados pelo método das quotas constantes ao longo do período da concessão, isto é:

o As infraestruturas que já se encontravam disponíveis para uso à data do início da concessão (1 de novembro de 2007) são amortizadas ao longo dos 75 anos da concessão, ou seja, de novembro de 2007 a outubro de 2082; e

o As infraestruturas que ainda não estavam disponíveis para uso em 1 de novembro de 2007 são amortizadas desde a data em que cada uma delas ficou ou ficará disponível para uso até ao final do período de concessão (outubro de 2082).

Constituiu e passou a atualizar anualmente uma provisão para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao longo do período da concessão.

A provisão para fazer face à obrigação de manter/conservar as infraestruturas engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo assim a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. A EDIA tem vindo a efetuar testes de imparidade aos seus ativos intangíveis, sempre que são identificados eventos ou alterações nas circunstâncias que indicam que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração do rendimento integral na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões)”. Uma vez que, nos termos do contrato de concessão, se tratam de ativos não alienáveis, a quantia recuperável

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corresponde ao respetivo valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo). A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo deixa de estar em imparidade. 3.1.c. Investimentos em Curso Os “Investimentos em Curso” representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos. Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser capitalizados:

Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que cada infraestrutura esteja substancialmente concluída;

Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e obra; e

Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.

3.1.d. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros Os custos de estrutura da Empresa, bem como os custos financeiros com empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição ou construção de ativos fixos, ou associados às concessões, têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo, enquanto as atividades de construção das infraestruturas (ou outras que sejam necessárias para preparar as infraestruturas para o seu uso pretendido) estejam em curso. Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração dos perímetros: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão (2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v) Ervidel 1 (2.º semestre de 2012), (vi) Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão-Margem Direita (2013), (vii) Cinco Reis Trindade e São Pedro-Baleizão-Quintos (1. º semestre de 2015) e (viii) Pias, Vale de Gaio, Caliços-Machados, Caliços-Moura e Pisão Beja (Blocos de Beja e de Berigel Álamo) (1.º semestre de 2016), os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do exercício, e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados.

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Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças, com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia. A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em conta o seguinte:

Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis com base no número de colaboradores;

Os gastos das direções são imputados da seguinte forma: o Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária; o Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e o Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e

50% para a rede secundária. 3.1.e. Trabalhos para a própria Entidade Nesta rubrica são reconhecidos os gastos dos recursos diretamente atribuíveis aos ativos fixos tangíveis e intangíveis, durante a sua fase de desenvolvimento/construção, quando se conclui que os mesmos serão recuperados através da realização daqueles ativos. São mensurados ao custo, sendo portanto reconhecidos sem qualquer margem, com base em informação interna especialmente preparada para o efeito (custos internos) ou nos custos de aquisição. As obras de construção, executadas pela própria Empresa, bem como as reparações de equipamentos que incluem despesas com materiais, mão-de-obra direta e gastos gerais, estão associados às obras em curso do EFMA. A EDIA procede à capitalização dos encargos de estrutura, por contrapartida da conta de “Trabalhos para a própria entidade”, uma vez que se referem a gastos com o pessoal e trabalhos efetuados por terceiros sob administração direta da própria Empresa. 3.1.f. Participações Financeiras Outras Participações Financeiras As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência dominante ou significativa (participações representativas de menos de 20% do respetivo capital) encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas.

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Conforme previsto nas IAS 32 - Instrumentos Financeiros-Apresentação e IAS 39 - Instrumentos Financeiros - Reconhecimento, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de todos os ativos financeiros, que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na Demonstração do Rendimento Integral. 3.1.g. Locações A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da sua substância e não da forma legal do contrato, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS 17 – Locações. As locações são classificadas como financeiras, sempre que nos seus termos ocorra a transferência substancial para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à propriedade do bem. Todas as restantes operações são classificadas como locações operacionais. Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como gastos na Demonstração do Rendimento Integral do exercício a que respeitam. Como referido acima, as locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário. Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são reconhecidos como gastos na Demonstração do Rendimento Integral, dos períodos a que dizem respeito, numa base linear durante o período do contrato de locação. A Empresa mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação operacional de viaturas. Relativamente às divulgações requeridas pela IAS 17 – Locações, dada a reduzida expressão dos contratos de locação operacional em vigor em 2016, não se procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos incluindo eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar que não proporciona informação adicional relevante para o conhecimento da posição financeira e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da informação.

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3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade. Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade é determinado o respetivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber dinheiro. Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de entregar dinheiro. Os ativos financeiros da Empresa são basicamente os “Clientes”, “Outras Contas a Receber” e “Caixa e Equivalentes de Caixa”. Os passivos financeiros são fundamentalmente os “Financiamentos Obtidos”, “Fornecedores” e “Outras Contas a Pagar”.

Clientes e Outras Contas a Receber As dívidas evidenciadas em “Clientes” e “Outras Contas a Receber” encontram-se registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral do período em que são estimadas. No que respeita aos “Clientes”, as dívidas resultam dos serviços prestados pela Empresa no decurso normal da sua atividade, efetuados de acordo com as condições normais de crédito de curto prazo, pelo que, são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber, deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável, que a sua cobrança ocorra dentro de um ano ou menos e assim sendo, registam-se em “Ativo Corrente”. Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de “Clientes”, em virtude dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial. Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não seria adequada.

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Mesmo não sendo um valor significativo, no 1.º semestre de 2016, a EDIA reconheceu perdas por imparidade neste tipo de ativos financeiros (IAS 39 - Instrumentos Financeiros). As “Outras Contas a Receber” são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são reconhecidas na Demonstração de Rendimento Integral do período em que são estimadas. Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento. O saldo da rubrica de “Outras Contas a Receber” reflete essencialmente: (i) a dívida da DGADR; (ii) Fundos Comunitários; e (iii) Devedores por Acréscimos de Rendimentos (vide Nota 15). Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data da Demonstração da Posição Financeira pelo que, são mensurado pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a receber, os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na IAS 20 - Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo, ou seja, quando existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios serão recebidos). Quanto aos “Devedores por Acréscimos de Rendimentos”, os mesmos são regularizados no curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no exercício. Face ao exposto, a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo.

Caixa e Depósitos Bancários /Caixa e seus Equivalentes Na Demonstração da Posição Financeira, os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e Depósitos Bancários” correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica “Caixa e seus Equivalentes” inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

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Para efeitos de Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica de “Caixa e seus Equivalentes” é deduzida dos descobertos bancários, que na Demonstração da Posição Financeira são incluídos na rubrica de “Financiamentos Obtidos”, em virtude de serem reembolsados à ordem e fazerem parte da gestão de tesouraria da Empresa.

Financiamentos Obtidos Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e, registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a liquidação, cancelamento ou expiração. Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja substancialmente concluída.

Contas a Pagar Os saldos de “Fornecedores c/c”, “Fornecedores de Investimento” e “Outros Credores” (não incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um crédito de curto prazo. As contas a pagar são registadas pelo seu valor nominal, descontado de eventuais juros calculados e reconhecidos de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Acresce referir que as condições normais de mercado correspondem a um crédito de curto prazo (prazo médio de pagamento: 15 dias), pelo que a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas seria nulo. Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”. 3.1.i. Depósitos Cativos O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e consequente aplicação do custo amortizado.

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3.1.j. Inventários O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se valorizados ao custo de aquisição. No seguimento do Decreto-Lei N.° 335/2001, de 24 de dezembro, que (com exceção da Infraestrutura 12, que tem um regime excecional de concessão) previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, a EDIA, até 31 de dezembro de 2012 (inclusive) evidenciava o custo de construção da rede secundária de rede secundária na rubrica de “Inventários”. No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA”, assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária, já concluídas. Assim o investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de “Produtos Acabados e Intermédios”, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a conta da DGADR na rubrica “Outras Contas a Receber”. Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em “Produtos e Trabalhos em Curso” e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber” (vide Nota 15). Deste modo, o saldo da rubrica de “Inventários” traduz o valor da subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, referente aos investimentos afetos aos blocos ainda em construção. 3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente.

Rédito (descrição mais pormenorizada na Nota 3.1.n) O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das atividades ordinárias da EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio.

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O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber. O rédito pode ser proveniente das vendas de bens, prestações de serviços e do uso de ativos que produzam juros, royalties e dividendos.

Encargos com Financiamentos Obtidos De acordo com o preconizado na IAS 23 - Custos de Empréstimos Obtidos, os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto do período em que sejam incorridos, de acordo com o regime do acréscimo e em conformidade com o método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou associados às concessões são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente concluída, sendo também interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso. 3.1.l. Provisões São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva), resultante dum acontecimento passado, seja provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada considerando os riscos e incertezas associados à obrigação. As provisões são revistas na data de relato, por parte do Gabinete Jurídico da Empresa e aprovados pelo Conselho de Administração, e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa das respetivas responsabilidades futuras, a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas, bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados externos e peritos dos Tribunais Arbitrais. Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na sequência da entrada em vigor da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, a EDIA, reforça ou reverte em cada exercício a provisão, para fazer face aos encargos estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as

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grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão. 3.1.m. Subsídios Com exceção dos subsídios referentes às infraestruturas da rede secundária (já transferidas ou a transferir para a DGADR) e dos associados à atividade de distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total), os subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia (UE) para financiar investimentos em ativos fixos são reconhecidos na rubrica de “Diferimentos” e subsequentemente reconhecidos como “Outros rendimentos e ganhos” na mesma proporção dos custos com as amortizações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de comparticipação. Os subsídios destinados à construção da rede secundária ficam refletidos no passivo até ao momento em que as correspondentes infraestruturas são transferidas para a DGADR ou outra entidade a indicar pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, pois nessa altura os respetivos investimentos são transferidos de “Inventários” para a conta da DGADR em “Outras Contas a Receber” e os subsídios que lhes estão associados são de igual modo transferidos para essa conta da DGADR, que fica assim a refletir o investimento nas infraestruturas da rede secundária não financiado por subsídios do Estado ou da UE. Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, i.e. estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação de colaboradores, são reconhecidos como rendimentos na Demonstração do Rendimento Integral no mesmo período do que os gastos que os mesmos se destinam a compensar. Os subsídios são reconhecidos quando existe uma segurança razoável de que serão efetivamente recebidos e de que a Empresa cumprirá as obrigações/condições inerentes à sua atribuição.

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3.1.n. Rédito Vendas e Prestações de Serviços O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos futuros associados com a transação fluam para a Empresa. O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Na atividade de distribuição de água a Empresa apenas reconhece o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado. A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que:

À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na rede secundária adstrita a cada perímetro: € 0,042/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: € 0,089/m3;

À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: € 0,053/m3; e

Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: € 0,053/m3. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos consumos verificados no período. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. A taxa de variação média anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para o Continente, de 2015 para 2016 foi de + 0,41%, valor este utilizado para proceder à fixação do preço da água destinado à rega para uso agrícola.

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Em 2016, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de € 53,53/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,06/ha/ano para a adução em baixa pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa pressão são de 0,0736€/m3 e 0,0475€/m3, respetivamente. Na faturação emitida no 1.º semestre de 2016, para fornecimento de água em alta pressão, foram estabelecidos e aplicados valores variáveis, conforme os períodos horários de vazio/supervazio, cheia e ponta. Juros

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo. 3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento O imposto sobre o rendimento engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos correntes correspondem à quantia a pagar ou a recuperar de imposto sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com as regras fiscais. Os impostos diferidos decorrem das diferenças temporárias entre a base fiscal dos ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras, utilizando as taxas de imposto aprovadas à data da demonstração da posição financeira e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias reverterem. No relato financeiro de acordo com as IAS/IFRS, a Empresa não reconheceu, no 1.º semestre de 2016 ou em anos anteriores, quaisquer ativos por impostos diferidos relacionados com diferenças temporárias dedutíveis (nomeadamente as geradas pelas perdas de imparidade do segmento “água”) ou com o reporte de prejuízos fiscais, por não existir uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização dessas diferenças temporárias dedutíveis e dos prejuízos fiscais reportados antes que os mesmos se extingam. A Empresa está sedeada em Portugal e encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 21%, sendo a derrama calculada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo. No entanto as taxas de tributação autónoma são elevadas em 10%, uma vez que a EDIA apresentou prejuízo fiscal no período de tributação anterior.

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De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. Contudo, este prazo poderá ser prolongado ou suspenso desde que estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, ou se tiver havido prejuízos fiscais reportados, situação esta, em que a EDIA tem enquadramento. 3.1.p. Acontecimentos Subsequentes Os acontecimentos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira mas antes da data de aprovação das demonstrações financeiras pelo órgão de gestão da Empresa e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da Demonstração da Posição Financeira, dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas demonstrações financeiras do período. Os eventos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data da Demonstração da Posição Financeira (acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materialmente relevantes. 3.1.q. Estimativas e Julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros. Nas demonstrações financeiras a 30 de junho de 2016, as estimativas refletidas mais significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos intangíveis e investimentos em curso e o registo das provisões.

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De uma forma simples, a imparidade constitui uma estimativa de redução do valor escriturado dos ativos. Neste sentido, serve como um instrumento que proporciona à Empresa mais uma possibilidade de assegurar que as suas informações contabilísticas representam, em cada momento, da melhor forma a realidade económica das atividades desenvolvidas e o valor dos seus elementos patrimoniais. Disto depende toda a utilidade das demonstrações financeiras para o conjunto dos stakeholders, que procuram as melhores argumentações para as suas tomadas de decisão. A Empresa, com base nos testes de imparidade, verifica se os ativos estão em imparidade, de acordo com a política referida. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa envolve julgamento e na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento macroeconómico, em determinado momento. A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem sucedido. As provisões são constituídas quando a Empresa espera que processos em curso irão originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das originalmente estimadas na provisão. Estas estimativas estão sujeitas a alterações sempre que nova informação fica disponível. Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros. 3.1.r. Ativos e Passivos Contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos. 3.2. Políticas de Gestão do Risco Financeiro O Conselho de Administração providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos. As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:

Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas taxas de câmbio;

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Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações financeiras; e

Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer obrigações associadas a passivos financeiros.

As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis (sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos. Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa ter financiado as atividades de investimento do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas e empréstimo do BEI) resulta de uma política financeira definida pelo único Acionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA. Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada. No entanto, no final do ano de 2014, sequência da entrada da EDIA para o perímetro de consolidação das contas públicas, o Estado (DGTF) concedeu à EDIA um empréstimo de médio e longo prazo, para liquidar os empréstimos de curto prazo nos vários bancos, que se destinam a satisfazer as necessidades de financiamento, relativas ao serviço da dívida da Empresa. No 1.º semestre de 2016, de acordo com as orientações, que se refletiram no Orçamento do Estado para 2016, a cobertura de parte das necessidades de financiamento da EDIA, como Empresa Pública Reclassificada, foi assegurada e concretizada, através de dotações de capital. Na Nota 20-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante. Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a Empresa se encontra exposta. 4. Fluxos de Caixa Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a “Caixa e seus Equivalentes” engloba o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo, altamente líquidos, que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

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A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não apresentando qualquer restrição à data da Demonstração da Posição Financeira. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros. As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos. Em 30 de junho de 2016, 31 de dezembro de 2015 e 30 de junho de 2015, as rubricas de “Caixa e Depósitos Bancários” na Demonstração da Posição Financeira e “Caixa e seus Equivalentes” na Demonstração dos Fluxos de Caixa, têm a seguinte discriminação:

A diferença do valor apresentado em Demonstração da Posição Financeira nesta rubrica (€ 3.013.722) e o valor de “Caixa e seus Equivalentes” no fim do período (€ 2.970.937) na Demonstração dos Fluxos de Caixa (método direto), deve-se ao saldo credor no montante de € 42.785, essencialmente da conta de depósitos à ordem do BCP, de juros devedores do financiamento associado ao depósito caução do processo da Portucel Recicla, que na Demonstração da Posição Financeira se reflete na conta de “Financiamentos Obtidos”. Todas as contas de depósitos bancários foram reconciliadas, com referência a 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015.

Euros

Depósitos à Ordem 3.007.471 13.958.297 26.225.275

Numerário 6.251 6.251 6.751

Caixa e Depósitos Bancários ( DPF ) 3.013.722 13.964.548 26.232.026

Conta de Juros Devedores (42.785) (44.211) (42.784)

Caixa e seus Equivalentes ( DFC) 2.970.937 13.920.337 26.189.242

Caixa e Depósitos Bancários 30-Jun-1531-Dez-1530-Jun-16

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64 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edif ícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento de

Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros Ativos

Fixos Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 12.041.326 1.359.507 690.238 2.412.569 619.839 21.882.846

Adições 3.500 55.133 5.036 21.432 85.101

Alienações/Abates (292.861) (292.861)

Outras Transferências -

Saldo Final 4.759.366 12.044.826 1.359.507 745.371 2.124.744 641.271 21.675.086

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 9 2.976.192 917.338 529.667 2.277.835 355.346 7.056.388

Adições 1 138.235 44.150 27.612 21.155 23.684 254.837

Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (292.861) (292.861)

Saldo Final 10 3.114.427 961.488 557.279 2.006.129 379.030 7.018.364

Valor Liquido 4.759.357 8.930.399 398.019 188.092 118.615 262.241 0 0 14.656.722

Euros

Terrenos e

Recursos

Naturais

Edif ícios e

Outras

Construções

Equipamento

Básico

Equipamento de

Transporte

Equipamento

Administrativo

Outros Ativos

Fixos Tangíveis

Ativos Fixos

Tangíveis

em Curso

Adiantamentos

por Conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 4.759.366 11.991.691 1.349.570 814.961 2.368.554 525.772 7.092 21.817.007

Adições 42.836 5.504 133.535 44.127 94.067 6.799 326.868

Alienações/Abates (258.258) (112) (258.370)

Outras Transferências 6.799 4.433 (6.799) (7.092) (2.659)

Saldo Final 4.759.366 12.041.326 1.359.507 690.238 2.412.569 619.839 21.882.846

Depreciações Acumuladas

Saldo Inicial 7 2.702.070 788.646 735.733 2.231.275 318.792 6.776.524

Adições 2 274.122 128.692 52.193 46.672 36.554 538.235

Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (258.258) (112) (258.371)

Saldo Final 9 2.976.192 917.338 529.667 2.277.835 355.346 7.056.388

Valor Liquido 4.759.357 9.065.134 442.169 160.571 134.734 264.493 0 0 14.826.458

Ativos Fixos Tangíveis

31-Dez-15

Ativos Fixos Tangíveis

30-Jun-16

5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. 6. Ativos Fixos Tangíveis No 1.º semestre de 2016 e no ano de 2015, os movimentos ocorridos na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, bem como nas respetivas depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes:

6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico Os “Ativos Fixos Tangíveis” englobam os investimentos não afetos à concessão, i.e. os bens que não vão reverter para o Estado no final do período de concessão, nomeadamente, os terrenos sobrantes de expropriações, o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar, o edifício sede da EDIA, a Casa do Grande Lago, o Centro de Cartografia e a Marina de Alqueva.

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Ao longo dos anos, tem sido efetuada a transferência desses investimentos, de em curso para a devida rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” e iniciado o processo de depreciação, bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados. Nas rubricas de “Edifícios e Outras Construções” e “Outros Ativos Fixos Tangíveis”, as adições traduzem as obras efetuadas em imóveis próprios, concretamente na sede, benfeitorias e aquisição de equipamento hoteleiro para o Parque de Natureza de Noudar e Museu da Luz, que já se encontram em exploração, bem como de outros equipamentos a afetar às infraestruturas do EFMA. A variação verificada na conta de “Equipamento de Transporte” decorre da aplicação do despacho n.º 8809/2015, do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, que veio proporcionar uma evolução na estratégia da mobilidade elétrica, implementando um conjunto de medidas com vista à sua dinamização, onde a EDIA, no âmbito da sua gestão de frota, decidiu adquirir três viaturas elétricas ligeiras de passageiros. A diminuição na rubrica “Equipamento Administrativo” reflete os abates efetuados essencialmente de equipamento informático, obsoleto, entregue sem contrapartida. 7. Ativos Intangíveis Os movimentos ocorridos nas principais classes de “Ativos Intangíveis”, registados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a seguinte evolução no 1.º semestre de 2016 e em 2015:

Euros

Terrenos e

Recursos Naturais

Edif ícios e Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projetos de

Desenvolvimento

Programas de

ComputadorOutros Direitos

Ativos

Intangíveis em

Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 231.189.917 1.169.184.801 136.985.351 116.949 2.773.703 195.000.100 170.398.653 386.118 1.906.035.593

Adições 11.552.589 11.224 11.563.813

Outras Transferências/Abates 5.740.612 80.103.429 (85.831.504) (12.537) -

Saldo Final 236.930.529 1.249.288.230 136.985.351 116.949 2.773.703 195.000.100 96.119.738 384.805 1.917.599.405

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 8.360.768 29.508.095 13.492.405 116.949 2.752.627 100 54.230.945

Adições 426.039 1.558.722 647.432 5.379 2.637.572

Outras Transferências/Abates (388) (388)

Saldo Final 8.786.419 31.066.817 14.139.837 116.949 2.758.006 100 56.868.129

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 165.898.103 931.442.668 37.948.109 195.000.000 170.398.652 386.118 1.501.073.649

Perdas Imparidade Reconhecidas 5.740.611 80.103.430 85.844.041

Perdas Imparidade Revertidas (74.278.914) (1.312) (74.280.226)

Saldo Final 171.638.714 1.011.546.098 37.948.109 195.000.000 96.119.738 384.806 1.512.637.464

Saldo Final 56.505.395 206.675.315 84.897.405 0 15.697 0 0 0 348.093.813

Euros

Terrenos e

Recursos Naturais

Edif ícios e Outras

Construções

Equipamento

Básico

Projetos de

Desenvolvimento

Programas de

ComputadorOutros Direitos

Ativos

Intangíveis em

Curso

Adiantamentos

por conta de

Investimentos

Total

Ativo Bruto

Saldo Inicial 226.724.203 1.082.893.909 136.914.350 116.949 2.764.695 195.000.100 200.829.478 345.145 1.845.588.829

Adições 9.008 55.819.642 4.618.113 60.446.764

Outras Transferências/Abates 4.465.714 86.290.892 71.001 (86.250.466) (4.577.141) -

Saldo Final 231.189.917 1.169.184.801 136.985.351 116.949 2.773.703 195.000.100 170.398.654 386.118 1.906.035.593

Amortizações Acumuladas

Saldo Inicial 7.508.667 26.390.652 12.210.974 116.949 2.742.723 100 48.970.065

Adições 852.101 3.117.444 1.281.430 9.904 5.260.880

Saldo Final 8.360.768 29.508.096 13.492.404 116.949 2.752.627 100 54.230.945

Perdas de Imparidade Acumuladas

Saldo Inicial 161.431.028 845.173.147 37.877.108 195.000.000 200.829.478 345.145 1.440.655.906

Perdas Imparidade Reconhecidas 4.467.075 86.269.521 71.001 40.973 90.848.569

Perdas Imparidade Revertidas 30.430.825 30.430.825

Saldo Final 165.898.103 931.442.668 37.948.109 195.000.000 170.398.654 386.118 1.501.073.651

Saldo Final 56.931.045 208.234.037 85.544.838 0 21.076 0 0 0 350.730.997

Ativos Intangíveis

31-Dez-15

Ativos Intangíveis

30-Jun-16

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66 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Outros Perímetros

Perímetro Monte

Novo

Perímetro Alvito-

Pisão

Perímetro do

Pisão

Blocos de

Ferreira,

Figueirinha e

Valbom

(Perímetro

Pisão-Roxo

Perímetro de

Alfundão

Infra-estrutura

12

Perimetro

Loureiro-Alvito

Bloco de Ervidel

1 (Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de Ervidel

2 e 3

(Perímetro

Pisão-Roxo)

Bloco de

Aljustrel

(Perímetro

Roxo Sado)

Perímetro Pisão

Beja (Blocos

Cinco Reis

Trindade)

Perímetro Pisão

Beja (Blocos de

Beringel Álamo)

Perímetro Pisão

Beja (Blocos de

Beja)

Perímetro de

Vale de Gaio

2.ºs Blocos de Roxo

Sado

(Perímetro Roxo

Sado)

Área Beneficiada (hectares) - 7.714 10.058 2.588 5.118 4.216 5.980 470 2.914 3.508 1.300 5.600 2.543 2.442 3.290 1.949 59.690

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 7,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 5,08% 2,31% 2,22% 2,99% 1,77% 54,16%

Estação Elevatória dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 9,38% 4,26% 4,09% 5,51% 3,27% 100,00%

Barragens dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 9,38% 4,26% 4,09% 5,51% 3,27% 100,00%

Ligação Álamos - Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 9,38% 4,26% 4,09% 5,51% 3,27% 100,00%

Barragem do Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 9,38% 4,26% 4,09% 5,51% 3,27% 100,00%

Ligação Loureiro - Monte Novo 7.714 100,00% - - - - - - - - - - - - 100,00%

Túnel Loureiro-Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 10,77% 4,89% 4,70% 6,33% 3,75% 100,00%

Tomada de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 10,77% 4,89% 4,70% 6,33% 3,75% 100,00%

Segregação de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 10,77% 4,89% 4,70% 6,33% 3,75% 100,00%

Ligação Alvito-Pisão 42.236 - 23,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 13,26% 6,02% 5,78% - 4,61% 100,00%

Derivação a Odivelas 9.270 - - - - - 64,51% - - - - - 35,49% - 100,00%

Circuito Hidráulico de Vale de Gaio 3.290 100,00% 100,00%

Ligação Pisão-Beja 10.585 - - - - - - - - - - 52,91% 24,02% 23,07% - - 100,00%

Ligação Pisão-Roxo 14.789 - - - 34,61% - - - 19,70% 23,72% 8,79% - - 13,18% 100,00%

Ligação Roxo Sado 1.949 - - - - - - - - - - - - 100,00% 100,00%

Barragem do Pisão 6.804 - - 38,04% - 61,96% - - - - - - - - 100,00%

Áreas/Infra-estruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetros em Exploração

TOTAL

7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico

Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de 2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são amortizados) dos subsídios que lhes estão associados. A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em outubro de 2082. A partir de 2009 até ao 1.º semestre de 2016 ficaram substancialmente concluídos e entraram em exploração vários perímetros. As percentagens de afetação das infraestruturas primárias a cada um dos perímetros em exploração, podem ser resumidas da seguinte forma:

Subsistema Alqueva

Subsistema Ardila

Outros Perímetros

Perimetro

Orada

Amoreira

Perímetro

de

Brinches

Perímetro

de

Brinches-

Enxoé

Perímetro

de Serpa

Perímetro

Caliços

Machados

Perímetro

Caliços-

Moura

Perímetro

de Pias

Perímetro de

Brenhas

Área Beneficiada (hectares) - 2.522 5.463 4.698 4.400 5.000 2.136 4.614 745 29.578

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

Barragem da Amoreira e Brinches 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%

CH Amoreira-Caliços 12.495 - - - - 40,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00%

CH Caliços-Pias 4.614 - - - - - 100,00% - 100,00%

CH Caliços Machado 5.000 - - - - 100,00% - - - 100,00%

EE de Brinches 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Adutor Brinches Enxoé 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%

Barragem de Serpa 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Estação Elevatória torre do Lóbio, Adutor de Serpa e

Reserv. Serpa Norte 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%

Áreas/Infra-estruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetros em Exploração

TOTAL

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67 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Subsistema Pedrógão

As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção. Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento “água” e como tal, já foram objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo (vide Nota 7.4), não se efetua qualquer amortização destes investimentos. Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada período, nos termos do artigo 31.º - B do Código do IRC. 7.2. Outros Direitos O montante da rubrica “Outros Direitos” corresponde, essencialmente, à compensação financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de € 195.000.000, resultante do “Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA”, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade total, os referidos € 195.000.000 encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas de igual montante (vide Nota 7.4).

Outros Perímetros

Perímetro Pedrógão

MD

Perímetro S.Pedro

Baleizão Quintos

Perímetro de S.

Matias

Área Beneficiada (hectares) - 4.800 11.270 4.865 20.935

Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 4,36% 10,23% 4,41% 19%

Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direira20.935 22,93% 53,83% 23,24% 100%

CH S.Pedro Baleizão Quintos 11.270 100% 100%

CH S. Matias 4.865 100% 100%

Áreas/Infra-estruturas da rede primária

Área

Beneficiada

(hectares)

Perímetros em Exploração

TOTAL

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68 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

7.3. Ativos Intangíveis em Curso A decomposição dos “Investimentos em Curso” é a seguinte:

A variação ocorrida nesta rubrica decorre essencialmente: (i) da transferência do investimento realizado de “Investimentos em Curso” para ”Edifícios e Outras Construções”, relativo às infraestruturas primárias (empreitadas da Barragem da Amoreira e Brinches, dos Circuitos Hidráulicos Amoreira-Caliços, Caliços-Pias, Caliços-Machados e Barragem do Loureiro, Ligação Álamos-Loureiro, Túnel Loureiro-Alvito, Tomada de Água do Alvito e Ligação Alvito-Pisão) afetas aos blocos que ficaram substancialmente concluídos e entraram em exploração (Pias, Caliços-Machados, Caliços-Moura, Vale de Gaio e Pisão Beja (Blocos de Beja e de Berigel Álamo) no 1.º semestre de 2016; e (ii) das adições registadas neste período, em “Investimentos em curso”, excluindo capitalizações, que se referem essencialmente aos seguintes projetos da rede primária:

7.4. Perdas por Imparidade Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a EDIA tem vindo a estimar a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação do respetivo valor de uso, tendo sempre concluído, nos testes de imparidade efetuados desde 2009, que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade acumulada corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento. Assim, os ativos intangíveis afetos a este segmento, com valor bruto de € 1.512.637.464 em 30 de junho de 2016 (€ 1.501.073.651 em 31 de dezembro de 2015) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade acumuladas no mesmo montante.

Euros

30-Jun-16 31-Dez-15

Rede Primária 96.112.741 170.398.654

Barragem e Central de Pedrógão 6.532 -

Barragem de Alqueva 466 -

Total 96.119.738 170.398.654

Euros

Projetos 30-Jun-16

Circuito Hidráulico Caliços-Machados 3.525.890

Canal Roxo-Sado 2.762.268

Circuito Hidráulico São Matias 2.033.150

Outros (< €1.000.000) 969.420

Total 9.290.729

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69 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Euros

Ativo Intangivel Segmento "água" Segmento "energia" Outros Segmento "água" Segmento "energia" Outros

Projetos Desenvolvimento 116.949 116.949

Programas de Computador 1.805.861 967.842 1.805.861 967.842

Outros Direitos 195.000.000 100 195.000.000 100

Terrenos e Recursos Naturais 171.638.714 65.291.836 165.898.103 65.291.836

Edificios e Outras Construções 1.011.546.098 237.741.470 931.442.668 237.741.470

Equipamento Básico 37.948.109 99.037.884 37.948.109 99.037.884

Ativo Intangivel em Curso 96.119.738 170.398.654

Adiantamentos por conta de Investimentos 384.806 386.118

Total 1.512.637.464 403.877.051 1.084.891 1.501.073.651 403.877.051 1.084.891

30-Jun-16 31-Dez-15

As perdas por imparidade acima referidas têm vindo a ser reconhecidas à medida que o investimento do segmento “água” é executado. Assim, e uma vez que estes ativos já têm um valor contabilístico líquido nulo por via do reconhecimento das perdas por imparidade, os investimentos deste segmento não serão sujeitos a qualquer amortização ao longo do período de vida útil das respetivas infraestruturas. Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do “Ativo Intangível” (valores brutos) foram os seguintes:

De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios. À data de relato, os subsídios por receber que estavam diretamente associados a despesas que foram reconhecidas nos ativos intangíveis da EDIA até 30 de junho de 2016, incluídas em pedidos de pagamento aos fundos comunitários apresentados após 30 de junho, mas também todas as outras despesas no exercício em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de pagamento até à data deste relato financeiro, mas que já se sabia que o viriam a ser e em que as hipóteses de não serem aceites pela entidade financiadora era diminuta, foram especializados. Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos, isto é, em que existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade para valores que já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à especialização destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas de imparidade são corretamente reconhecidas.

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70 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

8. Partes Relacionadas 8.1. Participações Financeiras – Outros Métodos

Estas participações foram inicialmente registadas ao custo de aquisição (€ 326.571), pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa (o que se presume que acontece quando a participação detida é igual ou superior a 20%) em nenhuma das sociedades acima identificadas, tendo a EDIA subsequentemente reconhecido, em anos anteriores, perdas por imparidade num total de € 174.538 para fazer face à provável perda total do investimento nessas entidades participadas. O Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, veio criar um novo sistema multimunicipal, em substituição de oito sistemas multimunicipais existentes, e uma nova entidade gestora desse sistema — a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S. A. (ALVT) — que sucede nos direitos e obrigações das oito sociedades gestoras desses sistemas, designadamente da Águas do Centro Alentejo, S.A., antiga concessionária do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Centro Alentejo, criado pelo Decreto –Lei n.º 130/2002, de 11 de maio. Face ao exposto, a participação detida, até então, na empresa extinta, Águas do Centro Alentejo, S.A., transitou para a empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo, na qual a EDIA, a 30 de junho de 2016, detem uma participação de 0,15% (correspondente a 250.000 ações de valor nominal de € 1 cada). Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir. 8.2. Transações e Saldos com Partes Relacionadas Não existem saldos de contas a receber correntes (clientes) e de outros devedores com partes relacionadas, que estavam inicial e totalmente cobertos por perdas por imparidade já reconhecidas.

Euros

Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio 63.500 9,56 11 UP 500 6.070 6.070 6.070

Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 499.000 4,11 4 110 A 4,99 20.501 20.501 20.501

Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A. 167.807.560 0,15 250 000 A 1 250.000 (124.538) 125.462 125.462

Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. 500.000 10,00 10 000 A 5 50.000 (50.000) 0 0

Total 326.571 (174.538) 152.033 152.033

Perdas

e Reversões

por

Imparidade

Valor da

Participação em

31 dezembro

2015

Denominação SocialCapital

Social% Partic.

N.º Ações/

Un.

Particip.

Valor

Nominal

Custo de

Aquisição

Valor da

Participação em

30 junho 2016

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71 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

8.3. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão

9. Imposto Sobre o Rendimento O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015 tem a seguinte composição:

A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 21%, sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo. No entanto as taxas de tributação autónoma são elevadas em 10%, uma vez que a EDIA apresentou prejuízo fiscal no período de tributação anterior. No presente relato financeiro de acordo com as IAS/IFRS, a Empresa não reconheceu, neste 1.º Semestre de 2016 ou em anos anteriores, quaisquer ativos por impostos diferidos relacionados com diferenças temporárias dedutíveis (nomeadamente as geradas pelas perdas de imparidade do segmento “água”) ou com o reporte de prejuízos fiscais, por não existir uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização dessas diferenças temporárias dedutíveis e dos prejuízos fiscais reportados antes que os mesmos se extingam.

ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Administradores Executivos)

PRESIDENTE

Deliberação Social Unânime de 22 de julho de 2015 a)

Remuneração de 4.864,34 € (14 vezes por ano) acrescida de 40% a título de despesas de representação no montante de 1.945,44 € (12 vezes por

ano)

Remuneração Aplicadab)

Remuneração de 5.465,43 € (14 vezes no corrente ano)

Remuneração com redução de (5%+4%) - 4.984,46 € (reversão de 60% da redução prevista no art. 2º da Lei 75/2014 de 12.09, nos termos da alínea

b) do art. 2º da Lei 159-A/2015 de 30.12)

Viatura de Serviço (limite de aquisição de 40.000,00 €); Motorista; Telemóvel (limite mensal de 80,00 €); Seguro de Saúde (348,63 € por ano)

VOGAIS

Deliberação Social Unânime de 22 de julho de 2015 a)

Remuneração de 3.891,47 € (14 vezes por ano) acrescida de 40% a título de despesas de representação no montante de 1.556,59 € (12 vezes por

ano)

Remuneração Aplicadab)

Remuneração de 4.675,41 € (14 vezes no corrente ano)

Remuneração com redução de (5%+4%) - 4.263,67 € (reversão de 60% da redução prevista no art. 2º da Lei 75/2014 de 12.09, nos termos da alínea

b) do art. 2º da Lei 159-A/2015 de 30.12)

Viatura de Serviço (limite de aquisição de 40.000,00 €); Telemóvel (limite mensal de 80,00 €); Seguro de Saúde (348,63 € por ano)

Euros

Impostos Correntes 30-Jun-16 30-Jun-15

Tributação Autónoma 52.050 45.983

Total 52.050 45.983

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72 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

10. Depósitos Cativos A rubrica de “Depósitos Cativos”, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução constituídos pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a favor dos Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais e de expropriação litigiosos e da Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando, a 30 de junho de 2016 o valor de € 8.314.786. Os dois principais depósitos cativos têm o valor nominal de € 8.280.914 e € 161.870 e foram contraídos com recurso a empréstimos de igual montante, classificados em “Financiamentos Obtidos”. O depósito de € 8.280.914, que resulta do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, S.A., deixou de vencer juros, pelo que, tendo em conta a expetativa da EDIA (suportada pela opinião da sociedade de advogados externa que patrocina esta ação) de que a conclusão definitiva da ação judicial deve ocorrer no corrente ano, a Empresa atualizou o custo amortizado deste ativo, a 30 de junho de 2016, onde foi reconhecido um rendimento de € 212.964 (a 31 de dezembro de 2015 tinha sido reconhecido um rendimento de € 426.097 e o valor do ativo era de € 7.849.207), pelo que a quantia escriturada deste ativo a 30 de junho de 2016 é de € 8.062.171. 11. Inventários Em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015, os “Inventários” da Empresa apresentam o seguinte detalhe:

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, a EDIA, passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária que ainda não haviam sido transferidas para o Estado ou outra entidade por si indicada, na rubrica de “Inventários”. No âmbito do Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA assinado em 8 de abril de 2013 (a vigorar até final de 2020), a EDIA entregou ao Estado (representado pela DGADR) em 2013 as infraestruturas já concluídas referentes à rede secundária (nomeadamente nos perímetros do Monte Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Alfundão, Loureiro-Alvito, Ervidel 1, 2 e 3, Pedrogão-Margem Direita e Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel), no 1.º semestre de 2015 os perímetros de Cinco Reis Trindade e São Pedro-Baleizão-Quintos e no 1.º semestre de 2016 os perímetros de Pias, Caliços-Machados, Caliços-Moura, Vale de Gaio e Pisão Beja ( Blocos de Beja e de Berigel Álamo).

Euros

Inventários 30-Jun-16 31-Dez-15

Produtos e Trabalhos em Curso (PTC) 44.546.745 129.706.453Adiantamentos por conta de PTC 24.506 100.863

Matérias Subsidiárias 175.241 139.967

Mercadorias 52.081 51.945

Total 44.798.574 129.999.228

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73 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Assim, o investimento realizado nestas infraestruturas já concluídas da rede secundária encontra-se evidenciado na rubrica de “Outras contas a receber” (subconta DGADR), líquido dos correspondentes subsídios ao investimento, traduzindo o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede secundária. A variação verificada nesta rubrica, resulta da transferência de “Produtos e Trabalhos em Curso” para “Produtos Acabados e Intermédios” , referente aos investimentos em blocos, que ainda estavam em construção e que ficaram substancialmente concluídos, entrando assim em exploração. Posteriormente, esse valor foi registado na rubrica de “Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária. A evolução dos “Produtos e Trabalhos em Curso” no 1.º semestre de 2016 pode ser resumida da seguinte forma:

A 30 de junho de 2016, o valor de € 44.546.745, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” reflete os investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção. As adições de “Produtos e Trabalhos em Curso”, correspondem a investimentos na rede secundária, efetuados no 1.º semestre de 2016, essencialmente nos seguintes projetos:

12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. 12.1. Clientes Esta rubrica apresenta a seguinte discriminação, por natureza e segmento:

Euros

Produtos e Trabalhos em Curso 129.706.453 9.670.297 808.231 (95.638.236) 44.546.745

30-Jun-16Inventários 31-Dez-15 Adições CapitalizaçõesTransferência para Outras Contas a

Receber

Euros

Projetos 30-Jun-16

Blocos Caliços-Machados 3.216.641

Blocos Roxo-Sado 2.123.633

Blocos Alvito-Vale de Gaio 2.005.042

Blocos Pisão-Beja 1.010.789

Blocos de S.Matias 997.351

Outros( < €100.000) 316.841

Total 9.670.297

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74 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Os principais saldos de “Clientes gerais” são os seguintes:

O saldo mais significativo (Empresa Hidroelétrica do Guadiana) traduz a parte do valor faturado e não liquidado, das rendas (€ 12.380.000/ano) dos anos de 2013, 2014 e 2015, tendo ainda a Empresa a deduzir, no seu entender, igual valor no corrente ano de 2016, no âmbito do “Contrato de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico” celebrado com a EDP em outubro de 2007. O não pagamento deste montante, pela empresa do Grupo EDP, decorre de um diferendo entre as partes quanto à revisibilidade decorrente da alteração do investimento previsto para o Reforço de Potência de Alqueva. Esta situação tem vindo a ser enquadrada como um passivo contingente, sendo objeto da devida divulgação no Anexo (vide Nota 30, secção dos “Ativos e Passivos Contingentes”). A generalidade dos saldos de valor unitário inferior a € 100.000, que totalizam € 2.185.259 em 30 de junho de 2016, traduzem os valores a receber pelos serviços de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.° 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA.

Euros

Clientes 30-Jun-16 31-Dez-15

Clientes Gerais 8.905.720 9.591.741Clientes -Segmento Água 2.510.286 3.649.227Clientes -Segmento Energia 5.541.435 5.541.435

Clientes -Outros 853.999 401.079

Clientes -Cheques pré-datados 280.826 198.353

Clientes -Segmento Água 280.826 198.353

Clientes-Execução Fiscal 157.686 162.141

Clientes -Segmento Água 157.686 162.141

Perdas por Imparidade (228.265) (390.411)

Clientes -Segmento Água (228.265) (390.411)

Total 9.115.966 9.561.824

Euros

Clientes Gerais 30-Jun-16 31-Dez-15

Empresa Hidroelétrica do Guadiana 5.541.435 5.541.435

CME-Construção Manutenção Electromecânica 792.015 349.396

Águas de Lisboa e Vale do Tejo, SA 275.925 -

20.000

Outros (< € 100.000 ) 2.185.259 3.650.993

Total 8.905.720 9.561.824

Eurocompetência-Soc.Imob.Explor.Agric.Pecuária e

Cinegética, lda

111.086

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75 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O saldo da conta de “Clientes - Execução Fiscal” (€ 157.686) traduz o valor dos processos em execução fiscal, instaurados pela EDIA, que visam tornar célere e efetiva a cobrança do crédito do qual a Empresa é titular. Estes valores resultam dos serviços de distribuição de água prestados pela Empresa, em que não houve cumprimento da obrigação, pagamento da prestação, dentro do período legal, sendo que, previamente a Empresa tomou todas as diligências necessárias para a recuperação destes créditos. Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa. 12.2. Vendas e Prestações de Serviços

12.2.1. Vendas

O valor de € 19.301 registado em vendas, no 1.º semestre de 2016, traduz essencialmente, o montante das vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar (€ 12.488) e da energia emitida para a rede pela Central Fotovoltaica de Alqueva (€ 6.813).

Euros

Vendas e Prestações de Serviços 30-Jun-16 30-Jun-15

Vendas

Energia - Mini-hídricas - 48.533

Energia - Fotovoltaica 6.813 19.605

Parque de Natureza de Noudar 12.488 10.672

19.301 78.810

Prestações de Serviços

Produção de Energia 5.963.618 6.440.216

Distribuição de Água 3.917.359 3.088.200

Cartografia e Expropriações 439.202 146.611

Parque de Natureza de Noudar 55.212 49.768

10.375.391 9.724.795

Total 10.394.692 9.803.605

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76 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

12.2.2. Prestações de Serviços Produção de Energia O valor de € 5.507.643, que contribui essencialmente para o saldo da conta “Produção de Energia” (€ 5.963.618) decorre do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão”, celebrado entre a EDIA e a EDP por um período de 35 anos, ao abrigo do qual a EDP se comprometeu a pagar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:

Um montante inicial no valor de € 195.000.000, acrescido de IVA à taxa legal e pago na data de entrada em vigor do presente contrato; e

Ao longo do período de vigência do contrato, um montante anual periódico de € 12.380.000 (valor atualizado em 2011) acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira prestação devida no ano de 2008.

No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no n.º 2 do Anexo VII, foi faturado à EDP, no 1.º semestre de 2016, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de € 1.161.258, referente a 2015, valor ligeiramente inferior ao valor de rendimentos que havia sido especializado nas contas em 31 de dezembro de 2015 (€ 1.171.108). A 30 de junho de 2016, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o montante de € 435.210, que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano de 2016, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Distribuição de Água A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos. Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no 2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista (Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos:

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77 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Euros

Componentes PisãoMonte -

Novo

Alvito -

Pisão

Ferreira,

Figueirinha

e Valbom

BrinchesBrinches -

Enxoé

Orada -

AmoreiraSerpa Alfundão Ervidel

Loureiro-

Alvito

Vale do

GaioPedrógão

Baleizão-

Quintos

S.Pedro

Baleizão

Cinco Reis e

Trindade

Captações

DiretasTotal

TRH 914 3.993 3.016 2.491 3.700 4.099 1.186 1.606 1.673 3.089 186 444 19.010 34.552 16.971 44.237 141.168

Exploração 13.575 65.325 52.735 43.526 76.533 79.698 17.618 29.373 22.708 41.433 2.446 7.124 550.656 1.002.751

Conservação 72.707 226.743 362.848 157.625 201.127 172.228 103.552 144.202 69.505 108.869 11.064 2.137 90.500 55.824 50.546 25.449 1.854.924

87.196 296.060 418.599 203.642 281.360 256.025 122.356 175.182 93.885 153.391 13.697 2.137 98.068 74.835 85.098 42.420 594.893 2.998.843

Fornecimento de Água (Monte-Novo) 300.855 300.855

Total 87.196 596.915 418.599 203.642 281.360 256.025 122.356 175.182 93.885 153.391 13.697 2.137 98.068 74.835 85.098 42.420 594.893 3.299.698

Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de

abril, € 0,089/m3 e € 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador final, do encargo económico representado pela Taxa de Recursos Hídricos (TRH) e as componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados.

Os valores fixados para a componente de conservação são de € 50,00/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior.

O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação unitária considera um consumo médio anual de 3.000 m3/por hectare.

A taxa de variação média anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para o Continente, de 2015 para 2016 foi de + 0,41%, valor este utilizado para proceder à fixação do preço da água destinado à rega para uso agrícola. Em 2016, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de € 53,53/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,06/ha/ano para a adução em baixa pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa pressão são de 0,0736€/m3 e 0,0475€/m3, respetivamente. Em 2016, na faturação das componentes de TRH e exploração, relativas ao período de outubro a dezembro de 2015, para fornecimento de água em alta pressão, foram estabelecidos e aplicados, valores variáveis conforme os períodos horários de vazio/supervazio, cheia e ponta. Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume de água fornecido. Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de cada perímetro, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até 8.º ano, no 1.º semestre de 2016, foram faturados os seguintes valores relativos à distribuição de água aos perímetros e a captações diretas, tendo em conta as diversas componentes (TRH, exploração e conservação):

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78 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Foram especializados os rendimentos das componentes da TRH e exploração, dos perímetros em exploração, do período de janeiro a junho de 2016 (€ 2.229.088) e das captações diretas (€ 275.436). Foram anuladas as especializações do exercício de 2015, das componentes de exploração (€ 555.357) e das captações diretas (€ 407.200) e foi diferida a componente de conservação imputável ao 2.º semestre de 2016 (€ 924.305), pelo que o total da conta de “distribuição de água” é de € 3.917.359. A faturação referente à prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, é feita em abril e outubro de cada ano. Em abril, faturam-se as componentes de conservação do ano em curso e as componentes de exploração e TRH referentes ao 4.º trimestre do ano anterior. No início de outubro, faturam-se as componentes de exploração e TRH referentes ao período de janeiro a setembro do ano em curso. As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes à componente da “distribuição de água” a faturar por consumos ocorridos no 1.º semestre de 2016, lidos e validados à data da Demonstração da Posição Financeira, foram também registados com base em consumos reais. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases de concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3 do artigo 5.º do mesmo diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais. Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os consumos de água indicados (origem de água no sistema primário), a EDIA, segundo o princípio do acréscimo, registou em junho de 2016, por estimativa, o valor de € 275.436 referente a esta componente, que será integralmente faturada em 2016. Outras Prestações de Serviços O valor remanescente (€ 494.414) na rubrica de “ Prestações de Serviços”, reflete: (i) os serviços prestados pela EDIA no âmbito das expropriações, que visam assegurar diversos procedimentos expropriativos (avaliação, negociação e aquisição de imóveis) e da cartografia, prestando serviços no domínio da produção de informação geográfica, estando associado a projetos nacionais que envolvem a produção de cartografia, topografia, geodesia e cadastro predial (€ 439.202); e (ii) os serviços prestados no Parque de Natureza de Noudar relativos essencialmente às atividades associadas à exploração turística e hoteleira (€ 55.212).

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79 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

13. Adiantamentos a Fornecedores O saldo desta rubrica reflete, na sua maioria, os adiantamentos efetuados por conta de gastos com fornecimentos e serviços externos no 1.º semestre de 2016 e anos anteriores. Os principais adiantamentos efetuados pela EDIA aos seus fornecedores são os seguintes:

14. Estado e Outros Entes Públicos Esta rubrica inclui, em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015, os seguintes saldos:

No Ativo Corrente, o saldo da conta de “IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado”, inclui os reembolsos pedidos dos meses de março e maio de 2016 (€ 463.216), decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se encontra e também o imposto a recuperar relativo ao mese de junho de 2016 (€ 248.573), embora este valor, à data de 30 de junho, não tenha sido ainda objeto de pedido de reembolso.

Euros

Adiantamentos a Fornecedores 30-Jun-16 31-Dez-15

Adiantamentos a fornecedores c/c

Iberlinx 112.998 89.998NERBE 60.160 -ACL - Associação Comercial de Lisboa 54.849 54.849RP Industries Piscinas 1.099 111.135Instituto de Gestão Financeira - 59.163Outros (< € 25.000 em 30 junho 2016) 301.213 116.704

530.319 431.849

Perdas por imparidade acumuladas (200.311) (200.311)

330.008 231.538Adiantamentos a fornecedores de investimentos

EDP Distribuição Energia - 170.771Instituto de Gestão Financeira - 42.082Outros (< € 25.000 em 30 junho 2016) 278.304 179.706

278.304 392.559Total 608.312 624.097

Euros

Estado 30-Jun-16 31-Dez-15

Ativo Corrente

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 711.789 1.052.603

IRC - Pagamento Especial por Conta 124.599 130.657

Total 836.389 1.183.261

Passivo Corrente

Contribuições para a Segurança Social 218.453 111.101

Retenções de Impostos sobre o Rendimento 121.946 59.300

IRC - Estimado 52.050 104.100

Total 392.449 274.501

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80 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O saldo de “IRC - Pagamento Especial por Conta” (€ 124.599), apresentado no Ativo Corrente, refere-se aos pagamentos especiais por conta de IRC (PEC) dos exercícios de 2013 a 2016. Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento em 2016, como gasto, do valor do PEC do ano de 2012, que ascende a € 27.289. Os valores de “Contribuições para a Segurança Social “e “Retenções de Impostos sobre o Rendimento”, apresentados no Passivo Corrente, correspondem aos montantes em dívida de Segurança Social e IRS associados ao processamento dos vencimentos de junho de 2016 dos funcionários da EDIA. O valor da rúbrica de “IRC - Estimado” reflete a estimativa (50%) do valor da tributação autónoma a suportar em 2016, pela EDIA, com base no valor apurado no exercício de 2015. 15. Outras Contas a Receber

Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015:

DGADR - CC – Rede Secundária

A conta “DGADR_CC_RS” (€ 128.409.289 em 30 de junho de 2016) traduz o valor que a EDIA espera vir a receber do Estado pela cedência das infraestruturas da rede secundária que se encontram concluídas. Conforme referido na Nota 11, no âmbito do Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA assinado em 8 de abril de 2013, a EDIA entregou ao Estado, representado pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), as infraestruturas já concluídas da rede secundária, tendo transferido para a rubrica de “Outras contas a receber” (subconta “DGADR_CC_RS”) o investimento realizado nestas Infraestruturas, líquido dos correspondentes subsídios ao investimento.

Euros

DGADR_CC_RS 128.409.289 95.406.037

DGADR_IE12 70.842.717 70.842.717

Fundos Comunitários 13.231.328 16.645.184

Devedores por Acréscimo de Rendimentos 2.970.457 2.195.002

Outros Devedores 267.049 351.818

Perdas por Imparidade (22.943) (22.943)

Total 215.697.896 185.417.815

Outras Contas a Receber 30-Jun-16 31-Dez-15

Euros

DGADR_CC_RS 593.131.204 21.283.325 (486.005.240) 128.409.289

Total 593.131.204 21.283.325 (486.005.240) 128.409.289

Outras Contas a Receber Investimento Capitalizações Subsidios Total

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81 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e "subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região". Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os respetivos investimentos nos perímetros: (i) do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii) de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) do Loureiro-Alvito e Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012; (v) do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão-Margem Direita, que ficaram concluídos no 1.º semestre de 2013; (vi) do Cinco Reis Trindade e São Pedro-Baleizão-Quintos concluídos no 1.º semestre de 2015 e (vii) de Pias, Caliços-Machados, Caliços-Moura, Vale de Gaio e Pisão Beja ( Blocos de Beja e de Berigel Álamo) concluídos no 1.º semestre de 2016. Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel. No 1.º semestre de 2016, à semelhança do procedimento adotado anteriormente, com as infraestruturas da rede secundária, todo o investimento efetuado (€ 95.638.236), registado na rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” foi transferido e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor. No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão. A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão (7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como gastos, nos exercícios em que ocorrem.

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82 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

DGADR – IE 12

O Decreto-Lei n.° 335/01, de 24 de dezembro, veio estabelecer que as obras relativas à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária do EFMA são propriedade do Estado, exceto a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao MAFDR. Na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Regional e Hidráulica (atualmente Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural - DGADR), em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento e os subsídios associados estão refletidos, desde 2006, nas “Outras Contas a Receber”, pois a EDIA aguarda o ressarcimento por parte da DGADR do valor líquido do investimento efetuado. A 30 de junho de 2016, não se verificou nenhuma alteração a esta situação. Fundos Comunitários

A conta “Fundos comunitários” inclui os subsídios que a EDIA estima, com um elevado grau de certeza, vir a receber, referentes a despesas já executadas. Em 30 de junho de 2016, este montante ascende a € 13.231.328, sendo que € 7.728.137 se referem a investimentos na rede secundária do EFMA, € 5.377.401 a investimentos na rede primária e € 125.790 a outros. A variação verificada nesta conta resulta essencialmente da diminuição do investimento realizado no ano de 2016 face ao de 2015.

Devedores por Acréscimo de Rendimentos

Os “Devedores por Acréscimos de Rendimentos” refletem: (i) a especialização da prestação de serviços de distribuição de água no valor de € 2.535.247 e (ii) a estimativa da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais de retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, para o ano de 2016, de acordo com o estabelecido no “Contrato de Exploração das Centrais Hidroelétricas do Alqueva e de Pedrógão e de Subconcessão dos Domínio Hídrico Público” celebrado com a EDP, no montante de € 435.210.

Euros

DGADR_IE12 114.130.519 12.056.848 (55.344.650) 70.842.717

Total 114.130.519 12.056.848 (55.344.650) 70.842.717

Outras Contas a Receber Investimento Capitalizações Subsidios Total

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83 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

16. Diferimentos 16.1. Diferimentos (Ativo Corrente) Os “Diferimentos” apresentados no Ativo Corrente, no montante de € 453.240 (gastos a reconhecer) incluem, essencialmente: (i) os prémios de seguro pagos até 30 de junho de 2016 mas correspondentes a períodos de vigência posteriores, sendo que os valores mais significativos decorrem de seguros dos ramos “All Risks Industrial”, “Responsabilidade Civil Geral e de Exploração” das infraestruturas do EFMA e “Saúde Grupo” (€ 394.534); e (ii) os montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2016 (€ 58.706). 16.2. Diferimentos (Passivo Corrente e Não Corrente) Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre “Passivo Corrente” e “Passivo Não Corrente”:

16.2.1. Subsídios ao Investimento O valor dos subsídios ao investimento é reconhecido no “Passivo Não Corrente” e inclui todos os subsídios recebidos para os investimentos, com exceção dos referentes à rede secundária já transferidos para a conta da “DAGDR_CC_RS” na sequência dos contratos de entrega das infraestruturas já terminadas, no valor de € 486.005.240 (que foram deduzidos ao respetivo investimento que, até à entrega das infraestruturas, se encontrava refletido em “Inventários”), dos referentes à Infraestrutura 12 no valor de € 55.344.650 (transferidos para a conta da “DGADR_IE12”, na sequência da formalização de um contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação dessa infraestrutura, em abril de 2006, sendo deduzido ao respetivo investimento que, até então, se encontrava refletido em “Inventários”) e dos associados à atividade de distribuição de água no valor de € 658.200.195 (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, pelo que os correspondentes subsídios são desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos ativos). Assim, a rubrica de “Subsídios ao investimento”, reflete os subsídios relacionados com o segmento de energia no valor de € 128.617.792, a reconhecer em rendimentos na mesma proporção das amortizações dos bens subsidiados (já deduzido do valor acumulado reconhecido em rendimentos até 30 junho de 2016, € 18.157.534) e com as infraestruturas ainda em curso da rede secundária (a deduzir ao investimento nessas infraestruturas, atualmente evidenciado em “Inventários”, aquando da conclusão das obras e entrega das infraestruturas à DGADR – vide Notas 7 e 11), no montante de € 38.314.908.

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Subsídios ao Investimento 1.814.393 165.118.306 1.814.393 230.460.156

Componente de Conservação de Distribuição de Água 924.305

Total 17.504.391 322.890.809 16.580.086 395.615.505

Diferimentos (Passivo)30-Jun-16 31-Dez-15

Rendimentos do Contrato de Concessão celebrado com a EDP relativo às CHA e CHP 14.765.693 157.772.503 14.765.693 165.155.349

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84 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Os valores dos pedidos de pagamento de financiamento comunitário relativos a adiantamentos da rede secundária (€ 3.101.191), cujos montantes ainda não foram justificados com investimento realizado, foram reconhecidos na conta “Outras Contas a Pagar” (vide Nota 21). No Passivo Corrente, o valor de € 1.814.393 corresponde aos subsídios a reconhecer em rendimentos num prazo inferior a um ano.

16.2.2. Outros Diferimentos - Rendimentos do Contrato de Concessão O valor de rendimentos diferidos do “Contrato de Concessão da Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão” com a EDP, evidenciado em 30 de junho de 2016 no “Passivo não Corrente” (€ 157.772.503) e no “Passivo Corrente” (€ 14.765.693), decorre do recebimento de € 195.000.000, em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do N.º 1 da cláusula 6.ª do “Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico”, celebrado com a EDP, bem como dos valores anualmente recebidos da EDP (€ 12.380.000) no âmbito desse contrato pelo período de 35 anos, com início de 1 de novembro de 2007. Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) a parte dos € 195.000.000 que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros à taxa efetiva de 5,5%. Os montantes recebidos e a receber do Grupo EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do período de duração do contrato (35 anos). A 30 de junho de 2016 foram reconhecidos € 7.382.846 de rendimentos, dos quais € 5.507.643 se referem a prestações de serviços (vide Nota 12) e € 1.875.203 a juros (vide Nota 26).

16.2.3. Rendimentos de Distribuição de Água Os diferimentos da “Componente de Conservação de Distribuição de Água”, no valor de € 924.305, correspondem a metade da componente de conservação (i.e. a parte respeitante ao 2.º semestre de 2016) associada aos serviços de distribuição de água, uma vez que o valor anual desta componente é integralmente faturado aos clientes no mês de abril. 17. Capital Próprio No período compreendido entre 31 de dezembro de 2015 e 30 de junho de 2016, os capitais próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução:

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85 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

17.1. Capital Realizado

O Capital Social inicial de 500.000.000 escudos (€ 2.493.990), detido na sua totalidade pelo Estado Português, foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a 2009, até atingir o seu valor atual de € 387.267.750, a 31 de dezembro de 2014. Em 31 de dezembro de 2015, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado no valor de € 407.975.580, resultante de quatro aumentos de capital que totalizaram € 20.707.830, é composto por 81.595.116 ações.

Em março de 2015, emissão de 653.045 novas ações, com o valor nominal de € 5 cada, realizadas em numerário. O montante subscrito e realizado foi de € 3.265.225;

Em maio de 2015, emissão de 924.288 novas ações, com o valor nominal de € 5 cada. O montante de € 4.621.440 foi subscrito e realizado em numerário, no valor de € 3.009.910 e por conversão de créditos no montante de € 1.611.530;

Em julho de 2015, emissão de 1.140.000 novas ações, no valor de € 5 cada, realizadas em numerário no montante de € 5.700.000; e

Em dezembro de 2015, emissão de 1.424.233 ações, no valor de € 5 cada. Este montante de € 7.121.165 foi subscrito e realizado em duas tranches, € 1.594.557 por conversão de créditos detidos pela DGTF e € 5.526.608 em numerário.

A 30 de junho de 2016, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado, apresenta o valor de € 428.948.903 composto por 85.789.781 ações. Esta variação de € 20.973.323 decorre da emissão de 4.194.665 novas ações com o valor nominal de € 5 cada.

Em março de 2016, emissão de 722.265 novas ações, com o valor nominal de € 5 cada, realizadas em numerário. O montante subscrito e realizado foi de € 3.611.325;

Em maio de 2016, emissão de 3.472.400 ações, no valor de € 5 cada. Este montante de € 17.361.998 foi subscrito e realizado por conversão do serviço da dívida, vencido em 31 de maio de 2016, do empréstimo de médio e longo prazo concedido pela DGTF.

O Acionista, através das dotações de capital, pretendeu cobrir as necessidades de financiamento relativas ao serviço da dívida, de montantes de valor igual às amortizações e juros.

Euros

Capital Realizado 407.975.580 20.973.323 428.948.903

Outras Reservas 9.202.700 9.202.700

Resultados Transitados (867.430.452) (10.903.248) (878.333.700)

Ajustamentos em Ativos Financeiros 571 571

Resultado Líquido do Período (10.903.248) (9.721.115) 10.903.248 (9.721.115)

Total (461.154.849) 11.252.208 - (449.902.642)

Capital Próprio 31-Dez-15 Aumentos Transferências 30-Jun-16

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86 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

17.2. Outras Reservas As “Outras Reservas” incluem: (i) € 8.479.554 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do Alqueva; (ii) € 592.267 relativos à transferência para a Empresa do imobilizado da referida Comissão; (iii) € 120.904 de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos amortizáveis); e (iv) € 9.975 referentes à doação de um quadro para o edifício da nova sede da EDIA. Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com contratos firmados pela Empresa. 17.3. Resultados Transitados O saldo de “Resultados Transitados”, em 30 de junho de 2016, ascende a € 878.333.700 negativos e encontra-se relacionado, essencialmente, com o reconhecimento de perdas por imparidade nos “Ativos Intangíveis” do segmento “água”, no valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que têm vindo a ser desreconhecidos) de € 854.637.583 A variação verificada em “Resultados Transitados”, no 1.º semestre de 2016, no montante de € 10.903.248 reflete a aplicação do resultado líquido negativo do exercício anterior. 18. Imparidade de Ativos Intangíveis 18.1 Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de 2042. No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do Empreendimento. No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA teriam uma reduzida rendibilidade e que existiriam, consequentemente, perdas de imparidade a registar. No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio.

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87 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-se, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo, bem como à promoção económica, social e ambiental. Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA, exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos), gerando expetavelmente resultados de exploração positivos. O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme “reserva estratégica de água” a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do projeto. O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo, considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos investimentos realizados. Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento “água” estariam em imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa (“mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos”) que corresponde a todo o segmento “água”. Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário, a EDIA tem vindo a estimar a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação do respetivo valor de uso, tendo sempre concluído, nos testes de imparidade efetuados, que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este segmento.

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88 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007. Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 6,04% baseada no custo médio ponderado do capital [Weighted Average Cost of Capital (WACC)], por forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos. Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes:

Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos; Consumo médio de água de 4.000 m3/ha, em 80% da área coberta; Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins

agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042€/m3, sendo que os valores no 1.º ano correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio); e

Taxa de atualização de preços de 2%. Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento “água”, à data de 31 de dezembro de 2008. Os ativos e passivos do segmento “água”, assim como as perdas de imparidade reconhecidas, com referência a 30 de junho de 2016 e a 31 de dezembro de 2015, podem ser apresentadas da seguinte forma:

No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa.

Euros

Imparidades de Investimentos - Segmento "água" 30-Jun-16 31-Dez-15 30-Jun-15

Ativos Intangíveis - valor bruto 1.512.637.464 1.501.073.651 1.463.080.525

Adiantamentos a fornecedores 200.311 200.311 200.311

Subsídios associados a investimento (658.200.195) (655.697.609) (619.843.909)

Ativos líquidos de subsídios=Perdas por imparidade acumuladas 854.637.583 845.576.353 843.436.927

Perdas (reversões) de imparidade reconhecidas no período (9.061.230) (7.759.103) (5.619.679)

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89 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Estas infraestruturas tendo sido transferidas de “Ativos Intangíveis em Curso” para firme e consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da IAS 36 - Imparidade de Ativos, foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes “elétrica” e “rega”. Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram, designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto. A subdivisão destes custos pelas componentes “elétrica” e “rega” foi obtida pela separação dos valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante, tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções “produção de eletricidade” e “rega”. Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se encontram em imparidade. De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento “energia”. 18.2. Imparidade de Dívidas a Receber As perdas por imparidade que têm vindo a ser reconhecidas correspondem essencialmente a créditos em mora pelos serviços de distribuição de água prestados pela EDIA, quando os clientes não respeitam o prazo de pagamento contratualizado e o período de mora já é significativo. 19. Provisões A EDIA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

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90 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas na IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Em particular no que respeita à condição de que “seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação”, foi utilizado o critério definido na referida IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, considerando como provável o exfluxo “se o acontecimento for mais propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer”. Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite, para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa. Nos períodos findos em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015, para fazer face aos processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, a EDIA constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram.

19.1. Provisões para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas Em 30 de junho de 2016 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar.

Euros

Utilizações Reversões

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações

Litigiosas 15.029.802 262.741 15.292.543

Provisão IFRIC 12 10.161.510 2.372.014 12.533.524

Total 25.191.312 2.634.755 27.826.067

Euros

Utilizações Reversões

Provisões

Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações 13.915.802 1.129.572 15.572 15.029.802

Provisão IFRIC 12 6.185.102 3.976.408 10.161.510

Total 20.100.904 5.105.980 15.572 25.191.312

Provisões (DPF)

31-Dez-15

Saldo

Inicial Aumentos

ReduçõesSaldo Final

Provisões (DPF)

30-Jun-16

Saldo

Inicial Aumentos

ReduçõesSaldo Final

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91 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O montante de € 15.292.543 da rubrica de “Provisões”, a 30 de junho de 2016, decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas.

A Portucel Recicla, S.A. (atual designação: Europac Kraft Viana) intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). Na sequência da referida execução, a EDIA apresentou Embargos de Executado contra a Portucel Recicla, S.A., alegando que nada deve à Portucel Recicla, SA por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu até 2012, uma provisão de €5.529.082, que foi estimada em metade do valor reclamado. Em 2013 esta provisão foi reforçada em € 490.418, que correspondeu à atualização dos juros vencidos sobre o capital. O Tribunal de 1.ª instância proferiu sentença em 2014, tendo a EDIA interposto recurso de apelação para o Tribunal da Relação de Évora, requerendo a atribuição de efeito suspensivo do mesmo. No entanto a decisão de 1.ª instância foi desfavorável à EDIA, tendo esta entendido ser prudente estimar a improcedência dos Embargos de Executado, e a fixação de uma indemnização no valor total reclamado pela Portucel Recicla, reforçando assim, em 2014, a provisão no valor de € 6.133.650 (€ 5.529.082 que correspondem à diferença para o valor reclamado e € 604.568 que correspondem à atualização dos juros vencidos sobre o capital). Já após a prolação do acórdão do Tribunal da Relação de Évora, a Portucel Recicla, S.A. deduziu incidente de habilitação da cessionária, a quem peticionou que fosse pago o valor em causa. O incidente de habilitação viria a ser declarado improcedente pelo Tribunal Judicial de Reguengos de Monsaraz, em dezembro de 2015.

Euros

Processos Judiciais 30-Jun-16 31-Dez-15

Portucel Recicla- Indústria de Papel Reciclado, SA 13.620.262 13.357.521

Providência Cautelar interposta Soares da Costa, SA 647.500 647.500

Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges, SA 604.005 604.005

Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e 190.000 190.000

Monte Adriano, SA 185.155 185.155

Outros 6.995 6.995

15.253.917 14.991.175

Processos de Expropriação Litigiosas

H.Atrás da Quinta do Padre 8.864 8.864

Monte da Barriga 5.800 5.800

H.Zambujal 3.937 3.937

Monte da Maria Bárbara 2.288 2.288

H.São Sebastião 3.077 3.077

H.Vilas Boas 2.968 2.968

Outros 11.692 11.692

38.626 38.626

Total 15.292.543 15.029.802

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92 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O processo de Embargos de Executado encontra-se em fase de recurso, junto do Supremo Tribunal de Justiça, sendo que as possibilidades de sucesso da EDIA ficaram prejudicadas com a confirmação da decisão da matéria de facto em sede de recurso de apelação. Em 2015, a EDIA reforçou a provisão no valor de € 1.090.221, ficando o valor do pedido atualizado, com capitalização de juros, no montante de € 13.357.521. A 30 de junho de 2016, o valor foi novamente atualizado com a capitalização dos juros (€ 262.741) e ascende a € 13. 620.262. É de esperar uma decisão final, no decurso do ano de 2016. Em 2014, a Sociedade Construções Soares da Costa, S.A., concorreu ao concurso para a realização da Empreitada de Construção do Circuito Hidráulico Roxo-Sado. Foi preterida e interpôs uma Providência Cautelar para suspender o concurso e interpôs a respetiva ação principal em que pede que lhe seja adjudicada a empreitada objeto do concurso. O que está em causa é a paralisação do concurso e a adjudicação da empreitada à Soares da Costa. A probabilidade de vir a ser decretada a providência é, no entender da EDIA, muito baixa. Isto significava que a empresa Soares da Costa, em princípio, não irá fazer a obra e o preço será o da concorrente. Caso, em sede de ação principal, a Soares da Costa viesse a obter ganho de causa, teria direito a uma indemnização por lucros cessantes, mas seria uma indemnização que se estima em valor não superior a 3,5% do valor da proposta (€ 18.500.000). É uma ação muito complexa onde seria temerário avançar, neste momento, com uma ideia sobre o desfecho que pode vir a ser. Face ao exposto, a EDIA constituiu uma provisão no valor de € 647.500, cujo valor se mantém a 30 de junho de 2016. Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela empresa Alexandre Barbosa Borges, S.A., contratada pela EDIA para a execução da “Empreitada de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA”, a Autora peticiona o pagamento de € 1.208.009. Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a faturação paga em atraso. A provisão constituída (€ 604.005) corresponde a 50% do pedido formulado pelo Consórcio, que corresponde à melhor estimativa da Empresa quanto ao valor presente dos encargos a incorrer. À data deste relato financeiro, mantém-se inalterado o valor anteriormente provisionado. Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão, Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores, ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos € 190.000, valor pelo qual foi constituída a provisão para este processo e que ainda se mantém à data de 30 de junho de 2016.

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93 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de € 370.310, alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e provisionou 50% (€ 185.155) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a melhor estimativa do dispêndio a efetuar. Não houve variação deste processo no 1.º semestre de 2016. A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA, arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de cada provisão constituída. Relativamente aos processos de expropriação pendentes, além de envolverem montantes de baixo valor, estão na sua maior parte em juízo por razões que não se prendem com a existência de litígio (desconhecimento dos proprietários,litígio entre herdeiros, entre outros). De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos termos da IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. A 30 de junho de 2016, no que se refere a estes processos de expropriações litigiosas, face a 31 de dezembro de 2015, não se verificam alterações nos montantes provisionados. 19.2. Provisão IFRIC 12 As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária. A provisão constituída no âmbito da IFRIC 12, decorre da obrigação, estabelecida no contrato de concessão celebrado com o Estado em outubro de 2007, de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem. Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade económico e financeiro utilizado:

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94 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a

construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes; Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição

de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais; Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia

uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos são da sua responsabilidade;

Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção civil, de 20 e 30 anos respetivamente;

Taxa média de financiamento para o período de 2013-2082; e A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg.

Desde setembro de 2011, que o financiamento bancário para o Setor Empresarial do Estado é gerido pela Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças, e desde essa data, a EDIA contratou vários empréstimos de curto prazo nos vários bancos, sendo a taxa média de financiamento elevada. Em novembro de 2014, na sequência da entrada da EDIA no perímetro de consolidação das contas públicas, a EDIA assinou um contrato de empréstimo com a DGTF (para liquidar a dívida de curto prazo que tinha até então), no montante de € 189.209.285, com uma taxa de financiamento mais baixa (1,67%). No âmbito da aplicação da IFRIC12 - Acordos de Concessão de Serviços, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração (€ 1.623.580.595), tendo-se verificado uma diminuição da taxa média de financiamento (3,74% em 2015 e 2,98% em 2016), foi feito um reforço significativo (€ 2.372.014) a esta provisão, ficando a mesma registada por um valor total de € 12.533.524. 20. Financiamentos Obtidos O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do BEI e de um empréstimo concedido pelo Estado. Em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015, os financiamentos obtidos descriminam-se da seguinte forma:

Euros

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Empréstimos por Obrigações 3.369.642 446.608.357 449.977.999 449.907.268 449.907.268

Banco Europeu de Investimento-BEI 6.684.783 71.370.773 78.055.556 6.684.783 74.589.372 81.274.155

Empréstimo da DGTF 31.534.881 141.906.964 173.441.845 31.534.881 157.674.404 189.209.285

Contas à Ordem do Juíz 8.447.442 8.447.442 8.447.442 8.447.442

Saldos Credores de Depósitos à Ordem 42.785 42.785 44.211 44.211

Total 50.079.533 659.886.094 709.965.627 46.711.317 682.171.044 728.882.361

Financiamentos Obtidos30-Jun-16

Total31-Dez-15

Total

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95 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

BEI - € 135.000.000

Data de início do contrato: 1999 Prazo: 20 anos Período de carência: 7 anos O montante de € 135.000.000, refletido na conta de empréstimos, resulta da

utilização total das tranches A, B, C e D O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma:

o € 35.000.000 - Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007

o € 35.000.000 - Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em setembro de 2007

o € 32.500.000 - Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009

o € 32.500.000 - Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início em março de 2009

Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa Euribor 3 meses acrescida de 0,15%

Reembolsos até 30-06-2016 - € 56.944.444 Montante em dívida: € 78.055.556

Empréstimo Obrigacionista - € 300.000.000

Data de início do contrato: 2003 Prazo: 15 anos Reembolso: total no final do contrato (2018) Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-

Banco de Investimento, S.A. Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é “bullet” Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%

Empréstimo Obrigacionista - € 56.180.000

Data de início do contrato: 2007 Prazo: 20 anos Reembolso: total no final do contrato (2027) Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI Os cupões são semestrais e o seu reembolso é “bullet” Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%

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96 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Empréstimo Obrigacionista - € 94.350.000 Data de início do contrato: 2010

Prazo: 20 anos Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais

e sucessivas Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário

constituído por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI); Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A. (CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. – Sucursal em Portugal (Dexia)

Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65% Todos os empréstimos obrigacionistas foram realizados com o aval incondicional e irrevogável da República Portuguesa. Em novembro de 2014 e na sequência da entrada da EDIA para o perímetro de consolidação das contas públicas, o Estado (DGTF) concede à EDIA um empréstimo de médio e longo prazo no valor total de € 189.209.285, para liquidar os empréstimos de curto prazo nos vários bancos (€ 184.209.285) acrescidos de € 5.000.000 que se destinam a satisfazer as necessidades de financiamento, relativas ao serviço da dívida da Empresa. Pelas utilizações do empréstimo são devidos juros à taxa fixa nominal anual, equivalente ao custo de financiamento da República, a fixar na data de cada desembolso, de acordo com a cotação a obter do Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) e a transmitir ao Mutuário pelo Mutuante. Os juros vencem-se semestral e postecipadamente. O empréstimo será reembolsado em doze prestações semestrais de capital iguais e sucessivas, cujo início foi a 31 de maio de 2016 e o seu termo será em 30 de novembro de 2021. Foi dado o acordo à conversão do serviço da dívida vencido, no valor de € 17.361.998, deste empréstimo de médio e longo prazo concedido pela DGTF, em capital social da Empresa. As contas de financiamentos designadas por “Contas à Ordem do Juiz”, do Milllennium BCP (€ 8.280.914) e do Novo Banco (€ 166.528), correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente. O escalonamento das dívidas constantes na Demonstração da Posição Financeira em 30 de junho de 2016 e 31 de dezembro de 2015, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a € 183.971.939 e € 206.327.623, respetivamente.

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97 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

No 1.º semestre de 2016, foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 27,20% perfazendo o valor de € 1.003.345 (em 2015 a taxa média foi de 32,57% e o valor de € 2.633.853). Esta diminuição resulta essencialmente do aumento do número de infraestruturas em exploração, uma vez que os gastos a elas imputados deixaram de ser capitalizados. 21. Fornecedores e Outras Contas a Pagar

21.1. Fornecedores c/c

Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na rubrica de “Inventários”, são registados na rubrica “Fornecedores c/c”, em vez de “Fornecedores de Investimento”, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos”. Para cumprimento das premissas impostas nas candidaturas apresentadas no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional - QREN +2, que tinha como condição obrigatória na apresentação de despesas, o pagamento ser efetuado até 31 de dezembro de 2015, para poderem ser incluidas nos pedidos de pagamento a submeter às autoridades de gestão competentes, o saldo desta conta reduziu significativamente no final de 2015, sendo que, a 30 de junho de 2016, o saldo desta conta já apresenta um acréscimo bastante significativo, resultado de um abrandamento na liquidação das despesas existentes.

Euros

Financiamentos Obtidos 30-Jun-16 31-Dez-15

Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis

Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M€) 56.180.000 56.180.000

Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M€) 67.392.857 70.762.500

Dívidas a Instituições de Crédito

Banco Europeu de Investimento (135M€) 44.631.642 47.850.242

Dívidas à DGTF

Empréstimo (189 M€) 15.767.440 31.534.881

Total 183.971.939 206.327.623

Euros

Correntes Correntes

Fornecedores

Fornecedores c/c 2.723.282 592.198

Total 2.723.282 592.198

Outras Contas a Pagar

Fornecedores de Investimentos 6.759.932 3.225.783

Credores por Acréscimos de Gastos 4.150.116 2.745.836

Fundos Comunitários-Adiantamentos 3.101.191 2.978.381

Outros Credores 315.181 106.788

Total 14.326.420 9.056.788

Fornecedores e Outras Contas a Pagar30-Jun-16 31-Dez-15

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98 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

O saldo desta conta, reflete na sua maioria os valores em aberto, a 30 de junho, com as seguntes entidades: Tecnovia e Somague Engenharia. 21.2. Fornecedores de Investimento No final de 2015, a EDIA realizou um enorme esforço financeiro com o objectivo de liquidar o máximo de despesas possíveis, até 31 de dezembro de 2015, permitindo assim, que essas despesas fossem consideradas elegíveis de financiamento comunitário no âmbito do QREN. Esse esforço possibilitou que na sua globalidade, as faturas emitidas em 2015, fossem liquidadas no mesmo ano, o que significou uma redução significativa do prazo médio de pagamento e do respectivo saldo de fornecedores, à data de 31 de dezembro de 2015. A 30 de junho de 2016, o saldo desta conta apresenta uma variação muito significativa, cuja razão em tudo é semelhante ao que se verificou na rubrica dos Fornecedores c/c, isto é, uma desaceleração no processo de pagamentos a terceiros. As empresas que mais contribuem para o saldo desta conta, são: Dragados, CME - ACE; Domingos da Silva Teixeira, S.A. e Ferrovial Agroman,S.A.. 21.3. Credores por Acréscimos de Gastos A conta de “Credores por Acréscimos de Gastos” reflete essencialmente o valor especializado dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia, essencialmente de empréstimos obrigacionistas, no montante total de € 1.710.078. Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente os montantes estimados de: (i) investimento em projetos da rede primária ( Circuito Hidráulico de São Matias) e secundária (Bloco Roxo-Sado) no montante total de € 819.800, faturados no mês seguinte (julho 2016) àquele a que os trabalhos se referem; (ii) gastos com eletricidade e comunicações no montante total de € 650.882, faturados em julho de 2016 e cujos consumos se referem ao mês anterior; (iii) gasto com a componente de TRH, relativa à utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2015 e ao 1.º semestre de 2016 (aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), no montante de € 362.941 e (iv) gastos com férias e subsídio de férias dos colaboradores da EDIA, € 428.260 e € 178.155, respetivamente. 21.4. Fundos Comunitários Esta conta inclui no Passivo Corrente, os subsídios já recebidos (€ 3.101.191) , afetos à rede secundária, que podem ser devolvidos à entidade financiadora até final do ano de 2016, caso não se verifique uma execução de investimento que justifique esse valor. Estas candidaturas foram aprovadas no final do ano de 2012, estando o seu encerramento previsto para o final de 2016. O saldo desta rubrica é composto pelos montantes de € 1.720.657 e € 1.380.534, referentes aos perímetros de rega do Cinco Reis Trindade e São Pedro Baleizão Quintos, respetivamente.

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99 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

22. Variação nos Inventários da Produção A variação nos inventários da produção a 30 de junho de 2016 e 30 de junho de 2015 discrimina-se da seguinte forma:

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro da Luz, prevê a transferência para o Estado (MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária afeta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da rede secundária na rubrica de “ Inventários”. Com a entrada em exploração dos blocos de Pias, Caliços-Machados, Caliços-Moura, Vale de Gaio e Pisão Beja ( Blocos de Beja e de Berigel Álamo ), concluídos no 1.º semestre de 2016, e conforme tratamento dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência dos investimentos associados a essas infraestruturas (€ 95.638.236), da conta “Produtos e Trabalhos em Curso” para a conta “Produtos Acabados e Intermédios”. Com os contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e novembro de 2013, o saldo da conta de “Produtos Acabados e Intermédios”, relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros substancialmente concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de “Outras Contas a Receber” (conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação. Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária, que correspondem essencialmente a projetos afetos aos blocos ainda em construção, continuam a ser registados na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”. 23. Trabalhos para a própria Entidade

Esta rubrica regista a imputação ao investimento em curso (nos “Ativos Intangíveis”) dos gastos afetos às áreas operacionais da Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta da Empresa, conforme explicado na Nota 3.1.e.

Euros

Produtos e Trabalhos em Curso 30-Jun-16 30-Jun-15

Inventário Final 44.546.745 75.879.248

Transferências para "Outras Contas a Receber" 95.638.236 84.413.523

Variação dos Adiantamentos por conta de "Produtos e Trabalhos em Curso" - 10.897.009

Inventário Inicial (129.706.453) (110.229.890)

Variação nos Inventários da Produção 10.478.528 60.959.890

10.478.528 60.959.890

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100 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

24. Fornecimentos e Serviços Externos

A rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos” apresenta uma diminuição muito significativa, em termos homólogos, resultado do decréscimo expressivo da conta de “Subcontratos”, consequência de um menor volume de investimento efetuado na rede secundária (evidenciado na rubrica “Inventários”), sendo esta diminuição de gastos, compensada por uma diminuição de montante similar na rubrica de “Variação nos Inventários da Produção”. Em comparação com o período homólogo, as outras rubricas mantiveram-se semelhantes. 25. Gastos com o Pessoal O número de trabalhadores da EDIA a 30 de junho de 2016 é de 186 e em 2015 foi de 185, respetivamente. Os “Gastos com o Pessoal” da Empresa tiveram a seguinte composição:

Euros

Subcontratos 9.589.197 60.130.128

Electricidade 2.826.178 2.839.745

Conservação e Reparação 553.548 570.367

Trabalhos Especializados 496.760 410.319

Seguros 214.004 217.550

Rendas e Alugueres 206.469 185.123

Vigilância e Segurança 108.271 104.610

Combustíveis 104.396 105.744

Honorários 93.472 83.784

Limpeza e Higiene 71.782 68.276

Comunicação 49.758 35.497

Contencioso 26.938 50.966

Publicidade e Propaganda 23.304 30.475

Ferramentas e Utensílios 15.164 25.447

Portagens e Estacionamentos 14.794 12.260

Material Escritório 11.359 9.486

Deslocações e Estadas 10.796 11.060

Água 5.681 2.108

Outros Fluídos 4.648 9.463

Despesas de Representação 1.584 6.393

Livros e Documentação Técnica 1.377 1.313

Outros 14.082 26.943

Total 14.443.562 64.937.057

Fornecimentos e Serviços Externos 30-Jun-16 30-Jun-15

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101 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Em 30 de junho de 2016, as demonstrações financeiras refletem os duodécimos dos subsídios de férias de 2016 (a pagar em 2017) e do subsídio de Natal (processado e pago em duodécimos em 2016-Artigo 20.º da Lei n.º 7-A/2016 de 30 de março). Face ao período homólogo, verifica-se um aumento dos gastos mensais com os órgãos sociais, fruto do facto de a redução remuneratória de 10% (artigo 2.º da Lei 75/2014 de 12 de setembro) - que acresceu à redução de 5% já anteriormente em vigor prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010 – já revertida em 20% em 1 de janeiro de 2015, ter sido novamente revertida em 40% (20% em 1 de janeiro de 2016 e 20% em 1 de abril de 2016), nos termos do artigo 2º da Lei 159-A/2015 de 30.12. No final de junho de 2016, a redução remuneratória era de 4%. Em 2016 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores embora por montantes diferentes aos do ano anterior:

Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida igual ou inferior a € 1.500 mensais;

Redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 2 da Lei N.º 75/2014 de 12 de setembro, superior a € 1500 mensais, redução esta revertida em 20% desde 1 de janeiro de 2015, em 20% em 1 de janeiro de 2016 e em 20% em 1 de abril de 2016;

Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte de quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e

Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias.

Indo de encontro ao estabelecido no n.º 1 do artigo 30.º da Lei 7-A/2016 de 30 de março, Orçamento de Estado para 2016, que estabelece que “Durante o ano de 2016, as empresas do setor público empresarial e suas participadas devem prosseguir uma política de ajustamento dos seus quadros de pessoal, adequando-os às efetivas necessidades de uma organização eficiente“ a EDIA procedeu a alguns ajustamentos que implicaram a extinção de postos de trabalho, com o encerramento de serviços, ou a redução do números de colaboradores de alguns departamentos. Nestes termos, foi negociada a rescisão dos contratos de trabalho por motivo de extinção dos postos de trabalho tendo as compensações negociadas sido, na esmagadora maioria dos casos, igual ao valor previsto no Código do Trabalho.

Euros

Gastos com o Pessoal 30-Jun-16 30-Jun-15

Remunerações 2.329.315 2.273.191

Encargos Sociais 518.293 506.523

Outros Gastos com o Pessoal 281.257 116.739

Total 3.128.865 2.896.453

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102 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Foram atribuídas, no decorrer do ano de 2016 e período homólogo de 2015, aos membros dos órgãos sociais da Empresa, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções:

26. Outros Rendimentos e Ganhos

26.1. Juros

No âmbito do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva (CHA) e Pedrógão (CHP)” celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de € 195.000.000 e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de € 12.380.000 (valor atualizado em 2012). O montante de € 1.875.203 evidenciado na conta “Juros da concessão de exploração da CHA e CHP” corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato), com base numa taxa implícita de 5,5%. 26.2. Imputação de Subsídios ao Investimento

A rubrica “Imputação de Subsídios ao Investimento” reflete o reconhecimento em rendimentos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados. Não inclui:

Os subsídios destinados à construção da rede secundária, que estão evidenciados em “Diferimentos”, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte, deduzidos ao investimento, inicialmente evidenciado na rubrica de “Inventários” e posteriormente transferido para a conta da DGADR aquando da celebração dos contratos de entrega das infraestruturas concluídas, por a EDIA ter executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado, resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e

Euros

30-Jun-16 30-Jun-15

Conselho de Administração 117.337 111.716

Revisor Oficial de Contas 18.400 18.883

Conselho Fiscal 18.627 16.714

Mesa da Assembleia Geral - -

Euros

Outros Rendimentos e Ganhos 30-Jun-16 30-Jun-15

Juros da concessão de exploração da CHA e CHP 1.875.203 1.777.444

Imputação de subsídios ao investimento 898.750 907.196

Outros rendimentos 265.669 458.846

Total 3.039.622 3.143.486

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103 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios.

26.3.Outros Rendimentos O principal depósito cativo da EDIA, com o valor nominal de € 8.280.914 foi contraído com recurso a empréstimo de igual montante, classificado em “Financiamentos Obtidos”. Este depósito resulta do processo judicial a decorrer com a Portucel Recicla, e deixou de vencer juros em anos anteriores, pelo que, tendo em conta a expetativa da EDIA, de que a conclusão definitiva da ação judicial deve ocorrer no corrente ano, a Empresa atualizou o custo amortizado deste ativo, a 30 de junho de 2016, onde foi reconhecido um rendimento de € 212.964, pelo que a quantia escriturada deste ativo a esta data é de € 8.062.171 ( 31 de dezembro de 2015 era de € 7.849.207). 27. Outros Gastos e Perdas Do valor apresentado na rubrica de “Outros Gastos e Perdas” (€ 222.664) é de salientar: (i) € 156.936 relativos ao pagamento de taxas, pela utilização dos recursos hídricos em várias infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da Herdade da Coitadinha, (ii) € 30.680 relativos a quotizações, (iii) € 27.289 referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por conta do IRC de 2012, e (iv) € 7.759 de gastos incorridos com impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis). 28. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados

28.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros Esta conta não apresenta saldo, uma vez que os rendimentos obtidos com disponibilidades noutros bancos (fora do IGCP), constituem receitas gerais do Estado do corrente exercício e são entregues obrigatoriamente nos cofres do Estado, não devendo por esse motivo refletir-se como resultados da Empresa.

Euros

Rendimentos e Gastos Financeiros 30-Jun-16 30-Jun-15

Rendimentos e Ganhos Financeiros - -

Gastos e Perdas Financeiros

Juros e gastos similares suportados 2.137.706 2.108.860

Outros gastos e perdas financeiros 547.838 565.993

Total 2.685.544 2.674.853

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104 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

28.2. Gastos e Perdas Financeiros A conta “Juros e gastos similares suportados” compreende os juros associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, com destaque para o empréstimo de médio e longo prazo da DGTF e para os empréstimos obrigacionistas. Os “Outros Gastos e Perdas Financeiros” referem-se essencialmente aos serviços bancários e comissões de garantia de aval dos empréstimos obrigacionistas, concedidos pelo Estado português (vide Nota 20). 29. Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização Os gastos/reversões de depreciação e de amortização, em junho de 2016 e 2015, discriminam-se da seguinte forma:

30. Outras Informações Relevantes Esta nota foi utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA. Inspeção Tributária De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até 2011 foram sujeitas a revisão por parte da Autoridade Tributária (AT).

Euros

Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 30-Jun-16 30-Jun-15

Ativos Fixos Tangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 1 1

Edifícios e Outras Construções 138.235 136.594

Equipamento Básico 44.150 64.229

Equipamento de Transporte 27.612 25.729

Equipamento Administrativo 21.155 22.209

Outros Ativos Tangíveis 23.684 17.961

254.837 266.723

Ativos Intangíveis

Terrenos e Recursos Naturais 426.039 426.051

Edifícios e Outras Construções 1.558.722 1.558.568

Equipamento Básico 647.431 640.715

Outros Ativos Intangíveis

Programas de Computador 5.379 4.810

2.637.571 2.630.144

Total 2.892.408 2.896.867

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105 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A generalidade dos bens atualmente registados nos “Ativos Intangíveis” encontravam-se, até à data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010, evidenciados na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, sendo então reclassificados para “Ativos Intangíveis”, conforme previsto na IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços, aplicável ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de 2011. Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado Português, designado por “Contrato de Concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do EFMA”, com a duração de 75 anos. Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do respetivo contrato de concessão. Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro, em vigor no período a que se refere a inspeção tributária “Os elementos do ativo imobilizado adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao seu período mínimo de vida útil” e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão, considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa. Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção tributária, para os quatro exercícios. Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação Graciosa relativa ao exercício de 2012. Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento, invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas,

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106 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à daqueles processos de IRC dos anos anteriores. Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial da correção efetuada pela inspeção, referente ao exercício de 2012. No ano de 2015 e no 1.º semestre de 2016, ainda no âmbito desta inspeção tributária em sede de IRC, a EDIA foi notificada pela Administração Tributária, que procedeu a uma correção à matéria coletável dos exercícios de 2013 e 2014, respetivamente, com a qual a EDIA não concorda. Conforme procedimento adotado em situações anteriores, a EDIA apresentou Impugnação Judicial. A EDIA, à data deste relato financeiro, não tem conhecimento de mais informações acerca destes processos, sendo convicção da Administração, que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. Matérias Ambientais O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico. A atividade da Empresa é de natureza essencialmente “não industrial”, sendo relativamente reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração de valor no tecido económico e social da região. No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas, eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original. Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores. As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa. Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos;

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107 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

não existe qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante. Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das Finanças e do Plano e das disposições referidas na Lei N.º 110/2009, de 16 de setembro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA, através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social. Garantias Prestadas Em 30 de junho de 2016, a EDIA tinha as seguintes responsabilidades por garantias bancárias prestadas:

A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla, S.A. por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no montante de € 2.777.250, valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. À data do relato financeiro, esta garantia ainda se encontra vigente.

No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza

perfurações horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa Estradas de Portugal,S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, S.A.), sem prazo e/ou pelo prazo de cinco anos. A 30 de junho de 2016 o montante total constituído ascende a € 136.961 .

No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009 “Aquisição de serviços de Execução do Cadastro Predial” ao consórcio CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na prestação de uma garantia bancária no valor de € 163.910, que se encontra ainda vigente.

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108 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA contestou e teve que prestar a favor da AT, duas garantias bancárias, sem prazo, no valor total de € 20.138, destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos nos Serviços de Finanças. Até 30 de junho de 2016, não houve qualquer reforço destas garantias.

No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal - Petrogal, S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a “caucionar o bom pagamento dos consumos relativos ao cartão GALP frota”. A 30 de junho de 2016, o montante constituído ascende a € 1.746.

Em maio de 2015, foi prestada uma garantia a favor da EDP Distribuição-Energia, S.A., no valor de € 95.640, que constitui a caução necessária para a receção provisória da linha de interligação entre infraestruturas da EDIA, em que esta assume a obrigação de pagar a indemnização devida pela reparação de qualquer defeito nos equipamentos e/ou nos processos de construção que se tornem patentes durante o período de garantia. A 30 de junho de 2016 esta garantia ainda se encontra vigente.

No 1.º semestre de 2015, foram prestadas três garantias a favor da Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária, S.A. (SPER), no valor total de € 30.000 (€ 10.000 cada), destinadas a garantir a boa execução da empreitada de construção dos blocos 3 e 4 de São Matias, com ocupação de subsolo e infraestruturas na estrada IP 2. À data do relato financeiro, estas garantias ainda se encontram vigentes.

Em abril de 2016, foi prestada uma garantia a favor da EDP Distribuição-Energia, S.A., no valor de € 60.930, que constitui a caução necessária para a receção provisória da linha de interligação entre infraestruturas da EDIA, em que esta assume a obrigação de pagar a indemnização devida pela reparação de qualquer defeito nos equipamentos e/ou nos processos de construção/montagem que se tornem patentes durante o período de garantia. A 30 de junho de 2016 esta garantia ainda se encontra vigente. Em junho de 2016, foi prestada uma garantia a favor das Águas Públicas do Alentejo (AGDA), no valor de € 3.721, que constitui a caução prevista para a celebração de um Contrato de Prestação de Serviços de Expropriação e Servidão.

O valor total das garantias prestadas (€ 3.290.296), apresenta-se distribuído da seguinte forma: (i) BCP- € 2.839.926; (ii) CCAM - € 286.460 ; e (iii) BPI - € 163.910.

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109 RELATÓRIO E CONTAS - 30 DE JUNHO DE 2016

Ativos e Passivos Contingentes

A EDIA celebrou com a EDP, em 24 de outubro de 2007, um contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico. Como contrapartida dos direitos de exploração contratualmente cedidos, a EDP pagou à EDIA um valor inicial, em dinheiro, e obrigou-se ao pagamento de uma compensação anual pelo prazo da concessão (35 anos). Além dessa contrapartida em dinheiro, a EDP obrigou-se ainda ao financiamento e construção dos reforços de potência de Alqueva e de Pedrógão, sendo que, pelo funcionamento dos mecanismos contratuais previstos, apenas o reforço de Alqueva veio a concretizar-se. Nos termos do contrato celebrado, a responsabilidade pela conceção, elaboração do projeto, financiamento, construção e exploração dos Reforços de Potência cabe exclusivamente à Cessionária da Exploração, ou seja, à EDP. Ainda de acordo com o contratado e para cada um dos reforços de potência, cabia à EDP promover um concurso para a Empreitada Geral de Construção e outro para o Fornecimento dos Equipamentos. A responsabilidade da EDP pelo investimento associado à conceção, elaboração dos projetos e construção do reforço de potência de Alqueva - o único concretizado e que aqui releva, porém, tem como limite o valor de referência do investimento indicado no contrato (€ 145.000.000 a preços constantes de 2006), sendo que, no caso do valor do investimento ser superior a esse valor de referência, a compensação anual deverá ser ajustada de acordo como o mecanismo de revisão igualmente estipulado no contrato. O investimento a realizar na construção do reforço de potência é calculado pela soma do valor das adjudicações resultantes dos respetivos concursos públicos para a “Empreitada Geral de Construção” e para o “Fornecimento dos Equipamentos”, acrescido de 7 % para “Projeto, gestão e fiscalização”. Se o investimento a realizar no reforço, calculado de acordo com o número anterior, for superior ou inferior ao referido valor de referência, o montante da compensação financeira anual será reduzido ou aumentado até à total repercussão da diferença num período de 4 anos e em condições que assegurem a neutralidade financeira, devendo utilizar-se para tal a taxa de juro anual de 5,5%. No caso do reforço de Alqueva, a aplicação do enunciado mecanismo de revisibilidade contratualmente previsto originou diferentes interpretações por cada uma das Partes no que respeita a:

a) Acréscimo no valor dos equipamentos; b) Ligação à Rede Nacional de Transporte (RNT); e c) Método para atualização dos valores em causa.

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A contratação dos equipamentos para o reforço de potência de Alqueva foi feita ao concorrente com a proposta de menor valor, embora por um valor € 3.144.412 acima do valor da adjudicação. Tal resultou de um aditamento ao valor proposto, segundo alega a EDP, para adequação da proposta aos requisitos do caderno de encargos. Diz ainda a EDP que, mesmo com esse acréscimo de encargos, o valor contratado é inferior ao da segunda proposta de valor mais baixo. No que toca à ligação à RNT o projeto inicial previa uma ligação em T, orçada em € 100 000. Posteriormente, já depois de lançados os respetivos concursos, a REN veio a rejeitar referida solução técnica, exigindo a instalação de um painel de linha que envolve um acréscimo de encargos sobre o valor resultante da soma dos valores da adjudicação no montante de € 2.179.549. Este painel de linha também não estava incluído no projeto inicial, contudo, sendo indispensável ao funcionamento da linha, a EDP considera que o respetivo custo deve ser suportado pela EDIA. Por fim, relativamente ao método de atualização dos valores a rever, a EDP assume uma metodologia que lhe é claramente favorável, alegando que é a metodologia que terá estado subjacente à proposta negocial da EDP que deu origem ao contrato de exploração das centrais. Tudo visto, A EDP reclama da EDIA, nos termos e condições expostos, a verba de M€ 5.263, o que de acordo com o princípio de neutralidade financeira e tendo em conta o faseamento do pagamento em 4 anos, com uma taxa de atualização de 5,5%, pressupõe uma anualidade de M€ 1.501. A EDIA, por seu lado, não subscreve o entendimento assumido pela EDP acima enunciado e considera que as estipulações contratuais em caso algum o sustentam. Pelas razões reflexas das que motivam a EDP, a EDIA considera-se credora da verba de M€ 2.839, o que de acordo com o princípio de neutralidade financeira e tendo em conta o faseamento do pagamento em 4 anos, com uma taxa de atualização de 5,5%, pressupõe uma anualidade de M€ 0.801. Mais se informa que a EDIA estabeleceu contactos com a EDP para sondar da disponibilidade para se alcançar alguma espécie de entendimento mas sem sucesso. A EDIA disponibilizou-se para equacionar uma solução que anulasse reciprocamente as pretensões de cada uma das partes, em nome do risco associado a um desfecho litigioso, mas deparou-se sempre com a irredutibilidade da EDP. A EDIA pede que seja reconhecido o direito a receber uma compensação financeira anual de € 12.360.000, durante todo o período de concessão, sem que a EDP, possa deduzir à mesma, durante 4 anos, a quantia de € 1.501.424/ano. Salienta-se que a EDP já deduziu aquele montante nos anos de 2013, 2014 e 2015, tendo ainda a deduzir, no seu entender, igual valor no corrente ano de 2016. Não se trata portanto de um valor que a EDIA, se fosse condenada, teria de pagar, uma vez que não o recebeu, nem iria receber em 2016. Em sede de condenação no pedido, a EDIA não tinha a pagar, ficava, isso sim, extinto o crédito de que se arroga sobre a EDP.

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A fase dos articulados foi excepcionalmente longa tendo ido até à resposta à Tréplica e à pronúnca sobre documentos apresentados depois da Tréplica. Decorridas vicissitudes várias, entendeu o Tribunal julgar-se competente para apreciar a matéria da Reconvenção e fixar os termos em que a EDIA podia usar o número de horas, fixadas as partes, para interrogar as suas testemunhas. A EDIA apresentou duas oposições às decisões do Tribunal, tendo em vista a possibilidade de vir a arguir a nulidade do acórdão que venha a ser proferido. O julgamento está na fase final, faltando apenas uma sessão para serem ouvidas as duas últimas testemunhas da EDP. Decorrida quase a totalidade do julgamento, a convicção da EDIA mantém-se. A prova produzida reafirmou a probabilidade da EDIA obter ganho de causa. É convicção da Administração da EDIA de que é bastante provável que não haja qualquer encargo líquido (considerando os 5,263 M€ reclamados pela EDP e os 2,839 M€ reclamados pela EDIA) a suportar pela EDIA, sendo a EDP obrigada a pagar integralmente os valores das rendas da concessão da exploração das Centrais que tem vindo a reter. Estamos perante um processo arbitral, cujo regulamento data de 31 de agosto de 2015, com um prazo de 18 meses para que o acórdão seja proferido, o que significa que a previsão é para final de fevereiro de 2017.

Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro

São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram na Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2014, as garantias prestadas nos termos do disposto no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro.

A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro do montante permitido pelos referidos normativos.

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Nestes casos, e conforme disposto no Art.º 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P.) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado. A 30 de junho de 2016, nos projetos ainda em aberto, a EDIA conseguiu apresentar despesa de investimento justificativa dos adiantamentos recebidos, exceto nos seguintes, pelo valor total de € 3.101.191:

o Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: € 1.380.534; e o Perímetro de Cinco Reis Trindade: € 1.720.657.

Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da legislação comunitária.

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Declaração de Conformidade do Conselho de Administração

Senhores Acionistas Nos termos previstos na alínea c) do N.º 1 do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) A informação constante no relatório de gestão intercalar expõe fielmente os acontecimentos importantes ocorridos no primeiro semestre de 2016 e o impacto nas respetivas demonstrações financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam e

(ii) A informação constante nas demonstrações financeiras individuais, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A..

Beja, 30 de agosto de 2016

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema

(Presidente)

Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo (Vogal)

Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez (Vogal)

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Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre Informação

Semestral

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Relatório de Revisão Limitada sobre Informação Semestral (Auditoria Contratual)

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SIGLAS E ABREVIATURAS

AGdA Águas Publicas do Alentejo AIA Avaliação de Impacte Ambiental ALVT Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A. AT Autoridade Tributária BCP Banco Comercial Português BEI Banco Europeu de Investimentos BIIS Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA BPI Banco Português de Investimentos CCAM Caixa de Crédito Agrícola Mútuo CCP Código dos Contratos Públicos CE Comunidade Europeia CHA Central Hidroelétrica de Alqueva CHP Central Hidroelétrica de Pedrógão CMVM Comissão do Mercado de Valores Mobiliários CP Concurso Público CSC Código das Sociedades Comerciais DIA Declaração de Impacte Ambiental DGTF Direção-Geral do Tesouro e Finanças DGADR Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural EBIT Earnings Before Interest and Taxes EBITDA Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A. EDP Energias de Portugal EFMA Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva FEADER Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FEEI Fundo Europeus Estruturais e de Investimento FEOGA Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola FSE Fundo Social Europeu ha Hectares IAS International Accounting Standart IASB Internacional Accounting Standard Board IFAP Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas IFRIC International Financial Reporting Interpretations Committee IFRS International Financial Reporting Standarts IGCP Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública INALENTEJO Programa Operacional Regional do Alentejo 2007-2013 IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado LCPA Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

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kwh Kilo watt hora m3 Metros cúbicos MADRP Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas MAFDR Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural MAM Ministério da Agricultura e do Mar MAMAOT Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território Mwh Mega watt hora PEC Programa de Estabilidade e Crescimento PIDDAC Programa Regionalizado de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da

Administração Central POVT Programa Operacional Temático de Valorização do Território PRD 2020 Programa de Desenvolvimento Rural 2014 - 2020 PRODER Programa de Desenvolvimento Rural QCA Quadro Comunitário de Apoio QEC Quadro Estratégico Comum 2014 - 2020 RCM Resolução de Conselho de Ministros RNT Rede Nacional de Transporte S.A. Sociedade Anónima SAP Sistemas, Aplicativos e Produtos Para Processamento de Dados SEE Setor Empresarial do Estado SISAP Sistema de Apoio à Determinação da Aptidão Cultural SNC - AP Sistema de Normalização Contabilística – Administrações Públicas SPER Sociedade Portuguesa para a construção e Exploração Rodoviária, S.A. TRH Taxa de Recursos Hídricos UE União Europeia WACC Weighted Average Cost of Capital

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