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RELATÓRIO e CONTAS 2012 ÍNDICE 1. Introdução 2. Actividades 2012 2.1 Exposições Temporárias 2.2 Outras Actividades 2.3 Exposições no estrangeiro 2.4 Exposições em Portugal (participação|organização) 2.5 Apoio Institucional 2.6 Visitantes 2.7 Divulgação 3. Centro de Documentação 4. Outras acções 5. Análise Económica e Financeira 6. Agradecimentos 7. Demonstrações Financeiras a 31.12.2012 8. Parecer do Conselho Fiscal 9. Certificação Legal de Contas

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RELATÓRIO e CONTAS 2012

ÍNDICE

1. Introdução

2. Actividades 2012

2.1 Exposições Temporárias

2.2 Outras Actividades

2.3 Exposições no estrangeiro

2.4 Exposições em Portugal (participação|organização)

2.5 Apoio Institucional

2.6 Visitantes

2.7 Divulgação

3. Centro de Documentação

4. Outras acções

5. Análise Económica e Financeira

6. Agradecimentos

7. Demonstrações Financeiras a 31.12.2012

8. Parecer do Conselho Fiscal

9. Certificação Legal de Contas

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1. Introdução

O ano de 2012 foi muito difícil para a Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva,

como aliás para o conjunto de instituições culturais e para o país em geral.

No que respeita à Fundação, os apoios públicos previstos no Decreto-Lei 149/90

que a instituiu sofreram uma redução de 30%, cobrindo apenas 64% dos custos de

manutenção e conservação nele previstos.

Esta redução verificou-se, apesar do reconhecimento do serviço público que a

Fundação presta, quer promovendo a conservação, estudo, divulgação e

exposição do valioso património doado a Portugal por Vieira da Silva, quer

desenvolvendo um amplo leque de iniciativas culturais, expondo outros artistas,

incentivando o coleccionismo privado através da exposição de colecções,

promovendo iniciativas de sensibilização e educação artística em particular dos

jovens e incentivando a iniciativa e a criatividade, quer, finalmente, contribuindo

para o reforço da imagem de Portugal no Mundo, através da realização no

estrangeiro de exposições da obra de Arpad Szenes e de Vieira da Silva, sem

dúvida uma das grandes portuguesas do século XX e aquela com uma presença

mais significativa nos grandes museus internacionais.

Esta redução do apoio público coincidiu com cada vez maiores dificuldades de

apoio mecenático. Apesar disso, um grande esforço de contenção de custos, uma

gestão rigorosa, o empenhamento e a dedicação do pequeno número de

colaboradores, permitiram ultrapassar as grandes dificuldades, mantendo uma

programação de qualidade, embora mais reduzida.

Deste modo pode afirmar-se que a Fundação cumpriu os objectivos que

presidiram à sua criação e está preparada para enfrentar os grandes desafios que

se avizinham. Importa, para isso, assegurar uma colaboração estreita com o

Estado, através do Secretário de Estado da Cultura, uma articulação com os

principais mecenas dos quais é justo destacar a Fundação EDP. A cooperação dos

coleccionadores privados e institucionais e o estabelecimento de uma rede de

parcerias com os nossos principais fundadores.

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2. Actividades 2012

2.1 Exposições temporárias

Em 2012, foram apresentadas as seguintes exposições temporárias:

Vieira da Silva – Gerardo Rueda: um diálogo convergente

Em colaboração com a Fundação Gerardo Rueda, esta exposição, comissariada

por Bernardo Pinto de Almeida, reuniu e colocou frente a frente a obra dos dois

artistas, revelando o diálogo sensível e intuitivo que transpira deste encontro.

(30 Novembro 2011 – 22 Janeiro 2012)

Vieira da Silva e Arpad Szenes – amigos de Paris: Jorge Martins, José Escada,

Lourdes Castro e René Bertholo)

Exposição organizada pela Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva em

colaboração com Fundação Calouste Gulbenkian. Comissariada por Ana

Vasconcelos e Melo (FCG-CAM) e Marina Bairrão Ruivo (FASVS), a exposição

reuniu obras de quatro artistas: LOURDES CASTRO e RENÉ BERTHOLO, JORGE MARTINS, e

José ESCADA. Todos tiveram uma ligação especial ao casal Szenes, pela amizade e

pela orientação artística. A mostra procurou revelar obras de início de carreira

(década de 60 e início de 70), que ilustrem um período crucial da produção e

apontem já futuras direcções de pesquisa. À colecção do museu juntámos um

conjunto de obras da colecção da Fundação Calouste Gulbenkian, aquisições e

doações dos artistas, complementado por algumas obras de colecções

particulares.

(26 Janeiro a 15 Abril)

Arte Bruta, terra incógnita – Colecção Treger / Saint Silvestre

A Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva apresentou pela primeira vez em

Portugal uma exposição de Arte Bruta que reuniu trabalhos de mais de setenta

artistas de quinze países diferentes, numa selecção criteriosa de obras

provenientes da colecção Treger-Saint Silvestre. A exposição foi comissariada por

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Christian Berst, fundador de uma das mais importantes galerias de Arte Bruta na

Europa, em Paris, que se tornou uma referência internacional na matéria.

(20 Abril a 23 Setembro)

100 OBRAS, 10 ANOS: UMA SELECÇÃO DA COLECÇÃO DA FUNDAÇÃO PLMJ

“100 Obras, 10 Anos: Uma Selecção da Colecção da Fundação PLMJ” – exposição

comemorativa do décimo aniversário da Fundação PLMJ. A exposição,

comissariada por Miguel Amado, traçou uma panorâmica do acervo da Fundação

PLMJ, originalmente centrado na arte portuguesa e recentemente também

dedicado à arte dos países de língua oficial portuguesa. A exposição reuniu

artistas consagrados e emergentes do panorama nacional, focando nomes

associados às décadas de 1980, 1990 e 2000 de acordo com a lógica de

desenvolvimento do acervo da Fundação PLMJ, como Ângela Ferreira, Fernanda

Fragateiro, Joana Vasconcelos, João Louro, José Pedro Croft, Julião Sarmento,

Miguel Palma, Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez e Rui Chafes, entre outros.

(27 de Setembro 2012 – 27 de Janeiro 2013)

2.2 Outras actividades

Foram concretizadas acções para a divulgação e a rentabilização do Museu

através de várias iniciativas.

- A Fundação manteve uma oferta de ateliês lúdico-pedagógicos para famílias e

público em geral, aos sábados dos meses de Maio, Junho e Julho. Os ateliês e

visitas procuram sensibilizar as crianças, jovens e adultos para a obra dos artistas

Arpad Szenes e Vieira da Silva ou para a obra dos artistas em exposição no espaço

do museu. Os ateliers centraram-se na exposição “Arte Bruta – Terra Incógnita”:

UMA VIAGEM LOUCA PELO MUNDO DA ARTE, IMAGENS SEM SENTIDO?, OBRAS

BRUTAIS EM ESTADOS ALTERADOS e LOUCO OU CRIADOR GENIAL? OS ARTISTAS

DA ARTE BRUTA.

- A Fundação manteve também actividades lúdico-pedagógicas para festas de

aniversário no Museu: UM MUSEU DE MISTÉRIOS (4-7 anos) e NA CASA DE VIEIRA

DA SILVA (8-12 anos).

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- A Fundação promoveu o curso teórico “Power Couples – influências e percursos

de casais artistas, orientado por Carolina Silva (sessões a 14, 21, 28 de Abril e 5 de

Maio).

O aluguer ou cedência do auditório (e outros espaços do museu) foi significativo

em 2012, apresentando seminários temáticos e conferências com carácter

regular. Promoveram-se parcerias com outras instituições:

- 19 Janeiro: conferência do Arqtº Ricardo Bak Gordon, conferência integrada no

Ciclo de Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria

com a Estratégia Urbana.

- 30 Janeiro: parceria com INDUSCRIA-Plataforma Para as Industrias Criativas,

Seminário Temático “Lisboa: Itinerários e Distritos Culturais.

- 1 Fevereiro: conferência do Arqtº Camilo Rebelo, conferência integrada no Ciclo

de Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria com

a Estratégia Urbana.

- 9 Fevereiro 2012: o auditório foi cedido ao Centro Português de Fundações para

o seminário “Transição para o novo regime de normalização contabilística das

entidades de sector não lucrativo.

- 16 Fevereiro: conferência dos Arqtº Cristina Guedes e Francisco V. Campos,

conferência integrada no Ciclo Conferências de Arquitectura Do conceito à obra,

organizado em parceria com a Estratégia Urbana.

- 6 Março 2012: o auditório foi cedido à Deloitte (Profecto Farol / Deloitte Circle)

para o lançamento da obra “Portugal 2020 Entre o Sucesso e a Irrelevância”

- 15 Março: conferência do Arqtº José Mateus, conferência integrada no Ciclo de

Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria com a

Estratégia Urbana.

- 19 Abril: conferência do Arqtº Manuel Taínha, conferência integrada no Ciclo de

Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria com a

Estratégia Urbana.

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- 17 Maio: conferência do Arqtº João Trindade, conferência integrada no Ciclo de

Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria com a

Estratégia Urbana.

- 16 Junho: a FASVS participou na festa “Faz Música Lisboa! 2012” com concertos

de música clássica no espaço do Museu, Associação Faz Música Lisboa.

- 21 Junho: conferência do Arqtº Carvalho Araújo, conferência integrada no Ciclo

de Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria com

a Estratégia Urbana.

- 19 Julho: conferência do Arqtº Manuel Graça Dias, conferência integrada no

Ciclo de Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria

com a Estratégia Urbana.

- 12 Agosto: a FASVS associou-se ao Dia Internacional da Juventude com entrada

gratuita nesse dia para jovens.

- 17 Outubro: conferência do Arqtº José Pedro Falcão de Campos, conferência

integrada no Ciclo de Conferências de Arquitectura Do conceito à obra,

organizado em parceria com a Estratégia Urbana.

- 22 Novembro: conferência do Arqtº Nuno Brandão Costa, conferência integrada

no Ciclo de Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em

parceria com a Estratégia Urbana.

- 6 Dezembro: conferência do Arqtº Manuel Mateus, conferência integrada no

Ciclo de Conferências de Arquitectura Do conceito à obra, organizado em parceria

com a Estratégia Urbana.

2.3 Exposições no estrangeiro

Em 2012, mantendo a política de divulgação internacional da colecção da

Fundação, foi organizada uma exposição de 50 obras de Vieira da Silva e de Arpad

Szenes, Vieira da Silva e Arpad Szenes, Trayectorias paralelas no Centro Cultural

Novacaixagalicia, Vigo (15 de Março a 6 de Maio) e no Centro de la Fundación

Novacaixagalicia, La Coruña (10 de Maio a 15 de Julho), comissariada por Marina

Bairrão Ruivo e Sandra Santos. Para a exposição foi reunido um conjunto de obras,

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fotografias e documentos, da colecção da Fundação Arpad Szenes – Vieira da

Silva, que permite acompanhar o percurso de vida e a evolução da obra dos dois

pintores.

Com a exposição VIEIRA DA SILVA, AGORA, Museu de Arte Moderna do Rio de

Janeiro (19 DEZEMBRO 2012 – 17 FEVEREIRO 2013), Integrada nas Comemorações do

Ano de Portugal no Brasil, pretendeu-se homenagear a personalidade e a obra de

Maria Helena Vieira da Silva de modo a situa-la devidamente no panorama

artístico internacional, no Rio de Janeiro, onde há muito tempo a sua obra não era

apresentada e onde viveu com o seu marido, o pintor Arpad Szenes, de 1940 a

1947. Esta grande exposição, organizada pela Fundação Arpad Szenes – Vieira da

Silva, pela Associação Espírito Santo Cultura – Rio de Janeiro e pelo Museu de Arte

Moderna do Rio de Janeiro, reuniu um conjunto de obras-primas provenientes das

mais importantes colecções particulares e institucionais, de Portugal e do Brasil.

Foram expostas 51 obras (pintura e desenho) datadas de 1934 a 1986, que

cobrem um vasto período da produção da artista e permitem uma leitura

antológica da sua obra. A exposição foi complementada por uma fotobiografia da

artista.

2.4 Exposições em Portugal (participação|organização)

Em 2012, foram cedidas as seguintes obras:

- 49 obras sobre papel de Vieira da Silva, cedidas temporariamente para a

exposição Vieira da Silva-Gerardo Rueda: Um diálogo convergente, Galeria

Municipal de Matosinhos, 28 Abril a 1 Julho 2012.

– 20 obras de Arpad Szenes e Vieira da Silva, cedidas temporariamente para a

exposição Gabinete de Anatomia, Casa Museu Abel Salazar, Porto, 21 Abril a 26

Maio 2012.

– 1 obra de Vieira da Silva (Craie, 1958), cedida temporariamente para a exposição

Dez andamentos da pintura em Portugal. 1912-2012, (org. Árvore – Cooperativa

de Actividades Artísticas, CRL, Porto), Centro Cultural de Chaves, 7 Julho a 30

Setembro de 2012.

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– 6 obras de Vieira da Silva ( Atelier, Lisbonne, 1934-1935; 5 octobre 1789, 1938;

Vers le 5 octobre 1789, 1938; La ruée des losanges, 1947; Le retour d’Orphée,

1982-1986; Composition, 1936) + 18 paineis PVC, cedidas temporariamente para a

exposição Vieira da Silva: o espaço e outros enigmas. Grandes obras em grandes

colecções, Galeria Fundação EDP, Porto, 12 Julho a 21 Outubro de 2012. A

Fundação organizou esta exposição, em parceria com a Fundação EDP.

Comissariada por Marina Bairrão Ruivo, a exposição pretendeu mostrar a obra de

Vieira da Silva no Porto, mais de vinte anos passados sobre a grande exposição de

1989, em Serralves. Foram reunidas obras de colecções particulares e

institucionais em Portugal, permitindo admirar diferentes etapas da pintura da

artista, que confirmam a sua excepcional dimensão no panorama internacional da

arte contemporânea e ilustram um percurso estético notável, intenso e actual, e

que levantam o véu para o universo do coleccionismo em Portugal, a relação

entre o coleccionador, a obra e o artista.

- 13 obras de Vieira da Silva, cedidas temporariamente para a exposição Riso, (org.

Fundação EDP) Museu da Electricidade, 20 Outubro 2012 a 17 Março 2013.

Entregue a: Caixa Geral de Depósitos, Lisboa

- 20 gravuras de Vieira da Silva, cedidas temporariamente para integrar a Rota

CGD Arte, 2012 Lisbon week, 22 – 28 Outubro 2012.

Entregue a: MAM, Rio de Janeiro

- 20 obras de Vieira da Silva, cedidas temporariamente para a exposição Vieira da

Silva, agora, MAM Rio de Janeiro, 19 de Dezembro 2012 a 17 Fevereiro 2013.

2.5 Apoio Institucional

O apoio de várias instituições contribuiu decisivamente para que fosse garantida a

qualidade da programação.

A Fundação EDP, mecenas principal manteve, em 2012, o apoio às exposições e

actividades da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, e patrocinou

integralmente a exposição Vieira da Silva. O espaço e outros enigmas: grandes

obras em grandes colecções, na Galeria da Fundação EDP, Porto.

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Foi celebrado um contrato-programa com a Câmara Municipal de Lisboa, de apoio

às exposições e actividades da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, para o

ano 2012.

A Caixa Geral de Depósitos contribuiu com um patrocínio de apoio às exposições e

actividades da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva.

Do Turismo de Portugal, I.P. recebemos a quantia restante do apoio financeiro

concedido em 2011 para execução do projecto de requalificação e modernização

das instalações do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva. A verba concedida

representou 80% do custo da obra.

A Lisgráfica, S.A. ofereceu a impressão dos convites e catálogo da exposição

Amigos de Paris. Lourdes Castro, René Bertholo, José Escada, Jorge Martins, os

seguros foram comparticipados, em parte, pela HISCOX e Secose – Correctores de

Seguros, S.A.

Em 2012, a Fundação recebeu também um subsídio da seguradora Império

Bonança.

A Associação BES Cultura concedeu um apoio para a Exposição Vieira da Silva

Agora, que teve lugar no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil.

2.6 Visitantes

Em 2012, a Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva teve 12.948 visitantes,

compreendendo 17 Escolas Públicas, 11 Escolas Privadas / Universidades e 16

Grupos Particulares, num total de 1.320 participantes que beneficiaram de visitas

guiadas. Em 2012 prosseguimos a colaboração regular (externa) para a realização

de ateliers pedagógicos e festas de aniversário (total de 40 participantes).

2.7 Divulgação

Foi enviado aos órgãos de comunicação social um dossiê de imprensa com

informação detalhada de cada uma das exposições temporárias realizadas assim

como de todas as outras actividades, tendo as iniciativas desta Fundação obtido

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bom acolhimento por parte da crítica e da imprensa, imprensa escrita e digital,

rádio e televisão.

O flyer da Fundação foi regularmente distribuído em suporte papel, pdf e formato

digital (em português, inglês, francês e espanhol) junto da ATL, hotéis, operadores

turísticos, imprensa, visitantes, etc.

Os dados da Fundação continuam acessíveis no website do Turismo de Portugal.

3. O Centro de Documentação e Investigação renovou a colaboração com a

voluntária Graça Martins, responsável pela transcrição da correspondência entre

o casal Szenes, com vista a uma publicação. À semelhança dos anos anteriores,

acolheu vários investigadores e estudantes do ensino superior que procuram

informação sobre a obra dos artistas Arpad Szenes e Maria Helena Vieira da Silva.

Em resultado destas pesquisas, o CDI recebe periodicamente trabalhos

académicos, teses, de mestrado e doutoramento, publicações resultantes da

investigação, que disponibiliza para consulta. Este ano foi-nos entregue a

dissertação de doutoramento de Emília Carvalho, que teve por tema Espaços

capturados. Configurações espaciais e de luz na pintura de Maria Helena Vieira da

Silva. Além do apoio a investigadores, o CDI dá colaboração a eventos e entidades,

sempre que o âmbito dos mesmos o justifique. O CDI continua a política de

aquisição regular e sistemática de catálogos de exposições e obras sobre Arpad

Szenes e Vieira da Silva, imprescindíveis para o enriquecimento da

biblioteca/arquivo do museu.

4. Outras acções

- A Fundação associou-se à CGD na Comemoração do Dia da Mulher –

CaixaWoman, oferecendo entrada gratuita no museu a todas as mulheres que

apresentassem o Cartão Caixa Woman, 8 de Março 2012.

- A Directora do Museu, Marina Bairrão Ruivo, participou numa conferência ”Pelas

entrelinhas. O Desenho em Mário Dionísio e seus contemporâneos” (Paula Ribeiro

Lobo – FCSH-UNL, David Santos – MNR, Bruno Marques – FCSH-UNL, Filomena

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Serra – FCSH-UNL, Marina Bairrão Ruivo – FASVS), organizada pelo Centro Mário

Dionísio, Casa da Achada, 31 de Março 2012.

- A Directora do Museu, Marina Bairrão Ruivo, participou numa conferência sobre

Vieira da Silva, organizada pela Associação dos Amigos dos Castelos, Lisboa, 28 de

Maio 2012.

- A FASVS associou-se ao Dia do Vizinho, Projecto Boa Vizinhança, organizado pela

Junta de Freguesia de São Mamede, 1 de Junho 2012.

- A Directora do Museu, Marina Bairrão Ruivo, participou na inauguração da

exposição de Gravuras de Vieira da Silva com uma palestra sobre Vieira da Silva,

organizada pela CGD / Lisbon Week, CGD Praça do Comércio, 7 de Novembro

2012.

- A FASVS estabeleceu uma parceria com os museus situados no eixo Chiado /

Amoreiras, “Arte e Ciência – entre as Amoreiras e o Chiado”, coordenação da

Direcção de Cultura da Santa Casa da Misericórdia: serão produzidos 500.000

desdobráveis de divulgação dos 8 museus que integram este itinerário, em

português e inglês (apoio SCML).

5. Análise Económica e Financeira

No exercício de 2012, verificou-se um ligeiro decréscimo de 1,4% nas receitas

correntes. Tal foi conseguido pelo aumento de 27% verificado nos patrocínios de

Outras Entidades e também pelo aumento das vendas e prestações de serviços

em 8,2%, compensando assim a diminuição verificada no Subsídio do Estado

(Fundo de Fomento Cultural) cuja redução atingiu 17,6% (300.354,60 euros em

2012 e 364.716,00 euros em 2011).

No que respeita aos gastos operacionais verificou-se um decréscimo de 17,7%,

tendo contribuído para tal os decréscimos de 18% e 15,8% verificados nos

Fornecimentos e serviços externos e nos Gastos com pessoal, respectivamente.

O resultado líquido do exercício positivo foi de 116.731,37 euros, e ficou a dever-

se à conjugação da redução muito significativa dos gastos com o pessoal e

fornecimentos e serviços externos.

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Balanço dos Exercícios Findos

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011

2012 2011

ACTIVO

Activo não correnteActivos fixos tangíveis 5 7.650.833,52 7.676.912,01

Investimentos em curso 5 29.693,87 29.693,87

7.680.527,39 7.706.605,88

Activo corrente

Inventários 6 60.010,01 65.058,04

Clientes e utentes 3.312,14 398,04

Estado e outros entes públicos 7 44,31 802,97

Outras contas a receber 16.329,00 0,00

Diferimentos 8 4.668,80 3.153,14

Caixa e depósitos bancários 18 66.475,47 7.831,61

150.839,73 77.243,80

Total do activo 7.831.367,12 7.783.849,68

FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO

Fundos Patrimoniais

Fundos 2.169.770,86 2.169.770,86

Resultados transitados (1.035.298,56) (1.061.802,37)

Outras Variações dos fundos patrimoniais 6.479.204,09 6.447.114,32

Resultado líquido do período 116.731,37 26.503,81

Total dos fundos patrimoniais 9 7.730.407,76 7.581.586,62

PASSIVO

Passivo corrente

Fornecedores 21.658,47 95.972,50

Estado e outros entes públicos 7 7.714,35 7.002,72

Financiamentos obtidos 10 26.548,08 70.000,00

Outras contas a pagar 11 43.030,13 29.287,84

Diferimentos 8 2.008,33 0,00

Total do passivo 100.959,36 202.263,06

Total dos fundos patrimoniais e do passivo 7.831.367 ,12 7.783.849,68

RUBRICASD A T A S

NOTAS

O Presidente do Conselho de Administração

_____________________________

O Técnico Oficial de Contas

_______________________

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Demonstração de Resultados por Naturezas dos Exercícios Findos

em 31 de Dezembro de 2012 e 2011

2012 2011

Vendas e serviços prestados 12 45.766,85 42.288,83

Subsídios, doações e legados à exploração 13 550.854,60 563.016,00

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (2.468,88) (6.919,00)

Fornecimentos e serviços externos 14 (263.502,41) (321.423,49)

Gastos com o pessoal 15 (194.888,03) (231.448,37)

Imparidades de dívidas a receber (1.091,45)

Outros rendimentos e ganhos 16 39.910,23 39.941,63

Outros gastos e perdas 17 (6.177,36) (3.254,62)

Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 169.495,00 81.109,53

Gastos/reversões de depreciações e amortizações 5 (48.316,11) (49.005,65)

Resultado operacional/antes de gastos de financiamento e impostos 121.178,89 32.103,88

Juros e gastos similares suportados (4.447,52) (5.600,07)

Resultado antes de impostos 116.731,37 26.503,81

Impostos sobre o rendimento do período 0,00 0,00

Resultado líquido do período 116.731,37 26.503,81

RENDIMENTOS E GASTOSPERÍODOS

NOTAS

O Presidente do Conselho de Administração

____________________________________

O Técnico Oficial de Contas

_______________________

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Demonstração de Fluxos de Caixa Dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2 010

Notas 2012 2011

Fluxos de caixa das actividades operacionais - méto do directo Recebimentos de clientes 43.056,68 41.697,38

Pagamentos a fornecedores (479.533,70) (265.864,84) Pagamentos ao pessoal (187.988,41) (231.675,65)

Caixa gerada pelas operações (624.465,43) (455.843,11)

Pagamentos/recebimentos do imposto sobre rendimento (599,78)Outros recebimentos/pagamentos 624.136,88 543.278,30

Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) (928,33) 87.435,19

Fluxos de caixa das actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis (23.172,23) (94.053,93)

Recebimentos provenientes de: Subsídios ao investimento 72.000,00 36.000,00 Juros e rendimentos similares 76,05 7,31

Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) 48.903,82 (58.046,62)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (43.451,92) (31.000,00) Juros e gastos similares (4.523,57) (5.607,38)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3 ) (47.975,49) (36.607,38)

Variações de caixa e seus equivalentes 58.643,86 (7.218,81)

Caixa e seus equivalentes no início do período 4 7.831,61 15.050,42

Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 66.475,47 7.831,61

PERÍODO

O Presidente do Conselho de Administração

__________________________________

O Técnico Oficial de Contas

_______________________

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

1 - Identificação da entidade

FUNDAÇÃO ARPAD SZENES VIEIRA DA SILVA Sede: Praça das Amoreiras, 58 Lisboa 1250-020 LISBOA A Fundação Arpad Szènes Vieira da Silva (FASVS), é uma Fundação de direito privado e utilidade pública, constituída pelo DL nº 159/90 de 10 de Maio. A Fundação Arpad Szènes Vieira da Silva tem por actividade a promoção, divulgação e o estudo das obras artísticas de Maria Helena Vieira da Silva e de Arpad Szènes, para o que criou um museu e um centro de documentação e de investigação dedicados ao trabalho destes dois artistas. Possui uma dotação de fundos patrimoniais de 2.169.770,86 € e número de identificação fiscal 502697628. As notas do anexo passam a seguir uma sequência lógica e estruturada com referenciação cruzada às demais demonstrações financeiras. 2 – Referencial Contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

2.1 – Bases de Preparação As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as disposições do Sistema de Normalização Contabilística para Entidades do Sector não Lucrativo (SNC-ESNL), aprovado pelo decreto-lei nº 36-A/2011, de 9 de Março. O SNC-ESNL, é regulado pelos seguintes diplomas: - Aviso nº 6726-B/2011, de 14 de Março - Portaria nº 105/2011, de 14 de Março - Portaria nº 106/2011, de 14 de Março A Fundação prepara, desde 2010, as suas contas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística – NCRF. 2.2 – Comparabilidade das Demonstrações Financeiras

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As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados a 31 de Dezembro de 2012, são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011. As Demonstrações Financeiras foram preparadas de acordo com as Bases de Apresentação das Demonstrações Financeiras (BADF). 2.3 - Regime da periodização económica (acréscimo) A Fundação reconhece os rendimentos e ganhos à medida que são gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. As quantias de rendimentos atribuíveis ao período e ainda não recebidos ou liquidados são reconhecidas em “Devedores por acréscimos de rendimento”; por sua vez, as quantias de gastos atribuíveis ao período e ainda não pagos ou liquidados são reconhecidas “Credores por acréscimos de gastos”. 2.4 - Materialidade e agregação As linhas de itens que não sejam materialmente relevantes são agregadas a outros itens das demonstrações financeiras. A Entidade não definiu qualquer critério de materialidade para efeito de apresentação das demonstrações financeiras. 2.5 – Compensação Os activos e os passivos, os rendimentos e os gastos foram relatados separadamente nos respectivos itens de balanço e da demonstração dos resultados, pelo que nenhum activo foi compensado por qualquer passivo nem nenhum gasto por qualquer rendimento, ambos vice-versa. 3 – Principais políticas contabilísticas: As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos da Fundação, mantidos de acordo com as disposições das normas contabilísticas e de relato financeiro em vigor. 3.1 – Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis são valorizados ao custo de aquisição líquido, das depreciações acumuladas e perdas por imparidade. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios directamente atribuíveis à aquisição dos bens e sua disponibilização no local e condições de operacionalidade pretendidos. As despesas com reparação e manutenção destes activos são consideradas como gasto no período em que ocorrem. As beneficiações relativamente às quais se estima que

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gerem benefícios adicionais futuros são capitalizadas no item de activos fixos tangíveis. As depreciações são calculadas a partir do ano de entrada em funcionamento dos bens, pelo método das quotas constantes, de acordo com a sua vida útil estimada. Anos de vida útil Edifícios e Outras Construções 50 anos Equipamento Administrativo 4 a 8 anos Os terrenos não são amortizados. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o recebimento e a quantia escriturada do activo, sendo reconhecidos como rendimentos ou gastos no período. As obras de arte pertencentes à FASVS encontram-se registadas na contabilidade pelo seu custo de aquisição ou em caso de doação por valores simbólicos, uma vez que a Fundação pretende manter no seu espólio estas obras, não sendo sua intenção vendê-las. As obras são registadas em activo fixo tangível por contrapartida de reservas. 3.2 – Outros activos correntes Os outros activos correntes são reconhecidos inicialmente pelo seu valor nominal e são apresentados deduzidos de eventuais perdas por imparidade. A perda por imparidade destes activos é registada quando existe evidência objectiva de que não se irão cobrar todos os montantes devidos de terceiros. O montante da perda corresponde à diferença entre o valor nominal e o valor estimado de recuperação e é reconhecido na demonstração dos resultados do período. 3.3 – Caixa e seus equivalentes: Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa e depósitos bancários, ambos imediatamente mobilizáveis. 3.4 – Fornecedores e outras contas a pagar: As contas a pagar são registadas ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos não difere significativamente do seu valor nominal. Apenas vencem juros os empréstimos obtidos. 3. 5 – Inventários: Os inventários são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o valor líquido de realização.

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3. 6 – Imposto sobre o rendimento: A Fundação Arpad Szènes Vieira da Silva está isenta de Imposto sobre o rendimento, de acordo com o despacho de 02.02.1993. 3.7 – Rédito O rédito compreende o justo valor das prestações de serviços, líquidas de impostos e descontos recebidos ou a receber relativos à venda e prestações de serviços no decurso normal da actividade da Fundação. O rédito é registado líquido de quaisquer impostos, descontos comerciais atribuídos. 3. 8 – Subsídios e Apoios Os subsídios à exploração recebidos do Estado Português e dos mecenas são destinados a fazer face às despesas ordinárias de manutenção e conservação do museu e do centro de documentação da Fundação. São registados na rubrica de Subsídios à Exploração no período a que respeitam, independentemente da data do seu recebimento. Os subsídios ao investimento não reembolsáveis são reconhecidos inicialmente na rubrica de capital próprio “Outras variações dos fundos próprios”, sendo transferidos numa base sistemática para resultados à medida que decorre o respectivo período de depreciação. 3. 9 - Reconhecimento de gastos e rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime de acréscimo. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de Outros activos ou passivos conforme sejam valores a receber ou a pagar. 3. 10 – Gastos/Rendimentos de financiamentos Os gastos/rendimentos de financiamentos incluem os juros pagos pelos empréstimos obtidos, os juros recebidos de aplicações efectuadas e rendimentos e gastos similares obtidos e suportados. Os juros são reconhecidos de acordo com o regime de acréscimos. 3. 11 – Responsabilidades por férias e subsídio de férias

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O valor das responsabilidades por férias e subsídio de férias e respectivos encargos do exercício corrente, a pagar no ano seguinte, são registados como gastos do exercício por contrapartida da rubrica de Acréscimos de gastos por reconhecer. 3. 12 – Eventos subsequentes: Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionam informação adicional sobre condições que existam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionam informação sobre condições ocorridas após a data do balanço são divulgadas nas demonstrações financeiras se foram considerados materialmente relevantes. 3. 13 – Principais pressupostos relativos ao futuro Não foram identificados pelo Conselho de Administração da Fundação situações que coloquem em causa a continuidade da instituição.

4 – Politicas Contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros:

Não se verificaram quaisquer efeitos resultantes de alteração voluntária em políticas contabilísticas.

5 - Activos fixos tangíveis:

Nos exercícios findos em 31-12-2012 e 2011, o movimento ocorrido na rubrica dos activos fixos tangíveis, bem como as respectivas depreciações, foi o seguinte:

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5 A – Bens do Património Artístico Os Activos fixos tangíveis incluem como “Bens do património histórico, artístico e

cultural” os valores do mapa seguinte:

Obras de Arte

Saldo em 01-01-2011 5.851.086,70

Aumentos 0,00

Alienações 0,00

Regularizações/transf. e abates 0,00

Saldo em 31-12-2011 5.851.086,70

Saldo em 01-01-2012 5.851.086,70

Aumentos 0,00

Alienações 0,00

Regularizações/transf. e abates 0,00

Saldo em 31-12-2012 5.851.086,70

6 – Inventários:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os inventários somavam, respectivamente,

60.010.01 e 65.058,04 €.

7 – Estado e Outros Entes Públicos:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os saldos com o Estado e Outros Entes Públicos

tinham a seguinte composição:

Rubricas 2012 2011

Saldo Devedor Saldo Credor Saldo Devedor Saldo Credor

Imposto sobre rendimento pessoas singulares 3.456,43 2.856,65

Imposto sobre o valor acrescentado 44,31 802,97

Contribuições para a segurança social 4.257,92 4.146,07

Total 44,31 7.714,35 802,97 7.002,72

As dívidas ao Estado resultam das retenções e contribuições processadas em

Dezembro de 2012.

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8 – Diferimentos:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os diferimentos tinham a seguinte composição:

Rubricas 2012 2011

Saldo Devedor Saldo Credor Saldo Devedor Saldo Credor

Gastos a reconhecer 4.668,80 2.008,33 3.153,14

Total 4.668,80 2.008,33 3.153,14 0,00

9 – Fundos Patrimoniais:

9.1 Fundos

A Fundação Arpad Szènes Vieira da Silva foi constituída com os fundos iniciais

conforme segue:

Câmara Municipal de Lisboa 548.677,69 €

Fundação Calouste Gulbenkian 1.122.295,27 €

Fundação Luso Americana 249.398,95 €

Fundação Cidade de Lisboa 249.398,95 €

Total do Capital 2.169.770,86 €

9. 2 – Outras Variações nos Fundos Patrimoniais

O movimento ocorrido na rubrica de Outras Variações nos Fundos Patrimoniais foi o

seguinte:

Subsídios Doações Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 347.133,21 6.102.090,09 6.449.223,30

Aumentos 36.000,00 36.000,00

Diminuições (38.108,98) (38.108,98)

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 345.024,23 6.102.090,09 6.447.114,32

Aumentos 72.000,00 72.000,00

Diminuições (39.910,23) (39.910,23)

Saldo em 31-12-2012 377.114,00 6.102.090,09 6.479.204,09

O aumento de subsídio diz respeito ao Turismo de Portugal, IP para apoio a um

projecto de requalificação e modernização do Museu.

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10 – Financiamentos obtidos

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica de Financiamentos Obtidos tem a

seguinte composição:

Financiamento Bancário Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 101.000,00 101.000,00

Aumentos 49.000,00 49.000,00

Diminuições 80.000,00 80.000,00

Saldo em 31-12-2011 70.000,00 70.000,00

Aumentos 37.613,79 37.613,79

Diminuições 81.065,71 81.065,71

Saldo em 31-12-2012 26.548,08 26.548,08

11 – Outras Contas a Pagar

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica de Outras Contas a Pagar tem a

seguinte composição:

Rubricas 2012 2011

Férias, subs. de férias e out gastos com o pessoal 28.015,63 21.227,89

Fornecimentos e serviços externos 15.014,50 7.559,95

Total 43.030,13 28.787,84

12 – Rédito:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica tem a seguinte composição:

Valores em euros 2012 2011

Vendas Mercadorias e Produtos

Mercado interno 21.136,85 23.386,83

Prestações de Serviços

Mercado interno 24.630,00 18.902,00

Total 45.766,85 42.288,83

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13 – Subsídios, Doações e legados à exploração

Foram reconhecidos os seguintes subsídios à exploração:

Rubricas 2012 2011

Estado

Câmara Municipal de Lisboa 5.000,00 5.000,00

Fundo do Fomento Cultural (subsídio do Governo) 300.354,60 364.716,00

Outras Entidades

Fundação EDP 200.000,00 100.000,00

Outros 45.500,00 93.300,00

Total 550.854,60 563.016,00

14 – Fornecimentos e serviços externos:

Rubricas 2012 2011

Trabalhos especializados 54.891,85 36.011,57

Vigilância e segurança 90.238,31 152.067,62

Honorários 8.607,30 21.077,02

Conservação e reparação 637,20 3.925,20

Electricidade 22.517,02 20.357,91

Transportes de Mercadorias (Obras) 265,92 1.204,82

Seguros 56.563,93 54.891,32

Limpeza higiene e conforto 11.133,32 17.054,63

Outros gastos 18.647,56 14.833,40

Total 263.502,41 321.423,49

Os fornecimentos e serviços externos respeitam a gastos com a produção das

exposições do museu e manutenção e funcionamento.

A rubrica de vigilância respeita aos serviços de vigilância do Museu.

15 – Gastos com o pessoal

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a Fundação teve 5

colaboradores ao seu serviço

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A rubrica de gastos com o pessoal tem a seguinte composição:

Rubricas 2012 2011

Remunerações do pessoal 158.267,51 190.486,66

Encargos sobre remunerações 34.697,58 37.981,67

Seguro de acidentes de trabalho 1.922,94 2.980,04

Total 194.888,03 231.448,37

No final do exercício de 2012, a Fundação reconheceu em Credores por acréscimo de

gastos o montante de 28.015,63 euros (2011: 21.227,89 euros) referente a encargos

com férias e subsídio de férias já vencidos, cujo pagamento só é devido no exercício

seguinte.

O Conselho de Administração não aufere qualquer remuneração.

O número médio de colaboradores ao serviço da Fundação em 31/12/2011 e em

31/12/2012 foi de 5.

16 – Outros Rendimentos e Ganhos

A rubrica de rendimentos e ganhos tem a seguinte composição:

Rubricas 2012 2011

Aluguer de espaços 1.378,07

Ganhos em inventários 0,00

Imputações de subsídios ao investimento 39.910,23 38.108,98

Outros 454,58

Total 39.910,23 39.941,63

17 – Outros Gastos e Perdas

A rubrica de Outros gastos e perdas tem a seguinte composição:

Rubricas 2012 2011

Impostos e Taxas 1.506,65 522,60

Correcções relativas a exercícios anteriores 0,00 3,29

Quotizações 1.572,08 1.572,08

Ofertas e amostras de inventários 3.098,63 956,64

Outros não especificados 0,00 200,01

Total 6.177,36 3.254,62

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