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Resolução Normativa Nº 414/2010 DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

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  • Resoluo Normativa N 414/2010

    DIREITOS E DEVERES DO CONSUMIDOR DE ENERGIA ELTRICA

    CONDIES GERAIS DE FORNECIMENTO

    DE ENERGIA ELTRICA

    Atualizada at a REN 499/2012

  • Braslia, DF2012

    Atualizada at a REN 499/2012

    Resoluo Normativa N 414/2010

  • DIRETORIA

    NELSON JOS HBNER MOREIRADiretor-Geral

    ANDR PEPITONE DA NBREGAEDVALDO ALVES DE SANTANAJULIO SILVEIRA COELHOROMEU DONIZETE RUFINODiretores

    Catalogao na FonteCentro de Documentao - CEDOC

    A265r Agncia Nacional de Energia Eltrica (Brasil)

    Resoluo Normativa 414/2010: atualizada at a REN 499/2012 / Agncia Nacional de Energia Eltrica. - Braslia: ANEEL, 2012.

    202 p.:il.

    1. Energia eltrica - fornecimento. 2. Consumidor 3. Resolu- o. I. Ttulo II. Ttulo: Resoluo Normativa n 499/2012

    CDU: 621.311

    ANEEL 2012

    Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

  • 7Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    NDICE SISTEMTICO DAS CONDIES GERAIS DE FORNECIMENTO

    CAPTULO I - DAS DEFINIES art. 2 ....................................... 13

    CAPTULO II - DA UNIDADE CONSUMIDORA ................................... 26

    Seo I - Da Titularidade art. 3............................................. 26Seo II - Da Classificao arts. 4 a 9 .................................... 27Seo III - Da Sazonalidade art. 10 ......................................... 32Seo IV - Do Servio Essencial art. 11 .................................... 31Seo V - Da Tenso de Fornecimento arts. 12 a 13 ..................... 34Seo VI - Do Ponto de Entrega arts. 14 a 15 ..............................35 Seo VII - Da Subestao Compartilhada art. 16......................... 37Seo VIII - Dos Empreendimentos com Mltiplas UnidadesConsumidoras arts. 17 a 19................................................... 38Seo IX - Do Transporte Pblico por meio de Trao Eltrica art. 20... 40Seo X - Da Iluminao Pblica arts. 21 a 26 ............................. 41

    CAPTULO III - DO ATENDIMENTO INICIAL ................................... 43

    Seo I - Da Solicitao do Fornecimento arts. 27 a 29 ................ 43Seo II - Da Vistoria art. 30 ................................................ 48Seo III - Dos Prazos de Ligao art. 31 .................................. 48Seo IV - Do Oramento e das Obras para Viabilizao do Fornecimento arts. 32 a 33.................................................................. 49Seo V - Dos Prazos de Execuo das Obras art. 34 a 35 ..................... 51Seo VI - Da Antecipao do Atendimento com Aporte de Recursos art. 36............................................................................ 52Seo VII - Da Execuo da Obra pelo Interessado art. 37.............. 53Seo VIII - Do Atraso na Restituio e na Contabilizao arts. 38 a 39...................................................................... 55Seo IX - Das Obras de Responsabilidade da Distribuidora arts. 40 a 41...................................................................... 55Seo X - Das Obras com Participao Financeira do Consumidor arts. 42 a 43 ........................................................................... 56Seo XI - Das Obras de Responsabilidade do Interessado arts. 44 a 45 ................................................................... 59Seo XII - Do Remanejamento de Carga art. 46 ......................... 60

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Seo XIII - Do Atendimento aos Empreendimentos de Mltiplas Uni-dades Consumidoras e da Regularizao Fundiria de Assentamentos em reas Urbanas arts. 47 a 51 ................................................ 61Seo XIV - Do Fornecimento Provisrio art. 52 ........................... 66Seo XV - Do Fornecimento a Ttulo Precrio art. 53 ................. 68

    CAPTULO IV - DAS MODALIDADES TARIFRIAS ............................... 69

    Seo I - Da Modalidade Tarifria Convencional art. 54 ................. 69Seo II - Das Modalidades Tarifrias Horrias arts. 55 a 56-A ............. 70Seo III - Do Enquadramento arts. 57 a 58 ............................. 72Seo IV - Do Horrio de Ponta art. 59 ..................................... 74

    CAPTULO V - DOS CONTRATOS ................................................ 75

    Seo I - Da Especificao arts. 60 a 64 ................................... 75Seo II - Da Eficincia Energtica e do Montante Contratado arts. 65 a 67 ............................................................................ 84Seo III - Da Iluminao Pblica arts. 68 a 69 ............................ 84 Seo IV - Do Encerramento da Relao Contratual art. 70 ............. 85Seo V Da Ausncia de Contrato art. 71 ................................ 87

    CAPTULO VI - DA MEDIO PARA FATURAMENTO .......................... 88

    Seo I - Das Disposies Gerais da Medio arts. 72 a 77 ............... 88Seo II - Da Medio Externa arts.78 a 83 ................................ 90

    CAPTULO VII - DA LEITURA .................................................... 91

    Seo I - Do Perodo de Leitura arts. 84 a 85 .............................. 91Seo II - Da Leitura Plurimensal art. 86 .................................. 93Seo III - Do Impedimento de Acesso art. 87 .............................. 93

    CAPTULO VIII - DA COBRANA E DO PAGAMENTO ......................... 94

    Seo I - Do Perodo Faturado arts. 88 a 92 .............................. 94Seo II - Da Ultrapassagem arts. 93 a 94 .............................. 96Seo III - Das Perdas na Transformao art. 95 .................... 98Seo IV - Do Fator de Potncia e do Reativo Excedente arts. 96 a 97 ... 98

  • 9Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Seo V - Do Custo de Disponibilidade arts. 98 a 99 ..................... 101Seo VI - Da Opo de Faturamento arts. 100 a 101 ................... 102Seo VII - Da Cobrana de Servios arts. 102 a 103..................... 103Seo VIII - Do Faturamento do Grupo A art. 104 ........................ 106Seo IX - Do Faturamento da Demanda Complementar art. 105 ..... 107Seo X - Do Faturamento do Grupo B art. 106 ........................ 108Seo XI - Do Desconto ao Irrigante e ao Aquicultor arts. 107 a 109 .... 108Seo XII - Da Tarifa Social de Energia Eltrica TSEE art. 110 ........ 110Seo XIII - Do Faturamento em Situao de Emergncia, Calamidade Pblica ou Fora Maior art. 111 ............................................111Seo XIV - Da Duplicidade no Pagamento art. 112.......................111Seo XV - Do Faturamento Incorreto arts. 113 a 114...................112Seo XVI - Da Deficincia na Medio art. 115 .........................114Seo XVII - Do Faturamento das Diferenas art. 116.....................114Seo XVIII - Do Pagamento arts. 117 a 118 ...............................114

    CAPTULO IX - DA FATURA .....................................................117

    Seo I - Das Informaes Constantes na Fatura art. 119...............117Seo II - Das Informaes e Contribuies de Carter Social arts. 120 a 121.... 121Seo III - Da Entrega arts. 122 a 123 ......................................121Seo IV - Do Vencimento art. 124 ........................................ 122Seo V - Da Declarao de Quitao Anual art. 125 ....................122

    CAPTULO X - DO INADIMPLEMENTO ..........................................124

    Seo I - Dos Acrscimos Moratrios art. 126 ..............................124Seo II - Das Garantias art. 127............................................124Seo III - Das Restries e do Acompanhamento do Inadimplemento art. 128 ... ......................................................................125

    CAPTULO XI - DOS PROCEDIMENTOS IRREGULARES ........................ 126

    Seo I - Da Caracterizao da Irregularidade e da Recuperao da Receita arts. 129 a 130 .................................................................. 126Seo II - Do Custo Administrativo art. 131 .............................. 129Seo III - Da Durao da Irregularidade art. 132 ........................130Seo IV - Das Diferenas Apuradas art. 133.............................. 131

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    CAPTULO XII - DAS RESPONSABILIDADES DA DISTRIBUIDORA .............132

    Seo I - Do Perodo de Testes e Ajustes arts. 134 a 136 ............... 132Seo II - Da Aferio de Medidores art. 137 .............................135Seo III - Das Diretrizes para a Adequada Prestao dos Servios art. 138 a 144 .................................................................136Seo IV - Do Cadastro art. 145 .............................................138Seo V - Da Validao dos Critrios de Elegibilidade para Aplicao da Tarifa Social de Energia Eltrica TSEE art. 146 ..........................141Seo VI - Do Calendrio art. 147 ......................................... 141Seo VII - Da Qualidade do Atendimento Comercial arts.148 a 155 .....142Seo VIII - Do Tratamento das Reclamaes arts. 156 a 163 ...........146

    CAPTULO XIII - DAS RESPONSABILIDADES DO CONSUMIDOR ...............150

    Seo I - Dos Distrbios no Sistema Eltrico art. 164 ....................150Seo II - Do Aumento de Carga art. 165 ..................................151Seo III - Da Diligncia alm do Ponto de Entrega arts. 166 a 167 .....151

    CAPTULO XIV - DA SUSPENSO DO FORNECIMENTO .......................152

    Seo I - Da Ausncia de Relao de Consumo, Contrato ou Outorga para Distribuio de Energia Eltrica art. 168 a 169 ......................... 152Seo II - Da Situao Emergencial art. 170 ..............................152Seo III - Da Suspenso Precedida de Notificao arts. 171 a 172 .....153Seo IV - Da Notificao art. 173 ..........................................155Seo V - Da Suspenso Indevida art. 174 .................................156Seo VI - Da Religao Revelia art. 175 ...............................156Seo VII - Da Religao da Unidade Consumidora art. 176 .............157

    CAPTULO XV - DO ATENDIMENTO AO PBLICO .............................158

    Seo I - Da Estrutura de Atendimento Presencial arts. 177 a 182 ......158Seo II - Do Atendimento Telefnico arts. 183 a 191 .................... 161Seo III - Da Solicitao de Informao, Servios, Reclamao, Sugesto e Denncia arts. 192 a 200 .................................................. 166Seo IV - Da Ouvidoria arts. 201 a 202 ................................... 168

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    CAPTULO XVI - DO RESSARCIMENTO DE DANOS ELTRICOS ...............169

    Seo I - Da Abrangncia art. 203 .......................................... 169Seo II - Das Condies para a Solicitao de Ressarcimento art. 204 .........................................................................169Seo III - Dos Procedimentos arts. 205 a 209.............................171Seo IV - Das Responsabilidades arts. 210 a 211 .........................175

    CAPTULO XVII - DAS DISPOSIES GERAIS ................................. 176

    Seo I - Da Contagem dos Prazos art. 212 ................................176Seo II - Do Tratamento de Valores art. 213 .............................177Seo III - Disposies Finais e Transitrias arts. 214 a 229 .............177

    ANEXOS .......................................................................... 187

    ANEXO I TABELA DE CLASSIFICAO COMERCIAL ..........................187ANEXO II QUALIDADE DO ATENDIMENTO TELEFNICO ......................188ANEXO III QUALIDADE DO ATENDIMENTO COMERCIAL .....................190ANEXO IV MODELO DE CONTRATO DE ADESO ............................192ANEXO V TERMO DE OCORRNCIA E INSPEO (TOI) ......................198ANEXO VI (revogado)ANEXO VII RELATRIO DE INADIMPLNCIA .................................200

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    RESOLUES ALTERADORAS

    REN ANEEL 416 de 09.09.2010, D.O. de 19.11.2010 Alterada a redao do art. 223

    REN ANEEL 418 de 23.11.2010, D.O. de 01.12.2010Alterada a redao de alneas, incisos, pargrafos e artigos

    REN ANEEL 419 de 30.11.2010, D.O. de 01.12.2010Alterada a redao do inciso I do art. 216, do caput do art. 217, do pargrafo 1 do art. 224 e do art. 227

    REN ANEEL 426 de 15.02.2011, D.O. de 24.02.2011Prorrogado os prazos estabelecidos nos incisos I e II do art. 221

    REN ANEEL 431 de 29.03.2011, D.O. de 30.03.2011Alterada a redao dos arts. 146 e 223, e revogado o parg. 2 do art. 9 e o parg. 3 do art. 110

    REN ANEEL 436 de 24.05.2011, D.O. de 01.06.2011Alterada a redao do art. 218, parg. 6, inciso II, e do art. 221, incisos I e II

    REN ANEEL 448 de 06.09.2011, D.O. de 20.09.2011Alterada a redao dos incisos II a V, includo o inciso VI no art. 224

    REN ANEEL 449 de 20.09.2011, D.O. de 27.09.2011Alterada a redao do parg. 4 do art. 5 e exclui os incisos II, III e IV do art. 2

    REN ANEEL 464 de 22.11.2011, D.O. de 28.11.2011Alterado o art. 59

    REN ANEEL 472 de 24.01.2012, D.O. de 31.01.2012Alterada a redao dos arts 8, 28, 145, 221 e revogado os parg. 1, 2, 3 e 4 do art. 223 e o Anexo VI

    REN ANEEL 479 de 03.04.2012, D.O. de 12.04.2012Alterada, inserida e revogada a redao de artigos, pargrafos e incisos

    REN ANEEL 497 de 26.06.2012, D.O. de 04.07.2012 Alterada a redao do pargrafo 3 do art. 224

    REN ANEEL 499 de 03.07.2012, D.O.U. de 24.07.2012 Alterada a redao de incisos, pargrafos e artigos

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Definies

    O DIRETOR-GERAL DA AGNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELTRI-CA ANEEL, no uso de suas atribuies regimentais, de acordo com de-liberao da Diretoria, tendo em vista o disposto nas Leis n 12.007, de 29 de julho de 2009, n 10.848, de 15 de maro de 2004, n 10.604, de 17 de dezembro de 2002, n 10.438, de 26 de abril de 2002, n 10.406, de 10 de janeiro de 2002, n 9.427, de 26 de dezembro de 1996, n 9.074, de 7 de julho de 1995, n 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nos Decretos n 6.523, de 1 de agosto de 2008, n 6.219, de 4 de outubro de 2007, n 5.163, de 30 de julho de 2004, n 2.335, de 6 de outubro de 1997, n 62.724, de 17 de maio de 1968, n 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, n 24.643, de 10 de julho de 1934, na Portaria n 45 do Ministrio da Infra-Estrutura, de 20 de maro de 1992, o que consta do Processo n 48500.002402/2007-19, e considerando que:

    em funo da Audincia Pblica n 008/2008 e da Consulta Pblica n 002/2009, realizadas no perodo de 1 de fevereiro a 23 de maio de 2008 e de 9 de janeiro a 27 de maro de 2009, respectivamente, foram recebidas sugestes de concessionrias, de agentes do setor e da sociedade em geral, as quais contriburam para o aperfeioamento e atualizao das Condies Gerais de Fornecimento de Energia Eltrica, devendo ser ob-servado, no que couber, o disposto na Lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990, resolve:

    Art.1

    Estabelecer, de forma atualizada e consolidada, as condies gerais de fornecimento de energia eltrica, cujas disposies devem ser obser-vadas pelas distribuidoras e consumidores.

    CAPTULO I DAS DEFINIES

    Art. 2

    Para os fins e efeitos desta Resoluo, so adotadas as seguintes definies:

    AGNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELTRICA ANEEL

    RESOLUO NORMATIVA N 414, DE 9 DE SETEMBRO DE 2010.

    Estabelece as Condies Gerais de Fornecimento de Energia Eltrica de

    forma atualizada e consolidada.

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Definies

    I - aferio de medidor: verificao realizada pela distribuidora, na uni-dade consumidora ou em laboratrio, dos valores indicados por um medi-dor e sua conformidade com as condies de operao estabelecidas na legislao metrolgica;

    II - (Revogado pela Resoluo Normativa ANEEL 449, de 20.09.2011)

    III - (Revogado pela Resoluo Normativa ANEEL 449, de 20.09.2011)

    IV - (Revogado pela Resoluo Normativa ANEEL 449, de 20.09.2011)

    V - rea urbana: parcela do territrio, contnua ou no, includa no per-metro urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal especfica;

    V-A bandeiras tarifrias: sistema tarifrio que tem como finalidade sinalizar aos consumidores faturados pela distribuidora por meio da Tarifa de Energia, os custos atuais da gerao de energia eltrica;(Acrescentado pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    VI - carga desviada: soma das potncias nominais dos equipamentos eltricos conectados diretamente na rede eltrica, no ramal de ligao ou no ramal de entrada da unidade consumidora, de forma irregular, no qual a energia eltrica consumida no medida, expressa em quilowatts (kW);

    VII - carga instalada: soma das potncias nominais dos equipamentos eltricos instalados na unidade consumidora, em condies de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW);

    VIII - central de teleatendimento CTA: unidade composta por estru-turas fsica e de pessoal adequadas, com objetivo de centralizar o re-cebimento de ligaes telefnicas, distribuindo-as automaticamente aos atendentes, possibilitando o atendimento do solicitante pela distribuidora;

    IX - chamada abandonada CAb: ligao telefnica que, aps ser re-cebida e direcionada para atendimento humano, desligada pelo solici-tante antes de falar com o atendente;

    X - chamada atendida CA: ligao telefnica recepcionada pelo aten-dimento humano, com determinado tempo de durao, considerada aten-dida aps a desconexo por parte do solicitante;

    XI - chamada ocupada CO: ligao telefnica que no pde ser com-pletada e atendida por falta de capacidade da CTA, cujos dados so for-necidos pela operadora de telefonia;

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Definies

    XII - chamada em espera ou fila CE: ligao telefnica recebida e mantida em espera at o atendimento humano;

    XIII - chamada oferecida COf: ligao telefnica, no bloqueada por restries advindas da operadora de servio telefnico, que visa ao acesso CTA;

    XIV - chamada recebida CR: ligao telefnica direcionada ou trans-ferida para o atendimento humano, composta pelo somatrio de chamada atendida CA e chamada abandonada CAb;

    XV - ciclo de faturamento: perodo correspondente ao faturamento de determinada unidade consumidora, conforme intervalo de tempo estabe-lecido nesta Resoluo;

    XVI - concessionria: agente titular de concesso federal para prestar o servio pblico de distribuio de energia eltrica, doravante denomina-do distribuidora;

    (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    XVII - consumidor: pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, legalmente representada, que solicite o fornecimento, a contra-tao de energia ou o uso do sistema eltrico distribuidora, assumin-do as obrigaes decorrentes deste atendimento (s) sua(s) unidade(s) consumidora(s), segundo disposto nas normas e nos contratos, sendo:(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    a) consumidor especial: agente da Cmara de Comercializao de Energia Eltrica CCEE, da categoria de comercializao, que adqui-ra energia eltrica proveniente de empreendimentos de gerao en-quadrados no 5 do art. 26 da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, para unidade consumidora ou unidades consumidoras reunidas por comunho de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500 kW e que no satisfaam, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei n 9.074, de 7 de julho de 1995;

    b) consumidor livre: agente da CCEE, da categoria de comercializa-o, que adquire energia eltrica no ambiente de contratao livre para unidades consumidoras que satisfaam, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei n 9.074, de 1995;

    c) consumidor potencialmente livre: aquele cujas unidades consumi-doras satisfazem, individualmente, os requisitos dispostos nos arts. 15 e 16 da Lei n 9.074, de 1995, porm no adquirem energia eltrica no ambiente de contratao livre.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Definies

    XVIII - dano emergente: leso concreta que afeta o patrimnio do con-sumidor, consistente na perda ou deteriorao, total ou parcial, de bens materiais que lhe pertencem em razo de perturbao do sistema eltrico;

    XIX - dano moral: qualquer constrangimento moral ou honra do con-sumidor causado por problema no fornecimento da energia ou no relacio-namento comercial com a distribuidora, ou, ainda, a ofensa de interesses no patrimoniais de pessoa fsica ou jurdica, decorrente do fato lesivo;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    XX - demanda: mdia das potncias eltricas ativas ou reativas, so-

    licitadas ao sistema eltrico pela parcela da carga instalada em ope-rao na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo es-pecificado, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampre-reativo (kvar), respectivamente;

    XXI - demanda contratada: demanda de potncia ativa a ser obrigatria e continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e perodo de vigncia fixados em contrato, e que deve ser integralmente paga, seja ou no utilizada durante o perodo de faturamen-to, expressa em quilowatts (kW);

    XXII - demanda faturvel: valor da demanda de potncia ativa, consi-derada para fins de faturamento, com aplicao da respectiva tarifa, ex-pressa em quilowatts (kW);

    XXIII - demanda medida: maior demanda de potncia ativa, verificada por medio, integralizada em intervalos de 15 (quinze) minutos durante o perodo de faturamento;

    XXIV - desmembramento: subdiviso de gleba em lotes destina-dos a edificao, com aproveitamento do sistema virio existente, des-de que no implique a abertura de novas vias e logradouros pblicos, nem prolongamento, modificao ou ampliao dos j existentes;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    XXV - distribuidora: agente titular de concesso ou permisso federal para prestar o servio pblico de distribuio de energia eltrica;

    XXVI - empreendimentos habitacionais para fins urbanos: loteamen-tos, desmembramentos, condomnios e outros tipos estabelecidos na for-ma da legislao em vigor, localizados em zonas urbanas, de expanso urbana ou de urbanizao especfica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Definies

    XXVII empreendimentos habitacionais para fins urbanos de interes-se social: empreendimentos habitacionais, destinados predominantemen-te s famlias de baixa renda, estabelecidos nas modalidades do inciso XXVI, em uma das seguintes situaes:

    a) implantados em zona habitacional declarada por lei como de inte-resse social; ou(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    b) promovidos pela Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios ou suas entidades delegadas, estas autorizadas por lei a implantar proje-tos de habitao, na forma da legislao em vigor; ou

    c) construdos no mbito de programas habitacionais de interesse so-cial implantados pelo poder pblico.

    XXVIII empreendimentos habitacionais integrados edificao: em-preendimento em que a construo das edificaes nos lotes ou unidades autnomas feita pelo responsvel pela implantao do empreendimen-to, concomitantemente implantao das obras de infraestrutura/urbanizao;

    XXIX - encargo de uso do sistema de distribuio: valor em Reais (R$) devido pelo uso das instalaes de distribuio, calculado pelo produto da tarifa de uso pelos respectivos montantes de uso do sistema de distribui-o e de energia contratados ou verificados;

    XXX - eficincia energtica: procedimento que tem por finalidade redu-zir o consumo de energia eltrica necessrio realizao de um determi-nado trabalho, excetuado o uso de energia proveniente de matria-prima no utilizada, em escala industrial, na matriz energtica;

    XXXI - energia eltrica ativa: aquela que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora (kWh);

    XXXII - energia eltrica reativa: aquela que circula entre os diversos campos eltricos e magnticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampre-reativo-hora (kvarh);

    XXXII-A - estrutura tarifria: conjunto de tarifas, aplicadas ao fatura-mento do mercado de distribuio de energia eltrica, que refletem a di-ferenciao relativa dos custos regulatrios da distribuidora entre os sub-grupos, classes e subclasses tarifrias, de acordo com as modalidades e postos tarifrios;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Definies

    XXXIII - fator de carga: razo entre a demanda mdia e a deman-da mxima da unidade consumidora, ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado;

    XXXIV - fator de demanda: razo entre a demanda mxima num inter-valo de tempo especificado e a carga instalada na unidade consumidora;

    XXXV - fator de potncia: razo entre a energia eltrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias eltricas ativa e reativa, consumidas num mesmo perodo especificado;

    XXXVI - fatura: documento comercial que apresenta a quantia mone-tria total que deve ser paga pelo consumidor distribuidora, em funo do fornecimento de energia eltrica, da conexo e uso do sistema ou da prestao de servios, devendo especificar claramente os servios forne-cidos, a respectiva quantidade, tarifa e perodo de faturamento;

    XXXVII - grupo A: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tenso igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas a partir de sistema subterrneo de distribuio em tenso secundria, ca-racterizado pela tarifa binmia e subdividido nos seguintes subgrupos:

    a) subgrupo A1 - tenso de fornecimento igual ou superior a 230 kV;

    b) subgrupo A2 - tenso de fornecimento de 88 kV a 138 kV;

    c) subgrupo A3 - tenso de fornecimento de 69 kV;

    d) subgrupo A3a - tenso de fornecimento de 30 kV a 44 kV;

    e) subgrupo A4 - tenso de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; e

    f) subgrupo AS - tenso de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de sistema subterrneo de distribuio.

    XXXVIII - grupo B: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tenso inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monmia e subdividido nos seguintes subgrupos:

    a) subgrupo B1 - residencial;

    b) subgrupo B2 - rural;

    c) subgrupo B3 - demais classes; e

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Definies

    d) subgrupo B4 - Iluminao Pblica.

    XXXIX - iluminao pblica: servio pblico que tem por objetivo ex-clusivo prover de claridade os logradouros pblicos, de forma peridica, contnua ou eventual;

    XL - ndice de abandono IAb: razo entre o total de chamadas aban-donadas em tempo superior a 30 (trinta) segundos e a soma entre o total de chamadas atendidas e o total de chamadas abandonadas em tempo superior a 30 (trinta) segundos, em termos percentuais;

    XLI - ndice de chamadas ocupadas ICO: razo entre o to-tal de chamadas ocupadas e o total de chamadas oferecidas, em termos percentuais;

    XLII - ndice de nvel de servio INS: razo entre o total de chamadas atendidas em at 30 (trinta) segundos e o total de chamadas recebidas, em termos percentuais;

    XLIII - inspeo: fiscalizao da unidade consumidora, posteriormente ligao, com vistas a verificar sua adequao aos padres tcnicos e de segurana da distribuidora, o funcionamento do sistema de medio e a confirmao dos dados cadastrais;

    XLIV - instalaes de iluminao pblica: conjunto de equi-pamentos utilizados exclusivamente na prestao do servio de iluminao pblica;

    XLV - interrupo de fornecimento de carter sistmico: interrupo

    de fornecimento de energia eltrica que cause elevada concentrao de chamadas junto central de teleatendimento da distribuidora e que carac-terize o respectivo dia ou perodo como atpico;

    XLVI - lote: terreno servido de infraestrutura bsica cujas dimenses atendam aos ndices urbansticos definidos pelo plano diretor ou lei muni-cipal para a zona em que se situe;

    XLVII - loteamento: subdiviso de gleba de terreno em lotes destina-dos edificao, com abertura de novas vias de circulao, de logra-douros pblicos ou prolongamento, modificao ou ampliao das vias existentes, cujo projeto tenha sido devidamente aprovado pela respec-tiva Prefeitura Municipal ou, quando for o caso, pelo Distrito Federal;

    XLVIII - lucros cessantes: so os lucros esperados pelo consumidor e que o mesmo deixou de obter em face de ocorrncia oriunda do forneci-mento de energia eltrica;

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Definies

    XLIX - medio: processo realizado por equipamento que possibilite a quantificao e o registro de grandezas eltricas associadas gerao ou consumo de energia eltrica, assim como potncia ativa ou reativa, quando cabvel, sendo:

    a) medio externa: aquela cujos equipamentos so instalados em postes ou outras estruturas de propriedade da distribuidora, situados em vias, logradouros pblicos ou compartimentos subterrneos;

    b) medio fiscalizadora: aquela cujos equipamentos de medio, de-vidamente calibrados conforme padro do rgo metrolgico, so ins-talados no mesmo circuito em que esto aqueles destinados medio de faturamento da unidade consumidora, com caractersticas simila-res, e que objetiva a comparao de grandezas eltricas; e(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    c) medio totalizadora: aquela cujos equipamentos so instalados em entradas coletivas, para fins de faturamento entre o ponto de entrega e o barramento geral, sempre que no for utilizado o siste-ma de medio convencional, por convenincia do consumidor e concordncia da distribuidora.

    L- modalidade tarifria: conjunto de tarifas aplicveis s componentes de consumo de energia eltrica e demanda de potncia ativas, conside-rando as seguintes modalidades:

    a) modalidade tarifria convencional monmia: aplicada s unidades consumidoras do grupo B, caracterizada por tarifas de consumo de energia eltrica, independentemente das horas de utilizao do dia;

    b) modalidade tarifria horria branca: aplicada s unidades consumi-doras do grupo B, exceto para o subgrupo B4 e para as subclasses Baixa Renda do subgrupo B1, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia eltrica, de acordo com as horas de utilizao do dia;

    c) modalidade tarifria convencional binmia: aplicada s unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas de consumo de energia eltrica e demanda de potncia, independentemente das horas de utilizao do dia;

    d) modalidade tarifria horria verde: aplicada s unidades consumi-doras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia eltrica, de acordo com as horas de utilizao do dia, assim como de uma nica tarifa de demanda de potncia; e

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Definies

    e) modalidade tarifria horria azul: aplicada s unidades consumido-ras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia eltrica e de demanda de potncia, de acordo com as horas de utilizao do dia;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    LI - montante de uso do sistema de distribuio MUSD: potncia ativa mdia, integralizada em intervalos de 15 (quinze) minutos durante o perodo de faturamento, injetada ou requerida do sistema eltrico de dis-tribuio pela gerao ou carga, expressa em quilowatts (kW);

    LII - mostrador: dispositivo que possibilita ao consumidor a visualiza-o dos dados registrados pelo medidor de energia eltrica;

    LIII - nexo de causalidade: relao causal que determina o vnculo en-tre o evento causador e o dano reclamado;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    LIV - percia tcnica: atividade desenvolvida pelo rgo metrolgico ou entidade por ele delegada ou terceiro legalmente habilitado com vistas a examinar e certificar as condies fsicas em que se encontra um determi-nado sistema ou equipamento de medio;

    LIV-A - perodo seco: perodo de 7 (sete) ciclos de faturamento conse-cutivos, referente aos meses de maio a novembro;

    LIV-B - perodo mido: perodo de 5 (cinco) ciclos de faturamento con-secutivos, referente aos meses de dezembro de um ano a abril do ano seguinte;

    LV - permissionria: agente titular de permisso federal para prestar o servio pblico de distribuio de energia eltrica, doravante denominado distribuidora;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    LVI - perturbao no sistema eltrico: modificao das condies que caracterizam a operao de um sistema eltrico fora da faixa de variao permitida para seus valores nominais, definidos nos regulamentos sobre qualidade dos servios de energia eltrica vigentes;

    LVII - posio de atendimento PA: estao de trabalho munida de microcomputador integrado ao sistema telefnico e base de dados da distribuidora, utilizada para realizao dos atendimentos;

    LVIII - posto tarifrio: perodo de tempo em horas para aplicao das tari-

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Definies

    Dia e ms Feriados nacionais Leis federais 01 de janeiro Confraternizao Universal 662, de 06/04/194921 de abril Tiradentes 662, de 06/04/194901 de maio Dia do Trabalho 662, de 06/04/194907 de setembro Independncia 662, de 06/04/194912 de outubro Nossa Senhora Aparecida 6.802. de 30/06/1980 02 de novembro Finados 662, de 06/04/194915 de novembro Proclamao da Repblica 662, de 06/04/194925 de dezembro Natal 662, de 06/04/1949

    fas de forma diferenciada ao longo do dia, considerando a seguinte diviso:

    a) posto tarifrio ponta: perodo composto por 3 (trs) horas dirias consecutivas definidas pela distribuidora considerando a curva de car-ga de seu sistema eltrico, aprovado pela ANEEL para toda a rea de concesso ou permisso, com exceo feita aos sbados, domingos, tera-feira de carnaval, sexta-feira da Paixo, Corpus Christi, e os se-guintes feriados:

    b) posto tarifrio intermedirio: perodo de horas conjugado ao posto tarifrio ponta, sendo uma hora imediatamente anterior e outra imedia-tamente posterior, aplicado para o Grupo B, admitida sua flexibilizao conforme Mdulo 7 dos Procedimentos de Regulao Tarifria; e

    c) posto tarifrio fora de ponta: perodo composto pelo conjunto das horas dirias consecutivas e complementares quelas definidas nos postos ponta e, para o Grupo B, intermedirio;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    LIX - potncia ativa: quantidade de energia eltrica solicitada por uni-dade de tempo, expressa em quilowatts (kW);

    LX - potncia disponibilizada: potncia que o sistema eltrico da distri-buidora deve dispor para atender aos equipamentos eltricos da unidade consumidora, segundo os critrios estabelecidos nesta Resoluo e con-figurada com base nos seguintes parmetros:

    a) unidade consumidora do grupo A: a demanda contratada, expressa em quilowatts (kW); e

    b) unidade consumidora do grupo B: a resultante da multiplicao da capacidade nominal de conduo de corrente eltrica do dispositivo de proteo geral da unidade consumidora pela tenso nominal, ob-

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Definies

    servado o fator especfico referente ao nmero de fases, expressa em quilovolt-ampre (kVA).

    LXI - qualidade do atendimento telefnico: conjunto de atributos dos servios proporcionados pela distribuidora objetivando satisfazer, com adequado nvel de presteza e cortesia, as necessidades dos solicitantes, segundo determinados nveis de eficcia e eficincia;

    LXII - ramal de entrada: conjunto de condutores e acessrios instala-dos pelo consumidor entre o ponto de entrega e a medio ou a proteo de suas instalaes;

    LXIII ramal de ligao: conjunto de condutores e acessrios insta-lados pela distribuidora entre o ponto de derivao de sua rede e o ponto de entrega;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    LXIV - rede bsica: instalaes de transmisso do Sistema Interligado Nacional SIN, de propriedade de concessionrias de servio pblico de transmisso, definida segundo critrios estabelecidos na regulamentao da ANEEL;

    LXV - regularizao fundiria de interesse social: regularizao fundi-ria de ocupaes inseridas em parcelamentos informais ou irregulares, localizadas em reas urbanas pblicas ou privadas, utilizadas predomi-nantemente para fins de moradia por populao de baixa renda, na forma da legislao em vigor.

    LXVI - regularizao fundiria de interesse especfico: regularizao fundiria quando no caracterizado o interesse social nos termos do inciso LXV;

    LXVII - relatrio de avaliao tcnica: documento emitido pelo labora-trio da distribuidora ou de terceiros contendo as informaes tcnicas de um determinado sistema ou equipamento de medio e a descrio das condies fsicas de suas partes, peas e dispositivos;

    LXVIII - ressarcimento de dano eltrico: reposio do equipamen-to eltrico danificado, instalado em unidade consumidora, na mes-ma condio de funcionamento anterior ocorrncia constatada no sistema eltrico ou, alternativamente, indenizao em valor monet-rio equivalente ao que seria necessrio para faz-lo retornar refe-rida condio, ou, ainda, substituio por equipamento equivalente;

    LXIX - reviso tarifria peridica: reviso ordinria, prevista nos

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    Definies

    contratos de concesso, a ser realizada considerando-se as altera-es na estrutura de custos e de mercado da concessionria, os n-veis de tarifas observados em empresas similares, no contexto nacio-nal e internacional, e os estmulos eficincia e modicidade tarifria;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    LXX - sistema de medio: conjunto de equipamentos, condutores, acessrios e chaves que efetivamente participam da realizao da medi-o de faturamento;

    LXXI - sistema de medio centralizada SMC: sistema que agrega mdulos eletrnicos destinados medio individualizada de energia el-trica, desempenhando as funes de concentrao, processamento e in-dicao das informaes de consumo de forma centralizada;

    LXXII - sistema encapsulado de medio: sistema externo de medio de energia eltrica, acoplado rede secundria ou primria por meio de transformadores de medio, cuja indicao de leitura se d de forma remota ou convencional;

    LXXIII - solicitao de fornecimento: ato voluntrio do interessado na prestao do servio pblico de fornecimento de energia ou conexo e uso do sistema eltrico da distribuidora, segundo disposto nas normas e nos respectivos contratos, efetivado pela alterao de titularidade de uni-dade consumidora que permanecer ligada ou ainda por sua ligao, quer seja nova ou existente;

    LXXIV subestao: parte do sistema de potncia que compreende os dispositivos de manobra, controle, proteo, transformao e demais equipamentos, condutores e acessrios, abrangendo as obras civis e es-truturas de montagem;

    LXXV tarifa: valor monetrio estabelecido pela ANEEL, fixado em R$ (Reais) por unidade de energia eltrica ativa ou da demanda de potncia ativa, sendo:

    a) tarifa de energia TE: valor monetrio unitrio determinado pela ANEEL, em R$/MWh, utilizado para efetuar o faturamento mensal refe-rente ao consumo de energia; e

    b) tarifa de uso do sistema de distribuio TUSD: valor monetrio unitrio determinado pela ANEEL, em R$/MWh ou em R$/kW, utilizado para efetuar o faturamento mensal de usurios do sistema de distribui-o de energia eltrica pelo uso do sistema.

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Definies

    LXXV-A - tarifa binmia de fornecimento: aquela que constituda por valores monetrios aplicveis ao consumo de energia eltrica ativa e demanda faturvel;

    LXXV-B - tarifa monmia de fornecimento: aquela que constituda por valor monetrio aplicvel unicamente ao consumo de energia eltri-ca ativa, obtida pela conjuno da componente de demanda de potn-cia e de consumo de energia eltrica que compem a tarifa binmia.

    LXXVI - tempo de abandono : tempo, em segundos, de espera do soli-citante na fila antes de abandonar a ligao telefnica;

    LXXVII - tempo de atendimento: tempo, em segundos, apurado en-tre o incio do contato do solicitante com o atendente ou com a unidade de resposta audvel URA at a desconexo da chamada por iniciativa do solicitante;

    LXXVIII - tempo de espera: tempo, em segundos, decorrido entre a colocao da chamada em espera para o atendimento humano e o in-cio do atendimento respectivo, independente do acesso anterior via atendimento eletrnico;

    LXXIX - tempo mdio de abandono: razo entre o tempo total de aban-dono, em segundos, e o total de chamadas abandonadas no mesmo perodo;

    LXXX - tempo mdio de atendimento: razo entre o tempo total des-pendido para o atendimento humano, em segundos, e o total de chama-das atendidas;

    LXXXI - tempo mdio de espera: razo entre o tempo to-tal de espera, em segundos, e o total de chamadas atendidas no mesmo perodo;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    LXXXII - tenso primria de distribuio: tenso disponibilizada no sis-tema eltrico da distribuidora, com valores padronizados iguais ou supe-riores a 2,3 kV;

    LXXXIII - tenso secundria de distribuio: tenso disponibili-zada no sistema eltrico da distribuidora, com valores padronizados inferiores a 2,3 kV;

    LXXXIV - terminal de consulta ao consumo individual TCCI: aquele

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Unidade Consumidora

    que, instalado na unidade consumidora, permite ao consumidor visualizar o registro da medio de energia eltrica;

    LXXXV - unidade consumidora: conjunto composto por instalaes, ra-mal de entrada, equipamentos eltricos, condutores e acessrios, includa a subestao, quando do fornecimento em tenso primria, caracterizado pelo recebimento de energia eltrica em apenas um ponto de entrega, com medio individualizada, correspondente a um nico consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedades contguas;

    LXXXVI - unidade consumidora interligada: aquela cujo consumidor responsvel, seja o Poder Pblico ou seu delegatrio, preste o servio de transporte pblico por meio de trao eltrica e que opere eletricamente interligada a outras unidades consumidoras de mesma natureza, desde que atendidas as condies previstas nesta Resoluo;

    LXXXVII - unidade de resposta audvel URA: dispositivo eletrnico que, integrado entre a base de dados da distribuidora e a operadora de servio telefnico, pode interagir automaticamente com o solicitante, rece-bendo ou enviando informaes, configurando o auto atendimento;

    LXXXVIII - vistoria: procedimento realizado pela distribuidora na unida-de consumidora, previamente ligao, com o fim de verificar sua ade-quao aos padres tcnicos e de segurana da distribuidora; e

    LXXXIX - zona especial de interesse social ZEIS: rea urbana institu-da pelo Plano Diretor ou definida por outra lei municipal, destinada predo-minantemente moradia de populao de baixa renda e sujeita a regras especficas de parcelamento, uso e ocupao do solo.

    CAPTULO II DA UNIDADE CONSUMIDORA

    Seo I

    Da Titularidade

    Art. 3

    A cada consumidor corresponde uma ou mais unidades consumidoras, no mesmo local ou em locais diversos.

    Pargrafo nico. O atendimento a mais de uma unidade consumidora de um mesmo consumidor, no mesmo local, condiciona-se observncia

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    de requisitos tcnicos e de segurana previstos nas normas e padres a que se refere a alnea a do inciso I do art. 27.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Seo II Da Classificao

    Art. 4

    A distribuidora deve classificar a unidade consumidora de acordo com a atividade nela exercida e a finalidade da utilizao da energia eltrica, ressalvadas as excees previstas nesta Resoluo.

    Pargrafo nico. A distribuidora deve analisar todos os elementos de caracterizao da unidade consumidora objetivando a aplicao da tarifa a que o consumidor tiver direito.

    Art. 5 A aplicao das tarifas deve observar as classes e subclasses estabe-

    lecidas neste artigo.

    1 A classe residencial caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora com fim residencial, ressalvado os casos previstos no inciso III do 4 deste artigo, considerando-se as seguintes subclasses:

    I - residencial;

    II - residencial baixa renda;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    III - residencial baixa renda indgena;

    IV - residencial baixa renda quilombola;

    V - residencial baixa renda benefcio de prestao continuada da assis-tncia social - BPC; e

    VI - residencial baixa renda multifamiliar.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    2 A classe industrial caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora em que seja desenvolvida atividade industrial, conforme de-finido na Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE, as-

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Unidade Consumidora

    sim como o transporte de matria-prima, insumo ou produto resultante do seu processamento, caracterizado como atividade de suporte e sem fim econmico prprio, desde que realizado de forma integrada fisicamente unidade consumidora industrial.

    3 A classe comercial, servios e outras atividades caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora em que seja exercida atividade comercial ou de prestao de servios, exceo dos servios pblicos ou de outra atividade no prevista nas demais classes, devendo ser con-sideradas as seguintes subclasses:

    I - comercial;

    II - servios de transporte, exceto trao eltrica;

    III - servios de comunicaes e telecomunicaes;

    IV - associao e entidades filantrpicas;

    V - templos religiosos;

    VI - administrao condominial: iluminao e instalaes de uso co-mum de prdio ou conjunto de edificaes;

    VII - iluminao em rodovias: solicitada por quem detenha concesso ou autorizao para administrao em rodovias;

    VIII - semforos, radares e cmeras de monitoramento de trnsito, so-licitados por quem detenha concesso ou autorizao para controle de trnsito; e

    IX - outros servios e outras atividades.

    4 A classe rural caracteriza-se pelo fornecimento unidade consu-midora que desenvolva atividades de agricultura, pecuria ou aqicultura, dispostas nos grupos 01.1 a 01.6 ou 03.2 da CNAE, considerando-se as seguintes subclasses:

    I agropecuria rural: localizada na rea rural, onde seja desenvolvida atividade relativa agropecuria, inclusive o beneficiamento ou a con-servao dos produtos agrcolas oriundos da mesma propriedade e o fornecimento para:

    a) instalaes eltricas de poos de captao de gua, para atender finalidades de que trata este inciso, desde que no haja comercializa-o da gua; e

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    b) servio de bombeamento de gua destinada atividade de irrigao.

    II agropecuria urbana: localizada na rea urbana, onde sejam desen-volvidas as atividades do inciso I, observados os seguintes requisitos:

    a) a carga instalada na unidade consumidora deve ser predominante-mente destinada atividade agropecuria, exceto para os casos de agricultura de subsistncia; e

    b) o titular da unidade consumidora deve possuir registro de produtor rural expedido por rgo pblico ou outro documento hbil que com-prove o exerccio da atividade agropecuria.

    III residencial rural: localizada na rea rural, com fim residencial, utili-zada por trabalhador rural ou aposentado nesta condio;

    IV cooperativa de eletrificao rural: localizada em rea rural, que detenha a propriedade e opere instalaes de energia eltrica de uso privativo de seus associados, cujas cargas se destinem ao desenvolvi-mento de atividade classificada como rural nos termos deste pargrafo, observada a legislao e os regulamentos aplicveis;

    V - agroindustrial: independente de sua localizao, que se dedicar a atividades agroindustriais, em que sejam promovidos a transformao ou beneficiamento de produtos advindos diretamente da agropecuria, mesmo que oriundos de outras propriedades, desde que a potncia disponibilizada seja de at 112,5 kVA;

    VI servio pblico de irrigao rural: localizado na rea rural em que seja desenvolvida a atividade de irrigao e explorado por entidade pertencente ou vinculada Administrao Direta, Indireta ou Funda-es de Direito Pblico da Unio, dos Estados, Distrito Federal ou dos Municpios;

    VII escola agrotcnica: estabelecimento de ensino direcionado agropecuria, localizado na rea rural, sem fins lucrativos e explorada por entidade pertencente ou vinculada Administrao Direta, Indireta ou Fundaes de Direito Pblico da Unio, dos Estados, Distrito Fede-ral ou dos Municpios.

    VIII aqicultura: independente de sua localizao, onde seja desen-volvida atividade de cultivo de organismos cujo ciclo de vida em condi-es naturais se d total ou parcialmente em meio aqutico, sendo que o titular da unidade consumidora deve possuir registro de produtor rural expedido por rgo pblico, registro ou licena de aquicultor, exceto para aqicultura com fins de subsistncia

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Unidade Consumidora

    5 A classe poder pblico, independente da atividade a ser desenvol-vida, caracteriza-se pelo fornecimento unidade consumidora solicitado por pessoa jurdica de direito pblico que assuma as responsabilidades inerentes condio de consumidor, incluindo a iluminao em rodovias e semforos, radares e cmeras de monitoramento de trnsito, exceto aqueles classificveis como servio pblico de irrigao rural, escola agrotcnica, iluminao pblica e servio pblico, considerando-se asseguintes subclasses:

    I - poder pblico federal;

    II - poder pblico estadual ou distrital; e

    III - poder pblico municipal.

    6 A classe iluminao pblica, de responsabilidade de pessoa ju-rdica de direito pblico ou por esta delegada mediante concesso ou autorizao, caracteriza-se pelo fornecimento para iluminao de ruas, praas, avenidas, tneis, passagens subterrneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usurios de transportes coletivos, logradouros de uso comum e livre acesso, inclusive a iluminao de monumentos, fa-chadas, fontes luminosas e obras de arte de valor histrico, cultural ou ambiental, localizadas em reas pblicas e definidas por meio de legisla-o especfica, exceto o fornecimento de energia eltrica que tenha por objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade, ou para realizao de atividades que visem a interesses econmicos.

    7 A classe servio pblico caracteriza-se pelo fornecimento exclusi-vo para motores, mquinas e cargas essenciais operao de servios pblicos de gua, esgoto, saneamento e trao eltrica urbana ou ferrovi-ria, explorados diretamente pelo Poder Pblico ou mediante concesso ou autorizao, considerando-se as seguintes subclasses:

    I - trao eltrica; e

    II - gua, esgoto e saneamento.

    8 A classe consumo prprio caracteriza-se pelo fornecimento des-tinado ao consumo de energia eltrica das instalaes da distribuidora.

    Art. 6

    Quando houver mais de uma atividade na mesma unidade consumi-dora, sua classificao deve corresponder quela que apresentar a maior parcela da carga instalada.

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    1 O consumidor pode solicitar medio em separado, constituindo-se em uma nova unidade consumidora, desde que vivel tecnicamente.

    2 Havendo no mesmo local carga que no seja exclusiva de ativida-de relativa classe servio pblico, a distribuidora deve exigir a separao das cargas com vistas a possibilitar a instalao de medio especfica da carga no-exclusiva.

    Art. 7

    Quando a reclassificao de unidade consumidora implicar alterao da tarifa homologada aplicvel, a distribuidora deve emitir comunicado es-pecfico ao consumidor, no prazo mnimo de 15 (quinze) dias anteriores apresentao da fatura de energia eltrica subsequente reclassificao.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    1 Quando se tratar de unidade consumidora do Grupo A, o comuni-cado deve informar ao consumidor, adicionalmente, sobre a necessidade de celebrar aditivo ao contrato de fornecimento.

    2 O comunicado referido no caput pode ser feito com a insero de mensagem na fatura de energia eltrica subseqente reclassificao quando:

    I tratar-se de unidade consumidora pertencente subclasse baixa renda; ou

    II ocorrer reduo da tarifa homologada aplicvel.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Art. 8

    As unidades consumidoras sero classificadas nas Subclasses Resi-dencial Baixa Renda, desde que sejam utilizadas por:

    I famlia inscrita no Cadastro nico para Programas Sociais do Go-verno Federal Cadastro nico, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salrio mnimo nacional; ou

    II quem receba o Benefcio de Prestao Continuada da Assistncia Social BPC, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993; ou

    III famlia inscrita no Cadastro nico com renda mensal de at 3 (trs) salrios mnimos, que tenha portador de doena ou patologia cujo tratamento ou procedimento mdico requeira o uso continuado de

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Unidade Consumidora

    aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funciona-mento, demandem consumo de energia eltrica.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 472, de 24.01.2012)

    Art. 9

    Cada famlia ter direito ao benefcio da Tarifa Social de Energia Eltri-ca - TSEE em apenas uma unidade consumidora.

    1 Cada famlia, quando deixar de utilizar a unidade consumidora, deve informar distribuidora, que far as devidas alteraes com pos-terior comunicao ANEEL por meio eletrnico, conforme orientaes especficas da ANEEL.

    2 (Revogado pela Resoluo Normativa ANEEL n 431, de 29.03.2011)

    3 Caso seja detectada duplicidade no recebimento da TSEE, o con-sumidor perder o benefcio em todas as unidades consumidoras.

    Seo III Da Sazonalidade

    Art. 10

    A sazonalidade deve ser reconhecida pela distribuidora, para fins de faturamento, mediante solicitao do consumidor, observados os seguintes requisitos:

    I - energia eltrica destinada atividade que utilize matria-prima ad-vinda diretamente da agricultura, pecuria, pesca, ou, ainda, para fins de extrao de sal ou de calcrio, este destinado agricultura; e

    II - verificao, nos 12 (doze) ciclos completos de faturamento anterio-res ao da anlise, de valor igual ou inferior a 20% (vinte por cento) para a relao entre a soma dos 4 (quatro) menores e a soma dos 4 (quatro) maiores consumos de energia eltrica ativa.

    1 A cada 12 (doze) ciclos consecutivos de faturamento, a partir do ms em que for reconhecida a sazonalidade, a distribuidora deve verificar se permanecem as condies requeridas, devendo, em caso contrrio, no mais considerar a unidade consumidora como sazonal.

    2 Decorridos 12 (doze) ciclos consecutivos de faturamento a partir

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    da suspenso do reconhecimento da sazonalidade, o consumidor pode solicitar distribuidora a realizao de nova anlise.

    3 Para as situaes previstas nos incisos I e II do 1 do art. 128, deve ser mantido o reconhecimento da sazonalidade, salvo solicita-o em contrrio do consumidor.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Seo IV Do Servio Essencial

    Art. 11

    So considerados servios ou atividades essenciais aqueles cuja inter-rupo coloque em perigo iminente a sobrevivncia, a sade ou a segu-rana da populao.

    Pargrafo nico. Para fins de aplicao do disposto neste artigo, clas-sificam-se como servios ou atividades essenciais os desenvolvidos nas unidades consumidoras a seguir indicados:

    I - tratamento e abastecimento de gua; produo e distribuio de energia eltrica, gs e combustveis;

    II - assistncia mdica e hospitalar;

    III - unidades hospitalares, institutos mdico-legais, centros de hemo-dilise e de armazenamento de sangue, centros de produo, armaze-namento e distribuio de vacinas e soros antdotos;

    IV - funerrios;

    V - unidade operacional de transporte coletivo;

    VI - captao e tratamento de esgoto e de lixo;

    VII - unidade operacional de servio pblico de telecomunicaes;

    VIII - guarda, uso e controle de substncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

    IX - processamento de dados ligados a servios essenciais;

    X - centro de controle pblico de trfego areo, martimo e urbano;

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    Unidade Consumidora

    XI - instalaes que atendam a sistema rodoferrovirio e metrovirio;

    XII - unidade operacional de segurana pblica, tais como, polcia mili-tar, polcia civil e corpo de bombeiros;

    XIII - cmaras de compensao bancria e unidades do Banco Central do Brasil; e

    XIV - instalaes de aduana.

    Seo V Da Tenso de Fornecimento

    Art. 12

    Compete distribuidora informar ao interessado a tenso de for-necimento para a unidade consumidora, com observncia dos seguintes critrios:

    I - tenso secundria em rede area: quando a carga instalada na uni-dade consumidora for igual ou inferior a 75 kW;

    II - tenso secundria em sistema subterrneo: at o limite de carga instalada conforme padro de atendimento da distribuidora;

    III - tenso primria de distribuio inferior a 69 kV: quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; e

    IV tenso primria de distribuio igual ou superior a 69 kV: quando a demanda a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW.

    1 Quando se tratar de unidade consumidora do grupo A, a informa-o referida no caput deve ser efetuada por escrito.

    2 Quando for aplicada a modalidade tarifria horria na unidade consumidora do grupo A, deve ser considerada, para definio da tenso de fornecimento, a maior demanda contratada.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Art. 13

    A distribuidora pode estabelecer tenso de fornecimento sem observar os critrios referidos no art. 12, quando:

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    I a unidade consumidora tiver equipamento que, pelas caractersti-cas de funcionamento ou potncia, possa prejudicar a qualidade do forne-cimento a outros consumidores;

    II houver convenincia tcnica e econmica para o subsistema eltri-co da distribuidora, desde que haja anuncia do interessado; ou

    III a unidade consumidora for atendvel, em princpio, em tenso pri-mria de distribuio, mas situar-se em edificao de mltiplas unida-des consumidoras predominantemente passveis de incluso no crit-rio de fornecimento em tenso secundria de distribuio, desde que haja solicitao ou anuncia do interessado.

    1 O interessado pode optar por tenso diferente das estabelecidas no art. 12, desde que haja viabilidade tcnica do subsistema eltrico, sendo de sua responsabilidade os investimentos adicionais necessrios ao atendimento.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    2 O enquadramento em um dos incisos de que trata o caput deste artigo obriga s partes a incluso de clusula no Contrato de Fornecimen-to, detalhando as razes para sua utilizao.

    3 (Revogado pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Seo VI Do Ponto de Entrega

    Art. 14

    O ponto de entrega a conexo do sistema eltrico da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pblica com a pro-priedade onde esteja localizada a unidade consumidora, exceto quando: (Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    I existir propriedade de terceiros, em rea urbana, entre a via pblica e a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, caso em que o ponto de entrega se situar no limite da via pblica com a primeira propriedade;

    II a unidade consumidora, em rea rural, for atendida em tenso se-cundria de distribuio, caso em que o ponto de entrega se situar no local de consumo, ainda que dentro da propriedade do consumidor, observadas as normas e padres a que se referem a alnea a do inciso I do art. 27;

    III a unidade consumidora, em rea rural, for atendida em tenso pri-

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    Unidade Consumidora

    mria de distribuio e a rede eltrica da distribuidora no atravessar a propriedade do consumidor, caso em que o ponto de entrega se situar na primeira estrutura na propriedade do consumidor;

    IV a unidade consumidora, em rea rural, for atendida em tenso primria de distribuio e a rede eltrica da distribuidora atravessar a propriedade do consumidor, caso em que o ponto de entrega se situar na primeira estrutura de derivao da rede nessa propriedade;

    V tratar-se de rede de propriedade do consumidor, com ato autoriza-tivo do Poder Concedente, caso em que o ponto de entrega se situar na primeira estrutura dessa rede;

    VI tratar-se de condomnio horizontal, onde a rede eltrica interna no seja de propriedade da distribuidora, caso em que o ponto de en-trega se situar no limite da via pblica com o condomnio horizontal;

    VII tratar-se de condomnio horizontal, onde a rede eltrica interna seja de propriedade da distribuidora, caso em que o ponto de entrega se situar no limite da via interna com a propriedade onde esteja loca-lizada a unidade consumidora;

    VIII tratar-se de fornecimento a edificaes com mltiplas unidades consumidoras, em que os equipamentos de transformao da distri-buidora estejam instalados no interior da propriedade, caso em que o ponto de entrega se situar na entrada do barramento geral; e

    IX tratar-se de ativos de iluminao pblica, pertencentes ao Poder Pblico Municipal, caso em que o ponto de entrega se situar na co-nexo da rede eltrica da distribuidora com as instalaes eltricas de iluminao pblica.

    1 Quando a distribuidora atender novo interessado a partir do ramal de entrada de outro consumidor, o ponto de entrega de sua unidade con-sumidora deve ser deslocado para o ponto de derivao.

    2 Havendo interesse do consumidor em ser atendido por ramal de entrada subterrneo a partir de poste de propriedade da distribuidora, ob-servadas a viabilidade tcnica e as normas da distribuidora, o ponto de entrega se situar na conexo deste ramal com a rede da distribuidora, desde que esse ramal no ultrapasse propriedades de terceiros ou vias pblicas, exceto caladas.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    3 Na hiptese do pargrafo anterior, o consumidor assume integral-

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    mente os custos adicionais decorrentes e de eventuais modificaes futu-ras, bem como se responsabiliza pela obteno de autorizao do poder pblico para execuo da obra de sua responsabilidade.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    4 Por convenincia tcnica, o ponto de entrega pode se situar den-tro da propriedade do consumidor, desde que observados os padres a que se refere a alnea a do inciso I do art. 27.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Art. 15

    A distribuidora deve adotar todas as providncias com vistas a viabili-zar o fornecimento, operar e manter o seu sistema eltrico at o ponto de entrega, caracterizado como o limite de sua responsabilidade, observadas as condies estabelecidas na legislao e regulamentos aplicveis.

    Pargrafo nico. O consumidor titular de unidade consumidora do grupo A responsvel pelas instalaes necessrias ao abaixamento da tenso, transporte de energia e proteo dos sistemas, alm do ponto de entrega.

    Seo VII Da Subestao Compartilhada

    Art. 16

    O fornecimento de energia eltrica a mais de uma unidade consumido-ra do grupo A pode ser efetuado por meio de subestao compartilhada, desde que atendidos os requisitos tcnicos da distribuidora e observadas as seguintes condies:

    I - as unidades consumidoras devem estar localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contguas, sendo vedada a utilizao de vias pblicas, de passagem area ou subterrnea e de proprieda-des de terceiros no envolvidos no referido compartilhamento; e

    II a existncia de prvio acordo entre os consumidores participantes do compartilhamento, devendo ser aditivado no caso de adeso de outras unidades consumidoras alm daquelas inicialmente pactuadas.

    1 O compartilhamento de subestao pertencente a consumidor res-ponsvel por unidade consumidora do grupo A, mediante acordo entre as partes, pode ser realizado com a distribuidora para atendimento a unidades consumidoras dos grupos A ou B, desde que haja convenincia tcnica e

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    Unidade Consumidora

    econmica para seu sistema eltrico, observados os incisos I e II do caput.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    2 No se aplica o inciso I s unidades consumidoras prestadoras do servio de transporte pblico por meio de trao eltrica de que tra-ta o Art. 20,desde que tenham sido cumpridas todas as exigncias le-gais, inclusive a obteno de licena, autorizao ou aprovao das autoridades competentes;

    3 Na hiptese de um titular de unidade consumidora de subestao-compartilhada tornar-se consumidor livre, a medio de todas as unidades consumidoras dessa subestao deve obedecer especificao tcnica definida em regulamentao especfica.

    4 O acordo celebrado entre unidades consumidoras do grupo A ou entre o consumidor responsvel pela unidade do grupo A e a distribuidora deve estabelecer, entre outros pontos, as responsabilidades pela opera-o e manuteno da subestao compartilhada.

    5 Na hiptese do 1, a distribuidora no se exime de sua respon-sabilidade pelo atendimento dos padres tcnicos e comerciais, inclusive o ressarcimento de danos de que trata o cap. XVI, ainda que causados por ocorrncias na subestao compartilhada.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Seo VIII Dos Empreendimentos com

    Mltiplas Unidades Consumidoras(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Art. 17

    Em empreendimento com mltiplas unidades, cuja utilizao da ener-gia eltrica ocorra de forma independente, cada frao caracterizada por uso individualizado constitui uma unidade consumidora.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Pargrafo nico. As instalaes para atendimento das reas de uso co-mum constituem uma unidade consumidora de responsabilidade do con-domnio, da administrao ou do proprietrio do empreendimento.

    Art. 18

    O empreendimento com mltiplas unidades consumidoras, cuja ativi-dade predominante seja o comrcio ou a prestao de servios, na qual

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    as pessoas fsicas ou jurdicas utilizem energia eltrica em apenas um ponto de entrega, pode ser considerada uma nica unidade consumi-dora, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condies:(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    I - que a propriedade de todos os compartimentos do imvel, prdio ou conjunto de edificaes, seja de apenas uma pessoa fsica ou jurdica e que ele esteja sob a responsabilidade administrativa de organizao incumbida da prestao de servios comuns aos seus integrantes;

    II - que organizao regularmente instituda se responsabilize pela prestao dos servios comuns a seus integrantes; e

    III - que o valor da fatura relativa ao fornecimento ou conexo e uso do sistema eltrico seja rateado entre todos os integrantes, sem qualquer acrscimo.

    Pargrafo nico. Cabe organizao manifestar-se, por escrito, sobre a opo pelo fornecimento de energia eltrica nas condies previstas neste artigo.

    Art. 19

    Em empreendimentos com mltiplas unidades consumidoras, a medi-o para faturamento em cada local de consumo pode ser implementada de acordo com os procedimentos estabelecidos neste artigo.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    1 A distribuidora deve instalar medio totalizadora para faturamento

    entre o ponto de entrega e a entrada do barramento geral.

    2 O empreendimento deve ter suas instalaes eltricas internas adaptadas de forma a permitir a instalao de medidores para:

    I - o faturamento das novas unidades consumidoras; e

    II - a determinao da demanda correspondente s unidades consu-midoras do grupo B, quando necessria apurao do faturamento de unidade consumidora do grupo A por meio da medio totalizadora.

    3 Deve ser emitido ao responsvel institudo para a administrao do empreendimento, segundo o(s) contrato(s) firmado(s), o faturamen-to da demanda e da energia eltrica, respectivamente, pela diferena positiva entre:

    I - quando se tratar de unidade consumidora do grupo A, a demanda

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Unidade Consumidora

    apurada pela medio totalizadora e quelas correspondentes s uni-dades consumidoras do grupo B e do grupo A, de forma sincronizada e conforme o intervalo mnimo para faturamento; e

    II - a energia eltrica apurada entre a medio totalizadora e a inte-gralizao das medies individuais de cada unidade consumidora.

    4 Cabe ao responsvel manifestar, por escrito, a opo pelo fatu-ramento nas condies previstas neste artigo, desde que anuda pelos demais integrantes do empreendimento ao tempo da solicitao.

    5 As condies para a medio individualizada devem constar de instrumento contratual especfico, a ser firmado por todos os envolvidos.

    6 O eventual compartilhamento de subestao de propriedade de consumidores responsveis por unidades consumidoras do grupo A com a distribuidora deve constar do instrumento referido no 5.

    7 Os custos associados implementao do disposto neste artigo so de responsabilidade dos consumidores interessados.

    Seo IX Do Transporte Pblico por meio de Trao Eltrica

    Art. 20

    Unidades consumidoras prestadoras do servio de transporte pblico por meio de trao eltrica podem operar eletricamente interliga-das, observando-se que:

    I - a interligao eltrica condiciona-se observncia dos requisitos tcnicos e de segurana previstos em normas ou padres de todas as distribuidoras em cujas reas de concesso ou permisso se situem quaisquer das unidades consumidoras interligadas;

    II - somente podem operar de forma interligada as unidades consu-midoras que possuam mesma natureza e contratao individualizada, assim como sejam instalados medidores nos pontos de entrega e in-terligaes que permitam o faturamento correspondente contratao de cada unidade consumidora;

    III - compete ao consumidor elaborar o estudo tcnico que demonstre distribuidora as possibilidades de remanejamento de carga, decor-

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Unidade Consumidora

    rentes de sua configurao operativa, privilegiando o uso racional do sistema eltrico, assim como declarar a parcela correspondente a cada unidade consumidora localizada na respectiva rea de concesso; e

    IV - a eventual necessidade de investimento no sistema eltrico da distribuidora, com vistas ao atendimento na forma do disposto no inciso III, deve observar a regulamentao vigente.

    Seo X Da Iluminao Pblica

    Art. 21

    A elaborao de projeto, a implantao, expanso, operao e manu-teno das instalaes de iluminao pblica so de responsabilidade do ente municipal ou de quem tenha recebido deste a delegao para prestar tais servios.

    1A distribuidora pode prestar os servios descritos no caput median-te celebrao de contrato especfico para tal fim, ficando a pessoa jurdica de direito pblico responsvel pelas despesas decorrentes.

    2 A responsabilidade de que trata o caput inclui todos os custos refe-rentes ampliao de capacidade ou reforma de subestaes, alimentado-res e linhas j existentes, quando necessrias ao atendimento das instala-es de iluminao pblica, observado o disposto nos 1 a 4 do art. 43.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Art. 22

    No caso de fornecimento efetuado a partir de circuito exclusivo, a dis-tribuidora deve instalar os respectivos equipamentos de medio, quando houver convenincia tcnica ou solicitao do Poder Pblico.

    Art. 23

    As reclamaes formuladas pelo Poder Pblico com relao ilumi-nao pblica devem ser analisadas pela agncia estadual convenia-da, ou ainda pela ANEEL, apenas no que concerne s clusulas conti-das no respectivo contrato de fornecimento acordado entre as partes.

  • Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

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    Unidade Consumidora

    Art. 24

    Para fins de faturamento da energia eltrica destinada iluminao pblica ou iluminao de vias internas de condomnios, o tempo a ser considerado para consumo dirio deve ser de 11 (onze) horas e 52 (cin-quenta e dois) minutos, ressalvado o caso de logradouros que necessitem de iluminao permanente, em que o tempo de 24 (vinte e quatro) horas por dia do perodo de fornecimento.

    1 O tempo a ser considerado para consumo dirio pode ser diferente do estabelecido no caput, aps estudo realizado pelo consumidor e a distribui-dora junto ao Observatrio Nacional, devidamente aprovado pela ANEEL.

    2 A tarifa aplicvel ao fornecimento de energia eltrica para ilumina-o pblica a Tarifa B4a.

    Art. 25

    Para fins de faturamento, a energia eltrica consumida pelos equipa-mentos auxiliares de iluminao pblica deve ser calculada com base nas normas especficas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, em dados do fabricante dos equipamentos ou em ensaios realizados em laboratrios credenciados por rgo oficial, devendo as condies pactu-adas constarem do contrato.

    Art. 26

    Caso sejam instalados equipamentos automticos de controle de carga que reduzam o consumo de energia eltrica do sistema de ilumi-nao pblica, devidamente comprovado e reconhecido por rgo oficial e competente, a distribuidora deve proceder reviso da estimativa de consumo e considerar a reduo proporcionada por tais equipamentos.

    Pargrafo nico. A implantao do sistema de equipamento automtico de controle de carga deve ser precedida de apresentao de projeto tc-nico especfico distribuidora.

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Atendimento Inicial

    CAPTULO III DO ATENDIMENTO INICIAL

    Seo I Da Solicitao do Fornecimento

    Art. 27

    Efetivada a solicitao de fornecimento, a distribuidora deve cientificar o interessado quanto :

    I obrigatoriedade de:

    a) observncia, na unidade consumidora, das normas e padres dis-ponibilizados pela distribuidora, assim como daquelas expedidas pelos rgos oficiais competentes, naquilo que couber e no dispuser contra-riamente regulamentao da ANEEL;

    b) instalao, pelo interessado, quando exigido pela distribuidora, em locais apropriados de livre e fcil acesso, de caixas, quadros, painis ou cubculos destinados instalao de medidores, transformadores de medio e outros aparelhos da distribuidora necessrios medio de consumo de energia eltrica e demanda de potncia, quando hou-ver, e proteo destas instalaes; c) declarao descritiva da carga instalada na unidade consumidora;

    d) celebrao prvia dos contratos pertinentes;

    e) aceitao dos termos do contrato de adeso pelo interessado;

    f) fornecimento de informaes referentes natureza da atividade desenvolvida na unidade consumidora, finalidade da utilizao da energia eltrica, da necessidade de comunicar eventuais alteraes supervenientes e o local de entrega da fatura;

    g) apresentao dos documentos relativos sua constituio, ao seu re-gistro e do(s) seu(s) representante(s) legal(is), quando pessoa jurdica; e

    h) apresentao do Cadastro de Pessoa Fsica CPF, desde que no esteja em situao cadastral cancelada ou anulada de acordo com Instruo Normativa da Receita Federal, e Carteira de Identidade ou, na inexistncia desta, de outro documento de identificao oficial com foto, e apenas o Registro Administrativo de Nascimento Indgena RANI no caso de indgenas.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

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    Atendimento Inicial

    II - necessidade eventual de:

    a) execuo de obras, servios nas redes, instalao de equipamentos da distribuidora ou do interessado, conforme a tenso de fornecimento e a carga instalada a ser atendida;

    b) construo, pelo interessado, em local de livre e fcil acesso, em condies adequadas de iluminao, ventilao e segurana, de com-partimento destinado, exclusivamente, instalao de equipamentos de transformao e proteo da distribuidora ou do interessado, ne-cessrios ao atendimento das unidades consumidoras da edificao;

    c) obteno de autorizao federal para construo de rede destinada a uso exclusivo do interessado;

    d) apresentao de licena ou declarao emitida pelo rgo compe-tente quando a extenso de rede ou a unidade consumidora ocuparem reas protegidas pela legislao, tais como unidades de conservao, reservas legais, reas de preservao permanente, territrios indge-nas e quilombolas, entre outros.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    e) participao financeira do interessado, nos termos desta Resoluo;

    f) adoo, pelo interessado, de providncias necessrias obteno de benefcios tarifrios previstos em legislao;

    g) aprovao do projeto de extenso de rede, antes do incio das obras;

    h) apresentao de documento, com data, que comprove a proprieda-de ou posse do imvel;

    i) aprovao de projeto das instalaes de entrada de energia, de acor-do com as normas e padres da distribuidora, observados os procedi-mentos e prazos estabelecidos nos incisos III e IV do 3 do art. 37; e

    j) indicao de outro endereo atendido pelo servio postal para entrega da fatura e demais correspondncias, observado o disposto no art. 122.

    1 O prazo para atendimento, sem nus de qualquer espcie para o interessado, deve obedecer, quando for o caso, ao plano de universaliza-o aprovado pela ANEEL, ou aos prazos estabelecidos pelos programas de eletrificao rural implementados por rgo da Administrao Pblica Federal, do Distrito Federal, dos Estados ou dos Municpios.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

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    Resoluo Normativa n 414/2010Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL

    Atendimento Inicial

    2 A distribuidora deve entregar ao interessado, por escrito, a in-formao referida no 1, e manter cadastro especfico para efeito de fiscalizao.

    3 A anlise e avaliao de documentos pela distribuidora no cons-tituem justificativa para ampliao dos prazos de atendimento definidos, desde que atendidas as disposies desta Resoluo.

    4 A apresentao dos documentos constantes da alnea h do inci-so I pode, a critrio da distribuidora, ser efetuada quando da inspeo do padro de entrada da unidade consumidora, da leitura para o ltimo fatura-mento da relao contratual anterior, ou de quaisquer outros procedimen-tos similares que permitam a comprovao da identidade do solicitante.

    5 A distribuidora deve informar ao interessado, por escrito, se a me-dio ser externa nos termos da alnea a do inciso XLIX do art. 2.

    6 A distribuidora deve informar ao interessado que solicita o forneci-mento ou a alterao de titularidade, das classes residencial e rural, todos os critrios para o enquadramento nas subclasses residencial baixa renda definidos na Lei n 12.212, de 2010.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    7 A distribuidora deve cadastrar as unidades consumidoras onde pessoas utilizem equipamentos eltricos essenciais sobrevivncia hu-mana, aps solicitao expressa do titular da unidade consumidora, me-diante comprovao mdica.

    8 Havendo alocao de recursos a ttulo de subveno econmica, oriundos de programas de eletrificao institudos por ato especfico, com vistas instalao de padro de entrada e instalaes internas da unidade consumidora, a distribuidora deve aplic-los, em conformidade com o es-tabelecido no respectivo ato, exceto nos casos em que haja manifestao em contrrio, apresentada formalmente pelo interessado.

    Art. 28

    Para aplicao da TSEE, um dos integrantes de cada famlia, que aten-da a uma das condies dispostas no art. 8, deve informar distribuidora:

    I nome;

    II Nmero de Identificao Social NIS ou Nmero do Benefcio NB;(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 472, de 24.01.2012)

    III CPF e Carteira de Identidade ou, na inexistncia desta, outro do-cumento de identificao oficial com foto; e

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    IV se a famlia indgena ou quilombola.

    1 No caso de existncia de portador de doena ou deficincia, o responsvel pela unidade consumidora ou o prprio portador da doena ou da deficincia deve ainda comprovar a necessidade do uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funciona-mento, necessitem de energia eltrica, mediante apresentao de relat-rio e atestado subscrito por profissional mdico.

    2 Para fins do disposto no 1, no caso em que o profissional m-dico no atue no mbito do Sistema nico de Sade SUS ou em es-tabelecimento particular conveniado, o relatrio e o atestado devem ser homologados pela Secretaria Municipal de Sade.

    3 O Relatrio e o atestado mdico de que trata o 1 deve certificar a situao clnica e de sade do morador portador da doena ou da defici-ncia, bem como a previso do perodo de uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, deman-dem consumo de energia eltrica e, ainda, as seguintes informaes:

    I - Classificao Estatstica Internacional de Doenas e Problemas Re-lacionados Sade CID;

    II - nmero de inscrio do profissional mdico responsvel no Conse-lho Regional de Medicina CRM;

    III - descrio dos aparelhos, dos equipamentos ou dos instrumentos utilizados na residncia que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia eltrica;

    IV - nmero de horas mensais de utilizao de cada aparelho, equipa-mento ou instrumento;

    V - endereo da unidade consumidora; e

    VI - Nmero de Identificao Social NIS.

    4 Nos casos em que houver necessidade de prorrogao do per-odo previsto no relatrio mdico ou no atestado, o responsvel pela unidade consumidora ou o portador da doena ou da deficincia deve solicitar novos relatrio e atestado mdico para manter o benefcio.

    5 A distribuidora deve retirar o benefcio a partir do ciclo de fatura-mento que se iniciar aps o trmino do perodo previsto no relatrio e no atestado mdico para uso do aparelho, do equipamento ou do instrumento

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    que, para seu funcionamento, demandem consumo de energia eltrica, caso o beneficirio no apresente novo relatrio e atestado mdico que comprovem a necessidade da prorrogao do perodo de uso.

    6 Nos casos em que o perodo de uso seja superior a 1 (um) ano, o responsvel pela unidade consumidora ou o prprio portador da doena ou da deficincia deve, para manuteno do benefcio, uma vez a cada 12 (doze) meses, apresentar novo relatrio e atestado mdico, devendo a distribuidora informar ao consumidor sobre essa necessidade com at 30 (trinta) dias de antecedncia.

    7 Caso o beneficirio do BPC seja indgena ou quilombola e almeje receber o desconto descrito no 1 do art. 110, tambm deve estar inclu-do no Cadastro nico e informar o NIS.

    8 Caso as famlias indgenas no possuam os documentos definidos no inciso III do caput, deve ser admitido o documento RANI.

    9 No caso de habitaes multifamiliares, para continuidade do benef-cio, as famlias devem atualizar as informaes dispostas neste artigo a cada 12 (doze) meses ou em prazo inferior quando solicitado pela distribuidora.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 472, de 24.01.2012)

    Art. 29

    Para o atendimento unidade consumidora cuja contratao for efetu-ada por meio da celebrao do Contrato de Compra de Energia Regulada CCER, deve-se observar que:

    I a formalizao da solicitao de que trata o caput deve ser efetivada mediante celebrao do CCER;

    II quando se tratar de unidades consumidoras conectadas Rede Bsica, a celebrao do CCER deve ser efetivada com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias da data em que a distribuidora est obri-gada a declarar sua necessidade de compra de energia eltrica para o leilo A-5, efetivando-se a entrega no quinto ano subsequente;III a distribuidora pode, a seu critrio, efetuar o atendimento em prazo inferior, vedado o repasse de eventuais repercusses no cmputo de suas tarifas; e

    IV quando inexistirem dados histricos de consumo da distribuidora, compete ao consumidor informar a mdia de consumo projetada para o prazo de vigncia contratual distribuidora.

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    Seo II Da Vistoria

    Art. 30

    A vistoria da unidade consumidora deve ser efetuada em at 3 (trs) dias teis na rea urbana e 5 (cinco) dias teis na rea rural, contados da data da solicitao de fornecimento ou do pedido de nova vistoria, obser-vado o disposto na alnea i do inciso II do art. 27.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    1 Ocorrendo reprovao das instalaes de entrada de energia eltrica, a distribuidora deve informar ao interessado, por escrito, em at 3 (trs) dias teis, o respectivo motivo e as providncias corretivas necessrias.

    2 Na hiptese do 1, a distribuidora deve realizar nova vistoria e efetuar a ligao da unidade consumidora nos prazos estabelecidos no art. 31, caso sanados todos os motivos da reprovao em vistoria an-terior, observados os prazos do caput, aps solicitao do interessado.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 418, de 23.11.2010)

    3 Durante o prazo de vistoria, a distribuidora deve averiguar a exis-tncia de rede de distribuio que possibilite o pronto atendimento da uni-dade consumidora.

    4 Nos casos onde for necessria a execuo de obras para o atendi-mento da unidade consumidora, nos termos do art. 32, o prazo de vistoria comea a ser contado a partir do primeiro dia til subsequente ao da con-cluso da obra, conforme cronograma informado pela distribuidora, ou do recebimento da obra executada pelo interessado.(Redao dada pela Resoluo Normativa ANEEL n 479, de 03.04.2012)

    Seo III Dos Prazos de Ligao

    Art. 31

    A ligao de unidade consumidora deve ser efetuada de acordo com os prazos mximos a seguir fixados:

    I - 2 (dois) dias teis para unidade consumidora do grupo B, localizada em rea urbana;

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    II - 5 (cinco) dias teis para unidade consumidora do grupo B, localiza-da em rea rural; e

    III - 7 (sete) dias teis