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fabio-duarte-laranjeira
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REPARO Inicia nas primeiras fases da inflamação e se completa depois que a injúria tenha sido neutralizada; Após uma lesão tecidual extensa e persistente; Reparação: tecido conjuntivo, fibroblastos e capilares sanguíneos; Há reposição por fibroblastos.
REPARO TECIDUAL"Processo de reposição do tecido destruído observado após a extinção dos agentes agressor".
• Como o conceito enfatiza, o processo de reparação só consegue se estabilizar e atingir o seu mais alto grau quando ocorre a eliminação do agente inflamatório.
• Diz-se que há reparação completa quando houver restituição da morfostase e homeostase tecidual, iniciado já na fase irritativa da inflamação.
A reparação pode acontecer sob dois tipos, dependendo do estado de destruição do tecido e dos graus de transformação sofridos por este. São eles:
1. Regeneração: reposição de tecido idêntico ao perdido.
2. Cicatrização: substituição do tecido perdido por tecido conjuntivo fibroso.
REGENERAÇÃO Processo de cura histológica; Reposição de um grupo de células destruídas pelo mesmo tipo (requer membrana basal). Reepitalização por hiperplasia das células, com reposição de um novo epitélio; Recuperação morfofuncional completa.
Regeneração TecidualControlada por fatores bioquímicos, liberada em resposta a lesão celular, necrose ou trauma mecânicoComo exerce seu controle?Induz células em repouso a entrar em seu ciclo celular;Equilibra fatores estimulatórios ou inibitóriosEncurta o ciclo celularDiminui a perda celular
• Características da Proliferação Celular
• A regeneração promove a restituição da integridade anatômica e funcional do tecido.
• Todo o procedimento regenerativo se realiza em tecidos onde existem células lábeis ou estáveis isto é, células que detêm a capacidade de se regenerar através de toda a vida extra-uterina (por exemplo, células epiteliais, do tecido hematopoiético etc.);
• por intermédio da multiplicação e organização dessas células origina-se um tecido idêntico ao original.
• Além dessa condição, a restituição completa só ocorre se existir um suporte, um tecido de sustentação (como parênquima, derma da pele etc.) subjacente ao local comprometido.
• Esse tecido é o responsável pela manutenção da irrigação e nutrição do local, fatores essenciais para o desenvolvimento da regeneração dentro dos padrões normais.
• Características da Proliferação Celular• É normal no organismo a reposição de células,
tipo de regeneração classificado como fisiológica, ou seja, a proliferação celular é contínua para manter a estrutura e o funcionamento dos órgão.
• Um exemplo é a mucosa bucal (e as demais mucosas), em que o epitélio prolifera continuadamente para a renovação das camadas epiteliais.
• Características da Proliferação Celular• Há ainda a regeneração compensadora, observada
nos órgãos pares (por exemplo, pulmão, rins etc.); quando um dos órgãos é destruído, o outro assume processos regenerativos mais intensos para compensar a destruição do seu par.
• Por fim, diz-se que há regeneração patológica quando houver destruição tecidual e perda da homeostase e da morfostase
Características da Proliferação CelularCélulas Lábeis (renovam-se sempre):– Substituição de células mortas– Epitélio: pele, cavidade oral, trato GI, hematopoiese.Células estáveis:– Povoam tecidos que normalmente são renovados lentamente– Proliferação rápida após perda tecidual– Fígado, rim, pâncreas, endotélio, fibroblastosCélulas Permanentes (não se dividem):– Perderam toda a capacidade de regeneração– Lesão irreversível– Células nervosas e miócitos cardiacos
Célula epitelial da mucosa bucalCélulas Lábeis
Célula salivarCélulas estáveis
Tecido nervoso periferico e muscular Células Permanentes
Regulação do Ciclo CelularCélula Lábeis -Epiderme
Síntese de DNA
Mitose
NeurônioCélulas Permanentes
Células EstáveisHepatócito
CICATRIZAÇÃOA cicatrização é a forma mais comum de cura dos tecidos
inflamados. Nela se tem uma reposição tecidual, porém a anatomia e a função do local comprometido não são restituídas
Para que possa haver cicatrização completa, são necessárias eliminação do agente agressor, irrigação, nutrição e oxigenação.
FUNÇÃO DA PELE• A pele atua
principalmente como uma barreira protetora contra agentes agressores do meio ambiente.
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS• Feridas agudas (escoriações, feridas cirúrgicas,
queimaduras): sofrem um processo interativo complexo envolvendo inúmeros tipos celulares que determinam sua completa cicatrização.
• Feridas crônicas (úlceras ou feridas venosas, arteriais de pressão e as diabéticas: parte dos processos de reparo de reparo se continuam, sem estabelecer resultado anatômico funcional.
FASES DA CICATRIZAÇÃO
• Inflamatória: inicia-se no momento da lesão e constitui-se por cinco eventos (0 – 5 dias).– Vasoconstricção: ocorre imediatamente após a
lesão e dura em torno de 10 -15 minutos, inicia-se pela liberação de aminas vasoativas. Ocorre a liberação local de norepinefrina e sistêmica de epinefrina. Além da liberação de mediadores inflamatórios pelas células lesionadas.
FASE INFLAMATÓRIA
– Agregação plaquetária: estimulada pela lesão endotelial (trombina, prolina, hidroxiprolina e colágeno), que leva a agregação entre as palquetas e entre estas e o subendotélio. Agregação e degranulação palquetária: as plaquetas degranulam (granulos alfa, corpos densos e lisossomas).• Granulos alfa: albumina, fibrinogênio, imunoglobulina G,
fatores V e VII, PDGF, TGF ALFA, TGF BETA, FGF-2, etc.• Corpos densos: cálcio, serotonina, ADP e ATP.• Liberação de prostaciclinas.
FASE INFLAMATÓRIA
– Depósito de fibrina e cascata de coagulação: formada por componentes extrínsecos e intrínsecos. • Cascata intrínseca: somente requerida quando há
hemorragia. Neste caso, é iniciada pela ativação do fator XII, quando o sangue entra em contato com superfícies estranhas. • Cascata extrínseca: é iniciada pela exposição de fatores
tissulares que se ligam ao fator VII VIIa. Estas duas vias resultam na produção de trombina (fibrinogênio/fibrina).
FASE INFLAMATÓRIA– Migração leucocitária: uma das funções primárias
da inflamação é levar células inflamatórias até o local da lesão. A ferida apresenta eritema, edema, calor e dor. Ocorre vasodilatação local, com contração das céluas endoteliais e consequente exudação plasmática e celular, por aumento das fenestras capilares. Estes eventos são desencadeados por mediadores inflamatórios. As primeiras células inflamatórias a serem atraídas são os polimorfonucleares.
FASE INFLAMATÓRIA
– Ativação celular: liberação de interleucinas e interferon e derivados das palaquetas, são estímulos necessários a ativação celular.• Neutrófilos: essenciais em feridas contaminadas.• Macrófagos: fontes primárias de citocinas e
imunomediadores (migração e produção de fibroblastos, produção de colágeno, contração da ferida, síntese de matriz e angiogênese).• Linfócitos: desempenham papel crucial na cicatrização,
ppte linfócitos T.
FASE PROLIFERATIVA
• Fase proliferativa: 3 – 14 dias– Reepitelização: em feridas incisas esta fase ocorre
entre 24 a 48 horas após lesão inicial. Nas primeiras 24 horas, células basais presentes nas bordas da ferida, proliferam-se e se alongam, e começam a migrar para o outro lado da superfície da ferida até que ocorra a inibição por contato.
FASE PROLIFERATIVA– Migração de fibroblastos: os fibrosblastos sugem na
ferida no terceiro dia e atingem o pico em 7 dias. Células circunvizinhas indiferenciadas podem se transformar em fibroblastos por ativação de mediadores.
– Formação de tecido de granulação: aproximadamente 4 dias após o inicio da lesão, a ferida é invadida por tecido de granulação, constituído de fibroblastos, células inflamatórias, capilares neoformados envoltos em colágeno, fibronectina e ácido hialurônico.
FASE PROLIFERATIVA
– Angiogênese: o processo de angiogênese torna-se ativo apartir do segundo dia . Os níveis elevados de ácido lático, o pH ácido e a diminuição da tensão de O2, no ambiente da ferida, são fatores que influem na angiogênese.
– Síntese protéica: cerca de 5 dias depois da lesão, predominam a síntese e deposição de proteína. A síntese de colágeno é afetada por características do paciente e da ferida.
FASE PROLIFERATIVAContração da ferida: inicia-se 4 a 5 dias após a lesão
e continua por cerca de 2 semanas ou mais nas feridas crônicas. A taxa de contração depende do local da ferida e forma. A contração é caracterizada pela predominância de miofibroblastos na periferia da ferida.
FASE DE REMODELAGEM• Fase de remodelagem (7 dias a 1 ano): a remodelagem
da cicatriz começa a predominar apartir de 21 dias após a lesão. Ocorre equilíbrio entre taxa de síntese e degradação de colágeno. Este processo é controlado por mediadores presentes na lesão. A remodelagem é essencial para a formação de uma cicatriz resistente:1 dia após lesão = 3% da derme normal3 semanas = 20% da derme normal3 meses = 80% da derme norma.
CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA INTENÇÃO • Primeira intensão ou fechamento primário:
feridas agudas, limpas, mínima contaminação bacteriana, hemostasia adequada, contato direto e/ou aposição adequada das bordas da ferida.
• Fatores que interferem na cicatrização: quantidade de tecido necrótico, presença de espaço morto, uso incorreto de termocautério e suturas muito apertadas.
CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA INTENÇÃO
CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA INTENÇÃO
CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO
• Cicatrização por segunda intenção ou fechamento secundário: feridas agudas que cicatrizam sem a aposição das bordas (biópsias cutâneas, queimaduras profundas, feridas infectadas mantidas abertas). Neste caso o tempo para reepitelização de pende de vários fatores ( profundidade, localização e forma).
• Cicatrização por terceira intenção: a ferida é fechada vários dias após o início da lesão.
CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO
CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO
FERIDAS CRÔNICAS
• Esta classificação é bastante subjetiva: estão incluídas feridas traumáticas e induzidas cirurgicamente, infectadas ou com comprometimento vascular. Abrange úlceras de pele, diabéticas, venosas e arteriais, e as úlceras de pressão.
FERIDAS CRÔNICAS
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO
• Nutrientes: má-nutrição é importante fator de interferência na cicarização, especialmente em idosos.– Hipoproteinemia : retardo na cicatrização, inibição
da angiogênese, da proliferação e síntese de fibroblastos, interfere no acúmulo e remodelagem do colágeno.
– carboidratos e ácidos graxos livres;– Vitaminas e minerais.
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO
Hipóxia: encontrada em pacientes anêmicos, em choque, com sepse, nefropatas e diabéticos. Feridas infectadas, com seroma, hematoma e suturas sob tensão.
Diabetes: neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distúrbios metabólicos.
a ativação reduzida das células inflamatórias e a quimiotaxia reduzida, resultam em menor eficiência na destruição das bactérias.
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO
Infecção: a contaminação da ferida por bactérias em quantidade maior que 10 na quinta potência, por grama de tecido, acarreta infecção clínica e retardo na cicatrização.
Drogas e outros fatores:Corticosteróides: inibem a migração de macrófagos, a
proliferação de fibroblastos e a síntese da matriz protêica.
Irradiação local: reduz população de fibroblastos e reduz potencial proliferativo do endotélio.
Fatores Individuais que Influenciam na inflamação e no Reparo
AgenteNutriçãoInfecçõesCaracterísticas da feridaFatores mecânicosIrrigação sangüíneoTerapêutica com medicamentos
Exemplo: Quelóide- Cicatriz exuberante- Abundante deposiçãode colágeno tipo III. - Predisposição genética:humanos – negrosanimais – eqüinos
Alteração no Reparo