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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril Publicação: quarta-feira, 29 de abril SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Ricardo Lewandowski Presidente Ministra Cármen Lúcia Vice-Presidente Amarildo Vieira de Oliveira Diretor-Geral ©2015 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Octogésima Distribuição realizada em 27 de abril de 2015. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.659 (1) ORIGEM : ACO - 2659 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE MINAS GERAIS AUTOR(A/S)(ES) : FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FAPEMIG PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS RÉU(É)(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.314 (2) ORIGEM : ADI - 5314 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO REQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL - CNA ADV.(A/S) : ROSANE LUCIA DE SOUZA THOME E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.238 (3) ORIGEM : AC - 200180000079611 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO PROCED. : ALAGOAS RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : RENALVA PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RICARDO ANDRÉ BANDEIRA MARQUES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.394 (4) ORIGEM :AC - 70026786327 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :NILZA MARIA MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : GUSTAVO CAMMARANO COIMBRA AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.542 (5) ORIGEM :AC - 10166080183113001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : CECÍLIA GONÇALVES MITRE ADV.(A/S) : LINCOLN D'AQUINO FILOCRE AGDO.(A/S) : FUNDIÇÃO LIBANEZA LTDA ADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ SANTOS TEIXEIRA E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.553 (6) ORIGEM : AC - 10024069880573009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR :MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : RAMON RODRIGUES RAMALHO ADV.(A/S) : RENATO DANTÉS MACEDO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS - COPASA ADV.(A/S) : JULIANA DE ALMEIDA PICININ E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : STEMAG ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA ADV.(A/S) : MAURO SERGIO GODOY E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.561 (7) ORIGEM : AMS - 20090302176 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : EMPLOYER ORGANIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS LTDA ADV.(A/S) : ALMERINDO PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TACURU PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TACURU AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.565 (8) ORIGEM : AC - 200772080007741 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : VANIO COELHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :PEDRO DE QUEIROZ CORDOVA SANTOS AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.598 (9) ORIGEM : PROC - 035040012813 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR :MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : MARPEX COMERCIAL LTDA - ME ADV.(A/S) : JAQUES MARQUES PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CONSTRUTORA SÁ CAVALCANTE LTDA ADV.(A/S) : RODRIGO CAMPANA TRISTÃO E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.600 (10) ORIGEM : AC - 20070258468 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR :MIN. LUIZ FUX Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril Publicação: quarta-feira, 29 de abril

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

Ministra Cármen LúciaVice-Presidente

Amarildo Vieira de OliveiraDiretor-Geral

©2015

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Octogésima Distribuição realizada em 27 de abril de 2015.Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de

processamento de dados:

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.659 (1)ORIGEM : ACO - 2659 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE MINAS GERAISAUTOR(A/S)(ES) : FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO

DE MINAS GERAIS - FAPEMIGPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.314 (2)ORIGEM : ADI - 5314 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E

PECUÁRIA DO BRASIL - CNAADV.(A/S) : ROSANE LUCIA DE SOUZA THOME E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.238 (3)ORIGEM : AC - 200180000079611 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : RENALVA PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO ANDRÉ BANDEIRA MARQUES E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.394 (4)ORIGEM : AC - 70026786327 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : NILZA MARIA MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO CAMMARANO COIMBRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.542 (5)ORIGEM : AC - 10166080183113001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CECÍLIA GONÇALVES MITREADV.(A/S) : LINCOLN D'AQUINO FILOCREAGDO.(A/S) : FUNDIÇÃO LIBANEZA LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ SANTOS TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.553 (6)ORIGEM : AC - 10024069880573009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : RAMON RODRIGUES RAMALHOADV.(A/S) : RENATO DANTÉS MACEDO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS -

COPASAADV.(A/S) : JULIANA DE ALMEIDA PICININ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : STEMAG ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : MAURO SERGIO GODOY E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.561 (7)ORIGEM : AMS - 20090302176 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : EMPLOYER ORGANIZAÇÃO DE RECURSOS

HUMANOS LTDAADV.(A/S) : ALMERINDO PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TACURUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TACURU

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.565 (8)ORIGEM : AC - 200772080007741 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : VANIO COELHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO DE QUEIROZ CORDOVA SANTOSAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.598 (9)ORIGEM : PROC - 035040012813 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MARPEX COMERCIAL LTDA - MEADV.(A/S) : JAQUES MARQUES PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONSTRUTORA SÁ CAVALCANTE LTDAADV.(A/S) : RODRIGO CAMPANA TRISTÃO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.600 (10)ORIGEM : AC - 20070258468 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 2: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 2

AGTE.(S) : DORIVAL SAMANIEGOADV.(A/S) : MÁRIO SÉRGIO ROSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.601 (11)ORIGEM : AC - 20070279053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO ITAÚ UNIBANCO S/AADV.(A/S) : NILZA RAMOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ROSANGELA PERINASSOADV.(A/S) : APARECIDO GOMES DE MORAIS

EMB.DIV. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 233.784 (12)ORIGEM : AC - 6296244 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : FRIGORÍFICO TAVARES LTDAADV.(A/S) : ANDRÉA DE TOLEDO PIERRIEMBTE.(S) : HEITOR REGINAADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO QUEIROZ REGINAEMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASADV.(A/S) : CLÁUDIA BARRICHELLOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

HABEAS CORPUS 127.847 (13)ORIGEM : HC - 320071 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : GABRIEL DA SILVA CIDAD MINGOIMPTE.(S) : PABLO DA SILVA CIDAD MINGOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 320.071 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.852 (14)ORIGEM : AP - 00053230420118260581 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : FERNANDO JOSÉ DE MORAESIMPTE.(S) : FERNANDO JOSÉ DE MORAESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.854 (15)ORIGEM : HC - 321081 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JOSÉ ALOÍSIO MÁXIMOIMPTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO SANT'ANNACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 321081 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.855 (16)ORIGEM : HC - 321107 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : DIEGO VIDAL DE JESUSIMPTE.(S) : DIOGNES GONÇALVESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 321107 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.856 (17)ORIGEM : HC - 300683 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : MARCEL FARIAS DE ANDRADEIMPTE.(S) : SIDNEY LUIZ DA CRUZ E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 300683 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.857 (18)ORIGEM : ARESP - 594526 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : LUÍS CÉSAR ROSSI FRANCISCOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.858 (19)ORIGEM : HC - 321481 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ROBERT CAETANO COSTA PEREIRAIMPTE.(S) : ANDERSON DOS SANTOS DOMINGUES E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 321481 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.859 (20)ORIGEM : APCRIM - 00000527120137020202 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : EWERTON GUSTAVO FALCÃO DE ARAÚJOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 127.860 (21)ORIGEM : HC - 54623 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : KLÉBER LUIS URIAS DE SALES OU KLÉBER LUIZ

URIAS DE SALESIMPTE.(S) : CÉSAR AUGUSTO MOREIRACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.861 (22)ORIGEM : APM - 118420117120012 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : MARCONDES ALVES MONTEIROIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 127.862 (23)ORIGEM : HC - 320958 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUCAS ROCHA SANTOSIMPTE.(S) : RICARDO FERREIRA BREIERCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 320.958 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.875 (24)ORIGEM : HC - 321330 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : JOSÉ CLEISON DA SILVA BEZERRAIMPTE.(S) : JECSON SILVEIRA LIMACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 321.330 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.879 (25)ORIGEM : HC - 320850 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : RODRIGO APARECIDO DA CRUZIMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 320.850 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.880 (26)ORIGEM : HC - 293347 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : APARECIDO DIAS BARBOZAIMPTE.(S) : IVAN RAFAEL BUENOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 293.347 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.881 (27)ORIGEM : HC - 316406 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : LEANDRO PICCOLOTTO HOLZ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 3: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 3

IMPTE.(S) : LUCIANO HILLEBRAND FELDMANN E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 316.406 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.883 (28)ORIGEM : HC - 316371 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : WESLEY MESSIAS DE CARVALHOIMPTE.(S) : FABIO ROGERIO DONADON COSTACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 316.371 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.884 (29)ORIGEM : RHC - 53892 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : DARLAN VICTOR DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.885 (30)ORIGEM : HC - 314250 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : DHENER HENRIQUE ALVES DA SILVAIMPTE.(S) : ANDERSON SEGURA DELPINO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 314.250 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.886 (31)ORIGEM : HC - 321147 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : WILLIAM DOUGLAS DE PAULAIMPTE.(S) : GABRIEL MARTINS FURQUIM E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HABEAS CORPUS Nº 321147 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.887 (32)ORIGEM : HC - 320224 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JUAREZ BARBOSA DE SOUZAIMPTE.(S) : ADRIANO HISAO MOYSES KAWASAKI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.888 (33)ORIGEM : ARESP - 499571 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : PAULO MAURÍCIO PIZZOLATTIIMPTE.(S) : GIANCARLO CASTELAN E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.889 (34)ORIGEM : HC - 243629 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : MATO PAUKPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 243629 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.890 (35)ORIGEM : ARESP - 594631 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : EDILSON MIRANDA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.891 (36)ORIGEM : ARESP - 1333579 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MAURO DE LIMA FILHOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.892 (37)ORIGEM : HC - 56763 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : GENIVAL FELIPE NUNESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 56763 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.893 (38)ORIGEM : HC - 321034 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : GUSTAVO DA COSTA BESSA DE ABREUIMPTE.(S) : WELLINGTON CORREA DA COSTA JUNIOR E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 321.034 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.894 (39)ORIGEM : RHC - 56333 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JONATHA ROSA DA CRUZIMPTE.(S) : MARCELO FALCI RODRIGUES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 56.333 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.895 (40)ORIGEM : RHC - 54223 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : FLÁVIO HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.896 (41)ORIGEM : HC - 307756 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ADRIANO CESAR SANTOS DA SILVAIMPTE.(S) : ANTONIO AUGUSTO BRITO FEIJO JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 307.756 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.899 (42)ORIGEM : HC - 321458 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : WDELSON FRANCISCO DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : CARLOS VIECZOREK E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC º 321458 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 127.900 (43)ORIGEM : PROC - 1203020137120012 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : BLENNER ANTUNES VIEIRAPACTE.(S) : MAICK WANDER SANTANA DE SOUZAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

MANDADO DE SEGURANÇA 33.585 (44)ORIGEM : TC - 01428920105 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : AMAURY CHAVES DE ATHAYDEADV.(A/S) : CESAR ANTONIO DA CUNHA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECLAMAÇÃO 20.563 (45)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : VALDECI TRINDADEADV.(A/S) : JOSE CARLOS NASSER E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 4

RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 20.572 (46)ORIGEM : PROC - 00118856220038190014 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : CRUZEIRO ESPORTE CLUBEADV.(A/S) : POLYANNA FERREIRA SILVA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GOYTACAZ FUTEBOL CLUBEADV.(A/S) : JONAS LOPES DE CARVALHO NETO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS PESSANHA FILHO E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : THIAGO PORTO LEÃO E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 20.583 (47)ORIGEM : PROC - 20140137616 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : MARIA CELIA DA COSTA GALVAOADV.(A/S) : SARAH SUYANNE BEZERRARECLDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE

RECLAMAÇÃO 20.587 (48)ORIGEM : RO - 00016808420115020056 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS

- CPTMADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ DAS NEVES SANTOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DORGIVAL DANTAS BRITOADV.(A/S) : ROGÉRIO PACILÉO NETOINTDO.(A/S) : PERSONAL SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 20.588 (49)ORIGEM : PROC - 50228564920144047107 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : JOAO FRANCISCO ZANOTELLI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO FOLTZ LACCHINI E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL DE CAXIAS DO SUL/RSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : MOISES LUCIANO DOS SANTOSADV.(A/S) : GUSTAVO FOLTZ LACCHINI

RECLAMAÇÃO 20.589 (50)ORIGEM : PROCESSO - 00213292720154013800 - JUIZ

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : THIAGO FURTADO DE MELO OLIVEIRAADV.(A/S) : THIAGO FURTADO DE MELO OLIVEIRARECLDO.(A/S) : JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA DA 12ª VARA FEDERAL

DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 20.590 (51)ORIGEM : RR - 0015960720105030019 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FRANCISCO VITORINOADV.(A/S) : MARCELO LUIZ DE SOUZA ALVESINTDO.(A/S) : CAIXA ESCOLAR ESCOLA MUNICIPAL ADAUTO LÚCIO

CARDOSOADV.(A/S) : ROBERTO DIAS PERECINI

RECLAMAÇÃO 20.591 (52)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MARDQUEU SILVIO FRANÇAADV.(A/S) : ADIRSON CÂMARARECLDO.(A/S) : 1ª TURMA RECURSAL CÍVEL DO COLÉGIO

RECURSAL DA 14ª CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA - BARRETOS

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL E DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MONTE AZUL PAULISTA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 20.593 (53)ORIGEM : ARESP - 483869 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MIGUEL D AVILAADV.(A/S) : EDVALDO EVALDO FLORINDORECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ILAIDE KRONE E COMPANHIA LTDA -

MICROEMPRESAADV.(A/S) : ROBSON FURTADO DE FARIAS

RECLAMAÇÃO 20.594 (54)ORIGEM : DECLARATÓRIA - 20150228161 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA E

AVALIADORES DO JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA - SINDOJUS/SC

ADV.(A/S) : CARLOS ALEXANDRE CARVALHO SILVARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 20.595 (55)ORIGEM : PROCESSO - 9381920115050010 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SINDICATO DE VIGILANTES EMPREGADOS EM

EMPRESAS DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DO ESTADO DA BAHIA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PROTECTOR SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 20.596 (56)ORIGEM : PIC - 30150003782438 - MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MARCIA MAROTO SANTOSADV.(A/S) : VINICIUS SCATINHO LAPETINA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 5

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

RECLAMAÇÃO 20.620 (57)ORIGEM : AIRR - 1266006720095050008 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA

AEROPORTUARIAADV.(A/S) : DERYCK COSTA DUARTERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FRANCISCO CARLOS DA SILVA BORGESADV.(A/S) : WALTER MOURA FILHOINTDO.(A/S) : TECNYT ELETRO ELETRONICA LTDA.ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 855.628 (58)ORIGEM : RESP - 1025777 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECTE.(S) : FRYSDYK PEÇAS - MEADV.(A/S) : FRANCIANE WOUTHERES BORTOLOTTO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 871.543 (59)ORIGEM : MS - 20120020045107 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : INCORPORAÇÃO GARDEN LTDAADV.(A/S) : LEONARDO LACERDA JUBÉ E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 871.551 (60)ORIGEM : MS - 20120020054322 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : M I REVESTIMENTOS LTDAADV.(A/S) : ALAN LUIZ BONAT E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 871.552 (61)ORIGEM : MS - 20110020258606 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : LOJA VIRTUAL LUA LUANA LTDAADV.(A/S) : TANIA CRISTINA PIVA E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 875.234 (62)ORIGEM : PROC - 00216638620134013200 - TRF1 - AM - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ ALVES DE LIMAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 875.263 (63)ORIGEM : PROC - 00213867020134013200 - TRF1 - AM - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

RECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZ GONZAGA PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 875.267 (64)ORIGEM : PROC - 001821945201340143200 - TRF1 - AM - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALUISIO FERREIRA ROSASADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.502 (65)ORIGEM : CC - 105921 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SHELT EMPRESA DE HIGIENIZAÇÃO E

CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : VINÍCIUS JOSE MARQUES GONTIJO E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 877.426 (66)ORIGEM : AC - 00008999020088260204 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE GENERAL SALGADOADV.(A/S) : MILTON GODOYRECDO.(A/S) : LOURIVAL FABRIADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS VESCHI CASTILHO DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 880.143 (67)ORIGEM : AC - 223583020064013800 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SITA SOCIEDADE CORRETORA DE CÂMBIO E

VALORES MOBILIÁRIOS S/AADV.(A/S) : HENRIQUE CUNHA BARBOSA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.110 (68)ORIGEM : PROC - 20140119003000200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : GRASIELLE BATISTA BRANCOADV.(A/S) : WALDIR DE OLIVEIRA MOREIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.238 (69)ORIGEM : ADI - 10000110647013000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE BUGREADV.(A/S) : EVALDO MAURÍLIO FARIA DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.248 (70)ORIGEM : AC - 10180100023084001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CONGONHASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CONGONHASRECDO.(A/S) : DENISE DE SOUZA GOMES MINUTTIADV.(A/S) : OLIMAR DAMASCENO ALVES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.359 (71)ORIGEM : AC - 10188110075069001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 6

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ILANIL DE JESUS ROSAADV.(A/S) : ANTÔNIO CHAGAS FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NOVA LIMAADV.(A/S) : ROBERTO MARCHEZINI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.417 (72)ORIGEM : ADI - 20536114320148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MAIRIPORÃPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

MAIRIPORÃRECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE MAIRIPORÃADV.(A/S) : JOSÉ APARECIDO PEREIRA DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.537 (73)ORIGEM : PROC - 0525140121399 - TJMG - TURMA RECURSAL

DE POUSO ALEGREPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : THIAGO CERQUEIRA DE BARROSADV.(A/S) : JULIANA DE OLIVEIRA PASCOAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HSBC ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA.ADV.(A/S) : PEDRO ROBERTO ROMÃO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.601 (74)ORIGEM : AC - 50077275520104047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MAGNO MARTINS ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : DANTE AGUIAR AREND E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.621 (75)ORIGEM : AC - 50142769020104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES FEDERAIS DO RIO

GRANDE DO SUL - SINDISERF/RSADV.(A/S) : LUCIANA RAMBO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.670 (76)ORIGEM : AC - 00143506020094047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ONDREPSB SERVIÇO DE GUARDA E VIGILÂNCIA

LTDAADV.(A/S) : CESAR LUIZ PASOLD JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.684 (77)ORIGEM : AC - 50084651720134047110 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : NELSON WENDT CIA LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : OS MESMOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.707 (78)ORIGEM : AC - 50028997520134047211 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINA

RELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : REUNIDAS TRANSPORTADORA RODOVIÁRIA DE

CARGAS S/AADV.(A/S) : RYCHARDE FARAH E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.779 (79)ORIGEM : AC - 50004742120124047111 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : VENAX ELETRODOMÉSTICOS LTDAADV.(A/S) : RÍSCLIF MARTINELLI RODRIGUES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.796 (80)ORIGEM : AC - 50081744120134047102 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECTE.(S) : URBANO AGROINDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.801 (81)ORIGEM : AMS - 02061986920098040001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : PAULO ROBERTO DE AGUIAR LOPESADV.(A/S) : ANTÔNIO RAIMUNDO BARROS DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.812 (82)ORIGEM : AC - 50049874520104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MAGISTRAL IMPRESSORA INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.841 (83)ORIGEM : AC - 10313092898193001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FABIANO JUSK SILVAADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAADV.(A/S) : RODRIGO HENRIQUE DOS SANTOS DINIZ E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.846 (84)ORIGEM : AC - 00151526519978020001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : ADÉRITO CAVALCANTE DE MELO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SÉRGIO DE FIGUEIREDO SILVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.858 (85)ORIGEM : AC - 200205000050853 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ROSEANE BORGES DE MEDEIROSADV.(A/S) : JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.884 (86)ORIGEM : PROC - 201401000337 - TJSE - TURMA RECURSAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 7

ÚNICAPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ERMOGENES DE SOUZAADV.(A/S) : GISELE LEMOS KRAVCHYCHYN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SERASA S/AADV.(A/S) : FERNANDO FELIZOLA FREIRE JÚNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.890 (87)ORIGEM : ADI - 21015467920148260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GUARULHOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GUARULHOSRECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.359 (88)ORIGEM : AMS - 50075493820124047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA - CRF/SCADV.(A/S) : SERGIO GOMES SIMÕES JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDRADE E PANASOLO LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MURILO NEVES CARDOSO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.361 (89)ORIGEM : AC - 50034742820134047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DANIEL GOMES CORREIA DOCKHORNADV.(A/S) : JULIANA FERREIRA LEALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.373 (90)ORIGEM : AC - 50705330420114047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : GLACI SANCHOTENE PINTOADV.(A/S) : MARCOS LAGUNA PEREIRARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.382 (91)ORIGEM : AMS - 50020940320144047110 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ZABALETA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA

- EPPADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.392 (92)ORIGEM : AC - 00004960820114058200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CARLOS ADALBERTO DE AZEVEDO TRINDADERECTE.(S) : LUZIMARIO DE LUCENA MELOADV.(A/S) : THYAGO CÉSAR RIBEIRO PORTELA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.399 (93)ORIGEM : AMS - 200751010023694 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CLARO S/AADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.411 (94)ORIGEM : ADI - 21338044520148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SERRA

NEGRAADV.(A/S) : CLEBER RICARDO SILVA QUESSADARECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SERRA NEGRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SERRA

NEGRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.428 (95)ORIGEM : AC - 080004920134058000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - SINTUFALADV.(A/S) : JACKELINE SIQUEIRA FORMIGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.434 (96)ORIGEM : AMS - 50070944220134047005 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CARLOS ROBERTO DALPOSSOADV.(A/S) : EDUARDO BROETTO MARQUESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.493 (97)ORIGEM : PROC - 20080020052883 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRACAO DIRETA AUTARQUIAS FUNDACOES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA/DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.515 (98)ORIGEM : PROC - 20090020090307 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA - DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.549 (99)ORIGEM : PROC - 52118220114014101 - TRF1 - RO - 1ª Turma

RecursalPROCED. : RONDÔNIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS

- SUFRAMA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 8

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OBJETO MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO LTDA - EPPADV.(A/S) : FABRÍCIO FERNANDES ANDRADE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.550 (100)ORIGEM : AI - 20070020097367 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GARIBALDE DE FREITAS BRASIL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLA SOARES VICENTE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : DENNIS MACHADO DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.578 (101)ORIGEM : AI - 20140020144952 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : CANDANGO ATACADISTA DISTRIBUIDOR DE

PRODUTOSADV.(A/S) : JOÃO CAROLINO FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.619 (102)ORIGEM : AC - 10024121285605001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNDAÇÃO CENTRO DE HEMATOLOGIA E

HEMOTERAPIA DE MINAS GERAIS-FUNDAÇÃO HEMOMINAS

ADV.(A/S) : TATIANA BALAGUER ABRAMO MENDES E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : LORENA ALBUQUERQUE MACHADO ALEXANDREADV.(A/S) : EVALDO LOMMEZ DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.629 (103)ORIGEM : AMS - 10471120102374001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : DOMINGOS RIBEIRO DE OLIVEIRA NETOADV.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ VILAS BOAS NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.682 (104)ORIGEM : AC - 50041818920104047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE

FLORIANÓPOLISADV.(A/S) : FERNANDO DE CAMPOS LOBO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.708 (105)ORIGEM : PROC - 50159553720104047000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SINDICATO DOS POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS

NO ESTADO DO PARANÁ - SINPRF/PRADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.710 (106)ORIGEM : AC - 50353516320114047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ONIXSAT RASTREAMENTO DE VEÍCULOS LTDA

ADV.(A/S) : FERNANDA VIEIRA KOTZIAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.733 (107)ORIGEM : AC - 50026255520104047005 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BRESOLIN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MADEIRAS

LTDAADV.(A/S) : PAULO AUGUSTO CHEMIN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.776 (108)ORIGEM : PROC - 000120005368 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE RORAIMAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BOA VISTAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTARECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES MUNICIPAIS DE

BOA VISTAADV.(A/S) : SILAS CABRAL DE ARAÚJO FRANCO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.788 (109)ORIGEM : RESP - 1100522 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTONIO DOS SANTOS MONTEIROADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.806 (110)ORIGEM : RESP - 1467015 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MOACIR ANTONIO MIOTTOADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.816 (111)ORIGEM : RESP - 1472185 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALTIVIR BOBELLAADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.933 (112)ORIGEM : AC - 20020110877126 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : TOTAL CENTER REFRIGERAÇÃO LTDAADV.(A/S) : GUILHERME PIMENTA DA VEIGA NEVES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.937 (113)ORIGEM : AC - 20130110063044 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : MINAS COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIO GOMIDE CASTANHEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.941 (114)ORIGEM : AC - 00082750520114058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 9

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LUIZ MÁRIO MIRANDAADV.(A/S) : JOÃO MARCELO LAPENDA DE MORAES GUERRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.943 (115)ORIGEM : AC - 200671130031684 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : INAPRAM MÓVEIS LTDAADV.(A/S) : VANDERLEI LUIS WILDNER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.959 (116)ORIGEM : AC - 00016443020094047205 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BLUMENOX ILUMINAÇÃO LTDAADV.(A/S) : VANESSA BENVENUTTI DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.983 (117)ORIGEM : AC - 20090110482282 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SONIA MARIA NASCIMENTO SOUZAADV.(A/S) : SIRLENE PEREIRA LIMA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.020 (118)ORIGEM : PROC - 20090020014205 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRACAO DIRETA AUTARQUIAS FUNDAÇOES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA/DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.061 (119)ORIGEM : AC - 70015974017 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DENAIR CRIZEL DA ROSAADV.(A/S) : MARLENE HERNANDES LEIVAS E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.089 (120)ORIGEM : AC - 01221339020108190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : VERA LÚCIA AYRESADV.(A/S) : SAULO NOGUEIRA HERMOSILLA DE ALMEIDA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.144 (121)ORIGEM : PROC - 20070020052931 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA OLÍVIA ROSAADV.(A/S) : ROSITTA MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.145 (122)ORIGEM : PROC - 20080020026934 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRACAO DIRETA AUTARQUIAS FUNDACOES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA/DF

ADV.(A/S) : ROSITTA MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.146 (123)ORIGEM : PROC - 20080020139951 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRACAO DIRETA AUTARQUIAS FUNDACOES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA/DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.373 (124)ORIGEM : AI - 02288757920128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ADOLFO JOSÉ ZUCCHIADV.(A/S) : SERGIO FONSECA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.392 (125)ORIGEM : AC - 01856820620128190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS RIBEIRO DUARTEADV.(A/S) : ELIANA GOMES DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.404 (126)ORIGEM : AC - 07611290319994025110 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.410 (127)ORIGEM : AI - 00045549019994030000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : EDMUNDO AGUIAR RIBEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA TEREZA CAETANO LIMA CHAVESRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.417 (128)ORIGEM : MS - 20140074297 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : ERISON AFONSO KLOCK

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 10

ADV.(A/S) : CARLOS ALEXANDRE CARVALHO SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.452 (129)ORIGEM : PROC - 03917675820118190001 - TJRJ - PRIMEIRA

TURMA RECURSAL FAZENDÁRIAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : RODRIGO SEBASTIAN SANTORO NUNESADV.(A/S) : RAFAEL BERNARDES DE SALES E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.486 (130)ORIGEM : AC - 00125675120114058100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSÉ MOREIRA DE SOUSA REPRESENTADO POR

MARIA GIZELIA E SILVA SOUSAADV.(A/S) : RAPHAELA DE FARIAS FEITOSA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.716 (131)ORIGEM : AC - 50000913520104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : ROSANGELA MARTA AQUINO TILLEADV.(A/S) : EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU -

VIZIVALIADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 884.855 (132)ORIGEM : ADI - 20477828120148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE FRANCAADV.(A/S) : TAYSA MARA THOMAZINI NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE FRANCAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FRANCARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.406 (133)ORIGEM : REsp - 1023742 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : IRACEMA FERNANDES BENATTIADV.(A/S) : PAULO FRANCISCO SARMENTO ESTEVES E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.408 (134)ORIGEM : RESP - 1019352 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : IRACEMA LIMA LEONEADV.(A/S) : DANIEL ALBERTO LEMMERTZADV.(A/S) : PAULO FRANCISCO SARMENTO ESTEVES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.027 (135)ORIGEM : AC - 200871010012269 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE - FURGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECDO.(A/S) : ALBA REGES DE AGUIAR PENNO VIEIRAADV.(A/S) : WANDERLEI GALDINO RIBEIRO E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.120 (136)ORIGEM : AC - 50062496320114047107 - TRF4 - RS - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DAVI MARTINSADV.(A/S) : ELISÂNGELA BÜTTENBENDER DE SOUZA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 822.212 (137)ORIGEM : PROC - 796852007 - TJBA - 5ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : LIA MAYNARD FRANKADV.(A/S) : PRISCILLA VANESSA VIEIRA BULHÕES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA JOSÉ SANTOS COELHOADV.(A/S) : JORGE MARBACK CARDOSO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 865.380 (138)ORIGEM : AC - 00000291220118190050 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : FLÁVIO GOMES DE SOUSAADV.(A/S) : ADRIANA JOSÉ FERNANDES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 871.037 (139)ORIGEM : AMS - 200851018003421 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ DO AMARALADV.(A/S) : RODRIGO TAVARES VEIGA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.325 (140)ORIGEM : PROC - 71004309225 - TJRS - 3ª TURMA RECURSAL

CÍVELPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CAMILI COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDA MEADV.(A/S) : OSCAR DALL'AGNOL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A -

BANRISULADV.(A/S) : ELÓI CONTINI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.390 (141)ORIGEM : PROC - 00043236920148260483 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 28ª CJ - PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ANA FLÁVIA VASCONCELOS DO CARMOADV.(A/S) : CHRISTIANO CARRASCO RAINHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.881 (142)ORIGEM : PROC - 00002754820148260360 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 43ª CJ - CASA BRANCAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SPPREV SÃO PAULO PREVIDÊNCIA E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : OCTAVIO TESTAADV.(A/S) : MARCELO DE REZENDE MOREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.903 (143)ORIGEM : PROC - 00012478220148269004 - TJSP - 3º COLÉGIO

RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 11

RECTE.(S) : BANCO BMG S/AADV.(A/S) : ILAN GOLDBERG E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA CONCEIÇÃO DOS SANTOSADV.(A/S) : PITTER TAM VIEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.769 (144)ORIGEM : AC - 50020956620104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CURITIBA TRATORES COMERCIO DE MAQUINAS E

TRATORES LTDAADV.(A/S) : ELVYS PASCOAL BARANKIEVICZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.153 (145)ORIGEM : AI - 00704920320104010000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUIZ ANTONIO ATHAYDE SOUTOADV.(A/S) : ÁLISSON CARDOSO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DO

ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : LUCIANA SAMPAIO BRITTO COSTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.285 (146)ORIGEM : PROC - 30003255720138260360 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 43ª CJ - CASA BRANCAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ANTÔNIO GREGHIADV.(A/S) : MARCELO DE REZENDE MOREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.297 (147)ORIGEM : PROC - 30000614020138260360 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 43ª CJ - CASA BRANCAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SONIA CRISTINA HAITMAN BAPTISTELAADV.(A/S) : MARCELO DE REZENDE MOREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.356 (148)ORIGEM : PROC - 20130111782805 - TJDFT - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LPS BRASÍLIA CONSULTORIA DE IMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VANESSA MARIA TREVISANADV.(A/S) : ALESSANDRA MENEZES GRIPP CARVALHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.514 (149)ORIGEM : AC - 20100098068 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : LEODIRCE ALMEIDA MARTINS DA SILVAADV.(A/S) : IRENE MARIA DOS SANTOS ALMEIDA E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.538 (150)ORIGEM : AC - 0960538501 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESPÓLIO DE SOLEDADE PAGADIGORRIAADV.(A/S) : VINICIUS FRANCOZO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AURICELIO ROSA DOS SANTOSADV.(A/S) : MARIA JUSTINA FERNANDES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.863 (151)ORIGEM : MS - 1672014 - TJSP - TURMA RECURSAL - 22ª CJ -

ITAPETININGA

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.354 (152)ORIGEM : PROC - 0000185420148260553 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 28ª CJ - PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES

EDUCACIONAIS DE SÃO PAULOADV.(A/S) : EMERSON TADEU KUHN GRIGOLLETTE JUNIOR E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IVANILDA DE ARAUJO TESINEADV.(A/S) : MARIANA PRETEL E PRETEL E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.381 (153)ORIGEM : AI - 3139819884013400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CALÇADOS KLASER S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO

LTDA - MASSA FALIDAADV.(A/S) : DOMINGOS NOVELLI VAZ E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.675 (154)ORIGEM : PROC - 00015786420148269004 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : THAIS LACROUX DE MELLO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : REGINALDO ROSAADV.(A/S) : ELISABETE ANTONIO DOS SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.736 (155)ORIGEM : PROC - 3207610 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SUL AMÉRICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROSADV.(A/S) : ALINE MARIA DE MOURA MARTINS MOREIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO MUNIZADV.(A/S) : THIAGO RENIER FIDELES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.971 (156)ORIGEM : PROC - 1882013 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VENÂNCIO JUSTINO DE CARVALHOADV.(A/S) : OSIRES APARECIDO FERREIRA DE MIRANDARECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.239 (157)ORIGEM : AC - 10024130243694 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FUNDACAO EZEQUIEL DIAS - FUNEDPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : NEUSA BRAZ MARTINS PRATESADV.(A/S) : TATIANA DE CÁSSIA MELO NEVES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.270 (158)ORIGEM : ADI - 00600913720128190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE DUAS BARRASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DUAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 12

BARRAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.278 (159)ORIGEM : AI - 10079099468385028 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARCELO ALFEU PENA GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEONARDO FELIPPE SARSUR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE MCA DISTRIBUIDORA DO BRASIL

S/AADV.(A/S) : JULIANA FERREIRA MORAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.298 (160)ORIGEM : PROC - 00001763420148260601 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 54ª CJ - AMPAROPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUX E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CONRADO FERREIRA PINTOADV.(A/S) : URIEL CARLOS ALEIXO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.315 (161)ORIGEM : AC - 70060434719 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ELDORADO DO SULADV.(A/S) : RONALDO RIBEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : M E R O REPRESENTADA POR J DA R ORECDO.(A/S) : G R O REPRESENTADA POR J DA R OPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.481 (162)ORIGEM : AC - 200960030015433 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA OTONI REPRESENTADA POR

ONEIDA LUIZA PEREIRAADV.(A/S) : FABIANO HENRIQUE SANTIAGO CASTILHO TENORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.510 (163)ORIGEM : ADI - 70058553702 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SEBERIRECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SEBERIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.512 (164)ORIGEM : AI - 70060628666 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : R S REPRESENTADO POR I V SPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.528 (165)ORIGEM : PROC - 20110014254000203 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DANTAS DE OLIVEIRA - ADVOGADOS ASSOCIADOS

S/CADV.(A/S) : ARTHÊMIO WAGNER DANTAS DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INDÚSTRIA DE PAPEL SOVEL DA AMAZÔNIA LTDAADV.(A/S) : ROOSEVELT JOBIM FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.530 (166)ORIGEM : PROC - 9492014 - TJMA - Turma Recursal de BacabalPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO BMG S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : FRANCISCA PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : LUCIANO BARROS DE BRITO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.532 (167)ORIGEM : AC - 00054382820108160004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO SUPRA DE TREINAMENTO E

DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL LTDAADV.(A/S) : SOIANE MONTANHEIRO DOS REIS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.536 (168)ORIGEM : AC - 70029976099 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADAIR FERNANDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA ZANETTI HORTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.544 (169)ORIGEM : ADI - 70053109856 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO - ASTCADV.(A/S) : JOÃO PEDRO DE SOUZA DA MOTTARECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : FERNANDO GUIMARÃES FERREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.700 (170)ORIGEM : AR - 14055145120148120000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : PAULO GREGÓRIO DE SOUZAADV.(A/S) : FÁBIO LECHUGA MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ JORGE VENTUROSOADV.(A/S) : MARIÚCIA BEZERRA INÁCIO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.774 (171)ORIGEM : RESP - 595227 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : WILMAR ROCHA CARRIJO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO BARBOSA MACIEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.870 (172)ORIGEM : AC - 50035355020134047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARCELINA DAGNONI CUNHAADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 13

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.900 (173)ORIGEM : AC - 70052996311 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CR EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO ROSA LOPES NUNES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTOADV.(A/S) : FÁBIO MATIAS BARELA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.916 (174)ORIGEM : AC - 10514080344575004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSÉ CLEBIS RODRIGUES - MEADV.(A/S) : JOAQUIM JOSÉ FONTESRECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.956 (175)ORIGEM : AC - 994070359720 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : VANDERLAN FERREIRA DE CARVALHOADV.(A/S) : VANDERLAN FERREIRA DE CARVALHORECDO.(A/S) : NANCY PERES DE ARAÚJO ZANATO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.966 (176)ORIGEM : AC - 02985255 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

RECDO.(A/S) : GIZELDA RITA DE SANTANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PATRÍCIA CARLA DA COSTA LIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.980 (177)ORIGEM : AC - 994060560730 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ANTONIO HONORATO DA SILVA NETORECTE.(S) : CRISTINA HONORATO DA SILVA PEREIRAADV.(A/S) : ALBERTO LOPES MENDES ROLLO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADMAR GONZAGA NETO E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : JOSÉ CARLOS HONORATO DA SILVARECTE.(S) : PEDRO PEZZATTI FILHORECTE.(S) : LUIZ GUERREIRO SCATENARECTE.(S) : SELF-SECURITY ADMINISTRADORA E CORRETORA

DE SEGUROS S/C LTDARECTE.(S) : DANIELA CHRISTINA CAMPANA DINIZRECTE.(S) : LAURA PEREIRA BATISTAADV.(A/S) : ALBERTO LOPES MENDES ROLLO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATA MIQUELETE CHANES SCATENARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.997 (178)ORIGEM : PROC - 19332014 - TJSE - TURMA RECURSAL ÚNICAPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALPHAVILLE SERGIPE EMPREENDIMENTOS

IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : LUCIANA NAZIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HUMBERTO FABIO NUNES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUCAS CARDINALI PACHECO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.030 (179)ORIGEM : AC - 70036410488 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MILTON MURILO SOARES BARBOSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ BERNARDO DE MEDEIROS NETORECDO.(A/S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : EMILY REICHERT SEIBEL E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.049 (180)ORIGEM : AC - 00058348120098260288 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : LEONARDO LORECHIO NETTOADV.(A/S) : RICARDO SORDI MARCHI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JERONIMO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUIZ INÁCIO BORGES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.072 (181)ORIGEM : AI - 00055277920138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FRASSINETTI DE MELO MENDES PENTEADOADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO MENDESRECDO.(A/S) : SERASA S/AADV.(A/S) : RODRIGO INFANTOZZI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.081 (182)ORIGEM : ARESP - 1338292 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : MAXIMILIAN FIERRO PASCHOAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOCAVE - J CARVALHO VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : FÁBIO CANDIDO PEREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.082 (183)ORIGEM : ARESP - 239216 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : A P DE PADV.(A/S) : ADRIANO PERÁCIO DE PAULARECDO.(A/S) : E M F HADV.(A/S) : SÉRGIO MURILO DINIZ BRAGA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.088 (184)ORIGEM : AC - 00069925920098260196 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : VIRGÍLIO BRAZÃO DE PAULA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUBENS APPROBATO MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIZA HELENA BALESTERO MINERVINOADV.(A/S) : DIRCEU POLO FILHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.090 (185)ORIGEM : AC - 70053718557 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ELÓI CONTINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALCEO FLORESADV.(A/S) : CLEIDIMARA DA SILVA FLORES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.093 (186)ORIGEM : AC - 994061352768 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : IAPHS DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCI E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : HEWLETT-PACKARD BRASIL LTDAADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO LEAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : THAIS DA COSTA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.095 (187)ORIGEM : AI - 00432466620118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 14

RECTE.(S) : ESPÓLIO DE CLAUER TRANCH DE FREITAS REPRESENTADO POR JANDIRA PEREIRA DE OLIVEIRA FREITAS E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : ALEXANDRE DANTAS FRONZAGLIARECDO.(A/S) : JOSE GERALDO BELORECDO.(A/S) : NELSON LOURENÇORECDO.(A/S) : JAN CARLOS SANTOS COSTARECDO.(A/S) : SOLANGE APARECIDA FERNANDESRECDO.(A/S) : EDSON JOÃO SANTANARECDO.(A/S) : AURO LISBOA RAMOSRECDO.(A/S) : OSVALDO LOURENÇORECDO.(A/S) : GILBERTO MESSIAS DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : HUGO UREY CONTRERASRECDO.(A/S) : JAIR PINTO DE CAMPOSRECDO.(A/S) : NEIDE MARIA XAVIER DE CAMPOSADV.(A/S) : ANA CRISTINA CAVALCANTI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.148 (188)ORIGEM : PROC - 00018517320148260361 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - MOGI DAS CRUZESPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BETEL VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : JOSÉ DOS PASSOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : WILLIAN ROBERTO TAVARESADV.(A/S) : RICARDO MOSCOVICH E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.177 (189)ORIGEM : AC - 200538000147274 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS COSTAADV.(A/S) : JULIANA DE CÁSSIA DA SILVA BENTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.182 (190)ORIGEM : AC - 200834000327088 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ELLEN KETLEN FAUSTINO DA SILVA TAVARESADV.(A/S) : MARIA INÊS MURGEL E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.189 (191)ORIGEM : AC - 02822834520108190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS MORAES DE ANDRADE E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO RECAREY VEIGA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.192 (192)ORIGEM : AC - 03010425220138190001 - TJRJ - PRIMEIRA

TURMA RECURSAL FAZENDÁRIAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ALECIO VIEIRA SANTOSADV.(A/S) : WANDERSON DE SOUSA SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.193 (193)ORIGEM : AC - 200438000239642 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ARCELINA TEIXEIRA RODRIGUESADV.(A/S) : ROGÉRIO SCARABEL BARBOSA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.195 (194)ORIGEM : AC - 00319847020104013400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : AMANDA CAROLINA VICENTE SILVA REPRESENTADA

POR SILVANA MARIA VICENTEADV.(A/S) : VINÍCIUS CARVALHO DANTAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.196 (195)ORIGEM : AC - 200935000189413 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MÁRCIA SOTÉRIO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RENATO FERNANDES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.209 (196)ORIGEM : AC - 70056398670 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARCELO CAVALHEIRO SCHAURICH E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO RECK E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EUCLIDES LUIZ MARQUESE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.211 (197)ORIGEM : AC - 10511120009358001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PIRAPETINGAADV.(A/S) : FRANCISCO GALVÃO DE CARVALHORECDO.(A/S) : ELIAMAR GALDINO DE SOUZAADV.(A/S) : BRUCE JUNQUEIRA DE MORAES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.212 (198)ORIGEM : AC - 01191274120118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇURECDO.(A/S) : D N DOS S F REPRESENTADO POR A C M FPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.217 (199)ORIGEM : AI - 20474874420148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANTÔNIO VALDEMIR DE MORAESADV.(A/S) : ALONSO SANTOS ALVARES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SOCIEDADE AGRÍCOLA SANTA ISABEL LTDAADV.(A/S) : MARCOS MENEGHEL CIANFLONE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.223 (200)ORIGEM : PROC - 753001120125210010 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA LEITE CUNHAADV.(A/S) : MANOEL BATISTA DANTAS NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.224 (201)ORIGEM : AC - 005427508200580500001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANTONIO JULIO NASCIMENTO SILVARECTE.(S) : ADSON MARCHESINERECTE.(S) : JADILSON LOPES DAS MERCÊSRECTE.(S) : MARCIO CIRNE DE SANTANA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 15

RECTE.(S) : RAIMUNDO SERGIO LOPES DAS MERCÊSRECTE.(S) : SAMUEL ARTUR CARDOSO DE SOUZARECTE.(S) : SERGIO MURILO SANTOS SILVAADV.(A/S) : ROBERTO DE OLIVEIRA ARANHA E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.227 (202)ORIGEM : PROC - 05179408020144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ROBERTO LOPES BATISTAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.228 (203)ORIGEM : RESP - 1469995 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CATIVA TEXTIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDAADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.231 (204)ORIGEM : CC - 134223 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ROSCH ADMINISTRADORA DE SERVIÇOS E

INFORMÁTICA LTDAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO SILVA E SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.240 (205)ORIGEM : AC - 00072031120114029999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ROSALINA BARCHARD KUSTER REPRESENTADA

POR BERTOLDO KUSTERADV.(A/S) : EDGARD VALLE DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.246 (206)ORIGEM : PROC - 02570850 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : PENA BRANCA S/A MOAGEM E AVICULTURAADV.(A/S) : VITOR LEANDRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.257 (207)ORIGEM : AC - 02221215420088260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSÉ DE ALMEIDA SANTOS NETOADV.(A/S) : JOSÉ PAULO SCHIVARTCHE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HELENA PENTEADO DE TOLEDOADV.(A/S) : ANDREA FELICI VIOTTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.261 (208)ORIGEM : AC - 994081602270 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SALVADOR MARIO FONTENELE DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARCO ANTONIO PAZ CHAVEZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VIVIANE APARECIDA NASCIMENTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.264 (209)ORIGEM : AC - 70043801349 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ELÓI CONTINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ENCKS FELIZ VINCENSIRECDO.(A/S) : JANDIR ANTONIO VINCENSIADV.(A/S) : AGILDO VINICIUS DA ROCHA DREYER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.265 (210)ORIGEM : AC - 08032111020134058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AMARO GONÇALVES DE ALMEIDA FILHOADV.(A/S) : FERNANDA LUCENA GONZAGA BARBOSA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.266 (211)ORIGEM : AC - 70056789365 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CLAUDIO DA SILVA PINTORECTE.(S) : CLEUSA MARISA SOUZA PINTOADV.(A/S) : CLÓVIS FERNANDO DA SILVA PEREIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CONDOMÍNIO DOS MONTESADV.(A/S) : LEANDRO CALVO SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.287 (212)ORIGEM : RESP - 1413771 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGOADV.(A/S) : RODRIGO FUX E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SPORT CLUB DO RECIFEADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO DE FARIAS MARTORELLI E

OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.289 (213)ORIGEM : AI - 00078008920148190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MARYSE MONTEDONIO VILARDADV.(A/S) : ORLANDO DE ANDRADE VILLAR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.309 (214)ORIGEM : AC - 200951010269424 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JORGE AMARO FERREIRA BARRETOADV.(A/S) : ALESSANDRO DOS SANTOS SILVARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.347 (215)ORIGEM : AC - 04859727920118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.362 (216)ORIGEM : PROC - 00485000420115210002 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 16

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : EVERALDO LEOBINO DE ALBUQUERQUEADV.(A/S) : MANOEL BATISTA DANTAS NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DATANORTE - COMPANHIIA DE PROCESSAMENTO

DE DADOS DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : ANA CAROLINA SÁ LEITÃO DE ARAÚJO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.390 (217)ORIGEM : PROC - 05198513020144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ROBSON DE LUNA SILVAADV.(A/S) : MISAEL ANDRE PEREIRA DE CARVALHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.402 (218)ORIGEM : PROC - 05140027720144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ADALBERTO CAVALCANTI COELHOADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.420 (219)ORIGEM : PROC - 05030370720144058311 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : IZEQUIEL MONTEIRO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.423 (220)ORIGEM : AC - 08000078620124058107 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FRANKLIN DIAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DEISE DE OLIVEIRA LASHERAS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.427 (221)ORIGEM : AC - 00334397220128120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ORLANDO DE CASTRO FIALHOADV.(A/S) : MARCELO PERREIRA LOPES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE MATO

GROSSO DO SUL (AGEPREV)ADV.(A/S) : RENATA RAULE MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.443 (222)ORIGEM : MS - 200800400847 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : CARLOS JOSÉ LOPES PAIVAADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ LOPES PAIVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.448 (223)ORIGEM : AC - 200700165700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBER

RECTE.(S) : NUCLEOS - INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : GUSTAVO PENNA MARINHO DE ABREU LIMA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NUCLEBRÁS EQUIPAMENTOS PESADOS S/A -

NUCLEPADV.(A/S) : CHRISTINA MARIA DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.492 (224)ORIGEM : AC - 20130111536000 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JACQUES SIMBALISTA E SILVARECTE.(S) : GRAZIELA FREJAT SIMBALISTAADV.(A/S) : ALBERT RABÊLO LIMOEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.505 (225)ORIGEM : PROC - 20130111821523 - TJDFT - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MAX EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : WILSON JOSÉ BRANDÃO JÚNIORADV.(A/S) : CLÁUDIO ARÊDES DA CUNHA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.519 (226)ORIGEM : AC - 20120111516508 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : BRUNO KIYOSHI RODRIGUES SUEYOSHIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.524 (227)ORIGEM : AC - 07006228720128020001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : GLEIDE GUEDES DE FARIASRECDO.(A/S) : LUCIANO VIANA DE ALMEIDARECDO.(A/S) : RONALDO JOSÉ DOS SANTOSADV.(A/S) : BERNARDO PAIVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.528 (228)ORIGEM : AC - 10743010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAADV.(A/S) : MARINETE VIOLIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JONAS BRAGANTINEADV.(A/S) : EDSON CHAVES FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.529 (229)ORIGEM : AC - 1095533201 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JORGE LUIZ LACKADV.(A/S) : MARCUS AURÉLIO LIOGI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.534 (230)ORIGEM : AI - 7622014 - TJSP - TURMA RECURSAL - 17ª CJ -

VOTUPORANGAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOÃO PEREIRA DA SILVA FILHOADV.(A/S) : ROGÉRIO ADRIANO ALVES NARVAES

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 17

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.539 (231)ORIGEM : PROC - 661417620120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : JOÃO HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVAADV.(A/S) : HENRIQUE DA SILVA PEREIRA EDUARDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.551 (232)ORIGEM : PROC - 00609368620138170001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS SOBRINHORECDO.(A/S) : ROSEMIR JOSÉ DE BARROS SANTOSRECDO.(A/S) : AMAURINE ALVES CORREIAADV.(A/S) : ALDICÉIA SOARES LINS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.553 (233)ORIGEM : AMS - 201130028116 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRECDO.(A/S) : A.S PEREIRA BRITOADV.(A/S) : PEDRO CARNEIRO DE SOUSA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.555 (234)ORIGEM : PROC - 71005088570 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : NELI TEREZINHA DOS SANTOSADV.(A/S) : VITOR LINDOLFO GRESSLERRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.564 (235)ORIGEM : AC - 201151040015435 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RAYMUNDO CAETANO FILHOADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO MARQUESRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.565 (236)ORIGEM : AC - 200751010066358 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ALCINDO GOMES DA COSTAADV.(A/S) : GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.567 (237)ORIGEM : AC - 105742014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : TEREZA CRISTINA TRINTA DE VIVEIROS E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : LAECIO ALAN FRANÇA NASCIMENTORECDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.569 (238)ORIGEM : AC - 201151680030859 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SEBASTIÃO COSME FERREIRA LIMAADV.(A/S) : LETÍCIA D'ÁVILA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.587 (239)ORIGEM : AC - 70036478675 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CANDELÁRIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CANDELÁRIARECDO.(A/S) : PAULO ANTÔNIO DE LIMAADV.(A/S) : JULIANA SAVI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.598 (240)ORIGEM : AC - 70060910072 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRERECDO.(A/S) : BRADESCO LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : FLÁVIO CÉSAR INNOCENTI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.624 (241)ORIGEM : PROC - 20147005872460 - TJRJ - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : AVISTA S/A ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE

CRÉDITOADV.(A/S) : JOSÉ CAMPELLO TORRES NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUANA PEREIRA VERISSIMOADV.(A/S) : SYLVIA ELLER DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.636 (242)ORIGEM : AC - 10024121573968001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MÁRCIO ANTÔNIO FLORENTINO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MATILDE DE RESENDE EGG E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : OS MESMOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.651 (243)ORIGEM : PPROC - 4014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : THIAGO DA SILVA ALVES DOS REISADV.(A/S) : TATIANA COELHO LOPES MONTEIRORECDO.(A/S) : OZÉIAS LOPES DE JESUSADV.(A/S) : MARIA CÂNDIDA BULGARELLI PASCUETTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.686 (244)ORIGEM : PROC - 05201102520144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ADONIAS BATISTA DE QUEIROZADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE DA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.692 (245)ORIGEM : AI - 50203453020124040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ELIAS ROGÉRIO GOMESADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS BRASIL PINTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LAGUNAADV.(A/S) : LUÍS FERNANDO NANDI VICENTE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 18

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.694 (246)ORIGEM : PROC - 05036149120094058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JUSTO DUARTE RODRIGUESADV.(A/S) : BRUNO NOVAES BEZERRA CAVALCANTI E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.750 (247)ORIGEM : AC - 10024111473278002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ANTONIO MARTINES BRENTANADV.(A/S) : FLÁVIO BOSON GAMBOGI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.759 (248)ORIGEM : ARESP - 365081 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : M C MRECTE.(S) : M P P DA CADV.(A/S) : MANOEL PEDRO PAES DA COSTARECTE.(S) : C GADV.(A/S) : ALEX SANDRO SOMMARIVARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.764 (249)ORIGEM : AC - 992070556015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MOINHO EVENTOS LTDAADV.(A/S) : WELLENGTON CARLOS DE CAMPOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MOINHO S/A - EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIOADV.(A/S) : RENATO FARORO PAIROL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PÉTER MURÁNYIADV.(A/S) : WILTON ROBAINA KANUP

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.777 (250)ORIGEM : AC - 00054947320124058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DAGMAR RODRIGUES DOS SANTOS SILVAADV.(A/S) : RODRIGO BARROS PIANCÓ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.778 (251)ORIGEM : RESP - 1271947 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.783 (252)ORIGEM : AC - 20090111654617 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ALEX DE AQUINO SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.802 (253)ORIGEM : MS - 20130581414 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPREVADV.(A/S) : CAMILA DE SOUZA FERNANDES E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : MARIA EDUARDA PEDROSA DA NOBREGAADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS MULLER BORGES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.803 (254)ORIGEM : AC - 00456776720078060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MARIA ALICE DE MENDONÇA BEZERRARECTE.(S) : ANA MARIA VIEIRA DE FREITASADV.(A/S) : EMANUEL RIBEIRO LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DR JOSÉ FROTA - IJFADV.(A/S) : HUGO CEZAR MEDINA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.807 (255)ORIGEM : AC - 00315360720068050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : JORGE FIGUEIREDO VASCONCELOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE ANTÔNIO BARRETO TORRES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.809 (256)ORIGEM : AC - 00265598420138100001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORECDO.(A/S) : JULIANA CARDOSO MAIARECDO.(A/S) : RAYSSA BRITO SILVAADV.(A/S) : ALICE MICHELINE MATOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.810 (257)ORIGEM : AC - 20140057655 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FRANCISCA FÁBIA DA COSTA DO CARMOADV.(A/S) : LINDOCASTRO NOGUEIRA DE MORAISRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.815 (258)ORIGEM : PROC - 05072222420144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ROBERVAL FRANCISCO DA SILVAADV.(A/S) : DÁRIO HENRIQUE JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.818 (259)ORIGEM : AC - 991070042625 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : EMPRESA FOLHA DA MANHÃ S/AADV.(A/S) : MÔNICA FILGUEIRAS DA SILVA GALVÃO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRIBUIDORA ANDRADE DE PUBLICACOES LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ FREIRE KUTINSKAS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.820 (260)ORIGEM : AI - 8042280 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MAURÍCIO MONTEIRO DE BARROS VIEIRARECTE.(S) : NILCE REGINA TOMAZETO VEIRAADV.(A/S) : MAURÍCIO MONTEITRO DE BARROS VIERA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOÃO BATISTA ZANUZZORECDO.(A/S) : MARCOS JÚNIOR MORATELLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 19

ADV.(A/S) : CLÁUDIA DENARDIN DONA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.821 (261)ORIGEM : AC - 00115183820128260625 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIMED DE TAUBATÉ - COOPERATIVA DE TRABALHO

MÉDICOADV.(A/S) : MÁRCIO ANTÔNIO EBRAM VILELA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NEUSA MARGARETH FABRICIO VIEIRA DE FARIAADV.(A/S) : ANDERSON PELOGGIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.824 (262)ORIGEM : PROC - 30932014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORECDO.(A/S) : FRANCILDO CORRÊA TEIXEIRAADV.(A/S) : DANIEL ALVES REIS DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.828 (263)ORIGEM : PROC - 200903990048628 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOANA CHAVES NUNESADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ FIGUEIRA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.829 (264)ORIGEM : AC - 200641000009070 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARCINEY DA SILVA TELESADV.(A/S) : JUACY DOS SANTOS LOURA JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.831 (265)ORIGEM : AC - 00473625220004039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANNA CANDIDA DA SILVAADV.(A/S) : REGINA CRISTINA FULGUERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.843 (266)ORIGEM : AC - 200983020009899 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE JATAÚBAADV.(A/S) : MOACIR ALFREDO GUIMARÃES NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.846 (267)ORIGEM : AC - 03999958520128190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : AMERICAN AIRLINE INCADV.(A/S) : RAFAEL FERNANDES GURJÃO TERCEIRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRUNA ENGELKE WANDERLEYADV.(A/S) : ADLEER DE ANDRADE RODRIGUES DA SILVA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.848 (268)ORIGEM : AC - 00015341020118260352 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HÉLIO DE OLIVEIRA SANTOS E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : CLOVIS ALBERTO VOLPE FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.849 (269)ORIGEM : AI - 20530071920138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INAIA DE SOUZA PINTO VENTURAADV.(A/S) : LUIS FERNANDO REZK DE ANGELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LOURDES APARECIDA DAS NEVES DIAS E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ADEMIR DE NAPOLES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.861 (270)ORIGEM : PROC - 05128131920134058100 - TRF5 - CE - 1ª

TURMA RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SÉRGIO FIÚZA TAHIM DE SOUSA BRASILADV.(A/S) : GRACE TAHIM DE SOUSA BRASIL OTHON SIDOU

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.864 (271)ORIGEM : PROC - 00163353520098190209 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RUI BARSAND PINHEIROADV.(A/S) : PEDRO SÉRGIO FRANCO ROSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO BARRA SPACE CENTERADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE PEDREIRA DUTRA LEITE E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.885 (272)ORIGEM : AI - 70060564788 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : NILSON DE CARVALHOADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.888 (273)ORIGEM : AI - 70060052719 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DORNELES JOSE BARONIOADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.897 (274)ORIGEM : PROC - 71005089164 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ROSANGELA FATIMA SOARES DE FREITASADV.(A/S) : VITOR LINDOLFO GRESSLERRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.899 (275)ORIGEM : AI - 70060141710 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JANETE TEREZINHA KRAEMERADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.909 (276)ORIGEM : PROC - 100037320138260126 - TJSP - TURMA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 20

RECURSAL - 51ª CJ - CARAGUATATUBAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO FIBRA S/AADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS GUIMARÃES SANCHES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARGARETE CRISTINA DE GODOY SILVEIRAADV.(A/S) : EDUARDO GEORGE DA COSTA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.910 (277)ORIGEM : AC - 10900419 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ADILSON DE ALENCAR BORGESADV.(A/S) : ADAUTO PINTO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.911 (278)ORIGEM : PROC - 1125364803 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAADV.(A/S) : MARINETE VIOLINRECDO.(A/S) : EDINA REGINA DELGADOADV.(A/S) : CLAUDINEY ERNANI GIANNINI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.912 (279)ORIGEM : AC - 1190614403 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAADV.(A/S) : MARINETE VIOLINRECDO.(A/S) : MAURISA ROCHA GIANETTIADV.(A/S) : MARCO ANTONIO BUSTO DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.920 (280)ORIGEM : PROC - 71005082946 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

CÍVELPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RITA DE CASSIA FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : ALFREDO ANTONIO HABIAGA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.922 (281)ORIGEM : AC - 049382014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO

ESTADO DO MARANHÃO - SINDJUS/MAADV.(A/S) : DORIANA DOS SANTOS CAMELLO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.938 (282)ORIGEM : AC - 01303315820068190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MARIA IACOVINO VALLSADV.(A/S) : DAUTO RODRIGUES MOURA JUNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.944 (283)ORIGEM : AMS - 01089935720088190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FERNANDES MOTTA ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS S/

AADV.(A/S) : JOÃO AMAURY BELEM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.967 (284)ORIGEM : AC - 20140110149667 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : JANICE VELÔSOADV.(A/S) : ANA FLÁVIA PESSOA TEIXEIRA LEITE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.998 (285)ORIGEM : AC - 20120110755198 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ANA MARIA GOMES SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WALTERSON MARRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.999 (286)ORIGEM : PROC - 20080020087588 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRACAO DIRETA AUTARQUIAS FUNDAÇOES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA/DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.000 (287)ORIGEM : ADI - 20140020156678 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALRECTE.(S) : GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.004 (288)ORIGEM : PROC - 145130238887 - TJMG - TURMA RECURSAL DE

JUIZ DE FORA - 1ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FLAVIA DA SILVA BERNARDES FRIAÇARECTE.(S) : EUBER MANOEL DE SOUZA FRIAÇARECTE.(S) : LÊDA DE SOUZA FRIAÇAADV.(A/S) : JOÃO MAURÍCIO DE OLIVEIRA PELAGAGI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/AADV.(A/S) : ANAKELY ROMAN PUJATTI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.005 (289)ORIGEM : PROC - 05199134020148130079 - TJMG - TURMA

RECURSAL DE CONTAGEM - 2ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JACSON SILVA PEREIRAADV.(A/S) : PAULO DE TARSO MARIANORECDO.(A/S) : CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/AADV.(A/S) : LUÍS MARCELO CAPANEMA BARBOSA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.007 (290)ORIGEM : PROC - 0520846 - TJMG - TURMA RECURSAL DE

CONTAGEM - 2ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : RAQUEL BARBOSAADV.(A/S) : HELBERT ALENCAR NUNES GARCIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EMBRACON ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO

LTDAADV.(A/S) : MARCELO LOPES VALENTE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.010 (291)ORIGEM : PROC - 70064037294 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

CÍVEL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 21

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : IONE GOULART MACHADOADV.(A/S) : MÁRCIO DE MATOS BARCELOSRECDO.(A/S) : ANA CLÁUDIA PEREIRA E SILVAADV.(A/S) : MARCELO KREISNERINTDO.(A/S) : JACQUELINE GIANNKOSADV.(A/S) : MÁRCIO DE MATOS BARCELOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.014 (292)ORIGEM : PROC - 201103000177448 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ITIZO ARAIADV.(A/S) : MARIA LÚCIA DUTRA RODRIGUES PEREIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CELSO GONÇALVES PINHEIROADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO LAPA PINTO ALVES E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.031 (293)ORIGEM : AC - 11471546 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAADV.(A/S) : MARINETE VIOLIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PAULO ROBERTO CLEMENTINO MOREIRAADV.(A/S) : EDSON CHAVES FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.032 (294)ORIGEM : AC - 11234823 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAADV.(A/S) : MARINETE VIOLIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARINETE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : WILLIAM CANTUÁRIA DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.040 (295)ORIGEM : PROC - 20080020026812 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRACAO DIRETA AUTARQUIAS FUNDACOES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA/DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.049 (296)ORIGEM : PROC - 20080020078183 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA - DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.054 (297)ORIGEM : AC - 20100710266629 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BRASIL CENTRAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA-BCECADV.(A/S) : VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ELEUZA MARIA FERREIRA DE ARAÚJO

ADV.(A/S) : MARTEVAL ALVES RIBEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.077 (298)ORIGEM : AC - 201400010008332 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DO

ESTADO DO PIAUÍ - IAPEPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRECDO.(A/S) : ALFREDO LUCAS REZENDE SOUSAADV.(A/S) : ANTONIO SARMENTO DE ARAUJO COSTA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.079 (299)ORIGEM : AI - 70060177540 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSÉ PEDRO KUHNADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.081 (300)ORIGEM : AC - 11470990 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAADV.(A/S) : DAVIDSON SANTIAGO TAVARES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UBIRATÃ TURINIADV.(A/S) : WILLIAM CANTUÁRIA DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.090 (301)ORIGEM : AI - 201200010009455 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : HELENA DE SOUSA BARROS OLIVEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRECDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.111 (302)ORIGEM : PROC - 200939007002235 - TURMA REGIONAL DE

UNIFORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃO

PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SUPERCILIO BARROS DO AMARANTEADV.(A/S) : JOSEMI NOGUEIRA ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.129 (303)ORIGEM : AC - 200761820112831 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELEGRAFOS - ECTADV.(A/S) : MAURY IZIDORO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.131 (304)ORIGEM : AC - 199961100037911 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : PRIMO SHINCARIOL INDÚSTRIA DE CERVEJAS E

REFRIGERAMENTOS S/AADV.(A/S) : CELSO ALVES FEITOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.138 (305)ORIGEM : AC - 20140110282520 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 22

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : OSLI BARRETO CAMILOADV.(A/S) : VALENTIN SANTOS MOREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.147 (306)ORIGEM : AC - 20130111071502 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DANIELE FERREIRA GOMESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL -

AGEFIS-DFPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.160 (307)ORIGEM : PROC - 16625620119210000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MILITAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ALTEMIR FIGUEIREDO VIEIRAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO CLAVÉ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.168 (308)ORIGEM : AI - 20006234520148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : FÁBIO ANDRÉ FADIGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS ANTÔNIO ROLDAN MASSUCIADV.(A/S) : FERNANDA DE GODOY UGO SARRA DE CAMPOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.170 (309)ORIGEM : AC - 201051010194750 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ORLANDO FERNANDES DE ARAUJOADV.(A/S) : FERNANDO DA SILVA PIRES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.171 (310)ORIGEM : AC - 9380585 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SEBASTIÃO JOSÉ PÚPIORECTE.(S) : MARIA TEREZA DA SILVA SCHMITZRECTE.(S) : HÉLIO PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS FARIASRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.174 (311)ORIGEM : PROC - 50008679620144047200 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DORACI DE FATIMA MACHADOADV.(A/S) : RICHARD ZAPELINI REBELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.175 (312)ORIGEM : AC - 10024043082544001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ROGÉRIO PRAXEDES DE ALMADA REPRESENTADO

POR RONY PRAXEDES VIEIRAADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.178 (313)ORIGEM : AC - 200461180019047 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SILVIO ANSELMO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : HÁLEN HELY DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.179 (314)ORIGEM : AC - 50066078320104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES FEDERAIS DO RIO

GRANDE DO SUL - SINDSERF/RSADV.(A/S) : LUCIANA INÊS RAMBO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA

E ESTATÍSTICA - IBGEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.182 (315)ORIGEM : AC - 10079130346541001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESPAÇO VIP - SAMURAY EVENTOS LTDAADV.(A/S) : ÂNGELA MARIA ELIAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.185 (316)ORIGEM : ARE - 17226820125180181 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : RIO BRANCO ALIMENTOS S.A.ADV.(A/S) : RENATO DE ANDRADE GOMES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FABIOLA DOS SANTOS FERREIRAADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DE SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.186 (317)ORIGEM : PROC - 20100110300370 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MAURICIO FERREIRA DE BRITORECTE.(S) : CRISTIANO SANTOS FERREIRARECTE.(S) : RENATO KOJI SATORECTE.(S) : SIDCLEY NASCIMENTO SILVAADV.(A/S) : WANDER PEREZRECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.188 (318)ORIGEM : PROC - 50047131020124047001 - TRF4 - PR - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ELIAS BATISTA DOS ANJOSADV.(A/S) : WAGNER DE OLIVEIRA BARROS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.189 (319)ORIGEM : AC - 70034990044 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : COIM BRASIL LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ BARABINO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EXPANSÃO ÍNDUSTRIA E COMÉRCIO DE INJETADOS

DE POLIURETANOS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ESTHER BORGES THIELE CAMILO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.190 (320)ORIGEM : AC - 70038473179 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 23

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ELISEU KOPP E COMPANHIA LTDARECTE.(S) : E KOPP E COMPANHIA LTDAADV.(A/S) : FERNANDO PRITSCH WINCKRECDO.(A/S) : GUAÍBA COMÉRCIO DE METAIS LTDAADV.(A/S) : FÁBIO MELO DE AZAMBUJA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.192 (321)ORIGEM : PROC - 00040194620118080008 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CAIXA BENEFICENTE DOS MILITARES ESTADUAIS

DO ESPÍRITO SANTOADV.(A/S) : FABIO DAHER BORGESRECDO.(A/S) : JOSE CARLOS MACIELADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO TARDIN RODRIGUES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.196 (322)ORIGEM : APCRIM - 07777651220098260577 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : VINICIUS MAGACHO DEMETRIOADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO LOURENÇO DA SILVARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.203 (323)ORIGEM : APCRIM - 00008885420098260001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARCELO HENRIQUE ALAMINORECTE.(S) : MARCOS EZEQUIEL ALAMINOADV.(A/S) : AIRTON ANTONIO BICUDORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.215 (324)ORIGEM : AI - 20564792820138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : FÁBIO ANDRÉ FADIGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALCANCE COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : MAURO AUGUSTO MATAVELLI MERCI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.216 (325)ORIGEM : APCRIM - 20130310123316 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JAILSON RAMOS DOS SANTOSADV.(A/S) : CLÁUDIO CESAR VITORIO PORTELA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.227 (326)ORIGEM : AC - 70043066158 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A -

BANRISULADV.(A/S) : LÚCIA HELENA ESCOBAR DE BRITO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : THIAGO MOREADV.(A/S) : DIMOS FEDRIZZI PETALASINTDO.(A/S) : CONSTRUCEL INCORPORAÇÕES E CONSTRUÇÕES

LTDA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.229 (327)ORIGEM : AC - 20140026894 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUX

RECTE.(S) : PATRI DEZ EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDAADV.(A/S) : RODRIGO RIBEIRO ROMANO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PAULO SERGIO MARINHO BEZERRARECDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA QUINDERE ALBUQUERQUEADV.(A/S) : IVANA SOARES BARROS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.230 (328)ORIGEM : PROC - 02165333620128260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DARIO AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARISA PORFIRIO BARRIORECDO.(A/S) : SERGIO ADEMIR SALLUN NASSINADV.(A/S) : FERNANDO SANTARELLI MENDONÇA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.232 (329)ORIGEM : RR - 1206002720075030089 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : VALE S.A.ADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS

FERROVIÁRIAS DOS ESTADOS DO ESPÍRITO SANTO E MINAS GERAIS - SINDFER

ADV.(A/S) : SANYO ALVES AUGUSTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.235 (330)ORIGEM : AC - 04860316720118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.237 (331)ORIGEM : AC - 50093005720124047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LUCIA BORGESADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.240 (332)ORIGEM : PROC - 00004911120124050000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : PALMA ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : ANASTÁCIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.259 (333)ORIGEM : MS - 00005040420118220011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE RONDÔNIAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : M G DE JADV.(A/S) : KHARIN DE CAMARGORECDO.(A/S) : CENTRO ESTADUAL DE EDUCACAO DE JOVENS E

ADULTOS ENALDO LUCAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.263 (334)ORIGEM : AC - 20130110591375 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SÔNIA APARECIDA GOMES PACHECO E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 24

RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : AGEFIS - AGENCIA DE FISCALIZACAO DO DISTRITO

FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.277 (335)ORIGEM : ARE - 272004020125210005 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : JOSE ALVES DA SILVA NETOADV.(A/S) : IRANY MEDEIROS GERMANO DOS SANTOSRECDO.(A/S) : COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO

RIO GRANDE DO NORTE - DATANORTEADV.(A/S) : FRANCISCO FERNANDES BORGES NETO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.291 (336)ORIGEM : PROC - 05202791220144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ROSILDO ALVES DA SILVAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.297 (337)ORIGEM : AC - 200538000222029 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EDNA COSTA MADEIRAADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.298 (338)ORIGEM : PROC - 05033818520144058311 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LAURO JOSÉ INÁCIO DOMINGOSADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.299 (339)ORIGEM : REsp - 00853963419968260050 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CELSO EDUARDO VIEIRA DA SILVA DAOTRORECTE.(S) : ANGELO ANTONIO VILLANORECTE.(S) : JOSE DE ALMEIDA ESTEVESADV.(A/S) : EDUARDO SILVEIRA MELO RODRIGUES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.301 (340)ORIGEM : AC - 01993828720088260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LELLO CONDOMÍNIOS SOCIEDADE SIMPLES LTDAADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DE SÃO

PAULO - SABESPADV.(A/S) : MARIANA ORSI DOS SANTOS MANZANO RAMALHO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.307 (341)ORIGEM : PROC - 50375571620124047000 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : VERA LUCIA RIETOWADV.(A/S) : PAULO ROBERTO BELILA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.462 (342)ORIGEM : PROC - 20140045715 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MANOEL TAVARES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GABRIELA LEITE DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.463 (343)ORIGEM : AC - 20140120381 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : JUDITH GOMES DE PAIVA DIOGENESADV.(A/S) : RODRIGO MEDEIROS DE PAIVA LOPES E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.467 (344)ORIGEM : AC - 20140179470 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA FAUSTINA DA SILVAADV.(A/S) : GLICÉRIO EDWIGES DA SILVA JÚNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.469 (345)ORIGEM : AC - 20140126156 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARTA MARIA RODRIGUES DE SOUZAADV.(A/S) : GABRIELA LEITE DE OLIVEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.472 (346)ORIGEM : AC - 20140023726 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA SALETE GONÇALVES BEZERRAADV.(A/S) : HUGO ALEXANDRE DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.473 (347)ORIGEM : AC - 20140120491 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA PERPÉTUA DIÓGENESADV.(A/S) : CAMILA LUIZA AMORIM COSTA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.474 (348)ORIGEM : AC - 20140098651 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 25

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FRANCINETE FERREIRA RODRIGUES BEZERRAADV.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO INÁCIO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JAPIADV.(A/S) : LUCIANA BATISTA DE MACEDO OTHON

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.478 (349)ORIGEM : AC - 20140142521 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : TEREZINHA DO REGO NOBREADV.(A/S) : JOSÉ NERY FERNANDES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.482 (350)ORIGEM : AC - 20140148712 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS MELOADV.(A/S) : SYLVIA VIRGÍNIA DOS SANTOS DUTRA DE MACEDO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.483 (351)ORIGEM : AC - 20140011446 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA CAROLINA DE FRANÇAADV.(A/S) : NATÁLIA POZZI REDKO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.487 (352)ORIGEM : AC - 20140154265 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA MAGDALENA DA SILVAADV.(A/S) : BRUNO SANTOS DE ARRUDA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.489 (353)ORIGEM : AC - 20130193312 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : LAURINDA CICERA DE JESUSADV.(A/S) : ANA MARIA PIRES DE PAIVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.490 (354)ORIGEM : AC - 20140120374 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES OLIVEIRA DA NÓBREGA

ADV.(A/S) : EDUARDO VANCE HARROP E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.501 (355)ORIGEM : AREsp - RI00124BX0000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : FABIO DA SILVA BILLERADV.(A/S) : RENATO CÉSAR PEREIRA VICENTERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.521 (356)ORIGEM : APCRIM - 00032112220138260638 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : RICARDO SANTOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RAMBLET DE ALMEIDA TERMERO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.546 (357)ORIGEM : RESE - 200792215540 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CLAUDIO MARCIO FERREIRA DE AVELARADV.(A/S) : ROGÉRIO PEREIRA LEAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.552 (358)ORIGEM : ARESP - 595873 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GUSTAVO ALMEIDA LACERDARECTE.(S) : EUDES DE ARRUDA BARROS FILHOADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO DIASRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.560 (359)ORIGEM : APCRIM - 50140275120104047000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : GILMAR LASSALA MACHADORECTE.(S) : RAFAEL HENRIQUE CAVALHEIRO BOTIADV.(A/S) : EMANUEL FERNANDO CASTELLI RIBAS E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.661 (360)ORIGEM : AREsp - 201251010106443 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DANIEL JONASPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.662 (361)ORIGEM : APCRIM - 0094779452010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : NADSON ROCHA BARRETO BATISTAADV.(A/S) : MARIANA ALVES PEREIRA DA CRUZRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.678 (362)ORIGEM : APCRIM - 201230022745 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 26

PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : A L UNGARATTI E COMPANHIA LTDAADV.(A/S) : NESTOR FERREIRA FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.687 (363)ORIGEM : RESE - 201351090015890 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : EDUARDO DE PAULA GONCALVES DE CASTROADV.(A/S) : GABRIEL MIRANDA MOREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.703 (364)ORIGEM : APCRIM - 61422010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : OSMAR CARLOS RISSEADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.718 (365)ORIGEM : AREsp - 08043282420074025101 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FRANCISCO BARROSO JUNIORADV.(A/S) : SANDRO DOS SANTOS MAIARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.719 (366)ORIGEM : APCRIM - 00064828020128030002 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : LUIZ JORGE RODRIGUES DE LA ROCQUEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAPÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.765 (367)ORIGEM : APCRIM - 50008613120104047103 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ANDERSON RIOSADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ JOSENDE NEMITZRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.766 (368)ORIGEM : RESE - 00036420820134013800 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : D C GPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.767 (369)ORIGEM : APCRIM - 10210110026197001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DEIVIDE CARVALHO DA SILVAADV.(A/S) : LEANDRO MARCELO DINIZ CAMPOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.768 (370)ORIGEM : APCRIM - 10024111055471001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : POLLYANNA FILIPPETTO PIRESADV.(A/S) : LUÍS CARLOS PARREIRAS ABRITTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.780 (371)ORIGEM : APCRIM - 272612720138090011 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LUCAS SILVESTRE DA SILVAADV.(A/S) : EZIZIO ALVES BARBOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.800 (372)ORIGEM : PROC - 10231130253272001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : TIAGO BARBOSA PEREIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.801 (373)ORIGEM : PROC - 102311001137596001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARCO ANTÔNIO DA ROCHAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.806 (374)ORIGEM : AC - 50003997120104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : ARY WELTERADV.(A/S) : EWERTON LINEU BARRETO RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDACAO FACULDADE VIZINHANCA VALE DO

IGUACU - FACULDADE VIZIVALIADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.822 (375)ORIGEM : RESE - 10054090369684001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FERNANDO CEZÁRIO BENTORECTE.(S) : DANIEL MARTINS GOMESRECTE.(S) : RENATO ANTÔNIO HERCULANORECTE.(S) : STELA MARES PESSOA GUEDESADV.(A/S) : SILVANE DOS SANTOS COUTINHO NASCIMENTORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.825 (376)ORIGEM : PROC - 10079120614601001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSIMAR GONZAGA DE MATOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 27

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.827 (377)ORIGEM : PROC - 10079120622265001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MAURO COSTA AURELIANOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.840 (378)ORIGEM : PROC - 10231091589086002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GILSON SOARES PROCÓPIOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.843 (379)ORIGEM : PROC - 10231130113617001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARCOS EVANGELISTA MATIAS JUNIORPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.847 (380)ORIGEM : PROC - 10704060376776001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : VANDERLEI FERREIRA DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.848 (381)ORIGEM : APCRIM - 100241226799541001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JULIANA AVELINA PEREIRAADV.(A/S) : DAVID LUIZ VALDEZ DE FARIARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.849 (382)ORIGEM : PROC - 50048336720144047200 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NIVALDO GONCALVESADV.(A/S) : PATRÍCIA FELÍCIO SOCHA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.850 (383)ORIGEM : PROC - 10231130252878001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : RAFAEL TOFFOLO MARQUETTIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.851 (384)ORIGEM : APCRIM - 10024082671314002 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ERONILDO GOMES DA SILVARECTE.(S) : GENAILSON RODRIGUES DOS SANTOSRECTE.(S) : LUIZ JOSÉ DA SILVARECTE.(S) : JOSÉ DAMIÃO MELO DA SILVARECTE.(S) : CÉLIO JOSE DOS SANTOSADV.(A/S) : ADINAN QUINTÃO LINHARES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.852 (385)ORIGEM : PROC - 10231060535409001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : PAULO HENRIQUE DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.938 (386)ORIGEM : PROC - 14624120088060075 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ERNANDES LOPES PEREIRAADV.(A/S) : MARCELA RIVANDA COELHO PEREIRA CHAYB E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ÉTILO FERREIRA DE SÁRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁ

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 127.799 (387)ORIGEM : HC - 259697 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BERNARDO JOSE DE OURO PRETO SANTOSADV.(A/S) : JOÃO DANIEL RASSIRECTE.(S) : VICTOR DO NASCIMENTO LEAL JUNIORADV.(A/S) : JOÃO DANIEL RASSIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 127.801 (388)ORIGEM : HC - 306273 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : GENUEL LUIZ GONÇALVESADV.(A/S) : GLAUCO PIVARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 127.839 (389)ORIGEM : RHC - 49062 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : OLIVER ORTIZ DE ZARATE MARTINADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 127.876 (390)ORIGEM : HC - 247829 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SEVERINO MARCONDE MEIRAADV.(A/S) : GUILHERME FURTADO MONTENEGROADV.(A/S) : FELIPE AUGUSTO FORTE DE NEGREIROS DEODATORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 28: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 28

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 42 0 42

MIN. MARCO AURÉLIO 43 0 43

MIN. GILMAR MENDES 35 0 35

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 1 1 2

MIN. CÁRMEN LÚCIA 45 2 47

MIN. DIAS TOFFOLI 41 0 41

MIN. LUIZ FUX 39 2 41

MIN. ROSA WEBER 43 1 44

MIN. TEORI ZAVASCKI 52 1 53

MIN. ROBERTO BARROSO 42 0 42

TOTAL 383 7 390

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, JOÃO BOSCO MARCIAL DE CASTRO, Secretário Judiciário.

Brasília, 27 de abril de 2015.

DECISÕES E DESPACHOS

AÇÃO CAUTELAR 3.852 (391)ORIGEM : RO - 4056320146100000 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAUTOR(A/S)(ES) : DEOCLIDES ANTONIO SANTOS NETO MACEDOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL ALCKMINRÉU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

O ministro Roberto Barroso remeteu os autos à Presidência, nos seguintes termos:

“1. Trata-se de ação cautelar proposta para conferir efeito suspensivo ativo a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral, nos autos do recurso ordinário 40.563.

2. Os autos foram originalmente distribuídos ao Min. Teori Zavascki, que encaminhou o feito à Presidência, sugerindo sua redistribuição por prevenção ao RE 848.826, de minha relatoria, nos termos do art. 325-A do RI/STF. O Min. Ricardo Lewandowski acolheu a proposta, com base no art. 69 do RI/STF.

3. No entanto, faço observar que participei do julgamento do recurso ordinário 40.563 no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral. Tanto é assim que a AC 3.811, proposta para conferir efeito suspensivo ao mesmo recurso extraordinário, foi distribuída excluindo-se não apenas a mim, mas também os Ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Fux, que atuaram no feito de origem no TSE. Aquela ação cautelar veio a ser distribuída à Min. Cármen Lúcia, que lhe negou seguimento.

4.Além disso, salvo melhor juízo, não se aplica o art. 325-A do RI/STF, uma vez que, apesar de ter sido selecionado pela origem como representativo de controvérsia, o RE 848.826 ainda não teve sua repercussão geral reconhecida por esta Corte. Nem parece incidir o art. 69 do RI/STF, pois não se está diante propriamente de hipótese de conexão ou continência, mas de feitos que, embora discutam a mesma questão jurídica, possuem partes distintas.

5.Assim, tal como ocorreu na AC 3.811, o caso parece se amoldar às previsões dos arts. 77, p. único, e 277, p. único, ambos do RI/STF, que determinam sejam excluídos da distribuição, se possível, os Ministros que funcionaram no Tribunal Superior Eleitoral.

6.Diante do exposto, encaminhem-se os autos à Presidência, com proposta de redistribuição do feito”.

É o relatório.Decido.Reexaminados os autos, entendo que é o caso de redistribuição.Trata-se de processo de relatoria original do Ministro Teori Zavaski

que havia anteriormente encaminhado o feito para análise de prevenção do Ministro Roberto Barroso, ao qual fora redistribuída a presente ação.

Constato que o Ministro Barroso participou do julgamento do Agravo Regimental em Recurso Ordinário 40.563, processo de origem, que tramitou junto ao Tribunal Superior Eleitoral, consoante fl. 8 do documento eletrônico 8.

Por oportuno, destaco que os Ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux também participaram do julgamento do acórdão (documento eletrônico 8 – fl. 24).

Com efeito, incide na hipótese o previsto no art. 77, parágrafo único do RISTF, in verbis:

“Art. 77. Na distribuição de ação rescisória e de revisão criminal, será

observado o critério estabelecido no artigo anterior.Parágrafo único. Tratando-se de recurso extraordinário eleitoral, de

habeas corpus contra ato do Tribunal Superior Eleitoral, ou de recurso de habeas corpus denegado pelo mesmo Tribunal, serão excluídos da distribuição, se possível, os Ministros que ali tenham funcionado no mesmo processo ou no processo originário”.

Outrossim, de acordo com a redação do art. 277, parágrafo único, do RISTF, o Ministro que tenha participado do julgamento do processo originário ou recurso, no Tribunal Superior Eleitoral, deve ser excluído quando da distribuição, cujo texto trago à colação:

“Art. 277. Os Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei.

Parágrafo único. Não estão impedidos os Ministros que, no Tribunal Superior Eleitoral, tenham funcionado no mesmo processo ou no processo originário, os quais devem ser excluídos, se possível, da distribuição”.

Forçoso concluir que os Ministros Roberto Barroso, Luiz Fux e Gilmar Mendes devem ser excluídos da distribuição da presente ação cautelar no termos regimentais.

Isso posto, determino a redistribuição dos autos ao Ministro Teori Zavaski, relator original, na forma dos arts. 77, parágrafo único e 277, parágrafo único, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente em exercício

HABEAS CORPUS 126.484 (392)ORIGEM : PROC - 00498104920088070015 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : DANIEL GONÇALVES DOS SANTOSIMPTE.(S) : DANIEL GONÇALVES DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DO

DISTRITO FEDERAL

Trata-se de habeas corpus, impetrado por DANIEL GONÇALVES DOS SANTOS, em nome próprio, no qual se aponta como autoridade coatora o Juiz de Direito da Vara de Execução Penal do Distrito Federal.

A competência desta Corte, taxativamente fixada no art. 102 da Constituição Federal, não permite conhecer de habeas corpus que tenha como autoridade coatora juiz de primeiro grau de jurisdição.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 13, V, d, do Regimento Interno desta Corte, nego seguimento ao writ.

Encaminhem-se os autos ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, bem como cópia integral do pedido e desta decisão à Defensoria Pública do Distrito Federal.

Remeta-se, ainda, cópia desta decisão ao paciente. Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Presidente -

RECLAMAÇÃO 10.686 (393)ORIGEM : SLS - 1248 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECLTE.(S) : JOAO DE BARRO EMPREENDIMENTOS

IMOBILIARIOS LTDAADV.(A/S) : FERNANDO HENRIQUE DIAS DE SOUSA E OUTRO(A/

S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

Trata-se de reclamação contra decisum proferido pelo Superior Tribunal de Justiça nos autos da SL 1.248/CE.

Em 27/3/2014, o Ministro Joaquim Barbosa proferiu o seguinte despacho:

“Abra-se vista dos autos ao reclamante, pelo prazo de dez dias, para que possa informar a esta Suprema Corte o atual estado da decisão que foi objeto da suspensão e se ainda persiste o objeto e o interesse processual nesta reclamação“.

Não houve, contudo, manifestação do reclamante, conforme certidão juntada aos autos (documento eletrônico 38).

Isso posto, nego seguimento a esta reclamação.Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 799.933 (394)ORIGEM : PROC - 50075399720124047101 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 29: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 29

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE- FURGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZ FELIPE PINHEIRO GUERRAADV.(A/S) : RENATO DUARTE DOS PASSOS FILHO E OUTRO(A/S)

Preliminarmente, torno sem efeito o Termo de Remessa emitido pela Secretaria Judiciária desta Corte nos termos da Portaria GP 138/STF (documentos eletrônicos 88 e 149) e passo a analisar o apelo extremo.

Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 596.663-RG – Tema 494).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 880.153 (395)ORIGEM : AC - 00566907020128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JOSE HAKA FILHOADV.(A/S) : FABIO SCOLARI VIEIRA E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.323 (396)ORIGEM : AC - 0042797220098260597 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : LIBERTY SEGUROS S/AADV.(A/S) : ROBERTA NIGRO FRANCISCATTO E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.959 (397)ORIGEM : AC - 00118144520144049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIO FERREIRAADV.(A/S) : GASPAR FIDELIS DE ALMEIDA JUNIOR

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG - Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.700 (398)ORIGEM : AC - 200771000199708 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADILES BARCELLAADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.704 (399)ORIGEM : AC - 01034658120048190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ENEIDA HORACIO DE SOUZA DA SILVAADV.(A/S) : MAXIMINO GONÇALVES FONTES NETO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SILVIO ROBERTO SILVA LOPES DE SOUZA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÉSAR SUYPEENE DE MENEZES DOS SANTOS

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG - Tema 339 e ARE 748.371-RG - Tema 660).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.955 (400)ORIGEM : PROC - 200761200009092 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSÉ CÍCERO ROCHA DA SILVAADV.(A/S) : SONIA REGINA RAMIRORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.965 (401)ORIGEM : AC - 199934000001643 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : EDUARDO JOSÉ MATTOS DA SILVAADV.(A/S) : KATHIA SOLANGE SCHMITT DE PINA

Esta Corte, ao julgar o ARE 748.371-RG (Tema 660), da relatoria do Min. Gilmar Mendes, concluiu pela ausência de repercussão geral da questão versada neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.970 (402)ORIGEM : RR - 1590520115110008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : PHILIPPE DE OLIVEIRA NADER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MAYARA JAYNE PEIXOTO SILVAADV.(A/S) : ALINE MARIA PEREIRA MENDONÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 30: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 30

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.023 (403)ORIGEM : AC - 92791857220088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DE FATIMA ANDRADE DOS SANTOSADV.(A/S) : SIMONE ELAINE DELAPPE

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.104 (404)ORIGEM : RR - 21923220115110019 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GRANT DAVIS DE SOUZA LIMAADV.(A/S) : MARIA DE CÁSSIA RABELO DE SOUZA E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.793 (405)ORIGEM : RR - 11771620115150084 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE COURA ROCHA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSE GERALDO MENDES DE SOUZA E OUTROS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PHILIPPE DE OLIVEIRA NADER E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.864 (406)ORIGEM : RR - 12630920115050005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : MARCOS ROSA ALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FERNANDO FERNANDES DA SILVA MACIEL E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SORAYA REGINA BASTOS COSTA PINTO E OUTRO(A/

S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.895 (407)ORIGEM : RR - 11854320115150132 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO CALABREZ MAIA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE COURA ROCHA E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.971 (408)ORIGEM : PROC - 12235420070016 - TJCE - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NOVA ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : ROMULO WEBER TEIXEIRA DE ANDRADE E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARGARETH TELES DE QUEIROZADV.(A/S) : JULIO DE ASSIS A BEZERRA LEITE E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.688 (409)ORIGEM : PROC - 50029847920134047205 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VALDEMIR DREYERADV.(A/S) : EVANDRO LUIZ MAÇANEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 871.260 (410)ORIGEM : PROC - 50554345720124047100 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DIEGO ESTEVAM DOS SANTOS GONCALESADV.(A/S) : JACSON SIMON E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Esta Corte, ao julgar o ARE 748.371-RG (Tema 660), da relatoria do Min. Gilmar Mendes, concluiu pela ausência de repercussão geral da questão versada neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.548 (411)ORIGEM : AC - 200480000073210 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 31: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 31

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.550 (412)ORIGEM : REsp - 200480000003760 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.588 (413)ORIGEM : AC - 200480000024430 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.600 (414)ORIGEM : AC - 200380000076310 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.638 (415)ORIGEM : AC - 200680000021588 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOAS

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.645 (416)ORIGEM : AC - 200480000071923 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.680 (417)ORIGEM : AC - 200380000039830 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.685 (418)ORIGEM : AC - 200380000067289 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FABIO ROBERTO LEOTTA SUBSTITUÍDO

PROCESSUALMENTE PELO UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL E OUTROS

ADV.(A/S) : EVERTON LEITE DIDONE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 32

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.775 (419)ORIGEM : AI - 199801000746992 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUZIA ALVES PEREIRAADV.(A/S) : ELIANE DE FREITAS SOARES

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 6 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.243 (420)ORIGEM : AC - 200680000019533 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL EM SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

ADV.(A/S) : BRUNA RIBEIRO AMORIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.265 (421)ORIGEM : AC - 200480000083056 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL EM SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

ADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO DE FARIAS MARTORELLI E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.348 (422)ORIGEM : AC - 200480000076337 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL EM SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

ADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO DE FARIAS MARTORELLI E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.395 (423)ORIGEM : AC - 200983000026041 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - FUBPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZA EUNICE BARBOSA GODE DE VASCONCELOSADV.(A/S) : ELIANA MENEZES DE GODOY E VASCONCELOS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.584 (424)ORIGEM : AC - 200480000005525 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.601 (425)ORIGEM : PROC - 05218960720144058300 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE BELARMINO RODRIGUESADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.954 (426)ORIGEM : PROC - 08006309020128260361 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - MOGI DAS CRUZESPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JOSÉ MARIA CARDOSO DE SIQUEIRAADV.(A/S) : CINTHIA AOKI

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 33

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.425 (427)ORIGEM : AC - 200680000044278 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AGAMENON SUESDEK DA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS HENRIQUE FEITOSA MACIEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.844 (428)ORIGEM : AC - 20140033796 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTO S/AADV.(A/S) : ELÍSIA HELENA DE MELO MARTINI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FRANCISCO ZELTON DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MÁGNA MARTINS DE SOUZA

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.848 (429)ORIGEM : AI - 10672120260431001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MAX OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : WAGNER AUGUSTO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARCOS VINICIUS GONÇALVES BARROSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.860 (430)ORIGEM : AC - 201361830110612 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RENATO DE OLIVEIRA CAMARGOADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.918 (431)ORIGEM : AI - 02413901645520140096 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUIZ MARTINELLI FILHO

ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DALLAPICCOLA SAMPAIO E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - DETRAN/ES

ADV.(A/S) : RODRIGO SILVA MASSOLIO E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.931 (432)ORIGEM : AC - 50004083620104047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ALCINDO MARTINSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 855.178-RG – Tema 793).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.948 (433)ORIGEM : AC - 201030163426 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CENTRO OLIMPUS DE EDUCAÇÃO S/C LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO MONTENEGRO DUARTE LIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ELINALDO LUZ SANTANA E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.108 (434)ORIGEM : AC - 70058187352 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSÉ ELZONIR PADÃO TEIXEIRAADV.(A/S) : CLÁUDIA MARIA QUINTANA CASTRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.277 (435)ORIGEM : PROC - 50027459320134047005 - TRF4 - PR - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO JOSE PANATOADV.(A/S) : LISELETE WASEM BIALECKI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 34

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.597 (436)ORIGEM : AI - 20342740520138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : J G MADV.(A/S) : MARIA CÉLIA DOS SANTOS MELLEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : G T DE OADV.(A/S) : LUCIA HELENA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.815 (437)ORIGEM : AC - 00028406420098190033 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FERNANDO PONTES MOREIRAADV.(A/S) : FÁBIO MEDINA OSÓRIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.830 (438)ORIGEM : PROC - 05174809320144058300 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ROSANGELA CAVALCANTI NORONHAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.955 (439)ORIGEM : PROC - 00431272220114013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CLÁUDIA COLUMBANO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DOUGLAS DE ASSIS DOWE E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c , do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.980 (440)ORIGEM : PROC - 30030464320138260081 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 30ª CJ - TUPÃPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ISABEL BORGES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RODRIGO FERNANDO RIGATTORECDO.(A/S) : NATURA COSMÉTICOS S/AADV.(A/S) : EDUARDO LUIZ BROCK E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.034 (441)ORIGEM : AC - 200961830125727 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CELSO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.124 (442)ORIGEM : PROC - 50120132020124047002 - TRF4 - PR - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILBERTO MONTEIRO ROCHAADV.(A/S) : ANGÉLICA WEILLER ROCHA WAGNERRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.150 (443)ORIGEM : AC - 201051010075840 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DAVIS RODRIGUESRECTE.(S) : ARTHUR EDUARDO DINIZ GONÇALVES HORTAADV.(A/S) : MONICA FERRAZ NOGUEIRA FLORES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR -

CNENPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.194 (444)ORIGEM : AC - 990103558987 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MAURICIO TONZARADV.(A/S) : HENRIQUE BERALDO AFONSORECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 35: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 35

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.213 (445)ORIGEM : PROC - 50068298920124047000 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : BENEDITO VENCESLAU DA SILVAADV.(A/S) : APARECIDA INGRÁCIO DA SILVA BELTRÃO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.218 (446)ORIGEM : AC - 70056607633 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : SABRINA ROTTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SOLI ADÃO SOARESADV.(A/S) : TIAGO ALEXANDRE BELTRAME E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.230 (447)ORIGEM : AC - 00057115320114058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUB/UNB -FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GEORGE CARLOS DE SOUZA MELOADV.(A/S) : PAULO DE SOUZA FLOR JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.325 (448)ORIGEM : PROC - 201070630011420 - TRF4 - PR - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SEBASTIÃO BATISTA DA COSTAADV.(A/S) : RENATA SILVA BRANDÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.388 (449)ORIGEM : AI - 990093172224 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULO

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FRANCISCO PINHEIRO DE SOUZAADV.(A/S) : ALAN MINUTENTAG E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PEDRO PEREIRAADV.(A/S) : PAULO CESAR DA CRUZ MORAIS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.404 (450)ORIGEM : AC - 50018514920114047115 - TRF4 - PR - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BERNARDETE ANDRADE SCHARDONGADV.(A/S) : JOSÉ DELMAR MATZENBACKER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.428 (451)ORIGEM : AC - 199933000098555 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CIBAHIA CIGARROS DA BAHIA LTDAADV.(A/S) : NIEDSON MANOEL DE MELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA DAS DOCAS DO ESTADO DA BAHIA -

CODEBAADV.(A/S) : YVES WEST BEHRENS E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.435 (452)ORIGEM : AC - 10051070190981001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GERALDO MIRARECTE.(S) : REGINA APARECIDA PIGATIN MIRAADV.(A/S) : PATRÍCIA DALÇAS PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RODRIGO CANÇADO BRUNOADV.(A/S) : JULIMARA MAGALHÃES BRUNO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.460 (453)ORIGEM : PROC - 50149414120124047002 - TRF4 - PR - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ELIAS JOSÉ DOS SANTOSADV.(A/S) : ANGÉLICA WEILLER ROCHA WAGNERRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 36

Brasília, 23 de abril de 2015.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.464 (454)ORIGEM : AC - 00009167820088260123 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUZIA MENDES DA SILVAADV.(A/S) : HENRIQUE CARLOS KOBARG NETO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.680 (455)ORIGEM : PROC - 50012898220114047004 - TRF4 - PR - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALBERTO FRANCISCO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ACIR BORGES MONTEIRO E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 552 (456)ORIGEM : AC - 00370068820048190004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

GONÇALOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROAGDO.(A/S) : EXPRESSO TANGUÁ LTDA. E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRIO DIAS DE MESQUITAINTDO.(A/S) : VIAÇÃO GALO BRANCO LTDA.

Trata-se de agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao pedido de suspensão de liminar ajuizada pelo Município de São Gonçalo contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro proferida na Apelação Cível 0037006-88.2004.8.19.0004.

Em atenção ao disposto no inciso LV do art. 5° da Constituição da República e no § 1º do artigo 297 do RISTF, manifeste-se o agravado, no prazo de 5 (cinco) dias.

Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República, para parecer (CF, artigo 103, § 1º), em igual prazo.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

EMB.DECL. NO AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 698 (457)ORIGEM : MS - 02690849020128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : EMPRESA CIRCULAR DE MARILIA LTDAADV.(A/S) : EDINILSON FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : TRANSPORTE COLETIVO GRANDE BAURU LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSEMBDO.(A/S) : VIAÇÃO CIDADE SORRISO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MARÍLIA

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA

Ouçam-se, sucessivamente, os embargados e a Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

EMB.DECL. NA DÉCIMA SÉTIMA EXTENSÃO NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.420

(458)

ORIGEM : PROC - 90566130920088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : PHILIPPE RÉNÉ MICHEL MARIE DE VITON DE

PEYRUISADV.(A/S) : NELSON RANGEL NOVAESAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARUJÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ

Encaminhe-se o processo ao Procurador-Geral da República para manifestação sobre os embargos de declaração (petição 57799/2012 - documento eletrônico 6).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 795.687

(459)

ORIGEM : AC - 00434905420098190066 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : GOTHARDO LOPES NETTOADV.(A/S) : AFFONSO JOSÉ SOARES FILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Trata-se de embargos de divergência opostos contra acórdão que rejeitou os embargos de declaração.

Bem examinados os autos, verifico que os presentes embargos de divergência não podem ser conhecidos.

Isso porque a decisão embargada foi publicada em 18/3/2015. Porém, embora a parte agravante tenha encaminhado, via fac-símile, a petição recursal dentro do prazo legal, os originais não foram apresentados, conforme preconiza o art. 2º da Lei 9.800/1999, a teor da certidão de fls. 397.

Com efeito, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que, em se tratando de recurso interposto por fax, ele só será tempestivo se o seu original entrar em seu protocolo dentro do prazo adicional a que se refere a Lei 9.800/99 . Nesse sentido confira-se o seguinte precedente:

“CONSTITUCIONAL. TRABALHISTA. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PETIÇÃO INTERPOSTA VIA FAX. ORIGINAIS NÃO APRESENTADOS NO PRAZO ADICIONAL DE CINCO DIAS. RECURSO INEXISTENTE. I - Conforme entendimento desta Corte, é inexistente o recurso quando, interposto por fac-símile, não apresentada a petição original. II - É dever processual da parte zelar pela correta formação do instrumento. III - Agravo regimental improvido.” (AI 703.629-AgR/SP, de minha relatoria)

Isso posto, não conheço dos embargos de divergência.Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

DÉCIMA TERCEIRA EXTENSÃO NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 539 (460)ORIGEM : PS - 9028830132006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Determino que a secretaria judiciária informe, no prazo de dois dias, se a SOCOPAL – SOCIEDADE COMERCIAL DE CORRETAGEM DE SEGUROS E DE PARTICIPAÇÕES LTDA (impetrante do MS 0042685-08.2012, em trâmite perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) foi incluída nos autos como interessada, bem como se foi intimada da decisão monocrática proferida em 12/3/2012, que deferiu a décima terceira extensão ao pedido original de suspensão.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 37

Brasília, 22 de abril de 2015. Ministro Ricardo Lewandowski

Presidente

HABEAS CORPUS 127.077 (461)ORIGEM : EXECUÇÃO - 744049 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : ANDERSON VICENTE GABRIEL DOS SANTOSIMPTE.(S) : ANDERSON VICENTE GABRIEL DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por ANDERSON VICENTE GABRIEL DOS SANTOS, em nome próprio, no qual aponta como autoridade coatora o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A competência desta Corte, taxativamente fixada no art. 102 da Constituição Federal, não permite conhecer de habeas corpus que tenha como autoridade coatora Tribunal de Justiça.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 13, V, d, do Regimento Interno desta Corte, nego seguimento ao writ.

Encaminhem-se os autos ao Superior Tribunal de Justiça, bem como cópia integral do pedido e desta decisão à Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Remeta-se, ainda, cópia desta decisão ao paciente. Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Presidente -

PROPOSTA DE SÚMULA VINCULANTE 107 (462)ORIGEM : PSV - 107 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALPROPTE.(S) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Petição 15947/2015-STFTrata-se de questão de ordem suscitada pela Associação Brasileira

das Secretarias de Finanças das Capitais – ABRASF, nos autos da PSV 107, onde requer a rejeição da proposta ou a possibilidade de manifestar-se quanto a proposição de súmula vinculante.

É o relatório. Decido.Muito bem. A petição, nominada questão de ordem, é, em verdade,

manifestação extemporânea da requerente, pois foi interposta em 9/04/2015, ou seja, quando já decorrido o prazo para ciência e manifestação de possíveis interessados nesta PSV 107. Impende registrar que o quinquídio infralegal (art. 354-B do RISTF) findou-se em 22/05/2012 (documento eletrônico 4).

Portanto, não conheço desta manifestação.Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 19.283 (463)ORIGEM : SLS - 1930 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECLTE.(S) : LENA RAQUEL DE GÓIS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO SANTOS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL CONSELHO

FEDERALADV.(A/S) : BRUNO MATIAS LOPESINTDO.(A/S) : CLEDSON JOSÉ PIVAADV.(A/S) : DANIEL CAMPOS DUTRAINTDO.(A/S) : ARCELI DA SILVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TAIANNY BAGESTEIRO DE SOUZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ZULMA LINDA MARIELA VELAZCO PAIVA NUNESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BRUNO JOSÉ RAMOS SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RENATO AUGUSTO FRANKLINADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FERNANDA BIERADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DANIEL BRONDANI BIANCINIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LUIZ GUSTAVO THOMSENADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Trata-se de reclamação formulada por Lena Raquel de Góis Santos e

Kássia Regina Brianez Trulha de Assis contra decisão do Presidente do Superior Tribunal de Justiça que suspendeu os efeitos da decisão que antecipou os efeitos da tutela, proferida no Agravo de Instrumento 5021962-54.2014.404.0000 que tramita perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

A requerente funda seu pedido na usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal para decidir sobre a suspensão de liminar, pela aplicação do art. 25 da Lei nº 8.038/90, uma vez que a ação originária apresenta como questão de fundo matéria de índole constitucional.

O parecer do Ministério Público Federal, de lavra do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot Monteiro de Barros, noticiou que, em 8 de abril de 2015, “foi prolatada sentença revogando a liminar antes deferida e julgando improcedentes os pedidos formulados na inicial”, entendendo que houve a perda do objeto da reclamação, motivo pelo qual opinou pela negativa de seguimento da reclamação (página 2 do documento eletrônico 36).

É o relatório necessário.Decido.Em consulta ao sítio da internet do Tribunal Regional Federal da 4ª

Região, constato que foi prolatada sentença que julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial e revogou a liminar anteriormente deferida, havendo, portanto, a perda do objeto da reclamação.

Isso posto, julgo prejudicada a reclamação por perda superveniente do objeto (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 873.131 (464)ORIGEM : PROC - 50008477020124047008 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : WALTER DA COSTA MORAESADV.(A/S) : JOSIEL VACISKI BARBOSA E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 855.091-RG – Tema 808).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 873.321 (465)ORIGEM : PROC - 50471760420114047000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ROBERTO GUERRA DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSIEL VACISKI BARBOSA E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 855.091-RG – Tema 808).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 874.330 (466)ORIGEM : PROC - 50004978220124047008 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : OIRAM LOPES DA SILVAADV.(A/S) : DINOR DA SILVA LIMA JÚNIOR E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 855.091-RG – Tema 808).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 38: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 38

Brasília, 24 de abril de 2015.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 880.584 (467)ORIGEM : PROC - 00049379320148260024 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 37ª CJ - ANDRADINAPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : KLEYTON MAGALHÃES PINHEIROADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO BOIAM PANCOTTI E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 880.934 (468)ORIGEM : AC - 00311802120138260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CAIXA BENEFICIENTE DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MAXIMILIANO VASQUEZ DE LUCENA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULA C LATORRE

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 880.938 (469)ORIGEM : AC - 573427 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FRANCISCA FURTADO OLIVEIRAADV.(A/S) : RAMON FERNANDES RODRIGUES

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 880.939 (470)ORIGEM : AC - 00034080820144059999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ MACIEL DE MESQUITAADV.(A/S) : RENATO CATUNDA MESQUITA

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.306 (471)ORIGEM : AC - 00021106420104058400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTONIO PAIVA DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 855.178-RG – Tema 793).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.460 (472)ORIGEM : AC - 200671000310111 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CARLOS CLEON TEIXEIRA DO AMARALADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG - Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.337 (473)ORIGEM : AC - 00027461720088120011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDINÉIA MARA DE ALMEIDAPROC.(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 871.282 (474)ORIGEM : PROC - 50016682920124047120 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOECI TEREZINHA SANTOS DA SILVEIRAADV.(A/S) : RENATO DE PAULA REBES FILHORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.567 (475)ORIGEM : REsp - 200480000074559 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 39: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 39

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.637 (476)ORIGEM : AC - 200480000023564 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.646 (477)ORIGEM : AC - 200380000068245 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.676 (478)ORIGEM : AC - 200380000063570 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 874.227 (479)ORIGEM : PROC - 05000809620104058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOÃO BATISTA DE ARAÚJO RIBEIROADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IBGE - FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE

GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.516 (480)ORIGEM : AC - 00059498120114058200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DA PARAÍBA - IFPBPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSIVAN COURAS BEZERRA SILVAADV.(A/S) : CAMILA LACERDA FERREIRA LAVOR

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.522 (481)ORIGEM : AC - 200680000030103 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL EM SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

ADV.(A/S) : ANA CAROLINA TENÓRIO CORREIA ALVES E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.237 (482)ORIGEM : AC - 200480000024386 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERALADV.(A/S) : SÉRGIO LUDMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (AI 791.292-QO-RG – Tema 339 e AI 843.753-RG – Tema 418).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.759 (483)ORIGEM : AC - 50010091020134047209 - TRIBUNAL REGIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 40: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 40

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 855.178-RG Tema 793).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.012 (484)ORIGEM : AC - 50059044720134047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ABEL CARLOS AVANCINIADV.(A/S) : LEANDRO DE AZEVEDO BEMVENUTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE - FURG/RSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 870.947-RG – Tema 810).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.142 (485)ORIGEM : ADI - 21555705720148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE

PRAIA GRANDEADV.(A/S) : FÁBIO CARDOSO VINCIGUERRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.686 (486)ORIGEM : AC - 08027287120148120101 - TJMS - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRUNO LEONARDO FRANTZADV.(A/S) : AGNALDO FLORENCIANO E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.766 (487)ORIGEM : PROC - 400072632201282060309 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - JUNDIAÍPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : YASSER CALBOUNAADV.(A/S) : WALMIR BETELI

RECDO.(A/S) : JDD COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : FERNANDA CRISTINA VALENTE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BV FINANCEIRA S/AADV.(A/S) : FABIOLA PRESTES BEYRODT DE TOLEDO MACHADO

E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.907 (488)ORIGEM : AC - 004939978200380500010 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO COELBA DE ASSISTÊNCIA E

SEGURIDADE SOCIAL - FAELBAADV.(A/S) : MARCUS JOSÉ ANDRADE DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JORGE MUNIZ SERBETO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MANOEL GUIMARÃES NUNES E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.916 (489)ORIGEM : AC - 01313857820088050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDUARDO FONSECA AINSWORTHADV.(A/S) : FRANCISCO RIGAUD DE AMORIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROSADV.(A/S) : RENATA SOUTO MAIA MATHIAS E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.917 (490)ORIGEM : AC - 00116064720128050274 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SEPROD - SERVIÇO DE PROCESSAMENTO DE

DADOS LTDAADV.(A/S) : JOÃO LOPES DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTAADV.(A/S) : ANTONIO DIRLEY BITENCOURT SANTOS E OUTRO(A/

S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.966 (491)ORIGEM : AC - 02470265120138190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDUARDO ROBERTO CERQUISEADV.(A/S) : HILTON MIRANDA JUNIORRECDO.(A/S) : ELIANA ISRAEL PESTANA DE AGUIARRECDO.(A/S) : ROSARIA ISRAEL ABIRACHEDADV.(A/S) : MATHEUS FELIPE COUTINHO BLOISE E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 41: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 41

devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.986 (492)ORIGEM : AI - 201292933941 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTES E OBRAS -

AGETOPADV.(A/S) : ADRIANE BRAGA DE AMORIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.026 (493)ORIGEM : PROC - 05163532320144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SEVERINO HELENO DE AGUIARADV.(A/S) : JOÃO CAMPIELLO VARELLA NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.257 (494)ORIGEM : PROC - 50008300920134047005 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SOLIMIR BIALECKIADV.(A/S) : LISELETE WASEM BIALECKI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.306 (495)ORIGEM : PROC - 05039733220144058311 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SEVERINO ANTONIO DO CARMOADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.316 (496)ORIGEM : PROC - 05219454820144058300 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSAL

PROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOAO FERREIRA DE LIMAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.356 (497)ORIGEM : AC - 01295415920098050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : ARTHUR BISPO COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOAQUIM DOS SANTOS SELES

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.796 (498)ORIGEM : PROC - 50106486420134047205 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : IDA CAMPREGHER FELTRINADV.(A/S) : JORGE BUSS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.027 (499)ORIGEM : AREsp - 0111417042007812000150004 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOÃO MEDEIROS DINIZADV.(A/S) : VERA LÚCIA KRUKI ALMEIDA DINIZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IPC - INSTITUTO DE PERICIAS CIENTIFICAS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR FANAIA BELLO E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.247 (500)ORIGEM : PROC - 05015162720144058311 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CECILIA FRANCISCA DA SILVAADV.(A/S) : DENNIS NUNES

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 42: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 42

Brasília, 23 de abril de 2015.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.256 (501)ORIGEM : PROC - 00021937920128260450 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 6ª CJ - BRAGANÇA PAULISTAPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALEXSANDRO MORAES DE SOUZAADV.(A/S) : RODRIGO BIANCHI DAS NEVESRECDO.(A/S) : WILLIAN RICARDO DA SILVA BUENO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADAUTO GALLACINI PRADO E OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.276 (502)ORIGEM : AC - 201361030019699 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOAQUIM ALVES BATISTAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.426 (503)ORIGEM : PROC - 50032075120124047113 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SERGIO LUIZ OSELAMEADV.(A/S) : ANTONIO BETTONI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.427 (504)ORIGEM : PROC - 50046186620114047113 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GENOVINO PELLICCIOLIADV.(A/S) : ANTONIO BETTONI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.437 (505)ORIGEM : MS - 01876244720138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DOUGLAS CEZAR CANIZAADV.(A/S) : LEONARDO MARIANO BRAZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : RICARDO EPAMINONDAS LEITE OLIVEIRA PANATO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.452 (506)ORIGEM : AC - 00197495320098190011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INCORDIS ASSISTÊNCIA MÉDICA S/S LTDAADV.(A/S) : SHEILA MARIA BORGES FERREIRARECDO.(A/S) : IMAGEM SAT SEGURANÇA ELETRÔNICA LTDA MEADV.(A/S) : MARIA FERNANDA B G DE ALMEIDA

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.482 (507)ORIGEM : PROC - 50487771120124047000 - TRF4 - PR - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CIRILA MARIA FRANCAADV.(A/S) : JOÃO NATAL WOLFF BERTOTTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.642 (508)ORIGEM : AC - 10024097602924001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARCO ANTONIO TEIXEIRAADV.(A/S) : HUMBERTO ACCIOLY DOMINGUESRECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.722 (509)ORIGEM : AC - 10024097507891001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CELSO LEITE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : HUMBERTO ACCIOLY DOMINGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 43: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 43

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.037 (510)ORIGEM : PROC - 201161830056967 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE CARLOS SANTAROSAADV.(A/S) : VICTOR RODRIGUES SETTANNI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 882.336 (511)ORIGEM : AC - 70059316703 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RITA MARIA WALTER UMANNADV.(A/S) : MAURÍCIO LINDENMEYER BARBIERI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 5.008 (512)ORIGEM : AI - 00077002720148050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : RELATOR DO AI Nº 00229044820138050000 DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SALVADOR (PROCESSOS NºS 05297569120148050001, 05427029520148050001, 0548416362014805, 05126857620148050001, 05000393420148050001 E 05586585420148050001)

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SALVADOR (PROCESSOS NºS 05484138120148050001, 05243249120148050001, 05199858920148050001, 05495682220148050001 E 05477520520148050001)

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SALVADOR (PROCESSOS NºS 05282273720148050001, 05182562820148050001, 05563772820148050001, 05362723020148050001, 05155524220148050001, 05446377320148050001, 05523414020148050001, 05174915720148050001 E 05080687320148050001)

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SALVADOR (PROCESSOS NºS 05251753320148050001 E 05163319420148050001)

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SALVADOR (PROCESSOS NºS 05362775220148050001, 05094925320148050001, 05295602420148050001, 05515264320148050001, 05575006120148050001 E 0545007420148050001)

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SALVADOR (PROCESSOS NºS 05249484320148050001, 052883336520148050001, 05288336520148050001, 04099933320138050001, 05265559120148050001, 05110904220148050001,

05465490820148050001, 05447477220148050001 E 05542112320148050001)

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GREENVILLE I INCORPORADORA S.A.ADV.(A/S) : MARCELO NEESER NOGUEIRA REISINTDO.(A/S) : MOACY VEIGA DE BULHÕESADV.(A/S) : JOÃO CARLOS NOGUEIRA REISINTDO.(A/S) : GIOVANNI GUIMARÃES JUNIORADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO DE ASSIS GUEDESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SUZANA PINTO ROCHA DA COSTA LEITÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ELIETE TELES DE JESUS SOUZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA GUALBERTO DANTASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : QUEIROZ GALVÃO BARRA DESENVOLVIMENTO

IMOBILIÁRIO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ATLANTA PARTICIPAÇÕES S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RESERVA DAS TRIBOS INCORPORADORA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : EDUARDO BRITO CERQUEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ REIS ABOBOREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARCOS PIRES SANTOS DE SOUZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : REGINALDO DA SILVA GUIMARÃES NETO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANA CLÁUDIA OITVEN PAMPONET PESSOA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GIOVANNI GUIMARÃES JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANDRÉ RIBEIRO PORCIÚNCULAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JULIANA REBOUÇAS SANTOS FIUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FRANCISCO INÁCIO NEGRÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LENONARDO MENDES DA SILVA CEZARADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LARA VIEIRA DE MEIRELESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOÃO LEIVA DE CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ODILON PACHECO SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RAFAEL ARCOVERDE GUSMÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DANIEL MOURA DE FRANÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : HERMES HILARIÃO TEIXEIRA NETOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ROBERTO CAL ALMEIDA FILHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARCOS LUIZ CARMELO BARROSOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANTONIO DOS SANTOS NERIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CUBO CONSULTORIA EIRELIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JEFFERSON RODRIGO SANTOS FIGUEIREDO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LAISE DE FREITAS SANTOS BISPOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PATAMARES FLEX EMPREENDIMENTOS E

PARTICIPAÇÕES SPE LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ EDUARDO VIEIRA RIBEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DANIELA GUIMARÃES ANDRADE GONZAGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GERDA LÚCIA ASSUNÇÃO BRANDÃO CIRNEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CRISTIANO SAMPAIO TELES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LUIS HENRIQUE LIMA CARVALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 44: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 44

INTDO.(A/S) : ANTONIO DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BARÃO DO TRIUNFO INCORPORADORA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FÁBIO LUIZ HOHLENWERGER KALILADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RESERVA DAS ILHAS INCORPORADORA S/AADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Trata-se de pedido de suspensão de segurança, ajuizada pelo município de Salvador/BA, contra decisões prolatadas pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

O requerente narra que a presente pretensão tem por objeto “decisões decisões liminares e sentenças suspensivas da

exigibilidade de crédito tributário (inciso V do artigo 151 do CTN) do Imposto Municipal sobre Transferências de Direitos Reais sobre Imóveis por ato inter vivos (ITIV/ITBI), inserido na competência tributária municipal pelo inciso II do artigo 156 da Constituição Federal de 1988 (CF-88)”.

Os impetrantes dos referidos mandados de segurança questionam os arts. 114, 114-A, 119, 122 e 123 da lei municipal de Salvador 7.186/2006, que, instituindo o ITIV/ITBI, prevê como momento de pagamento antecipado do tributo a “assinatura da promessa de compra e venda de unidade imobiliária para entrega futura”.

A alegação é de que a lei municipal estaria elegendo como fato gerador a promessa de compra e venda e não a transmissão de propriedade, que só se dá com o registro imobiliário, o que violaria o art. 156, II, da Constituição Federal.

O município requerente afirma que existem diversas ações com este mesmo objeto, muitas delas já com decisões, que partiriam do mesmo equívoco conceitual, qual seja, confundem o regime de antecipação de pagamento por fato futuro, que teria legítimo fundamento constitucional no parágrafo sétimo do artigo 150 da CF-88, com a eleição do fato gerador.

Nesse sentido, argumenta que a legislação municipal não elege a promessa de compra e venda como fato gerador, mas apenas é este o momento do recolhimento antecipado, assegurada a restituição imediata caso o fato presumido futuro venha a não ocorre.

O requerente ressalta, além disso, que o regime de antecipação do recolhimento por fato futuro, também conhecido como substituição tributária “pra frente”, seria reconhecido como aplicável a diversos tributos, não apenas ao ITIV/ITBI. Exemplifica, assim, que os Estados e o Distrito Federal o aplicariam em larga escala quanto ao ICMS, a União quanto ao IPI, e, além disso,o STF já teria reconhecido a possibilidade de sua aplicação até mesmo quanto às contribuições previdenciárias.

Sustenta, ademais, que essa crescente demanda gera “um impacto negativo na arrecadação do imposto e, por

consequência, na execução orçamentária, impedindo a adequada realização das finalidades e serviços públicos; além disso, a cada dia se intensifica o potencial efeito multiplicador de demandas com o mesmo objeto e medidas com o mesmo teor, sendo necessária a preservação da Economia Pública, especialmente em um caso como o presente, em que a plausibilidade do direito invocado é evidente”.

Além do efeito multiplicador, destaca que a receita do ITIV/ITBI representa parcela significativa da arrecadação tributária, tendo o município de Salvador arrecadado em 2014 R$ 266.708.351,78 (duzentos e sessenta e seis milhões setecentos e oito mil trezentos e cinquenta e um reais e setenta e oito centavos) somente com esse imposto.

Pugna, por essas razões, pelo deferimento da medida a fim de suspender a eficácia da liminar concedida no MS 0519985- 89.2014.8.05.0001, e confirmada no agravo de instrumento 0007700-27.2014.8.05.0000, bem como a extensão dos efeitos aos processos 0524948-43.2014.8.05.0001, 05288333-65.2014.8.05.0001, 0528227-37.2014.8.05.0001, 0518256-28.2014.8.05.0001, 0548413-81.2014.8.05.0001, 0525175-33.2014.8.05.0001, 0536277-52.2014.8.05.0001, 0524324-91.2014.8.05.0001, 0545400-74.2014.8.05.0001, 0519985-89.2014.8.05.0001, 0535927-64.2014.8.05.0001, 0524948-43.2014.8.05.0001, 0528833-65.2014.8.05.0001, . 0409993-33.2013.8.05.0001, 0536272-30.2014.8.05.0001, 0529756-91.2014.8.05.0001, 0526555-91.2014.8.05.0001, 0516331-94.2014.8.05.0001, 0528833-65.2014.8.05.0001, 0511090-42.2014.8.05.0001, 0509492-53.2014.8.05.0001, 0542702-95.2014.8.05.0001, 0515552-42.2014.8.05.0001, 0529756-91.2014.8.05.0001, 0546549-08.2014.8.05.0001, 0529560-24.2014.8.05.0001, 0543290-05.2014.8.05.0001, 0548416-36.2014.8.05.0001, 0544637-73.2014.8.05.0001, 0512685-76.2014.8.05.0001, 0552341-40.2014.8.05.0001, 0549568-22.2014.8.05.0001, 0547752-05.2014.8.05.0001, 0551526-43.2014.8.05.0001, 0557500-61.2014.8.05.0001, 0557229-52.2014.8.05.0001, 0528227-37.2014.8.05.0001, 0524948-43.2014.8.05.0001, 0528833-65.2014.8.05.0001, 0518256-28.2014.8.05.0001, 0548413-81.2014.8.05.0001, 0525175-33.2014.8.05.0001, 0536277-52.2014.8.05.0001, 0524324-91.2014.8.05.0001, 0545400-74.2014.8.05.0001, 0519985-89.2014.8.05.0001, 0535927-64.2014.8.05.0001, 0524948-43.2014.8.05.0001,

0556377-28.2014.8.05.0001, 0558658-54.2014.8.05.0001, 0508068-73.2014.8.05.0001, 0556377-28.2014.8.05.0001, 0509492-53.2014.8.05.0001, 0547280-04.2014.8.05.0001, 0547280-04.2014.8.05.0001, 0547280-04.2014.8.05.0001, 0517491-57.2014.8.05.0001, 0548451-93.2014.8.05.0001, 0500039-34.2014.8.05.0001, 0544747-72.2014.8.05.0001, 0554211-23.2014.8.05.0001 e 0022904-48.2013.8.05.0000.

É o relatório necessário.Decido.Inicialmente, esclareço que a suspensão de segurança possui caráter

excepcional e não serve como sucedâneo recursal, ou seja, não deve ser manejada em substituição aos recursos próprios taxativamente previstos na legislação processual para impugnar decisões pelas vias ordinária ou extraordinária.

Em virtude da sua natureza de contracautela, a suspensão exige análise rigorosa de seus pressupostos, isto é, a existência de controvérsia de natureza constitucional e o risco de grave lesão aos valores estimados na norma. Neste sentido, confiram-se: SS 3.259-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, SS 341-AgR/SC, Rel. Min. Sydney Sanches, e SS 282-AgR, Rel. Min. Néri da Silveira.

Ademais, a necessidade de a lide versar sobre matéria constitucional é imprescindível para a determinação da competência do Presidente do Supremo Tribunal Federal para a análise da suspensão.

Assim também o risco de grave lesão. Não se mostra suficiente mera alegação de ofensa à ordem, à saúde, à segurança ou à economia. Somente o risco provável é capaz de abrir a via excepcional da contracautela.

Nesta perspectiva, colaciono o entendimento firmado por esta Corte nos autos da SS 846-AgR/DF, da lavra do Min. Sepúlveda Pertence:

“I. Suspensão de segurança: natureza cautelar e pressuposto de viabilidade do recurso cabível contra a decisão concessiva da ordem.

A suspensão de segurança, concedida liminar ou definitivamente, é contracautela que visa à salvaguarda da eficácia pleno do recurso que contra ela se possa manifestar, quando a execução imediata da decisão, posto que provisória, sujeita a riscos graves de lesão interesses públicos privilegiados - a ordem, a saúde, a segurança e a economia pública: sendo medida cautelar, não há regra nem princípio segundo os quais a suspensão da segurança devesse dispensar o pressuposto do fumus boni juris que, no particular, se substantiva na probabilidade de que, mediante o futuro provimento do recurso, venha a prevalecer a resistência oposta pela entidade estatal à pretensão do impetrante. (Grifo nosso)”.

É forçoso reconhecer que, em última análise, a suspensão significa retirar, ainda que temporariamente, a eficácia de uma decisão judicial proferida em juízo de verossimilhança ou de certeza, na hipótese de cognição exauriente.

Assim, embora seja vedada nesta esfera a análise do mérito da demanda, faz-se necessário um juízo de delibação mínimo acerca da matéria veiculada na lide principal para estabelecer sua natureza constitucional (SS 1.272-AgR/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso), o que passarei a examinar neste momento.

Compulsando os autos, verifico está em jogo a interpretação dos arts. 150, § 7º, e 156, II, da Carta Magna. Resta configurada, indubitavelmente, a discussão sobre matéria constitucional.

E, posta tal premissa, ressalto que ao apreciar caso absolutamente semelhante, refiro-me ao ARE 793.919/RJ, de minha relatoria, assim me pronunciei:

“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu que o art. 20, VII, da Lei 1.364/88, do Município do Rio de Janeiro, que prevê o recolhimento do ITBI após trinta dias contados da lavratura do instrumento de promessa de compra e venda de imóveis e de promessa de cessão de direitos relativos a imóveis, não tem o condão de afastar a incidência do Código Tributário Nacional e a Constituição Federal.

Concluiu-se na decisão atacada que a lei em questão não poderia alterar o momento em que se evidencia o fato gerador do ITBI, que só ocorre com o registro do título translativo no Registro de Imóveis, nos termos do art. 1.245 do Código Civil e do art. 156, II, da CF.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, LV, 150, § 7º, da mesma Carta.

A pretensão recursal merece acolhida.É certo que este Tribunal possui jurisprudência no sentido de que a

celebração de contrato de promessa ou de compromisso, seja de compra e venda de imóvel ou de cessão dos direitos relativos a imóvel, não constitui fato gerador para incidência do ITBI, conforme se depreende, por exemplo, dos julgamentos do AI 603.309-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau, e do RE 666.096-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Ocorre que o Código Tributário Municipal (art. 20, VII, Lei 1.364) trata, em verdade, do momento em que o imposto deverá ser recolhido e não de seu fato gerador, que é disciplinado em outros artigos da mesma norma municipal.

Nesse contexto, observo que essa Corte já concluiu pela constitucionalidade da cobrança antecipada de tributo, por encontrar apoio no art. 150, § 7º, da CF, desde que esteja prevista em lei ordinária. Com essa orientação, destaco os seguintes precedentes, entre outros: ADI 2.044-MC/RS, Rel. Min. Octávio Gallotti; RE 194.382/SP, rel. Min. Maurício Corrêa;

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 45

RE 213.396/SP e ADI 1.851/AL, Rel. Min. Ilmar Galvão; RE 598.070/RS, Rel. Min. Celso de Mello; RE 499.608-AgR/PI, de minha relatoria.

Isso posto, com base no art. 544, § 4º, II, c , do CPC, dou provimento ao agravo para conhecer do recurso extraordinário e dar-lhe provimento”.

Como se nota, a situação ora em exame trata igualmente do momento em que o imposto deverá ser recolhido e não de seu fato gerador. Assim, parece-me que não padece de inconstitucionalidade a legislação do município de Salvador/BA ao eleger como o tempo do pagamento do ITIV/ITBI a assinatura da promessa de compra e venda de unidade imobiliária para entrega futura. O fato gerador do imposto continuará sendo a transmissão de propriedade, que só se dará com o registro imobiliário e, caso não ocorra, ensejará a restituição do tributo.

Ressalto, ademais, estar presente o segundo pressuposto para o deferimento do pedido de suspensão: o risco de grave lesão.

Consoante explanado pelo município requerente apenas em uma das ações judiciais em jogo, “o ITIV/ITBI a ser pago de todo um loteamento edilício já representa um impacto negativo na arrecadação de R$ 2.916.781,22 (dois milhões novecentos e dezesseis milhões setecentos e oitenta e um mil reais e vinte e dois centavos).

Some-se a isso o efeito multiplicador que a causa tem. Só neste pedido requer-se a suspensão de decisões prolatadas em mais de cinquenta processos.

Assim, encontram-se presentes a questão constitucional e o risco de grave dano à ordem econômica do ente público.

Isso posto, defiro o pedido para suspender as decisões proferidas nos processos acima listados, até o trânsito em julgado ou ulterior deliberação em contrário.

Publique-se. Comunique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

PLENÁRIO

REPUBLICAÇÕES

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.284 (513)ORIGEM : ADI - 101138 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMAADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAINTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RORAIMA

Decisão: Após o voto do Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), que conhecia em parte da ação e, na parte conhecida, julgava-a parcialmente procedente, nos termos de seu voto, pediu vista dos autos o Ministro Roberto Barroso. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, nesta assentada, a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 12.03.2015.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto ora reajustado do Ministro Ricardo Lewandowski (Relator), conheceu em parte da ação direta e, nessa parte, julgou procedente o pedido formulado para declarar a inconstitucionalidade dos incisos XXXI e XXXII do art. 33 da Constituição do Estado de Roraima. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, participando do 3º Seminário luso-brasileiro de Direito, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 09.04.2015.

RETIFICAÇÃO DA DECISÃO DO PLENÁRIO DE 9 DE ABRIL DE 2015, REFERENTE À ATA DA 9ª (NONA) SESSÃO EXTRAORDINÁRIA PUBLICADA, NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO DE 27 DE ABRIL DE 2015.

Brasília, 27 de abril de 2015.Fabiane Pereira de Oliveira Duarte

Assessora-Chefe do Plenário

ACÓRDÃOS

Quinquagésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

SEGUNDO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.415 (514)ORIGEM : AR - 40123 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : TRANSPORTES REGENTE LTDAADV.(A/S) : EDUI ANTONIO RECH

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental, vencido o Ministro Teori Zavascki.

Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO RESCISÓRIA. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI. SÚMULA 343 DO STF. INCIDÊNCIA TAMBÉM NOS CASOS EM QUE A CONTROVÉRSIA DE ENTENDIMENTOS SE BASEIA NA APLICAÇÃO DE NORMA CONSTITUCIONAL. PRECEDENTE. AGRAVO DESPROVIDO.

1. Não cabe ação rescisória, sob a alegação de ofensa a literal dispositivo de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais, nos termos da jurisprudência desta Corte.

2. In casu, incide a Súmula 343 deste Tribunal, cuja aplicabilidade foi recentemente ratificada pelo Plenário deste Tribunal, inclusive quando a controvérsia de entendimentos se basear na aplicação de norma constitucional (RE 590.809, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 24/11/2014).

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.150

(515)

ORIGEM : PROC - 20135050104756801 - TRF2 - ES - TURMA RECURSAL ÚNICA

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JOÃO RODRIGUES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.151

(516)

ORIGEM : PROC - 20135050104371001 - TRF2 - ES - TURMA RECURSAL ÚNICA

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JORDANO DE ALMEIDA NETTOADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.154

(517)

ORIGEM : PROC - 20135050104782901 - TRF2 - ES - TURMA RECURSAL ÚNICA

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JOSÉ COUTINHO FILHOADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 46

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II- Agravo a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.155

(518)

ORIGEM : PROC - 20135050104596101 - TRF2 - ES - TURMA RECURSAL ÚNICA

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ELCIO BARBOSAADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.157

(519)

ORIGEM : PROC - 0104869472013402505001 - 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado do Espírito Santo

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIO PINTO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 810.824

(520)

ORIGEM : PROC - 0103749662013402505001 - 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado do Espírito Santo

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : EDEVALDO ANTONIO QUEIROZADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do

Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 811.274

(521)

ORIGEM : PROC - 0100572942013402505001 - 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado do Espírito Santo

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DERMEVAL PEREIRA DE AMORIMADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 811.279

(522)

ORIGEM : PROC - 0104781092013402505001 - 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado do Espírito Santo

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : GERALDO FERREIRAADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 813.934

(523)

ORIGEM : PROC - 0104684092013402505001 - TRF2 - ES - TURMA RECURSAL ÚNICA

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JONAS DO NASCIMENTOADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 47

agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II- Agravo a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.724

(524)

ORIGEM : AC - 199801000459350 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MARIA HELENA MORATO CAPUTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), em viagem oficial à República Popular da China, para participar do Fórum de Justiça do BRICS (bloco de países composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e de outros eventos, e, neste julgamento, os Ministros Marco Aurélio e Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia (Vice-Presidente). Plenário, 26.03.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE DISSENSO JURISPRUDENCIAL. ENTENDIMENTO ALINHADO AO POSICIONAMENTO SEDIMENTADO POR AMBAS AS TURMAS DESTA SUPREMA CORTE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. Inadmissíveis os embargos de divergência opostos em face de acórdão alinhado ao posicionamento sedimentado por ambas as Turmas desta Suprema Corte.

2. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 833.311

(525)

ORIGEM : AC - 02591966 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : TEÓFILO RODRIGUES BARBALHO JÚNIORADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.369

(526)

ORIGEM : AC - 02471390 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : CLEMILDO SERAFIM DA SILVAADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário,

09.04.2015.EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 828.311

(527)

ORIGEM : PROC - 0000151192011402516301 - TRF2 - RJ - 2ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : NEIVA DE CARVALHO SILVAADV.(A/S) : AUGUSTO CESAR FONSECA DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 851.182

(528)

ORIGEM : PROC - 70045111655 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : FRANCISCO MARCELINO DE LIMA FREIREADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 808.524-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 858.254

(529)

ORIGEM : PROC - 00042937020148260568 - TJSP - TURMA RECURSAL - 50ª CJ - SÃO JOÃO DA BOA VISTA

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INES FATIMA PAIVA DOS REISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 48: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 48

DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 862.080

(530)

ORIGEM : AC - 00084945620128260510 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTO S/AADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPÍLIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELIAZAKE BRIGIDA ALVES GOISADV.(A/S) : EUCLIDES FRANCISCO JUTKOSKI E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 675.505-RG e do ARE 748.371-RG. Essas decisões valem para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 862.083

(531)

ORIGEM : PROC - 39613 - TJSP - TURMA RECURSAL - 22ª CJ - ITAPETININGA

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S.AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO TADEU MENDES DE GOISADV.(A/S) : THIAGO PAULA DE JESUS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 687.876-RG e do ARE 743.771-RG. Essas decisões valem para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 862.787

(532)

ORIGEM : PROC - 00093923220128260296 - TJSP - TURMA RECURSAL - 54ª CJ - AMPARO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CRISTINA DE CAMARGO MARCONDES VICENSOTTIADV.(A/S) : MAGUIDA DE FATIMA ROMIO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA

PROVIMENTO. I - Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal,

cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 864.979

(533)

ORIGEM : PROC - 10017025720148260362 - TJSP - TURMA RECURSAL - 7ª CJ - MOGI MIRIM

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : KAUAN COSTA DA SILVAADV.(A/S) : ALINE MIACHON AIELLO E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do RE 602.136-RG e do ARE 748.371-RG. Essas decisões valem para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.871

(534)

ORIGEM : PROC - 00018863720138269004 - TJSP - 3º COLÉGIO RECURSAL DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CENTRO TRASMONTANO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DENYS CHIPPNIK BALTADUONIS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA FERRANTI BAPTISTAADV.(A/S) : RONALDO JOSÉ AVOGLIA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.843

(535)

ORIGEM : ADI - 631 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS

ESTADUAIS - ANAMAGESADV.(A/S) : DANIEL CALAZANS PALOMINO TEIXEIRA E OUTRO(A/

S)EMBDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMENDA CONSTITUCIONAL 45/04. VEDAÇÃO DE FÉRIAS COLETIVAS NOS JUÍZOS E TRIBUNAIS DE SEGUNDO GRAU. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE ATIVA. NÃO COMPROVAÇÃO, EM CONCRETO, DA ABRANGÊNCIA NACIONAL DA REQUERENTE. REPRESENTATIVIDADE DEFICITÁRIA, RESTRITA APENAS A UMA FRAÇÃO DA CLASSE DA MAGISTRATURA NACIONAL.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 49: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 49

PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 830.646 (536)ORIGEM : AC - 1862055 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : PAULO ROBERTO DE ARAÚJOADV.(A/S) : ELISABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIOEMBDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.877 (537)ORIGEM : AC - 70020731246 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : VINÍCIUS DE OLIVEIRA BERNI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SONY MARIA DE LOURDES LISEADV.(A/S) : VICTOR HUGO RODRIGUES DA SILVA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 807.065

(538)

ORIGEM : PROC - 262384101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : JOSÉ FRANCISCO DA SILVA FILHOADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E

PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

EMBDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto

Barroso. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS DO ART. 535 DO CPC. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES DECIDIDAS. IMPOSSIBILIDADE.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 825.918

(539)

ORIGEM : AC - 00268089320128190203 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : PAULO CESAR RONQUEADV.(A/S) : PAULO CESAR RONQUEEMBDO.(A/S) : CONDOMINIO VIVENDA DE JACAREPAGUAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS DO ART. 535 DO CPC. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES DECIDIDAS. IMPOSSIBILIDADE.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 723.858

(540)

ORIGEM : AC - 200334000194288 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : SOCIEDADE EXPORTADORA E IMPORTADORA

CITOMA LTDAADV.(A/S) : ARIANE COSTA GUIMARAES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - A embargante busca tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 726.969

(541)

ORIGEM : PROC - 00161789120118190209 - TJRJ - 4ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : NILZA MARIA TAVARES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : NILZA MARIA TAVARES OLIVEIRAEMBDO.(A/S) : ANTONIO JOSÉ FURLANETTO ANTONACCIADV.(A/S) : SÉRGIO JOSÉ DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 50

09.04.2015.EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.581

(542)

ORIGEM : AC - 10145110154377002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SONIA TUDESCO DE ALMEIDAADV.(A/S) : WILLIAN CAPUTO CORRÊA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - A embargante busca tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 789.954

(543)

ORIGEM : AC - 005222941200880500010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

PROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : PETROBRAS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : FERNANDO ANTONIO DA SILVA NEVES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 800.196

(544)

ORIGEM : AC - 5918914220088090130 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOVO PLANALTOADV.(A/S) : JAMAR CORREIA CAMARGO E OUTRO(A/S)

EMBDO.(A/S) : CELG DISTRIBUIÇÃO S/A - CELG DADV.(A/S) : ANA PAULA DA SILVA SOUZA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 814.567

(545)

ORIGEM : RESP - 1383105 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : PAULO ROBERTO MERLOADV.(A/S) : MÁRCIO TIMOTHEO LENZIEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 816.856

(546)

ORIGEM : RMS - 33143 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : ALAÍDE DIAS CORRÊAADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁ E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 820.520

(547)

ORIGEM : PROC - 00585624820074036301 - TRF3 - SP - 3ª TURMA RECURSAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 51

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : DANIELA VIEIRAADV.(A/S) : TIAGO VIEIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.991

(548)

ORIGEM : AC - 00096767420098190026 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : GOOGLE BRASIL INTERNET LTDAADV.(A/S) : EDUARDO LUIZ BROCK E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : LÚCIO FLÁVIO BARACHO DE SOUZAADV.(A/S) : JOÃO ALVES FEITOSA NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.863

(549)

ORIGEM : AMS - 2000201000274650 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : BMG LEASING S/A - ARRENDAMENTO MERCANTIL E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FLÁVIO DE SOUZA VALENTIM E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes,

salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.771

(550)

ORIGEM : AC - 199903990201332 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : FRIGORÍFICO NAVIRAÍ LTDAEMBTE.(S) : LAÉRCIO VALENTE FIGUEIREDOEMBTE.(S) : ALADIN BELMIRO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ANNA LÚCIA DA MOTTA PACHECO CARDOSO DE

MELLO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 854.503

(551)

ORIGEM : AC - 201361830074176 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : TANCREDO COLLACO JUNIORADV.(A/S) : PÉRISSON LOPES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 854.890

(552)

ORIGEM : AC - 201361830021986 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : CORNELIO NOGUEIRA MARTINSADV.(A/S) : PÉRISSON LOPES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 52: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 52

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 854.901

(553)

ORIGEM : AC - 201361830001150 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : MARCIA PASCHOALUCCIADV.(A/S) : PÉRISSON LOPES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 854.904

(554)

ORIGEM : PROC - 201261830039410 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : CELIA SETSUKO SIRIGUTI SAITOADV.(A/S) : PÉRISSON LOPES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 854.926

(555)

ORIGEM : PROC - 201361830069223 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : EDSON MANFREDIADV.(A/S) : PÉRISSON LOPES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do

Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 856.899

(556)

ORIGEM : PROC - 201061830133829 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : PAULO HENRIQUE MARTINSADV.(A/S) : PÉRISSON LOPES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I – Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III – Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 857.330

(557)

ORIGEM : AC - 201061830158140 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : CARLOS ROBERTO JUSTINO DOS SANTOSADV.(A/S) : PÉRISSON LOPES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.441 (558)ORIGEM : MS - 29421 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAEMBDO.(A/S) : ANITA CARDOSO DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 53

ADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E OUTRO(A/S)

LIT.ATIV.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, desproveu os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 09.04.2015.

Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM MANDADO DE SEGURANÇA. ESTÁGIO PROBATÓRIO DE PROCURADORA DO TRABALHO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS PREVISTOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO MERAMENTE INFRINGENTE.

1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado, o que afasta os pressupostos de embargabilidade (art. 535 do CPC).

2. A via recursal adotada não é adequada para a renovação de julgamento que ocorreu regularmente.

3. Embargos de declaração desprovidos.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 856.869

(559)

ORIGEM : PROC - 10000001020593003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : CONSELHO DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO

BRASIL - SEÇÃO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADRIANO PERÁCIO DE PAULA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS

GERAISADV.(A/S) : ALESSANDRA STRAMBI DE ALMEIDAEMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. RECURSO RECEBIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, na linha da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por terem sido opostos contra decisão monocrática.

II - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

III - Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 860.520

(560)

ORIGEM : AC - 200951010128658 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : SEVERINO PINTO DA SILVAADV.(A/S) : FERNANDO LUIZ TAVARES RIBEIROEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello; participando do 3º Seminário luso-brasileiro, em Portugal, o Ministro Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 09.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. RECURSO RECEBIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, na linha da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por terem sido

opostos contra decisão monocrática.II - Nos termos do art. 327, caput, do Regimento Interno do STF, com

a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar de repercussão geral serão recusados. Exigência que também se aplica às hipóteses de repercussão geral presumida ou já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

III - Agravo regimental a que se nega provimento.

Brasília, 27 de Abril de 2015.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 12/2015 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento a partir da Sessão do dia 5 de maio de 2015, contendo o seguinte processo:

AÇÃO PENAL 554 (561)ORIGEM : INQ - 2027 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREVISOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : VALDIR RAUPP DE MATOSADV.(A/S) : JOSÉ DE ALMEIDA JÚNIOR

Matéria:DIREITO PENALCrimes Previstos na Legislação ExtravaganteCrimes contra o Sistema Financeiro Nacional

Brasília, 27 de abril de 2015.Carmen Lilian Oliveira de Souza

Secretária da Primeira Turma

ACÓRDÃOS

Quinquagésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 120.395 (562)ORIGEM : RESP - 676044 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : LUIZ CLÁUDIO FERREIRA SARDENBERGADV.(A/S) : FREDERICO DONATI BARBOSA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma acolheu os embargos de declaração, sem efeitos modificativos, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 7.4.2015.

Ementa: PENAL E PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE CONTRADIÇÃO NO CENÁRIO FÁTICO.

1.Duplicidade de advogados habilitados nos autos e longo tempo (2 anos) decorrido do falecimento de um deles, não tendo a defesa comunicado oportunamente o fato.

2.A publicação feita exclusivamente em nome do patrono já falecido não gera nulidade, se para isso concorreu a defesa. Incide na hipótese a disciplina do art. 565 do CPP.

3.Embargos de declaração a que se dá provimento, contudo sem efeitos modificativos

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 810.977

(563)

ORIGEM : PROC - 50098895520124047102 - TRF4 - RS - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL- CREA/RS

ADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : JULIANO AITA DA SILVAADV.(A/S) : WILLIAN SILVEIRA BATISTA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 54

voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Roberto Barroso. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 24.3.2015.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ACÓRDÃO – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.195

(564)

ORIGEM : AC - 02079261 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : PAULO FERNANDO DE OLIVEIRA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ FOERSTER JÚNIOR E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: A Turma não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 7.4.2015.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo regimental no recurso

extraordinário com agravo. Intempestividade.1. Os embargos de declaração não foram opostos dentro do prazo

legal de 5 (cinco) dias. 2. Embargos de declaração dos quais não se conhece.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 825.090

(565)

ORIGEM : AC - 2574021 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : MARIA AUXILIADORA BARBOSA DA SILVA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 7.4.2015.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo regimental no recurso

extraordinário com agravo. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada. Precedentes.

1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexistência dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.

2. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 829.796

(566)

ORIGEM : PROC - 50381541920114047000 - TRF4 - PR - 2ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : MARIA DORACI GOBETTI PICOLOADV.(A/S) : CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 7.4.2015.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo regimental no recurso

extraordinário com agravo. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada. Precedentes.

1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexistência dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.

2. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.098

(567)

ORIGEM : AC - 200570000226520 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ROSCH ADMINISTRADORA DE SERVIÇOS E

INFORMÁTICA LTDAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO SILVA E SOUZA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : RAFAEL CALETTI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 7.4.2015.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo regimental no recurso

extraordinário com agravo. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada. Precedentes.

1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexistência dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.

2. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.481

(568)

ORIGEM : PROC - 50437680520114047000 - TRF4 - PR - 2ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : GERSON GEBERTADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 7.4.2015.

EMENTAEmbargos de declaração no agravo regimental no recurso

extraordinário com agravo. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada. Precedentes.

1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexistência dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.

2. Embargos de declaração rejeitados.

Brasília, 27 de Abril de 2015.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SEGUNDA TURMA

ACÓRDÃOS

Quinquagésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

SEGUNDO AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 1.752 (569)ORIGEM : PP - 00013362020102000000 - CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ERNANI BORRALHO FERREIRAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARÁINTDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 24.03.2015.

EMENTAAgravo regimental em ação ordinária. Demanda proposta em

face do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Incompetência do Supremo Tribunal Federal para apreciar originariamente a demanda manejada pela

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 55: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 55

via ordinária. Jurisprudência prevalecente da Corte. Conteúdo do ato emanado pelo CNJ que não atrai a competência do STF. Agravo não provido. Remessa ao juízo competente.

1. A jurisprudência prevalecente do STF está orientada no sentido de que a competência prevista no art. 102, inciso I, alínea r, da Constituição Federal alcança apenas as demandas manejadas por meio de ações de natureza mandamental (mandado de segurança, mandado de injunção, habeas data e habeas corpus). Tratando-se de demanda em face do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manejada pela via ordinária, sua apreciação compete à Justiça Federal de primeira instância, e não ao Supremo Tribunal Federal. Entendimento firmado pelo Plenário na AO nº 1.706-AgR/DF.

2. Ainda que se adote, na interpretação do art. 102, I, r, da CF/88, a posição externada pelo Ministro Dias Toffoli na AO nº 1.814-QO/MG e na ACO 1.680/AL-AgR, a qual considera essencialmente o conteúdo do ato impugnado, demandas que respeitem unicamente a interesse de servidores dos tribunais pátrios não se inserem dentre as matérias que devem ser reservadas à apreciação originária do STF, uma vez que, em tais casos, não há atividade disciplinadora ou fiscalizadora do CNJ que repercuta frontalmente sobre tribunais ou sobre seus membros.

3. Agravo não provido.

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.849 (570)ORIGEM : PROC - 200334007130621 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CARMINA NAPOLEÃO DE SOUSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LINO DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDIÁRIO ADESIVO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO: FUNDAMENTAÇÃO PRÓPRIA. NÃO INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO NO MOMENTO PROCESSUAL PRÓPRIO: PRECLUSÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.807 (571)ORIGEM : AMS - 199902010535035 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS. INCIDÊNCIA SOBRE VENDA DE IMÓVEL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA: PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 18.997 (572)ORIGEM : ARESP - 196195 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES

DO BRASIL - ANOREG/BRADV.(A/S) : MAURÍCIO GARCIA PALLARES ZOCKUNAGDO.(A/S) : ADAIR VALENTIM DALTROZOADV.(A/S) : MARCELO CARLOS ZAMPIERIAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CRUZ ALTAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CRUZ ALTAINTDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 24.02.2015.

E M E N T A: RECLAMAÇÃO – DECISÃO QUE NEGA TRÂNSITO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PORQUE NÃO RECONHECIDA A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL

NELE SUSCITADA – ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE – INOCORRÊNCIA – INADMISSIBILIDADE DO USO DA RECLAMAÇÃO COMO INSTRUMENTO DESTINADO A QUESTIONAR A APLICAÇÃO, PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, DO SISTEMA DE REPERCUSSÃO GERAL – PRECEDENTES FIRMADOS PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RCL 7.547/SP, REL. MIN. ELLEN GRACIE – RCL 7.569/SP, REL. MIN. ELLEN GRACIE – AI 760.358-QO/SE, REL. MIN. GILMAR MENDES) – INCOGNOSCIBILIDADE DA RECLAMAÇÃO RECONHECIDA PELA DECISÃO AGRAVADA – LEGITIMIDADE – CONSEQUENTE EXTINÇÃO ANÔMALA DO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 335.607 (573)ORIGEM : ADI - 6462700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULOADV.(A/S) : ANDRÉA RASCOVSKI ICKOWICZ E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL N. 12.616/1998. LEI PELA QUAL SE CRIAM CONDIÇÕES PARA A COBRANÇA, PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL, DE MULTAS SOBRE INFRAÇÕES COMETIDAS POR MOTORISTAS CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. NORMAS SOBRE PROCESSO ADMINISTRATIVO. ADI 2.374/ES. EXERCÍCIO DE AMPLA DEFESA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 823.886 (574)ORIGEM : AC - 10024082699844003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : NESTLÉ BRASIL LTDAADV.(A/S) : WALDIR LUIZ BRAGA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. REMESSA DE MERCADORIAS A OUTRO ESTABELECIMENTO: NATUREZA DA OPERAÇÃO. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA DE REVALIDAÇÃO. PRINCÍPIOS DO NÃO CONFISCO E DA RAZOABILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA ISOLADA. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 825.688 (575)ORIGEM : AC - 100240569877019001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ADALBERTO DE CASTRO LOURDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FREDERICO GARCIA GUIMARÃES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMUNERAÇÃO: CONVERSÃO EM UNIDADE REAL DE VALOR – URV. DIFERENÇAS. LIMITAÇÃO TEMPORAL. ACÓRDÃO RECORRIDO CONSOANTE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 832.123 (576)ORIGEM : PROC - 563052013 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 56

ESTADO DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : HAROLDO OLYMPIO LISBOA TAVARESADV.(A/S) : TAYANE MARTINS ALMEIDA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS A INATIVOS. NATUREZA DA GRATIFICAÇÃO: NECESSIDADE DO EXAME PRÉVIO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL: SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 850.215 (577)ORIGEM : AC - 00957407620128152004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. OBRIGAÇÃO DE FAZER: REFORMA DE ESCOLA EM SITUAÇÃO PRECÁRIA. POSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.349

(578)

ORIGEM : PROC - 00242392620118260053 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DIRCELINA FERREIRA DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEONARDO ARRUDA MUNHOZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO: IMPOSSIBILIDADE. CONGELAMENTO DA BASE DE CÁLCULO. ACÓRDÃO RECORRIDO CONSOANTE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.130

(579)

ORIGEM : PROC - 00059018320128220601 - TJRO - 1ª TURMA RECURSAL - PORTO VELHO

PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAAGDO.(A/S) : HAROLDO PEDROSA E SILVAAGDO.(A/S) : ALEXANDRE FRANCISCOAGDO.(A/S) : ARLEY SANTOS LIMAADV.(A/S) : ALINE DAROS FERREIRA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 24.03.2015.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo.

Servidor público. Policial civil. Adicional de insalubridade.

Prequestionamento. Ausência. Ofensa a direito local. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.

1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.

2. Não se abre a via do recurso extraordinário para a análise de matéria ínsita ao plano normativo local ou para o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.453

(580)

ORIGEM : PROC - 00061876120128220601 - TJRO - 1ª TURMA RECURSAL - PORTO VELHO

PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAAGDO.(A/S) : ED CARLO DIAS CAMARGOADV.(A/S) : ALINE DAROS FERREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 24.03.2015.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo.

Recurso extraordinário intempestivo. Precedentes. 1. Não foi observado o prazo de 15 dias para a interposição do

recurso extraordinário na origem, conforme estabelece o art. 508 do Código de Processo Civil.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 826.863

(581)

ORIGEM : PROC - 71004689410 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : IRAMI TEREZINHA DIETZADV.(A/S) : EMELINE OLIVEIRA BALDESSARI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 24.03.2015.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito

administrativo. Professora. Férias. Período de gozo. Artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. Violação. Não ocorrência. Princípio do devido processo legal. Ofensa reflexa. Legislação local. Análise. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.

1. Não procede a alegada violação do art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, haja vista que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante tenham sido contrárias à pretensão da parte recorrente.

2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada ou da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal.

3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas da causa, bem como a análise da legislação local. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280/STF.

4. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 827.398

(582)

ORIGEM : MS - 05881184720138150000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA

PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAAGDO.(A/S) : WELLSON DE AZEVEDO ARAÚJOADV.(A/S) : FABIANA DE FÁTIMA MEDEIROS AGRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 24.03.2015.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo.

Administrativo. Concurso público. Candidato aprovado, inicialmente,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 57

fora das vagas do edital. Desistência de candidato mais bem classificado. Direito a ser nomeado para ocupar a única vaga prevista no edital de convocação. Precedentes.

1. O Tribunal de origem assentou que, com a desistência do candidato classificado em primeiro lugar para o preenchimento da única vaga prevista no instrumento convocatório, o ora agravado, classificado inicialmente em 2º lugar, tornava-se o primeiro, na ordem classificatória, tendo, assim, assegurado seu direito de ser convocado para assumir a referida vaga.

2. Não se tratando de surgimento de vaga, seja por lei nova ou vacância, mas de vaga já prevista no edital do certame, aplica-se ao caso o que decidido pelo Plenário da Corte, o qual, ao apreciar o mérito do RE nº 598.099/MS-RG, Relator o Ministro Gilmar Mendes, concluiu que o candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previstas no edital tem direito subjetivo à nomeação.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 828.932

(583)

ORIGEM : MS - 08460824 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : EWERSON VILAS BOASADV.(A/S) : SÉRGIO NEY CUÉLLAR TRAMUJAS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 24.03.2015.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo.

Servidor público. Reenquadramento. Revisão. Decadência. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.

1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional local e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.790

(584)

ORIGEM : AC - 0010119109055 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RORAIMA

PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : I A S REPRESENTADO POR E D S AADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

RORAIMA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 24.03.2015.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo.

Fundamentos da decisão agravada não impugnados nas razões de agravo regimental. Precedentes.

1. A jurisprudência do Supremo Tribunal é firme no sentido de que a parte deve impugnar, na petição de agravo regimental, todos os fundamentos da decisão agravada.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.381

(585)

ORIGEM : AC - 20110779226 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ALEXANDRE BONISSONIADV.(A/S) : WILSON DE SOUZA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA

DO ESTADO DE SANTA CATARINA - DEINFRAADV.(A/S) : MARCIAL TRILHA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PREQUESTIONAMENTO NÃO DEMONSTRADO. SÚMULAS NS. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE

NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.029

(586)

ORIGEM : AC - 02966598 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

AGDO.(A/S) : MARIA EDNA BARRETO SANTANA REPRESENTADA POR INALÁ BARRETO DE SANTANA

ADV.(A/S) : JOSÉ OMAR DE MELO JÚNIOR

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ACÓRDÃO RECORRIDO: INTERPRETAÇÃO DA NORMA LEGAL. AUSÊNCIA DE AFRONTA AO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO (ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA). GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. NATUREZA. EXTENSÃO A INATIVOS E A PENSIONISTAS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULAS NS. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.803

(587)

ORIGEM : AI - 966620126260000 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : TORINO INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Teori Zavascki. 2ª Turma, 07.04.2015.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

Brasília, 27 de Abril de 2015.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CAUTELAR 3.622 (588)ORIGEM : ADPF - 305 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : PARTIDO TRABALHISTA DO BRASIL - PT DO BADV.(A/S) : BRUNO RANGEL AVELINO DA SILVARÉU(É)(S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Cuida-se de Medida Cautelar Inominada Incidental na ADPF 305, com pedido de liminar, ajuizada pelo Partido Trabalhista do Brasil (PT do B), em face do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, objetivando “o imediato sobrestamento do 9º Concurso Público de Provas e Títulos para Outorga de Delegações de Notas e de Registro do Estado de São Paulo, até que seja proferida decisão na ADPF epigrafada”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 58

Os fatos que motivaram o pedido foram assim relatados na inicial: “Visando à obtenção de provimento jurisdicional que declare a não

recepção do inciso II, do art. 7º e dos incisos I e II, do §1º, do art. 8º, todos da Lei Complementar nº 539/88 do Estado de São Paulo, foi proposta, em 11 de novembro de 2013, a ADPF nº 305, que tramita perante esta Suprema Corte, sob a relatoria do douto Ministro Gilmar Mendes.

Ocorre que, pouco tempo depois da propositura da referida ADPF, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo divulgou, no Diário da Justiça Eletrônico Caderno Administrativo de 17.12.2013, folhas 8, a abertura do 9º Concurso Público de Provas e Títulos para Outorga de Delegações de Notas e de Registro do Estado (Diário da Justiça Eletrônico e o Edital de Abertura de Inscrições nº 01/2013, doc. nº 01) .

Nessa medida, levando-se em conta que a lista de serventias extrajudiciais consideradas vagas pelo aludido edital, a ser preenchida alternadamente, duas terças partes por concurso público de provas e títulos e uma terça parte por concurso de remoção, mediante concurso de títulos (art. 16, da Lei 8.935/94, redação dada pela Lei 10.506, de 09.07.2012), pode e deve ser alterada após o julgamento da ADPF nº 305 (ante os motivos nela expostos, bem como, porque uma das serventias que hoje é disputada por remoção, portanto só os delegatários paulistas com mais de 2 anos de pleno exercício nesta função é que podem disputá-las, podem passar para a lista das serventias disputadas por concurso público de provas e títulos, onde todos os brasileiros podem disputá-las, ou vice-versa), mostra-se prudente, por razões de cautela, que o referido concurso público ou de remoção tenha seu trâmite suspenso até que no bojo da referida ADPF seja proferida a esperada decisão protetiva dos preceitos constitucionais violados pelas desarrazoadas disposições da Lei Complementar nº 539/88 do Estado de São Paulo.”

Foi juntada aos autos o inteiro teor do edital do concurso (eDOC 10), em cumprimento ao despacho eDOC 7.

O autor noticia, na petição do eDOC 16, o agravamento do perigo da mora, tendo em vista a conclusão das provas orais do concurso, com a proclamação do resultado agendada pelo TJSP para o dia 27 do corrente mês.

DECIDO. Sustenta-se na ADPF 305 a não recepção, pela Constituição Federal

de 1988, de três dispositivos da Lei Complementar 593/88, do Estado de São Paulo (o inciso II, do art. 7º e os incisos I e II do §1º do art. 8º), com a seguinte redação:

“Art. 7º - São condições de inscrição para concorrer ao provimento de cargo inicial da carreira:

(...) II - ter mais de 21 (vinte e um) e menos de 40 (quarenta) anos de

idade. Art. 8º - Considera-se acesso, para os fins desta lei complementar, o

provimento dos cargos de serventuários de serventia de 2.ª, 3.ª e classe especial.

§ 1º - Poderá concorrer ao provimento de cargo, por acesso: I - O serventuário titular da serventia extrajudicial do Estado, de

qualquer natureza, desde que decorridos pelo menos 2 (dois) anos do seu último provimento;

II - O serventuário e o escrevente de serventia extrajudicial do Estado de quaisquer natureza e classe, desde que tenha 5 (cinco) anos de exercício na função, se concorrer para o cargo em serventia de 2ª classe; ou 10 (dez) anos, se o fizer para cargo em serventia de 3.ª classe; ou, ainda, 15 (quinze) anos, se o concurso for para cargo em serventia de classe especial, permitindo-se a soma do tempo de serviço exercido nas duas funções.”

Afirma-se na inicial que os dispositivos transcritos colidem frontalmente com os preceitos fundamentais do art. 5º, caput (princípio da igualdade), do art. 3º, IV (princípio da não discriminação por idade) e do art. 236, §3º (preceito constitucional que impõe a necessidade de concurso público para ingresso na atividade notarial e de registro), todos da Constituição Federal de 1988.

Prevê o edital (eDOC 10), no item 2.1.2, que “Dois terços das vagas serão destinados aos candidatos a provimento que atendam aos requisitos legais previstos nos artigos 14 e 15 da Lei Federal 8.935/94. Um terço das vagas será destinado a candidato a remoção que já exerçam atividades de registro ou notarial no Estado de São Paulo há mais de 02 (dois) anos e atendam aos requisitos legais previstos no art. 17 da Lei Federal nº 8.935/94”.

Conforme se percebe, os dispositivos impugnados em nada interferem na forma de provimento por remoção prevista no edital do concurso. Não há no edital, qualquer referência aos dispositivos questionados na ADPF.

Diante desse quadro, não se mostra razoável a suspensão do concurso, ou do subsequente provimento das serventias oferecidas no respectivo edital, sob o singelo fundamento de que eventual procedência da referida ADPF acarretá alterações na lista das serventias vagas, em razão da decorrente invalidação da investidura originária de alguns candidatos à remoção.

A mera perspectiva de que, com o julgamento da ADPF, algumas serventias, atualmente providas, possam vir a ser declaradas vagas e, consequentemente, oferecidas para provimento originário, não justifica que se postergue, por prazo indefinido, o provimento de mais de 200 serventias atualmente sem titulares.

Qualquer medida nesse sentido significaria sobrevalorizar um evento futuro e incerto, visto que não há como aferir, de antemão, quantas serventias seriam alcançadas pela suposta procedência da ADPF, em prejuízo de situação concreta e urgente, consistente na regularização dos serviços prestados em significativo número de serventias.

Ante a manifesta ausência de plausibilidade jurídica da pretensão cautelar, nego seguimento a esta ação, com fundamento no art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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AÇÃO CAUTELAR 3.837 (589)ORIGEM : AC - 3837 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de ação cautelar proposta pelo Estado do Piauí, com pedido de liminar, para suspender os efeitos de sua inscrição no SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira e no CAUC – Cadastro Único de Convênios, por conta do (i) não ressarcimento ao Senado Federal de valores pagos a título de remuneração de servidora cedida à Assembleia Legislativa e de (ii) dívidas de responsabilidade da Procuradoria-Geral de Justiça. Alega o requerente, em síntese, que: (a) está impedido de celebrar convênios, acordos de cooperação e receber transferências voluntárias de recursos federais; (b) a inclusão é indevida em razão da ausência de prévia tomada de contas especial, relativamente ao gestor responsável pelos débitos, nos termos do § 2 do art. 5º da Instrução Normativa STN 1/1997; e, (c) com base no princípio da intranscendência subjetiva das sanções, o Estado do Piauí se limita ao Poder Executivo, razão pela qual não pode ser responsabilizado por obrigações do Poder Legislativo e da Procuradoria Geral de Justiça – PGJ/PI. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

A União se manifestou sobre o pedido de antecipação de tutela (Petição 18.321/2015).

2. O deferimento de medidas cautelares pressupõe presentes a plausibilidade jurídica da pretensão, bem como a indispensabilidade da providência antecipada, como forma de garantir a efetividade do futuro e provável juízo de procedência. Vale dizer, ambos os requisitos devem estar presentes no momento do requerimento da medida cautelar, situação que não se materializa no caso. É que, intimada para se manifestar sobre o pedido de antecipação de tutela, a União trouxe as seguintes informações:

Com efeito, conforme demonstra o extrato abaixo colacionado, obtido no sítio eletrônico da Secretaria do Tesouro Nacional em 17/04/2015, o Estado do Piauí não se está mais inscrito no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias] pelos motivos apontados na inicial, em que o autor especificou que estaria inscrito no SIAFI/CAUC, "pelos motivos mantidos sob as rubricas 1.1 - Regularidade quanto a Tributos e Contribuições Federais e à Dívida Ativa da União e 1.5 – Regularidade perante o Poder Público Federal" (p. 02 da inicial e cópia de extrato correspondente ao documento 02 acostado à inicial).

Ocorre que o ente estadual está inscrito no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias por motivo diverso (doc. 01):

(…)Assim, de um lado, não há qualquer pretensão resistida por parte da

União em relação às alegadas pendências no CAUC/SIAFI do ente estadual apontadas na inicial, porquanto, no momento, estas não mais existem (doc. 8, fls. 4/6).

Como se vê, as informações apresentadas pela União, que se presumem verdadeiras, são no sentido de que o Estado do Piauí não mais se encontra inscrito no CAUC/SIAFI por conta de pendências da Assembleia Legislativa e da Procuradoria-Geral de Justiça; assim, ausentes os requisitos próprios, não há como ser deferida a medida cautelar.

3. Diante do exposto, nego seguimento ao pedido.Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CAUTELAR 3.853 (590)ORIGEM : PROC - 50005963320144047121 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRARÉU(É)(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 59

ADV.(A/S) : DANIEL PIRES DA SILVA

DECISÃO MEDIDA LIMINAR NA AÇÃO CAUTELAR. PROCESSUAL CIVIL.

ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO: EXCEPCIONALIDADE NÃO DEMONSTRADA. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório 1. Ação cautelar, com requerimento de medida liminar, ajuizada por

Édison Freitas de Siqueira e sua esposa Miriam Ferreira Siqueira, em 16.4.2015, contra a Caixa Econômica Federal – CEF, com o objetivo de atribuir efeito suspensivo a recurso extraordinário que teria sido admitido no Tribunal Regional Federal da Quarta Região.

O caso 2. Em 11.2.2015, a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da

Quarta Região negou provimento à apelação interposta por Édison Freitas de Siqueira e sua esposa Miriam Ferreira Siqueira, nos termos do voto do Relator:

“RELATÓRIO.Trata-se de ação ordinária proposta contra a Caixa Econômica

Federal, visando à revisão de Contrato por Instrumento Particular de Mútuo de Dinheiro com Obrigações e Alienação Fiduciária, bem como a nulidade da cláusula de alienação fiduciária e execução extrajudicial.

Processado o feito, foi proferida sentença cujo dispositivo tem o seguinte teor:

‘Ante o exposto: a) acolho a preliminar de ausência de interesse de agir em relação aos pedidos envolvendo a comissão de permanência, extinguindo neste ponto o processo, sem resolução de mérito, com fulcro no art. 267, VI, do CPC; e b) rejeito as demais preliminares suscitadas, indefiro a antecipação de tutela, e JULGO IMPROCEDENTES os pedidos veiculados na inicial, resolvendo o mérito com fulcro no art. 269, I, do CPC. Condeno a parte autora ao pagamento de custas e honorários advocatícios à parte ex adversa, os quais fixo em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), atualizáveis até a data do efetivo pagamento pela variação do IPCA-E (art. 20, § 4º, do CPC). Condeno a parte autora, ainda, às penas da litigância de má-fé, no montante de 1% sobre o valor da causa, a ser suportado de forma solidária entre os condenados, nos termos da fundamentação.’

Apela a parte autora, alegando, preliminarmente, a nulidade do leilão extrajudicial de imóvel que foi construído sobre dois terrenos com matrículas diferentes e, no mérito, requer a declaração da ilegalidade da cláusula de alienação fiduciária e leilão extrajudicial.

Com contrarrazões, veio o processo para esta Corte.É o relatório. Peço dia.VOTOTrata-se de relação contratual em que instituída alienação fiduciária

do imóvel. Enquanto não quitado o contrato, o mutuário/fiduciante detém única e exclusivamente a posse direta do imóvel, não sendo dele proprietário. A posse indireta e a propriedade resolúvel são do agente fiduciário, sendo a condição resolutiva o implemento de todas as previsões contratuais.

Nos termos do art. 25 da Lei 9.514/97, 'Com o pagamento da dívida e seus encargos, resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade fiduciária do imóvel'. Em contrapartida, em caso de inadimplência, resolve-se o contrato com a consolidação da propriedade do fiduciário, conforme o art. 26 da Lei 9.514/97:

‘Art. 26. Vencida e não paga, no todo ou em parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário. § 1º Para os fins do disposto neste artigo, o fiduciante, ou seu representante legal ou procurador regularmente constituído, será intimado, a requerimento do fiduciário, pelo oficial do competente Registro de Imóveis, a satisfazer, no prazo de quinze dias, a prestação vencida e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros convencionais, as penalidades e os demais encargos contratuais, os encargos legais, inclusive tributos, as contribuições condominiais imputáveis ao imóvel, além das despesas de cobrança e de intimação. § 2º O contrato definirá o prazo de carência após o qual será expedida a intimação. § 3º A intimação far-se-á pessoalmente ao fiduciante, ou ao seu representante legal ou ao procurador regularmente constituído, podendo ser promovida, por solicitação do oficial do Registro de Imóveis, por oficial de Registro de Títulos e Documentos da comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-la, ou pelo correio, com aviso de recebimento. § 4º Quando o fiduciante, ou seu representante legal ou procurador regularmente constituído se encontrar em outro local, incerto e não sabido, o oficial certificará o fato, cabendo, então, ao oficial do competente Registro de Imóveis promover a intimação por edital, publicado por três dias, pelo menos, em um dos jornais de maior circulação local ou noutro de comarca de fácil acesso, se no local não houver imprensa diária. § 5º Purgada a mora no Registro de Imóveis, convalescerá o contrato de alienação fiduciária. § 6º O oficial do Registro de Imóveis, nos três dias seguintes à purgação da mora, entregará ao fiduciário as importâncias recebidas, deduzidas as despesas de cobrança e de intimação. § 7º Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem a purgação da mora, o oficial do competente Registro de Imóveis, certificando esse fato, promoverá a averbação, na matrícula do imóvel, da consolidação da propriedade em nome do fiduciário, à vista da prova do pagamento por este, do imposto de transmissão inter vivos e, se for o caso, do laudêmio. (Redação

dada pela Lei nº 10.931, de 2004) § 8º O fiduciante pode, com a anuência do fiduciário, dar seu direito eventual ao imóvel em pagamento da dívida, dispensados os procedimentos previstos no art. 27.’

Nos termos do art. 27 da Lei 9.514/97, ultrapassados regularmente tais trâmites, consolida-se a propriedade em nome do fiduciário, que no prazo de 30 dias deverá promover leilão para alienação do imóvel.

Legítimos os atos efetivados pela CEF, merece ser mantida integralmente a sentença. Imprescindível para efetivação do direito de moradia, se obtida esta mediante mútuo financeiro, que este seja quitado.

O prosseguimento da execução extrajudicial, com a realização da praça, arrematação ou adjudicação do imóvel, leva à extinção do contrato firmado entre as partes, inviabilizando, assim, a sua revisão.

Após a extinção do contrato de mútuo habitacional, pela adjudicação formalizada em execução extrajudicial, não há que se falar em discussão acerca das cláusulas contratuais, pois não possui mais o mutuário interesse processual.

Quanto à alegação da nulidade do leilão de metade da residência, trata-se de inovação processual, inadmissível em sede de apelação.

A sentença proferida pela Eminente Juíza Federal Liane Vieira Rodrigues deve ser confirmada, cujos fundamentos eu adoto como razões de decidir, in verbis:

‘A questão principal a ser dirimida neste processo diz respeito à legalidade da cláusula de alienação fiduciária inserida no contrato de mútuo firmado entre as partes em 05/05/2010. Trata-se, em verdade, de questão prejudicial às demais pretensões deduzidas na inicial, pois, já tendo havido a consolidação da propriedade do imóvel pela CEF e considerando-se legal a medida, cai por terra a possibilidade de revisão contrato, como já visto na apreciação das preliminares. Pois bem. A cláusula impugnada possui a seguinte redação: CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA - Em garantia do pagamento da dívida decorrente do empréstimo, bem como do fiel cumprimento de todas as obrigações contratuais e legais, o DEVEDOR(ES)/FIDUCIANTE(S) aliena(m) à CAIXA, em caráter fiduciário, o imóvel descrito e caracterizado na Cláusula DÉCIMA QUARTA, nos termos e para os efeitos dos artigos 22 e seguintes da Lei 9.514/97. Parágrafo Primeiro - Mediante o registro do presente contrato de alienação fiduciária ora celebrado no competente Registro de Imóveis, estará constituída a propriedade fiduciária em nome da CAIXA, efetivando-se o desdobramento da posse, tornando o(s) DEVEDOR(ES)/FIDUCIANTE(S) possuidor(es) direto(s) e a CAIXA possuidora indireta do imóvel objeto da garantia fiduciária. (…) A parte autora alega que é nula/ilegal tal cláusula porque desvinculada da essência que permeia a Lei nº 9.514/97, que seria o financiamento para a aquisição de bens imóveis (art. 1º). É que o contrato em que inserida efetivamente não versa sobre a aquisição de imóveis, tratando-se tão somente de mútuo feneratício, sendo que o bem gravado já pertencia aos autores há mais de 17 anos. Entendo que não merece guarida a tese sustentada. Explico. Os arts. 22 e 23 da referida lei assim definem a alienação fiduciária de coisa imóvel: Art. 22. A alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel. § 1º A alienação fiduciária poderá ser contratada por pessoa física ou jurídica, não sendo privativa das entidades que operam no SFI, podendo ter como objeto, além da propriedade plena: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.481, de 2007) I - bens enfitêuticos, hipótese em que será exigível o pagamento do laudêmio, se houver a consolidação do domínio útil no fiduciário; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) II - o direito de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) III - o direito real de uso, desde que suscetível de alienação; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) IV - a propriedade superficiária. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) § 2º Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos III e IV do § 1º deste artigo ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos por período determinado. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) Art. 23. Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no competente Registro de Imóveis, do contrato que lhe serve de título. Parágrafo único. Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indireto da coisa imóvel. No caso, não se está diante de contrato regido propriamente pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) instituído pelo Capítulo I da supracitada lei, não havendo, portanto, que se falar em desvirtuação de tal sistema pelo negócio jurídico em tela. Note-se que a alienação fiduciária em garantia de imóveis, em verdade, sequer está restrita às instituições financeiras que operam no âmbito do SFI (art. 22, § 1º). Com efeito, não há financiamento de imóveis envolvidos, mas sim a obtenção de recursos financeiros em empréstimo contendo cláusula de garantia diversa da hipotecária, apta a influenciar até mesmo as condições da avença em favor do mutuário, pois a espécie de garantia em causa evidentemente confere maiores poderes e segurança ao mutuante. Isso porque, em caso de inadimplemento, pode o credor justamente valer-se de meios de excussão extrajudicial do bem gravado cuja validade os autores ora impugnam. É sabido que as instituições financeiras balizam os parâmetros da disponibilização de capital no mercado em grande medida em razão das garantias dadas pela contraparte. Ora, a conduta dos autores, portanto, configura verdadeiro venire contra factum proprium, malferindo o princípio da boa-fé objetiva. Isso resta claro na medida em que, tendo firmado o contrato com tal espécie de garantia, de forma livre e

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desimpedida (não há provas da existência de vícios de consentimento), obtendo condições de financiamento específicas em face da garantia dada, agora invocam a nulidade da cláusula que lhes conferiu tais direitos na relação negocial. Ademais, é de há muito admitido que os bens próprios podem ser dados em garantia em alienação fiduciária, conforme expresso no enunciado 28 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça: 'O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem que já integrava o patrimônio do devedor'. Não há, em razão disso, a descaracterização do instituto da alienação fiduciária em garantia simplesmente por não haver a figura de um vendedor. Inexistindo óbice legal para tanto, é livre a estipulação pelas partes desde que de forma livremente consentida, ainda que se trate de contrato de adesão. Entendo, pois, que não há provas da nulidade da indigitada cláusula, nem do procedimento de consolidação da propriedade levado a efeito pela ré, em exercício de seu legítimo direito conferido pelo negócio jurídico em análise, nos termos do art. 26 da Lei nº 9.514/97. Neste último aspecto, há, isso sim, prova da existência do débito (evento 22, PLAN2) e da não purgação da mora (evento 1, CONT9, p. 130). Em relação à existência da mora a justificar a consolidação da propriedade fiduciária, cabe ressaltar que o Ofício nº 311/12 (evento 1, CONT9, p. 129) demonstra que o pagamento de R$ 71.864,81 (setenta e um mil oitocentos e sessenta e quatro reais e oitenta e um centavos) para purgar a mora foi realizado antes de abril de 2012, sendo referente ao débito em aberto dos meses de dez/2011, jan/2012 e fev/2012 (prestações 19, 20 e 21). Porém, não há prova da purga da mora relativa aos meses de mar/2012, abr/2012 e maio/2012 que deram margem à consolidação da propriedade. Pelo contrário, a certidão de não purgação da mora (evento 1, CONT9, p. 130) deixa evidente o não pagamento de tais parcelas conforme notificação em 05/06/2012. Isso também resta demonstrado pelo recibo de purgação de mora que expressamente faz referência ao valor da dívida em 05/03/2012, referente à intimação 134.594 de 09/02/2012 (evento 1, OUT4, p. 24), e também pelo e-mail (datado de 19/04/2012) do evento 1, OUT4, p. 26, que indica expressamente as prestações 19, 20 e 21 como objeto do pagamento. Assim, restando afastada a nulidade da cláusula de alienação fiduciária em garantia do imóvel dos autores, estão prejudicadas as alegações de nulidade em relação às demais cláusulas negociais, pois, uma vez consolidada validamente a propriedade em nome da CEF, não é mais possível a revisão do contrato já extinto, como já antes afirmado. Em relação ao valor do imóvel a ser alienado, entendo que a discrepância entre aquele atribuído ao bem quando da assinatura do contrato e o ora buscado pelo autor não corresponde à realidade. Isso porque, se, em 2010, o imóvel foi avaliado em 1.500.000,00 (um milhão quinhentos mil reais), não é crível a pretensão de atribuir-lhe o valor atualizado de R$ 3.500.000,00 (três milhões quinhentos mil reais) em meados de 2012. Não vislumbro, outrossim, a existência de danos morais a serem indenizados pela CEF, pois não houve, como visto, a prática de qualquer ilegalidade por parte da ré. Da litigância de má-fé. Observa-se neste processo a tentativa de burla ao princípio do juiz natural pela parte autora. Com efeito, anteriormente a esta ação fora ajuizada pelo autor, perante este Juízo, ação de conteúdo, se não idêntico, semelhante ao ora em apreço. Trata-se do processo nº 5002755-17.2012.404.7121. Naquele processo, foi indeferida a antecipação de tutela pleiteada, razão pela qual os autores optaram por desistir da ação. Ato contínuo, no entanto, ajuizaram a mesma demanda, embora com alteração das partes envolvidas, perante a 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A identidade de demandas a justificar a incidência da norma prevista no art. 253, II, do CPC, somente foi detectada porque a CEF trouxe informações aos autos acerca da existência da ação previamente ajuizada, solenemente omitida na inicial da presente ação. Ora, a tentativa de burla ao princípio do juiz natural desponta evidente nestes autos. Frise-se que a regra processual acima referida adveio justamente como emanação do princípio constitucional em análise e a afronta a ela deve ser reprimida de forma veemente pelo Poder Judiciário. Nesse sentido: ‘EMENTA: ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ORDINÁRIA VISANDO AO FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. Ajuizada a demanda contra a União, o Estado do Paraná e o Município de Wenceslau Braz, é de admitir-se que decisão em favor ou desfavor de qualquer dessas entidades estenda-se também às demais. Considerando-se que o agravante propôs duas ações idênticas em juízos diferentes, com clara intenção de burlar o princípio do juiz natural, fica configurada suficientemente a litigância de má-fé, devendo ser mantida sua condenação ao pagamento da multa fixada em 1% (um por cento) do valor da causa. (TRF4, AG 2008.04.00.042021-8, Quarta Turma, Relator Valdemar Capeletti, D.E. 04/05/2009) EMENTA: LITISPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. Para que haja litispendência é necessário identidade de partes, de pedido e de causa de pedir. Caracterizada a tríplice identidade entre ambas ações, correta a extinção do processo, sem resolução de mérito, em face de litispendência. Fixada multa por litigância de má-fé, porquanto evidenciada a tentativa de burla ao princípio do juiz natural, o que não é condizente com a lealdade processual, dever das partes litigantes (art. 14, II, CPC). (TRF4, AC 2005.70.00.018793-8, Quarta Turma, Relator Edgard Antônio Lippmann Júnior, D.E. 01/09/2008). Assim, condeno a parte autora em litigância de má-fé na importância de 1% sobre o valor da causa, com fulcro no art. 14, II, c/c o art. 18 do CPC.

Da tutela antecipada.Em razão do acima exposto, a pretensão do autor carece de

verossimilhança a sustentar a manutenção da tutela antecipada deferida pelo juízo de origem, a qual deve ter seus efeitos cessados a partir desta sentença. Revejo, pois, e indefiro a antecipação de tutela.’

Improcedente a ação, mantenho a decisão que cessou os efeitos da antecipação de tutela liminarmente deferida” (doc. 4)

Os Autores informam terem sido rejeitados os embargos de declaração opostos contra esse acórdão.

Contra essa decisão foi interposto recurso extraordinário com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República, no qual afirmam ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 5º, incs. LIV e LV, e 182, § 4º, incs. I, II e III, da Constituição da República.

Sustentam que “o cabimento do presente recurso extraordinário também encontra justificação no fato de que expropriação e o leilão extrajudicial, são procedimentos contrários aos incisos LIV, LV do art. 5º § 4º, incisos I, II e III do art. 182 da Carta Magna , ou seja, contrários aos princípios do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesas, da função social e das prerrogativas inerentes ao direito de propriedade” (fl. 12, doc. 8).

3. A presente ação cautelar tem por objetivo atribuir efeito suspensivo ao recurso extraordinário admitido pelo Tribunal de origem.

Os Autores afirmam que “a presente ação cautelar busca o deferimento de liminar para que – reconhecida a submissão do recurso extraordinário à repercussão geral já declarada – seja deferida liminar para – em caráter de urgência – suspender - os atos administrativos de expropriação e alienação por leilão - do bem imóvel residencial dos ora autores – na mesma forma que ocorre nos REXs 556520 - SP e 627106 PR, nos quais há – sobre a matéria ‘sub judice’ declaração de repercussão geral“ (fl. 2, doc. 2

Argumentam que “a urgência esta caracterizada pela designação de ilegal e inconstitucional expropriação e alienação administrativa do imóvel residencial dos ora postulantes, por meio de leilão/concorrência extrajudicial que realizar-se-á no dia 21 de abril, com abertura das propostas para o dia 22 de abril de 2015” (fl. 4, doc. 2).

Requerem seja atribuído “efeito suspensivo ativo ao recurso extraordinário interposto contra o acórdão proferido na apelação cível n. 5000596-33.2014.404. 7121, da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com a suspensão dos atos expropriativos e de alienação administrativa quanto ao imóvel residencial dos postulantes, assim suspendendo de forma ativa as consequências negativas expressas no acórdão recorrido” (fl. 22, doc. 2).

Postulam também “seja determinado o imediato e urgente oficiamento da CEF e a

intimação de seu representante legal e procuradores, para que suspendam o Leilão Extrajudicial objeto do Edital 0012/2015 – quanto ao imóvel residencial dos requerentes, descrito no lote 24 – porque tais procedimentos ferem os direitos constitucionais a eles assegurados, assim suspendo também o andamento da Ação Anulatória da Cláusula contratual de origem, cujo objeto principal é a Desconstituição das Cláusulas Contratuais que permitem a Inconstitucional Execução Extrajudicial para expropriação e leilão de bem imóveis alienados fiduciariamente” (fl. 22, doc. 2).

4. Esta ação cautelar veio-me distribuída por prevenção em face da Reclamação n. 20.223 (doc. 11).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 5. Pretende-se nesta ação cautelar a obtenção de efeito suspensivo a

recurso extraordinário que teria sido admitido pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região.

6. Este Supremo Tribunal assentou ser medida excepcional a atribuição de efeito suspensivo a recurso extraordinário, somente justificável se houver: a) plausibilidade da fundamentação do recurso extraordinário; b) demonstração de que a manutenção dos efeitos da decisão recorrida causará danos irreparáveis ou de difícil reparação aos Recorrentes:

“A concessão de medida cautelar, pelo Supremo Tribunal Federal, quando requerida na perspectiva de recurso extraordinário interposto pela parte interessada, supõe, para legitimar-se, a conjugação necessária dos seguintes requisitos: (a) que tenha sido instaurada a jurisdição cautelar do Supremo Tribunal Federal (existência de juízo positivo de admissibilidade do recurso extraordinário, consubstanciado em decisão proferida pelo Presidente do Tribunal de origem ou resultante do provimento do recurso de agravo), (b) que o recurso extraordinário interposto possua viabilidade processual, caracterizada, dentre outras, pelas notas da tempestividade, do prequestionamento explícito da matéria constitucional e da ocorrência de ofensa direta e imediata ao texto da Constituição, (c) que a postulação de direito material deduzida pela parte recorrente tenha plausibilidade jurídica e (d) que se demonstre, objetivamente, a ocorrência de situação configuradora do “periculum in mora”. Precedentes” (AC 2.798-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 13.4.2011).

“A atribuição de efeito suspensivo a recurso extraordinário é medida excepcional, que somente se justifica se houver: a) probabilidade de conhecimento e de provimento do recurso extraordinário; e b) demonstração pela parte de que a manutenção dos efeitos da decisão recorrida causará danos irreparáveis ou de difícil reparação ao recorrente. Precedentes” (AC 2.902-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 22.8.2011).

7. Os Autores não juntaram nesta ação cautelar cópia da decisão de admissibilidade do recurso extraordinário, nem de decisão do Tribunal de origem determinando o sobrestamento do recurso para observância da sistemática da repercussão geral.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 61

A controvérsia sobre a recepção do Decreto-Lei n. 70/1966 teve a repercussão geral reconhecida no julgamento eletrônico do Agravo de Instrumento n. 771.770, Relator o Ministro Dias Toffoli, e no Recurso Extraordinário n. 627.106, pelo qual se substituiu o paradigma de repercussão geral.

Essa matéria está pendente de julgamento, pois, “após os votos dos Senhores Ministros Dias Toffoli (Relator) e Ricardo Lewandowski, negando provimento ao recurso extraordinário, e os votos dos Senhores Ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Ayres Britto, provendo-o, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Gilmar Mendes”.

8. Os Autores alegam ser a matéria vinculada no recurso extraordinário ao qual pretendem atribuir efeito suspensivo idêntica à do Recurso Extraordinário n. 627.106, com repercussão geral reconhecida.

O Supremo Tribunal assentou caber ao tribunal de origem a análise de medida acauteladora ajuizada com a finalidade de dar efeito suspensivo ao recurso extraordinário sobrestado, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil:

“A concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário é medida de caráter excepcional, sob pena de tornar inócua a determinação veiculada pelo § 2º do art. 542 do CPC. 2. A competência do Supremo Tribunal Federal para a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário em medidas cautelares restringe-se aos casos urgentes em que o recurso, devidamente admitido, encontrar-se fisicamente nesta Corte, ainda que sobrestado” (AC 2.206-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJe 25.9.2009).

“Compete ao tribunal de origem apreciar ações cautelares, ainda que o recurso extraordinário já tenha obtido o primeiro juízo positivo de admissibilidade, quando o apelo extremo estiver sobrestado em face do reconhecimento da existência de repercussão geral da matéria constitucional nele tratada. 4. Questão de ordem resolvida com a declaração da incompetência desta Suprema Corte para a apreciação da ação cautelar que busca a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário sobrestado na origem, em face do reconhecimento da existência da repercussão geral da questão constitucional nele discutida” (AC 2.177-MC-QO, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Plenário, DJe 20.2.2009).

Se idêntica a matéria vinculada no recurso extraordinário ao qual pretendem atribuir efeito suspensivo à do Recurso Extraordinário n. 627.106, com repercussão geral reconhecida, como afirma o Autor, este Supremo Tribunal Federal não dispõe de competência para apreciação da ação cautelar.

9. Pelo exposto, sem prejuízo da reapreciação da matéria, indefiro a medida liminar pleiteada.

10. Cite-se a Caixa Econômica Federal – CEF para, querendo, contestar esta ação cautelar (arts. 797 e 802 do Código de Processo Civil).

11. Na sequência, vista ao Procurador-Geral da República (art. 52, inc. XV, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.494 (591)ORIGEM : AC - 3659 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMARÉU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Diga o autor em réplica. Sem prejuízo, digam as partes se têm outras

provas a produzir.Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.591 (592)ORIGEM : ACO - 2591 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE MINAS GERAIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Diga o autor em réplica. Sem prejuízo, digam as partes se têm outras

provas a produzir.Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO ORIGINÁRIA ESPECIAL 47 (593)ORIGEM : TC - 00396420132 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : RAÍSSA LIMA DE MACEDO REGADASADV.(A/S) : JACKELINE ALVES CARTAXO E OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOPRETENSÃO DE RESTABELECIMENTO DO PAGAMENTO DE

PENSÃO CIVIL ESTATUTÁRIA A MENOR SOB GUARDA, AUTUADA COMO AÇÃO ORIGINÁRIA ESPECIAL. INOCORRÊNCIA DE PREVISÃO NO ART. 102, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: INCOMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Relatório1. Ação ajuizada por Raíssa Lima de Macedo Regadas, em

15.7.2014, com requerimento de medida liminar, por ela nomeada “ação de obrigação de fazer”, contra o Tribunal de Contas da União e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, objetivando o restabelecimento do pagamento à Autora de pensão civil estatutária do art. 217, inc. II, al. b, da Lei n. 8.112/1990 (menor sob guarda até 21 anos), suspensa com fundamento em acórdão da Primeira Câmara do Tribunal de Contas da União no Processo TC n. 003.964/2013-2 (Acórdão n. 4.254/2013-TCU-2ª Câmara).

O caso2. Na inicial, relata-se que desde julho de 2009 a Autora recebia a

pensão civil concedida a menor sob guarda, como dependente de ex-servidora da Agência Executiva do INSS em João Pessoa/PB.

Em agosto de 2013, o benefício foi suspenso em cumprimento a decisão proferida pelo Tribunal de Contas da União no Processo TC n. 003.964/2013-2, no qual a Autora comparecia como interessada, ao fundamento de ter sido a concessão de pensão à menor sob guarda revogada pela Lei n. 9.717/1998.

Na presente ação a Autora alega que “o colendo TCU incorreu em erro de julgamento, na medida em que o direito subjetivo da autora não perdeu vigência, ou seja, não foi derrogado pelo diploma posterior de 1998”.

Afirma que “o artigo 5º da Lei 9.717/98 NÃO declarou expressamente que o artigo 217, II, B da Lei nº 8.112/90 estava revogado. O artigo 5º da Lei 9.717/98, por cuidar apenas de benefício, é incompatível com o artigo 217, II, B da lei 8112/90, que cuida tão somente de beneficiários. O artigo 5º da Lei 9.717/98 NÃO TRATOU do quesito “beneficiário”, disciplinado apenas pelo art. 217, II, B, da Lei 8.112/90”.

Cita precedentes em mandados de segurança julgados por este Supremo Tribunal que sustentariam sua pretensão (MS 25.823, Redator para o Acórdão o Ministro Ayres Britto, Pleno, DJe 27.8.2009; MS 32.867-MC, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe 23.5.2014; MS 31.969-MC, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 25.3.2013).

Pede seja a ação julgada procedente para declarar a ilegalidade do Acórdão n. 4.254/2013-TCU-2ª Câmara do TCU, prolatado no Processo TC n. 003.964/2013-2 e “para que SEJA DETERMINADA AO INSS A REATIVAÇÃO DO PAGAMENTO DA PENSÃO PROVISÓRIA, (…) DESDE O MOMENTO EM QUE FOI REALIZADO O CORTE” (grifos no original).

3. Recebidos os autos neste Supremo Tribunal Federal, foram autuados, por indicação do advogado no ato do peticionamento eletrônico, como Ação Originária Especial (certidão SEJ/STF, de 16.7.2014), vindo-me em distribuição por prevenção ao Mandado de Segurança n. 32.934.

4. Após verificar não se enquadrar o caso em urgência legalmente prevista, a justificar a atuação no período de recesso (art. 13, VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), os autos vieram-me em conclusão pelo então Vice-Presidente (22.7.2014).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Pretensão análoga à deduzida na presente ação foi exposta neste

Supremo Tribunal no Mandado de Segurança n. 32.934, impetrado pela mesma Autora e com o mesmo objeto da presente ação.

6. Tratando-se de mandado de segurança impetrado contra ato do Tribunal de Contas da União, competia ao Supremo Tribunal processá-lo e julgá-lo (art. 102, inc. I, al. d), como ocorreu. O pedido, entretanto, foi indeferido por constatação de decadência, transitando a decisão em julgado antes do ajuizamento desta ação.

7. Manifesta, contudo, a incompetência deste Supremo Tribunal Federal para apreciar a renovação da pretensão, agora em ação originária.

8. Não cabe ao Supremo Tribunal processar e julgar, em ação originária, causas de natureza civil não mencionadas na Constituição da República, incluídas aquelas ajuizadas contra órgãos ou entidades estatais sujeitos, em mandado de segurança, à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, como o Tribunal de Contas da União:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA DE AÇÃO ORDINÁRIA. SUSPENSÃO DE ATO DO TCU. INCOMPETÊNCIA DO STF.

1. (...)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 62

2. O Supremo Tribunal Federal não tem competência para julgar ações ordinárias que impugnem atos do Tribunal de Contas da União. Como o acessório segue o principal, o mesmo se passa com as ações cautelares preparatórias dessas demandas.

3. A competência originária deste Tribunal é definida pela Constituição em caráter numerus clausus, sendo inviável sua extensão pela legislação ordinária. Dessa forma, ainda que o art. 1º, § 1º, da Lei nº 8.437/92 admitisse a interpretação defendida pelo embargante, ela haveria de ser afastada por produzir um resultado inconstitucional.

4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AC 2.404 ED, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe 19.3.2014, grifos nossos)

9. Carece de competência este Supremo Tribunal Federal também para processar e julgar originariamente, “ações ordinárias em que a União se apresenta como pessoa jurídica de direito público dotada de legitimação “ad causam” para figurar no polo passivo da relação processual” (AO 1.706, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 18.2.2014, grifos no original).

10. Como se depreende da petição inicial, a presente ação não tem por objeto direitos e vantagens previstos no art. 9º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, sendo, portanto, equivocada a autuação como Ação Originária Especial (art. 55, I, do RI/STF).

11. A espécie também não se enquadra em qualquer das hipóteses previstas no rol taxativo do art. 102, inc. I, da Constituição da República, apta a ensejar a competência originária deste Supremo Tribunal Federal para processar e julgar a demanda.

12. A matéria relativa à competência para o julgamento das ações cíveis originárias (art. 102, inc. I, als. e e f, da Constituição da República) e das ações originárias (art. 102, inc. I, als. n e r, da Constituição da República) é interpretada de modo restritivo por este Supremo Tribunal, que tem se declarado incompetente, por exemplo, para julgar ações instauradas entre entes federados, quando a causa versar sobre questões estritamente econômicas ou patrimoniais sem repercussão sobre o pacto federativo, ou mesmo contra o Conselho Nacional de Justiça (ressalvadas as ações constitucionais). Nesse sentido:

“Ementa do voto mérito: DENUNCIAÇÃO DA LIDE PER SALTUM. (...) INEXISTÊNCIA DE CONFLITO FEDERATIVO. CAUSA DE NATUREZA ESTRITAMENTE PATRIMONIAL. AGRAVO DESPROVIDO. (...) 2. A admissibilidade da denunciação da lide per saltum ao Estado-membro apontado como alienante originário do terreno disputado entre particular e a FUNAI não atrai a competência do Supremo Tribunal Federal prevista no art. 102, I, f, da Constituição. 3. A competência do Pretório Excelso para processar e julgar causas que possam importar em conflito federativo exige efetivo risco de abalo ao pacto federativo, não se configurando quando a causa versa sobre questão meramente patrimonial , sem cunho institucional ou político. Precedentes (...) 5. O caso sub judice, assim, não tem conteúdo institucional ou político, e sequer a disputa patrimonial se instaura diretamente entre Estado-membro e União (...) 6. Agravo desprovido” (ACO 1.551-AgR/MS, Relator o Ministro Luiz Fux, Plenário, DJe 20.3.2012, grifos nossos).

“EMENTA: COMPETÊNCIA. AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS DA UNIÃO CONTRA O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. Questão patrimonial que não implica conflito federativo. Precedente. Questão de ordem resolvida para determinar o retorno dos autos ao juízo de origem” (ACO 518-QO, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Plenário, DJ 20.8.2004).

“COMPETÊNCIA – AÇÃO – RITO ORDINÁRIO – UNIÃO – MÓVEL – ATO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Cabe à Justiça Federal processar e julgar ação ajuizada contra a União presente ato do Conselho Nacional de Justiça. A alínea “r” do inciso I do artigo 102 da Carta da República, interpretada de forma sistemática, revela a competência do Supremo apenas para os mandados de segurança.” (AO 1.814-QO, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe 3.12.2014)

“(...)AÇÃO PROPOSTA CONTRA O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. ART. 102, I, “R”, DA CONSTITUIÇÃO. INTERPRETAÇÃO RESTRITA DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

(…) 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, afirmada inclusive por decisão unânime do Plenário, é no sentido de que as “ações” a que se refere o art. 102, I, “r”, da Constituição, são apenas as ações constitucionais de mandado de segurança, mandado de injunção, habeas data e habeas corpus (AO 1706 AgR/DF, Min. Celso de Mello, Dje de 18.02.2014). As demais ações em que se questionam atos do Conselho Nacional de Justiça – CNJ ou do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP submetem-se, consequentemente, ao regime de competência estabelecido pelas normas comuns de direito processual, com as restrições e limitações previstas nos artigos 1º, 3º e 4º da Lei 8.347/92 e art. 1º da Lei 9.494/97.” (AO 1.679 AgR-ED, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 17.12.2014)

“CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) – CAUSAS DE NATUREZA CIVIL CONTRA ELE INSTAURADAS – A QUESTÃO DAS ATRIBUIÇÕES JURISDICIONAIS ORIGINÁRIAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (CF, ART. 102, I, “r”) – CARÁTER ESTRITO E TAXATIVO DO ROL FUNDADO NO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – REGRA DE COMPETÊNCIA QUE NÃO COMPREENDE QUAISQUER LITÍGIOS QUE ENVOLVAM IMPUGNAÇÃO A DELIBERAÇÕES DO CNJ – RECONHECIMENTO DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL APENAS QUANDO SE CUIDAR DE IMPETRAÇÃO de

mandado de segurança, de “habeas data”, de “habeas corpus” (se for o caso) ou de mandado de injunção NAS SITUAÇÕES EM QUE O CNJ (órgão não personificado definido como simples “parte formal”, investido de mera “personalidade judiciária” ou de capacidade de ser parte) FOR APONTADO como órgão coator – LEGITIMAÇÃO PASSIVA “AD CAUSAM” DA UNIÃO FEDERAL NAS DEMAIS HIPÓTESES, PELO FATO DE AS DELIBERAÇÕES DO CNJ SEREM JURIDICAMENTE IMPUTÁVEIS À PRÓPRIA UNIÃO FEDERAL, QUE É O ENTE DE DIREITO PÚBLICO EM CUJA ESTRUTURA INSTITUCIONAL SE ACHA INTEGRADO MENCIONADO CONSELHO – COMPREENSÃO E INTELIGÊNCIA DA REGRA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA INSCRITA NO ART. 102, I, “r”, DA CONSTITUIÇÃO – DOUTRINA – PRECEDENTES – AÇÃO ORIGINÁRIA NÃO CONHECIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (AO 1.706 AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 18.2.2014, grifos no original).

13. A discussão posta no presente processo, em ação originária, não atrai, portanto, a competência deste Supremo Tribunal, ensejando o arquivamento do dos autos.

14. Embora conte atualmente mais de 21 anos de idade (completados após o ajuizamento da presente ação), não há impedimento jurídico a que a Autora pleiteie direitos que eventualmente entenda remanescentes da relação jurídica objeto desta ação no órgão judicial competente.

15. Pelo exposto, não conheço da presente ação, por incompetência deste Supremo Tribunal Federal para processar e julgar o feito, prejudicado o requerimento de medida de liminar (art. 21, § 1º, do RI/STF).

Publique-se. Arquive-se.Brasília, 17 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

AÇÃO RESCISÓRIA 2.353 (594)ORIGEM : AI - 692970 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREVISOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : RUMO LOGÍSTICA OPERADORA MULTIMODAL S/A

(ATUAL DENOMINAÇÃO DE COSAN OPERADORA PORTUÁRIA S/A)

ADV.(A/S) : ELIAS MARQUES DE MEDEIROS NETO E OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de ação rescisória, com pedido de tutela antecipada,

proposta por Rumo Logística Operadora Multimodal S/A (atual denominação de Cosan Operadora Portuária S/A) em face do Município de Santos, com o objetivo de ver desconstituída a decisão proferida nos autos do AI nº 692.970/SP. É o teor do julgado rescindendo:

“Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão no qual se discute a existência de imunidade tributária relativa ao IPTU de imóvel pertencente à União cedido a CODESP em regime de concessão de uso a qual, por sua vez, firmou contrato de arrendamento com a parte agravada para exploração de atividade econômica (fls. 60-64).

No RE, alega-se violação aos artigos 2º, 30, I, 145, I, 150, III e §§ 3º e 6º, 151, III e 173, §§ 2º e 3º, da Constituição Federal.

2. O recurso merece prosperar. Recentemente, o Plenário desta Corte, no julgamento RE 253.472/SP, relator para acórdão Min. Joaquim Barbosa, DJe 08.9.2010, reconheceu a imunidade tributária aos imóveis públicos cedidos em regime de concessão desde que sejam utilizados na atividade-fim do ente cedente e em atividades que não tenham finalidade lucrativa. Em seu voto-vista, o Ministro Joaquim Barbosa assentou:

‘Coerente, ademais, a constatação de que o exercício de atividades puramente econômicas não atrai a proteção conferida pela imunidade.

(...)Atividades de exploração econômica, destinadas primordialmente a

aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação, por apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem a salvo a autonomia política. Em decorrência, a circunstância de a atividade ser desenvolvida em regime de monopólio, por concessão ou por delegação, é de todo irrelevante;

(...)Cheguei a esta conclusão durante o julgamento do RE 451.152,

relatado pelo Ministro Gilmar Mendes, na sessão de 22.08.2006 na Segunda Turma. Naquela assentada, ponderei que a tributação do imóvel pertencente à União, mas explorado economicamente por particular, não traria risco algum ao equilíbrio entre os entes federados. Ademais, não se pode negar que a dedicação de particular à exploração de atividade econômica em caráter privado constitui signo demonstrativo de capacidade contributiva objetiva.

Naquele caso, o que se tinha era o particular deixando de concorrer com outros empreendedores em igualdade de condições por força de disposição constitucional impertinente ao exercício privado de atividades

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 63

econômicas (imunidade recíproca), pondo de lado, assim, as questões econômicas ou de gerenciamento próprias do mercado. O valor do IPTU, naquela situação, deixa de ser um custo e, portanto, ou aumenta o lucro do negócio, ou diminui o preço do serviço.

(...)Do exposto, pedindo vênia ao eminente ministro-relator, conheço

parcialmente do recurso extraordinário, tão-somente no que se refere à incidência do IPTU, e, na parte conhecida, dou-lhe parcial provimento, para reconhecer a imunidade do imóvel pertencente à União, mas afetado à Codesp, utilizado em suas atividades-fim’.

Dessa forma, por tratar-se a agravada de empresa que explora atividade econômica com finalidade lucrativa, o caso dos presentes autos assemelha-se àquelas hipóteses em que não há direito à imunidade recíproca prevista na Constituição Federal, conforme acentuado no RE 253.472/SP. No mesmo sentido foi a decisão proferida no RE 528.083-AgR/RJ, de minha relatoria, DJe 25.10.2010.

3. O acórdão recorrido divergiu dessa orientação, razão pela qual, com fundamento no art. 544, § 4º, do Código de Processo Civil, conheço do agravo e, desde logo, dou provimento ao recurso extraordinário. Sem honorários (art. 25 da Lei 12.016/2009).”

Na inicial, a parte autora aduz que:a) o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em sede de

apelação, afastou a cobrança do IPTU, no caso, tendo em vista que a “cobrança do IPTU exige o exercício da posse com animus domini, o que não se verifica quando a propriedade é meramente arrendada”, posição que, confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça, teria transitado em julgado nessa instância;

b) o STF, nos autos do AI nº 692.970/SP, proveu o recurso extraordinário sob ótica diversa, a da inexistência de imunidade tributária, sob o fundamento de exploração de atividade econômica com finalidade lucrativa pela empresa recorrida, sendo essa a decisão que se pretende rescindir, com amparo no art. 485, II, IV, V e IX, do CPC, por afronta aos arts. 5º, XXXVI e 105, III, da Constituição Federal, bem como aos arts. 33 e 34 do Código Tributário Nacional;

c) a decisão do STF não teria substituído o que foi decidido, no âmbito Infraconstitucional, pelo STJ, por se tratar “de espectros nitidamente diferentes”, o que conduziria, “em termos pragmáticos [a]o confronto de duas coisas julgadas, uma em âmbito constitucional e outra em âmbito infraconstitucional”;

d) a decisão rescindenda teria violado os arts. 33 e 34 do CTN, pois a sujeição passiva ao imposto exigiria a posse com animus domini e a incidência tributária sobre bem de propriedade da União não possuiria mensuração da base de cálculo tributária juridicamente possível, dada a inalienabilidade do bem público;

e) teria havido erro de fato na decisão rescindenda, pois “o recurso extraordinário não deveria ter sido conhecido, ante a falta de prequestionamento e a manifesta prejudicialidade da matéria infraconstitucional subjacente”.

Requereu a concessão de antecipação dos efeitos da tutela, no sentido da suspensão da decisão rescindenda e, ao final, pugnou pela procedência da ação rescisória.

A antecipação dos efeitos da tutela foi indeferida.Em contestação, arguiu o Município de Santos: em preliminar, a

incorreção do valor atribuído à causa e, por decorrência, a insuficiência do depósito prévio, previsto no art. 488, II, do CPC. No mérito, argui que: (i) a pretensão seria de mera rediscussão da causa, matéria incabível em sede rescisória; (ii) teria havido o prequestionamento da matéria versada nos extraordinários, uma vez que na própria inicial da ação originária constaria tópico específico sobre a imunidade tributária recíproca; (iii) inexistiria usurpação de competência do STJ, pois “configura-se a competência do E. STF para analisar a questão em razão da infração das normas constitucionais havidas no julgado”; (iv) a decisão proferida pelo STJ não teria feito coisa julgada, pois não adentrou no mérito, tendo se limitado a negar seguimento ao recurso especial; e (v) a índole constitucional da questão debatida nestes autos é tão evidente que a matéria se encontra sob a sistemática da repercussão geral (temas 437 e 385).

Instruídos os autos, deu-se vista à d. Procuradoria-Geral da República que opinou pela improcedência da ação.

É o relatório. Reafirmo a competência desta Corte para o julgamento da ação, nos

termos do art. 102, I, “j”, da Lei Maior, uma vez que a decisão rescindenda adentrou no mérito do recurso extraordinário aviado pela autora, então recorrida.

Observo, ademais, que foi respeitado o prazo decadencial para ajuizamento da rescisória, tendo em vista que a decisão rescindenda teve seu trânsito em julgado ocorrido em 28/2/11, sendo ajuizada a presente demanda em 27/2/13.

De início, quanto à preliminar de incorreção do valor atribuído à causa, observo se tratar de impugnação a ser suscitada em incidente próprio, no prazo da contestação, mas em petição distinta, consoante dispõe o CPC, no seu art. 261:

“Art. 261. O réu poderá impugnar, no prazo da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor. A impugnação será autuada em apenso, ouvindo-se o autor no prazo de 5 (cinco) dias. Em seguida o juiz, sem suspender o

processo, servindo-se, quando necessário, do auxílio de perito, determinará, no prazo de 10 (dez) dias, o valor da causa.”.

Por decorrência, uma vez que embasada na alegada incorreção do valor da causa, resta prejudicada a apreciação da preliminar de insuficiência de depósito prévio.

No mérito, a pretensão rescisória não merece prosperar. No tocante à alegação de que teria havido, por esta Corte, usurpação

de competência constitucional do Superior Tribunal de Justiça e consequente afronta à coisa julgada formada acerca da matéria infraconstitucional, importa consignar que o recurso especial, interposto simultaneamente ao recurso extraordinário, não ultrapassou o juízo de admissibilidade, tendo o STJ proferido decisão denegatória de seguimento ao apelo especial. Contra tal decisão, o Município de Santos, então recorrente, interpôs agravo regimental e, posteriormente, embargos declaratórios, porém nenhum dos recursos logrou êxito no âmbito daquela Corte.

Assim, tendo em vista que a decisão no REsp nº 1.051.352/SP não adentrou no mérito da questão posta em discussão, revela-se de todo descabida a alegação autoral de que este Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI nº 692.970/SP, enfrentou matéria infraconstitucional que fora decidida pelo STJ.

Ademais, como bem pontuado pelo d. PGR,“(...) pela bipartição processual adotada em razão da

competência material do STF e do STJ, não cabe afirmar sobre a existência de trânsito em julgado até a prestação jurisdicional relativamente à derradeira irresignação, a qual, no presente caso, foi o recurso extraordinário, devidamente finalizado pela decisão rescindenda.

Portanto, a decisão monocrática combatida, em momento algum, hostilizou o que pronunciado pelo referido tribunal superior, porque se ateve à faceta constitucional da presente lide, cujo conhecimento lhe é próprio por determinação da Constituição Federal. E ainda que houvesse alguma divergência, e isso se admite em razão do duplo viés dos recursos típicos de estrito direito, a questão seria facilmente resolvida pela aplicação do efeito substitutivo da decisão do STF no extraordinário ao pronunciamento do STJ, naquilo que conflitar (aplicação analógica do art. 512, combinado com o art. 543, § 1º, ambos do CPC).”

Saliente-se que eventual inexistência de conflito entre a decisão proferida pelo STF no bojo do apelo extremo e a prolatada no exame da questão infraconstitucional pelo Tribunal a quo (como defende o autor ser o caso dos autos), que se mostrasse apta a permitir a subsistência da decisão naquela instância proferida, em nada afetaria a legalidade do decisum prolatado no âmbito do Supremo Tribunal Federal, adstrito que esteve ao exame constitucional da questão a ele submetida. A alegação, destarte, não configura matéria apta a ensejar rescisão de julgado.

Tampouco subsiste a alegação de violação literal à lei, no caso, aos artigos 33 e 34 do Código Tributário Nacional, porquanto a decisão rescindenda se amparou tão-somente na orientação firmada nesta Corte quanto à matéria constitucional que lhe foi submetida à apreciação, não tendo os referidos dispositivos infraconstitucionais constado da fundamentação da decisão que deu provimento ao recurso extraordinário.

Para a configuração de violação de lei apta a desconstituir a coisa julgada formada pela decisão rescindenda, necessária seria a afronta direta, frontal à legislação apreciada pela decisão. In casu, não se verifica na decisão que ora se pretende rescindir pronunciamento sobre a legislação infraconstitucional tributária, tida por violada, o que torna inviável a pretensão rescisória fundada em violação literal à lei. Nesse sentido:

“Ação rescisória. Decisão rescindenda que não se pronuncia sobre norma tida por violada. Inadmissibilidade. Mérito. Direito das sucessões. Filho adotivo. Pretendida habilitação na qualidade de herdeiro do de cujus. Abertura da sucessão antes do advento da Constituição Federal de 1988. Inaplicabilidade do art. 227, § 6º, da Constituição.

1. Inviável a ação rescisória que se funda em violação literal de lei se a decisão rescindenda não se houver pronunciado sobre a norma legal tida por violada por falta de alegação oportuna. Precedente: AR nº 1.752/RJ-AgR, Plenário, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 20/5/05.

2. A sucessão regula-se por lei vigente à data de sua abertura, não se aplicando a sucessões verificadas antes do seu advento a norma do art. 227, § 6º, da Carta de 1988. Precedente: RE nº 163.167/SC, Primeira Turma, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 8/9/95.

3. Não conhecimento da ação rescisória.” (AR nº 1.811/PB, Tribunal Pleno, Relator o Min. Luiz Fux, DJe 30/10/2014)

Por fim, descabida também a suscitada ocorrência de erro de fato na decisão rescindenda, sob o argumento de que

“o Agravo de Instrumento em Recurso Extraordinário, e o próprio Recurso Extraordinário sequer deveriam ser conhecidos, ante a falta de prequestionamento e a manifesta prejudicialidade da matéria infraconstitucional subjacente.”

Ora, a ação rescisória é meio autônomo de impugnação da decisão judicial no bojo da qual se forma nova relação jurídico-processual, com base em hipóteses taxativamente definidas em lei, dentre as quais não se encontra a sua utilização como sucedâneo de recurso.

No caso em tela, o alegado erro, ainda que se tenha configurado, não se deu sobre os fatos que se relacionam à lide, mas, sim, sobre a apreciação de elementos processuais (existência ou não de prequestionamento quanto a

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 64

ponto específico do recurso extraordinário interposto na ação matriz). Tratar-se-ia, então, de matéria a ser objetada pelos meios recursais disponíveis na ação originária, matéria essa que não é apta para justificar a utilização da via rescisória, cujas hipóteses de cabimento são restritíssimas, sob pena de conversão desse meio autônomo de impugnação em uma espécie de recurso ordinariamente cabível com prazo estendido.

Essa é a posição da jurisprudência desta Corte: “Agravo regimental em ação rescisória. Erro de fato e violação literal

de dispositivo legal. Inexistência. Utilização da via rescisória como sucedâneo de recurso. Ministério Público como custos legis e parte. Legalidade. Ascensão funcional posterior ao advento da Constituição Federal de 1988. Inconstitucionalidade. Agravo regimental não provido.

1. O erro quanto à existência, nos autos da ação matriz, de elementos comprobatórios do prequestionamento no recurso extraordinário é matéria a ser objetada pelos meios recursais disponíveis na ação originária, não sendo apto a justificar a utilização da via rescisória, cujas hipóteses de cabimento são restritíssimas, sob pena de conversão desse meio autônomo de impugnação em sucedâneo recursal.

2. Não configura ilegalidade a atuação do Ministério Público, por um lado, como fiscal da lei, expressando-se dentro da independência de suas funções (art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 8.625/93), e, por outro lado, como réu da ação rescisória.

3. Inexiste violação de literal dispositivo de lei na decisão em que não se reconhece direito adquirido a ascensão realizada após o advento da Constituição Federal de 1988, uma vez que é pacífico na Corte o entendimento de que é inconstitucional a forma de provimento derivado de cargos ou empregos públicos por ascensão. Precedentes: ADI nº 368/ES, ADI nº 231/RJ e ADI nº 837/DF, Rel. Min. Moreira Alves; ADI nº 3.582/PI, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; ADI nº 3.030/AP, Rel. Min. Carlos Velloso; ADI nº 1.345/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; RE nº 602.264/DF-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 31/5/13).

4. Agravo regimental não provido.” (Arnº 1958-AgR-segundo/MG, Tribunal Pleno, minha relatoria, DJe 30/5/2014; grifei)

A pretensão rescisória traduz, neste caso, mero inconformismo da parte autora com a decisão prolatada em sentido contrário a seus interesses. Utilizo-me, no ponto, de fundamento do parecer do MPF:

“(...) ao autor competiria interpor o competente recurso em face da decisão rescindenda de maneira a corrigir eventual falha quanto à apreciação do prequestionamento. Não é juridicamente viável, após o trânsito em julgado, reavivar tal discussão em ação rescisória.”

Ante o exposto, nego seguimento à ação rescisória, ante a sua manifesta improcedência (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 6 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.301 (595)ORIGEM : MS - 124025 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MARCOS PASCOLATADV.(A/S) : RENÉ ARIEL DOTTIAGDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO

DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 2008.10.00.000964-1)

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MAURÍCIO PASSAIAINTDO.(A/S) : ELISA DE FÁTIMA DUDECKEINTDO.(A/S) : CINTHIA GOMES DIAS

DESPACHO:1.Petição nº 74.128/2011: verifico que o advogado subscritor da

petição eletrônica, Alisson Luiz Nichel, não possui, nos presentes autos, procuração que lhe confira poderes para representar a parte.

2.Considerando, todavia, que o subscritor integra aparentemente a sociedade de advocacia dos patronos constituídos na procuração de fls. 63, intime-se o agravante para, no prazo de 10 (dez) dias, regularizar a representação processual.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.304 (596)ORIGEM : MS - 124045 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : VALDECIR LUIZ PEZZINIADV.(A/S) : RENÉ ARIEL DOTTIAGDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO

DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº

2008.10.00.000964-1)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MAURÍCIO PASSAIAINTDO.(A/S) : ELISA DE FÁTIMA DUDECKEINTDO.(A/S) : CINTHIA GOMES DIAS

DESPACHO:1.Petição nº 77.381/2011: verifico que o advogado subscritor da

petição eletrônica, Alisson Luiz Nichel, não possui, nos presentes autos, procuração que lhe confira poderes para representar a parte.

2.Considerando, todavia, que o subscritor integra aparentemente a sociedade de advocacia dos patronos constituídos na procuração de fls. 63, intime-se o agravante para, no prazo de 10 (dez) dias, regularizar a representação processual.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 326

(597)

ORIGEM : ADPF - 326 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : FENAJUFE - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS

TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBULICO DA UNIÃO

ADV.(A/S) : CEZAR BRITTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MINISTRA DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E

GESTÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO

FUNDAMENTAL. ORÇAMENTÁRIO. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL DE 2015. SUPRESSÃO, PELO PODER EXECUTIVO, DAS PROPOSTAS DO PODER JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO.

Relatório 1. Arguição de descumprimento de preceito fundamental, com

requerimento de medida cautelar, ajuizada pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União – FENAJUFE, em 9.9.2014, contra a Presidente da República e a Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, em litisconsórcio com o Presidente do Congresso Nacional, ao argumento de contrariedade aos arts. 2º, 84, inc. XXIII, 96, 99, caput, § 1º, 127, § 2º e § 3º, 165, inc. III, § 5º, inc. I, e § 6º, e 166 da Constituição da República, segundo os quais:

“Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

(…)Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:(…)XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de

lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

Art. 96. Compete privativamente:I - aos tribunais:a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos,

com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos,

obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus

serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 65

19.12.2003)c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito

Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

(...)Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e

financeira.§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro

dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

(...)Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à

função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

(...)§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e

administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

(…)Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:(…)III - os orçamentos anuais.(…)§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,

órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

(…)§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de

demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

(…)Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes

orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios

e Distrito Federal; ouIII - sejam relacionadas:a) com a correção de erros ou omissões; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não

poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao

Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.

§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes

poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa”.

2. A Autora noticia que, em “06 de agosto de 2014, conforme previsto nos arts. 99, § 1º e 127, §

3º da Constituição Federal, foi enviado ao Poder Executivo da União as propostas orçamentárias formuladas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público da União. Ocorre que, em evidente desrespeito à autonomia administrativa e financeira destes, o Projeto de Lei Orçamentária de 2015 enviado ao Congresso Nacional pelas autoridades arguidas suprimiu indevidamente parte significativa do orçamento do Poder Judiciário e do Ministério Público” (grifos no original).

Aduz que “a presente arguição busca a reparação dessa violação, determinando que se faça constar no Projeto de Lei Orçamentária de 2015, que será apreciado pelo Congresso Nacional, as partes suprimidas indevidamente pelas autoridades arguidas, posto que o Poder Legislativo é o único com competência constitucional para votar e alterar a proposta”.

Pondera“no caso em apreço não se mostra[r] possível a utilização de

qualquer outro meio de controle concentrado de constitucionalidade. (…) Ao contrário de declarar a inconstitucionalidade da LOA do ano de 2015 por não conter parte considerável do orçamento do Poder Judiciário e do Ministério Público, busca-se resolver a questão de forma prévia, corrigindo o ato do Poder Executivo que no exercício de seu dever constitucional de submeter à apreciação do Congresso Nacional o orçamento do ano de 2015, descumpriu preceito fundamental ao suprimir parte do conteúdo enviado pelo Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Ministério Público”.

Alega“descumprimento dos seguintes preceitos fundamentais que serão

analisados em sequência: a) o princípio da separação dos poderes (art. 2º da CF), fundamento do Estado Democrático; b) a garantia, decorrente do princípio da separação dos poderes, de autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário (art. 99, caput e art. 96) e do Ministério Público (art. 127, §§2º e 3º); c) a prerrogativa expressa a eles conferida de elaboração de suas propostas orçamentárias (Poder Judiciário, art. 99, §1º; Ministério Público, art. 127, §3º); d) a competência exclusiva do Congresso Nacional na apreciação dos projetos de lei relativos ao orçamento anual (art. 166), ou, dito de outro modo, das pretensões orçamentárias (autônomas) de cada Poder ou órgão titular de autonomia nesse campo; e) os limites de competência do Poder Executivo na matéria (art. 165, art. 166 e parágrafos e art. 84, XXIII), por seu extravasamento, ao pretender apreciar o mérito das propostas orçamentárias (autônomas) formuladas pelo Poder Judiciário e MP; f) o devido processo constitucional em matéria de legislação orçamentária (arts. 84, 165 e 166 da CF), pela frustração ao encaminhamento das propostas autônomas em sua inteireza e pelo impedimento à sua devida apreciação pelo Poder Legislativo”.

Assevera que“autonomia financeira e administrativa concedida representa uma

verdadeira condição de independência entres os Poderes. (…) ante a natureza do tema e sua relevância, o Executivo não pode ingerir-se contra o procedimento que explana autonomia orçamentária, tendo em vista que sua tarefa está adstrita a unificar as propostas orçamentárias anuais em um só projeto de lei, não havendo competência para alterar as diretrizes apresentadas pelo Judiciário. A Constituição não deixa margens para essa discricionariedade do Executivo. Sendo assim, não há a possibilidade desse Poder incluir ou suprimir elementos e cláusulas da proposta do Poder Judiciário, salvo o §4º do artigo 99. (…) O mesmo raciocínio deve ser aplicado às propostas orçamentárias anuais realizadas pelo Ministério Público da União, tendo em vista o teor do artigo 127 da Constituição”.

Pondera que, “como visto, o PLOA de 2015 enviado ao Poder Legislativo não contempla no anexo V a parte do orçamento do Judiciário e MPU destinada ao reajuste ou revisão remuneratória dos servidores, Magistrados e Membros do MP. Em virtude da conduta realizada pelas representantes do Poder Executivo, nota-se um desrespeito ao devido processo legislativo apontado no texto constitucional, tornando-se possível o controle jurisdicional”.

Para demonstrar os requisitos exigidos para o deferimento de liminar, assinala:

“em não havendo medida judicial imediata o próprio arranjo constitucional o Estado Brasileiro estará vulnera [sic], tendo consequências maiores que o próprio impacto remuneratório que a indevida ingerência do Executivo poderá trazer às categorias representadas pelo arguente” e “a urgência decorre[ria] da natureza transitória e temporal das leis orçamentárias, que possuem prazo de vigência determinado, em respeito à anualidade prevista no art. 2º, da Lei nº 4230/64”.

Requer liminarmente: a) “ad referendum do Tribunal Pleno, na forma do §1º do artigo 5º da

Lei nº 9.882/9910, seja determinado pelo eminente Relator às arguidas que procedam à imediata complementação do Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2015 (Projeto de Lei nº 13/2014-CN, objeto da Mensagem nº 251/2014), para o efeito de nela incluir a totalidade da previsão orçamentária concernente aos órgãos do Poder Judiciário da União e do Ministério Público da União, no tocante às despesas e às correspondentes receitas, em ordem a permitir a sua apreciação pelo Congresso Nacional, fazendo por este meio cessar o descumprimento dos preceitos fundamentais aqui discutidos”; e

b) “seja determinada a suspensão do trâmite legislativo do PLOA de

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 66

2015 (Projeto de Lei nº 13/2014-CN), até que as arguidas providenciem a adequação do referido projeto aos ditames constitucionais, nos termos acima referidos”.

No mérito, pede seja“julgada procedente a presente arguição, declarando-se a ocorrência

de descumprimento de preceitos fundamentais pelas arguidas e tornando-se definitiva a medida liminar coma apresentação do Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2015 (Projeto de Lei nº 13/2014, objeto da Mensagem nº 251/2014) contemplando a proposta apresentada pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Ministério Público da União, inclusive no que toca ao atendimento das despesas concernentes aos Projetos de Lei 7.920/2014 (plano de carreira dos servidores); 5.426/2013 (reajuste para cargos em comissão) e 7.917/2014 (recomposição do subsídio da magistratura judicial), e os valores destinados ao pagamento de saldo da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) e de juros de quintos, e receitas correspondentes, para que restem devidamente apreciados pelo Congresso Nacional, tudo na forma da Constituição da República”.

Alternativamente, pede a conversão da presente ação em ação direta de inconstitucionalidade por omissão.

3. Em 12.9.2014, adotei o rito previsto no art. 5º da Lei n. 9.882/1999.4. Ao manifestar-se, a Presidente da República defendeu a

constitucionalidade do Projeto de Lei Orçamentária n. 13/2014 (Mensagem n. 251/2014), informando haver

“encaminh[ado], dentro do prazo legal, vale dizer, ainda dentro do prazo do artigo 35, § 2º, III, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição da República, de 1988, ou seja, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro, isto é, até 31 de agosto de 2014, o projeto de lei orçamentária anual da União, para o ano de 2015, ao Congresso Nacional, por meio da Mensagem Presidencial n. 251/2014. Constata-se, de logo, a impossibilidade jurídica do pedido, tendo em vista que não cabe a esta altura à Presidente da República reenviar, agora, o projeto orçamentário anual para o ano de 2015 contendo a integral proposta orçamentária de remuneração de pessoal do Poder Judiciário e do MPU, tendo em vista que o prazo constitucional, para tanto, já se exauriu”.

Argumenta que, “ao anexar as propostas originárias apresentadas pelo Judiciário e

pelo MPU ao PLOA 2015, o Poder Executivo, através da autoridade que tem competência privativa para iniciar o processo legislativo orçamentário, a Presidente da República, conferiu ao Congresso Nacional a possibilidade de examiná-la, concedendo, como não podia ser diferente, toda liberdade ao Poder Legislativo para acatar ou rejeitar a proposta orçamentária da impetrante, já que permitiu que os referidos projetos orçamentários do Poder Judiciário e do MPU fossem submetido às próximas fases do processo legislativo, e assim o apreciado pelo Poder Competente para legislar, representando assim o povo brasileiro, inclusive passando pela Comissão mista, o que afasta a queixa de violação à autonomia orçamentária do Judiciário e do MPU”.

Afirma que os “artigos 99, § 4º e 127, § 5º, combinados com o inciso III do artigo 165, com supedâneo ainda no equilíbrio orçamentário do inciso II, do artigo 167, todos da Constituição Federal, preveem a possibilidade de o Poder Executivo, realizar adequações, respectivamente, nas propostas orçamentárias do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, para fins de observância da LDO”.

Assinala que“a discussão sobre as propostas orçamentárias do Poder Judiciário e

do Ministério Público da União, assim como da Defensoria Pública da União, já se encontra com o único órgão, que tem o poder, vale dizer, competência exclusiva, nos termos da Constituição da República, para dispor sobre o projeto orçamentário anual da União, ou seja, o Congresso Nacional, que poderá, inclusive, por meio de emendas parlamentares, nos limites do artigo 166, da Lei Maior, aprimorar a proposta da lei orçamentária anual, com vistas a melhor previsão de receitas e fixação das despesas”.

Pede o indeferimento da ação.5. Nas informações prestadas pelo Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, lastreadas em parecer elaborado pela Consultoria-Geral da União, a Ministra do Planejamento alega que, “ao anexar as propostas originais do Poder Judiciário e do Ministério Público ao PLOA 2015, a Presidente da República permitiu que os referidos documentos fossem submetidos às próximas fases do processo legislativo e, assim, apreciados pelo Congresso Nacional”.

Lembra que, “no exercício de 2012, o Congresso Nacional, ao se deparar com questão semelhante, não hesitou em examinar as propostas originais enviadas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, anexas ao PLOA 2013”.

Argumenta que “qualquer tentativa de interferência externa na mensagem de encaminhamento do PLOA [pelo Poder Executivo] ao Poder Legislativo configura clara ofensa à Separação de Poderes. (…) A impossibilidade jurídica do pedido decorre, igualmente, da impossibilidade de se impor a esse Poder que acolha, a qualquer custo, as propostas apresentadas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público da União”.

Adverte que “a pretensão da Autora implica (…) na violação da separação dos poderes às avessas, pois exige que o Poder Executivo elimine as suas despesas, a fim de incluir a substancial elevação de despesa de pessoal presente na proposta orçamentária do Poder Judiciário e do

Ministério Público”.Assevera que a tese da Autora contraria os arts. 61, § 1º, al. b, e 165,

inc. III, da Constituição da República porque “altera, por via transversa, a natureza da iniciativa da lei orçamentária, que deixa de ser privativa [do Presidente da República] para ser conjunta”.

Ressalta que, apesar de o Poder Judiciário e o Ministério Público “terem dotações próprias [, não têm] a autonomia financeira propriamente dita, que é privativa dos entes federativos”, para pontuar que o acolhimento das propostas ora analisadas afrontaria o princípio do equilíbrio orçamentário e a Lei de Responsabilidade Fiscal, a justificar “a possibilidade de ajustes (…) feitos pelo Poder Executivo”, nos termos dos arts. 99, § 1º e § 4º, e 127, § 3º e § 5º, da Constituição da República.

Requer o indeferimento da medida cautelar e, no mérito, pede seja julgada improcedente a ação.

6. Em informações, o Congresso Nacional aponta, preliminarmente, o não cabimento da presente ação, “por não haver ato jurídico acabado e pela não existência de controle jurisdicional preventivo de constitucionalidade das leis nos moldes ora pleiteados (…) reclamando-se, assim, o indeferimento liminar da petição inicial e a consequente extinção do feito sem julgamento de mérito”.

Alega a ilegitimidade da Autora porque “a afirmação de que qualquer diminuição dos recursos orçamentários irá atingir a remuneração dos servidores” não é suficiente para “demonstrar o cumprimento da exigência da pertinência temática, pois não há correlação entre o objeto do pedido nesta ADPF e os objetivos institucionais da associação”.

Sustenta a ilegitimidade passiva do Congresso Nacional, ao argumento de que, “se fosse o caso de modificações inconstitucionais por ato da Presidente da República, ela e apenas ela seria legitimada a figurar no polo passivo da presente ação (…), uma vez que não houve qualquer ato do Congresso Nacional”.

E acrescenta: “O projeto de lei em tela ainda está em análise pelo Congresso

Nacional e inúmeras providências podem ser tomadas para sanar ou corrigir eventuais equívocos cometidos, motivo pelo qual determinar uma opção em detrimento de todas as outras possíveis representaria impensável interferência nas atribuições e competências constitucionalmente deferidas ao Poder Legislativo”.

Pede o indeferimento liminar da presente ação ou seja “julgada improcedente por não haver hipótese de cabimento de ADPF

contra projeto de lei e por ilegitimidade ativa da requerente. Subsidiariamente, se não acolhidas as preliminares (…) requer o reconhecimento da ilegitimidade passiva do Congresso Nacional e sua consequente exclusão do polo passivo”.

7. Nas informações, a Procuradoria-Geral da República alega, em preliminar, a deficiência na representação processual da Autora e a ilegitimidade ativa ad causam.

Assevera, no mérito, a impossibilidade de o Poder Executivo avaliar o impacto financeiro da proposta orçamentária apresentada pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, nos termos dos arts. 99, § 4º, e 127, § 5º, da Constituição da República.

Pede seja julgada procedente a presente ação. 8. A Advocacia-Geral da União afirma, preliminarmente, a

ilegitimidade ativa da Autora por se tratar de “entidade sindical de segundo grau” e por “não representa[r] os interesses de uma categoria específica, mas como sua própria denominação indica, congrega membros vinculados a carreiras distintas”. Pondera, ainda, irregularidade na representação processual.

No mérito, argumenta que “a Constituição Federal reserva ao Poder Executivo competência para realizar os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual”.

Pede o não conhecimento da ação.Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.9. Conquanto haja dúvida em relação à regularidade da

representação processual e à legitimidade ativa da Autora para o ajuizamento da presente ação, como ponderado nas preliminares trazidas pelo Congresso Nacional, pela Advocacia-Geral da União e pela Procuradoria-Geral da República, assim como se poderia questionar o cabimento ante a impetração de pelo menos quatro mandados de segurança versando sobre a questão jurídica aqui posta (MS 33.186/DF, MS 33.190/DF, MS 33.193/DF e MS 33.490/DF, Relatora a Ministra Rosa Weber), a presente ação de descumprimento de preceito fundamental está prejudicada por perda superveniente de objeto.

10. Constam da petição inicial da Autora os seguintes requerimentos:“Liminarmente, ad referendum do Tribunal Pleno, na forma do §1º do

artigo 5º da Lei nº 9.882/99, seja determinado pelo eminente Relator às arguidas que procedam à imediata complementação do Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2015 (Projeto de Lei nº 13/2014-CN, objeto da Mensagem nº 251/2014), para o efeito de nela incluir a totalidade da previsão orçamentária concernente aos órgãos do Poder Judiciário da União e do Ministério Público da União, no tocante às despesas e às correspondentes receitas, em ordem a permitir a sua apreciação pelo Congresso Nacional, fazendo por este meio cessar o descumprimento dos preceitos fundamentais aqui discutidos.

Também liminarmente, seja determinada a suspensão do trâmite

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 67

legislativo do PLOA de 2015 (Projeto de Lei nº 13/2014-CN), até que as arguidas providenciem a adequação do referido projeto aos ditames constitucionais, nos termos acima referidos, disso se comunicando o eminente Presidente do Congresso Nacional, no edifício-sede do Poder Legislativo, com endereço na Praça dos Três Poderes, nesta Capital Federal” (grifos no original).

Além de pedidos para ser,“ao final, acolhida e julgada procedente a presente arguição,

declarando-se a ocorrência de descumprimento de preceitos fundamentais pelas arguidas e tornando-se definitiva a medida liminar com a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2015 (Projeto de Lei nº 13/2014, objeto da Mensagem nº 251/2014) contemplando a proposta apresentada pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Ministério Público da União, inclusive no que toca ao atendimento das despesas concernentes aos Projetos de Lei 7.920/2014 (plano de carreira dos servidores); 5.426/2013 (reajuste para cargos em comissão) e 7.917/2014 (recomposição do subsídio da magistratura judicial), e os valores destinados ao pagamento de saldo da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) e de juros de quintos, e receitas correspondentes, para que restem devidamente apreciados pelo Congresso Nacional, tudo na forma da Constituição da República”.

E ainda:“Sucessivamente, entendendo-se incabível o processamento da

presente como ADPF, seja ela recebida e processada como Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, apreciando-se sob o rito da ADO todos os pedidos acima formulados, inclusive o pedido de liminar e o pleito final de suprimento da omissão das arguidas quanto à correta deflagração do processo legislativo orçamentário de 2015, nos moldes acima descritos” (grifo nosso).

11. O objeto da presente ação coincide com a questão posta em debate no Mandado de Segurança n. 33.186/DF, impetrado pelo Procurador-Geral da República; no Mandado de Segurança n. 33.190/DF, impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA e pela Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE; e no Mandado de Segurança n. 33.193/DF, impetrado pela Defensoria Pública da União; todos de relatoria da Ministra Rosa Weber, pendentes de análise de medida liminar.

Nessas três ações mandamentais, o ato apontado coator consiste, em síntese, na consolidação e no envio ao Congresso Nacional da proposta orçamentária de 2015 com supressão de valores previstos nas propostas orçamentárias anteriormente estipuladas pelo Poder Judiciário ( incluídos o Conselho Nacional de Justiça, o Ministério Público da União e o Conselho Nacional do Ministério Público – MS 33.186 e MS 33.190) e pela Defensoria Pública da União (MS 33.193).

12. Em 30.10.2014, ao deferir a medida liminar no Mandado de Segurança n. 33.186/DF, a Ministra Rosa Weber assentou:

“Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado pelo Procurador-Geral da República contra ato da Presidência da República consistente na consolidação e envio ao Congresso Nacional da proposta orçamentária de 2015 com supressão de valores previstos nas propostas orçamentárias elaboradas pelo Poder Judiciário, incluído o Conselho Nacional de Justiça, e pelo Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público.

(…)3. Ainda que o ato de instauração de processo legislativo ostente

natureza eminentemente política (MS 32.582, Rel. Min. Celso de Mello), esta não tem o condão de afastar, consoante a jurisprudência tradicional desta Suprema Corte, o controle jurisdicional do ato de consolidação e envio, pela Presidência da República, do projeto de lei orçamentária anual ao Poder Legislativo. Pontuo, todavia, que o controle jurisdicional de ato político há de ser exercido, na minha ótica, com cautela e deferência a eventuais razões de ordem técnica invocadas pela autoridade que o praticou.

4. Consabido que o ciclo orçamentário se desdobra nas etapas de (i) elaboração, (ii) apreciação legislativa, (iii) execução e acompanhamento, e (iv) controle e avaliação.

No âmbito da União, os Poderes e os órgãos autônomos devem, na fase de elaboração do projeto de lei orçamentária anual, enviar suas propostas orçamentárias ao Poder Executivo (art. 99, § 2º, I e II, 127, § 3º, e 134, § 2º, da Magna Carta), observados os limites e o prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias (arts. 99, §§ 3º e 4º, 127, § 4º, da Constituição da República).

Recebidas as propostas orçamentárias, incumbe ao Poder Executivo consolidá-las, para envio, pela Presidência da República, do projeto de lei orçamentária anual ao Congresso Nacional (arts. 84, XXIII, e 165, III, da Constituição Federal), até 31 de agosto, isto é, quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (art. 35, § 2º, III, do ADCT).

O Poder Executivo, a seu turno, somente está constitucionalmente autorizado a promover ajustes nas propostas enviadas pelos demais Poderes e órgãos autônomos da União, para fins de consolidação, quando as despesas projetadas estiverem em desacordo com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias (art. 99, § 4º, 127, § 5º, e 134, § 2º, da Constituição da República).

Inexistindo incompatibilidade com a lei de diretrizes orçamentárias, carece de amparo no ordenamento jurídico pátrio a alteração, pelo Poder Executivo, das propostas encaminhadas pelos demais Poderes e órgãos

autônomos, ainda que sob o pretexto de promover o equilíbrio orçamentário e/ou de assegurar a obtenção de superávit primário.

Transcrevo, a propósito, ementa de precedente do Plenário desta Suprema Corte, sem grifos no original: (…)

(ADPF 307 MC-Ref, Rel. Min. Dias Toffoli, Tribunal Pleno, DJe de 27.3.2014)

(MS 31618 MC, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 19.11.2012)(MS 31627, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 13.11.2012)(MS 28405, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 25.11.2009)(MS 21855, Rel. Min. Carlos Veloso, DJ de 1º.02.1994)5. Na espécie, a ilegítima supressão, pelo Poder Executivo, de

despesas previstas nas propostas orçamentárias encaminhadas pelo Poder Judiciário, incluído o Conselho Nacional de Justiça, pelo Ministério Público da União e pelo Conselho Nacional do Ministério Público está evidenciada pelos documentos carreados aos autos. É o que se extrai do seguinte trecho da Exposição de Motivos nº 143/2014, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, encaminhada ao Congresso Nacional juntamente com a Mensagem Presidencial nº 251/2014:

“3. Cumpre-me ainda informar a Vossa Excelência que o Tribunal de Contas da União, o Poder Judiciário, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público da União encaminharam ao Poder Executivo propostas de elevação de remuneração do seu funcionalismo e de criação/provimentos de cargos e funções, objeto dos Pls nºs 7.560, de 2006, 319, de 2007; 6.613 e 6.697, de 2009; 7.429 E 7.785, de 2010; 2.201, de 2011; 5.426, 5.491, 6.218 e 6.230, de 2013; 7.717, 7.784 e 7.904, de 2014; e da PEC nº 63, de 2013, além de passivos administrativos, com impacto total de cerca de R$ 16,9 bilhões em 2015.

4. Tais propostas, em sua maioria, não puderam ser contempladas no projeto de lei orçamentária ora encaminhado em razão do cenário econômico atual, no qual o Brasil necessita manter um quadro de responsabilidade fiscal que permita continuar gerando resultados primários compatíveis com a redução na dívida pública em relação ao PIB e com a execução de investimentos e políticas sociais, garantindo, assim, o controle da inflação e os estímulos ao investimento e ao emprego.

5. Ademais, é oportuno lembrar que o Poder Executivo, em 2012, estudou cenários prospectivos para os exercícios futuros e, dadas as condicionantes advindas das receitas projetadas e da evolução das despesas primárias obrigatórias da União, evidenciou-se um espaço fiscal que possibilitou a concessão de reajustes para todas as carreiras da União, equivalendo a 15,8% em três anos, sendo 5% ao ano no período de 2013 a 2015, os quais representam em 2015 um impacto de R$ 11,7 bilhões, sendo R$ 10,1 bilhões no âmbito do Poder Executivo e R$ 1,6 bilhão para os demais Poderes, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público da União.

6. Todavia, em atendimento ao princípio republicano da separação dos Poderes, e cumprindo dever constitucional, envio, em anexo, as proposições originalmente apresentadas pelo Tribunal de Contas da União, pelo Poder Judiciário, pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público da União.” (Destaque no original).

Não obstante ponderáveis os argumentos apresentados pela autoridade coatora, porquanto tecnicamente orientados à elaboração de um projeto de lei orçamentária fiscalmente responsável, respeitada a meta de superávit primário, tenho, neste primeiro olhar, por carente de legitimidade constitucional a modificação empreendida nas propostas encaminhadas pelo Poder Judiciário, Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público.

Destaco, a propósito do tema, que até a presente data – 30 de outubro de 2014 –, ainda se encontra pendente de análise pelo Legislativo o projeto de lei que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da lei orçamentária de 2015. Dentro desse contexto, na ausência de lei de diretrizes orçamentárias aprovada e em vigor, afigura-se despida de respaldo constitucional a atuação do Poder Executivo na adequação das propostas orçamentárias que lhe foram enviadas para consolidação.

Tampouco se extrai, da exposição de motivos integrada à mensagem presidencial, concreta e precisa indicação de que as propostas enviadas pelo Poder Judiciário e demais órgãos autônomos estejam, em si mesmas, e não quando consideradas no contexto geral das despesas totais projetadas pela União – à luz dos princípios da unidade e da universalidade orçamentária -, em descompasso com a lei de responsabilidade fiscal.

Nessa linha, frente ao fumus boni juris e ao evidente periculum in mora, impõe-se o deferimento de liminar que assegure ao Poder Legislativo o conhecimento irrestrito das propostas orçamentárias apresentadas pelo Poder Judiciário, incluído o Conselho Nacional de Justiça, pelo Ministério Público da União e pelo Conselho Nacional do Ministério Público, como integrantes do projeto de lei orçamentária anual de 2015.

Não me parece razoável, entretanto, em juízo de delibação, o pretendido reconhecimento da nulidade da mensagem presidencial que encaminhou o projeto de lei orçamentária anual, com comando de envio de nova proposição legislativa pela autoridade coatora, uma vez (i) já ultrapassado o prazo previsto no art. 35, § 2º, III, do ADCT; (ii) admitida pelo texto constitucional medida menos gravosa, qual seja, a modificação do projeto de lei orçamentária, “enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta” (art. 166, § 5º, da Magna Carta); e (iii) já encaminhadas as propostas originais do Poder Judiciário, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público ao Congresso

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 68

Nacional, ainda que de forma inadequada, como meros anexos ao projeto de lei orçamentária anual.

Nessa perspectiva, e observados os precedentes desta Suprema Corte anteriormente aludidos, entendo mais consentâneo o deferimento de tutela de urgência que assegure o conhecimento, pelo Poder Legislativo, para deliberação, das propostas orçamentárias originais, como integrantes, repito – e não como meros anexos - do projeto de lei orçamentária anual de 2015.

Tal providência, a meu juízo, é a que melhor se ajusta o princípio da proporcionalidade – na perspectiva da adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito -, enquanto assegura o devido processo legislativo orçamentário, reduz o risco de lacuna orçamentária quanto ao exercício financeiro de 2015 ao contribuir para a solução mais célere da controvérsia, e preserva a autonomia do Poder Judiciário, nele incluído o Conselho Nacional de Justiça, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público. É do Congresso Nacional o papel de árbitro da cizânia, pois, ao examinar, em perspectiva global, as pretensões de despesas dos Poderes e órgãos autônomos da União, exercerá o protagonismo que lhe é inerente na definição das prioridades.

De mais a mais, enfatizo que eventual comando para nova consolidação das propostas, por parte da autoridade coatora, não poderia redundar em inversão na equação, desta feita com ofensa à autonomia orçamentária e financeira do Poder Executivo. Tampouco este pode ser compelido a reduzir suas expectativas de despesa, para acomodar as pretensões de gastos deduzidas pelo Poder Judiciário, pelo Ministério Público da União e pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

O quadro de desencontro das receitas estimadas com as previsões globais de despesas, exacerbado, ou quiçá provocado, pela ausência de tempestiva aprovação da lei de diretrizes para a elaboração e execução da lei orçamentária anual de 2015, desautoriza atuação do Poder Executivo na adequação das propostas dos demais Poderes e órgãos autônomos. O equilíbrio orçamentário e o compromisso com a geração de resultados primários positivos há de ser objeto de debate no âmbito do Poder Legislativo, ao qual incumbirá, v.g., deliberar acerca da anulação das despesas que, em juízo de valoração política, sejam havidas por menos relevantes, em cotejo com as demais, e/ou pela necessidade de reestimativa de receitas, se verificado erro ou omissão de ordem técnica ou legal (art. 12, § 1º, da LC nº 101/2000).

Relembro que, concluída a fase de apreciação legislativa e submetido o projeto de lei orçamentária anual à Presidência da República, caso vislumbrada ausência de equilíbrio entre despesas e receitas ou a impossibilidade de geração de resultado primário compatível com a redução da dívida pública em relação ao PIB, ou, ainda, outro óbice de natureza política ou jurídica, há a possibilidade de veto total ou parcial ao projeto de lei orçamentária anual, assegurada, em qualquer caso, submissão ao Congresso Nacional, para manutenção ou rejeição do veto presidencial.

Registro, por fim, inviável, na minha compreensão, o deferimento de liminar para ordenar à autoridade coatora que se abstenha de proceder ao decote das propostas orçamentárias futuramente enviadas. Não há como antever o procedimento a ser adotado pela Presidência da República nos próximos ciclos orçamentários, e, a depender do que contido nas lei de diretrizes para a elaboração e execução das vindouras leis orçamentárias anuais, eventuais adequações empreendidas pelo Executivo poderão estar revestidas de legitimidade constitucional.

6. Ante o exposto, com respaldo no poder geral de cautela e no princípio constitucional da proporcionalidade, defiro o pedido de medida liminar, para assegurar que as propostas orçamentárias originais encaminhadas pelo Poder Judiciário, incluído o Conselho Nacional de Justiça, pelo Ministério Público da União e pelo Conselho Nacional do Ministério Público, anexas à Mensagem Presidencial nº 251/2014, sejam apreciadas pelo Congresso Nacional como parte integrante do projeto de lei orçamentária anual de 2015” (DJ 4.11.2014, grifos nossos).

Na mesma data e pelos mesmos fundamentos, a Ministra Rosa Weber deferiu a medida liminar no Mandado de Segurança n. 33.193/DF, “para assegurar que a proposta orçamentária original encaminhada pela impetrante [Defensoria Pública da União], anexa à Mensagem Presidencial nº 251/2014, seja apreciada pelo Congresso Nacional como parte integrante do projeto de lei orçamentária anual de 2015”.

13. Em 26.2.2015, o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal – SINDJUS/DF impetrou o Mandado de Segurança n. 33.490/DF, argumentando que, a despeito da medida liminar deferida no Mandado de Segurança n. 33.186/DF,

“o texto do relatório final da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – Projeto de Lei nº 13, de 2014-CN (PLOA 2015) –, revela que as propostas orçamentárias encaminhadas pelo Poder Judiciário e pelo MPU, anexas à Mensagem Presidencial nº 251/2014, não tiveram oportunidade de ser apreciadas pelo Congresso Nacional, tal como se constassem da proposta orçamentária compilada pelo Poder Executivo”.

Em 11.3.2015, ao apreciar a Medida Cautelar no Mandado de Segurança n. 33.490/DF, a Ministra Rosa Weber decidiu:

“1. De início, ante a iminência da votação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei orçamentária anual de 2015, devidamente demonstrada pelo impetrante, impõe-se, sob pena de protrair o exame do pedido de medida liminar para momento posterior ao perecimento do direito, indeferir o pedido de dilação de prazo deduzido pela Advocacia-Geral da União.

2. Em juízo perfunctório, sem avançar maiores considerações acerca da legitimidade do ente sindical impetrante para buscar a concessão de ordem mandamental voltada ao respeito do devido processo legislativo e/ou à defesa de prerrogativas institucionais do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, anoto não me parecer evidenciado, pela documentação juntada com a petição inicial, descumprimento da medida liminar deferida no MS 33186, por meio da qual, na linha dos precedentes desta Suprema Corte, assegurei a apreciação, pelo Congresso Nacional, como parte integrante do projeto de lei orçamentária anual de 2015, das propostas orçamentárias originais encaminhadas pelo Poder Judiciário, incluído o Conselho Nacional de Justiça, pelo Ministério Público da União e pelo Conselho Nacional do Ministério Público, anexas à Mensagem Presidencial nº 251/2014.

3. Enfatizo, por pertinente, que a medida liminar deferida no MS 33186 não importou, nem poderia, sob pena de violação do princípio da separação de Poderes, em comando, ao Legislativo, para aprovação das propostas orçamentárias do Poder Judiciário e do Ministério Público da União tais como encaminhadas, cingindo-se a assegurar a apreciação das aludidas propostas, como integrantes, não meros anexos, do projeto de lei orçamentária anual de 2015.

4. A teor dos documentos juntados pelo impetrante, no relatório final acolhido pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, houve indicativo de aprovação, pelo Plenário do Congresso Nacional, do Anexo V do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2015 na forma de substitutivo.

Examinado o item II do referenciado substitutivo, constato que este contempla, no tocante ao Judiciário e ao Ministério Público da União, dotações originalmente incluídas nas respectivas propostas orçamentárias (a exemplo das necessárias à implementação de gratificação por exercício cumulativo de jurisdição e ao reajuste dos subsídios da magistratura e dos membros do Ministério Público), objeto de decote quando da consolidação empreendida pelo Poder Executivo.

5. Nesse cenário, entendo que a documentação apresentada parece evidenciar a apreciação das propostas orçamentárias originais do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, ainda que não acatadas em sua integralidade no relatório final aprovado pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, pendendo, ainda, de exame pelo Plenário do Congresso Nacional, dentro do normal e devido processo legislativo orçamentário.

Ante o exposto, indefiro o pedido de medida liminar.Notifique-se a autoridade dita coatora do conteúdo da inicial, a fim de

que, no prazo de 10 (dez) dias, preste informações (art. 7º, I, da Lei 12.016/2009).

Decorrido o prazo para informações, abra-se vista para manifestação da Procuradoria-Geral da República (art. 12 da Lei 12.016/2009)” (DJ 17.3.2015, grifos nossos).

14. A argumentação da Autora, pautada no receio de as medidas tomadas pela Presidente da República, no ponto no qual suprimidas do Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2015 (Mensagem n. 251/2014) as propostas orçamentárias apresentadas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, prejudicarem os respectivos associados, porque “os valores suprimidos são relativos a projetos de lei que, se aprovados, importam em melhorias e garantias para os servidores do Judiciário e do Ministério Público”, não demonstra o alegado descumprimento de preceito fundamental.

15. A insatisfação da Autora, traduzida no pedido de cautelar e de mérito, para determinar-se ao Poder Executivo “a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2015 (Projeto de Lei nº 13/2014, objeto da Mensagem nº 251/2014) contemplando a proposta apresentada pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Ministério Público da União para que restem devidamente apreciados pelo Congresso Nacional, tudo na forma da Constituição da República”, foi atendida pela decisão liminar da Ministra Rosa Weber no Mandado de Segurança n. 33.186/DF, em cujos termos foi

“assegura[do] que as propostas orçamentárias originais encaminhadas pelo Poder Judiciário, incluído o Conselho Nacional de Justiça, pelo Ministério Público da União e pelo Conselho Nacional do Ministério Público, anexas à Mensagem Presidencial nº 251/2014, sejam apreciadas pelo Congresso Nacional como parte integrante do projeto de lei orçamentária anual de 2015” (DJ 4.11.2014).

16. Pelo princípio da separação dos poderes, a observância da tênue linha garantidora da independência e harmonia entre os poderes é medida fundamental para a edificação da República brasileira.

Não há indícios nos autos, menos ainda informações disponibilizadas nos sítios oficiais do Poder Legislativo e/ou do Poder Executivo, que possibilitem o reconhecimento da existência de máculas no devido processo legislativo orçamentário para o ano de 2015.

Transbordaria os limites dos princípios da proporcionalidade, da razoabilidade e da legalidade a suspensão do processo legislativo orçamentário levado a efeito nas Casas do Congresso Nacional, que, em 17.3.2015, aprovou o Projeto de Lei Orçamentária 2015 e o encaminhou à Presidência da República, para fins de sanção.

Desse modo, sem adentrar a relevante discussão sobre a possibilidade de o Poder Executivo efetuar cortes nas propostas orçamentárias apresentadas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, tenho que as propostas originalmente apresentadas por esses órgãos, consubstanciadas no denominado Anexo V do Projeto de Lei n. 13/2014-CN,

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 69

foram devidamente analisadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, muito embora não tenham sido acolhidas e aprovadas integralmente.

Os embaraços decorrentes da não aprovação das propostas orçamentárias apresentadas pelos poderes constituídos e demais órgãos que exercem funções essenciais à Justiça não são pequenos, tampouco devem ser menosprezados, ante a complexidade das consequências sociais advindas da impossibilidade de execução de projetos contemplados na proposta orçamentária original do Poder Judiciário e do Ministério Público da União.

Entretanto, nessa via processual, limitada ao pedido formulado pela parte, não poderia este Supremo Tribunal, ultrapassando os limites normativos típicos do controle concentrado, determinar ao Poder Executivo e ao Legislativo, nesse momento processual, obrigações que importariam em descumprimento da Constituição da República.

17. Em situação análoga à vertente, o Ministro Roberto Barroso julgou prejudicada a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 240/DF:

“Trata-se de arguição de descumprimento de preceito fundamental, com pedido liminar, em que se pretende incluir no projeto de lei orçamentária de 2012 a proposta orçamentária integral do Poder Judiciário e do Ministério Público da União para o referido ano.

Os autos foram distribuídos por prevenção ao Min. Joaquim Barbosa, relator originário do feito, por prevenção com a ADO 18.

A Presidenta da República e a Advocacia-Geral da União manifestaram-se pelo não conhecimento da ação, e, no mérito, pela improcedência do pedido. O Presidente do Congresso não se manifestou.

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo conhecimento da ação, e, no mérito, pela procedência do pedido, no sentido de se “exortar a Presidenta da República a incorporar, na proposta orçamentária de 2013, as propostas do Judiciário e do MPU, salvo se ocorrente quaisquer das hipóteses previstas nos §§ 3º e 4º do art. 99 da CR”.

O relator originário foi por mim substituído.É o relatório. Decido.A questão em exame foi trazida ao conhecimento desta Corte por

meio do MS 30896, relatado pelo Min. Luiz Fux, que determinou monocraticamente às Mesas do Congresso Nacional que “apreciem a proposta de orçamento do Poder Judiciário, anexas à Mensagem nº 355/2011, oficialmente elaborada, como integrante do projeto de lei que Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2012”.

À vista da efetiva votação do Projeto de Lei Orçamentária de 2012 pelo Congresso Nacional, o Min. Luiz Fux extinguiu monocraticamente o referido mandado de segurança, por perda superveniente de objeto. Idêntica providência foi por mim adotada na ADO 18.

A mesma solução deve ser aplicada ao presente caso.Diante do exposto, com base no art. 267, VI, do CPC, e do art. 21, IX,

do RI/STF, julgo extinta a presente ação, sem resolução de mérito, por perda de objeto, prejudicadas as demais questões pendentes”.

Em casos análogos, este Supremo Tribunal assentou o prejuízo da ação de controle concentrado: ADI 4.593/CE, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática, DJ 4.9.2013; ADI 4.502/AL, Relator o Ministro Gilmar Mendes, decisão monocrática, DJ 23.11.2012; ADI 3.949/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, decisão monocrática, DJ 1º.6.2010; ADI 2.562/AL, Relator o Ministro Dias Toffoli, decisão monocrática, DJ 12.2.2010.

18. Pelo exposto, julgo prejudicada a presente arguição de descumprimento de preceito fundamental, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de março de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

EXTRADIÇÃO 1.066 (598)ORIGEM : EXT - 180098 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : GOVERNO DA ALEMANHAEXTDO.(A/S) : ANDRÉ MICHAEL MANTHEYPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Busca-se, com o pleito ora formulado, “seja determinada a baixa do nome do requerente no sistema e, em não sendo isso possível, que se proceda de forma a se permitir apenas a visualização de suas iniciais” (fls. 341 – grifei).

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. MARIO JOSÉ GISI, manifestou-se pelo deferimento do pleito (fls. 352/353), fazendo-o com apoio nos seguintes fundamentos (fls. 353):

“C ompulsando os autos, observa-se que o presente processo de extradição foi julgado extinto, já que, sob a ótica da legislação penal brasileira, consumada a prescrição da pretensão executória, na forma do art. 109, VI, c/c os arts. 110, ‘caput’, e 119.

A Resolução nº 356, de 6 de março de 2008, prevê as hipóteses em que ‘as certidões de antecedentes, bem como as informações e relatórios de pesquisa eletrônica serão expedidos com a anotação NADA CONSTA’. Os

casos de declaração de extinção de punibilidade fazem parte do rol especificado pelo art. 1º do referido instrumento normativo (inc. IV), de maneira que, como já decidido pela Presidência dessa Suprema Corte, nos autos do Processo Administrativo nº 341094/2010, ‘não é razoável que, naquelas hipóteses e nesta, especificamente, as consultas por meio eletrônico revelem dados que nem sequer por certidão se poderiam obter. Haveria, de outro modo, violação à intimidade’ (fl. 345).

Assim posta a questão, o Ministério Público manifesta-se no sentido de que seja retirada do sistema de busca eletrônica do STF a presente Extradição nº 1.066, na forma do disposto no art. 1º, IV, da Resolução nº 356/2008.” (grifei)

Sendo esse o contexto, passo a apreciar o pedido em questão. E, ao fazê-lo, defiro o pleito em referência, nos exatos termos do pronunciamento, que adoto como razão de decidir, emanado do Ministério Público Federal.

Assinalo que a postulação em causa encontra base normativa no art. 1º, inciso IV, da Resolução STF nº 356/2008, que possui, no ponto, o seguinte conteúdo material:

“Art. 1º As certidões de antecedentes, bem como as informações e relatórios de pesquisa eletrônica serão expedidos com a anotação NADA CONSTA, nos seguintes casos:

…...................................................................................................IV – declaração da extinção de punibilidade;” (grifei)A situação em que se acha o súdito estrangeiro em referência

ajusta-se à cláusula normativa que venho de mencionar, pois o pedido de extradição formulado pela República Federal da Alemanha foi extinto em razão da ocorrência, na espécie, de prescrição da pretensão executória do Estado, segundo a legislação penal brasileira (fls. 324/325).

Presente, desse modo, no caso, a configuração de típica causa extintiva da punibilidade.

Sendo assim, e em face das razões expostas, defiro o pedido nos exatos termos do que prescreve o art. 1º da Resolução STF nº 356/2008.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 09 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 111.629 (599)ORIGEM : AÇÃO PENAL - 368020107040004 - JUIZ AUDITOR

MILITAR DA 4º CJMPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : FELIPE JOSÉ DE SOUZA DONATOPACTE.(S) : ARLEN LIMA CORDEIROIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão do Superior Tribunal Militar proferido nos autos do HC 149-23.2011.7.00.0000/RJ, Rel. Min. José Coelho Ferreira.

Busca a impetração, em síntese, a concessão da ordem, para “declarar extinta a punibilidade em favor do paciente, em razão de o fato apurado já ter sido julgado no Juizado Especial, com a prevalência da coisa julgada ocorrida nessa instância”.

2. Conforme consta dos autos do ARE 840.187, de minha relatoria, que trata da ação penal objeto do presente habeas corpus, (a) o paciente Felipe José de Souza Nonato foi absolvido, tendo ocorrido o trânsito em julgado, e (b) o paciente Arlen Lima Cordeiro teve extinta sua punibilidade pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva.

Assim, não mais havendo de se falar em constrangimento à liberdade de locomoção, o habeas corpus perdeu seu objeto.

3. Ante o exposto, julgo prejudicado o pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 122.556 (600)ORIGEM : ARESP - 243113 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : WELLINGTON BATISTA CORREAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido nos autos do AREsp 243.113/PR, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze. Busca a impetração, em síntese, a aplicação do princípio da insignificância no crime de descaminho.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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2. Em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, é possível verificar que, em 28/07/2014, a denúncia oferecida contra o paciente foi rejeitada, decisão mantida em sede recursal, tendo ocorrido o trânsito em julgado em 16/04/2015 (Recurso em Sentido Estrito 5010269-19.2014.4.04.7002).

3. Presente tal circunstância, julgo prejudicado o pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 123.209 (601)ORIGEM : HC - 251532 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : MICK MANOEL XAMBREIMPTE.(S) : JOÃO CARLOS PEREIRA FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 251.532 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Pelo que se colhe do sítio eletrônico do Superior Tribunal de Justiça, a Sexta Turma julgou definitivamente o HC 251.532/SP, concedendo a ordem de ofício. Não subsiste, portanto, a demora no julgamento contra a qual se insurgia a impetração, razão pela qual julgo prejudicado o pedido.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 127.230 (602)ORIGEM : RHC - 51566 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : MARCELO FRANCISCO DE SANTANAIMPTE.(S) : EMERSON DAVIS LEONIDAS GOMES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 51.566 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Homologo o pedido de desistência (Petição 18127/2015), na forma do art. 21, VIII, do RISTF. Arquive-se.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 127.288 (603)ORIGEM : RHC - 41191 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ROSELY NASSIM JORGE SANTOSIMPTE.(S) : EDUARDO PIZARRO CARNELOS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça nos autos do RHC 41.191/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro. Consta dos autos, em síntese, que (a) a paciente foi denunciada pela suposta prática dos crimes de bando ou quadrilha (art. 288 do CP na redação originária), frustrar ou fraudar procedimento licitatório (art. 90 da Lei 8.666/1993), por 8 vezes, e corrupção passiva (art. 317, § 1º, do CP), por treze vezes; (b) sustentando a inépcia da denúncia e a nulidade da ação penal, impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que denegou a ordem; (c) contra essa decisão, interpôs RHC no Superior Tribunal de Justiça, que lhe negou provimento, em acórdão assim ementado:

(…) 1. Orienta-se a jurisprudência no sentido de que o trancamento da ação penal é medida de exceção na via do habeas corpus, sendo admitido somente quando inequívoca a inépcia da denúncia ou a ausência de justa causa.

2. Denúncia que descreve conduta que se amolda, em tese, aos crimes de associação criminosa (art. 288 do CP), corrupção passiva (art. 317, §1º, do CP) e fraude à licitação (art. 90 da Lei 8.666/93) e que traz indícios de autoria e materialidade, perfaz os requisitos exigidos pelo art. 41 do CPP, a permitir o pleno exercício do direito de defesa.

3. Não se sustenta a tese de que as decisões que apreciaram a defesa preliminar e a resposta à acusação seriam carentes de fundamentação, porquanto todos os pontos indicados pela defesa, nas duas peças, foram devidamente analisados e rebatidos pelo juízo processante, de modo a não se verificar ilegalidades.

4. O desmembramento do processo é decisão que se encontra dentro do âmbito de discricionariedade do juiz, nos termos do art. 80 do CPP, não se verificando falta ou defeito de motivação na decisão impugnada.

5. Recurso em habeas corpus a que se nega provimento.Neste habeas corpus, o impetrante sustenta, em suma, que: (a) a

peça acusatória, (i) quanto ao crime de bando ou quadrilha, “não indicou como estaria constituído, nem como operaria” o grupo criminoso; (ii) em relação ao delito do art. 90 da Lei 8.666/1993, “não há, por exemplo, descrição de fato concreto, com a imprescindível indicação de local e tempo de execução” do fato típico; “as porcentagens (...) pagas como propina são lançadas arbitrariamente, sem que se possa saber onde se encontra a base empírica para as afirmações feitas”; “não se tem indicação de como as empresas poderiam produzir os valores mencionados, uma vez que não se afirma que as obras ou os serviços contratados não foram executados”; (iii) no que toca ao crime de corrupção passiva, “os fatos não se acham descritos com a clareza exigida pelo art. 41 do CPP”; (b) a paciente não participou da administração da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento - SANASA; (c) quando não há preso preventivo, o art. 80 do CPP não autoriza o desmembramento de ação penal em razão do número de réus; (d) em decorrência do desmembramento desfeito, “as testemunhas arroladas pela denúncia foram ouvidas duas vezes, sendo que, em cada uma das audiências, apenas parte das Defesas teve participação assegurada sem a imposição de condições extravagantes, enquanto ao Ministério Público foi garantida participação irrestrita, livre e desimpedida”; e (e) a paciente não teve acesso aos “autos desmembrados durante o prazo para a apresentação de resposta à acusação”. Requer, liminarmente, a suspensão da ação penal 114.01.2011.002723-1 em curso na 3ª Vara Criminal de Campinas/SP.

2. A concessão liminar da ordem supõe, além da comprovação da urgência da medida, a demonstração inequívoca da plausibilidade do direito invocado. No caso, conforme se depreende da própria ementa do julgado impugnado, não se constata flagrante ilegalidade.

Por outro lado, a urgência da medida também não foi demonstrada, não sendo suficiente, para esse fim, a mera tramitação da ação penal. Ademais, não há notícia de segregação cautelar da paciente, ou de sua iminente prisão.

3. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar. À Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECONSIDERAÇÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 127.405

(604)

ORIGEM : HC - 318904 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : GILVANE MACHADO FONTANAIMPTE.(S) : EVA APARECIDA SARAVY PINTOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N° 318904 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.A impetrante apresenta pedido de reconsideração (Petição/STF nº

19529/2015) da decisão pela qual indeferi o pedido de liminar formulado no writ.

Decido. Não obstante a tentativa em trazer a baila situação que pudesse levar

ao deferimento da liminar, o fato é que os argumentos oferecidos no pedido de reconsideração não são suficientes para tanto, sendo recomendável que se aguarde o julgamento de mérito da impetração, mormente se levado em conta o enunciado da Súmula nº 691/STF e que as razões invocadas pela impetrante para o deferimento da medida excepcional possuem caráter satisfativo.

Por essas razões, indefiro o pedido de reconsideração. Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 127.423 (605)ORIGEM : ARESP - 454616 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : RENATO DA SILVA DE JESUSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública da União em favor de Renato da Silva de Jesus, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 71

provimento ao agravo regimental no AREsp nº 454.616/MS, Relator o Ministro Ericson Maranho.

A impetrante alega, em síntese, estarem presentes os requisitos necessários à aplicação do postulado da insignificância. Aduz, para tanto, que

“o delito cometido pelo ora paciente foi o subtrair para si um celular avaliado no valor de R$ 60,00 (sessenta reais), sem emprego de violência física ou grave ameaça à vítima, sendo que o objeto da res furtiva logrou ser devidamente restituído à vítima” (fl. 4 da inicial – grifos da autora).

Defende, ainda, que “os crimes de irrisória repercussão no patrimônio da vítima e na

tranquilidade da coletividade não necessitam ser levados ao crivo do Poder Judiciário, sendo notório, em tais casos, quando o bem jurídico não sofre significativa ameaça e a dimensão do injusto revela-se ínfima, que nenhuma razão subsiste a justificar a aplicação de sanção penal tão violenta quanto o é a privação da liberdade da pessoa humana” (fl. 5 da inicial).

Assevera, por fim, que “não procede a alegação de que a reincidência delitiva do ora paciente obsta a aplicação do princípio da insignificância” (fl. 7 da inicial – grifos da autora).

Requer o deferimento da liminar para sobrestar os efeitos do acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça no AREsp nº 454.616/MS. No mérito, pede a concessão da ordem “para a fim de assegurar ao paciente o direito de se beneficiar da aplicação do princípio da insignificância, ante a atipicidade material da conduta, haja vista o ínfimo valor da res furtiva” (fl. 12 da inicial).

Em 31/3/15, indeferi o pedido de liminar e, por estar a impetração devidamente instruída, dispensei o pedido de informações.

O Ministério Público Federal, em parecer de lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. Edson Oliveira de Almeida, opinou pela denegação da ordem.

É o relatório.Decido.Narra a impetrante, na inicial, que:“No caso, o ora paciente foi condenado como incurso no art. 155,

caput, do Código Penal, a uma reprimenda penal no importe de 01 (um) ano e 10 (dez) meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto.

Irresignada, a defesa interpôs recurso de apelação requerendo a absolvição com fulcro no princípio da insignificância e, subsidiariamente, o redimensionamento da pena-base, e a compensação entre a agravante da reincidência e atenuante da confissão espontânea, bem como a aplicação de regime aberto.

A C. 1ª Câmara do TJ/MS deu parcial provimento ao apelo defensivo, nos seguintes termos:

ELAÇÃO CRIMINAL –FURTO –PRETENDIDA A ABSOLVIÇÃO ANTE A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA –REJEITADA –NÃO PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS PARA A CONCESSÃO DA BAGATELA –PRETENDIDA A REDUÇÃO DA PENA-BASE –NÃO ACOLHIDA –PENA-BASE FIXADA EM OBEDIÊNCIA AOS PRINCIPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE –COMPENSAÇÃO DA AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA COM A ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA –ACOLHIDA –PRECEDENTES DO STJ –FIXAÇÃO DE REGIME ABERTO –NÃO ACOLHIDO –ART. 33, §2º , A E B, E §3º, DO CÓDIGOPENAL –RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

I- Para aplicação do principio da insignificância, não se observa unicamente o desvalor do resultado ou da ação. Para tanto, há que se aferirem algumas circunstâncias, a saber: a) a ofensividade da conduta do agente –que deve ser mínima; b) a periculosidade social; c) o alto grau de reprovabilidade do comportamento –que deve ser reduzido; d) bem como de ser inexpressiva a lesão jurídica provocada. Em que pese o valor ser ínfimo, o apelante registra outros incidentes pela prática de crime patrimonial, de modo que suas atitudes reclamam a repressão estatal, sob pena de se criar verdadeiro incentivo aos delinquentes, autorizando a constante turbação no patrimônio alheio, o que geraria insegurança e instabilidade social.

II- É cediço que o juiz, dentro dos limites estabelecidos pelo legislador, (mínimo e máximo abstratamente fixados para a pena), deve eleger o quantum ideal, valendo-se do seu livre convencimento, com fundamentada

exposição do seu raciocínio. IN casu, o juiz a quo exasperou a pena-base obedecendo, criteriosamente, ao principio da razoabilidade e proporcionalidade.

III- Após o julgamento dos Embargos de Divergência n. 1.154.752/RS, em 23.5.2012, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, uniformizou o entendimento de que a atenuante da confissão espontânea deve ser compensada com a agravante de reincidência, reconhecendo que ambas as causas devem igualmente valoradas.

IV- Tendo em vista a reincidência do apelante, bem como nos termos do art. 33§ 2º, a e b, e § 3º, do Código Penal, mantenho o regime inicial semiaberto para o inicio do cumprimento de reprimenda.

Diante disso, tendo em conta a existência de um voto divergente, uma vez que o acórdão foi decidido por maioria dos votos, a defesa interpôs embargos infringentes, porém, estes restaram improvidos, conforme a seguinte ementa:

EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO CRIMINAL - FURTO SIMPLES - CONDENAÇÃO - PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - RÉU REINCIDENTE - INAPLICABILIDADE - CONDENAÇÃO MAN-TIDA - IMPROVIDOS.

Revela- se incabível a aplicação da insignificância, ainda que a res furtiva tenha sido devolvida à vítima, quando não se trata de fato isolado na vida do acusado, reincidente específico.

Dessa forma, a defesa interpôs o respectivo Recurso Especial perante o E. Superior Tribunal de Justiça, o qual teve seu seguimento negado pelo TJ, ao argumento da incidência da Súmula 83/STJ.

Irresignada, a defesa interpôs agravo em recurso especial sustentando a não incidência aludida Súmula 83/STJ, porém a tal recurso foi negado provimento, mantendo-se o entendimento da decisão de admissibilidade.

Por fim, foi interposto Agravo Regimental e que foi julgado pela C. 6ªTurma do STJ e que restou desprovido (...)” (fls. 2/3 da inicial – grifos da autora).

Transcrevo a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça:

“PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO APLICAÇÃO. AGENTE REINCIDENTE. REDUZIDO GRAU DE REPROVABILIDADE E MÍNIMA OFENSIVIDADE DA CONDUTA. REQUISITOS INEXISTENTES. AGRAVO DESPROVIDO.

– Não atendidos os requisitos da mínima ofensividade da conduta e do reduzido grau de reprovabilidade do comportamento do agente, não há como reconhecer a atipicidade material da conduta pela incidência do princípio da insignificância, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça - STJ.

Agravo regimental desprovido” (fl. 372 – anexo 6). Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.O julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça não evidencia

ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique a concessão da ordem. Com efeito, a decisão emanada daquela Corte encontra-se suficientemente motivada, restando justificado o convencimento formado.

Ademais, anoto que embora seja reduzida a expressividade financeira do bem subtraído (celular avaliado em R$ 60,00), entendo não ser possível acatar a tese de irrelevância material da conduta praticada pelo paciente, tendo em vista que informações extraídas dos autos dão claras demonstrações de que ele é um infrator contumaz e com personalidade voltada à prática delitiva.

Conforme destacado pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso Sul, o paciente

“possui pelo menos 01 (uma) condenação criminal com trânsito em julgado pelo crime de furto (f. 48/59 e 125/131) além da condenação por posse de entorpecentes para uso pessoal (art. 28, da Lei 11.343/06) e de 3 (três) outros processos de execução de medida sócio educativa, o que evidencia que o embargante é voltado à prática delitiva” (fl. 248 – anexo 5).

Conforme pertinentemente observado pela eminente Ministra Cármen Lúcia ao julgar o HC nº 102.088/RS,

“o criminoso contumaz, mesmo que pratique crimes de pequena monta, não pode ser tratado pelo sistema penal como se tivesse praticado condutas irrelevantes, pois crimes considerados ínfimos, quando analisados isoladamente, mas relevantes quando em conjunto, seriam transformados pelo infrator em verdadeiro meio de vida” (Primeira Turma, DJe de 21/5/10).

Perfilhando esse entendimento, destaco julgados de ambas as Turmas:

“Habeas corpus. 2. Furto qualificado pelo concurso de agentes. Condenação. 3. Alegação de violação ao Enunciado 7 da Súmula do STJ. Não houve reexame do contexto fático-probatório produzido nas instâncias ordinárias, mas tão somente uma valoração jurídica dos fatos, consentânea aos limites legalmente impostos ao recurso especial. 4. Violação ao artigo 5º, inciso LIV, da CF. Inocorrência. Corréu devidamente intimado, que deixou de contra-arrazoar o REsp. 5. Tese de crime impossível. Os sistemas de vigilância de estabelecimentos comerciais, ou até mesmo os constantes monitoramentos realizados por funcionários, não têm o condão de impedir totalmente a consumação do crime. Precedentes do STF. 6. Aplicação do princípio da insignificância. Sentenciados reincidentes na prática de crimes contra o patrimônio. Precedentes do STF no sentido de afastar a aplicação do princípio da insignificância aos acusados reincidentes ou de habitualidade delitiva comprovada. 7. Ordem denegada” (HC nº 117.083/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/3/14 – grifei);

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Furto simples na modalidade tentada e uso de documento falso. Artigos 155, caput, c/c o art. 14, inciso II, e o art. 304 do Código Penal. Alegada incidência do postulado da insignificância penal ao crime de furto. Inaplicabilidade. Recorrente reincidente em práticas delituosas. Precedentes. Ordem denegada.

1. A tese de irrelevância material da conduta praticada pelo recorrente não prospera, tendo em vista ser ele reincidente em práticas delituosas. Esses aspectos dão claras demonstrações de ser ele um infrator contumaz e com personalidade voltada à prática delitiva.

2. Conforme a jurisprudência desta Corte, ‘o reconhecimento da insignificância material da conduta increpada ao [recorrente] serviria muito mais como um deletério incentivo ao cometimento de novos delitos do que propriamente uma injustificada mobilização do Poder Judiciário’ (HC nº 96.202/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 28/5/10).

3. Ordem denegada” (RHC nº 112.870/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 27/8/12 – grifei);

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 72

“PENAL. HABEAS CORPUS. PACIENTE PROCESSADO PELO CRIME DE FURTO SIMPLES. ABSOLVIÇÃO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. PERICULOSIDADE DO AGENTE. FURTO INSIGNIFICANTE. FURTO PRIVILEGIADO. DISTINÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – A aplicação do princípio da insignificância de modo a tornar a conduta atípica exige, além da pequena expressão econômica dos bens que foram objeto de subtração, um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente. II – Embora o paciente não seja tecnicamente reincidente, tem personalidade voltada para a prática de crimes contra o patrimônio, o que impede o atendimento de um dos requisitos exigidos por esta Corte para a configuração do princípio da insignificância, qual seja, a ausência de periculosidade do agente. III – Na espécie, a aplicação do referido instituto poderia significar um verdadeiro estímulo à prática destes pequenos furtos, já bastante comuns nos dias atuais, o que contribuiria para aumentar, ainda mais, o clima de insegurança hoje vivido pela coletividade. IV – Convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do princípio da insignificância. Já no que tange à coisa de pequeno valor, criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto privilegiado, prevista no art. 155, § 2º, do Código Penal. V – Ordem denegada” (HC nº 107.138/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 30/5/11);

É bem verdade que o tema está submetido ao Tribunal Pleno no HC nº 123.108/MG (Relator o Ministro Roberto Barroso), cujo julgamento encontra-se suspenso. Entretanto, até o momento, é orientação predominante na Corte que o infrator contumaz e com personalidade voltada à prática delitiva obsta a aplicação do princípio da insignificância (HC nº 122.030/MG-AgR, de minha relatoria, DJe de 27/8/14).

Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei nº 8.038/90 e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao presente habeas corpus por contrariar a jurisprudência predominante desta Suprema Corte.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 127.461 (606)ORIGEM : HC - 265682 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ROSELY NASSIM JORGE SANTOSIMPTE.(S) : EDUARDO PIZARRO CARNELOS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça nos autos do HC 265.682/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro. Consta dos autos, em síntese, que (a) a paciente foi denunciada pela suposta prática dos crimes de bando ou quadrilha (art. 288 do CP na redação originária), frustrar ou fraudar procedimento licitatório (art. 90 da Lei 8.666/1993), por 8 vezes, e corrupção passiva (art. 317, § 1º, do CP), por treze vezes; (b) sustentando a parcialidade do Juiz condutor da ação penal, apresentou exceção de suspeição no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que indeferiu o pedido; (b) inconformada, (i) interpôs recurso especial, negado seguimento, e agravo, pendente de julgamento, e (ii) impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do pedido, em acórdão assim ementado:

(…) 2. Incabível a análise, por esta Corte Superior, da tese de suspeição do juízo, na medida em que a valoração de isenção foi no Tribunal de origem determinada pela apreciação dos fatos, com revisão descabida na via do habeas corpus .

3. Ademais, a imputação feita nesta impetração não se insere entre as causa legais, taxativas, de impedimento ou suspeição.

4. Habeas corpus não conhecido.Neste habeas corpus, o impetrante sustenta, em suma, que: (a) não

ocorreu, no STJ, a impetração substitutiva de recurso especial, mas sim a utilização simultânea dos meios impugnativos; (b) ao analisar o mérito de ofício, a Corte Superior antecipou o julgamento do especial interposto; (c) não é necessária a análise de fatos e provas para reconhecer a parcialidade do Juiz instrutório; (d) “as causas de impedimento e suspeição não são taxativas”; (e) o Juiz condutor da ação penal realizou prejulgamento de mérito, já que (i) concedeu entrevistas e fornecer peças processuais à imprensa, (ii) admitiu a realização do procedimento de delação antes da sistematização da matéria pela Lei 12.850/2013. Requer, liminarmente, a suspensão da ação penal 114.01.2011.002723-1 em curso na 3ª Vara Criminal de Campinas/SP.

2. Consideradas as especiais circunstâncias da causa, o exame da pretensão será feita no momento próprio, em caráter definitivo.

3. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar. À Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 127.677 (607)ORIGEM : HC - 54465 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JOAO BOSCO DA SILVAPACTE.(S) : WANDERCY BUENO DA SILVA JUNIORIMPTE.(S) : WILLIAN CARDOSO MACHADOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido nos autos do RHC 54.465/GO, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura. Consta dos autos, em síntese, que: (a) os pacientes foram presos preventivamente pela suposta prática dos crimes de tráfico de drogas (art. 33, III, da Lei 11.343/2006), colaboração com o tráfico de drogas (art. 37 c/c 40 da Lei 11.343/2006) e corrupção passiva (art. 317 do Código Penal); (b) buscando a liberdade dos pacientes, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que denegou a ordem, e, na sequência, interpôs RHC no Superior Tribunal de Justiça, que lhe negou provimento, em acórdão assim ementado:

“(...) 1. Não é ilegal o encarceramento provisório que se funda em dados concretos a indicar a necessidade da medida cautelar, especialmente em elementos extraídos da conduta perpetrada pelos acusados, que demonstram a gravidade concreta do delito.

2. Hipótese em que a custódia cautelar foi decretada e mantida para o resguardo da ordem pública, em razão do envolvimento permanente dos recorrentes, policiais, com o tráfico de drogas. A decisão narra que os trinta acusados integravam uma bem estruturada rede criminosa, que disseminava entorpecentes na região.

3. A questão do excesso de prazo na formação da culpa não se esgota na simples verificação aritmética dos prazos previstos na lei processual, devendo ser analisada à luz do princípio da razoabilidade, segundo as circunstâncias detalhadas de cada caso concreto.

4. In casu, a complexidade do feito é evidente, diante do número de réus e testemunhas, bem como pela expedição de cartas precatórias. Passado um ano da custódia, o feito está prestes a ser sentenciado, já tendo sido apresentadas as alegações finais. Tal situação justifica o atual trâmite processual, encontrando-se compatível com as particularidades da causa.

5. Inviável apreciar o pedido de extensão da liberdade concedida ao corréu, pois ele não foi enfrentado pelo Tribunal de origem, diante da deficiente instrução do writ, bem como por sua incompetência. De fato, caberia à Defesa requerer a extensão ao Juízo de primeiro grau, bem como instruir o habeas corpus com a decisão que havia concedido o benefício. Ademais, o Juiz de primeiro grau assentou que o decisum baseou-se em questão exclusivamente subjetiva.

6. Recurso a que se nega provimento.”.Nesta ação, o impetrante alega, em suma, que: (a) os “pacientes são

primários, possuem bons antecedentes, possuem família constituída, residem no distrito da culpa, são policiais civis, (...) e jamais estiveram envolvidos com a justiça”; (b) não há motivos para a manutenção da preventiva com fundamento na garantia da ordem pública; (c) o STJ “não demonstrou a existência de fato concreto a justificar o decreto prisional cautelar”; (d) a liberdade concedida a outros corréus deveria ser estendida aos pacientes, “visto que os motivos não são de caráter exclusivamente pessoal”; e (e) há excesso de prazo na segregação cautelar. Requer, ao final, a revogação da prisão preventiva e, subsidiariamente, a extensão de ordem concedida a corréus pelo TJ/GO.

2. Nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva poderá ser decretada quando houver prova da existência do crime (materialidade) e indício suficiente de autoria, mais a demonstração de um elemento variável: (a) garantia da ordem pública; ou (b) garantia da ordem econômica; ou (c) por conveniência da instrução criminal; ou (d) para assegurar a aplicação da lei penal. Em qualquer dessas hipóteses, é imperiosa a indicação concreta e objetiva de que tais pressupostos incidem na espécie. Não basta, portanto, a alegação abstrata da gravidade do crime ou a repetição textual dos requisitos previstos na lei.

3. No caso, constata-se que a ordem de prisão preventiva está devidamente fundamentada, de acordo com os pressupostos e os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. Eis, a propósito, o registro do STJ:

In casu, a prisão preventiva foi decretada consoante a seguinte fundamentação (fls. 75/86):

(...)Informou que, com base em inquérito policial n.º 025/2013, bem como

nas interceptações realizadas, restou apurada a prática dos crimes de TRÁFICO DE DROGAS, USO DE BEM A SERVIÇO DO TRÁFICO, TRÁFICO DE MATERIAL QUÍMICO DESTINADO À PREPARAÇÃO DE DROGAS, PETRECHOS PARA O TRÁFICO, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO, AUXÍLIO DO USO INDEVIDO DE DROGAS, COLABORAÇÃO COM O TRÁFICO, CORRUPÇÃO DE MENORES, PREVARICAÇÃO, QUADRILHA OU BANDO, cuja autoria recai sobre os investigados.

Afirmou que os investigados integram verdadeira rede criminosa voltada à disseminação de drogas e outros crimes que tem palco a cidade de Orizona-GO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 73

Disse ainda que foram identificadas várias pessoas associadas umas às outras que podem ser indicadas como os principais comerciantes de drogas da cidade, com extensão de seus crimes ainda a outros Municípios vizinhos.

Esclareceu que após análise de dados e de centenas de diálogos captados ao longo das investigações, foi comprovado que no ápice da pseudo-organização criminosa instalada em Orizona está o investigado GELSON DONIZETE BASTOS DE FREITAS.

Relatou que este investigado, embora resida em Pires do Rio, "derrama", com o auxílio de diversos outros comparsas, significativa quantia de drogas que são repassadas em porções menores para traficantes de drogas Orizonenses, até chegarem às mãos dos consumidores finais (usuários).

Sustentou que são fartas as evidências que podem ser extraídas dos autos de investigação, em conjunto com as Medidas de Interceptação Telefônicas e seus respectivos relatórios circunstanciados.

Afirmou que de forma estruturada, e com divisão de tarefas entre os integrantes de cada uma das células criminosas, a rotina da atividade ilegal ora investigada é de se fazer da cidade de Orizona-GO território onde um único distribuidor de substância entorpecentes, atacadista, possua um representante "comercial", que atenda os vários locais e pessoas dedicadas ao mercadejo de drogas.

Ainda, narrou que estas pessoas disseminam o tóxico diretamente ao usuário, consumidor final, contando com o auxílio e colaboração de agentes da Lei, policiais civis e militares da região, para que blindem a pseudo-organização de eventuais ações policiais e com notícias e informações, recebendo em troca pagamentos em dinheiro ou objetos de seus interesses.

Narrou os fatos relacionados às condutas de cada investigado. Fundamentou a presente medida ressaltando a existência de indícios de participação de todos os investigados, demonstrando a imprescindibilidade da decretação da prisão preventiva.

Alegou estarem presentes os pressupostos da medida (materialidade e autoria).

Neste ponto, afirmou que as provas testemunhais e documentais, bem como a apreensão da droga na posse do investigado LUIS CARLOS DE OLIVEIRA, no Inquérito Policial n° 30/2013, que se estenderia aos outros investigados, possui o condão de comprovação da materialidade.

Por derradeiro, alegou a necessidade e adequação da custódia dos representados visando a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e certeza da aplicação da lei penal.

Trouxe à colação jurisprudências do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.

Quanto aos policiais investigados WANDERCY BUENO DA SILVA JÚNIOR, JOÃO BOSCO DA SILVA e WILSON ADRIANO PERES, informou que no momento oportuno serão encaminhadas cópias dos documentos referidos aos órgãos competentes para as devidas providências.

O Ministério Público, cotado a manifestar, manifestou-se favorável, contudo, ao contrário da douta Autoridade Policial, pugnou pela prisão preventiva do Policial Militar WILSON ADRIANO PERES, bem como dos Policiais Civis (agentes)WANDERCY BUENO DA SILVA JÚNIOR e JOÃO BOSCO DA SILVA, ambos qualificados na peça de representação.

É o relatório. DECIDIMOS.De inicio, cabe destacar o artigo 311 do Código de Processo Penal

que garante ao Magistrado que em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal poderá decretar a prisão preventiva, de oficio, a requerimento do Ministério Público, ou do querelante, ou mediante representação da autoridade policial, como no presente caso.

A prisão preventiva é cabível nos casos previstos em Lei, de acordo com o disposto pelo artigo 312 do Código de Processo Penal, para garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando não se revelarem adequadas ou suficientes as outras medidas cautelares, previstas pelo citado ordenamento jurídico.

Ademais, a natureza cautelar da prisão preventiva impõe-lhe a marca da excepcional idade, razão pela qual a sua decretação ou manutenção somente se justifica quando se encontram presentes os dois pressupostos básicos das medidas cautelares, quais sejam: a prova da materialidade delitiva e o perigo da liberdade.

Pois bem. Atendendo ao fumus comissi delicti, nota-se a presença dos pressupostos da materialidade do crime, através dos documentos acostados no presente inquérito, bem como a apreensão da droga na posse do investigado LUIS CARLOS DE OLIVEIRA, no Inquérito Policial n° 30/2013.

Além disso, há fortíssimos indícios da autoria em relação a todos os investigados.

Por outro lado, quanto ao periculum libertatis , entendemos que se mostra indispensável a segregação de todos os indigitados para garantir a ordem pública, pois, nos últimos anos houve relevante aumento de criminalidade na Comarca de Orizona, acredita-se por conseqüência do tráfico de drogas.

Ainda, devido a natureza dos crimes, cremos que em liberdade os representados continuarão a cometer os mesmos crimes objetos da investigação.

De outra banda, cabe esclarecer que as penas previstas abstratamente para os crimes são superiores a 04 (quatro) anos, o que

garante a decretação das constrições cautelares.(...)Consoante se insere do presente inquérito restou caracterizado, por

meio de farto substrato investigatório, que contou com a diligente atuação do delegado responsável pela investigação, a presença dos requisitos indispensáveis à cautela prisional, sendo imprescindível a prisão solicitada para resguardar a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.

Também necessária para garantir a instrução penal, pois, em liberdade poderão os investigados fugirem do distrito da culpa, uma vez que a reprimenda prevista é severa.

Ainda, a fim de abalizar melhor o feito, bem como cessar as práticas criminosas ora relatadas, consideramos necessária a busca e a apreensão pleiteada pelo nobre Delegado de Polícia nas residências e locais por ele detalhadas.

(...)Quanto aos investigados WANDERCY BUENO DA SILVA JÚNIOR,

JOÃO BOSCO DA SILVA e WILSON ADRIANO PERES, compactuo com o entendimento do Ministério Público, uma vez que conforme as provas já produzidas, as suas condutas caracterizam, em tese, os crimes de ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO, VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL e CORRUPÇÃO PASSIVA.

Assim, a prisão cautelar deve ser decretada em função dos indícios da participação dos indiciados nos fatos descritos na denúncia, bem como pela necessidade de se resguardar a futura instrução criminal e a ordem pública.

Diante as escutas telefônicas, percebe-se a participação destes na rede criminosa, sendo gravíssimo o crime, uma vez que são representantes do Estado.

Portanto, acolhemos o parecer Ministerial e pelos mesmos pressupostos e fundamentos especificados quanto aos outros investigados e com fulcro no artigo 312, c/c artigo 313, inciso I, ambos do Estatuto Processual Penal, DECRETAMOS as prisões preventivas dos representados:

28. WANDERCY BUENO DA SILVA JÚNIOR, brasileiro, nascido aos 28/08/1964, natural de Pires do Rio-GO, filho de Iraides Alves Da Silva e Wandercy Bueno Da Silva, inscrito no CPF do MF sob o n° 349.710.921-53, com endereço à Rua JM 12, Qd. 09, Lt. 08, Jd. Maratá, em Pires do Rio -GO;

29. JOÃO BOSCO DA SILVA, brasileiro, policial civil, nascido aos 23.09.1966, filho de Rosalina Magalhães da Silva, inscrito no CPF do MF sob o n. 369.792.951-87, com endereço à Rua 9, esq. com Av. Rafael Lemos Franco, Qd. 13, Lt. 01, Cinelândia, em Orizona-GO;

(...)Ressaltamos ainda, que as prisões perdurarão até o momento em

que se encontrarem presentes os pressupostos autorizadores e que poderão ser revogadas a qualquer momento se ausentes os motivos para que permaneçam (artigo 316, CPP).

Fica a presente decisão valendo como mandado e expediente necessário à implementação da medida, a ser cumprida de forma individualizada, consoante solicitado pela autoridade policial.

(...)Pleiteada a revogação da custódia, foi o pleito indeferido nestes

termos:Wandercy Bueno da Silva Júnior, já qualificado nos Autos, por seu

Defensor constituído (procuração nos Autos), requereu em 30.04.2014 a revogação da prisão preventiva, com amparo no artigo 316, do Código de Processo Penal.

Inicialmente, cabemos esclarecer que, mediante o requerimento de prisão preventiva e busca e apreensão formulado pelo douto Delegado de Polícia, Dr. Vinícius de Castro Penna, coordenador da GENARC, estes Magistrados decretaram a prisão preventiva do postulante, bem como de vários outros indivíduos, eis que presentes os elementos asseguradores, o que ocasionou a operação Sodoma e Gomorra.

Busca o acautelado a restauração do seu status libertatis , sob o argumento de que inexistem os motivos ensejadores da cautela, notadamente com vistas aos seus predicados pessoais.

Pois bem. Com amparo na decisão de fls. 16/28, bem como nos Autos principais, temos que as provas superficiais são fortes no sentido de demonstrarem a materialidade do crime e fortes indícios da autoria com relação ao postulante, o que firmemente satisfaz o fumus comissi delicti .

Outrossim, em relação ao periculum libertatis , presentes estão de maneira sólida os elementos asseguradores da constrição cautelar, a fim de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal.

Calha mencionarmos que nesta urbe assiste aumentar, dia após dia, a lista dos envolvidos com tráfico de entorpecentes, a qual contribui com o aumento da criminalidade na sociedade, como por exemplo, dos crimes contra o patrimônio praticados pelos usuários para manter o vicio da droga, crime de lesão corporal ou até mesmo contra a vida.

Assim, a ordem pública encontra-se fragilizada com a atuação desses indivíduos, pois é público e notório que os crimes de roubo, furto, dentre outros, advindos desta infração, trouxeram prejuízos imensuráveis a sociedade orizonense, ameaçando a paz pública e causando instabilidade e insegurança no meio social.

Deste modo, pelas provas superficiais já produzidas, e por ser o postulante Policial Civil, ou seja, representante do Estado, aliado a gravidade dos crimes, como já exposto na decisão que decretou a custódia preventiva, a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 74

segregação cautelar se mostra imperiosa, a fim de evitar a reiteração da conduta.

Da mesma sorte, necessária também se faz a proteção da instrução criminal, com o fito de preservar provas futuras, especialmente, para evitar qualquer contato com eventual testemunha do crime.

Mesmo que haja a comprovação de residência fixa, ocupação lícita, primariedade e bons antecedentes, por si só, não tem o condão de garantir a liberdade quando presentes os requisitos indispensáveis para a segregação cautelar, não acarretando ofensa ao princípio da presunção de inocência.

Insta salientar que a prisão preventiva, face a nova alteração, somente é cabível quando não se mostrarem suficientes as medidas cautelares previstas no artigo 319, do Código de Processo Penal, o que é o caso dos Autos.

ISTO POSTO, pelas razões de fato e de direito acima expostos, ratificamos na íntegra os fundamentos adotados na deliberação de fls. 16/28, motivo pelo qual INDEFERIMOS o pedido de revogação da prisão preventiva, considerando que a liberdade do requerente neste momento revela perigo para a manutenção da ordem pública, bem como para a conveniência da instrução criminal.

Ressaltamos, ainda, que a prisão perdurará até o momento em que se encontrarem presentes os pressupostos autorizadores e que poderá ser revogada a qualquer momento se ausentes os motivos para que permaneçam (artigo 316, do CPP).

(...) (fls. 24/28)João Bosco da Silva, já qualificado nos Autos, por seu Defensor

constituído (procuração nos Autos), requereu em 30.04.2014 a revogação da prisão preventiva, com amparo no artigo 316, do Código de Processo Penal.

(...)Inicialmente, cabemos esclarecer que, mediante o requerimento de

prisão preventiva e busca e apreensão formulado pelo douto Delegado de Polícia, Dr. Vinícius de Castro Penna, coordenador da GENARC, estes Magistrados decretaram a prisão preventiva do postulante, bem como de vários outros indivíduos, eis que presentes os elementos asseguradores, o que ocasionou a operação Sodoma e Gomorra.

Busca o acautelado a restauração do seu status libertatis , sob o argumento de que inexistem os motivos ensejadores da cautela, notadamente com vistas aos seus predicados pessoais.

Pois bem. Com amparo na decisão de fls. 16/28, bem como nos Autos principais, temos que as provas superficiais são fortes no sentido de demonstrarem a materialidade do crime e fortes indícios da autoria com relação ao postulante, o que firmemente satisfaz o fumus comissi delicti.

Outrossim, em relação ao periculum libertatis , presentes estão de maneira sólida os elementos asseguradores da constrição cautelar, a fim de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal.

Calha mencionarmos que nesta urbe assiste aumentar, dia após dia, a lista dos envolvidos com tráfico de entorpecentes, a qual contribui com o aumento da criminalidade na sociedade, como por exemplo, dos crimes contra o patrimônio praticados pelos usuários para manter o vício da droga, crime de lesão corporal ou até mesmo contra a vida.

Assim, a ordem pública encontra-se fragilizada com a atuação desses indivíduos, pois é público e notório que os crimes de roubo, furto, dentre outros, advindos desta infração, trouxeram prejuízos imensuráveis a sociedade orizonense, ameaçando a paz pública e causando instabilidade e insegurança no meio social.

Deste modo, pelas provas superficiais já produzidas, e por ser o postulante Policial Civil, ou seja, representante do Estado, aliado a gravidade dos crimes, como já exposto na decisão que decretou a custódia preventiva, a segregação cautelar se mostra imperiosa, a fim de evitar a reiteração da conduta.

Da mesma sorte, necessária também se faz a proteção da instrução criminal, com o fito de preservar provas futuras, especialmente, para evitar qualquer contato com eventual testemunha do crime.

(...)Mesmo que haja a comprovação de residência fixa, ocupação lícita,

primariedade e bons antecedentes, por si só, não tem o condão de garantir a liberdade quando presentes os requisitos indispensáveis para a segregação cautelar, não acarretando ofensa ao princípio da presunção de inocência.

Insta salientar que a prisão preventiva, face a nova alteração, somente é cabível quando não se mostrarem suficientes as medidas cautelares previstas no artigo 319, do Código de Processo Penal, o que é o caso dos Autos.

ISTO POSTO, pelas razões de fato e de direito acima expostos, ratificamos na íntegra os fundamentos adotados na deliberação de fls. 16/28, motivo pelo qual INDEFERIMOS o pedido de revogação da prisão preventiva, considerando que a liberdade do requerente neste momento revela perigo para a manutenção da ordem pública, bem como para a conveniência da instrução criminal.

Ressaltamos, ainda, que a prisão perdurará até o momento em que se encontrarem presentes os pressupostos autorizadores e que poderá ser revogada a qualquer momento se ausentes os motivos para que permaneçam (artigo 316, do CPP).

(...) (fls. 19/23)Diante de tais julgados, verifica-se que a custódia cautelar foi

decretada e mantida para o resguardo da ordem pública, em razão do

envolvimento permanente dos recorrentes, policiais, com o tráfico de drogas. Com efeito, a decisão narra que os trinta acusados integravam uma bem estruturada rede criminosa, que disseminava entorpecentes na região.

A conduta dos recorrentes, aliás, é examinada de forma minudente na exordial acusatória, deixando claro seu envolvimento com os delitos, in verbis (fls. 93/118):

Infere-se que os denunciados WANDERCY BUENO DA SILVA JÚNIOR, JOÃO BOSCO DA SILVA e WILSON ADRIANO FERES colaboraram, prevalecendo-se de suas funções públicas, como informantes, com associação destinada à prática dos crimes de tráfico ilícito de drogas e associação.

Constata-se ainda que os denunciados WANDERCY BUENO DA SILVA JÚNIOR, JOÃO BOSCO DA SILVA consentiram que outrem utilizasse de local de que tinham a vigilância, sem autorização e em desacordo com determinação regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

Por fim, dessome-se que os denunciados WANDERCY BUENO DA SILVA JÚNIOR e JOÃO BOSCO DA SILVA aceitaram promessa de vantagem indevida em razão de função pública.

(...)A conversas interceptadas dão conta que os denunciados

comercializavam substâncias entorpecentes utilizado-se o aparelho telefone celular como o principal meio de comunicação.

Segundo consta, os denunciados contavam com a colaboração de várias pessoas, as quais adquiriram, vendiam e faziam a entrega da droga para eles.

(...)Os denunciados Wandercy e João também deixam de praticar ato de

ofício para oferecer auxilio direto para o tráfico de drogas.(...)No dia 26 de junho de 2013, o denunciado Luís ligou para o

denunciado João Bosco, também agente de policia, para o mesmo fim, e posteriormente retornou ao denunciado Wandercy, quando relatou que estava com medo porque tinha percebido a presença de policiais estranhos aos desta cidade almoçando no restaurante Sabor Goiano. Neste dia, o denunciado Luís solicitou que o denunciado Wandercy fosse até seu encontro em troca da gasolina ou outra vantagem material a que se refere "alguma coisa", quando este se comprometeu a checar o que estava acontecendo e lhe repassar as informações, dizendo, nesta oportunidade que o denunciado Luís tinha que "ficar veiáco".

(...)Neste dia, o denunciado Luís ligou para o denunciado Wandercy,

agente de polícia civil lotado na delegacia desta cidade, solicitando informações a respeito de possível investigação realizada pela delegacia estadual de investigações criminais - DEIC - nesta cidade, querendo receber informações privilegiadas.

(...)No dia 25 de julho, o usuário Paulo da Costa Ferreira adquiriu 30

(trinta) gramas de droga do denunciado Luís, momento em que uma equipe do GENARC se aproximou para a realização do flagrante, no que teve seu trabalho embaraçado pela polícia militar local, que avisou o denunciado Wandercy. Na seqüência, o denunciado Wandercy ligou para o denunciado Luís pedindo para que este ligasse Imediatamente para seu irmão, o denunciado Elias, repita-se, custodiado na delegacia de polícia local, sob a guarda daquele.

Elias nesse momento, já sabendo da abordagem da equipe estranha a Paulo pelo denunciado Wandercy, que teria adquirido droga do denunciado Luis, que quase foi preso em flagrante, repassou a informação privilegiada a este, seu irmão, quando repassou a presença do GENARC, Inclusive fornecendo características minuciosas sobre a viatura utilizada por uma das equipes.

(...)Em 21 de agosto, Elias encomendou drogas com Luis para os

internos da Cadeia Pública local, intermediando a venda e contando com a anuência do denunciado João para a entrega da droga. Nesse mesmo dia, Luis ligou para João perguntando se "ta sossegado" para a entrega, ao que este pediu para que ele esperasse mais um pouco. Nesse mesmo dia, no período vespertino, o denunciado Luis ligou para o denunciado Wandercy, quando este afirmou que estava na cadela Juntamente com o denunciado Elias, a quem repassou o telefone celular e ambos entabularam tratativas acerca do comércio ilícito de drogas.

(...)Na seqüência, o denunciado Luís ligou para o denunciado João

contando-lhe os fatos, quando este lhe deu orientações para se livrar de eventual flagrante de tráfico Ilícito de drogas e também, da mesma forma que o denunciado Wilson, agindo a serviço do tráfico, se comprometeu a descobrir maiores Informações com os policiais militares Ronam e Estrela e posteriomente repassá-las ao denunciado Luis, quando, do mesmo modo anteriormente empregado, o denunciado Luis se comprometeu a dar um "agrado" a João.

(...)No dia 28 de agosto o denunciado Michel, com anuência e auxílio do

denunciado Wandercy, deixou a Cadeia Pública onde estava detido e foi até a casa de sua genitora, a denunciada Dinamar para buscar drogas fornecida por esta. Nesta oportunidade, pediu para que esta denunciada, caso saísse

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 75

de casa, deixasse a droga com a denunciada Fabiane, sua companheira.(...)Após ser preso, e portanto deixar de intermediar diretamente droga

com o denunciado Gelson, o denunciado Luis, de dentro da cadeia e com a total conivência dos denunciados Wandercy e João, utilizou-se de telefone celular naquelas dependências, quando neste dia, ligou para o denunciado

Gelson comunicando-o acerca de sua prisão em flagrante e alertando-o sobre possível investigação na cidade de Pires do Rio.

(...)No dia 05 de setembro, o denunciado Michel vendeu droga a Thiago

e aguardou o plantão do denunciado Wandercy, conhecido por "Juninho", para proceder a entrega àquele, pois nesta oportunidade sairia da cadeia para entregar pessoalmente a droga.

(...)Veja-se, ainda, o aresto proferido pelo Tribunal estadual ao denegar a

ordem em prévio writ (fls. 140/164):Busca-se, na presente ação mandamental, restabelecer a liberdade

de ir e vir de Wandercy Bueno da Silva Júnior e João Bosco da Silva.Inicialmente cabe ressaltar que o ato constritivo expedido em

desfavor dos pacientes já foi apreciado por este Tribunal e mantido nos habeas corpus de n. 195817-88 e 195815-21.

As decisões de f. 19/23 e 24/28, :que indeferiram os pedidos de revogação da prisão preventiva dos pacientes, assim o fez - após fazer referências aos argumentos expostos, quando do decreto de prisão preventiva - por entender que ainda presentes os requisitos da medida extrema, e não verificar fatos novos que autorizassem as liberdades de Wandercy e João Bosco, com a imposição de medidas cautelares prevista no artigo 319 do Código de Processo Penal.

Razão, portanto, não tem o impetrante.Diferentemente do que sustenta, os atos que mantem a custodia

cautelar dos pacientes estão suficientemente motivados, com a devida indicação dos fatos concretos justificadores de sua imposição, nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal. Aspectos que bem reforçam a necessidade das prisões, que não conspurca contra a presunção de inocência, pois que, segregação do jaez, resta excepcionada pela própria Constituição Federal (art. 5º, LXI).

Assim, e o entendimento jurisprudencial:(...)Frise-se, nesse contexto, que a manutenção da medida constritiva

cautelar está perfeitamente adequada as exigências do artigo 312 do Código de Processo Penal.

Desse modo, presentes pelo menos um dos pressupostos do artigo 312 do Cod. de Processo Penal, não se pode ter por ilegais as decisões que fundamentadamente indeferem pedidos de liberdade provisoria, mesmo diante de eventuais atributos pessoais.

Nesse sentido, e a jurisprudência do STJ:(...)Ressalte-se que além da complexidade do feito, com vários acusados

presos, alguns em outras Comarcas e defendidos por defensores dativos; a necessidade de expedição de carta precatória, a justificar a demora na conclusão do processo, o eminente Relator Dr. Jairo Ferreira Júnior, no Habeas corpus de n. 201492391280, impetrado em favor do correu Valdivino Bartolomeu Bueno de Faria, esclareceu que, em casos tais, o prazo a ser considerado e o de 180 dias, in verbis:

(...)Assim, embora ultrapassado em pouca monta tal prazo, não há falar-

se em excesso de prazo para a formação da culpa, pois, de acordo com as informações prestadas pela autoridade impetrada e pelo próprio impetrante, e possível verificar que o processo teve tramite normal. No dia 28/07/14 foi realizada a audiência de instrução e julgamento, oportunidade em que os pacientes foram interrogados e inquiridas testemunhas. Os autos aguardam apenas a devolução da carta precatória para a apresentação das alegações finais em forma de memoriais.

E sabido e consabido que o excesso de prazo capaz de ensejar a liberdade do paciente não pode ser aferido pela mera soma aritmética e estando os autos no aguardo da devolução da carta precatória, resta superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

(...)3 - O alegado excesso de prazo na apreciação dos seus pedidos de

revogação de prisão restou prejudicado, pois, conforme noticia a autoridade indigitada de coatora, ja foram eles apreciados e indeferidos.

Levando-se em consideração a complexidade do feito e os inúmeros pedidos de revogação de prisões requeridos em favor dos pacientes, como informado pelo impetrante, recomendo ao dirigente procedimental que tome todas as providencias no sentido de checar e apreciar, se for o caso, o mais rápido possível, algum pedido pendente.

4 - Quanto ao pleito de extensão dos efeitos da decisão de primeiro grau que revogou a prisão de Wilson Adriano Peres, preso na mesma operação que os pacientes, com fundamento no artigo 580 do Código de Processo Penal, não vejo como ser apreciado.

A uma, porque tal decisão sequer foi juntada aos autos para a comprovação dos fatos.

A duas, porque a competência para decidir sobre o pedido de

extensão é do julgador que concedeu o beneficio. Ou seja, quem concedeu o beneficio ao corre, a meu ver, e quem deve examinar a extensão, ou não, desse beneficio.

Nesse sentido, destaco o seguinte precedente do Supremo Tribunal Federal:

(...)Ante o exposto, acolho o parecer da douta Procuradoria-Geral de

Justiça, conheço parcialmente do pedido e, na parte conhecida, denego a ordem impetrada.

Ao que se me afigura, portanto, debruçando-me sobre o caso em concreto, a prisão preventiva se sustenta, porque nitidamente vinculada a elementos de cautelaridade.

Nunca é demais lembrar que a prisão processual somente pode ser decretada em situações excepcionais, com fulcro em dados concretos. Nesse âmbito, vê-se que a medida extrema, conforme demonstrada, lastreou-se em elementos concretos, a saber, o profundo e permanente envolvimento dos recorrentes com o tráfico, ressaltando-se que a situação é mais grave quanto a eles diante do cargo público que ocupam, cuja função é exatamente coibir o crime.

Dessarte, estando o decreto prisional lastreado em elementos concretos colhidos dos próprios autos, não há imputar qualquer ilegalidade à custódia. Nesse sentido, confiram-se estes julgados:

(…).Não se pode olvidar que a reunião dos referidos agentes de forma

organizada, com divisão de tarefas e objetivando vantagem ilícita com a venda dos entorpecentes, ensejou a designação de um colegiado para examinar o caso, a teor do disposto na Lei n.º 12.694/12, fato que certamente imprime maior reprovabilidade à conduta perpetrada.

(…).Não vislumbro, neste momento, razão para que referida situação seja

alterada, dada as particularidades acima citadas, indicativas da necessidade do encarceramento.

Conforme destacaram as instâncias precedentes, é idônea a fundamentação jurídica apresentada para justificar a decretação da prisão preventiva. Isso porque a decisão está lastreada em aspectos concretos e revelantes para resguardar a ordem pública, ante a periculosidade dos agentes, evidenciada sobretudo pela afirmação de que os pacientes, policiais, integrariam “uma bem estruturada rede criminosa, que disseminava entorpecentes na região”. Na linha de precedentes desta Corte, tais circunstâncias autorizam a custódia cautelar: HC 122920, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 09-09-2014; RHC 117171, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 25-09-2013; HC 117090, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 04-09-2013; HC 116744-AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 04-09-2013; HC 97688, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, DJe de 27-11-2009; HC 110848, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 10-05-2012; HC 105043, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 06-05-2011; RHC 118016, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 24-09-2013; HC 114147, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Red. p/ acórdão Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 06-02-2015, esse último assim ementado:

(…).2. A quantidade de droga (23,55 kg) aliada à qualidade de policial do

paciente servem de indício de que este integra organização criminosa especializada no tráfico ilícito de entorpecentes, a justificar a prisão preventiva para a garantia da ordem pública.

3. In casu, da fundamentação concreta adotada pelo Juízo a quo, lastreada nos elementos de informação que acompanham os autos, e na forma em que foi desempenhada a prática criminosa, não se verifica qualquer ilegalidade, teratologia ou abuso de poder a ser corrigido de ofício por essa via excepcional, notadamente em impetração substitutiva de recurso ordinário.

4. Habeas corpus julgado extinto, com fulcro no artigo 21, § 1º, do RISTF, cassada a liminar anteriormente deferida.

4. Em relação ao excesso de prazo da cautelar, é conhecida a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a demora para conclusão da instrução criminal, como circunstância apta a ensejar constrangimento ilegal, somente se dá em hipóteses excepcionais, nas quais a mora seja decorrência de (a) evidente desídia do órgão judicial; (b) exclusiva atuação da parte acusadora; ou (c) situação incompatível com o princípio da razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII, da CF/88. Ilustrativo, a esse respeito, entre outros, os seguintes precedentes: HC 113357, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 06-05-2013; HC 86850, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJ 06-11-2006; HC 87913, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJ 07-12-2006. É importante destacar, nesse juízo, que as particularidades do processo, como, por exemplo, o número de réus, o número de delitos imputados, a necessidade de expedição de cartas precatórias, devem ser levadas em consideração para a análise do decurso temporal (v.g.: HC 116.864, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 15-10-2013; HC 116.744 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 04-09-2013; HC 104.849, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 01-03-2011; HC 98.689, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe de 06-11-2009; HC 106.675, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe de

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 76

14-06-2011).No caso, o Superior Tribunal de Justiça assim se pronunciou sobre a

questão: Quanto à alegação de excesso de prazo na formação da culpa, diz-se

que os recorrentes estão presos desde 27.2.2014, portanto, há cerca de um ano. De acordo com as informações de fls. 280/282, o feito foi desmembrado com relação aos recorrentes. A instrução processual já foi finalizada, tendo sido apresentadas as alegações finais da defesa, protocolizadas em 18.12.2014.

O magistrado esclareceu que "se trata de feito bastante complexo, ante o elevado número de testemunhas arroladas e crimes, o que demanda cautelar". Acentuou que "em nenhum momento a máquina judiciária se manteve inerte, eis que sempre impulsionando o processo em seus prazos devidos".

(…).Na hipótese, conforme já demonstrado, não há constrangimento

ilegal. Examinando a ordem cronológica, verifica-se que a dilação do prazo para o término da instrução não se deu de maneira desarrazoada, mas calcada nas particularidades da causa.

A situação jurídica aqui encartada justifica o andamento do feito, que é compatível com as complexidade da causa, não se tributando, pois, aos órgãos estatais indevida letargia.

(…).Note-se, inclusive, que o acórdão combatido afastou a alegada

negligência do Juízo de primeiro grau, havendo de se creditar a demora do término do sumário às peculiaridades do feito.

Vê-se, pois, à luz do princípio da razoabilidade, que os autos tramitam de maneira regular, principalmente se considerada as peculiaridades da causa, com destaque para o número de incidentes processuais, testemunhas e delitos imputados. Assim, não há que falar em demora imputável somente à acusação ou ao Poder Judiciário, tampouco situação configuradora de violação ao princípio da razoável duração do processo (art. 5º, LXXIII, da CF), apta a caracterizar constrangimento ilegal ao recorrente. Nessa linha de compreensão:

I – O prazo para julgamento da ação penal mostra-se dilatado em decorrência da complexidade do caso, uma vez que o réu e mais quatro corréus foram denunciados pela prática do crime de homicídio qualificado em concurso material com o de ocultação de cadáver. II – A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não procede a alegação de excesso de prazo quando a complexidade do feito, as peculiaridades da causa ou a defesa contribuem para eventual dilação do prazo. Precedentes. III- A prisão cautelar mostra-se necessária para evitar a intimidação de testemunhas que eventualmente irão depor em plenário. IV – Ordem denegada. (HC 115.873, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 04-06-2013).

(…) 5. O excesso de prazo na instrução criminal não resulta de simples operação aritmética. Complexidade do processo, retardamento injustificado, atos procrastinatórios da defesa e número de réus envolvidos são fatores que, analisados em conjunto ou separadamente, indicam ser, ou não, razoável o prazo para o encerramento da instrução criminal. 6. In casu, as instâncias precedentes justificaram o excesso de prazo em razão da complexidade do feito e do elevado número de corréus (doze denunciados). 7. É certo que, “na espécie, o Paciente encontra-se preso desde 25/03/2012. Todavia, o processo é complexo, envolve ao menos 12 acusados, o que, de certo modo, autoriza a maior dilação dos prazos processuais, sem que se possa imputar qualquer morosidade ao juízo processante, como assinalou o Tribunal de origem”(…). (HC 122.546, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 16-06-2014).

5. Por fim, quanto ao pedido de extensão de benefícios concedidos a corréus, é inviável a postulação. O art. 580 do Código de Processo Penal dispõe que, “no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros”. Assim, se determinado órgão jurisdicional concede benefício a um dos corréus, caberá a esse mesmo órgão, primeiramente, analisar a possibilidade de extensão da decisão aos demais acusados, exatamente para avaliar se existe ou não identidade objetiva de situações. Nesse sentido, entre outros, o seguintes julgados desta Corte: HC 71905, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Primeira Turma, DJ 03-03-1995; HC 75596, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma, DJ 05-12-1997; HC 76032, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma, DJ 27-11-1998; HC 82582, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJ 04-04-2003; RHC 118660, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 27-02-2014; HC 100875, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 17-12-2010, este assim ementado, no que interessa:

“(…) 8. A extensão dos efeitos de habeas corpus a outros corréus deve ser dirigida primeiramente à Corte que concedeu o writ, sob pena de supressão de instância. Precedentes.

9. Habeas corpus denegado e pedido de extensão não conhecido”.Na espécie, o Superior Tribunal de Justiça, em consonância com a

jurisprudência desta Corte, ressaltou que: Por fim, não há como examinar a pretensão defensiva de extensão

dos efeitos da liberdade concedida ao corréu, sob pena de supressão de instância. O Tribunal de origem deixou de examinar a pretensão, por

deficiência da instrução do writ, bem como por entender ser incompetente para tal fim. E não se constata ilegalidade no acórdão. De fato, sem a decisão proferida com relação ao corréu, inviável a análise do pedido. E caberia à Defesa formular a pretensão inicialmente ao juízo de primeiro grau, que deferiu o benefício pretendido. Registre-se, de qualquer sorte, o que disse o Juiz a quo nas informações de fls. 280/282:

Comunico que as manutenções das prisões dos pacientes se mostram necessárias para se proteger a ordem pública, e quanto à busca da extensão do previsto no artigo 580, do Código de Processo Penal, esclareço que foi verificado que eles não se encontram nas mesmas condições que o outro acusado Wilson Adriano Peres, pois, a decisão que revogou a constrição.

Em conclusão, não se verifica flagrante ilegalidade apta a justificar a concessão da ordem.

6. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se.Publique-se. Intime-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 127.728 (608)ORIGEM : ARESP - 1182252 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : BOLESLAW TOMASZ KWASINSKIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça nos autos do REsp 1.182.252/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro. Consta dos autos, em síntese, que: (a) o paciente foi condenado à pena de 5 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico transnacional de drogas (art. 33 c/c 40, I, da Lei 11.343/2006); (b) inconformado, apelou para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que negou provimento ao recurso, e, na sequência, interpôs recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça; (c) admitido o apelo, o Ministro Relator negou seguimento ao especial, do qual decorreu agravo regimental, negado pela Sexta Turma, em acórdão assim ementado:

“(...) 1. Entendendo o Tribunal de origem pela não incidência da causa de diminuição do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/06, em razão das circunstâncias apuradas na instrução criminal, o contato do réu com agentes da organização criminosa, a evidenciar que se dedicava à atividade delituosa, a desconstituição de tal premissa atrairia a incidência da Súmula 7 do STJ.

2. Mantida a pena no patamar estabelecido pelas instâncias ordinária, incabível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art. 44, I, do CP.

(…).4. Agravo regimental improvido.”.Neste habeas corpus, a impetrante sustenta, em suma, que: (a) o

paciente preenche todos os requisitos para a aplicação da causa de diminuição do § 4º do art. 33 da Lei de Drogas; e (b) com a aplicação da causa de diminuição da pena, será possível a conversão da pena privativa de liberdade. Requer, ao final, a concessão da ordem, para aplicar a causa de diminuição de pena, “com a conseqüente substituição da pena por duas restritivas de direito”.

2. A não aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 pressupõe a demonstração pelo juízo sentenciante da existência de um conjunto probatório apto a afastar pelo menos um dos critérios, que são autônomos, descritos no preceito legal: (a) primariedade; (b) bons antecedentes; (c) não dedicação a atividades criminosas; e (d) não integração à organização criminosa. Nesse juízo, não se pode ignorar que a norma em questão tem a clara finalidade de apenar com menor grau de intensidade quem pratica de modo eventual as condutas descritas no art. 33, caput e § 1º, em contraponto ao agente que faz do crime o seu modo de vida, o qual, evidentemente, não goza do referido benefício (cf. justificativa ao Projeto de Lei 115/2002 apresentada à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação).

No caso, o TRF da 3ª Região manteve a negativa da aplicação da minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 pelos seguintes fundamentos:

“Em relação ao beneficio de diminuição de pena previsto no art. 33, §4º, da Lei 11.343/06, entendo não incidir no caso em virtude das circunstâncias do delito pelo contato com agentes de organização criminosa a revelar propensão criminosa, destarte não se lobrigando o preenchimento do requisito cunhado na lei com a expressão "não se dedique às atividades criminosas".

Anoto que o que a meu juízo releva no caso não são os motivos declarados pelo agente mas a prática de um delito na condição de transportador, mão-de-obra para o crime de que sempre necessitam os donos da droga mormente no tráfico internacional, em que a inserção do agente se ocorre por dinheiro conta com um forte motivo para manter-se no tempo, de sorte a nada desacreditar a possibilidade de anterior engajamento nas atividades criminosas, havendo inclusive no passaporte do acusado registro

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 77

de trânsito no Brasil e Argentina entre os dias 5 e 12 e 24 e 30 de janeiro de 2007, com entrada e saída do País pelo Aeroporto de Guarulhos (fl. 92), ou de inicio para permanência e continuidade em novas operações.

Com efeito, e com registro de que o envolvimento do agente com disposição para a reiteração em atividade criminosa se apresentará já na primeira operação descoberta, concluo que as circunstâncias do delito desacreditam a hipótese de deliberação de prática de apenas uma infração, a saber, não há dolo próprio de delitos ocasionais.”. (e-STJ, fls. 538-539)

Conforme se percebe, com base em elementos de prova colhidos sob o crivo do contraditório, ficou evidenciado que o paciente fazia parte de uma organização criminosa dedicada ao comércio de drogas. Essa conclusão tem o respaldo da jurisprudência e da doutrina especializada, que admitem o afastamento da minorante quando presentes circunstâncias demonstrantes da dedicação do acusado à atividade criminosa, como, por exemplo, “a) a conduta social do agente, b) o concurso eventual de pessoas, c) a receptação, d) os petrechos relacionados ao tráfico (tais como ‘papel celofane, plásticos, papel alumínio, ampolas ou assemelhados, recortados ou não, utilizados para embalagem de porções individualizadas’), e) a quantidade de droga e f) as situações residuais dos maus antecedentes (…)” (HC 109168, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 14-02-2012). Na mesma linha de consideração: RHC 94806, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 16-04-2010 e RHC 94802, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Primeira Turma, DJe de 20-03-2009). Em sede doutrinária: MENDONÇA, Andrey Borges; CARVALHO, Paulo Roberto Galvão de. Lei de drogas: Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 – comentada artigo por artigo. 3ª ed. São Paulo: Editora Método, 2012, p. 122-126.

Sendo esse o quadro, revela-se inviável a utilização do habeas corpus, ação desprovida do direito ao contraditório, para reexaminar fatos e provas com vistas a refutar a conclusão fixada pelas instâncias ordinárias. Destacam-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: HC 115.290/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 28/06/2013; HC 107107, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 19-08-2014; HC 113988, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 17-12-2012; RHC 120570, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 22-05-2014; HC 109853, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 03-11-2011.

3. Não acolhido o pleito de redução da reprimenda, fica prejudicado o pedido de conversão da pena privativa de liberdade, já que ausente o requisito objetivo previsto no art. 44, I, do Código Penal.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 127.730 (609)ORIGEM : HC - 314500 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ANA LUISA MAGALHÃES AMARALIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 314500 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC 314.500/SC. Consta dos autos, em síntese, que: (a) a paciente foi condenada à pena de 1 ano, 6 meses e 20 dias de reclusão, em regime aberto, pela prática do crime de apropriação indébita, por duas vezes, em continuidade delitiva (art. 168, § 1º, III, c/c art. 71 do CP), sanção que foi substituída por duas restritivas de direitos; (b) inconformados, acusação e defesa interpuseram apelação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que negou provimento aos apelos, mas, de ofício, afastou a reparação do dano; (c) buscando a absolvição da paciente e, alternativamente, a redução da pena, a Defensoria Pública da União impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que a Ministra Relatora negou seguimento ao pedido, em decisão assim fundamentada:

“(...) Nesta Corte, a Defesa interpôs recurso especial postulando pela aplicação do princípio da insignificância, pela absolvição ante a ausência de comprovação do dolo ou pela exclusão da majorante prevista no art. 168, § 1.°, inc. III, do Código Penal. O recurso especial foi desprovido. Interposto agravo regimental, restou desprovido. Veja-se:

(…) O acórdão transitou em julgado em 18.09.2014.Daí o presente mandamus , impetrado em 21.01.2015, no qual o

impetrante afirma que "não houve exame de mérito do recurso especial " (fl. 4). Alega, ainda, que "a caracterização do animus rem sibi habendi baseou-se apenas no fato de que, em outro contrato, não abarcado pela denúncia, estariam comprovadas apropriações, empreendidas via simulação de prestação de serviços para a instituição beneficiária dos recursos públicos. Não se pode admitir que o ânimo de haver a coisa alheia para si, comprovado em outro contrato, seja transposto para os contratos abarcados pela exordial,

sob pena de violação do princípio da culpabilidade" (fl. 5).Assere que "sob qualquer viés, não há, no caso, como deixar de

admitir a aplicação do princípio da insignificância, tanto quanto se o admite para os delitos de apropriação indébita previdenciária" (fl. 6).

Assere que "a apropriação indébita recaiu sobre dois diferentes contratos, um no valor de RS 7.251,16 e outro no montante de R$ 6.477,90. Diante desse quadro, as instâncias ordinárias identificaram duas diferentes práticas delitivas, perpetradas em continuidade, tanto que se reconheceu o instituto da continuidade delitiva". Acrescenta que é necessário o exame da insignificância em relação a cada conduta delitiva (fl. 7).

Pontua que "individualmente considerados, os débitos são inferiores ao parâmetro de R$ 10.000,00, amplamente adotado pelo STJ para os delitos de apropriação indébita previdenciária" (fl. 8).

Sublinha que, mesmo que se considere a dívida total de R$ 13.999,06, é inarredável o reconhecimento da insignificância penal das condutas, tendo em vista que "deve ser adotado o parâmetro de R$ 20.000,00 para a aferição da insignificância penal, na proporção direta ao desinteresse, via de regra, de cobrar débitos de tal monta no âmbito cível lato sensu" (fl. 10).

Colaciona julgados da Suprema Corte.Ressalta que "a causa de aumento prevista no art. 168, § 1.°, III, do

Código Penal, exige uma relação de confiança entre o autor do delito e a vítima" (fl. 11).

Assinala que "a relação de confiança inexiste no caso, que cuida de verbas públicas repassadas por convênio firmado com o Ministério da Saúde" (fl. 11).

Destaca que "o repasse de verbas públicas via convênio constitui atividade administrativa, marcada pela impessoalidade e regida pela legalidade. Não há qualquer contato subjetivo, e muito menos uma relação de confiança, entre a paciente e a vítima, no caso, o Estado, detentor dos recursos destinados à ONG" (fl. 11).

Afirma que "impõe-se a exclusão da causa dc aumento prevista no inciso III do § 1.° do art. 168 do Código Penal, promovendo-se os ajustes de pena daí decorrentes" (fl. 11).

Requer a suspensão da execução das medidas restritivas de direitos e, ainda, a absolvição da paciente, quer em razão da insignificância penal da conduta, quer pela ausência de comprovação do elemento subjetivo do tipo (aninus rem sibi habendi ), e, alternativamente, a redução da pena, mediante exclusão da majorante prevista no art. 168, § 1.°, III, do Código Penal.

O pedido de medida liminar foi indeferido às fls. 665-672. As informações solicitadas foram trazidas às fls. 681-687 e 689. Com vista dos autos, manifestou-se o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Francisco Xavier Pinheiro Filho, pelo não conhecimento do writ (fls. 694-709).

É o relatório.De saída, note-se que foi formulado, nesta Corte, o Recurso Especial

n.º 1.347.227/SC, o qual não foi conhecido, nos seguintes termos:(…) Interpostos agravos internos, restaram desprovidos. Veja-se:(…) 1. Verificando-se que o v. acórdão recorrido assentou seu

entendimento em mais de um fundamento suficiente para manter o julgado, enquanto o recurso especial não abrangeu todos eles, aplica-se, na espécie, a Súmula 283/STF.

2. A ausência de indicação do dispositivo ofendido enseja a aplicação do enunciado n° 284 da Súmula do Pretório Excelso, pois caracteriza deficiência na fundamentação, o que dificulta a compreensão da controvérsia.

3. Agravos regimentais a que se nega provimento." (RESP 1347227/SC, minha Relatoria, j. Em 05/08/2014).

A jurisprudência dos Tribunais Superiores orienta-se no sentido de restringir o manejo do habeas corpus em detrimento do recurso adequado, excepcionando-se, apenas, as situações em que exsurge manifesta ilegalidade na decisão impugnada.

Entretanto, no caso em apreço, no julgamento do referido recurso especial (Resp nº 1.347.227/SC), em que a defesa suscitou, entre outras, as teses alinhavadas no presente mandamus, esta Corte não vislumbrou ilegalidade patente nos autos apta a ensejar a concessão da ordem de ofício.

Portanto, afigura-se inviável o processamento deste writ, com vistas ao reexame dos temas já submetidos à apreciação deste Sodalício.

Assim, cabe à Defesa, diante do contexto apontado, submeter a questão à Corte estadual competente, por meio da revisão criminal, se entender cabível.

Assim, tem-se que a impetração substitutiva não comporta a extraordinária cognição.

Nesse sentido:(…) Ainda que assim não fosse, no que se refere aos pleitos da Defesa de

suspensão da execução da pena restritiva de direito, à absolvição da paciente pela ausência de comprovação do elemento subjetivo do tipo (aninus rem sibi habendi), e, alternativamente, à redução da pena, mediante exclusão da majorante prevista no art. 168, § 1°, III, do Código Penal, demandaria inevitavelmente revolvimento fático-probatório, o que não é possível nesta via estreita do remédio heroico, como cediço.

Por fim, no que toca ao pedido de reconhecimento do princípio da insignificância, tomando-se como base o patamar previsto na Portaria do Ministério da Fazenda nº 75/2012, nos casos de crime de descaminho, melhor

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 78: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 78

sorte não traz a Defesa, pois a jurisprudência consolidada deste Sodalício é no sentido de que o parâmetro para aferição da relevância penal da conduta no crime de descaminho, o que não é nem o delito tratado nestes autos, é aquele previsto no art. 20 da Lei nº 10.552/02 (R$ 10.000,00).

A propósito: (…)Diante dessas constatações, afigura-se patente a imprestabilidade

desta via heroica para discutir os fundamentos do acórdão proferido no julgamento do recurso de apelação julgado pela Corte de origem.

Ante o exposto, nego seguimento ao habeas corpus, com fundamento no art. 34, XVIII, do Regimento Interno deste Tribunal”.

Neste habeas corpus, a impetrante alega, em síntese, que a majorante prevista no art. 168, § 1º, III, do CP, exige uma relação de confiança entre o autor do delito e a vítima, inexistente no caso. Requer, assim, a concessão da ordem para excluir a referida causa de aumento de pena.

2. O caso é de não conhecimento da impetração. O habeas corpus foi impetrado diretamente contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ . Essa decisão tem o respaldo formal do art. 38 da Lei 8.038/1990, a saber:

“O Relator, no Supremo Tribunal Federal ou no Superior Tribunal de Justiça, decidirá o pedido ou o recurso que haja perdido seu objeto, bem como negará seguimento a pedido ou recurso manifestamente intempestivo, incabível ou improcedente ou, ainda, que contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula do respectivo Tribunal”.

Dispõe a mesma Lei, no dispositivo seguinte: “Art. 39. Da decisão do Presidente do Tribunal, de Seção, de Turma

ou de Relator que causar gravame à parte, caberá agravo para o órgão especial, Seção ou Turma, conforme o caso, no prazo de cinco dias”.

Ambos os dispositivos estão reproduzidos, tanto no Regimento Interno do STF (arts. 192 e 317), quanto no Regimento do STJ (arts. 34, XVIII, e 258). Aliás, é recorrente a utilização dessa regra no âmbito desta Corte para negar seguimento a pedidos da espécie. Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por outra ação de habeas corpus, de competência de outro tribunal. A se admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/1990, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é, em verdade, medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF (HC 118.189, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 19/11/2013, DJe 24-04-2014; RHC 111935, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, DJe 30-09-2013; HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 25-04-2013, DJe 04-04-2014).

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 127.736 (610)ORIGEM : ARESP - 628868 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : MAURO DE OLIVEIRA MACHADO SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça nos autos do AgRg no AREsp 628.686/MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura. Consta dos autos, em síntese, que: (a) o paciente foi condenado à pena de 5 anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela prática do crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006); (b) inconformado, apelou para o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que deu parcial provimento ao pedido para isentá-lo do pagamento das custas processuais; (c) irresignado, interpôs recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça, o qual foi inadmitido na origem (d) na sequência, interpôs agravo nos próprios autos, ao qual a Ministra Relatora negou provimento, de cuja decisão decorreu agravo regimental, negado pela Sexta Turma, em acórdão assim ementado:

“(...) 1. É assente que cabe ao aplicador da lei, em instância ordinária, fazer um cotejo fático e probatório a fim de analisar a incidência de eventuais causas de aumento ou diminuição de pena, bem como a fração a ser aplicada. Incidência do enunciado 7 da Súmula deste STJ.

2. Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a quantidade e a variedade de entorpecentes apreendidos em poder do acusado constitui circunstância hábil a denotar a dedicação às atividades criminosas, podendo impedir a aplicação da causa de diminuição de pena

prevista no § 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/06 à míngua do preenchimento dos requisitos legais.

3. A ausência de particularização dos artigos supostamente violados, inviabiliza a compreensão da irresignação recursal, em face da deficiência da fundamentação do apelo raro. Súmula 284/STF.

4. Agravo regimental a que se nega provimento.”.Neste habeas corpus, a impetrante sustenta, em suma, que: (a) o

paciente preenche todos os requisitos para a aplicação da causa de diminuição do § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, em seu patamar máximo; (b) com a aplicação do redutor, será possível a conversão da pena privativa de liberdade em restritivas de direitos.

2. A não aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 pressupõe a demonstração pelo juízo sentenciante da existência de um conjunto probatório apto a afastar pelo menos um dos critérios, que são autônomos, descritos no preceito legal: (a) primariedade; (b) bons antecedentes; (c) não dedicação a atividades criminosas; e (d) não integração à organização criminosa. Nesse juízo, não se pode ignorar que a norma em questão tem a clara finalidade de apenar com menor grau de intensidade quem pratica de modo eventual as condutas descritas no art. 33, caput e § 1º, em contraponto ao agente que faz do crime o seu modo de vida, o qual, evidentemente, não goza do referido benefício (cf. justificativa ao Projeto de Lei 115/2002 apresentada à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação).

No caso, o TJMG manteve a negativa da aplicação da minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 pelos seguintes fundamentos:

“Malgrado a primariedade do réu, verifico que ele não satisfaz um dos requisitos insculpidos neste dispositivo, qual seja, a não dedicação às atividades criminosas.

A CAC de f. 52/53 realmente não permite que ele seja considerado como reincidente ou mesmo detentor de maus antecedentes. Todavia, no momento de sua atuação em flagrante, foram apreendidas grande quantidade e diversidade de drogas, qual seja, 671,79g (seiscentos e setenta e um gramas e setenta e nove centigramas) de maconha, além de 02 balanças de precisão, e a quantia de R$ 147,00 (cento e quarenta e sete reais), indicando que a sua comercialização não era evento esporádico em sua vida.

Não pairam dúvidas, portanto de que Mauro se dedica habitualmente ao comércio ilícito, tendo em vista as circunstâncias em que se deu a prisão em flagrante” (e-STJ, fl. 178).

Conforme se percebe, com base em elementos de prova colhidos sob o crivo do contraditório, ficou evidenciado que o paciente se dedicava à atividade criminosa, sobretudo em razão da quantidade de drogas apreendida em seu poder. Essa conclusão tem o respaldo da jurisprudência e da doutrina especializada, que admitem o afastamento da minorante quando presentes circunstâncias demonstrantes da dedicação do acusado à atividade criminosa, como, por exemplo, “a) a conduta social do agente, b) o concurso eventual de pessoas, c) a receptação, d) os petrechos relacionados ao tráfico (tais como ‘papel celofane, plásticos, papel alumínio, ampolas ou assemelhados, recortados ou não, utilizados para embalagem de porções individualizadas’), e) a quantidade de droga e f) as situações residuais dos maus antecedentes (…)” (HC 109168, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 14-02-2012). Na mesma linha de consideração: RHC 94806, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 16-04-2010 e RHC 94802, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Primeira Turma, DJe de 20-03-2009). Em sede doutrinária: MENDONÇA, Andrey Borges; CARVALHO, Paulo Roberto Galvão de. Lei de drogas: Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 – comentada artigo por artigo. 3ª ed. São Paulo: Editora Método, 2012, p. 122-126.

Sendo esse o quadro, revela-se inviável a utilização do habeas corpus, ação desprovida do direito ao contraditório, para reexaminar fatos e provas com vistas a refutar a conclusão fixada pelas instâncias ordinárias. Destacam-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: HC 115.290/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 28/06/2013; HC 107107, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 19-08-2014; HC 113988, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 17-12-2012; RHC 120570, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 22-05-2014; HC 109853, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 03-11-2011.

3. Não acolhido o pleito de redução da reprimenda, fica prejudicado o pedido de conversão da pena privativa de liberdade, já que ausente o requisito objetivo previsto no art. 44, I, do Código Penal.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 127.741 (611)ORIGEM : AP - 310820157000000 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : PAULO CESAR CABRAL CRUZ JUNIORIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 79: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 79

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Paulo César Cabral Cruz Júnior, contra acórdão do Superior Tribunal Militar (STM), que denegou a ordem no HC n. 31-08.2015.7.00.0000/BA.

Consta dos autos que o paciente foi condenado à pena de 3 meses de detenção, em regime inicial aberto, com direito de apelar em liberdade, tendo sido aplicado o sursis pelo prazo de 2 (dois) anos, pela prática do delito descrito no art. 209 c/c art. 53, ambos do Código Penal Militar (lesão corporal leve em concurso de agentes).

A audiência admonitória realizou-se em 14.4.2014. Posteriormente, em razão da edição do Decreto 8.380/2014, a defesa

requisitou ao Juízo Militar a concessão do indulto, com alegação de estarem presentes os requisitos objetivo e subjetivo, requisitando o cômputo do período do sursis (¼ do período de prova) como pena cumprida.

O Juízo da Auditoria da 6ª CJM indeferiu o pedido, ao fundamento da impossibilidade do cômputo do período de prova como tempo de cumprimento da pena.

Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal Militar, que denegou a ordem.

Daí o presente habeas corpus, em que a impetrante afirma que a aplicação do sursis tem caráter de sanção e, como tal, deve ser aceita como tempo de cumprimento de pena para fins da concessão do indulto.

Destaca as regras gerais do Decreto para concluir possível o indulto a apenações decorrentes de práticas bem mais graves do que a do paciente, a revelar a desproporcionalidade concreta da interpretação dada à norma pela autoridade impetrada.

Assevera, ademais, que os incisos XIII e XIV do art. 1º do Decreto 8.380/2014 abarcam as possibilidades de concessão do indulto à queles que foram beneficiados com a suspensão condicional da pena, sendo que para o inciso XIV há previsão de cumprimento de prisão provisória.

Diz, ainda, que a melhor interpretação a ser dada ao inc. XIII do art. 1º, do Decreto nº 8.380/2014, está dentro do princípio da razoabilidade. É desarrazoado pretender que o ´cumprimento da pena tenha que ser no encarceramento, quando é expressa a informação ...beneficiadas com suspensão condicional da pena, que, de qualquer forma, tenha cumprido (...).(eDOC 1, p. 7)

Postula o deferimento de medida liminar para sustar os efeitos da decisão atacada, até o julgamento do presente habeas corpus. Requer a concessão definitiva da ordem para conceder ao paciente o indulto natalino, declarando-se extinta a pena imposta.

Breve relatório. Decido. A concessão de liminar em habeas corpus dá-se em caráter

excepcional, em face da configuração do fumus boni iuris e do periculum in mora.

Da análise dos autos, nesse exame preliminar, não vislumbro constrangimento ilegal manifesto a justificar o deferimento da medida de urgência, uma vez que o constrangimento não se revela de plano, impondo uma avaliação mais detalhada dos elementos de convicção trazidos aos autos, o que ocorrerá por ocasião do julgamento do mérito.

Com efeito, não obstante as considerações da impetrante quanto à interpretação sistemática dos incisos XIII e XIV do art. 1º do referido Decreto, firmou-se maioria, quando do julgamento do HC 117.855 pela Primeira Turma, de que o requisito objetivo não havia sido cumprido em razão do período de prova.

Ademais, muito embora a decisão seja prejudicial ao paciente, não há risco iminente de privação da liberdade, considerado o dado de que cumpre a contento o sursis.

Dessa forma, salvo melhor juízo quanto ao mérito, os fundamentos adotados pela decisão proferida pelo STM, assim como os demais elementos constantes dos autos, não autorizam a concessão da liminar.

Ante o exposto, indefiro a liminar. Intime-se, pois, a defesa para que no prazo de 10 (dez) dias instrua a

inicial com os documentos necessários à apreciação do feito, sobretudo a cópia da sentença de primeiro grau, do acórdão confirmatório, bem como o acórdão proferido pelo STM nos autos do HC n. 31-08.2015.7.00.0000/BA.

Após, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República. Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 127.764 (612)ORIGEM : HC - 321240 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ROARY SILVA MOURAIMPTE.(S) : MARCELO GERALDO DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC º 321240 NO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão do Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar no HC 321.240/MG. Consta dos autos, em síntese, que: (a) o paciente foi preso em flagrante, convertida em preventiva, pela suposta prática do crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006); (b) buscando a revogação do decreto prisional, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que denegou a ordem, e, na sequência, outro HC no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator indeferiu o pedido liminar, em decisão assim fundamentada:

“Trata-se de habeas corpus impetrado em benefício de Roary Silva Moura, apontando-se como autoridade coatora o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que denegou o Habeas Corpus n. 1.0000.15.001067-6/000 (fl. 42):

HABEAS CORPUS - TRÁFICO DE DROGAS - PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA - REVOGAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA - PRESENÇA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR DO PACIENTE - ORDEM DENEGADA (...)

Verifica-se dos autos que o paciente foi preso pela suposta prática do delito previsto no art. 33 da Lei de Drogas, porque trazia consigo, para fins de tráfico, 37 pedras de crack e 3 buchas de maconha.

Alega o impetrante que a prisão é ilegal e prematura, porque não estão presentes os requisitos da prisão cautelar, não sendo suficiente o fundamento relativo à gravidade abstrata do delito. É o relatório.

A concessão de liminar em habeas corpus é medida de caráter excepcional, cabível apenas quando a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano, o que não ocorre no presente caso, no qual, em princípio, a prisão está justificada na quantidade e diversidade da droga (fls. 27/28).

Ademais, em juízo de cognição sumária, afigura-se inviável acolher-se a pretensão, porquanto a motivação que ampara o pedido liminar confunde-se com o próprio mérito do writ, devendo o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento definitivo.

Com essas considerações, não tendo, por ora, como configurado constrangimento ilegal passível de ser afastado mediante o deferimento da liminar ora pretendida, com manifesto caráter satisfativo, indefiro-a.”

Neste habeas corpus, o impetrante reitera as alegações apresentadas no Superior Tribunal de Justiça, com afastamento da Súmula 691 do STF, e requer, ao final, a revogação da prisão preventiva.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 127.795 (613)ORIGEM : resp - 1418754 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : TÚLIO SILVA NEIVAPACTE.(S) : EDUARDO OLIVEIRA COSTAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, sem pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública da União em favor de Túlio Silva Neiva e Túlio Silva Neiva, apontando como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp nº 1.418.754/MG, Relator o Ministro Jorge Mussi.

A impetrante alega, em síntese, estarem presentes os requisitos necessários à aplicação do postulado da insignificância. Aduz, para tanto, a inexpressividade da lesão causada ao bem jurídico tutelado pela norma penal, tendo em vista o ínfimo valor da coisa subtraída (pote de produto de controle de peso da marca Herbalife).

Afirma, ainda, que “a exordial acusatória não traz o valor aferido da res furtiva, já que a

ausência do interesse do Ministério Público de estimar o valor do bem revela que não é necessária a tutela do Direito Penal, haja vista que o dano é

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 80

inexpressivo e não traz notável prejuízo a sociedade” (fl. 3 da inicial).Requer a concessão da ordem “para fins de reconhecer a

aplicabilidade do princípio da insignificância ao caso concreto” (fl. 6 da inicial).Examinados os autos, decido.Narra a impetrante, na inicial, que:“o[s] Agravante[s] fo[ram] condenado[s] pela prática do crime previsto

no art. 155, §4º, inciso IV, do Código Penal Brasileiro à pena de 2 ano e 8 meses de reclusão e 14 dias-multa.

Inconformado da referida decisão condenatória, foi interposto recurso de apelação pela Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, conduto a Egrégia 2ª Câmara Criminal do TJMG, deu provimento ao apelo defensivo, vencido o voto do revisor, expediu-se o alvará de soltura em favor dos apelantes.

Em face desse acórdão defensivo o Ministério Público do Estado de Minas Gerais interpôs recurso especial o qual foi dado provimento, afastando a aplicação do princípio da insignificância in casu.

Inconformada a DPU/MG interpôs agravo regimental em recurso especial, este, por unanimidade, teve provimento negado pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça – STJ (...)“ (fl. 2 da inicial).

Transcrevo a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADO. CONCURSO DE AGENTES. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. ACUSADOS REINCIDENTES. CONDUTA MAIS REPROVÁVEL. IMPOSSIBILIDADE.

1. Tratando-se a hipótese de furto qualificado pelo concurso de agentes, praticado por acusados reincidentes específicos, é de todo inviável o reconhecimento da atipicidade material, dada a maior reprovabilidade da conduta.

2. Agravo regimental a que se nega provimento” (fl. 412 – anexo 6). Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.O julgado proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça

não evidencia ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique a concessão da ordem. Com efeito, a decisão emanada daquela Corte encontra-se suficientemente motivada, restando justificado o convencimento formado.

Ademais, anoto que embora seja inexpressivo o valor do bem subtraído (pote de produto de controle de peso da marca Herbalife), entendo não ser possível acatar a tese de irrelevância material da conduta praticada pelos pacientes.

Com efeito, as informações extraídas dos autos demonstram que eles são reincidentes específicos, sendo inequívoco, portanto, que são contumazes e com personalidade voltada à prática delitiva.

Conforme pertinentemente observado pela eminente Ministra Cármen Lúcia ao julgar o HC nº 102.088/RS,

“o criminoso contumaz, mesmo que pratique crimes de pequena monta, não pode ser tratado pelo sistema penal como se tivesse praticado condutas irrelevantes, pois crimes considerados ínfimos, quando analisados isoladamente, mas relevantes quando em conjunto, seriam transformados pelo infrator em verdadeiro meio de vida” (Primeira Turma, DJe de 21/5/10).

Perfilhando esse entendimento, destaco julgados de ambas as Turmas:

“Habeas corpus. 2. Furto qualificado pelo concurso de agentes. Condenação. 3. Alegação de violação ao Enunciado 7 da Súmula do STJ. Não houve reexame do contexto fático-probatório produzido nas instâncias ordinárias, mas tão somente uma valoração jurídica dos fatos, consentânea aos limites legalmente impostos ao recurso especial. 4. Violação ao artigo 5º, inciso LIV, da CF. Inocorrência. Corréu devidamente intimado, que deixou de contra-arrazoar o REsp. 5. Tese de crime impossível. Os sistemas de vigilância de estabelecimentos comerciais, ou até mesmo os constantes monitoramentos realizados por funcionários, não têm o condão de impedir totalmente a consumação do crime. Precedentes do STF. 6. Aplicação do princípio da insignificância. Sentenciados reincidentes na prática de crimes contra o patrimônio. Precedentes do STF no sentido de afastar a aplicação do princípio da insignificância aos acusados reincidentes ou de habitualidade delitiva comprovada. 7. Ordem denegada” (HC nº 117.083/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/3/14 – grifei);

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Furto simples na modalidade tentada e uso de documento falso. Artigos 155, caput, c/c o art. 14, inciso II, e o art. 304 do Código Penal. Alegada incidência do postulado da insignificância penal ao crime de furto. Inaplicabilidade. Recorrente reincidente em práticas delituosas. Precedentes. Ordem denegada.

1. A tese de irrelevância material da conduta praticada pelo recorrente não prospera, tendo em vista ser ele reincidente em práticas delituosas. Esses aspectos dão claras demonstrações de ser ele um infrator contumaz e com personalidade voltada à prática delitiva.

2. Conforme a jurisprudência desta Corte, ‘o reconhecimento da insignificância material da conduta increpada ao [recorrente] serviria muito mais como um deletério incentivo ao cometimento de novos delitos do que propriamente uma injustificada mobilização do Poder Judiciário’ (HC nº 96.202/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 28/5/10).

3. Ordem denegada” (RHC nº 112.870/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 27/8/12 – grifei);

“PENAL. HABEAS CORPUS. PACIENTE PROCESSADO PELO

CRIME DE FURTO SIMPLES. ABSOLVIÇÃO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. PERICULOSIDADE DO AGENTE. FURTO INSIGNIFICANTE. FURTO PRIVILEGIADO. DISTINÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – A aplicação do princípio da insignificância de modo a tornar a conduta atípica exige, além da pequena expressão econômica dos bens que foram objeto de subtração, um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente. II – Embora o paciente não seja tecnicamente reincidente, tem personalidade voltada para a prática de crimes contra o patrimônio, o que impede o atendimento de um dos requisitos exigidos por esta Corte para a configuração do princípio da insignificância, qual seja, a ausência de periculosidade do agente. III – Na espécie, a aplicação do referido instituto poderia significar um verdadeiro estímulo à prática destes pequenos furtos, já bastante comuns nos dias atuais, o que contribuiria para aumentar, ainda mais, o clima de insegurança hoje vivido pela coletividade. IV – Convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do princípio da insignificância. Já no que tange à coisa de pequeno valor, criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto privilegiado, prevista no art. 155, § 2º, do Código Penal. V – Ordem denegada” (HC nº 107.138/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 30/5/11);

É bem verdade que o tema está submetido ao Tribunal Pleno no HC nº 123.108/MG (Relator o Ministro Roberto Barroso), cujo julgamento encontra-se suspenso. Entretanto, até o momento, é orientação predominante na Corte que o infrator contumaz e com personalidade voltada à prática delitiva obsta a aplicação do princípio da insignificância (HC nº 122.030/MG-AgR, de minha relatoria, DJe de 27/8/14).

Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei nº 8.038/90 e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao presente habeas corpus por contrariar a jurisprudência predominante desta Suprema Corte.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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HABEAS CORPUS 127.797 (614)ORIGEM : ARESP - 1391333 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : AILTON MOREIRA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, sem pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública da União em favor de Ailton Moreira dos Santos, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp nº 1.391.333/PR, Relator o Ministro Ericson Maranho.

A impetrante sustenta a atipicidade da conduta imputada ao paciente. Aduz, para tanto, que

“é nítida a natureza tributária do crime de descaminho, mercê de tutelar o erário e a atividade arrecadatória do Estado, o que demonstra a necessidade da prévia constituição do crédito tributário na esfera administrativa, salientando-se que a pendência de procedimento administrativo fiscal impede a instauração da ação penal, bem como de inquérito policial, relativos aos crimes contra a ordem tributária, já que a consumação dos delitos somente ocorre após a constituição definitiva do crédito tributário” (fl. 8 da inicial).

Nesse contexto, entende ser “necessária a aplicação do enunciado da Súmula Vinculante nº 24 do

Supremo Tribunal Federal, que prevê: ‘não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo’.” (fl. 8 da inicial).

Requer a impetrante a concessão da ordem “para reformar o acórdão do Respeitável Superior Tribunal de Justiça referente ao AgrRg no Recurso Especial n° 1.391.333 –PR (2013/0233371-0) e, por consequência, reconhecer a atipicidade da conduta imputada ao paciente” (fl. 9 da inicial).

É o relatório. Decido.Narra a impetrante, na inicial, que“o paciente foi condenado pela prática do delito previsto no art. 334, §

1°, d, c/c § 2°, do Código Penal, tendo sua pena base sido fixada em 1 ano e 4 meses. Em razão de atenuante, dimensionou-se a pena provisória para 1 ano e 2 meses.

A defesa interpôs recurso de apelação, pleiteando o reconhecimento da coação moral irresistível, bem como a absolvição da condição objetiva de punibilidade, no entanto, o tribunal de origem negou provimento ao recurso aviado.

Irresignada com a decisão proferida, a defesa interpôs recurso especial contra o acórdão que negou provimento à apelação e pleiteou o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 81: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 81

reconhecimento da atipicidade da conduta.Foi negado provimento ao recurso especial, bem como ao agravo

regimental interposto” (fls. 2/3 da inicial).Transcrevo a ementa do acórdão ora questionado: “PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.

DESCAMINHO. CRIME FORMAL. LANÇAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE DE EXAURIMENTO DA ESFERA ADMINISTRATIVA PARA O INÍCIO DA PERSECUÇÃO PENAL. CONDUTA TÍPICA. PRECEDENTES. AGRAVO DESPROVIDO.

– O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento pacificado no sentido de que o crime de descaminho é formal, sendo desnecessário o prévio exaurimento da via administrativa para a sua configuração.

Agravo regimental desprovido” (fl. 440 - anexo 5).Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ. A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao desprover o

agravo regimental do ora paciente, assentou que o crime de descaminho é formal, não sendo necessária a apuração administrativo-fiscal do valor do imposto iludido para sua configuração.

Esse entendimento não diverge, em nenhum aspecto, da jurisprudência desta Corte, preconizada no sentido de que

“a consumação do delito de descaminho e a posterior abertura de processo-crime não estão a depender da constituição administrativa do débito fiscal. Primeiro, porque o delito de descaminho é rigorosamente formal, de modo a prescindir da ocorrência do resultado naturalístico. Segundo, porque a conduta materializadora desse crime é ‘iludir’ o Estado quanto ao pagamento do imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. E iludir não significa outra coisa senão fraudar, burlar, escamotear” (HC nº 99.740/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 1º/2/11).

Perfilhando esse entendimento: “PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM

HABEAS CORPUS. DESCAMINHO E USO DE DOCUMENTO FALSO. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA DO DIREITO ALEGADO. DOSIMETRIA DA PENA. ANÁLISE NA VIA DO HABEAS CORPUS. VEDAÇÃO. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (RHC nº 119.960/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 2/6/14);

“HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL E DIREITO PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ACÓRDÃO DO STJ EM RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CIGARROS. CONTRABANDO. DESCAMINHO. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE. 1. Contra acórdão exarado em agravo regimental em recurso ordinário em habeas corpus remanesce a possibilidade de manejo do recurso extraordinário, previsto no art. 102, III, da Constituição Federal. Diante da dicção constitucional não cabe a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. 2. A conduta engendrada pelos pacientes – importação clandestina de cigarros – configura contrabando, e não descaminho, como apontado pela Defesa. Precedentes. 3. Desnecessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera administrativa para configuração dos crimes de contrabando e descaminho. Precedente. 4. Habeas corpus extinto sem resolução de mérito” (HC nº 120.783/DF, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 11/4/14 – grifei).

Nessa linha de raciocínio, destaco, ainda, o HC nº 122.268/MG, de minha relatoria, julgado na Segunda Turma aos 24/3/15.

Conclui-se, portanto, que o tema trazido à balha é objeto de jurisprudência consolidada desta Suprema Corte, razão pela qual, nos termos do art. 192, caput, do Regimento Interno - atualizado pela Emenda Regimental nº 30/09, denego a ordem de habeas corpus.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 127.805 (615)ORIGEM : RESP - 1479846 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ANDRÉ MORGÃO NOGUEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao AgRg no REsp 1.479.846/PR, Rel. Min. Jorge Mussi. Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente foi condenado à pena de 1 ano e 3 meses de reclusão, em regime aberto, pela prática do crime de descaminho (art. 334, § 1°, “d”, do CP); (b) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região deu parcial provimento ao recurso da defesa e reduziu a pena para 1 ano de reclusão em regime aberto; (c) buscando a absolvição em razão da ausência de condição objetiva de punibilidade, a defesa interpôs recurso especial no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator negou-lhe seguimento; (d) dessa decisão foi interposto agravo regimental, que

foi improvido, em acórdão assim ementado:“(...) 1. A Quinta Turma passou a adotar o posicionamento de que o

crime de descaminho é formal, não sendo, assim, necessária a apuração administrativo-fiscal e a consequente constituição do crédito tributário para a sua configuração.

2. O tipo do art. 334 do Código Penal protege, mediatamente, o interesse estatal no controle da entrada e saída de produtos do país, consumando-se o descaminho, pois, com o ato de iludir o pagamento de tributos devidos pela entrada de mercadorias no território nacional.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.”.Neste habeas corpus, a impetrante sustenta, em suma, que é

necessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera administrativa para configuração do crime de descaminho. Requer, ao final, a concessão da ordem para que seja reformado o acórdão condenatório e rejeitada a denúncia.

2. A concessão de medida liminar exige a presença dos requisitos próprios, entre os quais a demonstração da presença do periculum in mora, que, no caso, não foi feita. Ademais, ao que tudo indica, não está em risco imediato o direito de locomoção do paciente.

3. Com essas considerações, indefiro o pedido de liminar. Solicitem-se informações ao Juízo Federal da 2ª Vara Criminal da Seção Judiciária de Foz do Iguaçu/PR. Após, à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 127.809 (616)ORIGEM : RHC - 58078 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : EDUARDO FERNANDES DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : EBERTHE VIEIRA DE SOUZA GOMES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 58.078 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTICA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão do Ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar no RHC 58.078/RJ. Consta dos autos, em síntese, que: (a) o paciente foi condenado à pena de 6 anos e 8 meses, em regime inicial fechado, pela prática do crime previsto no art. 35 c/c art. 40, IV, da Lei 11.343/2006; (b) buscando a revogação do decreto prisional, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que denegou a ordem, e, na sequência, interpôs RHC no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator indeferiu o pedido liminar, em decisão assim fundamentada:

“(...) A concessão liminar em habeas corpus é medida excepcional, somente cabível quando, em juízo perfunctório, observa-se, de plano, evidente constrangimento ilegal.

Esta não é a situação presente, onde as pretensões de reconhecimento de fragilidade de provas e de decretação da cautelar sem alteração fática/processual para tanto são claramente satisfativas, melhor cabendo seu exame de mérito pelo Colegiado, juiz natural da causa, assim inclusive garantindo-se a necessária segurança jurídica.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar.”Neste habeas corpus, o impetrante alega, em síntese, que: (a) o

decreto prisional não apresenta fundamentação jurídica idônea, na medida em que está calcado “em ilações afetas à gravidade em abstrato da infração penal que constitui a imputação”; (b) “pelo princípio da homogeneidade, não é crível que o paciente aguarde o julgamento da apelação preso cautelarmente, quando do julgamento do recurso o paciente poderá ser absolvido ou ter sua pena privativa de liberdade substituída por restritivas de direitos, em razão das condições pessoais que o paciente ostenta”. Requer, assim, a concessão da ordem, para revogar a prisão preventiva, com ou sem a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319 do Código de Processo Penal.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 82: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 82

INQUÉRITO 3.764 (617)ORIGEM : PET - 5071 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : PROTÓGENES PINHEIRO DE QUEIROZ

DECISÃO: 1. Trata-se de requerimento formulado pela defesa para que seja determinada a distribuição deste inquérito por prevenção à 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

Em março de 2015, foi determinada a remessa dos autos à Seção Judiciária de São Paulo diante da cessação de competência penal originária do Supremo Tribunal Federal, já que o investigado Protógenes Pinheiro de Queiroz não mais se encontra no exercício do mandato de Deputado Federal.

2. Encerrada a competência penal originária do Supremo Tribunal Federal prevista no art. 102, I, b, da Constituição da República, eventual requerimento de distribuição destes autos por prevenção em razão da existência de conexão probatória refoge à analise desta Corte, devendo ser formulada diretamente ao juízo de primeira instância competente.

3. Ante o exposto, indefiro o requerimento, sem prejuízo de renovação ao juízo competente.

Publique-se.Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MANDADO DE SEGURANÇA 27.019 (618)ORIGEM : MS - 346407 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : ANTONIO FERNANDO BAYMA ARAÚJOADV.(A/S) : PEDRO LEONEL PINTO DE CARVALHOIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO

DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 439)PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Mantenha-se o sobrestamento deste feito, no aguardo do julgamento

do RE nº 606.358/SP, da Relatoria da Ministra Rosa Weber, com repercussão geral reconhecida, que versa sobre a inclusão das vantagens pessoais no teto remuneratório após a EC 41/2003.

Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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MANDADO DE SEGURANÇA 32.373 (619)ORIGEM : PCA - 000000000117201316 - CONSELHO NACIONAL

DO MINISTÉRIO PÚBLICOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : CLAUDIO CHAVES ARRUDAADV.(A/S) : LUIZ SARAIVA DE LAVORIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Cuida-se de petição nominada “Cumprimento de acórdão transitado

em julgado”, por meio da qual requer o impetrante:“1. O desarquivamento do MS 32373/DF e o recebimento do presente

cumprimento de acórdão transitado em julgado MS 32373/DF; 2. Nos exatos termos do art. 342 do RISTF, que sejam oficiado o

PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ, no exercício da Presidência da COMISSÃO DO CONCURSO PARA INGRESSO À CARREIRA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ, domiciliada na rua Assunção, nº 1.100, Bairro José Bonifácio, CEP 60.050-011, Fortaleza-CE e o DIRETOR/PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, domiciliado na Av. Prof. Francisco Morato, 1565, São Paulo-SP, CEP 05513-900 com o escopo de cumprir imediatamente a decisão transitada em julgado, ou seja, que seja considerada como nula a questão de nº 85 do caderno de prova ´A01´ - Tipo 01 da fase objetiva do certame para Promotor de Justiça do Estado do Ceará, atribuindo-se a pontuação positiva correspondente em relação ao Demandante;

3. E, por último, após o imediato cumprimento da decisão transitada em julgado previsto no item “2”, que seja anexada a este processo uma certidão narrativa descritiva e pormenorizada de todas as notas obtidas pelo Autor durante o certame e, em especial, qual é a pendência que ainda

resta ao Demandante na prova preambular no referido certame.” Tenho que não é o caso de deferir o quanto pleiteado.Destaco, de início, que a decisão transitada em julgado nestes autos

conheceu apenas parcialmente do mandamus e, na parte conhecida, concedeu parcialmente a segurança, para:

“anular a decisão do CNMP quanto à atuação revisional do CSMP/CE e do Colégio de Procuradores de Justiça na anulação da questão nº 85 da prova tipo 01 da fase objetiva do certame para Promotor de Justiça do Estado do Ceará.”

Ao que se depreende dos autos, foram notificados dessa decisão o Presidente do CNMP (evento 98, dos autos eletrônicos) e o Advogado-Geral da União (evento 96), o qual foi também intimado do trânsito em julgado do decisum (evento 114).

Destarte, as comunicações necessárias ao cumprimento da decisão foram oportunamente realizadas, não havendo necessidade de nova comunicação, máxime quando não demonstrado o descumprimento da ordem.

Não é cabível, ademais, a ordem para que seja juntada “certidão narrativa descritiva e pormenorizada de todas as notas obtidas pelo Autor durante o certame e, em especial, qual é a pendência que ainda resta ao Demandante na prova preambular no referido certame”, tendo em vista que essa espécie de pleito não se coaduna com o objeto do mandamus e, especialmente, com o que restou deferido: tão somente a anulação da decisão do CNMP que reputou ilegítima a atuação revisional do CSMP/CE e do Colégio de Procuradores de Justiça na anulação da questão nº 85 da prova tipo 01 da fase objetiva do certame.

Pelo exposto, indefiro a petição.Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 33.555 (620)ORIGEM : TC - 01282420076 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : MARIA OTACILIA SIMOES ALVESADV.(A/S) : LUIS GONZAGA ANDRADE CAVALCANTE E OUTRO(A/

S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA COM REQUERIMENTO DE LIMINAR.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. EX-SERVIDOR DA FUNAI. PENSÃO CIVIL VITALÍCIA. PAGAMENTO PARA CÔNJUGE E COMPANHEIRA. NEGATIVA DE REGISTRO. VERBA DE NATUREZA ALIMENTÍCIA. LIMINAR DEFERIDA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Mandado de segurança, com requerimento de medida liminar,

impetrado por Maria Otacilia Simões Alves, em 8.4.2015, contra ato imputado ao Presidente do Tribunal de Contas da União, que teria determinado a supressão no pagamento de pensão vitalícia em cumprimento ao decidido no Processo n. TC 012.824/2007-6 (Acórdão n. 2.822/2008-TCU-1ª Câmara).

O caso2. A Impetrante noticia ser pensionista de ex-servidor da Fundação

Nacional do Índio – Funai, falecido em 28.7.1993, com o qual estava casada desde 20.10.1951.

Relata que, ao pleitear a pensão civil vitalícia, foi “surpreendida ao descobrir a presença da concubina que também passou a receber a pensão” (fl. 3 da petição inicial).

Informa ter recebido, em março de 2015, documento da Funai comunicando decisão do Tribunal de Contas da União determinante da supressão da pensão paga “em favor da IMPETRANTE e da concubina”, conforme expresso no subitem 9.3.2 do Acórdão n. 2.822/2008-TCU-1ª Câmara (fl. 3, Ofício n. 159/2015-DAGES/FUNAI, de 3.3.2015).

Alega que a anulação da pensão de forma unilateral pela autoridade apontada coatora ofende o devido processo legal e seus corolários, além de afrontar o princípio da dignidade da pessoa humana.

No ponto, assevera que “[o] ato administrativo praticado pela autoridade coatora trouxe

profundas mudanças e prejuízos à Impetrante, inclusive a sua saúde, seu equilíbrio emocional e psíquico[, sendo] pessoa idosa com 79 (setenta e nove) anos de idade, sempre dependente de seu falecido esposo, e agora desta pensão, que utiliza para custear sua alimentação e seus remédios, pois os proventos possuem natureza essencialmente alimentar” (fl. 4, grifos no original).

Afirma ter direito líquido e certo à pensão vitalícia, conforme expresso nos arts. 215 e 217, inc. I, al. a, da Lei n. 8.112/1990.

Realça que, “[a]pesar de ser possível novo processo administrativo para a

concessão de pensão civil, via Sisac, e a impetrante possuir todos os requisitos para receber os proventos devidos, já que é a legítima esposa do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 83

falecido servidor, a demora na análise do novo pedido de pensão causará a impetrante diversos transtornos inclusive a sua saúde, pois necessita de remédios mensais, além de alimentos para sua sobrevivência” (fl. 4).

3. Noticia o cancelamento da pensão no mês de março do ano corrente, requerendo o deferimento de liminar “para determinar ao Impetrado que se abstenha de suspender/cancelar os proventos de pensão da Impetrante, restabelecendo, imediatamente o pagamento, através da FUNAI, até o julgamento final do presente mandamus” (fl. 13).

No mérito, pede a anulação do “ato que cancelou a pensão, [para] determinar ao Presidente do Tribunal de Contas da União o restabelecimento da mesma e a restituição do pagamento de pensão, a partir de março de 2015, em tudo informada a FUNAI” (fl. 13).

Requer, ainda, a concessão do benefício da gratuidade da justiça.4. Distribuído, os autos vieram-me em conclusão em 8.4.2015.Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Defiro o pedido de gratuidade de justiça (Lei n. 1.060/50).6. Descabida a pretensão da Impetrante de cobrar valores anteriores

à data de impetração do mandado de segurança, pelos óbices das Súmulas ns. 269 e 271 deste Supremo Tribunal Federal, nas quais se dispõem, respectivamente:

- “O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança”;- “Concessão de mandado de segurança não produz efeitos

patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria”.

7. Realço, ainda, que o lapso temporal entre a prolação do ato que determinou a supressão no pagamento da pensão pleiteada (2.9.2008) e sua concretização (março de 2015) parece ter resultado do descumprimento do Acórdão n. 2.822/2008-TCU-1ª Câmara pela autoridade responsável na Funai, conforme se extrai dos termos do Ofício n. 3.015/2014-TCU/SEFIP, de 15.4.2014 (fl. 8 do Evento n. 3).

Assim, não haveria se cogitar de decadência da impetração.8. Quanto à pretensa afronta ao devido processo legal e seus

corolários, este Supremo Tribunal assentou que, no exercício específico da competência atribuída pelo art. 71, inc. III, da Constituição da República, o Tribunal de Contas da União não está submetido a esses princípios.

Esse entendimento foi consolidado pela Súmula Vinculante n. 3 do Supremo Tribunal Federal, na qual se dispõe:

“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão” (grifos nossos).

A espécie vertente trata do exame da legalidade do ato inicial de concessão de pensão à Impetrante, o que afasta a regra estabelecida na parte inicial da Súmula Vinculante n. 3.

9. Em casos excepcionais, nos quais o lapso temporal entre a data da aposentadoria e o exame de sua legalidade tenha superado cinco anos, este Supremo Tribunal tem assentado que, em respeito aos princípios da segurança jurídica e da confiança nos atos praticados pela Administração, deve-se assegurar ao servidor a possibilidade de defender a validade do ato de aposentadoria ou pensão. Fixou-se, no entanto, que a contagem desse prazo se iniciaria na data em que o processo de aposentadoria ou pensão chegasse ao Tribunal de Contas da União (por exemplo, Mandado de Segurança n. 24.781/DF, Redator para o acórdão o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 8.6.2011).

No caso em análise, a Impetrante não comprovou ter havido demora na apreciação, para fins de registro, da legalidade de ato de concessão da pensão discutida sido provocada pelo Tribunal de Contas da União, sendo certo que o mandado de segurança, por não admitir dilação probatória, “exige a demonstração incontroversa dos seus requisitos, bem como dos fatos e provas, de forma pré-constituída, inclusive quanto aos elementos relacionados à aferição da tempestividade do writ” (Mandado de Segurança n. 29.117/ES, decisão monocrática, DJe 11.11.2010).

Na mesma linha: Mandado de Segurança n. 26.396/DF, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 24.5.2010; Mandado de Segurança n. 26.395/DF, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 6.5.2010; Mandado de Segurança n. 26.402/DF, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 6.5.2010; Mandado de Segurança n. 24.964/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 1º.2.2008; Mandado de Segurança n.26.284/DF, Relator o Ministro Menezes Direito, Plenário, DJ 13.6.2008; Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 25.736/DF, Redator para o acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 18.4.2008; Mandado de Segurança n. 25.054-AgR/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Plenário, DJ 26.5.2006.

Anote-se que a deficiência dos elementos comprobatórios do alegado na inicial, de exclusiva responsabilidade da Impetrante, leva ao não conhecimento da questão suscitada, pela ausência de liquidez e certeza do direito postulado, sem que tanto impeça a renovação da demanda diante do órgão jurisdicional competente se não houver decorrido o prazo decadencial (art. 6º, § 6º, da Lei n. 12.016/2009).

Não se haveria cogitar, portanto, de contrariedade ao devido processo legal e seus corolários na espécie vertente.

10. Há plausibilidade no pedido da Impetrante em permanecer recebendo a pensão discutida, pela premissa adotada no ato impugnado, no sentido da prevalência da situação da viúva em relação à concubina.

Depois de citar precedente do Tribunal de Contas da União, no qual assentada a imprescindibilidade de prova para afastar a presunção de veracidade da sociedade conjugal constituída pela celebração do casamento (Acórdão n. 2.443/2008-TCU-1ª Câmara), afirmou o Relator no ato impugnado:

“Em consonância com o teor da fundamentação constante do precedente acima, considero que aos casos das pensões civis abordadas neste processo deve ser aplicado igual entendimento, porquanto carece de base legal a concessão concomitante do benefício pensional a favor da viúva e da companheira, na medida em que o matrimônio, por ser ato jurídico solene, com prova pré-constituída, consistente na Certidão de Casamento, favorece à viúva a percepção do benefício pensional, até prova contrária” (fl. 13 do Evento n. 3, grifos nossos).

Por considerar que “os benefícios somente poderão ser concedidos a apenas uma das beneficiárias, ou seja, às viúvas ou às companheiras, cabendo ao órgão de origem analisar com percuciência a documentação apresentada pelos interessados e definir quem realmente faz jus à pensão” (fl. 10), o Tribunal de Contas da União acolheu parcialmente a sugestão feita pelo Ministério Público, autorizando a Funai a emitir, “se fo[sse] o caso, novos atos de pensão civil, via Sisac, livres da irregularidade apontada nos autos [pagamento simultâneo de pensão à viúva e à companheira/concubina] (subitem 9.4 do Acórdão n. 2.822/2008-TCU-1ª Câmara, fl. 14).

11. Dos fundamentos expostos, não se há de inferir a impossibilidade de pagamento simultâneo de pensão vitalícia com determinação de supressão da pensão instituída com base na al. a do inc. I do art. 217 da Lei n. 8.112/1990, pela qual se dispõe:

“Art. 217. São beneficiários das pensões:I – vitalícia:a) o cônjuge;”Entretanto, a cassação impugnada não pode ser imputada ao órgão

administrativo ao qual vinculado o instituidor da pensão, a julgar pela menção expressa ao nome da Impetrante no subitem 9.1 do Acórdão n. 2.288/2008 (fl. 13).

12. Pelo exposto, por aparente contrariedade no ato impugnado e considerando que o indeferimento da liminar na espécie pode resultar na ineficácia da medida se vier ela a ser deferida ao final, pela supressão de benefício de natureza alimentar, defiro a liminar, sem prejuízo de reapreciação da matéria, tão somente para suspender os efeitos do subitem n. 9.3.2 do Acórdão n. 2.288/2008-TCU-1ª Câmara quanto à Impetrante.

13. Notifique-se a autoridade Impetrada para, querendo, prestar informações no prazo de dez dias (art. 7º, inc. I, da Lei n. 12.016/2009 c/c art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

14. Intime-se a Advocacia-Geral da União, nos termos do art. 7º, inc. II, da Lei n. 12.016/2009.

15. Vista ao Procurador-Geral da República (art. 12 da Lei n. 12.016/2009 e art. 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comunique-se, com urgência.Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 17.754 (621)ORIGEM : PROC - 00020539520148260637 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : I G B DOS SPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

TUPÃADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃOVERBETE VINCULANTE Nº 11 DA SÚMULA DO SUPREMO –

DESRESPEITO – RELEVÂNCIA – LIMINAR DEFERIDA.1. O assessor Dr. Vinicius de Andrade Prado prestou as seguintes

informações:I. G. B. dos S., menor representado pela genitora, afirma haver o

Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Tupã/SP, no Processo nº 0002053-95.2014.8.26.0637, olvidado o teor do Verbete Vinculante nº 11 da Súmula do Supremo.

Segundo narra, veio a ser representado, em 30 de abril de 2014, em razão da alegada prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. Informa a determinação da internação provisória. Diz da condução à Cadeia Pública do Município de Lutécia/SP até a existência de vaga no Centro de Internação Provisória da Unidade Marília da Fundação CASA. Realizada a audiência de apresentação, aponta o emprego inadequado de algemas, cuja retirada foi indeferida pelo Órgão reclamado sem a fundamentação devida.

Sustenta inobservado o paradigma, uma vez não justificada, por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 84: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 84

escrito, a utilização das algemas, além de ausentes os pressupostos para o uso do equipamento. Conforme argumenta, o Órgão reclamado não indicou nenhum fato concreto a ensejá-lo.

Consoante defende, o conteúdo do verbete teria sido distorcido, exigindo-se a demonstração de falta de risco para, então, permitir-se a retirada das algemas. Entende desproporcional a medida considerada a ausência de antecedentes infracionais. Assevera que, na Comarca de Tupã/SP, todos os adolescentes apreendidos participam da audiência de apresentação algemados, de modo a revelar, de forma indistinta, o desrespeito ao mencionado verbete. Evoca o artigo 37 da Convenção sobre os Direitos da Criança, no que vedada a adoção de condutas tendentes à limitação arbitrária de direitos fundamentais dos menores em situação de privação de liberdade.

Sob o ângulo do risco, alude à convalidação das nulidades em momento anterior ao da apreciação do mérito desta reclamação.

Pede, em sede liminar, seja suspensa a tramitação do processo na origem e, alfim, a anulação do ato reclamado e dos subsequentes.

2. Percebam as balizas objetivas reveladas. O reclamante, menor, foi apreendido ante a suposta prática de ato infracional análogo ao tráfico de entorpecentes e contido, mediante o emprego de algemas, durante a realização da audiência de apresentação. Pleiteada a retirada do equipamento, o Órgão reclamado assim se pronunciou:

[...] O pedido foi indeferido porquanto não há elementos concretos que levem à convicção de que sem as algemas o Magistrado e os presentes estarão seguros. Além do mais, sem as algemas, nada indica que não possa ocorrer tentativa de fuga. [...]

O reclamante entende olvidado o preceito contido no Verbete Vinculante nº 11 da Súmula do Supremo, cujo teor transcrevo:

Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Vislumbro a relevância do pedido. A leitura do ato impugnado revela a adoção de óptica linear pelo Órgão reclamado. Valeu-se de fundamentação genérica, desvinculada de dados concretos, para assentar a necessidade do uso das algemas, no que evidenciado o desrespeito ao contido no mencionado verbete vinculante. Atentem para a excepcionalidade da utilização do artefato. Pressupõe a resistência ou o fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física do envolvido ou de terceiros.

3. Defiro a liminar para suspender, até o julgamento final desta reclamação, a eficácia do ato formalizado pelo Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Tupã/SP e o curso do Processo nº 0002053-95.2014.8.26.0637.

4. Deem ciência desta reclamação ao interessado, o Ministério Público do Estado de São Paulo, e solicitem informações. Com o recebimento, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.

5. Publiquem.Brasília, 15 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 18.670 (622)ORIGEM : PROC - 50015614820134047217 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZADO ESPECIAL CÍVEL FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GABRIELA PIETSCH SERAFINADV.(A/S) : ALINE ELISE DEBIAZI VARGAS LONGO

DECISÃORECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. MAGISTRADO. REMOÇÃO A

PEDIDO. PAGAMENTO DE AJUDA DE CUSTO PARA TRANSPORTE E MUDANÇA. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: ART. 102, INC. I, AL. N, DA CONSTITUIÇÃO: INOCORRÊNCIA. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Reclamação, com requerimento de medida liminar, ajuizada pela

União, em 19.9.2014, contra decisão proferida no Processo n. 500156148.2013.404.7217 pelo Juizado Especial Cível da Seção Judiciária de Santa Catarina, o qual teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal (art. 102, inc. I, al. n, da Constituição da República).

O caso2. Narra a Reclamante ter a Juíza federal Gabriela Piersch Serafin

ajuizado ação, objetivando a condenação da União ao pagamento da ajuda de custo a que teria direito por ter sido removida da Subseção Judiciária de Uruguaiana/SC para a Terceira Turma Recursal de Santa Catarina, em Florianópolis.

Relata ter a Terceira Turma Recursal de Santa Catarina, negado

provimento ao recurso inominado interposto contra a sentença pela qual julgado procedente o pedido deduzido na ação, decisão mantida no julgamento dos embargos de declaração opostos pela Reclamante.

Sustenta que a questão jurídica relativa ao pagamento de ajuda de custo para transporte e mudança de magistrados que, a pedido, sejam removidos para outra sede de prestação jurisdicional, somente poderia ser dirimida por este Supremo Tribunal, por consubstanciar interesse de toda a magistratura nacional (art. 102, inc. II, al. n, da Constituição da República).

Alega ter a autoridade judiciária reclamada usurpado a competência deste Supremo Tribunal, requerendo a suspensão do andamento do processo.

No mérito, pede a anulação da decisão proferida no julgamento do Processo n. 500156148.2013.404.7217, com a consequente remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. O que se põe em foco nesta reclamação é se a Terceira Turma

Recursal de Santa Catarina teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal (art. 102, inc. I, al. n, da Constituição da República), ao julgar demanda sobre o pagamento de ajuda de custo para transporte e mudança de magistrada removida a pedido.

4. A questão jurídica posta na presente ação não é nova neste Supremo Tribunal, cuja jurisprudência se consolidou no sentido de não se reconhecer instaurada sua competência para o julgamento de casos como o apresentado.

5. Na assentada de 24.6.2010, no julgamento da Questão de Ordem na Ação Originária n. 1.569, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal reconheceu-se competente para processar e julgar ação versando sobre o direito ao pagamento da ajuda de custo para despesas com mudança e transporte de magistrado.

Esse entendimento foi reproduzido em diversos outros processos, sendo exemplos: Ações Originárias ns. 1656, 1849 e 1827 e Reclamações ns. 15493, 15745 e 15567, de minha Relatoria; Reclamações ns. 17620, 16595, 16532, 16067 e 14697, Relator o Ministro Dias Toffoli; Reclamações ns. 16852, 17016, 16066, 16852, 16776, 15858 e Ação Originária n. 1818, Relator o Ministro Gilmar Mendes; Reclamações ns. 16409, 15367 e 15440, Relator Ministro Teori Zavascki; e Reclamações ns. 15740, 15565, 15371 e 15417, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

6. Entretanto, a controvérsia relativa à competência deste Supremo Tribunal para processar e julgar ações sobre pretenso direito àquela verba de natureza indenizatória foi dirimida em sentido oposto. Ambas as Turmas deste Supremo Tribunal firmaram entendimento de não atrair a espécie a competência estabelecida no art. 102, inc. II, al. n, da Constituição da República. Confiram-se os seguintes precedentes:

“Ementa: CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF. NÃO CONFIGURAÇÃO. AJUDA DE CUSTO EM RAZÃO DE REMOÇÃO. AUSÊNCIA DE INTERESSE EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA. PRETENSÃO COMUM A OUTROS SERVIDORES PÚBLICOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (Rcl 19.691-AgR, Relator o Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 14.4.2015).

“Agravo regimental em reclamação em agravo regimental em reclamação. 2. Pagamento de ajuda de custo a magistrado. Remoção a pedido. Competência do Supremo Tribunal Federal. Não ocorrência. Prerrogativa de outras carreiras do serviço público. Ausência de interesse exclusivo da magistratura. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl 19.691-AgR-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 9.4.2015).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ART. 102, I, N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL INOCORRENTE. ajuda DE custo. REMOÇÃO. CONTROVÉRSIA NÃO FUNDADA EM PRERROGATIVA ESPECÍFICA E EXCLUSIVA DA MAGISTRATURA. PRECEDENTES. O art. 102, I, n , da Carta Política não comporta exegese que desloque para o Supremo Tribunal Federal o julgamento de toda e qualquer ação ajuizada por magistrados. Não amoldada a espécie ao art. 102, I, n , da Carta Política, incabível a reclamação (art. 102, I, l , da Carta Política). Precedentes: AO 1.893-AgR/PA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJE de 17.9.2014; Rcl 15.637-AgR/CE, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJE de 26.8.2014; Rcl 17.796-AgR/RJ, Rel. Min. Celso De Mello, Segunda Turma, DJE de 06.10.2014. Agravo regimental conhecido e não provido” (Rcl 15.372-AgR, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 11.3.2015).

“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ajuda DE custo EM RAZÃO DE REMOÇÃO. INCOMPETÊNCIA DO STF PARA JULGAMENTO DA AÇÃO. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF SOMENTE NAS HIPÓTESES DE INTERESSE ESPECÍFICO E EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para o julgamento das demandas que alcancem o interesse de todos os membros da magistratura, nos termos do art. 102, I, n , apenas se configura se os direitos ou vantagens em debate sejam específicos e exclusivos da carreira. 2. Precedentes: Rcl 2.136-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 15/08/2011, Rcl 16.817, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 29/4/2014; Rcl 16.409-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 11/2/2014; Rcl 16.815-MC, Rel. Min. Roberto

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 85

Barroso, DJe 9/12/2013; Rcl 16.971, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 3/2/2014; e AO 1.809, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 4/11/2013. 3. Agravo regimental desprovido” (Rcl 17.017-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 4.3.2015).

7. Em atenção ao princípio da colegialidade, o entendimento pessoal antes externado há de ceder ao decidido pelos órgãos deste Supremo Tribunal, pelo que o litígio estabelecido no Processo n. 5001561-48.2013.404.7217 deve ser solucionado pela Justiça Comum Federal, por circunscrever-se aos interesses individuais das partes da relação processual.

8. Pelo exposto, na linha do entendimento consolidado por este Supremo Tribunal, nego seguimento à presente Reclamação (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), prejudicada, por óbvio, a medida liminar requerida nesta ação.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECLAMAÇÃO 18.977 (623)ORIGEM : ACP - 50033814020144047000 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA FEDERAL DE CURITIBAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DOS JUÍZES FEDERAIS -

APAJUFEADV.(A/S) : RENATO CESAR ALBERGONI

DECISÃORECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. MAGISTRADO. REMOÇÃO A

PEDIDO. PAGAMENTO DE AJUDA DE CUSTO PARA TRANSPORTE E MUDANÇA. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: ART. 102, INC. I, AL. N, DA CONSTITUIÇÃO: INOCORRÊNCIA. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Reclamação, com requerimento de medida liminar, ajuizada pela

União, em 30.10.2014, contra decisão proferida no Processo n. 5003381-40.2014.404.7000/PR pelo juízo da Segunda Vara Federal de Curitiba/PR, o qual teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal (art. 102, inc. I, al. n, da Constituição da República).

O caso2. Narra a Reclamante ter a Associação Paranaense dos Juízes

Federais do Paraná – Apajufe ajuizado ação civil pública, objetivando “pagamento de ajuda de custo decorrente da nomeação que importe em alteração do domicilio legal aos magistrados associados da parte autora que se encontrem nessa situação, considerando a data de 19.05.2009, acrescido de juros de mora e atualização monetária até a data do efetivo pagamento e sem incidência de Imposto de Renda Pessoa Física" (fl. 2).

Relata ter o juízo da Segunda Vara Federal de Curitiba/PR julgado procedente o pedido para condenar a União ao pagamento de “ajuda de custo decorrentes da nomeação que importe alteração do domicílio legal dos Magistrados substituídos desde 19/05/09, acrescido de correção monetária pelo INPC do período, índice que melhor reflete o fenômeno inflacionário, e ainda de juros de mora. Estes fixados em 0,5% ao mês” (doc. 4).

Sustenta que a questão jurídica relativa ao pagamento de ajuda de custo para transporte e mudança de magistrados que, a pedido, sejam removidos para outra localidade para seu exercício, somente poderia ser dirimida por este Supremo Tribunal, por consubstanciar interesse de toda a magistratura nacional (art. 102, inc. II, al. n, da Constituição da República).

Alega ter a autoridade judiciária reclamada usurpado a competência deste Supremo Tribunal, requerendo a suspensão do andamento do processo.

No mérito, pede a anulação da decisão proferida no julgamento do Processo n. 5003381-40.2014.404.7000/PR, com a consequente remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. O que se põe em foco nesta reclamação é se o juízo da Segunda

Vara Federal de Curitiba teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal (art. 102, inc. I, al. n, da Constituição da República), ao julgar demanda sobre o pagamento de ajuda de custo para transporte e mudança de magistrada removida a pedido.

4. A questão jurídica posta na presente ação não é nova neste Supremo Tribunal, cuja jurisprudência se consolidou no sentido de não reconhecer instaurada sua competência para o julgamento de casos como o que ora se apresenta.

5. Na assentada de 24.6.2010, no julgamento da Questão de Ordem na Ação Originária n. 1.569, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu-se competente para processar e julgar ação versando sobre o direito ao pagamento da ajuda de custo para despesas com mudança e transporte de magistrado.

Esse entendimento foi reproduzido em diversos outros processos,

sendo exemplos: Ações Originárias ns. 1656, 1849 e 1827 e Reclamações ns. 15493, 15745 e 15567, de minha Relatoria; Reclamações ns. 17620, 16595, 16532, 16067 e 14697, Relator o Ministro Dias Toffoli; Reclamações ns. 16852, 17016, 16066, 16852, 16776, 15858 e Ação Originária n. 1818, Relator o Ministro Gilmar Mendes; Reclamações ns. 16409, 15367 e 15440, Relator Ministro Teori Zavascki; e Reclamações ns. 15740, 15565, 15371 e 15417, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

6. Entretanto, a controvérsia relativa à competência deste Supremo Tribunal para processar e julgar ações sobre pretenso direito àquela verba de natureza indenizatória foi dirimida em sentido oposto. Ambas as Turmas deste Supremo Tribunal firmaram entendimento de não atrair a espécie a competência estabelecida no art. 102, inc. II, al. n, da Constituição da República. Confiram-se os seguintes precedentes:

“Ementa: CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF. NÃO CONFIGURAÇÃO. AJUDA DE CUSTO EM RAZÃO DE REMOÇÃO. AUSÊNCIA DE INTERESSE EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA. PRETENSÃO COMUM A OUTROS SERVIDORES PÚBLICOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (Rcl 19.691-AgR, Relator o Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 14.4.2015).

“Agravo regimental em reclamação em agravo regimental em reclamação. 2. Pagamento de ajuda de custo a magistrado. Remoção a pedido. Competência do Supremo Tribunal Federal. Não ocorrência. Prerrogativa de outras carreiras do serviço público. Ausência de interesse exclusivo da magistratura. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl 19.691-AgR-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 9.4.2015).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ART. 102, I, N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL INOCORRENTE. ajuda DE custo. REMOÇÃO. CONTROVÉRSIA NÃO FUNDADA EM PRERROGATIVA ESPECÍFICA E EXCLUSIVA DA MAGISTRATURA. PRECEDENTES. O art. 102, I, n , da Carta Política não comporta exegese que desloque para o Supremo Tribunal Federal o julgamento de toda e qualquer ação ajuizada por magistrados. Não amoldada a espécie ao art. 102, I, n , da Carta Política, incabível a reclamação (art. 102, I, l , da Carta Política). Precedentes: AO 1.893-AgR/PA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJE de 17.9.2014; Rcl 15.637-AgR/CE, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJE de 26.8.2014; Rcl 17.796-AgR/RJ, Rel. Min. Celso De Mello, Segunda Turma, DJE de 06.10.2014. Agravo regimental conhecido e não provido” (Rcl 15.372-AgR, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 11.3.2015).

“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ajuda DE custo EM RAZÃO DE REMOÇÃO. INCOMPETÊNCIA DO STF PARA JULGAMENTO DA AÇÃO. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF SOMENTE NAS HIPÓTESES DE INTERESSE ESPECÍFICO E EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para o julgamento das demandas que alcancem o interesse de todos os membros da magistratura, nos termos do art. 102, I, n , apenas se configura se os direitos ou vantagens em debate sejam específicos e exclusivos da carreira. 2. Precedentes: Rcl 2.136-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 15/08/2011, Rcl 16.817, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 29/4/2014; Rcl 16.409-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 11/2/2014; Rcl 16.815-MC, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 9/12/2013; Rcl 16.971, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 3/2/2014; e AO 1.809, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 4/11/2013. 3. Agravo regimental desprovido” (Rcl 17.017-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 4.3.2015).

7. Em atenção ao princípio da colegialidade, o entendimento pessoal antes externado há de ceder ao decidido pelos órgãos que compõem este Supremo Tribunal, pelo que o litígio estabelecido no Processo n. 5003381-40.2014.404.7000/PR deve ser solucionado pela Justiça Comum Federal, por circunscrever-se aos interesses individuais das partes da relação processual.

8. Pelo exposto, na linha do entendimento consolidado por este Supremo Tribunal, nego seguimento à presente Reclamação (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), prejudicada, por óbvio, a medida liminar requerida nesta ação.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECLAMAÇÃO 18.978 (624)ORIGEM : PROC - 05029783420144058500 - JUIZ FEDERAL DA 5º

REGIÃOPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SERGIPEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 86

INTDO.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO GARAPA DE CARVALHOADV.(A/S) : ANTÔNIO SOARES SILVA JÚNIOR

DECISÃORECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. MAGISTRADO. AUXÍLIO-

MORADIA. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: ART. 102, INC. I, AL. N, DA CONSTITUIÇÃO: INOCORRÊNCIA. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Reclamação, com requerimento de medida liminar, ajuizada pela

União, em 30.10.2014, contra decisão proferida no Processo n. 050297834.2014.4.05.8500 pela Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Sergipe, a qual teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal (art. 102, inc. I, al. n, da Constituição da República).

O caso2. Narra a Reclamante ter o Juiz federal Marcos Antônio Garapa de

Carvalho ajuizado ação contra a União, objetivando o recebimento de “auxílio-moradia correspondente ao tempo em que exerceu sua jurisdição na Subseção Judiciária de Estância, no período de 20/07/2010 a 07/02/2012” (fl. 2).

Relata ter a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Sergipe dado provimento ao recurso inominado interposto pelo magistrado contra a sentença pela qual julgado improcedente o pedido deduzido na ação:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MAGISTRATURA FEDERAL. AJUDA DE CUSTO PARA MORADIA. ENFOQUE MULTIDISCIPLINAR (ECONÔMICO, SOCIAL E ÉTICO). EXISTÊNCIA DE FUNDAMENTO LEGAL. PAGAMENTO DE PARCELAS VENCIDAS QUE SE FAZ DEVIDO. 1. A análise judicial direitos e prerrogativas da própria magistratura potencializa a necessidade de justificação e legitimação do julgado a partir de enfoques outros além do puramente jurídico. 2. Assim, do ponto de vista econômico, social e ético, há razões consistentes para admissibilidade de ajuda de custo para moradia em favor de integrante da magistratura federal, considerando-se a inexistência de impacto orçamentário que o inviabilize no contexto dos recursos da União; do papel estratégico fundamental do Judiciário à democracia, concretização de políticas públicas e progresso social e, assim, da decorrente imperiosidade de uma proporcional e razoável política institucional voltada à valorização da magistratura, de seus talentos e vocações. 3. Razões de ordem material e prática fazem com que direitos e prerrogativas da magistratura não sejam exercidos e vindicados por prolongados períodos, iniciando-se, a partir da corrosão de um terço de seu poder aquisitivo pela inflação acumulada desde 2006, um movimento de resgate da legislação vigente que sempre amparou e disciplinou o sistema retributivo próprio da carreira, naquilo em que compatível com a atual Constituição. 4. O CNJ, ao editar a Resolução 13/2006, reconheceu a compatibilidade da ajuda de custo para moradia com o regime de subsídios da magistratura. 5. Fundamento necessário e suficiente à indenização é encontrado na LC 35/79, devendo-se contextualizar a referência à lei, contida no caput do art. 65, ao momento histórico de sua edição e à hoje indiscutível competência normativa regulamentar dos diversos órgãos do Judiciário, no espaço de sua autonomia. 6. Existência de diversos atos normativos do Judiciário, em vigor, que deferem o pagamento da ajuda de custo em favor de parcela da magistratura. Omissão que atrita com a matriz legal que define as condições para a percepção da verba, ferindo com isso a isonomia. 7. Para aqueles que insistem na necessidade de regulação legal, o regime da Lei 8.112/90, com as acomodações exigidas para compatibilização, é extensível à Justiça Federal por força do art. 52. da Lei 5.010/1966. 8. Provimento do recurso” (doc. 6).

Ajuíza-se a presente reclamação contra essa decisão.3. A União alega ter a autoridade judiciária reclamada usurpado a

competência do Supremo Tribunal, pois a questão jurídica relacionada ao auxílio-moradia ”interessa, pelo menos indiretamente, a toda a magistratura, não podendo ser julgada pelo juízo ora reclamado, sob pena de por em risco a garantia de imparcialidade” (fl. 5).

Assevera que, “na Ação Originária n. 1.649/DF, ajuizada pela Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE e outras associações de magistrados federais em face da União, com o objetivo de garantir o pagamento do auxílio-moradia, o Ministro relator, Joaquim Barbosa, reconheceu a competência do STF para o exame da causa” (fl. 7).

Pede “a procedência do pedido para cassar a decisão reclamada e determinar a remessa do Processo n. 0502978-34.2014.4.05.850 ao Supremo Tribunal Federal” (fl. 12).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. No art. 161, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo

Tribunal Federal , se dispõe que “o Relator poderá julgar a reclamação quando a matéria for objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal”, como se dá na espécie.

5. Põe-se em foco nesta reclamação se o juízo da Turma Recursal da Seção Judiciária do Estado de Sergipe teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal (art. 102, inc. I, al. n, da Constituição da República), ao julgar demanda sobre o pagamento de auxílio-moradia a magistrado federal.

6. No julgamento da Questão de Ordem na Ação Originária n. 1.569, o Plenário deste Supremo Tribunal reconheceu-se competente para julgar a

causa, nos termos do art. 102, inc. I, al. n, da Constituição da República, no qual se dispõe sobre a aplicabilidade e o alcance de dispositivo da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (art. 65, inc. I, da Lei Complementar n. 35/199). Este preceito relaciona-se com prerrogativa funcional atribuída pela Constituição da República a todos os integrantes da magistratura. Daí se reconhecer que a questão jurídica nela versada, a saber, a definição da abrangência daquele preceito legal, transcenderia os interesses das partes processuais, estendendo a toda a magistratura nacional.

Entretanto, o reconhecimento da competência deste Supremo Tribunal para processar e julgar ações nas quais magistrados pleiteiem, com fundamento no art. 65, inc. I, da Lei Complementar n. 35/1979 (Loman), o pagamento da ajuda de custo não se estende a todas as demandas judiciais que tenham em seu polo ativo integrantes da magistratura. Fosse isso possível, bastaria a demonstração da condição de magistrado para deslocar a competência para este Supremo Tribunal, estabelecendo-se situação ilegítima de foro especial para deslinde de questões de interesse individual dos magistrados. Não se pode anuir com o que parece ser a pretensão da Reclamante de transformar este Supremo Tribunal, nas precisas palavras do Ministro Teori Zavascki, em “verdadeiro juízo universal das causas da Magistratura” (Rcl 15.855-AgR, Segunda Turma).

7. O pagamento de auxílio-moradia a magistrado que exerce suas funções onde não há residência oficial à sua disposição tem caráter indenizatório e natureza geral. É devido, indistintamente, aos servidores públicos em geral e aos agentes políticos que precisem mudar seus domicílios para atender a interesse público que demande o desempenho de funções em localidade diversa daquela na qual fixados.

Na espécie vertente, o litígio estabelecido circunscreve-se aos interesses individuais das partes componentes da relação processual, a afastar a competência deste Supremo Tribunal.

As questões concernentes ao pagamento de auxílio-moradia não abrigam interesse substancial e específico da magistratura, em sua totalidade, tampouco essa vantagem é a ela devida com exclusividade, circunstâncias que, nos termos da assentada jurisprudência deste Supremo Tribunal, desautorizam sua atuação de forma originária.

Em casos idênticos ao dos autos:“MAGISTRATURA. REVISÃO VENCIMENTOS. AUXÍLIO-MORADIA.

ISONOMIA. OBSERVÂNCIA. QUESTÃO DE ORDEM. COMPETÊNCIA. ART. 102, I, N, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO INCIDÊNCIA. REMESSA DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS. 1. Magistratura. Revisão de vencimentos para equiparação de benefícios. Auxílio-Moradia. Inclusão. 2. Questão de Ordem. Competência para processar e julgar originariamente ‘a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados’. Art. 102, I, n, da Constituição Federal. 3. Regra explícita de conformação entre os princípios constitucionais do juízo natural e da imparcialidade. Indispensável garantia de imparcialidade do julgador da causa e, consequentemente, de lisura da decisão judicial a ser proferida. 5. Requisitos para competência originária do Supremo Tribunal Federal. O interesse direto ou indireto deverá ser efetivo e para a totalidade da magistratura. Situação específica não demonstrada na hipótese dos autos. 6. Questão de ordem provida para reconhecer a incompetência desta Corte e devolução dos autos ao Juízo de origem” (AO 587, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Plenário, DJ 30.6.2006).

“Não procede a irresignação. A discussão, no caso, volta-se ao pagamento de auxílio-moradia a determinado juiz federal, benefício versado no artigo 227, inciso VIII, da Lei Complementar n. 75/93, postulado em razão da simetria constitucional entre as carreiras do Ministério Público e da magistratura. Consoante assentei no pronunciamento agravado:

Na espécie, discute-se o direito de magistrado ao auxílio-alimentação presente o que assegurado a integrantes do Ministério Público. Então, não se faz em jogo pretenso direito exclusivo da magistratura. Por outro lado, não se pode, ante as balizas subjetivas do processo em que estampada a ação ajuizada, cogitar de interesse abrangente a tornar impedidos os juízes que atuam nas instâncias de origem.

Está-se diante de situação jurídica que deve, quanto ao conflito, observar a organicidade do Direito, chegando-se, se for o caso, por via recursal, ao Supremo. Na Questão de Ordem na Ação Originária n. 1.569, levou-se em conta o fato de se tratar de ação coletiva proposta pela Associação dos Juízes Federais da 1ª Região AJUFER. A não se compreender de forma estrita a competência prevista na citada alínea n, ter-se-á o deslocamento para o Supremo de toda e qualquer ação em que se mostre interessado magistrado.

A jurisprudência do Tribunal é firme no sentido de que, para a configuração da competência do Supremo, prevista na alínea “n” do inciso I do artigo 102 da Carta Federal, é necessário o envolvimento de interesse peculiar e exclusivo de toda a magistratura. O entendimento está consolidado nas seguintes ementas, citadas no pronunciamento agravado:

‘COMPETÊNCIA. CAUSA DE INTERESSE DA MAGISTRATURA. A letra n do inciso I do art. 102 da Constituição Federal, ao firmar a competência originária do STF para a causa, só se aplica quando a matéria versada na demanda diz respeito a privativo interesse da magistratura enquanto tal e não também quando interessa a outros servidores. Precedentes. Agravo improvido.(Agravo Regimental na Reclamação nº 1.952, relatora ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julgado em 19 de fevereiro de 2004, Diário da Justiça de 12 de março de 2004)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 87

Ação originária. Reclamação trabalhista. Questão de ordem sobre competência. - Não sendo a vantagem financeira pleiteada na presente reclamação vantagem privativa da magistratura, uma vez que ela interessa também aos servidores e empregados em geral, é pertinente a jurisprudência desta Corte no sentido de que a letra "n" do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal só se aplica quando a matéria versada na causa diz respeito a privativo interesse da magistratura como tal, e não quando também interessa a outros servidores (assim, a título exemplificativo, decidiu-se na AO 33). Questão de ordem que se resolve no sentido de que esta Corte é incompetente para julgar em instância única a presente reclamação, sendo competente para julgá-la no primeiro grau de jurisdição a Junta de origem, à qual devem ser restituídos os autos. (Questão de Ordem na Ação Originária nº 230, relator ministro Moreira Alves, Tribunal Pleno, julgado em 17 de março de 1999, Diário da Justiça de 14 de maio de 1999)

Ante o quadro, desprovejo o agravo” (Rcl 15.944-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 3.2.2014).

“RECLAMAÇÃO – INADMISSIBILIDADE – FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DO INSTRUMENTO RECLAMATÓRIO (RTJ 134/1033 – RTJ 166/785) – AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS QUE AUTORIZAM A SUA UTILIZAÇÃO – REQUISITOS LEGITIMADORES DA INCIDÊNCIA DO ART. 102, I, ‘N’, DA CONSTITUIÇÃO – INOCORRÊNCIA – LITÍGIO QUE, ADEMAIS, NÃO CONCERNE A INTERESSE ESPECÍFICO E EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA – EXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE CONTROVÉRSIA QUE ENVOLVE VANTAGENS E DIREITOS COMUNS À PRÓPRIA MAGISTRATURA, AO MINISTÉRIO PÚBLICO, À DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, À ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO, AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS COMO UM TODO E AOS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS – COMUNHÃO DE INTERESSES CUJA EXISTÊNCIA EXCLUI A APLICABILIDADE DA REGRA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA ESPECIAL (CF, ART. 102, I, “n”) – PRECEDENTES – CONSEQUENTE INEXISTÊNCIA DE SITUAÇÃO CARACTERIZADORA DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO – IMPUGNAÇÃO RECURSAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (Rcl 15.444-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 13.5.2014).

No mesmo sentido: AO 1774-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 2.3.2015; Rcl 18.471, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe 25.9.2014; Rcl 16.172, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 16.8.2013; Rcl 17.015, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 3.2.2014; AO 1.775, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe 30.4.2013; e Rcl 15.856, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe 2.9.2013.

8. Pelo exposto, na linha do entendimento consolidado por este Supremo Tribunal, nego seguimento à presente Reclamação (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), prejudicada, por óbvio, a medida liminar requerida nesta ação.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECLAMAÇÃO 19.592 (625)ORIGEM : PROC - 3939023020148090029 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : ISA MARIA DE JESUS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDIONE APARECIDA DA SILVA FLORESRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

CATALÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : LOUISE RAINER PEREIRA GIONÉDIS E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada no art. 102, I, “l”, da Constituição Federal, ajuizada por Isa Maria de Jesus e Outro(a/s), contra decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Catalão, nos autos da Liquidação de Sentença nº 393902-30.2014.809.0029, sob alegação de afronta ao que decidido por esta Suprema Corte no RE 626.307, no qual foi determinado o sobrestamento dos processos referentes à reposição de perdas decorrentes de expurgos inflacionários de planos econômicos passados.

Os reclamantes narram que o Juízo da 12º Vara Cível da Comarca de Brasília, ao julgamento de Ação Civil Pública proposta pelo IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor contra o Banco do Brasil, condenou o Réu “(...) de forma genérica, de acordo com o artigo 95 do Código de Defesa do Consumidor, a incluir o índice de 48,16% no cálculo de reajuste dos valores depositados nas cadernetas de poupanças com ele mantidas em janeiro de 1989, até o advento da Medida Provisória n° 32, tudo a ser apurado em cumprimento de sentença.”

Segundo a inicial, mantida a sentença pela Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, foram interpostos recursos especial e extraordinário. Admitido o primeiro, afirmam que o STJ lhe deu parcial provimento “(...) para alterar o índice do IPC de janeiro de 1989, fixando-o em 42,72%”. Inadmitido o recurso extraordinário, foi manejado agravo, ao qual

esta Suprema Corte negou seguimento.Segundo afirmam os Reclamantes, transitada em julgado a ação civil

pública em 27.10.2009 e ajuizada liquidação de sentença em 27.10.2014, o Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Catalão, ora reclamado, determinou a sua suspensão em decorrência da decisão proferida no RE 626.307.

Afirmam que na decisão proferida por este Supremo Tribunal Federal foram excluídas da determinação de sobrestamento as ações em fase de execução, decorrente de sentença transitado em julgado.

Requerem a concessão de medida liminar para que sejam suspensos os efeitos da decisão reclamada. Por fim, pugnam pela procedência da reclamação para que seja afastada a suspensão do processo de liquidação de sentença determinada pelo Juízo da Primeira Vara da Comarca de Catalão/GO.

É o relatório.Decido.A decisão reclamada aplicou a decisão proferida pelo Ministro Dias

Toffoli no RE 626.307, com a seguinte fundamentação: “Trata-se de execução proposta por Espólio de Arminda da Silvéria

Almeida em face do Banco do Brasil, ao fundamento de que é credora de valor a ser creditado em sua conta poupança, pela ocorrência de expurgos inflacionários, em razão do que foi decidido na ação pública do IDEC no Distrito Federal. Em razão do julgamento do Recurso Repetitivo nº 1.443.887, no voto do Min. Luís Felipe Salomão, firmou entendimento de que a sentença pode ser executada no domicílio do credor, não estando sujeita aos limites geográficos do órgão prolator, ou seja, a ação pode ser ajuizada, em Catalão. Por outro lado, toda a controvérsia, ainda que tenha ocorrido a coisa julgada, não restou definitivamente julgada, em razão das decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal. Todos os processos encontram-se suspensos, mormente aguardando os votos dos Ministros Gilmar Mendes(RE 631363) e Dias Toffoli (RE 626307,591797), envolvendo os expurgos inflacionários. O que o STF afirmou que não há suspensão são nas ações de execução, quando se cumpre o julgado originário, ou seja, a parte venceu a demanda de conhecimento, o que não é o caso, já que se vale de título de ação civil pública. Assim, até que haja o posicionamento definitivo do Supremo Tribunal Federal, determino a suspensão do processo. Int. Catalão, 15 de janeiro de 2015. Antenor Eustáquio Borges Assunção Juiz de Direito. “

Consoante emerge dos documentos acostados aos autos (e-STF, doc. 5, fl. 67), a sentença proferida na ação civil pública que condenou o Banco réu ao pagamento dos expurgos inflacionários relativos ao Plano Verão transitou em julgado em 27.10.2009.

No RE 626.307 foi determinado o sobrestamento dos processos referentes à reposição de expurgos inflacionários incidentes sobre o saldo de caderneta de poupança, em decorrência dos planos econômicos Bresser e Verão, com a exceção dos “processos em fase de execução definitiva e às transações efetuadas ou que vierem a ser concluídas.” Transcrevo trecho da referida decisão, a qual se alega desrespeitada:

“Ante o exposto, determino a incidência do artigo 238, RISTF, aos processos que tenham por objeto da lide a discussão sobre os expurgos inflacionários advindos, em tese, dos planos econômicos bresser e verão, em curso em todo o país, em grau de recurso, independentemente de juízo ou tribunal, até julgamento final da controvérsia pelo stf. não é obstada a propositura de novas ações, nem a tramitação das que forem distribuídas ou das que se encontrem em fase instrutória.

Não se aplica esta decisão aos processos em fase de execução definitiva e às transações efetuadas ou que vierem a ser concluídas.

Na decisão reclamada, não foi observada, portanto, a ressalva constante da determinação de sobrestamento proferida por esta Corte, quanto à existência de sentença com trânsito em julgado. Desse modo, caracterizada a inobservância do decidido no RE 626.307, deve ser afastada a suspensão do processo.

No mesmo sentido, destaco as seguintes decisões: Rcl 19.589/GO, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 08.4.2015; Rcl 12.739/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 18.2.2013; Rcl 17.437/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 03.4.2014; Rcl 17.440/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 22.9.2014; Rcl 17.737/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 03.6.2014 e Rcl 13.175/SP, de minha relatoria, DJe 21.8.2013.

Ante o exposto, julgo procedente a reclamação, para afastar a suspensão do Processo de Liquidação de Sentença nº 393902-30.2014.809.0029, em trâmite no Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Catalão-GO.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 19.604 (626)ORIGEM : PROC - 00237613720128190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 88: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 88

JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CLÉBER DUTRA CHACHEIROADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA MORAES E

OUTRO(A/S)

Vistos, etc. Trata-se de reclamação proposta pelo Estado do Rio de Janeiro

contra decisão proferida proferida pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, nos autos do processo nº 0023761-37.2012.8.19.0001, que, ao manter decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário, teria usurpado a competência desta Suprema Corte.

O reclamante alega que a Terceira Vice-Presidência Estado do Rio de Janeiro, ao negar seguimento a recurso extraordinário, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil, com base no Recurso Extraordinário 573.540, teria cometido um equívoco, uma vez que não haveria coincidência entre a solução dada à controvérsia pela Corte Estadual e o paradigma adotado.

Afirma que o comando judicial de manutenção dos serviços médico-hospitalares sem a devida contraprestação viola a autoridade da decisão proferida por esta Suprema Corte no RE 573.540/MG.

Requer procedência da presente reclamação para que seja cassado o acórdão que ratificou a inadmissão do recurso extraordinário.

Foram prestadas informações pela autoridade reclamada.É o relatório. Decido.Firmou-se o entendimento desta Suprema Corte no sentido de que

incabível agravo de instrumento ou reclamação contra decisão que, na origem, observa o disposto no art. 543-B do CPC:

“O Plenário desta Corte decidiu, no julgamento da Ação Cautelar 2.177-MC-QO/PE, que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pelo Tribunal de origem, de decisão contrária ao entendimento firmado no julgamento da repercussão geral, nos termos do § 4º do art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. Fora dessa específica hipótese não há previsão legal de cabimento de recurso ou de outro remédio processual para o Supremo Tribunal Federal. 4. Inteligência dos arts. 543-B do Código de Processo Civil e 328-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 5. Possibilidade de a parte que considerar equivocada a aplicação da repercussão geral interpor agravo interno perante o Tribunal de origem. 6. Oportunidade de correção, no próprio âmbito do Tribunal de origem, seja em juízo de retratação, seja por decisão colegiada, do eventual equívoco” (Rcl 7.569, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 11.12.2009).

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (AI 760358 QO/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes (Presidente), Tribunal Pleno, DJe 19.2.2010)

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE CABIMENTO DE RECURSO OU DE OUTRA AÇÃO JUDICIAL NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Ante o exposto, forte nos arts. 38 da Lei 8.038/1990 e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 19.812 (627)ORIGEM :PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SULRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : EDILSON PEREIRA SOARES

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

DECISÃO:Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul em face do Tribunal de Justiça estadual, cujo ato comissivo teria afrontado a autoridade do Supremo Tribunal Federal e negado aplicação à Súmula Vinculante nº 10.

O reclamante sustenta, em síntese, que a 1ª Câmara Criminal daquele Tribunal de Justiça ao afastar a aplicabilidade do disposto no parágrafo único do art. 44 da Lei nº 11.343/06, sem a observância da cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição Federal), violou o entendimento desta Suprema Corte consubstanciado na Súmula Vinculante nº 10. Aduz, para tanto, que,

“no julgamento do Agravo de Execução Penal 011767-34.2014.8.12.0002 , [o Tribunal] entendeu que para o agravado, condenado nas penas do delito de associação para o tráfico (art. 35, caput , da Lei nº 11.343/2006), a concessão do livramento condicional submete-se ao cumprimento de 1/3 da reprimenda, não se lhe aplicando a fração de 2/3 prevista no art. 44, p. ú., da Lei de Drogas” (fl. 5 da inicial – grifos do autor).

Essa é a razão pela qual se insurge o reclamante neste incidente.Requer o deferimento da liminar para “SUSPENDER OS EFEITOS do acórdão prolatado pela 1ª Câmara

Criminal do TJMS no julgamento do Agravo de Execução Penal 011767-34.2014.8.12.0002, na qual foi afastado o art. 44, p.ú., da Lei 11.343/2006, até o julgamento em definitivo da presente reclamação (art. 14, II, da Lei 8.038/1990)” (fl. 10 da inicial – grifos do autor).

No mérito, requer a procedência da ação “para que seja cassado o acórdão referido, determinando-se que outro seja proferido em consonância com o art. 97 da CF/1988” (fl. 10 da inicial – grifos do autor).

Presentes os pressupostos, deferi o pedido de liminar para suspender os efeitos do acórdão proferido no Agravo de Execução Penal nº 011767-34.2014.8.12.0002, bem como solicitei informações à autoridade reclamada (art. 157 do RISTF), que foram devidamente prestadas.

Em vista dos postulados do contraditório e da ampla defesa, determinei, ainda, a intimação do interessado para que tomasse ciência do feito e, querendo, apresentasse razões no prazo de 10 (dez) dias, facultando-se a juntada de documentos.

Em 16/4/15, certificou a Secretária da Corte o decurso do prazo assinalado para a manifestação do interessado.

Instado a se manifestar o Ministério Público Federal, em parecer de lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. Cláudia Sampaio Marques, opinou pelo não conhecimento da reclamação e, se conhecida, pela sua procedência.

É o relatório.Decido.O Plenário desta Suprema Corte, em 18/6/08, no julgamento do RE nº

482.090/SP, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, interposto contra acórdão de Turma do Superior Tribunal de Justiça, que afastou a incidência da Lei Complementar nº 118/05, sem a observância da cláusula de reserva de plenário, firmou entendimento no sentido de que se reputa “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição”.

Concluiu o Plenário pelo provimento do recurso para reformar o acórdão atacado e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que fosse observada a norma do art. 97 da Constituição Federal.

Ressaltou-se, também, que essa orientação se aplicava aos casos nos quais, após a prolação do acórdão recorrido, o Tribunal de origem, por meio de seu Pleno ou de sua Corte Especial, haja declarado a inconstitucionalidade da norma legal impugnada.

Nessa hipótese, incidiria a norma do art. 481, parágrafo único, do Código de Processo Civil. Nessa mesma sessão foi aprovada a Súmula Vinculante nº 10 deste Tribunal, com a seguinte redação:

“Viola a cláusula de reserva de Plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência no todo ou em parte”.

A situação trazida à presente reclamação vai de encontro com o teor da Súmula Vinculante nº 10 desta Corte, pois, como visto, o acórdão reclamado, proveniente de órgão fracionário daquele Tribunal de Justiça estadual, ao deixar de aplicar o disposto no parágrafo único do art. 44 da Lei nº 11.343/06 à espécie, violou expressamente o disposto no art. 97 da Constituição Federal.

Ante o exposto, com base no art. 161, parágrafo único, do Regimento Interno desta Suprema Corte, julgo procedente a presente reclamação para cassar o acórdão proferido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul nos autos do Agravo de Execução Penal nº 011767-34.2014.8.12.0002, determinando que outro seja proferido em consonância com o art. 97 da Carta da República.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 89

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 20.142 (628)ORIGEM : RR - 4341820135040512 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ORIDES MARTINS DA SILVAADV.(A/S) : JANETE C MEZZOMO ZONATTOINTDO.(A/S) : JANETE CLAIR MEZZOMO ZONATTOADV.(A/S) : JANETE CLAIR MEZZOMO ZONATTO

DECISÃO: Ementa: DIREITO DO TRABALHO E ADMINISTRATIVO.

RECLAMAÇÃO. PODER PÚBLICO. TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.

1. Decisão reclamada que afirma a responsabilidade subsidiária da Administração por débitos trabalhistas de suas contratadas, quando reconhecida a omissão da contratante na fiscalização da execução do contrato (culpa in eligendo ou in vigilando).

2. Ausência de violação à decisão proferida na ADC 16 e à Súmula Vinculante 10.

3. Em reclamação, é inviável reexaminar o material fático-probatório, a fim de rever a caracterização da omissão do Poder Público.

4. Reclamação a que se nega seguimento.1.Trata-se de reclamação, com pedido liminar, contra decisão do TST,

proferida nos autos do RR nº 434-18.2013.5.04.0512, que manteve a condenação do Município a pagar, subsidiariamente, verbas trabalhistas inadimplidas por sua contratada. A decisão reclamada está embasada em acórdão da Corte Regional, do qual extraio o trecho abaixo:

“I - RECURSO ORDINÁRIO DO SEGUNDO RECLAMADO. MATÉRIA PREJUDICIAL. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO.

O segundo reclamado, Município de Bento Gonçalves, busca a reforma da sentença quanto à responsabilidade subsidiária reconhecida, alegando que a decisão contraria o art. 37, XXI, da Constituição Federal, que determina a contratação de serviços mediante licitação, bem como o art. 71 da Lei 8.666/93.

(…)Com efeito, a interpretação sistemática da referida norma, à luz das

demais regras e princípios que compõem o ordenamento jurídico, inclusive e principalmente constitucionais, aponta no sentido de que a norma em questão, ao afastar a responsabilidade da Administração Pública pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas das prestadoras que contrata, parte da premissa de que a atuação do Estado tenha-se dado de forma absolutamente regular nessa contratação.

Assim, forçoso é concluir que a norma inserta no art. 71 da Lei nº 8.666/93 não se aplica se, no caso concreto, restar demonstrado que o ente público se descuidou de seu dever de fiscalização, e, nessa senda, embora válida, vigente e eficaz a aplicação da regra em questão, restará ela afastada, no caso concreto, em se configurando culpa in vigilando do ente público, a qual resta cristalina, no caso dos autos, diante da condenação ao adimplemento de créditos trabalhistas imposta pela sentença.

Verifico, ainda, que o segundo reclamado não comprova as alegações feitas em audiência, no sentido de que exigia a comprovação de pagamento dos salários, FGTS e férias dos empregados terceirizados, não tendo apresentado qualquer documentação com a sua defesa.

Com isso, tenho que não restando caracterizada a eficaz fiscalização do cumprimento de obrigações trabalhistas da primeira reclamada pelo segundo réu.

Observo que não há, no caso dos autos, qualquer violação ao decidido pelo STF na ADC nº 16/DF, tampouco à ‘cláusula de reserva de plenário’, nos termos em que expressa na Súmula Vinculante nº 10 do STF, na medida em que o referido art. 71 da Lei nº 8.666/03 não teve afastada sua incidência, tampouco foi considerado inconstitucional” (destaques acrescentados).

2.Em síntese, sustenta a parte reclamante que teriam sido afrontadas: (i) a decisão proferida por esta Corte na ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, que declarou a validade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993 (“A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis”); e (ii) a Súmula Vinculante 10, por ter afastado a aplicação do referido dispositivo sem observância da reserva de plenário (CRFB/1988, art. 97).

3.É o relatório. Decido. 4.Dispenso as informações, devido à suficiente instrução do feito,

bem como a manifestação da Procuradoria-Geral da República, diante do

caráter reiterado da matéria (RI/STF, art. 52, parágrafo único). 5.Não assiste razão à parte reclamante. Para melhor compreensão

da controvérsia, veja-se a ementa da ADC 16: “RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a

administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995”.

6.Como se vê, o Tribunal, de fato, declarou a validade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993. Nesse mesmo julgamento, porém, o Ministro Cezar Peluso (relator) esclareceu que o dispositivo veda a transferência automática dos encargos trabalhistas ao contratante, mas “isso não significa que eventual omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as obrigações do contratado, não gere responsabilidade”. A mesma linha foi observada em diversas reclamações ajuizadas sobre o tema:

“Embargos de declaração na reclamação. Conversão em agravo regimental. Responsabilidade Subsidiária. […] 2. A aplicação do artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93, declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADC nº 16, não exime a entidade da Administração Pública do dever de observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os quais os da legalidade e da moralidade administrativa. 3. As entidades públicas contratantes devem fiscalizar o cumprimento, por parte das empresas contratadas, das obrigações trabalhistas referentes aos empregados vinculados ao contrato celebrado. […] 4. A comprovação de culpa efetiva da Administração Pública não se revela cognoscível na estreita via da Reclamação Constitucional, que não se presta ao reexame de matéria fático-probatória”. (Rcl 14.151 ED/MG, Rel. Min. Luiz Fux)

“RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART. 71, § 1º) – ATO JUDICIAL RECLAMADO PLENAMENTE JUSTIFICADO, NO CASO, PELO RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CULPA ‘IN VIGILANDO’, ‘IN ELIGENDO’ OU ‘IN OMITTENDO’ – DEVER LEGAL DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93, ART. 67) – ARGUIÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97) – SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF – INAPLICABILIDADE – INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE JUÍZO OSTENSIVO OU DISFARÇADO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO”. (Rcl 12.580-AgR, Rel. Min. Celso de Mello)

7. No caso dos autos, a decisão reclamada explicitamente assentou a responsabilidade subsidiária do ente público por culpa in vigilando. A conclusão foi alcançada a partir da insuficiência da prova produzida nos autos acerca do efetiva fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas. A única forma de superar a conclusão do julgado seria pela reabertura do debate fático-probatório relativo à configuração efetiva da culpa ou da omissão da Administração, o que é inviável em reclamação (Rcl 3.963 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; Rcl 4.057, Rel. Min. Ayres Britto).

8.Ainda na linha dos precedentes acima, é igualmente improcedente a alegação de ofensa à Súmula Vinculante 10. Afinal, o órgão reclamado não formulou um juízo de inconstitucionalidade, ostensivo ou oculto. Em vez disso, analisou o conjunto fático-probatório e concluiu pela caracterização de uma omissão do Poder Público.

9.Diante do exposto, com fundamento no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento à reclamação, prejudicada a análise do pedido liminar.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECLAMAÇÃO 20.152 (629)ORIGEM : RO - 00019319020135150082 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : SEMAE - SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA

E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETOADV.(A/S) : ROBERTO CARLOS MARTINSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CESAR ROBERTO ZANOVELIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ARTLIMP SERVIÇOS LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 90: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 90

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Ementa: DIREITO DO TRABALHO E ADMINISTRATIVO.

RECLAMAÇÃO. PODER PÚBLICO. TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.

1. Decisão reclamada que afirma a responsabilidade subsidiária da Administração por débitos trabalhistas de suas contratadas, quando reconhecida a omissão da contratante na fiscalização da execução do contrato (culpa in eligendo ou in vigilando).

2. Ausência de violação à decisão proferida na ADC 16.3. Em reclamação, é inviável reexaminar o material fático-probatório,

a fim de rever a caracterização da omissão do Poder Público. 4. Reclamação a que se nega seguimento.1.Trata-se de reclamação, com pedido liminar, contra acórdão do TRT

da 15ª Região, proferido nos autos do RO nº 1931-90.2013.5.15.0082, que julgou a ora reclamante responsável subsidiária por verbas trabalhistas inadimplidas por sua contratada. Transcrevo trecho pertinente do julgado:

“Da responsabilidade da segunda demandada. Pugna o recorrente pela reforma do julgado que o reconheceu como

responsável subsidiário pelos créditos deferidos ao autor. Todavia, razão não lhe assiste. Colhe-se dos autos que o reclamante foi contratado pela primeira

reclamada, tendo laborado como auxiliar de manutenção, exclusivamente em favor da segunda reclamada.

Pois bem. É que não obstante o parágrafo 1º do artigo 71 da Lei nº 8.666/93

contemple a ausência de responsabilidade da Administração Pública para com os créditos desse jaez, esse dispositivo tem eficácia somente entre as partes que celebram o contrato, sendo totalmente ineficaz em relação aos terceiros empregados da prestadora de serviços, que tiveram seus direitos lesados.

Aliás, a se aceitar que a administração pública, que não fiscalizou o cumprimento das obrigações contratuais do contratado, em típico caso de culpa in vigilando, o que se tem como comprovado nos presentes autos, ante o reconhecido em sentença quanto a inexistência de cumprimento de várias das obrigações contratuais assumidas pela primeira demandada para com o autor, não tivesse responsabilidade por créditos trabalhistas, a par de estar-se ignorando toda a proteção construída em prol do trabalhador, estar-se-ia também se olvidando que deve ela pautar seu proceder no princípio da moralidade administrativa que não se coaduna com tal proceder.

Merece destaque, ainda, o disposto no parágrafo 6º do artigo 37 da Lei Maior que contempla a responsabilidade objetiva da administração e o dever de indenizar sempre que causar danos a terceiros e o entendimento veiculado pelo enunciado da Súmula 331 do C. TST, ao qual me vinculo.

Sendo assim e considerada a natureza das verbas deferidas, não há dúvida quanto a ter o recorrente descumprido a obrigação de fiscalizar o cumprimento das obrigações assumidas pela primeira ré para com a autora, o que enseja a aplicação do entendimento veiculado pela súmula 331, V, do C. TST.

E saliente-se que não há como se deixar de reconhecer que tal providência incumbisse à recorrente, uma vez que o artigo 67 da Lei nº 8.666/93 impõe à administração o dever de fiscalizar a execução do contrato do serviço acometido a terceiros, quanto às obrigações contratuais e legais.

Com efeito. A Administração Pública deve atentar para a capacidade financeira da

fornecedora de mão de obra, durante a continuidade executiva do contrato e não apenas no ato da formalização do contrato, sob pena de incidir em culpa 'in vigilando'.

É do ente público o ônus de fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas, ônus esse que o recorrente não logrou comprovar que teria se desincumbido de forma eficaz no decorrer do contrato que manteve com a primeira demandada.

Destaco que os documentos apresentados às fls. 50/513 são insuficientes para demonstrar a efetiva fiscalização pela Administração Pública do cumprimento da legislação previdenciária, fiscal e trabalhista por parte da empresa que lhe prestou serviços, pois demonstram que a primeira reclamada descumpriu direitos trabalhistas desde o início da prestação de serviços, ocorrida em 03/03/2011, tendo reiterado a conduta durante a vigência do contrato de prestação de serviços.

Veja-se que mesmo diante da instauração de procedimentos administrativos por parte da tomadora de serviços, como por exemplo os instaurados em 11/05/2011 e em 16/09/2011, não há qualquer prova nos autos que comprove ter a Administração Pública adotado medidas efetivas para que fosse observado o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias por parte da primeira reclamada, o que enseja o reconhecimento de que a fiscalização por ela encetada a respeito era totalmente ineficaz e impõe o reconhecimento da sua responsabilidade pelo adimplemento dos créditos do trabalhador.

Com efeito. Se a recorrente, que foi a tomadora dos serviços do autor, contratou

mal e deixou de acompanhar adequadamente a execução do contrato, a par de ter descumprido de forma ineficaz o seu dever de fiscalizar, a teor do disposto no artigo 927 do C.C., deve ser responsabilizada pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas devidas pela prestadora, até

porque caracterizada a sua culpa e o dano causado ao demandante. As disposições previstas nos artigos 55, VI, 56, 58, II e 67, caput e §

1º, da Lei 8.666/93, que concedem à Administração Pública o poder/dever de acompanhar e fiscalizar a execução do contrato celebrado com a empresa responsável pela sua realização, devem ser interpretadas de forma harmônica, encontrando-se aí inseridas igualmente as obrigações decorrentes dos contratos de trabalho mantidos entre a empresa contratada e seus empregados. Ao deixar de fazê-lo, a Administração Pública assume o risco de responder subsidiariamente pelo cumprimento de tais obrigações, em decorrência da culpa in vigilando.

Aplicável, pois, à hipótese o entendimento consubstanciado na Súmula 331, V, do C. TST.” (destaques acrescentados).

2.Em síntese, sustenta a parte reclamante que teria sido afrontada a decisão proferida por esta Corte na ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, que declarou a validade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 (“A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis”).

3.É o relatório. Decido. 4.Dispenso as informações, devido à suficiente instrução do feito,

bem como a manifestação da Procuradoria-Geral da República, diante do caráter reiterado da matéria (RI/STF, art. 52, parágrafo único).

5.Não assiste razão à parte reclamante. Para melhor compreensão da controvérsia, veja-se a ementa da ADC 16:

“RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995”.

6.Como se vê, o Tribunal, de fato, declarou a validade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. Nesse mesmo julgamento, porém, o Min. Cezar Peluso (relator) esclareceu que o dispositivo veda a transferência automática dos encargos trabalhistas ao contratante, mas “isso não significa que eventual omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as obrigações do contratado, não gere responsabilidade”. A mesma linha foi observada em diversas reclamações ajuizadas sobre o tema:

“Embargos de declaração na reclamação. Conversão em agravo regimental. Responsabilidade Subsidiária. […] 2. A aplicação do artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93, declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADC nº 16, não exime a entidade da Administração Pública do dever de observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os quais os da legalidade e da moralidade administrativa. 3. As entidades públicas contratantes devem fiscalizar o cumprimento, por parte das empresas contratadas, das obrigações trabalhistas referentes aos empregados vinculados ao contrato celebrado. […] 4. A comprovação de culpa efetiva da Administração Pública não se revela cognoscível na estreita via da Reclamação Constitucional, que não se presta ao reexame de matéria fático-probatória”. (Rcl 14.151 ED/MG, Rel. Min. Luiz Fux)

“RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF – INOCORRÊNCIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART. 71, § 1º) – ATO JUDICIAL RECLAMADO PLENAMENTE JUSTIFICADO, NO CASO, PELO RECONHECIMENTO DE SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CULPA ‘IN VIGILANDO’, ‘IN ELIGENDO’ OU ‘IN OMITTENDO’ – DEVER LEGAL DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93, ART. 67) – ARGUIÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97) – SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF – INAPLICABILIDADE – INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE JUÍZO OSTENSIVO OU DISFARÇADO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO”. (Rcl 12.580 AgR, Rel. Min. Celso de Mello)

7. No caso dos autos, a decisão reclamada explicitamente assentou a responsabilidade subsidiária do ente público por culpa in vigilando. A conclusão foi alcançada, inclusive, a partir da insuficiência da prova produzida pela reclamante, da efetiva e eficaz fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas por parte de sua contratada. A única forma de superar a conclusão do julgado seria pela reabertura do debate fático-probatório relativo à configuração efetiva da culpa ou omissão da Administração, ou, ainda, à correta aplicação das regras de distribuição do ônus da prova, o que é inviável em reclamação (Rcl 3.963 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; Rcl 4.057, Rel. Min. Ayres Britto).

8.Diante do exposto, com fundamento no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento à reclamação, prejudicada a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 91

análise do pedido liminar. Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECLAMAÇÃO 20.182 (630)ORIGEM : RR - 922000820125170131 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISA, ASSISTÊNCIA

TÉCNICA E EXTENSÃO RURALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ROSILENE VITURIANO DE CARVALHOADV.(A/S) : MARCELO SCHIANIVI COSSATIINTDO.(A/S) : MASTER PETRO SERVIÇOS INDUSTRIAIS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO:Ementa: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO.

REPERCUSSÃO GERAL. SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE PROCESSO OBJETIVO. EFEITOS.

1. No atual estado da jurisprudência, o reconhecimento da repercussão geral de determinada questão não é prejudicado nem tem seu julgamento concluído pela superveniente apreciação de processo objetivo sobre a mesma questão.

2. Nessa linha, o julgamento da ADC 16 não implicou conclusão de mérito parcial do tema 246 da repercussão geral, devendo o Tribunal de origem manter o sobrestamento dos recursos extraordinários sobre a questão até apreciação do respectivo paradigma pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal.

3. Reclamação julgada procedente.1.Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada contra

decisões do TST, proferidas nos autos do RR 92200-08.2012.5.17.0131, que negaram trâmite a recurso extraordinário.

2.Consta dos autos que o ente público ora reclamante foi condenado subsidiariamente ao pagamento de verbas trabalhistas inadimplidas por empresa fornecedora de mão de obra. Inconformado, interpôs recurso extraordinário contra o acórdão do TST.

3.Ocorre que o Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, sob o fundamento de que o acórdão recorrido estaria em consonância com o entendimento de “todos os atuais ministros do Supremo Tribunal Federal”. Nessa linha, concluiu que o reconhecimento da repercussão geral da questão debatida teria sido parcialmente superado pelo julgamento da ADC 16 e posteriores decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em reclamações. Desse modo, os efeitos do reconhecimento da repercussão geral do tema 246 somente subsistiriam quanto às condenações fundadas na presunção de culpa do ente público ou na responsabilidade objetiva, o que não seria a hipótese dos autos.

4.Inconformada, a parte interpôs o agravo do art. 544 do CPC, que foi convertido em agravo regimental e desprovido na origem.

5.Na presente reclamação, alega-se usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal para julgar a questão.

6.É o relatório. Decido. 7.Dispenso a prestação de informações por parte da autoridade

reclamada, bem como a manifestação da Procuradoria-Geral da República, por entender que a matéria está suficientemente esclarecida e pacificada na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

8.A Vice-Presidência do TST negou seguimento ao recurso extraordinário, de forma monocrática, nos seguintes termos:

“Por todo o exposto, na medida em que o acórdão recorrido mantém a condenação subsidiária do ente público em razão da comprovada culpa, conforme premissas fáticas assentadas nas instâncias ordinárias, concluo que o presente recurso afasta-se do remanescente do Tema 246 e que seu julgamento não depende, haja vista não se tratar de imposição de condenação pela mera inadimplência da empresa contratada pelo ente público, da aplicação da responsabilidade objetiva estatal. Deste modo, a decisão recorrida não permite ilação de afronta literal ao texto constitucional, mas, pelo contrário, compatibiliza-se com a autoridade do julgado na ADC 16 e com a iterativa e atual jurisprudência do STF, em desdobramento ao exame da matéria.

Assim, não demonstrada nenhuma violação ao texto da Lex Legum, e já tendo parte da questão específica do T-246 sido deslindada pelo STF, em desfavor do Recorrente, o recurso extraordinário do ente público está fadado ao insucesso.

III) CONCLUSÃO Diante do exposto, denego seguimento ao recurso extraordinário e

determino a baixa dos autos à origem”. 9.A partir desta decisão, seria possível concluir que o TST obstruiu o

trâmite do recurso extraordinário com base na jurisprudência consolidada do STF. Seguindo-se esta interpretação, seria o caso de cabimento do agravo do art. 544 do CPC, que foi interposto pela parte. Ocorre que o referido recurso foi convertido em agravo regimental pelo órgão julgador, adotando-se o procedimento estabelecido por esta Corte nas hipóteses de impugnação da aplicação do art. 543-B do CPC (AI 760.358 QO, Rel. Min. Gilmar Mendes).

10. A conversão realizada leva à conclusão de que a decisão reclamada aplicou ao caso o que deduziu ser o julgamento de mérito de parte das questões afetadas ao tema 246 da repercussão geral. Em outras palavras, a decisão seria, em verdade, de prejuízo do recurso extraordinário, nos termos do § 3º do art. 543-B do CPC, embora não tenha sido este dispositivo invocado no ato ora impugnado.

11. As conclusões do acórdão restaram assim enunciadas:“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO -

ENTE PÚBLICO - CULPA RECONHECIDA.1. Com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na

ADC 16 (Relator Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJE de 09/09/11), restou fixada a interpretação constitucionalmente adequada a ser conferida ao art. 71 da Lei 8.666/94, segundo a qual a previsão legal de inexistência de responsabilidade de ente público pelos débitos trabalhistas de seus contratados não impede a sua condenação subsidiária nas causas em que for comprovada a culpa do contratante pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador de serviços.

2. O julgamento da ADC 16 foi posterior ao reconhecimento da repercussão geral pertinente à responsabilidade trabalhista de ente público na condição de tomador de serviços (T-246 da Tabela de Repercussão Geral do STF). Assim, dado o caráter vinculante da decisão proferida no controle concentrado de constitucionalidade, o Tema 246 restou solucionado, por coerência lógica, no que tange à responsabilidade subsidiária da Administração Pública na hipótese de comprovada culpa, remanescendo apenas a questão relativamente às hipóteses de culpa presumida, de não demonstração de culpa ou de silêncio sobre a culpabilidade.

3. O sistema de repercussão geral, instituído a partir da Emenda Constitucional 45, impõe filtro processual por meio do qual se torna desnecessário o julgamento repetitivo e individualizado de demandas de idêntico conteúdo jurídico pelo STF, sendo possível resolver o conflito no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

4. No caso presente, a Parte Agravante foi responsabilizada subsidiariamente em relação aos créditos reconhecidos judicialmente, em razão de sua comprovada culpa, decisão que se amolda aos uníssonos precedentes do STF, em sede da ADC 16 e de diversas reclamações constitucionais que a esta seguiram

5. Assim, a hipótese dos autos se amolda ao Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral do STF, mas no sentido de já estar solucionado pelo Pretório Excelso em direção contrária à pretensão recursal.

6. Logo, o agravo não trouxe nenhum argumento que infirmasse a conclusão a que se chegou no despacho agravado, razão pela qual não merece provimento. Ademais, revelando-se manifestamente infundado o apelo, impõe-se a condenação da Parte Agravante ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.

Recurso recebido como agravo regimental, ao qual se nega provimento, com determinação de baixa dos autos à origem e aplicação de multa.

12.No entanto, não consta que nos autos do recurso afetado ao tema 246 da repercussão geral (RE 760.391, que substituiu o RE 603.397, ambos de relatoria da Min. Rosa Weber) tenha sido reconhecido, ainda que parcialmente, prejuízo decorrente do julgamento da ADC 16. Não parece fazer sentido a tese de que subsistiria, em repercussão geral, apenas o debate quanto a decisões que responsabilizam subsidiariamente o Estado independentemente de culpa, pois é justamente nesta situação que incide, com efeitos vinculantes, o entendimento do STF quanto à constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993. Em verdade, o julgamento do tema 246 da repercussão geral não foi prejudicado, nem mesmo em parte, pela decisão da ADC 16, cujos efeitos vinculantes se dirigem aos demais órgãos do Judiciário e da Administração Pública, mas não ao próprio STF (CF/1988, art. 102, § 2º).

13.Por fim, observe-se que a hipótese não é de aplicação pela origem do art. 543-B do CPC, na qual não caberia agravo ao STF, já que o paradigma de repercussão geral sequer foi julgado. Ao contrário, a autoridade reclamada usurpou a competência do Supremo Tribunal Federal para decidir o recurso extraordinário. Assim, mostra-se descabido o julgamento do recurso extraordinário realizado na origem. No mesmo sentido, confiram-se: Rcl 19.946, Rel. Min. Dias Toffoli; Rcl 19.927, Rel. Min. Gilmar Mendes; e Rcl 19.917, Rel. Min. Luiz Fux.

14.Diante do exposto, com base no art. 161, p. único, do RI/STF, julgo procedente o pedido, para cassar as decisões reclamadas, determinando o sobrestamento do recurso extraordinário, conforme o art. 543-B do CPC. Resta prejudicada a medida liminar.

Publique-se. Intimem-se. Comunique-se.Brasília, 23 de abril de 2015

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 92

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 20.376 (631)ORIGEM : AIRR - 6919520105020482 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ALDA MARIA DO NASCIMENTO LIMAADV.(A/S) : FÁBIO BORGES BLAS RODRIGUESINTDO.(A/S) : CONSTRUTORA APTA PAULISTA LTDAADV.(A/S) : DENILTON ALVES DO SANTOSINTDO.(A/S) : TRIUNFU'S SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDA

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato ora questionado – emanado do E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-Ag-AIRR nº 691-95.2010.5.02.0482) – teria usurpado a competência desta Corte Suprema, ao apreciar agravo interposto contra juízo de inadmissibilidade de recurso extraordinário.

A decisão questionada nesta sede reclamatória restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO – ENTE PÚBLICO – CULPA RECONHECIDA.

1. Com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na ADC 16 (Relator Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJE de 09/09/11), restou fixada a interpretação constitucionalmente adequada a ser conferida ao art. 71 da Lei 8.666/93, segundo a qual a previsão legal de inexistência de responsabilidade de ente público pelos débitos trabalhistas de seus contratados não impede a sua condenação subsidiária nas causas em que for comprovada a culpa do contratante pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador de serviços.

2. O julgamento da ADC 16 foi posterior ao reconhecimento da repercussão geral pertinente à responsabilidade trabalhista de ente público na condição de tomador de serviços (T-246 da Tabela de Repercussão Geral do STF). Assim, dado o caráter vinculante da decisão proferida no controle concentrado de constitucionalidade, o Tema 246 restou solucionado, por coerência lógica, no que tange à responsabilidade subsidiária da Administração Pública na hipótese de comprovada culpa, remanescendo apenas a questão relativamente às hipóteses de culpa presumida, de não demonstração de culpa ou de silêncio sobre a culpabilidade.

3. O sistema de repercussão geral, instituído a partir da Emenda Constitucional 45, impõe filtro processual por meio do qual se torna desnecessário o julgamento repetitivo e individualizado de demandas de idêntico conteúdo jurídico pelo STF, sendo possível resolver o conflito no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

4. No caso presente, a Parte Agravante foi responsabilizada subsidiariamente em relação aos créditos reconhecidos judicialmente, em razão de sua comprovada culpa, decisão que se amolda aos uníssonos precedentes do STF, em sede da ADC 16 e de diversas reclamações constitucionais que a esta seguiram.

5. Assim, a hipótese dos autos se amolda ao Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral do STF, mas no sentido de já estar solucionado pelo Pretório Excelso em direção contrária à pretensão recursal.

6. Logo, o agravo não trouxe nenhum argumento que infirmasse a conclusão a que se chegou no despacho agravado, razão pela qual não merece provimento. Ademais, revelando-se manifestamente infundado o apelo, impõe-se a condenação da Parte Agravante ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.

Recurso recebido como agravo regimental, ao qual se nega provimento, com determinação de baixa dos autos à origem e aplicação de multa.” (grifei)

A parte reclamante aduz, em síntese, para justificar a pertinência do instrumento processual ora utilizado, que “(...) a reclamação visa a preservação da competência dessa Colenda Corte, a qual foi usurpada pelo acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho, que, de forma indevida, promoveu exame de admissibilidade e julgou o mérito do agravo interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil” (grifei).

Busca-se, nesta sede cautelar, “(...) a concessão de medida liminar ‘inaudita altera pars’ para afastar a determinação de baixa imediata dos autos e a exigência do recolhimento da multa aplicada com base no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil” (grifei).

Sendo esse o contexto, passo a analisar a postulação cautelar deduzida pela parte reclamante. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se acham presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar em referência.

É que os elementos produzidos na presente sede reclamatória parecem evidenciar que o órgão judiciário reclamado teria incidido em comportamento usurpador da competência do Supremo Tribunal Federal, eis que não lhe era lícito interceptar o acesso, a esta Suprema Corte, do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010) deduzido contra a decisão que negara trânsito ao recurso extraordinário interposto pela parte

ora reclamante.Vê-se, portanto, que estaria aparentemente configurada, no caso,

típica hipótese de usurpação da competência desta Suprema Corte, razão pela qual se revela inteiramente cabível a presente reclamação, que foi promovida com o objetivo de afastar decisão que teria frustrado o processamento de agravo deduzido contra ato judicial que negou trânsito ao apelo extremo.

Cabe ressaltar, finalmente, por necessário, que o entendimento que venho de referir tem o beneplácito da jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou em casos rigorosamente idênticos ao da presente reclamação (Rcl 19.976/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 19.987/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 19.989/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 19.997/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 20.068/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE, PORQUE, NÃO ADMITIDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO (QUALQUER QUE FOSSE O FUNDAMENTO DO INDEFERIMENTO) E INTERPOSTO AGRAVO DE INSTRUMENTO, IMPERIOSA SE MOSTRAVA A REMESSA DESTE À DELIBERAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL.”

(RTJ 128/21, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“Pelo fato de não considerá-lo cabível, não pode o magistrado

deixar de encaminhar, ao Supremo Tribunal, o agravo de instrumento interposto contra decisão que, na origem, indeferiu recurso extraordinário.”

(RTJ 166/63, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO ANTE A

INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO DO JUÍZO ‘A QUO’ DETERMINANDO SEU ARQUIVAMENTO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.”

(Rcl 1.772/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e sem prejuízo da

ulterior reapreciação da matéria, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, até final julgamento da presente reclamação, a eficácia do acórdão proferido pelo Órgão Especial do E. Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Ag-Ag-AIRR nº 691-95.2010.5.02.0482.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-Ag-AIRR nº 691- -95.2010.5.02.0482).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 20.384 (632)ORIGEM : AIRR - 1732520125120008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUCELEI BALDOINOADV.(A/S) : WILSON DE SOUZAINTDO.(A/S) : NUTRIPLUS ALIMENTACAO E TECNOLOGIA LTDAADV.(A/S) : GISELA SCHINCARIOL FERRARI MARTINI

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 173-25.2012.5.12.0008), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço ; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 93: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 93

constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário ( v . g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 173-25.2012.5.12.0008 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 173-25.2012.5.12.0008.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 20.393 (633)ORIGEM : PROC - 00168692720138240038 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : LUCAS FERNANDO DE ABREUADV.(A/S) : FRANKLIN JOSE DE ASSISRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE JOINVILLEPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

DESPACHO: Antes de apreciar o pedido de liminar, solicitem-se informações ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville/SC (Processo 0016869-27.2013.8.24.0038).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECLAMAÇÃO 20.398 (634)ORIGEM : AIRR - 16131520125120054 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RUDIA ELVIRA DA ROSAADV.(A/S) : FELIPE IRAN BORDA CALIENDO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : GERALDO J. COAN E COMPANHIA LTDA

ADV.(A/S) : PÉRICLES ELIAS AIVAZOGLOU E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 1613-15.2012.5.12.0054), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço ; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário ( v . g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 1613-15.2012.5.12.0054 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 1613-15.2012.5.12.0054.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 20.404 (635)ORIGEM : AIRR - 02307005220095020042 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 94: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 94

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ VALMIR BARBOSA DE JESUSADV.(A/S) : MAURÍCIO NAHAS BORGESINTDO.(A/S) : ALSA FORT SEGURANCA S/C LTDA.ADV.(A/S) : MÁRCIO EDUARDO GARCIA LEITE

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 230700-52.2009.5.02.0042), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço ; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 230700-52.2009.5.02.0042 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 230700-52.2009.5.02.0042.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 20.405 (636)ORIGEM : AIRR - 00005647720115150154 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CARINA RIBEIROADV.(A/S) : FERNANDA BALDUÍNO BOMBARDAINTDO.(A/S) : BRASILPORTE COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato ora questionado – emanado do E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-AIRR nº 564-77.2011.5.15.0154) – teria usurpado a competência desta Corte Suprema, ao apreciar agravo interposto contra juízo de inadmissibilidade de recurso extraordinário.

A decisão questionada nesta sede reclamatória restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO – ENTE PÚBLICO – CULPA RECONHECIDA.

1. Com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na ADC 16 (Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, Dje de 09/09/11), restou fixada a interpretação constitucionalmente adequada a ser conferida ao art. 71 da Lei 8.666/93, segundo a qual a previsão legal de inexistência de responsabilidade de ente público pelos débitos trabalhistas de seus contratados não impede a sua condenação subsidiária nas causas em que for comprovada a culpa do contratante pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador de serviços.

2. O julgamento da ADC 16 foi posterior ao reconhecimento da repercussão geral pertinente à responsabilidade trabalhista de ente público na condição de tomador de serviços (T-246 da Tabela de Repercussão Geral do STF). Assim, dado o caráter vinculante da decisão proferida no controle concentrado de constitucionalidade, o Tema 246 restou solucionado, por coerência lógica, no que tange à responsabilidade subsidiária da Administração Pública na hipótese de comprovada culpa, remanescendo apenas a questão relativamente às hipóteses de culpa presumida, de não demonstração de culpa ou de silêncio sobre a culpabilidade.

3. O sistema de repercussão geral, instituído a partir da Emenda Constitucional 45, impõe filtro processual por meio do qual se torna desnecessário o julgamento repetitivo e individualizado de demandas de idêntico conteúdo jurídico pelo STF, sendo possível resolver o conflito no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

4. No caso presente, a Parte Agravante foi responsabilizada subsidiariamente em relação aos créditos reconhecidos judicialmente, em razão de sua comprovada culpa, decisão que se amolda aos uníssonos precedentes do STF, em sede da ADC 16 e de diversas reclamações constitucionais que a esta seguiram.

5. Assim, a hipótese dos autos se amolda ao Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral do STF, mas no sentido de já estar solucionado pelo Pretório Excelso em direção contrária à pretensão recursal.

6. Logo, o agravo não trouxe nenhum argumento que infirmasse a conclusão a que se chegou no despacho agravado, razão pela qual não merece provimento. Ademais, revelando-se manifestamente infundado o apelo, impõe-se a condenação da Parte Agravante ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.

Recurso recebido como agravo regimental, ao qual se nega provimento, com determinação de baixa dos autos à origem e aplicação de multa.” (grifei)

A parte reclamante aduz, em síntese, para justificar a pertinência do instrumento processual ora utilizado, que “(...) a reclamação visa a preservação da competência dessa Colenda Corte, a qual foi usurpada pelo acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho, que, de forma indevida, promoveu exame de admissibilidade e julgou o mérito do agravo interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil” (grifei).

Busca-se, nesta sede cautelar, “(...) a concessão de medida liminar ‘inaudita altera pars’ para afastar a determinação de baixa imediata dos autos e a exigência do recolhimento da multa aplicada com base no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil” (grifei).

Sendo esse o contexto, passo a analisar a postulação cautelar deduzida pela parte reclamante. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se acham presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar em referência.

É que os elementos produzidos na presente sede reclamatória parecem evidenciar que o órgão judiciário reclamado teria incidido em comportamento usurpador da competência do Supremo Tribunal Federal, eis que não lhe era lícito interceptar o acesso, a esta Suprema Corte, do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010) deduzido contra a decisão que negara trânsito ao recurso extraordinário interposto pela parte ora reclamante.

Vê-se, portanto, que estaria aparentemente configurada, no caso, típica hipótese de usurpação da competência desta Suprema Corte, razão pela qual se revela inteiramente cabível a presente reclamação, que foi promovida com o objetivo de afastar decisão que teria frustrado o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 95

processamento de agravo deduzido contra ato judicial que negou trânsito ao apelo extremo.

Cabe ressaltar, finalmente, por necessário, que o entendimento que venho de referir tem o beneplácito da jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou em casos rigorosamente idênticos ao da presente reclamação (Rcl 19.976/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 19.987/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 19.989/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 19.997/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 20.068/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE, PORQUE, NÃO ADMITIDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO (QUALQUER QUE FOSSE O FUNDAMENTO DO INDEFERIMENTO) E INTERPOSTO AGRAVO DE INSTRUMENTO, IMPERIOSA SE MOSTRAVA A REMESSA DESTE À DELIBERAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL.”

(RTJ 128/21, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“Pelo fato de não considerá-lo cabível, não pode o magistrado

deixar de encaminhar, ao Supremo Tribunal, o agravo de instrumento interposto contra decisão que, na origem, indeferiu recurso extraordinário.”

(RTJ 166/63, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO ANTE A

INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO DO JUÍZO ‘A QUO’ DETERMINANDO SEU ARQUIVAMENTO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.”

(Rcl 1.772/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e sem prejuízo da

ulterior reapreciação da matéria, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, até final julgamento da presente reclamação, a eficácia do acórdão proferido pelo Órgão Especial do E. Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Ag-AIRR nº 564-77.2011.5.15.0154.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-AIRR nº 564- -77.2011.5.15.0154).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 20.407 (637)ORIGEM : AIRR - 00009720220125150003 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SÉRGIO ALEXANDRE CARDOSOADV.(A/S) : MÁRCIO TOMAZELAINTDO.(A/S) : ALBATROZ SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDAADV.(A/S) : ROSELY CURY SANCHES

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 972-02.2012.5.15.0003), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço ; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST

negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 972-02.2012.5.15.0003 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 972-02.2012.5.15.0003.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 20.414 (638)ORIGEM : AIRR - 00007728120115150115 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

PAULA SOUZA - CEETEPSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ MARCOS DA SILVAADV.(A/S) : EMMANUEL SILVAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ÁLVARES MACHADOADV.(A/S) : GISELLE HIRANO GOMESINTDO.(A/S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE

MESQUITA FILHO - UNESPADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO BARCELLOSINTDO.(A/S) : BUZATI & BUZATI SEGURANÇA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 772-81.2011.5.15.0115), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da “responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço”; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 96: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 96

que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 772-81.2011.5.15.0115 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 772-81.2011.5.15.0115.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 20.420 (639)ORIGEM : Ag-AIRR - 27975620115020074 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SUELLANYA PEREIRA DOS SANTOS MACHADOADV.(A/S) : MÁRCIA GARCIAINTDO.(A/S) : CAPTAR TERCEIRIZAÇÃO LTDAADV.(A/S) : ÉRIKA FEITOSA BENEVIDES

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 2797-56.2011.5.02.0074), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da “responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço”; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva

desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 2797-56.2011.5.02.0074 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 2797-56.2011.5.02.0074.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 20.421 (640)ORIGEM : Ag-Ag-AIRR - 28496020115020039 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ROSELI DE PAULA CAZUZAADV.(A/S) : ADRIANO FACHIOLLIINTDO.(A/S) : BRASILSEG LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato ora questionado – emanado do E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-Ag-AIRR nº 2849-60.2011.5.02.0039) – teria usurpado a competência desta Corte Suprema, ao apreciar agravo interposto contra juízo de inadmissibilidade de recurso extraordinário, na medida em que, “(...) ao invés de determinar o processamento do agravo e a sua remessa a esse Colendo Supremo Tribunal Federal, como previsto no artigo 544, § 2º, do Código de Processo Civil (...), converteu o mesmo em agravo regimental e negou-lhe provimento, determinando a baixa dos autos à origem e aplicando multa (...)” (grifei).

A decisão questionada nesta sede reclamatória restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO – ENTE PÚBLICO – CULPA RECONHECIDA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 97: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 97

1. Com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na ADC 16 (Relator Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJE de 09/09/11), restou fixada a interpretação constitucionalmente adequada a ser conferida ao art. 71 da Lei 8.666/93, segundo a qual a previsão legal de inexistência de responsabilidade de ente público pelos débitos trabalhistas de seus contratados não impede a sua condenação subsidiária nas causas em que for comprovada a culpa do contratante pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador de serviços.

2. O julgamento da ADC 16 foi posterior ao reconhecimento da repercussão geral pertinente à responsabilidade trabalhista de ente público na condição de tomador de serviços (T-246 da Tabela de Repercussão Geral do STF). Assim, dado o caráter vinculante da decisão proferida no controle concentrado de constitucionalidade, o Tema 246 restou solucionado, por coerência lógica, no que tange à responsabilidade subsidiária da Administração Pública na hipótese de comprovada culpa, remanescendo apenas a questão relativamente às hipóteses de culpa presumida, de não demonstração de culpa ou de silêncio sobre a culpabilidade.

3. O sistema de repercussão geral, instituído a partir da Emenda Constitucional 45, impõe filtro processual por meio do qual se torna desnecessário o julgamento repetitivo e individualizado de demandas de idêntico conteúdo jurídico pelo STF, sendo possível resolver o conflito no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

4. No caso presente, a Parte Agravante foi responsabilizada subsidiariamente em relação aos créditos reconhecidos judicialmente, em razão de sua comprovada culpa, decisão que se amolda aos uníssonos precedentes do STF, em sede da ADC 16 e de diversas reclamações constitucionais que a esta seguiram.

5. Assim, a hipótese dos autos se amolda ao Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral do STF, mas no sentido de já estar solucionado pelo Pretório Excelso em direção contrária à pretensão recursal.

6. Logo, o agravo não trouxe nenhum argumento que infirmasse a conclusão a que se chegou no despacho agravado, razão pela qual não merece provimento. Ademais, revelando-se manifestamente infundado o apelo, impõe-se a condenação da Parte Agravante ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.

Recurso recebido como agravo regimental, ao qual se nega provimento, com determinação de baixa dos autos à origem e aplicação de multa.” (grifei)

A parte reclamante aduz, em síntese, para justificar a pertinência do instrumento processual ora utilizado, que “(...) a reclamação visa a preservação da competência dessa Colenda Corte, a qual foi usurpada pelo acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho, que, de forma indevida, promoveu exame de admissibilidade e julgou o mérito do agravo interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil” (grifei).

Busca-se, nesta sede cautelar, “(...) a concessão de medida liminar ‘inaudita altera parte’ para afastar a determinação de baixa imediata dos autos e a exigência do recolhimento da multa aplicada com base no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil” (grifei).

Sendo esse o contexto, passo a analisar a postulação cautelar deduzida pela parte reclamante. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se acham presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar em referência.

É que os elementos produzidos na presente sede reclamatória parecem evidenciar que o órgão judiciário reclamado teria incidido em comportamento usurpador da competência do Supremo Tribunal Federal, eis que não lhe era lícito interceptar o acesso, a esta Suprema Corte, do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010) deduzido contra a decisão que negara trânsito ao recurso extraordinário interposto pela parte ora reclamante.

Vê-se, portanto, que estaria aparentemente configurada, no caso, típica hipótese de usurpação da competência desta Suprema Corte, razão pela qual se revela inteiramente cabível a presente reclamação, que foi promovida com o objetivo de afastar decisão que teria frustrado o processamento de agravo deduzido contra ato judicial que negou trânsito ao apelo extremo.

Cabe ressaltar, finalmente, por necessário, que o entendimento que venho de referir tem o beneplácito da jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou em casos rigorosamente idênticos ao da presente reclamação (Rcl 19.976/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 19.987/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 19.989/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 19.997/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 20.068/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE, PORQUE, NÃO ADMITIDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO (QUALQUER QUE FOSSE O FUNDAMENTO DO INDEFERIMENTO) E INTERPOSTO AGRAVO DE INSTRUMENTO, IMPERIOSA SE MOSTRAVA A REMESSA DESTE À DELIBERAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL.”

(RTJ 128/21, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“Pelo fato de não considerá-lo cabível, não pode o magistrado

deixar de encaminhar, ao Supremo Tribunal, o agravo de instrumento interposto contra decisão que, na origem, indeferiu recurso extraordinário.”

(RTJ 166/63, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO ANTE A INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO DO JUÍZO ‘A QUO’ DETERMINANDO SEU ARQUIVAMENTO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.”

(Rcl 1.772/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e sem prejuízo da

ulterior reapreciação da matéria, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, até final julgamento da presente reclamação, a eficácia do acórdão proferido pelo Órgão Especial do E. Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Ag-Ag-AIRR nº 2849- -60.2011.5.02.0039.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-Ag-AIRR nº 2849- -60.2011.5.02.0039).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 20.422 (641)ORIGEM : AgAIRR - 30088020115020078 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MULTISERVICE NACIONAL DE SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO GROSSI PACHECOINTDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO CASSALHOADV.(A/S) : ROSANGELA JULIANO FERNANDES

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato ora questionado – emanado do E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-AIRR nº 3008-80.2011.5.02.0078) – teria usurpado a competência desta Corte Suprema, ao apreciar agravo interposto contra juízo de inadmissibilidade de recurso extraordinário, na medida em que, “(...) ao invés de determinar o processamento do agravo e a sua remessa a esse Colendo Supremo Tribunal Federal, como previsto no artigo 544, § 2º, do Código de Processo Civil (...), converteu o mesmo em agravo regimental e negou-lhe provimento, determinando a baixa dos autos à origem e aplicando multa (...)” (grifei).

A decisão questionada nesta sede reclamatória restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO – ENTE PÚBLICO – CULPA RECONHECIDA.

1. Com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na ADC 16 (Relator Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJE de 09/09/11), restou fixada a interpretação constitucionalmente adequada a ser conferida ao art. 71 da Lei 8.666/93, segundo a qual a previsão legal de inexistência de responsabilidade de ente público pelos débitos trabalhistas de seus contratados não impede a sua condenação subsidiária nas causas em que for comprovada a culpa do contratante pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador de serviços.

2. O julgamento da ADC 16 foi posterior ao reconhecimento da repercussão geral pertinente à responsabilidade trabalhista de ente público na condição de tomador de serviços (T-246 da Tabela de Repercussão Geral do STF). Assim, dado o caráter vinculante da decisão proferida no controle concentrado de constitucionalidade, o Tema 246 restou solucionado, por coerência lógica, no que tange à responsabilidade subsidiária da Administração Pública na hipótese de comprovada culpa, remanescendo apenas a questão relativamente às hipóteses de culpa presumida, de não demonstração de culpa ou de silêncio sobre a culpabilidade.

3. O sistema de repercussão geral, instituído a partir da Emenda Constitucional 45, impõe filtro processual por meio do qual se torna desnecessário o julgamento repetitivo e individualizado de demandas de idêntico conteúdo jurídico pelo STF, sendo possível resolver o conflito no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

4. No caso presente, a Parte Agravante foi responsabilizada subsidiariamente em relação aos créditos reconhecidos judicialmente, em razão de sua comprovada culpa, decisão que se amolda aos uníssonos precedentes do STF, em sede da ADC 16 e de diversas reclamações constitucionais que a esta seguiram.

5. Assim, a hipótese dos autos se amolda ao Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral do STF, mas no sentido de já estar solucionado pelo Pretório Excelso em direção contrária à pretensão recursal.

6. Logo, o agravo não trouxe nenhum argumento que infirmasse a conclusão a que se chegou no despacho agravado, razão pela qual não merece provimento. Ademais, revelando-se manifestamente infundado o apelo, impõe-se a condenação da Parte Agravante ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.

Recurso recebido como agravo regimental, ao qual se nega

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 98: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 98

provimento, com determinação de baixa dos autos à origem e aplicação de multa.” (grifei)

A parte reclamante aduz, em síntese, para justificar a pertinência do instrumento processual ora utilizado, que “(...) a reclamação visa a preservação da competência dessa Colenda Corte, a qual foi usurpada pelo acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho, que, de forma indevida, promoveu exame de admissibilidade e julgou o mérito do agravo interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil” (grifei).

Busca-se, nesta sede cautelar, “(...) a concessão de medida liminar ‘inaudita altera parte’ para afastar a determinação de baixa imediata dos autos e a exigência do recolhimento da multa aplicada com base no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil” (grifei).

Sendo esse o contexto, passo a analisar a postulação cautelar deduzida pela parte reclamante. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se acham presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar em referência.

É que os elementos produzidos na presente sede reclamatória parecem evidenciar que o órgão judiciário reclamado teria incidido em comportamento usurpador da competência do Supremo Tribunal Federal, eis que não lhe era lícito interceptar o acesso, a esta Suprema Corte, do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010) deduzido contra a decisão que negara trânsito ao recurso extraordinário interposto pela parte ora reclamante.

Vê-se, portanto, que estaria aparentemente configurada, no caso, típica hipótese de usurpação da competência desta Suprema Corte, razão pela qual se revela inteiramente cabível a presente reclamação, que foi promovida com o objetivo de afastar decisão que teria frustrado o processamento de agravo deduzido contra ato judicial que negou trânsito ao apelo extremo.

Cabe ressaltar, finalmente, por necessário, que o entendimento que venho de referir tem o beneplácito da jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou em casos rigorosamente idênticos ao da presente reclamação (Rcl 19.976/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 19.987/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 19.989/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 19.997/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 20.068/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE, PORQUE, NÃO ADMITIDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO (QUALQUER QUE FOSSE O FUNDAMENTO DO INDEFERIMENTO) E INTERPOSTO AGRAVO DE INSTRUMENTO, IMPERIOSA SE MOSTRAVA A REMESSA DESTE À DELIBERAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL.”

(RTJ 128/21, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“Pelo fato de não considerá-lo cabível, não pode o magistrado

deixar de encaminhar, ao Supremo Tribunal, o agravo de instrumento interposto contra decisão que, na origem, indeferiu recurso extraordinário.”

(RTJ 166/63, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO ANTE A

INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO DO JUÍZO ‘A QUO’ DETERMINANDO SEU ARQUIVAMENTO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.”

(Rcl 1.772/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e sem prejuízo da

ulterior reapreciação da matéria, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, até final julgamento da presente reclamação, a eficácia do acórdão proferido pelo Órgão Especial do E. Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Ag-AIRR nº 3008-80.2011.5.02.0078.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-AIRR nº 3008- -80.2011.5.02.0078).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 20.430 (642)ORIGEM : AIRR - 9102020125150113 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE

MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : CAPITAL SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA

LTDAADV.(A/S) : ALEKSANDRA KARLA PACHECO DA SILVAINTDO.(A/S) : LEONARDO PIRES CHITEROADV.(A/S) : JOSÉ MARCOS DO PRADO

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra

acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 910-20.2012.5.15.0113), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da “responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço”; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 910-20.2012.5.15.0113 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 910-20.2012.5.15.0113.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 20.456 (643)ORIGEM : PROC - 3464009420095040018 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS -

SPHPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 99: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 99

INTDO.(A/S) : ERIBERTO QUADROS PORFÍRIOADV.(A/S) : SALETE STEFFENS PEREIRA DE SOUZAINTDO.(A/S) : SEGURANÇA E TRANSPORTE DE VALORES PANAMBI

LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 1174-77.2011.5.04.0404), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da “responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço”; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 1174-77.2011.5.04.0404 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 1174-77.2011.5.04.0404.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 20.550 (644)ORIGEM : AIRR - 891006720095020034 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO

CONSUMIDOR - PROCONPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ALTO PADRÃO EM SERVIÇOS DE PORTARIA,

LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA. - ALPASEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ROSELI FÁTIMA PINHEIRO RIBEIROADV.(A/S) : JORGE DONIZETTI FERNANDES

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 89100-67.2009.5.02.0034), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da “responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço”; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 89100-67.2009.5.02.0034 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 89100-67.2009.5.02.0034.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 100

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MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 20.562 (645)ORIGEM : AIRR - 10860620115040512 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS TRABALHADORES

AUTÔNOMOS DO ALTO URUGUAI LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ROSI MERI MACHADOADV.(A/S) : RAFAEL DORNELES DA SILVA

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato ora questionado – emanado do E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-RR nº 1086-06.2011.5.04.0512) – teria usurpado a competência desta Corte Suprema, ao apreciar agravo interposto contra juízo de inadmissibilidade de recurso extraordinário.

A decisão questionada nesta sede reclamatória restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO – ENTE PÚBLICO – CULPA RECONHECIDA.

1. Com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na ADC 16 (Relator Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJE de 09/09/11), restou fixada a interpretação constitucionalmente adequada a ser conferida ao art. 71 da Lei 8.666/93, segundo a qual a previsão legal de inexistência de responsabilidade de ente público pelos débitos trabalhistas de seus contratados não impede a sua condenação subsidiária nas causas em que for comprovada a culpa do contratante pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador de serviços.

2. O julgamento da ADC 16 foi posterior ao reconhecimento da repercussão geral pertinente à responsabilidade trabalhista de ente público na condição de tomador de serviços (T-246 da Tabela de Repercussão Geral do STF). Assim, dado o caráter vinculante da decisão proferida no controle concentrado de constitucionalidade, o Tema 246 restou solucionado, por coerência lógica, no que tange à responsabilidade subsidiária da Administração Pública na hipótese de comprovada culpa, remanescendo apenas a questão relativamente às hipóteses de culpa presumida, de não demonstração de culpa ou de silêncio sobre a culpabilidade.

3. O sistema de repercussão geral, instituído a partir da Emenda Constitucional 45, impõe filtro processual por meio do qual se torna desnecessário o julgamento repetitivo e individualizado de demandas de idêntico conteúdo jurídico pelo STF, sendo possível resolver o conflito no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

4. No caso presente, a Parte Agravante foi responsabilizada subsidiariamente em relação aos créditos reconhecidos judicialmente, em razão de sua comprovada culpa, decisão que se amolda aos uníssonos precedentes do STF, em sede da ADC 16 e de diversas reclamações constitucionais que a esta seguiram.

5. Assim, a hipótese dos autos se amolda ao Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral do STF, mas no sentido de já estar solucionado pelo Pretório Excelso em direção contrária à pretensão recursal.

6. Logo, o agravo não trouxe nenhum argumento que infirmasse a conclusão a que se chegou no despacho agravado, razão pela qual não merece provimento. Ademais, revelando-se manifestamente infundado o apelo, impõe-se a condenação da Parte Agravante ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.

Recurso recebido como agravo regimental, ao qual se nega provimento, com determinação de baixa dos autos à origem e aplicação de multa.” (grifei)

A parte reclamante aduz, em síntese, para justificar a pertinência do instrumento processual ora utilizado, que “(...) o Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho usurpou a competência desse Colendo Supremo Tribunal Federal ao converter o Agravo previsto no art. 544 do CPC em agravo regimental, negando-lhe provimento (...)” (grifei).

Busca-se, nesta sede cautelar, “(...) a concessão de medida liminar para afastar a determinação de baixa imediata dos autos e a exigência do recolhimento da multa aplicada com base no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil” (grifei).

Sendo esse o contexto, passo a analisar a postulação cautelar deduzida pela parte reclamante. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se acham presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar em referência.

É que os elementos produzidos na presente sede reclamatória parecem evidenciar que o órgão judiciário reclamado teria incidido em comportamento usurpador da competência do Supremo Tribunal Federal, eis que não lhe era lícito interceptar o acesso, a esta Suprema Corte, do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010) deduzido contra a

decisão que negara trânsito ao recurso extraordinário interposto pela parte ora reclamante.

Vê-se, portanto, que estaria aparentemente configurada, no caso, típica hipótese de usurpação da competência desta Suprema Corte, razão pela qual se revela inteiramente cabível a presente reclamação, que foi promovida com o objetivo de afastar decisão que teria frustrado o processamento de agravo deduzido contra ato judicial que negou trânsito ao apelo extremo.

Cabe ressaltar, finalmente, por necessário, que o entendimento que venho de referir tem o beneplácito da jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou em casos rigorosamente idênticos ao da presente reclamação (Rcl 19.976/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 19.987/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 19.989/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 19.997/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 20.068/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE, PORQUE, NÃO ADMITIDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO (QUALQUER QUE FOSSE O FUNDAMENTO DO INDEFERIMENTO) E INTERPOSTO AGRAVO DE INSTRUMENTO, IMPERIOSA SE MOSTRAVA A REMESSA DESTE À DELIBERAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL.”

(RTJ 128/21, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“Pelo fato de não considerá-lo cabível, não pode o magistrado

deixar de encaminhar, ao Supremo Tribunal, o agravo de instrumento interposto contra decisão que, na origem, indeferiu recurso extraordinário.”

(RTJ 166/63, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO ANTE A

INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO DO JUÍZO ‘A QUO’ DETERMINANDO SEU ARQUIVAMENTO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.”

(Rcl 1.772/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e sem prejuízo da

ulterior reapreciação da matéria, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, até final julgamento da presente reclamação, a eficácia do acórdão proferido pelo Órgão Especial do E. Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Ag-RR nº 1086-06.2011.5.04.0512.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-RR nº 1086- -06.2011.5.04.0512).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 20.567 (646)ORIGEM : AIRR - 13494220115020076 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TÂNIA MARIA RAFAEL REZENDEADV.(A/S) : CLAUDEMIR LUÍS FLÁVIOINTDO.(A/S) : PROFESSIONAL CLEAN SERVIÇOS DE ASSEIO E

CONSERVAÇÃO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 1349-42.2011.5.02.0076), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da “responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço”; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 101: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 101

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012). Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 1349-42.2011.5.02.0076 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 1349-42.2011.5.02.0076.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 20.573 (647)ORIGEM : AIRR - 16959220125150044 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PROTEC SERVIÇOS TÉCNICOS LTDAADV.(A/S) : REGINA TEDÉIA SAPIAINTDO.(A/S) : ANDREIA CRISTINA DE CARVALHO PINHEIROADV.(A/S) : NILSON ANTONIO DA SILVEIRA JÚNIOR

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato ora questionado – emanado do E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-AIRR nº 1695-92.2012.5.15.0044) – teria usurpado a competência desta Corte Suprema, ao apreciar agravo interposto contra juízo de inadmissibilidade de recurso extraordinário.

A decisão questionada nesta sede reclamatória restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO – ENTE PÚBLICO – CULPA RECONHECIDA.

1. Com o julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na ADC 16 (Relator Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJE de 09/09/11), restou fixada a interpretação constitucionalmente adequada a ser conferida ao art. 71 da Lei 8.666/93, segundo a qual a previsão legal de inexistência de responsabilidade de ente público pelos débitos trabalhistas de seus contratados não impede a sua condenação subsidiária nas causas em que for comprovada a culpa do contratante pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do prestador de serviços.

2. O julgamento da ADC 16 foi posterior ao reconhecimento da repercussão geral pertinente à responsabilidade trabalhista de ente público na condição de tomador de serviços (T-246 da Tabela de Repercussão Geral do STF). Assim, dado o caráter vinculante da decisão

proferida no controle concentrado de constitucionalidade, o Tema 246 restou solucionado, por coerência lógica, no que tange à responsabilidade subsidiária da Administração Pública na hipótese de comprovada culpa, remanescendo apenas a questão relativamente às hipóteses de culpa presumida, de não demonstração de culpa ou de silêncio sobre a culpabilidade.

3. O sistema de repercussão geral, instituído a partir da Emenda Constitucional 45, impõe filtro processual por meio do qual se torna desnecessário o julgamento repetitivo e individualizado de demandas de idêntico conteúdo jurídico pelo STF, sendo possível resolver o conflito no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

4. No caso presente, a Parte Agravante foi responsabilizada subsidiariamente em relação aos créditos reconhecidos judicialmente, em razão de sua comprovada culpa, decisão que se amolda aos uníssonos precedentes do STF, em sede da ADC 16 e de diversas reclamações constitucionais que a esta seguiram.

5. Assim, a hipótese dos autos se amolda ao Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral do STF, mas no sentido de já estar solucionado pelo Pretório Excelso em direção contrária à pretensão recursal.

6. Logo, o agravo não trouxe nenhum argumento que infirmasse a conclusão a que se chegou no despacho agravado, razão pela qual não merece provimento. Ademais, revelando-se manifestamente infundado o apelo, impõe-se a condenação da Parte Agravante ao pagamento de multa, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.

Recurso recebido como agravo regimental, ao qual se nega provimento, com determinação de baixa dos autos à origem e aplicação de multa.” (grifei)

A parte reclamante aduz, em síntese, para justificar a pertinência do instrumento processual ora utilizado, que “(...) a reclamação visa a preservação da competência dessa Colenda Corte, a qual foi usurpada pelo acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho, que, de forma indevida, promoveu exame de admissibilidade e julgou o mérito do agravo interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil” (grifei).

Busca-se, nesta sede cautelar, “(...) a concessão de medida liminar ‘inaudita altera pars’ para afastar a determinação de baixa imediata dos autos e a exigência do recolhimento da multa aplicada com base no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil” (grifei).

Sendo esse o contexto, passo a analisar a postulação cautelar deduzida pela parte reclamante. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se acham presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar em referência.

É que os elementos produzidos na presente sede reclamatória parecem evidenciar que o órgão judiciário reclamado teria incidido em comportamento usurpador da competência do Supremo Tribunal Federal, eis que não lhe era lícito interceptar o acesso, a esta Suprema Corte, do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010) deduzido contra a decisão que negara trânsito ao recurso extraordinário interposto pela parte ora reclamante.

Vê-se, portanto, que estaria aparentemente configurada, no caso, típica hipótese de usurpação da competência desta Suprema Corte, razão pela qual se revela inteiramente cabível a presente reclamação, que foi promovida com o objetivo de afastar decisão que teria frustrado o processamento de agravo deduzido contra ato judicial que negou trânsito ao apelo extremo.

Cabe ressaltar, finalmente, por necessário, que o entendimento que venho de referir tem o beneplácito da jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou em casos rigorosamente idênticos ao da presente reclamação (Rcl 19.976/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 19.987/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 19.989/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 19.997/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 20.068/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE, PORQUE, NÃO ADMITIDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO (QUALQUER QUE FOSSE O FUNDAMENTO DO INDEFERIMENTO) E INTERPOSTO AGRAVO DE INSTRUMENTO, IMPERIOSA SE MOSTRAVA A REMESSA DESTE À DELIBERAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL.”

(RTJ 128/21, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“Pelo fato de não considerá-lo cabível, não pode o magistrado

deixar de encaminhar, ao Supremo Tribunal, o agravo de instrumento interposto contra decisão que, na origem, indeferiu recurso extraordinário.”

(RTJ 166/63, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – grifei)“AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO ANTE A

INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO DO JUÍZO ‘A QUO’ DETERMINANDO SEU ARQUIVAMENTO. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.”

(Rcl 1.772/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e sem prejuízo da

ulterior reapreciação da matéria, defiro o pedido de medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, até final julgamento da presente reclamação, a eficácia do acórdão proferido pelo Órgão Especial do E. Tribunal Superior do Trabalho nos autos do Ag-AIRR nº 1695-92.2012.5.15.0044.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 102: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 102

decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (Ag-AIRR nº 1695- -92.2012.5.15.0044).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 20.576 (648)ORIGEM : AIRR - 26149520105150062 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

PAULA SOUZA - CEETEPSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BRASERV VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PATRIMONIAL

LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : IZAN DE FREITASADV.(A/S) : ROSANA DE CASSIA OLIVEIRA

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (Processo 2614-95.2010.5.15.0062), que recusou a remessa de agravo em recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, bem como o conheceu como agravo interno, desprovendo-o, com aplicação de multa no importe de 10% do valor da causa atualizado. Alega o agravante que houve usurpação da competência desta Corte, pois: (a) interpôs recurso extraordinário contra o acórdão que manteve a sua condenação subsidiária ao pagamento de débitos de natureza trabalhista não adimplidos por empresa prestadora de serviços terceirizados; porém, o Vice-Presidente do TST denegou seguimento ao recurso extraordinário e determinou a baixa dos autos à origem; (b) para tanto, consignou que o recurso não se enquadra no Tema 246 da Tabela de Repercussão Geral, que trata da “responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço”; (c) contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 544 do Código de Processo Civil, o qual foi recebido como recurso interno e desprovido, com aplicação de multa processual; (d) a competência para apreciação do agravo é exclusiva desta Corte, conforme preconiza a Súmula 727/STF; (e) a negativa de seguimento não se deu por conta de aplicação da sistemática da repercussão geral, tendo em vista que o Tema 246 ainda não foi julgado; e (f) não tem cabimento a multa aplicada com base no § 2º do art. 557 do CPC, uma vez que não buscou a reforma da decisão agravada junto ao Órgão Especial do TST. Requer o deferimento da medida liminar por entender presentes os requisitos necessários para o seu deferimento.

2. O cabimento da reclamação, instituto jurídico de natureza constitucional, deve ser aferido nos estritos limites das normas de regência, que só a concebem para preservação da competência do Tribunal e para garantia da autoridade de suas decisões (art. 102, I, l , CF/88), bem como contra atos que contrariem ou indevidamente apliquem súmula vinculante (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, tem razão o reclamante. É que o Vice-Presidente do TST negou seguimento ao recurso extraordinário pelo entendimento de que a questão em análise no Tema 246 da Repercussão Geral foi deslindada pelo STF em desfavor do recorrente, daí a interposição do agravo de instrumento do art. 544 do CPC, recebido como recurso interno e desprovido pelo Órgão Especial desse tribunal. Ocorre que o mérito desse tema de repercussão geral ainda não foi julgado pelo STF, razão pela qual não se pode falar em aplicação da sistemática prevista no art. 543-B do CPC nas circunstâncias do caso. Assim, o recebimento como recurso interno do agravo do art. 544 do CPC contraria o entendimento consagrado pela Súmula 727/STF ( Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais ), devendo ser reconhecida a usurpação da competência desta Corte, com a consequente cassação do acórdão reclamado – o que torna prejudicado o exame da questão envolvendo a aplicação da multa processual.

Não obstante, consta do art. 328-A do Regimento Interno do STF que, Nos casos previstos no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo . Nesses termos, não cabe ao TST proferir juízo de admissibilidade de recurso extraordinário que envolva tema de repercussão geral reconhecida, mas pendente de julgamento de mérito.

3. Por outro lado, no caso de recurso extraordinário cujo objeto se relaciona com tema de repercussão geral reconhecida, esta Corte tem adotado como procedimento a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC, inclusive dos agravos em recurso extraordinário (v g. ARE 851.518, de minha relatoria, DJe de 24/3/2015; ARE 717.001, Min. Cármen Lúcia, DJe 22/11/2012, ARE 690.106, Min. Celso de Mello, DJe de 6/6/2012).

Nesses termos, o agravo interposto nos autos do Processo 2614-95.2010.5.15.0062 deve ficar sobrestado no TST enquanto pendente de julgamento o mérito do Tema 246 da repercussão geral.

4. Ante o exposto, julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão reclamado; e, no mais, determino o sobrestamento, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, do agravo em recurso extraordinário interposto nos autos do Processo 2614-95.2010.5.15.0062.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 33.326 (649)ORIGEM : MS - 18999 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUIZ CARLOS GIORDANI COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DALVIO TSCHINKEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Cuida-se de recurso ordinário em mandado de segurança interposto

por Luiz Carlos Giordani Costa e Maria Regina Rampazzo Giordani Costa contra acórdão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, no qual se ratificou a decisão monocrática de indeferimento do Mandado de Segurança nº 18.999/DF, impetrado naquela Corte, com o objetivo de anular o julgamento proferido pela Terceira Turma do STJ nos autos do Recurso Especial nº 1.284.035/MS.

Em 3/2/15, os recorrentes postularam a redistribuição, por prevenção, ao Ministro Marco Aurélio, uma vez que “o processo originário do presente feito, nº 001.05.118548-3, em trâmite perante a 5ª Vara Cível de Campo Grande/MS, já foi objeto de apreciação por parte de sua Ex. Ministro Marco Aurélio nos autos do AI 832.311, o que torna o Exmo. Ministro vinculado ao trâmite do processo originário e ao presente RMS”.

Ante o exposto, encaminhem-se os autos à i. Presidência do STF a fim de que, nos termos regimentais, aprecie a existência de eventual prevenção.

Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 123.938 (650)ORIGEM : HC - 781620147000000 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : PABLO DA SILVA FERREIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar, interposto contra acórdão do Superior Tribunal Militar proferido nos autos do HC 78-16.2014.7.00.0000-RJ, Rel. Min. Artur Vidigal de Oliveira. Busca a recorrente, em síntese, o trancamento da Ação Penal 0000143-94.2013.7.01.0201/RJ.

2. Em consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal Militar, é possível verificar que, em 20/02/2015, foi declarada extinta a punibilidade do paciente em razão da ocorrência da prescrição da pretensão punitiva.

3. Presente tal circunstância, julgo prejudicado o recurso. Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 124.847 (651)ORIGEM : RHC - 47004 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : DAVID PEREIRA DE ALMEIDARECTE.(S) : RONY PEREIRAADV.(A/S) : JAIME FUSCORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido nos autos do RHC 47.004/RJ, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura. Consta dos autos, em síntese, que: (a) os recorrentes foram denunciados, com outras

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 103

oito pessoas, e presos preventivamente pela suposta prática dos crimes de associação criminosa (art. 288 do CP) e de concussão (art. 316 do CP); (b) a defesa requereu a revogação da segregação cautelar ao juízo instrutório, mas o pleito foi indeferido; (c) insistindo na liberdade, impetrou habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que denegou a ordem, e interpôs RHC para o Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao apelo, em acórdão assim ementado:

“(...) 1. Conforme reiterada jurisprudência desta Corte Superior de Justiça, toda custódia imposta antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória exige concreta fundamentação, nos termos do disposto no art. 312 do Código de Processo Penal.

2. Hipótese em que não há patente ilegalidade a ser reconhecida. Na espécie, a custódia cautelar foi mantida para o resguardo da ordem pública, em razão da gravidade concreta do crime, cometido por agentes previamente associados, os quais se valiam de suas prerrogativas como policiais e ex-policiais para facilitar suas condutas delitivas.

3. A situação delineada foi minuciosamente descrita, com investigações que conseguiram demonstrar diversos indícios da participação dos acusados na associação criminosa.

4. Recurso a que se nega provimento”.Os recorrentes alegam, em suma, que: (a) o decreto de prisão

preventiva é carente de fundamentação idônea; (b) o fato de serem policial civil e ex-policial militar não autoriza, por si só, a segregação cautelar. Requerem, ao final, o provimento do recurso, para que seja revogado o decreto prisional, com ou sem a imposição de medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319 do Código de Processo Penal.

2. Segundo o art. 102, II, a, da CF, compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus decidido em última instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão. A decisão foi proferida não no âmbito de habeas corpus originário, mas de julgamento de recurso ordinário em habeas corpus interposto no Superior Tribunal de Justiça. Considerando as normas de distribuição de competências na Constituição Federal, de natureza estrita, o presente recurso ordinário é manifestamente incabível.

3. Registre-se, de qualquer modo, que não há constrangimento ilegal a ser sanado. Nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva poderá ser decretada quando houver prova da existência do crime (materialidade) e indício suficiente de autoria, mais a demonstração de um elemento variável: (a) garantia da ordem pública; ou (b) garantia da ordem econômica; ou (c) por conveniência da instrução criminal; ou (d) para assegurar a aplicação da lei penal. Em qualquer dessas hipóteses, é imperiosa a indicação concreta e objetiva de que tais pressupostos incidem na espécie. Não basta, portanto, a alegação abstrata da gravidade do crime ou a repetição textual dos requisitos previstos na lei.

4. No caso, constata-se que a ordem de prisão preventiva está devidamente fundamentada, de acordo com os pressupostos e os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. Eis, a propósito, o registro do STJ:

“In casu, eis os fundamentos do julgador monocrático para decretar a custódia preventiva do recorrente, in verbis (fls. 257/263):

7) DAVID PEREIRA DE ALMEIDA DAVID é policial civil e era o chefe da segurança da vítima CLÁUDIO.

Sua conduta aparenta ter sido de extrema gravidade concreta. A uma porque os indícios da prática do crime por parte de um policial, cujo dever é combatê-lo, já representam um elemento forte em desfavor de sua pessoa. A duas, porque além de aparentemente ter traído a confiança que a administração pública depositou em sua pessoa, teria traído, também, a confiança que a vítima lhe dispensou. Em resumo, os veementes elementos de prova reunidos no IPL, apontam para a circunstância de DAVID ter participado de toda a trama que teria redundado nas extorsões, esbulhos, agressões físicas e ameaças de morte feitas a CLÁUDIO. Após a vítima ter fugido do Rio de Janeiro, no curso das interceptações telefônicas, foi captado um diálogo entre DAVID e a pessoa de ALEXANDRE, também integrante da equipe de segurança, na qual ambos claramente se referem em tom jocoso à possibilidade de CLÁUDIO sofrer dano a sua integridade física caso resolvesse voltar para o Rio de Janeiro. (...) Esse contexto, por certo, incrementa todos os argumentos antes deduzidos para justificar a prisão preventiva do referido policial.

9) RONY PEREIRA RONY PEREIRA também é ex-policial militar, demitido da corporação

em razão de ter sido preso por tentativa de extorsão (fl. 677), o que, não obstante o tempo decorrido, representa um veemente indício de reiteração delitiva concreta. RONY está sendo acusado de crime da mesma natureza. Sua inserção nos fatos dá-se em conjunto com DELGADO e DAVID, este último pessoa com quem manteve diversos contatos telefônicos por ocasião das investigações. Ao ser inquirido em sede policial, RONY confirmou ser amigo pessoal de ambos. Consta, ainda, da investigação que RONY teria se reunido com GERSON e DELGADO em fins de agosto deste ano. RONY é, ademais, sócio de DELGADO na empresa PEREIRA E BOTELHO CONSULTORIA E INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS LTDA. e é citado algumas vezes na informação policial anteriormente mencionada produzida por GERSON, ao que tudo indicia para dar cobertura à versão que todos defenderiam posteriormente. Não se pode esquecer que, segundo relatado por CLAUDIO, RONY se apresentou a ele como policial federal e teria feito indagações específicas a respeito dos bens que lhe foram subtraídos indevidamente, tendo a investigação apontado para o fato de que ele se

locupletou diretamente com, pelo menos, um desses bens: um telefone IPHONE que passou a ser utilizado pelo seu filho JUAN. Ou seja, os elementos de prova demonstram que é pessoa que mantém relação direta com o chefe da segurança da vítima e também parece ter contribuído para a trama criminosa de forma determinante, fazendo-se passar por policial federal e ludibriando a vítima, o que permitiu que sofresse novos ataques. Assim como ocorre em relação aos demais acusados, estes elementos de prova se agregam aos argumentos anteriormente expostos para justificar, plenamente, a necessidade de decretação da prisão preventiva como forma de garantir a ordem pública.

Em conclusão, se os denunciados acima citados não foram presos preventivamente, muito provavelmente voltarão a delinquir e oferecerão entraves à instrução processual. Neste passo, registro também que ainda estão em trâmite no âmbito da Polícia Federal algumas diligências que instruirão a presente ação penal, como informado pela autoridade policial às fls. 947.

À vista deste contexto, é evidente que as medidas cautelares substitutivas da prisão (art. 319 do CPP) se mostram insuficientes para atingir os fins de evitar a reiteração delitiva e garantir uma regular instrução processual.

Há prova contundente nos autos de que nem mesmo o afastamento do cargo por parte de alguns denunciados (pela aposentadoria, pela demissão ou por cautela em procedimento disciplinar) foi capaz de evitar que os mesmos seguissem delinquindo.

O Tribunal a quo, ao manter o julgado, assim manifestou-se (fls. 292/300):

Conforme amplamente analisado pelo Desembargador Relator André Fontes, na decisão pela qual foi apreciado o requerimento liminar (fls. 198-209), a prisão preventiva dos pacientes foi decretada por decisão ampla e minuciosamente fundamentada pela autoridade indigitada coatora. Assim, na referida decisão (fls. 218-241), foram descritos os fatos até então demonstrados pelos elementos de convicção coligidos no curso das investigações:

‘Como expus na decisão que decretou as prisões temporárias dos investigados, os fatos apurados nesta ação penal dão conta de que, em meados do primeiro semestre de 2013, o empresário CLÁUDIO JOSÉ DE OLIVEIRA, residente no Rio de Janeiro dirigiu-se à cidade de São Paulo e procurou o tenente da Policia Militar Carlos Cezar MARERA, então assessor do Deputado Estadual Fernando Capez, a quem solicitou ajuda alegando estar sendo vitima de extorsão. O tenente, então, fez chegar os fatos à Corregedoria Geral da Polícia Federal, instaurando-se, assim, o inquérito policial 007-2013-4- COAIN/COGER/DPF. Inquirido (fls. 21/25 do IPL), CLÁUDIO JOSÉ DE OLIVEIRA relatou que no dia 01/04/2013, foi abordado no DETRAN/RJ por uma equipe composta por 04(quatro) pessoas que se apresentaram como policiais federais e o conduziram até sua residência a pretexto de dar cumprimento a um mandado judicial de busca e apreensão oriundo da Justiça de Brasília. Naquela oportunidade, afirmaram que CLÁUDIO teria envolvimento com crimes praticados pela pessoa de nome MARCOS SOARES DE OLIVEIRA. A equipe era composta por uma pessoa que se identificava como Delegado Federal, de alcunha Dr. ROBERTO, sendo assim chamado pelos demais integrantes do grupo. No dia dos fatos, CLÁUDIO subiu para sua residência com ROBERTO e mais um membro da equipe e os outros dois permaneceram embaixo do prédio na companhia de dois seguranças seus, identificados como CLAYTON DA SILVA CASTRO (que é policial civil) e OSVALDO LUÍS DA CONCEIÇÃO (que é tenente do corpo de bombeiros). No decorrer da busca, ROBERTO teria proposto a CLÁUDIO que colaborasse com as investigações na qualidade de informante, fornecendo informações sobre as atividades ilícitas de MARCOS SOARES DE OLIVEIRA, o que lhe isentaria de qualquer responsabilização criminal, e exigiu o pagamento da quantia de RS 500.000.00 (quinhentos mil reais) que, após algumas tratativas, foi reduzida para RS 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais).

CLÁUDIO esclareceu, ainda, que ROBERTO lhe exigiu alguma garantia do pagamento futuro do valor acima referido, tendo CLÁUDIO respondido que só possuía os seus veículos. Nesse contexto, ROBERTO simplesmente levou consigo o veículo Mercedes Bens, modelo SLK-200, placa KQJ-7081, de propriedade de CLÁUDIO, e os respectivos documentos de licenciamento e transferência. CLÁUDIO afirmou, também, que naquele mesmo dia foi ‘convidado’ pelos referidos policiais para almoçar na churrascaria Barra Grill, para onde todos se dirigiram, inclusive seus dois seguranças e o motorista particular, tendo ao final CLÁUDIO pago a conta integralmente com seu cartão de débito do Banco do Brasil. Ainda segundo o relato de CLÁUDIO, o chefe de sua segurança pessoal, DAVID PEREIRA DE ALMEIDA, policial lotado na Divisão anti-Sequestro da Policia Civil do Rio de Janeiro, esteve em sua residência na mesma data à noite, ocasião em que lhe relatou todo o ocorrido. CLÁUDIO prosseguiu afirmando que, nos dias que se seguiram, obedeceu às orientações que recebera do suposto Delegado ROBERTO: habilitou uma linha de celular pré-paga, acessou o seu email, recebeu um email oriundo do endereço [email protected], no qual lhe foi informado o telefone (21) 6940-4221 e entrou em contato com ele. Passou então a tratar com ROBERTO através deste telefone e de sua nova linha. O empresário detalhou que ficou ajustado que os RS 250.000.00 (duzentos e cinqüenta mil reais) seriam entregues a um motociclista, em espécie, em local que seria posteriormente indicado por ROBERTO e que, logo após receber o

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 104

dinheiro, este lhe informaria onde o veiculo Mercedes Benz poderia ser resgatado. No curso das medidas investigativas adotadas no inquérito policial, toda esta primeira parte do relato de CLÁUDIO foi corroborada por novas provas, que podem ser assim resumidas.

I) CLÁUDIO realmente esteve no DETRAN no dia 01/04/2013. pois a quebra de sigilo de dados telefônicos demonstrou que CLÁUDIO estava em área de antenas compatíveis com a localização do DETRAN;

II) as imagens das câmeras instaladas no prédio de CLÁUDIO relativas ao dia 01/04/2013 foram fornecidas pela empresa de segurança do Condomínio e são compatíveis com o relato do empresário, conforme detalhado na Informação Policial 55/2013-SINV/COAIN/COGER/DPF. Em síntese, nelas se registra a entrada sequencial de três veículos no Condomínio bem como o ingresso no elevador de dois dos quatro supostos policiais da equipe e, ao final, a saída dos veículos;

III) a localização do terminal telefônico utilizado por CLÁUDIO, na tarde do dia 01/04/2013, é igualmente compatível com a localização da churrascaria Barra Grill - conforme informação das ERBs fornecidas pelas operadoras, sendo certo, ainda, que CLÁUDIO forneceu seu extrato bancário comprovando a compra a débito na referida churrascaria no valor de RS 500,00 (quinhentos reais), valor este compatível com o de um almoço para o número de pessoas presentes;

IV) na interceptação telefônica deferida pelo juízo, há registros de ligações telefônicas em que há clara menção ao fato de o veiculo Mercedes de CLÁUDIO ter sido levado pelos policiais que o abordaram, em especial diálogos protagonizados por DAVID e ALEXANDRE, policial militar que também é membro da equipe de segurança de CLÁUDIO .

Mas CLÁUDIO relatou ainda mais. No dia 09/04/2013, data em que teria ficado ajustada a entrega do dinheiro, o que faria na companhia de DAVID, ele sofreu uma nova abordagem, de outra equipe de policiais, que o agrediram e também realizaram buscas em sua residência. E, desta vez, as exigências aumentaram pois os policiais solicitaram RS 1.000.000,00 (um milhão de reais) para cessar uma suposta investigação e nada levantar sobre a corrupção decorrente do ajuste que CLÁUDIO fizera com a primeira equipe policial que o abordou.

(...) O desenrolar das investigações demonstrou a existência de

veementes indícios de participação de toda a equipe de segurança de CLÁUDIO, além de policiais e ex-policiais civis e federais, nos dois eventos. Deve-se ressaltar, primeiramente, que CLÁUDIO reconheceu as pessoas de ALFREDO DA SILVA NETO e RONALDO DA CRUZ VAZ como integrantes da primeira equipe que o abordou, sendo ALFREDO a pessoa que se apresentou como o delegado ROBERTO. ALFREDO DA SILVA NETO não é delegado de policia federal mas sim ex-policial civil do Rio de Janeiro, tendo sido demitido da instituição por falsificação de documento público para fins de interceptação ilegal. RONALDO DA CRUZ VAZ é empresário e sócio de ALFREDO na empresa OLECRAM TELECOM ASSESSORIA MONITORAMENTO E INVESTIGAÇÃO LTDA.

Apurou-se que um dos seguranças de CLÁUDIO, CLAYTON, que também é policial civil, eslava presente no dia da primeira abordagem de CLÁUDIO, porém mantivera vários contatos telefônicos prévios àquele evento justamente com a pessoa de ALFREDO.

Quanto a DAVID, chefe da segurança de CLÁUDIO, após a primeira abordagem, prontificou-se a ajudá-lo a identificar as pessoas que se apresentaram como policiais. Para tanto, levou um suposto Delegado de Policia Federal, de nome DELGADO, para acessar as imagens de segurança do prédio e verificar se aquelas pessoas que lá estiveram eram, de fato, policiais federais. Pois bem, o que ocorreu? DELGADO teria afirmado, falsamente, que o tal Dr. ROBERTO não era delegado, mas sim agente de policia federal. E ele próprio, DELGADO, também não é delegado.

CLÁUDIO reconheceu DELGADO fotograficamente, identificando a pessoa de LUCIANO BOTELHO DELGADO, agente de policia federal que atualmente se encontra afastado de suas funções na Superintendência do Rio de Janeiro por ter sido preso em operação policial juntamente com o contraventor Aniz Abrahão David. Insere-se neste contexto a pessoa de RONY, sócio de DELGADO na empresa PEREIRA E BOTELHO CONSULTORIA, que participou de uma reunião com CLÁUDIO e foi apresentado por DELGADO como sendo policial federal, o que também não é verdadeiro. Não coincidentemente, RONY manteve vários contatos telefônicos, segundo apurado pelo cruzamento de dados realizado na interceptação telefônica, com o chefe de segurança DAVID. No dia da segunda abordagem, curiosamente, DAVID atrasou-se para tão importante evento (a entrega do dinheiro) e avisou ALEXANDRE, que transmitiu tal mensagem ao patrão. A investigação demonstrou, porém, que ALEXANDRE mantivera contatos com ALFREDO, inclusive no dia 09.04.13, e embora tenha tido seu aparelho celular Iphone subtraído, este passou a ser utilizado cerca de 15(quinze) dias depois por sua própria esposa, sugerindo que ele o resgatou porque tinha relação com as pessoas que abordaram CLÁUDIO. Quanto a este segundo evento, CLÁUDIO também identificou JOSÉ CARLOS DA SILVA DIAS, agente de polícia federal aposentado, e GERSON RIBEIRO DA COSTA, agente de policia federal da ativa, como membros da segunda equipe que o abordou. Afirmou que foi agredido fisicamente por GERSON, estando aparentemente as lesões sofridas documentadas por fotos. Várias situações estranhas se passaram nesse dia, a indicar que sua equipe de segurança poderia estar envolvida nos fatos: I) DAVID, que é policial civil,

diante de uma busca arbitrária, nada fez: II) DAVID recusou-se a acompanhar o patrão à Corregedoria da Policia para denunciar os fatos: III) nesta abordagem, a equipe policial logrou encontrar RS 40.000,00 (quarenta mil reais) escondidos em um aparelho de ar condicionado, esconderijo este que somente CLÁUDIO, DAVID e LUCINARA, esposa de CLÁUDIO, conheciam. Apurou-se, também, que GERSON integrava a equipe da DELDIA de plantão no dia 09.04.2013 e que, embora não houvesse motivo aparente para sua saída do local o registro das ERBs indicou que ele realmente esteve na Barra da Tijuca.

Vários outros elementos indicam que o relato de CLÁUDIO é verdadeiro. Como afirmado linhas atrás, seguiram-se, após esses dias, tratativas para que CLÁUDIO realizasse o pagamento dos valores ‘acordados’ e resgatasse o Mercedes.

As ligações que passaram a ser gravadas por CLÁUDIO foram fornecidas à Corregedoria da Polícia Federal. O teor dos diálogos é realmente indicativo de que ambas as ‘equipes de policiais’ pretendiam receber os recursos indevidamente exigidos de CLÁUDIO e que o posicionamento dos membros de sua equipe de segurança (em especial ALEXANDRE e DAVID) em nada se aproxima de pessoas que pretendiam a proteção de seu cliente’.

Portanto, diante dos elementos analisados e da fundamentação formulada pela autoridade impetrada, revela-se cristalino que as prisões cautelares decretadas fundaram-se efetivamente em elementos concretos coligidos no curso das investigações que prosseguem, e não apenas nas condições pessoais dos pacientes ou mesmo no cargo que ocupam, nada existindo no presente ‘writ’ que caracterize a ilegalidade do decreto cautelar ou ausência de fundamentos que caracterizem a imposição da providência cautelar extrema.

As alegações formuladas na impetração não se sustentam diante dos fatos descritos na imputação, apoiados em consistente e vasto suporte a lastrear a denúncia, caracterizado, assim, o fumus comissi delicti. Ademais, as circunstâncias descritas como caracterizadoras dos motivos que justificam a necessidade da prisão cautelar, também se encontram amparadas nos elementos coligidos nas investigações, suficientemente demonstrado na decisão impugnada, assim como nos elementos dos autos nos quais se apoiou toda a fundamentação, cabalmente demonstrado, portanto, o periculum libertatis em relação aos pacientes, como se depreende da decisão supra transcrita.

Ressalte-se que a primariedade e os bons antecedentes, a residência certa e ocupação lícita, são fatores que, por si sós, não são impedientes à decretação da prisão preventiva, se presentes os requisitos insertos no art. 312 do Código de Processo Penal.

De outra parte, em nada altera o quadro supra analisado, o fato de apenas um dos acusados, ALEXANDRE SANTANNA, ter sido submetido a providências cautelares alternativas à cautelar prisional, por se encontrar em situação fática evidentemente diversa dos demais, tendo em vista que foi identificada a sua suposta participação nos fatos imputados em papel de menor relevância, sobretudo, considerando-se a organização hierárquica do grupo.

Ante o exposto, voto pela DENEGAÇÃO DA ORDEM. Verifica-se, pois, que a custódia cautelar está bem fundamentada na

necessidade de resguardo da ordem pública, em razão da gravidade concreta do crime, cometido por agentes previamente associados, os quais se valiam de suas prerrogativas como policiais e ex-policiais para facilitar suas condutas delitivas.

Não se pode olvidar que o quadro fático apresentado é extremamente detalhado, com investigações que conseguiram demonstrar diversos indícios da participação dos increpados na associação criminosa.

Ao que se me afigura, portanto, debruçando-me sobre o caso em concreto, a prisão preventiva se sustenta, porque nitidamente vinculada a elementos de cautelaridade”.

Conforme destacou o Superior Tribunal de Justiça, é idônea a fundamentação jurídica apresentada para justificar a decretação da prisão preventiva. Isso porque a decisão está lastreada em aspectos concretos e revelantes para resguardar a ordem pública, (a) considerada a periculosidade dos agentes, evidenciada pelas circunstâncias em que os delitos teriam sido praticados, e (b) ante o fundado receio de reiteração delitiva. Há, também, a indicação de que, em liberdade, os acusados possam interferir na colheita de provas. Desse modo, e na linha de entendimento desta Corte, tais circunstâncias mostram-se aptas à decretação da custódia cautelar. Nesse sentido: RHC 116700, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 03-02-2014; HC 118324, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 02-12-2013; RHC 123812, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 20-10-2014; HC 122894, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 01-09-2014; HC 122622, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 21-08-2014; RHC 120051, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 16-06-2014; HC 122546, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 16-06-2014; RHC 120070, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 24-06-2014, esse último assim ementado:

“(…) 1. Os fundamentos utilizados revelam-se idôneos para manter a segregação cautelar do paciente, na linha de precedentes desta Corte. É que a decisão aponta de maneira concreta a necessidade de garantir a ordem pública, tendo em vista a periculosidade do agente, evidenciada pelas circunstâncias em que o delito supostamente foi praticado (atuação de

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 105

quadrilha armada na prática de crimes de extorsão e homicídio), por conveniência da instrução criminal (ameaças e homicídios de testemunhas) e para assegurar a aplicação da lei penal (fuga do réu do distrito da culpa).

(…). 4. Recurso ordinário desprovido”.Foi no mesmo sentido a manifestação da Procuradoria-Geral da

República:“A medida, como visto, conta com larga fundamentação e está

ancorada na garantia da ordem pública pela gravidade concreta do crime: os recorrentes e demais corréus – a maioria policiais ou ex-policiais, que se valiam dessa prerrogativa para facilitar suas condutas delitivas – com emprego de armas e violência física, adentraram na residência da vítima e apossaram-se de vários bens móveis e, posteriormente, continuaram ameaçando de morte a ela e a sua família, fato que fez com que se mudassem para outro estado. Na linha da jurisprudência dessa Corte, se as circunstâncias concretas da prática do crime indicam a periculosidade do agente e a possibilidade concreta de retorno à prática delitiva, está justificada a decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardo da ordem pública”.

Nesse contexto, fica afastada a possibilidade de substituição da prisão preventiva por uma ou mais das medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal.

5. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 124.940 (652)ORIGEM : HC - 283849 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LUIZ FERNANDES DA FONSECAADV.(A/S) : MARCOS JOSÉ MARINHO JÚNIORRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar, interposto contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido nos autos do HC 283.849, Rel. Min. Moura Ribeiro. Busca o recorrente, em síntese, a nulidade da sentença condenatória e, subsidiariamente, a diminuição da pena-base.

2. Em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, é possível verificar que, em 22/08/2014, foi declarada extinta a punibilidade do paciente em razão do cumprimento integral da pena (Execução Penal 0001389-10.2013.4.05.8400).

3. Presente tal circunstância, julgo prejudicado o recurso. Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 127.499 (653)ORIGEM : HC - 300553 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MAGNO AMAURI RIBAS LOBOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar, interposto contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou o HC 300.553/RS. Rel. Min. Nefi Cordeiro. Consta dos autos, em síntese, que (a) o recorrente foi condenado à pena de 5 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/2006); (b) inconformada, a defesa apelou para o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que negou provimento ao recurso; (c) buscando a modificação do regime prisional, a defesa impetrou HC no Superior Tribunal de Justiça, que negou denegou a ordem em acórdão assim ementado:

“(...) 2. A presença de circunstância judicial desfavorável é fundamento idôneo a justificar a fixação de regime inicial mais rigoroso de cumprimento da pena, nos termos do § 3º do art. 33 do Código Penal.”.

Neste recurso, o recorrente sustenta, em suma, que condenações penais sem trânsito em julgado não podem ser levadas em conta para fixação do regime prisional. Requer, ao final, a concessão da ordem para que seja fixado o regime inicial semiaberto.

2. Na espécie, o juízo sentenciante considerou condenações penais sem trânsito em julgado como circunstância judicial desfavorável e fixou a pena-base em 2 meses acima do mínimo legal. Ocorre que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 591.054 RG Tema 129, Rel. Min.

MARCO AURÉLIO, em 17/12/2014, firmou a tese de que a existência de inquéritos policiais ou de ações penais sem trânsito em julgado não pode ser considerada como maus antecedentes para fins de dosimetria da pena.

3. Assim, rechaçados os maus antecedentes, não havendo reincidência e avaliadas positivamente todas as circunstâncias judicias do art. 59 do CP, a fixação do regime semiaberto é medida que se impõe, nos termos dos § 2º, b, e § 3º do art. 33 do Código Penal. Apreciando casos análogos, precedentes de ambas as Turmas:

(…) 2. A imposição do regime menos gravoso não está condicionada somente ao quantum da reprimenda, mas também ao exame das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, conforme expressa remissão do art. 33, § 3º, do mesmo diploma legal. 3. Fixação do regime de cumprimento da pena lastreada na gravidade abstrata do delito. 4. Condenação à pena superior a 4 (quatro) anos e não excedente a 8 (oito) anos, reincidência inexistente e a análise favorável dos vetores do art. 59 do Código Penal na sentença, preenchem os requisitos legais para a fixação do regime inicial semiaberto (art. 33, § 2º, b, e § 3º, do CP). 5. Ordem concedida. (HC 118930, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 05/11/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-229 DIVULG 20-11-2013 PUBLIC 21-11-2013).

1. A fixação da pena-base (art. 59) no mínimo legal, porque favoráveis todas as circunstâncias judicias, e a imposição do regime mais gravoso do que aquele abstratamente imposto no art. 33 do Código Penal revela inequívoca situação de descompasso com a legislação penal. A invocação abstrata das causas de aumento de pena não podem ser consideradas, por si sós, como fundamento apto e suficiente para agravar o regime prisional, por não se qualificarem como circunstâncias judicias do art. 59. Inteligência do enunciado 718 da Súmula do STF. Precedentes. 2. Ordem concedida para que o juízo competente aplique ao paciente o regime semiaberto de cumprimento de pena (HC 117813, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 18/02/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-044 DIVULG 05-03-2014 PUBLIC 06-03-2014).

4. Pelo exposto, dou provimento ao recurso para fixar o regime semiaberto.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSOS

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 456.134 (654)ORIGEM : RESP - 352652 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MARTINELLI ADVOCACIA EMPRESARIAL S/CADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI

O Ministro Luiz Fux encaminhou estes autos à Presidência com o seguinte despacho:

“Trata-se de agravo regimental interposto de decisão da lavra do Ministro Carlos Velloso que negou seguimento ao agravo de instrumento.

Cinge-se a controvérsia do recurso extraordinário à validade da revogação, por lei ordinária, da isenção da Cofins das sociedades civis, prevista no artigo 6º, II, da Lei Complementar nº 70/1991.

O presente agravo regimental foi levado ao conhecimento da Segunda Turma que decidiu afetá-lo ao Plenário e, antes da remessa, resolveu em questão de ordem designar o Ministro Eros Grau relator do feito por suceder no Colegiado fracionário o Ministro Velloso.

Em decisão publicada em 11/3/2008, o Ministro Eros Grau determinou a retirada do feito da pauta do Plenário e, em 15/5/2008, conforme certidão de julgamento a fl. 454, foi proferida a decisão do Plenário de retirar o presente processo de mesa por indicação do relator.

A Segunda Turma encontra-se preventa no presente feito consoante disposição do artigo 10 do RISTF, o qual dispõe, verbis:

‘Art. 10 A Turma que tiver conhecimento da causa ou de alguns de seus incidentes, inclusive de agravo para subida do recursodenegado ou procrastinado na instância de origem, tem jurisdição preventa para os recursos, reclamações e incidentes posteriores, mesmo em execução, ressalvada a competência do Plenário e do Presidente do Tribunal § 1º Prevalece o disposto neste artigo, ainda que a Turma haja submetido a causa, ou algum de seus incidentes, ao julgamento do Plenário.’

Assim, nos termos do artigo 13, inciso VII, do RISTF, remetam-se os os autos à Presidência para as devidas providências”.

É o relatório. Decido.Reexaminados os autos, entendo que é o caso de redistribuição.Trata-se de processo de relatoria original do Ministro Eros Grau,

substituído, em decorrência de aposentadoria, pelo Ministro Luiz Fux.Destaco que a Segunda Turma não proferiu julgamento de mérito,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 106: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 106

tendo deliberado pela necessidade de submissão do feito ao Plenário desta Corte, para o julgamento do agravo regimental contra a decisão que deu provimento ao recurso extraordinário (fls. 294/295), nos termos do art. 11, do RISTF, in verbis:

“Art. 11. A Turma remeterá o feito ao julgamento do Plenário independente de acórdão e de nova pauta:

I – quando considerar relevante a arguição de inconstitucionalidade ainda não decidida pelo Plenário, e o Relator não lhe houver afetado o julgamento;”

Observo, contudo, que o processo não foi apreciado pelo Plenário desta Corte em virtude de despacho do Ministro Eros Grau que, em 27/02/2008, decidiu desafetar o feito ao julgamento do Pleno, em virtude do reconhecimento de que a questão de fundo estaria pendente de apreciação em processos paradigmas, conforme se observa do seguinte despacho:

“A Segunda Turma deste Tribunal, na Sessão do dia 16 de outubro de 2007, deliberou que cabe ao Ministro que substituiu o Relator originário na Turma a relatoria de recurso encaminhado ao Plenário, nos termos do artigo 38, IV, ‘a’, c/c arts. 4º, § 4º e 19 do RISTF.

2. A questão debatida nestes autos já está sendo examinada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal nos autos dos RREE ns. 377.457 e 381.964, Relator o Ministro Gilmar Mendes.

3.Determino a retirada deste feito da pauta do Plenário e o seu sobrestamento até o julgamento final dos referidos recursos”.

Com a aposentadoria do Ministro Eros Grau, a Secretaria procedeu à substituição do feito ao Ministro Luiz Fux, sucessor da vaga, de acordo com a regra prevista no artigo 38, IV, a, do RISTF.

Ocorre que o Ministro Luiz Fux ao ingressar no Tribunal foi compor a Primeira Turma, enquanto o Ministro Eros Grau era membro integrante da Segunda Turma desta Corte por ocasião da afetação do processo ao julgamento pelo Pleno.

Desse modo, entendo que persiste a prevenção da Segunda Turma, nos termos do art. 10, § 1º, do RISTF, que assim dispõe:

“Art. 10 A Turma que tiver conhecimento da causa ou de alguns de seus incidentes, inclusive de agravo para subida do recurso denegado ou procrastinado na instância de origem, tem jurisdição preventa para os recursos, reclamações e incidentes posteriores, mesmo em execução, ressalvada a competência do Plenário e do Presidente do Tribunal.

§ 1º Prevalece o disposto neste artigo, ainda que a Turma haja submetido a causa, ou algum de seus incidentes, ao julgamento do Plenário”.

Isso posto, reconsidero o despacho anterior, tornando-o sem efeito, e determino à Secretaria que proceda à redistribuição dos autos a um dos Ministros da Segunda Turma deste Supremo Tribunal, realizando a devida compensação.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 416.895 (655)ORIGEM : AC - 70002834083 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : LUÍS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA E OUTRO(A/

S)AGTE.(S) : RUBEN ALVES DE MENEZES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADEMIR CANALI FERREIRA E OUTRO(A/S)AGTE.(S) : OS MESMOS

AGRAVO REGIMENTAL. PREJUÍZO EM FACE DA RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. IPTU. MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE - RS. EXERCÍCIOS DE 1994 A 1998. PROGRESSIVIDADE E SELETIVIDADE DE ALÍQUOTAS. FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS MÍNIMAS. MATÉRIAS QUE AGUARDAM O EXAME SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 155. RE 601.234. TEMA Nº 523. RE 666.156. TEMA Nº 226. RE 602.347. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental interposto de decisão que meu antecessor, o Ministro Eros Grau, deu provimento ao recurso extraordinário para declarar inconstitucional o sistema de alíquotas progressivas e revigorar a legislação anterior.

Inconformada, a contribuinte alega o desacerto da decisão.Assim, em face dos argumentos apresentados, TORNO SEM EFEITO

a decisão agravada e, por conseguinte, JULGO PREJUDICADO o agravo regimental.

Passo à análise do recurso extraordinário.As matérias versadas no recurso extraordinário são objeto de exame

por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 155, RE 601.234, Rel. Min. Ellen Gracie; Tema nº 523, RE 666.156, Rel. Min. Roberto Barroso; e Tema nº 226, RE 602.347, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B do

Código de Processo Civil.Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.259 (656)ORIGEM : AC - 10106080329548001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : WLADIMIR RODRIGUES DIAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ENILDA DE FATIMA LISBOAADV.(A/S) : MARCO AURELIO DE SOUZA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental interposto contra a seguinte decisão, por mim proferida:

“A pretensão recursal não merece acolhida, pois o recurso extraordinário está prejudicado por perda superveniente do seu objeto.

Com efeito, o tema em debate nestes autos foi apreciado pelo Plenário desta Suprema Corte que, em 05/03/2015, no julgamento do Recurso Extraordinário 590.829/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, declarou a inconstitucionalidade dos incisos II, III e VIII, bem como dos §§ 1º e 2º do art. 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí e reafirmou a sua pacífica orientação jurisprudencial no sentido de que são de iniciativa privativa dos Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios as leis que disponham sobre direitos e deveres dos seus respectivos servidores públicos.

Por oportuno, cito trecho do esclarecedor voto condutor do Ministro Relator, que, naquela assentada, consignou o seguinte:

‘É pacífico que a iniciativa de lei objetivando a outorga de direitos a servidores cabe ao Executivo. Indago: em face dessa premissa, mostra-se possível chegar-se à previsão de direitos via norma constante, quer na Constituição do Estado, quer na Lei Orgânica do Município? A resposta é negativa. Versar direitos dos servidores tanto na Carta local quanto na Lei Orgânica do Município acaba por mitigar o princípio revelador da iniciativa do Poder Executivo. O caso em exame é exemplar. Mediante o mencionado artigo 55, a Câmara de Vereadores do Município de Cambuí dispôs, considerada a Lei Orgânica, que seriam assegurados aos servidores os direitos estampados no artigo 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Carta de 1988. Sob o ângulo do pedido formulado na ação direta de inconstitucionalidade julgada originariamente pelo Tribunal de Justiça, interessa perceber a outorga, por meio dos incisos II e III do citado artigo 55 da Lei Orgânica do Município, dos direitos a adicionais por tempo de serviço e a férias-prêmio com duração de três meses a cada cinco anos de efetivo exercício no serviço da administração pública municipal, admitida a conversão em espécie, a título de indenização, quando da aposentadoria ou a contagem em dobro das não gozadas, para fins de percepção de adicionais por tempo de serviço. Inegavelmente o tratamento da matéria deve decorrer de iniciativa do Executivo. Concluir que a disciplina pode constar da Lei Orgânica do Município implica, de um lado, verdadeira usurpação de atribuição do Chefe do Poder Executivo e, de outro, o engessamento do tema no que, conforme disposto no artigo 29 da Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município há de ser aprovada, por dois terços dos membros da Câmara Municipal, mediante votação, em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias. Nem se diga que, no caso, a circunstância de a Lei Orgânica do Município haver sido promulgada em 1990, após a Carta de 1988, teria o condão de placitar a prática normativa. Vê-se a inviabilidade de o poder de elaboração da Lei Orgânica do Município – que, no respectivo âmbito, surge como diploma maior – servir de base à inobservância do preceito constitucional relativo à iniciativa do projeto de lei. Se assim não se entender, ter-se-á, na confecção da Lei Orgânica, verdadeira carta em branco, com possibilidade de adentrar-se qualquer tema, mesmo quando reservado à provocação do Executivo Municipal.’

Muito bem. O aludido recurso extraordinário julgado por este Plenário, foi interposto pelo Prefeito do Município de Cambuí, assim como estes autos, e, por conseguinte, já naquele julgamento, atendeu-se integralmente o que requerido neste recurso, pois também foi reconhecida a inconstitucionalidade formal do § 1º do art. 55 da Lei Orgânica daquele município. Assim, referido RE 590.829/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, tornou-se o paradigma do tema 223 da Repercussão Geral. Evidencia-se, desse modo, a perda superveniente de objeto, o que acarreta a prejudicialidade do presente recurso extraordinário. Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF). Proceda-se à atualização dos dados constantes dos sistemas informatizados desta Corte (art. 329 do RISTF) quanto ao julgamento do tema 223 da Repercussão Geral” (fls. 269-273).

Nestes autos, o agravante argumenta, em síntese, que:“De fato, o cerne da questão a envolver o recurso em epígrafe é a

inconstitucionalidade de legislação municipal incidente sobre ambos os casos, e tal ponto foi definitivamente decidido no referido RE nº 590.829, em sede de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 107: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 107

controle concentrado. Caberia, pois, aplicar o efeito vinculante determinado pela Lei nº 9.868, ou, ainda, o previsto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Verifica-se, todavia, que, ao contrário de outros recursos, este já se encontrava neste STF, não tendo ocorrido o sobrestamento e, tampouco, sendo agora possível a vinculação do TJMG, ou a aplicação do previsto no art. 543-B, § 3º, do CPC, relativamente à declaração de prejudicialidade ou retratação pelo órgão de origem.

Trata-se de hipótese em que, a par da adequação na declaração de prejudicialidade promovida pelo e. Relator, restou pendente a questão jurídica sob apreciação. É que, nem haverá seu retorno ao Tribunal de origem, para eventual reapreciação ou retratação, nem houve manifestação no sentido de se assegurar, neste caso específico, a prevalência do decidido pelo STF no RE nº 590.829. Assim, permaneceria válido o acórdão recorrido, ainda que calcado em norma inconstitucional, declarada pelo STF (paradigma do tema 223 da Repercussão Geral)” (fls. 285-286).

Bem reexaminados os autos, afirmo, primeiramente, não haver qualquer incorreção na decisão agravada, entretanto, ante a excepcionalidade da questão processual trazida na espécie e para dar completa efetividade às decisões judiciais emanadas por esta Suprema Corte, reconsidero o aludido ato decisório e passo, novamente, a analisar o apelo extremo.

Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo Município de Cambuí, com base no art. 102, III, a, da Constituição da República, contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, assim ementado:

“DIREITO ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO - AÇÃO ORDINÁRIA - ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO - INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI ORGÂNICA - VÍCIO DE INICIATIVA - INEXISTÊNCIA - CONDENAÇÃO DO MUNICÍPIO AO PAGAMENTO DE CUSTAS - Não há que se falar na inconstitucionalidade do § 1º do art. 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí, que instituiu o quinquênio para os servidores públicos no percentual de 10% dos vencimentos, vez que a referida disposição legal foi elaborada de acordo com o devido processo legislativo, bem como por se tratar de disposição originária, em simetria com o texto da Constituição Estadual, vigente ao tempo da sua promulgação. Os entes públicos são isentos do pagamento de custas processuais, na forma do art. 10 da Lei 14.939/03” (fl. 95).

O recorrente alega contrariedade aos arts. 2º, 29, 26, § 1º, II, a, b e c, 63, I, 167, II e 169, § 1º, I e II, da aludida Carta.

Sustenta, em síntese, além da repercussão geral da matéria posta à apreciação, a inconstitucionalidade formal do § 1º do art. 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí, pois, aduz, é de iniciativa privativa do Poder Executivo as leis que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração.

A norma impugnada dispõe o seguinte:“§ 1º Cada período de cinco anos de efetivo exercício dá ao servidor

o direito ao adicional de dez por cento sobre seu vencimento, o qual se incorpora ao valor do provento de aposentadoria.”

Em 22/10/2009, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional acima suscitada.

Após, a Procuradoria Geral da República, em parecer da lavra do Procurador-Geral Rodrigo Janot Monteiro de Barros, opinou pelo provimento do recurso, nos seguintes termos:

“CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. QUINQUÊNIOS. ART. 55, § 1º, DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE CAMBUÍ. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. VÍCIO DE INICIATIVA. INICIATIVA RESERVADA AO PODER EXECUTIVO. ART. 61, § 1º, II, A E C, DA CF/88.

Ratificação do parecer do Ministério Público pelo provimento do recurso extraordinário” (fl. 265).

É o relatório. Decido.A pretensão recursal merece acolhida, pois o acórdão recorrido

diverge da remansosa jurisprudência deste Supremo Tribunal. O Plenário desta Suprema Corte declarou, em 05/03/2015, no

julgamento do Recurso Extraordinário 590.829/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, a inconstitucionalidade dos incisos II, III e VIII, bem como dos §§ 1º e 2º do art. 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí e reafirmou a sua pacífica orientação jurisprudencial no sentido de que são de iniciativa privativa dos Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios as leis que disponham sobre direitos e deveres dos seus respectivos servidores públicos.

Por oportuno, trago à colação trecho do esclarecedor voto condutor do Ministro Relator, que, naquela assentada, consignou o seguinte:

“É pacífico que a iniciativa de lei objetivando a outorga de direitos a servidores cabe ao Executivo. Indago: em face dessa premissa, mostra-se possível chegar-se à previsão de direitos via norma constante, quer na Constituição do Estado, quer na Lei Orgânica do Município? A resposta é negativa. Versar direitos dos servidores tanto na Carta local quanto na Lei Orgânica do Município acaba por mitigar o princípio revelador da iniciativa do Poder Executivo.

O caso em exame é exemplar. Mediante o mencionado artigo 55, a Câmara de Vereadores do Município de Cambuí dispôs, considerada a Lei Orgânica, que seriam assegurados aos servidores os direitos estampados no

artigo 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Carta de 1988. Sob o ângulo do pedido formulado na ação direta de inconstitucionalidade julgada originariamente pelo Tribunal de Justiça, interessa perceber a outorga, por meio dos incisos II e III do citado artigo 55 da Lei Orgânica do Município, dos direitos a adicionais por tempo de serviço e a férias-prêmio com duração de três meses a cada cinco anos de efetivo exercício no serviço da administração pública municipal, admitida a conversão em espécie, a título de indenização, quando da aposentadoria ou a contagem em dobro das não gozadas, para fins de percepção de adicionais por tempo de serviço. Inegavelmente o tratamento da matéria deve decorrer de iniciativa do Executivo. Concluir que a disciplina pode constar da Lei Orgânica do Município implica, de um lado, verdadeira usurpação de atribuição do Chefe do Poder Executivo e, de outro, o engessamento do tema no que, conforme disposto no artigo 29 da Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município há de ser aprovada, por dois terços dos membros da Câmara Municipal, mediante votação, em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias.

Nem se diga que, no caso, a circunstância de a Lei Orgânica do Município haver sido promulgada em 1990, após a Carta de 1988, teria o condão de placitar a prática normativa. Vê-se a inviabilidade de o poder de elaboração da Lei Orgânica do Município – que, no respectivo âmbito, surge como diploma maior – servir de base à inobservância do preceito constitucional relativo à iniciativa do projeto de lei. Se assim não se entender, ter-se-á, na confecção da Lei Orgânica, verdadeira carta em branco, com possibilidade de adentrar-se qualquer tema, mesmo quando reservado à provocação do Executivo Municipal.”

Impende, consignar, por fim, que o referido RE 590.829/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, tornou-se o paradigma do tema 223 da Repercussão Geral.

Isso posto, dou provimento ao recurso extraordinário (art. 21, § 2º, do RISTF), para reafirmar a inconstitucionalidade formal do § 1º do art. 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí. Sem custas, por tratar-se a sucumbente de beneficiária da assistência judiciária gratuita (fl. 24).

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Relator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 854.331 (657)ORIGEM : PROC - 50124967020134040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : ALTEMO ADVOGADOS ASSOCIADOSADV.(A/S) : ERNANI RAKOWSKI JANOVIK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática que

deu provimento ao recurso extraordinário para que fosse aplicado o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, na redação dada pela Lei nº 11.969/2009.

Reconsidero a decisão monocrática.O Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 870.947-RG, julgado

sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, reconheceu a existência de repercussão geral da controvérsia relativa à validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre condenações impostas à Fazenda Pública, tanto na fase de conhecimento quanto na fase de execução, conforme determina o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, com redação dada pela Lei nº 11.960/2009 (Tema 810).

Diante do exposto, reconsidero a decisão recorrida e, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC. Julgo prejudicado o agravo regimental.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 868.293 (658)ORIGEM : PROC - 50037952920144047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : BENUR BORGES PEREIRAADV.(A/S) : ANGELA VON MÜHLEN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática que

deu provimento ao recurso extraordinário para que fosse aplicado o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, na redação dada pela Lei nº 11.969/2009.

Reconsidero a decisão monocrática.O Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 870.947-RG, julgado

sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, reconheceu a existência de repercussão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 108

geral da controvérsia relativa à validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre condenações impostas à Fazenda Pública, tanto na fase de conhecimento quanto na fase de execução, conforme determina o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, com redação dada pela Lei nº 11.960/2009 (Tema 810).

Diante do exposto, reconsidero a decisão recorrida e, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC. Julgo prejudicado o agravo regimental.

Publique-se. Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.264

(659)

ORIGEM : AC - 00015960320098010001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : ACRERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : BANCO CRUZEIRO DO SUL S/AADV.(A/S) : PEDRO RAPOSO BAUEB E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SERGIO LUIZ ASFURY DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FELIPE HENRIQUE DE SOUZA

DECISÃOVistos.Banco Cruzeiro do Sul S.A. interpõe tempestivo agravo regimental

contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:

“Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Acre que, em síntese, negou provimento ao agravo regimental e confirmou a decisão monocrática da Relatora que negou provimento à apelação. Essa decisão ficou assim ementada:

‘PROCESSUAL CIVIL; EMPRÉSTIMO BANCÁRIO; CÓDIGO DO CONSUMIDOR; APLICABILIDADE; REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS; TAXAS DE JUROS; NÃO APLICABILIDADE DO DECRETO 22.626/33; ALTERAÇÃO VISANDO O EQUILÍBRIO CONTRATUAL; POSSIBILIDADE; COMISSÃO DE PERMANÊNCIA; VEDAÇÃO DE SUA CUMULAÇÃO COM OUTROS ENCARGOS CONTRATUAIS. APELAÇÃO. IMPROVIMENTO’ (fl. 105).

Opostos embargos declaratórios (fls. 136 a 138), foram rejeitados (fls. 143 a 183).

No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos XXXV e LIV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.

O Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao recurso especial do Banco Cruzeiro do Sul S.A, interposto paralelamente ao recurso extraordinário do agravante, para ‘fixar os juros remuneratórios na taxa média praticada pelo mercado em operações da espécie’ (fl. 402). Conforme certidão de folha 405, referida decisão transitou em julgado.

Decido.Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os dispositivos

constitucionais apontados como violados carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito,

situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se”.Aduz o agravante, in verbis, que:“(...) no caso dos autos o réu praticou as taxas de juros pré-

estabelecidas no contrato, não havendo, pois qualquer irregularidade que justifique a procedência da presente ação.

E ainda que assim não fosse, é importante dizer que a cobrança de juros superiores a 12% ao ano é plenamente permitida.

(…)Se antes da promulgação da Emenda Constitucional nº 40/2003,

havia discussão sobre aplicabilidade imediata do extinto parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição, que limitava os juros anuais a 12%, a referida alteração da Lei Maior dissipou qualquer dúvida sobre a existência de algum limite constitucional imediato ao pacto de juros.

(…)Por força da Medida Provisória nº 1.963-17, de 30 de março de

2000, ficou expressamente admitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano.

(...)Note-se que a permissão de capitalização não se tratou de uma

disposição de caráter temporário, que tenha perdido sua eficácia ao término do prazo para conversão em lei daquela Medida Provisória. Ao contrário, a partir de então, o dispositivo foi reeditado mensalmente, nas novas reedições da Medida, até sua última edição, a MP nº 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, que passou a gozar de força de lei, em virtude da Emenda Constitucional 32/20013.

Pleiteia, ainda, a concessão da gratuidade judiciária, uma vez que, apesar de ser instituição financeira, estaria em regime de liquidação extrajudicial, o que demonstraria a sua impossibilidade de arcar com as despesas do processo.

Decido.Inicialmente, indefiro o pedido de gratuidade judiciária, haja vista que

a jurisprudência desta Corte é no sentido de que sua concessão a pessoas jurídicas depende da comprovação in concreto da insuficiência de recursos para o custeio das despesas processuais, o que não ocorreu no caso dos autos. Nesse sentido anote-se:

“1. O pedido de justiça gratuita de pessoa jurídica de direito privado deve ser acompanhado de detalhada comprovação da efetiva insuficiência de recursos. Precedentes. 2. Rever a decisão do Tribunal de origem, para concluir de modo diverso, implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF nº 279). 3. Agravo regimental improvido” (AI nº 673.934-AgR/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie , DJe de 07/08/09).

“1. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Justiça gratuita. Denegação. Pessoa jurídica. Prova de insuficiência de recursos. Falta. Precedente do Pleno. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Não basta, à pessoa jurídica, alegar, sem prova, insuficiência de recursos para obter os benefícios da gratuidade de justiça. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Questão infraconstitucional. Matéria fática. Agravo regimental improvido. Súmula 279. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, nem tampouco que dependa de reexame de provas” (RE nº 556.515-ED/RJ, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso , DJe de 29/08/08).

“Assistência judiciária gratuita: pessoa jurídica: necessidade de comprovação da insuficiência de recursos: precedente (Rcl 1905-ED-AgR, Marco Aurélio, DJ 20.09.2002)” (AI nº 506.815/DF- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 17/12/04).

“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA - PESSOA JURÍDICA. Ao contrário do que ocorre relativamente às pessoas naturais, não basta a pessoa jurídica asseverar a insuficiência de recursos, devendo comprovar, isto sim, o fato de se encontrar em situação inviabilizadora da assunção dos ônus decorrentes do ingresso em juízo” (Rcl 1905/SP- ED- AgR, Pleno, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 20/9/02).

O agravante insurge-se contra a limitação dos juros remuneratórios no patamar de 12% ao ano, determinada pela Corte de origem e, também, contra a vedação da capitalização mensal dos juros, tendo em vista que por força das MPs nºs 1.963-17 e 2.170-36 teria ficado expressamente admitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano.

No tocante à limitação dos juros remuneratórios, consoante expresso na decisão ora impugnada, o Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao REsp interposto pelo ora agravado para afastar a limitação da taxa de juros em 12% ao ano, motivo pelo qual o recurso extraordinário,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 109

nessa parte, perdeu o objeto. Assim, mantenho a decisão agravada, no ponto.

Entretanto, no tocante à capitalização mensal de juros, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, concluiu, no exame do RE nº 592.377/RS, Relator o Ministro Marco Aurélio, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional referente à possibilidade de capitalização dos juros em periodicidade inferior a anual, conforme previsto no artigo 5º das Medidas Provisórias nºs 1.963-17 e 2.170-36.

A Segunda Turma desta Corte, na análise da Questão de Ordem suscitada no Recurso Extraordinário nº 483.994/RN, Relatora a Ministra Ellen Gracie, decidiu adotar para os agravos regimentais e embargos de declaração interpostos contra decisões monocráticas de mérito o mesmo procedimento relativo à devolução dos autos à origem.

Ante o exposto, tão somente, no tocante ao tema relativo à capitalização dos juros em periodicidade inferior a anual, conforme previsto no artigo 5º das Medidas Provisórias nºs 1.963-17 e 2.170-36, reconsidero a decisão agravada, e, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que aplique o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.283

(660)

ORIGEM : AC - 00225670920098010001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : ACRERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : BANCO CRUZEIRO DO SUL S/AADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO NASCIMENTO DE SOUZAADV.(A/S) : GERALDO PEREIRA DE MATOS FILHO

DECISÃOVistos.Banco Cruzeiro do Sul S.A. interpõe tempestivo agravo regimental

contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:

“Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Acre que, em síntese, negou provimento ao agravo regimental e manteve a decisão monocrática do Relator que negou provimento à apelação. Essa decisão ficou assim ementada, na parte que interessa:

‘PROCESSUAL CIVIL; EMPRÉTIMO BANCÁRIO; CÓDIGO DO CONSUMIDOR; APLICABILIDADE; REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS; TAXA DE JUROS; NÃO APLICABILIDADE DO DECRETO 22.626/33; ALTERAÇÃO VISANDO O EQUILÍBRIO CONTRATUAL; POSSIBILIDADE; COMISSÃO DE PERMANÊNCIA; VEDAÇÃO DE SUA CUMULAÇÃO COM OUTROS ENCARGOS CONTRATUAIS; APELAÇÃO; IMPROVIMENTO’.

Opostos embargos de declaração, foram improvidos.No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos

XXXV e LIV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’.

Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão da parte recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de

18/5/01).Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de

que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação processual pertinente, notadamente nas disposições do Código de Defesa do Consumidor, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se”.Aduz o agravante, in verbis, que:“(...) no caso dos autos o réu praticou as taxas de juros pré-

estabelecidas no contrato, não havendo, pois qualquer irregularidade que justifique a procedência da presente ação.

E ainda que assim não fosse, é importante dizer que a cobrança de juros superiores a 12% ao ano é plenamente permitida.

(…)Se antes da promulgação da Emenda Constitucional nº 40/2003,

havia discussão sobre aplicabilidade imediata do extinto parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição, que limitava os juros anuais a 12%, a referida alteração da Lei Maior dissipou qualquer dúvida sobre a existência de algum limite constitucional imediato ao pacto de juros.

(…)Por força da Medida Provisória nº 1.963-17, de 30 de março de

2000, ficou expressamente admitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano.

(...)Note-se que a permissão de capitalização não se tratou de uma

disposição de caráter temporário, que tenha perdido sua eficácia ao término do prazo para conversão em lei daquela Medida Provisória. Ao contrário, a partir de então, o dispositivo foi reeditado mensalmente, nas novas reedições da Medida, até sua última edição, a MP nº 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, que passou a gozar de força de lei, em virtude da Emenda Constitucional 32/20013.

Pleiteia, ainda, a concessão da gratuidade judiciária, uma vez que, apesar de ser instituição financeira, estaria em regime de liquidação extrajudicial, o que demonstraria a sua impossibilidade de arcar com as despesas do processo.

Decido.Inicialmente, indefiro o pedido de gratuidade judiciária, haja vista que

a jurisprudência desta Corte é no sentido de que sua concessão a pessoas jurídicas depende da comprovação in concreto da insuficiência de recursos para o custeio das despesas processuais, o que não ocorreu no caso dos autos. Nesse sentido anote-se:

“1. O pedido de justiça gratuita de pessoa jurídica de direito privado deve ser acompanhado de detalhada comprovação da efetiva insuficiência de recursos. Precedentes. 2. Rever a decisão do Tribunal de origem, para concluir de modo diverso, implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF nº 279). 3. Agravo regimental improvido” (AI nº 673.934-AgR/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie , DJe de 07/08/09).

“1. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Justiça gratuita. Denegação. Pessoa jurídica. Prova de insuficiência de recursos. Falta. Precedente do Pleno. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Não basta, à pessoa jurídica, alegar, sem prova, insuficiência de recursos para obter os benefícios da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 110

gratuidade de justiça. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Questão infraconstitucional. Matéria fática. Agravo regimental improvido. Súmula 279. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, nem tampouco que dependa de reexame de provas” (RE nº 556.515-ED/RJ, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso , DJe de 29/08/08).

“Assistência judiciária gratuita: pessoa jurídica: necessidade de comprovação da insuficiência de recursos: precedente (Rcl 1905-ED-AgR, Marco Aurélio, DJ 20.09.2002)” (AI nº 506.815/DF- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 17/12/04).

“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA - PESSOA JURÍDICA. Ao contrário do que ocorre relativamente às pessoas naturais, não basta a pessoa jurídica asseverar a insuficiência de recursos, devendo comprovar, isto sim, o fato de se encontrar em situação inviabilizadora da assunção dos ônus decorrentes do ingresso em juízo” (Rcl 1905/SP- ED- AgR, Pleno, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 20/9/02).

O agravante insurge-se contra a limitação dos juros remuneratórios no patamar de 12% ao ano, determinada pela Corte de origem e, também, contra a vedação da capitalização mensal dos juros, tendo em vista que por força das MPs nºs 1.963-17 e 2.170-36 teria ficado expressamente admitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano.

No tocante à limitação dos juros remuneratórios, noticia o agravante, que o contrato firmado entre os litigantes teria sido celebrado quando já revogado o art. 192, § 3º, da Constituição da República.

Nesse ponto, ressalto que o Plenário do STF, no exame do AI nº 804.209/MS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à limitação dos juros em 12% ao ano em contratos celebrados após a EC nº 40/2003, que revogou o § 3º do artigo 192 da Constituição Federal, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Assim, quanto a esse tema, mantenho a decisão agravada.

Entretanto, no tocante à capitalização mensal de juros, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, concluiu, no exame do RE nº 592.377/RS, Relator o Ministro Marco Aurélio, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional referente à possibilidade de capitalização dos juros em periodicidade inferior a anual, conforme previsto no artigo 5º das Medidas Provisórias nºs 1.963-17 e 2.170-36.

A Segunda Turma desta Corte, na análise da Questão de Ordem suscitada no Recurso Extraordinário nº 483.994/RN, Relatora a Ministra Ellen Gracie, decidiu adotar para os agravos regimentais e embargos de declaração interpostos contra decisões monocráticas de mérito o mesmo procedimento relativo à devolução dos autos à origem.

Ante o exposto, tão somente, no tocante ao tema relativo à capitalização dos juros em periodicidade inferior a anual, conforme previsto no artigo 5º das Medidas Provisórias nºs 1.963-17 e 2.170-36, reconsidero a decisão agravada, e, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que aplique o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 804.351

(661)

ORIGEM : PROC - 200851010206872 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : FLORIANO PEREIRA DO NASCIMENTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: 1. Trata-se agravo regimental em agravo em recurso extraordinário cuja devolução ao Tribunal de origem foi determinada com fundamento no art. 543-B do CPC.

A parte agravante sustenta, em síntese, que o processo não deve ser vinculado ao Tema 6 da repercussão geral, uma vez que as instâncias de origem, em momento algum, aludiram ao fato de tratar a demanda de medicamento de alto custo, de modo que só se poderia chegar a essa conclusão mediante a análise dos fatos e provas da causa, o que é vedado pela Súmula 279/STF.

2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem entendimento

pacificado no sentido de que o despacho que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para aplicação da sistemática da repercussão geral é ato de mero expediente e, portanto, não permite impugnação mediante recurso ou qualquer outro meio. Nesse sentido, confira-se:

RECURSO. Agravo Regimental. Despacho que determina devolução dos autos ao tribunal a quo para aplicação da sistemática da repercussão geral. Ato de mero expediente. Incidência do art. 504 do CPC. Agravo não conhecido. É inadmissível agravo regimental contra ato de mero expediente que determina a devolução do feito ao tribunal de origem para aplicação da sistemática da repercussão geral (AI 778643 AgR, Rel. Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, DJe de 07/12/2011)

3. Por fim, a própria petição inicial alude ao alto valor do medicamento ao consignar que “o autor e sua família são economicamente hipossuficientes, não tendo condições de arcar com a compra dos medicamentos diante do elevado custo (cerca de R$ 9.011,55)” (e-STJ, fl. 4). Totalmente desnecessário, portanto, o reexame de fatos e provas para que se conclua que se trata de tratamento dispendioso.

4. Diante do exposto, não conheço do pedido e determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 837.034

(662)

ORIGEM : PROC - 20120110799532 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FRANCISCO DAS CHAGAS DA SILVA RIBEIROADV.(A/S) : RAQUEL PINTO COELHO PERROTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Petições/STF nº 14.758/2015 e 14.759/2015 DESPACHOCONTRAMINUTAS - DEVOLUÇÃO.1. Eis as informações prestadas pelo Gabinete:O Secretário Judiciário do Supremo, nos termos da Resolução nº

384/2008, encaminha ofícios mediante os quais o Supervisor do Serviço de Agravos aos Tribunais Superiores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios remete contraminutas aos agravos em recursos extraordinário e especial apresentadas pelo Distrito Federal.

Nas peças, datadas de 16 de março de 2015 e protocoladas no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios em 18 seguinte, faz-se referência ao Processo nº 2012.01.1.079953-2 e à ação de indenização por danos materiais e morais.

O processo está no Gabinete e, na origem, foi autuado sob o nº 2012.01.1.079953-2. Revela ação ordinária para pagamento retroativo de diferenças salariais relativas ao adicional de insalubridade. O Presidente da Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal inadmitiu o extraordinário. À folha 334 à 345, consta a contraminuta ao agravo juntada pelo Distrito Federal em 6 de maio de 2014.

Em 23 de setembro de 2014, Vossa Excelência desproveu o agravo. Seguiu-se a interposição de agravo regimental, ao qual a Primeira Turma negou provimento em 3 de fevereiro de 2015. O acórdão foi publicado em 24 subsequente.

2. Ante o quadro, devolvam as peças ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

3. Publiquem.Brasília, 14 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 855.774

(663)

ORIGEM : PROC - 50042227020124047108 - TRF4 - RS - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : CLAUDIO WASCHBURGERADV.(A/S) : ROGÉRIO APARECIDO FERNANDES DE CARVALHOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão monocrática que

conheceu do agravo, mas lhe negou provimento, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal concluiu pela ausência de repercussão geral da matéria relativa à natureza jurídica dos juros oriundos de ação judicial, para fins de incidência de Imposto de Renda, por se tratar de matéria

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 111

infraconstitucional. Reconsidero a decisão de fls. e passo a reapreciar a matéria.O Plenário desta Corte, nos autos do RE 855.091-RG, de relatoria do

Ministro Dias Toffoli, reconheceu a repercussão geral da controvérsia em debate, relativa à constitucionalidade dos arts. 3º, § 1º, da Lei nº 7.713/1988, e 43, II, § 1º, do Código Tributário Nacional, de modo a definir a incidência, ou não, de Imposto de Renda sobre os juros moratórios recebidos por pessoa física (Tema 808).

Diante do exposto, reconsidero a decisão recorrida e, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, dou provimento ao agravo para conhecer do recurso extraordinário e determinar o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.149 (664)ORIGEM : AC - 10024058144346001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : WAGNER LIMA NASCIMENTO SILVAAGDO.(A/S) : LINDETE DA ROCHA PRATESADV.(A/S) : PAOLA COELHO GERSZTEIN

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ESTADO DE MINAS GERAIS. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE JULGOU INDEVIDA A RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS A TÍTULO DE CUSTEIO À SAÚDE A FIM DE ELIDIR O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO POR PARTE DOS CONTRIBUINTES. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Compulsando os autos, verifico que na decisão de fl. 449 o meu antecessor, o Ministro Eros Grau, determinou o sobrestamento dos autos à Secretaria, por entender que o tema do recurso tem pertinência com a controvérsia da ADI 3.106. Entretanto, melhor análise dos autos revela a possibilidade de julgamento da causa, razão pela qual torno sem efeito a referida decisão.

Passo à análise do agravo de instrumento.Trata-se de agravo de instrumento (fl. 02) interposto com fundamento

no art. 544 do Código de Processo Civil (redação anterior a Lei nº 12.322/2010), objetivando a reforma da decisão que inadmitiu recurso extraordinário (fl. 388), manejado em 19/4/2007 com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão (fl. 341) que assentou, verbis:

“CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - INATIVOS - EC 20/98 - IMPOSSIBILIDADE - REPETIÇÃO DE INDÉBITO - SENTENÇA 'ULTRA PETITA' - JUROS DE MORA - SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA - CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. A Constituição Federal, na vigência da EC 20/98, não incluía os inativos como sujeito passivo de contribuição com a finalidade de custear a seguridade social, devendo os indevidos descontos previdenciários ser restituídos. A restituição dos valores descontados ao longo dos anos para o custeio da saúde importa em enriquecimento ilícito, pois os serviços estiveram sempre disponíveis à segurada e seus dependentes. Mostra-se além do pedido a sentença que determina a restituição da contribuição eventualmente descontada de forma indevida sobre os proventos do inativo após a entrada em vigor da EC 41/03, quando a parte apenas pleiteou da repetição na vigência da EC 20/98. Nas ações de repetição de indébito tributário, os juros de mora incidem no mesmo percentual para a cobrança dos tributos em atraso e a partir do trânsito em julgado. Vencida a Fazenda Pública, os honorários devem ser fixados com moderação, consoante apreciação eqüitativa do Juiz, pelo que a verba fixada deve ser reduzida, levando-se em conta a pouca complexidade da causa, diante da reiterada Jurisprudência a respeito, a tramitação rápida do processo, a prescindibilidade de dilação probatória e a sucumbência recíproca.”

Opostos embargos de declaração que foram rejeitados (fl. 363).Nas razões do apelo extremo aponta violação aos artigos 18, 24, XII,

25, caput e §§ 1º, 2º e 3º, 149, § 1º, e 195, § 4º, da Constituição Federal. Sustenta, em síntese, a constitucionalidade e a compulsoriedade da contribuição para o custeio da saúde.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que o acórdão recorrido convergiu com a orientação do STF.

O Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao agravo de instrumento no recurso especial.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade

(art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, § 3º, da CF).

A irresignação não merece prosperar.O Tribunal a quo reformou a sentença para restringir a condenação

apenas “à restituição da contribuição destinada ao custeio da pensão por morte, no percentual de 4,8%, no período de setembro de 2000 até 31 de março de 2004” (fl. 350). Quanto ao pedido de restituição dos valores destinados ao custeio da saúde, ficou consignado a sua improcedência a fim de elidir o enriquecimento ilícito dos autores e seus dependentes (fl. 345).

Assim, a irresignação não se sustenta por ausência do binômio necessidade e utilidade da prestação jurisdicional. Nesse sentido, os seguintes julgados:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. GDATA. Súmula Vinculante nº 20. Ausência de interesse recursal. 1. A ausência de utilidade no provimento do recurso denota a carência de interesse recursal do agravante. 2. Agravo regimental não provido.” (RE 612.920-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 29/3/2012).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NÃO-CONHECIMENTO DE TAL RECURSO, POR AUSÊNCIA DE INTERESSE DE RECORRER, EIS QUE INOCORRENTE, QUANTO À FAZENDA PÚBLICA, O ESTADO DE SUCUMBÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - O estado de sucumbência – que reflete situação de maior ou de menor lesividade gerada pela decisão judicial – qualifica-se como pressuposto recursal genérico e comum a todos os recursos, ordinários ou extraordinários, de tal modo que, inocorrendo qualquer gravame causado pelo ato decisório, deixa de existir o interesse de recorrer, cujo reconhecimento, para legitimar a interposição recursal, impõe a cumulativa satisfação, pela parte que recorre, dos requisitos da necessidade e da utilidade do recurso deduzido. Ausência, na espécie, do estado de sucumbência. Consequente incognoscibilidade do recurso interposto.” (RE 596.969-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24/5/2013).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.247 (665)ORIGEM : AMS - 200202010196394 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : AXA SEGUROS BRASIL S/AADV.(A/S) : LUIS FELIPE KRIEGER MOURA BUENO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO AO PIS. EMPRESA DE SEGURO PRIVADO. ATIVIDADE ECONÔMICA RELACIONADA NO ARTIGO 22, § 1º, DA LEI Nº 8.212/1991. DISCUSSÃO ACERCA DA INCIDÊNCIA DO TRIBUTO SOBRE A RECEITA BRUTA OPERACIONAL OU SOBRE O FATURAMENTO. MATÉRIA QUE AGUARDA O EXAME SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 372. RE 609.096. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: Afasto o sobrestamento de fl. 734. A matéria versada no recurso extraordinário é objeto de exame por

esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 372, RE 609.096, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.183 (666)ORIGEM : AC - 3972176 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAADV.(A/S) : THAIS FERRAZ MARTIN ROBLESAGDO.(A/S) : TRANSPORTES COLETIVOS GRANDE LONDRINA

LTDAADV.(A/S) : MOACYR CORRÊA NETOADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO BONGIOVANNI

DECISÃO:Vistos.Município de Londrina interpõe agravo de instrumento contra a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 112

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 1º, 2º, 196 e 198 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA - TERMO DE OUTORGA DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO TRANSPORTE COLETIVO - ISENÇÃO CONCEDIDA PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL A ESTUDANTES DOS ENSINOS FUNDAMENTAL E MÉDIO DE ESCOLAS PÚBLICAS - REMUNERAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA CALCULADA COM BASE NO NÚMERO DE USUÁRIOS PAGANTES - ATO NORMATIVO QUE NÃO PREVIU A RESPECTIVA FONTE DE CUSTEIO QUEBRA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO – SENTENÇA CONCESSIVA DE SEGURANÇA - APELAÇÃO - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE - INOCORRÊNCIA - TESES DE MÉRITO REPISADAS - DECISÃO CONFIRMADA - RECURSO DESPROVIDO”.

Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário.

A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário foi interposto quando já era plenamente exigível a preliminar recursal para demonstrar a repercussão geral da matéria constitucional objeto do apelo.

Entretanto, a petição recursal ora em análise fez simples menção à existência da referida repercussão, sem, contudo, trazer a repercussão geral da matéria devidamente fundamentada nos aspectos econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa frente às questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário.

Cabe à parte recorrente demonstrar de forma devidamente fundamentada, expressa e clara, as circunstâncias que poderiam configurar a relevância das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. OBRIGATORIEDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a Corte a quo deliberadamente deixou de conceder os benefícios da assistência judiciária gratuita ao recorrente, mesmo o recorrente declarando-se pobre.” Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. O mero inconformismo com o acórdão recorrido não satisfaz, por si só, a exigência constitucional de demonstração de repercussão geral. (Precedentes: RE n. 575.983-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 13.05.11; RE n. 601.381-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 29.10.09, entre outros).

5. Agravo regimental não provido” (RE n° 611.400/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 16/10/12) (Grifo nosso).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE n° 704.288/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 25/9/12).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.942 (667)ORIGEM : RESP - 839964 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : LUCIANA CARDOSOADV.(A/S) : MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ISMAEL JOSÉ CÉSAR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : UBIRAJARA ARRAIS DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : EDUARDO JORGE CALDAS PEREIRAADV.(A/S) : BERNARDO BOTELHO PEREIRA DE VASCONCELOS E

OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Luciana Cardoso interpõe agravo de instrumento contra a decisão de

inadmissão do recurso extraordinário.Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma do

Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - VIOLAÇÃO AO ART.

535,II, DO CPC NÃO CARACTERIZADA - AÇÃO POPULAR - NOMEAÇÃO DE FILHA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA CARGO EM COMISSÃO NA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA - NULIDADE DA PORTARIA RECONHECIDA COM BASE EM FUNDAMENTOS EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAIS - INADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL QUANTO A ESSE PONTO.

1. Não ocorre ofensa ao art. 535, II, do CPC, se o Tribunal de origem decide, fundamentadamente, as questões essenciais ao julgamento da lide.

2. Reconhecida a nulidade da Portaria que, à época, nomeou a filha de então Presidente da República para cargo em comissão na estrutura da Secretaria-Geral da Presidência com base, exclusivamente, no princípio da moralidade administrativa, não pode esta Corte reexaminar a questão em sede de recurso especial, sob pena de violação à competência do STF.

3. Recursos especiais conhecidos em parte, mas não providos.” (fl. 27).

Opostos embargos declaratórios, foram eles rejeitados.Sustenta a agravante que a decisão atacada, ao “reconhecer a

legalidade do ato administrativo e, na mesma penada, desconstituí-lo com fundamento em imoralidade”, teria violado o art. 97 da Constituição Federal. Aduz que o Superior Tribunal de Justiça, ao furtar-se a analisar a questão infraconstitucional suscitada no recurso especial - referente à omissão do Tribunal Regional Federal da 1º Região quanto ao exame da alegação de impossibilidade de o julgador ampliar a proibição constante do art. 117 da Lei nº 8.112/90 – teria incorrido em afronta ao art. 105, inciso III, alínea a, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no AI nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar de a petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que o acórdão objurgado não encontra lastro nos precedentes da Corte. Pelo contrário, como veremos a seguir.

No que se refere ao art. 97 da Constituição Federal, apontado como violado, a alegação carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Superior Tribunal de Justiça não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 113

Corte.O acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça examinou, no

entanto, a alegada afronta ao art. 535 do Código de Processo Civil, a qual foi suscitada pela recorrente no recurso especial sob o fundamento de que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região não teria analisado as normas legais que amparavam a legalidade do ato praticado, ponto que seria fulcral para o justo julgamento do recurso extraordinário e, consequentemente, do feito.

De fato, vê-se que tanto a sentença como os venerandos acórdãos proferidos no feito deixaram bem claro que não houve prática de qualquer ato ilegal. Na sentença, explicitou-se que, atento aos termos da dicção do art. 117, inciso VIII, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,

“afeiçoa-se legal o ato, porquanto o chefe imediato da Sra. Luciana Cardoso é o Sr. Secretário-Geral, que não guarda qualquer relação de parentesco com a subordinada. Em face, portanto, do princípio da legalidade, o ato de nomeação é defensável” (negrito nosso).

A jurisdição de primeira instância, pelo que se extrai da leitura de seu veredicto, julgou procedente, em parte, o pedido para se decretar apenas a nulidade da Portaria nº 1.201, de 26 de outubro de 1995, do Secretário-Geral da Presidência da República – relativa ao cargo de Adjunto do Gabinete do Secretário-Geral da Presidência da República -, sob o único fundamento de que o ato seria imoral.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que julgou as apelações, sob o fundamento de que a declaração de nulidade violava a racionalidade moral imposta pelo art. 37 da Constituição Federal, deixou de apreciar o art. 3º, inciso I, da Medida Provisória 1.154/95, posteriormente convertida na Lei nº 9.649/1998, a qual determinava a competência do Gabinete da Secretaria-Geral - a quem a embargante, nomeada em 26/10/1995, era diretamente subordinada.

O Colendo Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, ao conhecer, em parte, do recurso especial, deixou bem claro que, sob o ponto de vista da legalidade, não havia qualquer dúvida quanto à higidez da portaria e que o tribunal de origem se limitou a privilegiar “os princípios que regem a administração pública, colocando-os num plano muito superior ao de mera legalidade, sob o ponto de vista formal”.

Resumindo, podemos inferir que, em momento algum, a norma que justificara a nomeação e aquela que afastava a prática de ato violador dos deveres funcionais por parte do Secretário-Geral da Presidência da República foram consideradas inconstitucionais por decisão judicial. Pelo contrário, entendeu-se que, embora o ato administrativo tenha sido praticado com fundamento em lei em vigor amparada pelo manto da constitucionalidade, deveria a nomeação ser objeto de sanção sob o argumento da imoralidade administrativa.

O resultado da atividade jurisdicional até o presente momento não não tem acolhida no posicionamento prevalente desta Corte Suprema. Isso porque, conforme entendimento que detalhei em meu voto no julgamento da ADI nº 4554/DF-MC, não considero pertinente invocar o princípio da moralidade como parâmetro único para a aferição da constitucionalidade ou não de uma norma, de um ato normativo, ou mesmo de um ato administrativo lícito.

A definição do que é ou não moralmente correto, para efeito de incidência do referido princípio, deve ser obtida dentro do próprio sistema do direito. E não poderia ser diferente, sob pena de se permitir a substituição da moralidade do legislador pela moralidade individual do aplicador do direito.

Vai nesse sentido a lição de Celso Antônio Bandeira de Mello, para quem, “o princípio da moralidade não é uma remissão à moral comum, mas está reportado aos valores morais albergados nas normas jurídicas” (Curso de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 120).

A respeito do tema, foram esclarecedoras as ponderações do Ministro Eros Grau no julgamento da ADI nº 3.853/MS:

“20. – Insisto em que o conteúdo do princípio da moralidade há de ser encontrado no interior do próprio direito. A sua contemplação não pode conduzir à substituição da ética da legalidade por qualquer outra. Vale dizer, não significa uma abertura do sistema jurídico para a introdução, nele, de preceitos morais. (...) Nessa medida, o sistema jurídico tem de recusar a invasão de si próprio por regras estranhas a sua eticidade própria, regras advindas das várias concepções morais ou religiosas presentes na sociedade civil, ainda que isto não signifique o sacrifício de valorações éticas. Ocorre que a ética do sistema jurídico é a ética da legalidade. E não pode ser outra, senão esta, de modo que a afirmação, pela Constituição e pela legislação infraconstitucional, do princípio da moralidade o situa, necessariamente, no âmbito desta ética, ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema. Isso é imperioso afirmarmos. A admissão de que esta Corte possa decidir com fundamento na moralidade entroniza o arbítrio, nega o direito positivo, sacrifica a legitimidade de que deveríamos nos nutrir enquanto defensores da Constituição. Instalaria a desordem.

21. – Isso bem ponderado, compreenderemos perfeitamente esteja confinado, o questionamento da moralidade da Administração --- e dos atos legislativos --- nos lindes do desvio de poder ou de finalidade. Qualquer questionamento para além desses limites estará sendo postulado no quadro da legalidade pura e simples. Essa circunstância é que explica e justifica a menção, a um e a outro princípio, na Constituição e na legislação infraconstitucional. Permitam-me que insista neste ponto: a moralidade da Administração --- e da atividade legislativa, se a tanto chegarmos ---

apenas pode ser concebida por referência à legalidade.(…)E como não seria exigível a demonstração, pelo legislador, da

moralidade de sua ação --- ao contrário, a quem impugna o texto normativo incumbiria demonstrar que o texto consubstancia desvio de poder ou de finalidade --- não vejo como, também desde essa perspectiva, sustentar-se a inconstitucionalidade dos preceitos impugnados” (grifos nossos).

Pelas mesmas razões, mostra-se problemática a utilização do princípio da moralidade como único fundamento para a declaração de inconstitucionalidade no controle abstrato, conforme observou o Ministro Gilmar Mendes no julgamento da ADI nº 3.853/MS:

“De toda forma, creio que o ponto que merece uma reflexão pormenorizada do Tribunal diz respeito à alegada violação ao princípio da moralidade. Isso porque, como já deixei consignado em voto proferido na ADI 1.231/DF, o princípio da moralidade não pode servir, isoladamente, de parâmetro de controle em abstrato da constitucionalidade dos atos normativos emanados do legislador democrático. Alio-me, neste ponto, ao entendimento de Sepúlveda Pertence, também já declarado em outras ocasiões neste Tribunal, de que a moralidade pura e simples não pode ser condição determinante da inconstitucionalidade de uma lei. Certamente, o Tribunal não pode se ater unicamente à fluidez do conceito de moralidade para anular atos do Poder Legislativo.

Seguindo esse mesmo entendimento, o Ministro Eros Grau, em seu voto, bem acentuou que ‘o conteúdo do princípio da moralidade há de ser encontrado no interior do próprio direito’.

Deixe-se claro, todavia, que não quero com isto defender uma rígida separação entre Direito e Moral, própria de um positivismo formalista. Desde seu primeiro incurso na doutrina administrativista de Maurice HAURIOU (Précis de Droit Administratif et de Droit Public. Paris: Sociétè Anonyme du Recueil Sirey; 1927), o princípio da moralidade traduz a idéia de que sob o ato jurídico-administrativo deve existir um substrato moral, que se torna essência de sua legitimidade e, em certa medida, condição de sua validade.

Intento apenas alertar o Tribunal para o problema da declaração de nulidade de uma norma sob o único argumento de que é imoral ou, melhor dizendo, de que afronta uma indefinida moral pública. Entendo que, neste caso, estaríamos a penetrar indevidamente no juízo político e ético do legislador e, conseqüentemente, a estabelecer uma indesejável vinculação do Direito à Moral, que seria muito cara à própria democracia, cuja essência está no pluralismo de valores éticos; pluralismo este declarado como “valor supremo” no preâmbulo da Carta de 1988.

Evidente, por outro lado, que o tema pode ser devidamente densificado, tendo em vista outros parâmetros, como o princípio da proporcionalidade, o princípio da não-arbitrariedade da lei, e o próprio princípio da isonomia. O princípio da moralidade, portanto, para funcionar como parâmetro de controle abstrato de constitucionalidade, deve vir aliado a outros princípios fundamentais, dentre os quais assumem relevância aqueles que funcionam como diretriz para a atuação da Administração Pública” (fls. 93/95).

O fato é que não há justificativa para se aplicar na espécie uma sanção cuja natureza seria unicamente moral, visto que, aproximando-se de quase duas décadas da data da concessão da liminar que suspendeu os efeitos da referida nomeação (20/11/1995), nada mais restaria, com a manutenção da decisão objurgada, senão a imposição de uma sanção de fundo moral, sem que tenha ocorrido, contudo, a declaração de ilicitude do ato administrativo atacado.

Aliás, sob o ponto de vista da estrita subjetividade de decisão fundada apenas na tese da imoralidade administrativa, tomo a liberdade de citar o pensamento do Ministro Sepúlveda Pertence, manifesto no RE nº 255245, vide:

“De logo, a Constituição da República só alude à moralidade, no art. 37, entre os princípios regentes da administração pública, não da legislação, menos ainda, do poder constituinte instituído dos Estados federados.

32. Certo, critérios similares quiçá sejam oponíveis à lei ou à regra constitucional local, à guiza de desvio ou abuso da competência legislativa ou constituinte derivada, de irrazoabilidade ou desproporcionalidade do preceito normativo: aí, porém, o parâmetro da inconstitucionalidade já não estaria sediado no princípio da moralidade administrativa, mas sim no inciso LIV do art. 5º CF, que impõe – ao legislador, inclusive -, o do ‘substantive due process of law’.

33. De toda sorte, ainda quando invocado o cânon constitucional pertinente, a increpação não se me afigura de acolher.

34. Para elidi-la – afora as razões expendidas pelo acórdão recorrido – não hesito em subscrever a réplica bem fundada do parecer do Dr. João Batista de Almeida, pela PGR – f. 161:

‘(...) no tocante à alegada contrariedade ao princípio da moralidade, também não se mostra exitoso o recurso. Anota Celso Ribeiro Bastos que ‘embora seja louvável o intuito do Texto Constitucional, no seu art. 37, em coibir ao máximo os abusos que ocorrem em muitos setores da atuação administrativa, o mérito da iniciativa sofre o risco de esvaziamento diante de eventuais conseqüências da falta de objetivação do conceito do que seja a moralidade administrativa’ (O princípio da moralidade no direito público – Cadernos de direito constitucional e ciência política – vl. 6, nº 22, p. 46). Não obstante essa indeterminação, o mesmo autor salienta que ‘é fácil identificar pelo menos aquelas situações extremas em que, indubitavelmente, se pode

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 114

afirmar que a conduta é moral ou imoral, segundo a ética da instituição’ (ob. cit. p. 45).

O Exmo. Sr. Min. Néri da Silveira, quando do julgamento da RP nº 1.039/RS (in DJ de 14/08/87), afirmou que ’conhecida é a origem do dispositivo do artigo 184, que se inseriu na Carta Magna, como forma de amparo à pessoa do ex-Presidente e em virtude da honorabilidade do cargo’. No mesmo sentido, confira-se o entendimento do saudoso Min. Aliomar Baleeiro, ao ensejo do julgamento da RP nº 893/AL”.

O receio de que, diante da referida subjetividade desse princípio, se estabeleça um governo de magistrados também foi objeto de percuciente manifestação do eminente Ministro Sepúlveda Pertence no voto apresentado no julgamento da ADI nº 3.290, a saber:

“A alegação de ofensa ao princípio da moralidade, quero deixar claro também que não acolho no caso. Confesso meu temor do uso, sem muita discrição, desse princípio constitucional, porque, por meio dele, podemos estabelecer o governo dos juízes, que não é, por ser de juízes, menos arbitrário que outros governos arbitrários. Já se questionou, aqui – salvo engano, o em. Ministro Moreira Alves - se esse princípio da moralidade, previsto no art. 37, seria oponível a atos de natureza legislativa. O argumento dogmático não me impressiona porque, se não for com base no art. 37, esse princípio da moralidade, afinal de contas, estaria compreendido na cláusula do ‘due process of law’ substantivo, de forma que, em tese, poderia ser examinado.”

Portanto, à época da referida nomeação (20/11/1995), o ato administrativo praticado não se subsumia na hipótese normativa do art. 117, inciso VIII, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, razão pela qual não poderia ter sido decretada a nulidade do ato praticado por fundamentos subjetivos contrários ao ordenamento jurídico vigente na época dos fatos.

Diante do exposto, conheço em parte do agravo e, porque presentes todos os elementos necessários para o julgamento do recurso extraordinário, a ele dou provimento, julgando improcedente a ação popular.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.148 (668)ORIGEM : AC - 199901000400007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : EDUARDO JORGE CALDAS PEREIRAADV.(A/S) : BERNARDO BOTELHO PEREIRA DE VASCONCELOSAGDO.(A/S) : ISMAEL JOSÉ CÉSAR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : UBIRAJARA ARRAIS DE AZEVEDOINTDO.(A/S) : LUCIANA CARDOSOADV.(A/S) : MARCOS JORGE CALDAS PEREIRAINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOVistos.Eduardo Jorge Caldas Pereira interpõe agravo de instrumento contra

a decisão que não admitiu o recurso extraordinário. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - VIOLAÇÃO AO ART. 535,II, DO CPC NÃO CARACTERIZADA - AÇÃO POPULAR - NOMEAÇÃO DE FILHA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA CARGO EM COMISSÃO NA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA - NULIDADE DA PORTARIA RECONHECIDA COM BASE EM FUNDAMENTOS EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAIS - INADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL QUANTO A ESSE PONTO.

1. Não ocorre ofensa ao art. 535, II, do CPC, se o Tribunal de origem decide, fundamentadamente, as questões essenciais ao julgamento da lide.

2. Reconhecida a nulidade da Portaria que, à época, nomeou a filha de então Presidente da República para cargo em comissão na estrutura da Secretaria-Geral da Presidência com base, exclusivamente, no princípio da moralidade administrativa, não pode esta Corte reexaminar a questão em sede de recurso especial, sob pena de violação à competência do STF.

3. Recursos especiais conhecidos em parte, mas não providos.” (fl. 27).

Opostos embargos declaratórios, foram rejeitados.Sustenta o recorrente, em preliminar, que a decisão atacada, ao

“reconhecer a legalidade do ato administrativo e, na mesma penada, desconstituí-lo com fundamento em imoralidade”, violou o artigo 97 da Constituição Federal e aduz que o Superior Tribunal de Justiça, ao furtar-se da análise da questão infraconstitucional suscitada no recurso especial, referente à omissão do Tribunal Regional Federal da 1º Região ao não examinar a alegação de impossibilidade do julgador ampliar a proibição constante do artigo 117 da Lei nº 8.112/90, incorreu em afronta ao artigo 105, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal.

Decido.

Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no AI nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar de a petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que o acórdão objurgado não encontra lastro nos precedentes da Corte. Pelo contrário, como veremos a seguir.

No que se refere ao art. 97 da Constituição Federal, apontado como violado, a alegação carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Superior Tribunal de Justiça não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

O acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça examinou, no entanto, a alegada afronta ao art. 535 do Código de Processo Civil, a qual foi suscitada pelo recorrente no recurso especial sob o fundamento de que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região não teria analisado as normas legais que amparavam a legalidade do ato praticado, ponto que seria fulcral para o justo julgamento do recurso extraordinário e, consequentemente, do feito.

De fato, vê-se que tanto a sentença como os venerandos acórdãos proferidos no feito deixaram bem claro que não houve prática de qualquer ato ilegal. Na sentença, explicitou-se que, atento aos termos da dicção do art. 117, inciso VIII, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,

“afeiçoa-se legal o ato, porquanto o chefe imediato da Sra. Luciana Cardoso é o Sr. Secretário-Geral, que não guarda qualquer relação de parentesco com a subordinada. Em face, portanto, do princípio da legalidade, o ato de nomeação é defensável” (negrito nosso).

A jurisdição de primeira instância, pelo que se extrai da leitura de seu veredicto, julgou procedente, em parte, o pedido para se decretar apenas a nulidade da Portaria nº 1.201, de 26 de outubro de 1995, do Secretário-Geral da Presidência da República – relativa ao cargo de Adjunto do Gabinete do Secretário-Geral da Presidência da República -, sob o único fundamento de que o ato seria imoral.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que julgou as apelações, sob o fundamento de que a declaração de nulidade violava a racionalidade moral imposta pelo art. 37 da Constituição Federal, deixou de apreciar o art. 3º, inciso I, da Medida Provisória 1.154/95, posteriormente convertida na Lei nº 9.649/1998, a qual determinava a competência do Gabinete da Secretaria-Geral - a quem a nomeada, em 26/10/1995, era diretamente subordinada.

O Colendo Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, ao conhecer, em parte, do recurso especial, deixou bem claro que, sob o ponto de vista da legalidade, não havia qualquer dúvida quanto à higidez da portaria e que o tribunal de origem se limitou a privilegiar “os princípios que regem a administração pública, colocando-os num plano muito superior ao de mera legalidade, sob o ponto de vista formal”.

Resumindo, podemos inferir que, em momento nenhum, a norma que justificara a nomeação e aquela que afastava a prática de ato violador dos deveres funcionais por parte do Secretário-Geral da Presidência da República foram consideradas inconstitucionais por decisão judicial. Pelo contrário, entendeu-se que, embora o ato administrativo tenha sido praticado com fundamento em lei em vigor amparada pelo manto da constitucionalidade, deveria a nomeação ser objeto de sanção sob o argumento da imoralidade administrativa.

O resultado da atividade jurisdicional até o presente momento não não tem acolhida no posicionamento prevalente desta Corte Suprema. Isso porque, conforme entendimento que detalhei em meu voto no julgamento da ADI nº 4554/DF-MC, não considero pertinente invocar o princípio da moralidade como parâmetro único para a aferição da constitucionalidade ou não de uma norma, de um ato normativo, ou mesmo de um ato administrativo lícito.

A definição do que é ou não moralmente correto, para efeito de incidência do referido princípio, deve ser obtida dentro do próprio sistema do direito. E não poderia ser diferente, sob pena de se permitir a substituição da moralidade do legislador pela moralidade individual do aplicador do direito.

Vai nesse sentido a lição de Celso Antônio Bandeira de Mello, para quem, “o princípio da moralidade não é uma remissão à moral comum, mas está reportado aos valores morais albergados nas normas jurídicas” (Curso de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 120).

A respeito do tema, foram esclarecedoras as ponderações do Ministro Eros Grau no julgamento da ADI nº 3.853/MS:

“20. – Insisto em que o conteúdo do princípio da moralidade há de ser encontrado no interior do próprio direito. A sua contemplação não pode conduzir à substituição da ética da legalidade por qualquer outra. Vale dizer, não significa uma abertura do sistema jurídico para a introdução, nele, de preceitos morais. (...) Nessa medida, o sistema jurídico tem de recusar a invasão de si próprio por regras estranhas a sua eticidade própria, regras advindas das várias concepções morais ou religiosas presentes na sociedade civil, ainda que isto não signifique o sacrifício de valorações éticas. Ocorre que a ética do sistema jurídico é a ética da legalidade. E não pode ser outra, senão esta, de modo que a afirmação, pela Constituição e pela legislação infraconstitucional, do princípio da moralidade o situa, necessariamente, no âmbito desta ética,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 115

ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema. Isso é imperioso afirmarmos. A admissão de que esta Corte possa decidir com fundamento na moralidade entroniza o arbítrio, nega o direito positivo, sacrifica a legitimidade de que deveríamos nos nutrir enquanto defensores da Constituição. Instalaria a desordem.

21. – Isso bem ponderado, compreenderemos perfeitamente esteja confinado, o questionamento da moralidade da Administração --- e dos atos legislativos --- nos lindes do desvio de poder ou de finalidade. Qualquer questionamento para além desses limites estará sendo postulado no quadro da legalidade pura e simples. Essa circunstância é que explica e justifica a menção, a um e a outro princípio, na Constituição e na legislação infraconstitucional. Permitam-me que insista neste ponto: a moralidade da Administração --- e da atividade legislativa, se a tanto chegarmos --- apenas pode ser concebida por referência à legalidade.

(…)E como não seria exigível a demonstração, pelo legislador, da

moralidade de sua ação --- ao contrário, a quem impugna o texto normativo incumbiria demonstrar que o texto consubstancia desvio de poder ou de finalidade --- não vejo como, também desde essa perspectiva, sustentar-se a inconstitucionalidade dos preceitos impugnados” (grifos nossos).

Pelas mesmas razões, mostra-se problemática a utilização do princípio da moralidade como único fundamento para a declaração de inconstitucionalidade no controle abstrato, conforme observou o Ministro Gilmar Mendes no julgamento da ADI nº 3.853/MS:

“De toda forma, creio que o ponto que merece uma reflexão pormenorizada do Tribunal diz respeito à alegada violação ao princípio da moralidade. Isso porque, como já deixei consignado em voto proferido na ADI 1.231/DF, o princípio da moralidade não pode servir, isoladamente, de parâmetro de controle em abstrato da constitucionalidade dos atos normativos emanados do legislador democrático. Alio-me, neste ponto, ao entendimento de Sepúlveda Pertence, também já declarado em outras ocasiões neste Tribunal, de que a moralidade pura e simples não pode ser condição determinante da inconstitucionalidade de uma lei. Certamente, o Tribunal não pode se ater unicamente à fluidez do conceito de moralidade para anular atos do Poder Legislativo.

Seguindo esse mesmo entendimento, o Ministro Eros Grau, em seu voto, bem acentuou que ‘o conteúdo do princípio da moralidade há de ser encontrado no interior do próprio direito’.

Deixe-se claro, todavia, que não quero com isto defender uma rígida separação entre Direito e Moral, própria de um positivismo formalista. Desde seu primeiro incurso na doutrina administrativista de Maurice HAURIOU (Précis de Droit Administratif et de Droit Public. Paris: Sociétè Anonyme du Recueil Sirey; 1927), o princípio da moralidade traduz a idéia de que sob o ato jurídico-administrativo deve existir um substrato moral, que se torna essência de sua legitimidade e, em certa medida, condição de sua validade.

Intento apenas alertar o Tribunal para o problema da declaração de nulidade de uma norma sob o único argumento de que é imoral ou, melhor dizendo, de que afronta uma indefinida moral pública. Entendo que, neste caso, estaríamos a penetrar indevidamente no juízo político e ético do legislador e, conseqüentemente, a estabelecer uma indesejável vinculação do Direito à Moral, que seria muito cara à própria democracia, cuja essência está no pluralismo de valores éticos; pluralismo este declarado como “valor supremo” no preâmbulo da Carta de 1988.

Evidente, por outro lado, que o tema pode ser devidamente densificado, tendo em vista outros parâmetros, como o princípio da proporcionalidade, o princípio da não-arbitrariedade da lei, e o próprio princípio da isonomia. O princípio da moralidade, portanto, para funcionar como parâmetro de controle abstrato de constitucionalidade, deve vir aliado a outros princípios fundamentais, dentre os quais assumem relevância aqueles que funcionam como diretriz para a atuação da Administração Pública” (fls. 93/95).

O fato é que não há justificativa para se aplicar na espécie uma sanção cuja natureza seria unicamente moral, visto que, aproximando-se de quase duas décadas da data da concessão da liminar que suspendeu os efeitos da referida nomeação (20/11/1995), nada mais restaria, com a manutenção da decisão objurgada, senão a imposição de uma sanção de fundo moral, sem que tenha ocorrido, contudo, a declaração de ilicitude do ato administrativo atacado.

Aliás, sob o ponto de vista da estrita subjetividade de decisão fundada apenas na tese da imoralidade administrativa, tomo a liberdade de citar o pensamento do Ministro Sepúlveda Pertence, manifesto no RE nº 255245, vide:

“De logo, a Constituição da República só alude à moralidade, no art. 37, entre os princípios regentes da administração pública, não da legislação, menos ainda, do poder constituinte instituído dos Estados federados.

32. Certo, critérios similares quiçá sejam oponíveis à lei ou à regra constitucional local, à guiza de desvio ou abuso da competência legislativa ou constituinte derivada, de irrazoabilidade ou desproporcionalidade do preceito normativo: aí, porém, o parâmetro da inconstitucionalidade já não estaria sediado no princípio da moralidade administrativa, mas sim no inciso LIV do art. 5º CF, que impõe – ao legislador, inclusive -, o do ‘substantive due process of law’.

33. De toda sorte, ainda quando invocado o cânon constitucional pertinente, a increpação não se me afigura de acolher.

34. Para elidi-la – afora as razões expendidas pelo acórdão recorrido – não hesito em subscrever a réplica bem fundada do parecer do Dr. João Batista de Almeida, pela PGR – f. 161:

‘(...) no tocante à alegada contrariedade ao princípio da moralidade, também não se mostra exitoso o recurso. Anota Celso Ribeiro Bastos que ‘embora seja louvável o intuito do Texto Constitucional, no seu art. 37, em coibir ao máximo os abusos que ocorrem em muitos setores da atuação administrativa, o mérito da iniciativa sofre o risco de esvaziamento diante de eventuais conseqüências da falta de objetivação do conceito do que seja a moralidade administrativa’ (O princípio da moralidade no direito público – Cadernos de direito constitucional e ciência política – vl. 6, nº 22, p. 46). Não obstante essa indeterminação, o mesmo autor salienta que ‘é fácil identificar pelo menos aquelas situações extremas em que, indubitavelmente, se pode afirmar que a conduta é moral ou imoral, segundo a ética da instituição’ (ob. cit. p. 45).

O Exmo. Sr. Min. Néri da Silveira, quando do julgamento da RP nº 1.039/RS (in DJ de 14/08/87), afirmou que ’conhecida é a origem do dispositivo do artigo 184, que se inseriu na Carta Magna, como forma de amparo à pessoa do ex-Presidente e em virtude da honorabilidade do cargo’. No mesmo sentido, confira-se o entendimento do saudoso Min. Aliomar Baleeiro, ao ensejo do julgamento da RP nº 893/AL”.

O receio de que, diante da referida subjetividade desse princípio, se estabeleça um governo de magistrados também foi objeto de percuciente manifestação do eminente Ministro Sepúlveda Pertence no voto apresentado no julgamento da ADI nº 3.290, a saber:

“A alegação de ofensa ao princípio da moralidade, quero deixar claro também que não acolho no caso. Confesso meu temor do uso, sem muita discrição, desse princípio constitucional, porque, por meio dele, podemos estabelecer o governo dos juízes, que não é, por ser de juízes, menos arbitrário que outros governos arbitrários. Já se questionou, aqui – salvo engano, o em. Ministro Moreira Alves - se esse princípio da moralidade, previsto no art. 37, seria oponível a atos de natureza legislativa. O argumento dogmático não me impressiona porque, se não for com base no art. 37, esse princípio da moralidade, afinal de contas, estaria compreendido na cláusula do ‘due process of law’ substantivo, de forma que, em tese, poderia ser examinado.”

Portanto, à época da referida nomeação (20/11/1995), o ato administrativo praticado não se subsumia na hipótese normativa do art. 117, inciso VIII, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, razão pela qual não poderia ter sido decretada a nulidade do ato praticado por fundamentos subjetivos contrários ao ordenamento jurídico vigente na época dos fatos.

Diante do exposto, conheço em parte do agravo e, porque presentes todos os elementos necessários para o julgamento do recurso extraordinário, a ele dou provimento, julgando improcedente a ação popular.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.861 (669)ORIGEM : AI - 2762008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

DECISÃO:Vistos.Estado de Mato Grosso do Sul interpõe agravo contra a decisão que

não admitiu recurso extraordinário.Decido.A decisão agravada negou seguimento ao recurso amparada no

fundamento de que esta “Corte Suprema não admite Recurso Extraordinário contra decisão concessiva de provimento liminar, nos exatos termos da Súmula n. 735/STF”.

O entendimento desta Corte é no sentido de que deve a parte impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação acima reproduzida. A jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de negar provimento ao agravo de instrumento quando, como no caso, não são atacados os fundamentos da decisão que obsta o processamento do apelo extraordinário. Nesse sentido: AI nº 488.369/RS–AgR, 4/5/04, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; e ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 116

AGRAVO. RAZÕES DO RECURSO NÃO ATACAM OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DO STF. ARTIGO 543 DO CPC. REMESSA DO FEITO AO STJ. DESNECESSIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravo não atacou os fundamentos da decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, o que o torna inviável, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes. II – É desnecessário aguardar o julgamento do recurso especial pelo STJ quando o extraordinário não possuir condições de admissibilidade. Precedentes. III – Agravo regimental improvido”

Ante o exposto, afasto o sobrestamento anteriormente determinado e nego provimento ao agravo de instrumento.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.970 (670)ORIGEM : AC - 70032065229 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESAGDO.(A/S) : SERGIO ANTONIO GIORDANIADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS BATTISTELLO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento cujo objeto é decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que afastou a cobrança da contribuição de melhoria instituída pelo Município de Bento Gonçalves.

A pretensão não merece acolhida, tendo em vista que as disposições do acórdão recorrido estão alinhadas à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. No que diz respeito às alegadas violações aos arts. 5º, II; 24, I; 30, I, II e III; e 37 da Constituição Federal, ressalto que as ofensas não foram apreciadas pelo acórdão impugnado. Ademais, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Nesse ponto, portanto, o recurso extraordinário não atende ao requisito do prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Com relação à pretensa violação ao art. 145, III, da Constituição Federal, a alegação não merece acolhida. A materialidade da contribuição de melhoria é a valorização imobiliária decorrente da obra pública. Assim, a base econômica deve observar dois limites: (i) custo global da obra; e (ii) valorização individual de cada imóvel. Desse entendimento o acórdão recorrido não divergiu. Nessa linha, confira-se a ementa do AI 694.836-AgR, julgado sob a relatoria da Ministra Ellen Gracie:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. FATO GERADOR: QUANTUM DA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. PRECEDENTES.

1. Esta Corte consolidou o entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria incide sobre o quantum da valorização imobiliária. Precedentes.

2. Agravo regimental improvido.”A controvérsia relativa à necessidade de lei específica para a

cobrança de contribuição de melhoria demandaria o reexame da legislação ordinária pertinente: Código Tributário Nacional e o Decreto-Lei nº 195/1967. Nesse sentido, confiram-se o AI 846.208, Rel. Min. Ayres Britto; e o ARE 698234, Rel. Min. Luiz Fux.

É oportuno ressaltar que o processo de positivação da norma tributária impositiva se perfectibiliza com a edição de lei formal específica para cada tributo a ser criado. A previsão genérica da contribuição no Código Municipal funciona como norma geral que estabelece os parâmetros que deverão ser observados pela Municipalidade ao instituir o tributo. O processo só se completa quando a lei específica passa a dispor sobre a exação no caso concreto.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, §1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.746 (671)ORIGEM : AMS - 200872050042949 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : PEDREIRA VALE DO SELKE LTDAADV.(A/S) : MARCOS GRÜTZMACHER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:

Trata-se de processo em que se discute a constitucionalidade do art. 8º da Lei nº 8.029/1990 e alterações promovidas pela Leis nºs 8.154/1990, 10.668/2003 e 11.080/2004, em razão de não terem sido recepcionadas pelo art. 149, § 2º, II, a, da Constituição Federal, com a redação que fora atribuída pela Emenda Constitucional nº 33/2001.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 603.624-RG, atualmente sob relatoria da Ministra Rosa Weber, reconheceu a existência de repercussão geral da matéria em exame. Confira-se ementa da decisão:

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES. BASES ECONÔMICAS. ART. 149, § 2º, III, A, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSERIDO PELA EC 33/01. FOLHA DE SALÁRIOS. CONTRIBUIÇÕES AO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE, À AGÊNCIA BRASILEIRA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES E INVESTIMENTOS - APEX E À AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI INCIDENTES SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, dou provimento ao agravo para conhecer do recurso extraordinário e determinar o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2014.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.819 (672)ORIGEM : AC - 199934000267800 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : TRANSPORTES PROGRESSO LTDAADV.(A/S) : ANTONIO RICARDO ACCIOLY CAMPOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Vistos.Trata-se de agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário no qual se alega contrariedade aos artigos 5°, II, XXXV e LV, 93, IX, 150, I, 161, e 192, § 3°, da Constituição Federal.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Não procede a alegada violação do artigo 93, inciso IX, da

Constituição Federal, haja vista que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante contrárias à pretensão da parte recorrente. Anote-se que o Plenário deste Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral desse tema e reafirmou a orientação de que a referida norma constitucional não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente, ainda que sucintamente, as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (AI nº 791.292/PE-RG-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes , DJe de 13/8/10).

Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO TRABALHO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ALEGADA VIOLAÇÃO PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA MESMA CARTA. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O Supremo Tribunal Federal possui entendimento pacífico no sentido de que a violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Magna Carta, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. II - O art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada, mas sim que o julgador informe de forma clara as razões de seu convencimento, tal como ocorreu. III – Agravo regimental improvido” (AI nº 812.481/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1°/2/11).

Ressalte-se que a questão referente à análise dos institutos da denúncia espontânea e do parcelamento de débito tributário, para fins de incidência de multa, restringe-se à interpretação da legislação infraconstitucional. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. PARCELAMENTO. 1.NECESSIDADE DO REEXAME DE LEGISLAÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 117

INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS PARA AFERIR O CARÁTER CONFISCATÓRIO DA MULTA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI n° 853.078/RS, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de14/3/12).

“TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. PEDIDO DE PARCELAMENTO. DESCARACTERIZAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL. O acórdão recorrido baseou-se exclusivamente na interpretação do art. 138 do Código Tributário Nacional para descaracterizar a confissão do débito, acompanhada por pedido de parcelamento (e não pelo pagamento), como hipótese de afastamento de multa e de juros punitivos. Como não houve a invocação de preceito constitucional para justificar a interpretação, o fundamento infraconstitucional é suficiente para manter o acórdão recorrido. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI n° 691.643/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 6/4/11).

Por fim, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, no exame do RE n° 582.461/SP, Relator o Ministro Gilmar Mendes, a existência da repercussão geral da matéria referente à taxa Selic. No julgamento do mérito da referida ação, DJe de 18/8/11, o Pleno desta Corte, enfrentando o assunto à luz do princípio da isonomia, consolidou entendimento no sentido da legitimidade da incidência da Selic na atualização de débito tributário desde que exista lei legitimando o uso deste índice. O julgado restou assim ementado, na parte que interessa:

“1. Recurso extraordinário. Repercussão geral. 2. Taxa Selic. Incidência para atualização de débitos tributários. Legitimidade. Inexistência de violação aos princípios da legalidade e da anterioridade. Necessidade de adoção de critério isonômico. No julgamento da ADI 2.214, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 19.4.2002, ao apreciar o tema, esta Corte assentou que a medida traduz rigorosa igualdade de tratamento entre contribuinte e fisco e que não se trata de imposição tributária (...)”.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se. Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.260 (673)ORIGEM : AC - 200772010010593 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : PERVILLE CONSTRUCOES E EMPREENDIMENTOS S/

AADV.(A/S) : MARCOS JUNIOR JAROSZUK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VALOR. DECISÃO AGRAVADA NÃO IMPUGNADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 287 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES À SEGURIDADE SOCIAL. DECADÊNCIA. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR. INCONSTITUCIONALIDADE DO PRAZO DE 10 ANOS DA LEI 8.212/91. SÚMULA VINCULANTE Nº 8. APLICAÇÃO DO ART. 173, I, DO CTN. SENTENÇA ULTRA PETITA. REDUÇÃO AOS LIMITES DO PEDIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. O art. 45 da Lei 8.212/91, ao prever o prazo decadencial de 10 anos para que a Seguridade Social apure e constitua seus créditos, adentrou âmbito reservado à lei complementar, inquinando-se de inconstitucionalidade, consoante reconhecido pelo STF na Súmula Vinculante nº 8.

2. Em se tratando de contribuição sujeita ao lançamento por homologação, mas não tendo se verificado pagamento antecipado por parte do contribuinte, o prazo deve ser o do art. 173, inciso I, do CTN, ou seja, de 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

3. Resta configurada a decadência do direito de o Fisco constituir créditos tributários relativos a contribuições sociais devidas no período anterior a 31-12-2001, haja vista a perfectibilização do lançamento fiscal somente em fevereiro de 2007.

4. Incorre em julgamento ultra petita a sentença que atribui maior extensão ao pedido deduzido pela parte autora na inicial, devendo ser reduzida aos limites da lide, sem necessidade de decretação de nulidade.

5. Vencida a Fazenda Pública e/ou inexistindo provimento condenatório, a fixação de honorários não está adstrita aos percentuais

constantes do art. 20, § 3º, do CPC, mas afeta à apreciação eqüitativa do juiz, atendidos os critérios das alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do aludido dispositivo. Verba honorária majorada para o patamar de 3% do valor da causa.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, caput, XIII, e 133 da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, por entender que incide o óbice da Súmula nº 279/STF, bem como por se tratar de ofensa indireta à Constituição.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

O agravo não merece provimento.A agravante não atacou o fundamento da decisão agravada relativo à

incidência da Súmula nº 279/STF. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência no sentido de que a parte tem o dever de impugnar os fundamentos da decisão agravada, sob pena de não ter sua pretensão acolhida, por vedação expressa do enunciado da Súmula nº 287 deste Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido, colacionam-se os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo não atacou os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário, o que torna inviável o recurso, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes. II - O argumento expendido no presente recurso referente à suposta admissibilidade recursal com base no art. 102, III, c, da Constituição traduz inovação recursal, haja vista não ter sido mencionada nas razões do apelo extremo. III - Agravo regimental improvido.” (ARE 665.255-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 22/5/2013)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual. Ausência de impugnação de todos fundamentos da decisão agravada. Óbice ao processamento do agravo. Precedentes. Súmula nº 287/STF. Prequestionamento. Ausência. Incidência da Súmula nº 282/STF. 1. Há necessidade de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena de se inviabilizar o agravo. Súmula nº 287/STF. 2. Ante a ausência de efetiva apreciação de questão constitucional por parte do Tribunal de origem, incabível o apelo extremo. Inadmissível o prequestionamento implícito ou ficto. Precedentes. Súmula nº 282/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (AI 763.915-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 07/5/2013)

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 862.303 (674)ORIGEM : PROC - 10518091619602002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ARNALDO DE CARVALHOADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDASPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. DIFERENÇAS REMUNERATÓRIOS. DESVIO DE FUNÇÃO. AGRAVO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU TUTELA ANTECIPADA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 735 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“Agravo interno em agravo de instrumento. Ação ordinária. Ausência de tutela urgente. Conversão em retido. Admissibilidade. Recurso não provido. 1. O duplo Grau de jurisdição é princípio infraconstitucional. E os princípios do contraditório e da ampla defesa, expressamente previstos no art. 5º, LV, da Constituição da República são exercidos com os meios e recursos inerentes ao derradeiro princípio. 2. Estes meios e recursos, por óbvio, são previstos em normas infraconstitucionais, no caso, o art. 527 do CPC que, expressamente, autoriza a conversão do agravo de instrumento em retido quando inexistir necessidade de tutela jurisdicional urgente. 3. Inexistindo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 118

urgência, confirma-se decisão que faz a conversão mencionada. 4. Agravo interno em agravo de instrumento conhecido e não provido.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação aos artigos 1º, III e IV, e 7º, IV, V, VI, VII e X, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por ausência de prequestionamento.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

Esta Suprema Corte firmou jurisprudência no sentido de que não cabe recurso extraordinário contra decisão que defere ou indefere provimento liminar, por vedação expressa da Súmula nº 735 deste Tribunal, de seguinte teor: “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar“. A propósito, menciono os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PEDIDO DE LIMINAR INDEFERIDO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NÃO É CABÍVEL RECURSO EXTRAORIDNÁRIO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERE OU INDEFERE MEDIDA LIMINAR OU ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. SÚMULA 735/STF. 1. A súmula 735 do STF dispõe que: ‘não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar’. Precedentes: RE 263.038, 1ª Turma, Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 28.04.00, AI 439.613AgR, rel. Min. Celso de Mello, DJ de 24.06.03. 2. É que as medidas liminares de natureza eminentemente satisfativas são conferidas à base de cognição sumária e de juízo de mera verossimilhança (art. 273, § 4º, art. 461, § 3º, primeira parte, art. 798 e art. 804 do CPC), por isso que não representam pronunciamento definitivo e se sujeitam à modificação a qualquer tempo (CPC, art. 273, § 4º, art. 461, § 3º, parte final, e art. 807), reclamando confirmação ou revogação na decisão final. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 832.877-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 28/9/2011).

“A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de não ser cabível recurso extraordinário contra decisão que concede ou denega medida cautelar ou provimento liminar, pois a verificação da existência dos requisitos para sua concessão, além de se situar na esfera de avaliação subjetiva do magistrado, não é manifestação conclusiva de sua procedência para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra a do inciso III do artigo 102 da Constituição. Incidência da súmula 735 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 409.755-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 1º/10/2010).

“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Falta de prequestionamento. Comprovação de que a discussão da matéria constitucional foi adequadamente provocada. Decisão agravada. Reconsideração. Demonstrada a existência do prequestionamento, deve ser reapreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Acórdão recorrido que deu provimento a agravo de instrumento para indeferir liminar, reformando decisão que deferira liminar na ação cautelar originária para autorizar a parte agravante ‘a participar com seus animais, de todos os eventos da raça Mangalarga Marchador’. Aplicação da súmula 735. Agravo improvido. Não cabe recurso extraordinário contra decisão que defere ou indefere medida cautelar. 3. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte.” (AI 552.178-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 28/11/2008).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 827.795

(675)

ORIGEM : AC - 6618775 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ANTONIO FAVARO NETOADV.(A/S) : ALBERTO ABRAÃO VAGNER DA ROCHAEMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁEMBDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIAADV.(A/S) : DANIEL PEDRALLI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DESPACHO (Petição/STF n. 14.854/2015)1. Em 3.3.2015, a Segunda Turma deste Supremo Tribunal rejeitou os

embargos de declaração opostos por Antonio Favaro Neto.Essa decisão foi publicada em 13.3.2015.2. Em 31.3.2015, o Embargante, pela Petição/STF n. 14.854/2015,

informou:“O peticionário elaborou recurso de embargos de divergência cujo

prazo último para a sua interposição era o dia 30 de março de 2015. No momento de sua interposição por peticionamento eletrônico não pode transmiti-lo sob a informação automática de que NÃO FOI POSSÍVEL RECUPERAR OS CAMPOS DE ASSINATURA DO PDF, documento enviado às 21:00:43 do dia 30/03/2015 (doc.1).

Mesmo orientado por técnico em informática de sua confiança não conseguiu superar o óbice informado no sistema, não havendo motivo aparente para a transmissão eletrônica não se realizar, porquanto todos os documentos estavam pré- assinados eletronicamente, cf. consignado na tela todos assinados antes da mensagem recebida (doc. 2)”.

Requereu a restituição do prazo “de 1 (um) dia, para receber o recurso com a justificativa consignada nesta petição”, e juntou documentos comprobatórios dos fatos descritos.

3. Pelo exposto, determino a restituição do prazo recursal conforme requerido por Antonio Favaro Neto.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 506.720 (676)ORIGEM : AC - 199961000030505 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : MAURO RAUL BANDIADV.(A/S) : SANDRA CARAMELLO DOS REIS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração cujo objeto é decisão

monocrática do Ministro Joaquim Barbosa, relator originário do feito, que negou seguimento ao agravo de instrumento (fls. 340).

A parte embargante alega que este Tribunal foi omisso quanto à questão relativa à negativa de “apreciação de um recurso, simplesmente porque as despesas de porte e retorno foram recolhidas na agência da Caixa Econômica Federal dentro do fórum da justiça federal de primeira instância e não na Caixa Econômica Federal do fórum do Tribunal Regional Federal” (fls. 345).

Em preliminar, recebo os presentes embargos de declaração como agravo regimental, tendo em vista a pretensão da parte recorrente em ver reformada a decisão ora impugnada (MI 823-ED-segundos, Rel. Min. Celso de Mello; Rcl 11.022-ED, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia; ARE 680.718-ED, Rel. Min. Luiz Fux).

A decisão ora recorrida deve ser reformada, tendo em vista que o recurso extraordinário nem sequer merecia ser conhecido.

O Tribunal de origem, ao deixar de admitir o recurso extraordinário, assentou que “observa-se no presente caso que o recorrente recolheu o valor do porte de remessa e retorno em desacordo com a Lei nº 9.289/96 e Resolução nº 169, de 04 de maio de 2000, do Conselho de Administração do Tribunal Regional Federal da 3ª Região”.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que compete ao órgão jurisdicional de origem determinar em quais bancos e agências ocorrerão os recolhimentos. Nesse sentido, veja-se a ementa do AI 491.264-ED, julgado sob a relatoria do Ministro Cezar Peluso:

“1. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Recurso extraordinário. Inadmissibilidade. Porte de remessa e retorno em agência bancária diversa da devida. Resolução nº 169/2000 do Conselho de Administração do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Precedentes do STF. Jurisprudência assente. O recolhimento de custas de remessa e o retorno dos autos em agência bancária diversa da exigida inviabilizam o recurso extraordinário.”

Diante do exposto, reconsidero a decisão agravada e com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao agravo de instrumento. Julgo prejudicado o agravo regimental.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.351

(677)

ORIGEM : PROC - 943002120055020026 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : HAVELLS SYLVANIA BRASIL ILUMINAÇÃO LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 119

ADV.(A/S) : CRISTIANE DALLE CCARBONARE ANDRADE GENTIL E OUTRO(A/S)

EMBDO.(A/S) : MARIA CÉLIA DOS SANTOS PEREIRAADV.(A/S) : MAURO CALVO CAINZOS ROSSIN

DESPACHO: Manifeste-se a parte embargada sobre os embargos de divergência

opostos por meio da petição eletrônica nº 14640/2015.Publique-se.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.117

(678)

ORIGEM : AC - 455157580 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : EDSON ALVES COSTAADV.(A/S) : EDUARDO ARRUDA ALVIMEMBDO.(A/S) : JOSÉ RODRIGUES MARTINSADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO GONÇALVES GOUVEIAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : TV ÔMEGA LTDAADV.(A/S) : DENNIS BENAGLIA MUNHOZ

DECISÃOEdson Alves da Costa interpõe embargos de divergência contra

acórdão proferido pela Primeira Turma desta Corte, assim ementado: “Embargos de declaração no agravo regimental no agravo de

instrumento. Inexistência dos apontados vícios. 1. Não houve qualquer omissão ou obscuridade no acórdão

embargado. A decisão objurgada firmou o entendimento de que a questão da legitimidade passiva não foi decidida pela tese da responsabilidade objetiva, prevista no art. 37, § 6º da CF, mas pelo reconhecimento de que houve responsabilidade subjetiva, fundada em regras infraconstitucionais (art. 85 do CPC e no art. 26, § 2º da LOMP), o que impedia o conhecimento do apelo extremo.

2. Pretende o embargante, em última análise, provocar o reexame da causa. Sustenta a premente necessidade de que se proceda à reconsideração do julgado, como se extrai dos argumentos apresentados nos embargos de declaração e no relatório, o que é de todo defeso, em especial quando não há equívoco material. Precedentes.

3. Embargos de declaração rejeitados.”Por sua vez, no julgamento do agravo regimental, as questões postas

foram assim decididas e ementadas: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Orientação da

Súmula 283/STF. Precedentes. 1. É pacífica a jurisprudência da Corte no sentido de não se admitir

recurso extraordinário contra acórdão que contenha fundamento infraconstitucional suficiente para a manutenção do julgado recorrido.

2. Agravo regimental não provido.”Argumenta o embargante, na essência das razões recursais, que a

Turma procedeu a errônea aplicação da Súmula nº 283 desta Corte. Tal dever-se-ia aos fatos de o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não ter apontado, em seu acórdão, fundamento constitucional algum e de o Superior Tribunal de Justiça, além de se recusar a decidir a questão sob o enfoque do artigo 37, parágrafo 6º da Constituição da República, ter mencionado, em suas razões de decidir, diversos dispositivos, sendo que nenhum deles teria o condão de, isoladamente, constituir fundamento suficiente para a manutenção do julgado. Aduz, em adição, que todos os dispositivos arrolados no acórdão foram expressamente abordados nas razões recursais.

Para a alegada demonstração analítica da divergência, mencionou os acórdãos prolatados no RE n.º 600.392 ED/PR e no AgRg no RE n.º 475.581-5/DF, ambos oriundos da 2ª Turma da Suprema Corte.

A parte embargada manifestou-se pelo desprovimento dos presentes embargos de divergência.

DECIDO. Como se sabe, o recurso de embargos de divergência tem cabimento

contra decisão de uma das Turmas desta Corte que venha a divergir de julgamento proferido pela outra Turma ou pelo Plenário (CPC, artigo 546, inciso II).

A matéria vem disciplinada no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, o qual, em seu artigo 330 prevê a possibilidade desse tipo de recurso em decisões proferidas em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento.

Ressalte-se, por oportuno, que por muito tempo se entendeu ser incabível a interposição de embargos de divergência contra decisões proferidas em agravo regimental, entendimento esse inclusive sumulado (Súmula n° 599), matéria hoje já superada, com o cancelamento dessa súmula e a admissão de embargos de divergência em tal hipótese.

Com o devido respeito às teses levantadas pelo embargante, na

petição dos embargos não restou demonstrado conflito entre decisões, nem sequer apontados como paradigmas divergentes. Ao invés, volta a reiterar fundamentos apresentados no recurso extraordinário e no agravo regimental, centrando sua argumentação na suposta violação ao artigo 37, parágrafo 6º da CF, dispositivo este que sequer foi mencionado no acórdão recorrido, e nos demais dispositivos infraconstitucionais (arts. 85 e 155, inciso II, do Código de Processo Civil, 26, parágrafo 2º da LOMP e 201, parágrafo 4º do ECA).

É certo que apenas haverá divergência jurisprudencial quando os acórdãos em confronto, partindo de quadro fático semelhante (o que não ocorre no caso em tela), vierem a adotar posicionamento dissonante quanto ao direito aplicável, sendo certo que os embargos de divergência, por expressa determinação legal, não se prestam ao fito exclusivo de rediscutir matéria já devidamente apreciada no julgamento do recurso extraordinário.

Com efeito, pacificou-se nesta Suprema Corte o entendimento de que o dissídio jurisprudencial, para o fito ora perseguido pelo embargante, deve restar claramente demonstrado, na petição de interposição dos embargos, de tal sorte que não se viabiliza esse recurso uniformizador quando ambos os acórdãos em tela apresentarem idêntica conclusão, sugerindo possível divergência meramente hipotética, quanto à interpretação dos fatos da causa. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (...) O acórdão-paradigma, para legitimar a oposição de embargos de divergência, deve referir-se a situações, que, considerados os elementos essenciais a ela inerentes, permitam estabelecer, ante a especificidade de que se revestem, a necessária relação de pertinência com a tese jurídica que a decisão embargada, em frontal dissenso com o padrão de confronto invocado, veio a acolher no julgamento da causa. Inocorrência, no caso ora em exame, desse específico pressuposto de admissibilidade dos embargos de divergência. A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência - ou de não-conhecimento destes, quando já admitidos - deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão-paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe reproduzir, na petição recursal, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, os trechos que configuram a divergência indicada, mencionando, ainda, as circunstâncias que identificam ou que tornam assemelhados os casos em confronto, não bastando, para os fins a que se refere o art. 331 do RISTF, a mera transcrição das ementas dos acórdãos invocados como referências paradigmáticas, nem simples alegações genéricas pertinentes à suposta ocorrência de dissenso pretoriano. Precedentes” (RE nº 255.328/CE-AgR-EDv-ED, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello , DJ de 30/5/03).

“AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO QUANTO À APRECIAÇÃO DA MATÉRIA DE FUNDO. INSUBSISTÊNCIA. Embargos de Divergência. Pressupostos necessários ao conhecimento. Dissidência de julgados não demonstrada. Apreciação da matéria de fundo. Impossibilidade. A ausência dos pressupostos necessários ao conhecimento dos embargos de divergência inviabiliza o exame da matéria inserta nas razões recursais. Agravo regimental não provido” (RE nº 263.026/MG-AgR-EDv-ED-ED, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Maurício Corrêa , DJ de 22/8/03).

Sublinho, ademais, que os embargos de divergência não se prestam, como aqui parece pretender o embargante, ao fim de julgar ou rever a decisão do órgão fracionário, mas apenas de uniformizar o entendimento da Corte a respeito do tema em discussão, evitando tratamento desigual a matérias similares.

Por fim, o acórdão recorrido flagrantemente amparou seu entendimento no conjunto probatório que permeia os autos. Diferentemente do que tenta fazer crer o embargante, o fato de ter ocorrido o julgamento antecipado da lide, não elide tal constatação, posto que este se opera quando o magistrado entende serem as provas dos autos suficientes para a decisão, afigurando-se-lhe desnecessária a inauguração da fase instrutória. Note-se que este também foi o entendimento do acórdão do Judiciário estadual.

Isso posto, divergir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem e acolher a pretensão do recorrente implicaria, a teor da Súmula n.º 279 desta Corte, o revolvimento de fatos e provas, o que afigura-se inadmissível em sede de recurso extraordinário.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput , do Código de Processo Civil, por manifestamente inadmissíveis, nego seguimento aos embargos de divergência.

Publique-se. Int.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 748.213

(679)

ORIGEM : PROC - 1292981 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : ALMIR ROBERTO PEREIRAADV.(A/S) : ALMIR ROBERTO PEREIRAEMBDO.(A/S) : CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 120

EVENTOS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - CESPE-UNB

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Vistos etc.1. Trata-se de embargos de divergência de Almir Roberto Pereira

contra acórdão da Primeira Turma deste Supremo Tribunal Federal, pelo qual rejeitados os embargos de declaração opostos ao acórdão em que negado provimento a seu agravo regimental em recurso extraordinário.

2. Apesar da representação processual regular e da tempestividade do recurso, não se fazem presentes na espécie os pressupostos de admissibilidade recursal.

3. Consabido que desafia embargos de divergência decisão de Turma do Supremo Tribunal Federal que, ao julgamento de recurso extraordinário, diverge do julgamento da outra Turma ou do Plenário (art. 546, II, do CPC).

Na espécie, contudo, a 1ª Turma, ao julgamento de agravo regimental, cingiu-se a confirmar decisão monocrática desta Relatora pela qual negado seguimento ao recurso extraordinário, forte no entendimento de que não preenchidos, pelo recurso extraordinário cujo trânsito era buscado, os pressupostos específicos de admissibilidade recursal, a teor do art. 102, III, da Constituição da República, meramente indireta a suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados, enquanto dependente de prévio exame da legislação infraconstitucional de regência.

Uma vez limitada, a decisão turmária, à afirmação de ausência dos pressupostos específicos de admissibilidade do recurso extraordinário, sem emitir juízo sobre o mérito recursal, de todo inviável o pretendido confronto com julgado da outra Turma ou do Plenário.

4. A situação é distinta da hipótese alcançada pelo art. 546, II, do CPC, em que a Turma, ao julgamento de agravo regimental, se pronuncia sobre o mérito de recurso extraordinário decidido monocraticamente pelo Relator.

Firme, nesse sentido, a jurisprudência do Plenário desta Casa:“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DA INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELO JUÍZO DE ORIGEM. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO ADEQUADA DA DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ACÓRDÃOS PARADIGMAS DE TRIBUNAL DIVERSO. DECISÃO EMBARGADA QUE SE LIMITOU A NÃO CONHECER DO RECURSO, DADA A AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO RECURSAL. INVIABILIDADE DESSA DISCUSSÃO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 776.273 AgR-EDv-ED/CE, Relator Ministro Teori Zavascki, Tribunal Pleno, DJe 26.8.2014)

“AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE ACÓRDÃO PARADIGMA DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL PROFERIDO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO, AGRAVO DE INSTRUMENTO OU AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO EMBARGADO QUE MANTÉM DECISÃO NEGANDO SEGUIMENTO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO PELA AUSÊNCIA DE REQUISITOS PROCESSUAIS. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA INCABÍVEIS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 645.967 AgR-ED-EDv-AgR/MG, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 22.5.2014)

“AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO AGRAVOREGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA OPOSTOS. RECURSO QUE TEVE O SEGUIMENTO NEGADO SEM AVANÇAR NO MÉRITO DA QUESTÃO, POR AUSÊNCIA DE REQUISITOS PROCESSUAIS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. RECURSOS MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS. BAIXA IMEDIATA AO JUÍZO DE ORIGEM. PRECEDENTES. 1. Nos termos do consolidado magistério jurisprudencial da Corte, “são incabíveis os embargos de divergência contra acórdão proferido em julgamento de agravo regimental em agravo de instrumento, que teve o seguimento negado por ausência de requisitos processuais, sem avançar no mérito da questão” (AI nº 506.019/MG-AgR-ED-ADv-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 6/8/10). 2. Agravo regimental não provido. 3. Baixa imediata dos autos ao Juízo de origem, independentemente da publicação do acórdão, tendo em vista o caráter manifestamente protelatório dos recursos.” (AI 681.109-AgR-ED-EDv-AgR/SP, Relator Ministro Dias Toffoli, Tribunal Pleno, DJe 13-03-2013)

“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – ACÓRDÃO RELATIVO A AGRAVO DE INSTRUMENTO – INVIABILIDADE. Agravo regimental interposto contra ato do relator no exame de agravo de instrumento não enseja a interposição de embargos de divergência, a teor do artigo 546 do Código de Processo Civil.” (AI 306.474 AgR-EDv-AgR/SP, Relator Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe 15.8.2011)

“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – AGRAVO REGIMENTAL – INADEQUAÇÃO. Há de distinguir-se, sob o ângulo do cabimento dos embargos de divergência, situação jurídica a envolver o julgamento do próprio extraordinário daquela na qual esteja em jogo a apreciação de agravo de

instrumento, isso considerado acórdão formalizado por força de agravo regimental.” (AI 563.464 AgR-ED-EDv-AgR/MG, Relator Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe 29.11.2010)

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA PROFERIDA EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NÃO-CABIMENTO. ARTIGO 546, II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. I - Os embargos de divergência somente são cabíveis da decisão de Turma que, em recurso extraordinário, divergir do julgamento de outra Turma ou do Plenário, nos termos do art. 546, II, do Código de Processo Civil. II - Agravo regimental improvido.” (AI 460.085 EDv-AgR/RS, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, DJe 11.5.2007)

5. Não bastasse, o cotejo de decisões oriundas da mesma Turma prolatora da decisão embargada não se presta ao fim de impulsionar a admissibilidade dos embargos de divergência, porquanto insuscetível de demonstrar a existência de dissenso pretoriano interna corporis, enquanto a refletirem, quando muito, entendimento superado no âmbito do órgão colegiado fracionário. Confira-se:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA DA DIVERGÊNCIA. RECURSO FUNDADO EM PARADIGMA DA MESMA TURMA: INEXISTÊNCIA DE DIVERSIDADE ORGÂNICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 711508 AgR-EDv-ED/SP, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 10.02.2014)

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA DO DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. INDICAÇÃO, PARA SERVIREM DE PARADIGMAS, DE SÚMULAS, DECISÕES SINGULARES E ARESTOS DA MESMA TURMA QUE PROFERIU O ACÓRDÃO EMBARGADO. IMPOSSIBILIDADE. JULGADOS CONFRONTADOS TRATAM DE TEMAS DIVERSOS. ACÓRDÃO EMBARGADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE DESTA CORTE. ART. 332 DO RISTF. INADMISSÃO DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I – A utilização adequada dos embargos de divergência impõe ao recorrente o dever de demonstrar, de maneira objetiva e analítica, o dissídio interpretativo alegado, sob pena de inadmissão do recurso. II – Súmulas do STF, decisões singulares e arestos da mesma Turma que proferiu o acórdão embargado não servem à demonstração do dissenso jurisprudencial. III – Cabem embargos de divergência contra acórdão de Turma que, em recurso extraordinário ou agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário do STF, desde que os acórdãos confrontados tratem do mesmo thema decidendum. IV - Os embargos de divergência destinam-se a promover a uniformização da jurisprudência desta Corte. Não se prestam, pois, à mera revisão do acerto ou desacerto do acórdão embargado. V - O acórdão impugnado está em harmonia com a jurisprudência predominante deste Tribunal, o que afasta o cabimento dos embargos de divergência, nos termos do art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. VI – Agravo regimental improvido.” (RE 355796 AgR-ED-EDv-AgR/PR, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, DJe 18.3.2011)

“1. RECURSO. Embargos de divergência. Ausência de similitude fática e jurídica entre os acórdãos paradigmas e o acórdão recorrido. Embargos não conhecidos. Cabem embargos de divergência à decisão de Turma que, em recurso extraordinário ou agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário desta Corte, desde que tratem ambos do mesmo thema decidendum. 2. RECURSO. Embargos de divergência. Divergência verificada entre decisões da mesma Turma. Não cabimento. Aplicação da súmula nº 353 e do art. 546, II, do CPC. Embargos não conhecidos. São inadmissíveis os embargos com fundamento em divergência entre decisões da mesma turma.” (RE 232577 EDv/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 09.4.2010)

6. Ainda que válido fosse, mostra-se inespecífico o julgado trazido a colação (AI 652.139-AgR/MG, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.8.2012), porquanto assentado sobre premissa fática diversa no tocante ao momento em que deduzido o pedido de gratuidade judiciária. Insuscetível, nessa medida, de revelar a existência de dissenso interna corporis na interpretação de um mesmo preceito constitucional.

7. Ante o exposto, nego seguimento aos embargos de divergência (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2014.

Ministra Rosa WeberRelatora

EMB.DIV. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 839.296

(680)

ORIGEM : PROC - 00045607020138190051 - TJRJ - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : MARILENE DE OLIVEIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 121

ADV.(A/S) : MANOEL GONÇALVES ROMA NETO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : WALTER WIGDEROWITZ NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: Marilene de Oliveira opõe embargos de divergência contra decisão

mediante a qual conheci do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, assim fundamentada na parte que interessa:

“Entretanto, a petição recursal ora em análise fez simples menção à existência da referida repercussão, sem, contudo, trazer a repercussão geral da matéria devidamente fundamentada nos aspectos econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa frente às questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário.

Cabe à parte recorrente demonstrar de forma devidamente fundamentada, expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. Nesse sentido:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. OBRIGATORIEDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que a Corte a quo deliberadamente deixou de conceder os benefícios da assistência judiciária gratuita ao recorrente, mesmo o recorrente declarando-se pobre. Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. O mero inconformismo com o acórdão recorrido não satisfaz, por si só, a exigência constitucional de demonstração de repercussão geral. (Precedentes: RE n. 575.983-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 13.05.11; RE n. 601.381-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 29.10.09, entre outros). 5. Agravo regimental não provido’ (RE n° 611.400/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 16/10/12) (Grifo nosso).

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto. Agravo regimental a que se nega provimento (ARE n° 704.288/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa , DJe de 25/9/12).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.”

Em breve síntese, alega a embargante que a repercussão geral da matéria em comento foi reconhecida no Recurso Extraordinário com Agravo n.º 649.379/RJ, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, razão pela qual requer seja o recurso conhecido e sobrestado até decisão final do Plenário.

Examinados os autos, decido. O recurso não deve ser conhecido, pois, conforme prescrevem o art.

546, inciso II, do Código de Processo Civil e o art. 330, caput , do Regimento Interno da Corte, cabem embargos de divergência à decisão de Turma que, em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário na interpretação do direito federal.

Logo, os embargos de divergência não são cabíveis quando manejados contra decisão individual do relator. Nesse, sentido:

“Agravo regimental em embargos de divergência liminarmente rejeitados. Insurgência deduzida contra decisão monocrática do relator. Impossibilidade, nos termos do art. 330 do Regimento Interno desta Corte.

1. A decisão ora atacada reflete a pacífica jurisprudência desta Corte a respeito do não cabimento de embargos de divergência em face de decisão monocrática.

2. Inteligência do art. 330 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

3. Agravo regimental não provido, com aplicação da multa prevista no art. 557, § 2º, do Código de Processo Civil” (RE 432.918-EDv-AgR/SP, de minha relatoria , Tribunal Pleno, DJe de 1º/7/11).

“RECURSO. Embargos de divergência. Incognoscibilidade. Impugnação a decisão singular. Ofensa aos arts. 330 do RISTF, e 546, II, do CPC. Embargos de divergência não conhecidos. São incognoscíveis embargos de divergência opostos a decisão monocrática” (AI 615.415-AgR-ED-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe de 12/3/10).

Não bastasse isso para o não conhecimento dos embargos, note-se que o paradigma da Segunda Turma com o qual se busca demonstrar o dissídio jurisprudencial consiste não em decisão colegiada, mas sim em decisão monocrática de lavra do eminente Ministro Luiz Fux.

Em casos tais, a jurisprudência do Tribunal é pacífica no sentido da inadmissibilidade do recurso:

“Agravo regimental nos embargos de divergência nos embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento. Ausência de impugnação específica. Súmula STF 287. Ausência de demonstração do dissenso jurisprudencial. Mero traslado da decisão paradigma. Confronto estabelecido em face de decisão monocrática. Impossibilidade. Agravo regimental a que se nega provimento. 1. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz ao desprovimento do agravo regimental. Súmula 287 do STF. Precedentes: RCL 5.684/PE-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe-152 de 15/8/08; ARE 665.255-AgR/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, Dje 22/5/2013; e AI 763.915-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7/5/2013. 2. A jurisprudência desta Suprema Corte assentou a necessidade de demonstração objetiva do alegado dissídio jurisprudencial mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e o ato embargado. 3. Inadmissíveis os embargos de divergência opostos com fundamento em decisões monocráticas. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 798128 AgR-ED-EDv-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe de 20/3/15).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO MONOCRÁTICA COMO PARADIGMA DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL: IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. RECURSO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO. BAIXA IMEDIATA DOS AUTOS” (ARE nº 808454 AgR-EDv-ED, Relatora a Ministra Carmen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe de 3/10/14).

Ante o quadro, não conheço dos embargos de divergência. Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 410.552 (681)ORIGEM : AMS - 199938000166712 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO MERCANTIL DE INVESTIMENTOS S/AADV.(A/S) : OTTO CARVALHO PESSOA DE MENDONÇA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

O Min. Teori Zavascki submeteu este processo a esta Presidência, nos seguintes termos:

“1. Em 3/3/2011, o Plenário Virtual reconheceu a repercussão geral do tema relativo à ‘a) Exigibilidade do PIS e da COFINS sobre as receitas financeiras das instituições financeiras; b) Exigência de reserva de plenário para as situações em que se afasta a incidência do disposto no art. 3º, §§ 5º e 6º, da Lei nº 9.718/1998’ (RE 609.096-RG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 2/5/2011, Tema 372).

2. O art. 325-A do RISTF determina que, ‘reconhecida a repercussão geral, serão distribuídos ou redistribuídos ao Relator do recurso paradigma, por prevenção, os processos relacionados ao mesmo tema’. Dessa forma, considerando-se que o presente recurso extraordinário trata de controvérsia idêntica àquela cuja repercussão geral foi reconhecida no RE 609.096, constata-se que o presente processo deve ser redistribuído para o Min.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 122

Ricardo Lewandowski.3. Diante do exposto, remetam-se os autos à Presidência, para

análise de eventual redistribuição” (fl. 667).Bem examinados os autos, verifico que o Tribunal Regional Federal

da 1ª Região, em atenção à solicitação desta Presidência, encaminhou o presente recurso a esta Corte para eventual substituição do processo paradigma do Tema 372 da repercussão geral (RE 609.096-RG/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Assim, considerando o que dispõe o art. 325-A do RISTF, acolho a proposição do Min. Teori Zavascki e determino a redistribuição deste recurso à relatoria do Min. Ricardo Lewandowski.

Por fim, informo que providenciarei a atualização dos dados nos sistemas informatizados desta Corte, no caso de entender pela adequação deste recurso para substituir o paradigma do Tema 372 da repercussão geral.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.163 (682)ORIGEM : PROC - 192003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : JULIETTE STOHLERRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JAINEIRO

Petição/STF nº 14.021/2015DECISÃOINTERVENÇÃO DE TERCEIRO – ADMISSÃO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:O Estado do Rio de Janeiro, em petição subscrita por procurador

estadual, requer seja incluído, na autuação do processo acima identificado, como interessado.

O processo revela ação direta, formalizada pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, visando a declaração de inconstitucionalidade do § 1º do artigo 19 da Lei local nº 2.804/97, que impôs a manutenção, por quinze anos, de todas as atuais delegações de serviço público de transporte aquaviário naquela unidade da Federação.

O acórdão impugnado ficou assim resumido:DIREITO ADMINISTRATIVO. ARGUIÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 19, § 1º, DA LEI ESTADUAL Nº 2.804, DE 8/10/97, QUE INSTITUIU A MANUTENÇÃO AUTOMÁTICA E COMPULSÓRIA, POR 15 ANOS, DE TODAS AS DELEGAÇÕES DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE AQUAVIÁRIO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. DISPOSITIVO VETADO PELA CHEFIA DO EXECUTIVO, PORÉM MANTIDO PELO LEGISLATIVO.

1. Prefacial de impropriedade da via rejeitada, diante da jurisprudência da Corte Suprema. Cabimento da arguição por afronta à Lei Maior, cuja observância pelos Estados, é obrigatória. O controle objetivo de constitucionalidade tem por função instrumental viabilizar o julgamento da validade abstrata do ato estatal, diante da Carta Política Federal.

2. Flagrante a inconstitucionalidade por vulneração aos basilares princípios da obrigatoriedade da licitação, da moralidade e impessoalidade administrativa, bem como da competência privativa da União, a manutenção automática e compulsória de todas as atuais delegações de serviço público de transporte aquaviário, por prazo de quinze anos, no Estado do Rio de Janeiro.

3. Vício de iniciativa, violador da independência e harmonia entre os poderes e da competência privativa do Chefe do Poder Executivo. Maltrato dos artigos 2º, 22, XXVII, 37, 61, § 1º e 175, da Carta Federal e artigos 77, 7, 70 e 122, da Carta Estadual.

4. Precedente de Órgão Especial ao julgar dispositivo similar de Lei do Município de Cabo Frio (RI 15/2001).

5. Inconstitucionalidade declarada. No recurso extraordinário, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio

de Janeiro aponta contrariedade aos artigos 102, inciso I, alínea “a”, e 175, cabeça, da Carta de 1988 e busca seja assentada a inconstitucionalidade do citado artigo 19, § 1º, da Lei estadual nº 2.804/97.

Anoto constar, à folha 27 à 45 do processo, manifestação do ora requerente pela procedência do pedido relativo à declaração de inconstitucionalidade e suspensão da eficácia do mencionado dispositivo.

O processo é físico e encontra-se no Gabinete.2. Admito o Estado do Rio de Janeiro como terceiro interessado,

recebendo o processo no estágio em que se encontra. 3. Publiquem.Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.089 (683)ORIGEM : AC - 3914135100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RUBENS ORSI DE CAMPOS FILHOADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO

JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FENAJUFE

ADV.(A/S) : PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO ESTADO

DE SANTA CATARINA - SINPOFESCADV.(A/S) : SÉRGIO PIRES MENEZES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA DOS

SERVIDORES PÚBLICOS - ANDESPADV.(A/S) : WLADIMIR SÉRGIO REALE E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : SINDICATO DAS CLASSES POLICIAIS CIVIS NO

ESTADO DO PARANÁ - SINCLAPOLADV.(A/S) : NAOTO YAMASAKI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS

DO BRASIL - AMEBRASILADV.(A/S) : JOSÉ DO ESPÍRITO SANTOASSIST.(S) : SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DE LONDRINA E

REGIÃO - SINDIPOLADV.(A/S) : RAUL CANAL E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS INVESTIGADORES DE POLÍCIA

DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : FERNANDO FABIANI CAPANO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO UNIÃO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DOUGLAS MATTOS LOMBARDI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES FEDERAIS DOS EX-

TERRITÓRIOS E DO ANTIGO DISTRITO FEDERAL DO BRASIL-AMFETADF

ADV.(A/S) : JOSÉ JERONIMO FIGUEIREDO DA SILVA E OUTRO(A/S)

INTDO.(A/S) : SINDICATO SERVIDORES PODER LEGISLATIVO FEDERAL E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - SINDILEGIS

ADV.(A/S) : AFONSO CARLOS MUNIZ MORAES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃO DOS AUDITORES FEDERAIS DE CONTROLE

EXTERNO - AUDITARADV.(A/S) : JULIANO COSTA COUTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DOS PROCURADORES DA

FAZENDA NACIONAL - SINPROFAZADV.(A/S) : HUGO MENDES PLUTARCOINTDO.(A/S) : FÓRUM NACIONAL DE ADVOCACIA PÚBLICA

FEDERAL (FORUM)ADV.(A/S) : HUGO MENDES PLUTARCOINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO DISTRITO

FEDERAL - SINDIPOL/DFADV.(A/S) : ANTONIO RODRIGO MACHADO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA SUCEN -

ASSUCENADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA B. LOPES VIVASINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS GUARDAS

MUNICIPAIS - ABRAGUARDASADV.(A/S) : REGINALDO LUIZ DA SILVAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS CABOS E SOLDADOS DA POLÍCIA

MILITAR E BOMBEIROS MILITAR DE GOIÁSADV.(A/S) : JOSÉ MARIA SILVA SOBREIRO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DEFENSORES

PÚBLICOS FEDERAIS - ANADEFADV.(A/S) : RAFAEL DA CÁS MAFFINIINTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISINTDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOINTDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAINTDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 123

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - SINTUFALADV.(A/S) : NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO ESTADO

DA BAHIA - SINDIPOL/BAADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS CAMINHAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS

ESTADUAIS - ANAMAGESADV.(A/S) : DANIEL CALAZANS PALOMINO TEIXEIRA E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS

AUTÁRQUICOS NOS ENTES DE FORMULAÇÃO, PROMOÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA POLÍTICA DA MOEDA E DO CRÉDITO - SINAL

ADV.(A/S) : VERA MIRNA SCHMORANTZ E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DE CIÊNCIA,

TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA - ASFOC -SN

ADV.(A/S) : ROGÉRIO ROCHA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO

PÚBLICO FEDERAL - ASMPFADV.(A/S) : CRISTIANO LUIZ BRANDÃO CUNHA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES

PÚBLICOS - CNSPADV.(A/S) : JÚLIO BONAFONTEINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO

PODER JUDICIÁRIO - ANSJADV.(A/S) : JÚLIO BONAFONTEINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO

DE POLÍCIA FEDERAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-SINPEF/RN

ADV.(A/S) : DANIELLE GUEDES DE ANDRADE RICARTEINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TÉCNICOS-CIENTÍFICOS DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL-SINTERGSADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO DA FONTOURA JAPUR E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - CONDSEFADV.(A/S) : JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM

ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE BRASÍLIA-SINDSAÚDE

ADV.(A/S) : LEONARDO CHAGASINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -SIND-JUSTIÇA

ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDIFISCO NACIONAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES-FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

ADV.(A/S) : PRISCILLA MEDEIROS DE ARAÚJO BACCILE E OUTRO(A/S)

INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO ESTADO DO PARANÁ - SIDEPOL

ADV.(A/S) : MILTON MIRÓ VERNALHA FILHO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS AUDITORES-FISCAIS

DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - ANFIPADV.(A/S) : ARTHUR HENRIQUE DE PONTES REGISINTDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES DAS

AGÊNCIAS NACIONAIS DE REGULAÇÃO - SINAGÊNCIAS

ADV.(A/S) : JOSE LUIS WAGNER E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO

BRASIL - CSPBADV.(A/S) : JOSÉ OSMIR BERTAZZONI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DOS ANALISTAS TRIBUTÁRIOS

DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - SINDIRECEITAADV.(A/S) : ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO

PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS - SINDIPÚBLICOADV.(A/S) : OTÁVIO ALVES FORTE E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO PODER

JUDICIÁRIO E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO NO DISTRITO FEDERAL - SINDJUS/DF

ADV.(A/S) : IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS MINEIROS -

AMAGISADV.(A/S) : JOSE EDUARDO VECCHI PRATES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO RIO

GRANDE SO SUL - SINDJUS/RSADV.(A/S) : JORGE AIRTON BRANDAO YOUNG E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS EFETIVOS E

ESTÁVEIS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - SINFEEAL

ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS PINTO DA SILVAINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO

PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL - SIMPE/RSADV.(A/S) : JEVERTON ALEX DE OLIVEIRA LIMA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

MUNICIPAIS DE SÃO PAULO - APROFEMADV.(A/S) : ANA CRISTINA DE MOURA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA PROCURADORIA-

GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL-SINDISPGE/RS

ADV.(A/S) : JEVERTON ALEX DE OLIVEIRA LIMA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS

UNIVERSIDADES PÚBLICAS ESTADUAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - SINTUPERJ

ADV.(A/S) : JORGE ALVARO DA SILVA BRAGA JUNIORINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOADV.(A/S) : VITOR RIZZO MENECHINIINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO

MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDAADV.(A/S) : VICTOR JACOMO DA SILVAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS CABOS E SOLDADOS DA POLÍCIA

MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : LICÍNIO CELESTINO FERREIRAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO

GRANDE DO SULADV.(A/S) : RAFAEL DA CÁS MAFFINIINTDO.(A/S) : ASSOCIACAO DOS OFICIAIS, PRACAS E

PENSIONISTAS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SAO PAULO

ADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS DO

ESTADO DE SAO PAULOADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ADEPOM - ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DOS POLICIAIS

MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CENTRO ASSOCIATIVO DOS PROFISSIONAIS DE

ENSINO DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTOASSIST.(S) : SINDICATO DOS GUARDAS CIVIS METROPOLITANOS

DE SÃO PAULOADV.(A/S) : RODRIGO DE AZEVEDO FERRÃO E OUTRO(A/S)ASSIST.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES DO RIO GRANDE DO SUL -

AJURISADV.(A/S) : RAFAEL DA CÁS MAFFINIINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS SECRETARIAS DE

FINANÇAS DAS CAPITAIS BRASILEIRAS - ABRASFADV.(A/S) : RICARDO ALMEIDA RIBEIRO DA SILVAINTDO.(A/S) : SISEPE - SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

NO ESTADO DO TOCANTINSADV.(A/S) : ROGÉRIO GOMES COELHOINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROCURADORES

MUNICIPAIS - ANPMADV.(A/S) : TATIANA ROBLES SEFERJANINTDO.(A/S) : FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS DOS

SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DO RIO DE JANEIRO - FASP/RJ

ADV.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS MARTINS VIANNA E OUTRO(A/S)

INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - ASAV-SIDICATO

ADV.(A/S) : JOÃO MARCOS FONSECA DE MELO E OUTRO(A/S)

Petição/STF nº 12.185/2015 DECISÃO VENCIMENTO – REPOSIÇÃO DO PODER AQUISITIVO – INÉRCIA

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – ATO OMISSIVO – INDENIZAÇÃO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JULGAMENTO INICIADO – ASSOCIAÇÃO – ADMISSÃO COMO TERCEIRO.

1. Juntem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 124

2. O Gabinete prestou as seguintes informações:A Associação dos Servidores Técnicos Administrativos da

Universidade Federal de Viçosa – ASAV-SINDICATO requer a admissão no processo como interessada. Discorre sobre o mérito do recurso e alega a relevância do tema em debate para a categoria que representa. Apresenta procuração e documentos constitutivos.

No extraordinário, discute-se o direito dos servidores públicos a indenização ante a inobservância da cláusula de reposição do poder aquisitivo dos vencimentos – artigo 37, inciso X, da Carta da República.

O Tribunal, em 17 de dezembro de 2007, reconheceu a existência de repercussão geral da matéria constitucional suscitada.

A apreciação do recurso foi iniciada em 9 de junho de 2011. Vossa Excelência votou pelo provimento do recurso, seguindo-se pedido de vista formalizado pela ministra Cármen Lúcia, que, em 3 de abril de 2014, acompanhou Vossa Excelência, tendo o ministro Roberto Barroso se pronunciado pelo desprovimento. Em 2 de outubro de 2014, os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber e Gilmar Mendes votaram pelo desprovimento do recurso e o ministro Luiz Fux pelo provimento. A assentada foi suspensa em razão do pedido de vista formulado pelo ministro Dias Toffoli.

3. O tema em debate possui repercussão ímpar ante a inércia do Poder Público considerado o ditame constitucional. Haveria risco na admissão indeterminada de terceiros, das inúmeras entidades sindicais e associativas de servidores. Ficaria comprometido o próprio julgamento, mas este foi iniciado, já foram feitas as sustentações da tribuna, seguindo-se ao voto que proferi, no sentido do provimento do recurso, o pedido de vista da Ministra Cármen Lúcia. Sua Excelência, em 3 de abril de 2014, acompanhou-me, tendo o ministro Roberto Barroso se pronunciado pelo desprovimento. Em 2 de outubro de 2014, os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber e Gilmar Mendes votaram pelo desprovimento do recurso e o ministro Luiz Fux pelo provimento. A assentada foi suspensa em razão do pedido de vista formalizado pelo ministro Dias Toffoli. O terceiro, assistente de uma das partes, recebe o processo no estágio em que se encontra.

4. Defiro o pedido formulado.5. Publiquem.Brasília, 26 de março de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.200 (684)ORIGEM : APCRIM - 2976787 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁRECDO.(A/S) : NATALÍCIO JOSÉ DOS SANTOSADV.(A/S) : EUROLINO SECHINEL DOS REIS

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público do Estado do Paraná contra acórdão do Tribunal de Justiça estadual proferido nos autos da Apelação Criminal n. 0297678-7 e assim ementado (fl. 175):

APELAÇÃO CRIMINAL. RECONHECIMENTO DE CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS E POSTERIOR FIXAÇÃO DA PENA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. POSSIBILIDADE TÃO-SOMENTE COM RELAÇÃO À CENSURABILIDADE DA CONDUTA E CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME. INQUÉRITOS POLICIAIS E AÇÕES PENAIS EM CURSO NÃO CONFIGURAM ANTECEDENTES CRIMINAIS. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUÇÃO DE INOCÊNCIA. READEQUAÇÃO DAS PENAS. APELO PARCIALMENTE PROVIDO.

No recurso extraordinário, interposto com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, alega-se que o acórdão recorrido violou o art. 5º, caput, incisos I, XLVI e LVII, da Constituição Federal de 1988 (fl. 237-268).

O Tribunal a quo admitiu a irresignação, porquanto presentes os requisitos legais (fl. 305-307).

No mérito, requer-se o conhecimento e o provimento do recurso para, reconhecendo-se contrariedade aos dispositivos referidos, os diversos registros policiais e judiciais de natureza criminal existentes em nome do réu Natalício José dos Santos sejam considerados no cálculo da pena-base, a título de maus antecedentes.

Nesta Corte, o então relator, Min. Cezar Peluso, determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para fins do art. 543-B do CPC (fl. 332-333).

O Tribunal de origem, sob fundamentação da necessidade de entrega jurisdicional e diante do do perigo do esvaziamento da eficácia da pretensão, determinou a devolução a esta Corte (fl. 346).

É o relatório. Decido. Inicialmente, verifico que o Tribunal a quo, antes de encaminhar o

processo a esta Corte – remessa feita em 5.2.2015 (fl. 348) - deixou de observar que o tema (nº 129), balizador do sobrestamento deste feito, foi julgado em 17.12.2014, sendo o acórdão publicado no DJe em 26.2.2015.

Contudo, deixo de devolver o processo à origem e passo a julgar o

pleito recursal, registrando que o Pleno do STF, ao julgar o RE 591.054/SC, de relatoria do Min. Marco Aurélio, firmou orientação no sentido de que a existência de inquéritos policiais ou de ações penais sem trânsito em julgado não pode ser considerada como maus antecedentes para fins de dosimetria da pena. Eis a ementa:

PENA – FIXAÇÃO – ANTECEDENTES CRIMINAIS – INQUÉRITOS E PROCESSOS EM CURSO – DESINFLUÊNCIA. Ante o princípio constitucional da não culpabilidade, inquéritos e processos criminais em curso são neutros na definição dos antecedentes criminais. (RE 591.054/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, Repercussão Geral – Mérito, Dje 26.2.2015)

Ressalto que, na ocasião, ficou consignado que, para efeito de aumento da pena, somente podem ser valoradas como maus antecedentes decisões condenatórias irrecorríveis, sendo impossível considerar para tanto investigações preliminares ou processos criminais em andamento, mesmo que estejam em fase recursal, sob pena de violação ao artigo 5º, inciso LIVV (presunção do estado de inocência), do texto constitucional.

Assim, à luz do entendimento adotado por esta Corte, verifico que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não merece reparos, porquanto em consonância com o julgamento do mérito da repercussão geral.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente recurso extraordinário (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.315 (685)ORIGEM : PROC - 200836007004496 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SILVANA CASTILHOADV.(A/S) : SILAS PARRA TEIXEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 807. ARE 865.645-RG. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 807, ARE 865.645, Rel. Min. Luiz Fux).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.737 (686)ORIGEM : AC - 70028835452 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JUSSARA MARIA TEIXEIRA GOMESADV.(A/S) : JUSSARA GUGELRECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE BENTO GONCALVESADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ BASSO

DESPACHO:Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 643.185 (687)ORIGEM : AC - 200370020051818 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : KLAUS AUGUSTO DOLINSKIADV.(A/S) : ARNALDO RIZZARDORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO:Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

entendeu não ser devida ao recorrente indenização por danos morais e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 125

materiais em razão de prisão provisória, flagrante e preventiva e posterior absolvição, por insuficiência de provas, pelo Poder Judiciário.

O recurso extraordinário não deve ser acolhido, uma vez que a adoção de entendimento diverso do manifestado pelo acórdão recorrido exigiria o reexame dos fatos e do material probatório constante dos autos, o que é inviável neste momento processual. Incide, pois, a Súmula 279/STF. Nesse sentido, vejam-se os seguintes precedentes das duas Turmas desta Corte:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Responsabilidade civil do Estado. Prisões cautelares determinadas no curso de regular processo criminal. Posterior absolvição do réu pelo júri popular. Dever de indenizar. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Ato judicial regular. Indenização. Descabimento. Precedentes.

1. O Tribunal de Justiça concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que não restaram demonstrados, na origem, os pressupostos necessários à configuração da responsabilidade extracontratual do Estado, haja vista que o processo criminal e as prisões temporária e preventiva a que foi submetido o ora agravante foram regulares e se justificaram pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, não caracterizando erro judiciário a posterior absolvição do réu pelo júri popular. Incidência da Súmula nº 279/STF.

2. A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que, salvo nas hipóteses de erro judiciário e de prisão além do tempo fixado na sentença - previstas no art. 5º, inciso LXXV, da Constituição Federal -, bem como nos casos previstos em lei, a regra é a de que o art. 37, § 6º, da Constituição não se aplica aos atos jurisdicionais quando emanados de forma regular e para o fiel cumprimento do ordenamento jurídico.

3. Agravo regimental não provido.” (ARE 770.931-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. PRISÃO EM FLAGRANTE. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 719.987-AgR, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia, Segunda Turma)

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.944 (688)ORIGEM : APCRIM - 20100064500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SEBASTIÃO FIGUEIRA DA SILVAADV.(A/S) : FREDERICO GUSTAVO TÁVORARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAZONAS

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do

Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas que negou provimento ao recurso da defesa e manteve sentença que condenou o ora recorrente à pena de 11 anos e 8 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática, em concurso formal, de dois crimes de homicídio, sendo um consumado (art. 121, caput, do CP) e outro tentado (art. 121, c/c o 14, II, co CP).

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, LV e XLVI, da Constituição. Aduz que “se verifica ofensa ao princípio da ampla defesa, vez que o Recorrente foi impedido, indevidamente, de produzir prova que tinha direito de produzir”. Afirma que “houve nulidade absoluta decorrente da ausência do promotor de justiça na audiência de inquirição da testemunha de defesa”. Por fim, alega que “ levando em consideração a incorreta equação das circunstâncias judiciais do art. 59 do CP, necessário reconhecer a contrariedade ao princípio da individualização da pena”.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem da ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“[...] II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta

aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

Ademais, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral da questão relativa ao indeferimento, pelo juiz, de determinada diligência probatória. Nessa linha, veja-se a ementa do ARE 639.228 RG, Rel. Min. Cezar Peluso:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional.”

Incide, ainda, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a controvérsia relativa à individualização da pena passa necessariamente pelo exame prévio da legislação infraconstitucional. Nesse sentido, vejam-se o AI 797.666-AgR, Rel. Min Ayres Britto; o AI 796.208-AgR, Rel Min. Dias Toffoli; e o RE 505.815-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

Quanto à alegada “nulidade absoluta decorrente da ausência do promotor de justiça na audiência de inquirição da testemunha de defesa”, o Supremo Tribunal Federal tem entendimento no sentido de que “a ausência do promotor de justiça nas audiências de interrogatório e inquirição de testemunhas não tem o condão, por si só, de provocar a nulidade do feito” (HC 108.324, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Por fim, para chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindível seria uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimento inviável em recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 693.083 (689)ORIGEM : AI - 0266022009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORECDO.(A/S) : MARIA TEREZA SILVA DE ANDRADEADV.(A/S) : CHRISTIAN BARROS PINTO

Decisão:Vistos.Estado do Maranhão interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO ORDINÁRIA – TUTELA ANTECIPADA – NÃO APLICAÇÃO DA VEDAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 1º, § 3º, DA LEI 8.437/92 – NOVO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS – REDUÇÃO DE PROVENTO – AUSÊNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL (contraditório e ampla defesa) – IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTO – DESNECESSIDADE DE REEXAME NECESSÁRIO – VERBA DE CARÁTER ALIMENTAR – DISPENSADO O USO DE PRECATÓRIO.

I – Destarte, em relação à impossibilidade de antecipação de tutela contra a Fazenda Pública, nos termos do artigo 1º, § 3º, da Lei n.º 8.437/92, cabe ser dito que, a limitação ali contida, deve ser analisada de forma criteriosa (com cautela) afim de evitar restrição ao princípio da inafastabilidade da jurisdição (CF, art. 5º, XXXV) e, consequentemente, ao poder dever do Estado-Juiz de dizer o direito. Nesse sentido, calha ser destacado o entendimento pacificado pelo Pretório Excelso através da Súmula 729, cujo teor autoriza a antecipação de tutela em feitos de natureza previdenciária.

II – In casu, a verossimilhança da pretensão recursal restou patente diante do acervo probatório coligido aos autos (fls. 82/84), de onde se pode inferir que a recorrente teve um abatimento nos seus proventos, sob pálido argumento de houve ‘equívoco na interpretação do parágrafo 2° do art. 16 da Lei n.º 8.331/2002’, não lhe sendo assegurado em contrapartida, o direito ao devido processo legal, ao contraditório e ampla defesa, num flagrante ato de ilegalidade e abuso do poder da autotutela.

III – Por certo, sobre o caso em estudo, merece ser salientado que o servidor público, assim como o pensionista, não possui direito adquirido a regime jurídico relacionado à composição dos vencimentos. Entretanto, há de ser resguardada a garantia constitucional da irredutibilidade de vencimento e proventos, devendo a eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente, preservar o montante global da remuneração, não produzindo em consequencia, decesso de caráter pecuniário. Ressalte-se, não se trata de concessão inicial de aposentadoria, mas, de suposto controle de legalidade praticado muito tempo após a concessão inicial do júbilo laboral, deferido há 26 (vinte e seis) anos, fato esse que certamente recomendava a competente instauração do processo administrativo.

IV – De outro lado, existe nítida distinção entre tutela antecipada e sentença definitiva. A decisão deferitória da tutela antecipada não se submete ao princípio do duplo grau de jurisdição, como condição de sua efetivação, posto que se encontra exatamente destinada a ter eficácia imediata e apta a produzir os efeitos práticos no patrimônio da parte afetada, uma vez configurada a situação de urgência. Igualmente, a tutela antecipada não é

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 126

compatível (leia-se, não se submete) com a regra do precatório, porquanto, a natureza alimentícia que reveste o crédito em questão, dispensa nos termos da cabeça do artigo 100,d a CF?88, o uso de precatório.

V – Recurso conhecido e provido. Por maioria.” (fl. 396/397)Sustenta o recorrente, em suma, violação do artigo 100 da

Constituição Federal.O parecer do Ministério Público Federal é pelo “não conhecimento do

recurso extraordinário” (fls. 562 a 567).Decido.A irresignação merece prosperar, em parte.O Tribunal de origem manteve a decisão de primeiro grau que

determinou o seguinte:“Desta feita, a plausibilidade da pretensão recursal (reforma), aliada

ao perigo de dano, autorizam a aplicabilidade da tutela preconizadora nos artigo 527, III e 558, caput, todos dos Código de Processo Civil, aptos a permitirem in limine o deferimento da liminar requerida, de modo que determino ao agravado, através da sua Secretaria de Estado de Administração e Previdência Social – SEPAS -, que recomponha os proventos da agravada, nos moldes percebidos até o mês de fevereiro de 2008, restituindo-lhe a quantia já subtraída, bem como, abstenção de levar a efeito qualquer ato que importe no decesso ora combatido, até o julgamento de mérito do presente recurso” (fl. 273)

Com efeito, no tocante à aferição perpetrada pelo Tribunal de origem acerca dos critérios autorizadores para a concessão liminar, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de ser incabível recurso extraordinário contra decisão que concede ou denega a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional. Sobre o tema, assim decidiu a Primeira Turma, nos termos do voto do Senhor Ministro Moreira Alves , Relator:

“Esta Primeira Turma, ao julgar o RE 232.387, decidiu que não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere liminar por entender que ocorrem os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, porquanto o que o aresto afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que os fundamentos jurídicos alegados (no caso, constitucionais) eram relevantes, e isso, evidentemente, não é manifestação conclusiva da procedência deles para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra a do inciso III do artigo 102 da Constituição, que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo.

A mesma fundamentação serve para não se conhecer de recurso extraordinário contra acórdão que dá provimento a agravo de instrumento, para reformar, por entender, em última análise, que há verossimilhança - e não manifestação conclusiva de procedência - da alegação para a obtenção da tutela antecipada, indeferida por decisão interlocutória de primeira instância. Recurso extraordinário não conhecido” (RE nº 315.052/SP, DJ de 28/6/02).

No mesmo sentido, anote-se: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACÓRDÃO QUE CONFIRMA

DEFERIMENTO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN MORA - INVIABILIDADE DO APELO EXTREMO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

Não cabe recurso extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios - precisamente porque fundados em mera verificação não conclusiva da ocorrência do periculum in mora e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição da República. Precedentes” (AI nº 597.618/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello , DJ de 29/6/07).

“Tutela antecipada: recurso extraordinário: inviabilidade: decisão recorrida de natureza não definitiva. Precedente - RE 263.038, 1ª T., Pertence, DJ 28.04.2000; Súmula 735” (AI nº 581.322/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 10/8/06).

Por outro lado, o acórdão recorrido divergiu da jurisprudência da Corte firmada no sentido de que os pagamentos devidos pela Fazenda Pública devem ser cumpridos por meio de expedição de precatório ou Requisição de Pequeno Valor - RPV, conforme o valor do débito Nesse sentido, anote-se:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DÉBITOS DA FAZENDA PÚBLICA. DECISÃO CONCESSIVA DE MANDADO DE SEGURANÇA. PAGAMENTO SUBMETIDO AO REGIME DE PRECATÓRIO. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que os débitos da Fazenda Pública oriundos de decisão concessiva de mandado de segurança devem ser pagos pelo regime de precatório. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE nº 639.219/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 1º/10/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. DÉBITO PROVENIENTE DE SENTENÇA CONCESSIVA EM MANDADO DE SEGURANÇA. SISTEMA DE PRECATÓRIO. ARTIGO 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. 1. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública estão adstritos ao sistema de

precatórios, nos termos do que dispõe o artigo 100 da Constituição Federal, o que abrange, inclusive, as verbas de caráter alimentar, não se excluindo dessa sistemática o simples fato do débito ser proveniente de sentença concessiva de mandado de segurança. (Precedentes: AI n. 768.479-AgR, Relator o Ministro Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 7.5.10; AC n. 2.193 REF-MC, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 23.4.10; AI n. 712.216-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 18.09.09; RE n. 334.279, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ de 20.08.04, entre outros). 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: EMENTA: Agravo – Mandado de Segurança – Licença-prêmio não gozada – Pagamento que é imediato – Posição tranquila da jurisprudência – Trata-se de restauração de situação de ilegalidade e ilegitimidade por omissão da Administração – Dá-se provimento ao recurso, para o cumprimento do pagamento em 30 dias, restabelecendo o v. Despacho do MM. Juiz de fls. 66 deste autos. 3. Ademais, o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 602.184/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/2/12).

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PAGAMENTO DEVIDO PELA FAZENDA PÚBLICA. SISTEMA DE PRECATÓRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. OBSERVÂNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que todo pagamento devido pela Fazenda Pública está adstrito ao sistema de precatórios estabelecido na Constituição, o que não exclui, portanto, a situação de ser derivado de sentença concessiva de mandado de segurança. Precedentes. II - Agravo improvido” (AI nº 712.216/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 18/09/09).

“PRECATÓRIO - DISCIPLINA CONSTITUCIONAL - FINALIDADE - CRÉDITO DE NATUREZA ALIMENTÍCIA - SUBMISSÃO NECESSÁRIA AO REGIME CONSTITUCIONAL DOS PRECATÓRIOS - CF, ART. 100, CAPUT - RE CONHECIDO E PROVIDO. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao interpretar o alcance da norma inscrita no caput do art. 100 da Constituição, firmou-se no sentido de, considerar imprescindível, mesmo tratando-se de crédito de natureza alimentícia, a expedição de precatório, ainda que reconhecendo, para efeito de pagamento do débito fazendário, a absoluta prioridade da prestação de caráter alimentar sobre créditos ordinários de índole comum. Precedentes. O processo de execução por quantia certa contra a fazenda pública rege-se, nos termos do que se prescreve a própria Constituição, por normas especiais que se estendem a todas as pessoas jurídicas de direito público interno, inclusive às entidades autárquicas. O sentido teleológico da norma inscrita no caput do art. 100 da Carta politíca - cuja gênese reside, no que concerne aos seus aspectos essenciais, na Constituição Federal de 1934 (art.182) - objetiva viabilizar, na concreção do seu alcance a submissão incondicional do Poder Público ao dever de respeitar o princípio que confere preferência jurídica a quem dispuser de precedência cronológica (prior in tempore, potior in jure)” (RE nº 181.599/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 15/9/95).

Anote-se, por fim, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 751.331/PI, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 29/9/14; e RE nº 751.368/PI, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/10/13.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput e § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe parcial provimento para, nos termos da fundamentação, determinar a expedição de RPV ou precatório para o pagamento dos valores pretéritos concedidos, conforme o valor da condenação.

Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 712.013 (690)ORIGEM : PROC - 50053590820124047102 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DANILO PEDRO CEREZERADV.(A/S) : LUCIANA INÊS RAMBO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFMSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Danilo Pedro Cerezer. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV, XXXV, LV, LIV, 93, IX, 37, XV, 40, § 4, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 127

Na compreensão desta Suprema Corte, o texto constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões de seu convencimento, sem necessidade, contudo, do exame detalhado de cada argumento esgrimido pelas partes. Cito precedentes:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral” (AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, por maioria, DJe 13.8.2010).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RE LEGAL CURSO EXTRAORDINÁRIO PRESTAÇÃO JURISDICIONAL DEVIDO PROCESSO. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé” (ARE 721.783-AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, Dje 12.3.2013).

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005; STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005; STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002 e STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Acresço que a discussão travada nos autos não alcança status constitucional. O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXVI e LV, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Cito precedentes:

“DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. DECISÃO FUNDAMENTADA. Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. A simples contrariedade da parte não configura ausência de fundamentação. Agravo regimental a que se nega provimento”(AI 842.445-AgR/RJ, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 16.4.2012).

“A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República” (AI 745.285-AgR/PE, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, unânime, DJe 1º.02.2012).

A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional (Leis n. 11.344/2006 e n. 8.112/90), o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido:

“O Supremo Tribunal Federal assentou que a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de afronta ao direito adquirido, se dependente da análise prévia da legislação infraconstitucional, configuraria ofensa constitucional indireta”(AI 710.028-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ 20.6.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 741 DO CPC. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 554.008-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 6.6.2008).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. FORMA DE CÁLCULO DE PROVENTOS. CONTROVÉRSIA DECIDIDA CENTRALMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. ART. 192 DA LEI 8.112/90. PRECEDENTES. 1. A ofensa à Magna Carta Federal, se existente, apenas ocorreria de forma reflexa ou indireta. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 528.348-AgR/RS, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 7.5.2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CÁLCULO DE PROVENTOS. ACUMULAÇÃO DE QUINTOS E VANTAGENS. ART. 192 DA LEI N. 8.112/1990. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 380.378-AgR/RS, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 13.3.2009).

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 715.254 (691)ORIGEM : AC - 200383000155537 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JORGE AMORIM BAPTISTA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO DE FARIAS MARTORELLI E

OUTRO(A/S)

DECISÃO:Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

decidiu controvérsia acerca da existência de responsabilidade civil do Estado, fundada nos art. 37, § 6º, da Constituição Federal.

O recurso não pode ser provido. O Supremo Tribunal Federal já assentou que os elementos configuradores da responsabilidade objetiva do Estado são: (i) existência de dano; (ii) prova da conduta da Administração; (iii) presença do nexo causal entre a conduta administrativa e o dano ocorrido; e (iv) ausência de causa excludente da responsabilidade. Veja-se, nesse sentido, a ementa do AI 734.689-AgR-ED, julgado sob a relatoria do Ministro Celso de Mello:

“INADMISSIBILIDADE RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO PODER PÚBLICO ELEMENTOS ESTRUTURAIS TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO FATO DANOSO ( MORTE ) PARA O OFENDIDO ( MENOR IMPÚBERE ) RESULTANTE DE TRATAMENTO MÉDICO INADEQUADO EM HOSPITAL PÚBLICO PRESTAÇÃO DEFICIENTE , PELO DISTRITO FEDERAL, DO DIREITO FUNDAMENTAL A SAÚDE, INDISSOCIÁVEL DO DIREITO À VIDA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS .

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim , viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes .

- Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem ( a ) a alteridade do dano, ( b ) a causalidade material entre o eventus damni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, ( c ) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa específica condição , incidido em conduta comissiva ou omissiva , independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional e ( d ) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes .

A omissão do Poder Público, quando lesiva aos direitos de qualquer pessoa, induz à responsabilidade civil objetiva do Estado, desde que presentes os pressupostos primários que lhe determinam a obrigação de indenizar os prejuízos que os seus agentes, nessa condição , hajam causado a terceiros. Doutrina . Precedentes .

- A jurisprudência dos Tribunais em geral tem reconhecido a responsabilidade civil objetiva do Poder Público nas hipóteses em que o eventus damni ocorra em hospitais públicos ( ou mantidos pelo Estado), ou derive de tratamento médico inadequado , ministrado por funcionário público, ou , então, resulte de conduta positiva ( ação ) ou negativa ( omissão ) imputável a servidor público com atuação na área médica.

- Configuração de todos os pressupostos primários determinadores do reconhecimento da responsabilidade civil objetiva do Poder Público, o que faz emergir o dever de indenização pelo dano pessoal e/ou patrimonial sofrido.”

O Tribunal de origem decidiu sobre a existência dos elementos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 128

ensejadores da responsabilidade objetiva do Estado, na hipótese, amparado nos fatos e no material probatório constante dos autos. Nessas condições, incide o disposto na Súmula 279/STF.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: ARE 738.121-AgR. Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 842.715-AgR; Rel.ª Min.ª Rosa Weber; e ARE 723.824-AgR, Rel. Min. Luiz Fux.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 734.880 (692)ORIGEM : AI - 50115341820114040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARCIA EROTIDES MATTOS PEREIRA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : DULCINÉIA COSTA MENEGATTI

DECISÃOVistosEsta Corte concluiu pela existência da repercussão geral da matéria

constitucional versada nestes autos ao examinar o RE nº 579.431/RS. O assunto corresponde ao Tema nº 96 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet, no qual se discute “à luz do art. 100, §§ 1º e 4º, da Constituição Federal, se são devidos, ou não, os juros de mora no período compreendido entre a data da conta de liquidação e a expedição do requisitório”.

Ante o exposto, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que seja aplicado, quanto ao presente apelo extremo, o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 20 de abril de 2015.

MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 734.992 (693)ORIGEM : AI - 5962945100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJALRECDO.(A/S) : ARNALDO CARDOSO DINIZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SILVIO VALENTIM VALENTE

DECISÃO:Vistos.Município de Santo André interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Agravo de instrumento – Desapropriação – Cálculo da contadoria judicial para inclusão dos juros moratórios e compensatórios – Juros moratórios e compensatórios incidentes – Inteligência do art. 33 do ADCT – dever de pagar a justa indenização – Recurso não provido”(fls. 692).

Opostos embargos de declaração (fls. 697 a 704), foram rejeitados (fls. 708 a 711).

Alega o recorrente violação dos artigos 5º, incisos XXIV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição Federal e 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação.A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as

alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal,

da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02)

Por outro lado, o Tribunal de origem negou provimento ao recurso de agravo de instrumento manejado pelo Município de Santo André para manter a decisão que determinou o seguinte:

“A revisão do cálculo do precatório mediante a exclusão dos juros compensatórios e a utilização de índice diverso da tabela do DEPRE-TJ se mostra contrária ao ordenamento jurídico vigente, em especial à coisa julgada e ao direito adquirido vigente, e já foi apreciada na decisão proferida às fls. 522.

(…)Assim sendo, por absoluta falta de amparo legal rejeito a pretensão

da Municipalidade, para homologar os cálculos apresentados pelos expropriados (fls. 538/539), para pagamento de diferença de precatório da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª parcela.

Expeça-se o competente ofício requisitorio, conforme requerido às fls. 548.”

Desse modo, vê-se que as instâncias de origem reconheceram a existência de coisa julgada, na medida em que foi determinado o cômputo de juros moratórios e compensatórios na forma em que consta na sentença que transitara em julgado.

Ocorre que essa discussão restou atingida pela preclusão, uma vez que não pode ser revista em sede de recurso extraordinário e não foi interposto recurso especial para tratar desse tema. Destarte, sendo suficiente o fundamento infraconstitucional adotado pelo acórdão recorrido, incide na espécie a orientação da Súmula nº 283 desta Corte, que assim dispõe, in verbis:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”.

Ademais, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de não admitir, em recurso extraordinário, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação, aplicação ou mesmo inobservância de normas infraconstitucionais.

No caso em tela, para que se pudesse decidir de forma diversa do acórdão recorrido, seria imprescindível a verificação dos limites objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação infraconstitucional.

Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:

“Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a indagação pertinente aos limites objetivos da ‘res judicata’ traduz controvérsia ‘que não se alça ao plano constitucional do desrespeito ao princípio de observância da coisa julgada, mas se restringe ao plano infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento do recurso extraordinário’ (RE 233.929/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei).

Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse mesmo entendimento jurisprudencial:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA - INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Se a discussão em torno da integridade da coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da res judicata, revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter infraconstitucional, podendo configurar, quando muito, situação de conflito indireto com o texto da Carta Política, circunstância essa que torna inviável o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.’

(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem sido

observada em sucessivas decisões proferidas no âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 129

AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM).

Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em causa, não vejo como dele inferir o pretendido reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em torno da definição dos limites subjetivos ou objetivos pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia impregnada de natureza eminentemente infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)” (DJ de 17/10/03).

No mesmo sentido, trago os seguintes precedentes proferidos em casos semelhantes ao dos autos:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. 2. Por outro lado, tratando-se de pleito que visa a definir o alcance do dispositivo de sentença transitada em julgado, também se mostra incabível o acolhimento em recurso extraordinário, por se tratar de questão de natureza jurídica infraconstitucional, que desafiaria recurso especial. A questão só poderia ser alçada ao crivo do Supremo mediante recurso de pronunciamento de colegiado do Superior Tribunal de Justiça, em última instância. Todavia, o recurso especial foi desprovido e já certificado o trânsito em julgado. Logo, preclusa a alegação, conforme bem sustentado pelos agravados. 3. A arguição do agravo demonstra inconformismo com a conclusão proferida na ponderação entre a norma do artigo 5º, XXXVI, e a do artigo 100, § 1º, ambas da Constituição de 1988, e o Verbete Vinculante nº 17. Isto é, pretende nova interpretação, que equivale a novo julgamento da causa, medida notadamente inviável. 4. Agravo Regimental a que se nega provimento (RE nº 651.134/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 8/11/12).

“JUROS – MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS – DÉBITO DA FAZENDA – COISA JULGADA – ARTIGO 33 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. O preceito do artigo 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias encerra uma nova realidade. Faculta-se ao recorrente a satisfação dos valores pendentes de precatórios, neles incluídos os juros remanescentes. Contudo, na espécie os juros foram inclusos considerada a premissa da coisa julgada” (ARE nº 680.311/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 21/9/12).

“FINANCEIRO. PRECATÓRIO. MÉTODO DE COBRANÇA DE JUROS. DISCUSSÃO BASEADA NA FORÇA DO TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE QUE NÃO FOI DEVIDAMENTE ATACADA. AGRAVO REGIMENTAL. Em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Excepcionalidade ausente. Caráter infraconstitucional confirmado. Fundamento suficiente e inatacado. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI nº 618.795/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/4/11).

Por fim, na espécie, não há que se falar na rediscussão das alegações atinentes ao preceito da justa indenização, cuja aferição, por demandar revolvimento de fatos, fica aqui obstada pelo disposto na Súmula 279 desta Corte.

Nesse sentido, ainda, os seguintes julgados: AI nº 556.364-AgR/RJ, relator o Ministro Sepúlveda Pertence; AI nº 589.240-AgR/RS, relator o Ministro Joaquim Barbosa; RE nº 450.137-AgR/SP, relator o Ministro Carlos Velloso; AI nº 563.516-AgR/SP, relator o Ministro Cezar Peluso; AI nº 450.519-AgR/SP, relator o Ministro Celso de Mello e AI nº 692.447, relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 744.354 (694)ORIGEM : EIEXEC - 0244166802012 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTO DE

POÇOS DE CALDAS - DMAEADV.(A/S) : MARCELA FURTADO CALIXTORECDO.(A/S) : WILSON INÁCIO DE MELOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MUNICÍPIO. VALOR IRRISÓRIO DO DÉBITO. EXTINÇÃO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE

DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 109. RE 591.033. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 109, RE 591.033, Rel Min. Ellen Gracie).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 750.563 (695)ORIGEM : AR - 70030805014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOÃO FRANCISCO SILVA DOS SANTOSADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO MAZULLO CERNICCHIARO E

OUTRO(A/S)

Decisão:Vistos.Instituto Nacional de Seguro Social - INSS interpõe recurso

extraordinário, com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do Primeiro Grupo de Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, assim ementado:

“AÇÃO RESCISÓRIA. MAJORAÇÃO DE PERCENTUAL AO CÁLCULO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. INCIDÊNCIA DE LEI NOVA MAIS BENÉFICA. VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI NÃO DEMONSTRADA.

Havendo a possibilidade de mais de uma interpretação à vertente legal em debate, não se caracteriza a violação literal a dispositivo de lei.

Acórdão rescindendo que deu interpretação razoável às normas de regência da questão à época da prolação.

AÇÃO RESCISÓRIA JULGADA IMPROCEDENTE” (fl. 340). Alega o recorrente violação dos artigos 5º, inciso XXXVI, e 195, § 5º,

da Constituição Federal.Contra-arrazoado, o recurso extraordinário foi admitido. Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral.

Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, preveem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos.

A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido da inaplicabilidade da Súmula 343 quando a matéria versada nos autos for de cunho constitucional, mesmo que a decisão objeto da rescisória tenha sido fundamentada em interpretação controvertida ou anterior à orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, o julgado proferido nos embargos de declaração no RE nº 328.812/AM, Relator o Ministro Gilmar Mendes, cuja ementa transcrevo:

“Embargos de Declaração em Recurso Extraordinário. 2. Julgamento remetido ao Plenário pela Segunda Turma. Conhecimento. 3. É possível ao Plenário apreciar embargos de declaração opostos contra acórdão prolatado por órgão fracionário, quando o processo foi remetido pela Turma originalmente competente. Maioria. 4. Ação Rescisória. Matéria constitucional. Inaplicabilidade da Súmula 343/STF. 5. A manutenção de decisões das

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 130

instâncias ordinárias divergentes da interpretação adotada pelo STF revela-se afrontosa à força normativa da Constituição e ao princípio da máxima efetividade da norma constitucional. 6. Cabe ação rescisória por ofensa à literal disposição constitucional, ainda que a decisão rescindenda tenha se baseado em interpretação controvertida ou seja anterior à orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal. 7. Embargos de Declaração rejeitados, mantida a conclusão da Segunda Turma para que o Tribunal a quo aprecie a ação rescisória”.

Anote-se, também os seguintes julgados:“CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. SUMULA STF 343.

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INAPLICABILIDADE. CONCESSÃO DE JUSTIÇA GRATUITA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. 1. É inaplicável a Súmula STF 343, quando a ação rescisória está fundamentada em violação literal a dispositivo da Constituição Federal. 2. A concessão de justiça gratuita, por depender da interpretação da legislação infraconstitucional e reexame de fatos e provas, é inviável nesta sede recursal. 3. Inexistência de argumento capaz de infirmar a decisão agravada, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 4. Agravo regimental improvido” (RE n° 564.781/ES-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 1°/7/09);

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. MATÉRIA CONSTITUCIONAL: CABIMENTO DA RESCISÓRIA CONTRA DECISÃO BASEADA EM INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIVA ANTERIOR À ORIENTAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 343. PRECEDENTE DO PLENÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE n° 500.043/GO-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 26/6/09).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE n° 569.140/BA, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 6/4/11; RE n° 579.740/PB, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 8/4/11; e RE n° 262.589/SC, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 12/2/10.

No mérito, merece prosperar a irresignação.Esta Corte concluiu pela existência da repercussão geral da matéria

constitucional versada nestes autos ao examinar o RE nº 613.033/SP, de minha relatoria. O assunto corresponde ao tema 388 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da “possibilidade, ou não, de revisão do auxílio-acidente concedido antes da entrada em vigor da Lei nº 9.032/95, com base em novo coeficiente de cálculo estabelecido na referida norma”.

Nesse julgamento, este Supremo Tribunal Federal também reafirmou a jurisprudência dominante acerca do tema, no sentido da impossibilidade de aplicação retroativa da majoração prevista na Lei nº 9.032/95 aos benefícios de auxílio-acidente concedidos anteriormente à vigência do referido diploma legal. Esse julgado restou assim ementado:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. LEI Nº 9.032/95. BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DE SUA VIGÊNCIA. INAPLICABILIDADE. JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA NA CORTE. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL. REAFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL” (DJe de 9/6/11).

Sobre o tema, anote-se, ainda, os seguintes precedentes:“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO ACIDENTE. LEI

NOVA. AUMENTO DO BENEFÍCIO. RETROAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - O benefício previdenciário de aposentadoria por invalidez deve ser regido pela lei vigente à época de sua concessão. II - Impossibilidade de retroação de lei nova para alcançar situações pretéritas. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 634.246/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 9/10/09).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - REVISÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS - INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 9.032/95 A BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DE SUA VIGÊNCIA - AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO, NESSE DIPLOMA LEGISLATIVO, DE SUA APLICAÇÃO RETROATIVA - INEXISTÊNCIA, AINDA, NA LEI, DE CLÁUSULA INDICATIVA DA FONTE DE CUSTEIO TOTAL CORRESPONDENTE À MAJORAÇÃO DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO - ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO COMO LEGISLADOR POSITIVO - VEDAÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os benefícios previdenciários devem regular-se pela lei vigente ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão. Incidência, nesse domínio, da regra 'tempus regit actum', que indica o estatuto de regência ordinariamente aplicável em matéria de instituição e/ou de majoração de benefícios de caráter previdenciário. Precedentes. - A majoração de benefícios previdenciários, além de submetida ao postulado da contrapartida (CF, art. 195, § 5º), também depende, para efeito de sua legítima adequação ao texto da Constituição da República, da observância do princípio da reserva de lei formal, cuja incidência traduz limitação ao exercício da atividade jurisdicional do Estado. Precedentes. - Não se revela constitucionalmente possível, ao Poder Judiciário, sob fundamento de isonomia, estender, em sede jurisdicional, majoração de benefício previdenciário, quando inexistente, na lei, a indicação da correspondente fonte de custeio total, sob pena de o Tribunal, se assim proceder, atuar na anômala condição de legislador positivo, transgredindo, desse modo, o princípio da separação de poderes. Precedentes. - A Lei nº 9.032/95, por não veicular qualquer cláusula autorizadora de sua aplicação retroativa, torna impertinente

a invocação da Súmula 654/STF” (RE nº 567.360/MG-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 7/8/09).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para afastar a aplicação da Lei nº 9.032/95 aos benefícios concedidos antes da vigência do referido diploma legal, com isenção do recorrido quanto ao pagamento de custas e verbas de sucumbência, nos termos do artigo 129, parágrafo único, da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 758.254 (696)ORIGEM : AC - 20100132078 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO PALAOROADV.(A/S) : ANTENOR LONGHI JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CHAPECÓADV.(A/S) : JAURO SABINO VON GEHLEN E OUTRO(A/S)

Despacho: Vistos. Verifico que os autos do presente recurso extraordinário não estão

instruídos com todas as peças do feito. Ante o exposto, determino que seja requisitada a transmissão

completa dos autos, nos termos do artigo 27 da Resolução nº 427/10 do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 773.394 (697)ORIGEM : AC - 994070624494 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : CARMELLA RUSSO MONTERO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO LUIZ MARÇAL FERREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário contra acórdão da 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Beneficiários de ex-Procuradores do Estado. Critério para composição da pensão mensal. Inclusão de verba honorária. Redução determinada pela Resolução GPG 108/93. Descabimento. Pertinência da pretensão. Situação regularizada a partir da Resolução GPG 139/02. Termo final para a pretensão. Prescrição do fundo de direito inocorrente. Reexame necessário e recurso da autarquia desprovidos.

Sucumbência – Verba honorário fixada sobre o valor da causa – Pretensão de ser fixada sobre a condenação – Possibilidade – Regime que se amolda ao art. 30, § 3º e 4º do Código de Processo Civil – Recurso dos autores provido” (fl. 486).

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Alega o recorrente violação dos artigos 2º, 5º, inciso II, 37, caput e

inciso XI, e 167, inciso II, da Constituição Federal. Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.No que se refere aos artigos 2º, 5º, inciso II, 37, caput, e 167, inciso

II, da Constituição Federal, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram da referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pelo recorrente. Incidem na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 131

espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.No tocante à pretensão do recorrente de que sobre os honorários

devidos aos Procuradores do Estado incida o teto remuneratório constitucional, o Tribunal de origem consignou o seguinte:

“Não há regra impediente de que Estados e Municípios, dentro de atribuições, aliás postas pela própria Constituição Federal, fixem remuneração e subsídio de seus servidores, desde que não superado o limite imposto pelo artigo 37, XI.

Não ocorreu nem ocorre qualquer afronta a essas situações, motivo por que não havia nem houve razão jurídica para a suspensão do pagamento dos honorários para a composição do valor da pensão dos autores, do que resulta ter sido descabido o regime remuneratório criado pela Resolução GPG 108/93, mesmo porque não demonstrado em cálculo haver rompimento de limite remuneratório imposta pela Constituição Federal” (fl. 490).

Desse modo, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que se mostra incabível no âmbito do recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF.

Ressalte-se que esta Suprema Corte firmou o entendimento de que a análise do recurso extraordinário deve limitar-se aos fatos da causa na “versão do acórdão recorrido”. Sobre o tema, anote-se:

“Embargos de declaração no recurso extraordinário. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Competência. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. É assente a jurisprudência do Tribunal de que, na análise do recurso extraordinário, os fatos devem ser considerados na ‘versão do acórdão recorrido’. 3. Definição da competência que, no caso, não prescinde do exame dos fatos e das provas dos autos, o qual é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (RE nº 688.639/SC-ED, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 7/5/13).

“1. Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido fundado na responsabilidade subjetiva civil do Estado, matéria regida por legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta: incidência da Súmula 636. 2. Recurso extraordinário: inviabilidade para o reexame dos fatos da causa, que devem ser considerados na ‘versão do acórdão recorrido’: incidência da Súmula 279: precedentes” (RE nº 294.258/AL-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 2/3/07).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 774.765 (698)ORIGEM : AI - 5210335800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ARNALDO CARDOSO DINIZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SILVIO VALENTIM VALENTE E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Município de Santo André interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Agravo de instrumento - Precatório - Juros moratórios e compensatórios incidentes – Inteligência do art. 33 do ADCT – dever de pagar a justa indenização - Recurso não provido”

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos

XXXIV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição e 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Decido.A irresignação não merece prosperar.A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as

alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra,

as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02)

Ademais, conquanto seja hoje pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de não se admitir a inclusão de juros moratórios e compensatórios em precatório durante a moratória constitucional, a hipótese aqui em discussão é diversa. Isso porque, o que se reconheceu foi a existência de coisa julgada, a determinar o cômputo desses juros na aludida conta, havendo a preclusão da discussão acerca dos critérios do cálculo.

É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de não admitir, em recurso extraordinário, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação, aplicação ou mesmo inobservância de normas infraconstitucionais.

No caso em tela, para que se pudesse decidir de forma diversa do acórdão recorrido, seria imprescindível a verificação dos limites objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação infraconstitucional.

Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:

“Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a indagação pertinente aos limites objetivos da ‘res judicata’ traduz controvérsia ‘que não se alça ao plano constitucional do desrespeito ao princípio de observância da coisa julgada, mas se restringe ao plano infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento do recurso extraordinário’ (RE 233.929/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei).

Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse mesmo entendimento jurisprudencial:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA - INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Se a discussão em torno da integridade da coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da res judicata, revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter infraconstitucional, podendo configurar, quando muito, situação de conflito indireto com o texto da Carta Política, circunstância essa que torna inviável o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.’

(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem sido

observada em sucessivas decisões proferidas no âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM).

Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em causa, não vejo como dele inferir o pretendido reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em torno da definição dos limites subjetivos ou objetivos pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia impregnada de natureza eminentemente infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)” (DJ de 17/10/03).

No mesmo sentido, trago os seguintes precedentes proferidos em casos semelhantes ao dos autos:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. 2. Por outro lado, tratando-se de pleito que visa a definir o alcance do dispositivo de sentença transitada em julgado, também se mostra incabível o acolhimento em recurso extraordinário, por se tratar de questão de natureza jurídica infraconstitucional, que desafiaria recurso especial. A questão só poderia ser alçada ao crivo do Supremo mediante recurso de pronunciamento de colegiado do Superior Tribunal de Justiça, em última instância. Todavia, o recurso especial foi desprovido e já certificado o trânsito em julgado. Logo, preclusa a alegação, conforme bem sustentado pelos agravados. 3. A arguição do agravo demonstra inconformismo com a conclusão proferida na ponderação entre a norma do artigo 5º, XXXVI, e a do artigo 100, § 1º, ambas da Constituição de 1988, e o Verbete Vinculante nº 17. Isto é, pretende nova interpretação, que equivale a novo julgamento da causa, medida notadamente inviável. 4. Agravo Regimental a que se nega provimento” (RE nº 651.134/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 8/11/12).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 132

“JUROS – MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS – DÉBITO DA FAZENDA – COISA JULGADA – ARTIGO 33 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. O preceito do artigo 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias encerra uma nova realidade. Faculta-se ao recorrente a satisfação dos valores pendentes de precatórios, neles incluídos os juros remanescentes. Contudo, na espécie os juros foram inclusos considerada a premissa da coisa julgada” (ARE nº 680.311/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 21/9/12).

“FINANCEIRO. PRECATÓRIO. MÉTODO DE COBRANÇA DE JUROS. DISCUSSÃO BASEADA NA FORÇA DO TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE QUE NÃO FOI DEVIDAMENTE ATACADA. AGRAVO REGIMENTAL. Em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Excepcionalidade ausente. Caráter infraconstitucional confirmado. Fundamento suficiente e inatacado. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI nº 618.795/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/4/11).

Por fim, na espécie, não há que se falar na rediscussão das alegações atinentes ao preceito da justa indenização, cuja aferição, por demandar revolvimento de fatos, fica aqui obstada pelo disposto na Súmula 279 desta Corte.

Nesse sentido, ainda, os seguintes julgados: AI nº 556.364-AgR/RJ, relator o Ministro Sepúlveda Pertence; AI nº 589.240-AgR/RS, relator o Ministro Joaquim Barbosa; RE nº 450.137-AgR/SP, relator o Ministro Carlos Velloso; AI nº 563.516-AgR/SP, relator o Ministro Cezar Peluso; AI nº 450.519-AgR/SP, relator o Ministro Celso de Mello e AI nº 692.447, relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput , do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 790.652 (699)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SANDRA MARA BERLANDAADV.(A/S) : MARCELO MAGRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA -

ANVISAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

afastou a responsabilidade civil da Administração Pública, fundada nos art. 37, § 6º, da Constituição Federal.

O recurso não pode ser provido. O Supremo Tribunal Federal já assentou que os elementos configuradores da responsabilidade objetiva do Estado são: (i) existência de dano; (ii) prova da conduta da Administração; (iii) presença do nexo causal entre a conduta administrativa e o dano ocorrido; e (iv) ausência de causa excludente da responsabilidade. Veja-se, nesse sentido, a ementa do AI 734.689-AgR-ED, julgado sob a relatoria do Ministro Celso de Mello:

“INADMISSIBILIDADE RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO PODER PÚBLICO ELEMENTOS ESTRUTURAIS TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO FATO DANOSO ( MORTE ) PARA O OFENDIDO ( MENOR IMPÚBERE ) RESULTANTE DE TRATAMENTO MÉDICO INADEQUADO EM HOSPITAL PÚBLICO PRESTAÇÃO DEFICIENTE , PELO DISTRITO FEDERAL, DO DIREITO FUNDAMENTAL A SAÚDE, INDISSOCIÁVEL DO DIREITO À VIDA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS .

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim , viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes .

- Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem ( a ) a alteridade do dano, ( b ) a causalidade material entre o eventus damni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, ( c ) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa específica condição , incidido em conduta comissiva ou omissiva , independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional e ( d ) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes .

A omissão do Poder Público, quando lesiva aos direitos de qualquer pessoa, induz à responsabilidade civil objetiva do Estado, desde

que presentes os pressupostos primários que lhe determinam a obrigação de indenizar os prejuízos que os seus agentes, nessa condição , hajam causado a terceiros. Doutrina . Precedentes .

- A jurisprudência dos Tribunais em geral tem reconhecido a responsabilidade civil objetiva do Poder Público nas hipóteses em que o eventus damni ocorra em hospitais públicos ( ou mantidos pelo Estado), ou derive de tratamento médico inadequado , ministrado por funcionário público, ou , então, resulte de conduta positiva ( ação ) ou negativa ( omissão ) imputável a servidor público com atuação na área médica.

- Configuração de todos os pressupostos primários determinadores do reconhecimento da responsabilidade civil objetiva do Poder Público, o que faz emergir o dever de indenização pelo dano pessoal e/ou patrimonial sofrido.”

Na hipótese, o Tribunal de origem decidiu pela inexistência de nexo causal direto e imediato entre os danos alegados pela recorrente e a postura da recorrida amparado nos fatos e no material probatório constante dos autos. Nessas condições, incide o disposto na Súmula 279/STF.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes: ARE 738.121-AgR. Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 842.715-AgR; Rel.ª Min.ª Rosa Weber; e ARE 723.824-AgR, Rel. Min. Luiz Fux.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 791.383 (700)ORIGEM : AC - 10010511519974036111 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

MARÍLIAADV.(A/S) : ALBERTO ROSELLI SOBRINHORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília interpõe recurso

extraordinário, com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado:

“TRABALHISTA. EMBARGOS À EXECUÇÃO, FUNDAÇÃO PÚBLICA. NORMAS TRABALHISTAS. OBSERVÊNCIA. DECRETO-LEI 1025/69. ENCARGO. SUBSTITUIÇÃO DOS HONORÁRIOS.

1. As empresas públicas e entidades públicas em geral, dentre elas, as fundações, não estão obrigadas de observar as normas trabalhistas.

2. Em Embargos à Execução o encargo do Decreto-lei n.º 1.025/69 substitui a condenação em honorários advocatícios.

3. Apelação e remessa oficial providas” (fl. 197).Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Sustenta a agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação

do artigo 37, caput e inciso X, e 169, § 1º, inciso I, da Constituição Federal.Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário.

A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário foi interposto quando já era plenamente exigível a preliminar recursal para demonstrar a repercussão geral da matéria constitucional objeto do apelo.

Entretanto, a petição recursal ora em análise fez simples menção à existência da referida repercussão, sem, contudo, trazer a repercussão geral da matéria devidamente fundamentada nos aspectos econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa frente às questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário.

Cabe à parte recorrente demonstrar de forma devidamente fundamentada, expressa e clara, as circunstâncias que poderiam configurar a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 133: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 133

relevância das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. OBRIGATORIEDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a Corte a quo deliberadamente deixou de conceder os benefícios da assistência judiciária gratuita ao recorrente, mesmo o recorrente declarando-se pobre.” Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. O mero inconformismo com o acórdão recorrido não satisfaz, por si só, a exigência constitucional de demonstração de repercussão geral. (Precedentes: RE n. 575.983-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 13.05.11; RE n. 601.381-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 29.10.09, entre outros). 5. Agravo regimental não provido” (RE n° 611.400/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 16/10/12) (Grifo nosso).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE n° 704.288/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 25/9/12).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 796.685 (701)ORIGEM : AC - 50023490620104047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALDOIR LUZAADV.(A/S) : VILMAR LOURENÇO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 709 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 788.092, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 17.11.2014. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 814.718 (702)ORIGEM : RESP - 146370 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SUELI APARECIDA CASTANHERAADV.(A/S) : SORAIA ARAÚJO PINHOLATO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

assentou a imprescritibilidade das ações de reparação de dano ajuizadas em decorrência de perseguição, tortura e prisão, por motivos políticos, durante o Regime Militar.

O recurso é inadmissível. Isso porque o Supremo Tribunal Federal já firmou o entendimento de que a presente controvérsia se restringe ao âmbito infraconstitucional.

Nesse sentido: AI 781.787-AgR, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie; e RE 715.268-AgR, Rel. Min. Luiz Fux.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 816.437 (703)ORIGEM : RESP - 1395102 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTONIO NARCISO PIRES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : BRUNO FALLEIROS EVANGELISTA DA ROCHA E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

assentou a imprescritibilidade das ações de reparação de dano ajuizadas em decorrência de perseguição, tortura e prisão, por motivos políticos, durante o Regime Militar.

O recurso é inadmissível. Isso porque o Supremo Tribunal Federal já firmou o entendimento de que a presente controvérsia se restringe ao âmbito infraconstitucional.

Nesse sentido: AI 781.787-AgR, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie; e RE 715.268-AgR, Rel. Min. Luiz Fux.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 819.419 (704)ORIGEM : AREsp - 460522 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOAO ALCINDO DILL PIRESADV.(A/S) : MÁRCIO GIOVANI LOPES PIRES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

assentou a imprescritibilidade das ações de reparação de dano ajuizadas em decorrência de perseguição, tortura e prisão, por motivos políticos, durante o Regime Militar.

O recurso é inadmissível. Isso porque o Supremo Tribunal Federal já firmou o entendimento de que a presente controvérsia se restringe ao âmbito infraconstitucional.

Nesse sentido: AI 781.787-AgR, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie; e RE 715.268-AgR, Rel. Min. Luiz Fux.

Diante do exposto, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 823.605 (705)ORIGEM : AI - 00797884920128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 134: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 134

RECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : OCTÁVIO POLASTRINIADV.(A/S) : VALTER UZZO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos. Estado de São Paulo interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO – PRECATÓRIO – SALDO REMANESCENTE – Desnecessidade de citação – Débito que deveria ter sido integralmente pago – Resíduo de pagamento que não se confunde com precatório já expedido, pago a menor e depois do prazo avençado. Recurso improvido.”

Opostos embargos de declaração (fls. 45 a 47), foram rejeitados (fls. 49 a 55).

Alega o recorrente violação do artigo 100, § 8º, da Constituição Federal.

Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado em 23/6/09 (fl. 106), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral.

Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos.

Com efeito, merece prosperar a irresignação, haja vista que o entendimento firmado pelo Tribunal de origem, no tocante à expedição de precatório complementar, diverge da jurisprudência desta Corte, no sentido de ser necessária a expedição de novo precatório, observando-se os procedimentos de citação e demais aspectos processuais pertinentes. Citem-se, para ilustrar, os seguintes precedentes, assim dispondo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PRECATÓRIOS. COMPLEMENTAÇÃO DE PRECATÓRIO ORIGINAL. NÃO CONFIGURAÇÃO DAS HIPÓTESES PERMISSIVAS. NECESSIDADE DE EXPEDIÇÃO DE NOVO PRECATÓRIO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – A complementação de precatório original apenas pode ocorrer em três hipóteses: a) erro material; b) inexatidão aritmética; c) substituição do índice aplicado ao caso, por força normativa. ADI 2.024/SP, Rel. Min. Carlos Velloso. II – A não verificação de uma das hipóteses permissivas enseja a expedição de novo precatório, observada a vedação do § 8º do art. 100 da CF/1988. III – Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE nº 722.803/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/8/14).

“DIREITO CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. PRECATÓRIO ORIGINAL. VALOR REMANESCENTE. COMPLEMENTAÇÃO. NECESSIDADE DA EXPEDIÇÃO DE NOVO PRECATÓRIO. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 21.3.2014. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do que assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Agravo regimental conhecido e não provido.” (ARE nº 827.433/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 19/11/14).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Débitos da Fazenda Pública. Decisões judiciais. Complementação do valor de precatórios já reconhecida judicialmente. Expedição de novo Precatório. Nova Citação. Necessidade. 3. Decisão agravada proferida em conformidade com a

jurisprudência desta Corte. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI nº 494.442/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 23/11/07).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, CONVERTIDO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO. EXECUÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. INDISPENSABILIDADE. 1. Esta Corte firmou entendimento no sentido de ser necessária a expedição de precatório, processado na forma estabelecida no artigo 100 e §§, da CB/88, não havendo cabimento para notificação ao Poder Público, no sentido de que realize a complementação do pagamento em prazo determinado pelo Juiz. Precedentes. 2. Somente são cabíveis os juros moratórios na hipótese de inadimplência da Fazenda Pública no pagamento do parcelamento previsto no artigo 33 do ADCT. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 489.191/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 29/9/06).

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PRECATÓRIOS. IMPOSSIBILIDADE DE EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. ANÁLISE DE TEMAS ESTRITAMENTE CONSTITUCIONAIS. I - Decisão monocrática que deu provimento ao agravo de instrumento e, desde logo, conheceu do recurso extraordinário e lhe deu provimento em parte, para determinar a expedição de novo precatório para a execução de débitos relativos a parcelamento pago sem a observância do disposto no art. 33 do ADCT. II - Inexistência de novos argumentos capazes de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que deve ser mantida. III - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI nº 499.022/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 1º/9/06).

Diga-se, em arremate, que a repercussão geral dessa matéria já foi reconhecida por esta Corte, com a confirmação de sua jurisprudência já assentada sobre o tema, por meio de acórdão que restou assim ementado:

“EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. NECESSIDADE DE CITAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA. RATIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA FIRMADA POR ESTA SUPREMA CORTE. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL” (RE nº 605.481-RG/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 20/8/10).

Anote-se, nesse sentido, a seguintes decisão monocrática: RE nº 792.208/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 25/2/14.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para determinar a expedição de novo precatório com a regular citação da fazenda pública.

Publique-se.Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 841.416 (706)ORIGEM : AC - 50048014620114047110 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSÉ MAURÍCIO GRAHL RAMOSADV.(A/S) : JANICE KASTER HERTER MARQUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, José Maurício Grahl Ramos. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, XXXV, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não consta no recurso extraordinário interposto de acórdão cuja publicação se deu após a Emenda Regimental nº 21, de 30.4.2007 preliminar fundamentada de repercussão geral. O preenchimento de tal requisito demanda a demonstração, em tópico destacado, da relevância econômica, política, social ou jurídica da questão constitucional suscitada, a ultrapassar os interesses subjetivos das partes (art. 543-A, § 1º, do CPC). Nesse compasso, firme a jurisprudência desta Corte no sentido de que a ausência da preliminar fundamentada acarreta a inadmissibilidade do recurso extraordinário. Cito precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. MEDICAMENTO FORNECIDO PELO PODER PÚBLICO. ERRO MÉDICO. DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 135: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 135

AGRAVADA. FUNDAMENTOS NÃO ATACADOS. SUM. 283/STF. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543- A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A ausência de impugnação, nas razões do agravo, de todos os fundamentos da decisão agravada, atrai a incidência da Súmula 283/STF. Precedentes: RE 586.114-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 29/11/2012, AI 489.247-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ 16/02/2007. 2. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI nº 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/2007) (...) 4. Agravo regimental DESPROVIDO.” (ARE 733120 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/09/2013, PROCESSO ELETRÔNICO Dje-187 DIVULG 23-09-2013 PUBLIC 24-09-2013)

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é dever da parte recorrente apresentar preliminar formal e fundamentada da repercussão geral da questão constitucional em debate no recurso extraordinário. Cabe à parte recorrente apontar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário (CPC, art. 543-A, §§ 1º e 2º). Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 721962 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 26/06/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-161 DIVULG 16-08-2013 PUBLIC 19-08-2013 REPUBLICAÇÃO: DJe-241 DIVULG 06-12-2013 PUBLIC 09-12-2013)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 854.494 (707)ORIGEM : AC - 200871000115694 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -

UFRGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALANNA DE JESUS TEIXEIRAADV.(A/S) : ROSIANE CUNHA DE MATOS AMESTOY E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: Intime-se a recorrente para que se manifeste sobre a Petição/STF 18623/2015, na qual a recorrida pede a juntada de documentos novos e informa eventual perda de objeto do presente recurso. Prazo: 10 dias.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 857.559 (708)ORIGEM : PROC - 50506792420114047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ADEMAR DE SOUZA DA ROCHAADV.(A/S) : ANA MARIA NEVES DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 870.947-RG/SE, Rel. Min. LUIZ FUX, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, com a matéria veiculada no apelo extremo deduzido.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à “Validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009” (Tema nº 810 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Isso significa que se impõe, nos termos do art. 328 do RISTF, na

redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução destes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 857.589 (709)ORIGEM : AC - 50458688420124047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CASTELAR RODRIGUES DA SILVEIRAADV.(A/S) : ALOÍSIO JORGE HOLZMEIER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 870.947-RG/SE, Rel. Min. LUIZ FUX, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à questão pertinente à “Validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009” (Tema nº 810 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Sendo assim, e pelas razões expostas, determino, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 859.508 (710)ORIGEM : AC - 50004827820104047107 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NELSON LAINADV.(A/S) : LEANDRO GUILHERME SIGNORINI

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 870.947-RG/SE, Rel. Min. LUIZ FUX, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, com a matéria veiculada no apelo extremo deduzido.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à “Validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009” (Tema nº 810 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Isso significa que se impõe, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução destes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 860.729 (711)ORIGEM : AC - 00026896020134059999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZ CARLOS SOUZA SANTOSADV.(A/S) : KÁTIA LÚCIA CUNHA SIQUEIRA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 870.947-RG/SE, Rel. Min. LUIZ FUX, reconheceu existente a repercussão geral da questão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 136: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 136

constitucional nele suscitada, que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à questão pertinente à “Validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009” (Tema nº 810 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Sendo assim, e pelas razões expostas, determino, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 862.127 (712)ORIGEM : PROC - 00076090720134049999 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LEDA CHAVES DE QUADROSADV.(A/S) : DIOGO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA

DESPACHO: Manifeste-se a autarquia recorrente sobre a renúncia ao direito a

determinadas verbas, apresentada pela recorrida a fls. 191/194 e 199.Publique-se. Int.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 864.643 (713)ORIGEM : AC - 50277344720144047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BARIGUI VEICULOS LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 2ª

Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado: “TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRIBUIÇÕES

PREVIDENCIÁRIAS. HORAS-EXTRAS. ADICIONAIS NOTURNO, DE PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. DÉCIMOTERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL.

1. É legítima a incidência de contribuição previdenciária sobre as horas-extras e os adicionais noturno, de periculosidade e de insalubridade.

2. É legítima a incidência de contribuição previdenciária sobre as horas-extras, ante sua natureza remuneratória.

3. Demonstrada a natureza salarial do adicional de transferência, não há como afastar a incidência de contribuição previdenciária sobre tal verba.

4. Diante da natureza indenizatória, é indevida a incidência de contribuição previdenciária sobre as verbas pagas a título de aviso prévio indenizado.

5. O décimo-terceiro proporcional sobre o aviso prévio indenizado também tem natureza indenizatória, não incidindo, pois, contribuição previdenciária sobre tal parcela”.

A pretensão deduzida pela parte não encontra amparo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Com efeito, o Plenário desta Corte vem, reiteradamente, negando a repercussão geral de controvérsias relativas à cobrança de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador, quando pendente discussão acerca da natureza jurídica das verbas. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre as verbas pagas a título de aviso prévio indenizado, fundada na interpretação da Lei 8.212/91 e do Decreto 6.727/09, é de natureza infraconstitucional.

2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de

repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (ARE 745.901-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“TRIBUTÁRIO. GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE LOCALIDADE (GEL), TRANSFORMADA EM VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA (VPNI). INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre a Gratificação Especial de Localidade, fundada na interpretação das Leis 9.527/97 e 9.783/99, é de natureza infraconstitucional.

2. O Supremo Tribunal Federal vem reiteradamente rejeitando a repercussão geral de temas análogos, em que a incidência de tributo sobre determinada verba supõe prévia definição de sua natureza, se remuneratória ou indenizatória (AI 705.941-RG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJe de 23/4/2010; RE 611.512-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 23/11/2010; RE 688.001-RG, de minha relatoria, DJe de 18/11/2013; ARE 802.082-RG, de minha relatoria, DJe de 29/4/2014; ARE 745.901-RG, de minha relatoria, DJe de 18/9/2014).

3. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

4. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (RE 814.204-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DE AUXÍLIO-DOENÇA. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

I A discussão sobre a incidência, ou não, de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador nos primeiros quinze dias de auxílio-doença situa-se em âmbito infraconstitucional, não havendo questão constitucional a ser apreciada.

II Repercussão geral inexistente.” (RE 611.505-RG, Rel. Min. Ayres Britto)

Diante do exposto, com base no art. 557 do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 864.927 (714)ORIGEM : AC - 50016118720114047009 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : AFFONSO DITZEL E CIA LTDAADV.(A/S) : FELIPE CLAUDINO CANNARELLA E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 1ª

Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:“TRIBUTÁRIO. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. LEI Nº 9.363/1996.

INSUMOS. PRODUTOS PRIMÁRIOS ADQUIRIDOS DE PESSOAS FÍSICAS. ABRANGÊNCIA. IN/SRF 23/97 E 103/97. RESSARCIMENTO DE CRÉDITOS DE IPI. CORREÇÃO MONETÁRIA DOS CRÉDITOS RECONHECIDOS. HONORÁRIOS.

1. O crédito presumido de IPI previsto na Lei 9.363/1996, criado com o intuito de desonerar a cadeia de produção e colaborar para uma melhor competitividade das empresas brasileiras no mercado de exportação, é um benefício fiscal a ser usufruído em conformidade com os critérios definidos pelo legislador. A Lei determinou o ressarcimento dos valores pagos a título de PIS e COFINS, incidentes sobre as matérias primas, produtos intermediários e material de embalagem, adquiridos para a fabricação de produtos destinados ao exterior, sob a forma de crédito a ser compensado com débitos de IPI relativos a operações no mercado interno.

2. A Lei 9.363/96 não limitou o aproveitamento do crédito presumido ao industrial, nem o deferiu apenas aos produtos industrializados.

3. A IN/SRF nº 23/1997, por se tratar de norma hierarquicamente inferior, extrapolou os limites do art. 1º , da Lei n. 9.363/1996 ao excluir da base de cálculo do benefício do crédito presumido do IPI as aquisições relativamente aos produtos da atividade rural, de matéria-prima e de insumos de pessoas físicas, que, naturalmente, não são contribuintes diretos do PIS/PASEP e da COFINS.

4. Ademais, a questão foi rematada no Recurso Especial Representativo da Controvérsia - REsp nº 993.164-MG, que determinou que 'o crédito presumido de IPI, instituído pela Lei 9.363/96, não poderia ter sua aplicação restringida por força da Instrução Normativa SRF 23/97, ato

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Page 137: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 137

normativo secundário, que não pode inovar no ordenamento jurídico, subordinando-se aos limites do texto legal'.

5. No tocante à atualização de créditos escriturais, a jurisprudência do STJ consagrou-se no sentido de que não incide correção monetária sobre os créditos escriturais, salvo se o creditamento foi ilegitimamente impossibilitado pelo Fisco.

6. A 1ª Seção desta Corte, nos autos da AC nº 5002525- 76.2010.404.7110/RS, em decisão de 08.07.13, decidiu reconhecer o direito à correção monetária sobre os créditos presumidos cujo pedido não tenha sido apreciado na via administrativa no prazo estabelecido desde a data do protocolo do pedido, considerado o prazo para apreciação na via administrativa de 150 dias para os processos respondidos (não pendentes) antes da entrada em vigor da Lei 11.457/07 (02.05.2007) e de 360 dias para os julgados após a vigência da referida Lei.

7. Transcorrido o prazo estabelecido para o Fisco responder o pedido administrativo - 360 dias ou 150 dias (conforme o caso) -, a correção monetária é devida a partir da data do protocolo do pedido administrativo.

8. No caso dos autos, considerado excedido o prazo de 360 dias, incide a correção sobre os valores que serão reconhecidos, a partir do protocolo dos pedidos administrativos (10.09.2002).

9. Aplica-se a taxa SELIC a título de correção monetária. 10. Cabe, no caso, a majoração da verba honorária”.A pretensão não merece prosperar. O acórdão recorrido está alinhado

com a jurisprudência desta Corte no sentido de que o aproveitamento extemporâneo de créditos escriturais em razão de resistência indevida pela Administração tributária dá ensejo à correção monetária. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. CRÉDITOS DE IPI. APROVEITAMENTO EXTEMPORÂNEO. ÓBICE CRIADO PELA FAZENDA PÚBLICA. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA. AUSENTE O ÓBICE, INDEVIDA A CORREÇÃO. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 10.8.2010.

É devida a correção monetária dos créditos escriturais do ipi apenas quando seu aproveitamento se dá tardiamente em razão de óbice indevidamente criado pelo fisco. Inexistente a oposição da Fazenda Pública, indevida a correção. Precedentes. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido.” (RE 649.200-AgR, Rel.ª Min.ª Rosa Weber)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IPI. CRÉDITO. RESISTÊNCIA ILEGÍTIMA DO ESTADO EM AUTORIZAR A UTILIZAÇÃO DOS CRÉDITOS. ATRASO INJUSTIFICADO. CORREÇÃO MONETÁRIA DEVIDA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Resta configurado resistência ilegítima, a ensejar a correção monetária do crédito, no atraso injustificado do Estado em autorizar a utilização de crédito de IPI, quando era possível sua compensação pelo contribuinte.

II – Situação diversa da mera pretensão de se corrigir monetariamente os créditos escriturais, consideradas as datas de recolhimento e de compensação do tributo.

III – Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 695.150-AgR/SP, Min. Ricardo Lewandowski)

Por fim, cabe registrar que o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial simultaneamente interposto pela recorrente, para determinar que a correção monetária dos créditos escriturais fosse aplicada após o decurso do prazo de 360 dias, contado a partir da data do protocolo do pedido administrativo de ressarcimento dos créditos. Nesse ponto, portanto, o recurso está prejudicado.

Diante do exposto, quanto ao termo inicial de incidência da correção monetária, com base no art. 557, caput, do CPC e no art. 21, IX, do RI/STF, julgo prejudicado o recurso. Quanto às demais alegações, com base no art. 557 do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 865.711 (715)ORIGEM : AC - 50108736520144047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : KOLINA PREMIUM VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : DIOGO NICOLAU PÍTSICA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 1ª

Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (COTA

PATRONAL, SAT/RAT E DESTINADAS A TERCEIROS). HORAS EXTRAS. ADICIONAL DE HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO, DE

INSALUBRIDADE, DE PERICULOSIDADE. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA.

1. As horas-extras e o adicional de horas-extras possuem caráter salarial, conforme art. 7º , XVI, da Constituição Federal e Enunciado n° 60 do TST. Consequentemente, sobre ele incide contribuição previdenciária.

2. Integram o salário-de-contribuição as verbas recebidas pelo empregado a título de adicional noturno, de insalubridade e adicional de periculosidade.

3. O adicional de transferência possui natureza salarial, e na sua base de cálculo devem ser computadas todas as verbas de idêntica natureza, consoante a firme jurisprudência do TST.”

A pretensão deduzida pela parte não encontra amparo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Com efeito, o Plenário desta Corte vem, reiteradamente, negando a repercussão geral de controvérsias relativas à cobrança de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador, quando pendente discussão acerca da natureza jurídica das verbas. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre as verbas pagas a título de aviso prévio indenizado, fundada na interpretação da Lei 8.212/91 e do Decreto 6.727/09, é de natureza infraconstitucional.

2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (ARE 745.901-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“TRIBUTÁRIO. GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE LOCALIDADE (GEL), TRANSFORMADA EM VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA (VPNI). INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre a Gratificação Especial de Localidade, fundada na interpretação das Leis 9.527/97 e 9.783/99, é de natureza infraconstitucional.

2. O Supremo Tribunal Federal vem reiteradamente rejeitando a repercussão geral de temas análogos, em que a incidência de tributo sobre determinada verba supõe prévia definição de sua natureza, se remuneratória ou indenizatória (AI 705.941-RG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJe de 23/4/2010; RE 611.512-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 23/11/2010; RE 688.001-RG, de minha relatoria, DJe de 18/11/2013; ARE 802.082-RG, de minha relatoria, DJe de 29/4/2014; ARE 745.901-RG, de minha relatoria, DJe de 18/9/2014).

3. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

4. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (RE 814.204-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DE AUXÍLIO-DOENÇA. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

I A discussão sobre a incidência, ou não, de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador nos primeiros quinze dias de auxílio-doença situa-se em âmbito infraconstitucional, não havendo questão constitucional a ser apreciada.

II Repercussão geral inexistente.” (RE 611.505-RG, Rel. Min. Ayres Britto)

Diante do exposto, com base no art. 557 do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 865.737 (716)ORIGEM : PROC - 50003725220144047103 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FRIGORIFICO MERCOSUL S/AADV.(A/S) : RICARDO KÜHLEIS E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 2ª

Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 138: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 138

“EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS. SUCESSÃO DE EMPRESAS. PRESCRIÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. EXCESSO DE PENHORA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AFASTAMENTO POR MOTIVO DE DOENÇA OU ACIDENTE (QUINZE PRIMEIROS DIAS). AVISO PRÉVIO INDENIZADO. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. MULTA.

1. A interrupção da prescrição face à sucedida alcança a sucessora. Como o prazo transcorrido entre a constatação da ocorrência da sucessão de fato e a citação da sucessora é inferior a cinco anos, não há falar em prescrição.

2. A sucessão de empresas pode ser reconhecida nos próprios autos da execução fiscal, sem a necessidade de formação do contraditório e da ampla defesa, que são postergados à ação própria, se assim desejar o executado.

3. Verificada a higidez da penhora posteriormente levada a efeito nos autos executivos, vez que, ao contrária da anterior, aquela abrange patrimônio do atual executado.

4. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça pacificou-se no sentido de que não é devida a contribuição previdenciária sobre a remuneração paga pelo empregador ao empregado durante os primeiros quinze dias de afastamento por motivo de doença ou acidente, porquanto essa verba não possui natureza salarial.

5. Diante da natureza indenizatória, é indevida a incidência de contribuição previdenciária sobre as verbas pagas a título de aviso prévio indenizado.

6. Face à natureza indenizatória, é indevida a contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias.

7. É pacífico na jurisprudência que os artigos 132 e 133 do CTN impõem ao sucessor a responsabilidade integral, tanto pelos eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente, seja ela de caráter moratório ou punitivo”.

A pretensão deduzida pela parte não encontra amparo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Com efeito, o Plenário desta Corte vem, reiteradamente, negando a repercussão geral de controvérsias relativas à cobrança de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador, quando pendente discussão acerca da natureza jurídica das verbas. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre as verbas pagas a título de aviso prévio indenizado, fundada na interpretação da Lei 8.212/91 e do Decreto 6.727/09, é de natureza infraconstitucional.

2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (ARE 745.901-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“TRIBUTÁRIO. GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE LOCALIDADE (GEL), TRANSFORMADA EM VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA (VPNI). INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre a Gratificação Especial de Localidade, fundada na interpretação das Leis 9.527/97 e 9.783/99, é de natureza infraconstitucional.

2. O Supremo Tribunal Federal vem reiteradamente rejeitando a repercussão geral de temas análogos, em que a incidência de tributo sobre determinada verba supõe prévia definição de sua natureza, se remuneratória ou indenizatória (AI 705.941-RG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJe de 23/4/2010; RE 611.512-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 23/11/2010; RE 688.001-RG, de minha relatoria, DJe de 18/11/2013; ARE 802.082-RG, de minha relatoria, DJe de 29/4/2014; ARE 745.901-RG, de minha relatoria, DJe de 18/9/2014).

3. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

4. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (RE 814.204-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DE AUXÍLIO-DOENÇA. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

I A discussão sobre a incidência, ou não, de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador nos primeiros quinze dias de auxílio-doença situa-se em âmbito infraconstitucional, não havendo questão constitucional a ser apreciada.

II Repercussão geral inexistente.” (RE 611.505-RG, Rel. Min. Ayres Britto)

Quanto à alegada violação ao art. 97 da Constituição, ressalta-se que

a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não se deve confundir interpretação de normas legais com a declaração de inconstitucionalidade dependente da observância da cláusula de reserva de plenário. Nessa linha, veja-se o ARE 723.052, julgado sob a relatoria do Ministro Marco Aurélio, assim ementado:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO reserva DE PLENÁRIO. Descabe confundir reserva de Plenário artigo 97 da Constituição Federal com interpretação de normas legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.”

No caso, o Tribunal de origem apenas realizou interpretação sistemática com o intuito de alcançar o verdadeiro sentido da norma, sem que houvesse qualquer declaração de sua incompatibilidade com a Constituição Federal. Assim, não há que se falar em ofensa ao art. 97 da Carta.

Diante do exposto, com base no art. 557 do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 869.496 (717)ORIGEM : AC - 50057171020114047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GUANABARA HOTÉIS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIANNA BARRETO OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 2ª

Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:“TRIBUTÁRIO. PIS. COFINS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO

DOS VALORES COBRADOS PELAS EMPRESAS ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PERMISSIVO LEGAL.

Inviável a exclusão da base de cálculo das contribuições PIS e COFINS dos valores repassados pelas empresas às operadoras de cartões de crédito/débito, porquanto o são em virtude de contrato firmado entre elas, como forma de remuneração pelos riscos de eventual inadimplemento por parte do titular do cartão, bem como porque inexiste previsão legal para a dedução pretendida”

A pretensão recursal não merece acolhida. Com efeito, segundo o entendimento firmado nesta Corte, a mera alegação de que os valores em questão são repassados a terceiros não é suficiente para afastar o conceito de faturamento previsto no art. 195, I, da Constituição Federal. Isso porque o enquadramento de determinada receita como faturamento, para fins de incidência do Pis/Cofins, não depende de sua destinação, mas do fato de a receita decorrer do exercício das atividades empresariais.

Assim, no que tange especificamente à taxa de administração de cartão de crédito, o Ministro Celso de Mello, no autos do RE 744.449/RS, consignou que “o valor da taxa de administração cobrado pelas operadoras de cartão de crédito/débito constitui despesa operacional e integra a receita obtida pela pessoa jurídica com a venda do produto/serviço, ainda que tal percentual fique retido pela operadora no repasse do valor da operação”. Nessa linha, veja-se, ainda, a ementa de julgado recente no RE nº 816.363, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS. EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO. TAXAS E COMISSÕES PAGAS ÀS ADMINISTRADORAS DE CARTÃO DE CRÉDITO E DE DÉBITO. RECEITA BRUTA E FATURAMENTO. TOTALIDADE DOS VALORES AUFERIDOS COM A VENDA DE MERCADORIAS, DE SERVIÇOS OU DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I. Para fins de definição da base de cálculo para a incidência da contribuição ao PIS e da COFINS, a receita bruta e o faturamento são termos sinônimos e consistem na totalidade das receitas auferidas com a venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços, ou seja, é a soma das receitas oriundas do exercício das atividades empresariais. Precedentes.

II Agravo regimental a que se nega provimento”. (RE 816.363, Rel. Min. Ricardo Lewandowski)

Ademais, saliente-se que, para que seja determinada classificação diversa à taxa em questão, faz-se necessária a análise da legislação infraconstitucional pertinente ao caso, circunstância vedada nessa fase processual. Nesse sentido, leia-se ementa do ARE 693.830-AgR, julgado sob relatoria do Ministro Dias Toffoli:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Base de cálculo. PIS/COFINS. Exclusão dos valores transferidos a terceiros.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 139: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 139

Ofensa reflexa. Precedentes. 1. A Corte firmou o entendimento de que possibilidade de exclusão

dos valores transferidos a terceiros da base de cálculo do PIS e da COFINS paira no âmbito da legislação infraconstitucional, sendo a eventual ofensa à Constituição meramente reflexa, o que não viabiliza o apelo extremo.

2. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional.

3. Agravo regimental não provido.” Diante do exposto, com base no art. 557 do CPC e no art. 21, § 1º, do

RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 869.789 (718)ORIGEM : AGTR - 08012905020144050000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ISRAEL HERMERSON ALEXANDRE DA SILVAADV.(A/S) : KARINA PALOVA VILLAR MAIA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

PROCESSUAL CIVIL. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 109, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA DETERMINAR O INTERESSE DA FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE NA CAUSA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al.

a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da Quinta Região:

“EMENTAAGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO

ADMINISTRATIVO. REAJUSTE ABUSIVO DAS MENSALIDADES DO PLANO DE SAÚDE OFERECIDO PELA FUNASA A SEUS SERVIDORES. CONVENIO COM E CAPESESP/CAPESAÚDE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. AGRAVO PROVIDO.

1. Agravo de instrumento contra decisão que, nos autos do processo principal, declarou a incompetência da Justiça Federal para processar e julgar ação anulatória de ato administrativo que teria permitido reajuste abusivo das mensalidades do plano de saúde oferecido pela FUNASA a seus servidores, mediante convenio com a CAPESESP/CAPESAÚDE.

2. Aplicando-se a teoria da asserção, o fato de a pretensão deduzida em primeiro grau consistir na anulação de ato administrativo praticado pela FUNASA já seria suficiente para fixar a competência da Justiça Federal. Isso porque, segundo a narrativa do autor, teria a FUNASA participação direta nas tratativas que culminaram com o aumento tido por abusivo das mensalidades do plano de saúde por ela contratado e oferecido a seus servidores em regime de coparticipação, como também porque o pedido, em si, não se mostra juridicamente impossível.

3. Deve-se levar em conta, na análise da competência, a possibilidade de eventual medida judicial repercutir no equilíbrio econômico-financeiro do contrato celebrado, situação apta a demandar a revisão de cláusulas contratuais atinentes ao preço do produto ou à prestação do serviço.

4. Revela-se recomendável que seja mantida a tramitação do feito na Justiça Federal ao menos até que seja suficientemente esclarecida a participação da FUNASA no evento.

5. Agravo de instrumento provido”.Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. A Recorrente alega contrariado o art. 109, inc. I, da Constituição da

República, argumentando que“No caso em tela não há interesse da FUNASA na lide em questão,

posto que se cuida de relação estabelecida diretamente entre o particular e a Caixa de Pecúlios, Assistência e Previdência dos Servidores da Fundação Serviços de Saúde Pública – CAPESESP.

(…)A FUNASA não tem interferência na definição dos valores das

mensalidades do plano de saúde, não participa da relação contratual entre a CAPESAÚDE/CAPESESP e os segurados; a FUNASA tão somente, através de convênio específico se compromete a consignar em folha de pagamento os descontos e creditar os recursos para a CAIXA DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DA FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE”.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. O Desembargador Federal Relator do caso no Tribunal de origem

assentou:“Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo,

interposto por ISRAEL HERMERSON contra decisão do Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, ALEXANDRE DA SILVA que, nos autos do Processo n.º 0800927-92.2014.4.05.8300, declarou a incompetência da Justiça Federal para processar e julgar ação anulatória de ato administrativo que teria permitido reajuste abusivo das mensalidades do plano de saúde oferecido pela FUNASA a seus servidores, mediante convenio com e CAPESESP/CAPESAÚDE.

Considerou o insigne Magistrado em sua decisão não haver interesse da União ou da FUNASA na lide, sob o fundamento de que a questão deduzida diz respeito ao aumento das mensalidades do plano de saúde, perpetrado pela CAPESAÚDE/CAPESESP, entidade sem fins lucrativos que possui personalidade jurídica de direito privado, não se incluindo no rol do art. 109 da Constituição da República de 1988, de modo a atrair a competência da Justiça Federal para processamento e julgamento do feito.

O recorrente, por sua vez, defende ser da Justiça Federal a competência para julgar a causa, sob os seguintes argumentos: a) a legitimidade ad causam da FUNASA resulta da participação direta da referida fundação no ato ilícito combatido, qual seja, o aumento abusivo do plano de saúde explorado pela CAPESAÚDE/CAPESESP; b) o convênio celebrado entre a FUNASA e a CAPESAÚDE/CAPESESP tem a finalidade de promover a assistência à saúde de seus servidores, em atendimento à determinação contida no art. 230 da Lei n.º 8.112/90; c) qualquer modificação no plano de saúde vinculado ao convênio, sobretudo os de ordem econômico-financeira dependem de anuência direta da FUNASA, restando clara sua participação na relação jurídica material; d) a FUNASA é a responsável por operacionalizar os descontos das mensalidades dos planos de saúde de seus servidores.

(…)Este Relator deferiu o pedido de efeito suspensivo ao presente

recurso, nos seguintes termos:‘(...)Observo que a pretensão deduzida em primeiro grau consiste na

anulação de ato administrativo praticado pela Funasa (assentimento com o reajuste supostamente abusivo das mensalidades do plano de saúde oferecido a seus servidores), o que, a rigor, aplicando-se a teoria da asserção, já seria suficiente para fixar a competência da Justiça Federal.

Isso porque, segundo a narrativa do autor, teria a Funasa participação direta nas tratativas que culminaram com o aumento tido por abusivo das mensalidades do plano de saúde por ela contratado e oferecido a seus servidores em regime de coparticipação, como também porque o pedido, em si, não se mostra juridicamente impossível.

A princípio, deve-se levar em conta ainda na análise da competência a possibilidade de eventual medida judicial repercutir no equilíbrio econômico-financeiro do contrato celebrado, situação apta a demandar a revisão de cláusulas contratuais atinentes ao preço do produto ou à prestação do serviço.

Revela-se, portanto, recomendável que seja mantida a tramitação do feito na Justiça Federal até pelo menos que seja ouvida a Funasa, a fim de que seja esclarecida sua participação no evento (...).’

Na hipótese, tendo como razão de decidir os fundamentos já apresentados na decisão reportada e não havendo qualquer modificação na situação fática e jurídica capaz de alterar as razões do meu convencimento, o mantenho em todos os seus termos.

Diante do exposto, dou provimento ao Agravo de Instrumento”.5. O acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste

Supremo Tribunal, que assentou competir à Justiça Federal determinar se há, ou não, interesse da Fundação Nacional da Saúde na causa:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. EX-FEPASA INCORPORADA PELA RFFSA. APOSENTADOS E PENSIONISTAS. COMPLEMENTAÇÃO DE PROVENTOS. SUCESSÃO PELA UNIÃO. LEI FEDERAL Nº 11.483/2007, ART. 2º. INTERESSE RECURSAL. DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA. REMESSA DOS AUTOS À JUSTIÇA FEDERAL. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 06.5.2008. O entendimento do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que, tendo a Ferrovia Paulista S/A – FEPASA sido incorporada pela Rede Ferroviária Federal – RFFSA e esta sucedida em suas obrigações pela União, competente é a Justiça Federal para julgar a controvérsia, nos termos do art. 109, I, da Constituição Federal. Precedentes. Na hipótese, o acórdão recorrido não conheceu da apelação e determinou a remessa dos autos à Justiça Federal. A União sucedeu a Rede Ferroviária Federal – RFFSA , nos termos do art. 2ª da Lei nº 11.483/2007, e pela dicção do art. 109, I, da Constituição Federal compete à Justiça Federal dizer se há ou não interesse da União Federal no feito. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à conformidade entre o conteúdo do acórdão recorrido e a jurisprudência desta Corte, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento” (AI 743.145-ED, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 20.11.2014).

“CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA DECIDIR SOBRE A EXISTÊNCIA OU NÃO DE INTERESSE DA UNIÃO NA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 140

CAUSA. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência desta Suprema Corte está consolidada no sentido de que cabe apenas à Justiça Federal o exame da presença ou não de interesse da União em determinada causa. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 450.546-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18.8.2011).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AÇÃO DE USUCAPIÃO – IMÓVEL USUCAPIENDO QUE CONFRONTA COM TERRENO DE MARINHA – INTERVENÇÃO DA UNIÃO FEDERAL – DESLOCAMENTO DA CAUSA PARA O ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL (CF, ART. 109, I) – INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PARA JULGAR RECURSO DA UNIÃO FEDERAL CONTRA DECISÃO DO MAGISTRADO LOCAL QUE NEGOU A REMESSA DO PROCESSO À JUSTIÇA FEDERAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO. A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL ESTÁ SUJEITA A REGIME JURÍDICO DEFINIDO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. – A competência outorgada à Justiça Federal possui extração constitucional e reveste-se, por isso mesmo, de caráter absoluto e improrrogável, expondo-se, unicamente, às derrogações fixadas no texto da Constituição da República. SOMENTE À JUSTIÇA FEDERAL COMPETE DIZER SE, EM DETERMINADA CAUSA, HÁ, OU NÃO, INTERESSE DA UNIÃO FEDERAL. – A legitimidade do interesse jurídico manifestado pela União só pode ser verificada, em cada caso ocorrente, pela própria Justiça Federal (RTJ 101/881), pois, para esse específico fim, é que a Justiça Federal foi instituída: para dizer se, na causa, há, ou não, interesse jurídico da União (RTJ 78/398). O ingresso da União Federal numa causa, vindicando posição processual definida (RTJ 46/73 – RTJ 51/242 – RTJ 164/359), gera a incompetência absoluta da Justiça local (RT 505/109), pois não se inclui, na esfera de atribuições jurisdicionais dos magistrados e Tribunais estaduais, o poder para aferir e dizer da legitimidade do interesse da União Federal, em determinado processo (RTJ 93/1291 – RTJ 95/447 – RTJ 101/419 – RTJ 164/359). INTERVENÇÃO PROCESSUAL DA UNIÃO EM CAUSA INSTAURADA PERANTE A JUSTIÇA DO ESTADO-MEMBRO: A QUESTÃO DA ATRIBUIÇÃO PARA JULGAR RECURSO CONTRA DECISÃO DE MAGISTRADO ESTADUAL, QUE, SEM DECLINAR DE SUA COMPETÊNCIA EM FAVOR DA JUSTIÇA FEDERAL, DECLARA, DESDE LOGO, INEXISTIR INTERESSE JURÍDICO DA UNIÃO NA CAUSA. – A competência para processar e julgar recurso interposto pela União Federal, contra decisão de magistrado estadual, no exercício da jurisdição local, que não reconheceu a existência de interesse federal na causa e nem determinou a remessa do respectivo processo à Justiça Federal, pertence ao Tribunal Regional Federal (órgão judiciário de segundo grau da Justiça Federal comum), a quem incumbe examinar o recurso e, se for o caso, invalidar o ato decisório que se apresenta eivado de nulidade, por incompetência absoluta de seu prolator. Precedentes (STF)” (RE 144.880, Relator o Ministro Celso de Mello, Primeira Turma, DJ 2.3.2001).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 870.258 (719)ORIGEM : AC - 00280315520098260506 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MARCIA MARIA SASSOADV.(A/S) : DANILO ALVES DE PAULARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO

PRETO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 870.947-RG/SE, Rel. Min. LUIZ FUX, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à questão pertinente à “Validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009” (Tema nº 810 – www.stf.jus.br – Jurisprudência – Repercussão Geral).

Sendo assim, e pelas razões expostas, determino, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLO

Relator

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 870.947

(720)

ORIGEM : AC - 00032869220144059999 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO

PROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DERIVALDO SANTOS NASCIMENTOADV.(A/S) : FÁBIO SILVA RAMOS E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Trata-se de pedido formulado pela União, por meio da Petição nº 17.182/2015, na qual pleiteia sua admissão no feito, na qualidade de amicus curiae.

O Supremo Tribunal Federal tem entendido que a presença do amicus curiae no momento em que se julgará a questão constitucional cuja repercussão geral fora reconhecida não só é possível como é desejável.

A pertinência do tema a ser julgado por este Tribunal com as atribuições institucionais da requerente legitima a sua atuação.

Ex positis, ADMITO o ingresso da União no feito, na qualidade de amicus curiae.

Após a publicação do acórdão, imediatamente, abra-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República.

Brasília, 17 de abril de 2015.Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 872.550 (721)ORIGEM : AC - 08025599020134058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SONIA MARIA DE MORAES E SILVAADV.(A/S) : PEDRO H.L DE SOUZA E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Vistos.União interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea “a”

do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. PENSIONISTA EX-SERVIDOR. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL EM TECNOLOGIA MILITAR-GDATEM. PARIDADE COM O SERVIDOR ATIVO SEM A LIMITAÇÃO À DATA DA PUBLICAÇÃO DO DECRETO Nº 7.133/2010. POSSIBILIDADE. GRATIFICAÇÃO GENÉRICA.

1. Esta egrégia Primeira Turma firmou o entendimento de que assim como a GDATA, a GDATEM transformou-se em uma gratificação de natureza genérica na sua integralidade, não mais condicionada ao desempenho e à produtividade das funções exercidas, uma vez que ausentes os critérios objetivos de avaliação, o que torna obrigatório o seu recebimento pelos inativos, pois os servidores ativos continuam a percebê-la, mesmo sem a necessidade de avaliação de desempenho. Precedente: APELREEX 12814/RN, Rel. Des. Federal José Maria Lucena, DJE 10.12.10.

2. Diante disso, deve ser reconhecido o direito da apelante à percepção da GDATEM nos mesmos moldes em que concedida aos servidores ativos, a qual deve perdurar até que ocorra o efetivo processamento dos resultados da primeira avaliação individual e institucional, portanto, sem a limitação do pagamento à data da publicação do Decreto 7.133/10.

3. In casu, já foram definidos os critérios e implantado o primeiro ciclo de avaliação em dezembro de 2011, consoante ofício da Marinha do Brasil, anexado aos autos pela União, nos moldes da Portaria nº 136/MB/2011, da ordem de serviço nº 309/2011 e do boletim nº 793/2011 (4058300.202014).

4. A partir da concretização da apuração de resultados da primeira avaliação, cessou a natureza genérica da gratificação GDATEM, e com isso o direito da autora à paridade com base no art.40, § 8º da Constituição, subsistindo apenas a pretensão autoral quanto à equiparação da GDATEM desde a sua instituição em junho/2006 até a implementação do primeiro ciclo de avaliação, em dezembro/2011, consoante determinado na sentença.

5. Apelação e remessa oficial não providas.”Opostos embargos de declaração, foram parcialmente providos

apenas para “determinar que as prestações vincendas sejam excluídas do cálculo dos honorários advocatícios”.

Alega a recorrente violação dos artigos 2º, 5º, incisos XXXV, XXXVII, LIV e LV, 40, §§ 3º, 7º e 8º, 61, § 1º inciso II, alínea “a”, e 97 da Constituição Federal, assim como da Súmula Vinculante n° 10.

Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 141

Não merece prosperar a irresignação.No que se refere aos artigos 2º, 5º, incisos XXXV, XXXVII, LIV e LV,

40, §§ 3º e 7º, 61, § 1º, inciso II, alínea “a”, e 97 da Constituição, assim como à Súmula Vinculante n° 10, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objeto dos embargos declaratórios opostos pela parte recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, esta Corte, na sessão plenária de 29/10/2009, aprovou a Súmula vinculante nº 20, consolidando o direito de servidores inativos receberem a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa (GDATA), nesses termos, in verbis:

“A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa- GDATA, instituída pela Lei 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete virgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e,nos termos do art. 5º, parágrafo único, da Lei 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o art. 1º da Medida Provisória 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos.”

Em situações semelhantes, este Supremo Tribunal Federal tem estendido o entendimento firmado no julgamento da citada GDATA a outros casos em que se discutem gratificações similares no sentido de que a falta de regulamentação do processo de avaliação de desempenho confere às gratificações uma natureza de generalidade. Nesse sentido, veja-se a decisão proferida no ARE n° 642.827/ES-RG em que foi reconhecida a repercussão geral da matéria para ratificar a jurisprudência desta Corte:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa do Meio Ambiente – GDAMB. Critérios de cálculo. Extensão. Servidores públicos inativos e pensionistas. Precedentes. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a Constituição a extensão, aos servidores públicos inativos e pensionistas, dos critérios de cálculo da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa do Meio Ambiente – GDAMB estabelecidos para os servidores públicos em atividade” (DJe de 31/8/11).

Sobre o tema, anote-se:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. PARIDADE REMUNERATÓRIA. § 8º DO ART. 40 DO MAGNO TEXTO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE PERITO FEDERAL AGRÁRIO (GDAPA). EXTENSÃO NOS MESMOS VALORES PAGOS A SERVIDORES ATIVOS. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO JÁ REGULAMENTADOS. 1. A ausência de regulamentação do processo de avaliação de desempenho, tal como previsto na Lei federal 10.550/2002, confere à GDAPA um caráter de generalidade. Pelo que a vantagem é de ser estendida aos servidores aposentados em paridade de condições com os ativos apenas no período que antecedeu a citada regulamentação. 2. Agravo regimental desprovido” (AI n° 845.833/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 13/4/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO – ADMINISTRATIVA – GDATA E DE GRATIFICAÇÃO DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL EM TECNOLOGIA MILITAR – GDATEM. SÚMULA VINCULANTE N. 20. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI n° 811.049/PB-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/3/11).

E, especificamente, sobre o caso dos autos:“DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO

DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA – GDATA E GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL EM TECNOLOGIA MILITAR – GDATEM. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 21.02.2013. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do que assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE nº 855.058/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 11//15).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO – ADMINISTRATIVA – GDATA E DE GRATIFICAÇÃO DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL EM TECNOLOGIA MILITAR – GDATEM. SÚMULA VINCULANTE N. 20. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI nº 811.049/PB-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 24/3/11).

Outrossim, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à

Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por fim, quanto à alegada afronta ao artigo 97 da Constituição Federal, o acórdão recorrido em nenhum momento declarou a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo de poder público, ou mesmo afastou sua incidência, limitando-se a interpretar as normas infraconstitucionais, para alcançar a conclusão a que chegou, inexistindo, portanto, violação ao artigo 97 da Constituição, em que calcado a interposição deste recurso.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 873.153 (722)ORIGEM : PROC - 50003368620144047110 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SILMAR FARIAS LEMESADV.(A/S) : JAIR ALBERTO MAYER E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 7º, XVII, 39, § 3º, 40, caput, e 201, § 11, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, o ARE 872.725, da minha lavra, DJe 30.3.2015; e o ARE 870.785/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 17.3.2015, cuja decisão transcrevo:

“Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão de Turma Recursal da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Norte, cuja ementa reproduzo a seguir: “DIREITO TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE PLANTÃO HOSPITALAR. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. EQUIVALÊNCIA COM ADICIONAL NOTURNO E DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO. NÃO INCIDÊNCIA. SENTENÇA JULGADA IMPROCEDENTE. PROVIMENTO DO RECURSO DA PARTE AUTORA”(eDOC 16). No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 40, caput e §3º; 150, §6º; 195, caput e §5º; 201, §11, do texto constitucional. Nas razões recursais, alega-se a incidência de contribuição previdenciária sobre o adicional por plantão hospitalar. Decido. A irresignação não merece prosperar. Inicialmente, verifico que o acórdão recorrido não diverge da jurisprudência pacífica desta Corte, segundo a qual não incide contribuição previdenciária sobre parcelas não incorporáveis aos proventos. Nesse sentido, veja-se a ementa do seguinte julgado: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL INCIDENTE SOBRE O ABONO DE INCENTIVO À PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES PEDAGÓGICAS. IMPOSSIBILIDADE. Somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 589441 AgR, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe 6.2.2009) Do mesmo modo, convém reproduzir o assentado pelo Tribunal de origem: “Hipótese que apesar de não se encontrar expressa previsão no rol do art. 4º, §1º, da Lei nº 10.887/04 (que revogou a Lei nº 9.783/99), o APH tem a mesma natureza do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 142: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 142

adicional noturno e por serviço extraordinário (constantes expressamente do rol), pelo que indevida a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a este título.” (eDOC 16). Na espécie, verifico que divergir do entendimento adotado pelo tribunal a quo demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que não enseja a abertura do recurso extraordinário. Confira-se, a propósito, a ementa do RE-RG 814.204, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 3.11.2014, no qual o Tribunal Pleno desta Corte assim consignou em sede de repercussão geral: “TRIBUTÁRIO. GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE LOCALIDADE (GEL), TRANSFORMADA EM VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA (VPNI). INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre a Gratificação Especial de Localidade, fundada na interpretação das Leis 9.527/97 e 9.783/99, é de natureza infraconstitucional. 2. O Supremo Tribunal Federal vem reiteradamente rejeitando a repercussão geral de temas análogos, em que a incidência de tributo sobre determinada verba supõe prévia definição de sua natureza, se remuneratória ou indenizatória (AI 705.941-RG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJe de 23/4/2010; RE 611.512-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 23/11/2010; RE 688.001-RG, de minha relatoria, DJe de 18/11/2013; ARE 802.082-RG, de minha relatoria, DJe de 29/4/2014; ARE 745.901-RG, de minha relatoria, DJe de 18/9/2014). 3. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009). 4. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (grifei). Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar provimento ao recurso extraordinário (art. 544, §4º, II, b, CPC e art. 21, §1º, RISTF) (ARE 870785, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, publicado no DJ de 17/03/2015)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 873.650 (723)ORIGEM : PROC - 50026178620124047109 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA CELI FERNANDES FURTADOADV.(A/S) : LUIZ MARIANO MAZZINE NIEDERAUER

DECISÃO: Vistos.Instituto Nacional do Seguro Social – INSS interpõe recurso

extraordinário, com fundamento na alínea “a”, do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pela 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado do Rio Grande do Sul.

Opostos embargos declaratórios, foram parcialmente acolhidos para fins de prequestionamento.

Alega o recorrente violação dos artigos 195, § 5º, e 201, caput e § 3º, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que para acolher a pretensão recursal e ultrapassar o entendimento das instâncias de origem, acerca do correto marco temporal para a fixação dos efeitos financeiros nas ações previdenciárias que concedem ou revisam benefícios previdenciários, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente e do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. A propósito:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Previdenciário. Cálculo da renda mensal inicial do benefício. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de

origem, com base na Lei nº 8.213/91, concluiu pelo acerto da forma de cálculo do benefício do agravante, uma vez que aplicado aos salários de contribuição, utilizados para o cálculo da renda mensal inicial, o índice de correção monetária previsto na norma de regência. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 816.493/PR-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 9/4/12).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Providência vedada neste momento processual. 2. Incide, à derradeira, a Súmula 283/ STF. 3. Agravo regimental desprovido” (RE nº 593.286/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 26/9/11).

Nesse mesmo sentido, as seguintes decisões: ARE nº 868.539/SC, relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 12/3/15; RE nº 815.616/RS, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 1/12/14; e ARE nº 807.03/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Dje de 26/3/15.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 874.065 (724)ORIGEM : ADI - 00369557420138190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : JANIA MARIA DE SOUZARECDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 24, XV, 30 I e II, e 227 da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que a autonomia municipal para o exercício da sua competência para legislar sobre direito local está sujeito às determinações constantes das legislações estadual e federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:ADI 478, Rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 28.2.1997; e RE 527.008-AgR-segundo, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 17.10.2013, verbis:

"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. MEIO AMBIENTE. ZONA COSTEIRA. COMPETÊNCIA CONCORRENTE. AUTONOMIA MUNICIPAL LIMITADA À COMPETÊNCIA DA UNIÃO E DOS ESTADOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

De mais a mais, divergir da posição adotada pela Corte de origem demandaria a análise da legislação local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: RE 732.245-AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 08.5.2014; e ARE 727.513-ED/SC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 14.4.2013, cuja ementa transcrevo:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JULGAMENTO – LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.”

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. LEI MUNICIPAL DE CHAPECÓ 5.736/2009. ALEGADO VÍCIO DE INICIATIVA. NECESSIDADE DE EXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 143

SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Indispensável, na espécie, o exame da legislação municipal que rege as atribuições de cada um dos órgãos componentes do Poder Executivo do Município de Chapecó para se examinar o argumento de que a Lei municipal 5.736/2009 teria instituído novas atribuições fiscalizatórias para aqueles órgãos, circunstância que torna inviável o recurso, nos termos da Súmula 280 do STF. III – Agravo regimental improvido.”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 874.113 (725)ORIGEM : AC - 200085000037477 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MONA CHAYA MONTEIRO ALMEIDA SAMPAIOADV.(A/S) : THENISSON SANTANA DÓRIA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de recurso extraordinário no qual se alega contrariedade aos

artigos 37, 40, § 12, 150, IV, 194 e 195, II, § 4°, da Constituição Federal.Anote-se a ementa do acórdão proferido pelo Tribunal de origem:“TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.

FUNÇÃO COMISSIONADA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NÃO INCIDÊNCIA A PARTIR DA LEI N.º 9.783/99. 1. A jurisprudência do STJ encontra-se pacificada quanto à não incidência de contribuição previdenciária sobre a parcela remuneratória decorrente do exercício de função comissionada a partir da Lei n.º 9.783/99. 2. Levando-se em conta a singeleza da causa e a simplicidade do trabalho despendido pelos causídicos da parte Autora, entendo que o honorários advocatícios deve ser reduzidos para 5% do valor da condenação, nos termos do art. 20, § 4.º, do CPC. 3. Provimento, em parte, da remessa oficial e da apelação da União quanto aos honorários advocatícios. Vistos, relatados e discutidos estes autos de AC 441077-SE, em que são partes as acima mencionadas, ACORDAM os Desembargadores Federais da Segunda Turma do TRF da 5a. Região, por unanimidade, em dar provimento, em parte, à remessa oficial e à apelação da União, nos termos do relatório, voto e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte do presente julgado”.

Decido.A irresignação não merece prosperar. No que se refere aos artigos 37, 194 e 195, II, § 4°, da Constituição

Federal, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pela parte recorrente. Incidem na espécie os enunciados das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Do mesmo modo, não houve prequestionamento da matéria referente às Leis n°s 9.630/98 e 9.527/97. Anote-se que o fato do recorrente ter trazido a questão no bojo dos embargos de declaração não é bastante para suprir o requisito do prequestionamento, a teor do enunciado da Súmula nº 356/STF. Ocorre que, não obstante a oposição dos embargos, o recurso de apelação não suscitou a referida questão, hipótese em que já não se prestam os embargos declaratórios opostos contra o acórdão de segundo grau a suscitá-la pela primeira vez. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL.

1. Ao contrário do que sustenta o agravante, os embargos de declaração, para fins de prequestionamento, servem para suprir omissão do acórdão recorrido em relação à matéria suscitada no recurso cabível ou nas contra-razões e não para inovar matéria constitucional não debatida nos autos.

2. Ausente o prequestionamento do art. 129, III, da Constituição, dado como contrariado. Não prescinde desse requisito, inerente ao cabimento do recurso de natureza extraordinária, a circunstância de poder a ilegitimidade ativa ad causam ser analisada em qualquer grau de jurisdição.

3. Agravo regimental improvido” (RE nº 434.420/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 14/6/05).

Ademais, o Tribunal de origem não divergiu do entendimento desta Corte firmado no RE n° 463.348/PR, DJ de 24/2/06, no qual o Ministro Relator Sepúlveda Pertence ao prolatar seu voto consignou que por ocasião do julgamento dos Processos Administrativos nºs. 316.794 e 316.170, Relator o Ministro Maurício Corrêa, na sessão administrativa do Tribunal Pleno de 18 de dezembro de 2002, este Supremo Tribunal firmou entendimento no sentido de que não incide contribuição previdenciária sobre as parcelas recebidas

pelos servidores públicos, referentes ao exercício de função ou cargo comissionado, não incorporável ao vencimento para o cálculo da aposentadoria, a partir da vigência da Lei n. 9.783/99. Anote-se a ementa do referido precedente:

“Servidor público: contribuição previdenciária: não incidência sobre a vantagem não incorporável ao vencimento para o cálculo dos proventos de aposentadoria, relativa ao exercício de função ou cargo comissionados (CF, artigos 40, § 12, c/c o artigo 201, § 11, e artigo 195, § 5º; L. 9.527, de 10.12.97)”.

No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões: RE nº 602.766/RS, Relator o Ministro Ayres Britto (DJe de 11/4/12); AI nº 799.026/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio (DJe de 29/3/12); RE nº 363.414/BA, Relator o Ministro Gilmar Mendes (DJ de 29/9/05) e RE nº 553.634/RS, Relator o Ministro Cezar Peluso (DJ de 4/10/07).

Por fim, incabível o recurso pela alínea “b” do permissivo constitucional, haja vista que a instância de origem não declarou a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 874.168 (726)ORIGEM : AC - 10079100097959001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUIZ DE SOUZA CARVALHOADV.(A/S) : THIAGO ANTUNES LOBATO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CONTAGEMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CONTAGEM

DECISÃO: Vistos.Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acordão proferido

pela 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário foi interposto quando já era plenamente exigível a preliminar recursal para demonstrar a repercussão geral da matéria constitucional objeto do apelo.

Entretanto, a petição recursal ora em análise fez simples menção à existência da referida repercussão, sem, contudo, trazer a repercussão geral da matéria devidamente fundamentada nos aspectos do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa frente às questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário.

Cabe à parte recorrente demonstrar de forma devidamente fundamentada, expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. OBRIGATORIEDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 144: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 144

tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a Corte a quo deliberadamente deixou de conceder os benefícios da assistência judiciária gratuita ao recorrente, mesmo o recorrente declarando-se pobre.” Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. O mero inconformismo com o acórdão recorrido não satisfaz, por si só, a exigência constitucional de demonstração de repercussão geral. (Precedentes: RE n. 575.983-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 13.05.11; RE n. 601.381-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 29.10.09, entre outros). 5. Agravo regimental não provido” (RE n° 611.400/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 16/10/12) (Grifo nosso).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE n° 704.288/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 25/9/12).

Ante o exposto, nos termos 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 874.315 (727)ORIGEM : PROC - 50040201120124047006 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CLAUDIO SHIGUERU KANEDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALENCAR LEITE AGNER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOVistos.Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento na letra

“a” do permissivo constitucional contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. CRÉDITO RURAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. CAPITALIZAÇÃO. MORATÓRIOS. LIMITAÇÃO DE JUROS. MULTA MORATÓRIA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.

1. As questões relativas à legitimidade da cessão do crédito exequendo pela Medida Provisória nº 2.196-3/2001 e, por conseguinte, da possibilidade de sua cobrança pela União em sede de execução fiscal restaram decididas pelo Superior Tribunal de Justiça por ocasião do julgamento do Recurso Especial nº 1.123.539/RS, submetido à sistemática do recurso repetitivo (Art. 543-B do Código de Processo Civil),

2. Ainda, 'o fato de a cédula de crédito rural ter dado origem à certidão de dívida ativa e, por conseqüência, a execução fiscal, não exonera ou elimina o aval legalmente constituído por ocasião da elaboração da cédula'. (TRF4, AC 5000763-31.2010.404.7011, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Maria Lúcia Luz Leiria, D.E. 16/07/2012), pelo que afasto a alegação de ilegitimidade passiva dos avalistas. Com efeito, cuida-se de aval a garantia prestada pelos embargantes (art. 60 do Decretolei nº 167/1967) e não de fiança, como constou da escritura pública. Nesse sentido, Superior Tribunal de Justiça, REsp 747.805/RS, DJe 11/03/2010.

3. Quanto aos requisitos da Lei n° 6.830/80, no que diz com a formação do título: a CDA observa os requisitos legais do artigo 202 do Código Tributário Nacional e artigo 2° parágrafo 5° da LEF, quanto à indicação

do processo administrativo, valor originário da dívida, natureza, vencimento, atualização monetária e juros de mora, bem como a forma de constituição do crédito, notificação e enquadramentos legais.

4. Na sub-rogação se dá a substituição de um credor por outro, permanecendo todos os direitos do credor originário (sub-rogante) em favor do novo credor (sub-rogado). Dá-se, assim, a substituição do credor, sem qualquer alteração na obrigação do devedor. Configurada a sub-rogação, a hipótese deve ser analisada à luz do art. 349 do Código Civil, segundo o qual se transferem ao novo credor os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo em relação à dívida.

5. A notificação do devedor prevista no art. 290 do Código Civil é necessária para que ele não fique prejudicado, já que, desconhecendo a cessão, pode efetuar o pagamento ao credor primitivo. A finalidade da notificação é impedir que o devedor pague validamente ao cedente. Sua eventual ausência não invalida o negócio jurídico. Assim, não há que se falar em possibilidade de sub-rogação ou não. Ademais, o autor foi devidamente notificado da cessão de créditos operada e do vencimento das prestações, não podendo alegar inobservância do princípio da ampla defesa, o que afasta qualquer alegação de nulidade.

6. Quanto à pretensa realização de prova pericial contábil, não há que se falar em produção de provas quando o conjunto probatório dos autos é suficiente à formação da convicção do magistrado, nos termos do artigo 131 do Código de Processo Civil. O exame pericial tem por escopo apenas o auxílio na formação do livre convencimento do julgador, sem, contudo, atrelar o regular prosseguimento do feito à obrigatoriedade de que seja efetuado aquele procedimento. No caso dos autos, em que as questões debatidas são eminentemente de direito. Além disso, os elementos que compõem o débito exequendo e os índices adotados na sua atualização estão previstos na legislação de regência. Basta consultá-la. Desnecessária, portanto, a produção de prova pericial.

7. O objeto da execução fiscal adveio de renegociação de financiamento de safras agrícolas fundada na lei a cuja alocação de recursos se deu por conta do Tesouro Nacional (art. 1º, § 2º, da Lei nº 9.138/1995). A própria Medida Provisória nº 2.196-3, de 24 de agosto de 2001, já previa o recebimento por parte da União dos créditos correspondentes às operações celebradas com recursos do Tesouro Nacional (art. 2º). Ora, quando foram firmadas as prorrogações dos financiamentos os produtores já eram sabedores disto. Não se mostra relevante, assim, a alegação de que o processo administrativo que deu origem à CDA tramitou sem qualquer conhecimento dos devedores. O autor foi devidamente notificado da cessão de créditos operada e do vencimento das prestações, não podendo alegar inobservância do princípio do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, o que afasta qualquer alegação de nulidade.

8. A embargante alega que quando firmou a renegociação da dívida, houve a quitação do principal com a cessão de Certificados do Tesouro Nacional (cláusula décima). O parágrafo primeiro esclarece que 'em ocorrendo o adimplemento integral da dívida' por parte do devedor, retornam os certificados do Tesouro Nacional ao devedor, posto que servirem como garantia do principal, devidamente atualizado pelos encargos básicos. Portanto, improcedente a alegação do embargante de que quando firmou a renegociação com o alongamento da dívida, a mesma automaticamente foi quitada com a emissão de certificados do Tesouro Nacional. Fica prejudicado o exame da nulidade da hipoteca posto que não foi reconhecida que a dívida foi extinta pela cessão da cédula de crédito rural do Banco do Brasil para a União.

9. Os juros remuneratórios a serem cobrados nas cédulas de crédito rural estão limitados a 12% a.a. conforme precedente do Eg. STJ, REsp 887.034/DF, 3ª Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 08/02/2008). Assim, não procede o pedido pois não demonstrado que em algum dos contratos foi estipulado juros superiores a 12% ao ano.

10. Quanto aos encargos incidentes sobre o débito, são devidos os juros moratórios pactuados em 1% ao ano, conforme o estipulado no art. 5º, parágrafo único, do Decreto-Lei 167/67.

11. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos firmados entre a instituição financeira e agricultor, pessoa física, ainda que para viabilizar o seu trabalho como produtor rural. Assim, tratando-se de contratos rurais firmados entre produtor rural e posteriormente cedidos pelo Banco do Brasil à União, as relações são de Direito Privado, aplicando-se o Código de Defesa do Consumidor, ao identificarem-se os financiados como consumidores, na dicção do art. 2º do CDC.

12. É inexigível a comissão de permanência em cédulas de crédito rural porque 'A cédula de crédito rural tem disciplina específica no Decreto-lei nº 167/67, art. 5º, parágrafo único, que prevê somente a cobrança de juros remuneratórios, moratórios e multa no caso de inadimplemento' (STJ, AgREsp 1.050.286/MG, 4ª Turma, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJE 25/05/2009), além do que, 'nos casos de cédulas de crédito rural, comercial e industrial não se admite a incidência de comissão de permanência, após a inadimplência, sendo permitida, tão-somente, em consonância com o que dispõe os artigos 5º, parágrafo único, e 58 do Decreto-lei n.º 413/69, a elevação dos juros remuneratórios em 1% ao ano, correção monetária e multa contratual.' (STJ, AgA 1.118.790/MG, 3ª Turma, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJE 13/05/2009)

13. A gratuidade judicial é devida a quem não possui rendimento suficiente para suportar as taxas judiciárias sem prejuízo de sua manutenção ou de sua família. A existência de um imóvel cuja avaliação atingiu valor total

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 145

de R$ 500.000,00 dentro do patrimônio do requerente, por si só, afasta a presunção de pobreza ou miserabilidade exigido pela Lei 1.060/1950. Portanto, deve ser mantida a revogação do benefício da assistência judiciária gratuita.

14. Havendo matérias ainda não enfrentadas na r. sentença, os embargos de declaração deixam de ser meramente protelatórios. Portanto, deve ser reconhecida a inaplicabilidade da multa.

15. Mantida a sentença, deve ser mantida a verba honorária posto que sopesou os ganhos e perdas de cada parte e reconheceu que a sucumbência da União foi mínima.

16. Apelação do embargante parcialmente provida, apelação da União e remessa oficial desprovidas”.

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos

LIV e LXXIV, 6º, 93, inciso IX e 173 da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

O presente recurso não merece ser conhecido, porque atingido pela deserção. É da jurisprudência desta Suprema Corte que o preparo do recurso extraordinário deve ser efetuado (e comprovado) no ato da interposição do apelo extremo, o que inegavelmente não ocorreu, neste caso.

Já há algum tempo firmou-se, neste Supremo Tribunal Federal, o entendimento de que, nos termos do disposto no artigo 511 do Código de Processo Civil e, ainda, com amparo na norma do artigo 59 do Regimento Interno da Corte, o preparo do recurso extraordinário deve ser efetuado dentro do prazo cominado para sua interposição.

Esse entendimento foi sedimentado quando do julgamento, pelo Pleno deste Tribunal, de Questão de Ordem no AI nº 209.885/RJ, cuja ementa assim dispõe:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREPARO. Conjugam-se os artigos 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e 511 do Código de Processo Civil. Impõe-se a comprovação do preparo do extraordinário no prazo relativo à interposição deste. O fato de não haver coincidência entre o expediente forense e o de funcionamento das agências bancárias longe fica de projetar o termo final do prazo concernente ao preparo para o dia subseqüente ao do término do recursal” (Relator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, DJ de 10/05/02).

Ressalte-se que esse posicionamento vem sendo seguido, desde então, por ambas as Turmas do Tribunal, conforme se depreende das ementas dos seguintes julgados:

“Agravo regimental a que se nega provimento por considerar, esta Corte, deserto o recurso extraordinário cujo preparo foi efetuado no dia seguinte ao término do prazo recursal” (AI nº 325.661-AgR/RJ, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Primeira Turma, DJ de 15/3/02).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREPARO. Conjugam-se os artigos 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e 511 do Código de Processo Civil. Impõe-se a comprovação do preparo do extraordinário no prazo relativo à interposição deste. O fato de não haver coincidência entre o expediente forense e o de funcionamento das agências bancárias longe fica de projetar o termo final do prazo concernente ao preparo para o dia subsequente ao do término do recursal. AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé” (RE nº 566.907-AgR/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 6/11/09).

Ademais, verifica-se nos autos que o pedido de gratuidade judiciária formulado pela parte recorrente foi feito na petição de interposição recurso extraordinário e, conforme jurisprudência consolidada nesta Corte, o preparo deveria ter sido efetuado concomitantemente à apresentação do recurso extraordinário, quando de sua interposição. Tem-se que o protocolo da petição do apelo extremo, sem as custas devidas, já implica em deserção, pois a posterior concessão do benefício então incidentemente postulado, não teria o condão de retroagir para afastar a deserção dantes configurada nos autos.

Esse entendimento vem sendo reiteradamente repetido por esta Corte, conforme se colhe da ementa dos seguintes e recentes precedentes, de mesmo teor, de ambas suas Turmas:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREPARO. DESERÇÃO. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. SÚMULA 287. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA INDIRETA. BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. BENEFÍCIO FUTURO. RECURSO

PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravante não atacou todos os fundamentos do acórdão recorrido, o que atrai a incidência da Súmula 287 do STF. II - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que incumbe ao recorrente comprovar, no ato de interposição do recurso, o pagamento do respectivo preparo. Precedentes. III - É que a apreciação do tema constitucional, no caso, demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. IV - O deferimento do benefício da gratuidade da justiça, só produz efeitos futuros, assim, julgado deserto o recurso, de nada adiantaria a concessão posterior do benefício. Precedentes. V - Recurso protelatório. Aplicação de multa. VI - Agravo regimental improvido” (AI nº 744.487-AgR/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 16/10/09).

“1. JUSTIÇA GRATUITA. Assistência Judiciária. Benefício não concedido. Ausência de pedido e de afirmação, pela parte, de insuficiência de recursos. Não recolhimento de preparo. Deserção. Recurso extraordinário não conhecido. Jurisprudência assentada. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita está condicionada à afirmação, feita pelo próprio interessado, de que a sua situação econômica não permite vir a Juízo sem prejuízo da sua manutenção ou de sua família. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Justiça gratuita. Equívoco na juntada de petição. Falha atribuída ao serviço judiciário. Renovação do pedido. Agravo Regimental improvido. É ônus exclusiva da parte o correto protocolamento da petição” (RE nº 550.202-AgR/DF, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 18/4/08).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, não conheço do recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 874.333 (728)ORIGEM : AC - 50031873420104047112 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VLADEMIR DEBASTIANIADV.(A/S) : ANILDO IVO DA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão:Vistos.Vlademir Debastiani interpõe recurso extraordinário, com fundamento

na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. AVERBAÇÃO. 1. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele exercida. 2. Não tem direito à aposentadoria especial o segurado que não possui tempo de serviço suficiente à concessão do benefício. Faz jus, no entanto, à averbação dos períodos judicialmente reconhecidos para fins de obtenção de futuro benefício”.

Opostos embargos de declaração, foram parcialmente providos para fins de prequestionamento.

Alega a parte recorrente violação dos artigos 7º, inciso XXIII, e 201, § 1º, da Constituição Federal.

Decido.A irresignação não merece prosperar, haja vista que a discussão

acerca da implementação dos requisitos para a aposentadoria do segurado da previdência social, bem como a análise das questões acerca do enquadramento da atividade exercida está restrita à interpretação da legislação infraconstitucional e ao reexame dos fatos e provas que compõem a lide, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE n° 665.429/SC-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe de 1°/8/12).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. MAGISTÉRIO. REQUISITOS PARA A APOSENTADORIA ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL E DE REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 596.519/SP-ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 27/11/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APOSENTADORIA. REQUISITOS. LEGISLAÇÃO LOCAL. FATOS E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 146

PROVAS. SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de legislação local e de fatos e provas, circunstância que impede a admissão do recurso extraordinário, ante os óbices das Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 590.477/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 17/10/08).

Essa orientação restou consolidada pelo Plenário desta Corte que, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do AI nº 841.047/RS, relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada neste feito em virtude de sua natureza infraconstitucional. A manifestação lançada no Plenário Virtual está assim fundamentada:

“A questão suscitada neste recurso versa sobre a possibilidade, ou não, de se computar, para efeito de aposentadoria, tempo de serviço exercido em condições especiais, após 28 de maio de 1998, à luz do art. 201, § 1º, da Constituição Federal. Requer-se, no recurso extraordinário, a reforma da decisão de primeiro grau, a qual julgou improcedente o pedido, com fulcro no art. 269, I, do Código de Processo Civil.

Verifica-se que o acórdão impugnado decidiu a causa com base em interpretação e aplicação de legislação infraconstitucional, especificamente a Lei nº 8.213/91 e Lei nº 9.711/98, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta.

Neste sentido há decisões nesta Corte, confira-se no AI 765844 /SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJe de 4/11/2010; AI 765796 / SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe 28/10/2009; AI 467468 / SP, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 1/6/2004; AI 467645 / SP, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ 13/2/2003)''.

Esse julgado recebeu a seguinte ementa:“Agravo de instrumento convertido em Extraordinário.

Inadmissibilidade deste. Aposentadoria. Tempo de serviço. Condições especiais. Cômputo. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto o cômputo, para efeito de aposentadoria, do tempo de serviço exercido em condições especiais, versa sobre tema infraconstitucional.”

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 875.624 (729)ORIGEM : AC - 200783000187600 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE VICÊNCIAADV.(A/S) : MOACIR ALFREDO GUIMARÃES NETO E OUTRO(A/S)

Decisão:Vistos.União interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea “a”

do permissivo constitucional, contra acórdão da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. COEFICIENTE INDIVIDUAL DE PARTICIPAÇÃO. ALTERAÇÃO. APLICAÇÃO DE REDUTOR FINANCEIRO PREVISTO NA LEI COMPLEMENTAR Nº 91/97. IMPOSSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL.

O MUNICÍPIO DE VICÊNCIA – PE interpôs ação ordinária com o escopo de afastar a aplicação do coeficiente de 1.6 e do redutor financeiro por não estar sua população abrangida em tal faixa quantitativa e por tal cálculo ser-lhe desfavorável. Requer-se que o coeficiente 1.4 seja mantido por não ter sofrido sua população qualquer diferença numérica considerável entre os anos de 1997 e 2006.

Não há incidência de prescrição, posto que, por ser de trato sucessivo, o prazo prescricional renova-se anualmente por ser o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) diretamente ligado à quantidade populacional.

O município busca afastar o redutor financeiro aplicado com base na Lei 91/97, não questionando os dados informados pelo IBGE, mas apenas o enquadramento errôneo feito pelo TCU na faixa populacional pera fins de repasse do FPM.

O IBGE estimou como população do Município de Vicência – PE, no ano de 2006, 29.143 habitantes, estando, portanto, compreendido entre a faixa de 23.773 a 30.564, devendo o montante do FPM ser calculado com base no coeficiente de 1.4, conforme o Decreto Lei nº 1881/81, sem a aplicação de redutor, visto que para que seja aplicado o coeficiente de 1.6, a quantidade populacional deve estar enquadrada entre 30.565 e 37.356 habitantes. Equivoco do TCU quando aplicou o ganho adicional de 1.6 e o

redutor financeiro de 0.2.Apelação e remessa obrigatórias improvidas”.Opostos embargos declaratórios, foram desprovidos.Alega a parte recorrente violação dos artigos 3º, inciso III, 5º, incisos

XXXV e LV, 93, inciso IX, e 161, inciso II e § único, da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

No que se refere ao artigo 3º, inciso III, da Constituição, apontado como violado, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pela parte recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, não procede a alegada violação do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, haja vista que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante contrárias à pretensão da parte recorrente. Anote-se que o Plenário deste Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral desse tema e reafirmou a orientação de que a referida norma constitucional não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente, ainda que sucintamente, as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (AI nº 791.292/PE-RG-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13/8/10).

Ainda, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por fim, adotar entendimento diverso do fixado no acórdão recorrido demandaria, induvidosamente, a interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei Complementar nº 91/97), bem como o reexame das provas dos autos, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência, na espécie, da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NULIDADE PRETENDIDA AFASTADA. 2. FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. REDUTOR FINANCEIRO. CONTROVÉRSIA QUE DEMANDA O REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 650.679/AgR-PR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 10/10/11).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. VALOR DO REPASSE DE VERBAS VINCULADAS AO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. ERRO DE CÁLCULO. REDUTOR FINANCEIRO INSTITUÍDO NA LC N.º 91/97. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE DOS ARTIGOS 5º, XXXV, 159, I, 161, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CONTROVÉRSIA QUE DEMANDA O REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL, DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.º 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Para se chegar a conclusão diversa da adotada pelo Tribunal de origem, fazem-se necessários o reexame da legislação infraconstitucional pertinente e a análise do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), providências vedadas na instância extraordinária. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só,

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 147

não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 4. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 5. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: “FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. REDUTOR FINANCEIRO INSTITUÍDO NA LC N. 91/97. AUSÊNCIA DE AFRONTA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. A disparidade no cálculo das cotas do Fundo de Participação dos Municípios, gerada pela aplicação do redutor instituído pela LC 91/97 é inerente à sistemática implementada pela referida norma e objetiva, em última análise, equiparar os repasses a municípios em situações equivalente. Conforme entendimento do STF, essa sistemática não viola o princípio da isonomia. Precedentes – Verba honorária mantida, à luz do disposto no artigo 20, § 4º, do CPC”. 7. Agravo Regimental a que se nega provimento” (RE nº 682.395/RS-AgR, Primeira Turma, relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 6/2/13).

“PROCESSO CIVIL. FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. FATOS E PROVAS. 1. O acórdão recorrido decidiu a lide com base na legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal, se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Incidência da Súmula STF 279 para se verificar a regular constituição do crédito tributário. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 463.994/AL-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25/6/10).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. INCLUSÃO DE VALORES NA BASE DE CÁLCULO DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. 1) AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL (SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). 2) IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 794.448DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia DJe de 8/10/10).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de entendimento. O instituto visa o cotejo indispensável a que se diga enquadrado o recurso extraordinário no permissivo constitucional. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil” (ARE nº 771.219/AgR-RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 13/2/14).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 875.903 (730)ORIGEM : AC - 20020080320936001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : MARIA ALBANEIDE DE SOUSAADV.(A/S) : SELENITA ALENCAR PESSOA DE MORAES E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR E CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO. REFLEXOS SALARIAIS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ÓBICE DAS SÚMULAS Nº 282 E Nº 356 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. RECURSO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão cuja ementa tem o seguinte teor:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PRETENSÃO DE AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO EM OUTROS ÓRGÃOS PARA FINS DE PERCEBMENTO DE VERBAS INTEGRANTES DE SUA ATUAL REMUNERAÇÃO. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO DE APELAÇÃO. O STF, por decisão do Pleno (RE nº 209.899-RN), firmou entendimento no sentido de que o servidor celetista que passar a integrar o Regime Jurídico Único tem direito, por força da Lei nº 8.112/90, a contagem do tempo de serviço federal para todos os efeitos.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta ofensa ao disposto nos artigos 37, XV, e 40, § 9º, da

Constituição Federal. É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, § 3º, da CF).

Verifica-se que os dispositivos da Constituição Federal, que o agravante considera violados, não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas nº 282 e nº 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

[...]Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176).

Nesse sentido, ARE 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO o recurso extraordinário, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.085 (731)ORIGEM : AC - 20020023618610001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : PETROBRAS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : SANDRA MEDEIROS DE QUEIROZ LEITÃO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

DESPACHO: Vistos.Diante da petição n° 14984/2015, manifeste-se claramente o

recorrente sobre a intenção de pedir a desistência do presente recurso extraordinário, juntando-se instrumento de procuração com poder específico para esse ato, haja vista que o substabelecimento anexado à referida petição vedou a transferência do mencionado poder para desistência recursal.

Diante do exposto, intime-se o recorrente para, querendo, no prazo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 148

de 10 (dez) dias, se manifestar. Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.503 (732)ORIGEM : AC - 08004053620124058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS

EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - INEPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DA ESCADA

LTDA - SOESEADV.(A/S) : LUCIANA PEREIRA GOMES BROWNE E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira – INEP interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR – SINAES. ÍNDICE GERAL DE CURSOS (IGC). FIXAÇÃO COM BASE NO CONCEITO PRELIMINAR DE CURSO (CPC) DE APENAS UM DOS CURSOS OFERECIDOS. APURAÇÃO EM DESACORDO COM OS PRECEITOS DA CONSITUIÇÃO FEDERAL E DA LEI Nº 10.861/2004. SUSPENSÃO DA DIVULGAÇÃO. CABIMENTO. PRECEDENTES DESTA CORTE. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA.

1. Apelação cível interposta contra sentença que julgou improcedente o pedido de retificação do IGC - Índice Geral de Cursos, concedido pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC, e adotado como fator de desempenho geral da instituição de ensino superior.

2. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, instituído pela Lei nº 10.861/2004, previu que os cursos oferecidos pelas instituições de ensino seriam aferidos com a atribuição do Conceito Institucional – CI (art. 3º), o Conceito de Curso – CC (art. 4º) e o Conceito ENADE (art. 5º).

3. O Ministério da Educação editou a Portaria nº 12, instituindo em 2008 o IGC - Índice Geral de Cursos e o CPC – Conceito Preliminar de Curso, com o fim de avaliar o desempenho das instituições de ensino, com base na atribuição de novos critérios, estabelecendo ainda a metodologia de apuração do IGC.

4. O IGC de uma instituição de ensino é apurado como o resultado da média ponderada do Conceito Preliminar de Curso – CPC, fator que indica a avaliação de cursos de graduação e obedece a um ciclo de três anos, em combinação com o resultado do ENADE, utilizado para se aferir o nível de desempenho dos estudantes.

5. Hipótese em que o MEC/INEP atribuiu IGC insatisfatório à instituição apelante (“conceito 2”), pautando-se na avaliação de apenas um dos cursos oferecidos pela instituição de ensino, quando a recorrente possui cinco cursos em funcionamento, todos autorizados pelo MEC, estando evidenciado que o conceito atribuído não reflete o seu desempenho em sua plenitude.

6. A jurisprudência desta Corte Regional sinaliza no sentido de que a apuração do Índice Geral dos Cursos (IGC) de uma instituição de ensino superior, com base no Conceito Preliminar de Curso (CPC) aferido em relação a apenas um dos cursos oferecidos pela instituição, não está em conformidade com os preceitos constitucionais e contraria as disposições da Lei nº 10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES.

7. Apelação parcialmente provida, apenas para suspender a utilização do IGC da recorrente, fixado para o ano de 2009, bem como para que a apelada se abstenha de publicar esse mesmo índice nos portais oficiais, como sendo o resultado da avaliação dos anos subsequentes.”

Opostos embargos de declaração, não foram providos.Alega o recorrente contrariedade aos artigos 206, inciso VII, e 209,

inciso II, da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.

Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:“(...)O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES,

instituído pela Lei nº 10.861/2004, previu que os cursos oferecidos pelas instituições de ensino seriam aferidos com a atribuição do Conceito Institucional – CI (art. 3º), o Conceito de Curso – CC (art. 4º) e o Conceito ENADE (art. 5º).

Por meio das Portarias nºs 12 e 04, o MEC instituiu em 2008 o IGC - índice geral de Cursos) e o CPC – Conceito Preliminar de Curso, com o fim de avaliar o desempenho das instituições de ensino, com base na atribuição de novos critérios.

O IGC de uma instituição de ensino é apurado como o resultado da média ponderada do Conceito Preliminar de Curso - CPC, fator que indica a avaliação de cursos de graduação e obedece a um ciclo de três anos, em combinação com o resultado do ENADE, utilizado para se aferir o nível de desempenho dos estudantes.

Em relação aos critérios de apuração dos medidores de desempenho em debate, a Portaria Normativa MEC nº 12/2008 assim dispõe, verbis:

(…)Como afirmado, tanto o IGC como o CPC foram instituídos mediante

Portaria Ministerial editada pelo MEC, na qual foi estabelecida a metodologia de apuração do IGC.

Depreende-se dos autos que o MEC/INEP atribuiu o IGC ora combatido pela apelante (conceito 2), pautando-se na avaliação de apenas um dos cursos oferecidos pela instituição de ensino recorrente.

É certo que, ao se atribuir um IGC para espelhar o desempenho da instituição, com base na análise de apenas um de seus cursos (Administração), quando a apelante possui cinco cursos em funcionamento, todos autorizados pelo MEC, fica evidente que o conceito atribuído à instituição de ensino não reflete o seu desempenho em sua plenitude.

Para que se possa reconhecer a legitimidade de uma avaliação nos moldes realizados pelo MEC/INEP, e a utilização do IGC como um índice de classificação geral da instituição, seria necessário que a avaliação abrangesse ao menos a metade dos cursos autorizados pelo MEC e oferecidos pela instituição, o que deveria ser feito com base Conceito Preliminar de Cursos – CPC, e de acordo com os critérios avaliativos estabelecidos na legislação que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES.

No caso dos autos, é de se reconhecer, que a forma como foi realizada a avaliação da instituição apelante, para a atribuição do IGC com “conceito 2”, não se afigura como razoável, pelas razões já explicitadas.

Além disso, a decisão ora combatida é suscetível de causar prejuízos à recorrente, na medida em que o resultado da avaliação é amplamente divulgado, passando a aparentar fragilidade do conceito da instituição e podendo até mesmo prejudicar a sua imagem no meio social, sem contar a possibilidade de serem aplicadas as sanções previstas na legislação pertinente, nos casos de desempenho insatisfatório das instituições de ensino.

Nesse contexto, deve ser reconhecida a verossimilhança das alegações ora trazidas pela recorrente, diante da constatação de que o resultado da avaliação geral da instituição foi atribuído com base na análise de apenas um de seus cursos, e em função do resultado obtido no ENADE. Tal conduta da Administração se mostra desarrazoada e em desacordo com a política que orientou a instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES.

Ressalte-se que a medida determinada na decisão ora recorrida não se afigura como a melhor solução para equacionar o impasse, uma vez que a realização de uma nova avaliação da instituição de ensino, no curto prazo assinado, implicará em novos dispêndios financeiros e de recursos humanos, não somente para a instituição avaliada, como também para a Administração, o que não se mostra razoável.

Portanto, não se concebe a pretensão da parte apelada em manter o IGC atribuído pelo MEC/INEP à apelante, e que atualmente é utilizado como fator de aferição do desempenho geral dessa instituição de ensino, uma vez quer tal índice não foi aferido de acordo com os critérios previstos na Lei nº 10.861/2004, que instituiu o SINAES, bem como por caracterizar evidente afronta aos princípios constitucionais da proporcionalidade e razoabilidade.

A matéria em discussão não é nova e já foi objeto de apreciação por esta Corte Regional. Nesse sentido, colaciona-se os seguintes precedentes:

(…)Portanto, a jurisprudência desta Corte Regional sinaliza no sentido de

que a apuração do Índice Geral dos Cursos (IGC) de uma instituição de ensino superior, com base no Conceito Preliminar de Curso (CPC) aferido em relação a apenas um dos cursos oferecidos pela instituição, não está em conformidade com os preceitos constitucionais e contraria as disposições da Lei nº 10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.”

Como visto, o Tribunal de origem decidiu a lide amparado na legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 10.861/04 e Portarias nºs 4/08 e 12/08 do MEC). Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência da Súmula nº 279/STF. Sobre o tema:

“Recurso extraordinário: descabimento: questão decidida à luz de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 149

legislação infraconstitucional e da análise de fatos e provas, ausente o prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados (Súmulas 282 e 279); alegada ofensa que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 518.895/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 15/4/05).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. ÓBICE DA SÚMULA 279/STF. CONTROVÉRSIA DECIDIDA A PARTIR DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. ANÁLISE. INVIABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (AI nº 747.313/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 20/8/14).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido.” (AI nº 738.307/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 3/11/10).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.567 (733)ORIGEM : PROC - 402014 - TJSP - TURMA RECURSAL - 32ª CJ -

BAURUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BAURUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BAURURECDO.(A/S) : SOLANGE APARECIDA BORGES MARTINSADV.(A/S) : LUIZ NUNES PEGORARO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO DE SERVIDOR À DIFERENÇA DE REMUNERAÇÃO EM VIRTUDE DE DESVIO DE FUNÇÃO. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 73. RE 578.657. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 73, RE 578.657, Rel. Min. Menezes Direito).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.569 (734)ORIGEM : PROC - 8952012 - TJSP - TURMA RECURSAL - 32ª CJ -

BAURUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ANA LÚCIA FERREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : DIOGO FERREIRA NOVAIS

DECISÃO:Vistos.Estado de São Paulo interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da 2ª Turma do Colégio Recursal da 32ª Circunscrição Judiciária de Bauru/SP.

Sustenta a recorrente, nas razões do recurso extraordinário, violação do artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal.

Decido.A irresignação não merece prosperar, uma vez que o Plenário deste

Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 764.332/SP, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria constitucional versada nesse feito. A decisão do Pleno está assim ementada:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.

QUINQUÊNIO. INCIDÊNCIA SOBRE OS VENCIMENTOS INTEGRAIS, INCLUINDO OS ADICIONAIS E AS GRATIFICAÇÕES REPUTADOS COMO DE NATUREZA PERMANENTE. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO ESTADUAL. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ATRIBUIÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO” (DJe de 21/03/14).

Essa decisão, nos termos do artigo 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 11.418/06, “valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente”.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 7 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.590 (735)ORIGEM : PROC - 54613 - TJSP - TURMA RECURSAL - 32ª CJ -

BAURUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : VAGNER DIASADV.(A/S) : PRISCILA BIANCHI

DECISÃO: Vistos.Estado de São Paulo interpõe recurso extraordinário contra acórdão

da 2ª Turma Recursal do Colégio Recursal da 32ª Circunscrição Judiciária de Bauru/SP.

No recurso extraordinário, sustenta-se afronta ao artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

As instâncias de origem entenderam que o Adicional de Local de Exercício (ALE) tem natureza de salário-base e não de adicional, pelo que integra a base de cálculo das demais vantagens devidas à parte recorrida. Assim, para dissentir dessa conclusão, acerca da natureza da parcela denominada ALE, exigiria o reexame do material probatório constante dos autos, bem como a análise da legislação local pertinente. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MILITAR. ADICIONAL DE LOCAL DE EXERCÍCIO – ALE. CRITÉRIO DE PAGAMENTO. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 689/1992, 830/1997 E 994/2006. REAPRECIAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – É inadmissível o recurso extraordinário com agravo quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais locais que fundamentam a decisão a quo. Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes.

II – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incidência da Súmula 279 do STF. Precedentes.

III - A orientação desta Corte, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes.

IV - Agravo regimental improvido” (ARE nº 702.063 – AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/9/12).

No mesmo sentido, vejam-se as seguintes decisões monocráticas relacionadas ao mesmo assunto: ARE nº 756.638/SP, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 4/12/13; ARE nº 764.692/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/8/13.

Anote-se, por fim, que ao examinar o RE nº 764.332/SP e o ARE nº 675.153/SP, o Plenário desta Corte concluiu pela ausência de repercussão geral da matéria similar a discutida nos presentes autos em virtude de sua natureza infraconstitucional. O assunto corresponde aos temas 702 e 563 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 6 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 150

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.611 (736)ORIGEM : PROC - 8242013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 32ª CJ -

BAURUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUCIANO CASTREQUINI BUFULINADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS BUFULIN

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSUMIDOR. CARTÃO DE CRÉDITO. DESBLOQUEIO DA FUNÇÃO INTERNACIONAL. DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS Nº 282 E Nº 356 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. RECURSO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou (fls. 413-415):

“Assim, tendo adquirido cartão de crédito com limites de crédito nacional e internacional no importe de R$ 56.000 (cinquenta e seis mil reais) incumbia à recorrente a explicitação do uso desse cartão, notadamente quanto à ativação da função internacional e desbloqueio. Ora, não demonstrada essa orientação, o autor/recorrido passou constrangimento no exterior ao não lograr êxito na utilização do cartão.

Assim, constatado o dano moral e a existência de nexo de causalidade entre este e a conduta da recorrente, resta quantificar o valor dos prejuízos sofridos.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 5º, XXXV e LV, da Constituição Federal.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

Não merece prosperar o recurso.Verifica-se, in casu, que os dispositivos da Constituição, que o

recorrente considera violados, não foram debatidos pelo acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento dessa matéria constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incidem, portanto, os óbices das Súmulas nº 282 e nº 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176)

Nesse sentido, ainda, ARE 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.

SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO o recurso, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.615 (737)ORIGEM : PROC - 04498988920108190001 - TJRJ - PRIMEIRA

TURMA RECURSAL FAZENDÁRIAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : NELSON PEIXOTO DOS SANTOSADV.(A/S) : MANOEL BARCELOS DE AGUIAR E OUTRO(A/S)

Decisão.Vistos.Esta Corte, ao examinar o ARE nº 721.001/RJ, da relatoria do

Ministro Gilmar Mendes, concluiu pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 635 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da “possibilidade de conversão em pecúnia de férias não gozadas por servidor público, a bem do interesse da Administração”.

Assim, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que aplique o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro Dias Toffoli Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.636 (738)ORIGEM : AC - 00115924620104014100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS

- SUFRAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JD COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : GRAZIELA ZANELLA DE CORDUVA

DESPACHO: Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.789 (739)ORIGEM : AC - 50001476820104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU -

VIZIVALIADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA SALETE BEDIN DELANIADV.(A/S) : WILIAM NORIO MISSAWA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO.Vistos.Estado do Paraná interpõe recurso extraordinário, com fundamento

na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. APELAÇÕES. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ORIENTAÇÃO CONSOLIDADA NO STJ. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. 543-C, § 7º, DO CPC. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ALINHAMENTO À JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AÇÃO ORDINÁRIA - ENTREGA DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR SEMI-

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 151

PRESENCIAL REALIZADO PELA FACULDADE VIZIVALI NO ÂMBITO DO PROGRAMA ESPECIAL DE CAPACITAÇÃO PARA A DOCÊNCIA DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E DA EDUCAÇÃO INFANTIL INSTITUÍDO PELO ESTADO DO PARANÁ. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PRESCRIÇÃO - INOCORRÊNCIA. INVALIDADE DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO OUTORGADA PELO ESTADO DO PARANÁ - USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL DA UNIÃO. PROGRAMA RESTRITO AOS PROFESSORES COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO - REALIZAÇÃO DO CURSO PELA PARTE AUTORA COM O PREENCHIMENTO DO REQUISITO SUBJETIVO - AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL DA VIZIVALLI. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DEVIDA PELO ESTADO DO PARANÁ PREQUESTIONAMENTO.

1. Presente o dissenso entre o acórdão proferido pelo Tribunal e a decisão paradigmática do Superior Tribunal de Justiça, impõe-se a realização de juízo de retratação, na forma do artigo 543-C, § 7º , II, do CPC.

2. Estabelecida a competência da Justiça Federal em face da inegável presença de interesse jurídico da União em demanda em que se discute a ausência/obstáculo de credenciamento da instituição de ensino superior pelo Ministério da Educação como condição de expedição de diploma aos estudantes.

3. A expectativa para a obtenção do diploma, uma vez que a parte autora exercia a docência com vínculo empregatício, somente foi atendida após um longo período de dúvida e angústia, caracterizando o dano moral.

4. O Estado do Paraná equivocadamente autorizou a Faculdade Vizivali a implementar o Programa Especial de Capacitação para a Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, invadindo competência privativa da União, motivo pelo qual os prejuízos resultantes de tal conduta não podem ser imputados à União.

5. No caso dos alunos que exerciam a docência com vínculo empregatício, a responsabilidade pelo dano não cabe à Faculdade Vizivali, pois o Estado do Paraná autorizou o funcionamento do curso, tendo a Vizivali observado os requisitos do Programa Especial de Capacitação para a Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e da Educação Infantil.

6. Hipótese em que a responsabilidade civil deve ser atribuída exclusivamente ao Estado do Paraná, dada a sua incompetência para autorizar o oferecimento de curso na modalidade semipresencial e o fato de tal conduta ter impossibilitado o registro do diploma daqueles alunos regularmente admitidos no Programa Especial.

7. Demonstrado o dano, a irregularidade da conduta do Estado e o nexo entre conduta e dano, há de ser condenado o Estado do Paraná ao pagamento de indenização em favor da parte autora, fixada em R$ 10.000,00 (dez mil reais).”

Opostos embargos de declaração, foram parcialmente providos.No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 37, § 6°, da

Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que o acolhimento da pretensão recursal de mandaria, induvidosamente, o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, o que não se mostra cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. A propósito:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL. REEXAME DE PROVAS: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE º 828.807/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 26/9/14).

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Estabelecimento público de ensino. Acidente envolvendo alunos. Omissão do Poder Público. Responsabilidade objetiva. Elementos da responsabilidade civil estatal demonstrados na origem. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que as pessoas jurídicas de direito público respondem objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com fundamento no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, tanto por atos comissivos quanto por omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão do Poder Público. 2. O Tribunal de origem concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que restaram devidamente demonstrados os pressupostos necessários à configuração da responsabilidade extracontratual do Estado. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. “ (ARE nº 754.778/RS-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de

19/12/13).“RE: descabimento: debate relativo à existência de nexo de

causalidade a justificar indenização por dano material e moral, que reclama o reexame de fatos e provas: incidência da Súmula 279” (AI nº 359.016/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 7/5/04).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.979 (740)ORIGEM : PROC - 7045938020128020001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : OSMAR ROSA DE SÁADV.(A/S) : CARLA WALESKA GOMES DE ARAÚJO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Esta Corte concluiu pela existência da repercussão geral da matéria

constitucional versada nestes autos ao examinar o RE nº 650.898/RS, de relatoria do eminente Ministro Marco Aurélio, assim ementado:

“PROCESSO OBJETIVO – TRIBUNAL DE JUSTIÇA – CONFLITO DE LEI MUNICIPAL COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL – CRIVO IMPLEMENTADO – SUBSÍDIO – GRATIFICAÇÃO DE FÉRIAS, 13º SALÁRIO E VERBA INDENIZATÓRIA – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. Possui repercussão geral a controvérsia acerca da viabilidade de órgão especial de tribunal de justiça, no julgamento de ação direta de inconstitucionalidade em que se impugna lei municipal, verificar a existência de ofensa ao Diploma Maior. Igualmente, tem repercussão geral a questão relativa à possibilidade, ou não, de haver a satisfação de subsídio acompanhada do pagamento de outra espécie remuneratória” (grifo nosso).

O assunto corresponde ao Tema nº 484 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet.

Assim, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que aplique o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 878.733 (741)ORIGEM : AC - 50084605920124047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ZAIRA TERESINHA DA SILVAADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL.

CONTROVÉRSIA SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM. BAIXA IMEDIATA.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto contra julgado cujo objeto é a

discussão da aplicação dos critérios previstos pela Lei n. 11.960/2009 à correção monetária.

2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 870.947, Relator o Ministro Luiz Fux, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional posta no presente recurso:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/09.

1. Reveste-se de repercussão geral o debate quanto à validade da correção monetária e dos juros moratórios incidente sobre condenações impostas à Fazenda Pública segundo os índices oficiais de remuneração básica da caderneta de poupança (Taxa Referencial - TR), conforme determina o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com redação dada pela Lei nº 11.960/09.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 152

2. Tendo em vista a recente conclusão do julgamento das ADIs nº 4.357 e 4.425, ocorrida em 25 de março de 2015, revela-se oportuno que o Supremo Tribunal Federal reitere, em sede de repercussão geral, as razões que orientaram aquele pronunciamento da Corte, o que, a um só tempo, contribuirá para orientar os tribunais locais quanto à

aplicação do decidido pelo STF, bem como evitará que casos idênticos cheguem a esta Suprema Corte.

3. Manifestação pela existência da repercussão geral”.Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar

à origem para aguardar-se o julgamento do mérito e, após a decisão, observar-se o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Dada a irrecorribilidade da decisão de devolução de recurso à instância de origem, seguindo a sistemática da repercussão geral (MS 31.445-AgR/RJ, de minha relatoria, Plenário, DJ 25.2.2013; MS 32.060-ED/SP, Relator o Ministro Dias Toffoli, Plenário, DJ 6.11.2013; MS 28.982- AgR/PE, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJ 15.10.2010; RE 629.675-AgR/SP, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 21.3.2013; RE 595.251-AgR/RS, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ 9.3.2012; AI 503.064-AgR-AgR/MG, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 26.3.2010; AI 811.626-AgR-AgR/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 3.3.2011; RE 513.473-ED/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 18.12.2009; AI 790.033-AgR/DF, Relator o Ministro Cezar Peluso, Plenário, DJ 2.5.2012), determino a baixa imediata dos autos.

4. Pelo exposto, determino a devolução deste processo ao Tribunal de origem para observância do art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

5. Quanto à Petição/STF n. 17.532/2015 (doc. 75), na qual a Recorrida noticia não ter sido ainda implementado o benefício previdenciário objeto da condenação do Instituto Nacional do Seguro Social, a questão haverá de ser resolvida pelo Tribunal de origem nos limites de sua competência.

À Secretaria Judiciária, para as providências cabíveis.Publique-se.Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 878.878 (742)ORIGEM : PROC - 50036082120144047100 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : PAULO CELSO DE OLIVEIRA DILLADV.(A/S) : KARLA SCHUMACHER VITOLA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : THIAGO MORAES BERTOLDI

DECISÃOVistos.Paulo Celso de Oliveira Dill interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Turma Recursal do Rio Grande do Sul.

Alega-se, no apelo extremo, violação do artigo 5º, incisos XIV e XXXV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, as instâncias de origem decidiram a lide amparadas na legislação infraconstitucional pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência da Súmula nº 279/STF. Sobre o tema:

“Recurso extraordinário: descabimento: questão decidida à luz de legislação infraconstitucional e da análise de fatos e provas, ausente o prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados

(Súmulas 282 e 279); alegada ofensa que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 518.895/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 15/4/05).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 879.113 (743)ORIGEM : AC - 50064070920114047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNAI - FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALMIR RIBEIRO CARVALHOADV.(A/S) : FABYELLY REOLON PADILHA DOS ANJOS E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE INDIGENISTA – GDAIN. EXTENSÃO AOS INATIVOS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. NATUREZA DA GRATIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al.

a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da Quarta Região:

“CARÁTER GERAL E PRO LABORE FACIENDO. EXTENSÃO AOS INATIVOS DOS MESMOS PERCENTUAIS PAGOS AOS SERVIDORES EM ATIVIDADE ATÉ A REGULAMENTAÇÃO.

1. A Gratificação por Desempenho de Atividade Indigenista - GDAIN foi instituída pela MP nº 441/2008, convertida na Lei nº 11.907/2009, embora tenha sido criada como se fosse uma gratificação propter laborem, não prescinde de regulamentação para adquirir tal caráter. Enquanto pendente de edição o ato regulamentar, possui caráter de gratificação geral, devendo ser estendida a todos os servidores, inclusive aos inativos, nos mesmos percentuais e padrões.

2. O Decreto nº 7.133/2010 regulamentou apenas os critérios e procedimentos gerais a serem utilizados para as avaliações individuais e metas institucionais.

3. No que toca à GDAIN, a regulamentação foi efetivamente realizada pela Portaria nº 543 do Presidente da FUNAI, de 13-04-2011, considerando-se tal data como início dos efeitos financeiros do primeiro ciclo de avaliações, a partir de quando a GDAIN passou a ter, de fato, o caráter de gratificação por atividade, justificando-se, desde então, o pagamento em percentuais diferenciados, estipulados pela lei para as aposentadorias e as pensões”.

Os embargos de declaração opostos foram parcialmente acolhidos para fins de prequestionamento.

2. A Recorrente alega ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 40, § 8º, e 61, § 1º, inc. II, da Constituição da República e a Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal, argumentando que

“a GDAIN somente é devida aos aposentados/pensionistas nas pontuações estabelecidas pelo artigo 116, § 6°, I e II, da Lei nº 11.907, de 2009.

Assim, a pretensão em obter o pagamento da GDAIN em percentual superior ao estabelecido na lei, viola expressamente os comandos da Lei nº 11.907/2009, merecendo, portanto, ser prontamente rechaçada por este ilustre órgão judicante.

É importante destacar que a regra do artigo 40, § 8º, da Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional nº 20/98, não autoriza o pagamento da Gratificação em percentual superior ao legalmente fixado, pois, na hipótese, não se está diante de gratificação concedida indiscriminadamente a todos os integrantes de uma determinada categoria em percentual fixo pré-determinado, mas sim de uma gratificação que tem como principal característica o desempenho do servidor.

Como gratificação de desempenho, não há como ser estendida aos servidores inativos em seu valor máximo, pois estes não estão mais no desempenho de suas funções e não podem ser objeto de avaliação para fixação do valor da gratificação que, como ressaltado acima, é variável”.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. O Tribunal de origem decidiu que a gratificação em questão teria

alcance geral e, por isso, deveria ser estendida aos inativos, sob pena de contrariedade ao art. 40, § 8º, da Constituição da República.

Aplica-se à espécie vertente o assentado por este Supremo Tribunal quanto à extensão da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa – GDATA aos inativos:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 153: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 153

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO – ADMINISTRATIVA – GDATA E DE GRATIFICAÇÃO DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL EM TECNOLOGIA MILITAR – GDATEM. SÚMULA VINCULANTE N. 20. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI 811.049-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.3.2011).

Confiram-se as seguintes decisões monocráticas: RE 794.586, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 2.4.2014, trânsito em julgado em 22.4.2014; RE 794.506, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe 24.2.2014, trânsito em julgado em 17.3.2014; RE 794.575, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 13.2.2014, trânsito em julgado em 27.2.2014; RE 746.406, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe 27.8.2013, trânsito em julgado em 23.9.2013; e RE 758.594, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe 4.9.2013. trânsito em julgado em 23.9.2013.

5. Quanto ao decidido pelo Tribunal de origem sobre o caráter geral da Gratificação de Desempenho de Atividade Indigenista, a apreciação do pleito recursal exigiria análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei n. 11.907/2009 e Portaria n. 543/PRES/FUNAI). A alegada contrariedade à Constituição da República, se ocorrida, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE FAZENDÁRIA GDAFAZ. 1. EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTES. 2. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. PROPORCIONALIDADE DA GRATIFICAÇÃO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 770.439-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 26.11.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE INCREMENTO DA FISCALIZAÇÃO E DA ARRECADAÇÃO GIFA. EXTENSÃO A SERVIDORES INATIVOS. NATUREZA DA GRATIFICAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - A jurisprudência do STF orienta-se no sentido de que a análise da prévia definição pelo Tribunal a quo da natureza, geral ou específica, da gratificação concedida situa-se em âmbito infraconstitucional. Entender de forma contrária ao que definido pelo Tribunal de origem demanda a interpretação das normas infraconstitucionais pertinentes, sendo certo que eventual ofensa à Constituição seria meramente indireta. Precedentes. II - Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 626.372-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 26.11.2013).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 879.818 (744)ORIGEM : AI - 00091801020134050000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BARTOLOMEU DE CARVALHO NUNESADV.(A/S) : EWERTON KLEBER DE CARVALHO FERREIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 288. RE 602.883. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 288, RE 602.883, Rel. Min. Ellen Gracie).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 880.467 (745)ORIGEM : EIAC - 10079099354874002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAIS

RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : KEYLER AUGUSTO GONCALVESADV.(A/S) : STÉFANO GRANATO DE PAULA RICARDO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Estado de Minas Gerais interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“EMBARGOS INFRINGENTES – CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA – CONTRATO ADMINISTRATIVO – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS) – PRECEDENTE DO STF – PAGAMENTO DEVIDO

- O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do Recurso Extraordinário n° 596.478-RG/RR, sob o rito do art. 543-B do CPC (repercussão geral), reconheceu o direito dos servidores contratados sem concurso público, cuja contratação não tenha observado os requisitos do artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, ao FGTS.”

Alega o recorrente violação do artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal.

Decido.Não merece prosperar a irresignação, haja vista que esta Corte, ao

examinar o RE nº 596.478/RR, concluiu pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 191 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e discute “a constitucionalidade, ou não, do 19-A da Lei nº 8.036/90, incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41/2001, que instituiu obrigação de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, mesmo nas situações em que há declaração nulidade do contrato, com direito a salários, de servidor sem prévia aprovação em concurso público”.

Ao julgar o mérito desse recurso, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a constitucionalidade do dispositivo legal impugnado em acórdão assim ementado:

“Recurso extraordinário. Direito Administrativo. Contrato nulo. Efeitos. Recolhimento do FGTS. Artigo 19-A da Lei nº 8.036/90. Constitucionalidade. 1. É constitucional o art. 19-A da Lei nº 8.036/90, o qual dispõe ser devido o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na conta de trabalhador cujo contrato com a Administração Pública seja declarado nulo por ausência de prévia aprovação em concurso público, desde que mantido o seu direito ao salário. 2. Mesmo quando reconhecida a nulidade da contratação do empregado público, nos termos do art. 37, § 2º, da Constituição Federal, subsiste o direito do trabalhador ao depósito do FGTS quando reconhecido ser devido o salário pelos serviços prestados. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE nº 596.478/RR, relatora a Ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe de 1/3/13).

Aplicando essa orientação, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. NULIDADE. DIREITO AO DEPÓSITO DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO FGTS. RE 596.478-RG. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. JULGAMENTO DE MÉRITO. 1. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS é devido aos servidores temporários, nas hipóteses em há declaração de nulidade do contrato firmado com a Administração Pública, consoante decidido pelo Plenário do STF, na análise do RE 596.478-RG, Rel. para o acórdão Min. Dias Toffoli, DJe de 1/3/2013. 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇÃO CÍVEL CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA - PRAZO SUPERIOR AO ADMITIDO NA LEGISLAÇÃO PERTINENTE - NULIDADE DO ATO - FGTS - DIREITO AO RECOLHIMENTO - PRECEDENTE DO STF. 3. Agravo regimental DESPROVIDO” (RE nº 830.962/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 25/11/14).

“PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTRATO NULO. AUSÊNCIA DE APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 19-A DA LEI 8.036/90. DIREITO DO TRABALHADOR AO DEPÓSITO DO FGTS. ACÓRDÃO EM CONSONÂNCIA COM O DECIDIDO PELO PLENÁRIO DESTA CORTE NO RE 596.478 RG. NULIDADE DO CONTRATO. ANÁLISE DE DIREITO LOCAL E DAS CLÁUSULAS DA AVENÇA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS 280 E 454/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 736.523/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 7/5/14).

“FGTS CONTRATO DE TRABALHO FIRMADO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DECLARADO NULO AUSÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO PRECEDENTE. O Tribunal reconheceu o direito aos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS aos trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho com a Administração Pública declarado nulo em razão da inobservância da regra constitucional a revelar a necessidade de prévia aprovação em concurso público. Precedente: Recurso Extraordinário nº 596.478/RR, mérito julgado a partir de repercussão geral admitida. Ressalva de entendimento pessoal” (ARE nº 736.170/AL-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 154

DJe de 7/10/13). O acórdão atacado está, portanto, em conformidade com a orientação

jurisprudencial fixada nesta Suprema Corte.Ressalte-se, por fim, que para ultrapassar o entendimento da Corte

de origem acerca dos vícios que nulificaram o contrato em questão demandaria, induvidosamente, o reexame da legislação local pertinente e do conjunto fático-probatório dos autos, o que não se mostra cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nº 279 e 280/STF.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.036 (746)ORIGEM : AI - 00132841620114050000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : ALEXANDRE ROLIM RIBEIROADV.(A/S) : JACQUELINE DA SILVA BENTO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Ministério Público Federal interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE. ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE NACIONAL DE JERICOACOARA. UNIDADE DE CONSERVAÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE DO IBAMA. FISCALIZAÇÃO DA SEMACE. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL LOCAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.

I - Cuida-se de agravo de decisão que reconheceu a ilegitimidade do Ministério Público Federal para figurar no polo ativo de ação civil pública (determinando a remessa dos autos ao Juízo de Direito de Jijoca de Jericoacoara-CE), ação principal na qual requer a condenação do agravado para que proceda a regularização de imóvel residencial de sua propriedade construído em descompasso com a normatização específica do IBAMA na Vila de Jericoacoara-CE, bem como para que repare o dano ambiental causado pelo impacto provocado pela obra irregular.

II - A referida construção encontra-se situada na Zona de Amortecimento do Parque Nacional de Jericoacoara, este último considerado Unidade de Conservação Federal (art. 2º, XVIII, da Lei n. 9.985/2000), de proteção integral, administrada pelo IBAMA.

III - Embora se possa falar em dano ambiental local, sua relevância não é federal, posto que não se trata de dano ambiental à propriedade da União, suas autarquias ou fundações, nem em unidade de conservação federal (Parque Nacional de Jericoacora). Logo, não há lesão ao patrimônio da União que justifique a intervenção do MPF.

IV- O Termo de Ajustamento de Conduta, celebrado entre o IBAMA, a SEMACE, o Município de Jijoca de Jericoacoara/CE e o MPF no Estado do Ceará, em sua Cláusula Quinta, estabelece como da SEMACE, a obrigação de observar as cláusulas do TAC e demais disposições legais aplicáveis, na apreciação dos pedidos de licença para atividades, obras ou empreendimentos no entorno do Parque Nacional de Jericoacoara. É de se reconhecer a competência da Justiça Estadual para o julgamento da lide.

V - Agravo de instrumento improvido.”Alega-se, no apelo extremo, violação dos artigos 109, inciso I, 129,

inciso III, e 225 da Constituição Federal.Conforme decisão de fls. 255 a 258-e, o Superior Tribunal de Justiça,

por decisão transitada em julgado em 7/4/15 (REsp nº 1.374.729/CE), deu provimento ao recurso especial interposto simultaneamente ao extraordinário para “fixar a competência na Justiça Federal”.

Decido.Como visto, o recurso especial do ora recorrente foi conhecido e

provido pelo STJ no que se refere ao cerne da controvérsia suscitada nos autos. Destarte, fica prejudicado o recurso extraordinário por perda do objeto.

Ante o exposto, nos termos do artigo 21, inciso IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 17 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.743 (747)ORIGEM : PROC - 00436853120108152001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA

PROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : BRUNO CAVALCANTI DE FARIASADV.(A/S) : DANIEL BRUNO DE MELO E SOUSA E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Estado da Paraíba. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 5º, caput, 37, caput, I e II, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da matéria infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo 2. Concurso público. Escrivão de polícia civil. Controvérsia acerca da adequada forma de convocação de candidato para participar de fase seguinte do certame. Acórdão recorrido que, ao analisar todos os elementos de fato e de prova, entendeu não ser razoável a convocação apenas por diário oficial. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório, bem como das normas do edital pertinente ao caso. Verbetes 279 e 454 da Súmula desta Corte. Precedentes. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 647064 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 11-10-2011)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CONVOCAÇÃO DE CANDIDATO APENAS POR DIÁRIO OFICIAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 669689 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 16-05-2012)

"Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário. Ofensa reflexa e reexame de provas (Súmula nº 279). 1. A Corte tem entendimento pacífico no sentido de que a violação aos preceitos constitucionais insculpidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV, LV; e 37, caput, do Texto Maior, configura, via de regra, como no presente caso, mera ofensa reflexa, sendo, dessa forma, incabível a interposição de apelo extremo. 2. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 3. Agravo regimental não provido." (AI 839.585-AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.849 (748)ORIGEM : MS - 201393606369 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : ANY AYRES DA SILVARECDO.(A/S) : ELEUSA LOPES DE FARIA LIMAADV.(A/S) : MARIANA OLIVEIRA RODRIGUES E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Estado de Goiás. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 5º, XXXVI, 37, XIII, e 40, § 4º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 155

confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.” Nesse sentido: ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 28.9.2011; e ARE 792.372-AgR/GO, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 26.9.2014, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. MAGISTÉRIO. INCORPORAÇÃO. PROVENTOS DE APOSENTADORIA. GRATIFICAÇÃO DE ENCARGO E GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO ESPECIAL. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE Nº 748.371. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. 1. A gratificação de encargo e a gratificação de representação, quando sub judice a controvérsia, implicam a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Precedentes: AI 744.122-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira, Turma, DJe 14/5/2014, e ARE 683.246-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 7/4/2014. 2. Os princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e dos limites da coisa julgada, quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF, na análise do ARE nº 748.371, da Relatoria do Min. Gilmar Mendes. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. I-ILEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DE GOIÁS AFASTADA. Afasta-se a preliminar de ilegitimidade do Estado de Goiás para figurar no polo passivo da presente demanda, conquanto caberá ao próprio, em última análise, suportar eventual pagamento da condenação. II-LEGITIMIDADE PASSIVA DA GOIASPREV. É patente a legitimidade concorrente da autarquia estadual em comento pois, a partir de sua criação, a GOIASPREV se tornou responsável pelo processamento do pagamento dos benefícios previdenciários dos servidores da administração direta e indireta, bem como seus dependentes. III- INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO. INTEGRALIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS. DIREITO ADQUIRIDO. EMENDA CONSTITUCIONAL RESTRITIVA. INAPLICABILIDADE. “ 4. Agravo regimental DESPROVIDO.”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.894 (749)ORIGEM : AC - 08000922220144058101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOEL DE BRITO SILVEIRA REPRESENTADO POR

EVANDA DE BRITO SILVEIRAADV.(A/S) : MARCOS MARTINS ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S)

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no RE 870.947-RG, verbis:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/09.

1. Reveste-se de repercussão geral o debate quanto à validade da correção monetária e dos juros moratórios incidente sobre condenações impostas à Fazenda Pública segundo os índices oficiais de remuneração básica da caderneta de poupança (Taxa Referencial - TR), conforme determina o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com redação dada pela Lei nº 11.960/09.

2. Tendo em vista a recente conclusão do julgamento das ADIs nº 4.357 e 4.425, ocorrida em 25 de março de 2015, revela-se oportuno que o Supremo Tribunal Federal reitere, em sede de repercussão geral, as razões que orientaram aquele pronunciamento da Corte, o que, a um só tempo, contribuirá para orientar os tribunais locais quanto à aplicação do decidido pelo STF, bem como evitará que casos idênticos cheguem a esta Suprema Corte.

3. Manifestação pela existência da repercussão geral.”O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos

extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.993 (750)ORIGEM : AC - 20100112088599 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA JUSCIRENE DA COSTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOS

DECISÃO: Vistos.Trata-se de recurso extraordinário, fundamentado na alínea “a” do

permissivo constitucional, interposto contra acórdão da Terceira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado:

“CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. INTERNAÇÃO EM UTI. AUSÊNCIA DE VAGA NA REDE PÚBLICA. INTERNAÇÃO EM HOSPITAL PARTICULAR. REMESSA OFICIAL. CUSTOS DA INTERNAÇÃO. NEGO PROVIMENTO À REMESSA DE OFÍCIO.

1 – É posicionamento pacífico desta Egrégia Corte de Justiça o reconhecimento do direito do paciente carente, acometido de doença grave e em iminente risco de morte, de ser internado em UTI de hospital particular, enquanto não disponível leito na rede pública de saúde, a expensas do Estado.

2 – Necessitando a parte autora do tratamento e não possuindo condições de arcar com as despesas. Imperativa sua manutenção em hospital da rede particular à custa do ente público, não havendo, inclusive, que se falar em limitação de valores à tabela do SUS.”

No apelo extremo, sustenta-se contrariedade aos artigos 2º, 5º, caput, 37, caput, 196 e 199, § 1º, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.No que se refere aos artigos 2º, 5º, caput, e 37, caput, da

Constituição Federal, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Por outro lado, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ademais, o acórdão recorrido, ao decidir a controvérsia, consignou expressamente o seguinte, in verbis:

“O posicionamento dessa Corte de Justiça é pacífico no sentido de reconhecer o dever do Poder Público em disponibilizar os meios necessários à manutenção da vida, até mesmo arcando com as despesas oriundas da internação de paciente carente de recursos e em iminente risco de vida, em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 156

hospital da rede privada, quando indisponíveis leitos na rede pública.(…) Em verdade, trata-se de direito subjetivo, que permite sua

exigibilidade do Poder Público, em Juízo ou fora dele. Assim, qualquer cidadão doente tem direito de pleitear os meios públicos para lhe assegurar o estado de saúde. (…).

Ademais, à época dos fatos, não havia disponibilidade de leitos de UTI da rede pública do Distrito Federal e nem na rede particular, contratada ou conveniada ao SUS, em que a paciente pudesse ser internada.

(…) Logo, inexistindo vagas nos leitos de UTI na rede pública, deve o

Estado custear o tratamento na rede particular. Necessitando a parte autora do tratamento e não possuindo

condições de arcar com as despesas, imperativa sua manutenção em hospital da rede particular à custa do ente público, não havendo, inclusive, que se falar em limitação de valores à tabela do SUS, haja vista o estado de hipossuficiência da paciente e de sua família, bem como a obrigação do Estado de prover-lhe o direito à saúde e à vida, ambos assegurados constitucionalmente.”

Verifica-se, portanto, que o Tribunal de origem firmou entendimento em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que o direito à saúde é dever do Estado, sendo esse obrigado a fornecer os meios necessários ao tratamento médico de enfermos; todavia, conforme ressaltado, a recorrida não logrou êxito no seu tratamento perante a rede pública de saúde.

Com efeito, para dissentir do entendimento firmado pelo acórdão recorrido, que concluiu pela necessidade da internação na rede particular de saúde, e ainda definir, se essa seria ou não imprescindível ao tratamento da saúde da recorrida, seria mister o necessário reexame do conjunto-fático probatório carreado aos autos, o que é incabível na via extraordinária. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO CIRÚRGICA. GRAVIDADE E URGÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE VAGA IMEDIATA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE. REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO EM HOSPITAL PARTICULAR. RESSARCIMENTO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (ARE nº 677.280/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 5/12/12) .

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE FRALDAS DESCARTÁVEIS. IMPRESCINDIBILIDADE. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. Deveras, entendimento diverso do adotado pelo Tribunal a quo, concluindo que o fornecimento de fraldas descartáveis à ora recorrida seria, ou não, imprescindível à sua saúde, ensejaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “APELAÇÕES CÍVEIS. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. SAÚDE PÚBLICA. FORNECIMENTO FRALDAS DESCARTÁVEIS. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO MUNICÍPIO E DO ESTADO. DESCAMENTO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. AUSÊNCIA DE RECURSOS DA AUTORA. COMPROVAÇÃO. 1. Qualquer dos entes políticos da federação tem o dever na promoção, prevenção e recuperação da saúde. 2. A ausência da inclusão de fraldas geriátricas nas listas prévias, quer no âmbito municipal, quer estadual, não pode obstaculizar o seu fornecimento por qualquer dos entes federados, desde que demonstrada a imprescindibilidade para a manutenção da saúde do cidadão, pois é direito de todos e dever do Estado promover os atos indispensáveis à concretização do direito à saúde, quando desprovido o cidadão de meios próprios. 3. É direito de todos e dever do Estado promover os atos indispensáveis à concretização do direito à saúde, tais como fornecimento de medicamentos, acompanhamento médico e cirúrgico, quando não possuir o cidadão meios próprios para adquiri-los. 4. Comprovada a carência de recursos da autora para arcar com o tratamento, compete ao Estado fornecer os produtos imprescindíveis a sua saúde. Apelações desprovidas.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 668.724/ RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 16/5/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. CONTROVÉRSIA DECIDIDA PELO TRIBUNAL A QUO COM FUNDAMENTO NAS PROVAS DOS AUTOS. INCIDÊNCIA, NA ESPÉCIE, DA SÚMULA 279 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO” (AI nº 562.703/RS-AgR, Primeira

Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 20/4/07). Anote-se, também, as recentes decisões monocráticas que tratam

especificamente da matéria versada nos presentes autos: ARE nº 867.023/RJ, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 2/3/15; ARE nº 850.074/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de1º/12/14; e ARE nº 768.830/RS, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/9/14

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.017 (751)ORIGEM : AC - 00030475220094047102 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CLÁUDIO RONALDO VIEIRA MARTINSADV.(A/S) : MARIA FRANCISCA MOREIRA DA COSTA

DECISÃO: Vistos.Universidade Federal de Santa Maria – UFSM interpõe recurso

extraordinário, com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 4º Região, assim ementado:

“UNIVERSIDADE PÚBLICA. RESERVA DE VAGAS. AÇÕES AFIRMATIVAS. ALUNO AUTODECLARADO NEGRO. CORREÇÃO DE DESIGUALDADES A PARTIR DE MEDIDAS FORMALMENTE DESIGUAIS.

As ações afirmativas objetivam minimizar as condições de desigualdade entre os candidatos a vagas em universidade pública, não podendo ser utilizada como fator de desigualdade entre os iguais.

In casu, o aluno concorreu a reserva de vagas, autodeclarando-se negro, obteve aprovação e, consequentemente, matriculou-se no respectivo curso.

As circunstâncias verificadas estão a indicar que o critério eliminatório utilizado pela Administração é inválido, posto não previsto no regulamento do certame, de modo que a Universidade agiu à revelia dos ditames que ela própria havia editado para regular o Vestibular/2009, eis que da leitura do Edital e do Manual do Candidato não se constata qualquer previsão acerca da realização de entrevistas.”

Opostos embargos de declaração, não foram providos.Alega-se, no apelo extremo, violação dos artigos 2º, 5º, caput e

inciso LIV, 37, caput, e 207 da Constituição Federal.Decido.A irresignação não merece prosperar.A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as

alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Também não merece trânsito a alegação de contrariedade ao artigo 2º da Constituição Federal, haja vista que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o julgamento, pelo Poder Judiciário, da legalidade dos atos dos demais poderes, não representa ofensa ao princípio da separação dos poderes. Anote-se, nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. SEPARAÇÃO DOS PODERES. POSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE ATO DO PODER EXECUTIVO PELO PODER JUDICIÁRIO. DECISÃO BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279, 280 E 454. AGRAVO IMPROVIDO. I - Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte. III - O exame de matéria de fato e a interpretação de cláusulas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 157

editalícias atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº 640.272/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 31/10/07).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ILEGALIDADE DO ATO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO DO SERVIDOR NO QUADRO DA POLÍCIA MILITAR. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. INEXISTÊNCIA. 1. Ato administrativo vinculado. Indeferimento do pedido de reintegração do servidor na Corporação. Ilegalidade por não terem sido observados os direitos e garantias individuais assegurados pela Constituição Federal. 2. Reexame da decisão administrativa pelo Poder Judiciário. Ofensa ao princípio da separação de poderes. Inexistência. A Carta Federal conferiu ao Poder Judiciário a função precípua de controlar os excessos cometidos em qualquer das esferas governamentais, quando estes incidirem em abuso de poder ou desvios inconstitucionais. Precedente. Agravo regimental não provido” (RE nº 259.335/RJ-AgR , Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 7/12/2000).

Ademais, colho do voto condutor do acórdão recorrido a seguinte fundamentação:

“De tal sorte, tendo o candidato se inscrito no concurso vestibular para disputar as vagas reservadas aos alunos oriundos de escolas públicas e/ou autodeclarados negros, não pode obter a matrícula pleiteada se não preenche os requisitos ao benefício pretendido.

Neste caso concreto, no entanto, há uma peculiaridade, ou seja, o autor, concorrendo nas vagas destinadas a alunos autodeclarados negros, obteve aprovação e matriculou-se no respectivo curso. Porém, a Universidade cancelou a vaga da demandante, sob o fundamento de não preenchido os requisitos para ingresso pelo Sistema Cidadão Presente A.

Assim, compulsando os autos, concluo que a sentença combatida se apresenta irrepreensível, não merecendo reparos. Por elucidativo, peço licença para reproduzir trechos do decisum vergastado, uma vez que considero bastante à solução da controvérsia trazida a exame:

(…) De acordo com o parecer de fl. 67, a Comissão de Implementação e

Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social da UFSM não recomendou a aceitação da autodeclaração feita por Cláudio Ronaldo Vieira Martins, com base na história de vida e nas características físicas do candidato.

Com efeito, o cancelamento da matrícula do requerente deveu-se exclusivamente ao teor de suas declarações à Comissão da UFSM supramencionada.

Todavia, inexiste previsão normativa para a aplicação de tal entrevista, muito menos com caráter eliminatório.

Como acima assinalei, O Edital 009/2008 - COPERVES exige, para que o candidato concorra pelo Sistema Cidadão Presente A, tão somente seja feita esta opção por ocasião da inscrição, com posterior entrega de autodeclaração de sua condição de afro-brasileiro no momento da confirmação da vaga.

No que tange à autodeclaração, o mesmo Edital, bem como o manual do candidato, exigem seja ela amparada na classificação estabelecida pelo IBGE.

Logo, o único requisito que se observa das normas supra transcritas é a entrega de autodeclaração devidamente assinada como comprovação de que é afro-brasileiro, (preto ou pardo, segundo classificação do IBGE), o qual foi preenchido pelo autor.

Neste particular, a UFSM não nega se enquadrar o autor na classificação de pessoa parda. Apenas determinou o cancelamento da matrícula do candidato com base no parecer da Comissão de Implementação e Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social da UFSM, cujas considerações já foram transcritas acima, e às quais chegou após entrevista com o postulante, a qual sequer possuía previsão normativa.

Destarte, as circunstâncias verificadas estão a indicar que o critério eliminatório utilizado é inválido, posto não previsto no regulamento do certame, de modo que a UFSM agiu à revelia dos ditames que ela própria havia editado para regular o Vestibular 2009, eis que da leitura do Edital nº 009/2008 e do Manual do Candidato não se constata qualquer previsão acerca da realização de entrevistas.

Não poderia a instituição ré, neste contexto, mudar as regras do concurso após encerrado o processo seletivo e, inclusive, já confirmada a vaga do candidato e efetivada sua matricula.

O ato de instituir novas regras depois da aprovação dos candidatos, como a entrevista supramencionada, implica violar tanto a Resolução nº 011/07, quanto o Edital do Concurso.

Por conseguinte, jamais a entrevista poderia constituir verdadeiro critério eliminatório, como verificado no caso vertente.

Não se está a contestar que a Autarquia pode e deve adotar medidas tendentes à fiscalização do sistema de ingresso em apreço. Contudo, deveria ter previsto, ao regular o certame, os mecanismos pelos quais se utilizaria para tanto, o que não ocorreu, pelo que se constitui em flagrante ilegalidade o cancelamento da matrícula da requerente.

(…)Em conclusão, destaque-se que ‘o edital é a lei do concurso’, de

modo que a ré, ao adotar a entrevista como critério eliminatório, agiu à

margem daquela normatização por ela própria estabelecida e atendida integralmente pelo candidato.

Mais ainda, empregou critério destoante da impessoalidade e que não é consentâneo com os requisitos de constitucionalidade de uma política de ação afirmativa, conforme exposto no item II, supra.

Assim procedendo, inobservou os fatores segurança, razoabilidade e previsibilidade, que devem nortear o concurso e que são determinantes de sua validade jurídica.

(…)Nesse sentido, manifestou-se o ilustre Representante Ministerial,

verbis:(…)Contudo, conforme documentação juntada a fl. 64, restou

comprovado o requisito estabelecido na parte final do item 1.1 do Edital, onde o autor se declarou afrobrasileiro. Portanto, não pode a Universidade exigir outro tipo de comprovação que não esteja ao alcance do estudante.

(…)Os documentos trazidos aos autos demonstram que o autor foi

registrado como ‘moreno’, fl. 45. E também se autodenominou ‘pardo’, fl. 46, numa ficha de atualização cadastral. Ora, essas diversas nuances fenotípicas são próprias do cotidiano social brasileiro. Ser ‘negro’, ‘pardo’, ‘moreno’, ‘afrodescendente’, são autodenominações comuns e que, muitas vezes, não possuem o mesmo significado semântico, mas possuem o mesmo significado real: ser negro. E não pode ser a cor da pele, ou as nuances desta, que vão determinar a identidade sociocultural de qualquer indivíduo. O elemento principal tem que ser a auto-declaração. Claro que o direito subjetivo à auto-declaração não é absoluto. Ele pode ser contrastado com vários outros elementos. Ou seja, é possível uma avaliação razoável externa sobre a auto-identificação.

(…)No entanto, mister se faz aduzir alguns comentários sobre as

perguntas formuladas pela Comissão de Implementação e Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social da UFSM, fls. 51/56. Em que pese serem as perguntas realizadas dentro de um enfoque razoável sobre a questão das cotas, tenho para mim que o sujeito ser contra ou a favor das cotas raciais não impede que o mesmo participe do programa de tais cotas. Além disso, não é necessário que o sujeito tenha sofrido qualquer ato racista para, que possa ingressar no programa de cotas. Até porque o racismo no Brasil se apresenta, muitas vezes, de forma subreptícia e disfarçada, como, nas entrevistas de emprego onde o sujeito não é recrutado em função de ser negro, mas o motivo, ou motivos, alegado ‘oficialmente’ são outros.”

Concluir de modo diverso do acórdão recorrido demandaria o reexame das cláusulas editalícias que regem o certame e do conjunto fático-probatório dos autos, procedimentos vedados em sede extraordinária. Incidência, na espécie, das Súmulas 279 e 454 do STF. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXAME PSICOTÉCNICO. CONCURSO PÚBLICO. NECESSIDADE DE CRITÉRIOS OBJETIVOS. REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS DO EDITAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que o exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, tendo por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame. Precedentes. 2. Reexame de fatos e provas e de clausulas editalícias. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas ns. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 473.719/AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 1º/8/2008).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. VESTIBULAR. REALIZAÇÃO DE MATRÍCULA. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS E DE ANÁLISE DE NORMAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (ARE nº 708.484/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 25/9/2012).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E LEI 8.987/95. VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. CONSTITUCIONAL REFLEXA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE 748.371 (REL. MIN. GILMAR MENDES - TEMA 660). ANÁLISE DA OFENSA PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. NECESSIDADE DE EXAME DE FATOS. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 798.991/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 23/4/14 – grifos nossos).”

Nesse mesmo sentido, a seguinte decisão monocrática:“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. VESTIBULAR.

REALIZAÇÃO DE MATRÍCULA. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICOPROBATÓRIO DOS AUTOS E DE ANÁLISE DE NORMAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (ARE nº

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 158

708.484/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 25/9/2012).”Por fim, ressalte-se que esta Corte já assentou em diversas

oportunidades que o princípio da autonomia universitária não se confunde com soberania, devendo estas se submeterem às leis e demais atos normativos. A propósito:

“AGRAVO REGIMENTAL. INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR. COBRANÇA ABUSIVA. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTIGOS 207 E 209 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DISCUSSÃO INFRACONSTITUCIONAL. Nos termos da jurisprudência deste Tribunal, o princípio da autonomia universitária não significa soberania das universidades, devendo estas se submeter às leis e demais atos normativos. Controvérsia decidida à luz da legislação infraconstitucional. A alegada ofensa à Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 647.482/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 31/3/11).

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento a recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.178 (752)ORIGEM : AI - 50099328420144040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : REJANE DE FÁTIMA GEMELLI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIO LOCKS FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O presente recurso extraordinário insurge-se contra acórdão que se apoia em dois (2) fundamentos, um dos quais possui caráter infraconstitucional.

Cabe acentuar, neste ponto, que, em situações nas quais o tema de índole meramente legal deixa de ser apreciado pelo E. Superior Tribunal de Justiça – seja porque não interposto o pertinente recurso especial, seja porque, embora deduzido o apelo excepcional em questão, a parte recorrente nele não impugna o referido fundamento de natureza infraconstitucional, seja, ainda, porque denegado processamento ao recurso especial (a que não se seguiu a utilização do cabível agravo de instrumento), seja, finalmente, porque o recurso especial não foi conhecido ou provido –, a jurisprudência desta Suprema Corte, em ocorrendo qualquer dessas hipóteses, tem aplicado a doutrina constante da Súmula 283/STF.

Isso significa, portanto, presente o contexto em exame, que a ausência de impugnação do fundamento legal subjacente ao acórdão recorrido, que se revelava suscetível de impugnação em sede recursal adequada, basta para conferir, por si só, em qualquer das situações acima referidas, subsistência autônoma à decisão ora questionada nesta causa, precisamente em decorrência da preclusão do fundamento infraconstitucional mencionado, tal como adverte o magistério jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria (RTJ 151/261-262 – AI 237.774-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – RE 168.517/RS, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 273.834/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Sendo assim, considerando as razões expostas, e atento à Súmula 283 desta Suprema Corte, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.335 (753)ORIGEM : PROC - 13777 - TJES - 3ª TURMA RECURSAL -

CAPITALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : HOTELARIA ACCOR BRASIL S/AADV.(A/S) : RICARDO MARFORI SAMPAIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EVELYN FREIRE SANTOS PESSOTTIRECDO.(A/S) : ROGERIO PESSOTTIADV.(A/S) : NOELLI SAGRILLO TONINI

DECISÃO: Vistos.Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da

Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais do estado do Espírito Santo.Alega-se, no apelo extremo, violação do artigo 5º, incisos XXXV e LV,

da Constituição Federal.Decido.A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos

constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 598.365/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, concluiu pela ausência da repercussão geral das questões relativas a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de Cortes diversas. O acórdão desse julgamento foi assim ementado:

“PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso ‘elemento de configuração da própria repercussão geral’, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608” (DJe de 26/3/10).

Aplicando essa orientação, destacam-se os seguintes julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Processual. Ofensa ao art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. Não ocorrência. Incidente de uniformização de jurisprudência no âmbito dos juizados especiais. Pressupostos de admissibilidade. Repercussão geral. Ausência. Questão infraconstitucional. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pela Corte de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. A análise dos pressupostos de admissibilidade de incidente dirigido à Turma Regional de Uniformização é matéria afeta à legislação infraconstitucional, de exame inviável no recurso extraordinário, uma vez que a afronta ao texto constitucional, caso houvesse, se daria de forma indireta ou reflexa. 3. Ausência de repercussão geral, dado o caráter infraconstitucional da matéria, já declarada no exame do RE nº 598.365/MG. 4. Agravo regimental não provido” (ARE nº 682.882/PR-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 10/9/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Admissibilidade de recurso de competência de Tribunal diverso: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 2. Tema constitucional sem repercussão geral (RE 598.365-RE, Rel. Min. Carlos Britto)” (AI nº 614.562/RJ, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe de 13/11/09).

“Embargos de declaração em recurso extraordinário com agravo. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Processo Penal. Alegação de violação ao art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal. 4. Recurso voltado a impugnar a não admissão de agravo em recurso especial, com base na Súmula 7/STJ. 5. Pressupostos de admissibilidade de recurso da competência de outro tribunal. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Precedente: RE-RG 598.365, rel. Min. Ayres Britto, DJe 26.3.2010. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 711.926/BA-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 2/12/13).

Essa decisão da repercussão geral, nos termos do artigo 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 11.418/06, “valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente”.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.405 (754)ORIGEM : PROC - 00298188620108260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SOAMES SOUZA SANTAREM E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MESSIAS TADEU DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROS E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 810 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 870.947, Rel. Min. Luiz Fux. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 159

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.456 (755)ORIGEM : AC - 10384110002506001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : NATALIA DE SOUZA ANDRADEADV.(A/S) : GUILHERME LOUREIRO MÜLLER PESSOA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LEOPOLDINAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE DE MATTOS STUDART E

OUTRO(A/S)

DECISÃO:Vistos.Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. NULIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DO DIREITO AO RECEBIMENTO DAS VERBAS TRABALHISTAS, EXCETO SALDO DE VENCIMENTO. FGTS. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA NOS AUTOS DO RE 596478-7/RR. INAPLICABILIDADE. VERBA ESTRANHA À RELAÇÃO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a contratação temporária não pode ter por objeto a seleção ou recrutamento de pessoal para atividades ordinárias ou permanentes do órgão público, porquanto a norma inserta no artigo 37, IX, da Constituição da República, trata de hipóteses anômalas, de exceção, não podendo se tornar prática comum na Administração Pública, pena de ofensa ao principio do concurso público.

2. São nulos de pleno direito os contratos administrativos celebrados com o escopo de admitir servidor para exercício de função de caráter permanente.

3. Sendo os contratos nulos de pleno direito, deles não exsurgem quaisquer direitos ao servidor, com exceção do saldo de vencimento, nos termos do disposto no artigo 37, § 2º, da Constituição da República.

4. Ainda que se adote entendimento no sentido de que referidos contratos, embora nulos, geram alguns efeitos jurídicos, a parte autora não faz jus ao recebimento de indenização pelo não recolhimento do FGTS e multa de 40% (quarenta por cento), por tratar-se de verba estranha à relação de Direito Administrativo.

5. Inaplicável, à espécie, a repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do RE 596478-7/RR, pois relação jurídica entre as partes daquele processo não é jurídico-administrativa, mas de natureza trabalhista, tanto que se trata de recurso de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, o que, por si só, afasta a possibilidade de se tratar de contrato temporário, nos moldes do artigo 37, inciso IX, da Constituição da República, não servindo como paradigma para lhe conceder direito a recolhimento do FGTS.”

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 1º, incisos

III e IV, e 37, inciso I e § 2º, da Constituição Federal.Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral.

Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos.

Com efeito, esta Suprema Corte, ao examinar o RE nº 596.478/RR, concluiu pela existência da repercussão geral da matéria constitucional

versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 191 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e discute “a constitucionalidade, ou não, do 19-A da Lei nº 8.036/90, incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41/2001, que instituiu obrigação de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, mesmo nas situações em que há declaração nulidade do contrato, com direito a salários, de servidor sem prévia aprovação em concurso público”.

Ao julgar o mérito desse recurso, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a constitucionalidade do dispositivo legal impugnado em acórdão assim ementado:

“Recurso extraordinário. Direito Administrativo. Contrato nulo. Efeitos. Recolhimento do FGTS. Artigo 19-A da Lei nº 8.036/90. Constitucionalidade. 1. É constitucional o art. 19-A da Lei nº 8.036/90, o qual dispõe ser devido o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na conta de trabalhador cujo contrato com a Administração Pública seja declarado nulo por ausência de prévia aprovação em concurso público, desde que mantido o seu direito ao salário. 2. Mesmo quando reconhecida a nulidade da contratação do empregado público, nos termos do art. 37, § 2º, da Constituição Federal, subsiste o direito do trabalhador ao depósito do FGTS quando reconhecido ser devido o salário pelos serviços prestados. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE nº 596.478/RR, relatora a Ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe de 1/3/13).

Aplicando essa orientação, anote-se:“PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL

NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. CONTRATO TEMPORÁRIO. NULIDADE. FGTS. DIREITO AOS DEPÓSITOS. FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM AS DIRETRIZES DO PLENÁRIO NO RE 596.478 - RG (REL. P/ ACÓRDÃO MIN. DIAS TOFFOLI – TEMA 191), JULGADO SOB A SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (RE nº 853.403/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 22/4/15).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. NULIDADE. DIREITO AO DEPÓSITO DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO – FGTS. RE 596.478-RG. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. JULGAMENTO DE MÉRITO. 1. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS é devido aos servidores temporários, nas hipóteses em há declaração de nulidade do contrato firmado com a Administração Pública, consoante decidido pelo Plenário do STF, na análise do RE 596.478-RG, Rel. para o acórdão Min. Dias Toffoli, DJe de 1/3/2013. 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇÃO CÍVEL – CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA - PRAZO SUPERIOR AO ADMITIDO NA LEGISLAÇÃO PERTINENTE - NULIDADE DO ATO - FGTS - DIREITO AO RECOLHIMENTO - PRECEDENTE DO STF.” 3. Agravo regimental DESPROVIDO” (RE nº 830.962/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 25/11/14).

“PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTRATO NULO. AUSÊNCIA DE APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 19-A DA LEI 8.036/90. DIREITO DO TRABALHADOR AO DEPÓSITO DO FGTS. ACÓRDÃO EM CONSONÂNCIA COM O DECIDIDO PELO PLENÁRIO DESTA CORTE NO RE 596.478 RG. NULIDADE DO CONTRATO. ANÁLISE DE DIREITO LOCAL E DAS CLÁUSULAS DA AVENÇA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS 280 E 454/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 736.523/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 7/5/14).

“FGTS – CONTRATO DE TRABALHO FIRMADO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DECLARADO NULO – AUSÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO – PRECEDENTE. O Tribunal reconheceu o direito aos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS aos trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho com a Administração Pública declarado nulo em razão da inobservância da regra constitucional a revelar a necessidade de prévia aprovação em concurso público. Precedente: Recurso Extraordinário nº 596.478/RR, mérito julgado a partir de repercussão geral admitida. Ressalva de entendimento pessoal” (ARE nº 736.170/AL-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 7/10/13).

Nesse mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 839.550/MG, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 20/10/14; e RE nº 816.105/MG-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/8/14.

O acórdão recorrido divergiu desse entendimento, razão pela qual merece ser reformado.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, dou provimento ao recurso extraordinário para, reformando o acórdão recorrido, determinar que seja observada a orientação jurisprudencial fixada no julgamento do RE nº 596.478/RR. Invertidos os ônus de sucumbência fixados na sentença.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 160

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.660 (756)ORIGEM : AMS - 50570158220134047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECTE.(S) : BARIGUI COMPANHIA HIPOTECARIAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

As matérias tratadas nos presentes recursos restaram submetidas ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no RE 593.068-RG/SC e no ARE 745.901-RG/RS, verbis:

“CONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REGIME PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO. BASE DE CÁLCULO. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. GRATIFICAÇÃO NATALINA (DÉCIMO-TERCEIRO SALÁRIO). HORAS EXTRAS. OUTROS PAGAMENTOS DE CARÁTER TRANSITÓRIO. LEIS 9.783/1999 E 10.887/2004. CARACTERIZAÇÃO DOS VALORES COMO REMUNERAÇÃO (BASE DE CÁLCULO DO TRIBUTO). ACÓRDÃO QUE CONCLUI PELA PRESENÇA DE PROPÓSITO ATUARIAL NA INCLUSÃO DOS VALORES NA BASE DE CÁLCULO DO TRIBUTO (SOLIDARIEDADE DO SISTEMA DE CUSTEIO). 1. Recurso extraordinário em que se discute a exigibilidade da contribuição previdenciária incidente sobre adicionais e gratificações temporárias, tais como 'terço de férias', 'serviços extraordinários', 'adicional noturno', e 'adicional de insalubridade'. Discussão sobre a caracterização dos valores como remuneração, e, portanto, insertos ou não na base de cálculo do tributo. Alegada impossibilidade de criação de fonte de custeio sem contrapartida de benefício direto ao contribuinte. Alcance do sistema previdenciário solidário e submetido ao equilíbrio atuarial e financeiro (arts. 40, 150, IV e 195, § 5º da Constituição). 2. Encaminhamento da questão pela existência de repercussão geral da matéria constitucional controvertida.”

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre as verbas pagas a título de aviso prévio indenizado, fundada na interpretação da Lei 8.212/91 e do Decreto 6.727/09, é de natureza infraconstitucional. 2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009). 3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.”

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.682 (757)ORIGEM : AC - 048050002061 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SERRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SERRARECDO.(A/S) : IGREJA CRISTÃ MARANATA PRESBITÉRIO ESPÍRITO

SANTENSEADV.(A/S) : JOSÉ DOMINGOS DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Município de Serra. Aparelhado o recurso na violação do art. 150, VI, “b”, § 4º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido: AI 744.269-AgR/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJe 06.8.2010; e ARE 658.080-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma,

DJe 15.02.2012, este assim ementado:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ENTIDADE ASSISTENCIAL. IMÓVEL VAGO. IRRELEVÂNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO DESPROVIDO. 1. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, ‘c’, da CF alcança todos os bens das entidades assistenciais de que cuida o referido dispositivo constitucional. 2. Deveras, o acórdão recorrido decidiu em conformidade com o entendimento firmado por esta Suprema Corte, no sentido de se conferir a máxima efetividade ao art. 150, VI, ‘b’ e ‘c’, da CF, revogando a concessão da imunidade tributária ali prevista somente quando há provas de que a utilização dos bens imóveis abrangidos pela imunidade tributária são estranhas àquelas consideradas essenciais para as suas finalidades. Precedentes: RE 325.822, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14.05.2004 e AI 447.855, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6.10.06. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘Ação declaratória de inexistência de relação jurídica. Sentença de improcedência. Alegada nulidade por falta de intimação/intervenção do Ministério Público. Ausência de interesse público. Art. 82, III, CPC. IPTU. Imunidade. Decisão administrativa. Entidade de caráter religioso. Reconhecimento da imunidade, com desoneração do IPTU/2009. O imposto predial do exercício anterior (2008), no entanto, continuou a ser cobrado pela Municipalidade, por considerar estarem vagos os lotes na época do fato gerador (janeiro/2008). Comprovação da destinação dos imóveis para os fins essenciais da igreja – construção de seu primeiro templo. Inteligência do art. 150, VI e § 4º, da CF. Dá-se provimento ao recurso.’ 4. Agravo regimental a que se nega provimento”.

Divergir desse entendimento demandaria a análise da legislação infraconstitucional apontada no apelo extremo, bem como do quadro fático delineado, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: AI 852.604-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª turma, DJe 30.10.2012; RE 604.390-AgR/Sp, Rel. Min. Dias Tóffoli, 1ª Turma, DJe 15.3.2012; e AI 595.479-AgR/SC, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJe 06.8.2010, verbis:

“TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. TEMPLO DE QUALQUER CULTO. AÇÃO DECLARATÓRIA AMPLA E GENÉRICA. PRETENDIDO RECONHECIMENTO DA IMUNIDADE INDEPENDENTEMENTE DE PROVA ACERCA DA DESTINAÇÃO DADA AOS BENS E AO PRODUTO DA EXPLORAÇÃO ECONÔMICA DESSES BENS. NECESSÁRIO REEXAME DE FATOS E DE PROVAS. SÚMULAS 279 E 724/STF. ART. 150, VI, B DA CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. O Tribunal de origem afirmou que a agravante não comprovou dar destinação adequada aos imóveis, nem aos aluguéis deles provenientes. Para que fosse possível reformar o acórdão recorrido na forma pretendida pela agravante, seria necessário reabrir a instrução probatória para examinar todos e cada um dos lançamentos existentes por ocasião do ajuizamento da ação declaratória, de modo a examinar a motivação de cada ato administrativo. Mas não cabe recurso extraordinário para reexame de fatos ou de provas (Súmula 279/STF). Agravo regimental ao qual se nega provimento.”

“Agravo regimental no recurso extraordinário. IPTU. Imunidade. Templos de qualquer culto. Destinação do imóvel. Reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula nº 279/STF. 1. A decisão recorrida foi precisa ao firmar o entendimento de que “na hipótese dos autos, não há qualquer prova de que o imóvel sobre o qual incide o IPTU seja utilizado com finalidade essencial aos serviços religiosos” (fl. 41). 2. Para ultrapassar o entendimento firmado na decisão concernente à destinação do imóvel, mister seria o revolvimento de fatos e provas, o que é vedado em sede de apelo extremo, a teor da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.”

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IPTU. IMUNIDADE DE TEMPLOS DE QUALQUER CULTO. DESTINAÇÃO DO IMÓVEL. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de origem demandaria o reexame do acervo fático-probatório dos autos a fim de verificar a imunidade do imóvel em decorrência da sua destinação. Providência vedada na instância extraordinária. 2. Aplicação da Súmula 279 do STF. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido.”

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 882.833 (758)ORIGEM : PROC - 03344006720148130024 - TJMG - TURMA

RECURSAL CRIMINAL DE BELO HORIZONTE - 1ª TURMA

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 161: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 161

RECTE.(S) : TATIANA DINIZ MONTEIRO DE CASTROADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO FERREIRA ALVESRECDO.(A/S) : JOSIENE APARECIDA DE CARVALHO IMPELIZIERIADV.(A/S) : DALCIO WILLIAM DOS REIS

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 1ª

Turma Recursal Criminal de Belo Horizonte/MG, do qual se extrai da ementa o seguinte trecho:

“CRIME CONTRA A HONRA – INJÚRIA – PRECATÓRIA – PROVA INEQUÍVOCA.

[...]”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega ofensa ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição. O recurso não merece ser provido, tendo em vista que a parte

recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões constitucionais discutidas, limitando-se a fazer observações genéricas sobre o tema. Tal como redigida, a preliminar de repercussão geral apresentada poderia ser aplicada a qualquer recurso, independentemente das especificidades do caso concreto, o que não atende ao disposto no art. 543-A, § 2º, do CPC. Como já registrado por este Tribunal, a “simples descrição do instituto da repercussão geral não é suficiente para desincumbir a parte recorrente do ônus processual de demonstrar de forma fundamentada porque a questão específica apresentada no recurso extraordinário seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico e ultrapassaria o mero interesse subjetivo da causa” (RE 596.579 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ademais, o Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento do recurso extraordinário para o questionamento de alegadas violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se o AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski.

Por fim, para chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindível seria uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimento inviável em recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 883.290 (759)ORIGEM : RESP - 1451251 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : TAKATA-PETRI S/AADV.(A/S) : EDUARDO RICCA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Takata Petri S/A. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 62 e 153, § 1º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Inviável a interposição de recurso extraordinário em face de acórdão do Superior Tribunal de Justiça que negou seguimento ao recurso especial da parte recorrente. Apenas se admite recurso extraordinário em face de acórdão do Superior Tribunal de Justiça quando a questão constitucional haja surgido no julgamento do recurso especial, o que não é o caso dos autos, uma vez que o inconformismo da agravante diz com questão surgida na decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (aplicação da Medida Provisória 1.200/95). Nesse sentido, dentre vários, cito os seguintes precedentes deste Supremo Tribunal Federal:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Processual civil. Questão decidida no Segundo Grau. Ausência de interposição de recurso extraordinário concomitantemente ao recurso especial. Preclusão. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Não se admite recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscita questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau. 3. Agravo regimental não provido” (ARE 665.016-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.5.2012)

“DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À

CONSTITUIÇÃO. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II - Necessidade de análise de legislação ordinária. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes. III - Somente admite-se recurso extraordinário de decisão do Superior Tribunal de Justiça se a questão constitucional impugnada for nova. Assim, a matéria constitucional impugnável via RE deve ter surgido, originariamente, no julgamento do recurso especial, o que não é o caso dos autos. IV - Agravo regimental improvido” (AI 714.886-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 27.3.2009)

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 642.524 (760)ORIGEM : AC - 200700106631 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CONCESSIONÁRIA DA PONTE RIO-NITERÓI S/AADV.(A/S) : JÚLIO MARIA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓI

Referente à Petição/STF 19126/2015:DESPACHO: Comprovem os subscritores da petição em referência terem

poderes específicos para desistir do recurso.Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.214 (761)ORIGEM : RESP - 1055084 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MUNDIAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BALANÇAS

LTDAADV.(A/S) : HEVERTON ROSSO ADAMSINTDO.(A/S) : O SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E

PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAEADV.(A/S) : PAULO RICARDO BRINCKMANN OLIVEIRAINTDO.(A/S) : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO - FNDEINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de incidência

de contribuição previdenciária patronal sobre verbas pagas pelo empregador em favor do empregado.

A pretensão deduzida pela parte não encontra amparo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Com efeito, o Plenário desta Corte vem, reiteradamente, negando a repercussão geral de controvérsias relativas à cobrança de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador, quando pendente discussão acerca da natureza jurídica das verbas. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre as verbas pagas a título de aviso prévio indenizado, fundada na interpretação da Lei 8.212/91 e do Decreto 6.727/09, é de natureza infraconstitucional.

2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (ARE 745.901-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“TRIBUTÁRIO. GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE LOCALIDADE (GEL), TRANSFORMADA EM VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 162: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 162

IDENTIFICADA (VPNI). INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NATUREZA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência de contribuição previdenciária sobre a Gratificação Especial de Localidade, fundada na interpretação das Leis 9.527/97 e 9.783/99, é de natureza infraconstitucional.

2. O Supremo Tribunal Federal vem reiteradamente rejeitando a repercussão geral de temas análogos, em que a incidência de tributo sobre determinada verba supõe prévia definição de sua natureza, se remuneratória ou indenizatória (AI 705.941-RG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJe de 23/4/2010; RE 611.512-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 23/11/2010; RE 688.001-RG, de minha relatoria, DJe de 18/11/2013; ARE 802.082-RG, de minha relatoria, DJe de 29/4/2014; ARE 745.901-RG, de minha relatoria, DJe de 18/9/2014).

3. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

4. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (RE 814.204-RG, Rel. Min. Teori Zavaski)

“REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DE AUXÍLIO-DOENÇA. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

I A discussão sobre a incidência, ou não, de contribuição previdenciária sobre valores pagos pelo empregador nos primeiros quinze dias de auxílio-doença situa-se em âmbito infraconstitucional, não havendo questão constitucional a ser apreciada.

II Repercussão geral inexistente.” (RE 611.505-RG, Rel. Min. Ayres Britto)

Quanto à alegada violação ao art. 97 da Constituição, ressalta-se que a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não se deve confundir interpretação de normas legais com a declaração de inconstitucionalidade dependente da observância da cláusula de reserva de plenário. Nessa linha, veja-se o ARE 723.052, julgado sob a relatoria do Ministro Marco Aurélio, assim ementado:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO reserva DE PLENÁRIO. Descabe confundir reserva de Plenário artigo 97 da Constituição Federal com interpretação de normas legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.”

No caso, o Tribunal de origem apenas realizou interpretação sistemática com o intuito de alcançar o verdadeiro sentido da norma, sem que houvesse qualquer declaração de sua incompatibilidade com a Constituição Federal. Assim, não há que se falar em ofensa ao art. 97 da Carta

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.202 (762)ORIGEM : PROC - 00057822220108010070 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ACRERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARISA LOJA S/AADV.(A/S) : VIRGINIA MEDIM ABREU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANNE KARINE SANCHES TREVIZAN PINTOADV.(A/S) : BETHANIA ALCALDE PINTO DE FREITAS CARREGA

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário. A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento. Publique-se. Brasília, 07 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.693 (763)ORIGEM : PROC - 97181 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARÁPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

RECTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRECDO.(A/S) : MANOEL VITALINO MARTINSADV.(A/S) : MANOEL VITALINO MARTINS

DECISÃO:Esta Corte concluiu pela existência da repercussão geral da matéria

constitucional versada nestes autos ao examinar o RE nº 659.172/SP. O assunto corresponde ao Tema nº 519 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet em que se discute , “à luz do art. 100, da Constituição Federal, e 97, §15º, do ADCT, a possibilidade, ou não, da aplicação do regime estabelecido pela Emenda Constitucional nº 62/2009 - no que se refere ao sequestro de verbas públicas - aos precatórios anteriores à referida emenda constitucional”.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo, a fim de admitir o recurso extraordinário e, nos termos do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que se aplique o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.764 (764)ORIGEM : AC - 20100789372 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CONEVILLE SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES LTDARECTE.(S) : AMBIENTAL SANEAMENTO E CONCESSÕES LTDAADV.(A/S) : SABRINA FINK STANKE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS DE ALMEIDAADV.(A/S) : EDUARDO DE BORBA GARCIA

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário no qual se alega violação dos artigos 5º, XXXVI, LIV e LV, 30, V, 37, XXI, 145, II, e 175 da Constituição Federal.

Decido.A irresignação não merece prosperar.A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as

alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO TRABALHO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ALEGADA VIOLAÇÃO PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA MESMA CARTA. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O Supremo Tribunal Federal possui entendimento pacífico no sentido de que a violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Magna Carta, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. II - O art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada, mas sim que o julgador informe de forma clara as razões de seu convencimento, tal como ocorreu. III – Agravo regimental improvido” (AI nº 812.481/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1°/2/11).

No que diz respeito à taxa de limpeza pública, é pacífico o entendimento pela inconstitucionalidade da exação. Conforme assentado pelo Plenário desta Corte, no julgamento do RE nº 199.969/SP, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 6/2/98, é ilegítima a cobrança de taxa que tenha por “fato gerador prestação de serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, não sendo de ser custeado senão por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais”. Sobre o tema, anote-se:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO DOMICILIAR E LIMPEZA PÚBLICA. INCONSTITUCIONALIDADE DOS SERVIÇOS DE CARÁTER UNIVERSAL E INDIVISÍVEL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 811.387/SC–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/3/11).

Confirmando o referido entendimento, o Supremo Tribunal Federal, na Questão de Ordem suscitada no Recurso Extraordinário n° 576.321/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, reconheceu a repercussão geral da matéria e ratificou a jurisprudência da Corte no sentido de considerar que “é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa em razão de serviços

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 163: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 163

de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos”. Esta decisão está assim ementada:

“CONSTITUCIONAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. TAXA. SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA. DISTINÇÃO. ELEMENTOS DA BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE IMPOSTOS. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE. ART. 145, II E § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. I - QUESTÃO DE ORDEM. MATÉRIAS DE MÉRITO PACIFICADAS NO STF. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. CONFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. DENEGAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS QUE VERSEM SOBRE OS MESMOS TEMAS. DEVOLUÇÃO DESSES RE À ORIGEM PARA ADOÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO ART. 543-B, § 3º, DO CPC. PRECEDENTES: RE 256.588-ED-EDV/RJ, MIN. ELLEN GRACIE; RE 232.393/SP, CARLOS VELLOSO. II – JULGAMENTO DE MÉRITO CONFORME PRECEDENTES. III – RECURSO PROVIDO” (RE n° 576.321/SP-RG-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13/2/09).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 787.295/SC, Relator o Ministro Gilmar Mendes DJ de 16/2/11; AI nº 837.453/SC, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1°/6/11; AI nº 839.218/SC, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 14/11/11; AI nº 850.197/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 24/10/11.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.929 (765)ORIGEM : AC - 20110030210 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GRADIENTE ELETRÔNICA S/AADV.(A/S) : NATASJA DESCHOOLMEESTER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário.Decido.Verifico que a instância de origem não admitiu o recurso

extraordinário tendo como um dos fundamentos a ausência de repercussão geral da matéria debatida nos autos.

O entendimento da Corte é no sentido de que deve a parte impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação referente à ausência de repercussão geral da matéria debatida nos autos.

A jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de obstar o agravo quando, como no caso, não são atacados os fundamentos da decisão que obsta o processamento do apelo extraordinário. Nesse sentido: AI nº 488.369/RS–AgR, 4/5/04, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; e ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RAZÕES DO RECURSO NÃO ATACAM OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DO STF. ARTIGO 543 DO CPC. REMESSA DO FEITO AO STJ. DESNECESSIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravo não atacou os fundamentos da decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, o que o torna inviável, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes. II – É desnecessário aguardar o julgamento do recurso especial pelo STJ quando o extraordinário não possuir condições de admissibilidade. Precedentes. III – Agravo regimental improvido”.

Ante o exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 801.212 (766)ORIGEM : AC - 50505135520124047100 - TRF4 - RS - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : RICARDO LUIZ DE OLIVEIRA DIASRECTE.(S) : DENISE MARIA OLIVEIRA DIASADV.(A/S) : LÍVIO ANTÔNIO SABATTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIAO - FAZENDA NACIONAL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 2ª Turma Recursal do Estado do Rio Grande do Sul.

O recurso extraordinário não pode ser conhecido, tendo em vista a ausência de menção a qualquer dispositivo constitucional tido por violado, de modo que o recorrente não desenvolve fundamentação que permita a adequada compreensão da controvérsia constitucional atinente ao caso. Incide, na hipótese, a Súmula 284/STF, segundo a qual “é inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nessa linha, confira-se a ementa do AI 713.692-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Cezar Peluso:

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Intempestividade. Comprovação de que o recurso foi interposto no prazo legal. Decisão agravada. Reconsideração. Provada sua tempestividade, deve ser apreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Interposição. Artigos violados. Não indicação. Inteligência do art. 321 do RISTF e da súmula 284. Agravo regimental não provido. Não se admite recurso extraordinário que não indique o dispositivo constitucional que lhe autorizaria a interposição, nem aponta quais normas constitucionais que teriam sido violadas pelo acórdão recorrido.”

Diante do exposto, com base no art. 557, caput , do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, não conheço do recurso.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 805.831 (767)ORIGEM : PROC - 50053199620124047111 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANGELA INES SCHULZADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO ISER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da 4ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Rio Grande do Sul.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, XXXV, da Carta.

A pretensão recursal não merece prosperar. A alegada ofensa à Constituição não foi apreciada pelo acórdão impugnado. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão. Portanto, o recurso extraordinário carece de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.282 (768)ORIGEM : AC - 199903990107790 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE JARDIMADV.(A/S) : INÊS AMBRÓSIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ARTS. 458 E 535 DO CPC. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. ACÓRDÃO QUE JULGA DE MANEIRA FUNDAMENTADA E COMPLETA TODA A CONTROVÉRSIA EXPOSTA. RECURSO INTERPOSTO EM RAZÃO DE MERO INCONFORMISMO DA PARTE.

1. Não há ofensa ao art. 535 do CPC, quando o Tribunal de origem dirime, fundamentadamente, as questões que lhe são submetidas, apreciando integralmente a controvérsia posta nos presentes autos. Ressalte-se, por oportuno, que não se pode confundir julgamento desfavorável ao interesse da parte com negativa ou ausência de prestação jurisdicional.

2. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 164: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 164

A pretensão deduzida pela parte não encontra amparo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Com efeito, o Plenário desta Corte já assentou o entendimento de que as decisões judiciais não precisam ser necessariamente analíticas, bastando que contenham fundamentos suficientes para justificar suas conclusões. Nessa linha, reconhecendo a repercussão geral da matéria, veja-se a ementa do AI 791.292-QO-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Gilmar Mendes:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.”

Ademais, anoto que foi reconhecida a ausência de repercussão geral da controvérsia referente à violação aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal e dos limites da coisa julgada, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação de normas infraconstitucionais (ARE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 807.121 (769)ORIGEM : AC - 200683000121279 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO -

CELPEADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE MAGALHÃES BARROS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUILHERME VALDETARO MATHIAS

DECISÃOVistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. REVISÃO DA TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA DA CELPE. CONTROLE JURISDICIONAL DA LEGALIDADE DOS ATOS DE CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA MODICIDADE DAS TARIFAS E DA TUTELA DOS INTERESSES DOS CONSUMIDORES.

1. Os atos da ANEEL sujeitam-se ao controle jurisdicional, sobretudo em sede de ação civil pública que versa a política tarifária de setor fundamental para o desenvolvimento nacional e o bem-estar da população.

2. O indeferimento de prova testemunhal desnecessária não caracteriza cerceamento de defesa.

3. As perdas de energia computadas pela ANEEL nas resoluções que homologaram a revisão tarifária de 2005 e o reajuste de 2006, referentes à CELPE, não são indicativas do repasse ao consumidor da ineficiência da empresa, nem implicaram violação aos princípios da razoabilidade e da modicidade tarifária.

4. Apelação não provida”.No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos

LIV e LV, e 175, incisos II e III, da Constituição Federal. Opina o Ministério Público Federal, em parecer do ilustrado

Subprocurador-Geral da República Dr. Paulo Gustavo Gonet Branco, pelo “desprovimento do agravo”.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá

“quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. A irresignação não merece prosperar.A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as

alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, também, que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 16/6/11, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, Presidente, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Este julgado restou assim ementado:

“Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional” (DJe de 31/8/11).

Por fim, registre-se que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas na legislação infraconstitucional pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Alegação de cerceamento de defesa, ante a não realização de prova pericial. Discussão de índole infraconstitucional. Precedente: ARE-RG 639.228 (Tema n. 424). 3. Tarifa de água e esgoto. Critério utilizado para cobrança de esgoto baseado no consumo de água. Controvérsia decidida com base nos decretos 21.123/83 e 41.446/96, do Estado de São Paulo. Incidência do Enunciado 280 da Súmula do STF. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 722.969/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1/2/13).

“DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ÁGUA E SERVIÇOS DE ESGOTO. CÁLCULO DAS TARIFAS. DECRETOS ESTADUAIS 21.123/83 E 41.446/96. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, CAPUT e II, e 60, § 4º, III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 11.04.2011. A matéria constitucional versada no recurso extraordinário não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco ventilada em embargos de declaração. “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” (Súmula 282/STF). “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento” (Súmula 356/STF). As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido” (RE nº 711.695/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 18/10/13).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 816.442 (770)ORIGEM : AC - 70034621813 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 165

RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RECDO.(A/S) : DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NOVO HAMBURGO

DESPACHO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PUBLICA. DEFENSORIA PÚBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA RECONHECIDA. ART. 59, II, DA LEI N. 7.347/85. PRECEDENTES. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. REPAROS EM ESCOLA MUNICIPAL APRAZADOS PARA AS FÉRIAS ESCOLARES. NECESSIDADE DE AGUARDO DA LICITAÇÃO. AFASTARAM A PREFACIAL E NEGARAM PROVIMENTO AO AGRAVO. UNÂNIME.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, LXXIV e 134, da Constituição.

A questão controvertida nestes autos guarda pertinência temática com a pretensão que será apreciada nos autos da ADI 3.943/DF, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia.

Diante do exposto, determino o sobrestamento dos autos em Secretaria até o julgamento da mencionada ação.

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 831.368 (771)ORIGEM : AREsp - 477951 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CLINTON DOS SANTOS VIEIRAADV.(A/S) : PAULO CUNHA DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Petição nº 17629/2015: em 16.04.2015, o recorrente informou que foi

removido administrativamente, requerendo, então, a extinção do processo por perda de objeto.

Porém, a decisão monocrática que negou seguimento ao recurso foi publicada em 14.04.2015.

De modo que nada há a prover. Após o trânsito em julgado, baixem os autos à origem. Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 831.505 (772)ORIGEM : REsp - 1225318 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : COMERCIO DE COMBUSTIVEIS PASTORELLO LTDAADV.(A/S) : BÁRBARA PUKANSKI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que os assuntos versados no recurso extraordinário correspondem aos temas 163 e 482 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são, respectivamente, o RE-RG 593.068, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 22.5.2009; e o RE-RG 611.505, Rel. Min. Ayres Britto. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.134 (773)ORIGEM : PROC - 02809067320098190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ROSE MENDES DE ASSISADV.(A/S) : GILBERTO PEDRO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Trata-se de processo em que se discute a constitucionalidade da

aplicação dos critérios de correção monetária relativos à caderneta de poupança (Taxa Referencial TR) sobre os débitos da Fazenda Pública.

O Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 870.947-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, reconheceu a existência de repercussão geral da controvérsia relativa à validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre condenações impostas à Fazenda Pública, tanto na fase de conhecimento quanto na fase de execução, conforme determina o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, com redação dada pela Lei nº 11.960/2009 (Tema 810).

Diante do exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 841.858 (774)ORIGEM : AC - 09041636120018260002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : D F DE JADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO LAR TERNURA SÃO CAMILO

DECISÃOTrata-se de agravo contra a decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Câmara Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Sustenta o recorrente, nas razões do apelo extremo, violação dos

artigos 1º, inciso III, 5º, inciso XXXVI, 93, inciso IX, e 227, caput, § 1º, da Constituição Federal.

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo Gustavo Gonet Branco, opina que “seja negado seguimento ao agravo, ante a perda de objeto do recurso”, nos seguintes termos:

“Recurso extraordinário com agravo. Atuação do Ministério Público em prol de portador de deficiência. Óbito do beneficiário. Impossibilidade de adoção das providências pleiteadas. Perda de objeto do recurso.

O Ministério Público do Estado de São Paulo pleiteou, perante Vara da Infância e Juventude, o prosseguimento de procedimento de acompanhamento da execução do Plano Individual de Atendimento de jovem, arquivado em razão do atingimento da maioridade.

As instâncias ordinárias negaram o pedido formulado pelo Parquet estadual, ensejando a interposição dos recursos especial e extraordinário.

Durante o trâmite do recurso especial, a instituição filantrópica que cuidava do agravado noticiou o óbito do jovem, fazendo juntar o devido atestado de óbito.

Seguiu-se manifestação do Ministério Público do Estado de São Paulo informando a falta de interesse na apreciação do recurso especial, ante a ‘impossibilidade de adoção das medidas originariamente requeridas’.

Por fim, o Superior Tribunal de Justiça homologou o pedido de desistência, determinando a baixa dos autos.

Nessas circunstâncias, o parecer sugere que seja negado seguimento ao agravo, ante a perda de objeto do recurso”.

Decido.Conforme relatado, diante da notícia do óbito do beneficiário, o

Ministério Público do Estado de São Paulo, ora recorrente, informou que não tem mais interesse no prosseguimento feito. Destarte resta prejudicado o recurso extraordinário e, por consequência, o presente agravo.

Ante o exposto, nos termos do artigo 21, inciso IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o recurso extraordinário com agravo, dada a perda superveniente de seu objeto.

Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 166

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 853.215 (775)ORIGEM : PROC - 50440708820124047100 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LADEMIR SILVAADV.(A/S) : ANTÔNIO MARTINS DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Verifico que os assuntos versados no recurso extraordinário correspondem aos temas 4 e 660 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são, respectivamente, o RE-RG 566.621, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 11.10.2011, e o ARE-RG 748.371, de minha relatoria, DJe 1º.8.2013. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 858.989 (776)ORIGEM : AC - 00043940920129130002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ALEXANDRE PEREIRAADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDERECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO. Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Câmara do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL - REINTEGRAÇÃO ÀS FILEIRAS DA PMMG - NULIDADE NO PAD - ILEGALIDADE DAS PROVAS OBTIDAS POR MEIO DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS - INOCORRÊNCIA - PROVA OBTIDA EM CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E COM A LEI N. 9.296/96 - COMPARTILHAMENTO DOS ELEMENTOS INFORMATIVOS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PARA INSTRUÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR CONTRA OS INVESTIGADOS - POSSIBILIDADE - PRECEDENTES DO STF - PROVAS TESTEMUNHAIS INCONCLUSIVAS, CONTRADITÓRIAS E DIVERGENTES - INOBSERVÂNCIA - DEPOIMENTOS DAS TESTEMUNHAS COERENTES COM OS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVA CONSTANTES NO PROCESSO - OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL DECORRENTE DE VÍCIOS NA PORTARIA DE INSTAURAÇÃO DO PAD E NA NOTIFICAÇÃO DE INSTALAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR - INOCORRÊNCIA - OS CRIMES E AS TRANSGRESSÕES, DESCRITOS NO ITEM l DA PORTARIA DE INSTAURAÇÃO, TÊM COMO FINALIDADE DEMONSTRAR QUAIS CONDUTAS FORAM PRATICADAS PELO APELANTE E ENSEJARAM O SEU ENQUADRAMENTO NA TRANSGRESSÃO PREVISTA NO ART. 13, INCISO III, DO CEDM E A CONSEQUENTE INSTAURAÇÃO DO PAD - QUANDO DA NOTIFICAÇÃO DO APELANTE PARA ACOMPANHAR A REUNIÃO DE INSTALAÇÃO DO PAD, LHE FOI ENTREGUE A CÓPIA INTEGRAL DOS ANEXOS DELA CONSTANTES, ENTRE OS QUAIS, CÓPIA DO IPM COM O DEPOIMENTO DE TODAS AS TESTEMUNHAS OUVIDAS NA FASE INQUISITÓRIA - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA PRIMEVA QUE JULGOU IMPROCEDENTE O PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO.”

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.No recurso extraordinário, sustenta-se violação do princípio da

legalidade e do artigo 5º, inciso XII, da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.No que tange à alegação de ilicitude da utilização da prova

emprestada em processo administrativo, o entendimento adotado no acórdão

recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa ao dispositivo constitucional suscitado. Nesse sentido, anote-se:

“MANDADO DE SEGURANÇA. POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS. DEMISSÃO DE SERVIDOR FEDERAL POR MINISTRO DE ESTADO. POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO ATO DE DEMISSÃO A MINISTRO DE ESTADO DIANTE DO TEOR DO ARTIGO 84, INCISO XXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DO STF. PROVA LICITAMENTE OBTIDA POR MEIO DE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA REALIZADA COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL PARA INSTRUIR INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PODE SER UTILIZADA EM PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA EM RAZÃO DO INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS AVALIADAS COMO PRESCINDÍVEIS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. PUNIÇÃO NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO COM FUNDAMENTO NA PRÁTICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA INDEPENDE DE PROVIMENTO JUDICIAL QUE RECONHEÇA A CONDUTA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. INDEPENDÊNCIA ENTRE AS INSTÂNCIAS DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E ADMINISTRATIVA. NEGO PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO” (RMS nº 24.194/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 6/10/11).

“PROVA EMPRESTADA. Penal. Interceptação telefônica. Documentos. Autorização judicial e produção para fim de investigação criminal. Suspeita de delitos cometidos por autoridades e agentes públicos. Dados obtidos em inquérito policial. Uso em procedimento administrativo disciplinar, contra outros servidores, cujos eventuais ilícitos administrativos teriam despontado à colheita dessa prova. Admissibilidade. Resposta afirmativa a questão de ordem. Inteligência do art. 5º, inc. XII, da CF, e do art. 1º da Lei federal nº 9.296/96. Precedentes. Voto vencido. Dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas, judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, bem como documentos colhidos na mesma investigação, podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessas provas” (PET nº 3.683/MG-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 20/2/09).

Anote-se, ademais, que o acórdão recorrido se ocupou de detalhada análise fático probatória, inerente ao caso. Assim, concluir de forma contrária, como pretende o ora agravante, demandaria um reexame aprofundado de tal contexto, o que é inviável na via eleita. Incidência, portanto, da Súmula nº 279/STF.

Perfilhando esse entendimento, destaco o seguinte julgado: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. A ausência de

notificação, considerado o disposto no art. 514 do CPP, trata de nulidade relativa e deve ser arguida oportunamente. 3. Alegação de nulidade da interceptação telefônica. Análise de fatos e provas em recurso extraordinário. Impossibilidade. Súmula 279. 4. Análise da inidoneidade da dosimetria da pena. Matéria infraconstitucional. 5. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 842.198/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 25/5/11 – grifei).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 858.999 (777)ORIGEM : PROC - 08037980420128240023 - TJSC - 8ª TURMA

RECURSAL - CAPITALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FLORIANÓPOLISRECDO.(A/S) : CLAUDIA MARIA SIMAS BELTRAMEADV.(A/S) : MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S)

DESPACHO :Tanto o Município de Florianópolis quanto Cláudia Maria Simas

Beltrame interpuseram recurso extraordinário contra acórdão proferido pela Oitava Turma Recursal da Seção Judiciária do Estado de Santa Catarina. No entanto, a decisão de admissibilidade proferida se restringe ao recurso extraordinário do Município de Florianópolis.

Encaminhe-se o processo ao Tribunal de origem para que junte aos autos a decisão de admissibilidade do recurso extraordinário interposto por Cláudia Maria Simas Beltrame.

Após, retornem os autos conclusos para julgamento.À Secretaria, para as providências cabíveis.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 167

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 859.079 (778)ORIGEM : PROC - 08126008820128240023 - TJSC - 8ª TURMA

RECURSAL - CAPITALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE FLORIANOPÓLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FLORIANÓPOLISRECDO.(A/S) : ACASSIA ADRIANE DE SOUZAADV.(A/S) : MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S)

DESPACHO :Tanto o Município de Florianópolis quanto Acássia Adriane de Souza

interpuseram recurso extraordinário contra acórdão proferido pela Oitava Turma Recursal da Seção Judiciária do Estado de Santa Catarina. No entanto, a decisão de admissibilidade proferida se restringe ao recurso extraordinário do Município de Florianópolis.

Encaminhe-se o processo ao Tribunal de origem para que junte aos autos a decisão de admissibilidade do recurso extraordinário interposto por Acássia Adriane de Souza.

Após, retornem os autos conclusos para julgamento.À Secretaria, para as providências cabíveis.Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 859.221 (779)ORIGEM : PROC - 0803830092012824002350003 - TJSC - 8ª

TURMA RECURSAL - CAPITALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICIPIO DE FLORIANOPOLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FLORIANOPOLISRECDO.(A/S) : SIRLEI TERESINHA DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA

DESPACHO :Tanto o Município de Florianópolis quanto Sirlei Teresinha da Silva

interpuseram recurso extraordinário contra acórdão proferido pela Oitava Turma Recursal da Seção Judiciária do Estado de Santa Catarina. No entanto, a decisão de admissibilidade proferida se restringe ao recurso extraordinário do Município de Florianópolis.

Encaminhe-se o processo ao Tribunal de origem para que junte aos autos a decisão de admissibilidade do recurso extraordinário interposto por Sirlei Teresinha da Silva.

Após, retornem os autos conclusos para julgamento.À Secretaria, para as providências cabíveis.Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 861.382 (780)ORIGEM : PROC - 05119941920124058100 - TRF5 - CE - 2ª

TURMA RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSÉ WAGNER TEIXEIRA DA NÓBREGAADV.(A/S) : INOCÊNCIO RODRIGUES UCHÔA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.

VANTAGEM PESSOAL NOMINALMENTE IDENTIFICADA – VPNI. SUPRESSÃO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. ACÓRDÃO RECORRIDO HARMÔNICO COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REDUÇÃO REMUNERATÓRIA: IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Ceará:

“ADMINISTRATIVO. PAGAMENTO INDEVIDO. VPNI.

RECEBIMENTO DE BOA-FÉ. ERRO DA ADMINISTRAÇÃO. RESTITUIÇÃO DE VALORES. IMPOSSIBILIDADE. VERBA DE CARÁTER ALIMENTAR. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ. RECURSO INOMINADO IMPROVIDO.

1. Os servidores recebiam, sobre os seus proventos, o pagamento de Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI, para fins de complementação do salário mínimo, na forma preconizada pelo art. 37, inciso XV da CF/88, bem como nos termos do parágrafo único do art. 40, da Lei nº 8.112/90.

2. O ‘complemento do salário mínimo’, antes da edição da Medida Provisória nº 431/2008, convertida na Lei nº 11.784/2008, levava em consideração o valor do vencimento básico do servidor, passando a ser, a partir de então, a remuneração do cargo efetivo o paradigma legal para este fim, o que tornou indevida a continuidade do recebimento da VPNI correspondente.

3. Não é devida restituição ao erário de valores pagos a servidor público de boa-fé, por força de interpretação errônea, má aplicação da lei ou erro da administração, em virtude do caráter alimentar da verba. O requisito estabelecido para a não devolução de valores pecuniários indevidamente recebidos é a boa-fé do servidor que, ao recebê-los na aparência de serem corretos, firma compromissos confiando na disponibilidade da verba. Não há, pois, que se fazer distinção entre erro de direito e erro material.

4. Recurso inominado improvido” (doc. 28).Os embargos de declaração opostos foram acolhidos nos seguintes

termos:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. RECURSO

INOMINADO NÃO APRECIADO. DEVOLUÇÃO DE VPNI. VANTAGEM RECEBIDA DE BOA FÉ. DÁ PROVIMENTO. SENTENÇA MANTIDA EM TODOS OS SEUS TERMOS.

1. Sustenta a parte embargante que esta Turma teria sido omissa em não analisar seu recurso, anexo 27, deixando de se pronunciar acerca dos pedidos de devolução dos valores descontados pela Administração e de restabelecimento da VPNI.

2. Com relação ao pedido no recurso autoral de devolução dos valores descontados, não merece prosperar tal pleito em razão da natureza mesma da vantagem suprimida. Com efeito, tal rubrica tinha permanecido no conjunto remuneratório do autor de forma indevida, apenas por causa de um equívoco operacional da autarquia.

3. Quanto ao pedido de restabelecimento da referida vantagem, resta prejudicado. Deve a sentença ser mantida em todos os seus termos.

4. Dá provimento apenas para reconhecer a omissão apontada, qual seja, a falta de apreciação do recurso inominado do autor” (doc. 31).

2. O Agravante alega contrariados os arts. 7º, inc. VI, e 37, inc. XV, da Constituição da República, asseverando que

“a manutenção do pagamento dos valores citados ao autor/recorrente e demais servidores em sua situação não se deveu à aplicação ilegal de parâmetro salarial revogado. Deveu-se, isso sim, à obediência a preceito constitucional e legalmente insculpido, o qual veda que inovações legislativas acarretem decréscimo nos vencimentos de seus administrados.

A VPNI percebida pelo autor/recorrente tem por base tão somente o princípio da irredutibilidade de vencimentos e não mais a complementação para o atendimento do salário mínimo. Pode, assim, vir a ser absorvida por eventuais futuros aumentos à categoria, desde que mantido o patamar remuneratório, porém nunca suprimida, importando em decréscimo significativo da capacidade aquisitiva do autor” (doc. 32).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os seguintes fundamentos: a) ausência de prequestionamento; b) insuficiência da preliminar de repercussão geral; c) ausência de ofensa constitucional direta; d) incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. No art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu-se que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão agravada quanto à ausência de prequestionamento e à insuficiência da preliminar de repercussão geral, pois a controvérsia posta à apreciação foi suscitada em momento processual adequado e o Agravante cumpriu a exigência prevista no art. 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil.

A superação desses fundamentos, todavia, não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

6. Na sentença mantida pela Turma Recursal, o Juiz federal Glêdison Marques Fernandes decidiu:

“No que se refere à manutenção da(s) aludida(s) rubrica(s), a análise perfunctória da lide revela que, embora tenha denominação de Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, refere(m)-se à ‘Diferença do Complemento do Salário Mínimo’, instituída originalmente apenas para assegurar que o servidor não recebesse vencimento básico inferior ao salário mínimo. Ressalte-se, por oportuno, que a vantagem perseguida pelo autor não possui caráter permanente, pois visava apenas preservar o valor do vencimento básico em valor não inferior a um salário mínimo, razão pela qual poderá ser suprimida.

É certo que o § único do art. 40, da Lei 8.112/90 estabelecia

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 168: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 168

taxativamente que ‘nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário mínimo’. Todavia, com a edição da Lei nº 11.784/2008, houve mudança de paradigma para a complementação do Salário Mínimo, que deixou de ser o vencimento básico e passou a ser a remuneração do cargo efetivo. Com efeito, a Lei 11.784/2008, revogou o § único do artigo 40 e promoveu a inclusão do § 5º ao art. 41 da Lei 8.112/90 que estabelece: ‘nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo’.

A questão ora debatida foi objeto da Súmula Vinculante nº 16 editada pelo STF, publicada em 01.07.2009, senão vejamos:

‘Os arts. 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público’.

Como se vê, não importa se o vencimento básico é inferior ao mínimo, desde que a remuneração (a soma de todas as parcelas) alcance o valor do salário mínimo. Também não há que se falar em afronta ao principio da irredutibilidade de vencimentos vez que apenas o vencimento básico do cargo efetivo acrescido das vantagens permanentes possuem caráter de irredutibilidade (art. 37, inciso VX, art. 40, §3º, da Lei 8.112/90), não havendo vedação quando a redução decorre da exclusão de vantagens de caráter temporário, como ocorre no caso. Desta feita, verificado o equívoco no pagamento da vantagem, nada impede a correção do erro pela Administração, acobertada, inclusive, pela prerrogativa de autotutela de seus atos, visando à estrita observância da lei” (doc. 13).

Este Supremo Tribunal assentou a possibilidade de alteração do critério de remuneração de servidor público, desde que respeitado o princípio da irredutibilidade de vencimentos, por não haver direito adquirido a regime jurídico:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Novo plano de carreira. Reposicionamento no último padrão. Extensão aos inativos. Necessidade de avaliação de desempenho. Impossibilidade. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Lei estadual nº 16.893/10. Ofensa a direito local. Precedentes. 1. O Plenário da Corte, no julgamento do RE nº 606.199/PR, Relator o Ministro Teori Zavascki, firmou a repercussão geral da matéria e, no mérito, assentou que, “segundo a jurisprudência firmada em ambas as Turmas do STF, não há direito adquirido a regime jurídico. Assim, desde que mantida a irredutibilidade, não tem o servidor inativo, embora aposentado na última classe da carreira anterior, o direito de perceber proventos correspondentes aos da última classe da nova carreira, reestruturada por lei superveniente”. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação local. Incidência da Súmula nº 280/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE 802.249-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7.10.2014, grifos nossos).

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, consequentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE 563.965, de minha relatoria, Plenário, DJ 19.3.2009).

7. Quanto à divergência sobre a irredutibilidade de proventos, a apreciação do pleito recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo, procedimento inviável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“Agravo regimental em embargos de declaração em embargos de divergência em agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Administrativo. Reestruturação do plano de cargos e salários. Servidor aposentado. Reenquadramento. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Repercussão geral reconhecida. RE-RG 606.199. 3. Irredutibilidade de vencimentos. Ocorrência de decesso remuneratório. Reexame de provas. Aplicação da Súmula 279. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 601.936-AgR-EDv-ED-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 29.8.2014, grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. LEGITIMIDADE DE ALTERAÇÃO DA FÓRMULA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO, DESDE QUE RESPEITADA A IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. OCORRÊNCIA DE DECESSO REMUNERATÓRIO. SÚMULA 279. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, sendo legítima a alteração da fórmula de cálculo da remuneração, desde que não provoque decesso remuneratório. Precedentes. II – Para divergir do acórdão impugnado quanto à existência de redução nos vencimentos da recorrida, faz-se necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula 279 desta Corte. III - Agravo regimental improvido” (AI 828.365-AgR, Relator o Ministro

Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22.5.2013, grifos nossos).“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. NATUREZA DAS GRATIFICAÇÕES DE RISCO DE VIDA E DE TEMPO INTEGRAL. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS N. 279 E N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 637.858-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 28.6.2011, grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 861.731 (781)ORIGEM : AC - 10686020538605005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JOSÉ DO CARMO SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOAB RIBEIRO COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : WÁLLACE ELLER MIRANDA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário. A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento. Publique-se. Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 864.399 (782)ORIGEM : AC - 00060948720118190061 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ANDREA GOMES DE PAULAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário. A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento. Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 865.018 (783)ORIGEM : AC - 32352014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : OLIVAL NOGUEIRA DE MATOSADV.(A/S) : PAULO FRANCISCO TEIXEIRA BERTAZINE E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário sob os seguintes fundamentos: (i) quanto à suposta violação ao art. 93, IX, o recurso foi julgado prejudicado, nos termos do Tema 339 da repercussão geral; (ii) quanto ao art. 5º, LV, negou-se seguimento ao recurso, nos termos do Tema 660 da repercussão geral; e (iii) incidem, na hipótese, as Súmulas 279 e 280/STF.

O agravo não pode ser conhecido. A petição recursal não impugnou integralmente os fundamento da decisão ora agravada, limitando-se a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 169

sustentar a tese de que os artigos apontados estariam devidamente prequestionados. Nesses casos, é inadmissível o agravo, conforme a orientação desta Corte. Veja-se, nesse sentido, passagem da ementa do ARE 695.632-AgR/SP, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux:

“1. O princípio da dialeticidade recursal impõe ao recorrente o ônus de evidenciar os motivos de fato e de direito suficientes à reforma da decisão objurgada, trazendo à baila novas argumentações capazes de infirmar todos os fundamentos do decisum que se pretende modificar, sob pena de vê-lo mantido por seus próprios fundamentos.

2. O agravo de instrumento é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada. Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia. (súmula 287/STF).

3. Precedentes desta Corte: AI 841690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe-01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relatora: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, I, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, não conheço do agravo.

Publique-se.Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 865.498 (784)ORIGEM : MS - 00343235920114039301 - TRF3 - SP - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário. A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento. Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 865.499 (785)ORIGEM : MS - 00298079320114039301 - TRF3 - SP - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma Recursal do Juizado Especial Federal Cível da Terceira Região – Seção Judiciária de São Paulo que manteve, por seus próprios fundamentos, a decisão que denegou a segurança impetrada em razão de ato praticado por magistrado que atua naquele Juizado.

No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 5º, incisos XXXV, LIV, LV e LXIX, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da

prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP - AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJ de 30/11/07).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Princípios da legalidade e do devido processo legal. Ofensa reflexa. Direito adquirido. Cargo exercido irregularmente. Impossibilidade. Desvio de função. Diferenças salariais. Repercussão geral. Ausência. Precedentes. 1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Viola a Constituição Federal o enquadramento de servidor, sem concurso público, em cargo diverso daquele de que é titular. Consequentemente, não há direito adquirido à incorporação de vencimentos de cargo exercido de forma irregular. 3. Ausência da repercussão geral do tema relativo ao direito, ou não, de servidor ao pagamento de diferenças salariais e de gratificações decorrentes do exercício de função em cargo diverso daquele para o qual foi admitido no serviço público. 4. Agravo regimental não provido” (AI nº 739449/SP-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJ de 26/6/12).

Ressalte-se, outrossim, que este Supremo Tribunal já assentou que a discussão relativa à validade ou ao suposto vício da citação está restrita ao campo da legislação processual pertinente, de reexame incabível em sede extraordinária. Sobre o tema:

“TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. PRESCRIÇÃO EM CONCRETO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PRETENSO VÍCIO NA CITAÇÃO E VIOLAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO CONSTITUCIONAL IMEDIATA. O Plenário do Supremo Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que os embargos declaratórios opostos, com caráter infringente, objetivando a reforma da decisão do relator, devem ser conhecidos como agravo regimental (Plenário, MI 823 ED-segundos, Rel. Min. Celso de Mello; Rcl 11.022 ED, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia; ARE 680.718 ED, Rel. Min. Luiz Fux). A jurisprudência da Corte tem se orientado no sentido de que a ocorrência da prescrição em concreto dos créditos tributários e a pretensa violação ao devido processo legal na execução fiscal não encontram ressonância constitucional imediata. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 696.201/RS-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de20/8/14).

“EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CITAÇÃO. NULIDADE. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 18.01.2011. O exame da alegada ofensa ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE nº 683.456/ES-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 30/4/13).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO POR EDITAL. MATÉRIA PROCESSUAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissível o recurso extraordinário, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria reflexa. II – É pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância de normas processuais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (RE n° 708883/AM-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 5/12/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E TRABALHISTA. NULIDADE DA CITAÇÃO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NAS PROVAS DOS AUTOS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA . SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 711.040/DF – AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20/11/2012).

Diga-se, ainda, que o Plenário desta Corte já reconheceu a inviabilidade da interposição de mandado de segurança contra decisões interlocutórias proferidas no âmbito dos Juizados Especias, por meio de acórdão assim ementado:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 170

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. MANDADO DE SEGURANÇA. CABIMENTO. DECISÃO LIMINAR NOS JUIZADOS ESPECIAIS. LEI N. 9.099/95. ART. 5º, LV DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. 1. Não cabe mandado de segurança das decisões interlocutórias exaradas em processos submetidos ao rito da Lei n. 9.099/95. 2. A Lei n. 9.099/95 está voltada à promoção de celeridade no processamento e julgamento de causas cíveis de complexidade menor. Daí ter consagrado a regra da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, inarredável. 3. Não cabe, nos casos por ela abrangidos, aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, sob a forma do agravo de instrumento, ou o uso do instituto do mandado de segurança. 4. Não há afronta ao princípio constitucional da ampla defesa (art. 5º, LV da CB), vez que decisões interlocutórias podem ser impugnadas quando da interposição de recurso inominado. Recurso extraordinário a que se nega provimento” (RE nº 576.847/BA, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 7/8/09).

Anote-se, por fim, a seguinte decisão monocrática, cuja discussão é idêntica a dos autos: ARE nº 846.705/SP, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 3/2/15.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 867.733 (786)ORIGEM : AC - 00014224120114036002 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado:

“PROCESSO CIVIL – AGRAVO – ARTIGO 557, § 1º, DO CPC – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – DIREITO À SAÚDE – LEGITIMAÇÃO CONCORRENTE – CARÊNCIA SUPERVENIENTE – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – MATÉRIA NÃO DEVOLVIDA NO MOMENTO OPORTUNO.”

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte sustenta a ocorrência de violação ao art. 198 da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que o acórdão recorrido não discute matéria constitucional.

O recurso não merece ser provido. De início, cabe registrar que esta Corte já assentou que, apesar do caráter meramente programático atribuído ao art. 196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde dos cidadãos. Nessa linha, veja-se trecho da ementa da decisão monocrática proferida pelo Ministro Celso de Mello, no RE 271.286:

“O direito à saúde - além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas representa conseqüência constitucional indissociável do direito à vida. O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por omissão, em censurável comportamento inconstitucional.

O direito público subjetivo à saúde traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja integridade deve velar, de maneira responsável, o Poder Público (federal, estadual ou municipal), a quem incumbe formular e implementar - políticas sociais e econômicas que visem a garantir a plena consecução dos objetivos proclamados no art. 196 da Constituição da República.”

No mesmo sentido: ARE 744.170-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio; e AI 824.946-ED, Rel. Min. Dias Toffoli.

Ademais, o acordão recorrido também está alinhado à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal reafirmada no julgamento do RE 855.178-RG, Rel. Min. Luiz Fux, no sentido de que constitui obrigação solidária dos entes federativos o dever de fornecimento gratuito de tratamentos e de medicamentos necessários à saúde de pessoas hipossuficientes. Diante disso, infere-se que qualquer ente da federação é parte legítima para figurar no polo passivo de ações voltadas a esse fim, independentemente de eventual inserção dos demais entes federativos como litisconsortes passivos

da demanda. Veja-se a ementa do leading case (Tema 793): “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. TRATAMENTO MÉDICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.

O tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.776 (787)ORIGEM : AC - 234513920074013300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : EDIR TEODORO DOS SANTOSRECTE.(S) : OTÁVIA QUEIROZ GUIMARÃES DOS SANTOSADV.(A/S) : CAETANO DE ANDRADE E DUARTEADV.(A/S) : RENATA PRISCILLA CARDOSO CHAGASRECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : EMILIA FRANCISCONE AFONSO BARBOSA E

OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Nos termos do artigo 21, inciso VIII, do Regimento Interno do

Supremo Tribunal Federal, homologo o pedido de desistência do recurso extraordinário com agravo formulado por meio da Petição nº 14.121/15.

Publique-se.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.977 (788)ORIGEM : AI - 70049558141 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ARARÊ GILBERTO ALVES FARINHAADV.(A/S) : FERNANDA OZÓRIO FARINHA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão:Vistos.Nos termos do artigo 21, inciso VIII, do Regimento Interno do

Supremo Tribunal Federal, homologo o pedido de desistência do recurso extraordinário com agravo formulado pelo recorrente, Ararê Gilberto Alves Farinha, por meio da petição eletrônica nº 45733/2014 de folha e-STJ 535.

Publique-se.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.984 (789)ORIGEM : AC - 02014942420118260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNICASA INDÚSTRIA DE MÓVEIS S/AADV.(A/S) : FABIANA MOREIRA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ RENATO BERGAMO CHINAADV.(A/S) : CRISTIANO DE ARAÚJO BUENO TORRES E OUTRO(A/

S)

DECISÃOVistos.Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada nos seguintes fundamentos:

“(...) o recurso não reúne condições de admissibilidade pela alínea a do permissivo constitucional, já que, para perquirir a ocorrência de contrariedade à legislação constitucional, mister se mostra o revolvimento de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 171: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 171

normas infraconstitucionais, não se caracterizando o requisito da afronta direta à Carta Magna.

(…)Ademais, os argumentos expostos na peça recursal conduzem ao

terreno dos fatos, cujo reexame não se torna suscetível no âmbito do extraordinário

Incidente, portanto, a súmula 279 do colendo Supremo Tribunal Federal”.

Decido.Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantidas incólumes as motivações anteriormente reproduzidas.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da Lei Maior). Agravo regimental conhecido e não provido.”

Ante o exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.047 (790)ORIGEM : AC - 00001874620068260374 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSE CLOVIS DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADALBERTO TOMAZELLI

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do

Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.074 (791)ORIGEM : AC - 00110939220108260071 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADELAIDE APARECIDA BRANDAO AUNHAO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO BENELI DULTRA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.209 (792)ORIGEM : AC - 10701100269383001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE UBERABAADV.(A/S) : WEDERSON ADVÍNCULA SIQUEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MEDICAÇÃO. ART. 196 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO. EXIGÊNCIA DE RECEITA MÉDICA AUALIZADA. POSSIBILIDADE. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO IN SPECIE.”

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte sustenta a ocorrência de violação aos arts. 23, II; 167; 196; 197; 198 e 227, todos da Constituição.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob o fundamento de que o acórdão recorrido está alinhado com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

O recurso não merece ser provido. De início, observa-se que, à exceção do art. 196, os demais dispositivos constitucionais tidos por violados não foram apreciados pelo Tribunal de origem. Tampouco foram opostos embargos declaratórios para sanar eventual omissão, de modo que o recurso carece de prequestionamento, nos termos das Súmulas 282 e 356/STF.

Esta Corte já assentou que, apesar do caráter meramente programático atribuído ao art. 196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde dos cidadãos. Nessa linha, veja-se trecho da ementa da decisão monocrática proferida pelo Ministro Celso de Mello, no RE 271.286:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 172

“O direito à saúde - além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas representa conseqüência constitucional indissociável do direito à vida. O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por omissão, em censurável comportamento inconstitucional.

O direito público subjetivo à saúde traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja integridade deve velar, de maneira responsável, o Poder Público (federal, estadual ou municipal), a quem incumbe formular e implementar - políticas sociais e econômicas que visem a garantir a plena consecução dos objetivos proclamados no art. 196 da Constituição da República.”

No mesmo sentido: ARE 744.170-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio; e AI 824.946-ED, Rel. Min. Dias Toffoli.

Ademais, é pacífico o entendimento deste Tribunal de que o Poder Judiciário pode, sem que fique configurada violação ao princípio da separação dos Poderes, determinar a implementação de políticas públicas nas questões relativas ao direito constitucional à saúde. Nesse sentido, veja-se:

“Suspensão de Liminar. Agravo Regimental. Saúde pública. Direitos fundamentais sociais. Art. 196 da Constituição. Audiência Pública. Sistema Único de Saúde - SUS. Políticas públicas. Judicialização do direito à saúde. Separação de poderes. Parâmetros para solução judicial dos casos concretos que envolvem direito à saúde. Responsabilidade solidária dos entes da Federação em matéria de saúde. Ordem de regularização dos serviços prestados em hospital público. Não comprovação de grave lesão à ordem, à economia, à saúde e à segurança pública. Possibilidade de ocorrência de dano inverso. Agravo regimental a que se nega provimento” (SL 47-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe 30.4.2010).

Por fim, cabe registrar que o acordão recorrido também está alinhado à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal reafirmada no julgamento do RE 855.178-RG, Rel. Min. Luiz Fux, no sentido de que constitui obrigação solidária dos entes federativos o dever de fornecimento gratuito de tratamentos e de medicamentos necessários à saúde de pessoas hipossuficientes. Diante disso, infere-se que qualquer ente da federação é parte legítima para figurar no polo passivo de ações voltadas a esse fim, independentemente de eventual inserção dos demais entes federativos como litisconsortes passivos da demanda. Veja-se a ementa do leading case (Tema 793):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. TRATAMENTO MÉDICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.

O tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo para negar-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.216 (793)ORIGEM : AC - 05380543220108260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EDISON SEVERINO DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO ASSUMPÇÃO JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses

defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.787 (794)ORIGEM : MS - 1546575420128090000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : AUTO POSTO DA BIQUINHA LTDAADV.(A/S) : MARCELO DE BARROS BARRETO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO SILVEIRA COSTA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário. A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, a, do CPC e no art.

21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo, mas lhe nego provimento. Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.228 (795)ORIGEM : PROC - 05143491320144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIO RICARDO BARROS DE LUNAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Estado de Pernambuco, cuja ementa dispõe:

"PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. IRT. CÁLCULOS DA CONTADORIA.PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. RECURSO INOMINADO IMPROVIDO.” (eDOC 9, p. 1).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alega-se ofensa aos artigos 5º, XXXVI; e 194, IV; 201, § 4º; do texto constitucional, bem como às Emendas Constitucionais n. 20/1998 e n. 41/2003.

Nas razões recursais, sustenta-se que o benefício previdenciário da parte recorrente não sofra nenhum tipo de limitação, ou seja, não se submeta ao teto, mas que o seu valor seja readequado ao teto previsto pela Emenda Constitucional n. 41/2003.

É o relatório.Decido. A pretensão recursal não merece prosperar.Inicialmente, observo que o RE-RG nº 564.354 (Tema 76), Rel. Min.

Cármen Lúcia, DJe 15.2.2011, não se aplica ao caso em tela, pois nesse paradigma esta Corte decidiu que não se trata de reajustar ou aumentar benefícios, mas de permitir, àqueles limitados ao teto na data da concessão, o cálculo com base em limitador mais alto. Na ocasião do julgamento, a Ministra Relatora bem esclareceu o seguinte:

“(...) não se trata também nem se pediu reajuste automático de nada de reajuste. Discute-se apenas se, majorado o teto, aquela pessoa que tinha pago a mais, que é o caso do recorrido, poderia também ter agora o reajuste até aquele patamar máximo”.

No caso, o Tribunal de origem consignou o seguinte:“Juízo, daí porque imparcial e equidistante das partes, gozam de

presunção de veracidade.Caso concreto em que os cálculos da Contadoria do Foro apontam

para a improcedência do pleito autoral, nos seguintes termos:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 173

‘Portanto, não restam diferenças a serem apuradas nos termos do pedido, isto porque, de acordo com a evolução da RMI (planilha anexo 11), o valor que excedeu o teto (1,0102) vigente à época da concessão, foi devidamente recuperada nos reajustes subseqüentes’

Desta forma, os pedidos são claramente improcedentes”. (eDOC 9)Desse modo, verifico que divergir do entendimento adotado pelo

tribunal a quo demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e a prévia análise de legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que faz incidir os Enunciados 279 e 636 da Súmula do STF. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. ATUALIZAÇÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA. QUESTÃO DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PRECEDENTES. 1. Os índices de correção monetária aplicáveis na atualização de benefício previdenciário, quando sub judice a controvérsia, implicam a análise da legislação infraconstitucional. Precedentes: AI 820.625-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 21/8/2013, e AI 857.551-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 28/2/2013. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 3. In casu , o acórdão recorrido extraordinariamente assentou: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. MAIOR E MENOR VALOR-TETO. LEI Nº 6.708/79. INPC. PORTARIA MPAS N.º 2.840/82. 4. Agravo regimental DESPROVIDO”. (ARE 786557 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 15.5.2014)

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Previdenciário. Revisão de benefícios. Vinculação do valor do benefício ao teto de contribuições. Impossibilidade. 3. Matéria restrita à analise de legislação infraconstitucional (Lei 8.213/91). 4. Reexame fático-probatório. Verbete 279 da súmula do STF. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento”. (RE 581101 AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 14.2.2014)

Por fim, vale ressaltar que a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a alegação de afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do direito adquirido e do ato jurídico perfeito configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional quando a controvérsia cingir-se à interpretação ou aplicação de normas infraconstitucionais, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário.

Nesse sentido, a propósito, cito os seguintes julgados: AI-AgR 819.729, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 11.4.2011; RE-AgR 356.209, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.3.2011; e o AI-AgR 622.814, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 8.3.2012, este último com acórdão assim ementado:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada, do ato jurídico perfeito, do direito adquirido, e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido”.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.791 (796)ORIGEM : PROC - 20135151144729601 - TRF2 - RJ - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : REGINA ANCELMO DOS SANTOSADV.(A/S) : EVANDRO JOSÉ LAGO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO.

PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS. CUMPRIMENTO DE REGRAS DE TRANSIÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 47/2005. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL, NO PONTO, NEGA-SE

SEGUIMENTO. CORREÇÃO MONETÁRIA BASEADA NO ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/1997, ALTERADO PELO ART. 5º DA LEI N. 11.960/2009. REPERCUSSÃO GERAL. CONTROVÉRSIA SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado da Terceira Turma Recursal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR COM DIREITO À PARIDADE. GDPGTAS E GDPGPE. CARÁTER GENÉRICO. DECISÃO DO STF (RE 631.389/CE). A PRÓPRIA LEI ORDENA QUE O PRIMEIRO CICLO DE AVALIAÇÃO SOMENTE SE OPERE APÓS A PUBLICAÇÃO DE ATO REGULAMENTADOR. A RETROATIVIDADE À COMPETÊNCIA DE 01/2009, DETERMINADA PELA LEI 11.784/2008, É APENAS DOS EFEITOS FINANCEIROS. NÃO CONFERE À GRATIFICAÇÃO CARÁTER PRO LABORE FACIENDO. PARIDADE DEVIDA ATÉ A EFETIVA REALIZAÇÃO DAS AVALIAÇÕES DOS SERVIDORES ATIVOS. ENUNCIADOS 68 E 105 TRRJ. RECURSO PROVIDO.

Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o seu pedido de paridade da GDPGTAS e GDPGPE com os servidores da ativa.

A Assistência Judiciária Gratuita foi concedida à fl. 108.Houve apresentação de contrarrazões.É o relatório do necessário. Decido.Trata-se de recurso buscando a reforma de sentença que apreciou

pedido de equiparação de pontuação das gratificações de desempenho GDPGTAS e GDPGPE pagas a servidor público aposentado, de acordo com a pontuação paga aos servidores ocupantes do mesmo cargo da ativa.

Os servidores inativos e pensionistas podem ser distinguidos em dois grupos, grosso modo, no tocante à controvérsia atinente à percepção de gratificação de cunho genérico: aqueles com direito à paridade e aqueles sem este direito. Os primeiros são aqueles que já se encontravam em inatividade ou tinham direito à pensão na data da edição da Emenda Constitucional 41/2003 ou se enquadram nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional 41/2003 e 3º da Emenda Constitucional 47/2005. Logo, os demais, não enquadráveis nessas regras, não estão ao abrigo do princípio da paridade.

No caso presente, extrai-se que a parte autora teve seu benefício de inatividade concedido dentro dos períodos e requisitos acima descritos (fl. 36), razão por que faz jus à paridade.

Recentemente o eg. STF reconheceu o caráter genérico da GDPGPE, ao analisar o RE 631.389/CE, julgado em 25/09/13, interposto contra acórdão da Turma Recursal do Ceará que havia concedido a paridade aos inativos, por ter restado descaracterizada a ligação da gratificação com o desempenho do servidor.

(…)Como se sabe, o Supremo Tribunal Federal já havia se manifestado

expressamente sobre a GDATA, gratificação que deu origem às demais gratificações de desempenho, (RE 476.279/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e RE 476.390/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes) e a GDASST (RE 572.052-7/RN, Rel. Min. Ricardo Lewandowski), no sentido de reconhecer que a falta de regulamentação e efetivação das avaliações de desempenho de natureza pro labore faciendo as transformava em gratificações de natureza genérica, extensíveis, portanto, aos servidores inativos.

(…)Ante o exposto, CONHEÇO DO RECURSO E VOTO POR DAR-LHE

PROVIMENTO para condenar a parte ré a proceder à paridade no pagamento da gratificação em comento, pagando à parte autora valor correspondente ao que é pago ao servidor ativo, observados seu cargo, classe e padrão, enquanto não for realizada a avaliação de desempenho institucional e individual, nos termos do Enunciado 105 TRRF.

Nos termos do Enunciado 111 das TRRJ, os valores imprescritos em atraso serão corrigidos desde quando devidos e até o efetivo pagamento, conforme a Tabela do Conselho da Justiça Federal (IPCA-e do IBGE, salvo modificação posterior da Tabela), e acrescidos de juros de mora, contados a partir da citação, de 0,5% ao mês até 29/06/09. A partir da data da entrada em vigor da Lei 11.960/2009, que deu nova redação ao artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, serão calculados conforme os índices aplicáveis à caderneta de poupança, independentemente da data do ajuizamento da ação” (doc. 17).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. A União alega contrariados os arts. 40, § 8º, e 61, § 1º, inc. II, al. a,

da Constituição da República, argumentando que“a parte autora não faz jus ao regime de paridade entre ativos e

inativos, em virtude de se cuidar de benefício previdenciário obtido após a Emenda Constitucional n.º 41/2003, cuja disciplina não mais conferiu ao servidor público que não tivesse reunido os requisitos para a inativação tal direito pecuniário.

Ressalte-se, ainda, não se ter verificado a opção pela sistemática do artigo 6º c/c artigo 2º da Emenda Constitucional n.º 47/2005, motivo pelo qual, regendo-se a pensão da autora pelas regras anteriores à restituição da paridade, subsiste incabível a pretendida isonomia.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 174: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 174

(…)Como é cediço, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento conjunto

das ADIs 4.357 e 4.425, findou por declarar, por arrastamento, a inconstitucionalidade do art. 1°-F da Lei n.° 9.494/97, com a redação dada pela Lei n.° 11.960/09.

(…)O Supremo Tribunal Federal, diante da r. decisão proferida pelo

Eminente Ministro Luiz Fux, vem determinando, em sede de Reclamação Constitucional, enquanto não modulados os efeitos da declaração de inconstitucionalidade efetuada na ADI 4.357, que o cômputo de juros e da correção monetária seja efetuado com base na redação do art. 1°-F da Lei n.° 9.494/97 empreendida pela Lei n.° 11.960/09 (precedentes Reclamações 16.705, 16.858 e 16.984)” (doc. 4).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os fundamentos de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal e de ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada no recurso.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. No art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu-se que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada quanto à ausência de prequestionamento, por ter sido suscitada a questão constitucional em momento processual adequado.

Superado esse óbice, de se concluir assistir, em parte, razão jurídica à União.

6. A apreciação do pleito recursal, quanto à observância dos critérios previstos nas Emendas Constitucionais ns. 41/2003 e 47/2005 para a paridade remuneratória entre ativos e inativos, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo, procedimento inviável em recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO POR MORTE. PARIDADE. NECESSIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para dissentir da conclusão adotada pelo acórdão recorrido, quanto à ausência de comprovação de cargo equivalente, para fins de equiparação salarial, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (ARE 703.670-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 16.4.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSIONISTA DE SERVIDOR PÚBLICO BENEFICIADO PELA REGRA DE PARIDADE. NATUREZA JURÍDICA DE GRATIFICAÇÃO PAGA AOS ATIVOS. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULAS 279 E 280/STF. PRECEDENTES. Hipótese em que, para dissentir da conclusão do Tribunal de origem quanto à natureza jurídica das vantagens, se genéricas ou pro labore faciendo, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional pertinente e rever os fatos e provas constates dos autos. Incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 467.529-AgR, Relator o Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 2.2.2015).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CARGO COM DENOMINAÇÃO ALTERADA POR NORMA POSTERIOR À APOSENTADORIA DE SERVIDOR. PARIDADE DE REMUNERAÇÃO ENTRE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE E NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS: SÚMULAS N. 279 E 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 668.568-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 3.4.2013).

7. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 870.947, Relator o Ministro Luiz Fux, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da questão relativa à aplicação dos critérios previstos pela Lei n. 11.960/2009 à correção monetária:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/09.

1. Reveste-se de repercussão geral o debate quanto à validade da correção monetária e dos juros moratórios incidente sobre condenações impostas à Fazenda Pública segundo os índices oficiais de remuneração básica da caderneta de poupança (Taxa Referencial - TR), conforme determina o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com redação dada pela Lei nº 11.960/09.

2. Tendo em vista a recente conclusão do julgamento das ADIs nº 4.357 e 4.425, ocorrida em 25 de março de 2015, revela-se oportuno que o Supremo Tribunal Federal reitere, em sede de repercussão geral, as razões que orientaram aquele pronunciamento da Corte, o que, a um só tempo, contribuirá para orientar os tribunais locais quanto à

aplicação do decidido pelo STF, bem como evitará que casos

idênticos cheguem a esta Suprema Corte.3. Manifestação pela existência da repercussão geral”.Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar

à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo na parte relativa à paridade remuneratória (art. 544, § 4º, inc. II, al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Quanto à correção monetária, dou provimento a este agravo para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.795 (797)ORIGEM : AC - 91393746320098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CENTRO DE RECREAÇÃO INFANTIL ESPAÇO LTDA

MEADV.(A/S) : JOSÉ FONTES SOBRINHO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso a este Tribunal. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 871.644 (798)ORIGEM : AC - 00171314420088260604 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANTONIO CARLOS DIANADV.(A/S) : SUZANA COMELATO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VILMAR APARECIDO POHLADV.(A/S) : JOANI BARBI BRÜMILLER E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos. Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada, inclusive, no seguinte fundamento:

“(…)Além disso, os argumentos expostos na peça recursal conduzem ao

terreno dos fatos, cujo reexame não se torna suscetível no âmbito do extraordinário

Incidente, portanto, a súmula 279 do colendo Supremo Tribunal Federal.”

Decido.O agravo não merece ser conhecido.Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação anteriormente reproduzida, relativa à incidência da Súmula nº 279/STF.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 175: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 175

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da Lei Maior). Agravo regimental conhecido e não provido.”

Por fim, a petição enviada a esta Corte pelo Ofício nº 001724/2015-CD3T, do Superior Tribunal de Justiça, protocolado sob o nº 15.576/15, por meio da qual o recorrente vem requerer “a expedição de ofício ao Detran, determinando a transferência do veículo Imp/Honda CBR 1000F, Ano/Mod 1994/1995, placas BXW 9366, Chassi JH2SC240XRM400589, Renavam 437168190, ao Requerido, Sr. Antonio Carlos Dian, RG 4.481.351 e CPF 134.954.028-53”, deverá ser analisada pelo Tribunal de origem, tendo em vista que o efeito devolutivo do recurso extraordinário está limitado às questões constitucionais nele suscitadas.

Ante o exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 872.022 (799)ORIGEM : PROC - 31072012 - TJSP - TURMA RECURSAL - 30ª CJ

- TUPÃPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JUSSARA APARECIDA SANTIN RIBEIROADV.(A/S) : ADEMIR BARRUECO JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONVERSÃO DE FÉRIAS NÃO GOZADAS EM INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA, POR AQUELES QUE NÃO MAIS PODEM DELAS USUFRUIR, SEJA POR CONTA DO ROMPIMENTO DO VÍNCULO COM A ADMINISTRAÇÃO, SEJA PELA INATIVIDADE. VEDAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA PELA ADMINISTRAÇÃO. EXTENSÃO DO ENTENDIMENTO A OUTROS DIREITOS DE NATUREZA REMUNERATÓRIA NÃO USUFRUÍDOS NO MOMENTO OPORTUNO, A EXEMPLO DA LICENÇA-PRÊMIO. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 635. ARE 721.001. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 635, ARE 721.001, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 872.275 (800)ORIGEM : AC - 00310461420118260554 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SERVIÇO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

DE SANTO ANDRÉ - SEMASAADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO MENA BAENA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTONIO RODOLPHO HOFERADV.(A/S) : SÉRGIO ADELMO LÚCIO FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SERVIÇOS. CONCESSÃO. MULTA. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ARTIGO 327, § 1º, DO RISTF. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto com o objetivo de reformar decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acordão assim ementado:

“APELAÇÃO – AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO COM RESTITUIÇÃO DE VALORES – FORNECIMENTO DE ÁGUA – NULIDADE DA CITAÇÃO - Citação realizada de forma válida, em atenção ao art. 213 e ss do Código de Processo Civil – INÉPCIA DA INICIAL – Exordial apta, possuindo todos os requisitos do art. 282 e ss do Código de Processo Civil, estando devidamente instruída – Preliminares afastadas – Irregularidade em medidor – Fraude não comprovada – Inexistência de degrau de consumo – Não realização de laudo técnico-pericial – Multa indevida – Devolução simples – Ausente má-fé de parte da requerida – Inocorrência de dano moral – mero dissabor – Sentença mantida – Recursos improvidos.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, alega violação aos artigos 30, 31, 37 e

175 da Constituição Federal.O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por

ausência da preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.É o relatório. DECIDO.A recorrente não apresentou preliminar formal e fundamentada de

repercussão geral no recurso extraordinário, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418/2006.

O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da Questão de Ordem no AI 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/2007, fixou o seguinte entendimento:

“I. Questão de ordem. Recurso extraordinário, em matéria criminal e a exigência constitucional da repercussão geral.

[...]II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de

admissibilidade: competência.1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem,

seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327).

2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita ‘à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal’ (Art. 543-A, § 2º).

III. Recurso extraordinário: exigência de demonstração, na petição do RE, da repercussão geral da questão constitucional: termo inicial.

[...]4. Assim sendo, a exigência da demonstração formal e

fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007.”

Insta ressaltar que a intimação do acórdão impugnado deu-se, no caso sub examine, em data posterior à fixada no citado julgamento.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 872.572 (801)ORIGEM : PROC - 05057487020134058100 - TRF5 - CE - 2ª

TURMA RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CÉRES LÊDA JÁCOME MENEZESADV.(A/S) : MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho:Vistos. O Plenário desta Corte concluiu, no exame do RE nº 593.068/SC, em

sessão realizada por meio eletrônico, pela existência da repercussão geral de matéria análoga ao objeto do presente feito. O assunto corresponde ao tema 163 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da discussão sobre a constitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária, com foco nos princípios da solidariedade e retributividade, sobre determinadas verbas recebidas pelo servidor público.

Diante da supracitada similitude de matérias, determino o sobrestamento do presente feito até a decisão do mencionado RE nº 593.068/SC por este Supremo Tribunal Federal. Devem os autos permanecer

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 176: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 176

na Secretaria Judiciária. Publique-se. Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 874.306 (802)ORIGEM : AC - 994030411295 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE RIO GRANDE DA SERRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DO MUNICÍPIO DE RIO

GRANDE DA SERRARECDO.(A/S) : CRISTIANO ROCHA CAMPOSADV.(A/S) : FABIANA ALVES RODRIGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOAO PEDRO JUNGERS MELLO JUNIORADV.(A/S) : MARLENE MONTE FARIA DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E CIVIL - AÇÃO ORDINÁRIA - INDENIZAÇÃO - UNIDADE DE SAÚDE MUNICIPAL - PACIENTE MENOR - CRISE CONVULSIVA EPILÉPTICA - APLICAÇÃO DE INJEÇÃO NA ARTÉRIA RADIAL DO PULSO ESQUERDO - AMPUTAÇÃO DA MÃO RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL - PREFEITURA - EXISTÊNCIA - MODALIDADE OBJETIVA - O Município responde objetivamente pelos danos que seu agente, o médico, causou, nessa condição, ao autor, conforme o art. 37, § 6o, da Constituição Federal. Basta haver a ação (injeção na artéria radial do pulso), o nexo causal (aplicação da injeção no pulso esquerdo) e o dano (amputação do membro) - Pensão mensal devida proporcional à redução do patrimônio físico - Juros moratórios fluem a partir do evento danoso (Súmula 54 do STJ e art. 962 do Código Civil de 1916) - Danos morais e estéticos devidos - Honorários advocatícios reduzidos para 10% (dez por cento) do valor da condenação.

MÉDICO - DOLO OU CULPA - INEXISTÊNCIA - RESPONSABILIDADE - EXCLUSÃO - Correndo iminente risco de morte a criança, não se encontrando a sua veia e inexistindo os outros indispensáveis e mínimos meios na Unidade de Saúde, não havia outra conduta a ser praticada pelo médico, senão tentar salvar o menor, mesmo pondo em risco a sua mão. O profissional João Pedro Jungers Mello Júnior, portanto, não atuou com dolo nem culpa. Pelo contrário, foi diligente, dentro das condições precárias de trabalho, valendo-se de seus conhecimentos técnicos para salvar a vida do paciente e tentar, em seguida, preservar a sua mão esquerda. Excluída a culpa ou o dolo, inexiste responsabilidade civil - Dá-se provimento ao recurso de João Pedro Jungers Mello Júnior e dá-se parcial provimento ao recurso voluntário da Prefeitura bem como ao reexame necessário, julgando-se prejudicada a Medida Cautelar n° 994.08.091033-1 em que se buscava antecipação dos efeitos da tutela aqui concedida.”

Opostos embargos de declaração pela parte recorrente e pelo recorrido Cristiano Rocha Campos, ambos foram rejeitados.

Sustenta o Município recorrente, nas razões do recurso extraordinário, violação do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.No que tange aos fatos ensejadores dos danos morais e materiais,

bem como à responsabilidade do recorrente em indenizá-los, o acórdão recorrido baseou seu convencimento a partir do conjunto fático-probatório que permeia a lide. Colhe-se do voto condutor:

“Em 19 de abril de 1996, o autor, então com seis anos de idade, com quadro de epilepsia, apresentando convulsões e desmaios, foi atendido na Unidade Básica de Saúde de Rio Grande da Serra, sendo atendido pelo médico plantonista João Pedro Jungers Mello Júnior, que, inicialmente, aplicou-lhe injeção nas nádegas.

Passados alguns minutos, voltou a ter convulsões (estado de ‘mal epiléptico’), sendo que, desta vez, o médico aplicou-lhe uma injeção de finetoína na artéria radial do seu pulso esquerdo através de escalpe ‘butterfly’. Isso porque não conseguia localizar a sua veia, as convulsões tornavam-se cada vez mais intensas, com cianose de extremidades e mucosas, indicativo

de má oxigenação do sangue e perfusão.O paciente logo saiu do quadro convulsivo, mas sua mão esquerda

ficou pálida, com suspeita de ‘vaso espasmo com isquemia de extremidade’. Então a punção foi cessada, a mão enfaixada para que esquentasse, sendo certo que o autor foi enviado com urgência para o Hospital de Mauá para o tratamento, onde foi diagnosticada trombose gangrenal da mão esquerda.

De lá, foi encaminhado para o Hospital do Tatuapé, em São Paulo, onde teve sua mão amputada.

Devido a esse fato, alegando erro médico, vem o paciente, por meio desta ação, buscar reparação por danos morais e estéticos, cumulativamente, além de pensão mensal vitalícia.

Durante a fase de instrução, o perito judicial afirmou em seu laudo pericial que havia, em tese, alternativas à falta de localização da veia do menino:

(…)Contudo, restou igualmente provado, nos autos, que a Unidade

Básica de Saúde de Rio Grande da Serra não possuía o ‘Intracath’, nem sonda retal e caixa para flebotomia, segundo o depoimento das testemunhas Neide Borges Manzini, auxiliar de enfermagem que ajudou o médico no caso (fls. 918/918v), e Célia Marinho Ramalho, que trabalhava como supervisora técnica na área administrativa (fls. 920/920v).

A auxiliar de enfermagem Edneia de Souza, que atendera o menor outras vezes, afirmou que ele tinha veias difíceis de serem encontradas (fl. 917). A auxiliar Neide confirmou a dificuldade de encontrá-las (fl. 918).

Ora, correndo a criança perigo de vida, não se encontrando a veia e inexistindo os outros indispensáveis e mínimos meios na Unidade de Saúde, não havia outra conduta a ser praticada pelo prestativo, senão tentar salvar o menor, mesmo pondo em risco a sua mão.

No mesmo sentido, é o laudo do perito judicial:(…)E notório que os hospitais públicos passam, no geral, por situação de

extrema precariedade, tanto que o menor passou por três locais para ser atendido devido à falta de infra-estrutura, o que sequer foi contestado.

Desse modo, o profissional João Pedro Jungers Mello Júnior certamente não atuou com dolo, tampouco com culpa, em qualquer das modalidades. Pelo contrário, foi diligente, dentro das condições precárias de trabalho, valendo-se de seus conhecimentos técnicos para salvar a vida do paciente e tentar, em seguida, preservar a sua mão esquerda.

Como a responsabilidade civil sua é a subjetiva, excluído um de seus elementos, isto é, o dolo ou a culpa, fica ela excluída. Caso análogo seria o do médico que se vê na contingência de escolher, durante o parto, entre a vida da mãe e a do bebê, em virtude de complicações: ao fazer sua opção pela primeira, não poderia ser condenado pela morte do segundo.

Por outro lado, o Município responde objetivamente pelos danos que seu agente, em tese, causou, nessa condição, ao autor, conforme o art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Basta haver a ação (injeção na artéria radial do pulso), o nexo causal (aplicação da injeção no pulso esquerdo) e o dano (amputação do membro), para a caracterização da responsabilidade.

Aliás, note-se que, nas suas razões de apelação, o Município apenas contesta os valores das condenações, mas não a responsabilidade”.

Nesse caso, para se acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem, no sentido de afastar o nexo causal verificado, seria necessário o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Ação de indenização por danos morais. Responsabilidade objetiva do estado. 3. Reexame de conteúdo fático-probatório. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 848.869/CE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 2/3/15).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. TERCEIRO NÃO USUÁRIO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. A pessoa jurídica de direito privado, prestadora de serviço público, ostenta responsabilidade objetiva em relação a terceiros usuários ou não usuários do serviço público, nos termos da jurisprudência fixada pelo Plenário desta Corte no julgamento do RE 591.874-RG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe de 18/12/2009. 2. O nexo de causalidade apto a gerar indenização por dano moral em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF que dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” 3. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 4. In casu, o acórdão extraordinariamente recorrido assentou: “PROCESSUAL CIVIL. OFENSA À COISA JULGADA. INOCORRÊNCIA. REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. EMPRESA

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 177

PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. TERCEIRO NÃO USUÁRIO. TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA. APLICABILIDADE. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. EXCLUDENTE NÃO COMPROVADA. DANO MORAL.” 5. Agravo regimental DESPROVIDO.” (ARE nº 807.707/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 21/8/14).

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da CF. Acidente de trânsito. Comprovação do fato e do nexo causal. Indenização por dano material 3. Incidência das Súmulas 279 e 283 do STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 587.311/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 30/11/10).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. INDENIZAÇÃO. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E SÚMULA STF 279. PRECEDENTES. 1. A análise da indenização civil por danos morais e materiais reside no âmbito da legislação infraconstitucional (Súmula STF 280). 2. Incidência da Súmula STF 279, o que também elide a apreciação, no caso, da matéria objeto do art. 144 da Constituição Federal. 3. Agravo regimental improvido” (AI nº 755.238/MG-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 13/11/09).

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37, § 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. SÚMULA 279 do STF. I - A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes do STF. II - Agravo regimental improvido” (RE nº 484.277/SE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 7/12/07).

“RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO - PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS - SOBERANIA DESSE PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA - INVIABILIDADE DA DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA, DA EXISTÊNCIA DO NEXO CAUSAL - IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o 'eventus damni' e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa específica condição, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes. - O dever de indenizar, mesmo nas hipóteses de responsabilidade civil objetiva do Poder Público, supõe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109, v.g.), a comprovada existência do nexo de causalidade material entre o comportamento do agente e o 'eventus damni', sem o que se torna inviável, no plano jurídico, o reconhecimento da obrigação de recompor o prejuízo sofrido pelo ofendido. - A comprovação da relação de causalidade - qualquer que seja a teoria que lhe dê suporte doutrinário (teoria da equivalência das condições, teoria da causalidade necessária ou teoria da causalidade adequada) - revela-se essencial ao reconhecimento do dever de indenizar, pois, sem tal demonstração, não há como imputar, ao causador do dano, a responsabilidade civil pelos prejuízos sofridos pelo ofendido. Doutrina. Precedentes. - Não se revela processualmente lícito reexaminar matéria fático-probatória em sede de recurso extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 - Súmula 279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o caráter soberano do pronunciamento jurisdicional dos Tribunais ordinários sobre matéria de fato e de prova. Precedentes. - Ausência, na espécie, de demonstração inequívoca, mediante prova idônea, da efetiva ocorrência dos prejuízos alegadamente sofridos pela parte recorrente. Não-comprovação do vínculo causal registrada pelas instâncias ordinárias” (RE nº 481.110/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 9/3/07).

Ressalte-se, por fim, que a exclusão da responsabilidade do médico que executou o procedimento tido como indispensável para salvar a vida do menor, por ausência de dolo ou culpa, não exime o Município recorrente de sua responsabilidade civil objetiva de indenizar o autor pelos danos que lhe foram causados, ficando facultado a este o direito de regresso contra seu agente público. Sobre o tema, anote-se:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JULGAMENTO - MOLDURA FÁTICA. No julgamento do recurso extraordinário consideram-se, sob pena de descaracterizá-lo, as premissas fáticas constantes do acórdão impugnado, sendo defeso substituí-las por compreensão diversa dos elementos probatórios coligidos na fase de instrução da demanda. RESPONSABILIDADE CIVIL - ESTADO - NATUREZA - ATO DE TABELIONATO NÃO OFICIALIZADO - CARTAS DE 1969 E DE 1988. A responsabilidade civil do Estado é objetiva, dispensando, assim, indagação sobre a culpa ou dolo daquele que, em seu nome, haja atuado. Quer sob a égide da atual Carta, quer da anterior, responde o Estado

de forma abrangente, não se podendo potencializar o vocábulo "funcionário" contido no artigo 107 da Carta de 1969. Importante é saber-se da existência, ou não, de um serviço e a prática de ato comissivo ou omissivo a prejudicar o cidadão. Constatada a confecção, ainda que por tabelionato não oficializado, de substabelecimento falso que veio a respaldar escritura de compra e venda fulminada judicialmente, impõe-se a obrigação do Estado de ressarcir o comprador do imóvel” (RE nº 175.739/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 26/2/99 – grifo nosso).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 7 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 874.356 (803)ORIGEM : AC - 994081257903 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : M DE M FADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO NICOLETTI CAMILLO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : R A RADV.(A/S) : JOSÉ DIAS DE ARAÚJO MACHADO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo interposto interposto contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Decido.Compulsando os autos, verifica-se que o Superior Tribunal de Justiça

conheceu do agravo e deu provimento ao recurso especial interposto paralelamente ao apelo extremo, “determinando o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que se manifeste sobre a matéria articulada nos embargos de declaração, restando prejudicada a análise dos demais dispositivos legais”.

Destarte, transitada em julgado a referida decisão do STJ, situação ocorrida em 10/2/15, fica prejudicado o apelo extremo por falta de objeto.

Ante o exposto, nos termos do artigo 21, inciso IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o recurso extraordinário com agravo por perda de objeto.

Publique-se.Brasília, 9 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 874.358 (804)ORIGEM : AI - 5980390 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLORECTE.(S) : LOSANGO PROMOÇÕES DE VENDAS LTDAADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IRMÃOS MUFFATO & CIA LTDAADV.(A/S) : ELVIS BITTENCOURT E OUTRO(A/S)

Petição/STF nº 14.253/2015DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – DESISTÊNCIA –

HOMOLOGAÇÃO.1. Hsbc Bank Brasil S/A - Banco formula desistência do recurso,

tendo em vista o acordo formalizado entre as partes.2. Ante o disposto no Regimento Interno desta Corte, homologo o

pedido de desistência do recurso para que produza os efeitos legais.3. Diga a Losango Promoções de Vendas Ltda. na persistência de

interesse no julgamento do recurso.4. Publiquem.Brasília, 20 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 874.848 (805)ORIGEM : AI - 02136684020128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BENEDITO ALTEMIR DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 178: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 178

ADV.(A/S) : GUSTAVO LUIZ DE FARIA MÁRSICO E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 874.867 (806)ORIGEM : PROC - 05188813020144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GIVALDO DUARTE DE SOUZAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃOVistos. Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada nos seguintes fundamentos:

“Observo que o STF já se manifestou sobre a questão constitucional levantada pela parte autora, conforme o inteiro teor das decisões:

Decisão: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim do, no que interessa: ‘PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DE BENEFÍCIOS. APLICAÇÃO DOS ÍNDICES PREVISTOS PELA LEGISLAÇÃO PERTINENTE. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DO VALOR REAL. IPC-3i. INAPLICABILIDADE. RECURSO IMPROVIDO’ (eDOC 11). No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea d, da Constituição Federal, sustenta-se violação dos artigos 5º, XXXVI; 194; e 201, § 4º, do texto constitucional. Aponta-se que deve ser revisado o valor do benefício previdenciário, para preservação do valor real e em observância ao princípio da irredutibilidade de vencimentos. É o relatório. Decido. A irresignação não merece prosperar. Verifico que o acórdão recorrido adotou fundamento, com base na jurisprudência desta Corte, no sentido de que não há falar em ofensa à Constituição Federal se foram observados os índices de correção indicados pela legislação ordinária. Destaco, por oportuno, o RE 376.846/SC, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 2.4.2004: ‘CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIOS: reajuste: 1997, 1999, 2000 e 2001. Lei 9.711/98, arts. 12 e 13; Lei 9.971/2000, §§ 2º e 3º do art. 4º; Med. Prov. 2.187-13, de 24.8.01, art. 1º; Decreto 3.826, de 31.5.01, art. 1º. C.F., art. 201, § 4º.I.- Índices adotados para reajustamento dos benefícios: Lei 9.711/98, artigos 12 e 13; Lei 9.971/2000, §§ 2º e 3º do art. 4º; Med. Prov. 2.187-13, de 24.8.01, art. 1º; Decreto 3.826/01, art. 1º: inocorrência de inconstitucionalidade. II.- A presunção de constitucionalidade da legislação infraconstitucional realizadora do reajuste previsto no art. 201, § 4º, C.F., somente pode ser elidida mediante demonstração da impropriedade do percentual adotado para o reajuste. Os percentuais adotados excederam os índices do inpc ou destes ficaram abaixo, num dos exercícios, em percentual

desprezível e explicável, certo que o inpc é o índice mais adequado para o reajuste dos benefícios, já que o IGP-DI melhor serve para preços no atacado, porque retrata,basicamente, a variação de preços do setor empresarial brasileiro. III.- R.E. conhecido e provido’. Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, a, do CPC). Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2014.Ministro Gilmar MendesRelatorDocumento assinado digitalmente

(STF - ARE: 844637 PE , Relator: Min. GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 28/10/2014, Data de Publicação: DJe-214 DIVULG 30/10/2014 PUBLIC 31/10/2014).

Considerando que o acórdão proferido pela Turma Recursal está em consonância com o entendimento do STF, INADMITO o Recurso Extraordinário e DETERMINO o retorno dos autos à JEF de origem.”

Decido. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso extraordinário, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantidas incólumes as motivações anteriormente reproduzidas.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inciso I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da Lei Maior). Agravo regimental conhecido e não provido.”

Ante o exposto, não conheço do agravo. Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro Dias Toffoli Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 874.898 (807)ORIGEM : PROC - 05164121120144058300 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOÃO DINIZ DA SILVAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim ementado:

“PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DE BENEFÍCIOS. INDEXADORES NÃO PREVISTOS EM LEI. JURISPRUDÊNCIA SEDIMENTADA PELO DESCABIMENTO. PERCENTUAIS DIVERSOS FIXADOS LEGALMENTE. ATENDIMENTO AO ART. 201, § 4º DA CF. RECURSO IMPROVIDO”. (eDOC 9, p. 1).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea d, da Constituição Federal, sustenta-se violação dos artigos 5º, XXXVI; 194; e 201, § 4º, do texto constitucional.

Aponta-se que deve ser revisado o valor do benefício previdenciário para preservação do valor real e em observância ao princípio da irredutibilidade de vencimentos.

É o relatório.Decido. A irresignação não merece prosperar. Verifico que o acórdão recorrido adotou fundamento, com base na

jurisprudência desta Corte, no sentido de que não há ofensa à Constituição Federal se foram observados os índices de correção indicados pela legislação ordinária.

Destaco, por oportuno, o RE 376.846/SC, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 2.4.2004:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 179: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 179

“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIOS: REAJUSTE: 1997, 1999, 2000 e 2001. Lei 9.711/98, arts. 12 e 13; Lei 9.971/2000, §§ 2º e 3º do art. 4º; Med. Prov. 2.187-13, de 24.8.01, art. 1º; Decreto 3.826, de 31.5.01, art. 1º. C.F., art. 201, § 4º. I.- Índices adotados para reajustamento dos benefícios: Lei 9.711/98, artigos 12 e 13; Lei 9.971/2000, §§ 2º e 3º do art. 4º; Med. Prov. 2.187-13, de 24.8.01, art. 1º; Decreto 3.826/01, art. 1º: inocorrência de inconstitucionalidade. II.- A presunção de constitucionalidade da legislação infraconstitucional realizadora do reajuste previsto no art. 201, § 4º, C.F., somente pode ser elidida mediante demonstração da impropriedade do percentual adotado para o reajuste. Os percentuais adotados excederam os índices do INPC ou destes ficaram abaixo, num dos exercícios, em percentual desprezível e explicável, certo que o INPC é o índice mais adequado para o reajuste dos benefícios, já que o IGP-DI melhor serve para preços no atacado, porque retrata, basicamente, a variação de preços do setor empresarial brasileiro. III.- R.E. conhecido e provido”.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.331 (808)ORIGEM : AC - 10024100343912001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : IVONE ALBERTO TSVETCOFFADV.(A/S) : VILMA NEPOMUCENO PINTO

DESPACHO:Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 15 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.518 (809)ORIGEM : AC - 70030384937 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SIEMENS LTDAADV.(A/S) : WILLIAN MARCONDES SANTANA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BRASERVICE REPRESENTAÇÕES E SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : ROBERTA ZANANDREA CONTIN E OUTRO(A/S)

DECISÃOTrata-se de recurso extraordinário com agravo.A parte recorrente, por meio da petição eletrônica nº 14592/2015,

postula a homologação do pedido de desistência ao presente recurso. Decido. Nos termos do artigo 21, inciso VIII, do Regimento Interno do

Supremo Tribunal Federal, homologo o pedido de desistência do recurso.Publique-se e procedam-se as anotações.Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.550 (810)ORIGEM : AC - 00152108920098260127 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : GILCENOR SARAIVA DA SILVAADV.(A/S) : GILCENOR SARAIVA DA SILVARECDO.(A/S) : ALICE MARIA GUIMARÃES MACHADOADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR MARTINS CASARIN

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A

jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília,16 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.564 (811)ORIGEM : AC - 10701092877706001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : GOOGLE BRASIL INTERNET LTDAADV.(A/S) : EDUARDO LUIZ BROCK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VIVIANE OLIVEIRA DE REZENDEADV.(A/S) : JAQUELAINE ALVES PINTO DE ÁVILA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 16 de abril de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.896 (812)ORIGEM : APCRIM - 201260015885 - TJPA - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GILBERTO ALVESADV.(A/S) : FELIPE GARCIA LISBOA BORGES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, do qual se extrai da ementa o seguinte trecho:

“DENÚNCIA. MINISTÉRIO PÚBLICO. CRIME DE DESACATO. ART. 331, DO CÓDIGO PENAL. OFENSAS A SERVIDOR PÚBLICO NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO. ANIMUS DE OFENDER. CONDENAÇÃO DO APELANTE POR CRIME DE DESACATO.

[...]”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega que, “para a caracterização do crime

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 180: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 180

imputado, a ação do agente há de ser consciente, no sentido de menosprezar a função pública e não a pessoa pura e simples do servidor”.

A decisão agravada não admitiu o recurso, sob os fundamentos de que inexiste “ofensa direta à Constituição Federal e não restar demonstrada a repercussão geral controvérsia”.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que o recorrente não indicou os dispositivos constitucionais supostamente violados pelo acórdão recorrido. Nessas condições, incide a Súmula 284/STF:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.”

De qualquer forma, para chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindível seria a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis em recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento aos recurso.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 875.977 (813)ORIGEM : APCRIM - 00424414220138260001 - TJSP - 2º

COLÉGIO RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANA LUIZA ROCHAADV.(A/S) : SIDNEY GONÇALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FLÁVIO ROGÉRIO DA CRUZ MONTEADV.(A/S) : DENISE PELOSO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Estado de São Paulo que declarou extinta a punibilidade do ora recorrido pela ocorrência da decadência, tendo em vista que “a ação penal fora intentada somente aos 19 de setembro de 2013 e o querelante tinha conhecimento da autoria delituosa desde 8 de outubro de 2012, ou seja, iniciou a ação penal quando já transcorrido o prazo legal para tanto”.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, LV e XXXV, da Constituição.

A decisão agravada não admitiu o recurso sob o fundamento de que falta a “preliminar de repercussão geral das questões constitucionais suscitadas”.

O recurso não merece ser provido, tendo em vista que a parte recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões constitucionais discutidas, limitando-se a fazer observações genéricas sobre o tema. Tal como redigida, a preliminar de repercussão geral apresentada poderia ser aplicada a qualquer recurso, independentemente das especificidades do caso concreto, o que não atende ao disposto no art. 543-A, § 2º, do CPC. Como já registrado por este Tribunal, a “simples descrição do instituto da repercussão geral não é suficiente para desincumbir a parte recorrente do ônus processual de demonstrar de forma fundamentada porque a questão específica apresentada no recurso extraordinário seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico e ultrapassaria o mero interesse subjetivo da causa” (RE 596.579 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

De qualquer forma, para chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindíveis seriam a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis em recurso extraordinário.

Ademais, cabe registrar que não foram ofendidas as garantias da inafastabilidade do controle jurisdicional, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, uma vez que a parte recorrente teve acesso a todos os meios de impugnação previstos na legislação processual, havendo o acórdão recorrido examinado todos os argumentos e motivado suas conclusões de forma satisfatória.

Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento aos recurso.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.094 (814)ORIGEM : PROC - 200763170080195 - TRF3 - SP - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECDO.(A/S) : MARLENE DE ALMEIDA PROENCAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Terceira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Terceira Região – Seção Judiciária do Estado de São Paulo.

Alega-se, no apelo extremo, violação dos artigos 23, inciso II, 30, inciso VII, 37, caput, 165, 167, 196, 197 e 198, § 1º, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que o Tribunal de origem firmou entendimento compatível com jurisprudência do STF, no sentido de que o direito à saúde é dever do Estado, sendo esse obrigado a fornecer os meios necessários ao tratamento médico de enfermos.

No presente caso, conforme ressaltado pela sentença de primeiro grau, confirmada por seus próprios fundamentos pelo acórdão recorrido, comprovou-se a necessidade de fornecer o medicamento requerido na inicial.

Diga-se, ainda, que essa decisão encontra-se em sintonia com a pacífica jurisprudência desta Suprema Corte a respeito do tema, que entende que o preceito do artigo 196 da Constituição Federal, antes de ser vulnerado, é devidamente cumprido com a prolação de decisões, como essa ora atacada, que impõem ao Estado o dever de fornecer aos necessitados os tratamentos médicos de que necessitam para sua sobrevivência.

Nesse sentido, os seguintes e recentes precedentes: “PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA ONCOLÓGICA NEOPLASIA

MALIGNA DE BAÇO PESSOA DESTITUÍDA DE RECURSOS FINANCEIROS DIREITO À VIDA E À SAÚDE NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL FORNECIMENTO GRATUITO DE MEIOS INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO E À PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DE PESSOAS CARENTES DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, CAPUT, E 196) PRECEDENTES (STF) RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO CONSEQUENTE POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DA AÇÃO CONTRA UM, ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (RE nº 716.777-AgR/RS, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 16/5/13).

“SAÚDE. PROMOÇÃO. Medicamentos. O preceito do artigo 196 da Constituição Federal assegura aos necessitados o fornecimento, pelo Estado, dos medicamentos indispensáveis ao restabelecimento da saúde” (ARE nº 650.359-AgR/RS, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 12/3/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À SAÚDE (ART. 196, CF). FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOLIDARIEDADE PASSIVA ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS. CHAMAMENTO AO PROCESSO. DESLOCAMENTO DO FEITO PARA JUSTIÇA FEDERAL. MEDIDA PROTELATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O artigo 196 da CF impõe o dever estatal de implementação das políticas públicas, no sentido de conferir efetividade ao acesso da população à redução dos riscos de doenças e às medidas necessárias para proteção e recuperação dos cidadãos. 2. O Estado deve criar meios para prover serviços médico-hospitalares e fornecimento de medicamentos, além da implementação de políticas públicas preventivas, mercê de os entes federativos garantirem recursos em seus orçamentos para implementação das mesmas. (arts. 23, II, e 198, § 1º, da CF). 3. O recebimento de medicamentos pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isto por que, uma vez satisfeitos tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação jurisdicional. 4. In casu, o chamamento ao processo da União pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória que não traz nenhuma utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelando-se meio inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o restabelecimento da saúde da recorrida. 5. Agravo regimental no recurso extraordinário desprovido” (RE nº 607.381-AgR/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 17/6/11).

No que se refere ao questionamento sobre a legitimidade passiva da União na obrigação em fornecer o medicamento, verifica-se que o Tribunal de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 181

origem decidiu a controvérsia em harmonia com a jurisprudência desta Corte que, no julgamento do RE n° 808.059/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJe de 1°/2/11), fixou entendimento no sentido de que a obrigação dos entes da federação, no que tange ao dever fundamental de prestação de saúde, é solidária.

Nesse sentido, também, as recentes decisões monocráticas: AI n° 817.241/RS, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 14/10/10; RE n° 839.594/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 3/3/11, e AI n° 732.582/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17/3/11.

Sobre o tema, ainda, anote-se os seguintes precedentes:“PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA ONCOLÓGICA –

NEOPLASIA MALIGNA DE BAÇO – PESSOA DESTITUÍDA DE RECURSOS FINANCEIROS – DIREITO À VIDA E À SAÚDE – NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL – FORNECIMENTO GRATUITO DE MEIOS INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO E À PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DE PESSOAS CARENTES – DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, ‘CAPUT’, E 196) – PRECEDENTES (STF) – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO – CONSEQUENTE POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DA AÇÃO CONTRA UM, ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (RE nº 716.777/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 16/5/13).

“DIREITO CONSTITUCIONAL. SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERATIVOS. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 13.8.2008. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido da responsabilidade solidária dos entes federativos quanto ao fornecimento de medicamentos pelo Estado, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um deles – União, Estados, Distrito Federal ou Municípios. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE nº 738.729/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 15/8/13).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À SAÚDE (ART. 196, CF). FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOLIDARIEDADE PASSIVA ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS. CHAMAMENTO AO PROCESSO. DESLOCAMENTO DO FEITO PARA JUSTIÇA FEDERAL. MEDIDA PROTELATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O artigo 196 da CF impõe o dever estatal de implementação das políticas públicas, no sentido de conferir efetividade ao acesso da população à redução dos riscos de doenças e às medidas necessárias para proteção e recuperação dos cidadãos. 2. O Estado deve criar meios para prover serviços médico-hospitalares e fornecimento de medicamentos, além da implementação de políticas públicas preventivas, mercê de os entes federativos garantirem recursos em seus orçamentos para implementação das mesmas. (arts. 23, II, e 198, § 1º, da CF). 3. O recebimento de medicamentos pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isto por que, uma vez satisfeitos tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação jurisdicional. 4. In casu, o chamamento ao processo da União pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória que não traz nenhuma utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelando-se meio inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o restabelecimento da saúde da recorrida. 5. Agravo regimental no recurso extraordinário desprovido” (RE nº 607.381/SC-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 17/6/11).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.384 (815)ORIGEM : PROC - 002122671200880500000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : CORINTHA BRITTES GUIMARÃES TAVARES E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EVELIN DIAS CARVALHO DE MAGALHÃES E

OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Plenário do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, assim ementado, na parte que interessa:

“PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – MANDADO DE SEGURANÇA – TÍTULO ADVINDO DE SENTENÇA JUDICIAL – PAGAMENTO DE ATRASADO A SERVIDOR PÚBLICO – EXECUÇÃO – REGRAMENTO DO ARTIGO 604 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – EMBARGANTE NÃO CUIDOU DE PROMOVER IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA QUANTO AOS CÁLCULOS APRESENTADOS – IMPROCEDÊNCIA DOS EMBARGOS.”

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos

XXXVI, LIV e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.Não procede a alegada violação do artigo 93, inciso IX, da

Constituição Federal, haja vista que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante contrárias à pretensão da parte recorrente. Anote-se que o Plenário deste Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral desse tema e reafirmou a orientação de que a referida norma constitucional não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente, ainda que sucintamente, as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (AI nº 791.292/PE-RG-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13/8/10).

Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Além disso, no caso em tela, para que se pudesse decidir de forma diversa das instâncias de origem seria imprescindível a verificação dos limites objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação infraconstitucional. Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:

“Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a indagação pertinente aos limites objetivos da “res judicata” traduz controvérsia “que não se alça ao plano constitucional do desrespeito ao princípio de observância da coisa julgada, mas se restringe ao plano infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento do recurso extraordinário” (RE 233.929/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei).

Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse mesmo entendimento jurisprudencial:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA - INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Se a discussão em torno da integridade da coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da res judicata, revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter infraconstitucional, podendo configurar, quando muito, situação de conflito indireto com o texto da Carta Política, circunstância essa que torna inviável o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.’

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 182

(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem sido

observada em sucessivas decisões proferidas no âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM).

Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em causa, não vejo como dele inferir o pretendido reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em torno da definição dos limites subjetivos ou objetivos pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia impregnada de natureza eminentemente infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)” (DJ de 17/10/03).

No mesmo sentido, anote-se:“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Incidência de

contribuição previdenciária sobre valores levantados na execução de sentença. Limites da coisa julgada 3. Ofensa reflexa à Constituição. 4. Incide o Enunciado 636 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. 5. Agravo regimental não provido” (RE nº 607.346/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 24/09/14).

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Processual civil. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Coisa julgada. Limites objetivos. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. É pacífica a orientação da Corte de que não se presta o recurso extraordinário à verificação dos limites objetivos da coisa julgada, haja vista tratar-se de discussão de índole infraconstitucional. 4. Agravo regimental não provido” (ARE nº 707.526/BA-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 28/8/13).

“AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. O Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado, em observância aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 609.639/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 4/6/12).

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DECISÃO BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. LIMITES DA COISA JULGADA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte.

II - esta Corte tem se orientado no sentido de que a discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária.

III - Agravo regimental improvido” (AI nº 601.325/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 17/8/07).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 15 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.543 (816)ORIGEM : AC - 10024120473822001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA AUXILIADORA MARTINS DE CASTROADV.(A/S) : CHRISTIANO OLIVEIRA PRATES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO:Vistos. Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada nos seguintes fundamentos:

“(...) no que concerne à alegada afronta ao artigo 93, IX, da Constituição da República, registre-se que a Turma Julgadora emitiu as

razões do seu convencimento, dando efetivo cumprimento ao postulado expresso no referido dispositivo. Desse modo, o recurso, quanto a esse aspecto, não se harmoniza com o entendimento manifestado pelo Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do AI nº 791.292/PE, recurso selecionado por aquele Tribunal como paradigma do tema em apreço. Confira-se:

‘Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.’ (AI 791.292 QO-RG/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 13/08/2010.)

Fica, pois, configurada a prejudicialidade do recurso nesse ponto, nos termos do disposto no § 3º do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Quanto ao mais, não reúne o recurso, de igual modo, condições de prosseguir, uma vez que, da forma como foi solucionada a controvérsia, eventual reforma do acórdão recorrido implicaria, necessariamente, reexame dos fatos e provas dos autos, providência que não se revela adequada aos estreitos limites da via escolhida, a teor da orientação contida no Enunciado Sumular nº 279 do Supremo Tribunal Federal.

Além disso, verifica-se que a tese defendida pela recorrente vai de encontro ao posicionamento do Tribunal ad quem, o que retira a razoabilidade da pretensão recursal. Confira-se:

‘DECISÃOVistos.Elso Baptistela interpõe agravo de instrumento contra a decisão que

não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, §§ 2º e 3º, 6º, caput e 236, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:

'APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TABELIÃO E REGISTRADOR. MANUTENÇÃO DO VÍNCULO COM O IPERGS. IMPOSSIBILIDADE. PRELIMINAR - VIA ELEITA. Conhecimento da ação consignatória como declaratória, diante da existência de pedido de declaração do vinculo. Inexistência de prejuízo em razão da contestação do mérito e de sua apreciação na sentença sobre o vínculo com o IPE. MÉRITO. Inviabilidade de manutenção do vínculo de tabelião e registrador com o IPERGS. Considerando a redação do art. 236, CF conclui-se que os notários e registradores não são mais considerados servidores públicos, exercendo atividades delegadas em caráter privado. Impossibilidade de criação de um regime híbrido em que o autor poderiam se valer das benesses de dois sistemas diversos, ou seja, permanecer recebendo emolumentos, não se submeterem à aposentadoria compulsória aos 70 anos e, ainda assim, com manutenção do vinculo com Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul para fins de aposentadoria. As contribuições feitas ao IPERGS podem ser compensadas administrativamente com o INSS. À UNANIMIDADE, PRELIMINAR ACOLHIDA E, POR MAIORIA, VENCIDO O DES. CANIBAL, APELO DESPROVIDO'.

O Superior Tribunal de Justiça já rejeitou o recurso especial interposto paralelamente ao extraordinário.

Decido.(...)Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o acórdão

recorrido está em conformidade com a jurisprudência desta Corte que firmou entendimento no sentido de não estender aos escreventes juramentados e demais serventuários de cartórios extrajudiciais o regime previdenciário próprio dos servidores públicos.

Nesse sentido:'Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Art. 34, § 1º, da Lei Estadual

do Paraná nº 12.398/98, com redação dada pela Lei Estadual nº 12.607/99. 3. Preliminar de impossibilidade jurídica do pedido rejeitada, por ser evidente que o parâmetro de controle da Constituição Estadual invocado referia-se à norma idêntica da Constituição Federal. 4. Inexistência de ofensa reflexa, tendo em vista que a discussão dos autos enceta análise de ofensa direta aos arts. 40, 'caput', e 63, I, c/c 61, § 1º, II, 'c', da Constituição Federal. 5. Não configuração do vício de iniciativa, porquanto os âmbitos de proteção da Lei Federal nº 8.935/94 e Leis Estaduais nºs 12.398/98 e 12.607/99 são distintos. Inespecificidade dos precedentes invocados em virtude da não-coincidência das matérias reguladas. 6. Inconstitucionalidade formal caracterizada. Emenda parlamentar a projeto de iniciativa exclusiva do Chefe do Executivo que resulta em aumento de despesa afronta os arts. 63, I, c/c 61, § 1º, II, 'c', da Constituição Federal. 7. Inconstitucionalidade material que também se verifica em face do entendimento já pacificado nesta Corte no sentido de que o Estado-Membro não pode conceder aos serventuários da Justiça aposentadoria em regime idêntico ao dos servidores públicos (art. 40, 'caput', da Constituição Federal). 8. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente' (ADI nº 2.791/PR, Plenário, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 16/8/06).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 183

Em caso análogo ao dos presentes autos, a seguinte decisão monocrática, proferida pelo Ministro Gilmar Mendes, no RE nº 565.936/SC, DJe de 7/2/08:

"Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão que manteve a segurança concedida e decidiu que os agravados, Auxiliares da Justiça, com atividade perante Cartório Extrajudicial, permaneçam vinculados ao Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina - IPESC. Alega-se violação aos artigos 40 e 236 da Carta Magna, e à Emenda Constitucional no 20, de 1998. Sustenta-se a impossibilidade de os titulares dos serviços notariais e de registro permanecerem vinculados ao regime próprio de previdência dos servidores públicos, os quais devem estar vinculados ao RGPS como determina a Constituição Federal. O Subprocurador-Geral da República Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas manifestou-se pelo provimento do recurso.

O Parecer possui a seguinte ementa (fl. 376): 'EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - AUXILIARES DA JUSTIÇA: ESCREVENTES JURAMENTADOS E SERVENTUÁRIOS - EXCLUSÃO DO REGIME PREVIDENCIÁRIO ESTADUAL (IPESC)E INCLUSÃO NO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL NEGADO - SUPOSTO DIREITO DE OPÇÃO NÃO EXERCIDO - LEI FEDERAL No 8.935/94 - EC No 20/98 - ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AOS ARTS. 40 E 236 DA CF/88 E Á EMENDA CONSTITUCIONAL No 20/9 - PROCEDÊNCIA - JURISPRUDÊNCIA DO STF - PARECER PELO CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO.' Primeiramente, o Pleno desta Corte, no julgamento da ADI 2.791, por mim relatada, DJ 16.8.2006, entendeu que o Estado-membro não pode conceder aos serventuários da Justiça aposentadoria em regime idêntico ao dos servidores públicos. A ementa ficou assim consignada:

'EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Art. 34, §1º, da Lei Estadual do Paraná no 12.398/98, com redação dada pela Lei Estadual no 12.607/99. 3. Preliminar de impossibilidade jurídica do pedido rejeitada, por ser evidente que o parâmetro de controle da Constituição Estadual invocado referia-se à norma idêntica da Constituição Federal. 4. Inexistência de ofensa reflexa, tendo em vista que a discussão dos autos enceta análise de ofensa direta aos arts. 40, caput, e 63, I, c/c 61, §1º, II, "c", da Constituição Federal. 5. Não configuração do vício de iniciativa, porquanto os âmbitos de proteção da Lei Federal no 8.935/94 e Leis Estaduais nos 12.398/98 e 12.607/99 são distintos. Inespecificidade dos precedentes invocados em virtude da não-coincidência das matérias reguladas. 6. Inconstitucionalidade formal caracterizada. Emenda parlamentar a projeto de iniciativa exclusiva do Chefe do Executivo que resulta em aumento de despesa afronta os arts. 63, I, c/c 61, §1o, II, "c", da Constituição Federal. 7. Inconstitucionalidade material que também se verifica em face do entendimento já pacificado nesta Corte no sentido de que o Estado-Membro não pode conceder aos serventuários da Justiça aposentadoria em regime idêntico ao dos servidores públicos (art. 40, caput, da Constituição Federal). 8. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.'

Ademais, o Pleno desta Corte, no julgamento da ADI 423, por mim relatada, DJ 24.8.2007, entendeu ser injustificável o direito de opção dos escreventes juramentados ao regime jurídico dos servidores públicos civis.

A ementa assim dispõe:'EMENTA: 1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2.

ARTS. 32, 33 E 34 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. 3. ESCREVENTES JURAMENTADOS. DIREITO DE OPTAR PELO REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO PODER JUDICIÁRIO. 4. Art. 32 do ADCT da Constituição do Estado do Espírito Santo em flagrante contrariedade com o § 3o do art. 236 da CF/88. 5. Injustificável o direito de opção dos escreventes juramentados pelo regime jurídico dos servidores públicos civis pelo fato de não haver necessidade de realização de concurso público para o preenchimento dos referidos cargos. 6. Declarada a inconstitucionalidade do art. 32 do ADCT da Constituição do Estado do Espírito Santo, tendo em vista que tal dispositivo faculta o acesso daqueles que exercem atividade de livre nomeação ao regime de servidor público, sem a realização do devido concurso público. 7. Precedentes: ADI 417, Rel. Maurício Correa, DJ 08.05.19980; AC-QO-83, Rel. Celso de Mello, DJ 21.11.2003; ADI 363, Rel. Sydney Sanches, DJ 3.5.1996; ADI 1573, Rel.Sydney Sanches, DJ 25.4.2003. 8. Pedido prejudicado com referência aos arts. 33 e 34 do ADCT, em face de seu acolhimento na ADI 417, que declarou a inconstitucionalidade dos referidos dispositivos da Constituição Estadual capixaba, em face de violação do art. 236, caput e § 3o da CF, e do art. 32 do ADCT - CF/88. 9. Ação julgada parcialmente procedente.'

No voto-vista, ficou consignado:'Assim, à luz da legislação ora vigente, o escrevente juramentado

trata a norma impugnada é auxiliar do notário ou do oficial de registro. Pode ser livremente contratado e, conseqüentemente, desligado de suas funções ao arbítrio do empregador, respeitados os limites e demais prerrogativas previstas na legislação trabalhista. Não se trata, pois, de servidor público em sentido estrito, estatutário, regido pelas normas que tratam do exercício de serviço público. Portanto, com base no art. 20 da Lei no 8.935/94, a realização de concurso público para o preenchimento de cargos de escrevente juramentado é prescindível. E exatamente por não haver a necessidade de realização de concurso público para o preenchimento dos referidos cargos é que não haveria, também com maior razão, justificativa para se possibilitar o direito de opção dos escreventes juramentados, identificados no art. 32 do

ADCT da Constituição do Estado do Espírito Santo, pelo regime jurídico dos servidores públicos e civis do Poder Judiciário. Por ser o escrevente um preposto, que exerce cargo de confiança do notário ou do tabelião, certamente não haveria como se justificar, nessas circunstâncias, tal direito de opção.'

O acórdão recorrido divergiu da orientação desta Corte. Assim, conheço do recurso e dou-lhe provimento (art. 557, § 1o-A, do CPC).

Sem honorários (Súmula 512 do STF)'.Cabe ressaltar que a referida decisão foi mantida pela Segunda

Turma desta Corte, no julgamento do RE nº 565.936/SC-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 29/11/10, estando o acórdão assim ementado:

'CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREQUESTIONAMENTO. AUXILIARES DA JUSTIÇA. REGIME PREVIDENCIÁRIO. 1. Matéria constitucional devidamente prequestionada nas instâncias inferiores. 2. No caso, aos auxiliares de justiça, à luz da legislação pertinente, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social - RGPS. 3. Agravo regimental improvido'.

Nesse mesmo sentido, destaco as seguintes decisões monocráticas: RE nº 728.939/RS, (DJe de 4/3/13); ARE nº 682.224/RS (DJe de 19/10/12) e RE nº 701.207/RS, (DJe de 22/10/12), todos de relatoria da Ministra Cármen Lúcia.

E, em arremate, o seguinte acórdão: 'Embargos de declaração no agravo de instrumento. Recebimento como agravo regimental. Oficial de Registro de Imóveis. Cargo exercido em caráter privado. Submissão ao regime geral da Previdência Social. Possibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte assentou que os serviços de registros públicos, cartorários ou notariais, são exercidos em caráter privado, natureza jurídica essa que se aplica tanto aos titulares dos cartórios, como a seus servidores. 2. Por conseguinte, a eles não se aplica o regime previdenciário próprio dos servidores públicos, mas, sim, o regime jurídico único da Previdência Social. 3. Agravo regimental não provido' (AI nº 667.424-ED/SC, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 5/9/12).

O acórdão recorrido não divergiu dessa orientação. Ante o exposto, conheço do agravo para negar provimento ao recurso extraordinário.’ (ARE 700142, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe 02/08/2013) (g.n.)

Pelo exposto, julgo prejudicado o recurso quanto às questões alcançadas pelo paradigma AI nº 791.292/PE e nego-lhe seguimento quanto à matéria remanescente.”

Decido. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantidas incólumes as motivações anteriormente reproduzidas.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da Lei Maior). Agravo regimental conhecido e não provido.”

Por fim, ressalte-se que, quando da interposição de um recurso dirigido a esta Suprema Corte, incumbe ao Tribunal de origem proceder a um exame prévio de admissibilidade desse apelo, sem que isso implique usurpação da competência constitucional cominada ao Supremo Tribunal Federal. A propósito, destacam-se:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE. Ao Juízo primeiro de admissibilidade cumpre verificar se o extraordinário atende, ou não, aos pressupostos gerais de recorribilidade e a pelo menos um dos específicos de que cuida o inciso III do artigo 102 da Carta Política da República. Assim agindo, longe fica de usurpar a competência do Supremo Tribunal Federal” (AI nº 178.743/SP-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ de 16/5/97).

Ante o exposto, não conheço do agravo. Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 184: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 184

Brasília, 13 de abril de 2015. Ministro Dias Toffoli

Relator Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.772 (817)ORIGEM : AC - 46676652 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : GABRIEL DE SOUZA CAPPIADV.(A/S) : TELMA QUEIROZ DE FREITAS E OUTRO(A/S)

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário. Decido. A irresignação não merece prosperar, uma vez que, nos termos do

artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, o recurso extraordinário é cabível apenas de decisão proferida em última ou única instância, o que não é o caso dos autos, uma vez que a apelação foi julgada por decisão monocrática do Relator. Assim, ainda era cabível na hipótese a interposição de agravo interno (artigo 557, § 1º, do Código de Processo Civil). Incidência da Súmula nº 281 desta Corte, que assim dispõe, in verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada”. Sobre o tema, destacam-se:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA INSTÂNCIA RECURSAL ORDINÁRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O recurso extraordinário só é cabível quando seus requisitos constitucionais de admissibilidade são preenchidos, e um deles é o de que a decisão recorrida decorra de causa julgada em única ou última instância (art. 102, III, da Constituição Federal). Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 818.840-ED/MA, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa , DJe de 7/12/10);

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA VIA RECURSAL ORDINÁRIA. SÚMULA 281 DO STF. AUSÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A recorrente não esgotou a via recursal ordinária (Súmula 281 do STF). II - Agravo regimental improvido” (AI nº 740.956-AgR/PA, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski , DJe de 22/5/09);

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO DE ÚNICA OU ÚLTIMA INSTÂNCIA. INEXISTÊNCIA. SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. A decisão capaz de viabilizar o recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância. Incidência da Súmula n. 281 deste Tribunal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 684.368-AgR/GO, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau , DJe de 11/4/08).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 13 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.797 (818)ORIGEM : PROC - 05199041120144058300 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSE AMAURY BORGES DE MORAISADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO:Vistos. Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada no seguinte fundamento:

“Observo que, sobre a matéria foi interposto perante o col. Supremo Tribunal Federal, ARE nº 849271/SP, sendo proferida decisão pelo relator, negando seguimento ao agravo, sob o fundamento de tratar-se de mera ofensa reflexa:

(…)Tendo em vista que o Pretório Excelso não permite o manejo de tal

modalidade recursal quando se cuida de afronta reflexa ou indireta e, considerando que a decisão atacada se limita à análise de tema infraconstitucional, INADMITO o Recurso Extraordinário e determino o retorno

dos autos ao JEF de origem.”Decido. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação anteriormente reproduzida.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da Lei Maior). Agravo regimental conhecido e não provido.”

Ante o exposto, não conheço do agravo. Publique-se. Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro Dias Toffoli Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 876.967 (819)ORIGEM : PROC - 1642014 - TJSP - TURMA RECURSAL - 24ª CJ -

AVARÉPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SEBASTIÃO BENEDITO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO HENRIQUE DA SILVA ECHEVERRIA E OUTRO(A/

S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ARTIGO 40, § 4º, III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ATIVIDADES INSALUBRES. PEDIDO DE AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM ATIVIDADES EXERCIDAS SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS QUE PREJUDIQUEM A SAÚDE OU A INTEGRIDADE FÍSICA. CONTAGEM DIFERENCIADA. IMPOSSIBILIDADE. O ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO NÃO ASSEGURA A CONTAGEM DE PRAZO DIFERENCIADO PARA O SERVIDOR PÚBLICO, MAS A APOSENTADORIA ESPECIAL. PRECEDENTES DO STF. AGRAVO PROVIDO PARA, DESDE LOGO, PROVER O RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que manteve sentença que assentou, verbis:

“Ante o exposto, com fundamento no artigo 269, inciso I, do Código de Processo Civil, julgo PROCEDENTE o pedido formulado por SEBASTIÃO BENEDITO DE ALMEIDA, PAULO LEANDRO DE BARROS SILVA e LEUCIMAR EMANOEL DOS SANTOS, para o fim de condenar a FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO a proceder à averbação e ao apostilamento do tempo de serviço dos autores enquanto exercido de forma insalubre, efetuando sua contagem como tempo de atividade especial, com observância das disposições da Lei n. 8.213/91.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 37 e 40, § 4º, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo inadmitiu o recurso extraordinário por entender que incidem, no caso, as Súmulas nº 279 e nº 636 do Supremo Tribunal Federal.

É o relatório. DECIDO.Os autores, ora recorridos, formularam o seguinte pedido originário:“Seja ao final, julgada totalmente procedente a presente ação,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 185: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 185

condenando-se a Fazenda Pública do Estado de São Paulo na obrigação de fazer, consistente em PROCEDER A AVERBAÇÃO E APOSTILAMENTO DO TEMPO DE SERVIÇO DOS AUTORES ENQUANTO EXERCIDO NA FORMA INSALUBRE, conforme estabelecido pela Lei Federal nº 8.213/91, e Regulamento vigente, conforme expressamente determinado pelos artigos 40, §§ 4º e 12º e 201, § 1º, da Constituição Federal e artigo 15 da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998;”

Esta Suprema Corte, ao apreciar mandados de injunção, tem concedido as ordens para garantir aos impetrantes o direito de terem os seus pedidos de verificação de preenchimento dos requisitos para a aposentadoria especial analisados pela Administração. Entretanto, esta Corte tem expressamente indeferido os pedidos de contagem diferenciada ou conversão do tempo de serviço prestado em atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (atividades insalubres) em tempo comum, sob o entendimento de que “o art. 40, § 4º, da Constituição da República não assegura a contagem de prazo diferenciado ao servidor público, mas a aposentadoria especial dos servidores” (MI 3.489-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe de 28/5/2013).

Nesse sentido foram os recentes julgados do STF:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE INSALUBRE. CONTAGEM DE PRAZO DIFERENCIADO: IMPOSSIBILIDADE. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (MI 3.162-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe de 30/10/2014).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. CONTAGEM DIFERENCIADA DE TEMPO DE SERVIÇO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A orientação do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que o art. 40, § 4º, da Constituição Federal não garante a contagem de tempo de serviço diferenciada ao servidor público, porém, tão somente, a aposentadoria especial.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 788.025-AgR-segundo, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 4/9/2014).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SERVIDOR PÚBLICO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM ATIVIDADES PERIGOSAS, INSALUBRES OU PENOSAS, PARA FINS DE APOSENTADORIA. CONVERSÃO DE PERÍODOS ESPECIAIS EM COMUNS. IMPOSSIBILIDADE. CF/88, ART. 40, § 10. PRECEDENTES DO PLENÁRIO DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 732.391-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 3/4/2014).

“AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE DEVER CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR ACERCA DA CONTAGEM DIFERENCIADA POR TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO POR SERVIDORES PÚBLICOS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL.

1. A concessão do mandado de injunção, na hipótese do art. 40, § 4º, da Lei Fundamental, reclama a demonstração pelo Impetrante do preenchimento dos requisitos para a aposentadoria especial e a impossibilidade in concrecto de usufruí-la ante a ausência da norma regulamentadora.

2. O alcance da decisão proferida por esta Corte, quando da integração legislativa do art. 40, § 4º, inciso III, da CRFB/88, não tutela o direito à contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições prejudiciais à saúde e à integridade física.

3. Não tem procedência injuncional o reconhecimento da contagem diferenciada e da averbação do tempo de serviço prestado pelo Impetrante em condições insalubres por exorbitar da expressa disposição constitucional. Precedentes.

4. Agravo Regimental desprovido.” (MI 5.516-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe de 19/11/2013).

O Ministro Dias Toffoli, ao apreciar caso igual ao presente, ARE 641.659, DJe de 4/8/2014, recorrido o Estado de São Paulo, assentou, verbis:

“Portanto, conclui-se que o Supremo Tribunal Federal tem orientação jurisprudencial consolidada no sentido de que não existe direito à ‘averbação do tempo de serviço prestado em atividade insalubre, com a respectiva conversão para tempo de serviço comum, para fins de aposentadoria na forma estabelecida pela Lei Federal nº 8.213/91, e Regulamento vigente’. Desse modo, o acórdão recorrido não se apartou dessa orientação.

É certo que o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou no dia 09 de abril de 2014, por unanimidade, a Proposta de Súmula Vinculante (PSV) 45, que prevê que, até a edição de lei complementar regulamentando norma constitucional sobre a aposentadoria especial de servidor público, deverão ser seguidas as normas vigentes para os trabalhadores sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social. O verbete refere-se apenas à aposentadoria especial em decorrência de atividades exercidas em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física dos servidores. Quando publicada, esta será a 33ª Súmula Vinculante da Suprema Corte.

O verbete dessa Súmula terá, como decidido em Plenário e

mencionado no site do Supremo Tribunal Federal, a seguinte redação: ‘Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime

Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.’

Ocorre que a concessão da aposentadoria especial, nos termos do art. 57 da Lei nº 8.213/91, hoje com a redação da Lei nº 9.032/95, não modificou o entendimento desta Corte no sentido de que não cabe o reconhecimento da contagem diferenciada e da averbação do tempo de serviço prestado por servidor público em condições insalubres por exorbitar, inclusive, da expressa disposição constitucional e porque não comporta esta hipótese em direito subjetivo estabelecido pela Constituição Federal (vide também MI 3788-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, j. 14/10/13).”

Ex positis, PROVEJO o agravo e, com fundamento no disposto no artigo 544, § 4º, II, c, do Código de Processo Civil, DOU PROVIMENTO ao recurso extraordinário. Invertidos os ônus da sucumbência.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.004 (820)ORIGEM : AC - 474309 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNAFISCO SINDICAL - SINDICATO NACIONAL DOS

AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL EM SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

ADV.(A/S) : BRUNA RIBEIRO AMORIM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Alega-se, no apelo extremo, violação dos artigos 5º, incisos XXXVI, LIV e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.

Conforme decisão de fls. 1.113 a 1.121, o Superior Tribunal de Justiça, por decisão transitada em julgado em 17/3/15 (AREsp nº 94.574/AL-AgR), deu parcial provimento ao recurso especial interposto simultaneamente ao extraordinário “de modo a permitir a incidência do reajuste de 28,86% de forma integral sobre a RAV, limitado à edição da Medida Provisória n. 1.915/1999“.

Decido.Como visto, o recurso especial do ora recorrente foi conhecido e

parcialmente provido pelo STJ no que se refere ao cerne da controvérsia suscitada nos autos. Destarte, fica prejudicado o recurso extraordinário por perda do objeto.

Ante o exposto, nos termos do artigo 21, inciso IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o recurso extraordinário com agravo.

Publique-se.Brasília, 13 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.475 (821)ORIGEM : PROC - 00000354220148260495 - TRF3 - SP - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SALIM ANTÔNIO RODRIGUES JUNIORADV.(A/S) : VANESSA LOPES DE SOUZA GARDIM

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. ANULAÇÃO DE QUESTÕES DE CONCURSO PARA PROMOÇÃO EM CARREIRA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ARTIGO 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ÓBICE DAS SÚMULAS Nº 282 E Nº 356 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que manteve sentença que assentou, verbis:

“Dessa forma, evidenciado o erro na formulação das questões 03, 14,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 186: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 186

16 e 18, através do laudo acima, o qual foi produzido na esfera judicial, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, estas devem ser anuladas, a fim de que os pontos a elas inerentes sejam atribuídos à parte autora, assegurando o seu direito a concorrer à promoção almejada, caso também não já tenha obtido os pontos referentes às questões antes mencionadas.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta ofensa ao disposto no artigo 2º da Constituição Federal.

O recurso extraordinário teve o seguimento obstado por incidir no óbice das Súmulas nº 282 e nº 356 do STF.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, § 3º, da CF).

Verifica-se que o dispositivo da Constituição Federal que a agravante considera violado não foi debatido no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração sobre o referido dispositivo para que tal omissão fosse sanada, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas nº 282 e nº 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

[...]Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176).

Nesse sentido, ARE 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.636 (822)ORIGEM : AC - 20120110450894 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FAZENDA NOVA DISTRIBUIDORA DE GÁS E ÁGUA

MINERAL LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIO PEREIRA DE JESUS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SUPERGASBRAS ENERGIA LTDA

ADV.(A/S) : ARISTIDES FELICIANO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado:

“AÇÃO DE DEPÓSITO – CERCEAMENTO DE DEFESA – NÃO OCORRÊNCIA – PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE – AUSÊNCIA DE PREJUÍZO – EFEITOS REVELIA – DESTINATÁRIO DA PROVA – INTIMAÇÃO PARA ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS – NÃO ATENDIMENTO – POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO ANTECIPADO – CONTRADIÇÕES NA NARRATIVA FÁTICA – SENTENÇA MANTIDA.

1) – Cabível a aplicação do princípio da fungibilidade quando tal fato não acarreta prejuízos ao réu, em atendimento à função social e à instrumentalidade do processo, na hipótese em que o autor ajuíza ação de depósito visando a devolução de botijões de gás, ao invés de ação de rescisão contratual cumulada com reintegração de posse.

2) – Havendo inconformismo da parte ré por conta da adoção de um rito especial, com prazo menor para a apresentação de resposta, entendendo ela ser outro o procedimento adequado ao caso, com outro prazo para resposta, deveria de qualquer forma se manifestar no prazo menor do rito especial da ação de depósito.

3) – Intempestiva a contestação, correta a sentença que aplica pena de confissão em relação à matéria fática. Inteligência do art. 319 do CPC.

4) – Não há que se falar em cerceamento de defesa quando a parte não especifica ou ratifica no momento oportuno as provas que pretende produzir.

5) - O julgamento antecipado da lide, quando a questão já se encontra respaldada pelas provas documentais e suficiente para a formação do convencimento pelo magistrado, por si só, não leva a cerceamento de defesa, a ofensa do devido processo legal ou ao contraditório.

6) – Apelação e agravo retido conhecidos e desprovidos. Preliminares rejeitadas. Sentença mantida”.

Opostos embargos de declaração, não foram providos.No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 5º, incisos I,

LIV e LV, da Constituição Federal. Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ademais, esta Suprema Corte tem entendimento sedimentado no sentido de que discussões estritamente processuais, como no presente caso, estão afetas ao ordenamento infraconstitucional, não ensejando a interposição de recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DE COBRANÇA. REVELIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, LIV E LV DA CONSTITUIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF Não cabe recurso extraordinário para reexame de provas e de legislação infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 658.258/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 24/4/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE PARA AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXA CONDOMINIAL. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DO DIREITO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 187: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 187

DEFESA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 727.039/BA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/3/09).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 7 de abril de 2015.

Ministro Dias ToffoliRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.719 (823)ORIGEM : AI - 50193057620134040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : LUCIANO DILLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DORILDE MARGARIDA MARCHETTO BASSOADV.(A/S) : FÁBIO PICCOLI RAMOS E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PLANO BRESSER. APLICABILIDADE DA SÚMULA 32 DO TRF DA 4ª REGIÃO.

1. Aplicável o teor da Súmula 32 desta Corte sobre o expurgo inflacionário relativo ao Plano Bresser (junho/87), uma vez que o índice nela contido não faz parte da condenação.

2. Agravo de instrumento provido.”Sustenta a agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação

do artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a discussão acerca da incidência de correção monetária na espécie é matéria que não dispensa a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente, utilizada pelo acórdão recorrido. Desse modo, alegada violação do dispositivo constitucional invocado seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DE BENEFÍCIO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO. DISCUSSÃO ACERCA DOS ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 194, IV, e 201, § 4º, DA CF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO DISPONIBILIZADO EM 16.8.2010. O exame da alegada ofensa aos arts. 194, IV, e 201, § 4º, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. As razões do agravo não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate. Agravo regimental conhecido e não provido” (AI nº 857.673/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/8/13).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Providência vedada neste momento processual. 2. Agravo regimental desprovido” (RE n° 320.947/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 27/2/12).

Ressalte-se, por fim, que o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do ARE nº 690.819/SP, Relator o Ministro Teori Zavascki, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada neste recurso extraordinário em virtude de sua

natureza infraconstitucional. O assunto corresponde ao tema 587 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata do eventual “excesso de execução decorrente de eventual erro de cálculo em processo alusivo a diferenças de correção monetária em cadernetas de poupança, por alegados expurgos inflacionários”.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 15 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.798 (824)ORIGEM : PROC - 05222486220144058300 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SEVERINO CALAZANSADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 589 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 685.029, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 7.11.2014. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.832 (825)ORIGEM : RMS - 23470 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SANDRO ROBERTO DEL DUQUE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃOVistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça.

Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário.

A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário foi interposto quando já era plenamente exigível a preliminar recursal para demonstrar a repercussão geral da matéria constitucional objeto do apelo.

Entretanto, a petição recursal ora em análise fez simples menção à existência da referida repercussão, sem, contudo, trazer a repercussão geral da matéria devidamente fundamentada nos aspectos econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa frente às questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário.

Cabe à parte recorrente demonstrar de forma devidamente fundamentada, expressa e clara, as circunstâncias que poderiam configurar a relevância das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 188: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 188

PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. OBRIGATORIEDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a Corte a quo deliberadamente deixou de conceder os benefícios da assistência judiciária gratuita ao recorrente, mesmo o recorrente declarando-se pobre.” Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. O mero inconformismo com o acórdão recorrido não satisfaz, por si só, a exigência constitucional de demonstração de repercussão geral. (Precedentes: RE n. 575.983-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 13.05.11; RE n. 601.381-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 29.10.09, entre outros). 5. Agravo regimental não provido” (RE n° 611.400/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 16/10/12) (Grifo nosso).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE n° 704.288/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 25/9/12).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 15 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.847 (826)ORIGEM : PROC - 20085151049823901 - TRF2 - RJ - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ALTAIR DA SILVA SANTOSADV.(A/S) : EDUARDO GOHN GOULART E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Tendo em vista o preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo.

Ademais, verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 589 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 685.029, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 7.11.2014. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.863 (827)ORIGEM : PROC - 00004335920148260601 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 54ª CJ - AMPAROPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LAZARO DIAS DE SOUZAADV.(A/S) : NATÁLIA ALCÂNTARA BORIN

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSUMIDOR. TELEFONIA. MÁ-PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS Nº 282 E Nº 356 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou (fls. 244-245):

“Como explicado em sentença, a recorrente tem responsabilidade objetiva e milita a favor do consumidor a inversão do ônus da prova.

Diante da falta de uma boa prestação de serviço, cabível indenização por dano moral.

Razoável se mostra a fixação de indenização, que se justifica pelo transtorno suportado, devendo assumir a recorrente a responsabilidade pelo risco de sua atividade.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXV, 37 e 93, IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, por entender que não restou devidamente demonstrada a existência de repercussão geral.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

Não merece prosperar o agravo.Verifica-se, in casu, que os artigos da Constituição, que a recorrente

considera violados, não foram debatidos pelo acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento dessa matéria constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incidem, portanto, os óbices das Súmulas nº 282 e nº 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176)

Nesse sentido, ainda, ARE 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 189: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 189

recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.895 (828)ORIGEM : MS - 00002197920148269004 - TJSP - 3º COLÉGIO

RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FUNDAÇÃO ANTÔNIO PRUDENTE INSTITUIÇÃO

FILANTRÓPICA MANTENEDORA DO A C CAMARGO CANCER CENTER

ADV.(A/S) : ALEXANDRE SÁ DE ANDRADE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL. EXECUÇÃO. DECISÃO AGRAVADA NÃO IMPUGNADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 287 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: : Trata-se de agravo nos próprios autos interposto com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“MANDADO DE SEGURANÇA – Execução de multa fixada para a hipótese de descumprimento de decisão – Ausência de direito líquido e certo – Segurança denegada.”

Nas razões do apelo extremo sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, II, XXXV e LXIX, 196 e 199 da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a solução da controvérsia esbarra no exame de fatos e provas – Súmula nº 279 do STF, bem como por se tratar de ofensa reflexa à Constituição.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

O agravo não merece provimento.A agravante não atacou o fundamento da decisão agravada relativo à

incidência da Súmula nº 279/STF. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência no sentido de que a parte tem o dever de impugnar os fundamentos da decisão agravada, sob pena de não ter sua pretensão acolhida, por vedação expressa do enunciado da Súmula nº 287 deste Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido, colacionam-se os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo não atacou os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário, o que torna inviável o recurso, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes. II - O argumento expendido no presente recurso referente à suposta admissibilidade recursal com base no art. 102, III, c, da Constituição traduz inovação recursal, haja vista não ter sido mencionada nas razões do apelo extremo. III - Agravo regimental improvido.” (ARE 665.255-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 22/5/2013)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual. Ausência de impugnação de todos fundamentos da decisão agravada. Óbice ao processamento do agravo. Precedentes. Súmula nº 287/STF. Prequestionamento. Ausência. Incidência da Súmula nº 282/STF. 1. Há necessidade de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena de se inviabilizar o agravo. Súmula nº 287/STF. 2. Ante a ausência de efetiva apreciação de questão constitucional por parte do Tribunal de origem, incabível o apelo extremo. Inadmissível o prequestionamento implícito ou ficto. Precedentes. Súmula nº 282/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (AI 763.915-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 07/5/2013)

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.019 (829)ORIGEM : APCRIM - 1341120087010201 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PAULO DE TARSO MARQUES DE BRITTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal Militar, assim ementado:

“ESTELIONATO. PRELIMINARES DEFENSIVAS. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO PARA PROCESSAR E JULGAR CIVIL. IMPROCEDÊNCIA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. PRESCRIÇÃO RETROATIVA DA PRETENSÃO PUNITIVA. INOCORRÊNCIA. MÉRITO. CONDUTA ATÍPICA. BOA-FÉ DO AGENTE. APRESENTAÇÃO DE APÓLICE DE SEGURO E ENDOSSO FALSOS EM CERTAME LICITATÓRIO. DOLO E CULPABILIDADE COMPROVADOS.

Compete à Justiça Castrense processar e julgar o civil que, objetivando lograr vantagem ilícita em prejuízo ao patrimônio gerido pela Administração Militar, utiliza-se de apólice de seguro e endosso falsos para se consagrar vencedor em um processo de licitação (art. 9º, inciso III, alínea ‘a’, do CPM).

Nesse caso, como a Unidade Militar só tomou conhecimento de que não existia o registro do seguro garantia após a vigência da Lei nº 12.234, de 5 de maio de 2010, que revogou o art. 110, § 2º, do CP comum, não ocorreu a prescrição retroativa da pretensão punitiva entre a consumação do delito praticado pelo Apelante e o recebimento da exordial acusatória.

Com o conjunto probatório robusto e coeso, e a ausência de comprovação da alegada boa-fé, ficou evidente que o Ré , ao apresentar apólice de seguro garantia falsa em procedimento licitatório, visando celebrar contrato de prestação de serviços com Exército, de forma livre e consciente, praticou uma conduta dolosa e culpável.

Preliminares defensivas de incompetência da Justiça Militar da União e de extinção da punibilidade pela ocorrência da prescrição retroativa pretensão punitiva rejeitadas. Decisões unânimes.

Apelo não provido. Decisão unânime.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega ofensa ao art. 5º, LIII, da Constituição. Aduz que “está ocorrendo subtração arbitrária da competência da Justiça comum em caso de delito que não tem conexão com a vida castrense”.

A decisão agravada não admitiu o recurso sob os seguintes fundamentos: (i) ausente o necessário prequestionamento da matéria; (ii) os argumentos “revelam tentativa de revisão de matéria infraconstitucional”.

O recurso é inadmissível, tendo em vista que a alegada violação ao dispositivo constitucional, nos termos trazidos na petição do recurso extraordinário, não foi objeto de apreciação pelo acórdão do Tribunal de origem, de modo que o recurso extraordinário carece do necessário prequestionamento, nos termos da Súmula 282/STF.

Ademais, para chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindíveis seriam a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis em recurso extraordinário.

De qualquer forma, o acórdão recorrido está alinhado à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que se o objeto do delito é patrimônio sob a administração militar, o crime é militar, sendo competente a Justiça Militar para julgar a ação penal. Nessa linha, em sede habeas corpus, veja-se o HC 115.912, Rel. Min. Celso de Mello, assim ementado:

“HABEAS CORPUS IMPUTAÇÃO, A CIVIL, DE CRIME MILITAR EM SENTIDO IMPRÓPRIO SUPOSTA PRÁTICA DO DELITO DE ESTELIONATO (CPM, ART. 251) FATO PRATICADO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO PRECEDENTES PEDIDO INDEFERIDO .”

Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei nº 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.073 (830)ORIGEM : APCRIM - 70059594739 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 190: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 190

RECTE.(S) : CLEO OGAR DA SILVA PEREIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário, que impugna acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul nos autos da Apelação Criminal n. 70059594739.

Verifico, na petição do recurso extraordinário, a ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, pressuposto de admissibilidade do recurso (art. 543-A, § 2º, do CPC).

Esta Corte, no julgamento do AI-QO 664.567, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 6.9.2007, decidiu que o requisito formal da repercussão geral será exigido quando a intimação do acórdão recorrido for posterior a 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21 do STF, o que ocorre no presente caso.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 24 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.174 (831)ORIGEM : AC - 1610015200580600011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : CLEIDE PINHEIRO BARROSOADV.(A/S) : JOSÉ MARIA RIOS

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, assim emendado:

“ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. DIREITO À PERCEPÇÃO DE APOSENTADORIA CUSTEADA PELOS COFRES PÚBLICOS ESTADUAIS. SERVIDORA, ESTABILIZADA PELA CONSTITUIÇÃO DE 1967, POSTA À DISPOSIÇÃO DO SEPROCE. POSSIBILIDADE. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.

- Trata a lide do direito à percepção de aposentadoria, custeada pelos Cofres Públicos Estaduais, por servidora, estabilizada pela Constituição Federal de 1967, que ingressou no serviço público estadual em 01 de dezembro de 1958, lotada no Departamento Mecanográfico do Estado – DMI, na função de Operadora Conferidora, tendo lá permanecido até 31 de dezembro de 1971, ocasião em que aquele órgão que, por força de Lei Estadual n° 9.292/69, foi extinto, tendo sido criada a empresa pública denominada Serviço de Processamento de Dados do Estado do Ceará.

- Preliminarmente, nego provimento à tese da prescrição levantada pelo apelante. Isto porque não há nos autos nenhuma prova da negativa estatal que fizesse nascer para a autora o interesse de recorrer ao Judiciário. Incidência da Súmula n° 85 do Superior Tribunal de Justiça e da Súmula n° 443, do STF.

- O ato que teve por finalidade o seu aproveitamento noutro órgão, qual seja, o Serviço de Processamento de Dados do Estado do Ceará – SEPROCE, apenas a colocou à disposição, sem direito à percepção de vencimento do Estado, mas com direito à percepção de remuneração pela entidade a que fora disponibilizada. No entanto, o vínculo com o poder público não fora extinto, mas apenas a ocorrência do afastamento do exercício funcional. Em outras palavras, a disponibilidade em favor do SEPROCE não importou em desligamento automático do serviço público, haja vista a prerrogativa da estabilidade da servidora afastada. Além do mais, não houve qualquer pedido de exoneração da recorrida, mas apenas a indagação quanto ao regime do qual gostaria de ser submetida.

- Inaplicável à espécie o art. 96, da Lei 8.213. As contribuições ao INSS foram retidas na fonte pelo ente pagador (SEPROCE). A recorrida, deste modo, não escolheu para quem deveria contribuir. Foi o SEPROCE que, contrariamente ao que dispõe sua própria lei instituidora, recolheu as contribuições para outra entidade de previdência. Inadmissível, assim, prejudicar a recorrida em função de erro grosseiro da entidade pagadora.

- Apelação conhecida, mas desprovida.”Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Sustenta-se, nas razões do apelo extremo, violação ao artigo 5º,

inciso XXXVI, da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação.É que para ultrapassar o entendimento da instância de origem e

acolher a pretensão do agravante no sentido de que a recorrida ingressou no quadro efetivo do SEPROCE na qualidade de celetista, após fazer a opção conforme previsto na Lei estadual n° 9.513/71, seria necessária a análise da legislação local pertinente (Leis Estaduais n°s 2.394, 9.292/69, 9.148/70 e 9.513/71) e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário, a teor do que dispõe as Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Anote-se:.

Agravo regimental no recurso extraordinário. Administrativo e Constitucional. Servidor público. Admissão. Revisão. Decurso do tempo. Circunstâncias fáticas que nortearam a decisão da origem em prol da proteção à segurança jurídica. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Ponderação de interesses que, in casu, demandaria o reexame dos fatos e das provas dos autos, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. 2. Agravo regimental não provido. (RE nº 631.848/RS-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 30/1/2015).

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Plano de cargos, carreira e remuneração de servidores públicos. Lei Complementar Estadual n. 432/2010. 3. Ofensa meramente reflexa ao texto constitucional. Súmula 280 do STF. 4. Necessidade do reexame de conteúdo fático-probatório. Súmula 279 do STF. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 780.317/RN-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 23/4/14).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APOSENTADORIA. REQUISITOS. LEGISLAÇÃO LOCAL. FATOS E PROVAS. SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de legislação local e de fatos e provas, circunstância que impede a admissão do recurso extraordinário, ante os óbices das Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 590.477/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 17/10/08).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 8 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.192 (832)ORIGEM : AC - 000031497201080501890 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PARIPIRANGAADV.(A/S) : JOSÉ SOUZA PIRES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : TANIA MARIA CARREGOSA SANTOSADV.(A/S) : ANTÔNIO ITALMAR PALMA NOGUEIRA FILHO

Decisão: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto em face de acórdão da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, assim ementado:

“Constitucional e processual civil. Ação de cobrança do terço constitucional de férias julgada procedente. Recurso de apelação do réu.

1. O terço constitucional é um direito assegurado ao servidor pelo art. 7º, XVII, combinado com o art. 39, § 3º, ambos da Constituição Federal, bem como pelo art. 41, VIII, da Constituição do Estado da Bahia. A norma constitucional representa direito mínimo assegurado ao trabalhador, inexistindo vedação que o pagamento seja de mais de um terço do que o salário normal, porém quando previsto em lei. Na hipótese em tela, o autor não comprovou que pela lei municipal o terço de férias deve ser calculado com base na remuneração, tampouco que os servidores municipais têm direito a mais de um terço sobre o salário normal, portanto não comprovou os fatos constitutivos de seu direito, nos termos do art. 333, do CPC. Contudo, na hipótese o apelante, embora alegue na contestação que o terço de férias não poderia ser calculado com em todas as parcelas, demonstra que o pagamento realmente foi feito a menor, pois pelo cálculo realizado ás fls. 24/25 e 32, comprovado com que foi pago segundo os contracheques juntados aos autos, observa-se que o valor pago foi menor que o devido e reconhecido como certo na própria contestação do apelante. Assim, deve ser paga a diferença do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 191

abono de férias incidente sobre as parcelas incorporadas que compõem a remuneração, relativas aos períodos pagos a menor, que foram reconhecidos nos cálculos efetuados a menor, que foram reconhecidos nos cálculos efetuados ás fls 24/25 e 32.

2. De relação aos honorários advocatícios, não merece reforma a sentença, uma vez que o valor de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), arbitrado pelo juiz sentenciante, se encontra em conformidade com o disposto no § 4º, art. 20, do CPC.

Recurso conhecido e parcialmente provido.” (eDOC 1, pg. 71/72).No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102,

inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta-se violação ao artigo 7º, inciso XVII, da Constituição Federal.

Alega-se, em síntese, que não houve pagamento equivocado do abono de 1/3 de férias. Defende-se que nem todas as parcelas constantes dos vencimentos do servidor hão de integrar a base de cálculo do referido abono de férias e que, portanto, os valores pagos pelo Município estão corretos.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Consignou o Tribunal de origem que:“Contudo, na hipótese o apelante, embora alegue na contestação que

o terço de férias não poderia ser calculado com em todas as parcelas, demonstra que o pagamento realmente foi feito a menor, pois pelo cálculo realizado ás fls. 24/25 e 32, comprovado com que foi pago segundo os contracheques juntados aos autos, observa-se que o valor pago foi menor que o devido e reconhecido como certo na própria contestação do apelante. Assim, deve ser paga a diferença do abono de férias incidente sobre as parcelas incorporadas que compõem a remuneração, relativas aos períodos pagos a menor, que foram reconhecidos nos cálculos efetuados a menor, que foram reconhecidos nos cálculos efetuados ás fls 24/25 e 32.” (eDOC 1, pg. 71).

Verifico que o Tribunal a quo solucionou a controvérsia com base no conjunto fático-probatório dos autos. Dessa forma, para se dissentir do acórdão recorrido, far-se-ia imprescindível a análise dos fatos e provas, providência que encontra óbice, em sede de apelo extremo, na Súmula 279 STF.

Nesse mesmo sentido:“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.

SERVIDOR PÚBLICO. FÉRIAS. CONVERSÃO DE 1/3 EM PECÚNIA. 1. O Tribunal a quo assinalou que o direito à conversão de 1/3 de férias em pecúnia já estava incorporado ao universo dos bens juridicamente protegidos dos servidores no momento do pleito perante a Administração, sendo indispensável a incursão no quadro fático dos autos para se afastar essa conclusão. Correta, portanto, a decisão impugnada ao fazer incidir no caso a Súmula STF n. 279. 2. Agravo regimental improvido” (RE-AgR 414.898, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 26.8.2005).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO. DIREITO A INDENIZAÇÃO POR FÉRIAS NÃO GOZADAS EM ATIVIDADE. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. 2. O servidor público aposentado tem direito à indenização por férias e licença-prêmio não gozadas, com fundamento na vedação do enriquecimento sem causa da Administração e na responsabilidade civil do Estado. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI-AgR 594.001, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 6.11.2006).

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.230 (833)ORIGEM : AI - 10686110124316003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOVO ORIENTE DE MINASADV.(A/S) : CYNTHIA AMARO MAMEDE MADUREIRA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : EMILIA GONCALVES DE ANDRADEADV.(A/S) : THALES ROQUE DA HORA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos. Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada no seguinte fundamento:

“O recurso não merece prosperar, por deficiência na sua fundamentação.

O recorrente não invocou, de forma precisa, ofensa a norma

constitucional que pudesse justificar a interposição do recurso raro.Conforme entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal, é

indispensável que nas razões do recurso extraordinário se declarem expressamente os artigos da Constituição da República que se reputam violados, sob pena de se considerar deficiente a fundamentação do recurso.

Tal circunstância atrai a incidência do disposto no Enunciado n° 284 da Súmula do Excelso Supremo Tribunal Federal. (…) ”

Decido. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso extraordinário, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação anteriormente reproduzida.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inciso I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da Lei Maior). Agravo regimental conhecido e não provido.”

Por fim, ressalte-se que, quando da interposição de um recurso dirigido a esta Suprema Corte, incumbe ao Tribunal de origem proceder a um exame prévio de admissibilidade desse apelo, sem que isso implique usurpação da competência constitucional cominada ao Supremo Tribunal Federal. A propósito, destacam-se:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE. Ao Juízo primeiro de admissibilidade cumpre verificar se o extraordinário atende, ou não, aos pressupostos gerais de recorribilidade e a pelo menos um dos específicos de que cuida o inciso III do artigo 102 da Carta Política da República. Assim agindo, longe fica de usurpar a competência do Supremo Tribunal Federal” (AI nº 178.743/SP-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ de 16/5/97).

Ante o exposto, não conheço do agravo. Publique-se. Brasília, 7 de abril de 2015.

Ministro Dias Toffoli Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.231 (834)ORIGEM : RR - 4911420125230004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CARLOS ANTONIO BORGES GARCIAADV.(A/S) : ANDRÉ PAULINO MATTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FIEMT - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO ESTADO

DE MATO GROSSOADV.(A/S) : EDER ROBERTO PIRES DE FREITAS E OUTRO(A/S)

DESPACHO:Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.239 (835)ORIGEM : AI - 00653828620138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS MORON COSAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

Page 192: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO ......2015/04/28  · DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N : 79/2015 Divulgação: terça-feira,

STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 192

ADV.(A/S) : CÁSSIO JOSÉ MORON

DECISÃO: A decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário, por

ser intempestivo. O agravo é manifestadamente inadmissível, tendo em vista que a

parte recorrente não atacou o fundamento utilizado pela decisão agravada para inadmitir o recurso extraordinário, limitando-se a reafirmar as razões do recurso extraordinário. Nesses casos, é inadmissível o agravo, conforme a orientação deste Tribunal. Veja-se, nesse sentido, a seguinte passagem da ementa do ARE 695.632-AgR/SP, julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux:

“[...]1. O princípio da dialeticidade recursal impõe ao recorrente o ônus de

evidenciar os motivos de fato e de direito suficientes à reforma da decisão objurgada, trazendo à baila novas argumentações capazes de infirmar todos os fundamentos do decisum que se pretende modificar, sob pena de vê-lo mantido por seus próprios fundamentos.

2. O agravo de instrumento é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada. Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia. (súmula 287/STF).

3. Precedentes desta Corte: AI 841690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relatora: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010.”

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, I, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, não conheço do agravo.

Publique-se.Brasília, 27 de abril de 2015.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.244 (836)ORIGEM : AC - 10304045720138260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ECONOMUS INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : RACHEL FERREIRA DE MIRANDA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LEDA MARCIA DA CONCEICAOADV.(A/S) : RAUL ALEJANDRO PERIS

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário.Decido.Verifica-se que o recorrente não cuidou de juntar aos autos

procuração ou substabelecimento outorgando poderes à Drª Rachel Ferreira de Miranda, subscritora do presente agravo e do recurso extraordinário. Com efeito, a jurisprudência desta Corte considera inexistente o recurso interposto por advogado sem o instrumento de mandato outorgado pela parte, bem como não se aplica, na via extraordinária, o art. 13 do Código de Processo Civil, haja vista que é dever do recorrente, na data da interposição do recurso, zelar pela regularidade de sua representação. Nesse sentido, os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO SUBSCRITO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS. RECURSO INEXISTENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. O recurso interposto por advogado que não tenha procuração nos autos é inexistente. Inaplicabilidade do art. 13 do Código de Processo Civil na via extraordinária. Precedente” (AI nº 818.208/RO-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/2/11).

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRETENSÃO DE REFORMA DO JULGADO: IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO DA SUBSCRITORA DO AGRAVO REGIMENTAL. ARTIGOS 13 E 37, 2ª PARTE, DO CPC: INAPLICABILIDADE. 1. Os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais. 2. A interposição de recursos não se enquadra na categoria dos atos reputados urgentes. O art. 13 do CPC não é aplicável em sede extraordinária. Precedentes. 3. Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 527.231/SP-AgR-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 3/9/10).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO CONFERINDO PODERES AOS ADVOGADOS QUE SUBSCREVERAM A PETIÇÃO RECURSAL. APRESENTAÇÃO EXTEMPORÂNEA. INAPLICABILIDADE DO ART. 13 DO CPC. De acordo com a jurisprudência desta Corte, o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos é inexistente. Ademais, não se aplica ao recurso extraordinário o disposto no art. 13 do Código de Processo Civil.

Tratando-se de serviços advocatícios prestados por sociedade de advogados, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos causídicos e não à sociedade de advogados. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 543.289/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 20/3/09).

Ante o exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Brasília, 7 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.338 (837)ORIGEM : AC - 6793340 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINARECDO.(A/S) : MOACYR BOERADV.(A/S) : MOACYR BOER (EM CAUSA PRÓPRIA)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.

Decido.O recurso não merece prosperar. Isso porque o recurso extraordinário é extemporâneo, uma vez que

foi interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração e não foi ratificado.

No caso, o acórdão dos embargos de declaração foi publicado em 11.3.2011 (eDOC 6, p. 54). O recurso extraordinário, entretanto, foi interposto no dia 8.10.2010 (eDOC 5, p. 52). Comprova-se, portanto, a extemporaneidade do recurso.

Ressalta-se que a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que é extemporâneo o recurso extraordinário que antecede o julgamento dos embargos declaratórios manejados contra o acórdão recorrido. Nesse sentido, cito o AI-AgR 730.073, Rel. Min. Ayres britto, DJe 17.9.2010; e o RE-AgR 400.975, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 25.4.2011, cuja ementa dispõe:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APELO EXTREMO EXTEMPORÂNEO. INTERPOSIÇÃO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS OPOSTOS CONTRA O ARESTO QUE JULGOU A APELAÇÃO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS DO DISTRITO FEDERAL. MEDIDA PROVISÓRIA 560/1994 E REEDIÇÕES. CONSTITUCIONALIDADE. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. 1. Conforme entendimento predominante nesta nossa Casa de Justiça, o prazo para recorrer só começa a fluir com a publicação da decisão no órgão oficial, sendo prematuro o recurso que a antecede. A insurgência, nesta hipótese, não se dirige contra decisão final da causa, apta a ensejar a abertura da via extraordinária, na forma do inciso III do art. 102 da Carta Magna. 2. O Supremo Tribunal Federal decidiu no sentido de que o sistema de alíquotas progressivas, objeto da Medida Provisória 560/1994 e posteriores reedições, é constitucional, desde que respeitada a vacatio legis de noventa dias (art. 195, § 6º, da Constituição Federal). 3. Ressalvado, contudo, o entendimento pessoal deste relator quanto à idoneidade de medida provisória instituir alíquotas progressivas. 4. Agravo regimental desprovido”.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, a, do CPC).

Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2015.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.351 (838)ORIGEM : AMS - 10024095356119001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ZENAIDE FELIX CAMPOMORI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HÉLIO BATISTA BOLOGNANI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO:Vistos. Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada nos seguintes fundamentos:

“A discussão referente à inclusão do benefício pleiteado na pensão por morte envolve interpretação e alcance de normas de direito local, bem

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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STF - DJe nº 79/2015 Divulgação: terça-feira, 28 de abril de 2015 Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2015 193

como reexame de provas, o que não é viável em sede de recurso extraordinário, em razão do disposto nos Enunciados n°s 279 e 280 das Súmulas do STF.

A propósito, confiram-se:(…)Não prospera, ainda, a pretensão recursal relacionada ao pedido de

equiparação do valor da pensão por morte ao valor que o ex-segurado receberia em vida, pois, além de o fundamento utilizado pela Turma Julgadora no pertinente não ter sido infirmado pelas recorridas nas razões recursais, a matéria remete o julgador, impreterivelmente, à análise do conteúdo fático-probatório dos autos, de impossível exame na via eleita, o que impede o trânsito do recurso, nos termos do disposto nos Enunciados n°s 283 e 279 das Súmulas do Supremo Tribunal Federal.”

Decido. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantidas incólumes as motivações anteriormente reproduzidas.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da Lei Maior). Agravo regimental conhecido e não provido.”

Ante o exposto, não conheço do agravo. Publique-se. Brasília, 7 de abril de 2015.

Ministro Dias Toffoli Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.431 (839)ORIGEM : AC - 00072307520098190066 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AUREO RODRIGUES MESSIASADV.(A/S) : LUIZ FLAVIO RODRIGUES DOS SANTOS

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário.Decido.Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a petição de

agravo em recurso extraordinário não está assinada. Destarte, nos termos da jurisprudência desta Corte, o recurso é considerado inexistente. Sobre o tema:

“1.RECURSO. Agravo regimental. Inadmissibilidade. Acórdão de Turma ou do Plenário. Agravo regimental não conhecido. Precedentes. Cabe agravo regimental contra decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma ou do Relator. Não, porém, contra acórdão de Turma ou do Plenário.

2. RECURSO. Agravo regimental. Inadmissibilidade. Petição assinada apenas por estagiário. Agravo regimental não conhecido. Precedentes. Não se conhece de recurso sem a assinatura do advogado, dado que formalidade essencial de existência do recurso” (RE nº 463.659/PB-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 6/6/08).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSINATURA DO ADVOGADO NA PEÇA DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA. CONVERSÃO EM DILIGÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Suprema Corte orienta-se no sentido de que não se

conhece de recurso sem a assinatura do advogado. II - Esta Corte não admite a conversão do processo em diligência, possibilitando à parte sanar o vício. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 558.463/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 9/11/07).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. AUSÊNCIA DE PEÇAS ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. TRASLADO OBRIGATÓRIO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 288/STF. 1. A falta de peças obrigatórias previstas no artigo 544, § 1º, do CPC, faz incidir a Súmula n. 288 do STF, verbis: “nega-se provimento ao agravo para subida de recurso extraordinário, quando faltar no traslado o despacho agravado, a decisão recorrida, a petição de recurso extraordinário ou qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia”. 2. O ônus de fiscalizar a correta formação do instrumento é exclusivo do agravante (Precedente: AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99). 3. Agravo Regimental a que se nega provimento” (AI nº 840.215/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 19/3/13).

Por fim, anoto que o Plenário desta Corte, na sessão de 8/10/08, ao julgar o RE nº 536.881/MG-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, ratificou a orientação de ser incabível neste Supremo Tribunal Federal o suprimento de eventuais falhas ou realização de diligências com o objetivo de viabilizar o conhecimento de recurso interposto nas demais instâncias.

Ante o exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Brasília, 10 de abril de 2015.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.482 (840)ORIGEM : PROC - 05200037820144058300 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSE ANTONIO DA SILVA FILHOADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Vistos. Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário. A decisão agravada negou seguimento ao apelo extremo amparada no seguinte fundamento:

“Trata-se de Recurso Extraordinário interposto contra acórdão desta Turma Recursal.

No entanto, não vislumbro a possibilidade de admissão do recurso, já que, da análise da interpretação albergada na decisão vergastada, não vem a lume, ao menos no plano hipotético, a ocorrência do confronto direto à Constituição Federal. Destaco que o Pretório Excelso não permite o manejo de tal modalidade recursal, quando se cuida de afronta reflexa ou indireta, tendo a decisão atacada se limitado à análise de tema infraconstitucional.

Com fundamento em tais considerações, INADMITO o Recurso Extraordinário interposto e determino o retorno dos autos ao JEF de origem.”.

Decido. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que deve a parte

impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso extraordinário, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação acima reproduzida.

Nesse caso, a jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal, com amparo na norma do art. 544, § 4º, inciso I, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 12.322/10, é no sentido de não conhecer do agravo. Nesse sentido, os seguintes julgados: AI nº 488.369/RS-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04; AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01; ARE nº 637.373/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/6/11; e ARE nº 704.986/PA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 28/2/13, esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO POPULAR. ESCOLHA DE CIDADE SEDE DE EVENTO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014. FUNDAMENTOS DO DESPACHO DENEGATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO IMPUGNADOS. AGRAVO NÃO CONHECIDO. ART. 544, § 4º, I, DO CPC. SÚMULA 283/STF. A teor do art. 544, § 4º, I, do CPC e da Súmula 283/STF, não se conhece de agravo contra despacho negativo de admissibilidade de recurso extraordinário quando, lastreada a decisão agravada em múltiplos fundamentos, independentes e suficientes para obstar o processamento do apelo extremo, não foram esgrimidos argumentos tendentes a desconstituir todos eles. Não importa em ofensa ao princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição da República) a negativa de seguimento a recurso extraordinário, ou o não conhecimento de agravo, quando verificado o não-atendimento dos pressupostos extrínsecos ou intrínsecos de admissibilidade recursal, cuja observância pelas partes constitui verdadeira imposição da garantia

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 8330299

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