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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro de 2010 Publicação: quarta-feira, 08 de setembro de 2010 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Cezar Peluso Presidente Ministro Ayres Britto Vice-Presidente Alcides Diniz da Silva Diretor-Geral ©2010 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Septuagésima Sétima Distribuição realizada em 2 de setembro de 2010. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CAUTELAR 2.699 (1) ORIGEM : AC - 2699 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : AMAZONAS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS REQDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.454 (2) ORIGEM : ADI - 4454 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA REQTE.(S) :PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE REQDO.(A/S) :ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.455 (3) ORIGEM : ADI - 4455 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - CFOAB ADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIOR E OUTRO(A/S) REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.411 (4) ORIGEM :AI - 3777214000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : PGE-SP - GEORGIA GRIMALDI DE SOUZA BONFÁ AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE EDSON FERNANDES DOS SANTOS ADV.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ DO NASCIMENTO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.690 (5) ORIGEM : AMS - 9602207353 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : COTIA TRADING S/A ADV.(A/S) :ANDRÉA DA ROCHA SALVIATTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : PFN - ROSANE BLANCO OZÓRIO BOMFIGLIO AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.943 (6) ORIGEM : PROC - 98030188917 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA ADV.(A/S) : ROGÉRIO BORGES DE CASTRO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : PFN - MARIA CECÍLIA LEITE MOREIRA AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.499 (7) ORIGEM : AC - 200461830019577 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) : LUIZ MARCELO COCKELL E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : PAULO LUIZ MELO ADV.(A/S) : MÁRCIO VIEIRA DA CONCEIÇÃO E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.116 (8) ORIGEM :AI - 5081215400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) :PGE-SP - CAIO CESAR GUZZARDI DA SILVA AGDO.(A/S) : EDA FRANCO ADV.(A/S) : DOMINGOS WELLINGTON MAZUCATO E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.672 (9) ORIGEM : AC - 200050010005373 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRD ADV.(A/S) : ENRICO ESTEFAN MANNINO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.186 (10) ORIGEM : AC - 200202010038387 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR :MIN. AYRES BRITTO AGTE.(S) : WALTER LUIZ DO REGO ADV.(A/S) : MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA MELO AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) :GIUSEPPINA PANZA BRUNO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.313 (11) ORIGEM : AMS - 97030311636 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATORA :MIN. ELLEN GRACIE AGTE.(S) :EUPAR S/C LTDA ADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.524 (12) ORIGEM : AC - 72036407 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. CELSO DE MELLO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro de 2010 Publicação: quarta-feira, 08 de setembro de 2010

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Cezar PelusoPresidente

Ministro Ayres BrittoVice-Presidente

Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

©2010

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Septuagésima Sétima Distribuição realizada em 2 de setembro de 2010.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CAUTELAR 2.699 (1)ORIGEM : AC - 2699 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.454 (2)ORIGEM : ADI - 4454 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADEREQDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.455 (3)ORIGEM : ADI - 4455 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL - CFOABADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIOR E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.411 (4)ORIGEM : AI - 3777214000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - GEORGIA GRIMALDI DE SOUZA BONFÁAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE EDSON FERNANDES DOS SANTOSADV.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ DO NASCIMENTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.690 (5)ORIGEM : AMS - 9602207353 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COTIA TRADING S/AADV.(A/S) : ANDRÉA DA ROCHA SALVIATTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - ROSANE BLANCO OZÓRIO BOMFIGLIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.943 (6)ORIGEM : PROC - 98030188917 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIO BORGES DE CASTRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MARIA CECÍLIA LEITE MOREIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.499 (7)ORIGEM : AC - 200461830019577 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : LUIZ MARCELO COCKELL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO LUIZ MELOADV.(A/S) : MÁRCIO VIEIRA DA CONCEIÇÃO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.116 (8)ORIGEM : AI - 5081215400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - CAIO CESAR GUZZARDI DA SILVAAGDO.(A/S) : EDA FRANCOADV.(A/S) : DOMINGOS WELLINGTON MAZUCATO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.672 (9)ORIGEM : AC - 200050010005373 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRDADV.(A/S) : ENRICO ESTEFAN MANNINO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.186 (10)ORIGEM : AC - 200202010038387 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : WALTER LUIZ DO REGOADV.(A/S) : MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA MELOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : GIUSEPPINA PANZA BRUNO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.313 (11)ORIGEM : AMS - 97030311636 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EUPAR S/C LTDAADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.524 (12)ORIGEM : AC - 72036407 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 2

AGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : TÂNIA MIYUKI ISHIDA RIBEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SONIA MARIA DE AZEVEDO SCHIMIDTADV.(A/S) : MARCELO MARQUES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.331 (13)ORIGEM : AC - 3551455 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPELADV.(A/S) : HÉLIO EDUARDO RICHTER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SEGUROS MINAS BRASILADV.(A/S) : EDGARD CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE NETO E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.364 (14)ORIGEM : AI - 200303000018234 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ADVICE PLANEJAMENTO E CONSULTORIA S/C LTDAADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.594 (15)ORIGEM : AC - 99173900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA E ASSISTENCIAL MARIA

IMACULADAADV.(A/S) : MAURÍCIO DE SOUZA E OUTRO(A/S)AGTE.(S) : JOSÉ ANTONIO DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ THALES SOLON DE MELLO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.954 (16)ORIGEM : AI - 160181001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

ADV.(A/S) : PGE-PE - MARIA RAQUEL SANTOSAGDO.(A/S) : JOSEFA OLEGÁRIA DE LIMAADV.(A/S) : VIRGINIO BATISTA FERREIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.445 (17)ORIGEM : AC - 3991285900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESPÓLIO DE JOSÉ SANTILLI SOBRINHOADV.(A/S) : JOSÉ BENEDITO CHIQUETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.809 (18)ORIGEM : AC - 70024104416 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SULADV.(A/S) : ÉRCIO ANDRÉ WEIZENMANN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DORIVAL DE OLIVEIRA RAMOSADV.(A/S) : ALESSANDRA GRUENDLING

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.024 (19)ORIGEM : AC - 72337230 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : BÁRBARA NASCIMENTO MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA GUARACIABA GISSONI FENÍCIOADV.(A/S) : SIDNEI GISSONI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.416 (20)ORIGEM : AC - 70026210823 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : MÁRCIO RODRIGUES CESA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ABRILINO ANTÔNIO ZANETTIADV.(A/S) : RAFAELA SALTON E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.056 (21)ORIGEM : AC - 70023336076 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : ALICE BATISTA HIRT E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LINDA SUSANA DRECHSLERADV.(A/S) : EVANDRO ROGÉRIO WENDLAND E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.859 (22)ORIGEM : AC - 4288355000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : RENNER SAYERLACK S/AADV.(A/S) : MARCO ANTONIO VIANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ PAULO DE CASTRO EMSENHUBERAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - ÂNGELA MANSOR DE REZENDE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.615 (23)ORIGEM : AI - 70023342934 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : FÁBIO MARIANTE MINCARONE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DORNATA MALLMANNADV.(A/S) : VERA REGINA OYARZABAL TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.635 (24)ORIGEM : AI - 70023330103 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : FÁBIO MARIANTE MINCARONE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CARLOS ROBERTO SCHMIDTADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO OPITZ E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.334 (25)ORIGEM : AC - 5627885200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : FÁBIO CRUZ FIGUEIREDOADV.(A/S) : RICARDO RAMOS NOVELLI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONCESSIONÁRIA ECOVIAS DOS IMIGRANTES S/AADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DENIS CAMARGO PASSEROTTI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.860 (26)ORIGEM : AC - 3960944700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS MORENGUEAGDO.(A/S) : MARIA GORETI DE AQUINO MORENGUEADV.(A/S) : TEODORO GUILHERME GRUENWALDT DA CUNHA E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.717 (27)ORIGEM : AR - 70008602948 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FAUSTO FERES ZEILMANNADV.(A/S) : ELTON ALTAIR COSTAAGDO.(A/S) : CAMILA DA SILVA BLOCKER (REPRESENTADA POR

ERIS BLOCKER E MARIA EUVANIR DA SILVA BLOCKER)

ADV.(A/S) : GASTÃO LUIZ FORGIARINI ROSSETO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.810 (28)ORIGEM : AC - 20060193918000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DROGARIA E FARMÁCIA CATARINENSE S/AADV.(A/S) : EDINEI ANTONIO DAL PIVAADV.(A/S) : DIONE CARINA SCHIMMINGADV.(A/S) : VICENTE CECATOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚADV.(A/S) : NEIVA TEREZINHA MARTELLI NADER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 3

AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.301 (29)ORIGEM : AC - 72924582 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : FAUSTO JOSÉ TONOLLIADV.(A/S) : UIRÁ COSTA CABRAL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : MÔNICA DENISE CARLI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 787.202 (30)ORIGEM : AC - 4135905600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SUELY APARECIDA DO NASCIMENTO CAPUCHOADV.(A/S) : DANIELA BARREIRO BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 787.961 (31)ORIGEM : AC - 200701375544 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : CIRÚRGICA MAFRA LTDAADV.(A/S) : JOSÉ RUBENS HERNANDEZ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.283 (32)ORIGEM : AC - 7463525400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : POSTO SÃO GABRIEL D'OESTE LTDAADV.(A/S) : AMAURY TEIXEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.505 (33)ORIGEM : MS - 200801762833 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : DENILSON MARINHO NETOADV.(A/S) : OTÁVIO ALVES FORTE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.341 (34)ORIGEM : AI - 70845 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5º

REGIÃOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : J LYRA BRAGA S/A - AUTO PEÇASADV.(A/S) : ERISVALDO GADELHA SARAIVA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 797.290 (35)ORIGEM : AC - 200036000098368 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MACROLOGÍSTICA CONSULTORIA S/C LTDAADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO HATCH DE MEDEIROSAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.728 (36)ORIGEM : AC - 200472010032850 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ALDO MOYZÉS LOPES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUDE JOSÉ VIEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.466 (37)ORIGEM : AI - 2000904000344397 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : JÚLIO CESAR DOS SANTOSAGDO.(A/S) : CARLOSDALMIR MARCHIOROADV.(A/S) : GIOVANNI GOSENHIMER

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.227 (38)ORIGEM : AC - 200803990274089 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : LEONOR DUTRA HILÁRIOADV.(A/S) : HUGO ANDRADE COSSI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.504 (39)ORIGEM : AC - 200560050017478 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : MARCIUS HAURUS MADUREIRAAGDO.(A/S) : SILVA ROMEIROADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA DO AMARAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.932 (40)ORIGEM : AC - 200871100003889 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ROBSON LUIZ DOS SANTOSADV.(A/S) : LUCIO LAUSER MORAES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.955 (41)ORIGEM : APCRIM - 993071234850 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : EMILE KHALIL BADRANADV.(A/S) : HAMILTON TERUAKI MITSUMUNE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.957 (42)ORIGEM : APCRIM - 10985233 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOSÉ BENEDITO RUAS BALDINADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO BATOCHIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JOÃO ANDRÉ GOUVEA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.024 (43)ORIGEM : AC - 200300134552 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : PETROBRÁS TRANSPORTE S/A - TRANSPETROADV.(A/S) : MICHELLE TAVEIRA MENDES DE VASCONCELLOS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TALES PEREIRA DE ARAÚJOADV.(A/S) : ANDRÉ LUIS ALVES MOREIRA DE SOUZA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.359 (44)ORIGEM : PROC - 71002496990 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : VOLNEI JOSÉ CASIRAGHIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.369 (45)ORIGEM : PROC - 71002492031 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : PAULO CESAR DA GRAÇA MARINSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.391 (46)ORIGEM : PROC - 70028559243 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DA SILVA FLORESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.403 (47)ORIGEM : APCRIM - 70024913592 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ELSA ROSA POTTHOFFADV.(A/S) : JORGE LUIZ AGUIAR DIASAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : ANDRÉ BERNARDINO COSTA DA ROSAADV.(A/S) : PATRICIA HOFFMANN DOS SANTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.442 (48)ORIGEM : PROC - 70028011740 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : ANTONIO MARCOS FARIAS LEALPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.559 (49)ORIGEM : RESP - 200500756097 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANDRÉA SANTOS SILVAADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO DO NASCIMENTO GURGEL E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EMPRESA VIAÇÃO PROGRESSO S/AADV.(A/S) : LUIS FELIPE DE SOUZA REBÊLO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.572 (50)ORIGEM : AC - 70029287042 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MUNICIPIO DE PELOTASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PELOTASAGDO.(A/S) : EDA XAVIER MOTTAADV.(A/S) : PAULA GRILL SILVA PEREIRA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.615 (51)ORIGEM : AC - 200570000221995 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁ

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : INDÚSTRIAS J. BETTEGA S.AADV.(A/S) : ROSEVAL SOARES PETRECHEN

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.617 (52)ORIGEM : AC - 200900202020 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EDSON EZEQUIEL DE MATOSADV.(A/S) : SEBASTIÃO GONÇALVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.627 (53)ORIGEM : AC - 20080154778 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE COSTA RICAADV.(A/S) : MARIA APARECIDA COUTINHO MACHADO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INDAIÁ EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : ROBERTO RODRIGUES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.628 (54)ORIGEM : AC - 20070111474270 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SANDRA BARROSO SILVAADV.(A/S) : GERSON MOISÉS MEDEIROS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : CHRISTINA PORFÍRIO TELES SILVA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.671 (55)ORIGEM : PROC - 70031190978 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTEAGDO.(A/S) : EVERTON CARDOSO DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.688 (56)ORIGEM : RMS - 19635 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOAGDO.(A/S) : ALINE CARVALHO COELHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADRIELE PINHEIRO REIS AYRES DE BRITTOINTDO.(A/S) : CELSO TADEU MONTEIRO BASTOSADV.(A/S) : CELSO TADEU MONTEIRO BASTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.703 (57)ORIGEM : AC - 200900125702 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FUNDO UNICO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : HELOISA MAGALHÃES DUNCAN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIO SILVA DE FREITAS E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.724 (58)ORIGEM : AC - 200900160935 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FUNDO UNICO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AGDO.(A/S) : CARMEM LÚCIA RIBEIRO BESSAADV.(A/S) : ALEXANDRE DA SILVA VERLY E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.729 (59)ORIGEM : AC - 70026812479 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ARMSTRON FABRICIO ALVES BERNARDOADV.(A/S) : LISIANE MARTINS CRUZAGDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO RIBAS SOARESADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO RIBAS SOARES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.822 (60)ORIGEM : AC - 20090254246 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS DE

MATO GROSSOADV.(A/S) : GUILHERME FREDERICO DE FIGUEIREDO CASTROADV.(A/S) : ANDRÉ STUART SANTOSAGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.855 (61)ORIGEM : PROC - 70029140035 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : ROBSON PIUGA DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.877 (62)ORIGEM : AC - 70028483477 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : LUCIANO BORTOLOTTOADV.(A/S) : JEVERSON VALTER LEONEL BARCELLOS E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : LUCIANA SOARES JARDIMADV.(A/S) : JORGE ALBERTO ZUGNO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.885 (63)ORIGEM : AÇÃO RESCISÓRIA - 4162 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA,

ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DO PARANÁ

ADV.(A/S) : RENATO ALBERTO NIELSEN KANAYAMAAGDO.(A/S) : AROLDO JOÃO VOSSADV.(A/S) : RENATO SERPA SILVÉRIO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.888 (64)ORIGEM : APCRIM - 1020370370000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANDRÉ MARQUES MARSONADV.(A/S) : RENATO VALVERDE UCHÔAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : GABRIEL MOREIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.894 (65)ORIGEM : AC - 70032166209 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MICHELLE FRACCARO FETTER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LIANE DE SOUZA WEBER

ADV.(A/S) : LUCIANO BRANDÃO VIEIRA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.895 (66)ORIGEM : PROC - 71002512853 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARCELO MARTINS POPIOWOSKIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.901 (67)ORIGEM : HC - 148324 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : ELISEU BENITESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.918 (68)ORIGEM : APCRIM - 199960020015830 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ARLINDO PEREIRA DA SILVA FILHOAGTE.(S) : PEDRO AMÉRICO LOCATEL ARAÚJOADV.(A/S) : JOÃO ARNAR RIBEIROADV.(A/S) : LYSIAN CAROLINA VALDESAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : JOSÉ MANOEL PALHANO DE LA PUENTEADV.(A/S) : LEILA MARIA MENDES SILVA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.925 (69)ORIGEM : APCRIM - 200661810059244 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOSÉ URBANEJA SANCHESAGTE.(S) : MARCUS VINICIUS MARTINS MOREIRAADV.(A/S) : LADISAEL BERNARDO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.929 (70)ORIGEM : RESP - 200501952193 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ANTONIO AMÂNCIO FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HUDSON GUTEMBERG DE SOUZA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.933 (71)ORIGEM : AIRR - 359200246302403 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : Volkswagen do Brasil Ltda. - Indústria de Veículos

AutomotoresADV.(A/S) : CAIO ANTONIO RIBAS DA SILVA PRADO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DARCI PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.942 (72)ORIGEM : AC - 200583000046496 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JAIRO CACHO NUNESADV.(A/S) : SAMUEL MENEZES COLLIERAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.944 (73)ORIGEM : AI - 1065132 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SÃO PAULO TRANSPORTES S/A - SPTRANSADV.(A/S) : ALBERTO BRANDÃO HENRIQUES MAIMONI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SANTA CECÍLIA VIAÇÃO URBANA LTDAADV.(A/S) : EDUARDO JESSNITZER E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.950 (74)ORIGEM : AC - 200783000025441 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOSE DE SOUTO LIMA FILHOADV.(A/S) : SÉRGIO SILVIO GOMES ALVES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.952 (75)ORIGEM : PROC - 200913600294 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SEDCO FOREX INTERNATIONAL RESOURCES LTDA.ADV.(A/S) : DAUTO RODRIGUES MOURA JUNIORAGDO.(A/S) : MARCIA MARIA KWANME AMORIM DE CASTROADV.(A/S) : ANNA MARIA DOS SANTOS PENNA MAISONNETTEAGDO.(A/S) : S Y B V DA S (REPRESENTADO POR ROSA ELIZA

RODRIGUES BENTES) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANDREI YURI BENTES VELHO DA SILVAADV.(A/S) : YONNE CUNHA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.953 (76)ORIGEM : AC - 7665915000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO -

METRÔADV.(A/S) : RENATO DONDA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.954 (77)ORIGEM : AC - 200783000197707 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : GILBERTO JOSE DE LIMAADV.(A/S) : TIAGO AUGUSTO SILVA JAQUESAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.955 (78)ORIGEM : AC - 200204010525989 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : HELOISA SABEDOTTI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MASTER HOUSE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS

LTDAADV.(A/S) : FERNANDO TORREÃO DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.956 (79)ORIGEM : PROC - 4347215 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSAGDO.(A/S) : ODIVA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DANIELLA VITELBO APARICIOINTDO.(A/S) : CAIXA DE PECULIOS E PENSÕES DOS SERVIDORES

MUNICIPAIS DE SANTOSADV.(A/S) : ROSELI DE ALMEIDA FERNANDES SANTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.967 (80)ORIGEM : AC - 200783000002120 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : FÉLIX WANDERLEY DA CRUZ GOUVEIAADV.(A/S) : VÂNIA AFFONSO DE MELLOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.968 (81)ORIGEM : RESP - 1123128 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SEMP TOSHIBA AMAZONAS S/AADV.(A/S) : VERÔNICA CRISTINA MOURA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.970 (82)ORIGEM : RMS - 31179 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CONTABILISTA PAPELARIA INFORMÁTICA LTDAADV.(A/S) : JAMIL IBRAHIM TAWIL FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.971 (83)ORIGEM : RESP - 1138748 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA,

ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CREA/RJ

ADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : SEBASTIÃO MACHADO COSTAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO REIS CLETO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.972 (84)ORIGEM : RESP - 200501317161 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : A ANGELONI & CIA LTDAADV.(A/S) : CÉLIA CELINA GASCHO CASSULI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.978 (85)ORIGEM : AI - 70032724924 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO JUNGESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.980 (86)ORIGEM : PROC - 1826150 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.988 (87)ORIGEM : AC - 200083000101242 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : EUNICE MARIA DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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ADV.(A/S) : JOSÉ GONÇALVES PEREIRA FILHO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.990 (88)ORIGEM : PROC - 1165780 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : RENATA DO AMARAL GONÇALVESAGDO.(A/S) : JURACI GOMES DO CARMOADV.(A/S) : GISELA DE LIMA PINHEIRO DOS SANTOS ESTEVES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.993 (89)ORIGEM : AC - 200783000073678 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : LUCIENE ALVES LEAL LIMAADV.(A/S) : VÂNIA AFFONSO DE MELLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.994 (90)ORIGEM : AC - 8508415000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIVERSIDADE DE TAUBATÉADV.(A/S) : LUCIANA LANZONI DE ALVARENGAAGDO.(A/S) : JOSÉ NERY DE GOUVÊAADV.(A/S) : JOSÉ NERY DE GOUVÊA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.995 (91)ORIGEM : AC - 200872500032330 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RENAN HENRIQUE CASSOL RODIGHERIADV.(A/S) : REJANE MAYER MENGUE LOPES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.998 (92)ORIGEM : AC - 200661000182567 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARCOS ALEXANDRE GONÇALVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO DE ALMEIDAAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : LOURDES RODRIGUES RUBINO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.002 (93)ORIGEM : AC - 200383000253225 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRIBUIDORA PATRIOTA LTDAADV.(A/S) : RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JÚNIOR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.006 (94)ORIGEM : AC - 10642060005997001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO ROMAOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

ROMÃOAGDO.(A/S) : TÂNIA ALVES CAETANOADV.(A/S) : LINDÉLCIO CARDOSO ROCHA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.007 (95)ORIGEM : AC - 200872660019339 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ERVIRIA RITA DA SILVA, REPRESENTADA POR MARIA

HELENA DA SILVA

ADV.(A/S) : KARINA LOPES NATAL E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.012 (96)ORIGEM : AIRR - 773199608203406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : PROFORTE S/A TRANSPORTE DE VALORESADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : VALCY XAVIER DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FLORISANGELA CARLA LIMA RIOS E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.015 (97)ORIGEM : AC - 10512050284516001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PIRAPORAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PIRAPORAAGDO.(A/S) : DULCE MARIA FROTA FIGUEIREDO ABDALLAADV.(A/S) : JOÃO FIGUEIREDO ABDALLA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.016 (98)ORIGEM : MS - 10756 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CLÁUDIO ALBERTO BARBOSA PONTESADV.(A/S) : JOSÉ ERCÍDIO NUNES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.017 (99)ORIGEM : AC - 70017988361 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : AULER EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DE CEREAIS

LTDAADV.(A/S) : DANIEL VIERAGDO.(A/S) : JULIO CÉSAR STAHLHÖFERADV.(A/S) : JOSÉ ALDROVANDO MACHADO RODRIGUES E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.031 (100)ORIGEM : AC - 200785000052096 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE

SERGIPE CRO-SEADV.(A/S) : ROBERTO BALDO CUNHAAGDO.(A/S) : AILZA ALCANTARA GOMES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.034 (101)ORIGEM : RESP - 200800286491 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MASTERFOODS BRASIL ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : MARCELO REINECKEN DE ARAÚJO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.041 (102)ORIGEM : AC - 200480000026978 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : USINA SERRA GRANDE S/AADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.046 (103)ORIGEM : PROC - 35980 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : SEBASTIÃO DE BARROS QUINTÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHOADV.(A/S) : ANDRÉ DUTRA DÓREA ÁVILA DA SILVAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.048 (104)ORIGEM : AC - 200883000071571 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO PRÍNCIPE DE ORLEANSADV.(A/S) : RENATA KESSIA RIBEIRO SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.049 (105)ORIGEM : AC - 200605000444149 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE RECIFEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFEAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.067 (106)ORIGEM : PROC - 200771950115501 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOÃO ANTONIO ROCHAADV.(A/S) : MARCOS ERNANI SENGER

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.068 (107)ORIGEM : RR - 77098420011 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ALESSANDRO LOFF SCHMIDTADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURY E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TRANSPORTES RLD LTDAADV.(A/S) : JOÃO ANTONIO PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELETRICA - CEEEADV.(A/S) : JOANA PINTO LUCENA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.069 (108)ORIGEM : MS - 1820053030313018 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ANTONIO JOSÉ PINTO DE CARVALHO JUNIOR E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANGELINA RIBEIRO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPADV.(A/S) : INÊS HELENA BARDAWIL PENTEADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.072 (109)ORIGEM : AC - 200800127597 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : VALDERIS OLIVOADV.(A/S) : ALEXANDRE MAGNAVITA GASCHI E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.083 (110)ORIGEM : PROC - 2008002539840 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : BANCO ITAULEASING S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : MARCO DEMETERCOADV.(A/S) : ALESSANDRO MESTRINER FELIPE E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.084 (111)ORIGEM : PROC - 72592282005 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIA

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : ANTÔNIO BENTO DE FREITASADV.(A/S) : MARCOS LUIZ CARMELO BARROSO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.086 (112)ORIGEM : PROC - 54802008 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALOCAR LTDAADV.(A/S) : ADOLFO ARINE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS GOMES DO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULA FERREIRA QUEIROZ E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.088 (113)ORIGEM : MS - 200501960980 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ADINEY GOULART VAN DER BENDADV.(A/S) : IZABEL DILOHÊ PISKE SILVÉRIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.091 (114)ORIGEM : AC - 200683000120536 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE

PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : EMIKO SHINOZAKI HENDESADV.(A/S) : EXPEDITO BANDEIRA DE ARAUJO JUNIOR

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.093 (115)ORIGEM : PROC - 200511201065 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARACAJUADV.(A/S) : GILBERTO VIEIRA LEITE NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO

MUNICÍPIO DE ARACAJU - SEPUMAADV.(A/S) : MARCEL COSTA FORTES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.095 (116)ORIGEM : AC - 4850355 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : ANTONIO LUIZ ANDRIOLIAGDO.(A/S) : GERHARD GRUBEAGDO.(A/S) : TERUFUMI KATAYAMAADV.(A/S) : LEILANE TREVISAN MORAES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PARANAPREVIDENCIAADV.(A/S) : ALESSANDRA GASPER BERGER

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.099 (117)ORIGEM : APCRIM - 200650010067502 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOSÉ SYDNY RIVAADV.(A/S) : MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRAADV.(A/S) : EDISON VIANA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.100 (118)ORIGEM : AC - 200103990176024 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SOCIEDADE INSTRUÇÃO SOCORROSADV.(A/S) : ADIB SALOMÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.101 (119)ORIGEM : AC - 20070500061585401 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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PROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO

DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERALADV.(A/S) : GEORGE SARMENTO LINS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.105 (120)ORIGEM : PROC - 3662009 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARSALL E SILVANO LTDAADV.(A/S) : FABÍOLA CÁSSIA DE NORONHA SAMPAIO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EUDES MAGALHÃESADV.(A/S) : WILSON MOLINA PORTO E OUTRO(A/S)

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.336 (121)ORIGEM : PROC - 200570500088858 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ANTONIETA MACHOTAADV.(A/S) : CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.418 (122)ORIGEM : PROC - 200770500011196 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ALVISE RADAELIADV.(A/S) : CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.225 (123)ORIGEM : PROC - 200851510337888 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : WANDER SANTOS DIASADV.(A/S) : JUACENYR TEIXEIRA DE ASSUMPÇÃO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.058 (124)ORIGEM : PROC - 20085151040359901 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : RONALDO AZEVEDO PINTOADV.(A/S) : IZABEL CRISTINA V DE ASSUMPÇÃOEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.712 (125)ORIGEM : APCRIM - 20070007016 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : DIUCELI FRANGILO PEREIRAADV.(A/S) : CLÓVIS LISBOA DOS SANTOS JUNIOREMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.737 (126)ORIGEM : AC - 1776703 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : AÉCIO FIRMO SILVA THÉ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.648 (127)ORIGEM : AI - 1118428 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : FREE EMPREENDIMENTOS HOTELEIROS LTDA EPPADV.(A/S) : MATILDE MARIA DE SOUZA BARBOSA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPO

EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.963 (128)ORIGEM : APCRIM - 12060126716 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : BOAVENTURA SANTOS ARGOLOADV.(A/S) : CLÓVIS LISBOA DOS SANTOS JR.EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.908

(129)

ORIGEM : AC - 10558070033391001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO DE RIO POMBAADV.(A/S) : MIGUEL ARCANJO CÉSAR GUERRIERI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : COMPANHIA FORÇA E LUZ CATAGUAZES -

LEOPOLDINAADV.(A/S) : RODRIGO MONTEIRO MARTINS E OUTRO(A/S)

HABEAS CORPUS 102.866 (130)ORIGEM : HC - 102866 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : GERSON CAMATAIMPTE.(S) : ANTÔNIO AUGUSTO GENELHU JÚNIOR E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE VITÓRIA

REDISTRIBUÍDO

HABEAS CORPUS 104.806 (131)ORIGEM : HC - 171346 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : CELSO MARTINSIMPTE.(S) : ALFEU GUEDESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 171346 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.314 (132)ORIGEM : PROC - 518193 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : CÉSAR AUGUSTO PEREIRAIMPTE.(S) : CÉSAR AUGUSTO PEREIRACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES

CRIMINAIS DE PRESIDENTE PRUDENTE

HABEAS CORPUS 105.317 (133)ORIGEM : EXEC - 584292 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : EVERSON RIBEIROIMPTE.(S) : EVERSON RIBEIROCOATOR(A/S)(ES) : JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL

DA COMARCA DE ITAPETININGA

HABEAS CORPUS 105.319 (134)ORIGEM : PROC - 0480091229140 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : JOSÉ RODRIGO FERNANDES DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : JOSÉ RODRIGO FERNANDES DE OLIVEIRA

HABEAS CORPUS 105.357 (135)ORIGEM : HC - 125259 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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PACTE.(S) : EDMILSON SOUZA OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 125259 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.360 (136)ORIGEM : HC - 120098 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ED CARLOS MARINADV.(A/S) : HERALDO BROMATIIMPTE.(S) : ED CARLOS MARINCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.362 (137)ORIGEM : PROC - 62100030965 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCELO RODRIGUESIMPTE.(S) : JOÃO LUIZ PAULO JÚNIOR E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 180682 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.363 (138)ORIGEM : PROC - 4720047050005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : VALERI FERREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 105.364 (139)ORIGEM : HC - 160416 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : MARILEIA FRANCISCA BALBINOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.365 (140)ORIGEM : HC - 164492 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : MARCOS BUARQUE LIRAIMPTE.(S) : JOSE AUGUSTO BRANCOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 164492 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.366 (141)ORIGEM : PROC - 3595519 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : VALDERI MARSEIMPTE.(S) : MARCELO NAVARRO DE MORAIS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 149041 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.367 (142)ORIGEM : HC - 178139 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : BERNADETE DA SILVA BEZERRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE

PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOCOATOR(A/S)(ES) : MINISTRO RELATOR DO HC 178139 STJ

HABEAS CORPUS 105.370 (143)ORIGEM : HC - 137857 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : CARLOS MORAES SILVAIMPTE.(S) : RAIMUNDO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.377 (144)ORIGEM : HC - 154805 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : WASHINGTON LUIZ FARIA FERREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 105.379 (145)ORIGEM : HC - 147566 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : PETER ILOZUE OU SIMON MATHIBA OU ALEX

CHUKWUDI NNAEMEKA OU JUDE UCHENNA OKEKEIMPTE.(S) : DALVA DE SOUZA ABONDANZACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.260 (146)ORIGEM : MI - 3260 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : AMERICO SCOTTIADV.(A/S) : JULIANA PEDROSA MONTEIROIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.265 (147)ORIGEM : MI - 3265 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : DÁRIO SALMITO DE AZEVEDOADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO UCHÔA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.266 (148)RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : CLAUDIO MUNIZADV.(A/S) : MAURI BENEDITO GUILHERME E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE SEGURANÇA 29.166 (149)ORIGEM : PP - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : CINESIO JOAO DA SILVAADV.(A/S) : RAFAEL DE ASSIS HORNIMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 29.167 (150)ORIGEM : PROC - 200771500158203 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : NELSON WILLY CAMARGO LIMAADV.(A/S) : LUCIANA PEREIRA DA COSTA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA TURMA RECURSAL SUPLEMENTAR

DO RIO GRANDE DO SUL

MANDADO DE SEGURANÇA 29.169 (151)ORIGEM : PP - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : SALVELINA GERALDO CAMPOSADV.(A/S) : LEONARDO PACHECO DE SOUZAIMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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MANDADO DE SEGURANÇA 29.171 (152)ORIGEM : PP - 00019468520102000000 - CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO

TRABALHO DA 10º REGIÃO-AMANTRA 10ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 29.172 (153)ORIGEM : PP - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : MARIA NATAL OLÍMPIO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ISRAEL DOURADO GUERRA FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 29.173 (154)ORIGEM : TC - 00901420101 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : RENATO JARDIM DA SILVAADV.(A/S) : CEZAR AUGUSTO MENDES JUNIOR E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : RELATOR DOS TC Nº 00901420101 E 01071420103 DO

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECLAMAÇÃO 10.570 (155)ORIGEM : PROC - 00143201001816002 - JUIZ DO TRABALHO DA

16º REGIÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ICATUADV.(A/S) : CONSTÂNCIO PINHEIRO SAMPAIORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

BARREIRINHASINTDO.(A/S) : FLOR DE LYS ALVES DA SILVAADV.(A/S) : MARCELO EMÍLIO CÂMARA GOUVEIA

RECLAMAÇÃO 10.571 (156)ORIGEM : PROC - 00300200700308009 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 8º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃOINTDO.(A/S) : MARIA DE NAZARÉ PAES LOUREIROADV.(A/S) : ÉRICA DE ALMEIDA PINTOINTDO.(A/S) : CENTRO DE DIAGNÓSTICOS BASILEU NEVES S/C

LTDA

RECLAMAÇÃO 10.572 (157)ORIGEM : MS - 000258013200880500000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : CELMA DOS SANTOS ALVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS LUIZ CARMELO BARROSO

RECLAMAÇÃO 10.574 (158)ORIGEM : RR - 02009420085080003 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : HAROLDO PRAIA LEÃOADV.(A/S) : NILTON MARANHÃO DOS SANTOSINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM

ADMINISTRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO - FEPADADV.(A/S) : WANAIA TOME DE NAZARE ALMEIDA

RECLAMAÇÃO 10.575 (159)ORIGEM : PROC - 884402220065150065 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : PREFEITURA MUNICIPAL DE TUPAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : TEREZINHA DE SOUZA BEZERRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.530 (160)ORIGEM : AC - 200503990239106 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : BRUNO TAKAHASHIRECDO.(A/S) : RODOLFO DELAVY FILHOADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS HADAD DE LIMA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.944 (161)ORIGEM : AC - 6332765800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MIDORI SANOADV.(A/S) : HORÁCIO LUIZ AUGUSTO DA FONSECARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : RODRIGO YOKOUCHI SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.356 (162)ORIGEM : EIAC - 7107305301 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JOSÉ FELIPPE DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ LÁZARO APARECIDO CRUPE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.890 (163)ORIGEM : AC - 4056642 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : TRANSPORTADORA MATSUDA LTDAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 608.195 (164)ORIGEM : RESP - 964089 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SIBAN SEGURANÇA INDUSTRIAL E BANCÁRIA LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEONARDO WERNER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 608.897 (165)ORIGEM : AI - 20080007857 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : RICARDO CANEDO CAVALCANTIADV.(A/S) : RICARDO CANEDO CAVALCANTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 (166)ORIGEM : MS - 20080438485 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : ZELIA INES SCHMITZADV.(A/S) : MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.993 (167)ORIGEM : ms - 20050003946 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : O ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : SHEILA MARIA KANAWATI CARDOSOADV.(A/S) : INÁCIO DE JESUS BARROS DE CATSRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 619.233 (168)ORIGEM : AC - 3180122 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : ADÉLIA RAMOS CARREIRO MIRANDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SAULO MOREIRA LEITERECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 621.733 (169)ORIGEM : PROC - 200672010024228 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CETEC SERVIÇOS TECNICOS ESPECIALIZADOS S/S

LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO OSCAR MAGALHÃES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.095 (170)ORIGEM : PROC - 403939 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : CAROLINA TENÓRIO DE MELLOADV.(A/S) : CARLOS MENDES DA SILVEIRAADV.(A/S) : LUCIANA MUNIZ CORDEIROADV.(A/S) : EMÍLIA MARIA BARBOSA DOS SANTOS SILVAADV.(A/S) : LILIAN AVALONI GUEDES AZEREDOADV.(A/S) : LUCIANA SANTOS DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : COMPANHIA SUL SERGIPANA DE ELETRICIDADE -

SULGIPEADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.096 (171)ORIGEM : REsp - 1152518 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPRPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : TIAGO GONÇALVES ROCHAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.322 (172)ORIGEM : PROC - 5067326620094058400 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 5º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : LUCIA MARIA DE BARROS LUCENAADV.(A/S) : CONSTANTINO RIBEIRO DO CARMORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.456 (173)ORIGEM : RE - 05041959720094058400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MIRIAM MORENO E SILVAADV.(A/S) : VENÍCIO BARBALHO NETO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.703 (174)ORIGEM : REsp - 1153114 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VIAÇÃO PÁSSARO VERDE LTDA

ADV.(A/S) : GERALDOD LUIZ DE MOURA TAVARES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.209 (175)ORIGEM : AI - 200701000274766 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ITAPICURU AGRO INDUSTRIAL S/AADV.(A/S) : TANEY QUEIROZ E FARIAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUCAO

MINERAL - DNPMADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.282 (176)ORIGEM : AI - 200904000127428 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANA MARIA LAZZARON BECKERADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.298 (177)ORIGEM : AC - 200871100006192 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MARCOS BONGALHARDO GOULARTADV.(A/S) : MARCELO DOMINGUES DE FREITAS E CASTRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.308 (178)ORIGEM : AC - 199451010267574 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.771 (179)ORIGEM : AR - 20000032981 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BENTONIT UNIÃO NORDESTE S/AADV.(A/S) : THÉLIO QUEIROZ FARIAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ANTÔNIO PEREIRA DE ALMEIDAADV.(A/S) : PAULO AMÉRICO MAIA DE VASCONCELOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.913 (180)ORIGEM : APCRIM - 993070175869 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : HORST JAKOB HAPPELADV.(A/S) : FABIO RODRIGO PERESIRECDO.(A/S) : DIÁRIO DA REGIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.251 (181)ORIGEM : HC - 118497 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : KÁTIA DA SILVA MONTEIROADV.(A/S) : JOSÉ PEDRO DE CASTRO BARRETO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.380 (182)ORIGEM : ADI - 1609960 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

PAULOADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.383 (183)ORIGEM : EIAR - 18 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : HAROLDO CANAVARROS SERRAADV.(A/S) : EUCLIDES BALERONI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BENEDITO ABADIO DA SILVAADV.(A/S) : ANTÔNIO FRANCISCATO SANCHES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.392 (184)ORIGEM : RMS - 19635 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : ALINE CARVALHO COELHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADRIELE PINHEIRO REIS AYRES DE BRITTORECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOINTDO.(A/S) : CELSO TADEU MONTEIRO BASTOSADV.(A/S) : CELSO TADEU MONTEIRO BASTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.460 (185)ORIGEM : AC - 1984975 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : LUCIO CHRISTOVAM FURTADO DE MIRANDAADV.(A/S) : LUIZ OLIVEIRA DA SILVEIRA FILHO E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.477 (186)ORIGEM : MS - 20060139866000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : ADEIL MARCELO PIRANI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEONARDO AVELINO DUARTE E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.478 (187)ORIGEM : AMS - 200471000139395 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FITESA S/AADV.(A/S) : VALÉRIA GUTJAHR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.480 (188)ORIGEM : PROC - 24076739564 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS

DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SALADA DE FRUTAS LTDAADV.(A/S) : RENATO LUÍS MARQUES PESSOA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IRACEMA DE SOUZA LEITEADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE VILLAS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.481 (189)ORIGEM : PROC - 28 - JUIZ DE DIREITO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃRECDO.(A/S) : MAURO BEROLAZZI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIO SERGIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.484 (190)ORIGEM : MS - 70019080100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : HELMUT ANTÔNIO MÜLLERADV.(A/S) : JANE MARIA VARGAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.485 (191)ORIGEM : AMS - 200181000056327 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCEADV.(A/S) : CELSO LUIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.486 (192)ORIGEM : AC - 200004011380550 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : COMPANHIA DE SEGUROS GRALHA AZUL E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.487 (193)ORIGEM : AMS - 200970000115933 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : NOTA MIL ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : CAROLINE DIAS DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.490 (194)ORIGEM : AC - 200800137412 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE CASTRO NEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.493 (195)ORIGEM : AC - 200400100401 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : IVONETE CARNEIRO DE PAULAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : CEDAE - COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E

ESGOTOSADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.494 (196)ORIGEM : AMS - 200871000186640 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 14

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : PRONTUR TURISMO E CÂMBIO LTDAADV.(A/S) : LEONARDO GONÇALVES MURARO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.496 (197)ORIGEM : AC - 200171000057675 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES FEDERAIS DO RIO

GRANDE DO SUL - SINDISERF/RSADV.(A/S) : FELIPE CARLOS SCHIWINGEL E OUTRO(A/S)RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : OS MESMOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.561 (198)ORIGEM : AMS - 200251010219050 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIMED JOAO MONLEVADE COOPERATIVA DE TRAB

MEDICO LTDAADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRAADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.563 (199)ORIGEM : AC - 200551010204102 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : TELELISTAS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.564 (200)ORIGEM : AC - 10024044055168001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : LOGIGUARDA GUARDA DE VEÍCULOS E

EQUIPAMENTOS LTDAADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ANTÔNIO OSMAR CORGOSINHO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.566 (201)ORIGEM : AC - 200671000192357 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : COOPERATIVA AGRÍCOLA CONSOLATA - COPACOL E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO AUGUSTO CHEMIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.570 (202)ORIGEM : AC - 70031657000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CARLOS ANTONIO DUARTE CANALSADV.(A/S) : VIRGILIO MUNARI NETORECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.572 (203)ORIGEM : AC - 199900114697 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

RECTE.(S) : TRÊS PODERES S/A SUPERMERCADOSADV.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 25 1 26

MIN. MARCO AURÉLIO 32 0 32

MIN. ELLEN GRACIE 26 0 26

MIN. GILMAR MENDES 17 0 17

MIN. AYRES BRITTO 23 0 23

MIN. JOAQUIM BARBOSA 2 0 2

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 20 0 20

MIN. CÁRMEN LÚCIA 30 0 30

MIN. DIAS TOFFOLI 27 0 27

TOTAL 202 1 203

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, ANA LUCIA DA COSTA NEGREIROS, Secretária Judiciária.

Brasília, 2 de setembro de 2010.

DECISÕES E DESPACHOS

Processos com Despachos Idênticos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.300 (204)ORIGEM : AC - 4385984 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁAGTE.(S) : APP - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM

EDUCAÇÃO PÚBLICA NO PARANÁADV.(A/S) : GISELE SOARES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Verifico na cópia da petição de recurso extraordinário a ausência de

apresentação de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC, de modo que o recurso não pode ser admitido, como já o reconheceu o Plenário desta Corte, no julgamento da Questão de Ordem no AI nº 664.567 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.2007):

“(...)49. Esse o quadro, resolvo a questão de ordem para concluir:a) que é de exigir-se a demonstração da repercussão geral das

questões constitucionais discutidas em qualquer recurso extraordinário, incluído o criminal;

b) que a verificação da existência na petição do RE de ‘preliminar formal e fundamentada de repercussão geral’ (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327) das questões constitucionais discutidas pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, somente, a decisão sobre a efetiva existência da repercussão geral;

c) que só se aplica a exigência da repercussão geral a partir do dia 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.

(...)”.3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (arts. 21, § 1º, do

RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).Publique-se. Int..Brasília, 16 de julho de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.100 (205)ORIGEM : AC - 200900125334 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIROAGTE.(S) : ALEXANDRE DE CASTRO MELLOADV.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ RIBEIRO DE CARVALHOAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 15

JANEIRO

Despacho: Idêntico ao de nº 204

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.939 (206)ORIGEM : AC - 70029701943 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : ESPÓLIO DE ZEFERINO DE OLIVEIRA LEMOSADV.(A/S) : INÊS LEMOS ROSAAGDO.(A/S) : PAULO CESAR LEMOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLÉO ARMENDARIS ACOSTA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 204

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.571 (207)ORIGEM : PROC - 23305 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : GUSTAVO TADEU KENCIS MOTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ DE SOUSA FERNANDESADV.(A/S) : IRANI SERRÃO DE CARVALHO

Despacho: Idêntico ao de nº 204

AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.445 (208)ORIGEM : AC - 200342000024416 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PACARAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PACARAIMAAGDO.(A/S) : VALDIR TEIXEIRA LIMA

DESPACHO: 1. O Ministro CELSO DE MELLO encaminhou este AI à Presidência em virtude de suposta prevenção em relação à ACO nº 499, de relatoria do Min. MARCO AURÉLIO.

2.É caso de prevenção.Em 14.8.1996, a ACO nº 499 foi distribuída ao Min. MAURÍCIO

CORREA. Após, foi redistribuída ao Min. MARCO AURÉLIO, em razão de sucessão, na forma do art. 38, IV, a, do RISTF. Nela, discute-se a legitimidade do ato legislativo instituidor do Município de Pacaraima.

Este AI nº 795.445 foi distribuído ao Min. CELSO DE MELLO em 19.4.2010. Nessa causa, pretende-se assegurar usufruto exclusivo, pelas comunidades indígenas, da área denominada Vila Pacaraima, em face da ocupação de terceiros não-indígenas. Consta do acórdão recorrido:

“(...) De fato, pode ser emitido o seguinte raciocínio: na hipótese de a Suprema Corte concluir pela legitimidade do ato legislativo instituidor do Município de Pacaraima, ficará prejudicada a controvérsia, não mais subsistindo, portanto, a questão básica deduzida no bojo desta ação, qual seja, a de que a ocupação pelo terceiro, não-índio, seria indevida. Por tais razões, parece-me admissível a suspensão do processo, a teor do art. 265, IV, ‘a’, do Código de Processo Civil (...)” (fl. 74).

Vê-se, pois, que a controvérsia suscitada nestes autos está relacionada, por nexo de prejudicialidade, com aquela objeto da ACO nº 499. É recomendável, pois, que os processos sejam atribuídos ao mesmo relator, de modo a evitar decisões conflitantes.

Confira-se, nesse sentido, a decisão proferida no HC-AgR nº 83.501 (Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 26.9.2003 - grifei):

“ o procedimento interno de distribuição disciplinado por normas processuais e pelos respectivos dispositivos regimentais, determina o ministro relator do processo que em hipóteses específicas, por conveniência da instrução ou até mesmo para que se evitem decisões contraditórias, estará prevento para relatar, atraindo, em conseqüência, para si, os demais feitos que de alguma forma estejam entre si relacionados.”

3. Diante do exposto, reconheço a existência de prevenção e determino a redistribuição deste feito para o eminente Ministro MARCO AURÉLIO.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.949 (209)ORIGEM : AC - 200751010048137 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARIA LUCIA DE ASSIS ALVESADV.(A/S) : PAULO VINÍCIUS NASCIMENTO FIGUEIREDO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 28 de julho de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.104 (210)ORIGEM : AC - 200683000116168 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCOAGTE.(S) : CAROLINA MARIA DE MELOADV.(A/S) : SÉRGIO SILVIO GOMES ALVESAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 28 de julho de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.388 (211)ORIGEM : AI - 4922009 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : VRG LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : NATALIA CECILE LIPIEC XIMENES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : VILMA SIQUEIRA CAMPANAADV.(A/S) : TIAGO CAMPANA BULLARA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, cópia da petição de recurso extraordinário, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 16: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 16

Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 28 de julho de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.460 (212)ORIGEM : AC - 70030456370 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : EVERALDO VAZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUÍS ALBERTO ELY BERGAMASCHI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia do inteiro teor da decisão agravada, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.462 (213)ORIGEM : AC - 70029236643 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : CARLA CRISTINA BAPTISTA DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUÍS ALBERTO ELY BERGAMASCHI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia do inteiro teor do acórdão proferido em embargos de declaração, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.628 (214)ORIGEM : AC - 200661050050324 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃO

PROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : LOBBY EMPREGOS TEMPORÁRIOS E EFETIVOS

LTDAADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS PICOLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.781 (215)ORIGEM : AIRR - 557403220025150065 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃAGDO.(A/S) : NILTON PEREIRA IMPERATRIZ

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, cópia da certidão da respectiva intimação da decisão agravada, cópia da petição de recurso extraordinário, cópia do acórdão recorrido, cópia da decisão agravada, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 28 de julho de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.159 (216)ORIGEM : AC - 200251010097746 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROAGTE.(S) : COMPANHIA AGRICOLA BAIXA GRANDEADV.(A/S) : MARCIA CRISTINA DA CUNHA FREITASAGDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA DA SILVAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 17

instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 28 de julho de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.171 (217)ORIGEM : AC - 199961050001690 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : PRODUTOS ALIMENTÍCIOS VINHEDO LTDAADV.(A/S) : RENATO PEDROSO VICENSSUTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia da certidão de publicação do acórdão proferido em embargos de declaração, cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, cópia do acórdão proferido em embargos de declaração, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 28 de julho de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.177 (218)ORIGEM : AC - 70015971526 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : SANTO DE CESAROADV.(A/S) : LIJANE MIKOLASKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA LTDAADV.(A/S) : MAURÍCIO LINDENMEYER BARBIERI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.163 (219)ORIGEM : AC - 5670894500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULO

AGTE.(S) : JURUENA AGROPECUÁRIA E PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : MAGDA CRISTINA CAVAZZANAAGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE ANDORFATO ASSESSORIA

FINANCEIRA LTDAADV.(A/S) : ELSON WANDERLEY CRUZ

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia da procuração da parte agravada ou certidão de inexistência de procuração da parte agravada, cópia do acórdão recorrido, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.256 (220)ORIGEM : AC - 7344935400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : JULIO DE SOUZA MELOADV.(A/S) : JULIO DE SOUZA MELOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia da certidão de publicação do acórdão proferido em embargos de declaração, procuração do subscritor da petição do agravo de instrumento, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.376 (221)ORIGEM : AC - 20040710078586 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALAGTE.(S) : ARLINDO PEREIRA DE AMORIMADV.(A/S) : MARCÉLIA VIEIRA LOPESAGDO.(A/S) : LENIR PINHEIRO DE AQUINOADV.(A/S) : RAQUEL LÚCIA DE FREITAS DE SOUZA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, cópia da procuração da parte agravada ou certidão de inexistência de procuração da parte agravada, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 18

Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.451 (222)ORIGEM : AC - 70031326234 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : ALCY MARTINS TORRESADV.(A/S) : CARLA JENIFER SPERHACKEAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.483 (223)ORIGEM : PROC - 200571950124189 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : ANTÔNIO PAVÃO DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ RICARDO MARGUTTI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, cópia do acórdão recorrido, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.852 (224)ORIGEM : PROC - 70022294441 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : JOÃO MARIA CANDIDO REIS SANTOS

ADV.(A/S) : EDER SANT'ANNA DE LIZAGDO.(A/S) : MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO GUARIENTI LTDAADV.(A/S) : LUZIA TEREZINHA PAVELACKI

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

procuração do subscritor da petição do agravo de instrumento, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.924 (225)ORIGEM : AC - 10642060006037001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO ROMÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

ROMÃOAGDO.(A/S) : LUCIA BARBOSA SILVAADV.(A/S) : LINDÉLCIO CARDOSO ROCHA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, cópia do inteiro teor do acórdão proferido em embargos de declaração, procuração do subscritor da petição do agravo de instrumento, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.159 (226)ORIGEM : AC - 200738000090939 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISAGTE.(S) : YVONE GOMES PRATESADV.(A/S) : VALENTINA AVELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia da certidão da respectiva intimação do acórdão recorrido, cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, cópia do acórdão recorrido, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 19

CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.181 (227)ORIGEM : PROC - 452010 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BOSCOAGDO.(A/S) : JORGE MAMEDE BONIFÁCIOADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO MARTINS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, na instância de origem, indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Incognoscível o agravo.Está incompleto o recurso, pois a parte ora agravante não apresentou

cópia das contra-razões ou certidão de inexistência nos autos principais, como o exige o art. 544, § 1º, do CPC.

É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR-SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.09.1998; AI nº 204.057-AgR-SP, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 01.10.1999; AI nº 436.010-AgR-RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.09.2003; AI nº 436.371-ED-SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.09.2003; AI nº 454.352-AgR-MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.02.2004; AI nº 431.665-AgR-SPJOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.04.2004; e AI nº 481.544-AgR-RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 07.05.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AG.REG. NA SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA 327 (228)ORIGEM : STA - 60546 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NAZÁRIAADV.(A/S) : MARCELO MARTINS EULÁLIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TERESINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TERESINAINTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PIAUÍ

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo regimental interposto pelo Município de Nazária – PI (fls. 203-218) contra a decisão proferida pelo Min. GILMAR MENDES (fls. 183/189).

Em petição de fls. 277/278 (Pet. STF nº 21.853/2010), o agravante informa que:

“(...) A liminar que revisou o índice de participação para efeito de repasse de ICMS, no exercício de 2009, concedida em 1º grau pelo 4º Juízo dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina-Piauí, autos nº 3902009, e que fora confirmada pelo Agravo Regimental na Suspensão de Liminar nº 200900010002188, do Egrégio Tribunal de Justiça do Piauí, foi revogada pelo Magistrado singular (...)”.

2. É caso de extinção anômala do processo.Com efeito, a decisão que deferiu pedido de antecipação de tutela,

nos autos da Ação Ordinária nº 3902009, foi revogada por despacho proferido pelo Juiz de Direito da 4ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de Teresina (PI), em 13.4.2010, nos seguintes termos:

“Em breve cotejo do histórico destes autos, conforme despacho de fls. 271, este juiz provocou a manifestação do Município autor sobre o seu interesse no feito, ante os muitos incidentes registrados; este, pelas razões demonstradas às fls. 272/273, pede a revogação da tutela antecipada, persistindo apenas no deslinde do mérito da demanda. Assim sendo, tenho por insubsistente a reportada tutela antecipada, portanto, tornando-a, doravante, sem efeito. Colha-se da parte autora, o preparo dos autos, inclusive com emolumento da baixa respectiva. Intime-se” (Grifos nossos - informações extraídas do site eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí).

Ante a revogação da decisão objeto do presente pedido de suspensão é evidente sua perda de objeto.

3. Ante o exposto, nos termos do art. 21, IX, do RISTF, reconsidero a

decisão de fls. 183/189 e julgo prejudicado o pedido. Arquivem-se.Publique-se. Int..Brasília, 1 de setembro de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.133 (229)ORIGEM : SS - 4133 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE CURIMATÁADV.(A/S) : FRANCISCO NUNES DE BRITO FILHOREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍIMPTE.(S) : ALBA REGINA JACOBINA DE ALENCAR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ NORBERTO LOPES CAMPELO

DECISÃO: 1. Trata-se de pedido de suspensão de segurança formulado pela Câmara Municipal de Curimatá/PI, contra decisão liminar do Juízo de Direito da Comarca deste Município, nos autos do Mandado de Segurança nº 01/2009 , confirmada pelo Tribunal de Justiça do Piauí no julgamento do Agravo de Instrumento nº 2009.0001.000334-0 . A liminar suspendeu eficácia do Decreto Legislativo nº 01/2009, que teria alterado o art. 62, § 2º, da Lei Orgânica de Curimatá, bem como determinou que nenhum ato jurídico fosse promovido com base no texto alterado.

Na origem, três vereadores da Câmara Municipal impetraram Mandado de Segurança, com pedido liminar, para desconstituir o Decreto Legislativo nº 01/2009, de 10.1.2009, por meio do qual se prorrogou, por 90 dias, o prazo para posse do Prefeito eleito no pleito de 2008 e regularmente diplomado pela Justiça Eleitoral, mas que se encontrava preso preventivamente à data da posse inicialmente marcada. Os impetrantes alegaram que o referido Decreto teria promovido alterações na Lei Orgânica municipal, sem obediência ao devido processo legislativo. Sustentaram, ainda, que não se enquadraria no conceito de força maior – hipótese que, nos termos da Lei Orgânica, autorizaria a prorrogação da data – o fato de o Prefeito estar preso.

O Juízo da Comarca de Curimatá concedeu a liminar, sob fundamento de que não haveria tempo hábil para alteração na Lei Orgânica municipal obedecendo ao trâmite legal em apenas dez dias de legislatura, bem como a norma alterada estaria em discordância com a Constituição Estadual.

O Prefeito eleito obteve revogação da prisão e, em 7.2.2009, dentro do prazo prorrogado de 90 dias e estando em vigor a liminar concedida, foi empossado (fl. 4). Em agravo de instrumento, o Tribunal de Justiça do Piauí manteve a liminar, determinando, ainda, o imediato afastamento do titular da prefeitura. O acórdão foi objeto de embargos de declaração, os quais foram parcialmente acolhidos, apenas para excluir da decisão embargada o trecho que determinava o imediato afastamento do Prefeito.

Em cumprimento ao despacho do Ministro GILMAR MENDES (fl. 176), a Câmara Municipal de Curimatá juntou cópia das informações prestadas nos autos do mandado de segurança na origem (fls. 180-191), bem como certidão assinada pelo Presidente da Câmara local, no sentido de que o Prefeito eleito ainda se encontra no exercício do mandato (fl. 193).

Na suspensão de que ora se cuida, a Câmara Municipal sustenta, em síntese, que:

“Ademais, ainda se destaca como lesão à ordem jurídica que a decisão pretende desconstituir o mandato eletivo do Prefeito José Arlindo da Silva Filho, sem que o mesmo tenha sido chamado ao feito na forma do art. 24, da Lei de nº 12.016/2009.

Destaca-se ainda que a liminar deferida causa lesão à ordem jurídica, na medida em que concedeu liminar com ofensa ao art. 5º, § 7º, da Lei de nº 12.016/2009, tendo em vista que a decisão viola o art. 273, § 2º, CPC, e não é possível reaver o período do mandato eletivo no caso de cumprimento da liminar e eventual êxito do recurso, não há como restituir o mandato eletivo.” (fl. 10).

Rejeitei a liminar em decisão de fls. 282-284, determinando a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República, para parecer, que foi ofertado às fls. 452-456, noticiando a existência de idêntico pedido de suspensão rejeitado pela Presidência do Superior Tribunal de Justiça. Opina, ainda, pelo não conhecimento do pedido, por ausência de questão constitucional.

2. É caso de extinção anômala do processo.De acordo com o regime legal de contracautela (Leis nºs 12.016/09,

8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF), compete a esta Presidência suspender execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

A cognição do pedido exige, contudo, demonstração da natureza constitucional da controvérsia (cf. Rcl nº 497-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ de 06.4.2001; SS nº 2.187-AgR, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ de 21.10.2003 e; SS nº 2.465, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 20.10.2004).

Não estão preenchidos, contudo, o requisitos de admissibilidade do incidente de suspensão. Com efeito, na linha do parecer da Procuradoria-Geral da República, não há questão constitucional na causa. Suposta grave

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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lesão decorreria de vício formal, relativo a descumprimento de normas da Lei do Mandado de Segurança, bem como de alegada violação ao art. 273, § 2º, do CPC.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao pedido (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

PLENÁRIO

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 24ª (vigésima quarta) sessão ordinária, realizada em 25 de agosto de 2010.

Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Ausentes, licenciado, o Senhor Ministro Celso de Mello e, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie.

Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos.Secretário, Luiz Tomimatsu.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior. REGISTROO SR. MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE) – Senhores

Ministros, registro a presença no Plenário de alunos do curso de Direito da UNIUBE, da cidade de Uberlândia/MG e de alunos Juízes do 9º Curso de Formação Inicial da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrado do Trabalho – ENAMAT. Sejam bem-vindos.

JULGAMENTOS

HABEAS CORPUS 97.102 (230)ORIGEM : HC - 121947 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : QUINTINO MENDES NEVESIMPTE.(S) : CONSULADO GERAL DE PORTUGAL EM SÃO PAULOADV.(A/S) : PAULO PORTO FERNANDESCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Afetado o julgamento do feito ao Plenário. Ausente, licenciado, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 02.02.2010.

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Joaquim Barbosa (Relator), não conhecendo do pedido, e o voto do Senhor Ministro Eros Grau, indeferindo-o, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Dias Toffoli. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Celso de Mello. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 04.02.2010.

Decisão: O Tribunal julgou prejudicado o pedido. Decisão unânime. Ausentes, licenciado, o Senhor Ministro Celso de Mello e, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 25.08.2010.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 253.472 (231)ORIGEM : AC - 5580963 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - CODESP

ADV.(A/S) : ODACIR KLEIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTOSADV.(A/S) : NICE APARECIDA DE SOUZA MOREIRAASSIST.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Relator, negando provimento ao recurso extraordinário, a Turma decidiu afetar o feito a julgamento do Tribunal Pleno. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Eros Grau. Falaram, pela recorrente, o Dr. Benjamin Gallotti e, pelo recorrido, o Procurador Municipal, Dr. Santiago Moreira Lima. 1ª. Turma, 11.10.2005.

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio (Relator), conhecendo e negando provimento ao recurso, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Ausentes, justificadamente, as Senhoras Ministras Ellen Gracie (Presidente), Cármen Lúcia e, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Falou pela recorrente o Dr. Benjamin Gallotti

Beserra. Presidência do Senhor Ministro Sepúlveda Pertence (artigo 37, inciso II, do RISTF). Plenário, 20.09.2006.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, conheceu em parte do recurso e, por maioria, na parte conhecida, deu parcial provimento, nos termos do voto do Senhor Ministro Joaquim Barbosa, que redigirá o acórdão, vencidos os Senhores Ministros Marco Aurélio (Relator), Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso (Presidente), que negavam provimento ao recurso. Ausentes, licenciado, o Senhor Ministro Celso de Mello e, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 25.08.2010.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.354 (232)ORIGEM : PROC - 200685005049034 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZ FERNANDES DOS SANTOSADV.(A/S) : GISELE LEMOS KRAVCHYCHYNINTDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE APOSENTADOS E

PENSIONISTAS - COBAPADV.(A/S) : JOSÉ IDEMAR RIBEIRO E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal deliberou adiar o julgamento ante o pedido formulado pela amicus curiae. Decisão unânime. Ausentes, licenciado, o Senhor Ministro Celso de Mello e, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 25.08.2010.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.264 (233)ORIGEM : PROC - 70018760165 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S/AADV.(A/S) : MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULASSIST.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Após os votos dos Senhores Ministros Joaquim Barbosa (Relator), Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, negando provimento ao recurso extraordinário, e os votos dos Senhores Ministros Ayres Britto, Gilmar Mendes e Cezar Peluso (Presidente), dando-lhe provimento, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Dias Toffoli. Falaram, pelo recorrente, o Dr. Marcos Jorge Caldas Pereira, pelo recorrido, a Dra. Ivete Razzera, Procuradora do Estado e, pela assistente, o Dr. Fabrício Sarmanho de Albuquerque, Procurador da Fazenda Nacional. Ausentes, licenciado, o Senhor Ministro Celso de Mello e, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 25.08.2010.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.706 (234)ORIGEM : AC - 8334495600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ENTERPRISE VIDEO COMERCIAL E LOCADORA LTDA

MEADV.(A/S) : ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal deliberou adiar o julgamento do feito para a próxima sessão ordinária. Decisão unânime. Ausentes, licenciado, o Senhor Ministro Celso de Mello e, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 25.08.2010.

Brasília, 25 de agosto de 2010.Luiz Tomimatsu

Secretário

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CAUTELAR 2.684 (235)ORIGEM : AC - 2684 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 21

RELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

1.O Estado do Amazonas, requer o aditamento do pedido originariamente formulado na presente ação cautelar, para “suspender as restrições administrativas impostas ao Poder Executivo do Estado do Amazonas também nas operações de crédito em que a Caixa Econômica Federal atue como interveniente/agente financeiro”.

O requerente noticia o comprometimento com o Governo Federal “por meio de ajuste denominado ‘matriz de responsabilidade’ a levar curso a várias obras que estão relacionadas à Copa do Mundo e à política pública social do Estado”.

Informa a existência de um projeto de mobilidade urbana, em que se prevê a construção do sistema de transporte urbano na cidade de Manaus, a ser financiado pela Caixa Econômica Federal, bem como a existência de projetos de implantação do Programa de Saneamento dos igarapés de Manaus e do Programa de Saneamento dos igarapés de Maués, a serem financiados pel Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

Esclarece que “todos estes projetos terão curso pela Secretaria do Tesouro Nacional, e a restrição ora imposta interferirá diretamente na aprovação das outras operações de crédito interno e externo”.

Noticia que “em 30.08.2010, o Estado do Amazonas ingressou com um novo pedido de verificação de limites e condições junto ao STN, desta feita relacionado ao Programa ‘Minha casa, minha vida, meu orgulho’”, programa este de caráter habitacional, em que a Caixa Econômica Federal necessariamente intervém na condição de agente financeiro.

Em vista disso, requer a “extensão da liminar deferida nos autos da AC 2684/AM, de modo a suspender as restrições administrativas impostas ao Poder Executivo do Estado do Amazonas também nas operações de crédito em que a Caixa Econômica Federal atue como interveniente/agente financeiro”.

2.Preliminarmente, verifico que o presente pedido de aditamento à inicial encontra óbice processual, porquanto a União, às 18 horas do dia 26.08.2010, apresentou sua contestação a presente ação cautelar, ocasião em que também suscita questões preliminares prejudiciais à própria pretensão cautelar formulada pelo requerente.

É firme o entendimento desta Corte no sentido de que, uma vez instaurado o contraditório e fazendo afluir as normas gerais de processo civil, há impossibilidade de o autor aditar o pedido inicial, sob pena de tumultuar a presente marcha processual.

3.Assevere-se, por fim, que inexiste identidade entre a pretensão cautelar cujo provimento liminar foi parcialmente deferido nestes autos e a que agora se formula, via aditamento de pedido inicial.

4.Ante o exposto, com fundamento no § 1° do art. 21 do RISTF, indefiro o presente pedido, sem prejuízo do ajuizamento de demanda cautelar específica.

5.Nos termos do art. 327 do CPC, diga o autor, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a contestação da União.

Publique-se.Brasília, 01 de setembro de 2010.(assinado digitalmente)

Ministra Ellen GracieRelatora

AÇÃO CAUTELAR 2.692 (236)ORIGEM : AC - 2692 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREQTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAREQDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOAÇÃO CAUTELAR – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA E CADASTRO ÚNICO DE CONVÊNIOS – SIAFI E CAUC – PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO – ECT – INADIMPLEMENTO DO ESTADO – AÇÃO CAUTELAR – LIMINAR – RELEVÂNCIA E RISCO DEMONSTRADOS – DEFERIMENTO.

1. Adoto, para revelar as balizas deste processo, as informações prestadas pela Assessoria:

O Estado da Bahia formula pedido de concessão de medida acauteladora visando, em síntese, a suspender, até o julgamento da ação principal a ser proposta, os efeitos da respectiva inscrição nos cadastros de inadimplência financeira da União – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI e Cadastro Único de Convênios – CAUC –, porque se encontra impedido de beneficiar-se de garantias federais necessárias à celebração de contrato de financiamento com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

Segundo o autor, a inscrição nos referidos cadastros teria decorrido, entre outras causas, de suposta ausência de pagamento de multa contratual

cobrada pela Empresa de Correios e Telégrafos – ECT. Afirma estar sendo discutido em ação própria o pretenso não pagamento da multa.

Articula com a ofensa ao princípio do devido processo legal, nos termos do artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, porquanto o lançamento nos cadastros ocorrera sem a comunicação prévia para o exercício da ampla defesa e do contraditório. Aduz haver violação do princípio da programação orçamentária, previsto nos artigos 166, §§ 2º a 4º, e 174 do Diploma Maior, isso porque a União pretende bloquear valores inseridos no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual.

Assevera que, ante a suspensão das transferências voluntárias federais, os valores referentes à realização de ações nas áreas de educação, saúde e assistência social não poderiam ser bloqueados, tal como versado no artigo 25, § 3°, da Lei Complementar nº 101/2000. Evoca como precedentes decisões proferidas pelo Ministro Gilmar Mendes, Presidente à época, na Ação Cautelar n° 2.403/DF, relator Ministro Celso de Mello, publicada no Diário da Justiça de 10 de agosto de 2009, e na Ação Cível Originária n° 1.478/BA, veiculada no Diário da Justiça de 2 de fevereiro de 2010.

Para retratar o perigo da demora, diz ser o dia 2 de setembro próximo a data limite para o repasse de verbas em razão de este ser um ano eleitoral. Discorre sobre a competência do Supremo para o julgamento da cautelar, presente o conflito entre membros da Federação – artigo 102, inciso I, alínea “f”, da Lei Maior. Afirma que, na ação principal – ação cível originária –, buscará obter o reconhecimento da nulidade do registro no cadastro de inadimplentes CAUC/SIAF.

Requer o deferimento de liminar no sentido de determinar que: (i) seja suspensa a negativação junto ao Cadastro Único de Convênio – CAUC; (ii) a União se abstenha de considerar as pendências cadastrais relativas aos órgãos da Administração direta do Estado da Bahia na análise dos requisitos para a concessão de garantias na Operação de Crédito n° 10.2.0623.1, a ser celebrada com o BNDES.

Acompanharam a inicial os documentos eletronicamente juntados.O processo está concluso para exame do pedido de liminar.2. A espécie revela peculiaridades a serem consideradas. Há, de um

lado, possível débito do Estado da Bahia para com pessoa jurídica de direito privado, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, e, de outro, o lançamento do Estado no rol de inadimplentes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI e do Cadastro Único de Convênios – CAUC. Surge singular a situação jurídica, valendo dizer do questionamento sobre a repercussão do débito no sistema e no cadastro referidos.

Acresce articulação sobre a ausência de oportunidade, antes da inscrição como devedor, para o Estado pronunciar-se. Aliás, sob tal ângulo, já consignei, em caso semelhante, não se mostrar crível que, mesmo com reiteradas decisões do Supremo sobre a impossibilidade de incluir, no cadastro de inadimplência, esta ou aquela unidade da Federação sem proporcionar-lhe defesa, a União ainda insista em adotar essa conduta.

No tocante ao risco, tem-se a problemática concernente à data limite para repasse de valores em ano de eleições.

3. Defiro a liminar pleiteada e suspendo, até a decisão final desta ação cautelar, os efeitos do ato atacado.

4. Comuniquem.5. Publiquem.Brasília – residência –, 1º de setembro de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO PENAL 505 (237)ORIGEM : INQ - 200401000086607 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESREVISOR :MIN. AYRES BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREU(É)(S) : N. R. C.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSAREU(É)(S) : D. S. B.ADV.(A/S) : LUIS GUSTAVO MARÇAL DA COSTAREU(É)(S) : C. E. L.ADV.(A/S) : CARLOS NEY OLIVEIRA AMARALREU(É)(S) : A. M. P. J.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSAREU(É)(S) : D. R. V.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSAREU(É)(S) : A. R. V.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSAREU(É)(S) : D. R. DO V.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA

DECISÃO: Cuida-se de petição na qual o réu Neudo Ribeiro Campos comunica ter renunciado ao cargo de Deputado Federal e postulaa declinaçãoda competência para a Justiça Federal de Roraima, com o consequente cancelamento das audiências designadas no processo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 22

A competência criminal desta Suprema Corte tem natureza constitucional e restringe-se ao processamento e julgamento de detentores de cargos ou funções públicas, enumerados no art. 102 da Carta Magna, na vigência do mandato.

Conforme certidão juntada aos autos, o ato de renúncia ao mandato parlamentar de Neudo Campos restou publicado no Diário da Câmara dos Deputados – Suplemento ao n.º 127, de 27 de agosto de 2010, o que determina a cessação da competência do Supremo Tribunal Federal, e consequente competência da Justiça Federal de primeira instância (Seção Judiciária de Roraima) para processar e julgar este feito.

Observo, contudo, que a designação da audiência, efetivadaregularmenteainda sob a égide da competência desta Corte, deve ser mantida,à primeira vista,em homenagem ao princípio da celeridade processual, e, também, em razão de o atual juízo natural, destinatário da competência adquirida com a renúncia de Neudo Ribeiro Campos,ser o mesmo queprocedeu às devidasintimaçõesem decorrência decarta de ordemexpedida por esta Corte.

Assim, as partes e as testemunhas já foram devidamente intimadas e não se revela razoável o adiamento do ato processual conforme requerido.

Exatamente por serem válidas as designações e intimações, não há prejuízo algum à defesa ou à acusação ante o fato de a audiência de instrução vir a ser realizada, não mais pelo Magistrado Instrutor nesta Corte, mas, sim, pelo Juiz de 1º grau com jurisdição na Seção Judiciária de Roraima, se assim entender conveniente.

Assim, declino da competência deste feito para a Seção Judiciária de Roraima, declarando válida a designação da audiência, bem como as correspondentes intimações,ficando a realização do ato à deliberação do juízo competente daquela Seção Judiciária.

À Secretaria, para providenciar a imediata remessa dos autos à Seção Judiciária de Roraima, juízo natural para seu julgamento e processamento, inclusive mediante meio magnético, a fim de propiciar a pronta distribuição naquele juízo.

Cumpra-se, com urgência, independentemente de publicação.Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.373 (238)ORIGEM : CC - 56467 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOSUSTE.(S) : VILMA MARIA DE SOUSA CARRADV.(A/S) : GLEYDSON DA SILVA ARRUDASUSDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOSUSDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE

CONCEIÇÃO DO ARAGUAIAINTDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A - BANPARÁADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTO MENEZES SAMPAIO

DECISÃO: Trata-se de conflito negativo de competência entre o MM. Juiz de Direito da 1ª Vara da comarca de Conceição do Araguaia/PA e o E. Tribunal Superior do Trabalho suscitado por Vilma Maria de Sousa Carr.

O E. Tribunal Superior do Trabalho declarou-se incompetente para julgar a ação proposta pela ora suscitante.

O magistrado estadual de primeira instância, no entanto, entendeu falecer-lhe competência para apreciar a causa, e, em conseqüência, determinou a remessa dos autos à Justiça do Trabalho (fls. 41).

Os autos retornaram ao Poder Judiciário local, em decorrência de julgamento emanado do E. Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, proferido nos autos de mandado de segurança (fls. 59).

Conheço, preliminarmente, do presente conflito de competência, em face do que dispõe o art. 102, I, “o”, da Constituição da República.

Com efeito, o Pleno do Supremo Tribunal Federal, não obstante a ausência de previsão constitucional explícita, firmou orientação jurisprudencial - a partir da regra inscrita no art. 102, I, “o”, da Constituição - no sentido de que pertence, a esta Suprema Corte, a competência originária para processar e julgar os conflitos de competência validamente instaurados entre Tribunal Superior da União, de um lado, e magistrado de primeira instância a ele não vinculado, de outro (RTJ 130/1015, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ131/1097, Rel. Min. CARLOS MADEIRA – RTJ 145/509, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RTJ 153/803, Rel. Min. PAULO BROSSARD - RTJ 164/115, Rel. Min. SYDNEY SANCHES):

“CONFLITO DE COMPETÊNCIA - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E JUIZ FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA - COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA DIRIMIR O CONFLITO (...).

- Pertence, ao Supremo Tribunal Federal, a competência para dirimir, originariamente, conflitos de competência instaurados entre qualquer Tribunal Superior da União e magistrado de primeira instância que não esteja a ele vinculado. Precedentes.”

(RTJ 178/710, Rel. Min. CELSO DE MELLO)

No caso, o conflito de competência ora em exame instaurou-se entre autoridade judiciária estadual de primeira instância e o E.Tribunal Superior do Trabalho, órgão judiciário a que não se acha vinculado o magistrado local em questão.

Isso significa, portanto, na linha da diretriz jurisprudencial referida, que assiste, a esta Suprema Corte, competência originária para apreciar a presente causa.

Reconhecida, desse modo, a competência originária do Supremo Tribunal Federal para dirimir a controvérsia suscitada nesta causa, passo a examinar, desde logo, o presente conflito de competência.

O exame das decisões em antagonismo permite reconhecer, considerada a matéria em debate (indenização por danos morais e materiais decorrentes de “doença profissional equiparada a acidente de trabalho” – fls. 20), que esse tema se inclui na esfera de competência da Justiça do Trabalho.

Impende salientar, por necessário, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o CC 7.204/MG, Rel. Min. AYRES BRITTO, reformulou sua anterior orientação jurisprudencial, para reconhecer, “a partir da Emenda Constitucional nº 45/2004”, a competência da Justiça do Trabalho “para o julgamento das ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente do trabalho”, desde que ajuizadas contra o empregador.

No referido julgamento plenário, esta Suprema Corte, ao reconhecer a competência material da Justiça do Trabalho, considerada a norma inscrita no art. 114, inciso VI, da Constituição, na redação dada pela EC nº 45/2004, proferiu decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA JUDICANTE EM RAZÃO DA MATÉRIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO, PROPOSTA PELO EMPREGADO EM FACE DE SEU (EX-) EMPREGADOR. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 114 DA MAGNA CARTA. REDAÇÃO ANTERIOR E POSTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/04. EVOLUÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PROCESSOS EM CURSO NA JUSTIÇA COMUM DOS ESTADOS. IMPERATIVO DE POLÍTICA JUDICIÁRIA.

Numa primeira interpretação do inciso I do art. 109 da Carta de Outubro, o Supremo Tribunal Federal entendeu que as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente do trabalho, ainda que movidas pelo empregado contra seu (ex-) empregador, eram da competência da Justiça comum dos Estados-Membros.

2. Revisando a matéria, porém, o Plenário concluiu que a Lei Republicana de 1988 conferiu tal competência à Justiça do Trabalho. Seja porque o art. 114, já em sua redação originária, assim deixava transparecer, seja porque aquela primeira interpretação do mencionado inciso I do art. 109 estava, em boa verdade, influenciada pela jurisprudência que se firmou na Corte sob a égide das Constituições anteriores.

3. Nada obstante, como imperativo de política judiciária -- haja vista o significativo número de ações que já tramitaram e ainda tramitam nas instâncias ordinárias, bem como o relevante interesse social em causa--, o Plenário decidiu, por maioria, que o marco temporal da competência da Justiça trabalhista é o advento da EC 45/04. Emenda que explicitou a competência da Justiça Laboral na matéria em apreço.

4. A nova orientação alcança os processos em trâmite pela Justiça comum estadual, desde que pendentes de julgamento de mérito. É dizer: as ações que tramitam perante a Justiça comum dos Estados, com sentença de mérito anterior à promulgação da EC 45/04, lá continuam até o trânsito em julgado e correspondente execução. Quanto àquelas cujo mérito ainda não foi apreciado, hão de ser remetidas à Justiça do Trabalho, no estado em que se encontram, com total aproveitamento dos atos praticados até então. A medida se impõe, em razão das características que distinguem a Justiça comum estadual e a Justiça do Trabalho, cujos sistemas recursais, órgãos e instâncias não guardam exata correlação.

5. O Supremo Tribunal Federal, guardião-mor da Constituição Republicana, pode e deve, em prol da segurança jurídica, atribuir eficácia prospectiva às suas decisões, com a delimitação precisa dos respectivos efeitos, toda vez que proceder a revisões de jurisprudência definidora de competência ‘ex ratione materiae’. O escopo é preservar os jurisdicionados de alterações jurisprudenciais que ocorram sem mudança formal do Magno Texto.

6. Aplicação do precedente consubstanciado no julgamento do Inquérito 687, Sessão Plenária de 25.08.99, ocasião em que foi cancelada a Súmula 394 do STF, por incompatível com a Constituição de 1988, ressalvadas as decisões proferidas na vigência do verbete.

7. Conflito de competência que se resolve, no caso, com o retorno dos autos ao Tribunal Superior do Trabalho.”

(CC 7.204/MG, Rel. Min. AYRES BRITTO, Pleno - grifei)Cabe assinalar, finalmente, que a douta Procuradoria Geral da

República, ao pronunciar-se pelo encaminhamento dos autos ao E.Tribunal Superior Trabalho, formulou parecer assim ementado (fls.73):

“CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DECONCEIÇÃO DO ARAGUAIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOSDECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO. COMPETÊNCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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DA JUSTIÇA ESPECIALIZADA. ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ANTES MESMO DA MODIFICAÇÃO EFETIVADA PELA EC Nº 45/04. PARECER PELO CONHECIMENTO DO CONFLITO, COM O ENCAMINHAMENTO DOS AUTOS AO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO.” (grifei)

Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, o parecer da douta Procuradoria Geral da República, dirimo o presente conflito (CPC, art. 120, parágrafo único), para reconhecer a competência da Justiça do Trabalho, determinando, em conseqüência, o encaminhamento dos presentes autos e do Processo nº 2005.1.000078-6, ora em tramitação perante a 1ª Vara da comarca de Conceição do Araguia/PA, ao E. Tribunal Superior do Trabalho, para que prossiga no julgamento da causa.

Transmita-se, ao MM. Juiz de Direito da 1ª Vara da comarca de Conceição do Araguaia/PA (Processo nº 2005.1.000078-6), mediante cópia, o teor da presente decisão.

Publique-se.Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 10.006 (239)ORIGEM : RCL - 10006 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ALAIN NASCIMENTO ANTONIOADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO MARRAFONEMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SANTA CATARINAEMBDO.(A/S) : CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINAEMBDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DIRETOR DO FORO DA COMARCA

DE CURITIBANOSINTDO.(A/S) : GIOVANI MARCELO TOMIOINTDO.(A/S) : IRLEY CARLOS SIQUEIRA QUINTANILHA DO

NASCIMENTOADV.(A/S) : IRLEY CARLOS SIQUEIRA QUINTANILHA DO

NASCIMENTOINTDO.(A/S) : DAISY EHRHARDTADV.(A/S) : MAURICIO BARROSO GUEDESINTDO.(A/S) : CHRISTIAN BEURLENADV.(A/S) : CHRISTIAN BEURLENINTDO.(A/S) : EVANDRO ANTUNES TEIXEIRAADV.(A/S) : TIAGO MEDEIROS MENDESINTDO.(A/S) : BRUNO NEPOMUCENO E CYSNEADV.(A/S) : RENATA NEPOMUCENO E CYSNEINTDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO CORDEIRO DOS SANTOSADV.(A/S) : JORGE AMAURY MAIA NUNESINTDO.(A/S) : ALEXSANDRA FLACH BECKADV.(A/S) : LENIR STOKER DIELINTDO.(A/S) : MARCELO ROLANDO DIELADV.(A/S) : LENIR STOKER DIELINTDO.(A/S) : MAURÍCIO PASSAIAADV.(A/S) : CHRISTIAN BEURLENINTDO.(A/S) : TÚLIO SOBRAL MARTINS E ROCHAADV.(A/S) : THEMÍSTOCLES MARTINS DE SOUZA E ROCHAINTDO.(A/S) : MARCUS VINICIUS VILAS BOASADV.(A/S) : MARCO ANTONIO VILAS BOASINTDO.(A/S) : JORGE SUSUMU SEINOADV.(A/S) : RENATO ALBERTO NIELSEN KANAYAMA

DECISÃORECLAMAÇÃO – EMBARGOS DECLARATÓRIOS –

ESCLARECIMENTOS.1. O reclamante interpôs embargos de declaração à seguinte decisão

por mim proferida:RECLAMAÇÃO – OBJETO – PROCESSO EM CURSO NO

SUPREMO – IMPROPRIEDADE.1. Observa-se como objeto desta reclamação alegado desrespeito à

liminar deferida no Mandado de Segurança nº 28.545/DF, de minha relatoria, ainda em curso nesta Corte, aguardando o julgamento do regimental.

A medida serve à preservação da competência do Supremo e da autoridade das respectivas decisões, em relação às quais se pressupõe que não se encontrem em andamento, no próprio Tribunal, as ações que as motivaram. Essa óptica decorre da organicidade e da dinâmica do Direito instrumental, a direcionar ao máximo de eficácia do ordenamento jurídico com o mínimo de atuação judicante, à desburocratização do processo.

Em síntese, tratando-se da concretude de pronunciamento do Supremo formalizado em processo que nele ainda está a tramitar, o desrespeito não enseja o início de mais um processo, emperrando a máquina judiciária.

2. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.3. Publiquem.Aponta a existência de obscuridade na decisão atacada,

argumentando que, ao negar seguimento ao pedido, não foi explicitado se

indeferida a liminar ou negado seguimento à reclamação. Nesse sentido, argumenta que “não é possível deduzir, a priori, se houve o mero indeferimento do pedido liminar formulado na presente reclamação (indeferimento da tutela de urgência pleiteada pela Reclamante) ou, em outra hipótese, o indeferimento da própria petição inicial, com a negativa de seguimento à reclamação”.

A parte embargada, apesar de intimada, não apresentou contrarrazões.

2. Na interposição destes embargos, foram observados os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, foi protocolada no prazo assinado em lei.

A obscuridade apontada pelo reclamante não existe, tendo em vista que se registrou a impropriedade da própria reclamação. Confiram com o trecho a seguir transcrito:

[...][...] tratando-se da concretude de pronunciamento do Supremo

formalizado em processo que nele ainda está a tramitar, o desrespeito não enseja o início de mais um processo, emperrando a máquina judiciária.

[...]3. Ante o quadro, conheço do pedido formulado nos declaratórios,

provendo-o para esclarecer que a decisão embargada implicou a negativa de seguimento à reclamação.

4. Publiquem.Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EXTRADIÇÃO 1.213 (240)ORIGEM : PPE - 646 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA ITALIANARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : GOVERNO DA ITÁLIAEXTDO.(A/S) : GIOVANNI OSTIEROADV.(A/S) : ORLANDO IMBASSAHY DA SILVA FILHO E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos.Em cumprimento à decisão retro, designo o dia 16 de setembro de

2010, às 13:30 horas, para interrogatório do nacional italiano Giovani Ostiero nas dependências da 14ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado da Bahia (Av. Ulysses Guimarães nº 2.631, Sussuarana – Salvador/BA, CEP: 41213-970).

Cientifique-se a D. Procuradoria Geral da República.Expeça-se Carta de Ordem, por via telegráfica, à MM. Juíza Federal

Diretora do Foro da Seção Judiciária do Estado da Bahia, para fins de: (i) – intimação e requisição do extraditando para a audiência (recolhido ao Centro de Observação Penal – COP em Salvador/BA); (ii) - intimação/requisição de tradutor juramentado no idioma italiano, para comparecimento ao ato; e (iii) - intimação dos defensores constituídos para a audiência de interrogatório (Dr. Orlando Imbassahy da Silva Filho – OAB/BA nº 10.264, ou Martha Simões – OAB/BA nº 9.764, ambos com endereço profissional na Av. Marques de Leão, 13 – Centro Empresarial Barra, s. 105 – Barra, Salvador/BA, CEP: 40.140-230 – tel. (71) 3264-0555, (71) 8122-4090 e (71) 9966-8870 – email: [email protected]); e (iv) – indicação de defensor ad hoc e sua intimação para acompanhamento do interrogatório, para a hipótese de não comparecimento dos defensores constituídos ao ato.

Publique-se.Brasília, 02 de setembro de 2010.Juiz CARLOS VON ADAMEK Magistrado Instrutor do Gabinete do Relator

EXTRADIÇÃO 1.214 (241)ORIGEM : PPE - 537 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREQTE.(S) : GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICAEXTDO.(A/S) : NESTOR RAMON CARO CHAPARROADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO BATTAGLIN MACIEL

1.Determino o apensamento da PPE 537 aos autos da presente extradição.

2.Vista ao Ministério Público Federal, porquanto efetivada a prisão preventiva do extraditando, colhendo-se o respectivo parecer quanto às formalidades do pedido extradicional, bem como se manifeste quanto ao pleito da defesa em recambiar o extraditando do presídio federal de Mossoró/RN para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Capital, conforme petição de fls. 310-318 da PPE 537.

3.Nomeio o magistrado instrutor lotado em meu gabinete, Juiz Federal Dr. Alexandre Berzosa Saliba, para as atribuições previstas na Lei 12.019/2009 combinada com a Emenda Regimental 36 deste Supremo Tribunal Federal, para o ato de interrogatório do extraditando.

4.Traslade-se cópia da presente decisão para a PPE 537.Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 24

Brasília, 31 de agosto de 2010.Ministra Ellen Gracie

Relatora

HABEAS CORPUS 102.503 (242)ORIGEM : HC - 102503 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JOHNNY MORONIMPTE.(S) : SILVIA HELENA AVILA DA CUNHACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 154012 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: 1. Oficie-se ao Desembargador Sérgio Coelho, do Tribunal de

Justiça de São Paulo, para que, com urgência, forneça cópia integral a) da sentença penal condenatória proferida nos autos da Ação Penal n. 565.01.2008.016158-8, Controle n. 1007/08, pelo Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de São Caetano do Sul-SP em 6.2.2009; e b) da Apelação n. 990.09.083037-9, julgada pelo Tribunal de Justiça paulista em 29.4.2010.

Remeta-se, com o ofício – a ser enviado, com urgência e por fax, diretamente ao Gabinete do Desembargador Sérgio Coelho –, a cópia da inicial (fls. 2-17) e do presente despacho.

2. Prestadas as informações, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 31 de julho de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 104.128 (243)ORIGEM : HC - 104128 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : EDSON AGUINALDO ALVES DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : BRUNO RODRIGUESCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 171032 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO:HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CAUTELAR IDÔNEA PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. LIMINAR DEFERIDA PELO MINISTRO EROS GRAU. PEDIDO DE EXTENSÃO DA MEDIDA LIMINAR. IDÊNTICA SITUAÇÃO PROCESSUAL. PEDIDO DEFERIDO.

1. EDSON FLAUSINO SILVA JÚNIOR, advogado, ora Requerente, por meio da petição n. 46543/2010, pleiteia, em favor de CLEVELANDES DOS SANTOS VASCONCELOS e MARCELO HENRIQUE VIANA, a extensão dos efeitos da medida liminar deferida pelo Ministro Eros Grau ao Paciente Edson Aguinaldo Alves de Oliveira, em 25.5.2010, nos termos seguintes:

“DECISÃO: O paciente foi denunciado pela prática dos crimes tipificados nos artigos 288, 298, 304 e 171, caput c/c os artigos 29 e 69 do Código Penal.

2. Negado o pedido de liberdade provisória, a defesa impetrou habeas corpus no TJ/SP. A medida liminar foi indeferida.

3. Sobreveio novo HC no STJ, indeferido.4. Daí esta impetração, fundada na ausência de base concreta a

justificar a prisão cautelar.5. É o relatório.6. Decido.7. A prisão cautelar do paciente foi decretada nestes termos [fl. 386

do apenso 2]:‘Decreto a prisão preventiva dos denunciados CLEVELANDES DOS

SANTOS VASCONCELOS, RUBENS TEIXEIRA DA SILVA, MARCELO HENRIQUE VIANA, JOSÉ PINTO SOBRINHO, WALTER JOSÉ BORDIN, EMERSON CLAITON PEREIRA e EDSON AGUINALDO ALVES DE OLIVEIRA, nos termos dos arts. 311 e 312 do CPP, tendo em vista a gravidade do delito praticado, da enorme quantidade de pessoas lesadas, por ser garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que o reconhecimento pessoal dos denunciados é imprescindível para a concreta elucidação do delito com a atribuição da pena a cada um deles em decorrência da atividade realmente desempenhada durante o ato criminoso’

8. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a invocação da gravidade do crime não autoriza a prisão preventiva. A regra é a liberdade; a prisão, a exceção. Aquela cede a esta em situações excepcionais, na linha de entendimento do Supremo Tribunal Federal [HC n. 83.516, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 23.5.08; HC n. 91.662, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 4.4.08; HC n. 88.858, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 25.4.08; HC n. 87.343, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 22.6.07; HC n. 84.071, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 24.11.06; HC n. 88.025, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 16.2.07; HC n. 85.237, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 29.4.05].

9. A prisão cautelar também não se justifica para assegurar a

aplicação da lei penal, tendo em conta a necessidade do reconhecimento pessoal do denunciado. O Juiz não indicou a razão concreta pela qual inferiu que o paciente frustraria a prática desse ato processual.

Defiro a liminar a fim de que o paciente permaneça em liberdade até o julgamento definitivo deste habeas corpus.

Comunique-se.Estando os autos suficientemente instruídos, dê-se vista ao Ministério

Público Federal.Publique-se” (fls. 63-64).2. Em 7.6.2010, o Impetrante formulou requerimento de extensão dos

efeitos da medida liminar aos corréus Emerson Claiton Pereira, Rubens Teixeira da Silva, José Pinto Sobrinho e Walter José Bordin. O Ministro Eros Grau, em 10.6.2010, deferiu a pretensão:

“DECISÃO: O impetrante requer seja estenda aos corréus EMERSON CLAITON PEREIRA, RUBENS TEIXEIRA DA SILVA, JOSÉ PINTO SOBRINHO E WALTER JOSÉ BORDIN os efeitos da liminar concedida a EDSON AGUINALDO ALVES DE OLIVEIRA (95/96).

2. A prisão cautelar do paciente e corréus foi decretada nestes termos:

‘Decreto a prisão preventiva dos denunciados CLEVELANDES DOS SANTOS VASCONCELOS, RUBENS TEIXEIRA DA SILVA, MARCELO HENRIQUE VIANA, JOSÉ PINTO SOBRINHO, WALTER JOSÉ BORDIN, EMERSON CLAITON PEREIRA e EDSON AGUINALDO ALVES DE OLIVEIRA, nos termos dos arts. 311 e 312 do CPP, tendo em vista a gravidade do delito praticado, da enorme quantidade de pessoas lesadas, por ser garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que o reconhecimento pessoal dos denunciados é imprescindível para a concreta elucidação do delito com a atribuição da pena a cada um deles em decorrência da atividade realmente desempenhada durante o ato criminoso’

3. Tem-se assim que o decreto prisional tido por carente de fundamentação concreta na decisão que concedeu a liminar às fls. 63/64 não discrimina a situação processual de cada qual.

Defiro a extensão dos efeitos da liminar de fls. 63/64, com fundamento no art. 580 do Código de Processo Penal, aos corréus EMERSON CLAITON PEREIRA, RUBENS TEIXEIRA DA SILVA, JOSÉ PINTO SOBRINHO E WALTER JOSÉ BORDIN.

Comunique-se.Após, remetam-se os autos ao Ministério Público Federal para

emissão de parecer.Publique-se” (fl. 98).3. No presente requerimento, o Impetrante alega que a situação dos

ora Pacientes é a mesma dos demais, que já foram beneficiados com o deferimento da medida liminar.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. O presente pedido de extensão há de ser deferido.5. Da análise dos documentos que instruem a impetração e do pedido

de extensão, tem-se que a situação ora descrita neste requerimento quanto aos Pacientes Clevelandes dos Santos Vasconcelos e Marcelo Henrique Viana é objetivamente idêntica à dos demais corréus, que tiveram a medida liminar deferida.

Os Pacientes tiveram a prisão preventiva decretada pelo mesmo ato decisório e com idêntico fundamento.

Desse modo, tem-se que há, entre os Pacientes Clevelandes dos Santos Vasconcelos e Marcelo Henrique Viana, identidade de situação com os Pacientes Edson Aguinaldo Alves de Oliveira, Emerson Claiton Pereira, Rubens Teixeira da Silva, José Pinto Sobrinho e Walter José Bordin, que foram beneficiados com a concessão da medida liminar, o que viabiliza o deferimento do pedido de extensão ora em exame, considerada, para esse efeito, a própria jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em questão (Nesse sentido: HC 87.768, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 15.6.2007; HC 92.133, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 11.10.2007; HC 90.022, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 9.3.2007).

6. Pelo exposto, defiro o pedido de extensão da medida liminar deferida no presente habeas corpus, para determinar a revogação imediata do decreto de prisão preventiva dos Pacientes CLEVELANDES DOS SANTOS VASCONCELOS e MARCELO HENRIQUE VIANA, não atingindo essa decisão qualquer outro decreto prisional dotado de eficácia contra eles eventualmente expedidos.

7. Comunique-se esta decisão, com urgência e por fax, ao juízo da Comarca de Santa Adélia/SP, ao qual caberá a expedição do alvará de soltura, se, por outro motivo, os Pacientes CLEVELANDES DOS SANTOS VASCONCELOS e MARCELO HENRIQUE VIANA não estiverem presos.

8. Suficiente a instrução, vista ao Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 31 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 104.220 (244)ORIGEM : HC - 104220 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : MARIO FRANKLIN LEITE MUSTRANGE DE CARVALHOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 25

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 126004 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Achando-se adequadamente instruída a presente impetração, ouça-se a douta Procuradoria Geral da República.

Assinalo, para efeito de registro, que não foi formulado pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 104.793 (245)ORIGEM : HC - 131469 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : LINDEMBERG ALVES FERNANDESIMPTE.(S) : EDSON PEREIRA BELO DA SILVA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 131469 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE DEMORA PARA O

JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. REQUISIÇÃO DE NOVAS INFORMAÇÕES ANTES DA APRECIAÇÃO DA MEDIDA LIMINAR.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por

EDSON PEREIRA BELO DA SILVA e ANA LÚCIA ASSAD, advogados, em benefício de LINDEMBERG ALVES FERNANDES, contra ato do Relator do Habeas Corpus 131.469, Ministro Celso Limongi, do Superior Tribunal de Justiça.

2. Os Impetrantes alegam demora no julgamento do Habeas Corpus 131.469.

Este o teor dos pedidos:“seja concedida a liminar para determinar ao Eminente Ministro

Relator do HC n° 131.469-SP que o leve a julgamento na próxima sessão da respectiva Turma, analisando os pedidos ali formulados.

(...)seja concedida a ordem requerida para determinar ao eminente

Ministro Relator do HC n° 131.469-SP no STJ que o leve a julgamento na próxima sessão da respectiva Turma, analisando os pedidos ali formulados” (fl. 9).

3. Em 9.7.2010, o Ministro Ayres Britto, Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, despachou nos termos seguintes:

“Requisitem-se, com a máxima urgência, informações à autoridade apontada como coatora; facultada a prestação de esclarecimentos sobre a petição inicial deste habeas corpus (cuja cópia acompanhará o expediente)” (fl. 16).

4. As informações foram prestadas à fl. 22.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Antes de apreciar o pedido de medida liminar, são necessários

novos esclarecimentos a serem trazidos nas informações do Relator do Habeas Corpus 131.469, Ministro Celso Limongi.

6. Pelo exposto, oficie-se ao Ministro Celso Limongi, do Superior Tribunal de Justiça, para que, com urgência, esclareça se há data prevista para o julgamento do Habeas Corpus 131.469.

Remeta-se, com o ofício – a ser enviado, com urgência e por fax, diretamente ao Gabinete do Ministro Celso Limongi –, a cópia da inicial, do despacho de fl. 16 e do presente despacho.

7. Prestadas as informações, analisarei o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 1° de setembro de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 104.936 (246)ORIGEM : PROCESSO - 6090120090167570 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JAILSON SANTOS DE MELOIMPTE.(S) : ADRIANO ANTONIO CARVALHO MIGUELCOATOR(A/S)(ES) : JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE TABOÃO DA SERRA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. INCOMPETÊNCIA DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR HABEAS CORPUS CONTRA ATO DE JUIZ. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO E DECLINA-SE A COMPETÊNCIA.

Relatório1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado por

ADRIANO ANTONIO CARVALHO MIGUEL, advogado, em benefício de JAILSON SANTOS DE MELO, contra ato do Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Taboão da Serra/SP.

2. O Impetrante alega excesso de prazo da prisão do Paciente e que “nula é a presente Ação Penal, cujos atos estão todos revestidos de incontestáveis irregularidades de procedimento, a começar no ‘flagrante’, que não houve; na denúncia inepta e assim reconhecida tempestivamente, e, finalmente, no decreto de prisão preventiva, deveras injusto, mas principalmente sem a fundamentação adequada onde a MM. Juíza ‘a quo’ limita-se a dizer que – ‘pela frieza do réu ao confessar o delito, decreta-se a prisão preventiva como garantia da ordem pública’”.

Este o teor do pedido:“Por derradeiro, espera ainda o impetrante que o nosso sempre

acatado e venerado Tribunal (...), conhecendo e acolhendo o pedido de ‘Habeas Corpus’ ora formulado, determine a expedição do competente alvará de soltura para o paciente”.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado pelo

Supremo Tribunal Federal contra a autoridade apontada pelo Impetrante como coatora, a qual não se insere no rol daqueles cujos atos são suscetíveis de processamento e julgamento originários pelo Supremo Tribunal.

O Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Taboão da Serra/SP não tem os seus atos judiciais sujeitos à apreciação direta e originária do Supremo Tribunal Federal.

4. Como plenamente consabido, a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade coatora (art. 102, inc. I, alínea i, da Constituição da República).

No rol constitucionalmente afirmado, não se inclui a atribuição do Supremo Tribunal para processar e julgar, originariamente, ação de habeas corpus na qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não comporta discussão mínima por se cuidar de regra de competência constitucional expressa, que não possibilita interpretação extensiva.

5. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus neste Supremo Tribunal e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 105.044 (247)ORIGEM : PROC - 20090012706081 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : MARCO ANTONIO DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : MARCO ANTONIO DO NASCIMENTOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DO RIO DE JANEIROCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, sem pedido de liminar, impetrado pelo advogado

Marco Antonio do Nascimento, em benefício próprio, apontando como autoridades coatoras o Juiz de Direito da Vara de Execuções Criminais da Comarca do Rio de Janeiro e o Tribunal de Justiça estadual.

Examinados os autos, decido. Há óbice jurídico-processual para o conhecimento da impetração.Ocorre que o Supremo Tribunal Federal não é competente para

processar e julgar habeas corpus impetrado contra suposto ato de Juiz de Primeiro Grau nem de Tribunal de Justiça estadual, não tendo o impetrante/paciente, no caso presente, foro por prerrogativa de função nesta Suprema Corte para efeito de ações penais por crimes comuns ou de responsabilidade (art. 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal).

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Suprema Corte, não conheço do presente habeas corpus e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 105.053 (248)ORIGEM : HC - 173439 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ANDREIA FERREIRA GUIMARAESIMPTE.(S) : TATYANNE NEVES BALDUINO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 26

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 173439 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado por Tatyanne Neves Balduino, em favor de Andréia Ferreira Guimarães.

Nestes autos, a defesa questiona decisão proferida pelo Ministro Felix Fischer, relator do HC n. 173.439/SP, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu o pedido de medida liminar (DJe 4.8.2010).

Em 19 de janeiro de 2009, a paciente foi presa temporariamente – decreto convertido, posteriormente, em preventiva – pela suposta prática dos delitos descritos nos artigos 33, caput, e 35, caput, c/c artigo 40, I, da Lei 11.343/2006.

Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, perante o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, alegando, em síntese: i) ausência de indícios de autoria para justificar a medida detentiva; ii) falta de fundamentação da prisão cautelar, nos termos do artigo 312 do CPP; e iii) excesso de prazo na formação da culpa. A liminar restou indeferida pela Corte Estadual.

A defesa, então, impetrou habeas corpus no STJ, que teve sua liminar indeferida, por decisão monocrática, pelo Ministro relator Felix Fischer, nos seguintes termos:

“Os autos não versam sobre hipótese que admite a pretendida valoração antecipada da matéria, pois, pela análise da quaestio trazida à baila na exordial, verifica-se que o habeas corpus investe contra denegação de liminar. De fato, ressalvadas hipóteses excepcionais, felizmente raras, descabe o instrumento heróico em situação como a presente, sob pena de ensejar supressão de instância”.

No presente writ, a impetração pede o afastamento da Súmula 691/STF em razão do excesso de prazo perante o Juízo de origem para o encerramento da instrução processual.

Pede, liminarmente, o relaxamento da prisão cautelar e a extensão da ordem aos demais corréus da Ação Penal n. 2009.61.06.005626-9.

No mérito, postula a confirmação da liminar. Passo a decidir.Em princípio, a jurisprudência desta Corte é no sentido da

inadmissibilidade da impetração de habeas corpus, nas causas de sua competência originária, contra decisão denegatória de liminar em ação de idêntica natureza articulada perante tribunal superior, antes do julgamento definitivo do writ (cf. HC-QO n. 76.347/MS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 8.5.1998; HC n. 79.238/RS, Min. Moreira Alves, 1a Turma, unânime, DJ 6.8.1999; HC n. 79.776/RS, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 3.3.2000; HC n. 79.775/AP, Min. Maurício Corrêa, 2a Turma, maioria, DJ 17.3.2000; HC n. 79.748/RJ, Min. Celso de Mello, 2a Turma, maioria, DJ 23.6.2000; HC n. 101.275/SP, Min. Ricardo Lewandowski, 1a Turma, maioria, DJe 5.3.2010; e HC n. 103.195, Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, unânime, DJe 23.4.2010).

Esse entendimento está representado na Súmula n. 691/STF; eis o teor: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É bem verdade que o rigor na aplicação da Súmula n. 691/STF tem sido abrandado por julgados desta Corte em hipóteses excepcionais em que: a) seja premente a necessidade de concessão do provimento cautelar para evitar flagrante constrangimento ilegal; ou b) a negativa de decisão concessiva de medida liminar pelo tribunal superior importe na caracterização ou na manutenção de situação que seja manifestamente contrária à jurisprudência do STF (cf. as decisões colegiadas: HC n. 84.014/MG, Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJ 25.6.2004; HC n. 85.185/SP, Min. Cezar Peluso, Pleno, por maioria, DJ 1o.9.2006; e HC n. 90.387, da minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJ 28.9.2007).

Na hipótese dos autos, à primeira vista, não se caracteriza nenhuma dessas situações ensejadoras do afastamento da incidência da Súmula n. 691/STF.

Dessarte, não se tratando de decisão manifestamente contrária à jurisprudência do STF ou de flagrante hipótese de constrangimento ilegal – salvo melhor juízo na apreciação de eventual impetração de novo pedido de habeas corpus a ser distribuído nos termos da competência constitucional desta Corte (CF, art. 102) –, descabe afastar a aplicação da Súmula n. 691/STF.

Ante o exposto, nego seguimento ao pedido formulado neste habeas corpus, por ser manifestamente incabível, nos termos da Súmula n. 691/STF.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

HABEAS CORPUS 105.088 (249)ORIGEM : PROC - 0900120040081535 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : JUSCELINO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : JUSCELINO DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE BRAGANÇA PAULISTA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado por Juscelino de Oliveira, em seu favor, no qual aponta como autoridade coatora o Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Bragança Paulista/SP.

Não compete ao Supremo Tribunal Federal, porém, julgar habeas corpus contra ato ou omissão de Juiz de Direito (art. 102, I, “i”, da Constituição Federal).

Ante o exposto, nego seguimento ao pedido (RI/STF, art. 21, § 1º).Com o objetivo de promover celeridade processual (CF, art. 5º,

LXXVIII), determino, independentemente da publicação desta decisão, a remessa destes autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que proceda como entender de direito, nos termos da competência que lhe é atribuída.

Brasília, 17 de agosto de 2010.Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente.

HABEAS CORPUS 105.120 (250)ORIGEM : HC - 144337 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ELAINE DE SOUZA NUAYEDIMPTE.(S) : PAULO NEY DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 144337 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. IMPUTAÇÃO DOS

CRIMES DE PECULATO E CORRPUÇÃO PASSIVA EM CONCURSO MATERIAL À PROMOTORA DE JUSTIÇA. DENÚNCIA RECEBIDA PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ. HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE NÃO TEVE APRECIADO PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR NEM JULGADO O MÉRITO. ALEGAÇÕES DE INÉPCIA DA DENÚNCIA E DE AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA O OFERECIMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME DESSAS QUESTÕES SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por

PAULO NEY DIAS DA SILVA, estudante, e PAULO ROBERTO FARIAS CORREA, bacharel em direito, em benefício de ELAINE DE SOUZA NUAYED, contra ato do Ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça, Relator do Habeas Corpus 144.337.

2. Tem-se nos autos que, em 22.11.2005, a Paciente foi denunciada pela suposta prática dos crimes de peculato e corrupção ativa em concurso material (arts. 312, caput, e 317, § 1º, c/c 69 do Código Penal).

Expõe a denúncia que:“Por meio do Processo Administrativo Disciplinar nº 004/2000-CGMP,

instaurado através da Portaria n.º 004/2000/CGMP, de 24 de outubro de 2000, foi apurado que a ora denunciada, no período compreendido entre os meses de maio e agosto de 2000, utilizou de quantias representadas por cheques sacados contra o Banco do Estado do Pará, emitidos pelo Ministério Público, destinadas ao custeio das despesas da Promotoria de Justiça do Município de Novo Repartimento, para pagar parcelas de um empréstimo pessoal feito perante o Banco Brasileiro de Descontos S/A – BRADESCO, Agência n.º 1947, estabelecida na cidade de Tucuruí, neste Estado, em nome de Ruth Medeiros Freire, à época servidora pública temporária do Ministério Público Estadual.

Que a referida operação financeira junto ao BRADESCO, embora realizada em nome da servidora Ruth Medeiros Freire foi destinada à denunciada, que à época não gozava de idoneidade creditícia para fazer a referida opção em seu nome, destinando-se esse empréstimo à satisfação de credor da denunciada da cidade de Santarém, PA.

Que a denunciada, em seu depoimento, afirmou ter posteriormente prestado contas ao Ministério Público do dinheiro por ela recebido, que era destinado ao custeio das despesas da Promotoria de Justiça da Comarca de Novo Repartimento.

Também foi apurado, que na Promotoria de Justiça do Município de Tucuruí, onde a denunciada respondia, havia um inquérito policial envolvendo o então Deputado Estadual José Lima da Silva, tendo este sido informado de que a denunciada queria falar com ele, inclusive, telefonando para sua residência.

Que o referido senhor, ao mês de maio de 2000, procurou a denunciada em seu local de trabalho, encontrando-a, esta disse que gostaria de ter uma conversa reservada com ele, e que, após os cumprimentos de praxe, alegando dificuldades financeiras, lhe pediu a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), tendo esse senhor lhe dito não possuir essa quantia, diante disso, a denunciada foi reduzindo o valor até chegar em R$ 1.000,00 (um mil reais), tendo ela solicitado, ainda, que ele conseguisse passagens aéreas no trecho Santarém/Belém/Tucuruí/Santarém/Belém, para o seu marido.

Que o Senhor José Lima da Silva reafirmou não ter condições para

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 27

atender ao pedido, tendo a denunciada lhe dito que as passagens poderiam ser fornecidas pela Assembléia Legislativa, sendo informada de que esse Órgão só fornecia passagens aéreas para funcionários. Como este se negou a fornecer o dinheiro e as passagens aéreas, a denunciada, em tom de ameaça, lhe disse que ainda iria precisar dela, tendo posteriormente confirmado essa ameaça, ao denunciá-lo perante o Juízo da 2ª Vara da Comarca de Tucuruí por crime de homicídio, com violação de suas atribuições e inobservância das regras processuais de competência, que estabelecem prerrogativa de foro aos Deputados Estaduais no processamento e julgamento dos crimes comuns”.

3. Em 21.3.2007, o Tribunal de Justiça do Pará recebeu a denúncia nos seguintes termos:

“AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA. PECULATO E CORRUPÇÃO PASSIVA. REQUISITOS MÍNIMOS PARA INÍCIO DA AÇÃO PENAL PREENCHIDOS, INCLUSIVE POR CONFISSÃO. DENÚNCIA RECEBIDA.

I – Nas ações penais de competência dos tribunais, a admissibilidade da denúncia constitui deliberação colegiada, após procedimento complexo que envolve defesa preliminar e eventual contradita.

II – Presentes os requisitos para instauração da lide, inclusive devido à confissão da denunciada, que admitiu em depoimento haver utilizado dois cheques destinados ao pronto pagamento de despesas da Promotoria de Justiça da qual era titular, em proveito pessoal, impede o acolhimento da denúncia.

III – De igual modo quando, mesmo sem confissão, a denunciada admite haver praticado ato com violação de dever funcional, alegando não ver problema algum em praticá-lo em contrariedade à doutrina aplicável.

IV – Denúncia recebida. Decisão unânime”.4. Contra esse acórdão foi impetrado no Superior Tribunal de Justiça

o Habeas Corpus 144.337, de relatoria do Ministro Nilson Naves. Pelo andamento do feito no sítio do Superior Tribunal de Justiça

(www.stj.jus.br), extrai-se que não houve exame de pedido de medida liminar nem do mérito dessa impetração e que já consta nos autos o parecer do Ministério Público.

5. Tem-se, então, a presente impetração, na qual os Impetrantes apontam o Ministro Nilson Naves como autoridade coatora, pedem a superação da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal e alegam:

a) ausência de justa causa para a ação penal quanto ao crime de corrupção passiva, “por não constituir crime o oferecimento de denúncia por promotor de justiça no estreito cumprimento de seu mister”;

b) inépcia da denúncia quanto ao crime de peculato, “porquanto a denúncia deixou de descrever o meio, o dano, o motivo, o modo, o lugar, tempo, o corpo de delito e demais circunstâncias em que foi cometida a possível conduta delituosa”.

Este o teor dos pedidos:“a) Seja concedida liminarmente a ordem, para suspender o

julgamento da Ação Penal, até o julgamento do habeas corpus impetrado em favor da Paciente junto ao Superior Tribunal de Justiça;

b) Seja solicitada a informação à autoridade coatora;c) Seja no mérito confirmada a ordem”.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.6. A análise dos dados trazidos na impetração demonstra que ainda

não foi analisado sequer o pedido de medida liminar submetido ao Superior Tribunal de Justiça.

7. Em situação como a descrita nos autos, o sistema jurídico impõe o prosseguimento da ação intentada em instância própria, para que, diante dos elementos apresentados, delibere o julgador com segurança e fundamentação de seu convencimento quanto aos pedidos formulados pela defesa.

O Superior Tribunal de Justiça haverá de se pronunciar na forma legal, não havendo o que determinar, superando-se as instâncias naturais.

8. Assim, as circunstâncias expostas e os documentos juntados demonstram ser necessária especial cautela na análise vertente, não se podendo suprimir a instância antecedente sem que ela tenha analisado o pedido que fora submetido a sua jurisdição, estando a ação em curso a aguardar julgamento.

9. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite o conhecimento de habeas corpus nestes casos, por incabível o exame per saltum de fundamentos não apreciados pelo órgão judiciário apontado como coator, máxime em se cuidando de casos como o presente, nos quais não se comprovam os requisitos para o seu acolhimento, como o flagrante constrangimento e a manifesta ilegalidade ou abuso de poder.

10. Ademais, a instrução do pedido está deficiente, por estar desacompanhada do procedimento administrativo disciplinar ordinário instaurado pela Portaria n. 004/2000-CGMP, o que torna impossível a análise das alegações de inépcia da denúncia e ausência de justa causa.

Na via tímida do habeas corpus, é imperiosa a apresentação de todos os elementos que demonstrem as questões postas em análise, por inexistir, na espécie, dilação probatória.

Nesse sentido, decisão de minha relatoria: “1. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS.

CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ('NÃO COMPETE AO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL CONHECER DE HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA DECISÃO DO RELATOR QUE, EM HABEAS CORPUS, REQUERIDO A TRIBUNAL SUPERIOR, INDEFERE A LIMINAR'). EXCEPCIONALIDADE NÃO DEMONSTRADA. 2. HABEAS CORPUS: INVIABILIDADE PELA MANIFESTA DEFICIÊNCIA DA INSTRUÇÃO DO PEDIDO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. A decisão do Superior Tribunal de Justiça ora questionada é monocrática e tem natureza precária, desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite o conhecimento de habeas corpus quando os fundamentos ainda não foram apreciados definitivamente pelo órgão judiciário apontado como coator. Não se vislumbra a ocorrência de manifesto constrangimento ilegal, incidindo, portanto, na espécie, a Súmula 691 deste Supremo Tribunal (‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar’). Precedentes. 2. Tanto na decisão do Superior Tribunal quanto na decisão ora agravada, há o reconhecimento da deficiência da instrução dos pedidos formulados pelos Impetrantes, o que impossibilitou, respectivamente, o deferimento de liminar no STJ e o seguimento da presente ação aqui no STF. 3. Não estando o pedido de habeas corpus instruído, esta deficiência compromete a sua viabilidade, impedindo que sequer se verifique a caracterização, ou não, do constrangimento ilegal. 4. Agravo regimental não provido.” (HC 95.152, Primeira Turma, DJe 21.11.2008).

11. Pelo exposto, sob pena de supressão de instância e contrariedade às regras constitucionais e legais de competência, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 38 da Lei n. 8.038/90), ficando, por óbvio, prejudicado o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 105.134 (251)ORIGEM : HC - 119510 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : MARCOS ALVES PINTARIMPTE.(S) : MARCOS ALVES PINTARCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 119510 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em causa própria

pelo advogado Marcos Alves Pintar, a quem se imputa a prática de crime de difamação praticado contra Magistrada da Comarca de Nova Granada/SP.

Aponta como autoridade coatora o Ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a medida liminar no HC nº 119.510/SP, impetrado àquela Corte.

Sustenta o impetrante, em síntese, o constrangimento ilegal a que se encontra submetido, falecendo justa causa à ação penal instaurada contra o paciente.

Aduz, ainda, a ocorrência da prescrição antecipada do delito, em vista da pena que em perspectiva possa vir a ser aplicada; decadência do direito de representação e imunidade profissional do advogado no exercício de suas atividades.

No mais, afirma que o caso concreto autoriza o afastamento do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.

Requer, liminarmente, seja ordenada a suspensão da ação penal em trâmite contra sua pessoa perante a Comarca de Nova Granada/SP e, no mérito, seja concedida em definitivo ordem, para o trancamento da causa.

Examinados os autos, decido.A concessão de liminar em habeas corpus, como se sabe, é medida

de caráter excepcional, cabível apenas se a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano.

Pelo que se tem na decisão proferida pelo Ministro Arnaldo Esteves Lima, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra, neste primeiro exame, nenhuma ilegalidade, abuso de poder ou teratologia que justifique o deferimento da liminar.

Ademais, as razões invocadas pelo impetrante para o deferimento da medida excepcional possuem caráter satisfativo, pois se confundem com o mérito da impetração, o que recomenda seu indeferimento conforme reiterada jurisprudência desta Suprema Corte. Nesse sentido: HC nº 94.888/SP-MC, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 12/6/08; HC nº 93.164/SP-MC, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 22/2/08; HC nº 92.737/SP-MC, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 29/10/07; e HC nº 85.269/RJ-MC, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 2/2/05, entre outros.

Avento, ainda, que esta Suprema Corte já pacificou entendimento no sentido de que o trancamento da ação penal por ausência de justa causa em sede de habeas corpus é medida excepcional, justificando-se apenas quando despontar, fora de dúvida, atipicidade da conduta, causa extintiva da punibilidade ou ausência de indícios de autoria, o que não é possível aferir em análise perfunctória dos fatos nesta fase embrionária da impetração.

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De outra sorte, igualmente ressalto que o Supremo Tribunal Federal já fixou o entendimento de que não é absoluta a inviolabilidade do advogado, por seus atos e manifestações, o que não infirma a abrangência que a Magna Carta conferiu ao instituto, de cujo manto protetor somente se excluem atos, gestos ou palavras que manifestamente desbordem do exercício da profissão, como a agressão (física ou moral), o insulto pessoal e a humilhação pública a proclamada imunidade profissional do advogado não é absoluta (HC nº 69.085/RJ, Primeira Turma, da relatoria do Min. Celso de Mello, DJ 26/3/1993; HC nº 80.881, Rel. Min. Maurício Correa, DJ de 24/8/01; HC nº 84.795, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 17/12/04; HC nº 84.389, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 30/4/04; HC nº 75.783, Rel. Min. Octávio Gallotti, DJ de 12/3/99; AI nº 153.311, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ de 16/9/93; RHC nº 69.619, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 20/8/93 e HC nº 69.366, Rel. Néri da Silveira, DJ de 12/3/93).

Com essas considerações, não tendo, no momento, como configurado constrangimento ilegal passível de ser afastado mediante o deferimento da liminar ora pretendida, indefiro-a.

Solicitem-se as informações da autoridade apontada como coatora.Oficie-se, ainda, ao Juizado Especial Criminal da Comarca de Nova

Granada/SP, solicitando informações atualizadas sobre a situação processual da ação penal instaurada contra o paciente.

Após, vista ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 105.271 (252)ORIGEM : HC - 147605 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ISMAEL DOS SANTOS ALVESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de ISMAEL DOS SANTOS ALVES, contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem pleiteada no HC 147.605/RS.

A impetrante narra, em suma, que o paciente foi condenado às penas de 1 ano e oito meses de reclusão, em regime fechado, e pagamento de 166,66 dias-multa, como incurso nas penas do art. 33, caput e § 4º, da Lei 11.343/2006 por ter sido flagrado portando 9,20 gramas de crack e 4,40 gramas de maconha, além de R$ 94,00.

Diz, mais, que, mesmo preenchendo os requisitos do art. 44 do Código Penal, foi negada ao paciente a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Infere-se dos autos que, irresignada, a defesa apelou ao Tribunal estadual, o qual, por unanimidade, negou provimento ao recurso, ensejando, assim, a impetração de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça.

A Corte Superior denegou a ordem ao fundamento de não ser possível a pleiteada substituição ante a expressa vedação legal, contida na Lei 11.343/2006.

É contra essa última decisão que se volta o mandamus sob exame. A impetrante afirma, inicialmente, que “ao se negar a substituição da

pena privativa de liberdade por restritiva de direito houve desvirtuamento de princípios constitucionais e do disposto na Constituição Federal, art. 5º, XLI e XLVI” (fl. 2).

Aduz, também, que o writ sob exame busca fazer cessar a violação dos princípios da individualização da pena e do princípio da proporcionalidade.

Alega, em acréscimo, que, estando atendidos os requisitos objetivos e subjetivos do art. 44 do Código Penal, como na espécie, mesmo diante do óbice legal do art. 33, § 4º, da lei de tóxicos, impõe-se a conversão da pena corporal em restritiva de direitos.

Argumenta, ainda, com o excessivo rigor da pena imposta, que não guarda proporção com a extensão do dano e as características do agente.

Requer, por fim, a concessão da ordem para que seja permitida a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

É o breve relatório. Não há medida liminar a ser apreciada. Solicitem-se informações ao juízo de origem, além da remessa de

cópia da sentença condenatória proferida em desfavor do ora paciente.Com as informações, voltem-me os autos conclusos.Publique-se. Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

INQUÉRITO 2.489 (253)ORIGEM : INQ - 200401000137514 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL

PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINDIC.(A/S) : N. R. C.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ AVILA DE BESSAADV.(A/S) : ERIK FRANKLIN BEZERRAINDIC.(A/S) : U. R. F. F.ADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUESADV.(A/S) : ALEXANDER LADISLAU MENEZESINDIC.(A/S) : A. M. M. F.ADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUESADV.(A/S) : ERIK FRANKLIN BEZERRAINDIC.(A/S) : J. E. A. N.ADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUESADV.(A/S) : ERIK FRANKLIN BEZERRAINDIC.(A/S) : I. P. A. S.ADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUESINDIC.(A/S) : R. A. O.ADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUESADV.(A/S) : ERIK FRANKLIN BEZERRAINDIC.(A/S) : D. S. B.ADV.(A/S) : LUIS GUSTAVO MARÇAL DA COSTAINDIC.(A/S) : C. E. L.ADV.(A/S) : CARLOS NEY OLIVEIRA AMARAL

DECISÃO: Cuida-se de petição na qual o indiciado Neudo Ribeiro Campos comunica ter renunciado ao cargo de Deputado Federal e postulaa declinaçãoda competência para a Justiça Federal de Roraima.

A competência criminal desta Suprema Corte tem natureza constitucional, e restringe-se ao processamento e julgamento de detentores de cargos ou funções públicas, enumerados no art. 102 da Carta Magna, na vigência do mandato.

Conforme certidão juntada aos autos, o ato de renúncia ao mandato parlamentar de Neudo Campos restou publicado no Diário da Câmara dos Deputados – Suplemento ao n.º 127, de 27 de agosto de 2010, o que determina a cessação da competência do Supremo Tribunal Federal e consequente competência da Justiça Federal de primeira instância (Seção Judiciária de Roraima) para processar e julgar este feito.

Ante o exposto, declino da competência deste feito para a Seção Judiciária de Roraima, devendo a Secretaria providenciar a remessa dos autos àquela Seção Judiciária.

Cumpra-se.Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

INQUÉRITO 2.627 (254)ORIGEM : PROC - 200342000017370 - JUIZ FEDERALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICADNDO.(A/S) : N. R. C.ADV.(A/S) : ALEXANDRE LADISLAU MENEZESDNDO.(A/S) : C. E. L.DNDO.(A/S) : D. S. B.DNDO.(A/S) : M. L. V. C.DNDO.(A/S) : R. C. B. DOS S.

DECISÃO: Cuida-se de petição na qual o indiciado Neudo Ribeiro Campos comunica ter renunciado ao cargo de Deputado Federal e postulaa declinaçãoda competência para a Justiça Federal de Roraima.

A competência criminal desta Suprema Corte tem natureza constitucional, e restringe-se ao processamento e julgamento de detentores de cargos ou funções públicas, enumerados no art. 102 da Carta Magna, na vigência do mandato.

Conforme certidão juntada aos autos, o ato de renúncia ao mandato parlamentar de Neudo Campos restou publicado no Diário da Câmara dos Deputados – Suplemento ao n.º 127, de 27 de agosto de 2010, o que determina a cessação da competência do Supremo Tribunal Federal e consequente competência da Justiça Federal de primeira instância (Seção Judiciária de Roraima) para processar e julgar este feito.

Ante o exposto, declino da competência deste feito para a Seção Judiciária de Roraima, devendo a Secretaria providenciar a remessa dos autos àquela Seção Judiciária.

Cumpra-se.Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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INQUÉRITO 2.743 (255)ORIGEM : AP - 382 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALINDIC.(A/S) : N. R. C.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSAINDIC.(A/S) : M. R. DE H. F.ADV.(A/S) : MARCUS PAIXÃO COSTA DE OLIVEIRAINDIC.(A/S) : V. S. DE S.ADV.(A/S) : ADALGIZA RADOYKA SIMÃO DE QUEIROZINDIC.(A/S) : C. E. LADV.(A/S) : CARLOS NEY OLIVEIRA AMARALINDIC.(A/S) : D. S. B.ADV.(A/S) : LUCIANA CRISTINA BRIGLIA FERREIRA

DECISÃO: Cuida-se de petição na qual o indiciado Neudo Ribeiro Campos comunica ter renunciado ao cargo de Deputado Federal e postulaa declinaçãoda competência para a Justiça Federal de Roraima.

A competência criminal desta Suprema Corte tem natureza constitucional, e restringe-se ao processamento e julgamento de detentores de cargos ou funções públicas, enumerados no art. 102 da Carta Magna, na vigência do mandato.

Conforme certidão juntada aos autos, o ato de renúncia ao mandato parlamentar de Neudo Campos restou publicado no Diário da Câmara dos Deputados – Suplemento ao n.º 127, de 27 de agosto de 2010, o que determina a cessação da competência do Supremo Tribunal Federal e consequente competência da Justiça Federal de primeira instância (Seção Judiciária de Roraima) para processar e julgar este feito.

Ante o exposto, declino da competência deste feito para a Seção Judiciária de Roraima, devendo a Secretaria providenciar a remessa dos autos àquela Seção Judiciária.

Cumpra-se.Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

INQUÉRITO 2.822 (256)ORIGEM : INQ - 200601000357614 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICADNDO.(A/S) : N. R. C.ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSADNDO.(A/S) : C. E. L.DNDO.(A/S) : D. S. B.ADV.(A/S) : LUCIANA CRISTINA BRIGLIA MARÇAL DA COSTADNDO.(A/S) : M. L. V. C.DNDO.(A/S) : S. H. Z.DNDO.(A/S) : M. F. V. Z.

DECISÃO: Cuida-se de petição na qual o indiciado Neudo Ribeiro Campos comunica ter renunciado ao cargo de Deputado Federal e postulaa declinaçãoda competência para a Justiça Federal de Roraima.

A competência criminal desta Suprema Corte tem natureza constitucional, e restringe-se ao processamento e julgamento de detentores de cargos ou funções públicas, enumerados no art. 102 da Carta Magna, na vigência do mandato.

Conforme certidão juntada aos autos, o ato de renúncia ao mandato parlamentar de Neudo Campos restou publicado no Diário da Câmara dos Deputados – Suplemento ao n.º 127, de 27 de agosto de 2010, o que determina a cessação da competência do Supremo Tribunal Federal e consequente competência da Justiça Federal de primeira instância (Seção Judiciária de Roraima) para processar e julgar este feito.

Ante o exposto, declino da competência deste feito para a Seção Judiciária de Roraima, devendo a Secretaria providenciar a remessa dos autos àquela Seção Judiciária.

Cumpra-se.Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

INQUÉRITO 2.937 (257)ORIGEM : INQ - 526 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINDIC.(A/S) : JOSÉ EDSON MIRANDA DE ARAÚJOINDIC.(A/S) : BENE ANDRÉ CAMACHO ARAÚJO

1. No curso do presente inquérito, sobreveio manifestação do Senhor Procurador-Geral da República nos seguintes termos (fls. 223-224):

“(...).Trata-se de investigação para apurar a possível prática de crime de

corrupção eleitoral e prevaricação por José Miranda de Araújo e Bene André camacho Araújo.

Todavia, em pesquisa realizada no sítio da Câmara dos Deputados (cópia em anexo), verificou-se que Bene André Camacho Araújo foi eleito suplente de Deputado Federal para a legislatura de 2007-2001, não estando, atualmente, no exercício do mandato.

Em conseqüência, cessou a competência originária do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar o presente feito, consoante pacífica jurisprudência:

(...).Ante o exposto, requer o Ministério Público Federal a devolução dos

autos ao Juízo da 92ª Zona Eleitoral de Imperatriz/MA, para que tome as providências que entender cabíveis”.

2. Diante da cessação do exercício do mandato parlamentar pelo indiciado, não mais subsiste a competência deste Supremo Tribunal Federal para o processamento do presente inquérito (art. 102, I, b, da Constituição).

3. Ante o exposto, remetam-se os autos do presente inquérito ao Juízo da 92ª Zona Eleitoral de Imperatriz/MA.

Publique-se.Brasília, 31 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.106 (258)ORIGEM : MI - 3106 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : DIEB ABDON AFIUNEADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO PEREIRA COSTAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Registro, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal, apreciando questão de ordem suscitada, em sessão plenária, no MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, reconheceu assistir, ao Relator da causa, competência para julgar, monocraticamente, em caráter definitivo, os mandados de injunção que objetivem garantir, ao impetrante, o direito à aposentadoria especial a que se refere o art. 40, § 4º, da Constituição da República.

O caso em exame ajusta-se aos pressupostos, que, estabelecidos na questão de ordem ora referida, legitimam a atuação monocrática do Relator da causa, razão pela qual passo a analisar, singularmente, a presente impetração injuncional.

Trata-se de mandado de injunção que objetiva a colmatação de alegada omissão estatal no adimplemento de prestação legislativa determinada no art. 40, § 4º, da Constituição da República.

A parte ora impetrante enfatiza o caráter lesivo da omissão imputada ao Senhor Presidente da República, assinalando que a lacuna normativa existente, passível de integração mediante edição da faltante lei complementar, tem inviabilizado o seu acesso ao benefício da aposentadoria especial.

Sendo esse o contexto, cabe verificar se se revela admissível, ou não, na espécie, o remédio constitucional do mandado de injunção.

Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional.

Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).”

(MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 30

Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado.

O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público.

Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum.

Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador.

É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional.

Passo, desse modo, a analisar a pretensão injuncional em causa.Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo

Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente:

“(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.”

(MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei)Registro, ainda, que esta Suprema Corte, em sucessivas decisões,

reafirmou essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas nos incisos II e III do § 4º do art. 40 da Constituição (exercício de atividades de risco ou execução de trabalhos em ambientes insalubres), o direito à aposentadoria especial:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. §4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.

1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo.

2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio.

3. Mandado de injunção deferido nesses termos.”(MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei)“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO

SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA.

1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade.

2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial.

3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.”

(MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da

decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator:

“31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado.

.......................................................34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a

injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador.

35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos.

.......................................................37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma

de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial.

38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei)

Cabe assinalar, de outro lado, que a douta Procuradoria Geral da República, ao pronunciar-se pela parcial procedência do pedido formulado no MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, reportou-se à manifestação que ofereceu no MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, em cujo âmbito foi suscitada controvérsia idêntica à ora veiculada nesta causa, formulando, então, parecer assim ementado:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. REGULAMENTAÇÃO DO ART. 40, § 4°, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR EXERCENTE DE ATIVIDADE INSALUBRE. EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. MI N° 721. RECONHECIMENTO DA OMISSÃO LEGISLATIVA. SUPRIMENTO DA MORA COM A DETERMINAÇÃO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA REVELADO PELO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, PREVISTO NA LEI Nº 8.213/91, ATÉ QUE SOBREVENHA A REGULAMENTAÇÃO PRETENDIDA. PARECER PELA PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO.” (grifei)

Cumpre ressaltar, finalmente, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre a matéria (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), salientou que, efetivada a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa, exaure-se a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (einstituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA.

1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”(MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei)Isso significa, portanto, que não cabe deferir, nesta sede

injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei).

Sendo assim, em face das razões expostas e tendo em vista, ainda, os pareceres da douta Procuradoria Geral da República (anteriormente referidos nesta decisão), concedo, em parte, a ordem injuncional, para, reconhecido o estado de mora legislativa, garantir, ao ora impetrante, o direito de ter o seu pedido administrativo de aposentadoria especial concretamente analisado pela autoridade administrativa competente, observado, para tanto, o que dispõe o art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.132 (259)ORIGEM : MI - 3132 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS NEVES FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: Registro, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal, apreciando questão de ordem suscitada, em sessão plenária, no MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, reconheceu assistir, ao Relator da causa, competência para julgar, monocraticamente, em caráter definitivo, os mandados de injunção que objetivem garantir, ao impetrante, o direito à aposentadoria especial a que se refere o art. 40, § 4º, da Constituição da República.

O caso em exame ajusta-se aos pressupostos, que, estabelecidos na questão de ordem ora referida, legitimam a atuação monocrática do Relator da causa, razão pela qual passo a analisar, singularmente, a presente impetração injuncional.

Trata-se de mandado de injunção que objetiva a colmatação de alegada omissão estatal no adimplemento de prestação legislativa determinada no art. 40, § 4º, da Constituição da República.

A parte ora impetrante enfatiza o caráter lesivo da omissão imputada ao Senhor Presidente da República, assinalando que a lacuna normativa existente, passível de integração mediante edição da faltante lei complementar, tem inviabilizado o seu acesso ao benefício da aposentadoria especial.

Sendo esse o contexto, cabe verificar se se revela admissível, ou não, na espécie, o remédio constitucional do mandado de injunção.

Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional.

Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).”

(MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005)

Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ”

injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado.

O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público.

Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum.

Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador.

É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional.

Passo, desse modo, a analisar a pretensão injuncional em causa.Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo

Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente:

“(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.”

(MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei)Registro, ainda, que esta Suprema Corte, em sucessivas decisões,

reafirmou essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI 970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas nos incisos II e III do § 4º do art. 40 da Constituição (exercício de atividades de risco ou execução de trabalhos em ambientes insalubres), o direito à aposentadoria especial:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. §4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.

1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo.

2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio.3. Mandado de injunção deferido nesses termos.”(MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei)“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 32

SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA.

1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade.

2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial.

3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.”

(MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da

decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator:

“31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado.

.......................................................34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a

injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador.

35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos.

.......................................................37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma

de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial.

38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei)

Cabe assinalar, de outro lado, que a douta Procuradoria Geral da República, ao pronunciar-se pela parcial procedência do pedido formulado no MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, reportou-se à manifestação que ofereceu no MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, em cujo âmbito foi suscitada controvérsia idêntica à ora veiculada nesta causa, formulando, então, parecer assim ementado:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. REGULAMENTAÇÃO DO ART. 40, § 4°, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR EXERCENTE DE ATIVIDADE INSALUBRE. EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. MI N° 721. RECONHECIMENTO DA OMISSÃO LEGISLATIVA. SUPRIMENTO DA MORA COM A DETERMINAÇÃO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA REVELADO PELO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, PREVISTO NA LEI Nº 8.213/91, ATÉ QUE SOBREVENHA A REGULAMENTAÇÃO PRETENDIDA. PARECER PELA PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO.” (grifei)

Cumpre ressaltar, finalmente, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre a matéria (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), salientou que, efetivada a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa, exaure-se a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (einstituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA.

1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente.

2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”(MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei)Isso significa, portanto, que não cabe deferir, nesta sede

injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei).

Sendo assim, em face das razões expostas e tendo em vista, ainda, os pareceres da douta Procuradoria Geral da República (anteriormente referidos nesta decisão), concedo, em parte, a ordem injuncional, para, reconhecido o estado de mora legislativa, garantir, aos ora impetrantes, o direito de ter os seus pedidos administrativos de aposentadoria especial concretamente analisados pela autoridade administrativa competente, observado, para tanto, o que dispõe o art. 57 da Lei nº 8.213/91.

2. Defiro o pretendido benefício de gratuidade, tendo em vista a afirmação feita pela parte impetrante, nos termos e para os fins a que se refere o art. 4º da Lei nº 1.060/50, na redação dada pela Lei nº 7.510/86, c/c o art. 21, XIX, do RISTF.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.495 (260)ORIGEM : MS - 28495 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁ - ASSEJEPARADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO DIPP SCHOEMBAKLAIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Petição/STF nº 47.220/2010DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA – LIMINAR INDEFERIDA –

RECONSIDERAÇÃO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.1. A Assessoria prestou as seguintes informações:Associação dos Serventuários da Justiça do Estado do Paraná –

ASSEJEPAR, mediante petição subscrita por procurador regularmente credenciado, protocolada no dia de hoje, busca ver reconsiderada a decisão por meio da qual Vossa Excelência indeferiu o pedido de liminar (cópia anexa), cujo fim seria suspender a tramitação do Procedimento de Controle Administrativo nº 2009.10.00.002363-0, ante a inclusão deste na pauta da sessão de julgamento do Conselho Nacional de Justiça do dia 31 de agosto de 2010. Tece considerações quanto ao mérito e apresenta documentos.

O processo está no Gabinete, após a apresentação de contraminuta ao agravo regimental interposto pela impetrante contra a mencionada decisão.

2. Reitero o que tive a oportunidade de consignar ao indeferir a medida acauteladora:

[...]2. A princípio, não há relevância maior a ditar o sobrestamento do

processo administrativo em curso. Caberá ao Conselho Nacional de Justiça, ante a possível diversidade de defesas, proceder, se for o caso, ao desmembramento pretendido, que, conforme consta da inicial, poderá fazer surgir três centenas de processos. Também não se verifica risco imediato, especialmente sob o ângulo da irreversibilidade.

[...]3. Indefiro o pedido de reconsideração.4. Deem sequência ao mandado de segurança.5. Publiquem.Brasília – residência –, 30 de agosto de 2010, às 14h55.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.849 (261)ORIGEM : MS - 28849 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : ÉLCIO CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LEONARDO PACHECO DE SOUZAIMPDO.(A/S) : JUIZ AUXILIAR DA CORREGEDORIA NACIONAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : IVAN WIESE

Petição/STF nº 41.715/2010DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA – ATO DO CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇA – RELAÇÃO PROCESSUAL – UNIÃO – IMPROPRIEDADE.1. Eis as informações prestadas pela Assessoria:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 33

A União, presentes os termos do artigo 7º, inciso II, da Lei nº 12.016/09, requer o ingresso no processo e a intimação pessoal dos atos processuais, consoante dispõem o artigo 38 da Lei Complementar nº 73/93 e o artigo 6º, cabeça, da Lei nº 9.028/95.

A impetração busca atacar ato do Corregedor Nacional de Justiça, no Pedido de Providências nº 0002775-66.2010.2.00.000, por meio do qual foi indeferida a liminar e arquivado o procedimento que veiculava pleito no sentido de determinar a recondução do impetrante à titularidade interina do Ofício do Registro Civil, Títulos e Documentos da Comarca de Gaspar/SC.

O processo está na Seção de Comunicações, tendo sido publicada, em 3 de agosto de 2010, a decisão mediante a qual indeferida a medida acauteladora.

2. Observem os parâmetros da espécie. Realmente, cumpre distinguir a autoridade ou órgão coator e a pessoa jurídica que há de suportar os efeitos de possível ordem formalizada em mandado de segurança. Esta última, porém, não será a União, porquanto o caso envolve concurso público – para preenchimento de cargos em cartórios de notas e registros – sob a responsabilidade do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina.

Não se pode dizer nem mesmo de prejuízo, pois os ônus relativos à feitura do certame recairão sobre o Tribunal de Justiça e não sobre a União.

Concluir, a esta altura, que, em todo mandado de segurança visando a impugnar ato do Conselho Nacional de Justiça, deva-se citar a União é olvidar a própria organicidade do Direito. Ressalto, por oportuno, pressupor a colocação constante do requerimento ora em exame ser a União parte passiva no processo, o que, a toda evidência, nesta impetração, surge inadequado.

3. Indefiro o pedido formulado.4. Intimem a peticionária, com a pessoalidade cabível, para ciência

desta decisão.5. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.849 (262)ORIGEM : MS - 28849 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : ÉLCIO CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LEONARDO PACHECO DE SOUZAIMPDO.(A/S) : JUIZ AUXILIAR DA CORREGEDORIA NACIONAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : IVAN WIESE

Petição/STF nº 43.273/2010DECISÃOLIMINAR – INDEFERIMENTO – RECONSIDERAÇÃO –

IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1.A Assessoria prestou as seguintes informações:Élcio Carlos de Oliveira, mediante petição subscrita por procurador

regularmente credenciado, busca ver reconsiderada a decisão que implicou o indeferimento do pedido de liminar (cópia anexa). Aduz haver pleiteado a declaração da nulidade do ato mediante o qual o Corregedor Nacional de Justiça determinou o arquivamento do processo administrativo ante a judicialização da matéria no Supremo. Alternativamente, requer a reforma do mencionado ato para dar curso ao processo administrativo. Alude aos prejuízos sofridos desde o afastamento da atividade notarial.

O processo está na Secretaria, tendo sido publicada, em 3 de agosto de 2010, a decisão acima referida.

2.Incidentes como o ora notado somente servem a retardar o andamento do processo. Reporto-me à decisão proferida.

3.Deem sequência ao mandado de segurança.4.Publiquem.Brasília, 16 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 29.147 (263)ORIGEM : PP - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : REINALDO JOSÉ BORBA DE ARAÚJOADV.(A/S) : ISRAEL DOURADO GUERRA FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOMANDADO DE SEGURANÇA – ATO IMPUGNADO – AUSÊNCIA DE

JUNTADA DE PEÇA.1. Com a inicial não veio cópia da Resolução nº 80, de 9 de junho de

2009, do Conselho Nacional de Justiça. Providencie o impetrante a citada peça, sob pena de indeferimento da inicial.

2. Publiquem.

Brasília, 27 de agosto de 2010.Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 7.957 (264)ORIGEM : RCL - 33247 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE NATAL (PROCESSO Nº 001.09.002800-8)

INTDO.(A/S) : IZAN GOMES DA COSTA JÚNIORINTDO.(A/S) : JOSÉ KIVAN DANTAS CUNHAINTDO.(A/S) : LUIZ CARLOS COSTA DE MACEDOADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado - emanado do Senhor Juiz de Direito da 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca de Natal/RN - teria desrespeitado a autoridade da decisão que o Supremo Tribunal Federal proferiu no julgamento final da ADI 3.260/RN, Rel. Min. EROS GRAU.

A presente reclamação apóia-se, em síntese, nas seguintes razões (fls. 03/05):

“6. A decisão reclamada deferiu o pedido de justiça gratuita aos autores unicamente pelo fato de serem servidores do Poder Judiciário. E fê-lo com base no art. 240 da Lei Complementar estadual n. 165/1999, que reza, ‘verbis’:

‘Art. 240. Os membros e os servidores do Poder Judiciário não estão sujeitos ao pagamento de custas e emolumentos pelos serviços judiciais e extrajudiciais.’

7. Ocorre, porém, que este dispositivo malfere o artigo150, inc. II e § 6º, da Constituição Federal, e principalmente, a autoridade da decisão proferida por estaCorte Suprema na Ação Direta de Inconstitucionalidaden. 3.260.

8. A Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 3260, cuja autoridade foi violada pela decisão ora reclamada, no que interessa ao presente, restou ementada nos seguintes termos:

‘EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 271 DA LEI ORGÂNICA E ESTATUTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - LEI COMPLEMENTAR N. 141/96. ISENÇÃO CONCEDIDA AOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, INCLUSIVE OS INATIVOS, DO PAGAMENTO DE CUSTAS JUDICIAIS, NOTARIAIS, CARTORÁRIAS E QUAISQUER TAXAS OU EMOLUMENTOS. QUEBRA DA IGUALDADE DE TRATAMENTO AOS CONTRIBUINTES. AFRONTA AO DISPOSTO NO ARTIGO 150, INCISO II, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.

1. A lei complementar estadual que isenta os membros do Ministério Público do pagamento de custas judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos fere o disposto no artigo 150, inciso II, da Constituição do Brasil.

2. O texto constitucional consagra o princípio da igualdade de tratamento aos contribuintes. Precedentes.

3. Ação direta julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do artigo 271 da Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte - Lei Complementar n. 141/96.

(STF - ADI 3260/RN; Relator: Min. EROS GRAU;.......................................................9. Referida ação direta havia sido ajuizada em face de dispositivo

semelhante ao art. 240 da LCE 165/99 constante da lei orgânica do âmbito do Ministério Público do Estado, que isentava seus membros das custas e emolumentos judiciais e extrajudiciais.

.....................................................12. E como se sabe, as decisões proferidas em sede de controle

concentrado de constitucionalidade são vinculantes não apenas com relação ao dispositivo, mas, também, com relação aos fundamentos do ‘decisum’.” (grifei)

Sendo esse o contexto, passo a apreciar o pedido de medida liminar, considerada a alegada violação à autoridade da decisão proferida, por esta Suprema Corte, nos autos da ADI 3.260/RN, Rel. Min. EROS GRAU.

E, ao fazê-lo, observo que o ato ora impugnado não pode ser qualificado como transgressor da autoridade da ADI 3.260/RN, eis que, como decidido em recentíssimo julgamento plenário (Rcl3.014/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO), de que respeitosamente dissinto, considerada a minha pessoal orientação externada no julgamento da Rcl 3.014/SP, não se mostra invocável, para efeito de reclamação, a pretendida aplicação, ao caso, da teoria da transcendência dos motivos determinantes.

Cumpre ressaltar que o paradigma de confronto declarouainconstitucionalidade do art. 271 da Lei Complementar estadual nº 141/96, sendo de observar, no entanto, que a decisão ora reclamada teve por suporte fundamento diverso (o art. 240 da Lei Complementar estadual nº 165/99), o que basta para afastar, por inocorrente, a alegação de

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desrespeito à autoridade daquele pronunciamento decisório do Supremo Tribunal Federal, inviabilizando-se, desse modo, o acesso à via reclamatória.

Não obstante a minha pessoal convicção em sentido contrário, devo ajustar o meu entendimento à diretriz jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal Federal, em respeito e em atenção ao princípio da colegialidade.

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço, por incabível, da presente reclamação, restando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Transmita-se o teor da presente decisão à ilustre autoridade judiciária que figura como reclamada.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 9.273 (265)ORIGEM : PROCESSO - 00718200801803003 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 3º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : FUNEB - FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIASADV.(A/S) : FELIPE AUGUSTO MOREIRA GONÇALVES E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOINTDO.(A/S) : SÉRGIO RICARDO DUARTE

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, ajuizada pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED) contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região na Ação Rescisória 003-2009-000-03-00-7, cuja ementa possui o seguinte teor:

“AÇÃO RESCISÓRIA – CONTRATO TEMPORÁRIO FIRMADO COM O ENTE PÚBLICO DESVIRTUAMENTO – VIGÊNCIA DA OJ 205 DA SBDI-1 DO TST – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO – IMPROCEDÊNCIA DA CORTE RESCISÓRIO. Tratando-se de feito em que se discutiu o desvirtuamento da contratação temporária pelo ente público, em face de sua longa duração, com pedido de verbas típicas da relação de emprego, o julgamento da matéria pelo juízo trabalhista na vigência da Orientação Jurisprudencial n.º 205 da SBDI-1 do TST, que reconhecia expressamente a competência material da Justiça do Trabalho para exame e julgamento desses pleitos, não configura o vício de incompetência material da Justiça do Trabalho, suscitado sob a alegação de violação à literalidade dos artigos 114, I, da Constituição Federal e 11, § 1º, da Lei 9.968/99. Rescisória improcedente.”

A reclamante alega violação à decisão cautelar proferida na ADI-MC n. 3.395/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006, sintetizada nos seguintes termos:

“INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária.”

Referida ação rescisória objetivava desconstituir acórdão, já transitado em julgado, prolatado na Reclamação Trabalhista 01031-2007-015-03-00-5, proposta por Sérgio Ricardo Duarte perante a 15ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, objetivando a condenação da FUNED ao pagamento de verbas, em razão do término de contrato temporário de trabalho.

Contudo, o acórdão rescindendo permaneceu incólume, ao fundamento de que se encontra em sintonia com a jurisprudência da época em que foi prolatado.

Solicitadas informações à autoridade reclamada (fl. 96), estas foram prestadas às fls. 101-102.

A Procuradoria-Geral da República, às fls. 104-106, emitiu parecer resumido nos seguintes termos:

“RECLAMAÇÃO. AÇÃO RECISÓRIA. AÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA POR SERVIDOR PÚBLÇICO CONTRA A FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS. CONTRATO TEMPORÁRIO. RELAÇÃO DE NATUREZA JURÍDICO ADMINISTRATIVA. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI N.º 3.395/DF.

- Parecer pela procedência da reclamação.”É o relatório. Decido.Verifica-se, no caso concreto, que a reclamação ajuizada contra

acórdão proferido em ação rescisória objetiva, em última análise, a desconstituição da própria decisão rescindenda.

Entretanto, a remansosa jurisprudência desta Suprema Corte é forte no sentido de que - em prestígio à coisa julgada - não se admite a renovação do litígio em sede de execução.

A propósito, em situação análoga à dos autos, assim se pronunciou o

Plenário desta Suprema Corte:“Agravo regimental. Medida cautelar. Reclamação. Competência.

Justiça Comum. Justiça do Trabalho. Execução de sentença. 1. A decisão reclamada contém particularidade que não permite, neste momento processual, visualizar ofensa ao teor da decisão proferida na ADI n.º 3.395/DF, em que houve deferimento de liminar para que as ações envolvendo o Poder Público e seus servidores estatutários fossem processadas perante a Justiça Comum, excluída outra interpretação ao artigo 114, I, da Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional n.º 45/2004. A decisão reclamada nestes autos trata de aspecto acerca do qual não houve expresso enfrentamento na referida ADI, qual seja, o processamento da execução de sentença trabalhista, considerando-se que a argüição de incompetência afrontaria a coisa julgada. (grifamos) 2. Agravo regimental desprovido.”(Rcl-MC-AgR 5566/AC, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 23.5.2008)

Em suma, reiterados julgados do Supremo Tribunal Federal obstam a utilização da reclamação como sucedâneo de ação rescisória, o que culminou, inclusive, na edição da Súmula 734, segundo a qual “não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.”

Frise-se, ainda, que, a teor do artigo 102, inciso I, alínea “j”, da Constituição, compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente revisão criminal e ação rescisória de seus julgados. Logo, a contrario sensu, extrapola sua competência a desconstituição de julgados de outras Cortes.

Conclui-se, portanto, que a reclamação não é substitutiva de ação rescisória e tampouco se presta a anular os efeitos de acórdão de ação rescisória ajuizada perante o tribunal competente.

Sobre o tema, confiram-se, ainda, os seguintes julgados do Tribunal Pleno: Rcl-ED 6109/TO, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 13.3.2009; Rcl-AgR 2860/SP, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 8.5.2009; Rcl-AgR 5111/GO, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 21.8.2009; e Rcl-AgR 6076/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 21.8.2009.

Ante o exposto, julgo improcedente a reclamação (art. 161, parágrafo único, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 30 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECLAMAÇÃO 10.215 (266)ORIGEM : RCL - 10215 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : JUAREZ ZANOTELLIADV.(A/S) : RODRIGO FERNANDES MORE E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE

SÃO PAULO - USPRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ALMIR CORRÊA DE SOUZA

DESPACHOPROCESSO - SANEAMENTO.1.A Secretaria Judiciária informa não haver sido localizado no

processo o endereço do interessado. O reclamante deve fornecer o referido endereço, visando à observância do contraditório.

2.Publiquem.Brasília, 1º de setembro de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 10.279 (267)ORIGEM : RCL - 10279 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : ERI CARLOS EICHLER

DESPACHO: Por intermédio da Petição n. 37.586/2010, o reclamante requer o cancelamento da autuação.

Considerando a competência da Presidência da Corte para decidir sobre o que requerido (art. 66 e segs. do Regimento Interno deste STF), submeto estes autos ao eminente Ministro Presidente, Cezar Peluso, para apreciação do referido pedido.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 35: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 35

Documento assinado digitalmente.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 97.225 (268)ORIGEM : HC - 101214 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : DEVANIR GOLFETOADV.(A/S) : CRISTIANE MARIA VIEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO : Oficie-se, com urgência, ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Tupã/SP, para que informe a atual situação do ora paciente na ação penal nº 331/2000 e se a sentença condenatória proferida no referido feito transitou em julgado.

Publique-se.Brasília, 31 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

REVISÃO CRIMINAL 5.419 (269)ORIGEM : PROCESSO FLS. 63 - 20300009591 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREVISOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : FLAVIO ROBERTO MINUSSIREQDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA JUDICIAL DA COMARCA

DE SAPIRANGA

DECISÃO:CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. INCOMPETÊNCIA DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR REVISÃO CRIMINAL CONTRA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM PRIMEIRO GRAU. REVISÃO CRIMINAL À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO E DECLINA-SE A COMPETÊNCIA.

Relatório1. Revisão criminal, com pedido de medida liminar, ajuizada por

FLAVIO ROBERTO MINUSSI, “contra ato do Juiz de Direito da 2ª Vara Judicial de Sapiranga/RS, (...) onde tramitou o processo-crime nº 20300009591 (...), no qual o [Requerente] foi condenado à pena de seis anos de reclusão, pela prática do ilícito penal positivado no art. 12, do Código Penal” (fl. 2, transcrição conforme o original).

2. Em confusa e extensa peça (fls. 2-62), o Requerente afirma que a) a sentença penal condenatória proferida pelo Juízo da 2º Vara Judicial de Sapiranga-RS “sobreveio na data de 25/10/2006 (...), e transitou em julgado na data de 14/04/2008”; e b) “[e]m 07/05/2006, (...) ocorreu a remessa do PEC provisório à VEC” (fl. 3).

Ressalta que “está enviando à Colenda Corte deste Tribunal, como nova prova (novo fato), um CD anexado à petição. Pela gravação, temos a confissão de Neiva da Costa (ex companheira) do [Requerente], onde a mesma relata de forma natural, sem coação, por livre e espontânea vontade; como, quando e quem a ajudou a enxertar o paciente. Os fatos novos ocorridos após a prolatação e trânsito da r. decisão de fls. 574/581 do processo principal, a qual condenara o Requerente a pena segregatória severa, tem , como já evidenciado, o condão de suscitar inequívoca certeza de que não fora o mesmo quem perpetrara a conduta sobre a qual se fundou a citada condenação, a qual pretende desconstituir por via da presente” (fl. 17, transcrição conforme o original).

3. Este o teor dos pedidos:“(...) Revogar a condenação do processo crime nº 20300009591, e

por conseqüência sua prisão, conforme mandado válido até 2020, de 25/03/10, para que seja declarada sua NULIDADE, com fundamento no art. 5º, inciso XXXIV, alínea ‘A’ da Constituição Federal de 1988, c/c art. 648, inciso VI e art. 660, § 2º, e seguintes do CPP, com fulcro nos arts. 563 até 573, todos do Código de Processo Penal e sua ABSOLVIÇÃO da imputação do art. 33, da Lei º 11.343/06 do Código Penal, ambas com fulcro nos incisos I, II e III do art. 621, do Código de Processo Penal, pra que o paciente possa exercer desta forma o seu direito de locomoção, direito de ir, vir e ficar como cidadão (...)” (fl. 59).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado pelo

Supremo Tribunal Federal contra a decisão proferida pelo juiz de primeiro grau.

A sentença penal condenatória proferida pelo Juízo da 2º Vara Judicial de Sapiranga/RS não pode ser sujeita à revisão criminal direta e originária do Supremo Tribunal Federal, pois a decisão que o Requerente pretende rever não foi proferida por este Supremo Tribunal.

A competência do Supremo Tribunal Federal, em sede revisional, restringe-se ao processo e julgamento das revisões de seus próprios julgados ou das condenações por ele proferidas, não se cogitando de revisão de habeas corpus (art. 102, inc. I, alínea j, da Constituição da República). Assim, incompetente este Supremo Tribunal para processar e julgar o pedido ora formulado (Nesse sentido, entre outras, as Revisões Criminais ns. 5.406, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 1º.8.2007; 5.403, Rel. Min. Eros Grau, DJ

20.9.2006; e 5.417, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 3.9.2009).A matéria não comporta discussão mínima por se cuidar de regra de

competência constitucional expressa, que não possibilita interpretação extensiva.

5. Pelo exposto, nego seguimento à presente revisão criminal neste Supremo Tribunal, prejudicada, como é óbvio, a análise do requerimento de medida liminar nesta sede, e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comunique-se ao Requerente os termos desta decisão e dê-se-lhe ciência de que tem direito a um defensor público para o exercício de seus direitos, se não puder pagar pelos serviços de um advogado de sua livre escolha.

Publique-se.Brasília, 31 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSOS

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.308 (270)ORIGEM : AC - 20010110888855 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : JUDIMAR PEREIRA SANTANAADV.(A/S) : OSMAR LOBÃO VÉRAS FILHO E OUTRO(A/S)

Trata-se de segundo agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo regimental interposto de decisão que julgou prejudicado o recurso extraordinário.

Bem reexaminados os autos, verifico que a decisão merece ser reformada.

Isso posto, reconsidero a decisão de fls. 231-234 e determino à Secretaria desta Corte que proceda à reautuação destes autos. Após, retornem conclusos para o julgamento do recurso de fls. 223-228.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 512.877 (271)ORIGEM : MS - 20040024460 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS FISCAIS DO

ESTADO DO AMAZONAS - SINDIFISCO/AMADV.(A/S) : AUTA DE AMORIM GAGLIARDI MADEIRA E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo regimental de despacho que, em 28/4/2010, determinou a devolução desses autos ao tribunal de origem, observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil, ante a repercussão geral reconhecida.

O agravante insiste na necessidade de revisão do despacho de sobrestamento dos autos, utilizando-se da mesma argumentação já analisada no agravo regimental anterior.

Não assiste razão ao agravante. Como já afirmei, o entendimento desta Corte é resoluto no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC. Isso por tratar-se de mero despacho, cujo conteúdo não é impugnável por recurso (art. 504, CPC).

Ademais, repiso ainda que a admissão do recurso e a devolução dos autos à origem não causam qualquer prejuízo às partes, visto que tão logo julgado o mérito do extraordinário submetido à apreciação do Plenário do STF, os Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais poderão declarar prejudicados os demais recursos atinentes à mesma questão ou retratar-se.

Isso posto, nego seguimento ao agravo regimental.Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.064 (272)ORIGEM : MS - 20040022603 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 36

AGTE.(S) : ROSA FERREIRA TEIXEIRAADV.(A/S) : ALUISIO XAVIER DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que indeferiu pedido de reconsideração de despacho que, em 23/3/2010, determinou a devolução desses autos ao tribunal de origem, observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil, ante a repercussão geral reconhecida.

A agravante insiste na necessidade de revisão do despacho de sobrestamento dos autos, utilizando-se da mesma argumentação já analisada no pedido de reconsideração.

A decisão merece reforma.Reconsidero a decisão que indeferiu pedido de reconsideração de

despacho, para receber tal pedido de reconsideração como agravo regimental, tendo em vista a solicitação de fl. 212. Passo a apreciá-lo.

A pretensão não merece acolhida.Como já afirmei, o entendimento desta Corte é resoluto no sentido de

que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC. Isso por tratar-se de mero despacho, cujo conteúdo não é impugnável por recurso (art. 504, CPC).

Ademais, repiso ainda que o admissão do recurso e a devolução dos autos à origem não causam qualquer prejuízo às partes, visto que tão logo julgado o mérito do extraordinário submetido à apreciação do Plenário do STF, os Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais poderão declarar prejudicados os demais recursos atinentes à mesma questão ou retratar-se.

Isso posto, conheço do agravo regimental e dou-lhe provimento tão somente para receber o pedido de reconsideração de fls. 204-212 como agravo regimental, mas lhe negar provimento.

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 476.925 (273)ORIGEM : RESP - 409537 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : PANIFICADORA E CONFEITARIA AQUÁRIO LTDAADV.(A/S) : JACIR DOMINGOS CAVASSOLA

DECISÃO: Homologo a desistência do agravo regimental requerida às fls. 291 pela União.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.006 (274)ORIGEM : AC - 595625900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DISVESA - DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS SANTO

ANTÔNIO LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBREAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO: Mantenho o sobrestamento do feito, nos termos do despacho de fls. 278, uma vez que a matéria versada no presente recurso não corresponde integralmente à tratada no RE 593.849, rel. min. Ricardo Lewandowski, cuja repercussão geral foi reconhecida pelo Plenário desta Corte.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 491.524 (275)ORIGEM : AC - 3072145300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ALICE MARIA KORMANN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Em face das considerações constantes da petição de fls. 180-193, e com base no art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil e no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão de fls. 177, tornando-a sem efeito.

Passo ao reexame do agravo de instrumento.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu

recurso extraordinário de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que negou à parte agravante o direito à Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo – GASA, criada pela Lei Complementar 876/2000.

O acórdão recorrido concluiu que a citada gratificação não poderia ser estendida aos servidores inativos, uma vez que se trata de vantagem pro labore faciendo.

Alega a parte agravante que o acórdão impugnado violou a norma do art. 40, § 8º, da Constituição Federal (redação anterior), porquanto a Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo tem caráter geral, não sendo requisito para seu recebimento o exercício de função inerente ao servidor ativo.

Ambas as Turmas desta Corte têm decidido que essa gratificação é devida aos servidores inativos. Nesse sentido, confiram-se as ementas dos seguintes julgados:

“EXTENSÃO, AOS SERVIDORES INATIVOS DO DER/SP, DE GRATIFICAÇÕES DE CARÁTER GENÉRICO, COMO A GASA, INSTITUÍDAS POR DIPLOMAS LEGISLATIVOS LOCAIS - POSSIBILIDADE - ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL FIRMADO POR AMBAS AS TURMAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO PROVIDO.” (AI 452.575-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 05.03.2010)

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO POR ATIVIDADE DE SUPORTE ADMINISTRATIVO. CARÁTER GERAL. EXTENSÃO AOS INATIVOS. ART. 40, §8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES.

1. A decisão recorrida está em consonância com a jurisprudência desta Corte, a qual entende ser a Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo - GASA - extensível aos servidores inativos, conforme o art. 40, §8º, da Constituição Federal. Precedentes.

2.Agravo regimental improvido.” (AI 691.625-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18.09.2009)

Confira-se, ainda, o RE 575.899, rel. Ayres Britto, DJe 11.11.2008. Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, e com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de

Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma legal, dar-lhe provimento.

A parte agravada arcará com os ônus da sucumbência.Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 672.192 (276)ORIGEM : PROC - 200470530010028 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOSÉ CARLOS GERALDIADV.(A/S) : CLAUDIA SALLES VILELA VIANNA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO (Petições n. 26.868 e 28.145/2009)AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DE

BENEFÍCIO. APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PREVISTOS NA LEI N. 8.212/1991. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DA LEI N. 8.212/91 E DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA POR PORTARIAS MINISTERIAIS: INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Em 26 de fevereiro de 2009, determinei a devolução dos autos ao

Tribunal de origem, para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

2. Em 12 de março de 2009, José Carlos Gerardi interpôs agravo regimental e alegou que a controvérsia na espécie não tem identidade com o objeto do Recurso Extraordinário n. 564.354, com repercussão geral reconhecida pelo Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal.

Requereu a reconsideração da decisão agravada, “para solicitar o cancelamento do sobrestamento feito e também para que seja recebido o recurso extraordinário, reconhecida a sua importância e repercussão geral” (fl. 152).

3.Por não se caracterizar como decisão, a determinação de retorno dos autos à origem, com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, não enseja a interposição de agravo regimental.

Todavia, na espécie vertente houve erro material na decisão agravada no que diz respeito à indicação da matéria e do paradigma legitimador da devolução, razão pela qual recebo o agravo regimental como petição simples e reconsidero a decisão de fls. 118-119.

Assim, passo ao exame do agravo de instrumento.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 37

4. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

5. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado da Primeira Turma Recursal da Seção Judiciária do Paraná:

“Trata-se de pedido de reajuste de benefício previdenciário, ao fundamento de que a fixação do teto de salário de contribuição deve também refletir nos benefícios (...).

Com efeito, a ampliação da base de arrecadação da seguridade social, que se faz pela fixação de novo teto para o salário de contribuição, não significando reajuste destes, não acarreta reajustamento dos benefícios.

Além do mais, o art. 20, § 1º e o art. 28, § 5º, da Lei 8.212/91, interpretados em conjunto, indicam que os valores dos salários de contribuição devem ser reajustados na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada. Disso não decorre, entretanto, que o percentual correspondente à elevação do teto do salário de contribuição deva também ser aplicado aos benefícios” (fl. 60 – grifos nossos).

6. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário: a) a ausência de especificação de como o acórdão recorrido teria contrariado as normas constitucionais suscitadas no recurso; b) a impertinência da discussão quanto ao art. 195, § 5º, da Constituição na espécie; c) o fato de “os princípios constitucionais da preservação do valor real dos benefícios previdenciários e da irredutibilidade [não terem sido] contrariados”; e d) a inexistência de contrariedade direta à Constituição (fls. 113-114).

7. O Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 3º, inc. I, 195, caput, §§ 4º e 5º, e 201, § 4º, da Constituição da República.

Argumenta, em síntese, que a ofensa à Constituição da República ocorreu de forma direta.

No recurso extraordinário, o Agravante afirma que “pretende, conforme peça vestibular, a correção do valor mensal percebido a título de benefício de aposentadoria, mais especificamente, em dezembro/98, dezembro/2003 e janeiro 2004, posteriores, portanto, ao cálculo da RMI” (fl. 79).

Assevera que “é certo que o benefício do Recorrente não foi calculado já com base no salário de contribuição majorado, e nem tal fato interfere no pleito ora discutido. O que se questiona na presente ação é a desobediência ao regime de repartição, à Constituição, art. 195, à Lei 8.212/91 (arts. 20, 28, 102) e até mesmo às Portarias Ministeriais, como exaustivamente já comprovado. E discute-se, ainda, e principalmente, um aumento na fonte de arrecadação sem qualquer previsão ou amparo legal, causando total disparidade (em termos percentuais) ao teto máximo atualmente vigente e a renda mensal percebida pelos segurados” (fls. 92-93).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.8. Inicialmente, cumpre afastar os óbices da decisão agravada quanto

ao não cabimento do recurso extraordinário pelos princípios e artigos constitucionais suscitados, pois o exame do mérito do extraordinário é prerrogativa exclusiva do Supremo Tribunal Federal.

Todavia, razão jurídica não assiste ao Agravante.9. Na espécie vertente, a solução da controvérsia demandaria a

análise das normas infraconstitucionais aplicadas ao caso - arts. 20, § 1º, e 28, § 5º, da Lei n. 8.212/1991 e Portarias MPAS N. 4.883/1998 E MPS n. 12/2004. Assim, eventual contrariedade à Constituição da República, se existente, seria indireta.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. REAJUSTE DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CF/88, ART. 201, § 4º. PRESERVAÇÃO DO VALOR REAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 1. A norma constitucional do § 4º do art. 201 assegura revisão dos benefícios previdenciários pelos critérios definidos em lei. 2. O debate em torno do índice utilizado para o reajuste de benefícios previdenciários depende de exame da legislação infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido” (AI 543.804-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 16.4.20010).

E“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reajuste de

benefício previdenciário. Interpretação de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição. Agravo regimental não provido. Não se tolera, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República. 2. PREVIDÊNCIA SOCIAL. Reajuste de benefício de prestação continuada. Índices aplicados para atualização do salário de benefício. Arts. 20, § 1º e 28, § 5º, da Lei n. 8.212/91. Princípios constitucionais da irredutibilidade do valor dos benefícios (Art. 194, IV) e da preservação do valor real dos benefícios (Art. 201, § 4º). Não violação. Precedentes. Agravo regimental improvido. Os índices de atualização dos salários-de-contribuição não se aplicam ao reajuste dos benefícios previdenciários de prestação continuada” (AI 590.177-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJE 26.4.2007).

E“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIOS: REAJUSTE

DE MAIO DE 1996. ART. 201, § 4º, CF. VALOR REAL. OFENSA REFLEXA. I - Cabe à legislação infraconstitucional o estabelecimento dos critérios de

reajuste dos benefícios previdenciários. A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, de ofensa ao art. 201, § 4º, CF/88 situa-se no campo infraconstitucional. II - Precedente do STF: RE 376.846/SC, por mim relatado, Plenário, 24.9.2003, DJ de 21.10.2003. III - RE conhecido e provido. Agravo não provido” (RE 437.738, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 8.4.2005).

E ainda:“DIREITO CONSTITUCIONAL, PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL

CIVIL. REAJUSTE DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. ACÓRDÃO REGIONAL QUE APLICOU O CRITÉRIO DO REAJUSTE COM BASE NO ART. 41, II, DA LEI 8.213/91. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 194, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO IV, E 201, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356 DO STF). AGRAVO. 1. Não conseguiu o agravante demonstrar o desacerto da decisão que, na instância de origem, indeferiu o processamento do Recurso Extraordinário, nem da que negou seguimento ao Agravo de Instrumento. 2. No mais, como já salientado, é pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido de não admitir, em RE, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação ou aplicação e mesmo inobservância de normas infraconstitucionais. 3. Agravo improvido” (AI 235.928-AgR, Rel. Min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 2.5.2003).

Em processo análogo, proferi decisão no Agravo de Instrumento 659.333, decisão monocrática, DJe 12.5.2010, com trânsito em julgado em 2.6.2010.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.424 (277)ORIGEM : AC - 193 - TRIBUNAL DE JUSTICA MILITARPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : AMARILDO NUNES FERREIRAADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

1.Trata-se de agravo regimental interposto por Amarildo Nunes Ferreira, contra decisão (fls. 119-120) que negou seguimento ao agravo de instrumento.

2.A decisão agravada foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico em 21.6.2010, segunda-feira (fl. 121), exaurindo-se o prazo legal em 28.6.2010, segunda-feira (art. 317, caput, RISTF e certidão de trânsito em julgado à fl. 121). Entretanto, a petição de agravo regimental foi protocolada, via fac-símile, em 29.6.2010, terça-feira (fls. 123-128) e os originais interpostos em 1º.7.2010 (fls. 131-136).

3.Revela-se, portanto, intempestivo o presente agravo regimental, razão por que não conheço do recurso.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.656 (278)ORIGEM : AC - 200305000021298 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO TAVARESADV.(A/S) : ROBERTA SILVA MELO FERNANDES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO - INTERPOSIÇÃO - OPORTUNIDADE – AGRAVO

INOMINADO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. A decisão atacada mediante este agravo foi publicada no Diário da

Justiça de 14 de maio de 2010, sexta-feira (certidão de folha 671). Excluído tal dia da contagem e o sábado e o domingo que se seguiram, o termo final ocorreu no dia 21 imediato, sexta-feira. Este recurso somente veio a ser protocolado em 24 seguinte (folha 24) e, portanto, fora do prazo fixado em lei. Ressalto que na minuta ora apresentada não se mencionou qualquer fato que pudesse implicar a projeção do termo final do lapso de tempo em comento.

Diante da extemporaneidade, nego seguimento a este agravo.2. Publiquem.Brasília, 9 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 38

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.742 (279)ORIGEM : AC - 10284070066030001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ELZA DE SOUZA BENEVENUTOADV.(A/S) : ROGÉRIO FERREIRA NOGUEIRA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA

INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO SUSCITADA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.448. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Em 10 de maio de 2010, determinei a devolução dos autos ao

Tribunal de origem para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

2. Em 31 de maio de 2010, o Estado de Minas Gerais, ora Agravante, por meio da petição 31.236/2010, alegou que “o decidido pelo Plenário no AI 722.834 e no RE 591.797 não se aplica ao caso dos autos. (...) O Tribunal a quo julgou, única e exclusivamente, a questão que se refere ao prazo prescricional de 5 (cinco) anos aplicado na sentença à pretensão do ora Agravado” (fl. 121).

Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do agravo regimental.

3. Por não se caracterizar como decisão, a determinação de retorno dos autos à origem, com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, não enseja a interposição de agravo regimental.

Todavia, na espécie vertente houve erro material na decisão agravada no que diz respeito à indicação da matéria e do paradigma legitimador da devolução, razão pela qual recebo o agravo regimental como petição simples e reconsidero a decisão de fls. 115-116.

Assim, passo ao exame do agravo de instrumento.4. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

5. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“DIREITO CIVIL - DIREITO PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO - AÇÃO DE COBRANÇA - CADERNETA DE POUPANÇA - MINASCAIXA - AUTARQUIA ESTADUAL - EXTINÇÃO - PRESCRIÇÃO QUINQUENAL - APLICABILIDADE - RECURSO DESPROVIDO. É de cinco anos o prazo prescricional da pretensão de cobrança de diferença de correção monetária de saldo de caderneta de poupança, quando a ação é proposta contra o Estado de Minas Gerais, que se sub-rogou em direitos e obrigações de entidade autárquica, aplicando-se o disposto no artigo 1º, do decreto 20.910/32, e no artigo 2º, do decreto-lei 4.597/42” (fl. 43).

6. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal e a circunstância de que a ofensa à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 92-94).

7. O Agravante alega que teria sido contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.

Argumenta que “o Recorrido não manteve nenhum contrato com o Recorrente, uma vez que , este último, tinha contrato bancário com a extinta MinasCaixa, na qual fez surgir a substituição e/ou sub-rogação para o Recorrido. Portanto, quanto à prescrição tem-se que é esta vintenária, de acordo com os preceitos do art. 177 do Código Civil” (fl. 78).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.8. Razão jurídica não assiste ao Agravante.9. No julgamento do Recurso Extraordinário 603.448, Relatora a

Ministra Ellen Gracie, DJe 15.4.2010, o Plenário do Supremo Tribunal Federal afirmou a natureza infraconstitucional da questão discutida nestes autos:

“Cobrança contra o Estado. Definição do prazo prescricional. Débitos da extinta Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais – Minascaixa. Aplicação dos efeitos da ausência de repercussão geral tendo em vista tratar-se de divergência solucionável pela aplicação da legislação federal. Inexistência de repercussão geral”.

10. Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores (§ 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

11. Não há o que prover quanto às alegações do Agravante.12. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.076 (280)ORIGEM : EIAPCRIM - 908679300001000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : DOMINGOS ANTÔNIO PEREIRAADV.(A/S) : PEDRO LUIZ CUNHA ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

1. Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que restou assim fundamentada (fl. 319):

“1.Não consta nos autos cópia da certidão de publicação do acórdão proferido nos embargos de declaração, fato que impossibilita aferir a tempestividade do recurso extraordinário.

2.Por expressa disposição das normas que regulam o agravo de instrumento contra despacho de inadmissão do recurso extraordinário (Súmula STF 288 e art. 544, § 1º, do CPC), é imprescindível a juntada ao traslado de qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia.

Segundo reiterada orientação desta Corte, é encargo da parte recorrente fiscalizar a inteireza do traslado (AI 330.970-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 10.08.2001; e AI 481.531-AgR, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJ 22.10.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo”.2.Sustenta o recorrente, prefacialmente, que “foram dois recursos

extraordinários opostos nos presentes autos, sendo o primeiro para discutir as violações constitucionais contidas no acórdão que julgou a apelação e, o segundo, para combater as violações contidas no julgamento dos embargos infringentes” (fl. 366).

Em relação ao Recurso Extraordinário interposto contra acórdão proferido nos embargos infringentes (fls. 251-271), aduz o recorrente, em suma, ser dispensável a juntada da certidão de publicação do acórdão proferido nos embargos de declaração. Ressalta que, em se tratando de direito penal, o formalismo exacerbado deve ceder em prol das garantias constitucionais de liberdade reservadas aos cidadãos.

Destaca, ainda, que os fundamentos da decisão agravada não se estendem ao outro Recurso Extraordinário, que ataca o acórdão proferido na apelação (fls. 165-182), pelo que requer a reconsideração da decisão com a conseqüente apreciação do juízo de admissibilidade do Extraordinário.

3.De fato, verifica-se que foram manejados dois Recursos Extraordinários, sendo que o primeiro insurgiu-se contra apelação provida em parte somente para alterar o regime de cumprimento da pena de integralmente para inicialmente fechado, e o segundo atacou acórdão proferido em embargos infringentes, interpostos em razão de voto divergente que acolhia a preliminar de nulidade do processo suscitada pela defesa (fls. 165-182 e 251-271).

4.O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo realizou o juízo de admissibilidade recursal conjuntamente, nos termos da decisão de fls. 274-279. Na oportunidade, entendeu a Corte Estadual que ambos os recursos careciam de prequestionamento, além de constatar a incidência do óbice da Súmula 279/STF e a pretensão de análise de legislação infraconstitucional.

5.A decisão ora agravada amparou-se na ausência de peça essencial à formação do instrumento, concernente à certidão de publicação do acórdão dos embargos de declaração nos embargos infringentes, fundamento este destinado tão-somente ao Recurso Extraordinário de fls. 251-271.

6.Assim, reconsidero a decisão de fl. 319 e passo à apreciação do agravo de instrumento, com análise da admissibilidade dos referidos Recursos Extraordinários.

7.No que concerne ao Recurso Extraordinário interposto contra acórdão dos embargos infringentes, juntado às fls. 251-271, verifica-se que falta ao traslado cópia da certidão de publicação do acórdão proferido nos embargos de declaração em embargos infringentes.

8.Por expressa disposição das normas que regulam o agravo de instrumento contra despacho de inadmissão do recurso extraordinário (Súmula STF 288 e art. 544, § 1º, do CPC), é imprescindível a juntada ao traslado de qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia.

Segundo reiterada orientação desta Corte, é encargo da parte recorrente fiscalizar a inteireza do traslado (AI 330.970-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 10.08.2001; e AI 481.531-AgR, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJ 22.10.2004).

9.Quanto ao Recurso Extraordinário de fls. 165-182, observe-se que o art. 498 do Código de Processo Civil, com a redação trazida pela Lei 10.352/2001, assim prescreve:

“Art. 498. Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento unânime, e foram interpostos embargos infringentes, o prazo para recurso extraordinário ou recurso especial, relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a intimação da decisão nos embargos”.

10.Na hipótese dos autos, verifica-se que o agravante interpôs o recurso extraordinário em 29.8.2007 (fl. 165), em data anterior à da publicação do acórdão exarado no julgamento dos embargos infringentes, que ocorreu

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 39

em 11.6.2008 (fl. 235). 11.Esclareça-se, por fim, que também foram manejados embargos de

declaração do acórdão proferido nos embargos infringentes; no entanto, a certidão de publicação não foi trasladada. No entanto, a data de publicação do acórdão permite aferir, de plano, a extemporaneidade do extraordinário de fls. 165-182.

12.Este Tribunal fixou entendimento no sentido de ser extemporâneo o recurso extraordinário protocolado antes da publicação do acórdão que julgou os embargos infringentes sem posteiror ratificação. Nesse sentido, o RE 439.515-AgR/GO, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 29.4.2005, assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO ANTERIORMENTE À PUBLICAÇÃO DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO DO RE.

I. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de ser considerado extemporâneo o recurso extraordinário protocolizado antes da publicação do acórdão proferido em embargos infringentes, sem posterior ratificação (RE 253.460/SP, AI 395.285-AgR/SP, AI 394.372-AgR/SP, AI 345.940-AgR/SP, AI 315.143/SP, AI 442.330-AgR/SP, AI 504.229/RJ e AI 512.212/PR, “DJ” de 22.02.2002, 07.03.2003, 13.12.2003, 22.02.2002, 15.08.2001, 06.8.2004, 05.10.2004 e 30.9.2004, respectivamente).

II. - Agravo não provido”.13.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 30 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.132 (281)ORIGEM : AIRR - 99519200600609404 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MARÍLIA ALVES LISBOAADV.(A/S) : SEBASTIÃO VERGO POLANAGDO.(A/S) : ASPP-ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

DO PARANÁADV.(A/S) : IVAN SÉRGIO TASCA

DESPACHO: Trata-se de petição de agravo regimental na qual se questiona ato que determinou a remessa dos autos à origem, com base no RE-RG 600.091, Rel. Min. Dias Toffoli, Dje 26.3.2010, para os fins do disposto no art. 543-B do CPC.

Cumpre destacar que o ato que determina a remessa dos autos à origem para a aplicação da sistemática da repercussão geral é ato de mero expediente e, por isso, não desafia impugnação.

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso para o Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJe 18.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (grifou-se).

Com mais razão, não cabe recurso contra a aplicação da sistemática por Ministro deste Tribunal, diante da inexistência de conteúdo decisório. Nesse sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE-AgR 593.078, Rel. Min. Eros Grau; DJe 19.12.2008; AI 705.038, Rel. Min Ellen Gracie; DJe 19.11.2008 e AI-AgR 696.454, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.11.2008. Transcrevo essa última decisão:

“O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera conseqüência – admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE e RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) – que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, ‘serão

apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se’ (CPC, art. 543-B, § 3º – grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância – processualmente relevante – de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 567.454/BA), seja a resolução de qualquer questão incidente.

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, § 1º ) ou de caráter decisório (CPC, art. 162, § 2º), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei n. 11.418/2006).

Sendo assim, e em face das razões, não conheço, por inadmissível, do presente recurso de agravo.”

No mesmo sentido pronunciei-me, ao negar a liminar no MS 28.551, DJe 13.5.2010:

“Registre-se que a devolução determinada pela Presidência e cumprida pela Secretaria Judiciária do STF não se reveste de ato jurisdicional, mas simples mecânica que permita aos órgãos de origem examinarem se o caso concreto é, ou não, semelhante a caso paradigma ou representativo da controvérsia já examinado pelo Pretório Excelso.

Nesse sentido, tanto o comando constitucional, inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, quanto as disposições do Código de Processo Civil e do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal convergem para a racionalização do procedimento, de sorte que desobrigue o Tribunal e seus Ministros de examinar repetidas vezes a mesma questão constitucional.

Portanto, ausente o indispensável fumus boni juris para concessão da medida liminar pleiteada.

Indefiro o pedido de liminar” (grifou-se).Ademais, a devolução do recurso ao tribunal de origem não impede

que as razões da parte sejam conhecidas por esta Corte no julgamento do paradigma, por meio da apresentação de memoriais e eventual intervenção como amicus curiae, nos termos do art. 543-A, § 6º do Código de Processo Civil.

Assim, nada há a deferir.Determino a imediata baixa dos autos.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 379.223 (282)ORIGEM : AMS - 199971070028862 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : REKYNTE MÓVEIS LTDAADV.(A/S) : CAROLINA FAGUNDES LEITÃOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Reconsidero a decisão de fls. 276/277, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do recurso interposto a fls.291/300.

Passo a examinar, desse modo, o presente recurso extraordinário.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-

QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 590.809-RG/RS, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno do reconhecimento, ou não, em favor de empresa contribuinte, da existência do direito ao creditamento do IPI na hipótese de aquisição de matérias-primas/insumos isentos, não-tributados ou, então, sujeitos à alíquota zero.

Isso significa que se impõe, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 40

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.183 (283)ORIGEM : AC - 200671000008984 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -

UFRGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JULIANA CORREA DOS SANTOSADV.(A/S) : LUCIANO CARVALHO DA CUNHA E OUTRO(A/S)

DESPACHO: (Referente à Petição 97.166)A Secretaria de Recursos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região

encaminhou a esta Suprema Corte a Petição 68.903 (contra-razões ao recurso extraordinário, protocoladas naquela Corte, em 29 de abril de 2008, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS).

Ocorre que, em 1º de outubro de 2007, a UFRGS já havia protocolado contra-razões na Instância Judicante de origem, as quais foram devidamente juntadas aos autos (fls. 375/378).

Presente essa moldura, determinei a juntada por linha da Petição 68.903, por meio do despacho de fls. 390. Despacho que é irrecorrível, nos termos do art. 504 do CPC.

À Secretaria, para que retifique a autuação. Após, voltem-me os autos conclusos, para julgamento do apelo extremo.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministro AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.162 (284)ORIGEM : AIRR - 1270200400513405 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOSÉ EDÍSIO SIMÕES SOUTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALIDE LOURENÇO DA SILVAADV.(A/S) : PACELLI DA ROCHA MARTINS

DECISÃO: Torno sem efeito a decisão de fls. 343-344 e, em consequência, julgo prejudicado o agravo regimental às fls. 347-355.

Ademais, o assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 586.453, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 2.10.2009, recurso-paradigma da sistemática da repercussão geral.

Desse modo, determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.731 (285)ORIGEM : AC - 10024062211420001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : RINA MÓVEIS LTDAADV.(A/S) : MARIA CLEUSA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo regimental contra decisão por mim proferida ao examinar

recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute a natureza confiscatória de multa moratória estabelecida no percentual de 50% do valor do tributo.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário 582.461,

Relator o Ministro Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal, reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar

à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão agravada, mantendo a matéria sub judice, e determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 132.755 (286)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE. : INDUSTRIAS JB DUARTE S/AADV. : ROBERTO MAIAAGDO. : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto em face de acórdão, proferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nos autos de ação ajuizada pela Fazenda Pública do Estado de São Paulo, na qual INDÚSTRIAS J. B. DUARTE S/A ofereceu embargos à execução, discutia o termo inicial da interrupção do prazo de prescrição fiscal.

O agravo foi distribuído ao ministro Moreira Alves, meu antecessor, em 01.08.1989, que levou à plenário Questão de Ordem com o intuito de determinar a quem competia o julgamento do presente feito, se ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça. Resolvida essa questão os autos vieram-me conclusos em 28 de julho de 2010.

Tendo em vista o decurso do tempo, intime-se a agravante, via postal com aviso de recebimento no endereço constante do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – R CIPRIANO BARATA nº 1082, sala 03, CEP. 04.205-000, Ipiranga, São Paulo/ SP, bem como a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, para que informem, no prazo de dez dias, sobre o andamento do processo de execução fiscal e dos respectivos embargos à execução.

Oficie-se ao Tribunal de origem para que informe sobre o andamento do processo de execução fiscal e dos respectivos embargos à execução.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 335.487 (287)ORIGEM : EDROAR - 256172962 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE. : LACHMANN AGÊNCIAS MARÍTIMAS S/AADVDOS. : JOSÉ ALBERTO DE CASTRO E OUTROAGDOS. : SINDICATO DOS VIGIAS PORTUÁRIOS DE SANTOS E

OUTROSADVDOS. : HENRIQUE BERKOWITZ E OUTROS

DESPACHO : (referente à petição avulsa nº 40372/2010)Em 25.02.2010, proferi decisão no agravo de instrumento 335.487

baixando os autos à Vara de origem, para apreciação do pedido da recorrente de desistência da ação com renúncia ao direito, devendo o Juízo comunicar a esta Corte seu desfecho.

Através da petição avulsa em epígrafe a Secretaria da Seção Especializada de Dissídios Individuais do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região informou que o Desembargador Presidente homologou a desistência da ação.

Do exposto, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento.Publique-se.Arquive-se a presente petição.Brasília, 31 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 411.518 (288)ORIGEM : AG - 199901000601264 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE. : UNIÃOADV. : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDA. : CONVAP ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES S/AADVDOS. : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS E OUTROS

DECISÃO: A União informa (fls. 138) que não tem mais interesse no prosseguimento do feito em virtude do enunciado 31 da Advocacia-Geral da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 41

União, segundo o qual “é cabível a expedição de precatório referente a parcela incontroversa, em sede de execução ajuizada em face da Fazenda Pública”.

Do exposto, reconsidero a decisão de fls. 121, tornando-a sem efeito, e julgo prejudicado o presente recurso.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 578.365 (289)ORIGEM : AMS - 199961000467671 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FORMAPLAN FORMAS PLANEJADAS INDÚSTRIA E

COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : CLEBER ROBERTO BIANCHINIAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOCPMF – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 21/99 – PRECEDENTE

DEFINITIVO DO PLENÁRIO – AGRAVO DESPROVIDO.1. O Plenário, ao julgar, em 3 de outubro de 2002, a Ação Direta de

Inconstitucionalidade nº 2.031-5, proclamou a legitimidade constitucional da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e de Direitos de Natureza Financeira – CPMF, tendo em conta o texto da Emenda Constitucional nº 21, de 18 de março de 1999.

Na oportunidade em que se manifestou o Tribunal de forma precária e efêmera, no campo acautelador, proferi voto em consonância com o teor das razões do extraordinário, ficando, no entanto, vencido. A esta altura, ante até mesmo o escore que surgiu por ocasião do julgamento definitivo da ação direta de inconstitucionalidade, havendo apenas sido reconhecida a pecha quanto ao § 3º do artigo 75 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta de 1988, não cabe o seguimento do extraordinário, já que as razões apresentadas conflitam com a conclusão assentada no precedente, de resto mencionado na decisão recorrida, que com ele de todo se harmoniza.

2. Pelas razões acima, conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.191 (290)ORIGEM : ADI - 70007754757 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGREADV.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador Geral de Justiça daquele estado contra a Lei 9.053/2002 do município de Porto Alegre.

O recurso extraordinário é intempestivo. Com efeito, como se vê da certidão de fls. 52, a publicação do acórdão deu-se em 21.10.2004 (quinta-feira), tendo o prazo para interposição de recurso expirado em 05.11.2004 (sexta-feira), ao passo que o recurso extraordinário deu entrada no Tribunal de Justiça de São Paulo em 22.01.2004 (fls. 62).

Ressalte-se que o prazo recursal em dobro, previsto no art. 188 do CPC, não se aplica aos processos de controle abstrato de normas, mesmo para efeito de interposição de recurso extraordinário dirigido a esta Corte. Nesse sentido, o RE 579.760-ED (rel. min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 20.11.2009):

“EMENTA: RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Controle abstrato de constitucionalidade de lei local em face de Constituição estadual. Processo de cunho objetivo. Prazo recursal em dobro. Inaplicabilidade. Recurso extraordinário não conhecido. Agravo regimental improvido. Precedentes. São singulares os prazos recursais das ações de controle abstrato de constitucionalidade, em razão de seu reconhecido caráter objetivo.”

Ainda nesse sentido, vide: AI 767.954 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 19.10.2009); RE 556.331 (rel. min. Marco Aurélio, DJ de 11.09.2009); RE 594.709 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 10.06.2009).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 582.368 (291)ORIGEM : AC - 70009325598 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : VANESSA SALVIA DE BITTENCOURT E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JAIME SAGAVEADV.(A/S) : MELISSA DE AZEVEDO E SOUZA MARIATH E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema - instituições financeiras, capitalização de juros, constitucionalidade da Medida Provisória 2.170-36 quanto à capitalização mensal dos juros, conflito com o art. 62 da Constituição – em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 592.377, rel. min. Marco Aurélio).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 592.268 (292)ORIGEM : AC - 1485175 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JOESIA TELES BARRETOADV.(A/S) : MARIANGELA SANTOS MACHADO BRITAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MAUÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAUÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cuja ementa possui o seguinte teor (fls. 13):

“Servidores Públicos. Municípios de Mauá. Expectativa de direito, ausente direito adquirido ou à incorporação. Interpretação das Leis Municipais de nºs 2.479/93, 2508/93 e 2.746/96. Reajuste de 25,41% de abril de 1993 para pagamento em janeiro de 1994, quando ocorreria a incorporação. Revogação no interregno. Ação improcedente. Recurso improvido.”

No recurso extraordinário, o ora agravante alega violação do disposto nos arts. 5º, XXXVI, e 7º, VI, da Carta Magna.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o art. 7º, VI, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Ademais, verifico que o Tribunal a quo decidiu a controvérsia com base na interpretação da legislação local (Leis municipais 2.479/1993, 2.508/1993, 2.482/1993 e 2.746/1996), o que desautoriza a admissão do recurso extraordinário, ante o óbice contido na Súmula 280 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 594.312 (293)ORIGEM : AC - 20040035748 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATALAGDO.(A/S) : MÁRCIO COELHO DE MELLO LIMAADV.(A/S) : AGAMENON FERNANDES

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 42

negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte que, nos autos da ação ordinária proposta por servidores públicos municipais, lhes garantiu a vinculação de gratificações incorporadas aos vencimentos dos cargos em comissão por eles outrora ocupados.

Em casos análogos ao presente, esta Corte firmou o entendimento de que não há direito adquirido à preservação do regime que vincula o valor do adicional de estabilidade financeira ao respectivo cargo em comissão. Nesse sentido, os precedentes do AI 446.717, (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 04.08.2003), RE 324.344 (rel. min. Néri da Silveira, DJ de 23.04.2002), RE 235.299-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 02.05.2003) e do RE 310.001-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 22.11.2002).

Menciono, ainda:“(...) Esta Corte, no julgamento do RE 233958, Rel. Min. Sepúlveda

Pertence, D.J. 17.09.99, assentou o entendimento expresso na seguinte ementa: ’Servidor público estadual: ‘estabilidade financeira’: é legítimo que por lei superveniente, sem ofensa a direito adquirido, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo’. (...) O Supremo Tribunal Federal tem afirmado que a constitucionalidade das leis instituidoras da estabilidade financeira ‘não ilide a plausibilidade do entendimento de ser legítimo que, mediante lei, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo’ (...)” (RE 285.494, rel. min. Néri da Silveira, DJ de 22.06.2001).

E também, o RE 563.965, rel. min. Carmem Lúcia, que teve repercussão geral reconhecida e cujo mérito já foi apreciado pelo Plenário, tendo o acórdão transitado em julgado em 12.08.2009.

Confiram-se, no mesmo sentido, o RE 526.878 (Primeira Turma, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 02.10.2009), o RE 600.143 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 7.12.2009) e o RE 596.145 (rel. min. Carlos Britto, DJe de 07.04.2009).

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, e com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de

Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma legal, dar-lhe provimento. Ficam invertidos os ônus de sucumbência.

Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 595.466 (294)ORIGEM : AMS - 200301682903 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HIGINO PEREIRA SAMPAIOADV.(A/S) : DURVAL PEDROSOAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISISTÊNCIA DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE GOIÁS - IPASGOADV.(A/S) : AIR RIBEIRO JUNIOR E OUTRO(A/S)

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, a parte agravante não impugnou a assertiva de ausência de prequestionamento das questões suscitadas. Disso decorre que não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se. Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 595.978 (295)ORIGEM : AI - 741693008 - 2º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SUVIFER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FERRO E AÇO

LTDAADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCIAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: O recurso especial interposto pela parte ora recorrente foi conhecido e provido, em parte, pelo E. Superior Tribunal de Justiça.

Com o trânsito em julgado dessa decisão, que foi favorável à pretensão jurídica deduzida pela parte ora agravante, resultou sem objeto o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento.

Sendo assim, e ante a superveniência de fato processualmente relevante, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.664 (296)ORIGEM : AC - 10024030289250001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : EDEN ANGELOADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça Minas Gerais, no qual se discute a percepção do adicional trintenário pelos inativos.

O Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 609.466-RG (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 04.06.2010), não reconheceu a repercussão geral da questão aqui discutida, porquanto ausente matéria constitucional a ser dirimida no recurso extraordinário, tendo em vista tratar-se de divergência solucionável pela aplicação da legislação estadual (Súmula 280). A ementa do referido acórdão é do seguinte teor:

“MILITAR. PAGAMENTO DO ADICIONAL TRINTENÁRIO. LEI DELEGADA ESTADUAL 43/2000 E ART. 122 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Ainda nesse sentido: RE 589.208-AgR (rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 28.11.2008); AI 759.554 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 02.06.2010); RE 587.185 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 12.05.2010); AI 784.056 (rel. min. Carlos Britto, DJe de 13.04.2010); AI 757.239 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 04.11.2009) e AI 718.483 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 13.03.2009).

Do exposto, com base no art. 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 597.784 (297)ORIGEM : AC - 3779517 - TRIBUNAL DE ALÇADAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOSÉ GERALDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JAILTON SEABRA ROCHA

DECISÃO: Em consulta à internet, verifico que a decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial, simultaneamente interposto, para julgar improcedente o pedido formulado na inicial (fls. 128-130), já transitou em julgado. Por essa razão, julgo prejudicado o presente agravo, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.261 (298)ORIGEM : AC - 2398045600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 43

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo que, dando provimento a apelação, julgou procedente ação civil pública, para condenar o recorrente a reformar prédio de escola pública, com a finalidade de adaptá-lo ao recebimento de pessoas com dificuldade de locomoção.

No recurso extraordinário, sustenta-se violação do disposto nos arts. 2º, 24, caput, VIII e XIV, da Constituição.

Ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito dos arts. 24, caput, VIII e XIV, o recurso versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

No que tange à alegada ofensa ao art. 2º da Constituição, verifico que o acórdão atacado também possui fundamentos infraconstitucionais suficientes (Lei Federal 7.859/89 e Lei estadual 9.938/98) não impugnados por recurso especial, de modo a fazer aplicável à espécie a Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

Extraio do voto vencedor (fls.36):“Não só a Constituição Federal, em seus arts. 227, par. 2º, e 244,

como a Lei federal 7.859/89, em seu art. 2º, “a”, obrigam a adequação dos edifícios públicos ao acesso de pessoas com deficiência pública.

Também a Lei Estadual 9.938/98 em seu art. 1º, incisos IV e V, obriga a ré a realizar as obras necessárias para este acesso no edifício escolar apontado na inicial que reconhece conter barreiras arquitetônicas, uma vez que não controverteu este fato.”

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.536 (299)ORIGEM : AC - 9702102049 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TRANSNORTE TRANSPORTE E TURISMO NORTE DE

MINAS LTDAADV.(A/S) : JORGE TADEO GOFFI FLAQUER SCARTEZZINI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EMPRESA GONTIJO DE TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : ALMIR DANTAS RABELLO FILHOAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que julgou ilegal a manutenção de permissões de prestação de serviço de transporte interestadual sem licitação.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 175 da Constituição, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.935 (300)ORIGEM : AC - 70005897210 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : DORIVAL FLORESADV.(A/S) : LUIZ CARLOS FINKINTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE

RODAGEM - DAER/RSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão, prolatado pelo Tribunal

de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, em que se discute a incidência de contribuição previdenciária de 2% sobre proventos de inativos, instituída pela Lei estadual 10.588/1995. O Estado foi condenado a restituir ao agravado os valores pagos desde o advento da referida lei.

O Plenário desta Corte, ao julgar o pedido de medida liminar na ADI 2.010, sob a égide da Emenda Constitucional 20/1998, decidiu pela inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre proventos da inatividade e pensões de servidores públicos.

Posteriormente, a Primeira Turma desta Suprema Corte, no julgamento do RE 367.094-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 27.06.2003), considerou legítima a exigência de contribuição previdenciária de inativos e pensionistas, quando a respectiva cobrança se refira a período anterior ao advento da Emenda Constitucional 20/1998:

“EMENTA: Contribuição previdenciária: incidência sobre proventos da inatividade de servidores públicos estaduais (L. est. 7.672/82, do Rio Grande do Sul): constitucionalidade da cobrança no período que antecede a EC 20/98: precedente (ADInMC 1441, Pleno, 28.6.96, Gallotti, DJ 18.10.96).”

Nesse sentido, ainda, em casos análogos ao presente, RE 391.218 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 07.10.2003) e RE 405.955 (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 10.10.2003).

Dessas orientações divergiu, em parte, o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo

Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma legal, e de acordo com os precedentes citados, dele conhecendo, dar-lhe parcial provimento, determinando que a restituição se limite ao período de vigência da EC 20/1998. Compensem-se as custas e honorários à proporção das respectivas sucumbências.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 600.972 (301)ORIGEM : PROC - 20057000207540 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/AADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA JULIA DA SILVAADV.(A/S) : JULIANA RODRIGUES D. NOGUEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão de turma recursal que, mantendo sentença por seus próprios fundamentos, condenou concessionária de serviço público a não cobrar taxa de iluminação pública e a restituir, em dobro, os valores a ela relativos pagos pelo agravado.

No recurso extraordinário é alegada violação ao disposto nos art. 5°, XXXII, da Constituição.

Verifico que a análise da suposta ofensa ao texto constitucional demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional. É pacífico o entendimento deste Tribunal no sentido de não ser admissível alegação de ofensa que, advindo de má aplicação, interpretação ou inobservância de normas infraconstitucionais, seria meramente indireta ou reflexa (Súmula 636). Nesse sentido, confira-se, v.g., o AI 611.643-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 28.08.2009).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 603.515 (302)ORIGEM : AC - 20020084131000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : PIO JOSÉ DOS REISADV.(A/S) : JERÔNYMO IVO DA CUNHAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SONORAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SONORA

DECISÃO: É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 44

decisão recorrida. 2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo

de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou as assertivas de que a fundamentação do recurso extraordinário está insuficiente e de que a alegada ofensa à Constituição não foi prequestionada na instância ordinária. Disso decorre que a agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.842 (303)ORIGEM : AC - 200271070058132 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CARLOS FELIPE KOMOROWSKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AURELIO DA COSTA NASCIMENTOADV.(A/S) : PAULA COMUNELLO SOARES

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julgou ilegal a cobrança cumulativa de comissão de permanência e taxa de rentabilidade em contrato bancário.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 5º, XXXVI, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.991 (304)ORIGEM : AC - 173462004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : EDISON LUIZ GONÇALVES JÚNIORADV.(A/S) : NAIRA MARIA GARCIA RANAURO

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia da certidão de publicação do acórdão recorrido, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 607.034 (305)ORIGEM : AC - 2004204531 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : CARIOLANDO PEDRO DA SILVAADV.(A/S) : JOÃO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe que condenara o ente público recorrente a estender o pagamento do adicional provisório e de etapa alimentar a servidores estaduais inativos.

Alega-se violação do disposto no artigo 40, § 8°, da Constituição.O recurso extraordinário merece parcial provimento.No que diz respeito à extensão do adicional provisório aos militares

inativos, observo que a análise da afronta à Constituição demanda reexame prévio da legislação estadual instituidora da referida vantagem. Incide, no

ponto, o óbice da Súmula 280 desta Corte. No mesmo sentido: RE 554.930, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ 10.10.2007; AI 628.968-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 19.03.2008; AI 572.464, rel. min. Carlos Britto, DJ 08.08.2006.

No que se refere à questão da extensão do adicional de etapa alimentar aos proventos da inatividade, os precedentes desta Corte concluíram que a referida vantagem não tem natureza genérica e requer condições especificas para percepção, circunstância que inviabiliza a extensão do pagamento aos inativos (RE 411.998, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 10.02.2006; AI 546.084-AgR, rel. min. Carlos Britto, DJ 30.06.2006).

Do exposto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma legal, para dar parcial provimento ao recurso extraordinário do Estado de Sergipe para afastar a extensão do adicional de etapa alimentar aos militares inativos.

Os ônus da sucumbência deverão ser distribuídos proporcionalmente, ressalvada a hipótese de concessão do benefício da assistência judiciária gratuita.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.419 (306)ORIGEM : AC - 70004030730 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MÁRCIO ALFONSO KLAUSADV.(A/S) : JORGE RICARDO DECKER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE LAJEADOADV.(A/S) : EVANDRO MULITERNO DE QUADROS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que manteve decisão denegatória de mandado de segurança, por entender que não estavam presentes vícios que ensejassem a anulação de inquérito parlamentar.

No recurso extraordinário, alega-se violação do disposto no art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição.

O acórdão recorrido deixou de acolher o apelo sob o fundamento de que “os termos da bem lançada sentença demonstram que foi oportunizada defesa ao inquirido em todas as fases que a CPI atingiu. O depoimento do edil foi colhido – fls. 166/171 -, e a comissão de inquérito realizou termo de entrega de documentos para que o investigado procedesse à sua defesa (fl. 34). Entretanto, houve manifestação do vereador, conforme o documento de fl. 35, preterindo seu direito a apresentar defesa” (fls. 91).

Chegar a conclusão contrária à do Tribunal a quo implica em reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que incide no óbice da súmula 279 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.599 (307)ORIGEM : AC - 70011314259 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CLÉA DIAS PIZARROADV.(A/S) : LETÍCIA SANTANA DE ABREU E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DESPACHO: O agravo de instrumento está suficientemente instruído, de modo que pode ser convertido em recurso extraordinário, na forma do art. 544, § 3o e § 4o, do Código de Processo Civil.

Reautue-se, pois, o agravo como recurso extraordinário. Em seguida, abra-se vista ao Ministério Público Federal, para emissão de parecer.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.090 (308)ORIGEM : PROC - 90200307602008 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MÁRCIA APARECIDA MARTINSADV.(A/S) : WELLINGTON CARVALHO SILLAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ARTE E CULINÁRIA COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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ADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO MOREIRA COELHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, o qual aplicando a Lei 5.584/70 e a CLT, entendeu que a ora agravante não tinha direito à isenção de custas.

Alega-se, em síntese, a violação do art. 5º, LXXIV, da Constituição federal, tendo em vista a impossibilidade de recolhimento das custas e o atendimento ao disposto nas Leis 7.115/83 e 7.510/86.

Nesse contexto, é impossível o conhecimento do recurso extraordinário, tendo em vista a necessária análise e interpretação das Leis 5.584/70, 7.115/83 e 7.510/86, assim como da CLT, para o seu provimento. Eventual ofensa ao texto constitucional seria indireta ou reflexa, descabendo a interposição de recurso extraordinário.

Ante o exposto, com base no art. 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.444 (309)ORIGEM : AC - 232131 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO SALVADORADV.(A/S) : TIAGO CEDRAZAGDO.(A/S) : PAES MENDONÇA S/AADV.(A/S) : MARCELO NEESER NOGUEIRA REIS E OUTRO(A/S)

DECISÃOTAXA - LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE

ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL E COMERCIAL - BASE DE CÁLCULO - NÚMERO DE EMPREGADOS – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Juízo de origem consignou não haver amparo legal para que a base de cálculo de taxa seja ancorada no número de empregados da recorrida.

2. O acórdão impugnado está em harmonia com a jurisprudência do Supremo. Eis a ementa do Recurso Extraordinário nº 202.393-1/RJ, da minha relatoria, julgado pela Segunda Turma em 2 de setembro de 1997, com acórdão publicado no Diário de Justiça de 24 de outubro de 1997:

TAXA - LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL E COMERCIAL - BASE DE CÁLCULO - NÚMERO DE EMPREGADOS. Não se coaduna com a natureza do tributo o cálculo a partir do número de empregados - Precedente: Recurso Extraordinário nº 88.327, relatado pelo Ministro Décio Miranda, perante o Tribunal Pleno, tendo sido publicado na Revista Trimestral de Jurisprudência nº 91/967.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.915 (310)ORIGEM : AC - 70010059251 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CARLOS ROBERTO REZENDE CABRALADV.(A/S) : JOSÉ ALTAIR LOPES MOREIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento de despacho que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) interposto de acórdão, proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado Rio Grande do Sul, que não concedeu à parte agravante a percepção de proventos de grau hierárquico superior em decorrência de alteração legislativa da reestruturação da carreira da Brigada Militar.

Sustenta-se no recurso extraordinário ofensa ao princípio da isonomia e ao art. 40, § 8º (com a redação dada pela Emenda Constitucional 20, norma antes contida no § 4º do art. 40 da redação original do texto da Constituição).

No caso, verifico que a decisão do Tribunal a quo tem por fundamento a interpretação de normas estaduais (regime da Lei estadual 7.137/1978) e o impacto decorrente da reestruturação da carreira da Brigada Militar (Lei estadual 10.990/1997) em face de situações concretas de policiais militares inativos, para a definição dos respectivos proventos. Para chegar a conclusão diversa, seria necessário rever os critérios adotados pelo Tribunal estadual sobre a aplicação da legislação estadual, reexame esse incabível em recurso extraordinário (Súmula 280). Nesse sentido, cito precedente da Primeira Turma: AI 431.623-AgR (rel. min. Carlos Britto, 09.09.2003, DJ 24.10.2003).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.467 (311)ORIGEM : AC - 200405000097325 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ÁLVARO VIEIRA SILVINOADV.(A/S) : JÚLIO MARTINS JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário em que se alega violação dos arts. 5º, XXXVI e 40, III, a, da Constituição federal.

O acórdão recorrido excluiu dos proventos de inatividade do ora recorrente o adicional de insalubridade sob o argumento de que “a vantagem em tela será devida apenas a título de compensação pela insalubridade da função exercida quando em atividade, que no momento da aposentação do servidor desaparecerá, automaticamente, a justificativa para a continuidade do seu pagamento”. (Fls. 41)

A jurisprudência deste Tribunal reconheceu que não há direito de extensão do adicional de insalubridade aos inativos, sendo inaplicável, no caso, a garantia prevista no art. 40, § 8º, da Constituição (cf. RE 209.218, rel. min. Ilmar Galvão, DJ 13.02.1998; RE 218.076, rel. min. Moreira Alves, DJ 04.06.1999; RE 233.867, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 10.12.1999; RE 253.340, rel. min. Carlos Britto, DJ 03.08.2004, e AI 492.003, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 23.08.2004). Entendimento que se aplica, mutatis mutandis, ao caso em tela.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.488 (312)ORIGEM : AC - 1213690 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que confirmou sentença concessiva de segurança, para manter a ordem de inclusão de menor em programa municipal de transporte especializado.

Falta ao instrumento cópia das contrarrazões ao recurso extraordinário ou da certidão de sua não-apresentação, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.849 (313)ORIGEM : AC - 978334 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPELADV.(A/S) : MANOEL CAETANO FERREIRA FILHOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Paraná que, reformando sentença, julgou ilegal a interrupção do fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento e obrigatório o detalhamento do cálculo da tarifa mensal.

Verifico que transitou em julgado decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial (fls.282-288) que visava ao mesmo fim do recurso extraordinário objeto do presente agravo.

Por essa razão, julgo prejudicado o recurso, pela perda de seu objeto.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 46

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 612.455 (314)ORIGEM : AC - 1944065300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPOAGDO.(A/S) : AUGUSTO PEDRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO LEOPOLDO MACIEL E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Determino a subida do recurso extraordinário, para melhor exame, conforme me facultam os arts. 557, § 1º do Código de Processo Civil e 317, § 2º e 21, VI, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 612.571 (315)ORIGEM : AIRR - 1776199200203405 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOSÉ LUIZ SILVINOADV.(A/S) : LÍGIA MARIA DE REZENDE

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violados o art. 100, § 1º, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 20):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JUROS DE MORA.

1. Não é admitido o recurso de revista interposto em face de decisão proferida na fase de execução, quando não caracterizada a ofensa direta à literalidade do § 1º do art. 100 da Constituição Federal, na medida em que esta norma constitucional não dispõe, especificamente, sobre a incidência de juros de mora sobre os débitos trabalhistas.

2. O insurgimento relativo à limitação dos juros ao período em que ultrapassado o prazo estipulado no art. 100, § 1º, da CF, não credencia o processamento da revista, porquanto não foi objeto de apreciação pela decisão recorrida, o que obsta o seu conhecimento, neste momento processual, à luz do Enunciado nº 297 do TST, além do recurso, neste particular, assim como em relação à aplicação do percentual de 0,5% ao mês, não se assentar em fundamento legal apto ao conhecimento da revista (art. 896, § 2º, da CLT).

Agravo de Instrumento a que se nega provimento.”Sustenta-se no recurso extraordinário que exigência de juros de mora

em precatório complementar é inconstitucional.É o breve relato. Decido.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-

QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema — possibilidade de incidência de juros de mora no período entre a conta de liquidação e a expedição do requisitório, para fins de precatório complementar — em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 579.431-QO, rel. min. Ellen Gracie, DJe de 24.10.2008).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 612.735 (316)ORIGEM : AC - 974670 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SUPER POSTO SANTA CRUZ LTDAADV.(A/S) : ROMEU SACCANI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AUTARQUIA MUNICIPAL DO AMBIENTE - AMA

ADV.(A/S) : CELSO ZAMONER E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Paraná que, reformando sentença, julgou improcedente pedido de anulação de sanção administrativa e indenização por danos morais e materiais.

Em consulta à internet, constatei que decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial que visava a anular o acórdão dos embargos de declaração já transitou em julgado (Resp 453.109). Por essa razão, julgo prejudicado o recurso extraordinário, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.093 (317)ORIGEM : AIRR - 7176200290001000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : NAYDA NAIRA CHAVESADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO BANERJ S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIORAGDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO S/A (EM

LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL)ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

DESPACHO: O Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. (em liquidação extrajudicial), à fls. 184, informa que foi homologada a sua sucessão pelo Banco Banerj S.A. “por meio da sentença de fls. 96/98 dos autos principais” e requer a alteração do pólo passivo, excluindo-se o banco requerente.

À fls. 190, o Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. (em liquidação extrajudicial), o Banco Banerj S.A. e o Banco Itaú S.A. informam que o Banco Itaú sucedeu o Banco Banerj, conforme decisão tomada na assembléia geral extraordinária de 30.11.2004 e requerem que somente o Banco Itaú S.A. integre o pólo passivo.

Assim, junte os subscritores das petições em referência os documentos ali indicados: decisão que homologou a sucessão trabalhista (cf. Pet 133.809/2005-8/TST) e a ata da assembléia geral extraordinária (cf. Pet 2.718/2006-8/TST). Prazo: 10 dias.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.719 (318)ORIGEM : AI - 70010198877 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO MENEZES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : CLAUDETE MOTA LIMAADV.(A/S) : FERNANDA CARVALHAL DA SILVA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que julgou ilegal corte do fornecimento de energia elétrica em razão de inadimplemento de consumidor.

Verifico que decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial para reformar integralmente o acórdão recorrido transitou em julgado (fls. 141-149). Está, portanto, prejudicado o recurso extraordinário, por perda de seu objeto.

Nego, pois, seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.907 (319)ORIGEM : PROC - 70006605471 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : FERMINO SOARES MACHADOADV.(A/S) : ADACIR DE LIMA RODRIGUES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 47

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão, proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado Rio Grande do Sul, que assegurou à parte agravada a percepção de proventos de grau hierárquico superior em decorrência de alteração legislativa da reestruturação da carreira da Brigada Militar.

No recurso extraordinário interposto pelo ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (art. 102, III, a, da Constituição Federal) sustenta-se a ofensa ao art. 40, § 8º (com a redação dada pela Emenda Constitucional 20, norma antes contida no § 4º do art. 40 da redação original do texto da Constituição).

No caso, verifico que a decisão do Tribunal a quo tem por fundamento a interpretação de normas estaduais (regime da Lei estadual 7.138/1978) e o impacto decorrente da reestruturação da carreira da Brigada Militar (Lei estadual 10.990/1997) em face de situações concretas de policiais militares inativos, para a definição dos respectivos proventos. Para chegar a conclusão diversa, seria necessário rever os critérios adotados pelo Tribunal estadual sobre a aplicação da legislação estadual, reexame esse incabível em recurso extraordinário (Súmula 280). Nesse sentido, cito precedente da Primeira Turma: AI 431.623-AgR (rel. min. Carlos Britto, 09.09.2003, DJ 24.10.2003).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.988 (320)ORIGEM : PROC - 70006891451 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JAIME GUEDES SILVEIRAADV.(A/S) : CARLOS WILLI CAL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CHARQUEADASADV.(A/S) : LUÍS EDUARDO SIMANKE RIBEIRO

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia do inteiro teor da decisão agravada, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.090 (321)ORIGEM : AC - 9902058116 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : PAULO VIRGINIO DE MELO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ OSCAR LOPES

DECISÃO: A agravante foi intimada do acórdão recorrido em 1º.06.2000 (quinta-feira), conforme certidão de fls. 25, tendo-se esgotado o prazo para a interposição de recurso extraordinário em 1º.08.2000 (terça-feira). Deve-se considerar que, entre 2.07.2000 e 31.07.2000, não ocorreu contagem de prazo, devido às férias forenses. Sendo assim, o presente recurso é intempestivo, porquanto interposto em 18.08.2000.

Do exposto, nego seguimento ao agravoPublique-se.Brasília, 9 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 619.941 (322)ORIGEM : AC - 3452002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : RÁPIDO MACAENSE LTDAADV.(A/S) : JOSÉ CALIXTO UCHÔA RIBEIROAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão em que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro manteve a aplicação de multa administrativa estabelecida em múltiplo do salário mínimo.

Transcrevo a ementa:“Decisão que aplicou pena de multa a empresa de transporte de

passageiros por violação do art. 83 do E.C.A., consistente em transportar

criança para fora da comarca onde reside sem autorização judicial e sem prova do parentesco da acompanhante. Decisão mantida.” (fls.41)

“Embargos de declaração. Acolhem-se para decidir alegação não examinada no acórdão. Não é inconstitucional a multa fixada em salários-mínimos por infração definida no E.C.A.”(fls.51)

A análise da apontada ofensa ao art. 5º, II, da Constituição demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional. Trata-se, portanto, de alegação de violação indireta ou reflexa da Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Ademais, sustenta a agravante que o acórdão recorrido afronta o princípio da moralidade, pois, o ato administrativo que resultou na imposição de multa foi praticado com desvio de finalidade, já que a criança viajava acompanhada de sua mãe, embora não portasse, na ocasião, documentos comprobatórios da filiação (fls. 59-60). Impossível chegar à mesma conclusão sem o reexame de prova, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário (Súmula 279).

Quanto ao estabelecimento da multa em múltiplo de salário mínimo, o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou definitivamente, no julgamento da ADI 1.425 (DJ 26.03.1999), entendendo que o art. 7º, IV, da Carta Magna quis “evitar que interesses estranhos aos versados na norma constitucional venham a ter influência na fixação do valor do mínimo a ser observado”.

Nesse sentido, vários julgados desta Corte têm proibido a utilização do salário mínimo como fator de atualização de multa ou de indenização (RE 237.965, DJ 31.03.2000; RE 205.455, DJ 06.04.2001; RE 225.488, DJ 16.06.2000; RE 140.940, DJ 15.09.1995, v.g.).

Contudo, não há problema quando a condenação, apesar de fixada em múltiplo de salários mínimos, tem apenas a intenção de expressar o valor inicial da multa, o qual, se necessário, será atualizado pelos índices oficiais de correção monetária. Confiram-se as seguintes decisões, em casos análogos, que manifestam esse entendimento:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. INDENIZAÇÃO: SALÁRIO-MÍNIMO. C.F., art. 7º, IV.

I. - Indenização vinculada ao salário-mínimo: impossibilidade. C.F., art. 7º, IV. O que a Constituição veda - art. 7º, IV - é a fixação do quantum da indenização em múltiplo de salários-mínimos. STF, RE 225.488/PR, Moreira Alves; ADI 1.425. A indenização pode ser fixada, entretanto, em salários-mínimos, observado o valor deste na data do julgamento. A partir daí, esse quantum será corrigido por índice oficial.

II. - Provimento parcial do agravo: RE conhecido e provido, em parte.” (RE 409.427-AgR, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 02.04.2004);

“EMENTA: Vinculação ao salário mínimo: a vedação do art. 7º, IV, da Constituição, restringe-se à hipótese em que se pretenda fazer das elevações futuras do salário mínimo índice de atualização da indenização fixada; não, qual se deu no acórdão recorrido, se o múltiplo do salário mínimo é utilizado apenas para expressar o valor inicial da condenação, a ser atualizado, se for o caso, conforme os índices oficiais da correção monetária.” (RE 389.989, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 05.11.2004).

No mesmo sentido, o AI 493.494-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 04.03.2005), o AI 510.244-AgR (rel. min. Cezar Peluso, DJ 04.03.2005) e o AI 387.594-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ 06.06.2003).

No presente caso, nem a sentença, nem o acórdão recorrido esclarecem se o valor da multa deve ser aferido de acordo com o valor do salário mínimo na data da condenação ou na data do efetivo pagamento (fls. 24/42).

Ante o exposto e com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido código, dele conhecer, na parte relativa à alegação de ofensa ao art. 7º, IV, e, nessa parte, dar-lhe provimento, para esclarecer que o valor da multa deve ser calculado conforme o salário mínimo vigente na data da condenação, com incidência da correção monetária devida no momento do efetivo pagamento.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.363 (323)ORIGEM : AC - 70011320025 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ DE CASTILHOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARTINS & EL FAR LTDAADV.(A/S) : ALEX SANDRO MARTINS RODRIGUES

DECISÃO: Junte-se a petição 38359/2010. Em virtude da homologação de acordo entre as partes, noticiada na

petição em epígrafe, julgo prejudicado o presente agravo, por perda do seu objeto.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.694 (324)ORIGEM : AC - 70010305415 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : FABRICIO BEHR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : NILTON ANTÔNIO KASPARY - MEADV.(A/S) : ÂNGELO ASSMANN E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que entendeu ilegal cobrança efetuada por fornecedora de energia elétrica.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito dos arts. 2º, 22, IV, e 175, parágrafo único, I e II, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta da apelação (fls. 102-116), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 15.09.2000).

No que tange à suposta afronta ao art. 1º, III, da Constituição, verifico que o acórdão atacado também possui fundamento infraconstitucional suficiente (Código de Defesa do Consumidor). Transcrevo:

“É de se por cobro de uma vez a procedimento unilateral e arbitrário utilizado pelas concessionárias com apurar o consumo “pro domo suo” e de logo suspender o fornecimento de energia, sem oportunizar contraditório e ampla defesa, a par de contrariar o princípio da dignidade da pessoa humana escrito no artigo 1º, III da Constituição Federal. Para culminar, importa prática abusiva, na medida em que exige vantagem que se mostra manifestamente excessiva e onerosa para o consumidor (CDC – arts. 39, V, e 51, parágrafo 1º e incisos).” (fls. 136)

Como transitou em julgado decisão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento a agravo para subida de recurso especial que impugnava a matéria infraconstitucional do acórdão recorrido (AI 761.847), subsiste, no caso, fundamento legal suficiente e não reformável pela via do recurso extraordinário, o que atrai a aplicação da Súmula 283 desta Corte ao caso.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 629.436 (325)ORIGEM : PROC - 200502060624 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CEVEL CECÍLIO VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : MARCELO DI REZENDE BERNARDESAGDO.(A/S) : MARIA LEONOR GONÇALVES BARBO DE SIQUEIRAADV.(A/S) : MANOEL MACHADO DE FREITAS JÚNIOR E OUTRO(A/

S)

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão que condenara a parte ora agravante no pagamento de compensação dos danos materiais decorrentes de defeito na prestação de serviço de reparo de veículo.

Sustenta a parte agravante vulneração do artigo 5º, LV, da Constituição federal.

Não houve afronta às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, enfrentou as questões suscitadas e fundamentou de forma suficiente suas conclusões.

Ademais, a análise de eventual afronta à Constituição implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.102 (326)ORIGEM : RMS - 17270 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ROSIMARY ROMUALDO DA SILVAADV.(A/S) : VERA LÚCIA PEREIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO DA MAGISTRATURA DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO

GROSSO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado (fls.326):

“RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATA APROVADA NA PRIMEIRA LISTAGEM. ERRO MATERIAL REAVALIAÇÃO E RETIFICAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DO ALEGADO DIREITO LÍQUIDO E CERTO.

A Administração, usando da prerrogativa de reavaliação e retificação de atos administrativos, uma vez verificado o erro material na média final da prova da impetrante, não feriu qualquer direito, muito menos líquido e certo, considerando não ter a mesma obtido nota suficiente para aprovação no certame.

Recurso desprovido.” No recurso extraordinário, a recorrente alega violação do disposto

nos arts. 5º, caput, LIV, LV, 37, caput, e 93, IX, X, da Constituição federal.Verifico que o acórdão impugnado manteve decisão denegatória da

segurança com base nas assertivas de que não houve “ato arbitrário da impetrada, mas tão-somente um erro material, pois, com as notas 4,8 e 5,2, jamais poderia a impetrante ter alcançado a média 6,0” e que “a recorrente teve amplo acesso aos autos, utilizando-se de todos os recursos cabíveis ao caso, não cabendo a alegação de violação aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório” (fls. 326/327). Chegar à conclusão contrária à do acórdão a quo demandaria o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.387 (327)ORIGEM : AC - 3283842003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : LUANA MACHADO FIGUEIREDOADV.(A/S) : DAVID LEAL DINIZ

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia das contrarrazões ao recurso extraordinário ou da certidão de sua não-apresentação, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.417 (328)ORIGEM : AC - 4659715000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : OSWALDO BUENOADV.(A/S) : MARINÍSIA TUROLI FERNANDES DA SILVAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva de incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal ao recurso

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extraordinário de fundamentação deficiente. Disso decorre que o agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.121 (329)ORIGEM : AC - 200500463969 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ADRIANO COELHO LEÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NELSON CARDOSO DO COUTOAGDO.(A/S) : WALQUÍRIA PAES CAMAPUM GUEDESADV.(A/S) : JONAS GOMES NOVAES E OUTRO(A/S)

DESPACHOAGRAVO – INTERESSE - ELUCIDAÇÃO.1. Digam os agravante sobre a persistência do interesse no

julgamento do agravo, ante os termos da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, acerca do prejuízo do recurso ante a celebração de acordo entre as partes – informação obtida no sítio daquela Corte.

2. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.234 (330)ORIGEM : PROC - 30057553 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO EXCEL ECONÔMICO S/AADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALPHA EMPREENDIMENTOS E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : CARLOS MARQUES DOS SANTOS

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, a parte agravante não impugnou a assertiva de incidência do óbice da Súmula 284-STF. Disso decorre que não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo e julgo prejudicado o pedido de medida liminar suspensiva formulado às fls. 08.

Publique-se. Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.119 (331)ORIGEM : AMS - 200361000024316 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : POSTO DE SERVIÇOS NOVA CASTELO LTDAADV.(A/S) : JORGE BERDASCO MARTINEZAGDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

1.Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por contribuinte visando à admissão de recurso extraordinário contra acórdão relativo à Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental instituída pela Lei 10.165/00.

2.Não merece seguimento o Agravo, porquanto o próprio recurso extraordinário que pretende ver admitido está em confronto com a

jurisprudência deste Tribunal.O Plenário decidiu a questão nos autos do RE 416.601/DF, Min.

Carlos Velloso, ainda em agosto de 2005, verbis: “IBAMA: TAXA DE FISCALIZAÇÃO. Lei 6.938/81, com a redação da

Lei 10.165/2000, artigos 17-B, 17-C, 17-D, 17-G. C.F., art. 145, II. I. – Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA – do IBAMA: Lei 6.938, com a redação da Lei 10.165/2000: constitucionalidade. II. – R.E. conhecido, em parte, e não provido”.

3.A distinção que o recorrente pretende efetuar entre o seu recurso e aquele já decidido não merece prosperar.

Apresenta a matéria invocando violação aos arts. 167, IV, e 154, I, da Constituição, artigos estes aplicáveis a impostos, quando esta Corte já definiu que se trata de taxa com fundamento no art. 145, II. A argumentação, pois, é inadequada e manifestamente improcedente.

Relativamente ao art. 23, parágrafo único, da Constituição, é questão que até desborda da validade da taxa propriamente, dizendo respeito a lei complementar fixadora de normas de cooperação entre os entes federados no que diz respeito à sua competência administrativa comum. No acórdão que tratou da validade da taxa em questão destacou-se a existência de atividade de fiscalização a cargo do IBAMA a justificar e legitimar o tributo.

Quanto a não ter sido analisada violação ao art. 145, § 2º, da Constituição, cabe ter em conta que este Tribunal analisou detidamente a base de cálculo do tributo, razão pela qual disse da validade também do art. 17-D da lei questionada, o que consta, inclusive, da ementa. No voto condutor, a base de cálculo foi abordada em suas folhas 21 a 24. Sem querer estender a análise, refiro, exemplicativamente, o seguinte trecho do voto condutor, em que adota lição doutrinária quanto à adequação da base de cálculo à estrutura das taxas:

“Acrescenta Sacha Calmon que, se ‘o valor da taxa varia segundo o tamanho do estabelecimento a fiscalizar’, o que implica maior ou menor trabalho por parte do poder público, maior ou menor exercício do poder de polícia, ‘é mais do que razoável afirmar que acompanha de perto o custo da fiscalização que constitui sua hipótese de incidência, com atendimento, em conseqüência, ‘na medida do humanamente possível’, dos ‘princípios da proporcionalidade e da retributividade’.”

4.Ante o exposto, forte no art. 557 do CPC e tendo em conta o princípio da economia processual e a própria garantia da razoável duração do processo, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.862 (332)ORIGEM : PROC - 20067000245762 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA DE CONCESSÃO RODOVIÁRIA JUIZ DE

FORA - RIO S/AADV.(A/S) : GUILHERME PACCOLA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JUSSARA AZEDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ARMANDO CORREIA DA SILVA JÚNIOR

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, a parte agravante não impugnou a assertiva de incidência do óbice da Súmula 279-STF. Disso decorre que não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo e julgo prejudicado o pedido de medida liminar suspensiva formulado às fls. 08.

Publique-se. Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 50

AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.966 (333)ORIGEM : AC - 5229375 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : NELSON SEMEÃO DA SILVAADV.(A/S) : MIRELA GALLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitira recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) interposto de acórdão que afastara a responsabilidade do ente público recorrido pelo pagamento de compensação de supostos danos materiais e morais decorrentes de processo criminal movido contra o agravante. Eis a ementa (fls. 37):

“Responsabilidade Civil – Ato jurisdicional – Inicio de ação penal, com recebimento de denúncia – absolvição posterior – Ausência de configuração de erro substancial, inescusável, imputável a dolo ou culpa no ajuizamento da ação penal – Responsabilidade indenizatória afastada em primeiro grau – Recurso improvido.”

Alega a parte recorrente vulneração dos artigos 5º, LXXV e 37, § 6º, da Constituição. Assevera que, “(...) estão presentes todos os elementos, cabendo destacar que o agente público na sua função jurisdicional, causou os danos sofridos pelo recorrente” (fls. 53).

Não prospera o recurso.A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que as pessoas

jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos seus atos, bastando para isso que esteja estabelecido um nexo causal entre o ato e o dano causado (cf. AI 383.872-AgR, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 08.11.2002; RE 217.389, rel. min. Néri da Silveira, Segunda Turma, DJ 24.05.2002; AI 209.782-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ 18.06.1999; RE 206.711, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 25.06.1999; RE 163.203, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 15.09.1995, e RE 113.587, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 03.04.1992).

No presente caso, contudo, a decisão impugnada concluiu pela inexistência de ato ilícito a reclamar reparação. Constatou-se que “(...) especificamente no tocante ao procedimento criminal instaurado contra o autor apelante, não há nos autos qualquer prova de arbitrariedade, não se podendo falar em erro judiciário em face da absolvição posterior, em acórdão do E. Tribunal de Alçada Criminal. Em conseqüência, não pode gerar responsabilidade indenizatória do Estado.” (fls. 40)

Inviável chegar à conclusão contrária sem o reexame de prova, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário (Súmula 279).

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.253 (334)ORIGEM : AC - 50406812 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE LINDÓIA DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINDÓIA

DO SUL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a da Constituição) interposto de acórdão que considerou lícita a postergação do recebimento da parcela do ICMS correspondente ao município, mediante a concessão de incentivo fiscal através do PRODEC (Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense), tendo em vista que o valor postergado não constitui receita pública e o município receberá o valor oportunamente.

Sustenta-se, em síntese, a violação do art. 158, IV, e 160, da Constituição federal.

Na sessão de 18.06.2008, o Tribunal negou provimento a recurso extraordinário interposto pelo Estado de Santa Catarina contra acórdão do tribunal de justiça local que provera apelação do Município de Timbó, no qual se sustentava ser lícito ao Estado postergar o repasse da parcela do imposto a que se refere o art. 158, IV, da Constituição (vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação), em virtude da concessão de incentivos fiscais a particulares. Considerou-se, inicialmente, que, a fim de que a autonomia política conferida aos entes federados pela Constituição seja real, efetiva, e não virtual, é imprescindível que sua autonomia financeira seja preservada, não se permitindo, quanto à repartição de receitas tributárias, condicionamento arbitrário por parte do ente responsável pelos repasses a

que eles têm direito. (RE 572.762, rel. min. Ricardo Lewandowski – cf. Informativo/STF 511/2008).

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo

Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma, conhecer do recurso e dar-lhe provimento.

Há questões acessórias, contidas na petição inicial que não foram analisadas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, como prescrição de valores e correção monetária, tendo em vista que ao julgar a demanda improcedente, eles restaram prejudicados.

Como não é adequado suprimir instâncias para definir matéria que não foi expressamente abordada pelo Tribunal de origem, determino o encaminhamento dos autos ao TJSC, para que prossiga no julgamento dessas questões.

Inverto a sucumbência.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.459 (335)ORIGEM : AMS - 2000720210040578 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SEGUR SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : PAULO CESAR WOLLAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal cuja ementa possui o seguinte teor:

“TRIBUTÁRIO. CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL. PRAZO DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES. FATO GERADOR.

Não é do pagamento que surge a obrigação, mas do fato do pagamento ser devido, e o é em virtude do trabalho prestado, este sim o fato gerador. O fato de ter sido o tributo recolhido em prazo menor do que o previsto, não caracteriza direito à qualquer restituição. O fato em questão e não há que ser confundido com o instituto do empréstimo compulsório.” (fls. 32).

Alega-se, em síntese, que o acórdão recorrido, ao estabelecer como fato imponível da exação a prestação de serviço pelo trabalhador, e não o efetivo pagamento dos salários, antecipa o prazo de recolhimento da exação, ofendendo o disposto no art. 195, I, a, da Constituição.

Verifico que a análise da questão trazida à discussão no recurso extraordinário demandaria prévio exame da legislação infraconstitucional, de forma que eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário (Súmula 636/STF).

No mesmo sentido decidiu a Segunda Turma desta Corte ao analisar pretensão semelhante à ora formulada, por ocasião do julgamento do AI 508.398–AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 14.10.2005), cuja ementa tem o seguinte teor:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO EMPREGADOR. FATO GERADOR. PRAZO PARA RECOLHIMENTO.

I. - O estabelecimento do momento em que se dá o fato gerador e a exigibilidade da contribuição social devida pelo empregador, incidente sobre a folha de salários, são questões a serem reguladas mediante legislação ordinária, que não integra o contencioso constitucional. Precedentes.

II. - Agravo não provido.”Confiram-se, também, o RE 420.817 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de

20.04.2005), o AI 515.409 (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 25.08.2005) e o AI 525.343 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.02.2005).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 648.069 (336)ORIGEM : AI - 744099 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : AGROPECUÁRIA OLHOS D´AGUA LTDAADV.(A/S) : RENATO PEREIRA MAURER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BIANCHINI S/A - INDÚSTRIA, COMÉRCIO E

AGRICULTURAADV.(A/S) : EGÍDIO ILÁRIO PIEROSAN E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) contra

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 51

acórdão do Superior Tribunal de Justiça, cuja ementa tem o seguinte teor:“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCIDÊNCIA

DA SÚMULA 182/STJ. AGRAVO REGIMENTAL. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO DEMONSTRAM O EFETIVO ATAQUE AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. DESPROVIMENTO.

I. Se as razões de agravo de instrumento não se orientam de modo a infirmar os motivos que levaram à negativa de provimento do recurso especial, há de se aplicar o postulado sumular n. 182/STJ, também incidente sobre os agravos do art. 544 do CPC: ‘É inviável o agravo do art. 545 do CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada’.

II. Agravo regimental desprovido.” (Fls. 1129)Alega a parte agravante violação do artigo 5º, XXXV LIV e LV, da

Constituição.Ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal têm reiteradamente

decidido que as questões relativas à admissibilidade do recurso especial constituem matéria infraconstitucional, de competência do Superior Tribunal de Justiça (AI 442.654-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 11.06.2004, e AI 394.048-AgR, rel. min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ de 22.11.2002, v.g.).

Por outro lado, inexiste a alegada afronta ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde o ora agravante.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.240 (337)ORIGEM : AC - 200600130157 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JÚLIO CÉSAR FERREIRA MENEZES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLÁUDIA SILVA DA CRUZAGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : MARCELO DOS SANTOS BENTO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva da decisão agravada de que o recurso extraordinário versou alegação de ofensa indireta ou reflexa a Constituição. Disso decorre que a agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, com base no art. 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 650.644 (338)ORIGEM : PROC - 20067000317748 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : RODRIGO LIMA PESSÔAADV.(A/S) : PAULO ELÍSIO DE SOUZAAGDO.(A/S) : GEORGINE ALOAN MENDES DE MAGALHÃESADV.(A/S) : MANOEL DA SILVA

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de

acórdão que condenara TELEMAR S/A no pagamento de compensação dos danos materiais e morais decorrentes de defeito na prestação de serviços de telefonia.

Sustenta a parte ora agravante vulneração dos artigos 5º, V e X; 93, IX, da Constituição federal.

A análise das supostas vulnerações implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279.

Ademais, não houve afronta ao artigo 93, IX, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios e garantias constitucionais, tendo enfrentado as questões suscitadas e fundamentado de forma suficiente suas conclusões.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 653.419 (339)ORIGEM : AIRR - 76200410122406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ANDRÉ YOKOMIZO ACEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INÊZ MARIA MARTINS PINHO DE BRITOADV.(A/S) : FERNANDA CALDAS GIORGI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre os temas (a) competência da Justiça do Trabalho para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria e (b) extensão, aos aposentados, de benefício concedido aos trabalhadores em atividade.

Verifico que o primeiro tema é objeto do RE 586.453-RG (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 02.10.2009), que teve a repercussão geral reconhecida.

Quanto ao segundo tema, esta Corte decidiu pela inexistência de repercussão geral. É o que se observa na ementa do RE 590.005-RG (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 18.12.2009):

“EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Previdência privada. Complementação de aposentadoria. Extensão, a aposentados, de benefício concedido a trabalhadores em atividade. Questão infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto questão relativa à concessão, a beneficiários de plano de previdência privada complementar, de vantagem outorgada a empregados ativos, versa sobre matéria infraconstitucional.”

Do exposto, dou parcial provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário somente quanto à discussão sobre a competência da Justiça do Trabalho, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.572 (340)ORIGEM : AC - 2608234800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ASTRA ASSESSORIA, SEGURANÇA E MEDICINA DO

TRABALHO S/C LTDAADV.(A/S) : ROBERTA MARCHETTIAGDO.(A/S) : HELP ASSESSORIA EM SEGURANÇA E MEDICINA DO

TRABALHO S/C LTDAADV.(A/S) : AILTON BUENO SCORSOLINE

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 52

ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, a parte agravante não impugnou a assertiva de incidência da Súmula 279-STF. Disso decorre que não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo e julgo prejudicado o pedido de medida liminar suspensiva formulado às fls. 08.

Publique-se. Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.961 (341)ORIGEM : AC - 70014498372 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : JEAN FELIPE RAUPP E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1.O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo órgão julgador. Apesar da interposição de embargos declaratórios, não houve debate e decisão prévios sobre a alegada violação do artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal. Vale frisar, por oportuno, que o recorrente não arguiu o vício de procedimento.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

2.Conheço do agravo e o desprovejo.3.Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 655.328 (342)ORIGEM : PROC - 199961000186955 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TRANSPEV TRANSPORTES DE VALORES E

SEGURANÇA LTDAADV.(A/S) : RAFAELA OLIVEIRA DE ASSISAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão de Tribunal Regional Federal cuja ementa possui o seguinte teor:

“TRIBUTÁRIO - AÇÃO DECLARATÓRIA - RECONHECIMENTO DA VALIDADE DE APÓLICE DA DÍVIDA PÚBLICA EMITIDA NO PRIMEIRO QUADRANTE DO SÉCULO. XX - INDEFERIMENTO DE PROVA PERICIAL - AGRAVO RETIDO - DECRETOS-LEIS 263/67 E 396/68 - PRESCRIÇÃO - PROVIMENTO DA APELAÇÃO AUTÁRQUICA.

I - Desprovê-se agravo retido interposto por conta do indeferimento de prova pericial requerida para se apurar a validade de apólices centenárias apresentadas pela autora à constatação de que não houve demonstração efetiva de qualquer vício ou defeito nos títulos apresentados que pudesse por em xeque a sua autenticidade ou rebater os laudos de autenticidade dos documentos anexados aos autos pela autora. ‘In casu’, ademais, a produção

de prova pericial revela-se desnecessária pelo fato de haver dúvidas fundadas quanto à validade dos títulos apresentados por conta da aparente prescrição que os aflige, sendo tal matéria prejudicial de mérito e antecedente lógico da discussão atinente à utilização dos títulos no pagamento de tributos. De resto, não se fez observar a regra do art. 390 do CPC para suscitar a falsidade do documento apresentado.

II - Tratando-se de Apólice da Dívida Pública emitida no primeiro quadrante do século XX, tem-se por prescritos os créditos consubstanciados na cártula, à luz dos Decretos-leis 263/67 e 396/68, os quais fixaram o prazo de doze meses para resgate do valor devido a contar da cientificação dos interessados, o que se deu por meio da publicação de edital nos idos de 1968.

III - Possibilidade de regulamentação da matéria por meio de Decreto-lei, à luz do artigo 58, II, da Constituição outorgada de 1967.

IV - Ainda que desconsiderado o prazo prescricional fixado pelos Decretos-leis supracitados, fato é que foi alterada pelo legislador a condição suspensiva da eficácia negocial dos títulos, pelo que deveria a apresentação da cártula ser efetivada observando-se o prazo prescricional ordinário dos créditos contra a Fazenda Pública, qual seja, cinco anos (Decreto 20.910/32).

V - A par da natureza não-tributária do negócio jurídico atinente à apólice e da incerteza quanto à sua validade jurídica, não se verifica a liquidez e certeza do crédito ante a inexistência de cláusula de correção do valor de face do título, de modo a se evitar os efeitos perniciosos da corrosão inflacionária. A correção monetária só passou a vigorar oficialmente após a instituição das ORTN´s pela Lei 4.357/64, sendo que anteriormente não havia índices oficiais para mensuração do aumento do custo de vida e da deterioração da moeda. O valor atribuído à apólice pela parte é desprovido de qualquer amparo na legislação. Tudo somado, não há respaldo jurídico para o acolhimento do pleito compensatório.

VI - A alteração introduzida pela edição primeira da MP 1238/95 no artigo 30 da Lei 8.177/91 foi oportunamente retificada por meio de nova publicação do texto. Ademais, dado que não se deu a conversão do preceito em lei ou mesmo sua reprodução em nova medida provisória, não há como se reconhecer validade e eficácia no dispositivo aludido. De outra parte, a prescrição já houvera exonerado o credor da obrigação insculpida na cártula.

VII - Jurisprudência uníssona a apontar pela imprestabilidade dos vetustos títulos hodiernamente, porquanto carcomida pelo tempo a relação jurídica neles consubstanciada.

VIII - Agravo retido a que se nega provimento.IX - Apelação e remessa oficial providas.” (fls. 196-197)Alega-se violação do disposto nos arts. 46, II; 58, II, e 83, II, da

Constituição federal de 1967 e 5º, XXII, XXXV e LV; 37, e 93, IX, da Constituição federal de 1988.

O recurso não merece seguimento.Inicialmente, verifico que inexiste a alegada ofensa aos arts. 5°,

XXXV e LV, e 93, IX, da Constituição federal de 1988, pois o Tribunal a quo inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa, tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte.

Ademais, observo que o Tribunal a quo também se baseou no Decreto 20.910/1932 para concluir pela prescrição do direito da recorrente. Tal fundamento suficiente não foi impugnado, sendo aplicável o disposto na Súmula 283 desta Corte.

Por fim, ainda que superado tais óbices, verifico que concluir diversamente do acórdão recorrido demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, em face das vedações contidas nos enunciados das Súmulas 279 e, mutatis mutandis, 636 desta Corte.

Em sentido semelhante, confiram-se: RE 405.320-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 06.08.2004); AI 465.366-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 27.02.2004) e AI 451.927-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 21.11.2003).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.888 (343)ORIGEM : AC - 1269350600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SÃO PAULO TRANSPORTE S/AADV.(A/S) : MIRIAM MIDORI NAKA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão que, nos autos de ação civil pública proposta pelo Ministério Público de São Paulo com o intuito de inserir menor no programa de transporte especializado municipal gratuito, garantiu a este o direito ao atendimento especializado.

A agravante informa a perda do objeto da presente causa.Do exposto, julgo prejudicado o agravo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 53

Publique-se.Brasília, 9 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.966 (344)ORIGEM : AI - 710556 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SANDRA BEATRIZ ZINGLER MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO GREGOL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DE SANTA CATARINA S/A - BESCADV.(A/S) : ELICEU WERNER SCHERER E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INDÚSTRIA DE ALIMENTOS 2001 LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NEY ARRUDA FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão do Superior Tribunal de Justiça que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) contra acórdão que não conheceu de agravo de instrumento em recurso especial ao constatar ausência de requisitos de admissibilidade.

Alega a parte agravante violação do artigo 5º, II, XXXV, LV, da Constituição.

Ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal têm reiteradamente decidido que as questões relativas à admissibilidade do recurso especial constituem matéria infraconstitucional, de competência do Superior Tribunal de Justiça, salvo hipóteses excepcionais em que seja possível vislumbrar um conflito direto com as premissas estabelecidas no art. 105, III, da Constituição (AI 442.654-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 11.06.2004, e AI 394.048-AgR, rel. min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ de 22.11.2002, v.g.).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.520 (345)ORIGEM : AC - 3837805100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DERSA - DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S/AADV.(A/S) : JOSÉ MANOEL DE ARRUDA ALVIM NETTO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO A. RODRIGUESAGDO.(A/S) : LIBRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA -

INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reformou

parcialmente o entendimento constante na sentença, ante os seguintes fundamentos (folha 861):

[...]No toante à impugnação manifestada pela expropriada, demostrou

que os elementos comparativos homogeneizados permitiram que calculasse o unitário básico em R$74,85 m2, que se afina com o determinado por outro profissional, que realizou trabalho na mesma região; ademais, a desvalorização pelo remanescente da área ficou no patamar de 12%, não a maior como postulava, a nível de tabelas técnicas pertinentes a hipótese em tela.

O mesmo se diga, nesse particular, quanto às contraditas formuladas pela expropriante.

Não é verdade que os melhoramentos que se destacam encontram respaldo nas marginais, mias, sim, na Rodovia Regis Bittencourt, o principal e mais valorizado eixo comercial/industrial da região.

Os outros aspectos da indenização – valor do unitário básico e fator de depreciação – já mereceram apreciação, embutidos no reclamo da adversária.

[...]2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega

aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.968 (346)ORIGEM : PROC - 20055151128685101 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BARBARA CRISTINA DE MELLO CHASSE E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : LUIZ OTAVIO NEVES DE SOUZA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema – fixação de indenização com a finalidade de recompor dano supostamente suportado pelo servidor em razão da mora legislativa – em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 565.089, rel. min. Marco Aurélio).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.009 (347)ORIGEM : AC - 70010522704 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AIR RAIMUNDO DA SILVAADV.(A/S) : BRENO MOREIRA MUSSI

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição).

O acórdão recorrido, com fundamento na legislação processual infraconstitucional que rege a execução, reduzira o valor base e determinara a incidência de juros moratórios desde a data do evento danoso.

Sustenta a parte ora agravante vulneração dos artigos 5º, XXXVI, LV e 93, IX, da Constituição federal.

Verifico, preliminarmente, que a decisão impugnada não apreciou a questão da incidência de juros moratórios na condenação sob o ângulo da suposta violação da garantia de intangibilidade da coisa julgada, limitando-se a reconhecer a preclusão da matéria pertinente aos juros. Incide, no ponto, o óbice das Súmulas 282 e 356 desta Corte.

Ademais, afasto a alegação de afronta aos dispositivos constitucionais mencionados, tal como veiculada no apelo extraordinário. É que a discussão acerca das normas que disciplinam a execução situa-se no âmbito da legislação infraconstitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Por fim, observo que não houve afronta às garantias do contraditório, da ampla defesa e da fundamentação das decisões, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, enfrentou as questões suscitadas e fundamentou de forma suficiente suas conclusões.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 54

AGRAVO DE INSTRUMENTO 665.479 (348)ORIGEM : AI - 6948 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ROGÉRIO ROCHA RAFAELADV.(A/S) : SANDRO ALVES GARCIA NUNES E OUTRO(A/S)

DESPACHO : À vista das informações fornecidas pela Secretaria (fls. 399), intime-se a parte Rogério Rocha Rafael para constituir advogado nos autos no prazo de 10 (dez) dias.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.764 (349)ORIGEM : AMS - 200061000232106 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ATTILIO GIANONI NETTOADV.(A/S) : ROGÉRIO FEOLA LENCIONI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: (referente à petição nº 229047/2010)Homologo o pedido de desistência deste recurso requerido por

ATTILIO GIANONI NETTO e subscrito por advogado com poderes para desistir (fls. 84).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.393 (350)ORIGEM : AC - 96030526193 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

3A. REGIAO - SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HALOTEK-FADEL INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : ILÍDIO BENITES DE OLIVEIRA ALVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : LUCIA PEREIRA DE SOUZA RESENDE E OUTRO(A/S)

DECISÃOEMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO - ENERGIA ELÉTRICA - LEI Nº

4.156/62 - AGRAVO DESPROVIDO1. O Pleno, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 146.615-4/SP,

assentou que o § 12º do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias encerra a valia da cobrança do empréstimo compulsório em benefício das Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRAS, instituído pela Lei nº 4.156, de 28 de novembro de 1962, com as alterações posteriores, inclusive aquelas que, ocorridas obviamente até a promulgação da Carta de 1988, implicaram a delimitação no tempo da operação. Afastou-se, com isto, o balizamento temporal do caput do artigo 34, em face à regência específica.

2. Diante do pronunciamento do Plenário, não tenho o extraordinário como enquadrado em qualquer dos permissivos constitucionais.

3. Conheço deste agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.512 (351)ORIGEM : PROC - 2732006 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A - BANESPAADV.(A/S) : CINTIA APARECIDA DAL ROVERE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : NILDE DA SILVA DEMORO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO WAGNER BATOCHIO POLONIO

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia das contra-razões ao recurso extraordinário ou da certidão de sua não-apresentação, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.131 (352)ORIGEM : AC - 200461040053964 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO AUGUSTO FAVERY DE ANDRADE RIBEIRO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE FREITAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MILTON CLAUDIO BERNARDES COSTA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (recepção das normas do Decreto-Lei 70/66 que regulam a execução extrajudicial das dívidas contraídas no regime do Sistema Financeiro de Habitação) cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (AI 771.770-RG, rel. min. Dias Toffoli).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.745 (353)ORIGEM : AC - 5843035100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : VBTU TRANSPORTE URBANO LTDAADV.(A/S) : RUI PEREIRA PIRES SOBRINHOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que indica violação dos arts. 5º, XXXX e LV; 30, V; 37, XXI; 93, IX; e 175, parágrafo único, III, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 588):

“CONTRATO ADMINISTRATIVO – pedido de indenização – permissionária de serviços de transporte coletivo por ônibus – cobrança de diferenças de remuneração – inadmissibilidade – superveniência de força maior – congelamento de preços – configurada ausência de desequilíbrio econômico financeiro proveniente da sistemática estabelecida para a fixação de tarifas no contrato de permissão – manutenção da sentença – recurso desprovido.”

É o relatório. Decido.O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os

preceitos dos arts. 5º, XXXX e LV; 37, XXI; 93, IX; e 175, parágrafo único, III, versa questões constitucionais não ventiladas no acórdão recorrido e que não foram objeto de embargos de declaração, faltando-lhes, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Ainda que superado o óbice supra, a análise das questões constitucionais, da forma como veiculadas, demandaria o exame prévio dos fatos e provas e da legislação infraconstitucional. O recurso é, pois, inviável, tanto porque eventual ofensa à Constituição seria indireta, como por esbarrar na vedação da Súmula 279 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.451 (354)ORIGEM : PROC - 797242 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : GUSTAVO AUGUSTO RODRIGUES DE LIMAADV.(A/S) : CÉSAR ANDRÉ PEREIRA DA SILVA

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão proferido

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 55

pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco assim ementado:“REEXAME NECESSÁRIO. PROMOTORES DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE PERNAMBUCO. REAJUSTE DE VENCIMENTOS. LEI 9997/87. APLICAÇÃO DO IPC DE JANEIRO DE 1989. PERCENTUAL DE 42,72%. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO CONHECIDO. REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA. DECISÃO UNÂNIME.

- É iterativa a orientação do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que, “o divulgado IPC de janeiro de 1989 (70,28%), considerados a forma atípica e anômala com que obtido e o flagrante descompasso com os demais índices, não refletiu a real oscilação inflacionária do período, melhor se prestando a retratar tal variação o percentual de 42,72% (quarenta e dois vírgula 72 por cento)” (RESP 43055/SP, Corte Especial, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, D.J. de 25.08.94)

- À unanimidade de votos, conheceu-se do reexame necessário, para reformar, parcialmente, a sentença sob revisitação obrigatória, no sentido de estabelecer o percentual do IPC de janeiro de 1989, em 42,72% (quarenta e dois vírgula 72 por cento), para efeitos da Lei 9.097/87.”

Em caso semelhante ao presente, o Plenário desta Corte, no julgamento da AO 258/SC, rel. min. Ilmar Galvão, DJ. 16.02.2001 decidiu:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDORES DO ESTADO DE SANTA CATARINA. REAJUSTES DE VENCIMENTOS PREVISTOS NOS ARTS. 2º E 3º DA LEI Nº 6.747/86 E 1º, § 5º; E 3º, § 2º, DA LEI Nº 1.115/88, AMBAS DO REFERIDO ESTADO. ALEGADA AFRONTA AOS ARTS. 13, 98, 57 INC. II, 60, 61, § 1º, 62 E 200, DA CONSTTUIÇÃO FEDERAL. Competência do Supremo Tribunal Federal para o julgamento da apelação cível, na forma do art. 102, I, n, da Constituição Federal, em face do impedimento de mais da metade dos membros do tribunal de origem. Inconstitucionalidade, declarada, dos dispositivos legais sob enfoque, por atentarem contra a autonomia estadual, ao estabelecerem vinculação automática da remuneração do funcionalismo estadual à variação de índices de correção monetária editados pela União; e por tratar-se de leis ditadas pela Assembléia Legislativa, sem a necessária iniciativa do Chefe do Poder Executivo, prevista no art. 61, § 1º, II, a, da Constituição Federal, de observância imperiosa por parte do Estado, porquanto corolário do princípio da separação dos Poderes. Apelação provida, com reforma da sentença.”

No mesmo sentido, o Plenário ao analisar o RE 145.018/RJ, rel. min. Moreira Alves, DJ 10.09.1993 assim decidiu:

“Lei n. 1.016, de 1.7.87, do Município do Rio de Janeiro. Inconstitucionalidade. - Lei municipal, que determina que o reajuste da remuneração dos servidores do Município fica vinculado automaticamente a variação do IPC, e inconstitucional, por atentar contra a autonomia do Município em matéria que diz respeito a seu peculiar interesse. Recurso extraordinário conhecido e provido, declarando-se, ainda, a inconstitucionalidade das expressões "vencimentos", "salários", "gratificações" e "remunerações em geral" do artigo 1. da Lei 1.016, de 1.7.87, do Município do Rio de Janeiro.”

E ainda há o RE 206.123/ES, rel. min Cezar Peluso, DJ 15.05.2005; o RE 166.581/ES, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 30.08.1996 e o RE 580.702, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 29.04.2009

O acórdão recorrido diverge da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal e consubstanciada na súmula 681, verbis: “É INCONSTITUCIONAL A VINCULAÇÃO DO REAJUSTE DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES ESTADUAIS OU MUNICIPAIS A ÍNDICES FEDERAIS DE CORREÇÃO MONETÁRIA”

Do exposto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, dele conhecendo, dar-lhe provimento para julgar improcedente a ação. A parte ora recorrida arcará com os ônus da sucumbência.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.852 (355)ORIGEM : AC - 200600140449 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SINDICATO DOS MÉDICOS DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ BARBOSA PIMENTA JUNIOR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: A decisão agravada inadmitiu o recurso extraordinário sob o fundamento de que o recurso foi interposto por advogado não constituído nos autos (fls. 180-181), ao passo que, no agravo de instrumento (fls. 02-13), o agravante sustentou apenas que a matéria de fundo encontra amparo constitucional expresso, questão de que não se ocupou a decisão agravada. É patente, portanto, a ausência de pertinência entre a fundamentação do agravo de instrumento e o conteúdo da decisão por ele atacado, sendo aplicável o disposto na Súmula 287/STF.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.561 (356)ORIGEM : PROC - 12905 - COLEGIO REC.DOS JUIZ.ESP.CIVEL

DE PIRASSUNUNGA/SPPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A - BANESPAADV.(A/S) : MARCOS ALBERTO GAZZETA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA ANTONIA DO VALLE PAES DE BARROSADV.(A/S) : ADEMIR ZANOBIA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Direito constitucional. Princípios do direito adquirido e ato jurídico perfeito. Poupança. Expurgos inflacionários. Plano econômico Collor I. Valores não bloqueados) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 591.797-RG, rel. min. Dias Toffoli, DJe de 30.04.2010).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.780 (357)ORIGEM : AI - 200404010036173 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : HELOÍSA SABEDOTTI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MAURI FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FELISBERTO VILMAR CARDOSO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: A matéria discutida neste recurso (Contribuição Social – FGTS – LC 110/2001) aguarda apreciação pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (ADI 2.556 e ADI 2.568, de minha relatoria).

Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento das aludidas ações, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.575 (358)ORIGEM : AC - 2591435500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : METALÚRGICA PROJETO INDÚSTRIA E COMÉRCIO

LTDAADV.(A/S) : MÁRCIA DAS NEVES PADULLA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição) interposto de acórdão prolatado por Tribunal de Justiça Estadual cuja ementa possui o seguinte teor:

“PROCESSO CIVIL – Impossibilidade jurídica do pedido – Declaração de inconstitucionalidade de Lei Complementar 102/2000 – Ausência de litígio, impossibilitando declaração incidental – Ademais, ação direta de inconstitucionalidade deve seguir rito apropriado, previsto na Constituição Federal – Art. 267, VI, da CF.” (fls. 43)

A agravante, alegando violação do disposto nos art. 5°, XXXIV e XXXV, da Constituição, sustenta que estaria comprovada a relação jurídica existente entre as partes através de documentos juntados aos autos.

O recurso não merece seguimento.Inicialmente, verifico que inexiste a alegada ofensa ao art. 5°, XXXIV

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e XXXV, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte ora agravante.

Ademais, concluir diversamente do Tribunal a quo demandaria o prévio exame do quadro fático-probatório, o que é vedado no âmbito de cognição do recurso extraordinário (Súmula 279/STF).

Por fim, em relação à interposição do apelo extraordinário com base no art. 102, III, alínea c, observo que o Tribunal a quo em momento algum julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.829 (359)ORIGEM : PROC - 6626 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO

BRASILEIRO - PMDBADV.(A/S) : ALINE ROLLA SEMIÃO MORAES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

DECISÃO: Homologo a desistência do agravo de instrumento requerida a fls. 46 por Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Diretório Estadual de Minas Gerais, em petição subscrita por advogado com poderes para desistir (procuração, fls. 55).

Publique-se.Brasília, 13 de maio de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.559 (360)ORIGEM : AC - 20030110677866 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : ELA DISTRIBUIDORA LTDAADV.(A/S) : JOÃO TADEU SEVERO DE ALMEIDA NETO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA CONSTITUCIONAL

COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA – TRIBUTÁRIO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – TERMO DE ACORDO DE REGIME ESPECIAL – TARE – MINISTÉRIO PÚBLICO – LEGITIMIDADE ATIVA – ARTIGOS 127 E 129, INCISOS II E III, DA CARTA FEDERAL – CONHECIMENTO E PROVIMENTO NOS AUTOS DE AGRAVO PROVIDO.

1. Ante o fato de o Plenário haver enfrentado o tema envolvido neste processo, afasto o sobrestamento.

2. O Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 576.155/DF, concluiu pela legitimidade ativa do Ministério Público para ajuizar ação civil pública em matéria tributária de modo a questionar acordos firmados entre os Estados e as empresas beneficiárias de redução fiscal.

3. Diante do precedente, acolho o pedido formulado neste agravo, consignando o enquadramento do extraordinário no permissivo da alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Ante o teor do citado Recurso Extraordinário, aciono o disposto nos artigos 544, §§ 3º e 4º, e 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e julgo, desde logo, o extraordinário, conhecendo-o e provendo-o para assentar que o Ministério Público tem legitimidade para impugnar, mediante ação civil pública, a legalidade de Termo de Acordo de Regime Especia – TARE celebrado entre o contribuinte e o Poder Público.

4. Publiquem.Brasília, 23 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.534 (361)ORIGEM : AC - 10702041464968001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESPÓLIO DE SEBASTIÃO CARNEIROADV.(A/S) : GERALDO HERMÓGENES DE FARIA NETO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ITAIMOR FERNANDES DOS SANTOS

ADV.(A/S) : CAIO DIRAN DE OLIVEIRA PORDEUS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 25.05.2004).

No presente caso, a parte agravante limitou-se a repetir os argumentos do recurso extraordinário. Disso decorre que a parte agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 703.156 (362)ORIGEM : AC - 283006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CHEVRON BRASIL LTDAADV.(A/S) : MARIA DO PILAR DE SOUZAAGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAPÁADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ

DESPACHO: Atenda-se ao requerido às fls. 248.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.923 (363)ORIGEM : AC - 3626825000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : WANDERLEY BORGES PIMENTAADV.(A/S) : CLÉDSON CRUZ

DECISÃO: O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 30, V, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.270 (364)ORIGEM : RESP - 628787 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BOTUCATUADV.(A/S) : EDUARDO NELSON CANIL REPLE

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violados os arts. 5º, II e LV e 100, § 1º e § 4º, da Constituição.

O acórdão recorrido, prolatado pelo Superior Tribunal de Justiça, possui a seguinte ementa (fls. 15):

“RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. SÚMULA 284⁄STF. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO-

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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COMPROVADA. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. MÉRITO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. DESNECESSIDADE DE NOVA CITAÇÃO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 730 DO CPC. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, DESPROVIDO.

1. A falta de indicação do dispositivo infraconstitucional tido por violado inviabiliza o conhecimento do recurso especial interposto com base na alínea a do permissivo constitucional. Incidência da Súmula 284⁄STF.

2. É inviável a apreciação de recurso especial fundado em divergência jurisprudencial quando o recorrente não demonstra o suposto dissídio pretoriano nos termos dos arts. 255, §§ 1º, 2º e 3º, do RISTJ, e 541, parágrafo único, do CPC.

3. Quando o Tribunal de origem não se manifestar acerca da matéria infraconstitucional discutida no recurso especial, a despeito de terem sido opostos embargos declaratórios, deve o recorrente interpor o recurso especial alegando violação do art. 535 do CPC, a fim de obter êxito nesta instância recursal. Na falta dessa alegação, resta incidente o teor da Súmula 211⁄STJ.

4. É firme a orientação desta Corte no sentido da desnecessidade de nova citação da Fazenda Pública para opor embargos, em sede de precatório complementar. Precedentes.

5. As alterações promovidas pela EC 37⁄2002, vedando a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, não têm o condão de alterar a orientação firmada no âmbito desta Corte Superior. Isso porque a referida norma não retroage para alcançar precatório complementar expedido em data anterior a sua entrada em vigor, sob pena de violar o princípio constitucional da segurança jurídica.

6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, desprovido.”

A parte agravante não juntou cópia do recurso especial e do acórdão do recurso de apelação, peças essenciais para a compreensão da controvérsia, aferição do oportuno prequestionamento e verificação de eventual preclusão da matéria constitucional. Incide, no caso, o óbice da Súmula 288.

Isso porque o Plenário desta Corte já decidiu ser inviável o recurso extraordinário que — interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça em recurso especial — suscita as mesmas questões constitucionais debatidas em segundo grau. Assim, da decisão do STJ no recurso especial, só caberá recurso extraordinário se a questão constitucional for diversa daquela resolvida pela instância ordinária. Confira-se:

“E M E N T A - Recurso extraordinário: interposição de decisão do STJ em recurso especial: inadmissibilidade, se a questão constitucional de que se ocupou o acórdão recorrido já fora suscitada e resolvida na decisão de segundo grau e, ademais, constitui fundamento suficiente da decisão da causa.

1. Do sistema constitucional vigente, que prevê o cabimento simultâneo de recurso extraordinário e de recurso especial contra o mesmo acórdão dos tribunais de segundo grau, decorre que da decisão do STJ, no recurso especial, só se admitirá recurso extraordinário se a questão constitucional objeto do último for diversa da que já tiver sido resolvida pela instância ordinária.

2. Não se contesta que, no sistema difuso de controle de constitucionalidade, o STJ, a exemplo de todos os demais órgãos jurisdicionais de qualquer instância, tenha o poder de declarar incidentemente a inconstitucionalidade da lei, mesmo de oficio; o que não é dado àquela Corte, em recurso especial, é rever a decisão da mesma questão constitucional do tribunal inferior; se o faz, de duas uma: ou usurpa a competência do STF, se interposto paralelamente o extraordinário ou, caso contrário, ressuscita matéria preclusa.

(...)” (AI 145.589-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ de 24.06.1994)

No mesmo sentido, entre outros: AI 364.277–AgR (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 28.06.2002); AI 436.046–AgR (rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 01.04.2005); AI 618.700 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26.02.2007); AI 472.822 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 08.03.2010).

Quanto à alegação de violação ao art. 5º, II e LV, a fundamentação do recurso extraordinário impede a exata compreensão da controvérsia, impondo-se a aplicação da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.794 (365)ORIGEM : AC - 10024062198502001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : PATRÍCIA MACIEL DE SOUZAADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Contribuição previdenciária dos servidores públicos sobre gratificação natalina – 13º salário, acréscimo de 1/3 sobre a remuneração de férias, pagamento de horas extraordinárias e os adicionais de caráter permanente. Caráter solidário do regime previdenciário dos servidores públicos – art. 40 da Constituição. Necessidade de contraprestações específicas ou proporcionais em favor do contribuinte – arts. 150, IV, e 195, § 5°, da Constituição) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.068-RG, de minha relatoria).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.729 (366)ORIGEM : AC - 5347495500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉAGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE NOVAURBE S/A COMÉRCIO E

CONSTRUÇÃOADV.(A/S) : JUVENAL CAMPOS DE AZEVEDO CANTO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal de Justiça estadual cuja ementa possui o seguinte teor:

“EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade – IPTU – Exercício de 1990 – Município de Santo André – Sentença – Alegada sua nulidade – Inocorrência, pois foram observados os requisitos do art. 458, CPC, e art. 93, IX, CF – Prescrição a que se refere o art. 174 do CTN – Ocorrência, pois entre a constituição do crédito tributário e o comparecimento do síndico aos autos, fluiu prazo superior a 5 anos – Sentença mantida – APELO DA MUNICIPALIDADE NÃO PROVIDO.” (fls. 140)

Alega-se violação do disposto nos arts. 5º, LV, e 93, IX, da Constituição federal.

O recurso não merece seguimento.Inicialmente, verifico que inexiste a alegada ofensa aos arts. 5°, LV, e

93, IX, da Constituição, pois o Tribunal a quo inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte.

Ademais, concluir diversamente do acórdão recorrido demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, o que é vedado no âmbito de cognição do recurso extraordinário (Súmulas 279 e 636/STF).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.849 (367)ORIGEM : AC - 200700123498 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : LEILA DA SILVA LEOPOLDINOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto contra acórdão cuja intimação da parte se deu em 22.11.2007.

Consigno inicialmente que se trata de apelo extraordinário interposto

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 58

de acórdão cuja publicação se verificou em data posterior a 03.05.2007, portanto, quando já exigível a demonstração formal da existência de repercussão geral da questão constitucional invocada na peça recursal (cf. AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence).

Observo que o recurso extraordinário está fundamentado em suposta afronta a normas da Constituição federal, afirmando-se, em preliminar, que “(...) a questão é de grande relevância do ponto de vista jurídico e econômico, tendo em vista o efeito multiplicador que o v. acórdão recorrido terá sobre as inúmeras causas de idêntico teor em trâmite perante o Egrégio Tribunal ‘a quo’ (fls. 66).

É patente, pois, que a parte não desenvolveu argumentação suficiente acerca das circunstâncias que poderiam configurar a relevância — do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico — das questões constitucionais aventadas na petição de recurso extraordinário. Há, portanto, deficiência formal que o inviabiliza.

Nesse sentido: AI 709.995, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 24.06.2008).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.971 (368)ORIGEM : AC - 10000001444272000 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COLETIVOS CRISTO REI LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LONGUINHO DE FREITAS BUENO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EMPRESA GONTIJO DE TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : JOSÉ WALTER DE QUEIROZ MACHADO E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - DER/MGADV.(A/S) : MARIA CÂNDIDA DA CRUZ GOMES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia do inteiro teor de um dos acórdãos dos embargos de declaração – parte integrante do acórdão recorrido -, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.011 (369)ORIGEM : PROC - 563 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A - BANESPAADV.(A/S) : ELIETE BRAMBILA MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ LUIZ RAULINO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO TADEU RUBINI

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva de que o apelo extremo incide nos óbices das Súmulas 279 e 454 do STF. Disso decorre que a parte agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.623 (370)ORIGEM : PROC - 3492007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MÁRIO SÉRGIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ADOLPHO ENGRACIA BARTSCHADV.(A/S) : RENATO DANIEL FERREIRA DE SOUZA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal nos julgamentos do AI 722.834-RG (Direito constitucional. Princípios do direito adquirido e ato jurídico perfeito. Poupança. Expurgos inflacionários. Planos econômicos: Bresser e Verão) e do RE 591.797–RG (Direito constitucional. Princípios do direito adquirido e ato jurídico perfeito. Poupança. Expurgos inflacionários. Plano econômico Collor I. Valores não bloqueados), ambos da relatoria do min. Dias Toffoli.

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de abril de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 713.751 (371)ORIGEM : MS - 200400467768 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : AGENOR RODRIGUES DE REZENDE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WILTON RODRIGUES DE CERQUEIRA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 606.358-RG/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da possibilidade, ou não, da inclusão das vantagens pessoais no teto remuneratório do servidor público, tendo presente a norma inscrita no art. 37, XI, da Constituição Federal, na redação dada pela EC nº 41/2003.

Sendo assim, e pelas razões expostas, afasto o sobrestamento desta causa, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, e, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Leinº11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.988 (372)ORIGEM : AC - 200600164420 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 59

AGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : BENEDICTO CELSO BENÍCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

Reautue-se como recurso extraordinário, renovando-se a distribuição.Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.830 (373)ORIGEM : AI - 5226534000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : MARIA ELISA BARBOSA PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MASSANOBU WATANABE E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cuja ementa tem o seguinte teor:

“Agravo interno – decisão que não conheceu do agravo de instrumento – ausência de peças obrigatórias – Inconformismo – Descabimento – recurso interno que só se justifica na hipótese de ser negado seguimento ao recurso – Regra do artigo 557, § 1º do CPC – Preceito restritivo que não comporta aplicação extensiva – Recurso não provido.” (Fls. 86)

Alega a parte agravante violação do artigo 5º, LV, da Constituição federal.

O Supremo Tribunal Federal tem entendimento pacífico no sentido de que questões relativas à admissibilidade recursal constituem matéria infraconstitucional, de competência exclusiva do Tribunal a quo. Assim, qualquer alegação de ofensa ao texto constitucional se daria de forma indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.328 (374)ORIGEM : AC - 10024061970570001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : MARIA LÚCIA TEIXEIRAADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Contribuição previdenciária dos servidores públicos sobre gratificação natalina – 13º salário, acréscimo de 1/3 sobre a remuneração de férias, pagamento de horas extraordinárias e os adicionais de caráter permanente. Caráter solidário do regime previdenciário dos servidores públicos – art. 40 da Constituição. Necessidade de contraprestações específicas ou proporcionais em favor do contribuinte – arts. 150, IV, e 195, § 5°, da Constituição) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.068-RG, de minha relatoria).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.879 (375)ORIGEM : AC - 5189745400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HENRIQUE DE OLIVEIRA JÚNIORADV.(A/S) : NEIDE CARICCHIOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CAMPINAS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual após a EC 41/2003) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 606.358-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.429 (376)ORIGEM : AC - 6104985200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HORÁCIO ROBET DE SOUZA FIGUEIREDOADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DESPESA DE

PESSOAL DO ESTADO - DDPE

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA -

INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou provimento a

pedido formulado em apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 129):

MANDADO DE SEGURANÇA - Ilegitimidade da conduta administrativa não evidenciada na espécie - Contribuição previdenciária sobre proventos que passou a ser possível com o advento da EC n° 41/03, haja vista os termos do seu art. 4° que expressamente autoriza essa cobrança - LCE n° 954/03 que foi editada em consonância com o regramento constitucional aludido, sendo perfeitamente exigível a contribuição dos servidores inativos, dos pensionistas e daqueles que recebem do Estado a complementação de aposentadoria e pensão - Lei n° 4.819/58 que teve como intuito manter a equivalência de direitos entre os servidores da Administração Direta e Indireta, de modo que a não incidência da contribuição previdenciária apenas para os benefícios pagos a estes representaria flagrante violação ao princípio isonômico que se pretendeu resguardar - Apelo não provido

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

à decisão atacada, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 23 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.572 (377)ORIGEM : AC - 10024045329158001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 60

AGDO.(A/S) : MARIA LINA BORGES MARQUESADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO

DECISÃOPENSÃO - LIMITE - ARTIGO 40, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.1. A matéria de fundo constante do recurso extraordinário está

pacificada no âmbito desta Corte (Mandados de Injunção nos 211, 263, 257 e 274), restando decidido que o § 7º do artigo 40 da Constituição Federal assegura a pensão em valor correspondente à totalidade do que percebido pelo servidor falecido, quer a título de vencimentos, quer de proventos.

O texto constitucional mostra-se, até mesmo, redundante, no que revela que a pensão deve corresponder “à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido ...”. Por isso mesmo, descabe cogitar da exclusão desta ou daquela parcela, pouco importando quer a roupagem que possua, quer a destinação que lhe é própria. O que cumpre indagar é se o servidor falecido a recebia. Mostrando-se afirmativa a resposta, não há como excluí-la dos cálculos da pensão, a menos que se coloque em plano secundário a norma de regência:

O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no parágrafo anterior (§ 5º do artigo 40 da Constituição Federal na redação primitiva).

A referência ao preceito do parágrafo anterior não implica o esvaziamento do direito. Ao contrário, revela que este pode vir a ser acrescido mediante a extensão de benefício outorgado, após o falecimento e, portanto, a aquisição do direito à pensão, ao servidor. O objetivo da norma é único, ou seja, evitar dupla perda, a sentimental e a financeira, pelo dependente, cujo sustento decorria do que percebido pelo servidor.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.652 (378)ORIGEM : AC - 351081001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JOSELI MARIA ARAÚJOADV.(A/S) : LEONTAMAR VALVERDE PEREIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão com a seguinte ementa:

“APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR. CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE ENFERMEIRA. PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA PROVA DE EXAMES MÉDICOS COMPLEMENTARES. ALEGAÇÃO DE INOBSERVÂNCIA DO LAPSO TEMPORAL MÍNIMO DE QUINZE DIAS ENTRE A PUBLICAÇÃO DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO E A REALIZAÇÃO DO EXAME. IRRELEVÂNCIA. INAPLICABILIDADE DO ART. 15 DO DECRETO N. 2.508/2004. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

A apelante não tomou conhecimento do edital de convocação para prova de exames médicos complementares, por sua negligência em não acompanhar a publicação do Diário Oficial.

O fato de haver decorrido prazo inferior a 15 (quinze) dias entre a realização da prova de exame médico complementar e o edital de convocação, não resultou em qualquer prejuízo, bem como não viola a regra constante do art. 15, do Decerto n. 2.508/2004, pois referido prazo deve ser contado a partir do edital que regulamente o concurso, no caso, o Edital nº 03/2004, não se sujeitando a tal prazo os demais editais referentes ao concurso.”

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 37, I e II, e 93, IX da Constituição Federal.

O recorrente sustenta que o não acolhimento dos pareceres ministeriais pelo acórdão recorrido deveria se dar de forma motivada. Diz, ainda, que o acórdão impugnado aplicou equivocadamente o art. 15 do Decreto Estadual n. 2.598/04 (fls. 309-321)

O Ministério Público do Estado do Paraná manifestou-se às fls. 338-341, alegando, em síntese, que:

“(...) o v. acórdão originário, após examinar as provas produzidas, confirmou a denegação da segurança. Assim, o reexame da questão levar, obrigatoriamente, ao ingresso no terreno fático-probatório, o que é obstaculizado pela Súmula 279, desse Supremo Tribunal Federal.

De outra banda, registramos que a controvérsia foi dirimida com base no art. 15, do Decreto Estadual n. 2.508/04, circunstância essa que inviabiliza o conhecimento do presente recuso por envolver o exame de lei local, a teor do contido na Súmula 280, dessa Suprema Corte.”

Decido.

Não assiste razão ao agravante.O acórdão recorrido delimita bem a questão posta em discussão: “A

hipótese dos autos trata de suposta ilegalidade na exclusão da apelante de concurso público, em fase de avaliação médica, pelo fato de não ter sido obedecido o prazo de 15 dias, previsto no artigo 15 do Decreto Estadual n. 2.508/04, entre a data do edital de convocação e da realização do exame.” (fl. 275)

Registre-se que a decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário com fulcro na Súmula 280 do STF.

No presente caso, para se entender de forma diversa do assentado pelo acórdão recorrido, imprescindível o reexame de lei local (Decreto Estadual n. 2.508/04), situação inviável em sede de recurso extraordinário, conforme previsto na Súmula 280 do STF.

Nesse sentido, encontra-se a jurisprudência dominante desta Corte: AI-AgR 767.533, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 12.3.10; AI 724.896, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 6.3.09; RE-AgR 519.913, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJe 27.6.08; RE-ED 307.302, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 22.11.02; RE 393.679, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 25.10.05.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.585 (379)ORIGEM : PROC - 20087000108489 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ULISSES SOARES DE MELLOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : PRISCILLA SILVEIRA DOS SANTOS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitira recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) no qual se alega ofensa aos artigos 5º, XXXII, XXXV, XXXVI, LIV, LV E 170, V, da Constituição federal.

O acórdão recorrido manteve sentença que, em impugnação à execução, reduzira o valor resultante da multa coercitiva e convertera obrigação de fazer em perdas e danos.

Verifico, preliminarmente, que não foram prequestionadas as supostas ofensas às garantias da defesa do consumidor e da intangibilidade da coisa julgada. Incide, no ponto, o óbice da Súmula 282 desta Corte

Ademais, afasto a alegação de afronta às mencionadas garantias constitucionais, tal como veiculada no apelo extraordinário. É que a discussão acerca da razoabilidade da multa decorrente de inadimplemento de obrigação de fazer situa-se no âmbito da legislação infraconstitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Ademais, observo que a análise das suposta ofensas à Constituição demandaria avaliação do contexto fático-probatório que orientou a decisão impugnada, circunstância que inviabiliza o processamento do recurso ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.938 (380)ORIGEM : AC - 60012587 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPO MAIORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO

MAIORAGDO.(A/S) : MARIA ROSA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ RIBAMAR COELHO FILHO

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 61

AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.490 (381)ORIGEM : AC - 10024062266416001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : LEVINDA ROMUALDO LACERDAADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Contribuição previdenciária dos servidores públicos sobre gratificação natalina – 13º salário, acréscimo de 1/3 sobre a remuneração de férias, pagamento de horas extraordinárias e os adicionais de caráter permanente. Caráter solidário do regime previdenciário dos servidores públicos – art. 40 da Constituição. Necessidade de contraprestações específicas ou proporcionais em favor do contribuinte – arts. 150, IV, e 195, § 5°, da Constituição) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.068-RG, de minha relatoria).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.521 (382)ORIGEM : ERR - 91671200390004004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDAÇÃO BRTPREVADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MAGDA DOS SANTOSADV.(A/S) : ANDRÉ BONOAGDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : ANDREIA SIMÕES LEMOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG, rel. min. Ellen Gracie, DJe de 02.10.2009).

Do exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.131 (383)ORIGEM : AC - 5102275800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SUPERMERCADO TERRA NOVA LTDAADV.(A/S) : ANDRÉA DA SILVA CORRÊAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – AUTOS VERSANDO A

MATÉRIA – BAIXA À ORIGEM.1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 582.461/SP, concluiu pela

repercussão geral do tema relativo à inclusão do valor do ICMS em sua própria base de cálculo, ao emprego da taxa SELIC para fim tributários e à avaliação da natureza confiscatória de multa moratória.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão de origem ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil.

3. Publiquem.Brasília, 23 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.730 (384)ORIGEM : AMS - 199961120010388 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESCOTECO S/C LTDAADV.(A/S) : REGINA NASCIMENTO DE MENEZES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 1.643/DF, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA (RTJ 184/481-482), fixou orientação sobre a controvérsia ora em análise, proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS PROFISSÕES LIBERAIS. PERTINÊNCIA TEMÁTICA. LEGITIMIDADE ATIVA. PESSOAS JURÍDICAS IMPEDIDAS DE OPTAR PELO REGIME. CONSTITUCIONALIDADE.

.....................................................3. Por disposição constitucional (CF, artigo 179), as microempresas e

as empresas de pequeno porte devem ser beneficiadas, nos termos da lei, pela ‘simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas’ (CF, artigo 179).

4. Não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando do regime do SIMPLES aquelas cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.”Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem

sendo observado em sucessivas decisões proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal, a propósito de questão assemelhada à que ora se examina nesta sede recursal (AI 520.195/RS, Rel. Min. CARLOS BRITTO – RE 279.002/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – RE 286.218/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - RE 288.064/RS, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.).

O exame da presente causa evidencia que o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.584 (385)ORIGEM : AI - 200800180113 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MAURÍCIO PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : KATARINI OLIVEIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SEMENTES SELECTA LTDAADV.(A/S) : CRISTINA VIANA DE SIQUEIRA MELAZZO E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça dedo Estado de Goiás, cuja ementa é do seguinte teor:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 62

AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE SOJA. CONVERSÃO EM AGRAVO RETIDO. IMPOSSIBILDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. PREFACIAL AFASTADA. CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DO FORO. VALIDADE. SÚMULA 335 DO STF. ART. 111 DO CPC. INAPLICABILIDADE DO CDC.

I – Da decisão que rejeita exceção de incompetência referente aos autos da ação originária (execução), não comporta agravo retido, mas na forma de agravo de instrumento, face suas peculiaridades.

II – A decisão que demonstra as razões de convencimento do magistrado, inclusive reportando a dispositivo processual, não carece de fundamentação.

III – A jurisprudência da Superior Corte de Justiça vem pontificando, reiteradamente, de que a cláusula de eleição de foro é válida e obriga as partes (art. 111 do CPC), ainda que firmada em contrato de adesão. Inteligência da Súmula 335 do STF.

IV – A relativização da referida cláusula de eleição do foro somente ocorre quando se verificar a existência de evidente abuso de uma das partes ou significativo prejuízo para a defesa, criando obstáculo ou dificuldade de acesso ao Poder Judiciário, situação não delineada nos autos, mormente porque ambas as comarcas (Goiatuba e Pontalina) são próximas, distando apenas 30 Km. Não vislumbrado prejuízo à parte aderente, válida a cláusula eletiva de foro oriunda do contrato.

V – Somente é aplicável o Código de Defesa do Consumidor quanto a parte for o destinatário final do produto, ex vi do art. 2º da Lei nº 8.078/90, o que não é o caso dos autos.

AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO.” (Fls. 120-121)A parte agravante alega que o acórdão recorrido violou o art. 93, IX,

da Constituição, ao decidir pela inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor sem apreciar o art. 100, IV, b e c do Código de Processo Civil.

O tribunal a quo, apreciando legislações infraconstitucionais e as provas dos autos, decidiu que o ora agravante não se enquadra na qualidade de consumidor. Inexiste, portanto, a alegada afronta ao art. 93, IX, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, enfrentando as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte agravante.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.632 (386)ORIGEM : AC - 70010945129 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ETAISI DE FATIMA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ROBERTA PAPPEN DA SILVAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão que não concedeu os reajustes previstos na Lei estadual 10.395/1995 aos servidores públicos.

Em consulta à internet, verifico que a decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário já transitou em julgado (06.11.2008). Por essa razão, julgo prejudicado este recurso, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.864 (387)ORIGEM : AC - 70023198997 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE

RODAGEM - DAERPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ESPINOLA E LOPES TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : RENATO LUIS STUEPP CAVALCANTIINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que concluiu que o Estado não possuía competência para regulamentar fretamento para turismo.

Alega-se violação dos arts. 22, XI, e 25, § 1º, da Constituição federal.É o relatório. Decido.

A questão idêntica foi apreciada pelo Pleno (RE 201.865, rel. min. Carlos Velloso, RTJ 193/1078):

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ESTADO-MEMBRO: PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA. ÔNIBUS: FRETAMENTO PARA FINS TURÍSTICOS: DECRETO ESTADUAL REGULAMENTADOR. Decreto 29.912, de 1989, do Estado de São Paulo.

I. - Fretamento de ônibus para o transporte com finalidade turística, ou para o atendimento do turismo no Estado. Transporte ocasional de turistas, que reclama regramento por parte do Estado-membro, com base no seu poder de polícia administrativa, com vistas à proteção dos turistas e do próprio turismo. CF, art. 25, § 1º. Inocorrência de ofensa à competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte (CF, art. 22, XI).

II. - RE conhecido e não provido.A decisão recorrida divergiu desse entendimento.Do exposto e com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de

Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido código, dele conhecer e dar-lhe provimento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.527 (388)ORIGEM : AC - 199903990061716 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIMED DE CATANDUVA - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : LEONARDO FRANCO DE LIMA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

DESPACHO: Junte o signatário da petição de fls. 483 procuração com poderes especiais para renunciar ao direito da agravante. Prazo: dez dias.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.646 (389)ORIGEM : MS - 20070010215 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : CAROLINE RETTO FROTAAGDO.(A/S) : WALDIZA MARTINS VIANAADV.(A/S) : TALES DE SOUZA REZENDEINTDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual após a EC 41/2003) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 606.358-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.891 (390)ORIGEM : AC - 200730025796 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 63

AGTE.(S) : MARCOS ANDRADE MACHADOADV.(A/S) : PEDRO BENTES PINHEIRO NETOAGDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ

DESPACHO: Nos termos da decisão proferida nos autos do processo nº 320.353 (rel. min. Ellen Gracie) por ocasião da Sétima Sessão Administrativa desta Corte, realizada em 25.11.2004, quando foram aprovadas alterações na sistemática de distribuição dos agravos de instrumento encaminhados ao Tribunal, remeto os presentes autos à Secretaria Judiciária, para que lá permaneçam até decisão final do Superior Tribunal de Justiça no recurso especial.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.339 (391)ORIGEM : MS - 20080056812 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : AIRTON BASÍLIO DE SOUZAADV.(A/S) : FRANCISCO MARCOS DE ARAÚJO

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute o direito de servidores

públicos estaduais do Poder Judiciário à percepção da Gratificação Especial de Técnico de Nível Superior — GTNS, instituída pela Lei 6.371/1993, do Estado do Rio Grande do Norte.

Pois bem, o Supremo Tribunal Federal assentou que, em casos tais, não há questão constitucional a ser examinada e, em conseqüência, deu pela ausência do requisito da repercussão geral (AI 746.996, sob a relatoria do ministro Dias Toffoli).

Ante o exposto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.386 (392)ORIGEM : AC - 33052007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA CIVIL

DO ESTADO DO MARANHÃO - ADEPOL/MAADV.(A/S) : WALTER CASTRO SILVA FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que indica violação dos arts. 2º, 5º, II, 37, caput, X e XIV, e 132, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 244):

“APELAÇÃO CÍVEL. DIFERENÇA REMUNERATÓRIA. URV. ACORDO EXTRAJUDICIAL.

Tendo as partes, de comum acordo, fixado o percentual devido a título de diferença remuneratório decorrente da conversão de cruzeiro real em URV, nada resta a ser feito senão homologar, no particular, a transação e extinguir o feito com julgamento do mérito (art. 269, III, CPC).”

Sustenta-se no recurso extraordinário que o acordo homologado pelo Tribunal a quo padece de vício vez que não foi autorizado pelo Chefe do Poder Executivo estadual. Alega-se também que é indevida a concessão do reajuste de 11,98% aos servidores públicos que integrem os quadros do Legislativo, Judiciário e Ministério Público.

É o relatório. Decido.Ao alegar que o acórdão recorrido ofende os preceitos dos arts. 2º,

5º, II, 37, X e XIV, e 132, versa questões constitucionais não ventiladas na decisão recorrida e que não foram objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Afasto a alegação de afronta ao art. 37, caput,, tal como veiculada no recurso extraordinário. É que a discussão acerca da exigência de autorização do chefe do Poder Executivo situa-se no âmbito da legislação local, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Incide, portanto, na Súmula 280 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.681 (393)ORIGEM : RESP - 819117 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TRANSNORTE TRANSPORTE E TURISMO NORTE DE

MINAS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE TADEU GOFFI FLAQUER SCARTEZZINI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : EMPRESA GONTIJO DE TRANSPORTES LTDA.ADV.(A/S) : ANTÔNIO WENCESLAU FILHOINTDO.(A/S) : PLUMA CONFORTO E TURISMO S/AADV.(A/S) : SUNAMITA LINDSAY COELHOINTDO.(A/S) : BEL TOUR - TURISMO E TRANSPORTES LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WAGNER DE SOUZA SOARES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : COMPANHIA SÃO GERALDO DE VIAÇÃOADV.(A/S) : PAULO SOARES CAVALCANTI DA SILVA E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 598.365-RG, rel. min. Ayres Britto, não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo (Processual civil. Pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de cortes diversas. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral em questão constitucional).

Do exposto, nos termos dos arts. 543-A, caput, e § 5º; 557, caput, do Código de Processo Civil e do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.952 (394)ORIGEM : AC - 200651010197254 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : CLÁUDIO IAMADA MANTOVANIADV.(A/S) : JOSE MANUEL DUARTE CORREIAAGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES -

ANATELADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão com a seguinte ementa:

“ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO DE QUESTÃO. APRECIAÇÃO PELO JUDICIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. CRITÉRIO DE FORMULAÇÃO, CORREÇÃO E ATRIBUIÇÃO DE PONTOS. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA BANCA EXAMINADORA.

1- Trata-se de ação proposta objetivando a anulação da questão 1 do caderno “Q” do concurso para provimento do cargo de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações – Área 2, regulado pelo Edital nº 1/2006 – ANATEL, com conseqüente prosseguimento no certame.

2- Conforme jurisprudência pacificada nos Tribunais Superiores, os critérios adotados para correção das provas escapam à competência do Poder Judiciário, pois, não se tratando de exame de legalidade, não lhe cabe avaliar o conteúdo das questões formuladas em face da interpretação dos temas que integram o programa do concurso e aferir, a seu critério, a sua compatibilidade, anulando as formulações que não lhe parecerem corretas. Precedentes deste colendo Tribunal: AC nº 2004.51.01.022158-2, Oitava Turma Especializada, Relator Des. Fed. POUL ERIK DYRLUND, DJ 27/09/2007 PÁGINA: 219.

3- Em recente julgamento, a Quinta Turma do colendo Superior Tribunal de Justiça negou, à unanimidade, Recurso Especial interposto, por impossibilidade de o Poder Judiciário interferir na análise de questões de concurso público. Entendeu a Relatora do processo, Ministra LAURITA VAZ, ser “defeso manifestar-se sobre critérios de formulação, correção e atribuição de pontos, inerentes à atividade da Administração, de competência exclusiva da Banca Examinadora”. (Resp 2005/0132140-1, julgado em 26.06.2007)

4- No entanto, quanto aos honorários de sucumbência, razão assiste ao Apelante.

5- Considerando que o pedido que informa a presente demanda é muito comum no âmbito da Justiça Federal, encontrando-se em curso várias ações com o mesmo objeto, dou parcial provimento ao recurso para minorar os honorários advocatícios, fixando-o no montante de R$ 750,00 (setecentos e cinqüenta reais), a serem atualizados, quando do efetivo pagamento, pelos índices da Tabela de Precatórios da Justiça Federal.

6- Dado parcial provimento à apelação. ” (fl. 108)Segundo orientação sumulada do STF, não cabe recurso

extraordinário para simples reexame de prova (Súmula 279).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 64

Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é diferente da valoração das provas. Enquanto a primeira prática é vedada em sede de recurso extraordinário, a segunda, a valoração, há de ser aceita.

Na espécie, o acórdão recorrido decidiu que “(...) Em consonância com a jurisprudência pacificada nos Tribunais Superiores os critérios adotados para correção das provas escapam à competência do Poder Judiciário, pois, não se tratando de exame de legalidade, não lhe cabe avaliar o conteúdo das questões formuladas em face da interpretação dos temas que integram o programa do concurso e aferir, a seu critério, a sua compatibilidade, anulando as formulações que não lhe parecem corretas”.

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: RE 165.460, Rel. Min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ de 19.9.1997; RE 102.542, Rel. Min. Djaci Falcão, Segunda Turma, DJ de 27.9.1985; RE-AgR 560.551, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 1.8.2009; e AI-AgR 621.313, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 20.2.2009.

Incide, portanto, a Súmula 279/STF.Assim, nego provimento ao agravo (arts. 21, §1º, RISTF, e 557 do

CPC).Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.491 (395)ORIGEM : EDRR - 41496719989 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ITAIPU BINACIONALADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIELAGDO.(A/S) : JUVENIL LEANDRO DA SILVAADV.(A/S) : GERALDO JOSÉ WIETZIKOSKI

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que tem como violados os arts. 5º, caput, II e § 2º, 6º, caput, 22, 37, II e § 2º, 49, I, 59, VI, 61 e 84, VIII, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 219):

“QUITAÇÃO. VALIDADE. VERBAS E VALOR. SÚMULA Nº 330 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO.

A quitação de que trata a Súmula nº 330 desta Corte tem eficácia plena apenas quanto às parcelas – assim entendidas, verba e valor – discriminadas no termo rescisório, desde que não haja ressalva expressa e especificada no tocante ao quantum dado à parcela. Se o Regional enfrenta a matéria em sua generalidade, sem especificar quais verbas objeto da reclamação trabalhista estariam constando do recibo de quitação, somente é possível proceder ao exame do recurso de revista mediante a análise do conteúdo do termo de quitação, o que constitui procedimento contrário ao teor da Súmula nº 126 desta Corte.

Recurso de revista não conhecido.”Sustenta-se no recurso extraordinário que o Tribunal Superior do

Trabalho ofendeu diversos princípios constitucionais, na medida em que deixou de aplicar o Protocolo sobre Relações de Trabalho e Previdência Social Brasil-Paraguai (Decretos 74.431/1974 e 75.242/1975), dando preferência a legislação brasileira.

É o relatório. Decido.A jurisprudência desta Corte pacificou o entendimento de que a

controvérsia em torno da aferição dos pressupostos de admissibilidade do recurso de revista, quando apoiados em súmulas do Tribunal Superior do Trabalho, restringe-se ao âmbito processual, de caráter eminentemente infraconstitucional, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 478.014, rel. min. Celso de Mello; AI 266.463, rel. min. Maurício Corrêa; AI 249.675, rel. min. Sepúlveda Pertence).

Ademais, conforme reiteradamente decidido por esta Corte, as questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário demandam o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de violação indireta ou reflexa da Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Nesse sentido, os seguintes precedentes: AI 430.945-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 19.09.2003), AI 427.167-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 13.06.2003) e AI 371.682-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 18.10.2002).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.988 (396)ORIGEM : PROC - 3374 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTO DE OLIVEIRA ZERBINI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : IZAÍAS LALIERADV.(A/S) : ANTONIO PAULO BACAN E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Direito constitucional. Princípios do direito adquirido e ato jurídico perfeito. Poupança. Expurgos inflacionários. Planos econômicos: Bresser e Verão) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (AI 722.834-RG, rel. min. Dias Toffoli, DJe de 30.04.2010).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.360 (397)ORIGEM : AC - 200800155276 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : JOÃO THOMAZ P GONDIM E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO MONTEIRO PEDROAGDO.(A/S) : DOLAR SAMPAIOADV.(A/S) : MONIQUE CRISTINE VIEIRA DE SOUZA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Direito constitucional. Princípios do direito adquirido e ato jurídico perfeito. Poupança. Expurgos inflacionários. Plano econômico Collor I. Valores não bloqueados) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 591.797-RG, rel. min. Dias Toffoli, DJe de 30.04.2010).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.521 (398)ORIGEM : PROC - 59107 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : MARIA HELENA DE CARVALHO ROSADV.(A/S) : JORGE DONIZETI SANCHEZAGDO.(A/S) : LÚCIA HELENA GUIDONIADV.(A/S) : VITOR BONINI TONIELLO

DECISÃO: Diante do regular atendimento dos pressupostos de admissibilidade do presente agravo, dou-lhe provimento e, de imediato, converto-o em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°), uma vez que existem, nos autos, todos os subsídios necessários ao perfeito exame da controvérsia.

Ademais, determino a conversão destes autos em forma de processo eletrônico, nos termos do art. 29, §1º, da Resolução 427, de 20 de abril de 2010.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 65

Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.008 (399)ORIGEM : AC - 200633020003662 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MARINALDO ALVES DE SOUZA MARTINSADV.(A/S) : FLAVIUS AUGUSTUS FLORENCIO MACEDO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal em que se pretende o pagamento das diferenças relativas à “indenização de campo”, de que trata o art. 16 da Lei 8.216/1991, devidamente corrigidas nos mesmos percentuais e datas de aumentos das diárias, de acordo com a Lei 8.270/1991.

O recurso extraordinário veicula afronta aos arts. 37, caput, X e XIII; 61, § 1º, II, a, e 169, § 1º, I, da Constituição federal. Sustenta a impossibilidade do reajuste da “indenização de campo”, entendendo que ao Judiciário não é dado aumentar vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento da isonomia. Salienta, ainda, que a majoração da remuneração dos servidores públicos depende de lei de iniciativa exclusiva do Presidente da República, bem como de prévia dotação orçamentária.

O v. acórdão recorrido, ao entender que o reajuste da indenização de campo é um ato vinculado, e que por isso, reajustadas as diárias, há que se proceder ao reajuste da indenização de campo, conforme preceitua o art. 16 da Lei 8.216/1991 e o art. 15 da Lei 8.270/1991, decidiu a questão com base em preceito infraconstitucional, o que dá margem ao não cabimento do recurso extraordinário, de modo que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional.

Nesse sentido: AI 740.743 (rel. min. Carlos Britto, DJe de 25.02.2009), AI 732.593 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 11.12.2008), AI 710.334 (rel. min. Menezes Direito, DJ de 05.09.2008), AI 726.244 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 25.09.2008), AI 694.897 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 14.02.2008), AI 654.483 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 28.05.2007), RE 554.932 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 10.03.2008), AI 670.433 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 07.04.2008).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.723 (400)ORIGEM : AI - 200700212284 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : ISSAC MOTEL ZVEITER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO RIBEIRO SILVAADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS LOPES DE OLIVEIRA

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, a agravante não impugnou a assertiva de que a ofensa à Constituição, caso existente, demandaria exame de matéria infraconstitucional, configurando-se, quando muito, violação reflexa ou indireta da Carta Magna. Disso decorre que a agravante não logrou desincumbir-se do

ônus que lhe cabia.Ademais, os fundamentos trazidos à colação pelo recurso

extraordinário não são suficientes para desconstituir a decisão recorrida, o que impede o conhecimento do Recurso Extraordinário por esta Corte, nos termos da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.029 (401)ORIGEM : AC - 20030110185858 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTRELINHA LTDAADV.(A/S) : ELVIS DEL BARCO CAMARGOAGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema — compensação de débito tributário com precatório adquirido por terceiro, nos termos do art. 78, § 2º, do ADCT.— em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 566.349, rel. min. Cármen Lúcia).

Do exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.284 (402)ORIGEM : PROC - 274608 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JOÃO WALTER ARREBOLAAGTE.(S) : JOSIAS ARREBOLAADV.(A/S) : JOÃO WALTER ARREBOLA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO S/A -

BANESTESADV.(A/S) : FRANCISCO DOMINGOS VIEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia da certidão de publicação do acórdão nos embargos de declaração, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 639/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.809 (403)ORIGEM : RXOF - 15200600013000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : RÔMULO ARAÚJO CARVALHOADV.(A/S) : YANKO CYRILLO FILHO

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) no qual servidor público federal pleiteia a vinculação dos vencimentos aos vencimentos dos cargos em comissão por ele outrora ocupados.

Esta Corte firmou entendimento que pode o legislador desatrelar o valor da gratificação incorporada do valor referente ao respectivo cargo em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 66

comissão. Nesse sentido, os precedentes do AI 446.717, (rel. min. Nelson Jobim, DJ 04.08.2003), RE 324.344 (rel. min. Néri da Silveira, DJ 23.04.2002), RE 235.299-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ 02.05.2003) e do RE 310.001-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ 22.11.2002).

Menciono, ainda:“(...) Esta Corte, no julgamento do RE 233958, Rel. Min. Sepúlveda

Pertence, D.J. 17.09.99, assentou o entendimento expresso na seguinte ementa: ’Servidor público estadual: ‘estabilidade financeira’: é legítimo que por lei superveniente, sem ofensa a direito adquirido, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo’. (...) O Supremo Tribunal Federal tem afirmado que a constitucionalidade das leis instituidoras da estabilidade financeira ‘não ilide a plausibilidade do entendimento de ser legítimo que, mediante lei, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo’ (...)” (RE 285.494, rel. min. Néri da Silveira, DJ 22.06.2001).

E também, o RE 563.965, rel. min. Carmem Lúcia, que teve repercussão geral reconhecida e cujo mérito já foi apreciado pelo Plenário tendo o acórdão transitado em julgado em 12.08.2009.

Do exposto, e com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma legal, dar-lhe provimento.

Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.837 (404)ORIGEM : MS - 20070004841 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS RIBEIROAGDO.(A/S) : EDIMAR RUFINO DE ALBUQUERQUEADV.(A/S) : MARTHA M. GONZALEZ E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) em face de acórdão, proferido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, que, nos autos de mandado de segurança impetrado por servidor público estadual, lhe garantiu a vinculação dos proventos aos vencimentos dos cargos em comissão por ele outrora ocupados.

Em casos análogos ao presente esta Corte firmou o entendimento de que não há direito adquirido à preservação do regime que vincula o valor do adicional de estabilidade financeira ao respectivo cargo em comissão. Nesse sentido, os precedentes do AI 446.717, (rel. min. Nelson Jobim, DJ 04.08.2003), RE 324.344 (rel. min. Néri da Silveira, DJ 23.04.2002), RE 235.299-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ 02.05.2003) e do RE 310.001-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ 22.11.2002).

Menciono, ainda:“(...) Esta Corte, no julgamento do RE 233958, Rel. Min. Sepúlveda

Pertence, D.J. 17.09.99, assentou o entendimento expresso na seguinte ementa: ’Servidor público estadual: ‘estabilidade financeira’: é legítimo que por lei superveniente, sem ofensa a direito adquirido, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo’. (...) O Supremo Tribunal Federal tem afirmado que a constitucionalidade das leis instituidoras da estabilidade financeira ‘não ilide a plausibilidade do entendimento de ser legítimo que, mediante lei, o cálculo da vantagem seja desvinculado, para o futuro, dos vencimentos do cargo em comissão outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo’ (...)” (RE 285.494, rel. min. Néri da Silveira, DJ 22.06.2001).

E também, o RE 563.965, rel. min. Carmem Lúcia, que teve repercussão geral reconhecida e cujo mérito já foi apreciado pelo Plenário tendo o acórdão transitado em julgado em 12.08.2009.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, e com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de

Processo Civil, dou provimento ao agravo e o converto em recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma legal, dar-lhe provimento. Custas ex lege.

Publique-se. Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.484 (405)ORIGEM : AC - 10687070537927001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SANDRA MARIA SANTOS RIBEIROADV.(A/S) : ROGÉRIO FERREIRA NOGUEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 603.448-RG (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 16.04.2010), não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo em acórdão assim ementado:

“COBRANÇA CONTRA O ESTADO. DEFINIÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. DÉBITOS DA EXTINTA CAIXA ECONÔMICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS – MINASCAIXA. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Do exposto, nos termos dos arts. 543-A, caput, e § 5º; 557, caput, do Código de Processo Civil e do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.540 (406)ORIGEM : AI - 200600204336 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : RAUL EUGENIO SCHEIDEMANTELADV.(A/S) : MARIA THEREZA VIEIRA DE SIQUEIRA

DECISÃOIMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO -

PROGRESSIVIDADE - ARTIGOS 145, § 1º, 150, INCISO IV, 156, § 1º, E 182, § 2º E § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - TAXAS DE ILUMINAÇÃO E DE COLETA DE LIXO E LIMPEZA PÚBLICA – ALCANCE – ARTIGO 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - AGRAVO DESPROVIDO.

1. O recurso extraordinário foi interposto com alegado fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que implicou a anulação do lançamento do imposto predial e territorial urbano, na medida em que a instituição das alíquotas progressivas, na forma pretendida pelo Município, contraria as exigências constitucionais, isso considerado período anterior à Emenda Constitucional nº 29/2000. A Corte declarou também a inconstitucionalidade da cobrança das taxas de iluminação e de coleta de lixo e limpeza públicas, por não se constituírem em serviços públicos específicos e divisíveis.

2. A respeito do pedido de aplicação da teoria de limitação temporal dos efeitos, observem a ordem natural das coisas. Assentada a inconstitucionalidade de certa lei local, disciplinadora do Imposto Predial e Territorial Urbano, fica esta fulminada desde a própria entrada no cenário jurídico. Concluir que os efeitos da declaração de um fato anteriormente existente – o conflito da norma com a Constituição Federal – apenas surgem com a respectiva formalização implica o enriquecimento ilícito do Município, porquanto contará com receita ilegítima, em flagrante prejuízo ao contribuinte. Mais do que isso, haverá a potencialização do desequilíbrio no embate Estado (gênero)/cidadão. Daí a impossibilidade de se entender pelo desrespeito ao Diploma Maior no que a Corte de origem refutou o pleito do Município de fixação de termo inicial das conseqüências da inconstitucionalidade a partir da data em que proclamada.

No mais, registro ainda a ausência de debate e de decisão prévios sobre a alegada violação aos artigos 6º e 30, incisos III, V e VI, da Carta Maior. Incidem, na espécie, os Verbetes nº 282 e 356 da Súmula desta Corte.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.787 (407)ORIGEM : PROC - 200785005031629 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SERGIPE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 67: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 67

RELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOSÉ LUIZ DOS SANTOSADV.(A/S) : MARCEL COSTA FORTES E OUTRO(A/S)

1.Referente à Petição STF 41.619/2010 (fl. 105). 2.Homologo o pedido de desistência formulado para que se

produzam os efeitos legais.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.282 (408)ORIGEM : AC - 200300106908 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : ARARINO SALLUM DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FERNANDA MARIA MACHADO PEREIRA

DECISÃOIMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO -

PROGRESSIVIDADE - LEI FEDERAL - ALCANCE - ARTIGOS 145, § 1º, 150, INCISO IV, 156, § 1º, E 182, § 2º E § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - TAXAS DE ILUMINAÇÃO E DE LIMPEZA PÚBLICA – ALCANCE – ARTIGO 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O recurso extraordinário foi interposto com alegado fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que implicou a anulação do lançamento do imposto predial e territorial urbano, na medida em que a instituição das alíquotas progressivas, na forma pretendida pelo Município, contraria as exigências constitucionais, isso considerado período anterior à Emenda Constitucional nº 29/2000. A Corte declarou também a inconstitucionalidade da cobrança das Taxas de Iluminação e de Coleta de Lixo e Limpeza Pública, por não se constituírem em serviços públicos específicos e divisíveis.

2. Quanto à progressividade do imposto predial e territorial urbano, a decisão recorrida está em consonância com o Enunciado nº 668 da Súmula de Jurisprudência dominante desta Corte:

É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.

Vale ressaltar que a matéria referente à distinção entre alíquotas progressivas e proporcionais envolve a interpretação de normas legais, o que é defeso nesta esfera recursal.

Quanto ao pedido de restrição dos efeitos do acórdão, observem a ordem natural das coisas. Assentada a inconstitucionalidade de certa lei local, disciplinadora do Imposto Predial e Territorial Urbano, fica esta fulminada desde a própria entrada no cenário jurídico. Concluir que os efeitos da declaração de um fato anteriormente existente – o conflito da norma com a Constituição Federal – apenas surgem com a respectiva formalização implica o enriquecimento ilícito do Município, porquanto contará com receita ilegítima, em flagrante prejuízo ao contribuinte. Mais do que isso, haverá a potencialização do desequilíbrio no embate Estado (gênero)/cidadão. Daí a impossibilidade de se entender pelo desrespeito ao Diploma Maior no que a Corte de origem refutou o pleito do Município de fixação de termo inicial das conseqüências da inconstitucionalidade a partir da data em que proclamada.

Relativamente à Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública, decidiu esta Corte no julgamento do Recurso Extraordinário nº 204.827-5/SP, relatado pelo ministro Ilmar Galvão:

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. TRIBUTÁRIO. LEI Nº 10.921/90, QUE DEU NOVA REDAÇÃO AOS ARTS. 7º, 87 E INCS. I E II, E 94 DA LEI Nº 6.989/66, DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA. TAXAS DE LIMPEZA PÚBLICA E DE CONSERVAÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS.

Inconstitucionalidade dos dispositivos sob enfoque.O primeiro, por instituir alíquotas progressivas alusivas ao IPTU, em

razão do valor do imóvel, com ofensa ao art. 182, § 4º, II, da Constituição Federal, que limita a faculdade contida no art. 156, § 1º, à observância do disposto em lei federal e à utilização do fator tempo para a graduação do tributo.

Os demais, por haverem violado a norma do art. 145, § 2º, ao tomarem para base de cálculo das taxas de limpeza e conservação de ruas elemento que o STF tem por fator componente da base de cálculo do IPTU, qual seja, a área de imóvel e a extensão deste no seu limite com o logradouro público.

Taxas que, de qualquer modo, no entendimento deste Relator, tem

por fato gerador prestação de serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, não tendo de ser custeado senão por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais.

Não-conhecimento do recurso da Municipalidade. Conhecimento e provimento do recurso da contribuinte.

E, no tocante à Taxa de iluminação pública, o Pleno aprovou o Verbete nº 670 da Súmula, com a seguinte redação:

O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

3. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.306 (409)ORIGEM : AC - 98030912046 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AMERICO CAMPANERI FILHOADV.(A/S) : ALESSANDRO DIAS FIGUEIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DE SAO PAULO S/A - BANESPAADV.(A/S) : MARCIO PEREZ DE REZENDE E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : RAQUEL LEMOS MAGALHÃES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCIAL BARRETO CASABONAINTDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

DESPACHO: A Corte de origem, em virtude da interposição de agravo de instrumento contra a decisão que inadmitiu o recurso extraordinário (fls. 322-324), determinou a remessa destes autos ao Supremo Tribunal Federal sem que houvesse sido realizado o juízo de admissibilidade do recurso especial, tendo em vista a suspensão determinada pela aplicação do art. 543-C do Código de Processo Civil (fls. 321).

A disciplina do julgamento dos recursos de natureza extraordinária quando interpostos simultaneamente, encontra-se no art. 543, § 1º a § 3º, do Cód. Processo Civil. O § 1º do referido artigo exige julgamento prévio do recurso especial.

Sendo assim, determino a devolução dos presentes autos à origem, para que lá permaneçam até decisão final no recurso especial, observadas as normas relativas ao recurso especial repetitivo (art. 543-C, § 7º e § 8º, do CPC, incluídos pela Lei 11.672/2008).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.831 (410)ORIGEM : EDAIRR - 8109200290009000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ITAIPU BINACIONALADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELOY DE SOUZAADV.(A/S) : ARARIPE SERPA GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que tem como violados os arts. 5º, II e § 2º, 22, 37, II e § 2º, 49, I, 61 e 84, VIII, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 530):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. QUITAÇÃO. SÚMULA Nº 330 DESTA CORTE. Decisão regional em que não se indica a identidade entre as parcelas postuladas e aquelas constantes do TRCT. Ausência de contrariedade à Súmula nº 330 do TST. Incidência da Súmula nº 333 desta Corte. ITAIPU BINACIONAL. VÍNCULO DE EMPREGO. Decisão regional em que se reconhece o vínculo de emprego entre o Reclamante e a Itaipu Binacional, com base na Súmula nº 331, III, do TST. Violação de dispositivos legais e divergência jurisprudencial não demonstradas. Agravo de instrumento a que se nega provimento.”

Sustenta-se no recurso extraordinário que o Tribunal Superior do Trabalho ofendeu diversos princípios constitucionais, na medida em que deixou de aplicar o Protocolo sobre Relações de Trabalho e Previdência Social Brasil-Paraguai (Decretos 74.431/1974 e 75.242/1975), dando preferência a legislação brasileira.

É o relatório. Decido.A jurisprudência desta Corte pacificou o entendimento de que a

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 68

controvérsia em torno da aferição dos pressupostos de admissibilidade do recurso de revista, quando apoiados em súmulas do Tribunal Superior do Trabalho, restringe-se ao âmbito processual, de caráter eminentemente infraconstitucional, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 478.014, rel. min. Celso de Mello; AI 266.463, rel. min. Maurício Corrêa; AI 249.675, rel. min. Sepúlveda Pertence).

Ademais, conforme reiteradamente decidido por esta Corte, as questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário demandam o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de violação indireta ou reflexa da Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Nesse sentido, os seguintes precedentes: AI 430.945-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 19.09.2003), AI 427.167-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 13.06.2003) e AI 371.682-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 18.10.2002).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.592 (411)ORIGEM : AC - 70019965250 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MARIA ARLETE VON BOROWSKI NEUBAUERADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA FAGUNDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDASADV.(A/S) : ERYKA FARIAS DE NEGRIAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão com a seguinte ementa:

“APELAÇÃO CÍVEL. POLÍTICA SALARIAL. REAJUSTES DA LEI 10.395/95. COISA JULGADA.

- Inadmissível a rediscussão de questões que foram ou poderiam ter sido suscitadas em anterior demanda, com decisão transitada em julgada. Eficácia preclusiva da coisa julgada. Art. 474 do CPC.

- Recurso não provido.”Alegam os recorrentes que o acórdão violou os arts. 5º, caput, XXXV,

LIV e LV; 93, IX; 37, caput e 39, §1º, da Carta Magna. Na espécie, o acórdão recorrido decidiu que “(...) no caso, a autora

ajuizou anterior, ação, postulando a concessão dos reajustes da Lei 10.395/95, a qual foi julgada improcedente, nesta instância (AC nº 598258606), tendo sido o processo baixado, com o trânsito em julgado da decisão. Assim, é inadmissível a rediscussão, nesta demanda, de questões que já foram objeto ou poderiam ter sido deduzidas na primeira ação, ante a eficácia preclusiva da coisa material.

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível o exame de normas infraconstitucionais, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: AI 804.951, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 3.8.2010; AI 768.579, Rel. Min. Ayres Britto, DJe de 13.8.2010; RE 606.025, Rel. Min. Eros Grau, DJe de 15.6.2010; AI 748.563, Rel. Min Dias Toffoli, DJe de 6.5.2010.

Aplica-se ao caso, portanto, a Súmula 280/STF.Assim, nego provimento ao agravo (arts. 21, §1º, RISTF, e 557 do

CPC).Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.485 (412)ORIGEM : AMS - 9601306838 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CIA INDUSTRIAL E AGRÍCOLA OESTE DE MINASADV.(A/S) : CAMILA GONÇALVES DE OLIVEIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses

defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.893 (413)ORIGEM : AC - 70024159907 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : HUMBERTO JARDIM MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SAULO ROBERTO COMIOTTOADV.(A/S) : LILIAN PINTO DE MORAES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do AI 722.834-RG (Direito constitucional. Princípios do direito adquirido e ato jurídico perfeito. Poupança. Expurgos inflacionários. Planos econômicos: Bresser e Verão), da relatoria do min. Dias Toffoli.

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.116 (414)ORIGEM : AC - 200800116499 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : RODRIGO DE BRAGANÇA DOIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FELIPE GONÇALVES BASTIANELLIADV.(A/S) : SERGIO AUGUSTO AFONSO DE MELLO E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: Nos termos da decisão proferida nos autos do processo nº 320.353 (rel. min. Ellen Gracie) por ocasião da Sétima Sessão Administrativa desta Corte, realizada em 25.11.2004, quando foram aprovadas alterações na sistemática de distribuição dos agravos de instrumento encaminhados ao Tribunal, remeto os presentes autos à Secretaria Judiciária, para que lá permaneçam até decisão final do Superior Tribunal de Justiça no recurso especial, haja vista o provimento do Ag 1.100.717, para determinar a subida dos autos principais.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.616 (415)ORIGEM : AC - 33544040 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MARCOS ANTONIO BENTOADV.(A/S) : JACKELINE COSTA BARROS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : RODRIGO FERREIRA ZIDAN E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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Responsabilidade civil – Indenização – Retenção do autor em porta giratória de banco – Impedimento a sua entrada , ainda que exiba carteira de policial militar – autor que não estava fardado e em serviço – cidadão igual a qualquer outro – Necessidade de observância de regras de segurança – Ação procedente – Apelação provida para julgar improcedente.

Segundo orientação sumulada do STF, não cabe recurso extraordinário para simples reexame de prova (Súmula 279).

Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é diferente da valoração das provas. Enquanto a primeira prática é vedada em sede de recurso extraordinário, a segunda, a valoração, há de ser aceita.

Na espécie, o acórdão recorrido decidiu que “não houve ilícito dos prepostos do réu que agiram no exercício regular de direito e no cumprimento dos seus deveres perante as autoridades de segurança e seus consumidores”.

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: RE 165.460, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, Primeira Turma, DJ de 19.9.1997; RE 102.542, Rel. Min. DJACI FALCAO, Segunda Turma, DJ de 27.9.1985; RE-AgR 593.550, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe de 27.2.2009; e AI-AgR 767.152, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 5.2.2010.

Incide, portanto, a Súmula 279/STF.Assim, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, RISTF, e 557 do

CPC).Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.896 (416)ORIGEM : AC - 410039 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARTA MARIA VILELA DE CARVALHOADV.(A/S) : RICARDO ANDRÉ BANDEIRA MARQUES E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acordão com a seguinte ementa:

“ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PROVA OBJETIVA. PEDIDO DE ANULAÇÃO DE QUESTÕES. MATÉRIA ALHEIA AO PROGRAMA. INOBSERVÂNCIA AO EDITAL. MÉRITO ADMINISTRATIVO.

I- Incabível, no caso, o pedido de anulação da questão de nº 35, da prova P3, do concurso público para provimento de cargos de Analista de Finanças e Controle na área de Correição (Edital ESAF nº 90/2005), por ser indevida qualquer análise do Judiciário sobre a resposta tida como certa pela Banca Examinadora do concurso levado a efeito, eis que incabível a argumentação trazida aos autos no sentido de que aquela resposta seria ofensiva ao princípio da razoabilidade.

II- Ao poder Judiciário cabe averiguar acerca da ocorrência de eventuais ilegalidades na realização do certame, pelo que correta a anulação da questão de nº 47 da prova P3, por haver sido elaborada sobre matéria não prevista no conteúdo programático, com inobservância do edital do concurso.

III- Apelação improvida. Alegam os recorrentes que o acórdão violou os arts. 5º, caput e II e

37, caput, I e II da Carta Magna.Na espécie, o acórdão recorrido decidiu que “(...) Com efeito, do

cotejo da questão e das matérias previstas no edital em relação ao tópico DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL (fl. 38), vislumbro ao menos nesse exame perfunctório da matéria, que a Administração veiculou questionamento sobre matéria não prevista no edital”.

Para entender de forma diversa, faz-se imprescindível o exame de normas infraconstitucionais, o que não é possível nos termos da jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, entre outras, as seguintes decisões: RE 621.313, Rel. Cármen Lúcia, DJe 20.2.2009 e RE 440.335, Rel. Eros Grau , DJe 1.8.2008.

Aplica-se ao caso, portanto, a Súmula 280/STF.Assim, nego provimento ao agravo (arts. 21, §1º, RISTF, e 557 do

CPC).Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.045 (417)ORIGEM : PROC - 475081 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : MARCOS LUÍS BRAID RIBEIRO SIMÕES E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ULISSES CÉSAR MARTINS DE SOUSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CRISTIANO ALVES FERNANDES RIBEIRO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : WALLISSON OLIVEIRA BASTOSADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUES VIANA

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão que condenara a parte ora agravante no pagamento de indenização pelos danos materiais e morais decorrentes de acidente com equipamento telefônico.

Alega a parte recorrente vulneração dos artigos 5º, V, X e 93,IX, da Constituição federal.

Verifico que não houve afronta ao artigo 93, IX, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios e garantias constitucionais, tendo enfrentado as questões suscitadas e fundamentado de forma suficiente suas conclusões.

Ademais, a análise das supostas afrontas à Constituição implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.216 (418)ORIGEM : AC - 200500117019 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EDUARDO RODRIGUES PEYONADV.(A/S) : LUIZ SÉRGIO CORDEIRO DA ROCHA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que reintegrou candidato eliminado a concurso da Petrobrás

Na petição de fls. 377/378 requer a execução provisória da sentença.Observo que o eventual pedido de execução provisória haverá de ser

realizado na forma prevista no artigo 475-O do Código de Processo Civil, incumbindo a esta Corte tão-somente viabilizar a extração das peças necessárias, devendo o requerente arcar com os ônus respectivos.

Passo ao exame do recurso.O acórdão recorrido tem o seguinte teor (fls. 280):“PROCESSO. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO EM FACE

DE ATO DE SERVIDOR DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA PRATICADO NA QUALIDADE DE RESPONSÁVEL POR PROCESSO DE SELEÇÃO DE PESSOAL ATRAVÉS DE CONCURSO PÚBLICO PARA PREENCHIMENTO DE CARGOS INTEGRANTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA MESMA. MEIO PROCESSUAL ADEQUADO À PROTEÇÃO DE ALEGADO DIREITO LÍQUIDO E CERTO SUPOSTAMENTE LESADO POR DETERMINAÇÃO DAQUELE. CONCEITO LEGAL DE AUTORIDADE QUE DEVE SER COMPREENDIDO DO MODO MAIS AMPLO POSSÍVEL. PROPRIEDADE DO MANDAMUS PARA A RECOMPOSIÇÃO DO DIREITO LESADO.

CONCESSÃO DA ORDEM PARA REINTEGRAR AO CERTAME CANDIDATO ALIJADO DO CONCURSO DE SELEÇÃO PARA PREENCHIMENTO DE CARGO NA ALUDIDA EMPRESA, COM RECONHECIMENTO DA INCONSISTÊNCIA DO ATO LESIVO EM APREÇO. DEMONSTRAÇÃO DO PREENCHIMENTO, POR AQUELE, DOS REQUISITOS PREVISTOS NO EDITAL, NECESSÁRIOS À COMPROVAÇÃO DA HABILITAÇÃO E EXERCÍCIO PROFISSIONAL ESPECÍFICO, AO CONTRÁRIO DO CONSIDERADO PELO ATO QUE O ELIMINOU. Confirmação do julgado concessivo do Writ”.

Sustenta o agravante, no recurso extraordinário, que houve violação do disposto nos arts. 37, caput, I e 5º, XIII, da Carta Magna. Argumenta que o acórdão recorrido interpretou a regra editalícia de forma equivocada.

Segundo a jurisprudência desta Corte, não cabe recurso extraordinário para reexaminar a interpretação de cláusula de concurso. Confira-se, nesse sentido, o AI 251.195-AgR (rel. min. Octavio Gallotti, DJ de 26.05.2000), cuja ementa possui o seguinte teor:

“Não cabe recurso extraordinário para interpretação de cláusula de concurso, nem para resolver suposto conflito entre ela e as instruções do processo seletivo ou dispositivo de lei ordinária.”

No mesmo sentido, confiram-se ainda: AI 384.050-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 10.10.2003); RE 120.951-AgR (rel. min. Néri da Silveira, DJ de 08.10.1999); RE 476.783-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJe de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 70

21.11.2008) e AI 720.769-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 17.10.2008).Por fim, a análise das questões constitucionais suscitadas implica

reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Nesse sentido, confiram-se: RE 397.788 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 16.10.2008); RE 577.596-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 13.02.2009); AI 358.744 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 27.08.2004) e RE 509.514 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 07.04.2008).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.495 (419)ORIGEM : AC - 10024961016516001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO MARANHÃOADV.(A/S) : REINALDO ALBERT PASSOS TEIXEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO AGRIMISA S/A - EM LIQUIDAÇÃO

EXTRAJUDICIALADV.(A/S) : JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2. Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 25.05.2004).

No presente caso, o agravante limitou-se a repetir os argumentos de seu recurso extraordinário, não impugnando as assertivas da decisão agravada. Disso decorre que a parte agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.627 (420)ORIGEM : AMS - 20050187228 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : TINTURARIA FLORISA LTDAADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE DELANDRÉAINTDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S/A -

CELESCADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – PROCESSOS VERSANDO A

MATÉRIA – SOBRESTAMENTO.1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 593.824/SC, concluiu pela

repercussão geral do seguinte tema:CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. INCIDÊNCIA.

OPERAÇÕES RELATIVAS A ENERGIA ELÉTRICA. BASE DE CÁLCULO. VALOR COBRADO A TÍTULO DE DEMANDA CONTRATADA (DEMANDA DE POTÊNCIA). RELEVÂNCIA JURÍDICA E ECONÔMICA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo ocorrido a intimação do acórdão em data anterior à vigência do sistema da repercussão geral, determino o sobrestamento destes autos.

3. À Assessoria, para o acompanhamento cabível.

4. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.778 (421)ORIGEM : AC - 9401248540 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

1º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : WALTER DA SILVA JORGE JOÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IVONE SOUZA LIMA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO. REMUNERAÇÃO. DIREITO ADQUIRIDO AOS QUINTOS INCORPORADOS COM BASE NA PORTARIA N. 474/87 DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO. LEI Nº 7.596/87. DECRETO Nº 94.664/87. PORTARIA MEC Nº 474/87. LEI Nº 8.168/91. TRANSFORMAÇÃO DE FUNÇÕES DE CONFIANÇA EM CARGOS DE DIREÇÃO. DIREITO ADQUIRIDO. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS.

1. A transformação das funções comissionadas em cargos de direção determinadas pela Lei 8168/91, regulamentada pelo Dec. 94.664/91, com estabelecimento de tabelas de remuneração menores do que as que vinham sendo pagas para os servidores que se achavam no exercício dessas funções, ofende o princípio da irredutibilidade dos vencimentos/proventos constitucionalmente assegurado. 2. Correta a Portaria MEC nº 474/87, que fixou os valores das funções comissionadas instituídas em decorrência da Lei nº 7.596/87, pois expedida com amparo no art. 64 do Decreto nº 94.664/87, que a esta regulamentou. 3. O inciso XV, do art. 37 da Constituição Federal, estabelece que 'o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo'. 4. Reforma da sentença. Incidência de correção monetária na forma da lei e juros moratórios no percentual de 1% a partir da citação e reembolso das custas. 5. Apelação provida” (fl. 154).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia da decisão recorrida com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 250-252).

4. A Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 7º, 8º, 37, caput e inc. XV, 61, § 1º, inc. II, alínea a, 84 e 93, inc. IX, da Constituição da República e os arts. 55, inc. III, 57, inc. II, e 98, parágrafo único, da Constituição de 1969 (com a redação dada pela Emenda Constitucional n. 1/69).

Argumenta que “portaria do MEC não pode fixar ou alterar a remuneração dos servidores públicos federais, que depende exclusivamente de lei de inciativa privativa do Presidente da República” (fl. 201).

Afirma que “a Portaria 474/87 não gerou direito adquirido para os servidores perceberem sua remuneração ou provento, inclusive a título de 'quintos/décimos'. Não há que se falar em incorporação decorrente de ato inconstitucional, podendo os valores da remuneração dos impetrantes serem revistos com a exclusão da parcela tida como ilegal” (fl. 220).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. O Tribunal de origem julgou a controvérsia de acordo com

jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal no sentido de que os valores incorporados com base na Portaria n. 474/87 do Ministério da Educação e Cultura constituem direito adquirido, não sujeito à redução promovida pela Lei n. 8.168/1991.

Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1.

DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. INCORPORAÇÃO DE FUNÇÕES COMISSIONADAS E GRATIFICAÇÕES: DIREITO ADQUIRIDO. PORTARIA MEC N. 474/87. PRECEDENTES. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 419.046-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. QUINTOS. INCORPORAÇÃO. PORTARIA MEC 474/87. PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal já pacificou sua jurisprudência no sentido de que os quintos incorporados, conforme Portaria MEC 474/1987, constituem direito adquirido, não alcançado pelas alterações promovidas pela Lei 8.168/1991. 2. A Portaria MEC 474/87

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não configura usurpação de competência legislativa do Chefe do Poder Executivo. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido” (AI 754.613-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 13.11.2009).

Não há divergência entre a decisão agravada e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pelo que não há o que prover quanto às alegações da Agravante.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.633 (422)ORIGEM : AC - 200571080027005 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CALÇADOS VALE LTDAADV.(A/S) : LUCIANO LOPES DE ALMEIDA MORAES E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Em consulta à internet, verifiquei que o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial interposto pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para reconhecer a legalidade da contribuição destinada ao Incra, mesmo fim a que visa o presente recurso. Referida decisão já transitou em julgado.

Do exposto, julgo prejudicado o agravo de instrumento, por perda de objeto.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.067 (423)ORIGEM : PROC - 3555 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GILBERTO JOSÉ FERRI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO NELSON FERNANDES BOTOSSI

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (direito às diferenças de correção monetária incidente sobre as cadernetas de poupança no período determinado pelo Plano Collor II, abrangidos os valores não bloqueados pelo Banco Central do Brasil) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (AI 754.745-RG, rel. min. Gilmar Mendes).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.387 (424)ORIGEM : PROC - 21109 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO FRIGINI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELAINE CRISTINA DOTTA

ADV.(A/S) : FERNANDA GADIANI

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (Direito constitucional. Princípios do direito adquirido e ato jurídico perfeito. Poupança. Expurgos inflacionários. Plano econômico Collor I. Valores não bloqueados) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 591.797-RG, rel. min. Dias Toffoli, DJe de 30.04.2010).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.913 (425)ORIGEM : AC - 200500131202 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CONDOMÍNIO PORTAIS DE CAMBOINHASADV.(A/S) : VIRGÍNIA MARIA DOYLE MAIA VIANNA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SOPRECAM - SOCIEDADE PRÓ-PRESERVAÇÃO

URBANÍSTICA E ECOLÓGICA DE CAMBOINHASADV.(A/S) : ADRIANA ALVES DA CUNHA E SOUZA TAVARES E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário em que se alega violação do disposto no art. 5º, XX e LV; e 93, IX, da Constituição Federal.

O acórdão recorrido está assim ementado:“Apelação. Ação de cobrança. Associação de Moradores.

Condomínio de Fato. Cobrança de Despesas Comuns. Obrigatoriedade de Pagamento daqueles que usufruem dos serviços prestados. Princípio do Não Enriquecimento Sem Causa. Uniformização de Jurisprudência. Súmula 79 do TJ. Recurso improvido.” (Fls. 281)

A análise das questões constitucionais suscitadas implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Por outro lado, inexiste a alegada afronta ao art. 93, IX, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde o ora agravante.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.952 (426)ORIGEM : AC - 200803990396456 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : FRANCIELI CRISTINA LEITE (REPRESENTADA POR

ROGÉRIA APARECIDA LEITE)ADV.(A/S) : GERSON APARECIDO DOS SANTOS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto contra acórdão que julgou procedente pedido de concessão de benefício assistencial, com base no art. 34, parágrafo único, da Lei 10.741/2003, sem afastar, contudo, o critério previsto no art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993.

Em casos análogos ao presente, esta Corte, por meio de ambas as Turmas, dirimiu a controvérsia suscitada, no sentido de que não contraria o entendimento firmado no julgamento da ADI 1.232/DF, a dedução da renda proveniente de benefício recebido por outro membro da entidade familiar (art. 34, parágrafo único, do Estatuto do Idoso), para fins de aferição do critério

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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objetivo previsto no art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993. Nesse sentido:“Benefício assistencial (CF, art. 203, V): recurso extraordinário:

descabimento: acórdão recorrido que decidiu a controvérsia à luz do Estatuto do Idoso (L. 10.741/2003, art. 34, parágrafo único): inocorrência de violação do artigo 203, V, da CF ou inobservância do entendimento firmado na ADIn 1232, Galvão, DJ 01.06.2001, dado que na decisão impugnada não há declaração de inconstitucionalidade da legislação pertinente (L. 8.742/93, art. 20, § 3º), mas interpretação de dispositivo legal superveniente, que não foi objeto da ADIn 1232.” (AI 590.169-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 09.02.2007)

“RECURSO. Extraordinário. Benefício de prestação continuada. Art. 203, V, da CF/88. Critério objetivo para concessão de benefício. Art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93 c.c. art. 34, § único, da Lei nº 10.741/2003. Violação ao entendimento adotado no julgamento da ADI nº 1.232/DF. Inexistência. Recurso extraordinário não provido. Não contraria o entendimento adotado pela Corte no julgamento da ADI nº 1.232/DF, a dedução da renda proveniente de benefício assistencial recebido por outro membro da entidade familiar (art. 34, § único, do Estatuto do Idoso), para fins de aferição do critério objetivo previsto no art. 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93 (renda familiar mensal per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo).” (RE 561.936, rel. min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 09.05.2008)

E ainda: AI 758.287 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 17.09.2009).Desse entendimento não divergiu o acórdão recorrido.Ante o exposto, nego seguimento ao presente agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.807 (427)ORIGEM : AC - 200600119932 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : EDILSON MORENO DAS NEVESADV.(A/S) : PAKISSA MOREIRA RIVERO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANGRA

DOS REIS

DECISÃOADICIONAL DE INSALUBRIDADE – BASE DE CÁLCULO –

SALÁRIO MÍNIMO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.1. Na sessão de 30 de abril de 2008, o Plenário, ao apreciar o

Recurso Extraordinário nº 565.714-1/SP, concluiu, sem discrepância de votos, não ser legítimo o cálculo do adicional de insalubridade com base no salário mínimo, por constituir fator de indexação, implicando a prática ofensa ao artigo 7º, inciso IV, da Carta Federal. Na assentada, foi aprovado o Verbete Vinculante nº 4 da Súmula deste Tribunal, com esta redação:

Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

Embora o entendimento constante do acórdão recorrido esteja em contrariedade com a decisão do Pleno, descabe o provimento do extraordinário, ante a circunstância de mostrar-se inviável ao Judiciário substituir o indexador, sob pena de atuar como legislador positivo. Acresce que o reconhecimento da insubsistência da base de cálculo do adicional de insalubridade acabaria por prejudicar o agravante.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 23 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.812 (428)ORIGEM : AC - 3807132 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LONDRINA AUTO SHOPPING LTDAAGTE.(S) : AVP - CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDAADV.(A/S) : DÁRIO ALMEIDA PASSOS DE FREITAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO

EXTREMO SUL - BRDEADV.(A/S) : THIAGO FARIA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) IMPROCEDÊNCIA DA ALEGAÇÃO

DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3) DIREITO CIVIL E COMERCIAL. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. NECESSIDADE DE REEXAME DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Paraná:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULAS DE CRÉDITO COMERCIAL. AÇÃO ORDINÁRIA DE SUSPENSÃO DE EFICÁCIA DE CLÁUSULA CONTRATUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. SENTENÇA IMPROCEDENTE. DUAS CÉDULAS DE CRÉDITO COMERCIAL. ANÁLISE DE CADA QUAL DE PER SI. NECESSIDADE. CARACTERÍSTICAS DISTINTAS COM FINALIDADES DÍSPARES. INOCORRÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ÚNICA. TERMO INICIAL DE PAGAMENTO DA PRIMEIRA CÉDULA COMERCIAL. INADIMPLEMENTO CONFIGURADO. INEXISTÊNCIA DE AJUSTE DE PRORROGAÇÃO. SEGUNDA CÉDULA COMERCIAL. FINANCIAMENTO. VALOR EXPRESSO NO TÍTULO. IMPORTÂNCIA ADICIONAL ANOTADA EM DOCUMENTO APENSO. CONTRATO SINALAGMÁTICO. LIBERAÇÃO DE NUMERÁRIO DEPENDENTE DE PRÉVIO ADIMPLEMENTO CONTRATUAL. GARANTIA ADICIONAL. EXIGÊNCIA CABÍVEL. EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO. IMPROPRIEDADE. INDENIZAÇÃO. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL. EXIGIBILIDADE DOS TÍTULOS. DEMONSTRATIVO DO DÉBITO. OBEDIÊNCIA A LEI PROCESSUAL CIVIL. TAXA REFERENCIAL. MANUTENÇÃO. INDEXADOR AVENÇADO. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. POSSIBILIDADE. PREVISÃO DA LEI DE REGÊNCIA. JUROS REMUNERATÓRIOS. LIMITAÇÃO. DESCABIMENTO. PERCENTUAL CONTRATADO INFERIOR AO LIMITE PRETENDIDO. VERBA HONORÁRIA. REDUÇÃO DESACOLHIMENTO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO” (fls. 8-9 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, as Agravantes afirmam que “a exata compreensão da natureza do contrato é essencial para se aferir as responsabilidades pela sua inexecução” (fl. 52), e que “todas as matérias de direito federal envolvidas acham-se contextualizadas pelo propósito constitucional se construir uma sociedade solidária (Constituição da República, art. 3º, inc. I)” (fl. 53).

Asseveram, ainda, que a rejeição dos embargos declaratórios opostos contra o julgado recorrido contrariaria o art. 535 do Código de Processo Civil e os arts. 5º, inc. XXXV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal (fls. 82-83).

As Agravantes asseveram que estariam presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste às Agravantes.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão das Agravantes, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional – na espécie vertente, do art. 535 do Código de Processo Civil -, não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PENHORA. INTIMAÇÃO PESSOAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta ” (AI 776.282-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.3.2010).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (RE 547.201-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 14.11.2008).

8. O Tribunal de origem solucionou a controvérsia com base na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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interpretação e na aplicação de cláusulas contratuais e de dispositivos do Código Civil.

Assim, eventual contrariedade ao art. 3º, inc. I, da Constituição seria indireta, o que não viabiliza o recurso extraordinário.

Além disso, incide na espécie vertente a Súmula 454 do Supremo Tribunal Federal, o que também não enseja o recurso extraordinário.

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO COMERCIAL. FALÊNCIA. RESTITUIÇÃO DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL APLICÁVEL À ESPÉCIE (CÓDIGO CIVIL E LEI DE FALÊNCIA). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 614.951-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.10.2009 – grifos nossos).

“CONSTITUCIONAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ABANDONO AFETIVO. ART. 229 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DANOS EXTRAPATRIMONIAIS. ART. 5º, V E X, CF/88. INDENIZAÇÃO. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E SÚMULA STF 279. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, consoante iterativa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. A análise da indenização por danos morais por responsabilidade prevista no Código Civil, no caso, reside no âmbito da legislação infraconstitucional. Alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, seria de forma indireta, reflexa. Precedentes. 3. A ponderação do dever familiar firmado no art. 229 da Constituição Federal com a garantia constitucional da reparação por danos morais pressupõe o reexame do conjunto fático-probatório, já debatido pelas instâncias ordinárias e exaurido pelo Superior Tribunal de Justiça. 4. Incidência da Súmula STF 279 para aferir alegada ofensa ao artigo 5º, V e X, da Constituição Federal. 5. Agravo regimental improvido” (RE 567.164-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 11.9.2009 – grifos nossos).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS (SÚMULAS 279 E 454). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 722.542-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 27.2.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de norma infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. A incidência do óbice da Súmula 279-STF inviabiliza o recurso extraordinário quando evidenciada a necessidade do revolvimento de matéria fático-probatória. 3. É vedado o reexame de cláusulas contratuais, nos termos da Súmula 454-STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 528.896-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 5.2.2005).

9. Nada há a prover quanto às alegações das Agravantes.10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.455 (429)ORIGEM : PROC - 71 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : CONSULADO DO GOVERNO DA REPÚBLICA DA

BOLÍVIAADV.(A/S) : SERGIO REYNALDO ALLEVATO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto contra acórdão cuja intimação da parte se deu em 08.05.2009.

Consigno, inicialmente, que se trata de apelo extraordinário interposto de acórdão cuja publicação se verificou em data posterior a 03.05.2007, portanto, quando já exigível a demonstração formal da existência de repercussão geral da questão constitucional invocada na peça recursal (cf. AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence).

Observo que o recurso extraordinário está fundamentado em suposta afronta a normas da Constituição federal, afirmando-se, em preliminar, que “A repercussão geral do presente recurso repousa nos graves prejuízos que a Municipalidade Carioca está prestes a experimentar forte prejuízo econômico, em razão da aplicação em seu orçamento de tributos que de há muito eram tidos como inconstitucionais e, numa virada jurisprudencial, sem que houvesse alteração legislativa, o tributo passou a ser tido como

inconstitucional” (fls. 156). É patente, pois, que a parte não desenvolveu argumentação

suficiente acerca das circunstâncias que poderiam configurar a relevância — do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico — das questões constitucionais aventadas na petição de recurso extraordinário. Há, portanto, deficiência formal que o inviabiliza.

Nesse sentido: AI 709.995, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 24.06.2008.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.476 (430)ORIGEM : AC - 70008333759 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO SOLAR DE IBIZAADV.(A/S) : CÉSAR AUGUSTO BOEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AGLAE RIGOBELLOADV.(A/S) : KARINE DEQUI SANVIDO E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, cuja ementa é do seguinte teor:

“APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA. QUOTAS CONDOMINIAIS. PRELIMINAR. CERCEAMENTO DE DEFESA. CITAÇÃO POR HORA CERTA. NULIDADE. FATOS E ALEGAÇÕES NÃO ARGUIDOS NA CONTESTAÇÃO. INOVAÇÃO. MULTA PELO INADIMPLEMENTO.

I. Preliminares de nulidade da citação por hora certa e cerceamento de defesa afastadas, porquanto preenchidos os requisitos dos artigos 227, 228 e 229, do CPC.

II. Apelo da ré não conhecido no mérito, uma vez que as alegações e os fatos trazidos deveriam ter sido argüidos em sede de contestação, tratando-se, nesta fase recursal, de inovação à lide.

III. Mantida a multa no percentual previsto na convenção condominial (10%), até a vigência do novo Código Civil. As posteriores ficam limitadas em 2% com base no artigo 1.336, §1º, do mesmo Diploma legal.

Apelação do autor improvida e apelação da ré não conhecida no mérito, afastada a preliminar.” (Fls. 42)

No recurso extraordinário, a parte agravante alega violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição federal.

A análise da alegada vulneração exigiria reexame prévio da legislação infraconstitucional que fundamentou as conclusões do acórdão recorrido. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incidência, mutatis mutantis, da vedação contida na Súmula 636 do STF.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.725 (431)ORIGEM : AC - 10024043712017002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO BMG S/AADV.(A/S) : ALOÍSIO AUGUSTO MAZEU MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS - INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.1. Na espécie, a Corte de origem fixou o entendimento de que a

atividade exercida pela recorrente se enquadra no rol previsto na lista anexa da Lei Complementar nº 116/03.

2. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.736 (432)ORIGEM : ADI - 1184500900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SINDBOL - SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE

FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : RICARDO DI GIAIMO CABOCLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

PAULOADV.(A/S) : ALEXANDRE ISSA KIMURA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO – SUBIDA DO EXTRAORDINÁRIO –

AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.1.O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

julgou improcedente ação direta de inconstitucionalidade, ante fundamentos assim sintetizados (folha 19):

Constitucional - Ação direta de inconstitucionalidade - Lei Estadual n° 7.844/92, a dispor sobre desconto no valor de ingresso a estudantes em eventos esportivos, culturais e de lazer - Norma já objeto de análise pelo STF, em sede de ADI julgada improcedente – Coisa julgada - Extinção do processo - Jurisprudência. Ação fadada à improcedência, de todo modo, porque lícito ao Estado legislar, supletivamente, sobre acesso à cultura, ao desporto e ao lazer, ainda que implicando restrição à atividade privada - Precedente.

2.O recurso extraordinário direciona ao atendimento cumulativo dos requisitos gerais de recorribilidade – adequação, oportunidade, interesse de agir, representação processual e preparo - e a um dos específicos previstos no inciso III do artigo 102 da Carta da República. O acesso ao Supremo faz-se, por isso mesmo, em via de excepcionalidade maior, tudo objetivando a atuação precípua da Corte, qual seja, a guarda da supremacia da Constituição Federal. Quanto ao pressuposto específico, quase sempre retratado na alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Lei Fundamental – violência a dispositivo nela inserto –, mostra-se necessário, ante a ordem natural das coisas, proceder-se a cotejo. Somente é possível definir se houve transgressão de texto da Carta mediante o confronto do que decidido com as razões do extraordinário, mais precisamente com o que evocado no tocante à adoção de entendimento contrário ao ditame constitucional. Daí o instituto do prequestionamento, que significa o debate e a decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o acórdão impugnado nada contém sobre o que versado pela parte recorrente, descabe assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional.

3.No caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo órgão julgador. Padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nos 282 e 356 da Súmula desta Corte.

4.Conheço deste agravo e o desprovejo.5.Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.558 (433)ORIGEM : MS - 20080205941000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : RAFAEL BRITEZ ROCHAADV.(A/S) : ANA KARINA DE OLIVEIRA E SILVA MERLIN

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INADEQUAÇÃO – AGRAVO

DESPROVIDO.1. Na interposição deste agravo, foram atendidos os pressupostos de

recorribilidade que lhe são inerentes. A peça, subscrita por procurador do Estado, restou protocolada no prazo dobrado a que tem jus o agravante.

2. Na espécie, simplesmente viabilizou-se a feitura da prova de esforço físico em dia diverso, considerada a debilidade física apresentada naquele em que o agravado deveria se submeter. Vê-se, portanto, que não se configurou a ofensa ao disposto nos artigos 5º e 37 da Constituição Federal, no que se referem ao princípio da isonomia e ao da legalidade. Em momento algum, aboliu-se a etapa revelada pelo teste físico, tendo-se apenas projetado a data designada para tanto.

3. A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses

defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

4. Conheço do agravo e o desprovejo.5. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.606 (434)ORIGEM : PROC - 20065050001266901 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOSÉ MIRABEAU BASTOSADV.(A/S) : MARCELO CARVALHINHO VIEIRA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.

CONTROVÉRSIA SOBRE O CABIMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO NAS LEIS N. 9.099/95 E 10.259/2001. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Espírito Santo:

“Processual Civil. Ação Rescisória no âmbito do Juizado Especial Federal. Impossibilidade. Previsão expressa do art. 59 da Lei nº 9.099/95, aplicação subsidiária em decorrência do teor do art. 1º da Lei nº 10.259/2001. Petição inicial indeferida. Processo extinto sem resolução do mérito” (fl. 154).

3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que teria sido contrariado o art. 5º, inc. XXXV, da Constituição da República.

Argumenta que “a vedação absoluta ao emprego da rescisória nos Juizados Especiais Federais, quando se está diante de uma violação a um interesse público primário, é irrazoável, porquanto inverte toda a concepção da estruturação do ordenamento jurídico brasileiro construído sobre o princípio fundamental do Estado Democrático de Direito, que tem como pedra de fecho o postulado hermenêutico da supremacia da Constituição” (fl. 177).

Sustenta que “a prevalecer a vedação da possibilidade de manejo de ações rescisória contra decisões flagrantemente inconstitucionais, é possível chegar à absurda conclusão no sentido de que uma norma hierarquicamente inferior (no caso, art. 59, da Lei 9.099/95) é capaz de condicionar a validade da própria Carta Constitucional” (fl. 177).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 201-202).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A Turma Recursal fundamentou-se na interpretação e na aplicação

do art. 59 da Lei n. 9.099/95 e do art. 1º da Lei n. 10.259/2001 e concluiu que seria inadmissível o ajuizamento de ação rescisória nos Juizados Especiais Federais.

Para concluir de modo diverso, seria imprescindível o reexame dessas normas infraconstitucionais, o que não se admite em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. LEI N. 9.099/95. COMPETÊNCIA DA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 522.267-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 7.8.2009).

“PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA. AÇÃO RESCISÓRIA. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. TURMA RECURSAL. OFENSA INDIRETA. LEI 9.099/95. 1. O Tribunal Regional Federal declinou da competência para julgar ação rescisória de julgados de Turma Recursal. Ofensa ao art. 108, I, 'b', da Constituição Federal, no caso, se existente, seria indireta, porquanto dependente do exame da Lei 9.099/95, matéria, pois, de índole processual. 2. O agravante pretende o reexame da interpretação que o Tribunal de origem, no regular exercício de sua competência, conferiu às normas infraconstitucionais, o que é inviável em sede de recurso extraordinário. 3. Agravo regimental improvido” (RE 525.971-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 3.4.2009 – grifos nossos).

7. Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.426 (435)ORIGEM : AI - 847542008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - INVIABILIDADE - DECISÃO QUE

NÃO SE MOSTRA DE ÚLTIMA INSTÂNCIA - ARTIGO 102, INCISO III, DA CARTA FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. Na espécie, não se tem recurso extraordinário contra pronunciamento judicial que haja resultado no julgamento da causa. O acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso diz respeito a apreciação de agravo de instrumento interposto contra decisão que, em ação de obrigação de fazer, implicou a concessão de liminar.

Assim, o extraordinário não se enquadra no permissivo do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, que estabelece a competência do Supremo para examinar, mediante o citado recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando o pronunciamento recorrido contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ou, ainda, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Carta da República. Decisões interlocutórias não podem ser atacadas, na via direta, mediante o extraordinário (artigo 542, § 3º, do Código de Processo Civil).

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 796.591 (436)ORIGEM : RMS - 27800 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : FELIPE DEIABAGDO.(A/S) : MARCO ANTONIO SAIEGADV.(A/S) : MARCUS FIRMINO SANTIAGO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1. O Superior Tribunal de Justiça acolheu pedido formulado em

recurso ordinário, ante fundamentos assim resumidos (folhas 108 verso e 109):

[...]13. Especificamente para o caso de citação/notificação/comunicação

por edital, esse veículo apenas pode ser legitimamente utilizado nos casos em que desconhecido, pelo Tribunal, o endereço do citado ou notificado, ou de sua recusa em receber o ofício pertinente (art. 7º, § 1º, II, da Deliberação 204/2006 do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro). 14. O fato de o Recorrente – muito embora instado para declarar domicílio durante a Inspeção Ordinária – não ter atendido à solicitação, não exime o Tribunal de Contas do dever legal e regimental de cientificá-lo na forma prescrita pelo art. 26 da Lei Complementar 63/1990 e pelo art. 26 de seu Regimento Interno. 15. Por tais razões, a citação não se consumou de forma regular, haja vista que, após o envio de correspondência endereçada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o Tribunal de Contas não efetivou qualquer tentativa de citação pessoal, partindo em seguida para a publicação dos editais. Some-se a isso o fato de que, conforme declaração do próprio TCE-RJ, "o Tribunal de Contas fluminense mantém convênio com a Secretaria da Receita Federal (atualmente Receita Federal do Brasil), a fim de obter dados a respeito do endereço e da localização das pessoas que estão sujeitas à fiscalização pela Corte de Contas." 16. Não se configura in casu violação ao princípio de que a ninguém é lícito beneficiar-se da própria torpeza. Por outro lado, patente a ofensa aos Princípios do Devido Processo Legal, da Ampla Defesa e do Contraditório, de observância obrigatória por todos os órgãos da

Administração Pública. 17. Entretanto, é oportuno registrar que a decisão aqui tomada não afeta a ressarcibilidade dos supostos danos causados, já que a pretensão de ressarcimento pelo prejuízo causado ao Erário é imprescritível, segundo orientação unânime do STJ e do próprio STF. 18. Recurso Ordinário provido, prejudicados os Agravos Regimentais de fls. 546-553 e 554-563, com remessa de cópia do presente acórdão à Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

2. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo órgão julgador. Apesar da interposição de embargos declaratórios, não houve debate e decisão prévios sobre a alegada violação dos artigos 71, cabeça e inciso II, e 75 da Constituição Federal. Vale frisar, por oportuno, que o recorrente não arguiu o vício de procedimento.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.986 (437)ORIGEM : AI - 831657 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : WILMA PASCOLINA PEDÓADV.(A/S) : FÁBIO LUIZ MAIA BARBOSA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE

CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – IMPROPRIEDADE.

1. Uma vez em jogo controvérsia sobre cabimento de recurso da competência de Corte diversa, a via do extraordinário só é aberta quando o acórdão proferido revela tese contrária a texto da Carta da República. Isso não ocorreu na espécie.

Em momento algum, foi adotado entendimento conflitante com a Constituição Federal. A alegação de ofensa ao Diploma Maior apenas visa a deslocar o processo ao Supremo, mostrando-se de todo imprópria. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo voltado à preservação da Lei Maior.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.852 (438)ORIGEM : AIRR - 1814199944602409 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANDEIRANTE ENERGIA S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ROGÉRIO ARAÚJO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ ABÍLIO LOPES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE

SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : HORÁCIO PERDIZ PINHEIRO NETO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : COMPANHIA PIRATININGA DE FORÇA E LUZADV.(A/S) : ROBERTO MEHANNA KHAMIS E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. 1) PROGRAMA DE

DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 76

FEDERAL. 2) PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Superior do Trabalho:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. 1. PRELIMINAR DE NULIDADE. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Não há que se cogitar de nulidade, por negativa de prestação jurisdicional, quando a decisão atacada manifesta tese expressa sobre todos os aspectos manejados pela parte, em suas intervenções processuais oportunas, ainda que de forma contrária a seus desígnios. 2. TRANSAÇÃO E COISA JULGADA. Decisão recorrida moldada à jurisprudência consagrada na Orientação Jurisprudencial nº 270 da SBDI-1/TST, no sentido de que a transação extrajudicial que importa a rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo . 3. HORAS EXTRAS. ÔNUS DA PROVA. IMPOSSIBILIDADE DE REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO CARACTERIZADA. ARESTOS INESPECÍFICOS. O recurso de revista se concentra na avaliação do direito posto em discussão. Assim, em tal via, já não são revolvidos fatos e provas, campo em que remanesce soberana a instância regional. Diante de tal peculiaridade, o deslinde do apelo considerará, apenas, a realidade que o acórdão atacado revelar (Súmula 126 do TST). Diante do contexto fático do acórdão regional, tem-se por correta a aplicação das regras de distribuição do ônus da prova, insertas nos arts. 818 da CLT e 333, I, do CPC. Por outra face, para alcançar especificidade, os arestos ofertados para confronto jurisprudencial, de forma a sustentar o recurso de revista, não só deverão guardar estrita identidade com as premissas do caso concreto (Súmulas 23 e 296 do TST), mas, por imperativo lógico, também deverão retratar e viabilizar a tese que a parte defende. Agravo de instrumento conhecido e desprovido” (fls. 305-306).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“TRANSAÇÃO. Sustenta a Recorrente que inexistiu qualquer vício de

consentimento a macular o acordo celebrado entre as Partes, aceitando o Recorrido as condições que lhe foram oferecidas e, em contrapartida, dando quitação ao extinto contrato de trabalho. Indica ofensa aos arts. 1.025, 1.029 e 1.030 do Código Civil e transcreve paradigmas de divergência. Não prospera a irresignação patronal. Os dispositivos legais invocados apenas estabelecem a licitude do término do litígio mediante acordo, modo pelo qual deve se realizar a transação e aos efeitos da transação, não fazendo qualquer referência às parcelas que não foram quitadas por meio do referido ato. Não há falar, portanto, em desrespeito à literalidade dos preceitos. Por outro lado, a decisão está de acordo com o disposto na Orientação Jurisprudencial nº 270 da SBDI-1 desta Corte, que consagra o entendimento no sentido de que a transação extrajudicial que importa a rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo . Na presença de situação moldada ao art. 896, § 4º, da CLT e à Súmula 333/TST, impossível o processamento do apelo com alicerce em divergência jurisprudencial.

HORAS EXTRAS. ÔNUS DA PROVA. Eis os fundamentos do acórdão: A qualidade da prova oral colhida independe do número de testemunhas ouvidas, mas sim pelo conteúdo do seu depoimento. À falta de outras provas, o Juízo 'a quo' , acertadamente, acolheu os depoimentos ouvidos limitado pela jornada declinada pelo autor na prefacial. Nego, portanto, provimento ao recurso, no particular (fl. 231). Alega a Recorrente que o Reclamante não se desincumbiu do ônus de prova que lhe incumbia. Aduz que a inexistência de alguns controles de frequência não autoriza a considerar como verdadeiros os horários apontados na inicial. Aponta maltrato ao art. 818 da CLT e oferece paradigmas ao confronto. A decisão regional está embasada na prova oral, mediante a qual restou comprovado o horário de trabalho informado na inicial. A verificação dos argumentos da Parte demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, procedimento não permitido nesta esfera extraordinária. O recurso de revista se concentra na avaliação do direito posto em discussão. Assim, em tal via, já não são revolvidos fatos e provas, campo em que remanesce soberana a instância regional, a teor da Súmula 126/TST. Diante do contexto fático do acórdão regional, tem-se por correta a aplicação das regras de distribuição do ônus da prova, insertas nos arts. 818 da CLT e 333, I, do CPC. Por outra face, como resta claro no acórdão, o deferimento de horas extras decorreu da demonstração, pela prova testemunhal, do verdadeiro horário de trabalho cumprido pelo Autor. Por estes motivos, restam inespecíficos os paradigmas colacionados a fl. 256 (Súmula 296, I, do TST). Mantenho o r. despacho agravado ” (fls. 311-312).

2. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de repercussão geral no tópico referente às horas extras e a circunstância de que a ofensa à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 385-388).

3. A Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. II, XXXVI e LV, da Constituição da República.

Argumenta que, “ao não ressalvar parcelas no momento da rescisão contratual, o empregado concordou com os termos ali existentes e, tendo tal rescisão sido realizada com o apoio da entidade sindical, há que se respeitar o ato jurídico perfeito e acabado” (fl. 164).

Sustenta que “cabia ao obreiro provar que tinha laborado em horas extras, tendo em vista que ao autor cabe a prova dos fatos constitutivos da relação jurídica litigiosa” (fl. 346).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. Na espécie vertente, a controvérsia não está relacionada ao tema

debatido no Recurso Extraordinário 590.415, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, com repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal.

A questão constitucional submetida à análise de repercussão geral diz respeito à eficácia liberatória da quitação decorrente de adesão a Plano de Desligamento Voluntário estabelecido por convenções e acordos coletivos.

Ressalte-se que, na espécie, o Plano de Desligamento Voluntário não decorreu de convenção coletiva, como consignado na decisão agravada (fl. 386).

6. Para o deslinde da matéria posta à apreciação judicial, as instâncias originárias examinaram os elementos probatórios dos autos, que não podem ser reexaminados na via extraordinária, conforme dispõe a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Ademais, o reexame do acórdão impugnado demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Consolidação das Leis do Trabalho e Código Civil). Assim, a alegada ofensa à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL. PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA.

ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ATO JURÍDICO PERFEITO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. De acordo com a jurisprudência deste Tribunal, a controvérsia relativa a plano de demissão voluntária encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 628.086–AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 29.2.2008).

E ainda:“A jurisprudência da Corte é no sentido de que o debate acerca do

plano de demissão voluntária - PDV torna inviável o recurso extraordinário, por envolver questões de caráter infraconstitucional. III - Matéria que demanda a análise de fatos e provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI 678.055-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 6.6.2008).

7. No tocante às horas extras, o Tribunal Superior do Trabalho limitou-se ao exame do cabimento de recurso de sua competência.

No julgamento do Recurso Extraordinário 598.365, Relator o Ministro Ayres Britto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal afirmou a inexistência de repercussão geral da questão discutida nestes autos:

“Processual civil. Pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de Cortes diversas. Ausência de repercussão geral em questão constitucional. Matéria infraconstitucional”.

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e respectivos agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos relatores (§ 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

8. Não há o que prover quanto às alegações da Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 2 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.183 (439)ORIGEM : PROC - 71001761576 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : VGR LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DE ASSIS BERNI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIO VINÍCIUS COSTA PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS FEDERIZZI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL CORRÊA DE BARROS BERTHOLD E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da República,

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pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.640 (440)ORIGEM : AC - 70029076411 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : GERALDO PAGELADV.(A/S) : ELZA MARA VALIATTI

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDÊNCIA PÚBLICA. IPERGS. PENSÃO. INCLUSÃO DE CÔNJUGE VARÃO COMO DEPENDENTE, INDEPENDENTEMENTE DE COMPROVAÇÃO DA INVALIDEZ E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. ART. 5º, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DIREITO À PENSÃO RECONHECIDO. PEDIDO PROCEDENTE. SUCUMBÊNCIA REDIRECIONADA.

APELO PROVIDO.”O agravante alega que não seria possível a concessão de condição

de dependente ao marido da servidora, com o argumento de igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres. Afirma, ainda, que o agravado nunca foi dependente de sua esposa e que não apresenta nenhuma condição que implique em sua invalidez.

Decido.Não assiste razão ao agravante. O acórdão recorrido encontra-se de acordo com a pacífica

jurisprudência desta Corte, RE 385.397, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJe 6.9.2007, no sentido de que a exigência de comprovação do requisito de invalidez para inclusão do cônjuge varão como dependente da autora em instituto de previdência viola a isonomia e de que é impossível a invocação da exigência de fonte de custeio nessa discussão. Transcrevo a ementa da referida decisão:

“Recurso extraordinário: descabimento. Ausência de prequestionamento do art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, tido por violado: incidência das Súmulas 282 e 356. II. Pensão por morte de servidora pública estadual, ocorrida antes da EC 20/98: cônjuge varão: exigência de requisito de invalidez que afronta o princípio da isonomia. 1. Considerada a redação do artigo 40 da Constituição Federal antes da EC 20/98, em vigor na data do falecimento da servidora, que não faz remissão ao regime geral da previdência social, impossível a invocação tanto do texto do artigo 195, § 5º - exigência de fonte de custeio para a instituição de benefício -, quanto o do art. 201, V - inclusão automática do cônjuge, seja homem ou mulher, como beneficiário de pensão por morte. 2. No texto anterior à EC 20/98, a Constituição se preocupou apenas em definir a correspondência entre o valor da pensão e a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, sem qualquer referência a outras questões, como, por exemplo os possíveis beneficiários da pensão por morte (Precedente: MS 21.540, Gallotti, RTJ 159/787). 3. No entanto, a lei estadual mineira, violando o princípio da igualdade do artigo 5º, I, da Constituição, exige do marido, para que perceba a pensão por morte da mulher, um requisito - o da invalidez - que, não se presume em relação à viúva, e que não foi objeto do acórdão do RE 204.193, 30.5.2001, Carlos Velloso, DJ 31.10.2002. 4. Nesse precedente, ficou evidenciado que o dado sociológico que se presume em favor da mulher é o da dependência econômica e não a de invalidez, razão pela qual também não pode ela ser exigida do marido. Se a condição de invalidez revela, de modo inequívoco, a dependência econômica, a recíproca não é verdadeira; a condição de dependência econômica não implica declaração de invalidez. 5. Agravo regimental provido, para conhecer do recurso extraordinário e negar-lhe provimento.”

Ademais, em casos em que se discute a inclusão de maridos como dependentes das esposas no IPERGS, já foram proferidas as seguintes decisões monocráticas: AI-AgR 711.406, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ

25.3.2010; RE 436.082, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 4.2.2010; RE 559.868, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 23.9.2009; RE 367.065, Rel. Min. Menezes Direito, DJ 3.9.2008.

Não há, pois, o que prover quanto às alegações do agravante. Assim, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557 do

CPC).Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.143 (441)ORIGEM : AC - 4399495500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ZENILDO CORTES COSTAADV.(A/S) : JUCENIR BELINO ZANATTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - FORMALIDADE - PERMISSIVO

CONSTITUCIONAL - ARTIGO 321 DO REGIMENTO INTERNO - AGRAVO DESPROVIDO.

1. O extraordinário interposto não atende ao que preceituado no artigo 321 do Regimento Interno desta Corte. Deixou o recorrente de apontar, quer na petição de encaminhamento, quer nas razões respectivas, o permissivo constitucional que estaria a dar respaldo ao recurso.

2. Conheço do pedido formulado neste agravo, negando-lhe, no entanto, acolhida.

3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.782 (442)ORIGEM : AC - 70028613 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : EDSON GERSON DA FONSECAADV.(A/S) : SILAS BENVINDO DA SILVA

DESPACHOAGRAVO DE INSTRUMENTO – EXAME – ESGOTAMENTO DE

JURISDIÇÃO NO STJ – NECESSIDADE – AUTOS SOBRESTADOS.1. Ante a pendência de recurso no Superior Tribunal de Justiça,

devem os autos permanecer na Secretaria até o esgotamento da respectiva jurisdição.

2. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.860 (443)ORIGEM : AIRR - 241200702003406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : VIAÇÃO CRUZEIRO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GUILHERME TEODORIO DE ALMEIDAADV.(A/S) : TATIANA CARVALHO TAVARES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que indica violação do art. 7º, XXVI, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 41):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. INTERVALO INTRAJORNADA. REDUÇÃO. CONVENÇÃO COLETIVA. Nos termos da Orientação Jurisprudencial 342 SBDI-1/TST, é inválida cláusula de convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. Recurso de revista inviável. Agravo de instrumento improvido.”

Sustenta-se no recurso extraordinário que o Tribunal Superior do Trabalho não poderia afastar cláusula da norma coletiva que previa a redução do intervalo intrajornada.

É o relatório. Decido.Irreparável a decisão agravada.A garantia constitucional de reconhecimento e proteção dos acordos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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e convenções coletivas de trabalho não afasta a possibilidade de sua revisão, que no caso em exame se fez especialmente à luz da legislação infraconstitucional, evidenciando tratar-se de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Inclusive, observo que a aferição de eventual afronta à Constituição implicaria necessário reexame da cláusula da norma coletiva. Incide, na espécie, o óbice das Súmulas 279 e 454, deste Tribunal.

Nesse sentido: RE 239.619 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 15.05.2006), AI 617.006-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 23.03.2007), AI 657.176-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 31.08.2007), AI 750.752 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 27.05.2009) e AI 656.720 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 22.11.2007).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.992 (444)ORIGEM : APCRIM - 200805007378 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LUCIANO DA MOTTA BRANCOADV.(A/S) : WAGNER DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravo de instrumento é intempestivo. A publicação da decisão agravada ocorreu em 28/9/2009 (fl. 61) e a peça recursal foi protocolada em 8/10/2009 (fl. 2). Segundo o teor da Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal, o prazo para a interposição de agravo de instrumento criminal é de cinco dias, o que fixa o termo final do prazo recursal em 5/10/2009.

Ademais, constato que o agravante, na petição do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF.

O Tribunal, ao julgar Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decidiu que

“a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007” (DJ de 6/9/2007).

No mesmo sentido decidiu o Plenário deste Tribunal, no julgamento do RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.302 (445)ORIGEM : APCRIM - 20000015111400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOSÉ EVERARDO PEREIRA DE LIMAAGTE.(S) : CACÍLIA BRAGA LIMAADV.(A/S) : FRANCISCO MARCELO BRANDÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁ

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, fundado no art. 102, III, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o recorrente, na petição do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF.

O Tribunal, ao julgar Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decidiu que

“a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso

extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007” (DJ de 6/9/2007).

No mesmo sentido decidiu o Plenário desta Corte, no julgamento do RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie.

Ademais, conforme jurisprudência remansosa e pacífica desta Corte, a exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Assim, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Ainda que superados tais óbices, o recurso não prosperaria. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido necessário seria o reexame do conjunto fático probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.874 (446)ORIGEM : AC - 10024080434475001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARCELO TADEU DE SOUZAADV.(A/S) : SHELDON GERALDO DE ALMEIDAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais negou provimento a pedido formulado em apelação, ante os seguintes fundamentos (folhas 19 e 20):

[...]Primeiramente, observo que, com relação às horas extras, o artigo

39, § 3º, da Constituição Federal estendeu aos servidores públicos civis o direito conferido aos trabalhadores urbanos e rurais de seu recebimento em espécie. (artigo 7º, XVI, da CF/88).

Ressalto ainda que, em que pese tal previsão, não se há como negar que, o Princípio da Igualdade, constitucionalmente garantido, contrariamente ao entendimento trazido pelo recorrente, não autoriza que se equiparem todos os servidores públicos em um só grupo, mas sim, que se igualem servidores em situação semelhante, de forma que, esses sim, possam se considerar iguais. Nada mais.

[...]Desta feita, outra não poderia ser a conclusão que chegou a ilustre

Juíza monocrática, ao considerar que o requerente não faz jus às supostas horas-extras trabalhadas, que se mostram incompatíveis com o regime especial de trabalho, cuja compensação já se encontra na própria lei.

[...]2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 79

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.878 (447)ORIGEM : AC - 71002444115 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : NEREIDA DE FÁTIMA DA SILVA MORAESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, caput, e X, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que a agravante, na petição do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar fundamentada, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF, limitando-se a afirmar que:

“(...) pode se afirmar que ao se negar vigência à Lei Federal – Constituição Federal – ou quando se lhe dá interpretação incompatível, atinge-se a lei federal –Lei maior – de modo relevante e é do interesse público afastar esta ofensa ao Direito Individual, por constituir também uma ofensa ao Direito objetivo, donde ser relevante a questão federal que configura.

(...)Apresenta, pois, relevância jurídica e social hábil ao conhecimento do

presente recurso porquanto atinge a todos em decorrência de conduta individual sem qualquer efeito erga omnes” (fls. 169-170).

Como se percebe da transcrição acima não houve a demonstração fundamentada do novo requisito legal do recurso extraordinário.

O Tribunal, ao julgar Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decidiu que

“a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007” (DJ de 6/9/2007).

No mesmo sentido decidiu o Plenário desta Corte, no julgamento do RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório carreado aos autos, o que não se admite em RE, ante a incidência da Súmula 279.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.326 (448)ORIGEM : AI - 200101000310997 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : DROGARIA SANTA EDVIRGES LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SÉRBIO TÉLIO TAVARES VITORINO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. Descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da

prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no

exame de processo da competência da Corte.2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.785 (449)ORIGEM : PROC - 71002095271 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : OLIVIER RIECKADV.(A/S) : TIBICUERA MENNA BARRETO DE ALMEIDAAGDO.(A/S) : UNIMED - COOPERATIVA DE SERVIÇOS DE SAÚDE

DOS VALES DO TAQUARI E RIO PARDO LTDAADV.(A/S) : CÁSSIO AUGUSTO VIONE DA ROSA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.824 (450)ORIGEM : RESP - 802366 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FERNANDO JOSÉ DE CARVALHO ALVESADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDAAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ GUIMARÃES FARIAS E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.143 (451)ORIGEM : AC - 3966716 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 80: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 80

AGTE.(S) : OMNI S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

ADV.(A/S) : EDUARDO PENA DE MOURA FRANÇA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MANOEL DE SOUZA LIMAADV.(A/S) : JOSÉ ALEX VIEIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.226 (452)ORIGEM : AC - 200900161867 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FELIPPE ZERAIK E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PEDRO HENRIQUE DAUMAS TAVARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO CAMMARANO COIMBRA E OUTRO(A/S)

Petições 43.947/2010-STF e 43.949/2010-STFCAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO

BRASIL – PREVI requer vista dos autos pelo prazo de 5 (cinco) dias.Defiro o pedido.À Secretaria para as providências.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.254 (453)ORIGEM : PROC - 200871540025309 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : IRACEMA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : CARLA DELLA BONAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - FORMALIDADE - PERMISSIVO

CONSTITUCIONAL - ARTIGO 321 DO REGIMENTO INTERNO - AGRAVO DESPROVIDO.

1. O extraordinário interposto não atende ao que preceituado no artigo 321 do Regimento Interno desta Corte. Deixou a recorrente de apontar, quer na petição de encaminhamento, quer nas razões respectivas, o permissivo constitucional que estaria a dar respaldo ao recurso.

2. Conheço do pedido formulado neste agravo, negando-lhe, no entanto, acolhida.

3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.440 (454)ORIGEM : PROC - 137920020402417 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : COMPANHIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA

ELÉTRICA PAULISTA - CTEEPADV.(A/S) : LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JAIRO FLORENTINO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO ROBERTO GOMES BERALDO

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso

existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min.SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.466 (455)ORIGEM : AIRR - 104208200390004007 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SINDICATO DOS CONFERENTES DE CARGA E

DESCARGA NO PORTO DO RIO GRANDE - SINDCONFADV.(A/S) : CARLOS TADEU DE CARVALHO MOREIRA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BUNGE ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO LUIZ DE FARIA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL TRABALHISTA.

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO: TEMA SEM REPERCUSSÃO GERAL, CONFORME PRONUNCIAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 327, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Superior do Trabalho:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO. ILEGITIMIDADE ATIVA DO SINDICATO. Interposto à deriva dos requisitos do art. 896 consolidado, não prospera o recurso de revista. Agravo de instrumento conhecido e desprovido.

(...) O primeiro julgado de fl. 1.291 é inservível ao dissenso, eis que

proveniente do mesmo Regional (art. 896, 'a' , da CLT). O segundo paradigma de fl. 1.291 não atende à orientação emanada do verbete sumular 337/TST, pois não indica a respectiva fonte de publicação. O aresto de fl. 1.292 é inespecífico, por não infirmar o fundamento principal anteriormente citado, adotado pelo Regional, para manter a extinção do feito sem resolução de mérito. Incidência da Súmula 296 do TST. Não há que se falar em contrariedade à Súmula 286 do TST, eis que trata de situação distinta da enfrentada nos presentes autos. Por fim, ilesos os arts. 8º e 18 da Lei nº 8.630/93, por não tratarem da legitimidade do sindicato para ajuizar ação de cumprimento de convenção coletiva de trabalho. Mantenho o r. despacho agravado” (fls. 19 e 21-22).

3.A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. O Agravante alega que teria sido contrariado o art. 8º, inc. III, da Constituição da República.

Argumenta que a “entidade sindical está legitimamente constituída e tem como um de seus objetivos precípuos a defesa de seus associados, trabalhadores avulsos conferentes de carga e descarga no Porto do Rio Grande. Portanto; a ele cabe a defesa dos interesses da categoria, nos termos da Constituição Federal de 1988” (fl. 30).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Tribunal Superior do Trabalho limitou-se ao exame do cabimento

de recurso de sua competência.No julgamento do Recurso Extraordinário 598.365, Relator o Ministro

Ayres Britto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal afirmou a inexistência de repercussão geral da questão discutida nestes autos:

“PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso “elemento de configuração da própria repercussão geral”, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608” (DJe 23.6.2010 – grifos nossos).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 81: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 81

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores (§ 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

7. Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.477 (456)ORIGEM : CC - 76740 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DO BANCO SANTOS S/AADV.(A/S) : JOÃO CARLOS SILVEIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : EDEMAR CID FERREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATO OLIVEIRA RAMOS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA DE FALÊNCIAS E

RECUPERAÇÕES JUDICIAIS DE SÃO PAULO/SPINTDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL DA 6ª VARA CRIMINAL

ESPECIALIZADA EM CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E EM LAVAGEM DE VALORES DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão que declarou competente o Juízo Falimentar para distribuir o patrimônio da massa falida aos credores conforme as regras concursais estabelecidas pela lei falimentar.

2.Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos arts. 93, IX, e 109, VI, da Constituição Federal, sob o fundamento de que o Juízo Criminal Federal seria competente para administrar os bens da massa falida.

Aduz o agravante, em suma, que o julgado não restou suficientemente fundamentado, pelo que requer a anulação do acórdão “para que as alegações da União, expostas nos embargos de declaração, sejam apreciadas” (fl. 1.397).

Defende, também, que compete ao Juízo Penal definir a existência de lesados em decorrência da prática do crime, com a respectiva destinação do produto dos bens alienados. Acrescenta que o conflito de competência instaurado pretende, na realidade, impugnar comandos da sentença penal condenatória, manejando expediente inadequado.

Destaca que “os credores não se confundem com os ‘lesados’. Como já dito, estes devem se apresentar ao juízo criminal, que, reconhecendo sua condição de lesados pelo fato criminoso, determinará a restituição do valor apreendido, fruto do ilícito” (fl. 1.406).

Salienta que a universalidade do Juízo Falimentar não possui o condão de atrair a competência para a Justiça Estadual, em se tratando de demanda de competência da Justiça Federal. Afirma a impossibilidade de se reconhecer a competência do Juízo da Falência apenas para decidir sobre os bens arrecadados, em razão da prática de atos criminosos.

3.O Superior Tribunal de Justiça julgou o Conflito de Competência nos termos da ementa que passo a transcrever (fls. 1.293-1.294):

“CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUÍZOS CRIMINAL E FALIMENTAR - PERDA DE BENS, EM FAVOR DA UNIÃO, FRUTOS DO CRIME COMO EFEITO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO - DECRETO DE FALÊNCIA DAS EMPRESAS TITULARES DESSES BENS ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA – COMPETÊNCIA DO JUÍZO UNIVERSAL DA FALÊNCIA PARA ATOS DE DISPOSIÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS BENS DA MASSA FALIDA - CARACTERIZAÇÃO - AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PREVISTA NA LEI N. 6.024/74 CONTRA EX-ADMINISTRADORES DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, COM ORDEM DE ARRESTO DE BENS - PROXIMIDADE COM FEITO FALIMENTAR - APLICAÇÃO, MUTATIS MUTANDI , DO PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DO JUÍZO DE QUEBRA - NECESSIDADE - COMPETÊNCIA DO JUÍZO FALIMENTAR - CONFIGURAÇÃO - CONFLITO CONHECIDO PARA AFIRMAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE FALÊNCIA.

1. A decretação da falência carreia ao juízo universal da falência a competência para distribuir o patrimônio da massa falida aos credores conforme as regras concursais da lei falimentar.

2. A ratio essendi do ordenamento jurídico repousa na necessidade de reservar a único juízo a atribuição de gerenciar e decidir acerca de todos os bens sob a titularidade e posse da massa falida. Para tanto, eventuais terceiros prejudicados deverão valer-se dos mecanismos previstos na legislação falimentar, como o pedido de habilitação de crédito, a formulação

de pedido de restituição, entre outros.3. Havendo conflito de competência entre o juízo criminal – que

determina a perda de bens em favor da União com base no art. 91,II, do Código Penal após o trânsito em julgado - e o juízo falimentar

quanto a atos de disposição dos bens da massa falida, deverá ser prestigiada a vis attractiva do foro da falência, que é - por assim dizer - o idôneo distribuidor do acervo da massa falida.

4. Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, momento em que se aperfeiçoará o decreto de perda de bens em favor da União, cumprirá ao juízo falimentar - mediante provocação – indicar quem são os terceiros de boa-fé, que, à luz do art. 91, II, do CP, não poderão ser prejudicados pelo confisco-efeito da condenação penal.

5. A ação de responsabilidade civil prevista na Lei n. 6.024/74 (Lei de Intervenção e de Liquidação das Instituições Financeiras) possui notória interconexão com o feito falimentar, do que dão nota a coincidência do foro competente (art. 46 da Lei n. 6.024/74), a legitimidade ativa do administrador da massa falida (art. 47 da Lei n. 6.024/74) e a finalidade da ação de responsabilidade em obter a condenação dos ex-administradores da instituição financeira com o intuito de incrementar o acervo patrimonial constitutivo da massa falida, tudo em prol do pagamento dos credores da instituição financeira (art. 49 da Lei n. 6.024/74).

6. A acentuada proximidade entre a ação de responsabilidade dos administradores da instituição financeira e o feito falimentar permite que o princípio da universalidade do foro da falência seja, no que couber, aplicado às aludidas ações de responsabilidade.

7. Ao símile do que ocorre no caso da falência, diante de sentença penal posterior à ação de responsabilidade a qual determine, após o trânsito em julgado, a perda dos bens dos ex-administradores em proveito da União, a competência para custodiar esses bens e avaliar se o confisco está ou não prejudicando os terceiros de boa-fé mencionados no art. 91, II, do Código Penal será do r. juízo falimentar.

8. É desinfluente - seja no caso de falência, seja no de ação de responsabilidade - que o eventual sequestro de bens na esfera penal seja anterior à propositura da ação de responsabilidade civil dos ex-administradores ou ao decreto de quebra.

9. Conflito conhecido para declarar a competência do r. juízo falimentar”.

Infere-se dos excertos ora transcritos que a suposta ofensa à Constituição, se houvesse, seria indireta, a depender de análise da legislação infraconstitucional, além de requerer o reexame dos fatos e das provas da causa (Súmula STF 279), hipóteses inviáveis de apreciação em sede extraordinária.

4. Em relação à alegada contrariedade ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal, o fato de a decisão ter sido contrária aos interesses da parte não caracteriza violação ao dispositivo constitucional apontado. Nesse sentido, AI 662.319-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 05.03.2009; AI 682.065-AgR, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 03.04.2008; entre outros julgados.

5.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.691 (457)ORIGEM : AI - 71984899 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ELVIRO SOARES DE AZEVEDO SOBRINHOADV.(A/S) : CAIO MARQUES BERTOAGDO.(A/S) : RICAVEL VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : AMAURI JACINTHO BARAGATTIADV.(A/S) : LEILA MARIA GIORGETTI

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - INVIABILIDADE - DECISÃO QUE

NÃO SE MOSTRA DE ÚLTIMA INSTÂNCIA - ARTIGO 102, INCISO III, DA CARTA FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. Na espécie, não se tem recurso extraordinário contra pronunciamento judicial de única ou última instância. A decisão atacada, relativa aos embargos de declaração, foi proferida pelo relator de sorteio no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, não tendo sido esgotada a via recursal. Assim, o extraordinário não se enquadra no permissivo do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal no que estabelece a competência do Supremo para julgar, mediante o citado recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ou, ainda, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 82

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.169 (458)ORIGEM : APCRIM - 70007807753 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : DEIVID ESPERANÇA VIANAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃO: Vistos, etc. O Superior Tribunal de Justiça acolheu a pretensão da parte

agravante, ao apreciar o recurso especial interposto simultaneamente ao recurso extraordinário cuja admissibilidade ora se examina. Nessa contextura, o apelo extremo e, consequentemente, o agravo de instrumento manejado contra a decisão que negou trânsito ao recurso extraordinário perderam os respectivos objetos.

Isso posto, e frente ao art. 38 da Lei nº 8.038/90 e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, julgo prejudicado o agravo.

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2010.

Ministro AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.275 (459)ORIGEM : EDAIRR - 778200611103402 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : GISELLE ESTEVES FLEURY E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUCIANA DUARTE MOURÃOADV.(A/S) : RENATO SENNA ABREU E SILVA

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.358 (460)ORIGEM : AC - 433962008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MAURÍCIO NOGUEIRA JÚNIORADV.(A/S) : MAURÍCIO NOGUEIRA JÚNIORAGDO.(A/S) : MANOEL WALTER DE ARAÚJOADV.(A/S) : MARCELO MARTINS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DESPACHOAGRAVO DE INSTRUMENTO – EXAME – ESGOTAMENTO DE

JURISDIÇÃO NO STJ – NECESSIDADE – AUTOS SOBRESTADOS.1. Ante a pendência de recurso no Superior Tribunal de Justiça,

devem os autos permanecer na Secretaria até o esgotamento da respectiva jurisdição.

2. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.064 (461)ORIGEM : AMS - 2925145000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : POSTO NOVA GUAICURUS LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JÚNIORAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.101 (462)ORIGEM : PROC - 20097000734421 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNIADV.(A/S) : LEONARDO SILVA DE MORAES TALINA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PATRÍCIA KÁTIA LETTIERI FERREIRAADV.(A/S) : JORGE LUIZ DE AZEVEDO DA CUNHA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA -

INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

à decisão atacada, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.242 (463)ORIGEM : AC - 200671000501690 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DANIELLA MARQUES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS DUARTE JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ANELISE RIBEIRO PLETSCH E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário em que se discute a capitalização de juros em contrato de financiamento estudantil – FIES.

Em consulta à internet, verifico que a decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento parcial ao recurso especial para afastar a capitalização de juros no contrato em tela já transitou em julgado. Por essa razão, julgo prejudicado o recurso por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.248 (464)ORIGEM : AC - 200771100060959 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 83

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS -

UFPELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : VALDECIR CARLOS FERRIADV.(A/S) : FELIPE ZAMPROGNA MATIELO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA -

INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.400 (465)ORIGEM : AC - 200571170040576 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MA COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

1.Referente à Petição STF 41.132/2010 (fl. 579).2.Em virtude da renúncia dos advogados constantes da petição em

referência, intime-se pessoalmente a agravante para, no prazo legal, regularizar sua representação processual no feito.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.914 (466)ORIGEM : PROC - 70030743140 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : VALMOR ANTONIO DE CAMPOSADV.(A/S) : JANINE ROSSANA DE LEMOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CORPO

VOLUNTÁRIO DE MILITARES ESTADUAIS INATIVOS. REDUÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE RETORNO À ATIVIDADE. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DA INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“AGRAVO. DECISÃO MONOCRÁTICA. APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. CORPO VOLUNTÁRIO DE MILITARES ESTADUAIS INATIVOS – CVMI.

GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE RETORNO À ATIVIDADE. Redução da gratificação especial de retorno à atividade devida aos servidores do Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos – CVMI, operada pela Lei Estadual nº 10.916/97. Decisão monocrática coerente com o entendimento jurisprudencial dominante do STF e desta Corte Estadual no que tange à controvérsia jurídica central. Decisão monocrática mantida. Negado provimento ao agravo” (fl. 119).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 143-144).

3. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, 5º, caput, 6º, 7º, inc. XX, e 37, inc. XV, da Constituição da República.

Argumenta que, “se não concedido o direito a todos os servidores integrantes do CVMI de terem reconhecido que a edição da Lei n. 10.916/1997 infringiu o princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos, mesmo para os servidores que ingressaram após a vigência desta Lei, estará sendo violado um dos princípios fundamentais que dá sustentação a todo ordenamento jurídico, que é o da dignidade da pessoa humana” (fl. 130).

Apreciada a matéria trazida à espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Agravante.5. O Tribunal a quo assentou que “o autor passou à reserva

remunerada em 03/06/2004 (fl. 13) e foi designado para a CVMI em 21/03/2006 (fl. 16), ou seja, muito tempo após a redução do padrão remuneratório dos servidores que precária e transitoriamente retornaram à atividade após sua passagem para a reserva” (fl. 117 v.).

Concluir de forma diversa demandaria, necessariamente, o reexame de tudo quanto posto e devidamente apreciado pelas instâncias originárias, o que não é viável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Além disso, para se reexaminar o acórdão impugnado, seria necessária a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei n. 10.916/97). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. INCIDÊNCIA DAS

SÚMULAS 279 E 280 DO STF. (...). Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado demandaria a análise da legislação ordinária aplicada à espécie, bem como o revolvimento dos fatos e provas dos autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. Precedentes: AIs 673.512-AgR, 675.840-AgR e 687974-AgR, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia; 697.883-AgR, sob a relatoria do ministro Eros Grau; 677.572-AgR, 689.972-AgR e 685.483-AgR, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski” (RE 588.855-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 19.6.2009).

E:“IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO. LEGISLAÇÃO LOCAL.

FATOS E PROVAS. SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (...). Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de legislação local e de fatos e provas, circunstâncias que impedem a admissão do recurso extraordinário ante os óbices das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 295.750-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 1º.8.2008).

6. Não há o que prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.112 (467)ORIGEM : AIRR - 376200602204408 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EDI DE ALMEIDAADV.(A/S) : DILCEU ANTÔNIO ZATT

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que indica violação dos arts. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, e 7º, XXVI, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 124):

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. PDV. TRANSAÇÃO DE DIREITOS. HORA EXTRA. INTEGRAÇÕES. Não há como assegurar trânsito à revista quando o agravo de instrumento manejado não desconstitui os fundamentos do despacho denegatório da admissibilidade do recurso.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 84

Agravo de instrumento conhecido e não-provido.”Sustenta-se no recurso extraordinário que o Tribunal Superior do

Trabalho (a) sonegou prestação jurisdicional; (b) desconsiderou a cláusula do PDV referente à compensação de valores e (c) afastou a aplicação da norma coletiva ao determinar a integração das horas extras no cálculo das gratificações semestrais.

É o relatório. Decido.A controvérsia acerca da aferição dos pressupostos de

admissibilidade dos recursos trabalhistas cinge-se à norma processual trabalhista, de ordem infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, de sorte que seria necessário exame prévio da norma infraconstitucional - no caso, a Consolidação das Leis do Trabalho -, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 416.864 e AI 372.349, rel. min. Carlos Velloso; AI 417.464, rel. min. Ilmar Galvão; AI 322.409, rel. min. Ellen Gracie; AI 266.565, rel. min. Sepúlveda Pertence; AI 357.389, rel. min. Celso de Mello, e AI 404.274, rel. min. Gilmar Mendes).

Ademais, o recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os preceitos do art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, versa questões constitucionais não ventiladas na decisão recorrida e que não foram objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Por outro lado, a garantia constitucional de reconhecimento e proteção dos acordos e convenções coletivas de trabalho não afasta a possibilidade de sua revisão, que no caso em exame se fez à luz da legislação infraconstitucional, evidenciando tratar-se de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Inclusive, observo que a aferição de eventual afronta à Constituição implicaria necessário reexame da cláusula da norma coletiva. Incide, na espécie, o óbice das Súmulas 279 e 454, deste Tribunal.

Nesse sentido: RE 239.619 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 15.05.2006), AI 617.006-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 23.03.2007), AI 657.176-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 31.08.2007), AI 750.752 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 27.05.2009) e AI 656.720 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 22.11.2007).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.195 (468)ORIGEM : AC - 3473138 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GERSON APARECIDO ANTUNESADV.(A/S) : ROGER STRIKER TRIGUEIROS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO. HORAS EXTRAS. AUTORIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO ESTADUAL. SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Paraná:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITO ADMINISTRATIVO - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA - HORAS EXTRAS E SERVIÇO NOTURNO - NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ALEGAÇÃO QUE NÃO TEM O CONDÃO DE EXIMIR O PAGAMENTO DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS REALIZADAS E NÃO PAGAS - LIMITE LEGAL DE DUAS HORAS DIÁRIAS A TÍTULO DE HORAS EXTRAS - PAGAMENTO DEVIDO PARA EVITAR LOCUPLETAMENTO ILÍCITO DO PODER PÚBLICO - REFLEXOS DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS TÃO-SOMENTE NO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO - PREVISÃO NA LEI MUNICIPAL - VEDAÇÃO DA INCIDÊNCIA DOS REFLEXOS SOBRE O ABONO DE FÉRIAS - ARTIGO 37, INCISO XIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

1. É devido o pagamento a título de horas extras e serviço noturno, mesmo não havendo autorização expressa por parte da Administração Pública, uma vez que a municipalidade tinha ciência e se beneficiou do labor do apelado.

2. Havendo a efetiva prestação do serviço extraordinário em montante superior às duas horas diárias estabelecidas em lei, com a anuência e em proveito da Administração Pública, é devido o pagamento daí resultante, sob pena de locupletamento ilícito.

3. Não incide sobre servidor público municipal o disposto na

Consolidação das Leis do Trabalho, de forma que os reflexos das horas extraordinárias e serviço noturno incidem tão-somente quanto ao décimo terceiro salário, consoante disposição constante da Lei Municipal n. 4.928/1992 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Município de Londrina).

4. O servidor público não tem direito aos reflexos referentes às horas extraordinárias sobre o abono de férias por força da vedação do artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal.

RECURSO ADESIVO - CONDENAÇÃO ADSTRITA AO PERÍODO EM QUE O RECORRENTE COMPROVADAMENTE PRESTOU HORAS EXTRAS - CORREÇÃO MONETÁRIA - TERMO INICIAL - DATA EM QUE O RECORRENTE DEVERIA TER RECEBIDO O PAGAMENTO DEVIDO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - ARTIGO 20, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MAJORAÇÃO DO 'QUANTUM' ARBITRADO SINGULARMENTE - RECURSO ADESIVO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

1. A condenação ao pagamento de horas extraordinárias e de serviço noturno deve ficar adstrita ao período mencionado no laudo pericial, uma vez que não há prova carreada nos autos de que o recorrente tenha trabalhado extra-jornada posteriormente.

2. Em se tratando de relação de trabalho, o dies a quo da correção monetária é a data em que o recorrente deveria ter recebido o pagamento referente às horas extras e ao serviço noturno.

3. Os honorários advocatícios, no caso de condenação da Fazenda Pública, são fixados conforme as balizas do artigo 20, § 4º, do Código de Processo Civil, tendo o Juízo singular arbitrado seu valor com obediência aos preceitos legais ditados.

4. Quando não correspondente ao desempenho profissional do advogado e ao tempo despendido na promoção da causa, é imperiosa a majoração da verba fixada a título de honorários advocatícios pelo juiz singular, eis que arbitrada com vistas à justa remuneração do trabalho” (fls. 369-370).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência na espécie das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal (fls. 411-413).

4. O Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 7º, inc. XIII, e 37, caput, da Constituição da República.

Sustenta que “o fato impeditivo ao pagamento de horas extras [é] a ausência de autorização prévia expressa da chefia, exigida nos termos do disposto no artigo 189 da Lei Municipal n. 4.928/92 (Estatuto do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Município de Londrina), porquanto não comprovou o recorrido a exigência legalmente prevista para a prestação do serviço extraordinário, materializada na prévia e expressa convocação da chefia imediata” (fl. 396).

Argumenta que “a autorização judicial para a Administração repass[ar] ao Recorrido vantagem pecuniária decorrente da realização de horas extras não convocadas e autorizadas previamente constitui um agir contra a lei municipal regulamentadora do tema, em visível ofensa ao princípio da legalidade” (fl. 397).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia à luz da legislação

infraconstitucional aplicável à espécie (Leis Municipais n. 4.928/92 e 6.881/96 e Decreto n. 429/95), nos termos seguintes:

“Primeiramente, insta ressaltar que restou provado que o apelante realmente prestou serviços além da jornada de 06 (seis) horas a que estava obrigado pela Lei Municipal n. 6.881/1996 (fls. 27/28-verso) e Decreto nº 429/1995 (fls. 26). Tal fato foi comprovado pelos cartões-ponto juntados às fls. 29/49-verso e fls. 132/152-verso, bem como pelo laudo pericial de fls. 205/267. Assim, a controvérsia se refere à legalidade da prestação de serviços em horário extraordinário, bem como à eventual incidência de seus reflexos sobre o abono de férias e décimo terceiro salário.

O argumento de que o apelado teria prestado o serviço extraordinário sem ter sido previamente autorizado não pode subsistir. Isso porque, conforme apontado pelo apelado às fls. 317, os cartões-ponto acostados às fls. 132/152 apresentam, de forma recorrente, a expressão CSE - Convocação para Serviço Extraordinário -, bem como o número da convocação e a anotação da administração quanto às horas trabalhadas.

Assim, é bastante crível que o ente público tenha realmente convocado o apelado a prestar serviço extraordinário, tendo ciência do labor despendido e dele tirando proveito. Além disso, na hipótese de não haver expressa autorização para que o apelado laborasse extra-jornada, teria ocorrido a autorização tácita, pois a Administração não se opôs a tal fato” (fl. 375).

Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Ademais, concluir de forma diversa do que foi decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente no recurso extraordinário, conforme dispõe a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO MILITAR. HORAS EXTRAS. NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 85

DA AUTORIDADE COMPETENTE PARA A REALIZAÇÃO DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO. LEGISLAÇÃO ESTADUAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI 723.312/RS, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 5.6.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 624.195-AgR/RS, Rel. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 7.11.2008).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 3 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.212 (469)ORIGEM : AC - 10407080208538001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JUATUBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUATUBAAGDO.(A/S) : SILVIA APARECIDA DE SOUZA MENDESADV.(A/S) : JAQUELINE MIRANDA RODRIGUES

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. DIREITOS

SOCIAIS. PAGAMENTO DE VERBAS RESCISÓRIAS. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO E TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. APLICABILIDADE A CONTRATOS TEMPORÁRIOS. AGRAVO PROVIDO. CONVERSÃO DOS AUTOS EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO: POSTERIOR SUBMISSÃO AO PROCEDIMENTO DE REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“AÇÃO DE COBRANÇA – SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL CONTRATADO – TERÇO DE FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO – DIREITO CONSTITUCIONAL. A servidora – ainda que contratada sem a realização do devido concurso público – faz jus à remuneração respectiva pelo trabalho prestado, 13º salário e às conseqüentes parcelas relativas às férias anuais, acrescidas do terço constitucional, direito previsto no inciso XVII do art. 7º da CF” (fl. 121).

No voto condutor do acórdão recorrido tem-se que:“A certidão de fl. 18, emitida pela Prefeitura de Juatuba demonstra,

de forma incontroversa, que a autora prestou serviços ao Município no período de 1º.2.2001 a 20.5.2002.

A autora foi contratada, como o próprio apelante afirma, por tempo determinado, com base no art. 37, IX, da Constituição Federal. A LC 2/1993, ao prever os direitos do servidor contratado nessas condições não inclui o pagamento de férias e décimo-terceiro salário.

Entretanto, exatamente por força do artigo 37, IX, da Carta da República, que também admite a contratação excepcional de mão-de-obra, sem submissão a concurso público, por tempo determinado, para atender a interesse da Administração, é que o servidor assim contratado, faz jus, por ocasião da dispensa, à remuneração pelo trabalho prestado e às parcelas relativas às férias anuais, acrescidas do terço constitucional e ao décimo-terceiro salário, ambas previstas no art. 7º, incisos VIII, XII e XVII, do mesmo diploma legal.

Ora, admitida a prestação de serviço, não pode o Município invocar Lei Municipal para desobrigar-se do pagamento das verbas devidas, vez que são direitos constitucionais, devidos a todos os trabalhadores, inerentes ao vinculo empregatício.

(...)Nesse sentido, deve ser mantida a r. decisão que determinou o

pagamento das férias acrescidas de 1/3 (terço constitucional) bem como o 13º salário do período de novembro de 2003 a maio de 2005” (fl. 123).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que o Tribunal a quo

teria contrariado os arts. 37, caput e inc. IX, 39, § 3º, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Argumenta que, “além de a Constituição da República outorgar ao Município a competência de legislar sobre as contratações temporárias, o Município de Juatuba não prevê em sua legislação [Lei Complementar n. 2/93] o pagamento de férias e 13º salário, razão pela qual a decisão fere o princípio da legalidade” (fl. 164).

Sustenta que “não haveria que se falar em exigibilidade dos direitos trabalhistas elencados no § 3º do art. 39 da Constituição da República de 1988, uma vez que os servidores temporários não ocupam cargos públicos, mas tão somente cumprem funções públicas” (fl. 165).

E, ainda, que, “caso não esteja previsto em lei específica, não há que se falar em pagamento de verbas trabalhistas dispostas no art. 7º da Constituição da República aos servidores temporários. A Lei Complementar n. 2/93 de Juatuba, que regulamenta a contratação emergencial de servidores temporários, nada dispõe a respeito de verbas rescisórias. Por sua vez, a Lei federal n. 8.745/1993, que disciplina a contratação emergencial de servidores temporários, afasta expressamente tais verbas” (fl. 166).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição da República e a incidência das Súmulas 283 e 284 do Supremo Tribunal Federal na espécie vertente (fls. 190-192).

O Agravante alega que a ofensa à Constituição da República foi direta e reitera os argumentos formulados no recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que o Agravante foi intimado

depois de 3.5.2007, e consta no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional.

6. A decisão agravada, que examinou o mérito do recurso extraordinário, deve ser superada para que o objeto recursal seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Cumpre afastar, assim, o óbice da decisão agravada, pois o Agravante não deixou de infirmar nenhum fundamento do acórdão recorrido de forma suficiente e a matéria em discussão é exclusivamente de direito e de natureza constitucional, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

7. O ora Agravante insurge-se contra acórdão que manteve sentença proferida em ação de cobrança, a qual determinara o pagamento de férias, com o respectivo terço constitucional, e de décimo terceiro salário à ora Agravada, contratada temporariamente, entre fevereiro de 2001 e maio de 2005, pelo Município de Juatuba/MG.

O Agravante assevera que “a Lei Complementar n. 2/93 do Município de Juatuba não deixa dúvidas de que ao contratado por tempo determinado não assiste direitos a indenizações” (fl. 161).

8. No julgamento do Recurso Extraordinário 570.908, de minha relatoria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou devido o pagamento do terço constitucional ao ocupante de cargo comissionado exonerado que usufruiu férias adquiridas (DJe 12.3.2010).

Naquela oportunidade assentei que “não há possibilidade de se aceitar que a legislação ordinária restrinja direito individual garantido pela Constituição, penalizando o servidor que não usufruiu de suas férias, com o não pagamento do terço adicional de férias”.

Há, ainda, decisão do Supremo Tribunal Federal no sentido de que “a empregada sob regime de contratação temporária tem direito à licença-maternidade, nos termos do art. 7º, XVIII da Constituição e do art. 10, II, 'b', do ADCT, especialmente quando celebra sucessivos contratos temporários com o mesmo empregador” (RE 287.905, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 30.6.2006 – grifos nossos).

Todavia, na espécie vertente, discute-se a concessão de verbas rescisórias – terço constitucional e décimo terceiro salário – a servidor contratado temporariamente por ente público municipal, sem que haja previsão na lei local.

Não há precedente específico sobre a matéria, o que importa na necessidade de submetê-la à análise de repercussão geral.

9. Pelo exposto, conheço deste agravo e dou provimento a ele, nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 544 do Código de Processo Civil, e determino a sua conversão em recurso extraordinário para submissão ao procedimento de repercussão geral.

À Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal, para nova autuação e distribuição na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.337 (470)ORIGEM : EDAIRR - 836407920055150066 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE

MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ANA MARIA ANSELMI DORIGANADV.(A/S) : MARCELO TRIGO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 86: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 86

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que indica violação do art. 37, XIV, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 28):

“PARCELA DENOMINADA “SEXTA PARTE”. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXTENSÃO AOS SERVIDORES PÚBLICOS CELETISTAS. BASE DE CÁLCULO. Considera-se “servidor público” gênero do qual é espécie o empregado contratado pela administração direta, autarquias e fundações públicas. Assim, constando do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, de forma expressa, a concessão do adicional "sexta parte" aos servidores públicos estaduais, é devida a parcela pleiteada igualmente aos servidores públicos celetistas. Acerca da base de cálculo da parcela sexta parte, cabe assinalar ter a referida norma assegurado aos servidores públicos do Estado de São Paulo dois benefícios distintos, a saber, adicional por tempo de serviço e sexta parte, estabelecendo, quanto a esta, a base de cálculo sobre os vencimentos integrais do servidor. Agravo não provido.”

Sustenta-se no recurso extraordinário que o Tribunal Superior do Trabalho não poderia permitir “o cômputo em duplicidade de gratificações de mesma natureza (sexta parte e qüinqüênio)”.

É o relatório. Decido.Em casos análogos ao presente, esta Corte, por meio de ambas as

turmas, firmou entendimento no sentido de que a controvérsia envolve unicamente questão de direito local (Súmula 280) e que se ofensa tivesse havido à Constituição, esta seria indireta, reflexa, inviabilizando a via extraordinária. Assim:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL DE SEXTA PARTE. DIREITO LOCAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SUPERVENIÊNCIA DA EC 19/1998. A decisão agravada está em perfeita consonância com o entendimento firmado por ambas as Turmas desta Corte no sentido de que é inviável em recurso extraordinário o debate de questão relativa a direito meramente local. O Tribunal a quo, ao reconhecer o direito dos servidores do Estado de São Paulo à vantagem da sexta parte calculada sobre os vencimentos integrais, fundamentou-se exclusivamente no art. 129 da Constituição estadual. Assim, eventual violação da Constituição federal seria indireta. Incidência da Súmula 280/STF. Óbice não afastado pelo advento da Emenda Constitucional 19/1998. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 406.697-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, DJ de 04.11.2005)

EMENTA: CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE SEXTA-PARTE. CÁLCULO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. I. - Cálculo da sexta-parte feito em cumprimento às normas do art. 129 da Constituição do Estado-Membro. Controvérsia decidida à luz da legislação local. II. - Agravo não provido. (AI 510.364-AgR, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 16.09.2005)

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADICIONAL DE SEXTA-PARTE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. A presente controvérsia passa, necessariamente, pela análise da legislação infraconstitucional pertinente, na qual se baseara o acórdão recorrido (art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo). Incide, no caso concreto, o óbice da Súmula 280 desta colenda Corte. Agravo regimental desprovido. (RE 309.542-AgR, rel. min. Carlos Britto, DJ de 10.09.2004)

EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público estadual. Vencimentos. Cálculo do adicional da sexta-parte. Interpretação de legislação local. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 280. Não cabe RE que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de direito local, seria apenas indireta à Constituição da República. (AI 284.720-AgR, rel. min. Cezar Peluso, DJ de 24.10.2003)

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.358 (471)ORIGEM : RR - 401200001815004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : FERNANDA PINHEIRO PIO DE SANTANA E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : MÁRCIA APARECIDA SCARAVELLIADV.(A/S) : RUBENS GARCIA FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a) que indica violação dos arts. 5º, LIV e LV, 7º, XXII, e 93, IX, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 216):

“RITO SUMARÍSSIMO. A admissibilidade de recurso de revista

interposto em processo submetido ao rito sumaríssimo depende de demonstração inequívoca de ofensa direta à Constituição da República ou de contrariedade a súmula do TST, nos termos do art. 896, § 6º, da CLT.

Recurso de Revista de que não se conhece.”Alega a parte agravante que o Tribunal Superior do Trabalho ofendeu

diversos princípios constitucionais, na medida em que teria sonegado prestação jurisdicional e deferido à parte agravada o adicional de periculosidade.

É o relatório. Decido.A controvérsia acerca da aferição dos pressupostos de

admissibilidade dos recursos trabalhistas cinge-se à norma processual trabalhista, de ordem infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, de sorte que seria necessário exame prévio da norma infraconstitucional - no caso, a Consolidação das Leis do Trabalho -, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 416.864 e AI 372.349, rel. min. Carlos Velloso; AI 417.464, rel. min. Ilmar Galvão; AI 322.409, rel. min. Ellen Gracie; AI 266.565, rel. min. Sepúlveda Pertence; AI 357.389, rel. min. Celso de Mello, e AI 404.274, rel. min. Gilmar Mendes).

Ademais, não procede a alegação de afronta aos arts. 5º, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem ter violado os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte ora agravante.

Por fim, o recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 7º, XXII, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356)

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.360 (472)ORIGEM : AIRR - 948200503401404 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO SÉRGIO BARROS MOREIRAADV.(A/S) : LÉO MENEZES FARRULLA

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.361 (473)ORIGEM : EDAIRR - 1045199804615404 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : NESTLÉ BRASIL LTDAADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EDERALDO ROBERTO FERMINO SOARESADV.(A/S) : OSWALDO KRIMBERG

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE.1. O Tribunal Superior do Trabalho negou acolhida a pedido

formulado em agravo, consignando, no tocante à prorrogação de sentença normativa (folhas 245 e 246):

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 87: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 87

[...]O Regional, por meio do Acórdão de fls.176-178, decidiu: Ainda que a Constituição Federal não estabeleça prazo para vigência

de acordo ou convenção coletiva, o art. 614, § 3º, da CLT veda a celebração dos referidos diplomas negociais coletivos por prazo superior a dois anos. Assim, o termo aditivo nº 1, celebrado em 29/11/89 (fl.169), somente pode ser considerado válido pelo período de 30/11/89 a 30/11/91, não se aplicando ao caso vertente, eis que o recorrido foi admitido em 03/05/93 (fl.02) . (Fl.177).

A Reclamada, nas razões recursais de fls.180-203, suscitou a reforma da decisão do Regional, que a condenou ao pagamento das horas extras.

[...]Não prospera o inconformismo. A matéria não suscita controvérsias, já que decidida em consonância

com o entendimento consagrado na Orientação Jurisprudencial 322 da SBDI-1 desta Corte.

Por se tratar de matéria pacificada no âmbito desta Corte, despicienda a análise das violações e contradições apontadas, nos termos do artigo 896, § 4º, da CLT, da Súmula 333 e da Orientação Jurisprudencial 336, ambas do TST.

[...]O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação

de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência da Corte.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.504 (474)ORIGEM : EDRR - 2370200720208406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A -

ELETRONORTEADV.(A/S) : ELI PINTO DE MELO JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA DA SILVAADV.(A/S) : WESLEY LOUREIRO AMARAL

DECISÃO: A parte ora agravante sustenta que o acórdão por ela impugnado em sede recursal extraordinária teria transgredido os preceitos inscritos no art. 5º, incisos II, XXXV e LV e no art. 37, da Constituição Federal.

Cabe referir, desde logo, que os temas concernentes às alegadas transgressões aos preceitos inscritos no art. 5º, incisosXXXV e LV, da Constituição não se acham devidamente prequestionados.

E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ 144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não basta, no entanto, só argüir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 - RTJ 116/451).

De outro lado, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente enfatizado que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição (RTJ 147/251 - RTJ 159/328 - RTJ 161/284 - RTJ 170/627-628 - AI 126.187-AgR/ES, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - AI 185.669-AgR/RJ, Rel. Min. SYDNEYSANCHES - AI192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - AI257.310-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE254.948/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.767 (475)ORIGEM : AIRR - 712406820075010481 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : QUEIROZ GALVÃO ÓLEO E GÁS S/AADV.(A/S) : URSULINO SANTOS FILHOADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ GONÇALVES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : VALDECIR DE OLIVEIRA CRUZADV.(A/S) : JANAINA SOARES AMARANTE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AMÉRICA SERVIÇOS DE MANTIMENTOS LTDA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE

CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – IMPROPRIEDADE.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE.

1. Nota-se que o não-processamento do recurso extraordinário pelo Tribunal Superior do Trabalho vem desaguando, com verdadeira automaticidade, na interposição de agravo. Para tanto, articula-se com a ofensa à Carta da República, quando, na realidade, o que se observa é a tentativa de transformar a Suprema Corte em órgão simplesmente revisor das decisões prolatadas na última instância do Judiciário Trabalhista.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência ao Diploma Maior, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado em exame de processo da competência da Corte.

2. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.074 (476)ORIGEM : AC - 200400132972 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA S/AADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : THEREZINHA RAMOS DE CARVALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS FERNANDES JÚNIOR E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL.

RESPONSABILIDADE OBJETIVA DE CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. ATROPELAMENTO DE PEDESTRE. PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE FERROVIÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. AGRAVO RETIDO. DANO MORAL. ARBITRAMENTO. EXTINÇÃO DO PROCESSO EM RELAÇÃO AOS IRMÃOS DA VÍTIMA. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1. Rejeita-se a preliminar argüida via agravo retido, devidamente reiterada nas razões de apelação, posto que, é facultado ao juiz, conforme art. 130 do CPC, determinar as provas necessárias à instrução do processo. 2. É aplicável à hipótese o Decreto nº 2.089/63, que regulamenta a segurança das ferrovias. 3. A ré, segunda apelante, responde objetivamente pelo evento danoso, na forma do art. 37, §6º da CR. 4. São requisitos básicos da responsabilidade civil objetiva: o fato, o dano e o nexo causal. 5. Com acerto agiu o douto magistrado monocrático ao extinguir o processo sem julgamento do mérito, na forma do art. 267, VI, do CPC, com relação aos irmãos da vítima por não terem, os mesmos, compravado a relação de convivência próxima e constante com esta última. 6. Os valores arbitrados pelo magistrado monocrático para reparação dos danos sofridos pelos pais da vítima ultrapassam o limite da razoabilidade fixada em decisões dos Tribunais Superiores. 7. Quanto ao pedido aduzido pelos primeiros apelantes de arbitramento de verba a título de luto, funeral e sepultura, não deve o mesmo ser acolhido, por não haver, nos presentes autos, qualquer comprovação acerca de tais despesas. 8. Está correta a decisão de condenação de ambas as partes nos ônus sucumbenciais, haja vista a evidente sucumbência recíproca. 9. Rejeitada, com destaque, a preliminar argüida via agravo retido, nega-se provimento ao primeiro apelo, dando-se parcial provimento ao segundo, para reduzir o valor arbitrado para reparação do dano moral” (fls. 616-617).

3.A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa constitucional, se

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 88

tivesse ocorrido, seria indireta. 4. A Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. LIV,

37, § 6º, e 93, inc. IX, da Constituição da República. Argumenta que “a responsabilidade civil objetiva das prestadores de

serviços públicos somente exsurge no efetivo exercício desse serviço concedido, o que também equivale à afirmação de que essa mesma prestadora de serviços públicos não responde objetivamente por todos os seus atos, mas, apenas e tão-somente, pelos atos que ocasionem danos aos administrados que utilizam os serviços por ela prestados, assim, em decorrência do risco da sua atividade econômica” (fl. 763).

Afirma que, “ao se considerar que o v. acórdão recorrido sustentou que a responsabilidade civil da Recorrente é objetiva em relação aos parentes de um pedestre que estaria a intentar a travessia da sua linha férrea, certo é que o aplicou mal o Tribunal local a disposição do artigo 37, § 6º, da Constituição da República, pois certo é que, na hipótese de atropelamento em via férrea, a responsabilidade da empresa não deriva do contrato de transporte, que jamais chegou a formar-se com a vítima atropelada” (fl. 764).

Requer seja afastada a “responsabilidade objetiva da ferrovia Recorrente, aplicando-se, por conseguinte, as regras atinentes à responsabilidade civil aquiliana, sendo certo que os Recorridos não lograram demonstrar a culpa da ferrovia Recorrente no incidente que vitimou seu ente querido, ensejando o julgamento de integral improcedência do pedido dos Recorridos” (fls. 768-769).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante. 6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. No julgamento do Recurso Extraordinário 591.874, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a responsabilidade das empresas concessionárias de serviço público é objetiva também em relação a terceiro não usuário do serviço. Confira-se a ementa desse julgado:

“CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO. RECURSO DESPROVIDO. I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal. II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. III - Recurso extraordinário desprovido” (Tribunal Pleno, DJe 18.12.2008).

Nesse julgamento, o Ministro Relator consignou em seu voto:“Penso também que não se pode interpretar restritivamente o alcance

do referido art. 37, § 6º, sobretudo porque o texto magno, interpretado à luz do princípio da isonomia, não permite que se faça qualquer distinção entre os chamados ‘terceiros’, isto é, entre usuários e não-usuários do serviço público, vez que todos eles, de igual modo, podem sofrer dano em razão da ação administrativa do Estado, seja ela realizada diretamente, seja por meio de pessoa jurídica de direito provado. Não impressiona, data venia, o entendimento segundo o qual apenas os terceiros usuários do serviço público gozam de proteção constitucional decorrente da responsabilidade objetiva do Estado, porquanto têm o direito subjetivo de receber um serviço adequado. É que tal raciocínio contrapõe-se à própria natureza do serviço público, que, por definição, tem caráter geral, estendendo-se, indistintamente, a todos os cidadãos, beneficiários diretos ou indiretos da ação estatal”.

8. O Tribunal de origem reconheceu a existência de nexo de causalidade entre a conduta da Agravante e o dano sofrido pelos Agravados e proferiu decisão em harmonia com a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal.

Não há o que prover quanto às alegações da Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.131 (477)ORIGEM : AC - 9002975 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : IDILVA TAVARES DOLORESADV.(A/S) : GEISA LINS DE LIMA E OUTRO(A/S)

DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) interposto de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que teve a seguinte ementa (fls. 29):

“1. Prescrição – Inexistência – Relação de trato sucessivo – Prescrição que só alcança as prestações vencidas no qüinqüênio anterior à citação – Imprescritibilidade do fundo do direito – Inteligência da Súmula nº 85 do STJ.

2. Secretaria da Educação – Servidora Pública Estadual aposentada – Inconformismo com redução de vencimentos por aplicação da Lei Complementar 836/97, de tal forma que os décimos incorporados (art. 133 da Carta Paulista) levaram em conta os valores do nível inicial do cargo na carreira e daquele valor mais elevado ocupado – Inadmissibilidade – Não poderia a Lei Complementar nº 836/97, com seu art. 27, ser aplicada para situações anteriores e pré-existentes, que resultaram em direito adquirido – Não seria possível fazer retroagir a lei, para que o integrante da carreira do magistério, quando nomeado ou designado para cargo de outra classe na mesma carreira, percebesse o vencimento correspondente ao nível retributório inicial da noca classe – Impossibilidade de redução das vantagens incorporadas.”

Sustenta o agravante violação do disposto no art. 37, II, da Carta Magna.

A questão constitucional debatida no recurso extraordinário não foi ventilada no acórdão recorrido nem foi objeto de embargos de declaração. Falta-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.152 (478)ORIGEM : PROC - 200870510044439 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SANTO MANOEL MARQUESIADV.(A/S) : WILSON LOPES DA CONCEIÇÃOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - FORMALIDADE - PERMISSIVO

CONSTITUCIONAL - ARTIGO 321 DO REGIMENTO INTERNO - AGRAVO DESPROVIDO.

1. O extraordinário interposto não atende ao que preceituado no artigo 321 do Regimento Interno desta Corte. Deixou o recorrente de apontar, quer na petição de encaminhamento, quer nas razões respectivas, o permissivo constitucional que estaria a dar respaldo ao recurso.

2. Conheço do pedido formulado neste agravo, negando-lhe, no entanto, acolhida.

3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.338 (479)ORIGEM : AI - 200800225464 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE

OLIVEIRAADV.(A/S) : RAQUEL ACHERMAN ABITAN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

DESPACHO: (Referente à Petição nº 0043557)Tendo em conta o noticiado na mencionada petição, determino o

sobrestamento do julgamento deste processo até o julgamento final do Agravo de Instrumento em Recurso Especial. Pelo que os autos deverão permanecer na Secretaria Judiciária, até o julgamento do mencionado recurso.

Publique-se.Brasília, 16 de agosto de 2010.

Ministro AYRES BRITTORelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.358 (480)ORIGEM : PROC - 10000074646282000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ALFA LOCADORA DE EQUIPAMENTOS LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLAUDIA CENCE LOPESAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

UBERLÂNDIA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. 1)

CABIMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA: QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. 2) RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE IMPUGNA OS FUNDAMENTOS DO JULGADO RESCINDENDO, E NÃO OS DO JULGADO RESCISÓRIO: INVIABILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“Ação Rescisória. Acórdão proferido em ação ordinária. Motivos e elementos apresentados na inicial. Incompatibilidade com a causa de rescisão invocada. Improcedência do pedido. Verificado que os motivos apresentados na inicial não se compatibilizam com as disposições estritas do art. 485, V, do Código de Processo Civil, julga-se improcedente o pedido da Ação Rescisória. A Ação Rescisória não serve para apreciar a justiça da decisão. Rejeita-se a preliminar e julga-se improcedente o pedido” (fl. 378 – grifos nossos).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“Extrai-se do acórdão rescindendo (f. 94/99-TJ) que a 3ª Câmara

Cível deste Tribunal de Justiça deixou de aplicar o entendimento firmado no julgamento do Recurso Extraordinário nº 116.121/SP, tendo em vista que, além de não se tratar de controle concentrado de constitucionalidade da norma da Lei Complementar nº 56/87, foi estabelecida significativa divergência entre os julgadores, a sugerir que a matéria ainda não se encontrava pacificada naquela Corte.

(...)A decisão rescindenda não contém referência nem análise específica

dos dispositivos invocados na petição inicial desta rescisória. A Turma Julgadora entendeu que a legislação do Município de Uberlândia, ao determinar a incidência do ISSQN sobre a locação de móveis, encontrava respaldo na lista anexa ao Decreto-Lei nº 406/68, na redação da Lei Complementar nº 56/87, e que 'o termo 'serviço' não se restringe à atividade corpórea relativa à obrigação de dar, o que corresponderia à qualificação civil do termo, mas também contempla o exercício da atividade econômica de uma pessoa jurídica que presta um serviço a fim de realizar seu objeto social lucrativo, conceito este, de caráter comercial, que mais se aproxima com o propósito da incidência do imposto e a todos os princípios que avalizam a atividade arrecadatória'.

A rescisão, em casos da espécie, pressupõe que, no julgado, haja manifestação expressa e direta sobre o tema previsto no dispositivo que se reputa violado e, principalmente, que não se trate apenas de interpretação divergente da que lhe tenha sido dada em outras decisões.

A análise de violação da literalidade de dispositivo de lei, a que se refere o art. 485, V, do Código de Processo Civil, deve se orientar pela razoabilidade, porque a interpretação aceitável sobre o direito em que se fundamenta o pedido apreciado, mesmo que contrária àquela eleita como a mais adequada, não sustenta a rescisão.

(...)O acórdão rescindendo, como referido acima, contém fundamento

jurídico bastante para expungir a qualificação que lhe é atribuída na inicial, de decisão violadora de literal disposição de lei.

A decisão do Supremo Tribunal Federal, no RE nº 116.121/SP, deu-se em controle incidenter tantum de constitucionalidade da expressão 'locação de bens móveis' constante do item 79 da Lista de Serviços a que alude o art. 8º do Decreto-Lei nº 406/68, na redação que lhe deu a Lei Complementar nº 56/87, sendo certo que seus efeitos jurídicos se projetaram exclusivamente para os sujeitos da relação processual.

Logo, em obséquio do princípio da segurança jurídica, a superveniente adoção daquele entendimento como orientação jurisprudencial dominante do Supremo Tribunal Federal em torno da matéria discutida, por si só, não autoriza, nos termos do art. 485, V, do Código de Processo Civil, a rescisão do julgado, tendo em vista seu conteúdo de simples interpretação de normas.

(...)A Ação Rescisória não serve para apreciar a justiça de sentença ou

acórdão, uma vez que não pode ser transformada em recurso de prazo longo em detrimento da segurança jurídica e da efetividade das decisões jurisdicionais de mérito” (fls. 382-385 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, as Agravantes afirmam que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 146, inc. III, alínea a, e 150, inc. I e III, da Constituição da República.

Alegam que “o v. Acórdão rescindendo (...) convalidou a aplicação do item 79 da lista de serviços a que se refere o Decreto-Lei n. 406/68, na redação dada pela Lei Complementar n. 56/87, mesmo frente à sua declarada inconstitucionalidade pelo Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal” (fl. 460 – grifos nossos).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 343 do Supremo Tribunal Federal (fls. 554-555).

As Agravantes sustentam o preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste às Agravantes.6. A análise do cabimento da ação rescisória – especialmente quanto

à afirmação de que os dispositivos constitucionais supostamente contrariados não teriam sido objeto de debate e decisão prévios no julgado rescindendo - dependeria do exame prévio da legislação processual ordinária que disciplina a matéria.

Essa circunstância não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO E ADMISSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 779.175-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 30.4.2010).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Pressupostos de admissibilidade de ação rescisória. Matéria restrita ao âmbito da legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa à Constituição. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 549.539-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 25.4.2008 – grifos nossos).

“CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PROCESSUAL. CABIMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. LIMITES DA COISA JULGADA. ALEGADA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A Corte tem se orientado no sentido de que a discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária. Precedentes. III - É de natureza infraconstitucional o debate acerca dos pressupostos de admissibilidade de ação rescisória. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. IV - A exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu. V - Agravo regimental improvido” (AI 702.182-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 27.3.2009 – grifos nossos).

“1. As questões relativas aos pressupostos de cabimento de ação rescisória e à aplicação da Súmula STF nº 343 possuem caráter eminentemente infraconstitucional, pois se fundam na legislação processual ordinária, hipótese em que eventual ofensa à Lei Maior, se houvesse, seria indireta e, portanto, de apreciação inviável na via do apelo extremo. 2. Segundo jurisprudência desta Corte, o recurso extraordinário em ação rescisória deve ter por objeto a fundamentação do acórdão nela proferido e não as questões versadas na decisão rescindenda. 3. Agravo regimental improvido” (AI 456.931-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 31.3.2006 – grifos nossos).

7. As alegações de ofensas constitucionais relativas ao mérito do julgado rescindendo não ensejam o recurso extraordinário, conforme a pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A possibilidade de admissão de recurso extraordinário em ação rescisória restringe-se à fundamentação constante da própria rescisória, não aos argumentos utilizados no acórdão rescindendo” (AI 684.285-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 13.3.2009 – grifos nossos).

“Correção monetária de contas do FGTS. Ação rescisória: aplicação da Súmula 343. Recurso extraordinário: descabimento: âmbito de devolução. 1. Ação rescisória, com fundamento em violação de literal disposição de lei (CPC, art. 485), para rescindir decisão que condenara a autora a recompor perdas do FGTS com os denominados "expurgos inflacionários", liminarmente indeferida, por impossibilidade jurídica do pedido, com fundamento na Súmula 343 ("Não cabe ação rescisória, por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos Tribunais"). 2. RE fundado na contrariedade aos artigos 5º, II, XXXV e XXXVI; 7º, III; e 22, VI, da Constituição, nenhum dos quais tem a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 90

ver com o problema da aplicabilidade, ou não, da Súmula 343, em matéria constitucional. 3. No julgamento do recurso extraordinário, ao menos no juízo preliminar de seu conhecimento, é incontroverso que o Supremo Tribunal há de circunscrever-se às questões constitucionais expressamente aventadas na sua interposição. 4. No tocante ao RE interposto na ação rescisória, particularmente, contra decisão que indefere a inicial, é da jurisprudência do Supremo Tribunal que o recorrente há de voltar-se contra as razões desse indeferimento; e não, às questões de mérito enfrentadas na decisão rescindenda” (AI 460.439-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 9.3.2007 – grifos nossos).

“FGTS - CONTAS - CORREÇÃO MONETÁRIA - AÇÃO RESCISÓRIA - APLICAÇÃO DA SÚMULA 343/STF - DEBATE REVESTIDO DE CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL - IMPUGNAÇÃO, EM SEDE DE APELO EXTREMO, DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RESCINDENDA - INADMISSIBILIDADE - RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE DEVE INSURGIR-SE, NÃO CONTRA O ACÓRDÃO RESCINDENDO, MAS, SIM, CONTRA A FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO PROFERIDO NA AÇÃO RESCISÓRIA - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO. O recurso extraordinário interposto contra decisão que julga ação rescisória deve adstringir-se, quando presente situação de litigiosidade constitucional, às razões que dão suporte ao acórdão que apreciou a própria ação rescisória, e não aos fundamentos em que se apoiou o acórdão rescindendo. Doutrina. Precedentes” (AI 553.022-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 19.5.2006 – grifos nossos).

8. Nada há a prover quanto às alegações das Agravantes.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.522 (481)ORIGEM : PROC - 88709 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : ÁLVIN FIGUEIREDO LEITEAGDO.(A/S) : FRANCISCO GASQUE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DEGASPARE PATTO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. 1.

PREQUESTIONAMENTO NÃO DEMONSTRADO. SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e b, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado da 1ª Turma do Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais de São Paulo:

“CADERNETA DE POUPANÇA – PEDIDO DE COBRANÇA DAS DIFERENÇAS – PEDIDO PROCEDENTE – IMPROVIMENTO DO RECURSO” (fl. 162).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissiblidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento (fl. 177).

4. O Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. II e XXXVI, e 37, § 6º, da Constituição da República

Argumenta que a correção efetuada pelos bancos e alterada pelo Tribunal de origem teria obedecido a determinações legais constantes nos Decretos-Lei n. 2.284/1986 e 2.290/1986; que o Poder Público seria o verdadeiro responsável pelo pagamento da correção imposta no acórdão recorrido; e que teria havido transformação de mera expectativa de direito (aplicação de correção monetária nas datas de aniversário das contas) em direito adquirido.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Inicialmente, cumpre considerar se teria sido atendida a exigência

do prequestionamento do tema constitucional expresso nos artigos supostamente contrariados.

Tem-se cumprido o requisito do prequestionamento quando oportunamente suscitada a matéria, o que se dá em momento processual adequado, nos termos da legislação vigente.

Na espécie vertente, o Agravante alegou contrariedade aos arts. 5º, inc. II e XXXVI, e 37, § 6º, da Constituição da República apenas no recurso extraordinário. O Tribunal a quo não se manifestou sobre a alegada inconstitucionalidade, até mesmo por não ter sido instado a fazê-lo. Incidem na espécie as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

7. Ainda que pudesse ser superado o óbice da ausência de

prequestionamento, o recurso interposto não poderia ser acolhido por carecer de fundamentação adequada.

A decisão agravada apontou como impedimento à admissibilidade do recurso extraordinário a inexistência de prequestionamento. No presente recurso o Agravante não impugna em momento algum esse fundamento. Limita-se a repetir as razões do recurso extraordinário, o que conduz ao não cabimento do agravo em razão do disposto na Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. (...) IV - Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 9.10.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA 287/STF. INDICAÇÃO DOS PRECEITOS CONSTITUCIONAIS CONTRARIADOS PELO ACÓRDÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 284/STF. 1. O agravante não impugnou todos os fundamentos que serviram de suporte à decisão agravada. Incidência da Súmula 287 desta Corte. 2. É condição de êxito do agravo regimental que suas razões se voltem contra os fundamentos da decisão agravada. Incidência da Súmula 284/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 712.695-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 13.3.2009 – grifos nossos).

8. Quanto à interposição do recurso pela alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República, melhor sorte não assiste ao Agravante. É que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a interposição sob esse fundamento demanda a declaração formal de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal pelo plenário ou órgão especial do tribunal de origem. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO. ALÍNEA B. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. AUSÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Não tendo sido declarada a inconstitucionalidade pelo Tribunal a quo do dispositivo legal questionado, não há como conhecer de recurso extraordinário interposto pela alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República. 2. Agravo regimental desprovido” (RE 334.723-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 6.11.2006).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.617 (482)ORIGEM : AC - 5361102006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : EDUARDO SOUZA DO AMOR DIVINO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FABIANO SAMARTIN FERNANDES

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) AUSÊNCIA DE

PREQUESTIONAMENTO DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL SUPOSTAMENTE CONTRARIADO: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, DA CONSTITUIÇÃO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3) NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 4) ADMINISTRATIVO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO LOCAL: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento interposto contra decisão que não admitiu

recurso extraordinário, fundamentado no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça da Bahia:

“AÇÃO ORDINÁRIA JULGADA PROCEDENTE, DETERMINANDO A REINCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO "HABILITAÇÃO POLICIAL MILITAR" AOS VENCIMENTOS DOS AUTORES, BEM COMO O PAGAMENTO DA DIFERENÇA DEVIDA DESDE A SUPRESSÃO ATÉ A REIMPLANTAÇÃO DA REFERIDA VANTAGEM. INCONFORMISMO. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO REJEITADA.

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 91

1. A Gratificação Habilitação Policial Militar é uma vantagem pessoal decorrente de uma condição individual do policial militar, ou seja da realização de cursos, com aproveitamento, que uma vez satisfeita, fica incorporada ao seu vencimento, não podendo o Estado suprimi-la, posto ser um direito adquirido do servidor.

2. Como os fundamentos normativos na Gratificação de Habilitação Policial Militar e da Gratificação de Atividade Policial instituída pela Lei n. 7.145/97 são diferentes, não merece subsistir a alegação de cumulação de vantagens iguais.

RECURSO VOLUNTÁRIO IMPROVIDO.REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA EM REEXAME NECESSÁRIO” (fl. 365 – grifos nossos).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“Os autores/apelados preencheram a única condição exigida para a

percepção da vantagem em questão e a receberam por algum tempo, incorporaram-na ao seu patrimônio, tendo em vista ser um direito por eles adquirido.

E como o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal dispõe que "a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada", a edição da Lei n9 7.145/97 não tem o condão de retirá-la do contracheque dos recorridos, uma vez que o motivo que ensejou tal recebimento jamais desaparecerá.

Outrossim, não merece prosperar o argumento do apelante de que há cumulação de vantagens iguais, pois os fundamentos normativos, bem como a motivação da GHPM e GAP são diferentes, já que a primeira foi criada pela lei que dispõe sobre a remuneração da Polícia Militar (Lei n. 3.803/80) e é devida pelos cursos realizados, com aproveitamento, enquanto que a segunda foi instituída pela Lei n. 7.145/97, destinada a reorganizar a escala hierárquica da Polícia Militar do Estado da Bahia e a reajustar os soldos dos militares, sendo concedida com o objetivo de compensar o exercício da atividade do militar e os riscos dela decorrentes.

(...)Cumpre à Administração Pública observar o princípio da

irredutibilidade de vencimentos constitucionalmente assegurado aos servidores públicos, respeitando, ainda, o direito adquirido (art. 5º, XXXVI da CF/88 e art. 6º da LICC), sendo-lhe vedado alterar relações judiciais já constituídas e que integram o patrimônio do servidor” (fls. 367-368 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, o Agravante assevera que a rejeição dos embargos declaratórios opostos contra o julgado recorrido teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXIV, alínea a, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Alega que:“Não há qualquer controvérsia sobre a questão de ter o servidor

público, ativo ou inativo, direito adquirido à imutabilidade do regime remuneratório (...).

(...) As gratificações disputadas na presente ação ordinária são tipicamente gratificações temporárias (...).

Como facilmente se detecta, apenas aqueles policiais militares que foram transferidos para a reserva remunerada sob a égide da Lei n. 4.454/85 poderiam fazer jus à incorporação da Gratificação de Habilitação, em face da regra do tempus regit actum (...).

Dessa forma, aqueles que se encontravam na ativa possuíam, do ponto de vista jurídico, mera expectativa de direito de um dia vir a incorporar tanto a Gratificação de Habilitação quanto a de Função Policial, desde que, no momento de sua transferência para reserva, ainda houvesse previsão legal de sua incorporação ao soldo.

Em assim sendo, se não tinha havido incorporação de tais gratificações ao soldo dos policiais militares até o exato momento de sua extinção do ordenamento jurídico estadual (pela Lei n. 7.145/97), transmudando a mera expectativa de direito numa situação jurídica consolidada, não há que se falar em direito adquirido, sobretudo em face da orientação pacífica dos Tribunais Superiores (...) no sentido de que não existe direito à inalterabilidade do regime remuneratório” (fls. 415-421 – grifos nossos).

Sustenta, ainda, contrariedade ao art. 37, inc. XIV e XV, da Constituição, ao argumento de que:

“As três gratificações foram substituídas pela Gratificação de Atividade Policial Militar, que, nominalmente, significou acréscimo ao quanto antes percebido, ainda que suprimidas as três vantagens anteriores. Assim, não ocorreu perda patrimonial, segundo requisito para se configurar a redução ilegal. Basta ver os contracheques dos Recorridos (...).

Na hipóteses concreta, os Recorridos visam acumular indevidamente vantagens iguais. Senão vejamos. O fato gerador da FEASPOL seria o exercício das funções policiais militares nas condições de lugar, serviço e tempo previstas pela Lei n. 4.454/85. O fato gerador da Habilitação, a pontuação de cursos realizados com aproveitamento para o cargo (Lei 3.803/80). O fato gerador da Gratificação de Função Policial, o exercício de típicas atividades militares.

Ora, o fato gerador da Gratificação de Atividade Policial abrange todas as hipóteses anteriores, estabelecendo percentuais diferenciados pelas condições de lugar, serviço e tempo, em que se incluem o aperfeiçoamento do policial e a efetiva função de chefia (vide Lei n. 7.145/97)” (fl. 425 – grifos nossos).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 280 do

Supremo Tribunal Federal (fls. 457-458).O Agravante assevera que estariam presentes os pressupostos para

o processamento do recurso extraordinário.Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão de direito não assiste ao Agravante.6. O art. 93, inc. IX, da Constituição da República não foi objeto de

debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo. Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento” (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009).

7. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXIV, alínea a, e XXXV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional – na espécie vertente, do art. 535 do Código de Processo Civil -, não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PENHORA. INTIMAÇÃO PESSOAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta ” (AI 776.282-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.3.2010).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (RE 547.201-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 14.11.2008).

8. Como ressaltado pelo Agravante, o Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que não há direito adquirido à imutabilidade do regime legal remuneratório, razão pela qual é possível a supressão de gratificações, contanto que não haja diminuição do valor total da retribuição pecuniária percebida pelo servidor. Nesse sentido: RE 563.965, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe 20.3.2009; RE 575.474-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.6.2009; RE 353.545-AgR-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 7.3.2008.

Na espécie vertente, o Tribunal de origem asseverou que o Agravante não teria respeitado “o princípio da irredutibilidade de vencimentos constitucionalmente assegurado aos servidores públicos” (fls. 367-368).

Para se concluir de modo diverso, seria imprescindível o reexame de provas – como reconhece o Agravante (“basta ver os contracheques dos Recorridos” - fl. 425) -, o que atrai a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal e não enseja o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CÓDIGO CIVIL E NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 687.967-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 14.11.2008 – grifos nossos).

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de fatos e provas. Aplicação da súmula nº 279. Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por objeto o simples reexame de fatos e provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (RE 330.907-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 9.5.2008 – grifos nossos).

9. A solução da controvérsia sobre o fato gerador e a natureza jurídica das gratificações objeto do julgado recorrido e sobre o preenchimento dos requisitos para a sua percepção demandaria o reexame de leis locais, o que é vedado pela Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR. LEIS ESTADUAIS NS. 3.803/80 E 7.145/97. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA 280 DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 724.583-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE POLICIAL. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Controvérsia relativa à gratificação de atividade policial à luz de legislação de direito local, circunstância que impede a apreciação do extraordinário. Súmula 280-STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 718.691-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 17.10.2008 – grifos nossos).

10. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.11. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.644 (483)ORIGEM : PROC - 1503200300701002 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : LABORATÓRIOS PFEIZER LTDAADV.(A/S) : URSULINO SANTOS FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CÁTIA ALELUIA ALECRIMADV.(A/S) : MÁRIO NUNES AKIYAMA

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.663 (484)ORIGEM : PROC - 200970530039120 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : NOEL PEDRO MARQUESADV.(A/S) : ÁGDA CECÍLIA DE LIMA PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOPREVIDENCIÁRIO – REAJUSTE – PRESERVAÇÃO DO VALOR

REAL DO BENEFÍCIO – INDEXADOR – CRITÉRIO LEGAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Plenário do Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 376.846-8/SC, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 2 de abril de 2004, assentou que a presunção de constitucionalidade da lei a que se refere o § 4º do artigo 201 da Constituição Federal somente poderia ser elidida mediante demonstração da impropriedade do percentual adotado. A matéria, portanto, estaria afeta a legislação ordinária. O Tribunal consignou, ainda, que a declaração de inconstitucionalidade do indexador econômico eventualmente aplicado para a correção do benefício previdenciário não serviria à pretensão da recorrente, em virtude da inexistência de norma residual de caráter geral que assegure a observação permanente ou ilimitada de certo indexador padrão, para os fins estabelecidos no preceito constitucional.

2. Esse o quadro, ressalvando o entendimento pessoal sobre o tema, conheço deste agravo e o desprovejo.

3. Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.723 (485)ORIGEM : AC - 20070346921000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EDSON GOMES DOS SANTOSADV.(A/S) : DEIWES WILLIAM BOSSON E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULINTDO.(A/S) : COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS

MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. 1)

DEFICIÊNCIA NO TRASLADO. PROTOCOLO DA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO ILEGÍVEL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE DE DEMISSÃO IMPOSTA EM PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ANTES DA CONCLUSÃO DO PROCESSO PENAL QUE APURA OS MESMOS FATOS: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul:

“APELAÇÃO CÍVEL – MANDADO DE SEGURANÇA – POLICIAL MILITAR EXCLUÍDO A BEM DA DISCIPLINA – EXCLUSÃO VIA PROCESSO ADMINISTRATIVO ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PENAL – INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVA E PENAL – POSSIBILIDADE – COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA – SÚMULA 673 DO STF E ART. 144 DA LC 53/90 – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DESENVOLVIDO EM ESTRITA SUBSERVIÊNCIA AO PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO” (fl. 369).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“Trata-se de recurso de apelação interposto por Edson Gomes dos

Santos contra a sentença denegatória proferida no mandado de segurança preventivo impetrado contra ato do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul.

Consta nos autos que o apelante foi preso em flagrante delito no dia 15 de julho de 2003 pela prática de crime de tráfico ilícito de entorpecentes, por estar transportando 11 quilos de maconha, com destino a Cuiabá MT.

O Comandante-Geral da Polícia Militar do MS entendeu que o apelante atentou contra o decoro da classe policial e aos princípios da moral, da ética e do pundonor policial-militar, razão pela qual nomeou o Conselho de Disciplina por meio da Portaria n.369/DP/SJD/CD/2003, com fundamento nos artigo 2º, I, 'a', 'b' e 'c', do Decreto Estadual n. 1261/81, que considerou o apelante inapto para permanecer nas fileiras da corporação.

Foi impetrado mandado de segurança preventivo com pedido liminar contra ato do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, visando impedir a publicação ou mesmo a anulação do ato que excluiu o apelante dos quadros da PMMS.

O magistrado singular rejeitou o pedido formulado, denegando a segurança ao impetrante, com resolução do mérito, nos termos do artigo 269, I, do CPC.

Pois bem. Tenho que não assiste razão ao apelante.É ressabido que entre as esferas administrativa e penal existe total

independência, a não ser quando no âmbito penal o réu for absolvido com base em um dos incisos do art. 386 do CPP, o que não é o caso” (fl. 372 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que:“Pleiteou (...) a suspensão do procedimento administrativo disciplinar,

haja vista que o processo administrativo foi instaurado pelos mesmos fatos que deram origem à ação penal (...), razão pela qual se faz necessário o aguardo do trânsito em julgado, sob pena de ofensa ao princípio da presunção de inocência.

(...) Não se descura o enunciado da Súmula 673 do Supremo Tribunal

Federal, quando essa assevera que o art. 125, § 4º, da Constituição Federal não impediria a perda da graduação de militar mediante procedimento administrativo, mas, repise-se, isto se aplica aos fatos puramente disciplinares (...), afastando sua aplicação se for caso de fato apurado que em tese possa caracterizar um crime, pois aí, o Comandante-Geral da corporação miliciana estará usurpando a competência atribuída constitucionalmente ao Poder Judiciário” (fls. 399-407 – grifos nossos).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do julgado recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 440-444).

O Agravante assevera que estariam presentes os pressupostos de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 93

admissibilidade do recurso extraordinário.Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Há deficiência no traslado. Não é possível a identificação da data

de interposição do recurso extraordinário, pois não há carimbo de protocolo na petição recursal (fls. 392-414).

Assim, torna-se inviável aferir a tempestividade do recurso extraordinário, o que atrai a incidência da Súmula 288 do Supremo Tribunal Federal e não viabiliza o agravo de instrumento. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CARIMBO DE PROTOCOLO ILEGÍVEL. IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO DA TEMPESTIVIDADE. 1. O carimbo do protocolo no recurso extraordinário deve ser legível para permitir a verificação da data de interposição. Incumbe ao Agravante o ônus processual de demonstrar que a petição recursal foi protocolada em tempo oportuno. 2. Na linha da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, é ‘indispensável que esteja legível a data do carimbo de interposição do recurso, ainda que esse vício não seja questionado pela parte contrária, nem negado pela decisão agravada’ (AI 639.911-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 31.8.2007) ” (AI 661.198-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2008).

“Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Recurso inexistente. Ausência de assinatura do advogado do agravante na peça recursal. 3. Ademais, encontra-se ilegível a data de ingresso contida no protocolo da petição do recurso extraordinário, fato que impossibilita aferir a sua tempestividade, pressuposto de ordem pública do seu cabimento. Incidência das Súmulas STF nºs 288 e 639. 4. Agravo regimental não conhecido ” (AI 663.669-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 12.9.2008).

7. Ainda que assim não fosse, o recurso extraordinário não prosperaria, pois o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que as instâncias administrativa e penal são independentes, razão pela qual é possível a demissão de servidor público imposta em procedimento administrativo disciplinar antes da conclusão do processo penal que tenha por objeto os mesmos fatos. Nesse sentido:

“SERVIDOR PÚBLICO. Militar. Sub-Oficial. Prática de ato qualificado como crime e infração disciplinar. Recebimento de denúncia na esfera criminal. Instauração simultânea de procedimento administrativo disciplinar. Admissibilidade. Independência relativa das instâncias jurisdicional e administrativa. Segurança denegada. Improvimento ao recurso. Precedentes. Servidor público pode, ao mesmo tempo, responder a processo judicial penal e a procedimento administrativo disciplinar pela prática do mesmo ato” (RMS 26.510, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 25.3.2010 – grifos nossos).

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO: POLICIAL: DEMISSÃO. ILÍCITO ADMINISTRATIVO e ILÍCITO PENAL. INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA: AUTONOMIA. I. - Servidor policial demitido por se valer do cargo para obter proveito pessoal: recebimento de propina. Improbidade administrativa. O ato de demissão, após procedimento administrativo regular, não depende da conclusão da ação penal instaurada contra o servidor por crime contra a administração pública, tendo em vista a autonomia das instâncias. II. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal: MS 21.294- DF, Relator Ministro Sepúlveda Pertence; MS 21.293-DF, Relator Ministro Octavio Gallotti; MMSS 21.545-SP, 21.113-SP e 21.321-DF, Relator Ministro Moreira Alves; MMSS 21.294-DF e 22.477-AL, Relator Ministro Carlos Velloso. III. - Procedimento administrativo regular. Inocorrência de cerceamento de defesa. IV. - Impossibilidade de dilação probatória no mandado de segurança, que pressupõe fatos incontroversos, prova pré- constituída. V. - Mandado de Segurança indeferido” (MS 23.401, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 12.4.2002 – grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.752 (486)ORIGEM : AC - 10024030405286001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : MARIA BATISTA DUTRA DE ACIPRESTEADV.(A/S) : JÚLIO CONSUELO MARRA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO.

PENSÃO POR MORTE. COMPANHEIRA. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. REEXAME DE PROVAS: IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA

SEGUIMENTO. Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“REEXAME NECESSÁRIO - PREVIDENCIÁRIO - PENSÃO POR MORTE - INTEGRALIDADE - SERVIDOR FALECIDO - COMPANHEIRA CASADA - RELAÇÃO DE COMPANHEIRATO VIVIDA EXCLUSIVAMENTE COM O EX-SEGURADO - CONCUBINATO IMPURO NÃO CONFIGURADO - PEDIDO JULGADO PROCEDENTE - SENTENÇA MANTIDA” (fl. 161).

3. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 37, caput, 93, inc. IX, e 226, § 3º, da Constituição da República.

Sustenta que “restou incontroverso que a Autora é casada com outro homem e, por conseguinte, não pode ser tida por companheira do ex-servidor falecido. O fato de encontrar-se ela separada de fato de seu marido não autoriza, de modo algum, a concluir-se pela existência da união estável, que pressupõe a inexistência de matrimônio válido civil entre os parceiros” (fl. 211).

Assevera que “a Autora, não podendo ser tida como companheira do ex-servidor falecido, não poderá, igualmente, ser considerada sua dependente para o fim de recebimento da pensão postulada” (fl. 213).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República e a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal (fls. 234-237).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Tem-se no acórdão recorrido:“No caso em exame, a prova testemunhal confirma ter a autora vivido

maritalmente com o ex-segurado de 1969 até a morte dele, tendo nascido desta união os filhos Romildes Gonzaga Carneiro e Roberto Gonzaga Carneiro.

Outrossim, às fls. 12, a autora comprova a condição de companheira do ex-segurado na carteira de identidade de beneficiária do Inamps, demonstrando, ainda, ser sua dependente na Associação dos Funcionários da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, juntamente com os dois filhos do casal.

Embora a autora seja casada civilmente com outro homem, dele se encontra separada de fato desde o ano de 1969, não elidindo, assim, a relação de companheirato vivida exclusivamente com o ex-segurado.

Conforme bem observou o ilustre Juiz, a legislação não permite é o concubinato impuro, ou seja, se autora casada estivesse vivendo com seu marido e, simultaneamente, mantivesse o companheirato, com o ex-segurado, o que, entretanto, não é o caso dos autos.

Da mesma forma, não há falar-se em prova de dependência econômica por parte da autora, por força do art. 8º, da Lei 9380/86 (...).

Assim, forçoso reconhecer o direito da autora em receber a pensão integral, incluídas as diferenças das prestações vencidas, a partir da morte do ex-servidor, acrescidas de correção monetária e juros moratórios no percentual estabelecido pelo ilustre Juiz, uma vez que não foi objeto de recurso da parte autora” (fls. 164-165).

Concluir de forma diversa do que foi decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente no recurso extraordinário, conforme dispõe a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 651.296-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 7.11.2008).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Sociedade de fato e união estável. Acórdão impugnado que decidiu a causa com base em reexame de provas e legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Ausência de razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE 552.476-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJE 28.3.2008).

8. Ademais, a tese do Agravante – de que somente a separação de fato não ensejaria o reconhecimento da união estável – contraria o entendimento do Supremo Tribunal Federal. A propósito, confira-se trecho do voto proferido pelo Ministro Marco Aurélio, Relator do Recurso Extraordinário

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 94

590.779, Primeira Turma, DJE 27.3.2009:“É certo que o atual Código Civil versa, ao contrário do anterior, de

1916, sobre a união estável, realidade a consubstanciar núcleo familiar. Entretanto, na previsão está excepcionada a proteção do Estado quando existente impedimento para o casamento relativamente aos integrantes da união, sendo que, se um deles é casado, esse estado civil apenas deixa de ser óbice quando verificada a separação de fato. A regra é fruto do texto constitucional e, portanto, não se pode olvidar que, ao falecer, o varão encontrava-se na chefia da família oficial, vivendo com a mulher” (grifos nossos).

9. Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 3 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.778 (487)ORIGEM : AC - 10024060071073001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : MÁRCIO ROBERTO DE SOUZA RODRIGUESAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : JOÃO MARIA LOPESADV.(A/S) : PAULA JUNQUEIRA DORELLA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO:

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE OS PROVENTOS. RESTITUIÇÃO. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – ENTENDIMENTO JÁ PACIFICADO NO STF – SENTENÇA ULTRA PETITA – JUROS DE MORA – CORREÇÃO MONETÁRIA – HONORÁRIOS – Segundo o melhor entendimento, dentro da moderna processualística, que cada vez mais vê o processo como instrumento, o julgamento ultra petita não macula a decisão de nulidade. - Fundado na EC n. 20/98, o desconto de 8% (oito por cento) a título de contribuição previdenciária foi considerado inconstitucional pelo STF” (fl. 162).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do julgado recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 262-263).

3. Os Agravantes alegam que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, 18, 24, inc. XII e §§ 1º, 2º, 3º, 25, 49, § 1º, e 195, § 4º, da Constituição da República.

Argumentam que “os Estados podem também cobrar a espécie tributária que se discute, para fornecer, exclusivamente, a assistência à saúde” (fl. 227).

Sustentam que “a cobrança da contribuição social calculada pela alíquota de 3,2% é constitucional, pois tem especificadamente caráter contraprestacional, no interesse dos servidores públicos estaduais e de toda a coletividade” (fl. 228).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.5. Na espécie vertente, o Agravado, servidor inativo do Estado de

Minas Gerais, pleiteia restituição de valores pagos, durante a vigência da EC n. 20/98, referentes a contribuições destinadas à seguridade social instituídas pela Lei estadual n. 9.380/86 e Lei Complementar estadual n. 64/02.

6. Ao julgar a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.010, DJ 12.4.2002, o Plenário do Supremo Tribunal reconheceu a inconstitucionalidade da incidência da contribuição previdenciária sobre os proventos de inativos e pensionistas a partir da Emenda Constitucional n. 20/1998.

O conteúdo desse acórdão está assim ementado:“A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO ADMITE A INSTITUIÇÃO

DA CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL SOBRE INATIVOS E PENSIONISTAS DA UNIÃO.

- A Lei n. 9.783/99, ao dispor sobre a contribuição de seguridade social relativamente a pensionistas e a servidores inativos da União, regulou, indevidamente, matéria não autorizada pelo texto da Carta Política, eis que, não obstante as substanciais modificações introduzidas pela EC n. 20/98 no

regime de previdência dos servidores públicos, o Congresso Nacional absteve-se, conscientemente, no contexto da reforma do modelo previdenciário, de fixar a necessária matriz constitucional, cuja instituição se revelava indispensável para legitimar, em bases válidas, a criação e a incidência dessa exação tributária sobre o valor das aposentadorias e das pensões.

O regime de previdência de caráter contributivo, a que se refere o art. 40, 'caput', da Constituição, na redação dada pela EC n. 20/98, foi instituído, unicamente, em relação 'Aos servidores titulares de cargos efetivos...', inexistindo, desse modo, qualquer possibilidade jurídico-constitucional de se atribuir, a inativos e a pensionistas da União, a condição de contribuintes da exação prevista na Lei nº 9.783/99. Interpretação do art. 40, §§ 8º e 12, c/c o art. 195, II, da Constituição, todos com a redação que lhes deu a EC nº 20/98(...)”

E, ainda, nesse sentido:“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Contribuição

previdenciária de servidor inativo municipal a partir da EC 20/98 até a EC 41/04. Ilegitimidade. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 552.470-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 9.6.2006).

E“CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INATIVOS E PENSIONISTAS.

EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/98. ILEGITIMIDADE DA COBRANÇA ATÉ A EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/03. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO” (AI 451.859-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 16.2.2007).

7. Não há o que prover quanto às alegações dos Agravantes.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.836 (488)ORIGEM : PROC - 765200602404001 - JUIZ DO TRABALHO DA 4º

REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : ANA VIRGÍNIA BATISTA LOPES DE SOUZA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CESAR RENATO BACCHIERI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CECÍLIA FRANCO FERREIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE

CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – IMPROPRIEDADE.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE.

1. Nota-se que o não-processamento do recurso extraordinário pelo Tribunal Superior do Trabalho vem desaguando, com verdadeira automaticidade, na interposição de agravo. Para tanto, articula-se com a ofensa à Carta da República, quando, na realidade, o que se observa é a tentativa de transformar a Suprema Corte em órgão simplesmente revisor das decisões prolatadas na última instância do Judiciário Trabalhista.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência ao Diploma Maior, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado em exame de processo da competência da Corte.

2. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.912 (489)ORIGEM : PROC - 16270 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : WANDO DIOMEDESAGDO.(A/S) : JOSÉ EMÍLIO DE MACEDOADV.(A/S) : CLAURIVALDO PAULA LESSA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DEFICIÊNCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 95

DO TRASLADO. PROTOCOLO DA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO ILEGÍVEL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto julgado da 1ª Turma Cível do Colégio Recursal dos Juizados Especiais de São Paulo, a qual negou provimento ao recurso interposto pelo ora Agravante, “nos termos do art. 46, segunda parte, da Lei n. 9.099/95” (fl. 27).

3. No recurso extraordinário, o Agravante sustenta contrariedade aos arts. 5º, inc. II, XXXVI, LV, e 170 da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais supostamente contrariados, a inexistência de ofensa constitucional direta, a incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal e a insuficiência da preliminar de repercussão geral da questão constitucional (fls. 75-84).

O Agravante asseveram que estariam presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Há deficiência no traslado.O carimbo de protocolo da cópia da petição de recurso extraordinário

(fl. 29) é ilegível, o que impede a aferição de sua tempestividade.Ademais, não há nos autos cópia da sentença mantida pela Turma

Recursal por seus próprios fundamentos, peça indispensável à compreensão da controvérsia.

Essas circunstâncias atraem a incidência da Súmula 288 do Supremo Tribunal Federal e não viabilizam o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CARIMBO DE PROTOCOLO ILEGÍVEL. IMPOSSIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO DA TEMPESTIVIDADE. 1. O carimbo do protocolo no recurso extraordinário deve ser legível para permitir a verificação da data de interposição. Incumbe ao Agravante o ônus processual de demonstrar que a petição recursal foi protocolada em tempo oportuno. 2. Na linha da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, é ‘indispensável que esteja legível a data do carimbo de interposição do recurso, ainda que esse vício não seja questionado pela parte contrária, nem negado pela decisão agravada’ (AI 639.911-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 31.8.2007) ” (AI 661.198-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2008).

“Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Recurso inexistente. Ausência de assinatura do advogado do agravante na peça recursal. 3. Ademais, encontra-se ilegível a data de ingresso contida no protocolo da petição do recurso extraordinário, fato que impossibilita aferir a sua tempestividade, pressuposto de ordem pública do seu cabimento. Incidência das Súmulas STF nºs 288 e 639. 4. Agravo regimental não conhecido ” (AI 663.669-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 12.9.2008).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DEFICIÊNCIA NO TRASLADO. AUSÊNCIA DA CÓPIA DE SENTENÇA CONFIRMADA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. PEÇA ESSENCIAL PARA A COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. COMPETE AO AGRAVANTE FISCALIZAR A CORRETA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 673.556-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.2.2008).

E ainda: AI 566.496-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 3.3.2006; AI 596.558, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 30.3.2007; e AI 590.997, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 8.9.2006.

7. Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.924 (490)ORIGEM : PROC - 28809 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : GILBERTO LUIZ DOS SANTOSADV.(A/S) : APARECIDO ALBERTO ZANIRATOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. INTIMAÇÃO

DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. INEXISTÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL NA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NA LEI N. 11.418/2006 E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto julgado do Colégio Recursal do Juizado Especial de Barretos/SP, o qual manteve sentença que impusera ao Agravante a pena de 3 meses e 15 dias de detenção (com direito a sursis), pela prática do crime descrito no art. 129, caput, do Código Penal (duas vezes).

3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que não haveria prova suficiente para sua condenação.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a inexistência de preliminar de repercussão geral da questão constitucional na petição recursal, a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal e a ausência de indicação do dispositivo constitucional supostamente contrariado (fls. 137-140).

O Agravante sustenta o preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Agravante foi intimado do julgado recorrido em 28.8.2009 (fl.

127). No entanto, não há, na petição de recurso extraordinário (fls. 128-134), preliminar de repercussão geral da questão constitucional.

Conforme ressaltado na decisão agravada, o Agravante não atendeu ao disposto na Lei n. 11.418/2006 e no art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. REQUISITO NÃO OBSERVADO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE, REALIZADO NO TRIBUNAL A QUO, PARA APRECIAR, COMO OCORREU NO CASO, A EXISTÊNCIA DA PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 718.993-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009 – grifos nossos).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PENAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. LEI N. 11.418/2006: NORMAS GERAIS APLICÁVEIS A TODOS OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. PRECEDENTE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE: INADMISSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 601.692-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.10.2009 – grifos nossos).

“PROCESSO PENAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO CRIMINAL. PRELIMINAR. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Nos termos do art. 327, e § 1º, do RISTF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral serão recusados. A obrigação incide, inclusive, quando eventualmente aplicável o art. 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil. Precedentes. II - No julgamento do AI 664.567-QO/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, esta Corte assentou que não há falar ‘em uma imanente repercussão geral de todo recurso extraordinário em matéria criminal, porque em jogo, de regra, a liberdade de locomoção’, pois ‘para obviar a ameaça ou lesão à liberdade de locomoção - por remotas que sejam -, há sempre a garantia constitucional do habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII)’” (AI 705.218-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 5.6.2009 – grifos nossos).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 3. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 4. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 744.686-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 26.6.2009 – grifos nossos).

7. Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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Brasília, 23 de agosto de 2010.Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.947 (491)ORIGEM : AC - 10024073863128001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ALTAMIRO FERNANDES PENA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ÁUREO DE ABREU E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) CONSTITUCIONAL. AUMENTO

DE DESPESA DECORRENTE DE EMENDA PARLAMENTAR A PROJETO DE LEI DE INICIATIVA DO PODER JUDICIÁRIO: IMPOSSIBILIDADE. JULGADO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL SUPOSTAMENTE CONTRARIADO: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“APELAÇÃO CÍVEL - JUIZ DE PAZ - AUMENTO DE REMUNERAÇÃO - EMENDA DO PODER LEGISLATIVO - PROJETO DE LEI DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO JUDICIÁRIO - INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL - AFRONTA AO PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES - CLÁUSLA DE RESERVA DE PLENÁRIO - EXCEPCIONALIDADE - INTELIGÊNCIA DO DISPOSTO NO ART. 481, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC” (fl. 38).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“Manifesta a inconstitucionalidade formal do artigo 17, da Lei

Estadual 13.454/00, que alterou o regime remuneratório dos juízes de paz, importando em aumento indevido de despesas, por força de emenda parlamentar inserida em projeto de lei de iniciativa exclusiva do Judiciário, por violar o Princípio da Independência e Harmonia entre os Poderes e usurpar a autonomia administrativa e financeira deste eg. Tribunal de Justiça.

Some-se a isso que, ao contrário do que pretendem fazer crer os apelantes, a Resolução nº 490/2005 editada pelo Tribunal não regulamentou a Lei 13.454/00, mas apenas estabeleceu a previsão futura de provisão orçamentária para o pagamento da remuneração ao Juiz de Paz, no exercício de 2009:

'Art. 7º No segundo semestre de 2008 o Tribunal de Justiça fará incluir a provisão orçamentária para o pagamento da remuneração do juiz de paz, no exercício de 2009, e proporá à Assembléia Legislativa sua fixação'.

Acrescente-se a tudo isso que a Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, no julgamento do incidente de arguição de inconstitucionalidade nº 1.0024.07.486444-8/002, julgou procedente o pedido e declarou a inconstitucionalidade dos arts. 17 e 27 da Lei nº 13.454/2000, por violação ao princípio da iniciativa do processo legislativo” (fls. 44-45 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, os Agravantes afirmam que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 39, § 4º, e 98, inc. II, da Constituição da República e o art. 30 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Alegam que, “na fundamentação da decisão recorrida, data maxima venia, confunde-se a iniciativa do projeto de lei com a iniciativa para emendá-lo” (fl. 55).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do julgado recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 86-89).

Os Agravantes sustentam o preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.6. Conforme ressaltado pela decisão agravada, o julgado recorrido

está em harmonia com o entendimento consolidado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. JUIZES DE PAZ: REMUNERAÇÃO. PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES. NORMAS LEGAIS RESULTANTES DE EMENDA PARLAMENTAR: USURPAÇÃO DE INICIATIVA. PODER JUDICIARIO: AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA; AUMENTO DE DESPESA. Normas inscritas nos artigos 48 e 49 da Lei Complementar n. 90, de 1. de julho de 1993, do Estado de Santa Catarina. Ofensa aos artigos 2º e 96, inciso II, alinea "b", assim como ao art. 63, inciso II, combinado com o art. 25 e o art. 169, paragrafo único e seus incisos, da "Lex Fundamentalis". A Constituição Federal preconiza que compete privativamente ao Supremo

Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169, a criação e a extinção de cargos e a fixação de vencimentos de seus membros, dos juizes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver, dos serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados (art. 96, inciso II, alinea "b"). A remuneração dos Juizes de Paz somente pode ser fixada em lei de iniciativa exclusiva do Tribunal de Justiça do Estado. A regra constitucional insculpida no art. 98 e seu inciso II, segundo a qual a União, no Distrito Federal e nos Territorios, e os Estados criarão a justiça de paz, remunerada, não prescinde do ditame relativo à competência exclusiva enunciada no mencionado art. 96, inciso II, alinea "b". As disposições que atribuem remuneração aos Juizes de Paz, decorrentes de emenda parlamentar ao projeto original, de iniciativa do Tribunal de Justiça estadual, são incompatíveis com as regras dos artigos 2º e 96, II, alínea "b", da Constituição Federal, eis que eivadas de vício de inconstitucionalidade formal, além de violarem, pela imposição de aumento da despesa, o princípio da autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário. Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade dos artigos 48 e 49 da Lei Complementar n. 90, de 1º de julho de 1993, do Estado de Santa Catarina” (ADI 1.051, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 13.10.1995 – grifos nossos).

7. Ademais, os dispositivos suscitados no recurso extraordinário não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo. Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento” (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009).

8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.953 (492)ORIGEM : AC - 474162006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : GILBERTO DE SANTANA FONTESADV.(A/S) : JORGE SANTOS ROCHA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.972 (493)ORIGEM : AC - 351004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JOÃO BATISTA PAIVA CALLÉIAAGTE.(S) : SANDRA MARIA MATOS SANTOS CALLEIAADV.(A/S) : CAROLINA SILVA MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RF - CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO MONTAL E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.197 (494)ORIGEM : AC - 70030937858 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INÁCIO ADROALDO DA SILVA FLORES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIEL FERNANDO NARDÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SOLDO.

EQUIPARAÇÃO COM FUNDAMENTO NO PRINCÍPIO DA ISONOMIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“AGRAVO INTERNO. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL MILITAR. INCORPORAÇÃO AO VENCIMENTO BÁSICO DE FUNÇÃO GRATIFICADA NOS TERMOS DO ART. 11, § 2º, DA LEI 10.395/95 E RECEBIDA POR DETENTORES DE GRADUAÇÃO DE CAPITÃO, CONSOANTE AO DISPOSTO NO ART. 2º, DA LEI 12.203/04. IMPOSSIBILIDADE.

Diante da vedação expressa contida no parágrafo único do art. 2º, da Lei 12.203/04, bem como o disposto na Súmula 339, do STF, mostra-se inviável a concessão do reajuste requerido.

NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO” (fl. 127).Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“Os apelantes sob invocação do princípio da isonomia, pretendem

incorporar função gratificada que não foi destinada aos seus cargos, sendo esta própria de outra graduação militar, a qual não configura reajuste anual e geral extensivo a todos os servidores públicos. Ademais, in casu, o parágrafo único do art. 2º, da Lei 12.203/2004 vedou, expressamente, qualquer

repercussão econômico-financeira sobre o fator de recomposição dos vencimentos básicos do quadro pessoal da Secretaria da Justiça e da Segurança, sendo essa vedação o suficiente para o indeferimento do pedido inicial (...) Por derradeiro, saliento que o provimento do presente feito importaria em ofensa ao enunciado da Súmula 339, do Egrégio STF” (fl. 129).

3. No recurso extraordinário, os Agravantes afirmam que teriam sido contrariados os arts. 5º, caput, 37, inc. X, e 39, § 1º, inc. I a III, da Constituição da República.

Alegam que:“como o reajuste concedido aos Capitães pela Lei nº 12.203/04 foi

superior àquele concedido aos Praças – do soldado ao º Tenente –, a diferença do reajuste deve ser estendida a estes servidores militares, uma vez que tal decisão tem como escopo o expresso no artigo 37, X da Constituição Federal, o que impede reajustes diferenciados a civis e militares, ativos e inativos e, muito menos, para servidores do mesmo poder. (...) Trata-se de isonomia entre classes da mesma carreira. Nesta situação, a concessão dos reajustes solicitados não é vedada” (fl. 150).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal e a circunstância de que a ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 165-167).

5. Neste agravo, os Agravantes reiteram as razões do recurso extraordinário (fls. 3-11).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.6. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.7. Conforme assentado na decisão agravada, aplica-se à espécie

vertente o entendimento consolidado na Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal, cujo teor é o seguinte:

“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia”.

Confiram-se, ainda, os seguintes julgados:“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDORES DO INSTITUTO DE

PESOS E MEDIDAS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA. ISONOMIA. SÚMULA 339 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. EXAME DE NORMA LOCAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO” (RE 459.672-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 7.12.2006).

“Servidor público do Município de Fortaleza: agentes fiscais de urbanismo: gratificação denominada Retribuição Adicional Variável - RAV: isonomia: inadmissibilidade de equiparação por decisão judicial, sob o fundamento de identidade de atribuições: independentemente de similitude ou não das funções comparadas, o direito à isonomia de vencimentos só se efetiva por expressa previsão legal: incidência da Súmula 339. Precedentes” (RE 423.877-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 19.5.2006 ).

“ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL. SÚMULA 288 DO STF. AUMENTO DE VENCIMENTOS. ISONOMIA. SÚMULA 339 DO STF. ANÁLISE DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. AGRAVO IMPROVIDO I - O agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas. Incidência da Súmula 288 do STF. II - É dever processual do agravante zelar pela correta formação do instrumento. III - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia (Súmula 339 do STF). IV - A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Precedentes. V - Agravo regimental improvido” (AI 693.769-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 27.3.2009).

“REMUNERAÇÃO FUNCIONAL - EXCLUSÃO DE BENEFÍCIO - PRETENDIDA EXTENSÃO JURISDICIONAL, A SERVIDOR PRETERIDO, DE DETERMINADA VANTAGEM PECUNIÁRIA - INADMISSIBILIDADE - RESERVA DE LEI E POSTULADO DA SEPARAÇÃO DE PODERES - AGRAVO IMPROVIDO.

- O Poder Judiciário - que não dispõe de função legislativa - não pode conceder, a servidores públicos, sob fundamento de isonomia, mesmo que se trate de hipótese de exclusão de benefício, a extensão, por via jurisdicional, de vantagens pecuniárias que foram outorgadas, por lei, a determinada categoria de agentes estatais.

- A Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal - que consagra específica projeção do princípio da separação de poderes - foi recebida pela Carta Política de 1988, revestindo-se, em conseqüência, de plena eficácia e de integral aplicabilidade sob a vigente ordem constitucional. Precedentes” (AI 273.561-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 4.10.2002).

Nada há a prover quanto às alegações dos Agravantes.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.250 (495)ORIGEM : AC - 200560000001359 - TRIBUNAL REGIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 98

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MARCOS ALEXANDRE ANDRÉ BATISTAADV.(A/S) : ARMANDO MALGUEIRO LIMA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO

DE JULGAMENTO EXTRA PETITA: QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. 2) ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO NO EXAME DE PROVAS E NA INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DE NORMAS EDITALÍCIAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado proferido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

“ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PERITO CRIMINAL FEDERAL. EDITAL Nº 25/2004 - DGP/DPF. EXAME DE APTIDÃO FÍSICA. PROVA DE NATAÇÃO. PISCINA QUE NÃO ATENDIA OS REQUISITOS ESTABELECIDOS PELO EDITAL. DIMENSÃO SUPERIOR E AUSÊNCIA DE RAIA DEMARCADORA. IRREGULARIDADES ADMITIDAS PELA PRÓPRIA RÉ. NULIDADE DA PROVA. DETERMINAÇÃO DE REALIZAÇÃO DE NOVA PROVA, EM CONFORMIDADE COM O EDITAL. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO TRF DA 5ª REGIÃO. AGRAVO RETIDO NÃO REITERADO. NÃO CONHECIMENTO. MANUTENÇÃO DA VERBA HONORÁRIA ARBITRADA EM R$ 1.000,00. ART. 20, §4º DO CPC” (fl. 472).

3. No recurso extraordinário, a Agravante alega que o Juízo a quo teria contrariado o art. 5º, inc. LIV, da Constituição da República, pois “a decisão que reformou parcialmente a sentença para determinar a realização de nova prova de natação é notoriamente extra petita” (fl. 488).

Sustenta, ainda, contrariedade ao art. 2º da Constituição, ao argumento de que “a Administração Pública tem total autonomia para valiar, fixando os critérios, seus futuros servidores” (fl. 490).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 624-625).

A Agravante assevera que estariam presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. LIV, da Constituição da República, se dependente do exame de legislação infraconstitucional – na espécie vertente, de normas do Código de Processo Civil -, não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PENHORA. INTIMAÇÃO PESSOAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta” (AI 776.282-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.3.2010).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (RE 547.201-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 14.11.2008).

7. O Tribunal de origem fundamentou-se no exame de provas e na interpretação e aplicação de normas editalícias e concluiu que o ato de eliminação do Agravado do concurso público a elas não se conformaria.

Para se concluir de modo diverso, seriam imprescindíveis o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a análise daquelas normas infraconstitucionais, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO DEFICIENTE. CONCURSO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI 527.816-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.2.2008).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONCURSO PÚBLICO. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS DO EDITAL.

REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 720.769-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 17.10.2008).

“Concurso público. Exigências editalícias. Ausência de prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Controvérsia infraconstitucional. Ofensa indireta à CF. Regimental não provido” (AI 459.735-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ 16.4.2004).

8. Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.331 (496)ORIGEM : AC - 9199025000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOSÉ JOAQUIM DE LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARINÍSIA TUROLI FERNANDES DA SILVA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. JULGADO

RECORRIDO FUNDAMENTADO EM DISPOSITIVOS DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DE SÃO PAULO E DE LEIS ESTADUAIS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“POLICIAIS MILITARES - PROMOÇÃO POSTERIOR À REFORMA - Pretensão dos autores a promoções aos postos de superiores por força do artigo 29 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual - Descabimento, já que o pedido deveria ser formulado até 90 dias da data da promulgação da Constituição Estadual - Outrossim, descabe também a referida pretensão dos autores, na medida em que mesmos beneficiaram-se de promoção aos postos superiores quando da inatividade, em virtude do artigo 30 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual e das Leis n°s 4.794/85 e 5.278/59 - Improcedência da ação corretamente decretada - Recurso desprovido” (fl. 46 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, os Agravantes afirmam que o o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 2º, 5º, caput e inc. II, e 37 da Constituição da República.

Sustentam que o art. 29 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de São Paulo respaldaria sua pretensão.

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta (fls. 67-68).

Os Agravantes asseveram que estariam presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.6. O Tribunal de origem fundamentou-se na interpretação e na

aplicação dos arts. 29 e 30 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de São Paulo e nas Leis estaduais n. 4.794/85 e 5.278/59 e concluiu que os Agravantes não teriam direito à promoção na inatividade.

Para se concluir de modo diverso, seria imprescindível o reexame dessas normas locais, o que é vedado pela Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 99

admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009 – grifos nossos).

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, ART. 36, § 7º, E EMENDA 09/93 À CONSTITUIÇÃO MINEIRA. OFENSA INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. I - O acórdão recorrido decidiu a questão dos autos com base em normas locais, Constituição Mineira, art. 36, § 7º, e Emenda 09/93 à Constituição estadual, sendo certo, assim, que a ofensa à Constituição Federal, se ocorrente, seria indireta, o que não autoriza a admissão do recurso extraordinário. Incidência da Súmula 280 do STF. II - Agravo improvido” (RE 487.395-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 13.10.2006 – grifos nossos).

“Servidor Público do Estado de São Paulo: acórdão recorrido que, com fundamento no artigo 129 da Constituição estadual, reconheceu o direito dos servidores ao recebimento da sexta-parte sobre os adicionais que integram os vencimentos, excluindo-se as parcelas transitórias: questão de direito, cuja apreciação no RE é vedada pela Súmula 280: precedentes” (RE 358.339-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 31.3.2006 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL DE SEXTA PARTE. QUINQUÊNIOS. LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. As normas contidas no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo dizem respeito tão-somente ao Direito local. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de legislação local, circunstância que impede a admissão do recurso extraordinário ante o óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 593.098-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 19.12.2008 – grifos nossos).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.422 (497)ORIGEM : AC - 10024056977986001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ALTAMIRO PEREIRA RAMOSADV.(A/S) : BRUNO CÉSAR BEBIANO DE SOUZA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 609.466-RG (rel. min. Ellen Gracie) não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo (Militar. Pagamento do adicional trintenário. Lei Delegada estadual 43/2000 e art. 122 do ADCT da Constituição do Estado de Minas Gerais).

Do exposto, nos termos dos arts. 543-A, caput, e § 5º; 557, caput, do Código de Processo Civil e do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.450 (498)ORIGEM : AC - 10024080628407005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ARLEY BARRETO ESTEVÃOADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Este recurso não impugna todos os fundamentos em que se apóia o ato decisório ora questionado.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já se pronunciou no sentido da imprescindibilidade de a parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, impugnar todas as razões em que se assentou a decisão que não admitiu o recurso extraordinário (RTJ 133/485 - RTJ 145/940 - RTJ158/975).

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento.

Publique-se.

Brasília, 12 de agosto de 2010. Ministro CELSO DE MELLO

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.603 (499)ORIGEM : APCRIM - 70018532572 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : JÚLIO CÉSAR DA ROSA DIAS E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, ofensa ao art. 5º, XLVI, da mesma Carta.

O recurso perdeu o objeto. Com efeito, em consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de

Justiça, verifico que a Ministra Laurita Vaz deu provimento ao recurso especial para aplicar a circunstância de reincidência (REsp 994.828/RS, com trânsito em julgado em 6/5/2010).

Desse modo, com o provimento do recurso especial pelo STJ o recorrente obteve o mesmo resultado pretendido com o RE.

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (art. 21, IX, do RISTF).Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.886 (500)ORIGEM : AC - 200572010050818 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CLÍNICA DE FRATURAS DO PLANALTO NORTE LTDAADV.(A/S) : RODRIGO DO AMARAL FONSECAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) PROCESSUAL CIVIL. RAZÕES

DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS DO JULGADO RECORRIDO: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) TRIBUTÁRIO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO NO EXAME DE PROVA E NA LEI N. 9.249/95. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“SERVIÇOS HOSPITALARES. LEI N° 9.249/95. ARTS. 15, §1°, III, ALÍNEA A, e 20. AGRAVO DE DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO À APELAÇÃO.

A Primeira Seção deste Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu de forma unânime que "serviços hospitalares", para fins dos arts. 15, § 1º, inciso III, "a", e 20 da Lei n.º 9.249/95, são os serviços de assistência à saúde prestados em ambientes que possuam estrutura física, pessoal e equipamentos condizentes com um complexo hospitalar.

Dessa forma, não demonstrando possuir infra-estrutura própria que justifique o tratamento tributário, bem como aferir que os serviços prestados pela impetrante são de natureza hospitalar, não há falar em aplicação das alíquotas diferenciadas para o IRPJ e CSLL.

O Código de Processo Civil, em seu artigo 557, autoriza o Relator a negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com a jurisprudência dominante do respectivo Tribunal ou de Tribunais” (fl. 69 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 150, inc. II, e 246 da Constituição da República, ao argumento de que:

“A retenção das contribuições ao PIS e a CSLL não poderiam ser objeto de regulamentação por meio de medida provisória, comprovando-se, dessa forma, a inconstitucionalidade do regime estatuído pelo art. 30 da Lei n. 10.833/03 (conversão da MPE 135/03).

(...) Com a edição da Lei ordinária n. 10.833/2003, alguns contribuintes foram diferenciados de outros, ou seja, a isonomia tributária foi

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 100

afrontada diretamente, na medida em que uma parte dos prestadores de serviço foi diferenciada de outros prestadores de serviço e do resto dos contribuintes” (fls. 79-80 - grifos nossos).

Assevera, ainda, que:“A intenção do legislador ao editar a Lei n. 9.249/95 foi a de oferecer

ao contribuinte que presta serviços de natureza hospitalar o benefício da redução da base de cálculo. Esse benefício tem o intuito de viabilizar o cumprimento dos artigos 196 e 197 da Constituição Federal, reduzindo os custos das atividades inerentes ao Sistema Nacional de Saúde (...).

Verifica-se que o conceito de serviços hospitalares está ligado à finalidade para os quais são prestados (proteção da saúde), e não ao local onde são prestados ou por quem são prestados, ou a outros requisitos arbitrariamente impostos pela Secretaria da Receita Federal. Tal interpretação se dá em razão do caráter finalístico da Lei n. 9.249/95, que busca concretizar o objetivo constitucional dos artigos mencionados” (fls. 81-82 – grifos nossos).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta (fl. 103).

A Agravante sustenta o preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. As alegações referentes à Lei n. 10.833/03 não guardam qualquer

relação com o objeto do julgado recorrido, o que atrai a incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal e não enseja o recurso extraordinário.

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE: RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO DISSOCIADAS DA MATÉRIA VERSADA NO JULGADO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 740.817-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.7.2009 – grifos nossos).

“1. RECURSO. Embargos de declaração. Deficiência na fundamentação do recurso. Súmula 284. Embargos rejeitados. Há fundamentação deficiente de recurso, quando não revele correlação entre as suas razões e os fundamentos da decisão recorrida. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter meramente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 538, § único, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a oposição de embargos de declaração manifestamente protelatórios, deve o Tribunal condenar o embargante a pagar multa ao embargado” (RE 511.693-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 19.12.2008 – grifos nossos).

7. O Tribunal de origem fundamentou-se no exame de prova e na interpretação e na aplicação da Lei n. 9.249/95 e concluiu que a Agravante não teria direito à base de cálculo reduzida do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Para se concluir de modo diverso, seriam imprescindíveis o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a análise das normas legais que embasaram o julgado recorrido, o que não se admite em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. PROCESSUAL CIVIL. NÃO SUBSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. 2. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL. COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O não provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça não substitui o acórdão proferido pelo Tribunal de origem, conforme dispõe o art. 512 do Código de Processo Civil. Precedentes. 2. Tributário. Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Comprovação dos requisitos exigidos para que empresa prestadora de serviços hospitalares tenha a redução da base de cálculo do imposto. Impossibilidade de reexame de provas (Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal) e da análise da legislação infraconstitucional” (RE 600.123-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.10.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS. ARTIGO 10 DA LEI N. 8.541/92. ARTIGO 3º, I, DA LEI N. 9.249/95. OFENSA INDIRETA. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 512.469-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 12.9.2008 – grifos nossos).

8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.939 (501)ORIGEM : PROC - 1806309 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOÃO BOSCO CARDOZO DA COSTAADV.(A/S) : JOÃO BOSCO CARDOZO DA COSTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO BOULEVARD DA PRAIAADV.(A/S) : ELZENIR FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) IMPROCEDÊNCIA DA ALEGAÇÃO

DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO NA LEI N. 9.099/95 E NO CÓDIGO CIVIL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado da 3ª Turma do Colégio Recursal dos Juizados Especiais do Espírito Santo:

“É cediço que, em sede de juizados especiais, os embargos à execução só podem ser interpostos nas seguintes hipóteses, consoante redação do artigo 52, IX, da Lei n. 9.099/95:

a) Falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia.b) Manifesto excesso de execução.c) Erro de cálculo.d) Causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação,

superveniente à sentença.Realço, inicialmente, que os embargos extrapolaram a limitação legal

ora verificada, atacando matérias absolutamente alheias ao dispositivo supra.Os condôminos têm a obrigação de contribuir para as despesas da

entidade condominial, nos termos do art. 1.336, inciso I, do Código Civil, sendo que tal obrigação está ligada à situação jurídica de proprietário da unidade, tendo, portanto, caráter propter rem. Assim, em regra, cabe ao titular do domínio responder pelos débitos relativos ao imóvel. Todavia, na hipótese dos autos, o imóvel foi arrematado em leilão pelo Recorrido, que deve arcar com as despesas objeto da execução.

Responde o adquirente, por conseguinte, pelas despesas condominiais anteriores à aquisição da unidade autônoma, havendo ou não convenção expressa com o alienante dispondo diferentemente. Cuida-se, portanto, de obrigação propter rem, pelo que não pode ser invocada questão de direito pessoal para fugir da obrigação.

(...)Dada a natureza propter rem da obrigação condominial, o adquirente

do imóvel responde integralmente pelo pagamento dos débitos relativos à unidade condominial, mesmo aquelas vencidas anteriormente à transmissão.

(...) Jamais poderia ter sido extinta a execução com base na premissa de que o 'embargante não é parte no processo de conhecimento no qual deu origem ao título objeto da presente execução'.

Poderia até assistir razão ao Recorrido, se a dívida dele cobrada não tivesse origem em débitos condominiais.

Pelo exposto, conheço do recurso inominado e lhe dou provimento, para reformar integralmente o ato judicial impugnado, determinado, por conseguinte, o prosseguimento da execução” (fls. 95-97 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, o Agravante afirma que o Juízo a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. II, XXII, XXXV, XXXVI, LIV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Sustenta “infringência direta à Constituição, pois a obrigação propter rem aludida no v. Acórdão, por seu conteúdo como instituto de Direito material, não pode ultrapassar os limites garantidos pela Constituição quanto ao devido processo legal, à coisa julgada e ao direito de propriedade” (fl. 33).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal (fls. 16-20).

O Agravante assevera que estariam presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. II, XXII, XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional – na espécie vertente, da Lei n. 9.099/95 e do Código Civil

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 101

-, não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PENHORA. INTIMAÇÃO PESSOAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta ” (AI 776.282-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.3.2010).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (RE 547.201-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 14.11.2008).

8. Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.074 (502)ORIGEM : AI - 200701000150888 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : N P SADV.(A/S) : ELÍSIO AUGUSTO VELLOSO BASTOS E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. MEDIDA CAUTELAR DETERMINADA ANTES DA DEFESA PRELIMINAR. POSSIBILIDADE. INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS CIVIL, ADMINISTRATIVA E PENAL. INQUÉRITO CIVIL. PRESCINDIBILIDADE. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, INDISPONIBILIDADE DE VALORES EM CONTAS-CORRENTES E BENS. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS. COMUNICAÇÃO DA MEDIDA A OUTROS ÓRGÃOS JURISDICIONAIS. FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA. PRESENÇA. EXTENSÃO DA MEDIDA. RAZOABILIDADE” (grifos no original - fl. 117).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa, em suma, ao art. 37, § 4º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Isso porque, as decisões que concedem ou denegam medidas cautelares ou provimentos liminares não perfazem juízo definitivo de constitucionalidade a ensejar o cabimento do recurso extraordinário pelo art. 102, III, a, da Constituição. Aplicam-se ao caso as razões que deram ensejo à Súmula 735 do STF. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI 597.618-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACÓRDÃO QUE CONFIRMA DEFERIMENTO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS DO ‘FUMUS BONI JURIS’ E DO ‘PERICULUM IN MORA’ - INVIABILIDADE DO APELO EXTREMO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios - precisamente porque fundados em mera verificação não conclusiva da ocorrência do ‘periculum in mora’ e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição da República. Precedentes”.

Nessa linha, anote-se: RE 570.610-AgR/DF e AI 694.440-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 619.438-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 652.802-AgR/CE, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 550.865-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso.

Isto posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 30 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.107 (503)ORIGEM : AI - 200804000415508 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CYNTIA ELISABETE HEINECKADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO

DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL FUNDADA NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E NA LEI N. 8.112/90: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. AÇÃO EM FACE DE AUTARQUIA FEDERAL. ART. 109, § 2º DA CF.

1. É facultado à parte autora ajuizar a ação contra autarquia federal no seu foro de domicílio, onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, nos termos do § 2º do art. 109 da CF, bem como, na Capital do Estado, conforme precedentes do STF.

2. Agravo de instrumento improvido” (fl. 15). 3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que:“A competência para apreciar os pedidos formulados na ação

ordinária é dos foros dos Juízos Federais das Subseções Judiciárias onde os Agravantes servidores exercem suas atividades.

(...)As regras sobre a competência para as ações movidas em face de

autarquia federal devem ser buscadas na legislação processual civil. Assim sendo, quando o INSS for acionado judicialmente, o autor deve utilizar-se, na aferição da competência, dos artigos 94, § 1º, e 100, IV, a, do CPC, combinado com o artigo 242 da Lei n. 8.112/90, que dispõe:

'Art. 242 – Para fins desta Lei, considera-se sede o domicílio onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente'.

A possibilidade da propositura de ação contra o INSS na capital do Estado membro ficou reservada para as ações ajuizadas por segurado contra o INSS, não comportando extensão para ações que figurem servidores públicos federais contra os demais entes federais contra os demais entes federais constantes do artigo 109 da Constituição Federal ” (fls. 21-23 - grifos nossos).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta (fls. 40-41).

O Agravante sustenta o preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Como ressaltado na decisão agravada, eventual contrariedade ao

art. 109, § 2º, da Constituição da República decorrente do descumprimento de dispositivos do Código de Processo Civil e da Lei n. 8.112/90 seria indireta, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NORMAS PROCESSUAIS. OFENSA REFLEXA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II - O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI 631.775-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 13.3.2009 – grifos nossos).

“PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. VEICULAÇÃO DE MATÉRIA JORNALÍSTICA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, XXXV, LIII, LIV; e LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. ART. 93, IX, DA CF. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. 1. Inadmissível recurso extraordinário no qual se pretende a análise de legislação infraconstitucional, concernente às regras para a observância de aplicação do princípio do juiz natural (artigos 100, IV e V, letra a; 125, III; e 135, V, do CPC). Hipótese de ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 2. Decisão fundamentada, embora contrária

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 102

aos interesses da parte, não configura ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. 3. Agravo regimental improvido” (AI 650.049-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 11.9.2009 – grifos nossos).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Agravo de instrumento. Não conhecimento. Interpretação do artigo 192, II, da Lei nº 8.112/90. Ofensa constitucional indireta. Aplicação da súmula 279. Agravo regimental não provido. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas” (AI 551.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 9.6.2006 – grifos nossos).

“Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa ao cálculo de proventos de inatividade de servidor público, decidida à luz do art. 192, II, da L. 8.112/90: alegada ofensa ao texto constitucional que, além de não prequestionada (Súmula 282), seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, que não enseja reexame no RE: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI 495.833-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 3.9.2004 – grifos nossos).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.116 (504)ORIGEM : PROC - 9900086767 - JUIZ FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CÉLIA REGINA FERNANDES SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VIRGÍNIA DO SOCORRO FERREIRA DA CRUZAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DEFICIÊNCIA

DO TRASLADO: ART. 544, § 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:

“DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ADMINISTRAÇÃO E DEPÓSITO EM FAVOR DO INSS. NOTIFICAÇÃO JUDICIAL. COMODATO VERBAL. ESBULHO POSSESSÓRIO. AÇÃO DE FORÇA NOVA.

1. Cuida-se de apelação interposta por Ré de Ação de Reintegração de Posse, contra sentença que julgou procedente o pedido e determinou a reintegração do INSS na posse do imóvel. Houve regular notificação da Ré para desocupação, o que não ocorreu, caracterizando esbulho possessório há menos de ano e dia entre sua ocorrência e o ajuizamento da ação possessória.

2. Não há confundir os juízos possessório e petitório, além do que não ficou comprovado que a Ré tenha adquirido a propriedade do imóvel pelo registro público do negócio jurídico de doação. Ademais, há título judicial – decisão que decretou o seqüestro do imóvel, com nomeação do INSS como depositário e administrador – que fundamenta a pretensão possessória.

3. O requerimento de assistência em relação à pessoa da proprietária do imóvel não mereceu acolhimento, de modo correto, já que não ficou caracterizado interesse jurídico de sua parte na solução da demanda em favor de qualquer das partes.

4. Não merece sequer ser conhecido o recurso daquela que não foi admitida como assistente litisconsorcial.

5. Apelação de JORGINA não-conhecida. Apelação de CÉLIA conhecida e improvida” (fl. 143).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 221-227).

4. As Agravantes alegam que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. II e XII, 170, inc. II, e 183 da Constituição da República.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Há deficiência no traslado. As Agravantes não apresentaram cópia

do inteiro teor do acórdão recorrido – não consta, nos autos, cópia do relatório e do voto (fls. 143-144) -, peça obrigatória à formação do instrumento, nos termos do art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil, o que não viabiliza a admissão do agravo de instrumento (Súmula 288 do Supremo Tribunal Federal).

Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DEFICIÊNCIA NO TRASLADO. AUSÊNCIA DE PEÇAS OBRIGATÓRIAS: CÓPIAS DO INTEIRO TEOR DO ACÓRDÃO RECORRIDO E DA CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. COMPETE AO AGRAVANTE A FISCALIZAÇÃO DA CORRETA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 766.572-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 4.6.2010).

“1. Mesmo que superado o óbice da intempestividade do agravo de instrumento, com o deferimento do pedido de devolução do prazo para a sua interposição, ainda assim não mereceria prosperar a irresignação do agravante. É que faltou ao traslado o teor do relatório que integra o acórdão recorrido (art. 544, § 1º, do CPC e Súmula STF nº 288). 2. Agravo regimental improvido” (AI 620.782-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, 20.4.2007 – grifos nossos).

E“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇA

ESSENCIAL. AUSÊNCIA. SÚMULA 288 DO STF. JUNTADA POSTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. I - O relatório adotado como parte integrante do acórdão recorrido configura peça obrigatória, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do recurso (Súmula 288 do STF). II - Impossibilidade de ser tardiamente suprida a deficiência na composição do traslado. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (AI 560.674-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 23.6.2006 – grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações das Agravantes.6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.329 (505)ORIGEM : AC - 200134000319830 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS SÃO PATRÍCIO LTDAADV.(A/S) : MÔNICA AUGUSTA FLORENTINO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) TRIBUTÁRIO. CONTROVÉRSIA

SOBRE A POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2) AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL SUPOSTAMENTE CONTRARIADO: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e b, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“Busca a Autora, nos presentes autos, a declaração de inexistência de relação jurídica com a Fazenda, ao argumento de que efetuou compensação com a utilização de apólices da dívida pública, reconhecidas como válidas pelo Juízo Federal da 3ª Vara de Goiás, no processo n. 2001.35.00.006898-2.

(...)Não houve o trânsito em julgado da referida ação e, em conformidade

com o disposto no art. 170-A do CTN, a compensação somente pode ser procedia, no caso de aproveitamento de tributo, objeto de ação judicial, depois do trânsito em julgado da decisão respectiva, o que não ocorre na espécie, pois a sentença pende de julgamento neste Tribunal. De outro lado, a Autora não é titular dos títulos referidos e nem parte na ação mencionada, mas apenas cessionária do eventual direito de crédito cobrado na citada ação, não se lhe aplicando os efeitos da decisão.

Ainda que fosse titular dos títulos objeto da ação mencionada, outro óbice se imporia: não se permitira compensação de crédito que não seja líquido, certo e exigível. Os tais títulos não preenchem qualquer desses requisitos, tanto assim que foi necessária ação judicial para o reconhecimento de eventual crédito. Não há certeza e menos ainda, liquidez e exigibilidade desse crédito.

Além do mais, tem-se inviável a compensação das apólices da dívida pública com tributos federais, pois encontram outro obstáculo intransponível: tais títulos foram extintos pela prescrição, não mais existindo qualquer crédito a ser resgatado.

O art. 3º do Decreto-Lei n. 263, de 28.2.1967, assim estabelecia (...).Posteriormente, houve alteração do termo para resgate pelo art. 1º do

Decreto-Lei n. 396, de 30.12.1968 (...).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 103: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 103

Constata-se, dessa forma que o prazo para resgate dos referido títulos, a contar da publicação do edital pelo Banco Central da República do Brasil, passou a ser de 12 meses, não havendo que se falar em qualquer crédito a ser resgatado pela Autora” (fls. 70-71 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, caput e inc. XXII e XXXVI, e 37, caput, da atual Constituição da República, art. 179, caput e inc. III, XXII e XXIII, da Constituição de 1824, arts. 11, caput e § 3º, 72, caput e § 17, e 84 da Constituição de 1891, e art. 141, caput e § 3º e 16, da Constituição de 1946.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a inexistência de ofensa constitucional direta e a ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais supostamente contrariados (fls. 141-142).

A Agravante assevera que estariam presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Razão de direito não assiste à Agravante. 6. O julgado recorrido tem os seguintes fundamentos: a) a

compensação tributária dependeria do trânsito em julgado da sentença de reconhecimento dos créditos representados por Títulos da Dívida Pública; b) os efeitos dessa sentença não alcançariam a Agravante, na qualidade de cessionária dos créditos; c) os créditos não seriam líquidos, certos e exigíveis; e d) estariam prescritos.

Todos esses fundamentos têm natureza infraconstitucional - Código Tributário Nacional, Código de Processo Civil, Lei n. 6.863/80 e Decretos-Leis n. 263/67 e 396/68 -, o que não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual contrariedade à Constituição seria indireta. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO RECOLHIDO INDEVIDAMENTE. COMPENSAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 561.005-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.3.2009 – grifos nossos).

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. COMPENSAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À CONSTITUIÇÃO. 1. Inviável processamento de extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob argumento de violação aos arts. 5º XXXVI e 97 da Constituição Federal. Afronta, se existente, ocorreria de forma indireta. 2. Agravo regimental improvido” (RE 570.696-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 3.4.2009 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. MERCADORIA DE PROCEDÊNCIA ESTRANGEIRA. FATO GERADOR. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 285.669-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 15.8.2008 - grifos nossos).

“TRIBUTÁRIO. INCONSTITUCIONALIDADE DE MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE SUPORTOU O ÔNUS FINANCEIRO. ART. 166 DO CTN. NÃO CUMULATIVIDADE. NÃO APLICAÇÃO. INOVAÇÃO EM REGIMENTAL. I - Impossibilidade de inovação de fundamento em agravo regimental. II - O crédito decorrente do reconhecimento da inconstitucionalidade da majoração de tributo não se confunde com o crédito derivado do princípio da não cumulatividade. III - A discussão acerca da aplicação do art. 166 do CTN é de cunho infraconstitucional. Ofensa à Constituição, se ocorrente, é indireta. IV - Agravo regimental improvido” (AI 566.358-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 1º.2.2008 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. LEI N. 6.830/80. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 740.001-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.7.2009 – grifos nossos).

“PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NORMAS PROCESSUAIS. OFENSA REFLEXA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II - O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI 631.775-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 13.3.2009 – grifos nossos).

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa

ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008 – grifos nossos).

7. Os dispositivos suscitados no recurso extraordinário não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo. Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento” (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009).

8. Não há o que prover quanto às alegações da Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.361 (506)ORIGEM : AC - 200251010230732 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SANTAMÁLIA SAÚDE S/AADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.684 (507)ORIGEM : AC - 200461820136901 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 104: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 104

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : EMPRESA BRSILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS

- ECTADV.(A/S) : RAIMUNDA MÔNICA MAGNO ARAÚJO BONAGURA

DECISÃO: O agravante foi intimado da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário em 18.03.2010 (quinta-feira), conforme certidão de fls. 195. Portanto, o prazo para a interposição de agravo de instrumento esgotou-se em 07.04.2010 (quarta-feira). É, pois, intempestivo o presente agravo, porquanto interposto em 08.04.2010.

Ademais, ainda que superado tal óbice, verifico que falta ao instrumento cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.150 (508)ORIGEM : APCRIM - 990081188694 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CÉSAR LUIS DIAS DA SILVAADV.(A/S) : CLÁUDIO GILBERTO FERROAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃOPROCESSUAL PENAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO E RECURSO

EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVOS. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário.2. O agravo é intempestivo. A publicação da decisão agravada

ocorreu no DJe de 18.11.2009 (fl. 79), e o agravo foi protocolizado no dia 24.11.2009 (fl. 2), quando exaurido o prazo de cinco dias previsto no art. 28 da Lei 8.038/90 (Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal: “O prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”).

Nesse sentido, o julgado seguinte:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI 640.461-AgR, de minha relatoria, DJ 22.6.2007).

E ainda: AI 655.692-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 31.8.2007, e AI 476.707-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 11.3.2005, entre outros.

3. De igual modo, o recurso extraordinário é intempestivo.O julgado recorrido foi publicado no Diário da Justiça em 25.6.2009

(fl. 20), quinta-feira. O prazo recursal teve início em 26.6.2009 e findou em 10.7.2009, sexta-feira.

O recurso extraordinário foi interposto somente em 13.7.2009 (fl. 29), segunda-feira, após, portanto, o prazo legal de quinze dias.

4. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.196 (509)ORIGEM : APCRIM - 110753534 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MATHEUS ARAÚJO LOYOLAADV.(A/S) : ALEXANDRE PINHEIRO VALVERDEAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário criminal.No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,

alegou-se, em suma, violação a princípios constitucionais.O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico

que o agravante não instruiu adequadamente o recurso com as peças obrigatórias, uma vez que deixou de juntar, com exceção da petição de recurso extraordinário, todas as peças exigidas para a formação do agravo, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no art. 21, § 1º, do RISTF e no art. 28, § 1º, da Lei 8.038/90.

Ademais, constato que o agravante, na petição do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF.

O Tribunal, ao julgar Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decidiu que

“a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007” (DJ de 6/9/2007).

No mesmo sentido decidiu o Plenário deste Tribunal, no julgamento do RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.230 (510)ORIGEM : PROC - 99307020429050002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARCOS PORRINOADV.(A/S) : NEIMAR DE ALMEIDA ORTIZAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravante não instruiu adequadamente o recurso com as peças obrigatórias, uma vez que deixou de juntar todas as peças exigidas para a formação do agravo, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no art. 21, § 1º, do RISTF e no art. 28, § 1º, da Lei 8.038/90.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.263 (511)ORIGEM : EDAIRR - 418200300322401 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉRTICA DO PIAUÍ - CEPISAADV.(A/S) : ALYSSON SOUSA MOURÃOAGDO.(A/S) : CLÁUDIO PEREIRA NETOADV.(A/S) : JOANA D'ARC GONÇALVES LIMA EZEQUIEL

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 602.162, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 16.4.2010, recurso-paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.434 (512)ORIGEM : APCRIM - 993070271680 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 105: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 105

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EDUARDO OTÁVIO ALBUQUERQUE DOS SANTOSADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO OLIVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. INTIMAÇÃO

DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. INEXISTÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL NA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NA LEI N. 11.418/2006 E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“APROPRIAÇÃO INDÉBITA - Art 168, § 1º, inciso III, do Código Penal - Advogado que procedeu ao levantamento judicial e não repassou a importância a seu cliente - conjunto probatório coeso para sustentar decreto condenatório - reparação do dano com devolução do valor à vítima após a instauração da ação penal - atipicidade afastada - redução da pena em razão do reconhecimento de circunstância atenuante e redução da pena-base - inocorrência de prescrição - maus antecedentes - recurso parcialmente provido” (fl. 15).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“A Douta Magistrada entendeu por bem fixar a pena-base em 04 anos

de reclusão, máximo cominado por infração ao "caput" do artigo 168 do CP, considerando os péssimos antecedentes do réu, que responde e respondeu a diversos inquéritos policiais, desde 1985, e a outros processos criminais, na maioria por apropriação indébita, estando bem dosada, considerando as circunstâncias judiciais bem explicitadas na r. sentença” (fl. 17).

Os embargos declaratórios opostos contra o julgado recorrido foram rejeitados nos seguintes termos:

“Vale ressaltar que, a despeito de na folha de antecedentes de fls. 153/163, além dos autos do processo 015/85, constar inúmeras ações penais, cuja relevância interfere na fixação da pena-base, e segundo sustenta o embargante seriam posteriores a este caso, observo que inúmeros fatos se deram em data anterior ao delito aqui julgado.

O apelado respondeu e responde a diversos processos (fls. 153/165) e deste fato decorre que - ao menos - não possui bons antecedentes. Observo que muitos fatos objeto de investigação e de ações penais são anteriores ao aqui tratado.

O conceito de maus antecedentes, a meu ver, não deve ser confundido com a definição de primariedade, uma vez que esta implica, necessariamente, a ausência de condenação com trânsito em julgado e aquele diz respeito ao envolvimento do agente em fatos do passado que possam, de alguma forma, desabonar sua conduta e que interessam, diretamente, para a fixação da pena-base (CP, art. 59) e do regime prisional inicial (CP, art. 33, § 3º), bem como para conferir efeito suspensivo a eventual apelação interposta contra a sentença condenatória (CP, art. 594), muito embora a existência de um processo criminal, ainda em andamento contra o réu, ou seu mero indiciamento em inquérito policial, não deve ser considerado, por si só, fora de qualquer contexto, como mau antecedente, sob pena de desvirtuar a finalidade dessa circunstância judicial, que é aferir a maior ou menor propensão do agente no envolvimento em fatos, em tese, delituosos.

No caso, a folha de antecedentes criminais serviu para considerar a respectiva circunstância judicial como desfavorável e demonstra, sem qualquer dúvida, o envolvimento do paciente em infrações penais que deveriam, na minha maneira de ver, ser consideradas como maus antecedentes, até porque não encerram qualquer juízo de censura, mas simples constatação da existência de fatos anteriores potencial e penalmente relevantes, sem significar violação ao princípio constitucional da presunção de inocência” (fl. 27 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, o Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os princípios da proporcionalidade e da não culpabilidade e o art. 5º, § 2º, da Constituição da República.

Alega que “foi desconsiderada a primariedade técnica do Recorrente, tendo o decisório admitido para exasperação [da pena] processos e inquéritos em andamento, inclusive, posteriores ao caso em tela” (fl. 35).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a inexistência de preliminar de repercussão geral da questão constitucional na petição recursal, a ausência de ofensa constitucional direta e a incidência das Súmulas 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal (fls. 185-186).

O Agravante sustenta o preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Agravante foi intimado do julgado recorrido em 7.5.2009 (fl. 31).

No entanto, não há, na petição de recurso extraordinário (fls. 32-39), preliminar de repercussão geral da questão constitucional.

Conforme ressaltado na decisão agravada, o Agravante não atendeu ao disposto na Lei n. 11.418/2006 e no art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. REQUISITO NÃO OBSERVADO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE, REALIZADO NO TRIBUNAL A QUO, PARA APRECIAR, COMO OCORREU NO CASO, A EXISTÊNCIA DA PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DA REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 718.993-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009 – grifos nossos).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PENAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. LEI N. 11.418/2006: NORMAS GERAIS APLICÁVEIS A TODOS OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. PRECEDENTE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE: INADMISSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 601.692-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 23.10.2009 – grifos nossos).

“PROCESSO PENAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO CRIMINAL. PRELIMINAR. REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Nos termos do art. 327, e § 1º, do RISTF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral serão recusados. A obrigação incide, inclusive, quando eventualmente aplicável o art. 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil. Precedentes. II - No julgamento do AI 664.567-QO/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, esta Corte assentou que não há falar ‘em uma imanente repercussão geral de todo recurso extraordinário em matéria criminal, porque em jogo, de regra, a liberdade de locomoção’, pois ‘para obviar a ameaça ou lesão à liberdade de locomoção - por remotas que sejam -, há sempre a garantia constitucional do habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII)’” (AI 705.218-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 5.6.2009 – grifos nossos).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 3. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 4. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 744.686-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 26.6.2009 – grifos nossos).

7. Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.593 (513)ORIGEM : EDAIRR - 1064407720045150053 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOSÉ APARECIDO DONIZETE COSTAADV.(A/S) : SYLVIO BALTHAZAR JÚNIOR

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. EMBARGOS DE TERCEIRO. IMPENHORABILIDADE DO BEM PÚBLICO E FRAUDE À EXECUÇÃO” (...) (fl. 233).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa, em suma, aos arts. 5º, II, e 100, caput e § 1º, da mesma Carta.

O agravo merece acolhida. Em face da relevância da questão e estando preenchidos os

requisitos legais, determino a conversão do presente agravo de instrumento em recurso extraordinário.

À Secretaria para a reautuação do feito.Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 106: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 106

Brasília, 30 de agosto de 2010. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.716 (514)ORIGEM : AIRR - 1561200306615401 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARIA BEATRIZ BARBOSA FREITAS DE SALLES

CUNHAADV.(A/S) : RENATA VALÉRIA ULIAN MEGALE

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“PENHORA. FRAUDE À EXECUÇÃO. Correto o despacho agravado, na medida em que não se vislumbrou violação direta e literal dos dispositivos constitucionais apontados no Recurso de Revista. Incidência do artigo 896, § 2º, da CLT. Agravo não provido” (fl. 143).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa, em suma, aos arts. 5º, II, XXXVI e LIV, 93, IX, e 100, caput e § 1º, da mesma Carta.

O agravo merece acolhida. Em face da relevância da questão e estando preenchidos os

requisitos legais, determino a conversão do presente agravo de instrumento em recurso extraordinário.

À Secretaria para a reautuação do feito.Publique-se.Brasília, 30 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.964 (515)ORIGEM : PROC - 244489420098220014 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : GERALDO ADOLFO NETOADV.(A/S) : REGINALDO RIBEIRO DE JESUSAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

RONDÔNIA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravante não instruiu adequadamente o recurso com as peças obrigatórias, uma vez que deixou de juntar todas as peças exigidas para a formação do agravo, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no art. 21, § 1º, do RISTF e no art. 28, § 1º, da Lei 8.038/90.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.695 (516)ORIGEM : AC - 200181000200827 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JORGE LUIS SOBRINHO COELHOADV.(A/S) : JOSÉ CÉLIO PEIXOTO SILVEIRA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PENSÃO. ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO. MAIORIDADE. DIREITO.

1. Tendo como norte o direito à educação, dever do Estado e da família, bem como a aplicação analógica do art. 35 da Lei nº 9.250/95, deve ser resguardada a percepção de pensão, ainda que o seu beneficiário tenha atingido a maioridade, até a idade limite de 24 (vinte e quatro) anos, no intuito de possibilitar o custeio dos seus estudos universitários.

2. Presentes os requisitos para concessão da tutela antecipada, há que ser concedida, tendo em vista a busca da

efetiva prestação jurisdicional.3. Apelação e remessa oficial improvidas” (fl. 186)

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa, em suma, ao art. 5º, caput, I e II, da mesma Carta.

Em face da relevância da questão e estando preenchidos os requisitos legais, determino a conversão do presente agravo de instrumento em recurso extraordinário.

À Secretaria para a reautuação do feito.Publique-se.Brasília, 30 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.290 (517)ORIGEM : RESP - 841516 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : UNIMED PARÁ DE MINAS - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICO LTDAADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Tratando-se de embargos de declaração com pedido de efeito modificativo, abra-se vista à parte contrária para apresentação das contrarrazões.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 493.235

(518)

ORIGEM : AC - 10702000321837001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : IRMÃOS KEHDI COMÉRCIO IMPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : JANAÍNA SALIM MAGALHÃES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHO: Diante da certidão de trânsito em julgado à fl. 512, nada resta por decidir. Cumpra-se, incontinenti , o acórdão de fls. 479-489, com a imediata baixa dos autos, independentemente da publicação deste despacho.

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.823

(519)

ORIGEM : AC - 200251010118762 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : SANTA CASA DE MISERICÓRDIA NOSSA SENHORA

DE FÁTIMA E BENEFICIÊNCIA PORTUGUESA DE ARARAQUARA

ADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSE STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO: A ora embargante requer, às fls. 719-722, a concessão do benefício da justiça gratuita.

Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, as pessoas jurídicas, para fazerem jus ao benefício da assistência judiciária gratuita, têm de comprovar a insuficiência de recursos, sendo irrelevante o fato de elas terem, ou não, fins lucrativos.

Intime-se, pois, a requerente, para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresente documentos comprobatórios de sua hipossuficiência financeira.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 570.848 (520)ORIGEM : AC - 9601033114 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARCUS FLAVIO HORTA CALDEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRE HENRIQUE LEHENBAUER THOME

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 107

EMBDO.(A/S) : JOSÉ SÍLVIO DE CARVALHOADV.(A/S) : ERASMO DE CAMARGO SCHUTZER E OUTRO(A/S)

DESPACHOEMBARGOS DECLARATÓRIOS - EFEITO MODIFICATIVO -

CONTRADITÓRIO.1.Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão proferida.2.Diga a parte embargada.3.Publiquem.Brasília, 20 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 623.269 (521)ORIGEM : EDERR - 58870219994 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : JOSÉ MENCK MUNHOZADV.(A/S) : LUÍS ROBERTO SANTOSEMBDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DO PARANÁ S/AADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Tratando-se de embargos de declaração com pedido de efeito modificativo, abra-se vista à parte contrária para apresentação das contrarrazões.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 629.712 (522)ORIGEM : AC - 2311245 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : MARIA APARECIDA HENRIQUE DE ARAÚJOADV.(A/S) : MARLAN CARLOS DE MELO

DESPACHO: Tratando-se de embargos de declaração com pedido de efeito modificativo, abra-se vista à parte contrária para apresentação das contrarrazões.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.335 (523)ORIGEM : PROC - 200334009025350 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : EMANUEL FELIX DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LINO DE CARVALHO CAVALCANTEEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Recebo os presentes embargos de declaração como agravo regimental.

Trata-se de agravo regimental contra decisão que deu parcial provimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que versa sobre extensão, a servidores inativos, da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA, a partir da Lei 10.404/2002.

O Juizado Especial Federal Cível do Distrito Federal julgou parcialmente procedente o pedido inicial para condenar a União a corrigir a pontuação da parte autora, para fins da gratificação em exame, em 37,5 pontos.

A Turma Recursal, apreciando recursos de ambas as partes, a eles deu parcial provimento, para reformar a sentença e fixar a GDATA em 60 pontos e os juros de mora no percentual de 0,5% ao mês, a partir da citação.

Houve embargos de declaração, os quais foram rejeitados.Em recurso extraordinário, requereu a União que o pagamento aos

inativos da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa – GDATA se desse no patamar de 10 (dez) pontos.

A esse recurso dei parcial provimento, para que a GDATA fosse deferida à parte autora nos valores correspondentes a 30 pontos no período de fevereiro a maio de 2002; a 10 pontos, no período de junho de 2002 a abril de 2004, e a 30 pontos, no período de maio de 2004 até a entrada em vigor da Medida Provisória 198/2004.

Conforme consignei na decisão agravada, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 476.279, rel. min. Sepúlveda Pertence, fixou o entendimento de que a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa – GDATA é devida “aos inativos, nos valores

correspondentes a 37,5 pontos, no período de fevereiro a maio de 2002, e nos termos do art. 5º, parágrafo único, da Lei 10.404/2002, para o período de junho de 2002 até a chamada ‘conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação’, a que se refere o art. 1º da Medida Provisória 198/2004, convertida na Lei 10.971/2004, a partir da qual passa a ser de 60 pontos”, em observância ao disposto no art. 40, § 8º, da Constituição federal (na redação da EC 20/1998) e na regra de transição contida no art. 7º da EC 41/2003.

Em 19.02.2009, o Tribunal Pleno, apreciando o RE 597.154 (rel. min. Gilmar Mendes), reconheceu a existência de repercussão geral da matéria em debate e reafirmou o entendimento já consolidado.

Essa orientação deu origem à Súmula Vinculante 20, cuja proposta fora aprovada em 29.10.2009.

No caso em exame, verifica-se que a intimação do acórdão recorrido se deu em data anterior ao marco inicial fixado para a exigência de demonstração da existência de repercussão geral.

Em agravo regimental, alega-se a existência de incoerência no julgado, uma vez que, apesar de se adotar como fundamento a orientação firmada pelo Plenário do STF no julgamento do RE 476.279, fixou-se pontuação diversa da estabelecida no mencionado precedente.

Com razão, em parte, a agravante.Do exposto, com base no art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil

e no art. 317, § 2º, do RISTF, reconsidero a decisão de fls. 131 para retificar a parte dispositiva, que passa a ter a seguinte redação: Do exposto, dou parcial provimento ao recurso extraordinário para que a GDATA seja concedida à parte autora nos valores correspondentes a 37,5 pontos, no período de fevereiro a maio de 2002 e, nos termos do artigo 5º, parágrafo único, da Lei nº 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo da avaliação a que se refere o artigo 1º da Medida Provisória nº 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos.

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.437 (524)ORIGEM : AMS - 200003990414745 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : MÁRCIO SEVERO MARQUES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO : Tratando-se de embargos de declaração com pedido de efeito modificativo, abra-se vista à União, pelo prazo de cinco dias, para que possa se manifestar sobre os embargos opostos pelo Banco Santander s/A de fls. 240-243.

Intime-se. Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.872 (525)ORIGEM : AMS - 199961000327150 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : RHODIA BRASIL LTDAADV.(A/S) : PAULO AKIYO YASSUI E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de embargos de declaração opostos da decisão (fls. 587-588) que deu provimento ao recurso extraordinário da Rhodia Brasil Ltda. para afastar a aplicação do § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98.

2.A parte embargante alega, em síntese:“(...) na parte dispositiva da Decisão Monocrática às fls. 212, o e.

Ministro Relator deu provimento ao Recurso Extraordinário determinando, apenas, o afastamento da aplicação do § 1º do artigo 3º da Lei 9.718/98. E ao se contrastar o que foi decidido com o que foi pedido, resta a dúvida sobre qual a base de cálculo a ser então adotada pela Fazenda Pública para a incidência do PIS no caso: seria aquela requerida pelo Contribuinte, ou seja, a determinada pela Lei Complementar nº 7/70, ou a base de cálculo prevista na Lei 9.715/98?” (fl. 592).

E requer, ao final, que “sejam acolhidos os presentes embargos para o fim de que seja aclarado o ponto omisso da decisão monocrática de fls. 588, estabelecendo o afastamento da Lei 9.718/98 para então aplicação da Lei 9.715/98 e suas sucessivas alterações” (fl. 593).

3.Apesar de intimada (fl. 595), a parte recorrida não se manifestou (fl. 596).

4.Verifico que não merece prosperar a alegada omissão na decisão agravada acerca de qual legislação demonstra-se aplicável à base de cálculo a ser adotada pela Fazenda Pública para a incidência do PIS, pois tal questão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 108

possui natureza infraconstitucional, o que torna inviável a sua análise em sede extraordinária. Nesse sentido: RE 583.417-AgR/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 13.3.2009; RE 489.881-AgR/SP, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 09.2.2007; e RE 487.710/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 17.3.2010.

5.Não há, portanto, qualquer vício a ser sanado nestes embargos. É dizer, não há qualquer omissão, contradição ou obscuridade a ser dirimida.

6.Ante o exposto, nego seguimento aos embargos de declaração diante da manifesta improcedência (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.027 (526)ORIGEM : AC - 20040264211 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : MAFRAI FRUTICULTURA LTDAADV.(A/S) : AUGUSTO WOLF NETO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Embargos de declaração opostos a decisão por mim proferida ao

examinar recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute a constitucionalidade da Taxa Selic em matéria tributária e a natureza confiscatória de multa moratória estabelecida em 50% do valor do tributo.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 582.461,

Relator o Ministro Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, em juízo de reconsideração, anulo a decisão agravada, mantendo a matéria sub judice, e determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.327 (527)ORIGEM : AIRR - 1076200400213413 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRAZ SILVA LIRAADV.(A/S) : LUIZ DE ARAÚJO SILVAEMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CLÁUDIO COELHO MENDES DE ARAÚJO E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Torno sem efeito a decisão de fl. 439 e, em consequência, julgo prejudicados os embargos de declaração às fls. 442-448.

Ademais, o assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 586.453, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 2.10.2009, recurso-paradigma da sistemática da repercussão geral.

Desse modo, determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.055 (528)ORIGEM : RESP - 1029964 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO DA SILVAADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MARIA CLÁUDIA FERREIRA REZENDE E OUTRO(A/S)

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. EMPRESAS. OBRIGAÇÕES: CONTRATO DE COMPRA E VENDA. DIREITO DO CONSUMIDOR: CONTRATO DE CONSUMO. AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: DECISÃO EMBARGADA NO MESMO SENTIDO DO ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado da

Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. LEGISLAÇÃO PROCESSUAL. VIOLAÇÃO DO ART. 105, III, DA CONSTITUIÇÃO. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. - A jurisprudência do Supremo é no sentido de que não cabe recurso extraordinário fundado em violação do art. 105, III, da Constituição do Brasil para rever a correção, no caso concreto, da decisão do Superior Tribunal de Justiça de conhecer ou não do recurso especial, exceto se o julgamento emanado deste Superior Tribunal apoiar-se em premissas que conflitem, diretamente, com o disposto no referido art. 105, III, o que não ocorre no caso dos autos. - Agravo regimental a que se nega provimento” (fls. 720).

2. O Embargante alega que “basta ler a ementa do paradigma ora em análise para que se possa concluir, de pronto, que a Primeira Turma EXAMINOU o Decreto-Lei nº 2.434/88, para, com base nessa análise concluir pela não violação do princípio constitucional da isonimia, como havia sido decidido pelo Tribunal 'a quo'. Senão, como poderia ter concluído que o mesmo 'estabeleceu critério pertinente' e 'não deslocou a data da coerência do fato gerador'?” (fls. 726 – grifos nossos).

Sustenta que, “ao dar provimento ao Recurso Extraordinário, o paradigma em análise, mesmo sem dizer expressamente, acolheu as alegações da União no sentido de que o Tribunal 'a quo' legislou positivamente e, portanto, violou, os arts. 2º, 5°, 'caput' e inc. II; e 48 inc. I, exatamente os mesmos artigos que a parte ora Embargante demonstrou terem sido violados pela Superior Tribunal de Justiça ao 'criar' uma quarta hipótese legal para a fixação de preço de emissão de ações da antiga CRT, para uso exclusivo da Brasil Telecom S/A, como se estivesse acrescentado um inciso IV á redação então vigente do Art. 170, da Lei 6.404/76” (fls. 728 – grifos nossos).

E que “aí se tem, portanto, mais um claro dissídio entre os acórdãos confrontados: enquanto a Primeira Turma, no paradigma, depois de analisar a legislação infraconstitucional, acolheu as alegações de violação dos referidos artigos constitucionais, a Segunda Turma, apesar de demonstrada a inequívoca atividade de legislador positivo cometido pelo Superior Tribunal de Justiça, continua se negando a examinar as violações dos mesmos artigos alegados nestes autos, mesmo que, para tanto, tenha que analisar o Art. 170 da Lei das S/A para constatar que essa afirmação é verdadeira” (fls. 728 – grifos nossos).

Afirma que, “na parte final da ementa do acórdão paradigma, encontramos o principal dissídio do acórdão ora embargado em relação ao paradigma ora analisado, qual seja: enquanto este não admite violar o princípio da separação dos poderes, nem mesmo 'a pretexto de tornar efetiva a cláusula isonômica na Constituição', o acórdão ora embargado se nega a analisar o mesmo princípio – além de outros alegados na súplica extraordinária da parte ora Embargante – porque, para tal, teria que examinar a legislação infraconstitucional” (fls. 731 – grifos nossos).

Requer que sejam acolhidos e providos os embargos de divergência.Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Embargante.Os embargos de divergência são cabíveis em decisão de Turma

deste Supremo Tribunal que divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário (art. 330 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

4. Na espécie vertente, a Segunda Turma deste Supremo Tribunal concluiu que não cabe recurso extraordinário fundado em violação do art. 105, inc. III, da Constituição da República para rever a correção, no caso concreto, da decisão do Superior Tribunal de Justiça de conhecer ou não do recurso especial com base apenas no preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso especial.

O Embargante desenvolve argumentação sobre a questão de fundo do recurso extraordinário, aduzindo que o Superior Tribunal de Justiça teria legislado para dar nova redação à legislação infraconstitucional, o que ofenderia o princípio constitucional da separação dos poderes, ou seja, discute apenas o mérito do recurso extraordinário sem indicar eventual divergência entre julgados deste Supremo Tribunal Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 109: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 109

5. Os paradigmas apontados pelo Embargante para demonstrar a divergência (Recursos Extraordinários 188.521, 175.230 e 181.138, Mandado de Segurança 22.620 e Recurso em Mandado de Segurança 21.662) não dizem respeito à mesma situação jurídica decidida pela Segunda Turma, vício recursal que por si só é suficiente para a inadmissibilidade dos embargos de divergência (AI 549.753-AgR-EDv-AgR, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe 13.8.2010; RE 255.328-ED-EDv-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003; AI 378.629-AgR-ED-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 12.3.2010).

Não bastasse a inadequação dos paradigmas utilizados pelo Embargante, a Primeira Turma tem decidido no mesmo sentido do acórdão da Segunda Turma ora embargado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. Admissibilidade de recurso de competência do Superior Tribunal de Justiça: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.

2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 703.008-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 13.3.2009);

“Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Recurso especial. Pressupostos processuais. Legislação infraconstitucional. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pela Superior Tribunal de Justiça mediante decisão suficientemente motivada. 2. As questões processuais de natureza infraconstitucional relativas aos requisitos de admissibilidade do STJ são de reexame inviável no recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 626.814-ED, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, Dje 13.2.2009);

“Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação de ofensa reflexa à Constituição.

1. Tem-se violação reflexa à Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada á norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que é a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal.

2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre do STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local ” (AI 134.736-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995);

E:“PROCESSO CIVIL. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL.

CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil ” ( AI 449.425-AgR, de minha relatoria, DJ 16.2.2007).

6. Assim, ausente a pretensa divergência, incabíveis são os embargos, nos termos do art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “não cabem embargos, se a jurisprudência do Plenário ou se ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada, salvo o disposto no art. 103.”

Nesse sentido, o Recurso Extraordinário 190.251-EDv-ED-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Plenário, DJ 14.12.2001.

7. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 335 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 2 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEM LÚCIARelatora

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.608

(529)

ORIGEM : RESP - 1035338 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : CESAR ANTONIO BEN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO TONIALADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO E OUTRO(A/S)

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. EMPRESAS. OBRIGAÇÕES: CONTRATO DE COMPRA E VENDA. DIREITO DO CONSUMIDOR: CONTRATO DE CONSUMO. AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO DA

REPÚBLICA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: DECISÃO EMBARGADA NO MESMO SENTIDO DO ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado da

Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. LEGISLAÇÃO PROCESSUAL. VIOLAÇÃO DO ART. 105, III, DA CONSTITUIÇÃO. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE.

1.O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre o tema constitucional tido por violado. Incidência das súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2.A jurisprudência do Supremo é no sentido de que não cabe recurso extraordinário fundado em violação do art. 105, III, da Constituição, para rever a correção, no caso concreto, da decisão do Superior Tribunal de Justiça de conhecer ou não do recurso especial, exceto se o julgamento emanado deste Superior Tribunal apoiar-se em premissas que conflitem, diretamente, com o disposto no referido art. 105, III, o que não ocorre no caso dos autos.

Agravo regimental a que se nega provimento” (fls. 478-483).2. Os Embargantes alegam que “basta ler a ementa do paradigma

ora em análise para que se possa concluir, de pronto, que a Primeira Turma EXAMINOU o Decreto-Lei nº 2.434/88, para, com base nessa análise concluir pela não violação do princípio constitucional da isonimia, como havia sido decidido pelo Tribunal 'a quo'. Senão, como poderia ter concluído que o mesmo 'estabeleceu critério pertinente' e 'não deslocou a data da coerência do fato gerador'?” (fls. 506 – grifos nossos).

Sustentam que, “ao dar provimento ao Recurso Extraordinário, o paradigma em análise, mesmo sem dizer expressamente, acolheu as alegações da União no sentido de que o Tribunal 'a quo' legislou positivamente e, portanto, violou, os arts. 2º, 5°, caput e inc. II; e 48 inc. I, exatamente os mesmos artigos que a parte ora Embargante demonstrou terem sido violados pela Superior Tribunal de Justiça ao 'criar' uma quarta hipótese legal para a fixação de preço de emissão de ações da antiga CRT, para uso exclusivo da Brasil Telecom S/A, como se estivesse acrescentado um inciso IV á redação então vigente do Art. 170, da Lei 6.404/76” (fls. 508 – grifos nossos).

E que “aí se tem, portanto, mais um claro dissídio entre os acórdãos confrontados: enquanto a Primeira Turma, no paradigma, depois de analisar a legislação infraconstitucional, acolheu as alegações de violação dos referidos artigos constitucionais, a Segunda Turma, apesar de demonstrada a inequívoca atividade de legislador positivo cometido pelo Superior Tribunal de Justiça, continua se negando a examinar as violações dos mesmos artigos alegados nestes autos, mesmo que, para tanto, tenha que analisar o Art. 170 da Lei das S/A para constatar que essa afirmação é verdadeira” (fls. 508 – grifos nossos).

Afirmam que, “na parte final da ementa do acórdão paradigma, encontramos o principal dissídio do acórdão ora embargado em relação ao paradigma ora analisado, qual seja: enquanto este não admite violar o princípio da separação dos poderes, nem mesmo 'a pretexto de tornar efetiva a cláusula isonômica na Constituição', o acórdão ora embargado se nega a analisar o mesmo princípio – além de outros alegados na súplica extraordinária da parte ora Embargante – porque, para tal, teria que examinar a legislação infraconstitucional” (fls. 511 – grifos nossos).

Requerem que sejam acolhidos e providos os embargos de divergência para, em conseqüência, dar prosseguimento ao Agravo de Instrumento em epígrafe e provê-lo.

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Embargantes.Os embargos de divergência são cabíveis em decisão de Turma

deste Supremo Tribunal que divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário (art. 330 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

4. Na espécie vertente, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal concluiu que não cabe recurso extraordinário fundado em violação do art. 105, inc. III, da Constituição da República para rever a correção, no caso concreto, da decisão do Superior Tribunal de Justiça de conhecer ou não do recurso especial com base apenas no preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso especial, bem como a ausência de manifestação explícita pelo Tribunal a quo do tema constitucional tido como violado.

Os Embargantes desenvolvem argumentação sobre a questão de fundo do recurso extraordinário, aduzindo que o Superior Tribunal de Justiça teria legislado para dar nova redação à legislação infraconstitucional, o que ofenderia o princípio constitucional da separação dos poderes, ou seja, discute apenas o mérito do recurso extraordinário sem indicar eventual divergência entre julgados do Supremo Tribunal Federal.

5. Os paradigmas apontados pelos Embargantes para demonstrar a divergência (Recursos Extraordinários 188.521, 175.230 e 181.138, Mandado de Segurança 22.620 e Recurso em Mandado de Segurança 21.662) não dizem respeito à mesma situação jurídica decidida pela Segunda Turma, vício recursal que por si só é suficiente para a inadmissibilidade dos embargos de divergência (AI 549.753-AgR-EDv-AgR, de minha relatoria, Tribunal Pleno,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 110

DJe 13.8.2010; RE 255.328-ED-EDv-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003; AI 378.629-AgR-ED-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 12.3.2010).

Não bastasse a inadequação dos paradigmas utilizados pelos Embargantes, a Primeira Turma tem decidido no mesmo sentido do acórdão da Segunda Turma ora embargado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. Admissibilidade de recurso de competência do Superior Tribunal de Justiça: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.

2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 703.008-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 13.3.2009);

“Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Recurso especial. Pressupostos processuais. Legislação infraconstitucional. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pela Superior Tribunal de Justiça mediante decisão suficientemente motivada. 2. As questões processuais de natureza infraconstitucional relativas aos requisitos de admissibilidade do STJ são de reexame inviável no recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 626.814-ED, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, Dje 13.2.2009);

“Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação de ofensa reflexa à Constituição.

1. Tem-se violação reflexa à Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada á norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que é a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal.

2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre do STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local” (AI 134.736-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995);

E:“PROCESSO CIVIL. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL.

CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil ” ( AI 449.425-AgR, de minha relatoria, DJ 16.2.2007).

6. Assim, ausente a pretensa divergência, incabíveis são os embargos, nos termos do art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “não cabem embargos, se a jurisprudência do Plenário ou se ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada, salvo o disposto no art. 103.”

Nesse sentido, o Recurso Extraordinário 190.251-EDv-ED-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Plenário, DJ 14.12.2001.

7. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 335 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 3 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEM LÚCIARelatora

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.633

(530)

ORIGEM : RESP - 993381 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : JOSÉ ROBERTO MARTINS JACINTHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO TONIALADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : EDUARDO SILVEIRA CLEMENTE

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. EMPRESAS. OBRIGAÇÕES: CONTRATO DE COMPRA E VENDA. DIREITO DO CONSUMIDOR: CONTRATO DE CONSUMO. AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: DECISÃO EMBARGADA NO MESMO SENTIDO DO ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório

1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. LEGISLAÇÃO PROCESSUAL. VIOLAÇÃO DO ART. 105, III, DA CONSTITUIÇÃO. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE.

1.O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre o tema constitucional tido por violado. Incidência das súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2.A jurisprudência do Supremo é no sentido de que não cabe recurso extraordinário fundado em violação do art. 105, III, da Constituição, para rever a correção, no caso concreto, da decisão do Superior Tribunal de Justiça de conhecer ou não do recurso especial, exceto se o julgamento emanado deste Superior Tribunal apoiar-se em premissas que conflitem, diretamente, com o disposto no referido art. 105, III, o que não ocorre no caso dos autos.

Agravo regimental a que se nega provimento” (fls. 675-680).2. Os Embargantes alegam que “basta ler a ementa do paradigma

ora em análise para que se possa concluir, de pronto, que a Primeira Turma EXAMINOU o Decreto-Lei nº 2.434/88, para, com base nessa análise concluir pela não violação do princípio constitucional da isonimia, como havia sido decidido pelo Tribunal 'a quo'. Senão, como poderia ter concluído que o mesmo 'estabeleceu critério pertinente' e 'não deslocou a data da coerência do fato gerador'?” (fls. 703 – grifos nossos).

Sustentam que, “ao dar provimento ao Recurso Extraordinário, o paradigma em análise, mesmo sem dizer expressamente, acolheu as alegações da União no sentido de que o Tribunal 'a quo' legislou positivamente e, portanto, violou, os arts. 2º, 5°, caput e inc. II; e 48 inc. I, exatamente os mesmos artigos que a parte ora Embargante demonstrou terem sido violados pela Superior Tribunal de Justiça ao 'criar' uma quarta hipótese legal para a fixação de preço de emissão de ações da antiga CRT, para uso exclusivo da Brasil Telecom S/A, como se estivesse acrescentado um inciso IV á redação então vigente do Art. 170, da Lei 6.404/76” (fls. 705 – grifos nossos).

E que “aí se tem, portanto, mais um claro dissídio entre os acórdãos confrontados: enquanto a Primeira Turma, no paradigma, depois de analisar a legislação infraconstitucional, acolheu as alegações de violação dos referidos artigos constitucionais, a Segunda Turma, apesar de demonstrada a inequívoca atividade de legislador positivo cometido pelo Superior Tribunal de Justiça, continua se negando a examinar as violações dos mesmos artigos alegados nestes autos, mesmo que, para tanto, tenha que analisar o Art. 170 da Lei das S/A para constatar que essa afirmação é verdadeira” (fls. 705 – grifos nossos).

Afirmam que, “na parte final da ementa do acórdão paradigma, encontramos o principal dissídio do acórdão ora embargado em relação ao paradigma ora analisado, qual seja: enquanto este não admite violar o princípio da separação dos poderes, nem mesmo 'a pretexto de tornar efetiva a cláusula isonômica na Constituição', o acórdão ora embargado se nega a analisar o mesmo princípio – além de outros alegados na súplica extraordinária da parte ora Embargante – porque, para tal, teria que examinar a legislação infraconstitucional” (fls. 708 – grifos nossos).

Requerem que sejam acolhidos e providos os embargos de divergência.

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Embargantes.Os embargos de divergência são cabíveis em decisão de Turma

deste Supremo Tribunal que divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário (art. 330 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

4. Na espécie vertente, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal concluiu que não cabe recurso extraordinário fundado em violação do art. 105, inc. III, da Constituição da República para rever a correção, no caso concreto, da decisão do Superior Tribunal de Justiça de conhecer ou não do recurso especial com base apenas no preenchimento dos requisitos de admissibilidade do recurso especial, bem como a ausência de manifestação explícita pelo Tribunal a quo do tema constitucional tido como violado.

Os Embargantes desenvolvem argumentação sobre a questão de fundo do recurso extraordinário, aduzindo que o Superior Tribunal de Justiça teria legislado para dar nova redação à legislação infraconstitucional, o que ofenderia o princípio constitucional da separação dos poderes, ou seja, discute apenas o mérito do recurso extraordinário sem indicar eventual divergência entre julgados deste Supremo Tribunal.

5. Os paradigmas apontados pelos Embargantes para demonstrar a divergência (Recursos Extraordinários 188.521, 175.230 e 181.138, Mandado de Segurança 22.620 e Recurso em Mandado de Segurança 21.662) não dizem respeito à mesma situação jurídica decidida pela Segunda Turma, vício recursal que por si só é suficiente para a inadmissibilidade dos embargos de divergência (AI 549.753-AgR-EDv-AgR, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe 13.8.2010; RE 255.328-ED-EDv-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003; AI 378.629-AgR-ED-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 12.3.2010).

Não bastasse a inadequação dos paradigmas utilizados pelos Embargantes, a Primeira Turma tem decidido no mesmo sentido do acórdão da Segunda Turma ora embargado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 111: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 111

PROCESSUAL CIVIL. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. Admissibilidade de recurso de competência do Superior Tribunal de Justiça: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.

2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 703.008-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 13.3.2009);

“Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Recurso especial. Pressupostos processuais. Legislação infraconstitucional. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pela Superior Tribunal de Justiça mediante decisão suficientemente motivada. 2. As questões processuais de natureza infraconstitucional relativas aos requisitos de admissibilidade do STJ são de reexame inviável no recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 626.814-ED, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 13.2.2009);

“Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação de ofensa reflexa à Constituição.

1. Tem-se violação reflexa à Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada á norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que é a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal.

2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre do STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local” (AI 134.736-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995);

E:“PROCESSO CIVIL. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ESPECIAL.

CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil ” ( AI 449.425-AgR, de minha relatoria, DJ 16.2.2007).

6. Assim, ausente a pretensa divergência, incabíveis são os embargos, nos termos do art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “não cabem embargos, se a jurisprudência do Plenário ou se ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada, salvo o disposto no art. 103.”

Nesse sentido, o Recurso Extraordinário 190.251-EDv-ED-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Plenário, DJ 14.12.2001.

7. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 335 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEM LÚCIARelatora

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.589

(531)

ORIGEM : AC - 200071000089167 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : ERNESTO PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : RAPHAEL SAMPAIO MALINVERNI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de embargos de divergência opostos ao acórdão da Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, que negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos seguintes termos:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PARIDADE ENTRE JUÍZES CLASSISTAS DE 1ª INSTÂNCIA E OS DE TRIBUNAIS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 339 DO STF. 1. O Supremo, no julgamento do MS n. 21.466, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 6.5.94, manifestou entendimento nos termos do qual 'os representantes classistas da Justiça do Trabalho, ainda que ostentem títulos privativos da magistratura e exerçam função jurisdicional nos órgãos cuja composição integram, não se equiparam e nem se submetem, só por isso, ao mesmo regime jurídico-constitucional e legal aplicável aos magistrados togados. A especificidade da condição jurídico-funcional dos juízes classistas autoriza o legislador a reservar-lhes tratamento normativo diferenciado daquele conferido aos magistrados togados. O juiz classista, em conseqüência, apenas faz jus aos benefícios e vantagens que lhe tenham sido expressamente outorgados em legislação específica.' 2. Incidência da Súmula 339 do STF de seguinte teor: '[n]ão cabe ao Poder Judiciário, que não tem

função legislativa aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia'. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (fl. 353).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fls. 366-370).Em breve síntese, o ora embargante alegou que há divergência entre

o acórdão impugnado e e a Súmula 359 do STF. A pretensão recursal não merece acolhida. Consoante dispõe o art. 330 do Regimento Interno do Supremo

Tribunal Federal, os embargos de divergência são cabíveis contra acórdão de Turma que divirja de julgado de outra Turma ou do Plenário.

No caso, o embargante não indicou nenhum julgado da Primeira Turma ou do Plenário para servir de paradigma de confronto com o acórdão embargado. Saliente-se que a mera indicação de Súmula deste Tribunal, sem mencionar os precedentes que a ela deram origem e a divergência destes julgados com o acórdão atacado, não é idônea à comprovação da divergência jurisprudencial que dá ensejo ao cabimento dos embargos de divergência.

Além disso, a utilização adequada dos embargos de divergência impõe ao recorrente o dever de demonstrar, de maneira objetiva e analítica, o dissídio interpretativo alegado. Ademais, na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a caracterização do conflito jurisprudencial depende da demonstração explícita da divergência entre a decisão embargada e os paradigmas apontados como dissidentes.

Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 202.097-ED-EDv-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello:

“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA - DESCUMPRIMENTO, PELA PARTE EMBARGANTE, DO DEVER PROCESSUAL DE PROCEDER AO CONFRONTO ANALÍTICO ENTRE OS ACÓRDÃOS DADOS COMO DIVERGENTES, DE UM LADO, E A DECISÃO EMBARGADA, DE OUTRO - INSUFICIÊNCIA DA MERA TRANSCRIÇÃO DAS EMENTAS PERTINENTES AOS ACÓRDÃOS INVOCADOS COMO REFERÊNCIA PARADIGMÁTICA - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência - ou de não-conhecimento destes, quando já admitidos - deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe reproduzir, na petição recursal, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, os trechos que configuram a divergência indicada, mencionando, ainda, as circunstâncias que identificam ou que tornam assemelhados os casos em confronto, não bastando, para os fins a que se refere o art. 331 do RISTF, a mera transcrição das ementas dos acórdãos invocados como referências paradigmáticas, nem simples alegações genéricas pertinentes à suposta ocorrência de dissenso pretoriano. Precedentes”.

O embargante, na hipótese em exame, cingiu-se a alegar incidência da Súmula 359 do STF, sem comprovar a existência de dissídio jurisprudencial entre acórdãos deste Tribunal.

Ressalte-se, por fim, que os embargos de divergência destinam-se a promover a uniformização da jurisprudência desta Corte. Não se prestam, pois, à mera revisão do acerto ou desacerto do acórdão embargado. Nesse sentido, assentou o Plenário deste Tribunal, no julgamento do RE 115.024-ED-ED-EDv-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello:

“a especifica função jurídico-processual dos embargos de divergencia - que consiste em promover a uniformização da jurisprudência no âmbito do Supremo Tribunal Federal - não autoriza, sob pena de essa modalidade recursal revestir-se de um inadmissivel caráter infringente, a revisão de premissas assentadas pelo acórdão embargado na resolução da causa”.

Isso posto, não admito os embargos de divergência (CPC, art. 557, caput, e RISTF, arts. 21, § 1º, e 335).

Publique-se.Brasília, 23 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 193.706 (532)ORIGEM : AMS - 9401216193 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO. : SOLDERING COMERCIO E INDUSTRIA LTDAADV.(A/S) : VÂNIA DE OLIVEIRA PIMENTEL E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento à fl.150 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 112: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 112

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 230.736 (533)ORIGEM : AMS - 9401323488 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE. : UNIÃO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDA. : MANNESMANN S/AADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento de fl. 308 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 235.021 (534)ORIGEM : AMS - 56327 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : PETRÓLEO E LUBRIFICANTES DO NORDESTE S/A -

PETROLUSAADV.(A/S) : RAUL MANOEL LIMA CAVALCANTIADV.(A/S) : ANTÔNIO DE ROSA

DECISÃOVistos.Recurso extraordinário interposto pela União, com fundamento na

alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

A recorrida, Petróleo e Lubrificantes do Nordeste S/A – PETROLUSA, por meio das petições de folhas 241/242 (fax) e 264/265 (original), vem “requerer a desistência definitiva e irretratável deste processo, renunciando a qualquer alegação de direito sobre a qual se funda a ação, requerendo extinção do feito com resolução do mérito, nos termos do inciso V do caput do art. 269 do CPC, sem a condenação em honorários já que o pagamento da forma da Lei nº 11.941/2009 dispensa os encargos legais”.

Decido.A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de

reconhecer, também nesta instância extraordinária, a possibilidade da homologação do pedido de renúncia ao direito sobre o qual se funda a ação quando postulado por procurador habilitado com poderes específicos. Nesse sentido, anote-se:

“Embargos de declaração em recurso extraordinário. 2. Decisão monocrática do relator. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Homologação de renúncia ao direito sob o qual se funda a ação. Necessidade de condenação em verbas de sucumbência. Questão a ser dirimida pelo Juízo de origem. Precedente. 4. Levantamento de depósitos Judiciais. Pedido a ser analisado pelo juízo da execução. 5. Homologação de renúncia. Extinção do processo com julgamento de mérito. Art. 269, V, do CPC. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 213.756/PE-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 23/9/05).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ACO nº 616/RJ, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 3/12/03; RE nº 392.637/SP, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1/10/04; e RE nº 487.232/SP-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 12/2/08.

Ante o exposto, nos termos do artigo 269, inciso V, do Código de Processo Civil, homologo o pedido de renúncia ao direito sobre o qual se funda a ação e julgo extinto o processo com julgamento do mérito. Sem condenação em honorários, nos termos da Súmula nº 512/STF. Custas ex lege.

Publique-se. Brasília, 2 de agosto de 2010.

Ministro DIAS TOFFOLI

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.172 (535)ORIGEM : AMS - 9504138144 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE. : METALÚRGICA DUQUE S/AADV.(A/S) : MAX ROBERTO BORNHOLDT E OUTRO(A/S)RECDA. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma

da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento de fl. 157 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 239.003 (536)ORIGEM : AMS - 9304345065 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE. : A H SCARPINI JOIAS E RELOGIOS S/AADV.(A/S) : FLÁVIO OSÓRIO MARQUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento à fl. 346 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 253.120 (537)ORIGEM : AMS - 9304017157 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE. : CASA BALÃO COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDAADV.(A/S) : REJANE BEATRIZ DE OLIVEIRA LEITE E OUTRO(A/S)RECDA. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento de fl. 191 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 386.831 (538)ORIGEM : MS - 70001977271 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : CASSIO MACHADO BITTENCOURT FERNANDEZADV.(A/S) : ELISEU GOMES TORRES

DECISÃOCONCURSO PÚBLICO – PROVA OBJETIVA - ELIMINAÇÃO

EXCLUÍDA – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul concedeu a segurança, ante fundamentos assim sintetizados (folha 90):

MANDADO DE SEGURANCA - CONCURSO PARA JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO -QUESTAO FORMULADA SOBRE A QUAL EXISTE DISSIDIO JURISPRUDENCIAL ELOQUENTE - O ENTENDIMENTO DOMINANTE DE QUE NÃO CABE AO JUDICIARIO EXAMINAR CRITERIOS DA BANCA EXAMINADORA CEDE ANTE CASOS EXCEPCIONAIS EM QUE DEVA PREVALECER O PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE - NAO SE PODE EXIGIR DO CANDIDATO QUE ADIVINHE A POSICAO DA BANCA EXAMINADORA ANTE MATERIA SABIDAMENTE CONTROVERTIDA - SENSIBILIDADE QUE SE IMPOE A COMISSAO DE CONCURSO NO SENTIDO DE NAO QUESTIONAR OBJETIVAMENTE TEMAS QUE COMPORTEM DUPLO POSICIONAMENTO EVIDENTE - LESAO A DIREITO LIQUIDO E CERTO DO IMPETRANTE CONFIGURADA ANTE A INOBSERVANCIA DA OBJETIVIDADE EM PROVA OBJETIVA. SEGURANCA CONCEDIDA.

2. Na interposição deste recurso foram observados os pressupostos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por procurador do Estado, restou protocolada no prazo em dobro a que tem jus o recorrente.

A Corte de origem não adentrou o mérito administrativo. Apenas se opôs, no caso, à subjetividade de questão posta em prova objetiva. Ora, diante desse contexto, forçoso é concluir que foram sopesadas as peculiaridades do citado exame e o fato de ser incompatível com as noções pertinentes ao princípio da razoabilidade exigir-se do candidato verdadeiro “exercício” de adivinhação (folha 95). Em suma, não se colocou em plano secundário os princípios da legalidade, isonomia ou separação dos poderes. Simplesmente, considerou-se, na espécie, a necessidade de preservar-se a segurança jurídica, a razão de ser das coisas, cuja força é insuplantável.

3. Nego seguimento ao extraordinário.4. Publiquem.Brasília, 20 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 410.197 (539)ORIGEM : MS - 2001000121613 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : MARIA NELSINA VILELA SALESADV.(A/S) : HENRIQUE VILELA SALES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA – IMPETRANTE PENSIONISTA DE PROCURADOR DE JUSTIÇA FALECIDO – PENSÃO POR MORTE PAGA PELO EXECUTIVO ESTADUAL, PELO SISTEMA DO MONTEPIO CIVIL – ILEGALIDADE DA VINCULAÇÃO DA PENSÃO DA IMPETRANTE AO TETO REMUNERATÓRIO ESTABELECIDO PARA A FONTE PAGADORA, NO CASO, O EXECUTIVO – MALFERIMENTO DO ART. 40, § 7º, DA CF/88 – ORDEM CONCEDIDA PARA QUE A IMPETRANTE RECEBA UMA PENSÃO EQUIVALENTE AO QUE PERCEBERIA SEU MARIDO SE VIVO FOSSE.

I – Tanto a legislação infraconstitucional como a Norma Fundamental da República são visivelmente acolhedoras do direito da impetrante de não sofrer, na hipótese dos autos, redução de sua pensão por morte sob o pretexto de imposição de teto remuneratório de Poder outro que não aquele a que servia o servidor falecido. As normas constitucionais insculpidas nos §§ 3º e 7º da Constituição Federal de 1988, de aplicação imediata, traduzem, com clarividência, o direito de manter-se a impetrante, após a morte de seu marido, percebendo uma pensão no mesmo valor da remuneração por ele percebida se vivo fosse, independente da fonte pagadora do benefício.

II – Matéria vencida. Ordem concedida. Acórdão unânime.” (Fls. 61)Ressaltou-se, ainda, que emenda à Constituição estadual que

extinguira o regime de montepio civil “(...) jamais poderia impor qualquer mitigação à regra do art. 40, § 7º, da Constituição Federal de 1988, quando enuncia que a pensão por morte será igual ao do valor dos proventos do servidor falecido.” (Fls. 64)

Alega o ente público recorrente vulneração do art. 40, § 8º, da Constituição federal. Assevera que “(...) nada há de ilegal e/ou abusivo a submissão de pensão ao teto remuneratório fixado para o referido Poder. Muito pelo contrário, se à recorrida fosse conferido tratamento diferenciado, malferido restaria o princípio isonômico previsto no caput do art. 5º da Constituição Federal.” (Fls. 75)

Com razão a recorrente.Lembro, inicialmente, que a controvérsia é anterior à Emenda

Constitucional 41, de 19.12.2003, que conferiu nova redação ao inciso XI do art. 37 da Constituição federal, tendo determinado a vinculação dos subsídios dos membros do Ministério Público ao Poder Judiciário.

No que diz respeito ao tema objeto do presente recurso, este Tribunal, em sessão plenária, firmou entendimento no sentido de que o teto da remuneração do Ministério Público estadual será o do Poder Executivo Estadual. Confira-se a seguinte ementa:

“Ação direta de inconstitucionalidade. Argüição de inconstitucionalidade dos artigos 106, ‘caput’, 107, ‘caput’, 108 e 109 da Lei Complementar n. 13/91 do Estado do Maranhão, sendo que os três primeiros com a redação dada pela Lei Complementar n. 21/94 do mesmo Estado. Pedido de liminar.

- Quanto ao artigo 106, ‘caput’, é relevante a sustentação jurídica da argüição de inconstitucionalidade desse dispositivo com base – admissível, ainda que não invocada na inicial, dada a circunstância de a ‘causa petendi’ em ação direta ser aberta – em que o teto da remuneração do Ministério Público estadual deve ser o do Poder Executivo do Estado e não o do Poder Judiciário deste.

(...)” (ADI 1756-MC, rel. min. Moreira Alves, DJ de 06.11.1998)No mesmo sentido: RE 389.676, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de

14.03.2005; RE 278.176, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 02.02.2005.Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, de molde a

denegar a segurança. Sem honorários advocatícios (Súmula 512). Custas ex

lege.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.122 (540)ORIGEM : AC - 2129625900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ORLANDO MAFFEIADV.(A/S) : HELDER M. KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 174.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 144.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 114

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 432.512 (541)ORIGEM : AMS - 200205000196720 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : USINA IPOJUCA S/AADV.(A/S) : WALTER GIUSEPPE ALCÂNTARA MANZIRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOTRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO

LÍQUIDO – IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA – ART. 1º DA LEI Nº 9316/96 - REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – PROCESSOS VERSANDO A MATÉRIA – SOBRESTAMENTO.

1. O Supremo, no Recurso Extraordinário nº 582.525/SP, da relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à constitucionalidade, ou não, da Lei 9.316/66 no que veda a dedução do valor equivalente à contribuição social sobre o lucro líquido da sua própria base de cálculo e da base de cálculo de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza – IRPJ.

2. Ante o quadro e o fato de, na espécie, veicular-se a mesma controvérsia jurídica, tendo a intimação do acórdão da Corte de origem ocorrido antes da vigência do sistema da repercussão geral, determino o sobrestamento deste processo.

3. À Assessoria, para o acompanhamento devido.4. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 433.468 (542)ORIGEM : AC - 2290915200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : HENRIQUE FRANCISCO FURLANETOADV.(A/S) : HELDER M. KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 227.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 171.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº

19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 455.635 (543)ORIGEM : AC - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SONOPRESS RIMO DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA E

COMÉRCIO FONOGRÁFICA LTDAADV.(A/S) : PAULA EVARISTO CARLOS REGAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOLEI Nº 9.718/98 – PIS E COFINS – PRECEDENTES DO PLENÁRIO

– RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PROVIMENTO.1.Em sessão realizada em 9 de novembro de 2005, o Tribunal Pleno,

julgando os Recursos Extraordinários nº 357.950–9/RS, 390.840–5/MG, 358.273–9/RS e 346.084–6/PR, decidiu a matéria versada neste processo. Na oportunidade, proclamou a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, afastando a base de incidência da Cofins nele definida. Eis a síntese do que ficou assentado:

CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE – ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente.

TRIBUTÁRIO – INSTITUTOS – EXPRESSÕES E VOCÁBULOS – SENTIDO. A norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional ressalta a impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou implicitamente. Sobrepõe-se ao aspecto formal o princípio da realidade, considerados os elementos tributários.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – PIS – RECEITA BRUTA – NOÇÃO – INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 9.718/98. A jurisprudência do Supremo, ante a redação do artigo 195 da Carta Federal anterior à Emenda Constitucional nº 20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços. É inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil adotada.

2.Diante dos precedentes, conheço deste recurso e o provejo para afastar a base de incidência definida no § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98.

3.Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 467.529 (544)ORIGEM : REOAMS - 20017570 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA E PREVIDÊNCIA DO

ESTADO DO PIAUÍ - IAPEPADV.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS MACEDO E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 115

RECDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO BRITO PINHEIRO E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : CARLOS GONZAGA MARREIROS MOREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão, proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, que, ao confirmar a sentença proferida, determinou a inclusão do adicional noturno e gratificação de serviço extraordinário na pensão dos requeridos.

O Supremo Tribunal Federal, apreciando o AI 783.172, rel. min. Dias Toffoli, não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo (Administrativo. Servidor público. Policial civil. Adicional noturno. Regime de plantão. Matéria restrita ao plano do direito local).

Ademais, a Segunda Turma desta Corte apreciou questão idêntica e concluiu que a aferição da alegada afronta à Constituição exigiria, na espécie, reexame das provas documentais que fundamentaram a decisão recorrida e análise prévia das normas que disciplinam o regime jurídico dos servidores estaduais. Constatou-se a incidência, no caso, do óbice das Súmulas 279 e 280 desta Corte:

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INDENIZAÇÃO. FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS. HORAS EXTRAS. COMPENSAÇÃO. ART. 7º, IX E XVI, CF/88. ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - LEI 2.148/77. REEXAME DE FATOS E PROVAS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULAS STF 279 E 280.

1. O Tribunal de origem decidiu a lide com base na legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal, se existente, se daria de maneira reflexa (Súmula STF 280).

2. Para reforma do acórdão recorrido é imprescindível o reexame de fatos e de provas, inviável em sede extraordinária. Incidência da Súmula STF 279.

3. Agravo regimental improvido.” (RE 433.577-AgR, rel. min. Ellen Gracie, DJ de 22.05.2009)

No mesmo sentido: RE 581.296, rel. min. Carmem Lúcia, DJ de 22.02.2010 e RE 529.464, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 17.06.2008.

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 472.828 (545)ORIGEM : AMS - 20040017502 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEAADV.(A/S) : LUCIANA HOLANDA DE SOUZA RIBEIRO DO

NASCIMENTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : THIAGO JOSÉ MENDES COIMBRAADV.(A/S) : SIMONE MARIA QUEIROZ ABTIBOL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, c, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, que manteve sentença concessiva da segurança, em face de ato da recorrente que exigiu do recorrido em disputa de vaga no respectivo vestibular a comprovação de ter residência ou ter cursado ensino médio no Estado do Amazonas.

Alega-se ofensa ao art. 5º, caput, I e II, da Constituição federal.É o breve relatório. Decido.A fundamentação exclusiva na alínea c impede que o recurso seja

admitido. O acórdão recorrido não se pronunciou sobre a validade da lei estadual face à Constituição federal. Nesse sentido, em casos idênticos ao presente, RE 511.252 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 16.02.2007), RE 563.307 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 19.05.2008), RE 560.840 (rel. min. Carlos Britto, DJe de 17.06.2008) e RE 563.284 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 16.09.2008).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.822 (546)ORIGEM : AC - 2181045800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : PRUDENCIO GARCIAADV.(A/S) : HELDER KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 148.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 122.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.809 (547)ORIGEM : AMS - 9605058405 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MERCANTIL ACARAÚ LTDA.ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO UCHÔA DO AMARAL E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento à fl. 192 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 116

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 477.114 (548)ORIGEM : AC - 70003230612 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ESTEIOADV.(A/S) : PAULO JOSÉ DE QUEIROZ LUCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JUAREZ ANTÔNIO DOS SANTOSADV.(A/S) : ERNANI LUIS DANIEL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão que julgara ilegítima a imposição de sanção administrativa por infração à legislação de trânsito, sob o argumento de que seria necessário haver notificação facultando o oferecimento de defesa prévia antes de ser aplicada a penalidade.

Alega a parte recorrente que o acórdão impugnado afronta o art. 5º, LIV e LV, da Constituição federal, visto que, à luz da legislação pertinente, não se poderia concluir pela previsão de apresentação de defesa prévia.

Não merece seguimento o recurso. O acórdão recorrido, embora invocando o dispositivo constitucional supostamente violado, decidiu com base na interpretação dada à legislação de trânsito, matéria de índole infraconstitucional. A parte recorrente, discordando da conclusão a que chegou a instância ordinária, pretende mudar essa exegese no âmbito do recurso extraordinário, o que é impossível, especialmente quando se tem em mira a alínea invocada para o cabimento do recurso e diante da notória e pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de, no caso, quando muito pode haver ofensa reflexa à Constituição. No mesmo sentido, confiram-se os seguintes precedentes: AI 507.428 (rel. min. Sepúlveda Pertence), AI 496.332 (rel. min. Cezar Peluso) e AI 498.225 (rel. min. Gilmar Mendes).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 481.981 (549)ORIGEM : AC - 200071040083747 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ÉLIO ALMEIDA DOS PASSOSADV.(A/S) : AURI ALARCONY

DECISÃO: O recurso especial interposto pela parte ora recorrente foi conhecido e provido pelo E. Superior Tribunal de Justiça.

Com o trânsito em julgado dessa decisão, que foi favorável à pretensão jurídica deduzida pela parte ora recorrente, resultou sem objeto o presente recurso extraordinário, motivo pelo qual julgo-o prejudicado (CPC, art. 543, § 1º).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.099 (550)ORIGEM : RCL - 200200475663 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTICAPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS DAIBES DE SOUSA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : IÊDA LÍVIA DE ALMEIDA BRITOINTDO.(A/S) : TERCEIRA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 8ª REGIÃO

Referente à Petição/STF 43.086/2010 (fls. 267-268):Defiro pelo prazo requerido.Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 484.359 (551)ORIGEM : AC - 9802332909 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CARLOS SILVA KUBRUSLYADV.(A/S) : RONALDO MACIEL FIGUEIREDORECDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO

CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO - CNPQPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que, confirmando sentença, julgou improcedente pedido de manutenção do pagamento de gratificação especial extinta pela adoção do regime jurídico único.

No recurso extraordinário, a parte alega violação do disposto no art. 5º, XXXVI, e 37, XV, da Constituição.

Não merece prosperar o presente recurso.O acórdão impugnado, analisando a Lei 8.112/90, concluiu que “não

houve prejuízo financeiro aos antigos servidores celetistas, posto que se perdeu uma ou outra vantagem do antigo regime (CLT), que detém especificidades próprias e incongruentes com as do instituído pela Lei 8.112/90, beneficiou-se com todas as vantagens e direitos inerentes ao regime estatutário” (fls. 113). Verifico que o Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado, não conheceu do recurso especial que atacava a fundamentação infraconstitucional suficiente (fls.247/249), em decisão com trânsito em julgado. Desse modo, é aplicável à espécie a Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

Ademais, ainda se superado esse óbice, é assentada a jurisprudência desta Corte no sentido de que a transposição do regime estatuário para o regime celetista implica na extinção do contrato de trabalho, não cabendo a alegação de direito adquirido a vantagens obtidas anteriormente ou irredutibilidade de vencimentos. Como bem explicitado pelo min. Sepúlveda Pertence:

“É pacífico o entendimento desta Corte no sentido de que é incabível a manutenção do pagamento vantagens incorporadas ao salário dos servidores à época de sua sujeição ao regime da CLT - após a vigência do regime estatutário, quando se operou a extinção dos contratos de trabalho e a transformação dos empregos em cargos públicos. Não há, portanto, como invocar-se ofensa ao direito adquirido ou à irredutibilidade de vencimentos. Assim se decidiu, por exemplo, no julgamento do MS 22.455, 22.4.2002, de relatoria do em. Ministro Néri da Silveira, que, na ocasião, acentuou:

‘É de clareza palmar a impossibilidade de que permaneçam, no regime estatutário, vigente a partir da Lei nº 8.112/90, as vantagens concedidas pelas autarquias e fundações públicas a seus servidores, ao abrigo do regime celetista, posto que, com o ingresso destes no Regime Jurídico Único, operou-se a extinção da relação de emprego, adrede existente, e criou-se um novo vínculo jurídico, com o qual as vantagens não se conformam. (...)’” (decisão do min. Sepúlveda Pertence no AI 572366, DJ de 27.04.2006).

Em sentido similar, ver também, v.g., AI 388853 AgR, rel. min. Ellen Gracie, 2a T., DJ de 04.03.2005; MS 24381, rel. min. Gilmar Mendes, Pleno, DJ de 03.09.2004; AI 310274 AgR, rel. min. Moreira Alves, 1a T., DJ de 15.03.2002.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.065 (552)ORIGEM : AC - 2330825600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ANTONIO CARLOS TIMPANOADV.(A/S) : HELDER M. KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 157.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 130.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 117

premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.786 (553)ORIGEM : AC - 2433775000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MILTON MASANOBU KOJIMAADV.(A/S) : HELDER KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 159.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 133.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.883 (554)ORIGEM : AC - 2327555000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ORLANDO MAKOTO OKAMURAADV.(A/S) : HELDER KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 164.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 138.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso

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Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 490.665 (555)ORIGEM : AC - 2406125200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RAIMUNDO DA SILVA COSTAADV.(A/S) : HELDER M. KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 175.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 146.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.290 (556)ORIGEM : AC - 200151010251706 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : SÃO CAMILO ASSISTÊNCIA MÉDICA S/AADV.(A/S) : FERNANDA EGÉA CHAGAS CASTELO BRANCO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se pretende seja declarada a inconstitucionalidade do ressarcimento de valores ao SUS na forma determinada pelo art. 32 da Lei 9.656/98. Alega violação aos arts. 5º, II; 154, I; 195, § 4º; 196; e 199, da Constituição federal.

Esta Corte, no julgamento da ADI 1.931-MC, de relatoria do Min. Maurício Corrêa, DJ de 28.05.2004, entendeu devido o ressarcimento pela prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de plano de saúde, em acórdão assim ementado:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.

1. Propositura da ação. Legitimidade. Não depende de autorização específica dos filiados a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. Preenchimento dos requisitos necessários.

2. Alegação genérica de existência de vício formal das normas impugnadas. Conhecimento. Impossibilidade.

3. Inconstitucionalidade formal quanto à autorização, ao funcionamento e ao órgão fiscalizador das empresas operadoras de planos de saúde. Alterações introduzidas pela última edição da Medida Provisória 1908-18/99. Modificação da natureza jurídica das empresas. Lei regulamentadora. Possibilidade. Observância do disposto no artigo 197 da Constituição Federal.

4. Prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Administração Pública mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 119

Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vigência da norma impugnada.

5. Violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito. Pedido de inconstitucionalidade do artigo 35, caput e parágrafos 1o e 2o, da Medida Provisória 1730-7/98. Ação não conhecida tendo em vista as substanciais alterações neles promovida pela medida provisória superveniente.

6. Artigo 35-G, caput, incisos I a IV, parágrafos 1o, incisos I a V, e 2o, com a nova versão dada pela Medida Provisória 1908-18/99. Incidência da norma sobre cláusulas contratuais preexistentes, firmadas sob a égide do regime legal anterior. Ofensa aos princípios do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Ação conhecida, para suspender-lhes a eficácia até decisão final da ação.

7. Medida cautelar deferida, em parte, no que tange à suscitada violação ao artigo 5o, XXXVI, da Constituição, quanto ao artigo 35-G, hoje, renumerado como artigo 35-E pela Medida Provisória 1908-18, de 24 de setembro de 1999; ação conhecida, em parte, quanto ao pedido de inconstitucionalidade do § 2o do artigo 10 da Lei 9656/1998, com a redação dada pela Medida Provisória 1908-18/1999, para suspender a eficácia apenas da expressão "atuais e". Suspensão da eficácia do artigo 35-E (redação dada pela MP 2177-44/2001) e da expressão "artigo 35-E", contida no artigo 3o da Medida Provisória 1908-18/99”.

Nesse sentido, confiram-se: RE 597.261-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 07.08.2009); RE 500.306-ED (rel. min. Celso de Mello, DJe de 12.06.2009); AI 753.740 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 07.08.2009); RE 577.282 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 10.09.2009) e RE 592.189 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.08.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 493.070 (557)ORIGEM : AMS - 200151010117200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZ BRASIL DA COSTA FAGGIANOADV.(A/S) : CID VIANNA MONTEBELLO E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que, mantendo sentença, concedeu segurança, em acórdão assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ANS. UNIMED/SP. LEI 9.656/98. MEDIDA PROVISÓRIA 2097-40/2001. REGIME DE DIREÇÃO FISCAL. INDISPONIBILIDADE DOS BENS DOS DIRETORES.

– Como autarquia que tem por finalidade defender o interesse público no que diz respeito à assistência suplementar de saúde, fiscalizando operadores de serviço do setor e controlando as relações entre essa e os consumidores, detém a ANS poderes para instituir o regime de direção fiscal em empresas do ramo, bem como decretar a indisponibilidade dos bens de seus diretores, nos termos da Lei 9.656/98, com a redação que lhe deu a medida provisória 2097-40/2001; no entanto, no desempenho de suas atribuições, não pode agir com abuso de poder.

- Bloqueio de bens de diretores de empresa deve ficar limitado aos que praticam atos de gestão financeira, excluídos da sanção os responsáveis por sua direção técnica, até que se prove sua participação também no desempenho financeiro.” (fls. 252)

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os preceitos constantes dos arts. 5º, II, XXII, LIII, LIV e LV, 93, IX, 170 e 197, versa questão constitucional não ventilada no acórdão recorrido e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhes, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Da mesma forma, ao alegar ofensa ao art. 2º, levanta tese que não foi objeto da decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração conteúdo que não consta da apelação (fls.207-220), deduz matéria estranha à controvérsia, fazendo também aplicável ao caso o óbice das Súmulas 282 e 356. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 15.09.2000).

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.155 (558)ORIGEM : AMS - 9905103597 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ELIANE MENDONÇA RAMOS ARAÚJOADV.(A/S) : NILTON WANDERLEY DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que manteve sentença concessiva de segurança, para restabelecer vantagens decorrentes do art. 193 da Lei 8.112/90, suprimidas dos proventos de servidora pública inativa.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 71, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

No que tange à alegação de ofensa ao art. 5º, XXXVI, pela sua má interpretação, constato que a análise da apontada violação demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional. Trata-se, portanto, de alegação de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Incide no óbice da Súmula 636 desta Corte. Nesse sentido, o RE 415.897 (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 28.11.2005).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.203 (559)ORIGEM : AC - 199251010419500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ADEILDO JOSÉ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO DEALTRY TURRA

DECISÃO: Trata-se de recursos extraordinários do Estado do Rio de Janeiro e da União, em que se alega violação do disposto nos artigos 5º, LIV e LV e 37, § 6º, da Constituição Federal.

Os recursos extraordinários decorreram de condenação, confirmada pelo tribunal Regional Federal, em ação de indenização movida por Adeildo José de oliveira e sua esposa em conseqüência da morte de seu filho, com 17 anos, portador de hemofilia, que contraiu o vírus HIV em transfusão de sangue recebida no Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti.

Em seu recurso extraordinário o Estado do Rio de Janeiro alega que a prolação de sentença sem a oitiva da prova oral que fora deferida afronta os princípios do contraditório e da ampla defesa.

Além disso, o autor não teria provado que a contaminação teria sido decorrente de defeito do serviço do Instituto, o que viola o disposto no art 37, § 6º. da Constituição federal.

A União alega em seu recurso a contrariedade do acórdão ao art. 37 § 6º da Constituição por não haver restado comprovado o liame causal entre conduta da União e o fato ocorrido. Aduz ser parte ilegítima por ter a transfusão ocorrido em instituição do estado do Rio e, sugere, ainda, como descabido, o valor arbitrado a título de danos morais.

A análise das questões constitucionais suscitadas implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Em sentido semelhante o RE 452438, rel. min. Carlos Britto, DJ. 16.11.2005:

“Vistos etc. Cuida-se de recurso extraordinário, com base na alínea "a" do inciso III do artigo 102 da Constituição Republicana, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cuja ementa é a seguinte: "INDENIZAÇÃO - Fazenda Pública - Responsabilidade objetiva - Intoxicação por metanol, substância encontrada na bebida da vítima - Lesões gravíssimas nos olhos - Omissão do Poder Público na fiscalização e vigilância dos estabelecimentos - Art. 37, § 6o, da Constituição da República. (...) INDENIZAÇÃO - Fazenda Pública - Responsabilidade Civil - Dano moral - Lesões incapacitantes em jovem que contava, na ocasião, cerca de vinte e um anos de idade - Perturbação nas suas relações psíquicas - Verba devida - Majoração para o valor equivalente a 500 salários mínimos - Cumulação com dano material, subsistindo o apontado no decisório (Súmula nº 37, do STJ), afastado o prejuízo estético, indemonstrado - Recurso da autora parcialmente provido. (...)" 2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa ao § 6º do artigo 37 da Carta Magna. Isto por entender que não houve comprovação do nexo causal entre a suposta conduta omissiva do agente e o resultado danoso. Pugna, alternativamente, pela redução da verba indenizatória. 3. Tenho que o recurso não merece acolhida. É que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia com base na análise do conjunto probatório dos autos. É dizer: a pretensão do recorrente esbarra no óbice da Súmula 279 deste excelso Tribunal. 4. Decisões no mesmo sentido: o RE 346.978, Relator Ministro Ilmar Galvão, e o AI 527.643-ED, Relator Ministro Carlos Velloso. As ementas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 120

destes precedentes são as seguintes, respectivamente: "RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ALEGADA FALTA DE COMPROVAÇÃO DE NEXO CAUSAL, EM VIOLAÇÃO AO § 6.º DO ART. 37 DA CARTA DA REPÚBLICA. MATÉRIA PROBATÓRIA. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O recurso, ao sustentar a ausência de provas hábeis a caracterizar o liame entre os danos causados à recorrida e a ação ou omissão da União, como exigido pelo dispositivo constitucional sob enfoque, pretende o reexame do conjunto probatório dos autos, o que é inviável ante o preceituado na mencionada súmula desta Corte. Recurso extraordinário não conhecido." "(...) II. - O acórdão recorrido fixou o valor da indenização pleiteada pela parte agravada com base na análise do conjunto fático-probatório contido nos autos, que não pode ser reexaminado em recurso extraordinário (Súmula 279-STF)." Assim, frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso. Publique-se.”(grifo nosso)

Do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.958 (560)ORIGEM : PROC - 20057000421008 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ÁGUAS DE NITERÓI S/AADV.(A/S) : GLAUCUS PIMENTA DE SOUSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LEILA DE OLIVEIRA BARBOSAADV.(A/S) : RENATA DA CONCEIÇÃO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão, proferido por Turma Recursal do Juizado Especial da Comarca de Niterói, que julgou ilegal a cobrança de tarifa mínima, condenando a recorrente, prestadora do serviço de fornecimento de água, a calcular o preço com base no consumo real e à repetição, em dobro, das tarifas cobradas a maior.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do artigo 5º, XXXVI, e 30, V, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta do recurso inominado (fls. 99-150), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ de 15.09.2000).

Ademais, inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição, pois o acórdão a quo, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Também não há violação do art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante.

No mérito, o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 611.031-AgR, rel. min. Carmén Lúcia, DJ de 30.11.2007; AI 747.752, rel. min. Cezar Peluso, DJ de 04.05.2009.

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.703 (561)ORIGEM : AC - 200070010089540 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE LONDRINA LTDAADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal cuja ementa possui o seguinte teor:

“TRIBUTÁRIO. PIS. COMPENSAÇÃO. DDLL N. 2.445/88 E 2449/88. INCONSTITUCIONALIDADE. ENTIDADES DE FINS NÃO LUCRATIVOS. RESOLUÇÃO N. 174/71, BACEN. ILEGALIDADE. MP N. 1.212/95. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS. VERBA HONORÁRIA.

1. No caso dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o direito de compensação extingue-se com o de curso de cinco anos contados da homologação, expressa ou tácita, do lançamento pelo Fisco. Precedentes desta Corte e do STJ.

2. O Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade dos Decretos Leis n° 2.455 e 2.449/88 (Súmula 28 deste Tribunal).

3. É ilegítima a contribuição ao PIS das cooperativas à alíquota de 1

% sobre a folha de pagamento mensal, de que cogita o § 6° do art. 4° do Regulamento do PIS (Resolução n° 174/71).

4. Afastadas as Resoluções impugnadas (Resolução n° 174/71 e Ato Declaratório CST n° 14/85), a contribuição ao PIS é devida pelas cooperativas na forma da Lei Complementar n° 07, de 1970, quando estas exercerem atos não cooperativos, incidindo sobre o faturamento, nos termos do art. 3°, letra "b", além daquela parcela calculada com base no imposto devido pela renda obtida com essas atividades, consoante dispõe a letra "a" do referido dispositivo, em decorrência da interpretação do art. 111 da Lei n° 5.764/71.

5. O contribuinte que recolheu a contribuição nos parâmetros da Medida Provisória n° 1.212, de 28 de novembro de 1995, e de suas reedições, faz jus ao que exceder o montante que deveria ter sido pago em conformidade com a Lei Complementar n° 07, de 1970, e suas alterações válidas e eficazes, inclusive a Lei Complementar n° 17, de 1973 (que majorou a alíquota do PIS), até o perfazimento do período nonagesimal previsto no § 4° do art. 195 da Carta Magna (ou seja, até fevereiro de 1996).

6. É possível a compensação dos valores recolhidos a maior a título da exação, nos moldes dos diplomas mencionados, com as prestações vincendas do PIS, de acordo com o art. 66 da Lei n° 8383/91. Precedentes do STJ.

7. A correção monetária deve ser efetuada em conformidade com a Súmula 162 do STJ, utilizando-se os índices do OTN, BTN, INPC e UFIR, incluídos os expurgos da Súmula 37 desta Corte. Juros à taxa SELIC, incidentes a partir de janeiro de 1996 e inacumuláveis com qualquer índice atualizatório.

8. A fixação da verba honorária, quando calculada com base no § 4° do art. 20 do CPC, não necessita enquadrar-se nos limites percentuais do § 3° do referido artigo, mas atende os mesmos critérios para apreciação, enumerados nas alíneas do § 3°.” (grifos meus; fls. 343)

A recorrente, alegando violação do disposto nos arts. 5°, II, e 150, I, da Constituição, sustenta que a Contribuição ao PIS só poderia ser exigida das cooperativas a partir da vigência da Medida Provisória 1.212/1995.

O recurso não merece seguimento.Observo que concluir diversamente do Tribunal a quo demandaria o

prévio exame da legislação infraconstitucional. É pacífico o entendimento deste Tribunal no sentido de não ser admissível alegação de ofensa que, advindo de má aplicação, interpretação ou inobservância de normas infraconstitucionais, seria meramente reflexa ou indireta (Súmula 636/STF).

No mesmo sentido: AI 666.341-AgR-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 11.04.2008); AI 365.818 (rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 02.08.2002) e AI 206.109-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 27.11.1998).

Ademais, verifico que os fundamentos infraconstitucionais do acórdão recorrido não foram afastados por ocasião do julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça, do recurso especial vinculado ao feito (fls. 457-479/537-543). Aplica-se, portanto, o disposto na Súmula 283/STF.

Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 500.826 (562)ORIGEM : AMS - 200061000467523 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CONSTRUTORA GUAIANAZES S/AADV.(A/S) : RUDOLF HUTTER E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial entendendo válida a exigência de depósito prévio como condição de admissibilidade de recurso administrativo em matéria tributária. Referida decisão transitou em julgado (fls. 213).

Do exposto, julgo prejudicado o recurso extraordinário, por perda do objeto.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.184 (563)ORIGEM : AC - 200371070031325 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : SERVIBRÁS SERVIÇOS E VEÍCULOS BRASILEIROS

LTDAADV.(A/S) : ANTONINHA BALSEMÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 121

DESPACHO: Em razão do teor do despacho de fls. 154-155, proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, oficie-se ao Tribunal Regional Federal da 4º Região para que encaminhe a esta Corte os autos do agravo de instrumento interposto contra a decisão que inadmitiu o recurso extraordinário vinculado ao feito (Agrext nº 2005.04.01.043424-9).

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.787 (564)ORIGEM : AR - 9705054231 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ASSIS CARLOS FERNANDESADV.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS COSTA BARROS E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 5

ª Região, que julgou improcedente ação rescisória, por considerar aplicável ao caso a súmula 343 do Supremo Tribunal Federal.

Insurge-se a União sob a alegação de violação do disposto nos arts. 5º, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição Federal, pleiteando a declaração de nulidade do julgado.

O recurso extraordinário foi interposto em 02.08.2000, antes, portanto, da publicação do acórdão que julgou os embargos infringentes, feita em 20.02.2002, conforme certidão de fls. 224, sem que haja nos autos notícia de posterior ratificação do recurso. A jurisprudência desta Corte tem entendimento pacífico no sentido de que o recurso protocolado antes da publicação da decisão ou acórdão impugnado deve ser considerado extemporâneo (cf. AI 479.143-AgR, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.2004, e AI 465.674-AgR-ED, rel. min. Ellen Gracie, DJ de 02.04.2004, entre outros).

Ainda se superado esse óbice, as questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário constituem alegações de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Ademais, inexiste a alegada violação do art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Também não procede a alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição, porquanto o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante

Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 503.130 (565)ORIGEM : RESP - 436168 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : RUTH VELHO LEMOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ GOMES DE MATOS FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) de acórdão do Superior Tribunal de Justiça que entendeu que não há direito adquirido a regime jurídico se não há decesso remuneratório. Alega violação do art. 5º, XXXVI, da Constituição.

A jurisprudência pacífica desta Corte está orientada no sentido de que não existe direito adquirido a regime jurídico. Ambas as Turmas do Tribunal firmaram o entendimento de que, se a mudança de regime não implicar diminuição da remuneração, não constituirá ofensa às garantias do direito adquirido e da irredutibilidade de vencimentos. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido por ocasião do julgamento do RE 293.606 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 14.11.2003), cuja ementa tem o seguinte teor:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. GRATIFICAÇÃO INCORPORADA. DIREITO ADQUIRIDO. Lei 7.923/89. GRATIFICAÇÃO POR TRABALHO COM RAIO-X.

I. - Gratificação incorporada aos proventos, por força de lei. Sua redução numa posterior majoração de vencimentos e proventos, sem prejuízo para o servidor, que teve aumentada a sua remuneração. Inexistência de direito adquirido, na forma da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

II. - Ressalva do ponto de vista pessoal do relator deste.III. - R.E. conhecido e provido.”E também o RE 600.837-AgR, rel. min. Celso de Melo, Segunda

Turma, DJe 03.12.2009:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - SERVIDOR PÚBLICO ESTATUTÁRIO - INALTERABILIDADE DO REGIME JURÍDICO - DIREITO ADQUIRIDO - INEXISTÊNCIA - REMUNERAÇÃO - PRESERVAÇÃO DO MONTANTE GLOBAL - AUSÊNCIA DE OFENSA À IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS - RECURSO IMPROVIDO. - Não há direito adquirido do servidor público estatutário à inalterabilidade do regime jurídico pertinente à composição dos vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração, e, em conseqüência, não provoque decesso de caráter pecuniário. Precedentes.”

No mesmo sentido o RE 436.134, rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 03.03.2006 e ainda o RMS 23.507, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 28.06.2002.

Por fim, o acórdão do Superior Tribunal de Justiça resolveu a questão à luz do Decreto-lei 2.251/85 e, para se chegar a conclusão contrária a que chegou o acórdão recorrido, seria mister que se examinasse previamente a legislação infraconstitucional, o que implica dizer que a alegada ofensa do art. 5º, XXXVI, da Constituição é indireta ou reflexa, não dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário.

Confiram-se: RE 463.556, de minha relatoria, DJ de 07.04.2006; RE 236.089, rel. min. Maurício Corrêa, DJ de 14.03.2000; AI 222.118, rel. min. Marco Aurélio, DJ de 24.09.1998; AI 219.137, rel. min. Néri da Silveira, DJ de 31.08.1998.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 507.250 (566)ORIGEM : REOAMS - 20050006863 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEAADV.(A/S) : ÂNGELO MARCUS NOGUEIRA BORGES DE CAMPOS

E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROBERTO ARAÚJO RUSSOADV.(A/S) : JOSÉ RUSSO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, c, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, que manteve sentença concessiva da segurança, para permitir a matrícula de aluno aprovado em concurso vestibular.

Alega-se ofensa ao art. 5º, caput, I e II, da Constituição federal.É o breve relatório. Decido.A fundamentação exclusiva na alínea c impede que o recurso seja

admitido. O acórdão recorrido não se pronunciou sobre a validade da lei estadual face à Constituição federal. Nesse sentido, em casos idênticos ao presente, RE 511.252 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 16.02.2007), RE 563.307 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 19.05.2008), RE 560.840 (rel. min. Carlos Britto, DJe de 17.06.2008) e RE 563.284 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 16.09.2008).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.822 (567)ORIGEM : MS - 70009301144 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : PEDRO LUIZ POZZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIEL FRANCISCO MITIDIERO

DESPACHO: (em relação à petição 36292/2010)Manifeste-se o recorrente, Estado do Rio Grande do Sul, quanto às

informações da petição em epígrafe.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 509.713 (568)ORIGEM : AC - 2283765600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VERA LÚCIA RODRIGUES FIGUEIREDOADV.(A/S) : HELDER M. KANAMARU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 122

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 177.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, restou protocolada no prazo legal. O preparo está à folha 156.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, nego seguimento ao extraordinário.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 510.107 (569)ORIGEM : AMS - 200338000188954 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NIVAIR JOSÉ DE PAULAADV.(A/S) : JULIANA DE CÁSSIA SILVA BENTO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário em que se alega

violação do disposto nos arts. 3º e 9º, da Emenda Constitucional 20/1998.A análise das questões constitucionais tal como suscitadas implica

reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.054 (570)ORIGEM : AMS - 200002010732659 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : NELSON RODRIGUES PINTO NETO(REPRESENTADO

POR IRACEMA MARQUES RODRIGUES)ADV.(A/S) : DAVID PEIXOTO MANHÃES E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto pela União de acórdão de Tribunal Regional Federal que manteve sentença concessiva de segurança, por entender desarrazoada exigência constante de edital de seleção para ingresso em colégio naval.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os preceitos constantes dos artigos 37, I, 39, §3º, 142, §3º, X, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta da apelação (fls. 114-116), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 15.09.2000).

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.273 (571)ORIGEM : AC - 2945515300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : GERALDO SIDNEI FERREIRA DE ARAÚJOADV.(A/S) : HELDER M. KANAMARU E OUTRO(A/S)

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 165.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por procurador do Estado, restou protocolada no prazo dobrado a que tem jus o recorrente.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 123: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 123

servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, provejo o extraordinário para denegar a segurança.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.592 (572)ORIGEM : REO - 24020083366 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTORECDO.(A/S) : ANDREA FERREIRA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : ALCIDES JOSÉ GIACOMIN JUNIOR E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, cuja ementa tem o seguinte teor (fls. 118):

“EMENTA: REMESSA “EX-OFFICIO” E APELAÇÃO VOLUNTÁRIA – AÇÃO INDENIZATÓRIA – SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL – CARGO EM COMISSÃO – GESTANTE – EXONERAÇÃO – PRELIMINARES DE CERCEAMENTO DE DEFESA, DE CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL E IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO E DE NULIDADE DA SENTENÇA POR FALTA DE INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – REJEITADAS – MÉRITO – FALTA DE MOTIVAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO NO SENTIDO DE QUE A EXONERAÇÃO SE DEU POR OUTRO MOTIVO QUE NÃO A DA GRAVIDEZ – INDENIZAÇÃO EQUIVALENTE A CINCO MESES DE REMUNERAÇÃO, A CONTAR DA GRAVIDEZ – INVOCAÇÃO DE NORMAS PROTETIVAS DA PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHADOR (ARTS., 7º, I, E 10, INCISO II, ALÍNEA ‘B’, DO ADCT) – RECURSO NÃO PROVIDO – REMESSA PREJUDICADA.

PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA1. Compete ao juiz conhecer diretamente do pedido, proferindo

sentença, quando o objeto da lide prescindir de dilação probatória (CPC, art. 330, I). 2. Preliminar rejeitada.

PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL E IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO.

1. Não há que se falar em carência de ação por falta de interesse ou impossibilidade jurídica do pedido, visto que seus elementos estavam presentes no momento da propositura da ação e seus efeitos permaneceram durante todo o processo. 2. Preliminar rejeitada.

PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR FALTA DE INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.

1. A mera presença do ente público em um dos pólos da lide não é suficiente a ensejar a presença indispensável do Ministério Público. 2. Preliminar rejeitada.

MÉRITO1. A servidora nomeada para exercer cargo em comissão não pode

simplesmente ser exonerada por estar grávida. 2. Ainda que não haja norma expressa para proteger a funcionária, pode-se-lhe aplicar os dispositivos constitucionais relativos ao trabalhador em geral (art. 5º, Parágrafo 2º, 7º, inc. I, e 10, inc. II, alínea b, do ADCT). 3. Sentença mantida para que seja paga à apelada uma indenização equivalente ao período consistente ao início da

gestação até o quinto mês após o parto. 4. Recurso não provido e Remessa prejudicada.”

Nas razões de recurso extraordinário, a parte recorrente aponta violação do disposto nos arts. 5º, § 2º; 7º, I; 37, II; 40, § 13; 93, IX; 201, II, da Constituição federal e no art. 10, II, b, do ADCT.

É o relatório. Decido.A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem se orientado no

sentido de que as servidoras públicas, mesmos as ocupantes de cargo em comissão, têm direito ao benefício da estabilidade no período gestacional. Nesse sentido: RMS 24.263 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 09.05.2003), RE 509.775 (rel. min. Cármem Lúcia, DJe de 20.05.2010), AI 720.385 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 12.02.2010), RE 580.566 (rel. min. Ayres Britto, DJe de 03.03.2010), RE 520.077 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 23.02.2007), RE 590.893 (rel. min. Eros Grau, DJe de 03.09.2008) e RE 597.807 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 17.04.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.722 (573)ORIGEM : AC - 200300128577 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO

MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - SIGRAFADV.(A/S) : SANDRO MACHADO DOS REIS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violado o art. 97 da Carta Magna, além de outros dispositivos constitucionais, cuja análise resta prejudicada, em face da conclusão desta decisão.

O dispositivo citado encontra-se devidamente prequestionado, mediante a interposição de embargos de declaração.

Assiste razão ao recorrente. O princípio da reserva de plenário, nos termos em que estabelecido na Carta Magna, deve ser observado, quer se trate de controle abstrato, quer de controle difuso de constitucionalidade. É o que se extrai da jurisprudência da Corte:

“EMENTA: Controle difuso de constitucionalidade de norma jurídica. Art. 97 da Constituição Federal.

- A declaração de inconstitucionalidade de norma jurídica ‘incidenter tantum’, e, portanto, por meio do controle difuso de constitucionalidade, é o pressuposto para o Juiz, ou o Tribunal, no caso concreto, afastar a aplicação da norma tida como inconstitucional. Por isso, não se pode pretender, como o faz o acórdão recorrido, que não há declaração de inconstitucionalidade de uma norma jurídica ‘incidenter tantum’ quando o acórdão não a declara inconstitucional, mas afasta a sua aplicação, porque tida como inconstitucional.

Ora, em se tratando de inconstitucionalidade de norma jurídica a ser declarada em controle difuso por Tribunal, só pode declará-la, em face do disposto no artigo 97 da Constituição, o Plenário dele ou seu Órgão Especial, onde este houver, pelo voto da maioria absoluta dos membros de um ou de outro.

No caso, não se observou esse dispositivo constitucional. Recurso extraordinário conhecido e provido.” (RE 179.170, rel. min.

Moreira Alves, DJ 30.10.1998)No mesmo sentido, RE 240.096 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ

21.05.1999), AI 441.191 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 18.03.2004) e AI 300.252 (rel. min. Ellen Gracie, DJ 07.05.2002).

Do exposto, com base no art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento, para que se observe o art. 97 da Constituição, salvo nas exceções previstas no art. 481, parágrafo único, do CPC.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.947 (574)ORIGEM : AC - 200034000271241 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : GLORIA MARIA DE PAULA SOUSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIEL LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 124

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, c, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que, confirmando sentença, julgou improcedente pedido de majoração de vencimentos em razão de aumento da jornada de trabalho.

Insurgem-se os recorrentes sob a alegação de que o acórdão violou os preceitos constantes dos arts. 5º, II e XXXVI, e 37, caput e XV da Constituição.

A seguinte fundamentação embasou as conclusões do acórdão recorrido:

“mudança na jornada não infringiu – estou a admitir – o disposto no art. 13 citado porque os cargos ocupados pelas apelantes sempre estiveram sujeitos ao regime de 40 horas semanais. Se por interesse público e no exercício do poder discricionário legítimo a apelada reduziu a jornada, poderia, pelos mesmos motivos, fazer retornar a jornada original. E como a redução da jornada de trabalho para 6 horas diárias não implicou em redução de vencimentos, o retorno à jornada original, sem alteração do valor dos vencimentos, não desrespeita o princípio da irredutibilidade” (fls.241).

Verifico que este fundamento não foi impugnado pelo recurso extraordinário e que foi negado seguimento ao recurso especial que visava à reapreciação da matéria infraconstitucional que rege a questão em exame (fls. 324/327). Portanto, incide no caso a Súmula 283 desta Corte.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 519.101 (575)ORIGEM : AC - 3988365200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ANTONIO BLANCO ARCASADV.(A/S) : THIAGO DURANTE DA COSTA E OUTRO(A/S)

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 201.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por procuradora do Estado, restou protocolada no prazo dobrado a que tem jus o recorrente.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago

a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, provejo o extraordinário para denegar a segurança.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.003 (576)ORIGEM : AC - 40770459 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSRECDO.(A/S) : ROBERTO SÉRGIO FERNANDES LIMAADV.(A/S) : SERGIO PARDAL FREUDENTHAL E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual após a EC 41/2003) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 606.358-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.821 (577)ORIGEM : AC - 200171000317132 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CELSO VAN DER HALEN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CIRO CASTILHO MACHADORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) de acórdão que considerou legítima a Medida Provisória 1.523/1996 e suas reedições, posteriormente convertida na Lei 9.528/1997, a qual estabeleceu novo regramento do regime previdenciário dos juízes classistas. Cito a ementa (fls. 253):

“APOSENTADORIA. JUIZ CLASSISTA TEMPORÁRIO. LEI Nº 6.903/81. REVOGADA.

Os juízes temporários da União somente fazem jus a benefícios e vantagens que lhes tenham sido expressamente outorgados em legislação específica.

A Medida Provisória nº 1.523/96, posteriormente convertida na Lei nº 9.528/97, revogou a Lei nº 6.903/81.

Consoante entendimento do STF, a aposentadoria é regida pela lei vigente na data em que são preenchidos os requisitos legais.

In casu, nenhum dos autores possuía o requisito dos cinco anos no exercício do cargo de juiz classista, quando entraram em vigor as alterações da Medida Provisória nº 1.523/96.”

É o breve relato. Decido.O Plenário desta Corte, ao julgar improcedente a ADI 1.878 (rel. min.

Ilmar Galvão, DJ de 07.11.2003), proposta contra o art. 5º, caput e § 1º, da Lei

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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9.528/1997, concluiu, com eficácia erga omnes, pela constitucionalidade desses dispositivos legais.

O Supremo Tribunal Federal também esclareceu na mesma assentada que, embora até o advento da Emenda Constitucional 24/1999 a Constituição tenha dispensado aos representantes classistas um tratamento similar àquele conferido aos magistrados togados, a aposentadoria dos classistas estava disciplinada na Lei 6.903/1981, recepcionada pelo texto constitucional de 1988 e revogada pela Lei 9.528/1997. Assim, esses juízes temporários da Justiça do Trabalho não estariam contemplados pelo art. 93, VI, da Carta Magna, na sua redação anterior à Emenda Constitucional 20/1998.

Dessas orientações não divergiu o acórdão recorrido.Ademais, a decisão do Tribunal a quo fundamenta-se no fato de que

os recorrentes não haviam completado ainda os requisitos necessários para aposentadoria pelo regime especial da Lei 6.903/1981 no momento em que esta foi revogada. Impossível chegar à conclusão contrária sem o reexame de prova, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário (Súmula 279).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 541.617 (578)ORIGEM : AC - 23340258 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : NILTON PAIVA DE MATTOSADV.(A/S) : HELDER KANAMARU

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 178.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por procurador do Estado, restou protocolada no prazo dobrado a que tem jus o recorrente.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo 37 da Lei Fundamental:

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, provejo o extraordinário para denegar a segurança.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.675 (579)ORIGEM : PROC - 7030500002053 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : SATNIT CONSULTORIA DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : NÁDIA BIANCHI MOYSÉSRECDO.(A/S) : CALISTO JOSÉ DA ROCHAADV.(A/S) : ANDRÉIA BORTOLASO MARCORIGHI

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de decisão de juíza relatora de turma recursal de juizado especial que inadmitiu recurso inominado.

Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto no art. 5º, LV, da Carta Magna.

O recurso não preenche condições de trânsito.A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso

extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, o recorrente não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que, da decisão monocrática que negou provimento ao recurso, não foi interposto o agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281. No mesmo sentido: AI 198.725, rel. min. Moreira Alves, DJ 17.10.1997, e RE 199.961, rel. min. Moreira Alves, DJ 18.04.1997.

Especificamente sobre a indispensabilidade da interposição de agravo interno contra decisão individual de Juiz de Turma Recursal de Juizados Especiais como pressuposto de admissibilidade do recurso extraordinário, confira-se decisão proferida no RE 311.382 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 11.10.2001).

Ademais, ainda se superado esse óbice, o Supremo Tribunal Federal tem entendimento pacífico no sentido de que questões relativas à admissibilidade recursal constituem matéria infraconstitucional, de competência exclusiva do Tribunal a quo. Assim, qualquer alegação de ofensa ao texto constitucional se daria de forma indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.961 (580)ORIGEM : AC - 10702041479289001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : LUZIMAR DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA JOSÉ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário que impugna acórdão com a seguinte ementa:

“Servidor Público – Carreira – Disposição Legal – Inexistência de ilegalidade – Anulação – Impossibilidade. Os níveis da carreira do servidor público, previstos em lei, não se confundem com transferência de cargo ou com investidura em novo cargo. A promoção na carreira prevista em lei e já deferida não pode ser anulada pela administração, por não se tratar de ato ilegal.” (fl. 280)

O recorrente reitera as razões de mérito para a reforma do referido acórdão, no sentido de ser indevida a promoção por acesso prevista na Lei n.º 7.109/1977 do Estado de Minas Gerais.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 126

A Procuradoria-Geral da República manifesta-se pelo não conhecimento do recurso.

Decido.Não assiste razão ao recorrente.No presente caso, o acórdão recorrido está em sintonia com a

jurisprudência do STF no que concerne à inexistência de violação ao art. 37, II, CF/88, quanto à promoção por acesso prevista na Lei n.º 7.109/1977 do Estado de Minas Gerais.

É que o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a promoção por acesso do servidor constitui forma de provimento derivado e não implica ascensão a cargo diferente daquele em que o servidor já estava efetivado. Além disso, para se entender de forma distinta, seria necessária a análise da legislação local, o que atrairia a aplicação da Súmula 280 do STF.

Nesse sentido, destacam-se os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. PROFESSOR. PROMOÇÃO POR ACESSO. CARGO DE CLASSE SUPERIOR. MESMA CARREIRA. ARTIGO 37, II, DA CB/88. OFENSA INOCORRENTE. 1. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas n.os 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. 2. O Supremo fixou entendimento no sentido de que a promoção por acesso de professor da rede estadual de ensino não contraria o artigo 37, II, da CB/88, quando ocorre dentro da mesma carreira, não se tratando de ascensão à carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI-AgR 651.838/MG, Segunda Turma, Rel. Eros Grau, DJe 6.12.2007)

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: LEI 7.109/77. NECESSIDADE DE REEXAME DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E DE MATÉRIA DE FATO. IMPOSSIBILIDADE: SÚMULAS 280 E 279/STF. I. - O Tribunal do Estado-membro, interpretando norma local, entendeu que o acesso é uma promoção dentro da mesma carreira, não se tratando de ascensão à carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. A interpretação de normas locais, pelo Tribunal local, é feita de forma soberana (Súmula 280-STF). II. - Hipótese em que a apreciação do recurso extraordinário não prescinde do reexame da prova, o que não é possível. Súmula 279-STF. III. - Agravo não provido” (RE-AgR n. 446.077/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 14.10.2005).

No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes que tratam de casos idênticos ao do presente recurso: RE 409.438/MG, Rel. Joaquim Barbosa, DJe 23.6.2006; AI 705.711/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 10.12.2009; AI 712.662/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 8.6.2010; RE 585.984/MG, Rel. Cezar Peluso, DJe 26.4.2010; AI-AgR 715.389/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJe 8.5.2009; RE 596.665/MG, Rel. Ayres Britto, DJe 15.4.2009; AI 724.052/MG, de minha relatoria, DJe 19.8.2010; AI 676.484/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJ 16.4.2008; AI 740.849/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 8.6.2010; AI 763.446/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 9.6.2010; AI 718.651/MG, DJe 10.5.2010; AI 784.716/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJe 16.3.2010.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.228 (581)ORIGEM : AC - 3326855000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ILSO FERNANDES DOS SANTOSADV.(A/S) : HELDER KANAMARU E OUTRO(A/S)

DECISÃOREMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL –

TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

1. Afasto o sobrestamento determinado à folha 191.2. Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos

gerais de recorribilidade. A peça, subscrita por procurador do Estado, restou protocolada no prazo dobrado a que tem jus o recorrente.

3. A eficácia da nova redação do artigo 37, inciso XI, da Carta Federal, decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida a vinda à balha da lei que, elaborada a quatro mãos, implicaria a fixação do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, tal como previsto no inciso XV do artigo 48, com redação alterada pela mesma emenda. É inafastável essa premissa do acórdão impugnado. Entretanto, como conseqüência da inexistência da fixação do subsídio dos ministros do Supremo, não resultou o vácuo legislativo. Continuou em vigor a redação primitiva do inciso XI do artigo

37 da Lei Fundamental:XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e

a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

Foi essa a inteligência emprestada pelo Tribunal ao impasse surgido, isso quando da Sessão Administrativa realizada em 24 de junho de 1998, ou seja, logo a seguir à publicação da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Eis o trecho pertinente:

[...] não são auto-aplicáveis as normas do art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição, na redação que lhes deram os arts. 3º e 5º, respectivamente, da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, porque a fixação do subsídio mensal, em espécie, de Ministro do Supremo Tribunal Federal – que servirá de teto –, nos termos do art. 48, XV, da Constituição, na redação do art. 7º da referida Emenda Constitucional nº 19, depende de lei formal, de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Em decorrência disso, o Tribunal não teve por auto-aplicável o art. 29 da Emenda Constitucional nº 19/98, por depender, a aplicabilidade dessa norma, da prévia fixação, por lei, nos termos acima indicados, do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal. Por qualificar-se, a definição do subsídio mensal, como matéria expressamente sujeita à reserva constitucional de lei em sentido formal, não assiste competência ao Supremo Tribunal Federal, para, mediante ato declaratório próprio, dispor sobre essa específica matéria. Deliberou-se, também, que, até que se edite a lei definidora do subsídio mensal a ser pago a Ministro do Supremo Tribunal Federal, prevalecerão os tetos estabelecidos para os Três Poderes da República, no art. 37, XI, da Constituição, na redação anterior à que lhe foi dada pela EC 19/98.

Pois bem, ante a Emenda Constitucional nº 19/98, deu-se a impetração para afastar o teto observado no Estado e que, considerada a redação primitiva do inciso XI do artigo 37, correspondia, conforme pedagogicamente consignado no artigo 115, inciso XII, da Constituição do Estado de São Paulo, ao que percebido por Secretário de Estado, isso em relação ao Executivo, observando-se, no Legislativo, o que satisfeito a deputados estaduais e, no Judiciário, a desembargadores. Essa foi a única causa de pedir versada na impetração, ou seja, o desaparecimento do que se poderia denominar teto por Poder, em face da Emenda Constitucional nº 19/98.

4. Neste sentido decidiu o Pleno, na Sessão de 24 de junho de 2010, ao apreciar os Recursos Extraordinários nº 417.200/SP, nº 419.703/SP, nº 419.874/SP e nº 419.922/SP. Ante os precedentes, provejo o extraordinário para denegar a segurança.

5. Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.335 (582)ORIGEM : AC - 313172005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : REINALDO MESQUITA CASSIANOADV.(A/S) : LUCIANA LUMIE KOBATARECDO.(A/S) : CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDAADV.(A/S) : ILMAR SALES DE MIRANDA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, cuja ementa tem o seguinte teor:

“APELAÇÃO CÍVEL – BUSCA E APREENSÃO CONVERTIDA EM DEPÓSITO – CESSÃO DE CONTRATO COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – APLICAÇÃO DA TEORIDA DA CAUSA MADURA – PRISÃO DO DEPOSITÁRIO INFIEL – POSSIBILIDADE – APELO PROVIDO.

1 – Para que a cessão de contrato seja considerada válida, exige-se a anuência do cedido.

2 – Tratando o objeto do processo, apenas de questão de direito, e, estando em condições de imediato julgamento, pode o tribunal decidir a lide, em conformidade ao art. 515, § 3º do CPC.

3 – O Pacto de San José da Costa Rica não se equiparou às normas constitucionais, portanto, continua sendo possível a prisão do depositário infiel.” (Fls. 80)

O recorrente alega a ilegitimidade passiva e a inconstitucionalidade da prisão civil do devedor.

Em relação à ilegitimidade passiva, impossível chegar à conclusão contrária sem o reexame de prova, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário (Súmula 279).

No que tange à prisão civil, a decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial também referente à questão da declaração de impossibilidade de prisão civil do devedor fiduciário já transitou em julgado (fls. 180-181), ficando prejudicado o recurso extraordinário nesse

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 127

ponto, por perda de seu objeto. Nego, pois, seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.510 (583)ORIGEM : AMS - 9302183882 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

2A. REGIAO - RJPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SUL AMÉRICA CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTO S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE EDUARDO GOUVÊA VIEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento à fl. 322 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.908 (584)ORIGEM : AC - 200571000193813 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LUIZ VOLMAR RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : JORGE NILTON XAVIER DE SOUZAINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Petições/STF nº 19.959/2010 e nº 19.960/2010 DESPACHORECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREFERÊNCIA –

CONTROVÉRSIA SUBMETIDA AO PLENÁRIO. 1. Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Vicente Krug do Espírito Santo e Nilson Dutra Figueiredo requerem

preferência na apreciação do recurso, em razão do Estatuto do Idoso e do decurso de tempo. Alegam ser partes em extraordinários que se encontram sobrestados na origem, aguardando a decisão desta Corte neste processo.

O Tribunal, em 3 de dezembro de 2007, reconheceu a existência de repercussão geral na matéria constitucional versada no extraordinário, qual seja, o prazo para a repetição de indébito considerados tributos sujeitos a lançamento por homologação, ante o disposto no artigo 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005.

Vossa Excelência, em 10 de setembro de 2009, deferiu o pleito de preferência formulado pelo recorrido.

Consigno que a matéria em exame neste recurso está sendo apreciada no Plenário em processo diverso - Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, da relatoria da Ministra Ellen Gracie.

O processo encontra-se no Gabinete.2. A preferência já foi deferida. O implemento submete-se a espaço

próprio tendo em conta a avalanche de processos. Cabe frisar que o Tribunal Pleno, em extraordinário diverso, iniciou o julgamento da matéria. Tudo recomenda, ante a racionalização dos trabalhos, aguardar a respectiva conclusão.

3. Publiquem.Brasília – residência –, 6 de agosto de 2010, às 14h20.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 562.394 (585)ORIGEM : AC - 98030382411 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VICTOR HUGO ARTEFATOS DE COURO LTDAADV.(A/S) : ANTONIO CESAR MARIUZZO DE ANDRADE E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O assunto versado na petição do recurso extraordinário é

análogo ao do RE-RG 545.796, Rel. Min. Gilmar Mendes, recurso paradigma da sistemática da repercussão geral. Desse modo, torno sem efeito o sobrestamento de fl. 217 e determino a remessa dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.299 (586)ORIGEM : PROC - 200005000564244 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EC - ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDAADV.(A/S) : VALMIR FERREIRA DA ROCHA FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão em que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região deferira pedido de antecipação da tutela pretendida.

Verifico que o recurso extraordinário não comporta conhecimento em virtude da impropriedade da via eleita, conforme preconiza a Súmula 735. Confira-se, a propósito, o RE 315.052 (rel. min. Moreira Alves), que versa hipótese idêntica à do presente caso. Assim ficou redigida a ementa do referido julgado:

“Recurso extraordinário. Seu não-cabimento.- Esta Primeira Turma, ao julgar o RE 232.387, decidiu que não cabe

recurso extraordinário contra acórdão que defere liminar por entender que ocorrem os requisitos do ‘fumus boni iuris’ e do ‘periculum in mora’, porquanto o que o aresto afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que os fundamentos jurídicos alegados (no caso, constitucionais) eram relevantes, e isso, evidentemente, não é manifestação conclusiva da procedência deles para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra ‘a’ do inciso III do artigo 102 da Constituição, que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo.

- A mesma fundamentação serve para não se conhecer de recurso extraordinário contra acórdão que dá provimento a agravo de instrumento, para reformar, por entender, em última análise, que há verossimilhança - e não manifestação conclusiva de procedência - da alegação para a obtenção da tutela antecipada, indeferida por decisão interlocutória de primeira instância.

Recurso extraordinário não conhecido.”Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.237 (587)ORIGEM : AC - 10702031038442 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS RODRIGUES TEÓFILOADV.(A/S) : GISLENE SILVA VIEIRA GARZONI

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário que impugna acórdão com a seguinte ementa:

“PROFESSOR. ACESSO. POSSIBILIDADE. NÃO VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. INALTERABILIDADE DA CARREIRA. SENTENÇA CONFIRMADA, EM REEXAME NECESSÁRIO, PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO” (fl. 75)

O recorrente reitera as razões de mérito para a reforma do referido acórdão, no sentido de ser indevida a promoção por acesso prevista na Lei n.º 7.109/1977 do Estado de Minas Gerais.

A Procuradoria-Geral da República manifesta-se pelo não conhecimento do recurso.

Decido.Torno sem efeito a decisão de fl. 121, que havia sobrestado o feito.Não assiste razão ao recorrente.No presente caso, o acórdão recorrido está em sintonia com a

jurisprudência do STF no que concerne à inexistência de violação ao art. 37, II, CF/88, quanto à promoção por acesso prevista na Lei n.º 7.109/1977 do Estado de Minas Gerais.

É que o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a promoção por acesso do servidor constitui forma de provimento derivado e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 128: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 128

não implica ascensão a cargo diferente daquele em que o servidor já estava efetivado. Além disso, para se entender de forma distinta, seria necessária a análise da legislação local, o que atrairia a aplicação da Súmula 280 do STF.

Nesse sentido, destacam-se os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. PROFESSOR. PROMOÇÃO POR ACESSO. CARGO DE CLASSE SUPERIOR. MESMA CARREIRA. ARTIGO 37, II, DA CB/88. OFENSA INOCORRENTE. 1. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas n.os 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. 2. O Supremo fixou entendimento no sentido de que a promoção por acesso de professor da rede estadual de ensino não contraria o artigo 37, II, da CB/88, quando ocorre dentro da mesma carreira, não se tratando de ascensão à carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI-AgR 651.838/MG, Segunda Turma, Rel. Eros Grau, DJe 6.12.2007)

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: LEI 7.109/77. NECESSIDADE DE REEXAME DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E DE MATÉRIA DE FATO. IMPOSSIBILIDADE: SÚMULAS 280 E 279/STF. I. - O Tribunal do Estado-membro, interpretando norma local, entendeu que o acesso é uma promoção dentro da mesma carreira, não se tratando de ascensão à carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. A interpretação de normas locais, pelo Tribunal local, é feita de forma soberana (Súmula 280-STF). II. - Hipótese em que a apreciação do recurso extraordinário não prescinde do reexame da prova, o que não é possível. Súmula 279-STF. III. - Agravo não provido” (RE-AgR n. 446.077/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 14.10.2005).

No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes que tratam de casos idênticos ao do presente recurso: RE 409.438/MG, Rel. Joaquim Barbosa, DJe 23.6.2006; AI 705.711/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 10.12.2009; AI 712.662/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 8.6.2010; RE 585.984/MG, Rel. Cezar Peluso, DJe 26.4.2010; AI-AgR 715.389/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJe 8.5.2009; RE 596.665/MG, Rel. Ayres Britto, DJe 15.4.2009; AI 724.052/MG, de minha relatoria, DJe 19.8.2010; AI 676.484/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJ 16.4.2008; AI 740.849/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 8.6.2010; AI 763.446/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 9.6.2010; AI 718.651/MG, DJe 10.5.2010; AI 784.716/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJe 16.3.2010.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.935 (588)ORIGEM : AC - 10684065000417001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE TARUMIRIMADV.(A/S) : ELI CHABUDÉ DUTRARECDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO SILVESTREADV.(A/S) : MARCÍLIO DE PAULA BOMFIM

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violado o art. 37, II e IX, da Constituição federal. Cito a ementa do acórdão recorrido (fls. 120):

“AÇÃO DE COBRANÇA - FUNCIONÁRIA MUNICIPAL - PROFESSORA - DISPENSA - PAGAMENTO - INEXISTÊNCIA. Mesmo que a relação de trabalho não ocorra de forma regular, este fato não autoriza o trabalho escravo, não autoriza o trabalho sem a devida contraprestação remuneratória, sob pena de agasalhar o enriquecimento ilícito e beneficiar a própria torpeza da Administração Pública municipal. Férias e 13º salário, conforme incisos VII e IX do art. 6º são expressamente assegurados ao trabalhadores em geral - art. 7º da CF, bem como aos servidores públicos, de acordo com o art. 39, §3º, estendendo-se aos servidores contratados, por força do princípio da isonomia, figurando-se inconstitucional e ilegal toda e qualquer pactuação colidente com os seus direitos. A prova de pagamento, a teor do artigo 319 e seguintes do Código Civil, exige quitação regular, não admitindo presunção, recaindo no devedor o ônus de demonstrá-la, de forma efetiva e robusta. Na distribuição do ônus da prova, o legislador determinou, a teor do art. 333 do CPC, que cada parte envolvida na demanda, traga aos autos os pressupostos fáticos do direito que pretenda seja aplicado na prestação jurisdicional invocada.”

Sustenta-se no recurso extraordinário que é indevido o pagamento de outras parcelas, além do salário, porque o contrato é nulo.

É o relatório. Decido.Não obstante a nulidade do contrato de trabalho, a Administração não

deve se eximir do pagamento de salários, o que, do contrário, configuraria enriquecimento ilícito do ente público.

Em casos análogos, a Corte tem sistematicamente decidido que o único efeito jurídico válido é a percepção dos salários, visto que a nulidade

do contrato de trabalho não gera efeitos trabalhistas. Nesse sentido: AI 322.524-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 19.12.2002), AI 361.878-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 23.04.2004), AI 497.984-AgR (rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 30.09.2005), RE 454.409-AgR (rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 16.12.2005), AI 221.454-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 03.02.2006) e AI 680.939-AgR (rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 01.02.2008).

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Assim, a indenização haverá de se restringir à percepção do saldo de

salários correspondentes à função exercida de forma indevida e pelos dias efetivamente trabalhados.

Do exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, para restabelecer a sentença.

Publique-se.Brasília, 9 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.126 (589)ORIGEM : AC - 11530257 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROSA MARIA ROSA HISPAGNOLRECDO.(A/S) : ANICLEIRI ERLICH E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO BOSCO BRITO DA LUZ E OUTRO(A/S)

DESPACHO : (referente à petição avulsa nº 39585/2010)Em 22.02.2010, proferi decisão no recurso extraordinário 575.126

baixando os autos à Vara de origem, para apreciação dos pedidos de homologação de acordo, devendo o Juízo comunicar a esta Corte seu desfecho.

Através da petição avulsa em epígrafe o Juiz de Direito da 3ª Vara Cível do Fórum Central Cível João Mendes Júnior da Comarca de São Paulo - SP informou que proferiu sentença determinando a extinção do processo, nos termos do art. 794, II, do CPC.

Do exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário.Publique-se.Arquive-se a presente petição.Brasília, 31 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.348 (590)ORIGEM : AC - 200102010042910 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNDIALE ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES LTDA

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DEBORAH BARRETO MENDES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão no qual Tribunal Regional Federal da reputou válida a sujeição de empresa sem empregados ao pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL e da Cofins.

Sustenta-se violação do art. 195, I, da Constituição (redação anterior à EC 20/1998).

Por ocasião do julgamento do RE 364.215-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 03.09.2004), a Segunda Turma desta Corte firmou o seguinte precedente:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO: COFINS - PIS - FINSOCIAL. C.F., art. 195, I.

I. - Pessoa jurídica habilitada a operar, admitindo trabalhadores. O vocábulo empregador inscrito no art. 195, I, C.F., compreende a pessoa jurídica empregadora em potencial.

II. - Agravo não provido.”Em sentido semelhante, confiram-se, v.g., 422.725-AgR (rel. min.

Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ de 1º.07.2005), o RE 249.841-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 28.03.2006) e o RE 466.565 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 02.06.2006).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557,

caput, do Código de Processo Civil e 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.706 (591)ORIGEM : AMS - 2002380000184 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MARIA APARECIDA ANDRADE BATISTAADV.(A/S) : JÚLIO MACIEL PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: A decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial (fls. 352-356) que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário já transitou em julgado (fls. 360). Por essa razão, julgo prejudicado o recurso extraordinário, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.923 (592)ORIGEM : AR - 20050020009959 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : PAULINO RODRIGUES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO GOMES FERREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: A decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário já transitou em julgado. Por essa razão, julgo prejudicado o recurso extraordinário, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.082 (593)ORIGEM : AC - 15272004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO REAL ABN AMRO S/AADV.(A/S) : FLAMARION D'AVILA FONTES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOÃO TELES DE MENEZESADV.(A/S) : ADRIANO ALVES DE MENDONÇA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário em que se alega violação do disposto no art. 192, § 3º, da Constituição Federal.

A questão da limitação da taxa de juros já foi decidida por esta Corte. No julgamento da ADI 4 (rel. min. Sydney Sanches), concluído em 07.03.1991 (RTJ 147/719), o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que o § 3º do art. 192 da Constituição Federal não era auto-aplicável. Destaco o seguinte trecho da ementa dessa decisão:

“6. Tendo a Constituição Federal, no único artigo em que trata do Sistema Financeiro Nacional (art. 192), estabelecido que este será regulado por lei complementar, com observância do que determinou no caput, nos seus incisos e parágrafos, não é de se admitir a eficácia imediata e isolada do disposto em seu parágrafo 3º, sobre taxa de juros reais (12% ao ano), até porque estes não foram conceituados. Só o tratamento global do Sistema Financeiro Nacional, na futura lei complementar, com a observância de todas as normas do caput, dos incisos e parágrafos do art. 192, é que permitirá a incidência da referida norma sobre juros reais e desde que estes também sejam conceituados em tal diploma.” (RTJ 147/720)

Soma-se a esse julgado a sólida jurisprudência de ambas as Turmas, complementada por diversas decisões em mandado de injunção nas quais o Pleno também firmou o entendimento de que caberia ao Congresso Nacional suprir a omissão legislativa para limitar os juros a 12% ao ano (MI 584, rel. min. Moreira Alves, DJ 22.02.2002; MI 588, rel. min. Ellen Gracie, DJ 14.12.2001; MI 611, rel. min. Sydney Sanches, DJ 29.11.2002; MI 621, rel. min. Maurício Corrêa, DJ 16.11.2001; MI 472, rel. min. Celso de Mello, DJ 02.03.2001, e MI 542, rel. min. Celso de Mello, RTJ 183/818).

Registre-se que, após a promulgação da Emenda Constitucional 40, de 29.05.2003, que revogou o § 3º do art. 192 da Constituição Federal, a limitação dos juros deixou de ter fundamento constitucional.

Nesse sentido, o acórdão recorrido, fundamentado na auto-aplicabilidade do § 3º do art. 192 da Constituição, contrariou o entendimento desta Corte (Súmula 648), razão por que, no âmbito dessa questão, conheço do presente recurso extraordinário e dou-lhe provimento, nos termos do art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil. Ficam invertidos os ônus de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.668 (594)ORIGEM : AC - 200582010017168 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA RODRIGUESADV.(A/S) : CÍCERO RICARDO ANTAS ALVES CORDEIRO E

OUTRO(A/S)

1.Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que entendeu aplicável o art. 75 da Lei 8.213/91, na redação dada pela Lei 9.032/95, a todos os benefícios a contar de sua edição, mesmo que concedidos anteriormente.

2.A orientação desta Suprema Corte firmou-se no sentido de que deve ser aplicada ao benefício previdenciário a legislação vigente à época da aquisição do direito à benesse. Nesse sentido: RE 415.454/SC, Plenário, rel. Min. Gilmar Mendes, pub. DJE 26.10.2007; RE 391.121-AgR/RN, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 06.05.2005.

3.Em caso similar o Plenário desta Corte no RE 452.047/PR, rel. Min. Cármen Lúcia, unânime, DJ 20.4.2007, assim se pronunciou:

‘EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. CONCESSÃO ANTERIOR À LEI N. 9.032/95. IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO. SÚMULA 359 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO PROVIDO.

1.Em matéria previdenciária, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a lei de regência é a vigente no tempo de concessão do benefício (tempus regit actum).

2.Lei nova (Lei n. 9.032/95 para os beneficiados antes do seu advento e Lei n. 8.213 para aqueles que obtiveram a concessão em data anterior a 1991), que não tenha fixado a retroatividade de seus efeitos para os casos anteriormente aperfeiçoados, submete-se à exigência normativa estabelecida no art. 195, § 5º, da Constituição: “Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.”’

4.Portanto, evidencia-se que o acórdão recorrido está em confronto com a jurisprudência desta Corte, motivo pelo qual conheço do recurso extraordinário e dou-lhe provimento, com fundamento no art. 557, § 1º-A, do CPC. Invertam-se os ônus da sucumbência, salvo se a recorrida for beneficiária da justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2010.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.672 (595)ORIGEM : AC - 20030110594362 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : BRB - BANCO DE BRASÍLIA S/AADV.(A/S) : NEUSANIR MARIA NEGREIROS SILVA LIMA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR - GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : REXAM BEVERAGE CAN SOUTH AMERICA S/A (ATUAL

DENOMINAÇÃO DE LATASA S/A)ADV.(A/S) : EVANDRO CATUNDA DE CLODOALDO PINTO E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA CONSTITUCIONAL

COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA – TRIBUTÁRIO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – TERMO DE ACORDO DE REGIME ESPECIAL – TARE – MINISTÉRIO PÚBLICO – LEGITIMIDADE ATIVA – ARTIGOS 127 E 129, INCISOS II E III, DA CARTA FEDERAL – PROVIMENTO.

1. Ante o fato de o Plenário haver enfrentado o tema envolvido neste processo, afasto o sobrestamento.

2. O Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 576.155/DF, concluiu pela legitimidade ativa do Ministério Público para ajuizar ação civil pública em matéria tributária de modo a questionar acordos firmados entre os Estados e as empresas beneficiárias de redução fiscal.

3. Em face do precedente, conheço do extraordinário e o provejo. Reformando o acórdão de origem, assento que o Ministério Público tem legitimidade para impugnar, mediante ação civil pública, a legalidade de Termo de Acordo de Regime Especial – TARE celebrado entre o contribuinte e o Poder Público.

4. Publiquem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 130

Brasília, 18 de agosto de 2010.Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.399 (596)ORIGEM : AI - 71845566 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : PAULO ROBERTO BASTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSUÉ THOMAZ DE AQUINO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELIZANDRA RAIMUNDO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo que deferiu tutela antecipada para suspender procedimento de execução extrajudicial previsto no Decreto-Lei 70/66.

Ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal já firmaram o entendimento de que é incabível recurso extraordinário contra decisão que concede ou denega medida cautelar ou provimento liminar, precisamente porque nesses atos decisórios não há um juízo conclusivo de constitucionalidade, requisito exigido para a interposição do apelo com suporte no art. 102, III, a, da Constituição federal. Nesse sentido, os seguintes precedentes:

“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO QUE CONFIRMA INDEFERIMENTO DE LIMINAR MANDAMENTAL - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS DO “FUMUS BONI JURIS” E DO “PERICULUM IN MORA” - AUSÊNCIA DE QUALQUER PRONUNCIAMENTO SOBRE OS FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA IMPETRAÇÃO MANDAMENTAL - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO PELA EMPRESA CONTRIBUINTE - ACOLHIMENTO DA POSTULAÇÃO RECURSAL DEDUZIDA PELO MUNICÍPIO - AGRAVO PROVIDO.

- Não cabe recurso extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam medidas cautelares ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios - precisamente porque fundados em mera verificação não conclusiva da ocorrência do “periculum in mora” e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição da República. Precedentes.” (AI 439.613–AgR, rel. min. Celso de Mello, DJ de 24.06.2003 – Grifos originais)

“EMENTA: - Agravo regimental - Não cabimento de recurso extraordinário contra acórdão que defere liminar por entender que ocorrem os requisitos do ‘fumus boni iuris’ e do ‘periculum in mora’.

- Em se tratando de acórdão que deu provimento a agravo para deferir a liminar pleiteada por entender que havia o ‘fumus boni iuris’ e o ‘periculum in mora’, o que o aresto afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que os fundamentos jurídicos (no caso, constitucionais) do mandado de segurança eram relevantes, o que, evidentemente, não é manifestação conclusiva da procedência deles para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra ‘a’ do inciso I do artigo 102 da Constituição (que é a dos autos) que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo. Agravo a que se nega provimento.” (AI 252.382–AgR, rel. min. Moreira Alves, DJ de 24.03.2000)

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.848 (597)ORIGEM : AC - 10024045215589001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MARIA HELENA FREITAS VITORADV.(A/S) : RODRIGO RABELO DE FARIA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário que impugna acórdão com a seguinte ementa:

“Professor Público. Promoção por acesso na carreira. Lei n.º 7.109/77. Inexigibilidade de novo Concurso Público. Juros Moratórios. Percentual. O preenchimento dos requisitos contidos na Lei Estadual n.º 7.109/77 permite a promoção por acesso dentro da mesma carreira de magistério público estadual, situação que não afronta os termos do inciso II, do artigo 37 da Constituição Federal, que dispõe sobre a exigência de concurso público para investidura em cargo ou emprego público. Os juros moratórios nas condenações impostas ao Estado para pagamento de verbas

remuneratórias devidas a servidor público não poderão ultrapassar o percentual de seis por cento ao ano, consoante interpretação literal do artigo 1º-F da Lei n.º 9.494/97 c/c o §1º do artigo 161 do CTN. Recursos conhecidos, sendo ambos desprovidos.“(fl. 108)

O recorrente reitera as razões de mérito para a reforma do referido acórdão, no sentido de ser indevida a promoção por acesso prevista na Lei n.º 7.109/1977 do Estado de Minas Gerais.

Decido.Torno sem efeito a decisão de fl. 201, que havia sobrestado o feito.Não assiste razão ao recorrente.No presente caso, o acórdão recorrido está em sintonia com a

jurisprudência do STF no que concerne à inexistência de violação ao art. 37, II, CF/88, quanto à promoção por acesso prevista na Lei n.º 7.109/1977 do Estado de Minas Gerais.

É que o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a promoção por acesso do servidor constitui forma de provimento derivado e não implica ascensão a cargo diferente daquele em que o servidor já estava efetivado. Além disso, para se entender de forma distinta, seria necessária a análise da legislação local, o que atrairia a aplicação da Súmula 280 do STF.

Nesse sentido, destacam-se os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. PROFESSOR. PROMOÇÃO POR ACESSO. CARGO DE CLASSE SUPERIOR. MESMA CARREIRA. ARTIGO 37, II, DA CB/88. OFENSA INOCORRENTE. 1. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas n.os 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. 2. O Supremo fixou entendimento no sentido de que a promoção por acesso de professor da rede estadual de ensino não contraria o artigo 37, II, da CB/88, quando ocorre dentro da mesma carreira, não se tratando de ascensão à carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI-AgR 651.838/MG, Segunda Turma, Rel. Eros Grau, DJe 6.12.2007)

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: LEI 7.109/77. NECESSIDADE DE REEXAME DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E DE MATÉRIA DE FATO. IMPOSSIBILIDADE: SÚMULAS 280 E 279/STF. I. - O Tribunal do Estado-membro, interpretando norma local, entendeu que o acesso é uma promoção dentro da mesma carreira, não se tratando de ascensão à carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. A interpretação de normas locais, pelo Tribunal local, é feita de forma soberana (Súmula 280-STF). II. - Hipótese em que a apreciação do recurso extraordinário não prescinde do reexame da prova, o que não é possível. Súmula 279-STF. III. - Agravo não provido” (RE-AgR n. 446.077/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 14.10.2005).

No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes que tratam de casos idênticos ao do presente recurso: RE 409.438/MG, Rel. Joaquim Barbosa, DJe 23.6.2006; AI 705.711/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 10.12.2009; AI 712.662/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 8.6.2010; RE 585.984/MG, Rel. Cezar Peluso, DJe 26.4.2010; AI-AgR 715.389/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJe 8.5.2009; RE 596.665/MG, Rel. Ayres Britto, DJe 15.4.2009; AI 724.052/MG, de minha relatoria, DJe 19.8.2010; AI 676.484/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJ 16.4.2008; AI 740.849/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 8.6.2010; AI 763.446/MG, Rel. Dias Toffoli, DJe 9.6.2010; AI 718.651/MG, DJe 10.5.2010; AI 784.716/MG, Rel. Cármen Lúcia, DJe 16.3.2010.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.340 (598)ORIGEM : MS - 20040042330 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : DEUZA MARIA NOGUEIRA ROSARIOADV.(A/S) : AMANDA LIMA MARTINS E OUTRO(A/S)

Em 10/2/2009, determinei a devolução destes autos ao tribunal de origem para que fosse observado o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil, ante a repercussão geral reconhecida no RE 563.965-RG/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia (fl. 257).

Por sua vez, o Tribunal de Justiça do Amazonas, em 17/6/2010, após o julgamento da matéria do recurso por esta Corte, devolveu os autos ao Supremo Tribunal Federal, tendo em vista “que a decisão monocrática da Desembargadora Marinildes Costeira de Mendonça Lima confirmou o acórdão de fls. 130/135 e 150/153” (fl. 311).

Assim, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC, passo a examinar o recurso.

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 131

garantiu às autoras o direito à percepção de vantagem pessoal a título de quintos, incorporada em razão do exercício de função de confiança.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 5º, XXXVI, e 37, XIII, da mesma Carta. Sustentou-se, em suma, que o reconhecimento do direito adquirido à incorporação de certas vantagens não confere direito à preservação do regime legal de atrelamento do valor da vantagem incorporada ao vencimento do respectivo cargo em comissão.

A pretensão recursal merece acolhida. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE

563.965-RG/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, reconheceu a repercussão geral do tema em debate e confirmou a sua jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração. Salientou, ainda, a legitimidade de lei superveniente que, sem causar decesso remuneratório, desvincule o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão ou função de confiança outrora ocupados pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. O acórdão do referido julgado foi assim ementado:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento”.

Cumpre observar que, tal como assentado no acórdão impugnado, está assegurado o direito da recorrida ao recebimento dos quintos a que faz jus. Dessa conclusão, todavia, não decorre o direito adquirido a regime jurídico de reajuste da gratificação incorporada, nos termos da jurisprudência desta Corte (RE 582.800-AgR/AM e RE 589.118-AgR/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 603.761-AgR/AM, Rel. Min. Celso de Mello; RE 600.225-AgR/AM, Rel. Min. Eros Grau).

Isso posto, dou provimento ao recurso (CPC, art. 557, § 1º-A). Sem honorários (Súmula 512 do STF).

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.422 (599)ORIGEM : AMS - 200134000305207 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : THAIS ALVES RABÊLO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IBANEIS ROCHA BARROS JUNIORRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Trata-se de petição na qual se questiona ato que determinou a remessa dos autos à origem, com base no RE-RG 563.965, Rel. Min. Cármem Lúcia, para os fins do disposto no art. 543-B do CPC.

Cumpre destacar que o ato que determina a remessa dos autos à origem para a aplicação da sistemática da repercussão geral é ato de mero expediente e, por isso, não desafia impugnação.

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso para o Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJe 18.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3o do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (grifou-se).

Com mais razão, não cabe recurso contra a aplicação da sistemática por Ministro deste Tribunal, diante da inexistência de conteúdo decisório. Nesse sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE-AgR 593.078, Rel. Min. Eros Grau; DJe 19.12.2008; AI 705.038, Rel. Min Ellen Gracie; DJe 19.11.2008 e AI-AgR 696.454, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.11.2008. Transcrevo essa última decisão:

“O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera conseqüência – admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE e RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) – que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, ‘serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se’ (CPC, art. 543-B, § 3o – grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância – processualmente relevante – de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 567.454/BA), seja a resolução de qualquer questão incidente.

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, § 1o) ou de caráter decisório (CPC, art. 162, § 2o), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei n. 11.418/2006).

Sendo assim, e em face das razões, não conheço, por inadmissível, do presente recurso de agravo.”

No mesmo sentido pronunciei-me, ao negar a liminar no MS 28.551, DJe 13.5.2010:

“Registre-se que a devolução determinada pela Presidência e cumprida pela Secretaria Judiciária do STF não se reveste de ato jurisdicional, mas simples mecânica que permita aos órgãos de origem examinarem se o caso concreto é, ou não, semelhante a caso paradigma ou representativo da controvérsia já examinado pelo Pretório Excelso.

Nesse sentido, tanto o comando constitucional, inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, quanto as disposições do Código de Processo Civil e do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal convergem para a racionalização do procedimento, de sorte que desobrigue o Tribunal e seus Ministros de examinar repetidas vezes a mesma questão constitucional.

Portanto, ausente o indispensável fumus boni juris para concessão da medida liminar pleiteada.

Indefiro o pedido de liminar” (grifou-se).Ademais, a devolução do recurso ao tribunal de origem não impede

que as razões da parte sejam conhecidas por esta Corte no julgamento do paradigma, por meio da apresentação de memoriais e eventual intervenção como amicus curiae, nos termos do art. 543-A, § 6o, do Código de Processo Civil.

Assim, nada há a deferir.Determino a imediata baixa dos autos.Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.632 (600)ORIGEM : AMS - 200672000098604 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA -

UFSCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AQUILINO ANTÔNIO DOS SANTOSADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO KREMER E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1.O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou acolhida a pedido formulado em apelação, ante fundamentos assim sintetizados (folha 92):

ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. INTEGRALIZAÇÃO DE PROVENTOS NOS CASOS DE MOLÉSTIA GRAVE. DIREITO NÃO MODIFICADO PELA EC 41/2003 E LEI 10.887/2004.

A Emenda Constitucional n. 41, de 19 de dezembro de 2003, convertida na Lei n. 10.887/2004, não revogou a integralização dos proventos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 132

de aposentadoria proporcional nos casos de moléstias graves.2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para guindar conflito de interesses ao Supremo Tribunal Federal que se exaure, sob o ângulo da solução, na Corte de origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo Tribunal Federal em Corte meramente revisora das decisões dos demais tribunais do País. Na espécie, a Corte de origem procedeu a julgamento fundamentando, de forma consentânea com a ordem jurídica, a parte dispositiva da decisão.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo Tribunal Federal. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

3.Nego seguimento a este extraordinário.4.Publiquem.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.273 (601)ORIGEM : MS - 10000074588211000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MARIA CRISTINA SILVA BUZOLOADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR MARIANO ABDALLA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão que versa sobre aposentadoria especial de professor. O extraordinário aponta violação ao art. 40, § 5º, da Constituição.

O Tribunal a quo concluiu que a aposentadoria especial não requer a contagem de tempo de serviço exclusivo em sala de aula.

No que toca à contagem reduzida do tempo de serviço da atividade de magistério para fins de aposentadoria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3.772/DF (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 27.03.2009), alterando entendimento anterior da Corte, considerou que a função de magistério não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula. A ementa está assim redigida:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE MANEJADA CONTRA O ART. 1º DA LEI FEDERAL 11.301/2006, QUE ACRESCENTOU O § 2º AO ART. 67 DA LEI 9.394/1996. CARREIRA DE MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL PARA OS EXERCENTES DE FUNÇÕES DE DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 40, § 5º, E 201, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE, COM INTERPRETAÇÃO CONFORME.

I - A função de magistério não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar.

II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 5º, e 201, § 8º, da Constituição Federal.

III - Ação direta julgada parcialmente procedente, com interpretação conforme, nos termos supra.” (grifo nosso)

No mesmo sentido: RE 482.738 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 17.11.2009) e RE 552.172 (rel. min. Eros Grau, DJe de 09.10.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.112 (602)ORIGEM : AI - 200502010005723 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FÁBIO JOÃO DOS SANTOS COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HERBERTH MEDEIROS SAMPAIORECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : MARCELO VASCONCELLOS ROALE ANTUNES E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO RETIDO - DECISÃO

INTERLOCUTÓRIA - BAIXA DO PROCESSO À ORIGEM.1. O artigo 542, § 3º, do Código de Processo Civil, com a redação

dada pela Lei nº 9.756, de 17 de dezembro de 1998, preceitua:O recurso extraordinário, ou o recurso especial, quando interpostos

contra decisão interlocutória em processo de conhecimento, cautelar, ou embargos à execução ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contrarrazões.

A decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região diz respeito ao agravo de instrumento interposto contra decisão que, em ação ordinária, implicou o indeferimento de antecipação da tutela.

No caso, o acórdão mostrou-se interlocutório. Observe-se, mais, a inexistência de risco irreparável. Houvesse a possibilidade de prejuízo inafastável, não se imporia a retenção.

Cumpre, portanto, o sobrestamento deste recurso e a baixa do processo à Corte de origem, para que se observe o preceito acima.

2. Publiquem.Brasília, 3 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.996 (603)ORIGEM : AC - 200004011400778 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MARIA SALETE DE SOUZA & CIA LTDAADV.(A/S) : EUNILDO REBELO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Em virtude da remissão do débito e conseqüente extinção da execução fiscal, noticiada no ofício de fls. 201, julgo prejudicado o presente recurso por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.427 (604)ORIGEM : AC - 5312005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : IVAN NICÁCIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEVERINO ALVES FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“Servidor Municipal – Fevereiro de 1995 – O índice de aumento a ser

observado deve ser aquele fixado na sentença que se executa e esta mandou considerar os aumentos retroativos concedidos pela Lei Municipal nº 12.397/97, o que resulta no índice de 25,32%. Recurso improvido” (fl. 433).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-

se ofensa aos arts. 5º, XXXVI, e 37, XV, da mesma Carta.A pretensão recursal não merece acolhida. É que a Corte tem se

orientado no sentido de que a discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 602.832-ED/SC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 608.978-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 536.022-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto; AI 590.021-AgR/PI, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 451.773-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Além disso, a apreciação das alegadas ofensas à Constituição demanda a análise de normas infraconstitucionais locais aplicáveis ao caso (Leis Municipais 10.688/88, 10.722/89, 11.722/95 e 12.397/97), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 133

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. REAJUSTE DE VENCIMENTOS. LEIS ESTADUAIS NS. 10.688/88, 10.722/89, 11.722/95 E 12.397/97: COMPENSAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL (SÚMULA 280). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 711.166-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. LEIS MUNICIPAIS NS. 11.722/95 E 12.397/97. SÚMULA 280/STF.

O entendimento deste Tribunal é pacífico no sentido de que os reajustes disciplinados pelas Leis 11.722/95 e 12.397/97, do Município de São Paulo, constituem matéria adstrita ao âmbito da legislação local pertinente. Incide o óbice da Súmula 280 deste Tribunal.

Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 596.994-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau).

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 602.845/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 549.463/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 575.743/SP, Rel. Min. Ayres Britto; RE 548.169/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 535.429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.862 (605)ORIGEM : AI - 2005206242 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BANCO DO ESTADO DE SERGIPE S/AADV.(A/S) : ANA PAULA MACHADO DOS ANJOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INEZ SOBREIRA CAVALCANTEADV.(A/S) : JOÃO BOSCO FREITAS LIMA

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão, proferido em agravo de instrumento, que deferiu, em parte, pedido de tutela antecipada para determinar a redução de parcelas de financiamento em ação de revisão contratual.

A pretensão recursal perdeu o objeto. Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe,

constatei que a ação principal (Ação de Revisão Contratual 200311801577) foi sentenciada, tendo transitado em julgado em 17/6/2010.

Com efeito, uma vez proferida sentença no processo principal, perde o objeto o recurso extraordinário interposto de acórdão que, ao julgar agravo de instrumento, defere tutela antecipada.

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (RISTF, art. 21, IX).Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.139 (606)ORIGEM : AC - 200281000177275 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOAQUIM FRANCISCO DE LIRA FILHOADV.(A/S) : RONCALLI DE FREITAS PAIVA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. HABEAS DATA

PARA OBTENÇÃO DE VISTA A PROCESSO ADMINISTRATIVO. EXAURIMENTO DA PRETENSÃO. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL CONFIGURADA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República.2. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região julgou apelação em

habeas data nos termos seguintes:“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. 'HABEAS DATA'.

OMISSÃO DE INFORMAÇÕES PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE.- Cabível a impetração de 'habeas data' para o fornecimento de cópia

do processo administrativo no qual o autor estava sendo processado, bem como de expedição de certidão relativa ao estado do processo.

- Apelação improvida” (fl. 42).3. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º,

inc. LXXII, alínea a, da Constituição da República.Argumenta que:“Em verdade, o habeas data é instrumento processual inidôneo para

o enfrentamento da questão, sendo o caso de indeferimento da inicial, na conformidade do art. 295, do CPC c/c o art. 10 da Lei n. 9.507/97, que regula

o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual de habeas data.

(...)Ora, as informações pretendidas pela parte recorrida não constam de

qualquer banco de dados, mas tão somente de um procedimento administrativo disciplinar por acumulação ilícita de cargos, realidade que inviabiliza a utilização do remédio heróico” (fls. 50-51).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Recorrente.Anote-se, inicialmente, que o ora Recorrido impetrou habeas data,

com pedido de medida liminar, a fim de obter informações sobre o andamento do processo administrativo instaurado contra ele pelo Chefe da Divisão de Convênios e Gestão do Ministério da Saúde.

A medida liminar foi deferida para determinar que “a autoridade impetrada (...) forneça a certidão constando a informação se o processo administrativo n. 222, de 26 de setembro de 2001, já foi julgado, fornecendo cópias do mesmo ao impetrante”.

Ressalte-se que, em 2.12.2002, à fl. 15, essa decisão foi devidamente cumprida, tendo a autoridade coatora informado ao Juízo de Direito da 10ª Vara Federal da Circunscrição Judiciária do Ceará que:

“o Processo Administrativo que trata da apuração de possível acumulação ilícita de cargos por parte do Servidor Joaquim Francisco de Lira Filho, Nutricionista, matrícula SIAPE n. 054.828, ainda não foi julgado.

Outrossim, informamos que colocamos os autos à disposição do requerente, para que, sob suas expensas, obtenha as cópias que julgar necessárias, em obediência aos Decretos n. 4.230 e 4.231/2002 que estabelecem medidas de contenção de despesas no âmbito do serviço público federal”.

Assim, conforme se verifica, a pretensão do Recorrido exauriu-se de forma imutável, não se podendo pretender seu desfazimento por meio do recurso ora em análise.

Desse modo, configura-se como evidente a falta de interesse recursal da Recorrente.

Nesse sentido:“A pretensão foi atendida e exauriu-se. A decisão que concedeu a

liminar teve natureza satisfativa. Nada mais poderia pretender o impetrante. (...) Portanto, e como salientei na decisão agravada, a concessão da liminar, em face do seu conteúdo satisfativo, não justifica nem mesmo o prosseguimento do mandado de segurança” (RE 402.043, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 3.8.2004).

Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente.5. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 2 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.304 (607)ORIGEM : PROC - 20099002880 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ACRERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ANNELYESE OLIVEIRA DA COSTAADV.(A/S) : MÁRCIO ROGÉRIO DAGNONIRECDO.(A/S) : SUPERMERCADO ARAÚJO IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO PALÁCIO DANTAS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS - INVIABILIDADE – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A Turma Recursal deu provimento ao pedido formulado no recurso inominado para reformar a sentença que implicara a condenação da recorrente ao pagamento de indenização por dano moral. Ao fazê-lo, assim consignou (folha 144):

ASSALTO EM ESTACIONAMENTO DO SUPERMERCADO. SITUAÇÃO FÁTICA. INEXISTÊNCIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA.

1. A ocorrência de assalto à mão armada dentro do estacionamento de comércio que não tem meios legais para realizar busca pessoal em seus clientes não pode gerar a responsabilidade civil do estabelecimento.

2. Conheço do recurso, reformando a sentença, dando provimento ao apelo recursal.

[...]2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 134

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

3. A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

4. Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e nº 356 da Súmula desta Corte. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

5. Pelas razões acima, nego seguimento a este extraordinário.6. Publiquem.Brasília, 10 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 625.327 (608)ORIGEM : AC - 1074562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE LEDEBOUR LÓCIO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : TIAGO CARNEIRO LIMAADV.(A/S) : MARINA BASTOS DA PORCIÚNCULA BENGHIRECDO.(A/S) : LÚCIA CRISTINA CARDOSO WANDERLEYADV.(A/S) : LUÍS GONZAGA DE LIMA BORGES NETO

DESPACHO: Diante da certidão de trânsito em julgado de fl. 365, nada resta por decidir. Cumpra-se, incontinenti, a decisão de fl. 364, com a imediata baixa dos autos.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2010.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.405 (609)ORIGEM : AC - 20000108132931 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ IVANILDO VALENTIN LEITÃO JÚNIORADV.(A/S) : JOSÉ JOAQUIM MATEUS PEREIRA

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. POLICIAL MILITAR. EXAME DE APTIDÃO FÍSICA. CANDIDATO APROVADO NO CURSO DE FORMAÇÃO, POR FORÇA DE LIMINAR. POSTERIOR NOMEAÇÃO E POSSE. APLICAÇÃO DA TEORIA DO FATO CONSUMADO. 1. Não se configura ofensa ao princípio da isonomia a concessão de nova oportunidade ao candidato que, na data inicialmente designada, se encontrava temporária e comprovadamente inapto para realização do teste físico. 2. Não seria justo nem razoável que, a essa altura, decorridos mais de seis anos de sua nomeação, o Apelado fosse alijado do concurso e, conseqüentemente, das fileiras da Polícia Militar, à qual prestou, de boa-fé, relevantes serviços. Grandes e irreversíveis seriam os prejuízos. A Administração Pública perderia tudo o que investiu na formação do Candidato. A Corporação Militar teria seu já exíguo contingente desfalcado, em detrimento da segurança pública. O Apelado veria desmoronar o alicerce de sua vida econômica e profissional. 3. 'Inexiste razão para se afastar a aplicação da teoria do fato consumado, em matéria de concurso público, quando se reconhece, na análise do caso concreto, a preponderância dos princípios da dignidade da pessoa humana, da boa-fé e da segurança jurídica' (Ministro Paulo Medina EREsp 446.077/DF). 4. Recursos improvidos” (fls. 270-271).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 5º, caput, da mesma Carta, sob o argumento de que a concessão ao recorrido de “uma segunda oportunidade de realização de exame físico, sem que o mesmo privilégio fosse estendido aos demais candidatos reprovados, violou, incontestavelmente, o princípio da isonomia” (fl. 290).

Sustentou-se, ainda, a inaplicabilidade da teoria do fato consumado ao caso dos autos.

A pretensão recursal não merece acolhida.O acórdão recorrido, com apoio no conjunto fático-probatório dos

autos, afastou a alegada ofensa ao princípio da isonomia e entendeu aplicável

a teoria do fato consumado, conforme se verifica nos trechos do voto do relator do aresto impugnado a seguir transcritos:

“... não vislumbro qualquer ofensa ao princípio da isonomia em razão da concessão de nova oportunidade ao candidato que, na data inicialmente designada, se encontrava temporariamente inapto para realização do teste físico.

(...).(...) o Recorrido obteve o direito de participar do curso de formação

de oficiais, logrando êxito no exame de capacidade física, bem como aprovação em todas as disciplinas, tendo sido, por ato da própria Administração, nomeado e incorporado ao efetivo da Policia Militar do Ceará em dezembro de 2002, no posto de 2º Tenente PM, e promovido à graduação de 1º Tenente em maio de 2006 (f. 43-54).

Não seria justo nem razoável que, a essa altura, decorridos mais de seis anos de sua nomeação, o Apelado fosse alijado do concurso e, conseqüentemente, das fileiras da Polícia Militar, à qual prestou, de boa-fé, relevantes serviços.

(...).Diante deste quadro, imperiosa é a aplicação da teoria do fato

consumado, a fim de se preservar uma situação mais benéfica, não só ao indivíduo, mas também à coletividade.

(...)Por fim, cumpre ressaltar que, na espécie não se está a tratar de

situação de fato irregular ou ilegal consolidada pelo decurso do tempo (...)” (fls. 275, 277-278 e 282 – grifos meus).

Assim, para concluir de modo diverso, ou seja, aferir eventual ofensa ao princípio da isonomia e afastar a aplicação da teoria ao caso em apreço, faz-se necessário o exame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 554.695/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 547.826-AgR/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 578.510/RN, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. Isso porque o acórdão impugnado está em consonância com a jurisprudência desta Corte, firmada no sentido de que o direito de candidato, em concurso público, de fazer prova de aptidão física, em virtude de motivo de força maior, em data distinta dos demais candidatos, não contraria o princípio da isonomia. Nesse sentido, cito o RE 179.500/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, cuja ementa segue transcrita:

“CONCURSO PÚBLICO - PROVA DE ESFORÇO FÍSICO - FORÇA MAIOR - REFAZIMENTO - PRINCÍPIO ISONÔMICO. Longe fica de implicar ofensa ao princípio isonômico decisão em que se reconhece, na via do mandado de segurança, o direito de o candidato refazer a prova de esforço, em face de motivo de força maior que lhe alcançou a higidez física no dia designado, dela participando sem as condições normais de saúde”.

Com idêntico entendimento, indico, ainda, as seguintes decisões, entre outras: RE 584.444-AgR/DF e RE 527.964/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 630.487-AgR/DF e RE 497.350-AgR/CE, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 412.435-AgR/DF, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 376.607-AgR/DF e AI 628.273/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 562.616/PE e RE 597.330/PR, Rel. Min. Ayres Britto; RE 520.491/MT, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.646 (610)ORIGEM : APCRIM - 20070110869267 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : RODRIGO LACERDA VAZADV.(A/S) : FELIPE CASCAES SABINO BRESCIANIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PENAL.

MEDIDA DE SEGURANÇA. NATUREZA PUNITIVA. DURAÇÃO MÁXIMA DE 30 ANOS. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL ÀS PENAS PERPÉTUAS. JULGADO RECORRIDO EM DESARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:

“PENAL. TENTATIVA DE ESTUPRO. AUTORIA. RÉU INIMPUTÁVEL. MEDIDA DE SEGURANÇA. INTERNAÇÃO. PRAZO INDETERMINADO. PERICULOSIDADE DO AGENTE.

Conjunto probatório, composto pela palavra da vítima corroborada por outras provas orais, confirmando a autoria.

A própria lei penal não prevê limite temporal máximo para o

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 135

cumprimento da medida de segurança, que está condicionada à cessação da periculosidade do agente. Também não há previsão legal relacionando a duração da medida com a pena privativa de liberdade que seria imposta ao autor do fato se imputável fosse. Aliás, o prazo máximo de 30 anos para o cumprimento da pena previsto constitucionalmente não se aplica à medida de segurança, que não é pena, sendo certo que poderá ocorrer o prolongamento indefinido da internação até que se constate, por perícia médica, a cessação da periculosidade.

Apelo desprovido” (fl. 291).2. O Recorrente afirma que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º,

inc. XXXIX e XLVII, da Constituição da República.Alega que “os artigos 75 e 97 do Código penal devem ser

interpretados no sentido de se resguardar a vedação da pena de caráter perpétuo” (fl. 305).

Assevera que “a decisão impugnada merece ser reformada, no sentido de se limitar a medida de segurança” (fl. 305).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.4. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a

medida de segurança tem natureza punitiva, razão pela qual a ela se aplicam o instituto da prescrição e o tempo máximo de duração de 30 anos, esse último decorrente da vedação constitucional às penas perpétuas. Nesse sentido:

“MEDIDA DE SEGURANÇA - PROJEÇÃO NO TEMPO - LIMITE. A interpretação sistemática e teleológica dos artigos 75, 97 e 183, os dois primeiros do Código Penal e o último da Lei de Execuções Penais, deve fazer-se considerada a garantia constitucional abolidora das prisões perpétuas. A medida de segurança fica jungida ao período máximo de trinta anos” (HC 84.219, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 23.9.2005 – grifos nossos).

“AÇÃO PENAL. Réu inimputável. Imposição de medida de segurança. Prazo indeterminado. Cumprimento que dura há vinte e sete anos. Prescrição. Não ocorrência. Precedente. Caso, porém, de desinternação progressiva. Melhora do quadro psiquiátrico do paciente. HC concedido, em parte, para esse fim, com observação sobre indulto. 1. A prescrição de medida de segurança deve calculada pelo máximo da pena cominada ao delito atribuído ao paciente, interrompendo-se-lhe o prazo com o início do seu cumprimento. 2. A medida de segurança deve perdurar enquanto não haja cessado a periculosidade do agente, limitada, contudo, ao período máximo de trinta anos. 3. A melhora do quadro psiquiátrico do paciente autoriza o juízo de execução a determinar procedimento de desinternação progressiva, em regime de semi-internação” (HC 97.621, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, Dje 26.6.2009 – grifos nossos).

“PENAL. EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. RÉU INIMPUTÁVEL. MEDIDA DE SEGURANÇA. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. EXTINÇÃO DA MEDIDA, TODAVIA, NOS TERMOS DO ART. 75 DO CP. PERICULOSIDADE DO PACIENTE SUBSISTENTE. TRANSFERÊNCIA PARA HOSPITAL PSIQUIÁTRICO, NOS TERMOS DA LEI 10.261/01. WRIT CONCEDIDO EM PARTE. I - Não há falar em extinção da punibilidade pela prescrição da medida de segurança uma vez que a internação do paciente interrompeu o curso do prazo prescricional (art. 117, V, do Código Penal). II - Esta Corte, todavia, já firmou entendimento no sentido de que o prazo máximo de duração da medida de segurança é o previsto no art. 75 do CP, ou seja, trinta anos. Precedente. III - Laudo psicológico que, no entanto, reconheceu a permanência da periculosidade do paciente, embora atenuada, o que torna cabível, no caso, a imposição de medida terapêutica em hospital psiquiátrico próprio. IV - Ordem concedida em parte para extinguir a medida de segurança, determinando-se a transferência do paciente para hospital psiquiátrico que disponha de estrutura adequada ao seu tratamento, nos termos da Lei 10.261/01, sob a supervisão do Ministério Público e do órgão judicial competente” (HC 98.360, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, Dje 23.10.2009 – grifos nossos).

Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado recorrido.5. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art. 21,

§ 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), para fixar em 30 anos a duração máxima da medida de segurança imposta ao Recorrente.

Publique-se.Brasília, 26 de agosto de 2010.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 454.078 (611)ORIGEM : AMS - 200371040100783 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RAFAEL TOLDOADV.(A/S) : GILBERTO DA ROSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA COM REPERCUSSÃO

GERAL RECONHECIDA – TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL – RECEITAS DECORRENTES DE OPERAÇÕES DE EXPORTAÇÃO – ARTIGO 149, § 2º, INCISO I, DA CARTA FEDERAL – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 33/2001 – INCIDÊNCIA – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1.Ante o fato de o Plenário haver enfrentado a matéria envolvida neste processo, afasto o sobrestamento.

2.O Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 564.413/SC, concluiu pela constitucionalidade da incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido nas receitas decorrentes de operações de exportação efetuadas a partir da Emenda Constitucional nº 33/2001.

3.Em face do precedente, nego seguimento a este extraordinário.4.Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2010.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.606 (612)ORIGEM : AMS - 200471040060741 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : LUPO MINERAÇÃO LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DA ROSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 471.287 (613)ORIGEM : AC - 200471130015761 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : POLITORNO MÓVEIS LTDAADV.(A/S) : CRISTIANO COLOMBO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 473.151 (614)ORIGEM : AMS - 200371080145091 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MK QUIMICA DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : DANIEL EARL NELSON E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.126 (615)ORIGEM : AMS - 200471070050658 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : PRIME LUMBER EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DE

MADEIRAS LTDAADV.(A/S) : ILDA DANIELESKIRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.182 (616)ORIGEM : AMS - 200471000128816 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CALÇADOS YOUNG LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DA ROSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.356 (617)ORIGEM : AMS - 200470050026831 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁ

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 136

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : J.J.L. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MOVÉIS LTDAADV.(A/S) : GETÚLIO LADISLAU RODRIGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.710 (618)ORIGEM : AMS - 200471070055309 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MÓVEIS CARRARO S.A.ADV.(A/S) : RODRIGO DALCIN RODRIGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.687 (619)ORIGEM : AMS - 200471050016955 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CAMERA AGROALIMENTOS S/AADV.(A/S) : GILBERTO DA ROSARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.800 (620)ORIGEM : PROC - 200405000218633 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : PHOENIX DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : MURILO OLIVEIRA DE ARAÚJO PEREIRA E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.700 (621)ORIGEM : AMS - 200572050016007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MADEMER MADEIRAS LTDAADV.(A/S) : VANDERLEI KROETZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 504.449 (622)ORIGEM : AMS - 200572000000016 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SALVARO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MADEIRA

LTDAADV.(A/S) : EDSON CICHELLA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.532 (623)ORIGEM : AMS - 200451010052851 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DS & HA LOGÍSTICA, IMPORTADORA E

EXPORTADORA LTDAADV.(A/S) : THIAGO DE PAULA RIBEIRORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.888 (624)ORIGEM : AMS - 200570010047980 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DACALDA AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDAADV.(A/S) : HUMBERTO JARDIM MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.557 (625)ORIGEM : AC - 200471040089950 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROS DURLI LTDAADV.(A/S) : JORGE LUIZ FILLA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 611

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.695 (626)ORIGEM : AC - 2020110171590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : GENARO DA SILVA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG, rel. min. Ellen Gracie, DJe de 02.10.2009).

Do exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.397 (627)ORIGEM : REAIRR - 396200203412007 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDAÇÃO CELESC DE SEGURIDADE SOCIAL -

CELOSADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECAAGDO.(A/S) : DERCE DE OLIVEIRA RECOUVREUXADV.(A/S) : HEITOR FRANCISCO GOMES COELHO

Despacho: Idêntico ao de nº 626

AGRAVO DE INSTRUMENTO 621.065 (628)ORIGEM : EDAERR - 5963200100112000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDAÇÃO CELESC DE SEGURIDADE SOCIAL -

CELOSADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO NELSON ANTUNESADV.(A/S) : HEITOR FRANCISCO GOMES COELHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 137: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 137

Despacho: Idêntico ao de nº 626

AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.530 (629)ORIGEM : AC - 200500130124 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : GUIDO NELSON COELHO LEAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SERGIO FERRAZ E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual após a EC 41/2003) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 606.358-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.431 (630)ORIGEM : RMS - 25959 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JOÃO BATISTA BARRETO LUBANCOADV.(A/S) : NORVAL CAMPOS VALERIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : FÁTIMA MARIA AMARALAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Despacho: Idêntico ao de nº 629

AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.427 (631)ORIGEM : EEDRR - 1121200300308005 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DA AMAZÔNIA S/A - BASAADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PERÁCIO GAMA DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ OTÁVIO TEIXEIRA DA FONSECAAGDO.(A/S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO

BANCO DA AMAZÔNIA - CAPAFADV.(A/S) : SÉRGIO LUÍS TEIXEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)

DESPACHO: A matéria discutida neste recurso (competência da Justiça do Trabalho para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria) aguarda apreciação pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (RE 586.453).

Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do recurso extraordinário, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.575 (632)ORIGEM : AIRR - 2065200400121410 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : SIMONE HAJJAR CARDOSO E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADOAGDO.(A/S) : JOSÉ DE SANTANA FILHOADV.(A/S) : MARIA LÚCIA CAVALCANTE JALES SOARESINTDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 631

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.943 (633)ORIGEM : MS - 10000074669821000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ESTELA MARIA DE REZENDE SOARESADV.(A/S) : ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual após a EC 41/2003) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 606.358-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, dou provimento ao presente agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 787.103 (634)ORIGEM : AC - 10024076913649001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : JOSÉ DOS SANTOS FELIZ MARTINSADV.(A/S) : ELMAR DA SILVA LACERDA

Despacho: Idêntico ao de nº 633

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 507.255 (635)ORIGEM : MS - 20040012365 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : EVANDRO TAVARES BELTRÃOADV.(A/S) : JOSÉ MURILO GADELHA DE HOLLANDA E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual após a EC 41/2003) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 606.358-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.687 (636)ORIGEM : MS - 20040014635 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : RAYMUNDO NONATO FERREIRA MARINHOADV.(A/S) : AUTA GAGLIARDI MADEIRA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 635

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.644 (637)ORIGEM : MS - 20040021399 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : OSMAR MARQUES VITALADV.(A/S) : JOSÉ MURILO GADELHA HOLLANDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : AUTA DE AMORIM GAGLIARDI MADEIRA

Despacho: Idêntico ao de nº 635

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.099 (638)ORIGEM : MS - 20040016492 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : WALDEMAR MANCINIADV.(A/S) : JOSÉ MURILO GADELHA HOLLANDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : AUTA DE AMORIM GAGLIARDI MADEIRA

Despacho: Idêntico ao de nº 635

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.377 (639)ORIGEM : MS - 20040031114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : DULCE MAIA DANTASADV.(A/S) : AUTA GAGLIARDI MADEIRA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 635

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.111 (640)ORIGEM : MS - 10000044120681000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - DER/MGADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : WALTER LOPES DO ROSÁRIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE DESOTTI COSTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual após a EC 41/2003) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 606.358-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.888 (641)ORIGEM : MS - 10000084692094000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : GERALDO HAROLDO DE PAIVAADV.(A/S) : ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JÚNIOR

Despacho: Idêntico ao de nº 640

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.007 (642)ORIGEM : AC - 10024076881754003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : RAUL MESQUITA MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA BATISTA LACERDA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 640

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.150 (643)ORIGEM : EIAC - 3446485802 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CLÓVIS DE MELLO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARILES CRAVEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo que versava sobre a extensão aos inativos da Gratificação por atividades de Polícia – GAP (instituída pela Lei Complementar 873/2000).

O recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) alega violação do art. 40, § 8º, da Carta Magna, visto que a vantagem funcional aqui discutida tem caráter geral, não sendo requisito para percebê-la o exercício de função inerente ao servidor ativo.

Em julgamento recente, a Segunda Turma reiterou o entendimento de que, em princípio, não cabe ao Supremo Tribunal a revisão das conclusões dos tribunais locais no que se refere à extensão das gratificações e vantagens aos aposentados por suposta violação do art. 40, § 8º (anteriormente, art. 40, § 4º), da Constituição. Ficou então consignado que ao Supremo caberá apenas a correção de erro flagrante na aplicação da regra de extensão (casos em que a vantagem de nítido caráter geral seja estendida a apenas uma parte do universo de inativos, deixando de fora outra parte nas mesmas condições, ou de outra forma, casos em que vantagem de nítido caráter restrito seja deferida a todos os aposentados, sem a apreciação das particularidades de cada situação). Reproduzo a ementa do acórdão (RE 586.949, rel. min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 13.03.2009):

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República.”

Contudo, em relação à gratificação em exame, esta Corte tem entendido pelo seu caráter geral, garantindo sua percepção pelos inativos. Nesse sentido, confira-se trecho da decisão prolatada no RE 575.899, rel. min. Carlos Britto, DJe 11.11.2008:

“2. Da leitura dos autos, observo que o Tribunal de origem negou aos recorrentes - pensionistas de ex-servidores públicos falecidos - a percepção das seguintes vantagens: Gratificação de Assistência e Suporte à Saúde - GASS, instituída pela Lei Complementar paulista nº 871/2000; Gratificação de Suporte às Atividades Escolares - GSAE, instituída pela Lei Complementar paulista nº 872/2000; Gratificação por Atividade de Polícia - GAP, instituída pela Lei Complementar paulista nº 873/2000; Gratificação por Trabalho Educacional - GTE, instituída pela Lei Complementar paulista nº 874/2000; Gratificação de Suporte Administrativo - GASA, instituída pela Lei Complementar paulista nº 876/2000 e Gratificação de Suporte à Atividade Penitenciária - GSAP, instituída pela Lei Complementar paulista nº 898/2001. Isso por entender que se trata de vantagens devidas exclusivamente a servidores ativos.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

Page 139: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 139

3. Pois bem, os recorrentes apontam violação ao § 8o do artigo 40 da Constituição Federal de 1988.

4. Tenho que o apelo extremo merece acolhida. Isso porque o aresto impugnado destoa da jurisprudência desta Corte.

5. Com efeito, ao examinar casos semelhantes ao presente, também oriundos de São Paulo e com o mesmo objeto, o Supremo Tribunal Federal assentou o caráter genérico das gratificações em comento. Daí a sua extensão aos inativos e pensionistas, por força do § 8o do artigo 40 da Lei Maior.

6. No mesmo sentido: AI 432.584-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, AI 505.221-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso, AI 599.582 da relatoria do ministro Gilmar Mendes e REs 510.576 e 523.022 de minha relatoria.”

Ainda nesse sentido e especificamente quanto à Gratificação por atividades de Polícia –GAP (instituída pela Lei Complementar 873/2000) confira-se: AI-AgR 422.141; rel. min. Gilmar Mendes; Segunda Turma; DJe 28.03.2008 e RE – AgR 443.335, rel. min. Sepúlveda Pertence. DJ 28.04.2006.

Do exposto, nos termos do art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, dou provimento ao recurso de molde a julgar procedente o pedido veiculado na inicial. Ficam invertidos os ônus de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2010.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.690 (644)ORIGEM : AC - 38953254 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : JOSÉ SEBASTIÃO DRESLERADV.(A/S) : JOSÉ LÁZARO APARECIDO CRUPE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 643

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Apoio Técnico, conferi. ANA LUCIA DA COSTA NEGREIROS, Secretária Judiciária.

Brasília, 02 de setembro de 2010.

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES JUDICIAIS DE SÃO PAULO/SP

(456)

LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S) (533)ADACIR DE LIMA RODRIGUES (319)ADALGIZA RADOYKA SIMÃO DE QUEIROZ (255)ADEMIR ZANOBIA E OUTRO(A/S) (356)ADIB SALOMÃO (118)ADOLFO ARINE E OUTRO(A/S) (112)ADRIANA ALVES DA CUNHA E SOUZA TAVARES E OUTRO(A/S) (425)ADRIANO ALVES DE MENDONÇA (593)ADRIANO ANTONIO CARVALHO MIGUEL (246)ADRIELE PINHEIRO REIS AYRES DE BRITTO(56) (184)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(1) (35) (40) (72) (74) (77) (89) (98) (105) (119)(146) (146) (147) (148) (149) (151) (152) (153) (154) (156)(158) (159) (169) (173) (197) (201) (208) (209) (210) (214)(230) (231) (235) (236) (238) (258) (259) (260) (261) (262)(263) (278) (288) (299) (321) (346) (393) (403) (407) (416)(456) (500) (513) (514) (516) (523) (531) (558) (559) (564)(565) (570) (574) (577) (599) (606)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(168) (277) (279) (285) (296) (377) (405) (446) (486) (487)(491) (497) (498) (518) (580) (587) (597) (601) (633) (634)(640) (640) (641) (642)AGAMENON FERNANDES (293)ÁGDA CECÍLIA DE LIMA PEREIRA E OUTRO(A/S) (484)AILTON BUENO SCORSOLINE (340)AILZA ALCANTARA GOMES (100)AIR RIBEIRO JUNIOR E OUTRO(A/S) (294)ALBERTO BRANDÃO HENRIQUES MAIMONI E OUTRO(A/S) (73)ALCIDES JOSÉ GIACOMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) (572)ALESSANDRA GASPER BERGER (116)

ALESSANDRA GRUENDLING (18)ALESSANDRO DIAS FIGUEIRA E OUTRO(A/S) (409)ALESSANDRO MESTRINER FELIPE E OUTRO(A/S) (110)ALEX SANDRO MARTINS RODRIGUES (323)ALEXANDER LADISLAU MENEZES (253)ALEXANDRE DA SILVA VERLY E OUTRO(A/S) (58)ALEXANDRE DESOTTI COSTA E OUTRO(A/S) (640)ALEXANDRE ISSA KIMURA (432)ALEXANDRE LADISLAU MENEZES (254)ALEXANDRE MAGNAVITA GASCHI E OUTRO(A/S) (109)ALEXANDRE PINHEIRO VALVERDE (509)ALFEU GUEDES (131)ALICE BATISTA HIRT E OUTRO(A/S) (21)ALINE ROLLA SEMIÃO MORAES E OUTRO(A/S) (359)ALMIR CORRÊA DE SOUZA (266)ALMIR DANTAS RABELLO FILHO (299)ALOÍSIO AUGUSTO MAZEU MARTINS E OUTRO(A/S) (431)ALUISIO XAVIER DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S) (272)ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S) (234)ÁLVIN FIGUEIREDO LEITE (481)ALYSSON SOUSA MOURÃO (511)AMANDA LIMA MARTINS E OUTRO(A/S) (598)AMAURI JACINTHO BARAGATTI (457)AMAURY TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (32)AMÉRICA SERVIÇOS DE MANTIMENTOS LTDA (475)ANA KARINA DE OLIVEIRA E SILVA MERLIN (433)ANA PAULA MACHADO DOS ANJOS E OUTRO(A/S) (605)ANA VIRGÍNIA BATISTA LOPES DE SOUZA E OUTRO(A/S) (488)ANDRÉ BONO (382)ANDRÉ DUTRA DÓREA ÁVILA DA SILVA (103)ANDRE HENRIQUE LEHENBAUER THOME (520)ANDRÉ LUIS ALVES MOREIRA DE SOUZA (43)ANDRÉ LUIZ GONÇALVES TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (475)ANDRÉ STUART SANTOS (60)ANDRÉ YOKOMIZO ACEIRO E OUTRO(A/S) (339)ANDRÉA DA ROCHA SALVIATTI E OUTRO(A/S) (5)ANDRÉA DA SILVA CORRÊA (383)ANDRÉIA BORTOLASO MARCORIGHI (579)ANDREIA FERREIRA GUIMARAES (248)ANDREIA SIMÕES LEMOS E OUTRO(A/S) (382)ANELISE RIBEIRO PLETSCH E OUTRO(A/S) (463)ANGELINA RIBEIRO E OUTRO(A/S) (108)ÂNGELO ASSMANN E OUTRO(A/S) (324)ÂNGELO MARCUS NOGUEIRA BORGES DE CAMPOS E OUTRO(A/S)

(566)

ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS E OUTROS (288)ANNA MARIA DOS SANTOS PENNA MAISONNETTE (75)ANTONINHA BALSEMÃO E OUTRO(A/S) (563)ANTÔNIO AUGUSTO GENELHU JÚNIOR E OUTRO(A/S) (130)ANTONIO CARLOS MORENGUE (26)ANTONIO CARLOS PICOLO E OUTRO(A/S) (214)ANTONIO CARLOS RODRIGUES VIANA (417)ANTONIO CESAR MARIUZZO DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (585)ANTÔNIO DE ROSA (534)ANTÔNIO FRANCISCATO SANCHES E OUTRO(A/S) (183)ANTÔNIO JOSÉ RIBEIRO DE CARVALHO (205)ANTONIO LUIZ ANDRIOLI (116)ANTÔNIO LUIZ DE FARIA (455)ANTÔNIO OSMAR CORGOSINHO (200)ANTONIO PAULO BACAN E OUTRO(A/S) (396)ANTÔNIO WENCESLAU FILHO (393)APARECIDO ALBERTO ZANIRATO (490)ARARIPE SERPA GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S) (410)ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JÚNIOR (641)ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (633)ARLINDO PEREIRA DA SILVA FILHO (68)ARMANDO CORREIA DA SILVA JÚNIOR (332)ARMANDO MALGUEIRO LIMA (495)ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ (2)AUGUSTO WOLF NETO E OUTRO(A/S) (526)AURI ALARCONY (549)AUTA DE AMORIM GAGLIARDI MADEIRA(637) (638)AUTA DE AMORIM GAGLIARDI MADEIRA E OUTRO(A/S) (271)AUTA GAGLIARDI MADEIRA E OUTRO(A/S)(636) (639)BÁRBARA NASCIMENTO MARTINS E OUTRO(A/S) (19)BENE ANDRÉ CAMACHO ARAÚJO (257)BENEDICTO CELSO BENÍCIO E OUTRO(A/S) (372)BERNADETE DA SILVA BEZERRA (142)BRENO MOREIRA MUSSI (347)BRUNO CÉSAR BEBIANO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (497)BRUNO RODRIGUES(243) (253) (253) (253) (253) (253)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 140

BRUNO TAKAHASHI (160)C. E. L.(254) (256)CAIO ANTONIO RIBAS DA SILVA PRADO E OUTRO(A/S) (71)CAIO DIRAN DE OLIVEIRA PORDEUS E OUTRO(A/S) (361)CAIO MARQUES BERTO (457)CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (632)CAMILA GONÇALVES DE OLIVEIRA (412)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO(A/S) (418)CARLA DELLA BONA (453)CARLA JENIFER SPERHACKE (222)CARLOS ALBERTO BOSCO (227)CARLOS ALBERTO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (163)CARLOS ALBERTO MARTINS (227)CARLOS ALBERTO RIBAS SOARES (59)CARLOS AUGUSTO DE OLIVEIRA ZERBINI E OUTRO(A/S) (396)CARLOS AUGUSTO MENEZES SAMPAIO (238)CARLOS DUARTE JÚNIOR E OUTRO(A/S) (463)CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA DA SILVA (216)CARLOS EDUARDO DIPP SCHOEMBAKLA (260)CARLOS EDUARDO PEREIRA COSTA (258)CARLOS EDUARDO REIS CLETO (83)CARLOS FELIPE KOMOROWSKI E OUTRO(A/S) (303)CARLOS GONZAGA MARREIROS MOREIRA E OUTRO(A/S) (544)CARLOS HENRIQUE DELANDRÉA (420)CARLOS HENRIQUE LEDEBOUR LÓCIO E OUTRO(A/S) (608)CARLOS MARQUES DOS SANTOS (330)CARLOS MENDES DA SILVEIRA (170)CARLOS MORAES SILVA (143)CARLOS NEY OLIVEIRA AMARAL(237) (253) (255)CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA E OUTRO(A/S) (182)CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(A/S)(199) (476)CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCI (295)CARLOS TADEU DE CARVALHO MOREIRA E OUTRO(A/S) (455)CARLOS WILLI CAL E OUTRO(A/S) (320)CAROLINA FAGUNDES LEITÃO (282)CAROLINA SILVA MACHADO E OUTRO(A/S) (493)CAROLINA TENÓRIO DE MELLO (170)CAROLINE DIAS DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (193)CAROLINE RETTO FROTA (389)CÁSSIO AUGUSTO VIONE DA ROSA E OUTRO(A/S) (449)CECÍLIA FRANCO FERREIRA (488)CÉLIA CELINA GASCHO CASSULI E OUTRO(A/S) (84)CELSO LUIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (191)CELSO MARTINS (131)CELSO TADEU MONTEIRO BASTOS(56) (184)CELSO ZAMONER E OUTRO(A/S) (316)CENTRO DE DIAGNÓSTICOS BASILEU NEVES S/C LTDA (156)CÉSAR ANDRÉ PEREIRA DA SILVA (354)CÉSAR AUGUSTO BOEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (430)CÉSAR AUGUSTO PEREIRA(132) (132)CEZAR AUGUSTO MENDES JUNIOR E OUTRO(A/S) (154)CHRISTIAN BEURLEN(239) (239)CHRISTINA PORFÍRIO TELES SILVA E OUTRO(A/S) (54)CÍCERO RICARDO ANTAS ALVES CORDEIRO E OUTRO(A/S) (594)CID VIANNA MONTEBELLO E OUTRO(A/S) (557)CINTIA APARECIDA DAL ROVERE E OUTRO(A/S) (351)CIRO CASTILHO MACHADO (577)CLAUDIA CENCE LOPES (480)CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE E OUTRO(A/S) (409)CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE E OUTRO(A/S) (423)CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA (121)CLAUDIA SALLES VILELA VIANNA E OUTRO(A/S) (276)CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA E OUTRO(A/S) (122)CLÁUDIA SILVA DA CRUZ (337)CLÁUDIO COELHO MENDES DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) (527)CLÁUDIO GILBERTO FERRO (508)CLAURIVALDO PAULA LESSA E OUTRO(A/S) (489)CLEBER ROBERTO BIANCHINI (289)CLÉDSON CRUZ (363)CLÉO ARMENDARIS ACOSTA E OUTRO(A/S) (206)CLÓVIS LISBOA DOS SANTOS JR. (128)CLÓVIS LISBOA DOS SANTOS JUNIOR (125)COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

(485)

CONSTÂNCIO PINHEIRO SAMPAIO (155)CONSTANTINO RIBEIRO DO CARMO (172)CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(239)

CRISTIANE MARIA VIEIRA (268)CRISTIANO ALVES FERNANDES RIBEIRO E OUTRO(A/S) (417)CRISTIANO COLOMBO E OUTRO(A/S) (613)CRISTINA VIANA DE SIQUEIRA MELAZZO E OUTRO(A/S) (385)D. S. B. (254)DAGOBERTO JOSE STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) (519)DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) (506)DALVA DE SOUZA ABONDANZA (145)DANIEL EARL NELSON E OUTRO(A/S) (614)DANIEL FERNANDO NARDÃO E OUTRO(A/S) (494)DANIEL FRANCISCO MITIDIERO (567)DANIEL LEOPOLDO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (574)DANIEL VIER (99)DANIELA BARREIRO BARBOSA E OUTRO(A/S) (30)DANIELLA VITELBO APARICIO (79)DÁRIO ALMEIDA PASSOS DE FREITAS E OUTRO(A/S) (428)DAUTO RODRIGUES MOURA JUNIOR (75)DAVID LEAL DINIZ (327)DAVID PEIXOTO MANHÃES E OUTRO(A/S) (570)DEBORAH BARRETO MENDES E OUTRO(A/S) (590)DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E OUTRO(A/S) (83)DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) (631)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO (142)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (144)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

(66)

DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(195) (367) (379)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(44) (45) (46) (48) (55) (61) (67) (85) (447) (458)(499)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL(135) (138) (139) (171) (244) (252)DEFENSOR-GERAL DA UNIÃO (341)DEIWES WILLIAM BOSSON E OUTRO(A/S) (485)DENIS CAMARGO PASSEROTTI (25)DIÁRIO DA REGIÃO (180)DILCEU ANTÔNIO ZATT (467)DIONE CARINA SCHIMMING (28)DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DESPESA DE PESSOAL DO ESTADO - DDPE

(376)

DOMINGOS WELLINGTON MAZUCATO E OUTRO(A/S) (8)DURVAL PEDROSO (294)ED CARLOS MARIN (136)EDER SANT'ANNA DE LIZ (224)EDGARD CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE NETO E OUTRO(A/S) (13)EDINEI ANTONIO DAL PIVA (28)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA (465)EDISON VIANA DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (117)EDMILSON SOUZA OLIVEIRA (135)EDSON AGUINALDO ALVES DE OLIVEIRA (243)EDSON CICHELLA E OUTRO(A/S) (622)EDSON PEREIRA BELO DA SILVA E OUTRO(A/S) (245)EDUARDO JESSNITZER E OUTRO(A/S) (73)EDUARDO MACHADO DE ASSIS BERNI E OUTRO(A/S) (439)EDUARDO MACHADO DIAS(365) (374) (381)EDUARDO NELSON CANIL REPLE (364)EDUARDO PENA DE MOURA FRANÇA E OUTRO(A/S) (451)EDUARDO SILVEIRA CLEMENTE (530)EGÍDIO ILÁRIO PIEROSAN E OUTRO(A/S) (336)ELAINE DE SOUZA NUAYED (250)ELI CHABUDÉ DUTRA (588)ELI PINTO DE MELO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (474)ELICEU WERNER SCHERER E OUTRO(A/S) (344)ELIETE BRAMBILA MACHADO E OUTRO(A/S) (369)ELISEU GOMES TORRES (538)ELÍSIO AUGUSTO VELLOSO BASTOS E OUTRO(A/S) (502)ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) (126)ELIZANDRA RAIMUNDO (596)ELMAR DA SILVA LACERDA (634)ELSON WANDERLEY CRUZ (219)ELTON ALTAIR COSTA (27)ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) (409)ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) (589)ELVIS DEL BARCO CAMARGO (401)ELZA MARA VALIATTI (440)ELZENIR FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (501)EMÍLIA MARIA BARBOSA DOS SANTOS SILVA (170)ENRICO ESTEFAN MANNINO E OUTRO(A/S) (9)ERASMO DE CAMARGO SCHUTZER E OUTRO(A/S) (520)ÉRCIO ANDRÉ WEIZENMANN E OUTRO(A/S) (18)ERI CARLOS EICHLER (267)ÉRICA DE ALMEIDA PINTO (156)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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ERIK FRANKLIN BEZERRA(253) (253) (253) (253)ERISVALDO GADELHA SARAIVA E OUTRO(A/S) (34)ERNANI LUIS DANIEL (548)ERYKA FARIAS DE NEGRI (411)EUCLIDES BALERONI E OUTRO(A/S) (183)EUNILDO REBELO E OUTRO(A/S) (603)EVANDRO CATUNDA DE CLODOALDO PINTO E OUTRO(A/S) (595)EVANDRO MULITERNO DE QUADROS E OUTRO(A/S) (306)EVANDRO ROGÉRIO WENDLAND E OUTRO(A/S) (21)EVERSON RIBEIRO(133) (133)EXPEDITO BANDEIRA DE ARAUJO JUNIOR (114)FABIANO SAMARTIN FERNANDES (482)FÁBIO LUIZ MAIA BARBOSA (437)FÁBIO MARIANTE MINCARONE E OUTRO(A/S)(23) (24)FÁBIO MARTINS RIBEIRO (404)FABIO RODRIGO PERESI (180)FABÍOLA CÁSSIA DE NORONHA SAMPAIO E OUTRO(A/S) (120)FABRICIO BEHR E OUTRO(A/S) (324)FADAIAN CHAGAS CARVALHO (377)FÁTIMA MARIA AMARAL (630)FELIPE AUGUSTO MOREIRA GONÇALVES E OUTRO(A/S) (265)FELIPE CARLOS SCHIWINGEL E OUTRO(A/S) (197)FELIPE CASCAES SABINO BRESCIANI (610)FELIPE DEIAB (436)FELIPE ZAMPROGNA MATIELO (464)FELIPPE ZERAIK E OUTRO(A/S) (452)FELISBERTO EGG DE RESENDE E OUTRO(A/S) (296)FELISBERTO VILMAR CARDOSO E OUTRO(A/S) (357)FERNANDA CALDAS GIORGI E OUTRO(A/S) (339)FERNANDA CARVALHAL DA SILVA (318)FERNANDA EGÉA CHAGAS CASTELO BRANCO E OUTRO(A/S) (556)FERNANDA GADIANI (424)FERNANDA MARIA MACHADO PEREIRA (408)FERNANDA PINHEIRO PIO DE SANTANA E OUTRO(A/S) (471)FERNANDO A. RODRIGUES (345)FERNANDO ROBERTO GOMES BERALDO (454)FERNANDO TORREÃO DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (78)FLAMARION D'AVILA FONTES E OUTRO(A/S) (593)FLÁVIO OSÓRIO MARQUES E OUTRO(A/S) (536)FLAVIO ROBERTO MINUSSI (269)FLAVIUS AUGUSTUS FLORENCIO MACEDO (399)FLORISANGELA CARLA LIMA RIOS E OUTRO(A/S) (96)FRANCISCO DE ASSIS COSTA BARROS E OUTRO(A/S) (564)FRANCISCO DE ASSIS MACEDO E OUTRO(A/S) (544)FRANCISCO DOMINGOS VIEIRA E OUTRO(A/S) (402)FRANCISCO JOSÉ DO NASCIMENTO (4)FRANCISCO MARCELO BRANDÃO E OUTRO(A/S) (445)FRANCISCO MARCOS DE ARAÚJO (391)FRANCISCO NUNES DE BRITO FILHO (229)FRANCISCO OSCAR MAGALHÃES (169)GABRIEL MOREIRA (64)GASTÃO LUIZ FORGIARINI ROSSETO (27)GEISA LINS DE LIMA E OUTRO(A/S) (477)GEORGE SARMENTO LINS (119)GERALDO HERMÓGENES DE FARIA NETO E OUTRO(A/S) (361)GERALDO JOSÉ WIETZIKOSKI (395)GERALDOD LUIZ DE MOURA TAVARES E OUTRO(A/S) (174)GERHARD GRUBE (116)GERSON APARECIDO DOS SANTOS (426)GERSON CAMATA (130)GERSON MOISÉS MEDEIROS E OUTRO(A/S) (54)GETÚLIO LADISLAU RODRIGUES E OUTRO(A/S) (617)GILBERTO DA ROSA (619)GILBERTO DA ROSA E OUTRO(A/S)(611) (612) (616)GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JÚNIOR (461)GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)(347) (626)GILBERTO VIEIRA LEITE NETO E OUTRO(A/S) (115)GIOVANI MARCELO TOMIO (239)GIOVANNI GOSENHIMER (37)GISELA DE LIMA PINHEIRO DOS SANTOS ESTEVES (88)GISELE LEMOS KRAVCHYCHYN (232)GISELE SOARES E OUTRO(A/S) (204)GISELLE ESTEVES FLEURY E OUTRO(A/S) (459)GISLENE SILVA VIEIRA GARZONI (587)GIUSEPPINA PANZA BRUNO (10)GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S) (102)GLAUCUS PIMENTA DE SOUSA E OUTRO(A/S) (560)GLEYDSON DA SILVA ARRUDA (238)GOVERNO DA ITÁLIA (240)

GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (241)GUILHERME FREDERICO DE FIGUEIREDO CASTRO (60)GUILHERME PACCOLA E OUTRO(A/S) (332)GUSTAVO CAMMARANO COIMBRA E OUTRO(A/S) (452)GUSTAVO TADEU KENCIS MOTA E OUTRO(A/S) (207)HAMILTON DIAS DE SOUZA (5)HAMILTON TERUAKI MITSUMUNE E OUTRO(A/S) (41)HEITOR FRANCISCO GOMES COELHO (627)HEITOR FRANCISCO GOMES COELHO (628)HELDER KANAMARU (578)HELDER KANAMARU E OUTRO(A/S)(546) (553) (554) (581)HELDER M. KANAMARU E OUTRO(A/S)(540) (542) (552) (555) (568) (571)HÉLIO EDUARDO RICHTER E OUTRO(A/S) (13)HELOÍSA SABEDOTTI E OUTRO(A/S) (357)HELOISA SABEDOTTI E OUTRO(A/S) (78)HENRIQUE BERKOWITZ E OUTROS (287)HENRIQUE GAEDE E OUTRO(A/S) (192)HENRIQUE VILELA SALES E OUTRO(A/S) (539)HERALDO BROMATI (136)HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO (602)HORÁCIO LUIZ AUGUSTO DA FONSECA (161)HORÁCIO PERDIZ PINHEIRO NETO E OUTRO(A/S) (438)HUDSON GUTEMBERG DE SOUZA E OUTRO(A/S) (70)HUGO ANDRADE COSSI (38)HUMBERTO JARDIM MACHADO E OUTRO(A/S)(413) (624)IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR (599)IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S) (577)IÊDA LÍVIA DE ALMEIDA BRITO (550)ILDA DANIELESKI (615)ILÍDIO BENITES DE OLIVEIRA ALVES E OUTRO(A/S) (350)ILMAR SALES DE MIRANDA E OUTRO(A/S) (582)INÁCIO DE JESUS BARROS DE CATSRO (167)INÊS HELENA BARDAWIL PENTEADO (108)INÊS LEMOS ROSA (206)INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS(102) (388)IRANI SERRÃO DE CARVALHO (207)IRLEY CARLOS SIQUEIRA QUINTANILHA DO NASCIMENTO (239)ISABEL CRISTINA DO AMARAL (39)ISMAEL DOS SANTOS ALVES (252)ISRAEL DOURADO GUERRA FILHO E OUTRO(A/S)(153) (263)ISSAC MOTEL ZVEITER E OUTRO(A/S) (400)IVAN SÉRGIO TASCA (281)IVAN WIESE(261) (262)IVONE SOUZA LIMA E OUTRO(A/S) (421)IZABEL CRISTINA V DE ASSUMPÇÃO (124)IZABEL DILOHÊ PISKE SILVÉRIO (113)IZAN GOMES DA COSTA JÚNIOR (264)JACIR DOMINGOS CAVASSOLA (273)JACKELINE COSTA BARROS E OUTRO(A/S) (415)JAILSON SANTOS DE MELO (246)JAILTON SEABRA ROCHA (297)JAIRO ANDRADE DE MIRANDA (450)JAMIL IBRAHIM TAWIL FILHO E OUTRO(A/S) (82)JANAÍNA SALIM MAGALHÃES E OUTRO(A/S) (518)JANAINA SOARES AMARANTE E OUTRO(A/S) (475)JANE MARIA VARGAS (190)JANINE ROSSANA DE LEMOS SANTOS E OUTRO(A/S) (466)JAQUELINE MIRANDA RODRIGUES (469)JERÔNYMO IVO DA CUNHA (302)JEVERSON VALTER LEONEL BARCELLOS E OUTRO(A/S) (62)JOANA D'ARC GONÇALVES LIMA EZEQUIEL (511)JOANA PINTO LUCENA (107)JOÃO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA (305)JOÃO ANDRÉ GOUVEA E OUTRO(A/S) (42)JOÃO ANTONIO PEREIRA E OUTRO(A/S) (107)JOÃO ARNAR RIBEIRO (68)JOÃO AUGUSTO FAVERY DE ANDRADE RIBEIRO E OUTRO(A/S) (352)JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO (103)JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO(A/S) (586)JOÃO BATISTA PAIVA CALLÉIA (493)JOÃO BOSCO BRITO DA LUZ E OUTRO(A/S) (589)JOÃO BOSCO CARDOZO DA COSTA E OUTRO(A/S) (501)JOÃO BOSCO FREITAS LIMA (605)JOÃO CARLOS SILVEIRA E OUTRO(A/S) (456)JOÃO FIGUEIREDO ABDALLA (97)JOÃO LEOPOLDO MACIEL E OUTRO(A/S) (314)JOÃO LUIZ PAULO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (137)JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO (264)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 142

JOÃO ROBERTO HATCH DE MEDEIROS (35)JOÃO TADEU SEVERO DE ALMEIDA NETO (360)JOÃO THOMAZ P GONDIM E OUTRO(A/S) (397)JOÃO WALTER ARREBOLA (402)JOÃO WALTER ARREBOLA E OUTRO(A/S) (402)JOHNNY MORON (242)JONAS GOMES NOVAES E OUTRO(A/S) (329)JORGE ALBERTO ZUGNO (62)JORGE AMAURY MAIA NUNES (239)JORGE BERDASCO MARTINEZ (331)JORGE DONIZETI SANCHEZ (398)JORGE EDUARDO GOUVÊA VIEIRA E OUTRO(A/S) (583)JORGE LUIZ AGUIAR DIAS (47)JORGE LUIZ DE AZEVEDO DA CUNHA (462)JORGE LUIZ FILLA E OUTRO(A/S) (625)JORGE NILTON XAVIER DE SOUZA (584)JORGE RICARDO DECKER E OUTRO(A/S) (306)JORGE SANTOS ROCHA E OUTRO(A/S) (492)JORGE TADEO GOFFI FLAQUER SCARTEZZINI E OUTRO(A/S) (299)JORGE TADEU GOFFI FLAQUER SCARTEZZINI E OUTRO(A/S) (393)JOSÉ ABÍLIO LOPES E OUTRO(A/S) (438)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL (395)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)(96) (410) (443) (472)JOSÉ ALBERTO DE CASTRO E OUTRO (287)JOSÉ ALBERTO OPITZ E OUTRO(A/S) (24)JOSÉ ALDROVANDO MACHADO RODRIGUES E OUTRO(A/S) (99)JOSÉ ALEX VIEIRA (451)JOSÉ ALTAIR LOPES MOREIRA (310)JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S) (419)JOSÉ ANTONIO FRIGINI E OUTRO(A/S) (424)JOSE AUGUSTO BRANCO (140)JOSÉ ÁUREO DE ABREU E OUTRO(A/S) (491)JOSÉ BENEDITO CHIQUETO E OUTRO(A/S) (17)JOSÉ CALIXTO UCHÔA RIBEIRO (322)JOSÉ CARLOS HADAD DE LIMA (160)JOSÉ CÉLIO PEIXOTO SILVEIRA (516)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/S)(110) (438)JOSÉ EDÍSIO SIMÕES SOUTO E OUTRO(A/S) (284)JOSÉ EDSON MIRANDA DE ARAÚJO (257)JOSÉ ERCÍDIO NUNES (98)JOSÉ EVERARDO PEREIRA DE LIMA (445)JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTRO(A/S) (317)JOSÉ GOMES DE MATOS FILHO E OUTRO(A/S) (565)JOSÉ GONÇALVES PEREIRA FILHO (87)JOSÉ IDEMAR RIBEIRO E OUTRO(A/S) (232)JOSÉ JOAQUIM MATEUS PEREIRA (609)JOSÉ KIVAN DANTAS CUNHA (264)JOSÉ LÁZARO APARECIDO CRUPE (162)JOSÉ LÁZARO APARECIDO CRUPE E OUTRO(A/S) (644)JOSÉ LUIZ BARBOSA PIMENTA JUNIOR E OUTRO(A/S) (355)JOSÉ MANOEL DE ARRUDA ALVIM NETTO E OUTRO(A/S) (345)JOSE MANUEL DUARTE CORREIA (394)JOSÉ MURILO GADELHA DE HOLLANDA E OUTRO(A/S) (635)JOSÉ MURILO GADELHA HOLLANDA E OUTRO(A/S)(637) (638)JOSÉ NERY DE GOUVÊA (90)JOSÉ NORBERTO LOPES CAMPELO (229)JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO(A/S) (203)JOSÉ OTÁVIO TEIXEIRA DA FONSECA (631)JOSÉ PAULO DE CASTRO EMSENHUBER (22)JOSÉ PEDRO DE CASTRO BARRETO (181)JOSÉ RIBAMAR COELHO FILHO (380)JOSÉ RICARDO MARGUTTI E OUTRO(A/S) (223)JOSÉ ROBERTO BATOCHIO E OUTRO(A/S) (42)JOSÉ ROBERTO DE CASTRO NEVES E OUTRO(A/S) (194)JOSÉ RODRIGO FERNANDES DE OLIVEIRA(134) (134)JOSÉ RUBENS HERNANDEZ (31)JOSÉ RUSSO (566)JOSÉ THALES SOLON DE MELLO (15)JOSÉ URBANEJA SANCHES (69)JOSÉ WALTER DE QUEIROZ MACHADO E OUTRO(A/S) (368)JUACENYR TEIXEIRA DE ASSUMPÇÃO E OUTRO(A/S) (123)JUCENIR BELINO ZANATTA E OUTRO(A/S) (441)JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO PAULO

(266)

JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BRAGANÇA PAULISTA

(249)

JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA

(238)

JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE NATAL (PROCESSO Nº 001.09.002800-8)

(264)

JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA JUDICIAL DA COMARCA DE SAPIRANGA

(269)

JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE VITÓRIA

(130)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DE PRESIDENTE PRUDENTE

(132)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO

(247)

JUIZ DE DIREITO DIRETOR DO FORO DA COMARCA DE CURITIBANOS

(239)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE BARREIRINHAS (155)JUIZ FEDERAL DA TURMA RECURSAL SUPLEMENTAR DO RIO GRANDE DO SUL

(150)

JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TABOÃO DA SERRA

(246)

JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE ITAPETININGA

(133)

JUÍZO FEDERAL DA 6ª VARA CRIMINAL ESPECIALIZADA EM CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E EM LAVAGEM DE VALORES DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(456)

JULIANA DE CÁSSIA SILVA BENTO E OUTRO(A/S) (569)JULIANA PEDROSA MONTEIRO (146)JULIANA RODRIGUES D. NOGUEIRA E OUTRO(A/S) (301)JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) (561)JÚLIO CESAR DOS SANTOS (37)JÚLIO CÉSAR MARIANO ABDALLA E OUTRO(A/S) (601)JÚLIO CONSUELO MARRA (486)JULIO DE SOUZA MELO (220)JÚLIO MACIEL PEREIRA E OUTRO(A/S) (591)JÚLIO MARTINS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (311)JUSCELINO DE OLIVEIRA(249) (249)JUVENAL CAMPOS DE AZEVEDO CANTO (366)KARINA LOPES NATAL E OUTRO(A/S) (95)KARINE DEQUI SANVIDO E OUTRO(A/S) (430)KATARINI OLIVEIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S) (385)LADISAEL BERNARDO E OUTRO(A/S) (69)LEILA MARIA GIORGETTI (457)LEILA MARIA MENDES SILVA E OUTRO(A/S) (68)LEILANE TREVISAN MORAES E OUTRO(A/S) (116)LENIR STOKER DIEL(239) (239)LÉO MENEZES FARRULLA (472)LEONARDO AVELINO DUARTE E OUTRO(A/S) (186)LEONARDO FRANCO DE LIMA E OUTRO(A/S) (388)LEONARDO GONÇALVES MURARO E OUTRO(A/S) (196)LEONARDO PACHECO DE SOUZA(151) (261) (262)LEONARDO SILVA DE MORAES TALINA E OUTRO(A/S) (462)LEONARDO WERNER E OUTRO(A/S) (164)LEONTAMAR VALVERDE PEREIRA (378)LETÍCIA SANTANA DE ABREU E OUTRO(A/S) (307)LÍGIA MARIA DE REZENDE (315)LIJANE MIKOLASKI E OUTRO(A/S) (218)LILIAN AVALONI GUEDES AZEREDO (170)LILIAN PINTO DE MORAES E OUTRO(A/S) (413)LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S)(198) (517)LINDÉLCIO CARDOSO ROCHA(94) (225)LINDEMBERG ALVES FERNANDES (245)LINO DE CARVALHO CAVALCANTE (523)LISIANE MARTINS CRUZ (59)LONDRINA AUTO SHOPPING LTDA (428)LONGUINHO DE FREITAS BUENO E OUTRO(A/S) (368)LOURDES RODRIGUES RUBINO E OUTRO(A/S) (92)LUCIA PEREIRA DE SOUZA RESENDE E OUTRO(A/S) (350)LUCIANA CRISTINA BRIGLIA FERREIRA (255)LUCIANA CRISTINA BRIGLIA MARÇAL DA COSTA (256)LUCIANA HOLANDA DE SOUZA RIBEIRO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)

(545)

LUCIANA LANZONI DE ALVARENGA (90)LUCIANA LUMIE KOBATA (582)LUCIANA MUNIZ CORDEIRO (170)LUCIANA PEREIRA DA COSTA E OUTRO(A/S) (150)LUCIANA SANTOS DE OLIVEIRA (170)LUCIANO BRANDÃO VIEIRA E OUTRO(A/S) (65)LUCIANO CARVALHO DA CUNHA E OUTRO(A/S) (283)LUCIANO LOPES DE ALMEIDA MORAES E OUTRO(A/S) (422)LUCIO LAUSER MORAES (40)LUÍS ALBERTO ELY BERGAMASCHI E OUTRO(A/S)(212) (213)LUÍS EDUARDO SIMANKE RIBEIRO (320)

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LUIS FELIPE DE SOUZA REBÊLO (49)LUÍS GONZAGA DE LIMA BORGES NETO (608)LUIS GUSTAVO MARÇAL DA COSTA(237) (253)LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO E OUTRO(A/S) (454)LUÍS ROBERTO SANTOS (521)LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO (632)LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)(284) (437) (527)LUIZ ANTÔNIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)(339) (382)LUIZ ANTONIO OLIVA E OUTRO(A/S) (512)LUIZ AUGUSTO MONTAL E OUTRO(A/S) (493)LUIZ CARLOS FERNANDES JÚNIOR E OUTRO(A/S) (476)LUIZ CARLOS FINK (300)LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S) (195)LUIZ DE ARAÚJO SILVA (527)LUIZ EDUARDO MOREIRA COELHO E OUTRO(A/S) (308)LUIZ FERNANDO KREMER E OUTRO(A/S) (600)LUIZ FERNANDO MENEZES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (318)LUIZ GUSTAVO BATTAGLIN MACIEL (241)LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA (198)LUIZ MARCELO COCKELL E OUTRO(A/S) (7)LUIZ OLIVEIRA DA SILVEIRA FILHO E OUTRO(A/S) (185)LUIZ OSCAR LOPES (321)LUIZ OTAVIO NEVES DE SOUZA E OUTRO(A/S) (346)LUIZ SÉRGIO CORDEIRO DA ROCHA E OUTRO(A/S) (418)LUZIA TEREZINHA PAVELACKI (224)LYCURGO LEITE NETO(170) (420)LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)(301) (473)LYSIAN CAROLINA VALDES (68)M. F. V. Z. (256)M. L. V. C.(254) (256)MAGDA CRISTINA CAVAZZANA (219)MANOEL CAETANO FERREIRA FILHO (313)MANOEL DA SILVA (338)MANOEL MACHADO DE FREITAS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (325)MARCEL COSTA FORTES E OUTRO(A/S)(115) (407)MARCÉLIA VIEIRA LOPES (221)MARCELO CARVALHINHO VIEIRA (434)MARCELO DEALTRY TURRA (559)MARCELO DI REZENDE BERNARDES (325)MARCELO DOMINGUES DE FREITAS E CASTRO E OUTRO(A/S) (177)MARCELO DOS SANTOS BENTO E OUTRO(A/S) (337)MARCELO EMÍLIO CÂMARA GOUVEIA (155)MARCELO GREGOL E OUTRO(A/S) (344)MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)(176) (503)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA(237) (237) (237) (237) (237) (255) (256)MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA (253)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S) (152)MARCELO MARQUES E OUTRO(A/S) (12)MARCELO MARTINS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (460)MARCELO MARTINS EULÁLIO E OUTRO(A/S) (228)MARCELO NAVARRO DE MORAIS E OUTRO(A/S) (141)MARCELO NEESER NOGUEIRA REIS E OUTRO(A/S) (309)MARCELO OLIVEIRA FAGUNDES E OUTRO(A/S) (411)MARCELO OLIVEIRA ROCHA E OUTRO(A/S) (330)MARCELO REINECKEN DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) (101)MARCELO RIBEIRO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (11)MARCELO RIBEIRO UCHÔA E OUTRO(A/S) (147)MARCELO RODRIGUES (137)MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA E OUTRO(A/S) (200)MARCELO TRIGO (470)MARCELO VASCONCELLOS ROALE ANTUNES E OUTRO(A/S) (602)MARCIA CRISTINA DA CUNHA FREITAS (216)MÁRCIA DAS NEVES PADULLA E OUTRO(A/S) (358)MARCIAL BARRETO CASABONA (409)MARCÍLIO DE PAULA BOMFIM (588)MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE (274)MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRA (117)MARCIO PEREZ DE REZENDE E OUTRO(A/S) (409)MÁRCIO ROBERTO DE SOUZA RODRIGUES (487)MÁRCIO RODRIGUES CESA E OUTRO(A/S) (20)MÁRCIO ROGÉRIO DAGNONI (607)MÁRCIO SEVERO MARQUES E OUTRO(A/S) (524)MÁRCIO SILVA DE FREITAS E OUTRO(A/S) (57)MÁRCIO VIEIRA DA CONCEIÇÃO E OUTRO(A/S) (7)MÁRCIO VINÍCIUS COSTA PEREIRA E OUTRO(A/S) (439)

MARCIUS HAURUS MADUREIRA (39)MARCO ANTONIO DO NASCIMENTO(247) (247)MARCO ANTÔNIO DO NASCIMENTO GURGEL E OUTRO(A/S) (49)MARCO ANTONIO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (345)MARCO ANTÔNIO PALÁCIO DANTAS (607)MARCO ANTONIO VIANA E OUTRO(A/S) (22)MARCO ANTONIO VILAS BOAS (239)MARCO AURÉLIO MARRAFON (239)MARCOS ALBERTO GAZZETA E OUTRO(A/S) (356)MARCOS ALVES PINTAR(251) (251)MARCOS BUARQUE LIRA (140)MARCOS ERNANI SENGER (106)MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S) (233)MARCOS LUÍS BRAID RIBEIRO SIMÕES E OUTRO(A/S) (417)MARCOS LUIZ CARMELO BARROSO(111) (157)MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA E OUTRO(A/S) (166)MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA MELO (10)MARCUS FIRMINO SANTIAGO E OUTRO(A/S) (436)MARCUS FLAVIO HORTA CALDEIRA E OUTRO(A/S) (520)MARCUS PAIXÃO COSTA DE OLIVEIRA (255)MARCUS VINICIUS LOPES DE OLIVEIRA (400)MARIA APARECIDA COUTINHO MACHADO E OUTRO(A/S) (53)MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA E OUTRO(A/S) (275)MARIA CÂNDIDA DA CRUZ GOMES E OUTRO(A/S) (368)MARIA CLÁUDIA FERREIRA REZENDE E OUTRO(A/S) (528)MARIA CLEUSA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (285)MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA (627)MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA E OUTRO(A/S) (628)MARIA CRISTINA DEGASPARE PATTO (481)MARIA CRISTINA LAPENTA (376)MARIA DE FÁTIMA BATISTA LACERDA E OUTRO(A/S) (642)MARIA DO PILAR DE SOUZA (362)MARIA ELISA BARBOSA PEREIRA E OUTRO(A/S) (373)MARIA HELENA DE CARVALHO ROS (398)MARIA JOSÉ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (580)MARIA LÚCIA CAVALCANTE JALES SOARES (632)MARIA THEREZA VIEIRA DE SIQUEIRA (406)MARIANGELA SANTOS MACHADO BRITA (292)MARILEIA FRANCISCA BALBINO (139)MARILES CRAVEIRO E OUTRO(A/S) (643)MARINA BASTOS DA PORCIÚNCULA BENGHI (608)MARINÍSIA TUROLI FERNANDES DA SILVA (328)MARINÍSIA TUROLI FERNANDES DA SILVA E OUTRO(A/S) (496)MARIO FRANKLIN LEITE MUSTRANGE DE CARVALHO (244)MÁRIO NUNES AKIYAMA (483)MARIO SERGIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (189)MÁRIO SÉRGIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (370)MARLAN CARLOS DE MELO (522)MARTHA M. GONZALEZ E OUTRO(A/S) (404)MASSANOBU WATANABE E OUTRO(A/S) (373)MATILDE MARIA DE SOUZA BARBOSA E OUTRO(A/S) (127)MAURI BENEDITO GUILHERME E OUTRO(A/S) (148)MAURICIO BARROSO GUEDES (239)MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)(528) (529) (530)MAURÍCIO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (15)MAURÍCIO LINDENMEYER BARBIERI E OUTRO(A/S) (218)MAURÍCIO NOGUEIRA JÚNIOR (460)MAX ROBERTO BORNHOLDT E OUTRO(A/S) (535)MELISSA DE AZEVEDO E SOUZA MARIATH E OUTRO(A/S) (291)MICHELLE FRACCARO FETTER E OUTRO(A/S) (65)MICHELLE TAVEIRA MENDES DE VASCONCELLOS E OUTRO(A/S) (43)MIGUEL ARCANJO CÉSAR GUERRIERI E OUTRO(A/S) (129)MILTON CLAUDIO BERNARDES COSTA (352)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO(17) (312)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (290)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (255)MINISTRO RELATOR DO HC 178139 STJ (142)MIRELA GALLO E OUTRO(A/S) (333)MIRIAM MIDORI NAKA E OUTRO(A/S) (343)MOISÉS ELIAS PEREIRA (277)MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S) (498)MÔNICA AUGUSTA FLORENTINO E OUTRO(A/S) (505)MÔNICA DENISE CARLI (29)MONIQUE CRISTINE VIEIRA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (397)MURILO OLIVEIRA DE ARAÚJO PEREIRA E OUTRO(A/S) (620)NÁDIA BIANCHI MOYSÉS (579)NAIRA MARIA GARCIA RANAURO (304)NATALIA CECILE LIPIEC XIMENES E OUTRO(A/S) (211)NEIDE CARICCHIO (375)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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STF - DJe nº 166/2010 Divulgação: segunda-feira, 06 de setembro Publicação: quarta-feira, 08 de setembro 144

NEIMAR DE ALMEIDA ORTIZ (510)NEIVA TEREZINHA MARTELLI NADER (28)NELSON CARDOSO DO COUTO (329)NEUSANIR MARIA NEGREIROS SILVA LIMA E OUTRO(A/S) (595)NEY ARRUDA FILHO E OUTRO(A/S) (344)NICE APARECIDA DE SOUZA MOREIRA (231)NILTON MARANHÃO DOS SANTOS (158)NILTON PEREIRA IMPERATRIZ (215)NILTON WANDERLEY DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S) (558)NORVAL CAMPOS VALERIO E OUTRO(A/S) (630)ODACIR KLEIN E OUTRO(A/S) (231)ORLANDO IMBASSAHY DA SILVA FILHO E OUTRO(A/S) (240)OS MESMOS (197)OSMAR LOBÃO VÉRAS FILHO E OUTRO(A/S) (270)OSWALDO KRIMBERG (473)OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (3)OTÁVIO ALVES FORTE (33)PACELLI DA ROCHA MARTINS (284)PAKISSA MOREIRA RIVERO E OUTRO(A/S) (427)PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE (2)PATRICIA HOFFMANN DOS SANTOS (47)PAULA COMUNELLO SOARES (303)PAULA EVARISTO CARLOS REGAL E OUTRO(A/S) (543)PAULA FERREIRA QUEIROZ E OUTRO(A/S) (112)PAULA GRILL SILVA PEREIRA E OUTRO(A/S) (50)PAULA JUNQUEIRA DORELLA (487)PAULO AKIYO YASSUI E OUTRO(A/S) (525)PAULO AMÉRICO MAIA DE VASCONCELOS (179)PAULO AUGUSTO CHEMIN E OUTRO(A/S) (201)PAULO CESAR WOLL (335)PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO E OUTRO(A/S) (529)PAULO ELÍSIO DE SOUZA (338)PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA (71)PAULO HENRIQUE VILLAS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (188)PAULO JOSÉ DE QUEIROZ LUCAS E OUTRO(A/S) (548)PAULO NEY DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S) (250)PAULO PORTO FERNANDES (230)PAULO ROBERTO BASTOS E OUTRO(A/S) (596)PAULO ROBERTO UCHÔA DO AMARAL E OUTRO(A/S) (547)PAULO SÉRGIO DE ALMEIDA (92)PAULO SOARES CAVALCANTI DA SILVA E OUTRO(A/S) (393)PAULO VINÍCIUS NASCIMENTO FIGUEIREDO (209)PAULO WAGNER BATOCHIO POLONIO (351)PEDRO BENTES PINHEIRO NETO (390)PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S) (467)PEDRO LUIZ CUNHA ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (280)PEDRO NELSON FERNANDES BOTOSSI (423)PETER ILOZUE OU SIMON MATHIBA OU ALEX CHUKWUDI NNAEMEKA OU JUDE UCHENNA OKEKE

(145)

PFN - MARIA CECÍLIA LEITE MOREIRA (6)PFN - ROSANE BLANCO OZÓRIO BOMFIGLIO (5)PGE-PE - MARIA RAQUEL SANTOS (16)PGE-SP - ÂNGELA MANSOR DE REZENDE (22)PGE-SP - CAIO CESAR GUZZARDI DA SILVA (8)PGE-SP - GEORGIA GRIMALDI DE SOUZA BONFÁ (4)PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS(146) (147) (148)PRESIDENTE DO CONSELHO DA MAGISTRATURA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO

(326)

PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL(146) (147) (148)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (154)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(239)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(3)

PRISCILLA SILVEIRA DOS SANTOS (379)PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

(266)

PROCURADOR - GERAL DO DISTRITO FEDERAL(592) (595)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(34) (36) (51) (84) (93) (102) (104) (118) (164) (177)(187) (192) (193) (196) (199) (216) (217) (226) (233) (273)(282) (289) (349) (384) (388) (412) (448) (465) (495) (505)(517) (524) (525) (532) (533) (534) (535) (536) (537) (541)(543) (547) (549) (561) (563) (583) (584) (585) (590) (591)(603) (611) (612) (613) (614) (615) (616) (617) (618) (619)(620) (621) (622) (623) (624) (625)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(35) (67) (68) (69) (103) (117) (174) (181) (208) (237)(253) (254) (256) (257) (268) (360) (502) (595) (610)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO(35) (435)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA (515)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(41) (42) (64) (86) (182) (280) (295) (298) (343) (456)(490) (508) (509) (510) (512)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ (445)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(125) (128)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ (313)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(52) (322) (444) (479)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(55) (165)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(44) (45) (46) (47) (48) (61) (66) (267) (290) (341)(447) (458) (499)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL (409)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(70) (270) (360) (401)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(111) (157) (236) (327) (482) (492)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(31) (33) (371)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO(56) (184) (435)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(60) (186) (433) (485)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(126) (354)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA (208)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(166) (334) (420) (526)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(25) (30) (32) (108) (162) (182) (185) (274) (275) (286)(298) (328) (333) (358) (364) (376) (383) (461) (470) (477)(496) (522) (540) (542) (546) (552) (553) (554) (555) (568)(571) (575) (578) (581) (643) (644)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE (305)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ (362)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(1) (81) (167) (235) (271) (272) (389) (404) (598) (635)(636) (637) (638) (639)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ(539) (609)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (572)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO (392)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ(156) (158) (390) (550)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(82) (116) (163) (204) (378)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ (442)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(57) (58) (101) (203) (205) (304) (367) (436) (559) (573)(629) (630)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(264) (391)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(62) (85) (190) (202) (212) (213) (222) (233) (300) (300)(310) (319) (386) (387) (387) (440) (466) (494) (538) (567)(584)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (307)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS (427)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(365) (374) (381) (431)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (353)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CAMPINAS (375)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO MAIOR (380)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUATUBA (469)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINDÓIA DO SUL E OUTRO(A/S)

(334)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA E OUTRO(A/S)

(468)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAUÁ (292)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL (293)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PACARAIMA (208)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PELOTAS (50)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PIRAPORA (97)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (290)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFE (105)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ (366)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS(79) (576)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

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(127) (314)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(26) (73) (76) (86) (220) (234) (259) (312) (363) (604)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO ROMÃO(94) (225)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SONORA (302)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TERESINA (228)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃ(159) (189) (215)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA (480)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO(109) (178) (194) (195) (355) (372) (406) (408) (429)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(38) (80) (84) (84) (87) (91) (95) (106) (113) (114)(121) (122) (123) (124) (171) (172) (175) (175) (175) (176)(178) (191) (198) (208) (223) (232) (276) (283) (297) (311)(315) (331) (335) (342) (399) (421) (422) (422) (426) (434)(441) (453) (464) (478) (484) (503) (504) (506) (507) (519)(551) (556) (557) (562) (569) (594) (600)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(9) (11) (14)PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (411)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL (394)QUINTINO MENDES NEVES (230)R. C. B. DOS S. (254)RAFAEL CORRÊA DE BARROS BERTHOLD E OUTRO(A/S) (439)RAFAEL DE ASSIS HORN (149)RAFAEL JONATAN MARCATTO E OUTRO(A/S) (259)RAFAELA OLIVEIRA DE ASSIS (342)RAFAELA SALTON E OUTRO(A/S) (20)RAIMUNDA MÔNICA MAGNO ARAÚJO BONAGURA (507)RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (93)RAIMUNDO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S) (143)RAPHAEL SAMPAIO MALINVERNI E OUTRO(A/S) (531)RAQUEL ACHERMAN ABITAN E OUTRO(A/S) (479)RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S) (14)RAQUEL LEMOS MAGALHÃES E OUTRO(A/S) (409)RAQUEL LÚCIA DE FREITAS DE SOUZA (221)RAUL MANOEL LIMA CAVALCANTI (534)REGINA NASCIMENTO DE MENEZES E OUTRO(A/S) (384)REGINALDO RIBEIRO DE JESUS (515)REINALDO ALBERT PASSOS TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (419)REJANE BEATRIZ DE OLIVEIRA LEITE E OUTRO(A/S) (537)REJANE MAYER MENGUE LOPES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (91)RELATOR DO HC 126004 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (244)RELATOR DO HC 164492 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (140)RELATOR DO HC 180682 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (137)RELATOR DO HC Nº 119510 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(251)

RELATOR DO HC Nº 125259 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(135)

RELATOR DO HC Nº 131469 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(245)

RELATOR DO HC Nº 144337 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(250)

RELATOR DO HC Nº 154012 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(242)

RELATOR DO HC Nº 171346 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(131)

RELATOR DO HC Nº 173439 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(248)

RELATORA DO HC 149041 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (141)RELATORA DO HC Nº 171032 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(243)

RENATA ALVARENGA FLEURY E OUTRO(A/S) (107)RENATA DA CONCEIÇÃO GUIMARÃES E OUTRO(A/S) (560)RENATA DO AMARAL GONÇALVES (88)RENATA KESSIA RIBEIRO SILVA E OUTRO(A/S) (104)RENATA NEPOMUCENO E CYSNE (239)RENATA VALÉRIA ULIAN MEGALE (514)RENATO ALBERTO NIELSEN KANAYAMA(63) (239)RENATO DANIEL FERREIRA DE SOUZA (370)RENATO DONDA E OUTRO(A/S) (76)RENATO LUÍS MARQUES PESSOA E OUTRO(A/S) (188)RENATO LUIS STUEPP CAVALCANTI (387)RENATO OLIVEIRA RAMOS E OUTRO(A/S) (456)RENATO PEDROSO VICENSSUTO E OUTRO(A/S) (217)RENATO PEREIRA MAURER E OUTRO(A/S) (336)RENATO SENNA ABREU E SILVA (459)RENATO SERPA SILVÉRIO E OUTRO(A/S) (63)RENATO VALVERDE UCHÔA (64)RICARDO ANDRÉ BANDEIRA MARQUES E OUTRO(A/S) (416)RICARDO CANEDO CAVALCANTI E OUTRO(A/S) (165)

RICARDO DI GIAIMO CABOCLO E OUTRO(A/S) (432)RICARDO RAMOS NOVELLI E OUTRO(A/S) (25)ROBERTA MARCHETTI (340)ROBERTA PAPPEN DA SILVA (386)ROBERTA SILVA MELO FERNANDES E OUTRO(A/S) (278)ROBERTO BALDO CUNHA (100)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (411)ROBERTO GOMES FERREIRA E OUTRO(A/S) (592)ROBERTO MAIA (286)ROBERTO MEHANNA KHAMIS E OUTRO(A/S) (438)ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) (626)ROBERTO RODRIGUES E OUTRO(A/S) (53)ROBERTO TADEU RUBINI (369)RODRIGO DALCIN RODRIGUES E OUTRO(A/S) (618)RODRIGO DE BRAGANÇA DOIN E OUTRO(A/S) (414)RODRIGO DO AMARAL FONSECA (500)RODRIGO FERNANDES MORE E OUTRO(A/S) (266)RODRIGO FERREIRA ZIDAN E OUTRO(A/S) (415)RODRIGO LIMA PESSÔA (338)RODRIGO MONTEIRO MARTINS E OUTRO(A/S) (129)RODRIGO MONTEIRO PEDRO (397)RODRIGO RABELO DE FARIA E OUTRO(A/S) (597)RODRIGO TONIAL(529) (530)RODRIGO YOKOUCHI SANTOS (161)ROGER STRIKER TRIGUEIROS (468)ROGÉRIO BORGES DE CASTRO E OUTRO(A/S) (6)ROGÉRIO FEOLA LENCIONI E OUTRO(A/S) (349)ROGÉRIO FERREIRA NOGUEIRA(279) (405)ROMEU SACCANI E OUTRO(A/S) (316)RONALDO MACIEL FIGUEIREDO (551)RONCALLI DE FREITAS PAIVA (606)ROSA MARIA ROSA HISPAGNOL (589)ROSELI DE ALMEIDA FERNANDES SANTOS (79)ROSEVAL SOARES PETRECHEN (51)RUBENS GARCIA FILHO E OUTRO(A/S) (471)RUDE JOSÉ VIEIRA (36)RUDOLF HUTTER E OUTRO(A/S) (562)RUI PEREIRA PIRES SOBRINHO (353)S Y B V DA S (REPRESENTADO POR ROSA ELIZA RODRIGUES BENTES) E OUTRO(A/S)

(75)

S. H. Z. (256)SAMUEL MENEZES COLLIER (72)SANDRO ALVES GARCIA NUNES E OUTRO(A/S) (348)SANDRO MACHADO DOS REIS E OUTRO(A/S) (573)SAULO MOREIRA LEITE (168)SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) (25)SEBASTIÃO GONÇALVES E OUTRO(A/S) (52)SEBASTIÃO VERGO POLAN (281)SÉRBIO TÉLIO TAVARES VITORINO (448)SERGIO AUGUSTO AFONSO DE MELLO E OUTRO(A/S) (414)SERGIO FERRAZ E OUTRO(A/S) (629)SÉRGIO LUÍS TEIXEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (631)SÉRGIO LUIZ DE CASTILHOS E OUTRO(A/S) (323)SÉRGIO LUIZ GUIMARÃES FARIAS E OUTRO(A/S) (450)SERGIO PARDAL FREUDENTHAL E OUTRO(A/S) (576)SERGIO REYNALDO ALLEVATO E OUTRO(A/S) (429)SÉRGIO RICARDO DUARTE (265)SÉRGIO SILVIO GOMES ALVES(74) (210)SEVERINO ALVES FERREIRA E OUTRO(A/S) (604)SHELDON GERALDO DE ALMEIDA (446)SIDNEI GISSONI (19)SILAS BENVINDO DA SILVA (442)SILVIA HELENA AVILA DA CUNHA (242)SIMONE HAJJAR CARDOSO E OUTRO(A/S) (632)SIMONE MARIA QUEIROZ ABTIBOL (545)SUNAMITA LINDSAY COELHO (393)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(136) (139) (143) (144) (145) (252)SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (138)SYLVIO BALTHAZAR JÚNIOR (513)TALES DE SOUZA REZENDE (389)TANEY QUEIROZ E FARIAS E OUTRO(A/S) (175)TÂNIA MIYUKI ISHIDA RIBEIRO E OUTRO(A/S) (12)TATIANA CARVALHO TAVARES E OUTRO(A/S) (443)TATYANNE NEVES BALDUINO (248)TEODORO GUILHERME GRUENWALDT DA CUNHA E OUTRO(A/S) (26)TERCEIRA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO

(550)

TEREZINHA DE SOUZA BEZERRA (159)THÉLIO QUEIROZ FARIAS E OUTRO(A/S) (179)THEMÍSTOCLES MARTINS DE SOUZA E ROCHA (239)

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THIAGO DE PAULA RIBEIRO (623)THIAGO DURANTE DA COSTA E OUTRO(A/S) (575)THIAGO FARIA E OUTRO(A/S) (428)TIAGO AUGUSTO SILVA JAQUES (77)TIAGO CAMPANA BULLARA (211)TIAGO CARNEIRO LIMA (608)TIAGO CEDRAZ (309)TIAGO MEDEIROS MENDES (239)TIBICUERA MENNA BARRETO DE ALMEIDA (449)TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PIAUÍ (228)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA (157)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ (229)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (247)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (267)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (265)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO (156)TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (359)UIRÁ COSTA CABRAL E OUTRO(A/S) (29)ULISSES CÉSAR MARTINS DE SOUSA E OUTRO(A/S) (417)URSULINO SANTOS FILHO (475)URSULINO SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) (483)VALDERI MARSE (141)VALDIR TEIXEIRA LIMA (208)VALENTINA AVELAR DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (226)VALERI FERREIRA (138)VALÉRIA GUTJAHR E OUTRO(A/S) (187)VALMIR FERREIRA DA ROCHA FILHO E OUTRO(A/S) (586)VANDERLEI KROETZ E OUTRO(A/S) (621)VANESSA SALVIA DE BITTENCOURT E OUTRO(A/S) (291)VÂNIA AFFONSO DE MELLO (80)VÂNIA AFFONSO DE MELLO E OUTRO(A/S) (89)VÂNIA DE OLIVEIRA PIMENTEL E OUTRO(A/S) (532)VENÍCIO BARBALHO NETO E OUTRO(A/S) (173)VERA LÚCIA PEREIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S) (326)VERA REGINA OYARZABAL TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (23)VERÔNICA CRISTINA MOURA SILVA E OUTRO(A/S) (81)VICENTE CECATO (28)VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR (317)VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO(A/S)(317) (521)VIRGILIO MUNARI NETO (202)VIRGÍNIA DO SOCORRO FERREIRA DA CRUZ (504)VIRGÍNIA MARIA DOYLE MAIA VIANNA E OUTRO(A/S) (425)VIRGINIO BATISTA FERREIRA (16)VITOR BONINI TONIELLO (398)WAGNER DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (444)WAGNER DE SOUZA SOARES E OUTRO(A/S) (393)WALTER CASTRO SILVA FILHO E OUTRO(A/S) (392)WALTER GIUSEPPE ALCÂNTARA MANZI (541)WANAIA TOME DE NAZARE ALMEIDA (158)WANDO DIOMEDES (489)WASHINGTON LUIZ FARIA FERREIRA (144)WELLINGTON CARVALHO SILLAS E OUTRO(A/S) (308)WESLEY LOUREIRO AMARAL (474)WILSON LOPES DA CONCEIÇÃO (478)WILSON MOLINA PORTO E OUTRO(A/S) (120)WILTON RODRIGUES DE CERQUEIRA (371)YANKO CYRILLO FILHO (403)YONNE CUNHA (75)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AÇÃO CAUTELAR 2.692 (236)AÇÃO CAUTELAR 2.699 (1)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.454 (2)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.455 (3)AÇÃO PENAL 505 (237)AG.REG. NA SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA 327 (228) AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.308 (270)AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 512.877 (271)AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.064 (272)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 476.925 (273)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.006 (274)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 491.524 (275)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 672.192 (276)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.424 (277)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.656 (278)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.742 (279)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 799.076 (280)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.132 (281)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 379.223 (282)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.183 (283)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.162 (284) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.731 (285)AGRAVO DE INSTRUMENTO 132.755 (286)AGRAVO DE INSTRUMENTO 335.487 (287)AGRAVO DE INSTRUMENTO 411.518 (288)AGRAVO DE INSTRUMENTO 578.365 (289)AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.191 (290)AGRAVO DE INSTRUMENTO 582.368 (291)AGRAVO DE INSTRUMENTO 592.268 (292)AGRAVO DE INSTRUMENTO 594.312 (293)AGRAVO DE INSTRUMENTO 595.466 (294)AGRAVO DE INSTRUMENTO 595.978 (295)AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.664 (296)AGRAVO DE INSTRUMENTO 597.784 (297)AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.695 (626)AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.261 (298)AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.536 (299)AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.935 (300)AGRAVO DE INSTRUMENTO 600.972 (301)AGRAVO DE INSTRUMENTO 603.515 (302)AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.842 (303)AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.991 (304)AGRAVO DE INSTRUMENTO 607.034 (305)AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.419 (306)AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.599 (307)AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.090 (308)AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.411 (4)AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.444 (309)AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.915 (310)AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.467 (311)AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.488 (312)AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.849 (313)AGRAVO DE INSTRUMENTO 612.455 (314)AGRAVO DE INSTRUMENTO 612.571 (315)AGRAVO DE INSTRUMENTO 612.735 (316)AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.093 (317)AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.719 (318)AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.907 (319)AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.988 (320)AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.090 (321)AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.397 (627)AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.690 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 619.941 (322)AGRAVO DE INSTRUMENTO 621.065 (628)AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.363 (323)AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.694 (324)AGRAVO DE INSTRUMENTO 629.436 (325)AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.102 (326)AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.387 (327)AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.417 (328)AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.121 (329)AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.234 (330)AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.119 (331)AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.862 (332)AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.966 (333)AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.253 (334)AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.459 (335)AGRAVO DE INSTRUMENTO 648.069 (336)AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.240 (337)AGRAVO DE INSTRUMENTO 650.644 (338)AGRAVO DE INSTRUMENTO 653.419 (339)AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.572 (340)AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.961 (341)AGRAVO DE INSTRUMENTO 655.328 (342)AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.888 (343)AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.943 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.966 (344)AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.520 (345)AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.530 (629)AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.968 (346)AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.009 (347)AGRAVO DE INSTRUMENTO 665.479 (348)AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.427 (631)AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.764 (349)AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.499 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.575 (632)AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.393 (350)AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.512 (351)AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.131 (352)AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.745 (353)AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.451 (354)AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.116 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.852 (355)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.561 (356)AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.780 (357)AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.575 (358)AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.829 (359)AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.559 (360)AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.672 (9)AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.186 (10)AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.534 (361)AGRAVO DE INSTRUMENTO 703.156 (362)AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.923 (363)AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.270 (364)AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.794 (365)AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.729 (366)AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.849 (367)AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.971 (368)AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.011 (369)AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.623 (370)AGRAVO DE INSTRUMENTO 713.751 (371)AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.988 (372)AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.313 (11)AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.830 (373)AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.328 (374)AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.879 (375)AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.429 (376)AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.572 (377)AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.652 (378)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.585 (379)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.938 (380)AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.490 (381)AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.521 (382)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.131 (383)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.524 (12)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.730 (384)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.584 (385)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.632 (386)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.864 (387)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.331 (13)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.527 (388)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.646 (389)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.891 (390)AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.339 (391)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.364 (14)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.386 (392)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.681 (393)AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.594 (15)AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.952 (394)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.491 (395)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.954 (16)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.445 (17)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.988 (396)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.360 (397)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.521 (398)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.008 (399)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.809 (18)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.723 (400)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.029 (401)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.284 (402)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.809 (403)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.837 (404)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.024 (19)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.416 (20)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.484 (405)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.540 (406)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.787 (407)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.282 (408)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.056 (21)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.306 (409)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.831 (410)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.859 (22)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.592 (411)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.485 (412)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.615 (23)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.635 (24)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.893 (413)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.116 (414)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.616 (415)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.896 (416)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.045 (417)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.216 (418)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.431 (630)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.495 (419)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.943 (633)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.334 (25)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.300 (204)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.860 (26)AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.627 (420)AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.717 (27)AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.810 (28)AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.778 (421)AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.301 (29)AGRAVO DE INSTRUMENTO 782.633 (422)AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.067 (423)AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.387 (424)AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.913 (425)AGRAVO DE INSTRUMENTO 784.952 (426)AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.807 (427)AGRAVO DE INSTRUMENTO 787.103 (634)AGRAVO DE INSTRUMENTO 787.202 (30)AGRAVO DE INSTRUMENTO 787.961 (31)AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.283 (32)AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.812 (428)AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.455 (429)AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.476 (430)AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.725 (431)AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.736 (432)AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.505 (33)AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.558 (433)AGRAVO DE INSTRUMENTO 791.606 (434)AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.341 (34)AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.426 (435)AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.445 (208)AGRAVO DE INSTRUMENTO 796.591 (436)AGRAVO DE INSTRUMENTO 797.290 (35)AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.986 (437)AGRAVO DE INSTRUMENTO 800.852 (438)AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.183 (439)AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.640 (440)AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.728 (36)AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.143 (441)AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.782 (442)AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.860 (443)AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.992 (444)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.302 (445)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.878 (447)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.874 (446)AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.326 (448)AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.785 (449)AGRAVO DE INSTRUMENTO 804.824 (450)AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.143 (451)AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.226 (452)AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.254 (453)AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.440 (454)AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.466 (455)AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.477 (456)AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.691 (457)AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.169 (458)AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.275 (459)AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.358 (460)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.064 (461)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.100 (205)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.101 (462)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.242 (463)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.248 (464)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.400 (465)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.914 (466)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.939 (206)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.949 (209)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.104 (210)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.112 (467)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.195 (468)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.212 (469)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.337 (470)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.358 (471)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.361 (473)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.360 (472)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.388 (211)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.460 (212)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.462 (213)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.504 (474)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.571 (207)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.628 (214)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.767 (475)AGRAVO DE INSTRUMENTO 808.781 (215)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.074 (476)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.131 (477)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.152 (478)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.159 (216)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.171 (217)

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.177 (218)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.338 (479)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.358 (480)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.466 (37)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.522 (481)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.617 (482)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.644 (483)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.663 (484)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.723 (485)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.752 (486)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.778 (487)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.836 (488)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.912 (489)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.924 (490)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.947 (491)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.953 (492)AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.972 (493)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.163 (219)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.197 (494)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.227 (38)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.250 (495)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.256 (220)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.331 (496)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.376 (221)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.422 (497)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.450 (498)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.451 (222)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.483 (223)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.504 (39)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.603 (499)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.852 (224)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.886 (500)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.924 (225)AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.939 (501)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.074 (502)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.107 (503)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.116 (504)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.159 (226)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.181 (227)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.329 (505)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.361 (506)AGRAVO DE INSTRUMENTO 811.684 (507)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.150 (508)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.196 (509)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.230 (510)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.263 (511)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.434 (512)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.593 (513)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.716 (514)AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.964 (515)AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.695 (516)AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.932 (40)AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.957 (42)AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.955 (41)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.024 (43)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.359 (44)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.369 (45)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.391 (46)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.403 (47)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.442 (48)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.559 (49)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.572 (50)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.617 (52)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.615 (51)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.628 (54)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.627 (53)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.671 (55)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.688 (56)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.703 (57)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.729 (59)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.724 (58)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.822 (60)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.855 (61)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.877 (62)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.885 (63)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.888 (64)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.894 (65)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.895 (66)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.901 (67)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.918 (68)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.929 (70)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.925 (69)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.933 (71)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.942 (72)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.944 (73)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.956 (79)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.955 (78)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.954 (77)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.950 (74)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.952 (75)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.953 (76)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.968 (81)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.967 (80)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.978 (85)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.972 (84)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.970 (82)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.971 (83)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.988 (87)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.980 (86)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.995 (91)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.994 (90)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.993 (89)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.990 (88)AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.998 (92)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.002 (93)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.006 (94)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.007 (95)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.016 (98)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.017 (99)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.015 (97)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.012 (96)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.034 (101)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.031 (100)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.046 (103)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.049 (105)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.048 (104)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.041 (102)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.069 (108)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.068 (107)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.067 (106)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.072 (109)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.086 (112)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.083 (110)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.084 (111)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.088 (113)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.095 (116)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.091 (114)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.093 (115)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.099 (117)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.105 (120)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.100 (118)AGRAVO DE INSTRUMENTO 815.101 (119)CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.373 (238)EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 10.006 (239)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.290 (517)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 493.235

(518)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.823

(519)

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 570.848 (520)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 623.269 (521)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 629.712 (522)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.335 (523)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 483.437 (524)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.872 (525)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.027 (526)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.327 (527)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.336 (121)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.418 (122)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.055 (528)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.225 (123)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.058 (124)EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.712 (125) EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.737 (126)EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 776.648 (127)EMB.DIV. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.963 (128)EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.608

(529)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.633

(530)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.908

(129)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.589

(531)

EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CAUTELAR 2.684 (235)EXTRADIÇÃO 1.214 (241)EXTRADIÇÃO 1.213 (240)HABEAS CORPUS 97.102 (230)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 691119

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HABEAS CORPUS 102.503 (242)HABEAS CORPUS 102.866 (130)HABEAS CORPUS 104.220 (244)HABEAS CORPUS 104.806 (131)HABEAS CORPUS 104.936 (246)HABEAS CORPUS 105.044 (247)HABEAS CORPUS 105.053 (248)HABEAS CORPUS 105.088 (249)HABEAS CORPUS 105.120 (250)HABEAS CORPUS 105.271 (252)HABEAS CORPUS 105.314 (132)HABEAS CORPUS 105.317 (133)HABEAS CORPUS 105.319 (134)HABEAS CORPUS 105.357 (135)HABEAS CORPUS 105.360 (136)HABEAS CORPUS 105.362 (137)HABEAS CORPUS 105.363 (138)HABEAS CORPUS 105.364 (139)HABEAS CORPUS 105.365 (140)HABEAS CORPUS 105.366 (141)HABEAS CORPUS 105.367 (142)HABEAS CORPUS 105.370 (143)HABEAS CORPUS 105.379 (145)HABEAS CORPUS 105.377 (144)INQUÉRITO 2.489 (253)INQUÉRITO 2.627 (254)INQUÉRITO 2.743 (255)INQUÉRITO 2.822 (256)INQUÉRITO 2.937 (257)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.106 (258)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.132 (259)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.260 (146)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.265 (147)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.266 (148)MANDADO DE SEGURANÇA 28.495 (260)MANDADO DE SEGURANÇA 28.849(261) (262)MANDADO DE SEGURANÇA 29.147 (263)MANDADO DE SEGURANÇA 29.169 (151)MANDADO DE SEGURANÇA 29.166 (149)MANDADO DE SEGURANÇA 29.167 (150)MANDADO DE SEGURANÇA 29.172 (153)MANDADO DE SEGURANÇA 29.171 (152)MANDADO DE SEGURANÇA 29.173 (154)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 7.957 (264)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 104.128 (243)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 104.793 (245)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 105.134 (251)RECLAMAÇÃO 9.273 (265)RECLAMAÇÃO 10.215 (266)RECLAMAÇÃO 10.279 (267)RECLAMAÇÃO 10.570 (155)RECLAMAÇÃO 10.572 (157)RECLAMAÇÃO 10.571 (156)RECLAMAÇÃO 10.574 (158)RECLAMAÇÃO 10.575 (159)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 193.706 (532)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 230.736 (533)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 235.021 (534)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.172 (535)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 239.003 (536)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 253.120 (537)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 253.472 (231)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 386.831 (538)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 410.197 (539)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.122 (540)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 432.512 (541)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 433.468 (542)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 454.078 (611)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 455.635 (543)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 467.529 (544)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.606 (612)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 471.287 (613)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 472.828 (545)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 473.151 (614)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.126 (615)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.822 (546)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.182 (616)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.356 (617)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.710 (618)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.809 (547)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.687 (619)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 477.114 (548)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 479.800 (620)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 481.981 (549)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.099 (550)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 484.359 (551)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.700 (621)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.065 (552)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.786 (553)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.883 (554)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 490.665 (555)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.290 (556)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 493.070 (557)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.155 (558)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.203 (559)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.958 (560)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 499.703 (561)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 500.826 (562)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.184 (563)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.787 (564)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 503.130 (565)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 504.449 (622)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 507.250 (566)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 507.255 (635)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.111 (640)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.822 (567)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 509.713 (568)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 510.107 (569)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.687 (636)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.054 (570)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.273 (571)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.532 (623)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.592 (572)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.722 (573)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.947 (574)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 519.101 (575)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.003 (576)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.821 (577)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 541.617 (578)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.675 (579)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 546.888 (624)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.961 (580)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.150 (643)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.557 (625)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.228 (581)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.690 (644)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.335 (582)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.510 (583)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.908 (584)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 562.394 (585)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.354 (232)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.530 (160)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.299 (586)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.237 (587)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.935 (588)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.126 (589)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.348 (590)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.706 (591)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.264 (233)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.923 (592)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.644 (637)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.082 (593)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.099 (638)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.377 (639)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.668 (594)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.672 (595)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.399 (596)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.848 (597)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.340 (598)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.422 (599)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.632 (600)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.944 (161)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.273 (601)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.112 (602)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.996 (603)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.888 (641)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.427 (604)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.862 (605)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.007 (642)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.356 (162)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.890 (163)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 608.195 (164)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 608.897 (165)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.767 (166)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.139 (606)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.304 (607)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.993 (167)

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 619.233 (168)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 621.733 (169)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 625.327 (608)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.706 (234)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.095 (170)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.096 (171)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.322 (172)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.456 (173)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.703 (174)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.209 (175)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.282 (176)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.298 (177)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.308 (178)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.405 (609)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.646 (610)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.771 (179)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.913 (180)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.251 (181)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.383 (183)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.380 (182)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.392 (184)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.460 (185)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.478 (187)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.477 (186)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.484 (190)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.481 (189)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.487 (193)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.486 (192)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.485 (191)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.480 (188)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.490 (194)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.493 (195)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.494 (196)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.496 (197)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.566 (201)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.561 (198)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.564 (200)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.563 (199)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.570 (202)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.572 (203)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 97.225 (268)REVISÃO CRIMINAL 5.419 (269)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.133 (229)

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