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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril Publicação: quarta-feira, 06 de abril SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Ricardo Lewandowski Presidente Ministra Cármen Lúcia Vice-Presidente Amarildo Vieira de Oliveira Diretor-Geral ©2016 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Sexagésima Terceira Distribuição realizada em 1 de abril de 2016. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.851 (1) ORIGEM : PROC - 31604920124014300 - JUIZ FEDERAL DA 1ª REGIÃO PROCED. : TOCANTINS RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO TOCANTINS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS RÉU(É)(S) : JOSÉ JULIAN HELAL ADV.(A/S) : JACKELINE OLIVEIRA GUIMARÃES (86104B/MG) RÉU(É)(S) : ELIANA APARECIDA CORRÊA ADV.(A/S) : JACKELINE OLIVEIRA GUIMARÃES (86104B/MG) LIT.PAS.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 864.254 (2) ORIGEM : 200913603641 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : TOSTES E ASSOCIADOS ADVOGADOS ADV.(A/S) : SERGIO FRANCISCO DE AGUIAR TOSTES (14954/RJ) AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO ATLÂNTICO DE SEGURIDADE SOCIAL (SUCESSORA DA FUNDAÇÃO BRTPREV) ADV.(A/S) : ANA TEREZA BASILIO (74802/RJ) AGRAVO DE INSTRUMENTO 864.266 (3) ORIGEM : 200700119672 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ALDA GUARIENTO RODRIGUES ADV.(A/S) : CARLA GUARIENTO RODRIGUES (83854/RJ) AGDO.(A/S) : PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS ADV.(A/S) : JÚLIA BAROZZI FESTA TROVATI (207099/SP) HABEAS CORPUS 132.247 (4) ORIGEM : HC - 339883 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROCED. : MATO GROSSO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : JOSÉ GERALDO RIVA IMPTE.(S) : RODRIGO DE BITTENCOURT MUDROVITSCH COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO HABEAS CORPUS 133.753 (5) ORIGEM : HC - 0600415020166000000 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) : D V R IMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DOS SANTOS JUSTO ADV.(A/S) : CARLOS ANTÔNIO GOMES (06211/RS) COATOR(A/S)(ES) :JUIZ DE DIREITO DA 13ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CURITIBA HABEAS CORPUS 133.800 (6) ORIGEM : HC - 88820127090009 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA :MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : MARCOS CÉZAR CAIMAR DIAS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR HABEAS CORPUS 133.807 (7) ORIGEM : HC - 301914 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. CELSO DE MELLO PACTE.(S) :JOSEMAR PÉRICLES SILVA IMPTE.(S) :GABRIEL CARDOSO DA SILVA COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 301.914 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 330.511 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 133.811 (8) ORIGEM : RESP - 1430696 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA :MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :ÁLVARO MIGUEL RESTAINO IMPTE.(S) : GUILHERME ZILIANI CARNELÓS E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO HABEAS CORPUS 133.812 (9) ORIGEM : HC - 350188 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROCED. : PARANÁ RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : HENRIQUE ARANHA NEVES IMPTE.(S) :ARTHUR RICARDO SILVA TRAVAGLIA E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 350.188 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO HABEAS CORPUS 133.813 (10) ORIGEM : HC - 352201 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR :MIN. EDSON FACHIN PACTE.(S) :LUCICLÁUDIO GOIS DE OLIVEIRA SILVA PACTE.(S) : PEDRO ALVES PINTO FILHO IMPTE.(S) :LUCICLÁUDIO GÓIS DE OLIVEIRA SILVA E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 352.501 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril Publicação: quarta-feira, 06 de abril

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Ricardo LewandowskiPresidente

Ministra Cármen LúciaVice-Presidente

Amarildo Vieira de OliveiraDiretor-Geral

©2016

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Sexagésima Terceira Distribuição realizada em 1 de abril de 2016.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.851 (1)ORIGEM : PROC - 31604920124014300 - JUIZ FEDERAL DA 1ª

REGIÃOPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINSRÉU(É)(S) : JOSÉ JULIAN HELALADV.(A/S) : JACKELINE OLIVEIRA GUIMARÃES (86104B/MG)RÉU(É)(S) : ELIANA APARECIDA CORRÊAADV.(A/S) : JACKELINE OLIVEIRA GUIMARÃES (86104B/MG)LIT.PAS.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 864.254 (2)ORIGEM : 200913603641 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : TOSTES E ASSOCIADOS ADVOGADOSADV.(A/S) : SERGIO FRANCISCO DE AGUIAR TOSTES (14954/RJ)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO ATLÂNTICO DE SEGURIDADE SOCIAL

(SUCESSORA DA FUNDAÇÃO BRTPREV)ADV.(A/S) : ANA TEREZA BASILIO (74802/RJ)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 864.266 (3)ORIGEM : 200700119672 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ALDA GUARIENTO RODRIGUESADV.(A/S) : CARLA GUARIENTO RODRIGUES (83854/RJ)AGDO.(A/S) : PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAISADV.(A/S) : JÚLIA BAROZZI FESTA TROVATI (207099/SP)

HABEAS CORPUS 132.247 (4)ORIGEM : HC - 339883 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO

RELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : JOSÉ GERALDO RIVAIMPTE.(S) : RODRIGO DE BITTENCOURT MUDROVITSCHCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 133.753 (5)ORIGEM : HC - 0600415020166000000 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : D V RIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DOS SANTOS JUSTOADV.(A/S) : CARLOS ANTÔNIO GOMES (06211/RS)COATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 13ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE CURITIBA

HABEAS CORPUS 133.800 (6)ORIGEM : HC - 88820127090009 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITARPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : MARCOS CÉZAR CAIMAR DIASIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 133.807 (7)ORIGEM : HC - 301914 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : JOSEMAR PÉRICLES SILVAIMPTE.(S) : GABRIEL CARDOSO DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 301.914 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 330.511 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.811 (8)ORIGEM : RESP - 1430696 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ÁLVARO MIGUEL RESTAINOIMPTE.(S) : GUILHERME ZILIANI CARNELÓS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 133.812 (9)ORIGEM : HC - 350188 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : HENRIQUE ARANHA NEVESIMPTE.(S) : ARTHUR RICARDO SILVA TRAVAGLIA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 350.188 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 133.813 (10)ORIGEM : HC - 352201 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUCICLÁUDIO GOIS DE OLIVEIRA SILVAPACTE.(S) : PEDRO ALVES PINTO FILHOIMPTE.(S) : LUCICLÁUDIO GÓIS DE OLIVEIRA SILVA E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 352.501 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 2

HABEAS CORPUS 133.814 (11)ORIGEM : ARESP - 738915 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ANTONIO GILSON CARNEIRO SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.815 (12)ORIGEM : ARESP - 162337 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JOSÉ DA SILVA LEITEIMPTE.(S) : ALUÍSO LUNDGREN CORRÊA RÉGISCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.816 (13)ORIGEM : HC - 348785 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : AUREO PEREIRA DOS SANTOSPACTE.(S) : ROSEMEIRE ALVES DE LIMAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 348.785 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.817 (14)ORIGEM : HC - 317869 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : LUCAS FABIANO MARTINS GOMESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.818 (15)ORIGEM : HC - 347981 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JOSÉ CARLOS ROBERTO GUIMARÃESPACTE.(S) : GEANE CHERUTI DE MIRANDA GUIMARÃESPACTE.(S) : PRISCILA CHERUTI GUIMARÃESPACTE.(S) : GISELE CHERUTI GUIMARÃESIMPTE.(S) : ANTONIO DONATOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 347.981 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 133.819 (16)ORIGEM : ARESP - 724280 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : FERNANDO ALBIERI GODOYIMPTE.(S) : EDNA SOARES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.821 (17)ORIGEM : HC - 352880 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : FABIO FERREIRA DOS SANTOSIMPTE.(S) : JOSÉ HENRIQUE QUIROS BELLOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 352.880 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.822 (18)ORIGEM : HC - 352431 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : EDSON RODRIGUESIMPTE.(S) : SÉRGIO APARECIDO DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 352.431 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.823 (19)ORIGEM : HC - 352558 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : EDINEUZA PEREIRA LEÃO

IMPTE.(S) : ARNALDO LOPES DE PAULA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 352.558 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 133.824 (20)ORIGEM : HC - 351831 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : OZÉIAS SANAVIO MOREIRA DE JESUSIMPTE.(S) : ELIAS CHAGAS NETOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 351.831 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.825 (21)ORIGEM : APCRIM - 00001171320107110011 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JOÃO DA SILVA SOARESIMPTE.(S) : ESTENIO CAMPELOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITARCOATOR(A/S)(ES) : COMANDANTE DO EXÉRCITO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 133.827 (22)ORIGEM : HC - 352939 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : MARCOS FÁBIO SOARES LOUREIROIMPTE.(S) : MATEUS SOARESCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 352.939 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.829 (23)ORIGEM : RESP - 471443 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ANTONIO PEREIRA LOPESIMPTE.(S) : ANILTON LOUREIRO DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.830 (24)ORIGEM : RHC - 66687 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ÂNGELO MÁRCIO RODRIGUESIMPTE.(S) : BRUNO LIMA PONTES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 133.831 (25)ORIGEM : HC - 352568 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : MAURO AUGUSTO NUNESIMPTE.(S) : WILSON DE MELLO CAPPIACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 352.568 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

INQUÉRITO 4.218 (26)ORIGEM : INQ - 2474 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : J MADV.(A/S) : ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA (23183/SP)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 16.923 (27)ORIGEM : Rcl - 00507008320055020014 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : ANDRE LUIZ SOUZA DA SILVEIRA (16379/DF,

122655/RJ)ADV.(A/S) : CAIO LUIZ DE ALMEIDA VIEIRA DE MELLO (36405/MG)ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARTINS GUALBERTO RIBEIRO

(57735/MG)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 3

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO AUXILIAR EM EXECUÇÃO DA 14ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

REDISTRIBUÍDO

RECLAMAÇÃO 23.539 (28)ORIGEM : Rcl - 23539 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : JONAS SOUZA DA ROCHAADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO FERNANDES (17338/GO)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICIPIOS DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECLDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

RECLAMAÇÃO 23.540 (29)ORIGEM : PROC - 08212770720158120001 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ALCINDO DA SILVA LOPESADV.(A/S) : JOSÉ BELGA ASSIS TRAD (10790/MS) E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAZENDA E

REGISTROS PÚBLICOS DA COMARCA DE CAMPO GRANDE

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 23.541 (30)ORIGEM : PROC - 00112244120148260099 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 6ª CJ - BRAGANÇA PAULISTAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU (111887/SP) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO COLÉGIO RECURSAL DE

BRAGANÇA PAULISTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO ESCUERADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 23.542 (31)ORIGEM : RO - 00105054620145010571 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 1ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE QUEIMADOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

QUEIMADOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : NAIARA CRISTINA DE MELOADV.(A/S) : MARLENE DA CONCEIÇÃO RAMOS (0057049/RJ) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CAPTAR COOPER - COOPERATIVA DE

MULTISERVIÇOS PROFISSIONAISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 23.543 (32)ORIGEM : RO - 00113862320145010571 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 1ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE QUEIMADOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

QUEIMADOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSE JOÃO DE SOUZA IRMÃOADV.(A/S) : CATIA SIMONE PEIXOTO DA COSTA FARIA

(103012/RJ)INTDO.(A/S) : UNIVERSO INDÚSTRIA METALMECÂNICA, ELÉTRICA

CIVIL E SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 23.544 (33)ORIGEM : PROC - 07170824720158020001 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : LEONARDO LUIZ DE GOUVEIAADV.(A/S) : LEONARDO DE MORAES ARAUJO LIMA (7154/AL)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 17ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE MACEIÓADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

ALAGOAS

RECLAMAÇÃO 23.545 (34)ORIGEM : RR - 91478003820035010900 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 1ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA BEZERRA FRANCO SUCUPIRAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS CARDOSO F JÚNIOR (70485/RJ)

RECLAMAÇÃO 23.546 (35)ORIGEM : PROC - 02341134220108190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECLDO.(A/S) : TERCEIRA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MANOEL LUIZ FERREIRAADV.(A/S) : BEATRIZ DA SILVA BASTOS (137642/RJ)

RECLAMAÇÃO 23.547 (36)ORIGEM : PROC - 01893805420118190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECLDO.(A/S) : TERCEIRA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JORGE DE GOUVEIAADV.(A/S) : BEATRIZ DA SILVA BASTOS (137642/RJ)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 23.548 (37)ORIGEM : AIRR - 26955620125150003 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DURIVAL BENTO RODRIGUESADV.(A/S) : NELSON CÂMARA (15751/SP)INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 23.549 (38)ORIGEM : PROC - 4840120070006267 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : WILSON CESAR GADIOLI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WILSON CÉSAR GADIOLI (103404/SP) E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA JUDICIAL DA COMARCA

DE PROMISSÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ELAINE APARECIDA CARRER FONTANAADV.(A/S) : ANA PAULA RIBAS CAPUANO (130284B/SP) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SILVIO CARLOS FONTANAADV.(A/S) : ALICIO DE PADUA MELO (0063371/SP) E OUTRO(A/S)

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 4

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 927.768 (39)ORIGEM : AC - 50044810620144047105 - TRF4 - RS - 5ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MONICA VON BOROWSKIADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA (067643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 927.770 (40)ORIGEM : PROC - 50037969620144047105 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : JAIME VENDELINO SCHEIDRECDO.(A/S) : MARISA JANETE RAMOS NACHTIGALLADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA (067643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 927.828 (41)ORIGEM : PROC - 50021228920144047103 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : JOSE LUIZ SOARES PEREIRAADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA (067643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 928.266 (42)ORIGEM : PROC - 50047414420144047118 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SÉRGIO VALDEMAR ABRAMOWICZADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN

(67643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 928.366 (43)ORIGEM : PROC - 50226417320144047107 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SEBASTIÃO PEREIRA DOMINGUESADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN

(67643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 928.405 (44)ORIGEM : 50228426520144047107 - TRF4 - RS - 5ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : PAULO ROGERIO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN

(67643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 928.442 (45)ORIGEM : PROC - 50023553220144047121 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : IOLANDA CARVALHO DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN

(67643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 928.450 (46)ORIGEM : PROC - 50028327320144047115 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECDO.(A/S) : JOSE CASIMIRO CAETANOADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN

(67643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 928.867 (47)ORIGEM : PROC - 50010480720144047133 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : JULIANO MAFRA LEDURADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN

(67643/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 928.949 (48)ORIGEM : 00201814720134036143 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICIPIO DE LIMEIRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LIMEIRAADV.(A/S) : ALEXANDRE APARECIDO BOSCO (144711/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 951.224 (49)ORIGEM : 01652984620118050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDAADV.(A/S) : LIGIA MARTINS OLIVEIRA (25956/BA)RECDO.(A/S) : SMART CENTER RIO DE JANEIROADV.(A/S) : CARLOS MACHADO VIANNA (24872/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 952.941 (50)ORIGEM : 50042190320124047113 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA - CREA/RSADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA (47477/RS)RECDO.(A/S) : FILIPE SPADERADV.(A/S) : CESAR CAUE SCHAEFFER ONGARATTO (53943/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 957.259 (51)ORIGEM : 201230124468 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : IVONE DA SILVA MENDESADV.(A/S) : ADRIANE FARIAS SIMOES (008514/PA)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 957.836 (52)ORIGEM : 568954 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FUNDACAO CODESC DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : FABRICIO ZIR BOTHOME (44277/RS, 21419/SC)ADV.(A/S) : GIOVANA MICHELIN LETTI (13570-A/MS, 50113/PR,

174977/RJ, 44303/RS, 21422/SC)RECDO.(A/S) : ZÉLIA KRETZER DE SOUZA MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO SOTTO MAIOR CARDOSO (21623/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 957.837 (53)ORIGEM : 200983020014093 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : TOYOLEX CARUARU VEICULOS LTDAADV.(A/S) : RICARDO JOSÉ VIEIRA CUNHA (21944/PE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 957.903 (54)ORIGEM : 50062044020124047102 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DANILO PAULO BERGERADV.(A/S) : CARLOS TIMÓTEO MENDES DE ARAUJO (55837/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 957.947 (55)ORIGEM : 02773052020138190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : PATRICIA DE CASTRO ROCHAADV.(A/S) : JOSE MAURICIO TOSTES CALDAS (81927/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 958.103 (56)ORIGEM : 200971990049550 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ANDRE PIRES DE MORAESADV.(A/S) : ADEMIR CANALI FERREIRA (6965/RS)RECDO.(A/S) : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/AADV.(A/S) : LIANA FERNANDES DE JESUS (116830/RJ)ADV.(A/S) : LEANDRO BARATA SILVA BRASIL (36575/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 958.750 (57)ORIGEM : 50171080420124047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FLAVIA MENDES CASTANHOLAADV.(A/S) : GABRIEL DINIZ DA COSTA (43908/PR, 164845/RJ,

63407/RS, 23515/SC, 247941/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 959.094 (58)ORIGEM : 50056844020134047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE BUSSCAR ÔNIBUS S/AADV.(A/S) : GUSTAVO BUETTGEN (SC028909/)ADV.(A/S) : DEMÉTRIO FREDERICO RIFFEL JORGE (35910/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 959.358 (59)ORIGEM : 00076451220144050000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : JOSE EDSON DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 959.402 (60)ORIGEM : 20150020198878 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : FERNANDO GUSTAVO FERREIRA DE BRITO LUZPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 959.519 (61)ORIGEM : 00020430920134036183 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : OSWALDO SIMOESADV.(A/S) : ANIS SLEIMAN (18454/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.486 (62)ORIGEM : 200871500309258 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : AMAURY NIEDERAUERADV.(A/S) : JOSE FRANCISCO RODRIGUES DA SILVA (19862/RS)ADV.(A/S) : FABIO DE OLIVEIRA ROSSOL (46791/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.260 (63)ORIGEM : 201071500281164 - TRF4 - RS - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : JOAO PEDRO SILVEIRA ALVESADV.(A/S) : JOSE FRANCISCO RODRIGUES DA SILVA (19862/RS)ADV.(A/S) : FABIO DE OLIVEIRA ROSSOL (46791/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 821.335 (64)ORIGEM : 50087237920124047104 - TRF4 - RS - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ROSIARA DO CARMO WEBER DA SILVAADV.(A/S) : YASSUO FERRARESE DE LIMA (79025/RS)ADV.(A/S) : ELCIR ANTÔNIO CASAGRANDE (28593/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.849 (65)ORIGEM : 00323537620064036301 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ROSA MARIA MARTINS CONTEÇOTEADV.(A/S) : ANDERSON MARCOS SILVA (218069/) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.850 (66)ORIGEM : PROC - 200763010303170 - TRF3 - SP - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARLENE ROSARIA DOS SANTOSADV.(A/S) : ANDRÉA MÁRCIA XAVIER RIBEIRO MORAES (114842/

SP) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 879.549 (67)ORIGEM : 200963020079160 - TRF3 - SP - 5ª TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JULIO VITALINO DA FREIRIAADV.(A/S) : ALESSANDRO APARECIDO HERMÍNIO (143517/SP) E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.181 (68)ORIGEM : PROC - 05129816620144058300 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : RINALDO MARCOLINO DOS SANTOSADV.(A/S) : ROSETE DE OLIVEIRA RODRIGUES SOARES

(13154/PE) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 891.091 (69)ORIGEM : PROC - 00300739320104036301 - TRF3 - SP - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ROY JOSE GOUVEA NUNESADV.(A/S) : IVO LOPES CAMPOS FERNANDES (95647/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 901.722 (70)ORIGEM : PROC - 50066905120144047200 - TRF4 - SC - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ZILMA GOMES SEARAADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI (14271/SC) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 901.889 (71)ORIGEM : PROC - 50066922120144047200 - TRF4 - SC - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARIA ROSA DE BARCELOSADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI (14271/SC) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 901.990 (72)ORIGEM : 200972500130745 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : IRACEMA MARIA ALVES SANTOSADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI (14271/SC) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 911.599 (73)ORIGEM : PROC - 50065477120144047100 - TRF4 - RS - 5ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PAULO RIOGRANDINO CASADO ADOLFOADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (5939/DF)ADV.(A/S) : LÚCIO FERNANDES FURTADO (65084/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 914.398 (74)ORIGEM : PROC - 05111170520144058102 - TRF5 - CE - 1ª

TURMA RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NICÉAS AUGUSTO GUSMÃO ROCHAADV.(A/S) : STÊNIO ROLIM DE OLIVEIRA (17880/CE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 921.494 (75)ORIGEM : PROC - 05004058520124058308 - TRF5 - PE - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JULIO PERGENTINO DE ARAUJOADV.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO INÁCIO DA SILVA (0000573A/PE)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 921.693 (76)ORIGEM : 990105003559 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : LYGIA NATALINA DOMINGUES CAMARGO E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : JOSÉ FIORINI (38786/SC)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 927.723 (77)ORIGEM : 50006352420134047102 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CLAIR TEREZINHA SIEBERT DOS REISPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 929.186 (78)ORIGEM : 10105093233663008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARESADV.(A/S) : BERNARDO PESSOA DE OLIVEIRA (155123/MG)RECDO.(A/S) : NILTON LUIZ DE ALMEIDAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 937.344 (79)ORIGEM : 05030444820084058201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA APARECIDA DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA (PB004007/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 948.831 (80)ORIGEM : 50439195920114047100 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EUCLIDES ROMANRECTE.(S) : ANGELO BASSANIADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI (45071 A/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.547 (81)ORIGEM : 01598218920138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ROSELY APARECIDA DOS SANTOS CARAVATTOADV.(A/S) : LAÍS AMARAL REZENDE DE ANDRADE (63703/SP)RECDO.(A/S) : EDMOND BARASADV.(A/S) : MARCO ANTONIO LEAL BASQUES (224264/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 950.003 (82)ORIGEM : 0034463512012826000050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JORGE CHAMMAS NETORECTE.(S) : INDUSTRIAS REUNIDAS SAO JORGE S ARECTE.(S) : MARGIRIUS TAXI AEREO LTDAADV.(A/S) : JOSE MANOEL DE ARRUDA ALVIM NETTO (40994/DF,

2605-A/RJ, 12363/SP)ADV.(A/S) : EDUARDO PELLEGRINI DE ARRUDA ALVIM (2557-

A/RJ, 118685/SP)ADV.(A/S) : FERNANDO ANSELMO RODRIGUES (132932/SP)ADV.(A/S) : LEANDRO ANDRADE COELHO RODRIGUES

(237733/SP)ADV.(A/S) : LAISA DARIO FAUSTINO DE MOURA (212281/SP)RECDO.(A/S) : REAL AMADEO ADVOGADOS ASSOCIADOSADV.(A/S) : ROSANA MALATESTA PEREIRA (96368/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 951.272 (83)ORIGEM : 00451437720128050001 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESCOLA PASSO DE ANJO LTDA - MEADV.(A/S) : ALTAMIRA MUNIZ DA SILVA (25737/BA)RECDO.(A/S) : JOSEMIDIO ESTANISLAU DOS SANTOS ALCANTARAADV.(A/S) : GABRIEL BARRETO GABRIEL (37341/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 951.860 (84)ORIGEM : 0209150006275 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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RECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S.A.ADV.(A/S) : PAULO EDUARDO PRADO (33407/BA, 32791/GO,

131369/MG, 15026-A/MS, 168325/RJ, 982-A/RN, 82065A/RS)

RECDO.(A/S) : MARIZA RIBEIRO QUEIROZADV.(A/S) : BARBARA BASTOS BARBOSA (126890/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.218 (85)ORIGEM : 00284691420118260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : AGENOR SANTIAGO FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CAROLINA FUSSI (238966/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.574 (86)ORIGEM : 00064216120124036306 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LAERCIO DE PAIVA MAZONIADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (97333/MG, 229461/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.288 (87)ORIGEM : 00048214420108260019 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MULTMEC MANUTENCAO E MONTAGEM INDUSTRIAL

LTDAADV.(A/S) : MAURICIO MUELAS EVANGELISTA CASADO (232669/

SP)ADV.(A/S) : FERNANDA BORTOLETTO CASADO (0286144/SP)RECDO.(A/S) : SH FORMAS ANDAIMES E ESCORAMENTOS LTDAADV.(A/S) : RENATO MELLO LEAL (160120/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.376 (88)ORIGEM : 00053187620134036114 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOAQUIM IYEIRIADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.670 (89)ORIGEM : 024100017888 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSIMAR FERREIRA RIBEIROADV.(A/S) : IVAN LINS STEIN (12846/ES)ADV.(A/S) : EVERTON ALVES DO ESPÍRITO SANTO (16306/ES)RECDO.(A/S) : FOCOCRED FOMENTO MERCANTIL LTDAADV.(A/S) : EDUARDO MALHEIROS FONSECA (8499/ES)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.662 (90)ORIGEM : 00075208320094036302 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARIA DAS DORES MARQUES ARRUDAADV.(A/S) : DIEGO GONCALVES DE ABREU (SP228568/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.701 (91)ORIGEM : 00095477320084036302 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : THEREZINHA FURLANI TREVISANADV.(A/S) : DIEGO GONCALVES DE ABREU (228568/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.702 (92)ORIGEM : 00087950420084036302 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BEATRIZ PAPA RIBEIROADV.(A/S) : DIEGO GONCALVES DE ABREU (228568/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.894 (93)ORIGEM : 00292660520098050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : MARIA AUGUSTA SOARES FREITASADV.(A/S) : LUCIANO SOARES FREITAS (281458/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.903 (94)ORIGEM : 01099588820098050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESPÓLIO DE HÉLIO DOURADO SILVA

REPRESENTADO POR VINICIUS SOARES SILVAADV.(A/S) : WAGNER LEANDRO ASSUNCAO TOLEDO (23041/BA)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.971 (95)ORIGEM : 00082405220155100000 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : J-UCAR REFORMAS LTDA - MEADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO GEAQUINTO DOS SANTOS (30752/DF)RECDO.(A/S) : RAFAEL VIEIRAADV.(A/S) : ALEXANDRE KENNEDY SAMPAIO ADJAFRE

(18689/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.766 (96)ORIGEM : PROC - 200250030000912 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AUGUSTO QUEIROZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO MANUEL DE SOUSA SARAIVA (5764/ES)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.776 (97)ORIGEM : 00086058120138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : S.P.D.C.ADV.(A/S) : SERGIO SOARES BATISTA (225878/SP)RECDO.(A/S) : A.D.C.R.P.V.D.D.S.RECDO.(A/S) : A.D.C.R.P.V.D.D.S.ADV.(A/S) : ISIDORO PIRES DE ARAUJO NETO (180659/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.995 (98)ORIGEM : 00053530320124013309 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LAURICE RAMOS DE OLIVEIRA NASCIMENTOADV.(A/S) : JOSÉ BATISTA DE OLIVEIRA (73001/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.051 (99)ORIGEM : 00119844420108260482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : YUKITI SAITOADV.(A/S) : VANESSA KOMATSU (238729/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 8

ADV.(A/S) : SILVANA RUBIM KAGEYAMA (117054/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.148 (100)ORIGEM : 00051674720138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ADRIANO DE LIMAADV.(A/S) : JUVENAL SANTI LAURI (101701/SP)RECDO.(A/S) : VAGNER MARCELO SARTORELLIADV.(A/S) : RENATO ALENCAR (208816/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.212 (101)ORIGEM : 08020161520138120005 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FATIMA INES RODRIGUES DE BRITOADV.(A/S) : VANDIR JOSE ANICETO DE LIMA (15633-A/MS,

220713/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.344 (102)ORIGEM : 10024141743948002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ORGANIZAÇÕES PAX DE MINAS PRONTO SOCORRO

FUNERÁRIO LTDAADV.(A/S) : RONEY MATIAS DA SILVA (165405/MG)RECDO.(A/S) : PAX DE MINAS GERAIS LTDA - MEADV.(A/S) : CLEBER RODRIGUES BALBIO (848A/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.346 (103)ORIGEM : 10024113287304003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA CARMEN CAMPOS CASALECHI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO VILLANI CORREA (45811/MG)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.349 (104)ORIGEM : 201103815525 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : WELLTOX PRESTACAO DE SERVICOS DE APOIO

ADMINISTRATIVO LTDA - MEADV.(A/S) : ROBERTO NAVES DE ASSUNÇÃO (6765/GO)RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.355 (105)ORIGEM : 10024123046575001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ANA MARIA CONCEICAO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CHRISTIANO OLIVEIRA PRATES (78008/MG)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.359 (106)ORIGEM : 20140310299014 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LPS BRASILIA- CONSULTORIA DE IMOVEIS LTDAADV.(A/S) : CLAUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTO (14294/DF)RECDO.(A/S) : AMANDA GONCALVES HONORATOADV.(A/S) : DELLEON RODRIGUES DE SOUZA SILVA (36525/DF)INTDO.(A/S) : GOLD LYON EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS SPE

LTDAADV.(A/S) : GISELLE PAULO SERVIO DA SILVA (47831/DF,

43103/GO, 19524-A/MS, 20298/A/MT, 308505/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.366 (107)ORIGEM : 20150020163040 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : NASCILEIDE DO ROSARIO MENDESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : AGENCIA DE FISCALIZACAO DO DISTRITO FEDERAL -

AGEFISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.373 (108)ORIGEM : 20140020311714 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GOLD SANTORINI EMPREENDIMENTOS

IMOBILIARIOS SPE LTDAADV.(A/S) : JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR (19646-A/MS,

20497/A/MT, 77768/PR, 148033/RJ, 142452/SP)RECDO.(A/S) : PRISCILA DE SA GOMESADV.(A/S) : LISARB INGRED DE OLIVEIRA ARAUJO (36573/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.378 (109)ORIGEM : 20150020086399 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S.A.ADV.(A/S) : LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS (38316/BA,

38706/DF, 36134/GO, 16691/A/MT, 08123/PR, 363314/SP)

RECDO.(A/S) : EDSON FACTORI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JULIANA DE PAIVA ALMEIDA (45815/DF, 334591/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.404 (110)ORIGEM : 20140111462146 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARTINHO MARQUES DE SENAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : AGENCIA DE FISCALIZACAO DO DISTRITO FEDERAL -

AGEFISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.455 (111)ORIGEM : 70057052979 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : COND RESID SAO FRANCISCOADV.(A/S) : ALEX OURIQUES (93048/RS)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.508 (112)ORIGEM : 50024299220144047119 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOAO BATISTA LACAVA PEREIRAADV.(A/S) : FILIPE RIBEIRO SANTOS (RS049842/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.624 (113)ORIGEM : PROC - 00343312420108190205 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : A.D.O.M.ADV.(A/S) : OSMARILDO TOZATO (67000/RJ)RECDO.(A/S) : E.M.D.C.ADV.(A/S) : VALDICEIA SOARES RODRIGUES (93135/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.839 (114)ORIGEM : 95030753988 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª

REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ITAU UNIBANCO S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VERIDIANA GARCIA FERNANDES (163107/SP)ADV.(A/S) : KATIE LIE UEMURA (233109/SP)ADV.(A/S) : SIDNEY KAWAMURA LONGO (221483/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 9

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.846 (115)ORIGEM : 100241321681605001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE COOPERATIVA DE

TRABALHO MEDICOADV.(A/S) : MARIA ANGELINA ROCHA DE CARVALHO (57652/MG)RECDO.(A/S) : SINVAL NATAL DE PAIVAADV.(A/S) : CLAUDIA FERREIRA PAIVA (61524/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.857 (116)ORIGEM : 539632014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

MARANHÃORECDO.(A/S) : FRANCISCA COSTA SOUSAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.900 (117)ORIGEM : 780822014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : KLEIA SILVA MAGALHAESRECTE.(S) : APARECIDO CLAUDINEI RIBEIRO DOS SANTOSRECTE.(S) : EDEMILSON GOMES GARCIAADV.(A/S) : JOAO FERNANDES DE SOUZA (5721/O/MT, 5721-MT/)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.031 (118)ORIGEM : PROC - 1316082014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : I.C.V.F.C.ADV.(A/S) : PAULO DE BRITO CANDIDO (2802/O/MT)RECDO.(A/S) : C.A.F.C.ADV.(A/S) : FABIANO ALVES ZANARDO (12770/MT)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.033 (119)ORIGEM : 01195825420088260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VIDENES TESSARI LOPES CORREA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIELLA DI CUNTO ALONSO MUNHOZ (138089/SP)ADV.(A/S) : MARCIO CALHEIROS DO NASCIMENTO (239384/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULO - IPESPADV.(A/S) : ALBERTO BARBOUR JUNIOR (68924/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.117 (120)ORIGEM : 01140342920138190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DELSUITA SOARES DOS SANTOSADV.(A/S) : VINICIUS SOARES SALDANHA MARINHO (0173260/RJ)RECDO.(A/S) : GEPA GESTAO E PARTICIPACAO LTDAADV.(A/S) : CELSO ANICET LISBOA (58835/RJ)RECDO.(A/S) : CONDOMINIO DO EDIFÍCIO JOÃO PEREIRA

CARDOSOADV.(A/S) : DANIEL MORCILLO SOARES (118700/RJ)ADV.(A/S) : SIDNEI SOARES (43215/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.170 (121)ORIGEM : 200561190032831 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : NILBERTO SOARES PEREIRA E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : NEI CALDERON (1059A/BA, 2693-A/RJ, 114904/SP)

ADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA ROCHA (2683-A/RJ, 113887/SP)ADV.(A/S) : GAUDÊNCIO MITSUO KASHIO (172634/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.172 (122)ORIGEM : 1507142015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : GERSON LUIZ FERRUGEM FAGUNDESADV.(A/S) : ANDREA FERRARI (42232/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.226 (123)ORIGEM : 20157005318975 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : EDVALDO TEODORO RESENDEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : CREURIANE DO AMARAL SARDINHA (155913/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.405 (124)ORIGEM : 00107982520114036140 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JOSE SERAFIM LUIZADV.(A/S) : ROBERTO BRITO DE LIMA (257739/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.623 (125)ORIGEM : 00007491920118260588 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JULIFARMA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS

FARMACEUTICOS E PERFUMARIA LTDAADV.(A/S) : JOSE LUIZ MATTHES (128466/MG, 14613-A/MS,

181830/RJ, 76544/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.625 (126)ORIGEM : PROC - 00054804320138260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALEXANDRA VALERIA MARQUES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GRAZIELA RODRIGUES DA SILVA (226436/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.626 (127)ORIGEM : PROC - 90006522020088260506 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ANTONIO APARECIDO DOS SANTOSADV.(A/S) : DIANA PAOLA SALOMÃO FERRAZ (182250/SP)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS DE RIBEIRÃO

PRETOADV.(A/S) : PATRÍCIA DE CARVALHO BRANDÃO BROCHETTO

(125889/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.758 (128)ORIGEM : 04265452020148130000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PARAGUAÇUADV.(A/S) : JOSE MARIA PEIXOTO DE MIRANDA (73298/MG,

0073298/MG)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE

PARAGUAÇUADV.(A/S) : JULIO CESAR SILVA COSTA (92475/MG)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.844 (129)ORIGEM : 50029124420124047103 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ADELAIDE MENEZES DA SILVEIRAADV.(A/S) : LUCIANA COSTA GUTERRES VASCONCELOS (49905/

RS)RECDO.(A/S) : CAIXA SEGURADORA S/AADV.(A/S) : CARLA PINTO DA COSTA (61655/RS)ADV.(A/S) : MARCO AURELIO MELLO MOREIRA (35572/RS)INTDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : EBERALDO LEO CESTARI JUNIOR (24165/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.876 (130)ORIGEM : 50496532920134047000 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARIA NERIS BENATTOADV.(A/S) : JOAO LUIZ ARZENO DA SILVA (49789/DF, 23510/PR)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA (111180/MG, 19095/

PR, 330617/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.885 (131)ORIGEM : PROC - 201161830083727 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JOSE EVARISTO PUGAADV.(A/S) : FLAVIA CAROLINA SPERA MADUREIRA (204177/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.901 (132)ORIGEM : 012119000417 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CARIACICAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CARIACICARECDO.(A/S) : ÁGUIA BRANCA PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : VALERIA ZOTELLI (117183/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.943 (133)ORIGEM : 20140111426338 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ADRIANO ALVES DE GOUVEIA REPRESENTADO POR

JULIANA ALVES DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.978 (134)ORIGEM : 20090018516000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ANTONIO CLEMENTE CODINAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRANSITO DO

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - DETRAN/MSADV.(A/S) : ADRIANA SANTOS FEITOSA ESVICERO (7378-B/MS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.995 (135)ORIGEM : PROC - 201061830029947 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FERNANDO MANUEL PAISADV.(A/S) : FLAVIA CAROLINA SPERA MADUREIRA (00204177/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.999 (136)ORIGEM : 990102448762 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ANTONIO BARBA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO TOMAZ DE AQUINO (78573/SP)RECDO.(A/S) : JARDIM DOS IPÊS PARTICIPAÇÕES E COMÉRCIO

LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.007 (137)ORIGEM : 01491719020078260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PAULO ROBERTO ATHAYDEADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA (86711/SP)ADV.(A/S) : GABRIELA VALENCIO DE SOUZA (284785/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.031 (138)ORIGEM : 00053308020148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : ISRAELITA OLIVEIRA SANTOS SILVAADV.(A/S) : KARINA DE ARAÚJO SILVA LIMA (26903/BA)ADV.(A/S) : ELIDO ERNESTO REYES JUNIOR (15506/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.056 (139)ORIGEM : 50014643620124047103 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : EVA REGINALDOADV.(A/S) : LUCIANA COSTA GUTERRES VASCONCELOS (49905/

RS)RECDO.(A/S) : CAIXA SEGURADORA S/AADV.(A/S) : CARLA PINTO DA COSTA (61655/RS)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : YURI GROSSI MAGADAN (36844/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.065 (140)ORIGEM : 00195148820128260269 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUIZ ALFREDO CORREA DE LIMAADV.(A/S) : HUGO LEONARDO OLIVEIRA PIERUZZI (255515/SP)RECDO.(A/S) : SERVIÇO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE

ITAPETININGA - SEPREMADV.(A/S) : AMELIA DE OLIVEIRA (71529/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.083 (141)ORIGEM : 200770530046838 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CLARICE APARECIDA ARANA SANTOSADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA (111180/MG, 19095/

PR, 330617/SP)ADV.(A/S) : JOAO LUIZ ARZENO DA SILVA (49789/DF, 23510/PR)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.097 (142)ORIGEM : 00718351720118170001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOAB ALVES DA CRUZADV.(A/S) : STEPHANIE RAFAELLE BEZERRA SILVA (32547/PE)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.105 (143)ORIGEM : 08010295120134058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA DA GLORIA DIAS NEGROMONTE MACHADO E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO MARCOS LACERDA MOREIRA (10713-E/PE,

10713/PE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.108 (144)ORIGEM : 02412519820068260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JOAO BATISTA PASCHOAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARINA AIDAR DE BARROS FAGUNDES (222025/SP)RECDO.(A/S) : JOAO CELIO COZIRADV.(A/S) : DARLING CARINE DOS SANTOS BARBOZA (71276/PR)ADV.(A/S) : CARLA AFONSO DE OLIVEIRA PEDROZA (24501/PR)RECDO.(A/S) : HELDICLEY APARECIDO RAMPAZZO MOMPEANADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DOS SANTOS (335919/SP)ADV.(A/S) : ROMEU MONTRESOR (0023252/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.133 (145)ORIGEM : 00762131520128050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : NOTRE DAME INTERMÉDICA SAÚDE S/AADV.(A/S) : YOON HWAN YOO (216796/SP)RECDO.(A/S) : CACILDA DE SOUSA ANDRADEADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DE SOUSA ANDRADE (25607/BA)ADV.(A/S) : UILDEMAN FRANCO DE OLIVEIRA (28026/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.137 (146)ORIGEM : 02340825920128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.169 (147)ORIGEM : 50276209020144047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CTP CENTRO DE TREINAMENTO PROSEGUR LTDAADV.(A/S) : FÁBIO REGENE RAMOS DA SILVA (256348/SP)ADV.(A/S) : RUBEN SCHECHTER (173553/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.175 (148)ORIGEM : 200403000154870 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VALDECI ISIDORO DE OLIVEIRARECTE.(S) : VITORIA DE OLIVEIRA LEALRECTE.(S) : CAMILE DE OLIVEIRA FERREIRARECTE.(S) : ROSANE ISIDORO DE OLIVEIRARECTE.(S) : ADILSON ISIDORO DE OLIVEIRARECTE.(S) : ANTONIO DE OLIVEIRA FREITASRECTE.(S) : CECILIO TEIXEIRA DE MIRANDARECTE.(S) : ESTEVAO JOSE DE SOUZARECTE.(S) : FERNANDO ALEXANDRINO NOGUEIRA CUNHARECTE.(S) : FRANCISCO OLIMPIO DA SILVARECTE.(S) : DALVA OLIVEIRA DA SILVARECTE.(S) : JOAQUIM DE ARAUJO FILHORECTE.(S) : JOAQUIM ROSA DA SILVARECTE.(S) : JOSE GONCALVES DE SOUZARECTE.(S) : JOSE TEIXEIRA DE FREITASRECTE.(S) : MARIA IZABEL DOS SANTOS NASCIMENTORECTE.(S) : IRENE DONIZETI DA SILVARECTE.(S) : MANOEL DOMINGOS DA SILVARECTE.(S) : MANOEL FERREIRA LIMARECTE.(S) : ANA MARTINS PROENCARECTE.(S) : WHELITON CAMARGO DA SILVARECTE.(S) : LEONELO WELLAREOADV.(A/S) : NILTON SOARES DE OLIVEIRA JUNIOR (18423/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.240 (149)ORIGEM : 00003164420148260318 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU (111887/SP)ADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUX (183762/SP)RECDO.(A/S) : DANIELA RIBEIRO CAETANOADV.(A/S) : MILTON DE JULIO (76297/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.243 (150)ORIGEM : 00071117120138260457 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : FABIO CESAR SOARES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE ARRUDA SILVEIRA (270141/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.271 (151)ORIGEM : 70019075159 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : BANCO FINASA S/AADV.(A/S) : TANISE BARROS SCHMIDT (51951/RS)RECDO.(A/S) : JEDER LUIZ GARCIA MOREIRAADV.(A/S) : RAFAEL OSVALDO DE AZEVEDO LOPES (44725/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.311 (152)ORIGEM : 80717007420075020000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : N.D.S.N.ADV.(A/S) : ANTÔNIO DANIEL CUNHA RODRIGUES DE SOUZA

(DF013101/)ADV.(A/S) : FRANCISCO ANTONIO DE CAMARGO RODRIGUES DE

SOUZA (15776/DF, 38567/GO, 148118/MG, 17683-A/MS, 69775/PR, 184502/RJ, 93159A/RS, 340355/SP)

ADV.(A/S) : CELMO MARCIO DE ASSIS PEREIRA (61991/SP)ADV.(A/S) : SERGIO AUGUSTO BORGES DE OLIVEIRA (41325/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.335 (153)ORIGEM : PROC - 50116299420114047001 - TRF4 - PR - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MAURILHO GENEROSOADV.(A/S) : ROSANGELA LELIS DELIBERADOR (48334/PR)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.344 (154)ORIGEM : 50094162320134047009 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LOURIVAL MONTEIRO ALVESADV.(A/S) : GRACIELLI REGINA ALBERTI FISCHER (30387/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.370 (155)ORIGEM : 50013867220134047114 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : URBANO HENRICHSENADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA (9057-A/MA, 1343-A/PE,

119774/RJ, 25037/RS, 30898/SC, 186927/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.375 (156)ORIGEM : 50002677220144047104 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EVALINO ROSAADV.(A/S) : DAIANE SUÉLEN ROSA CASARIN (87616/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.378 (157)ORIGEM : 50661106420124047100 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GIOVANNI MATTEAADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA (9057-A/MA, 1343-A/PE,

119774/RJ, 25037/RS, 30898/SC, 186927/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.383 (158)ORIGEM : 50019672820104047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CLEUSA MACHADO DE RAMOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FLORIANÓPOLIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.395 (159)ORIGEM : 00750330320148190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LUIZ FERNANDO DA COSTAADV.(A/S) : LEONARDO GONCALVES DA SILVA (105978/RJ)RECDO.(A/S) : CONDOMINIO DO EDIFICIO ANITAADV.(A/S) : EMERSON DE SOUZA RUFINO (110868/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.401 (160)ORIGEM : 994092966500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SEBASTIAO MARCONDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO GOMES DA ROCHA AZEVEDO (66412/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ

DOS CAMPOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.421 (161)ORIGEM : 00120396720138190002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓIRECDO.(A/S) : CONSTRUTORA AUGUSTO VELLOSO S/AADV.(A/S) : RENATO VICENTE ROMANO FILHO (88115/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.449 (162)ORIGEM : 00445957020128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GERALDO FERRAREZIRECTE.(S) : SUELI BENEDITA DOS SANTOS FERRAREZIADV.(A/S) : FATIMA CONCEICAO RUBIO (92459/SP)RECDO.(A/S) : FRANCISCO ELIAS DOS SANTOSRECDO.(A/S) : MARIA LUCIA FERREIRA SANTOSADV.(A/S) : ANDRÉ SALVADOR ÁVILA (187183/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.459 (163)ORIGEM : 00369936320128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

RECTE.(S) : ELVES PEREIRA DE QUEIROZADV.(A/S) : LUIZ CARLOS FERRIS (144481/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.470 (164)ORIGEM : 20110663545 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECDO.(A/S) : ALGEMIRO ANTUNESADV.(A/S) : MAURÍCIO MARTINS ARJONA (SC021954/)RECDO.(A/S) : MOZART LUIZ MARIANORECDO.(A/S) : MARIA APARECIDA MARTINSADV.(A/S) : ALESSANDRA ANA MEDEIROS (SC013881/)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE

FLORIANÓPOLIS - FLORAMADV.(A/S) : KAIO DE SOUZA PIRES (24301/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.493 (165)ORIGEM : PROC - 50017523020124047120 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LENI IRENE OLIVEIRA SILVEIRAADV.(A/S) : ANGELICA CHECHI WALCZAK (19914/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.508 (166)ORIGEM : 08026923820148120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CLEBER CORDOBA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO SANTOS CUNHA (8974/MS)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.518 (167)ORIGEM : 50062803620134047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUCIA DOMINGUES BRINGHENTIADV.(A/S) : MARCOS ALEIXO MENNET LEAL (50912/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.534 (168)ORIGEM : 994092485532 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA APARECIDA FONTES ROSSAFAADV.(A/S) : CELIA ZAFALOM DE FREITAS RODRIGUES (98647/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.535 (169)ORIGEM : 20130111905162 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : ROBERVALDO RIOS FAGUNDESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.543 (170)ORIGEM : 70064801582 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ARI MOREIRA MAZUIADV.(A/S) : NELSON EDUARDO KLAFKE (33766/RS)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : FABRICIO ZIR BOTHOME (44277/RS, 21419/SC)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.576 (171)ORIGEM : 01070048220128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : PEDREIRA TAQUARUÇU LTDAADV.(A/S) : PABLO FELIPE SILVA (168765/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.588 (172)ORIGEM : 01016373820158269000 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S.A.ADV.(A/S) : EDUARDO JANZON AVALLONE NOGUEIRA

(123199/SP)RECDO.(A/S) : EXPEDITO AZAMBUJA DE SA ARAUJOADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS TRENTINI (76753/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.598 (173)ORIGEM : 00506451520108260346 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ARINALDO CARDOSO DOS SANTOSADV.(A/S) : MARCIA RIBEIRO COSTA D´ARCE (159141/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MARTINÓPOLISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

MARTINÓPOLIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.607 (174)ORIGEM : 10531684720148260053 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : VALERIA DE SOUZAADV.(A/S) : WALTER LANDIO DOS SANTOS (248805/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.612 (175)ORIGEM : 00921344320148050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S AADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS GOES MONTEIRO (13325/

BA)RECDO.(A/S) : JOSE MENDES DE SOUZA NETOADV.(A/S) : MARCOS ROBERTO MARINHEIRO (42807/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.655 (176)ORIGEM : 00032054320148260294 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU (111887/SP)ADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUX (183762/SP)RECDO.(A/S) : EUFRAZIO RODRIGUES DE MORAESADV.(A/S) : RILDEMILA KÉRSIA FERREIRA QUEIROZ (210336/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.666 (177)ORIGEM : 200003990076633 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CLAUDIO PONTES FURTADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALAN APOLIDORIO (200053/SP)ADV.(A/S) : BENEDICTO CELSO BENICIO (20047/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.671 (178)ORIGEM : 10524662 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LOURDES PEREIRA DE FARIASADV.(A/S) : DEIVIDH VIANEI RAMALHO DE SÁ (47797/PR)RECDO.(A/S) : BV FINANCEIRA SA CREDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : JULIANO FRANCISCO DA ROSA (18601-A/MS,

58877/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.679 (179)ORIGEM : 10024132974809001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA JOSE NASCIMENTOADV.(A/S) : MARCELE FERNANDES DIAS (80540/MG, 80540/MG)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.685 (180)ORIGEM : 01000292220148269038 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S.A.ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO JOAQUIM DOS REIS (23134/SP)RECDO.(A/S) : ALMEIRINDA INES BORBUREMA XAVIER E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : DEBORA EDNA MARQUES LIMA TONINI (321862/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.695 (181)ORIGEM : 00033828420148260236 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU (111887/SP)ADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUX (183762/SP)RECDO.(A/S) : FRANCISLAINE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DAIVID CARDOSO DE OLIVEIRA (334506/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.705 (182)ORIGEM : 105150234604 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ALTHO EMPREENDIMENTOS E CONSTRUCOES LTDAADV.(A/S) : WALLACE ELLER MIRANDA (56780/MG, 0056780/MG)RECDO.(A/S) : DILMA GONCALVES FIALHOADV.(A/S) : MARCOS MARCIANO DA LUZ (116696/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.708 (183)ORIGEM : 10913 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS

ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SILVIO ROGERIO DA SILVAADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS (168735/SP)RECDO.(A/S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLICIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.710 (184)ORIGEM : 00005869620158080039 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO (20200/RJ)ADV.(A/S) : ALVARO ROSARIO VELLOSO DE CARVALHO (163523/

RJ)RECDO.(A/S) : MARCIO JUSTINO INACIOADV.(A/S) : FABRICIO MARTINS DE CARVALHO (20617/ES)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.711 (185)ORIGEM : 34504520134014101 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RONDÔNIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CRISTIANE MORAES ALMEIDA PEREIRAADV.(A/S) : ELAINE CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS FRANCO

(1627/RO)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.716 (186)ORIGEM : 71005333117 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 14

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANGELA MARIA PADILHA RODRIGUESADV.(A/S) : VILMAR LOURENÇO (33559/RS, 38701-A/SC)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SAPUCAIA DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.736 (187)ORIGEM : 71005568225 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO -

DETRAN/RSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : LUIS FERNANDO COIMBRA ALBINOADV.(A/S) : CRISTIANO MANOEL RIBEIRO MACHADO (58656/RS)ADV.(A/S) : GUILHERME HECK DE AGUIAR (90759/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.748 (188)ORIGEM : PROC - 05019692020124058205 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ANGELA AYRES DE LACERDA VERASADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INÁCIO DA SILVA (PB004007/)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.761 (189)ORIGEM : 50038749020144047105 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LEDAIR DE OLIVEIRA MARKOSKIADV.(A/S) : JOSE RICARDO MARGUTTI (29983/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.829 (190)ORIGEM : 05152374520154058300 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA DO SOCORRO LIMA COSTAADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVA (1532-A/PE, 326620/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.845 (191)ORIGEM : 50237228820134047108 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARCELINO ZIMMERADV.(A/S) : LUCIANO SCHUH (RS035692/)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.876 (192)ORIGEM : 00088782020148050191 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FUNDACAO CHESF DE ASSISTENCIA E SEGURIDADE

SOCIAL FACHESFADV.(A/S) : HEBRON COSTA CRUZ DE OLIVEIRA (47172/BA,

16085/PE)RECDO.(A/S) : JOSE MIRANDA DE ASSISADV.(A/S) : ILKA MOREIRA DUARTE MIRANDA (40099/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.900 (193)ORIGEM : 01620466920108050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSE ISAAC DE JESUS SANTOSADV.(A/S) : JANE APARECIDA SILVA SANTANA (10734/BA)RECDO.(A/S) : LOJAS RIACHUELO S/AADV.(A/S) : IANNA CARLA CÂMARA GOMES (16506/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.924 (194)ORIGEM : 200961830059780 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LUIZ KURBAN ABRAHAOADV.(A/S) : FLAVIA CAROLINA SPERA MADUREIRA (204177/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.957 (195)ORIGEM : 00496025420148050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : PROMEDICA PROTECAO MEDICA EMPRESA LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO DA CRUZ RODRIGUES (28911/BA)RECDO.(A/S) : CAMILA DE MACEDO FERREIRAADV.(A/S) : WATSON DE JESUS DOS SANTOS (43803/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.961 (196)ORIGEM : 50264063320144040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FERRABRIL MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDAADV.(A/S) : CARLOS JOSE DAL PIVA (20693/PR)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.986 (197)ORIGEM : 50582628920134047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : EIXO Z-PRODUTORA DE AUDIO E VIDEO LTDA - EPPADV.(A/S) : PEDRO INACIO VON AMELN FERREIRA E SILVA

(RS069018/)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.990 (198)ORIGEM : 50032458120124047107 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ASSOCIACAO DOS FREIS CAPUCHINHOS DO RSADV.(A/S) : JANE CRISTINA FERREIRA (49135/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.998 (199)ORIGEM : 0016638952014402515101 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JOSE RENATO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : JULIANO BIZZO NETTO (132796/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 958.999 (200)ORIGEM : 00004699820124025152 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ROBERTO DOS SANTOS VIEIRAADV.(A/S) : JULIANO BIZZO NETTO (132796/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.012 (201)ORIGEM : 05128965120124058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE OLIMPIO DA SILVA FILHOADV.(A/S) : MARIA BETÂNIA DUTRA DE BARROS MARQUES

(PE017280/)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 15

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.013 (202)ORIGEM : 05038693020154058400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : JEAN CLAUDE TEIXEIRA DA CRUZADV.(A/S) : FRANCISCA MARIA DE CARVALHO (RN011941/)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.022 (203)ORIGEM : PROC - 10024096302872001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : LIGA OPERARIA MINEIRAADV.(A/S) : RENATO AURELIO FONSECA (79186/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.078 (204)ORIGEM : 4492013 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO SANTANDER S AADV.(A/S) : FABIO ANDRE FADIGA (139961/SP)ADV.(A/S) : BERNARDO BUOSI (227541/SP)RECDO.(A/S) : JOSE RICARDO CERVERAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.086 (205)ORIGEM : 271112 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS

ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO SANTANDER S AADV.(A/S) : FABIO ANDRE FADIGA (139961/SP)ADV.(A/S) : BERNARDO BUOSI (227541/SP)RECDO.(A/S) : DANIEL PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.103 (206)ORIGEM : 201400010095198 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRECDO.(A/S) : ALISON FRANCA DOS SANTOSADV.(A/S) : IVANA POLICARPO MOITA (4860/PI)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.126 (207)ORIGEM : PROC - 01064778820138190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ALEXANDRE GOMES NOGUEIRAADV.(A/S) : ARTHUR LAVIGNE (18629/RJ)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.150 (208)ORIGEM : 05066927420154058400 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : IVANI DIAS FREIREADV.(A/S) : WAGNER LEANDRO DA SILVA (3619/RN)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.231 (209)ORIGEM : 50130234420134047009 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO - FNDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECTE.(S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : KLAASJE HENDRIKA NOORDEGRAAF BOUWMANADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA (25221/DF, 1658A/MG,

19758/PR, 54189A/RS, 5218/SC, 245959/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.316 (210)ORIGEM : 50052764320134047009 - TRF4 - PR - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECTE.(S) : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO - FNDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALBINO PIOTROWSKIADV.(A/S) : DANIEL PROCHALSKI (22848/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.317 (211)ORIGEM : 00011608720068260022 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FABIO DA SILVA ADAOADV.(A/S) : RODRIGO LEONARDO DE MELO SANTOS (42203/DF)

E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.331 (212)ORIGEM : 00020671120084039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : PAULINO BARUFIADV.(A/S) : MARI SANTOS MENDES (214146/SP)ADV.(A/S) : BENCE PAL DEAK (95409/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.476 (213)ORIGEM : 01512126120148190038 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SUPERVIA CONCESSIONÁRIA DE TRANSPORTE

FERROVIÁRIO S/AADV.(A/S) : JOAO CANDIDO MARTINS FERREIRA LEAO

(143142/RJ)RECDO.(A/S) : SIMONE DO AMARAL MONTEIRO SIQUEIRAADV.(A/S) : MONICA DA SILVA LEITA (124521/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.485 (214)ORIGEM : 00072740220138260053 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA DE FATIMA PEIXOTO MACEDOADV.(A/S) : JAQUELINE GOUVEIA RODRIGUES ERTAN

(330757/SP)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.494 (215)ORIGEM : 00140753820128190028 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ARISIO STANZANI FRANCARECTE.(S) : IVAN LOREDO DE PAULARECTE.(S) : SALVADOR LUCIANO PINTOADV.(A/S) : FABIO LUIZ FERREIRA TAMARINDO (145165/RJ)RECDO.(A/S) : FUNDACAO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL

PETROSADV.(A/S) : LUCIA PORTO NORONHA (161906/RJ)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.536 (216)ORIGEM : 320922015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICIPIO DE RONDONOPOLISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

RONDONÓPOLLISRECDO.(A/S) : ZOROASTRO FERREIRA DE BRITTOADV.(A/S) : DEJANGO RIBER OLIVEIRA CAMPOS (8874/B/MT)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.537 (217)ORIGEM : 1232020147000000 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : JORGE NERIE VELLAMEADV.(A/S) : ATAUALPA SOUSA DAS CHAGAS (14484/DF)ADV.(A/S) : ALESSANDRA DONIAK DAS CHAGAS (19545/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.543 (218)ORIGEM : 426520117030203 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITARPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MARCIO ALEXANDRE DA ROSA ESCOBARADV.(A/S) : JOSE ROBERTO GALLARRETA ZUBIAURRE

(19343/RS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.547 (219)ORIGEM : 00078760920138220601 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GILVAN CORDEIRO FERROADV.(A/S) : NILSON APARECIDO DE SOUZA (3883/RO)RECDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.548 (220)ORIGEM : 00076483420138220601 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIARECDO.(A/S) : VICENTE DOMINGOS ONORATO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SAMUEL MARTINS LLIVI VELASCO (6224/RO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.550 (221)ORIGEM : 2131020107010301 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECTE.(S) : WILMA DE SOUZA FELICIOADV.(A/S) : MAURO DE ALMEIDA FELIX - DEFENSOR DATIVO

(0043973/RJ)RECDO.(A/S) : OS MESMOSINTDO.(A/S) : LOURDES ANTUNES MARQUESADV.(A/S) : WASHINGTON LUIS DA CONCEIÇÃO CARVALHO -

DEFENSOR DATIVO (000182038/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.612 (222)ORIGEM : 00198292020058260348 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RENATO FELIX DE BARROSADV.(A/S) : LUCILIA GARCIA QUELHAS - DEFENSORA DATIVA

(OAB-SP 220196)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.613 (223)ORIGEM : 70063306039 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SERGIO PINHEIRO DOS SANTOS

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.616 (224)ORIGEM : 30049044820138260554 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GIOVANNI DE MARTINI CASTROADV.(A/S) : FERNANDO BARBIERI (249447/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.620 (225)ORIGEM : 70053559068 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : SALETE SUZANA AJARDO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.633 (226)ORIGEM : 70064465941 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CARLOS ALEXANDRE DE CARVALHO TAVARESADV.(A/S) : MARIO LUIS LIRIO CIPRIANI (39461/RS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.643 (227)ORIGEM : 09164705320128260037 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LUIZ CARLOS VIEIRAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE DE ANDRADE MALARA

(159426/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.690 (228)ORIGEM : 20090110919803 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SILMAR BARBIERI RODRIGUESADV.(A/S) : RODRIGO BATISTA DE OLIVEIRA (38098/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSINTDO.(A/S) : CESAR HENRIQUE GADELHA MIRANDAADV.(A/S) : INGRHID CAROLINE MADOZ PINHEIRO (26318/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.730 (229)ORIGEM : 00002354020138030005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAPÁPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CLEITON DIAS FERREIRAADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO COSTA SOARES (1612/AP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAPÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.737 (230)ORIGEM : 70052899713 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ANA CLAUDIA DE SOUZARECTE.(S) : VILMAR ANTUNES DE BARROS JUNIOR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 17

RECTE.(S) : ALAN JHON DE SOUZA BARROSRECTE.(S) : CLAUDIA LANGNER DA SILVAADV.(A/S) : MARCELO FALCI RODRIGUES (74137/RS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.738 (231)ORIGEM : PROC - 00012479320118260369 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : WILLIAN FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : EDUVALDO JOSÉ COSTA JUNIOR (SP204035/)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.744 (232)ORIGEM : PROC - 00074226120098260050 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LUIZ ALBERTO DA SILVAADV.(A/S) : MARIA ODETTE DE MORAES HADDAD (106095/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.755 (233)ORIGEM : PROC - 00092748720108260664 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SILMARA CASTRO MANTOVANIADV.(A/S) : GISELE DE OLIVEIRA LIMA (84368/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.760 (234)ORIGEM : PROC - 20140324192 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GIORGIO DO AMARAL SOUZARECTE.(S) : LUCIANO DO AMARAL SOUZAADV.(A/S) : MARCELO PEREIRA LOBO (12325/SC)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.782 (235)ORIGEM : 200784000036570 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 5ª REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : IVAN ANTAS PEREIRA PINTO JUNIORRECTE.(S) : GUILHERME VIEIRA DA SILVAADV.(A/S) : ADEMAR RIGUEIRA NETO (11308/PE)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.794 (236)ORIGEM : 00020413420138260082 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CARLOS RAIMUNDO DE OLIVEIRA JUNIORADV.(A/S) : ROGERIO NUNES (110038/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.795 (237)ORIGEM : 00030989820108260274 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECTE.(S) : SILMARA CASTRO MANTOVANIADV.(A/S) : GISELE DE OLIVEIRA LIMA (84368/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.799 (238)ORIGEM : 1524526 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : JULIANO DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.800 (239)ORIGEM : 00018832420118260219 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : HENRIQUE FERNANDO NAVARINI NETOADV.(A/S) : JUAREZ VIRGOLINO DA SILVA (SP057841/)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.815 (240)ORIGEM : 00081938020048260093 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : V.F.R.ADV.(A/S) : JOSE FREIRE DA SILVA JUNIOR - DEFENSOR DATIVO

(SP136216/)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.823 (241)ORIGEM : 20130020140269 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : CLENILTON LUIS BEZERRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.824 (242)ORIGEM : 00421498720128080035 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : NELSON VARGAS JUNIORADV.(A/S) : MARCOS GIOVANI CORREA FELIX (12532/ES)ADV.(A/S) : FILIPE CARLOS MACIEL FERREIRA (18787/ES)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOINTDO.(A/S) : RENAN TEIXEIRA DA SILVAADV.(A/S) : RICARDO LUIZ DE OLIVEIRA ROCHA FILHO

(17871/ES)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.825 (243)ORIGEM : 00611901020108190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : W.D.S.D.H.ADV.(A/S) : RODRIGO FRANCO MAIAROTTI (148195/RJ)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.836 (244)ORIGEM : 30243361520138260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 18

RELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : THIAGO FERRAZ NACARATTOADV.(A/S) : RODOLPHO PETTENA FILHO (115004/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.955 (245)ORIGEM : 03220090267801 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO ABN AMRO REALADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS GOES MONTEIRO (13325/

BA)RECDO.(A/S) : AMADO SANTANA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 959.970 (246)ORIGEM : 10029174520158260132 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE OLÍMPIAADV.(A/S) : EDILSON CESAR DE NADAI (149109/SP)RECDO.(A/S) : NATALIA CASSERO OLIVIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTO FARAO (139843/SP)

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 17 0 17

MIN. MARCO AURÉLIO 19 0 19

MIN. GILMAR MENDES 20 1 21

MIN. CÁRMEN LÚCIA 27 0 27

MIN. DIAS TOFFOLI 31 0 31

MIN. LUIZ FUX 19 0 19

MIN. ROSA WEBER 34 0 34

MIN. TEORI ZAVASCKI 25 0 25

MIN. ROBERTO BARROSO 26 0 26

MIN. EDSON FACHIN 26 1 27

TOTAL 244 2 246

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA, Secretária Judiciária.

Brasília, 1 de abril de 2016.

DECISÕES E DESPACHOS

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 945.423

(247)

ORIGEM : 50321227220144047200 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : INEZ BAZANELAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental contra decisão que não conheceu do recurso extraordinário com agravo, mas determinou o retorno dos autos à origem para a apreciação das razões do agravo interno anteriormente interposto, salvo se por outro motivo não pudesse ser conhecido.

A parte agravante, sustenta, em suma, que não houve a protocolação do mencionado agravo interno e pede o não conhecimento do agravo interposto contra a decisão que declarou o prejuízo do extraordinário.

Em face das considerações relatadas acima e com base no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão .

Assim, passo a julgar o agravo em recurso extraordinário e, fazendo-o, verifico que o recurso não merece seguimento.

A orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de que não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo , motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC.

Isso posto, não conheço do presente recurso extraordinário com agravo.

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2015.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 951.251

(248)

ORIGEM : 50146352320134047201 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CLAUDIO MACHADOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE JOINVILLEADV.(A/S) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE JOINVILLE

Trata-se de agravo regimental interposto de decisão que negou seguimento ao agravo diante de óbice intransponível indicado em certidão expedida pela Secretaria Judiciária desta Corte.

Em face das considerações relatadas no agravo regimental e com base no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão agravada, tornando-a sem efeito, e passo ao reexame do agravo interposto com esteio no art. 544 do CPC/1973.

A Turma Recursal de origem julgou prejudicado o recurso extraordinário, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC/1973.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do CPC/1973 da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC/1973. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 19

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC/1973.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC/1973, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.262 (249)ORIGEM : 50108917920114047107 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ARQUIMINO PEDRO MICHELONADV.(A/S) : ELIANE PATRICIA BOFF (42375/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.111 (250)ORIGEM : 50085403620114047107 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JULIO CESAR SOLDATELLIADV.(A/S) : ELIANE PATRICIA BOFF (42375/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.713 (251)ORIGEM : 50073244020114047107 - TRF4 - RS - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE ARIOVALDO DA SILVAADV.(A/S) : ELIANE PATRICIA BOFF (42375/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao

processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 890.751 (252)ORIGEM : AC - 6940675 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VANDA MARIA DA SILVAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Compulsando os autos eletrônicos, verifico que volume 9 encontra-se danificado, não sendo possível a leitura ou restauração.

Assim, por impossibilidade de processamento, devolvam-se os autos à origem a fim de que promovam os ajustes necessários.

Brasília, 31 de março de 2016. Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.137 (253)ORIGEM : 20088661220138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADALIA SA ADMINISTRACAO DE BENSADV.(A/S) : JORGE PAUPERIO SERIO FILHO (28826/SP)RECDO.(A/S) : METALURGICA CARTEC LTDAADV.(A/S) : MARCELO NAJJAR ABRAMO (211122/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.931 (254)ORIGEM : 50209610220134047200 - TRF4 - SC - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DANIEL GOTARDO JÚNIOR REPRESENTADO POR

FRANSOISE CASTROPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

O Tribunal de origem julgou prejudicado recurso extraordinário, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Terceira Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 20: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 20

no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.575 (255)ORIGEM : 00062847920124036306 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA FRAGOSO CHICANADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (SP229461/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.603 (256)ORIGEM : 00380668520134036301 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PERCIO LOFFREDOADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS NUNES JUNIOR (183642/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.703 (257)ORIGEM : 00321712820158130040 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S.A.ADV.(A/S) : PAULO EDUARDO PRADO (33407/BA, 32791/GO,

131369/MG, 15026-A/MS, 168325/RJ, 982-A/RN, 82065A/RS)

RECDO.(A/S) : FREDERICO MESSIAS SILVA

ADV.(A/S) : DANIEL VINICIUS ROSA (125655/MG)

Esta Corte, ao julgar o ARE 743.771-RG/SP (Tema 655) e ARE 748.371-RG (Tema 660), ambos da relatoria do Min. Gilmar Mendes, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.013 (258)ORIGEM : 201361160008276 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE LUIZ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCIA PIKEL GOMES (123177/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.131 (259)ORIGEM : 50299951020134047100 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : IVO FOGAZZI BALESTRINADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (PR050477/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.141 (260)ORIGEM : 03220090303002 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ABRAHÃO LINCOLN DA SILVA MONACOADV.(A/S) : ABRAHÃO LINCOLN DA SILVA MONACO (15606/BA,

BA15606/)RECDO.(A/S) : MARISA LOJAS VAREJISTAS LTDAADV.(A/S) : RUY JOSÉ DE ALMEIDA FILHO (23996/BA)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.173 (261)ORIGEM : 00002272020128190210 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ASPRO SERVICOS CENTRO LTDAADV.(A/S) : DJALMA GONÇALVES DO NASCIMENTO (62333/RJ)RECDO.(A/S) : GAS NATURAL SERVICOS S/AADV.(A/S) : GUSTAVO AUGUSTO FARIA CORTINES (103502/RJ)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 21: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 21

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.207 (262)ORIGEM : 00085716220148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : MARIA ALTAMIRA DA SILVA SANTOSADV.(A/S) : EUSTÓRGIO RESEDÁ (25811/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.331 (263)ORIGEM : 50025265020134047209 - TRF4 - SC - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALCIDES MANKEADV.(A/S) : ANDRÉ GOEDE E SILVA (27747/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.367 (264)ORIGEM : 50086197520124047205 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADIBERT ENGELADV.(A/S) : JOÃO CARLOS STAACK (31779/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.607 (265)ORIGEM : 201361190077288 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RAIMUNDO PINHEIROADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (97333/MG, 229461/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.623 (266)ORIGEM : 201200010074770 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICIPIO DE NOSSA SENHORA DOS REMEDIOSADV.(A/S) : MARIA LUZIA ALVES ARAUJO (9097/PI)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PIAUÍ

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.831 (267)ORIGEM : 50034055420134047113 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TERESINHA PAULETTOADV.(A/S) : ANTONIO BETTONI (31667/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.855 (268)ORIGEM : 50169297020124047108 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PAULO NICOLAU SCHABARUMADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRE (39679/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.967 (269)ORIGEM : 50234468120134047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILBERTO VENTURA FERREIRAADV.(A/S) : FABIO DE OLIVEIRA ROSSOL (46791/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.005 (270)ORIGEM : 00004007520058260022 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ODAIR BORGESRECTE.(S) : MARINA DE SIQUEIRA CEZARADV.(A/S) : DANIELA APARECIDA LIXANDRAO (162506/SP)RECDO.(A/S) : MARIA RITA CASSIA COZERO ABDO FRANZOIRECDO.(A/S) : HYGINO FRANZOIADV.(A/S) : RENATA MARIA MIGUEL (SP236942/)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 22

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.013 (271)ORIGEM : 68512015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIMED VALE DO SEPOTUBA - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : FRANCISMAR SANCHES LOPES (1708-B/MT)ADV.(A/S) : LUCIANO DE SALES (5911/B/MT)RECDO.(A/S) : DIRCEU RAUL ORSOADV.(A/S) : ED WILSON STIFFLER (11035/B/MT)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.161 (272)ORIGEM : 00040386020148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : ANTONIO LIMA DIASADV.(A/S) : BRUNA AMANCIO CARNEIRO (34092/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.201 (273)ORIGEM : 70059158964 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CLAUDIO MACIEL BERTOLDI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANICETO BRANDELERO (41405/RS)RECDO.(A/S) : COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIARECDO.(A/S) : EVANDRO DALCINRECDO.(A/S) : TABA CINE TEATRO S/AADV.(A/S) : FABIO MELO DE AZAMBUJA (12227/RS)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.235 (274)ORIGEM : 00058629020148080024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GUTEMBERG SILVAADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO DALLAPICCOLA SAMPAIO (9588/

ES)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.251 (275)ORIGEM : 50159241720104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : IZABEL MORAES DE LIMAADV.(A/S) : MARCELO MENEZES FERNANDES CAIRES

CASTAGIN (35913/PR)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.263 (276)ORIGEM : 9175420135040801 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE URUGUAIANAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

URUGUAIANARECDO.(A/S) : MARTA GISLAINE DAS VIRGENSADV.(A/S) : RAUL THEVENET PAIVA (48877/RS)

Esta Corte, ao julgar o ARE 910.351-RG (Tema 867), da relatoria do Min. Teori Zavascki, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.513 (277)ORIGEM : 20140151609 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE RICARDO LOPES DA SILVAADV.(A/S) : EDGAR SMITH NETO (8223-A/PB, 8223/RN, 356071/SP)RECDO.(A/S) : BANCO FINASA S.A.ADV.(A/S) : RUBENS GASPAR SERRA (119859/SP)ADV.(A/S) : DENIS DE OLIVEIRA MACHADO (6205-B/RN)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.533 (278)ORIGEM : 201230305638 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO

PARÁADV.(A/S) : PAULO SERGIO FERREIRA DE SOUZA (001702/PA)RECDO.(A/S) : MARIA EUNICE BEGOT DA SILVA DANTASADV.(A/S) : SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA MOURAO

(5627/PA)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.591 (279)ORIGEM : 50213478320144047107 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LEONORA TEREZINHA CHEMELLOADV.(A/S) : ELIANE PATRICIA BOFF (42375/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

A orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, à luz do Código de Processo Civil de 1973, é que não cabe o agravo previsto no art. 544 do aludido diploma legal da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC/1973. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 23

Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo

de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC/1973.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO/SE, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC/1973 configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 9.471-AgR/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes; ARE 741.867-AgR/RR, Rel. Min. Rosa Weber; Rcl 16.356/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 768.243/RS, de minha relatoria; ARE 640.066/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; e ARE 769.350/RS, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, vale destacar que o novo Código de Processo Civil, na linha do entendimento até então firmado pelo Supremo Tribunal Federal, também afastou o cabimento de agravo contra a decisão do juízo de origem que aplica a sistemática da repercussão geral. Por oportuno, transcrevo o art. 1.042, caput, do CPC/2016:

“Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos” (grifos meus).

Isso posto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.613 (280)ORIGEM : 201361330030056 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MILTON JOSE DE LIMAADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (97333/MG, 229461/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.675 (281)ORIGEM : 201361830077128 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARLENE LAMBERTIADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (97333/MG, 229461/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária,

devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.691 (282)ORIGEM : 90918588120088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FELIPPE TRIBUZZI JUNIORADV.(A/S) : RENATA ALIBERTI DI CARLO (177493/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.693 (283)ORIGEM : 1441282013 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : HELIO MARCIO GONCALVES DA SILVAADV.(A/S) : FRANCO ARIEL BIZARELLO DOS SANTOS (7557/O/MT,

0007557/MT)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.727 (284)ORIGEM : 00065536820148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : ANA NERY DE SOUZAADV.(A/S) : TIAGO RAMOS MASCARENHAS (28732/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.763 (285)ORIGEM : 00104539120118050248 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO CARLOS SILVA RAMOSADV.(A/S) : ERIDSON RENAN SOUZA SILVA (15277/BA)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S.A.ADV.(A/S) : FERNANDO LUZ PEREIRA (29148/BA, 720-A/RN,

147020/SP)ADV.(A/S) : MOISES BATISTA DE SOUZA (17400/BA, 507-A/RN,

149225/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 24

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.784 (286)ORIGEM : 00058539220148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : MARIA ONELIA ROCHA SIMOESADV.(A/S) : KAROLINE SILVA COELHO (34493/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.854 (287)ORIGEM : 10145130693594001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOAO BOSCO FERREIRARECTE.(S) : IGREJA MISSAO REENCONTRO COM JESUSADV.(A/S) : JOSÉ CLÁUDIO RODRIGUES (MG078174/)RECDO.(A/S) : MARILENE TEIXEIRA DA SILVA FERREIRAADV.(A/S) : RITA APARECIDA MARTINS LEITE (60512/MG)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.011 (288)ORIGEM : 00487014720118260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : HELENA ELIASRECDO.(A/S) : FRANCISCA ROSA LEMESRECDO.(A/S) : FRANCISCO LEITERECDO.(A/S) : GERTRUDES MONTEIRORECDO.(A/S) : GERALDINO FERNANDES SOBRINHORECDO.(A/S) : GUIOMAR DE GODOY GOMESRECDO.(A/S) : HELENA DEMONTE BARNABERECDO.(A/S) : HELENA OLLA ORTEGARECDO.(A/S) : IVO CAETANO GONCALVESRECDO.(A/S) : JOAQUIM PROCOPIORECDO.(A/S) : JORGETA DIB NAZARIORECDO.(A/S) : JOSE CARLOS ALVESRECDO.(A/S) : LEVI DE BRITORECDO.(A/S) : MARI JULIA SARTORATORECDO.(A/S) : OLIVAR IGNACIO FURTADORECDO.(A/S) : RENATO MANOEL FERNANDESRECDO.(A/S) : PASQUA DE OLIVEIRA CONCONRECDO.(A/S) : PAULO JACINTHO DE SOUZARECDO.(A/S) : SYRIA SOARESRECDO.(A/S) : MARIA DE FATIMA ELIASRECDO.(A/S) : MOZAR MARIARECDO.(A/S) : MARIA DA CONCEICAO TORREZAN CEDRORECDO.(A/S) : NAIR MARIA CONSTANTINRECDO.(A/S) : VANDA SILVA DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : AGUIAR RODRIGUES TEIXEIRARECDO.(A/S) : ANA MARIA BERNARDINO POLIERIRECDO.(A/S) : ANTONIO LINO ALVESRECDO.(A/S) : BENEDITO DOS SANTOSRECDO.(A/S) : CLEYDE ANEOLITO FERREIRARECDO.(A/S) : EDNEI BRANCALHAO MICHELANADV.(A/S) : DARCY ROSA CORTESE JULIAO (18842/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.

Brasília, 29 de março de 2016. Ministro Ricardo Lewandowski

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.141 (289)ORIGEM : 207731 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : QUIRINO INACIO DA SILVAADV.(A/S) : LEANDRO GUILHERME SIGNORINI (41086/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.151 (290)ORIGEM : 200361830151207 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TEODORA GOMES DE ARAUJOADV.(A/S) : JOSELI SILVA GIRON BARBOSA (102409/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.171 (291)ORIGEM : 00056547020148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : MARLENE MATOS SILVAADV.(A/S) : TIAGO RAMOS MASCARENHAS (28732/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.271 (292)ORIGEM : 50105426320124047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANA CAROLINA PINHEIRO TEIXEIRA LUZADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.273 (293)ORIGEM : 50104439120114047112 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 25

RECTE.(S) : DIRCEU UBALDO TREVISOLADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.283 (294)ORIGEM : 00691765720098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SERVIÇO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

DE SANTO ANDRÉ - SEMASAADV.(A/S) : CARLA ADRIANA BASSETO DA SILVA (119680/SP)RECDO.(A/S) : CONDOMINIO EDIFICIO FORMAADV.(A/S) : WALDENIR FERNANDES ANDRADE (45089/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.357 (295)ORIGEM : 50063672320124047101 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILFREDO LEMONSADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.388 (296)ORIGEM : 50100540920114047112 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRUNO LISIESKIADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 28 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.397 (297)ORIGEM : 50075682320124047110 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANA CLARA HOLZADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.457 (298)ORIGEM : 00156215820128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO MAZZA FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOAO CARLOS AMARAL DIODATTI (99484/SP,

99848/SP)RECDO.(A/S) : SAO PAULO PREVIDENCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.645 (299)ORIGEM : 4150569432320124047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : WLADIMIR LORANDI DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ARGEO CIRILO BUENO (14303/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.667 (300)ORIGEM : 200972090003157 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GRISELDA KRIJESKIEADV.(A/S) : VANESSA CRISTINA PASQUALINI (40513/BA,

29897/PR, 13695/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.723 (301)ORIGEM : 50034127820104047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : IRMA EHMKE RATHUNDEADV.(A/S) : VORLEI ALVES (10462/SC)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 26

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.727 (302)ORIGEM : 01033599420138050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARINA QUEIROZ DE SOUZAADV.(A/S) : EDUARDO RODRIGUES DE SOUZA (21441/BA)RECDO.(A/S) : CAMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE SALVADORADV.(A/S) : TIAGO CACIM D' ERRICO (28288/BA, 28288E/BA)ADV.(A/S) : SERGIO EMILIO SCHLANG ALVES (3635/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 867.326-RG (Tema 802), da relatoria do Min. Teori Zavascki, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.847 (303)ORIGEM : 00039017820148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : ADELIA RAMOS CUNHAADV.(A/S) : SAULO OLIVEIRA BAHIA DE ARAÚJO (32986/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.857 (304)ORIGEM : 50023570720104047003 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : EDSON GUARNIERIADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE RANIERI (54333/PR)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.873 (305)ORIGEM : 4150492392220134047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CECILIA RAKOWSKI BRYSADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.043 (306)ORIGEM : 201361830123310 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NADYR MANOEL

ADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (97333/MG, 229461/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.127 (307)ORIGEM : 19109 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO PETRAGLIA FILHOADV.(A/S) : AMAURY MEYER (122966/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.153 (308)ORIGEM : 00032054220148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : EDELZUITA RAMOS SANTOSADV.(A/S) : SAULO OLIVEIRA BAHIA DE ARAÚJO (32986/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.183 (309)ORIGEM : 00031993520148050063 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : DJANIRA DOS SANTOS GOESADV.(A/S) : SAULO OLIVEIRA BAHIA DE ARAÚJO (32986/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.727 (310)ORIGEM : 08022647820138120005 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALCIDES PAES DA SILVAADV.(A/S) : VANDIR JOSE ANICETO DE LIMA (15633-A/MS,

220713/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 27: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 27

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.037 (311)ORIGEM : 22094141920148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ERMANTINO FERREIRA MENDESADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DALCIM (47248/SP)RECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ESMERALDA PEREIRA GOMESADV.(A/S) : REGGER EDUARDO BARROS ALVES (180357/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.203 (312)ORIGEM : 20147001617 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AMBIENTAL LIMPEZA URBANA E SANEAMENTOADV.(A/S) : SABRINA FINK STANKE (23124/SC)RECDO.(A/S) : RICARDO CABRERAADV.(A/S) : FELIPE ANDRE DANI (25075/SC)

Esta Corte, ao julgar o RE 598.365-RG (Tema 181), da relatoria do Min. Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.725 (313)ORIGEM : 20147009321 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AMBIENTAL LIMPEZA URBANA E SANEAMENTOADV.(A/S) : SABRINA FINK STANKE (23124/SC)RECDO.(A/S) : MARIA CLARA DE ANDRADE BORDIMADV.(A/S) : FELIPE ANDRE DANI (25075/SC)

Esta Corte, ao julgar o RE 598.365-RG (Tema 181), da relatoria do Min. Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.180

(314)

ORIGEM : AC - 199961040002739 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DO LITORAL SANTISTA

- AELIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA PACHECO ANTUNES DE CARVALHO

(56759/MG) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Petição 58.923/2015-STF:O Tribunal Regional Federal da 3ª Região encaminha petição

mediante a qual a Associação Educacional do Litoral Santista – AELIS formaliza desistência da ação em face da adesão ao Programa de Redução de Litígios Tributários – PRORELIT.

Ocorre que, em 11/11/2015, homologuei a desistência do recurso e determinei a baixa dos autos ao Tribunal de origem, para o exame do pedido de extinção do feito.

Isso posto, nada há a prover.À Secretaria, para providenciar a baixar os autos.Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.539

(315)

ORIGEM : 50207189220124047200 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SONIA REGINA DE VASCONCELOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental interposto de decisão que negou seguimento ao agravo diante de óbice intransponível indicado em certidão expedida pela Secretaria Judiciária desta Corte.

Em face das considerações relatadas no agravo regimental e com base no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão agravada, tornando-a sem efeito, e passo ao reexame do agravo interposto com esteio no art. 544 do CPC.

A Turma Recursal de origem julgou prejudicado o recurso extraordinário, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Terceira Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 28

Presidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 939.416

(316)

ORIGEM : 201061830045667 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SEBASTIAO ANTONIOADV.(A/S) : FLAVIA CAROLINA SPERA MADUREIRA (SP204177/)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao agravo diante de óbice intransponível ao feito indicado na certidão expedida pela Secretaria desta Corte.

Bem examinados os autos, verifico que o presente recurso foi interposto intempestivamente.

Isso porque a decisão agravada foi publicada em 2/2/2016 e a petição do agravo regimental foi interposta em 11/2/2016, após, portanto, o prazo recursal.

Isso posto, não conheço do agravo regimental (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 946.619

(317)

ORIGEM : 50223476720134047200 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ALZIRA LAUDELINA DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental interposto de decisão que negou seguimento ao agravo diante de óbice intransponível indicado em certidão expedida pela Secretaria Judiciária desta Corte.

Em face das considerações relatadas no agravo regimental e com base no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão agravada, tornando-a sem efeito, e passo ao reexame do agravo interposto com esteio no art. 544 do CPC.

A Turma Recursal de origem julgou prejudicado o recurso extraordinário da parte autora, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Terceira Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente;

ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.509

(318)

ORIGEM : 50103920520144047200 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JOSÉ DONIZETE DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental interposto de decisão que negou seguimento ao agravo diante de óbice intransponível indicado em certidão expedida pela Secretaria Judiciária desta Corte.

Em face das considerações relatadas no agravo regimental e com base no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão agravada, tornando-a sem efeito, e passo ao reexame do agravo interposto com esteio no art. 544 do CPC/1973.

A Turma Recursal de origem julgou prejudicado o recurso extraordinário, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC/1973.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do CPC/1973 da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC/1973. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 29: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 29

exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC/1973.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC/1973, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.909

(319)

ORIGEM : 50237983020134047200 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : FERNANDO AUGUSTO FERRARIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo regimental interposto de decisão que negou seguimento ao agravo diante de óbice intransponível indicado em certidão expedida pela Secretaria Judiciária desta Corte.

Em face das considerações relatadas no agravo regimental e com base no art. 317, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, reconsidero a decisão agravada, tornando-a sem efeito, e passo ao reexame do agravo interposto com esteio no art. 544 do CPC/1973.

A Turma Recursal de origem julgou prejudicado o recurso extraordinário, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC/1973.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do CPC/1973 da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC/1973. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC/1973.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido

no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC/1973, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 945.590 (320)ORIGEM : 50035314320134047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SYDNEY CASTAGNOADV.(A/S) : NOEMIA GOMEZ REIS (14135/RS)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

O presente recurso perdeu o objeto. Com efeito, verifico que o Superior Tribunal de Justiça deu

provimento ao recurso especial interposto por Sydney Castagno, cujo trânsito em julgado foi certificado em 2/2/2016 (fl. 243 do documento eletrônico 1).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (art. 13, V, c, do RISTF). Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 946.623 (321)ORIGEM : 50016098520144047212 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA - CREA/SCADV.(A/S) : CLAUDE PASTEUR DE ANDRADE FARIA (27253/SC)RECDO.(A/S) : GUSTAVO LOPES DO AMARAL PLIESKIADV.(A/S) : PATRÍCIA SALINI (SC014940/)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 838.284-RG – Tema 829).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 946.822 (322)ORIGEM : 50382444720134047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA - CREA/RSADV.(A/S) : RENAN ALVES MELLO (47477/RS, 47E477/RS)ADV.(A/S) : LUCIANE NUNES DE SA BRITO (54327/RS)ADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO CARVALHO RODRIGUES

(88132/RS)RECDO.(A/S) : MARCOS FELIPE CANDIDO MARIANOADV.(A/S) : SERGIO CORAZZA (60598/RS)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 838.284-RG – Tema 829).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 946.874 (323)ORIGEM : 50021682220124047112 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA - CREA/RSADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO CARVALHO RODRIGUES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 30: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 30

(00088132/RS)RECDO.(A/S) : TANISE MARIANE ZINGANO NUNES VIEIRAADV.(A/S) : GIULIANO TAMAGNO (087029/)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 838.284-RG – Tema 829).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 947.294 (324)ORIGEM : 50033314820144047118 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA - CREA/RSADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO CARVALHO RODRIGUES

(88132/RS)RECDO.(A/S) : SARANDI INSTALACOES ELETRICA LTDA - MEADV.(A/S) : DIEGO CORATO (82870/RS)

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 838.284-RG – Tema 829).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 949.665 (325)ORIGEM : 50113326420144047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AB ADMINISTRACAO DE BENS NEGOCIOS E

PARTICIPACOES LTDAADV.(A/S) : THIAGO DE OLIVEIRA VARGAS (24017/SC)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 599.658-RG – Tema 630).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 950.485 (326)ORIGEM : 08000052020154058202 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PARAÍBAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICIPIO DE POCO DANTASADV.(A/S) : SÉRGIO EDUARDO DA COSTA FREIRE (2093/RN)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 705.423-RG – Tema 653).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 951.220 (327)ORIGEM : 00149924819984036100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SAMUEL ESSOUDRY E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIAO BOTTO DE BARROS TOJAL (66905/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 635.739-RG – Tema 376).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 951.759 (328)ORIGEM : 50079756420144047205 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SINDICATO DAS INDUSTRIAS METALURGICAS E DO

MATERIAL ELETRICO DE BLUMENAU - SIMMMEBADV.(A/S) : OSNILDO DE SOUZA JUNIOR (19031/SC)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 593.068-RG – Tema 163).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 953.730 (329)ORIGEM : 50442884820144047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SLC ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI (01805/A/DF, 01805A/DF,

1796A/MG, 25430A/PR, 25430/PR, 139475/RJ, 45.071A/RS, 45071A/RS, 3210/SC, 175215A/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

O recurso extraordinário versa sobre temas já examinados por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 593.068-RG – Tema 163 e AI 791.292-QO-RG – Tema 339).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.652 (330)ORIGEM : 50054506820124047112 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NATAL MALGARIZZIADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRE (39679/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.013 (331)ORIGEM : 50438798620114047000 - TRF4 - PR - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ROSI REGINA LEUCZ DA CUNHAADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA (111180/MG, 19095/

PR, 330617/SP)ADV.(A/S) : JOAO LUIZ ARZENO DA SILVA (49789/DF, 23510/PR)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Compulsando os autos, verifico que foi interposto agravo regimental dirigido à Turma Recursal de origem, porém não foi julgado e, em seguida, equivocadamente, remetido a este Supremo Tribunal Federal.

Inexiste, portanto, recurso a ser apreciado por este Tribunal.No presente caso, da decisão da Turma Recursal dos Juizados

Especiais Federais da Seção Judiciária do Paraná que aplicou a sistemática da repercussão geral, inadmitindo o recurso extraordinário, em parte, com base no paradigma 631.880, e sobrestando-o, em parte, com base no tema 810, cuja matéria foi reconhecida como de repercussão geral pelo STF, foi interposto agravo interno constante do documento eletrônico 224.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 31

Assim, devolva-se o presente feito à Secretaria Judiciária para que proceda ao cancelamento da autuação e, após, baixem os autos à Turma Recursal de origem para que proceda como entender de direito.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.820 (332)ORIGEM : 00037626720148260411 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUX (183762/SP)ADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU (111887/SP)RECDO.(A/S) : ANGELICA APARECIDA DA SILVA MARTINSADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BOLZAN AMARAL (287799/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.186 (333)ORIGEM : 50096555520124047205 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ERCIDES HERBERT PENZADV.(A/S) : JOAO CARLOS STAACK (SP301304/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.440 (334)ORIGEM : 10096468120148260016 - COLÉGIO RECURSAL

CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ROSIANE MARIA DE MELOADV.(A/S) : CLOVIS VEIGA LARANJEIRA MALHEIROS (17852/BA,

264106/SP)RECDO.(A/S) : VIVIAN PRADO FERNANDESRECDO.(A/S) : MARIA ROSA PISANIADV.(A/S) : GILDÁSIO VIEIRA ASSUNÇÃO (208381/SP) E

OUTRO(A/S)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.444 (335)ORIGEM : 50017424220144047208 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DARCI BIASIBETTIADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP) E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.489 (336)ORIGEM : 50002166520134047114 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COOPERATIVA LANGUIRU LTDAADV.(A/S) : ANDRE ROBERTO MALLMANN (22940/RS,

S022940/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.531 (337)ORIGEM : 200561260009660 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JUREMA ANDREOTTI GUIDETTIADV.(A/S) : AIRTON GUIDOLIN (68622/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.539 (338)ORIGEM : 10079041557962007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : N.M.J.RECTE.(S) : E.C.C.RECTE.(S) : M.E.M.RECTE.(S) : E.M.ADV.(A/S) : MARCELO JOSE DOMINGOS GUIMARAES DE

CAMARGO (60416/MG)RECDO.(A/S) : J.F.C.L.ADV.(A/S) : KELLEN ELISA DA SILVA CAMPOS (70573/MG)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.579 (339)ORIGEM : 00015316420124036311 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : HENRIQUE QUARESMA DA COSTAADV.(A/S) : DAVI JOSE PERES FIGUEIRA (150735/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso de fls. 192/202 (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 32: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 32

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.580 (340)ORIGEM : 00014632820144036317 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA JOSE DOS SANTOS PEREIRAADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (312716/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.599 (341)ORIGEM : 50041052620144047200 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA PETROLINA AMURIMPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

A Turma Recursal de origem julgou prejudicado o recurso extraordinário, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Terceira Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que

aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.606 (342)ORIGEM : 00330037920134036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARLUCE MARIA DA SILVA MARTINSADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS NUNES JUNIOR (183642/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.776 (343)ORIGEM : 200051010184087 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TULIO CRISTIANO MACHADO RODRIGUESADV.(A/S) : TULIO CRISTIANO MACHADO RODRIGUES (40775/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.852 (344)ORIGEM : 50043168520124047215 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : HELIO DOS SANTOSADV.(A/S) : ANDRÉ GOEDE E SILVA (27747/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.856 (345)ORIGEM : 4150040999720114047208 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALCEU ZIMMERMANNADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP) E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 33: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 33

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.864 (346)ORIGEM : 03220100306466 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILMAR BONFIM DE JESUSADV.(A/S) : REJANE VENTURA BATISTA (15719/BA)RECDO.(A/S) : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO

SEGURO DPVAT SAADV.(A/S) : RODRIGO AYRES MARTINS DE OLIVEIRA (43925/BA,

13569-A/MA)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 952.886 (347)ORIGEM : 50014204320144047201 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARLENE MARIA NUNESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

A Turma Recursal de origem julgou prejudicado o recurso extraordinário, por entender que o tema versado no recurso não possui repercussão geral, conforme assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do leading case.

Dessa decisão, foi interposto agravo interno para o órgão colegiado da Turma Recursal a quo, com a finalidade de questionar a aplicação do paradigma ao caso concreto.

Nada obstante, a Terceira Turma Recursal de Santa Catarina entendeu por não conhecer do agravo interno, porquanto incabível de decisão a qual aplica o rito do art. 543-B, § 2º, do CPC.

É o relatório necessário.Decido.Com efeito, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal é de

que não cabe o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC.

Saliento, por fim, que a conclusão que se extrai do quanto decidido no citado julgamento do AI 760.358-QO/SE é de que o Tribunal de origem não pode negar-se a apreciar o agravo interno contra a decisão monocrática que

aplica ao recurso extraordinário o entendimento firmado por este Tribunal em leading case de repercussão geral.

Isso posto, não conheço do agravo interposto com base no art. 544 do CPC, mas determino o retorno dos autos à origem, para que sejam apreciadas as razões do agravo interno manejado anteriormente, salvo se por outro motivo não tiver de ser conhecido.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.060 (348)ORIGEM : 200961830122600 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : RICARDO VIEIRA DE SOUZAADV.(A/S) : JOSE EDUARDO DO CARMO (108928/SP)

Esta Corte, ao julgar o ARE 96.569-RG (Tema 852), da relatoria do Min. Edson Fachin, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.116 (349)ORIGEM : 50027641820124047205 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RALF SCHUTZADV.(A/S) : ANDRÉ GOEDE E SILVA (27747/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.124 (350)ORIGEM : 00856231520098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : BIANCA FERNANDES CABRAL EVANGELISTA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATA FERNANDA PINHEIRO DA CRUZ (96267/RJ)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.146 (351)ORIGEM : 201361140011403 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDILSON APARECIDO BELARMINOADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.219 (352)ORIGEM : 00030773220134036114 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILBERTO POADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.260 (353)ORIGEM : 01354600820138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CONSTRUTORA VAICOM LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO MAURICIO COSTA DE ALMEIDA (125445/

SP)RECDO.(A/S) : UILSON FRANCOADV.(A/S) : KARLA PINHO DE MELO (251308/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.264 (354)ORIGEM : 00517755220098260224 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALEX JESUS AUGUSTORECTE.(S) : IVANILDA MOREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : ANTONIO SOARES DE QUEIROZ (90257/SP)RECDO.(A/S) : CARLOS CESENARECDO.(A/S) : CHENG FAUN YUE CESENAADV.(A/S) : JOSE PEDRO CHEBATT (28900/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.280 (355)ORIGEM : 00045578120124058100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE LOIOLAADV.(A/S) : DEISE DE OLIVEIRA LASHERAS (5105/CE)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.340 (356)ORIGEM : 50088249820124047110 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTE

RECTE.(S) : VIDAL DA SILVA MONKSADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.349 (357)ORIGEM : 50037156320134047112 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EVA MARIA SCHUHADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (13520/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.352 (358)ORIGEM : 50018597720124047119 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JAIME CORREA GONCALVESADV.(A/S) : RAFAEL GIACOMINI (93764A/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.470 (359)ORIGEM : 50026557420124047117 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANA MARIA MALICHESKI ZISADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.512 (360)ORIGEM : 50031344320114047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PLACIDO BATISTA DA CRUZADV.(A/S) : MISSULAN REINERT (26599/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 35

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.532 (361)ORIGEM : 50094571820124047205 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : REINWALD KOPSCHADV.(A/S) : JOÃO CARLOS STAACK (31779/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.542 (362)ORIGEM : 201361140089362 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : YUKINORI OJIADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.634 (363)ORIGEM : 91421784820028260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NIVALDO LOPES DA SILVARECTE.(S) : SILVIA APARECIDA RUBINIADV.(A/S) : ISILDA MARIA DA COSTA E SILVA (56944/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.700 (364)ORIGEM : 50041178420124047111 - TURMA NACIONAL DE

UNIFORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JORGE LUIZ DE MORAISADV.(A/S) : AUGUSTINHO GERVASIO GOTTEMS TELOKEN

(28958/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.800 (365)ORIGEM : 08001736920134058500 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LIVIA ANGELICA CABRAL MONTEIROADV.(A/S) : PAULO KLEBER MORAIS DA COSTA (1844/SE)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 953.926 (366)ORIGEM : 00147747620094036183 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : IVALDO CARLOS DA SILVAADV.(A/S) : FLAVIA CAROLINA SPERA MADUREIRA (SP204177/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

A orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, à luz do Código de Processo Civil de 1973, é que não cabe o agravo previsto no art. 544 do aludido diploma legal da decisão que aplica o entendimento firmado nesta Corte em leading case de repercussão geral, nos termos do art. 543-B do CPC/1973. Nesse sentido, confira-se a ementa do acórdão proferido pelo Plenário no AI 760.358-QO/SE, de relatoria do Ministro Presidente:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: Rcl 7.569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; ARE 694.491/RJ e ARE 674.019/PR, Rel. Min. Presidente; ARE 763.484/MG, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 739.022/MS, Rel. Min. Luiz Fux; AI 820.365/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 641.914/AM, Rel. Min. Marco Aurélio; ARE 760.390/RS, de minha relatoria; ARE 760.564/RS, Rel. Min. Teori Zavascki; e ARE 734.010/BA, Rel. Min. Dias Toffoli.

Assim, compete aos tribunais e turmas recursais de origem, em exercício de atribuição própria conferida pela lei, a adequação do acórdão recorrido ao entendimento firmado por esta Corte. Apenas nos casos em que o Tribunal a quo, motivadamente, não se retratar, caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 543-B, § 4º, do CPC/1973.

Ademais, ambas as Turmas deste Tribunal já fixaram entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO/SE, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC/1973 configura erro grosseiro, sendo inaplicável a remessa dos autos à origem para julgamento do recurso como agravo interno. Nesse sentido: Rcl 9.471-AgR/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes; ARE 741.867-AgR/RR, Rel. Min. Rosa Weber; Rcl 16.356/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 768.243/RS, de minha relatoria; ARE 640.066/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; e ARE 769.350/RS, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, vale destacar que o novo Código de Processo Civil, na linha do entendimento até então firmado pelo Supremo Tribunal Federal, também afastou o cabimento de agravo contra a decisão do juízo de origem que aplica a sistemática da repercussão geral. Por oportuno, transcrevo o art. 1.042, caput, do CPC/2016:

“Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos” (grifos meus).

Isso posto, não conheço do presente agravo.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 36

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.136 (367)ORIGEM : 00061543920148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : LEONIDIA SIMOESADV.(A/S) : KAROLINE SILVA COELHO (34493/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.202 (368)ORIGEM : 20182996920158260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DELUCAS SCHUMAHER HENRIQUERECTE.(S) : UAINE CRISTINA PEREIRA SCHUMAHERRECTE.(S) : MULTCLIM DO BRASIL LTDA - MEADV.(A/S) : WILQUEM MANOEL NEVES FILHO (145310/SP)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : PAULO ROBERTO JOAQUIM DOS REIS (23134/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.212 (369)ORIGEM : 012100074140 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : HIGINO GABRIEL FARDINRECTE.(S) : MARIA DE FATIMA CESCONETO FARDINADV.(A/S) : CELIO DE CARVALHO CAVALCANTI NETO (9100/ES)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.226 (370)ORIGEM : 01792581120138190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RENATO PERILLI DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS FILHO (RJ063108/)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.286 (371)ORIGEM : 20110551202 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTE

RECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA (12025/SC)RECDO.(A/S) : MARCOS ELENILDO FERREIRAADV.(A/S) : ANDERSON JASKI SANTOS (22342/SC)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.310 (372)ORIGEM : 00035111120148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)RECDO.(A/S) : CELESTINO SANTOS OLIVEIRAADV.(A/S) : CLÁUDIA DÍDIA RIBEIRO PALMEIRA (29005/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.354 (373)ORIGEM : 20070110157572 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : KLEBER MAIA ROCHAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE FRANCO PALHARES (19336/DF)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.582 (374)ORIGEM : 00053350520148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)RECDO.(A/S) : ANA ILDES NEVES OLIVEIRAADV.(A/S) : KAROLINE SILVA COELHO (34493/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.590 (375)ORIGEM : 50066764420124047101 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : WALDON BRASIL LOBATOADV.(A/S) : RAFAEL GIACOMINI (034964/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 37: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 37

Brasília, 30 de março de 2016. Ministro Ricardo Lewandowski

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.594 (376)ORIGEM : 05126415620118260590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO VICENTEADV.(A/S) : MARTHA STEINER DE ALCÂNTARA (197873/SP)RECDO.(A/S) : IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE

SANTOSADV.(A/S) : MARISTELLA DEL PAPA SANTERINI CAIADO

(190735/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.599 (377)ORIGEM : 00057846020148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)RECDO.(A/S) : SANDRO OLIVEIRA DE ALMEIDAADV.(A/S) : LEOVEGILDO MARCIO SILVA MASCARENHAS (18528/

BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.636 (378)ORIGEM : 10480140144183004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : REUMOCITES ALVES FERNANDESADV.(A/S) : ROBERTO CARLOS DE AZEVEDO (MG118326/)RECDO.(A/S) : TERRA NOVA RODOBENS INCORPORADORA

IMOBILIARIA - PATOS DE MINAS I - SPE LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.646 (379)ORIGEM : 00062419220148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : MARIA DO CARMO SANTANA CERQUEIRAADV.(A/S) : LARISSA LIMA GONÇALVES ARAÚJO (31749/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.669 (380)ORIGEM : 50545920920144047100 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DELINARA DIAS TATSCHADV.(A/S) : JAQUELINE ROSADO COUTINHO (67438/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.679 (381)ORIGEM : 50063836520124047104 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOAO MARIA XAVIERADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.706 (382)ORIGEM : 50077737920124047101 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUIZ PEDRO VAZ SOBRINHOADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro Ricardo Lewandowski Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.720 (383)ORIGEM : 00039736520148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : MARIA BEATRIZ DOS SANTOS RAMOSADV.(A/S) : SAULO OLIVEIRA BAHIA DE ARAÚJO (32986/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.726 (384)ORIGEM : 00050293620148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 38: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 38

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : SORIANE DE ALMEIDA SILVAADV.(A/S) : LARISSA LIMA GONÇALVES ARAÚJO (31749/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.740 (385)ORIGEM : 70063144703 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DILTO CROUZEILES NUNESADV.(A/S) : DILTO MARQUES NUNES (RS047471/)RECDO.(A/S) : HELOISA HELENA DOS SANTOSADV.(A/S) : ALOYCIO RUDIGER (RS045289/)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.776 (386)ORIGEM : 50059824820124047110 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JACQUES NUNES DA SILVEIRAADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.780 (387)ORIGEM : 50120103220124047110 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANDRÉ CHEQUINI MANZELLOADV.(A/S) : ANDRE CHEQUINI MANZELLO (53678/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.792 (388)ORIGEM : 50014988420124047111 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : IRIS MARIA SIEBENEICHLERADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.799 (389)ORIGEM : 02929287420098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SONIA REGINA BOSCOADV.(A/S) : CLAUDIO ROBERTO VIEIRA (186323/SP)RECDO.(A/S) : KARINA VASQUES BENTO LEITEADV.(A/S) : RENATA TOLEDO VICENTE (143733/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.809 (390)ORIGEM : 05051510420134058100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS

SECAS - DNOCSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FRANCISCO FERREIRA DE SALESADV.(A/S) : JORGE DE CARVALHO CAVALCANTE (16812/CE,

16612/CE)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.834 (391)ORIGEM : 00061673820148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : ANDRE FERREIRA LOPESADV.(A/S) : KAROLINE SILVA COELHO (34493/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.842 (392)ORIGEM : 246132700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : USINA VITORIA LTDAADV.(A/S) : BRUNO BUARQUE DE GUSMAO (24456/PE)ADV.(A/S) : BRUNO PIRES MALAQUIAS (21844/PE)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 39: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 39

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 954.882 (393)ORIGEM : 200805757290 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CARGIL AGRICOLA S AADV.(A/S) : ADÍLIO EVANGELISTA CARNEIRO (11711/GO)RECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE RENATO RODRIGUES VIEIRAADV.(A/S) : DIMAS MARTINS FILHO (7545/GO)ADV.(A/S) : SUELMA OLIVEIRA ELIAS (26749/GO)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.012 (394)ORIGEM : 00052095220148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : JOSE EVANGELISTA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : BRUNA AMANCIO CARNEIRO (34092/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.049 (395)ORIGEM : 00006138520148050043 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : ELY CARMO MUELLERADV.(A/S) : JOVENTINO SAMPAIO SANTANA (38884/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.150 (396)ORIGEM : 00065199320148050063 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIA GRUPO NEOENERGIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : JEANE CARVALHO MATOSADV.(A/S) : SOSTENES LIMA DA SILVA (32367/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.266 (397)ORIGEM : 50014872420134047110 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FERNANDO TERRA PEREIRA

ADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.272 (398)ORIGEM : 50013639320124047104 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TANIA MARIA DIEHLADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

ADV.(A/S) : RAFAEL GIACOMINI (93764A/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.286 (399)ORIGEM : 201303990180080 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELISABETE APARECIDA MARTINSADV.(A/S) : JOÃO SARDI JUNIOR (186742/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.319 (400)ORIGEM : 50567718120124047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO JOAO MARTINS ALMADAADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.389 (401)ORIGEM : 50443488920124047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA JACIRA FERRAZ SCHIRMERADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 40

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.390 (402)ORIGEM : 50111711620124047107 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FLORIO CACERAADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.400 (403)ORIGEM : 200961830081906 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO BARBOZAADV.(A/S) : TONIA ANDREA INOCENTINI GALLETI (177889/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.402 (404)ORIGEM : 00362860320098260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ELIAS ALEXANDREADV.(A/S) : JAMIL AHMAD ABOU HASSAN (132461/SP)RECDO.(A/S) : CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

PAULA SOUZAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.476 (405)ORIGEM : 00152594520048260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASADV.(A/S) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINASRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE LAURA SÁ LEITE BUENO DE MIRANDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA (135531/SP)ADV.(A/S) : JOSÉ OCLAIR MASSOLA (24935/SP, SP024935/)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.632 (406)ORIGEM : 00919343220038190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CAMPANHA ESTADUAL DE HABITAÇÃO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : TATIANA CRESPO GOMES (148766/RJ)RECDO.(A/S) : JOSE MAURICIO CORREA PEREIRAADV.(A/S) : ANA PAULA VASCONCELLOS VAZ (117934/RJ)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.656 (407)ORIGEM : 201361830114083 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NAGIB COTAITADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (97333/MG, 229461/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.686 (408)ORIGEM : 4150070719020134047201 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NELSON SETTIADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.724 (409)ORIGEM : 200438000426226 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE CARLOS DE ALCANTARAADV.(A/S) : AGDA SILVA DE OLIVEIRA (129943/MG)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.850 (410)ORIGEM : 50176983020114047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CAIO RUBENS CRUZ TEIXEIRAADV.(A/S) : PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 41: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 41

(29543/DF, 24372/RS, 12391/SC)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

O recurso extraordinário versa sobre tema já examinado por esta Corte na sistemática da repercussão geral (RE 693.456-RG – Tema 531).

Isso posto, determino a devolução destes autos à origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.856 (411)ORIGEM : 201461830086997 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CRISTINA DE OLIVEIRA MARTINS DOS SANTOSADV.(A/S) : ROSANGELA JULIAN SZULC (113424/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 955.866 (412)ORIGEM : 50078439620124047101 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ILTON FERREIRA MARTINSADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.116 (413)ORIGEM : 201361830062319 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JENIVALDO SANTOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (97333/MG, 229461/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.134 (414)ORIGEM : 00037874220148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : ANTONIO SILVA DE ARAUJOADV.(A/S) : SAULO OLIVEIRA BAHIA DE ARAÚJO (32986/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.

Brasília, 31 de março de 2016.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.136 (415)ORIGEM : 00040576620148050063 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COELBA COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO

DA BAHIAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES MONSTANS (25510/BA)RECDO.(A/S) : NEIRIBERTO QUEIROZ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SAULO OLIVEIRA BAHIA DE ARAÚJO (32986/BA)

Esta Corte, ao julgar o ARE 900.968-RG (Tema 845), da relatoria do Min. Presidente, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.149 (416)ORIGEM : 00156913720118260562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GISELA IONE DOS SANTOSADV.(A/S) : ECIO LESCRECK (28219/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA SOCIAL DOS

SERVIDORES PUBLICOS MUNICIPAIS DE SANTOS IPREVSANTOS

ADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTUS MAUÁ (202587/SP)ADV.(A/S) : RUI SERGIO GOMES DE ROSIS JUNIOR (279714/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.200 (417)ORIGEM : 0801753462014812000550002 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUIZ ROBERTO DA SILVAADV.(A/S) : VANDIR JOSE ANICETO DE LIMA (15633-A/MS,

220713/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.236 (418)ORIGEM : 991070413305 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MATHEUS JOSE THEODOROADV.(A/S) : NEIMAR LEONARDO DOS SANTOS (160715/SP)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/AADV.(A/S) : MOISES BATISTA DE SOUZA (17400/BA, 507-A/RN,

149225/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 42: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 42

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.263 (419)ORIGEM : 50078343720124047101 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LISARB OSVALDO FERNANDES LOPESADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

ADV.(A/S) : RAFAEL GIACOMINI (93764A/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.266 (420)ORIGEM : 201161030086783 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARCIO ANTONIO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PRISCILA SOBREIRA COSTA (263205/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.489 (421)ORIGEM : 1128322013 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADEMAR MIGUEL RAUBERRECTE.(S) : EUNICE CLARA RAUBERADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO SILVA E SOUZA (7216/O/MT)ADV.(A/S) : HERMES BEZERRA DA SILVA NETO (11405/O/MT,

0011405/MT)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARIA LUCILIA GOMES (5835/A/MT, 389/RN, 84206/SP)ADV.(A/S) : THIAGO DE SIQUEIRA BATISTA MACEDO

(17528/O/MT)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.533 (422)ORIGEM : 200901990006049 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARGARIDA MARTINSADV.(A/S) : LINDALVA APARECIDA LIMA SILVA (92648/MG)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.600 (423)ORIGEM : 01481970520118260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTE

RECTE.(S) : R C FERREIRA RESTAURANTE E LANCHONETE FAST FOOD

ADV.(A/S) : WALTER AROCA SILVESTRE (16785/SP)RECDO.(A/S) : EDIGUIAS EDITORA GUIA EMPRESARIAL LTDAADV.(A/S) : LILIANE DE LIMA TORRES CASSUCCI (242623/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.662 (424)ORIGEM : 50044113520134047101 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALCIDES DA SILVAADV.(A/S) : RAFAEL GIACOMINI (93764A/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.699 (425)ORIGEM : 01798648120128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UM INVESTIMENTOS S/A CORRETORA DE TITULOS E

VALORES MOBILIARIOSADV.(A/S) : RUBENS DECOUSSAU TILKIAN (234119/SP)RECDO.(A/S) : EUNICE D' EUGENIO SANNAADV.(A/S) : HENRIQUE DINIZ DE SOUSA FOZ (234428/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.880 (426)ORIGEM : 20147012902 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AMBIENTAL LIMPEZA URBANA E SANEAMENTOADV.(A/S) : SABRINA FINK STANKE (23124/SC)RECDO.(A/S) : ELZA PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : FELIPE ANDRE DANI (25075/SC)

Esta Corte, ao julgar o RE 598.365-RG (Tema 181), da relatoria do Min. Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões versadas neste recurso extraordinário.

Isso exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.962 (427)ORIGEM : 201202010025623 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FERNANDO LUCIO DINIZADV.(A/S) : ETTORE DALBONI DA CUNHA (5063-D/RJ)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 43

Brasília, 31 de março de 2016.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.970 (428)ORIGEM : 00018051920098260116 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARINEUSA FERNANDES DE FARIA PESSANHA DA

SILVAADV.(A/S) : PAULO ULISSES PESSANHA DA SILVA (176326/SP)RECDO.(A/S) : RICARDO GUILLERMO HANISCHADV.(A/S) : KEYTERLON CLAUDIO MASTRANDREA (208118/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.022 (429)ORIGEM : 00490992420088260562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AQUILES FRANCISCO DA SILVARECTE.(S) : LAVA RAPIDO E ESTACIONAMENTO JOVINO DE MELORECTE.(S) : WALTER RUF JUNIORADV.(A/S) : MILTON BARBOSA RABELO (221266/SP)RECDO.(A/S) : ROZINEIDE RIBEIRO DA SILVA TEIXEIRAADV.(A/S) : KARLA AITA MARTINS MOREIRA (239137/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.029 (430)ORIGEM : 40019639620138260073 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ASSOCIACAO EDUCACIONAL DO VALE DA

JURUMIRIMADV.(A/S) : FABIO VINICIUS FERRAZ GRASSELLI (245061/SP)RECDO.(A/S) : JOAO PAULO SILVEIRAADV.(A/S) : NELSON MARTELOZO JUNIOR (232267/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.046 (431)ORIGEM : 10128893320148260016 - COLÉGIO RECURSAL

CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : OP EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO SPE LTDARECTE.(S) : STAN EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : RODRIGO DOS SANTOS CARVALHO (296935/SP)RECDO.(A/S) : GABRIEL TOSHIYO MORO MITANIRECDO.(A/S) : MARIANA ALTAVISTA ROMAOADV.(A/S) : SILVIO DE SOUZA GARRIDO JUNIOR (248636/SP)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO SANCHEZ (239842/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 957.060 (432)ORIGEM : 10405809520138260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DIVINO APOLINARIO MUNIZADV.(A/S) : ANDRE DOS SANTOS GUINDASTE (261261/SP)RECDO.(A/S) : BANCO ITAUCARD S.AADV.(A/S) : LUCAS DE MELLO RIBEIRO (205306/SP)ADV.(A/S) : SILVIA HELENA BRANDÃO RIBEIRO (150323/SP)

Tendo em conta a certidão expedida pela Secretaria Judiciária, devidamente juntada aos autos, que aponta óbice intransponível ao processamento do feito, nego seguimento ao recurso (art. 13, V, c, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

PLENÁRIO

Repercussão Geral

Sexta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos dos arts. 95, 325, parágrafo único, e 329 do RISTF, com a redação da ER nº 21/2007.

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 948.645

(433)

ORIGEM : 03704141 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCORECTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : ANTONIO JUSTINO DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADSON TENÓRIO GUEDES (27651/PE)ADV.(A/S) : SEVERINO JONES DE ALMEIDA SILVA (40570/PE)

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA. ESTADO DE PERNAMBUCO. POLICIAIS MILITARES. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. NATUREZA JURÍDICA. EXTENSÃO AOS INATIVOS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à natureza jurídica da Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo, se geral ou propter laborem, fundada na interpretação da Lei Complementar 59/04 do Estado de Pernambuco, é de cunho infraconstitucional.

2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/3/2009).

3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Brasília, 4 de abril de 2016.Guaraci de Sousa VieiraCoordenador de Acórdãos

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 12 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.810 (434)ORIGEM : ADI - 258692 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PGE-RS - PAULO PERETTI TORELLY E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 44

Servidor Público CivilSistema Remuneratório e Benefícios

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.959 (435)ORIGEM : ADI - 150892 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE- SP - MARCOS FÁBIO DE OLIVEIRA NUSDEOINTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

PAULO

Matéria:DIREITO DO CONSUMIDORContratos de ConsumoTelefonia

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 796.939 (436)ORIGEM : AMS - 50004404620124047111 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : TRANSPORTADORA AUGUSTA SP LTDAADV.(A/S) : AUGUSTO AZEVEDO (69681/RS)AM. CURIAE. : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNIADV.(A/S) : CASSIO AUGUSTO MUNIZ BORGES (0020016/DF,

20016/DF, 91152/RJ) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ABRASP- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS

PRODUTORES DE SOLUÇÕES PARENTERAISADV.(A/S) : DANILO MARQUES DE SOUZA (273499/SP) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito TributárioRepetição de indébito

Brasília, 4 de abril de 2016.Maria Sílvia Marques dos Santos

Assessora-Chefe do Plenário

ACÓRDÃOS

Quadragésima Terceira Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.420 (437)ORIGEM : Ag Reg MI - 5279 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : JOSÉ REINALDO PEREIRA DANTASADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS NOBRE PESSÔA (0012530/PE)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, conheceu do agravo regimental e a este negou provimento. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO RESCISÓRIA. MANDADO DE

INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE PERNAMBUCO. RECEPÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR Nº 51/85 PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO LEGISLATIVA. NÃO CONFIGURAÇÃO DA HIPÓTESE DE RESCINDIBILIDADE PREVISTA NO ARTIGO 485, V, DO CPC. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que a Lei Complementar 51/1985 - que trata da aposentadoria do servidor público policial - foi recepcionada pela Constituição da República de 1988, de modo que ausente omissão legislativa a respeito da aposentadoria especial dos policiais militares estaduais. Precedentes do STF. 2. Ausente, nesse contexto, a violação dos preceitos legais e constitucionais apontada na inicial desta ação, inviável concluir pela procedência do pedido de corte rescisório.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 6.318 (438)ORIGEM : MI - 6318 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS ANALISTAS E TÉCNICOS

DE FINANÇAS E CONTROLE - UNACON SINDICALADV.(A/S) : ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO (0009930/DF) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 17.03.2016.

AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM MANDADO DE INJUNÇÃO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL DOS SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR 142/2013. DIREITO À PARIDADE E INTEGRALIDADE DOS PROVENTOS. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO LEGISLATIVA QUANTO AO PONTO. ATRIBUIÇÃO DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. PRECEDENTES. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. Conforme jurisprudência do Plenário do STF, compete à autoridade administrativa à qual serão submetidos os pedidos de aposentadoria especial dos servidores com deficiência realizar a análise do preenchimento dos requisitos legais, bem como definir a forma de cálculo da renda mensal inicial desses benefícios, inclusive quanto aos pleitos de paridade e integralidade, não se revelando a via injuncional o meio adequado ao reconhecimento do alegado direito, por inexistir, quanto ao ponto, omissão legislativa infraconstitucional.

2. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 852.769

(439)

ORIGEM : PROC - 2669532 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JERDRIAN CARLOS CARNEIRO DE LIMAADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLICIO (17009/PE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO MONOCRÁTICA COMO PARADIGMA DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL: IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.740

(440)

ORIGEM : AC - 02852375 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOAO FRANCISCO FERREIRAADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO (17009/PE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, os Ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 03.03.2016.

E M E N T A: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – INADMISSIBILIDADE DA INVOCAÇÃO, COMO PADRÃO DE DIVERGÊNCIA, DE DECISÕES MONOCRÁTICAS PROFERIDAS POR MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – DESCUMPRIMENTO, ADEMAIS, PELA PARTE EMBARGANTE, DO DEVER PROCESSUAL DE PROCEDER AO CONFRONTO ANALÍTICO DETERMINADO NO ART. 331 DO RISTF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – COMPETÊNCIA NORMATIVA PRIMÁRIA (CF/69, ART. 119, § 3º, “c”) – POSSIBILIDADE CONSTITUCIONAL, SOB A ÉGIDE DA CARTA FEDERAL DE 1969, DE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DISPOR, EM SEDE REGIMENTAL, SOBRE NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL – RECEPÇÃO, PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988, DE TAIS PRECEITOS REGIMENTAIS COM FORÇA E EFICÁCIA DE LEI (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278) – PLENA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 45

LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO ART. 331 DO RISTF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– Não se revela admissível, em sede de embargos de divergência, para demonstração do conflito jurisprudencial, a invocação de decisão monocrática proferida por Ministro do Supremo Tribunal Federal, eis que a utilização dessa modalidade recursal pressupõe a comprovação de dissenso instaurado entre as próprias Turmas ou entre qualquer destas e o Plenário da Suprema Corte. Decisão monocrática, por isso mesmo, não se reveste de parametricidade, não podendo, em consequência, ser indicada como padrão de confronto para efeito de demonstração da divergência jurisprudencial. Precedentes.

– A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência – ou de não conhecimento destes, quando já admitidos – deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, mencionar as circunstâncias que identificariam ou que tornariam assemelhados os casos em confronto. Precedentes.

– O Supremo Tribunal Federal, sob a égide da Carta Política de 1969 (art. 119, § 3º, “c”), dispunha de competência normativa primária para, em sede meramente regimental, formular normas de direito processual concernentes ao processo e ao julgamento dos feitos de sua competência originária ou recursal. Com a superveniência da Constituição de 1988, operou-se a recepção de tais preceitos regimentais, que passaram a ostentar força e eficácia de norma legal (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278), revestindo-se, por isso mesmo, de plena legitimidade constitucional a exigência de pertinente confronto analítico entre os acórdãos postos em cotejo (RISTF, art. 331).

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 872.544

(441)

ORIGEM : PROC - 245506302 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JABISON OLEGARIO BEZERRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO (17009/PE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, os Ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 03.03.2016.

E M E N T A: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – INADMISSIBILIDADE DA INVOCAÇÃO, COMO PADRÃO DE DIVERGÊNCIA, DE DECISÕES MONOCRÁTICAS PROFERIDAS POR MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – DESCUMPRIMENTO, ADEMAIS, PELA PARTE EMBARGANTE, DO DEVER PROCESSUAL DE PROCEDER AO CONFRONTO ANALÍTICO DETERMINADO NO ART. 331 DO RISTF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – COMPETÊNCIA NORMATIVA PRIMÁRIA (CF/69, ART. 119, § 3º, “c”) – POSSIBILIDADE CONSTITUCIONAL, SOB A ÉGIDE DA CARTA FEDERAL DE 1969, DE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DISPOR, EM SEDE REGIMENTAL, SOBRE NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL – RECEPÇÃO, PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988, DE TAIS PRECEITOS REGIMENTAIS COM FORÇA E EFICÁCIA DE LEI (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278) – PLENA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO ART. 331 DO RISTF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– Não se revela admissível, em sede de embargos de divergência, para demonstração do conflito jurisprudencial, a invocação de decisão monocrática proferida por Ministro do Supremo Tribunal Federal, eis que a utilização dessa modalidade recursal pressupõe a comprovação de dissenso instaurado entre as próprias Turmas ou entre qualquer destas e o Plenário da Suprema Corte. Decisão monocrática, por isso mesmo, não se reveste de parametricidade, não podendo, em consequência, ser indicada como padrão de confronto para efeito de demonstração da divergência jurisprudencial. Precedentes.

– A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência – ou de não conhecimento destes, quando já admitidos – deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, mencionar as circunstâncias que identificariam ou que tornariam assemelhados os casos em confronto. Precedentes.

– O Supremo Tribunal Federal, sob a égide da Carta Política de 1969 (art. 119, § 3º, “c”), dispunha de competência normativa primária para, em sede meramente regimental, formular normas de direito processual concernentes ao processo e ao julgamento dos feitos de sua competência originária ou recursal. Com a superveniência da Constituição de 1988,

operou-se a recepção de tais preceitos regimentais, que passaram a ostentar força e eficácia de norma legal (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278), revestindo-se, por isso mesmo, de plena legitimidade constitucional a exigência de pertinente confronto analítico entre os acórdãos postos em cotejo (RISTF, art. 331).

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 872.652

(442)

ORIGEM : AREsp - 420688 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : EUGÊNIO PAIXÃO DOS SANTOSADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO (17009/PE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, justificadamente, os Ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 03.03.2016.

E M E N T A: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – INADMISSIBILIDADE DA INVOCAÇÃO, COMO PADRÃO DE DIVERGÊNCIA, DE DECISÕES MONOCRÁTICAS PROFERIDAS POR MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – DESCUMPRIMENTO, ADEMAIS, PELA PARTE EMBARGANTE, DO DEVER PROCESSUAL DE PROCEDER AO CONFRONTO ANALÍTICO DETERMINADO NO ART. 331 DO RISTF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – COMPETÊNCIA NORMATIVA PRIMÁRIA (CF/69, ART. 119, § 3º, “c”) – POSSIBILIDADE CONSTITUCIONAL, SOB A ÉGIDE DA CARTA FEDERAL DE 1969, DE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DISPOR, EM SEDE REGIMENTAL, SOBRE NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL – RECEPÇÃO, PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988, DE TAIS PRECEITOS REGIMENTAIS COM FORÇA E EFICÁCIA DE LEI (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278) – PLENA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO ART. 331 DO RISTF – ACÓRDÃO EMBARGADO QUE NÃO APRECIA O MÉRITO DA QUESTÃO SUSCITADA NO APELO EXTREMO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– Não se revela admissível, em sede de embargos de divergência, para demonstração do conflito jurisprudencial, a invocação de decisão monocrática proferida por Ministro do Supremo Tribunal Federal, eis que a utilização dessa modalidade recursal pressupõe a comprovação de dissenso instaurado entre as próprias Turmas ou entre qualquer destas e o Plenário da Suprema Corte. Decisão monocrática, por isso mesmo, não se reveste de parametricidade, não podendo, em consequência, ser indicada como padrão de confronto para efeito de demonstração da divergência jurisprudencial. Precedentes.

– A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência – ou de não conhecimento destes, quando já admitidos – deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, mencionar as circunstâncias que identificariam ou que tornariam assemelhados os casos em confronto. Precedentes.

– Não se mostram suscetíveis de conhecimento os embargos de divergência nos casos em que aquele que deles se utiliza descumpre a determinação contida no art. 331 do RISTF, que, mais do que o confronto analítico, exige que haja, entre os acórdãos confrontados, o necessário vínculo de pertinência temática, em ordem a permitir a constatação de efetiva existência de dissídio interpretativo no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

– O Supremo Tribunal Federal, sob a égide da Carta Política de 1969 (art. 119, § 3º, “c”), dispunha de competência normativa primária para, em sede meramente regimental, formular normas de direito processual concernentes ao processo e ao julgamento dos feitos de sua competência originária ou recursal. Com a superveniência da Constituição de 1988, operou-se a recepção de tais preceitos regimentais, que passaram a ostentar força e eficácia de norma legal (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278), revestindo-se, por isso mesmo, de plena legitimidade constitucional a exigência de pertinente confronto analítico entre os acórdãos postos em cotejo (RISTF, art. 331).

– A inadmissibilidade dos embargos de divergência evidencia-se quando o acórdão impugnado sequer aprecia o mérito da questão suscitada no recurso extraordinário.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 894.957

(443)

ORIGEM : APCRIM - 00234745720014013800 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ANTONIO CARLOS DANTASAGTE.(S) : JANICE VIEIRA ROMANO DANTAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 46

ADV.(A/S) : LEONARDO RIBEIRO PESSOA E OUTROS (98874/RJ) E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE ACÓRDÃO PARADIGMA DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL PROFERIDO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO, AGRAVO DE INSTRUMENTO OU AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA N. 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 904.608

(444)

ORIGEM : PROC - 00251571020128170000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CARLOS ANTONIO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLICIO (17009/PE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO MONOCRÁTICA COMO PARADIGMA DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL: IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NOS EMB.INFR. NOS EMB.DECL. NA AÇÃO RESCISÓRIA 1.063

(445)

ORIGEM : 10639 - FÓRUM DA COMARCA DE RANCHARIAPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : GLAUCO XAVIER DE ALMEIDAADV.(A/S) : CRISTINA MARIA GAMA NEVES DA SILVA (32288/DF)AGDO.(A/S) : ALEXANDRE DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ANA CAMELO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : NEWTON JOSE DE SISTI (01669/PR)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, conheceu do agravo regimental e a este negou provimento. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS INFRINGENTES NOS

EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA AÇÃO RESCISÓRIA. HIPÓTESE DE RESCINDIBILIDADE DO ARTIGO 485, V, DO CPC NÃO CONFIGURADA. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO, NA INICIAL DA RESCISÓRIA, DO DISPOSITIVO DE LEI SUPOSTAMENTE HÁBIL A ENSEJAR A DESCONSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO RESCINDENDO PELO QUAL RESTABELECIDA A SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DOS EMBARGOS INFRINGENTES PUBLICADA EM 30.11.2005. 1. O cabimento da ação rescisória fundada no artigo 485, V, do CPC pressupõe a indicação da norma tido como violada - ou a transcrição do seu conteúdo -, ainda que, não explícita tal indicação, possa ser depreendido da exordial o dispositivo legal cuja afronta autorizaria, em tese, a desconstituição da decisão rescindenda. 2. Tendo o autor da ação rescisória se limitado a afirmar, na petição inicial, a violação do artigo 363, II, do CPC vigente à época, sem indicar ofensa também à alínea "d" do inciso III do art. 119 da Constituição de 1967, inviável concluir pela abrangência também desse preceito constitucional na alegação de violação de literal disposição de lei (art. 485, V, do CPC).

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.699 (446)ORIGEM : ARE - 719441 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDES

AGTE.(S) : MILTON JOSÉ BEZERRAADV.(A/S) : ANA CRISTINA GOMES SILVAAGDO.(A/S) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Ausente, neste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia (Vice-Presidente). Plenário, 17.03.2016.

Agravo regimental em mandado de segurança. 2. Direito constitucional e processual civil. 3. Ato da Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal. Aplicação da sistemática da repercussão geral. Devolução dos autos à origem para observância do disposto no art. 543-B do CPC. 4. Ausência de lesividade. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.509

(447)

ORIGEM : PROC - 201002010151401 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ANTONIO MENDES RIBEIROADV.(A/S) : TERESA CRISTINA CARNEIRO DA SILVA GUIMARÃES

DOS SANTOS (61792/RJ)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do RE 598.365-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.763

(448)

ORIGEM : AC - 0271732012 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

PROCED. : MARANHÃORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : EDUARDO JOSE MONROE FERREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CHRISTIAN BARROS PINTO (07063/MA) E

OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 871.499-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.827

(449)

ORIGEM : AC - 70030570147 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIZA VANIQUE MOLINA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MATEUS DE CARVALHO NEVES DA FONTOURA

(61933/RS) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO (DF00750A/) E

OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 47

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do RE 590.005-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 891.919

(450)

ORIGEM : PROC - 00007673520148050001 - TJBA - 5ª TURMA RECURSAL

PROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : PROMÉDICA - PROTEÇÃO MÉDICA A EMPRESAS S/AADV.(A/S) : GUSTAVO DA CRUZ RODRIGUES (0028911/BA)AGDO.(A/S) : MARCOS ADRIANO PEREIRA FAHELADV.(A/S) : FLÁVIO FRANÇA DALTRO (15834/BA) E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 697.312-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 893.591

(451)

ORIGEM : AC - 290896120138100001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

PROCED. : MARANHÃORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : ANDERSON CHAVES GEDEONAGDO.(A/S) : FREDERICO DE ALMEIDA BASTOSAGDO.(A/S) : KLEYCE KELLY CARVALHO NOLETOAGDO.(A/S) : RENATA VEIGA GOMES GEDEONAGDO.(A/S) : SAULO HENRIQUE RIBEIRO MARTINSADV.(A/S) : GIZELLE KLER AZEVEDO CARVALHO (MA009275/)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 871.499-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 909.293

(452)

ORIGEM : PROC - 05018835520124058300 - TRF5 - PE - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIA JOSE RIBEIRO DO NASCIMENTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao

agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL: ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – É deficiente a fundamentação do agravo regimental cujas razões não atacam os fundamentos da decisão agravada. Incidência da Súmula 284 desta Corte. Precedentes.

II – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do AI 759.421-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

III – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 915.245

(453)

ORIGEM : PROC - 05017025020144058311 - TRF5 - PE - 2ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SOLIDADE REGINA DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : BANCO BMG S/AADV.(A/S) : MARINA BASTOS DA PORCIUNCULA BENGHI (00903A/

PE) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PARANÁ BANCO S/AADV.(A/S) : MILTON LUIZ CLEVE KÜSTER (1883A/PE) E OUTRO(A/

S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do RE 633.360-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 916.643

(454)

ORIGEM : AC - 200061000222575 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS MÉDICO

HOSPITALAR PROSÍNTESE LTDAADV.(A/S) : ANNA LÚCIA DA MOTTA PACHECO CARDOSO DE

MELLO (00100930/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 917.019

(455)

ORIGEM : AC - 994070665590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : VICENTE BENEDITO VISCOMEADV.(A/S) : LEONARDO FOGAÇA PANTALEÃO (0146438/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 48

AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : ANHEMBI TURISMO E EVENTOS DA CIDADE DE SÃO

PAULOADV.(A/S) : JOSÉ DANIEL MONTEIRO MOREIRA (189125/SP) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOAGDO.(A/S) : RICARDO LOPES CASTELLO BRANCOADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO MANESCO (61471/SP) E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 639.228-RG e do ARE 748.371-RG. Essas decisões valem para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 921.220

(456)

ORIGEM : AI - 01985687920118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JOSÉ MARIA RIBEIROADV.(A/S) : OLAVO GLIORIO GOZZANO (0069916/SP)AGDO.(A/S) : GRAFIR LEITE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS

LTDAADV.(A/S) : RICARDO DORNELLES CORRÊA (0080471/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do RE 598.365-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 924.507

(457)

ORIGEM : PROC - 70055351951 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : MARCOANTONIO FRANZEN (40432/SP)ADV.(A/S) : JOSÉ MAURO BARBIERI (17169/RS)ADV.(A/S) : MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS (66619/RS)AGDO.(A/S) : ADELINO SOSSMAIER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUÍS RENATO FERREIRA DA SILVA (24321/RS)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 900.968-RG. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 929.495

(458)

ORIGEM : PROC - 11751620105150073 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDENCIA DOS FUNCIONARIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : ALCEU LUIZ CARREIRA (124489/SP)ADV.(A/S) : ADILSON ELIAS DE OLIVEIRA SARTORELLO (160824/

SP)AGDO.(A/S) : HÉLIO HEIITI YAMANARIADV.(A/S) : FRANCIS LURDES GUIMARÃES DO PRADO (0024410/

DF)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 931.942

(459)

ORIGEM : 00193409220128260006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI

(144029/SP)AGDO.(A/S) : JESTEC CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDAADV.(A/S) : JOSE FERREIRA DE LIRA (113712/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 935.888

(460)

ORIGEM : 50060843320134047208 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ROLF HERMANN VIEWEGADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 937.308

(461)

ORIGEM : 50023407620124047204 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 49

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ADEMIR JOSE BRUNELLIADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 937.905

(462)

ORIGEM : 50057666220134047204 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ANGELO BIZADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (SC013520/)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 937.908

(463)

ORIGEM : 50076995820134047208 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JOAO JERONIMO PORTELLA FELIXADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (23800/BA, 21038/ES, 26803/

GO, 118436/MG, 50477/PR, 155930/RJ, 97411A/RS, 13520/SC, 263146/SP)

AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 938.130

(464)

ORIGEM : 00001998420148190015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : LUIZ CASTILHO DE CARVALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DOS SANTOS FILHO (63108/RJ)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 938.286

(465)

ORIGEM : 50023936420114047213 - TRF4 - SC - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BENITO RONCHIADV.(A/S) : CARLOS BERKENBROCK (SC013520/)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 940.311

(466)

ORIGEM : 0150689528260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JORGE MEREGE RAMIRESADV.(A/S) : RUBENS HARUMY KAMOI (137700/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE REGISTROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE REGISTRO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Nos termos da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso.

II - Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 883.852

(467)

ORIGEM : PROC - 00247068220128170000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ROBERVAL MOURA CABRALADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO (17009/PE) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RECIFEADV.(A/S) : JULIANA VILLAR LIMEIRA (25612/PE) E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, justificadamente, os Ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 03.03.2016.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE – EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – INADMISSIBILIDADE DA INVOCAÇÃO, COMO PADRÃO DE DIVERGÊNCIA, DE DECISÕES MONOCRÁTICAS PROFERIDAS POR MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL –

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 50

DESCUMPRIMENTO, ADEMAIS, PELA PARTE EMBARGANTE, DO DEVER PROCESSUAL DE PROCEDER AO CONFRONTO ANALÍTICO DETERMINADO NO ART. 331 DO RISTF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – COMPETÊNCIA NORMATIVA PRIMÁRIA (CF/69, ART. 119, § 3º, “c”) – POSSIBILIDADE CONSTITUCIONAL, SOB A ÉGIDE DA CARTA FEDERAL DE 1969, DE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DISPOR, EM SEDE REGIMENTAL, SOBRE NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL – RECEPÇÃO, PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988, DE TAIS PRECEITOS REGIMENTAIS COM FORÇA E EFICÁCIA DE LEI (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278) – PLENA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO ART. 331 DO RISTF – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

– Não se revelam admissíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição – vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

– Não cabe, em sede de embargos de divergência, para demonstração do conflito jurisprudencial, a invocação de decisão monocrática proferida por Ministro do Supremo Tribunal Federal, eis que a utilização dessa modalidade recursal pressupõe a comprovação de dissenso instaurado entre as próprias Turmas ou entre qualquer destas e o Plenário da Suprema Corte. Decisão monocrática, por isso mesmo, não se reveste de parametricidade, não podendo, em consequência, ser indicada como padrão de confronto para efeito de demonstração da divergência jurisprudencial. Precedentes.

– A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência – ou de não conhecimento destes, quando já admitidos – deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe reproduzir, na petição recursal, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, os trechos que configurariam a divergência indicada, mencionando, ainda, as circunstâncias que identificariam ou que tornariam assemelhados os casos em confronto. Precedentes.

– O Supremo Tribunal Federal, sob a égide da Carta Política de 1969 (art. 119, § 3º, “c”), dispunha de competência normativa primária para, em sede meramente regimental, formular normas de direito processual concernentes ao processo e ao julgamento dos feitos de sua competência originária ou recursal. Com a superveniência da Constituição de 1988, operou-se a recepção de tais preceitos regimentais, que passaram a ostentar força e eficácia de norma legal (RTJ 147/1010 – RTJ 151/278), revestindo-se, por isso mesmo, de plena legitimidade constitucional a exigência de pertinente confronto analítico entre os acórdãos postos em cotejo (RISTF, art. 331).

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 30.669 (468)ORIGEM : RE - 418473 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : COOPERATIVA AGRÍCOLA REGIONAL DE

PRODUTORES DE CANA LTDA - COOPCANAADV.(A/S) : DIRCEU GALDINO CARDIN (6875/PR)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA PRIMEIRA TURMA DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, tudo nos termos do voto do Relator. Ausente, neste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia (Vice-Presidente). Plenário, 17.03.2016.

Embargos de declaração em mandado de segurança. 2. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Mandado de segurança contra ato judicial. Ausência de teratologia ou abuso de poder. Não cabimento. Precedentes. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 891.336

(469)

ORIGEM : AC - 20120110824962 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : HELIO SOARES DE ANDRADEADV.(A/S) : SEBASTIÃO MIGUEL JULIÃO (592A/DF)EMBDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO

MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ÓBICE INTRANSPONÍVEL AO PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – A questão em exame nestes autos teve sua repercussão geral negada por esta Corte no julgamento do ARE 639.228–RG e do ARE 748.371-RG. Essas decisões valem para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327 do RISTF e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006.

II – Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 924.834

(470)

ORIGEM : PROC - 50571762920124047000 - TRF4 - PR - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : VICENTE GARCIAADV.(A/S) : FABÍOLA DA ROCHA LEAL DE LIMA (61386/PR)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS A DECISÃO MONOCRÁTICA PROFERIDA EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO PREVISTO NO ART. 544 DO CPC. NÃO CABIMENTO. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. CABIMENTO SOMENTE PARA OS RECURSOS INTERPOSTOS ANTES DE 19/11/2009. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, na linha da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por terem sido opostos a decisão monocrática.

II – Não é cabível agravo para a correção de suposto equívoco na aplicação da repercussão geral, consoante firmado no julgamento do AI 760.358-QO/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes.

III – A aplicação do princípio da fungibilidade recursal, com a devolução dos autos para julgamento pelo Tribunal de origem como agravo regimental, só é cabível nos processos interpostos antes de 19/11/2009.

IV – Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 942.152

(471)

ORIGEM : 50182688820124047100 - TRF4 - RS - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : ALVARO DE SOUZA PEREIRA FILHOADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRE (39679/RS)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). Ausentes, neste julgamento, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2016.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO PREVISTO NO ART. 544 DO CPC. NÃO CABIMENTO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, na linha da pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por terem sido opostos contra decisão monocrática.

II - Não é cabível agravo para a correção de suposto equívoco na aplicação da repercussão geral, consoante firmado no julgamento do AI 760.358-QO/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes.

III - Agravo regimental a que se nega provimento.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.624 (472)ORIGEM : PROC - 200938000099305 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. EDSON FACHIN

RECTE.(S) : FÁBIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 51

ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal, por maioria, negou provimento ao recurso extraordinário, vencidos os Ministros Marco Aurélio (Relator) e Dias Toffoli. Redigirá o acórdão o Ministro Edson Fachin. Ausente, justificadamente, o Ministro Luiz Fux. Falou, pelo recorrente, o Dr. Gustavo Zortéa da Silva, Defensor Público da União. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 28.10.2015.

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, apreciando o tema 393 da repercussão geral, fixou tese nos seguintes termos: “Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B da Lei nº 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de computadores”. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, nesta assentada, o Ministro Dias Toffoli. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 29.10.2015.

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME PREVISTO NO ARTIGO 241-A DA LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE). COMPETÊNCIA. DIVULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE IMAGENS COM CONTEÚDO PORNOGRÁFICO ENVOLVENDO CRIANÇA OU ADOLESCENTE. CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DA CRIANÇA. DELITO COMETIDO POR MEIO DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES (INTERNET). INTERNACIONALIDADE. ARTIGO 109, V, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL RECONHECIDA. RECURSO DESPROVIDO.

1. À luz do preconizado no art. 109, V, da CF, a competência para processamento e julgamento de crime será da Justiça Federal quando preenchidos 03 (três) requisitos essenciais e cumulativos, quais sejam, que: a) o fato esteja previsto como crime no Brasil e no estrangeiro; b) o Brasil seja signatário de convenção ou tratado internacional por meio do qual assume o compromisso de reprimir criminalmente aquela espécie delitiva; e c) a conduta tenha ao menos se iniciado no Brasil e o resultado tenha ocorrido, ou devesse ter ocorrido no exterior, ou reciprocamente.

2. O Brasil pune a prática de divulgação e publicação de conteúdo pedófilo-pornográfico, conforme art. 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente.

3. Além de signatário da Convenção sobre Direitos da Criança, o Estado Brasileiro ratificou o respectivo Protocolo Facultativo. Em tais acordos internacionais se assentou a proteção à infância e se estabeleceu o compromisso de tipificação penal das condutas relacionadas à pornografia infantil.

4. Para fins de preenchimento do terceiro requisito, é necessário que, do exame entre a conduta praticada e o resultado produzido, ou que deveria ser produzido, se extraia o atributo de internacionalidade dessa relação.

5. Quando a publicação de material contendo pornografia infanto-juvenil ocorre na ambiência virtual de sítios de amplo e fácil acesso a qualquer sujeito, em qualquer parte do planeta, que esteja conectado à internet, a constatação da internacionalidade se infere não apenas do fato de que a postagem se opera em cenário propício ao livre acesso, como também que, ao fazê-lo, o agente comete o delito justamente com o objetivo de atingir o maior número possível de pessoas, inclusive assumindo o risco de que indivíduos localizados no estrangeiro sejam, igualmente, destinatários do material. A potencialidade do dano não se extrai somente do resultado efetivamente produzido, mas também daquele que poderia ocorrer, conforme própria previsão constitucional.

6. Basta à configuração da competência da Justiça Federal que o material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes tenha estado acessível por alguém no estrangeiro, ainda que não haja evidências de que esse acesso realmente ocorreu.

7. A extração da potencial internacionalidade do resultado advém do nível de abrangência próprio de sítios virtuais de amplo acesso, bem como da reconhecida dispersão mundial preconizada no art. 2º, I, da Lei 12.965/14, que instituiu o Marco Civil da Internet no Brasil.

8. Não se constata o caráter de internacionalidade, ainda que potencial, quando o panorama fático envolve apenas a comunicação eletrônica havida entre particulares em canal de comunicação fechado, tal como ocorre na troca de e-mails ou conversas privadas entre pessoas situadas no Brasil. Evidenciado que o conteúdo permaneceu enclausurado entre os participantes da conversa virtual, bem como que os envolvidos se conectaram por meio de computadores instalados em território nacional, não há que se cogitar na internacionalidade do resultado.

9. Tese fixada: “Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B da Lei nº 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de computadores”.

10. Recurso extraordinário desprovido.

Brasília, 4 de abril de 2016.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

ACÓRDÃOS

Quadragésima Terceira Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 894.605

(473)

ORIGEM : RESP - 1487224 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : TRANSPORTES TRANSVIDAL LTDAADV.(A/S) : MARCELO AUGUSTO SELLA (38404/PR) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS. BASE DE CÁLCULO FIXADA POR PORTARIA. INCONSTITUCIONALIDADE. RMS 25.476/DF. DELIMITAÇÃO DAS PARCELAS ABRANGIDAS PELO JUÍZO DA EXECUÇÃO. PRECEDENTES.

1. Nos termos da jurisprudência da Corte, é inconstitucional de fixação de base de cálculo de contribuição social por meio de portaria. Declaração pelo Pleno da inconstitucionalidade da Portaria nº 1.135/2001 no RMS 25.476/DF.

2. A apreciação da temática concernente à contagem do prazo prescricional para a repetição do indébito, bem como o conjunto de parcelas abrangidas pela restituição do indébito, terão lugar por ocasião da execução da decisão, respeitado o decidido no precedente do RE 566.621-RG e a legislação de regência (Lei nº 12.016/2009).

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NOS SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 868.268

(474)

ORIGEM : AMS - 20080160355 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE EVANGÉLICA DE

JOINVILLEADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI (1805A/DF) E OUTRO(A/

S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

ICMS – IMPORTAÇÃO DE BENS – AUTORIA – NEUTRALIDADE – EC Nº 33/2001. Ante o teor da Emenda Constitucional nº 33/01, surge harmônica com a Carta a incidência do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços em bens importados, ainda que não se trate de pessoa dedicada, de forma habitual, ao comércio.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.186 (475)ORIGEM : RCL - 194611 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALAGDO.(A/S) : PEDRO SAMPAIO MALANADV.(A/S) : ARNOLDO WALD (1474A/DF)LIT.ATIV.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 20ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA

DO DISTRITO FEDERALRECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 22ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA

DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: Retirado de mesa ante a aposentadoria da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Ausente o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, licenciado. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 10.08.2011.

Decisão: A Turma deu provimento ao agravo regimental, nos termos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 52

do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE

PRERROGATIVA DE FORO EM AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. COMPETÊNCIA DO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA. RECLAMAÇÃO IMPROCEDENTE.

Sedimentou-se, nesta Corte Suprema, o entendimento de que competente o primeiro grau de jurisdição para julgamento das ações de improbidade administrativa contra agentes políticos, ocupantes de cargos públicos ou detentores de mandato eletivo, independentemente de estarem, ou não, em atividade. Precedentes.

Agravo regimental conhecido e provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 11.749 (476)ORIGEM : PROC - 0154233742005819001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO BRADESCO CARTÕES S/AADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO (1660A/DF)AGDO.(A/S) : INSTITUTO AERUS DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : EDUARDO BRAGA TAVARES PAES (63376/RJ)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 77/DF – LIMINAR – VIGÊNCIA EXAURIDA – NEGATIVA DE SEGUIMENTO. Exaurida a vigência de medida acauteladora em arguição de descumprimento de preceito fundamental, torna-se insubsistente a eficácia vinculante a viabilizar o manuseio da reclamação.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 20.761 (477)ORIGEM : Rcl - 20761 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BELMIRO CATELANADV.(A/S) : NELSON BUGANZA JÚNIOR (1973A/DF)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – ATO IMPUGNADO – PARADIGMA – AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL. Não havendo identidade material entre o ato impugnado e o paradigma evocado, impõe-se a negativa de seguimento à reclamação.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 21.000 (478)ORIGEM : RR - 3349120145100017 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARISTELA MARQUES COSTAADV.(A/S) : DAVI RODRIGUES RIBEIRO (23455/DF)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ADMINAS ADMINISTRAÇÃO E TERCEIRIZAÇÃO DE

MÃO DE OBRA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – ATO IMPUGNADO – PARADIGMA – AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL. Não havendo identidade material entre o ato impugnado e o paradigma evocado, impõe-se a negativa de seguimento à reclamação.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 21.075 (479)ORIGEM : airr - 377001520095050039 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : LUIS CLAUDIO SANTOS SILVAADV.(A/S) : RENATO MARCONDES CESAR AFFONSO (1195A/BA)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SENA - SEGURANÇA INTELIGENTE E TRANSPORTE

DE VALORES LTDAADV.(A/S) : YGOR CASTELLO BRANCO SOLEDADE (19747/BA)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – COISA JULGADA. A reclamação não faz as vezes de rescisória – Verbete nº 734 da Súmula do Supremo: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 21.076 (480)ORIGEM : airr - 914001120095050004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : CRISPIM RIBEIRO DOS SANTOSADV.(A/S) : RENATO MARCONDES CESAR AFFONSO (1195A/BA)AGDO.(A/S) : TECLIMP - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM LIMPEZA

LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – COISA JULGADA. A reclamação não faz as vezes de rescisória – Verbete nº 734 da Súmula do Supremo: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 21.088 (481)ORIGEM : AIRR - 2098320125050001 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS VIGILANTES EMPREGADOS EM

EMPRESAS DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DO ESTADO DA BAHIA

ADV.(A/S) : JULIANA CABRAL DE OLIVEIRA (0013694/BA)AGDO.(A/S) : PONTESEG SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – COISA JULGADA. A reclamação não faz as vezes de rescisória – Verbete nº 734 da Súmula do Supremo: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 21.184 (482)ORIGEM : AI - 494896 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BENEDICTO IRINEU NUNES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ARISTIDES BOTARO (116582/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – COISA JULGADA. A reclamação não faz as vezes

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 53: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 53

de rescisória – Verbete nº 734 da Súmula do Supremo: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 21.845 (483)ORIGEM : RT - 00533009120135160019 - JUIZ DO TRABALHO DA

16ª REGIÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TIMONPROC.(A/S)(ES) : HEONIR BASILIO DA SILVA ROCHA (0009034/PI)AGDO.(A/S) : CLAUDIOMAR SANTOS DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

TIMONADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

COMPETÊNCIA – JUSTIÇA DO TRABALHO – RECLAMAÇÃO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3.395 – LIMINAR – ALCANCE. O Tribunal, ao examinar a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395, não excluiu, da Justiça do Trabalho, a competência para apreciar relação jurídica, regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, entre o Poder Público e servidor.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.038 (484)ORIGEM : PROC - 00001276720135040511 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESAGDO.(A/S) : FRANCIELE TELLES GUADAGNINI DOS SANTOSADV.(A/S) : JANETE CLAIR MEZZOMO ZONATTO (0037999/RS)AGDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS TRABALHADORES

AUTÔNOMOS DO ALTO URUGUAI LTDA. - COMTAUADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECLAMAÇÃO – ATO IMPUGNADO – PARADIGMAS – AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL. Não havendo identidade material entre o ato impugnado e os paradigmas evocados, impõe-se a negativa de seguimento à reclamação.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.206 (485)ORIGEM : PROC - 00110120820155180083 - JUIZ DO TRABALHO

DA 18ª REGIÃOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : RICARDO DANTAS DA SILVAADV.(A/S) : ALBANITA DOS PASSOS MÁXIMO (0041700/GO)INTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE

APARECIDA DE GOIÂNIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

COMPETÊNCIA – JUSTIÇA DO TRABALHO – RECLAMAÇÃO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3.395 – LIMINAR – ALCANCE. O Tribunal, ao examinar a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395, não excluiu, da Justiça do Trabalho, a competência para apreciar relação jurídica, regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, entre o Poder Público e servidor.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.192 (486)ORIGEM : AC - 200813408677 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE

(RJ028344/)AGDO.(A/S) : BANK OF AMERICA BRASIL S/A BANCO DE

INVESTIMENTOADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE TRANJAN BECHARA (RJ079195/)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ISS. SERVIÇOS BANCÁRIOS. DECRETO-LEI Nº 406/1968. RECEPCIONADO COMO LEI COMPLEMENTAR NACIONAL. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA.

1. Nos termos da jurisprudência da Corte, o Decreto-Lei nº 406/1968 foi recepcionado pela Constituição como norma tributária de caráter geral. Em se tratando de norma de status de Lei Complementar, tem vigência sobre todo território nacional, não havendo que se falar em isenção heterônoma na espécie.

2. Vale dizer, a isenção prevista na lei complementar que dispõe sobre normas gerais não encontra óbice na vedação às isenções heterônomas.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 629.947 (487)ORIGEM : AMS - 200303990044256 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MCKINSEY E COMPANY INC. DO BRASIL

CONSULTORIAADV.(A/S) : VINICIUS JUCÁ ALVES (206993/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA LEGAL. O recurso extraordinário não serve à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 874.056 (488)ORIGEM : AC - 70044939528 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : VERA BEATRIZ DOS SANTOS QUIROGAADV.(A/S) : FERNANDA FONSECA DUTRA (71121/RS) E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 886.863 (489)ORIGEM : MS - 030012074 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ACRERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACREAGDO.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS DE ALMEIDA GOMESADV.(A/S) : PAULO ANDRÉ DINELLI (2425A/AC)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 54

imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 898.059 (490)ORIGEM : AC - 200372000161027 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : VALMIRA DE SOUZA LONGEN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JONECIR OSTROWSKI LUKASZEWSKI (16324/SC)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.609

(491)

ORIGEM : AREsp - 324901 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ITAMAR FONTES FILHOADV.(A/S) : JOÃO WALTER ARREBOLA (4020/ES) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DACASA FINANCEIRA S/A - SOCIEDADE DE CRÉDITO,

FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOADV.(A/S) : FLÁVIA QUINTEIRA MARTINS (8973/ES) E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEOPOLDO DAHER MARTINS (9879/ES)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

AGRAVO – OBJETO. Visando o agravo a fulminar certa decisão, a minuta deve estar direcionada a infirmá-la. O silêncio quanto a fundamento consignado conduz, por si só, à manutenção do que assentado.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 851.916

(492)

ORIGEM : ARESP - 506771 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : AMERICAN VIRGÍNIA - INDÚSTRIA, COMÉRCIO,

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE TABACOS LTDAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO FERNANDES (57203/SP) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 872.586

(493)

ORIGEM : AC - 50014749520134047216 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANA DALVA SONNTAGADV.(A/S) : RAFAEL DOS SANTOS (21951/SC) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AUSÊNCIA DE ENQUADRAMENTO NO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. Estando o acórdão proferido pelo Tribunal de origem em consonância com a Constituição Federal, descabe dar sequência ao extraordinário.

GRATIFICAÇÃO – EXTENSÃO A INATIVO – TERMO FINAL. Homenageia o tratamento igualitário decisão que, até o término do ciclo de avaliação dos servidores em atividade, implica a observância da mesma pontuação no tocante a inativos.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.807

(494)

ORIGEM : APCRIM - 2009008441014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : GILSON VITAL CIPRIANOADV.(A/S) : RICARDO SILVA NAVES (9993/GO) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. ARTIGO 33 DA LEI Nº 11.343/06. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. AFRONTA AO ARTIGO 93, IX, DA CF/88. INEXISTÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 878.695

(495)

ORIGEM : APCRIM - 20120110192873 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : DAVID SOUSA DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ WELLINGTON MEDEIROS DE ARAÚJO

(6130/DF) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO POR CONCURSO DE PESSOAS C/C CORRUPÇÃO DE MENORES. ART. 157, § 2º, II, DO CÓDIGO PENAL E ART. 244-B, DA LEI Nº 8.069/90. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ÓBICES DAS SÚMULAS Nº 282 E Nº 356 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES. AFRONTA AO ARTIGO 93, IX, DA CF/88. INEXISTÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.560

(496)

ORIGEM : PROC - 50174230220114047000 - TRF4 - PR - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SIRLEI MARIA APPARECIDA TEIXEIRA PIANOWSKIADV.(A/S) : WILLYAN ROWER SOARES (00019887/PR) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

DECADÊNCIA – PRAZO – BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – REVISÃO. É constitucional a fixação de prazo decadencial mediante medida

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 55

provisória. Precedente: Recurso Extraordinário nº 626.489/SE, relatado no Pleno pelo ministro Luís Roberto Barroso, publicado no Diário da Justiça de 23 de setembro de 2014.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 888.986

(497)

ORIGEM : AC - 00294667620078190038 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NOVA

IGUAÇUAGDO.(A/S) : IGREJA EVANGELICA DA CONQUISTAADV.(A/S) : FÁTIMA DA SILVA DE SOUZA (71397/RJ)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de entendimento. O instituto visa o cotejo indispensável a que se diga enquadrado o recurso extraordinário no permissivo constitucional.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 894.223

(498)

ORIGEM : AI - 00041551620134050000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : SHOPPING CENTER JARDINS S/AADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA (9934/PE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. ADESÃO AO PAEX. DEPÓSITO JUDICIAL. CONVERSÃO EM RENDA. REDUÇÕES PREVISTAS NA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 303/2006. CONTROVÉRSIA A RESPEITO DA TITULARIDADE DOS JUROS REMUNERATÓRIOS INCIDENTES SOBRE O PRINCIPAL DEPOSITADO. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE EM SEDE EXTRAORDINÁRIA. SÚMULA Nº 636 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 895.853

(499)

ORIGEM : PROC - 00377955420078060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : FRANCISCO EVANGELISTA TEIXEIRA ARAUJOADV.(A/S) : FERNANDO ANTÔNIO SILVEIRA TORRES (CE007555/)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 905.880

(500)

ORIGEM : PROC - 00070608620148190209 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DEKOLAR 2000 DECORAÇÕES LTDAADV.(A/S) : PAULO ALBERTO ANTUNES DE FIGUEIREDO

(24132/RJ) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ADRIANA DO VALLE GRACAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de entendimento. O instituto visa o cotejo indispensável a que se diga enquadrado o recurso extraordinário no permissivo constitucional.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 906.202

(501)

ORIGEM : AC - 00344381319934036100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : REGINA MÁRCIA DA SILVA TEIXEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIEL COSTA RODRIGUES (82154/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. MILITAR TEMPORÁRIO. LICENCIAMENTO EX OFFICIO. CONVENIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. ANÁLISE DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279. DEVIDO PROCESSO LEGAL.

1. É incabível o recurso extraordinário por ofensa reflexa ou indireta à Constituição, o que se verifica no caso, dada a necessidade de se examinar legislação infraconstitucional (DL 880/1993 e Lei 6.880/1980).

2. A decisão que inadmitiu o recurso extraordinário não ofendeu a norma do art. 93, IX, da Constituição, porquanto está devidamente fundamentada.

3. A análise de alegação que deva ser contrastada com elementos probatórios trazidos aos autos esbarra no óbice da Súmula 279 do STF.

4. O Supremo Tribunal Federal já assentou, sob a sistemática da repercussão geral, que suposta ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e dos limites da coisa julgada, quando a violação é debatida sob a ótica infraconstitucional, não apresenta repercussão geral, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. (RE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 1º.08.2013 tema 660).

5. Agravo Regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 907.941

(502)

ORIGEM : PROC - 03251914920128190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : ANDREA MARIA SILVEIRA UITERWAAL MEDEIROS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO SÉRGIO FARIAS (RJ162910/) E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 56: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 56

interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.

PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de entendimento. O instituto visa o cotejo indispensável a que se diga enquadrado o recurso extraordinário no permissivo constitucional.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 908.005

(503)

ORIGEM : AIRR - 13297520125220103 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO BRITOADV.(A/S) : Luis Henrique Carvalho Moura Barros (PI009277/) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO – CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO – EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. Quando envolvida controvérsia sobre cabimento de recurso, a via excepcional do extraordinário apenas é aberta se, no acórdão, constar premissa contrária à Constituição Federal.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 908.062

(504)

ORIGEM : PROC - 28979820115150025 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : MANOEL RODRIGUES LOURENÇO FILHO (208128/SP)AGDO.(A/S) : HUMBERTO BOSCOADV.(A/S) : MAURICIO SERGIO FORTI PASSARONI (00152167/SP)

E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL DA CONTROVÉRSIA.

1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 743.833-RG, de relatoria do Ministro Cezar Peluso, consignou que não apresenta repercussão geral a controvérsia relativa à publicação de editais de notificação de lançamento da contribuição sindical rural.

2. Dissentir das conclusões adotadas pelo Tribunal de origem demandaria o reexame do acervo probatório constante dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente, providência vedada nesta fase processual.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 909.653

(505)

ORIGEM : PROC - 05023332820134058311 - TRF5 - PE - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : DANIEL ALVES DA SILVAADV.(A/S) : LEONARDO DA COSTA (0001565A/PE)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência

do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O

recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 914.322

(506)

ORIGEM : PROC - 101792014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ARTUR RIBEIRO PAZADV.(A/S) : LUIS CARLOS ALENCAR DE BESSA (14126/CE)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MATÕESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÕES

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. TRATAMENTO MÉDICO-HOSPITALAR. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. RESCISÓRIA. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS Nº 282 E Nº 356 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 917.111

(507)

ORIGEM : AMS - 200581000074580 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : INVESTLUZ S/AADV.(A/S) : CELSO LUIZ DE OLIVEIRA (000495A/PE) E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS. PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO VIOLAÇÃO.

1. O Plenário deste Tribunal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que ela se funde na tese suscitada pela parte (AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes).

2. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 918.941

(508)

ORIGEM : PROC - 50054491320124047006 - TRF4 - PR - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SEVERINO GENUINO DOURADOADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA (23510B/PR) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AUSÊNCIA DE ENQUADRAMENTO NO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. Estando o acórdão proferido pelo Tribunal de origem em consonância com a Constituição Federal, descabe dar sequência ao extraordinário.

GRATIFICAÇÃO – EXTENSÃO A INATIVO – TERMO FINAL. Homenageia o tratamento igualitário decisão que, até o término do ciclo de avaliação dos servidores em atividade, implica a observância da mesma pontuação no tocante a inativos.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 928.876

(509)

ORIGEM : AI - 01976227320128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 57

AGTE.(S) : LAURO SPERAADV.(A/S) : JOÃO CARLOS GONÇALVES FILHO (77927/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO DE DILIGÊNCIA PROBATÓRIA. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 639.228-RG. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. BEM DE FAMÍLIA. AVALIAÇÃO. PENHORABILIDADE. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. INCURSIONAMENTO NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA Nº 279 DO STF. INCIDÊNCIA. APLICABILIDADE DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA A AGENTES POLÍTICOS. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 933.085

(510)

ORIGEM : 00356866620048260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ENGESEL EQUIPAMENTOS DE SEGURANCA LTDAADV.(A/S) : MARCELO VIDA DA SILVA (38202/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXECUÇÃO FISCAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO OU NOTIFICAÇÃO. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. VALIDADE. REQUISITOS. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCURCIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA Nº 279 DO STF. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 933.252

(511)

ORIGEM : 873004320035150069 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : JACY DE ASSIS VITALIADV.(A/S) : PABLO DE ARAUJO OLIVEIRA (19199/DF)AGDO.(A/S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO TRABALHO. INDENIZAÇÃO. VIOLAÇÃO AOS LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO STF NO ARE 748.371. TEMA Nº 660. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 933.525

(512)

ORIGEM : 91226135420098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RENATO GREMBECKI ARCHILLAADV.(A/S) : ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA (23183/SP)ADV.(A/S) : RENATA CESTARI FERREIRA (248617/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOAGDO.(A/S) : RENATA GUIMARÃES ARCHILLA ARANHA DE ARAÚJOADV.(A/S) : MARCIAL HERCULINO DE HOLLANDA FILHO

(32381/SP)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

PREQUESTIONAMENTO CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de entendimento. O instituto visa o cotejo indispensável a que se diga enquadrado o recurso extraordinário no permissivo constitucional.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 933.966

(513)

ORIGEM : 00142087420118190203 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ELISANGELA CARPES ROSSIADV.(A/S) : ABDIAS GONZAGA DE FREITAS ARAÚJO (RJ065336/)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE ESTELIONATO. ARTIGO 171 DO CÓDIGO PENAL. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E ARTIGO 327, § 1º, DO RISTF. AFRONTA AO ARTIGO 93, IX, DA CF/88. INEXISTÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.155

(514)

ORIGEM : 20130110084065 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : TATIANE DA SILVA OLIVEIRAADV.(A/S) : FELIPE ROSSI DE ANDRADE (40445/DF)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. TESTE FÍSICO. REPROVAÇÃO. AVALIADOR. REGISTRO PROFISSIONAL EDUCAÇÃO FÍSICA. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCURSIONAMENTO NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 279 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS DO EDITAL. ÓBICE DA SÚMULA Nº 454 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.175

(515)

ORIGEM : 20020070113887001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA

PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CAIXA DE ASSISTENCIA DOS EMPREGADOS DA

SAELPAADV.(A/S) : NILDEVAL CHIANCA RODRIGUES JUNIOR (12765/PB)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE EDSON P.DE AMORIM REPRESENTADO

POR BETANIA DE L.DUTRA AMORIM NUNESADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (5732A/AL,

29933/BA, 20417-A/CE, 9503-A/MA, 4007/PB, 573-A/PE, 199239/RJ, 560-A/RN)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSUMIDOR. CAIXA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. CLÁUSULA LIMITADORA DE COBERTURA CONSIDERADA ABUSIVA. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. RAZÕES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 58: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 58

RECURSAIS DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 284/STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.868

(516)

ORIGEM : 00041537220104014200 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RITA DE CASSIA PEREIRA DE MORAESADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUES (02042-A/DF, 84559/RJ)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ADEQUAÇÃO. Consoante dispõe o inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, o recurso extraordinário é cabível contra decisão de única ou última instância que haja implicado o julgamento da causa.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 937.049

(517)

ORIGEM : 50455657920124047000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES

TERRESTRES - ANTTPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ALL - AMERICA LATINA LOGISTICA MALHA SUL S.A.ADV.(A/S) : WALTER JOSE FAIAD DE MOURA (17390/DF)ADV.(A/S) : FLAVIO LUIZ YARSHELL (69022/PR, 88098/SP)ADV.(A/S) : ELIZANDRA MENDES DE CAMARGO DA ANA (210065/

SP)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 825.799

(518)

ORIGEM : REsp - 1111095 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ESPÓLIO DE MERCEDES MAGDALENA SERRADOR

MARTINSADV.(A/S) : GUILHERME VIEIRA ASSUMPÇÃO (104139/RJ)EMBDO.(A/S) : ESPÓLIO DE PAULO MARTINS FILHOEMBDO.(A/S) : ALOYSIO MARIA TEIXEIRA FILHOADV.(A/S) : ANDRÉ FONSECA ROLLER (20742/DF) E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão formalizado, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMBARGOS – ARTIGO 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se os embargos são manifestamente protelatórios, impõe-se a aplicação da multa prevista no parágrafo único do artigo 538 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 896.024

(519)

ORIGEM : PROC - 01470911920058190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROEMBDO.(A/S) : SOCIEDADE ESPANHOLA DE BENEFICÊNCIAADV.(A/S) : SARA MARIA GOMES DA SILVA MAIA DE CARVALHO

(32811/DF) E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMUNIDADE. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. DESTINAÇÃO DA RENDA E DOS BENS AOS FINS ESSENCIAIS DA INSTITUIÇÃO. CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL DA CONTROVÉRSIA. PRECEDENTES

1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado, o que afasta a presença dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 535 do CPC.

2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que ocorreu regularmente.

3. Embargos de declaração desprovidos.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 912.914

(520)

ORIGEM : AREsp - 00012622920138190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : LUIS CARLOS PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS THOMPSON BANDEIRA (RJ098475/) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 918.950

(521)

ORIGEM : AC - 01834355620098260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : GRILL ESPLANADA COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO (29120/SP)ADV.(A/S) : DENISE DE CÁSSIA ZILIO ANTUNES (90949/SP)EMBDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES (15553/DF)

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMBARGOS – ARTIGO 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se os embargos são manifestamente protelatórios, impõe-se a aplicação da multa prevista no parágrafo único do artigo 538 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 920.633

(522)

ORIGEM : AI - 00195617920118170000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ELDENE FRANCISCO DA SILVAADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO (17009D/PE)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 59

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento.

EMBARGOS – ARTIGO 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se os embargos são manifestamente protelatórios, impõe-se a aplicação da multa prevista no parágrafo único do artigo 538 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.242

(523)

ORIGEM : AMS - 200734000088766 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : INDÚSTRIAS ARTEB S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (25136/DF) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL DA CONTROVÉRSIA. INAPLICABILIDADE. DECISÃO RECORRIDA QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL.

1. A decisão recorrida não merece reparo, na medida em que o Superior Tribunal de Justiça se restringiu à análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial, não adentrando no mérito da controvérsia. De modo que não há questão constitucional a ser examinada.

2. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 788.197

(524)

ORIGEM : AC - 200238000024860 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : IARA LEÃOADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO DOS SANTOS (64161/MG) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. NULIDADE DE CDA. NULIDADE DE INFRAÇÃO. CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL DA CONTROVÉRSIA. SÚMULA 279/STF. PRECEDENTES.

1. A análise de perícia, de ocorrência das hipóteses de incidência tributária, de validade do auto de infração e de presença dos pressupostos de validade de CDA demanda o exame da legislação infraconstitucional pertinente e o reexame do conjunto fático e probatório.

2. Nos termos da jurisprudência da Corte, não há repercussão constitucional imediata da controvérsia sobre a exigibilidade de Certidão da Dívida Ativa. Incidência da Súmula 279/STF.

3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento.

HABEAS CORPUS 122.791 (525)ORIGEM : 1411731 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : LÍDIO MENDES DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Dias Toffoli, relator, que indeferia a ordem, pediu vista do processo o Senhor Ministro Luiz Fux. Falou o Dr. Antônio Ezequiel Inácio Barbosa, Defensor Público Federal, pelo paciente. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 2.9.2014.

Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Edson Fachin. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 17.11.2015.

EMENTAHabeas corpus. Penal. Tráfico interestadual de substância

entorpecente (art. 33, caput, c/c o art. 40, inciso V, da Lei nº 11.343/06). Consumação. Desnecessidade de transposição de fronteiras entre dois ou mais estados da Federação. Precedentes. Ordem denegada.

1. Consoante o repertório jurisprudencial da Corte, “para a configuração do tráfico interestadual de drogas (art. 40, V, da Lei 11.343/2006), não se exige a efetiva transposição da fronteira, bastando a comprovação inequívoca de que a droga adquirida num estado teria como destino outro estado da Federação” (HC nº 115.893/MT, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/6/13).

2. Ordem denegada.

Brasília, 4 de abril de 2016.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SEGUNDA TURMA

ACÓRDÃOS

Quadragésima Terceira Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.449 (526)ORIGEM : MS - 32153 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ANTÔNIO ALVES DE SÁ MENESESAGTE.(S) : ANTONIO BENEDITO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO GUILHERME CARVALHO ZAGALLO (6904/MA) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(TC Nº 00039020047)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. APRECIAÇÃO DA LEGALIDADE DOS ATOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO: SUPRESSÃO DE PARCELA REMUNERATÓRIA RECONHECIDA JUDICIALMENTE. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.957 (527)ORIGEM : MS - 41612 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ANELI MAZIEROADV.(A/S) : LUIS FERNANDO SILVA (9582/SC)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº

004.272/1996-0)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 60

SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. APRECIAÇÃO DA LEGALIDADE DOS ATOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO: SUPRESSÃO DE PARCELA REMUNERATÓRIA RECONHECIDA JUDICIALMENTE. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 829.602 (528)ORIGEM : ARESP - 2973 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : OLIVEIRA DISTRIBUIDORA DE GLP E DERIVADOS

LTDAADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS SOUZA MAMEDE (16615/DF) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LIQUIGÁS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : DANIEL RAICHELIS DEGENSZAJN (248678/SP) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTÔNIO G DA MOTA SILVEIRA NETO (19800/PE) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ACÓRDÃO QUE DEFERE LIMINAR – ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE DEFINITIVIDADE – MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS DO “FUMUS BONI JURIS” E DO “PERICULUM IN MORA” – INVIABILIDADE DO APELO EXTREMO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– Não cabe recurso extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios – precisamente porque fundados em mera verificação não conclusiva da ocorrência do “periculum in mora” e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte interessada – não veiculam qualquer juízo definitivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em consequência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição da República. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 876.934 (529)ORIGEM : AC - 9658044 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO LOMBAADV.(A/S) : ANA CAROLINA MONTAGNIERI SERAFIM (42082/PR) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

– A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 935.302 (530)ORIGEM : 200102010126673 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : RÔMULO GENTILADV.(A/S) : DILMAR BRUM DE OLIVEIRA (00070857/RJ)INTDO.(A/S) : MARCIO GEWANDSZNAJDERADV.(A/S) : HYLTON MONIZ FREIRE JUNIOR (25371/RJ)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

– A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional,

quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 935.338 (531)ORIGEM : 50043264120154040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : COMPANHIA MINUANO DE ALIMENTOSADV.(A/S) : WAGNER SERPA JUNIOR (232382/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES

TERRESTRES - ANTTPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO.

– A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

– Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 944.089 (532)ORIGEM : 41552008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARACAJUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJUAGDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO E OBRAS

PÚBLICAS-CEHOPADV.(A/S) : JOSE ANISIO TORRES BARRETO (1234/SE)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 827.301

(533)

ORIGEM : PROC - 50009208720134047208 - TRF4 - SC - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOICE ABREUADV.(A/S) : MÁRIO SÍLVIO CARGNIN MARTINS (7614/SC) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

– Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.662

(534)

ORIGEM : REsp - 1342710 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : LUIZ FERNANDO DA COSTAADV.(A/S) : WELLINGTON CORRÊA DA COSTA JÚNIOR (93311/RJ)

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : MARCELA DE BRITO BARRADASINTDO.(A/S) : JORGE RIBEIRO JÚNIOR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 61: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 61

INTDO.(A/S) : CARLOS WILMAR PORTELLA VANDERLEIADV.(A/S) : EDIR NASCIMENTO DA SILVA (106827/RJ)INTDO.(A/S) : FELIPE ALEXANDRE DA COSTAINTDO.(A/S) : JACQUELINE ALCÂNTARA DE MORAESINTDO.(A/S) : RONALDO ALCÂNTARA DE MORAES

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – RECURSO IMPROVIDO.

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.662

(535)

ORIGEM : REsp - 1342710 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JACQUELINE ALCÂNTARA DE MORAESADV.(A/S) : WELLINGTON CORRÊA DA COSTA JÚNIOR (93311/RJ)

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : MARCELA DE BRITO BARRADASINTDO.(A/S) : JORGE RIBEIRO JÚNIORINTDO.(A/S) : CARLOS WILMAR PORTELLA VANDERLEIADV.(A/S) : EDIR NASCIMENTO DA SILVA (106827/RJ)INTDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO DA COSTAINTDO.(A/S) : FELIPE ALEXANDRE DA COSTAINTDO.(A/S) : RONALDO ALCÂNTARA DE MORAES

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS COM AGRAVOS (LEI Nº 12.322/2010) – PRIMEIRO RECURSO DEDUZIDO NO TRF/4ª REGIÃO – EMENDA REGIMENTAL Nº 21/2007 (STF) – INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO EM DATA POSTERIOR A 03/05/2007 – EXIGÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL E FUNDAMENTADA, EM CAPÍTULO AUTÔNOMO, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS – INOCORRÊNCIA – SEGUNDO RECURSO INTERPOSTO NO STJ – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– A repercussão geral, nos termos em que instituída pela Constituição e regulamentada em sede legal (Lei nº 11.418/2006), constitui pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, cuja cognição, pelo Supremo Tribunal Federal, depende, para além da constatação dos pressupostos recursais que lhe são inerentes, do reconhecimento da existência de controvérsia constitucional impregnada de alta e relevante transcendência política, econômica, social ou jurídica, que ultrapasse, por efeito de sua própria natureza, os interesses meramente subjetivos em discussão na causa.

– Incumbe, desse modo, à parte recorrente, quando intimada do acórdão recorrido em data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007 (03/05/2007), a obrigação de proceder, em capítulo autônomo, à prévia demonstração, formal e fundamentada, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas, sob pena de incognoscibilidade do apelo extremo. Precedente.

– Assiste, ao Presidente do Tribunal recorrido, competência para examinar, em sede de controle prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, a demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe competindo o poder – que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º) – de decidir sobre a efetiva existência, ou não, em cada caso, da repercussão geral suscitada. Doutrina. Precedentes.

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.

TERCEIRO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.662

(536)

ORIGEM : REsp - 1342710 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CARLOS WILMAR PORTELLA VANDERLEIADV.(A/S) : WELLINGTON CORRÊA DA COSTA JÚNIOR (93311/RJ)

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO DA COSTAINTDO.(A/S) : FELIPE ALEXANDRE DA COSTAINTDO.(A/S) : JACQUELINE ALCÂNTARA DE MORAESINTDO.(A/S) : RONALDO ALCÂNTARA DE MORAESADV.(A/S) : WELLINGTON CORRÊA DA COSTA JÚNIOR (93311/RJ)INTDO.(A/S) : MARCELA DE BRITO BARRADASINTDO.(A/S) : JORGE RIBEIRO JÚNIORADV.(A/S) : EDIR NASCIMENTO DA SILVA (106827/RJ)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS COM AGRAVOS (LEI Nº 12.322/2010) – AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO – RECURSO NÃO CONHECIDO.

O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

– O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 846.483

(537)

ORIGEM : AC - 524653 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOSÉ EXPEDITO MATOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : INOCÊNCIO RODRIGUES UCHÔA (3274/CE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA UFCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 864.108

(538)

ORIGEM : AC - 200583000069277 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : REPRESENTAÇÕES SANTISTA LTDAADV.(A/S) : RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JÚNIOR (13005/PE)

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO.

– A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário.

– A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

– Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 62

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 880.638

(539)

ORIGEM : CC - 133130 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARCELO DE VASCONCELOS CRUZADV.(A/S) : SERGIO BATALHA MENDES (0062857/RJ) E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : TAP MANUTENÇÃO E ENGENHARIA BRASIL S/AADV.(A/S) : GUSTAVO ANTÔNIO FERES PAIXÃO (RJ095502/) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO.

– A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 884.738

(540)

ORIGEM : AIRR - 23358020115150028 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : CONFEDERACAO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : MANOEL RODRIGUES LOURENÇO FILHO (208128/SP)AGDO.(A/S) : WALDENIR CASTILHOADV.(A/S) : LUÍS ANTONIO ROSSI (155723/SP) E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito do Trabalho. 3. Contribuição sindical rural. Prescrição. Discussão de índole infraconstitucional. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 892.710

(541)

ORIGEM : AC - 06085136520088260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NADIR DE ASSIS BEZERRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO (141237/SP)ADV.(A/S) : CLÉLIA CONSUELO BASTIDAS DE PRINCE

(163569/SC) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULO - CBPMADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO – RECURSO DE AGRAVO NÃO CONHECIDO.

O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

– O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 923.152

(542)

ORIGEM : AC - 20060110531712 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : E S A E G I D M GADV.(A/S) : ERASMO HEITOR CABRAL (52367/MG)

ADV.(A/S) : DANIELLE CÂNDIDA DE MELO (116450/MG)ADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA (63440/MG)AGDO.(A/S) : M P DE A NADV.(A/S) : PHILIPE BENONI MELO E SILVA (00031232/DF)ADV.(A/S) : RODRIGO BATISTA DOMINGUES (021793/DF)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PUBLICAÇÃO EM IMPRENSA. INVESTIGAÇÃO POLICIAL. DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS NS. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL: ARE N. 739.382-RG. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. VALOR DA INDENIZAÇÃO: AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO N. 743.771. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 932.748

(543)

ORIGEM : 1036245303 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LOCBRÁS LOCADORA DE FERRAMENTAS

ELÉTRICAS LTDAADV.(A/S) : DAVID GONÇALVES DE ANDRADE SILVA (MG052334/)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO QUAL NÃO SE INFIRMA O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 933.567

(544)

ORIGEM : 200903880460 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ROBSON CROSUE ROSAADV.(A/S) : MARCIO MESSIAS CUNHA (01966/A/DF, 13955/GO)AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL. DEMISSÃO DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE GOVERNADOR A SECRETÁRIO DE ESTADO. PRINCÍPIO DA SIMETRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 935.521

(545)

ORIGEM : 20120111883239 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FUNDACAO ASSISTENCIAL DOS SERVIDORES DO

MINISTERIO DA FAZENDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC,

9395A/AL, 598/AM, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 922-A/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO)

AGDO.(A/S) : MARIA GORETH NASCIMENTO LOBOAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE EVANDRO VIANA LOBOADV.(A/S) : THAIS CARVALHO LOBO (22389/DF)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 63

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – IMPUGNAÇÃO RECURSAL DEDUZIDA POR ADVOGADO QUE NÃO DISPÕE, NOS AUTOS, DO NECESSÁRIO INSTRUMENTO DE MANDATO JUDICIAL – INAPLICABILIDADE DO ART. 13 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA – ATO RECURSAL INEXISTENTE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– O recurso, qualquer que seja, interposto por Advogado sem procuração constitui ato processual juridicamente inexistente, eis que, “Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo” (CPC, art. 37, “caput”).

Não se revela aplicável ao apelo extremo (ou ao recurso de agravo a ele concernente) a norma inscrita no art. 13 do Código de Processo Civil, razão pela qual a ausência do necessário instrumento de mandato judicial legitima, quando imputável a omissão ao Advogado da parte recorrente, o não conhecimento do recurso extraordinário interposto. Precedentes do STF.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 935.929

(546)

ORIGEM : 200961830079535 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MAMEDE LOPES DE CASTROADV.(A/S) : FLAVIA CAROLINA SPERA MADUREIRA (204177/SP)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA MENSAL INICIAL – RMI. PRAZO DECADENCIAL PREVISTO NA MEDIDA PROVISÓRIA N. 1.523/1997. INCIDÊNCIA SOBRE OS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTERIORMENTE À SUA VIGÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ASSENTADA EM REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 937.499

(547)

ORIGEM : 10145100295750005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MAKRO ATACADISTA S/AADV.(A/S) : MARCELO MAZON MALAQUIAS (98913/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. LITISPENDÊNCIA. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL ORDINÁRIA E NO CONJUNTO PROBATÓRIO. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUICONAL DIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ALEGADA AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL DEPENDENTE DO EXAME DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 938.961

(548)

ORIGEM : 00138818520094036183 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ALCIDES ANTONIO TRONQUINIADV.(A/S) : FLAVIA CAROLINA SPERA MADUREIRA (00204177/SP)

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 2. Previdenciário. Revisão de benefício. 3. Recurso extraordinário intempestivo. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 939.116

(549)

ORIGEM : 00370761020138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO - IPREMADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : GENI BARBOSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEVERINO ALVES FERREIRA (112813/SP)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. MOMENTO DE AFERIÇÃO DO LIMITE LEGAL. NECESSIDADE DE REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 940.878

(550)

ORIGEM : 22858 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO PARANAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : PEDRO LIVON NETOADV.(A/S) : LEONTAMAR VALVERDE PEREIRA (18793/PR)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – CONSELHO ESTADUAL DA POLÍCIA CIVIL – ÓRGÃO DO PODER EXECUTIVO INVESTIDO DE COMPETÊNCIA EM MATÉRIA DISCIPLINAR REFERENTE A SERVIDORES POLICIAIS – PARTICIPAÇÃO DE MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA COMPOSIÇÃO DESSE ÓRGÃO COLEGIADO – INADMISSIBILIDADE – VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL (CF, ART. 128, § 5º, N. II, “D”) – POSSIBILIDADE DE O MEMBRO DO “PARQUET” EXERCER CARGOS EM COMISSÃO OU FUNÇÕES DE CONFIANÇA APENAS EM ÓRGÃOS SITUADOS NA PRÓPRIA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – SITUAÇÃO INOCORRENTE NO CASO – RESOLUÇÃO CNMP Nº 5/2006 – PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 942.269

(551)

ORIGEM : 00133011220098070007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDAADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPILIO (14234/DF)AGDO.(A/S) : PAULO SERGIO SILVA CAMPOSADV.(A/S) : VINICIUS GILLI HIPOLITO (0028982/DF)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS INSCRITOS NO ART. 5º, INCISOS XXXV, XXXVI E LV, E NO ART. 93, IX, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO.

– As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da plenitude de defesa e da motivação dos atos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 64

decisórios, por dependerem de exame prévio e necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

– Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato, ou de examinar matéria de caráter probatório.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 944.776

(552)

ORIGEM : 00018179420084047009 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ALEXANDRE LONGOAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO FRANCO WANDERLEYADV.(A/S) : ROSA MARINA TRISTAO RODRIGUES LONGO

(00049655/PR)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL – MODALIDADES DE RECURSOS EXCEPCIONAIS QUE POSSUEM DOMÍNIOS TEMÁTICOS PRÓPRIOS – ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR QUE SE APOIA EM VÁRIOS FUNDAMENTOS, DOS QUAIS ALGUNS POSSUEM CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL – PRECLUSÃO QUE SE OPEROU, NA ESPÉCIE, EM RELAÇÃO AOS FUNDAMENTOS DE ÍNDOLE MERAMENTE LEGAL – SÚMULA 283/STF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– O recurso extraordinário e o recurso especial são institutos de direito processual constitucional. Trata-se de modalidades excepcionais de impugnação recursal, com domínios temáticos próprios que lhes foram constitucionalmente reservados.

Assentando-se, o acórdão emanado de Tribunal inferior, em vários fundamentos, dos quais alguns de índole meramente ordinária, e tendo em vista a plena autonomia e a inteira suficiência daqueles de caráter infraconstitucional, mostra-se inadmissível o recurso extraordinário em tal contexto (Súmula 283/STF), eis que a decisão contra a qual se insurge o apelo extremo revela-se impregnada de condições suficientes para subsistir autonomamente, considerada, de um lado, a preclusão que se operou em relação aos fundamentos de índole legal e, de outro, a irreversibilidade que resulta dessa específica situação processual. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 945.047

(553)

ORIGEM : 50420376220114047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ENTERPRISE CONSULTORIA TECNICA DE NEGOCIOS

S S LTDAADV.(A/S) : CLAUDIO ROBERTO NUNES GOLGO (25345/RS,

16743/SC, 215204/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMENDA REGIMENTAL Nº 21/2007 (STF) – INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO EM DATA POSTERIOR A 03/05/2007 – EXIGÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL E FUNDAMENTADA, EM CAPÍTULO AUTÔNOMO, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS – INOCORRÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– A repercussão geral, nos termos em que instituída pela Constituição e regulamentada em sede legal (Lei nº 11.418/2006), constitui pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, cuja cognição, pelo Supremo Tribunal Federal, depende, para além da constatação dos pressupostos recursais que lhe são inerentes, do reconhecimento da existência de controvérsia constitucional impregnada de alta e relevante transcendência política, econômica, social ou jurídica, que ultrapasse, por efeito de sua própria natureza, os interesses meramente subjetivos em discussão na causa.

– Incumbe, desse modo, à parte recorrente, quando intimada do acórdão recorrido em data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007, a obrigação de proceder, em capítulo autônomo, à prévia demonstração, formal e fundamentada, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas, sob pena de incognoscibilidade do apelo extremo. Precedente.

– Assiste, ao Presidente do Tribunal recorrido, competência para examinar, em sede de controle prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, a demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe competindo o poder – que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º) – de decidir sobre a efetiva existência, ou não, em cada caso, da repercussão geral suscitada. Doutrina. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 945.398

(554)

ORIGEM : 001475473620118260482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : LAZARO PEREIRAADV.(A/S) : LEONARDO SEABRA CARDOSO (0196053/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – RECURSO IMPROVIDO.

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 947.013

(555)

ORIGEM : 010130002214 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE SERRÃO DO NASCIMENTO

REPRESENTADO POR LOURDE MARIA SERRÃO PESSOA

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: DIREITO À VIDA E À SAÚDE – NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL – FORNECIMENTO GRATUITO DE MEIOS INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO E À PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DE PESSOAS CARENTES – DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, “CAPUT”, E 196) – PRECEDENTES (STF) – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO – CONSEQUENTE POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DA AÇÃO CONTRA UM, ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS – REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA QUE O PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RECONHECEU NO JULGAMENTO DO RE 855.178-RG/SE, REL. MIN. LUIZ FUX – REAFIRMAÇÃO, QUANDO DA APRECIAÇÃO DE MENCIONADO RECURSO, DA JURISPRUDÊNCIA QUE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU NO EXAME DESSA CONTROVÉRSIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 947.579

(556)

ORIGEM : 00124012320108260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CASSIO SANCHES MAGALHAESADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS (168735/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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ATO DECISÓRIO – RECURSO IMPROVIDO.– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo, a

obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 762.779

(557)

ORIGEM : AC - 200872090003463 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : WEG INDÚSTRIAS S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SAMUEL SCHOENHERR (0033181/SC) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

Embargos de declaração em agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Tributário. 3. Contribuição Previdenciária. Previdência privada. Empregados e diretores. Necessidade do revolvimento do acervo fático-probatório dos autos. Súmula 279. Matéria infraconstitucional. 4. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade. 5. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.379

(558)

ORIGEM : PROC - 05316357720094058300 - TRF5 - PE - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : MYRNA VALENCA SAUNDERSADV.(A/S) : JÚLIO HENRIQUE FERREIRA PATRIOTA (001008B/PE)

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

– Os embargos de declaração destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal. A inocorrência dos pressupostos de embargabilidade, a que se refere o art. 535 do CPC, autoriza a rejeição dos embargos de declaração, por inadmissíveis.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 845.957

(559)

ORIGEM : AC - 06044812919954036105 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : FMC TECHNOLOGIES DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : MARCELO PAULO FORTES DE CERQUEIRA

(144994/SP) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

– Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição – vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.529

(560)

ORIGEM : 20130110803618AGS - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : PIETRO SAMUEL DOS SANTOS BATISTAADV.(A/S) : FELIPE ROSSI DE ANDRADE (40445/DF)EMBDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 909.534

(561)

ORIGEM : AC - 50003614820134047203 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : MARIA EUGENIA DALLASTRAADV.(A/S) : DULCINÉIA ISRAEL COSTA (0018415/SC)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu dos embargos de declaração e impôs, à parte embargante, multa de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DE EMBARGABILIDADE – RECURSO UTILIZADO COM O OBJETIVO DE INFRINGIR O JULGADO – INADMISSIBILIDADE – ABUSO DO DIREITO DE RECORRER – IMPOSIÇÃO DE MULTA (1% SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA CAUSA) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.

OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO SE REVESTEM, ORDINARIAMENTE, DE CARÁTER INFRINGENTE.

– Os embargos de declaração – desde que ausentes os seus requisitos de admissibilidade – não podem ser utilizados com o indevido objetivo de infringir o julgado, sob pena de inaceitável desvio da específica função jurídico-processual para a qual esse tipo recursal se acha instrumentalmente vocacionado. Precedentes.

MULTA E EXERCÍCIO ABUSIVO DO DIREITO DE RECORRER.– O abuso do direito de recorrer – por qualificar-se como prática

incompatível com o postulado ético-jurídico da lealdade processual – constitui ato de litigância maliciosa repelido pelo ordenamento positivo, especialmente nos casos em que a parte interpõe recurso com intuito evidentemente protelatório, hipótese em que se legitima a imposição de multa.

A multa a que se refere o art. 538, parágrafo único, do CPC possui função inibitória, pois visa a impedir o exercício abusivo do direito de recorrer e a obstar a indevida utilização do processo como instrumento de retardamento da solução jurisdicional do conflito de interesses. Precedentes.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.446

(562)

ORIGEM : PROC - 03353140920128190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : LEONARDO GOMES MACHADOADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL (22256/DF, 165498/MG,

170271/RJ, 49862A/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – PRETENSÃO RECURSAL QUE VISA, NA REALIDADE, A UM NOVO JULGAMENTO DA CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

– Os embargos de declaração – desde que ausentes os seus requisitos de admissibilidade – não podem ser utilizados com o indevido objetivo de infringir o julgado, sob pena de inaceitável desvio da específica função jurídico-processual para a qual esse tipo recursal se acha instrumentalmente vocacionado. Precedentes.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 66

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 895.958

(563)

ORIGEM : ARESP - 495533 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : ELZA MARIA MONTANARI SURDIADV.(A/S) : DULCINÉIA ISRAEL COSTA (018415/SC)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu dos terceiros embargos de declaração e, por considerá-los manifestamente procrastinatórios, impôs, à parte embargante, multa no valor máximo de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, determinando a devolução imediata dos autos ao Juízo de origem, independentemente da publicação do respectivo acórdão, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 8.3.2016.

E M E N T A: SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – REJEIÇÃO PELA TURMA (STF) – IMPOSIÇÃO DE MULTA À PARTE EMBARGANTE (CPC, ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO) – TERCEIROS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DEDUZIDOS CONTRA TAL ATO DECISÓRIO – PRÉVIO DEPÓSITO DO VALOR DA MULTA COMO REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE DE NOVOS RECURSOS – VALOR DA MULTA NÃO DEPOSITADO – TERCEIROS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS – RECONHECIMENTO DO INTUITO PROCRASTINATÓRIO – IMPOSIÇÃO DE MULTA NO VALOR MÁXIMO (10%) E DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO RESPECTIVO ACÓRDÃO – TERCEIROS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.

– Os embargos de declaração, quando regularmente utilizados, destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que se registrem, eventualmente, no acórdão proferido pelo Tribunal. Revelam-se incabíveis os embargos de declaração, quando – inexistentes os vícios que caracterizam os pressupostos legais de embargabilidade (CPC, art. 535) – tal recurso, com desvio de sua específica função jurídico-processual, vem a ser utilizado com a finalidade de instaurar, indevidamente, uma nova discussão sobre controvérsia jurídica já apreciada pelo Tribunal. Precedentes.

– A reiteração de embargos de declaração, sem que se registre qualquer dos pressupostos legais de embargabilidade (CPC, art. 535), reveste-se de caráter abusivo e evidencia o intuito protelatório que anima a conduta processual da parte recorrente.

O propósito revelado pelo embargante, de impedir a consumação do trânsito em julgado de decisão que lhe foi inteiramente desfavorável – valendo-se, para esse efeito, da utilização sucessiva e procrastinatória de embargos declaratórios incabíveis –, constitui fim ilícito que desqualifica o comportamento processual da parte recorrente e que autoriza, em consequência, a imposição de multa, em seu valor máximo (10%), e a imediata devolução dos autos, independentemente da publicação do acórdão consubstanciador do respectivo julgamento. Precedentes.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 933.137 (564)ORIGEM : 00230550820114036100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : JONARA DUTRA BEZERRAADV.(A/S) : HELDER SOUZA LIMA (268254/SP, 0268254/SP)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.921

(565)

ORIGEM : AC - 2620462720058090006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSEMBDO.(A/S) : COMERCIAL DE ALIMENTOS TRIÂNGULO LTDA

ADV.(A/S) : EDUARDO URANY DE CASTRO (16539/GO)

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 1º.3.2016.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRECEITO INSCRITO NO ART. 150, INCISO IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – CARÁTER SUPOSTAMENTE CONFISCATÓRIO DA MULTA TRIBUTÁRIA COMINADA EM LEI – CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL DE CONFISCATORIEDADE DO TRIBUTO – CLÁUSULA VEDATÓRIA QUE TRADUZ LIMITAÇÃO MATERIAL AO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA E QUE TAMBÉM SE ESTENDE ÀS MULTAS DE NATUREZA FISCAL – PRECEDENTES – INDETERMINAÇÃO CONCEITUAL DA NOÇÃO DE EFEITO CONFISCATÓRIO – DOUTRINA – PERCENTUAL DE 25% SOBRE O VALOR DA OPERAÇÃO – “QUANTUM” DA MULTA TRIBUTÁRIA QUE ULTRAPASSA, NO CASO, O VALOR DO DÉBITO PRINCIPAL – EFEITO CONFISCATÓRIO CONFIGURADO – OFENSA ÀS CLÁUSULAS CONSTITUCIONAIS QUE IMPÕEM AO PODER PÚBLICO O DEVER DE PROTEÇÃO À PROPRIEDADE PRIVADA, DE RESPEITO À LIBERDADE ECONÔMICA E PROFISSIONAL E DE OBSERVÂNCIA DO CRITÉRIO DA RAZOABILIDADE – AGRAVO IMPROVIDO.

HABEAS CORPUS 130.708 (566)ORIGEM : HC - 294043 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : CARLOS ROBERTO CASTELEIRA CUSTÓDIOIMPTE.(S) : DANIEL MURICI ORLANDINI MÁXIMO (OAB-SP

217.139)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 15.3.2016.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO CAUTELAR: PRESSUPOSTOS. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO: INOCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA.

1. Este Supremo Tribunal assentou que a gravidade concreta do crime, o modus operandi da ação delituosa e a periculosidade do agente, evidenciados pela expressiva quantidade e pluralidade de entorpecentes apreendidos, respaldam a prisão preventiva para a garantia da ordem pública. Precedentes.

2. Ordem denegada.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.111 (567)ORIGEM : MS - 4445 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ELPÍDIO RODRIGUES CAMPOSADV.(A/S) : SORAIA OFUGI RODRIGUES (12302/DF)ADV.(A/S) : BERNARDO PEREIRA PERDIGÃO (14228/DF)RECDO.(A/S) : UNIÃO FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: após o voto do Relator, desprovendo o recurso ordinário, o julgamento foi suspenso em virtude de pedido de vista formulado pelo Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 06.03.2012.

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 17.11.2015.

IMÓVEL FUNCIONAL ADMINISTRADO PELAS FORÇAS ARMADAS OCUPADO POR CIVIL. ALIENAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. 1º, § 2º, DA LEI 8.025/90. O art. 1º, § 2º, da Lei 8.025/90 - que veda alienação de imóveis residenciais administrados pelas Forças Armadas “destinados à ocupação de militares” - impõe restrição sobre a coisa e não sobre a pessoa. Em outras palavras, a limitação recai sobre o imóvel e não sobre o militar, de tal sorte que a permissão de compra pelo civil constitui interpretação deturpada da legislação. 2. A circunstância de o imóvel residencial ser administrado pelas Forças Armadas evidencia função precípua de ser destinado à ocupação de militar, de forma que excepcional ocupação por civil não o desafeta, nem o desnatura. 3. O imóvel objeto do litígio não pode ser alienado, porque incide o óbice do art. 1º, § 2º, da Lei 8.025/90. 4. Recurso ordinário em mandado de segurança ao qual se nega provimento.

Brasília, 4 de abril de 2016.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 67

SECRETARIA JUDICIÁRIADecisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 3.873 (568)ORIGEM : PROC - 20140150315 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTERÉU(É)(S) : JOSÉ DANTAS DE LIRAADV.(A/S) : EDUARDO ANTÔNIO DANTAS NOBRE (1476/RN) E

OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : JOSÉ DANTAS DE LIRA JÚNIORADV.(A/S) : OZAEL DA COSTA FERNANDES (PB005510/) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDUARDO ANTÔNIO DANTAS NOBRE (1476/RN) E

OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : IVAN HOLANDA PEREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : PAULO AIRES PESSOA SOBRINHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : HAMURABI ZACARIAS DE MEDEIROSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRÉU(É)(S) : CLÍSTENES ALVES MAIAADV.(A/S) : GILTON XAVIER DA SILVA (2804/RN) E OUTRO(A/S)

DESPACHO : Referente à petição nº 14425/2016:Junte-se oportunamente. Remeta-se cópia à Procuradoria-Geral da

República. Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.226 (569)ORIGEM : PROC - 200835000172567 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELEGRAFOS - ECTADV.(A/S) : MARIA DO ROSÁRIO NOGUEIRA VIDAL (16709/DF) E

OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : ESTADO DE GOIÁSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

DECISÃO MONOCRÁTICA: Trata-se de ação anulatória de débito ajuizada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), com pedido de antecipação de tutela, em face do Estado de Goiás, sob o argumento de que os lançamentos tributários envolvendo o ICMS teriam desrespeitado a imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, inciso VI, “a”, da Lei Maior.

Ao entendimento de que se tratava de conflito federativo, os autos foram remetidos a esta Corte e reautuados como ação cível originária. (fls. 26/27)

O Min. Cezar Peluso, relator à época, deferiu a liminar para suspender a exigibilidade dos créditos tributários em discussão (fls. 35/36).

Citado (fl. 84), o Estado de Goiás apresentou contestação, alegando, preliminarmente, a existência de irregularidade da representação processual diante da ausência de mandato válido aos advogados atuantes, bem como ausência de citação dos litisconsortes passivos necessários (municípios envolvidos) e, no mérito, refutando a existência de imunidade tributária recíproca, por defender que a ECT presta outros serviços além do postal, diante da concorrência desleal. (fls. 88/122)

Reposta à contestação pela demandante. (fls. 129/147)A Procuradoria-Geral da República, em seu parecer, opinou pela

procedência dos pedidos iniciais (fls. 153/159).Esse feito permaneceu suspenso até que o Plenário decidisse a

mesma questão jurídica, em sede de repercussão geral, nos autos do RE 627.051 (fls. 161 e 163).

É o breve relato. Decido.Preliminarmente, rejeita-se a preliminar de irregularidade na

representação processual, tendo em vista que se tratava de vício sanável (art. 284 do CPC), o qual fora corrigido pela autora à fl. 127, por meio de procuração pública, aliado ao disposto do art. 5º do Decreto-Lei 509/69.

Em relação à necessidade da citação dos municípios destinatários do ICMS discutido nestes autos, é caso de afastar tal providência, tendo em vista

que mero interesse econômico não é suficiente para atrair a formação de litisconsorte passivo necessário.

Não se esqueça que a relação jurídico-tributária é formada entre o sujeito ativo (Estado de Goiás) e o sujeito passivo (ECT), dela não participando os municípios destinatários da repartição constitucional, razão pela qual não é passível de intervenção processual, mormente quando presente mero interesse econômico, nos termos do art. 47 do CPC, que sabidamente qualifica como minimamente suficiente o interesse jurídico.

Outrossim, diante do decidido pelo Supremo Tribunal Federal no RE nº 220.906, Pleno, Rel. Min. Maurício Correia, DJe 14.11.2002, são aplicáveis à empresa pública autora as prerrogativas processuais da Fazenda Pública.

Quanto ao mérito, esta Corte Constitucional, no Recurso Extraordinário nº 601.392/PR, no qual fui designado como relator para o acórdão, após intensos debates sobre o que fora decidido na ADPF nº 46/DF, acabou reforçando a incidência do disposto no art. 150, VI, “a”, da Carta Magna à ECT, incluindo as situações fático-jurídicas nas quais prestasse serviços fora do regime de monopólio. Senão vejamos a emenda do aresto:

“Recurso extraordinário com repercussão geral. 2. Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. 3. Distinção, para fins de tratamento normativo, entre empresas públicas prestadoras de serviço público e empresas públicas exploradoras de atividade. Precedentes. 4. Exercício simultâneo de atividades em regime de exclusividade e em concorrência com a iniciativa privada. Irrelevância. Existência de peculiaridades no serviço postal. Incidência da imunidade prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido. (RE 601.392/PR, Pleno. Rel. Min. Joaquim Barbosa, Rel. p/ acórdão Min. Gilmar Mendes. DJe 5.6.2013) – grifo nosso.

Ademais, é cediço que recentemente o STF reafirmou o posicionamento de que seria extensiva a imunidade recíproca da ECT, independentemente de se tratar de serviço prestado em exclusividade ou em concorrência com particulares, de maneira que fere a Constituição Federal o lançamento tributário envolvendo ICMS que não observe aquela imunidade.

Confira-se a ementa do precedente firmado em sede de repercussão geral (art. 543-B do CPC):

“Recurso extraordinário com repercussão geral. Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Peculiaridades do Serviço Postal. Exercício de atividades em regime de exclusividade e em concorrência com particulares. Irrelevância. ICMS. Transporte de encomendas. Indissociabilidade do serviço postal. Incidência da Imunidade do art. 150, VI, a da Constituição. Condição de sujeito passivo de obrigação acessória. Legalidade. 1. Distinção, para fins de tratamento normativo, entre empresas públicas prestadoras de serviço público e empresas públicas exploradoras de atividade econômica. 2. As conclusões da ADPF 46 foram no sentido de se reconhecer a natureza pública dos serviços postais, destacando-se que tais serviços são exercidos em regime de exclusividade pela ECT. 3. Nos autos do RE nº 601.392/PR, Relator para o acórdão o Ministro Gilmar Mendes, ficou assentado que a imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, CF, deve ser reconhecida à ECT, mesmo quando relacionada às atividades em que a empresa não age em regime de monopólio. 4. O transporte de encomendas está inserido no rol das atividades desempenhadas pela ECT, que deve cumprir o encargo de alcançar todos os lugares do Brasil, não importa o quão pequenos ou subdesenvolvidos. 5. Não há comprometimento do status de empresa pública prestadora de serviços essenciais por conta do exercício da atividade de transporte de encomendas, de modo que essa atividade constitui conditio sine qua non para a viabilidade de um serviço postal contínuo, universal e de preços módicos. 6. A imunidade tributária não autoriza a exoneração de cumprimento das obrigações acessórias. A condição de sujeito passivo de obrigação acessória dependerá única e exclusivamente de previsão na legislação tributária. 7. Recurso extraordinário do qual se conhece e ao qual se dá provimento, reconhecendo a imunidade da ECT relativamente ao ICMS que seria devido no transporte de encomendas.” (RE 627051, Pleno, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, j. 12.11.2014 e p. 11.2.2015) – grifo nosso.

Não obstante tenha votado acompanhando o relator, não custa destacar que o pontuei naquela ocasião:

“Senhor Presidente, também vou acompanhar o Relator. Já na discussão sobre a ADPF, eu tinha externado algumas reservas em relação a essa questão e como nós estamos fazendo o encaminhamento. À época também eu tinha sugerido que a legislação que hoje baliza todas essas relações fosse atualizada. Percebe-se que, em função da própria decisão do Supremo Tribunal Federal tomada na ADPF, é mister uma revisão desse estatuto até para fazer as devidas distinções.

Agora, no caso especifico, o Ministro Toffoli, em relação às objeções bem lançadas pelo Ministro Barroso, sustenta que haveria talvez até uma dificuldade de proceder à separação, tendo em vista que essas atividades que são desenvolvidas, de transporte de correspondência (…)

(…) Nós, quando discutimos aqui essa temática, também falamos sobre o subsídio cruzado, que foi objeto agora de consideração. Mas isto obviamente não nos retira. Esses dias até participei de um seminário coordenado pelo professor Paulo Modesto, onde estava também o professor Marçal Justen Filho, e se discutia exatamente que nós estamos caminhando, a partir da jurisprudência dos Correios, que tem uma situação específica, mas que também vai se manifestando em outras áreas, com outros Poderes, outras empresas que exercem atividades assemelhadas, em que vai se

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desenhando um modelo que os administrativistas estão chamando de autarquização das empresas públicas, quer dizer, todas aquelas que são prestadoras de serviços, ainda que parcialmente.

E eu me lembro que aqui esteve, num dos casos, o prefeito de Santos, que reclamava do reconhecimento desse modelo do IPTU para a entidade portuária, numa cidade com dado perfil, você simplesmente acentua, sem nenhuma possibilidade de compensação, que essa atividade resta imune.Em suma, só para que a gente analise também do ponto de vista de consequência, inclusive de distribuição de ônus no plano federativo, porque, quando retiramos determinada área de incidência do ICMS, nós estamos afetando de forma forte a tributação dos Estados. Quando tratamos do ISS, municípios, o IPTU igualmente, e não se pensa em nenhum modelo de compensação, quer dizer, enquanto estivermos falando isoladamente dos Correios, talvez tenhamos uma dimensão.

(...)- Mas veja, por exemplo, o caso do IPTU numa área portuária, caso

de uma cidade como Rio de Janeiro, ou cidades menores, o porto de Santos, e a repercussão que isto tem em todo o sistema. E, infelizmente, é difícil encontrar meios de compensação. Mas é claro que nós - como disse agora o Ministro Teori – desenhamos uma jurisprudência a partir deste caso.

Mas eu gostaria de apontar já, de forma muito clara, a necessidade de que haja uma reformulação desse estatuto postal. Acho que ficou muito claro na decisão que tomamos na ADPF. Quer dizer, é fundamental, inclusive para retirar algumas das inseguranças jurídicas que foram apontadas, tendo em vista o desenho do monopólio que nós não referendamos em toda a sua extensão.

Eu gostaria de deixar essa reserva para que, em outros casos, nós possamos sugerir, essa legislação está passada, ela exige uma reformulação, tendo em vista a nova realidade institucional que se desenha sobre a Constituição de 88.”

Fica o registro.No caso dos autos, a discussão tributária envolve o suposto fato

gerador exacional de ICMS presente no “transporte de encomendas/objeto sem a devida cobertura do documento fiscal (NF)”, consoante se extrai da fl. 07 dos autos, aliado à contestação do Estado-requerido de que a ECT “explora o serviço postal, mas também o serviço de entregas de bens e objetos em aberta e declarada concorrência a empresas privadas(...) em atividades na qual não existe monopólio da ECT”.

Nesse cenário, há clara identidade com o que decidido em sede de repercussão geral no RE 627.051, sendo imperiosa a mesma solução jurídica.

No mesmo sentido, registre-se que o Plenário desta Corte julgou idêntico pleito (anulação de autos de infração envolvendo cobrança de ICMS), com a seguinte ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ESTADO QUE NOTIFICOU A ECT PARA RECOLHIMENTO DE ICMS. INCIDÊNCIA DA IMUNIDADE RECÍPROCA ÀS EMPRESAS PÚBLICAS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. A ECT, atuando como empresa pública prestadora de serviço público, está albergada pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, ‘a’ do texto constitucional. Precedentes. 2. No julgamento da ADPF 46, o Supremo Tribunal Federal afirmou o entendimento de que o serviço postal, prestado pela ECT em regime de exclusividade, não consubstancia atividade econômica estrita, constituindo modalidade de serviço público. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ACO 1331/GO, Pleno, Rel. Min. Luiz Fux, j. 18.11.2014 e p. 12.12.2014.)

Pelo exposto, mantendo os efeitos da liminar outrora concedida e rejeitando as preliminares suscitadas, julgo procedente a presente demanda para:

1) declarar a imunidade tributária recíproca da ECT, envolvendo o ICMS cobrado na prestação de serviço de transporte de mercadorias desacompanhadas de notas fiscais, tal como decidido pelo Plenário desta Corte no RE 627.051, ainda que se trate de serviço prestado em regime de concorrência com a iniciativa privada;

2) anular os 5 (cinco) autos de infrações lavrados em desfavor da empresa-autora (3029216506640, 3029212604494; 3029225846351; 3029217744774; e 3029233781913), por ferir o disposto no art. 150, VI, “a” , da Lei Maior.

3) condenar o Estado de Goiás ao pagamento de honorários advocatícios, os quais arbitro em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), considerando o tempo de tramitação desta demanda (quase 8 anos) e o trabalho dispendido, com base no art. 20, §§ 3º e 4º, do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 2 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.473 (570)ORIGEM : ACO - 2473 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS

RÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: 1. Manifeste-se o autor, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a

contestação (eDOC 17).2. Em sendo reiterados os fundamentos da inicial, abra-se novo e

idêntico prazo às partes, sucessivamente, para indicar eventuais provas que pretendam produzir ou sejam trazidas aos autos.

3. Se não for requerida instrução probatória, fica desde já autorizada a abertura do mesmo prazo sucessivo para a apresentação das razões finais.

4. Ao fim, remetam-se à Procuradoria Geral da República, para parecer.

Havendo pedidos pendentes em qualquer fase, venham conclusos para análise.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.521 (571)ORIGEM : ACO - 2521 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMARÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Diante do requerido pelo Estado de Roraima (eDoc 46), encaminhem-se os autos à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) para tentativa de solução amigável entre as partes, tal como instrumento previsto nos arts. 3º e 174 do CPC (Lei 13.105/15).

Publique-se.Brasília, 1 de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.591 (572)ORIGEM : ACO - 2591 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos.Trata-se de ação cível originária, com pedido de medida liminar,

ajuizada pelo Estado de Minas Gerais e Elmiro Alves do Nascimento contra a inscrição daquela unidade federada, pela União, como inadimplente nos cadastros do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI.

Os requerentes noticiam que a inadimplência foi registrada nos referidos cadastros em razão de irregularidade apontada na execução financeira do Convênio 784649/2013, firmado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais, que teve como objeto “o apoio financeiro e institucional (…) à realização da Semana Internacional do Café, no período de 9 a 13 de setembro de 2013 em Belo Horizonte/MG”.

Relatam que ao serem prestadas as contas relativas à execução do referido convênio, foram elas parcialmente rejeitadas pela requerida, com a notificação de que fosse recolhida, no prazo de 10 dias, a importância de R$ 849.980,00 – sendo R$ 837.980,00 referentes à contratação da empresa RBarros Equipamentos Promocionais Ltda. e R$ 12.000,00 referente à contratação da empresa MGB Impressões Digitais Ltda. ME –, sob pena de registro de inadimplência nos cadastros do SIAFI e a instauração de tomada de contas especial.

Alegam, em síntese, que o procedimento simplificado instaurado pela União para apuração das supostas irregularidades, previsto na Instrução Normativa STN 1/1997 e na Portaria Interministerial 127/2008, “não contempla, em abstrato (e também não contemplou em concreto), as garantias constitucionais que devem ser observadas antes da adoção de quaisquer medidas que impliquem em restrições de direito”. Asseveram que o rito adotado pela União na prestação de contas não observa o devido processo legal, visto que, em caso de rejeição delas, “inscreve-se o convenente em cadastro de inadimplência e instaura-se tomada de contas especial”.

Argumentam, nessa linha, que, numa inversão de ordem indevida e ofensiva ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal, o convenente já sofreria

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as sanções por inadimplência antes mesmo de julgada a tomada de contas.Após tecerem considerações a respeito das supostas irregularidades

apontadas na execução do convênio celebrado, relativas à contratação de duas empresas prestadoras de serviço com inexigibilidade e dispensa de licitação em que não teria existido, segundo alegam, dano ao erário, passam os requerentes a destacar as consequências da inclusão do Estado-membro autor nos cadastros de inadimplência.

Ressaltam que a referida unidade federada encontra-se impedida de contratar operações de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, com o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, “o que representa considerável óbice à continuidade na execução de políticas públicas pelo Governo do Estado, além do evidente prejuízo causado ao segundo autor”.

Pugnam, no mérito, que“seja declarada a ilicitude do registro de inadimplência dos autores

realizado pela ré em seus sistemas, referentes a supostas irregularidades na prestação de contas referente ao Convênio n. 784649/2013, em razão da inobservância do devido processo legal e/ou da ausência de dano ao erário ou, assim não se entendendo, que ao menos seja reconhecida a impossibilidade de inscrição pela demandada, com ordem de retirada da que eventualmente tenha sido realizada, ao menos até que seja instaurada e encerrada a tomada de contas especial, em que se demonstrará o regular cumprimento da avença”.

Em decisão publicada em 3/2/15, concedi a medida cautelar pleiteada para “suspender, até o julgamento final desta ação principal, a inscrição do Estado de Minas Gerais nos cadastros SICONV/SIAFI, exclusivamente em razão de inadimplências ou irregularidades relacionadas à execução do Convênio SIAFI 784649/2013”.

Posteriormente, em decisão publicada em 11/2/15, retifiquei de ofício o dispositivo, para nele fazer constar o impedimento de inscrição nos cadastros restritivos federais por força de irregularidades no Convênio SIAFI nº 784649/2013, também do co-autor do feito, o ex-Secretário estadual Elmiro Alves do Nascimento.

Dessa decisão, a União interpôs agravo.A União apresentou contestação, em que defendeu que a IN STN nº

02, de 2 fevereiro de 2012, revogou a IN STN nº 1/2005, instituindo o Sistema Auxiliar – SIAT que, nos mesmos moldes do CAUC, teria por objetivo exclusivo “simplificar a verificação do atendimento, pelos entes da Federação, de 13 dos 22 requisitos fiscais para a transferência voluntária de recursos da União, não se configurando como um cadastro de inadimplentes”.

Sustenta que a consulta a esse cadastro sequer é obrigatória e que a restrição à celebração de convênios e ao recebimento de transferências voluntárias pode decorrer da utilização pela União de outros meios. Assim, por ser o SIAT mero consolidador de dados de outros vários cadastros federais, não seria necessário ofertar contraditório prévio quando da inscrição do ente nesse sistema. Assevera, também, que houve contraditório e ampla defesa porquanto encaminhados ofícios ao autor a fim de permitir sua manifestação e também a regularização das pendências .

Aponta que a Tomada de Contas Especial não é requisito necessário à inscrição no SIAT, seriam medidas paralelas, diante da previsão inserta no art. 26-A da Lei n. 10.522/02, que determina, no seu § 5º, que ‘o concedente registrará a inadimplência no sistema de gestão do instrumento e comunicará o fato ao órgão de contabilidade analítica a que estiver vinculado, para fins de instauração de tomada de contas especial’.

Defende o afastamento da aplicação do princípio da intranscendência subjetiva ao caso em exame, argumentando que tal preceito se aplica somente em relação a entes estatais dotados de personalidade jurídica própria, e não a casos de restrição por gestões anteriores.

Sustenta que, por apresentar natureza voluntária, as transferências obstadas em razão da inscrição não configuram restrição de crédito, e que a população não seria prejudicada com o bloqueio dessas transferências porque os entes estatais contam com transferências constitucionais e legais, ambas obrigatórias. Registra, ao final, a inexistência de prejuízo para a população catarinense, uma vez que há garantia legal de continuidade dos repasses para áreas essenciais, como educação, saúde e assistência social, em decorrência da norma inserta no art. 25, § 3º da LRF.

Réplica apresentada pelo Estado de Minas Gerais. Razões finais apresentadas pelas partes.

O parecer da d. PGR, a par de apontar para a necessidade de exclusão do particular integrante do feito, foi no sentido da improcedência da ação, sob a seguinte ementa:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. CAUC/SIAFI. CONVÊNIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. AUSÊNCIA. OPORTUNIDADE DE RECURSO ANTERIOR À INSCRIÇÃO DESABONADORA NO SISTEMA SIAFI. DESNECESSIDADE. DEVIDO PROCESSO LEGAL GARANTIDO. PROPORCIONALIDADE DA MEDIDA ADOTADA PELA RÉ.

1 – Ocorre conflito federativo em situações nas quais, em razão de irregularidades na condução do convênio, há a inscrição desabonadora nos cadastros federais de inadimplência, competindo ao Supremo Tribunal Federal o seu julgamento por força do art. 102, I, f, da Constituição Federal.

2 – Pelo caráter meramente informativo, a inclusão de anotação de inadimplência de alguma prestação estipulada em convênio no cadastro do

Siafi/Cauc requer somente a prévia notificação do ente federado convenente, sob pena de anular a lógica inerente a um sistema público de informação.

3 – Parecer pela exclusão do litisconsorte ativo privado da relação processual e pelo indeferimento dos pedidos deduzidos na petição inicial.

É o relatório. Decido.Reconheço, preliminarmente, nos termos do art. 102, I, “f”, da

Constituição da República, a competência originária deste Supremo Tribunal Federal. Presente, no caso, litígio cuja potencialidade ofensiva revela-se apta a vulnerar os valores que informam o princípio fundamental que rege, em nosso ordenamento jurídico, o pacto da Federação.

O litígio, todavia, que justifica a atração da competência desta Corte é o que se dá entre entes federativos, não incluindo a presença de terceiros não integrantes da Federação, ainda que tenha sido o gestor responsável pela prestação de contas do Convênio objeto da lide. Com razão, desse modo, a d. PGR, quanto à preliminar de ilegitimidade ativa do co-autor, o ex-secretário do Estado de Minas Gerais, Elmiro Alves do Nascimento.

No mérito, destaco que a jurisprudência desta Corte tem reconhecido, com base no postulado do devido processo legal, a necessidade de instauração de prévio processo de tomada de contas especial como requisito para inclusão em cadastro federal restritivo de transferência voluntária. Nesse sentido, o recente julgado:

“AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA (...) CAUC/SIAFI – INCLUSÃO, NESSE CADASTRO FEDERAL, DE ESTADO-MEMBRO (POR EFEITO DE AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS REFERENTE A CONVÊNIO CELEBRADO COM A UNIÃO FEDERAL) SEM QUE SE TENHA PROCEDIDO À PRÉVIA INSTAURAÇÃO DE PROCESSO DE “TOMADA DE CONTAS ESPECIAL” – A QUESTÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS, NOTADAMENTE AQUELES DE CARÁTER PROCEDIMENTAL, TITULARIZADOS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO – POSSIBILIDADE DE INVOCAÇÃO, PELAS ENTIDADES ESTATAIS, EM SEU FAVOR, DA GARANTIA DO “DUE PROCESS OF LAW” – VIOLAÇÃO AO POSTULADO CONSTITUCIONAL DO DEVIDO PROCESSO LEGAL (TAMBÉM APLICÁVEL AOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER MERAMENTE ADMINISTRATIVO) (...)

A QUESTÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS, NOTADAMENTE AQUELES DE CARÁTER PROCEDIMENTAL, TITULARIZADOS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO.

– A imposição de restrições de ordem jurídica pelo Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito estritamente administrativo, supõe, para legitimar-se constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia indisponível do “due process of law”, assegurada, pela Constituição da República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de limitação ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes.

LIMITAÇÃO DE DIREITOS E NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA, PARA EFEITO DE SUA IMPOSIÇÃO, DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.

– A Constituição da República estabelece, em seu art. 5º, incisos LIV e LV, considerada a essencialidade da garantia constitucional da plenitude de defesa e do contraditório, que ninguém pode ser privado de sua liberdade, de seus bens ou de seus direitos sem o devido processo legal, notadamente naqueles casos em que se viabilize a possibilidade de imposição, a determinada pessoa ou entidade, seja ela pública ou privada, de medidas consubstanciadoras de limitação de direitos.

– A jurisprudência dos Tribunais, especialmente a do Supremo Tribunal Federal, tem reafirmado o caráter fundamental do princípio da plenitude de defesa, nele reconhecendo uma insuprimível garantia que, instituída em favor de qualquer pessoa ou entidade, rege e condiciona o exercício, pelo Poder Público, de sua atividade, ainda que em sede materialmente administrativa ou no âmbito político-administrativo, sob pena de nulidade da própria medida restritiva de direitos, revestida, ou não, de caráter punitivo. Doutrina. Precedentes. (...)

(ACO 2.131-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno, Dje de 20/2/2015).

Nesses autos, destacou o eminente relator, Min. Celso de Mello:“Com efeito, tenho para mim que a inscrição, no

SIAFI/CADIN/CAUC, do Estado do Maranhão, com todas as graves restrições jurídicas que daí derivam, sem que se tenha precedido à prévia instauração de processo de “tomada de contas especial”, ocasiona, em tese, violação ao postulado constitucional do devido processo legal (também aplicável aos procedimentos de caráter meramente administrativo).

Cabe advertir, por relevante, considerada a essencialidade da garantia constitucional da plenitude de defesa e do contraditório, que a Constituição da República estabelece, em seu art. 5º, incisos LIV e LV, que ninguém pode ser privado de sua liberdade, de seus bens ou de seus direitos sem o devido processo legal, notadamente naqueles casos em que se viabilize a possibilidade de imposição, a determinada pessoa ou entidade, de medidas consubstanciadoras de limitação de direitos.”.

No mesmo sentido, os recentes julgados proferidos nos autos da ACO nº 2605/DF-AgR e da ACO 2609/MG-AgR. (Tribunal Pleno, Relator o Min. Teori Zavascki, Julgamento em 18/12/15).

No caso destes autos, não há notícia da conclusão de Tomadas de Contas Especial, com apuração dos danos ao erário federal e das respectivas

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 70

responsabilidades.Trocas de ofício entre o réu e o ente apontado como faltoso não

servem de comprovação da garantia da ampla defesa e do contraditório; ao contrário, demonstram a fragilidade dessa espécie de procedimento para a obtenção do ressarcimento ao erário e, sobretudo, para apuração de responsabilidades. Trata-se de procedimento unilateral, decidido pela própria União e suas autarquias, sem indicação de garantias processuais, porque de processo não se trata.

Diversamente, a Tomada de Contas Especial, “é um processo administrativo devidamente formalizado, com rito próprio, para apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública federal a fim de obter o respectivo ressarcimento. Essa dinâmica tem por base a apuração de fatos, a quantificação do dano, a identificação dos responsáveis, nos termos do art. 2º da IN TCU 71/2012” (http://portal.tcu.gov.br/contas/tomada-de-contas-especial/conheca-a-tomada-de-contas-especial.htm).

A TCE, ademais, tem suas regras e pressupostos definidos em lei (Lei nº 8.443/92) e por meio dela se permite tornar o dano sob apuração em dívida líquida e certa, por meio de decisão com eficácia de título executivo extrajudicial (art. 71, § 3º, da CF/88 e art. 585, VII, do CPC).

Antes, portanto, da instauração da Tomada de Contas Especial não há validade na inscrição do ente federado em cadastros restritivos, por ausência do devido processo legal a tanto exigido.

Saliente-se que “em regra, a TCE deve ser instaurada pela autoridade competente do próprio órgão ou entidade jurisdicionada (responsável pela gestão dos recursos), em face de pessoas físicas ou jurídicas que deram causa ou concorreram para a materialização do dano, depois de esgotadas as medidas administrativas internas com vista à recomposição do erário ou à elisão da irregularidade” (http://portal.tcu.gov.br/contas/tomada-de-contas-especial/conheca-a-tomada-de-contas-especial.htm).

Desta feita, porque não ultimado o procedimento de tomada de contas especial, tenho – nos termos da recente jurisprudência desta Corte – que é ilegítima a inscrição do Estado autor nos cadastros de inadimplência federal.

Pelo exposto, determino a exclusão do polo ativo, do co-autor Elmiro Alves do Nascimento e, no mérito, julgo procedente o pedido, para determinar que a União se abstenha de adotar medidas restritivas ao Estado de Minas Gerais, pertinentes ao Convênio nº 784649/2013, enquanto não ultimada a tomada de contas especial e atendidas todas as garantias constitucionais do devido processo legal. Prejudicado o agravo regimental.

Condeno o réu ao pagamento de honorários advocatícios, arbitrados em R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), nos termos do art. 20, § 4º, do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.823 (573)ORIGEM : ACO - 2823 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINSRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de ação cível originária, proposta pelo Estado do Tocantins,

em face da União, com o fito de obter “a procedência dos pedidos, considerando indevida a inscrição do Estado do Tocantins no CAUC, em razão do Convênio n. 766/95/FAE (SIAFI n. 133877)”.

Narra o autor que foi indevidamente inscrito no CAUC em dezembro de 2015, por força de alegado descumprimento do Convênio n. 766 firmado em 1995, o que está por inviabilizar a formalização de acordos e convênios, bem como o recebimento de repasses de verbas, em especial as transferências voluntárias (artigo 25, V, b, da LC n. 101/2000) e a realização de operações de créditos com a garantia da União (artigo 40, §2º, da LC n. 101/2000).

Argumenta que o procedimento administrativo que culminou com a inscrição seria prejudicial ao exercício do contraditório e da ampla defesa, pois seria desarrazoado exigir-se, em minúcias, a descrição de acontecimentos ou eventos ocorridos em longínqua data.

Questiona as conclusões obtidas pelo procedimento administrativo, quanto à existência e a quantificação das irregularidades que foram apontadas pelo ente federal. Aponta que as irregularidades identificadas seriam, nos termos do convênio firmado, obrigações imputadas aos Municípios intervenientes, não se podendo, por tais descumprimentos, se responsabilizar o Estado do Tocantins, que teria por única obrigação de restituição, a devolução à concedente de eventual saldo de recursos, na data da conclusão do convênio ou de sua extinção (alínea h, cláusula terceira).

Defende que a obrigação de fiscalizar as entidades municipais intervenientes seria, nos termos do convênio, da União, todavia, tal providência teria sido adotada de maneira tardia, quase 20 anos após os fatos

tidos por irregulares.Requereu a antecipação da tutela, para “em sede liminar, sem oitiva

da parte Requerida”, sejam suspensos “os efeitos da inscrição do Requerente junto ao CAUC, em razão do Convênio n. 766/95/FAE (SIAFI n. 133877)”.

É o relato do necessário. Decido. Reconheço, preliminarmente, nos termos do art. 102, I, “f”, da

Constituição da República, a competência originária deste Supremo Tribunal Federal para conhecer da presente ação cautelar preparatória.

Conforme decidido, não poucas vezes, por esta Corte: “[existe] conflito federativo em situações nas quais a União, valendo-

se de registros de supostas inadimplências dos Estados no Sistema Integrado da Administração Financeira - Siafi e no Cadastro de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Cadin, impossibilita sejam firmados acordos de cooperação, convênios e operações de crédito entre Estados e entidades federais. 2. O registro da entidade federada por suposta inadimplência nesses cadastros federais pode sujeitá-la a efeitos gravosos, com desdobramentos para a transferência de recursos” (AC nº 2.200/MT-MC, Tribunal Pleno, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe-038 27/02/09).

Adentro, desse modo, na apreciação do requerimento de liminar, salientando – no que respeita ao periculum in mora – que é evidente que eventual inscrição no CADIN e no CAUC implicaria prejuízo imediato ao autor, inclusive com possível suspensão de linhas de crédito, citada na exordial. É o que tem reconhecido esta Corte. Vide:

“AÇÃO CAUTELAR. INSCRIÇÃO DE ESTADO-MEMBRO NO SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL – SIAFI, NO CADASTRO INFORMATIVO DE CRÉDITOS NÃO QUITADOS DO SETOR PÚBLICO FEDERAL – CADIN E NO CADASTRO ÚNICO DE SAÚDE – CAUC. ÓBICE À CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS E À REALIZAÇÃO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO. PROJETO DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO FISCAL - PROFIS E PROGRAMA EMERGENCIAL DE FINANCIAMENTO AOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL - PEF/BNDES 2. SUSPENSÃO DO REGISTRO DE INADIMPLÊNCIA. MEDIDA LIMINAR DEFERIDA. REFERENDO. 1. O Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a ocorrência de conflito federativo em situações nas quais a União, valendo-se de registros de supostas inadimplências dos Estados no Sistema Integrado da Administração Financeira do Governo Federal – Siafi, no Cadastro Único de Convênios – Cauc e no Cadastro de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Cadin, impossibilita sejam firmados acordos de cooperação, convênios e operações de crédito entre Estados e entidades federais. 2. O registro da entidade federada, por suposta inadimplência, nesses cadastros federais pode sujeitá-la a efeitos gravosos, com desdobramentos para a transferência de recursos. 3. Em cognição primária e precária, estão presentes o fumus boni juris e o periculum in mora. 4. Medida liminar referendada.”(AC 2657 MC-REF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe de 6/12/10).

No que respeita ao fumus boni iuris, observo que a jurisprudência desta Corte tem reconhecido, com base no postulado do devido processo legal, a necessidade de instauração de prévio processo de tomada de contas especial como requisito para inclusão em cadastro de inadimplência federal. Nesse sentido, o recente julgado:

“AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA (...) CAUC/SIAFI – INCLUSÃO, NESSE CADASTRO FEDERAL, DE ESTADO-MEMBRO (POR EFEITO DE AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS REFERENTE A CONVÊNIO CELEBRADO COM A UNIÃO FEDERAL) SEM QUE SE TENHA PROCEDIDO À PRÉVIA INSTAURAÇÃO DE PROCESSO DE “TOMADA DE CONTAS ESPECIAL” – A QUESTÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS, NOTADAMENTE AQUELES DE CARÁTER PROCEDIMENTAL, TITULARIZADOS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO – POSSIBILIDADE DE INVOCAÇÃO, PELAS ENTIDADES ESTATAIS, EM SEU FAVOR, DA GARANTIA DO “DUE PROCESS OF LAW” – VIOLAÇÃO AO POSTULADO CONSTITUCIONAL DO DEVIDO PROCESSO LEGAL (TAMBÉM APLICÁVEL AOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER MERAMENTE ADMINISTRATIVO) (...)

A QUESTÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS, NOTADAMENTE AQUELES DE CARÁTER PROCEDIMENTAL, TITULARIZADOS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO.

– A imposição de restrições de ordem jurídica pelo Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito estritamente administrativo, supõe, para legitimar-se constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia indisponível do “due process of law”, assegurada, pela Constituição da República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de limitação ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes.

LIMITAÇÃO DE DIREITOS E NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA, PARA EFEITO DE SUA IMPOSIÇÃO, DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.

– A Constituição da República estabelece, em seu art. 5º, incisos LIV e LV, considerada a essencialidade da garantia constitucional da plenitude de defesa e do contraditório, que ninguém pode ser privado de sua liberdade, de seus bens ou de seus direitos sem o devido processo legal, notadamente naqueles casos em que se viabilize a possibilidade de imposição, a determinada pessoa ou entidade, seja ela pública ou privada, de medidas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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consubstanciadoras de limitação de direitos.– A jurisprudência dos Tribunais, especialmente a do Supremo

Tribunal Federal, tem reafirmado o caráter fundamental do princípio da plenitude de defesa, nele reconhecendo uma insuprimível garantia que, instituída em favor de qualquer pessoa ou entidade, rege e condiciona o exercício, pelo Poder Público, de sua atividade, ainda que em sede materialmente administrativa ou no âmbito político-administrativo, sob pena de nulidade da própria medida restritiva de direitos, revestida, ou não, de caráter punitivo. Doutrina. Precedentes. (...)

(ACO 2.131-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno, Dje de 20/2/2015).

Nesses autos, destacou o eminente relator, Min. Celso de Mello:“Com efeito, tenho para mim que a inscrição, no

SIAFI/CADIN/CAUC, do Estado do Maranhão, com todas as graves restrições jurídicas que daí derivam, sem que se tenha precedido à prévia instauração de processo de “tomada de contas especial”, ocasiona, em tese, violação ao postulado constitucional do devido processo legal (também aplicável aos procedimentos de caráter meramente administrativo).

Cabe advertir, por relevante, considerada a essencialidade da garantia constitucional da plenitude de defesa e do contraditório, que a Constituição da República estabelece, em seu art. 5º, incisos LIV e LV, que ninguém pode ser privado de sua liberdade, de seus bens ou de seus direitos sem o devido processo legal, notadamente naqueles casos em que se viabilize a possibilidade de imposição, a determinada pessoa ou entidade, de medidas consubstanciadoras de limitação de direitos.”.

No mesmo sentido, os recentes julgados proferidos nos autos da ACO nº 2605/DF-AgR (Tribunal Pleno, Relator o Min. Teori Zavascki, Julgamento em 18/12/15) e da ACO 2609/MG-AgR. (Tribunal Pleno, Relator o Min. Teori Zavascki, Julgamento em 18/12/15).

É certo que o art. 25, da LRF, exige, para efeito de transferência voluntária, a comprovação de que o beneficiário “se acha em dia quanto (…) à prestação de contas de recursos anteriormente dele [ente repassador] recebidos”. Todavia, o postulado do devido processo legal exige que essa comprovação se dê por meio de procedimento que assegure o contraditório e a ampla defesa.

No caso destes autos, não há, ao menos na análise perfunctória própria das tutelas de urgência, notícia da conclusão de Tomadas de Contas Especial – ou de outro procedimento de âmbito legal – que permita a apuração dos danos ao erário federal e as respectivas responsabilidades.

Desta feita, porque não ultimado o procedimento de tomada de contas especial, tenho – nos termos da recente jurisprudência desta Corte – que se encontra presente o fumus boni iuris.

Pelo exposto, concedo a medida liminar requerida, para suspender os efeitos da inscrição do Requerente junto ao CAUC, em razão do Convênio n. 766/95/FAE (SIAFI n. 133877).

Publique-se. Intime-se. Notifique-se.Cite-se, na forma da lei.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.836 (574)ORIGEM : 2836 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : AGENCIA NACIONAL DE AVIACAO CIVIL - ANACADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Defiro o quanto requerido na petição objeto do evento nº 15 dos autos

eletrônicos.Cumpra-se, com a reclamada urgência, a decisão monocrática

proferida (evento nº 14), procedendo-se com a remessa dos autos à justiça Federal de Primeira Instância no Estado de Santa Catarina.

Publique-se.Brasília, DF, 01 de abril de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.091 (575)ORIGEM : ADI - 163366 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREQTE.(S) : DEMOCRATASADV.(A/S) : FABRÍCIO JULIANO MENDES MEDEIROSINTDO.(A/S) : CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA DO TRABALHOINTDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL

INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS DA

JUSTIÇA DO TRABALHO - ANAMATRAADV.(A/S) : ANA FRAZÃO E OUTROSINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABCADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTROS

Ementa: PROCESSO CONSTITUCIONAL. ADI. CONVÊNIO BACEN/TST/2002 E PROVIMENTOS NºS 1/03 E 3/03 DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO. AUSÊNCIA DE CONTEÚDO NORMATIVO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO.

1. Os provimentos impugnados não são dotados de generalidade, abstração e imperatividade. Não constituem norma primária. O convênio celebrado, por sua vez, é ato de efeitos concretos. Nenhum de tais atos presta-se a ser objeto de controle concentrado da constitucionalidade. Precedentes: ADI 2360 AgR, rel. Min. Celso de Mello; ADI 4040, rel. Min. Cármen Lúcia; ADI 3805 AgR, rel. Min Eros Grau.

2. Os provimentos objeto da ação foram revogados. O convênio atacado originalmente foi substituído por novo convênio, posteriormente celebrado, restando, ao primeiro, aplicação meramente residual. Houve perda superveniente do objeto da ação. Precedentes: ADI 4620, rel. Min. Dias Toffoli; ADI 1442, rel. Min. Celso de Mello; ADI 2608, rel. Min. Celso de Mello.

3. Ação extinta sem julgamento do mérito.DECISÃO:1. Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de

medida cautelar, proposta pelo Partido da Frente Liberal - PFL, contra: i) o Provimento nº 1, de 25.06.2003, da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, ii) o Provimento nº 2, de 23.09.2003, da mesma Corregedoria, e iii) o Convênio BACEN/TST/2002, firmado entre o Banco Central do Brasil e o Tribunal Superior do Trabalho. Os atos impugnados possibilitaram o acesso da Justiça do Trabalho, via internet, ao Sistema BACEN JUD, que permite o repasse de ofícios às instituições do Sistema Financeiro Nacional, de forma a solicitar informações sobre a existência de contas correntes e de aplicações financeiras, e a determinar bloqueios e desbloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas.

2. O autor sustenta que os atos impugnados ferem: i) os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito, a saber, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (CF, art. 1º, caput, II, III e IV); ii) os direitos e garantias fundamentais, o princípio da legalidade, o direito à intimidade, à privacidade, o sigilo de dados, a defesa do consumidor, a inafastabilidade do Poder Judiciário de apreciação de lesão ou ameaça a direito, o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa (CF, art. 5º, caput, II, X, XII, XXXII, XXXV, XLI, LIV e LV); iii) a competência privativa da União para legislar sobre direito processual e do trabalho (CF, art. 22, I,); iv) o devido processo legislativo (CF, art. 48, caput, artigos 59 a 69); v) os princípios que regem a administração pública, entre os quais os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (CF, art. 37); vi) a determinação de que consórcios e convênios entre entes federados devem ser disciplinados por lei (CF, art. 241).

3. O Banco Central do Brasil prestou informações, ressaltando a ausência de conteúdo normativo dos atos impugnados e sua consequente inaptidão para constituir objeto do controle abstrato de constitucionalidade. A Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho defendeu a constitucionalidade dos provimentos e do convênio.

4. Considerando a relevância da matéria, o Ministro Joaquim Barbosa, relator da ação, aplicou-lhe o rito previsto no art. 12 da Lei nº 9.868/1999.

5. A Advocacia-Geral da União opinou pelo não conhecimento da ação, em razão da falta de conteúdo normativo dos atos impugnados. No mérito, manifestou-se pela improcedência do pedido.

6. O Procurador-Geral da República defendeu a extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez que a Constituição Federal limitou o objeto do controle concentrado de constitucionalidade aos atos normativos dotados de generalidade e abstração. Quanto ao mérito, afirmou a constitucionalidade dos atos.

7. Foram apensados aos autos aqueles da ADI nº 3203, com objeto parcialmente coincidente com os da presente ação.

8. Ingressaram no processo, na qualidade de amici curiae, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

9. O Banco Central do Brasil complementou suas informações, noticiando que: i) os provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, ora impugnados, foram revogados; ii) o Convênio BACEN/TST/2002, firmado entre o Banco Central do Brasil e o Tribunal Superior do Trabalho, tendo por objeto o Sistema BACEN JUD 1.0, foi substituído pelo Convênio BACEN/TST/2005, cujo objeto é o Sistema BACEN JUD 2.0, restando aplicação meramente residual ao primeiro convênio; iii) a Lei nº 11.382/2006 teria inserido no Código de Processo Civil de 1973 (atualmente revogado) o art. 655-A, que previu que, para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, “o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução”.

10. Com base nesses fatos, o Banco Central do Brasil alega a perda

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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superveniente do objeto da ação, tendo em vista a revogação dos mencionados provimentos, a superação do convênio impugnado (salvo aplicação residual deste para aqueles procedimentos que foram executados com base no Sistema BACEN JUD 1.0, não mais utilizado) e o não aditamento da ação.

11. É o relatório. Decido.12. A presente ação não pode ser conhecida tampouco tem como

prosseguir, uma vez que: i) os atos impugnados não se revestem de teor normativo; e ii) foram revogados ou substituídos por outros atos não impugnados por meio da presente ação.

13. Volta-se a presente ação contra dois provimentos da Corregedoria da Justiça do Trabalho que tão-somente orientam os magistrados da Justiça do Trabalho na utilização do Sistema BACEN JUD. Este sistema constitui uma ferramenta tecnológica que permite a troca de ofícios entre a Justiça e as instituições do Sistema Financeiro Nacional, de forma a solicitar e a obter, rapidamente, informações sobre a existência de contas correntes e de aplicações financeiras e a determinar bloqueios e desbloqueios de tais contas.

14. O Sistema BACEN JUD tem, portanto, o propósito de viabilizar as execuções judiciais e de tornar mais célere e efetiva a prestação da tutela jurisdicional, uma vez que as providências para localização e bloqueio de recursos deixam de demandar a lenta circulação de ofícios físicos (que dava tempo aos devedores para eventualmente transferir numerários, evitando seu bloqueio) e passa a ser realizada pela via eletrônica.

15. Os provimentos atacados por meio desta ação não constituem norma primária, abstrata, geral e imperativa. Trata-se de meras diretrizes para a utilização do sistema do BACEN. O Provimento nº 1/2003 traz as orientações gerais sobre o assunto, recomenda que as execuções definitivas sejam prioritariamente realizadas por meio deste sistema e indica ações a serem evitadas, para não favorecer a “fuga” dos recursos das contas correntes dos devedores. O Provimento nº 3/2003 possibilita às empresas estabelecidas em várias localidades do território nacional o cadastramento de conta bancária apta a sofrer bloqueios on line pelo Sistema BACEN JUD, de forma a evitar a incidência de múltiplos bloqueios em decorrência de uma mesma execução.

16. O Convênio BACEN/TST/2002, por sua vez, constitui ato concreto, celebrado entre o Banco Central do Brasil e o Tribunal Superior do Trabalho, para fins de possibilitar o acesso da Justiça do Trabalho ao Sistema BACEN JUD.

17. Como se pode notar, nenhum dos três atos atacados é lei em sentido formal ou material. Não constituem atos normativos primários. Tampouco são dotados de generalidade, abstração e imperatividade. Ocorre justamente que as ações diretas de inconstitucionalidade só podem ter por objeto lei ou ato normativo primário federal ou estadual (CF, art. 102, I, a), conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Neste sentido: ADI 2630-AgR, rel. Min. Celso de Mello; ADI 4040, rel. Min. Cármen Lúcia; ADI 3805-AgR, rel. Min. Eros Grau.

18. Não bastasse o exposto acima, o Provimento nº 3/2003 foi expressamente revogado pelo Provimento nº 6, de 28 de outubro de 2005. Posteriormente, em 06 de abril de 2006, a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho promoveu a Consolidação de seus provimentos e revogou tanto o Provimento nº 6/2005 quanto o Provimento nº 1/2003 (art. 123 da Consolidação). Dessa forma, resta no ordenamento jurídico apenas o convênio impugnado, o qual, como já demonstrado, é ato concreto que não pode ensejar controle concentrado de constitucionalidade.

19. O Convênio BACEN/TST/2002 foi, ainda, substituído pelo Convênio BACEN/TST/2005. Este último teve por objeto nova versão do sistema eletrônico em questão, o BACEN JUD 2.0. A aplicabilidade do Convênio BACEN/TST/2002 já era, em 2007, meramente residual, incidindo apenas sobre as execuções iniciadas com base na versão original do Sistema BACEN JUD.

20. Ora, a jurisprudência do STF tem entendido que a revogação do ato impugnado em ação direta de inconstitucionalidade enseja a sua prejudicialidade, independentemente de ter ou não tal ato produzido efeitos concretos. Neste sentido: ADI 4620-AgR, rel. Min. Dias Toffoli; ADI 1442, rel. Min. Celso de Mello; ADI 2608 MC, rel. Min. Celso de Mello.

21. Nota-se, assim, que esta ação não era cabível e, ainda que o fosse, não teria como alcançar julgamento de mérito, tendo em vista a perda superveniente de seu objeto.

Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, julgo extinta a presente ação direta de inconstitucionalidade sem julgamento do mérito.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 31 de março de 2016.

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSORELATOR

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.203 (576)ORIGEM : ADI - 51821 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTES -

CNTADV.(A/S) : ADMAR GONZAGA (00010937/DF) E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : JUTAHY MAGALHÃES NETOINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRALINTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOINTDO.(A/S) : CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA DO TRABALHOADV.(A/S) : ANA FRAZÃO

Ementa: PROCESSO CONSTITUCIONAL. ADI. CONVÊNIO BACEN/TST/2002 E PROVIMENTO N. 1/03 DA CORREGEDORIA GERAL DO TRABALHO. AUSÊNCIA DE CONTEÚDO NORMATIVO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO.

1. O provimento impugnado não é dotado de generalidade, abstração e imperatividade. Não constitui norma primária. O convênio celebrado, por sua vez, é ato de efeitos concretos. Nenhum de tais atos presta-se a ser objeto de controle concentrado da constitucionalidade. Precedentes: ADI 2360 AgR, rel. Min. Celso de Mello; ADI 4040, rel. Min. Cármen Lúcia; ADI 3805 AgR, rel. Min Eros Grau.

2. O provimento objeto da ação foi revogado. O convênio atacado originalmente foi substituído por novo convênio, posteriormente celebrado, restando, ao primeiro, aplicação meramente residual. Houve perda superveniente do objeto da ação. Precedentes: ADI 4620, rel. Min. Dias Toffoli; ADI 1442, rel. Min. Celso de Mello; ADI 2608, rel. Min. Celso de Mello.

3. Ação extinta sem julgamento do mérito.DECISÃO:1. Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de

medida cautelar, proposta pela Confederação Nacional dos Transportes, contra: i) o Provimento nº 1, de 25.06.2003, da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, e ii) o Convênio BACEN/TST/2002, firmado entre o Banco Central do Brasil e o Tribunal Superior do Trabalho. Os atos impugnados possibilitaram o acesso da Justiça do Trabalho, via internet, ao Sistema BACEN JUD, o qual permite o repasse de ofícios entre o Poder Judiciário e as instituições do Sistema Financeiro Nacional por meio eletrônico.

2. O autor sustenta que o Provimento nº 1/2003 da Corregedoria da Justiça do Trabalho é inconstitucional porque: i) implica atuação legislativa do Judiciário, em desrespeito ao princípio da separação dos poderes (CF, art. 2º) e à competência privativa da União para legislar sobre processo (CF, art. 22, I); ii) viola a garantia constitucional da legalidade e da reserva constitucional de lei complementar para dispor sobre o Sistema Financeiro Nacional (CF, art. 5º, II, e art. 192); e iii) desrespeita a exigência de lei para disciplinar convênios de cooperação entre os entes federados para gestão associada de serviços públicos (CF, art. 241). Alega, ainda, desrespeito ao art. 1º, caput, II, III e V; art. 5º, X, XII, XIV, XXII, XXXII, XLI, LVII, LIV e LV; e art. 129, I, todos, da Constituição.

3. Os autos desta ação foram apensados aos da ADI nº 3091, de objeto mais abrangente.

4. É o relatório. Decido. 5. A presente ação não pode ser conhecida tampouco tem como

prosseguir, uma vez que: i) os atos impugnados não se revestem de teor normativo; e ii) foram revogados ou substituídos por outros atos não impugnados por meio da presente ação.

6. Volta-se a presente ação contra provimento da Corregedoria da Justiça do Trabalho que tão-somente orienta os magistrados à utilização do Sistema BACEN JUD. Este sistema constitui uma ferramenta tecnológica que permite a troca de ofícios entre a Justiça e as instituições do Sistema Financeiro Nacional, de forma a solicitar e a obter, rapidamente, informações sobre a existência de contas correntes e de aplicações financeiras e a determinar bloqueios e desbloqueios de tais contas.

7. O Sistema BACEN JUD tem, portanto, o propósito de viabilizar as execuções judiciais e de tornar mais célere e efetiva a prestação da tutela jurisdicional, uma vez que as providências para localização e bloqueio de recursos deixam de demandar a lenta circulação de ofícios físicos (que dava tempo aos devedores para eventualmente transferir numerários, evitando seu bloqueio) e passa a ser realizada pela via eletrônica.

8. O provimento atacado por meio desta ação não constitui norma primária, abstrata, geral e imperativa. Trata apenas de diretrizes para a utilização do sistema do BACEN, cujo propósito é tornar mais célere e efetivas as execuções judiciais.

9. O Convênio BACEN/TST/2002, por sua vez, constitui ato concreto, celebrado entre o Banco Central do Brasil e o Tribunal Superior do Trabalho, para fins de possibilitar o acesso da Justiça do Trabalho ao Sistema BACEN JUD.

10. Como se pode notar, nenhum dos atos atacados é lei em sentido formal ou material. Não constituem atos normativos primários. Tampouco são dotados de generalidade, abstração e imperatividade. Ocorre justamente que as ações diretas de inconstitucionalidade só podem ter por objeto lei ou ato normativo primário federal ou estadual (CF, art. 102, I, a), conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Neste sentido: ADI 2630-AgR, rel. Min. Celso de Mello; ADI 4040, rel. Min. Cármen Lúcia; ADI 3805-AgR, rel. Min. Eros Grau.

11. Não bastasse o exposto acima, a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho promoveu a Consolidação de seus provimentos e revogou expressamente o Provimento nº 1/2003, por meio de seu art. 123. Dessa forma, resta no ordenamento jurídico apenas o convênio impugnado.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 73

12. O Convênio BACEN/TST/2002 foi, contudo, substituído pelo Convênio BACEN/TST/2005, que teve por objeto nova versão do sistema eletrônico em questão, o BACEN JUD 2.0. A aplicabilidade do Convênio BACEN/TST/2002 já era, em 2007, meramente residual, incidindo apenas sobre as execuções iniciadas com base na versão original do Sistema BACEN JUD.

13. Ora, a jurisprudência do STF tem entendido que a revogação do ato impugnado em ação direta de inconstitucionalidade enseja a sua prejudicialidade, independentemente de ter ou não tal ato produzido efeitos concretos. Neste sentido: ADI 4620-AgR, rel. Min. Dias Toffoli; ADI 1442, rel. Min. Celso de Mello; ADI 2608 MC, rel. Min. Celso de Mello.

14. Nota-se, assim, que esta ação não era cabível e, ainda que o fosse, não teria como alcançar julgamento de mérito, tendo em vista a perda superveniente de seu objeto.

Diante do exposto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RI/STF, julgo extinta a presente ação direta de inconstitucionalidade sem julgamento do mérito.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 31 de março de 2016.

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSORELATOR

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.697 (577)ORIGEM : ADI - 4697 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS PROFISSÕES

LIBERAIS-CNPLADV.(A/S) : AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (40152/SP)INTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REDES DE

FARMÁCIAS E DROGARIAS - ABRAFARMAADV.(A/S) : GUILHERME MIGUEL GANTUS (153970/SP) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM - COFENADV.(A/S) : ALBERTO JORGE SANTIAGO CABRAL (12105/DF)

DESPACHO: O Conselho Federal de Enfermagem requer, por meio da Petição 64.716/2016, a sua admissão no feito na qualidade de amicus curiae.

Ademais, o artigo 7º, §2º, da Lei 9.868/99, assim dispõe: “O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.”

Na espécie, trata-se de autarquia profissional que tem a incumbência de fiscalizar a categoria econômica das farmácias e drogarias, o que demonstra sua representatividade para discutir a cobrança de contribuições por conselhos de classe. Ante essa constatação, o Peticionante possui interesse institucional legítimo no deslinde da presente demanda, tendo em conta os impactos jurídicos e econômicos decorrentes do futuro pronunciamento do STF no presente processo.

Ante o exposto, defiro o pedido formulado na referida petição, nos termos do art. 7º, §2º, da Lei 9.868/99.

Publique-se. Brasília, 04 de abril de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.901

(578)

ORIGEM : ADI - 4901 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAM. CURIAE. : ASSOCIACAO BRASILEIRA DOS PRODUTORES

INDEPENDENTES DE ENERGIA ELETRICA - APINEADV.(A/S) : MARÇAL JUSTEN FILHO (7468/PR)ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO GUIMARÃES PEREIRA (18662/PR)ADV.(A/S) : EDUARDO TALAMINI (19920/PR)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COMPANHIAS DE

ENERGIA ELÉTRICA - ABCEADV.(A/S) : WERNER GRAU NETO (120564/SP) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DO

BRASILADV.(A/S) : GUSTAVO DO VALE ROCHAAM. CURIAE. : TERRA DE DIREITOSADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS DE TRABALHADORES

RURAIS NO ESTADO DA BAHIA - AATR/BAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO LEMOS CHAVES (16430/BA) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ABRA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REFORMA

AGRÁRIAADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : DIGNITATIS - ASSESSORIA JURÍDICA POPULARADV.(A/S) : DANIEL ALVES PESSOA (4005/RN) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : INSTITUTO GAÚCHO DE ESTUDOS AMBIENTAIS-

INGÁADV.(A/S) : EFENDY EMILIANO MALDONADO (82227/RS) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : FEDERAÇÃO DE ORGÃOS PARA ASSISTÊNCIA

SOCIAL E EDUCACIONAL - FASEADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS -

OCBADV.(A/S) : ANA PAULA ANDRADE RAMOS RODRIGUES

(186635/SP) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL - ISAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)AM. CURIAE. : REDE DE ORGANIZACOES NAO GOVERNAMENTAIS

DA MATA ATLANTICA - RMAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)AM. CURIAE. : MATER NATURA - INSTITUTO DE ESTUDOS

AMBIENTAISADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA DO AMBIENTE -

AMDAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO AGRONEGÓCIO -

ABAGADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO BETTIOL (DF006558/) E OUTRO(A/S)

INSTITUIÇÃO DO DENOMINADO “NOVO CÓDIGO FLORESTAL”. ALTERAÇÕES NO MARCO REGULATÓRIO DA PROTEÇÃO DA FLORA E DA VEGETAÇÃO NATIVA NO BRASIL (LEI 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012, TAMBÉM NA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012). DEFINIÇÃO DO CRONOGRAMA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA, A SER REALIZADA NO DIA 18 DE ABRIL DE 2016.

DESPACHO: Em atenção à decisão monocrática de 08 de março de 2016, defiro a participação na audiência pública a ser realizada no dia 18 de abril de 2016, a partir das 14 horas, na sala de Sessões da 1ª Turma, Anexo II A, 3º Andar, Supremo Tribunal Federal, das pessoas abaixo discriminadas, que poderão expor seus conhecimentos sobre o tema debatido nos autos de acordo com o seguinte cronograma:

A) Horário das 14:00 às 14:10 horas Abertura da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux 1) Horário das 14:10 às 14:20 horas Expositor: Professor Dr. Jean Paul Metzger (Universidade de São

Paulo – USP) 2) Horário das 14:20 às 14:30 horasExpositor: Sr. Rodrigo Justus de Brito (Assessor Técnico Sênior da

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA) 3) Horário das 14:30 às 14:40 horasExpositor: Professor Gerd Sparovek (Coordenador do Laboratório de

Geoprocessamento – LABGEO – da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)

4) Horário das 14:40 às 14:50 horasExpositora: Professora Dra. Annelise Vendramini (Centro de Estudos

em Sustentabilidade da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGVCes)

5) Horário das 14:50 às 15:00 horasExpositor: Dr. Édis Milaré (Advogado, Professor e Consultor em

Matéria Ambiental) 6) Horário das 15:00 às 15:10 horas Expositor: Sr. Marcelo Cabral Santos (Secretaria de Política Agrícola

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SPA/MAPA)7) Horário das 15:10 às 15:20 horasExpositor: Professor Dr. José Luiz de Attayde (Pesquisador da

Associação Brasileira de Limnologia - ABLIMINO)8) Horário das 15:20 às 15:30 horasExpositor: Ministro José Aldo Rebelo Figueiredo (Relator da

legislação impugnada no âmbito da Câmara dos Deputados)9) Horário das 15:30 às 15:40 horasExpositor: Magnífico Sr. Dr. Reitor Sebastião Renato Valverde

(Universidade Federal de Lavras – UFLA)10) Horário das 15:40 às 15:50 horasExpositor: Sr. Helvio Neves Guerra (Agência Nacional de Energia

Elétrica – ANEEL –, Superintendente de Concessões e Autorização de Geração).

11) Horário das 15:50 às 16:00 horas Expositora: Professora Dra. Nurit Bensusan (Universidade de Brasília

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 74: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 74

– UnB – e Pesquisadora do Instituto Sócioambiental – ISA) B) Intervalo de 30 (trinta) minutos das 16:00 às 16:30 horas 12) Horário das 16:30 às 16:40 horasExpositor: Professor Dr. Sergius Gandolfi (Escola Superior de

Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)13) Horário das 16:40 às 16:50 horasExpositor: Professor Dr. Evaristo Eduardo de Miranda (Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite)

14) Horário das 16:50 às 17:00 horasExpositora: Pesquisadora Sâmia Serra Nunes (Instituto do Homem e

Meio Ambiente da Amazônia – IMAZON)15) Horário das 17:00 às 17:10 horasExpositor: Deputado Sarney Filho (Frente Parlamentar Ambientalista

– FPA)16) Horário das 17:10 às 17:20 horasExpositor: Professor Dr. Roberto Rodrigues (Centro de Estudos do

Agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas – EESP/FGV)

17) Horário das 17:20 às 17:30 horasExpositor: Raimundo Deusdará Filho (Diretor-Geral do Serviço

Florestal Brasileiro – SFB, representante da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente – MMA)

18) Horário das 17:30 às 17:40 horasExpositor: Sr. Luiz Henrique Gomes de Moura (Luiz Zarref – Membro

da Cordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Senm Terra – MST)

19) Horário das 17:40 às 17:50 horas Expositor: Professor Dr. Jaílson Bittencourt de Andrade (Universidade

Federal da Bahia – UFBA –, Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Membro da Academia Brasileira de Ciências – ABC)

20) Horário das 17:50 às 18:00 horasExpositor: Paulo José Prudente de Fontes (Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente – IBAMA, Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas).

21) Horário das 18:00 às 18:10 horasExpositor: Devanir Garcia dos Santos (Agência Nacional de Águas –

ANA –, Coordenador de Implementação de Projetos Indutores da ANA). 22) Horário das 18:10 às 18:20 horas Expositor: Professor Dr. Antônio Donato Nobre (Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador).C) Horário das 18:20 às 18:30 horas. Encerramento da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux Cada expositor(a) terá o prazo de até 10 [dez] minutos para palestrar

sobre os aspectos controvertidos relativos aos dispositivos impugnados, apontados na decisão convocatória da audiência, proferida nestes autos em 08/03/2016.

Cumpre informar que a própria instituição ou pessoa habilitada deverá custear as suas despesas para a participação nas audiências públicas designadas.

O envio de arquivos a serem utilizados nas exposições deverá ser feito até o dia 14/04/2016 e dirigido EXCLUSIVAMENTE para o e-mail: [email protected].

Informações adicionais podem ser obtidas no sítio do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.902

(579)

ORIGEM : ADI - 4902 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES

INDEPENDENTES DE ENERGIA ELÉTRICA - APINEADV.(A/S) : MARÇAL JUSTEN FILHO (7468/PR)ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO GUIMARÃES PEREIRA (18662/PR)ADV.(A/S) : EDUARDO TALAMINI (PR19920/)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COMPANHIAS DE

ENERGIA ELÉTRICA - ABCEADV.(A/S) : WERNER GRAU NETO (120564/SP) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DO

BRASILADV.(A/S) : GUSTAVO DO VALE ROCHA (13422/DF) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : TERRA DE DIREITOSADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS DE TRABALHADORES

RURAIS NO ESTADO DA BAHIA - AATR/BAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO LEMOS CHAVES (16430/BA) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ABRA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REFORMA

AGRÁRIAADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : DIGNITATIS - ASSESSORIA JURÍDICA POPULARADV.(A/S) : DANIEL ALVES PESSOA (4005/RN) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : INSTITUTO GAÚCHO DE ESTUDOS AMBIENTAIS-

INGÁADV.(A/S) : EFENDY EMILIANO MALDONADO (82227/RS) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : FEDERAÇÃO DE ORGÃOS PARA ASSISTÊNCIA

SOCIAL E EDUCACIONAL - FASEADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : NUCLEO AMIGOS DA TERRA BRASILADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA

FINANCEIRO - CONSIFADV.(A/S) : NELSON A. JOBIM (23650/DF) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS -

OCBADV.(A/S) : ANA PAULA ANDRADE RAMOS RODRIGUES

(186635/SP) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL - ISAAM. CURIAE. : REDE DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS

DA MATA ATLÂNTICA - RMAAM. CURIAE. : MATER NATURA - INSTITUTO DE ESTUDOS

AMBIENTAISAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA DO MEIO

AMBIENTE - AMDAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)

INSTITUIÇÃO DO DENOMINADO “NOVO CÓDIGO FLORESTAL”. ALTERAÇÕES NO MARCO REGULATÓRIO DA PROTEÇÃO DA FLORA E DA VEGETAÇÃO NATIVA NO BRASIL (LEI 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012, TAMBÉM NA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012). DEFINIÇÃO DO CRONOGRAMA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA, A SER REALIZADA NO DIA 18 DE ABRIL DE 2016.

DESPACHO: Em atenção à decisão monocrática de 08 de março de 2016, defiro a participação na audiência pública a ser realizada no dia 18 de abril de 2016, a partir das 14 horas, na sala de Sessões da 1ª Turma, Anexo II A, 3º Andar, Supremo Tribunal Federal, das pessoas abaixo discriminadas, que poderão expor seus conhecimentos sobre o tema debatido nos autos de acordo com o seguinte cronograma:

A) Horário das 14:00 às 14:10 horas Abertura da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux 1) Horário das 14:10 às 14:20 horas Expositor: Professor Dr. Jean Paul Metzger (Universidade de São

Paulo – USP) 2) Horário das 14:20 às 14:30 horasExpositor: Sr. Rodrigo Justus de Brito (Assessor Técnico Sênior da

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA) 3) Horário das 14:30 às 14:40 horasExpositor: Professor Gerd Sparovek (Coordenador do Laboratório de

Geoprocessamento – LABGEO – da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)

4) Horário das 14:40 às 14:50 horasExpositora: Professora Dra. Annelise Vendramini (Centro de Estudos

em Sustentabilidade da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGVCes)

5) Horário das 14:50 às 15:00 horasExpositor: Dr. Édis Milaré (Advogado, Professor e Consultor em

Matéria Ambiental) 6) Horário das 15:00 às 15:10 horas Expositor: Sr. Marcelo Cabral Santos (Secretaria de Política Agrícola

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SPA/MAPA)7) Horário das 15:10 às 15:20 horasExpositor: Professor Dr. José Luiz de Attayde (Pesquisador da

Associação Brasileira de Limnologia - ABLIMINO)8) Horário das 15:20 às 15:30 horasExpositor: Ministro José Aldo Rebelo Figueiredo (Relator da

legislação impugnada no âmbito da Câmara dos Deputados)9) Horário das 15:30 às 15:40 horasExpositor: Magnífico Sr. Dr. Reitor Sebastião Renato Valverde

(Universidade Federal de Lavras – UFLA)10) Horário das 15:40 às 15:50 horasExpositor: Sr. Helvio Neves Guerra (Agência Nacional de Energia

Elétrica – ANEEL –, Superintendente de Concessões e Autorização de Geração).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 75: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 75

11) Horário das 15:50 às 16:00 horas Expositora: Professora Dra. Nurit Bensusan (Universidade de Brasília

– UnB – e Pesquisadora do Instituto Sócioambiental – ISA) B) Intervalo de 30 (trinta) minutos das 16:00 às 16:30 horas 12) Horário das 16:30 às 16:40 horasExpositor: Professor Dr. Sergius Gandolfi (Escola Superior de

Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)13) Horário das 16:40 às 16:50 horasExpositor: Professor Dr. Evaristo Eduardo de Miranda (Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite)

14) Horário das 16:50 às 17:00 horasExpositora: Pesquisadora Sâmia Serra Nunes (Instituto do Homem e

Meio Ambiente da Amazônia – IMAZON)15) Horário das 17:00 às 17:10 horasExpositor: Deputado Sarney Filho (Frente Parlamentar Ambientalista

– FPA)16) Horário das 17:10 às 17:20 horasExpositor: Professor Dr. Roberto Rodrigues (Centro de Estudos do

Agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas – EESP/FGV)

17) Horário das 17:20 às 17:30 horasExpositor: Raimundo Deusdará Filho (Diretor-Geral do Serviço

Florestal Brasileiro – SFB, representante da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente – MMA)

18) Horário das 17:30 às 17:40 horasExpositor: Sr. Luiz Henrique Gomes de Moura (Luiz Zarref – Membro

da Cordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Senm Terra – MST)

19) Horário das 17:40 às 17:50 horas Expositor: Professor Dr. Jaílson Bittencourt de Andrade (Universidade

Federal da Bahia – UFBA –, Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Membro da Academia Brasileira de Ciências – ABC)

20) Horário das 17:50 às 18:00 horasExpositor: Paulo José Prudente de Fontes (Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente – IBAMA, Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas).

21) Horário das 18:00 às 18:10 horasExpositor: Devanir Garcia dos Santos (Agência Nacional de Águas –

ANA –, Coordenador de Implementação de Projetos Indutores da ANA). 22) Horário das 18:10 às 18:20 horas Expositor: Professor Dr. Antônio Donato Nobre (Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador).C) Horário das 18:20 às 18:30 horas. Encerramento da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux Cada expositor(a) terá o prazo de até 10 [dez] minutos para palestrar

sobre os aspectos controvertidos relativos aos dispositivos impugnados, apontados na decisão convocatória da audiência, proferida nestes autos em 08/03/2016.

Cumpre informar que a própria instituição ou pessoa habilitada deverá custear as suas despesas para a participação nas audiências públicas designadas.

O envio de arquivos a serem utilizados nas exposições deverá ser feito até o dia 14/04/2016 e dirigido EXCLUSIVAMENTE para o e-mail: [email protected].

Informações adicionais podem ser obtidas no sítio do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.903

(580)

ORIGEM : ADI - 4903 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES

INDEPENDENTES DE ENERGIA ELÉTRICA - APINEADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO (20015/DF) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCESSIONÁRIAS

DE ENERGIA ELÉTRICA - ABCEADV.(A/S) : WERNER GRAU NETO (120564/SP) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO

BRASILEIRO-PMDBADV.(A/S) : GUSTAVO DO VALE ROCHA (DF013422/)AM. CURIAE. : TERRA DE DIREITOS

ADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS DE TRABALHADORES

RURAIS NO ESTADO DA BAHIA - AATRADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO LEMOS CHAVES (16430/BA) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REFORMA AGRÁRIA -

ABRAADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR - DIGNITATISADV.(A/S) : DANIEL ALVES PESSOA (4005/RN) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : INSTITUTO GAÚCHO DE ESTUDOS AMBIENTAIS-

INGÁADV.(A/S) : EFENDY EMILIANO MALDONADO (82227/RS) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : FEDERAÇÃO DE ORGÃOS PARA ASSISTÊNCIA

SOCIAL E EDUCACIONAL - FASEADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : NÚCLEO AMIGOS DA TERRA BRASIL - NATADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS -

OCBADV.(A/S) : LEONARDO PAPP (SC018634/)AM. CURIAE. : INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL - ISAAM. CURIAE. : REDE DE ORGANIZACOES NAO GOVERNAMENTAIS

DA MATA ATLANTICA - RMAAM. CURIAE. : MATER NATURA INSTITUTO DE ESTUDOS

AMBIENTAISAM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA DO MEIO

AMBIENTE - AMDAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)

INSTITUIÇÃO DO DENOMINADO “NOVO CÓDIGO FLORESTAL”. ALTERAÇÕES NO MARCO REGULATÓRIO DA PROTEÇÃO DA FLORA E DA VEGETAÇÃO NATIVA NO BRASIL (LEI 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012, TAMBÉM NA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012). DEFINIÇÃO DO CRONOGRAMA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA, A SER REALIZADA NO DIA 18 DE ABRIL DE 2016.

DESPACHO: Em atenção à decisão monocrática de 08 de março de 2016, defiro a participação na audiência pública a ser realizada no dia 18 de abril de 2016, a partir das 14 horas, na sala de Sessões da 1ª Turma, Anexo II A, 3º Andar, Supremo Tribunal Federal, das pessoas abaixo discriminadas, que poderão expor seus conhecimentos sobre o tema debatido nos autos de acordo com o seguinte cronograma:

A) Horário das 14:00 às 14:10 horas Abertura da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux 1) Horário das 14:10 às 14:20 horas Expositor: Professor Dr. Jean Paul Metzger (Universidade de São

Paulo – USP) 2) Horário das 14:20 às 14:30 horasExpositor: Sr. Rodrigo Justus de Brito (Assessor Técnico Sênior da

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA) 3) Horário das 14:30 às 14:40 horasExpositor: Professor Gerd Sparovek (Coordenador do Laboratório de

Geoprocessamento – LABGEO – da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)

4) Horário das 14:40 às 14:50 horasExpositora: Professora Dra. Annelise Vendramini (Centro de Estudos

em Sustentabilidade da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGVCes)

5) Horário das 14:50 às 15:00 horasExpositor: Dr. Édis Milaré (Advogado, Professor e Consultor em

Matéria Ambiental) 6) Horário das 15:00 às 15:10 horas Expositor: Sr. Marcelo Cabral Santos (Secretaria de Política Agrícola

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SPA/MAPA)7) Horário das 15:10 às 15:20 horasExpositor: Professor Dr. José Luiz de Attayde (Pesquisador da

Associação Brasileira de Limnologia - ABLIMINO)8) Horário das 15:20 às 15:30 horasExpositor: Ministro José Aldo Rebelo Figueiredo (Relator da

legislação impugnada no âmbito da Câmara dos Deputados)9) Horário das 15:30 às 15:40 horasExpositor: Magnífico Sr. Dr. Reitor Sebastião Renato Valverde

(Universidade Federal de Lavras – UFLA)10) Horário das 15:40 às 15:50 horasExpositor: Sr. Helvio Neves Guerra (Agência Nacional de Energia

Elétrica – ANEEL –, Superintendente de Concessões e Autorização de Geração).

11) Horário das 15:50 às 16:00 horas Expositora: Professora Dra. Nurit Bensusan (Universidade de Brasília

– UnB – e Pesquisadora do Instituto Sócioambiental – ISA) B) Intervalo de 30 (trinta) minutos das 16:00 às 16:30 horas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 76

12) Horário das 16:30 às 16:40 horasExpositor: Professor Dr. Sergius Gandolfi (Escola Superior de

Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)13) Horário das 16:40 às 16:50 horasExpositor: Professor Dr. Evaristo Eduardo de Miranda (Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite)

14) Horário das 16:50 às 17:00 horasExpositora: Pesquisadora Sâmia Serra Nunes (Instituto do Homem e

Meio Ambiente da Amazônia – IMAZON)15) Horário das 17:00 às 17:10 horasExpositor: Deputado Sarney Filho (Frente Parlamentar Ambientalista

– FPA)16) Horário das 17:10 às 17:20 horasExpositor: Professor Dr. Roberto Rodrigues (Centro de Estudos do

Agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas – EESP/FGV)

17) Horário das 17:20 às 17:30 horasExpositor: Raimundo Deusdará Filho (Diretor-Geral do Serviço

Florestal Brasileiro – SFB, representante da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente – MMA)

18) Horário das 17:30 às 17:40 horasExpositor: Sr. Luiz Henrique Gomes de Moura (Luiz Zarref – Membro

da Cordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Senm Terra – MST)

19) Horário das 17:40 às 17:50 horas Expositor: Professor Dr. Jaílson Bittencourt de Andrade (Universidade

Federal da Bahia – UFBA –, Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Membro da Academia Brasileira de Ciências – ABC)

20) Horário das 17:50 às 18:00 horasExpositor: Paulo José Prudente de Fontes (Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente – IBAMA, Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas).

21) Horário das 18:00 às 18:10 horasExpositor: Devanir Garcia dos Santos (Agência Nacional de Águas –

ANA –, Coordenador de Implementação de Projetos Indutores da ANA). 22) Horário das 18:10 às 18:20 horas Expositor: Professor Dr. Antônio Donato Nobre (Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador).C) Horário das 18:20 às 18:30 horas. Encerramento da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux Cada expositor(a) terá o prazo de até 10 [dez] minutos para palestrar

sobre os aspectos controvertidos relativos aos dispositivos impugnados, apontados na decisão convocatória da audiência, proferida nestes autos em 08/03/2016.

Cumpre informar que a própria instituição ou pessoa habilitada deverá custear as suas despesas para a participação nas audiências públicas designadas.

O envio de arquivos a serem utilizados nas exposições deverá ser feito até o dia 14/04/2016 e dirigido EXCLUSIVAMENTE para o e-mail: [email protected].

Informações adicionais podem ser obtidas no sítio do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.937

(581)

ORIGEM : ADI - 4937 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLADV.(A/S) : ANDRE BRANDÃO HENRIQUES MAIMONI (29498/DF)

E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAM. CURIAE. : TERRA DE DIREITOSADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO DE ADVOGADOS DE TRABALHADORES

RURAIS NO ESTADO DA BAHIA - AATR/BAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO LEMOS CHAVES (16430/BA) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : ABRA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REFORMA

AGRÁRIAADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : DIGNITATIS - ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR

ADV.(A/S) : DANIEL ALVES PESSOA (4005/RN) E OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : INSTITUTO GAUCHO DE ESTUDOS AMBIENTAISADV.(A/S) : EFENDY EMILIANO MALDONADO (82227/RS) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : FASE - FEDERAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA ASSISTÊNCIA

SOCIAL E EDUCACIONALADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : NUCLEO AMIGOS DA TERRA BRASILADV.(A/S) : ANDRE LUIZ BARRETO AZEVEDO (0032748/PE) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL - ISAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)AM. CURIAE. : REDE DE ORGANIZACOES NAO GOVERNAMENTAIS

DA MATA ATLANTICA - RMAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)AM. CURIAE. : MATER NATURA - INSTITUTO DE ESTUDOS

AMBIENTAISADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA DO AMBIENTE -

AMDAADV.(A/S) : MAURICIO GUETTA (0271433/SP)

INSTITUIÇÃO DO DENOMINADO “NOVO CÓDIGO FLORESTAL”. ALTERAÇÕES NO MARCO REGULATÓRIO DA PROTEÇÃO DA FLORA E DA VEGETAÇÃO NATIVA NO BRASIL (LEI 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012, TAMBÉM NA REDAÇÃO CONFERIDA PELA LEI 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012). DEFINIÇÃO DO CRONOGRAMA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA, A SER REALIZADA NO DIA 18 DE ABRIL DE 2016.

DESPACHO: Em atenção à decisão monocrática de 08 de março de 2016, defiro a participação na audiência pública a ser realizada no dia 18 de abril de 2016, a partir das 14 horas, na sala de Sessões da 1ª Turma, Anexo II A, 3º Andar, Supremo Tribunal Federal, das pessoas abaixo discriminadas, que poderão expor seus conhecimentos sobre o tema debatido nos autos de acordo com o seguinte cronograma:

A) Horário das 14:00 às 14:10 horas Abertura da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux 1) Horário das 14:10 às 14:20 horas Expositor: Professor Dr. Jean Paul Metzger (Universidade de São

Paulo – USP) 2) Horário das 14:20 às 14:30 horasExpositor: Sr. Rodrigo Justus de Brito (Assessor Técnico Sênior da

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA) 3) Horário das 14:30 às 14:40 horasExpositor: Professor Gerd Sparovek (Coordenador do Laboratório de

Geoprocessamento – LABGEO – da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)

4) Horário das 14:40 às 14:50 horasExpositora: Professora Dra. Annelise Vendramini (Centro de Estudos

em Sustentabilidade da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGVCes)

5) Horário das 14:50 às 15:00 horasExpositor: Dr. Édis Milaré (Advogado, Professor e Consultor em

Matéria Ambiental) 6) Horário das 15:00 às 15:10 horas Expositor: Sr. Marcelo Cabral Santos (Secretaria de Política Agrícola

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SPA/MAPA)7) Horário das 15:10 às 15:20 horasExpositor: Professor Dr. José Luiz de Attayde (Pesquisador da

Associação Brasileira de Limnologia - ABLIMINO)8) Horário das 15:20 às 15:30 horasExpositor: Ministro José Aldo Rebelo Figueiredo (Relator da

legislação impugnada no âmbito da Câmara dos Deputados)9) Horário das 15:30 às 15:40 horasExpositor: Magnífico Sr. Dr. Reitor Sebastião Renato Valverde

(Universidade Federal de Lavras – UFLA)10) Horário das 15:40 às 15:50 horasExpositor: Sr. Helvio Neves Guerra (Agência Nacional de Energia

Elétrica – ANEEL –, Superintendente de Concessões e Autorização de Geração).

11) Horário das 15:50 às 16:00 horas Expositora: Professora Dra. Nurit Bensusan (Universidade de Brasília

– UnB – e Pesquisadora do Instituto Sócioambiental – ISA) B) Intervalo de 30 (trinta) minutos das 16:00 às 16:30 horas 12) Horário das 16:30 às 16:40 horasExpositor: Professor Dr. Sergius Gandolfi (Escola Superior de

Agricultura Luiz Queiroz – ESALQ/USP)13) Horário das 16:40 às 16:50 horasExpositor: Professor Dr. Evaristo Eduardo de Miranda (Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite)

14) Horário das 16:50 às 17:00 horasExpositora: Pesquisadora Sâmia Serra Nunes (Instituto do Homem e

Meio Ambiente da Amazônia – IMAZON)15) Horário das 17:00 às 17:10 horas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 77

Expositor: Deputado Sarney Filho (Frente Parlamentar Ambientalista – FPA)

16) Horário das 17:10 às 17:20 horasExpositor: Professor Dr. Roberto Rodrigues (Centro de Estudos do

Agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas – EESP/FGV)

17) Horário das 17:20 às 17:30 horasExpositor: Raimundo Deusdará Filho (Diretor-Geral do Serviço

Florestal Brasileiro – SFB, representante da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente – MMA)

18) Horário das 17:30 às 17:40 horasExpositor: Sr. Luiz Henrique Gomes de Moura (Luiz Zarref – Membro

da Cordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Senm Terra – MST)

19) Horário das 17:40 às 17:50 horas Expositor: Professor Dr. Jaílson Bittencourt de Andrade (Universidade

Federal da Bahia – UFBA –, Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Membro da Academia Brasileira de Ciências – ABC)

20) Horário das 17:50 às 18:00 horasExpositor: Paulo José Prudente de Fontes (Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente – IBAMA, Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas).

21) Horário das 18:00 às 18:10 horasExpositor: Devanir Garcia dos Santos (Agência Nacional de Águas –

ANA –, Coordenador de Implementação de Projetos Indutores da ANA). 22) Horário das 18:10 às 18:20 horas Expositor: Professor Dr. Antônio Donato Nobre (Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador).C) Horário das 18:20 às 18:30 horas. Encerramento da Audiência Pública: Ministro Relator Luiz Fux Cada expositor(a) terá o prazo de até 10 [dez] minutos para palestrar

sobre os aspectos controvertidos relativos aos dispositivos impugnados, apontados na decisão convocatória da audiência, proferida nestes autos em 08/03/2016.

Cumpre informar que a própria instituição ou pessoa habilitada deverá custear as suas despesas para a participação nas audiências públicas designadas.

O envio de arquivos a serem utilizados nas exposições deverá ser feito até o dia 14/04/2016 e dirigido EXCLUSIVAMENTE para o e-mail: [email protected].

Informações adicionais podem ser obtidas no sítio do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.108 (582)ORIGEM : ADI - 5108 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : PARTIDO POPULAR SOCIALISTAADV.(A/S) : RENATO CAMPOS GALUPPO (90819/MG) E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAM. CURIAE. : UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES - UNEADV.(A/S) : RODRIGO KOPKE SALINAS (146814/SP) E

OUTRO(A/S)AM. CURIAE. : MOVIMENTO ESTUDANTIL DO BRASIL (MEB)ADV.(A/S) : ALBERTO BOTELHO MENDES (70313/MG)

DECISÃOVistos.A Federação Nacional dos Estudantes Livres – FNEL, a União

Brasileira dos Estudantes Nacionais – UBEN, e a Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico – FENET requerem sua admissão no feito na qualidade de amici curiae.

A presente ação direta foi ajuizada pelo Partido Popular Socialista - PPS objetivando a declaração de inconstitucionalidade, com redução de texto, da expressão “filiadas àquelas”, constante dos §§ 2º e 4º, do art. 1º, bem como do § 2º do art. 2º, todos da Lei nº 12.933, de 26 de dezembro de 2013, cujas normas tratam da expedição da carteira de identidade estudantil – CIE e, por arrastamento, da expressão “pelas entidades nacionais antes referidas”, constante do § 2º do art. 1º, da mesma Lei, por afronta ao princípio da liberdade de associação, consagrado nos incisos XVII e XX do art. 5º da Constituição.

Nos termos do art. 7º, § 2º, da Lei nº 9.868/99, compete ao relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, por meio de despacho irrecorrível, admitir ou não pedidos de

intervenção de interessados na condição de amicus curiae. Verifico, pelos estatutos sociais das entidades requerentes juntados

aos autos, que todas possuem dentre seus objetivos a representação da classe estudantil em âmbito nacional, do mesmo modo que o fazem a União Nacional dos Estudantes - UNE e o Movimento Estudantil do Brasil - MEB, entidades já admitidas nos autos como amicus curiae.

Pelo exposto, indefiro os pedidos formulados, mas recebo as petições como memoriais.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 956 (583)ORIGEM : AP - 00008642720118020000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREVISOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : JOSÉ CÍCERO SOARES DE ALMEIDAADV.(A/S) : ANTÔNIO NABOR AREIAS BULHÕES (1465A/DF)RÉU(É)(S) : JOÃO VILELA DOS SANTOS JÚNIORADV.(A/S) : LUIZ DE ALBUQUERQUE MEDEIROS NETO (0008800/

AL)RÉU(É)(S) : LUCAS QUEIROZ ABUDADV.(A/S) : CAMILA TORRES CESAR (0247401/SP)RÉU(É)(S) : FERNANDO DACAL REISADV.(A/S) : LUIZ DE GONZAGA MENDES DE BARROSRÉU(É)(S) : JOSÉ ERIVALDO ARRAESADV.(A/S) : PAULO JOSÉ DE CARVALHO LIMA FILHO (0010399/AL)RÉU(É)(S) : JOSÉ CARLOS VALENTE PONTESADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA (015095/CE)

DECISÃO: O Procurador-Geral da República Rodrigo Janot Monteiro de

Barros, assim se manifestou a fls. 1.810/1.828:“I — RelatórioA Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Alagoas ofereceu

denúncia contra José Cícero Soares de Almeida, João Vilela dos Santos Júnior, Lucas Queiroz Abud e Fernando Dacal Reis (fls. 2-72), posteriormente aditada para a inclusão de José Erivaldo Arraes e José Carlos Valente Pontes no polo passivo (fls. 373-376), dando-os como incursos, respectivamente, nos seguintes tipos penais:

a) José Cícero Soares de Almeida: art. 1º, incisos III, V, XI e XIV do Decreto-Lei n° 201/1967; arts. 89 e 92 da Lei n° 8.666/1993; arts. 319 e 359-D do Código Penal, todos na forma dos arts. 29 e 69 do mesmo Codex;

b) Lucas Queiroz Abud: art. 1º, incisos III, XI e XIV do Decreto-Lei n° 201/1967; arts. 89 e 92 da Lei n° 8.666/1993; e art. 319 do Código Penal, todos na forma dos arts. 29 e 69 do mesmo Codex;

c) João Vilela dos Santos Júnior: art. 1, incisos III, V, XI e XIV do Decreto-Lei n° 201/1967; arts. 89 e 92 da Lei n° 8.666/1993; arts. 319 e 359-D do Código Penal, todos na forma dos arts. 29 e 69 do mesmo Codex;

d) Fernando Dacal Reis: art. 1º incisos III, XI e XIV do Decreto-Lei n° 201/1967; art. 89 da Lei n° 8.666/1993 e art. 319 do Código Penal, todos na forma dos arts. 29 e 69 do mesmo Codex;

e) José Erivaldo Armes: arts. 1º, III, XI e XIV do Decreto-Lei n° 201/67; art. 89 da Lei n° 8.666/93 e art. 319 do Código Penal, todos na forma dos arts. 29 e 69 do mesmo Codex; e

f) José Carlos Valente Pontes: arts. 1º, III, XI e XIV do Decreto-Lei n° 201/67; art. 89 da Lei n° 8.666/93 e art. 319 do Código Penal , todos na forma dos arts. 29 e 69 do mesmo Codex.

Os réus José Cícero Soares de Almeida, João Vilela dos Santos Júnior e Fernando Dacal Reis desempenhavam, à época dos fatos, respectivamente as funções de Prefeito do Município de Maceió, Ex-Superintendente da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió - SLUM e Secretário Municipal de Finanças. Lucas Queiroz Abud, por sua vez, era sócio majoritário, com 99% do capital social, da empresa Viva Ambiental e Serviços Ltda., ao passo que José Erivaldo Armes e José Carlos Valente Pontes, são representantes legais da Construtora Marquise Ltda. Ambas as empresas foram indevidamente beneficiadas pelos delitos imputados aos réus.

A fim de evitar tautologia, pede-se vênia para transcrever o seguinte excerto do voto do eminente Relator do feito no Tribunal de Justiça de Alagoas, Desembargador José Carlos Malta Marques, que, ao relatar o feito antes de proferir o seu voto, apresenta uma síntese dos fatos descritos na exordial acusatória (fls. 1226-1232):

‘Narra a inicial acusatória que os denunciados teriam agido em comum acordo para viabilizar a assinatura de um contrato, com indevida dispensa de licitação, entre o Município de Maceió e a empresa Viva Ambiental e Serviços Ltda.

Segundo consta da denúncia, uma verdadeira simulação foi

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 78: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 78

arquitetada, tudo no intuito de beneficiar não apenas a empresa Viva Ambiental, mas também a empresa Marquise S/A, anterior detentora da concessão para prestação de serviços de limpeza urbana, nesta Capital.

Consoante entendimento esposado pelo órgão acusatório, a execução dos supostos delitos contra a administração pública deu-se da seguinte forma:

1) No dia 28 de março de 2005, a Construtora Marquise S/A, em ofício endereçado ao Prefeito de Maceió (doc. 15 -fl. 07 - anexo 04), sugeriu o reajuste de seus serviços ou a rescisão amigável do contrato firmado entre a empresa e o Município de Maceió (contrato n°002/2000 - doc. 16 - fl. 08 - anexo 04);

2) Em 15 de abril de 2005, o então procurador chefe de licitações, contratos e convênios - Sr. Carlos Roberto Lima Marques da Silva - opinou pela viabilidade, de forma alternativa, tanto da rescisão por mútuo consenso, como do reajuste do contrato (doc. 18 - fl. 70 - Anexo 04);

3) No mesmo dia, 15 de abril de 2005, o denunciado José Cícero Soares de Almeida, prefeito de Maceió, autorizou não apenas a rescisão contratual, mas também - de forma aparentemente contraditória - determinou o reajuste do aludido contrato (doc. 20 - fl. 89 -anexo 04);

4) Também em 15 de abril de 2005, foi lavrado o termo de apostilamento ao contrato n° 002/2000 (doc. 21 - fl. 90 -anexo 04), assinado pelo denunciado José Cícero Soares de Almeida, reajustando o preço dos serviços prestados pela Marquise S/A, inclusive com efeitos financeiros retroativos a janeiro de 2005;

5) Ainda naquele 15 de abril de 2005, foi aberto processo administrativo para a contratação emergencial da empresa que viria a substituir a Marquise S/A (Processo Administrativo na 1/5.119);

6) Em 18 de abril de 2005, a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió - SLUM encaminhou ao prefeito Cícero Almeida uma relação com o nome de quatro empresas para substituir a Marquise S/A, na forma de contratação emergencial (Doc. nº 06 - fl. 51- anexo 03);

7) No mesmo dia, 18 de abril de 2005, o prefeito de Maceió solicitou a cotação de preços às empresas indicadas (fl.52 -anexo 03);

8) No dia seguinte, 19 de abril de 2005, as empresas enviaram a cotação de preços à Prefeitura de Maceió, incluindo planilhas de custo bem elaboradas (fls. 52/90 - anexo 03);

9) Um dia depois, em 20 de abril de 2005, o prefeito Cícero Almeida informa à empresa Viva Ambiental que a sua proposta foi a escolhida (Ofício n°GP 146/2005 - doc. 07- fls. 91/97-anexo 03);

10) No dia 22 de abril de 2005, a empresa Viva Ambiental agradece a escolha, apresentando a documentação exigida à formalização do contrato em 25 de abril de 2005 (fls. 98/135 -anexo 03);

11) Em 27 de abril de 2005, o denunciado João Vilela dos Santos Júnior, superintendente da SLUM, encaminhou a planilha demonstrativa dos supostos prejuízos acumulados pela Marquise S/A no ano de 2005 (fls. 97/98- anexo 04);

12) No dia seguinte, 28 de abril de 2005, foi celebrada a rescisão do contrato n° 002/2000 -fls. 99/104 - anexo 04.) entre o Município de Maceió e a construtora Marquise S/A, contrato esse que já estava prestes a expirar, o que aconteceria na data de 30 de julho de 2005;

13) Logo em seguida, no dia 29 de abril de 2005, foi celebrado entre o Município de Maceió e a empresa Viva Ambiental o contrato n° 001/2005 (fl. 185 - anexo 09), cujo objeto era a prestação de serviços de limpeza urbana, nesta Capital, pelo período máximo de sessenta dias.

Ainda segundo a inicial, a dispensa de licitação ocorreu com fulcro no art. 24, IV, da Lei 8.666/93, que dispõe "nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos".

Alega o Parquet que a emergência alegada pelo Município de Maceió para proceder à contratação direta da empresa Viva Ambiental (contrato n° 001/2005) - qual seja, a rescisão do contrato n° 002/2000, firmado entre o Município de a empresa Marquise S/A - afigura-se como claramente inverídica, já que nunca houve por parte da empresa Marquise o abandono da prestação dos serviços, tanto que a aludida empresa foi premiada por decisão do prefeito de Maceió, ao determinar o reajuste retroativo do contrato com ela celebrado, dias antes de rescindi-lo de forma amigável.

Afirma que, ainda que a empresa Marquise S/A tivesse marcado data para abandonar a prestação do serviço público essencial que prestava ao Município de Maceió - o que, segundo seu entendimento, nunca aconteceu - poderia o Município valer-se do remédio jurídico próprio para evitar a interrupção de tão importante serviço público, qual seja, a assunção imediata do objeto do contrato, previsto no art. 58 da Lei 8.666/93, que confere à administração a prerrogativa de "ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado". Que o Município de Maceió poderia, ainda, ter rescindido o contrato unilateralmente, nos termos do art. 78 e 79 da Lei de Licitações, o que lhe permitiria a execução da garantia contratual, para ressarcimento da

Administração, e a retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração, tudo em consonância com o disposto no art. 80 do aludido diploma legal.

In casu, afirma que, além de não ter adotado nenhuma dessas providências, o Município de Maceió, por determinação do denunciado José Cícero Soares de Almeida, reajustou o contrato com a empresa Marquise, emprestando ao novo ajuste efeitos retroativos, pagando uma pequena fortuna à empresa após a rescisão do contrato ocorrido dias depois.

Entende, pois, que se houve situação emergencial, esta foi provocada pelos próprios gestores, ora denunciados, que intencionalmente colocaram o Município nesta posição, apenas para justificar a contratação direta de uma nova empresa para prestar o serviço público essencial de limpeza urbana.

Aduz que, intrigado sobre as razões que fizeram com que a empresa Marquise S/A aceitasse participar do suposto plano, o Ministério Público requisitou à Secretaria Municipal de Finanças todas as ordens de pagamento em favor das empresas Marquise S/A, Limpel e Viva Ambiental. Após receber o cadastro de pagamento de empenho (doc. 23 - fl. 114 -anexo 04), constatou o MP que, antes de solicitar a rescisão amigável do contrato, a empresa Marquise S/A estava encontrando dificuldades em receber o que lhe era devido a título de contraprestação dos serviços prestados, situação que vinha se repetindo desde o mês de janeiro de 2005, quando o novo prefeito Cícero Almeida assumiu o cargo para exercício do seu 1º mandato como chefe do executivo municipal. Porém, em maio de 2005, após a rescisão do contrato, a empresa recebeu todas as parcelas devidas, no valor de R$ 1.496.341,57 (um milhão, quatrocentos e noventa e seis mil, trezentos e quarenta e um reais e cinquenta e sete centavos).

Estranha o MP o fato de a Limpel, empresa que à época dividia os serviços de limpeza urbana com a Marquise S/A não ter encontrado semelhantes dificuldades em receber o que lhe era devido, afirmando que, em relação à Limpel, os pagamentos eram céleres quando comparados aos da Marquise S/A (docs. 39 a 44 - fls. 133/138 - anexo 04).

Segundo a denúncia, outro fato que chamou a atenção do MP e, no seu entendimento, afigura-se como séria indicação da fraude supostamente perpetrada pelos denunciados, é a rapidez com a qual se concluiu o processo de dispensa de licitação, mesmo porque à época da contratação não havia comissão de licitação em funcionamento, consoante se extrai do parecer emitido em 27 de abril de 2005 pelo Procurador Geral do Município, apenas dois dias antes da celebração do contrato n° 001/2005 entre o Município de Maceió e a empresa Viva Ambiental.

Ressalta, outrossim, que à época da contratação a empresa Viva Ambiental não estava apta a absorver o serviço de limpeza urbana da cidade de Maceió, pois - não obstante ter o denunciado João Vilela dos Santos Júnior, então superintendente da SLUM, afirmado que "no que pertine a capacidade técnica da empresa vencedora da cotação restou devidamente configurada através do acervo técnico juntado pela mesma nos autos" (doc. 14 - fls. 152/153 - anexo 03) - os únicos documentos apresentados pela empresa para demonstrar a sua capacidade técnica foram três atestados de serviços prestados em nome da empresa, um da Prefeitura Municipal de Parnaíba-PI (contratação por prazo de dois meses e com valor estipulado em RS 446.427,82) e outro da Prefeitura Municipal de Madre de Deus-BA (sem valor do contrato ou período da prestação do serviço). O terceiro atestado refere-se a serviços prestados apenas pelo responsável técnico da empresa em Caucaia-CE à empresa Siqueira Santos Engenharia Ltda.

Destaca, ainda, o considerável aumento das despesas com o serviço de limpeza urbana ocorrido após a contratação da empresa Viva Ambiental, quando comparado ao contrato anterior firmado com a empresa Marquise S/A.

Informa que, em 10 de setembro de 2005, dois meses antes do término da contratação emergencial, foi celebrado o 1º termo aditivo ao contrato n° 001/2005 (doc. 82 - fls. 180/183 - anexo 04), alterando o quantitativo do objeto definido no contrato e acrescentando novos serviços, o que fez com que o valor do ajuste atingisse o quantum de R$ 10.923.511,37 (dez milhões, novecentos e vinte e três mil, quinhentos e onze reais e trinta e sete centavos). Ressalta, ainda, que o aludido termo aditivo só foi publicado no Diário Oficial do Município em 02 de novembro de 2005, quando o prazo do contrato n° 001/2005 já havia expirado.

Segundo o MP o valor acrescido ao contrato (RS 2.183.297,45) corresponde a quase o total do limite de 25% (vinte e cinco por cento) admitido pelo art. 65,§2°, da Lei n° 8.666/93, e por não haver saldo orçamentário suficiente para atender àquela obrigação (doc. 143 - fl. 199 - anexo 09), foi sugerido pela assessoria técnica da Secretaria Municipal de Finanças (fi. 200 - anexo 09) o envio do processo administrativo à SLUM para que providenciasse a abertura de crédito suplementar. Entende, dessa forma, que houve violação ao disposto no art. 60 da lei n° 4.320/64 e aos arts. 15 e 16 da lei de responsabilidade fiscal (LC 101), configurando o crime previsto no art. 359-D do Código Penal.

Afirma o Parquet que, após o término do contrato 001/2005, a Viva Ambiental continuou a prestar serviços ao Município de Maceió, tendo sido firmado um secundo contrato entre a empresa e o Município (contrato n° 019/2005 - doc. 84 -£L 424 -vol. II), com valor global de R$15.055.178,92 (quinze milhões, cinqüenta e cinco mil, cento e setenta e oito reais e noventa e dois centavos), cujo extrato foi publicado no diário oficial do Município na edição de 04 de novembro de 2005 (doc. 85 -fl. 214 -anexo 04).

Ressalta que o valor desse segundo contrato é praticamente o dobro do anterior e que o ajuste fora assinado em 14 de outubro de 2005, com prazo

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de validade de cento e oitenta dias, sem que tivesse sido realizado procedimento licitatório ou mesmo nova cotação de preços.

No entendimento do Ministério Público, há indícios que levam à conclusão de que o procedimento licitatório para esse segundo contrato foi intencionalmente frustrado pelos agentes públicos denunciados. Para tanto, afirma que, não obstante o denunciado João Vilela dos Santos ter afirmado em depoimento prestado perante o Promotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça da Fazenda Municipal (fls. 146/149 - anexo 05) que o segundo contrato fora firmado sem licitação porque não teria havido tempo hábil para elaborar o edital, os autos demonstram que havia estudos suficientes para a realização da licitação (conforme se extrai do ofício de comunicação interna expedido pelo diretor de operações da SLUM (doc. 1 12 - fls. 1 12/115 - anexo 08), mas que tais estudos foram utilizados como justificativa para aumentar o valor original do primeiro contrato em quase 25% e preparar o terreno para a assinatura do segundo contrato cujo valor global excedeu os quinze milhões de reais.

Em relação ao contrato n° 019/2005, afirma que houve verdadeira fraude à lei de licitações, pois, no seu entender, a contratação emergencial jamais poderia ter sido prorrogada por meio de um novo contrato direto, fraude essa que teria sido repetida por meio de novo contrato de prorrogação (contrato na 006/06 - doc. 156- fls. 185/202 - anexo 12), firmado entra (sic) a SLUM e a empresa Viva Ambiental em 16 de junho de 2006, cujo extrato foi publicado no diário oficial do Município, edição de 22 de junho daquele ano, com prazo de validade de 06 meses e valor de R$ 15.055.178,92 (quinze milhões, cinqüenta e cindo mil, cento e setenta e oito reais e noventa e dois centavos). Desta feita, entretanto, afirma que houve pesquisa de preços, sendo que três empresas foram contatadas para oferecer propostas, a saber: Litucera Limpeza e Engenharia Ltda (fl. 53 - anexo 12), Trópicos Engenharia e Comércio Ltda (f1.57 - anexo 12) e Viva Ambiental Serviços Ltda (fl. 61 - anexo 12). Apresentadas as cotações (fls.65/71 - anexo 12), a vencedora mais uma vez foi a Viva Ambiental.

Conclui o Parquet que pela emergência fabricada para justificar a contratação direta da empresa Viva Ambiental e suas sucessivas prorrogações contratuais em desconformidade com o disposto na lei 8.666/93 devem responder:

1) O sr. José Cícero Soares de Almeida, prefeito do Município de Maceió, o qual determinou a rescisão amigável do contrato firmado com a construtora Marquise S/A, três meses antes do término do prazo previsto no contrato, para depois determinar a contratação da empresa Viva Ambiental, em caráter emergencial, sem procedimento licitatório, agraciando, outrossim, a Construtora Marquise S/A com o pagamento de reajuste retroativo;

2) O sr. Lucas Queiroz Abud, sócio majoritário da empresa Viva Ambiental, por ter sido beneficiado pela aludida contratação direta;

3) O Sr. João Vilela dos Santos Júnior, então superintendente da SLUM, por ter participado da suposta armação para beneficiar a empresa Viva;

4) O Sr. Fernando Dacal Reis, então secretário Municipal de Finanças, que teria desempenhado papel essencial no atraso dos pagamentos à empresa Marquise S/A, o que, em tese, também poderia constituir crime de prevaricação.

Posteriormente, em 12 de setembro de 2011, o Ministério Público procedeu ao aditamento da denúncia, para incluir no polo passivo da presente ação penal pública os senhores José Erivaldo Arraes e José Carlos Valente Pontes, ambos sócios da Construtora Marquise Ltda, como incursos nos arts. 1º, XI e XIV do Decreto Lei n° 201/67 c/c o art. 89 da Lei n° 8.666/93 e com os arts. 319, 69 e 29, todos do Código Penal (fls. 373/376), por considerar que eles também colaboraram para a “criação da situação emergencial” que serviu de justificativa para a contratação direta da empresa Viva Ambiental, tendo ambos sido beneficiados pelo suposto esquema’.

No dia 18/12/2012, o Tribunal de Justiça de Alagoas, por meio de seu órgão Pleno, realizou sessão para apreciar a denúncia oferecida. Após ter sido proferido o voto do relator, Desembargador José Carlos Malta Marques, que rejeitou as alegações de inépcia da peça acusatória e, no mérito, votou pelo parcial recebimento da denúncia, o julgamento foi suspenso em virtude de pedido de vista do Desembargador Jaime Magalhães de Medeiros, conforme certidão lavrada a fls. 1181-1182. A sessão teve continuidade na assentada do dia 26/03/2013, tendo a denúncia sido recebida por maioria, nos termos do voto-condutor do relator do feito (fls. 1224-1264).

Os limites objetivos da imputação, no que concerne ao parlamentar federal, restaram assim delineados no acórdão exarado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (fls. 1263):

Assim sendo, havendo indícios idôneos e suficientes de autoria e materialidade dos delitos descritos na inicial, conjugados com a inexistência de causas a motivar a rejeição da denúncia, imperioso se torna o reconhecimento da incidência do princípio do in dubio pro societate, a justificar o recebimento da peça acusatória, nos seguintes termos:

1) Em relação ao denunciado José Cícero Soares de Almeida. prefeito do Município de Maceió, deve ser recebida a denúncia em relação aos crimes tipificados nos artigos 89 e 92 da Lei 8.666/93, arts. 319 e 359-D do Código Penal, além dos crimes de responsabilidade previstos nos incisos V e XI do art. 1º do Decreto-Lei n° 201 /67.

(...)Mister sublinhar que, à exceção das imputações da prática dos fatos

delituosos previstos no art. 1º inciso III e XIV, do Decreto-Lei n° 201 /67, todos

os demais crime atribuídos aos acusados foram recebidos, conforme a narrativa tática contida na denúncia.

Com a conclusão do julgamento, também foi determinada a baixa imediata dos autos ao juízo de primeiro grau, haja vista o término do mandato de prefeito do acusado José Cícero Soares de Almeida, tendo sido consignada expressamente a validade de todos os atos processuais praticados perante aquela Corte de Justiça. Confira-se:

‘Em face do exposto, recebo a denúncia, nos termos acima expostos, determinando, incontinenti, em razão do término do mandato eletivo do réu José Cícero Soares de Almeida, a remessa dos autos ao setor de distribuição do fórum da Comarca da Capital, para que seja a presente ação penal distribuída a uma das varas criminais de competência mista, preservando-se os atos praticados durante o período de tramitação processual perante este Tribunal de Justiça’. (Grifou-se)

Os réus José Cícero Soares de Almeida (fls. 1268-1276), João Vilela dos Santos Júnior (fls. 1277-1290), Lucas Queiroz Abud (fls. 1291-1301), José Erivaldo Arraes e José Carlos Pontes (fls. 1307-326) ofereceram embargos declaratórios, tendo sido apresentadas contrarrazões pelo Parquet Estadual a fls. 1352-1357.

Os embargos restaram dirimidos em decisão que, à unanimidade, assentou a intempestividade de um deles e conhecimento e rejeição dos demais (fls. 1424-1446).

Interpuseram recurso especial os acusados Lucas Queiroz Abud (fls. 1520-1543), João Vilela dos Santos Júnior (fls. 1547-1574) e José Cícero Soares de Almeida (fls. 1577-1593). O Parquet Estadual ofereceu contrarrazões, respectivamente, a fls. 1681-1684v, 1685-1689v e 1690-1694, pugnando pela inadmissibilidade e, no mérito, pelo desprovimento dos recursos.

A Presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas exarou decisão que: (i) inadmitiu o recurso especial de Lucas Queiroz Abud; (ii) admitiu parcialmente o de João Vilela dos Santos Júnior e (iii) admitiu em sua integralidade o recurso interposto por José Cícero Soares de Almeida (fls. 1698-1702). Sobreveio interposição de agravo pelo réu Lucas Queiroz Abud (1710-1730), tendo sido oferecidas contrarrazões pelo órgão ministerial a fls. 1746-1747v.

Procedeu-se à juntada aos autos de informações prevenientes do Ministério Público de Contas do Estado de Alagoas (fls. 1755-1767 e 1775-1778).

O Des. José Carlos Malta Marques declinou da competência em favor da Suprema Corte em razão da diplomação do réu José Cícero Soares de Almeida para o exercício do mandato de Deputado Federal (fls. 1770).

II — Fundamentosa) Competência do STF e validade dos atos processuais.Todos os atos processuais praticados perante o Tribunal de Justiça

de Alagoas são válidos e merecem ser preservados. A esse respeito, salienta-se que, quando foi iniciada a sessão para juízo de admissibilidade da denúncia, o acusado José Cícero Soares de Almeida ainda detinha prerrogativa de foro perante aquela Corte de Justiça. Assim, o fato de a aludida sessão ter sido adiada após o voto do relator ser proferido, em virtude de pedido de vista, não tem o condão, por si só, de subtrair a competência do aludido órgão julgador, mesmo diante do término superveniente do mandato de prefeito do acusado, ocorrido na espécie.

Esse entendimento, adotado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, encontra respaldo na jurisprudência dessa Suprema Corte sobre o tema. A respeito, colaciona-se o seguinte excerto do acórdão de fls. 1236-1237:

Iniciada em 18 de dezembro de 2012 a sessão de julgamento, o excelentíssimo desembargador James Magalhães de Medeiros requereu vistas dos autos para análise da preliminar de inépcia da inicial aduzida pela defesa dos denunciados, tendo sido, para este fim, suspensa a sessão de julgamento.

Reiniciada a sessão em 26 de março de 2013, fora levantada questão de ordem pelo douto representante do Ministério Público, na qual fora sustentada a perda superveniente da competência deste egrégio Tribunal de Justiça, em razão do término do mandato eletivo do denunciado José Cícero Soares de Almeida. Tendo em vista a garantia da isonomia entre as partes litigantes, oportunizou-se à defesa o direito de se manifestar acerca da questão de ordem levantada pelo Parquet, oportunidade esta aproveitada apenas pelo advogado de defesa do denunciado José Cícero Soares de Almeida, que defendeu que, em consonância com o mais recente entendimento emanado da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, deveria ser dado continuidade ao julgamento, tendo em vista que o mesmo foi iniciado enquanto o aludido denunciado ainda exercia o cargo de Prefeito do Município de Maceió.

Submetido a questão de ordem a julgamento pelo pleno do Tribunal, fora verificado um empate de votos (5x5), prevalecendo, em consonância com as normas regimentais, o entendimento sustentado pela defesa, no sentido de que deveria ser finalizado o julgamento já iniciado durante o mandato do denunciado José Cícero Soares de Almeida.

Na mesma senda, os seguintes arestos:EMENTA: PROCESSUAL PENAL. QUESTÃO DE ORDEM EM

APELAÇÃO CRIMINAL. COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1. Proferido o primeiro voto em julgamento de apelação criminal por Tribunal de Justiça, o exercício superveniente de mandato parlamentar pelo réu, antes da conclusão do julgamento, não tem o condão de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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deslocar a competência para o Supremo Tribunal Federal. 2. Ademais, no caso, o réu foi diplomado suplente e assumiu o mandato, em razão do afastamento do titular, dois dias antes de o Revisor devolver o processo para continuação do julgamento, havendo comunicado esse fato apenas no dia da sessão. Mais que isso, atualmente, conforme consulta ao sítio da Câmara dos Deputados, o réu não exerce mais o mandato parlamentar. 3. Em questão de ordem, declarada a validade do julgamento da apelação pelo Tribunal de Justiça.

(AP 634 QO, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 06/02/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-213 DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014) - grifou-se

EMENTA Inquérito. Deputado Federal. Julgamento iniciado. Término do mandato eletivo. Prosseguimento nesta Suprema Corte. Arquivamento. Imunidade parlamentar reconhecida. Precedentes. 1. Uma vez iniciado o julgamento de Parlamentar nesta Suprema Corte, a superveniência do término do mandato eletivo não desloca a competência para outra instância. 2. Nos termos do parecer do Ministério Público Federal, as circunstâncias dos autos revelam a presença da necessária conexão entre os fatos relatados no inquérito e a condição de parlamentar do investigado, a ensejar o reconhecimento da imunidade material (art. 53 da Constituição Federal). 3. Inquérito arquivado.

(Inq 2295, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Relator p/ Acórdão: Min. MENEZES DIREITO (ART. 38, IV, b, do RISTF), Tribunal Pleno, julgado em 23/10/2008, DJe-104 DIVULG 04-06-2009 PUBLIC 05-06-2009 EMENT VOL-02363-01 PP-00184) - Grifou-se

Com efeito, não há qualquer mácula a ser reconhecida no tocante ao procedimento, devendo ser retomada a marcha natural do processo a partir da fase em que este se encontra, sendo necessário que se determine o início da instrução. Salienta-se, a propósito, que o órgão ministerial deixou de oferecer rol de testemunhas.

b) DesmembramentoNão há imbricação excepcional entre as condutas dos denunciados

que exija a preservação da integralidade do polo passivo. Embora os delitos tenham sido cometidos em coautoria, não há perfeita uniformidade de condutas, podendo haver, tanto no plano das condutas de cada um quanto no de suas responsabilidades profissionais, aspectos que levem a resultados distintos para cada qual.

Por faltar grau excepcional de imbricação entre as condutas,que exija a prorrogação da competência do STF, deve cindir-se ofeito, solução que melhor atende, no caso, ao princípio do juiz natural.

Ademais, é essa a solução que vem sendo adotada pela Corte a partir do julgamento de questão de ordem no Inquérito n° 3.515.

c) Expedição de ofício ao STJCom o deslocamento da competência à Suprema Corte para

processar e julgar o parlamentar José Cícero Soares de Almeida, o recurso especial por ele interposto perdeu seu objeto. Necessário, pois, que se expeça ofício ao Superior Tribunal de Justiça para que tome conhecimento do fato.

d) Suposta nulidade suscitada pela defesaAs contrarrazões ofertadas pelo Parquet Estadual ao recurso especial

interposto por José Cícero Soares de Almeida encontram-se acostadas a fls. 1682-1684, a cujos fundamentos o signatário ora se reporta, ratificando-os integralmente.

Pede-se vênia tão somente para tecer breves considerações sobre a suposta nulidade suscitada pela defesa de José Cícero, que seria decorrente de uma omissão no julgado pela ausência nos autos das notas taquigráficas da sessão de julgamento.

O argumento não merece prosperar.Confira-se, a esse respeito, o seguinte excerto das contrarrazões do

órgão ministerial, a fls. 1682-1682, que esclarece que não há qualquer irregularidade no tocante à lavratura do acórdão prolatado nos autos pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (grifos no original):

‘De início, evidencie-se que, quando dos embargos, o ora recorrente afirmava omissão no julgado pela ausência nos autos das notas taquigráficas da sessão de julgamento.

Destarte, não prospera tal inconformismo, pois inescondível o intuito protelatório, com bem verificado no Acórdão de fls. 1424/1446, verbis:

‘Ora, da simples leitura desse argumento é possível constatar a finalidade procrastinatória do recurso interposto, não apenas em razão de previsão legal para que tal providência seja determinada, mas principalmente porque consta dos autos a certidão de julgamento (fls. 1185/1188), de onde se pode extrair um resumo de tudo que foi argumentado, discutido e decidido na sessão de julgamento iniciado no dia 18 de dezembro de 2012 e concluída no dia 26 de fevereiro de 2013’.

Acresça-se, que já constava dos autos às fls. 1.109/1.219 o voto vencido do Des. James Magalhães, que abriu a divergência, quando o ora recorrente protocolizou os embargos. Os demais votos estão bem explicitados na referida certidão de fls. 1185.1188.

Irrefragável, portanto, que o Acórdão não se ressente do vício apontado a exigir sua correção, sendo que a prestação jurisdicional foi concedida de maneira clara e muito bem fundamentada, com a análise dos pontos necessários exigidos pelo momento processual. Aliás, diga-se de passagem, o Acórdão foi lavrado dentro de um rigor técnico elogiável.

Não se olvide que, nesta fase processual, deve-se realizar apenas

uma análise dos elementos que fornecem embasamento à acusação, quais sejam, os indícios suficientes de autoria e a prova da materialidade do crime, aliadas, por óbvio, ao exame da compatibilidade da inicial com os seus requisitos dispostos em lei (art. 41, do CPP) e o suporte que lhe deu ensejo, ressaltando que este juízo de admissibilidade não comporta a análise substancial das provas, como quer o recorrente.

A recalcitrância do embargante em aceitar a decisão proferida evidencia o caráter manifestamente protelatório do recurso e revela uma insatisfação injustificada com a causa.

Impende evidenciar que os embargos de declaração não constituem meio adequado para reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes.’

Assim, a suposta nulidade suscitada pela defesa do acusado José Cícero merece ser rechaçada de plano.

III — ConclusãoAnte o exposto, a Procuradoria-Geral da República requer:a) o desmembramento do processo em relação aos réus que não

detêm prerrogativa de foro perante esta Corte, com a extração de cópia dos autos e sua remessa ao juízo de primeira instância;

b) a expedição de ofício ao Superior Tribunal de Justiça para que tome conhecimento do deslocamento da competência à Suprema Corte para processar e julgar José Cícero Soares de Almeida, com a consequente perda de objeto do recurso especial por ele interposto;

b) o prosseguimento do feito, nos presentes autos, apenas em relação ao Deputado Federal José Cícero Soares de Almeida, retomando-se a marcha natural do processo a partir da fase em que se encontra (artigo 7º e seguintes da Lei n° 8.038/1990).

Examinados os autos, decido.I) Inicialmente, destaco a competência desta Corte para processar e

julgar a presente ação penal, uma vez que o denunciado José Cícero Soares de Almeida, atualmente, encontra-se no exercício de mandato eletivo de deputado federal.

Consoante pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a competência penal originária desta Corte por prerrogativa de função, advinda da investidura do sujeito ativo de um delito, no curso do processo, em uma das funções descritas no art. 102, I, “b” e “c”, da Constituição Federal, não acarreta a nulidade da denúncia oferecida, nem dos atos processuais praticados anteriormente perante o juízo competente à época dos fatos.

No caso concreto, dá-se, apenas, a cessação da competência do Tribunal de Justiça de Alagoas e o seu deslocamento para o Supremo Tribunal Federal.

E, por força do art. 230-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, havendo deslocamento de competência para esta Corte, a ação penal deve prosseguir no estado em que se encontra, preservada a validade dos atos já praticados na instância antecedente, em homenagem ao princípio tempus regit actum.

Nesse sentido:“STF – COMPETÊNCIA PENAL ORIGINÁRIA POR PRERROGATIVA

DE FUNÇÃO – ADVENTO DA INVESTIDURA NO CURSO DO PROCESSO – INEXISTÊNCIA DE NULIDADE SUPERVENIENTE DA DENÚNCIA E DOS ATOS NELE ANTERIORMENTE PRATICADOS – REVISÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL.

1. A Perpetuatio jurisdicionis, embora aplicável ao processo penal, não é absoluta: assim, v.g., é indiscutível que a diplomação do acusado, eleito Deputado Federal, no curso do processo, em que já adviera sentença condenatória pendente de apelação, acarretou a imediata cessação da competência da Justiça local e seu deslocamento para o Supremo Tribunal. 2. Daí não se segue, contudo, a derrogação do princípio tempus regit actum, do qual resulta, no caso, que a validade dos atos antecedentes a alteração da competência inicial, por força da intercorrente diplomação do réu, há de ser aferida, segundo o estado de coisas anterior ao fato determinante do seu deslocamento. 3. Não resistem a crítica os fundamentos da jurisprudência em contrário, que se vinha firmando no STF: a) o art. 567 Código de Processo Penal faz nulos os atos decisórios do Juiz incompetente, mas não explica a suposta eficácia ex tunc da incompetência superveniente a decisão; b) a pretensa ilegitimidade superveniente do autor da denúncia afronta, além do postulado tempus regit actum, o princípio da indisponibilidade da ação penal. 4. Enquanto prerrogativa da função do congressista, o início da competência originária do Supremo Tribunal há de coincidir com o diploma, mas nada impõe que se empreste força retroativa a esse fato novo que o determina. 5. Desse modo, no caso, competiria ao STF apenas o julgamento da apelação pendente contra a sentença condenatória, se, para tanto, a Câmara dos Deputados concedesse a necessária licença. 6. A intercorrência da perda do mandato de congressista do acusado, porém, fez cessar integralmente a competência do Tribunal, dado que o fato objeto do processo e anterior a diplomação. 7. Devolveu-se, em conseqüência, ao Tribunal de Justiça de Estado de Rondônia a competência para julgar a apelação pendente, uma vez que a diplomação do réu não afetou a validade dos atos anteriormente praticados, desde a denúncia a sentença condenatória” (Inq 571/DF-QO, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, DJU de 5/3/93);

“INQUÉRITO PENAL – QUESTÃO DE ORDEM – REQUERIMENTO DE SUSTAÇÃO DO PEDIDO DE LICENÇA À CÂMARA DOS DEPUTADOS POR FALTA DE RATIFICAÇÃO, PELA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA, DA DENÚNCIA OFERECIDA ANTES DA OCORRÊNCIA DA

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COMPETÊNCIA DESTA CORTE POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO – Este Plenário, ao julgar questão de ordem relativa ao Inquérito nº 571, decidiu, reformulando a jurisprudência que se firmara anteriormente, que 'não há razão suficiente para que, advindo a diplomação do réu, na pendência de um processo já instaurado, à diplomação superveniente do juízo originário, se concedam efeitos retro-operantes de nulidade dos atos anteriormente praticados, dos quais nunca se cogitara de outorgar à necessidade superveniente da licença para o processo', não havendo, portanto, ilegitimidade superveniente do autor da denúncia, o que afrontaria o postulado tempus regit actum e o princípio da indisponibilidade da ação penal. Daí, haver-se decidido nessa questão de ordem que, inclusive, é válida a denúncia oferecida pelo Ministério Público antes de ocorrer a competência superveniente desta Corte, independentemente de ratificação pela Procuradoria-Geral da República. Questão de ordem que se resolve no sentido do indeferimento da diligência requerida” (Inq 1028/RS-QO, da relatoria do Ministro Moreira Alves, DJU de 16/5/97).

II) O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no Inquérito nº 3.515-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 14/3/14, decidiu que a regra, em havendo conexão ou continência que envolva titular de foro por prerrogativa de função junto a esta Corte, é o desmembramento da investigação ou do processo já instaurado.

Como sintetizado na ementa do voto convergente apresentado, nesse julgamento, pelo Ministro Luís Roberto Barroso

DIREITO PROCESSUAL PENAL. DESMEMBRAMENTO DO INQUÉRITO DETERMINADO PELO RELATOR. 1. É excepcional o foro por prerrogativa de função e, por consequência, a competência do Supremo Tribunal Federal para o processamento de inquéritos e ações penais originárias. 2. Assim, a menos que haja risco de prejuízo relevante para a apuração dos fatos investigados e/ou para a prestação jurisdicional, deve-se proceder ao desmembramento de investigação ou processo já instaurado a fim de limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal aos detentores de foro por prerrogativa de função. 3. No caso, a narrativa dos fatos não indica a caracterização de especial complexidade na tarefa de individualizar a participação de cada um dos envolvidos, de modo que o desmembramento não acarreta prejuízo à formação da opinio delicti. 4. Agravo regimental desprovido.

Esse entendimento foi reafirmado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Inq. nº 2.903/AC-AgR, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 1º/7/14, onde se assentou que o desmembramento do feito, em relação a imputados que não possuam prerrogativa de foro, deve ser a regra, diante da manifesta excepcionalidade do foro por prerrogativa de função, ressalvadas as hipóteses em que a separação possa causar prejuízo relevante.

No mesmo sentido, Inq. nº 3.802/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 17/9/14 e Inq. nº 2.116/RR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 6/2/15.

Na espécie, não vislumbro qualquer particularidade relevante que justifique a subsistência da persecução penal conjunta quanto aos demais réus e a sua atração para o Supremo Tribunal Federal.

Como destacado pela Procuradoria-Geral da República:“[e]mbora os delitos tenham sido cometidos em coautoria, não há

perfeita uniformidade de condutas, podendo haver, tanto no plano das condutas de cada um quanto no de suas responsabilidades profissionais, aspectos que levem a resultados distintos para cada qual

Dessa feita, determino o desmembramento da ação penal, a fim de que prossiga, nesta instância, somente em relação ao Deputado Federal José Cícero Soares de Almeida, único detentor de prerrogativa de foro junto a esta Corte.

Remeta-se cópia integral dos autos ao Tribunal de Justiça de Alagoas, para as providências que se fizerem necessárias quanto ao prosseguimento da ação penal em relação aos demais réus - dentre as quais o seu encaminhamento, se o caso, ao foro de primeiro grau competente.

III) Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, comunicando-se o deslocamento da competência à Suprema Corte para processar e julgar o acusado José Cícero Soares de Almeida, como a consequente perda de objeto do recurso especial por ele interposto.

Comunique-se, ainda, o desmembramento do feito quanto aos demais acusados, haja vista a interposição, pelo corréu João Vilela dos Santos Júnior, de recurso especial, parcialmente admitido pelo tribunal local, e a interposição, pelo corréu Lucas Queiroz Abud, de agravo contra a decisão que negou seguimento ao seu recurso especial.

IV) O Tribunal de Justiça de Alagoas, em 18/12/12, iniciou o julgamento em que realizaria o juízo de admissibilidade da denúncia. Após o voto do relator, rejeitando preliminar de inépcia e recebendo a denúncia, o julgamento foi suspenso em virtude de pedido de vista do Desembargador James Magalhães de Medeiros (fl. 1.181/1.182).

Observo que, segundo o Relator, o mandato do então Prefeito José Cícero Soares de Almeida se findaria a partir de 1º/1/13 (fl. 1.178).

Prosseguindo no julgamento, em sessão de 28/2/13, o Tribunal de Justiça, por maioria de votos, recebeu a denúncia contra o réu José Cícero Soares de Almeida, cujo mandato de Prefeito se findaria em 1º/1/13 (fl. 1.178) em relação aos crimes tipificados nos artigos 89 e 92 da Lei 8.666/93, nos arts. 319 e 359-D do Código Penal e no art. 1º, V e XI, do Decreto-Lei n° 201 /67 (fls. 1.185/1.188).

Naquela ocasião, o Ministério Público suscitou, em questão de

ordem, a incompetência absoluta do Tribunal de Justiça para prosseguir no julgamento, diante da cessação do exercício funcional do réu José Cícero, a qual foi rejeitada por aquela Corte, registrando-se que a própria defesa manifestou-se pelo prosseguimento do julgamento (fl. 1.186).

Como se observa, embora o julgamento tenha sido concluído quando o acusado José Cícero não mais ostentava a qualidade de Prefeito, ele havia se iniciado quando ele ainda detinha prerrogativa de foro perante aquela Corte estadual.

Logo, houve a perpetuação da competência do Tribunal de Justiça para prosseguir no julgamento já iniciado, não obstante a superveniente cessação do mandato.

Nesse sentido, mutatis mutandis, os precedentes colacionados pela Procuradoria-Geral da República:

“PROCESSUAL PENAL. QUESTÃO DE ORDEM EM APELAÇÃO CRIMINAL. COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

1. Proferido o primeiro voto em julgamento de apelação criminal por Tribunal de Justiça, o exercício superveniente de mandato parlamentar pelo réu, antes da conclusão do julgamento, não tem o condão de deslocar a competência para o Supremo Tribunal Federal. 2. Ademais, no caso, o réu foi diplomado suplente e assumiu o mandato, em razão do afastamento do titular, dois dias antes de o Revisor devolver o processo para continuação do julgamento, havendo comunicado esse fato apenas no dia da sessão. Mais que isso, atualmente, conforme consulta ao sítio da Câmara dos Deputados, o réu não exerce mais o mandato parlamentar. 3. Em questão de ordem, declarada a validade do julgamento da apelação pelo Tribunal de Justiça (AP nº 634/DF-QO, Pleno, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 30/10/14).

“Inquérito. Deputado Federal. Julgamento iniciado. Término do mandato eletivo. Prosseguimento nesta Suprema Corte. Arquivamento. Imunidade parlamentar reconhecida. Precedentes. 1. Uma vez iniciado o julgamento de Parlamentar nesta Suprema Corte, a superveniência do término do mandato eletivo não desloca a competência para outra instância. 2. Nos termos do parecer do Ministério Público Federal, as circunstâncias dos autos revelam a presença da necessária conexão entre os fatos relatados no inquérito e a condição de parlamentar do investigado, a ensejar o reconhecimento da imunidade material (art. 53 da Constituição Federal). 3. Inquérito arquivado (Inq. nº 2295/MG, Pleno, Relator para o acórdão o Ministro Menezes Direito, DJ de 5/6/09).

Transcrevo, por sua pertinência, trecho do voto vencedor proferido pelo Ministro Cezar Peluso no julgamento do Inq. nº 2.295/MG:

“[A] mim parece-me, com o devido respeito, que se trata de saber se o julgamento como tal é, ou não, ato processual unitário. Sendo ato processual unitário, submete-se à regra vigente à data da sua prática. Ou seja, no caso, quando o julgamento foi iniciado, o querelado era ainda ministro de Estado. De modo que, naquele momento, a Corte era competente. A circunstância de, após iniciado o julgamento, ter-se alterado um estado de fato que implicaria modificação da competência não atinge o julgamento, porque o julgamento é ato unitário. Tenho enorme dificuldade de entender cada voto como se cada um deles fosse um ato processual diferente. Na verdade, o ato processual de que se ocupa e cuja validez está em discussão é o julgamento; não é cada voto proferido. Cada voto proferido é apenas momento de um ato processual unitário, iniciado enquanto vigia um estado de fato que tornava a Corte competente.

Assim não fosse, estaríamos decompondo e fragmentando o julgamento em vários atos físicos, considerados como atos processuais para efeito de tratamento de competência. Ora, o ato processual, que é objeto da indagação da competência é o julgamento, que já se iniciou e é unitário” (grifei).

V) O Tribunal de Justiça de Alagoas, ao rejeitar os embargos de declaração opostos pelo acusado José Cícero Soares de Almeida, condenou-o, com base no art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil, c/c art. 3º do Código de Processo Penal, ao pagamento de multa de R$2.000,00 (dois mil reais), ao fundamento de que teriam caráter protelatório, evidenciador de sua má-fé (fl. 1.446).

Contra esse acórdão, o acusado José Cícero interpôs recurso especial, por entender que o julgado recorrido negou vigência aos arts. 619 e 620 do Código de Processo Penal,

“pois deixou de considerar a sua inelutável incidência ao caso dos autos, à luz da pacífica jurisprudência do STJ (invocada nas razões dos embargos e omitida nas razões do acordão ora recorrido), segundo a qual a obtenção das notas taquigráficas ou do respectivo áudio contendo votos divergentes em julgamento de determinada causa constitui direito incontornável da parte, caracterizando omissão suprível mediante embargos de declaração a sua não juntada aos autos (...)” (fl. 1.586).

No recurso especial, o recorrente também sustentou que o acórdão recorrido “violou de forma lancinante os arts. 538, parágrafo único, do CPC e 3º do CPP, ao sancionar o recorrente com multa punitiva, pois esses dispositivos legais foram aplicados a caso em que evidentemente não incidem” (fl. 1.587).

Por fim, o recorrente requereu fosse provido o recurso especial, “para o efeito de anular-se o acórdão impugnado e determinar-se que

o eg. Tribunal a quo disponibilize os votos divergentes proferidos no julgamento em que recebeu a denúncia oferecida contra o ora recorrente, republique o acórdão e enseje, por via de consequência, a possibilidade de o recorrente, querendo, interpor os recursos que julgar cabíveis em face do

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acórdão integral do julgamento de que se cuide”.À vista do deslocamento para o Supremo Tribunal Federal da

competência originária para processar e julgar o parlamentar federal, o recurso especial por ele interposto deve ser considerado prejudicado.

De toda sorte, para que não haja cerceamento de defesa, há que se reexaminar, de ofício, as questões de fundo suscitadas no recurso especial.

A imposição da multa, por suposta má-fé do embargante, se mostra descabida.

Com efeito, tratava-se dos primeiros embargos de declaração interpostos e, diversamente do que pareceu ao Tribunal local, despidos de caráter procrastinatório.

Nesse recurso, suscitou o embargante a existência de omissão no julgado,

“porquanto não foram coligidas para os autos as notas taquigráficas da sessão de julgamento (ou áudio correspondente), nem a integralidade dos votos proferidos, constituindo-se em direito do embargante conhecer a integralidade dos votos proferidos”.

Após invocar, em abono a sua tese, diversos julgados do Superior Tribunal de Justiça, o embargante requereu fossem acolhidos os embargos,

“para determinar-se a juntada das notas taquigráficas do julgamento (ou o áudio correspondente) e dos votos divergentes manifestados pelos eminentes Desembargadores Orlando Monteiro Cavalcanti Manso e Washington Luiz Damasceno Freitas, fazendo-se republicar o acórdão completo com a consequente reabertura do prazo para a interposição de recurso (...)”.

Tratava-se, portanto, de questão suscitada no legítimo exercício do direito de defesa, que em hipótese alguma pode ser confundida com recalcitrância em aceitar o julgado, tanto mais que se tratou de um julgamento complexo, com votos vencidos em preliminares e no mérito, e no qual foram suscitadas questões de ordem.

Aliás, tanto era legítima essa pretensão que a Procuradoria-Geral da República, em sua manifestação, pugnou pelo não reconhecimento da nulidade suscitada no recurso especial.

Ante o exposto, torno sem efeito a multa imposta ao corréu José Cícero pelo acórdão de fls. 1.470/1.514.

Melhor sorte, todavia, não assiste ao referido acusado no tocante à pretensão de nulidade do julgado, em razão da não disponibilização dos votos divergentes proferidos no julgamento, bem como das notas taquigráficas ou do respectivo áudio da sessão.

De acordo com a certidão de julgamento de fls. 1.185/1.188, os desembargadores Orlando Monteiro Cavalcanti Manso e Washington Luiz Damasceno Freitas acolhiam a preliminar de inépcia da denúncia e, superada essa questão, rejeitavam-na.

Os votos divergentes, portanto, foram expressamente declarados, ainda que não se conheça a total extensão de seus fundamentos.

Conforme assentou o Ministro Ayres Britto, no voto condutor do acórdão proferido no RHC nº 97.795/SP, Segunda Turma, DJe de 8/10/10, no qual se indeferiu pretensão similar,

“[o]s recorrentes não conseguiram minimamente demonstrar em que exata medida o direito de defesa do paciente ficou prejudicado pela simples falta de juntada aos autos das notas taquigráficas. Noutras palavras: o cerne da argumentação defensiva está em que a falta de um pleno conhecimento dos fundamentos adotados nos votos vencidos (ou seja, dos votos que absolviam o paciente) impossibilitou o prosseguimento e, portanto, o próprio sucesso dos recursos excepcionais (extraordinário e especial).

Acontece que a simples leitura dos autos revela que todos os votos vencidos constaram, integralmente, do acórdão condenatório (…).

Ainda que assim não fosse, entendo que a simples juntada aos autos das notas taquigráficas dos votos vencidos também não surtiria o efeito pretendido pela defesa. É dizer: o que verdadeiramente importa para fins de prequestionamento é saber se houve debate prévio, e conclusivo, sobre a matéria objeto da impugnação (matéria constitucional, no caso do recursos extraordinário; ou matéria infraconstitucional, no caso do recurso especial). Debate prévio, e conclusivo, esse, que é de ser patrocinado pela maioria do Tribunal recorrido; ou seja, pelos votos vencedores. Em suma: conhecer melhor os votos vencidos (que deram pela absolvição do paciente) não traria melhor sorte ao conhecimento dos recursos de índole excepcional. Foi assim que votei nos autos do RE 395.121 (Primeira Turma), do qual extraio as seguintes passagens:

“26. De todo o exposto, então, surge a pergunta-chave: houve, afinal, prequestionamento?

27. Começo por responder que, no seu trabalho Recurso Extraordinário – Aspectos Práticos, publicado na Revista Jurídica, de outubro/2003 (nº 312), Carlos Bastide Horbach, ao fazer um giro pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, lança claras luzes sobre o assunto, ajudando, com isso, a responder à indagação acima. Disse ele, com propriedade, às fls. 59/60:

‘Entretanto, não basta que a matéria constitucional seja debatida, é preciso ainda que seja adotada como razão de decidir, no caso dos colegiados, pelo voto vencedor. Não há, assim, prequestionamento se as questões constitucionais foram suscitadas no voto vencido, sendo necessária, pois, a adoção de tese pela maioria vencedora.

Essa exigência pode ser também depreendida da idéia de “causa decidida”. Se não houve efetiva decisão sobre o ponto controverso, não há o requisito inicial para a admissão do extraordinário. São muitos os precedentes que expressam esse entendimento, tais como o RE 131.739, Rel. Min. Marco Aurélio, D.J. de 06.11.92; e o agravo regimental no RE 279.557, Rel. Min. Ilmar Galvão, D.J. de 16.03.2001; cujas ementas foram assim redigidas, respectivamente:

[...]28. Temos, então, em resumo, que é irrelevante a questão de se

saber de que fonte jorrou o tema constitucional: se do voto vencido, ou do vencedor. O fundamental é que tenha havido debate sobre a matéria, patrocinado pela maioria do Tribunal.

29. Isso não ocorreu no presente caso, conforme procurei demonstrar. A maioria do Tribunal recorrido ocupou-se, na verdade, da interpretação das disposições testamentárias. E neste papel, dois Ministros recusaram-se a esquadrinhar a vontade do testador, ao contrário de outros dois que a interpretaram restritivamente, ou seja, no sentido de beneficiar apenas o ora recorrente, filho de Rivadávia de Macedo Neto e Marilda de Macedo. É como dizer: as referências feitas à Lei Maior foram laterais ou periféricas. Não determinantes da decisão, portanto.

[...]31. Concluo, assim, que a matéria constitucional apresentada pelo

recorrente não se submeteu, de forma explícita e decisiva, ao crivo do Superior Tribunal de Justiça, carecendo o presente recurso, portanto, do requisito do prequestionamento, razão por que dele não conheço” (grifei).

Por sua vez, conforme assentei no voto condutor do acórdão proferido no RMS nº 33.364/DF-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 8/4/15,

“o entendimento deste Supremo Tribunal Federal está orientado no sentido de que as manifestações orais proferidas pelos Ministros em julgamento colegiado podem ser revisadas e mesmo canceladas, e nesta última hipótese, sem que disso decorra nulidade do acórdão publicado, as notas taquigráficas não serão publicadas.

Nesse sentido são os seguintes julgados proferidos pelo Plenário desta Corte:

‘AÇÃO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DEGRAVAÇÃO INTEGRAL. DESNECESSIDADE. CANCELAMENTO DAS NOTAS. POSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO DE CONTRADIÇÃO NO AUMENTO DA PENA-BASE. INOCORRÊNCIA. ERRO MATERIAL QUANTO À CONDIÇÃO DE LÍDER DO PMDB. AUSÊNCIA. EMBARGOS REJEITADOS. A ausência de degravação integral do áudio do julgamento e o eventual cancelamento das notas taquigráficas não geraram qualquer prejuízo ao pleno exercício do direito de defesa. O cancelamento de notas taquigráficas está previsto no art. 133 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ausente qualquer vício embargável em decorrência da sua aplicação. Precedentes. Não houve bis in idem na dosimetria, pois não foi considerada a condição de líder partidário para elevação da pena-base do embargante. O voto-condutor do acórdão em momento algum considerou o fato de o embargante ter sido líder do PMDB para agravamento da sua reprimenda. O período em que o embargante foi líder da bancada do PMDB está expresso, corretamente, no voto-condutor do Acórdão condenatório, não havendo qualquer retificação a ser feita no ponto. Embargos de declaração rejeitados’ (AP 470-ED-vigésimos terceiros/MG, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 10/10/2013).

‘Embargos de declaração em inquérito. 2. A revisão e o eventual cancelamento das notas taquigráficas, assim como a ausência de juntada de voto-vogal, não acarretam nulidade do acórdão. Precedentes do STF. Ausência de cerceamento da defesa. 3. Inexistência de obscuridade, contradição ou omissão na decisão embargada. Pretensão de rediscussão de matéria decidida. 4. Embargos de declaração opostos por Virgílio de Oliveira Medina e Paulo Geraldo de Oliveira Medina não conhecidos e demais embargos conhecidos parcialmente e, nesta parte, rejeitados’ (Inq 2.424-ED/RJ, Pleno, Relator o Min. Gilmar Mendes, DJe de 21/10/2011)

‘EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE JUNTADA DE VOTO QUE ADERIU À TESE VENCEDORA DO ACÓRDÃO RECORRIDO. CANCELAMENTO DAS NOTAS TAQUIGRÁFICAS. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DO JULGADO. OMISSÃO, CONTRARIEDADE E OBSCURIDADE. INEXISTÊNCIA. CARÁTER INFRINGENTE. IMPOSSIBILIDADE, SALVO HIPÓTESES EXCEPCIONAIS. ART. 535, I E II, DO CPC. VIA PROCESSUAL INADEQUADA. 1. As notas taquigráficas são revisadas e devolvidas pelos Ministros no prazo regimental. Durante esse período as manifestações podem ser canceladas pelo Ministro que as houver proferido, hipótese em que não serão publicadas com o acórdão.

2. Não há nulidade na publicação de acórdão sem a juntada de voto vogal que aderiu à tese vencedora do acórdão recorrido e foi cancelado na revisão de notas taquigráficas pelo Ministro que o proferiu.

3. Os embargos de declaração têm pressupostos certos [art. 535, I e II, do CPC], de modo que não configuram via processual adequada à rediscussão do mérito da causa ou à inclusão de matéria não discutida no recurso. São admissíveis em caráter infringente somente em hipóteses, excepcionais, de omissão do julgado ou erro material manifesto. Precedente [RE n. 223.904-ED, Relatora a Ministra ELLEN GRACIE, DJ 18.02.05].

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Embargos de declaração rejeitados’ (RE 592.905-ED/SC, Pleno, Relator o Min. Eros Grau, DJe de 6/8/2010)

Ora, se as notas taquigráficas dos julgamentos colegiados podem ser canceladas, hipótese em que deixarão de ser publicadas com o acórdão, não há que se falar em direito líquido e certo de acesso a tais registros”.

Ante o exposto, mostrou-se correta a rejeição dos embargos de declaração opostos pelo corréu José Cícero contra o julgado do Tribunal de Justiça de Alagoas que recebeu a denúncia oferecida em seu desfavor.

VI) O art. 7º da Lei nº 8.038/90 prevê a designação, após o recebimento da denúncia, de audiência para interrogatório do réu.

Ocorre que, nos termos do art. 400 do Código de Processo Penal, o interrogatório deve ser o último ato da instrução.

Assim, no intuito de se assegurar ao réu o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa, determino que o referido ato processual se realize ao final da instrução.

Esse, aliás, foi o entendimento fixado pelo Plenário da Suprema Corte no HC nº 127.900/AM, de minha relatoria, j. em 3/3/16.

Dessa feita, após o cumprimento do quanto determinado nos itens II e III supra, intime-se o defensor do réu José Cícero para apresentar defesa prévia, no prazo de 5 (cinco) dias (art. 8º da Lei nº 8.038/90).

Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 968 (584)ORIGEM : PI - 103000000563201100 - MINISTÉRIO PÚBLICO

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXREVISORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : PAULO SALIM MALUFADV.(A/S) : BRUNA SILVEIRA (DF029005/)ADV.(A/S) : EDUARDO MAFFIA QUEIROZ NOBRE (184958/SP)ADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES

(98709/SP)RÉU(É)(S) : SÉRGIO STEFANELLI GOMESADV.(A/S) : RODRIGO GASPARINI (207615/SP)

AÇÃO PENAL. INTIMAÇÃO DE PARLAMENTARES FEDERAL QUANTO À DATA DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO. REDESIGNAÇÃO DE OITIVA DE TESTEMUNHA DE DEFESA.

Despacho (Referente à Petição 15.564, de 01 de abril de 2016): Trata-se de pedido formulado pelo parlamentar estadual Sr. Antônio Salim Curiati, no exercício da prerrogativa prevista no art. 221 do Código de Processo Penal, para que sua oitiva seja realizada no dia 18 de abril de 2016, às 14h, em seu Gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Defiro o pedido. Oficie-se, inclusive via fax e independentemente de publicação,

ao juízo da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, a quem a carta de ordem extraída destes autos foi originalmente distribuída, para as providências necessárias à realização da oitiva na Assembleia Legislativa, que será conduzida pelo magistrado instrutor deste Supremo Tribunal Federal, Dr. Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro, na forma do art. 21-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, bem como para que o parlamentar seja informado, por qualquer meio hábil, do deferimento de seu pedido.

Tendo em vista o não comparecimento da testemunha Sr. Roque Carneiro dos Santos à audiência de oitiva de testemunha realizada no dia 29 de março em São Paulo e em razão da necessidade de oitiva da testemunha Sr. Roberto Sakai Bastos Pinto em Bauru/SP, determino:

a) a designação do dia 19 de maio de 2016, às 14h, para realização da audiência da testemunha Sr. Roque Carneiro dos Santos no Fórum da Justiça Federal da Subseção Judiciária de São Paulo/SP;

b) o cancelamento da audiência que se realizaria no próximo dia 07 de abril, às 14h, a qual fica redesignada para o dia 20 de maio de 2016, às 14h, no Fórum da Justiça Federal da Subseção Judiciária de Bauru/SP, devendo, para tal fim, ser expedido ofício – inclusive via fax e independentemente de publicação – para o juízo da 1ª Vara Federal de Bauru/SP, encarregado do cumprimento da carta de ordem anteriormente expedida, solicitando a intimação da testemunha Sr. Roberto Sakai Bastos Pinto da nova data.

Por fim, o Deputado Federal Espiridião Amin Helou Filho, embora devidamente intimado (fls. 769), não indicou dia, local e hora para realização da sua oitiva, razão pela qual designo a audiência para o dia 12 de maio de 2016, às 14h, a ser realizada na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal.

Todas as oitivas serão conduzidas pelo magistrado convocado por este Supremo Tribunal Federal, Dr. Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro, na forma do art. 21-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nos termos do inciso IX do art. 21-A do RISTF, c/c o inciso III do art. 3º da Lei 8.038/1990, solicite-se, via telex ou fac-símile, ao Sr. Juiz Diretor do Foro, por intermédio dos Juízos Federais competentes para o processamento das cartas de ordem extraídas com este despacho, que:

a) disponibilize sala de audiência, com apoio de pessoal e equipamentos, para os atos a serem realizados – inclusive aquele que deverá se realizar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo;

b) indique advogado dativo, que possa comparecer na data designada, para a eventualidade de o defensor constituído pelo réu não comparecer ao ato;

c) providencie transporte para o Magistrado Instrutor durante sua permanência no Estado de São Paulo.

Os oficiais de justiça encarregados das intimações poderão entrar em contato prévio com as testemunhas, por via telefônica, bem como adotar todas as providências necessárias ao lícito cumprimento da diligência.

Em caso de não comparecimento, devem ser observados os termos do art. 218 do Código de Processo Penal, verbis: “Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública”.

À Secretaria, para as providências necessárias à realização da audiência designada para o dia 12 de maio nesta Corte, inclusive a intimação do Deputado Federal. Comunique-se, inclusive via fax, e expeçam-se as competentes cartas de ordem, com fim de intimação das testemunhas. Intime-se o Ministério Público Federal para indicar membro para participar das audiências ora designadas. Oficie-se, com urgência, via fax e independentemente de publicação, aos juízos da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo/SP e da 1ª Vara Federal de Bauru/SP, para os fins descritos no presente despacho.

Publique-se. Cumpra-se.Brasília, 01 de abril de 2016.

Ministro Luiz FuxRelator

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AG.REG. NO HABEAS CORPUS 132.610 (585)ORIGEM : HC - 299568 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ILTO ROSA DELGADOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 299.568 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Vistos. Manifeste-se a Procuradoria-Geral da República a respeito do agravo

regimental interposto.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.967 (586)ORIGEM : PROC - 00059146020092000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ADELIO DE ARAUJO BORGES JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EMMANUEL RODRIGO ROSA ROCHA (4328/TO)AGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : AGRONATURAL - AGROPECUÁRIA E

EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS NATURAIS SANTO EXPEDITO LTDA

ADV.(A/S) : FABIO WAZILEWSKI (2000/TO)INTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Tendo em vista que dentre as questões suscitadas em sede de

agravo regimental se encontra matéria de ordem pública (decadência), conhecível de ofício pelo magistrado, dê-se vista dos autos ao impetrante, para que se manifeste sobre o ponto, no prazo de 5 (cinco) dias, por aplicação do art. 218, § 3º, do CPC/15.

Publique-se.Brasília, 22 de março de 2016.

Ministro Dias ToffoliRelator

documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 84

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.968 (587)ORIGEM : PP - 00059146020092000000 - CONSELHO NACIONAL

DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : EDMUNDO DUIALIBE BARBOSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EMMANUEL RODRIGO ROSA ROCHA (4328/TO) E

OUTRO(A/S)AGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : AGRONATURAL - AGROPECUÁRIA E

EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS NATURAIS SANTO EXPEDITO LTDA

ADV.(A/S) : FABIO WAZILEWSKI (0002000/TO)INTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Tendo em vista que dentre as questões suscitadas em sede de

agravo regimental se encontra matéria de ordem pública (decadência), conhecível de ofício pelo magistrado, dê-se vista dos autos ao impetrante, para que se manifeste sobre o ponto, no prazo de 5 (cinco) dias, por aplicação do art. 218, § 3º, do CPC/15.

Publique-se.Brasília, 22 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 34.063 (588)ORIGEM : MS - 34063 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : BENEVENUTO DACIOLO FONSECA DOS SANTOSADV.(A/S) : WELLERSON RODRIGO AUGUSTO DE FARIA (134557/

MG, 0134557/MG) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Tendo em conta o disposto no art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil, intime-se a parte agravada para se manifestar sobre o recurso, no prazo legal.

Publique-se.Brasília, 04 de abril de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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AG.REG. NA PETIÇÃO 5.801 (589)ORIGEM : PET - 5801 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : VALDEMAR COSTA NETOADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA BESSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Homologo o pedido de desistência do ”agravo regimental” (fls. 158 e 158v.) interposto a fls. 82/85v., eis que o ilustre Advogado que o subscreve dispõe de poderes especiais para tanto (fls. 159v.).

Ao apreciar o pedido de reconsideração em que se convolou o recurso de agravo objeto da desistência ora homologada, tenho em conta as razões que o eminente Procurador-Geral da República expôs a fls. 171/173, de que destaco as seguintes passagens:

“Certo é que tanto o Termo de Colaboração de Walmir Pinheiro, quanto o Termo de Colaboração de Ricardo Pessoa, acima tratados, narram harmonicamente os mesmos fatos em relação ao peticionante. Em suma, ambos os colaboradores, altos funcionários do grupo empresarial UTC, informam que houve duas doações para a campanha eleitoral de WALDEMAR DA COSTA NETO para o parlamento federal em 2010, sendo uma no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e outra no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Os dois aludidos colaboradores asserem igualmente que a segunda doação, na quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), foi entregue em dinheiro a WALDEMAR DA COSTA NETO, a pedido deste; valores esses provenientes do CAIXA 2 que a UTC mantinha com o doleiro e operador financeiro ALBERTO YOUSSEF.

Resta claro, dessa forma, que houve entrega de dinheiro destinado a campanha eleitoral, com pagamento de parte dos valores em espécie, a pedido do então deputado e candidato WALDEMAR DA COSTA NETO, o que foi providenciado à margem da legalidade com retirada de valores diretamente da ‘conta-corrente’ da UTC junto a ALBERTO YOUSSEF.

Narrada prática tem prováveis duas finalidades: a) obnubilar a origem, movimentação e destinação de dinheiro decorrente de corrupção,

ante a alegação de que se esperava, com o pagamento, favorecimento perante o governo, com ‘abertura de portas’, o que somente é possível se violado o princípio da impessoalidade; e b) empregar na campanha congressual dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral.

Tem-se, pois, no primeiro caso, indício de crimes de corrupção e branqueamento de capitais, o que é capitulado no art. 317 do CP e no art. 1º da Lei nº 9.613/1998, consoante já explicitado na manifestação ministerial de fl. 54. Na segunda situação, consubstancia-se a figura denominada de Caixa 2 eleitoral, consistente na omissão de receita na prestação de contas eleitoral, o que se amolda ao tipo delitivo constante do art. 350 da Lei nº 4.737/1965.

Tomando por base que as apurações no complexo investigativo denominado Operação Lava jato já revelaram que o Caixa 2 da construtora UTC, administrado por ALBERTO YOUSSEF, era originário de recursos desviados dos contratos com a PETROBRAS, o que é inclusive confirmado pelo próprio presidente do grupo empresarial, o colaborador RICARDO PESSOA, revelando a nítida relação do caso com os desvios da estatal, devem as cópias dos autos, no caso de WALDEMAR DA COSTA NETO, ser remetidas à 13ª Vara Federal em Curitiba, Juízo natural do caso para os investigados não detentores de foro por prerrogativa, como é o peticionante. WALDEMAR DA COSTA NETO, saliente-se, era integrante do Partido Progressista – PP, agremiação central do esquema de corrupção da Petrobras.

De igual maneira, a ocultação dos R$ 200.000,00 recebidos e empregados na campanha eleitoral na prestação de contas de WALDEMAR DA COSTA NETO também configura ilícito eleitoral, a ser apurado e processado perante a respectiva Justiça especializada, consoante comando do art. 109, I, segunda parte, da Constituição Federal.” (grifei)

Os fundamentos que venho de referir impõem o não acolhimento do pedido de reconsideração, nos termos em que deduzido, pois as peças encaminhadas ao Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR consubstanciariam “notitia criminis” concernente aos delitos de corrupção passiva (CP, art. 317) e de lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/98, art. 1º), que constituem espécies delituosas sujeitas, no contexto em exame, à competência penal da Justiça Federal comum (CF, art. 109, IV).

É por isso que o Chefe do Ministério Público da União, ao aludir a essa prática, destacou que se trataria de conduta destinada a “obnubilar a origem, movimentação e destinação de dinheiro decorrente de corrupção, ante a alegação de que se esperava, com o pagamento, favorecimento perante o governo, com ‘abertura de portas’, o que somente é possível se violado o princípio da impessoalidade” (fls. 172).

Presentes tais razões, indefiro o pedido de reconsideração.2. Tendo em vista, no entanto, o aditamento formulado pelo

eminente Procurador-Geral da República (fls. 173/174), manifeste-se o peticionário Valdemar Costa Neto.

Publique-se.Brasília, 04 de abril de 2016.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 23.298 (590)ORIGEM : PROC - 201361830016530 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MANOEL URBANO NETOADV.(A/S) : ANIS SLEIMAN (00018454/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Tendo em vista o disposto no art. 1.021, § 2º, do CPC, intime-se a parte agravada para se manifestar sobre o recurso interposto, no prazo de 15 dias.

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 23.324 (591)ORIGEM : PROC - 00124195420134036183 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : NILSON TEIXEIRA DA SILVAADV.(A/S) : ANIS SLEIMAN (18454/SP)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Tendo em vista o disposto no art. 1.021, § 2º, do CPC, intime-se a parte agravada para se manifestar sobre o recurso interposto, no

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 85

prazo de 15 dias. Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 390

(592)

ORIGEM : ADPF - 390 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIREQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO - PSBADV.(A/S) : RAFAEL DE ALENCAR ARARIPE CARNEIRO

(00025120/DF) E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPUBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trazem os autos ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental - ADPF, com pedido de medida cautelar, ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro – PSB – em face do Decreto Presidencial de 16 de março de 2016, publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União, que nomeou o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

O partido requerente destaca, inicialmente, o cabimento da medida, na consideração de que ela seria o único meio processual disponível para questionar ato de efeitos concretos na jurisdição constitucional abstrata, como reconhecido por este próprio Supremo Tribunal Federal no julgamento das medidas cautelares nas ADPF´s 378 e 388. Ressalta, ainda, a relevância da matéria tratada na arguição, que envolve, segundo alega, o exercício ilegítimo de prerrogativa presidencial, por meio da qual ter-se-ia buscado desafiar a integridade do Poder Judiciário.

A inicial argumenta que, ao nomear o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Ministro de Estado, fazendo-o logo após a divulgação de relatos que ligariam seu nome a fatos criminosos pelos quais estava sendo investigado perante a 13ª Vara da Justiça Federal da Seção Judiciária de Curitiba, a Presidente da República teria, na verdade, objetivado colocá-lo ao abrigo de prerrogativa de foro, modificando arbitrariamente a competência jurisdicional para investigá-lo. Ao buscar, por esse modo, o favorecimento pessoal do nomeado, ter-se-ia configurado nítida hipótese de desvio de finalidade, com afronta ao preceito fundamental do juiz natural. Isso porque, a nomeação, com a consequente ativação da regra de foro especial, constituiria um ato de escolha deliberada do juízo competente, tendo em vista as circunstâncias pessoais do acusado. Essa escolha, mediante renúncia ou nomeação para cargo específico, faria suprimir a aleatoriedade, que seria uma das características essenciais do sistema de responsabilização penal, permitindo que conveniências pessoais sobrepujem o escopo do processo, e colocando de lado, além do princípio do juiz natural, os postulados da separação de poderes e da moralidade.

Esclareceu o requerente que o propósito primeiro da arguição estaria em obter pronunciamento da Suprema Corte que afirmasse a “tese de impossibilidade constitucional da modificação do juiz natural através de nomeação para cargos com prerrogativa de foro”, com a nulidade do ato de nomeação ou, subsidiariamente, a manutenção da competência do juiz natural do caso em questão. Para isso, entende que seria indiferente considerar se houve ou não prejuízo com a modificação da competência, pois o vício hostilizado residiria na escolha “per se”.

Considerando haver elementos suficientes para demonstrar a plausibilidade da tese enunciada, que sinaliza para a ocorrência de burla ao sistema de divisão da competência judiciária, e alegando a existência de perigo de concretização da lesão narrada, o requerente postulou a concessão monocrática de liminar, nos termos do art. 5º, § 1º, da Lei 9.882/99, para suspender a vigência e os efeitos do Decreto Presidencial de 16 de março de 2016, inclusive o ato de posse. Subsidiariamente, pediu que a nomeação não surta “qualquer efeito que altere o juízo natural da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR quanto às investigações referentes ao ex-Presidente”. Ao final, requereu a declaração da inconstitucionalidade do ato de nomeação, bem como a fixação da tese já referida, segundo a qual “a nomeação de pessoa investigada ou processada criminalmente para cargo com prerrogativa de foro não terá o condão de alterar o juiz natural, quando tal nomeação tiver o objeto de modificar a instância competente”.

A ação foi processada segundo o rito do art. 5º, § 2º, da Lei 9.882/99.Em 17/3/16, o Partido Popular Socialista – PPS – apresentou pedido

de habilitação na condição de amicus curiae, oportunidade em que se associou à postulação do requerente, inclusive quanto ao pedido de medida cautelar.

No mesmo dia, a União, por meio de seu Advogado-Geral, peticionou nos autos para informar a respeito da propositura de uma série de ações populares em diversas localidades, com idêntico objeto, algumas com cautelares concedidas, dispersão que ameaçaria a segurança jurídica, colocando em risco o resultado final do julgamento da própria arguição de descumprimento de preceito fundamental. Com esses motivos, e com fundamento no art. 5º, § 3º, da Lei 9.882/99, pediu fosse concedida medida suspensiva dos processos e decisões judiciais que apresentassem relação

com a matéria desta ADPF, até a deliberação definitiva do Supremo Tribunal Federal.

Em 18/3/16, a Presidente da República veio aos autos para reafirmar o que já fora exposto anteriormente, comunicando ter havido o ajuizamento de novas ações populares, o que, segundo sustentado, agravaria o estado de insegurança jurídica, pelo que reiterou o pedido de suspensão do andamento de todos os processos e decisões referentes à matéria tratada na ADPF.

O mesmo pedido foi renovado no dia seguinte, quando a Presidente informou sobre as decisões liminares proferidas pelo Min. Gilmar Mendes, relator, no STF, dos mandados de segurança 34.070 e 34.071, que resultaram na suspensão da eficácia da nomeação atacada.

Em 20/3/16, registrou-se nova postulação da Presidente da República, com o mesmo objetivo, enunciada dessa vez sob a forma de medida cautelar incidental.

O Advogado-Geral da União apresentou manifestação em que defende a legitimidade do ato de nomeação, na consideração de que o ex-Presidente possuiria todos os atributos para o desempenho do cargo e que não penderia, contra ele, nenhum impedimento ao exercício de direitos políticos. Observou, ainda, ser equivocado presumir que a nomeação operaria algum favorecimento pessoal ao interessado, porque a realidade mostraria justamente o contrário, isto é, políticos estariam renunciado a cargos com prerrogativa de foro, tendo em vista a efetividade do trabalho da Suprema Corte na apuração da responsabilidade criminal de acusados submetidos originariamente à sua jurisdição. Todas essas razões demonstrariam a baixa plausibilidade do pedido, e, ao lado do perigo da demora inverso, com a ausência de liderança na Casa Civil, justificariam o indeferimento da cautelar.

Na sequência, o Procurador-Geral da República apresentou parecer em que se pronunciou, inicialmente, pelo conhecimento da ADPF, não sem ressalvar a impossibilidade de transformar este tipo de ação em sucedâneo de meios de impugnação próprios do processo penal. Quanto ao pedido cautelar, manifestou concordância com a medida de suspensão das ações ajuizadas na Justiça Federal a respeito do mesmo objeto, a fim de conferir segurança jurídica e uniformidade no tratamento da matéria. No mérito, sustentou que, sem embargo da possibilidade de controle judicial dos atos de nomeação de Ministros pela Presidente da República, não seria o caso de invalidar, desde logo, a nomeação do ex-Presidente para o cargo de Ministro de Estado. Todavia, ressaltou haver elementos suficientes e notórios para indicar que o ato fora cometido com o propósito de afetar a competência de juízo do primeiro grau, com a geração de danos objetivos para a persecução penal, o que reclamaria o deferimento parcial da cautelar, “para determinar que investigações criminais e possíveis ações penais referentes a atos imputáveis ao Senhor Luiz Inácio Lula da Silva praticados até a data de sua posse no cargo de Ministro Chefe de Estado da Casa Civil da Presidência da República permaneçam no primeiro grau de jurisdição, ressalvadas possíveis causas de modificação de competência previstas na legislação processual penal”.

Posteriormente, foram ainda juntadas mais duas petições avulsas, apresentadas por interessados no processo. A primeira delas, veiculada por Paulo Tarciso Okamotto, após informar que o peticionante figura como investigado nos autos do pedido de busca e apreensão criminal 500661729.2016.4.04.7000/PR e nos feitos a ele correlatos, instaurados perante o Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, apresenta questão preliminar cuja consideração seria relevante antes do julgamento da presente arguição. Aduz que a premissa endossada pelos requerentes, de que o ato de nomeação teria sido praticado com intuito de ofender ao princípio do juiz natural, seria equivocada, porque, na verdade, “a verdadeira fraude constitucional ao princípio do juiz natural foi praticada pelo juiz federal da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR que, sabidamente incompetente para atuar nos diversos feitos de origem, invoca o instituto da conexão quando inexistente qualquer hipótese de sua incidência, em franco desafio à autoridade da decisão do STF no INQ 4130/PR”. Com essa alegação, requer seja admitida a manifestação e que seja apreciada, como questão de ordem, a incompetência do referido juízo para atuar nos feitos criminais.

O segundo requerimento foi aviado em nome do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que requer a juntada de sua manifestação à guisa de informações. O conteúdo do documento traz as seguintes ponderações: (a) o ato de nomeação de Ministros está na esfera de discricionariedade da Presidente da República, não sendo legítimo impor a ele limitações que a CF ou a lei não fazem; (b) o peticionário cumpre todos os requisitos exigidos pelo art. 87 da CF, além de não ser réu nem condenado pela prática de nenhum crime; (c) o ordenamento não admite que se presuma a existência de desvio de finalidade com base em ilações ou suposições, mas sim a legitimidade do ato praticado; (d) a prerrogativa de foro é característica inerente ao exercício do cargo de Ministro, não podendo ser dele dissociada; (e) seria “manifesta a impossibilidade do peticionário exercer a relevante função de Ministro Chefe da Casa Civil, um dos principais cargos do governo federal, com a responsabilidade a ele inerente, submetido a um juízo manifestamente incompetente”. Após essas considerações, postulou fossem os pedidos da ADPF julgados improcedentes.

2. Esta não é a primeira vez que o Supremo Tribunal Federal é demandado, pela via da ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental - ADPF, a se pronunciar a respeito da potencial lesividade a normas constitutivas da estrutura medular da Constituição Federal por atos de nomeação de agentes políticos. Na oportunidade mais recente em que isso aconteceu, com a ADPF 388, julgada na sessão plenária de 9/3/16, a Corte,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 86

por maioria, decidiu conhecer da arguição, afirmando a procedência parcial do pedido para “estabelecer a interpretação de que membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos, fora do âmbito da instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério, declarando a inconstitucionalidade da Resolução nº 72/2011, do CNMP, e determinar a exoneração dos ocupantes de cargos em desconformidade com a interpretação fixada”. Nesse precedente, estavam sob impugnação, conjuntamente, dois tipos de atos: (a) um concreto, materializado na nomeação de membro de Ministério Público Estadual para o cargo de Ministro da Justiça e (b) outro de textura normativa, constituído na forma da Resolução 72/2011, do Conselho Nacional do Ministério Público, que, alterando dispositivo constante de resolução anterior, eliminou a proibição de nomeações de membros do Ministério Público para cargos fora da instituição em determinadas situações, o que redundou em superveniente e reiterada conduta liberando ditas nomeações.

No juízo de cabimento então realizado, que tem na avaliação da incidência do postulado da subsidiariedade a sua etapa crucial, o Tribunal considerou que, nas circunstâncias do caso, não existiam outros meios processuais aptos a resolver, de forma geral, definitiva e imediata, a controvérsia constitucional então suscitada. Pesaram, nessa decisão, algumas características do dissídio ali estabelecido, dentre as quais as seguintes: (a) a nomeação concretamente impugnada não constituía ato isolado, mas ilustrativo de uma série de outros verificados país afora, por meio dos quais membros do Ministério Público teriam sido investidos em cargos ou funções públicas alheias à sua instituição de origem; (b) esta situação ter-se-ia formado com o respaldo de ato normativo do CNMP, que, com a Resolução 72/2011, teria modificado seu entendimento sobre a questão, suprimido vedação antes existente contra a designação dos membros do Ministério Público para cargos estranhos ao âmbito institucional doméstico; (c) ao editar a Resolução 72/2011, para revogar a vedação até então existente, o CNMP tomou decisão de clara rebeldia à jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal; e (d) a jurisprudência da Suprema Corte possuía amplo repertório de precedentes incisivamente contrários a essa prática, tendo em vista a sua incompatibilidade com o princípio da independência funcional do Ministério Público.

Porém, diferentemente do que sucedeu no julgamento referido, o Supremo Tribunal Federal já havia se pronunciado pela inadmissibilidade de ADPF´s ajuizadas com propósitos semelhantes. Foi o que ocorreu em pelo menos três casos, nomeadamente as ADPF´s n. 17 (nomeação e investidura de seis Desembargadores para o Tribunal de Justiça do Estado do Amapá), n. 76 (nomeação de desembargador para compor o Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins) e n. 125 (nomeação de Ministro de Estado Extraordinário de Assuntos Estratégicos). Nenhuma delas logrou transpor o crivo da subsidiariedade.

No julgamento do agravo regimental na ADPF 17, realizado pelo Plenário em 5/6/02, o voto do relator, Min. Celso de Mello, embora registrasse que “a mera possibilidade de utilização de outros meios processuais não basta, só por si, para justificar a invocação do princípio da subsidiariedade”, concluiu que, naquele episódio, havia instrumento processual com aptidão para sanar a situação de lesividade vislumbrada – que seria a ação popular – cujo processamento estaria na alçada das instâncias ordinárias, conforme o Tribunal veio a afirmar na AO 859 QO, esta julgada em 11/10/01. Eis como S. Exª. fundamentou o desprovimento do agravo:

“Isso significa, portanto, que o princípio da subsidiariedade não pode - e não deve - ser invocado para impedir o exercício da ação constitucional de argüição de descumprimento de preceito fundamental, eis que esse instrumento está vocacionado a viabilizar, numa dimensão estritamente objetiva, a realização jurisdicional de direitos básicos, de valores essenciais e de preceitos fundamentais contemplados no texto da Constituição da República.

Se assim não se entendesse, a indevida aplicação do princípio da subsidiariedade poderia afetar a utilização dessa relevantíssima ação de índole constitucional, o que representaria , em última análise, a inaceitável frustração do sistema de proteção, instituído na Carta Política, de valores essenciais, de preceitos fundamentais e de direitos básicos, com grave comprometimento da própria efetividade da Constituição.

Daí a prudência com que o Supremo Tribunal Federal deve interpretar a regra inscrita no art. 4º , § 1º , da Lei nº 9.882/99, em ordem a permitir que a utilização da nova ação constitucional possa efetivamente prevenir ou reparar lesão a preceito fundamental, causada por ato do Poder Público.

Essa , porém, não é a situação que se registra na presente causa , eis que o ora agravante dispõe de meio processual idôneo, capaz de afastar, de maneira efetiva e real , a situação de lesividade que por ele é ora denunciada neste processo.

Refiro-me ao instrumento jurídico-processual da ação popular , cuja eficácia neutralizadora do estado de lesividade justifica a sua imediata utilização, por parte de quem dispõe do status activae civitatis (como o Governador do Estado, que é cidadão), impondo-se ter presente, ainda, por relevante, a possibilidade de outorgar-se, no processo em questão, a pertinente medida liminar destinada a sustar , cautelarmente, a própria execução do ato estatal impugnado (Lei nº 4.717/65 , art. 5º, § 4º).

De qualquer maneira , no entanto, e independentemente da obtenção de medida liminar, o autor popular tem direito, ação e pretensão à

desconstituição judicial de atos cuja validade ético--jurídica esteja em desarmonia com os princípios e os paradigmas de legitimação referidos no art. 5º, LXXIII, da Carta da República.

Impõe-se ressaltar, bem por isso, o preciso magistério de ALEXANDRE DE MORAES (“ Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental: Análises à Luz da Lei nº 9.882/99 ”, p. 15/37, 26-28 , item n. 4, 2001, Atlas), cuja análise do princípio da subsidiariedade - considerada a utilização possível , no caso ora em exame, da ação popular - torna evidente a inadmissibilidade , na espécie, do presente writ constitucional:

“A lei expressamente veda a possibilidade de argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

Obviamente, esse mecanismo de efetividade dos preceitos fundamentais não substitui as demais previsões constitucionais que tenham semelhante finalidade, tais como o habeas corpus, habeas data; mandado de segurança individual e coletivo; mandado de injunção; ação popular ; ações diretas de inconstitucionalidade genérica, interventiva e por omissão e ação declaratória de constitucionalidade, desde que haja efetividade em sua utilização, isto é , sejam suficientes para evitar ou reparar a lesão a preceito fundamental causada pelo Poder Público.

................................................... Portanto, o caráter subsidiário da argüição de descumprimento de

preceito fundamental consiste na necessidade de prévio esgotamento de todos os instrumentos juridicamente possíveis e eficazes para fazer cessar ameaça ou lesão a preceito fundamental.

................................................... Exige-se , portanto, para a argüição de descumprimento de preceito

fundamental, o esgotamento das vias judiciais ordinárias . Conforme salienta Konrad Hesse, em situação análoga do recurso constitucional alemão, ‘essa prescrição contém um cunho do princípio geral da subsidiariedade do recurso constitucional, que na jurisprudência recente ganha significado crescente. Segundo isso, o recurso constitucional só é admissível se o recorrente não pôde eliminar a violação de direitos fundamentais afirmada por interposição de recursos jurídicos, ou de outra forma, sem recorrer ao Tribunal Constitucional Federal.

Somente , de forma excepcional , poderá o Supremo Tribunal Federal afastar a exigência do prévio esgotamento judicial, quando a demora para o esgotamento das vias judiciais puder gerar prejuízo grave e irreparável para a efetividade dos preceitos fundamentais.” (grifei)

No caso destes autos, ante a exposição objetiva dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, mostra-se evidente que há outros meios processuais - notadamente a ação popular constitucional - cuja utilização tornará possível neutralizar, em juízo, de maneira inteiramente eficaz, o estado de suposta lesividade decorrente dos atos ora impugnados.

Como se sabe , a Lei nº 4.717/65, em seu art. 5º, § 4º, autoriza o Poder Judiciário, em sede de ação popular constitucional, a conceder provimento liminar que suste a eficácia e a execução do ato lesivo impugnado, tornando acessível , ao interessado, um instrumento processual apto a sanar, de modo eficaz , a situação de lesividade ora denunciada pelo próprio argüente.

Na realidade, a concessão do provimento cautelar - autorizada, até mesmo, initio litis , no processo de ação popular constitucional - visa a impedir que se consumem situações configuradoras de dano irreparável, consoante ressalta o magistério da doutrina (RODOLFO DE CAMARGO MANCUSO, “ Ação Popular ”, p. 135-136, item n. 4.2.2, 1994, RT; J. M. OTHON SIDOU, “ Habeas Corpus, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação Popular ”, p. 356, item n. 231, 5ª ed., 1998, Forense, v.g. ).

Cabe assinalar, neste ponto, ante a sua extrema pertinência, que os registros processuais do Supremo Tribunal Federal atestam que foi ajuizada, originariamente, perante esta Corte ( CF , art. 102, I, “ n ”), ação popular constitucional , com pedido de medida liminar, destinada a invalidar os mesmos atos questionados na presente sede processual, apoiando-se , o autor popular, essencialmente , também no mesmo elemento causal invocado para justificar a presente ação de argüição de descumprimento de preceito fundamental.

O Plenário desta Suprema Corte, ao apreciar a AO 859-QO/AP , Rel. p/ o acórdão Min. MAURÍCIO CORRÊA, que persegue os mesmos objetivos visados na presente argüição de descumprimento, entendeu inaplicável , ao caso, a norma inscrita no art. 102, I, “ n ”, da Constituição da República, culminando por ordenar o encaminhamento da referida ação popular - ajuizada contra a nomeação de seis (6) Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá - ao Poder Judiciário dessa unidade da Federação, para efeito de processo e julgamento da mencionada causa, em primeira instância.

Vê-se, portanto, que o Supremo Tribunal Federal expressamente reconheceu a existência, na espécie , de medida processual apta a sanar a lesividade dos atos ora questionados, tanto que admitiu a possibilidade de sua desconstituição por intermédio da ação popular, tal como já o proclamara a decisão objeto do presente recurso de agravo.

Constata-se, desse modo, que o postulado da subsidiariedade, nos termos que vêm de ser expostos, impede, legitimamente, o acesso imediato da parte ora agravante ao mecanismo constitucional da argüição de descumprimento, pois registra-se, no caso, a possibilidade de utilização

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idônea de instrumento processual específico, apto , por si só, a fazer cessar o estado de lesividade que se pretende neutralizar, tanto que ajuizada , na espécie, ação popular com que se busca alcançar objetivo idêntico ao ora pretendido nesta causa.

Incide, pois, na espécie, o pressuposto negativo de admissibilidade a que se refere o art. 4º, § 1º, da Lei nº 9.882/99, circunstância esta que torna plenamente invocável, no caso , como já enfatizado, o princípio da subsidiariedade, que atua - ante os fundamentos expostos - como causa obstativa do ajuizamento imediato da ação constitucional de argüição de descumprimento de preceito fundamental.”

Igualmente, ao indeferir a petição inicial da ADPF 76, o Min. Gilmar Mendes fez ver que também naquele caso haveriam outros expedientes processuais – sequer utilizados pelos requerentes – com eficácia equivalente para a solução da questão constitucional suscitada. Nesta decisão, o Min. Gilmar Mendes cuidou de enfatizar, ainda, a singularidade dos atos atacados, a saber:

“ (…) possível concluir que a simples existência de ações ou de outros recursos processuais – vias processuais ordinárias – não poderá servir de óbice à formulação da argüição de descumprimento. Ao contrário, tal como explicitado, a multiplicação de processos e decisões sobre um dado tema constitucional reclama, as mais das vezes, a utilização de um instrumento de feição concentrada, que permita a solução definitiva e abrangente da controvérsia.

É outro, porém, o caso dos autos! Conforme pode se observar na espécie, a argüente não utilizou

qualquer instrumento processual ou ação de impugnação autônoma do ato imputado como manifestamente inconstitucional.

Poder-se-ia cogitar, portanto, até mesmo da tempestiva impetração de mandado de segurança (CF, art. 5º, LXIX) contra os atos de nomeação realizados pelo Governador do Estado de Tocantins.

Na verdade, almeja-se reparar lesão a direito supostamente reconhecido com relação a situações singulares, a saber: a nomeação de dois desembargadores estaduais em suposta violação à disposição constitucional do quinto constitucional (CF, art. 94 e parágrafo único).

No caso concreto, porém, conforme alertara o próprio relator, Min. Nelson Jobim, quando do arquivamento dos autos da ADI n o 1.970-TO, a situação singular poderia ser sido ampla e eficazmente discutida na via ordinária. Reitero que, na ocasião da declaração do prejuízo do pedido da ADI n o 1.970-TO, em decisão monocrática de 04.03.2001 (DJ de 27.04.2001), o relator asseverou que:

Este Tribunal já se manifestou em casos semelhantes: ‘... ocorrendo a revogação superveniente da norma atacada em ação direta, esta perde o seu objeto, independentemente de a referida norma ter, ou não, produzido efeitos concretos.’ (ADI 2097, MOREIRA ALVES). ‘REVOGAÇÃO DA LEI ARGÜIDA DE INCONSTITUCIONAL. Prejudicialidade da ação por perda do objeto. A revogação ulterior da lei questionada realiza, em si, a função jurídica constitucional reservada à ação direta de expungir do sistema jurídico a norma inquinada de inconstitucionalidade. EFEITOS concretos da lei revogada, durante sua vigência. Matéria que, por não constituir objeto da ação direta, deve ser remetida às vias ordinárias. A declaração em tese de lei que não mais existe, transformaria a ação direta em instrumento processual de proteção de situações jurídicas pessoais e concretas. Ação direta que, tendo por objeto a Lei 9.048/89 do Estado do Paraná, revogada no curso da ação, se julga prejudicada.’ (ADIMC 709, PAULO BROSSARD) . Ainda: ADI's 648 e 818, NERI DA SILVEIRA. Em face do exposto, julgo prejudicada a ação, por perda do objeto (RISTF, art. 21, §1º). Arquive-se. (ADI n o 1.970-TO, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 27.04.2001)

Frise-se, ademais, que, da decretação de prejudicada da ADIn, passaram-se quase 5 (cinco) anos.

Tal hipótese pode ser constatada no presente caso. Na espécie, impugnam-se não as Leis Complementares Estaduais n o 16/1998 e n o 34/2002, mas os atos concretos do Governador do Estado do Tocantins delas resultantes, quais sejam: as nomeações dos Desembargadores LUIZ APARECIDO GADOTTI E JACQUELINE ADORNO DE LA CRUZ BARBOSA.

De acordo com jurisprudência firmada por este Tribunal, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil seria legitimado, inclusive, para impetrar eventual mandado de segurança ou para ajuizar outro meio judicial cabível.

Isso não significa, porém, que se possa perder a dimensão de que a ADPF é destinada, basicamente, a resguardar a integridade da ordem jurídico-constitucional.

Destarte, não tendo havido qualquer impugnação dos atos singulares ordinários, que, reitere-se, in casu, seria apta para solver a controvérsia de forma plena, não há como justificar, na espécie, a utilização da ADPF em face do disposto no art. 4º, § 1º, da Lei nº 9.882/99. Parece evidente que referido instituto, cuja nobreza é dispensável destacar, não pode ser utilizado para suprir inércia ou omissão de eventual interessado.

Como o instituto da ADPF assume feição eminentemente objetiva, o juízo de relevância deve ser interpretado como requisito implícito de admissibilidade do pedido.”

Mais adiante, S. Exª. assentou que, conquanto não se pudesse afastar, em abstrato, o cabimento da ADPF para impugnar atos como os que estavam sendo questionados, naquele caso concreto isso não seria possível, porque as vias ordinárias seriam adequadas:

“Seria possível admitir, em tese, a propositura de ADPF diretamente contra ato do Poder Público, nas hipóteses em que, em razão da relevância da matéria, a adoção da via ordinária acarrete danos de difícil reparação à ordem jurídica. O caso em apreço, contudo, revela que as medidas ordinárias à disposição da ora requerente – e, não utilizadas - poderiam ter plena eficácia.

Ressalte-se que a fórmula da relevância do interesse público, para justificar a admissão da argüição de descumprimento (explícita no modelo alemão), está implícita no sistema criado pelo legislador brasileiro.

No presente caso, afigura-se de solar evidência a falta de relevância jurídica para a instauração da ADPF.

Assim, tendo em vista a existência, pelo menos em tese, de outras medidas processuais cabíveis e efetivas para questionar os atos em apreço, entendo que o conhecimento do presente pedido de ADPF não é compatível com uma interpretação adequada do princípio da subsidiariedade.

Nestes termos, indefiro, liminarmente, a petição inicial (Lei nº 9.868/1999, art. 4º). Conseqüentemente, nego seguimento ao presente pedido de argüição de descumprimento de preceito fundamental por entender que a postulação é manifestamente incabível, nos termos e do art. 21, § 1 o do RISTF. Por conseguinte, declaro o prejuízo do pedido de medida liminar postulado.”

Malgrado tenha se valido de fundamentos adicionais, o Min. Luiz Fux, ao rejeitar a ADPF 125 (DJE nº 125, de 26/6/15), acentuou a inadequação da arguição de descumprimento de preceitos fundamentais para contestar “Decreto de nomeação de determinada pessoa para ocupação de cargo público, constituindo-se, em verdade, em ato administrativo de efeitos absolutamente restritos e concretos”.

3. Bem se percebe, desses precedentes, que o cabimento de ADPF tem como pressuposto necessário a superação da cláusula da subsidiariedade, que encontra previsão no art. 4º, I, da Lei 9.882/99, a ser aferido desde logo e segundo as circunstâncias de cada caso. Trata-se de avaliação que não tem nada de trivial. A complexidade desse juízo deve-se, sobretudo, à plasticidade das hipóteses de cabimento da arguição. Como o instituto foi concebido para funcionar como mecanismo de aperfeiçoamento do nosso sistema misto de controle de constitucionalidade, suprindo as zonas de eclipsamento existentes entre as raias dos modelos concentrado e difuso, ele teve de permitir o controle de uma variedade muito grande de atos estatais, compreendendo inclusive aqueles de natureza concreta, para cujo controle a jurisdição concentrada também passou a oferecer seus préstimos.

A amplitude dessa categoria – atos concretos do poder público –, praticamente ilimitada, reclamava fossem erigidos certos moderadores legais para o acionamento da ADPF, sem o que haveria sério risco de banalização, e talvez até de inviabilização, da jurisdição concentrada do Supremo Tribunal Federal. Estabeleceu-se, então, que apenas atos capazes de causar lesões ou risco de lesões a preceitos fundamentais (violações qualificadas à Constituição Federal) poderiam dar ensejo à propositura da ação, exigência de extrema pertinência para um universo tão analítico de normas quanto o do texto constitucional de 1988. Consequência direta dessa exigência está no estabelecimento, para os requerentes, do ônus processual de demonstrar fundamentadamente as violações alegadas, sob pena de não conhecimento da ação.

Mesmo com as restrições de legitimidade inerentes aos processos objetivos, a só exigência de violação qualificada ao texto constitucional constituiria um parâmetro ainda insuficiente, pois viabilizaria apenas um controle rarefeito da adequação dessa via processual. Afinal, a depender apenas dessa exigência, todo e qualquer ato de autoridade poderia, em tese, ser questionado por ADPF, com o significativo desvirtuamento das competências e dos procedimentos das instâncias próprias. Para evitar os inconvenientes de deixar essa avaliação sob a disponibilidade das partes – e assim inibir acesso direto e per saltum à jurisdição da Suprema Corte, em uso especulativo de instrumento processual de controle concentrado para a solução de controvérsias meramente subjetivas – a Lei 9.882/99 fez incluir, dentre as condições de conhecimento da ADPF, a inexistência de “qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade” (art. 4º, § 1º).

A regra da subsidiariedade opera mediante raciocínio de exclusão: quando houver outra alternativa processual comprovadamente eficaz para estancar determinada crise constitucional, deve-se dar preferência a ela. A grande questão está em alcançar o significado do qualificativo “eficaz”. É intuitivo que um processo subjetivo nunca resultará numa decisão com os mesmos efeitos de um processo objetivo. Dadas as singulares consequências destes últimos, a tendência é aplicar a regra da subsidiariedade apenas em relação às classes processuais congêneres, definindo a adequação da ADPF a partir de raciocínio de exclusão das demais modalidades existentes. Este crivo, porém, é claramente insuficiente. Afinal, a arguição foi instituída justamente para dar abrangência mais elástica ao modelo concentrado de tutela da Constituição, possibilitando o exame da validade inclusive de atos de efeitos concretos, que jamais seriam passíveis de judicialização pelas categorias tradicionais, restritas a objetos dotados de projeção normativa.

Evidente, portanto, que, ao proceder ao indispensável juízo de subsidiariedade das arguições ajuizadas em face de atos concretos do poder público, o Tribunal não pode se furtar de avaliar a eficácia de mecanismos processuais da jurisdição ordinária, que estariam paralelamente disponíveis ao acionamento dos requerentes. E, nesse exame, o que deve ser considerado, precipuamente, é se a morfologia difusa do sistema de controle

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pode se revelar especialmente traumática para a proteção de algum preceito elementar da Constituição Federal. Três ingredientes assomam como essenciais nessa avaliação: (a) o potencial de recorrência de demandas com causas de pedir semelhantes, instauradas entre sujeitos diferentes, (b) o perigo que a demora no esgotamento das instâncias ordinárias pode acarretar para a realização de um determinado valor constitucional, que transcenda os interesses das partes e (c) o perigo que o eventual desencontro entre as soluções ministradas pelas diversas instâncias jurisdicionais competentes possa vir a causar para a segurança jurídica.

Em situações caracterizadas pela presença desses elementos, a utilização dos meios ordinários de acesso à justiça pode realmente agudizar eventual impasse sobre a efetividade de preceitos constitucionais fundamentais. É nessas hipóteses, em que o tratamento de uma determinada controvérsia segundo o modelo atomizado de distribuições de competências se revelar insatisfatório, que restará preenchida a cláusula da subsidiariedade, nascendo o direito a proceder mediante a arguição regida pela Lei 9.882/99.

4. Pois bem. Em primeiro plano, importa considerar que evidentemente não concorre, aqui, o inafastável pressuposto da recorrência, ou seja, a real possibilidade de existência pretérita ou de surgimento de demandas em série, envolvendo figurantes distintos, originárias de nomeações de diferentes servidores, com desvio de finalidade para alterar a competência jurisdicional do juiz natural de causa criminal e assim causar lesão a preceito fundamental comum. O que esta ADPF noticia é um incomum e inédito ato isolado da Presidência, pelo qual se designou o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar cargo de Ministro de Estado. Não se tem notícia de outro caso análogo, nem da probabilidade, a não ser teórica, de sua reiteração.

É certo que a arguição articula os mesmos fundamentos e os mesmos pedidos de outras várias ações populares propostas em diversas localidades do país, bem como neste Supremo Tribunal Federal. Todavia, multiplicidade de ações é fenômeno com características próprias: trata-se de reiteração da mesma demanda, veiculada por ações diversas mas substancialmente idênticas, que questionam um único e mesmo ato, postulando as mesmas providências. A rigor, está presente entre elas a tríplice identidade apontada pela lei processual como indicativa de causas idênticas (CPC/15, art. 337, § 2º): mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido. Sim, embora os cidadãos autores não sejam nominalmente os mesmos, é importante registrar que eles estão atuando em regime de substituição processual (na ação popular, conforme sabido, o cidadão autor defende em nome próprio direitos transindividuais da própria sociedade), e, nesse regime, o parâmetro de aferição da tríplice identidade a parte a parte a ser considerada é a titular do direito material tutelado, ou seja, o substituído, e, não, o seu substituto processual. Por isso se reafirma que, embora os autores das diversas ações populares não sejam nominalmente os mesmos, há, ainda assim, a tríplice identidade entre as causas, pois em todas elas o substituído processual é um só, a sociedade, assim como é idêntica em todas elas a causa de pedir (desvio de finalidade) e o pedido (nulidade ou ineficácia do ato de nomeação do ex-Presidente da República). Portanto, a pluralidade de ações populares propostas para atacar o ato da autoridade pública objeto da presente ADPF configura, nada mais, nada menos, do que a reiteração da mesma demanda, em clara situação de litispendência, que tem tratamento próprio e eficaz nas vias ordinárias, inclusive para inibir eventuais sentenças discrepantes sobre a mesma causa.

Num olhar menos rigoroso, poder-se-ia ver nessa pluralidade de ações hipótese de conexão de causas (CPC/15, art. 55), que também seria suscetível de eficaz tratamento pelos meios processuais comuns para prevenir a prolação de sentenças contraditórias, nomeadamente o da prevenção (art. 5º, § 3º da Lei 4.717/65 e CPC/15, art. 55, § 1º), propiciando, se for o caso, apresentação de Conflito de Competência perante o TRF (CF, art. 108, I, e), ou o STJ (CF, art. 105, I, d), como, aliás, já ocorreu em inúmeras situações semelhantes, decididas pela 1ª Seção daquela Corte (v.g: CC 22123, Min. Demócrito Reinaldo, DJ de 14.4.99; CC 22693, Min. José Delgado, DJ 19.4.99; CC 19686, Min. Demócrito Reinaldo, DJ de 17/11/97; CC 3911, Min.Hélio Mosimann, DJ de 16.8.93, CC 2995, Min. Hélio Mosimann, DJ de 31.5.93; CC 2442, Min. Peçanha Martins, DJ de 24.05.93 e CC 2302, Min. Américo Luz, DJ de 6.4.92).

Aliás, o novo CPC/15, em dispositivo inovador no sistema processual, dispõe agora que “serão reunidas para julgamento conjunto as ações que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias, caso decididas separadamente, mesmo sem conexão entre elas” (art. 55, § 3º).

O que se quer, com isso, deixar demonstrado é que a “pluralidade de ações” em curso – todas idênticas ou, pelo menos, semelhantes - certamente não justifica, por si só, a utilização do instrumento de controle concentrado da arguição, até porque não atende, minimamente, o requisito da recorrência, apta a configurar a “existência de controvérsia judicial relevante” (art. 3º, VV da Lei 9.882/99). ADPF não é instrumento substitutivo de conflito de competência, nem de mecanismo de controle de litispendência. E aqui, como enfatizado, não há uma profusão de ações diferentes, que possam gerar soluções discrepantes, mas, simplesmente, a repetição de causas idênticas, todas em regime de substituição processual, em que o substituído é o mesmo, a causa de pedir é a mesma e o pedido é o mesmo.

5. Por outro lado, ao contrário do que verificado no julgamento da ADPF 388, o quadro narrado na arguição ora em exame demonstra que há

uma pletora de alternativas processuais para a solução da controvérsia de fundo, todas com aptidão e idoneidade processual para a reparação eficaz das alegadas ofensas ao texto constitucional. A ação popular, de manejo praticamente universal, tem entre suas finalidades, depois da Constituição de 1988, justamente a tutela da moralidade administrativa (CF, art. 5º, LXXIII), cuja quebra se perpetra, entre outras formas características típicas, pela prática de atos com desvio de finalidade, como se alega ter aqui ocorrido. A propósito, eis o que registramos na ementa do acórdão no RE 405.386, julgado pela 2ª Turma (Dje de 26.3.13):

(…)3. A moralidade, como princípio da Administração Pública (art. 37) e

como requisito de validade dos atos administrativos (art. 5.º, LXXIII), tem a sua fonte por excelência no sistema de direito, sobretudo no ordenamento jurídico-constitucional, sendo certo que os valores humanos que inspiram e subjazem a esse ordenamento constituem, em muitos casos, a concretização normativa de valores retirados da pauta dos direitos naturais, ou do patrimônio ético e moral consagrado pelo senso comum da sociedade. A quebra da moralidade administrativa se caracteriza pela desarmonia entre a expressão formal (= a aparência) do ato e a sua expressão real (= a sua substância), criada e derivada de impulsos subjetivos viciados quanto aos motivos, ou à causa, ou à finalidade da atuação administrativa.

A ação popular, portanto, com todas as suas virtualidades – inclusive a de propiciar medidas de antecipação de tutela – é instrumento apto e eficaz para sanar a lesão ao preceito fundamental que se diz violado no caso dos autos.

Com idênticas e até maiores virtualidades e semelhante estatura constitucional há também a ação civil pública, apta a ser exercida pelo Ministério Público (art. 129, III) e por outros eventuais legitimados previstos em lei. Trata-se, como se sabe, de instrumento processual com enorme aptidão para conferir todas as formas de tutela (preventiva, reparatória, mandamental, condenatória, inibitória, constitutiva e desconstitutiva) que se mostrarem necessárias para o adequado resguardo dos direitos sob risco.

E, finalmente, configurada a certeza e liquidez do direito, há o próprio mandado de segurança coletivo, à disposição dos órgãos e entidades indicados no art. 5º, LXX da Constituição Federal, notadamente pelos partidos políticos. No caso, conforme noticiam os autos, esse instrumento foi efetivamente utilizado: no mesmo dia em que ajuizadas as ADPF´s 390 e 391, dois partidos políticos impetraram os mandados de segurança 34.070 e 34.071, no âmbito dos quais foi proferida decisão liminar pelo relator, Min. Gilmar Mendes.

O que resulta muito claro de todas essas ponderações é que havia, para a resolução do problema jurídico delineado na presente ADPF, mais de um mecanismo alternativo de provocação da jurisdição, suficientemente aptos para dar resposta proveitosa, efetiva e imediata à controvérsia.

6. Na verdade, além de não superar a cláusula de subsidiariedade, a ADPF, pela natureza de sua configuração, não seria adequada à solução do caso concreto, que reclama sentença tipicamente subjetiva, e não objetiva, como é próprio das arguições. Realmente, aqui, a única solução cabível estaria, necessariamente, vinculada à situação particular do caso analisado, típica de um processo subjetivo. Ao contrário do que se verificou, por exemplo, na ADPF 388, em que a nocividade para a Constituição Federal decorria do ato de nomeação objetivamente considerado (e não da pessoa nomeada), no presente caso o alegado descumprimento da Constituição decorreria, não do ato de nomeação, assepticamente considerado, mas da pessoa que ele pretendeu investir e das circunstâncias em que ele foi editado. O que se questiona, aqui, é exatamente a motivação do ato de nomeação, que segundo se alega, estaria descompromissada com o interesse público e seria nula por desvio de finalidade. A configuração dessas circunstâncias surgiria, portanto, como pressuposto necessário para atestar a violação aos preceitos fundamentais invocados pelos requerentes. Ora, tudo isso – e, mais, a apuração de suposto prejuízo para a persecução e para a jurisdição criminal -, revela a indispensabilidade de produção de prova, num nível muito mais exauriente do que aquela admitida na legislação de regência da ADPF (art. 3º, § único, da Lei 9.882/99).

Isso foi ponderado, inclusive, no parecer oferecido pelo Procurador-Geral da República, não obstante tenha ele expressado opinamento diverso a respeito do cabimento das ADPF´s. Eis o trecho de interesse:

“(...) não se admite desvirtuamento do manejo de ADPF e das demais ações voltadas ao controle objetivo de constitucionalidade, para obter resultado específico em situações concretas. Por conseguinte, não cabe dilação probatória em arguição de descumprimento de preceito fundamental para aferir violação dos preceitos constitucionais invocados.

Essas arguições buscam declaração de nulidade do ato de nomeação de ministro de estado pela Presidente da República, por alegado desvio de poder (desvio de finalidade) no exercício de competência privativa. Invalidar ato administrativo por desvio de finalidade pressupõe comprovação do desvirtuamento do interesse público para atingir objetivos diversos daqueles indicados pela lei e, com maior gravidade, dos colimados pela Constituição.

Segundo Caio Tácito, ‘o diagnóstico da violação da finalidade impõe o exame dos motivos alegados pelo agente, através dos quais se exterioriza a sua vontade’, de modo que ‘o desvio de poder guarda, por isso, estreita correlação com outro vício – o da inexistência ou falsidade dos motivos’. Observa, corretamente, que ‘é por meio da análise criteriosa da motivação do ato administrativo, dos indícios veementes que defluem da conferência entre

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os motivos invocados e os resultados alcançados ou pretendidos que o desvio de poder virá à tona’.

Não cabe, mediante ADPF, incursão do Supremo Tribunal Federal em aprofundado exame de provas para se concluir pela possível violação de preceitos fundamentais.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal conheceu a ADPF 388/DF, proposta contra ato de nomeação de ministro de estado da Justiça, na qual se discutia a possibilidade de membro do Ministério Público empossado após a Constituição de 1988 exercer funções fora da carreira.

Neste caso, a discussão transcende o plano de ato individual, porquanto se aborda a validade de nomeação de cidadão brasileiro para cargo de ministro de estado. Em face da relevância político-institucional da situação, sobremodo no quadro de crise em que se vê o País, da necessidade de evitar situação de insegurança jurídica na titularidade da Presidência da República e do precedente da ADPF 388//DF, entende o Procurador-Geral da República que as arguições de descumprimento comportam conhecimento.

Descabe transformar estas arguições, porém, em sucedâneo de meios de impugnação próprios do processo penal e transferir para elas discussões que têm sede apropriada em investigações e ações penais, a fim de não se preparar subversão do devido processo legal. No momento adequado, se for o caso e houver necessidade de o Ministério Público Federal adotar medidas processuais penais em face do ex-Presidente ou de outros cidadãos brasileiros, nos respectivos procedimentos é que terão lugar discussões profundas sobre possíveis ilícitos penais, sobre validade de meios probatórios e sobre efeitos penais dos atos ali descritos.”

É de ser acentuado, a propósito, que eventual embaraço ao exercício da jurisdição penal, com a alteração da competência para os atos de investigação e da ação penal, poderia ser suscitada nos próprios procedimentos criminais alçados ao Supremo Tribunal Federal, forma pela qual controvérsias semelhantes vem sendo historicamente decididas pelo Tribunal. Incabível ADPF para essa estrita finalidade.

7. Por último, cumpre refutar o argumento de que as arguições seriam cabíveis diante da relevância do ato invectivado para o regular desempenho de um dos ministérios mais importantes da Presidência da República. No ponto, é preciso considerar que a relevância política de atos presidenciais não é, por si só, suficiente para justificar a modificação dos instrumentos processuais ou da competência para julgamento das ações contra eles impetrados. O requisito da relevância, instituído pelo art. 3º, V, da Lei 9.882/99, embora conste como cláusula geral implícita no sistema da ADPF, não deve transformar as arguições de descumprimento de preceito fundamental em expediente de avocação universal, a ser acionado isoladamente, sem o concurso de qualquer outro critério. Não fosse assim, toda ação popular contra atos do Presidente da República poderia invariavelmente ser encaminhada, na forma de arguição, ao Supremo Tribunal Federal. A jurisprudência da Corte traz uma longa série de precedentes que desabonam ostensivamente essa possibilidade, ao reconhecer as limitações inerentes à competência originária do STF (Pet 1282 AgR, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, DJ de 27/06/97; Pet 3087 AgR, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, DJ de 10/09/04; Pet 5856 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, DJe 15/12/15).

8. Verificada, assim, (a) a singularidade do ato atacado, cujo potencial de reprodução é praticamente nulo; (b) a especificidade dos fundamentos da arguição, centrados na invalidade da motivação do ato atacado, que poderia exigir exploração probatória incompatível com a ADPF; (c) a existência, no ordenamento, de outros meios aptos a resolver, com eficácia satisfatória, a controvérsia constitucional em causa, dependa ela, ou não, da realização de fase instrutória mais alargada; (d) a impossibilidade de se converter, apenas pela consideração da relevância do ato atacado, a ADPF em instrumento de avocação universal das ações populares dirigidas contra ato presidencial; e (e) a verificação, em concreto, de que as alternativas à disposição da jurisdição ordinária foram exercidas a contento para neutralizar o alegado estado de conflitividade jurídica gerado pela prática do ato de nomeação aqui atacado, restou desatendida, no caso, a regra da subsidiariedade, estabelecida pelo art. 4º, § 1º, da Lei 9.882/99.

9. Ante o exposto, com fundamento no art. 4º, caput, da Lei 9.882/99, indefiro liminarmente a petição inicial da presente ADPF, ficando prejudicados os pedidos de liminar e os demais pedidos, nomeadamente os formulados pela Presidente da República e pela Advocacia-Geral da União.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 04 de abril de 2016

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 391

(593)

ORIGEM : ADPF - 391 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIREQTE.(S) : PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA -

PSDBADV.(A/S) : FLÁVIO HENRIQUE COSTA PEREIRA (131364/SP) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: 1. Trazem os autos arguição de descumprimento de preceito fundamental, com pedido de medida cautelar, ajuizada pelo Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB – em face do Decreto Presidencial de 16 de março de 2016, publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União, que nomeou o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

O partido requerente destaca, inicialmente, o cabimento da medida, na consideração de que ela seria o único meio processual disponível para questionar atos de efeitos concretos na jurisdição constitucional abstrata, inclusive a nomeação de Ministros, quando ocorrente violação direta a preceito fundamental, como na hipótese. Salienta que estaria satisfeito, ainda, o requisito da subsidiariedade.

No mérito, argumenta que o ato de nomeação contestado representaria decisão dissociada do interesse público. Isso porque, conforme amplamente noticiado na imprensa, a nomeação teria sido forjada apenas para blindar o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva – alvo de investigação conduzida pela 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, e citado em pelo menos duas delações premiadas realizadas no âmbito da operação lava-jato – das decisões do juízo natural para investigá-lo. Assim, o que a Presidente da República teria buscado, por meio da nomeação, seria “uma verdadeira fraude à Constituição (…) em verdadeiro desvio de finalidade”, com deliberado objetivo de frustrar a persecução penal.

O desvio de finalidade praticado com a nomeação representaria ofensa aos princípios constitucionais (a) da República (art. 1º, caput), que impõe uma forma de governo não pessoal; (b) da separação de poderes (art. 2º), que censura a ingerência de qualquer um deles sobre as atividades dos demais; (c) do juiz natural (art. 5º, LIII), que não condiz com a distribuição artificial de competências jurisdicionais; (d) do devido processo legal (art. 5º, LIV), que assegura a observância dos ritos legais previstos para a persecução penal; (e) da moralidade (art. 37, caput ), que repele o uso do poder estatal como estratégia de proteção de um investigado; (f) (art. 37, caput ) o da impessoalidade, que veda a prática de atos estatais distanciados do interesse público; e (g) da legalidade (art. 37, caput ), que não admite que as ações estatais se desviem da finalidade pública.

Considerando, em suma, que o ato contestado teria sido praticado artificiosamente, apenas para alterar a competência para julgamento criminal do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comportamento este que seria vedado por esse Supremo Tribunal Federal, e que a sua vigência acarretaria perigo de completa desmoralização da Administração Pública, com prejuízos irreparáveis à imagem do país, além do aumento de conflitos nas ruas, o requerente postulou a concessão de medida cautelar, para a “suspensão da eficácia do decreto de nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil”, ou, subsidiariamente, a suspensão do “efeito de modificação da competência jurisdicional criminal do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva em decorrência da pose como Ministro de Estado”. Ao final, requereu fosse declarada procedente a arguição e determinado o afastamento, em definitivo, do ato presidencial de nomeação.

A ação foi processada segundo o rito do art. 5º, § 2º, da Lei 9.882/99.Em 17/3/16, a União, por meio de seu Advogado-Geral, peticionou

nos autos para informar a respeito da propositura de uma série de ações populares em diversas localidades, algumas com cautelares concedidas, dispersão que ameaçaria a segurança jurídica, colocando em risco o resultado final do julgamento da própria arguição de descumprimento de preceito fundamental. Com esses motivos, e com fundamento no art. 5º, § 3º, da Lei 9.882/99, pediu fosse concedida medida suspensiva dos processos e decisões judiciais que apresentassem relação com a matéria desta ADPF, até a deliberação definitiva do Supremo Tribunal Federal.

Em 18/3/16, a Presidente da República veio aos autos para corroborar o que já fora exposto anteriormente, comunicando o ajuizamento de novas ações populares o que, segundo sustentado, agravaria o estado de insegurança jurídica, pelo que se reiterou o pedido de suspensão do andamento de todos os processos e decisões referentes à matéria tratada na ADPF.

O mesmo pedido foi renovado no dia seguinte, quando a Presidente informou sobre as decisões liminares proferidas pelo Min. Gilmar Mendes nos mandados de segurança 34.070 e 34.071, que resultaram na suspensão da eficácia da nomeação atacada.

Em 20/3/16, registrou-se nova postulação da Presidente da República, com o mesmo objetivo, enunciada dessa vez sob a forma de medida cautelar incidental.

Durante a instrução do caso, vieram aos autos pedidos de habilitação formal, na condição de amici curiae, requeridos pelo Partido Novo Nacional – NOVO – (pet./STF 13.521/2016) e pelo Partido Popular Socialista – PPS – (pet./STF 13.980/2016).

O Advogado-Geral da União apresentou manifestação em que defende a legitimidade do ato de nomeação, na consideração de que o ex-Presidente possuiria todos os atributos para o desempenho do cargo e que não penderia, contra ele, nenhum impedimento ao exercício de direitos políticos. Observou, ainda, ser equivocado presumir que a nomeação operaria algum favorecimento do interessado, porque a realidade mostraria justamente o contrário, isto é, políticos que estariam renunciado a cargos com prerrogativa de foro, tendo em vista a efetividade do trabalho da Suprema

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Corte na apuração da responsabilidade criminal de acusados submetidos originariamente à sua jurisdição. Todas essas razões demonstrariam a baixa plausibilidade do pedido, e, ao lado da perigo da demora inverso com a ausência de liderança na Casa Civil, justificariam o indeferimento da cautelar.

Na sequência, o Procurador-Geral da República apresentou parecer em que se pronuncia, inicialmente, pelo conhecimento d arguição de preceito fundamental, não sem ressalvar a impossibilidade de transformar este tipo de ação em sucedâneo de meios de impugnação próprios do processo penal. Quanto ao pedido cautelar, manifestou concordância com a medida de suspensão das ações ajuizadas na Justiça Federal a respeito do mesmo objeto, a fim de conferir segurança jurídica e uniformidade no tratamento da matéria.

No mérito, sustentou que, sem embargo da possibilidade de controle judicial dos atos de nomeação de Ministros pela Presidente da República, não seria o caso de invalidar, desde logo, a nomeação do ex-Presidente para o cargo de Ministro de Estado. Todavia, ressaltou haver elementos suficientes e notórios para indicar que o ato fora cometido com o propósito de afetar a competência de juízo do primeiro grau, com a geração de danos objetivos para a persecução penal, o que reclamaria o deferimento parcial da cautelar, “para determinar que investigações criminais e possíveis ações penais referentes a atos imputáveis ao Senhor Luiz Inácio Lula da Silva praticados até a data de sua posse no cargo de Ministro Chefe de Estado da Casa Civil da Presidência da República permaneçam no primeiro grau de jurisdição, ressalvadas possíveis causas de modificação de competência previstas na legislação processual penal”.

Posteriormente, ainda foram juntadas aos autos mais duas petições avulsas, apresentadas por interessados no processo.

A primeira delas, veiculada por Paulo Tarciso Okamotto, após informar que o peticionante figura como investigado nos autos do pedido de busca e apreensão criminal500661729.2016.4.04.7000/PR e nos feitos a ele correlatos, instaurados perante o Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, apresenta questão preliminar cuja consideração seria relevante antes do julgamento da presente arguição. Aduz que a premissa endossada pelos requerentes, de que o ato de nomeação teria sido praticado com intuito de ofender ao princípio do juiz natural, seria equivocada, porque, na verdade, “a verdadeira fraude constitucional ao princípio do juiz natural foi praticada pelo juiz federal da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR que, sabidamente incompetente para atuar nos diversos feitos de origem, invoca o instituto da conexão quando inexistente qualquer hipótese de sua incidência, em franco desafio à autoridade da decisão do STF no INQ 4130/PR”. Com essa alegação, requer seja admitida a manifestação e que seja apreciada, como questão de ordem, a incompetência do referido juízo para atuar nos feitos criminais.

O segundo requerimento foi aviado em nome do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que requer a juntada de sua manifestação à guisa de informações. O conteúdo do documento traz as seguintes ponderações: (a) o ato de nomeação de Ministros está na esfera de discricionariedade da Presidente da República, não sendo possível impor a ele limitações que a CF ou a lei não fazem; (b) o peticionário cumpre todos os requisitos exigidos pelo art. 87 da CF, além de não ser réu nem condenado pela prática de nenhum crime; (c) o ordenamento não admite que se presuma a existência de desvio de finalidade com base em ilações ou suposições, mas sim a legitimidade do ato praticado; (d) a prerrogativa de foro é característica inerente ao exercício do cargo de Ministro, não podendo ser dele dissociada; (e) seria “manifesta a impossibilidade do peticionário exercer a relevante função de Ministro Chefe da Casa Civil, um dos principais cargos do governo federal, com a responsabilidade a ele inerente, submetido a um juízo manifestamente incompetente”. Após essas considerações, postulou fossem os pedidos da ADPF julgados improcedentes.

2. Esta não é a primeira vez que o Supremo Tribunal Federal é demandado, pela via da ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental - ADPF, a se pronunciar a respeito da potencial lesividade a normas constitutivas da estrutura medular da Constituição Federal por atos de nomeação de agentes políticos. Na oportunidade mais recente em que isso aconteceu, com a ADPF 388, julgada na sessão plenária de 9/3/16, a Corte, por maioria, decidiu conhecer da arguição, afirmando a procedência parcial do pedido para “estabelecer a interpretação de que membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos, fora do âmbito da instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério, declarando a inconstitucionalidade da Resolução nº 72/2011, do CNMP, e determinar a exoneração dos ocupantes de cargos em desconformidade com a interpretação fixada”. Nesse precedente, estavam sob impugnação, conjuntamente, dois tipos de atos: (a) um concreto, materializado na nomeação de membro de Ministério Público Estadual para o cargo de Ministro da Justiça e (b) outro de textura normativa, constituído na forma da Resolução 72/2011, do Conselho Nacional do Ministério Público, que, alterando dispositivo constante de resolução anterior, eliminou a proibição de nomeações de membros do Ministério Público para cargos fora da instituição em determinadas situações, o que redundou em superveniente e reiterada conduta liberando ditas nomeações.

No juízo de cabimento então realizado, que tem na avaliação da incidência do postulado da subsidiariedade a sua etapa crucial, o Tribunal considerou que, nas circunstâncias do caso, não existiam outros meios processuais aptos a resolver, de forma geral, definitiva e imediata, a

controvérsia constitucional então suscitada. Pesaram, nessa decisão, algumas características do dissídio ali estabelecido, dentre as quais as seguintes: (a) a nomeação concretamente impugnada não constituía ato isolado, mas ilustrativo de uma série de outros verificados país afora, por meio dos quais membros do Ministério Público teriam sido investidos em cargos ou funções públicas alheias à sua instituição de origem; (b) esta situação ter-se-ia formado com o respaldo de ato normativo do CNMP, que, com a Resolução 72/2011, teria modificado seu entendimento sobre a questão, suprimido vedação antes existente contra a designação dos membros do Ministério Público para cargos estranhos ao âmbito institucional doméstico; (c) ao editar a Resolução 72/2011, para revogar a vedação até então existente, o CNMP tomou decisão de clara rebeldia à jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal; e (d) a jurisprudência da Suprema Corte possuía amplo repertório de precedentes incisivamente contrários a essa prática, tendo em vista a sua incompatibilidade com o princípio da independência funcional do Ministério Público.

Porém, diferentemente do que sucedeu no julgamento referido, o Supremo Tribunal Federal já havia se pronunciado pela inadmissibilidade de ADPF´s ajuizadas com propósitos semelhantes. Foi o que ocorreu em pelo menos três casos, nomeadamente as ADPF´s n. 17 (nomeação e investidura de seis Desembargadores para o Tribunal de Justiça do Estado do Amapá), n. 76 (nomeação de desembargador para compor o Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins) e n. 125 (nomeação de Ministro de Estado Extraordinário de Assuntos Estratégicos). Nenhuma delas logrou transpor o crivo da subsidiariedade.

No julgamento do agravo regimental na ADPF 17, realizado pelo Plenário em 5/6/02, o voto do relator, Min. Celso de Mello, embora registrasse que “a mera possibilidade de utilização de outros meios processuais não basta, só por si, para justificar a invocação do princípio da subsidiariedade”, concluiu que, naquele episódio, havia instrumento processual com aptidão para sanar a situação de lesividade vislumbrada – que seria a ação popular – cujo processamento estaria na alçada das instâncias ordinárias, conforme o Tribunal veio a afirmar na AO 859 QO, esta julgada em 11/10/01. Eis como S. Exª. fundamentou o desprovimento do agravo:

“Isso significa, portanto, que o princípio da subsidiariedade não pode - e não deve - ser invocado para impedir o exercício da ação constitucional de argüição de descumprimento de preceito fundamental, eis que esse instrumento está vocacionado a viabilizar, numa dimensão estritamente objetiva, a realização jurisdicional de direitos básicos, de valores essenciais e de preceitos fundamentais contemplados no texto da Constituição da República.

Se assim não se entendesse, a indevida aplicação do princípio da subsidiariedade poderia afetar a utilização dessa relevantíssima ação de índole constitucional, o que representaria , em última análise, a inaceitável frustração do sistema de proteção, instituído na Carta Política, de valores essenciais, de preceitos fundamentais e de direitos básicos, com grave comprometimento da própria efetividade da Constituição.

Daí a prudência com que o Supremo Tribunal Federal deve interpretar a regra inscrita no art. 4º , § 1º , da Lei nº 9.882/99, em ordem a permitir que a utilização da nova ação constitucional possa efetivamente prevenir ou reparar lesão a preceito fundamental, causada por ato do Poder Público.

Essa , porém, não é a situação que se registra na presente causa , eis que o ora agravante dispõe de meio processual idôneo, capaz de afastar, de maneira efetiva e real , a situação de lesividade que por ele é ora denunciada neste processo.

Refiro-me ao instrumento jurídico-processual da ação popular , cuja eficácia neutralizadora do estado de lesividade justifica a sua imediata utilização, por parte de quem dispõe do status activae civitatis (como o Governador do Estado, que é cidadão), impondo-se ter presente, ainda, por relevante, a possibilidade de outorgar-se, no processo em questão, a pertinente medida liminar destinada a sustar , cautelarmente, a própria execução do ato estatal impugnado (Lei nº 4.717/65 , art. 5º, § 4º).

De qualquer maneira , no entanto, e independentemente da obtenção de medida liminar, o autor popular tem direito, ação e pretensão à desconstituição judicial de atos cuja validade ético--jurídica esteja em desarmonia com os princípios e os paradigmas de legitimação referidos no art. 5º, LXXIII, da Carta da República.

Impõe-se ressaltar, bem por isso, o preciso magistério de ALEXANDRE DE MORAES (“ Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental: Análises à Luz da Lei nº 9.882/99 ”, p. 15/37, 26-28 , item n. 4, 2001, Atlas), cuja análise do princípio da subsidiariedade - considerada a utilização possível , no caso ora em exame, da ação popular - torna evidente a inadmissibilidade , na espécie, do presente writ constitucional:

“A lei expressamente veda a possibilidade de argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

Obviamente, esse mecanismo de efetividade dos preceitos fundamentais não substitui as demais previsões constitucionais que tenham semelhante finalidade, tais como o habeas corpus, habeas data; mandado de segurança individual e coletivo; mandado de injunção; ação popular ; ações diretas de inconstitucionalidade genérica, interventiva e por omissão e ação declaratória de constitucionalidade, desde que haja efetividade em sua utilização, isto é , sejam suficientes para evitar ou reparar a lesão a preceito

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fundamental causada pelo Poder Público. ................................................... Portanto, o caráter subsidiário da argüição de descumprimento de

preceito fundamental consiste na necessidade de prévio esgotamento de todos os instrumentos juridicamente possíveis e eficazes para fazer cessar ameaça ou lesão a preceito fundamental.

................................................... Exige-se , portanto, para a argüição de descumprimento de preceito

fundamental, o esgotamento das vias judiciais ordinárias . Conforme salienta Konrad Hesse, em situação análoga do recurso constitucional alemão, ‘essa prescrição contém um cunho do princípio geral da subsidiariedade do recurso constitucional, que na jurisprudência recente ganha significado crescente. Segundo isso, o recurso constitucional só é admissível se o recorrente não pôde eliminar a violação de direitos fundamentais afirmada por interposição de recursos jurídicos, ou de outra forma, sem recorrer ao Tribunal Constitucional Federal.

Somente , de forma excepcional , poderá o Supremo Tribunal Federal afastar a exigência do prévio esgotamento judicial, quando a demora para o esgotamento das vias judiciais puder gerar prejuízo grave e irreparável para a efetividade dos preceitos fundamentais.” (grifei)

No caso destes autos, ante a exposição objetiva dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, mostra-se evidente que há outros meios processuais - notadamente a ação popular constitucional - cuja utilização tornará possível neutralizar, em juízo, de maneira inteiramente eficaz, o estado de suposta lesividade decorrente dos atos ora impugnados.

Como se sabe , a Lei nº 4.717/65, em seu art. 5º, § 4º, autoriza o Poder Judiciário, em sede de ação popular constitucional, a conceder provimento liminar que suste a eficácia e a execução do ato lesivo impugnado, tornando acessível , ao interessado, um instrumento processual apto a sanar, de modo eficaz , a situação de lesividade ora denunciada pelo próprio argüente.

Na realidade, a concessão do provimento cautelar - autorizada, até mesmo, initio litis , no processo de ação popular constitucional - visa a impedir que se consumem situações configuradoras de dano irreparável, consoante ressalta o magistério da doutrina (RODOLFO DE CAMARGO MANCUSO, “ Ação Popular ”, p. 135-136, item n. 4.2.2, 1994, RT; J. M. OTHON SIDOU, “ Habeas Corpus, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação Popular ”, p. 356, item n. 231, 5ª ed., 1998, Forense, v.g. ).

Cabe assinalar, neste ponto, ante a sua extrema pertinência, que os registros processuais do Supremo Tribunal Federal atestam que foi ajuizada, originariamente, perante esta Corte ( CF , art. 102, I, “ n ”), ação popular constitucional , com pedido de medida liminar, destinada a invalidar os mesmos atos questionados na presente sede processual, apoiando-se , o autor popular, essencialmente , também no mesmo elemento causal invocado para justificar a presente ação de argüição de descumprimento de preceito fundamental.

O Plenário desta Suprema Corte, ao apreciar a AO 859-QO/AP , Rel. p/ o acórdão Min. MAURÍCIO CORRÊA, que persegue os mesmos objetivos visados na presente argüição de descumprimento, entendeu inaplicável , ao caso, a norma inscrita no art. 102, I, “ n ”, da Constituição da República, culminando por ordenar o encaminhamento da referida ação popular - ajuizada contra a nomeação de seis (6) Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá - ao Poder Judiciário dessa unidade da Federação, para efeito de processo e julgamento da mencionada causa, em primeira instância.

Vê-se, portanto, que o Supremo Tribunal Federal expressamente reconheceu a existência, na espécie , de medida processual apta a sanar a lesividade dos atos ora questionados, tanto que admitiu a possibilidade de sua desconstituição por intermédio da ação popular, tal como já o proclamara a decisão objeto do presente recurso de agravo.

Constata-se, desse modo, que o postulado da subsidiariedade, nos termos que vêm de ser expostos, impede, legitimamente, o acesso imediato da parte ora agravante ao mecanismo constitucional da argüição de descumprimento, pois registra-se, no caso, a possibilidade de utilização idônea de instrumento processual específico, apto , por si só, a fazer cessar o estado de lesividade que se pretende neutralizar, tanto que ajuizada , na espécie, ação popular com que se busca alcançar objetivo idêntico ao ora pretendido nesta causa.

Incide, pois, na espécie, o pressuposto negativo de admissibilidade a que se refere o art. 4º, § 1º, da Lei nº 9.882/99, circunstância esta que torna plenamente invocável, no caso , como já enfatizado, o princípio da subsidiariedade, que atua - ante os fundamentos expostos - como causa obstativa do ajuizamento imediato da ação constitucional de argüição de descumprimento de preceito fundamental.”

Igualmente, ao indeferir a petição inicial da ADPF 76, o Min. Gilmar Mendes fez ver que também naquele caso haveriam outros expedientes processuais – sequer utilizados pelos requerentes – com eficácia equivalente para a solução da questão constitucional suscitada. Nesta decisão, o Min. Gilmar Mendes cuidou de enfatizar, ainda, a singularidade dos atos atacados, a saber:

“ (…) possível concluir que a simples existência de ações ou de outros recursos processuais – vias processuais ordinárias – não poderá servir de óbice à formulação da argüição de descumprimento. Ao contrário, tal como

explicitado, a multiplicação de processos e decisões sobre um dado tema constitucional reclama, as mais das vezes, a utilização de um instrumento de feição concentrada, que permita a solução definitiva e abrangente da controvérsia.

É outro, porém, o caso dos autos! Conforme pode se observar na espécie, a argüente não utilizou

qualquer instrumento processual ou ação de impugnação autônoma do ato imputado como manifestamente inconstitucional.

Poder-se-ia cogitar, portanto, até mesmo da tempestiva impetração de mandado de segurança (CF, art. 5º, LXIX) contra os atos de nomeação realizados pelo Governador do Estado de Tocantins.

Na verdade, almeja-se reparar lesão a direito supostamente reconhecido com relação a situações singulares, a saber: a nomeação de dois desembargadores estaduais em suposta violação à disposição constitucional do quinto constitucional (CF, art. 94 e parágrafo único).

No caso concreto, porém, conforme alertara o próprio relator, Min. Nelson Jobim, quando do arquivamento dos autos da ADI n o 1.970-TO, a situação singular poderia ser sido ampla e eficazmente discutida na via ordinária. Reitero que, na ocasião da declaração do prejuízo do pedido da ADI n o 1.970-TO, em decisão monocrática de 04.03.2001 (DJ de 27.04.2001), o relator asseverou que:

Este Tribunal já se manifestou em casos semelhantes: ‘... ocorrendo a revogação superveniente da norma atacada em ação direta, esta perde o seu objeto, independentemente de a referida norma ter, ou não, produzido efeitos concretos.’ (ADI 2097, MOREIRA ALVES). ‘REVOGAÇÃO DA LEI ARGÜIDA DE INCONSTITUCIONAL. Prejudicialidade da ação por perda do objeto. A revogação ulterior da lei questionada realiza, em si, a função jurídica constitucional reservada à ação direta de expungir do sistema jurídico a norma inquinada de inconstitucionalidade. EFEITOS concretos da lei revogada, durante sua vigência. Matéria que, por não constituir objeto da ação direta, deve ser remetida às vias ordinárias. A declaração em tese de lei que não mais existe, transformaria a ação direta em instrumento processual de proteção de situações jurídicas pessoais e concretas. Ação direta que, tendo por objeto a Lei 9.048/89 do Estado do Paraná, revogada no curso da ação, se julga prejudicada.’ (ADIMC 709, PAULO BROSSARD) . Ainda: ADI's 648 e 818, NERI DA SILVEIRA. Em face do exposto, julgo prejudicada a ação, por perda do objeto (RISTF, art. 21, §1º). Arquive-se. (ADI n o 1.970-TO, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 27.04.2001)

Frise-se, ademais, que, da decretação de prejudicada da ADIn, passaram-se quase 5 (cinco) anos.

Tal hipótese pode ser constatada no presente caso. Na espécie, impugnam-se não as Leis Complementares Estaduais n o 16/1998 e n o 34/2002, mas os atos concretos do Governador do Estado do Tocantins delas resultantes, quais sejam: as nomeações dos Desembargadores LUIZ APARECIDO GADOTTI E JACQUELINE ADORNO DE LA CRUZ BARBOSA.

De acordo com jurisprudência firmada por este Tribunal, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil seria legitimado, inclusive, para impetrar eventual mandado de segurança ou para ajuizar outro meio judicial cabível.

Isso não significa, porém, que se possa perder a dimensão de que a ADPF é destinada, basicamente, a resguardar a integridade da ordem jurídico-constitucional.

Destarte, não tendo havido qualquer impugnação dos atos singulares ordinários, que, reitere-se, in casu, seria apta para solver a controvérsia de forma plena, não há como justificar, na espécie, a utilização da ADPF em face do disposto no art. 4º, § 1º, da Lei nº 9.882/99. Parece evidente que referido instituto, cuja nobreza é dispensável destacar, não pode ser utilizado para suprir inércia ou omissão de eventual interessado.

Como o instituto da ADPF assume feição eminentemente objetiva, o juízo de relevância deve ser interpretado como requisito implícito de admissibilidade do pedido.”

Mais adiante, S. Exª. assentou que, conquanto não se pudesse afastar, em abstrato, o cabimento da ADPF para impugnar atos como os que estavam sendo questionados, naquele caso concreto isso não seria possível, porque as vias ordinárias seriam adequadas:

“Seria possível admitir, em tese, a propositura de ADPF diretamente contra ato do Poder Público, nas hipóteses em que, em razão da relevância da matéria, a adoção da via ordinária acarrete danos de difícil reparação à ordem jurídica. O caso em apreço, contudo, revela que as medidas ordinárias à disposição da ora requerente – e, não utilizadas - poderiam ter plena eficácia.

Ressalte-se que a fórmula da relevância do interesse público, para justificar a admissão da argüição de descumprimento (explícita no modelo alemão), está implícita no sistema criado pelo legislador brasileiro.

No presente caso, afigura-se de solar evidência a falta de relevância jurídica para a instauração da ADPF.

Assim, tendo em vista a existência, pelo menos em tese, de outras medidas processuais cabíveis e efetivas para questionar os atos em apreço, entendo que o conhecimento do presente pedido de ADPF não é compatível com uma interpretação adequada do princípio da subsidiariedade.

Nestes termos, indefiro, liminarmente, a petição inicial (Lei nº 9.868/1999, art. 4º). Conseqüentemente, nego seguimento ao presente pedido de argüição de descumprimento de preceito fundamental por entender que a postulação é manifestamente incabível, nos termos e do art. 21, § 1 o

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do RISTF. Por conseguinte, declaro o prejuízo do pedido de medida liminar postulado.”

Malgrado tenha se valido de fundamentos adicionais, o Min. Luiz Fux, ao rejeitar a ADPF 125 (DJE nº 125, de 26/6/15), acentuou a inadequação da arguição de descumprimento de preceitos fundamentais para contestar “Decreto de nomeação de determinada pessoa para ocupação de cargo público, constituindo-se, em verdade, em ato administrativo de efeitos absolutamente restritos e concretos”.

3. Bem se percebe, desses precedentes, que o cabimento de ADPF tem como pressuposto necessário a superação da cláusula da subsidiariedade, que encontra previsão no art. 4º, I, da Lei 9.882/99, a ser aferido desde logo e segundo as circunstâncias de cada caso. Trata-se de avaliação que não tem nada de trivial. A complexidade desse juízo deve-se, sobretudo, à plasticidade das hipóteses de cabimento da arguição. Como o instituto foi concebido para funcionar como mecanismo de aperfeiçoamento do nosso sistema misto de controle de constitucionalidade, suprindo as zonas de eclipsamento existentes entre as raias dos modelos concentrado e difuso, ele teve de permitir o controle de uma variedade muito grande de atos estatais, compreendendo inclusive aqueles de natureza concreta, para cujo controle a jurisdição concentrada também passou a oferecer seus préstimos.

A amplitude dessa categoria – atos concretos do poder público –, praticamente ilimitada, reclamava fossem erigidos certos moderadores legais para o acionamento da ADPF, sem o que haveria sério risco de banalização, e talvez até de inviabilização, da jurisdição concentrada do Supremo Tribunal Federal. Estabeleceu-se, então, que apenas atos capazes de causar lesões ou risco de lesões a preceitos fundamentais (violações qualificadas à Constituição Federal) poderiam dar ensejo à propositura da ação, exigência de extrema pertinência para um universo tão analítico de normas quanto o do texto constitucional de 1988. Consequência direta dessa exigência está no estabelecimento, para os requerentes, do ônus processual de demonstrar fundamentadamente as violações alegadas, sob pena de não conhecimento da ação.

Mesmo com as restrições de legitimidade inerentes aos processos objetivos, a só exigência de violação qualificada ao texto constitucional constituiria um parâmetro ainda insuficiente, pois viabilizaria apenas um controle rarefeito da adequação dessa via processual. Afinal, a depender apenas dessa exigência, todo e qualquer ato de autoridade poderia, em tese, ser questionado por ADPF, com o significativo desvirtuamento das competências e dos procedimentos das instâncias próprias. Para evitar os inconvenientes de deixar essa avaliação sob a disponibilidade das partes – e assim inibir acesso direto e per saltum à jurisdição da Suprema Corte, em uso especulativo de instrumento processual de controle concentrado para a solução de controvérsias meramente subjetivas – a Lei 9.882/99 fez incluir, dentre as condições de conhecimento da ADPF, a inexistência de “qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade” (art. 4º, § 1º).

A regra da subsidiariedade opera mediante raciocínio de exclusão: quando houver outra alternativa processual comprovadamente eficaz para estancar determinada crise constitucional, deve-se dar preferência a ela. A grande questão está em alcançar o significado do qualificativo “eficaz”. É intuitivo que um processo subjetivo nunca resultará numa decisão com os mesmos efeitos de um processo objetivo. Dadas as singulares consequências destes últimos, a tendência é aplicar a regra da subsidiariedade apenas em relação às classes processuais congêneres, definindo a adequação da ADPF a partir de raciocínio de exclusão das demais modalidades existentes. Este crivo, porém, é claramente insuficiente. Afinal, a arguição foi instituída justamente para dar abrangência mais elástica ao modelo concentrado de tutela da Constituição, possibilitando o exame da validade inclusive de atos de efeitos concretos, que jamais seriam passíveis de judicialização pelas categorias tradicionais, restritas a objetos dotados de projeção normativa.

Evidente, portanto, que, ao proceder ao indispensável juízo de subsidiariedade das arguições ajuizadas em face de atos concretos do poder público, o Tribunal não pode se furtar de avaliar a eficácia de mecanismos processuais da jurisdição ordinária, que estariam paralelamente disponíveis ao acionamento dos requerentes. E, nesse exame, o que deve ser considerado, precipuamente, é se a morfologia difusa do sistema de controle pode se revelar especialmente traumática para a proteção de algum preceito elementar da Constituição Federal. Três ingredientes assomam como essenciais nessa avaliação: (a) o potencial de recorrência de demandas com causas de pedir semelhantes, instauradas entre sujeitos diferentes, (b) o perigo que a demora no esgotamento das instâncias ordinárias pode acarretar para a realização de um determinado valor constitucional, que transcenda os interesses das partes e (c) o perigo que o eventual desencontro entre as soluções ministradas pelas diversas instâncias jurisdicionais competentes possa vir a causar para a segurança jurídica.

Em situações caracterizadas pela presença desses elementos, a utilização dos meios ordinários de acesso à justiça pode realmente agudizar eventual impasse sobre a efetividade de preceitos constitucionais fundamentais. É nessas hipóteses, em que o tratamento de uma determinada controvérsia segundo o modelo atomizado de distribuições de competências se revelar insatisfatório, que restará preenchida a cláusula da subsidiariedade, nascendo o direito a proceder mediante a arguição regida pela Lei 9.882/99.

4. Pois bem. Em primeiro plano, importa considerar que evidentemente não concorre, aqui, o inafastável pressuposto da recorrência, ou seja, a real possibilidade de existência pretérita ou de surgimento de

demandas em série, envolvendo figurantes distintos, originárias de nomeações de diferentes servidores, com desvio de finalidade para alterar a competência jurisdicional do juiz natural de causa criminal e assim causar lesão a preceito fundamental comum. O que esta ADPF noticia é um incomum e inédito ato isolado da Presidência, pelo qual se designou o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar cargo de Ministro de Estado. Não se tem notícia de outro caso análogo, nem da probabilidade, a não ser teórica, de sua reiteração.

É certo que a arguição articula os mesmos fundamentos e os mesmos pedidos de outras várias ações populares propostas em diversas localidades do país, bem como neste Supremo Tribunal Federal. Todavia, multiplicidade de ações é fenômeno com características próprias: trata-se de reiteração da mesma demanda, veiculada por ações diversas mas substancialmente idênticas, que questionam um único e mesmo ato, postulando as mesmas providências. A rigor, está presente entre elas a tríplice identidade apontada pela lei processual como indicativa de causas idênticas (CPC/15, art. 337, § 2º): mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido. Sim, embora os cidadãos autores não sejam nominalmente os mesmos, é importante registrar que eles estão atuando em regime de substituição processual (na ação popular, conforme sabido, o cidadão autor defende em nome próprio direitos transindividuais da própria sociedade), e, nesse regime, o parâmetro de aferição da tríplice identidade a parte a parte a ser considerada é a titular do direito material tutelado, ou seja, o substituído, e, não, o seu substituto processual. Por isso se reafirma que, embora os autores das diversas ações populares não sejam nominalmente os mesmos, há, ainda assim, a tríplice identidade entre as causas, pois em todas elas o substituído processual é um só, a sociedade, assim como é idêntica em todas elas a causa de pedir (desvio de finalidade) e o pedido (nulidade ou ineficácia do ato de nomeação do ex-Presidente da República). Portanto, a pluralidade de ações populares propostas para atacar o ato da autoridade pública objeto da presente ADPF configura, nada mais, nada menos, do que a reiteração da mesma demanda, em clara situação de litispendência, que tem tratamento próprio e eficaz nas vias ordinárias, inclusive para inibir eventuais sentenças discrepantes sobre a mesma causa.

Num olhar menos rigoroso, poder-se-ia ver nessa pluralidade de ações hipótese de conexão de causas (CPC/15, art. 55), que também seria suscetível de eficaz tratamento pelos meios processuais comuns para prevenir a prolação de sentenças contraditórias, nomeadamente o da prevenção (art. 5º, § 3º da Lei 4.717/65 e CPC/15, art. 55, § 1º), propiciando, se for o caso, apresentação de Conflito de Competência perante o TRF (CF, art. 108, I, e), ou o STJ (CF, art. 105, I, d), como, aliás, já ocorreu em inúmeras situações semelhantes, decididas pela 1ª Seção daquela Corte (v.g: CC 22123, Min. Demócrito Reinaldo, DJ de 14.4.99; CC 22693, Min. José Delgado, DJ 19.4.99; CC 19686, Min. Demócrito Reinaldo, DJ de 17/11/97; CC 3911, Min.Hélio Mosimann, DJ de 16.8.93, CC 2995, Min. Hélio Mosimann, DJ de 31.5.93; CC 2442, Min. Peçanha Martins, DJ de 24.05.93 e CC 2302, Min. Américo Luz, DJ de 6.4.92).

Aliás, o novo CPC/15, em dispositivo inovador no sistema processual, dispõe agora que “serão reunidas para julgamento conjunto as ações que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias, caso decididas separadamente, mesmo sem conexão entre elas” (art. 55, § 3º).

O que se quer, com isso, deixar demonstrado é que a “pluralidade de ações” em curso – todas idênticas ou, pelo menos, semelhantes - certamente não justifica, por si só, a utilização do instrumento de controle concentrado da arguição, até porque não atende, minimamente, o requisito da recorrência, apta a configurar a “existência de controvérsia judicial relevante” (art. 3º, VV da Lei 9.882/99). ADPF não é instrumento substitutivo de conflito de competência, nem de mecanismo de controle de litispendência. E aqui, como enfatizado, não há uma profusão de ações diferentes, que possam gerar soluções discrepantes, mas, simplesmente, a repetição de causas idênticas, todas em regime de substituição processual, em que o substituído é o mesmo, a causa de pedir é a mesma e o pedido é o mesmo.

5. Por outro lado, ao contrário do que verificado no julgamento da ADPF 388, o quadro narrado na arguição ora em exame demonstra que há uma pletora de alternativas processuais para a solução da controvérsia de fundo, todas com aptidão e idoneidade processual para a reparação eficaz das alegadas ofensas ao texto constitucional. A ação popular, de manejo praticamente universal, tem entre suas finalidades, depois da Constituição de 1988, justamente a tutela da moralidade administrativa (CF, art. 5º, LXXIII), cuja quebra se perpetra, entre outras formas características típicas, pela prática de atos com desvio de finalidade, como se alega ter aqui ocorrido. A propósito, eis o que registramos na ementa do acórdão no RE 405.386, julgado pela 2ª Turma (Dje de 26.3.13):

(…)3. A moralidade, como princípio da Administração Pública (art. 37) e

como requisito de validade dos atos administrativos (art. 5.º, LXXIII), tem a sua fonte por excelência no sistema de direito, sobretudo no ordenamento jurídico-constitucional, sendo certo que os valores humanos que inspiram e subjazem a esse ordenamento constituem, em muitos casos, a concretização normativa de valores retirados da pauta dos direitos naturais, ou do patrimônio ético e moral consagrado pelo senso comum da sociedade. A quebra da moralidade administrativa se caracteriza pela desarmonia entre a expressão formal (= a aparência) do ato e a sua expressão real (= a sua substância),

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criada e derivada de impulsos subjetivos viciados quanto aos motivos, ou à causa, ou à finalidade da atuação administrativa.

A ação popular, portanto, com todas as suas virtualidades – inclusive a de propiciar medidas de antecipação de tutela – é instrumento apto e eficaz para sanar a lesão ao preceito fundamental que se diz violado no caso dos autos.

Com idênticas e até maiores virtualidades e semelhante estatura constitucional há também a ação civil pública, apta a ser exercida pelo Ministério Público (art. 129, III) e por outros eventuais legitimados previstos em lei. Trata-se, como se sabe, de instrumento processual com enorme aptidão para conferir todas as formas de tutela (preventiva, reparatória, mandamental, condenatória, inibitória, constitutiva e desconstitutiva) que se mostrarem necessárias para o adequado resguardo dos direitos sob risco.

E, finalmente, configurada a certeza e liquidez do direito, há o próprio mandado de segurança coletivo, à disposição dos órgãos e entidades indicados no art. 5º, LXX da Constituição Federal, notadamente pelos partidos políticos. No caso, conforme noticiam os autos, esse instrumento foi efetivamente utilizado: no mesmo dia em que ajuizadas as ADPF´s 390 e 391, dois partidos políticos impetraram os mandados de segurança 34.070 e 34.071, no âmbito dos quais foi proferida decisão liminar pelo relator, Min. Gilmar Mendes.

O que resulta muito claro de todas essas ponderações é que havia, para a resolução do problema jurídico delineado na presente ADPF, mais de um mecanismo alternativo de provocação da jurisdição, suficientemente aptos para dar resposta proveitosa, efetiva e imediata à controvérsia.

6. Na verdade, além de não superar a cláusula de subsidiariedade, a ADPF, pela natureza de sua configuração, não seria adequada à solução do caso concreto, que reclama sentença tipicamente subjetiva, e não objetiva, como é próprio das arguições. Realmente, aqui, a única solução cabível estaria, necessariamente, vinculada à situação particular do caso analisado, típica de um processo subjetivo. Ao contrário do que se verificou, por exemplo, na ADPF 388, em que a nocividade para a Constituição Federal decorria do ato de nomeação objetivamente considerado (e não da pessoa nomeada), no presente caso o alegado descumprimento da Constituição decorreria, não do ato de nomeação, assepticamente considerado, mas da pessoa que ele pretendeu investir e das circunstâncias em que ele foi editado. O que se questiona, aqui, é exatamente a motivação do ato de nomeação, que segundo se alega, estaria descompromissada com o interesse público e seria nula por desvio de finalidade. A configuração dessas circunstâncias surgiria, portanto, como pressuposto necessário para atestar a violação aos preceitos fundamentais invocados pelos requerentes. Ora, tudo isso – e, mais, a apuração de suposto prejuízo para a persecução e para a jurisdição criminal -, revela a indispensabilidade de produção de prova, num nível muito mais exauriente do que aquela admitida na legislação de regência da ADPF (art. 3º, § único, da Lei 9.882/99).

Isso foi ponderado, inclusive, no parecer oferecido pelo Procurador-Geral da República, não obstante tenha ele expressado opinamento diverso a respeito do cabimento das ADPF´s. Eis o trecho de interesse:

“(...) não se admite desvirtuamento do manejo de ADPF e das demais ações voltadas ao controle objetivo de constitucionalidade, para obter resultado específico em situações concretas. Por conseguinte, não cabe dilação probatória em arguição de descumprimento de preceito fundamental para aferir violação dos preceitos constitucionais invocados.

Essas arguições buscam declaração de nulidade do ato de nomeação de ministro de estado pela Presidente da República, por alegado desvio de poder (desvio de finalidade) no exercício de competência privativa. Invalidar ato administrativo por desvio de finalidade pressupõe comprovação do desvirtuamento do interesse público para atingir objetivos diversos daqueles indicados pela lei e, com maior gravidade, dos colimados pela Constituição.

Segundo Caio Tácito, ‘o diagnóstico da violação da finalidade impõe o exame dos motivos alegados pelo agente, através dos quais se exterioriza a sua vontade’, de modo que ‘o desvio de poder guarda, por isso, estreita correlação com outro vício – o da inexistência ou falsidade dos motivos’. Observa, corretamente, que ‘é por meio da análise criteriosa da motivação do ato administrativo, dos indícios veementes que defluem da conferência entre os motivos invocados e os resultados alcançados ou pretendidos que o desvio de poder virá à tona’.

Não cabe, mediante ADPF, incursão do Supremo Tribunal Federal em aprofundado exame de provas para se concluir pela possível violação de preceitos fundamentais.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal conheceu a ADPF 388/DF, proposta contra ato de nomeação de ministro de estado da Justiça, na qual se discutia a possibilidade de membro do Ministério Público empossado após a Constituição de 1988 exercer funções fora da carreira.

Neste caso, a discussão transcende o plano de ato individual, porquanto se aborda a validade de nomeação de cidadão brasileiro para cargo de ministro de estado. Em face da relevância político-institucional da situação, sobremodo no quadro de crise em que se vê o País, da necessidade de evitar situação de insegurança jurídica na titularidade da Presidência da República e do precedente da ADPF 388//DF, entende o Procurador-Geral da República que as arguições de descumprimento comportam conhecimento.

Descabe transformar estas arguições, porém, em sucedâneo de meios de impugnação próprios do processo penal e transferir para elas discussões que têm sede apropriada em investigações e ações penais, a fim

de não se preparar subversão do devido processo legal. No momento adequado, se for o caso e houver necessidade de o Ministério Público Federal adotar medidas processuais penais em face do ex-Presidente ou de outros cidadãos brasileiros, nos respectivos procedimentos é que terão lugar discussões profundas sobre possíveis ilícitos penais, sobre validade de meios probatórios e sobre efeitos penais dos atos ali descritos.”

É de ser acentuado, a propósito, que eventual embaraço ao exercício da jurisdição penal, com a alteração da competência para os atos de investigação e da ação penal, poderia ser suscitada nos próprios procedimentos criminais alçados ao Supremo Tribunal Federal, forma pela qual controvérsias semelhantes vem sendo historicamente decididas pelo Tribunal. Incabível ADPF para essa estrita finalidade.

7. Por último, cumpre refutar o argumento de que as arguições seriam cabíveis diante da relevância do ato invectivado para o regular desempenho de um dos ministérios mais importantes da Presidência da República. No ponto, é preciso considerar que a relevância política de atos presidenciais não é, por si só, suficiente para justificar a modificação dos instrumentos processuais ou da competência para julgamento das ações contra eles impetrados. O requisito da relevância, instituído pelo art. 3º, V, da Lei 9.882/99, embora conste como cláusula geral implícita no sistema da ADPF, não deve transformar as arguições de descumprimento de preceito fundamental em expediente de avocação universal, a ser acionado isoladamente, sem o concurso de qualquer outro critério. Não fosse assim, toda ação popular contra atos do Presidente da República poderia invariavelmente ser encaminhada, na forma de arguição, ao Supremo Tribunal Federal. A jurisprudência da Corte traz uma longa série de precedentes que desabonam ostensivamente essa possibilidade, ao reconhecer as limitações inerentes à competência originária do STF (Pet 1282 AgR, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, DJ de 27/06/97; Pet 3087 AgR, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, DJ de 10/09/04; Pet 5856 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, DJe 15/12/15).

8. Verificada, assim, (a) a singularidade do ato atacado, cujo potencial de reprodução é praticamente nulo; (b) a especificidade dos fundamentos da arguição, centrados na invalidade da motivação do ato atacado, que poderia exigir exploração probatória incompatível com a ADPF; (c) a existência, no ordenamento, de outros meios aptos a resolver, com eficácia satisfatória, a controvérsia constitucional em causa, dependa ela, ou não, da realização de fase instrutória mais alargada; (d) a impossibilidade de se converter, apenas pela consideração da relevância do ato atacado, a ADPF em instrumento de avocação universal das ações populares dirigidas contra ato presidencial; e (e) a verificação, em concreto, de que as alternativas à disposição da jurisdição ordinária foram exercidas a contento para neutralizar o alegado estado de conflitividade jurídica gerado pela prática do ato de nomeação aqui atacado, restou desatendida, no caso, a regra da subsidiariedade, estabelecida pelo art. 4º, § 1º, da Lei 9.882/99.

9. Ante o exposto, com fundamento no art. 4º, caput, da Lei 9.882/99, indefiro liminarmente a petição inicial da presente ADPF, ficando prejudicados os pedidos de liminar e os demais pedidos, nomeadamente os formulados pela Presidente da República e pela Advocacia-Geral da União.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 04 de abril de 2016

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.326 (594)ORIGEM : PROC - 20020010933695 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROREQDO.(A/S) : EDITORA BRASIL ENERGIA LTDAADV.(A/S) : LOURIVAL JOSÉ DOS SANTOS (033507/SP) E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: Considerando a inexistência de manifestação pelo Estado do Rio de

Janeiro à intimação que lhe foi dirigida, e tendo em vista a comprovação, pela Editora Brasil Energia Ltda, do depósito das verbas sucumbenciais a que foi condenada (item 90 dos autos eletrônicos), arquive-se o feito.

Publique-se.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 132.031 (595)ORIGEM : HC - 335151 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : RAFAEL ALEXANDRE LOPES DA SILVAADV.(A/S) : VICTOR HUGO ANUVALE RODRIGUES (331639/SP,

0331639/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 94

DECISÃO: Vistos.Trata-se de pedido de extensão, deduzido pelo advogado Victor

Hugo Anuvale Rodrigues em favor de Rafael Alexandre Lopes da Silva, da decisão que concedeu o writ no HC nº 132.031/SP, impetrado em favor do corréu Paulo Ricardo da Silva.

Narra a inicial que o ora paciente foi preso em flagrante por infração ao art. 33 da Lei nº 11.343/06 e que, apesar de não integrar organização criminosa, de ser primário, ostentar bons antecedentes e ter residência fixa, foi convertida a sua prisão em flagrante em prisão preventiva, sem que fosse realizada a audiência de custódia, como exige o art. 7º, 5, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o art. 9º, I, do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, o que deve importar no relaxamento de sua prisão em flagrante.

Sustenta o requerente ainda a ausência de fundamentação idônea para a prisão preventiva, lastreada na suposta necessidade de se garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal, sem que a indicação de qualquer elemento concreto dessas situações de perigo.

Defende que o paciente deve ser colocado em regime domiciliar, uma vez que é usuário de drogas e se encontrava sob tratamento, ou, alternativamente, que lhe sejam impostas medidas cautelares diversas da prisão (art. 319, CPP), ante a presença de circunstâncias judiciais favoráveis.

Por sua vez, a Procuradoria-Geral da República manifestou-se favoravelmente ao pleito.

Examinados os autos, decido.No HC nº 132.031/SP, impetrado em favor do corréu Paulo Ricardo

da Silva, concedi a ordem, cuja extensão ora se requer, pelos seguintes fundamentos:

“Transcrevo a ementa do acórdão ora impugnado:‘HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO.

TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. GRAVIDADE CONCRETA. PERICULOSIDADE SOCIAL. NECESSIDADE DA PRISÃO PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. MEDIDAS CAUTELARES DO ART. 319 DO CPP. INVIABILIDADE. AUSÊNCIA DE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. FALTA DE PREVISÃO LEGAL. SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA EM PRISÃO DOMICILIAR. NECESSIDADE NÃO COMPROVADA. COAÇÃO ILEGAL NÃO DEMONSTRADA.

1. O habeas corpus não pode ser utilizado como substitutivo de recurso próprio, a fim de que não se desvirtue a finalidade dessa garantia constitucional, com a exceção de quando a ilegalidade apontada é flagrante, hipótese em que se concede a ordem de ofício. 2

2. A privação antecipada da liberdade do cidadão acusado de crime reveste-se de caráter excepcional em nosso ordenamento jurídico, e a medida deve estar embasada em decisão judicial fundamentada (art. 93, IX, da CF), que demonstre a existência da prova da materialidade do crime e a presença de indícios suficientes da autoria, bem como a ocorrência de um ou mais pressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Exige-se, ainda, na linha perfilhada pela jurisprudência dominante deste Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, que a decisão esteja pautada em motivação concreta, vedadas considerações abstratas sobre a gravidade do crime.

3. O indeferimento do pedido de realização de audiência de custódia não consubstancia constrangimento ilegal, ante a ausência de previsão legal sobre o assunto. Precedente.

4. Na hipótese, é necessário reconhecer que a decisão do Magistrado de primeiro grau e o acórdão impetrado encontram-se fundamentados na garantia da ordem pública, considerando as circunstâncias do caso concreto, uma vez que o acusado foi flagrado na posse de considerável quantidade de drogas – 22 porções de maconha -, apreendidas juntamente com certa quantia em dinheiro, bem como diante da inexistência de informação segura e idônea de que o acusado desempenha atividade lícita que lhe garanta o sustento, elementos estes que demonstram a gravidade da conduta perpetrada, a periculosidade social do paciente e justificam, nesse contexto, a segregação cautelar como forma de resguardar a ordem pública. Precedentes.

5. Eventuais condições subjetivas favoráveis ao paciente, tais como primariedade, bons antecedentes e residência fixa, por si sós, não obstam a segregação cautelar, quando presentes os requisitos legais para a decretação da prisão preventiva. Precedentes.

6. Mostra-se indevida a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, quando a segregação encontra-se fundada na gravidade concreta do delito, indicando que as providências menos gravosas seriam insuficientes para acautelar a ordem pública

7. Não merece guarida o pedido alternativo de concessão da prisão domiciliar. Com efeito, "o deferimento da substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, nos termos do art. 318, inciso II, do Código de Processo Penal, depende da comprovação inequívoca de que o réu esteja extremamente debilitado, por motivo de grave doença aliada à impossibilidade de receber tratamento no estabelecimento prisional em que se encontra" (RHC n. 58.378/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, 5ª Turma, DJe 25/8/2015).

8. Habeas corpus não conhecido.’

Essa é a razão por que se insurge o impetrante.É flagrante o constrangimento ilegal imposto ao paciente.Para se chegar a essa conclusão, basta uma simples leitura, a olhos

desarmados, da decisão que determinou a conversão da prisão em flagrante do paciente em preventiva:

“Cuidando-se de crime equiparado a hediondo, inviável a concessão de fiança, nos termos do art. 323, II, do Código de Processo Penal. Em síntese, informam os milicianos que receberam informações dando conta de que dois homens e uma mulher estavam comercializando drogas em imóvel localizado na Rua Sussumo Suguihura, nº 206. Na oportunidade foram averiguar o dito endereço, ocasião em que o autuado Rafael Alexandre Lopes da Silva Silva, vulgo 'trovão', ao perceber a aproximação da viatura policial, correu para dentro do imóvel, bem como jogou algo por cima do muro. Foi constatado que se tratavam de 22 (vinte e duas) porções de maconha. Em seu poder também foi encontrada a quantia de R$ 51,00 (cinquenta e um reais). O segundo indiciado, Paulo Ricardo da Silva, vulgo 'Paulinho', encontrava-se na sala da residência e, alertado pela movimentação, pegou algo que estava em um prato e atirou no vaso sanitário. Em seguida deu descarga e empurrou com as mãos o produto para que entrasse pelo encanamento. Neste mesmo cômodo foram encontrados vários recortes de plástico, idênticos aos que embalavam as porções de maconha. Indagado pela D. Autoridade Policial, o autuado Rafael negou os fatos e alegou ser usuários de maconha. Paulo Ricardo também negou os fatos e afirmou que os recortes plásticos são utilizados para fazer ''gelinho'. Alegou não ser usuário de drogas e negou qualquer envolvimento com o tráfico. Cópias dos laudos periciais de constatação prévia às fls. 15/18. Os elementos de convicção produzidos até o presente momento demonstram comprovada a materialidade e indícios suficientes de autoria. Diante de todo o exposto, verifico que as porções, os recortes plásticos e o numerário apreendidos, indicam à princípio, a possibilidade da prática do nefasto comércio. Embora os autuados não ostentem antecedentes criminais, em caso de eventual condenação, deverão iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime fechado, mostrando inadequada a fixação de medidas cautelares alternativas à prisão. Anoto que inexiste informação segura e idônea de que os autuados desempenhem atividade lícita que lhes garantam o sustento. Assim, não há qualquer excepcionalidade a justificar o afastamento da regra do artigo 44 da Lei nº 11.343/06. Nesse sentido julgado do E. Tribunal de Justiça de São Paulo: (...) Não se desconhece e nem se ignora recente decisão do Pretório Excelso por maioria de votos - que entendeu possível a concessão de liberdade provisória em se cuidando de tráfico de drogas, refutando a aplicação automática da vedação contida no artigo 44 da Lei de Drogas. Todavia, referida decisão não possui efeito erga omnes, porque não proferida em sede de controle concentrado de constitucionalidade. Por conta do exposto, para garantia da ordem pública CONVERTO a prisão em flagrante de RAFAEL ALEXANDRE LOPES DA SILVA, vulgo 'Trovão' e PAULO RICARDO DA SILVA, vulgo 'Paulinho' em PRISÃO PREVENTIVA, com fulcro nos artigo. 310, inciso II, 312 e 313, todos do Código de Processo Penal” (grifei).

Por sua vez, ao indeferir o pedido de liberdade provisória formulado pelo paciente, o juízo de primeiro grau, mais uma vez, assentou não haver

“(...) qualquer excepcionalidade a justificar o afastamento da regra do artigo 44 da Lei nº 11.343/06.

Cuida-se de crime de extrema gravidade, equiparado a hediondo, o qual coloca em constante desassossego a sociedade ordeira, contribuindo para a instabilidade das relações de convivência social, estando, pois, presente o motivo da garantia da ordem pública, autorizador da manutenção da prisão.

Adicione-se que, embora o indiciado não ostente a condição de reincidente criminal, em caso de eventual condenação deverá iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime fechado, mostrando inadequada a fixação de medidas cautelares alternativas à prisão”.

Como se observa, foi decretada a prisão preventiva do paciente para garantia da ordem pública, aos fundamentos de que, “em caso de eventual condenação”, deverá iniciar o cumprimento de pena em regime fechado e de que o crime a ele imputado seria de extrema gravidade.

Por sua vez, o Tribunal de Justiça de São Paulo, ao denegar a ordem em habeas corpus impetrado em favor do paciente, e o Superior Tribunal de Justiça encamparam as razões externadas pelo juízo de primeiro grau.

Salta aos olhos a inidoneidade dessa fundamentação, lastreada na mera gravidade em abstrato do crime e na perspectiva de futuro cumprimento de pena no regime mais gravoso.

A prisão, nos moldes impostos, desvestiu-se de natureza cautelar e adquiriu as feições de verdadeira antecipação de pena, o que se mostra inadmissível, por afrontar o princípio da presunção de inocência como norma de tratamento.

Com efeito, não foram indicados elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade da decretação da prisão preventiva do paciente.

Segundo a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, para que o decreto de custódia cautelar (assim como a sua manutenção) seja idôneo, é necessário que o ato judicial constritivo da liberdade traga, fundamentadamente, elementos concretos aptos a justificar tal medida. Nesse sentido: HC nº 98.673/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 29/10/09; HC nº 99.043/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 95

Gilmar Mendes, DJe de 9/9/10; e HC nº 100.184/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 1º/10/10, entre outros.

Consolidado ainda, nesta Corte, o entendimento de que a gravidade em abstrato do delito não dá lastro à decretação ou à manutenção da prisão processual. Nesse sentido:

“Habeas corpus. Constitucional. Processual Penal. Tráfico de entorpecentes. Liberdade provisória. Vedação ex lege (art. 44 da Lei nº 11.343/06). Inadmissibilidade. Necessidade de comprovação da presença dos requisitos previstos no art. 312 do CPP. Condenação. Pena de 3 (três) anos e dez (10) meses de reclusão em regime inicial fechado. Fundamentação inexistente no caso concreto. Ordem parcialmente concedida. 1. A inafiançabilidade do delito de tráfico de entorpecentes, estabelecida constitucionalmente, não significa óbice à liberdade provisória, considerado o conflito do inciso XLIII com o LXVI (’ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança’), ambos do art. 5º da CF. 2. Para manter a prisão em flagrante, deve o magistrado fazê-lo com base em elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade da prisão do indivíduo, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal. 3. Na hipótese em análise, contudo, ao manter a prisão cautelar do paciente, o Juízo não indicou elementos concretos e individualizados aptos a demonstrar a necessidade da prisão cautelar do ora paciente pelo crime de tráfico, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal. 4. Está sedimentado na Corte o entendimento de que a gravidade em abstrato do delito não basta para justificar, por si só, a privação cautelar da liberdade individual do agente. Precedentes. 5. Não mais subsistente a situação fática que ensejou a manutenção da prisão cautelar, é o caso de concessão parcial da ordem de habeas corpus, para que o Juiz de piso substitua a segregação cautelar por medidas cautelares diversas da prisão. 6. Ordem concedida em parte” (HC nº 108.345/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 26/10/12 – grifei);

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. SUBSTITUTIVO DE RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. TRÁFICO DE DROGAS E PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. PRISÃO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E APLICAÇÃO DA LEI PENAL. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. MOTIVAÇÃO GENÉRICA E ABSTRATA. CONCESSÃO DE OFÍCIO. 1. Contra acórdão exarado em recurso ordinário em habeas corpus remanesce a possibilidade de manejo do recurso extraordinário previsto no art. 102, III, da Constituição Federal. Diante da dicção constitucional, inadequada a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. 2. Inobstante a gravidade dos delitos imputados ao paciente, o decreto prisional foi motivado de forma genérica e abstrata, sem elementos concretos, amparados em base empírica idônea, quanto aos fundamentos da prisão preventiva. 3. A jurisprudência desta Corte Suprema reputa inidônea a fundamentação de prisão preventiva lastreada em circunstâncias genéricas e impessoais. Precedentes. 4. Substituição da prisão preventiva por medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, a serem fixadas pelo juízo de origem. 5. Habeas corpus extinto sem resolução de mérito, mas com concessão de ofício da ordem para que o paciente seja colocado em liberdade, salvo se por outro motivo tiver que permanecer preso, com a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares do art. 319 do Código de Processo Penal” (HC nº122.241/BA, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 2/10/14).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 103.536/MG, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 22/3/11; HC nº 93.296/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 18/6/10; e HC nº 98.217/MS, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/4/10, entre outros.

Com essas considerações, nos termos do art. 192, caput, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, concedo a ordem de habeas corpus para revogar a prisão preventiva do paciente, sem prejuízo de o juízo de primeiro grau, mediante motivação idônea, verificar a possibilidade de aplicação das medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal”.

A situação do ora paciente e do corréu Paulo Ricardo da Silva é exatamente a mesma, pois ambos tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela mesma decisão, com idêntica motivação.

Note-se que, ao indeferir o pedido de liberdade provisória formulado pelo ora paciente, o juízo de primeiro grau entendeu que

“(...) não há qualquer excepcionalidade a justificar o afastamento da regra do artigo 44 da Lei nº 11.343/06.

Cuida-se de crime de extrema gravidade, equiparado a hediondo, o qual coloca em constante desassossego a sociedade ordeira, contribuindo para a instabilidade das relações de convivência social, estando, pois, presente o motivo da garantia da ordem pública, autorizador da manutenção da prisão.

(…)Destarte, mantenho a prisão preventiva do indiciado pelas razões já

expostas (...)”.Como se observa, todos os fundamentos aduzidos para a a prisão

cautelar do paciente já foram reconhecidos pela Suprema Corte como inidôneos, razão por que de rigor a incidência do art. 580 do Código de Processo Penal.

Com essas considerações, nos termos do art. 192, caput, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, defiro o pedido de extensão

e concedo a ordem de habeas corpus para revogar a prisão preventiva do paciente Rafael Alexandre Lopes da Silva, sem prejuízo de o juízo de primeiro grau, mediante motivação idônea, verificar a possibilidade de aplicação das medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal.

Publique-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EXTRADIÇÃO 1.196 (596)ORIGEM : EXT - 1196 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REINO DA ESPANHARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHAEXTDO.(A/S) : JOSÉ MARIA LLEVAT GADEAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Aguarde-se, por 90 (noventa) dias, resposta ao ofício expedido a fl.

1.729.Publique-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EXTRADIÇÃO 1.402 (597)ORIGEM : EXT - 1402 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : GOVERNO DE PORTUGALEXTDO.(A/S) : JORGE MANUEL FERREIRA DA LUZ VIDALPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Vistos.A Secretaria Judiciária certificou, a fl. 199, que ainda não foi

informada a data em que o Estado Requerente tomou ciência da decisão de fls. 154/178.

Ante o exposto, oficie-se ao Ministro das Relações Exteriores, a fim de que informe a data em que a Missão Diplomática do Estado Requerente foi cientificada do acórdão que deferiu o pedido de extradição.

Publique-se.Brasília, 28 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EXTRADIÇÃO 1.415 (598)ORIGEM : EXT - 1415 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINREQTE.(S) : GOVERNO DA ITÁLIAEXTDO.(A/S) : GIANLUCA MEDINAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

Considerando a manifestação da Defensoria Pública da União (fls. 282-291), bem como o fato de constar o feito da pauta de julgamentos da Primeira Turma de amanhã, indefiro o pedido de remoção do extraditando formulado às fls. 272-273.

Brasília, 04 de abril de 2016Ministro Edson Fachin

Relator

EXTRADIÇÃO 1.425 (599)ORIGEM : PPE - 766 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : GOVERNO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINAEXTDO.(A/S) : XIAOLI WANG OU WANG XIAOLIADV.(A/S) : DANIEL MOURAD MAJZOUB (209481/SP, 209481/SP)

DESPACHO: Vistos.A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo,

por intermédio do ofício nº 13131/16-STF, comunica que, diante do término da vigência, em 14/3/16, do contrato de monitoramento georeferenciado, ficará impossibilitada de prosseguir no cumprimento da decisão proferida a fls. 74/78 pelo Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente da Suprema Corte. Aduz ainda que a tornozeleira usada pela extraditanda perderá o sinal e deverá ser devolvida.

Ante o exposto, abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 96: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 96

Publique-se.Brasília, 28 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 110.875 (600)ORIGEM : HC - 206362 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JOAO CASTELLO ARAUJO FILHOPACTE.(S) : ISRAEL GUIMARAES MACHADOIMPTE.(S) : RICARDO FERREIRA BREIERCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido nos autos do HC 206.362/MA, Rel. Min. Laurita Vaz. Consta dos autos, em síntese, que (a) os pacientes foram condenados à pena de 3 anos e 9 meses de reclusão, em regime aberto, pela prática do crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A, § 1º, I, do CP), em sentença contra a qual não recorreu a acusação; (b) o Tribunal Regional Federal da 1ª Região deu parcial provimento ao apelo defensivo e reduziu a pena-base para 2 anos, que, aumentada pela metade em razão da continuidade (art. 71 do CP), tornou-se definitiva em 3 anos de reclusão; (c) houve embargos de declaração da defesa, acolhidos sem efeitos modificativos, e recurso especial, não admitido na origem; (d) buscando a prescrição da pretensão punitiva, a defesa impetrou habeas corpus no TRF, que denegou a ordem, e, em seguida, outro HC no Superior Tribunal de Justiça, que também denegou o pedido, em acórdão assim ementado:

“(...) 1. Segundo a dicção da Súmula nº 497 do Supremo Tribunal Federal,

‘[q]uando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computado o acréscimo decorrente da continuação‘.

2. Após o parcial provimento do apelo defensivo, a pena para o crime de apropriação indébita previdenciária foi fixada em 02 anos e aumentada pela metade, diante da continuidade delitiva, totalizando 03 anos de reclusão, sem recurso do Ministério Público. Desse modo, o lapso prescricional é de 04 anos, com fundamento no art. 107, inciso IV, c.c. os arts. 109, inciso V, e 110 § 1º, todos do Código Penal.

3. O prazo prescricional não ocorreu entre os marcos interruptivos e sobrevindo acórdão confirmatório da condenação, descabe reconhecer a prescrição da pretensão punitiva, utilizando-se da data do trânsito em julgado da condenação para a Defesa.

4. Encerrada a prestação jurisdicional, com a confirmação da sentença condenatória em segunda instância, a interposição de recurso inadmitido não obsta a formação da coisa julgada. Precedente do Supremo Tribunal Federal.

5. Ordem denegada”.Neste habeas corpus, o impetrante alega, em suma, que (a) a

decisão do Superior Tribunal de Justiça, apoiada em decisão isolada do STF (HC 86125, Rel. Min. Ellen Gracie), afronta a legislação penal vigente, pois antecipa o momento consumativo do trânsito em julgado; (b) à luz dos dispositivos que regulamentam a prescrição, é forçoso reconhecer que, no caso, ocorreu a prescrição intercorrente da pretensão punitiva estatal, haja vista o transcurso de mais de 4 anos entre a sentença condenatória e a decisão que não admitiu o recurso especial defensivo. Requer, ao final, o trancamento da execução da pena imposta aos pacientes, pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva.

A liminar foi deferida para “suspender a execução da sentença condenatória dos pacientes, até a apreciação final do mérito deste HC”.

2. Embora o paciente tenha sido condenado a uma pena total de três anos de reclusão pela prática do crime previsto no art. 168-A, § 1º, I, do Código Penal, para efeitos prescricionais, deve ser excluído um ano da pena decorrente da continuidade delitiva, conforme art. 119 do Código Penal e jurisprudência pacificada desta Corte (Súmula 497). Assim, a prescrição consuma-se em quatro anos (arts. 109, inciso V, e 110, § 1º, todos do Código Penal). Com efeito, publicada a sentença em 11/4/2005, o prazo final para que o Estado exercesse seu direito à punição ocorreu em abril de 2009, antes mesmo da decisão de inadmissibilidade do recurso especial pelo TRF (27/8/2009). Nesse contexto, perde relevo o precedente do STF invocado no acórdão impugnado (HC 86.125, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 2/9/2005).

3. Pelo exposto, concedo a ordem de habeas corpus para reconhecer a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva, nos termos do art. 110, § 1º, do Código Penal.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 117.327 (601)ORIGEM : HC - 258713 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : GUILHERME GARCIA RODRIGUESIMPTE.(S) : GUILHERME GARCIA RODRIGUESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Pelo que se colhe do sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a Apelação 0007866-26.2011.8.26.0050 foi julgada em 10.3.2016. Não subsiste, pois, a demora no julgamento contra a qual se insurgia a impetração, razão por que julgo prejudicado o pedido. Arquive-se.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 124.600 (602)ORIGEM : AREsp - 311775 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : STALIN PASSOSIMPTE.(S) : RODRIGO DE OLIVEIRA KAUFMANN E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO (REFERENTE À PETIÇÃO 12454/2016): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Rodrigo de Oliveira Kaufmann e outros, em favor de Stalin Passos, no qual a defesa pede o reconhecimento da redução do prazo prescricional pela metade (art. 115 do CP).

Pleiteia, também, a absolvição, em razão da suposta ausência de provas dos fatos criminosos imputados ao réu.

Em 31 de outubro de 2014, indeferi o pedido de medida liminar. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela denegação da

ordem. Em 16.3.2016, a defesa protocolou petição reiterando o pedido de

reconhecimento da prescrição. Sustenta, ainda, que o acusado hoje encontra-se com 75 anos e

padece de sérios problemas cardíacos. Ao final, requer a expedição de salvo-conduto, dirigido ao Juízo da

Vara Criminal de Itapema/SC, para suspender a prisão do paciente até o julgamento do mérito do presente HC.

É o relatório. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a prescrição

não se reduz pela metade em razão de o agente ter completado 70 anos após a data da primeira decisão condenatória. Confira-se: AI 844400 AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 8-5-2012); HC 86.320, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJ 24.11.2006; e HC 96.968, Min. AYRES BRITTO, DJ 5.2.2010).

Ainda, menciono julgado da Segunda Turma, de relatoria do Ministro Teori Zavascki (RHC 125.565/DF, DJe 17.6.2015), no qual houve reafirmação da tese no sentido de que “a redução do prazo prescricional prevista no art. 115 do CP é aplicável ao agente maior de 70 anos na data da sentença, e não na data em que o título executivo penal condenatório se tornou imutável”.

Desse modo, indefiro o pedido formulado, sem prejuízo de melhor apreciação quando do julgamento do mérito do HC pelo Colegiado.

Publique-se. Brasília, 21 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

HABEAS CORPUS 130.164 (603)ORIGEM : HC - 313448 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : FERNANDO HENRIQUE FERREIRAIMPTE.(S) : FERNANDO HENRIQUE FERREIRACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: A impetração insurge-se contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“’HABEAS CORPUS’ SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. DESCABIMENTO. EXECUÇÃO PENAL. REGRESSÃO DE REGIME PELO TRIBUNAL ‘A QUO’. DECISÃO FUNDAMENTADA. AUSÊNCIA REQUISITO SUBJETIVO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- -PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE NA VIA ELEITA. ‘HABEAS CORPUS’ NÃO CONHECIDO.

– Não há como conhecer de ‘habeas corpus’ impetrado em substituição a recurso próprio (HC n. 109956, Relator Ministro MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, DJe 11/9/2012). Verifica-se o pedido deduzido na impetração apenas no tocante à existência de flagrante ilegalidade que justifique a concessão da ordem de ofício.

– A decisão do Tribunal ‘a quo’ que determinou o retorno do apenado ao regime fechado e a realização de exame criminológico antes

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 97

da concessão do benefício está devidamente fundamentada, tendo a Corte Estadual entendido que, no caso concreto, mostrava-se necessária a elaboração de laudo pericial sobre o preenchimento do requisito subjetivo. Assim concluiu após examinar o conturbado histórico prisional do apenado, que é reincidente específico no crime de tráfico de drogas, possui outra condenação por porte de arma de fogo, não retornou ao estabelecimento prisional quando sobreveio nova condenação em regime de fechado, além do fato de já ter sido incluído anteriormente no Regime Disciplinar Diferenciado, não cabendo qualquer reparo no acórdão atacado.

– É firme o posicionamento desta Corte Superior no sentido de ser inviável, em sede de ‘habeas corpus’, desconstituir a conclusão a que chegaram as instâncias ordinárias sobre o não preenchimento do requisito subjetivo, uma vez que tal providência implica no reexame do conjunto fático-probatório dos autos da execução, procedimento incompatível com os estreitos limites da via eleita.

‘Habeas corpus’ não conhecido.”(HC 313.448/SP, Rel. Min. ERICSON MARANHO, Desembargador

Convocado do TJ/SP – grifei)Busca-se, nesta sede processual, seja deferido ao ora paciente a

progressão ao regime semiaberto de cumprimento de pena.A douta Procuradoria-Geral da República, em parecer da lavra do

ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. EDSON OLIVEIRA DE ALMEIDA, opinou pelo não conhecimento da ordem de “habeas corpus” em manifestação cujos fundamentos entendo serem inteiramente corretos.

Com efeito, não obstante o advento da Lei nº 10.792/2003, que alterou o art. 112 da LEP – para dele excluir a referência ao exame criminológico –, nada impede que os magistrados determinem a realização de mencionado exame, quando o entenderem necessário, consideradas as eventuais peculiaridades do caso, desde que o façam, contudo, em decisão adequadamente motivada, tal como tem sido expressamente reconhecido pelo E. Superior Tribunal de Justiça (HC 38.719/SP, Rel. Min. HÉLIO QUAGLIA BARBOSA – HC 39.364/PR, Rel. Min. LAURITA VAZ – HC 40.278/PR, Rel. Min. FELIX FISCHER – HC 42.513/PR, Rel. Min. LAURITA VAZ) e, também, entre outros, pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (RT 832/676 – RT 837/568):

“(...). II – A nova redação do art. 112 da LEP, conferida pela Lei 10.792/03, deixou de exigir a realização dos exames periciais, anteriormente imprescindíveis, não importando, no entanto, em qualquer vedação à sua utilização, sempre que o juiz julgar necessária.

III – Não há qualquer ilegalidade nas decisões que requisitaram a produção dos laudos técnicos para a comprovação dos requisitos subjetivos necessários à concessão da progressão de regime prisional ao apenado. (...).”

(HC 37.440/RS, Rel. Min. GILSON DIPP – grifei)“A Lei 10.792/2003 (que deu nova redação ao art. 112 da Lei de

Execução Penal) não revogou o Código Penal; destarte, nos casos de pedido de benefício em que seja mister aferir mérito, poderá o juiz determinar a realização de exame criminológico no sentenciado, se autor de crime doloso cometido mediante violência ou grave ameaça, pela presunção de periculosidade (art. 83, par. ún., do CP).”

(RT 836/535, Rel. Des. CARLOS BIASOTTI – grifei)A razão desse entendimento apoia-se na circunstância de que,

embora não mais indispensável, o exame criminológico – cuja realização está sujeita à avaliação discricionária do magistrado competente – reveste-se de utilidade inquestionável, pois propicia “ao juiz, com base em parecer técnico, uma decisão mais consciente a respeito do benefício a ser concedido ao condenado” (RT 613/278).

Cabe referir que a colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal reafirmou essa orientação:

“EXECUÇÃO PENAL. ‘HABEAS CORPUS’. EXAME CRIMINOLÓGICO. LEI 10.792/03. PROGRESSÃO DE REGIME. DECISÃO FUNDAMENTADA. DENEGAÇÃO.

1. A questão de direito tratada neste ‘writ’ diz respeito à possibilidade de a autoridade judiciária determinar a realização do exame criminológico como requisito para apreciação do pedido de progressão do regime de cumprimento da pena, nos termos do art. 112 da Lei de Execução Penal (redação dada pela Lei 10.792/03).

2. Esta Corte tem-se pronunciado no sentido da possibilidade de determinação da realização do exame criminológico ‘sempre que julgada necessária pelo magistrado competente’ (AI-AgR-ED 550735-MG, rel. Min. Celso de Mello, DJ 25.04.2008).

3. O art. 112 da LEP (na redação dada pela Lei 10.792/03) não veda a realização do exame criminológico. No mesmo sentido: HC 96.660/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 21.08.2009; e HC 93.848/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 19.12.2008.

4. A magistrada de primeira instância fundamentou suficientemente a decisão, já que, diante da complexidade do caso e da gravidade do delito, julgou necessário o exame criminológico para apreciação do pedido de progressão de regime, nos termos do art. 112 da Lei de Execução Penal.

5. A noção de bom comportamento, tal como prevista no art. 112 da LEP (na redação dada pela Lei 10.792/03), abrange a valoração de elementos que não podem se restringir ao mero atestado de boa conduta carcerária.

6. ‘Habeas corpus’ denegado.”(HC 101.050/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei)

A decisão proferida pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que deu provimento ao Agravo de Execução Penal nº 0028998- -90.2014.8.26.0000, interposto pelo Ministério Público estadual, apoiou-se, para cassar a decisão proferida pelo Juízo de Direito de primeira instância, em razões que encontram suporte na jurisprudência predominante nesta Suprema Corte.

Bem por isso, o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. EDSON OLIVEIRA DE ALMEIDA, deixou consignado, a propósito do tema, o que a seguir destaco:

“4. Também não é possível identificar ilegalidade, capaz de autorizar a concessão de ‘habeas corpus’ de ofício.

5. Como cediço, o Supremo Tribunal Federal afastou a ilegalidade da exigência do exame em debate, admitindo a sua realização sempre que determinada com suporte em justificação consistente. Para a Suprema Corte, embora a Lei nº 10.792/2003 tenha alterado a redação do art. 112 da LEP, excluindo a referência ao exame criminológico, nada obsta a sua realização se as circunstâncias do caso concreto indicarem a sua necessidade, desde que explicitadas em decisão devidamente fundamentada. Esse entendimento, inclusive, foi cristalizado na Súmula nº 439/STJ: ‘Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada’.” (grifei)

Sendo assim, pelas razões expostas, e acolhendo, ainda, os fundamentos do parecer da douta Procuradoria-Geral da República, indefiro o pedido de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 01 de abril de 2016.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 130.252 (604)ORIGEM : HC - 130252 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : M.R.H.SIMPTE.(S) : DANIEL LEON BIALSKI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de M. R.

H. S., apontando como autoridade coatora a Quinta Turma, do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao RHC nº 41.555/SP, Relator o Ministro Gurgel de Faria.

Aos 9/11/15, indeferi a liminar requerida, e dei vista dos autos à Procuradoria-Geral da República.

Decido. Por intermédio da Petição/STF nº 12800/16, os impetrantes

formularam pedido de desistência do writ.Diante desse quadro, homologo o pedido de desistência do presente

habeas corpus e determino o seu arquivamento (art. 21, inc. VIII, do RISTF). Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 131.624 (605)ORIGEM : RHC - 63157 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : CARLA IANCA DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: O exame da presente causa evidencia a ocorrência, na espécie, de hipótese configuradora de perda superveniente de objeto desta ação de “habeas corpus”.

É que, em consulta aos registros processuais mantidos pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais em sua página oficial na “Internet”, constatei não mais subsistir a situação versada nestes autos, pois, apesar de o MM. Juiz de Direito da 1ª Vara de Tóxicos da comarca de Belo Horizonte/MG, em 28/01/2016, haver proferido sentença condenatória em desfavor da ora paciente, substituiu-lhe, no entanto, a pena privativa de liberdade por sanções restritivas de direitos, determinando, em consequência, a expedição do respectivo alvará de soltura.

A ocorrência desse fato assume relevo processual, eis que faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste “writ” constitucional em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse posicionamento que venho de referir encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 98

RJ, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC 74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC 84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 113.121/MG, Rel. Min. ROSA WEBER – RHC 82.345/RJ, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, entre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em consequência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“– A superveniente modificação do quadro processual, resultante

de inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em consequência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 01 de abril de 2016.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 131.715 (606)ORIGEM : RHC - 53071 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : NILSON FERREIRA DA CRUZIMPTE.(S) : FABIO VIEIRA DA SILVEIRAIMPTE.(S) : VINÍCIUS SILVA SOALHEIRO XAVIERCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 53.071 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, no qual se alega demora do Superior Tribunal de Justiça para julgar o HC 330.210/RS, Rel. Min. Francisco Falcão. Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente encontra-se preso cautelarmente há 5 anos e 6 meses, acusado da prática do crime de homicídio; (b) após a inclusão de qualificadora na pronúncia, decorrente de aditamento da denúncia, a defesa interpôs recurso em sentido estrito ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que lhe negou provimento; (c) contra esse julgado, foi interposto recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça, pendente de julgamento em definitivo; (d) contra a segregação provisória, o paciente impetrou habeas corpus ao TJMG, que denegou a ordem; (e) na sequência, interposto recurso ordinário perante o STJ, que indeferiu a liminar.

Nesta ação, o impetrante alega, em síntese, que (a) o caso comporta a superação da súmula 691 STF; (b) há excesso de prazo na prisão do paciente que se encontra encarcerado há 5 anos e 6 meses no aguardo do julgamento das vias processuais submetidas ao STJ; (c) não há razão para a suspensão do curso do processo no Tribunal do Júri, estando o paciente segregado. Requer o deferimento da medida liminar, a fim de que seja determinada a imediata soltura do paciente. No mérito, pleiteia a concessão da ordem com a confirmação da liminar.

2. As questões suscitadas não evidenciam hipótese que autoriza, liminarmente, a imediata soltura do paciente. Consideradas as circunstâncias da causa, o exame da pretensão será feito no momento próprio, em caráter definitivo.

3. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar. Solicitem-se informações, com urgência, ao Juízo da Comarca de Itambacuri/MG, especialmente acerca da realização da sessão plenária de julgamento. Após, à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 131.782 (607)ORIGEM : REsp - 1510849 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : CARLOS AILTON CAETANO SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada

em acórdão ementado:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

ESPECIAL. EXECUÇÃO. SAÍDAS TEMPORÁRIAS AUTOMATIZADAS. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA PACIFICADA PELA TERCEIRA SEÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

1. A Terceira Seção desta Corte, ao julgar os REsps n. 1.166.251/RJ e 1.176.264/RJ, sob o ritos dos recursos repetitivos, em 14/3/2012, pacificou o entendimento quanto à impossibilidade de se conceder saídas automatizadas aos apenados.

2. As saídas temporárias devem ser concedidas de forma autônoma, com manifestação motivada do Juízo da Execução e intervenção do Ministério Público.

3. Agravo regimental improvido.”(REsp 1.510.849-AgRg/RJ, Rel. Min. NEFI CORDEIRO – grifei)Busca-se, na presente impetração, a concessão da ordem, para

“(...) restabelecer a decisão da Vara de Execuções Penais que concedeu ao paciente autorização de saída temporária para fins de visitação à família” (grifei).

O Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. DEBORAH MACEDO DUPRAT DE BRITTO PEREIRA, opinou pela concessão da ordem de “habeas corpus”, fazendo-o em parecer assim ementado:

“’Habeas corpus’. Saídas temporárias automáticas. Arts. 123 e 124 da LEP. Possibilidade. Concessão da ordem.” (grifei)

Sendo esse o contexto, passo a examinar a causa ora em julgamento. E, ao fazê-lo, entendo assistir razão à douta Procuradoria-Geral da República, eis que a decisão objeto do presente “writ” diverge do magistério jurisprudencial prevalecente em ambas as Turmas desta Suprema Corte sobre a possibilidade de o Juízo da Execução, ao constatar a presença dos pressupostos e requisitos legais para concessão do benefício da saída temporária para visita à família (art. 122, I, da LEP), autorizar saídas programadas, nos prazos previstos em lei.

Vale ressaltar, neste ponto, por oportuno, fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo:

“Como se colhe da decisão do Juízo da Execução, o paciente, à época da concessão do benefício, preenchia todos os requisitos pertinentes.

A providência de agrupar as saídas que poderão ocorrer ao longo do ano encerra uma inteligência que decorre da realidade empírica dos processos de execução da pena, notadamente daqueles que se referem a presos assistidos pela Defensoria Pública: o volume absurdo de feitos das varas de execução penal conduz a retardamentos na concessão de benefícios, acarretando prisões com duração de tempo superior ao devido e execuções em desacordo com a teleologia da LEP.

No caso, a decisão, de um lado, atende ao propósito de reinserção progressiva na família e na sociedade, e, de outro, contém cautelas que permitem a revogação automática do benefício.

Nesse quadro, um juízo de ponderação de interesses permite concluir que a decisão funciona como mecanismo de salvaguarda dos direitos do preso sem importar, em contrapartida, em ônus para a coletividade, que estará acautelada no caso de descumprimento das condições do benefício.” (grifei)

Observo, por relevante, que essa manifestação do Ministério Público Federal ajusta-se, com absoluta fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou a propósito da matéria ora em análise (HC 98.067/RS, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – HC 128.763/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES):

“’HABEAS CORPUS’. EXECUÇÃO PENAL. SAÍDA TEMPORÁRIA. VISITAÇÃO PERIÓDICA À FAMÍLIA. RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA DO BENEFÍCIO. SAÍDAS PROGRAMADAS. POSSIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA.

1. A saída temporária, compreendida no conceito de ressocialização do reeducando, pressupõe rigorosa análise dos requisitos legais objetivos (cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se primário, e 1/4 se reincidente) e subjetivos (comportamento adequado), além da sua compatibilidade com os objetivos da pena, a teor dos incisos I, II e III do art. 123 da Lei de Execuções Penais, por prazo não superior a sete dias, podendo ser renovada, no caso de visitação à família, por, no máximo, outras quatro vezes ao ano, respeitando-se intervalo mínimo de 45 dias entre uma e outra saída.

2. A possibilidade de renovação periódica da saída temporária permite ao juízo das execuções penais programar, observados os restritos limites legais, as saídas subsequentes à da concessão do benefício, a fim de inibir eventual delonga ou até mesmo impossibilidade no usufruto da saída não vigiada. Concretizada qualquer das hipóteses do art. 125 da LEP, a benesse será revogada e, consequentemente, fica prejudicada a próxima saída agendada. Permanece hígido o dever atribuído à autoridade carcerária de comunicação dos fatos relativos ao cumprimento da pena ao Juízo das Execuções Criminais, cientificando-os ao Ministério Público.

3. No caso, o juízo de origem, após constatados os pressupostos e requisitos legais, autorizou as saídas programadas, nos prazos legalmente estabelecidos.

4. Ordem concedida para restabelecer a decisão do Juízo da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 99

Vara de Execuções Criminais.”(HC 129.167/RJ, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – grifei)Cumpre destacar, por necessário, que essa mesma percepção do

tema tem sido revelada em decisões monocráticas proferidas, ainda que em sede cautelar, por eminentes Ministros desta Suprema Corte (HC 127.688- -MC/RJ, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – HC 128.258/RJ, Rel. Min. ROBERTO BARROSO – HC 128.273-MC/RJ, Rel. Min. ROBERTO BARROSO – HC 128.774-MC/RJ, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – HC 128.783/RJ, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 130.502-MC/RJ, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – HC 131.279/RJ, Rel. Min. EDSON FACHIN – HC 131.726-MC/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – HC 131.767-MC/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.).

Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, o parecer da douta Procuradoria-Geral da República, defiro o pedido de “habeas corpus”, para restabelecer a decisão da Vara de Execuções Penais do Estado do Rio de Janeiro “que concedeu ao paciente autorização de saída temporária para fins de visitação à família (…)”.

Comunique-se, com urgência, encaminhando-se cópia da presente decisão ao E. Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.510.849-AgRg/RJ), ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Agravo em Execução Penal nº 0044190-58.2014.8.19.0000) e ao Juízo de Direito da Vara de Execuções Penais do Estado do Rio de Janeiro (Execução Penal nº 0329455- -46.2011.8.19.0001).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 01 de abril de 2016.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 132.228 (608)ORIGEM : RESP - 1525230 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : VALTECIR BANQUE DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no REsp 1.525.230/MG, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz. Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente foi denunciado pela suposta prática do crime de violação de direito autoral (art. 184, § 2º, do CP), mas absolvido em primeira instância; (b) inconformado, o órgão acusador apelou para o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que, no entanto, negou provimento ao recurso; (c) insistindo na condenação, o Ministério Público Estadual interpôs recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator deu-lhe provimento para afastar a absolvição e determinar o prosseguimento da persecução penal; (d) a defesa interpôs, então, agravo regimental, improvido, em acórdão assim ementado:

“(...)1. A violação do direito autoral ultrapassa a esfera individual, oferecendo riscos para toda a sociedade. Assim, não é necessária, conforme pretende o agravante, para a caracterização do ilícito penal, a individualização do detentor do direito autoral violado – basta que seja comprovada a falsificação do CD ou do DVD apreendido.

2. O Superior Tribunal de Justiça adota o entendimento de que a materialidade do delito previsto no art. 184, § 2º, do Código Penal pode ser comprovada mediante perícia por amostragem no material apreendido, uma vez que a simples análise de seu aspecto externo já permite identificar a falsidade, além de não ser necessária, para sua configuração, a identificação dos titulares dos direitos autorais.

3. Agravo regimental não provido”.Neste habeas corpus, a Defensoria Pública da União sustenta, em

suma, que (a) “não há como reputar caracterizada a materialidade do delito, se não houver expressa indicação dos titulares do direito autoral violado, o que restou dispensado pela decisão ora objurgada”; (b) deve incidir o princípio da insignificância, “já que não se pode falar em reprovabilidade da conduta e nem em lesão patrimonial a bem jurídico tutelado, haja vista que a quantidade de CDs e DVDs (350 mídias DVDs e CDs) apreendidos é ínfima perante a pretensão punitiva do Estado”. Requer a concessão da ordem com o restabelecimento do acórdão de segundo grau “que absolveu o ora paciente ao afirmar que a materialidade delitiva no crime de violação de direito autoral (art. 184, § 2º, do Código Penal) depende da identificação do detentor do direito violado e, subsidiariamente, a absolvição do paciente pela aplicação do princípio da insignificância”.

2. A comprovação da materialidade delitiva dos 350 DVDs/CDs apreendidos em poder do paciente decorreu do exame pericial, confirmado por prova oral, de modo que, ao acolher a tese da acusação para cassar o acórdão absolutório, o Superior Tribunal de Justiça considerou que:

“(...) o Superior Tribunal de Justiça adota o entendimento de que a materialidade do delito previsto no art. 184, § 2º, do Código Penal pode ser comprovada mediante perícia por amostragem no material apreendido, uma vez que a simples análise de seu aspecto externo já permite identificar a falsidade, além de não ser necessária, para sua configuração, a identificação dos titulares dos direitos autorais”.

Como se observa, o laudo embasador da materialidade delitiva do

crime de violação de direito autoral dispensa formalidades excessivas, não podendo ser considerado inidôneo à falta de identificação pormenorizada dos títulos das mídias apreendidas, dos titulares dos direitos violados ou dos detentores dos direitos de produção e comercialização das obras. No caso, a falsidade das mídias foi atestada pela prova técnica realizada por amostragem, confirmada, ainda, pela confissão do acusado, conforme apontado pelo Ministério Público de Minas Gerais. Nessa linha de consideração:

“Habeas corpus. 2. Penal e Processo Penal. 3. Crime de violação de direito autoral (art. 184, § 2º, do Código Penal). 4. Laudo de apreensão sem a devida observância das formalidades legais. Materialidade corroborada por demais provas colhidas durante a instrução processual. 5. Ausência de constrangimento ilegal. ordem denegada” (HC 117542, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 22-10-2014)

AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL E DIREITO PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL. ARTIGO 184, § 2º, DO CÓDIGO PENAL. LAUDO PERICIAL. MATERIALIDADE DELITIVA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIABILIDADE. 1. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório ensejador da condenação criminal. Precedentes. 2. Este Supremo Tribunal Federal não vem admitindo a utilização de habeas corpus com o fim de desconstituir o laudo pericial que atestou a falsidade dos objetos apreendidos para fins da persecução penal do crime art. 184, § 2º, do Código Penal, sob pena de indevido revolvimento do conjunto probatório (HC 121.355/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 26.5.2014; e HC 118.265/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 18.11.2013). 3. O vasto acervo fático-probatório ensejador do édito condenatório, além de submetido ao crivo do contraditório e da ampla defesa, foi amplamente apreciado por órgão julgador imparcial e reexaminado pelo Tribunal de Apelação, soberanos na análise de provas, quanto à autoria e materialidade delitivas. 4. Agravo regimental conhecido e não provido (RHC 125391 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, Dje de 26-05-2015).

3. Não bastasse, a ausência de prova idônea sobre a materialidade delitiva pressupõe o revolvimento de fatos e provas da causa, inviável na via estreita do habeas corpus. Em casos análogos, registrem-se os seguintes precedentes de ambas as Turmas: HC 118265, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 18-11-2013; HC 121355, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 26-05-2014, esse último com a seguinte ementa:

“(...) II - Não é possível, na estreita via do habeas corpus, desconstituir-se o laudo pericial que atestou a falsidade dos Cds e Dvds apreendidos, sob pena de, nessas circunstâncias, incorrer-se em indevida reapreciação do conjunto probatório. A conduta do paciente amolda-se, em tese, ao tipo previsto no art. 184, § 2º, do Código Penal, uma vez que foi identificado comercializando mercadoria pirateada. Precedente: HC 118.265/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma. III - Ordem denegada”.

4. Referente à aplicação do princípio da insignificância ao caso, cumpre registrar que tal irresignação não foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, de modo que o conhecimento do pedido por esta Suprema Corte implicaria supressão de instância, pois ensejaria a deliberação de matéria que sequer foi objeto de pronunciamento judicial pela instância anterior. Nesse sentido, há precedentes deste Supremo Tribunal Federal: HC 115266, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe 24/09/2013; HC 116717, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 26/09/2013; RHC 117301, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, Dje 16/10/2013; HC 111773, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe 21/03/2013.

5. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 132.904 (609)ORIGEM : HC - 325389 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : YAGO DE SOUZA CUNHAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO:Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Yago

de Souza Cunha, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no HC nº 325.389/MS, Relator o Ministro Ericson Maranho.

Sustenta a impetrante, em síntese, que o quantum de pena imposta ao paciente pelo delito de tráfico, permitiria, desde logo, a fixação do regime inicial semiaberto, nos termos da alínea b do § 2º do art. 33 do Código Penal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 100

Entretanto, à míngua de fundamentação idônea, foi fixado o regime inicialmente fechado.

Em abono a esses argumentos assevera que o paciente é “primário uma vez que não há nenhuma condenação transitada em

julgado em seu desfavor, é portador de bons antecedentes e não há nenhuma prova nos autos de que ele integrava alguma organização criminosa, haja vista que as circunstâncias do delito foram inerentes ao próprio tipo penal” (fl. 4 da inicial).

Aduz, na sequência, que o paciente faria jus à aplicação da causa especial de redução de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06, uma vez que ele preencheria os requisitos necessários para tanto.

Argumenta, por fim, que as circunstâncias do caso permitiriam, até mesmo, a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem “a fim de que seja obstado o acórdão proferido pela C. 6ª Turma do E.

STJ, tendo em conta que a quantidade de droga não constitui elemento para impedir a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no § 4º, do art. 33, da Lei n. 11.343/06, sobretudo porque o próprio dispositivo legal prevê os requisitos necessários à concessão do benefício: primariedade, bons antecedentes, não dedicação às atividades criminosas nem participação em organização criminosa, para além do que o ora paciente faz jus ao regime inicial semiaberto e, se reduzida a pena, à substituição por restritiva de direitos” (fl. 8 da inicial).

Examinados os autos, decido.Narra a impetrante, na inicial, que“[o] ora paciente foi denunciado como incurso nas penas do art. 33,

caput da Lei n° 11.343/2006, restando condenado à pena de 05 (cinco) anos e 06 (seis) meses de reclusão, no regime inicial fechado.

Irresignada a Defesa interpôs recurso de apelação, sendo que, por seu turno, o Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul deu provimento parcial ao apelo, diminuindo a pena para o importe de 05 (cinco) anos de reclusão. Entretanto, negou provimento aos pleitos da defesa quanto à aplicação da causa especial de diminuição de pena (§4°, do art. 33da Lei n. 11.343/06) e do regime mais brando, nos seguintes termos:

‘APELAÇÃO CRIMINAL –TRÁFICO DE DROGAS –PEDIDO DE REDUÇÃO DA PENA-BASE –PROCEDENTE EM PARTE –CIRCUNSTÂNCIA DA CULPABILIDADE E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME MAL SOPESADAS –PEDIDO DE APLICAÇÃO DA REDUTORA DO TRÁFICO PRIVILEGIADO –IMPOSSIBILIDADE –FORMA DE OCULTAR A DROGA QUE DEMONSTRA TRATAR-SE DE PESSOA DEDICADA AO TRÁFICO –RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

Deve ser decotada da pena inicial do recorrente as circunstâncias judicias da culpabilidade e consequências do crime vez que indevidamente sopesadas.

Não se aplica a redutora do tráfico privilegiado se a forma como droga foi escondida (no interior do tanque de combustível do veículo) denota tratar-se de pessoa dedicada ao tráfico de drogas’

Assim, a Defesa impetrou Habeas Corpus, com pedido de liminar, pleiteando a redução da pena em seu patamar máximo (§ 4º, do art. 33, da Lei nº 11.343/06), como abrandamento do regime inicial para o semiaberto. No entanto, o pedido liminar restou indeferido e, no mérito, o E. Ministro Relator da C. Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou seguimento ao Habeas Corpus, nos seguintes termos:

‘[...] Quanto ao regime prisional, a sentença condenatória fixou o inicial fechado com base na quantidade e natureza da droga (mais de 4kg de cocaína), tendo o Tribunal mantido esse regime sob o mesmo fundamento, elemento considerado idôneo pela jurisprudência desta Corte para justificar a imposição do regime mais gravoso.

Isso porque, na escolha do regime prisional suficiente à reprovação e à prevenção do delito de tráfico de drogas, o juiz deve levar em consideração, além de outras circunstâncias, a quantidade e/ou a natureza da substância apreendida (art. 42 da Lei n. 11.343/06), pois quanto maior o poder de disseminação e o efeito deletério do entorpecente maior a gravidade da conduta, exigindo uma resposta mais efetiva do Estado, notadamente por força do princípio da individualização da pena.

Nesse contexto, a quantidade e/ou a natureza do entorpecente justificam o regime fechado nos casos de aplicação de pena final igual ou inferior a 8 anos de reclusão ou, até mesmo, inferior a 4 anos de reclusão (quando há a incidência do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/06). Destarte, devidamente fundamentada a imposição do regime inicial fechado, com base nas circunstâncias do caso concreto, não há ilegalidade a ser sanada.[...].’

Diante de tal decisão foi interposto agravo regimental e que restou desprovido pela C. Sexta Turma (...)” (fls. 2/3 – grifos da autora).

Eis a ementa do acórdão questionado:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE

DROGAS. CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA (ART. 33, § 4º, DA LEI N. 11.343/06). DEDICAÇÃO DO RÉU A ATIVIDADES CRIMINOSAS. REGIME FECHADO. QUANTIDADE DE DROGAS. REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

– A quantidade de droga apreendida (na hipótese, 4kg de cocaína) constitui elemento idôneo para obstar a aplicação da causa de diminuição de pena (§ 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/06), bem como para justificar o regime inicial fechado. Precedentes.

– Agravo regimental desprovido” (fl. 612 - anexo 7).

Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ. O deferimento de liminar em habeas corpus, como se sabe, é

medida de caráter excepcional, cabível apenas se a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano, ou quando a situação apresentada nos autos representar manifesto constrangimento ilegal.

Pelo que se tem na decisão proferida pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra, neste momento, ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique o deferimento da liminar. Com efeito, a decisão proferida por aquela Corte encontra-se suficientemente fundamentada, estando justificado o convencimento formado.

Ademais, a negativa de aplicação da causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 pelas instâncias de mérito está embasada, à primeira vista, no fato de que o paciente se dedicava a atividade criminosa. Logo, qualquer conclusão em sentido contrário por parte desta Suprema Corte demandaria o revolvimento de fatos e provas intimamente ligados ao mérito da ação penal, o que não se admite em sede de habeas corpus.

Nesse sentido: “Habeas corpus. Tráfico ilícito de entorpecentes e associação

para o tráfico (arts. 33, caput, e 35, caput, ambos da Lei nº 11.343/06). Excesso de prazo no julgamento de writ impetrado perante o Superior Tribunal de Justiça. Julgamento de mérito verificado. Prejudicialidade reconhecida. Dosimetria das penas estabelecidas. Decisão fundamentada em circunstâncias judiciais desfavoráveis. Inviabilidade de reexame fático-probatório na via estreita do habeas corpus. Impossibilidade de aplicação da redução de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06. Paciente que integra organização criminosa e se dedica à atividade criminosa. Precedentes.

1. O alegado excesso de prazo para julgamento da impetração pelo Superior Tribunal de Justiça está superado, uma vez que levada aquela ordem a julgamento perante a sua Sexta Turma, em sessão realizada aos 6/12/11. Writ prejudicado nesse aspecto.

2. Devidamente motivado o quantum de pena fixado na sentença condenatória, além de proporcional ao caso em apreço, não se presta o habeas corpus para reexame ou ponderação das circunstâncias judiciais consideradas no mérito da ação penal. Precedentes.

3. A primariedade e os bons antecedentes não são suficientes ao deferimento do benefício, pois, nos termos do que contido no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06, a aplicação da redução da pena depende, ainda, de que o agente não se dedique a atividades criminosas nem integre organização criminosa, sendo certo que esta Suprema Corte, na via estreita do habeas corpus, não pode apreciar o conjunto probatório para conceder o benefício pleiteado.

4. Habeas corpus parcialmente prejudicado, e, no mais, denegado (HC nº 111.315/MT, Primeira Turma, de minha relatoria , DJe 1º/6/12).

De outra parte, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito da fixação do regime inicial fechado para o cumprimento de pena e da impossibilidade de substituição da pena privativa de liberdade, não afronta, neste juízo de estrita delibação, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, preconizada no sentido de ser “possível que o juiz fixe o regime inicial fechado e afaste a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos com base na quantidade e na natureza do entorpecente apreendido” (HC nº 125.077/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 4/3/15).

Perfilhando esse entendimento, por exemplo: RHC nº 122.804/MT, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 14/10/14; e HC nº 119.515/AC, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 10/12/13.

Com essas considerações, sem prejuízo do exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro a liminar requerida.

Estando a impetração devidamente instruída, dispenso o pedido de informações.

Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.238 (610)ORIGEM : RHC - 62836 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DALTON DIAS BARBOSAIMPTE.(S) : MICHEL DA SILVA MARTINSCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Dalton Dias Barbosa, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao RHC nº 62.836/SP, Relator o Ministro Rogério Schietti.

Sustenta o impetrante, em síntese, que paciente faria jus à prisão domiciliar, na medida em que estaria acometido de doenças que requerem

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 101

tratamento médico especializado, na forma do art. 318, inciso II, do Código de Processo Penal.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que seja a prisão preventiva do paciente substituída por prisão domiciliar.

Examinados os autos, decido. Transcrevo o teor do acórdão ora questionado:“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO.

PRISÃO DOMICILIAR. AUSÊNCIA DE MANIFESTO CONSTRANGIMENTO ILEGAL. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. É inviável a colocação do recorrente em prisão domiciliar, porquanto, além dos documentos colacionados serem ‘aleatórios e desatualizados’, não se logrou comprovar a condição de debilidade extrema, por motivo de doença grave, na forma do art. 318, II, do Código de Processo Penal. Não há, tampouco, a demonstração da real impossibilidade de lhe ser prestada a devida assistência médica no estabelecimento prisional.

2. Recurso não provido”.Pelo que se tem no julgado proferido pela Sexta Turma não se

vislumbra ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia. Pelo contrário, a decisão emanada do Superior Tribunal de Justiça encontra-se suficientemente motivada, restando justificado o convencimento formado.

Conforme bem destacou o Ministro Rogério Schietti em seu voto, Segundo entendimento reiterado deste Tribunal Superior, a colocação

do preso em custódia domiciliar, porquanto extremamente debilitado por doença grave, como medida excepcional, deve ser comprovada de plano, mediante a apresentação de documentos e laudos médicos que comprovem a ineficiência e a inadequação estatal do tratamento de saúde prestado no sistema prisional, o que não ocorreu in casu.

De fato, além de o recorrente ter apresentado documentos ‘aleatórios e desatualizados’ (fl. 13), observo que não ficou demonstrada a sua condição de debilidade extrema, na forma do art. 318, II, do Código de Processo Penal.

Do mesmo modo, tampouco logrou êxito em comprovar a real impossibilidade de lhe ser prestada a devida assistência médica no estabelecimento prisional.

Conforme bem asseverou a Corte de origem, ‘Não há nenhum laudo que indique seguramente qual é a patologia do suplicante e, sobretudo, quais são as necessidades médicas demandadas’ de que se conclua esteja em debilidade extrema.

Ademais, infere-se que ‘A moléstia que ensejou [o] afastamento das atividades laborais não evidenciou a impossibilidade de cumprimento da pena em estabelecimento prisional conquanto seja proporcionado ao agente o atendimento médico necessário’ (fl. 598).

O STJ, em casos similares, tem entendido que se mostra inviável a concessão de prisão domiciliar quando não há comprovação de que, atualmente, o acusado esteja extremamente debilitado por motivo de doença grave, na forma do art. 318, II, do Código de Processo Penal” (grifos do autor).

Esse entendimento não afronta a jurisprudência da Corte, preconizada no sentido de que “[n]ão havendo prova de doença grave do paciente, tampouco da inadequação ou insuficiência de eventual tratamento médico ministrado no estabelecimento prisional ao paciente, é caso de denegação do writ” (HC nº 85.092/RJ, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 20/6/08).

No mesmo sentido:“Habeas corpus. Penal. Crimes contra a administração pública.

Organização criminosa. Prisão preventiva (CPP, art. 312). Alegada falta de fundamentação. Não ocorrência. Título prisional devidamente fundamentado na garantia da ordem pública, em face das circunstâncias concretas da prática criminosa, que indicam a real periculosidade do paciente, apontado como líder da suposta organização criminosa. Necessidade de se interromper a atuação delituosa. Precedentes. Apontado constrangimento ilegal por excesso de prazo na custódia preventiva, que perdura desde 12/7/15. Inexistência. Persecução penal que tem regular processamento na origem. Feito que já conta com denúncia oferecida desde 8/9/15. Substituição da custódia por prisão domiciliar, em vista do estado de saúde debilitado do paciente. Questão não submetida ao crivo do Superior Tribunal de Justiça. Supressão de instância configurada. Inexistência de ilegalidade flagrante a justificar a concessão da ordem ex officio. Paciente que, dentro das limitações do sistema carcerário, dispõe de tratamento adequado na unidade prisional em que se encontra, consoante informações encaminhadas à Corte. Ordem de que se conhece parcialmente. Ordem denegada” (HC nº 131.905/BA, Segunda Turma, de minha relatoria, DJe 73/16);

“HABEAS CORPUS. PACIENTE IDOSO CONDENADO POR ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. PRETENSÃO DE TRANSFERÊNCIA PARA PRISÃO DOMICILIAR EM RAZÃO DO PRECÁRIO ESTADO DE SAÚDE DO DETENTO. O fato de o paciente estar condenado por delito tipificado como hediondo não enseja, por si só, uma proibição objetiva incondicional à concessão de prisão domiciliar, pois a dignidade da pessoa humana, especialmente a dos idosos, sempre será preponderante, dada a sua condição de princípio fundamental da República (art. 1º, inciso III, da CF/88). Por outro lado, incontroverso que essa mesma dignidade se encontrará ameaçada nas hipóteses excepcionalíssimas em que o apenado idoso estiver acometido de doença grave que exija cuidados especiais, os quais não podem ser fornecidos no local da custódia ou em estabelecimento hospitalar adequado. No caso, deixou de haver demonstração satisfatória da situação

extraordinária autorizadora da custódia domiciliar. Habeas corpus indeferido” (HC nº 83.358/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ 4/6/04).

Ante o exposto, nos termos dos arts. 38 da Lei nº 8.038/90 e 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.417 (611)ORIGEM : RESP - 1533363 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : MONICE VARGAS MARQUESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no REsp 1.533.363/RS, Rel. Min. Felix Fischer. Consta dos autos, em síntese, que (a) a paciente foi condenada à pena de 2 anos de reclusão, no regime inicial aberto, pela prática do crime de violação de direito autoral (art. 184, § 1º, do CP); (b) contudo, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul deu provimento à apelação defensiva para absolver a paciente, por ausência de prova da materialidade delitiva (“Auto de apreensão que não especificou todos os bens apreendidos, apenas referindo, de modo genérico, o número de itens. Ausência de testemunhas. Inobservância das formalidades do artigo 530-C, do Código de Processo Penal”), e, após, rejeitou os embargos de declaração opostos pela acusação; (c) irresignado, o Ministério Público Estadual interpôs recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator deu-lhe provimento para reconhecer devidamente comprovada a materialidade delitiva, determinando o retorno dos autos ao Tribunal local; (d) a defesa interpôs, então, agravo regimental, desprovido, em acórdão assim ementado:

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS. ARTIGO 184, § 2º, DO CÓDIGO PENAL. NATUREZA MATERIAL. PERÍCIA DO MATERIAL POR AMOSTRAGEM. POSSIBILIDADE.

Não há se falar em ausência de prova da materialidade quando a perícia - mesmo que feita por amostragem - realizada sobre os aspectos externos do material apreendido comprova a falsidade do produto (precedentes).

Agravo regimental desprovido”.Neste habeas corpus, a Defensoria Pública da União sustenta, em

suma, que (a) o ato coator teria contrariado a Súmula 7 do STJ, pois procedeu ao reexame dos fatos e provas da causa; (b) a realização de perícia é imprescindível para a comprovação da materialidade delitiva do crime em apreço; (c) no caso, “o exame pericial foi confeccionado de maneira incompleta, visto que as mídias não foram periciadas, bem como não foram apontadas as supostas vítimas que tiveram seus direitos autorais violados”. Requer, liminarmente, a suspensão dos efeitos do acórdão objurgado, prolatado nos autos do Resp 1.533.363/RS, até julgamento final do presente feito. No mérito, pleiteia a concessão da ordem para que seja restabelecido o acórdão absolutório.

2. A apontada violação da Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça não prospera. A comprovação da materialidade delitiva encontrou respaldo nas provas anteriormente examinadas pelo acórdão recorrido, sem a necessidade de reanálise do conjunto fático probatório dos autos.

Não bastasse, inviável a esta Corte, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recurso especial, de competência do STJ (art. 105, III, da Constituição Federal), salvo em caso de flagrante ilegalidade, o que não se verifica nos autos. Nesse sentido: HC 94.236/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 19.9.2013; HC 113.407/MA, Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, J. 18.12.2012; HC 112.323/MG, Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 25.9.2012; HC 85.195/RS, Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 07.10.2005).

3. A propósito, a comprovação da materialidade delitiva no caso dos autos decorreu do auto de apreensão dos 259 DVDs apreendidos em poder da paciente, bem assim do exame pericial atestando a falsidade dessas mídias, de modo que, ao acolher a tese da acusação para cassar o acórdão absolutório, o Superior Tribunal de Justiça considerou que:

“(...) Esta Corte Superior pacificou o entendimento segundo o qual a ausência das formalidades, no auto de apreensão, previstas no artigo 530-C do Código de Processo Penal - v.g., a falta de duas ou mais testemunhas, informações acerca da origem e perícia sobre a totalidade dos bens apreendidos -, configura-se mera irregularidade, incapaz de gerar a nulidade da diligência. Dessa forma, não há se falar em ausência de prova da materialidade quando a perícia - mesmo que feita por amostragem - realizada sobre os aspectos externos do material apreendido comprova a falsidade do

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produto. Insta apontar, a propósito, acórdão oriundo da 3ª Seção que, em sede

de recurso especial representativo da controvérsia, sedimentou a tese ora referida”.

Como se observa, o laudo embasador da materialidade delitiva do crime de violação de direito autoral dispensa formalidades excessivas, não podendo ser considerado inidôneo à falta de identificação pormenorizada dos títulos das mídias apreendidas, dos titulares dos direitos violados ou dos detentores dos direitos de produção e comercialização das obras. No caso, a falsidade das mídias foi atestada pelo auto de apreensão, pela prova técnica, e confirmada, ainda, pela prova testemunhal colhida. Nessa linha de consideração:

“Habeas corpus. 2. Penal e Processo Penal. 3. Crime de violação de direito autoral (art. 184, § 2º, do Código Penal). 4. Laudo de apreensão sem a devida observância das formalidades legais. Materialidade corroborada por demais provas colhidas durante a instrução processual. 5. Ausência de constrangimento ilegal. ordem denegada” (HC 117542, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 22-10-2014)

AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL E DIREITO PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL. ARTIGO 184, § 2º, DO CÓDIGO PENAL. LAUDO PERICIAL. MATERIALIDADE DELITIVA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIABILIDADE. 1. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório ensejador da condenação criminal. Precedentes. 2. Este Supremo Tribunal Federal não vem admitindo a utilização de habeas corpus com o fim de desconstituir o laudo pericial que atestou a falsidade dos objetos apreendidos para fins da persecução penal do crime art. 184, § 2º, do Código Penal, sob pena de indevido revolvimento do conjunto probatório (HC 121.355/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 26.5.2014; e HC 118.265/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 18.11.2013). 3. O vasto acervo fático-probatório ensejador do édito condenatório, além de submetido ao crivo do contraditório e da ampla defesa, foi amplamente apreciado por órgão julgador imparcial e reexaminado pelo Tribunal de Apelação, soberanos na análise de provas, quanto à autoria e materialidade delitivas. 4. Agravo regimental conhecido e não provido (RHC 125391 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, Dje de 26-05-2015).

4. Não bastasse, a ausência de prova idônea sobre a materialidade delitiva pressupõe o revolvimento de fatos e provas da causa, inviável na via estreita do habeas corpus. Em casos análogos, registrem-se os seguintes precedentes de ambas as Turmas: HC 118265, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 18-11-2013; HC 121355, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 26-05-2014, esse último com a seguinte ementa:

“(...) II - Não é possível, na estreita via do habeas corpus, desconstituir-se o laudo pericial que atestou a falsidade dos Cds e Dvds apreendidos, sob pena de, nessas circunstâncias, incorrer-se em indevida reapreciação do conjunto probatório. A conduta do paciente amolda-se, em tese, ao tipo previsto no art. 184, § 2º, do Código Penal, uma vez que foi identificado comercializando mercadoria pirateada. Precedente: HC 118.265/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma. III - Ordem denegada”.

5. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.418 (612)ORIGEM : RESP - 1540903 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : LUIZ HENRIQUE GOMES DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido no REsp 1.540.903/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura. Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente foi denunciado pela suposta prática do crime de descaminho (art. 334, § 1º, d, do Código Penal), tendo sido a denúncia rejeitada pelo juízo de primeiro grau, por aplicação do princípio da insignificância; (b) a decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região; (c) inconformado, o Ministério Público interpôs recurso especial, que, admitido na origem, foi provido pelo Superior Tribunal de Justiça, em decisão posteriormente confirmada pelo colegiado, no julgamento do agravo regimental manejado pela defesa. Eis a ementa do acórdão:

“(...)1. O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que o parâmetro de quantia irrisória para fins de aplicação do princípio da insignificância em sede de descaminho é o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), previsto no artigo 20 da Lei n. 10.522/2002.

2. Agravo regimental improvido”.

Neste habeas corpus, a Defensoria Pública da União sustenta, em suma, que aplicável ao caso o princípio da insignificância, porquanto “o valor sonegado for inferior ao estabelecido no art. 20 da Lei 10.522/2002, com as atualizações feitas pelas Portarias 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda”. Requer, no mérito, a concessão da ordem com o restabelecimento da decisão do juízo de origem.

O pedido de liminar foi indeferido.Em parecer, a Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela

denegação da ordem. 2. Na linha de entendimento firmado pelo Plenário do Supremo

Tribunal Federal, a aferição da insignificância como requisito negativo da tipicidade envolve um juízo conglobante, mais abrangente que a simples expressão do resultado da conduta. Importa investigar o desvalor da ação criminosa em seu sentido amplo, de modo a impedir que, a pretexto da insignificância apenas do resultado material, acabe desvirtuado o objetivo a que visou o legislador quando formulou a tipificação legal. Assim, há de se considerar que a insignificância só pode surgir à luz da finalidade geral que dá sentido à ordem normativa (Zaffaroni), levando em conta também que o próprio legislador já considerou hipóteses de irrelevância penal, por ele erigidas, não para excluir a tipicidade, mas para mitigar a pena ou a persecução penal (cf. HC 123.108, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, DJe de 1º/2/2016).

3. O descaminho, delito imputado ao paciente, é figura típica cuja objetividade jurídico-penal abrange não só a proteção econômico-estatal, mas em igual medida o produto nacional e a economia do País (cf. Luiz Regis Prado. Comentários ao Código Penal. 10ª ed., p. 1.122).

Assim, por menor que seja o resultado da lesão patrimonial, a aplicação da insignificância deve levar em consideração esses bens jurídicos tutelados, assim como a conduta do agente em seu sentido social amplo, abrangendo a reincidência ou contumácia do agente.

4. No caso, o Superior Tribunal de Justiça negou a aplicação do benefício, com foco no valor no tributo. Contudo, na trilha da manifestação do Ministério Público Federal, pertinente considerar, ainda, outro aspecto para concluir que a ação e o resultado da conduta supostamente praticada pelo paciente assumem, em tese, nível suficiente de reprovabilidade, de modo a não se caracterizarem como insignificantes. Conforme destacado no recurso em sentido estrito da Procuradoria da República no Paraná, “dos documentos anexados aos evento 1 e 4 do IPL nº 5000873-24.2014.404.7000, LUIZ HENRIQUE GOMES DA SILVA sofreu, desde o ano de 2005, outras 09 (nove) autuações por fatos semelhantes, o que demonstra, sem dúvida, a sua reiteração delituosa. Desde então, contudo, vem o ora recorrido se beneficiando, ano a ano, pela aplicação do princípio da insignificância penal”. Desse modo, inviável a aplicação do princípio da insignificância ante a ausência do reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente. Nessa linha de consideração, há reiterados precedentes de ambas as Turmas desta Suprema Corte:

“HABEAS CORPUS. PENAL. DESCAMINHO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO INCIDÊNCIA. REITERAÇÃO DELITIVA. CONTUMÁCIA NA PRÁTICA DE CRIMES DA ESPÉCIE. AUSÊNCIA DO REDUZIDO GRAU DE REPROVABILIDADE DA CONDUTA. ORDEM DENEGADA.

1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, para se caracterizar hipótese de aplicação do denominado “princípio da insignificância” e, assim, afastar a recriminação penal, é indispensável que a conduta do agente seja marcada por ofensividade mínima ao bem jurídico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressividade da lesão e nenhuma periculosidade social.

2. Nesse sentido, a aferição da insignificância como requisito negativo da tipicidade envolve um juízo de tipicidade conglobante, muito mais abrangente que a simples expressão do resultado da conduta. Importa investigar o desvalor da ação criminosa em seu sentido amplo, de modo a impedir que, a pretexto da insignificância apenas do resultado material, acabe desvirtuado o objetivo a que visou o legislador quando formulou a tipificação legal. Assim, há de se considerar que “a insignificância só pode surgir à luz da finalidade geral que dá sentido à ordem normativa” (Zaffaroni), levando em conta também que o próprio legislador já considerou hipóteses de irrelevância penal, por ele erigidas, não para excluir a tipicidade, mas para mitigar a pena ou a persecução penal.

3. Para se afirmar que a insignificância pode conduzir à atipicidade é indispensável, portanto, averiguar a adequação da conduta do agente em seu sentido social amplo, a fim de apurar se o fato imputado, que é formalmente típico, tem ou não relevância penal. Esse contexto social ampliado certamente comporta, também, juízo sobre a contumácia da conduta do agente.

4. Não se pode considerar atípica, por irrelevante, a conduta formalmente típica de delito contra a administração em geral (=descaminho), cometido por agente que é costumeiro na prática de crimes da espécie.

5. Ordem denegada” (HC 120.662/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, Dje 21/8/2014).

“PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE DESCAMINHO. VALOR SONEGADO INFERIOR AO FIXADO NO ART. 20 DA LEI 10.522/2002, ATUALIZADO PELAS PORTARIAS 75/2012 E 130/2012 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. RETROATIVIDADE DA NORMA MAIS BENÉFICA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REPROVABILIDADE DA CONDUTA DO AGENTE. ORDEM DENEGADA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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(…) os fatos narrados demonstram a necessidade da tutela penal em função da maior reprovabilidade da conduta do agente.

II – Os autos dão conta da reiteração criminosa. Segundo consta dos autos, o paciente tem ‘em curso ações penais pelo mesmo fato’. É evidente que esses fatos não indicam, tecnicamente, a reincidência do recorrente. Contudo, demonstram a sua propensão à prática de crimes.

III – Revelada a periculosidade do paciente, não há falar na aplicação do princípio da insignificância, em razão do alto grau de reprovabilidade do seu comportamento.

IV – Ordem denegada” (HC 122400, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 6/6/2014).

“Habeas Corpus Originário. Crime de Descaminho. Reiteração delitiva. Princípio da Insignificância Penal. Impossibilidade. 1. A reiteração delitiva, comprovada pela certidão de antecedentes criminais do paciente, impossibilita a aplicação do princípio da insignificância. Precedentes. 2. Ordem denegada” (HC 109705, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 27/5/2014).

“HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. DESCAMINHO. VALOR INFERIOR AO ESTIPULADO PELO ART. 20 DA LEI 10.522/2002. PORTARIAS 75 E 130/2012 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REGISTROS CRIMINAIS PRETÉRITOS. ORDEM DENEGADA. 1. A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando-se todos os aspectos relevantes da conduta imputada. (...) 3. Embora, na espécie, o descaminho tenha envolvido elisão de tributos federais em quantia inferior a R$ 20.000,00, a existência de registros criminais pretéritos obsta, por si só, a aplicação do princípio da insignificância, consoante jurisprudência consolidada da Primeira Turma desta Suprema Corte (HC 109.739/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012; HC 110.951/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696/MS, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e HC 107.674/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011)” (HC 120.438, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 11/2/2014).

“HABEAS CORPUS. PENAL. CONSTITUCIONAL. INFRAÇÃO DO ART. 344, § 1º, ALÍNEA D, DO CÓDIGO PENAL. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: INVIABILIDADE. PRÁTICA REITERADA DE DESCAMINHO. PRECEDENTES. 1. (...) 3. Existência de outros processos administrativos fiscais instaurados contra o Paciente em razão de práticas de descaminho. Elevado grau de reprovabilidade da conduta imputada evidenciado pela reiteração delitiva, o que afasta a aplicação do princípio da insignificância no caso. 4. O criminoso contumaz, mesmo que pratique crimes de pequena monta, não pode ser tratado pelo sistema penal como se tivesse praticado condutas irrelevantes, pois crimes considerados ínfimos, quando analisados isoladamente, mas relevantes quando em conjunto, seriam transformados pelo infrator em verdadeiro meio de vida” (HC 112597, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 10-12-2012).

5. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.434 (613)ORIGEM : HC - 345955 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : JOSENILDO PEREIRA DE LIMAIMPTE.(S) : JOSÉ ALVES CARDOSO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Josenildo Pereira de Lima, apontando como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC nº 345.955/PB, Relator o Ministro Félix Fischer.

Sustentam os impetrantes, em síntese, a presença de constrangimento ilegal, pois o decreto de prisão preventiva seria inidôneo, uma vez que foi restabelecido com base na suposta revelia do paciente e sem que tivessem sido esgotados os meios de sua localização.

Nesse contexto, entendem desrespeitada“a norma cogente do art. 366 do CPP determina que, antes de

decretar a revelia, deverá o magistrado, em caso de não encontrar o acusado, determinar a citação por edital pelo prazo de 15 (quinze) dias, e então, somente após a citação por edital é que poderá ser proferido despacho decretando a revelia.”

Prosseguem argumentando que teria ocorrido na espécie“um engano do oficial de justiça que no ato de intimação para a

audiência de instrução e julgamento não teria encontrado o paciente, o que resultou na decretação de revelia (…).

que ocorre é que o paciente está sendo vítima de um erro do judiciário, sendo primário, de bons antecedentes, deficiente físico e acometido de diversas enfermidades que necessitam de especial cuidado e dedicação, e

não do cárcere.”Requerem, liminarmente, a concessão da ordem para que se a anule

o decreto de prisão preventiva do paciente ou que lhe seja assegurado o benefício da prisão domiciliar, em razão do seu debilitado estado de saúde (CPP, art. 318, II).

Examinados os autos, decido. Transcrevo a ementa do acórdão questionado:“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE

RECURSO ORDINÁRIO. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. REVELIA. ALEGADA NULIDADE DA SUA DECRETAÇÃO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ANÁLISE DE ACERVO PROBATÓRIO. DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA DIANTE DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA CAUTELAR. ALEGADA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO PRISIONAL. INOCORRÊNCIA. MUDANÇA DE ENDEREÇO SEM PRÉVIA COMUNICAÇÃO AO JUÍZO. SEGREGAÇÃO CAUTELAR DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL E DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

I - A Primeira Turma do col. Pretório Excelso firmou orientação no sentido de não admitir a impetração de habeas corpus substitutivo ante a previsão legal de cabimento de recurso ordinário (v.g.: HC n. 109.956/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 11/9/2012; RHC n. 121.399/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 1º/8/2014 e RHC n. 117.268/SP, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 13/5/2014). As Turmas que integram a Terceira Seção desta Corte alinharam-se a esta dicção, e, desse modo, também passaram a repudiar a utilização desmedida do writ substitutivo em detrimento do recurso adequado (v.g.: HC n. 284.176/RJ, Quinta Turma, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe de 2/9/2014; HC n. 297.931/MG, Quinta Turma, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, DJe de 28/8/2014; HC n. 293.528/SP, Sexta Turma, Rel. Min. Nefi Cordeiro, DJe de 4/9/2014 e HC n. 253.802/MG, Sexta Turma, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe de 4/6/2014).

II - Portanto, não se admite mais, perfilhando esse entendimento, a utilização de habeas corpus substitutivo quando cabível o recurso próprio, situação que implica o não-conhecimento da impetração. Contudo, no caso de se verificar configurada flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, recomenda a jurisprudência a concessão da ordem de ofício.

III - A tese da nulidade da decretação da revelia, ante o equívoco do oficial de justiça, porquanto ainda residente no mesmo endereço anteriormente declinado, por demandar cotejo minucioso de matéria fático-probatória, não encontra campo nos estreitos limites do writ, ação de índole constitucional, marcado por cognição sumária e rito célere, que tem como escopo resguardar a liberdade de locomoção contra ilegalidade ou abuso de poder.

IV - A prisão cautelar deve ser considerada exceção, já que, por meio desta medida, priva-se o réu de seu jus libertatis antes do pronunciamento condenatório definitivo, consubstanciado na sentença transitada em julgado. É por isso que tal medida constritiva só se justifica caso demonstrada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi do artigo 312 do Código de Processo Penal. A prisão preventiva, portanto, enquanto medida de natureza cautelar, não pode ser utilizada como instrumento de punição antecipada do indiciado ou do réu, nem permite complementação de sua fundamentação pelas instâncias superiores (HC n. 93.498/MS, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 18/10/2012).

V - No caso, o decreto cautelar está suficientemente fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, a considerar o descumprimento de medida cautelar, o que justifica a decretação da segregação cautelar para garantia da instrução processual e da aplicação da lei penal. Ademais, com o paciente foram apreendidos 1.244,41 g de crack, quantidade expressiva de entorpecente de alto grau de nocividade, fato que evidencia a necessidade da segregação cautelar para a garantia da ordem pública, a fim de evitar a reiteração delitiva.

Habeas corpus não conhecido.” (fls. 1/2 do anexo 13 – grifos do autor)

Essa é a razão pela qual se insurgem os impetrantes.O acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça não

evidencia flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Pelo contrário, mostra-se devidamente fundamentado, estando justificado o convencimento formado.

Ademais, ao contrário do que pretendem fazer crer os impetrantes, a as circunstâncias dos autos não demonstram a existência de vício em relação ao art. 366 do Código de Processo Penal.

Conforme destacado pelo Juízo de Direito da Vara de Entorpecentes da Comarca da Capital/PB,

“ao [paciente] foram decretados os efeitos da revelia, em razão de, não obstante haver sido pessoalmente notificado às fls. 76/76-v e agraciado com a concessão da liberdade provisória, deixou injustificadamente de comparecer à audiência de instrução e julgamento, mesmo porque não compareceu em Juízo para declinar o seu novo endereço.

Tal situação, prevista no art. 367, é bem diversa da preconizada pelo art. 366, ambos do Código de Processo Penal. Este último, trata da possibilidade da suspensão do processo e do prazo prescricional ao acusado que, citado por edital, não comparece nem constitui advogado, o que, repise-se, não é o caso em exame, onde o denunciado Josenildo Pereira da Lima

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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não apenas foi pessoalmente notificado, como constituiu advogado particular. Assim, tem-se que o denunciado, como já dito, regularmente

notificado, deixou de comparecer em Juízo, acarretando o descumprimento da condição que lhe foi imposta por quando da concessão da liberdade, o que deságua na decretação da revelia e suas consequências, como o prosseguimento do feito sem a sua presença, nos termos do art. 367 do Código de Processo Penal.” (anexo 2 – grifei)

Como visto, descabe cogitar da nulidade apontada pelos impetrantes em relação ao art. 366 do Código de Processo Penal, sendo certo ainda, que se ela tivesse ocorrido já teria sido sanda, visto que o paciente foi notificado pessoalmente da acusação e constituiu advogado.

Consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, “eventual nulidade da citação do acusado é sanada com a

constituição de defesa técnica que passou a atuar desde o início do processo, com oferecimento de alegações preliminares, requerimentos e alegações finais” (HC nº 94.619/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 26/9/08).

Nesse sentido: HC nº 85.950/PE, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ 11/11/05.

No mais, conforme bem destacou o Ministro Félix Fischer em seu voto

“o decreto cautelar está suficientemente fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, a considerar o descumprimento de medida cautelar, o que justifica a decretação da segregação cautelar para garantia da instrução processual e da aplicação da lei penal. Ademais, com o paciente foram apreendidos 1.244,41 g de crack, quantidade expressiva de entorpecente de alto grau de nocividade, fato que evidencia a necessidade da segregação cautelar para a garantia da ordem pública, a fim de evitar a reiteração delitiva.” (grifos do autor)

Nos termos dos arts. 282 , § 4º , e 312 , parágrafo único, do Código de Processo Penal, o descumprimento de medida cautelar imposta quando da liberdade provisória constitui motivação idônea para embasar a segregação cautelar (v.g. RHC nº 121.046/SP, Segunda Turma, de minha relatoria, DJe 26/5/15).

De outra parte, colho do magistério jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal o entendimento de que

“não traduz manifesta arbitrariedade a decretação de prisão cautelar de acusado com quem apreendida expressiva quantidade de drogas, a revelar profundo envolvimento na atividade de tráfico de entorpecentes, com risco de reiteração delitiva e à ordem pública” (HC nº 112.090/RJ, Primeira Turma, Relatora para Acórdão a Ministra Rosa Weber, DJe 8/8/13).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 120.791/PR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 29/9/14; HC nº 120.292/PR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 14/5/14; HC nº 118.228/MT, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 19/11/13; HC nº 118.982/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 12/11/13;

Por fim, anoto que o pleito de prisão domiciliar não foi submetido às instâncias antecedentes. Logo, sua análise, de forma originária, neste ensejo, configuraria dupla supressão de instância não admitida (HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 25/5/07).

Ante o exposto, nos termos do art. 38 da Lei nº 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.435 (614)ORIGEM : HC - 344274 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ADRIANO RIBEIRO ROCHAIMPTE.(S) : LUIZ GUSTAVO VICENTE PENNACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 344.274 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Adriano Ribeiro Rocha, apontando como autoridade coatora o Ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 344.274/SP.

O impetrante sustenta, em síntese, que esta Suprema Corte concedeu em favor do paciente ordem de habeas corpus para determinar “ao

Juízo de Execução Criminal competente que analise motivadamente os requisitos necessários à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, nos moldes do art. 44 do Código Penal”.

Sucede que essa determinação do Supremo Tribunal Federal não teria sido cumprida na origem ao argumento de que seria necessária a expedição de guia de recolhimento definitiva “para que [fosse] realizada a análise dos requisitos necessários à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, nos moldes do artigo 44 do Código Penal”.

Nesse contexto, requer o impetrante a concessão liminar da ordem para garantir a liberdade do paciente “até a análise do Juízo da Execução, expedindo-se, imediatamente, contramandado de prisão”.

É o relatório.Decido.Por intermédio da Petição/STF nº 13406/2016, o Juízo de Direito da

1ª Vara Criminal da Comarca de Sertãozinho/SP noticia que determinou a expedição de guia de recolhimento, com o seu encaminhamento ao juízo da execução competente, e de contramandado de prisão em favor do paciente.

Ante o quadro, nos termos dos arts. 21, inciso IX, do RISTF, julgo prejudicado o habeas corpus.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.452 (615)ORIGEM : HC - 342309 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : WAGNER PAES DE CAMARGOIMPTE.(S) : WANESSA OLIVEIRA PINTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Wagner Paes de Camargo, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC nº 342.309/SP, Relatora a Ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Sustenta a impetrante, em linhas gerais, que as circunstâncias do caso concreto permitiram ao paciente iniciar o cumprimento da pena em regime menos gravoso do que o fechado, que foi estipulado à margem de fundamentação idônea.

Assevera, ainda, o preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos necessários à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que seja fixado regime aberto para o início de cumprimento da pena do paciente, bem como a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Examinados os autos, decido.Transcrevo a síntese do julgado proferido pelo Superior Tribunal de

Justiça:“HABEAS CORPUS. WRIT SUBSTITUTIVO DE RECURSO

ESPECIAL. VIA INADEQUADA. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO. IMPOSIÇÃO DO REGIME INICIAL FECHADO. NEGATIVA DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO. NATUREZA E QUANTIDADE DAS DROGAS. COMÉRCIO DE DROGAS À ADOLESCENTE. NÃO CONHECIMENTO.

1. Tratando-se de habeas corpus substitutivo de recurso especial, inviável o seu conhecimento.

2. Devidamente fundamentada a imposição do regime inicial fechado e a negativa de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, em razão das circunstâncias do caso concreto, em especial a quantidade e a natureza das substâncias entorpecentes apreendidas – um tijolo de cocaína, pesando aproximadamente 518 g (quinhentos e dezoito gramas), 06 invólucros também contendo cocaína, pesando cerca de 296 g (duzentos e noventa e seis gramas), outro invólucro com a mesma droga, com peso de 174 g (cento e setenta e quatro gramas), mas 01 porção de 5 g (cinco gramas) e 12 tubos plásticos com 22 g (vinte e dois gramas), todos contendo cocaína, além de um papelote de 4,5 g (quatro gramas e quinhentos centigramas) de maconha -, não há constrangimento ilegal a ser sanado. Ademais, o fato de o réu ter sido flagrado vendendo drogas a um adolescente atesta o exacerbado grau de reprovabilidade de sua conduta.

3. Habeas corpus não conhecido.”Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante.Pelo que se tem no acórdão proferido pela Sexta Turma não se

vislumbra flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Pelo contrário, a decisão proferia pelo Superior Tribunal de Justiça mostra-se devidamente fundamentada, estando justificado o convencimento formado.

Com efeito, conforme destacou a Ministra Maria Thereza de Assis Moura em seu voto

“o Tribunal de origem manteve a fixação do regime fechado e a

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 105

negativa de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos em razão da gravidade concreta do delito em comento, ressaltando a natureza e a quantidade considerável dos entorpecentes apreendidos - um tijolo de cocaína, pesando aproximadamente 518 g (quinhentos e dezoito gramas), 06 invólucros também contendo cocaína, pesando cerca de 296 g (duzentos e noventa e seis gramas), outro invólucro com a mesma droga, com peso de 174 g (cento e setenta e quatro gramas), mas 01 porção de 5 g (cinco gramas) e 12 tubos plásticos com 22 g (vinte e dois gramas), todos contendo cocaína, além de um papelote de 4,5 g (quatro gramas e quinhentos centigramas) de maconha (fl. 9). Além disso, destacou o fato de o réu ter sido flagrado vendendo drogas a um adolescente, o que atestaria o exacerbado grau de reprovabilidade concreta de sua conduta (fl. 24).

Com efeito, é este o espírito da Lei Antidrogas, que dispõe:Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com

preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.

Nesse diapasão, a Corte estadual entendeu ser necessária uma resposta penal mais efetiva, como forma de retribuição proporcional à gravidade da conduta, tendo em vista que a quantidade e a natureza das substâncias entorpecentes encontradas em poder do paciente, bem como o fato de ele ter sido flagrado vendendo drogas a um adolescente, demonstram que regime mais brando ou eventual substituição da reprimenda corporal por penas alternativas não seria suficiente para a reprovação e a prevenção do delito em comento.

Assim, devidamente fundamentada a fixação do regime inicial fechado e a negativa de substituição da pena, com base em dados concretos constantes dos autos, não há ilegalidade a ser sanada.” (grifos da autora).

Esse entendimento não afronta a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual

“[a] valoração negativa da quantidade, natureza e diversidade do entorpecente apreendido representa fator suficiente para a fixação de regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade mais gravoso e para obstar a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos” (HC nº 131.761/SC, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 29/2/16).

No mesmo sentido: HC nº 125.077/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe 4/3/15; RHC nº 122.804/MT, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, Dje 14/10/16; RHC nº 118.405/ES, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 27/7/14.

Ante o exposto, nos termos do art. 38 da Lei nº 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.479 (616)ORIGEM : HC - 349921 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : FABIANO XAVIER PEREIRAIMPTE.(S) : LEANDRO DE ANDRADE MEUSERCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 349.921 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Fabiano Xavier Pereira apontando como autoridade coatora o Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a inicial do HC nº 349.921/RJ.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso justifica a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Assevera, no mais, a presença de constrangimento ilegal, pois a preventiva do paciente padece de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os pressupostos autorizadores da prisão previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Argumenta, ainda, que o paciente encontra-se segredado sem culpa formada desde 21/7/14.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão preventiva do paciente seja revogada.

Examinados os autos, decido. Há óbice jurídico-processual para o conhecimento da impetração. No caso, o Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, indeferiu

liminarmente a inicial daquele habeas corpus, uma vez que questionava decisão indeferitória de liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Confira-se:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de FABIANO XAVIER PEREIRA contra decisão liminar de Desembargador do

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (HC n. 0007910-20.2016.8.19.0000).

Consta dos autos que o paciente foi pronunciado pela prática, em tese, do tipo penal previsto no art. 121, § 2º, II e IV do Código Penal, c/c art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, tendo sido mantida sua prisão cautelar.

Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus, com pedido liminar, na Corte estadual, alegando falta de motivação idônea na decisão de pronúncia que manteve a cautela prisional do paciente, bem como violação de princípios constitucionais. Ao final, requereu a imediata soltura do réu. O Desembargador Relator, contudo, indeferiu o pleito emergencial (e-STJ fls. 79/80).

Na presente impetração, a defesa reitera que o Juiz de primeiro grau, ao pronunciar o réu, manteve sua prisão cautelar sem fundamentá-la concretamente, violando o disposto no art. 387, § 1º do Código de Processo Penal, bem como os princípios da dignidade da pessoa humana e da presunção da inocência.

Diante disso, pede, liminarmente e no mérito, a revogação da prisão preventiva do paciente.

É o relatório, decido.Consoante o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal e

por este Superior Tribunal de Justiça, não se admite habeas corpus contra decisão denegatória de liminar proferida em outro writ na instância de origem, sob pena de indevida supressão de instância.

É o que está sedimentado no verbete sumular n. 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, aplicável, mutatis mutandis, a este Superior Tribunal de Justiça, v.g: HC 117.440/PE, Quinta Turma, Rel. Min. JORGE MUSSI, DJ de 21/06/2010; HC 142.822/SP, Quinta Turma, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJ de 07/12/2009; HC 134.390/MG, Sexta Turma, Rel. Min. OG FERNANDES, DJ de 31/08/2009.

No caso, colhe-se da decisão liminar (e-STJ fl. 80):Nos presentes autos, cabe registrar que, o crime imputado ao

paciente prevê pena máxima em abstrato de reclusão superior a 04 anos, incidindo na espécie o art. 313, I do CPP.

Por outro giro, verifica-se que os impetrantes não fizeram juntar aos autos quaisquer documentos a evidenciar que o paciente possua bons antecedentes, domicílio no distrito da culpa e atividade laborativa lícita.

Desta forma, não há, a priori, no caso concreto, a demonstração efetiva de extrema excepcionalidade, a viabilizar a apreciação da liminar pleiteada, que possui natureza satisfativa.

Efetivamente, entendo que a decisão impugnada não apresenta ilegalidade manifesta que enseje uma avaliação antecipada pelo Superior Tribunal de Justiça, com a superação do enunciado sumular do Supremo Tribunal Federal, devendo o impetrante aguardar a análise do mérito pela Corte de origem.

Além disso, a defesa deixou de juntar aos autos peças processuais indispensáveis à compreensão da controvérsia, notadamente o decreto inicial, no qual constam os motivos da prisão reafirmados na sentença de pronúncia. Como é cediço, o habeas corpus, como via mandamental, bem assim o relacionado recurso ordinário, tem de vir instruído com todas as peças aptas a demonstrar o alegado constrangimento ilegal, pois, do contrário, estar-se-á decidindo em tese, o que não é possível à jurisdição criminal, que deve ter sempre os olhos voltados ao caso concreto (RHC n. 39.081/PR, Relatora Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Sexta Turma, julgado em 25/11/2014, DJe 15/12/2014).

Ante o exposto, com base no art. 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, indefiro liminarmente o pedido” (fls. 1 a 3 do anexo 13 – grifos do autor).

Não há o que ser censurado nessa decisão. Percebe-se que habeas corpus foi indeferido liminarmente pelo

Superior Tribunal de Justiça, uma vez que as questões levadas para discussão e trazidas neste writ não teriam sido objeto de análise de forma definitiva por aquele Tribunal de Justiça estadual. Com efeito, sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria verdadeira dupla supressão de instância não admitida.

Segundo a remansosa jurisprudência da Corte, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas

corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminarmente o pedido com supedâneo na Súmula 691 desta Corte. Essa circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de se incorrer em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites da competência descritos no art. 102 da Carta Magna” (HC nº 117.761/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 4/10/13).

Perfilhando esse entendimento, destaco os precedentes seguintes: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 25/5/07, entre outros.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 106

Ademais, vale registrar que a impetração volta-se contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Relator no HC nº 349.921/RJ.

Logo, incide, na espécie, o entendimento de que “é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão

monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 19/3/14).

No mesmo sentido: HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 30/9/13, entre outros.

Ante o exposto, nos termos dos arts. 38 da Lei nº 8.038/90 e 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.503 (617)ORIGEM : HC - 350926 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : GERSON SANTOS DA SILVAIMPTE.(S) : ROBSON OLIVEIRA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 350.926 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Gerson Santos da Silva, apontando como autoridade coatora o Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 350.926/BA.

O impetrante sustenta, inicialmente, a possibilidade, na espécie, de mitigar o enunciado da Súmula nº 691/STF.

Para tanto, aduz, que a presença de constrangimento ilegal, pois “a MM. Juíza Substituta da Vara Crime da Comarca de Irecê, na fase inquisitorial de modo ex offício, e, analisando abstratamente, a conduta pratica pelo custodiado, decretou a medida cautelar prisional (...)” (grifos do autor).

Nesse contexto, entende o impetrante que a conversão da autuação em flagrante do paciente em prisão preventiva, quando havia “requerimento do Ministério Público pela aplicação das medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do CPP”, teria violado “o sistema acusatório adotado pela legislação processual penal”.

No mais, afirma que a segregação cautelar do paciente padece de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes pressupostos do art. 312 do Código de Processo Penal.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão preventiva do paciente seja revogada ou substituída por medidas cautelares diversas (CPP, art. 319).

Examinados os autos, decido. O caso é de decisão indeferitória de liminar, devendo incidir, na

espécie, a Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É certo que a jurisprudência da Corte tem acolhido o abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

Transcrevo o teor da decisão ora questionada:“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor

de GERSON SANTOS DA SILVA – preso em flagrante no dia 9/8/2015, prisão convertida em preventiva, pela suposta prática dos crimes de homicídio consumado e tentado – contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

Na ação originária, a defesa alegou ausência de fundamentação adequada do decreto prisional e destacou a qualidades pessoais do acusado para responder ao processo em liberdade. O Tribunal de origem, contudo, denegou a ordem, recebendo o acórdão a seguinte ementa (e-STJ fl. 31):

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO CONSUMADO E TENTADO. PRISÃO PREVENTIVA. REQUISITOS. NECESSIDADE. ARGUMENTOS APRECIADOS EM WRIT ANTERIOR. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA, DE OFÍCIO, PELA AUTORIDADE COATORA NA FASE INVESTIGATIVA. POSSIBILIDADE. APLICABILIDADE DO ART. 310, II, DO CPP. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA EXTENSÃO, DENEGADA.

A existência de habeas corpus anterior, com idêntico pedido ao desta ação, no que toca aos requisitos/necessidade da custódia cautelar, tratando-se de mera repetição, afasta a possibilidade de reexame por esta Corte, por não existir mais interesse de agir por parte do Impetrante.

Não há ilegalidade na decretação da prisão cautelar, quando esta decorre de homologação da prisão em flagrante e revelam-se preenchidos os requisitos dos arts. 312 e 313 do CPP, independentemente de manifestação do Órgão Ministerial.

Ordem parcialmente conhecida e, nesta extensão, denegada. Na presente oportunidade, o impetrante alega nulidade da prisão

cautelar por violação do sistema acusatório, porquanto a prisão cautelar teria sido decretada de ofício, na fase inquistorial, pelo Magistrado. Além disso, aponta falta de fundamento para a decretação da prisão preventiva do paciente.

Diante disso, formula os seguintes pedidos (e-STJ fl. 12):a) A concessão pelo Ex. Ministro Relator, de ORDEM LIMINAR

pleiteiada, de forma a determinar o imediato Relaxamento da Prisão do Paciente, mediante a expedição do competente alvará de soltura, com o cumprimento das obrigações acessórias previstas em lei, tendo em vista a flagrante ilegalidade perpetrada pela autoridade coatora, quer seja por conta da decretação da prisão preventiva de ofício, que seja em razão da ausência de fundamentação necessário e idônea quantos aos requisitos necessários à conversão da prisão em flagrante da Prisão Preventiva, porquanto de elementar justiça e equidade.

b) ad argumentandum tantaum pelo Princípio da Eventualidade, não sendo este o entendimento do Ex. Ministro Relator por entender ser o caso de se adotar uma medida cautelar, seja concedida a Liberdade Provisória do Paciente in limine, mediante a fixação outra medida de contracautela diversa da prisão preventiva.

c) seja, ao final, julgados procedentes os pedidos e deferido o pedido de habeas corpus, para efeito de permitir ao Paciente que aguarde em liberdade o trânsito em julgado da sentença, ratificando-se a decisão liminar proferida;

É o relatório, decido.A liminar em habeas corpus, bem como em recurso em habeas

corpus, não possui previsão legal, tratando-se de criação jurisprudencial que visa a minorar os efeitos de eventual ilegalidade que se revele de pronto.

Em um juízo de cognição sumária, não visualizo manifesta ilegalidade no ato ora impugnado a justificar o deferimento da medida de urgência.

Acerca da suposta nulidade, ‘Consoante dispõe o art. 310, II, do CPP, admite-se a decretação da prisão preventiva, de ofício, por ocasião do flagrante, quando constatada a presença dos requisitos legais (art. 312 do CPP) que autorizam a restrição da liberdade.’ (RHC N. 65.696/MG, de minha relatoria, QUINTA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe 23/02/2016)

Quanto à alegação de ausência de fundamentação concreta, ao que parece, não houve manifestação por parte do Tribunal estadual, o que, em princípio, veda a análise direta do pleito pelo Superior Tribunal de Justiça, por configurar indevida supressão de instância.

Assim, não obstante os fundamentos apresentados pela defesa, mostra-se imprescindível uma análise mais aprofundada dos elementos de convicção constantes dos autos, para se aferir a existência de constrangimento ilegal.

Ademais, o pedido liminar confunde-se com o próprio mérito da impetração, o qual deverá ser apreciado em momento oportuno, por ocasião do julgamento definitivo do habeas corpus.

Ante o exposto, indefiro a liminar.Encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal.” (grifos do

autor).Não há como ter-se por desprovida de fundamentação ou teratológica

a decisão que entende não haver elementos suficientes, demonstrados de plano, para o deferimento da liminar. Pode e deve o magistrado, ao apreciar o pedido inicial, pautar-se no poder geral de cautela para buscar outros elementos formadores das razões de decidir além daqueles trazidos pela impetração, sem que tanto caracterize constrangimento ilegal, abuso de poder ou teratologia.

A pretensão do impetrante é trazer ao conhecimento desta Suprema Corte, de forma precária, questões não analisadas, definitivamente, no Superior Tribunal de Justiça, em flagrante intenção de suprimir a instância antecedente.

Apenas para registro, destaco a respeito da nulidade do decreto de prisão preventiva aventada pelo impetrante, que a decisão do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca no sentido de que “o art. 310, II, do CPP, [admite] a decretação da prisão preventiva, de ofício, por ocasião do flagrante, quando constatada a presença dos requisitos legais (art. 312 do CPP) que autorizam a restrição da liberdade”, não afronta o entendimento da Corte, que já se manifestou no sentido de que

“O que previsto no artigo 311 nele contido segue ao que disciplinado, em termos de conversão da prisão em flagrante em preventiva, ou de ato relaxando-a, no artigo 310 com a redação imprimida pela Lei nº 12.403/2011. Vale dizer: ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deve, de forma fundamentada, afastá-la ou convertê-la em prisão preventiva, implementando, na primeira opção, a liberdade provisória, com ou sem fiança. Trata-se de determinação legal cuja observância independe de requerimento do Estado-acusador” (HC nº 119.070/MG-MC, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe 13/9/13).

Vão nesse sentido os ensinamentos de Guilherme de Souza Nucci, in verbis:

“avaliando o juiz ter sido legal a prisão em flagrante, além de estarem

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 107

presentes os requisitos do art. 312 do CPP, mantém o cárcere provisório mediante a conversão da prisão em flagrante em preventiva. Na essência, não há novidade alguma nesse dispositivo, introduzido pela Lei 12.403/2011. Anteriormente, o magistrado devia analisar a legalidade do auto de prisão em flagrante, mantendo a prisão cautelar (com base no flagrante), desde que estivessem visíveis os requisitos da preventiva. Logo, o que mudou (para melhor) foi a formalização do ato: em lugar de manter o flagrante, como prisão cautelar, até o final da instrução, passa-se a considerar a detenção provisória como prisão preventiva, já que seus requisitos estão evidentes. Não há nenhuma inconstitucionalidade nisso. O juiz não age de ofício, determinando a prisão do indiciado, durante a fase investigatória - o que seria vedado por lei. Ele simplesmente recebe - pronta - a prisão, ocorrida em virtude de flagrante, constitucionalmente autorizado; a partir disso, instaura-se investigação compulsória e segue o auto de prisão às mãos da autoridade judicial para checar a sua legalidade e a necessidade de se manter a cautelaridade da situação. Esse mecanismo encontra-se em vigor há décadas e somente foi aperfeiçoado pela Lei 12.403/2011” (Código de Processo Penal Comentado. 14ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 715).

Registro, ademais, que o decreto prisional não evidencia ilegalidade flagrante patente, uma vez que apresenta fundamentos suficientes para justificar a necessidade de privação processual da liberdade do paciente, não sendo os argumentos ora apresentados suficientes para colocá-lo em liberdade, liminarmente e per saltum, como se pretende, mormente se levado em conta a periculosidade do paciente, evidenciada pelo modus operandi da conduta praticada. Trata-se de um homicídio consumado e outro tentado praticado pelo paciente e corréus, no qual houve disparo de arma de fogo de grosso calibre (espingarda de calibre 28), “efetuado no meio da rua, sendo direcionado, conforme a confissão de JAMES, a atingir um único homem no grupo de 04 (quatro) homens, o que evidencia desprezo com relação às consequências do ato, que infelizmente, culminou no falecimento de uma criança que brincava no local” (anexo 2).

Conforme entendimento da Corte, mostra-se idôneo o decreto de prisão preventiva quando assentado na garantia da ordem pública, ante a periculosidade do agente, evidenciada não só pela gravidade in concreto do delito, em razão do seu modus operandi, como também pelo risco real da reiteração delitiva” (HC nº 127.578/SP-AgR, Segunda Turma, de minha relatoria, DJe 29/9/15).

Perfilhando esse entendimento destaco: HC nº 127.752/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 2/2/16; HC nº 128.994/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Edson Fachin, DJe 8/10/15; HC nº 112.090/RJ, Primeira Turma, Relatora para Acórdão a Ministra Rosa Weber, DJe 8/8/13.

Com essas considerações, entendendo não demonstrada, satisfatoriamente, nenhuma ilegalidade flagrante que justifique a superação do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.524 (618)ORIGEM : HC - 348074 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : MÁRIO EUGÊNIO DOS SANTOS EVANGELISTAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 348.074 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Mário

Eugênio dos Santos Evangelista, apontando como autoridade coatora o Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 348.074/SP.

A impetrante sustenta, inicialmente, que o caso autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Alega, ademais, que a manutenção do paciente no regime semiaberto configura constrangimento ilegal, pois, pela regra da detração prevista no art. 387, § 2º do Código de Processo Penal, ele já faria jus ao regime aberto.

Todavia, segundo a impetrante, com o “trânsito em julgado da decisão condenatória, foi expedido mandado de prisão para cumprimento no regime semiaberto e o paciente foi preso em 14/01/2016, encontrando-se atualmente no CPP de Mongaguá”.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que se determine o regime aberto para o cumprimento de pena imposta ao paciente.

Examinados os autos, decido. Como visto, trata-se de decisão indeferitória de liminar, devendo

incidir, na espécie, a Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de 'habeas corpus' impetrado contra decisão do Relator que, em 'habeas corpus' requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É certo que a jurisprudência da Corte tem acolhido o abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

Transcrevo o teor da decisão ora questionada:“Trata-se de habeas corpus com pedido de liminar impetrado em

favor de MARIO EUGENIO DOS SANTOS EVANGELISTA contra acórdão proferido pela 16ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que negou provimento à Apelação n. 0000995-86.2013.8.26.0477, recurso do Ministério Público e deu parcial provimento à apelação dos réus para fixar o regime inicial semiaberto, mantida, no mais, a sentença.

Sustenta a impetrante a ocorrência de constrangimento ilegal ao argumento de que o paciente faria jus à aplicação da detração prevista no art. 387, § 2º, do Código de Processo Penal, afastada pelo Tribunal de origem sob a alegação de que a matéria seria de competência do Juízo da execução, nos termos do art. 66, inciso III, 'c', da LEP.

Alega que, após o trânsito em julgado do acórdão que fixou o regime intermediário, o apenado foi recolhido em 14-01-2016, contudo, como tempo de prisão cautelar do apenado teria durado 1 (um) ano e 9 (nove) meses, isso implicaria, nos termos do dispositivo do CPP mencionado, a fixação do regime inicial aberto.

Aduz que o paciente teria direito à compensação do tempo de prisão provisória, em especial por ter sido condenado à uma reprimenda curta, que, se não for feita a redução, será cumprida integralmente em regime mais gravoso, e isso não se confundiria com o instituto da progressão de regime.

Requer a concessão sumária e definitiva da ordem constitucional a fim de que seja fixado o regime inicial aberto ao paciente.

É o relatório.A princípio, insurgindo-se a impetração contra acórdão do Tribunal de

origem proferido em sede de apelação, mostra-se incabível o manejo do habeas corpus originário, já que formulado em flagrante desrespeito ao sistema recursal vigente no âmbito do Direito Processual Penal pátrio.

Contudo, no momento processual devido, o constrangimento apontado na inicial será analisado a fim de que se verifique a possibilidade de atuação de ofício por este Superior Tribunal de Justiça caso se constate a existência de flagrante ilegalidade, o que, ao menos em um juízo perfunctório, não se verifica.

Ademais, a motivação que dá suporte ao pedido liminar confunde-se com o próprio mérito do writ, devendo o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento definitivo.

Ante o exposto, indefere-se a liminar.Solicitem-se informações ao Tribunal impetrado e ao Juízo de

primeiro grau.Após, dê-se vista ao Ministério Público Federal” (anexo 6).Não há como ter-se por desprovida de fundamentação ou teratológica

a decisão que entende não haver elementos suficientes, demonstrados de plano, para o deferimento da liminar. Pode e deve o magistrado, ao apreciar o pedido inicial, pautar-se no poder geral de cautela para buscar outros elementos formadores das razões de decidir além daqueles trazidos pela impetração, sem que tanto caracterize constrangimento ilegal, abuso de poder ou teratologia.

A pretensão da impetrante é trazer ao conhecimento desta Suprema Corte, de forma precária, questões não analisadas, definitivamente, no Superior Tribunal de Justiça, em flagrante intenção de suprimir a instância antecedente.

Vale ressaltar, ainda, que o deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, justificada apenas quando a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano. Com maior rigor deve ser tratada a questão, portanto, quando a pretensão formulada for contrária à súmula desta Suprema Corte.

Ademais, tenho que as razões invocadas pela impetrante para o deferimento da medida liminar possuem caráter satisfativo, que se confundem com o mérito do habeas corpus, sendo recomendado seu indeferimento nos termos da reiterada jurisprudência desta Corte (v.g. HC nº 94.888-MC/SP, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ 12/6/08; HC nº 93.164-MC/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 22/2/08; e HC nº 92.737-MC/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ 29/10/07).

Ante o exposto, indefiro a liminar requerida.Solicitem-se informações à autoridade coatora e ao juízo de origem a

respeito da situação prisional do paciente.Após, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.551 (619)ORIGEM : PROC - 20393671220148260000 - TRIBUNAL DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 108

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ROGÉRIO TOBIAS DE MORAESIMPTE.(S) : ROGÉRIO TOBIAS DE MORAESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado, em causa própria, por Rogério Tobias de Moraes.

Depreende-se do contido na petição inicial, elaborada de próprio punho, que o paciente se insurge contra o excesso de prazo da prisão preventiva contra ele decretada, devido à demora no encerramento da instrução da ação penal 0001314-61.2010.8.26.0444. Requer, liminarmente, a imediata revogação do decreto prisional, sendo confirmada no julgamento de mérito deste habeas corpus.

2. Em consulta ao sistema processual do Superior Tribunal de Justiça, verifica-se que foi interposto pelo paciente o RHC 51829/SP (números de origem: 0001314-61.2010.8.26.0444 e 2039367-12.2014.8.26.0000), distribuído em 23/9/2014 à relatoria do Ministro Ericson Maranho (Desembargador Convocado do TJSP), estando concluso para julgamento, com parecer do MPF, desde 25/9/2014.

3. Por outro lado, a deficiência na instrução dos presentes autos não permite evidenciar, ao menos por ora, se houve evidente desídia do órgão julgador ou se a demora é realmente incompatível com o princípio da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF), circunstâncias aptas para concluir-se pelo constrangimento ilegal por excesso de prazo, conforme orientação da jurisprudência do STF (HC 108.514/MT, 1ª Turma, Min. Rosa Weber, DJe 21/06/2012; HC 110.030/ES, 2ª Turma, Min Ayres Britto, DJe 21/03/2012; HC 110.729/SP, 2ª Turma, Min. Ricardo Lewandowski, DJe 26/03/2012).

4. Com essas considerações, indefiro o pedido de liminar. Solicitem-se informação ao Superior Tribunal de Justiça.

Intime-se a Defensoria Pública da União para as providências cabíveis.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.607 (620)ORIGEM : HC - 313356 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : EDILENE LOPES TELESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARÁCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 313.356 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Homologo o pedido de desistência do habeas corpus (Petição 14130/2016), na forma do art. 21, VIII, do RISTF. Arquive-se.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.612 (621)ORIGEM : HC - 351636 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : EVELYN TANDARA MEDEIROS LIMAIMPTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 351.636 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça que indeferiu pedido de liminar no HC 351.636/PE.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25/9/2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 6/2/2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.614 (622)ORIGEM : RESP - 1443133 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : DOMINGOS MANOEL DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça proferido no AgRg em REsp 1.443.133/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente foi denunciado pela prática dos delitos previstos nos artigos 149, 203 e 207, do Código Penal; (b) o juiz de primeira instância decretou a extinção da punibilidade em relação ao crime do art. 203 do CP e absolveu o paciente quantos aos demais delitos, com base no art. 386, III, CPP; (c) buscando a condenação pela infração constante do art. 149 do CP, a acusação apresentou recurso de apelação ao Tribunal Regional, que lhe negou provimento; (d) interposto recurso especial, o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao apelo do Ministério Público e determinou o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que se prossiga no julgamento da causa; (e) contra essa decisão, a defesa interpôs agravo regimental, que teve seu provimento negado, em acórdão assim ementado:

1. O artigo 149 do Código Penal dispõe que configura crime a conduta de "reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto".

2. O crime de redução a condição análoga à de escravo pode ocorrer independentemente da restrição à liberdade de locomoção do trabalhador, uma vez que esta é apenas uma das formas de cometimento do delito, mas não é a única. O referido tipo penal prevê outras condutas que podem ofender o bem juridicamente tutelado, isto é, a liberdade de o indivíduo ir, vir e se autodeterminar, dentre elas submeter o sujeito passivo do delito a condições degradantes de trabalho. Precedentes do STJ e STF.

3. A revaloração das premissas fáticas adotadas pelo próprio acórdão impugnado imputa o cenário desumano e degradante de trabalho e a conduta abusiva por parte do recorrente (alojamentos precários, ausência de instalações sanitárias; não fornecimento de equipamento de proteção individual; falta de local adequado para refeições; falta de água potável, etc.), descrevendo situação apta ao enquadramento no crime do art. 149 do Código Penal.

4. Agravo regimental não provido.Nesta ação, a Defensoria Pública da União alega, em síntese, que “é

latente a ilegalidade promovida pelo Superior Tribunal de Justiça que, ao reexaminar as questões fáticas e jurídicas que circundam a demanda e decidindo pelo condenação do acusado, usurpou para si as competências jurisdicionais de outros órgãos do Poder Judiciário, promovendo grave desrespeito às regras constitucionais de distribuição de competências”. Requer, assim, a concessão da ordem para “reformar o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, tendo em vista que a respeitável Corte promoveu evidente reexame de provas na análise do recurso especial”.

2. A apontada violação da Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça não prospera. O provimento do recurso do Ministério Público encontrou respaldo nas provas anteriormente examinadas pelo acórdão recorrido, sem a necessidade de reanálise do conjunto fático probatório dos autos.

Não bastasse, inviável a esta Corte, em sede de habeas corpus , rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recurso especial, de competência do STJ (art. 105, III, da Constituição Federal), salvo em caso de flagrante ilegalidade, o que não se verifica nos autos. Nesse sentido: HC 94.236/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 19.9.2013; HC 113.407/MA, Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, J. 18.12.2012; HC 112.323/MG, Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 25.9.2012; HC 85.195/RS, Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 07.10.2005, este assim ementado:

HABEAS CORPUS. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL, CONSISTENTE EM ACÓRDÃO QUE NÃO CONHECEU DO RECURSO ESPECIAL, AO FUNDAMENTO DE IMPUGNAÇÃO GENÉRICA E DE IMPRESCINDIBILIDADE DE REEXAME PROBATÓRIO.

O Superior Tribunal de Justiça é a jurisdição final sobre os pressupostos de admissibilidade do recurso especial, motivo pelo qual não pode o Supremo Tribunal Federal reapreciar tais requisitos e o rejulgar do recurso, salvo, por se tratar de habeas corpus, na hipótese de flagrante ilegalidade. Caso em que a Corte Superior de Justiça deu adequada solução ao recurso interposto. Inexistência, portanto, do alegado constrangimento ilegal.

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 109: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 109

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.618 (623)ORIGEM : RHC - 67091 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : EDGAR HENRIQUE ALCANTARA PINTOPACTE.(S) : FLAVIO FELIPE SARAIVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, nos autos do RHC 67.091/MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas. Consta dos autos, em síntese, que (a) os pacientes foram presos em flagrante pela suposta prática do crime de roubo majorado (art. 157, § 2º, II, do Código Penal); (b) em 27/1/2015, o juízo de origem converteu o flagrante em prisão preventiva; (c) inconformada, a defesa impetrou habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que denegou a ordem, e, em seguida, rejeitou os embargos de declaração; (d) interposto, então, recurso ordinário em habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, que lhe negou provimento, em acórdão assim ementado, no que interessa:

(...) 1. A jurisprudência deste Superior Tribunal firmou-se no sentido de que não ocorre ilegalidade ou abuso de poder na decisão que, fundamentadamente, descreve a gravidade dos fatos delituosos imputados ao recorrente – roubo mediante emprego de arma de fogo, em concurso de pessoas, além de violência contra adolescente – e indica a necessidade da sua custódia cautelar.

2. Condições subjetivas favoráveis ao recorrente não são impeditivas à decretação da prisão cautelar, caso estejam presentes os requisitos autorizadores da referida segregação. (Precedentes.)

3. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento.Nesta ação, a Defensoria Pública da União alega, em suma (a) a

inidoneidade dos fundamentos deduzidos para manter a prisão preventiva, sem a demonstração concreta da necessidade da medida; (b) que a primariedade dos paciente impede “pressupor que soltos eles causarão danos ou atentarão contra a ordem pública”. Requer, liminarmente, seja concedido aos pacientes “o direito de aguardar em liberdade o trâmite deste habeas corpus” e, no mérito, pleiteia a concessão da ordem para que seja cassado o decreto prisional até o trânsito em julgado da ação penal.

2. Nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva poderá ser decretada quando houver prova da existência do crime (materialidade) e indício suficiente de autoria, mais a demonstração de um elemento variável: (a) garantia da ordem pública; ou (b) garantia da ordem econômica; ou (c) por conveniência da instrução criminal; ou (d) para assegurar a aplicação da lei penal. Em qualquer dessas hipóteses, é imperiosa a indicação concreta e objetiva de que tais pressupostos incidem na espécie. Não basta, portanto, a alegação abstrata da gravidade do crime ou a repetição textual dos requisitos previstos na lei.

3. No caso, o juízo de origem decretou a prisão preventiva dos pacientes com fundamento na garantia da ordem pública, aos seguintes fundamentos:

A prisão, analisada pelos aspectos legais, não comporta aqui oportunidade para o relaxamento ou para a concessão de liberdade provisória.

No caso em tela, mesmo sendo os Autuados primários, constato que as circunstâncias do crime são graves, tendo a subtração sido efetivada mediante concurso de agentes, com simulação da posse de uma arma e emprego de violência contra a vítima, no caso uma adolescente, dando conta, assim, da periculosidade dos Autuados, revelando-se inadequada a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão preventiva, que se faz necessária para a garantia da ordem pública, vulnerabilizada com o crescente e alarmante número de assaltos que vem assolando nossa sociedade.

Assim, nos termos do art. 310, II, e presentes os requisitos do art. 312 c/c art. 313, I, todos do C.P.P., converto a prisão em flagrante de Flávio Felipe Saraiva e Edgar Henrique Alcântara Pinto em prisão preventiva”.

O Tribunal de Justiça, ao se pronunciar, manteve a custódia cautelar, eis que “a gravidade concreta do crime e as circunstâncias do fato, restaram suficientemente expostas”. Conforme afirmado, “os pacientes, agindo com animus furandi, em unidade de desígnios e previamente ajustados, mediante grave ameaça contra a pessoa exercida com simulacro de arma de fogo e emprego de violência contra a vitima, uma adolescente, subtraíram objetos de propriedade da vítima, realmente levam a um sentimento de insegurança social, podendo ser constatada a insurgência da ordem pública, ameaçada no delito de roubo”, de modo que, “havendo, pois, indícios acerca da autoria e também da dinâmica dos fatos, que demonstram a efetiva periculosidade dos pacientes, deve ser mantida a r. decisão combatida”.

E, no entender do Superior Tribunal de Justiça, encontra-se justificado o decreto prisional em razão de haverem os pacientes praticado, em tese, “delito de roubo mediante emprego simulacro de arma de fogo, em concurso de pessoas, com emprego de violência contra uma adolescente”.

4. Conforme destacado pelas instâncias antecedentes, é idônea a

fundamentação jurídica apresentada para justificar a decretação da prisão preventiva. Isso porque a decisão está lastreada em aspectos concretos e revelantes para resguardar a ordem pública, ante a periculosidade dos agentes, evidenciada pelas circunstâncias em que o delito teria sido praticado – roubo contra uma adolescente perpetrado em concurso de pessoas, mediante emprego de violência, exercida com uso de simulacro de arma de fogo. Na linha de precedentes desta Corte, tais circunstâncias autorizam a custódia cautelar: HC 122920, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 09-09-2014; RHC 117171, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 25-09-2013; HC 117090, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 04-09-2013; HC 116744-AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 04-09-2013; HC 97688, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, DJe de 27-11-2009; HC 110848, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 10-05-2012; HC 105043, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 06-05-2011; HC 131221, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 02-03-2016, esse último assim ementado:

“Habeas corpus. 2. Furto, roubos majorados, desacato e ameaça. Prisão preventiva. Condenação superveniente. 3. Tese de ausência de fundamentos válidos à custódia cautelar. Inocorrência. 4. A jurisprudência desta Corte consolidou entendimento no sentido de ser idônea a prisão decretada com base em fatos concretos observados pelo juiz na instrução processual, notadamente a periculosidade, não só em razão da gravidade do crime, mas também pelo modus operandi da conduta delituosa. 4.1. Prisão justificada na necessidade de garantir a ordem pública. 5. Após a sentença condenatória, não houve alteração fática a ensejar a devolução do status libertatis. 6. Ausência de constrangimento ilegal. Ordem denegada”.

5. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se.Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.619 (624)ORIGEM : HC - 350653 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : FABRICIO IRACET PETRECELIIMPTE.(S) : EDSON BUSTAMONTE PEREIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 350.653 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, interposto contra decisão do Ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, que negou seguimento ao HC 350.653/SC.

2. O caso é de não conhecimento do pedido. O habeas corpus foi impetrado diretamente contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ. Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por outra ação de habeas corpus, de competência de outro tribunal. A se admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/1990, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é, em verdade, medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF (HC 118.189, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 19/11/2013, DJe 24/4/2014; RHC 111.935, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/9/2013, DJe 30/9/2013; HC 97.009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/4/2013, DJe 4/4/2014).

3 . Pelo exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.656 (625)ORIGEM : RESP - 1274612 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : MARILYN DELINA RAGAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Intime-se a Defensoria Pública da União para que, no prazo de 5 (cinco) dias, promova a emenda da petição inicial, devendo informar nos autos a atual situação prisional da paciente, tendo em vista que a sua prisão em flagrante ocorreu em 2010.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 110

Após, analisarei o pedido liminar. Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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HABEAS CORPUS 133.668 (626)ORIGEM : HC - 330210 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : F M D CIMPTE.(S) : AURY LOPES JR E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 330.210 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça que indeferiu pedido de liminar no HC 330.210/RS.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.670 (627)ORIGEM : HC - 343476 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : LEONARDO MOREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : MERHEJ NAJM NETO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Despacho: Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.677 (628)ORIGEM : HC - 340373 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : WENDELL YGOR CARVALHO E SILVAIMPTE.(S) : GILMAR ALVES DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 340.373 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Intime-se a Defensoria Pública da União (DPU) para a assistência cabível, devendo promover a emenda da inicial no prazo de 10 (dez) dias.

Após, analisarei o pedido liminar declinado. Publique-se Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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HABEAS CORPUS 133.697 (629)ORIGEM : HC - 319903 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : WILLIAN FRANCISCO SILVA DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : WILLIAN FRANCISCO SILVA DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 319.903 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça que indeferiu pedido de liminar no HC 319.903/SP.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo

Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.699 (630)ORIGEM : HC - 352188 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : VALMAR MAIAIMPTE.(S) : VALTER MOREIRA DA COSTA JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 352.188 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Valmar Maia, apontando como autoridade coatora o Ministro Lázaro Guimarães, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 352.188/SP.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Assevera, ademais, a presença de constrangimento ilegal, pois a autuação em flagrante do paciente seria nula, uma vez que a autoridade policial teria ingressado em sua residência sem autorização judicial. A esse respeito, afirma que,

“apesar de nada de ilícito apreendido consigo, os policiais militares rumaram para sua residência e teriam invadido seu domicilio, inclusive arrombando o portão de entrada e a porta da cozinha que dá acesso ao interior da residência, sem seu consentimento, negando a posse de qualquer dos objetos apreendidos”.

No mais, aduz que a custódia preventiva do paciente padece de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os pressupostos autorizadores previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Defende, ainda, a aplicabilidade na hipótese de medidas cautelares diversas da prisão (CPP, art. 319).

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão preventiva do paciente seja revogada ou substituída por medidas cautelares diversas.

Examinados os autos, decido. O caso é de decisão indeferitória de liminar, devendo incidir, na

espécie, a Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de 'habeas corpus' impetrado contra decisão do Relator que, em 'habeas corpus' requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É certo que a jurisprudência da Corte tem acolhido o abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

Transcrevo o teor da decisão ora questionada:“I. Trata-se de habeas corpus substitutivo, com pedido liminar,

impetrado em benefício de VALMAR MAIA em face de decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Consta nos autos da ação penal nº 0002653-84.2016.8.26.0625 que o paciente está sendo acusado da prática de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/06) e sofre de constrangimento ilegal, porque a decisão que converteu prisão em flagrante em preventiva carece de fundamentação concreta. Aduz, ainda, nulidades da prisão em flagrante.

Requer a concessão da liminar para que seja revogada à prisão preventiva e concedida liberdade provisória com a aplicação das medidas cautelares, previstas no artigo 319, do Código de Processo Penal.

II. A análise dos autos, nos limites da cognição sumária, não permite a constatação de indícios suficientes para a configuração do fumus boni iuris, não restando configurada, de plano, a flagrante ilegalidade, a ensejar o deferimento da medida de urgência, devendo a quaestio ser apreciada pelo Colegiado, após uma verificação mais detalhada dos dados constantes dos autos.

Ante o exposto, INDEFIRO a liminar” (anexo 9).Não há como ter-se por desprovida de fundamentação ou teratológica

a decisão que entende não haver elementos suficientes, demonstrados de plano, para o deferimento da liminar. Pode e deve o magistrado, ao apreciar o pedido inicial, pautar-se no poder geral de cautela para buscar outros

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 111

elementos formadores das razões de decidir além daqueles trazidos pela impetração, sem que tanto caracterize constrangimento ilegal, abuso de poder ou teratologia.

A pretensão do impetrante é trazer ao conhecimento desta Suprema Corte, de forma precária, questões não analisadas, definitivamente, no Superior Tribunal de Justiça, em flagrante intenção de suprimir a instância antecedente.

Ademais, registro que a impetração encontra-se deficientemente instruída, uma vez que o título prisional expedido em desfavor do paciente encontra-se incompleto, não sendo possível, portanto, analisar os fundamentos que teriam amparado a conversão do flagrante em custódia cautelar.

É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de que “constitui ônus do impetrante instruir adequadamente o writ com os documentos necessários ao exame da pretensão posta em juízo” (HC nº 95.434/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 2/10/09).

A respeito da alegação de que a prisão do paciente seria nula pelo fato de a autoridade policial ter ingressado em sua residência sem autorização judicial, há informação nos autos de que os policiais militares receberam

“delação anônima de que uma pessoa (sexo masculino, guardava drogas no interior de una residência na Rua Cel. Esdras Eviumerodak de Oliveira, 388, e que tal pessoa utilizava de um veiculo Ford/Focus para se deslocar). Na Rua Cel. Marcondes de Matos avistaram um veiculo com tais características e decidiram abordar o único ocupante do automotor (ora indiciado). Em busca pessoal foi encontrado com o indiciado a quantia de R$ 2549,00 em dinheiro. Em buscas no carro nada foi localizada. O veículo foi liberado pro pai do indiciado, sendo que a delação nada comentava da utilização do carro para transporte droga. O ora indiciado ao ser indagado confessou a prática delitiva, dizendo que guardava drogas no interior de sua residência. Dirigiram-se ao mencionado imóvel, o qual estava trancado. O indiciado solicitou que a esposa fosse até o local, mas como ela não compareceu no sítio do evento, o próprio indiciado autorizou a quebra do cadeado e o arro11bamento da porta, o que foi feito. No imóvel foi encontrado, a) no fundo do im6vel, substâncias aparentando ser maconha, outras substâncias aparentando ser crack, duas balanças de precisão, fita (material costumeiramente utilizado para embalagem): b) no quarto do indiciado uma bolsa contendo algumas porções aparentando ser maconha, e, uma lata contendo uma munição de calibre 762 e 146 substâncias aparentando ser cocaína; c) no interior do guarda roupas havia substância aparentando ser cocaína (meio tijolo). O fato foi comunicado a Autoridade Policia que solicitou perícia no local, sendo que a perita criminal compareceu no sítio do evento, realizou exames e arrecadou as substâncias aparentando ser droga para correlato exame pericial”.

Logo, para se chegar a conclusão diversa necessário seria o reexame de fatos e provas não admitido em sede de habeas corpus. Nesse sentido: RHC nº 131.538/GO-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 1º2/16; HC nº 127.108/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe 14/12/15; HC nº 131.007/AgR-PE, Segunda Turma, de minha relatoria, DJe 15/12/15.

Com essas considerações, entendendo não demonstrada, satisfatoriamente, nenhuma ilegalidade flagrante que justifique a superação do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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HABEAS CORPUS 133.701 (631)ORIGEM : HC - 335747 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : AIRTON DIAS ALVINOIMPTE.(S) : PAULO SERGIO SEVERIANOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 335.747 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão monocrática do Superior Tribunal de Justiça que negou seguimento à idêntica ação constitucional, in verbis:

“Trata-se de habeas corpus com pedido liminar impetrado em favor de AIRTON DIAS ALVINO, contra acórdão proferida pela 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que proveu parcialmente a Apelação n. 0015584-58.2010.8.26.0196, para reduzir a pena para 01 (um) ano e 02 (dois) meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, e pagamento de 11 (onze) dias-multa, em razão da prática do delito previsto no art. 171, caput, do Código Penal.

Sustenta o impetrante a ocorrência de constrangimento ilegal sob o argumento de que deveria ser abrandado o modo prisional para o aberto, porquanto a condenação anterior, a qual o sentenciante valeu-se para

justificar a imposição do regime mais severo, refere-se a fato findo há mais de 05 (cinco) anos, não sendo, portanto, idôneo a gerar qualquer agravamento no sistema carcerário.

Defende que o quantum final da pena fixada autoriza a imposição do modo prisional aberto, conforme previsto no art. 33, § 2º, alínea c, do CP.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem constitucional para que o paciente aguarde em liberdade o julgamento final do writ. No mérito, pugna pela fixação do regime inicial aberto.

A liminar foi indeferida.O Ministério Público Federal opinou pelo não conhecimento do writ.É o relatório.Inicialmente, cumpre atestar a inadequação da via eleita para a

insurgência contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento jurídico prevê recurso específico para tal fim, nos termos do artigo 105 da Constituição Federal, circunstância que impede o seu formal conhecimento, conforme entendimento pacífico no âmbito desta Corte Superior de Justiça.

[…]O alegado constrangimento ilegal, entretanto, será analisado para a

verificação da eventual possibilidade de atuação ex officio, nos termos do artigo 654, § 2º, do Código de Processo Penal.

Infere-se dos autos que o paciente foi condenado à pena de 02 (dois) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 20 (vinte) dias-multa, pela prática do delito previsto no art. 171, caput, do Código Penal.Irresignada, a defesa interpôs recurso de apelação perante a Corte de origem, a qual proveu parcialmente, para reduzir a reprimenda para 01 (um) ano e 02 (dois) meses de reclusão, e pagamento de 11 (onze) dias-multa, mantido, no mais, o édito condenatório.

No que concerne ao regime inicial, verifica-se que o juízo sentenciante fixou o intermediário, sob o seguinte fundamento:

‘O regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade é o semi-aberto em razão dos péssimos antecedentes antes comentados, que também impedem a concessão de benefícios.’ (e-STJ fls. 18-19).

A Corte impetrada manteve o modo prisional semiaberto limitando-se a afirmar que ‘o regime não poderia ser diverso do semiaberto’ (e-STJ fl. 30).

Acerca do tema, cumpre salientar que, a teor da jurisprudência reiterada deste Sodalício, a escolha do regime inicial não está atrelada, de modo absoluto, ao quantum da pena corporal firmada, devendo-se considerar as demais circunstâncias do caso concreto, especialmente o contido no art. 59 do CP.

Assim, não se pode considerar ilegal a sentença condenatória e o acórdão impugnado no ponto em que deixaram de fixar o regime aberto, pois, embora a reprimenda tenha sido definitivamente estabelecida em patamar inferior a 04 (quatro) anos, é possível constatar a presença de circunstâncias judiciais desfavoráveis ao paciente.

Correta, portanto, a imposição do regime inicial intermediário, nos termos em que apresentados, os quais corroboram, inclusive, ser este o único apto a prevenção e a repressão do delito denunciado no caso concreto, consoante o disposto no art. 33 do Código Penal.

[…]Ademais, no que concerne à alegação de que a condenação anterior,

utilizada para fundamentar a imposição do modo prisional intermediário teria sido atingida pelo período depurador, observa-se que o Sodalício estadual não se manifestou sobre a referida tese, o que torna inviável a análise diretamente por esta Corte Superior, sob pena de incidir em indevida supressão de instâncias.

Nesse contexto, verifica-se que a fixação do regime inicial semiaberto, mantida pelo Tribunal apontado como coator, encontra-se devidamente justificada, não havendo ilegalidade a reparar.

Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei 8.038/90, e 34, inciso XVIII, do Regimento Interno deste Superior Tribunal, nega-se seguimento ao habeas corpus.

[…].”O impetrante reitera as razões relatadas no decisum acima transcrito,

cuja reprodução é aqui dispensada, para evitar tautologia, e requer a concessão de liminar a fim de que o paciente aguarde, em regime aberto, o julgamento definitivo deste writ e, no mérito, o reconhecimento do direito ao regime aberto.

É o relatório.DECIDO.O impetrante não se desincumbiu do ônus de interpor agravo

regimental da decisão que negou seguimento ao habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, ou seja, não exauriu a jurisdição no âmbito daquela Corte, conforme exigido pelo artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, in verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

II – julgar, em recurso ordinário:a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o

mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” (grifei).

In casu, caberia ao recorrente a interposição de agravo regimental, à luz do que prevê o art. 39 da Lei n. 8.038/90: “Da decisão do Presidente, do Tribunal, da Seção, de Turma ou de Relator que causar gravame à parte, caberá agravo para o órgão especial, Seção ou Turma, conforme o caso, no

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 112

prazo de 5 (cinco) dias”.O constituinte fez clara opção pelo princípio da colegialidade ao

franquear a competência desta Corte para apreciação de recurso ordinário em habeas corpus – consoante disposto na alínea “a” do inciso II do artigo 102 – quando decididos em única instância pelos Tribunais Superiores. E não há de se estabelecer a possibilidade de flexibilização dessa regra constitucional de competência, pois, sendo matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades – no caso, membros de Tribunais Superiores – cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo. Daí porque, em situação similar, a Primeira Turma desta Corte, por ocasião do julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 108.877/RS, relatora Ministra Cármen Lúcia, deixou expresso que ““não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça”. No mesmo sentido, RHC 117.267/SP, relator Ministro Dias Toffoli.

Cf., no mesmo sentido, o acórdão proferido no julgamento do RHC 111.639/DF, relator Ministro Dias Toffoli, cuja ementa possui o seguinte teor:

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Roubo circunstanciado pelo emprego de arma. Aplicação do aumento de pena previsto no inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal. Decisão monocrática do relator do habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça a ele negando seguimento. Não cabimento do recurso ordinário. Precedentes. Recurso não conhecido. Ofensa ao princípio da colegialidade. Concessão de ordem de habeas corpus de ofício. Precedentes. 1. Segundo o entendimento da Corte ‘não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça’ (RHC nº 108.877/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/10/11). 2. Recurso não conhecido(...)” (grifei).

A Constituição Federal restringiu a competência desta Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal Superior, considerando o princípio da colegialidade. Entender de outro modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada pela Constituição.

Vê-se, ademais, que a tese de inocorrência de reincidência foi inaugurada neste writ, que, também por essa razão, não pode ser conhecida, sob pena de supressão de instância.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF, restando prejudicada a análise do pleito cautelar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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HABEAS CORPUS 133.703 (632)ORIGEM : HC - 345793 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : SANSÃO DE MATOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 345.793 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão monocrática do Superior Tribunal de Justiça que indeferiu pleito cautelar formalizado no bojo de idêntica ação constitucional, in verbis:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de SANSÃO DE MATOS – preso cautelarmente desde 22/10/2013 e acusado da suposta prática do crime tipificado no art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal – contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Embargos de Declaração do HC n. 2153949-88.2015.8.26.0000).

Na origem, a defesa alegou que o Tribunal, ao declarar a nulidade do processo, para retroagir à fase de instrução, teria sido omisso, porquanto não avaliou o pedido de relaxamento da prisão cautelar. A Corte a quo, contudo, rejeitou os embargos, recebendo o julgado a seguinte ementa (e-STJ fl. 266):

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – ALEGAÇÃO DE OMISSÃO EM RELAÇÃO A TESE DEFENSIVA – IMPROCEDÊNCIA – OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO SE PRESTAM AO FIM ALMEJADO PELO RECORRENTE – ARCABOUÇO DEVIDAMENTE EXAMINADO PARA A PROLAÇAO DO V. ARESTO, SENDO INCABÍVEL O MANEJO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS PARA INSTAURAR, POR VIAS OBLÍQUAS, DEBATE ENTRE O COLEGIADO E A DEFESA – EMBARGOS REJEITADOS.

Na presente oportunidade, a Defensoria Pública, de início, esclarece que ‘o E. Tribunal de Justiça de São Paulo, em julgamento realizado em 15 de setembro de 2015, concedeu parcialmente a ordem de habeas corpus somente para reconhecer a nulidade absoluta do depoimento da testemunha Danilo Silva Santiago – cuja audiência, datada de 19.03.2013, foi realizada na ausência completa de Defesa técnica – determinando-se a sua renovação, bem como dos atos decisórios posteriores e correlatos. Porém, manteve todos os demais atos instrutórios, o interrogatório do paciente (e dos demais réus) e, notadamente, a prisão preventiva contra o paciente’ (e-STJ fl. 9). Mais que

isso, ‘o pedido de relaxamento da prisão não foi apreciado no julgamento do mérito, restando, pois, uma omissão que deveria ser superada’ (e-STJ fl. 10), mesmo diante da declaração de nulidade que fez retroagir à audiência realizada em 19.03.2013, sendo esse o motivo pelo qual se julgou prejudicado o HC 333.420/SP anteriormente impetrado nesta Corte (e-STJ fl. 10). Explica que a prisão foi mantida (não reconheceu o excesso de prazo) mesmo após a defesa opor embargos de declaração.

Argumenta que ‘o paciente esta preso cautelarmente há mais de dois anos; que a audiência impugnada foi anulada pelo Tribunal de Justiça; que não foi o paciente quem deu causa ao vício processual; que ainda há data para a realização do plenário de julgamento, a Defensoria Pública, após esgotados os meios de impugnação perante o Juízo de primeira instância e o E. Tribunal de Justiça, se socorre, uma vez mais, do presente Habeas Corpus com o objetivo de impugnar o v. Acórdão e postular o relaxamento da prisão em favor do paciente por violação ao direito fundamental à razoável duração do processo’ (e-STJ fls. 14/15).

Diante disso, pede, liminarmente e no mérito, ‘para autorizar ao paciente que aguarde em liberdade o julgamento do mérito do presente writ – expedindo-se o competente alvará de soltura em seu favor – e, ao final, após o parecer da Douta Procuradoria da República, a concessão da ordem para relaxar a prisão preventiva por violação ao direito fundamental à razoável duração do processo e por ausência de título judicial que justifique a prisão (já que a pronúncia também foi anulada)’ (e-STJ fl. 22).

É o relatório, decido.A liminar em recurso ordinário em habeas corpus, bem como em

[recurso ordinário em] habeas corpus, não possui previsão legal, tratando-se de criação jurisprudencial que visa a minorar os efeitos de eventual ilegalidade que se revele de pronto na impetração.

No caso dos autos, ao menos em juízo de cognição sumária, não verifico manifesta ilegalidade apta a justificar o deferimento da medida de urgência. Isso porque o excesso de prazo não resulta de um critério aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do caso concreto.

Assim, não obstante os fundamentos apresentados pela defesa do recorrente, mostra-se imprescindível um exame mais aprofundado dos elementos de convicção constantes dos autos, para se aferir a existência de constrangimento ilegal, valendo ressaltar que o pedido liminar confunde-se com o próprio mérito, o qual deverá ser analisado em momento oportuno, por ocasião do julgamento definitivo do habeas corpus.

[…].”A impetrante, Defensoria Pública do Estado de São Paulo, alega que

o paciente sofre constrangimento ilegal por se encontrar preso desde 2013, sem que possa ser atribuída à defesa a responsabilidade pela mora processual, que decorre da circunstância de o Superior Tribunal de Justiça ter determinado a anulação da audiência de inquirição de testemunhas para a qual ela, a defesa, não fora intimada, bem como os atos processuais posteriores, inclusive a decisão de pronúncia que manteve a prisão cautelar do paciente, a evidenciar que esta não tem mais nenhum sustentáculo.

Requer o afastamento da Súmula 691/STF e a concessão da ordem, liminarmente e no mérito, para que o paciente seja posto imediatamente em liberdade.

É o relatório.DECIDO.O conhecimento deste writ enquanto pendente de exame o mérito de

HC impetrado no Tribunal a quo traduz indevida supressão de instância e, por conseguinte, violação das regras constitucionais definidoras da competência dos tribunais superiores, consoante pacífica jurisprudência desta Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. QUESTÕES NÃO CONHECIDAS PELO STJ. AUTORIDADE COATORA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCOMPETÊNCIA DO STF. NEGATIVA AO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE FUNDAMENTADA. PRISÃO ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO. INSTRUÇÃO CRIMINAL ENCERRADA. EXCESSO DE PRAZO. PREJUDICADO. ORDEM DENEGADA. 1. O Superior Tribunal de Justiça não se manifestou acerca do regime prisional imposto ao paciente no que concerne ao crime de tráfico de drogas e da possibilidade de aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 22, § 4º, da Lei 11.343/06. 2. No que diz respeito aos temas não abordados pela Corte Superior, a autoridade coatora é o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Com efeito, não compete a esta Suprema Corte conhecer dessas matérias, sob pena de supressão de instância. Precedentes. 3. A proibição ao direito de o paciente recorrer em liberdade foi devidamente fundamentada. Ademais, o paciente foi preso em flagrante e permaneceu preso durante toda a instrução criminal. 4. A alegação de excesso de prazo fica prejudicada pelo fim da instrução penal e pela prolação de sentença condenatória. Precedentes. 5. Writ conhecido em parte e denegado.” (HC 100595/SP, Relatora Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 22/2/2011, DJ de 9/3/2011).

“HABEAS CORPUS. PEDIDO DE LIBERDADE. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. REINCIDÊNCIA. REGIME FECHADO. POSSIBILIDADE. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA PARTE, DENEGADA. O impetrante, embora também tenha requerido a liberdade do paciente, não apresentou qualquer fundamento para tanto. Simplesmente fez o pedido. Além disso, o STJ não se manifestou sobre a questão. Portanto, não há como o

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habeas corpus ser conhecido nesse ponto, sob pena de supressão de instância. Quanto ao pedido de fixação do regime prisional aberto ou semi-aberto, o TJSP, ao impor o regime fechado, considerou o fato de o paciente ser, de acordo com a sentença, multi-reincidente. Tal fundamento está em harmonia com o disposto nas alíneas b e c do § 2º do art. 33 do Código Penal, segundo as quais tanto o regime aberto, quanto o semi-aberto são reservados aos réus não reincidentes. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa parte, denegado.” (HC 100616 / SP - Relator Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, Julgamento em 08/02/2011, DJ de 14/3/2011).

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PEDIDO DE COMUTAÇÃO DE PENA. JUÍZO DE ORIGEM. APRECIAÇÃO. AUSÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE SEU EXAME PELO STF SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS. ALEGAÇÃO DE DEMORA NO JULGAMENTO DO MÉRITO DE WRIT PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EXCESSO DE IMPETRAÇÕES NA CORTE SUPERIOR PENDENTES DE JULGAMENTO. FLEXIBILIZAÇÃO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO QUE SE MOSTRA COMPREENSÍVEL. APOSENTADORIA DO RELATOR DOS FEITOS MANEJADOS EM FAVOR DO PACIENTE. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO PARA DETERMINAR SUA REDISTRIBUIÇÃO. I - O pedido de comutação da pena não pode ser conhecido, uma vez que esta questão não foi sequer analisada pelo juízo de origem. Seu exame por esta Suprema Corte implicaria indevida supressão de instância e extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal. II - O excesso de trabalho que assoberba o STJ permite a flexibilização, em alguma medida, do princípio constitucional da razoável duração do processo. Precedentes. III - A concessão da ordem para determinar o julgamento do writ na Corte a quo poderia redundar na injustiça de determinar-se que a impetração manejada em favor do paciente seja colocada em posição privilegiada com relação a de outros jurisdicionados. IV - Ordem concedida de ofício para determinar a redistribuição dos habeas corpus manejados no STJ em favor do paciente, em razão da aposentadoria do então Relator.” (HC 103835/SP Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, Julgamento em 14/12/2010, DJ de 8/2/2011).

“Habeas corpus. Homicídio. Prisão ordenada independentemente de trânsito em julgado. Superveniência do trânsito em julgado. Writ prejudicado. Fixação de regime inicialmente fechado. Questão não submetida ao crivo do STJ. supressão de instância. Habeas corpus não conhecido. 1. Prejudicialidade do writ impetrado perante Tribunal Superior fundada em decisão liminar, precária e efêmera, obtida pelo paciente perante esta Suprema Corte inocorrente. 2. Superveniência de trânsito em julgado da decisão condenatória, a ensejar o reconhecimento da prejudicialidade de ambas as impetrações. 3. A questão relativa à propriedade do regime prisional imposto ao paciente pela decisão condenatória não foi submetida ao crivo do Superior Tribunal de Justiça, não se admitindo a apreciação do tema por esta Suprema Corte, de forma originária, sob pena de configurar verdadeira supressão de instância. Precedentes. 4. Writ não conhecido.” (HC 98616/SP, Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Órgão Julgador: Primeira Turma, Julgamento em 14/12/2010).

A atuação ex officio desta Corte resta inviabilizada quando, como no caso sub examine, inexiste teratologia ou flagrante constrangimento ilegal na decisão que indefere a liminar sob o fundamento da inviabilidade, nos limites estreitos de seu exame, de análise mais detida das razões da impetração em cotejo com as informações requeridas às instâncias precedentes, notadamente quando se trata de aferir a responsabilidade por eventual demora processual à luz dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF, restando prejudicada a análise do pleito cautelar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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HABEAS CORPUS 133.704 (633)ORIGEM : RHC - 67084 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : REGINALDO CESINO DOS SANTOSIMPTE.(S) : ROMULO ARARIBOIA FARACOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 67.084 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, interposto contra decisão da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça, que negou seguimento ao RHC 67.084/SP.

2. O caso é de não conhecimento do pedido. O habeas corpus foi impetrado diretamente contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ. Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por outra ação de habeas corpus, de competência de outro tribunal. A se

admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/1990, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é, em verdade, medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF (HC 118.189, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 19/11/2013, DJe 24/4/2014; RHC 111.935, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/9/2013, DJe 30/9/2013; HC 97.009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/4/2013, DJe 4/4/2014).

3 . Pelo exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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HABEAS CORPUS 133.708 (634)ORIGEM : HC - 333425 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : AMAURY GUILHERME TRINDADE DA SILVAIMPTE.(S) : FÁBIO ROGÉRIO DONADON COSTACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 333.425 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

A Ministra Cármen Lúcia proferiu despacho de encaminhamento destes autos à Presidência, nos seguinte termos:

“HABEAS CORPUS. SUBMISSÃO, À PRESIDÊNCIA, DO PEDIDO DA DEFESA DE REDISTRIBUIÇÃO DESTA IMPETRAÇÃO POR PREVENÇÃO.

1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado por Fábio Rogério Donadon Costa, advogado, em benefício de Amaury Guilherme Trindade da Silva, contra decisão do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 20.8.2015, indeferiu a medida liminar no Habeas Corpus n. 333.425.

O caso2. Em 28.4.2015, o Juízo da Vara Criminal da Comarca de Tupã/SP

converteu em preventiva a prisão temporária do Paciente por tráfico e associação para o tráfico.

3. A defesa impetrou o Habeas Corpus n. 2089482-03.2015.8.26.0000 e, em 13.8.2015, a Décima Quinta Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo denegou a ordem:

‘HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. Paciente acusado da prática do crime equiparado a hediondo previsto no artigo 33, caput, e 35, ambos da Lei n.º 11.343/06. Custódia cautelar fundamentada. Juízo de valor acerca da conveniência da medida que se revela pela sensibilidade do julgador diante da conduta delitiva e os seus consectários no meio social. Inteligência dos artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal. Caso concreto que não recomenda a aplicação de medida cautelar diversa da prisão. Constrangimento ilegal não configurado. ORDEM DENEGADA’.

4. Esse julgado foi objeto do Habeas Corpus n. 333.425 e, em 20.8.2015, o Relator, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu a medida liminar:

‘Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em benefício de AMAURY GUILHERME TRINDADE DA SILVA, preso em flagrante por suposta infração aos arts. 33, caput, e 35, ambos da Lei n. 11.343⁄2006, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que denegou a ordem originária, mantendo a custódia cautelar do paciente, nos termos da seguinte ementa (e-STJ fl. 78):

HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. Paciente acusado da prática do crime equiparado a hediondo previsto no artigo 33, caput, e 35, ambos da Lei n° 11.343⁄06. Custódia cautelar fundamentada. Juízo de valor acerca da conveniência da medida que se revela pela sensibilidade do julgador diante da conduta delitiva e os seus consectários no meio social. Inteligência dos artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal. Caso concreto que não recomenda a aplicação da medida cautelar diversa da prisão. Constrangimento ilegal não configurado. ORDEM DENEGADA.

Na presente impetração, a defesa alega, em síntese, não estarem presentes os requisitos autorizadores da medida constritiva previstos no art. 312 do CPP.

Sublinha ser o paciente primário e que, em eventual condenação, deverá ter sua pena reduzida nos termos do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343⁄2006, o que torna a constrição cautelar mais grave do que a pena que, ao final, poderá ser imposta.

Diante disso requer, em liminar, a revogação de decreto de prisão preventiva.

É o relatório.A liminar em habeas corpus não possui previsão legal, tratando-se de

criação jurisprudencial para os casos de manifesta ilegalidade que se revele de pronto na impetração.

Em um juízo de cognição sumária, não visualizo manifesta ilegalidade

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no ato ora impugnado que justifique o deferimento da medida de urgência. Isso porque, não obstante os fundamentos apresentados pela defesa,

mostra-se imprescindível um exame mais aprofundado dos elementos de convicção carreados aos autos, para se aferir a existência de constrangimento ilegal.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar. Solicitem-se informações ao Juízo processante e ao Tribunal de

origem. Após, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal’.5. Essa decisão é o objeto do presente habeas corpus, no qual o

Impetrante alega que a ‘presente impetração tem distribuição por prevenção exclusiva no HC-128.834 [Relator o Ministro Marco Aurélio, distribuído em 15.6.2015 e ainda em trâmite neste Supremo Tribunal], pois os fatos daquela são continuidade desta impetração, além da materialidade da droga apreendida naquele, faz materialidade neste, portanto conexos, quando na verdade uma única investigação da polícia, resultando em ambas impetrações, pela mesma conduta e materialidade fracionada em duas fases o flagrante da Sr. Vilma e posteriormente o pedido de prisão preventiva do paciente’.

6. Pelo exposto, submeto à Presidência a questão referente à necessidade de redistribuição dos presentes autos por prevenção ao Ministro Marco Aurélio” (documento eletrônico 12).

É o relatório necessário.Decido.O presente writ e o HC 128.834/SP, ao qual se alega a prevenção do

Ministro Marco Aurélio, têm origem no Inquérito Policial 2872/14, conforme se verifica pelo conteúdo do documento eletrônico 3.

Prevento, portanto, o Ministro Marco Aurélio, relator do HC 128.834/SP, uma vez que incide, na espécie, o disposto no art. 77-D, caput, do RISTF, in verbis:

“Art. 77-D. Serão distribuídos por prevenção os habeas corpus oriundos do mesmo inquérito ou ação penal”.

Isso posto, determino a redistribuição destes autos ao ministro Marco Aurélio, relator do HC 128.834/SP, nos termos do caput do art. 77-D do RISTF.

A Secretaria deverá, oportunamente, proceder à compensação da distribuição ao Relator designado, observada a norma do § 4º do art. 67 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIPresidente

HABEAS CORPUS 133.710 (635)ORIGEM : RESP - 1544195 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : LUCIANO BRAZ PEREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 1.544.195 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido nos autos do REsp 1.544.195/CE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. Consta dos autos, em síntese, que o paciente (a) foi condenado à pena de 6 meses de detenção, em regime aberto, substituída por duas penas restritivas de direito, pela prática do crime de favorecimento pessoal (art. 348 do CP); (b) no recurso de apelação da defesa, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região manteve na íntegra a condenação; (c) irresignada, a defesa interpôs recurso especial, que, admitido na origem, teve seu seguimento negado no Superior Tribunal de Justiça, em decisão confirmado pelo colegiado no julgamento do agravo regimental, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DO COLEGIADO. INOCORRÊNCIA. FAVORECIMENTO PESSOAL. FRAGILIDADE PROBATÓRIA E AUSÊNCIA DE DOLO ESPECÍFICO. ACÓRDÃO QUE CONFIRMA A CONDENAÇÃO. EXAME DE PROVA. SUM. 7/STJ.

I. O julgamento monocrático do recurso especial encontra previsão no art. 557 do CPC e no art. 3º do CPP, não havendo se falar em ofensa ao princípio da colegialidade. Ademais, a interposição de agravo regimental, com a devolução da matéria recursal ao órgão colegiado supera eventual ofensa ao aludido postulado.

II. As instâncias ordinárias, soberanas na análise das circunstâncias fáticas da causa, entenderam que o acusado agiu com intenção de prestar auxílio aos criminosos, restando tipificado o crime previsto no art. 348 do Código Penal. Infirmar tal conclusão, implica em exame aprofundado do material fático-probatório, inviável em recurso especial, a teor da Súm. n. 7/STJ.

III. Agravo regimental improvido”.Nesta ação, a Defensoria Pública da União alega, em suma, (a) que a

apreciação do caso não demanda o reexame do substrato fático-probatório dos autos, já que a insurgência volta-se contra a negativa de vigência à Lei Federal; (b) a ausência de adequação típica dada a “ausência de dolo que

configure o crime de favorecimento pessoal”; (c) que “não basta a simples conduta de auxiliar o agente criminoso; é preciso que tal auxílio tenha se dado com o especial fim de ludibriar a ação perseguidora das autoridades públicas, o que não se deu in casu, pois, ora, está colacionado nos autos que o recorrente apenas tentou conduzir os acusados objetivando obter assistência de um advogado, sem olvidá-los da aplicação da lei”. Requer, liminarmente, a suspensão dos efeitos da condenação, mediante eventual imposição de medida cautelar constante do art. 319 do CPP, obstando-se a deflagração da execução penal até decisão final nestes autos. No mérito, pleiteia a concessão da ordem para que seja reconhecida a atipicidade da conduta, com a consequente absolvição do paciente.

2. A apontada ausência de dolo do paciente para a prática da conduta de favorecimento pessoal deixou de ser analisada pelo Superior Tribunal de Justiça, que se limitou a concluir pela inviabilidade de incursão no acervo fático-probatório dos autos em recurso especial, com fundamento na Súmula 7 daquela Corte.

Desse modo, não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em sede de habeas corpus, rever o preenchimento ou não dos pressupostos de admissibilidade de recurso especial, de competência do STJ (art. 105, III, da Constituição Federal), salvo em caso de flagrante ilegalidade, o que não se verifica nos autos. Nesse sentido: HC 94.236/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 19.9.2013; HC 113.407/MA, Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, J. 18.12.2012; HC 112.323/MG, Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 25.9.2012; HC 85.195/RS, Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 07.10.2005).

3. Não bastasse, o TRF-5ª Região afastou a tese de atipicidade da conduta por ausência de dolo com as relevantes considerações:

“O cerne do apelo está no dolo do agente. As conclusões adotadas decisão impugnada, todavia, realizaram a melhor leitura das provas carreadas aos autos; é relevante notar, neste sentido, que o acusado, embora sustente sua boa fé:

'(i) tinha consciência de que um crime houvera sido cometido, conforme seu próprio depoimento às fl. 05: 'que ANDERSON disse ao declarante que ele, PAULO WENDERSON e um terceiro indivíduo tinham roubado e matado um policial',

(ii) ciente de que o veículo Ford Ecosport tinha sido utilizado na fuga, levou-o a um lava-jato, de certo para que fossem limpos os resquícios de sangue do criminoso que fora baleado na ação;

(iii) confessou que, por medo de ser ligado ao latrocínio, não voltou ao lava-jato para buscar, o veículo (fls. 05/07, IPL);

(iv) ainda assim, foi até o município de Paracuru/CE buscar Anderson e Paulo com a intenção conduzi-los a Fortaleza/CE;

A partir do contexto narrado, resta cristalina a intenção do agente em prestar auxílio aos criminosos, sendo absolutamente inverossímil que tenha se dirigido a um município do interior, a pedido de quem sabia ser criminoso, apenas para 'levá-lo a um advogado para que pudessem se apresentar as autoridades policiais', e não com objeto de subtraí-los da autoridade policial”.

4. Como se observa, as razões de decidir revelam que o convencimento das instâncias ordinárias encontrou respaldo em circunstâncias aptas e relevantes a concluir-se pela responsabilidade criminal do paciente, não sendo possível vislumbrar-se qualquer arbitrariedade sanável pela via estreita do habeas corpus. Aliás, assim como nos recursos especiais, também é inviável nesta via processual proceder-se ao reexame dos fatos e provas da causa. Conforme precedente desta Suprema Corte, “a fundamentação exposta no voto que embasou a condenação do paciente pelo Tribunal de Justiça se revela hábil e coerente, não havendo qualquer vício no acórdão da Corte local que possa ensejar a declaração de nulidade do julgamento. Além disso, repisa-se, não é possível revolver exame de prova em sede de habeas corpus” (HC 95.725/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, Dje 14/11/2008).

5. Pelo exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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HABEAS CORPUS 133.713 (636)ORIGEM : HC - 324945 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : RODRIGO APARECIDO DA CRUZIMPTE.(S) : CÍCERO SALUM DO AMARAL LINCOLN E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 324.945 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar nos autos do HC 324.945/SP, confirmada, posteriormente, no julgamento do agravo regimental pela Quinta Turma daquele Tribunal Superior.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 115

admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.716 (637)ORIGEM : HC - 351633 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JOÃO ANTÔNIO BEZERRAIMPTE.(S) : JOÃO ANTÔNIO BEZERRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 351.633 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar nos autos do HC 351.633/SP.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.717 (638)ORIGEM : HC - 352361 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : RENATO ALVESIMPTE.(S) : FÁBIO ROGÉRIO DONADON COSTACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 352.361 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar nos autos do HC 352.361/SP.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.723 (639)ORIGEM : CC - 144710 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : MÁRCIO JOSÉ GUIMARÃESIMPTE.(S) : RODRIGO DE OLIVEIRA CARVALHOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu o agravo regimental interposto nos autos do CC 144.710/RJ. Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente foi transferido, em 5/1/2007, para a unidade prisional federal de Catanduvas/PR pelo período

de 360 dias; (b) lá permanecera, após sucessivas renovações, até 25/11/2010, quando, na mesma data, fora removido para a unidade prisional federal de Porto Velho/RO e, em 18/9/2012, foi transferido para a unidade de Mossoró/RN; (c) em 2015, o Juízo Federal determinou a devolução do paciente ao sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro (local do Juízo de origem); (d) contra essa decisão, o juízo de origem suscitou conflito de competência ao STJ, que declarou a competência do “Juízo Corregedor da Penitenciária Federal de Mossoró – SJ/RN, ora suscitado, o qual deve acompanhar o cumprimento da pena privativa de liberdade imposta ao apenado Márcio José Guimarães, custodiado na Penitenciária Federal em Mossoró-RN”.

Neste habeas corpus, o impetrante alega, em suma, que (a) o Juízo de origem valeu-se dos mesmos fatos que geraram a transferência inicial para alcançar dez prorrogações consecutivas; (b) a manutenção do paciente no sistema penitenciário federal impediu a análise dos requisitos legais para a renovação da permanência pelo Juízo Federal, conforme disposições expressas na Lei 11.671/2008; (c) “por força da decisão coatora, o juízo federal está impedido de prolatar qualquer decisão analisando o preenchimento dos requisitos para renovação da permanência do paciente na penitenciária federal de Mossoró/RN, vilipendiando os princípios do livre convencimento do juiz”. Requer, liminarmente, que seja declarada a nulidade da decisão combatida, “na parte em que proíbe a devolução ao Estado de origem (podendo o paciente ser remanejado para outro estado da federação), impedindo o Juízo Federal da Penitenciária Federal em Mossoró/RN de exercer o poder jurisdicional conferido pela Lei Federal nº 11.671/08, além de suprimir a competência da Justiça Federal estabelecida na Constituição da República (avaliação do preenchimento dos requisitos legais para a inclusão e renovação da permanência de presos em bem público da União - penitenciária federal de Mossoró/RN)”. No mérito, pede a confirmação da liminar pleiteada.

2. Consideradas as especiais circunstâncias da causa (= logística necessária para uma operação dessa natureza, bem como as despesas dela decorrentes), o exame da pretensão será feito no momento próprio, em caráter definitivo.

3. Com essas considerações, indefiro o pedido de liminar. Solicitem-se informações ao Juízo Corregedor da Penitenciária Federal de Mossoró/RN e ao Juízo de Direito da Vara de Execuções Penais da Comarca do Rio de Janeiro/RJ. Após, à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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HABEAS CORPUS 133.732 (640)ORIGEM : RESP - 1467197 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DIONE GUILHERME DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Dione

Guilherme dos Santos, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp nº 1.467.197/MG, Relator o Ministro Nefi Cordeiro.

A impetrante alega, em síntese, estarem presentes os requisitos necessários à aplicação do postulado da insignificância. Aduz, para tanto, que

“a res furtiva do caso em tela, documentos pessoais, não foi avaliada pela perícia, ônus que cabia à acusação para possibilitar o efetivo direito de defesa.

No mais, além da necessidade de presunção do ínfimo valor, ante à ausência de avaliação da perícia, torna-se evidente que não houve ofensa ao bem jurídico tutelado, pois a res furtiva foi integralmente restituída à vítima, não havendo que se falar em dano ao patrimônio” (fl. 6 da inicial).

Assevera, ademais, que “a existência da qualificadora do delito não impede a incidência do princípio da insignificância” (fl. 7 da inicial).

Requer o deferimento da liminar para suspender os efeitos do julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça e, no mérito, pede a concessão da ordem para que seja reconhecida “a atipicidade da conduta do [paciente], em razão da aplicação do princípio da insignificância, afastando a decisão do Superior Tribunal de Justiça, mantendo a decisão que [o] absolveu (...)” (fl. 9 da inicial).

Examinados os autos, decido.Transcrevo a ementa do acórdão questionado:“PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. FURTO

QUALIFICADO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO INCIDÊNCIA. AÇÃO PREMEDITADA E CALCULADA. CONCURSO DE AGENTES. ADOLESCENTE. MAIOR REPROVABILIDADE NA CONDUTA. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

1. Sedimentou-se a orientação jurisprudencial no sentido de que a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 116

incidência do princípio da insignificância pressupõe a concomitância de quatro vetores: a) a mínima ofensividade da conduta do agente; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada.

2. As circunstâncias do crime, por si só, afastam a aplicação do princípio da insignificância, uma vez que o crime não foi um furto de ocasião, mas uma atitude premeditada e, na hipótese, a atuação em concurso de agentes, envolvendo um adolescente, são fatores que acentuam a reprovabilidade da conduta.

3. Agravo regimental improvido” (fl. 66). O julgado proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça

não evidencia ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia. Com efeito, a decisão emanada daquela Corte encontra-se suficientemente motivada, restando justificado o convencimento formado.

Ademais, entendo não ser possível acatar a tese de irrelevância material da conduta praticada pelo paciente, pois, conforme destacou o Ministro Nefi Cordeiro em seu voto, a conduta delituosa foi praticada “em concurso de agentes, envolvendo um adolescente, [o] que [acentua] a reprovabilidade da conduta” (fl. 70).

Esse entendimento não afronta a jurisprudência o Supremo Tribunal Federal, segundo a qual não incide o princípio da insignificância em crime de furto qualificado. Cito, por exemplo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE REFORÇO INDEVIDO NA FUNDAMENTAÇÃO. REPRODUÇÃO DAS CONSTATAÇÕES FÁTICAS AFIRMADAS NAS INSTÂNCIAS INFERIORES. NÃO INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. FURTO QUALIFICADO PELO CONCURSO DE AGENTES, PRATICADO DURANTE O REPOUSO NOTURNO. REINCIDÊNCIA” (HC nº 130.617/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 29/2/16);

“‘HABEAS CORPUS’ – O POSTULADO DA INSIGNIFICÂNCIA E A FUNÇÃO DO DIREITO PENAL: ‘DE MINIMIS, NON CURAT PRAETOR’ – RELAÇÕES DESSA CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA TIPICIDADE PENAL EM SUA DIMENSÃO MATERIAL COM OS PRINCÍPIOS DA FRAGMENTARIEDADE E DA INTERVENÇÃO MÍNIMA DO ESTADO EM MATÉRIA PENAL – NECESSIDADE DE CONCRETA IDENTIFICAÇÃO, EM CADA SITUAÇÃO OCORRENTE, DOS VETORES QUE LEGITIMAM O RECONHECIMENTO DO FATO INSIGNIFICANTE (HC 84.412/SP, REL. MIN. CELSO DE MELLO, v.g.) – DOUTRINA – PRECEDENTES – FURTO QUALIFICADO – INOCORRÊNCIA, NO CASO, DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONSOLIDADA QUANTO À MATÉRIA VERSADA NA IMPETRAÇÃO – RESSALVA DA POSIÇÃO PESSOAL DO RELATOR DESTA CAUSA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (HC nº 126.732/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe 16/11/15);

“Habeas Corpus. Penal. Furto qualificado. Incidência do princípio da insignificância. Inviabilidade. Crime praticado mediante o rompimento de obstáculo e em concurso de agentes. Ordem denegada. É entendimento reiterado desta Corte que a aplicação do princípio da insignificância exige a satisfação dos seguintes vetores: (a) mínima ofensividade da conduta do agente; (b) ausência de periculosidade social da ação; (c) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e (d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. As peculiaridades do delito - praticado mediante a destruição de obstáculo (rompimento de uma cerca) e em concurso de agentes (5 corréus) -, demonstram significativa reprovabilidade do comportamento e relevante periculosidade da ação, fato este suficiente ao afastamento da incidência do princípio da insignificância. Ordem denegada” (HC nº 112.378/DF, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 18/9/12).

Aliás, esse entendimento está respaldado pelo Tribunal Pleno, que, ao denegar o HC nº 123.108/MG, o HC nº 123.533/SP e o HC nº 123.734/MG (sob a relatoria do Ministro Roberto Barroso), consolidou o entendimento existente no sentido de que não incide o princípio da insignificância em crime de furto qualificado (Informativo nº 793/STF).

Ante o exposto, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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HABEAS CORPUS 133.749 (641)ORIGEM : HC - 352316 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : REVELINO SYLVIO PONCHIOIMPTE.(S) : MARCELO WILLIAM MOREIRA DE LIMACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 352.316 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, interposto contra decisão do Ministro Ericson Maranho (Desembargador Convocado do

TJSP), do Superior Tribunal de Justiça, que negou seguimento ao HC 352.316/SP.

2. O caso é de não conhecimento do pedido. O habeas corpus foi impetrado diretamente contra decisão monocrática emanada de Ministro do STJ. Em casos tais, o exaurimento da jurisdição e o atendimento ao princípio da colegialidade, pelo tribunal prolator, se dá justamente mediante o recurso de agravo interno, previsto em lei, que não pode simplesmente ser substituído por outra ação de habeas corpus , de competência de outro tribunal. A se admitir essa possibilidade estar-se-á atribuindo ao impetrante a faculdade de eleger, segundo conveniências próprias, qual tribunal irá exercer o juízo de revisão da decisão monocrática: se o STJ, juízo natural indicado pelo art. 39 da Lei 8.038/1990, ou o STF, por via de habeas corpus substitutivo. O recurso interno para o órgão colegiado é, em verdade, medida indispensável não só para dar adequada atenção ao princípio do juiz natural, como para exaurir a instância recorrida, pressuposto para inaugurar a competência do STF (HC 118.189, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 19/11/2013, DJe 24/4/2014; RHC 111.935, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/9/2013, DJe 30/9/2013; HC 97.009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 25/4/2013, DJe 4/4/2014).

3. Pelo exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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HABEAS CORPUS 133.750 (642)ORIGEM : RHC - 63581 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : FRANCISCO ECLACHE FILHOIMPTE.(S) : FÁBIO ANDRÉ ADAMS DOS SANTOS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 63.581 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça que indeferiu pedido de liminar no RHC 63.581/RS.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.764 (643)ORIGEM : HC - 351152 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : ADRIANO GOMES PEÇANHAIMPTE.(S) : LUIZ GUSTAVO VICENTE PENNACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 351.152 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar nos autos do HC 351.152/SP.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 117: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 117

HABEAS CORPUS 133.780 (644)ORIGEM : HC - 352385 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : WEENDEL CRISTIANO CALADOIMPTE.(S) : HENRIQUE FERROCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 352.385 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Weendel Cristiano Calado apontando como autoridade coatora o Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a inicial do HC nº 352.385/SP.

O impetrante sustenta que o caso justifica a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, que o paciente encontra-se segredado sem culpa formada desde 23/3/15, o que configura constrangimento ilegal por excesso de prazo.

Alega, ainda, a nulidade da audiência de oitiva das testemunhas de acusação na Comarca de São José dos Campos/SP, que foi realizada sem a presença do paciente e dos corréus.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para “decretar a nulidade do processo, a partir do ato de realização da

audiência de oitiva das testemunhas da acusação, determinando-se a renovação da prova e, por consequência natural, reconhecer o excesso de prazo na formação da culpa, expedindo-se o competente alvará de soltura clausulado (...)” (fl. 9 da inicial).

Examinados os autos, decido. Há óbice jurídico-processual para o conhecimento da impetração. No caso, o Ministro Jorge Mussi, indeferiu liminarmente a inicial

daquele habeas corpus, uma vez que questionava decisão indeferitória de liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo. Confira-se:

“Trata-se de habeas corpus com pedido liminar impetrado em favor de WEENDEL CRISTIANO CALADO, apontando como autoridade coatora o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no julgamento do HC n. 2050916-48.2016.8.26.0000.

Noticiam os autos que o paciente, juntamente com outros corréus, foi denunciado pela suposta prática dos delitos descritos nos artigos 33, caput e 35, caput, combinado com o artigo 40, incisos III e IV, todos da lei 11.343/2006, tendo a prisão em flagrante sido convertida em preventiva.

Buscando a anulação do processo e o reconhecimento do excesso de prazo na formação da culpa, a defesa impetrou prévio writ na origem, cujo pleito cautelar foi indeferido pelo Desembargador Relator.

Sustenta o impetrante que a ação penal seria nula, pois o paciente, que se encontra preso, não teria sido requisitado para participar da audiência de oitiva das testemunhas da acusação, realizada na comarca de São José dos Campos/SP.

Alega que se estaria diante de nulidade absoluta, em que o prejuízo seria presumido, já que os depoentes seriam os policiais militares responsáveis pela sua custódia em flagrante. Aduz que a defesa teria registrado os danos decorrentes da não participação do réu no mencionado ato, consistentes na impossibilidade de contraditar diretamente as testemunhas de acusação sobre a participação no fato, o que ofenderia sua ampla defesa.

Ressalta que haveria excesso de prazo na formação da culpa, pois o paciente estaria preso desde 23.3.2015.

Requer, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem para que seja o processo seja anulado desde a audiência em que ouvidas as testemunhas de acusação, determinando-se a renovação da prova, expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do paciente, diante do excesso de prazo na formação da culpa.

É o relatório.Esta Corte Superior, nos termos do verbete sumular 691 do Supremo

Tribunal Federal, pacificou orientação no sentido de ‘não caber habeas corpus contra decisão que denega liminar, a não ser em hipóteses excepcionais, quando demonstrada flagrante ilegalidade’ (AgRg no HC 287.726/SE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em 03/02/2015, DJe 11/02/2015)

E, da análise da documentação acostada aos autos, verifica-se que não está caracterizada flagrante ilegalidade suficiente para superar o óbice do referido enunciado sumular, tendo em vista que a decisão objurgada não se mostrou teratológica, restando fundamentada a negativa do pleito liminar.

Com efeito, o Desembargador Relator do habeas corpus impetrado na origem esclareceu que a liminar pleiteada não encontraria previsão legal em nosso ordenamento, o que não constituiria óbice para sua eventual concessão, se estivessem presentes os requisitos essenciais do fumus boni iúris e do periculum in mora, inexistentes, no caso. (e-STJ fl. 53).

Consignou que ‘a antecipação do mérito exige que a ilegalidade do ato impugnado seja flagrante, o que não ocorre na hipótese, destacando-se, ainda, a necessidade de prova pré-constituida, robusta e capaz de demonstrar à saciedade a ilegalidade cujo afastamento é pleiteado.’ (e-STJ fl.

53/54).Tais fundamentos não se mostram teratológicos e justificam, ao

menos em princípio, o indeferimento da liminar requerida na origem.Desta forma, não se constata qualquer vício na negativa do pleito

liminar formulado no mandamus originário, sendo certo que o revolvimento das questões nele aventadas e aqui reiteradas certamente acarretaria a indevida supressão de instância, pois serão alvo de exame oportuno na Corte de Justiça indicada como coatora quando do julgamento do seu mérito.

Pelo exposto, indefere-se liminarmente o habeas corpus, com fulcro no artigo 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça” (fls. 1 a 3 do anexo 13 – grifos do autor).

Não há o que ser censurado nessa decisão. Percebe-se que habeas corpus foi indeferido liminarmente pelo

Superior Tribunal de Justiça, uma vez que as questões levadas para discussão e trazidas neste writ não teriam sido objeto de análise de forma definitiva por aquele Tribunal de Justiça estadual. Com efeito, sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria dupla supressão de instância não admitida.

Segundo a remansosa jurisprudência da Corte, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas

corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminarmente o pedido com supedâneo na Súmula 691 desta Corte. Essa circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de se incorrer em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites da competência descritos no art. 102 da Carta Magna” (HC nº 117.761/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 4/10/13).

Perfilhando esse entendimento, destaco os precedentes seguintes: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 25/5/07, entre outros.

Ademais, vale registrar que a impetração volta-se contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Relator no HC nº 352.385/SP.

Logo, incide, na espécie, o entendimento de que “é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão

monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 19/3/14).

No mesmo sentido: HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 30/9/13, entre outros.

Ante o exposto, nos termo do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 133.787 (645)ORIGEM : HC - 352412 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : FABIANA DOS SANTOS FILGUEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 352.412 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Fabiana dos Santos Filgueira, apontando como autoridade coatora o Ministro Lázaro Guimarães, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a inicial do HC nº 352.412/SP.

A impetrante sustenta que o caso justifica a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, que a sentença de primeiro grau teria fixado, à míngua de fundamentação idônea, o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena de 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusão, imposta à paciente pelo delito de tráfico de drogas.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que seja fixado em favor da paciente o regime semiaberto para o início do cumprimento da pena que lhe foi imposta, bem como lhe seja assegurada “o direito de aguardar vaga em estabelecimento adequado em regime mais brando, e não mais gravoso” (grifos do autor).

Examinados os autos, decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 118

Há óbice jurídico-processual para o conhecimento da impetração. No caso, o Ministro Lázaro Guimarães, indeferiu liminarmente a

inicial daquele habeas corpus, uma vez que questionava decisão indeferitória de liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo. Confira-se:

“Trata-se de habeas corpus em favor de Fabiana dos Santos Filgueira, contra decisão do relator do HC 2053124-05.2016.8.26.0000, impetrado no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que indeferiu liminar requerida no writ originário.

A paciente foi condenada, em primeiro grau, à pena de cinco anos e dez meses de reclusão, em regime fechado, e de 580 dias-multa, por infração ao art. 33, caput , c/c art. 40, III, da Lei 11.343/2006.

Impetrado habeas corpus no tribunal de origem, o relator indeferiu medida liminar de fixação do regime prisional semiaberto, ‘pois, de uma análise ictu oculi dos elementos informativos acostados à inicial, não é possível apurar-se a pretensa ilegalidade da decisão guerreada (fls. 12/17) e, ainda que assim não fosse, constitui o mérito da impetração’ (fl. 25/26).

Seguiu-se o habeas corpus em exame, sob a alegação de que ‘a sentença, no que toca à fixação do regime, é nula, por ausência de fundamentação’ (fl. 10). Aduz o impetrante que ‘estão presentes os requisitos para a concessão liminar do pedido, com a imediata soltura da paciente, dada a nulidade da sentença, ou, pelo menos, com a transferência da paciente ao regime adequado’ (fl. 13).

A decisão de relator que indefere a medida liminar requerida em habeas corpus no tribunal local não pode ser atacada, no Superior Tribunal de Justiça, por meio de outro habeas corpus (Súmula 691/STF), salvo situação excepcional, em que demonstrada a flagrante ilegalidade – circunstância que, primo oculi , aqui não se verifica.

Em juízo de cognição sumária, não se evidencia manifesto constrangimento ilegal apto a autorizar a mitigação da Súmula 691/STF.

Ante o exposto, indefiro liminarmente a petição inicial” (anexo 6).Não há o que ser censurado nessa decisão. Percebe-se que habeas corpus foi indeferido liminarmente pelo

Superior Tribunal de Justiça, uma vez que as questões levadas para discussão e trazidas neste writ não teriam sido objeto de análise de forma definitiva por aquele Tribunal de Justiça estadual. Com efeito, sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria dupla supressão de instância não admitida.

Segundo a remansosa jurisprudência da Corte, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas

corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminarmente o pedido com supedâneo na Súmula 691 desta Corte. Essa circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de se incorrer em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites da competência descritos no art. 102 da Carta Magna” (HC nº 117.761/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 4/10/13).

Perfilhando esse entendimento, destaco os precedentes seguintes: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 25/5/07, entre outros.

Ademais, vale registrar que a impetração volta-se contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Relator no HC nº 352.412/SP.

Logo, incide, na espécie, o entendimento de que “é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão

monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 19/3/14).

No mesmo sentido: HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 30/9/13, entre outros.

Ante o exposto, nos termo do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.790 (646)ORIGEM : HC - 351168 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LUCAS SAMUEL PEREIRA DE SOUZAIMPTE.(S) : LUIZ GUSTAVO VICENTE PENNACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 351.168 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida

liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC 351.168/SP), indeferiu medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Sendo esse o contexto, passo a apreciar a admissibilidade, na espécie, da presente ação de “habeas corpus”. E, ao fazê-lo, devo observar que ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmaram orientação no sentido da incognoscibilidade desse remédio constitucional, quando impetrado, como sucede na espécie, contra decisão monocrática proferida por Ministro de Tribunal Superior da União (HC 116.875/AC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.346/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.798/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 118.189/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 119.821/TO, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 121.684-AgR/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – HC 122.381-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 122.718/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – RHC 114.737/RN, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RHC 114.961/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.):

“’HABEAS CORPUS’. CONSTITUCIONAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA.

I – (…) verifica-se que a decisão impugnada foi proferida monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, o qual pressupõe seja a coação praticada por Tribunal Superior.

…...................................................................................................III – ‘Writ’ não conhecido.”(HC 118.212/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)Embora respeitosamente dissentindo dessa diretriz jurisprudencial,

por entender possível a impetração de “habeas corpus” contra decisão monocrática de Ministro de Tribunal Superior da União, devo aplicar, em respeito ao princípio da colegialidade, essa orientação restritiva que se consolidou em torno da utilização do remédio constitucional em questão, motivo pelo qual, em atenção à posição dominante na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em consequência, o exame do pedido de medida liminar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 04 de abril de 2016.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 133.792 (647)ORIGEM : HC - 351897 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JOÃO CARLOS PEREIRAIMPTE.(S) : RODRIGO RODRIGUESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 351.897 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar nos autos do HC 351.897/SP.

2. De acordo com a Súmula 691 do STF, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar, sob pena de indevida supressão de instância. A jurisprudência desta Corte admite seu abrandamento apenas em casos teratológicos e excepcionais (v.g., entre outros, HC 118.066 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 25-09-2013; HC 95.913, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 06-02-2009). A hipótese dos autos, todavia, não se caracteriza por situação apta a afastar a aplicação da Súmula 691/STF, razão pela qual o presente habeas corpus não pode ser conhecido.

3. Pelo exposto, nego seguimento ao habeas corpus. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.794 (648)ORIGEM : RHC - 61302 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ATILA DIAS DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 119

liminar, impetrado contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM ‘HABEAS CORPUS’. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO. GRAVIDADE DO CRIME. PERICULOSIDADE DO ACUSADO. ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A MEDIDA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. RECURSO DESPROVIDO.

1. Não é ilegal o encarceramento provisório que se funda em dados concretos a indicar a necessidade da medida cautelar, especialmente em elementos extraídos da conduta perpetrada pelo acusado, quais sejam, o ‘modus operandi’ delitivo e a periculosidade do agente, que possui estreito envolvimento com o tráfico de drogas local e ainda é suspeito de participação em outros crimes contra a vida.

2. Recurso a que se nega provimento.”(R HC 61.302/ES, Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA –

grifei)Busca-se, em sede cautelar, seja relaxada “(...) a prisão imposta ao

paciente, até o julgamento final deste ‘habeas’, ou, não sendo esse o entendimento em sede de juízo monocrático, (...) determinar (ou até mesmo recomendar), ainda ‘in limine litis’, que o Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Aracruz/ES imprima a necessária celeridade ao julgamento do paciente (...)”.

O exame dos fundamentos em que se apoia este “writ” constitucional parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Cumpre assinalar, por relevante, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder geral de cautela outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica (“fumus boni juris”), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação (“periculum in mora”), de outro.

Sem que concorram esses dois requisitos – que são necessários, essenciais e cumulativos –, não se legitima a concessão da medida liminar.

Sendo assim, e sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria no julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 01 de abril de 2016.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 133.815 (649)ORIGEM : ARESP - 162337 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : JOSÉ DA SILVA LEITEIMPTE.(S) : ALUÍSO LUNDGREN CORRÊA RÉGISCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferido nos autos do AREsp 162.337/PB, Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora Convocada TJPE). Consta dos autos, em síntese, que (a) o paciente foi condenado à pena de 6 anos de reclusão pela prática do crime de responsabilidade fiscal, previsto no art. 1º, I, do Decreto-Lei 201/1967; (b) o Tribunal Regional Federal da 5ª Região deu parcial provimento à apelação, reduzindo a pena do paciente para 5 anos de reclusão; (c) na sequência, interposto recurso especial que, inadmitido na origem, desafiou o agravo no Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao recurso e rejeitou os embargos de declaração opostos, em decisões confirmadas no julgamento de agravo regimental, em acórdão assim ementado:

“PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ACLARATÓRIOS. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE NA DECISÃO EMBARGADA. EFEITO INFRINGENTE. INVIABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. O cabimento dos embargos de declaração em matéria criminal está disciplinado no artigo 619 do Código de Processo Penal, sendo que a inexistência dos vícios ali consagrados importam no desacolhimento da pretensão aclaratória.

2. Inviável a concessão do excepcional efeito modificativo quando, sob o pretexto de ocorrência de omissão na decisão embargada, é nítida a pretensão de rediscutir matéria já suficientemente apreciada e decidida.

3. Agravo regimental a que se nega provimento”. Neste habeas corpus, o impetrante alega, em suma, que (a) a pena-

base foi exasperada sem motivação idônea, com fundamento em elementar do próprio tipo penal; (b) a majoração da pena-base, além de desproporcional, resultou da utilização de situação objetiva referente ao então prefeito à época, que não poderia se estender à administração do paciente. Requer, liminarmente, a redução da reprimenda no mínimo legal e, subsidiariamente, a cassação da sentença quanto ao ponto, para que o juízo de origem proceda ao decote da exacerbação. No mérito, busca a confirmação da liminar.

2. Verifica-se, inicialmente, que a petição inicial encontra-se deficientemente instruída, sem as peças necessárias à verificação da ilegalidade apontada. Contudo, em consulta ao sistema processual do Superior Tribunal de Justiça, foi possível extrair-se o teor da decisão que não conheceu do agravo em recurso especial:

“Anoto, inicialmente, a tempestividade do recurso, interposto no quinquídio legal.

Todavia, o agravo não comporta conhecimento por não satisfazer pressuposto específico de admissibilidade.

Na espécie, verifica-se que o agravante não se insurgiu contra todos os argumentos utilizados pela decisão agravada para obstar a subida de seu Apelo Nobre, deixando de fundamentar seu recurso acerca da incidência da Súmula 7/STJ.

Com efeito, é pacífico o entendimento deste Tribunal Superior no sentido de que o agravante deve infirmar especificamente todos os fundamentos da decisão agravada, demonstrando o seu desacerto, de modo a justificar o cabimento do recurso especial interposto, sob pena de não ser conhecido o agravo.

(…)Ante o exposto, não conheço do agravo em recurso especial”.3. Nessas circunstâncias, o caso é de não conhecimento do pedido.

Como se observa, o STJ assentou a ausência dos pressupostos específicos de admissibilidade recursal e, com isso, sequer adentrou à análise do mérito da controvérsia. Desse modo, não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em sede de habeas corpus, proceder ao reexame dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência exclusiva do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, III), salvo em hipótese de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na espécie. Nesse sentido: HC 94.236, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 19-09-2013; HC 113.407, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, Dje de 15-02-2013; HC 112.323, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 25-09-2012; HC 85.195, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJ 07-10-2005, este assim ementado:

“HABEAS CORPUS. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL, CONSISTENTE EM ACÓRDÃO QUE NÃO CONHECEU DO RECURSO ESPECIAL, AO FUNDAMENTO DE IMPUGNAÇÃO GENÉRICA E DE IMPRESCINDIBILIDADE DE REEXAME PROBATÓRIO.

O Superior Tribunal de Justiça é a jurisdição final sobre os pressupostos de admissibilidade do recurso especial, motivo pelo qual não pode o Supremo Tribunal Federal reapreciar tais requisitos e o rejulgar do recurso, salvo, por se tratar de habeas corpus, na hipótese de flagrante ilegalidade. Caso em que a Corte Superior de Justiça deu adequada solução ao recurso interposto. Inexistência, portanto, do alegado constrangimento ilegal”.

4. No mais, enquanto não apreciada pelo STJ a pretendida redução da pena-base no mínimo legal qualquer juízo desta Corte implicaria supressão de instância e contrariedade à repartição constitucional de competências, o que não é admitido pela jurisprudência do STF (v.g., entre outros, HC 115.266, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 24-09-2013; HC 116717, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 26-09-2013; RHC 117.301, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 16-10-2013; HC 111.773, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 21-03-2013).

5. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido. Arquive-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 133.834 (650)ORIGEM : RHC - 64978 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ALEXANDRE ALMEIDA SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Alexandre Almeida Santos, apontando como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao RHC nº 64.978/BA, Relator o Ministro Félix Fischer.

Sustenta a impetrante, em síntese, que o paciente está submetido a constrangimento ilegal o excesso de prazo, visto que ele se encontra preso preventivamente desde 3/12/14 sem culpa formada.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que seja revogada a prisão preventiva do paciente.

Examinados os autos, decido. Narra a impetrante, na inicial, que“[o] paciente foi preso (e-STJ Fl. 10) em 03 de dezembro de 2014 por

suposto cometimento do delito de tráfico de drogas, previsto no art. 33 da Lei

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 120: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 120

nº 11.343/2006, tendo a situação prisional homologada (e-STJ Fls. 27/30) apenas dia 15 de dezembro de 2014, doze dias depois.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Estado da Bahia em 02 de janeiro de 2015, conforme e-STJ Fls. 50/52.

Às e-STJ Fls. 02/10, em 23 de março de 2015, a Defensoria Pública do Estado da Bahia impetrou habeas corpus em favor do paciente, motivada pela continuidade de sua prisão, pleiteando expedição de alvará de soltura.

Em decisão monocrática, em 15 de abril de 2015, às e-STJ Fls. 35/37, o e. Tribunal de Justiça do Estado da Bahia indeferiu o pedido de liminar, justificada da seguinte forma:

A concessão de liminar, em sede de Habeas Corpus, é medida excepcional, somente sendo admissível quando, de forma inequívoca, se encontra demonstrada a ilegalidade do ato guerreado e evidenciados o periculum in mora, entendido como a efetiva possibilidade da ocorrência de grave lesão de difícil ou impossível reparação, e o fumus boni iuris, ou seja, a plausibilidade do direito subjetivo postulado.

No caso em exame, não vislumbro os elementos autorizadores para a concessão de medida liminar, nem a existência de constrangimento ilegal a ser sanado em caráter de urgência.

Parecer emitido em 25 de junho de 2015 pelo Ministério Público do Estado da Bahia às e-STJ Fls. 55/61, opinando pelo conhecimento e denegação da ordem, por não se haver demonstrado o alegado constrangimento ilegal.

Em acórdão, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, às e-STJ Fls. 65/74, conheceu e denegou a ordem, mantendo a custódia cautelar do paciente.

Irresignada, a Defensoria Pública do Estado da Bahia interpôs Recurso Ordinário Constitucional (e-STJ Fls. 83/87), requerendo a concessão de liminar e expedição do alvará de soltura.

Às e-STJ Fls. 95/96, o e. Superior Tribunal de Justiça, em decisão monocrática, denegou a liminar e solicitou informações atualizadas ao juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Seguro/BA e, por conseguinte, vista à Subprocuradoria-Geral da República.

Relatório emitido pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e anexos solicitados às e-STJ Fls. 109/136. Parecer do Ministério Público Federal às e-STJ Fls. 137/138, opinando pelo não provimento do recurso.

Em acórdão, o e. Superior Tribunal de Justiça, às e-STJ Fls. 194/200, decidiu por unanimidade, negar provimento ao recurso (...)”

Transcrevo o teor do acórdão ora questionado:“PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS

CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO PROCESSUAL NÃO CONFIGURADO. ADITAMENTO DA DENÚNCIA. NECESSIDADE DE OITIVA DE TESTEMUNHAS DE DEFESA. AUSÊNCIA DO REPRESENTANTE DA DEFENSORIA PÚBLICA. RECURSO ORDINÁRIO DESPROVIDO.

I - O prazo para a conclusão da instrução criminal não tem as características de fatalidade e de improrrogabilidade, fazendo-se imprescindível raciocinar com o juízo de razoabilidade para definir o excesso de prazo, não se ponderando a mera soma aritmética dos prazos para os atos processuais (precedentes).

II - No caso, não se vislumbra, por ora, o alegado constrangimento ilegal por excesso de prazo, porquanto o trâmite da ação aparenta ocorrer de forma regular, devendo-se considerar, ademais, que os adiamentos ocorreram em benefício da própria defesa, por não terem sido ouvidas as testemunhas indicadas, bem como pela ausência justificada do defensor público.

Recurso ordinário desprovido, com expedição de recomendação” (anexo 3).

Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante.O deferimento de liminar em habeas corpus, como se sabe, é

medida de caráter excepcional, cabível apenas se a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano, ou quando a situação constante dos autos representar manifesto constrangimento ilegal.

Pelo que se tem no julgado proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra, neste primeiro exame, ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique o deferimento de liminar. Com efeito, a decisão emanada daquela Corte encontra-se suficientemente motivada, restando justificado o convencimento formado.

Ademais, não vislumbro, à primeira vista, ilegalidade flagrante em decorrência de eventual excesso na formação da culpa. Anote-se que o prazo transcorrido desde a prisão preventiva do paciente, ocorrida em 3/12/14, por si só, não induz à conclusão de que esteja ocorrendo o excesso, mormente se levado em conta o indicativo, à primeira vista, de que não há desídia por parte do Poder Judiciário na condução da ação penal que tem regular processamento, consoante destacado pelo Ministro Félix Fischer em seu voto, verbis:

“embora o recorrente esteja preso desde 03.12.2014, a relativa demora se justifica pela dinâmica própria da ação penal em trâmite na primeira instância, consoante pode se observar das informações apresentadas pelo d. Juízo de piso, senão vejamos:

‘[...] No dia 22 de julho de 2015 (fl. 67) foi designada audiência de instrução e julgamento. 7) Na audiência do dia 11 de agosto de 2015 (fls. 102/103), este juízo recebeu o aditamento da denúncia, ademais foi designada audiência em continuação para o dia 15 de Setembro de 2015. 8) A audiência fora redesignada para o dia 28 de setembro de 2015, devido a

ausência justificada do Representante do Ministério Público (fls. 156). 9) A audiência do dia 28 de setembro de 2015 fora redesignada para o dia 03 de novembro de 2015, tendo em vista que as testemunhas de defesa não foram ouvidas (fls. 177). 10) A audiência realizada no dia 03 de novembro de 2015 foi redesignada para o dia 30 de novembro de 2015, às 15 h, em razão da ausência justificada do Representante da Defensoria Pública. 11) Atualmente, o processo encontra-se aguardando realização de audiência, redesignada para o dia 30 de novembro de 2015, às 15 h, em razão da ausência justificada do Representante do Ministério Público na audiência de 03 de novembro de 2015’ (fls. 109-111, grifos meus)

Assim, observo que não houve qualquer desídia do órgão julgador nos adiamentos das audiências de instrução e julgamento que, por duas oportunidades, ocorreram em próprio benefício da defesa, por não terem sido ouvidas as testemunhas por ela indicadas, bem como pela ausência justificada do defensor público.

Dessarte, tendo em vista que, aparentemente, a instrução criminal segue o seu trâmite regular e a próxima audiência em continuação já estaria marcada para 18/2/2016, não vislumbro, por ora, a ocorrência de constrangimento ilegal pelo excesso de prazo” (anexo 3 – grifos do autor).

Com essas considerações, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento do mérito, indefiro a liminar requerida.

Solicitem-se informações ao Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Seguro/BA a respeito do andamento da Ação Penal nº 0300052-62.20156.8.05.0201.

Após, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.Publique-se. Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.353 (651)ORIGEM : PROC - 1688201001 - MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : SUELI RANGEL SILVA VIDIGALADV.(A/S) : HELIO DEIVID AMORIM MALDONADO (15728/ES,

15728/ES) E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos.A Secretaria Judiciária, a fl. 1.167, informa que houve a preclusão da

faculdade de se recorrer da decisão que ordenou o desentranhamento dos autos de todas as provas produzidas com usurpação da competência da Suprema Corte e, diante da irreversibilidade do ato a ser por ela praticado, formula consulta

“quanto ao procedimento a ser adotado, em especial, quanto à exata extensão de volumes e apensos a serem materialmente inutilizados e à necessidade de renovação da intimação das partes para os fins da 2ª parte do § 3º do art. 157 do Código de Processo Penal”.

Examinados os autos, decido.Conforme destacado na decisão de fls. 1.120/1.159, “à vista da usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal,

todas as provas colhidas no presente Inquérito, por importarem na investigação de titular de prerrogativa de foro, - e não somente aquelas sujeitas à reserva de jurisdição, como busca e apreensão domiciliar e afastamento de sigilo telefônico e de dados -, até a data de sua remessa à Suprema Corte, devem ser consideradas ilícitas e, portanto, inadmissíveis, razão por que determino o seu desentranhamento dos autos, incluindo-se os depoimentos juntados a fls. 845/881, com a sua consequente inutilização.

Deverão ainda ser desentranhadas e inutilizadas as mídias contendo os áudios dos diálogos interceptados (apenso 6), assim como todas as provas ilicitamente colhidas, nos moldes já explicitados, que se encontrem nos demais apensos.

Ressalvo, tão somente, a preservação dos bens eventualmente apreendidos em poder de órgãos públicos do Município de Serra/ES, - como, v.g., documentos referentes a licitações ou contratações – uma vez que, dada a sua natureza, como salientado pelo Ministério Público Federal em manifestação nos autos do Inquérito nº 4.045/ES, “seria um contrassenso restituir documentação de acesso público, para requisitar sua apresentação logo em seguida”.

Finalmente, permanecem hígidos todos os atos de investigação praticados sob supervisão direta do Supremo Tribunal Federal”.

Assim, ressalvados apenas os os documentos e bens eventualmente apreendidos em poder de órgãos públicos e os atos de investigação praticados sob a supervisão direta do Supremo Tribunal Federal, todas as provas dos autos e seus apensos devem ser inutilizadas, intimando-se os interessados para acompanhar o incidente de inutilização, em data e horário a serem designados pela Secretaria Judiciária (art. 157, § 3º, CPP).

De toda sorte, a fim de se evitar possível prejuízo à acusação, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República sobre os documentos cuja preservação repute necessária à investigação.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 121

Publique-se.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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INQUÉRITO 3.958 (652)ORIGEM : PROC - 00000130320154058308 - JUIZ FEDERAL DA 3ª

REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : FERNANDO BEZERRA DE SOUZA COELHOADV.(A/S) : GABRIELA ROLLEMBERG (25157/DF) E OUTRO(A/S)

Despacho: Defiro as diligências requeridas pelo Procurador-Geral da República às fls. 242/244.

Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, por 90 dias.Publique-se. Cumpra-se.Brasília, 01 de abril de 2016.

Ministro Luiz FuxRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 34.083 (653)ORIGEM : MS - 34083 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINIMPTE.(S) : FABRIZIO DULCETTI NEVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDUARDO FALCETE (45066/DF)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO - CPI DOS FUNDOS DE PENSÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Diante da necessidade de colheita de maiores esclarecimentos, a fim de proporcionar o escorreito enfrentamento do pleito liminar, solicite-se, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, manifestação prévia da autoridade coatora.

Diante da urgência do feito, determino a comunicação à autoridade coatora via fax ou outro meio mais expedito, nos termos do art. 4º, §1º, da Lei nº 12.016/2009.

Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação, venham incontinenti os autos conclusos para decisão.

Publique-se.Intime-se.Brasília, 04 de abril de 2016.

MINISTRO EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 34.088 (654)ORIGEM : MS - 34088 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : OSMAR STUART BERTOLDIADV.(A/S) : MARILDA DE PAULA SILVEIRA (33954/DF, 90211/MG) E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Notifique-se a autoridade coatora para que preste informações no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei nº 12.016/2009).

Após, ouça-se o representante do Ministério Público Federal (art. 12 da Lei nº 12.016/2009).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 34.090 (655)ORIGEM : MS - 34090 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : ARNALDO FARIA DE SAADV.(A/S) : ENGELS AUGUSTO MUNIZ (0036534/DF)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA COMISSAO DO PROCESSO DE

IMPEACHMENTPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA. ATOS PRATICADOS PELO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DAR PARECER SOBRE DENÚNCIA CONTRA A PRESIDENTE DA REPÚBLICA. CONTROVÉRSIA FORMADA A RESPEITO DA INCLUSÃO DE DOCUMENTO. DEFICIÊNCIA DA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. PREJUÍZO À DEVIDA COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. MANDADO DE SEGURANÇA NÃO CONHECIDO.

Vistos etc. Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar,

impetrado pelo Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá em face de atos do Presidente da Câmara dos Deputados e do Presidente da Comissão Especial destinada a dar parecer sobre denúncia contra a Presidente da República.

O impetrante assevera ter legitimidade para impetrar o presente mandado de segurança, na qualidade de integrante da mencionada Comissão Especial.

Argumenta que a denúncia apresentada contra a Presidente da República abordava, desde o início, dentre outros pontos, suposto envolvimento da denunciada em esquema de corrupção na Petrobras, motivo pelo qual a juntada do inteiro teor da delação premiada do Senador Delcídio do Amaral, aos autos do processo ora analisado pela Comissão Especial destinada a dar parecer sobre denúncia contra a Presidente da República, não teria implicado aditamento, mas sim mera corroboração, lastreada em documento novo, de aspecto originalmente enfocado pelos denunciantes.

Noticia que, por cautela, após a juntada do inteiro teor da aludida delação premiada, foi determinada nova notificação da denunciada, de modo a resguardar as garantias do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal.

Sustenta que, ao determinar o desentranhamento do inteiro teor da delação premiada do Senador Delcídio do Amaral, o Presidente da Comissão Especial destinada a dar parecer sobre denúncia contra a Presidente da República teria contrariado o decidido por este Supremo Tribunal Federal ao julgamento da ADPF nº 378/DF, ocasião em que, segundo alega, ficou assentado, à luz dos arts. 19, 20 e 21 da Lei 1.079/1950, em exegese ajustada à Carta de 1988, a possibilidade de a Câmara dos Deputados “realizar diligências com vistas a esclarecer a denúncia” (inicial, fl. 5).

Consigna que “o documento juntado posteriormente, cujo conhecimento público foi posterior ao oferecimento da denúncia, se mostra imprescindível para esclarecer a denúncia quanto à participação da denunciada no esquema de corrupção da Petrobrás” (inicial, fl. 6).

Aduz que, embora, ao exercer juízo prévio de admissibilidade da denúncia, o Presidente da Câmara dos Deputados não haja identificado indícios de participação da denunciada no ventilado esquema de corrupção na Petrobras, tal circunstância não teria o condão de vincular a Comissão Especial em tela, a qual, em sua ótica, poderia e deveria analisar a denúncia em sua plenitude.

Acrescenta que, ao negar provimento ao recurso apresentado pelo impetrante contra o referido ato do Presidente da Comissão Especial destinada a dar parecer sobre denúncia contra a Presidente da República, o Presidente da Câmara dos Deputados também incidiu em ofensa aos arts. 19, 20 e 21 da Lei 1.079/1950, bem como ao decidido por esta Corte na ADPF nº 378/DF.

A par de tais argumentos, voltados a evidenciar a plausibilidade jurídica do pedido, aduz, à guisa de demonstrar o perigo da demora, que “a continuidade do processo sem a análise dessa questão pode ensejar a sua contaminação, sem contar que pode prejudicar a análise da denúncia e, consequentemente, do próprio parecer a ser elaborado e votado pelo Plenário da Câmara dos Deputados” (inicial, fl. 10).

Os pedidos estão assim deduzidos, verbis:“a) a concessão de liminar inaudita altera pars para o fim de

suspender imediatamente as decisões proferidas pelas autoridades coatoras, com a determinação de que o documento em questão, que tem como objetivo apenas esclarecer os termos da acusação, pode e deve ser considerado formalmente pela Comissão Especial do Impeachment na análise da denúncia oferecida contra a Presidente da República, cujo exame, inclusive, deverá ser por inteiro, sem qualquer limitação;

(…)d) ao final, seja concedida a segurança pretendida, com a

confirmação da liminar” (inicial, fl. 11)É o relatório. Decido.1. Recebi os autos em meu gabinete em 31.3.2016, às 10h19min.2. De plano, verifico que muitas das peças probatórias se encontram

incompletas, dificultando a compreensão da controvérsia. Ressalto que o mandado de segurança exige direito líquido e certo, a ser constatado por meio de prova pré-constituída, juntada com a inicial. Desse modo, o impetrante não se desincumbiu de modo adequado do ônus que lhe cabia.

3. Passo a analisar o pedido, portanto, a partir dos elementos sobejantes.

Segundo consta da própria inicial, a denúncia deduzida perante a Câmara dos Deputados incluía três ordens de fatores: “(i) corrupção na Petrobrás; (ii) edição de vários Decretos sem número que resultaram na abertura de créditos suplementares, de valores muito elevados, sem autorização no Congresso Nacional (…); (iii) prática das chamadas pedaladas fiscais” (inicial, fl. 3). Contudo, ainda segundo o alegado, “a decisão do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 122

Presidente da Câmara dos Deputados que recebeu a denúncia, considerou, naquele primeiro momento, ausentes indícios robustos da participação da Denunciada nesse esquema de corrupção” (inicial, fl. 13) e, por isso, “no juízo precário de admissibilidade realizado pela Presidência da Câmara dos Deputados”, os fatos relativos à “participação da Denunciada no esquema de corrupção existente na Petrobrás” foram desconsiderados (inicial, fl. 17).

4. A delação premiada do Senador Delcídio do Amaral, ainda segundo o alegado, diria respeito diretamente a eventos ligados à sociedade de economia mista.

5. Dado esse contexto – resumido, conforme visto, única e exclusivamente dos termos da própria inicial – posteriormente se manifestou o Presidente da Câmara dos Deputados no sentido de que já teria esgotado “sua atribuição nesse processo ao deferir o processamento da DENÚNCIA oferecida contra a Presidente da República por Crime de Responsabilidade, cabendo agora à Comissão Especial a ser eleita pelo Plenário da Câmara dos Deputados, e posteriormente ao próprio Plenário, a se manifestar sobre a admissibilidade da DENÚNCIA em sua totalidade” (doc. 11, fl. 1). Foi deferida a simples juntada da petição referente à delação premiada, assim como a notificação da denunciada, abrindo-se prazo de defesa em dez sessões, e o encaminhamento de todo o processo à Comissão Especial, que, àquela altura (17.3.2016), ainda não havia sido eleita.

Não foram trazidas cópias integrais das duas Questões de Ordem relativas à juntada dos documentos, assim como da própria decisão da Presidência da Comissão Especial destinada a dar parecer sobre a denúncia (doc. 13), o que prejudica de forma determinante a compreensão da controvérsia. Aparentemente, foram juntadas apenas as folhas ímpares das manifestações, tendo sido suprimidas as folhas pares. Não constam dos autos, igualmente, as contraditas às Questões de Ordem relatadas no doc. 13, fl. 6, uma delas de lavra do próprio impetrante.

De qualquer sorte, dos trechos intercalados disponíveis consta que a Presidência da Comissão declarou, em 22.3.2016, que:

“(...) apesar de no sumário da denúncia publicado no Diário da Câmara dos Deputados no dia 18 de março de 2016 constarem os novos documentos como ‘aditamento’, em nenhum momento os recebi nessa condição. Em meu pronunciamento de abertura, fiz referência a eles como ‘documentos que foram anexados, a pedido dos denunciantes’ e encaminhei no sentido de que seriam ‘objeto de decisão do relator, quando da elaboração de seu parecer, que será submetido ao juízo deste colegiado. Em outras palavras, todas essas questões, inclusive a viabilidade da juntada de documentos novos, seriam decididas por esta Comissão quando da votação do relatório” (doc. 13, fl. 6, sem grifos no original).

Interposto recurso à Presidência da Câmara, esta autoridade decidiu que “nada mais fez o Presidente da CEDENUN que cumprir estritamente a previsão expressa do inciso XVII do artigo 41 do Regimento Interno, segundo o qual ao Presidente da Comissão compete ‘resolver de acordo com o Regimento, as questões de ordem ou reclamações suscitadas na Comissão’”, e que, respeitada a premissa segundo a qual a competência da Presidência da Câmara dos Deputados havia se esgotado no recebimento da denúncia, “a decisão recorrida não extrapola os limites regimentais e legais que disciplinam a atividade da Comissão Especial, não competindo à Presidência da Câmara dos Deputados, nesse específico caso, interferir em seus trabalhos” (doc. 15, fl. 2-3).

6. Assim colocada a questão – ou seja, nos limites daquilo que é possível extrair a partir da deficiência instrutória que recai inclusive sobre os próprios atos supostamente coatores –, a controvérsia fundada na admissão ou não de específico documento como parte do acervo relacionado ao trabalho ainda em curso da Comissão Especial (CEDENUN) diz respeito à organização interna de suas atividades, ausente elemento jurídico de conexão entre o ponto e a própria disciplina do rito do impeachment definida nos autos da ADPF nº 378.

Consabido que esta Suprema Corte se debruçou sobre o rito do processo de impeachment – consoante salienta o próprio impetrante ao delimitar sua causa de pedir – na ADPF nº 378, recentemente julgada. Ocorre que os contornos do direito líquido e certo perquirido, à sombra das deficiências instrutórias e da narrativa que se extrai da inicial, não encontram respaldo no quanto ali decidido. Em outras palavras, a inicial - insuficientemente instruída, enfatizo mais uma vez -, não logra êxito na tentativa de jurisdicionalizar, com sucesso, a questão. Na verdade, deixa claro que o próprio tema pende de decisão definitiva, no âmbito da votação do relatório a ser produzido na Comissão Especial.

Logo, dentro do alcance da deficiente proporção cognitiva permitida pela impetração, não cabe intervenção judicial no trabalho parlamentar em curso. Tenho reiteradamente me manifestado em mandados de segurança impetrados por parlamentares nesta Suprema Corte acerca da devida cautela que deve ser mantida diante de pedidos dessa natureza (v.g., a título exemplificativo, o MS nº 31.444/DF, DJe de 25.6.2012). A competência do Supremo Tribunal Federal só se mostra presente, em respeito à separação dos Poderes (e nos termos de antiga e consolidada jurisprudência desta Casa – v.g., MS nº 21.754 AgR/DF, Pleno, Relator Ministro Francisco Rezek, DJ de 06.6.1997), quando prerrogativas de parlamentar relacionadas ao respeito ao devido processo legislativo se encontram imbricadas à existência de questão constitucional, a ensejar, nessa perspectiva estrita, manifestação desta Suprema Corte. Não é o que se verifica nos autos.

7. Direito líquido e certo é expressão ligada, no plano fático, à

existência de prova pré-constituída. Ausente esta, não é possível reconhecer, no mérito, o direito certo. A liquidez é exigência direta da inexistência de instrução probatória, de modo que defeitos graves da inicial não têm como ser futuramente corrigidos. A presente análise não se dá, portanto, em sede liminar, mas em caráter exauriente. O insuficiente conjunto probatório, a prejudicar a perfeita compreensão da controvérsia, não permite extrair juízo de outra natureza.

8. Não conheço do mandado de segurança, indeferindo a inicial (art. 10 da Lei nº 12.016/09).

Publique-se. Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

PETIÇÃO 5.925 (656)ORIGEM : PROC - 00033604520152000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : ANDERSON ADRIANO REIS E SILVAADV.(A/S) : ANDERSON ADRIANO REIS E SILVA (1347/RO)REQDO.(A/S) : ARNALDO HOSSEPIAN JUNIORADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Vistos.O trânsito em julgado do processo em questão se operou aos

16/2/16, conforme certidão da Secretaria juntada aos autos. Logo, nada há o que se decidir em relação ao excêntrico conteúdo

da Petição/STF nº 13.123/2016.Determino à Secretaria Judiciária que devolva a referida petição ao

advogado subscritor.Publique-se. Arquive-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

PETIÇÃO 5.979 (657)ORIGEM : PET - 5979 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRAADV.(A/S) : CARLOS MAGNO DOS REIS MICHAELIS JR

(271636/SP)REQDO.(A/S) : MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDEPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Diante de petição por meio da qual se requer “o cancelamento da

presente distribuição”, para que “sejam desconsiderados os fatos e fundamentos trazidos a este Supremo Tribunal Federal, requerendo sua desconsideração”, promova a Secretaria o arquivamento dos autos.

Publique-se.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

PETIÇÃO 5.985 (658)ORIGEM : PET - 5985 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : GUILHERME CAPRIATA VACCARIO CAMPELO

BEZERRAADV.(A/S) : GUILHERME CAPRIATA VACCARO CAMPELO

BEZERRA (0044089/DF)REQTE.(S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de ação popular com pedido de liminar, autuada nesta Corte como Petição, ajuizada por Guilherme Capriata Vaccaro Campelo Bezerra, em face da Presidente da República Federativa do Brasil, Sra. Dilma Vana Rousseff, postulando, em síntese, a nulidade do decreto de nomeação do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva para Ministro Chefe da Casa Civil, publicado no Diário Oficial da União, em 16.3.2016.

Sucintamente relatado. Decido. Esta Corte é manifestamente incompetente para processar e julgar a

presente demanda, ante a inexistência de prerrogativa de foro para ações cíveis envolvendo autoridade sujeita a tal benesse no campo penal.

Nesse sentido: “PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA MINISTRO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 123

ESTADO - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL. - As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra Ministro de Estado, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes. A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO. - A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus , pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes. O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes . AÇÃO CIVIL POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - COMPETÊNCIA DE MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU, QUER SE CUIDE DE OCUPANTE DE CARGO PÚBLICO, QUER SE TRATE DE TITULAR DE MANDATO ELETIVO AINDA NO EXERCÍCIO DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES. - O Supremo Tribunal Federal tem advertido que, tratando-se de ação civil por improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), mostra-se irrelevante, para efeito de definição da competência originária dos Tribunais, que se cuide de ocupante de cargo público ou de titular de mandato eletivo ainda no exercício das respectivas funções, pois a ação civil em questão deverá ser ajuizada perante magistrado de primeiro grau “. (PET 4089 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 1.2.2013; grifo nosso).

Isso posto, declaro a incompetência absoluta originária desta Corte para processar e julgar a presente demanda, determinando sua remessa para a Justiça Federal de primeiro grau da Seção Judiciária do Distrito Federal, com base no § 1º do art. 64 do CPC (Lei nº 13.105/2015), c/c art. 21, § 1º, do Regimento Interno do STF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

PETIÇÃO 6.003 (659)ORIGEM : PET - 6003 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : JOÃO ALBERTO FRAGA SILVAADV.(A/S) : THIAGO RIGHI REIS (34609/DF)REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de ação popular com pedido de liminar, autuada nesta Corte como Petição, ajuizada pelo Deputado Federal João Alberto Fraga Silva, em face da Presidente da República Federativa do Brasil, Sra. Dilma Vana Rousseff, postulando, em síntese, a nulidade de quaisquer publicações que nomeie o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva como Ministro Chefe da Casa Civil.

Sucintamente relatado. Decido. Esta Corte é manifestamente incompetente para processar e julgar a

presente demanda, ante a inexistência de prerrogativa de foro para ações cíveis envolvendo autoridade sujeita a tal benesse no campo penal.

Nesse sentido: “PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA MINISTRO DE

ESTADO - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL. - As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra Ministro de Estado, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes. A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL -

CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO. - A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus , pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes. O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes . AÇÃO CIVIL POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - COMPETÊNCIA DE MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU, QUER SE CUIDE DE OCUPANTE DE CARGO PÚBLICO, QUER SE TRATE DE TITULAR DE MANDATO ELETIVO AINDA NO EXERCÍCIO DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES. - O Supremo Tribunal Federal tem advertido que, tratando-se de ação civil por improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), mostra-se irrelevante, para efeito de definição da competência originária dos Tribunais, que se cuide de ocupante de cargo público ou de titular de mandato eletivo ainda no exercício das respectivas funções, pois a ação civil em questão deverá ser ajuizada perante magistrado de primeiro grau” . (PET 4089 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 1.2.2013; grifo nosso).

Isso posto, declaro a incompetência absoluta originária desta Corte para processar e julgar a presente demanda, determinando sua remessa para a Justiça Federal de primeiro grau da Seção Judiciária do Distrito Federal, com base no § 1º do art. 64 do CPC (Lei nº 13.105/2015), c/c art. 21, § 1º, do Regimento Interno do STF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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PETIÇÃO 6.034 (660)ORIGEM : PET - 6034 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : CANDIDO PARAGUASSÚ DE LEMOS ÉLERESADV.(A/S) : CANDIDO PARAGUASSÚ DE LEMOS ÉLERES

(3218/PA)REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOREQDO.(A/S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Trata-se de ação popular preventiva, autuada nesta Corte como Petição, ajuizada por Candido Paraguassú de Lemos Éleres, em face da Presidente da República Federativa do Brasil, Sra. Dilma Vana Rousseff, e do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, postulando, em síntese, que se impeça a nomeação deste para o cargo de “Chefe da Casa Civil ou Secretário Geral da Presidência da República”.

Sucintamente relatado. Decido. Esta Corte é manifestamente incompetente para processar e julgar a

presente demanda, ante a inexistência de prerrogativa de foro para ações cíveis envolvendo autoridade sujeita a tal benesse no campo penal.

Nesse sentido: “PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA MINISTRO DE

ESTADO - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL. - As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra Ministro de Estado, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes. A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO. - A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus , pelo rol

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 124

exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes. O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes . AÇÃO CIVIL POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - COMPETÊNCIA DE MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU, QUER SE CUIDE DE OCUPANTE DE CARGO PÚBLICO, QUER SE TRATE DE TITULAR DE MANDATO ELETIVO AINDA NO EXERCÍCIO DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES. - O Supremo Tribunal Federal tem advertido que, tratando-se de ação civil por improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), mostra-se irrelevante, para efeito de definição da competência originária dos Tribunais, que se cuide de ocupante de cargo público ou de titular de mandato eletivo ainda no exercício das respectivas funções, pois a ação civil em questão deverá ser ajuizada perante magistrado de primeiro grau” . (PET 4089 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 1.2.2013; grifo nosso).

Isso posto, declaro a incompetência absoluta originária desta Corte para processar e julgar a presente demanda, determinando sua remessa para a Justiça Federal de primeiro grau da Seção Judiciária do Distrito Federal, com base no § 1º do art. 64 do CPC (Lei nº 13.105/2015), c/c art. 21, § 1º, do Regimento Interno do STF.

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 21.821 (661)ORIGEM : 0224734414120118217000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECLTE.(S) : JORGE LUIZ BATISTA PINTOADV.(A/S) : JORGE LUIZ BATISTA KAIMOTI PINTO (117397/SP)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: Homologo o pedido de desistência da ação, na forma do art. 21, VIII, do RISTF.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 21.984 (662)ORIGEM : PROCESSO - 864320155030096 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE UNAÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE UNAÍRECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

UNAÍADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : REINALDO DE SOUZA PEREIRAADV.(A/S) : KOSMO TOSTA DE OLIVEIRA (112132/MG)INTDO.(A/S) : IMPACTO ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHOINFORMAÇÕES – SILÊNCIO – REITERAÇÃO.1. A Secretaria Judiciária certificou que o Juízo da Vara do Trabalho

de Unaí/MG não prestou as informações necessárias à instrução do processo.2. Reiterem os termos do Ofício nº 3.881/R, sublinhando o silêncio até

aqui notado.3. Publiquem.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 22.909 (663)ORIGEM : Rcl - 22909 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : JULIEN GARCIA GUMIELADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO DE ALMEIDA SANTOS KUNTZ

(307123/SP) E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE TABOÃO DA SERRARECLDO.(A/S) : RELATOR DO MS Nº 2007005-83.2016.8.26.0000 DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional ajuizada por Julien Garcia

Gumiel em face da Juíza de Direito da Vara Criminal da Comarca de Taboão da Serra/SP e do Relator do MS nº 2007005-83.2016.8.26.0000 do Tribunal de Justiça de São Paulo, cujos atos comissivos teriam afrontado a autoridade do Supremo Tribunal Federal e negado aplicação à Súmula Vinculante nº 14.

Alega a defesa do reclamante na sua inicial que“ao diligenciar até a z. serventia da Vara Criminal da Comarca de

Taboão da Serra (SP), foi advertido pela funcionária (...) de que os autos nº 0009202-95.2015.8.26.0609, do Inquérito Policial nº 189/15 não estavam sendo disponibilizados aos advogados em razão de serem ‘sigilosos’.”

Afirma que“redigiu um considerável pedido de vistas e acesso aos autos —

instruído com procuração do investigado (doc. 04) — e foi despachar com a MM. Juíza que preside o feito, tendo obtido a seguinte e surpreendente resposta verbal da i. Magistrada: ‘Doutor, vários advogados já vieram aqui e eu não vou dar vista dos autos ... aliás, eu não vou nem apreciar a petição’.”.

Esclarece, ainda, que aquele juízo reclamado entendeu por bem indeferir o pleito do reclamante adotando, para tanto, os seguintes fundamentos:

“O acesso da defesa aos autos de investigação policial acarretará prejuízo as diligencias policiais ainda em curso, havendo evidente risco de comprometimento da eficiência, eficácia e finalidade das diligências.

No mais, a defesa do investigado será exercida quando do oferecimento da denúncia, oportunidade em que poderá obter amplo acesso aos elementos que fundamentaram a imputação.

Portanto, justificada a limitação de acesso aos autos, nos termos do § 11 do art. 7º, da Lei nº 8.906/1994, bem como no enunciado vinculante nº 14 do Supremo Tribunal Federal.’ (doc. 02 já citado, g.n.).”

Em razão desse ato, assevera que impetrou mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que indeferiu a liminar pleiteada.

Essas são as razões pelas quais entende afrontada a autoridade do Supremo Tribunal Federal e o que preconizado no enunciado da Súmula Vinculante nº 14.

Requer o deferimento da liminar para que se determine ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Taboão da Serra/SP, que

“disponibilize tudo quanto necessário para que esta Defesa possa atuar e garantir os interesses de seu Constituinte referente ao processo nº 0009202-95.2015.8.26.0609 (Inquérito Policial nº 189/15) e, obviamente, de todos a ele relacionados e seus respectivos apensos” (grifos do autor).

No mérito, pede a procedência da reclamação, confirmando-se a liminar pleiteada.

Determinei a emenda da inicial, por ausência de indicação do valor da causa, o que foi atendido, bem como, nos termos dos arts. 14, inc. I, da Lei nº 8.038/90 e 157 do Regimento Interno desta Suprema Corte.

Aos 10/3/16, deferi a liminar para assegurar o acesso do reclamante aos autos do procedimento nº 0009202-95.2015.8.26.0609 e do Inquérito Policial nº 189/15, que tramita na Vara Criminal da Comarca de Taboão da Serra/SP.

É o relatório.Decido.Sucede que informações supervenientes encaminhas à Corte dão

conta de que, no julgamento do MS nº 2007005-83.2016.8.26.0000, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu a segurança para “que os patronos que atuaram nestes autos de mandado de segurança, com procuração, posam ter acesso os autos do inquérito n.º 189/15, nos autos n.º 0009202-95.2015.8.26.0609 em trâmite na Vara Criminal do Foro de Taboão da Serra (...)” (grifos do autor).

Diante desse quadro, tem-se que a pretensão do reclamante encontra-se superada, razão pela qual, nos termos do art. 21, inciso IX, do Regimento Interno da Corte, julgo prejudicada a reclamação por perda superveniente de objeto.

Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro Dias Toffoli

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 125

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 23.043 (664)ORIGEM : PROC - 02012583120098260007 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : JOSÉ IRINEU ANASTÁCIOADV.(A/S) : JOSÉ IRINEU ANASTÁCIO (234019/SP)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DO FORO

REGIONAL VII DE ITAQUERAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SÉRGIO LEVINO DA SILVAADV.(A/S) : SÉRGIO LEVINO DA SILVA (146966/SP)INTDO.(A/S) : CÍCERA GOMES DA SILVA ABREU E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ IRINEU ANASTÁCIO (234019/SP)

DECISÃORECLAMAÇÃO – IMPROPRIEDADE – NEGATIVA DE

SEGUIMENTO.1. O assessor Dr. Vinicius de Andrade Prado prestou as seguintes

informações:José Irineu Anastácio afirma haverem o Juízo da 2ª Vara Cível do

Foro Regional VII de Itaquera/SP e a 27ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no Processo nº 0201258-31.2009.8.26.0007, olvidado o decidido na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.652.

Segundo narra, foi constituído por Cícera Gomes da Silva Abreu e Verônica Gomes da Silva para defendê-las em ação de arbitramento e cobrança de honorários advocatícios ajuizada, em causa própria, por Sérgio Levino da Silva. Relata o julgamento antecipado da controvérsia, oportunidade na qual imposta a si e às rés, em caráter solidário, por litigância de má-fé, a obrigação de pagar indenização, em favor do autor, no patamar de 20% sobre o valor do crédito, além de multa, ao Estado, de 1% sobre o valor da causa. Aponta a manutenção do entendimento em sede de apelação. Interposto recurso especial, foi inadmitido. Sobreveio agravo, pendente de apreciação perante o Superior Tribunal de Justiça. Diz do início de execução provisória.

Sustenta desrespeitado o paradigma porquanto o Supremo teria nele proclamado a submissão dos advogados unicamente ao respectivo Estatuto – Lei nº 8.906/1994 –, além da inadequação da incidência de quaisquer multas, incluída a relativa a litigância de má-fé, aplicada a causídicos em razão da atuação em juízo. Reputa ofendido o artigo 133 da Carta da República. Evoca jurisprudência. Refere-se ao direito fundamental à propriedade e ao princípio do devido processo legal.

Sob o ângulo do risco, alude à possibilidade de imediata constrição patrimonial em decorrência da execução provisória.

Requer, em sede liminar, a suspensão dos atos impugnados e do curso da execução provisória contra si formalizada. Pede, alfim, a cassação dos pronunciamentos.

O interessado Sérgio Levino da Silva manifesta-se pela inadequação dos pleitos. Discorre sobre a pertinência da multa.

O processo está concluso no Gabinete.2. O reclamante, advogado, argui a inobservância do que decidido,

pelo Supremo, na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.652/DF. Busca ver afastadas penalidades a si solidariamente aplicadas em razão de litigância de má-fé, consistentes no pagamento de multa e indenização em razão dos prejuízos sofridos pela parte contrária. Confiram o seguinte trecho da sentença proferida pelo Juízo, concernente à fundamentação das citadas reprimendas:

[...]O art. 17, incisos I, II e V, todos do Código de Processo Civil,

classifica a atitude tomada pelos réus, pugnando contra texto expresso de lei (arts. 22, “caput”, da Lei n. 8.906/94; art. 14 do Código de Ética e Disciplina da OAB), distorcendo a verdade em juízo e se manifestando contra prova documental existente nos autos (ao sustentarem: que o Dr. Francisco colaborou, no processo de conhecimento, para acolhimento da ação trabalhista; inexistir prova de que o autor subscreveu, isoladamente, inúmeras petições, protocoladas na ação trabalhista), com o nítido objetivo de embaraçar o desenvolvimento do processo, de modo a dificultar, a protrair no tempo a satisfação do crédito do autor, com oferta de resposta temerária e desleal, como ato de litigância de má fé, sendo reconhecível de ofício, como previsto, expressamente, no artigo 18, “caput”, do mesmo estatuto processual. Por esse dispositivo, deve, ainda, ser aplicada multa de até 1% sobre o valor da causa ao litigante de má fé, que deverá reverter em favor do Estado, pois caso fosse outro o desejo do legislador, haveria revogado os parágrafos desse artigo ou, ainda, dito, expressamente, que esse valor também deveria reverter em favor da parte. Ademais, no parágrafo 2º, há a previsão do valor de indenização, até 20%.

[...]Em face da litigância de má fé, condeno os réus, bem como o Dr.

José Irineu Anastácio, Advogado destes (fl. 251) e que subscreveu a resposta

(fl. 249), a pagarem, solidariamente, indenização, que arbitro em 20% (vinte por cento) sobre o valor do crédito, ora reconhecido, atualizado monetariamente, em favor do autor, bem como em multa, que fixo em 1% (um por cento) também sobre o valor da causa, atualizado monetariamente, desde a distribuição do pedido (janeiro de 2009), em favor do Estado.

Mostra-se imprópria a irresignação. Além de o reclamante não ostentar a condição de advogado vinculado a entes estatais, esses preceitos – artigos 17 e 18 do Código de Processo Civil de 1973 – não foram objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.652, voltada a aferir a validade da ressalva constante no início do parágrafo único do artigo 14 do citado diploma. Vejam a ementa elaborada:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 14 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, NA REDAÇÁO DADA PELA LEI 10358/2001. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. Impugnação ao parágrafo único do artigo 14 do Código de Processo Civil, na parte em que ressalva "os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB" da imposição de multa por obstrução à Justiça. Discriminação em relação aos advogados vinculados a entes estatais, que estão submetidos a regime estatutário próprio da entidade. Violação ao princípio da isonomia e ao da inviolabilidade no exercício da profissão. Interpretação adequada, para afastar o injustificado discrímen. 2. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente para, sem redução de texto, dar interpretação ao parágrafo único do artigo 14 do Código de Processo Civil conforme a Constituição Federal e declarar que a ressalva contida na parte inicial desse artigo alcança todos os advogados, com esse título atuando em juízo, independentemente de estarem sujeitos também a outros regimes jurídicos.

(Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.652/DF, Pleno, relator ministro Maurício Corrêa, Diário da Justiça de 14 de novembro de 2003)

Não há, em síntese, identidade material entre o acórdão dito olvidado e a situação retratada pelos reclamantes. Atentem para a excepcionalidade da medida. Pressupõe sempre a usurpação da competência do Supremo ou o desrespeito a decisões que haja proferido.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 23.247 (665)ORIGEM : PROC - 00012224420145080202 - JUIZ DO TRABALHO

DA 8ª REGIÃOPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MACAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MACAPÁRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

MACAPÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CIVALDO DOS ANJOS RODRIGUESADV.(A/S) : NIDIANE COSTA DE ALMEIDA (2071/AP)INTDO.(A/S) : CLEAN GESTÃO AMBIENTAL SERVIÇOS GERAIS

LTDAADV.(A/S) : PLINIO LUIZ MACEDO CARVALHO (19722/PA) E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República para emissão de parecer no prazo de 5 (cinco) dias, nos termos do art. 991 do CPC.

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 23.247 (666)ORIGEM : PROC - 00012224420145080202 - JUIZ DO TRABALHO

DA 8ª REGIÃOPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MACAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MACAPÁRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

MACAPÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CIVALDO DOS ANJOS RODRIGUESADV.(A/S) : NIDIANE COSTA DE ALMEIDA (2071/AP)INTDO.(A/S) : CLEAN GESTÃO AMBIENTAL SERVIÇOS GERAIS

LTDAADV.(A/S) : PLINIO LUIZ MACEDO CARVALHO (19722/PA) E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: Trata-se de Petição 15.483/2016 na qual o juízo da 2ª Vara do Trabalho da Justiça do Trabalho da 8ª Região requer esclarecimento sobre

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 126

a decisão concessiva de medida liminar, nos seguintes termos:“Entretanto, como o ato atacado (bloqueio) foi exaurido em

11.12.2015, e a decisão proferida por V. Exa. Não mencionou acerca do pedido de liberação, para o ente público, dos valores já bloqueados, conforme requerido expressamente na inicial da Reclamação Constitucional, para evitar alegação de que este juízo estaria descumprindo decisão liminar, solicito esclarecimento acerca da decisão em comento, para saber se nela inclui a liberação, ao ente público, dos valores já bloqueados.” (eDOC 33, pp. 2-3)

Nesse sentido, torna-se cabível expor que a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a perda da eficácia do bloqueio de numerário em contas públicas gera automaticamente a liberação dos valores já bloqueados ao ente público.

Em matéria análoga, cita-se a Rcl-AgR 13.002, de relatoria do Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 14.05.2015.

Ante o exposto, reitera-se a decisão liminar anterior e reputa-se esclarecido que a precitada ordem demanda a liberação dos montante já bloqueado em prol do erário municipal.

Comunique-se, com urgência, inclusive via fax, à autoridade reclamada o teor do presente esclarecimento.

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 126.848 (667)ORIGEM : PROC - 00001011720137090009 - JUIZ AUDITOR

MILITAR DA 9ª CJMPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JONATHAS MIRANDA RAMOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Vistos.Recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar,

interposto por Jonathas Miranda Ramos, por intermédio da Defensoria Pública da União, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, que denegou a ordem no HC nº 151-85.2014.7.00.0000/MS.

Alega o recorrente, em linhas gerais, a nulidade do seu interrogatório com primeiro ato da instrução processual na forma do art. 302 do Código de Processo Penal Militar.

Afirma o recorrente que o art. 400 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei nº 11.719/08, por melhor atender às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, deve também ser aplicado ao procedimento especial da Justiça Militar.

Requer o deferimento da liminar para “suspender os efeitos do Acórdão do Superior Tribunal Militar referente à Ação Penal nº 151-85.2014.7.00.0000 (...)” (fl. 103).

No mérito, pede o provimento do recurso para que seja concedida a ordem de habeas corpus, determinando-se que a realização do seu interrogatório

“ao final da instrução criminal nos moldes do art. 400 do Código de Processo Penal, e, caso já ocorrido, que seja oportunizado o ‘reinterrogatório’ depois de ouvidas todas as testemunhas de acusação, testemunhas de defesa e realizadas todas as diligências, possibilitando a ‘ampla defesa’ e, principalmente, o ‘contraditório’ ao que foi produzido pela acusação (...)” (fl. 103).

Deferi o pedido de liminar para suspender efeitos da Ação Penal Militar nº 101-17.2013.7.09.0009/MS em trâmite na Auditoria da 9ª Circunscrição Judiciária Militar, bem como solicitei informações à Juíza-Auditora daquela CJM, que foram devidamente prestadas.

O Ministério Público Federal, em parecer de lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pelo desprovimento do recurso.

É o relatório.Decido. A controvérsia trazida aos autos tem como escopo a eventual

aplicação do art. 400 do Código de Processo Penal (com redação dada pela Lei nº 11.719/08) aos processos penais militares em detrimento do art. 302 da Lei Processual Penal Militar.

O Plenário do Supremo Tribunal, em 3/3/16, ao julgar o HC nº 127.900/AM, de minha relatoria, fixou orientação no sentido de que a realização do interrogatório ao final da instrução criminal, prevista no art. 400 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei nº 11.719/08, também se aplica às ações penais em trâmite na Justiça Militar.

Ainda por ocasião daquele julgamento, a Corte deliberou em atenção ao princípio da segurança jurídica (CF, art. 5º, XXXVI), que essa orientação somente se aplica, a partir da publicação da ata de julgamento do HC nº 127.900/AM, aos processos penais militares, aos processos penais eleitorais e a todos os procedimentos penais regidos por legislação especial, incidindo, somente, naquelas ações penais cuja instrução não se tenha encerrado.

Essa é exatamente a situação retratada nos autos, visto que, nos autos da Ação Penal Militar nº 101-17.2013.7.09.0009/MS à qual responde o recorrente perante a Auditoria da 9ª CJM, a instrução processual não tinha se encerrado até o momento em que deferi liminar neste recurso ordinário para suspender o andamento daquele feito na origem.

Logo, considerando os termos em que decido o HC nº 127.900/AM pelo Plenário, entendo que o recorrente deve ser submetido a novo interrogatório na forma preconizada pelo art. 400 do Código de Processo Penal.

Diante desse quadro, considerando que o tema em discussão agora é objeto de jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 192, caput, c/c o art. 312, caput, ambos do Regimento Interno da Corte, dou provimento ao recurso para conceder a ordem de habeas corpus, determinando a submissão do recorrente a novo interrogatório ao final da instrução (CPP, art. 400).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 131.932 (668)ORIGEM : HC - 1879320157000000 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GENILTON DA SILVA OLIVEIRARECTE.(S) : FILEMON LOPES MOREIRA E SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Vistos.Recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar,

interposto por Genilton da Silva Oliveira e Filemon Lopes Moreira e Souza, por intermédio da Defensoria Pública da União, contra acórdão do Superior Tribunal Militar, que denegou a ordem no HC nº 187-93.2015.7.00.0000/BA.

Alegam os recorrentes, em linhas gerais, a nulidade dos seus interrogatórios, realizados com primeiro ato da instrução processual na forma do art. 302 do Código de Processo Penal Militar.

Afirmam, para tanto, que o art. 400 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei nº 11.719/08, por melhor atender às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, deve também ser aplicado ao procedimento especial da Justiça Militar.

Nesse contexto, requerem o deferimento da liminar para sobrestar o processo ao qual respondem na origem até o julgamento definitivo do recurso. No mérito, pedem o seu provimento para que seja concedida a ordem de habeas corpus, determinando-se as suas oitivas “pelo Conselho Permanente da Justiça Militar da JMU de Salvador ao final da instrução criminal quando poderão ‘contradizer’ todas as provas da acusação dentro da ‘ampla defesa’ (...)”(fl. 130).

Deferi o pedido de liminar para suspender efeitos da Ação Penal Militar nº 4-39.2015.7.06.0006/BA em trâmite na Auditoria da 6ª Circunscrição Judiciária Militar, bem como solicitei informações à Juíza-Auditora daquela CJM, que foram devidamente prestadas.

O Ministério Público Federal, em parecer de lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou pelo desprovimento do recurso.

É o relatório.Decido. A controvérsia trazida aos autos tem como escopo a eventual

aplicação do art. 400 do Código de Processo Penal (com redação dada pela Lei nº 11.719/08) aos processos penais militares em detrimento do art. 302 da Lei Processual Penal Militar.

O Plenário do Supremo Tribunal, em 3/3/16, ao julgar o HC nº 127.900/AM, de minha relatoria, fixou orientação no sentido de que a realização do interrogatório ao final da instrução criminal, prevista no art. 400 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei nº 11.719/08, também se aplica às ações penais em trâmite na Justiça Militar.

Ainda por ocasião daquele julgamento, a Corte deliberou em atenção ao princípio da segurança jurídica (CF, art. 5º, XXXVI), que essa orientação somente se aplica, a partir da publicação da ata de julgamento do HC nº 127.900/AM, aos processos penais militares, aos processos penais eleitorais e a todos os procedimentos penais regidos por legislação especial, incidindo, somente, naquelas ações penais cuja instrução não se tenha encerrado.

Essa é exatamente a situação retratada nos autos, visto que, nos autos da Ação Penal Militar nº 4-39.2015.7.06.0006/BA à qual respondem os recorrentes perante a Auditoria da 6ª CJM, a instrução processual não tinha se encerrado até o momento em que deferi liminar neste recurso ordinário para suspender o andamento daquele feito na origem.

Logo, considerando os termos em que decido o HC nº 127.900/AM pelo Plenário, entendo que os recorrentes devem ser submetidos a um novo interrogatório na forma preconizada pelo art. 400 do Código de Processo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 127: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 127

Penal. Diante desse quadro, considerando que o tema em discussão agora é

objeto de jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 192, caput, c/c o art. 312, caput, ambos do Regimento Interno da Corte, dou provimento ao recurso para conceder a ordem de habeas corpus, determinando a submissão dos recorrentes a um novo interrogatório ao final da instrução (CPP, art. 400).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 133.121 (669)ORIGEM : HC - 315867 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : A A A DE OADV.(A/S) : ADEMAR BORGES DE SOUZA FILHO (29178/DF) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO1. Ante a deficiência do pedido de concessão de liminar, colham o

parecer da Procuradoria-Geral da República.2. Publiquem.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 133.593 (670)ORIGEM : HC - 323281 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : GABRIEL SANTOS GUELDINIADV.(A/S) : ROMUALDO SANCHES CALVO FILHO (103600/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Vistos.Recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar,

interposto por Gabriel Santos Gueldini contra acórdão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto no HC nº 323.821/SP, Relatora a Ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Alega o recorrente, em linhas gerais, a presença de constrangimento ilegal a ele imposto, tendo em vista a falta de fundamentação da sentença condenatória quanto à manutenção da sua prisão preventiva.

Aduz ausentes os pressupostos autorizadores da custódia, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Requer o provimento do recurso para que, concedido o habeas corpus, lhe seja assegurado o direito de recorrer de sua condenação em liberdade.

Examinados os autos, decido.Transcrevo a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de

Justiça:“AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. ART. 33, CAPUT, E §

1º, II, DA LEI N.º 11.343/06. PRISÃO EM FLAGRANTE. INDEFERIMENTO DA LIBERDADE PROVISÓRIA. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA CONDENATÓRIA. MANTENÇA DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR. DECISÃO MONOCRÁTICA. PREJUDICIALIDADE DO MANDAMUS. RECURSO REGIMENTAL. PRETENSÃO DE SIMPLES REFORMA. FUNDAMENTOS DA DECISÃO MANTIDOS.

1. A superveniente prolação de sentença condenatória prejudica o exame da tese vertida no mandamus, acerca de eventual ausência de fundamentação idônea para a mantença da segregação cautelar, visto que um novo título justifica o encarceramento. Precedentes.

2. Inexistente pronunciamento do Tribunal de origem sobre a conservação da prisão provisória no decisum condenatório, inviável a apreciação do tema por esta Corte, posto implicar inaceitável supressão de instância.

3. Agravo regimental a que se nega provimento” (fl. 193).Essa é a razão pela qual se insurge o recorrente.O recurso não merece prosperar.Isso porque, a superveniência de sentença condenatória na qual se

invoca novos fundamentos para a manutenção da segregação cautelar do recorrente constitui, por sua vez, novo título prisional, diverso, portanto, do decreto originário impugnado no Superior Tribunal de Justiça, que deixou de analisar o novo título por entender configurada a supressão de instância.

Esse entendimento não afronta a jurisprudência da Corte, preconizada no sentido de que:

“não tendo sido devidamente analisada nas instâncias antecedentes

a temática destacada no presente writ , calcada em título prisional diverso daquele analisado pelo Superior Tribunal de Justiça, não cabe à Suprema Corte apreciá-la de forma originária, sob pena de dupla supressão de instância e de grave violação das regras de competência” (RHC nº 112.705/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 21/3/13).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 113.565/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 18/3/13; HC nº 95.977/SP, Primeira Turma, Relator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe 12/12/12; HC nº 103.131/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 15/10/10; HC nº 102.783/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 28/5/10; e HC nº 96.555/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 18/12/09, entre outros.

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente recurso ordinário.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSOS

AG.REG. NO AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 449.257

(671)

ORIGEM : AMS - 9602155183 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : ASTROMARÍTIMA NAVEGAÇÃO S/AADV.(A/S) : ANETE MAIR MACIEL MEDEIROS (15787/DF,

158742/RJ) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Nos termos do disposto no art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil, intime-se o agravado para se manifestar sobre o recurso, no prazo de 15 (quinze) dias.

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 881.673 (672)ORIGEM : PROC - 08013563020124058300 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SUAPE - COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO

GOVERNADOR ERALDO GUEIROSADV.(A/S) : FERNANDO JARDIM RIBEIRO LINS (16788/PE) E

OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO REGIMENTAL – JUÍZO DE RETRATAÇÃO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL

RECONHECIDA – MATÉRIA IDÊNTICA – BAIXA À ORIGEM.1. Reconsidero a decisão de 4 de agosto de 2015.2. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 594.015/SP, da minha

relatoria, assentou a existência de repercussão geral do tema relativo à obrigatoriedade de recolhimento do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU por sociedade de economia mista prestadora de serviço de utilidade pública quando incidente em terreno situado na área portuária de Santos pertencente à União.

3. Considerado o fato de o recurso veicular matéria similar, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas –, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno deste Tribunal, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil.

4. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 839.680

(673)

ORIGEM : APCRIM - 20100331566 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : STALIN PASSOSADV.(A/S) : RENÉ ARIEL DOTTI (26126A/PR) E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 128: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 128

AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

DESPACHO: Vistos.Trata-se de agravo interposto por Stalin Passos contra a decisão

mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário.Nos termos do art. 1.021, § 2º, da Lei nº 13.105/15 (Código de

Processo Civil), intime-se o agravado para manifestar-se sobre o recurso interposto, no prazo de 15 (quinze) dias.

Publique-se.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.693

(674)

ORIGEM : APCRIM - 993070316322 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : CARLOS EDUARDO ROSENTHALADV.(A/S) : ANTÔNIO CLÁUDIO MARIZ DE OLIVEIRA (0123013/SP)ADV.(A/S) : JAQUELINE FURRIER (107626/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOAGDO.(A/S) : BANCO CAIXA BRASIL GERAL S/AADV.(A/S) : JAQUELINE FURRIER (107626/SP)

Referente à Petição/STF 15456/2016:DECISÃO: Homologo o pedido de desistência, na forma do art. 21, VIII,

do RISTF, para que produza os efeitos legais. Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 898.110

(675)

ORIGEM : PROC - 201161000192416 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CELIA REGINA DO AMARALPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : GIZA HELENA COELHO (166349/SP) E OUTRO(A/S)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. ART. 5º DA MP 2.170/01. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. PERIODICIDADE MENSAL. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 033. RE 592.377. DEVOLUÇÃO DO FEITO AO TRIBUNAL DE ORIGEM. ATO JUDICIAL PREVISTO NO ARTIGO 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental interposto por CELIA REGINA DO AMARAL contra decisão que prolatei, assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. ART. 5º DA MP 2.170/01. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. PERIODICIDADE MENSAL. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 033. RE 592.377. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).”

Inconformada com a decisão supra, a agravante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese:

"Ao julgar o RE 592.377-RG, Tema 33, o STF debruçou-se apenas sobre o argumento de inconstitucionalidade formal da Medida Provisória, especificamente sob o viés da relevância e urgência. Não examinou a inconstitucionalidade formal sob o argumento de que a matéria, em verdade, deveria ter sido objeto de lei complementar. Tampouco enfrentou o argumento de inconstitucionalidade material por violação aos artigos 1º, III, 3º e 170 da Constituição Federal.

Então, não há estrita aderência entre o quanto decidido no RE 592.377-RG, Tema 33, e a matéria tratada no presente recurso extraordinário, que, rigorosamente, tem espectro mais amplo.

Assim, subsidiariamente, deverá a aplicação do art. 543-B do CPC, considerando a vinculação ao RE 592.377-RG, Tema 33, restringir-se ao argumento de relevância e urgência da Medida Provisória, submetendo-se, porém, ao exame de repercussão geral, os argumentos de inconstitucionalidade formal, sob o viés de que a matéria deveria ser objeto de

lei complementar, e de inconstitucionalidade material." (doc. 6).É o relatório. DECIDO.O presente recurso não merece conhecimento. O ato judicial previsto no artigo 543-B, parágrafo 3º, do Código de

Processo Civil, dispositivo que fundamentou a inadmissão do recurso, constitui mero procedimento, sem cunho decisório, contra o qual não cabe recurso. Destarte, além da ausência de previsão legal nesse sentido, o referido ato não se enquadra nas hipóteses de ato decisório ou sentencial previstas no artigo 162, parágrafos 1º e 2º, do CPC, verbis:

“Art. 162 - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

§ 2º - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.”

É firme a jurisprudência desta Suprema Corte no sentido da irrecorribilidade das decisões que devolvem os autos à origem para observância da sistemática da repercussão geral. Confiram-se, a título de exemplo, alguns precedentes desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. DESISTÊNCIA DO RECURSO PARADIGMA. FUTURA SUBSTITUIÇÃO. DECISÃO QUE DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM PARA OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IDENTIDADE MATERIAL: IRRECORRIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.” (RE 784.034-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 24/3/2014).

“ATO DO RELATOR QUE, ADMITINDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS RESPECTIVOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM PARA QUE, NESTE, SEJA OBSERVADO O QUE DISPÕE O ART. 543-B do CPC ATO JUDICIAL QUE NÃO POSSUI CONTEÚDO DECISÓRIO NEM SE REVESTE DE LESIVIDADE IRRECORRIBILIDADE CONSEQÜENTE NÃO-CONHECIMENTO DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO - INCONFORMISMO DA PARTE INTERESSADA QUE DEDUZIU NOVO RECURSO DE AGRAVO (AGRAVO INTERNO), DESTA VEZ CONTRA A DECISÃO QUE NÃO CON HECEU DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO IMPROVIMENTO DESSE NOVO RECURSO, COM DETERMINAÇÃO DE DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO REFERENTE AO PRESENTE JULGAMENTO.” (AI 503.064-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 26/3/2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CPC. ATO JUDICIAL SEM CUNHO DECISÓRIO. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, haja vista não possuir conteúdo decisório nem se revestir de lesividade. Precedentes.

II - Agravo regimental improvido.” (AI 811.626-AgR-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 3/3/2011).

“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo Regimental. Inadmissibilidade. Interposição contra decisão que determina devolução dos autos ao Tribunal de origem. Aplicação do art. 543-B do CPC. Inexistência de lesividade. Agravo não conhecido. Da decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins do art. 543-B do CPC, não se admite recurso.

2. RECURSO. Agravo Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc art.s 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.” (RE 513.473-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 18/12/2009).

Ex positis, NÃO CONHEÇO o agravo e determino a DEVOLUÇÃO dos autos ao Tribunal de origem.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 901.497

(676)

ORIGEM : PROC - 00064501320118160014 - TJPR - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINAAGDO.(A/S) : CONDOMINIO TORRE VALENCIAADV.(A/S) : CECÍLIA INÁCIO ALVES (00014672/PR) E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 129

DESPACHO: Tendo em vista o disposto no art. 1.021, § 2º, do NCPC, intime-se a parte agravada para se manifestar sobre o recurso interposto, no prazo de 15 dias.

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 913.880

(677)

ORIGEM : AR - 57019720125000000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : DECIO HENRIQUE LOBATO SODREADV.(A/S) : DÉCIO HENRIQUE LOBATO SODRÉ (EM CAUSA

PRÓPRIA)AGDO.(A/S) : ITAU UNIBANCO S/AADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR (3609/DF) E OUTRO(A/

S)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA NO ÂMBITO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 248. AI 751.478. DEVOLUÇÃO DO FEITO AO TRIBUNAL DE ORIGEM. ATO JUDICIAL PREVISTO NO ARTIGO 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental interposto por DECIO HENRIQUE LOBATO SODRE contra decisão que prolatei, assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA NO ÂMBITO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 248. AI 751.478. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).”

Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese:

"A decisão rescindenda não se restringiu ao exame dos pressupostos de admissibilidade da ação rescisória. Formou-se a coisa julgada material, uma vez que a análise pela SDI-II do TST não foi eminentemente processual quanto aos pressupostos da ação rescisória, tratando-se de uma decisão de mérito a pretensão de seu corte rescisório e não por ausência de pressupostos processuais e condição da ação rescisória." (doc. 73).

É o relatório. DECIDO.O presente recurso não merece conhecimento. O ato judicial previsto no artigo 543-B, parágrafo 3º, do Código de

Processo Civil, constitui mero procedimento, sem cunho decisório, contra o qual não cabe recurso. Destarte, além da ausência de previsão legal nesse sentido, o referido ato não se enquadra nas hipóteses de ato decisório ou sentencial previstas no artigo 162, parágrafos 1º e 2º, do CPC, verbis:

“Art. 162 - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

§ 2º - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.”

É firme a jurisprudência desta Suprema Corte no sentido da irrecorribilidade das decisões que devolvem os autos à origem para observância da sistemática da repercussão geral. Confiram-se, a título de exemplo, alguns precedentes desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. DESISTÊNCIA DO RECURSO PARADIGMA. FUTURA SUBSTITUIÇÃO. DECISÃO QUE DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM PARA OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IDENTIDADE MATERIAL: IRRECORRIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.” (RE 784.034-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 24/3/2014).

“ATO DO RELATOR QUE, ADMITINDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS RESPECTIVOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM PARA QUE, NESTE, SEJA OBSERVADO O QUE DISPÕE O ART. 543-B do CPC ATO JUDICIAL QUE NÃO POSSUI CONTEÚDO DECISÓRIO NEM SE REVESTE DE LESIVIDADE IRRECORRIBILIDADE CONSEQÜENTE NÃO-CONHECIMENTO DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO - INCONFORMISMO DA PARTE INTERESSADA QUE DEDUZIU NOVO RECURSO DE AGRAVO (AGRAVO INTERNO), DESTA VEZ CONTRA A DECISÃO QUE NÃO CON HECEU DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO IMPROVIMENTO DESSE NOVO RECURSO, COM DETERMINAÇÃO DE DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO REFERENTE AO PRESENTE JULGAMENTO.” (AI 503.064-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,

DJ de 26/3/2010). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO

DE INSTRUMENTO. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CPC. ATO JUDICIAL SEM CUNHO DECISÓRIO. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, haja vista não possuir conteúdo decisório nem se revestir de lesividade. Precedentes.

II - Agravo regimental improvido.” (AI 811.626-AgR-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 3/3/2011).

“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo Regimental. Inadmissibilidade. Interposição contra decisão que determina devolução dos autos ao Tribunal de origem. Aplicação do art. 543-B do CPC. Inexistência de lesividade. Agravo não conhecido. Da decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins do art. 543-B do CPC, não se admite recurso.

2. RECURSO. Agravo Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc art.s 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.” (RE 513.473-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 18/12/2009).

Ex positis, NÃO CONHEÇO o agravo e determino a DEVOLUÇÃO dos autos ao Tribunal de origem.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 917.153

(678)

ORIGEM : APCRIM - 20120710379102 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CARLOS ANTONIO FRANÇAADV.(A/S) : JASON BARBOSA DE FARIA (00001476/DF)ADV.(A/S) : WENDEL LEMES DE FARIA (16573/DF) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

DECISÃO: Vistos. Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão mediante a

qual conheci do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.Decido.O inconformismo não merece prosperar.O agravante não observou o prazo de cinco (5) dias para a

interposição do agravo regimental, conforme estabelece o art. 317 do Regimento Interno desta Corte.

A decisão agravada foi publicada no dia 5 de novembro de 2015, quinta-feira. Iniciado no primeiro dia útil subsequente, 6 de novembro de 2015, sexta-feira, o prazo terminou no dia 10 de novembro de 2015, terça-feira.

Todavia, o agravo regimental foi enviado eletronicamente a esta Corte (Petição/STF nº 58299/2015), em 11 de novembro de 2015, quarta-feira, quando exaurido o prazo legal, conforme atesta a certidão emitida pela Secretaria Judiciária desta Corte.

Anote-se que o agravante, por intermédio da Petição/STF nº 58573/2015, requereu a devolução do prazo (RISTF, art. 317) para a apresentação do regimental ao argumento de que o sistema de peticionamento eletrônico da Corte teria apresentado erro na data de 10/11/2015, quando tentou protocolar sua petição.

Todavia, as informações prestadas pela Secretaria Judiciária da Corte demonstraram que na data em questão não houve registros de inconsistências, indisponibilidades ou degradação de desempenho do Sistema de Peticionamento Eletrônico desta Corte.

Destacou-se, ainda, que o erro no peticionamento se deu em razão do não cumprimento do requisito de assinatura digital prévia dos documentos em PDF por meio de certificado digital, conforme dispõe o art. 5º da Resolução nº 427/2010, do Supremo Tribunal Federal.

Dessa forma, concluo que transcorreu in albis o prazo legal para a interposição do agravo regimental, razão jurídica pela qual dele não conheço.

Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 130: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 130

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 930.264

(679)

ORIGEM : 20157005329869 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : AMERICAN AIRLINES INCADV.(A/S) : CARLA CHRISTINA SCHNAPP (178101-E/RJ,

178101/RJ, 139242/SP)AGDO.(A/S) : HELOISA MARIA DA GRACA ARANHAADV.(A/S) : RAFAEL SOARES CUNHA (169566/RJ)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREJUÍZO EM FACE DA RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL. CONFLITO ENTRE LEI E TRATADO. ARE 766.618 E RE 636.331. MATÉRIAS QUE AGUARDAM EXAME SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental interposto pela AMERICAN AIRLINES INC contra decisão de minha relatoria, cuja ementa transcrevo:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CIVIL. DANO MORAL. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO AÉREO. INADIMPLEMENTO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA N° 869. ARE 927.467. MODIFICAÇÃO DO VALOR DEVIDO A TÍTULO DE DANO MORAL. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO VIRTUAL DO STF. TEMA N° 655. ARE 743.771-RG. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF.)”

Inconformada com a decisão supra, a agravante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese:

"As Decisões recorridas, ao afastarem a aplicação da Convenção de Montreal em caso de transporte aéreo internacional, negam vigência aos arts. 5º, § 2º e ao art. 178, caput, da Constituição da República, que determinam a observância dos tratados internacionais da qual o Brasil é signatário, em tema de transporte aéreo internacional.

É incontroverso que o caso em tela trata de transporte aéreo internacional, ao qual devem ser aplicadas as disposições constantes do Tratado Internacional vigente no Brasil, que regulamentou especificamente o transporte aéreo internacional de passageiros e de bagagem, remunerado ou gratuito." (Fl. 204).

À luz dos argumentos expostos, RECONSIDERO a decisão agravada, tornando-a sem efeito, e, por conseguinte, JULGO PREJUDICADO o agravo regimental.

Passo ao reexame do recurso.As matérias versadas no recurso extraordinário são objeto de exame

por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema 210, RE 636.331, Rel. Min. Gilmar Mendes; e ARE 766.618, Rel. Min. Roberto Barroso).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 936.053

(680)

ORIGEM : 200761000315985 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : VIVIANE MOURA DE BRITOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : ROGERIO ALTOBELLI ANTUNES (172265/SP)ADV.(A/S) : GIZA HELENA COELHO (166349/SP)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS COM PERIODICIDADE INFERIOR A UM ANO. MEDIDA PROVISÓRIA 2.170-36/2001. TEMA 33. RE 592.377. DEVOLUÇÃO DO FEITO AO TRIBUNAL DE ORIGEM. ATO JUDICIAL PREVISTO NO ARTIGO 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental interposto por VIVIANE MOURA DE BRITO contra decisão que prolatei, assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS COM PERIODICIDADE INFERIOR A UM ANO. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.170-36/2001. INCIDÊNCIA. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 33. RE 592.377. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328,

PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).”Inconformada com a decisão supra, a agravante interpõe o presente

recurso, alegando, em síntese:"Ao contrário do que ocorre no âmbito do sistema concentrado de

controle de constitucionalidade, a causa de pedir do recurso extraordinário submetido à repercussão geral não é aberta. Portanto, a decisão pela (in)constitucionalidade adotada no âmbito do recurso extraordinário não abarca quaisquer fundamentos porventura existentes, mas apenas aqueles efetivamente enfrentados. Dessa forma, a extensão do julgamento realizado nos autos do RE 592.377-RG, Tema 33, restringiu-se ao quanto nele debatido, ou seja, à inconstitucionalidade formal da Medida Provisória sob o viés específico da relevância e urgência. Não abarcou o argumento de inconstitucionalidade formal sob o viés de que a matéria deveria ter sido objeto de lei complementar, nem o argumento de inconstitucionalidade material por violação aos artigos 1º, III, 3º, I a III, e 170 da Constituição Federal." (fl. 3 do doc. 7).

É o relatório. DECIDO.O presente recurso não merece conhecimento. O ato judicial previsto no artigo 543-B, parágrafo 3º, do Código de

Processo Civil de 1973, constitui mero procedimento, sem cunho decisório, contra o qual não cabe recurso. Destarte, além da ausência de previsão legal nesse sentido, o referido ato não se enquadra nas hipóteses de ato decisório ou sentencial previstas no artigo 162, parágrafos 1º e 2º, do aludido Código, verbis:

“Art. 162 - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

§ 2º - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.”

É firme a jurisprudência desta Suprema Corte no sentido da irrecorribilidade das decisões que devolvem os autos à origem para observância da sistemática da repercussão geral. Confira-se, a título de exemplo, alguns precedentes desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. DESISTÊNCIA DO RECURSO PARADIGMA. FUTURA SUBSTITUIÇÃO. DECISÃO QUE DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM PARA OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IDENTIDADE MATERIAL: IRRECORRIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.” (RE 784.034-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 24/6/2014).

“ATO DO RELATOR QUE, ADMITINDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS RESPECTIVOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM PARA QUE, NESTE, SEJA OBSERVADO O QUE DISPÕE O ART. 543-B DO CPC – ATO JUDICIAL QUE NÃO POSSUI CONTEÚDO DECISÓRIO NEM SE REVESTE DE LESIVIDADE – IRRECORRIBILIDADE – CONSEQÜENTE NÃO-CONHECIMENTO DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO - INCONFORMISMO DA PARTE INTERESSADA QUE DEDUZIU NOVO RECURSO DE AGRAVO (“AGRAVO INTERNO”), DESTA VEZ CONTRA A DECISÃO QUE NÃO CONHECEU DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO – IMPROVIMENTO DESSE NOVO RECURSO, COM DETERMINAÇÃO DE DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO REFERENTE AO PRESENTE JULGAMENTO.” (AI 503.064-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 26/3/2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CPC. ATO JUDICIAL SEM CUNHO DECISÓRIO. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, haja vista não possuir conteúdo decisório nem se revestir de lesividade. Precedentes.

II - Agravo regimental improvido.” (AI 811.626-AgR-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 4/3/2011).

“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo Regimental. Inadmissibilidade. Interposição contra decisão que determina devolução dos autos ao Tribunal de origem. Aplicação do art. 543-B do CPC. Inexistência de lesividade. Agravo não conhecido. Da decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins do art. 543-B do CPC, não se admite recurso.

2. RECURSO. Agravo Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.” (RE 513.473-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 18/12/2009).

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo e determino a DEVOLUÇÃO dos autos ao Tribunal de origem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 131: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 131

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 947.196

(681)

ORIGEM : 200961060088866 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : RODRIGO BRUNO SIMÕESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo regimental contra decisão que negou provimento ao agravo em recurso extraordinário.

Sustenta a parte agravante, em suma, a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva.

2. Transitada em julgado a sentença condenatória para acusação, o prazo prescricional regula-se pela pena aplicada (art. 110, § 1º, do Código Penal). O recorrente foi condenado à pena de 2 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pela prática do crime previsto no art. 334, § 1°, “c”, do CP, cuja sentença foi registrada em 26 de fevereiro de 2010 (fl. 259, Vol. 2). Contra essa decisão, a defesa apresentou recurso de apelação, que culminou na absolvição do recorrente, ante a incidência do princípio da insignificância fl. 473, Vol. 3). Inconformado, o Ministério Público interpôs recurso especial, o qual foi dado provimento pelo Superior Tribunal de Justiça para afastar a incidência do princípio da bagatela e devolver os autos ao Tribunal de origem para novo julgamento do apelo defensivo (fl. 677, Vol. 3). Essa decisão foi publicada em 19/8/2014 (fl. 556, Vol. 3). Não houve recurso. No TRF – 3ª Região, foi proferido, em 24/8/2015, novo acórdão redimensionando a pena proferida na sentença para 1 ano e 8 meses (fl. 575/575v., Vol. 3), circunstância, no entanto, que não constitui marco interruptivo (cf. RE 751394, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, Dje de 28-08-2013).

Nesse contexto, operou-se a prescrição da pretensão punitiva estatal, uma vez que, após a publicação da sentença condenatória, transcorreu período superior a 4 anos sem que tenha ocorrido qualquer causa interruptiva ou suspensiva superveniente (art. 109, V, Código Penal).

3. Diante do exposto, reconsidero a decisão agravada e declaro extinta a punibilidade do recorrente em razão da ocorrência da prescrição da pretensão punitiva (art. 107, IV, do Código Penal).

Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 948.126

(682)

ORIGEM : 01810766520118260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : EDIFICIO RAGI BUAINAINADV.(A/S) : JOSE MARCELO BRAGA NASCIMENTO (18298/GO,

29120/SP)ADV.(A/S) : DENISE DE CASSIA ZILIO (90949/SP)AGDO.(A/S) : SABESP COMPANHIA DE SANEAMENTO BASICO DO

ESTADO DE SAO PAULOADV.(A/S) : RENATA COSTA BOMFIM (131915/SP)ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXAO CORTES (15553/DF, 27284/

GO, 164494/MG, 75879/PR, 184565/RJ, 310314/SP)

DESPACHO: Tendo em vista o disposto no art. 1.021, § 2º, do NCPC, intime-se a parte agravada para se manifestar sobre o recurso interposto, no prazo de 15 dias.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.423

(683)

ORIGEM : 19736920115150031 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : CONFEDERACAO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO

BRASILADV.(A/S) : MANOEL RODRIGUES LOURENÇO FILHO (SP208128/)

AGDO.(A/S) : WILSON RODRIGUES DANIELADV.(A/S) : MÁRIO FAGUNDES FILHO (SP125459/)

DESPACHO: Tendo em vista o disposto no art. 1.021, § 2º, do CPC, intime-se a parte agravada para se manifestar sobre o recurso interposto, no prazo de 15 dias.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.740

(684)

ORIGEM : 105140295590 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HENRIQUE COTTA FERREIRA SOARESAGTE.(S) : ANDRE ZAN RAMOSADV.(A/S) : LEONARDO CORDEIRO DE GUSMAO (134461/MG) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELISA MARIA COSTAADV.(A/S) : JAYSON KEYBY PINHO CASTRO (101005/MG)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 950.210

(685)

ORIGEM : 71005545231 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ZENITA VIDALADV.(A/S) : ARLEI VITORIO STEIGER (55786/RS)AGDO.(A/S) : MARIVONE LORA DALCINADV.(A/S) : ANTONIO NEURI GARCIA (55787/RS)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 22 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 950.245

(686)

ORIGEM : 01001426320148269009 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU (111887/SP)ADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUX (183762/SP)AGDO.(A/S) : JAYR HENRIQUE DE PAULAADV.(A/S) : CRISTINA MASSARELLI DO LAGO (302742/SP)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 22 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.787 (687)ORIGEM : 920572003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES FISCAIS DO

ESTADO DA BAHIA - ASFEBADV.(A/S) : ÉVELIN DIAS DE CARVALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 132

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. RECLASSIFICAÇÃO DE SERVIDOR INATIVO. LEI Nº 8.210/2002 DO ESTADO DA BAHIA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA Nº 280 DO STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CF. INEXISTÊNCIA.

AGRAVO DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento, interposto com

fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“MANDADO DE SEGURANÇA.REJEITADAS AS PRELIMINARES, À UNANIMIDADE.NO MÉRITO, VIOLA DIREITO LÍQUIDO E CERTO A LEI ESTADUAL

Nº. 8.210/2002, DE EFEITO CONCRETO, QUE RECLASSIFICOU O GRUPO OPERACIONAL FISCO EM CLASSES INFERIORES CRIADAS, PROVOCANDO REBAIXAMENTO.

‘MANDAMUS’ COLETIVO IMPETRADO POR ASSOCIAÇÃO LEGALMENTE CONSTITUÍDA EM OBEDIÊNCIA A PRECEITO CONSTITUCIONAL (ART. 5º, LXX, ‘B’, DA CF).

DIREITO ADQUIRIDO.PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA POSTERIOR À SEGURANÇA

PLEITEADA, OPORTUNIDADE EM QUE O INTERESSADO HAVERÁ DE COMPROVAR TÍTULO DE APOSENTADORIA HOMOLOGADO ATÉ 15.12.2003, VÉSPERA DA PROMULGAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41, MODIFICATIVA DO § 8º DO ART. 40 DA LEI MAIOR.

SEGURANÇA CONCEDIDA POR MAIORIA.”Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXVI, LIV e LV, 40, § 8º, e 93, IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice na Súmula nº 280 do STF.

É o relatório. DECIDO.A reestruturação da carreira introduzida por ato legislativo com a

consequente transformação, reclassificação ou extinção de cargos, quando sub judice a controvérsia, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, in casu, a Lei nº 8.210/2002 do Estado da Bahia, o que encontra óbice na Súmula 280 desta Corte, de seguinte teor: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário". Nesse sentido, transcrevo os seguintes julgados:

“RECLASSIFICAÇÃO DE SERVIDOR INATIVO. LEI ESTADUAL Nº 8.210/2002. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. DIREITO LOCAL (SÚMULA 280). REGIMENTAL NÃO PROVIDO.” (AI 496.572-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ de 4/5/2004).

“SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. ESTADO DA BAHIA. LEIS ESTADUAIS 3.933/1981 E 7.145/1997. EXTINÇÃO DE GRADUAÇÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 5º, XXXV E NO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 40, §§ 3º E 8º, DA LEI MAIOR, COM A REDAÇÃO DADA PELA EMENDA 20/1998. REEXAME DE DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280/STF. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 671.334-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 2/12/2011).

“DIREITO ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. ART. 40, §§ 2º E 3º, DA CF/88. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ALEGAÇÃO TARDIA. SÚMULA STF 282. APOSENTADORIA. POLICIAL MILITAR. EXTINÇÃO DE PATENTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA STF 280. 1. Os embargos de declaração devem apontar omissão ou contradição na decisão impugnada e não inovar matéria até então estranha à discussão dos autos. Incidência da Súmula STF 282. 2. O Tribunal de origem fundamentou sua decisão na interpretação da legislação local que disciplina a matéria (Leis Estaduais 7.145/97 e 7.991/2001). Incide, na espécie, a Súmula STF 280. 3. A jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que às alegações de ofensa a incisos do artigo 5º da Constituição Federal podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. 4. Decisão contrária ao interesse da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88. 5. A matéria discutida no presente recurso extraordinário não apresenta identidade com a do RE 631.389-RG/CE, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 18.02.2011, no qual foi reconhecida repercussão geral. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 840.588-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 30/8/2011).

A propósito, menciono as lições do ilustre professor Roberto Rosas sobre a Súmula nº 280 desta Corte:

“A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo

nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 138).

Ademais, verifica-se que a parte se valeu dos meios recursais cabíveis e teve a jurisdição devidamente prestada por decisões fundamentadas, embora contrárias aos seus interesses. Assim, não resta caracterizada a negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4/6/2013, o qual possui a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Alegação de ausência de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedente: AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. 5. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 6. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 860.111 (688)ORIGEM : AC - 200636000018023 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : AGROPECUÁRIA SÃO MARCOS S/AADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS DE MELLO DIAS (19191/SP) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNAI - FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Vistos. Trata-se de agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, assim ementado:

“DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. INDENIZAÇÃO E/OU PERDAS E DANOS DECORRENTE DE DECRETOS QUE DECLAROU COMO DE OCUPAÇÃO INDÍGENA AS TERRAS LOCALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO CLARO E HOMOLOGOU DEMARCAÇÃO ADMINISTRATIVA DA AREA INDÍGENA JAPUÍRA. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA.

1. Cuidando-se como se cuida de ação de desapropriação indireta, o prazo prescricional é vintenário, hipótese em que não se aplica a prescrição qüinqüenal prevista no Decreto-lei n° 20.910/32, matéria, aliás, sumula da no verbete 119 do STJ: "A ação de desapropriação indireta prescreve em vinte anos." Precedentes jurisprudenciais.

2. O pedido de indenização em razão de expropriação indireta é admitido no ordenamento jurídico brasileiro .

3. O fato de a terra ser ou não indígena corresponde a questão de mérito, que não pode fundamentar extinção do processo sem julgamento de mérito.

4. Apelo provido, para afastar a prescrição qüinqüenal e determinar o retomo dos autos á origem para processamento do feito, como de direito.”

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 231, caput e

§§ 4° e 6°, da Constituição Federal. Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do

Subprocurador Geral da República Dr. Paulo Gustavo Gonet Branco, pelo desprovimento do agravo.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 133

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que o dispositivo constitucional indicado como violado no recurso extraordinário carece do necessário prequestionamento, uma vez que a matéria de mérito do recurso (demarcação de terra indígena) não foi objeto de apreciação pelo acórdão recorrido, que apenas afastou a prescrição quinquenal, para determinar o retomo dos autos à origem para processamento do feito. Incidem na espécie as Súmulas nº 282 e 356 desta Corte.

Ademais, colhe-se do acórdão fundamentado que:“Sustentam os apelantes que a sentença recorrida extraíra da petição

inicial algo que ela não tem, ou seja, intitulou a ação de anulação de atos jurídicos e de indenização por perdas e danos - ação pessoal -, quando, na verdade, o pedido decorrente da narração lógica dos fatos e do direito invocado na inicial deixa claro tratar-se de ação de desapropriação indireta, de caráter real.

Assevera que essa confusão teve a conseqüência desastrosa de considerar prescrito o direito de ação dos apelantes, conforme o artigo 1°, do Decreto n° 20.910/32, no lapso de 05 (cinco) anos, encerrado em 26/12/1996.

Tenho que, no caso, equívoco ocorreu no julgamento da matéria posta nos autos.

Com efeito, como se trata de desapropriação indireta, o prazo prescricional a ser considerado na presente ação é de 20 (vinte) anos, nos termos da Súmula 119 do colendo Superior Tribunal de Justiça, e não de 05 (cinco) anos como considerado na sentença recorrida.”

(...)Dessa forma, considerando que a presente ação foi proposta em

12.02.1999 e o suposto direito alegado atingido com a publicação do Decreto 92.011 (Do.U de 29.11.1985) que declarou como de ocupação indígena as terras localizadas no Município de São José do Rio Claro, com as respectivas delimitações nele existente, e a publicação do Decreto nº 386, que homologou a demarcação administrativa da Área Indígena Japuira, no Estado do Mato Grosso, editado pelo Presidente da República em 24 de dezembro de 1991, cuja publicação ocorreu em 26 de dezembro do mesmo ano, não se vislumbra a ocorrência da prescrição vintenária a que se submete a presente ação.”.

Nesse sentido, as instâncias de origem decidiram a questão relativa ao prazo prescricional aplicável à pretensão amparadas na legislação infraconstitucional pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência da Súmula nº 279/STF. Sobre o tema:

“AGRAVOS REGIMENTAIS EM RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS INTERPOSTOS PELA UNIÃO E PELA FUNAI. DIREITO ADMINISTRATIVO. TERRAS LOCALIZADAS EM RESERVA INDÍGENA. ALIENAÇÃO PELO ESTADO DO MATO GROSSO. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. INDENIZAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULAS 279 E 650 DO STF. PRECEDENTES. Pedido de indenização por desapropriação indireta julgado procedente na instância recursal ordinária, ao entendimento de que não sujeitas à disciplina do art. 231, § 6º, da Lei Maior as terras objeto da lide, diante da prova produzida, e a teor da diretriz sedimentada na Súmula nº 650/STF (‘Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto’). Não se conhece do recurso extraordinário quando a aferição da alegada afronta aos preceitos constitucionais invocados supõe o revolvimento do quadro fático delineado na origem. Aplicação da Súmula 279/STF. Precedentes das turmas. Agravos regimentais conhecidos e não providos” (RE nº 629.993/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 4/12/12).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. RESERVA INDÍGENA. ALIENAÇÃO PELO ESTADO DE MATO GROSSO. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. INDENIZAÇÃO. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVOS IMPROVIDOS. I - Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incide, no caso, a Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravos regimentais improvidos” (RE nº 658.618/MT-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13/4/12).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESERVA INDÍGENA. DESOCUPAÇÃO. DANO MATERIAL E MORAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO” (RE nº

475.928/AM-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 15/12/06).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 15 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 863.697 (689)ORIGEM : 200372000181531 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE WALBOT STEFFENADV.(A/S) : RICARDO RODA (15690/SC)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MILITAR. EX-COMBATENTE. PENSÃO ESPECIAL. LEI Nº 5.315/1967. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO DO APELO EXTREMO. DECISÃO PROFERIDA PELO STJ PARA JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO INICIAL. AGRAVO PREJUDICADO.

DECISÃO: Compulsando-se os autos, verifica-se que o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar matéria de sua competência, deu provimento aos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Recurso Especial 1.019.539, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, com trânsito em julgado em 13/8/2015, em acórdão que restou assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENSÃO ESPECIAL. MILITAR DA AERONÁUTICA. CONDIÇÃO DE EX-COMBATENTE NÃO COMPROVADA NOS TERMOS DA LEI 5.315/67. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

1. O art. 53, II do ADCT garantiu aos ex-combatentes brasileiros que tenham participado da Segunda Guerra Mundial uma pensão especial, com regime próprio de previdência social e mantida pela União, através dos Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

2. Nos termos do art. 1o., § 2o., I da Lei 5.315/67, será considerado ex-combatente da Aeronáutica aquele que efetivamente participou de operações bélicas na Segunda Guerra Mundial, no Teatro de Operações da Itália, ou como tripulante de aeronaves engajadas em missões de patrulha. Precedentes do STJ.

3. A certidão do Ministério da Aeronáutica que atesta apenas a prestação de serviço durante o último conflito mundial não é suficiente para comprovar a condição de ex-combatente.

4. Embargos de Declaração acolhidos, com atribuição de efeitos infringentes para dar provimento ao Recurso Especial, julgando improcedente o pedido inicial.”

Releva anotar que o trânsito em julgado da aludida decisão provocou a perda do objeto deste recurso.

Ex positis, JULGO PREJUDICADO o presente agravo, com fundamento no artigo 21, IX, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 864.122 (690)ORIGEM : 10079031026333001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SOBRADO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIS CARLOS PARREIRAS ABRITTA (58400/MG)ADV.(A/S) : MARCELO MIRANDA PARREIRAS (0070316/DF, 70316/

MG)AGDO.(A/S) : LUIS CLAUDIO SALGADOAGDO.(A/S) : ANDREA DE CASSIA SILVAADV.(A/S) : ANA PAULA DE MORAIS (86582/MG)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. O Tribunal do Estado de Minas Gerais assentou a ausência do sofrimento ensejador do pagamento de indenização por danos morais. O recorrente insiste no processamento do extraordinário, afirmando a violação dos artigos 5º, incisos LIV e LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal, dizendo ter havido negativa de prestação jurisdicional.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 134

moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

De resto, o Tribunal, no Recurso Extraordinário com Agravo nº 748.371/MT, da relatoria do ministro Gilmar Mendes, assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter repercussão geral o tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucional.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 21 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 864.138 (691)ORIGEM : 200800218980 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDUSTRIA DE VEICULOS

AUTOMOTORES LTDA.ADV.(A/S) : GUSTAVO RODRIGUES DA ROCHA (144336/RJ)AGDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS GUEDESADV.(A/S) : ANA CLAUDIA HADDAD MURGEL GEPP (123720/RJ)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSUMIDOR. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. TEMA 660. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO. VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. TUTELA ANTECIPADA. OBRIGAÇÃO DE FAZER. DESCUMPRIMENTO. MULTA. REDUÇÃO. CONVERSÃO EM PERDAS E DANOS.

Agravo de instrumento contra a decisão que indeferiu o pedido para reduzir o valor da multa cominatória e converter a obrigação de fazer em perdas e danos.

Confirmada na perícia a inadimplência da Agravada por mais de três anos ao deixar de cumprir a tutela antecipada confirmada na decisão de mérito, consistente em reparar o veículo do Agravante, muito embora tivesse a peça em estoque, e considerando que o carro ficou imprestável ao uso regular exatamente em razão da desídia da fabricante, prospera o pedido de conversão como prevê o artigo 461, do Código de Processo Civil.

A multa diária para o cumprimento da obrigação de fazer deve guardar proporcionalidade com o valor econômico da obrigação principal. Constatado o valor excessivo da pena, impõe-se sua redução em atendimento ao princípio da razoabilidade.

As perdas e danos correspondem ao valor do bem e ao aluguel de veículo durante o tempo em que o Agravante ficou impossibilitado de usá-lo.

Fixação desde logo dos valores do ressarcimento com lastro em consulta a sítios da internet que permitem aferi-los.

Recurso provido.”Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 5º, XXXVI (1) e LV (2), da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO. O recurso não merece prosperar.Os princípios da ampla defesa, do contraditório (artigo 5º, LV)(item 2),

do devido processo legal (artigo 5º, LIV) e os limites da coisa julgada (artigo 5º, XXXVI), quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, Tema 660, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

No que se refere à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição da República (item 1), a jurisprudência desta Corte se orienta no sentido de que o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, por implicarem análise de matéria infraconstitucional. Nesse sentido:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DA INAFASTABILIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, DA PROTEÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO, AO ATO JURÍDICO PERFEITO E À COISA JULGADA, BEM COMO AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INTERPRETAÇÃO DE CONTRATO. ÓBICE DA SÚMULA 454/STF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 3.10.2007. O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à análise de normas infraconstitucionais e cláusulas contratuais, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. A pretensão da recorrente de obter decisão em sentido diverso encontra óbice na Súmula 454/STF: ‘Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário’. Agravo regimental conhecido e não provido.” (AI 741.038-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 21/8/2013).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 939.409

(692)

ORIGEM : 554089 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : TANYA MARTINS BARBOSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA GUIMARAES SANTOS (14192/DF)EMBDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : LINO ALBERTO DE CASTRO (06790/DF)ADV.(A/S) : EDUARDO MARANHAO FERREIRA (07265/DF)ADV.(A/S) : APARECIDA BORDIM MOREIRA SOARES (02000/A/DF)ADV.(A/S) : GISALDO DO NASCIMENTO PEREIRA (08971/DF)ADV.(A/S) : PAULA DE PAIVA SANTOS (27275/DF)ADV.(A/S) : IAN DOS SANTOS OLIVEIRA MILHOMEM (45993/DF,

00000/)

DECISÃO:Diante da ampliação das hipóteses de impedimento do magistrado

prescrito pelo novel Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), declaro o meu impedimento neste feito, no estrito cumprimento do art. 144 do novo Código de Processo Civil, a partir desta data.

Publique-se.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.986

(693)

ORIGEM : APCRIM - 70031879117 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : JORGE LUIZ BATISTA PINTOADV.(A/S) : RODRIGO NASCIMENTO DALL' ACQUA (174378/SP) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 135: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 135

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

INTDO.(A/S) : NATAL SCHINCARIOL JÚNIORINTDO.(A/S) : MOACIR JACINTO CARRAROADV.(A/S) : CLÓVIS ROBERTO DE FREITAS (30230/RS) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : WILSON CURIA MAZZAADV.(A/S) : JOÃO CARLOS BRUM (43897/RS)INTDO.(A/S) : SÍLVIA JUNGMAN GODINHOADV.(A/S) : WILSON MÜLLER RODRIGUES (35167/RS)INTDO.(A/S) : BARTOLOMEU JOEL BARBOSA DE AGUIARADV.(A/S) : GENÉSIO AMBOS MORAES (26665/RS)INTDO.(A/S) : RICARDO AUGUSTO HERRMANNINTDO.(A/S) : SADI FRANCESCHIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : JÚLIO CÉSAR SCHINCARIOLADV.(A/S) : REGIS MICHAELSEN NAPOLEÃO (17818/RS)

DECISÃO: 1. Trata-se de segundos embargos de declaração opostos contra acórdão cuja ementa é a seguinte:

PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS DO ART. 619 DO CPP. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES JÁ DECIDIDAS. IMPOSSIBILIDADE.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. A parte embargante alega, em síntese, que o recurso extraordinário

não poderia ser apreciado antes do julgamento da Reclamação 21.821 (de minha relatoria).

2. Ocorre que, em consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de Justiça, é possível verificar que a Quinta Turma daquele Tribunal Superior deu provimento a recurso ordinário em habeas corpus da parte recorrente, cujo objeto satisfaz integralmente o pleito deste recurso (RHC 61.672/RS, Rel. Lázaro Guimarães – Desembargador convocado do TRF da 5ª Região). Por esse motivo, aliás, a defesa formulou pedido de desistência nos autos da referida Reclamação 21.821.

3. Presente tal circunstância, julgo prejudicado o recurso. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 904.961

(694)

ORIGEM : PROC - 00014025820129260020 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : EDSON ALVES DE LIMAADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS (168735/SP) E OUTRO(A/

S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO Vistos.Edson Alves de Lima opõe tempestivos embargos de declaração

contra decisão em que conheci do agravo para dar provimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:

“Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, assim ementado:

‘Ação ordinária. Pedido de reintegração à Polícia Militar. Perda do posto e patenta decretada em processo de Conselho de Justificação julgado pelo Tribunal de Justiça Militar Estadual. Acordão transitado em julgado. Natureza judicial da decisão. Indeferimento da inicial. Agravo Regimental não provido.’

Opostos embargos de declaração, não foram providos.No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos

II, V, X, XXXV, LIV e LV, 37, caput, 93, inciso IX, e 125, §§ 4º e 5º, da Constituição Federal.

Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral.

Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos.

Com efeito, esta Suprema Corte pacificou entendimento no sentido de que as as decisões proferidas pelo Conselho de Justificação do Tribunal de Justiça Militar que decreta a perda do posto e patente do servidor militar possuem natureza administrativa. Sobre o tema, transcrevo o seguinte trecho do voto proferido pelo Ministro Ricardo Lewandowski, nos autos do AI nº 650.238/SP-AgR, Primeira Turma (DJ de 31/08/07), que bem aborda a questão:

‘(...)A decisão do Tribunal de Justiça Militar, em Conselho de Justificação,

que decreta a perda de posto e de patente por indignidade e incompatibilidade com o oficialato, tem natureza administrativa. Esse foi o entendimento firmado por esta Turma, no julgamento do RE 318.469/DF, cuja relatoria coube ao Min. Sepúlveda Pertence, ementado nos seguintes termos:

‘EMENTA: Recurso extraordinário: descabimento: natureza administrativa da decisão do STM que, em Conselho de Justificação, decreta a perda de posto e de patente, por indignidade e incompatibilidade com o oficialato (l. 5.836/72, art. 16, I): precedentes da Corte’.

Como bem salientou o Relator em seu voto:‘(...)Cuida-se, pois de reexame necessário da decisão do Conselho de

Justificação que conclua pela imposição de sanção administrativa, o qual, embora confiado a tribunal, não lhe altera a natureza administrativa.

Nesse procedimento de reexame, mesmo culminando com pronunciamento de órgão judicial, não há causa para o efeito de ensejar a interposição do recurso extraordinário, como reiteradamente decidido pelo STF na vigência da Carta decaída.

Na linha dessa orientação, cuja atualidade, a meu ver, é inquestionável, não conheço do recurso extraordinário: ...’’.

Esse referido julgado, restou assim ementado:‘PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. PEÇA

ESSENCIAL. AUSÊNCIA. SÚMULA 288 DO STF. CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR. PERDA DE POSTO E PATENTE DE OFICIAL. DECISÃO ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE RE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I - Decisão monocrática que negou seguimento ao agravo de instrumento em razão da ausência de peças essenciais à compreensão da controvérsia. Incidência da Súmula 288 do STF. II - Inexistência de novos argumentos capazes de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que deve ser mantida. III - Decisão do Tribunal de Justiça Militar, em Conselho de Justificação, que decreta a perda de posto e de patente de oficial tem natureza administrativa, sendo inadmissível a interposição de RE. IV - Agravo regimental improvido’.

Seguindo essa orientação, anotem-se os seguintes precedentes:‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Decisão do

Conselho de Justificação. Natureza Administrativa. 3. Incabível a interposição de recurso extraordinário. Precedentes desta Corte. 3. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 811.709/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 6/12/10).

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO. PERDA DE POSTO E DE PATENTE POR INDIGNIDADE E INCOMPATIBILIDADE DO OFICIALATO. DECISÃO DE CUNHO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. A jurisprudência desta Corte fixou entendimento no sentido de que é inviável recurso extraordinário interposto contra decisão proferida em Conselho de justificação, dada sua natureza administrativa. Agravo regimental a que nega provimento’ (AI nº 719.502/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 19/9/08).

Nesse mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 811.792/SP, de minha relatoria, DJe de 4/8/14; ARE nº 671.149/MS, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 6/8/12.

O acórdão recorrido divergiu desse entendimento ao indeferir a petição inicial da ação, sob o fundamento de existência de coisa julgada material na decisão do Conselho de Justificação do Tribunal de Justiça Militar que decretou a perda do posto e patente do autor, ora recorrente, na Polícia Militar do Estado de São Paulo, razão pela qual merece ser reformado.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do agravo e dou provimento ao recurso extraordinário para, assentada a natureza administrativa da decisão do Conselho de Justificação, determinar que o Tribunal de origem prossiga com o julgamento do feito como de direito.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 136

Sustenta o embargante, in verbis, que:“No caso em apreço, Vossa Excelência conheceu do agravo e deu

provimento ao recurso extraordinário a fim de determinar que prossiga com o julgamento do feito como de direito.

Porém, é extremamente importante destacar que o Embargante pretende com o apelo extremo a nulidade do v. acórdão a fim de afastando a extinção sem resolução do mérito e determinando-se a sua remessa à primeira instância da Justiça Castrense, para instrução e julgamento do feito, nos termos da fundamentação abordada no Recurso Extraordinário.

(…)Assim, pede-se a Vossa Excelência que esclareça se a pretensão do

Embargante deve ser apreciada originariamente perante a primeira instância da Justiça Militar do Estado de São Paulo ou perante do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.”

Decido.O inconformismo não merece prosperar, haja vista que a decisão

embargada não padece de nenhum vício que justifique sua alteração, da forma como pretendida pelo embargante.

Com efeito, a decisão foi proferida nos limites do pedido suscitado no recurso extraordinário e aplicou à causa a atual jurisprudência desta Suprema Corte, firmada no sentido de que as decisões do Conselho de Justificação do Tribunal de Justiça Militar que decreta a perda do posto e patente do servidor militar possuem natureza administrativa.

Dessa forma, a decisão embargada, reformando o acórdão recorrido, afastou a extinção da ação sem julgamento de mérito, determinando, ainda, o prosseguimento do feito como de direito, observada a diretriz nela fixada.

Assim, caberá à Corte de origem, aplicando as normas processuais pertinentes, decidir acerca do procedimento adequado para o deslinde da ação proposta.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 938.710

(695)

ORIGEM : 200138000102560 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : ANTONIO DE PADUA PIMENTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO CARREIRA ALVIM E OUTRO(S)

(MG042579/)EMBDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS UFMGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de petição de embargos de declaração na qual se questiona ato que determinou a remessa dos autos à origem, com base nos temas 339 e 494 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são, respectivamente, o AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010; e o RE-RG 596.663, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 12.12.2011.

Nas razões recursais, defende-se, em síntese, que o caso dos autos não se refere ao tema 494, uma vez que “não se discute efeitos simplesmente remuneratórios de decisão trabalhista sobre parcelas salariais posteriormente incorporadas, mas os efeitos de decisão que já havia reconhecido o início do vínculo trabalhista ” (eDOC 7, p. 2)

Decido.O recurso não suporta conhecimento.Inicialmente, salienta-se que o Plenário deste Tribunal decidiu não ser

cabível recurso para o Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJe 18.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (grifei).

Com mais razão, não cabe recurso contra a aplicação da sistemática por Ministro deste Tribunal, diante da inexistência de conteúdo decisório. Nesse sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE-AgR 593.078, Rel.

Min. Eros Grau; DJe 19.12.2008; AI 705.038, Rel. Min Ellen Gracie; DJe 19.11.2008 e AI-AgR 696.454, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.11.2008. Transcrevo essa última decisão:

“O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera conseqüência – admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE e RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) – que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, ‘serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se’ (CPC, art. 543-B, § 3º – grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância – processualmente relevante – de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 567.454/BA), seja a resolução de qualquer questão incidente.

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, §1º) ou de caráter decisório (CPC, art. 162, §2º), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei n. 11.418/2006).

Sendo assim, e em face das razões, não conheço, por inadmissível, do presente recurso de agravo.” (grifei)

No mesmo sentido pronunciei-me, ao negar a liminar no MS 28.551, DJe 13.5.2010:

“Registre-se que a devolução determinada pela Presidência e cumprida pela Secretaria Judiciária do STF não se reveste de ato jurisdicional, mas simples mecânica que permita aos órgãos de origem examinarem se o caso concreto é, ou não, semelhante a caso paradigma ou representativo da controvérsia já examinado pelo Pretório Excelso.

Nesse sentido, tanto o comando constitucional, inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, quanto as disposições do Código de Processo Civil e do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal convergem para a racionalização do procedimento, de sorte que desobrigue o Tribunal e seus Ministros de examinar repetidas vezes a mesma questão constitucional.

Portanto, ausente o indispensável fumus boni juris para concessão da medida liminar pleiteada.

Indefiro o pedido de liminar”. (grifei)Ante o exposto, não conheço do presente por incabível.Publique-se.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 939.192

(696)

ORIGEM : 201161030101103 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : JOSE DE FREITAS SANTANAADV.(A/S) : SAMANTHA DA CUNHA MARQUES (253747/SP,

0253747/SP)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. ACUMULAÇÃO DE AUXÍLIO-SUPLEMENTAR COM APOSENTADORIA. TEMA 599. RE 687.813. DEVOLUÇÃO DO FEITO AO TRIBUNAL DE ORIGEM. ATO JUDICIAL PREVISTO NO ARTIGO 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. IRRECORRIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração opostos por JOSÉ DE FREITAS SANTANA contra decisão que prolatei, assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. ACUMULAÇÃO DE AUXÍLIO-SUPLEMENTAR COM APOSENTADORIA. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 599. RE 687.813. DEVOLUÇÃO DO FEITO AO TRIBUNAL DE ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).”

Inconformado com a decisão supra, o embargante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese:

"No entanto, importante destacar ao Nobre Ministro que o caso em vertente possui uma variante, a qual é determinante para a sua correta valoração e decisão e que foge ao teor do Tema 599 e do RE n° 687.813, que se consubstancia no fato de que fora impossível no caso do Embargante que

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 137

os valores referentes ao benefício de auxílio-acidente outrora recebido fossem utilizados quando da sua aposentação, ao passo que todos os salários de contribuição daquele período básico de cálculo eram quase que na totalidade limitados aos respectivos valores de teto." (Fl. 397).

É o relatório. DECIDO.O presente recurso não merece conhecimento. O ato judicial previsto no artigo 543-B, § 3º, do Código de Processo

Civil de 1973, constitui mero procedimento, sem cunho decisório, contra o qual não cabe recurso. Destarte, além da ausência de previsão legal nesse sentido, o referido ato não se enquadra nas hipóteses de ato decisório ou sentencial previstas no artigo 162, § 1º e § 2º, do aludido Código, verbis:

“Art. 162 - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

§ 2º - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.”

É firme a jurisprudência desta Suprema Corte no sentido da irrecorribilidade das decisões que devolvem os autos à origem para observância da sistemática da repercussão geral. Confiram-se, a título de exemplo, alguns precedentes desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. DESISTÊNCIA DO RECURSO PARADIGMA. FUTURA SUBSTITUIÇÃO. DECISÃO QUE DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM PARA OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IDENTIDADE MATERIAL: IRRECORRIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.” (RE 784.034-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 24/6/2014).

“ATO DO RELATOR QUE, ADMITINDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS RESPECTIVOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM PARA QUE, NESTE, SEJA OBSERVADO O QUE DISPÕE O ART. 543-B DO CPC – ATO JUDICIAL QUE NÃO POSSUI CONTEÚDO DECISÓRIO NEM SE REVESTE DE LESIVIDADE – IRRECORRIBILIDADE – CONSEQÜENTE NÃO-CONHECIMENTO DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO - INCONFORMISMO DA PARTE INTERESSADA QUE DEDUZIU NOVO RECURSO DE AGRAVO (“AGRAVO INTERNO”), DESTA VEZ CONTRA A DECISÃO QUE NÃO CONHECEU DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO – IMPROVIMENTO DESSE NOVO RECURSO, COM DETERMINAÇÃO DE DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO REFERENTE AO PRESENTE JULGAMENTO.” (AI 503.064-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 26/3/2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CPC. ATO JUDICIAL SEM CUNHO DECISÓRIO. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, haja vista não possuir conteúdo decisório nem se revestir de lesividade. Precedentes.

II - Agravo regimental improvido.” (AI 811.626-AgR-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 4/3/2011).

“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo Regimental. Inadmissibilidade. Interposição contra decisão que determina devolução dos autos ao Tribunal de origem. Aplicação do art. 543-B do CPC. Inexistência de lesividade. Agravo não conhecido. Da decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins do art. 543-B do CPC, não se admite recurso.

2. RECURSO. Agravo Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.” (RE 513.473-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 18/12/2009).

Ex positis, NÃO CONHEÇO dos embargos e determino a DEVOLUÇÃO dos autos ao Tribunal de origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 939.278

(697)

ORIGEM : 201403990389658 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : VANDERLEI MARIANO DE MORAIS

ADV.(A/S) : MARCELO BASSI (204334/SP)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. ATIVIDADE RURAL. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. TEMA 766. ARE 821.296. CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM. ARTIGOS 57 E 58 DA LEI 8.213/1991. TEMA 852. ARE 906.569. DEVOLUÇÃO DO FEITO AO TRIBUNAL DE ORIGEM. ATO JUDICIAL PREVISTO NO ARTIGO 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. IRRECORRIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração opostos por VANDERLEI MARIANO DE MORAIS contra decisão que prolatei, assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. ATIVIDADE RURAL. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. TEMA Nº 766. ARE 821.296. CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM. ARTIGOS 57 E 58 DA LEI Nº 8.213/1991. TEMA Nº 852. ARE 906.569. MATÉRIAS JÁ EXAMINADAS SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).”

Inconformado com a decisão supra, o embargante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese:

"Ocorre que, há no presente caso uma nítida omissão, ao passo que restou claro nas razões do recurso da embargante que a discussão atingida é dotada de índole constitucional e não reflete diretamente na caracterização da atividade especial, mas sim objetiva a manifestação desta Corte Suprema com relação a ilegalidade parcial de um decreto regulamentador." (Fl. 317).

É o relatório. DECIDO.O presente recurso não merece conhecimento. O ato judicial previsto no artigo 543-B, § 3º, do Código de Processo

Civil de 1973, constitui mero procedimento, sem cunho decisório, contra o qual não cabe recurso. Destarte, além da ausência de previsão legal nesse sentido, o referido ato não se enquadra nas hipóteses de ato decisório ou sentencial previstas no artigo 162, § 1º e § 2º, do aludido Código, verbis:

“Art. 162 - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

§ 2º - Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.”

É firme a jurisprudência desta Suprema Corte no sentido da irrecorribilidade das decisões que devolvem os autos à origem para observância da sistemática da repercussão geral. Confiram-se, a título de exemplo, alguns precedentes desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. DESISTÊNCIA DO RECURSO PARADIGMA. FUTURA SUBSTITUIÇÃO. DECISÃO QUE DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM PARA OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IDENTIDADE MATERIAL: IRRECORRIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.” (RE 784.034-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 24/6/2014).

“ATO DO RELATOR QUE, ADMITINDO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DETERMINA A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS RESPECTIVOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM PARA QUE, NESTE, SEJA OBSERVADO O QUE DISPÕE O ART. 543-B DO CPC – ATO JUDICIAL QUE NÃO POSSUI CONTEÚDO DECISÓRIO NEM SE REVESTE DE LESIVIDADE – IRRECORRIBILIDADE – CONSEQÜENTE NÃO-CONHECIMENTO DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO - INCONFORMISMO DA PARTE INTERESSADA QUE DEDUZIU NOVO RECURSO DE AGRAVO (“AGRAVO INTERNO”), DESTA VEZ CONTRA A DECISÃO QUE NÃO CONHECEU DO PRIMEIRO RECURSO DE AGRAVO – IMPROVIMENTO DESSE NOVO RECURSO, COM DETERMINAÇÃO DE DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO REFERENTE AO PRESENTE JULGAMENTO.” (AI 503.064-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 26/3/2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. OBSERVÂNCIA DO ART. 543-B DO CPC. ATO JUDICIAL SEM CUNHO DECISÓRIO. IRRECORRIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, haja vista não possuir conteúdo decisório nem se revestir de lesividade. Precedentes.

II - Agravo regimental improvido.” (AI 811.626-AgR-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 4/3/2011).

“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo Regimental. Inadmissibilidade. Interposição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 138

contra decisão que determina devolução dos autos ao Tribunal de origem. Aplicação do art. 543-B do CPC. Inexistência de lesividade. Agravo não conhecido. Da decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins do art. 543-B do CPC, não se admite recurso.

2. RECURSO. Agravo Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.” (RE 513.473-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 18/12/2009).

Ex positis, NÃO CONHEÇO dos embargos e determino a DEVOLUÇÃO dos autos ao Tribunal de origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 940.083

(698)

ORIGEM : 01555128920088260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : VALDECINO GOMES DA SILVAADV.(A/S) : ROBERTO DIAS VIANNA DE LIMA (81258/SP)EMBDO.(A/S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS

- CPTMADV.(A/S) : JULIA STELCZYK MACHIAVERNI (256975/SP)ADV.(A/S) : HELOIZA MEROTO DE LUCA (323775/SP)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. OBSCURIDADE. ACOLHIMENTO, COM FUNDAMENTO NO ART. 535, I, DO CPC/1973, DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS PARA AFASTAR A INVERSÃO DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. ART. 21, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC/1973, VIGENTE NA ÉPOCA DA DECISÃO EMBARGADA.

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração opostos por VALDECINO GOMES DA SILVA contra decisão de minha relatoria que possui a seguinte ementa:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. TERCEIRO NÃO USUÁRIO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA N° 130. RE 591.874. CONDENAÇÃO EM MÚLTIPLOS DE SALÁRIOS MÍNIMOS. ACÓRDÃO RECORRIDO EM DIVERGÊNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. AGRAVO PROVIDO E, DESDE LOGO, PROVIDO PARCIALMENTE O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, NO QUE SE REFERE À VINCULAÇÃO DA CONDENAÇÃO EM MÚLTIPLOS DE SALÁRIOS MÍNIMOS. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM QUANTO À QUESTÃO SUBMETIDA À SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF C/C ART. 543-B DO CPC).”

O embargante sustenta, em síntese, que:“Isso porque, a ação indenizatória foi julgada procedente nas esferas

inferiores condenou a Ré (CPTM) ao pagamento de pensões mensais, de forma vitalícia; verba pelo dano moral; custas, despesas processuais e honorários advocatícios, além dos acréscimos legais (juros e correção monetária).

Ou seja, ilustre Julgador, que a Ré restou vencida na maior parte dos pedidos formulados pelo Autor.

Além disso, vale ressaltar que o seu apelo extremo visava, tão-só, a reforma do critério de atualização do dano material concedido em forma de pensões mensais, ou seja, acessório ao principal, que restou mantido, razão pela qual não há que falar em inversão dos ônus da sucumbência neste ponto.” (doc. 8)

É o relatório. DECIDO.Tendo em vista a entrada em vigor do CPC/2015, faz-se necessário

esclarecer às partes que a decisão será proferida com supedâneo no CPC/1973, pois os embargos de declaração foram opostos à luz da legislação pretérita e em virtude de omissão quanto aos requisitos de decisão prolatada sob a lei processual antiga. Evita-se, assim, a surpresa.

No mérito, assiste razão ao embargante. Da análise dos autos, observa-se que a parte ora embargante sucumbiu da parte mínima do pedido, logo, nos termo do artigo 21, parágrafo único, do CPC/1973, não cabe a inversão dos ônus sucumbenciais.

Ex positis, com fundamento no art. 535, I, do CPC/1973, acolho os presentes embargos de declaração, tão somente para alterar a parte dispositiva no que concerne à fixação dos honorários, a fim de que passe a constar “Ficam mantidos os honorários advocatícios fixados pelo juízo de origem (art. 21, parágrafo único, do CPC/1973)”.

Publique-se.

Brasília, 31 de março de 2016. Ministro LUIZ FUX

Relator Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 950.828

(699)

ORIGEM : 50187178920114047000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : RENE JOACIR FOLDA FERREIRAADV.(A/S) : JOAO LUIZ ARZENO DA SILVA (49789/DF, 23510/PR)ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA (111180/MG, 19095/

PR, 330617/SP)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de petição de embargos de declaração, por meio da qual se questiona ato que determinou a remessa dos autos à origem, com base nos Temas 339 e 660 da sistemática da repercussão geral, para os fins do disposto no art. 543-B do CPC.

Cumpre destacar que o ato que determina a remessa dos autos à origem para a aplicação da sistemática da repercussão geral é ato de mero expediente e, por isso, não desafia impugnação.

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso para o Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJe 18.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (grifei).

Com mais razão, não cabe recurso contra a aplicação da sistemática por Ministro deste Tribunal, diante da inexistência de conteúdo decisório. Nesse sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE-AgR 593.078, Rel. Min. Eros Grau, DJe 19.12.2008; AI 705.038, Rel. Min Ellen Gracie, DJe 19.11.2008; e AI-AgR 696.454, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.11.2008. Transcrevo essa última decisão:

“O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera conseqüência – admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE e RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) – que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, ‘serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se’ (CPC, art. 543-B, § 3º – grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância – processualmente relevante – de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 567.454/BA), seja a resolução de qualquer questão incidente.

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, § 1º) ou de caráter decisório (CPC, art. 162, § 2º), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei n. 11.418/2006).

Sendo assim, e em face das razões, não conheço, por inadmissível, do presente recurso de agravo.” (destaquei)

No mesmo sentido pronunciei-me, ao negar a liminar no MS 28.551, DJe 13.5.2010:

“Registre-se que a devolução determinada pela Presidência e cumprida pela Secretaria Judiciária do STF não se reveste de ato

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 139: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 139

jurisdicional, mas simples mecânica que permita aos órgãos de origem examinarem se o caso concreto é, ou não, semelhante a caso paradigma ou representativo da controvérsia já examinado pelo Pretório Excelso.

Nesse sentido, tanto o comando constitucional, inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, quanto as disposições do Código de Processo Civil e do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal convergem para a racionalização do procedimento, de sorte que desobrigue o Tribunal e seus Ministros de examinar repetidas vezes a mesma questão constitucional.

Portanto, ausente o indispensável fumus boni juris para concessão da medida liminar pleiteada.

Indefiro o pedido de liminar” (grifei).Assim, nada há a deferir.Determino a imediata baixa dos autos.Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.728 (700)ORIGEM : AC - 10313100226007001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAPROC.(A/S)(ES) : CLAUDIO XAVIER SIMOES (110921/MG) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ROSA MARIA SATURNINOADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA (55867/MG)ADV.(A/S) : CRISTIANE PEREIRA (MG103505/)

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MUNICÍPIO DE IPATINGA. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTO BÁSICO. AUSÊNCIA DE LEGISLAÇÃO LOCAL QUE DISCIPLINE O TEMA. SÚMULA VINCULANTE 4/STF. PRECEDENTE DO PLENÁRIO NO MESMO SENTIDO DA DECISÃO EMBARGADA. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NÃO ADMITIDOS.

1. A específica função jurídico-processual dos embargos de divergência consiste em promover a uniformização da jurisprudência no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

2. Matéria já analisada pelo Plenário da Corte e pacificada no mesmo sentido da decisão embargada.

3. Embargos de divergência não admitidos.DECISÃO: Trata-se de embargos de divergência opostos pelo Município

de Ipatinga contra acórdão da Segunda Turma desta Suprema Corte assim ementado, verbis:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MUNICÍPIO DE IPATINGA. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTO BÁSICO. AUSÊNCIA DE LEGISLAÇÃO LOCAL QUE DISCIPLINE O TEMA. SÚMULA VINCULANTE 4/STF. VIOLAÇÃO NÃO CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - Não contraria a Constituição a decisão de tribunal que, em razão da omissão legislativa e da impossibilidade de vinculação ao salário mínimo, supre lacuna existente na legislação e fixa o vencimento básico do servidor como base de cálculo do adicional de insalubridade.

Precedentes.II - Agravo regimental a que se nega provimento.”Nas razões do recurso, o embargante sustenta que o acórdão

embargado teria contrariado o entendimento desta Suprema Corte no julgamento do RE 673.553/MG, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 16/10/2012.

Explicita, como amparo à sua pretensão, que “a 2ª Turma desse Egrégio tribunal concluiu que diante da ausência de legislação local disciplinando a base de cálculo e da proibição de fixação do adicional de insalubridade ao salário mínimo, não existiria vedação ao Poder Judiciário em suprir essa omissão, ao passo que no acórdão paradigma, o entendimento trilhou o caminho já sedimentado nessa Corte Constitucional, de que não é legítimo ao Poder Judiciário arvorar-se de legislador positivo e determinar que o cálculo do adicional de insalubridade seja feito com base na remuneração percebida pelo servidor municipal.”

Requer sejam acolhidos os embargos de divergência para dar provimento ao recurso extraordinário.

Apresentadas contrarrazões. É o relatório. Decido. Na dicção do art. 330 do Regimento Interno do Supremo Tribunal

Federal, são cabíveis os “embargos de divergência à decisão de Turma que, em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário”.

Os embargos de divergência, assim, têm como atributo uniformizar os entendimentos do Tribunal que sejam dissonantes, não visando à mera revisão de acórdãos, sendo incabíveis quando a jurisprudência da Corte estiver consolidada no sentido do acórdão embargado.

Embora o tema tratado no acórdão recorrido já tenha sido objeto de

divergência, atualmente encontra-se pacificado nesse Tribunal. A Corte, ao julgar o RE 672.634-AgR-EDv-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 19/8/2014, negou provimento ao recurso, consignando que não há divergência entre as Turmas deste Tribunal. Ficou decidido que o Poder Judiciário pode fixar o vencimento básico de servidor como base de cálculo do adicional de insalubridade, vedadas apenas a alteração do indexador estabelecido em lei e a vinculação ao salário mínimo.

Desse modo, forçoso concluir pelo não cabimento dos embargos.Ex positis, não admito os presentes embargos de divergência, com

fundamento no artigo 332, do RISTF.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

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EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 776.628

(701)

ORIGEM : APCRIM - 10105092869376002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : MURYEL CORDEIRO FARIAS SOARESADV.(A/S) : ADRIANO CARDOSO SILVA (98540/MG)ADV.(A/S) : FILIPE MARTINS DE OLIVEIRA (129647/MG) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CIRLENA SATIL MENDONÇA (76046/MG) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISASSIST.(S) : MARIA DA CONCEIÇÃOADV.(A/S) : ELÍDIO FERREIRA DA SILVA (106303/MG) E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: 1. Trata-se de embargos de divergência opostos contra acórdão da Segunda Turma desta Corte que, ao negar provimento a agravo regimental, manteve decisão que negara provimento a agravo em recurso extraordinário. Eis o teor da ementa:

PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DA PARTE RECORRENTE. VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL (ARE 748.371, REL. MIN. GILMAR MENDES - TEMA 660). DOSIMETRIA DE PENA. REANÁLISE DO ART. 59 DO CP. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA (AI 742.460 RG, REL. MIN. CEZAR PELUSO). REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. VEDAÇÃO. SÚMULA 279/STF.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.A parte embargante sustenta a divergência a partir do entendimento

proferido nos seguintes precedentes: (a) HC 78.013 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma), em que foi concedida ordem de habeas corpus em razão da ausência de motivação válida de sentença judicial; (b) AI 163.047-AgR-ED (Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Segunda Turma), no qual foram acolhidos embargos declaratórios para que fossem sanadas omissões; (c) RE 170.463 (Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Segunda Turma), no sentido de que o não acolhimento de embargos de declaração quando configurada omissão no julgado embargado acarreta transgressão ao devido processo legal; (d) RE 452.721 (Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma), segundo o qual foi ilegítima a revogação, por ato unilateral e sem audiência das partes, de situação constituída relacionada a defensores públicos em estágio probatório; (e) RE 434.059 (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno), no sentido de que a ausência de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição; (f) HC 80.423 (Rel. Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma), em que se decidiu que a alegação de falta de fundamentação no que diz respeito à fixação de multa, além de não poder ser conhecida em habeas corpus, é improcedente; (g) RE 122.706 (Rel. p/ acórdão Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma), em que foi analisada questão relacionada à competência da Justiça Militar para julgar crimes cometidos por militar contra militar, fora do serviço; (h) RHC 106.715 (Rel. Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma), em que foi mantida prisão preventiva decretada para a garantia da ordem pública; (i) AI 742.460-RG (Rel. Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno), no qual foi assentada a ausência de repercussão geral da matéria relativa à valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante.

Instada a se manifestar, a parte embargada quedou-se silente.2. O acórdão embargado sequer examinou o mérito da questão

recursal, visto que o recurso não possui os necessários requisitos de admissibilidade.

Já os precedentes paradigmas apontados pela parte embargante para demonstrar a divergência não se relacionam com a situação jurídica decidida pela Segunda Turma, porquanto passaram à análise do mérito dos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 140

casos então discutidos. No AI 742.460-RG, por sua vez, o Pleno limitou-se a rejeitar a repercussão geral do tema veiculado pela parte em seu recurso extraordinário, o que apenas reforça a inadmissibilidade do apelo extremo.

A ausência de similitude entre os casos confrontados é obstáculo suficiente para que os embargos de divergência não sejam admitidos. Nesse sentido: AI 654.148-AgR-EDv-AgR-ED; Rel. Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, DJe de 6/12/2011; e RE 232.577-EDv, Rel. Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, DJe de 9/4/2010.

Outrossim, assentou-se, nesta Corte, o entendimento de que são inadmissíveis embargos de divergência contra acórdão que, sem adentrar no mérito, nega seguimento a recurso por ausência de requisitos processuais. Precedentes: AI 681.109-AgR-ED-EDv-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, DJe de 13/3/2013; AI 836.992-AgR-EDv-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 30/5/2012.

3. Saliente-se, ademais, que não foi demonstrada a divergência jurisprudencial na forma preconizada pelo art. 331 do RISTF, pois não se procedeu ao cotejo analítico com os demais acórdãos apontados como divergentes, com a necessária menção às "circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados". Com efeito, a fundamentação do recurso limitou-se à consideração das razões pelas quais o acórdão embargado deveria ser reformado e à transcrição de ementas de alguns dos julgados colacionados como paradigma, sendo que outros sequer foram referidos na petição dos divergentes. Nesse sentido: AI 830.836-AgR-segundo-ED-EDv-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, DJe de 29/6/2015; AI 609855-AgR-AgR-ED-EDv-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, DJe de 28/5/2010.

4. Por fim, nenhum dos julgados paradigmas apontados pela parte embargante é hábil a impugnar o aresto embargado quanto à deficiência da preliminar de repercussão geral do recurso extraordinário, fundamento que, por si só, era suficiente para a negativa de provimento ao agravo. É pacífico na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal o entendimento de que são inadmissíveis embargos de divergência quando o aresto impugnado assenta-se em mais de um fundamento autônomo e suficiente, e o acórdão paradigma não abrange todos eles. Aplica-se, por analogia, a Súmula 283/STF. Nesse sentido: RE 378.720-EDv-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, DJe de 14/10/2013; AI 836.992-AgR-EDv-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, DJe de 30/5/2012.

5. Diante do exposto, não admito os embargos de divergência.Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 539.402 (702)ORIGEM : AMS - 200102010384145 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FEDERAÇÃO INTERFEDERATIVA DAS

COOPERATIVAS DE TRABALHO MÉDICO DE MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO (48885/MG)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Petições/STF nº 55.568/2015 e 56.799/2015DECISÃODEPÓSITO JUDICIAL – INTIMAÇÃO DA RECORRIDA1. A Federação Interfederativa das Cooperativas de Trabalho Médico

do Estado de Minas Gerais pleiteia a expedição de certidão de objeto e pé, da qual conste expressamente o objeto e o andamento do processo bem como o depósito judicial realizado na forma dos documentos apresentados, com o fim de suspender da exigibilidade do crédito tributário versado no extraordinário. Diz ser tal certidão exigência da Resolução Normativa nº 351/2014 da Agência Nacional de Saúde – ANS. Indica o nome da Dra. Liliane Neto Barroso para constar das futuras publicações.

2. Cumpre intimar a recorrida para tomar conhecimento do depósito efetuado, dispensadas formalidades outras que apenas burocratizam o procedimento.

3. Providenciem.4. Publiquem.Brasília, 10 de novembro de 2015.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.546 (703)ORIGEM : AC - 200104010846236 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FREIOS MASTER EQUIPAMENTOS AUTOMOTIVOS

LTDAADV.(A/S) : GERALDINE FLÁVIA PEROTTONI (50144/RS) E

OUTRO(A/S)

Petição/STF nº 13.753/2016DECISÃOAGRAVO REGIMENTAL – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.1. Juntem.2. Freios Master Equipamentos Automotivos Ltda. formula pleito de

desistência do agravo regimental. O subscritor da peça está devidamente credenciado e conta com poderes especiais.

3. Ante o quadro, homologo o pedido para que produza os efeitos legais.

4. Publiquem.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.247 (704)ORIGEM : AC - 41526558 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E

PECUÁRIA DO BRASIL - CNAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO (214046A/SP)RECDO.(A/S) : CIRILO ANTONIO DOS SANTOSADV.(A/S) : ABILIO DONIZETTI DE MORAIS (106244/SP)

DESPACHOINFORMAÇÕES – RECURSO ESPECIAL – SOBRESTAMENTO -

DILIGÊNCIA.1. Após reiterados pedidos de informações quanto ao sobrestamento

decretado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (folha 303), no tocante à admissibilidade do recurso especial interposto pela recorrente, não houve resposta adequada.

2. Determino a baixa do processo à origem para que sejam prestados os esclarecimentos solicitados, considerado o recurso especial constante de folha 266 a 278.

3. Publiquem.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.465 (705)ORIGEM : HC - 70027074400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : ITAGUASSU BORGES PINHEIRORECDO.(A/S) : FÁBIO BOEIRA

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE 603.616 RG (Rel. Min. GILMAR MENDES) - tema 280. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.976 (706)ORIGEM : AC - 200571150031831 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO HOSPITAL DE CARIDADE DE TRÊS

PASSOSADV.(A/S) : FÁBIO ADRIANO STURMER KINSEL (37925/RS) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAM. CURIAE. : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL - CFOABADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR (0016275/DF)

E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 141

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto pela Associação Hospital

de Caridade de Três Passos, cujo único pleito é a majoração dos honorários sucumbenciais fixados em três por cento do valor da causa.

Tendo em vista que o mérito da demanda restou transitado em julgado, e que foi impugnado apenas o valor dos honorários, não subsiste razão para que os autos restem sobrestados aguardando o julgamento da ADI nº 5.110/DF, passo ao exame do presente recurso extraordinário.

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 5º, XXXVI, da Carta, bem como viola a igualdade entre as partes. A parte recorrente sustenta que se a Fazenda Pública fosse vencedora da demanda, os honorários mínimos seriam de 10% sobre a condenação. Por tal razão, sendo o contribuinte vencedor, como no caso, defende haver os mesmos direitos percentuais. Posteriormente, a parte peticiona requerendo a aplicação das normas do Código de Processo Civil de 2015 (fls. 806/809).

A pretensão recursal não merece prosperar, tendo em vista que, para rever os critérios de fixação dos honorários, seria necessário o reexame do conjunto fático e probatório e o exame de legislação infraconstitucional, providências vedadas em sede de recurso excepcional. Confiram-se:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO. ARTIGO 20, §§ 3º E 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 832.250-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma)

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. REAPRECIAÇÃO DOS FATOS E DO MATERIAL PROBATÓRIO CONSTANTES DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não há questão constitucional nas causas em que se discute critérios de fixação de honorários advocatícios. Precedentes. A solução da controvérsia pressupõe, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI 650.081-AgR/SP, de minha relatoria)

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO. SÚMULA 279 DO STF. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI 831.850-ED/SC, Rel. Min. Joaquim Barbosa)

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.189 (707)ORIGEM : PROC - 4482003 - JUIZ FEDERAL DA 1ª REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA

ECONÔMICA - CADEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECTE.(S) : BANCO BCN S/A (BANCO DE CRÉDITO NACIONAL

S/A) E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SERGIO BERMUDES (RJ17587/)RECDO.(A/S) : OS MESMOSINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

DECISÃO:Diante da ampliação das hipóteses de impedimento do magistrado

prescrito pelo novel Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), declaro o meu impedimento neste feito, no estrito cumprimento do art. 144 do novo Código de Processo Civil, a partir desta data.

Publique-se. Após, à redistribuição.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.244 (708)ORIGEM : AC - 00193978820024036100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

RECTE.(S) : MEDLAB PRODUTOS MÉDICO-HOSPITALARES LTDAADV.(A/S) : MARIA ANGÉLICA PROSPERO RIBEIRO (227686/SP) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:Petição nº 0063251: MEDLAB Produtos Médicos-Hospitalares Ltda.,

representada por seus advogados com procuração nos autos (fls. 40 do volume 01), desiste do recurso e renuncia ao direito sob o qual se funda a ação. Homologo o pedido de desistência.

À Secretaria para as providências cabíveis. Publique-se.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 778.790 (709)ORIGEM : AI - 20120016718 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUBARÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUBARÃORECDO.(A/S) : BRADESCO LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : RAFAEL BARRETO BORNHAUSEN (11328/SC) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CAROLINE TEREZINHA RASMUSSEN DA SILVA (17393/

SC)

DECISÃO:Diante da ampliação das hipóteses de impedimento do magistrado

prescrito pelo novel Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), declaro o meu impedimento neste feito, no estrito cumprimento do art. 144 do novo Código de Processo Civil, a partir desta data.

Publique-se. Após, à redistribuição.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 806.951 (710)ORIGEM : AC - 00140358420104058100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MIRLEDA RODRIGUES LIMAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - FUB/UNBPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado (eDOC 2, p. 170):

“ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. ASSISTENTE ADMINISTRATIVO. CANDIDATO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA. PRIMEIRO COLOCADO NA LISTA ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREVISÃO DE RESERVA DE VAGA PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA NA JURISDIÇÃO. PRETERIÇÃO NA NOMEAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE DO C. STF. RESERVA DE UMA VAGA ESPECIAL. CABIMENTO. RECURSO DA UNIÃO IMPROVIDO.

(…).”Os embargos de declaração foram rejeitados. (eDOC 2, pp. 192-198).No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, do

permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 2º; 5º, II; e 37, I e II, da Constituição Federal.

Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, que “o acórdão recorrido, ao confirmar a sentença e determinar a inclusão do nome da autora no resultado final do concurso, não observou o limite de 20% das vagas que devem ser ofertadas aos portadores de deficiência, nos termos do art. 37, inciso VIII da CF (sic).” (eDOC 3, p. 20).

A Vice-Presidência do TRF/5ª Região admitiu o recurso extraordinário. (eDOC 3, p. 53).

É o relatório. Decido. A irresignação não merece prosperar. Inicialmente, verifica-se que o Tribunal de origem, quando do

julgamento, assim asseverou (eDOC 2, p. 167): “No caso dos autos ficou evidente que a distribuição de vagas feitas

no Edital nº 001/2008-SE/MTE, norma regulamentadora do concurso para preenchimento do cargo de agente administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, acarretou a indevida preterição da autora, tendo em vista que na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 142

região do crato (CE), jurisdição onde a autora prestou concurso, foram oferecidas vagas em um número que não contemplava os portadores de deficiência.

(…)Nesse contexto, entendo que a estratégia de se fragmentar a

distribuição das vagas por região constitui afronta ao comando constitucional que assegura ao deficiente a reserva de percentual do total de vagas do concurso, devendo ser coibida pelo Judiciário, sob pena de se burlar o espírito de proteção almejado pela legislação pátria.”

Constata-se, assim, que eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo Tribunal a quo demandaria o reexame de fatos e provas e das normas editalícias, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação contida nas Súmulas 279 e 454 do STF.

A esse respeito, confiram-se os seguintes precedentes: ARE 879.937-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe de 17.8.2015; e AI 777.391-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 7.5.2010.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário, nos termos do art. 21, §1º, RISTF.

Publique-se.Brasília, 28 de março de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 845.975 (711)ORIGEM : AI - 50054534820144040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA MENSAL INICIAL DO BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-DOENÇA, AUXÍLIO-ACIDENTE E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MEDIDA PROVISÓRIA 242/2005. LEI 8.213/1991. CONTROVÉRSIA QUANTO À CAUTELAR OU TUTELA ANTECIPADA DEFERIDA OU INDEFERIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 735 DO STF. VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA. HIPÓTESE DA ALÍNEA B DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. INADMISSIBILIDADE. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. RECURSO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário, manejado com arrimo nas alíneas a e b do permissivo constitucional, contra acórdão que manteve sentença que assentou, verbis:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENDÊNCIA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LEGITIMIDADE DO MPF PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA PREVIDENCIÁRIA. COMPETÊNCIA TERRITORIAL.

1. O recurso extraordinário pendente no Supremo Tribunal Federal, no qual se discute a legitimidade do MPF, que geraria necessidade de aguardo para prosseguimento da lide, não possui efeito suspensivo. Ademais, tal espera implicaria mera formalidade, dado que o STF tem acenado costumeiramente com a legitimidade do MPF para propor ações civis públicas de natureza previdenciária, especialmente quando flagrante o interesse social, como no caso dos autos.

2. Não há falar em coisa julgada decorrente do julgamento de Ação Civil Pública, em relação a benefícios que não integravam a proposta do acordo homologado.

3. Esta Corte tem entendimento firmado no sentido de que a restrição imposta pelo artigo 16 da Lei nº 7.347/85, pode ser mitigada quando o âmbito do dano extrapolar os limites territoriais de competência do órgão prolator da decisão. Quanto maior a abrangência da decisão na ACP, menor a possibilidade de disparidade de tratamento de pessoal em idênticas condições, simplificando o processamento da questão e representando um ganho para a boa aplicação da justiça.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação aos artigos 62, § 3º e § 11, 97, 193 e 194, parágrafo único, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo proferiu juízo positivo de admissibilidade.O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-

Geral da República Paulo Gustavo Gonet Branco, opina pela prejudicialidade do recurso, ante a perda do objeto face a sentença de mérito proferida no feito principal.

É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das

questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da CF).Esta Suprema Corte firmou jurisprudência no sentido de que não

cabe recurso extraordinário contra decisão que defere ou indefere provimento liminar, por vedação expressa da Súmula 735 deste Tribunal, de seguinte teor: “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar“. A propósito, menciono os seguintes precedentes:

“A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de não ser cabível recurso extraordinário contra decisão que concede ou denega medida cautelar ou provimento liminar, pois a verificação da existência dos requisitos para sua concessão, além de se situar na esfera de avaliação subjetiva do magistrado, não é manifestação conclusiva de sua procedência para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra a do inciso III do artigo 102 da Constituição. Incidência da súmula 735 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 409.755-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 1º/10/2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. LIMINAR OU TUTELA ANTECIPADA. ATO DECISÓRIO NÃO DEFINITIVO. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 735 DO STF. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – As decisões que concedem ou denegam antecipação de tutela, medidas cautelares ou provimentos liminares não perfazem juízo definitivo de constitucionalidade que enseje o cabimento do recurso extraordinário. Incidência da Súmula 735 desta Corte. Precedentes. II – Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 803.989-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 5/6/2014).

Demais disso, não há que se falar em inobservância da cláusula de reserva de plenário, pois o Tribunal a quo não declarou a inconstitucionalidade de norma legal ou afastou sua aplicação sem observância do artigo 97 da Constituição Federal, mas apenas interpretou a norma infraconstitucional que disciplina a matéria. Nesse sentido, menciono os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 59/2004. EXTENSÃO AOS INATIVOS E PENSIONISTAS. REEXAME DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. OFENSA REFLEXA. SÚMULA 280 DO STF. RESERVA DE PLENÁRIO. VIOLAÇÃO AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - A verificação da alegada ofensa ao texto constitucional envolve o reexame da interpretação dada pelo juízo a quo à legislação infraconstitucional local aplicável ao caso (Lei Complementar estadual 59/2004). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes.

II - Não há violação ao princípio da reserva de plenário quando o acórdão recorrido apenas interpreta norma infraconstitucional, sem declará-la inconstitucional ou afastar sua aplicação com apoio em fundamentos extraídos da Lei Maior.

III - Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 784.179-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 17/2/2014).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA. EXPEDIÇÃO DA CNH. INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. ART. 97 DA CF/88 E SÚMULA VINCULANTE Nº 10. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. PRECEDENTES.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que não há violação ao princípio da reserva de plenário quando o acórdão recorrido apenas interpreta norma infraconstitucional, sem declará-la inconstitucional, ou afasta sua aplicação com apoio em fundamentos extraídos da Constituição Federal. Precedentes.

Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada.Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 767.313-AgR,

Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 26/3/2015).Por fim, no que tange à interposição do recurso extraordinário pela

alínea b do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, destaco que a jurisprudência desta Suprema Corte entende ser necessária a declaração formal de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal pelo plenário ou órgão especial do Tribunal a quo. Nesse sentido, menciono o seguinte julgado:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO. ALÍNEA B. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. AUSÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Não tendo sido declarada a inconstitucionalidade pelo Tribunal a quo do dispositivo legal questionado, não há como conhecer de recurso extraordinário interposto pela alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República. 2. Agravo regimental desprovido.” (RE 334.723-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ de 6/11/2006).

Em caso análogo, essa Corte se manifestou no mesmo sentido, ARE 725.856, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 17/12/2012, verbis:

“AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. 1) INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO. TEMA SEM REPERCUSSÃO GERAL. 3) RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO COM BASE NA ALÍNEA B DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE TRATADO OU LEI FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.“

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 143

Ex positis, DESPROVEJO o recurso, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 848.353 (712)ORIGEM : PROC - 199903990528072 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO ALVORADA S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LÉO KRAKOWIAK (26750/RJ) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:Diante da ampliação das hipóteses de impedimento do magistrado

prescrito pelo novel Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), declaro o meu impedimento neste feito, no estrito cumprimento do art. 144 do novo Código de Processo Civil, a partir desta data.

Publique-se. À redistribuição.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 896.256 (713)ORIGEM : HC - 71005346168 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

CRIMINALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : FAUSTO EVANDRO BLOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE 795.567/PR (Rel. Min. TEORI ZAVASCKI) - Tema 187. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como este, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 906.541 (714)ORIGEM : PROC - 00447045020138260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ARMANDO DE MATTOS JÚNIORRECTE.(S) : GABRIEL DONDON SALUM DA SILVA SANT'ANNAADV.(A/S) : ARMANDO DE MATTOS JÚNIOR (197607/SP) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CÁSSIO ROBERTO CONSERINOADV.(A/S) : PAULO RANGEL DO NASCIMENTO (26886/SP) E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, em que a parte recorrente sustenta a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido:

ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, no que tange à ofensa ao art. 93, IX, da Carta Magna, relativa à suposta negativa de prestação jurisdicional, deve ser observado entendimento assentado por esta Corte no julgamento do AI 791.292 QO - RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 13.8.2010), cuja repercussão geral foi reconhecida, para reafirmar jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que:

(…) o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.

4. Adite-se que, conforme reiterada jurisprudência deste Supremo Tribunal, é inviável o exame da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada ou aos princípios do acesso à justiça, da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal que, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa, uma vez que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais. (ARE 748.371-RG, Min. GILMAR MENDES, Tema 660).

5. No que tange à condenação ao pagamento de honorários advocatícios no âmbito de ação penal privada, o recurso também não merece prosperar. Essa questão, à evidência, não é regida pelo art. 98, I, da Constituição. Trata-se, portanto, de norma incapaz de infirmar o juízo formulado pelo acórdão recorrido quanto ao tema, exatamente porque tal matéria não se insere no campo de abrangência do referido dispositivo. Desse modo, por apresentar razões recursais logicamente dissociadas do julgado recorrido (dando azo à aplicação analógica da Súmula 284 do STF), o recurso extraordinário não merece conhecimento no ponto.

6. Por fim, a reversão do acórdão recorrido demandaria o revolvimento de matéria fático-probatória, o que é inviável nesta via extraordinária.

7. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 907.646 (715)ORIGEM : AMS - 08048468020144058400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ELEVA NORDESTE ELEVADORES LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO DIAS OLIVEIRA (5800/RN) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. REGIME ESPECIAL DE ADMISSÃO TEMPORÁRIA. IMPORTAÇÃO DOS ELEVADORES. ARRENDAMENTO A TERCEIROS. DESVIRTUAMENTO DA FINALIDADE DO REGIME ESPECIAL. LEGISLAÇÃO. PREVISÃO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELO IMPORTADOR. 1. Mandado de segurança impetrado por ELEVA NORDESTE ELEVADORES LTDA contra decisão que cancelou a concessão de regime especial de admissão temporária, aduzindo a ilegalidade do ato de cancelamento do regime especial aduaneiro, ao argumento de haver preenchido todos as restrições impostas pela legislação, sustentando, outrossim, que as mudanças legislativas no regime de admissão temporária, ocorridas em data posterior à concessão do benefício, acarretaram prejuízos à impetrante. 2. A sentença recorrida denegou a segurança, considerando que o uso dos elevadores destoa da finalidade do regime especial aduaneiro, porque a importação deu-se com o objetivo de arrendamento a terceiros, e, ainda, o fato de o regime em questão sempre estabelecer como condição para ser concedido a prestação de serviços pelo próprio importador. 3. Sentença mantida pelos seus próprios fundamentos. 4. Negado provimento à apelação.” (eDOC. 12)

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se ofensa aos arts. 5º, II, XXXVI, XXXVIII; 150, I e III, “a”, “b” e “c”; e 195, §6º, do Texto Constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, que foram aplicadas disposições editadas posteriormente à concessão do regime especial de admissão, o que afronta a segurança jurídica.

É o relatório.A irresignação não merece prosperar.Inicialmente, observa-se a ausência de preliminar formal e

fundamentada de repercussão geral na petição do recurso extraordinário,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 144

pressuposto de admissibilidade do recurso (art. 543-A, § 2º, do CPC).Esta Corte, no julgamento do AI-QO 664.567, Rel. Min. Sepúlveda

Pertence, Plenário, DJ 06.09.2007, decidiu que o requisito formal da repercussão geral será exigido quando a intimação do acórdão recorrido for posterior a 03.05.2007, data da publicação da Emenda Regimental 21 do STF, o que ocorre no presente caso.

Igualmente, importa destacar que alegações vagas e genéricas acerca da transcendência subjetiva da demanda não cumprem o preconizado no art. 543-A do CPC, à luz da função de Corte Constitucional desempenhada pelo Supremo Tribunal Federal.

Além disso, o Tribunal de origem assim assentou a questão:“Em primeiro lugar, ficou claro que o objeto da importação dos

elevadores foi o de arrendá-los a terceiros, conforme os contratos de locação apresentados à Receita Federal, após ser intimada para tanto. Desse modo, conclui-se que o uso desses elevadores pela impetrante destoa da finalidade para a qual foi concebido o regime especial aduaneiro de admissão temporária, uma vez que uma das condições - fundamental, por sinal - para a sua concessão é a de que o bem importado temporariamente seja utilizado pelo próprio importador, para que este, por si, preste serviços a terceiros ou então para produzir outros bens destinados à venda. A locação de elevadores, nesse sentido, não presta ao enquadramento legal e regulamentar do regime fiscal em comento, em face de não haver, por intermédio da empresa importadora, qualquer prestação de serviços. Assim, não enxergo, por esse ângulo, qualquer ato administrativo violador do direito líquido e certo da impetrante, tendo em vista a utilização dos elevadores em desacordo com as normas tributárias, uma vez que a prestação dos serviços não é feita pela própria empresa, mas sim por terceiros. Tal entendimento, ressalto, guarda consonância coma regra do art. 111, I, do CTN, no tocante à necessidade de se interpretar as normas que tratem de suspensão ou exclusão de crédito tributário de forma "literal", ou seja, de forma restritiva.” (eDOC. 12, p. 5)

Assim, constato que eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a quo demandaria o reexame de fatos e provas e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação contida na Súmula 279 do STF.

Veja-se, a propósito, o seguinte julgado:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. TRIBUTÁRIO. ICMS. VERIFICAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA. ALEGAÇÃO DE IMPORTAÇÃO DE BENS MÓVEIS SOB REGIME DE ADMISSÃO TEMPORÁRIA COM OBJETIVO DE LOCAÇÃO, SEM TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCURCIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA Nº 279 DO STF.. 1. A circulação de mercadoria, quando sub judice sua ocorrência, o momento em que se deu o ato e a destinação dada ao bem, para efeito de incidência de ICMS, não dá ensejo ao cabimento do recurso extraordinário, por situar-se no âmbito infraconstitucional e depender da análise das provas dos autos. [...] 3. Agravo regimental DESPROVIDO.”(ARE 850396 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 15.05.2015)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário, nos termos do art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 04 de abril de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 932.369 (716)ORIGEM : 0699110106340 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ISMAEL REISADV.(A/S) : CRISTIANO VIEIRA DE PAULA (111358/MG)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, em que a parte recorrente aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O presente recurso não reúne condições de admissibilidade, uma vez que a parte recorrente deixou de apresentar preliminar formal de repercussão geral, nos termos do art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 543-A, § 2º, do CPC.

O Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário é ônus do recorrente, exigível quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental 21, de 30 de abril de 2007 (AI 664.567-QO, Rel. Min. MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, DJe de 6/9/2007), que é exatamente o caso dos autos.

Ademais, esta Corte firmou jurisprudência no sentido de que é indispensável a apresentação de preliminar de repercussão geral em recurso

extraordinário, mesmo quando a questão constitucional suscitada no processo tenha sido apreciada em processo diverso, e sua repercussão geral, reconhecida (ARE 663.637-AgR-QO, Rel. Min. Presidente AYRES BRITTO, julgamento em 12/9/2012).

3. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 934.448 (717)ORIGEM : 00045444819994058000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : D.M.A.RECDO.(A/S) : D.N.RECDO.(A/S) : D.R.F.RECDO.(A/S) : D.R.B.RECDO.(A/S) : D.S.B.ADV.(A/S) : JULIANA CHAGAS CORDEIRO (28829/BA, 1773-A/PE)

DECISÃOPRECATÓRIO – VERBETE Nº 17 DA SÚMULA VINCULANTE DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – DESCOMPASSO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A União parte de premissa estranha ao acórdão apontado como discrepante do Verbete nº 17 da Súmula Vinculante do Supremo. Afirma ter o Tribunal Regional Federal da 5ª Região concluído pela incidência dos juros da mora considerado o período assinado pela Carta da República para liquidação do débito. Não é isso que consta do pronunciamento atacado. Confiram com estes trechos:

Trata-se de apelação interposta contra sentença que indeferiu o pedido de inclusão de juros de mora em requisição de pagamento de precatório complementar, ao fundamento de preclusão, extinguindo a execução pela satisfação integral da obrigação.

(...)Logo, considerando-se que o precatório se formou com base em

cálculos elaborados em setembro/2006, é de rigor a execução complementar dos juros incidentes até o trânsito em julgado da impugnação fazendária (abril/2012).

A base da decisão recorrida foi única – o não cumprimento, no prazo previsto, da obrigação estampada em título executivo judicial. Logo, não há como vislumbrar o desrespeito ao Verbete nº 17 da Súmula Vinculante, a revelar a seguinte jurisprudência:

Durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.

2. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário.3. Publiquem. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 936.517 (718)ORIGEM : 00023671419994058000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : HELIO SAMPAIO JUNIORRECDO.(A/S) : HELIO JOSE DOS SANTOSRECDO.(A/S) : HILDEMAR DE SOUZA MARTINS FILHORECDO.(A/S) : HERNANI ALVES MATOSRECDO.(A/S) : HERIBERTO CHAGAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JULIANA CHAGAS CORDEIRO (28829/BA, 1773-A/PE)ADV.(A/S) : FELIPE SARMENTO CORDEIRO (5779/AL)

DECISÃOPRECATÓRIO – VERBETE Nº 17 DA SÚMULA VINCULANTE DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – DESCOMPASSO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A União parte de premissa estranha ao acórdão apontado como discrepante do Verbete nº 17 da Súmula Vinculante do Supremo. Afirma ter o Tribunal Regional Federal da 5ª Região concluído pela incidência dos juros da mora considerado o período assinado pela Carta da República para liquidação do débito. Não é isso que consta do pronunciamento atacado. Confiram com estes trechos:

Trata-se de apelação interposta contra sentença que indeferiu o pedido de inclusão de juros de mora em requisição de pagamento de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 145

precatório complementar, ao fundamento de preclusão, extinguindo a execução pela satisfação integral da obrigação.

(...)Logo, considerando-se que o precatório se formou com base em

cálculos elaborados em setembro/2006, é de rigor a execução complementar dos juros incidentes até o trânsito em julgado da impugnação fazendária (abril/2012).

A base da decisão recorrida foi única – o não cumprimento, no prazo previsto, da obrigação estampada em título executivo judicial. Logo, não há como vislumbrar o desrespeito ao Verbete nº 17 da Súmula Vinculante, a revelar a seguinte jurisprudência:

Durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.

2. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário.3. Publiquem. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 941.587 (719)ORIGEM : 01790197520118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : RENATO PORTELLA LEMOSADV.(A/S) : CARLA VERAS MONTEIRO BRAME (100201/RJ)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. O Colegiado concedeu, aos servidores do Judiciário local, o reajuste previsto inicialmente apenas para os integrantes do Executivo, na forma da Lei estadual nº 1.206/87, afirmando tratar-se de revisão geral. O Estado do Rio de Janeiro aponta a violação dos artigos 2º, 5º, inciso X, 61, § 1º, 93, inciso IX, 167, incisos I e II, e 169 da Constituição Federal. Tece considerações sobre natureza jurídica da parcela, apontando a inviabilidade da extensão deferida.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

3. Nego seguimento a este extraordinário.4. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 941.988 (720)ORIGEM : 10439080840473001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

URBANO - DEMSURADV.(A/S) : PEDRO AUGUSTO DE ARAUJO FREITAS (0106581/DF,

106581/MG)

RECDO.(A/S) : ANTONIO ROBERTO DA SILVAADV.(A/S) : LUIS CLAUDIO DE PAULA (114601/MG)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – TAXA DE COLETA DE LIXO –

NATUREZA JURÍDICA DE TAXA – INSTITUIÇÃO – LEI ESPECÍFICA – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – LEGISLAÇÃO LOCAL – MATÉRIA FÁTICA – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Atentem para o decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais consignou a necessidade de previsão em lei municipal específica para a exigibilidade de taxa de coleta de lixo. Insiste o recorrente no processamento do extraordinário, afirmando ter o acórdão proferido implicado na violação dos artigos 5º, incisos XXXV e LIV, 145, inciso II, e 175, inciso III, da Carta Política.

2. A natureza jurídica da taxa configura a exigência compulsória em razão de uma obrigação legal. Viola o princípio da legalidade tributária a instituição de taxa de coleta de lixo sem previsão em lei específica. A decisão impugnada mediante o extraordinário está em harmonia com a jurisprudência do Supremo. Confiram com o teor da emenda do Recurso Extraordinário nº 416.903/PE, da relatoria da Ministra Cármen Lúcia, publicado no Diário da Justiça de 19 de novembro de 2012:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. AUTORIZAÇÃO EMITIDA PELO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA PARA UTILIZAÇÃO DE FOGO: QUEIMA CONTROLADA. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. NATUREZA JURÍDICA. TAXA. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

Acresce que dissentir da solução apontada quanto à natureza jurídico tributária da taxa municipal de coleta de lixo implica a necessidade de reexame dos elementos probatórios e da legislação local, defeso em sede extraordinária, cujo acesso pressupõe decisão prolatada à margem da Carta da República, o que não se verifica na espécie.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário.4. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 943.867 (721)ORIGEM : 201103000247785 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : TRANSPORTES LISOT LTDARECTE.(S) : ORM LAVANDERIA LTDA - EPPADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO (108004/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL - DECISÃO QUE DEFERIU A COMPENSAÇÃO EM RELAÇÃO A UMA AGRAVANTE E DETERMINOU À OUTRA AGRAVANTE QUE DEMONSTRASSE A SUSPENSÃO DE EXECUÇÕES FISCAIS - AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO - AGRAVO IMPROVIDO.

1. Tendo em conta o disposto no artigo 527, parágrafo único, do Código de Processo Civil, com redação dada pela Lei nº 11187, de 19/10/2005, não se conhece do agravo regimental interposto contra decisão que indeferiu o efeito suspensivo ao agravo de instrumento.

2. "No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial" (§ 9º do art. 100 da CF/88, incluído pela EC 62/2009).

3. No caso concreto, a Fazenda Nacional, intimada a prestar informações sobre débitos em nome das agravantes, informou que estas possuem débitos em valores superiores ao montante a ser restituído.

4. Em relação a TRANSPORTES LISOT LTDA, ante a sua alegação de que já foram ajuizadas execuções fiscais para a cobrança dos débitos incluídos nas CDAs nºs 80.2.07.008815-04, 80.2.07.008816-87 e 80.2.07.011129-11, o Juízo "a quo" postergou sua decisão, dando à parte oportunidade para demonstrar que tais débitos estão com sua exigibilidade suspensa, o que pode afastar a compensação prevista no parágrafo 9º do artigo 100 da atual Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional nº 62/2009.

5. Quanto a ROTOVIC LAVANDERIA LTDA, não obstante o débito apontado pela União esteja incluído em parcelamento efetivado nos termos da Medida Provisória nº 303/2006, não há impedimento à requerida compensação, pois tanto a Constituição Federal, em seu artigo 100, parágrafo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 146

9º, como a Lei nº 12431/2011, em seu artigo 30, parágrafo 2º, autorizam a compensação com parcelas vincendas de parcelamento.

6. Agravo regimental não conhecido. Agravo improvido.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação aos arts. 2º, 5º, caput e incisos XXII, XXXVI, LXXVIII e LIV, 60, §2º, todos da Carta. Sustenta a inconstitucionalidade da Emenda Constitucional nº 62/2009, no que se refere ao §9º do art. 100 da CF/88, que estabeleceu o regime da compensação de precatório, determinando que “deverá ser abatido, a título de compensação” os créditos da Fazenda Pública.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 678.360- RG (Tema 558), julgado sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, reconheceu a repercussão geral da discussão sobre a constitucionalidade dos §§ 9º e 10 do art. 100 da Constituição Federal (incluídos pela EC 62/2009), que instituíram a compensação de débitos/créditos, seja entre particulares ou créditos públicos, nas ações de execução, com a finalidade de se extinguirem de obrigações recíprocas e fungíveis.

No que se refere a violação ao art. 5º da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal já assentou a ausência de repercussão geral da controvérsia referente à violação aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal e dos limites da coisa julgada, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação de normas infraconstitucionais (ARE nº 748.371-RG, Min. Gilmar Mendes).

Diante do exposto, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 1.036 do CPC/2015, com exata correspondência ao art. 543-B do CPC/1973.

Publique-se. Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 944.843 (722)ORIGEM : 708677 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : LINDOMAR TEIXEIRA BITENCOURTADV.(A/S) : VILMAR LOURENÇO (RS033559/)ADV.(A/S) : IMILIA DE SOUZA (RS036024/)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL INADMITIDA – APOSENTADORIA –

TEMPO NORMAL – CONVERSÃO EM TEMPO LABORADO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS – MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. O Tribunal, no Agravo de Instrumento nº 841.047/RS, da relatoria do Ministro Cezar Peluso, Presidente do Supremo, assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter repercussão geral o tema relativo à possibilidade de computar, para efeito de aposentadoria, tempo de serviço exercido em condições especiais, após 28 de maio de 1998, à luz do artigo 201, § 1º, da Constituição Federal. Entendeu que, para o exame da causa, mostrar-se-iam imprescindíveis a interpretação e a aplicação das Leis nº 8.213/91 e 9.711/98, de modo que eventual ofensa à Carta da República seria apenas indireta.

2. Ante o quadro, ressalvando a óptica pessoal, nego seguimento ao extraordinário.

3. Publiquem.Brasília, 14 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 945.984 (723)ORIGEM : 50931825520144047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : AMERICA ELOISA FERREIRA MUNOZADV.(A/S) : FELIPE NÉRI DRESCH DA SILVEIRA (RS033779/)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na

apreciação de processo da competência do Tribunal.2. Nego seguimento ao recurso. 3. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 946.491 (724)ORIGEM : 08019484020134058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS EM

PERNAMBUCO - SINPEF/PEADV.(A/S) : JOSE CARLOS ALMEIDA JUNIOR (PE001037/)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM.1. O Supremo, no Recurso Extraordinário nº 650.898, concluiu pela

repercussão geral do tema relativo à possibilidade de os servidores perceberem subsídio acompanhado do pagamento de outra espécie remuneratória.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução do processo ao Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973.

3. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 948.296 (725)ORIGEM : 1474445 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VALDIR INACIO DA SILVAADV.(A/S) : VANESSA CRISTINA PASQUALINI (40513/BA,

29897/PR, 13695/SC)RECDO.(A/S) : SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO

SEGURO DPVAT S.AADV.(A/S) : ANA PAULA ALMEIDA NAYA DE PAULA (22915/DF)ADV.(A/S) : SERGIO BERMUDES (02192/A/DF, 02192/DF, 17587/RJ,

33031/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. O Superior Tribunal de Justiça consignou que a atualização monetária da indenização por morte ou invalidez do seguro obrigatório, DPVAT, tem como termo inicial a data do evento danoso. Requer o recorrente o provimento do extraordinário, afirmando violado o artigo 5º, cabeça e incisos XXII e LIV, 59, parágrafo único, 62 da Constituição Federal, pretendendo seja considerada a data da edição da Medida Provisória nº 340/2006.

2. Ambas as Turmas do Supremo já tiveram oportunidade de decidir sobre o tema. Confiram com a seguintes ementas:

Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Juros de mora. Termo inicial. Prequestionamento. Ausência. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes.

1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.

2. O recurso extraordinário não se presta para a análise de legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF.

3. Agravo regimental não provido. (Agravo Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo nº

778.968/SP, relatado na Primeira Turma pelo ministro Dias Toffoli, publicado no Diário da Justiça de 19 de fevereiro de 2014.)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. SEGURO OBRIGATÓRIO DE DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE – DPVAT. INDENIZAÇÃO. TERMO INICIAL DA CORREÇÃO MONETÁRIA: MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

(Agravo Regimental no Recurso Extraordinário nº 944.451/SC, relatado na Segunda Turma pela ministra Cármen Lúcia, publicado no Diário da Justiça de 30 de março de 2016.)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 147: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 147

À toda evidência, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

3. Nego seguimento ao extraordinário.4. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 949.841 (726)ORIGEM : 00019870520118260352 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CLAUDINEI MENDONCA DE MENEZESADV.(A/S) : LUCAS MOISES GARCIA FERREIRA (266955/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE 600.063 RG (Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO) - tema 469. Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 950.200 (727)ORIGEM : 50435223820134047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : OS MESMOSINTDO.(A/S) : OSCAR KIESKIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Estado do Paraná. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, caput, 165, § 5º, III, 167 e 198 da Constituição Federal. Acórdão recorrido publicado em 21.5.2015.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO À SAÚDE. SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERATIVOS. TRATAMENTO NÃO PREVISTO PELO SUS. FORNECIMENTO PELO PODER PÚBLICO. PRECEDENTES. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que, apesar do caráter meramente programático atribuído ao art. 196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde dos cidadãos. O fornecimento gratuito de tratamentos e medicamentos necessários à saúde de pessoas hipossuficientes é obrigação solidária de todos os entes federativos, podendo ser pleiteado de qualquer deles, União, Estados, Distrito Federal ou Municípios (Tema 793). O Supremo Tribunal Federal tem se orientado no sentido de ser possível ao Judiciário a determinação de fornecimento de medicamento não incluído na lista padronizada fornecida pelo SUS, desde que reste comprovação de que não haja nela opção de tratamento eficaz para a enfermidade. Precedentes. Para dissentir da conclusão do Tribunal de origem quanto à comprovação da necessidade de tratamento não previsto pelo SUS faz-se necessário o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, providência inviável neste

momento processual (Súmula 279/STF). Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 831.385-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 06.4.2015).

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 952.070 (728)ORIGEM : 00637758720108260050 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RONALDO DA PAZ NOBREGAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃOAÇÃO PENAL – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER –

LESÃO CORPORAL – NATUREZA – PRECEDENTE DO PLENÁRIO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. O acórdão recorrido está em consonância com o entendimento adotado pelo Tribunal. Confiram com a ementa da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.424, por mim relatada no Pleno:

AÇÃO PENAL - VIOLÊNCIA DOMESTICA CONTRA A MULHER LESÃO CORPORAL - NATUREZA. A ação penal relativa a lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada – considerações.

2. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário.3. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 952.999 (729)ORIGEM : 200282010006560 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 5ª REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : NOBRENGE CONSTRUCOES INDUSTRIAIS LTDA - MEADV.(A/S) : KATHERINE VALERIA DE OLIVEIRA GOMES DINIZ

(8795/PB)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário, interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRAZO PRESCRICIONAL. TERMO A QUO. DATA DO PAGAMENTO. ANTERIOR À LEI COMPLEMENTAR 118/2005. DEZ MAIS DEZ. INTERPOSIÇÃO DA AÇÃO NO PRAZO LEGAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. Cinge-se a controvérsia recursal à insurgência de particular contra decisão judicial singular que julgou improcedente a ação mandamental intentada contra a Fazenda Pública, objetivando a repetição do indébito tributário, ao reconhecer ocorrência da prescrição para pretender a repetição do indébito tributário.

2. A corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade no EREsp nº 644.736/PE, entendeu que o artigo 4º, segunda parte, da LC nº118/05, ao determinar a aplicação retroativa do seu art. 3º, ofende o princípio constitucional da autonomia e independência dos poderes (CF, art.2º) e da garantia do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art.5º,XXXVI).

3. A LC nº118/2005, aplica-se apenas aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência, em 09.06.2005. Tratando-se de repetição de indébito referente ao recolhimento de indevido de contribuição social referentes ao período compreendido entre os anos de 1989 a dezembro de 1992, conforme datas dos vencimentos das guias de recolhimento, às fls. 19/49, e aplicando a regra dos cinco mais cinco, tem-se que como a ação foi proposta em 01.02.2002, encontrando-se, pois, prescrita apenas parte dos créditos tributários recolhidos indevidamente, ou seja, aqueles anteriores a fevereiro de 1992, apenas.

4. Encontra guarida a tese recursal, que pretende obter o reconhecimento de repetição do indébito tributário referente aos pagamentos posteriores a fevereiro de 1992, os quais em face da data de propositura da ação mandamental não se encontram prescritos.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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5. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica no sentido de que no caso de compensação ou restituição do indébito tributário os valores devem ser reajustadas da seguinte forma: no mês de janeiro de 1989, o IPC no percentual de 42,72%; no mês de fevereiro de 1989, o IPC no percentual de 10,14%; no período de março de 1989 a fevereiro de 1990, o BTN; no período de março de 1990 a fevereiro de 1991, o IPC; a partir de março de 1991, aplica-se o INPC, a ser adotado até novembro de 1991; no mês de dezembro de 1991, o índice a ser adotado é o IPCA; a partir de janeiro de 1992, a UFIR, na forma preconizada pela Lei n.º8.383/91, até 31.12.1995. Com o advento da Lei n.º 9.250/95, aplica-se a taxa SELIC, que compreende taxa de juros reais e taxa de inflação a ser considerada a partir de 1º de janeiro de 1996.

6. Condenada a Fazenda Pública, ora Apelada, em honorários advocatícios os quais fixo no percentual de 10% (dez por cento) do valor da condenação, nos termos do art.20, parágrafo 4º, do CPC.

7. Apelação do particular conhecida e provida”.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a e b, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao artigo 5º, XXXVI, da Carta. Sustenta, em síntese, que o acórdão recorrido, analisando a questão da prescrição para fins de repetição de indébito, adotou a tese de que o prazo previsto no artigo 168 do CTN tem início na data da homologação - expressa ou tácita - do lançamento (art. 150, §1º, do CTN) e não do pagamento do tributo.

Alega, também, que o acórdão recorrido considerou inconstitucional o artigo 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005, por ter ele conferido natureza interpretativa (e, portanto, retroativa) ao artigo 3º da mesma lei.

A pretensão recursal não merece prosperar, tendo em vista que o acórdão recorrido foi substituído por novo acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que ajustou seu entendimento a determinado precedente desta Corte no RE nº 566.621, decidido sob o rito da repercussão geral.

Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o referido precedente, declarou a inconstitucionalidade do artigo 4º, da Lei Complementar nº 118/2005, bem como restringiu a aplicação do prazo de cinco anos, previsto no artigo 3º do mesmo diploma, às ações ajuizadas a partir de 9 de junho de 2005. Após a referida decisão desta Suprema Corte, por meio da sistemática da repercussão geral, houve posterior substituição do primeiro acórdão recorrido, adotando o entendimento aplicado ao recurso paradigma. Confira-se a ementa do julgado:

“TRIBUTÁRIO. PROCESSO CIVIL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PRETENSA NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO DO ACÓRDÃO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO FIRMADO SOB O REGIME DA REPERCUSSÃO GERAL (CPC, ART. 543-B). NÃO OCORRÊNCIA.

1. Depois de apreciada a apelação interposta pelo particular, voltam os autos à segunda Turma do TRF 5, a bem de se lhe permitir ajustar seu julgamento originário a determinado precedente do STF (RE nº 566621/RS), decidido sob o rito da repercussão geral (art. 543-B, do CPC), que tem como questão controvertida a validade da aplicação do novo prazo de cinco anos previsto pela Lei Complementar nº 118/2005 (art. 4º), para efeito de contagem do prazo prescricional, tão somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias da novel legislação, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.

2. Na espécie, a ação fora ajuizada em momento anterior à vigência da Lei Complementar nº 118/2005, tendo esta eg. Segunda Turma adotado o prazo prescricional decenal então vigente. Daí que, inexistente divergência entre o acórdão anteriormente proferido por esta Turma e o entendimento firmado pelo STF a respeito da prescrição, não há falar em adequação do julgado.

3. Manutenção do acórdão que deu provimento à apelação”.Em decorrência da substituição do acórdão recorrido, o recurso

extraordinário interposto em face do primeiro acórdão perdeu seu objeto, em decorrência da perda superveniente do objeto recursal.

Diante do exposto, com base no art. 21, IX, do RI/STF, não conheço do recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 953.604 (730)ORIGEM : 50064668420124047006 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : OTOMAR CIVA JUNIORADV.(A/S) : SILVESTRE CHRUSCINSKI JUNIOR (20228/PR)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. O Colegiado de origem, confirmando o entendimento do Juízo,

assentou ser do autor a posse e propriedade dos terrenos objeto do litígio. Pleiteia a União o provimento extraordinário, afirmando a violação dos artigos 5º, incisos XXV, LIV e LV, e 231, §§ 1º a 6º, da Constituição Federal, insistindo ter demonstrado a pertença da terra à comunidade dos índios kaiagang.

2. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

3. Nego seguimento ao extraordinário.4. Publiquem.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 954.884 (731)ORIGEM : 00305418920138250001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SERGIPERECDO.(A/S) : JOSE ACACIO GONZAGA DO NASCIMENTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

SERGIPE

Vistos etc.Contra o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de

Sergipe, maneja recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, da Lei Maior, o Ministério Público do Estado de Sergipe. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, XLVI, da Constituição Federal.

A matéria debatida, em síntese, diz com o reconhecimento da confissão qualificada como circunstância judicial atenuante e a violação do princípio da individualização da pena. Alega o recorrente violado o princípio da individualização da pena. Afirma que a confissão qualificada não pode ser utilizada como circunstância atenuante.

Acórdão recorrido publicado em 03.8.2015.É o relatório.Decido.Preenchidos os pressupostos extrínsecos.Consta que José Acácio Gonzaga do Nascimento, ora agravado, foi

condenado em razão da prática da conduta típica prevista no art. 302, parágrafo único, c/c art. 303, parágrafo único, I, II e III, do Código de Trânsito Brasileiro, à pena de 01 (um) ano e 06 (seis) meses de detenção e à suspensão do direito de dirigir veículo automotor pelo prazo de 01 (um) ano.

Irresignada, a defesa interpôs recurso de apelação. O Tribunal de Justiça local deu parcial provimento à apelação “[...] para redimensionar a pena definitiva para 01 (um) ano, 01(um) mês e 02 (dois) dias de detenção, a ser cumprida no regime inicialmente aberto, além da suspensão ou proibição de obtenção da CNH pelo período de 06(seis) meses, nos termos do art. 293, do CTB [...]”. O acórdão recebeu a seguinte ementa:

"DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL – APELAÇÃO CRIMINAL – LESÃO CORPORAL NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR (ARTIGO 303, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTB) – DOSIMETRIA – PENA-BASE REDUZIDA – EXACERBAÇÃO CONFIGURADA – IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO PARA O MÍNIMO LEGAL - EXISTÊNCIA DE DUAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS - INCIDÊNCIA DA ATENUANTE DA CONFISSÃO QUALIFICADA – ACOLHIMENTO – REDIMENSIONAMENTO DA PENA DEFINITIVA - APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO - UNÂNIME."

Nada colhe o recurso.As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na

legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Ademais, a aplicação de tal legislação ao caso concreto, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, não enseja a apontada violação do art. 5º, XLVI, da Constituição da República. Nesse sentido:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Matéria criminal. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Inadmissibilidade. Precedentes.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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Regimental não provido. 1. É firme a jurisprudência da Corte no sentido de que “é inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de legislação infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo” (ARE nº 770.252/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 3/2/14). 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 678735 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 30/09/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-225 DIVULG 14-11-2014 PUBLIC 17-11-2014)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria a análise da legislação ordinária pertinente. Providência vedada neste momento processual. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. Agravo regimental desprovido.” (ARE 667902 AgR, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 20/03/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-072 DIVULG 12-04-2012 PUBLIC 13-04-2012)

Ressalto que esta Suprema Corte já se manifestou pela inexistência de repercussão geral da matéria relativa à fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante no AI 742.460-RG/RJ :

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos princípios constitucionais da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional.”

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, ausente ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 955.654 (732)ORIGEM : 200551010224708 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LABS CARDIOLAB EXAMES COMPLEMENTARES

LTDAADV.(A/S) : SERGIO LUIZ MADDALENA DOURADO (71758/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Labs Cardiolab Exames Complementares Ltda. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 146, III, “a”, 149, § 2º, 150, II, e 153, § 3º, II, da Carta Magna. Acórdão recorrido publicado em 14.7.2011.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

A Corte de origem decidiu a controvérsia em acórdão assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. IPI. PIS-PASEP-IMPORTAÇÃO E COFINS-IMPORTAÇÃO. PRODUTO INDUSTRIALIZADO DE PROCEDÊNCIA ESTRANGEIRA. IMPORTAÇÃO. SOCIEDADE CIVIL PRESTADORA DE SERVIÇOS MÉDICOS. IRRELEVÁNCIA DA FINALIDADE A QUAL SE DESTINA O PRODUTO. PRECEDENTES DO STJ.

1. A controvérsia cinge-se, nesta demanda, à questão da almejada liberação do recolhimento de IPI, PIS-PASEP-Importação e COFINS-Importação, em evento de importação de equipamentos médicos objeto de arrendamento mercantil e registro de operações financeiras.

2. O desiderato do IPI não pode ser o de prestigiar e ao mesmo tempo desonerar produtos industrializados estrangeiros em detrimento dos nacionais, o importador se equipara à figura do industrial para fins de pertinência subjetiva de contribuição, nem a lei distingue a destinação dos produtos industrializados c importados (art. 46,1, do Código Contributivo).

3. Com relação ao PIS-PASEP/Importação e da COFINS/Importação, já se colocou um fim na discussão sobre o cabimento da incidência das aludidas contribuições, especificamente no evento de importação, pela sua

possibilidade. 4. Agravo interno a que se nega provimento.”O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da

jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal quanto à incidência do IPI sobre os bens importados na modalidade de arrendamento mercantil (leasing). Nesse sentido: RE 609.185-AgR-ED-segundos-EDv/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 08.02.2013; e RE 612.083-AgR/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 07.11.2012, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. CONSTITUCIONALIDADE DA INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Quanto à base de cálculo do PIS e da Cofins sobre a importação, bem como sobre a exigência de lei complementar para instituí-los, restaram as matérias submetidas ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no RE 559.607 e RE 565.886, verbis:

“REPERCUSSÃO GERAL - CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS E COFINS - IMPORTAÇÃO - DESEMBARAÇO ADUANEIRO - BASE DE INCIDÊNCIA. Surge a repercussão geral da matéria versada no extraordinário no que o acórdão impugnado implicou a declaração de inconstitucionalidade da expressão “acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições”, contida no inciso I do artigo 7º da Lei nº 10.865/2004, considerada a letra “a” do inciso III do § 2º do artigo 149 da Constituição Federal. REPERCUSSÃO GERAL - CONSEQÜÊNCIAS - MATÉRIA DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. Uma vez assentando o Supremo, em certo processo, a repercussão geral do tema veiculado, impõe-se a devolução à origem de todos os demais que hajam sido interpostos na vigência do sistema, comunicando-se a decisão aos Presidentes do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e da Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais bem como aos Coordenadores das Turmas Recursais, para que suspendam o envio, à Corte, dos recursos que tratem da questão, sobrestando-os.”

“PIS E COFINS - IMPORTAÇÃO - LEI Nº 10.865/2004 - APLICAÇÃO NO TEMPO - BASE DE CÁLCULO DOS TRIBUTOS - NATUREZA DA DISCIPLINA - LEI COMPLEMENTAR. Possui repercussão geral controvérsia sobre a aplicação da lei no tempo e a base de cálculo dos tributos considerada a disciplina mediante lei ordinária.”

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Assim, com relação à alegada ofensa ao art. 153, § 3º, II, da CF/88, nego seguimento ao recurso extraordinário. Quanto aos temas submetidos à repercussão geral, devolvam-se os autos à Corte de origem.

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 955.836 (733)ORIGEM : 50000582220134047110 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FABIO JESUS DOS REIS BIANCHIADV.(A/S) : IMELDA MARTINI (37382/RS)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 1º, IV, 2º, 5º, caput, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 37, caput, 84, IV, 93, IX, 195, § 5º, e 201, caput, § 1º, da Constituição Federal. Acórdão recorrido publicado em 21.9.2015.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 150

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09)

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03)

Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, o Supremo Tribunal Federal entende que o exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido, cito o RE 417.408-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; e o ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 09.9.2012, assim ementado:

"Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao Princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento."

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido." (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002)

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido." (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Ademais, verifico, pelas razões de decidir da Corte de origem, que não restou comprovada a efetiva eficácia do EPI (Equipamento de Proteção Individual) em neutralizar a nocividade da atividade desempenhada pelo empregado. O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. Nesse sentir, é devida a concessão de aposentadoria especial quando não há descaracterização das condições prejudiciais, no caso, resta não comprovada a eficácia do EPI. Logo, não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 201, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. REQUISITOS DE CARACTERIZAÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB CONDIÇÕES

NOCIVAS. FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. TEMA COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO PLENÁRIO VIRTUAL. EFETIVA EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE. NEUTRALIZAÇÃO DA RELAÇÃO NOCIVA ENTRE O AGENTE INSALUBRE E O TRABALHADOR. COMPROVAÇÃO NO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO PPP OU SIMILAR. NÃO CARACTERIZAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS HÁBEIS À CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. CASO CONCRETO. AGENTE NOCIVO RUÍDO. UTILIZAÇÃO DE EPI. EFICÁCIA. REDUÇÃO DA NOCIVIDADE. CENÁRIO ATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE NEUTRALIZAÇÃO. NÃO DESCARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES PREJUDICIAIS. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DEVIDO. AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Conduz à admissibilidade do Recurso Extraordinário a densidade constitucional, no aresto recorrido, do direito fundamental à previdência social (art. 201, CRFB/88), com reflexos mediatos nos cânones constitucionais do direito à vida (art. 5º, caput, CRFB/88), à saúde (arts. 3º, 5º e 196, CRFB/88), à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CRFB/88) e ao meio ambiente de trabalho equilibrado (arts. 193 e 225, CRFB/88). 2. A eliminação das atividades laborais nocivas deve ser a meta maior da Sociedade - Estado, empresariado, trabalhadores e representantes sindicais -, que devem voltar-se incessantemente para com a defesa da saúde dos trabalhadores, como enuncia a Constituição da República, ao erigir como pilares do Estado Democrático de Direito a dignidade humana (art. 1º, III, CRFB/88), a valorização social do trabalho, a preservação da vida e da saúde (art. 3º, 5º, e 196, CRFB/88), e o meio ambiente de trabalho equilibrado (art. 193, e 225, CRFB/88). 3. A aposentadoria especial prevista no artigo 201, § 1º, da Constituição da República, significa que poderão ser adotados, para concessão de aposentadorias aos beneficiários do regime geral de previdência social, requisitos e critérios diferenciados nos “casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar”. 4. A aposentadoria especial possui nítido caráter preventivo e impõe-se para aqueles trabalhadores que laboram expostos a agentes prejudiciais à saúde e a fortiori possuem um desgaste naturalmente maior, por que não se lhes pode exigir o cumprimento do mesmo tempo de contribuição que aqueles empregados que não se encontram expostos a nenhum agente nocivo. 5. A norma inscrita no art. 195, § 5º, CRFB/88, veda a criação, majoração ou extensão de benefício sem a correspondente fonte de custeio, disposição dirigida ao legislador ordinário, sendo inexigível quando se tratar de benefício criado diretamente pela Constituição. Deveras, o direito à aposentadoria especial foi outorgado aos seus destinatários por norma constitucional (em sua origem o art. 202, e atualmente o art. 201, § 1º, CRFB/88). Precedentes: RE 151.106 AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 28/09/1993, Primeira Turma, DJ de 26/11/93; RE 220.742, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 03/03/98, Segunda Turma, DJ de 04/09/1998. 6. Existência de fonte de custeio para o direito à aposentadoria especial antes, através dos instrumentos tradicionais de financiamento da previdência social mencionados no art. 195, da CRFB/88, e depois da Medida Provisória 1.729/98, posteriormente convertida na Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998. Legislação que, ao reformular o seu modelo de financiamento, inseriu os §§ 6º e 7º no art. 57 da Lei 8.213/91, e estabeleceu que este benefício será financiado com recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei 8.212/91, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. 7. Por outro lado, o art. 10 da Lei 10.666/2003, ao criar o Fator Acidentário de Prevenção-FAP, concedeu redução de até 50% do valor desta contribuição em favor das empresas que disponibilizem aos seus empregados equipamentos de proteção declarados eficazes nos formulários previstos na legislação, o qual funciona como incentivo para que as empresas continuem a cumprir a sua função social, proporcionando um ambiente de trabalho hígido a seus trabalhadores. 8. O risco social aplicável ao benefício previdenciário da aposentadoria especial é o exercício de atividade em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física (CRFB/88, art. 201, § 1º), de forma que torna indispensável que o indivíduo trabalhe exposto a uma nocividade notadamente capaz de ensejar o referido dano, porquanto a tutela legal considera a exposição do segurado pelo risco presumido presente na relação entre agente nocivo e o trabalhador. 9. A interpretação do instituto da aposentadoria especial mais consentânea com o texto constitucional é aquela que conduz a uma proteção efetiva do trabalhador, considerando o benefício da aposentadoria especial excepcional, destinado ao segurado que efetivamente exerceu suas atividades laborativas em “condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. 10. Consectariamente, a primeira tese objetiva que se firma é: o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade não haverá respaldo constitucional à aposentadoria especial. 11. A Administração poderá, no exercício da fiscalização, aferir as informações prestadas pela empresa, sem prejuízo do inafastável judicial review. Em caso de divergência ou dúvida sobre a real eficácia do Equipamento de Proteção Individual, a premissa a nortear a Administração e o Judiciário é pelo reconhecimento do direito ao benefício da aposentadoria

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especial. Isto porque o uso de EPI, no caso concreto, pode não se afigurar suficiente para descaracterizar completamente a relação nociva a que o empregado se submete. 12. In casu, tratando-se especificamente do agente nocivo ruído, desde que em limites acima do limite legal, constata-se que, apesar do uso de Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular) reduzir a agressividade do ruído a um nível tolerável, até no mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais ambientes causa danos ao organismo que vão muito além daqueles relacionados à perda das funções auditivas. O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. 13. Ainda que se pudesse aceitar que o problema causado pela exposição ao ruído relacionasse apenas à perda das funções auditivas, o que indubitavelmente não é o caso, é certo que não se pode garantir uma eficácia real na eliminação dos efeitos do agente nocivo ruído com a simples utilização de EPI, pois são inúmeros os fatores que influenciam na sua efetividade, dentro dos quais muitos são impassíveis de um controle efetivo, tanto pelas empresas, quanto pelos trabalhadores. 14. Desse modo, a segunda tese fixada neste Recurso Extraordinário é a seguinte: na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual - EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. 15. Agravo conhecido para negar provimento ao Recurso Extraordinário.” (ARE 664335, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 04/12/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-029 DIVULG 11-02-2015 PUBLIC 12-02-2015).

Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 955.954 (734)ORIGEM : 24990132946 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ADALBERTO LUIZ ANGELI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL VALENTIM NOGUEIRA (9918/ES)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - IPAJMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Vistos etc.A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à

existência de repercussão geral no RE 611.503-RG, verbis:“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À

EXECUÇÃO. ADEQUAÇÃO DOS TÍTULOS JUDICIAIS EXEQÜENDOS ÀS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 741 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. COISA JULGADA. PRESENÇA DA REPERCUSSÃO GERAL NA QUESTÃO CONSTITUCIONAL DISCUTIDA. Possui repercussão geral a questão constitucional atinente à compatibilidade entre a garantia constitucional da coisa julgada e o parágrafo único do art. 741 do Código de Processo Civil.”

Acórdão recorrido publicado em 12.11.2014. O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos

extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 955.982 (735)ORIGEM : 00543902220094013400 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARIA IRISMAR DOS SANTOS LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE

(02174/CE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de processo em que se discute se pensionista, cujo

instituidor da pensão se aposentou antes da Emenda Constitucional nº 41/2003 e que faleceu após a referida emenda, tem direito ou não ao benefício da paridade.

O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 603.580-RG, sob a relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, reconheceu a existência de repercussão geral da matéria ora em debate. Confira-se a ementa do referido julgado (Tema 396):

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO POR MORTE. DIREITO A PARIDADE E INTEGRALIDADE. APOSENTADORIA ANTERIOR AO ADVENTO DA EC 41/2003 E FALECIMENTO APÓS A SUA PROMULGAÇÃO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Diante do exposto, com base no art. 328, parágrafo único, do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que seja aplicada a sistemática da repercussão geral.

Publique-se. Brasília, 28 de março de 2016.

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO RELATOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 956.513 (736)ORIGEM : 00158758420128190066 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRORECDO.(A/S) : MARCOS ALBERTO DOS SANTOS COELHORECDO.(A/S) : BRUNO RODRIGUES DE JESUSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE 640.139 RG (Rel. Min. DIAS TOFFOLI, DJe de 14/10/2011, Tema 478). Considerada a especial eficácia vinculativa desse julgado (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução do processo à instância de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.555 (737)ORIGEM : AC - 385913 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª

REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LOBELIA CAVALCANTE SILVAADV.(A/S) : FRANCISCO ALFREDO FARIAS COUTO (1441/CE) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE OS VALORES ATRASADOS REFERENTES À RAV – RETRIBUIÇÃO ADICIONAL VARIÁVEL. LEI 6.899/1981. RESOLUÇÃO 242/2001 DO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. VANTAGEM RESULTANTE DE PAGAMENTO ADMINISTRATIVO - RAV. CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA NO VALORES ATRASADOS. POSSIBILIDADE. ART. 100 DA CF. RESOLUÇÃO N° 242 DO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL.

1. Trata-se de ação ordinária proposta por LOBÉLIA CAVALVCANTE SILVA contra INSS e a UNIÃO FEDERAL, insurgindo-se contra a não

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 152

incidência da correção monetária no pagamento de atrasados referentes às remuneração adicional variável – RAV.

2. O pagamento das parcelas atrasadas do benefício previdenciário da autora deve ser feito de acordo com os preceitos do art. 100, §1°, da Constituição Federal.

3. Há incidência de correção monetária nos moldes estatuídos pelo Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovado pela Resolução n° 242, de 03 de julho de 2001, do Conselho da Justiça Federal.

4. Apelações improvidas.”Os embargos de declaração opostos pelo Instituto Nacional de

Seguro Social - INSS foram providos para sanar a omissão quanto ao responsável pelo pagamento dos valores devidos a título de correção monetária, entendendo-se ser a União.

Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação: aos artigos 37 (1) e 100 (2) da Constituição Federal. Alega que “não há como ser deferido o pedido de correção monetária dos valores recebidos, uma vez que a legislação aplicável ao assim não prevê”.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da CF).

No que concerne às alegações 1 e 2, a matéria relativa à incidência de correção monetária sobre os valores atrasados referentes à RAV – Retribuição Adicional Variável, quando sub judice a controvérsia, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 6.899/1981 e Resolução 242/2001 do Conselho da Justiça Federal), o que se revela inviável em sede de recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição da República. Nesse sentido:

“1. RECURSO. Extraordinário. Tema não decidido em recurso especial. Prejudicialidade parcial. Decisão agravada. Reconsideração. Deve ser conhecido recurso extraordinário que não ficou totalmente prejudicado com o julgamento de recurso especial. 2. RECURSO. Extraordinário. Não provimento. Índices de correção monetária de precatório complementar. Questão infraconstitucional. Agravo Regimental não provido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por objeto questão relativa a índices de correção monetária, cujo debate, dependente de reexame prévio de normas inferiores, pode configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.” (RE 404.801-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJ de 4/3/2005).

“Correção monetária do valor de precatório. Índice para o cálculo. Ausência de prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Controvérsia infraconstitucional. Regimental não provido.” (AI 466.584-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ de 21/5/2004).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.955 (738)ORIGEM : PROC - 200771580076026 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA ENI PEREIRA BARRAADV.(A/S) : GLÊNIO LUIS OHLWEILER FERREIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE DO SEGURO SOCIAL – GDASS. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE PREVIDENCIÁRIA – GDAP. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS. POSSIBILIDADE. ARTIGO 40, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. TERMO FINAL DO DIREITO À PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS. DATA DA REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO. RE 662.406-RG. AGRAVO PROVIDO PARA, DESDE LOGO, PROVER PARCIALMENTE O RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo nas alíneas a e b do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“A União apenas estabelece as regras (legislação) a respeito da remuneração do pessoal, não sofrendo os efeitos financeiros da presente decisão. Assim é de ser excluída da lide, por ilegitimidade passiva.

(…) Em relação às demais questões, a sentença é de ser confirmada

pelos seus próprios fundamentos, nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/1995, combinado com o artigo 1º da Lei 10.259/2001. Os fundamentos do acórdão, pois, são os mesmos fundamentos da sentença, onde todas as alegações já foram analisadas.

A decisão da Turma Recursal assim proferida, no âmbito dos Juizados Especais, é suficiente para interposição de quaisquer recursos posteriores.

(…)O voto é por excluir a lide da União, por ilegitimidade passiva,

mantendo somente o INSS, e, no mérito, dar parcial provimento aos recursos. Sem honorários. Sem custas.

Ante o exposto, voto por dar parcial provimento aos recursos.” Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação dos artigos 2º, 5º, caput, II e XXXVI, 7º, XXX, 37, caput e X, 39, § 3º, 40, § 8º, e 61, § 1º, II, a, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo, sob fundamento de que a decisão impugnada se amolda à diretriz jurisprudencial do STF.

É o relatório. DECIDO.Esta Suprema Corte, ao apreciar gratificações no âmbito da

administração pública federal, com natureza jurídica análoga à presente – gratificações por desempenho de atividade -, firmou jurisprudência no sentido de que, no período em que tais vantagens não forem regulamentadas com critérios e procedimentos específicos que possibilitem a avaliação de desempenho pessoal do servidor, as mesmas são dotadas de caráter genérico e, por essa razão, extensíveis aos servidores aposentados, sob pena de afronta ao artigo 40, § 8°, da Constituição (redação anterior à EC 41/2003). Aplica-se à espécie vertente a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal relativa à extensão aos inativos da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA. Nesse sentido, destaco o RE 476.279, Plenário, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, cuja ementa transcrevo a seguir:

“Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA - instituída pela L. 10.404/2002: extensão a inativos: pontuação variável conforme a sucessão de leis regentes da vantagem. RE conhecido e provido, em parte, para que a GDATA seja deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete vírgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e nos termos do art. 5º, parágrafo único, da L. 10.404/2002, para o período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o art. 1º da MPv. 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos.”

Nesse passo, sedimentando a orientação do Supremo Tribunal Federal, foi editada a Súmula Vinculante 20, assim ementada:

“A GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA – GDATA, INSTITUÍDA PELA LEI Nº 10.404/2002, DEVE SER DEFERIDA AOS INATIVOS NOS VALORES CORRESPONDENTES A 37,5 (TRINTA E SETE VÍRGULA CINCO) PONTOS NO PERÍODO DE FEVEREIRO A MAIO DE 2002 E, NOS TERMOS DO ARTIGO 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 10.404/2002, NO PERÍODO DE JUNHO DE 2002 ATÉ A CONCLUSÃO DOS EFEITOS DO ÚLTIMO CICLO DE AVALIAÇÃO A QUE SE REFERE O ARTIGO 1º DA MEDIDA PROVISÓRIA NO 198/2004, A PARTIR DA QUAL PASSA A SER DE 60 (SESSENTA) PONTOS.”

Nessa linha, especificamente sobre a GDASS e a GDAP, destaco o seguinte precedente:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE PREVIDENCIÁRIA - GDAP E GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE SEGURO SOCIAL - GDASS: CARÁTER GERAL. POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 595.023-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 3/9/2010).

Assim, ante a similaridade entre as gratificações sub examine e a GDATA e a vasta e tranquila jurisprudência sedimentada nesta Corte, não há óbice à extensão da GDASS e da GDAP à servidora inativa em questão.

Todavia, a extensão dessas gratificações não poderá dar-se ad aeternum, sofrendo limitação quando do implemento e conclusão do sistema de avaliação dos servidores ativos.

Aliás, outro não foi o entendimento do Plenário do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento do RE 662.406-RG, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 18/2/2015, reconheceu a repercussão geral da matéria e, no mérito, consignou que o termo final para o pagamento das gratificações de desempenho, tais como a GDASS e a GDAP, aos servidores inativos, nos mesmos percentuais em que concedida aos servidores ativos, é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações. Por oportuno, transcrevo a ementa do referido julgado:

"DIREITO ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 153

DE ATIVIDADE TÉCNICA DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA - GDATFA. TERMO FINAL DO DIREITO À PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS. DATA DA REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO. 1. O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data anterior. 2. É ilegítima, portanto, nesse ponto, a Portaria MAPA 1.031/2010, que retroagiu os efeitos financeiros da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização Agropecuária - GDAFTA ao início do ciclo avaliativo. 3. Recurso extraordinário conhecido e não provido."

No mesmo sentido, em caso análogo ao dos autos: "AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA PREVIDÊNCIA, DA SAÚDE E DO TRABALHO (GDPST) AOS SERVIDORES APOSENTADOS. LIMITAÇÃO TEMPORAL VÁLIDA E QUE NÃO OFENDE O ART. 37, XV, DA CF/88. PRECEDENTES. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE 631.880-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, assentou a repercussão geral da controvérsia e reafirmou sua jurisprudência, a fim de reconhecer aos servidores inativos e pensionistas beneficiados pela regra da paridade o direito à extensão da GDPST, enquanto esta for dotada de caráter genérico. Por outro lado, é firme o entendimento desta Corte de que o direito de extensão aos inativos e pensionista da vantagem não ocorre ad aeternum, uma vez que é válida a limitação temporal com a efetiva ocorrência da primeira avaliação de desempenho dos servidores ativos, momento em que a gratificação deixa de possuir caráter genérico. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento." (ARE 793.819-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 18/12/2014).

Ex positis, PROVEJO o agravo e DOU PARCIAL PROVIMENTO ao recurso extraordinário apenas para estabelecer como termo final para o pagamento da GDASS e da GDAP à recorrida, nos mesmos percentuais em que concedida aos servidores ativos, a data da homologação do resultado do primeiro ciclo de avaliações.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 721.833 (739)ORIGEM : AC - 10027050777609007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BETIMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BETIMRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA - TAC. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO. INTERESSE DE AGIR. NECESSIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA 279/STF. OFENSA INDIRETA. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. BETIM. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. INOCORRÊNCIA. RECURSO PROVIDO.

Cediço é que o termo de ajustamento de conduta (TAC) é dotado de força executiva, nos termos do art. 65º, 6º, da Lei 7.347/85. Todavia, em se constatando que o termo de ajustamento de conduta pactuado entre as partes possui objeto diverso daquele constante na ação civil pública, incabível falar-se na ausência de interesse de agir.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, LXXVIII, 37, I, II e IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por ausência de prequestionamento, além do óbice na Súmula nº 279 do STF.

É o relatório. DECIDO.O recurso não merece prosperar.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (artigo 102, § 3º, da CF).

Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que o Termo de

Ajustamento de Conduta - TAC, quando sub judice a controvérsia sobre o cumprimento das condições acordadas, bem como sobre o interesse de agir do Ministério Público, demanda a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, bem como o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, em casos análogos, ARE 951.522, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 17/3/2016, ARE 811.293, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 23/4/2015, ARE 850.967, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 28/11/2014, com a seguinte ementa:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. TERMO DE AJUSTAMENTO E AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DISCUSSÃO SOBRE O INTERESSE DE AGIR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.”

No mesmo sentido, AI 627.242-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 12/12/2008, com a seguinte ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. DESCUMPRIMENTO. IMPOSIÇÃO DE MULTA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do referido verbete sumular, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula nº 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 722.445 (740)ORIGEM : AC - 20120032114000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ARMANDO ORTIGOSA ARANTES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELOI OLIVEIRA DA SILVA (7395/MS)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS DOS SERVIDORES DA CARREIRA DO SISTEMA PENITENCIÁRIO. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SÚMULA 280 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO. VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO. OFENSA REFLEXA. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 154

FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA – VENCIMENTO DOS SERVIDORES DA CARREIRA DO SISTEMA PENITENCIÁRIO – APLICAÇÃO DE MULTIPLICADORES SOBRE O VENCIMENTO DA CLASSE ANTERIOR – OFENSA AO PRINCÍPIO DA SIMETRIA – EFEITO CASCATA – IMPOSSIBILIDADE – RECURSO NÃO PROVIDO. A Constituição Federal veda expressamente o chamado ‘efeito cascata’, assim considerado a acumulação de benefícios para calcular outros benefícios, no cálculo dos vencimentos dos servidores (art. 37, XIV). Assim, não se aplica o § 1º, do art. 52, da Lei Estadual nº 2.518/2002, por evidente ofensa ao princípio da simetria.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXVI, e 37, XV, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice na Súmula 280 do STF.

É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da Constituição Federal).

A matéria relativa à aplicação de multiplicadores sobre os vencimentos da classe anterior dos servidores do sistema penitenciário, quando sub judice a controvérsia, implica a análise de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei Estadual nº 2.518/2002), o que encontra óbice na Súmula 280 do STF, de seguinte teor: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário".

A propósito, menciono as lições do ilustre professor Roberto Rosas sobre a Súmula 280 desta Corte:

“A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 138).

Ademais, no que se refere à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, a jurisprudência desta Corte se orienta no sentido de que o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objetos de verificação em cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, por implicarem análise de matéria infraconstitucional. Nesse sentido:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DA INAFASTABILIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, DA PROTEÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO, AO ATO JURÍDICO PERFEITO E À COISA JULGADA, BEM COMO AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INTERPRETAÇÃO DE CONTRATO. ÓBICE DA SÚMULA 454/STF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 3.10.2007. O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à análise de normas infraconstitucionais e cláusulas contratuais, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. A pretensão da recorrente de obter decisão em sentido diverso encontra óbice na Súmula 454/STF: ‘Simples interpretação de cláusulas

contratuais não dá lugar a recurso extraordinário’. Agravo regimental conhecido e não provido.” (AI 741.038-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 21/8/2013).

Além disso, divergir do entendimento do Tribunal a quo demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos.

Não se revela cognoscível, em sede de recurso extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo se restringe à discussão eminentemente de direito, face ao óbice erigido pela Súmula 279 do STF.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do referido verbete sumular, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Nesse sentido:“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO

DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. REENQUADRAMENTO. DIFERENÇAS SALARIAIS. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULA 280/STF. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento do recurso extraordinário quando o deslinde da controvérsia depender do exame da legislação infraconstitucional aplicável ao caso. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 756.112-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 6/8/2015).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. OFENSA A DIREITO LOCAL. INVIABILIDADE DA ANÁLISE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA 280/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 585.156-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 19/8/2014).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.791 (741)ORIGEM : RESPE - 420225520096000000 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : FLÁVIO VIEIRA VERASRECTE.(S) : ERINEIDE DOS SANTOS SILVA VERASADV.(A/S) : RODRIGO DE BITTENCOURT MUDROVITSCHRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : KÉZIA JEANNE VIEIRA VERAS BATISTAINTDO.(A/S) : JOSÉ MARIA DE SOUZA

DECISÃO: 1. Os presentes autos encontram-se nesta Corte em decorrência da interposição de agravo contra decisão da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral que obstou o processamento de recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 155

extraordinário.Anteriormente, os recorrentes haviam interposto outro recurso

extraordinário contra acórdão do TSE que negara provimento ao agravo regimental em recurso especial eleitoral. A Presidência da Corte de origem obstou o processamento do apelo extremo sob o fundamento de que se tratava de matéria cuja repercussão geral havia sido rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal na análise do RE 598.365-RG (Rel. Min. AYRES BRITTO, Tema 181). Interposto o agravo do art. 544 do CPC, os autos foram remetidos ao STF.

Em 23 de abril de 2013, determinei o retorno dos autos ao TSE para que apreciasse o apelo interposto pela parte como agravo regimental, ao argumento de que não cabe recurso ou reclamação ao STF para rever decisão do Tribunal a quo que aplica a sistemática da repercussão geral, salvo quando há negativa de retratação do órgão julgador para adequar o caso à jurisprudência desta Corte.

Em 5 de agosto de 2014, o Plenário do TSE negou provimento ao agravo regimental sob as razões de que (a) “não foram atacados os fundamentos da decisão em que se concluiu pela inexistência de repercussão geral” (fl. 1.217); e (b) “as matérias em discussão no recurso extraordinário (…) inegavelmente envolvem os pressupostos de cabimento de recurso da competência do Tribunal Superior Eleitoral, o que não é dotado de repercussão geral” (fl. 1.217).

Contra esse acórdão, os recorrentes opuseram embargos de declaração, os quais foram parcialmente acolhidos apenas para declarar a extinção da punibilidade de Erineide dos Santos Silva Veras, em decorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado. Os segundos embargos de declaração opostos não foram conhecidos.

O recorrente Flávio Vieira Veras interpôs então novo recurso extraordinário contra os julgados proferidos pelo TSE, reiterando as razões dos apelos anteriores. Esse segundo recurso extraordinário foi inadmitido pela Presidência da Corte de origem sob os argumentos de que (a) “o apelo extremo interposto no prazo recursal contado a partir da publicação do acórdão que não conheceu dos segundos embargos de declaração (…) é intempestivo” (fl. 1.424); (b) “a matéria relativa à alegada afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal seria insuficiente para amparar o apelo extremo, por não ser dotada de repercussão geral” (fl. 1.425). Em face dessa decisão, o recorrente interpôs novamente o agravo do art. 544 do CPC, o que acarretou nova remessa dos autos ao STF.

2. O art. 543-B do CPC/73, incluído pela Lei 11.418/06, que visa regular o art. 102, § 3º, da Constituição Federal, dispõe que, havendo multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia, será processada a análise da repercussão geral, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Por decorrência do § 1º do art. 543-B do CPC/73, os Tribunais de origem enviarão um ou mais recursos representativos de controvérsia ao STF, sobrestando os demais até pronunciamento definitivo desta Corte.

Segundo as normas do CPC/73, o STF poderá (a) negar a existência de repercussão geral do tema, hipótese em que (I) os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos (art. 543-B, § 2º, do CPC); e (II) os demais apelos sobre matéria idêntica serão indeferidos liminarmente (art. 543-A, § 5º, do CPC); ou (b) reconhecer a repercussão geral do tema e julgar seu mérito, caso em que os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais e Juízos de origem, os quais poderão (I) declará-los prejudicados (art. 543-B, § 3º, do CPC); (II) retratar-se (art. 543-B, § 3º, do CPC); ou (III) manter a decisão (art. 543-B, § 4º, do CPC). Nessa última situação, e apenas nela, o recurso extraordinário deverá ser remetido ao STF, que poderá cassar ou reformar, liminarmente, o acórdão contrário à orientação firmada (art. 543-B, § 4º, do CPC).

O art. 3º da Lei 11.418/06 conferiu ao Supremo Tribunal Federal a atribuição de estabelecer, no seu Regimento Interno, as normas necessárias à execução da sistemática da repercussão geral. No exercício dessa incumbência, foram editadas as Emendas Regimentais 23/08 e 27/08, que incluíram no RISTF os arts. 328 e 328-A:

Art. 328. Protocolado ou distribuído recurso cuja questão for suscetível de reproduzir-se em múltiplos feitos, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a), de ofício ou a requerimento da parte interessada, comunicará o fato aos tribunais ou turmas de juizado especial, a fim de que observem o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil, podendo pedir-lhes informações, que deverão ser prestadas em cinco dias, e sobrestar todas as demais causas com questão idêntica.

Parágrafo único. Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Art. 328-A. Nos casos previsto no art. 543-B, caput, do Código de Processo Civil, o Tribunal de origem não emitirá juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o Supremo Tribunal Federal decida os que tenham sido selecionados nos termos do § 1º daquele artigo.

§ 1º Nos casos anteriores, o Tribunal de origem sobrestará os agravos de instrumento contra decisões que não tenham admitido os recursos extraordinários, julgando-os prejudicados nas hipóteses do art. 543-B, § 2º, e,

quando coincidente o teor dos julgamentos, § 3º.§ 2º Julgado o mérito do recurso extraordinário em sentido contrário

ao dos acórdãos recorridos, o Tribunal de origem remeterá ao Supremo Tribunal Federal os agravos em que não se retratar.

Cumpre perquirir, assim, se será cabível impugnação dirigida ao STF quando a instância de origem obsta a admissão do recurso extraordinário aplicando precedente decidido sob a sistemática da repercussão geral.

3. A Súmula 727/STF dispõe que “não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos juizados especiais”. Seguindo essa orientação, em 5 de março de 2009, o Min. Menezes Direito julgou procedente, de forma monocrática, a Rcl 7.523, ajuizada contra decisão do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que reputou prejudicado o recurso extraordinário, bem como o respectivo agravo de instrumento interposto. Segundo sustentou Sua Excelência, (a) “o precedente utilizado pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo trata de indenização decorrente da aplicação do Código do Consumidor, matéria diversa da discutida nestes autos (…)”; e (b) “não caberia à Presidência do Tribunal de origem negar seguimento ao agravo de instrumento interposto contra a decisão que julgou prejudicado o recurso extraordinário, mas sim processá-lo”.

Do mesmo modo, o Min. Eros Grau julgou procedente, também de forma monocrática, a Rcl 7.577, ajuizada contra ato do Presidente do TJSP que, após inadmitir recurso extraordinário com base em precedente da repercussão geral, julgou prejudicado o agravo de instrumento posteriormente interposto. Além de fundamentar a procedência da reclamação na ausência de similitude entre o caso analisado e o leading case da repercussão geral, o Min. Eros Graus consignou que “não caberia à Presidência do Tribunal de origem julgar prejudicado o agravo de instrumento interposto contra a decisão que não admitiu o recurso extraordinário, mas processá-lo”.

Posteriormente, a questão foi apreciada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em 19 de novembro de 2009, nas Rcl 7.569 e 7.547, ambas da relatoria da Min. Ellen Gracie. Na ocasião, assentou-se o entendimento de que, como a negativa de seguimento do recurso extraordinário, na origem, com base nos §§ 2º e 3º do art. 543-B do CPC e no art. 328-A do RISTF, não constitui juízo de admissibilidade do apelo, não é cabível a interposição do agravo do art. 544 do CPC, razão pela qual o não encaminhamento desse recurso a esta Corte não importa violação à Súmula 727/STF. A Rcl 7.569 foi assim ementada:

RECLAMAÇÃO. SUPOSTA APLICAÇÃO INDEVIDA PELA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE ORIGEM DO INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL. DECISÃO PROFERIDA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.336-RG/RO. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DE AFRONTA À SÚMULA STF 727. INOCORRÊNCIA.

1. Se não houve juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, não é cabível a interposição do agravo de instrumento previsto no art. 544 do Código de Processo Civil, razão pela qual não há que falar em afronta à Súmula STF 727.

2. O Plenário desta Corte decidiu, no julgamento da Ação Cautelar 2.177-MC-QO/PE, que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pelo Tribunal de origem, de decisão contrária ao entendimento firmado no julgamento da repercussão geral, nos termos do § 4º do art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Fora dessa específica hipótese não há previsão legal de cabimento de recurso ou de outro remédio processual para o Supremo Tribunal Federal.

4. Inteligência dos arts. 543-B do Código de Processo Civil e 328-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

5. Possibilidade de a parte que considerar equivocada a aplicação da repercussão geral interpor agravo interno perante o Tribunal de origem.

6. Oportunidade de correção, no próprio âmbito do Tribunal de origem, seja em juízo de retratação, seja por decisão colegiada, do eventual equívoco.

7. Não-conhecimento da presente reclamação e cassação da liminar anteriormente deferida.

8. Determinação de envio dos autos ao Tribunal de origem para seu processamento como agravo interno.

9. Autorização concedida à Secretaria desta Suprema Corte para proceder à baixa imediata desta Reclamação. (Rcl 7.569, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, DJe de 11/12/2009)

Esse mesmo entendimento foi manifestado pelo Pleno no julgamento do AI 760.358-QO, Rel. Min. GILMAR MENDES (Presidente), DJe de 12/2/2010. Confira-se:

Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental.

1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral.

2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem

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não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação.

3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida.

4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem. (AI 760.358-QO, Rel. Min. GILMAR MENDES (Presidente), Tribunal Pleno, DJe de 19/2/2010)

Dessa forma, a única hipótese em que a aplicação da sistemática da repercussão geral pela instância de origem enseja a remessa do recurso ao STF é quando, julgado o mérito do leading case, o Órgão de origem se recusa a retratar-se para adequar o acórdão recorrido à orientação desta Corte.

Em todas as demais situações, qualquer irresignação manifestada pela parte contra a aplicação do art. 543-B do CPC pela origem – seja no caso do § 2º, seja no caso do § 3º – deverá ser apreciada no âmbito do próprio Tribunal/Juízo a quo, por meio de agravo interno, sendo incabível a interposição do agravo do art. 544 do CPC ou o ajuizamento de reclamação para o STF.

É importante enfatizar que essa orientação é aplicável nos casos em que a fundamentação da inadmissão do extraordinário pela origem esteja amparada em precedente do STF formado sob a sistemática da repercussão geral, seja indicando a inexistência da relevância da matéria, seja a reconhecendo e pronunciando-se acerca do mérito em sentido contrário ao pretendido pelo recorrente. Independentemente da conclusão adotada pela instância a quo para obstar a admissão do recurso extraordinário – seja (i) negando-lhe seguimento, (ii) inadmitindo-o, (iii) não o conhecendo ou (iv) julgando-o prejudicado –, desde que se aponte na fundamentação precedente do STF submetido ao rito da repercussão geral, não caberá agravo para esta Corte. Afasta-se, nessas circunstâncias, a aplicação da Súmula 727/STF. É evidente, ademais, que, interposto agravo regimental contra a decisão da origem obsta o processamento de recurso extraordinário com base nos arts. 543-A e 543-B do CPC, o acórdão da Corte a quo que julgar o agravo não pode ser objeto de novo apelo extremo, sob pena de total subversão da sistemática da repercussão geral.

No caso dos autos, o extraordinário teve o processamento obstado, na origem, com base na sistemática da repercussão geral. Irresignado, o recorrente interpôs o agravo do art. 544 do CPC. Indevidamente remetidos os autos ao STF, determinou-se a devolução da causa à origem e sua apreciação como agravo interno. Era manifestamente incabível, portanto, a interposição de novo apelo extremo contra o aresto que negou provimento ao regimental. Totalmente indevida, portanto, nova remessa dos autos ao STF.

4. Como se vê, este agravo em recurso extraordinário, a exemplo dos apelos anteriormente interpostos, revela-se inteiramente impertinente, por não haver qualquer fundamento relevante e adequado que justifique a sua interposição. Com efeito, o comportamento do recorrente mostra-se, na verdade, manifestamente descabido, demonstrando flagrante abuso de direito de recorrer ou de demandar e constitui-se em visível afronta ao dever de prestação jurisdicional. O propósito é o de, tão somente, postergar, indefinidamente, a formação da coisa julgada contrária aos seus interesses.

Para coibir práticas como essas, o Supremo Tribunal Federal construiu, há tempos (RE 179.502–ED-ED-ED, Rel. Min. MOREIRA ALVES, Plenário, unânime, DJ de 8/9/2000), importante jurisprudência legitimadora de controle de comportamentos deletérios ao postulado da duração razoável do processo para dar concretude e efetividade a decisões inquestionavelmente impassíveis de alteração, como é o caso, a justificar, de forma excepcional, a execução da decisão independentemente da publicação do acórdão. Ao apreciar caso análogo (AI 818.606 AgR-ED-ED/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 14/5/2013), a Segunda Turma assim se manifestou:

PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CARÁTER MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO. USO ABSUSIVO DO DIREITO DE RECORRER. POSSIBILIDADE DE IMEDIATO CUMPRIMENTO DA DECISÃO EMANADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL, A QUE SE NEGA PROVIMENTO. DETERMINAÇÃO DE BAIXA IMEDIATA DOS AUTOS.

I – Embargos declaratórios recebidos como agravo regimental, uma vez que opostos de decisão monocrática.

II – O recurso interposto pelo recorrente possui natureza meramente procrastinatória, sem nenhum conteúdo jurídico que viabilize o seu conhecimento, tampouco o seu provimento. Tenta-se, na verdade, a todo custo, impedir o trânsito em julgado da condenação.

III – A interposição de sucessivos recursos com finalidade meramente protelatória, autoriza o imediato cumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, independentemente da publicação do acórdão. Precedentes.

IV – Embargos declaratórios recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento. Determinação de baixa imediata dos autos à origem, independentemente da publicação deste acórdão.

No mesmo sentido: AI 852.123 AgR-ED-ED, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 15/5/2013 e AI 458.072 ED-AgR-EDv-ED, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, DJe de 27/2/2013.

5. Diante do exposto, não conheço do agravo em recurso

extraordinário e determino a imediata restituição dos autos à origem para cumprimento do acórdão recorrido, independentemente da publicação desta decisão.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.622 (742)ORIGEM : AC - 10024101990604001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : HIDERALDO YANK MARTINS E SOUZAADV.(A/S) : MILENA MAGALHÃES MOURÃO (111908/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. PAGAMENTO IMPUTADO AO ESTADO. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO COBRANÇA. HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DE JUSTIÇA GRATUITA. ÔNUS DO ESTADO. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA. LEI N. 9.494/97. ALTERAÇÃO PROMOVIDA PELA LEI N. 11.960/09. APLICAÇÃO.

Não se pode exigir que o beneficiário da gratuidade judiciária arque com o pagamento dos honorários periciais e, tampouco, que o perito assuma o ônus financeiro da execução gratuita do seu trabalho. Assim, a obrigação deve ser incumbida ao Estado, a quem foi conferido o dever legal e constitucional de prestar assistência judiciária aos necessitados. As parcelas pretéritas deverão ser acrescidas, a partir da data da citação, de juros e correção monetária na forma do art.1º-F da Lei n. 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/09, vigente à época da propositura da ação. Recurso conhecido, mas não provido.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da CF).

A remuneração do perito, no caso de justiça gratuita, quando sub judice a controvérsia sobre a responsabilidade do Estado pelo pagamento, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal, decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido, ARE 746.649-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, com a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Gratuidade de justiça. Remuneração do perito. Responsabilidade do Estado. Controvérsia que depende do exame prévio da legislação infraconstitucional – Lei 1.060/1950. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Inviabilidade do recurso extraordinário. 3 Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.503 (743)ORIGEM : AC - 10024100180504001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : HIDERALDO YANK MARTINS E SOUZA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 157

ADV.(A/S) : MURILO CLÁUDIO COELHO (39432/MG) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. PAGAMENTO IMPUTADO AO ESTADO. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos, interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil de 1973, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“MONITÓRIA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. HONORÁRIOS DE PERITO, BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA SUCUMBENTE. ÔNUS DO ESTADO. 1- As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim como todo e qualquer direito ou ação contra Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou fato do qual se originaram, nos termos do art. 1° do Decreto n° 20.910/1932. 2- Deve o Estado de Minas Gerais assumir os ônus financeiros advindos da produção da prova pericial, quando a parte vencida for beneficiária de assistência judiciária gratuita.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXV e LXXIV, e 93, IX, da Constituição da República.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da CF).

A remuneração do perito, no caso de justiça gratuita, quando sub judice a controvérsia sobre a responsabilidade do Estado pelo seu pagamento, revela violação reflexa e oblíqua da Constituição da República, decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional (Lei nº 1.060/1950), o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido, ARE 746.649-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, com a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Gratuidade de justiça. Remuneração do perito. Responsabilidade do Estado. Controvérsia que depende do exame prévio da legislação infraconstitucional – Lei 1.060/1950. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Inviabilidade do recurso extraordinário. 3 Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.460 (744)ORIGEM : RESP - 1300784 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SÉRGIO MAZZILLOADV.(A/S) : HÉLIO CAVALCANTI BARROS (82524/RJ) E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊAADV.(A/S) : OSCAR FLEURY DA ROCHA (107563/RJ) E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO. VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO. OFENSA REFLEXA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos, interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil de 1973, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO que assentou, verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO JULGADOS IMPROCEDENTES. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE APELAÇÃO. PRELIMINAR DE INADMISSIBILIDADE. ART. 475-M, § 3º, DO CPC, SEGUNDO A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.232/05. REJEIÇÃO. PRECEDENTES DA CORTE ESPECIAL DO STJ. AgRg NO REsp 1109004/RS E AgRg NO REsp 1075468/MG. ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA SENTENÇA. DIREITO DE DEFESA ASSEGURADO AO APELANTE, FACULTANDO-LHE PRODUZIR AS PROVAS AUTORIZADAS EM LEI, NO DEVIDO PROCESSO LEGAL. IGUALDADE DE TRATAMENTO DISPENSADA ÀS PARTES. DEFICIÊNCIAS NO JULGAMENTO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO QUE PODEM SER CORRIGIDAS NO JULGAMENTO DO RECURSO. DECISÃO FUNDAMENTADA, EMBORA SUCINTA, PRESTIGIANDO O LAUDO PERICIAL. OBSERVÂNCIA DO ART. 165, IN FINE, DO CPC. TANTO MAIS QUE ENSEJOU AO APELANTE DESENVOLVER AS SUAS RAZÕES RECURSAIS SOBRE O MÉRITO DA QUESTÃO. REJEIÇÃO DAS PRELIMINARES. ALEGAÇÃO DES SUSPEIÇÃO DO PERITO RESOLVIDA NO JULGAMENTO DO AI Nº 30.377/08. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME PELA EG. CÂMARA. DEPÓSITO DOS HONORÁRIOS FEITOS PELO BANCO DO BRASIL NA IMPORTÂNCIDA DE R$ 2.873.692,12 (DOIS MILHÕES, OITOCENTOS E SETENTA E TRÊS MIL, SEISCENTOS E NOVENTA E DOIS REAIS E DOZE CENTAVOS), EM CONTA DO APELADO. TRANSFERÊNCIA DA IMPORTÂNCIA DE R$ 1.486.386,04 (UM MILHÃO, QUATROCENTOS E OITENTA E SEIS MIL, TREZENTOS E OITENTA E SEIS REAIS E QUATRO CENTAVOS) EM FAVOR DO APELANTE. APELANTE QUE TINHA DIREITO A 50% (CINQUENTA POR CENTO) DA PARTE LÍQUIDA DOS HONORÁRIOS. RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE, NO VALOR DE R$ 754.985,43 (SETECENTOS E CINQUENTA E QUATRO MIL, NOVECENTOS E OITENTA E CINCO REAIS E QUARENTA E TRÊS CENTAVOS). ACÓRDÃO QUE RECONHECEU O PAGAMENTO A MAIOR. PARTE LÍQUIDA DOS HONORÁRIOS REPRESENTANDO R$ 2.118.706,69 (DOIS MILHÕES, CENTO E DEZOITO MIL, SETECENTOS E SEIS REAIS E SESSENTA E NOVE CENTAVOS), QUE DIVIDIDA POR DOIS É IGUAL A R$ 1.059.353,34 (UM MILHÃO, CINQUENTA E NOVE MIL, TREZENTOS E CINQUENTA E TRÊS REAIS E TRINTA E QUATRO CENTAVOS). APELANTE QUE TERIA DIREITO, ENTÃO, ÀQUELE VALOR. DIFERENÇA EM FAVOR DO APELADO NO VALOR DE R$ 427.432,70 (QUATROCENTOS E VINTE E SETE MIL, QUATROCENTOS E TRINTA E DOIS REAIS E SETENTA CENTAVOS) RECONHECIDO NO LAUDO PERICIAL. DIFRERENÇAS DO RECOLHIMENTO DO IMPOSTO DE RENDA COMO PESSOA JURÍDICA E PESSOA FÍSICA QUE DEVERIAM SER OBJETO DE AJUSTE DAQUELES INTERESSADOS JUNTO À RECEITA, DE ACORDO COM A APELAÇÃO. DESNECESSIDADE DO EXAME DA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DO APELADO, UMA VEZ QUE O TRIBUTO FICOU RECOLHIDO PELO BANCO DO BRASIL S/A. DEPROVIMENTO DO RECURSO. DECISÃO UNÂNIME.”

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXVI (1), LIV (2) e LV (3), e 93, IX (4), da Constituição da República.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta, bem como porque encontra óbice na Súmula nº 284 do STF, e, ainda, porque o acórdão “não trata de qualquer questão de direito intertemporal”.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.Os princípios da ampla defesa, do contraditório (artigo 5º, LV – item

3), do devido processo legal (artigo 5º, LIV – item 2) e os limites da coisa julgada (artigo 5º, XXXVI), quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, Tema 660, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Demais disso, a matéria relativa a honorários advocatícios, quando sub judice a controvérsia, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis nº 5.860/1973 – Código de Processo Civil e nº 11.232/2005), o que se revela inviável em sede de recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição da República. Nesse sentido, confira-se o ARE 647.548-Segundo AgR, da relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 18/11/2013:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, XXXV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. ENERGIA ELÉTRICA. LEI 4.156/1962. PRAZO PRESCRICIONAL. JUROS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. FIXAÇÃO DOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA E DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUÍZO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 158

ORIGEM. AGRAVO IMPROVIDO. I – A orientação do Supremo Tribunal Federal, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. II – Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Lei Maior quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. III – A definição e a aplicação da legislação que disciplina o prazo prescricional e os juros, relativos à eventual direito à diferença de correção monetária sobre a devolução dos valores recolhidos a título de empréstimo compulsório sobre energia elétrica nos termos da Lei 4.156/1962, possui natureza infraconstitucional. Desse modo, eventual ofensa à Constituição se daria de forma meramente reflexa. Inviável, portanto, o recurso extraordinário. Precedentes. IV – A fixação do ônus da sucumbência, bem como o eventual cabimento e a apuração do valor exato das custas processuais e dos honorários advocatícios devem ser realizados no Juízo de origem ou da execução, sede apropriada para a referida discussão. Precedentes. V – Agravo regimental improvido.”

No que se refere à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição da República (item 1), a jurisprudência desta Corte se orienta no sentido de que o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, por implicarem análise de matéria infraconstitucional. Nesse sentido:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DA INAFASTABILIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, DA PROTEÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO, AO ATO JURÍDICO PERFEITO E À COISA JULGADA, BEM COMO AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INTERPRETAÇÃO DE CONTRATO. ÓBICE DA SÚMULA 454/STF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 3.10.2007. O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à análise de normas infraconstitucionais e cláusulas contratuais, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. A pretensão da recorrente de obter decisão em sentido diverso encontra óbice na Súmula 454/STF: ‘Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário’. Agravo regimental conhecido e não provido.” (AI 741.038-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 21/8/2013).

Por fim, relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição da República (item 4), o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.460 (745)ORIGEM : RESP - 1300784 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SÉRGIO MAZZILLOADV.(A/S) : HÉLIO CAVALCANTI BARROS (82524/RJ) E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊAADV.(A/S) : OSCAR FLEURY DA ROCHA (107563/RJ) E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO DE PRECEDENTE DESTA CORTE QUE RECONHECEU A INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DE DETERMINADA MATÉRIA. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO. NÃO CABIMENTO. AGRAVO NÃO CONHECIDO. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIAS COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO

DO STF NO ARE 748.371. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. CONHEÇO PARCIALMENTE DO AGRAVO, E, NA PARTE CONHECIDA, DESPROVEJO-O.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos, interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil de 1973, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA que assentou, verbis:

“PROCESSO CIVIL. AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282/STF. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. COTEJO ANALÍTICO E SIMILITUDE FÁTICA. AUSÊNCIA.

- A ausência de decisão acerca dos dispositivos legais indicados como violados impede o conhecimento do recurso especial. - O dissídio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo analítico entre acórdãos que versem sobre situações fáticas idênticas. - Agravo regimental não provido.”

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, LIV (1) e LV (2), e 93, IX (3), da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta, bem como porque o acórdão recorrido estaria em harmonia com a jurisprudência do STF. E, ainda, declarou-o prejudicado diante da ausência de repercussão geral decidida pelo Plenário Virtual do STF, Tema nº 181, na análise do RE 598.365, Rel. Min. Ayres Britto.

É o relatório. DECIDO.Merece parcial conhecimento o presente agravo. O recurso de agravo, previsto no artigo 544 do CPC de 1973, é

inadmissível contra decisão que aplica a sistemática da repercussão geral ao analisar a admissibilidade do recurso extraordinário. Nesse sentido, o AI 760.358-QO, Rel. Min. Gilmar Mendes, que porta a seguinte ementa:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Destaco, ainda, que a competência para a aplicação da sistemática da repercussão geral é dos Tribunais de origem.

Assim, não conheço do agravo quanto ao ponto específico do preenchimento dos pressupostos de admissibilidade de recursos de Cortes diversas.

Quanto aos princípios da ampla defesa e do contraditório (artigo 5º, LV – item 2) e do devido processo legal (artigo 5º, LIV – item 1), quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF, na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, Tema 660, conforme se pode destacar do seguinte trecho do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Por fim, relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição da República (item 3), o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, CONHEÇO PARCIALMENTE do agravo e, na parte conhecida, DESPROVEJO-O, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.290 (746)ORIGEM : AC - 20120110808230 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 159

RECTE.(S) : ANDERSON DAMASCENO DIASADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE (0000968/DF) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO

FEDERAL - DETRAN/DFPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PROMOÇÃO. CARREIRA DE POLICIAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO. PRETENSÃO DE EFEITOS JURÍDICOS E FINANCEIROS RETROATIVOS À DATA DE CUMPRIMENTO APENAS DO REQUISITO TEMPORAL. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. SÚMULA 280 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“ADMINISTRATIVO. DETRAN/DF. CARREIRA DE POLICIAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO. PROMOÇÃO. PRETENSÃO DE EFEITOS RETROATIVOS À DATA DE CUMPRIMENTO APENAS DO REQUISITO TEMPORAL. PRETENSÃO INDEFERIDA. SENTENÇA MANTIDA. 1. De acordo com a Lei distrital nº 2.990/2002, com as alterações dadas pela Lei distrital nº 3.733/2006, promoção na Carreira de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Quadro de Pessoal do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, consistente na movimentação do último padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe imediatamente superior (art. 6º, § 2º), está condicionada ao cumprimento de dois requisitos cumulativos, ou seja, o interstício de doze meses e o preenchimento dos critérios estabelecidos em norma específica, que, nos termos do artigo 4º e 5º do Decreto distrital nº 14.674/93, é a aprovação conforme a pontuação mínima em tabela de mérito a depender da classe em que se encontra o servidor, aferida anualmente em 1º de julho. Frisa-se, a propósito, que a Carreira de Policiamento e Fiscalização de Trânsito (constituída do Cargo de Agente de trânsito) decorreu no desmembramento da Carreira de Atividades de Trânsito (reorganizada nos Cargos de Auxiliar de Trânsito, Assistente de Trânsito, e Analista de Trânsito), conforme a Lei distrital nº 3.190/2003, sendo aplicável, portanto, o regramento do Decreto distrital nº 14.647/93, que regulamentou os institutos da progressão funcional e da promoção de servidores pertencentes a várias carreiras, entre as quais a Carreira de Atividades de Trânsito, esta criada pela Lei distrital nº 69/89. Assim, não há fundamento legal para a pretensão de efeitos jurídicos e financeiros retroativos à data do cumprimento apenas do requisito temporal. Precedente julgado: ACJ 2012.01.1.080816-8, Rel. Juíza Sandra Reves Vasques Tonussi, 3ª TRJE/DF. 2. Recurso conhecido e não provido. 3. Condena-se o recorrente vencido no pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes arbitrados em R$ 300,00 (trezentos reais).”

Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, II, e 37, V, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que se trataria, na espécie, de matéria infraconstitucional.

É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da CF).

A matéria relativa à promoção dos servidores da Carreira de Atividades de Trânsito, quando sub judice a controvérsia, implica a análise de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis Distritais 2.990/2002 e 3.750/2006 e Decreto Distrital 14.647/1993), o que encontra óbice na Súmula 280 do STF, de seguinte teor: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário".

A propósito, menciono as lições do ilustre professor Roberto Rosas sobre a Súmula 280 desta Corte:

“A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 138)

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, §

1º, do RISTF.Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.837 (747)ORIGEM : AIRR - 338006120075170006 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TVV - TERMINAL DE VILA VELHA S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL (513/DF) E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, em que a parte recorrente sustenta a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca da matéria de que trata a norma inserta no art. 175 da CF/88, tampouco a questão foi suscitada no momento oportuno, em sede dos embargos de declaração, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, o recurso extraordinário não pode ser conhecido, o que atrai o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF.

4. No que diz respeito à suposta ofensa ao artigo 5º, II, da CF/88, há a vedação da Súmula 636/STF: "Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida".

Efetivamente, a reversão do acórdão demandaria a análise de questão infraconstitucional (Lei 8.630/1993), sendo meramente reflexas as violações constitucionais apontadas.

5. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 775.210 (748)ORIGEM : ADI - 10000110207099000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : PREFEITO MUNICIPAL DE NEPOMUCENOADV.(A/S) : LUÍS ALBERTO CÔRTES (86474/MG) E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE NEPOMUCENOADV.(A/S) : EMERSON JADER FREITAS E ANDRADE (35855/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. LEI ORGÂNICA MUNICIPAL. CONTROLE EXTERNO DO PODER EXECUTIVO PELO PODER LEGISLATIVO. FIXAÇÃO DE PRAZO PARA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 160: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 160

de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORGÂNICA MUNICIPAL. PREVISÃO DE ENVIO DE CONVÊNIOS CELEBRADOS PARA APROVAÇÃO DA CÃMARA MUNICIPAL - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS PODERES. REMESSA MENSAL DE BALANCETES À CÂMARA MUNICIPAL SOB PENA DE CONFIGURAÇÃO DO CRIME DE RESPONSABILIDADE - COMPETÊNCIA UNIÃO. DISPOSITIVOS SOBRE A SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇOES AO PODER EXECUTIVO E FIXAÇÃO DE PRAZO PARA A SUA PRESTAÇÃO À CÂMARA MUNICIPAL. FORMA DE CONTROLE EXTERNO QUE EXTRAPOLA OS LIMITES CONSTITUCIONALMENTE FIXADOS. Dispositivo que submete à Câmara Municipal a autorização ou aprovação de convênios firmados pelo Poder Executivo contraria a separação de poderes, inscrita no art. 2º da Constituição Federal, bem como art. 173, § 1°, da Constituição Estadual. Viola o Princípio da Independência dos Poderes, bem como afronta os dispositivos da Constituição do Estado de Minas Gerais, lei orgânica que estipula prazo para o Poder Executivo prestar informações e apresentar documentos à Câmara Municipal. É inconstitucional o dispositivo da Lei Orgânica que define infração político- administrativa.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 2º, 29, XI, 37, caput, 49, X, 70, 71, IV e 81, § 7º, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice na Súmula 284/STF.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.Eis o teor dos dispositivos da Lei Orgânica do Município de

Nepomuceno/MG ora impugnados no recurso em questão:“Art. 81 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos

Poderes do Município de Nepomuceno, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

§ 7º - O Executivo encaminhará ao Legislativo, em até 15 (quinze) dias após a assinatura dos contratos, cópias dos processos licitatórios de que trata o inciso XXIV. (Redação dada pela emenda revisional 01/2007).”

Ao apreciar caso análogo ao presente, no qual lei orgânica municipal estabeleceu prazo para o Poder Executivo prestar determinadas informações, esta Suprema Corte considerou inconstitucional tal imposição, por extrapolar os limites constitucionais:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE IMBÉ DE MINAS. CONTROLE EXTERNO DO PODER EXECUTIVO. PRAZO PARA PREFEITO PRESTAR INFORMAÇÕES À CÂMARA MUNICIPAL. OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. ACÓRDÃO RECORRIDO HARMÔNICO COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (ARE 853.062, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 5/3/2015).

No mesmo sentido: ARE 821.559, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 21/10/2015 e RE 840.386, Min. Luiz Fux, DJe de 20/11/2014.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.900 (749)ORIGEM : AC - 8188521200580600011 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JOSÉ NARCELLYO DO NASCIMENTO SANTANAADV.(A/S) : VALDÍVIA PINHEIRO FURTADO (8758/CE) E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ. REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“CONSTITUCIONAL/ADMINISTRATIVO. LEI ESTADUAL Nº 13.035/00. REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA MILITAR. EXTINÇÃO DE CARGOS. EFEITOS FUTUROS. INEXISTÊNCIA DE OFENSA A ENTÃO VIGENTE LEI Nº 10.072/76 E DECRETO Nº 15.275/82. 1. Tratam os autos de pretensão de promoção de policial militar, em razão da edição da Lei Estadual nº 13.035/00, que reformou a carreira militar. 2. A extinção do cargo de 3º sargento, determinada pelo referido diploma legal, teve seus efeitos limitados

para o futuro. Ou seja, os ocupantes da graduação permaneceram na mesma posição hierárquica, inclusive com as mesmas vantagens e prerrogativas a ela inerentes, havendo a supressão do cargo somente após a sua vacância. 3. A promoção do policial militar, em ressarcimento de preterição, necessita de prova da existência de vaga e a realização de cursos de formação para cabos e sargentos. - Reexame necessário e Apelação conhecidos, dando-se provimento a esta última. - Sentença reformada. - Unânime.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, II, XXXV e LV, 37, 39, § 2º, e 84 da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice na Súmula nº 282 e nº 356 do STF.

É o relatório. DECIDO. Verifica-se que os artigos 5º, II, XXXV e LV, 37, 39, § 2º, e 84 da

Constituição da República, que o agravante considera violados, não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, os embargos de declaração opostos não sanaram tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da matéria constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176).

Nesse sentido, AI 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO do agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 787.663 (750)ORIGEM : AC - 10027050766875006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BETIMADV.(A/S) : SÍLVIA CRISTINA LAGE GOMES (76658/MG) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 161

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA - TAC. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO. INTERESSE DE AGIR. NECESSIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA 279/STF. OFENSA INDIRETA. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. BETIM. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. INOCORRÊNCIA. RECURSO PROVIDO.

Cediço é que o termo de ajustamento de conduta (TAC) é dotado de força executiva, nos termos do art. 5º, §6º, da Lei 7.374/85. Todavia, em se constatando que o termo de ajustamento de conduta pactuado entre as partes possui objeto diverso daquele constante da ação civil pública, incabível falar-se na ausência de interesse de agir.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, LXXVIII, 37, I, II e IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por ausência de prequestionamento, além do óbice na Súmula nº 279 do STF.

É o relatório. DECIDO.O recurso não merece prosperar.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (artigo 102, § 3º, da CF).

Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que o Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, quando sub judice a controvérsia sobre o cumprimento das condições acordadas, bem como sobre o interesse de agir do Ministério Público, demanda a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, bem como o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, em casos análogos, ARE 951.522, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 17/3/2016, ARE 811.293, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 23/4/2015, ARE 850.967, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 28/11/2014, com a seguinte ementa:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. TERMO DE AJUSTAMENTO E AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DISCUSSÃO SOBRE O INTERESSE DE AGIR DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.”

No mesmo sentido, AI 627.242-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 12/12/2008, com a seguinte ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. DESCUMPRIMENTO. IMPOSIÇÃO DE MULTA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do referido verbete sumular, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula nº 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão

federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 795.199 (751)ORIGEM : APCRIM - 107020097120012 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MANOEL VERÇOSA DE OLIVEIRARECTE.(S) : IVAN PAULO DA SILVA OLIVEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Vistos.Manoel Verçosa de Oliveira e Ivan Paulo da Silva Oliveira interpõem

agravo visando impugnar decisão que não admitiu recurso extraordinário, assentado em contrariedade ao art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal.

Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal Militar, assim ementado:

“APELAÇÃO. PECULATO-FURTO. ESCLASSIFICAÇÃO. FURTO QUALIFICADO, SUBTRAÇÃO DE BEM PÚBLICO. COAUTORIA. SARGENTO E SOLDADO DO EXÉRCITO BRASILEIRO. COMUNHÃO DE DESÍGNIOS. POSSE OU DETENÇÃO EM RAZÃO DO CARGO MILITAR. NÃO CARACTERIZAÇÃO. REENQUADRAMENTO. TIPOLÓGICO. REBAIXAMENTO DA PENA IMPOSTA NO JUÍZO A QUO. CONCESSÃO DE SURSIS. APELO DEFENSIVO PROVIDO PARCIALMENTE.

Infringem a norma penal incriminadora que descreve o delito de furto qualificado (art. 240, § 5º, do CPM) as praças do Exército Brasileiro que subtraem combustível de viatura militar e o vendem a um terceiro, civil, com o dolo de enriquecimento indevido às custas da espoliação do patrimônio público.

A partir do exame de que as atribuições que cabiam aos agentes no aquartelamento não os qualificavam como militares que pudessem livremente dispor da coisa pública, em razão do cargo, a imputação pelo crime de peculato-furto se desnatura, em face da ausência do elemento normativo presente no art. 303, § 2º, do CPM.

Ao cambiar de uma figura típica com sanção penal mais severa para outra de reprimenda mais leve, o consequente abrandamento da resposta penal vem ao socorro dos réus para lhes beneficiar com o direito à suspensão condicional da pena (sursis)

Apelos defensivos parcialmente providos.Decisão majoritária” (fl. 370).Examinados os autos, decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado após

3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso (AI nº 664.567/RS-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07). Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do art. 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

No caso, o inconformismo não merece prosperar.Sucede que, sobre eventual transgressão aos preceitos

constitucionais citados, forçoso concluir que a Corte Castrense ao decidir a questão se ateve ao exame da legislação infraconstitucional. Portanto, a violação à Constituição, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja recurso extraordinário.

Ressalte-se que a jurisprudência desta Suprema Corte é assente no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, não configura ofensa direta e frontal à Constituição da República.

Nesse sentido, confira-se: AI nº 603.952/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 27/6/08; AI nº 651.927/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 30/5/08; AI nº 649.191/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 162

1º/6/07; AI nº 622.527/AP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 18/5/07; AI nº 562.809/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 18/5/07; e AI nº 563.028/GO-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 11/5/07, entre outros.

De outra parte, anoto que que o Plenário do Supremo Tribunal, em 3/3/16, ao julgar o HC nº 127.900/AM, de minha relatoria , fixou orientação no sentido de que a realização do interrogatório ao final da instrução criminal, prevista no art. 400 do Código de Processo Penal, na redação dada pela Lei nº 11.719/08, também se aplica às ações penais em trâmite na Justiça Militar.

Ainda por ocasião daquele julgamento, a Corte deliberou em atenção ao princípio da segurança jurídica (CF, art. 5º, XXXVI), que essa orientação somente se aplica, a partir da publicação da ata de julgamento do HC nº 127.900/AM, aos processos penais militares, aos processos penais eleitorais e a todos os procedimentos penais regidos por legislação especial, incidindo, somente, naquelas ações penais cuja instrução não se tenha encerrado.

Todavia, esse não é o caso, pois, consoante se verifica dos autos, houve sentença condenatória proferida em desfavor dos agravantes em 24/1/13.

Logo, não há de se cogitar, ainda que de ofício, de determinação para que eles sejam submetidos a novo interrogatório.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 17 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 795.875 (752)ORIGEM : AC - 200661000121487 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : WILTON INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ PAULO DE CASTRO EMSENHUBER (72400/SP)

E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, em que a parte recorrente sustenta a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, em relação ao princípio da legalidade, art. 5º, II, da CF/88, incide o óbice da Súmula 636/STF: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

4. Quanto à alegação de afronta ao art. 5º, LIV e LV, da Carta Magna, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais (ARE 748.371-RG/MT, Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660).

5. Adite-se que a reversão do acórdão demandaria a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que é estranho ao âmbito de cognição do recurso extraordinário, conforme a Súmula 279/STF.

6. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 796.325 (753)ORIGEM : AC - 200451040002072 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INCOFLANDRES INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

FLANDRES LTDAADV.(A/S) : EDUARDO KUMMEL (030717/RS) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. REFIS. ADESÃO AO PARCELAMENTO. CONFISSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. CERTIDÃO DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. HIPÓTESE DA ALÍNEA C DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. INADMISSIBILIDADE. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo nas alíneas a e c do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

"TRIBUTÁRIO. REFIS. ADESÃO AO PARCELAMENTO. SUJEIÇÃO AOS BÔNUS E ÔNUS DO FAVOR FISCAL. CONFISSÃO IRREVOGÁVEL DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 1. A renúncia é o ato dispositivo unilateral mediante o qual o demandante abdica de sua pretensão de direito material, com que se obtém a autocomposição do conflito. 2. A adesão ao Parcelamento ora impugnado importa em confissão de dívida irrevogável e irretratável da totalidade dos débitos existentes em nome da pessoa jurídica, ficando sujeito à aceitação plena e irretratável de todas as condições naquela estabelecidas. 3. O parcelamento não se inclui de forma alguma entre os direitos públicos subjetivos do contribuinte, ou seja, limita-se a uma faculdade submetida ao crivo da legislação tributária. 4. Houve reconhecimento da legitimidade do crédito tributário cobrado pela Fazenda, de maneira que o contribuinte renuncia ao direito em que se funda o mérito da quaestio. 5. Recurso de apelação a que se nega provimento." (fl. 10 do doc. 9).

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões de apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXV (1), e 150, I (2), da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que os dispositivos constitucionais não foram prequestionados e que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da Constituição Federal).

Verifica-se que o artigo 150, I (item 2), da Constituição Federal, que a agravante considera violado, não foi debatido no acórdão recorrido. Além disso, os embargos de declaração opostos não sanaram tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 163

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176).

Nesse sentido, AI 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Quanto à alegação de ofensa ao artigo 5°, XXXV (item 1), da Constituição da República, melhor sorte não assiste à agravante, tendo em vista que da análise dos autos é possível observar que a parte se valeu dos meios recursais cabíveis e teve a jurisdição devidamente prestada por decisões fundamentadas, embora contrárias aos seus interesses. Assim, não resta caracterizada a negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4/6/2013, o qual possui a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Alegação de ausência de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedente: AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. 5. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 6. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Por fim, relativamente à admissibilidade do recurso com fundamento na alínea c do permissivo constitucional, constata-se que o Tribunal a quo não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal, sendo, portanto, incabível o recurso nesse ponto.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 804.670 (754)ORIGEM : AI - 201202010105552 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA

NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CYNTHIA GOMES FERREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL AJUIZADA EM LOCAL DIVERSO DO FORO DO DOMICÍLIO DO RÉU. LEGITIMIDADE DO CONHECIMENTO DE OFÍCIO DA INCOMPETÊNCIA PARA SEU PROCESSAMENTO. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 780. ARE 840.432. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 780, ARE 840.432, Rel. Min. Teori Zavascki).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 804.730 (755)ORIGEM : ADI - 100001003884098000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : LUIS CARLOS MARQUESADV.(A/S) : SEBASTIANA DO CARMO BRAZ DE SOUZA

(78985/MG) E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE MATIAS BARBOSAADV.(A/S) : ANDRÉIA MARTINS RIBEIRO (104359/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. LEI ORGÂNICA MUNICIPAL. CONTROLE EXTERNO DO PODER EXECUTIVO PELO LEGISLATIVO. FIXAÇÃO DE PRAZO PARA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL - PREVISÃO DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES POR PARTE DO PREFEITO PARA A CÂMARA COM FIXAÇÃO DE PRAZO - INCONSTITUCIONALIDADE - OCORRÊNCIA - VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SIMETRIA COM O CENTRO - PEDIDO JULGADO PROCEDENTE. É inconstitucional norma de lei orgânica municipal que prevê a obrigação do Prefeito Municipal de prestar informações, quando solicitadas pela Câmara de Vereadores, fixando prazo para tanto, por se tratar de previsão legal que viola o princípio da simetria com o centro.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 29, XI, 37, caput, 49, X, 70 e 71 da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice na Súmula 284 do STF.

É o relatório. DECIDO. Não merece provimento o agravo.Eis o teor dos dispositivos impugnados na ação direta de

inconstitucionalidade em questão:“Lei Orgânica do Município de Matias Barbosa[…]Art. 18. É de competência privativa da Câmara Municipal:[ ... ]X - Solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes àadministração, ressalvados os casos previstos nesta lei;[ ... ]Art. 30. É assegurado ao Vereador livre acesso, verificação e

consulta a todos os documentos oficiais, em qualquer órgão do Legislativo, da administração direta, indireta, de fundação ou empresas públicas ou de econômica (sic) mista com a participação acionária majoritária do municipalidade.

[ ... ]Art. 62. Compete privativamente ao Prefeito:[ ... ]XII - prestar, dentre (sic) de 15 (quinze) dias, as informações

solicitadas pela Câmara, Conselhos Populares referentes aos negócios públicos, do Município, podendo prorrogar o prazo, justificadamente por igual período.

Regimento Interno da Câmara Municipalidade[ ... ]Art. 12. À Mesa compete, dentre outras atribuições previstas em lei,

neste Regimento Interno ou por resolução da Câmara, ou delas implicitamente resultantes:

[ ... ]VI - solicitar, diretamente, mediante requerimento da comissão

competente, informações ou documentos ao Prefeito sobre fato relacionado com matéria legislativa em trâmite ou sujeita à fiscalização da Câmara;

[ ... ]Art. 83. Compete privativamente à Câmara, dentre outras atribuições:[ ... ]XVII - requerer informações e/ou documentos ao Prefeito, sobre fato

relacionado com matéria legislativa em trâmite ou sujeita à fiscalização da Câmara;

[ ... ]Art. 166. Serão escritos sujeitos à discussão e encaminhamento de

votação, e dependerão da deliberação do Plenário, dentre outros, os requerimentos que solicitarem:

I - informações e/ou documentos ao Prefeito sobre fato relacionado com matéria legislativa em trâmite ou sujeita à fiscalização da Câmara, salvo pedido das Comissões Permanentes ou Temporária.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 164

[...]Art. 218. Compete à Câmara requerer ao Prefeito, através de

qualquer comissão ou Vereador, na forma regimental, informações e/ou documentos sobre fato relacionado com matéria legislativa em trâmite ou sujeita à sua fiscalização.

§1°. O requerimento de informações e/ou documentos, antes de despachado, será informado pelo serviço próprio da Casa, acerca da existência ou não de solicitação semelhante ou de resposta já remetida sobre o assunto.

§2°. Se houver resposta a pedido anterior, dela será entregue cópia à parte interessada, arquivando-se a proposição se o autor entendê-la completa e suficiente.

§3°. Incluído em Ordem do Dia e aprovado, o requerimento será oficializado ao Prefeito no prazo de cinco dias.

§4°. O Prefeito disporá de quinze dias, prorrogável por igual período, mediante requerimento circunstanciado, para cumprir o disposto no caput deste artigo, ressalvado o que dispõe o art. 214.

§5°. Atendido o requerimento, será reiterado, pelo mesmo processo regimental, se esclarecer o autor da proposição pontos da resposta que não satisfaçam o pedido.

§6°. Não atendida a solicitação no prazo previsto, dar-se-á ciência do fato ao autor.”

Ao apreciar caso análogo ao presente, no qual lei orgânica municipal estabeleceu prazo para o Chefe do Poder Executivo prestar determinadas informações, esta Suprema Corte considerou inconstitucional tal imposição, por extrapolar os limites constitucionais:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE IMBÉ DE MINAS. CONTROLE EXTERNO DO PODER EXECUTIVO. PRAZO PARA PREFEITO PRESTAR INFORMAÇÕES À CÂMARA MUNICIPAL. OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. ACÓRDÃO RECORRIDO HARMÔNICO COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (ARE 853.062, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 5/3/2015).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 806.608 (756)ORIGEM : 20080573772 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECDO.(A/S) : ANTÔNIO BIZATTOADV.(A/S) : VALÉRIO ERNESTINO SENS (9070/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE. NOMEAÇÃO DE CÔNJUGE PARA O CARGO DE SECRETÁRIO MUNICIPAL. POSSIBILIDADE. POSICIONAMENTO DO STF. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos, interposto com fundamento no artigo 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AÇÃO CÍVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE. NOMEAÇÃO DE CÔNJUGE PARA O CARGO DE SECRETÁRIO MUNICIPAL. POSSIBILIDADE. POSICIONAMENTO DO STF.

Muito embora ‘a nomeação de parentes para ocupar cargos políticos reside, igualmente, na obediência ao princípio da moralidade por parte do administrador público, cujo respeito configura pressuposto de validade dos seus atos. (TJRS, AI n. 70028090496, rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira), o Supremo Tribunal Federal editor da Súmula Vinculante 13, vem entendendo que não configura nepotismo a nomeação de parente para cargo de natureza política.” (AC n. 2008.081826-7, de Ituporanga, rel. Des. Vanderlei Romer).”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º caput, e 37 caput, da Constituição Federal.

Em decisão publicada em 04/9/2015, desprovi o agravo em relação à suposta afronta ao princípio da isonomia. No mais, devolvi o feito à origem, pois a questão da reserva legal já havia sido objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 66, RE 579.951, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Tornam os autos à Corte, na forma do art. 543-B, § 4º, do CPC/1973.É o relatório. DECIDO. O Supremo Tribunal Federal assentou o entendimento de que a mera

relação de parentesco não é suficiente a ensejar, de pronto, a nulidade da nomeação de ocupante de cargo de natureza estritamente política. Nessa hipótese, a configuração ou não do nepotismo deve ser analisada caso a caso, a fim de se verificar a eventual ocorrência de “nepotismo cruzado” ou outra modalidade de fraude à lei e descumprimento dos princípios constitucionais.

Nesse contexto, quanto aos cargos políticos, deve-se analisar, ainda, se o agente nomeado possui a qualificação técnica necessária ao desempenho da função e se não há nada que desabone sua conduta. Nesse sentido já se manifestou o Min. Roberto Barroso, ao apreciar a medida liminar na Rcl nº 17.627/RJ: “Estou convencido de que, em linha de princípio, a restrição sumular não se aplica à nomeação para cargos políticos. Ressalvaria apenas as situações de inequívoca falta de razoabilidade, por ausência manifesta de qualificação técnica ou de inidoneidade moral”.

Na mesma linha foi a decisão proferida pelo Min. Celso de Mello, nos autos da Rcl nº 11.605/SP, ocasião em que acolheu os fundamentos do parecer do Parquet federal como razões para decidir pela improcedência da ação, entendendo pela prática de nepotismo em situação em que prefeito nomeou cônjuge e genro para cargos de Secretários Municipais, sem que os nomeados comprovassem aptidão técnica para o exercício das respectivas funções. Convém transcrever o seguinte excerto da manifestação do Chefe do Parquet federal naquele feito:

“Em decorrência de situações práticas como a presente, que podem gerar dúvidas e interpretações divergentes na aplicação do determinado na Súmula Vinculante n.º 13, e atento para a necessidade de definir contornos mais precisos à norma vinculante sobre o nepotismo, o Supremo Tribunal Federal tratou expressamente da compatibilidade entre a qualificação do servidor e o cargo para o qual é nomeado na Proposta de Súmula Vinculante n.º 56, cuja redação sugerida é a seguinte:

‘Nenhuma autoridade pode nomear para cargo em comissão, designar para função de confiança, nem contratar cônjuge, companheiro ou parente seu, até terceiro grau, inclusive, nem servidores podem ser nomeados, designados ou contratados para cargos ou funções que guardem relação funcional de subordinação direta entre si, ou que sejam incompatíveis com a qualificação profissional do pretendente.’

Desse entendimento não divergiu o acórdão recorrido.Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, §

1º, do RISTF. Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 821.033 (757)ORIGEM : AMS - 10024121013775001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALBA DE PAULA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO (58317/MG) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. INCLUSÃO DE VANTAGENS PESSOAIS NO TETO REMUNERATÓRIO ESTADUAL APÓS A EC 41/2003. TEMA 257. RE 606.358. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema 257, RE 606.358, Rel. Min. Rosa Weber).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 842.182 (758)ORIGEM : 20080020126950 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CARLOS ROBERTO NASCIMENTO BOMFIM E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR (28563/DF,

153987/RJ, 140493/SP, 0140493/SP) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARIA JOSÉ DE MOURA (18947/DF) E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 165

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, manejaram agravo Carlos Roberto Nascimento Bomfim e outro(a/s). Na minuta, sustentam que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Alegam competente a Justiça comum para o julgamento de ação com vistas a obter complementação de aposentadoria. Requerem o provimento do extraordinário.

A Corte de origem declinou da competência para a Justiça do Trabalho ao fundamento de que a pretensão dos recorrentes decorre de relação trabalhista havida com o Banco do Brasil, e não com complementação sob sistema de previdência privada.

Decisão publicada em 23.9.2015.É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos veiculados no extraordinário,

concluo assistir razão ao recorrente.A Corte de origem decidiu a controvérsia afirmando a competência da

Justiça do Trabalho para apreciar e julgar ação visando a complementação de aposentadoria dos empregados do Banco do Brasil.

Sobrestado o recurso ante o reconhecimento de existência de repercussão geral da matéria pelo Supremo Tribunal Federal no RE 586.453/SE, o Tribunal de origem, nos termos do art. 543-B, § 3º, do CPC, determinou o retorno dos autos ao órgão julgador, o qual manteve o acórdão recorrido, considerando a Justiça Trabalhista como competente para apreciação da matéria, verbis:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C AÇÃO DE COBRANÇA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. CAUSA DE PEDIR DECORRENTE DE RELAÇÃO TRABALHISTA SUBJACENTE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

Considerando que a pretensão dos agravantes está embasada em complementação de aposentadoria, que era parte integrante do contrato de trabalho entabulado pelas partes, a competência para processar e julgar a ação originária é da Justiça do Trabalho.

O art. 114, inciso IX, da Constituição da República, com a redação conferida pela EC n. 45, trouxe alterações relacionadas à competência da Justiça do Trabalho, dentre elas a possibilidade de se discutir questões envolvendo a complementação de aposentadoria, decorrente de contrato de trabalho, já que se trata de uma controvérsia oriunda da relação trabalhista.

Na hipótese vertente, não se trata de complementação de aposentadoria jungida a fundo de pensão, mas, sim, decorrente da relação trabalhista, o que impõe a remessa dos autos à Justiça do Trabalho.

Agravo de Instrumento conhecido e não provido.”O entendimento adotado no acórdão recorrido diverge da

jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. Ao exame do RE 586.453/SE, Red. p/ ac. Min. Dias Toffoli, julgado segundo a sistemática da repercussão geral, o Tribunal Pleno desta Suprema Corte firmou tese jurídica no sentido da competência da Justiça comum para o julgamento de demandas que envolvam pedidos de complementação de aposentadoria, tal como a presente. Veja-se:

“Recurso extraordinário – Direito Previdenciário e Processual Civil – Repercussão geral reconhecida – Competência para o processamento de ação ajuizada contra entidade de previdência privada e com o fito de obter complementação de aposentadoria – Afirmação da autonomia do Direito Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho – Litígio de natureza eminentemente constitucional, cuja solução deve buscar trazer maior efetividade e racionalidade ao sistema – Recurso provido para afirmar a competência da Justiça comum para o processamento da demanda - Modulação dos efeitos do julgamento, para manter, na Justiça Federal do Trabalho, até final execução, todos os processos dessa espécie em que já tenha sido proferida sentença de mérito, até o dia da conclusão do julgamento do recurso (20/2/13). 1. A competência para o processamento de ações ajuizadas contra entidades privadas de previdência complementar é da Justiça comum, dada a autonomia do Direito Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho. Inteligência do art. 202, § 2º, da Constituição Federal a excepcionar, na análise desse tipo de matéria, a norma do art. 114, inciso IX, da Magna Carta. 2. Quando, como ocorre no presente caso, o intérprete está diante de controvérsia em que há fundamentos constitucionais para se adotar mais de uma solução possível, deve ele optar por aquela que efetivamente trará maior efetividade e racionalidade ao sistema. 3. Recurso extraordinário de que se conhece e ao qual se dá provimento para firmar a competência da Justiça comum para o processamento de demandas ajuizadas contra entidades privadas de previdência buscando-se o complemento de aposentadoria. 4. Modulação dos efeitos da decisão para reconhecer a competência da Justiça Federal do Trabalho para processar e julgar, até o trânsito em julgado e a correspondente execução, todas as causas da espécie em que houver sido proferida sentença de mérito até a data da conclusão, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, do julgamento do presente recurso (20/2/2013). 5. Reconhecimento, ainda, da inexistência de repercussão geral quanto ao alcance da prescrição de ação tendente a questionar as parcelas referentes à aludida complementação, bem como

quanto à extensão de vantagem a aposentados que tenham obtido a complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada sem que tenha havido o respectivo custeio.” (RE 586453, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 20/02/2013, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-106 DIVULG 05-06-2013 PUBLIC 06-06-2013 EMENT VOL-02693-01 PP-00001)

O fato de a ação ter sido proposta em face do banco recorrido não afasta o entendimento exarado no acordão mencionado. Nesse sentido, colho precedentes de ambas as Turmas desta Suprema Corte:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. COMPETÊNCIA. 1. O Plenário desta Corte, em julgamento de recursos extraordinários sob a sistemática de repercussão geral, fixou o entendimento de que as questões relativas à complementação de aposentadoria de previdência privada devem ser dirimidas na justiça comum. Precedentes. RE 586.453-RG e RE 583.050. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 808322 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, julgado em 18/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-178 DIVULG 09-09-2015 PUBLIC 10-09-2015)

"COMPETÊNCIA – COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA – PREVIDÊNCIA PRIVADA. Cabe à Justiça Comum o julgamento de controvérsias referentes ao pagamento de complementação de aposentadoria devida por entidade de previdência privada – Recurso Extraordinário nº 586.453/SE, redator do acórdão ministro Dias Toffoli, submetido à sistemática da repercussão geral. Entendimento pessoal vencido.” (RE 858019 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 26/05/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-111 DIVULG 10-06-2015 PUBLIC 11-06-2015)

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. MATÉRIA DECIDIDA PELO TRIBUNAL PLENO NO RE 586.453, REL. P/ ACÓRDÃO MIN. DIAS TOFFOLI, DJE DE 06/06/2013, JULGADO SOB O REGIME DO ART. 543-B DO CPC. 1. O Tribunal Pleno, no julgamento do RE 586.453, rel. p/ acórdão Min. Dias Toffoli, Dje de 06/06/2013, submetido à sistemática do art. 543-B do CPC, decidiu ser competente a Justiça Comum para processar e julgar demandas ajuizadas contra entidades de previdência privada com a finalidade de obtenção de complementação de aposentadoria. 2. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes.” (RE 589350 AgR-ED, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Primeira Turma, julgado em 11/02/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-040 DIVULG 25-02-2014 PUBLIC 26-02-2014)

Ante o exposto, forte no art. 544, § 4º, II, “c”, do Código de Processo Civil/1973 e no art. 21, § 1º, do RISTF, conheço do agravo e dou provimento ao recurso extraordinário para reconhecer a competência da Justiça comum.

Publique-se.Brasília, 28 de março de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 854.855 (759)ORIGEM : HC - 966042013 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSORECDO.(A/S) : FLÁVIO VERDUM DE ALMEIDA JÚNIORADV.(A/S) : PEDRO PEREIRA CAMPOS FILHO (12071/MT)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.

Na peça recursal, sustenta-se a existência de repercussão geral da matéria e aponta-se ofensa, pelo juízo recorrido, aos artigos 5º, XXXVII e LIII, 96, I, e 125, §1º, da CF/88.

2. O recurso extraordinário não merece ser provido. Isso porque o acórdão recorrido concedeu a ordem de habeas copus com base em dois argumentos autônomos e suficientes: (a) carência de fundamentação idônea para a decretação da segregação cautelar; e (b) incompetência do juízo.

No recurso extraordinário, por sua vez, a parte recorrente limita-se a sustentar a competência da Vara Especializada contra o Crime Organizado, os Crimes contra a Ordem Tributária e Econômica e os Crimes contra a Administração Pública da Comarca de Cuiabá, fixada pelo Provimento 4/2008 do Conselho da Magistratura do TJMT. O apelo nada aduz, todavia, acerca da fundamentação do decreto prisional, fundamento suficiente para manter incólume o acórdão recorrido. Incide, assim, o óbice da Súmula 283/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”.

3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 166

Relator Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 859.351 (760)ORIGEM : AC - 20130074160 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTE

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, cuja ementa transcrevo a seguir:

“PROCESSUAL CIVIL. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA FIRMADO PELO ESTADO. ASSUNÇÃO DE COMPROMISSO DE VIABILIZAR A ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA FÍSICA EM ESCOLA ESTADUAL. PRELIMINAR DE CARÊNCIA DA AÇÃO SUSCITADA PELO APELANTE. ALEGADA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. TRANSFERÊNCIA PARA O MÉRITO. MÉRITO. TAC FIRMADO POR SECRETÁRIO DE ESTADO QUE SE CONFIGURA COMO AUTORIDADE COMPETENTE PARA SUBSCREVER O REFERIDO COMPROMISSO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DA FONTE DE CUSTEIO. DESCABIMENTO. LEI ESTADUAL N.º 8.475/2004 QUE PREVIU A REALIZAÇÃO DE TAIS DESPESAS POR CONTA DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO. RECURSO TAXATIVAMENTE DEFINIDO NO ORÇAMENTO ESTATAL PARA O ANO DE 2007. DESNECESSIDADE DO TAC INDICAR A FONTE DE CUSTEIO SE A LEI ADEQUADA JÁ HAVIA DEFINIDO A DESPESA E APONTADO A RECEITA DE FORMA EXPRESSA, TAXATIVA, ESPECÍFICA E PRÉVIA. PLENA VALIDADE E EXECUTIVIDADE DO TAC PACTUADO ENTRE AS PARTES. IMPROPRIEDADE EM FALAR-SE EM INGERÊNCIA INDEVIDA DO PODER JUDICIÁRIO. NECESSIDADE DE GARANTIR A EFETIVAÇÃO DA LEI E DO TÍTULO EXECUTIVO. MULTA. ESTABELECIMENTO DA SANÇÃO A FIM DE GARANTIR O CUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL. DESCUMPRIMENTO EVIDENCIADO. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE DA MULTA. CONHECIMENTO E IMPROVIMENTO DA REMESSA NECESSÁRIA E DO RECURSO. PRECEDENTES” (eDOC 1, pp. 207-208).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 2º, 100 e 165 do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se a impossibilidade de interferência do Judiciário na competência exclusiva dos outros Poderes, por meio do controle de políticas públicas e da lei orçamentária estadual. Sustenta-se, ainda, a impossibilidade do bloqueio de valores referentes à multa em caso de descumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta.

A Vice-Presidência do TJRN inadmitiu o recurso com base na Súmula 280 do STF.

Decido.A irresignação não merece prosperar.Inicialmente, convém reproduzir o assentado pelo Tribunal de origem:“De início, cumpre analisar se a autoridade que subscreveu o TAC

teria competência para tanto. Não merece prosperar a alegação do Estado do Rio Grande do Norte de que o Termo em análise foi firmado por autoridade sem atribuição legal, somente atribuída ao Chefe do Executivo ou ao Procurador-Geral, pois, como bem determinou o Juízo a quo em sua sentença, o Secretário de Estado possui as prerrogativas necessárias para reforma de escolas, que deveriam ser efetivadas independentemente de meios coercitivos […] Pois bem. A Lei Estadual nº 8.475/2004, ao assegurar aos portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida no âmbito do estado do Rio Grande do Norte, o direito à acessibilidade mediante a supressão de barreiras e obstáculos nas vias, espaços públicos e imóveis pertencentes ou utilizados pelo Estado, que entrou em vigor em janeiro de 2004, concedeu ao Poder Executivo o prazo de 3 (três) anos para a efetivação das referidas adaptações, cujas despesas seriam realizadas, nos termos do seu art. 2º, por conta das dotações próprias do Orçamento Geral do Estado […] No mesmo dia, foi firmado o Termo de Ajustamento de Conduta entre as partes litigantes, no qual a Secretaria de Educação, da Cultura e dos Desportos do Estado do Rio Grande do Norte comprometeu-se a remover todas as irregularidades apontadas nos laudos de acessibilidade, na qual está incluída a Escola Estadual, revestindo-se de total legalidade, sendo inapropriado afirmar-se que tal instrumento teria necessariamente que indicar a fonte de custeio, se a lei pertinente e adequada para tanto já havia definido de forma expressa, taxativa, específica e prévia as receitas estritamente direcionadas para o atendimento do objetivo encartado na citada Lei Estadual nº 8.475/2004, o que, aliás, reproduz uma garantia eminentemente constitucional, disposta em seu art. 227, §1º, II, buscando reduzir a desigualdades, obstáculos e dificuldades já naturalmente enfrentadas pelos portadores de necessidades especiais.

Frise-se, ainda, ser totalmente inaceitável o Poder Judiciário resguardar comportamento praticado pelo Ente Estatal, inviabilizando por completo a execução de uma obrigação contraída, em contraposição às exigências legais e contrário ao interesse público, mormente quando se obrigou, expressa e indubitavelmente, à realização da remoção dos obstáculos aos portadores de necessidades especiais em locais públicos, de modo a atender e efetivar política pública das mais louváveis e imprescindíveis ao bem-estar social.” (eDOC 1, pp. 212-215).

Sendo assim, o acórdão recorrido não diverge da jurisprudência reiterada do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual o óbice imposto pelo princípio da separação dos poderes não inviabiliza, por si só, a atuação do Poder Judiciário, quando diante do inadimplemento pelo Estado de políticas públicas constitucionalmente previstas.

Incabível, portanto, falar em interferência do Judiciário em matéria orçamentário-financeira, quando a obrigação decorre de mandamento legal, com prazo de conclusão e previsão de despesas.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE LOCAL. PODER JUDICIÁRIO. DETERMINAÇÃO DE ADOÇÃO DE MEDIDAS PARA A MELHORIA DO SISTEMA. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIOS DA SEPARAÇÃO DOS PODERES E DA RESERVA DO POSSÍVEL. VIOLAÇÃO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. [...] 2. A controvérsia objeto destes autos possibilidade, ou não, de o Poder Judiciário determinar ao Poder Executivo a adoção de providências administrativas visando a melhoria da qualidade da prestação do serviço de saúde por hospital da rede pública foi submetida à apreciação do Pleno do Supremo Tribunal Federal na SL 47-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 30.4.10. 3. Naquele julgamento, esta Corte, ponderando os princípios do mínimo existencial e da reserva do possível, decidiu que, em se tratando de direito à saúde, a intervenção judicial é possível em hipóteses como a dos autos, nas quais o Poder Judiciário não está inovando na ordem jurídica, mas apenas determinando que o Poder Executivo cumpra políticas públicas previamente estabelecidas. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 642536 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 27.2.2013)

“DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO A SAÚDE. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROSSEGUIMENTO DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA DE INGERÊNCIA NO PODER DISCRICIONÁRIO DO PODER EXECUTIVO. ARTIGOS 2º, 6º E 196 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. O direito a saúde é prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. 2. É possível ao Poder Judiciário determinar a implementação pelo Estado, quando inadimplente, de políticas públicas constitucionalmente previstas, sem que haja ingerência em questão que envolve o poder discricionário do Poder Executivo. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido.” (AI 734487 AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 20.8.2010)

No âmbito do controle concentrado de constitucionalidade, verifica-se a ADPF-MC 45, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 4.5.2004:

“ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. A QUESTÃO DA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO CONTROLE E DA INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO EM TEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, QUANDO CONFIGURADA HIPÓTESE DE ABUSIVIDADE GOVERNAMENTAL. DIMENSÃO POLÍTICA DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL ATRIBUÍDA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOPONIBILIDADE DO ARBÍTRIO ESTATAL À EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E CULTURAIS. CARÁTER RELATIVO DA LIBERDADE DE CONFORMAÇÃO DO LEGISLADOR . CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA CLÁUSULA DA RESERVA DO POSSÍVEL. NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO, EM FAVOR DOS INDIVÍDUOS, DA INTEGRIDADE E DA INTANGIBILIDADE DO NÚCLEO CONSUBSTANCIADOR DO MÍNIMO EXISTENCIAL. VIABILIDADE INSTRUMENTAL DA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO NO PROCESSO DE CONCRETIZAÇÃO DAS LIBERDADES POSITIVAS (DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE SEGUNDA GERAÇÃO)” (grifei).

Acerca da previsão constitucional e convencional das políticas públicas de inserção dos portadores de necessidades especiais na sociedade, vale conferir os seguintes julgados desta Corte:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS - ABRATI. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 8.899, DE 29 DE JUNHO DE 1994, QUE CONCEDE PASSE LIVRE ÀS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA, DA ISONOMIA, DA LIVRE INICIATIVA E DO DIREITO DE PROPRIEDADE, ALÉM DE AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE FONTE DE CUSTEIO (ARTS. 1º, INC. IV, 5º, INC. XXII, E 170 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA): IMPROCEDÊNCIA. 1. A Autora, associação de associação de classe, teve sua legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade reconhecida a partir do julgamento do Agravo

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 167

Regimental na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.153, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 9.9.2005. 2. Pertinência temática entre as finalidades da Autora e a matéria veiculada na lei questionada reconhecida. 3. Em 30.3.2007, o Brasil assinou, na sede das Organizações das Nações Unidas, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como seu Protocolo Facultativo, comprometendo-se a implementar medidas para dar efetividade ao que foi ajustado. 4. A Lei n. 8.899/94 é parte das políticas públicas para inserir os portadores de necessidades especiais na sociedade e objetiva a igualdade de oportunidades e a humanização das relações sociais, em cumprimento aos fundamentos da República de cidadania e dignidade da pessoa humana, o que se concretiza pela definição de meios para que eles sejam alcançados. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente.”(ADI 2649, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJe 17.10.2008, grifei)

“PRÉDIO PÚBLICO – PORTADOR DE NECESSIDADE ESPECIAL – ACESSO. A Constituição de 1988, a Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com Deficiência e as Leis nº 7.853/89 – federal –, nº 5.500/86 e nº 9.086/95 – estas duas do Estado de São Paulo – asseguram o direito dos portadores de necessidades especiais ao acesso a prédios públicos, devendo a Administração adotar providências que o viabilizem.”(RE 440028, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, DJe 26.11.2013)

Do mesmo modo, a jurisprudência desta Corte admite, em casos excepcionais, o bloqueio de verbas públicas como meio coercitivo para a efetividade de determinação judicial, sendo inaplicável a sistemática dos precatórios.

Nesse sentido, confira-se o precedente a seguir:“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Fornecimento de

medicamentos. Bloqueio de verbas públicas. Direito à saúde. Jurisprudência assentada. Art. 100, caput e parágrafo 2º da Constituição Federal. Inaplicabilidade. Ausência de razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.”(AI 597182 AgR, Rel. Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, DJ 6.11.2006)

Na espécie, verifico que divergir do entendimento adotado pelo tribunal a quo demandaria o reexame do acervo fático-probatório, da legislação infraconstitucional aplicável à espécie e das cláusulas do TAC, o que encontra óbice nas Súmulas 279 e 454 do STF.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TERMO

DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. DESCUMPRIMENTO. IMPOSIÇÃO DE MULTA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 627242 AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe 12.12.2008)

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VÍCIO DE PROCEDIMENTO. INEXISTÊNCIA. OFENSA INDIRETA. PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 454. 1. A observância do disposto no parágrafo primeiro do artigo 543 do Código de Processo Civil não pode ser dissociada da previsão legal do seu caput, que prevê primeiramente a remessa do processo ao Superior Tribunal de Justiça somente na hipótese em que ambos os recursos foram admitidos pelo Presidente do Tribunal a quo. 2. É pacífico o entendimento desta Corte de que o requisito do prequestionamento somente se configura quando o órgão julgador a quo haja emitido juízo explícito sobre o tema constitucional. 3. Não se admite recurso extraordinário por ofensa indireta a preceitos da Constituição do Brasil. Hipótese em que se faz necessário o prévio exame da legislação infraconstitucional pertinente. 4. A análise e a interpretação de termo de ajustamento de conduta é vedada em sede de recurso extraordinário, nos termos do verbete n. 454 da Súmula desta Corte. Agravo regimental a que se nega provimento.”(AI 495587 AgR, Rel. Min. EROS GRAU, Primeira Turma, DJ 1º.4.2005)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, IV, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 867.807 (761)ORIGEM : RESE - 00006262220134013905 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TARLYS PIMENTA MACHADOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, em que a parte recorrente sustenta a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, o deslinde da controvérsia demandaria análise da legislação infraconstitucional invocada pelo Tribunal de origem (Lei 7.827/89), podendo ocorrer apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição.

4. Diante do exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.916 (762)ORIGEM : PROC - 20130020185500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALEX DE SANTANA PINHEIROPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXECUÇÃO PENAL. DIREITO À VISITA DE ENTEADA. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ARTIGOS 226 E 227 DA CF/88. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto pela Defensoria Pública do Distrito Federal com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil de 1973, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“PENAL. EXECUÇÃO PENAL. AUTORIZAÇÃO DE VISITA. CRIANÇA. PORTARIA Nº 11/2003 DA VEP. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL.

1. O artigo 41, inciso X, da LEP, elenca como um dos direitos do preso a "visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados" com vistas a mitigar o natural distanciamento do núcleo familiar imposto pelo cumprimento da pena, medida também benéfica para sua ressocialização.

2. Entretanto, esse mesmo dispositivo também prevê a possibilidade de restrição de direitos do sentenciado, nessa e em outras hipóteses, desde que devidamente fundamentada (art. 41, incs. X e XV, LEP).

3. Afora as hipóteses excepcionais elencadas na Portaria 11/2003 da Vara de Execuções Penais, que autorizam o ingresso de menores no estabelecimento prisional, não se mostra prudente expor uma criança ao ambiente de uma penitenciária. Nessa situação deve prevalecer o princípio da proteção integral, que possui assento constitucional (art. 227, CF), sobre o direito do preso de receber visitas, previsto no artigo 41 da LEP.

4. Recurso de agravo conhecido e não provido.”Nas razões do recurso extraordinário, o recorrente apresenta

preliminar de repercussão geral e, no mérito, sustenta violação aos artigos 226 e 227 da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a controvérsia está adstrita ao âmbito da legislação infraconstitucional.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 168

É o relatório. DECIDO. Não merece prosperar o recurso.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, § 3º, da CF).

Quanto à alegada violação aos artigos 226 e 227, da Constituição, a jurisprudência desta Corte é no sentido de que a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra ofensa reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido, ARE 660.712 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 19/12/2014, o qual possui a seguinte ementa:

EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Criminal. Ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. 1. Para se chegar a conclusão diversa da do acórdão recorrido, necessário seria a prévia interpretação da norma infraconstitucional (LEP, art. 127), medida incabível em sede de recurso extraordinário. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.

Na hipótese presente, é imprescindível, para a solução da controvérsia, o exame de dispositivos da Lei de Execução Penal, o que se revela inviável em sede de recurso extraordinário, por configurar ofensa reflexa à Constituição Federal.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 4 de abril de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 877.553 (763)ORIGEM : PROC - 05004772220144058302 - TRF5 - PE - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZ MARTINIANO DA SILVAADV.(A/S) : ELISAMA SANGUINETO BELTRÃO ANDRADE

(32818/PE)

DECISÃO: O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 906.569 (Rel. Min. EDSON FACHIN, Tema 852), por se tratar de questão infraconstitucional. Considerando que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF), indefiro liminarmente o agravo.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 885.512 (764)ORIGEM : APCRIM - 70049875214 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : O R DE APROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIMES DE ROUBO MAJORADO PELA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA VÍTIMA E ESTUPRO EM CONCURSO MATERIAL. ARTIGOS 157 E 213, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ÓBICES DAS SÚMULAS Nº 282 E Nº 356 DO STF. ALEGADA AFRONTA AO ARTIGO 5º, XXXIX E XL, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos, interposto com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil de 1973, objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou:

APELAÇÃO CRIME. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO E CONTRA A LIBERDADE SEXUAL. ROUBO MAJORADO E ESTUPRO EM CONCURSO MATERIAL. CONDENAÇÃO MANTIDA. RECONHECIOMENTO DO CARÁTER HEDIONDO DO CRIME DE ESTUPRO. PENAS

REDIMENSIONADAS. Os elementos de concicação acostados durante a instrução

demonstram a materialidade e a autoria dos crimes de roubo majorado e de estupro imputados ao réu, sendo inviável cogitar de insuficiência probatória.

PALAVRA DA VÍTIMA VALIDADE. Nos crimes cometidos às ocultas, a palavra da vítima goza de

relevante valor provatório, preponderando sobre a versão declinada pelo acusado e ostentando força para autorizar a formação de juízo condenatório. Reforçada a credibilidade das afirmações da ofendida pela inexistência de motivos para imputar ao agente criminoso prática que não tenha verdadeiramente ocorrido.

CARÁTER HEDIONDO DO CRIME DE ESTUPRO. Os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor, em qualquer

de suas formas – simples, mediante violência presumida ou, ainda, com resultado de lesões graves ou morte -, praticados antes ou na vigência da Lei nº 12.015/2009, são considerados hediondo, amoldando-se às disposições da Lei nº 8.072/90.

DOSIMETRIA DAS PENAS.Redução da pena corporal total, após nova operação dosimétrica. APELO MINISTERIAL PROVIDO. APELO DEFENSIVO

PARCIALMENTE PROVIDO.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 5º, XXXIX e XL, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a preliminar formal e fundamentada de repercussão geral não estava suficientemente fundamentada, bem como não foi cumprido o requisito do prequestionamento. Asseverou, ainda, que, além da controvérsia estar adstrita ao âmbito da legislação infraconstitucional, o recurso esbarraria no óbice da Súmula 284 do STF.

É o breve relatório. DECIDO. Não merece prosperar o presente agravo.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

Verifica-se que os dispositivos constitucionais que o agravante considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da matéria constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incidem, portanto, os óbices das Súmulas nº 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176)

No mesmo sentido, ainda, ARE 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, este assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 169

declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 889.905 (765)ORIGEM : RR - 2255005320075040018 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA

RURAL - ASCARRECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE DE

EMPREENDIMENTOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL - EMATER

ADV.(A/S) : MELISSA FASOLIN PEREIRA (83854/RS) E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : MARIA RAMPAZZOADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (DF005939/)ADV.(A/S) : RAFAELA POSSERA RODRIGUES (0033191/DF) E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. EXTINÇÃO DE CONTRATO DE TRABALHO. MULTA DO FGTS. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA UNICIDADE CONTRATUAL. MULTA DE 40% SOBRE O FGTS. Nega-se provimento ao agravo de instrumento, quando não demonstradas as hipóteses de cabimento do recurso de revista, previstas no art. 896 da CLT. Na espécie, o acórdão regional foi proferido em consonância com as decisões do STF nas ADIs nº 1.721 e nº 1.770, o que deu ensejo à Orientação Jurisprudencial nº 361 da SBDI-1 do TST. Hipótese de aplicação do art. 896, § 4º, da CLT e da Súmula no 333 do TST.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, LV, e 7º, I, da Constituição Federal e 10, I, do ADCT.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da CF).

Divergir do entendimento do Tribunal a quo quanto ao direito à multa do FGTS, no presente caso, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, bem como a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que se revela inviável em sede de recurso extraordinário.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível da Súmula 279 do STF, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário

quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Nesse sentido, ARE 909.451, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 2/12/2015, verbis:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. AUSÊNCIA DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICA DO CONTRATO DE TRABALHO. PRECEDENTES. VERBAS TRABALHISTAS DEVIDAS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DIREITO DE DEFESA: AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 893.394 (766)ORIGEM : ADI - 00265533120138190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : JOSÉ LUIS GALAMBA MINC BAUMFELD (0136687/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. ISSQN. LEI COMPLEMENTAR 69/2004 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. INSTITUIÇÃO DE BENEFÍCIO FISCAL. ALEGADO VÍCIO DE INICIATIVA DE LEI. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTE: ARE 743.480-RG. SUPOSTA OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA LEGALIDADE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“ÓRGÃO ESPECIAL - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI COMPLEMENTAR 69/04 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - "INCENTIVO FISCAL ÀS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO E AOS PRESTADORES DE SERVIÇOS QUE EXECUTEM PROJETOS E PROGRAMAS DE ATENDIMENTO AOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE" - ALEGAÇÃO DE VÍCIO DE INICIATIVA LEGISLATIVA E OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES - INOCORRÊNCIA - ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - INOCORRÊNCIA – JULGADA IMPROCEDENTE A REPRESENTAÇÃO DECISÃO UNÂNIME.

A Lei Complementar 69 de 2004 da Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro, que cria incentivo fiscal às pessoas jurídicas de direito privado e aos prestadores de serviços que executem projetos e programas de atendimento aos direitos da criança e do adolescente foi atacada por via de ação direta de inconstitucionalidade pelo Chefe do executivo da municipalidade.

A lei complementar 69/04 não está contaminada de qualquer inconstitucionalidade que possa ser declarada na presente ação, por isso que respeita os requisitos formais e materiais.

A alegada ofensa a reserva de iniciativa do Chefe do Executivo em matéria tributária, carece de sustentação doutrinária sendo certo que inúmeros precedentes jurisprudenciais demonstram que matéria tributária não se confunde com matéria orçamentária, inexistindo qualquer obstáculo a Câmara de Vereadores em legislar sobre o tema em foco.

O segundo argumento suscitado pelo Requerente se encontra na alegação que a Lei impugnada foi editada sem que fosse observada a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 170

exigência constante do art. 14 da Lei Complementar Federal nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Ocorre que a simples leitura do artigo 8º do diploma legal atacado demonstra que foi cumprido o requisito do estudo de impacto orçamentário encontra-se previsto no art. 209, §6º, da Constituição estadual.

Não se pode olvidar que a competência dos Tribunais de Justiça, em sede de representação de inconstitucionalidade cingem-se ao exame da compatibilidade da lei estadual ou municipal com a Constituição Estadual. Não é cabível, portanto, a aferição direta da harmonia do diploma normativo impugnado com normas da Constituição Federal e, menos ainda, com normas constantes de leis federais. Finalmente, resta examinar a alegada violação ao princípio da legalidade, previsto no art. 77, caput, da Constituição Estadual, porquanto a Lei impugnada não exibe um rol taxativo de beneficiários do favor fiscal nela instituído.

Os argumentos trazidos pelo representante não merecem acolhida por isso que a Lei complementar 69/04 agora em exame, não faz nenhuma menção a qualquer delegação de competência ao Poder Executivo quanto à definição dos benefícios, mas tão somente, garante o papel de aferição da presença dos requisitos ao administrador tributário, e daí a emissão dos certificados aos beneficiários.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 2º, 5º, XXXV, e 37, caput, da Constituição Federal. Alega a inconstitucionalidade de lei de iniciativa parlamentar que conceda subvenções ou aumentem a despesa pública por usurpar a competência do Chefe do Poder Executivo. Aduz a violação ao princípio da legalidade por faltar a indicação dos requisitos para a concessão dos benefícios fiscais na norma impugnada. Assevera ainda que, em homenagem ao princípio da segurança jurídica, o benefício fiscal não prescinde da estimativa de impacto financeiro e tampouco da previsão de medidas compensatórias.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice na Súmula 282 do STF. Além disso, consignou que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Paulo Gustavo Gonet Branco, opina pelo desprovimento do recurso, ante a ausência de divergência com o entendimento do STF, no que tange à separação de poderes, e a argumentação insuficiente quanto aos demais temas.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.Não há falar em ofensa ao princípio da separação de poderes.

Conforme destacaram a Procuradoria-Geral da República e o Tribunal a quo, esta Corte reafirmou, na sistemática da repercussão geral, a orientação no sentido da constitucionalidade da regra da iniciativa geral para apresentar projeto de lei cujo conteúdo consista em instituir, modificar ou revogar tributo. Eis a ementa do precedente:

“Tributário. Processo legislativo. Iniciativa de lei. 2. Reserva de iniciativa em matéria tributária. Inexistência. 3. Lei municipal que revoga tributo. Iniciativa parlamentar. Constitucionalidade. 4. Iniciativa geral. Inexiste, no atual texto constitucional, previsão de iniciativa exclusiva do Chefe do Executivo em matéria tributária. 5. Repercussão geral reconhecida. 6. Recurso provido. Reafirmação de jurisprudência.” (ARE 743.480-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 20/11/2013).

Por outro lado, quanto aos demais argumentos apresentados pelo Município, verifica-se que os artigos 5º, XXXV, e 37, caput, da Constituição da República, que a agravante considera violados, não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem

contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176).

Nesse sentido, AI 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 894.401 (767)ORIGEM : AREsp - 670677 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JAIR DE FREITAS NORONHAADV.(A/S) : MARISTELA SCHMAEDECKE (36082/SC) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

DECISÃO: 1. A intempestividade do presente agravo impede seu conhecimento. Publicada a decisão agravada em 5/12/2014 (sexta-feira), e-STJ, fl. 697, vol. 28, a contagem do prazo de cinco dias para a interposição do recurso iniciou-se em 9/12/2014 (terça-feira), findando-se em 15/12/2014 (segunda-feira), considerada a prorrogação para o dia útil subsequente. O recurso somente foi protocolado em 17/12/2014 (quarta-feira), e-STJ, fl. 709, vol. 28; portanto, fora do prazo previsto na Súmula 699/STF: “O prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”. Reafirmando esse entendimento: ARE 693904 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 7/11/2012; ARE 700009 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 16/4/2013, DJe de 8/5/2013; e ARE 639.846 AgR-QO, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, DJe de 20/3/2012, esse último assim ementado:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo.

2. Diante do exposto, não conheço do agravo. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 897.819 (768)ORIGEM : AC - 10024111468146 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ISABEL CRISTINA DA SILVA BELATOADV.(A/S) : ALEXANDRE MARTINS GERVÁSIO (130521/MG) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 171

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 138 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE 594.296, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 13.2.2012. Assim, determino a devolução dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 1º de abril de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 908.160 (769)ORIGEM : AI - 08684657 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ELOIR BUENOADV.(A/S) : BRUNO JUVINSKI BUENO (00049036/PR) E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RIO BRANCO DO SULADV.(A/S) : JOÃO AMADEU STRESSER DA SILVA (17310/PR) E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL ORIUNDO DE DECISÃO DE TRIBUNAL DE CONTAS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. NECESSIDADE DE INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma da decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – R. DECISÃO QUE INDEFERIU PEDIDOS FORMULADOS EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DÍVIDA DE NATUREZA NÃO TRIBUTÁRIA – TÍTULO EXTRAJUDICIAL ORIUNDO DE DECISÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS – PRESCRIÇÃO – INAPLICABILIDADE DO DECRETO N. 20.910/32 – TEMA REGIDO PELO CÓDIGO CIVIL – PRAZO DECENAL NÃO CONFIGURADO – INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL DO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO ADMINISTRATIVA – ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PARA O AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE EXECUÇÃO PELA FALTA DOS REQUISITOS DE CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE – CONCEITO DE ADMINISTRADOR – DECISÕES ANTAGÔNICAS EM CASOS SEMELHANTES – AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PARA SE MANISFESTAR NOS AUTOS DE PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE CULMINOU NA SANÇÃO – TEMAS QUE DEVEM SER VEINCULADOS EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO A SEREM OPOSTOS COM A INTIMAÇÃO DA PENHORA – INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL NÃO VERIFICADA – A CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA É DOCUMENTO SUFICIENTE PARA APARELHAR A EXECUÇÃO SENDO DESNECESSÁRIA A CÓPIA DE CERTIDÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS – LIMINAR REVOGADA – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.”

Nas razões de apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 3º, IV, 5º, 29, 31, 71 e 75 da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário em relação aos artigos 3º, IV, 5º, 29 e 31, por entender ausente o prequestionamento dos referidos dispositivos. Por outro lado, entendeu que, em relação aos artigos 71 e 75, o acórdão recorrido estaria em harmonia com a jurisprudência do STF.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.O Tribunal de origem, com apoio no acervo probatório dos autos e

com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional, asseverou que os temas suscitados pelo recorrente deveriam ser veiculados em sede de embargos à execução após a intimação da penhora.

Desta feita, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional demanda a análise de legislação infraconstitucional e do conjunto fático-probatório constante nos autos, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e, mutatis mutandis, 636 desta Corte, as quais dispõem, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário” e “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes: ARE 853.035-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe de 29/5/2015, ARE 651.346-AgR, Rel Min. Luix Fux, Primeira Turma, Dje de 12/9/2012, AI 817.528-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 5/10/2011, AI 839.532-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 16/2/2012, e RE 597.951-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 7/10/2010, este último portando a seguinte ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Violação à Carta Magna de 1988, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária. 2. Incidem, de mais a mais, as Súmulas 282 e 356 do STF. 3. Agravo regimental desprovido.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 908.418 (770)ORIGEM : AC - 00115668120054036100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANTÔNIO CARLOS CAMARGOADV.(A/S) : VANESSA RIBAU DINIZ FERNANDES (136357/SP) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SAMPOERNA TABACOS AMÉRICA LATINA LTDAADV.(A/S) : HORÁCIO BERNARDES NETO (049872/SP)ADV.(A/S) : CAMILA SPINELLI GADIOLI (137880/SP) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CIA SULAMERICANA DE TABACOSADV.(A/S) : JOSÉ CRESCÊNCIO DA COSTA JUNIOR (68403/RJ) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PHILIP MORRIS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO

LTDAADV.(A/S) : MARCELO REINECKEN DE ARAÚJO (14874/DF) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EVERARDO DE ALMEIDA MACIELADV.(A/S) : LEONARDO ANTÔNIO DE SANCHES (00011980/DF) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SOUZA CRUZ S/AADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA (20309/SP) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NEW FICET INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CIGARROS

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : EVERTON DA SILVA MOEBUS (161054/RJ) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INDÚSTRIA E COMÉRCIO REI LTDAADV.(A/S) : VANUZA VIDAL SAMPAIO (2472A/RJ) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CIAMÉRICA - CIGARROS AMERICANA LTDAADV.(A/S) : JOÃO MARCELO SCHINESTZKI (0085028/RS) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PHOENIX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE TABACOS

LTDAADV.(A/S) : LEANDRO CARLOS DE SOUZA (0186567/SP)ADV.(A/S) : ALEX SANDRO GOMES ALTIMARI (177936/SP) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CABOFRIENSE INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

CIGARROS LTDAADV.(A/S) : ROBSON LUIZ GOMES SERVINO (102678/RJ)RECDO.(A/S) : CIAPATRI COMERCIAL E IMPORTADORA LTDA.ADV.(A/S) : JOSÉ BRAZ DA SILVEIRA (13756/SC)RECDO.(A/S) : GOLDEN LEAF TOBACCO LTDAADV.(A/S) : JÚLIA MARIA GAGLIARDI (236582/SP)ADV.(A/S) : WENCESLÁO PIÑEIRO GONZÁLEZ (6872/BA) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CIBAHIA TABACOS ESPECIAIS LTDAADV.(A/S) : FABIANE ALVES DE ANDRADE (294172/SP)ADV.(A/S) : JAYME CAVALCANTI FILHO (22809/SP) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ITABA - INDÚSTRIA DE TABACO BRASILEIRA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECDO.(A/S) : MERIDIONAL DO BRASIL INDÚSTRIA COMÉRCIO

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE TABACOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ALFREDO FANTINI INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : NIEDSON MANOEL DE MELO (166031A/SP)INTDO.(A/S) : CIBRASA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE TABACOS S/AADV.(A/S) : EULER MOREIRA DE MORAES (46340/RJ) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SUDAMAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CIGARROS

LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : AMERICAN VIRGÍNIA - INDÚSTRIA, COMÉRCIO,

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE TABACOS LTDAADV.(A/S) : ALEX SANDRO GOMES ALTIMARI (177936/SP) E

OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 172

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Diante da ampliação das hipóteses de impedimento do magistrado prescrito pelo novel Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), declaro o meu impedimento neste feito, no estrito cumprimento do art. 144 do novo Código de Processo Civil, a partir desta data. Após, à redistribuição.

Publique-se.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 911.952 (771)ORIGEM : PROC - 04227088820118190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : BANCO INTERMEDIUM S/AADV.(A/S) : JOÃO ROAS DA SILVA (98981/MG) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO DE SOUZA PINTOADV.(A/S) : ROBERVAL DO PASSO BARCELLOS (74509/RJ)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que manteve sentença a qual julgou procedente o pedido de que os descontos de empréstimos consignados na folha de pagamento fossem limitados a 30% do valor da remuneração.

No recurso, aduz-se ausência de ofensa ao art. 1º, III da Constituição Federal. Sustenta-se, em síntese, que, ao contrário do decidido no acórdão recorrido, não houve violação ao princípio da dignidade da pessoa humana, posto que o art. 14, § 3º da Medida Provisória 2.215-10/2011 prevê margem consignável das parcelas de empréstimo diferenciada para o servidor militar, qual seja, de 70% do valor da remuneração.

A Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro inadmitiu o extraordinário por entender que violação à Constituição, se houvesse, seria meramente reflexa, pois dependeria da análise da legislação infraconstitucional.

É o relatório. Decido. Constato que eventual divergência em relação à limitação dos

descontos de empréstimos na folha de pagamento de servidor militar, tal como posta nos autos, demandaria a análise da legislação infraconstitucional (art. 14, § 3º da Medida Provisória 2.215-10/2011), o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, pois a ofensa constitucional se existente seria meramente reflexa.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso nos termos do art. 21, §1º, RISTF. Publique-se.

Brasília, 1º de abril de 2016. Ministro EDSON FACHIN

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 912.123 (772)ORIGEM : AIRR - 3638020115030102 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : VALE S/AADV.(A/S) : NILTON CORREIA (01291/DF) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SINDFER - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM

EMPRESAS FERROVIARIAS DOS ESTADOS DO ESPIRITO SANTO E MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : SANYO ALVES AUGUSTO (70029/MG) E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento a agravo denegatório de recurso de revista, em ação trabalhista na qual foi admitida a legitimidade do sindicato como substituto processual.

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se ofensa ao art. 8º, III, do Texto Constitucional, por violação ao princípio da representação sindical, defendendo a ilegitimidade da substituição sindical em causas individuais.

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre o tema discutido nestes autos.

O Plenário desta Corte, no julgamento do ARE-RG 907.209, de relatoria do Ministro Teori Zavascki, DJe 06.11.2015, decidiu pela ausência de repercussão geral (Tema 861), reafirmando sua jurisprudência no sentido de que a discussão da natureza jurídica do direito discutido, se individual homogêneo ou heterogêneo, não possui cunho constitucional e não tem relação com a interpretação do art. 8º, III, da Constituição Federal, por demandar a interpretação da legislação infraconstitucional e a análise do quadro fático-probatório dos autos.

Ante o exposto, em vista do pronunciamento do Supremo Tribunal

Federal acerca do tema suscitado neste recurso extraordinário com agravo, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 328 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 913.973 (773)ORIGEM : PROC - 8664320115040662 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ASSIM SALEHADV.(A/S) : FABIANO PRIOTTO MUSSI (53360/RS)RECDO.(A/S) : DOUX FRANGOSUL S/A AGROAVÍCULA INDUSTRIAL -

AGRO AVÍCULAADV.(A/S) : GIANMARCO COSTABEBER (15316-A/MS, 55359/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO DE RECURSOS DE COMPETÊNCIA DE CORTES DIVERSAS. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 181. RE 598.365. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. TEMA Nº 660. ARE 748.371. MATÉRIAS JÁ EXAMINADAS SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: As matérias versadas no recurso extraordinário já foram objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 181, RE 598.365, Rel. Min. Ayres Britto, e Tema nº 660, ARE 748.371, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 914.183 (774)ORIGEM : AC - 08017882420134058200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EDUARDO PAIVAADV.(A/S) : DAVIDSON LOPES SOUZA DE BRITO (0016193/PB) E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. ABONO DE PERMÂNENCIA. RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. PARCELAS ATRASADAS. AUSÊNCIA DE DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636 DO STF. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. LEIS ORÇAMENTÁRIAS. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ABONO DE PERMANÊNCIA. PARCELAS ATRASADAS. DIREITO.

1. A aplicação do art. 557 do CPC é mera faculdade do relator, e não uma obrigatoriedade.

2. Presente o interesse de agir do autor em provocar o Estado-Juiz, vez que, embora tenha sido reconhecido o seu direito na seara administrativa, é fato inconteste que não houve o adimplemento da respectiva verba, pelo que se afigura legítima a chancela judicial para tutelar o seu direito. Preliminar que se rejeita.

3. Tendo o presente feito sido ajuizado em 2013, visando ao recebimento do abono de permanência referente ao período de 2007 a 2011 e considerando que, em 2012, foi realizado pedido administrativo, apto a suspender a fluência do prazo prescricional, nos termos do art. 4º, parágrafo único, do Decreto nº 20.910/32, não há como se reconhecer a incidência de tal instituto.

4. O abono de permanência, previsto no art. 40, § 19, da CF/88, cuja redação foi dada pela EC nº 41/03, corresponde ao valor da contribuição previdenciária mensal do servidor que o requerer, desde que tenha cumprido os requisitos para aposentadoria voluntária e opte em permanecer em atividade.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 173

5. Hipótese em que a Divisão de Cadastro e Pagamento de Servidores da recorrente reconheceu que o servidor teria direito ao pagamento de valores referente ao abono de permanência relativo ao período de set./2007 a dez./2011. Contudo, não houve o implemento do seu direito mediante pagamento, em razão de ausência de dotação orçamentária, de modo que se impõe a expedição de ordem judicial para assegurar tal direito ao administrado.

6. Erro material constante no dispositivo da sentença que deve ser corrigido, devendo ali constar set./2007 a dez./2011, e não dez./2012.

7. Apelação desprovida e remessa oficial parcialmente provida.”Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 37, caput, 163, 165, § 5º, 167, e 169, I e II, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice na Súmula 282 do STF.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.De início, no que diz respeito à alegação de ofensa ao princípio da

legalidade (artigo 37, caput), a jurisprudência desta Suprema Corte se consolidou no sentido de que “não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida” (Súmula 636 do STF).

Ademais, a matéria relativa os artigos 163, 165, § 5º, 167, e 169, I e II, da Constituição Federal, quando sub judice a controvérsia quanto à ausência de dotação orçamentária para o pagamento das parcelas atrasadas reconhecidas administrativamente, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis Orçamentárias), o que se revela inviável em sede de recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal.

Por fim, divergir do entendimento do Tribunal a quo demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, visto que exigiria análise de orçamento.

Não se revela cognoscível, em sede de recurso extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo se restringe à discussão eminentemente de direito, face ao óbice erigido pela Súmula 279 do STF.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do referido verbete sumular, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).”

Nesse sentido: ARE 952.362, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 17/3/2016; ARE 931.434, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 30/3/2016; ARE 927.857, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 24/11/2015; ARE 900.499, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 21/8/2015.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 914.315 (775)ORIGEM : ARR - 10813120105030064 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : VALE S/AADV.(A/S) : NILTON CORREIA (01291/DF) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS

FERROVIÁRIAS DOS ESTADOS DO ESPIRITO SANTO E MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : CRISTIANO PASTOR FERREIRA DE MELO (52268/MG) E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento a agravo denegatório de recurso de revista, em ação trabalhista na qual foi admitida a legitimidade do sindicato como substituto processual.

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se ofensa ao art. 8º, III, do Texto Constitucional, por violação ao princípio da representação sindical, defendendo a ilegitimidade da substituição sindical em causas individuais.

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre o tema discutido nestes autos.

O Plenário desta Corte, no julgamento do ARE-RG 907.209, de relatoria do Ministro Teori Zavascki, DJe 06.11.2015, se manifestou pela ausência de repercussão geral (Tema 861), reafirmando sua jurisprudência no sentido de que a discussão da natureza jurídica do direito discutido, se individual homogêneo ou heterogêneo, não possui cunho constitucional e não tem relação com a interpretação do art. 8º, III, da Constituição Federal, por demandar a interpretação da legislação infraconstitucional e a análise do quadro fático-probatório dos autos.

Ante o exposto, em vista do pronunciamento do Supremo Tribunal Federal acerca do tema suscitado neste recurso extraordinário com agravo, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 328 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 915.143 (776)ORIGEM : AC - 199851060199144 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALAN RAMOS FERREIRAADV.(A/S) : MARIA DA GLORIA PISSURNO PONTE GOMES (40631/

RJ)RECDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO CONGREGAÇÃO DE SANTA CATARINA -

HOSPITAL SANTA TERESAADV.(A/S) : GRAZIELE MARQUES LIBONATTI MARTINS (0109373/

RJ) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SMH - SOCIEDADE MÉDICO HOSPITALAR LTDAADV.(A/S) : MARLAN DE MORAES MARINHO JÚNIOR (64216/RJ) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MATERIAIS E MORAIS. ERRO MÉDICO. AMPUTAÇÃO. NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO. NOSOCÔMIO FEDERAL. GANGRENA. AMPUTAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR ESQUERDO. DANO DECORRENTE DO RISCO INERENTE. AUSÊNCIA DE ERRO MÉDICO. AUSÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE. 1 - A Constituição Federal de 1988 consagrou a teoria da responsabilidade objetiva do Estado ( art. 37, §º6), a qual se funda no risco administrativo, ou seja, para aferição da responsabilidade civil do Estado e consequente reconhecimento do direito à reparação pelos prejuízos causados, basta que o lesado prove os elementos ato/fato, dano e nexo causal, atribuíveis ao Poder Público ou aos que agem em seu nome, por delegação. 2 – Tratando-se de questões relativas a prejuízos decorrentes de erro médico, é pacífico, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, que ao Poder Judiciário não cabe avaliar

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 174

questões de alta indagação científica, bem como acerca do tratamento mais indicado para a cura do doente. No entanto, é cabível a este órgão o exame da conduta profissional para que seja verificado, à vista das provas, se houve ou não falha humana consequente de erro profissional. 3 – In casu, não restou incontroverso ser o agente público o responsável pela amputação de membro inferior do Apelante. Com efeito, a documentação médica apresentada demonstra que, em todos os momentos, os profissionais agiram dentro da atuação administrativa esperada, com a devida perícia e zelo, utilizando dos meios necessários para se tentar alcançar os benefícios almejados. O resultado alcançado decorre de incertezas das reações do corpo humano, nem sempre controláveis pela medicina. 4 – Inexistindo, deste modo, demonstração de que o dano sofrido tenha decorrido de atuação irregular da conduta estatal, fica afastada a responsabilidade por exclusão do nexo causal. 5 – Apelação desprovida. Sentença confirmada.”

Nas razões de apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, LV, e 37, § 6º, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que se faz necessário o reexame do conjunto fático-probatório.

É o relatório. DECIDO. Não merece prosperar o presente agravo. Os princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo

legal e os limites da coisa julgada, quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Ademais, o nexo de causalidade apto a gerar indenização por danos material e moral em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula nº 279 do STF, que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Não se revela cognoscível, em sede de recurso extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo se restringe à discussão eminentemente de direito, face ao óbice erigido pela Súmula nº 279 do STF. Nesse sentido, RE 678.144-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; RE 600.866-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13/12/2012; e ARE 719.319-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 28/11/2013, assim ementado:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Responsabilidade objetiva do Estado. Indenização. Nexo causal. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu pela responsabilidade objetiva da Administração Pública e pelo consequente dever de indenizar, com fundamento nos fatos e nas provas constantes dos autos. 2. Não se presta o recurso extraordinário para o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda

com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 915.744 (777)ORIGEM : PROC - 02708804520118190001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ROSENALDA VELOZO DE FIGUEIREDO

REPRESENTADA POR REGINA MARIA FIGUEIREDO TRAVASSOS

ADV.(A/S) : CARMEN LÚCIA ALVES CAMELLO (22106/PE) E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, cuja ementa transcrevo a seguir:

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REVISIONAL DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. LEGATÁRIA. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE AO TEMPO DO ÓBITO DO INSTITUIDOR (SÚMULA 340 DO STJ). PRINCÍPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM. DIREITO À INTEGRALIDADE E À PARIDADE GARANTIDAS PELO ARTIGO 40 DA CARTA MAGNA. PERCENTUAL DE 100% DA REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR FALECIDO, COMO SE VIVO FOSSE, NO LIMITE DA COTA PARTE DA LEGATÁRIA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ENTENDIMENTO RELATORIAL SOBRE A NÃO COMPROVAÇÃO DO LIMITE DA CURATELA - GRAU DE INCAPACIDADE, QUE NÃO CONVALESCE À LUZ DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 E QUE, EM CONSEQUÊNCIA, AFASTA A PRESCRIÇÃO. RECURSO AUTÁRQUICO AO QUAL SE DEU PARCIAL PROVIMENTO COM ESPEQUE NO ARTIGO 557, § 1-A, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, NEGANDO-SE SEGUIMENTO AO APELO AUTORAL COM BASE NO CAPUT DO REFERIDO DISPOSITIVO LEGAL. AGRAVOS INTERNOS. PROVIMENTO AO PRIMEIRO AGRAVO, DA AUTORA, NEGANDO-SE PROVIMENTO AO RECURSO AUTÁRQUICO.

I – Tratando-se de relação previdenciária, aplica-se o entendimento consagrado na súmula nº 340 do e. Superior Tribunal de Justiça: “A lei aplicável à concessão de pensão previdenciári e el i e e d d óbi d se d ”. Princípio do tempus regit actum;

II – le d i s i i lid de d e ebi e de e s legatários observa-se que o benefício vem sendo pago à Autora desde 1973 – antes da CF/88 e não tem como fundamentos legais os dispositivos declarados inconstitucionais pelas ADIs 240-6/RJ e 762/RJ;

III - Devem integrar o pensionamento as parcelas que o ex servidor recebia, ao tempo de seu falecimento, bem como as que teria direito de receber, se vivo estivesse, considerando os benefícios de caráter genéricos concedidos aos servidores ativos, ocupantes do mesmo cargo, em face do direito à integralidade e à paridade, garantidos em normas constitucionais (artigo 40 da Carta Cidadã), respeitada a cota parte a que tem direito à legatária;

IV – Desnecessária a apuração de grau de incapacidade da legatária se o termo de curatela é anterior à morte do instituidor do benefício, impondo-se, consequentemente, o acolhimento do agravo interno para afastar o reconhecimento da prescrição quinquenal prevista no Decreto 20.910/32;

VI – Recurso autárquico ao qual se deu parcial provimento, com espeque no artigo 557, §1-A do Código de Processo Civil, acrescendo à sentença que o direito da autora deve respeitar à sua cota parte, negando-se seguimento ao recurso autoral com base no caput do mencionado dispositivo;

VII – Provimento ao agravo interno da legatória para afastar a prescrição quinquenal, improvendo-se o segundo agravo interno – do RIOPREVIDÊNCIA. (eDOC 25, p. 1-2)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, alega-se ofensa aos artigos 1º, III; 5º, XXXVI; 40, §§ 7º e 8º; 102, I, “l” e § 2º; e 201, V, do texto constitucional, bem como ao art. 17 do ADCT.

Nas razões recursais, sustenta-se a inconstitucionalidade do pagamento de benefício previdenciário a legatária, bem como a ausência de direito adquirido à integralidade e à paridade.

É o relatório. Decido. Inicialmente, constato que o entendimento esposado no acórdão

recorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, incide o Enunciado 286 da Súmula do STF

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 175

na presente hipótese. Corroboram tal entendimento os seguintes precedentes de ambas as

Turmas desta Corte: “PENSÃO - CONFLITO DE NORMAS NO TEMPO - REGÊNCIA. A

regência da pensão faz-se considerada a legislação em vigor na data do falecimento do servidor, descabendo emprestar a texto de lei ou da Constituição eficácia retroativa, no que prevista a percepção pela totalidade dos vencimentos”. (RE 273.570, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, DJ 5.5.2006)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Administrativo. Pensão por morte. Lei Estadual nº 7.551/77. Reexame. Legislação local e fatos e provas. Direito adquirido. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação local e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 2. A alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, caso ocorresse, seria indireta ou reflexa. 3. Agravo regimental não provido”. (AI-AgR 765.609, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 11.3.2014)

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Pensão. Servidor Público. 3. Inexistência de violação ao direito adquirido. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento”. (RE-AgR 528.288, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 8.2.2011)

Demais disso, esse entendimento foi também adotado pelo Plenário do STF no RE 415.454, de minha relatoria (Pleno, DJe 26.10.2007), cujo trecho da ementa transcrevo a seguir:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSTO PELO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), COM FUNDAMENTO NO ART. 102, III, "A", DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, EM FACE DE ACÓRDÃO DE TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO: PENSÃO POR MORTE (LEI Nº 9.032, DE 28 DE ABRIL DE 1995). […] Evolução do tratamento legislativo do benefício da pensão por morte desde a promulgação da CF/1988: arts. 201 e 202 na redação original da Constituição, edição da Lei no 8.213/1991 (art. 75), alteração da redação do art. 75 pela Lei no 9.032/1995, alteração redacional realizada pela Emenda Constitucional no 20, de 15 de dezembro de 1998. 8. Levantamento da jurisprudência do STF quanto à aplicação da lei previdenciária no tempo. Consagração da aplicação do princípio tempus regit actum quanto ao momento de referência para a concessão de benefícios nas relações previdenciárias. Precedentes citados: RE no 258.570/RS, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 19.4.2002; RE (AgR) no 269.407/RS, 2ª Turma, unânime, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 2.8.2002; RE (AgR) no 310.159/RS, 2ª Turma, unânime, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 6.8.2004; e MS no 24.958/DF, Pleno, unânime, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 1o.4.2005. [...] 11. Na espécie, o benefício da pensão por morte configura-se como direito previdenciário de perfil institucional cuja garantia corresponde à manutenção do valor real do benefício, conforme os critérios definidos em lei (CF, art. 201, § 4o). […] 15. Salvo disposição legislativa expressa e que atenda à prévia indicação da fonte de custeio total, o benefício previdenciário deve ser calculado na forma prevista na legislação vigente à data da sua concessão. A Lei no 9.032/1995 somente pode ser aplicada às concessões ocorridas a partir de sua entrada em vigor. 16. No caso em apreço, aplica-se o teor do art. 75 da Lei 8.213/1991 em sua redação ao momento da concessão do benefício à recorrida. 17. Recurso conhecido e provido para reformar o acórdão recorrido”.

Mesmo que assim não fosse, verifico que divergir do entendimento adotado pelo tribunal a quo demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, assim como a prévia análise de legislação infraconstitucional aplicável à espécie, inclusive de cunho local, o que faz incidir os Enunciados 279 e 280 da Súmula do STF. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. O exame do recurso extraordinário permite constatar que, para se chegar à conclusão diversa do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional pertinente. Caso em que a resolução da controvérsia demandaria o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, o que é vedado em recurso extraordinário. Incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE-AgR 676.668, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 10.12.2013)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENSÃO POR MORTE. VALOR INTEGRAL DOS VENCIMENTOS OU PROVENTOS. NATUREZA DA PENSÃO E DO VÍNCULO DO SERVIDOR COM A ADMINISTRAÇÃO À ÉPOCA DO FALECIMENTO. NECESSIDADE DO REEXAME DAS PROVAS DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DESTA CORTE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - O acórdão recorrido está em consonância com o entendimento desta Corte no sentido de que a pensão por morte deve corresponder à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor como se vivo estivesse. Precedentes. II Quanto à alegação de que o servidor, à época do falecimento, exercia cargo comissionado, bem como de que a pensão não teria natureza previdenciária, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que é vedado pela Súmula 279 do STF, bem como seria imprescindível a

interpretação da legislação infraconstitucional local aplicável à espécie, o que inviabiliza o extraordinário a teor da Súmula 280 do STF. III Agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE-AgR 733.926, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 9.12.2013)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, IV, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 916.493 (778)ORIGEM : AC - 00044088420084025101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ORLANDO DINIZADV.(A/S) : TALITA DE LOURDES PEREIRA BARBOSA (154683/RJ)

E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA – GDATEM. EXTENSÃO AOS INATIVOS. TERMO FINAL DO DIREITO À PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS. TEMA 664. RE 662.406. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema 664, RE 662.406, Rel. Min. Teori Zavascki).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 916.685 (779)ORIGEM : AC - 00017345020088120016 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JOSÉ PEREIRA MAGALHÃESADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO SOARES NETO (0008984/MS)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MUNDO NOVOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MUNDO

NOVO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. INCORPORAÇÃO DE HORAS EXTRAS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA C/C COBRANÇA E REPARATÓRIA POR DANOS MORAIS – PRETENSÃO DE INCORPORAÇÃO DAS HORAS EXTRAS AOS PROVENTOS DE SERVIDOR – IMPOSSIBILIDADE – VANTAGEM DE CARÁTER EXCEPCIONAL E TRANSITÓRIO – AUSÊNCIA DE OFENSA À GARANTIA DA IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS - AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL – RECURSO DESPROVIDO.

O adicional de horas extras auferido por servidor público como contraprestação da prestação de jornada laboral extraordinária constitui vantagem pecuniária de caráter excepcional e transitório, pois ostenta natureza propter laborem, não se afigurando legítima sua incorporação aos proventos. Por essa razão, a suspensão do pagamento da vantagem não ofende a garantia constitucional de irredutibilidade.

Vantagens de caráter condicional e eventual, como adicional de insalubridade e horas extras, mesmo que percebidas habitualmente pelo servidor, não devem ser incorporadas aos seus proventos, exceto se houver previsão legal expressa.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, II, XXXV e LIV, 7º, VI, 37, XV e § 6º, e 93, IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que encontra óbice nas Súmulas 279, 280, 282 e 356 do STF.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 176

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.Ab initio, verifico que os artigos 5º, II, 7º, VI, e 37, XV e § 6º, da

Constituição Federal, que o agravante considera violados, não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, os embargos de declaração opostos não sanaram tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da matéria constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176).

Nesse sentido, AI 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ademais, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do livre acesso à justiça, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido, os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 24/11/2010).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI 756.336-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 22/10/2010).

Por fim, relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 916.803 (780)ORIGEM : PROC - 200951010089185 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MARILEA CANTO CORBELLIADV.(A/S) : SHAIANE MONIQUE DE OLIVEIRA FERREIRA (175613/

RJ) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS NA ÁREA DE SAÚDE. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“ADMINISTRATIVO. PROFISSIONAIS DE SAÚDE. CUMULAÇÃO DE CARGOS. 1. O art. 37, XVI, c, da Constituição Federal, com a redação determinada pela Emenda Constitucional n°34/2001, admite a cumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, exigindo, contudo, compatibilidade de horários. 2. No caso, a documentação trazida aos autos comprovou a compatibilidade de horários da acumulação desejada pela recorrida, tendo em vista que a dupla jornada é desenvolvida em dias distintos, sem sobreposição de horários e permitindo a preservação dos intervalos necessários para locomoção, descanso e alimentação. 3. Apelação e remessa necessária improvidas.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação aos artigos 5º, LV e LXIX, e 37, caput, XVI, a, b e c, e XVII, da Constituição da República.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, por entender que encontra óbice na Súmula 279 do STF.

É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste matéria constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (artigo 102, § 3º, da CF).

A acumulação remunerada de cargos públicos, quando sub judice a controvérsia sobre a compatibilidade de horários, demanda o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte, a qual dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público estadual. Acumulação de cargos. Compatibilidade de horários. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A verificação da compatibilidade de horários em relação aos cargos exercidos pelo ora agravado demandaria a análise da legislação local, bem como dos fatos e das provas dos autos, o que encontra óbice nas Súmulas nºs 280 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido.” (AI 730.343-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 14/12/2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. EXISTÊNCIA DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL QUE LIMITA A JORNADA SEMANAL DOS CARGOS A SEREM ACUMULADOS. PREVISÃO QUE NÃO PODE SER OPOSTA COMO IMPEDITIVA AO RECONHECIMENTO DO DIREITO À ACUMULAÇÃO. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS RECONHECIDA PELA CORTE DE ORIGEM. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A existência de norma infraconstitucional que estipula limitação de jornada semanal não constitui óbice ao reconhecimento do direito à acumulação prevista no art. 37, XVI, c, da Constituição, desde que haja compatibilidade de horários para o exercício dos cargos a serem acumulados. II – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à compatibilidade de horários entre os

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 177

cargos a serem acumulados, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental improvido.” (RE 633.298-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 14/2/2012).

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 916.862 (781)ORIGEM : PROC - 06026292420138010070 - TJAC - 2ª TURMA

RECURSAL - RIO BRANCOPROCED. : ACRERELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERECDO.(A/S) : MARIA ARLETE ROSENDO DE LIMAADV.(A/S) : JOÃO RODHOLFO WERTZ DOS SANTOS (3066A/AC) E

OUTRO(A/S)

Decisão: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, que concedeu à recorrida a gratificação de 15% (quinze por cento) pelo exercício de docência a alunos portadores de necessidades especiais (eDOC 12, p. 3).

Verifica-se que o Supremo Tribunal Federal, ao analisar o ARE-RG 794.364, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 25.03.2014 (tema 706), afastou a repercussão geral da controvérsia referente à gratificação dos professores que lecionam em turmas para pessoas com deficiência . Na oportunidade, a ementa restou assim redigida:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DISTRITO FEDERAL. LEI DISTRITAL 4.075/07. GRATIFICAÇÃO DE ENSINO ESPECIAL (GAEE). CONCESSÃO A PROFESSORES QUE LECIONAM DISCIPLINAS REGULARES EM TURMAS QUE POSSUEM UM OU ALGUNS ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A controvérsia relativa à concessão da Gratificação de Ensino Especial (GAEE) aos professores que lecionam disciplinas regulares em turmas que possuem um ou alguns alunos portadores de necessidades educativas especiais, embora não atendam exclusivamente a esses estudantes, é de natureza infraconstitucional, já que decidida pelo Tribunal de origem à luz do art. 232, § 1º, da Lei Orgânica do Distrito Federal, não havendo, portanto, matéria constitucional a ser analisada. 2. Não há violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal, por suposta omissão não sanada pelo acórdão recorrido ante o entendimento da Corte que exige, tão somente, sua fundamentação, ainda que sucinta (AI 791.292 QO-RG/PE, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 13.8.2010). 3. Incabível, em recurso extraordinário, apreciar violação aos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV, e 37, caput, da Constituição Federal, em razão de necessidade de revisão da interpretação das normas infraconstitucionais pertinentes (AI 796.905-AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21.5.2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de

08.3.2012; ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19.8.2011). 4. Não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca da matéria de que trata a norma inserta no art. 37, X, da Constituição Federal, tampouco a questão foi suscitada no momento oportuno, em sede dos embargos de declaração. Aplica-se, ao caso, o óbice das súmulas 282 e 356 do STF. 5. A norma constitucional que preconiza a harmonia e independência entre os Poderes da União, pela sua generalidade, é insuficiente para infirmar o específico juízo formulado pelo acórdão recorrido no caso. Incidência do óbice da Súmula 284/STF. 6. Com relação à inconstitucionalidade do art. 232, § 1º, da LODF, a parte recorrente não apontou, nas suas razões recursais, os dispositivos constitucionais tidos por violados. Aplicação do óbice da Súmula 284/STF. 7. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Constituição Federal se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, Pleno, DJe de 13/03/2009). 8. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.”

Ante o exposto, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação à sistemática da repercussão geral, nos termos do art. 328 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 01 de abril de 2016.

Ministro Edson Fachin Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 918.979 (782)ORIGEM : RESE - 70050609965 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DIEGO HENRIQUE DOS SANTOS KRIEGERADV.(A/S) : LUIZ PAULO DO AMARAL CARDOSO (67819/RS) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO INTERPOSTO EM FACE DE DECISÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE RECEPTAÇÃO. ARTIGO 180, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO PELA PRÁTICA DE NOVO DELITO DENTRO DO PERÍODO DE PROVA. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL que assentou:

"RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO POR PRÁTICA DE NOVO DELITO DENTRO DO PERÍODO DE PROVA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECISÃO. Tendo o réu sido denunciado por novo delito, desta vez por roubo, denecessária sua intimação para manifestação acerca do pedido de revogação do benefício formulado pelo Ministério Público. Mérito. A instauração de processo criminal, por si só, independentemente do trânsito em julgado da nova ação penal, é causa de revogação da suspensão condicional do processo, nos termos do disposto no §3º da Lei nº 9.099/95. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO DESPROVIDO.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, LIV e LV, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que o recurso não adimpliu o requisito da repercussão geral, a matéria não estaria prequestionada, atraindo ao caso a incidência das súmulas Nº 282 e 356 do STF e que se trataria, na espécie, de matéria infraconstitucional.

É o breve relatório. DECIDO. Não merece prosperar o presente agravo.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

Os princípios da ampla defesa, do contraditório (artigo 5º, LV), do devido processo legal (artigo 5º, LIV) e os limites da coisa julgada (artigo 5º, XXXVI), quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 178: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 178

do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, Tema 660, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 918.979 (783)ORIGEM : RESE - 70050609965 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DIEGO HENRIQUE DOS SANTOS KRIEGERADV.(A/S) : LUIZ PAULO DO AMARAL CARDOSO (67819/RS) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO INTERPOSTO EM FACE DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE RECEPTAÇÃO. ARTIGO 180, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO PELA PRÁTICA DE NOVO DELITO DENTRO DO PERÍODO DE PROVA. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA que assentou:

"PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO ANTE A DENÚNCIA DE NOVO DELITO. ART. 83, § 3°, DA LEI N. 9.099/95. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 89 da Lei nº 9.099/95, a suspensão condicional do processo deve ser revogada se o réu vier a ser processado por outro crime, no curso do período de prova. Incidência da Súmula n. 83 do STJ, aplicável, outrossim, à alínea "a" do permissivo constitucional. 2. Agravo regimental não provido.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXV, LIV, LV e 93, IX da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a decisão restou devidamente fundamentada, além de ser inviável o recurso extraordinário interposto.

É o breve relatório. DECIDO. Não merece prosperar o presente agravo.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, § 3º, da CF).

Os princípios da ampla defesa, do contraditório (artigo 5º, LV), do devido processo legal (artigo 5º, LIV) e os limites da coisa julgada (artigo 5º, XXXVI), quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, Tema 660, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Quanto à alegação de ofensa ao artigo 5°, XXXV, melhor sorte não assiste ao agravante, tendo em vista que da análise dos autos é possível observar que a parte se valeu dos meios recursais cabíveis e teve a jurisdição devidamente prestada por decisões fundamentadas, embora contrárias aos

seus interesses. Assim, não resta caracterizada a negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4/6/2013, o qual possui a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Alegação de ausência de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedente: AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. 5. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 6. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 919.395 (784)ORIGEM : ARE - 05214518020094058100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSE MATIAS NETOADV.(A/S) : DANIEL LAGE ALENCAR (8512/CE)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.

PERCEPÇÃO DE PARCELAS ATRASADAS DE QUINTOS PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO COMISSIONADA. PRESCRIÇÃO: DECRETO N. 20.910/1932: AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República contra o seguinte julgado da Turma Recursal dos Juizados Especiais da Seção Judiciária do Ceará:

“VOTOConfirmo a sentença em anexo, da qual destaco os seguintes

trechos:‘Pretende o autor, servidor público federal, a obtenção de um

provimento judicial que lhe garanta receber as parcelas atrasadas e não pagas dos quintos anteriores a janeiro de 2005, devidas pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão, tendo em vista que a efetiva incorporação ocorreu em dezembro de 2004.

Em sede de preliminar, afasto a prescrição do fundo do direito ou de parcelas a ele correspondentes, uma vez que o reconhecimento administrativo do direito ora reclamado se deu em 17.12.2004, data do julgamento do Processo Administrativo n. 2004.16.4940 pelo Conselho da Justiça Federal. Inclusive, está ainda em curso processo administrativo, no âmbito da Justiça Federal no Ceará, decorrente da Portaria n. 883, de 23.12.2004, da lavra da então Diretora do Foro da referida Seção Judiciária, Dra. Germana de Oliveira Moraes, para o pagamento das diferenças devidas ao autor.

Com efeito, esse ato da Administração implicou renúncia tácita a eventual prescrição já incorrida, por força do art. 191 do Código Civil, assim como criou uma nova situação jurídica para os servidores em relação às diferenças ainda não prescritas. Ademais, ‘não corre a prescrição durante a demora que, no estudo, no reconhecimento ou no pagamento da dívida, considerada líquida, tiverem as repartições ou funcionários encarregados de estudar e apurá-la’ (Decreto 20.910/32, art. 4º).

Sigo, pois, com a apreciação do pedido.Estou em que razão assiste à parte autora. Com efeito, a Medida

Provisória nº. 2225-45/2001, ao se apropriar dos conteúdos dos artigos 3º e 10 da Lei 8.911/94, restaurou a possibilidade de incorporação de quintos até a data de sua publicação, qual seja, 4 de setembro de 2001, passando, a partir dali, a ser indevida qualquer incorporação, ficando as parcelas já incorporadas pelos servidores convertidas em VPNI (Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada).

É importante destacar que a Administração já determinou a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 179

incorporação das parcelas, a título de quintos, na remuneração daqueles servidores que exerceram cargo comissionado ou função comissionada no período de 08.04.98 a 04.09.2001, com base em decisão do Colendo Conselho da Justiça Federal, que, ao julgar o processo administrativo nº. 2004.16.4940, emitiu a Nota Técnica Conjunta SCI/SRH nº. 02, de 17.12.2004, reconhecendo administrativamente o direito à incorporação, nos seguintes termos: ‘Os servidores ocupantes de cargo efetivo dos quadros de pessoal do Conselho e dos Órgãos da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, que tenham exercido cargo em comissão ou função comissionada no período de 08.04.1998 a 04.09.2001, poderão incorporar ou atualizar parcelas de quintos decorrentes deste exercício, nos termos dos arts. 3º e 10 da Lei nº. 8.911/94 e 3º da Lei n. 9.624/98 c/c o art. 62-A da Lei n. 8.112/90, acrescido pela Medida Provisória n. 2.225-45/2001’.

É esse também o posicionamento adotado pelo Egrégio Tribunal de Contas da União acerca da MP n. 2.225-45/2001, por meio do Acórdão nº. 2248/2005, conforme passamos a transcrever, verbis:

(...)O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou neste sentido, verbis: (...)Vale registrar, ainda, que a parte autora está a requerer, no presente

feito, tão-somente que a Administração finalize o pagamento das diferenças relativas à incorporação dos quintos pelo desempenho de função comissionada no período de 08.04.1998 a 4.9.2001. É que, por força da MP 2.225/2001 e em face da Nota Técnica Conjunta SCI/SRH nº. 2, de 17.12.2004, emitida pelo Conselho da Justiça Federal, já houve a implantação em folha dessa parcela a partir de janeiro de 2004, assim como o pagamento parcial das diferenças vencidas até então.

A lide, pois, não discute o direito do autor à incorporação dos quintos até 04.09.2001, uma vez que já houve o reconhecimento administrativo a respeito.

Assim, apesar de a Administração reconhecer o direito que o promovente busca nesta ação, tendo chegado a pagar parcela dos atrasados, não está a cumprir, escorreitamente, suas obrigações. O que se tem é uma verdadeira moratória unilateral. Como cediço, o credor não pode ser compelido a receber de forma parcelada aquilo que tem direito de receber por inteiro.

Desta forma, como a parte autora preencheu os requisitos previstos na legislação de regência, tem direito ao recebimento dos valores atrasados a título de quintos incorporados decorrentes do exercício de funções comissionadas ou cargos de comissão no período de 08/04/98 a 04/09/2001 e de uma só vez, descontadas as parcelas já pagas a esse título na via administrativa.

D I S P O S I T I V OIsto posto, e do mais que consta dos autos, JULGO PROCEDENTE

O PEDIDO, para o fim de condenar a União Federal ao pagamento, em favor do autor, das diferenças relativas à incorporação dos quintos pelo desempenho de função comissionada entre 08.04.1998 e 04.09.2001, vencidas até dezembro de 2004, descontadas as parcelas já pagas administrativamente, devidamente atualizadas e com juros de mora de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao mês, incidentes a partir de 17.12.2004, data do reconhecimento administrativo do direito do autor, perfazendo o montante de R$ 23.728,37,conforme planilha de cálculo constante do anexo 11.

Sem custas e honorários advocatícios.Após o trânsito em julgado, expeça-se a Requisição de Pequeno

Valor (RPV), em favor do demandante, observando-se o teto de 60 (sessenta) salários mínimos atualizados até esta data. Ultrapassado o referido valor e não havendo renúncia ao excedente, expeça-se precatório’.

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso da União, mantendo a sentença pelos próprios fundamentos” (doc. 16).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (doc. 19).2. No recurso extraordinário, a Agravante afirma ter a Turma Recursal

contrariado os arts. 5º, inc. XXXVI, e 37, incs. XIII e XIV, da Constituição da República.

Sustenta que “o acórdão ora recorrido, ao conceder o direito de pagamento das diferenças de incorporação dos quintos/décimos, contrariou dispositivos constitucionais e legais discutidos durante toda a marcha processual, quais sejam, o art. 5º, inciso XXXVI, o art. 37, incisos XIII e XIV da CF/88, e o art. 15, § 1º, da Lei nº 9.527/97” (fl. 3, doc. 20).

Salienta que “a incidência da prescrição impede a procedência total do pedido, já que, não custa repetir, a prescrição sempre teve sua normatização regulada pelo Decreto nº 20.910/32, cujo art. 1º previa que ‘As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originaram’” (fls. 5-6, doc. 20).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os fundamentos de incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal e de ausência de ofensa constitucional direta (doc. 27).

No agravo, salienta-se que “os pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário foram amplamente atendidos pela União” (fl. 5, dc. 28).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. No Recurso Extraordinário n. 638.115, Relator o Ministro Gilmar

Mendes, este Supremo Tribunal assentou a impossibilidade de servidor

público incorporar “quintos decorrentes do exercício de funções comissionadas no período compreendido entre a edição da Lei 9.624/1998 e a MP 2.225-48/2001” (RE n. 638.115, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 3.8.2015).

Todavia, não é o caso de devolver estes autos à origem para observância da sistemática da repercussão geral pois há outros óbices processuais a impedirem a apreciação do mérito do recurso extraordinário. Nesse sentido:

“A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF)” (RE n. 694.347-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.2.2013).

“Nos termos do art. 323 do RISTF, o exame da repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário somente é viável se não for o caso da negativa de seu seguimento por outras razões. A existência de vícios processuais ou formais que impedem a reforma do acórdão recorrido retiram a utilidade do recurso extraordinário, requisito necessário ao interesse jurídico recursal. A aplicação das Súmulas 279 e 284/STF ao caso prejudica o exame da repercussão geral” (RE n. 542.799-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 23.4.2012).

6. A pretensa afronta aos arts. 5º, inc. XXXVI, e 37, incs. XIII e XIV, da Constituição da República teria sido suscitada apenas nos embargos de declaração opostos (doc. 17). Pondera a Agravante ter sido, assim, satisfeito o requisito do prequestionamento.

Entretanto, tem-se atendido o requisito do prequestionamento quando oportunamente suscitada a matéria, o que se dá em momento processual adequado, nos termos da legislação vigente. Quando, suscitada a matéria constitucional pelo interessado, não há o debate ou o pronunciamento do órgão judicial competente, pode – e deve –, então, haver a oposição de embargos declaratórios para que se supra a omissão, como é próprio desse recurso. Apenas, pois, nos casos de omissão do órgão julgador sobre a matéria constitucional que tenha sido arguida na causa, é que os embargos declaratórios cumprem o papel de demonstrar a ocorrência do prequestionamento.

A inovação da matéria em embargos é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento. Primeiramente, porque, se não se questionou antes (prequestionou), não se há cogitar da situação a ser provida por meio dos embargos. Em segundo lugar, se não houve prequestionamento da matéria, não houve omissão do órgão julgador, pelo que não prosperam os embargos pela ausência de sua condição processual. Assim, os embargos declaratórios não servem para suprir a omissão da parte que não tenha cuidado de providenciar o necessário questionamento em momento processual próprio. Confiram-se por exemplo:

“A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que ‘Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada’. Precedentes” (AI n. 580.465-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 19.9.2008).

“RE: PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA 356. O QUE, A TEOR DA SÚMULA 356, SE REPUTA CARENTE DE PREQUESTIONAMENTO É O PONTO QUE, INDEVIDAMENTE OMITIDO PELO ACÓRDÃO, NÃO FOI OBJETO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; MAS, OPOSTOS ESSES, SE, NÃO OBSTANTE, SE RECUSA O TRIBUNAL A SUPRIR A OMISSÃO, POR ENTENDÊ-LA INEXISTENTE, NADA MAIS SE PODE EXIGIR DA PARTE, PERMITINDO-SE-LHE, DE LOGO, INTERPOR RECURSO EXTRAORDINÁRIO SOBRE A MATÉRIA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E NÃO SOBRE A RECUSA, NO JULGAMENTO DELES, DE MANIFESTAÇÃO SOBRE ELA” (RE n. 210.638, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 19.6.1998).

Não foi atendido o requisito do prequestionamento. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal, uma vez que a questão constitucional somente foi suscitada nos embargos opostos, nos termos da decisão recorrida.

7. Afirma a Agravante a incidência de prescrição para o pagamento de parcelas atrasadas de quintos decorrentes de decisão administrativa.

Quanto à prescrição da pretensão do Agravado, a apreciação do pleito recursal exigiria a interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto n. 20.910/1932). A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário. Assim, por exemplo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS ESCRITURAIS. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 775.275-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJ 28.10.2011 e AI 595.651-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJ 25.10.2011. 2. A incidência de correção monetária sobre créditos escriturais do IPI, bem como a questão da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 180

prescrição quinquenal para o aproveitamento dos créditos fiscais em análise, são temas afetos à análise da matéria infraconstitucional de regência. (Precedentes: RE n. 496.757, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 19.09.08; AI n. 737.310-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, 1ª Turma, DJe de 16.09.11, RE n. 480.018-AgR, Relator o Ministro Ayres Brito, 2ª Turma, DJe de 13.10.11, entre outros)” (RE n. 677.908-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.5.2013).

“Tendo a Corte Regional reconhecido a prescrição com fundamento no Decreto 20.910/32, o exame da alegada ofensa constitucional dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal” (AI n. 850.212-AgR, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 25.6.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PRESCRIÇÃO. DECRETO N. 20.910/1932. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE n. 727.220-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 13.6.2013).

Nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego provimento ao agravo (art. 932, inc. IV, al. a,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 921.843 (785)ORIGEM : AC - 024040158792 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SUPERMERCADOS COUTINHO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ ARCISO FIOROT JÚNIOR (8289/ES)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Vistos etc.A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à

existência de repercussão geral no RE 593.849-RG, verbis :“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. RESTITUIÇÃO DA

DIFERENÇA DO IMPOSTO PAGO A MAIS NO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. BASE DE CÁLCULO PRESUMIDA E BASE DE CÁLCULO REAL. ART. 150, § 7º, DA CF. ADI 2.675/PE, REL. MIN. CARLOS VELLOSO E ADI 2.777/SP, REL. MIN. CEZAR PELUSO, QUE TRATAM DA MESMA MATÉRIA E CUJO JULGAMENTO JÁ FOI INICIADO PELO PLENÁRIO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Acórdão recorrido publicado em 05.02.2015. O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos

extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 923.365 (786)ORIGEM : PROC - 00025787720144010000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA

PRIVADA - CENTRUSADV.(A/S) : DIEGO DA SILVA VENCATO (14798/DF)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto em face de decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – AGRAVO REGIMENTAL – COMPENSAÃO DOS CRÉDITOS EXEQUENDOS (PRECATÓRIO) – INCONSTITUCIONALIDADE DOS §§ 9º E 10º DO ART. 100 DA CF/88 – ADI’S N. 4.357 E 4.425 – AGRG NÃO PROVIDO.

1. O Pleno do excelso Supremo Tribunal Federal, em recente decisão nas ADI’s 4357/DF e 4425/DF, declarou a inconstitucionalidade, dentre outros, dos §§ 9º e 10 do art. 100 da Constituição Federal, conforme publicado no Informativo nº 698 de 26 de março de 2013.

2. Ao exame do pleito recursal, vê-se que desautorizada a censura pretendida para a decisão agravada.

3. Decisão mantida.4. Agravo regimental não provido.”

Os embargos de declaração foram rejeitados (eDOC 19).No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, da

Constituição Federal, aponta-se ofensa aos arts. 5º, XXXV e LV; 93, IX, § 8º e 100, §§ 9º e 10, do Texto Constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se, preliminarmente, a nulidade do acórdão recorrido, uma vez que não teria se pronunciado sobre os argumentos trazidos pelo recorrente.

No mérito, alega-se a constitucionalidade da compensação de créditos tributários prevista nos §§ 9º e 10 do art. 100, da Constituição Federal, ressaltando-se que:

“É de se esclarecer que não houve julgamento final da ADI 4357/DF, pois a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional requereu a modulação dos efeitos do julgamento.

Portanto, até que o STF declare a sua inconstitucionalidade, as emendas constitucionais gozam de presunção de constitucionalidade e devem ter plena aplicabilidade no ordenamento pátrio” (eDOC 22, p. 9).

A Presidência do TRF da 1ª Região inadmitiu o recurso extraordinário, com base na jurisprudência do STF (eDOC 26).

É o relatório. Decido.As alegações não merecem prosperar.Inicialmente, observo inexistir a alegada afronta ao art. 93, IX, da

Constituição Federal. Com efeito, o acórdão está devidamente fundamentado, ainda que vá de encontro aos interesses do Recorrente.

Nesse sentido, ao julgar o AI-QO-RG 791.292, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.08.2010, o Plenário desta Corte assentou a repercussão geral do Tema 339 referente à negativa de prestação jurisdicional por ausência de fundamentação e reafirmou a jurisprudência segundo a qual “o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão”.

Quanto ao mérito, verifico que o acórdão recorrido não destoa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, uma vez que esta Corte declarou, no julgamento da ADI 4425, de Relatoria do Min. Ayres Britto, Redator do Acórdão Min. Luiz Fux, DJE 19.12.2013, a inconstitucionalidade da compensação de créditos prevista nos §§ 9º e 10, do art. 100, da Constituição Federal.

Confira-se, a propósito, a ementa do julgado: “DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA

FAZENDA PÚBLICA MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL NÃO CONFIGURADA. INEXISTÊNCIA DE INTERSTÍCIO CONSTITUCIONAL MÍNIMO ENTRE OS DOIS TURNOS DE VOTAÇÃO DE EMENDAS À LEI MAIOR (CF, ART. 60, §2º). CONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE “SUPERPREFERÊNCIA” A CREDORES DE VERBAS ALIMENTÍCIAS QUANDO IDOSOS OU PORTADORES DE DOENÇA GRAVE. RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À PROPORCIONALIDADE. INVALIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DA LIMITAÇÃO DA PREFERÊNCIA A IDOSOS QUE COMPLETEM 60 (SESSENTA) ANOS ATÉ A EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA (CF, ART. 5º, CAPUT). INCONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE COMPENSAÇÃO DE DÉBITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS EM PROVEITO EXCLUSIVO DA FAZENDA PÚBLICA. EMBARAÇO À EFETIVIDADE DA JURISDIÇÃO (CF, ART. 5º, XXXV), DESRESPEITO À COISA JULGADA MATERIAL (CF, ART. 5º XXXVI), OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES (CF, ART. 2º) E ULTRAJE À ISONOMIA ENTRE O ESTADO E O PARTICULAR (CF, ART. 1º, CAPUT, C/C ART. 5º, CAPUT). IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. VIOLAÇÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL DE PROPRIEDADE (CF, ART. 5º, XXII). INADEQUAÇÃO MANIFESTA ENTRE MEIOS E FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS MORATÓRIOS DOS CRÉDITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS, QUANDO ORIUNDOS DE RELAÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CF, ART. 5º, CAPUT). INCONSTITUCIONALIDADE DO REGIME ESPECIAL DE PAGAMENTO. OFENSA À CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DO ESTADO DE DIREITO (CF, ART. 1º, CAPUT), AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES (CF, ART. 2º), AO POSTULADO DA ISONOMIA (CF, ART. 5º, CAPUT), À GARANTIA DO ACESSO À JUSTIÇA E A EFETIVIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL (CF, ART. 5º, XXXV) E AO DIREITO ADQUIRIDO E À COISA JULGADA (CF, ART. 5º, XXXVI). PEDIDO JULGADO PROCEDENTE EM PARTE.

1. A Constituição Federal de 1988 não fixou um intervalo temporal mínimo entre os dois turnos de votação para fins de aprovação de emendas à Constituição (CF, art. 62, §2º), de sorte que inexiste parâmetro objetivo que oriente o exame judicial do grau de solidez da vontade política de reformar a Lei Maior. A interferência judicial no âmago do processo político, verdadeiro locus da atuação típica dos agentes do Poder Legislativo, tem de gozar de lastro forte e categórico no que prevê o texto da Constituição Federal. Inexistência de ofensa formal à Constituição brasileira.

2. O pagamento prioritário, até certo limite, de precatórios devidos a titulares idosos ou que sejam portadores de doença grave promove, com

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 181

razoabilidade, a dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e a proporcionalidade (CF, art. 5º, LIV), situando-se dentro da margem de conformação do legislador constituinte para operacionalização da novel preferência subjetiva criada pela Emenda Constitucional nº 62/2009.

3. A expressão “na data de expedição do precatório”, contida no art. 100, §2º, da CF, com redação dada pela EC nº 62/09, enquanto baliza temporal para a aplicação da preferência no pagamento de idosos, ultraja a isonomia (CF, art. 5º, caput) entre os cidadãos credores da Fazenda Pública, na medida em que discrimina, sem qualquer fundamento, aqueles que venham a alcançar a idade de sessenta anos não na data da expedição do precatório, mas sim posteriormente, enquanto pendente este e ainda não ocorrido o pagamento.

4. O regime de compensação dos débitos da Fazenda Pública inscritos em precatórios, previsto nos §§ 9º e 10 do art. 100 da Constituição Federal, incluídos pela EC nº 62/09, embaraça a efetividade da jurisdição (CF, art. 5º, XXXV), desrespeita a coisa julgada material (CF, art. 5º, XXXVI), vulnera a Separação dos Poderes (CF, art. 2º) e ofende a isonomia entre o Poder Público e o particular (CF, art. 5º, caput), cânone essencial do Estado Democrático de Direito (CF, art. 1º, caput).

5. A atualização monetária dos débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o índice oficial de remuneração da caderneta de poupança viola o direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º, XXII) na medida em que é manifestamente incapaz de preservar o valor real do crédito de que é titular o cidadão. A inflação, fenômeno tipicamente econômico-monetário, mostra-se insuscetível de captação apriorística (ex ante), de modo que o meio escolhido pelo legislador constituinte (remuneração da caderneta de poupança) é inidôneo a promover o fim a que se destina (traduzir a inflação do período).

6. A quantificação dos juros moratórios relativos a débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança vulnera o princípio constitucional da isonomia (CF, art. 5º, caput) ao incidir sobre débitos estatais de natureza tributária, pela discriminação em detrimento da parte processual privada que, salvo expressa determinação em contrário, responde pelos juros da mora tributária à taxa de 1% ao mês em favor do Estado (ex vi do art. 161, §1º, CTN). Declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução da expressão “independentemente de sua natureza”, contida no art. 100, §12, da CF, incluído pela EC nº 62/09, para determinar que, quanto aos precatórios de natureza tributária, sejam aplicados os mesmos juros de mora incidentes sobre todo e qualquer crédito tributário.

7. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09 quanto à atualização monetária e à fixação de juros moratórios de créditos inscritos em precatórios incorre nos mesmos vícios de juridicidade que inquinam o art. 100, §12, da CF, razão pela qual se revela inconstitucional por arrastamento, na mesma extensão dos itens 5 e 6 supra.

8. O regime “especial” de pagamento de precatórios para Estados e Municípios criado pela EC nº 62/09, ao veicular nova moratória na quitação dos débitos judiciais da Fazenda Pública e ao impor o contingenciamento de recursos para esse fim, viola a cláusula constitucional do Estado de Direito (CF, art. 1º, caput), o princípio da Separação de Poderes (CF, art. 2º), o postulado da isonomia (CF, art. 5º), a garantia do acesso à justiça e a efetividade da tutela jurisdicional (CF, art. 5º, XXXV), o direito adquirido e à coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI).

9. Pedido de declaração de inconstitucionalidade julgado procedente em parte.”

No que tange à modulação temporal dos efeitos da decisão, assentou-se, no julgamento da ADI 4425 QO, de Relatoria do Min. Luiz Fux, DJe 04-08-2015, o seguinte:

“Quanto às formas alternativas de pagamento previstas no regime especial (i) consideram-se válidas as compensações, os leilões e os pagamentos à vista por ordem crescente de crédito previstos na Emenda Constitucional nº 62/2009, desde que realizados até 25.03.2015, data a a partir da qual não será possível a quitação de precatórios por tais modalidades; (ii) fica mantida a possibilidade de realização de acordos diretos, observada a ordem de preferência dos credores e de acordo com lei própria da entidade devedora, com redução máxima de 40% do valor do crédito atualizado.” (grifo nosso)

Portanto, admite-se a validade das compensações realizadas até 25.03.2015, o que não ocorreu no presente caso.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, nos termos do art. 21, §1º, RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro EDSON FACHIN Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 927.510 (787)ORIGEM : PROC - 05145725420144058400 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUIZA DE MARILLAC PEDROSA DE MEDEIROSADV.(A/S) : FERNANDA RAMOS TEIXEIRA DE MEDEIROS

(RN083553/)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ABONO DE PERMANÊNCIA. MATÉRIA QUE AGUARDA EXAME SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 888. ARE 954.408. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário é objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema 888, ARE 954.408, Rel. Min. Teori Zavascki).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 931.273 (788)ORIGEM : 20140664498 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : JULIO CESAR MOTTA BASTOS DA SILVAADV.(A/S) : ANDRE DE AZEVEDO PHILIPPI (20579/SC)ADV.(A/S) : VOLNEI MARTINS BEZ JUNIOR (16222/SC)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário em face do acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, assim ementado, (eDOC2, p. 39):

“APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. INDENIZAÇÃO DE ESTÍMULO OPERACIONAL (LC N. 137/1995).

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO ESTÍMULO OPERACIONAL INCIDENTE, TÃO-SOMENTE, SOBRE O VENCIMENTO (SOLDO) E OS ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO E DE PERMANÊNCIA. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 3º E 4º DA LEI ESTADUAL N. 5.645/79. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA SOBRE O TOTAL DA REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR, SOB PENA DE ACÚMULO DE VANTAGENS PECUNIÁRIAS. VEDAÇÃO LEGAL E CONSTITUCIONAL A TEOR DO ARTIGO 37, INCISO XIV DA CRFB/88. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO MANTIDA.

A base de cálculo da indenização de estímulo operacional que é paga ao Policial ou Bombeiro Militar, pela realização de horas extras, é integrada pela soma do soldo com o adicional de tempo de serviço e outras vantagens expressamente admitidas, não podendo incidir sobre outras vantagens que compõem a remuneração, em face de vedação legal e constitucional. ‘a interpretação literal do vocábulo remuneração na contagem das verbas pelas horas extras e noturnas enseja o acúmulo de vantagens pecuniárias, incorrendo, assim, no efeito cascata, vedado pelo art. 37, inc. XIV, da Constituição Federal (AI n. 2012.003713-8, de Fraiburgo, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros).

DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIADE AFASTADA. LEIS QUE INSTITUÍRAM ABONOS AOS MILICIANOS E VEDARAM SUA INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DE VANTAGENS E GRATIFICAÇÕES. REGRAMENTO FIRMADO OBSERVANDO O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.

(…)REFLEXOS SOBRE FÉRIAS COM ABONO E GRATIFICAÇÃO

NATALINA. PEDIDO PRINCIPAL JULGADO IMPROCEDENTE, PREJUDICADO O ACESSÓRIO. RECURSO DESPROVIDO.

(...)”Os embargos de declaração foram rejeitados (eDOC2, pp. 67-74).No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, do

permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 1º, III; 3º; 5º, caput, e inciso XXXVI; 7º, IX e XVI; 37, XIV e XV, da Constituição Federal.

Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, que as horas extras e noturnas, bem como outras verbas remuneratórias, devem incidir na base de cálculo da indenização de estímulo operacional.

A 2ª Vice-Presidência do TJSC inadmitiu o recurso em virtude do óbice da Súmula 280 do STF.

É o relatório. Decido. Verifica-se, inicialmente, que as questões constitucionais invocadas

no recurso extraordinário, à exceção da referida no art. 37, XIV, não foram objeto de debate no acórdão recorrido, o que atrai o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF.

No que concerne ao art. 37, XIV, da Constituição Federal, observa-se que o acórdão recorrido, interpretando a Lei Complementar Estadual 137/1995 e as Leis Estaduais 5.645/1979, 12.667/2003, 451/2009 e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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13.187/2004, entendeu que a base de cálculo do estímulo operacional é integrada pela soma do soldo com o adicional de tempo de serviço e outras vantagens expressamente admitidas, não podendo incidir sobre a totalidade da remuneração.

Constata-se que eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo Tribunal a quo demandaria o reexame da legislação local, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação contida na Súmula 280 do STF.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo, nos termos do art. 21, § 1º, RISTF.

Publique-se. Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 931.802 (789)ORIGEM : 00084986920134013200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS

- SUFRAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AAA REIS IMPORT COMERCIO DE EQUIPAMENTOS

DE INFORMATICA LTDAADV.(A/S) : PRISCILA LIMA MONTEIRO (5901/AM)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em demanda visando à declaração de inexigibilidade da cobrança da Taxa de Serviços Administrativos – TSA, cobrada em favor da Superintendência da Zona Franca de Manaus. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região ratificou a sentença de procedência do pedido sob o fundamento de que o art. 1º da Lei 9.960/2000, que instituiu a Taxa em debate, foi declarado inconstitucional pela Corte Especial do Tribunal por não trazer previsão adequada do fato gerador, limitando-se a dispor genericamente acerca da exação.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.No recurso extraordinário, em suma, a parte recorrente aponta, com

base no art. 102, III, da Constituição Federal, violação aos arts. 145, II e § 2º, e 150 da CF/88, uma vez que, com o advento da Lei 9.960/2000, houve o cumprimento dos requisitos constitucionais para a instituição do tributo.

Em contrarrazões, o recorrido, em síntese, postula, preliminarmente, o não conhecimento do recurso, em virtude da ausência de repercussão geral do debate. No mérito, pede o desprovimento do recurso porque a ausência de definição do fato gerador da exação, fere dispositivos constitucionais.

2. O recurso não tem chances de êxito, haja vista que o entendimento proferido pelo Tribunal de origem está em conformidade com a jurisprudência firmada por ambas as Turmas desta Corte. Confiram-se os seguintes precedentes: RE 599.450-AgR/AM, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 6/12/2011; RE 879.154-AgR/AM, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 17/6/2015; RE 876.637-AgR/RO, Primeira Turma, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, DJe de 6/8/2015; ARE 923.497-Agr/RO, Rel. Min. EDSON FACHIM, Primeira Turma, DJe de 25/11/15; este último assim ementado:

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. TAXA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS - TSA. LEI 9.960/2000. CONSTITUCIONALIDADE. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. PORTARIA

1. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que a Lei 9.960/2000, que autoriza a Suframa a instituir taxas por meio de portaria, contraria o princípio da legalidade.

2. Agravo regimental a que se nega provimento. 3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.593 (790)ORIGEM : 10040520105030102 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : VALE S.A.ADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS (7481/DF)RECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS

FERROVIARIAS DOS ESTADOS DO ESPIRITO SANTO E MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : CRISTIANO PASTOR FERREIRA DE MELO (52268/MG)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Superior do

Trabalho que negou provimento a agravo denegatório de recurso de revista, em ação trabalhista na qual foi admitida a legitimidade do sindicato como substituto processual.

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se ofensa ao art. 8º, III, do Texto Constitucional, por violação ao princípio da representação sindical, defendendo a ilegitimidade da substituição sindical em causas individuais.

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre o tema discutido nestes autos.

O Plenário desta Corte, no julgamento do ARE-RG 907.209, de relatoria do Ministro Teori Zavascki, DJe 06.11.2015, decidiu pela ausência de repercussão geral (Tema 861), reafirmando sua jurisprudência no sentido de que a discussão da natureza jurídica do direito discutido, se individual homogêneo ou heterogêneo, não possui cunho constitucional e não tem relação com a interpretação do art. 8º, III, da Constituição Federal, por demandar a interpretação da legislação infraconstitucional e a análise do quadro fático-probatório dos autos.

Ante o exposto, em vista do pronunciamento do Supremo Tribunal Federal acerca do tema suscitado neste recurso extraordinário com agravo, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 328 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 935.780 (791)ORIGEM : 10721200008350 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOÃO BATISTA PAIVA MACHADORECTE.(S) : ROGÉRIO HEMILIANO DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, em que a parte recorrente sustenta a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

A parte recorrente aponta ofensa aos arts. 5º, LIV e LV, e 129, I, da CF/88, ao argumento de que existe violação ao modelo acusatório estabelecido no art. 212 do CPP (após Lei 11.690/2008), porque a colheita de provas foi realizada diretamente pelo magistrado e com atuação supletiva das partes, o que gerou a nulidade absoluta do processo. Também requer a exclusão da indenização fixada na sentença, já que a matéria não foi debatida, havendo clara afronta aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Em contrarrazões, a parte recorrida sustenta (a) ser deficiente a preliminar de repercussão geral; (b) a ausência de prequestionamento relação aos princípios do contraditório e da ampla defesa; (c) ofensa indireta à Constituição Federal; (d) óbice da Súmula 279/STF; (e) não haver violação ao art. 212 do CPP, uma vez que apenas permitiu as partes fazerem perguntas diretamente às testemunhas, não existindo impedimento ao juiz de continuar buscando a verdade dos fatos; e (f) que o magistrado apenas aplicou o art. 387, IV, do CPP ao caso concreto.

2. Não assiste razão à parte recorrida relativamente às preliminares de não conhecimento do recurso extraordinário, o qual preenche os requisitos constitucionais e legais exigidos para a sua admissão no que tange à controvérsia sobre a obrigação de reparação civil.

Depreende-se dos autos que o Ministério Público, em sua inicial acusatória, não postulou a fixação do valor para reparação dos danos causados pela infração penal imputada.

Desse modo, a pretensão recursal encontra guarida no entendimento firmado pelo Plenário desta Corte no sentido de que, independentemente de ter o art. 387, IV, do CPP natureza material ou não, afasta-se a estipulação de valor mínimo, sem prejuízo da persecução correspondente em procedimento autônomo, quando fora de dúvida a ausência de contraditório a respeito (RvC 5437, Tribunal Pleno, de minha relatoria, DJe de 18/3/2015).

Registre-se que o requisito da repercussão geral está atendido em face do que prescreve o art. 543-A, § 3º, do CPC: Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal.

3. Quanto ao mais, sem razão o recorrente. Isso porque a reversão do acórdão demandaria o exame de legislação infraconstitucional (CPP, art. 212) e a reapreciação do conjunto fático-probatório dos autos, o que é estranho ao âmbito de cognição do recurso extraordinário, conforme a Súmula 279/STF.

4. Diante do exposto, conheço do agravo e dou parcial provimento ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 183: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 183

recurso extraordinário apenas para excluir a indenização de reparação dos danos fixada na sentença (Vol. 2, fls. 163v).

Publique-se. Intime-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 938.519 (792)ORIGEM : 2089382320138090000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MANOEL ALVES DE SOUZA NETOADV.(A/S) : ALESSANDRA REIS (12516/GO)ADV.(A/S) : ANDREA RODRIGUES ROSSI (18405/GO)ADV.(A/S) : KATARINI OLIVEIRA BRANDÃO (16310/GO)ADV.(A/S) : JULIO MARIA REIS (22802/GO)RECDO.(A/S) : NORTOX S/AADV.(A/S) : CLAUDIO HENRIQUE STOEBERL (05792/PR)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPRESENTAÇÃO

PROCESSUAL – IRREGULARIDADE – AGRAVO NÃO CONHECIDO.1. "Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a

procurar em juízo" (primeira parte da cabeça do artigo 37 do Código de Processo Civil). O agravante não se faz representado por advogada devidamente constituído. A subscritora do recurso extraordinário, Dra. Katarine Oliveira Brandão, OAB/GO nº 16.310, não possui, nos autos, os indispensáveis poderes.

Nem se diga pertinente o disposto na segunda parte do aludido preceito legal. Há de se ter em conta que a interposição de recurso não é passível de enquadramento entre os atos reputados urgentes. Concorre, sempre, a possibilidade de o pronunciamento judicial ser contrário aos interesses sustentados no processo, cabendo à parte precatar-se.

2. Em face da irregularidade da representação processual, não conheço deste agravo.

3. Publiquem.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 939.210 (793)ORIGEM : 10079130787561001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JERRI ANTONIO DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal, em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

Na peça recursal, sustenta-se, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta-se ofensa, pelo juízo recorrido, ao artigo 5º, caput, II, XXXVI, XXXIX, LV, §§ 2º e 3º, da CF/88.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional discutida no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação a dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) há jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nos moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, é inviável a apreciação, em recurso extraordinário, de alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada

ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal e da inafastabilidade da jurisdição, uma vez que, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa, já que é imprescindível o exame de normas infraconstitucionais. Nesse sentido: ARE 748.371-RG/MT, Min. GILMAR MENDES, Tema 660, Plenário, DJe de 1º/8/2013; AI 796.905AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21/5/2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 8/3/2012; e ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19/8/2011.

4. Ademais, a discussão sobre o marco inicial para a concessão de benefícios na execução penal não possui densidade constitucional, limitando-se à apreciação de matéria infraconstitucional (Lei 7.210/1984).

5. Diante do exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 939.370 (794)ORIGEM : 00423501320148190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : PAULO ELYSIO BASTOS DE SOUZAADV.(A/S) : ANA CAROLINA BASTOS MAYWORM (SP277154/)RECDO.(A/S) : ALBERTO SANCHO ROURAADV.(A/S) : SERGIO SENDER (33267/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. CERTIDÃO DE CRÉDITO. PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE CORTES DIVERSAS. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO RE 598.365. TEMA 181. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO DE CRÉDITO. INTERPOSIÇÃO DE DOIS AGRAVOS NA FORMA DE INSTRUMENTO CONTRA A MESMA DECISÃO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE, O QUE ACARRETA O NÃO CONHECIMENTO DO PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO RECURSO, NA FORMA DO ART. 557, CAPUT, CPC.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões de apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 5º, XXXV (1), LIV (2) e LV (3), da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta, bem como porque encontra óbice na Súmula 279 do STF.

É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar. Os princípios da ampla defesa e do contraditório (artigo 5º, LV – item

3) e do devido processo legal (artigo 5º, LIV – item 2), quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, Tema 660, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

No que concerne à alegada violação constitucional em face da inadmissibilidade do recurso por ofensa ao princípio da unirrecorribilidade, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que a admissibilidade dos recursos da competência de cortes diversas, quando controversa, não revela repercussão geral apta a dar seguimento ao apelo extremo, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF, na análise do RE 598.365-RG, da Relatoria do Min. Ayres Britto, DJe de 26/3/2010, o qual possui a seguinte ementa:

“PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 184

caso ‘elemento de configuração da própria repercussão geral’, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.”

Por fim, quanto à alegação de ofensa ao artigo 5°, XXXV, da Constituição da República (item 1), melhor sorte não assiste ao agravante, tendo em vista que da análise dos autos é possível observar que a parte se valeu dos meios recursais cabíveis e teve a jurisdição devidamente prestada por decisões fundamentadas, embora contrária aos seus interesses. Assim, não resta caracterizada a negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4/6/2013, o qual possui a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Alegação de ausência de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedente: AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. 5. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 6. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 940.430 (795)ORIGEM : 00575607720068120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ROBERTO DE SOUZAADV.(A/S) : JADER EVARISTO TONELLI PEIXER (MS008586/)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/AADV.(A/S) : CELSO MARCON (24460E/BA, 24460/BA, 19431-A/CE,

25309/DF, 10990/ES, 8104-A/MA, 111872/MG, 11996-A/MS, 11340/A/MT, 13536-A/PA, 10990-A/PB, 635/RN, 635-A/RN, 260289/SP)

ADV.(A/S) : EDUARDO OLIVEIRA DUARTE COUTO (14281/MS)

DECISÃO:Diante da ampliação das hipóteses de impedimento do magistrado

prescrito pelo novel Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), declaro o meu impedimento neste feito, no estrito cumprimento do art. 144 do novo Código de Processo Civil, a partir desta data.

Publique-se. Após, à redistribuição.Brasília, 18 de março de 2016.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 941.467 (796)ORIGEM : 200203990105630 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ALZIRA ALVES GALATTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CONCEICAO RAMONA MENA (40880/SP)

DESPACHO: O objeto deste recurso diz respeito a temas cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE 606.358-RG (Rel. Min. ROSA WEBER, DJe de 23/11/2015, Tema 257) e do RE 609.381-RG (de minha relatoria, DJe de 11/12/2014, Tema 480). Considerada a especial eficácia vinculativa desses julgados (CPC, art. 543-B, § 3º), impõe-se sua aplicação, nos mesmos termos, aos casos análogos, como o dos autos, razão pela qual determino a devolução do processo ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 941.520 (797)ORIGEM : 468782014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : WAGNER LUIZ PINTO VASCONCELOS

ADV.(A/S) : DIOGO DUAILIBE FURTADO (9147/MA)RECDO.(A/S) : BANCO PANAMERICANO S/AADV.(A/S) : NELSON PASCHOALOTTO (24665/BA, 25246/DF,

93392/MG, 12020-A/MS, 108911/SP)ADV.(A/S) : ROBERTA BEATRIZ DO NASCIMENTO (192649/SP)

DECISÃOCAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS JUROS – MEDIDA PROVISÓRIA

Nº 2.170-36 – CONSTITUCIONALIDADE.ARTIGO 1º DA LEI DE USURA – TAXA DE JUROS – LIMITE DE

12% AO ANO – COMISSÃO DE PERMANÊNCIA –MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.

AGRAVO DESPROVIDO.1. O Plenário, no Recurso Extraordinário nº 592.377/RS, de minha

relatoria, redator do acórdão ministro Teori Zavascki, assentou, em repercussão geral, a constitucionalidade do artigo 5º da Medida Provisória nº 1.963-17, de 30 de março de 2000, reeditada até a Medida Provisória nº 2.170-36, de 23 de agosto de 2001.

A par desse aspecto, no julgamento do Agravo de Instrumento nº 844.474, da relatoria do ministro Cezar Peluso, o Supremo firmou orientação no sentido da inexistência de repercussão geral do tema alusivo à limitação da taxa de juros a 12% ao ano nos contratos bancários, por tratar-se de questão infraconstitucional.

2. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 29 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 941.871 (798)ORIGEM : 01693454420098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MARIA CRISTINA COELHO VAN BAVELADV.(A/S) : ANDRE LUIZ MARTINS CAMBESES (163248/RJ)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – PENSÃO – LEGATÁRIO –

REVISÃO – CONFLITO DE NORMAS NO TEMPO – REGÊNCIA – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal de origem, confirmando o entendimento do Juízo, considerando ser aplicável à concessão de pensão por morte a lei vigente na data do óbito do segurado, assentou o direito da autora, na qualidade de legatária, à percepção do benefício no percentual pretendido. O recorrente insiste no processamento do extraordinário, afirmando violados os artigos 1º, inciso III, 5º, inciso XXXVI, 40, §§7º e 8º, e 201, inciso V, da Constituição Federal.

2. O Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário nº 273.570, de minha relatoria, assentou descaber emprestar a texto de lei ou da Constituição eficácia retroativa, tendo em vista a percepção pela totalidade dos vencimentos, devendo ser feita a regência da pensão considerando-se a legislação em vigor na data do falecimento do servidor.

A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

3. Ante o quadro, nego provimento ao agravo.4. Publiquem.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 941.960 (799)ORIGEM : 10469206520148260053 - COLÉGIO RECURSAL

CENTRAL DA CAPITAL/SP

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 185

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARCIA SANCHESADV.(A/S) : DIEGO PAGEÚ DOS SANTOS (295573/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTATUTÁRIO. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. ADICIONAL DE SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO. INTEGRALIDADE DOS VENCIMENTOS. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo nas alíneas a e b do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL – Quinquênio – Sexta-parte – Sentença de improcedência do pedido de adoção de novo cálculo – Cálculo de quinquênios exclui outras vantagens – Sexta-parte deve ser calculada sobre padrão de vencimento mais vantagens não eventuais – Sentença mantida.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.No recurso extraordinário, aponta violação aos artigos 25, 29, 37, XIV,

e 39 da Constituição Federal.O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por

entender que encontra óbice na Súmula 280 do STF.É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar.O Tribunal de origem decidiu a controvérsia sobre a incidência do

adicional de sexta-parte sobre a integralidade dos vencimentos dos servidores estatutários, com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que inviabiliza o conhecimento do apelo extremo. Nesse sentido, RE 450.494, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 17/9/2014, AI 510.364-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 16/9/2005, com a seguinte ementa:

“CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE SEXTA-PARTE. CÁLCULO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. I. - Cálculo da sexta-parte feito em cumprimento às normas do art. 129 da Constituição do Estado-Membro. Controvérsia decidida à luz da legislação local. II. - Agravo não provido.”

Aliás, outro não foi o entendimento firmado pelo Plenário desta Corte, no julgamento do RE 675.153-RG, da relatoria do Ministro Ayres Britto, em que se discutia o direito de servidor público estadual, o qual possui a seguinte ementa:

“ADMINISTRATIVO. ADICIONAL DE ‘SEXTA PARTE’. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ESTATUTÁRIO. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, está circunscrito ao âmbito infraconstitucional o tema atinente à incidência do adicional de ‘sexta parte’ sobre a integralidade dos vencimentos dos servidores públicos estaduais estatutários. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta Suprema Corte, falta ao caso ‘elemento de configuração da própria repercussão geral’, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 942.471 (800)ORIGEM : 20130111196566 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARIA APARECIDA MONTEIRO AZEVEDOADV.(A/S) : KARLA ZARDINI DORADO VALENTINO (28574/DF,

0028574/DF)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃOAGRAVO – MINUTA – DESCOMPASSO – DESPROVIMENTO.1. Há flagrante descompasso entre o ato com que se negou

seguimento ao extraordinário e o teor da minuta deste agravo. Ao não admitir o recurso, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios consignou tratar-se de matéria fática e legal. O agravante limitou-se a discorrer sobre o tema de fundo – inexistência de procedimento administrativo relativo à determinação da devolução dos valores recebidos a maior.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 942.571 (801)ORIGEM : 50010617920134047120 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RUDERICO MOURA SOARESADV.(A/S) : CASSANDRA LENA DORNELES PRADIÉE (58232/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. O Colegiado de origem, confirmando o entendimento do Juízo, concluiu pela improcedência do pagamento de adicional noturno, considerada a introdução do subsídio e a irredutibilidade salarial. Insiste o recorrente no processamento do extraordinário, afirmando a ofensa aos artigos 5º e 37 da Constituição Federal, por se tratar de débitos relativos a período anterior à nova sistemática de remuneração.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 30 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 942.945 (802)ORIGEM : 00045148520108260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : TIM CELULAR S.AADV.(A/S) : CRISTIANO CARLOS KOZAN (SP183335/)RECDO.(A/S) : FUNDACAO DE PROTECAO E DEFESA DO

CONSUMIDOR PROCONPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face do acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 5, p. 13):

"MULTA. Código de Defesa do Consumidor. Descumprimento das normas que regulamentam o Serviço de Atendimento ao Cliente- SAC. Excesso de tempo de espera para contato com o atendente e interrupção da ligação antes da conclusão do atendimento. Bis in idem. Não ocorrência. Cometimento de ilícitos de mesma natureza,em períodos diversos. Infrações diversas. Relatório de fiscalização elaborado por agentes do PROCON. Presunção de legitimidade e veracidade não informada. Multa fixada pelo PROCON em valor compatível com a gravidade da infração e com o porte econômico do estabelecimento. Demanda contra a multa ora julgada improcedente. Provido o recurso da ré e não provido o da autora."

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos artigos 5º, LIV e LV, 37 e 93, IX, da Constituição Federal, por violação aos princípios garantidores do devido processo legal, do contraditório e ampla defesa e da proporcionalidade e razoabilidade, bem como por contrariedade ao dever de fundamentação das decisões judiciais.

Nas razões recursais, a recorrente sustenta, em suma, “...não pode restar dúvida de que este Recurso Especial deve ser provido, uma vez que o v. Acórdão recorrido: (i) contrariou o art. 560 do Código de Processo Civil ao não converter o julgamento em diligência, afim de dirimir dúvida suscitada pelo E. Tribunal a quo relacionada a questão imprescindível para o deslinde da demanda, (ii) contrariou o art. 71 do Código Penal ao manter a aplicação de duas penalidades pelo PROCON/SP contra a TIM , por condutas de mesma natureza e de caráter continuado, (iii) contrariou o art. 56, § 10, do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 186

CDC, ao declarar competente o órgão estadual para fiscalizar e aplicar multa decorrente de suposta infração a Decreto Federal por serviço de abrangência nacional da TIM (quando a competência é do Órgão Federal - DPDCI. (iv) contrariou o parágrafo único do art. 57 do CDC, ao permitir a aplicação de penalidades sucessivas por infrações de mesma natureza e ocorridas em períodos próximos em valores que, se somados, extrapolam o limite imposto em referido dispositivo legal, e (v) contrariou o caput do art. 57 do CDC e o art. 20 da Lei nº 9.784/99, ao fixar o valor da multa em desacordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade,e sem observar todos os critérios legais para a fixação da multa administrativa.” (eDOC. 5, p. 149)

Aduz, por fim, que “... o v. acórdão recorrido seja declarado nulo, diante da violação aos artigos 165, 458 e principalmente ao art.535, II, todos do CPC. Caso assim não se entenda,o que só se admite por hipótese, é a presente para requer seja dado provimento ao Recurso, em razão da violação aos artigos de Lei Federal suscitados, com a consequente reforma do v. Acórdão recorrido, para que a Ação Declaratória em questão seja julgada inteiramente procedente, a fim de que seja declarada a nulidade ou insubsistência da multa aplicada pelo PROCON contra a TIM ou, no mínimo, para que seja drasticamente reduzido o valor da multa arbitrada, inclusive conforme havia sido determinado pelo MM. Juiz de Primeira Instância...” (eDOC. 5, p. 150)

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre os temas discutidos nestes autos.

Verifica-se que no julgamento do ARE-RG 748.371, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º.08.2013 (Tema 660), o Plenário do desta Corte assentou que não há repercussão geral quando a alegada ofensa aos princípios do devido processo legal e da ampla defesa e do contraditório é debatida sob a ótica infraconstitucional, uma vez que configura ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que torna inadmissível o recurso extraordinário, como no caso em exame.

Ademais, ao julgar o AI-QO-RG 791.292, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13.8.2010, o Tribunal assentou a repercussão geral do tema 339 referente à negativa de prestação jurisdicional por ausência de fundamentação e reafirmou a jurisprudência segundo a qual o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.

Ante o exposto, em vista dos pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal acerca dos temas suscitados neste recurso extraordinário com agravo, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 328 do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 943.260 (803)ORIGEM : 0033863022012402515101 - TRF2 - RJ - TURMA

RECURSAL UNICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : DINA DOS SANTOS LEALADV.(A/S) : JUSSARA MEDEIROS PEÇANHA SANCHES

(134770/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO. FORMA DE CÁLCULO. VALORES RECEBIDOS EM ATRASO E ACUMULADAMENTE. ARTIGO 16-A DA LEI 10.887/2004. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE EM SEDE EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL. RPV. DESCONTO SOBRE O EXCEDENTE AO TETO NO VALOR GLOBAL. PARCELAS ESTIPENDIAIS DE VÁRIAS COMPETÊNCIAS. NECESSIDADE DE CÁLCULO DO DESCONTO CONSIDERANDO AS PARCELAS MÊS A MÊS. ENUNCIADO 122 DAS TURMAS RECURSAIS DO RIO DE JANEIRO. RECURSO.”

Nas razões do apelo extremo, a União sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 40, caput; 194 e 195, caput, da Constituição Federal.

O Juízo a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender a análise da matéria demandaria a interpretação de normas infraconstitucionais.

É o Relatório. DECIDO.O recurso não merece provimento.A incidência de contribuição previdenciária sobre valores recebidos

em atraso e acumuladamente, quando sub judice a controvérsia a respeito da base de cálculo da exação, demanda a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 10.887/2004). Assim, eventual ofensa à Constituição Federal seria, quando muito, indireta e reflexa, circunstância que inviabiliza o exame da matéria em sede extraordinária.

Nesse sentido: ARE 870,621, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 23/3/2015; ARE 811.684, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 23/2/2015; ARE 833.991-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 15/12/2014; ARE 828.842-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 12/11/2014; e ARE 828.387-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 7/10/2014, esse último assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO – PSS. INCIDÊNCIA SOBRE VALORES PAGOS POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL EM DEMANDA REFERENTE A PARCELA REMUNERATÓRIA. BASE DE CÁLCULO. MONTANTE INTEGRAL RESTITUÍDO OU O VALOR CORRESPONDENTE AO QUE DEVERIA TER SIDO PAGO MENSALMENTE AO SERVIDOR. EXEGESE DO ART. 16-A DA LEI 10.887/2004. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE CONTEÚDO EXCESSIVAMENTE GENÉRICO PARA INTERFERIR NA PECULIAR QUESTÃO PROPOSTA. SÚMULA 284/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 943.650 (804)ORIGEM : 00025133120088260140 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CHAVANTESADV.(A/S) : ARAI DE MENDONÇA BRAZÃO (197602/SP)RECDO.(A/S) : ROSANGELA MANSUR SIMOES DE SOUZAADV.(A/S) : JOSÉ MARIA BARBOSA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. PROMOÇÃO HORIZONTAL. LEI COMPLEMENTAR 36/1999 DO MUNICÍPIO DE CHAVANTES/SP. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL – Magistério – Promoção horizontal (Lei Complementar nº 36/99) – Acumulação de pontos nos itens de Avaliação de Desempenho, Titulação, Assiduidade e Disciplina – Exegese dos artigos 40 e 43 – Exceto relativamente à avaliação de desempenho, os demais requisitos foram disciplinados criteriosamente pela lei em apreço, inclusive para se apurar as notas parciais (artigos 48, 51 e 52, respectivamente), prescindindo de regulamentação – Definição de critérios por intermédio da edição de decreto do executivo municipal (artigo 45) que se mostra necessária apenas à avaliação de desempenho – Decreto Municipal nº 1.972/02 que não possui força regulamentadora – Professores que relativamente ao ano 2004 foram avaliados para promoção – Reenquadramento na referência/grau imediatamente superior – Possibilidade – Autora que logrou alcançar pontuação superior a dez pontos – Realização de promoção/avaliações posteriores – Cabimento Avaliação de desempenho que é prescindível quando o servidor atingir a pontuação necessária para a progressão pela análise dos demais requisitos – Aplicação do disposto no artigo 47 do Estatuto – Processos de avaliação anuais que podem prosseguir com vistas a novas promoções e, via de consequências, alterações das referências salariais, caso se obtenha a pontuação mínima – Texto legal que não padece de vício de inconstitucionalidade – Recurso provido.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao artigo 2º da Constituição Federal.O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, por

entender que encontra óbice na Súmula 280 do STF.É o relatório. DECIDO.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da Constituição da República).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 187

A matéria relativa à promoção horizontal na carreira do magistério municipal, quando sub judice a controvérsia, implica a análise de legislação infraconstitucional local aplicável à espécie (Lei Complementar 36/1999 – Estatuto do Magistério Público Municipal e Decreto 1.972/2002), o que encontra óbice na Súmula 280 do STF, de seguinte teor: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário".

A propósito, menciono as lições do ilustre professor Roberto Rosas sobre a Súmula 280 desta Corte:

“A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 138).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 943.695 (805)ORIGEM : 201403000042234 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA ADVOGADOS

ASSOCIADOS S/SADV.(A/S) : FABIO ABUD RODRIGUES (233431/SP)ADV.(A/S) : EDISON FREITAS DE SIQUEIRA (23016/BA, 2074-A/DF,

28659/GO, 92047/MG, 10305/A/MT, 47098/PR, 2541-A/RJ, 22136/RS, 22281/SC, 172838/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. O Colegiado de origem assentou a impossibilidade da análise do pedido contido em exceção de pré-executividade, por depender de dilação probatória. O recorrente insiste no processamento do extraordinário, afirmando violado o artigo 5º, inciso inciso LIV, da Constituição Federal, apontando estar suspensa a exibilidade do crédito tributário.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 21 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 944.361 (806)ORIGEM : 1121115 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BV FINANCEIRA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : BERESFORD MARTINS MOREIRA NETO (8737/ES)RECDO.(A/S) : MANOELZITON LIMASADV.(A/S) : HAENDEL DE SOUZA FARIA (106127/RJ)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - RAZÕES - DESCOMPASSO -

AGRAVO DESPROVIDO.1. Há flagrante descompasso entre o que assentado na origem e o

teor das razões do extraordinário, cujo trânsito busca-se alcançar. O Colegiado nada decidiu acerca do tema de fundo, limitando-se a não conhecer do recurso inominado, por intempestividade.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 21 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 944.463 (807)ORIGEM : 08396981420138240023 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S.A.ADV.(A/S) : KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI (178033/SP)RECDO.(A/S) : JOAO ADOLFO SCHULTERADV.(A/S) : RAFAEL CUNHA GARCIA (0014076/SC)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal de origem assentou ser devida o pagamento decorrente de danos materiais, considerada temerária a administração dos recursos financeiros aplicados. O Banco do Brasil insiste no processamento do extraordinário, afirmando a violação do artigo 5º, incisos V, X e LV, da Constituição Federal, afirmando a ausência de proporção entre o prejuízo sofrido e o valor da indenização fixada.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

De resto, o Tribunal, no Recurso Extraordinário com Agravo nº 748.371/MT, da relatoria do ministro Gilmar Mendes, assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter repercussão geral o tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucional.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 14 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 945.012 (808)ORIGEM : 00035776120054036314 - TRF3 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA

DE TRANSPORTES - DNITPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARCIO EUGENIO DINIZADV.(A/S) : MARCIO EUGENIO DINIZ (130278/SP, 0130278/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

Page 188: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL · 2016. 4. 5. · adv.(a/s) :jÚlia barozzi festa trovati (207099/sp) habeas corpus 132.247 (4) origem :hc - 339883 - superior

STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 188

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. ACIDENTE EM RODOVIA. VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 279/STF. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CF. INEXISTÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“DANOS MATERIAIS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO DO DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES. DESPROVIMENTO AO RECURSO. APLICAÇÃO DO ARTIGO. 46 DA LEI 9099/95 C/C ART. 1° DA LEI 10.259/2001.

1. Ação de danos materiais proposta em face do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte, ante acidente automotivo na Rodovia em virtude de buracos na pista.

2. Sentença de procedência. Recurso do DNIT. Razões, em síntese, que a parte autora não faz jus ao vindicado.

3. No mérito, a sentença é mantida pelos seus próprios fundamentos, nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/1995 c/c artigo 1º da Lei 10.259/2001. O magistrado a quo avaliou bem as afirmações e documentos contidos nos autos, fazendo correto juízo de valor sobre o conjunto fático-probatório. Irreparável aplicação, portanto, do princípio da livre convicção motivada ou persuasão racional (artigo 93, IX, da Constituição Federal, e, entre outros, artigo 131 do Código de Processo Civil).

4. A violação do direito e o dano restaram comprovados no presente caso. Outrossim, não há que se questionar o valor da condenação.

5. Negado provimento ao recurso.6. Não obstante o prequestionamento de matérias que possam

ensejar a interposição de recurso especial ou extraordinário, com base nas Súmulas 282 e 356, do Supremo Tribunal Federal, as razões do convencimento do Juiz sobre determinado assunto são subjetivas, singulares e não estão condicionadas aos fundamentos formulados pelas partes.

7. Condenação Do DNIT ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em R$ 1.000,00 (mil reais) nos termos do art. 20, § 4º do Código de Processo Civil, considerando a baixa complexidade do tema e do pequeno valor causa.”

Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação aos artigos 5º, II e LV, e 93, IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO.É o relatório. DECIDO.Não merece prosperar o presente agravo. De início, pontuo que esta Corte firmou entendimento no sentido que

os princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e os limites da coisa julgada, quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Ademais, o nexo de causalidade apto a gerar indenização por danos materiais em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula nº 279 do STF, que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Não se revela cognoscível, em sede de recurso extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo se restringe à discussão eminentemente de direito, face ao óbice erigido pela Súmula nº 279 do STF. Nesse sentido, RE 678.144-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; RE 600.866-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13/12/2012; e ARE 719.319-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 28/11/2013, assim ementado:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Responsabilidade objetiva do Estado. Indenização. Nexo causal. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu pela responsabilidade objetiva da Administração Pública e pelo consequente dever de indenizar, com fundamento nos fatos e nas provas constantes dos autos. 2. Não se presta o recurso extraordinário para o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra

que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula nº 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Por fim, relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 945.575 (809)ORIGEM : 00243345620118260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ERAYDES ORSI TORELLIADV.(A/S) : NELSON CAMARA (SP015751/)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. NÃO IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República contra o seguinte julgado da Quarta Câmara de Direito Público do Tribunal e Justiça de São Paulo:

“APELAÇAÕ – PENSIONISTA – FEPASA. Ferroviários. Aposentados e pensionistas da extinta FEPASA. Prescrição do fundo do direito não verificada. Obrigação continuada. Súmulas ns. 85 do STJ e 443 do STF. Reajuste do IPC de 84,93% e 44,80% referentes a março e abril de 1990. descabimento. Inexistência de direito adquirido. Acordo coletivo prevendo correção salarial que conclui negociações referentes ao ano de 1990” (doc. 1).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. O Agravante alega ter o Tribunal de origem contrariado os arts. 5º,

inc. XXXVI, 7°, incs. IV, V e XXVI, e 40, § 8°, da Constituição da República.Assevera que a “a correção monetária incidente sobre os proventos e

pensões dos autores e referente aos meses de janeiro de 1990 e subsequentes que foi concedida através de acordo coletivo 90/91, celebrado entre a antiga FEPASA – Ferrovia Paulista S/A e todos os Sindicatos dos Ferroviários representativos da categoria, deve ser extensiva aos ativos e inativos”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os fundamentos de incidência das Súmulas ns. 282 e 280 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. Razão jurídica não assiste ao Agravante.5. O agravo não pode ter seguimento por não ter o Agravante

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 189

impugnado os fundamentos da decisão agravada. Este Supremo Tribunal assentou ser incabível o agravo no qual não

se infirmam todos os fundamentos da decisão agravada: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo não atacou os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário, o que o torna inviável, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (ARE n. 654.292-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 25.10.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO ATACOU OS FUNDAMENTOS DO ARESTO IMPUGNADO, NEM PROCEDEU À INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL QUE TERIA SIDO VIOLADO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 283 E 284 DO STF. Agravo regimental desprovido” (AI n. 552.131-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 17.11.2006).

“1. RECURSO. Embargos de declaração. Deficiência na fundamentação do recurso. Súmula 284. Embargos rejeitados. Há fundamentação deficiente de recurso, quando não revele correlação entre as suas razões e os fundamentos da decisão recorrida. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter meramente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 538, § único, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a oposição de embargos de declaração manifestamente protelatórios, deve o Tribunal condenar o embargante a pagar multa ao embargado” (RE n. 511.693-ED, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 19.12.2008).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.6. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 932, inc. III, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2016.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 945.870 (810)ORIGEM : 00269053420128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : WILMA MORGANTE VOLPINI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA NARBUTIS (77001/

SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. ARTIGO 1º-F DA LEI Nº 9.494/1997 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/2009. MATÉRIA QUE AGUARDA EXAME SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 810. RE 870.947. APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º-F DA LEI Nº 9.494/1997, NA REDAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.180-35/2001, NAS AÇÕES AJUIZADAS ANTERIORMENTE À SUA VIGÊNCIA. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 435. AI 842.063. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: As matérias versadas no recurso extraordinário em questão já foram objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema nº 810, RE 870.947, Rel. Min. Luiz Fux, e Tema nº 435, AI 842.063, Rel. Min. Cezar Peluso).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 945.875 (811)ORIGEM : 00035283420008190003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : JAYME SOARES DA ROCHA FILHO (81852/RJ)ADV.(A/S) : LEONARDO FERREIRA LOFFLER (148445/RJ,

0148445/RJ)RECDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DE ARAUJO PIRES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDSON AMORIM (57699/RJ)INTDO.(A/S) : ACE SEGURADORA

ADV.(A/S) : ANA MARIA NETTO BRANDÃO (65067/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCESSIONÁRIA. ENERGIA ELÉTRICA. DESCARGA ELÉTRICA. DANOS MORAIS E MATERIAIS. NEXO CAUSAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. MODIFICAÇÃO DO VALOR FIXADO A TÍTULO DE DANO MORAL. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 655. ARE 743.771. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“Responsabilidade civil. Morte por descarga elétrica. Responsabilidade objetiva. Concessionária de serviço público. Risco administrativo. Impossibilidade de denunciação da lide a terceiros cuja responsabilidade é subjetiva. Incidência da Súmula 50 do TJRJ, por analogia. Preliminar de cerceamento de defesa rejeitada. Impossibilidade de discutir "culpa". Nova interpretação do STF sobre o artigo 37, §6°, da Constituição Federal. Laudo pericial que atesta falta de observância às normas técnicas. Dever de indenizar. Danos morais adequados: R$ 25.000,00 para cada autor. A pensão em favor dos filhos menores tem como limite a idade de 24 nos dos beneficiários. Incidência da Súmula 57 do TFR. O pensionamento decorrente de ilícito civil tem acrescido à sua quota o montante devido a esse título aos filhos da vítima, que deixarem de receber a verba a qualquer título. Juros legais nos termos das Súmulas 95 do TJRJ e 54 do STJ. Correção conforme Súmula 97 do TJ-RJ. excludente do contrato do seguro não argüida perante o juiz. Matéria preclusa. Impossibilidade de inovação recursal. Agravo retido. “

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, V, XXXV, LIV e LV, e 37, §6º, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta.

É o relatório. DECIDO. De início pontuo, que esta Corte já firmou entendimento no sentido de

que os princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e os limites da coisa julgada, quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, conforme se pode destacar do seguinte trecho da manifestação do referido julgado:

“Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.”

Ademais, o nexo de causalidade apto a gerar indenização por danos material e moral em face da responsabilidade do Estado, quando controversa sua existência, demanda a análise do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula nº 279 do STF, que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Não se revela cognoscível, em sede de recurso extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo se restringe à discussão eminentemente de direito, face ao óbice erigido pela Súmula nº 279 do STF. Nesse sentido, RE 678.144-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; RE 600.866-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13/12/2012; e ARE 719.319-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 28/11/2013, assim ementado:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Responsabilidade objetiva do Estado. Indenização. Nexo causal. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu pela responsabilidade objetiva da Administração Pública e pelo consequente dever de indenizar, com fundamento nos fatos e nas provas constantes dos autos. 2. Não se presta o recurso extraordinário para o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.”

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula nº 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 190

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.“ (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138).

Ressalto, ainda, que o valor fixado a título de dano moral, quando aferido pelas instâncias ordinárias, não revela repercussão geral apta a dar seguimento ao apelo extremo, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF, na análise do ARE 743.771, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 31/5/2013, o qual possui a seguinte ementa:

“DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VALOR FIXADO A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO 279 DA SÚMULA DO STF. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Por fim, quanto à alegação de ofensa ao artigo 5°, XXXV, da Constituição, melhor sorte não assiste à agravante, tendo em vista que da análise dos autos é possível observar que a parte se valeu dos meios recursais cabíveis e teve a jurisdição devidamente prestada por decisões fundamentadas, embora contrária aos seus interesses. Assim, não resta caracterizada a negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4/6/2013, o qual possui a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Alegação de ausência de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedente: AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. 5. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 6. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 946.301 (812)ORIGEM : 02130191720088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : OSMAR DE SOUZAADV.(A/S) : MAURICIO SANITA CRESPO (124265/SP, 0124265/SP)ADV.(A/S) : FABIO FRASATO CAIRES (28478/BA, 1123-A/RN,

124809/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE HORTOLÂNDIAADV.(A/S) : ARIANE DORIGON COSTA

DECISÃOAGRAVO – MINUTA – DESCOMPASSO – AGRAVO DESPROVIDO.1. Há flagrante descompasso entre o ato com que se negou

seguimento ao extraordinário e o teor da minuta deste agravo. A ausência de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada configura irregularidade formal, porquanto a reiteração das razões do extraordinário não tem o condão de afastar a motivação apresentada pelo juízo primeiro de admissibilidade.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 946.565 (813)ORIGEM : 10105120168569001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARESADV.(A/S) : BERNARDO PESSOA DE OLIVEIRA (155123/MG)RECDO.(A/S) : EREMITA MENDES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÂNDIDO ANTÔNIO DE SOUZA FILHO (MG081754/)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. LEI COMPLEMENTAR Nº 25/2002 DO MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARES. ACORDO EXTRAJUDICIAL. PAGAMENTO DE PARCELAS VENCIDAS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ÓBICES DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“REEXAME NECESSÁRIO – APELAÇÃO CÍVEL – SERVIDORAS PÚBLICAS – MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARES – LEI COMPLEMENTAR 35/2002 – AUSÊNCIA DE EFETIVO PAGAMENTO DE PARCELAS SALARIAIS – ACORDO EXTRAJUDICIAL – DÍVIDA RECONHECIDA.

Tendo a Administração Municipal reconhecido extrajudicialmente as progressões funcionais devidas às autoras, fazem jus as servidoras ao percebimento das diferenças devidas.

O reconhecimento da dívida, ocorrido em 2009, interrompeu a prescrição."

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta ofensa ao disposto nos artigos 5º, XXXVI, e 37, XIV, da Constituição Federal e 17 do ADCT.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que se trataria, na espécie, de matéria infraconstitucional e que a análise da questão suscitada encontra óbice na Súmula 282 do STF.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da Constituição da República).

Verifica-se que os artigos 5º, XXXVI, e 37, XIV, da Constituição Federal e 17 do ADCT, que o agravante considera violados, não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, os embargos de declaração opostos não sanaram tal omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da matéria constitucional, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida. (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).

(...)Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 191

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 139-140 e 175-176).

Nesse sentido, AI 738.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 25/6/2013, e ARE 737.360-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/6/2013, assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Agravo regimental improvido.”

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 947.276 (814)ORIGEM : 746885 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO INDÚSTRIAL E COMERCIAL S/AADV.(A/S) : SERGIO BERMUDES (02192/A/DF, 02192/DF, 17587/RJ,

33031/SP)RECDO.(A/S) : A. CARDOZO COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDA.ADV.(A/S) : ANDRE PAULINO MATTOS (23663/DF)

Petição/STF nº 9.735/2016D E S P A C H ODISTRIBUIÇÃO – SUBMISSÃO AO PRESIDENTE DO TRIBUNAL. 1. A assessora Dra. Juliana Gonçalves de Souza Guimarães prestou

as seguintes informações: A recorrida, A. Cardozo Comércio e Importação Ltda., aduz, na

referida petição, a prevenção da ministra Rosa Weber para o julgamento do recurso, porquanto foi relatora da Medida Cautelar nº 3.998/SP, na qual o recorrente pleiteava a atribuição de efeito suspensivo ao extraordinário.

Invoca o disposto no artigo 77-A do Regimento Interno do Supremo, considerada a apreciação da cautelar em 19 de outubro de 2015. É a primeira manifestação da parte após a distribuição do processo.

2. Observado o que prevê o artigo 77-A do Regimento Interno deste Tribunal, caberá ao mesmo Relator a análise da ação cautelar e do recurso principal. Tendo a ministra Rosa Weber examinado a cautelar, o recurso extraordinário com agravo deveria ter sido a ela distribuído.

3. Remetam o processo ao Presidente do Supremo, que melhor dirá. 4. Publiquem. Brasília, 14 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 947.360 (815)ORIGEM : 2452931 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALIELMIR DE GUSMAO NEVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO (3152/PE)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. DETERMINAÇÃO DO VALOR DO SOLDO. ESCALONAMENTO VERTICAL. VALOR BÁSICO DE REFERÊNCIA – VBR. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 601. ARE 694.450. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema 601, ARE 694.450, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 947.403 (816)ORIGEM : 05345581320084058300 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSE IZIDRO DA COSTAADV.(A/S) : RODRIGO MUNIZ DE BRITO GALINDO (20860/PE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES INATIVOS E PENSIONISTAS. GDPGPE E GDPGTAS. LEI Nº 11.357/2006. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 351, RE 631.389, E TEMA 410, RE 633.933. DECISÃO QUE APLICA PRECEDENTE DESTA CORTE FIRMADO SOB A SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO. NÃO CABIMENTO. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão proferida pela Presidência da Segunda Turma Recursal de Pernambuco, que, ao aplicar a sistemática da repercussão geral, assim dispôs, verbis :

“Os presentes autos estavam sobrestados no aguardo do julgamento definitivo do Recurso Extraordinário nº. 631.389/CE (Tema 351 - Extensão a inativos e pensionistas da Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – GDPGPE), cuja repercussão geral foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal.

Verifico que o RE em apreço foi decidido pelo STF, com transitado em julgado em 14.11.2015, nos termos da ementa abaixo transcrita:

‘GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DO PLANO GERAL DE CARGOS DO PODER EXECUTIVO – GDPGPE – LEI Nº 11.357/06. Homenageia o tratamento igualitário decisão que, até a avaliação dos servidores em atividade, implica a observância da mesma pontuação – 80 – no tocante a inativos e pensionistas.’ (RE 631389, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 25/09/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-106 DIVULG 02-06-2014 PUBLIC 03-06-2014).

Para melhor elucidação, segue transcrição do noticiado no Informativo 721 do STF:

‘Gratificação de desempenho a ativos e inativos – 1. Os servidores inativos e pensionistas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS têm direito à Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - GDPGPE, prevista na Lei 11.357/2006, em percentual igual ao dos servidores ativos, até a implantação do primeiro ciclo de avaliação de desempenho. Com base nessa orientação, o Plenário, por maioria, negou provimento a recurso extraordinário em que discutida, à luz dos artigos 2º; 40, § 8º; 61, § 1º, II, a; e 169, parágrafo único, da CF, a constitucionalidade de se fixar pagamento de gratificação de desempenho nos mesmos patamares a ativos e inativos. Na espécie, o acórdão recorrido estabelecera que, enquanto não adotadas as medidas para a avaliação de desempenho dos servidores em atividade, a gratificação revestir-se-ia de caráter genérico. O Tribunal destacou que, embora a mencionada gratificação tivesse sido prevista com base no trabalho individualmente desenvolvido pelo servidor, norma de transição teria disposto que, independentemente da avaliação e até que esta ocorresse, seriam atribuídos aos servidores, indistintamente, oitenta pontos, de um máximo de cem. Referida pontuação também seria concedida aos pensionistas, aos que tivessem se aposentado de acordo com a regra de transição e àqueles que preenchessem os requisitos para a aposentadoria quando da publicação da EC 41/2003.

Gratificação de desempenho a ativos e inativos – 2. Aduziu-se que o acórdão recorrido não conflitaria com a Constituição porque, no período a anteceder a avaliação dos servidores, a gratificação revestiu-se de natureza linear, a ser observada de forma abrangente para ativos e inativos. Asseverou-se que, inexistente a avaliação de desempenho, a Administração não poderia conceder vantagem diferenciada entre servidores ativos e inativos porque não configurado o caráter pro labore faciendo da GDPGPE. Pontuou-se que, adotadas as medidas para as referidas avaliações, seria possível tratar diferentemente ativos e inativos dentro dos critérios legais. Fixou-se, como termo final do direito aos oitenta por cento pelos inativos e pensionistas, a data em que implementado o primeiro ciclo avaliativo. Vencido o Ministro Teori Zavascki, que dava provimento ao recurso. Frisava que a regra do art. 7º-A, § 6º, da Lei 11.784/2009, ao dispor que ‘o resultado da primeira avaliação gera efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2009, devendo ser compensadas eventuais diferenças pagas a maior ou a menor’, traria uma avaliação de desempenho com efeitos desde a origem. Observava que, a se considerar a referida disposição, que impõe a retroação dos efeitos da avaliação à vigência da lei, não haveria nenhum período a descoberto em relação a essa mesma avaliação. Consignava que essa gratificação fora, desde 1º.1.2009, de natureza jurídica pro labore faciendo. Assinalava que, nessa linha de entendimento, inspirara-se o Enunciado 20 da Súmula Vinculante [‘A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA, instituída pela Lei nº 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete vírgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e, nos termos do artigo 5º, parágrafo único, da Lei nº 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o artigo 1º da Medida Provisória nº 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 192

(sessenta) pontos.’]. RE 631389/CE, rel. Min. Marco Aurélio, 25.9.2013. (RE-631389). (Informativo 721, Plenário, Repercussão Geral)’.

Ante o exposto, considerando que o acórdão proferido por esta Turma Recursal está em consonância com o entendimento do STF, INADMITO o(s) recurso(s) interposto(s) neste ponto.

Compulsando os autos, verifico que o Recurso Extraordinário pretende ainda discutir a incorporação, nos proventos de sua aposentadoria/pensão, do valor integral da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa e de Suporte – GDPGTAS.

Cumpre ressaltar que o c. STF, quando do julgamento do Recurso Extraordinário nº 633.933/DF, que versou sobre a matéria em questão (GDPGTAS), pronunciou-se em idêntico sentido ao que perfilhado no julgado desta Turma Recursal.

A propósito passo a reproduzir o inteiro teor da decisão do recurso suso mencionado, representativo da controvérsia:

‘RECURSO. Extraordinário. Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa e de Suporte – GDPGTAS. Critérios de cálculo. Extensão. Servidores públicos inativos. Repercussão geral reconhecida. Precedentes. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a Constituição a extensão, aos servidores públicos inativos, dos critérios de cálculo da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa e de Suporte – GDPGTAS estabelecidos para os servidores públicos em atividade. (RE 633933 RG, Relator(a): Min. MINISTRO PRESIDENTE, julgado em 09/06/2011, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-168 DIVULG 31-08-2011 PUBLIC 01-09-2011).’

Ademais, verifico que foi publicada a Instrução Normativa autorizando a desistência e a não interposição de recursos no que se refere a matéria ora tratada (GDPGTAS) no RE nº 591303 AgR/SE, conforme se infere adiante:

(...)Neste sentido, com fulcro no que preceitua o art. 557, caput, do CPC,

NEGO SEGUIMENTO ao presente recurso, no que tange à aludida gratificação, por se apresentar manifestamente contrário à jurisprudência firmada no âmbito do C. STF sobre o tema, bem como por entender PREJUDICADO neste ponto.

Em inúmeras ações semelhantes a esta, a UNIÃO alega ter havido cerceamento do direito de defesa por violação à garantia constitucional ao princípio devido processo legal, insculpido no art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição da República, não se mostra idônea a lastrear a admissibilidade deste Recurso.

É cediço que o Pretório Excelso já firmou o seu entendimento no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, como no caso em apreço, podem configurar, no máximo, apenas uma ofensa reflexa à Constituição da República, não sendo caso, pois, de Recurso Extraordinário. As alegações sobre a existência de vício de julgamento ultra petita (ou de Reformatio in Pejus), envolvem os arts. 128, 293 e 460, todos do Código de Processo Civil, matéria, portanto, prevista em legislação infraconstitucional, de modo que refoge à competência extraordinária da Corte Suprema.

Observa-se ainda que a GDPGTAS foi extinta pela MP 341/2008 de 14/05/2008. Em seu lugar, estipulou-se uma gratificação de mesma natureza, mas com o nome de Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – GDPGPE.

Portanto, trata-se, na verdade, da mesma gratificação, tendo-se operado apenas uma mudança de nomenclatura.

Além do mais, percebe-se que a Recorrente pôde se manifestar em todas as oportunidades processuais, o que enfraquece ainda mais os seus argumentos de cerceamento de defesa.

Nesse sentido, vejam-se os seguintes excertos de julgados oriundos do c. STF, in verbis:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1.Impossibilidade de análise da legislação infraconstitucional na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar ofensa apenas reflexa à Constituição da República. 3. Motivação sucinta não afronta o art. 93, inc. IX, da Constituição da República. Precedentes. (STF – AIAgR nº 654413, Rel. Min. Carmem Lúcia – DJ 19.09.2008).’

‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA. VIOLAÇÕES DEPENDENTES DE REEXAME PRÉVIO DE NORMAS INFERIORES. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - AgRg no RE nº 358.565/MT, 1ª Turma, Rel. Min. EROS GRAU, unânime, DJ de 15.04.2005).’

Neste sentido, com fulcro no que preceitua o art. 557, caput, do CPC, NEGO SEGUIMENTO ao(s) presente(s) recurso(s), no que tange ao eventual argumento de julgamento ultra petita.

Desta forma, determino o retorno dos autos ao JEF de origem.”Na petição de agravo, a União insurge-se tão somente quanto à

adequação do recurso extraordinário ao tema da repercussão geral.É o relatório. DECIDO.O presente recurso de agravo, interposto sob a égide do CPC de

1973, é inadmissível contra decisão que aplica a sistemática da repercussão geral. Nesse sentido, o AI 760.358-QO, Rel. Min. Gilmar Mendes, que porta a seguinte ementa:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Destaco, por fim, que a competência para a aplicação da sistemática da repercussão geral é dos Tribunais de origem.

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 948.013 (817)ORIGEM : 11163396 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : HELENA BENEDITA CATUSSIADV.(A/S) : DENISE MARTINS AGOSTINI (17344/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA PROPOSTA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. RPV. INEXISTÊNCIA DO FRACIONAMENTO DE QUE TRATA O ARTIGO 100, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO. REAFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. MATÉRIA JÁ EXAMINADA SOB O ENFOQUE DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 873. ARE 925.754. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: A matéria versada no recurso extraordinário já foi objeto de exame por esta Corte na sistemática da repercussão geral (Tema 873, ARE 925.754, Rel. Min. Teori Zavascki).

Ex positis, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental nº 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 948.350 (818)ORIGEM : 00123181120158160182 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : ANTONIO ROGERIO CARVALHOADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR SUBTIL DE ALMEIDA (41597/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. REAJUSTE DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO. LEI ESTADUAL 13.280/2001. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo nas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 193

alíneas a e c do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. POLICIAL MILITAR. VINCULAÇÃO DA CORREÇÃO DA INDENIZAÇÃO DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO AO REAJUSTE DO FUNCIONALISMO ESTADUAL. DIREITO PREVISTO NO ART. 1º DA LEI ESTADUAL Nº 13.280/01 QUE ATENDE AO PRINCÍPIO DA REVISÃO GERAL PARA CARREIRAS PÚBLICAS DO ESTADO, CONSOANTE ART. 37, X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DESNECESSIDADE DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. INOCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES, EIS QUE NÃO SE TRATA DE CRIAÇÃO OU DE AUMENTO DE REMUNERAÇÃO OU VENCIMENTO, MAS SIM DE DETERMINAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE LEI EXISTENTE.

1.A correção da indenização por serviço extraordinário resta prevista na própria Lei nº 13.280/2001 e, sendo, assim, não há se falar em vedação legal ante a ausência de lei específica.

2.Referida lei, ao determinar em seu art. 1º o reajuste da verba indenizatória na mesma proporção do reajuste concedido para o funcionalismo público estadual atende ao princípio da revisão geral para carreiras públicas do Estado, na forma prevista no art. 37, X, da Constituição Federal.

3.Assim, em se verificando que o reajuste previsto na Lei 13.280/2001 não se confunde com espécie remuneratória, não há se falar em violação ao disposto no art. 37, XIII, da Constituição Federal.

4.Ainda, por previsto em lei (Lei 13.280/2001) o reajuste em questão, igualmente descabe a tese de ofensa ao princípio de separação de poderes.

5.Ademais, não se trata de aumento de remuneração pelo judiciário, mas sim de determinação de cumprimento de lei específica existente.

6.Por fim, desnecessária previsão orçamentária, já que o reconhecimento do direito do militar em perceber remuneração e vantagens de acordo com o estabelecido em lei não implica nem em criação e nem em aumento de gasto com pessoal.

7. Recurso conhecido e desprovido.”Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação aos artigos 2º, 37, X e XIII, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo por entender que incidem, no caso, as Súmulas 279 e 280 do STF.

É o relatório. DECIDO. O agravo não merece prosperar.A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (artigo 102, § 3º, da Constituição da República).

O acórdão recorrido, ao aplicar o disposto no artigo 1º da Lei estadual 13.280/2001, entendeu que há previsão legal expressa para que a indenização das horas extras pagas aos militares seja corrigida sempre que houver reajuste para o funcionalismo estadual. Divergir desse entendimento, portanto, implicaria a análise e interpretação da referida legislação local, o que encontra óbice na Súmula 280 do STF.

As seguintes decisões monocráticas aplicaram essa orientação em casos similares ao dos autos: ARE 916.968-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 25/2/2016; ARE 914.096, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 24/2/2016; ARE 931.184, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 2/2/2016; ARE 926.412, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 1º/2/2016; ARE 931.007, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 1º/2/2016; ARE 917.159, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 26/11/2015.

A propósito, menciono as lições do ilustre professor Roberto Rosas sobre a Súmula 280 desta Corte:

“A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 138).

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 948.855 (819)ORIGEM : 00882125720018260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JOSE GERALDO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : PAULO SANCHES CAMPOI (60284/SP)RECDO.(A/S) : SAO PAULO TRANSPORTE S.AADV.(A/S) : ELENICE CONCEICAO PASSINI (52580/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. O Tribunal de origem assentou a ausência de responsabilidade da empresa, no tocante a acidente de trânsito. O recorrente insiste no processamento do extraordinário, afirmando a violação do artigo 37, § 6º da Constituição Federal, afirmando o nexo causal entre o atropelamento e o ato do prestador de serviços.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 14 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.259 (820)ORIGEM : 05018981020154058400 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FERNANDO ANTONIO SOARES DA CRUZ FILHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.1. A Corte de origem assentou que a remessa postal internacional no

limite de cinquenta dólares americanos é isenta do Imposto de Importação, conforme dispõe o artigo 2º, cabeça e inciso II, do Decreto-Lei nº 1.804/80, afastando a incidência da Portaria nº 156/99, do Ministério da Fazenda, que ao prever dever ser o remetente pessoa física, extrapolou o poder regulamentar.

O acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.593 (821)ORIGEM : 01104961120058050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : EDELIBALDO CORREIA SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FABIANO SAMARTIN FERNANDES (21439/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.

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STF - DJe nº 62/2016 Divulgação: terça-feira, 05 de abril de 2016 Publicação: quarta-feira, 06 de abril de 2016 194

POLICIAL MILITAR. EXTINÇÃO DE GRADUAÇÃO. PROMOÇÃO AO GRAU HIERÁRQUICO IMEDIATAMENTE SUPERIOR. LEI ESTADUAL Nº 7.145/1997. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CF. INEXISTÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. REVISÃO DE PROVENTOS. POLICIAL MILITAR. REESTRUTURAÇÃO DE POSTOS E GRADUAÇÕES. EXTINÇÃO DO POSTO DE CABO. RECLASSIFICAÇÃO E VANTAGENS. EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA E LEGALIDADE. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.

Os Recorrentes, transferidos para a reserva remunerada na graduação de Soldado 1ª Classe PM, estavam recebendo seus proventos com base no soldo de Cabo PM. Contudo, como esta graduação fora extinta, é de se reconhecer o direito à reclassificação e revisão dos proventos dos Demandantes, em observância ao princípio da isonomia, preconizado na norma constitucional inserta no artigo 40, § 8º, da CF.

A pretensão dos Recorrentes não viola o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, pois a Constituição Federal assegurou a modificação do ato de aposentação, permitindo que fossem estendidos aos servidores inativos as vantagens e benefícios concedidos aos ativos, inclusive com relação à reclassificação em cargos e funções, privilegiando, assim, o princípio da isonomia.

Os Apelantes devem ter seus proventos calculados dos com base no posto imediatamente superior ao de Cabo, já que este foi extinto pela Lei Estadual nº 7.145/97, nos termos do art. 51, II, da Lei Estadual nº 3.933/81. Precedentes desta Corte.

Honorários advocatícios fixados em 5% sobre o valor da condenação.Incidência de correção monetária e juros de mora de 6% ao ano até o

advento da Lei 11.960/2009, devendo, a partir desta lei, haver a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança.

RECURSO PROVIDO.”Os embargos de declaração opostos foram desprovidos.Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXV, 40, § 2º e § 8º, e 93, IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que “O recurso extraordinário mostra-se inviável no que concerne à alegada negativa de prestação jurisdicional (artigos constitucionais 5º, inciso XXXV e 93, inciso IX), na medida em que o acórdão recorrido tratou de todas as matérias relevantes suscitadas no feito, concluindo pela inexistência de qualquer omissão ou deficiência de fundamentação que justifique a interposição do recurso sob exame” (fl. 202). Em relação ao artigo 40, §§ 2º e 8º, haveria o óbice da Súmula 280 do STF.

É o relatório. DECIDO.O agravo não merece prosperar.A reestruturação da carreira introduzida por ato legislativo, com a

consequente transformação, reclassificação ou extinção de cargos, quando sub judice a controvérsia, implica a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, in casu, a Lei nº 7.145/1997 do Estado da Bahia, o que encontra óbice na Súmula 280 desta Corte, de seguinte teor: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário". Nesse sentido, transcrevo os seguintes julgados:

“SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. ESTADO DA BAHIA. LEIS ESTADUAIS 3.933/1981 E 7.145/1997. EXTINÇÃO DE GRADUAÇÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 5º, XXXV E NO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 40, §§ 3º E 8º, DA LEI MAIOR, COM A REDAÇÃO DADA PELA EMENDA 20/1998. REEXAME DE DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280/STF. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 671.334-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 2/12/2011).

“DIREITO ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. ART. 40, §§ 2º E 3º, DA CF/88. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ALEGAÇÃO TARDIA. SÚMULA STF 282. APOSENTADORIA. POLICIAL MILITAR. EXTINÇÃO DE PATENTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA STF 280. 1. Os embargos de declaração devem apontar omissão ou contradição na decisão impugnada e não inovar matéria até então estranha à discussão dos autos. Incidência da Súmula STF 282. 2. O Tribunal de origem fundamentou sua decisão na interpretação da legislação local que disciplina a matéria (Leis Estaduais 7.145/97 e 7.991/2001). Incide, na espécie, a Súmula STF 280. 3. A jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que às alegações de ofensa a incisos do artigo 5º da Constituição Federal podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. 4. Decisão contrária ao interesse da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88. 5. A matéria discutida no presente recurso extraordinário não

apresenta identidade com a do RE 631.389-RG/CE, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 18.02.2011, no qual foi reconhecida repercussão geral. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 840.588-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 30/8/2011).

A propósito, menciono as lições do ilustre professor Roberto Rosas sobre a Súmula 280 desta Corte:

“A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 138).

Quanto à alegação de ofensa ao artigo 5°, XXXV, da Constituição, melhor sorte não assiste ao agravante, tendo em vista que da análise dos autos é possível observar que a parte se valeu dos meios recursais cabíveis e teve a jurisdição devidamente prestada por decisões fundamentadas, embora contrárias aos seus interesses. Assim, não resta caracterizada a negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4/6/2013, o qual possui a seguinte ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Alegação de ausência de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedente: AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. 5. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 6. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 31 de março de 2016.

Ministro LUIZ FUX Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.809 (822)ORIGEM : 1972015 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DAYCOVAL S/AADV.(A/S) : DENIS AUDI ESPINELA (198153/SP)ADV.(A/S) : MARIA FERNANDA BARREIRA DE FARIA FORNOS

(198088/SP)RECDO.(A/S) : MARIA FERREIRA RAMOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ALAN CLECIO DE CARVALHO RAMOS (29066/PE)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL INADMITIDA – DIREITO DO

CONSUMIDOR – DANO MATERIAL – AGRAVO DESPROVIDO.1. De início, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada

da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

2. No mais, o Tribunal, no Agravo de Instrumento nº 765.567/SP, da relatoria do ministro Gilmar Mendes, concluiu não ter repercussão geral o tema relativo ao pagamento de indenização por danos morais ou materiais, pelo fornecedor, considerada a ineficiência do serviço prestado. Eis o teor da respectiva ementa:

Direito do Consumidor. Responsabilidade do Fornecedor. Indenização por danos morais e materiais. Prestação de serviço. Ineficiência. Matéria infraconstitucional. Repercussão geral rejeitada.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 10673441

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